estudo de modelos de crescimento de...

29
Bruno Lucian Gon¸ calves da Costa Estudo de modelos de crescimento de cristais Niter´ oi - RJ, Brasil 10 de janeiro de 2014

Upload: others

Post on 09-Oct-2020

1 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: Estudo de modelos de crescimento de cristaisestatistica.uff.br/wp-content/uploads/sites/33/2019/10/tcc_20132_Br… · Universidade Federal Fluminense Bruno Lucian Gon˘calves da Costa

Bruno Lucian Goncalves da Costa

Estudo de modelos de crescimento de

cristais

Niteroi - RJ, Brasil

10 de janeiro de 2014

Page 2: Estudo de modelos de crescimento de cristaisestatistica.uff.br/wp-content/uploads/sites/33/2019/10/tcc_20132_Br… · Universidade Federal Fluminense Bruno Lucian Gon˘calves da Costa

Universidade Federal Fluminense

Bruno Lucian Goncalves da Costa

Estudo de modelos de crescimento decristais

Trabalho de Conclusao de Curso

Monografia apresentada para obtencao do grau de Bacharel emEstatıstica pela Universidade Federal Fluminense.

Orientador: Prof. Dr. Valentin Sisko

Niteroi - RJ, Brasil

10 de janeiro de 2014

Page 3: Estudo de modelos de crescimento de cristaisestatistica.uff.br/wp-content/uploads/sites/33/2019/10/tcc_20132_Br… · Universidade Federal Fluminense Bruno Lucian Gon˘calves da Costa

Universidade Federal Fluminense

Bruno Lucian Goncalves da Costa

Estudo de modelos de crescimento de cristais

Monografia de Projeto Final de Graduacao sob o tıtulo “Estudo

de modelos de crescimento de cristais”, defendida por Bruno

Lucian Goncalves da Costa e aprovada em 10 de janeiro de

2014, na cidade de Niteroi, no Estado do Rio de Janeiro, pela

banca examinadora constituıda pelos professores:

Prof. Dr. Valentin SiskoOrientador

Departamento de Estatıstica – UFF

Profa. Dra. Jessica KubruslyDepartamento de Estatıstica – UFF

Prof. Dr. Victor Hugo GouveaDepartamento de Estatıstica – UFF

Niteroi, 10 de janeiro de 2014

Page 4: Estudo de modelos de crescimento de cristaisestatistica.uff.br/wp-content/uploads/sites/33/2019/10/tcc_20132_Br… · Universidade Federal Fluminense Bruno Lucian Gon˘calves da Costa

Costa, Bruno Lucian Gonçalves da Estudo de modelos de crescimento de cristais / Bruno Lucian

Gonçalves da Costa; Valentin Sisko, orientador. Niterói, 2013. 28 f. : il.

Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em

Estatísticaa ) – Universidade Federal Fluminense, Instituto de Matemática e Estatística, Niterói, 2013.

1. Cadeias de Markov em tempo contínuo. 2. Ergodicidade. 3.

Crescimento de cristais. I. Sisko, Valentin, orientador. II. Universidade Federal Fluminense. Instituto de Matemática e Estatística. III. Título.

CDD -

Page 5: Estudo de modelos de crescimento de cristaisestatistica.uff.br/wp-content/uploads/sites/33/2019/10/tcc_20132_Br… · Universidade Federal Fluminense Bruno Lucian Gon˘calves da Costa

Sumario

Lista de Figuras

Resumo

Agradecimentos p. 7

1 Introducao p. 8

1.1 Objetivos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . p. 8

1.2 Motivacao . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . p. 9

1.3 Estrutura do texto . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . p. 9

2 Teoria p. 11

2.1 Caso discreto . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . p. 11

2.1.1 Modelo de crescimento de cristal em tempo discreto . . . . . . . p. 12

2.2 Caso contınuo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . p. 14

2.2.1 Modelo de crescimento de cristal em tempo contınuo . . . . . . p. 16

2.3 Cadeias de Markov ergodicas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . p. 17

2.3.1 Processo de forma para o modelo de crescimento de cristal em

tempo contınuo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . p. 18

3 Aplicacao pratica p. 20

Caso de item (i) do Teorema 2.2.1. . . . . . . . . . . . . p. 20

Caso de item (ii) do Teorema 2.2.1. . . . . . . . . . . . . p. 20

Caso de item (iii) do Teorema 2.2.1. . . . . . . . . . . . . p. 20

Page 6: Estudo de modelos de crescimento de cristaisestatistica.uff.br/wp-content/uploads/sites/33/2019/10/tcc_20132_Br… · Universidade Federal Fluminense Bruno Lucian Gon˘calves da Costa

Caso do Teorema 2.3.1. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . p. 20

Caso do Teorema 2.3.2. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . p. 20

Caso do item (a) Teorema 2.3.3. . . . . . . . . . . . . . . p. 23

Caso do item (b) Teorema 2.3.3. . . . . . . . . . . . . . . p. 23

Caso do item (c) Teorema 2.3.3. . . . . . . . . . . . . . . p. 23

4 Conclusao p. 26

Referencias p. 27

Page 7: Estudo de modelos de crescimento de cristaisestatistica.uff.br/wp-content/uploads/sites/33/2019/10/tcc_20132_Br… · Universidade Federal Fluminense Bruno Lucian Gon˘calves da Costa

Lista de Figuras

1 Estado x ∈ N8 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . p. 12

2 Estado x ∈ N8 com probabilidades de transicao . . . . . . . . . . . . . p. 13

3 Estado x ∈ N8 com taxas de transicao . . . . . . . . . . . . . . . . . . . p. 17

4 Simulacao do crescimento de cristais com β0 = 2, β1 = 3, β2 = 1 . . . . p. 21

5 Simulacao do crescimento de cristais com β0 = 3, β1 = 2, β2 = 1 . . . . p. 21

6 Simulacao do crescimento de cristais com β0 = 3, β1 = 1, β2 = 2 . . . . p. 22

7 Simulacao do crescimento de cristais com β0 = 1, β1 = 2, β2 = 3 . . . . p. 22

8 Simulacao do crescimento de cristais com β0 = 1, β1 = 2, β2 = 1.5 . . . p. 24

9 Simulacao do crescimento de cristais com β0 = 1, β1 = 1.5, β2 = 2 . . . p. 24

10 Simulacao do crescimento de cristais com β0 = 0.5, β1 = 1, β2 = 0.95 . p. 25

11 Simulacao do crescimento de cristais com β0 = 0.2, β1 = 25, β2 = 13 . . p. 25

Page 8: Estudo de modelos de crescimento de cristaisestatistica.uff.br/wp-content/uploads/sites/33/2019/10/tcc_20132_Br… · Universidade Federal Fluminense Bruno Lucian Gon˘calves da Costa

Resumo

Os cristais sao utilizados em varias areas do conhecimento, por isso entender e modelar

suas caracterısticas, tais como forma e velocidade de crescimento, sao muito importante.

Utilizamos cadeias de Markov em tempo contınuo para modelar crescimento de cristais.

Para os modelos, estudos sobre forma foram feitos na literatura de jeito teorico. O presente

trabalho busca replicar os estudos por metodo de simulacao. Estudos sobre velocidade

de crescimento nao foram feitos na literatura de jeito teorico. Estudamos por metodo de

simulacao esta caracterıstica.

Palavras-chaves: cadeias de Markov em tempo contınuo, ergodicidade, crescimento de

cristais.

Page 9: Estudo de modelos de crescimento de cristaisestatistica.uff.br/wp-content/uploads/sites/33/2019/10/tcc_20132_Br… · Universidade Federal Fluminense Bruno Lucian Gon˘calves da Costa

7

Agradecimentos

Primeiro nao poderia deixar de comecar estes agradecimentos lembrando da pessoa

que mais me incentivou a seguir nessa ardua jornada, entao agradeco a minha avo Maria

de Lourdes que sempre foi mais que uma avo. Por ser um anjo sempre zelando por mim.

Aos meus pais, Jorge da Costa e Solange Goncalves, por todo suporte que foi a mim

dedicado.

Ao meu tio Carlos Henrique e meu avo Cristalino Siqueira por todos os conselhos.

Aos meus amigos que estiveram comigo nessa caminhada: Bruna, Carol, Cissa Car-

doso, Natalia Paiva, Larissa, Pablo, Thiago Riba, Victor Santos, Thiago Clark, Natan

Borges, Juliana Freitas, Keilane, Viviane, Pedro Vaz, Guilherme Paulista, Everson, Seu

Valerio e Chimbinha.

Aos Professores que contribuıram para o meu crescimento intelectual. Nubia Karla,

Luz Amanda, Ludmilla Viana, Joel Rosa, Victor Gouvea, Jessica Kubrusly e Ana Maria.

A Danielle Freitas por tudo que representa na minha vida e por ser em muitas vezes

meu porto seguro.

A Clarissa Goncalves por suportar meus momentos e estar ao meu lado.

A Alci Jorge por abrir muitas portas.

Aos meus amigos Fabio e Evandro por tornarem a caminha mais prazerosa e sempre

aceitarem ou propor ideias de fazer algo novo.

Ao DCE por me fazer gostar da Universidade, por me dar historias para a vida toda,

me fazer conhecer pessoas extraordinarias e enxergar a beleza onde ninguem ve.

Aos meus amigos da Ampla por sua compreensao e me ajudar no processo de ama-

durecimento, principalmente Andrea Camara, Jorge Cabral e Leonardo Valente.

Ao meu professor orientador Valentin Sisko por ter aceitado o desafio de me orientar,

por fazer o difıcil parecer facil e por me ensinar maneiras de realmente aprender.

A todos voces meu muito obrigado.

Page 10: Estudo de modelos de crescimento de cristaisestatistica.uff.br/wp-content/uploads/sites/33/2019/10/tcc_20132_Br… · Universidade Federal Fluminense Bruno Lucian Gon˘calves da Costa

8

1 Introducao

O que sao cristais? Segundo [1], um arranjo de atomos ordenados em uma configuracao

geometrica especıfica e considerado cristal. Ou seja, basta imaginar um cubo grande feito a

partir de pequenos cubos – como o brinquedo chamado de cubo magico. A caracterıstica de

repeticao de uma mesma unidade basica (por exemplo, o cubo menor) que e a responsavel

pelo aparecimento do cristal (o cubo maior).

Esses cristais sao encontrados em diversos materiais. Os principais exemplos dos

materiais sao: Silıcio, Polietileno, Nailon, Celulose, Proteina, DNA e Borracha.

Utilizamos cadeias de Markov em tempo contınuo para modelar crescimento de cris-

tais. Para os modelos, estudos sobre forma foram feitos na literatura de jeito teorico.

Temos duas situacoes, uma situacao e ergodica, isto e, quando todo o cristal cresce com

a mesma velocidade, e tem a situacao nao ergodica, isto e, diferentes partes do cris-

tal crescem com velocidades diferentes. Segundo [2] partes das situacoes nao ergodicas

apresentam padroes, um deles e conhecido como “pente”. Para casos ergodicos temos

velocidade comum e estudos sobre essa velocidade comum na literatura nao foram feitos

do jeito teorico.

1.1 Objetivos

O presente trabalho busca replicar os estudos teoricos de [2] por metodo de simulacao.

Para isso simularemos cadeias de Markov em tempo contınuo que modelam crescimento de

cristais, onde necessitamos primeiro saber simular cadeias de Markov em tempo discreto.

Alem disso vamos calcular por simulacao velocidade comum nos casos ergodicos.

Para facilitar o uso de terceiros ao nosso modelo de simulacao vamos desenvolver um

programa de interface grafica com base no software R e utilizando o pacote tcltk2.

Page 11: Estudo de modelos de crescimento de cristaisestatistica.uff.br/wp-content/uploads/sites/33/2019/10/tcc_20132_Br… · Universidade Federal Fluminense Bruno Lucian Gon˘calves da Costa

1.2 Motivacao 9

1.2 Motivacao

A utilizacao dos cristais sao as mais diversas, porem no mundo atual, acredito que a

mais acessıvel a toda a populacao e a utilizacao do silıcio que e encontrado em grande

parte dos aparelhos eletronicos.

Segundo [3], o processo de crescimento deste cristal usa como base areia (SiO2). O

metodo de crescimento foi proposto por Jan Czochralski e comeca em aquecer e limpar o

composto de areia gerando apenas o Si em fase lıquida. Apos essa etapa comeca a etapa

que propriamente envolve o crescimento do cristal, na qual e usado uma semente do cristal

de silıcio para iniciar o crescimento. A semente junto com nova formacao e puxada para

cima gradualmente. A etapa envolve deixar cristal aquecido e em constante movimento

rotacional. A velocidade da rotacao e a temperatura escolhidas adequadamente facilitam

o crescimento do cristal e tornam ele mais homogeneo, ou seja, com menos impurezas.

A taxa de puxar e a temperatura determinam o diametro do cristal. O processo de

crescimento de cristal e tambem processo de purificacao, logo a formacao estara mais

limpo que o Si em fase lıquida utilizada. Por outro lado a distribuicao das impurezas

que ainda restam no cristal mudam ao longo de comprimento. Conseguir um cristal com

baixa taxa de impureza e homogeneo ao longo do seu comprimento e muito dificil.

A primeira etapa de producao de processadores termina aqui.

Proximas etapas sao: corte de excessos, corte de cristal para produzir wafers de silıcio,

polimento dos wafers de silıcio e a fase principal que e a criacao dos cricuitos na base dos

wafers. A qualidade dos wafers e de extrema importancia nessa fase. E essa qualidade

dos wafers e principalmente medida de acordo com a distribuicao das impurezas, o que

torna importante o processo de crescimento de cristal.

Apos a producao dos circuitos, cada wafer de silıcio e cortado em chips. Cada chip e

colocado em suporte adequado para virar processador que esta pronto para ser colocado

na placa-mae.

1.3 Estrutura do texto

No Capıtulo 2 temos definicoes e algoritmo de simulacao para cadeias de Markov em

tempo discreto e contınuo. Alem disso, modelos de crescimento de cristais sao definidos

como cadeias de Markov. Finalmente, e descrito comportamento teorico dessas cadeias

de Markov em tempo contınuo, seguindo [2].

Page 12: Estudo de modelos de crescimento de cristaisestatistica.uff.br/wp-content/uploads/sites/33/2019/10/tcc_20132_Br… · Universidade Federal Fluminense Bruno Lucian Gon˘calves da Costa

1.3 Estrutura do texto 10

No Capıtulo 3 ficam resultados de replicacao por metodo de simulacao dos estudos

de [2]. Usamos modelos com alguns parametros particulares que correspondem a varias

situacoes estudadas no [2].

Page 13: Estudo de modelos de crescimento de cristaisestatistica.uff.br/wp-content/uploads/sites/33/2019/10/tcc_20132_Br… · Universidade Federal Fluminense Bruno Lucian Gon˘calves da Costa

11

2 Teoria

Segundo [4], um processo estocastico e uma famılia (Xt)t∈T de variaveis aleatorias,

onde o ındice t representa o tempo. Informalmente falando, um processo estocastico

descreve uma historia que se desenvolve de uma forma aleatoria ao longo de um perıodo

de tempo representado por T. O T pode ser igual ao conjunto de numeros naturais

N = {0, 1, . . .}, ao conjunto de numeros inteiros Z, ao conjunto de numeros reais positivos

[0,+∞) ou ao conjunto de numeros reais R. Nos dois primeiros casos o processo sera dito

em tempo discreto e nos dois ultimos casos ele sera dito em tempo contınuo. Nos casos

de processos em tempo discreto ha uma preferencia pela letra n para indicar o instante

de tempo, deixando a letra t para os casos de processos em tempo contınuo. Suponhamos

que as variaveis Xn ou Xt assumam valores no conjunto E. Esse conjunto ser a chamado

de espaco de estados.

Abaixo vamos considerar um caso particular de processo estocastico: cadeia de Mar-

kov.

2.1 Caso discreto

As duas seguintes definicoes podem ser encontradas em [5] e [4] correspondentemente.

Alem disso em [4] e demonstrado que elas sao equivalentes.

Definicao 2.1.1. Um processo estocastico (Xn)n∈N, tendo como espaco de estados um

conjunto enumeravel E, e dito uma cadeia de Markov com matriz de transicao P =

(pxy)x,y∈E se para todos os estados x0, x1, . . . , xn−1, x, y e todos n > 0, temos

P{Xn+1 = y|Xn = x,Xn−1 = xn−1, . . . , X1 = x1, X0 = x0} = P{Xn+1 = y|Xn = x} = pxy.

(2.1)

Definicao 2.1.2. Um processo estocastico (Xn)n∈N, tendo como espaco de estados um

conjunto enumeravel E, e dito uma cadeia de Markov com funcao F se F : E× [0, 1]→ E

Page 14: Estudo de modelos de crescimento de cristaisestatistica.uff.br/wp-content/uploads/sites/33/2019/10/tcc_20132_Br… · Universidade Federal Fluminense Bruno Lucian Gon˘calves da Costa

2.1 Caso discreto 12

Figura 1: Estado x ∈ N8

0 1 2 3 4 5 6 7 8 90

1

2

3

4

5

6

e para todo n > 1 temos que

Xn = F (Xn−1, Un),

onde U1, U2, . . . e uma sequencia de variaveis aleatorias independentes e distribuıdas uni-

formemente no intervalo [0, 1].

2.1.1 Modelo de crescimento de cristal em tempo discreto

Vamos modelar o crescimento de cristal com n sıtios, n > 2. O jeito como acontece

crescimento em cada sıtio depende de quantidade de elementos no sıtio e nos seus vizinhos

mais proximos. O espaco de estados E e Nn, onde N e o conjunto de numeros naturais

incluindo 0. Veja um exemplo de estado na Figura 1.

Para descrever a matriz de transicao Q e a funcao F vamos precisar de definicoes

adicionais.

Seja Vi(x) o numero de sıtios mais proximos do sıtios i que tem mais elementos que

o sıtio i no estado x ∈ E, isto e,

Vi(x) = 1{x(i−1)>x(i)} + 1{x(i+1)>x(i)} ∈ {0, 1, 2},

para x = (x(1), . . . , x(n)) ∈ Nn e 1 6 i 6 n. Alem disso, seja γ(x) =∑n

i=1 βVi(x). Aqui

vamos supor que temos dois “sıtios virtuais”: o “vizinho” anterior ao primeiro sıtio e o

Page 15: Estudo de modelos de crescimento de cristaisestatistica.uff.br/wp-content/uploads/sites/33/2019/10/tcc_20132_Br… · Universidade Federal Fluminense Bruno Lucian Gon˘calves da Costa

2.1 Caso discreto 13

Figura 2: Estado x ∈ N8 com probabilidades de transicao

0 1 2 3 4 5 6 7 8 90

1

2

3

4

5

6

β1

γ

β0

γ

β2

γ

β1

γ

β0

γ

β1

γβ0

γ

β1

γ

posterior ao ultimo; eles nao mudam com tempo e ficam constantes com 0 elementos.

Seja β = (β0, β1, β2) ∈ (0,+∞)3.

Para 1 6 i 6 n, ei e um vetor unitario: ei(j) = δij , j = 1, . . . , n e

δij =

1, se i = j

0, se i 6= j.

Para entender como a matriz de transicao Q e definida, veja a Figura 2, onde no cada

sıtio e marcado a probabilidade com qual ele quer aumentar sua altura por um. Mais

precisamente, usando a Definicao 2.1.1, consideramos uma cadeia de Markov com espaco

de estados Nn, e matriz de transicao Q, tal que

Q(x, y) =

βVi (x)

γ(x)se y = x+ ei, i = 1, . . . , n,

0 se y /∈ {x+ e1, . . . , x+ en},(2.2)

Usando a Definicao 2.1.2, o mesmo objeto e uma cadeia de Markov com espacos de

estados Nn, e uma funcao

F (x, u) = x+ ei se u ∈

(i∑

j=1

βVj(x)

γ(x),i−1∑j=1

βVj(x)

γ(x)

). (2.3)

Page 16: Estudo de modelos de crescimento de cristaisestatistica.uff.br/wp-content/uploads/sites/33/2019/10/tcc_20132_Br… · Universidade Federal Fluminense Bruno Lucian Gon˘calves da Costa

2.2 Caso contınuo 14

Baseado nesta ultima definicao, podemos construir algoritmo de simulacao desta cadeia

(veja Algoritmos 1, 2, 3).

Algoritmo 1: Simulacao da cadeia de Markov em tempo discreto

Dados: t, β0, β1, β2, nResultado: Estado de cadeia depois de n passosx← rep(0, n+ 2)β ← c(0, rep(β0, n), 0)para j ← 1 ate n faca

i← gerai(β/soma(β))xi ← xi + 1se i=2 entao

ind← c(i, i+ 1)β ← atualiza(β, ind, x, β0, β1, β2)

senaose i=n+1 entao

ind← c(i− 1, i)β ← atualiza(β, ind, x, β0, β1, β2)

senaoind← c(i− 1, i, i+ 1)β ← atualiza(β, ind, x, β0, β1, β2)

Retorne x

Algoritmo 2: atualiza

Dados: β, ind, x, β0, β1, β2Resultado: β atualizadopara k em ind faca

se xk−1 > xk e xk+1 > xk entaoβ[k]← β2

senaose xk−1 > xk ou xk+1 > xk entao

β[k]← β1senao

β[k]← β0

Retorne β

2.2 Caso contınuo

Definicao 2.2.1. Um processo estocastico (Xt)t∈[0,+∞), tendo como espaco de estados um

conjunto enumeravel E, e dito uma cadeia de Markov em tempo contınuo se para todos

Page 17: Estudo de modelos de crescimento de cristaisestatistica.uff.br/wp-content/uploads/sites/33/2019/10/tcc_20132_Br… · Universidade Federal Fluminense Bruno Lucian Gon˘calves da Costa

2.2 Caso contınuo 15

Algoritmo 3: gerai

Dados: p um vetor de probabilidadeResultado: Valor de variavel aleatoria com distribuicao pF ←− 0i←− 1u←− Uniforme(0, 1)enquanto u > F faca

F ←− F + p[i]i←− i+ 1

Retorne (i− 1)

s, t ∈ [0,+∞) e para todos estados x, y, z(u) ∈ E, 0 ≤ u < s, temos

P{X(t+ s) = y|X(s) = x,X(u) = z(u), 0 ≤ u < s} = P{X(t+ s) = y|X(s) = x}. (2.4)

Definicao 2.2.2. Um processo estocastico (Xt)t∈[0,+∞), tendo como espaco de estados um

conjunto enumeravel E, e dito uma cadeia de Markov em tempo contınuo se cada instante

do tempo que ele entra em qualquer estado x ∈ E

i. a quantidade de tempo que ele passa neste estado antes de fazer transicao para outro

estado tem distribuicao exponencial com algum parametro que vamos denotar por

vx.

ii. quando o processo sai do estado x ele entra em estado y com alguma probabilidade

que vamos denotar por pxy que claramente satisfaz

pxx = 0 e∑y∈E

pxy = 1.

De acordo com a Secao 6.4 de [5] temos,

Pxy(t) = P{X(t+ s) = y|X(s) = x} (2.5)

indica que a probabilidade de um processo que esta no estado x vai passar para o estado

y com tempo t. Essa quantidade e comumente chamada de probabilidade de transicao de

uma cadeia de markov em tempo contınuo.

Observacao 2.2.1. Para qualquer par de estados x e y, seja

qxy = vxpxy

Desde que vx seja uma taxa que marca a transicao do estado x e pxy a probabilidade que

essa transicao e feita para o estado y, isso segue que qxy e a taxa de transicao do estado

Page 18: Estudo de modelos de crescimento de cristaisestatistica.uff.br/wp-content/uploads/sites/33/2019/10/tcc_20132_Br… · Universidade Federal Fluminense Bruno Lucian Gon˘calves da Costa

2.2 Caso contınuo 16

x para o estado y. As quantidades qxy sao chamadas de taxa de transicao instantanea.

Desde que,

vx =∑j

vxpxy =∑j

qxy (2.6)

e

pxy =qxyvx

=qxy∑j qxy

(2.7)

O Lema 6.2 de [5] nos diz que

a)

limh→0+

1− Pxx(h)

h= vx

b)

limh→0+

1− Pxy(h)

h= qxy quando x 6= y

2.2.1 Modelo de crescimento de cristal em tempo contınuo

Usando a Definicao 2.2.2 junto com a Observacao 2.2.1, definimos Xnt como uma

cadeia de Markov em tempo contınuo com espaco de estados Nn, e taxa de transicao

instantanea

qxy =

βVi(x) se y = x+ ei, i = 1, . . . , n,

0 se y /∈ {x+ e1, . . . , x+ en},(2.8)

Veja um exemplo de configuracao junto com as taxas na Figura 3. Note que a cadeia de

Markov em tempo discreto que corresponde a esta cadeia de Markov em tempo contınuo

e aquela definida na Secao 2.1.1. Logo, o jeito de simular Xnt e usando uma variacao do

Algoritmo 1 (veja Algoritmos 4, 2, 3).

O seguinte teorema e o Teorema 2 de [2]. Ele mostra que a forma resultante e de

“pente”.

Teorema 2.2.1. (i) Vamos supor que β2 < β0 6 β1 e sejam E1 o conjunto de

(a1, β2, a2, . . . , ak−1, β2, ak)

onde, k ∈ N e ai = β0 ou (v2, v2) para 1 6 i < k, e v2 = 2(β0β1)β0+β1

. Entao t−1Xnt

converge Px − q.c. e

Px(

limt→∞

t−1Xnt ∈ E1

)= 1

Page 19: Estudo de modelos de crescimento de cristaisestatistica.uff.br/wp-content/uploads/sites/33/2019/10/tcc_20132_Br… · Universidade Federal Fluminense Bruno Lucian Gon˘calves da Costa

2.3 Cadeias de Markov ergodicas 17

Figura 3: Estado x ∈ N8 com taxas de transicao

0 1 2 3 4 5 6 7 8 90

1

2

3

4

5

6

β1

β0

β2

β1

β0

β1 β0

β1

(ii) Vamos supor que β2 < β1 6 β0 e seja E2 conjunto de

(βi1, . . . , βin)

onde, ij ∈ {0, 1, 2}, ij 6= ij+1 para 1 6 j 6 n− 1 e i1, in 6= 2. Entao t−1Xnt converge

Px − q.c. e

Px(

limt→∞

t−1Xnt ∈ E2

)= 1

(iii) Vamos supor que β1 < β2 6 β0 e sejam E3 o conjunto de

(eL, β0, a1, β0, a2, . . . , ak−1, β0, ak, β0, eR)

onde, k ∈ N, ai = (β2) ou (v2,∞, v2,∞) para 1 6 i 6 k, eL, eR = (β1) ou (−), e

v2,∞ = 2(β1β2)β1+β2

. Entao t−1Xnt converge Px − q.c. e

Px(

limt→∞

t−1Xnt ∈ E3

)= 1

2.3 Cadeias de Markov ergodicas

Cadeia de Markov e ergodica, se existir probabilidade p(y), isto e, se existir limites

P (y) ≡ limt→∞

Pxy(t) (2.9)

Page 20: Estudo de modelos de crescimento de cristaisestatistica.uff.br/wp-content/uploads/sites/33/2019/10/tcc_20132_Br… · Universidade Federal Fluminense Bruno Lucian Gon˘calves da Costa

2.3 Cadeias de Markov ergodicas 18

Algoritmo 4: Simulacao da cadeia de Markov em tempo contınuo

Dados: β0, β1, β2, nResultado: Estado de cadeia depois de n passos (dividido por tempo gasto para

fazer os passos)x← rep(0, n+ 2)β ← c(0, rep(β0, n), 0)para j ← 1 ate n faca

i← gerai(β/soma(β))xi ← xi + 1tempoi ← tempoi + rexp(β[i])se i=2 entao

ind← c(i, i+ 1)β ← atualiza(β, ind, x, β0, β1, β2)

senaose i=n+1 entao

ind← c(i− 1, i)β ← atualiza(β, ind, x, β0, β1, β2)

senaoind← c(i− 1, i, i+ 1)β ← atualiza(β, ind, x, β0, β1, β2)

Retorne x/tempo

e que ∑y

P (y) = 1. (2.10)

As probabilidades P (y) formam distribuicao invariante.

2.3.1 Processo de forma para o modelo de crescimento de cristalem tempo contınuo

Para uma configuracao de x, nos definimos a forma h de x do seguinte modo

h = (∆1x, . . . ,∆n−1x),

onde,

∆jx = x(j)− x(j + 1), j = 1, . . . , n− 1.

Note que x e y tem a mesma forma h se e somente se x e translacao vertical de y. Tambem

podemos perceber que Vj(x) depende de x atraves de h, e abusando a notacao, Vj(h) ira

denotar o valor de Vj(x) para qualquer x do qual faz parte da forma h. Definimos, para

Page 21: Estudo de modelos de crescimento de cristaisestatistica.uff.br/wp-content/uploads/sites/33/2019/10/tcc_20132_Br… · Universidade Federal Fluminense Bruno Lucian Gon˘calves da Costa

2.3 Cadeias de Markov ergodicas 19

j = 1, . . . , n, o vetor

fj =

e′1, se j = 1,

e′j − e′j−1, se 1 < j < n,

−e′n−1, se j = n.

Onde para 1 6 i 6 n− 1, e′i e um vetor unitario: e′i(j) = δij , j = 1, . . . , n− 1.

Definicao 2.3.1. Um processo de forma com n sıtios e parametro β e definido por

Hnt = (∆1X

nt , . . . ,∆n−1X

nt )

Note que Hnt e uma cadeia de Markov em tempo contınuo com espaco de estados Zn−1

com taxa de transicao instantaneaq(h, h+ fj) = βVj(h), j = 1, . . . , n,

q(h, h′) = 0 se h′ /∈ {h+ f1, . . . , h+ fn}.

Quando Hnt e ergodica e πn e sua distribuicao invariante podemos concluir, pela

Proposicao 1 de [2], que existe vn > 0 tal que para j = 1, . . . , n, quase certamente

limt→∞

Xnt (j)

t= vn.

E alem disso, que para qualquer j = 1, . . . , n, temos que vn =∑

h∈Zn−1 βVj(h)πn(h).

A seguir vamos elucidar algumas situacoes quando Hnt e ergodica.

Teorema 2.3.1. Se n > 2 e β0 < β1 ≤ β2 entao Hn e ergodico.

Observacao 2.3.1. Este teorema e corolario do Teorema 1 de [2] que por sua vez segue dos

teoremas 1.2 e 3.1 de [6].

Teorema 2.3.2. Se β1, β2 > β0 entao H3 e ergodico, como e visto no corolario 1 de [2].

Teorema 2.3.3. Seja n ≥ 2 e β ∈ β0 < β2 < β1. O processo Hk e ergodico para

2 ≤ k ≤ n+ 2 se β satisfaz uma das condicoes abaixo.

a) β2 > nβ0

b) β2 > ((n− 1)β1 + β0)/n

Mais ainda Hk e ergodico para qualquer k ≥ 2 se β satisfaz

c) β2 > 4√

2√β0β1

Page 22: Estudo de modelos de crescimento de cristaisestatistica.uff.br/wp-content/uploads/sites/33/2019/10/tcc_20132_Br… · Universidade Federal Fluminense Bruno Lucian Gon˘calves da Costa

20

3 Aplicacao pratica

Comparar resultados de simulacoes com resultados teoricos apresentados em [2], os

quais ja , mencionamos. Para isso nos usamos alguns valores particulares de β0, β1 e β2

que satisfazem condicoes de alguns teoremas correspondentes. Para todos os casos o valor

do parametro n e 8 e o numero de iteracoes m e igual a 90000.

Caso de item (i) do Teorema 2.2.1. Escolhemos β0 = 2, β1 = 3, β2 = 1. Observe

que a condicao β0 < β1 ≤ β2 do teorema e valida e que v2 = 2(β0β1)β0+β1

= 2(2×3)2+3

= 2.4 e que

a configuracao simulada (veja Figura 4) pertence a E1.

Caso de item (ii) do Teorema 2.2.1. Escolhemos β0 = 3, β1 = 2, β2 = 1. Observe

que a condicao β2 < β1 ≤ β0 do teorema e valida e que v2 = 2(β0β1)β0+β1

= 2(3×2)3+2

= 2.4 e que

a configuracao simulada (veja Figura 5) pertence a E2.

Caso de item (iii) do Teorema 2.2.1. Escolhemos β0 = 3, β1 = 1, β2 = 2. Observe

que a condicao β1 < β2 ≤ β0 do teorema e valida e que v2∞ = 2(β1β2)β1+β2

= 2(1×2)1+2

= 1.3333 e

que a configuracao simulada (veja Figura 5) pertence a E3.

Casos ergodicos:

Caso do Teorema 2.3.1. Escolhemos β0 = 1, β1 = 2, β2 = 3. Observe que a condicao

β0 < β1 ≤ β2 do teorema e valida e que a configuracao e tal que numero de cristais nos

todos sıtios e aproximadamente o mesmo, o que esta em acordo com o resultado teorico

que a cadeia e ergodico em forma, isto e, que Hn e ergodico (veja na Figura 7). Velocidade

simulada e v = 1.6575.

Caso do Teorema 2.3.2. Escolhemos β0 = 1, β1 = 2, β2 = 1.5. Observe que a

condicao β1, β2 > β0 do teorema e valida e que a configuracao e tal que numero de cristais

Page 23: Estudo de modelos de crescimento de cristaisestatistica.uff.br/wp-content/uploads/sites/33/2019/10/tcc_20132_Br… · Universidade Federal Fluminense Bruno Lucian Gon˘calves da Costa

3 Aplicacao pratica 21

Figura 4: Simulacao do crescimento de cristais com β0 = 2, β1 = 3, β2 = 1

0.0

1.0

2.0

Figura 5: Simulacao do crescimento de cristais com β0 = 3, β1 = 2, β2 = 1

0.0

1.0

2.0

3.0

Page 24: Estudo de modelos de crescimento de cristaisestatistica.uff.br/wp-content/uploads/sites/33/2019/10/tcc_20132_Br… · Universidade Federal Fluminense Bruno Lucian Gon˘calves da Costa

3 Aplicacao pratica 22

Figura 6: Simulacao do crescimento de cristais com β0 = 3, β1 = 1, β2 = 2

0.0

1.0

2.0

3.0

Figura 7: Simulacao do crescimento de cristais com β0 = 1, β1 = 2, β2 = 3

0.0

0.5

1.0

1.5

Page 25: Estudo de modelos de crescimento de cristaisestatistica.uff.br/wp-content/uploads/sites/33/2019/10/tcc_20132_Br… · Universidade Federal Fluminense Bruno Lucian Gon˘calves da Costa

3 Aplicacao pratica 23

nos todos sıtios e aproximadamente o mesmo, o que esta em acordo com o resultado

teorico que a cadeia e ergodico em forma, isto e, que Hn e ergodico (veja na Figura 8).

Velocidade simulada e v = 1.4872.

Caso do item (a) Teorema 2.3.3. Escolhemos β0 = 1, β1 = 10, β2 = 8. Observe

que a condicao β0 < β2 < β1 e β2 > nβ0 do teorema sao valida e que a configuracao e

tal que numero de cristais nos todos sıtios e aproximadamente o mesmo, o que esta em

acordo com o resultado teorico que a cadeia e ergodico em forma, isto e, que Hn e ergodico

(veja na Figura 9). Velocidade simulada e v = 3.4588.

Caso do item (b) Teorema 2.3.3. Escolhemos β0 = 0.5, β1 = 1, β2 = 0.95. Observe

que a condicao β0 < β2 < β1 e β2 > ((n − 1)β1 + β0)/n do teorema sao valida e que a

configuracao e tal que numero de cristais nos todos sıtios e aproximadamente o mesmo, o

que esta em acordo com o resultado teorico que a cadeia e ergodico em forma, isto e, que

Hn e ergodico (veja na Figura 10). Velocidade simulada e v = 0.7856.

Caso do item (c) Teorema 2.3.3. Escolhemos β0 = 0.2, β1 = 25, β2 = 13. Observe

que a condicao β0 < β2 < β1 e β2 > 4√

2√β0β1 do teorema sao valida e que a configuracao

e tal que numero de cristais nos todos sıtios e aproximadamente o mesmo, o que esta em

acordo com o resultado teorico que a cadeia e ergodico em forma, isto e, que Hn e ergodico

(veja na Figura 11). Velocidade simulada e v = 1.6351.

Page 26: Estudo de modelos de crescimento de cristaisestatistica.uff.br/wp-content/uploads/sites/33/2019/10/tcc_20132_Br… · Universidade Federal Fluminense Bruno Lucian Gon˘calves da Costa

3 Aplicacao pratica 24

Figura 8: Simulacao do crescimento de cristais com β0 = 1, β1 = 2, β2 = 1.5

0.0

0.4

0.8

1.2

Figura 9: Simulacao do crescimento de cristais com β0 = 1, β1 = 1.5, β2 = 2

0.0

1.0

2.0

3.0

Page 27: Estudo de modelos de crescimento de cristaisestatistica.uff.br/wp-content/uploads/sites/33/2019/10/tcc_20132_Br… · Universidade Federal Fluminense Bruno Lucian Gon˘calves da Costa

3 Aplicacao pratica 25

Figura 10: Simulacao do crescimento de cristais com β0 = 0.5, β1 = 1, β2 = 0.95

0.0

0.2

0.4

0.6

Figura 11: Simulacao do crescimento de cristais com β0 = 0.2, β1 = 25, β2 = 13

0.0

0.5

1.0

1.5

Page 28: Estudo de modelos de crescimento de cristaisestatistica.uff.br/wp-content/uploads/sites/33/2019/10/tcc_20132_Br… · Universidade Federal Fluminense Bruno Lucian Gon˘calves da Costa

26

4 Conclusao

Neste trabalho usando modelo de simulacao verificamos os resultados teoricos do

artigo [2]. E interessante salientar que para situacoes ergodicas as simulacoes sao de

extrema importancia ja que nao e possivel calcular a velocidade de crescimento de cristal

de forma analıtica. Para facilitar o uso de terceiros ao nosso modelo de simulacao foi

desenvolvido um programa de interface grafica com base no software R e utilizando o

pacote tcltk2.

Uma sugestao para trabalhos futuros seria estudar esse comportamento em dimensao

maior, o que vai melhor corresponder a situacao do mundo real.

Page 29: Estudo de modelos de crescimento de cristaisestatistica.uff.br/wp-content/uploads/sites/33/2019/10/tcc_20132_Br… · Universidade Federal Fluminense Bruno Lucian Gon˘calves da Costa

27

Referencias

[1] HERNANDES, A. C. O verdadeiro poder dos cristais. 2013. Disponıvel em: <http://www.ccmc.if.sc.usp.br/docs/artigos_divulg/201007120447.pdf>.

[2] EZANNO, F. Some results about ergodicity in shape for a crystal growth model.Electron. J. Probab., v. 18, p. no. 33, 20, 2013. ISSN 1083-6489. Disponıvel em: <http://dx.doi.org/10.1214/EJP.v18-2177>.

[3] VAN-ZANT, P. Microchip Fabrication 5th Ed. [S.l.: s.n.], 2004.

[4] FERRARI, P. A.; GALVES, A. Acoplamento em processos estocasticos. First. [s.n.],1997. Hardcover. Disponıvel em: <http://www.ime.usp.br/~pablo/papers/libro.pdf>.

[5] ROSS, S. M. Introduction to probability models. Ninth. [S.l.]: Harcourt/AcademicPress, Burlington, MA, 2007.

[6] ANDJEL, E. D.; MENSHIKOV, M. V.; SISKO, V. V. Positive recurrence of pro-cesses associated to crystal growth models. Ann. Appl. Probab., v. 16, n. 3, p.1059–1085, 2006. ISSN 1050-5164. Disponıvel em: <http://dx.doi.org/10.1214/105051606000000079>.