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Instituto Politécnico de Castelo Branco Escola Superior de Artes Aplicadas Estudo de marquesas multifuncionais para massagens Marquesas SOFT Cláudia Celina Pombo Alves Dissertação apresentada ao Instituto Politécnico de Castelo Branco para cumprimento dos requisitos necessários à obtenção do grau de Mestre em Design de Interiores, realizada sob a orientação científica do Dr. Fernando Miguel Marques, Ecodesign Researcher do Instituto Politécnico de Castelo Branco. O júri que presidiu à apresentação desta dissertação foi constituído pelo Especialista José Simão como Presidente, pelo Professor Adjunto na Universidade Europeia e ISEC, Dr. Pedro Oliveira como Arguente e o Dr. Fernando Miguel Marques como orientador Outubro 2013

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Instituto Politécnico de Castelo Branco Escola Superior de Artes Aplicadas

Estudo de marquesas multifuncionais para massagens

Marquesas SOFT

Cláudia Celina Pombo Alves

Dissertação apresentada ao Instituto Politécnico de Castelo Branco para cumprimento dos requisitos necessários à obtenção do grau de Mestre em Design de Interiores, realizada sob a orientação científica do Dr. Fernando Miguel Marques, Ecodesign Researcher do Instituto Politécnico de Castelo Branco. O júri que presidiu à apresentação desta dissertação foi constituído pelo Especialista José Simão como Presidente, pelo Professor Adjunto na Universidade Europeia e ISEC, Dr. Pedro Oliveira como Arguente e o Dr. Fernando Miguel Marques como orientador

Outubro 2013

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Agradecimentos

A presente dissertação é o culminar de um esforço na realização do Mestrado em Design de

Interiores na Escola Superior de Artes. Vários foram aqueles que contribuíram, direta ou

indiretamente, para a sua concretização e sem o contributo dos quais não seria possível atingir os

resultados propostos.

Neste projeto de desenvolvimento, apesar de muitos terem contribuído, devo agradecer a

algumas pessoas em especial, pelo acompanhamento mais direto e constante que me prestaram ao

longo deste período.

Agradeço particularmente ao Professor Fernando Miguel Marques, que prontamente aceitou

orientar este projeto de mestrado, pela sua disponibilidade até ao último momento, pelo

encorajamento e motivação que sempre transcenderam em muito o papel de orientador.

Ao Coordenador do Mestrado, Professor Nelson Antunes pelo encorajamento e motivação que

sempre foram demonstrados em momentos críticos.

À Escola Superior de Artes Aplicadas pelas facilidades concedidas.

À Clínica Campos Rosa e ao Dr. Tiago Rosa, por ter disponibilizado tempo e recursos para a

realização deste projeto.

Ao Carlos Alves da Alvidesign, pela sua disponibilização na discussão de soluções e materiais.

A todos os familiares e amigos por todo o apoio e interesse manifestado, permitindo que este

projeto se tornasse real e executado.

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SOFT – MARQUESAS MULTIFUNCIONAIS

Palavras-chave

Marquesas, multifuncionalidade, fisioterapia, SPA, antropometria.

Resumo

Este projeto aplicado insere-se no âmbito do mestrado em Design de Interiores que tem por

objetivo a criação de uma linha de marquesas multifuncionais com apoio facial, ajustável para ser

mais adaptável antropometricamente, e flexível às diversas estaturas físicas dos utentes que as que

são sujeitos a tratamentos de massagens ou spa. Estes equipamentos foram criados para a Clínica

Campos Rosa – Clínica de Fisioterapia, sediada na Covilhã, empresa que testou e prevê utilizar estas

marquesas brevemente.

O objetivo deste projeto é proporcionar boas condições de trabalho ao terapeuta, bem como

conforto e bom posicionamento do paciente. Para tal pretende-se criar uma linha de marquesas

esteticamente apelativa, multifuncional, ergonómica, estável, resistente; adaptada aos diversos

clientes, terapeutas, tipos de tratamento; de fácil limpeza, e com preços adaptados ao mercado.

Em primeiro lugar, pretende resolver um dos maiores problemas existentes em todas as

soluções do Mercado, que é a regulação do apoio facial. Quando o paciente está de cúbito ventral,

o tratamento exige que os pés estejam fora da marquesa, se a sua estatura não permite chegar ao

apoio facial, a solução ajustável do apoio facial é bastante vantajosa.

Outra vantagem deste equipamento é disponibilizar o maior número possível de

funcionalidades de forma a otimizar o espaço do gabinete, com o intuito de dispensar qualquer

outro equipamento de apoio.

Outro dos objetivos é criar uma linha de marquesas esteticamente apelativa, multifuncional,

ergonómica, estável, resistente, adaptada aos diversos utentes, assim como aos terapeutas que

devido às diferentes estaturas e também devido aos diversos tipos de tratamento, têm requisitos

distintos, quando estão a trabalhar; a marquesa deve ter como requisitos ser de fácil limpeza, e

com preços adaptados ao mercado.

Como em todos os produtos, um dos objetivos é gerar lucro com o projeto, por isso criaram-

se duas vertentes da mesma linha, uma mais económica e mais direcionada para clínicas de

fisioterapia, e outra mais direcionada para SPAS, um pouco mais dispendiosa, sendo que o publico-

alvo é também mais exigente.

Esta opção foi também tomada a pedido do próprio cliente que planeia a utilização das

marquesas na sua clínica de fisioterapia, mas tem em mãos o projeto para um futuro SPA.

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SOFT - MULTIFUNCTIONAL TREATMENT BEDS

Keywords

Massage table, massage couch, treatment bed, multifunction, physiotherapy, SPA.

Abstract

This applied project forms part of the master degree in Interior Design that aims to create a

line of massage table with facial support adjustable to the various heights of the users. These

outfits were created for the Physiotherapy Clinic Campos Rosa, headquartered in Covilhã, company

that has tested and prepares to apply these massage tables.

The goal of this project is to provide good working conditions to the therapist, as well as

comfort and good positioning of the patient. To this end we intend to create an aesthetically

appealing massage table, multifunctional, ergonomic, stable, and resistant; adapted to several

clients, therapists and types of treatment; is easy to clean, and with prices adapted to the market.

Firstly, it aims to solve one of the biggest problems in all existing solutions, which is the

regulation of facial support. When the patient is prone, the treatment requires that the feet are off

the table, and when his physical structure does not allow reaching the facial support, an adjustable

solution is quite advantageous.

Another advantage of this equipment is to provide the largest possible number of features in

order to optimize the cabinet space to spare any other supporting equipment.

Another of the goals is to create a line of aesthetically appealing massage tables,

multifunctional, ergonomic, stable, resistant, adapted to different users, as well as the therapists,

who have different requirements when working, and to several types of treatment; easy to clean,

and with prices adapted to the market.

As with all products, one of the goals is to make profit with the project, so it was created

two strands of the same line, a more economical one, directed to physiotherapy, and another one

more directed to SPA 's, a little more expensive, since the users are also more demanding.

This option was also taken by the customer's own requirement, which is already preparing its

use in his physical therapy clinic, but has gotten his hands on the project for a future SPA.

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Índice

1. Introdução ........................................................................................................ 4

1.1. Estrutura do relatório ................................................................................... 4

1.2. Motivação .................................................................................................. 5

1.3. Enquadramento ........................................................................................... 6

1.3.1. Enquadramento Histórico ............................................................................ 8

1.4. Objetivos do projeto aplicado ........................................................................ 16

1.5. Cronograma e metas do projeto ...................................................................... 20

2. Planificação ..................................................................................................... 21

2.1. Metodologias do projeto ............................................................................... 21

2.2. Análise de alguns equipamentos semelhantes ..................................................... 23

2.2.1. Marquesas Fixas ................................................................................... 24

2.2.2. Marquesas Elétricas ............................................................................... 25

2.2.3. Marquesas para SPA ............................................................................... 26

2.2.4. Marquesas para clínicas .......................................................................... 26

2.3. Especificação de Requisitos do Equipamento ...................................................... 27

2.3.1. Requisitos Funcionais ............................................................................. 29

2.3.2. Requisitos Não Funcionais ....................................................................... 29

2.4. Seleção e Definição do modelo de marquesa ...................................................... 30

2.5. Dimensões Antropométricas ........................................................................... 34

2.5.1. Percentil da Altura e Largura do Utilizador .................................................. 34

2.5.2. Percentil da Altura do Terapeuta .............................................................. 35

2.6. Definição dos Modelos de Marquesas ................................................................ 36

2.6.1. Modelo Regular .................................................................................... 36

2.6.2. Modelo Excelence ................................................................................. 37

2.6.3. Excelence ........................................................................................... 38

2.6.4. Excelence Electric ................................................................................ 38

3. Materiais e Mecanismos ....................................................................................... 40

3.1. Materiais .................................................................................................. 40

3.1.1. Estrutura ............................................................................................ 40

3.1.2. Cama ................................................................................................ 42

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3.1.3. Revestimento ...................................................................................... 44

3.2. Ferragens e Mecanismos ............................................................................... 45

3.2.1. Ferragens ........................................................................................... 45

3.2.2. Coluna Elevatória ................................................................................. 50

4. Implementação ................................................................................................. 55

4.1. Proposta Inicial .......................................................................................... 55

4.2. Proposta Final ............................................................................................ 56

4.2.1. Soft – Marquesas Multifuncionais para Massagens ........................................... 56

4.3. Validação por parte do utilizador .................................................................... 63

5. Conclusões ...................................................................................................... 64

5.1. Análise dos Resultados ................................................................................. 64

5.2. Considerações Finais .................................................................................... 66

5.3. Desenvolvimentos futuros ............................................................................. 66

Glossário .............................................................................................................. 67

Bibliografia ........................................................................................................... 69

Anexos ................................................................................................................. 71

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Índice de Esquemas

ESQUEMA 1– ORGANOGRAMA DA CLÍNICA CAMPOS ROSA .................................................................................................. 8

ESQUEMA 2 – ESQUEMA ILUSTRATIVO DO PROCESSO METODOLÓGICO DO PROJETO. .............................................................. 28

Índice de Figuras

FIGURA 1– LOGÓTIPO CLÍNICA CAMPOS ROSA .................................................................................................................. 7

FIGURA 2 -TRÊS TIPOS BÁSICOS DO CORPO HUMANO EM IIDA, I. 2000 ERGONOMIA: PROJETO E PRODUÇÃO, SÃO PAULO, EDITORA

EDGAR BLÜCHER LTDA, ....................................................................................................................................... 16

FIGURA 3 – MARQUESA SOFT REGULAR ......................................................................................................................... 37

FIGURA 4 - MARQUESA SOFT EXCELENCE ....................................................................................................................... 38

FIGURA 5 – MARQUESA SOFT REGULAR ELECTRIC ............................................................................................................ 39

FIGURA 6 – ESTRUTURA TUBULAR DA MARQUESA SOFT EXCELENCE .................................................................................... 41

FIGURA 7 – ESTRUTURA TUBULAR DA MARQUESA SOFT EXCELENCE ELECTRIC ....................................................................... 42

FIGURA 8 – CAMA DAS MARQUESAS S OFT REGULAR ........................................................................................................ 42

FIGURA 9 – CAMA DAS MARQUESAS SOFT EXCELENCE ELECTRIC ......................................................................................... 43

FIGURA 10 – CAMA DAS MARQUESAS SOFT EXCELENCE .................................................................................................... 43

FIGURA 11 – ADAPTABILIDADE CROMÁTICA DAS MARQUESAS SOFT REGULAR ....................................................................... 43

FIGURA 12– REVESTIMENTO EM MADEIRA COM VERNIZ MARÍTIMO SOFT EXCELENCE .............................................................. 44

FIGURA 13 – REVESTIMENTO EM MADEIRA COM VERNIZ MARÍTIMO SOFT EXCELENCE ELECTRIC ................................................ 44

FIGURA 14 – REVESTIMENTO EM MADEIRA COM VERNIZ MARÍTIMO SOFT REGULAR ............................................................... 45

FIGURA 15 – DESENHO TÉCNICO DA COLUNA ELEVATÓRIA LP2 DA LINAK ............................................................................ 52

FIGURA 16 – DESENHO TÉCNICO DO INTERRUPTOR DE PÉ FS2 DA LINAK ............................................................................... 53

FIGURA 17 – DESENHO TÉCNICO DA FONTE DE ALIMENTAÇÃO CB8 DA LINAK ....................................................................... 54

FIGURA 18 – MODELO INICIAL DA MARQUESA SOFT COM DUAS PRATELEIRAS ........................................................................ 56

FIGURA 19 – MODELO INICIAL DA MARQUESA SOFT COM UMA PRATELEIRA INTEIRA ............................................................... 56

FIGURA 20 – PORMENOR DO APOIO FACIAL NA MARQUESA. .............................................................................................. 60

FIGURA 21 – PORMENOR DO APOIO FACIAL. ................................................................................................................... 60

FIGURA 22 – VISTA DE BAIXO DO APOIO FACIAL, COM RESPETIVAS FERRAGENS. ...................................................................... 61

FIGURA 23 – TAMPA DO APOIO FACIAL. ......................................................................................................................... 61

FIGURA 24 – EXEMPLO DE PERSONALIZAÇÃO .................................................................................................................. 62

FIGURA 25 – ORÇAMENTO DE PRODUÇÃO ..................................................................................................................... 65

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Índice de Fotografias

FOTOGRAFIA 1 – EXEMPLO DE TRATAMENTO PARA INFEÇÃO MUSCULAR .............................................................................. 11

FOTOGRAFIA 1 – EXEMPLO DE TRATAMENTO EM POSIÇÃO DECÚBITO VENTRAL, NO QUAL O PACIENTE NÃO ALCANÇA O ORIFÍCIO

FACIAL ............................................................................................................................................................. 11

FOTOGRAFIA 3 – EXEMPLO DE TRATAMENTO A ENTORSE NO MEMBRO INFERIOR ................................................................... 12

FOTOGRAFIA 4 – EXEMPLO DE TRATAMENTO A ENTORSE NO MEMBRO INFERIOR ................................................................... 12

FOTOGRAFIA 5 – EXEMPLO DE TRATAMENTO DE CORREÇÃO POSTURAL, EM QUE O PACIENTE SE ENCONTRA NA POSIÇÃO DECÚBITO

VENTRAL E NÃO ALCANÇA O APOIO FACIAL .............................................................................................................. 13

FOTOGRAFIA 6 – CONTINUAÇÃO DO EXEMPLO ANTERIOR, O QUAL EXIGE QUE OS MEMBROS INFERIORES ESTEJAM FORA DA

MARQUESA ....................................................................................................................................................... 14

FOTOGRAFIA 7 - MARQUESA COM APOIO FACIAL INTEGRADO E APOIO FACIAL DE ENCAIXE. NO ENTANTO PERMITEM APENAS DUAS

POSIÇÕES POSSÍVEIS. .......................................................................................................................................... 17

FOTOGRAFIA 8 – CORREDIÇAS HETICH, MODELO KA1730 ................................................................................................ 45

FOTOGRAFIA 9 – PÉS REGULADORES DE METAL, M10, REF. 14892444, DA LEROY MERLIN ................................................... 46

FOTOGRAFIA 10 – RODA R.144 DA BATISTA GOMES ....................................................................................................... 47

FOTOGRAFIA 11 – CORREDIÇAS EUROSLIDE DA PECOL ...................................................................................................... 48

FOTOGRAFIA 12 – SUPORTE DE ROLO DE PAPEL, REF. 901301 DA SKPRO .......................................................................... 48

FOTOGRAFIA 13 – PARAFUSO DE POLEGAR, REF. DKL-S016 DA DAKUNLUN ........................................................................ 49

FOTOGRAFIA 14 – PARAFUSO DE APERTO ...................................................................................................................... 50

FOTOGRAFIA 15 – COLUNA ELEVATÓRIA LP2 DA LINAK .................................................................................................... 51

FOTOGRAFIA 16 – INTERRUPTOR DE PÉ FS2 DA LINAK ...................................................................................................... 52

FOTOGRAFIA 17 – FONTE DE ALIMENTAÇÃO CB8 DA LINAK ............................................................................................... 53

FOTOGRAFIA 18 – MARQUESA REF.903002 DA SKPRO .................................................................................................. 54

Índice de Tabelas

TABELA 1 – CRONOGRAMA DO PROJETO ........................................................................................................................ 20

TABELA 2 – ESTATURA DE ADULTOS, SEXO MASCULINO E FEMININO, EM CENTÍMETROS (CM) POR IDADE, SEXO E PERCENTIS. .......... 35

TABELA 3 – LARGURA CORPORAL MÁXIMA DE ADULTOS, SEXO MASCULINO E FEMININO, EM CENTÍMETROS (CM) POR PERCENTIS. .... 35

TABELA 4 – ESTATURA DE ADULTOS, SEXO MASCULINO E FEMININO, EM CENTÍMETROS (CM) POR IDADE, SEXO E PERCENTIS. .......... 36

TABELA 5 – DESENHO TÉCNICO E TABELA DO TUBO RETANGULAR DA SKYLIGHT DE 1,20MM ................................................... 41

TABELA 6 – ALTURA DO PÚBIS DE ADULTOS, SEXO MASCULINO E FEMININO, EM CENTÍMETROS (CM) POR PERCENTIS. ................... 58

TABELA 7 – DIMENSÃO DA FACE DE ADULTOS EM CENTÍMETROS (CM) POR PERCENTIS. ............................................................ 59

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Cláudia Celina Pombo Alves

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1. Introdução

1.1. Estrutura do relatório

Esta secção apresenta sucintamente a organização e o conteúdo do presente relatório de

projeto aplicado. Os capítulos estão organizados de modo a permitir uma compreensão

progressiva, seguindo uma linha orientadora desde um conjunto de reflexões iniciais até uma

série de expectativas futuras e considerações finais. De notar que, não obstante esta exposição

progressiva, os capítulos são relativamente independentes entre si, podendo ser consultados sem

afetar significativamente os seus objetivos de apresentação.

O primeiro capítulo, introdutório, começa por procurar descrever a motivação,

enquadramento, e a solução diagnosticada para o problema apresentado. Ainda sem entrar em

pormenores técnicos, pretende descrever inequivocamente a necessidade das marquesas Soft e

como foram solucionados os problemas que se apresentaram.

O segundo capítulo, de nome Planificação, pretende descrever exaustivamente os passos

iniciais necessários para uma boa análise e planeamento do projeto.

Pretende-se analisar as soluções disponíveis atualmente e escolher a solução mais indicada

para o problema. Adicionalmente são definidos os vários requisitos do projeto bem como a sua

calendarização.

O terceiro capitulo poderia ter sido evitado caso se tratasse de um equipamento já

fabricado e convencional, no entanto, devido à especificidade de alguns mecanismos utilizados e

à criação de sistemas próprios para implementação no equipamento, este capitulo existe para

melhor abordar e descrever as ferramentas e qual o seu papel no funcionamento geral da

marquesa.

Apesar de serem aqui mencionadas várias ferramentas, na maioria dos casos é realizada

uma descrição muito superficial estando no entanto disponível a sua referência para uma

descrição mais exaustiva. Esta situação verifica-se não só neste capítulo mas em todo o

relatório, pois descreve exaustivamente todas as opções tomadas e mecanismos utilizados.

No quarto capítulo, a implementação, pretende-se descrever as características e

funcionalidades do equipamento desenvolvido. Este capítulo é sem dúvida o mais técnico de todo

o relatório e é fundamental para demonstrar o funcionamento do equipamento.

Na análise de resultados e considerações finais, são evidenciados os resultados deste

projeto aplicado. Esta fase acontece depois de concluído e são evidenciados os principais

obstáculos e desenvolvimentos futuros.

A informação contida neste capítulo foi, em grande parte, fornecida pelos intervenientes

diretos da empresa, são eles os maiores conhecedores das necessidades inerentes à atividade

desenvolvida os mais indicados para avaliar o modo de funcionamento do equipamento.

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Estudo de Marquesas Multifuncionais para Massagens – Marquesas Soft

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Como é normal neste tipo de relatório, este finaliza com a conclusão onde se avalia de

uma forma geral o decorrer de todo este processo.

Adicionalmente são disponibilizadas as referências necessárias para leituras

complementares, devidamente indicadas no corpo deste documento.

Na secção de anexos é disponibilizado:

3D da marquesa Soft Regular;

3D da marquesa Soft Excelence Electric;

3D da marquesa Soft Excelence;

3D da Estrutura Tubular Interior das Marquesas;

Desenho Técnico da Marquesa Soft Regular

Desenho Técnico da Marquesa Soft Excelence Electric

Desenho Técnico da Marquesa Soft Excelence

Desenho Técnico da Estrutura Metálica das marquesas

Desenho Técnico do Apoio Facial

Este relatório reflete as sugestões feitas pelo arguente na defesa oral do trabalho, as quais

foram:

Ordenar a Bibliografia alfabeticamente;

Argumentar a opção dos três modelos do equipamento;

Argumentar que a solução existente no mercado mais completa, dispõe de 2

posições possíveis do apoio facial, no entanto esta não preenche os requisitos de

adaptação;

Complementar a informação sobre os materiais para revestimento em madeira

maciça e estrutura em ferro lacado para não oxidar;

Adicionar as referências indiretas presentes na bibliografia;

Acrescentar uma guarda para o rolo de papel colocado nas marquesas;

Alterar a colocação das prateleiras na estrutura da marquesa Soft Excelence

Electric, de forma a que fiquem fixas e não existe a possibilidade de subir ou

descer conjuntamente com a cama.

1.2. Motivação

Este projeto surgiu no âmbito da unidade curricular de "Estágio profissionalizante/Projeto

aplicado" do mestrado em Design de Interiores da Escola Superior de Artes Aplicadas de Castelo

Branco. O tema foi escolhido aquando de uma visita à Clinica Campos Rosa, durante a qual foi

identificado um problema no apoio facial das marquesas existentes.1 Este é fixo e não permitia

1 Informação referenciada no dia 20 de Março 2013 pelo sócio-gerente da Clínica Campos Rosa, Dr. Tiago Rosa.

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Cláudia Celina Pombo Alves

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que a maioria dos pacientes o utilizasse nos tratamentos de correção postural. O autor sugere

que se desenvolva uma solução ajustável, tendo a clínica concordado e encomendado o referido

trabalho.2

Com o objetivo de criar uma “ponte” entre o ensino superior e o mundo empresarial,

pretende-se, com a criação desta linha, iniciar uma marca de marquesas, e trabalhar com

empresas especializadas em produção de equipamentos da região, podendo desta forma

contribuir para o aumento da economia local.

Através da Clínica Campos Rosa, foi iniciada a criação da linha de marquesas e por

consequência a resolução de diversos problemas identificados nos equipamentos já existentes.

O desenvolvimento do projeto e posterior produção do produto servirá de tudo base para

uma posterior comercialização dos produtos para outras clínicas, SPAs ou mesmo revendedores e

distribuidores.

O objetivo geral deste projeto é a criação de uma linha de marquesas multifuncional, com

apoio facial ajustável, direcionada e adaptada tanto a clínicas como a SPAs.

Tanto a escola como a clínica disponibilizaram todo o apoio necessário para tornar este

projeto numa realidade.

1.3. Enquadramento

A Clínica Campos Rosa – Serviços de Saúde, Lda.; apresenta-se como uma empresa de

prestação de cuidados de saúde na área da Medicina Física e Reabilitação, na vertente da

músculo-esquelética (acidentes de trabalho, lesões desportivas, etc.), aliando-se ao mais

recente conhecimento e inovação na área da Medicina Desportiva.

Localizada na Covilhã, na Rua Celestino David No 59-B, com horário de 2a a 6a feira das 9h

às 20h, sendo o proprietário Tiago Rosa, Fisioterapeuta já com experiência na área, tendo

prestado serviços em diversos clubes regionais e nacionais e realizado diversa formação na área.

Com instalações de 244 m2, possuindo 5 boxes de tratamento individuais, um amplo

ginásio, piscina, gabinete médico, 2 balneários, 2 casas de banho conforme as normas legais e

receção, pretendem dar todo o conforto aos clientes.

Aliado a este projeto tem a presença de quatro médicos de excelência, o Dr. Francisco

Tavares, médico Fisiatra que assume as funções de Diretor Clínico; Dr. Jorge Nunes, médico

Ortopedista da Federação Portuguesa de Futebol, Dr. António Alves também Ortopedista, e por

fim o Dr. Adelino Tavares como Clínico Geral.

Simultaneamente a clinica está munida de uma equipa multidisciplinar de profissionais

credenciados e competentes, que criam um novo conceito de intervenção terapêutica centrado

2 Informação referenciada no dia 15 de Abril 2013 pelo sócio-gerente da Clínica Campos Rosa, Dr. Tiago Rosa.

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Estudo de Marquesas Multifuncionais para Massagens – Marquesas Soft

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nas necessidades dos clientes, para que estes possam recuperar das suas patologias de uma

forma rápida e segura.

Conta ainda com as seguintes valências: psicóloga clínica/desportiva, fisiologistas,

nutrição, homeopatia/naturopatia e medicina tradicional chinesa que garantem a efetividade e

inovação nos serviços.

Os vários tratamentos efetuados na clínica têm requisitos próprios e diversos, desta forma

os equipamentos utilizados deverão adaptar-se a cada situação em particular.3

A implementação desta nova linha de marquesas proporciona uma ampla adaptação da

postura do utente ao apoio facial ajustável na cabeceira da marquesa, permitindo a colocação do

seu corpo de acordo com os requisitos do tratamento a efetuar.4

Na atual conjuntura económica, cada vez mais as empresas e indivíduos necessitam de

otimizar os seus recursos e infraestruturas. As marquesas Soft irão proporcionar às clinicas e aos

SPAs, uma maior economia de espaço em cada gabinete, pois este equipamento dispensa

qualquer outro mobiliário de apoio, sendo que possui diversos acessórios e estruturas

incorporadas. Esta multifuncionalidade permite mais espaço livre nos gabinetes e em outras salas

nos edifícios.

Esta multifuncionalidade aliada com a regulação do apoio facial trazem grandes vantagens

para ambas as partes: paciente terá uma postura mais correta e mais confortáveis os terapeutas

terão os materiais mais próximos e disponíveis, e consequentemente um espaço de trabalho mais

amplo em redor da marquesa.5

Figura 1– Logótipo Clínica Campos Rosa

3 Informação referenciada no dia 15 de Abril 2013 pelo sócio-gerente da Clínica Campos Rosa, Dr. Tiago Rosa.

4 Informação referenciada no dia 12 de Agosto 2013 pelo sócio-gerente da Clínica Campos Rosa, Dr. Tiago Rosa.

5 Informação referenciada no dia 15 de Abril 2013 pelo sócio-gerente da Clínica Campos Rosa, Dr. Tiago Rosa.

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Cláudia Celina Pombo Alves

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Esquema 2– Organograma da Clínica Campos Rosa

1.3.1. Enquadramento Histórico

Existem diversos tipos de marquesas há milhares de anos.

Voltando atrás na história, as marquesas usadas eram feitas de madeira ou pedra. Na

Roma antiga, por volta de 300 A.C., os artesãos construíam marquesas de mármore e pedra

calcária, não foi difícil de perceber que essa não era a opção mais confortável. O mármore é

uma pedra e a pedra é muito dura e fria.

Avançando cerca de 200 anos surgem os "sofás de massagem". Estes eram feitos de

madeira e o seu interior continham pelo de cavalo porque que era mais resistente que o algodão.

Foi em 1920 que o predecessor do que chamamos hoje em dia "marquesas" foi

desenvolvido nos Estados Unidos.

Por volta de 1930 surge a primeira marquesa portátil e na década de 1940 que alguém

surgiu com a ideia de cortar um orifício onde a cara pudesse descansar a qual se espalhou

rapidamente. Também na década de 1940 a empresa "The Battlecreek " fabricou a primeira

marquesa feita de alumínio – uma marquesa portátil que se dobrava por completo sobre si.

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Estudo de Marquesas Multifuncionais para Massagens – Marquesas Soft

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Em 1972 saiu o livro "The massage Book", em que o autor George Downing mostrou a sua

própria versão de uma marquesa – muitos terapeutas copiaram esta solução e foi depois desta

publicação que essas marquesas apareceram no mercado.

Foi na década de 1980 que o apoio facial se estabeleceu (aquele que pode ser anexado ou

destacado do corpo principal da marquesa).

Hoje em dia os diferentes tipos de guarnição para marquesas tornaram-se muito

populares, os estofos foram substituídos por materiais modernos evitando problemas com a

higiene, pois podem ser facilmente lavados. São resistentes à água e ao óleo, muito duráveis e

são mais confortáveis que os anteriores.

Há um par de anos atrás a maioria das marquesas eram produzidas nos Estados Unidos. No

entanto, hoje em dia também existem diversos fabricantes na Europa e na Ásia.6

1º Problema

Tal como referido anteriormente a Clinica de Fisioterapia Campos Rosa presta serviços de

cuidados de saúde na área da Medicina Física e Reabilitação, na vertente da músculo-esquelética

(acidentes de trabalho, lesões desportivas, etc.), aliando-se ao mais recente conhecimento e

inovação na área da Medicina Desportiva. Como tal, o seu público é bastante amplo e variado, o

que se reflete numa área de atuação bastante grande. As estaturas e idades dos pacientes são

também bastante diversos, tal como os tratamentos efetuados. Posto isto a clínica percebe que

para alguns tratamentos, tais como a correção postural, que implica a colocação dos pés fora da

marquesa na posição decúbito ventral; o apoio facial fixo, existente nas suas marquesas, não se

adequa à morfologia de todos os seus clientes. Pois alguns pacientes mais baixos, não têm altura

suficiente para chegar lá; outros mais altos têm altura em demasia e por isso ultrapassam-no.7

Após identificação do problema, a clínica efetua uma extensa pesquisa em todos os seus

fornecedores a fim de encontrar uma marquesa com apoio facial ajustável. Esta pesquisa

mostrou-se infrutífera, pois a solução pretendida não foi encontrada.8

Após conversa com o responsável da clínica, também o autor efetua uma extensa pesquisa

em todas as empresas produtoras, revendedoras ou distribuidoras deste equipamento.

Como já referido, para tratamentos de correção postural, as diversas alturas e idades dos

pacientes são um desafio. Como tal a solução improvisada da clínica para o cliente é a colocação

de uma toalha dobrada por baixo da testa do paciente de forma a perfazer a altura do nariz.

6 Massage Tables 2013 [Em linha]. Disponível em: http://www.massage-tables.info/the-history-of-massage-tables/

[Consult. 7 Abril 2013].

7 Informação referenciada no dia 20 de Março 2013 pelo sócio-gerente da Clínica Campos Rosa, Dr. Tiago Rosa e

observada durante o mês de Maio pela autor, nas diversas visitas que efetuou à Clinica. 8 Facebook 2013. Clínica Campos Rosa [Em linha]. https://www.facebook.com/pages/Cl%C3%ADnica-Campos-

Rosa/229404293805632 [Consult. 21 Março 2013].

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10

Esta solução torna-se desconfortável para o paciente e não permite uma postura completamente

correta, sendo que o paciente não está completamente relaxado. 9

Este foi o mote principal para que a Clinica encomendasse o projeto específico da

marquesa com apoio facial ajustado, por sugestão do autor.

2º Problema

O segundo problema encontrado reside na dificuldade de aproveitamento de espaço nas

clínicas.

Após uma pesquisa no Distrito de Castelo Branco o autor verificou que a maioria das

clínicas estabelecidas em cidades estão em lojas situadas em prédios de apartamentos, como o

espaço disponível é bastante reduzido, deve ser aproveitado o mais possível de forma a criar

todas as valências e estruturas necessárias ao bom desenvolvimento das clínicas.

O facto de em cada gabinete ser necessário uma marquesa, um móvel para guardar

cremes, toalhas, óleos, etc., e um cabide para acondicionar os pertences do paciente, o que faz

com que o espaço de trabalho para o terapeuta seja bastante exíguo, perdendo a sua

mobilidade.10

Para ficar inteirado de todas as necessidades para o projeto, o autor assistiu a várias

sessões de tratamentos registando-as através de processos fotográficos e de observação direta,

para registo das principais necessidades dos utentes e dos profissionais nos diversos tratamentos.

9 Informação referenciada no dia 20 de Março 2013 pelo sócio-gerente da Clínica Campos Rosa, Dr. Tiago Rosa e

observada durante o mês de Maio pela autor, nas diversas visitas que efetuou à Clinica.

10 Informação referenciada no dia 22 de Março 2013 pelo sócio-gerente da Clínica Campos Rosa, Dr. Tiago Rosa e pelos

diversos fisioterapeutas que incorporam a equipa da Clínica.

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Fotografia 3 – Exemplo de Tratamento para infeção muscular

Fotografia 1 – Exemplo de Tratamento em posição decúbito ventral, no qual o paciente não alcança o orifício facial

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Fotografia 3 – Exemplo de Tratamento a Entorse no membro inferior

Fotografia 4 – Exemplo de Tratamento a Entorse no membro inferior

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Fotografia 5 – Exemplo de Tratamento de Correção Postural, em que o paciente se encontra na posição decúbito ventral

e não alcança o apoio facial

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Fotografia 6 – Continuação do Exemplo anterior, o qual exige que os membros inferiores estejam fora da marquesa

3ª Problema

Quando se fala de espaços de saúde e bem-estar, uma das preocupações sempre presente

é a escolha certa dos materiais e os acabamentos aplicados a estes equipamentos, pois a

utilização neste local obriga a alguns requisitos específicos como a constante utilização de óleos

e outros líquidos, ceras e desinfetantes, etc., que poderão ter influência na degradação mais

rápida do material, ficando desta forma o equipamento precocemente envelhecido.

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Como tal, os critérios a ter em conta, são os seguintes: Fácil limpeza, uma vez que a

higienização do equipamento deve ser uma preocupação constante; resistência, para garantir o

suporte de diversos pesos; durabilidade, pois são equipamentos com bastante desgaste e por isso

a escolha dos materiais deve ser pensada nesse sentido.11

Outro aspeto a ter em conta na escolha dos materiais é a possibilidade de personalização;

ou seja devem estar disponíveis em diversas variantes cromáticas e texturas, pois ao cliente,

deve ser permitido a adaptação do equipamento face ao enquadramento estético do seu

espaço.12 Sendo que estética se define como “o julgamento e a perceção do que é considerado

belo, a produção das emoções pelos fenómenos estéticos”13

4ª Problema

A equipa de colaboradores que integram o quadro de uma clínica, não é estático. Há

intervenientes que saem e outros novos que entram. Cada vez mais, e na conjuntura atual, os

colaboradores tornam-se mais polivalentes, sendo que não se especializam apenas numa

função.14 Como tal, o equipamento deve adaptar-se também a estes fatores. A mudança de

terapeutas com diferentes estaturas constitui um foco de preocupação.

É também necessário ter em conta o facto dos tratamentos ou massagens exigirem do

terapeuta posições diferentes.

Uma das posições mais utilizadas pelos terapeutas é aquela em que o mesmo se encontra

com os joelhos ligeiramente fletidos para que as costas do paciente se encontrem ao nível do seu

quadril e as suas costas fiquem corretamente alinhadas com a coluna.15 No entanto outros

tratamentos exigem posições diferentes, como tal a marquesa deverá adaptar-se a estes fatores.

Esta deve adaptar-se ergonomicamente ao terapeuta.

11 Antic 2013 [Em linha]. Disponível em: http://www.antic-online.com/blog/2012/05/11/escolher-uma-marquesa/

[Consult. 5 Abril 2013].

12 Informação referenciada no dia 12 de Junho 2013 pelo sócio-gerente da Clínica Campos Rosa, Dr. Tiago Rosa.

13 Wikipedia 2013. Definição de Estética [Em linha]. Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Est%C3%A9tica

[Consult. 2 Abril 2013].

14 Informação referenciada no dia 10 de Maio 2013 pelo sócio-gerente da Clínica Campos Rosa, Dr. Tiago Rosa.

15 Instituto de Medicina Tradicional. Curso de Massoterapia e Técnicos Auxiliares de Fisioterapia – Livro 1 – Manual de

Técnicas de Massagem, Porto, IMT.

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16

Figura 2 -Três Tipos básicos do Corpo Humano em Iida, I. 2000 Ergonomia: projeto e produção, São Paulo, Editora Edgar

Blücher Ltda,

Outros problemas

Outro problema com a altura das marquesas é a dificuldade que o paciente sente quando

sobe para a mesma. Esta situação é mais recorrente nos idosos e nas crianças por motivos de

mobilidade ou de altura.16 Normalmente esta situação é colmatada com um bloco de escadas

que se coloca em frente à marquesa, permitindo ao paciente subir e descer da mesma, de uma

forma segura e confortável.17

Esta situação resolve o problema inicial, mas como é um bloco independente da marquesa,

acontece frequentemente ser retirado do gabinete.18 Este é um problema a ter em conta pois o

equipamento deve estar sempre disponível para utilização quando necessário.

Outro problema sugerido pelo cliente é a criação de mais de 3 versões do mesmo

equipamento. Um que seja direcionado para a clínica de fisioterapia e outro modelo que seja

mais direcionado para o projeto de Spa que já existe nas mãos do cliente. Este porém deverá

também integrar uma solução elétrica que permita a incorporação de um motor elétrico de

forma a criar uma maior amplitude de ajustamento de altura.

1.4. Objetivos do projeto aplicado

Após a avaliação dos requisitos gerais e dos problemas a resolver, foi entendido que a

solução para estes problemas passa pelo desenvolvimento de um equipamento com as seguintes

características:

16 Informação referenciada no dia 27 de Maio 2013 pelo sócio-gerente da Clínica Campos Rosa, Dr. Tiago Rosa.

17 Informação observada durante o mês de Maio pela autor, nas diversas visitas que efetuou à Clinica.

18 Informação observada durante o mês de Maio pela autor, nas diversas visitas que efetuou à Clinica

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Apoio Facial Ajustável:

Na extensa pesquisa efetuada pelo autor em diversos fornecedores deste equipamento, foi

observada a existência de inúmeras soluções de marquesas, tais como: marquesas bipartidas,

tripartidas, simples, com cabeçal independente, cabeçal incorporado, etc.19 No entanto

nenhuma das soluções encontradas contempla o apoio facial ajustável.

Fotografia 7 - marquesa com apoio facial integrado e apoio facial de encaixe. No entanto permitem apenas duas

posições possíveis.

Como tal, desenvolver uma marquesa com “Apoio Facial Ajustável” é a solução ideal e

completamente inovadora para o problema apresentado, sendo assim a principal característica

que distingue as marquesas SOFT das restantes soluções existentes no mercado.

Esta permite ajustar o apoio facial de acordo com a estatura do paciente e especificidades

do tratamento ou massagem quando o mesmo se encontra na posição decúbito ventral.

Quando o tratamento ou massagem implica a colocação do paciente de costas, foi

contemplada uma tampa da mesma espessura da marquesa que, quando colocada, preenche o

espaço em falta, permitindo uma postura correta do paciente, quer necessite do apoio ou não.

Equipamento Multifuncional

Como referido anteriormente, as Clinicas ou SPAs apresentam regularmente, gabinetes

com espaços reduzidos, o que implica a colocação de poucos equipamentos de apoio ou até a não

colocação dos mesmos. Esta situação faz com que os terapeutas tenham a necessidade de se

19 Informação referenciada no dia 27 de Maio 2013 pelo sócio-gerente da Clínica Campos Rosa, Dr. Tiago Rosa.

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ausentar diversas vezes do seu espaço para irem providenciar material necessário ao

tratamento/massagem.

O espaço reduzido no gabinete provoca uma má postura dos profissionais e por

consequência, um tratamento menos eficaz no paciente.20

As marquesas SOFT são equipamentos multifuncionais e dispõem de diversos elementos

estruturais e funcionais que permitem a incorporação de todos os materiais necessários à

atividade profissional. Estes são: escada incorporada que proporciona aos utentes a possibilidade

de subir para a marquesa de uma forma antropométrica, gavetas ou prateleiras para arrumo de

cremes, óleos, toalhas, pertences do paciente e ainda o rolo de papel incorporado.

Com estes elementos, armários ou bancadas de apoio são dispensados, pois no próprio

equipamento estarão armazenados todos os materiais necessários à atividade desenvolvida.

Materiais Adequados à Atividade do Equipamento

As marquesas SOFT dispõem de uma estrutura tubular interior em ferro lacado que

permite a sua sustentabilidade e resistência aos vários pesos a que está sujeita. Esta estrutura é

revestida por madeira envernizada em poliuretano de alta resistência, este é aplicado em

embarcações mas também em pavimentos e móveis de cozinha para que seja de fácil limpeza e

não absorva nenhum tipo de fluídos. Este tratamento confere também uma maior resistência à

madeira face ao desgaste a que está sujeita.

O revestimento da cama é em napa e espuma visco elástica, para que, tal como o verniz,

permita uma fácil limpeza e impermeabilização.

Estes materiais, a napa e a madeira, foram escolhidos tendo em conta a componente

estética do equipamento, uma vez que ambos permitem a personalização cromática que o

cliente requisita.

A madeira enquadra-se com o conceito definido para a marquesa em termos estéticos, que

apela ao elemento natural. Uma solução em forma de tronco de árvore com folhas recortadas foi

a linha definida e vai ao encontro dos conceitos de saúde e bem-estar e da sua ligação à

natureza.

Definição de Modelos

Foram criadas 3 versões do equipamento21. Uma, SOFT REGULAR direcionada para a clínica

de fisioterapia de acordo com os requisitos próprios do trabalho efetuado no local, e as outras 2

versões, SOFT EXCELENCE direcionadas para SPA. Estas últimas duas distinguem-se

20 Informação referenciada no dia 27 de Maio 2013 pelo sócio-gerente da Clínica Campos Rosa, Dr. Tiago Rosa. 21 Informação referenciada no dia 27 de Maio 2013 pelo sócio-gerente da Clínica Campos Rosa, Dr. Tiago Rosa.

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maioritariamente pela integração de um motor elétrico numa das versões. Desta forma dentro do

modelo EXCELENCE, existe a versão EXCELENCE ELECTRIC.

Regulação de Altura

São disponibilizados dois tipos de regulação em altura, dependendo do modelo escolhido.

Na SOFT REGULAR e SOFT EXCELENCE o ajuste em altura é efetuado manualmente numa

furação previamente definida, permitindo que a marquesa seja colocada numa posição

confortável e adequada ao trabalho do terapeuta.

Na SOFT EXCELENCE ELECTRIC, o ajuste é mais amplo uma vez que é feito através de

motor elétrico incorporado na estrutura e controlado pelo terapeuta através de um pedal

exterior.

O terapeuta pode ajustar a altura da marquesa aos requisitos da sua atividade e também à

sua altura, proporcionando-lhe ergonomia no seu local de trabalho.

A solução da SOFT EXCELENCE ELECTRIC permite também a regulação da altura em relação

ao paciente para que seja assim dispensada a escada incorporada.

Escada Incorporada

Tendo em conta o problema referido anteriormente, é vantajoso que exista uma escada de

apoio que permita a fácil subida para a marquesa, bem como a respetiva descida.

Mais vantajoso ainda, se esta solução não for um elemento exterior ao equipamento, mas

sim incorporado no mesmo, permitindo a presença constante desse componente.

Desta forma as marquesas SOFT EXCELENCE e SOFT REGULAR estão incorporadas com um

bloco de escadas na sua estrutura, o qual se torna parte integrante da mesma. Esta integração

proporciona a presença constante deste elemento, e por isso a possibilidade da sua utilização

sempre que necessário.

No modelo elétrico, tal como já referido, este bloco é dispensável.

Componente Estética

Todos os materiais escolhidos para este equipamento – napa e madeira - permitem a

personalização cromática.

Este é um fator muito importante quando se pensa numa posterior revenda do

equipamento para outros clientes, pois os requisitos estéticos serão sempre diferentes de cliente

para cliente.

Como tal a paleta de cores da napa é bastante abrangente e a madeira para além da sua

diversidade natural, pode também ser pintada e lacada.

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1.5. Cronograma e metas do projeto

Nome da Tarefa Duraçã

o Início

Fev.

13

Mar.

13

Abr.

13

Mai.

13

Jun.

13

Jul.

13

Ago.

13

Set.

13

Out.

13

Definição do

Problema 1 Mês

Fev.

2013

Pesquisa 9 Meses Fev.

2013

Visitas à Clínica para

observação 8 Meses

Fev.

2013

Versão Inicial das

Marquesas 1 Mês

Mar.

2013

Estudos

Antropométricos e

Ergonómicos

5 Meses Mar.

2013

Definição do Conceito 2 Meses Fev.

2013

Definição dos

Materiais 3 Meses

Mai.

2013

Definição e Desenho

dos 3 Modelos 7 Meses

Abr.

2013

Escrita do Relatório 3 Meses Ago.

2013

Tabela 1 – Cronograma do Projeto

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21

2. Planificação

2.1. Metodologias do projeto

Ao definir um projeto, seja ele um curso, um trabalho de pesquisa, etc., devemos

estabelecer uma ordem de ações para que o resultado esperado seja atingido.

A proposição inicial é que temos um PROBLEMA a ser resolvido, e queremos alcançar uma

SOLUÇÃO. Para que isso ocorra, é necessário identificar as etapas de elaboração de um projeto.

“O problema não se resolve por si só; no entanto contem já todos os elementos para a

sua solução, é necessário conhece-los e utiliza-los no projeto de solução.”22

Durante o desenvolvimento deste trabalho foi seguida a metodologia de Bruno Munari23

segundo a qual o desenvolvimento da aplicação envolve as seguintes etapas:

Definição do Problema: esta é a etapa inicial, ou seja, a que “ a quem” se destina, que

tipo de texto é pedido, qual é o caso de estudo, qual é o tema.

É nesta fase que se encontram os objetivos do material, bem como a seleção de autores para

leituras de apoio.

Ideia - Componentes do Problema: depois de concluída a definição do problema, tem-se

uma IDEIA, no entanto a ideia não pode ser considerada uma solução. Apesar de ajudar no

desenvolvimento, não resolve a questão. É necessário desmontar o problema nas suas

componentes (COMPONENTES DO PROBLEMA) e reconhecer os “pequenos problemas”

isoladamente, de forma a facilitar a resolução dos mesmos.

Qualquer que seja o problema a identificação dos seus componentes simplifica a sua

resolução.

Separam-se em "áreas" específicas cada um dos itens.

Conteúdo, público-alvo, objetivos, metodologia, atividades, avaliação, aspetos

ergonómicos de utilização como adequação de linguagem, repertório interpretativo e

comunicação visual - adequação de cores, tipologia, etc., são alguns dos aspetos que devem ser

levados em consideração nesta etapa do desenvolvimento do projeto.

Dividir em categorias específicas ajuda a orientar uma ação mais efetiva a cada ponto, no

cumprimento dos objetivos.

22 Munari, B. 1981. Das Coisas Nascem Coisas, Lisboa, Edições 70.

23 Munari, B. 1981. Das Coisas Nascem Coisas, Lisboa, Edições 70.

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22

Recolha de Dados: depois de identificar os componentes do problema e os subdividir em

sub-problemas, inicia-se a fase da Recolha de Dados.

Recolher dados significa procurar conhecer cada parte do todo de um projeto,

separadamente.

Fazer pesquisa de materiais já desenvolvidos noutros suportes e quais as suas

características. Pesquisar os materiais não significa seguir o exemplo, mas sim, saber o que já foi

feito e a partir daí, procurar conhecer o que efetivamente funciona.

Análise de Dados: nesta fase são analisados todos os dados previamente recolhidos

permitindo uma maior segurança nas opções tomadas e no decorrer do projeto.

Esta análise mostra o que se deve ou não fazer, usar, aproveitar, etc. É a análise de dados

que permite estabelecer o passo seguinte: Criatividade.

Criatividade: nesta etapa coloca-se a ideia de parte, para dar lugar à criatividade. A ideia

é algo fantasiosa ao passo que a criatividade processa-se de acordo com uma metodologia,

mantendo-se nos limites impostos pela análise dos dados recolhidos.

A Criatividade, bem aplicada, e dentro dos objetivos traçados e definidos nos passos

anteriores do processo de desenvolvimento, agrega valores diferenciais ao projeto.

Materiais e Tecnologias: esta fase pode, a princípio, parecer uma repetição da fase de

recolha de dados, no entanto ambas são distintas.

A recolha de dados mostra algumas possibilidades, pois é uma fase de conhecimento de

opções, inclusive de materiais e tecnologias, mas é somente depois da aplicação da criatividade

que se efetivam as escolhas definitivas tanto em materiais como em relação às tecnologias mais

adequadas aos objetivos do projeto.

Experimentação: é nesta fase que se começa a "testar" o projeto.

É na experimentação que se conseguem solucionar problemas que antes pareciam

insolúveis. Pode-se aplicar um conceito de uma área pouco explorada de forma a otimizar

resultados.

A fase de experimentação vem, claramente, antes do modelo final de projeto, no sentido

de permitir a experimentação de materiais, tecnologias e métodos para melhor atingir os

objetivos.

Não visa substituir o que já foi feito, nem tem a pretensão de inovar sempre, mas sim de

certificar que nas escolhas feitas tenha tido em conta todas as possibilidades e se tenha optado

pelos mais adequados.

Modelo: Um modelo é algo que sintetiza as ideias em relação a um objetivo.

Até esta fase, não se realizou nada que se assemelhe a uma "solução" efetiva, mas existem

agora dados suficientes para afirmar que as hipóteses de erros estão reduzidas.

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23

Pode-se agora estabelecer as relações entre os dados recolhidos, agrupar os sub-problemas

e efetivar a construção dos esboços para a elaboração do modelo que se pretende aplicar como a

solução do nosso problema inicial.

Os modelos demonstram as possibilidades reais do uso de materiais, técnicas e

metodologias. São, portanto, o resultado de um trabalho consistente de elaboração.

Verificação: nesta fase comprova-se a eficiência de um material desenvolvido antes da

sua aplicação. É na verificação que se observam as falhas, caso existam, e se corrigem as

mesmas.

Pode também, existir mais de um modelo e é na verificação que se decide, depois de

testados todas as opções.

Apresenta-se o modelo a um certo número de possíveis utilizadores, e pede-se pelo seu

parecer sobre o ou os modelos apresentados.

É neste momento também que se "fecham" questões quanto a conteúdos controversos ou a

permanência ou não de determinada tecnologia.

Desenho Final: o desenho final é uma síntese de dados recolhidos ao longo de todo o

processo que envolve todas as fases anteriores.

É, portanto, a solução resultante de diversas áreas agregadas em torno do objetivo

principal.

2.2. Análise de alguns equipamentos semelhantes

Existem várias empresas no mercado que fornecem marquesas, quer sejam revendedores

ou produtores. No entanto, de acordo com a extensa pesquisa efetuada pelo autor, e pela

informação fornecida pela Clínica Campos Rosa, não existe nenhuma empresa produtora de

marquesas em Portugal.24 Existem diversas empresas revendedoras, até mesmo com venda online

ou em portais específicos como o Marquesas.PT.25

Em todas essas empresas são encontradas diversos tipos de marquesas, na sua maioria com

possibilidade da personalização cromática. O cliente pode optar por marquesas fixas,

hidráulicas, elétricas, portáteis e ainda diversos acessórios complementares. Pode ainda escolher

marquesas inteiras, bipartidas ou tripartidas; com apoio de braços ou de cabeça; e ainda com ou

sem apoio facial incorporado.

24 Informação referenciada no dia 05 de Março 2013 pelo sócio-gerente da Clínica Campos Rosa, Dr. Tiago Rosa.

25 Marquesas.pt 2013 [Em linha]. Disponível em: http://www.marquesas.pt/index.php?route=common/home [Consult. 18

de Março 2013].

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24

Todas estas opções têm uma particularidade em comum, nenhum dos equipamentos

apresenta uma solução com apoio facial ajustável.

Também nenhuma das soluções encontradas apresenta estruturas multifuncionais, com

elementos agregados no próprio equipamento.

2.2.1. Marquesas Fixas

Marquesas.pt26: Marquesas.pt é a maior plataforma Portuguesa de venda de marquesas e

respetivos acessórios. É uma loja online, sediada no Porto que agrega num só sítio uma ampla

gama de marquesas e fornecedores, permitindo ao cliente uma grande variedade de escolha.

A empresa afirma que pretende contribuir para o sucesso dos clientes, trazendo ao

mercado produtos que possam ir ao encontro das suas necessidades, através de canais e

formatos inovadores e eficazes. Procuram desafiar a forma tradicional de fazer as coisas e é o

desafio da evolução que, verdadeiramente os move. Centram-se no sector da saúde, assumindo-o

como um conceito lato, e pretendem merecer a confiança que os leve a atingir uma posição de

referência.

Informam que através do seu sítio, pretendem oferecer informação pormenorizada dos

produtos. No entanto, sabem que a escolha de uma marquesa pode ser difícil, pelo que dispõem

de uma equipa técnica com elevado Know-How, disposta a orientar o cliente nesse processo.

Apresentam uma vasta gama de soluções em marquesas portáteis, fixas, hidráulicas,

acessórios para marquesas e ainda produtos para massagens. Dentro destas tipologias o cliente

pode ainda escolher o tipo de material que pretende (madeira ou alumínio). Dentro deste, tem à

sua disposição diversos modelos.

No entanto nenhuma das soluções apresentadas está equipada com um apoio facial

ajustável, nem tampouco demonstram a multifuncionalidade pretendida.

Skpro27: Dedicam-se à venda de produtos relacionados com a estética e beleza, entre os

quais a venda de marquesas.

Têm vários componentes para venda que se dividem em grupos de produtos. Entre eles

destacam-se o mobiliário de estética, que inclui as marquesas.

Contém alguns modelos mais apelativos esteticamente, e também soluções mais

inovadoras, tal como o modelo “Marquesa de Massagem Wengué c/ Suporte Rolos”, que

incorpora já duas posições possíveis para o apoio facial ou apoio de cabeça, um suporte para

26 Marquesas.pt 2013 [Em linha]. Disponível em: http://www.marquesas.pt/index.php?route=common/home [Consult. 18

de Março 2013]. 27 Skpro 2013[Em linha]. Disponível em: http://www.skpro.p/ [Consult. 18 de Março 2013].

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25

rolos no fundo do equipamento, e ainda uma prateleira que permite a colocação de algum

material.

Apesar da Fotografia 7 ser o modelo mais completo encontrado, na opinião do autor, não é

o mais adequado para permitir a adaptação do apoio facial às diversas alturas dos pacientes, pois

permite apenas duas posições possíveis, sendo que no seu intervalo não permite nenhuma outra

posição. Como tal não satisfaz a necessidade de ajuste às diversas alturas, pois só permite duas

posições possíveis. Este também não dispensa outros equipamentos adicionais, pois não é

multifuncional o suficiente.

2.2.2. Marquesas Elétricas

Multiphysio28: A administração refere que é uma empresa estabelecida no mercado

português, direcionada para a importação, exportação e comercialização de equipamento

profissional de massagem. Oferece uma vasta panóplia de equipamentos, propõe uma abordagem

ao segmento da comercialização em três vertentes muito objetivas: Medicina Física e de

Reabilitação, Terapias Alternativas e Estética.

Uma das maiores apostas da Multiphysio é o foco nas marquesas elétricas. Como tal

dispõem de alguns modelos apelativos em três linhas distintas, variando o preço, a robustez e

versatilidade. No entanto, à semelhança do referido anteriormente nenhuma solução apresenta

um ajuste do apoio facial e não contemplam outros acessórios incorporados, para além do

suporte para o rolo de papel.

Estas permitem a personalização da cor da cama com três ou 4 opções pré-definidas.

Balness29: A Balness é uma referência nacional no fornecimento de equipamentos para

SPA, disponibilizando centenas de opções para todos os casos específicos.

Como tal, disponibiliza diversos modelos de marquesas elétricas, sendo que à semelhança

das empresas anteriores, também esta não dispõe de nenhuma solução com o apoio facial

ajustável.

Quirumed30: A Quirumed S.L. equipamentos médicos e produtos para a saúde é uma

empresa fundada em 2002, que se dedica à venda, comercialização e distribuição de

equipamentos, material médico e produtos relacionados à saúde.

Dedica-se também à comercialização de marquesas, entre as quais diversos modelos

elétricos, sendo que á semelhança das empresas anteriores, também esta não dispõe de

nenhuma solução com o apoio facial ajustável.

28 Multiphysio 2013 [Em linha]. Disponível em: http://www.multiphysio.com/home.php [Consult. 21 de Abril 2013].

29 Balness 2013 [Em linha]. Disponível em: http://balness.pt [Consult. 23 de Abril 2013].

30 Quirumed 2013 [Em linha]. Disponível em: http://www.quirumed.com/pt/ [Consult. 24 de Abril 2013].

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Cláudia Celina Pombo Alves

26

Dispõem de uma grande variedade de modelos, com particularidades distintas entre eles,

sejam bipartidas, tripartidas, com apoios, articulação central, etc.

Também permite uma vasta escolha ao nível estético, sendo que existe uma paleta de

cores e materiais disponíveis para cada modelo.

Permite ainda uma adaptação ao espaço existente, com a apresentação de diversas

dimensões para o mesmo equipamento.

2.2.3. Marquesas para SPA

Balness31: A Balness é uma referência nacional no fornecimento de equipamentos para

SPA, disponibilizando centenas de opções para todos os casos específicos.

A sua maior preocupação e investimento são na parte estética do equipamento. Os SPAs

são locais que bastante pensados a nível de design de interiores. Todo o seu espaço foi pensado

de acordo com um conceito. Este conceito pode ser variável – saúde, bem-estar, natureza,

relaxamento, etc. – no entanto, toda infraestrutura e o equipamento, são pensados e projetados

de acordo com o conceito definido para o espaço.

Ainda outra preocupação se regista. A própria marquesa deve contemplar um espaço para

apoio de material – prateleira ou gaveta, ou ambas. Esta necessidade existe, porque as

massagens de SPA implicam uma maior utilização de materiais que as massagens fisioterapeutas.

A utilização de diversos óleos, cremes, toalhas, etc. é muito premente neste tipo de situações.

2.2.4. Marquesas para clínicas

Quirumed32: A Quirumed S.L. equipamentos médicos e produtos para a saúde, é uma

empresa fundada em 2002, que se dedica à venda, comercialização e distribuição de

equipamentos, material médico e produtos relacionados à saúde.

O seu maior foco reside na resistência do equipamento. Como é considerado um material

de muito desgaste, as marquesas dedicadas à área clínica, estão sujeitas a um maior desgaste,

pois os tratamentos são de menor duração33 e como tal a rotatividade dos pacientes é maior.

A componente estática não é uma preocupação, sendo que o objetivo principal é a sua

função; a forma não é prioritária. Exatamente o oposto das marquesas para SPA, que se

preocupam bastante com a forma e com o conceito.

31 Balness 2013 [Em linha]. Disponível em: http://balness.pt [Consult. 23 de Abril 2013].

32 Quirumed 2013 [Em linha]. Disponível em: http://www.quirumed.com/pt/ [Consult. 24 de Abril 2013].

33 Informação referenciada no dia 05 de Março 2013 pelo sócio-gerente da Clínica Campos Rosa, Dr. Tiago Rosa.

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Estudo de Marquesas Multifuncionais para Massagens – Marquesas Soft

27

2.3. Especificação de Requisitos do Equipamento34

O objetivo deste projeto é o estudo de marquesas multifuncionais para massagens com os

seguintes requisitos:

1. Apoio facial ajustável

2. Dimensões abrangentes

3. Regulação em altura

4. Resistência

5. Multifuncionalidade

6. Impermeabilidade

7. Possibilidade de adaptação estética

Todos estes requisitos são importantes, no entanto uns intervêm diretamente na função da

marquesa e outros intervêm de uma forma indireta. Todos são importantes e indispensáveis ao

conceito e objetivos definidos para este equipamento

34 Neufert, E. Et al., Architects’ Data – Third Edition, School of Architecture, Oxford Brookes University

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28

Apoio Facial Ajustável Dimensionamento

Humano ao Paciente e

Terapeuta

Multifuncionalidade Personalização

Recolha de Dados

Entrevistas e Observação Direta

Análises dos Dados Recolhidos

Várias Hipóteses de Tratamentos

Criatividade: Esboços e Modelação 3D

Materiais e Tecnologias

Metal Revestido a Madeira

Experimentação

Reuniões com cliente para aprovação

Modelo: Modelos 3D

Verificação

Reuniões com quem produz

Desenho Final: Ajustes de Desenho

Técnico para Produção

Problema: Marquesa com Apoio Facial Ajustável

Componentes do Problema

Esquema 24 – Esquema ilustrativo do processo metodológico do projeto.

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Estudo de Marquesas Multifuncionais para Massagens – Marquesas Soft

29

2.3.1. Requisitos Funcionais

Quando se pensa numa marquesa, pensa-se em vários modelos com as quais já existiu um

contato e até utilização.

Então quais são as necessidades que uma marquesa possui?

Há diversos fatores a ter em conta quando se pensa numa marquesa. São os pormenores

que podem fazer uma enorme diferença a nível funcional. Para o equipamento cumprir

corretamente a sua função necessita de alguns elementos estruturais indispensáveis.35

As dimensões da marquesa são um fator preponderante, tanto para o terapeuta, como

para o utente. Se o terapeuta possui uma estatura baixa, com braços mais curtos, deve usar uma

marquesa mais estreita e com regulação de altura. Se o paciente é mais baixo e o tratamento

requer que os pés estejam fora da marquesa na posição decúbito ventral, o apoio facial deve

estar colocado mais abaixo.

Como tal, os requisitos funcionais definidos para alinha Soft foram os seguintes:

1. Apoio Facial ajustável - permite uma maior adaptação antropométrica dos

pacientes.

2. Dimensões o mais abrangentes possível, tanto para o paciente, como para o

terapeuta.

3. Regulação em altura permitindo uma maior ergonomia ao terapeuta.

4. Resistência, pois a marquesa vai ser utilizada por diversos pacientes com variados

pesos. Em algumas situações ao peso do utente pode ser ainda adicionado o do

terapeuta em tratamentos que necessitem a sua colocação em cima do paciente.

2.3.2. Requisitos Não Funcionais

Para além de todos os requisitos funcionais deste equipamento, existem ainda alguns

requisitos que não estão diretamente ligados à sua função, mas que ajudam e complementam a

função principal da marquesa, tais como:

1. Multifuncionalidade: o equipamento está projetado de uma forma multifuncional e

permite a dispensa de outros equipamentos no gabinete porque está equipado com

todos os elementos de apoio necessários. O espaço fica mais liberto e permite ao

terapeuta uma mobilidade mais ampla que se traduz numa maior eficácia no

tratamento.

2. De fácil limpeza e impermeável: nos tratamentos e massagens são usados cremes,

óleos, etc., que podem facilmente ser absorvidos pelo material e, a longo prazo,

35 Future LMT 2013 [Em linha]. Disponível em: http://www.futurelmt.com/articles/massage-student-article.php?id=148

[Consult. 21 de Março 2013].

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30

danificar o equipamento. A impermeabilização é um fator bastante importante

para que os fluídos corporais dos pacientes não sejam absorvidos e transmitidos

para o próximo paciente. Deste modo, ao ser impermeável, permite uma limpeza

fácil e eficaz.

3. A componente estética é também um fator a ter em conta, visto que os espaços,

principalmente os SPAs, pretendem manter o conceito definido para o local

também no equipamento. Este deve ser considerado como um elemento integrado

no espaço, assim, devem permitir a adaptação e versatilidade ao nível cromático

dos materiais, permitindo uma maior adequação aos diversos espaços e conceitos

em que o equipamento será integrado.

2.4. Seleção e Definição do modelo de marquesa36

Existem atualmente diversas modelos de marquesas e todas elas possuem prós e contras.

Não existindo qualquer tipo de requisito por parte do cliente e seguindo a linha dos

equipamentos já existentes na clínica, o autor optou pela marquesa bipartida, com costas

reclináveis, ajuste em altura (manual ou elétrico), prateleiras ou gavetas, suporte de rolo e

apoio facial ajustável com tampa.

É importante salientar mais uma vez que um dos fatores de sucesso do equipamento é o

apoio facial ajustável, que permite uma larga adaptação às diversas estaturas dos pacientes e

um maior conforto em tratamentos específicos.

Definição do Conceito

Um dos principais objetivos do cliente é a conceção de uma marquesa com um apoio facial

ajustável, visto ter sido este o problema principal identificado.37

Com base nesta premissa, o cliente pretende que a marquesa se adeque ao espaço já

existente, bem como aos restantes equipamentos.

Outro fator a ter em conta é o cliente ter já em mãos um projeto para a construção de um

futuro SPA.

Com base nestes fatores, define-se que a marquesa tem de se adaptar a dois locais

distintos: à Clínica e ao futuro SPA.38 Desta forma criam-se dois modelos distintos, cada um

direcionado ao seu público-alvo, mas com conceito comum.

36 Calçada, A. Et al., 1993 Design em aberto, uma antologia: Design, Tecnologia e Gestão, Porto, Centro Português de

Design.

37 Informação referenciada no dia 05 de Março 2013 pelo sócio-gerente da Clínica Campos Rosa, Dr. Tiago Rosa.

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31

O conceito define-se tendo em conta a área trabalhada – saúde e bem-estar. Um dos

elementos que nos remete automaticamente para esta área, são os elementos naturais. Como tal

esta foi a base de partida para o projeto. 39

As marquesas são definidas como troncos de árvores, com as folhas recortadas. Quase

como se o próprio elemento fosse esculpido diretamente num tronco. Este remete-nos para o

bem-estar, para a saúde, para a natureza e todas as associações inerentes.

Posto isto define-se40 também que a mesma deverá ser multifuncional e como tal deve

incorporar diversos elementos que permitam a dispensa de outros equipamentos no gabinete.

Este conceito complementa o inicial, quando na Natureza “nada se perde, tudo se transforma”41

Definição de Dimensões

Todas as dimensões foram definidas, tendo em conta a tabela de dados antropométricos

de uma população civil adulta, com medidas corporais para ambos os sexos.42 Os dados retirados,

foram as medidas relativas à estatura e largura do quadril, para definição das dimensões da

cama da marquesa. A estatura para definição da altura da marquesa e do comprimento da cama,

a largura do quadril para definição da largura. Foi ainda utilizado o peso para definição da

resistência do equipamento.

Como tal e para conseguir uma maior abrangência de toda a população, as medidas

basearam-se no percentil 95, sendo que só 5% da população se define por estas medidas. Como

tal a marquesa abrange 95% das medidas da população, estando desta forma preparada até para

a minoria. Se a marquesa está preparada antropometricamente para os pacientes mais altos,

mais pesados e mais largos, com toda a certeza abrange todos os valores anteriores.

Definição de Elementos

Um dos requisitos não funcionais da marquesa é a sua multifuncionalidade, para tal é

imperativo conhecer os elementos de apoio necessários nos tratamentos em clínicas e SPAs, para

que se possa dispensar qualquer outro equipamento de apoio.

38 Informação referenciada no dia 11 de Maio 2013 pelo sócio-gerente da Clínica Campos Rosa, Dr. Tiago Rosa.

39 Arnheim, R. 1980 Arte e perceção visual, São Paulo, Thomson.

40 Informação referenciada no dia 23 de Maio 2013 pelo sócio-gerente da Clínica Campos Rosa, Dr. Tiago Rosa.

41 Wikipedia 2013. Definição de Estética [Em linha]. Disponível em:

http://pt.wikipedia.org/wiki/Conserva%C3%A7%C3%A3o_da_massa [Consult. 30 de Março 2013]. 42 Panero, J.; Zelnik, M., 2002. Dimensionamento Humano para os Espaços Interiores. Um Livro de Consulta e Referência

para Projectos, Gustavo Gili.

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Cláudia Celina Pombo Alves

32

Como foram definidas 2 linhas das marquesas SOFT – Regular e Excelence – ambas tinham

requisitos de elementos diferentes e por isso as preocupações com os elementos de apoio foram

distintas.

Para a clínica os elementos necessários à multifuncionalidade da marquesa são os

seguintes:

1. Apoio para toalhas;

2. Apoio para pomadas;

3. Apoio para objetos pessoais do paciente;

4. Rolo de papel.

Para o SPA os elementos necessários à multifuncionalidade da marquesa são os seguintes:

1. Apoio para toalhas;

2. Apoio para cremes e óleos;

3. Rolo de papel.

Escolha dos Materiais

Na escolha dos materiais foram tidos em conta os requisitos funcionais e não funcionais

das marquesas. A questão da limpeza e impermeabilização, da resistência, e da adaptabilidade

estética foram fatores decisivos nesta definição.

A estrutura tubular em ferro lacado que se encontra no interior do revestimento em

madeira maciça, foi escolhida para garantir resistência e segurança no equipamento, a qual não

seria tão eficiente se fosse apenas em madeira.

A espuma de 5 cm hipoalergénica confere um conforto ao paciente a nível antropométrico.

Esta espuma é revestida a Napa, visto que permite a impermeabilização da cama e

consequentemente uma fácil limpeza da mesma.

A Napa dispõe de uma diversa paleta de cores, o que permite ao cliente uma escolha

variada na adaptação da marquesa ao espaço de acordo com o conceito definido para os

interiores.

O revestimento em madeira confere ao equipamento uma associação ao conceito

“Natureza e Bem-Estar”. A madeira remete-nos automaticamente para este conceito e permite

ao utilizador uma perceção do conceito do espaço. Esta também possibilita uma paleta de cores

variada que proporciona ao cliente a possibilidade de escolha e adaptação da cor ao seu espaço.

Todo o revestimento em madeira é impermeabilizado pelo verniz CIN Durocin 2K WB43

aplicado, que consequentemente torna a limpeza fácil e eficaz e é ainda altamente resistente ao

desgaste.

43 CIN 2013 [Em linha]. Disponível em:

http://www.cin.pt/portal/portal/user/anon/page/interiorprodutos.psml?categoryOID=EA818080808180GC&contentid=54

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Estudo de Marquesas Multifuncionais para Massagens – Marquesas Soft

33

Vantagens

As vantagens deste equipamento face às soluções existentes no mercado são bastante

visíveis e muito específicas, podemos identificar as seguintes:

1. Apoio facial ajustável: permitindo a adaptação a todas as diferentes estaturas dos

pacientes.

2. Multifuncionalidade: dispensa outros equipamentos de apoio, libertando o espaço

para que o terapeuta possa trabalhar com maior mobilidade.

3. O ajuste em altura: confere ao terapeuta a possibilidade de regular a altura da

marquesa à sua própria estatura ou ainda aos requisitos do próprio tratamento.

4. Materiais que conferem ao equipamento uma elevada resistência,

impermeabilização e limpeza fácil e eficaz.

5. A escada incorporada: é uma grande vantagem porque não existe como um objeto

à parte, mas sim como um elemento do equipamento, permitindo que sempre que

necessária estará disponível.

6. A paleta de cores do equipamento: permitindo ao cliente a adaptabilidade da

marquesa ao conceito do seu espaço.

7. As dimensões reguladas para uma abrangência de estaturas na ordem dos 95% da

população adulta de ambos os sexos.

Desvantagens

Como todos os equipamentos, algumas desvantagens são identificadas, face a outras

soluções existentes no mercado. Estas são as seguintes:

1. Não permite a acoplação de nenhum elemento fora deste equipamento. Sendo que

todos os elementos que possam ser aglomerados, têm de ser projetados

especificamente para esta solução.

2. Não permite uma fácil deslocação devido à sua dimensão.

3. Ter um conceito bastante definido, que não permite a adaptação a espaços que

não se adequem ao mesmo.

8080EF80CO?contentid=548080EF80CO&categoryOID=EA818080808180GC&nl=pt&findcategory=1 [Consult. 03 de Dezembro

2013].

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34

2.5. Dimensões Antropométricas

Para serem definidas as medidas das diversas marquesas, houve vários fatores a ter em

conta, entre os quais as dimensões antropométricas da população civil adulta de ambos os sexos.

Foi realizada uma pesquisa executando um plano que incluísse o maior número de dimensões

possíveis que a marquesa pudesse abranger, visto estarmos a falar de uma condicionante na sua

utilização. É impossível prever exatamente que pacientes vão utilizar a marquesa e as suas

estaturas antropométricas, desta forma optou-se por uma abrangência a mais alargada possível.

Outro dos fatores a ter em conta foram as dimensões antropométricas do terapeuta. Como

utilizador na vertente laboral e ergonómica do equipamento, o mesmo deve dispor de uma

posição ergonómica face ao seu instrumento de trabalho que lhe permite um ambiente favorável

e confortável à execução das suas funções.

2.5.1. Percentil da Altura e Largura do Utilizador

A escolha das dimensões da marquesa teve como base o percentil da estatura e da largura

do quadril definidas pela tabela de dados antropométricos de uma população civil adulta, com

medidas corporais para ambos os sexos.

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Estudo de Marquesas Multifuncionais para Massagens – Marquesas Soft

35

Tabela 25 – Estatura de adultos, sexo masculino e feminino, em centímetros (cm) por idade, sexo e percentis.44

Tabela 3 – Largura corporal máxima de adultos, sexo masculino e feminino, em centímetros (cm) por percentis.45

2.5.2. Percentil da Altura do Terapeuta

A escolha das alturas da marquesa teve como base o percentil da estatura definida pela

tabela de dados antropométricos de uma população civil adulta, com medidas corporais para

ambos os sexos. No entanto a marquesa permite um ajuste em altura para que a mesma seja

ainda mais adaptável a cada terapeuta.

44 Panero, J.; Zelnik, M., 2002 Dimensionamento humano para espaços interiores, Barcelona, Editorial Gustavo Gili SA.

45 Panero, J.; Zelnik, M., 2002 Dimensionamento humano para espaços interiores, Barcelona, Editorial Gustavo Gili SA.

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36

Tabela 4 – Estatura de adultos, sexo masculino e feminino, em centímetros (cm) por idade, sexo e percentis.46

2.6. Definição dos Modelos de Marquesas47

Definidos os requisitos, conceito, dimensões, elementos e materiais, conclui-se que a

marquesa direcionada para SPA tem características e preocupações diferentes da marquesa

direcionada para Clínica. Ambas partilham diversas preocupações e funções, mas como referido

na análise de alguns equipamentos, existem preocupações que as distinguem. Deste modo foi

criada uma linha direcionada para SPA e outra para Clínica.

2.6.1. Modelo Regular

O modelo Soft Regular foi definido para ir ao encontro do público-alvo das Clínicas. Tem

uma estrutura mais estática, mais robusta e transmite uma maior sensação de segurança.

Também os seus elementos de apoio são maiores o que permite o armazenamento de mais

46 Panero, J.; Zelnik, M., 2002 Dimensionamento humano para espaços interiores, Barcelona, Editorial Gustavo Gili SA.

47 Maldonado, P. Et al., 2008. Gestão do Design – Sector Construção, IAPMEI.

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Estudo de Marquesas Multifuncionais para Massagens – Marquesas Soft

37

produtos, uma vez que uma clinica tem maior rotatividade de pacientes que um SPA, onde por

norma o tempo de cada tratamento é menor48 e a necessidade de armazenamento é maior.

É também contemplado um espaço no equipamento para os objetos pessoais do paciente,

visto que a Clínica Campos Rosa, à semelhança de muitas outras, não dispõem de cacifos ou

cabides que permitam o arrumo destes objetos num local próprio. Estes são os elementos

diferenciadores desta linha.

Figura 3 – Marquesa Soft Regular

2.6.2. Modelo Excelence

A linha Excelence foi direcionada para o nicho de mercado dos SPAs. À semelhança da

linha regular destaca-se das restantes do mercado pelas razões referidas anteriormente, no

entanto, diferencia-se da Soft Regular pela sua preocupação estética. Foi utilizada uma forma

mais original e criativa que remetesse automaticamente para o conceito de natureza/natural

através da utilização da forma em tronco de árvore. O único apoio central confere ao

equipamento, uma silhueta mais fluída e elegante.

Os elementos de apoio são menores que a Soft Regular, pois como referido anteriormente,

os SPAs contemplam espaços próprios para guardar os objetos pessoais dos clientes o que implica

que a necessidade destes elementos é apenas para o material de apoio inerente às massagens.

48 Informação referenciada no dia 20 de Março 2013 pelo sócio-gerente da Clínica Campos Rosa, Dr. Tiago Rosa

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38

2.6.3. Excelence

Este modelo distingue-se do modelo Excelence Electric, apenas pela sua estrutura. Um dos

requisitos para todas estas versões do mesmo equipamento é que estejam munidos de um

elemento que permita o ajuste em altura da marquesa. Como tal a Soft Excelence diferencia-se

da Excelence Electric nessa particularidade. Este equipamento possui esta regulação de uma

forma manual e compreende apenas 3 posições de regulação possíveis.

Figura 4 - Marquesa Soft Excelence

2.6.4. Excelence Electric

A marquesa Soft Excelence Electric distingue-se pela incorporação de um motor elétrico

no seu pé central que permite executar o ajuste em altura referido anteriormente com uma

maior amplitude e de uma forma automática.

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39

Figura 5 – Marquesa Soft Regular Electric

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40

3. Materiais e Mecanismos49

A escolha dos materiais e mecanismos foi efetuada após uma pesquisa intensa dos

produtos existentes no mercado, as suas aplicações e objetivos. Para os mecanismos e ferragens

foram escolhidas diversas soluções já existentes no mercado, uma vez que já foram testadas e as

suas funcionalidades se adaptam aos objetivos pretendidos para esses elementos.

Na escolha dos materiais foram tidos em conta os requisitos identificados para o

equipamento.

3.1. Materiais

A escolha dos materiais foi efetuada segundo os requisitos funcionais e não funcionais do

equipamento. Estes são a impermeabilização, facilidade de limpeza, resistência, a possibilidade

de adaptação cromática e o conceito de natureza definido para o equipamento.

3.1.1. Estrutura

Para a estrutura interna das três soluções do equipamento, foi definido uma estrutura

tubular em ferro, com tubo retangular de 20x20x1,50mm da Skylight50 posteriormente lacado. O

objetivo é conferir mais resistência à marquesa visto a mesma suportar diversos pesos. A

madeira do revestimento, não proporcionava resistência suficiente e em consequência foi

elaborada a estrutura interna. Esta vai também servir de suporte a todos os elementos que se

acoplam à marquesa. Por ex. O rolo do papel, os pés ajustáveis, etc.

49 Manzini, E. 1993 A Matéria da Invenção: Design, Tecnologia e Gestão, Lisboa, Centro Português de Design.

50 Skylight 2013[Em linha]. Disponível em: http://www.skylightestruturas.com.br/tubos_quadrados2.asp [Consult. 12 de

Maio 2013].

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41

Tabela 5 – Desenho Técnico e Tabela do Tubo Quadrado da Skylight de 1,50mm

Figura 6 – Estrutura Tubular da marquesa Soft Excelence

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42

Figura 7 – Estrutura Tubular da marquesa Soft Excelence Electric

3.1.2. Cama

Para a cama, os requisitos definidos são a impermeabilidade, facilidade de limpeza,

adaptabilidade cromática e o conforto. É composta por Espuma hipoalergénica de 50 mm e

revestida a Napa. A espuma proporciona o conforto do paciente e a Napa cumpre os outros

requisitos uma vez que não é absorvente e tem um leque cromático bastante variado, que

permite a adaptação do equipamento ao espaço onde vai ser inserido.

Figura 8 – Cama das marquesas Soft Regular

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43

Figura 9 – Cama das marquesas Soft Excelence Electric

Figura 10 – Cama das marquesas Soft Excelence

Figura 11 – Adaptabilidade cromática das marquesas Soft Regular

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44

3.1.3. Revestimento

Para o revestimento da estrutura tubular referida anteriormente, os parâmetros a ter em

conta foram também a adaptabilidade cromática e o conceito de natureza escolhido para esta

linha de equipamentos, deste modo, a madeira maciça foi o material eleito pois tem uma paleta

de cores bastante diversa e integra-se perfeitamente no conceito de natureza, até mesmo com a

forma de “tronco” que define os equipamentos.

A madeira maciça serve de revestimento a toda a estrutura tubular. Para impermeabilizar

este material é envernizada com verniz DuroCin 2K WB, o que permite uma fácil limpeza de toda

a marquesa.

Figura 12– Revestimento em madeira maciça com verniz marítimo Soft Excelence

Figura 13 – Revestimento em madeira maciça com verniz marítimo Soft Excelence Electric

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45

Figura 14 – Revestimento em madeira maciça com verniz marítimo Soft Regular

3.2. Ferragens e Mecanismos

Para os mecanismos, como já referido anteriormente, foram escolhidas soluções já

existentes de diversas marcas. A escolha foi baseada na fiabilidade e qualidade dos mecanismos,

uma vez que já foram testados e comprovada a sua fiabilidade.

3.2.1. Ferragens

Todos os componentes utilizados foram cuidadosamente escolhidos e pensados na sua

adaptação ao equipamento.

Como tal para as gavetas da marquesa Soft Regular, foram selecionadas as corrediças da

Interfer KA1730 do catálogo Hetich.51

Fotografia 8 – Corrediças Hetich, modelo KA1730

51 Interfer 2013 [Em linha]. Disponível em: http://www.interfer.pt/2000/fichadeproduto.asp?prod=1518 [Consult. 12 de

Maio 2013].

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Para os pés reguladores foram selecionados os Pés Reguladores de metal da Leroy Merlin

Ref.1489244452, pois são específicos para camas. O material que o define é o aço com base de

plástico de forma a não ferir o piso em que vai ser utilizado. Este elemento é transversal a todos

os modelos.

Fotografia 9 – Pés Reguladores de metal, M10, Ref. 14892444, da Leroy Merlin

Para o modelo Excelence, foi necessária a escolha de rodas para as escadas incorporadas

que permite a mobilidade do elemento. Foram definidos os rodízios da Tente, Ref. EAN

403158203007553 que suportam um peso individual até 40 Kg, sendo que a marquesa disporá de

quatro unidades, perfazendo um suporte de 120 Kg. A escolha deste material teve em conta a o

suporte de peso visto estar condicionada pelo peso que suportariam. Como tal esta

condicionante foi colmatada por um elemento que suporta 40Kg/unidade.

52 Leroy Merlin 2013 [Em linha]. http://www.leroymerlin.pt/Site/Produtos/Ferragens/Ferragens-para-moveis/Pes-de-

movel/14892444.aspx [Consult. 12 de Maio 2013].

53 Tente 2013 [Em linha]. Disponível em: http://www.tente.pt/PT/cat240/am14_rodas_de_ao.html [Consult. 15 de Maio

2013].

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Estudo de Marquesas Multifuncionais para Massagens – Marquesas Soft

47

Fotografia 10 – Roda R.144 da Batista Gomes

Outro elemento utilizado nas escadas incorporadas da Marquesa Soft Excelence são as

corrediças que permitem a escada deslizar para a frente da marquesa de modo a que o paciente

consiga subir por elas. Este elemento teria de permitir o deslizar da escada, bem como a sua

travagem no final para que a mesma não cedesse para trás na subida do paciente. A solução

encontrada foram as corrediças Euroslide da Pecol54, adaptadas ao elemento das escadas. O

suporte de peso não era um requisito, pois as rodas são o elemento que o vão suportar. Este

pretende apenas o deslizamento e travamento.

54 Pecol 2013 [Em linha]. Disponível em http://www.pecol.pt/Store.aspx?activefam=0112020101&detailtype=2 [Consult.

23 de Maio 2013].

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48

Fotografia 11 – Corrediças Euroslide da Pecol

Para o suporte do rolo de papel, foi escolhido a solução da SKPRO, Ref. 90130155, com 50

cm de largura. Este era um fator condicionante na escolha do material, uma vez que a estrutura

tubular das marquesas, a qual vai suportar o suporte bem como o peso do rolo de papel, tem a

dimensão em largura, de 50cm.

Fotografia 12 – Suporte de Rolo de Papel, Ref. 901301 da SKPRO

55 SKPRO 2013 [Em linha]. Disponível em: http://www.skpro.pt/product/suporte-rolos-marquesa [Consult. 23 de Maio

2013].

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Estudo de Marquesas Multifuncionais para Massagens – Marquesas Soft

49

O ajuste em altura das marquesas Soft Regular e Soft Excelence requer uma furação nas

respetivas pernas de suporte. Para essa furação é necessário um elemento que trave a marquesa

na altura desejada. Para se acoplar à furação efetuada na estrutura e revestimento dos

equipamentos referidos, foram definidos os Parafusos de Polegar Macho e Fêmea DKL-S016 da

Dakunlun56. É de aço inoxidável com a cabeça revestida a plástico. A sua dimensão é

personalizável, sendo que os requisitos do equipamento exigem que o mesmo tenha as dimensões

de 120x10mm (apenas o parafuso), para uma maior resistência e estabilidade. Em cada marquesa

vão ser utilizadas 4 unidades, conferindo-lhe os requisitos propostos.

Fotografia 13 – Parafuso de Polegar, Ref. DKL-S016 da Dakunlun

Um elemento transversal a todos os modelos são os Parafusos de Aperto Espigão em

cromado, que são utilizadas nas calhas do apoio facial ajustável. Estes permitem que o apoio

deslize na calha criada para o efeito. Devido à sua espessura e tipologia, o parafuso não desliza

suavemente mas cria um pequeno atrito para que o apoio não se desvie facilmente da sua

posição, o que seria incómodo para o paciente, sendo que necessitaria de estar sempre a

“forçar” a cabeça de forma a prevenir essa situação.

56 Dakunlun 2013 [Em linha]. http://pt.made-in-china.com/co_dakunlun/product_Plastic-Knurled-Thumb-Screw-Male-

and-Female-Screw-DKL-S016-_eshoorrhg.html [Consult. 23 de Maio 2013].

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50

Fotografia 14 – Parafuso de Aperto57

3.2.2. Coluna Elevatória

Na marquesa Excelence Electric, foi necessário definir o mecanismo para a sua elevação. O

autor optou por uma Coluna Elevatória preparada para elevar camas, a escolhida foi o modelo

LP2 5.1 da LINAK58. Dispõe de uma capacidade elevatória de 2600 N, que equivale a 265 Kg. Esta

coluna é ativada por um Interruptor de Pé FS2 da LINAK59. Quanto à fonte de alimentação para a

coluna, foi escolhida a CB8 também da Linak60. É possível visualizar todas as fichas técnicas nos

anexos.

57 RodaGira 2013 [Em linha]. http://www.bicirodagira.com/product/parafuso-de-aperto-de-espigao-de-selim [Consult. 23

de Maio 2013]. 58 Linak 2013 [Em linha]. http://www.linak.es/Productos/Lifting-Columns.aspx?product=LP2 [Consult. 05 de Junho 2013]. 59 Linak 2013 [Em linha]. http://www.linak.es/Productos/Controls.aspx?product=FS2 [Consult. 05 de Junho 2013]. 60 Linak 2013 [Em linha]. http://www.linak.es/Productos/Control-Boxes.aspx?product=CB8 [Consult. 05 de Junho 2013].

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Estudo de Marquesas Multifuncionais para Massagens – Marquesas Soft

51

Fotografia 15 – Coluna Elevatória LP2 da Linak61

61 Linak 2013 [Em linha].

http://www.linak.es/corporate/pdf/ENGLISH/DATA%20SHEET/Lifting%20Column_LP2_Data%20Sheet_Eng.pdf [Consult. 05

de Junho 2013].

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52

Figura 15 – Desenho Técnico da Coluna Elevatória LP2 da Linak62

Fotografia 16 – Interruptor de pé FS2 da Linak63

62 Linak 2013[Em linha].

http://www.linak.es/corporate/pdf/ENGLISH/DATA%20SHEET/Lifting%20Column_LP2_Data%20Sheet_Eng.pdf [Consult. 05

de Junho 2013].

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53

Figura 16 – Desenho técnico do interruptor de pé FS2 da Linak64

Fotografia 17 – Fonte de alimentação CB8 da Linak65

63 Linak 2013 [Em linha].

http://www.linak.es/corporate/pdf/ENGLISH/DATA%20SHEET/Control_FS2_Data%20Sheet_Eng.pdf [Consult. 05 de Junho

2013]. 64 Linak 2013 [Em linha].

http://www.linak.es/corporate/pdf/ENGLISH/DATA%20SHEET/Control_FS2_Data%20Sheet_Eng.pdf [Consult. 05 de Junho

2013]. 65 Linak 2013 [Em linha].

http://www.linak.es/corporate/pdf/ENGLISH/DATA%20SHEET/Control%20Box_CB7_Data%20Sheet_Eng.pdf [Consult. 05

de Junho 2013].

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54

Figura 17 – Desenho Técnico da fonte de alimentação CB8 da Linak66

Todas estas opções tiveram como exemplo algumas soluções elétricas similares já

existentes no mercado, um dos exemplos é a marquesa Ref. 903002 da SKPRO, que utiliza um

sistema semelhante

Fotografia 18 – Marquesa Ref.903002 da SKPRO67

66 Linak 2013 [Em linha]. http://www.skpro.pt/product/marquesa-de-massagem-electrica-tripartida-wengue [Consult. 05

de Junho 2013].

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55

4. Implementação

Após tomadas todas as decisões em relação a escolhas de materiais, prosseguiu-se para a

implementação do projeto. Foram apresentadas as primeiras propostas de acordo com os

requisitos do cliente e com algumas marquesas já existentes no local. Em conjunto com o cliente

foram-se executando alterações, definindo novos conceitos, etc. Este foi um processo realizado

sempre em conjunto com o cliente, com as suas necessidades, as dos terapeutas e dos pacientes.

Como já referido em texto e imagens apresentadas atrás, foram executadas inúmeras visitas do

autor às instalações e respetivos tratamentos para perceber as necessidades e requisitos para o

equipamento.

4.1. Proposta Inicial

Como proposta inicial apresentou-se uma solução simplista, muito semelhante às

marquesas já existentes no espaço porque o primeiro pedido do cliente foi a integração dos

novos equipamentos com os já existentes, tanto a nível da forma, materiais e componente

cromática. Com esta condicionante as marquesas dispõem apenas do apoio facial ajustável e de

2 ou 1 prateleira ainda num formato muito arcaico. No entanto na figura 27, existe já uma

tentativa de criar uma maior funcionalidade para o equipamento. O apoio facial foi o requisito

inicial do cliente e foi também o mote para iniciar o projeto.

67 Linak 2013 [Em linha].

http://www.linak.es/corporate/pdf/ENGLISH/DATA%20SHEET/Control%20Box_CB7_Data%20Sheet_Eng.pdf [Consult. 05

de Junho 2013].

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56

Figura 18 – Modelo inicial da marquesa Soft com duas prateleiras

Figura 19 – Modelo inicial da marquesa Soft com uma prateleira inteira

4.2. Proposta Final

Após a abordagem inicial, foram sendo realizadas diversas alterações ao equipamento,

tanto a nível funcional, como estético. Estas alterações tiveram em conta os vários requisitos

identificados nas visitas do autor à clinica, bem como a assistência aos tratamentos. Em

conversas com os próprios terapeutas e o dono da clínica, Dr. Tiago Rosa, foram interpretadas

algumas necessidades para o equipamento. Ao nível da sua forma foram realizadas alterações no

sentido de conseguir uma forma mais harmoniosa que fosse ao encontro do conceito previamente

definido.

4.2.1. Soft – Marquesas Multifuncionais para Massagens

As marquesas multifuncionais para massagens – Marquesas Soft, foram definidas no

processo descrito atrás, como um processo construtivo e contínuo, numa relação entre o cliente

e o autor, experimentando diversas soluções a nível de formas, materiais, dimensões e

conceitos. O cliente foi membro ativo neste projeto tanto a nível pessoal como empresarial.

O nome do equipamento – Soft – foi pensado para que transmita de uma forma imediata, a

sensação de conforto, suavidade e bem-estar já que estes são conceitos que se pretendem

sempre adjacentes ao equipamento e às suas funcionalidades.

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57

Conceito

O Conceito definido para o equipamento é Natureza. Está intimamente ligado com o bem-

estar e saúde, pois são noções que andam de mãos dadas, e que para o consumidor estão

intrínsecas. Ao visualizarmos uma imagem de natureza, associamos automaticamente ao

relaxamento, à saúde, bem-estar físico e psicológico, ordem, beleza e perfeição.68 Ou ainda

como diz Sartre citando Taine “[A imagem] é a própria sensação, mas consecutiva e

ressuscitante e, de qualquer ponto de vista que a consideremos, nós a vemos coincidir com a

sensação. (Taine apud Sartre, 1984, 77).69

A forma na qual as marquesas foram inspiradas é a árvore, no modelo Excelente de uma

forma mais pictórica, uma vez que o pé central se assemelha à forma do tronco com os recortes

das suas folhas, e no modelo regular nas folhas dos trocos que estão presentes em diversos

elementos do equipamento.

Este paralelismo sugere ao paciente, assim que se depara com o equipamento, todos os

conceitos já referidos, conotando-se imediatamente com uma satisfação ainda antes do

tratamento ou massagem efetuada.

Dimensões

A definição das dimensões dos três modelos das marquesas Soft, foi realizada de acordo

com a antropometria de um aglomerado de pacientes tipo, e a ergonomia dos terapeutas tipo.

Desta forma definiu-se que as marquesas teriam todas as mesmas dimensões base, na

largura contam com 700mm; o comprimento com 1930mm e para a altura, exceto a Soft

Excelence Electric, com 640mm.

A largura foi definida de acordo com o percentil 95 da largura máxima de homens e

mulheres, que tem maior dimensão no sexo masculino e conta com 57,9 cm, sobrando

sensivelmente 6 cm de cada lado, como apresentado na figura 3.

O comprimento do equipamento foi também definido de acordo com o percentil 95 da

estatura em ambos os sexos, sendo que na posição ereta, a maior dimensão encontra-se no sexo

masculino com 184,9 cm, como apresentado na figura 2.

68 Astrovates 2013 [Em linha]. http://www.astrovates.com.br/tese/novaeste.htm [Consult. 12 de Junho 2013]. 69 Paiva, R. 2005, Subjetividade e Imagem: a Literatura como Horizonte da Filosofia em Henri Bergson [e-book]

Associação Editorial Humanitas. Disponível:

http://books.google.pt/books?id=t_FUDATTlbIC&pg=PA116&lpg=PA116&dq=sensacoes+quando+vemos+imagens+de+nature

za&source=bl&ots=guzI_UA6f4&sig=JuJ6RnxFBKiQaSLDtQ8KxI14GI&hl=ptPT&sa=X&ei=pjpgUsSNPNGN7Aa8p4CYBQ&ved=0C

EcQ6AEwBA#v=onepage&q=sensacoes%20quando%20vemos%20imagens%20de%20natureza&f=false, [Consult. 12 de Junho

2013].

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58

Quanto à altura do equipamento, esta foi definido de acordo com o percentil 95 da altura

da púbis em ambos os sexos, sendo que a dimensão maior se verifica no homem, com 91,9 cm,

conforme quadro apresentado na figura 29. Os 64 cm da altura da marquesa, somados aos 33 cm

do percentil 95 da profundidade corporal máxima, (figura 3) perfazem 97 cm. Esta é a altura

máxima do quadril e é a altura definida para o terapeuta trabalhar em condições ergonómicas.70

Estas medidas aplicam-se ao modelo Regular e Excelence, estes dispõem de uma regulação em

altura de 10 cm em mais 2 posições possíveis, para além da inicial. Esta regulação é executada

de forma manual através da colocação dos parafusos de polegar numa furação pré-feita.

No modelo Excelence Electric, a altura inicial é de 55 cm porque a coluna elevatória na

sua dimensão mínima mede 40,5 cm + 13 cm de altura na soma da base com a cama. Como esta

marquesa tem uma amplitude de elevação maior, definiu-se que a mesma teria uma altura

mínima menor, para se adequar a tratamentos que necessitem da posição sentada no terapeuta;

nomeadamente em tratamentos ou massagens aos pés.

Tabela 6 – Altura do Púbis de adultos, sexo masculino e feminino, em centímetros (cm) por percentis.71

Também as dimensões do apoio facial foram definidas de acordo com a tabela

antropométrica de Panero e Zelnik. As medidas interiores são 14x12 cm de acordo com a

dimensão média dos percentis definidos no ponto G e D. Para medidas externas, conta com

20x20 cm de acordo com a dimensão média do percentil no ponto E.

Todas as outras dimensões mais pormenorizadas podem ser consultadas nos desenhos

técnicos em anexo ou nas fichas técnicas dos diversos materiais.

70 Informação referenciada no dia 20 de Maio 2013 pelo sócio-gerente da Clínica Campos Rosa, Dr. Tiago Rosa. 71 Panero, J.; Zelnik, M., 2002, Dimensionamento humano para espaços interiores, Barcelona, Editorial Gustavo Gili SA.

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59

Tabela 7 – Dimensão da face de adultos em centímetros (cm) por percentis.72

72 Panero, J.; Zelnik, M.,2002 Dimensionamento humano para espaços interiores, Barcelona, Editorial Gustavo Gili SA.

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60

Figura 20 – Pormenor do apoio facial na marquesa.

Figura 21 – Pormenor do apoio facial.

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61

Figura 22 – Vista de baixo do apoio facial, com respetivas ferragens.

Figura 23 – Tampa do apoio facial.

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62

Materiais

Todos os materiais foram cuidadosamente escolhidos em função dos requisitos definidos

para o equipamento e a escolha dos mesmos teve também a intervenção e aconselhamento por

parte do produtor do equipamento. A empresa responsável pela produção destes equipamentos é

a AlviDesign. Sediada no Fundão há 25 anos, conta com um portfólio bastante extenso e diverso

na produção de interiores e equipamento.

Entre o autor e o responsável desta empresa, existe uma ligação profissional de 9 anos, em

trabalhos conjuntos e diversas parcerias, nomeadamente em obras de alguma envergadura como

é o caso da TelePizza ou Caixa Agrícola, em que trabalharam os interiores, imagem e

equipamento. Como tal, a confiança profissional é bastante acentuada e o autor aconselhou-se

na escolha dos materiais junto deste parceiro. Também o processo construtivo da marquesa

ficará a cargo dessa empresa, sendo esta que definirá todos os parâmetros necessários à

construção.

Personalização Estética

Um dos requisitos da marquesa é a possibilidade da personalização estética por parte do

cliente, ao nível cromático. O cliente tem a possibilidade de adequar a marquesa ao ambiente

cromático do seu espaço através da paleta de cores que a napa disponibiliza, e ainda definir a

tipologia da madeira de revestimento. Deste modo todos os clientes podem personalizar as

marquesas transpondo o conceito do seu espaço para o equipamento.

Figura 24 – Exemplo de personalização

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63

4.3. Validação por parte do utilizador

Todas as opções tomadas na criação desta linha, todas as alterações e todo o processo

criativo, foram acompanhados e validados pelo cliente em diversas reuniões e visitas do autor à

Clinica Campos Rosa.

Também os terapeutas residentes tiveram um papel fundamental na definição de alguns

ajustes e na validação do equipamento do seu ponto de vista como utilizadores e como utensílio

de trabalho ergonomicamente adequado.

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64

5. Conclusões

5.1. Análise dos Resultados

De acordo com os utilizadores, foram encontradas, com sucesso soluções adequadas para

todos os problemas identificados. Também os objetivos propostos foram alcançados de forma

bastante satisfatória para o cliente, para os utilizadores da marquesa como instrumento de

trabalho – os terapeutas – e ainda para os utentes, com simulações efetuadas a nível de

dimensões da cama e do seu conforto.

É um projeto bastante gratificante para o autor, sendo que o seu processo foi um longo

percurso com novos conhecimentos adquiridos, de novas experiências e acima de tudo uma

interação bastante grande entre todos os intervenientes – utilizador, cliente e produtor – o que

proporcionou uma enorme aprendizagem para todas as partes, nomeadamente ao nível do

trabalho em parceria que permitiu uma maior eficiência no alcance dos objetivos.

O facto de o autor estar muito próximo com a clínica e com a empresa de produção,

permitiu que os obstáculos que surgiram na fase inicial fossem sendo superados à medida que

lidava com alguns problemas.

Este trabalho de mestrado, tendo como objetivo a criação de uma linha de marquesas para

massagens possuiu um duplo objetivo: o escolar e o profissional.

Por um lado, sendo este um mestrado em Design de Interiores, devem ser analisados e

investigadas as metodologias mais eficientes de resolução de problemas, utilizando para isso

criatividade e processos inovadores, e, ao mesmo tempo, respeitar os materiais e os processos do

Design.

Por outro lado, para a aplicação no cliente, não é tão relevante a forma como o processo

criativo foi desenvolvido, mas sim o seu funcionamento e adequabilidade.

O maior entrave à realização deste projeto foi o tempo disponível, devido às minhas

atividades profissionais que, além de me ocuparem muitas horas diárias, implicam deslocações

frequentes e impedem uma evolução contínua do trabalho. Esse obstáculo foi superado com

esforço e dedicação.

Como autora de uma linha de marquesas, um projeto real em contexto de trabalho

constitui uma motivação extra, pois existe a garantia de que o trabalho realizado irá gerar

riqueza, irá criar postos de trabalhos diretos e indiretos, e sendo submetido a uma utilização

diária, irá receber comentários, sejam eles críticas, sugestões ou elogios. Esta contínua

avaliação do meu trabalho e os comentários que daí advenham ajudar-me-ão a crescer como

profissional.

Foi resultante de todo este projeto, um modelo de negócio bastante interessante que

permite adquirir uma marquesa multifuncional, com um conceito estruturado, uma forma

apelativa e um mecanismo para apoio facial ajustável completamente inovador, que vai resolver

uma falha nas soluções existentes no mercado.

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65

Em resultado final, na figura 32 está contemplado o orçamento de produção resultante de

todo este processo, este é um preço adaptado a uma produção de pequena escala que poderá ser

reajustado para uma produção em massa.

Figura 25 – Orçamento de Produção

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66

5.2. Considerações Finais

A implementação deste projeto decorreu com normalidade, não existindo grandes

observações a fazer.

Foi um projeto que sofreu algumas alterações durante o seu percurso, por identificação de

novos problemas e resolução dos mesmos. Foi um processo evolutivo e contínuo. Este sofreu

ainda alterações identificadas aquando da apresentação oral do projeto por sugestão do júri.

Estas alterações estão já mencionadas na introdução e serviram como melhoramentos ao projeto

do equipamento.

É um projeto inovador do qual apenas tomará crédito o autor, sendo que o cliente

pretende apenas comprar o produto final (as marquesas necessárias ao seu espaço) sem qualquer

direito sobre o projeto em si.

Esta linha de marquesas pode ser vendida ou revendida para qualquer empresa, sendo que

a inovação do apoio facial ajustável será posteriormente patenteado, para que no futuro possa

ser protegido.

Também a parte produtiva terá apenas o papel de produção, sem qualquer crédito no

projeto.

5.3. Desenvolvimentos futuros

À medida que a aplicação destas marquesas aumente e por consequência o número de

utilizadores também aumente, irão surgir comentários ou sugestões que permitirão melhorar o

projeto, o desenvolvimento e a evolução serão constantes.

Para o futuro poderão ser desenvolvidos novos modelos Soft, contando sempre com o

inovador sistema do apoio facial ajustável. Também os objetivos definidos deverão estar

contemplados em novos modelos, podendo haver, no entanto, alguns ajustes de elementos a

incorporar de acordo com a necessidade de algum cliente específico, ou ainda de novas áreas de

consumo deste equipamento, tal como as terapias alternativas que poderão ter requisitos

específicos para o equipamento.

Também a escolha dos materiais poderão ser reajustada a requisitos mais específicos ou a

conceitos diferentes.

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Glossário

Conceito: O termo admite muitas dobras semânticas consoante os contextos da aplicação. Em

Design significa o conjunto de notas ou características que correspondem a um

arquétipo, a um conjunto vasto de objetos ou a um único objeto e às suas réplicas.

Quando o conceito cresce em características, reduz em extensão.73

Decúbito Ventral: Na posição prona ou decúbito ventral o paciente fica deitado de bruços

sobre o abdome, com a cabeça voltada para um dos lados.74

Estratégia: O termo provém de um vocábulo grego, no contexto vocabular da arte da guerra. O

texto mais antigo que se conhece sobre estratégia é A Arte da Guerra de Sun Wu (c.544-

496 a.C.). Quando aplicado ao campo disciplinar da Gestão, designa o planeamento das

ações e a identificação de recursos e de meios necessários para colocar em prática a

visão.75

Equipamento Multifuncional: Um produto com design multifuncional, seria um produto com 2

ou mais funções compatíveis.76

Homeopatia: O tratamento homeopático consiste em fornecer a um paciente sintomático doses

extremamente diluídas de compostos que são tidos como causas em pessoas saudáveis

dos sintomas que pretendem contrariar, mas supostamente potencializados através de

técnicas de diluição, dinamização e sucussão que liberariam energia Desse modo, o

sistema de cura natural da pessoa seria estimulado a estabelecer uma reação de

restauração da saúde por suas próprias forças, de dentro para fora. Este tratamento seria

para a pessoa como um todo e não somente para a doença.77

73 Maldonado, P. Et. Al., 2008. Gestão do Design – Sector Construção, IAPMEI.

74 EERP. Definição Decúbito Ventral [Em linha]. Disponível em

http://www.eerp.usp.br/movpac/estudar/movimentos/index09.html [Consult. 04 Dezembro 2013].

75 Maldonado, P. Et. Al., 2008. Gestão do Design – Sector Construção, IAPMEI.

76 Design On The Rocks. Definição de Equipamento Multifuncional [Em linha]. Disponível em:

http://designontherocks.com.br/o-estranho-mundo-do-design-multifuncional/ [Consult. 04 Dezembro 2013].

77 Wikipedia. Definição de Homeopatia [Em linha]. Disponível em http://pt.wikipedia.org/wiki/Homeopatia [Consult. 04

Dezembro 2013].

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Naturopatia: A medicina natural (também chamada de naturopatia) é uma medicina

alternativa complementar, que enfatiza a capacidade intrínseca do corpo para curar-se e

manter-se.78

Apoio Facial: orifício ou abertura para apoiar o rosto, para que o paciente respire sem

problemas quando se encontra na posição decúbito ventral.

Parafuso de Polegar: Porca de aperto manual

78 Wikipedia. Definição de Homeopatia [Em linha]. Disponível em http://pt.wikipedia.org/wiki/Homeopatia [Consult. 04

Dezembro 2013].

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http://www.linak.es/corporate/pdf/ENGLISH/DATA%20SHEET/Lifting%20Column_LP2_Data%20Sheet_Eng.pdf [Consult. 05 de Junho 2013].

Linak 2013 [Em linha].

http://www.linak.es/corporate/pdf/ENGLISH/DATA%20SHEET/Lifting%20Column_LP2_Data%20Sheet_Eng.pdf [Consult. 05 de Junho 2013].

Linak 2013 [Em linha].

http://www.linak.es/corporate/pdf/ENGLISH/DATA%20SHEET/Lifting%20Column_LP2_Data%20Sheet_Eng.pdf [Consult. 05 de Junho 2013].

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70

Linak 2013 [Em linha]. http://www.linak.es/corporate/pdf/ENGLISH/DATA%20SHEET/Lifting%20Column_LP2_Data%20Sheet_Eng.pdf [Consult. 05 de Junho 2013].

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71

Anexos

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1

ANEXO 1 – Marquesa Soft Regular 3D

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2

ANEXO 2 – Marquesa Soft Regular 3D

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3

ANEXO 3 – Marquesa Soft Regular 3D

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4

ANEXO 4 – Marquesa Soft Regular 3D

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5

ANEXO 5 – Marquesa Soft Regular 3D

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6

ANEXO 6 – Marquesa Soft Regular 3D

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7

ANEXO 7 – Marquesa Soft Regular 3D

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8

ANEXO 8 – Estrutura Composta Marquesa Soft Regular 3D

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9

ANEXO 9 – Marquesa Soft Regular 3D - Personalização de Cores

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10

ANEXO 10 – Marquesa Soft Excelence Electric 3D

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11

ANEXO 11 – Marquesa Soft Excelence Electric 3D

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12

ANEXO 12 – Marquesa Soft Excelence Electric 3D

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13

ANEXO 13 – Marquesa Soft Excelence Electric 3D

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14

ANEXO 14 – Marquesa Soft Excelence Electric 3D

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15

ANEXO 15 – Marquesa Soft Excelence Electric 3D

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16

ANEXO 16 – Estrutura Composta Marquesa Soft Excelence Electric 3D

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17

ANEXO 17 – Estrutura Composta Marquesa Soft Excelence Electric 3D

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18

ANEXO 18 – Estrutura Composta Marquesa Soft Excelence Electric 3D

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19

ANEXO 19 – Estrutura Metálica Marquesa Soft Excelence Electric 3D

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20

ANEXO 20 – Estrutura Metálica Marquesa Soft Excelence Electric 3D

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21

ANEXO 21 – Estrutura Metálica Marquesa Soft Excelence Electric 3D

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22

ANEXO 22 – Marquesa Soft Excelence Electric 3D - Personalização de Cores

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23

ANEXO 23 – Marquesa Soft Excelence 3D

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24

ANEXO 24 – Marquesa Soft Excelence 3D

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25

ANEXO 25 – Marquesa Soft Excelence 3D

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26

ANEXO 26 – Marquesa Soft Excelence 3D

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27

ANEXO 27 – Marquesa Soft Excelence 3D

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28

ANEXO 28 – Estrutura Composta Marquesa Soft Excelence 3D

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29

ANEXO 29 – Estrutura Composta Marquesa Soft Excelence 3D

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30

ANEXO 30 – Estrutura Composta Marquesa Soft Excelence 3D

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31

ANEXO 31 – Estrutura Metálica Marquesa Soft Excelence 3D

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32

ANEXO 32 – Estrutura Metálica Marquesa Soft Excelence 3D

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33

ANEXO 33 – Estrutura Metálica Marquesa Soft Excelence 3D

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34

ANEXO 34 – Marquesa Soft Excelence 3D - Personalização de Cores

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42

ANEXO 35 – Desenho Técnico da Marquesa Soft Regular

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ANEXO 36 – Desenho Técnico da Estrutura Marquesa Soft Regular

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44

ANEXO 37 – Desenho Técnico da Marquesa Soft Excelence Electric

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ANEXO 38 – Desenho Técnico da Estrutura Metálica Soft Excelence Electric

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ANEXO 39 – Desenho Técnico da Marquesa Soft Excelence

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ANEXO 40 – Desenho Técnico da Estrutura Metálica Marquesa Soft Excelence

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ANEXO 41 – Desenho Técnico do Apoio Facial