estudo de caso fgv
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..... ~FUNDAÇÃO ~ GEI1JLIO VARGAS
Biblioteca Mario Henrique Simonsen
~--------------------------------------------~/
FUNDAÇÃO GETULIO VARGAS INSTITUTO DE ESTUDOS AVANÇADOS EM EDUCAÇÃO
DEPARTAMENTO DE ADMINISTRAÇÃO DE SISTEMAS EDUCACIONAIS
, LEILA JULIETTE KALO
. SUPERVISÃO ESCOLAR: EXPECTATIVAS E PERCEPÇÕES DO . , SUPERVISOR ESCOLAR, DO COORDENADOR DE AREA E DO PROFESSOR, QUANTO AO DESEMPENHO DAS FUNÇÕES DO
SUPERVISOR ESCOLAR
TIIESAE K14s
- ESTUDO DE CASO -
Rio de Janeiro, 1980
J
•
SUPERVISAo ESCOLAR: EXPECTATIVAS E PERCEP
COES DO SUPERVISOR ESCOLAR, DO COORDENA -
DOR DE AREA E DO PROFESSOR. QUANTO AO DE " -
SEMPENHO DAS FUNÇOES DO SUPERVISOR ESCOLAR
- ESTUDO DE 'CASO -
Laila Juliette Kaló
• •
• . ", ;', ,#, .
..
• •
SUPERVIS~O ESCOLAR: EXPECTATIVAS E PERCEPÇOES DO SUPERVISOR ESCOLAR, DO COORDENADOR DE ~REA E DO PROFESSOR, QUANTO AO DESEMPENHO DAS
FUNÇOES DO SUPERVISOR ESCOLAR - ESTUDO DE CASO-
Leila Juliette Kalõ
Dissertação apresentada como requisito . . parcial para obtenção do grau de
Mestre em Educação
Julia Azevedo Professora Orientadora
Rio de Janeiro Fundação Getúl io Vargas
Instituto de Estudos Avançados em Educação· Departamento de Administração de Sistemas Educacionais
1980
";.""l", 4' .... _ li
=- ~ ~ ..... ,..
A
Renêe, Tere, Nãdia, Lina,
Samir e Michel.
111
MEUS AGRADECIMENTOS
À Professora Julia Azevedo pela
orientação
À Professora Ethel Bauzer de
Medeiros pelo acompanhamento e
ajuda prestimosa
estatístico
no tratamento
Aos professores, Coordenadores
de Area. Supervisores Escolares
e seus auxiliares, das escolas
municipais de Curitiba que se
dispuseram a colaborar, respon
dendo aos instrumentos utiliza
dos
A todos que, de alguma forma,
contribuiram para a realização
deste trabalho.
iv
I N O r c E
Lista de Anexos .•••••...••••••..........•..•....... VII
Lista de Tabelas ................................... VIrI
Lista de Quadros ••••••••••••••••••••...•..••••••••• X
Lista de Gráficos ........•.•••..................... XI
CAPITULO I - INTROOuçAo
CAPITULO II
• SUPERVISAo ESCOLAR EM SUA EVOLUçAo HISTORICA
2.1 - Origens e desenvolvimento ••.••••• ..•.• ••••• 5
2.2 - Supervisão escolar no Brasil
2.3 - Consideraç6es Complementares
CAPITULO III
...............
• SUBS!OIOS PARA CARACTERIZAÇAo DA SUPERVISAo
ESCOLAR
7
10
3.1 - Expectativas e percepçoes .•• ..•••••. .•. .•.• 13
3.2 - Contribuição da pesquisa
qualitativos 3.2.1 - em termos
3.2.2 - em termos
3.3 - Funções
quantitativos ••••.•..••••
3.3.1 - apontadas por especialistas
3.3.2 - preconizadas por projeto de
CAPITULO IV
1 e i .0 ...
• ESTUDO DE CASO: EXPECTATIVAS E PERCEPÇOES SOBRE A
SUPERVISA O ESCOLAR NO MUNIC!PIO DE CURITIBA
15
18
21
24
4.1 - Metodologia................................ 26
4.1.1 - Caracterização do município
4.1.1.1 - Administração do sistema escolar 27
4.1.1.2 - Escolarização ••• .•••••••• .•.••••• 29
4.1.1.3 - Funcionamento do Serviço de Super-
visão Escolar .·1 • • • • • • • • • • • • • • • • • • 30
V
4.1.2 - Hipóteses de Trabalho ••••••••• ••••• 32
4.1.3 - Definição do universo da pesquisa.. 35
4.1.4 - Indicação de técnicas de coleta •••• 37
4.1.5 - Escolha do instrumento a utilizar.. 38
4.1.6 - Aplicação do instrumento ........... 39
4.1.7 - Caracterização adicional dos infor-
mantes ••••••.•••••••.•••••••••••••• 40
4.1.8 - Tratamento estatístico dos resulta-
dos ••••••••••••••••••••••••••••••••
4~2 - Resumo e discussão dos resultados
4.2.1 - Pesquisa realizada em Curitiba 47
4.2.1.1 - Comparação de expectativas com pe~
cepções dos Supervisores Escolares.
Coordenadores de Area e professo-
res .............................. 48
4.2.1.2 - Comparação entre expectativas dos
Supervisores Escolares. Coordenad~
res de Area e professores. .••• ••• 51
4.2.1.3 - Comparação entre percepções dos S~
pervisores Escolares. Coordenado-
res de Area e professores... ••••• 58
4.2.2 - Confronto com os resultados obtidos
mediante pesquisas realizadas em mu
nicípios diferentes
4.2.2.1 - Comparação entre expectativas de
professores de 5a. a 8a. séries de
Curitiba e do Rio de Janeiro ••••• 63
4.2.2.2 - Comparação entre percepções de pr~
fessores de 5a. a 8a. séries de Cu
ritiba e do Rio de Janeiro ••••••• 64
CAPtTULO V - CONCLUSOES E RECriMENDAÇOES ............ 67
BIBLIOGRAFIA ••••••••••••••••• I, ••••••••••••••••••••• 72
ANEXOS ............................................. 80
VI
LISTA DE ANEXOS
I - Projeto de lei que propoe regulamentação
da profissão do SE • • TI ••••••••••••••••••
11 - Instrumento utilizado na coleta de dados
111 - Localização geográfica das 6 escolas pa~
ticipantes da pesquisa de campo ••••••••
IV Tabelas relativas ao índice de escolari
~ação no Município de Curitiba .........
V - Organograma do Departamento de Educação
da Prefeitura Municipal de Curitiba ••••
VI - Tentativa de categorização das ativida
des do SE das escolas do ensino de 1 9
g r a u •••••••••••••••••••••••••••••••••••
VIr - Diretrizes Gerais da Supervisão Pedagóg!
ca da, Prefeitura Municipal de Curitiba -
atribuiç5es do Supervisor •••••••••••••• ,
VII
81
88
98
J
100
104
107
122
LISTA DE TABELAS
1 - Número de docentes, supervisores escolares e
coordenadores de área por escola, de 5a. e
ae. séries, do Sistema Municipal de Curitiba.
2 - Caracterização adicional dos informantes
formação profissional ......................
3 - Caracterização adicional dos informantes
tempo de serviço no cargo •.•••.•.••••••••••
4 - Caracterização adicional dos informantes
n 9 de turmas sob sua orientação ............
5 - Caracterização adicional dos informantes
n 9 de turmas sob orientação do professor .••
6 - Caracterização adicional dos informantes
n 9 de docentes sob sua orientação .•••••••••
7 - Caracterização adicional dos informantes
faixa etária ........••.....................
a - Valores do qUi-quadrado referentes ~ diferen
ça entre as medianas de expectativas e per
cepções dos Supervisores Escolares, Coorden~
dores de Area e professores ••••••••••••••••
9 - Teste dos sinais sobre as médias das expect~
tivas e percepçoes ........................ .
10 - Médias globais de expectativas e percepçoes
da Supervisores Escolares, Coordenadore5 de
Area e professores ........................ .
VIII
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41
42
43
44
44
45
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49
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11 - Valores do qUi-quadrado referentes a diferen
ça entre as medianas de expectativas dos gr~
pos de Supervisores Escolares. Coordenadores
de Area e professores ••••••••••••••••••••••
12 - Teste dos sinais sobre as médias das expect~
tivas ......................................
13 - Médias globais de expectativas dos Supervis~
res Escolares, Coordenadores de Area e pro-
fessores .................................. .
14 - Valores do qui-quadrado referentes a diferen
·ça entre as medianas de percepçoes dos Supe~
visores Escolares. Coordenadores de Area e
:profes so re 5 ••••••••••••••••••••••••••••••••
15 - Teste dos sinais sobre as médias das percep-
ç o e 5 •••••••••••••••••••••••••••••••••••••••
16 - Médias globais de percepçao dos Supervisores
Escolares, Coordenadores de Area e professo-
r e 5 ••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••
l7 - Médias globais de expectativas dos professo
res de 5a. a 8a. séries do 1 9 grau do Insti
tuto de Educação do Rio de Janeiro e do Sis
tema Municipal de Curitiba, quanto ao desem-
penbo do Supervisor Escolar
18 - Médias globais de percepçao dos professores
de Se. e Se. s~ries do Instituto de Educaç~o
do Rio de Janeiro e do Sistema Municipal de
Curitiba. quanto ao desempenho do Supervisor
Escolar ....................................
IX
53
54
55
59
59
60
64
65
QUADRO - Demonstrativo dos instrumentos examinados
segundo técnica aplicada, n 9 de quesitos
e testagem do instrumento . ..•.••.••••••.•
x
38
LISTA DE GRAFICOS
I - Médias das expectativas e percepçoes dos Su
pervisores Escolares, referentes ao desemp~
nho de suas funçõe s •••••••••••..••••••••••
11 - Médias das expectativas e percepçoes dos Co
ordena dores de Area, referentes ao desempe
nho das funções do Supervisor Escolar .••••
111 - Médias das expectativas e percepçoes dos
professores, referentes ao desempenho das
funções do Supervisor Escolar : ..•••••••..•
IV - Média de expectativas por atividade do Su
pervisor Escolar, extraídas das opiniões dos
Supervisores Escolares, Coordenadores de
Ares e professores ....................... .
v - Médias de percepçao por atividade do Super-
visor Escolar, extraídas das opiniões dos
Supervisores Escolares, Coordenadores de
Area e professores ....................... .
XI
52
52
52
57
62
ANPAE
CADES
CFE
DEF
DNE
FE
gl
IE
INEP
MEC
DE
PAMP
PUC
RJ
SE
SP
UFRGS
UFRJ
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
- Associação Nacional de Profissionais de Adminis
tração Educacional
- Coordenador de Area
- Campanha de Aperfeiçoamento e Difusão do Ensino
Secundário
- Conselho Federal de Educação
- Departamento de Ensino Fundamental
- Departamento Nacional de Educação
- Faculdade de Educação
- grau de liberdade
- Instituto de Educação
- Instituto Nacional de Estudos Pedagógicos
- Ministério de Educação e Cultura
- Orientador Educacional
- Programa de Aperfeiçoamento do Magistério
- Pontifícia Universidade Católica
- Rio de Janeiro
- Supervisor Escolar
- são Paulo
- Universidade Federal do Rio Grande do Sul
- Universidade Federal do Rio de Janeiro
UNESCO - Organização das Nações Unidas para a Educação.
Ciência e Cultura
S UMA R I O
Este estudo pretendeu mostrar que o desempenho do
Supervisor Escolar está aquem do desejado por profissiE.
nais que atuam na area. e que. em torno de tal desempenh~
há expectativas e percepções significantemente diferencia
das entre aqueles profissionais.
Para tal efeito estabeleceu-se um referencial teó
rico. fundamentado em pesquisa d6~umental. que apreciou o
problema da Supervisão Escolar em sua evolução histórica.
destacando elementos para caracterizar as funções do Supe~
visar Escolar. Promoveu-se um estudo de caso apoiado ba
sicamente em dados primários. para verificar como se dese~
volve a atuação do Supervisor Escolar em um município br~
sileiro (no caso. o Município de Curitiba) e de que modo
tal atuação é percebida por ele próprio e por outros pr~
f i s s i o n a i s (C o o r d e n a d o r e s d e A r e a e p r o f e s s o r e s) . Ve ri fi cp ~
-se. ainda. o que esses profissionais esperam da atuação
do Supervisor Escolar (frente às atividades arroladas no
instrumento de coleta de dados).
Utilizaram-se como instrumentos de coleta de da
dos escalas do tipo Likert. acrescentando-se questionário
sobre dados pessoais. Submeteram-se os dados a dois tes
tes não paramétricas (da Mediana e dos Sinais) e a um tes
te paramétrica (t'). por razoes que se especificam no de
correr deste trabalho. Representaram-se também. grafic~
mente. os resultados obtidos.
Com base na fundamentação teórica e na pesquisa
de campo. que estudam expectativas e percepções em torno
do desempenho das funções do Supervisor Escolar. concluiu
-se Rela necessidade da definição de uma política para o
tratamento da matéria e formularam-se algumas recomendações.
XII
SUMMARY
This study aims to show that the performanc~ of
the School Supervisor is beIow the desired professional
levels.and aIso that expectations and perceptions
such performances vary significantly even among
supervisors themselveso
ab out
the
Documental research was underta:~en in order to:
establish the needed theoretidâl frame Df reference;folmw
the historical gen8sis Df School Supervision;and identify
GÍi;·'.'-3cteristic functions Df such supervisiono
A case study was completed in Curitiba (the whole
M U fi í. (; i P a 1 i t Y ) so as to find out: how the School Superv~sor
rloe~ his work; how his performance is perceived both ~y
jli.iiL'~;81f and other related professionals (Area Coordinators
ano teachers), and what professionals expect from
school supervision (in what relates to the
li s t-t:; d i n o u r da t a c o 11 e c t i o n t o Dl) o
activities
Data were collected with Likert-type scales and
ona personal data questionnaireo Data were submited to
two non-parametric tests (Median and Signs) as well as to
a parametric one (t) for reasons discussed in
me t h o do 1 o g Y c h a p t e r o D b t ai n e d
graphicaIly representedo
results were as
the
well
On the bases of theoretical foundations and Df
our field study, tmat study expectations and perceptions
about the School Supervisor's performance, the need to
define a policy for school supervision was concluded and
a few recommendations were madeo
XIII
CAPITULO I
INTRODUÇÃO
A Supervisão Escolar. caracterizada como processo
e função. nasceu da inspeção escolar e esta da inspeção
industrial. No Brasil. entretanto. sua formalização data
da década de 60. com o Parecer n9 252/69 do Conselho Fede
ral de Educação.
Em nosso país as pesquisas nessa area têm sido es
cassas. resultando em progresso lento. o que não permitiu
ainda a definição do perfil profissional do supervisor es
colar.
A falta de consenso. entre os próprios elementos
que atuam na escola. sobre as funções da Supervisão Esco
lar tem contribuído para a ausência de definição de linhas
mestras para a atuação do SE. em torno das quais divergem
expectativas e percepções~ muitas vezes até por desconhe-
cimento do que representam as funções da Supervisão Esco-
lar. Resulta disso. talvez. a designação imprópria de Su
pervisores Escolares para funções que nada têm de técnic~
-pedagógica ou mesmo uma atitude pouco reflexiva do SE. a
cerca dessa designação imprópria. deixando-se envolver por
atividades puramente de controle.
Tais imp~opriedades redundam em prejuízo sério pa
ra o sistema escolar. provocando quase sempre desarticul~
çoes e algumas vezes até conflitos. Acontecem esforços
paralelos. direcionamentos divergentes ou. o que e
omissões.
pior.
Diante desses fatos tem-se um círculo vicioso.
Não há delineamento claro de funções. falta o perfil pro
f i s SI i o n a I doS E • f i c a d i f i c u I t a d a a e s t r u t u r a ç ã o deu m c u ~
riculo adequado para a habilitação na área de Supervisão
Escolar. Sem um currículo adequado. fica comprometida a
formação do profissional. o qual passa. então .quase sempre.
a ser subutilizado .. ,
2.
Quanto ao problema, R. Lenhard adverte:
"Convêm que .6e del.im.item cla.llamente, no .6.i.6:tema. educa.c.iona.l, a..6 6un~õe.6 de .6upellv.i.6ão, .6u~.6 Ilela.
~õe.6 com Ou:tIla..6 6un~õe.6 e 0.6 de.6empenho.6 bã.6.ico.6 que lhe .6ão pell:t.inen:te.6, .6em o que não .6ellã PO.6.6Z vel detellm.ina.1l pa.dllõe.6 de qua.l.i6.ica.~ão de.6.6e.6 e.6-pec.ia.l.i.6:ta..6, nem cll.i:têll.io.6 pa.lla. Ilecllu:ta.mento e .6! le~ão do.6 ma..i.6 ca.pa.ze.6" (c.i:ta.do pOIl AIla.~jo,7976,
p. 35).
Outros especialistas também alertam para o problema,
brando que:
1em-
"a. .6upellv.i.6ão educ.a.c.iona.l quell .6ell um .in.6:tllumen:to
e6.ica.z de .inova~ão peda.gôg.ica. e .6Ô a.t.ing.illã .6ua.
6.ina.l.ida.de .6e :todo.6 0.6 pIl06.i.6.6.iona..i.6 envolv.ido.6 no plloce.6.6o en:tendellem a. .6ua. na.:tulleza. e 6un~ão, e t
0.6 .6upellv.i.6olle.6 60llem pIl06.i.6.6.iona..i.6 a.dequa.da.men:te 60Ilma.do.6" tCandau, 1976, p. 16).
Essas advertências ganham maior sentido se se con
siderar a escola como um conjunto sistêmico, requerendo,
portanto, que cada subconjunto conheça suas atribuições e
as implicações frente à sua área e à dos demais.
O Ministério da Educação e Cultura, através do
Instituto Nacional de Estudos Pedagógicos tINEP}, vem fi
nanciando pesquisas sobre a Supervisão Escolar. O tema vem
sendo, ainda, objeto de análise em dissertações de mestra
do. Preocupa, também, a área legislativa, onde há proje
to de lei tramitando para regulamentar o exercício profis
sional do SE (cf. p.19-20 e Anexo I p.81-8).
Especialistas da área de Supervisão Escolar se
reuniram, no "Encontro Nacional", realizado em Curitiba,
U9791, pleiteando a formalização de Associações profissi~
nais aos nfveis: nacional e estadual.
Entende-se, assim, que o tema e relevante e atual.
3.
Era propósito inicial deste trabalho efetuar uma
"r~plica" de pesquisa de A. Reis. no que se refere ~ op!
nião de professores de Sa. a 8a. séries sobre o desempenho
do SE. Ampliou-se. entretanto a pesquisa. entendendo
se útil conhecer também a opinião de outros profissionais
que atuam na área da Supervisão Escolar.
Assim. as expectativas e percepçoes aqui registr~
das envolvem a opinião não só de p~ofessores. como também
de Coordenadores de Área e dos próprios Supervisores Esc~
lares. Com isto pretendeu-se obter conjunto mais represen
tativo de informações e:
(i) verificar se ocorrem diferenças significantes
de expectativas e percepções dos profissionais
de educação em relação ao desempenho do SE;
(ii) comparar os resultados de pesquisas sobre SE
realizadas entre dois municípios de Estados
diferentes (Curitiba e Rio de Janeiro);
(iii) sugerir providências com base nos estudos re
alizados.
Para tal efeito formulou-se a seguinte
de trabalho:
hipótese
As expectativas e as percepções dos Coordenadores
de Área (CA). dos professores e dos Supervisores
Escolares C.SE). em relação às funções desse últi
mo apresentam diferenças significativas.
Essa hipótese geral foi a seguir desdobrada em
ou t ra s c i n c o .
Os resultados obtidos na pesquisa de campo foram
registradbs em dezoito tabelas e cinco gráficos. Com ba
se na apreciação dos resultados obtidos e na fundamentação
teóriCá formularam-se sugestões. apresentadas ao final des
te trabalho.
4.
o estudo está estruturado em 5 partes. Feita a
INTRODUÇÃO da matéria. segue-se no CAPITULO 2 comentário
sobre a evolução histórica da Supervisão Escolar. desde a
sua origem até o presente. momento. particularmente em nos
so pais. No CAPITULO 3 examinam-se elementos para a carac
terização do desempenho do SE. a saber: expectativas e pe~
cepçõesJ principais funções do SE na opinião de especialis , -
tas em Supervisão EscolarJ contribuições. acerca da neces
sidade de delimitação do perfil profissional do SE. extrai
das de pesquisas realizadas na áreaJ e funções preconiza-
das em lei. A discussão e o resumo da pesquisa de campo
sao apresentados no CAPITULO IV. CONCLUSOES E REOOMENOA
ÇOES, umas genéricas e outras específicas. constituem a úl
tima parte deste trabalho. todas. porém procurando ressal-
tar a necessidade e a importância de uma açao articulada.
para a melhoria do desempenho do SE. no campo da Supervi
são Escolar.
5 •
CAPITULO II
SUPERVISAo ESCOLAR EM SUA EVOLUçAO HISTORICA
2.1 - Origens e desenvolvimento
A Supervis;o. na sua forma instituciona1izada. nas
ceu com a empresa capitalista. da necessidade de melhorar
as técnicas da indústria e do comércio. aperfeiçoando-se.
cada vez mais. com a revoluç;o industrial. Ao supervisor.
então chamado de inspetor. cabia fiscalizar as tarefas dos
operários da indústria.
Nos sistemas escolares. a função do inspetor re
vestiu características semelhantes às do inspetor da indús
tria - desenvolvendo-se essencialmente autoritária e fisca
1izadora e usando a coerção como principal recurso. Cor-
respondia a uma atuação mais de natureza administrativa.
em que o SE era uma espécie de "vigilante" das tarefas do
centes. incumbido de verificar. por exemplo. freqOência e
pontualidade dos professores e alunos. Voltava-se. porta~
to, para a disciplina e nao para o processo ensino/aprend!
zagem, que deveria ser seu objeto de preocupação maior.de
acordo com especialistas em Supervisão Escolar.
são muito antigas. ~ntretanto. as origens da Su
pervisão. Quem o afirma é Nãjera (1969). em resenha histõ
rica sobre a inspeção escolar:
- no~ povo~ da antigüidade, como na índia, Pe~~ia,
China e no Egito, a vigilância da~ in~tituicõe~
educativa~ e~tava a ca~go de ~ep~e~entante~ da~
ca~ta~ ~ace~dotai~ e da nob~eza;
na G~eci~ e em Roma, jã exi~tiam pe~~oa~, com ca~go~ e nuncõe~ deninido~, enca~~egada~ de vi
gia~ a~ in~tituicõe~ de en~ino;
6 •
-- na epo~a do 6eudali~mo, ~on6iava-~e a bi~po~ a vigilân~ia de atividade~ edu~a~ionai~ e po~te
~io~ente a out~a~ pe~~oa~, e~~olhida~ pela au to~idade e~le~iã~ti~a;
~om o ~apitali~mo ~u~giu a in~peção e~~ola~, ab~angendo a edu~ação 6o~mal em todo~ o~ ~eu~ nl vei~;
- o ~egime ~o~iali~ta levou o~ pal~e~ ~oviêti~o~
a o~ganiza~em vigo~o~o~ hi~tema~ edu~ativo~, em que a in~peção eh~ola~, inhtitu~ionalizada, tem
6inalidadeh e ~a~a~te~lhti~ah bem de6inida~,
de a~o~do ~om a~ pe~ulia~idade~ lo~ai~;
no Mêxi~o (pa~ de o~igem do auto~l, ah ta~e6a~
de vigilân~ia pe~mane~e~am a ~a~go da~ ~la~~e~
dominante~ du~ante longo pe~lodo, não exi~tindo
um ~i~tema de in~peção bem de6inido; tal ~o
veio a o~o~~e~ no no~~o ~ê~ulo, jã no pe~lodo
da ~evolução mexi~ana.
Com o aparecimento das escolas normais,na França,
e que se inicia a preocupação de fazer a supervisão atuar
sobre a orientação e a formação do professor, buscando um
ensino melhor. Mesmo assim, ainda permanece o caráter fis
calizador da Supervisão.
Já nas primeiras décadas do nosso século, os estu
dos de Taylor e a influência da orientação científica em
administração trouxeram aperfeiçoamento dos seus métodos e
técnicas, surgindo critérios objetivos de aferição do ren-
dimento escolar. A Supervisão Escolar tornou-se, então,
mais expressiva, embora ainda continuasse marcada pelo ca
ráter autoritário, em que os professores eram meros instru
tores supervisionados.,
7 •
Embora no inIcio de nosso século. já houvesse um
número expressivo de escolas e de organização de sistemas
escolares. somente no período de 1930 a 1940 é que esse a~
menta se dá no Brasil. Em conseqOência desse aumento e dos
estudos de relações humanas passou-se a exigir ainda mais
a presença do SE e, agora, não mais em caráter direcional
e impositivo mas, ao contrário. numa linha de esforço coo
perativo.
De 1940 a 1960 dá-se ênfase a Supervisão como es
timulo à pesquisa, levando os professores a raciocinar com
base em situações-problema.
dessas situações.
orientando-os para a solução
"A.tua.lmen..te a. SupeJl.vi~ ão E~ c.ola.Jr. bu~ c.a. .toJr.n.a.Jr. o
pJr.o6e~~oJr., c.a.da. vez ma.i~ c.on~c.ien..te, e6ic.ien..te e Jr.e~pon.~ã
v el " ( N é r i c i. 1 9 7 6 • p. 3 1 1 .
A trajetória percorrida pela Supervisão Escolar a
conduziu da forma nitidamente fiscalizadora para a orienta
dora. ultimamente. assumindo o caráter assistencial. com
papel renovador e inovador. conforme salienta Wi1es. cita
do por Lourenço l19741:
"O pa.pel do ~upeJr.vi~oJr. .tOJr.n.ou-~e o de a.p O ia.Jr. , a.~
~i~.tiJr. e pa.Jr..tic.ipa.Jr., a.n.te~ que diJr.igiJr.. A a.u.toJr.i
da.de da. po~ição de ~upeJr.vi~oJr. não ~e Jr.eduziu, ma.~
pa.~~ou a. ~eJr. u~a.da. de ou.tJr.o modo. ~ u~a.da. pa.Jr.a.
pJr.omoveJr. c.Jr.e~c..<..men.to a..tJr.a.vê~ do exeJr.c.lc.io da. Jr.e~
pon.~a.bilida.de e da. c.Jr.ia..tivida.de a.n..te~ que da. depen.d~n.c.ia. e c.on6oJr.mida.de" Cp. 27).
2.2 - Supervisão Escolar no Brasil
A Supervisão Escolar. também. no Brasil aparece
com características fiscalizadoras. numa experiência que
estigmatizou suas origens. Surgiu da Inspeção Escolar es
tabelecida na década de 30. apos a criaçãodo Ministério da
Educação e Saúde LDecreto n 9 19.402, de 14/11/19301 e da Re
forma Francisco Campos (Decreto n 9 20.158, de 30/06/19311.
8 •
Nesse periodo a estruturação inicial do curso de
Pedagogia la~semelbada a dos cursos de magistério que sur--
giram nos anos 30) previa a preparação de Bacharéis em
três anos. a que se acrescentava um ano de estudos de didã
tica. para a formação de Licenciados.
quema que se convencionou chamar "3+1"
Estruturou-se o es-
sem a preocupaçao
de aliar "o que~ ensinar ao "como" ~nsinar consagrando-se. • - 1 assim. uma dicotomia entre o conteudo e sua aplicaçao.
Nesse quadro. o desempenho das funções da Supervi
sao Escolar não correspondia. ainda. a uma habilitação es
pecifica: ficava a cargo de professores com prática em ati
vidades docentes. não necessariamente formados em Pedago
gia •. Suas funções permaneciam estritamente de vigilãncia.
mantendo as mesmas características anteriormente desenvol
vidas na inspeção escolar.
Somente. em 1942. tentou-se dirigir a inspeção no
sentido de orientação pedagógica - iniciativa que nao al
cançou resultados expressivos. isto é. permanecia voltada
para os aspectos administrativos. tais como: controle de
freqOência de professores. de alunos. cobrança de relató
rios e outros.
A preocupação de fazer da inspeção um instrumento
para a melhoria do ensino foi formalizada na década de 50
(Portaria n 9 318 de 1954 da Diretoria do Ensino Secundá
riol. Posteriormente. várias denominações lhe foram atri
buídas. predominando as de Orientação Pedagógica e de Ori-
entação Escolar. Não obstante. tais denominações (que dei
xam transparecer influência européia. particularmente fra~
cesal. a inspeção permaneceu com caráter fiscalizador. cor
respondendo a açoes pré-determinadas. A partir dessa cen-
tralização. um tipo de acomodação se foi cristalizando.
Por outro lado.no "CU~hO de Pedagogia een~~ado em gene~ali dadeh edueaeionaih, hem eon~eüdoh que lheh he4vihhem de ba he, Oh heuh alunoh não ehegavam a he~ p406ehho~eh eomo Oh
demaih. No exe~eZeio p~o6ihhional, en~~e~anto, deve~iam
planeja~ uma edueação que não ~inham vivido, adminih~~a~
9 .
ou avalia~ uma e4eola que de4eonheeiam e di~igi~ ou eoo~
deYl.a~ me4t~e.4 d04 quai4 em ~go~ não e~am pa~e.4".(V. Cha 2
gas. 1976. p. 60).
Com a vigência da Lei de Diretrizes e Bases.a bus
ca de maior especificação para os cursos de Pedagogia. em
esquemas de formação diferenciados a partir de uma base
comum (Parecer CFE 251/62). permitiu o estabelecimento de
currículo mínimo próprio.porém ainda bastante genérico na
própria opinião do relator (V. Chagas). :Apesar de o Pare
cer CFE 292/62 extinguir a dicotomização de tratamento.que
caracterizava o estudo dos conteúdos e o dos métodos sep~
radamenteCconcedendo em correspondência dois diplomas.o de
B a c h a r e 1 e o d e L i c e n c i a do). o p r o b 1 e ma d a c o r r e s p o n dê n c ia
entre o estudo dos conteúdos com o dos métodos não fi cou
resolvido: o Colégio de Aplicação.caracterizado pelo mesmo
Parecer como "centro de experimentação e demonstração"-não
atingiu sua função uma vez que "a~ opo~tunidade~ de p~~t~ ea e6etiva que 4e o6e~eeiam a eada Lieeneiando não alean
çavam uma dezena de ho~a~ ao longo de toda a ~ua 6o~mação"
(ap. p. 59). Além disso. sua existência era facultativa.
Diante dessas dificuldades, o Departamento Nacio
nal de Educaç~o - DNE - passou a promover. a partir de
1963. a realização de cursos de "Formação de Professor
Supervisor". sob orientação do INEP. A duração correspo~
dente era de 8 a 10 meses. totalizando. no mínimo. 960 ho
ras e no máximo 1.440
dirigido. Como se vê.
horas. sempre acrescidas de estudo - 3 praticamente um curso de graduaçao.
A preocupaçao expressa de "criar. definitivamente.
a f~gura do professor - supervisor" aparece no Plano Tri~
na1 do Governo FedeJrélll. cuja execução. prevista para o p~
ríodo 1963/65. nao chegou a se efetivar. interrompida que
foi pelo movimento revolucionário de 1964.
Quando da 11 Conferência Nacional de Educação. re
a1izada em Porto Alegre. em 1966. o tema foi retomado. Em
documento de trabalho (intitulado "Formaçio do Professor
Supervisor e sua Integração no Sistema Escolar" e apresent~
,I~"
10.
do pelo INEP1, Pierre Vaast (perito da UNESCO) e Stella da
C. Santos (técnica de educação do INEP) arrolaram atribui
ções do "professor-supervisor" extra!das de relatório, el~
borado por egressos do curso de "Formação de Professor-Su
pervisor" anteriormente referido. O elenco de atribuições
é difuso, abrangendo uma variação imensa de tarefas, algu
mas das quais inteiramente desvi~culadas da area. Incluem
se, entre elas, desde a construção de fossas secas e aqui
sição de material permanente e de consumo até a escritura
çao escolar além da orientação do ensino.
Somente através do Decreto-lei n 9 53/66 surgiu a
preocupaçao com o preparo de especialistas em educação (art.
39 , parágrafo único) - eXigência que viria a ser formaliza
da com a vigência da lei n 9 5.540/68. A partir de então,
modificou-se significativamente a sistemática que vinha
sendo adotada desde os anos 3D, exigindo-se agora, a forma
ção de especialistas em administração, inspeção, supervi
são, orientação e magistério em cursos superiores de gra
duação.
Embora, como se ve, a origem formal da Supervisão
Escolar date do inicio da década de 60, somente no final
dessa, com a lei 5.540/68 e o Parecer 252/69 é que a Supe~
visão Escolar se institucionalizou como habilitação entre
aquelas definidas para o curso de Pedagogia.
2.3 - Considerações Complementares
A evolução histórica da Supervisão Escolar em ge
ral e, em especial, no Brasil, leva a perceber que alguns
fatores concorreram para a dificuldade· que ainda vem mar
cando a atuação do SE, na delimitação do seu campo de tra
balho e na definição do seu perfil profissional. Entre os
referidos fatores, podem-se destacar os seguintes:
(i) as caracteristicas de fiscalizadora que lhe
estigmatizaram a origem, ligada a
Escolar;
Inspeção
11.
(ii) a própria estrutura do curso de Pedagogia à
época do seu surgimento. contribuindo para
a formação inadequada do PedagogoJ quer por
manter separados o estudo dos conteúdos e o
dos métodos, quer por apresentar conteúdos
embasados em "generalidades educacionais";
(iii) falta'de consenso entre os profissionais
que a~uam no Setor de Supervis~o Escolar.em
relação às atribuições do SE;
(iv) utilização de termos múltiplos. tanto para
definição do setor (Orientaç~o Pedagógica.
Coordenaç~o Pedagógica. Supervisão Educaci~
nal. Supervisão de Ensino. Supervisão Esco
larl. quanto para a do profissional - (Pro-
fessor-Supervisor. Orientador Pedagógico.
Coordenador Pedagógico. Assistente Pedagóg!
co. Supervisor Educacional. Supervisor de
Educação. Supervisor Escolar).
Valeria ainda observar que a formalização recente
da habilitação em Supervisão Escolar faria supor um merca-
do interessado em absorver os profissionais - o que nao
vem ocorrendo. A demanda de SE continua em torno de pro-
fessores com experi~ncia na ~rea educacional. mesmo nao
sendd formados em Pedagogia. Como supervisores funcionam
desde graduados em cursos superiores até os que so possuem
ginásio. curso normal. colegial incompleto ou. ainda. cur
so da Campanha de Aperfeiçoamento e Difusão do Ensino Se
cundário - CAOES (conforme declaração do próprio MEC/OEF.
ao apreciar as exigências do Parecer 252/6~. De outro la
do. a ociosidade de vagas nos cursos de habilitaç~o mos
tra. indiretamente. o desinteresse do mercado.4
12.
E flagrante, asiim, a necessidade de serem reava
liados os cursos superiores de educação e, entre eles, o
de SE, tanto no aspecto quantitativo como no qualitativo,
para que não continue a crescer o número de especialistas
o c i,o s os, em S iJ p e r v i são E s c o 1 a r •
Tlal po~il1.ção foi defendida. também, pelos conferencis
tas do 2 9 Encontro Nacional de Supervisores de Educação
[realizado em Curitiba em out./791, que pleitearam a rede
finição dos cursos de Pedagogia, considerando-os estrita
mente acadêmicos e distanciados da realidade e advertindo
quanto à Supervisão Escolar:
"~5 a pa~~i~ da p~i~ica ~e encon~~a~io o~ caminho~ ve~dadei~o~ que iden~i6ica~io o con~eüdo da Supe~vi~ão com a e6iciência da açio ~ocial, po~
~lvel e~paço que hoje ~e ab~e pa~a aquela me~ma
p~ã.~ica" lO. Atta, 1979, p. 121.
Também as especialistas Eurides Brito da Silva e
Anna Bernardes Rocna l19731 reafirmaram a importãncia de
ser repensada a função do supervisor. declarando: "Hã. nece~~idade, po~êm, que ~e~~al~a, na a~ualidade educacional: an~~ de pen~a~-~e em amplia~ o~ quad~o~ de ~upe~vi~o~e~ lou o~ien~ado~e~ pedag5gico~1, ~e~ã. nece~~ã.~io de~envol
ve~-~e ve~dadei~o p~oce~~o de avaliação do de~empenho. do~
~~ul~ado~ da ~upe~vi~ão e~cola~ e ~ede6ini~-~e ~eu ~~abalho e ~ua óunção. Ap5~ ~al ~evi~ão ê que a~ unive~~idade~ deveAão p~omove~ o~ cu~~o~ de 6o~mação de~~e~ e~peciali~
~a.6 (p. 1 6 3 1 •
13.
CAPITULO III
SUBS!OIOS PARA A CARACTERIZAÇAo OA AçAo SUPERVISORA
Considera-se importante, para a atuação de qual
quer profissional, ~ conhecimento de expectativas e percep
çoes em torno de seu desempenho, das funções que lhe cabe
desenvolver e do perfil profissional correspondente. Por
isso este capItulo aborda tais aspectos.
3.1 - Expectativas e percepçoes
"O ~i~~ema ~ocial ~ de6inido po~ ~ua~
ÇÕ~i cada in~~i~uição po~ ~eu~ pap~i~ con~tituinte~i cada pape.l pela~ expec~a~iva~ ligada~ a e.le" LA. Reis, 1977,
p. 131.
"Quando um indivIduo i de.~ignado pa~a a o~ganiza
ção e~cola~, e.le. a~~ume. uma ide.ntidade po~icio
nal: ~upe.~intende.n~e, di~e~o~ de e~cola, p~06e.~
~o~, e~tudan~e. São ~oda~ e.~~a~ iden~idade~ que., no ~i~~ema ~ocial ~e.lativame.n~e pe~maYLe.n~e e 60~
mal c~iado da e~cola, ~~azem COYL~igo ce.~~a~ ima
geYL~ ge~alme.YL~e ace.i~a~ po~ todo~" CSergiovani e
Carven, 1976, p. 202L
"Pa~a cada po~ição ~econhecida exi~te. uma expe.cta~iva, amplame.n~e aceita pe.lo~ memb~o~ da com uni dade., quan~o ao compo~tame.n~o que de.ve ~e~ ap~e.
~eYL~ado pela~ pe~~oa~ que ocupam e~~a po~ição~
Aquilo que ~e e~pe~a que um ocupan~e tIpico de.
uma po~ição 6aça, con~~itui o papel a~~ociado' a e~ ~ a p o ~ i ç ã o " (K r e c b e t. a 1 i i, 1 9 6 9 , v. 2, p. 3 6 O l
O grifo é nosso.
14.
Oh papêih haO de6inidoh em ~e~mOh de va~, em c.o~~ehpondênc.ia c.om "c.e~~oh di~ei~oh e
expec.~a~i
deve~eh
no~ma~i.voh" (Getzels. Liphan e Campbell. citados por Ser
giovani É3 Carven. 1976. p. 202).
o disciplinamento de papéis regula as relações en
tre as pessoas. principalmente. em posiçõ~ próximas.já que
permite a cada pessoa determinar seu comportamento com re-
'lação ao de outra. Esse processo faz com que se reduzam
os conflitos de papéis. facilitando o relacionamento inter
pessoal.
Para que realmente ocorra um funcionamento inter-
pessoal eficiente. há necessidade de que os papéis sejam
definidos e delimitados com clareza. Caso contr.ário. po-
dem ocorrer conTlitos entre papéis. ou até mesmo
tivas contraditórias.
expecta-
Numa atuação conjugada. conforme deve ocorrer es
pecialmente no Sistema Escolar. é importante a formação de
consciência de expectativas comuns e predisposição para
reagir a essas expectativas.
Paralelamente.
"Se uma pehhoa que oc.upa uma de~e~minada pOhiçio pe~c.ebe que quahe ~odah ah pehhoah ~êm ah mehmah
expec.~a~ivah, ou expec.~a~ivah mui~o hemelhan~eh,
quan~o ã manei~a pela qual deve c.ompo~~a~-he em heu papel, ~emOh um c.aho de c.ompa~ibi.lidade de pap~. Ve ou~~o lado, he he pe~c.ebe que ah expec. ~a~ivah e exigênc.iah dOh OU~~Oh hão c.on~~adi.~õ-
~iah, ~emoh um c.ahO de inc.ompa~ibilidade" et. alii. 1969. p. 568).
(Krech
No caso de SE. supoe-se que diferentes expectati-
vas conduzam a comportamentos diferentes em resposta aos
mesmos atos.
Sendo assim. é de grande valia o SE ter em mente
que uma mesma atitude não é percebida da mesma maneira pe-
las diversas pessoas que atuam no seu setor. No momento
15.
em que descobre como seus comportamentos estão sendo perc~
bidos pelas pessoas sob sua influência. poderá reduzir a
incompatibilidade dos papéis adquirindo. assim. condições
;para minimizar conflitos e divergências.
~ preciso observar que. assim como os individuos
podem diferir na maneira de desempenhar seus papéis ttendo
em vista as características próprias de cada um). podem v~
riar. também,:-as percepçoes desses indivíduos em relação
ao desempenho de papéis realizados por outrem. Mesmo por
que "o pe~cebido ~ in~luenciado po~ expe~i~ncia conc~eta
p~~via" CHilgard. 1972. v.2. p. 400).
Cria-se. assim. em torno do comportamento do SE.
uma série de expectativas, sendo que "a manei~a pa~ticu
la~ como uma pe440a v~ a 4ituação num ambiente pode 4e~
con4ide~ada o compo~tamento-pe~cepção" (Alfonso et. alii.
1975. p. 212).
3.2 - Contribuição da pesquisa
A ação Supervisora. como tema de pesquisa. nao che
gou ainda a sensibilizar devidamente a comunidade cientifi
ca brasileira. quer se aprecie do ponto de vista qualitat1
vo ou do quantitativo.
3.2.1 - Em termos qualitativos
Resultados de pesquisas específicas. apreciados
em conjunto. indicam que os integrantes do sistema escolar
nem sempre vêem sob a mesma óptica o desempenho do SE.
Apontam com insistência a necessidade de definição do per-
fil desse profissional e de delimitação de seu campo de
atuação.
Pesquisando a realidade brasileira. o Centro de
Recursos Humanos "João Pinheiro" do MEC/OEF em 1973. con-
cluiu que: não há linha geral em relação às funções do
s~~ervisor - ora assume tarefas de professor. ora de admi-
16.
nistradorJ hi falta de consenso quanto is funç6es do supeE
visorJ nao hi qualificação adequada do profissional, em de
corrência da indeterminação de suas funç6esJ a supervisão
ressente-se de precisa conceituação e de definição de li
nhas mestras de funcionamento.
No que se refere is finalidades da Supervisão Es
colar, uma diferença significativa é apontada no mesmo es
tu do, c o n s i d e r a n d o i n f o r:m a ç õ e s c o 1 h i das j u n t o a 27 uni d a -
das federadas. : Mais da metade (56%), situa a supervisão
com finalidades exclusivamente de ordem técnico-pedagógicaJ
44% com finalidades técnico-pedagógica e administrativa.
Embora haja supervisores em número escasso exercendo ativi
dades exclusivamente administrativa.
Quanto ao tipo de atuação. a grande maioria dos
supervisores C74%l esti envolvida com assistência pedagóg~
cal 25,3% com assistência pedagógica e administrativaJ nao
chegando a 1% (0,7%) o contingente dos que prestam assis
tência exclusivamente administrativa.
No que se refere às atividades que interferem na
autonomia dos professores, bem como is relacionadas a con
trole e avaliação, ficou demonstrado, pela pesquisa de Cas
tro (976), que hi diferenças significativas de percepção,
quando confrontadas as opiniões do grupo de SE com a dos'
professores - o que levou a autora a enfatizar a importân
cia de uma definição clara das atividades dos supervisores,
recomendando a realização de estudos para avaliar o desem
penho de suas funç6es.
Bisset, na pesquie intitulada Efeitos de um pro
grama de treinamento - 1969, Ccitada por Castro - 1976
tamb~m pela pesquisa promovida pelo Ministério da Educação
e Cu~~ura/Departamento de Ensino Fundamental em 1974 l, ex~
min~ os resultados da ação de supervisão sobre professores
leigos, observando que nao havia diferença significativa no
rendimento escolar dos alunos que pertenciam àsescolas com
serviço de supervisão, daqueles que, em seu estabelecimen
to, não receBiam atendimento do referido serviço.
17.
Tendo em vista esse registro, vale salientar a p~
sição defendida por Paterson, de que não se justifica a
existência de serviços, a nao ser que atenda aos objetivos
propostos. Para ele "uma pIL06L611Õ.O IIe dellenvolve paILa aten deI{. necellll1.dadu IIoc1.aL6" C-citado por Castro, 1976, p. 3}.
Também, Abu-Merhy C-19671 citando Gwynn, acolhe o mesmo po-
i - " sic on amen to, a firma ndo q'u e os servi ço s de s up ervi s ao, quan do, nõ.o pILoduz~ mod1.61.caçõell no IIent1.do de melholL1.a de en-41.11.0, qualquelL que IIeja IIua oILgan1.za~õ.o, IIeILõ.o 1.núte1.II, IIe nõ.o ati peILtuILbadolLe~" Cp. 231.
Os resultados da pesquisa de Bisset(196!3J, citado por
CastrGl -1976-; levam a supor a l1lão consecução dos objetivos dos progra
mes'de supervisão e ressalt& a importã~~ia de o~servar-se qual a visão
dos elementos da escola em relação as funções do SE. Para
o autor, isto não significa que o melhor caminho seja eli
minar o serviço, porém reexaminar sua maneira de existir e
atuar.
C. Turra, 1979, ao indicar a CaILacteIL1.zaçõ.o da SupVLv1.IIÕ.O Educac1.onal no atual contexto", durante o 2 9 En
contro Nacional de Supervisores de Educação, insistiu na
neces.sidade da "bullca contlnua de 1.dent1.61.ca~õ.o dali peILce'p' ç.õu e expectat1.vall dOll paILt1.c1.pantell da ellcola", em rela
çao ao desempenho das funções do SE.
~m são Paulo, pesquisa realizada, em 1974, por
Gatti e outros autores, çom 4 grupos vinculados à Supervi
são Escolar (diretor, assistente pedagógico, orientadored~
cacional e com alunos do 4 9 ano do curso de Pedagogia, que
preferiram a habilitação de SE) demonstrou que os grupos
percebiam de maneira diferente as atividades desempenhadas
'~pelo Assistente Pedagógico (aqui denominado SE), além de
valorizá-las, também, com significativa diferenciação. O
'~rabalho indicou, ainda, que não há consenso quanto às fun
ções. do SE, percebendo-as cada grupo de maneira diferente.
18.
Também, no Rio Grande do Sul, em 1977, os resulta
dos da pesquisa realizada por Arme1ini, em 27 municípios
no meio rural, ofereceram dados para conclusão semelhante,
pois demonstraram que os supervisores e os professores do
ensino de 1 9 grau tim diferentes percepç5es quanto ao de
sempenho do SE.
~ conclusão análoga chegou A. Reis no mesmo ano,
analisando médias de expectativas e percepçoes dos profes
sores do 1 9 e 2~ graus do Instituto de Educação do Rio de
Janeiro, relativamente às funções do SE (no trabalho iden
tificado como Orientador Pedagógico), recomendando repetir
o estudo.
Todas essas referincias e mais a palestra pronun
ciada por B. Sander durante o 2 9 "Encontro Nacional de Su
pervisores de Educação". !lg}'~. levam a insistir na definição do
perfil profissional não só do SE como do Orientador Educa
cional e do Administrador Escolar. Aliás, quanto a esse
último, já há prOVidências em curso: - a Universidade de
Brasflia, em seminário promovido em maio de 1978, procurou
definir-lhe as funções, a formação profissional e o merca
do de trabalho no Brasil. A ANPAE, no mesmo ano, realizou
simpósio sobre o papel da Administração Escolar e a espec!
ficidade de suas funç5es, tema retomado em julho de 1979,
pela mesma entidade. No que se refere à Orientação Educa
cional, há legislação especifica.
3.2.2 - Em termos quantitativos
De acordo com levantamento de dados bibliográfi-
cos apresentado por Goldberg no "11 Encontro Nacional de
Supervisores de Educação - 1979" o quadro é o seguinte:
19.
(a) com relação a projetos de pesquisa, financia
dos pelo INEP/MEC, no período de 1972 a 197~
a autora cita 18 trabalhos de Supervisão Es
colar, entre os 143 projetos desenvolvidos.
Ainda assim, o percentual (que corresponder~
12.5%) não quer significar, necessariamente,
trabaihos sobre Supervis~o Escolar, tendo em
vista os ·títulos incluídos. 5
(b) no que se refere a estudos e pesquisas publi
cados é a seguinte a situação da Supervisão
Escolar:
1 - de 261 títulos, incluídos em bibliogr!:
fia analítica sobre Recursos Humanos, co
brindo o período de 1962 a 1976, somente
3 se referem a Supervisão Escolar,corres
pondendo assim a 1,1%;
2 - de 377 títulos listados em mapeamento b!
bliográfico sobre inovação educacional.
correspondendo ao períOdO de 1970 a 197~
apenas 1 é de Supervisão Escolar, i.é.
0.26%;
3 - dos 173 artigos publicados nos Cadernos
de Pesquisa da Fundação Carlos Chagas.e~
tre 1971 e 1979, 4 se preocupam com a
Supervisão Escolar. correspondendo a
2. 3%.
(c) considerando-se as Comunicações feitas em Con
gre sso,
das 657 comunicações, compreendendo o p~
ríodo de 1970 a 1979, pronunciadas na Soci
edade Brasileira para o Progresso da Ciên
cia - SBPC. somente 3 (0,45%) pertencem a
área de Supervisão Escolar. (Goldberg ex
plica ter tomado a SBPC, por ser entidade
de ãmbito nacionat e por abrigar o maior nú
mero de pesquisadores brasileiros).
20.
(d) quanto a dissertações~~ mestrado, examinado
o período de janeiro de 1978 ao final de a
gosto de 1979, registram-se as seguintes in
formações:
- de 286 dissertações concluídas, 11 tratam
de problemas da Supervisão Escolar, corres
pondendo. a 3,8%;
- de 466 dissertações em andamento, 32 tra
tam de Supervisão Escolar, não atingindo
7% (6,8%1.
A partir desses dados estatísticos, algumas ob
servaçoes podem ser extraídas:
(i) - o percentual de atendimento mais elevado
(12,5%) é representado por iniciativa ofi
cial, a cargo do Instituto Nacional de Es
tudos Pedagógicos - INEP;
(ii) - os temas relacionados, como títulos de dis
sertações em andamento, ocupam o 2 9 lugar
(6,8%), nesse quadro levantado. Embora in
diquem,simultaneamente,um esforço individ~
alizado e uma tendência de maior aprofund~
menta de estudos na área de Supervisão Es
colar o registro não chega a corresponder
a uma segurança de que tal fato ocorra: p~
de ocorrer mudança de tema ou mesmo deser
ção de curso;
(iii)- do confronto entre o esforço já realizado
(traduzido por trabalhos publicados e comu
nicações em congresso, abrangendo o perí~
do de 1962 a .1979), e o que está sendo pr~
movido (dissertações de mestrado, nos anos
de 1978 e 1979,nesse último até agosto),
percebe-se que o assunto vem merecendo mai
ar preocupaçao;
· 21.
(iv) - segundo o quadro apresentado nao se regis
trava. ainda, a presença de instituições
de ensino (Faculdades de Educação) exami
nando o p rob lema.
3.3 - Funções
3.3.1 - Apontadas por especialistas
D professor é considerado o elemento central de
preocupação para a Supervisão Escolar, uma vez que repr~
senta o veIculo mais expressivo para alcançar o aprimor~
menta do processo ensino/aprendizagem.
Por isso, entre as várias posições defendidas por
especialistas da área sobre a atuação do SE, aparece sem
p re em de s ta que a f u n ç ã o d e a j u d a r os p r o f e s s o r e s a me -
lhorarem a qualidade de ensino, embora variem os enfo
ques propostos: ora se dá ênfase ao aperfeiçoamento; ora
ã assistência ou, ainda, ao incentivo ã capacidade cria
dora.
Desde o princípio do século até recentemente,des
tacou-se como função do SE ajudar o professor por meio de
seu aperfeiçoamento. Defenderam essa posição Elliot (1914),
Briggs e Justman (1952), Lemus (1954), Mosher e Purpel
(1972), Comissão de Técnicas da "National Defense Curriculum
Laboratory",da Cornell University (1974), e Andrade(19761.
D desenvolvimento profissional dos mestres por
meio do aperfeiçoamento surge como tarefa do SE a quem c~
be ensinar como se deve ensinar, respgitando as diferen
ças individuais, suprindo as deficiências da formação
têcnico-pedagógica do professor.
22.
A ajuda do SE ao professor, direcionada para as
sistência e orientação, aparece um pouco mais tarde e
permanece ainda entre as preocupações presentes. Estão
nessa linha as opiniões de: Cuberl~y(1929), Wiles (1950/
1955), Mirror (1961). Crosby (1966), Gwynn (citado por
Abu-Merhy, 1967, p.23), Feyereisen (1970), e Nirici(197ffi.
Esses especialistas prevêem desde "serviço para
ajudar os professores a desempenharem melhor as suas ta
refas", atê o auxilio na seleção de mêtodos e processos
e ajuda na avaliação da aprendizagem.
o incentivo à capacidade criadora do professor e
ressaltada como uma das funções importantes do SE. a paE
tir das duas últimas dêcadas. Abu-Merhy (1967), Sperb
(1967J, Feyereisen (1970). e Nêrici (1976),entre outros,
fazem referência a esse tipo de função.
~ nítida a preocupação desses especialistas qua~
do recomendam ao SE estimular o professor no sentido de
que haja aproveitamento máximo de sua capacidade de ra
ciocínio e de sua potência criadora e de imaginação.
Aliás. Nêrici (1976) apoiado em vários autores
resume em três grupos as funções da Supervisão Escolar
(preventiva, construtiva, e criativa):
(i) - ,Fun~ão p~even~iva - que "con~i~~e em p~ocu ~a~ con~~a~a~ po~~Zvei~ 6a!ha~ no 6uncion~
men~o pedagógico da e~co!a, a 6im de p~ev~ ni-!a~ an~e~ que venham a p~oduzi~ ~e~u!~a
do~ nega~ivo~. A~~im, e~~a 6un~ão vi~a a an~ecipa~-~e, quando nece~~ã~io, com medi
da~ co~~e~va~ que venham a evi~a~ po~~Z -vei~ 6a!ha~ de en~ino, p~ejudiciai~ ã edu
ca~ão" (p.50);
23.
(ii) - Função c.on.6ttr.utiva - "te.m potr. 6im auxiliatr.
o ptr.o6e..6.6oJt a .6upeJtaJt .6ua.6 c;Li..6ic.uldade.6 ou
de6ic.iênc.ia.6, de maneiJta pO.6itiva,c.oopeJta
tiva, não-punitiva nem avaliadoJta. Re.pJt~
.6enta um tJtabalho c.oopeJtati\Jo, amigo, de
.6inteJte.6.6ado, de c.oopeJtação e. apoio
c.om o pJto6e.6.6oJt. PJtoc.uJta le.vaJt o
.6OJt a tett c.onóiança e.m .6i" (p. 50);
paJta
pJto6e~
( iii) - F u nç ão c.Jti ati va - "vi.6 a a e.6 tim ulaJt a i ni
c.iativa do pJtoóe.6.6oJt, bem c.omo a c.on.ótan
te me.lhoJtia da .óua atuação magi.óteJtial.
Ptr.oc.utr.a otr.ientatr. o ptr.oó~.6otr. a bU.6c.aJt no
vo.ó c.aminho.ó, a pe.óqui.óaJt e a c.JtiaJt Jte.c.uJt
.60.ó de. en.óino, vi.óando .6e.mpJte. ã me.lhoJtia
no de..ó e.mpe.nho da do c.ênc.ia. Vi.ó a, e.nóim, a
um c.tr.e..óc.ime.nto pJt06i.6.6ional do ptr.oóe..ó.óotr."
(p. 51)
Portanto. as funções do SE recebem ênfases
das conforme as situações se vão modificando.
varia
As transformações constantes no campo da educação
exigem. pois. do SE uma atuação flexível. A ele cumpre e~
tar atento a cada papel. em cada momento. para melhor
rendimento do trabalho individual e entrosamento do con
junto. de acordo com o que alerta R.Le.n=hercl- (l973>L gendn as
sim- é indispensável que ele tenha visão nítida da escola como
sistema social. conheça as funç6es de cada profissional e
sinta a instituição como um todo orgãnico.
Por outro lado. induz ao entendimento de que pro
fessores e SE devem atuar por tal forma identificados
que apresentem expectativas e percepções assemelhadas. em
relação ã Supervisão Escolar.
Sintetizando as funç6es da Supervisão Escolar.
conforme a opinião dos autores referidos, é possível ca
racterizá-Ia como uma atividade técnica com visão sob re
24.
todo o processo educativo. que objetiva melhorar a qual!
dade do ensino. envolvendo todos os part-icipantes do pr.~
cesso num esforço cooperativo. Representa mecanismo auxi
liar. ajudando os professores a desempenharem suas tare
fas eficientemente. fornecendo-lhes assistência contínua.
Pressupõe colaboração. orientação. coordenação e controle
das atividades de natureza pedagógica.
3.3.2 - Funções preconizadas em projeto de lei
Tendências mais recentes em relação ao tratamento
que se pretende para a Supervisão Escolar podem ser ex
traídas -do projeto de lei (ANEXO 1) que propõe regulame~
tação da profissão. - matéria que já tramita em âmbito do
Ministério da Educação e Cultura. tendo sido objeto de apreciação
no II Encontro Nacional de Supervisão Escolar,
em Curi):iba, em out./79.
realizado
Nesse projeto de lei se declara, expressamente, co
mo atribuições do SE o "a~~e~~o~amen~o ao~ demai~ elemen ~o~ da e~~~u~u~a pedagõgica-admini~~~a~iva, em ~ua a~ea
de compe~incia". Indica-se como área de ação o currículo
e o processo ensino-aprendizagem. desenvolvidos em âmbito
de "~i~~ema educacional e de unidade~ e~cola~e~." Refe
re-se à Supervisão Escolar como destinada ao planejamento.
coordenação e avaliação do processo pedagógico (art. 1 9 ).
A nível de sistema. o projeto de decreto que pr~
poe a regulamentação da profissão do SE considera atribu!
ções desse profissional as de "de6ini~ e de~envolve~ uma
pol1~ca de Supe~vi~ão; e~~4U~U4a~ ou con~olida~ o ~i~~e
ma de Supe~vi~ão em nlvelcen~~al, ~egional ou in~e~medi~
~o e de unidade e~cola~; in~~~umen~a~ o~ ~ecu~~o~ huma
no~ nece~~ã~io~ a conc~e~ização da poll~ca de Supe~vi~ã~ planeja~, coo~dena~ e avalia~ p~og~ama~, plano~ e p~~
je~o~ pedagõgico~; pa~~icipa~ na planejamen~o e avaliação
25.
do ~i~tema educacional; coo~dena~ ~ acompanha~ o p~oce~~o educacional; coo~dena~ e avalia~ o Si~tema de Supe~vi~io"
(art.lll.
Quanto a unidades escolares, dá-se como competênc~
privativa do SE: estruturar o Serviço de Supervisão; pl~
nejar, coordenar e avaliar o processo ensino-aprendizagem
(curiosamente trazendo em ítem separado, o planejamento,
a coordenação e a avaliação do processo curricular);impl~
mentar, acompanhar e avaliar o currículo; treinar, em ser
viço, o pessoal docente (art.lOJ.
o projeto arrola como competência, também,da Supe!
visão Escolar (art.llJ, algumas outras atribuições: a) de
senvolver atitudes integradas com os demais especialistas
que atuam no campo educacional; bJ assessorar os orgaos
superiores nas decisões educacionais; c) participar de a
tividades junto a empresas e Instituições Sociais que vi
sem a integrar o sistema e a Escola no meio-ambiente; d)
prestar cooperação técnica na área de Supervisão a orgaos
nacionais, estaduais ou municipais; e) desenvolver ativi
dades profissionais em outras instituições públicas ou pa!
ticulares; f) realizar estudos e pesquisas na área de Su
pervisão Escolar.
Como se vê, a proposta do legislativo pretende p~
ra o SE um desempenho mais ambicioso do que aquele prete~
dido pelos especialistas, incluíndo entre suas atribuições
desde o planejamento, implementação, coordenação e avalia
ção do processo ensino-aprendizagem até a estruturação dos
serviços, o assessoramento no processo decisório e a rea
lização de estudos e pesquisas.
Se tais tendências vierem a se cOAcretizer. poss!
velmente~correrá um distanciamento ainda maior entre a for
mação do profissional e sua atuação, a menos que se tomem
medidas preventivas, como: a reform~lação do, currículo do
Curso de Pedagogia e. em especial,da habilitação de Supe!
visão Escolar; estudo do mercado para nao aumentar a ocio
sidade de vagas noo'cursos de formação e o desemprego do
profissional da area.
CAPITULO IV
ESTUDO DE CASO: EXPECTATIVAS E PERCEPÇOES SOBRE
A SUPERVISAO ESCOLAR NO MUNICípIO DE CURITIBA
26 •
D entendimento de que expectativas e percepçoes
sao elementos básicos para definir as funções de qual
q~er profissional; a preocupação com a inexistência de
perfil profissional do SE; o desempenho funcional da mes
tranda no Setor de Superv~são Escolar do Município de
Curitiba. motivaram a escolha do tema e do município p~
ra este estudo de caso.
A pesquisa de campQ em que se apoiou o estudo
(desenvolvida nos períodos: maio a junho de 1979 e na se
gunda quinzena de setembro do mesmo ano) utilizou o ins
trumento (ANEXO 11) elaborado e aplicado por A.Reis em
trabalho similar. intitulado "Expectativas e percepçoes
de professores do 1 9 e 2 9 Graus do Instituto de Educação
do Rio de Janeiro. relativas ao papel e às funções do O
rientador Pedag6gico" e apresentada na UFRJ para obten
çao do título de mestre. Ocorrência, aliás. que explica
por que se optou pelo confronto de resultados com o muni
cípio do Rio de Janeiro.
Adotou-se procedimento metodo16gico que cobre de e~
tudos preliminares a estudos específicos e,na discussão
dos resultados,procurou-se salientar a comparação entre ex
pectativas e percepções dos SE. CA e professores em rela
ção às funções do SE.
4.1 - Metodologia
A metodologia adotada corresponde aos seguintes
procedimentos:
27.
(il Estudo do Município
( iU For.mulação de hipóte·ses de tràbalho
( iiU Definição do universo da pesquisa
(i v) Indicação de técnicas de coleta
(v) Escolha do instrumento a utilizar
( vil Ap 1 i ca ç ão do instrumento
( viil Caracterização adicional dos informantes
( viii) Tratamento estatístico
4.1.1 - Caracterização do Município
A apreciação é feita ressaltando três
cs maior interesse para este trabalho:
(i) Administração do Sistema Escolar
(ii) Escolarização
aspectos
(iii) Funcionamento do Serviço de Supervisão Es
colar.
4.1.1.1-Administração do Sistema Escolar
Em 1967. o município possuía. sob sua responsab!
1idade. apenas duas escolas - uma de la. a 4a séries e
outra de 5a. a Sa. séries. Porém~ em 1973.passou a admi
nistrar 15 escolas. Já. em 1979. a rede municipal e repr~
sentada por um total de 59 unidades. das quais. apenas 6
alcançaram o ensino de 5a. a Sa. séries - sendo essas seis r~
faridas objeto depesquisa no presente trabalho.(ANEXO III)
Até julho de 1979. a administração competia ao
chamado Departamento do Bem Estar Social (constituída, em
1959, pelo Decreto 722 de 10 de julho). o qual foi i sendo
adaptado. conforme indica exame da legislação respectlv~
à medida em que a extensão dos serviços exigiu maior a
paio de setores especializados.fi
Hoje. está confiado a
28.
responsabilidade do Departamento de Educação.(Lei 6033/
79 e Decreto 1094/79). ao qual se subordina a Diretoria
de Educação.
Uniformidade de procedimentos caracteriza a rede
municipal. disciplinada por um único regimento e s co lar}
que orienta todas as escolas sob sua administração. ca
bendo aos estabelecimentos procederem ao detalhamento em
seus manuais de serviços.
Quanto ao regime de trabalho. tanto o pessoal téc
n~~o quanto o de magistério têm jornada de 24 horas se
ma,lais. inexistindo professor horista ou mesmo supleme~
'tarista.
Quanto ao desempenho discente. a Diretoria de E
ducação estabelece os padrões mínimos. No período ~€
1975/79.adotou~e avaliação unificada. aplicada bimestral
mente. a nível de rede. buscando uma aferição do Sistema
e tentando obter maior homogeneidade entre as escolas mu
nicipais.
Empenhada. em manter 0- aluno o maior tem
po possível na escola. a rede municipal adotava o ano esco
lar de 211 dias letivos. além de exigir a parti cip aç ão
do aluno em atividades complementares (Centros de Artes
Criadoras. atividades na sala de 1eitura.clubes agrlcolas)
que se realizavffil fora do horário regular de aulas.
A admissão de SE. Orientador Educacional e pr~
fessores é feita por concurso público.
Para os docentes e especialistas em educação e
obrigatória a reciclagem que se promove. periodicamente
(pelo menos uma vez por ano).mediante cursos de atualiz~
ç a o ,'p a r a a s di f e r 8 n te s á r e a s de a tua ç ã o do s p r o f i s si 0- -
nais.
29.
4.1.1.2 - Escolarização
Em 1964. Curitiba apresentava o mais alto índice
de escolarização das capitais do sul do país. conforme o
declarado em documento do antigo Departamento do Bem Es
tar Social. apresentado no "I Semin~rio Nacional sobre a
realidade do ensino de 1 9 grau nas capitais - 1978". rea
lizado em Porto Alegre. Tal po~iç~o modificou-se substa~
cialmente com o intenso fluxo migratório. o atendimento
de 0.90. em 1964. decresceu para 0.79. em 1977 (ANEXO IV
- Tabela I). O crescimento urbano. elevando-se. express~
vamente. entre as décadas de 40 e 70. n~o permitiu a manu
tenç~o de tal situaç~o. registrando-se. em 1970. o índice
de 96% de urbanizaç~o (ANEXO IV - Tabela lI).
Com o advento da Lei 5692/71. o problema se agr~
vou. devida a extens~o da escolaridade obrigatória. de 4
para 8 anos. sem ter havido a correspondente ampliaç~o de
serviços e recursos físicos.
Examinando-se a situaç~o de escolaridada. no ano
de 1977. verifica-se que o sistema de ensino no município.
em linhas gerais. acompanha o quadro brasileiro:
- é seletivo. apresentando discriminaç~o de ex
pressivo contingente populacional que. ainda se
acha fora da escola; e um quadro de evas~o acen
tuado. especialmente da la. para a 2a. série do
1 9 grau (ANEXO IV - Quadro I);
- a proporç~o de atendimento na faixa de 7 a 14
anos. no ensino de 1 9 grau não corresponde à de
terminação constitucional (atinge 79.72%) e a
rede escolar ainda não acolhe o contingente de
7 anos de idade (alcança 38.40%) (ANEXO IV
Tabela III).
30.
4.1.1.3 - Funcionamento do Serviço de Supervisão Escolar
o Serviço de Supervisão Escolar do município ini
ciou seu funcionamento, em 1963, no Centro Experimental p~
pa João XXIII, instituição em que. também. foram iniciadas
as atividades na área da educação. Surgiu com objetivo de
coordenar e supervisionar o planejamento e execução do
currículo. estendendo-se da la. a 4a. séries do ensino de
1 9 grau. Ampliou sua atuação. em'1967. quando, às expensas
do município, passou a funcionar "üma escola de 5a. a 8a.sé.
ries - Unidade Escolar Albert Schweitzer.
A partir da Lei 5692/71 (refenl'ma do Ensino de 19 e 2 9
o Município. estabelecendo diretrizes gerais ori
entadoras da ação Supervisara (1978). traçou linhas bási
caso estratégias e sugestões para sua realização e.ainda.
explicitando o papel do SE no sistema escolar. confiou-lhe:
"diYl.a.miza.cão do pla.Yl.o cUJtJÚcula.Jt. a.ju.6ta.Yl.do-o ã.6 Yl.e.ce..6.6i
da.de..6 loca.i.6; a. tJta.Yl..6mi.6.6ão coJtJte.ta. da..6 diJte.tJtize..6 ge.Jta.i.6
e..6ta.be.le.cida..6 pOJt õJtgão.6 .6upe.JtioJte..6; a. 6un~ão cooJtde.Yl.a.ção
ne.ce..6.6âJtia. pa.Jta. a. vigência. do.6 a..6pe.ctO.6 de. e.n.6iYl.o, como
hOJtâJtio.6, a.gJtupa.me.nto de. a.luno.6 •.. ; a. iYl.60Jtma.~ão Yl.e.ce..6.6a.
JÚa. do pe..6.6oa.l doce.Yl.te., de. modo a. pe.JtmitiJt .6ua. inte.gJta.cão
a.o tJtabalho com um mZnimo de. di6iculdade..6; a cooJtde.Yl.acão
do.6 .6e.Jtvico.6 auxiliaJte..6 e. .6ua viYl.cula~ão ã.6 atividade..6
in.6tJtuc.ioYl.ai.6: o plaYl.e.jame.nto, oJtganização e. imple.me.nta -
~ão da.6 atividade..6 de. avaliação de. todo.6 0.6 a.6pe.cto.6 do
pJtoce..6.60 e.ducativo; o e..6tabe.le.cime.nto da uYl.idade. pe.dagõg~
ca e.m .6 ua e..6 co la " (p. 5).
Dez anos depois de iniciado o Serviço de Superv~
sao Escolàr. isto é. em 1973, é que se realizou o prime~
ro concurso público para Supervisor Escolar no município
de Curitiba e incluíndo e'ntre as exigências para inscriçÉil.
a experiência no magistério. de no mínimo 2 anos, o que ,
viria constituir objeto de preocupação dois anos mais tar
de. na área federal (Indicãlção CFE 67/75. que não chegou a vi 7
gorar) . Até então (1965/1973). a indicação do SE es-
31.
teve e cargo do diretor da unidade escolar mediante con
sulta à Diretoria de Educação, podendo a escolha recair
em professor com formação de 2 9 ou de 3 9 grau - como a
contecia, praticamente, em âmbito nacional.
Nessa época,a Seção de Orientação Educacional cu
riosamente aparecia subordinada ao Serviço de Supervisão
Pedagógica (Decreto n 9 941/73), quando a profissão de
Orientador Educacional j~ t~nha sua formalização mais
consistente, até mesmo apoiada por legislação específica
Essa situação permaneceu até 1976, quando, em conseqaê~
cia da reestruturação da Diretoria de Educação, os dois
setores passaram ao mesmo nível hierárquico, deixando a
categoria de seção e serviço pela de Coordenacão de Super
visão Pedagógica e Coordenação de Orientação Educacional
(ANEXO V).
Por efeito de leis municipais (de n 9 s. 4789/74,
5046/75 e 5235/75) o SE, antes denominado Técnico em Edu
caça0, passou a ser incluído no "Grupo do Magistério";
considerando-se que o SE é um professor especializado
orientação, aliás, que viria expressa, também, na Indicação
CFE 67/75, citada anteriormente.
A lotação dos SE, nas escolas, até 1979, era fei
ta em correspondência com limites assim estabelecidos;
- até 11 turmas: um SE em períodos alternados;
- a partir de 12 turmas: um SE e um auxiliar, em
períodOS alternados;
- o atendimento de duas escolas com poucas tur
mas: assistência de um auxiliar para cada esta
belecimento;
- 22 turmas: dois SE e respectivos auxiliares;
- 12 turmas por turno: um SE e um auxiliar em ca
da turno.
32.
Segundo informaç5es obtida~ h~ tend~ncia ~ra q~e
t~~. orientação seja modifi~Bda. elevando-se o numero de·
escolas e mantendo-seo de SE. - iniciativa que. se concre
tizada. trará,possivelmente,embaraços muito s~rios
a consecução; isso porque
para
(i) ou o SE ficará sobrecarregado. ainda mais.
com prejuízo para o desempenho de suas fun
ç5es. já tão descaracterizadas;
(fi) ou. se há de prever um mecanismo auxiliar(in
fra-estrutura adequada. aprimoramento do pr~
fissional) para um atendimento a contento.
Preconiza-se um esforço conjunto. envolvendo o
Departamento de Educação da rede municipal de Curi
tiba e o Setor de EdLcação da Universidade Federal
do Paraná objetivando um atendimento mais consistente no ãmbito
da Supervisão Escolar.
4.1.2 - Hipotàses de Trabalho
Para consecuçao do objetivo deste estudo - de
monstrar que o desempenho do SE e~tá aquim do esperado-,
destacam-se expectativas e percepções do próprio Supervi
sor e de profissionais outros que atu~m na área de SupeE
visão Escolar.
Para tal efeito. foram formuladas cinco hipóteses de
trabalho. algumas das quais implicam em desdobramento:
H lo Não há diferença significativa entre as expecta
tivas e percepções de grupos profiss~onais que
atuam na Supervisão Escolar.em relação ao desem
penho das funções do SE.
H 2-o
33.
H 1.1 - Não há diferença significativa entre as o
expectativas e percepções do ~, em re
1ação ao desempenho de suas funçõesJ
H 1.2 - Não há diferença significativa entre as o expectativas e percepções do CA, em re
1ação ao desempenho das funções do SEJ
H 1.3 - Não há diferença significativa entre as 9
expectativas e percepções do professor,
em relação ao desempenho das funções do
SE;
H 1.4 - Não há diferença significativa entre as o
expectativas e percepções do CA, do pro
fessor e do SE, em relação ao desempenm
das funções do ú1t~mo.
Não há diferença significativa entre as expecta
tivas de grupos de profissionais que atuam na
Supervisão Escolar, em relação ao desempenho das
funções do SE.
H 2.1 - Não há diferença significativa entre as o
expectiativas do SE e do CA, em relação
ao desempenho das funções do SE;
H 2.2 - Não há diferença significativa entre as o
expectativas do SE e do professor, em
relação ao desempenho das funções do
SE;
H 2.3 - Não há diferença significativa entre as o
expectativas do CA e do professor, em re
lação ao desempenho das funções do SE;
H 2.4 - Não há diferença significativa entre as o
expectativas do CA, do professor e do
SE, em relação ao desempenho das fun
ções do último.
34.
H 3 - Não há diferença significativa entre as percep o ~ de grupos de profissionais que atuam na Su
pervisão Escolar. em relação ao desempenho das
funções do SE.
H 3.1 - Não há diferença significativa entre as o
percepçoes do SE e do CA. em relação ao
desempenho das funções do SEJ
H 3.2 - Não há diferença significativa entre as o
percepçoes do SE e do professor. em re
lação ao desempenha das funções do SEJ
H 3.3 - Não há diferença significativa entre as o
percepçoes do CA. e do professor. em re
lação ao desempenho das funções do SEJ
H 3.4 - Não há diferença significativa entre as o
percepçoes do CA. do professor e do SE.
em re~ação ao desempenho das funções do
último.
H 4 - Não há diferença significativa entre as o médias
globais de expectativas dos professores de Sa. a
aa. séries do Instituto de Educação do Rio de Ja
neiro e a dos professores componentes do presen
te estudo (realizado em Curitiba)J
H S - Não há diferença significativa entre as o médias
globais de percepções dos professores de Sa. a
aa. séries do Instituto de Educação do Rio de Ja
neiro e a dos professores da mesma faixa de ensi
no do sistema municipal de Curitiba.
Num primeiro momento. compararam-se tais expectati
vas e percepções individualizadas por grupos de profiss!
anais aqui envolvidos (SE. CA e professores). apresenta2:!.
do.posteriormente.apreciação conjunta.
35.
Em s e g u 1 da. pro curo u - s e d e t e c t a r a e x i s tê n c i a
ou nao de difàrenças de expectativas entre os grupos
participantes deste estudo.
Buscou-se. ainda, registrar diferenças de percep
~ entre esses mesmos grupos.
Por último. promoveu-se o confronto dos resul
ta dos de pesquisas realizadas em municípios localizados
em Estados diferentes, no que se refere a expectativas e
percepções de professores de 1 9 grau, em relação às fun
ções do SE.
4.1.3 - Definição do universo da pesquisa
Para a definição do universo da pesquisa
selecionados os seguintes indicadores:
foram
(i) quanto a escolas (para caracterização dos ser
viços de Supervisão Escolar no município)
• nível (1 9 grau)
• sêries (sa. a 8a.)
• estabelecimentos (de ensino)
localização (periferia do município de Cu
ritiba)
· turnos (manhã. tarde e noite)
(ii) quanto aos informantes (profissionais que a
tuam.diretamente.na Supervisão Escolar)
· Supervisor Escolar (SE)
• Coordenador de Area (CA)
• Professor (prof.)
Grupo de Supervisor Escolar~ reuniram-se 05 Su
pervisores(8) e, quando havia, seus auxiliares (6) - por
não ser aconselhável a aplicação da prova da Mediana p~
ra grupos com menos de 10 elementos. Optou-se por agrupá
36.
-los, tendo em vista, pos~~irem a mesma formaçio profi~
sibnal e por atuarem juntos, sendo o auxiliar o substitu
to imediato do SE.
A pesquisa foi realizada no munic!pio de Curiti
ba, do Estado do Parani, abrangendo 134 informantes de
um total de 291 profissionais. que atuavam nos 6 estabelec.!,
mentos de ensino e que atendiam, à época da co leta de da
dos. classes de 5a. a 8a. séries do ensino de 19 grau.
Conforme indica a Tabela 1 que caracteriza a
amostra. foram ouvidos 36.90% dos professores (89 dos 241), tendo
sido registradas as opiniões de todos os SE (8Lde seus
auxiliares (6) e a quase totalidade dos 36 CA (86.10%).
ESCO-LAS
-A
B
C
O
E
F
TABELA 1
N9 DE DOCENTES, SUPERVISORES ESCOLARES E COORDENA
DORES DE AREA, POR ESCOLA) DE 5a. A 8a. S~RIES
DO SISTEMA MUNICIPAL DE CURITIBA (N = 134)
POPULAÇAO-ALVO AMOSTRA TOTAL
PROF. CA S E PROF. CA S E DA
SE I AUX. TOTAL SE j AUX.
AMOSTRA
52 6 2 2 62 18 6 2 2 28
52 6 1 59 18 5 1 24
19 6 1 26 8 6 1 15
16 6 1 1 24 8 5 1 1 15
76 6 2 2 86 27 4 2 2 35
26 6 1 1 34 10 5 1 1 17
TOTAL 241 36 8 6 291 89 31 8 6 134
37.
4.1.4 - Indicação de Técnicas de Coleta
Utilizaram-se nesta pesquisa de campo, dois ti
pos de té cni cas :
(i) - censitário
(ii) - de amostragem
(i) - tratamento censitário. Esta técnica foi u
tilizada em relação a escolas e a Supervi
sores Escolares.
- em relação a escolas, por totalizarem a
penas 6 e, ainda, por globalizarem situ~
ções reconhecidamente diferentes
da própria rede municipal.
dentro
- em relação a SE, por totalizarem 14 indi
víduos 8 S E e 6 a u x i 1 i are s) .
(ii) - técnica da amostragem. Foi utilizada em re
lação a CA e professores, tendo em vista o
número mais elevado.
A amostra foi intencional. Estabeleceu-se como re
ferencial de representatividade o percentual mínimo de
30% da população-alvo de cada grupo participante deste
estudo:
- o grupo de Coordenador de Area, com o cuidado de
fazer representar na amostra as escolas, os va
rios turnos em que funcionam e as áreas de co
nhecimento (incluindo até 2 coordenadores de E
ducação Física).
- o grupo de docentes, buscando representativida
de dos profissionais encarregados da i ministra-
ção dos conteúdos contidos nas diversas
de conhecimento.
l3reas
38.
4.1.5 - Escolha do instrumento
Foram examinados 5 instrumentos sobre funções do
SE. considerando. basicamente 3 aspectos: n 9 de quesito~
técnica aplicada e testagem. conforme quadro abaixo e co
mentários correspondentes. Tsntou-se complementarmente
verificqr a identificação dos conteúdos dos instrumentos
com as diretrizes elaboradas pelo município.
QUADRO
DEMONSTRATIVO DOS INSTRUMENTOS EXAMINADOS SEGUNDO
N9 DE QUESITOS. T~CNICA APLICADA E TESTAGEM
INSTRUMENTOS EXAMINADOS
GATTI. Bernadete et. alii.
LOPES. Helena T.
LOURENCO. Leda Ma. Silva
REIS. Amadice A. dos
STAMATO. José
DO INSTRUMENTO
N9 DE QUESITOS
70
32
40
25
65
TEcNICA APLICADA
Escala Q (lO intervalos)
TESTAGEM
te s ta do
dois interva- nao testado los (Sim e
Não)
Likert
Li ke rt
dois intervao s ( Sim e Não)
te s taco
testado
testado em 5 SE.
39.
A opção pela escala de A. REIS foi feita. por
corresponder melhor às exigências requeridas para o desen
volvimento do presente trabalho. O instrumento escolhido
(ANEXO 11) apresenta a vantagem de já ter sido
de conter número razoável de quesitos (25) e de
testado.
utilizar
escala com intervalos (5) mais condizentes com o objetivo
que a pesquisa se propôs alcançar.
A1Bm dessas vantagens. o conteúdo dos quesitos ar
rolados no instrumento (cuja tentativa de categorização
constitui o ANEXO VI) se identifica. razoavelmente. com as
diretrizes gerais do SE. formuladas pela Diretoria de Ed~
cação da Prefeitura Municipal de Curitiba (ANEXO VII).
o 4.1.6 - Aplicação do instrumento
A aplicação dos instrumentos ficou a cargo da mes
tranda. numa tentativa de alcançar maior objetividade e
clareza nas respostas. Para tanto foram promovidos conta
tos com diretores de instituições e reuniões com profiss!
anais participantes da pesquisa.
Para tal. esteve sempre presente a preocupação.já
assinalada de assegurar o mínimo (30%) de representativi-
dade estabelecido para a amostra. Daí a necessidade de
retornar às escolas. em alguns casos até quatro vezes.
A duração média da aplicação do instrumento cor
respondeu a trinta minutos e a realização se deu quase que
de forma individual. tendo em vista que a disponibilidade
dos profissionais nem sempre ocorria coincidentemente.
Limitações ocorreram, naturalmente, no
da pesquisa, algumas delas merecendo destaque:
(a) - relativas aos respondentes
40.
de corre r
receio e/ou resistência de alguns,não a
ceitando de imediato a idéia de particip~
par da pesquisa;
desconhecimento, por certos entrevistados,
das funç'ões do SE,
. interpretação diversa de alguns quesitos,
que motivaram indagações.
(b) - do ponto de vista estatístico
necessidade de agrupamento dos SE e seus
auxiliares, para composição mais express~
va do grupo e aplicação com maior propri~
dade da prova da Mediana;
restrições ao teste-t no tratamento de
amostra intencional.
(c) - relativas à instituição
ausência do Serviço de Orientação educa
cional no período noturno.
4.1.7 - Caracterização adicional dos informantes
Com a aplicação de questionário paralelo, foram
obtidas dos profissionais ouvidos informações tais como:
(i) formação profissional
(ii) tempo de serviço no cargo
(iii) número de turmas sob orientação
(iv) faixa etária
41.
(i) - Formação profissional
Quanto ~ formação dos profissionais,a Tabela 2
indica que todos os SE ouvidos (8) são licenciados em Pe
dagogia, 3 deles tendo habilitação especifica. Dos au
xiliares de SE (6), apenas um não havia conluido a habi
litação especifica.
Dos 31 CA,que atuam nas escolas de 5a. a 8a. se
ries do municipio de Curitiba, 25 possuem licenciatura
plena, 3 licenciatura curta, um é formado em Pedagogia e
apenas 2 são preparados em curso normal, já havendo con
cluido estudos adicionais.
No quadro de professores, dos 89 que responderam
o questionário, 74 são possuidores de licenciatura plen~
8 de licenciatura curta, um é formado em Pedagogia, um
outro concluiu curso normale estudos adicionais e 5 não
responderam.
INFOR-
MANTE
SE
Aux. SE
. CA
Prof.
TOTAL
* um aux.
TABELA 2
CARACTERIZAÇAo ADICIONAL DOS INFORMANTES
- FORMAÇAo PROFISSIONAL-
(N= 134)
.C U R S O, S . ,-
NOR L I C E N C I A T U R A MAL PE DAGOGIA OUTRAS
+ -
NAo RES-PON-
E.A. s Ih ab:1 AE 1 SE 1 DE cu.!:, 1 pl~ [ERAM e s pe c. ta na
5 3
1 5*
2 1 3 25
1 1 8 74 5
3 8 8 11 99 5
está cursando. E.A. -. estudos adicionais
TO-
TAL
8
6
31
89
134
42.
(ii) - Tempo de serviço
Quanto ao tempo de serviço, observa-se que exis
te uma variação conforme o cargo que o informante ocupa,
segundo indicam os dados da Tabela 3.
A maioria dos SE (7) tem entre dois e sete anos
de serviço, sendo que 3 tem entre 2 e 4 anos e 4 se loca
lizam na faixa de 5 a 7 anos de serviço(o que se entende
porque o serviço de Supervisão Escolar de 5 a. a 8a. se -ries, se iniciou em 1974) . Enquanto 22 dos 31 CA contam
com menos de cinco anos de serviço. o inverso ocorre em
relação aos professores, i.é. 73% se encontra em ativida
des há cinco e mais anos (34 professores com 5 a 7 anos.
21 com 8 a 10 anos e 10 com mais de 10 anos) Tabela 3.
INFoRMAN-
TE
SE
Aux. SE
CA
Professor·
TOTAL
TABELA 3
CARACTERIZAÇAo ADICIONAL DOS INFORMANTES
- TEMPO DE SERVIÇO NO CARGO -(N = 134)
TEMPO DE SERVIÇO NO CARGO (EM ANOS)
menos de 212 a 4 5 a 7} 8 a 101 + de 10
1 3 4
2 4
8 14 7 2
6 18 34 21 10
17 39 45 23 10
TOTAL
8
6
31
89
134
(1
43.
(iii) - Número de turmas
Exi s te va ri açã o q ua n to· ao numero de turmas sob a
responsabilidade dos profissionais SE e CA (Tabela 4).En
quanto há 2 SE que atendem de 6 a 8 turmas. há um que a
tende a mais de 14. Por outro lado. quase a metade dos
CA (14) atende a mais de 14 turmas e há 11 deles atenden
do de 6 a 8 turmas.
Embora exista essa variação. nao há. no caso em
estudo. inobserváncia quanto aos critirios estabelecido~
desde que a exigência de limite de turmas por SE é. no
máximo. de 20.
Quanto aos professores. a grande maioria (41) tem
sob sua responsabilidade 3 a 4 turmas (Tabela 5). valen
do assinalar que o limite máximo de tempo estipulado p~
ra ministração de aulas. corresponde a 20 horas semanais.
Atravis de informações complementares sabe-se qu~
desse contingente que representa a maioria. a quase tot~
lidade (37) corresponde a professores encarregados de m!
nistrar conteúdos do Núcleo Comum ( 15.incluindo profes
sores de Português e Inglês. 7 de Estudos Sociais. 9 de
Matemática e 6 de Ciências).
TABELA 4
CARACTERIZAÇAo ADICIONAL DOS INFORMANTES
- N9 DE TURMAS SOB SUA ~IENTAÇÃO -
(N = 39)
INFOR
MANTE
N9 DE TURMAS
--de 6 16 a 819 alI 112a l41+de 14
SE
CA
2
11
2 3
6
1
14
TOTAL
8
31
INFOR
MANTES
Prof.
'TABE LA 5
CARACTERIZAÇAo ADICIONAL DOS INFORMANTES
- N9 DE TURMAS SOB ORIENTAÇAo 00 PROFESSOR -
(N = 89)
N9 DE TURMAS
44.
. 1 a 2 13 a 4 I ·5 a 6 J 7 a 8 I + de 8 'TOTAL
15 41 13 B 12 89
(iv) - Número de docentes
A maioria dos SE (6) tem sob sua orientação mais
de 20 professores. Entretanto. mais da metade dos CA (1m
tem sob sua orientação menos de 6 professores (Tabela 6).
Observe-se que dentro da estrutura do Sistema Mu
nicipal de Curitiba. seria conseq~ência óbvia esBa veri
ficação. No município. o CA é subordinado ao Serviço de
Supervisão Escolar. inversamente ao que ocorre na estru
tura de outros sistemas. como é o caso, por exemplo. do
Rio de Janeiro.
INFOR
MANTE
SE
CA
TABELA 6
CARACTERIZAÇAo ADICIONAL DOS INFORMANTES
- N9 DE DOCENTES SOB SUA oRIENTAÇAo
( N = 39)
N 9 DE DO CENTES
- de 6 I 6 a 101 11 a 151 16 a 2 O'' + de 2 O
16 1 7
2
1
6
6
TOTAL
8
31
45 •
(v)- Idade
A grande maioria (82.10%) dos profissionais que
constituem o universo desta pesquisa tem. no máximo. 35
anos - correspondendo a 12 profissionais na faixa de 21
a 25 anos. 47 na de 26 ~ 30 anos e 51 na de 31 a 35 anos
(Tabela 71.
INFoR-MANTES
SE
Aux. SE
CA
prof.
TQTAL
:r ABE LA 7
CARACTERIZAÇAO ADICIONAL DOS INFORMANTES
-- FAIXA ETARIA - (N= 134)
IDADE (EM ANOS)
2:1 a 25 I 26 a 30 I 31 a 351
-36 a 40 1 + de 40
1 3 3 1
2 1 3
3 8 14 4 2
6 35 31 13 4
12 47 51 18 6
TOTAL
8
6
31
89
134
00 exposto.conclui-se que a grande maioria (94%)
dos profissionais que atuam nas escolas objeto do prese~
te estudo. possui habilitação para o exercício de suas
funções.
A carga horária semanal de trabalho é de 24 ho
ras e a atuação dos profissionais se faz em um único es
tabelecimento. Apenas no caso em que a escola possui nu
mero restrito (até! 7) de turmas é que o SE atende a
mais de uma instituição.
A maidria de professores (62.90%) atende de 1 a
4 turmas. Da carga horária de trabalho desses profissio
nais. 4 horas são destinadas a reuniões e trabalhos do
setor de Supervisão.
~
46.
4.1.B - Tratamento estatístico
Inicialmente, este trabalho pretendia. como já foi
dito. ser uma réplica parcial (aplicada a professores de
515. a Ba. séries) da pesquisa de A. Reis "Expectativas e
Percepç5es de Professores do 1 9 e 2 9 graus do Instituto de
Educação do Rio de Janeiro. relativas ao papel e às fun
ções do Orientador Pedagógico".
Posteriormente. decidiu-se ampliar a represent~
tividade do universo da pesquisa. ouvindo não so profess~
res mas .também.os demais profissionais que atuam na Supe~
visão Escolar e elevando o número de instituições (que e
ra de uma na pesquisa original e que corresponde a 6 neste
tr~balho). Em conseqCência foi conveniente concentrar a
pesquisa em uma faixa de ensino - Sa. a Ba. séries. por
razoes já expostas.
Considerou-se. também. oportuno comparar os resul
tados obtidos em relação aos professores (único grupo co
ml!lTl às duas pesquisas); para se detectarem seme lhanças e/ou
divergéncias entre as duas situaç5es estudadas.
O tratamento estatístico utilizado neste trabalho
obedeceu:
a) ·nível de significãncia
o nível de significãncia. aqui estabelecido.foi
de 0.05. para o teste de todas as hipóteses.
b) aplicação de testes
A testagem das hipóteses formuladas neste tra
balho - que comparam expectativas e percepçoes
em relação .~ Supervisão Escolar - foi realiza
da mediante aplicação de três testes,visando amai
or segurança na interpretação dos resultados.
(i) - dois testes não-paramétricos - Mediana e
o dos Sinais - • mais adequadas para o
tratament~ de amostras intencionais e.
47.
ainda, o teste da Mediana Que possibilita a co~
paraçao de dados entre 3 grupos, no caso,S~
CA e professores.
(ii) - um teste paramétrico - testB~t. Apesar do
teste paramétrica ser de maior poder esta
tistico do que o teste não-paramétric o , não
é o mais aconselhável para amostras inten -
cionais. Entretanto optou-se pela aplicação
do teste-t por permitir a comparação dos re
sultados da presente pesquisa com os regi~
trados na pesquisa similar realizada no Rio
de Janeiro, conforme se decidiu efetuar.
c) elaboração de gráficos
A elaboração de gráficos constituiu medida com
plementar para facilitar a visualizaç~o dos re
sultados obtidos.
4.2 - Resumo e discussão dos resultados
Em duas fases se desenvolveu esta parte do traba
lho: pr~meiramente foram analisados os resultados obtidos
na pesquisa realizada em Curitiba. em seguida comparados
tais resultados com os da pesquisa realizada no Rio de Ja
nei ro.
4.2.1 - Pesquisa realizada em Curitiba
Para apreciar a atuaç~o do SE.no município de Cu
rit.iba,consideraram-se destacadamente 3 aspectos aplicando,
como foi dito, três testes (da Mediana, dos Sinais e teste-tJ.
a seguir discriminados:
- comparaçao entre expectativas e percepçoes
- comparaçao entre expectativas
- comparaçao entre percepçoes
48.
, 4.2.1.1 - Comparação entre expectativas e percepçoes
Para o confronto proposto. trabalhou-se com a se
gu1nte hipótese nula:
H 1 - Não há diferença significativa entre expec o
tativas e percepções de grupos de profiss!
pnais que atuam na Supervisão Escolar. em
relação ao desempenho das funções do SE.
A hipótese ficou assim desdobrada:
1.1 - grupo de SE
1.2 - grupo de CA
1.3 - grupo de professores
1.4 - grupos de SE x CA x professores
( Testou-se a hipótese mediante a aplicação detres
testes, conforme a seguir especificado.
a) Aplicação do teste da Mediana
Os dados da Tabela 8 demonstram que os valores en
contrados para os qui-quadrados (14,36,14,53,67,99 e
95,00) estão bem acima dos mínimos necessários para a re
jeição da primeira hipótese nula. Para 191, ao nível de
0,05 de significância, bastaria um qUi-quadrado igual a
3,84 e para 5 gl 11,07.
H , o
LI. 1.2. 1.3. 1. 4.
TABELA 8 \
VALORES DO QUI-QUADRADO REFERENTES A DIFERENÇA
ENTRE AS MEDIANAS DE EXPECTATIVAS E PERCEPÇOES
DOS SE, CA e P ROFÉSSORES
iN= 134)
GRUPOS N gl Mi ,X2
SE 14 1 3,94 14,36* I
CA '31 I' 3',72 14.5311: . P rof. 89 1 3.58 67,99* SExCAxProf.134 5 3,64 95,00*
* p<O.Ol
49 •
, Fazendo a comparaçao das opiniões dos grupos. ve
rifica-se que é no grupo de professores. que se registra
e maior defasagam entre o desempenho realizado pelo SE e
o que dele se espera: o qui-quadrada encontrado para a
valier a diferença entre as Medianas de expectativas e
percepçoes e bem maior (67.99) do que para os demais gr~
pos (14.36 e 14.53) (tabela B).
b) Aplicação do teste dos sinais
Analisando os dados da Tabela 9. nota-se que os
valores encontrados (p= 0.00 para os 3 grupos) indicam prE.
babilidade de ocorrência unilateral. i.é. que as maiores
médias correspondem unicamente a expectativas. Em canse
qOência. segue-se a rejeição da primeira hipótese nula.
H o
1.1.
1.2.
1. 3.
TABELA 9
TESTE DOS SINAIS SOBRE AS M~DIAS
DAS EXPECTATIVAS E PERCEPÇOES
~RUPO
SE
CA
Prof.
N
25
25
25
x
o O
O
c) Aplicação do teste-t
p
0.00
0.00
0.00
Apreciando os resultados registrados na Tabela l~
verifica-se que os valores encontrados para 05 "t" (7.59.
5.24 e 12.Bo) são superiores aos mínimos necessários para
a rejeição da hipótese nula. Para se rejeitar a hipótese.
para médias correlacionadas. ao nível de 0.05 de signifi
cância. bastaria um "t" igual a 2.16 para 13gl. igual a
2.04 para 30 gl e igual a 2.00 para BB gl.
50.
TABELA 10
MEDIAS GLOBAIS DE EXPECTATIVAS E
PERCEPÇOES DE SE, CA E PROFESSORES
,H GRUPO N ATITUDE .X ? t o
l.l. SE 14 Expectativa 4,30 0,25 7,59* 'Percepção 3,37 0,44
, 1.2. CA 31 :Expectativa 4,02 0,39 5,24* Percepção 3,25 0,71
1.3. Prof. 89 Expectativa 3,91 0,50 12,80* Percepção 2,80 0,80
* P < 0,01
Tendo presente tais resultados, verifica-s~ que o
grau de e~pectativa i significativamente maior do que o
de percepção, ocorrência que se repete nos 3 grupos part!
cipantes deste estudo, e leva a rejeitar a hipótese.
As médias globais de expectativas e percepçoes se
rliferenciam significativamente, não só ao nível de 0,05,
C;QjJ>ii,também.ao nível de 0,01.
Comparando os resultados dos 3 grupos (SE.CA e prof~
so r} vê-se que é o grupo de professores aquele que apr~
:0.5.<3llta o maior distanciamento entre médias de expectativa
.8 porcepção, em relação ao desempenho das funçóes do SE
(t", 12,80,para t= 5,24 e t= 7,59).
Como se vê, os resultados obtidos pelos testes nao
-paramétr~cos (Mediana e dos Sinais) são confirmados e re
forçados pela aplicação do teste paramitrico
esSe último de 'maior poder estatístico.
( t )
Tais resultados lev~m à rejeição da primeira hipó
'itese nula, e conduzem ao entendimento de que os 3 grupos
de profissionais participantes deste estudo (SE,CA e pr~
~essores) apresentam,em relação ao desempenho do SE,expeE
tativas maiores, i.é., a percepçao desses profissionais
'indica que tal desempenho está aquém do desejado.
51.
DEMDNSTRAÇAD GRAFICA
Para facilitar a visualização do distanciamento
entre expectativas e percepções, que o estudo pretendeu
destacar, apresentam-se lado a lado 3 gráficos, demonstra
t1vos das respectivas médias. registradas.
. gráfico 1- con ce rne n.te ao grupo de SEJ
. gráfico 11- ao grupo de CAJ e
gráfi co 111- ao grupo de professores
Verifica-se que a maior de f as agem. entre as
má di as de expectativas e percepçoes, está localizada
no gráfico 111, correspondente ao grupo de professores,
sendo a diferença igual a 1.l9.Entretanto, para os demais gr~
pos envolvidos neste trabalho a diferença entre as médias
nao atinge 1,00 (sendo de 0,94 para o grupo de SE - gráf!
co I, e 0,81 para o de CA - gráfico 11).
Observando ainda os perfis, nota-se configuração
assemelhada nos 3 gráficos relativamente a algumas que.:!
·tões (como por exemplo, as de n 9 s. 1, 7, 16, 17 e 25) - o
que pode sugerir estudos sobre a propriedade e a freq~ê~
cia do exercício das atribuições indicadas no instrumento
utilizado na pesquisa.
4.2.1.2 - Comparação entre expectativas
O confronto aqui se apoiou na testagem da seguinte
hipótese nula:
Ho 2 - Não há diferença significativa entre as
expectativas de grupos de profissionais
que atuam na Supervisão Escolar, em
çao ao desempenho das funções do SE.
re la
2,0
I, 1,4
GRÁfiCOS Ia m
MEDIAS dos EXPECTATIVAS e PERCEPÇOES dos SE ,CA e PRO_
FESSORES., REF€RENTE 00 DESEMPENHO DAS I ATIVIDADES 0.0 S.E
. " " • ,1
\ : 1 \ (1
\ ' \ j
,\
" ,
"
S.E I
11 , li ,\. '1 ,.\ , I 1 I
: ~ I! ,f~ 1 " 1 ,\
I " " " I'
I" • I1 'V' I, " \ , I I
" I. , I
V I,' 1 ,'\ I ~ , , :
; , '. , , "
~'I J 1 , \' I V
R, •
, , I, \I 11
" ~
• ,'0
XII' ;'.88
" \, I I ~
" '/
DI'EfiÊHÇA • o ,9.
I 1 , , , I , ,
lO
'\'
~O
'5,'
:s,o
~,
2P
I' I~
, • " 'I I1
" 'I , , ': : l ;1
\..-." 1 1
! 1 , 1 1 , , I 1
:' i
,
CA Ir
1\ • V ~. 'I' " , \, I \ ~ V \ ' I' I 'I I ,. '1 :'
\ ,'\,: \ : I '/ \, I I~ , :
, " ",' I {I " \ J I '.I" 1/,
10
f ~ ~: I 1
I , I
I I I I I , I
i, • 4,04
i p' 3,13
DIFERENÇA' 0,81
I!P
~,
~
1.5 1,4
;\ ':\
\ , , . I " , " \ I. V
PROFESSOR m
t" ,..... ., I ~ , , :\ , , I "- I
' \. 1 I" • : ! \ ,: :: : \j ~ ti, , I' ,/'\f , , I
1 I' '" f \ I ' • :~, " ...... , I ' 1 I ' " I I 1 ,. , 11 ,
" , " I ~ I
~ 1 , I
x •• 5, I.
Xp·t,80 E X PECTATIVAS
DIFERENÇA' I, I • --------.,PER Cf: pç&n 111 N
53.
o desdobramento dessa hipótese agora corresponde
80 confronto da opinião de grupos:
2.1 - SE x CA
2.2 - SE x professor
2.3 - CA x professor
2.4 - SE x CA x professor
E sao os mesmos os testes aplicados.
( a) Aplicação dI!! teste da Mediana
Na Tabela 11, nota-se que os qUi-quadrados re1ati
vos ao confronto das expectativas dos grupos SExCA e SE x
professor estão acima dos m:!nimos necessários para areje,!.
ção das hipóteses nulas 2.1. 2.2 e 2.4. Para 191, ao n:!ve1
de 0,05 de significância, bastaria um qUi-quadrado igual
a 3,84 e os valores encontrados são 3,89 e 4,63. Para
2g1, bastaria um qUi-quadrado igual a 5,99 e o encontrado
é 6,18.
A hipótese nula 2,3, que afirma não haver diferen
ça significativa entre expectativas de CAe de professores, po
de sel' aceita, isto porque o qUi-quadrado encontrado (0,57)
~stá bem abaixo do m:!nimo exigido (3,84) para rejeição da
. hi p ó t e s e 2. 3 •
*
TABELA 11 \
VALORES 00 QUI-QUADRADO R~FERENTES A
DIFERENÇA ENTRE AS MEDIANAS E EXPECTATIVAS ôOS GRLPOS
DE SE, CA e PROFESSORES
H GRUPOS Mi X2
o
2. L SE x CA 4,08 4,63*
2.2. SE x professor 4,09 3,89 *
2.3. CA x professor 4,04 0,57
2.4. SE x CA x prof. 4,08 6,18*
p<O,05
54.
lbl Aplicaç~o do teste dos Sinais
Os dados da Tabela 12 revelam que os SE se dife
renciam dos demais profissionais (CA e professores) envol
vidos nesta pesquisa, no que se refere a expectativas de
desempenho de suas funç5es. As m~dias de expectativas sao
altamente diferenciadas com probabilidade unilateral de
ocorrência Cp= 0,00).
H o
2.lo
2.2.
2 .. 3.
T.ABELA .J2
TESTE DOS SINAIS SOBRE AS MEDIAS
DAS EXPECTATIVAS
-GRUPO
SE x CA
SE x pro f.
CA x prof.
N
24
25
25
x
1
1
10
p
0,00
0,00
0,21
Entr-etanto, CA e professores mantêm expectativas
assemelhadas, conforme demonstra o índice encontrado
(p= 0,21), que é superior ao aqui estabelecido (0,05).
Rejeitam-se em decorrência as hipóteses que indi
cam nao haver diferença significativa entre as expectat~
vas dos SE e dem-ais grupos (2.1, 2.2. e 2.4.). Contra
riamente, acolhe-se a hipótese que indica expectativas di
ferenciadas entre CA e professores (2.3.).
(c) Aplicação do teste-t
Para se rejeitar as hipóteses, para médias inde
pendentes, com nível de 0,05 de significância, com 43g1 I
bastaria um "t" igual a 2,02, e para 101e 118g1 bastaria
um "t" igual a 2,00.
55.
A Tabela 13 indica que os valores dos "t" corres
pon~entes as hip6teses 2.1 e 2.2 (2,89 e 4,57 respectiva
mentél est~o acima dos mínimos exigidos para rejeiç~o de~
sas hipóteses, amparando, portanto, a respectiva rejeição.
Os dados demonstram que os SE mantêm expectativas
'altamente diferenciadas (p<O,011 dos CA e dos professore&
o mesmo n~o ocorre qua~do se compara a opinião
dos grupos de CA e professores. Nota-se semelhança de expectat.!,
'v~s.pois a diferença ehtre as médias dessas opiniões (t=
1 , 25) não é si g n i f i c a t i v a a o n í ve 1 a qui e s t a bel e c i do (O, 05).
o que justifica a aceitaç~o da hip6tese 2.3 •
H . o
2. 1.
2 ~ 2.
2.3.
. TABELA 13
M~oIAS GLOBAIS DE EXPECTATIVAS DOS
SE, CA E PROFESSORES
(N= 134)
t?RUPo N ,X S
SE 14 4,30 0,25
CA 31 4,02 0,39
SE 14 4,30 0,25
P rof. 89 3,91 0,50
CA 31 4,02 0,39
Prof. 89 3,91 0,50
* p<O,ol
t
2,89*.
4,57*
1, 25
56.
DEMoNSTRAÇAo GRAFICA (DAS MEDIAS POR QUESITO)
O gráfico IV apresenta semelhança de configuração
dos perfis correspondentes às médias de expectativas dos
SE, dos CA e dos professores. Os perfis que mais se apro
ximam correspondem aos grupos de CA e de professores (com
as médias respectivamente de 4,04 e 3,99) sendo a diferen
ça de 0,05. Já a comparação das médias do grupo de SE
(4,30) com aquelas encontradas para 05 grupos de profess~
res (3,99) e de CA (4,04) resulta em diferença que se ele
va para 0,31 eO,26.
Evidencia-se, assim, que 05 SE se diferenciam dos
demais grupos (CA e professores) no que se refere a expeE
tativas sobre o desempenho de suas funções, conforme já
havia sido demonstrado pelos testes n~o-paramétricos (Me
diana e dos sinais) e paramétrico Cteste-t), anteriormen
te realizados.
O gráfico mostra o que o teste-t já confirmara (r~
ferente aos resultados encontrados mediante a
dos testes não-paramétrico~, conduzindo a:
ap1icaç~o
a) rejeiçáo das hipóteses nulas 2.1 e 2.2, que
afirmam n~o haver diferença significativa en
tre expectativas de SE confrontadas com os 2
outros grupos (CA e professores)
b) aceitação da hipótese nula 2.3, uma vez que
há diferença significativa entre as
vas dos CA e as dos professores.
expectat~
, GRAFICO IV
. MEDIA DE EXPECTATIVAS POR ATIVIDADE DO SE • EXTRAIDAS
OAS OPINiÕES DOS SE, CA • PROFESSORES.
4
GRUPO , IL.EGENDA PROFISSIONAL MEDIA GERAL
S UPERVI SOR ESCOLAR X· 4 50 ---- COORDENADOR DE ÁREA X • 4 04
--- - PROFESSOR X • 5 Sl8
57.
• I I I I I I
I
58.
4.2.1.3 - Comparação entre percepçoes
çao:
A hip6tese nula trabalhada tem a seguinte formula
H 3 - Não há diferença significativa entre as o percepções de grupos de profissionais, que
atuam na Supervisão Escolar, em relação ao
desempenho das funções do SE.
Em relação ao desdobramento dessa hipótese rep~
tiu-se o tratamento utilizado para a hipótese anterior
(H 2): o
3.1 - SE x CA
3.2 - SE x professor
3.3 - CA x professor
3.4 - SE x CA x professor
As técnicas aplicadas, também foram idênticas.
a) Aplicação do teste da Mediana
Para ~ rejeição d~ hipóteses nulas, com 0,05 de
significância, a 19l, bastaria um qui-quadrado igual a
3,84 e para 2g1 um qui-quadrado igual a 5,99.
A apreciação dos dados contidos na Tabela 14 leva
a aceitar a hipótese nula 3.1, que afirma não haver dife
rença significativa entre as percepções dos CA e dos SE
com referência ao desempenho das funções desse último gr~ 2 po. Isso porque o valor encontrado (X = 0,03) e infe
rior ao que se exigiria para rejeição da hipótese.
Quando se comparam as percepçoes dos professores
com as dos demais grupos (SE e CAJ, nota-se que ocorre o
inverso. Os valores dos qui-quadrados (6,49, 4,35 e 12,53)
motivam a rejeição das hipóteses nulas 3.2 a 3.4. Isso I
quer dizer que os professores apresentam percepçoes sign!
ficativamente diferenciadas das dos SE e dos CA.
Ho
3. L
3.2.
3 • 3 •
3.4.
* p
TABELA 14
VALORES 00 QUI-QUADRADO REFERENTES A DIFERENÇA ENTRE AS MEDIANAS DE PERCEP-
ÇOES DOS SE, CA E PROFESSORES
GRUPO fli
SE x CA 3,32
SE x professor 2,88
CA x professor 2,90
SE x CA x p rof. 2,94
< O, 05
b) Aplicação do teste dos sinais
59.
X2
0,03
6,49*
4,35*
12,53*
Os dados da Tabela 15 indicam que a diferença en
tre as médias de percepções dos SE e dos CA nao é signifi
cativa (p= 0.15). a ponto de motivar a rejeição da hipót~
se 3. 1. Por outro lado. demonstram que são significat!
vamente diferenciadas as percepções dos grupos SE/professor
(p= 0,00) e CA/professor{.p" 0.00) .indicando probabilidade de
," ocorrência unilateral. Tais resultados levam a rejeitar as
hipóteses nulas 3.2 e 3.3.
TABELA 15
, ~ ~."'. TESTE DOS SINAIS SOBRE AS M~DIAS
DAS PERCEPÇLlES
H ~RUPO .N ~ P o
3. 1. SE x CA 24 9 0.15
3.2. SE x prof. 25 1 0.00
3.3. CA x prof. 25 1 0.00
60.
c) Ap1ica~~0 do teste-t
Observando-se 05 dad6s da tabela 16. verifica-se
que a diferença entre as médias de percepção dos SE e dos
CA não é significativa, tendo em vista o valor encontrado
para "t" (0,69). Isso quer dizer que esses grupos têm pe~
cepçoe~ assemelhadas, o que justifica acolher a Ho 3.1,p~
ra cuja rejeiç~o se exigiria um "t" igual a 2,02 para
43gl.
As hipóteses 3.2 e 3.3, que afirmam nao haver di
fE<ença significativa entre as médias de percepção dos gr.!:!.
P(· " SE/professor e CA/profe-ssor não podem ser aceitas. Os valo
.;', encontrados para "t" (respectivamente 3.95 e 2,941são
~u~eriores ao mínimo exigido para a rejeiç~o das referi
'! ,-:.! '.~ s h i p ó t e s e s (t = 2, O O p a r a 1 O 1 e 11 8 g 1, a o n í ve 1 O, O 5) •
Em suma, verifica-se que SE e CA percebem da mes
Uh'l maneira o desempenho do SE e diferentemente da dos profe~
" o re 5 •
1;\ o
3.1
3.2
3.3
TABELA 16
M~DIAS GLOBAIS DE PERCEPÇÃO DOS SE,
CA E PROFESSORES
GRUPO X
SE 14 3,37 CA 31 3,25
SE 14 3,37 proL 89 2, 80
CA 31 3,25 P rof. 89 2,80
* p<O,Ol
S t
0,44 0,69 0,71
0,44 3,95* O, 80
0,71 2,94* 0,80
61.
A ap1icaç~o das tr~s ·testes leva ~ seguinte conc1u
sao: acolhe-se a H 3.1, pois SE e CA apresentam percepo
çoes assemelhadas, em re1aç~0 ao desempenho do SE, entre
~anto, rejeitam-se as H 3.2 e 3.3, uma vez que os profes o -
.",res se diferenciam significativamente dos dois outros gr~
,.")S (SE e CA), no que refere a percepções.
OEMONSTRAÇAo GRAFICA
Os perfis correspondentes as médias de percepçao
dos grupos SE, CA e professores, em relação ao desempenho
das funções do SE, evidenciam configuração assemelhada
(gráfico V). A aproximação maior se dá em relação aos gr~
pos de SE e CA, conforme demonstram as médias gerais res
pectivas (3,36 e 3,23) e a diferença consequente (0,13) •
O maior distanciamento se dá na comparação entre as me
dias gerais de percepção do SE e professores (3,36 e 2,801 que
acusam uma diferença de 0,56.
63.
4.2.2 - Confronto de resultados obtidos em municípios di
ferentes
Confrontam-se aqui os resultados da pesquisa de
campo realizada no município de Curitiba com os registros
constantes de pesquisa similar, realizada por A.Reis, no
Instituto de Educação do Ri~ de Janeiro em 1977.
são os mesmos os instrumentos de coleta utilizados e
os aspectos considerados: expectativas e percepções. A
comparação de resultados foi realizada, apenas, com grupos de
professores de 5a. a 8a. séries (pois que no estudo de A.
Reis não se incluem outros profissionais).
4.2.2.1 - Comparação entre expectativas
H 4 - Não há diferença significativa entre as o
médias globais de expectativas dos profe~
sores de 5a. a 8a. séries do Instituto de
Educação do Rio de Janeiro e ã3 dos profe~
sores, que atuam na rede municipal de Curi
tiba.
Os dados registrados na Tabela 17 indicam que,
em relação ao desempenho do SE, as médias globais de ex
pectativas dos professores que atuam nos municípios do
Rio de Janeiro (3,97) e de Curitibe.f3.91) apresentam diferen
ç a mí n i m a (O, 06) . A a p 1 i c a ç ã o do te s te - t in d i c a , a in da,
que essa diferença não é significativa ao nível aqui es
tabelecido - 0,05 - (pois o valor de "t" corresponde a
0:,.65) - o que permite acolher a quarta hipótese nula.
H '0
TABELA 17
Mt: DI AS GLOBAIS DE EXPE CT ATIVAS DOS PROFESSORES
DE,5a. a J3e.St:RIES DO 1 9 GRAU DO I.E. DO R.J.
E DO SISTEMA MUNICIPAL DE CURITIBA
(N = 140)
N S
64.
t
P :r o f s. d-o R. J •
Profs. de Curitiba
51
89
3.97
3,91
0,54 0.65
0,50
Para rejeição da hipótese nula 4, haveria necessi-
dade de obter-se. no mínimo.
nível de 0.05 com 138 gl.
um fi '_" "1.. igual a 1.98 para um
Conclui-se.assim,que os professares doInstituto de E
ducação do Rio de Janeiro e os da rede municipal de Curi
tiba se assemelham em termos de expectativas do desempe -
nho do SE.
4.2.2.2 - Comparação entre percepçoes
H 5 - Não há diferença significativa entre as me o
dias globais. de percepções dos professores cte
5a. a 8a. séries.:cto Instituto de Educação do
Rio de J anei ro e ~s dos professores que atuam na
rede municipal de Curitiba.
Quanto a percepções. os dados da Tabela 18 indi
cam que a situação é outra. Embora as médias globais se
jam menores (2.80 e 2.171, a diferença entre elas é de
0.63. bem maior,portanto.que a média resultante de expec
tativas. conforme registrado na Tabela 17.
65.
o teste-t demonstra ser significativa a diferen
ça de percepçoes, não só ao nível estabelecido nesta pes
quisa (0,05) ma~ tambim,ao nível de 0,01. O valor encon
trado (t= 4,56) está bem acima do mínimo necessário para
a rejeição da H 5 (t= 1,98 para 138g1 ao nível de 0,05). o
Sendo assim, fica demonstrado que há diferença signifi-
cativa de percepção entre os professores cb Rio de Janeiro e
de Curit~ba, no que se refere ao desempenho do ~E.
TABELA 18
MEDIAS GLOBAIS DE PERCEPçAD DOS PROFESSORES
DE 5a. A 8a. SERIES DO INSTITUTO DE EDUCAÇÃO DO RIO
DE JANEIRO E 00 SISTEMA MUNICIPAL DE CURITIBA (N~140)
H N S t o
Profs. de Curitiba 89 2, 80 0,80 4.56*
Profs. do R.J., 51 2, 17 0.78
* P <0,01
Resumindo-se os resultados tem-se que: a) no que tange ao confronto de expectati\las com
percepçoes, conclui-se que:
-Tanto os SE. quanto os CA e os professores es
peram mais do desempenho do SE;
b) no tocante ao confronto de expectativas. nota
se que:
- professores e CA assemelham-se. em suas op~
niões;
- SE e demais profissionais se diferenci~m siI
nificativamente em relação a tal expectativa.
66.
c) considerando o confronto de psrcepcoes. verifi
ca-se que:
- os grupos de SE e de CA mantêm percepçoes as
semelhadas.
- o grupo de professores se diferencia signif!
cativamente dos SE e dos CA.
d) Comparando-se expectativas e percepçoes entre
dois grupos de professores que atuam em municí
pios diferentes (RJ e Curitiba), observa-se que
os professores mantêm expectativas assemelha -
das e percepções significativamente diferencia
das.
67.
CONCLUS}l.o
A fundamentação teórica apresentada nos capít~
los 2 e 3 evidencia ausência de uma política definida. que
permita o tratamento adequado da Supervisão Escolar. arti
culando os diversos setores envolvidos.
Não se delineou, ainda, o perfil profissional do
SE - iniciativa ati o moment~ dificultada por uma sirie
de razoes: caracterização prejudicada desde sua origem,
confundindo-a,então. com as tarefas de inspeção; estrutura
ção curricular inadequada dos cursos de graduação;funções
difusas, abrangendo algumas atribuições. exclusivamente a~
ministrativas; desconhecimento das funções, pelos profi~
sionais que atuam na escola e pelo próprio SE; falta de
consenso quanto às funções a desempenhar.
Faltam iniciativas, por parte das Faculdades de
Educação relativamente a estudos e pesquisa~ que contri -
buam para facilitar o desenvolvimento do trabalho na área
da Supervisão Escolar.
A pesquisa de campo em que se apoiou o estudo
de caso aqui apresentado demonstrou que, entre os
profissionais que atuam na área da Supervisão Esco
lar, ocorrem expectativas e percepções significativamente
diferenciadas, no que se refere ao desempenho do SE.
Enquahto permanecer tal situação dificilmente o
SE terá condições de modificar o seu desempenho que, con
forme salientado na pesquisa de campo, está aquém do esp~
rado por ele próprio e pelos demais profissionais que a
tuam na area da Supervisão Escolar.
Aliás, o melhor desempenho do SE nao parece,nece~
sariamente, estar ligado ao maior grau de freqOência com
que realiza suas funções, mas a aproximação ou coincidên
cia dos graus de expectativas e percepçoes que os profi~
sionais demonstrem em relação às atividades do SE.
6 B.
RECOMENDAÇllES
Tendo em vista a conclusão apresentada, formu1ou
se as seguintes recomendações:
1. Insistir na participação articulada dos vários se
tores, direta ou indiretamente envolvidos na Supervisão
Escolar: MEC (especialmente por intermédio dos Conselhos
de Educação, das Secretarias Estaduais de Educação e Cu1
tura, das Secretarias de ensino de 1 9 e 2 9 graus,do INEP);
Poder Legislativo; Instituições de Ensino; empresas e ou
tros;
2. Acompanhar o desempenho do SE, no mercado de trab~
lho ("fo11ow-up"), com o objetivo de reunir subsídios p~
ra uma possível reformu1ação dos currículos das habi1ita
çoes de Pedagogia, envolvendo nesses trabalhos a partici
paçao das Faculdades de Educação;
3. Verificar, mediante extensão desta pesquisa a ou
tras Unidades Federadas, se o grau de expectativas e de
percepçoes sobre o desempenho do SE, demonstrado por pr~
fissionais ligados a área de Supervisão Escolar, indepen
de da localização da instituição de ensino e do órgão man
tenedor.
4. Ampliar o estudo ouvindo outros profissionais en
volvidos no processo (diretores de escolas, orientadores
educacionais e outros);
5. Incluir entre estudos e pesquisas a análise fato
ria1 das funções do SE, grupando-as em categorias expre~
s i va s, p o r e x e m p 1 o: P 1 a n e j a me n to, O i r e ç ã o , C o n t r o 1 e e I n te
graçao - conforme sugerido na categorização que se propoe
n-o Anexo VI deste estudo; ou Planejamento, Coordenação e
Avaliação, segundo indicado no projeto de lei que dispõe
sobre a regulamentação da profissão, do SE.
69.
6 • Testar, por meio de estudos específicos, a pr~
priedade das atribuições do SE listadas no instrumento da
coleta, utilizado nesta pesquisa, com vistas a verificar
a importância correspondente a a freqOência com que devem
sar desempenhadas.
70.
NOTAS
CApíTULO rr
1. O graduado de Pedagogia recebia dois diplomas. um de Bacbarel. correspondente a um vago técnico de educaç~o e outro de licenciado. Embora se exigisse. na epo ca. que junto às Faculdades de Filosofia funcionasse um Colégio de Aplicaç~o. o problema n~o foi soluciona do. pois o conteúdo e o método continuavam distancia~ dos. como se n~o houvesse relaç~o entre a teoria e a prática.
2. Em conseqOência desse fato. houve escasseamento no mer cado de oportunidades para os graduados em pedagogia: E. como uma providência de emergência. foi concedido a esse profissional o direito de lecionar duas discipli nas (~istória e Matemática. disciplinas escolhidas ao acaso) - V.Chagós. 1976-.
3. Comentando a Supervis~o tradicional no Brasil ressal tam a esse respeito Eurides Brito da Silva e Anna Ber nardes Rocha (1973): "O maLó amplo pJc.oje:to bJz.a.6"<"le..<..Jc.o de .6upeJz.v"<".6ão de en.6..<..no no"<,, de.6envolv"<"do pelo PJz.ogJz.ama de ApeJz.ne..<..çoamento do Mag"<".6t~Jz...<..o (PAMPI, do M..<..n..<...6 t~Jz...<..o da Educação e CultuJz.a. E.6te pJz.ogJz.ama .6uJz.g"<"u, em 1963, eom obje:t..<..vo de hab"<"l..<..taJz. pJz.one.6.6oJz.e.6 não-t..<..tulado.6, em exeJz.eZe..<..o no en.6..<..no pJz...<..maJz...<..o do PaZ.6. A paJz. t..<..Jz. de euJz..6O.6 de edueação nundamental e de nOJz.mação de pJz.one.6.6oJc.e.6, pJz.o.6.6egu..<..u o PAMP adm..<..:t..<..ndo e manten do .6upeJz.v"<".6oJz.e.6 nOJz.mado.6 pelo In.6t..<..:tu:to Nae..<..onal de E.6:tudo.6 pedagõg..<..eo.6 (INEPI, no.6 CentJz.O.6 de TJz.e..<..namen to daquele ..<..n.6:t..<..tuto, em vaJz...<..a.6 un"<"dade.6 da nedeJz.ação. Ta..<...6 .6upeJz.v"<".6oJz.e.6, Jz.eeJz.utado.6 entJz.e pJc.0ne.6.6oJz.e.6 de Jz.e eonhec"<"do m~Jz."<"to no.6 .6"<".6:tema.6 e.6:tadua..<...6, apõ.6 o euJz..6o, pa.6.6avam a ..<..ntegJz.aJz. a equ..<..pe de.6.6e.6 :t~en..<..eo.6 que, no.6 E.6tado.6, eJz.a d"<"~"<"g"<"da pOJz. um .6 upeJz.v"<".6oJz.-ehene, Jz.epJz.e .6entante do cooJz.denadoJz. do PAMP a nZvel e.6:taduaI (p.144) .
4. Desinteresse do mercado. nao só relativamente à Super vis~o Escolar. mas também em todo o campo da educaç~o alcançando quase 50%. conforme refere V.Chagas. base ando-se em informações colhidas em publicaç~o oficial (catálogo geral das instituições de ensino superior. publicado pelo MEC-DAU em 1974).
'-CAPíTUlO rrr
5. Esses 12.5% compreenderiam 3.5,% (5 proj etos) sobre son dagens de opiniões. expectativas •. hábitos. atitudes -: a s p i r a ç õ e s • valor e s (d e a I uno s • p a i s. p r o f e s s o r e s ). p e r cepção de papéis de agentes educacionais ... E. os ou~ tros 9.1% (13 projetos) relativos a: estudos sobre mer cados' de trabalho (inclusive relaç~o entre educaç~o •
71 •
ocupação e s.alário). Possivelmente. a maioria desses titulos se enquadraria melhor em "Orientação Educacio nal" do que em "Supervisão Escolar".
CAPíTULO IV
6. Nesse periodo, o serviço de Supervisão Pedagógica aqui denominado Supervisão Escolar - (ao lado do de Orientação Educacional; de Avaliação e do de Administração) aparece como subordinado à Coordenação Geral do Ensino de 1 9 Grau e esta, à Diretoria de Educação. Dentr~ dessa estrutura, funcionava um Grupo de Coorde nadores das áreas de ensino, com a intenção de asseg~ rar o 'ôesenvolvimento de conteúdos curriculares adequados à clientela escolar.
7. Outros requisitos foram acrescentados como alternativas, demonstrando objetividade na implantação do processo:
a) - o exercicio do cargo de "Coordenador co"; ou
Pedagógi-
b) - comprovação de estar cursando disciplina constan te da habilitação de SE; ou
c) - participação em estágio supervisionado em uma das disciplinas da habilitação.
Isso porque, na época, ainda eram poucos os que possuiam a habilitação especifica (data de 1969 o Parecer que formalizou as habilitações do curso de Pedagogia, entre elas a de SE).
72.
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73.
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ENCONTRO NACIONAL DE SUPERVISORES DE EDUCAÇÃO, 2,
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... , , rrl
80.
A N E X O S
I - projeto de lei que propoe regulamentação da
profissão do SE.
11 - instrumento utilizado na coleta de dados
111 - localização geográfica das 6 escolas partic!
pantes da pesquisa de campo.
IV - tabelas relativas ao índice de escolarização
no Município de Curitiba.
V - Organograma do Departamento de Educação da
Prefeitura Municipal de Curitiba.
VI - tentativa de categorização das atividades do
SE.
VII - Diretrizes Gerais da Supervisão Pedagógica -
atribuições do Supervisor Municipal.
A N E X O I
PROJETO DE LEI QUE PROPOE REGULAMENTAÇAo DA
PROFISsAo DO SUPERVISOR ESCOLAR
81
SERVIÇO POSLICO FEDERAL
MINISTERIO DA EDUCAÇAo E CULTURA
0tCRETARIA DE ENSINO DE 1 9 E 2 9 GRAU
ÁREA DE ASSUNTOS PEDAGOGICOS
Lei n 9 de de
Dispõe sobre o
8Z.
de/1979
exercício
profissional de supervisor
escolar e outras providên
cias.
O Presidente da República:
Faço saber que o Congresso Nacional
decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
Artigo 1 9 - A Supervisão Escolar des
tina-se ao planejamento, coordenação e avaliação do pr~
cesso pedagógico, tendo como área de ação o currículo e o
processo ensino-aprendizagem, desenvolvendo-se em âmbito
de sistema educacional e de unidades escolares.
Parágrafo único - Constituitambim
atribuição da Supervisão Escolar, o assessoramento aos de
mais elementos da estrutura pedagógica - administrativa,
em sua área de competência.
Artigo 2 9 - A Supervisão Escolar se
ra exercida exclusivamente pelos profissionais de que tra
ta a pre~ente Lei.
Artigo 3 9 - A habilitação do SupeE
visor Escolar obedecerá ao disposto no Artigo 30 da Lei
n 9 5.540, de 28 de novembro de 1968, e a outros atos le
gais vigentes,
83.
SERVIÇO POBlICo FEDERAL
Artigo 4 9 - Os diplomas de Superv!
sor Escolar serao registrados em órgão próprio do Ministé
rio da Educação e Cultura.
Artigo 59 - O Supervisor Escolar e~
tê habilitado a lecionar disciplinas de sua área específ!
ca.
Artigo 6 9 - As disposições desta
lei serao regulamentadas pelo Poder Executivo, dentro de
60 (sessenta) dias, para definição do código de ética dos
supervisores escolares.
Artigo 7 9 - Esta lei entra em vigor
na data de sua publicação.
Artigo 8 9 - Revogam-se as dispas!
çoes em contrário.
Brasília-DF, de de 1979,1589
da Independência e 91 9 da República
SERVIÇO POBlICO FEDERAL
MINIST~RIO DA EOUCAÇAo E CULTURA
SECRETARIA DE ENSINO DE 1 9 E 2 9 GRAUS
AREA DE ASSUNTOS PEDAGÚGICOS
DECRETO N9 DE
Regulamenta a lei n 9
DE
84.
DE/1979
de que
prove sobre o exercício da profissão de supervisor esco
lar.
O Presidente da República usando da
atribuição que lhe confere o Artigo 81, item 111, da Cons
tituição, decreta:
Artigo 19 - Constituem áreas de açao
da Supervisão Escolar o currículo, o processo ensino-apre~
dizagem, enfim, o processo educacional, tendo como objeto
a atuação docente, visando a eficiência e a eficácia no
alcance dos objetivos educacionais.
Artigo 2 9 - O exercício da profissão
de Supervisor Escolar é privativo:
I - Dos licenciados em pedagogia, ha
bilitados em Supervisão Escolar, desenvolvida em nível de
Graduação nas Faculdades de Educação devidamente reconhe
cidas e experiência comprovada de no mínimo 2 anos de do
.cência.
11 - Dos portadores de diplomas ou ce~
tificados de Supervisor Escolar obtidos em cursos de Pós
Graduação em Educação, ministrados em Centros de Formação
devidamente reconhecidos.
111 - Dos portadores de liosnciatura
plena específica da área de magistério com especialização
em Supervisão, a nível de Graduação ou Pós-Graduação.
85.
Artigo 3 9 - ~ assegurado ainda o
direito de exercer a profissão de Supervisor Escolar aos fonna"
dos em Pedagogia, que tenham ingressado no curso, antes da vi
gência do Parecer n 9 252/69 - CFE, em exercício.
Artigo 4 9 - No preenchimento de fun
çao de Chefia nos Setores de Supervisão de órgãos pÚbl!
cos ou privativos, sejam consideradas a habilitação e a
experiência profissional dos concorrentes de acordo com a
Lei N9 de de e deste regulamento.
Artigo 59 - Os cursos de formação, A
perfeiçoamento e Especialização para Supervisores Escola
res, bem como os de Pós-Graduação sejam redimensionados ,
segundo diretrizes nacionais.
Artigo 6 9 - são consider3dos como co
mo colaboradores no processo de Supervisão, licenciados ou
graduados em outros cursos superiores, de acordo com as
necessidades dos sistemas de ensino, mediante comprovação
de experiência docente.
Artigo 7 9 - Aos portadores de Li cen
ciatura Plena em Pedagogia, obtida em curso regido por 1e
gis1ação anterior ao Parecer 252/69 - CFE, devem ser g~
rantidas oportunidades de Atualização, Especialização e
Aperfeiçoamento em Supervisão, mediante comprovação do e
xercício da profissão.
Artigo 8 9 - O supervisor somente p~
dará exercer a profissão, mediante o atendimento aos se
guintes requisitos:
I - Registro dos diplomas ou certif!
cados no orgao competente do Ministério da Educação e Cu1
tura.
II - Registro profissional no
competente do Ministério da Educação e Cultura.
Artigo 9 9 - A profissão de
orgao
Superv!
sor Escolar, observadas as condições previstas neste reg~
lamento se exerce na órbita pública ou privada.
Artigo 10
tivas do Supervisor Escolar:
- são atribuições
86.
priv~
a) nos órgãos de Coordenação do Sis
tema Educacional:
1 - Definir e desenvolver uma polít!
ca de Supervisão.
2 - Estruturar ou consolidar o siste
ma de Supervisão em nível central, regional ou intermediá
rio e de unidade escolar.
3 - Instrumentar os recursos humanos
necessários a concretização da política de Supervisão.
4 - Planejar, coordenar e
programas, planos e projetos pedagógicos.
avaliar
5 - Participar no planejamento e ava
liação do sistema educacional.
6 - Coordenar e acompanhar o pro ce ~
50 educacional.
7 - Coordenar e avaliar o sistema de
SI iJ e r v i são.
b) Nas Unidades Escolares.
1 - Estruturar o serviço de
·~;;:'tl Escolar em nível de unidade escolar.
Supervi
2 - Implementar, acompanhar e avaliar
o currículo.
3 - Planejar, coordenar e avaliar o
~~ocesso curricular.
4 - Planejar, coordenar e avaliar o
processo ensino-aprendizagem.
5 - Treinar, em serviço, o pessoal
docente.
Artigo 11 - Constituem também comp~
tência da Supervisão Escolar, as seguintes qtribuições:
87.
a) desenvolver atividades integradas
com os demais especialistas que atuam no campo educacio
nal,
b) assessorar os orgaos superiores
nas decisões educacionais;
c) participar de atividades junto a
empresas e Instituições Sociais que vis~m a integrar o
Sistema e a Escola no meio-ambiente;
d) prestar cooperação técnica na a
rea de Supervisão a órgãos nacionais, estaduais ou munici
pais;
e) desenvolver atividades profissio
nais em outras instituições públicas ou particulares;
f) realizar estudos e pesquisas na
area de Supervisão Escolar.
Artigo 12 - Em caráter transitório,
sejam aproveitados os atuais supervisores em exercício,ai~
da não habilitados ou habilitados de forma diferente da
proposta no presente documento, segundo as peculiaridades
e necessidades de cada sistema estadual, assegurando-se
os direitos dos atuais profissionais que têm a função de
Supervisor Escolar.
ANEXO II
INSTRUMENTO UTILIZADO NO
ESTUDO
88
es.
Caro Colega,
Solicito sua colaboração no preenchimento da es
ca1a* em anexo, que faz parte da minha dissertação de
mestrado. O obj~tivo do estudo é comparar expectativas e
percepçoes dos professores, Coordenadores de Area e Su
pervisores Escolares, do Ensino de 1 9 grau - 5a. a 8a.
séries - da Prefeitura Municipal de Curitiba, quanto as
funções do SUPERVISOR ESCOLAR.
A sua opinião é de grande valor, pois o próprio
meio em que atua o profissional, é que determina sua fun
çao, partindo de seu relacionamento com os demais profi~
sinais da mesma área.
As informações solicitadas sao de caráter sigi1~
so e não serão utilizadas de maneira pessoal.
Os resultados do presente estudo serão encaminha
dos as Escolas participantes e a instituição mantenedora,
com o objetivo de fornecer subsídios para caracterização
da função do Supervisor Escolar a partir desses resulta
dos.
Certa de que seu tempo e precioso, fico-lhe imen
samente grata pela sua valiosa colaboração e presteza.
Lei1a Ju1iette Ka1ó
* escala elaborada e utilizada por REIS em 1977 - UFRJ
1. Cargo que ocupa:
'._"-
1. Professor ......... . ... 2. Supervisor Escolar · . 3. Coordenador de area:
Comunicação e Expressão ... Estudos Sociais ......... Ciências Ciências F.e Bio1.
Matemática
Formação Especial
.', .".1 o de S e r v i ç o n a f u n ç ã o a tua 1 :
menos de 2 anos
de 2 a 4 anos
de 5 a 7 anos
de BalO anos
mais de 10 anos · .
9 O •
':I 0"" ". '::.Jantas turmas, de 5 a. a Ba. série. estão sob sua orien
tação e/ou supervisão:
3.1. para Supervisor Escolar e Coordenador de Area:
menos de 6 ...... de 6 a B
de 9 a 11
de 12 a 14 ........ mais de 14 . . . . . ......
3 • 2 • para Professor:
de 1 a 2 . . . . . · ..... de 3 a 4
de 5 a 6
de 7 a B
91.
4. Quantos docentes estão sob sua orientação e/ou Superv~
sao:
menos de 6 · .................. . de 6 a 10 •.•............••.••
de 11 a 15
de 16 a 20
mais de 20
· .................. .
· .................... .
(
5. Formação Profissional:
5.1. Curso Normal com estudos adicionais ()
5.2. Curso de Licenciatura Curta (exc1u
indo Pedagogia.. ()
5.3. Curso de Licenciatura Plena (exc1u
indo Pedagogia ••
5.4. Curso de Pedagogia, sem habilita -
ção específica................... ()
5.5. Curso de Pedagogia com especializ~
çao em:
Orientação Educacional •••
Supervisão Escolar •••••••
Administração Escolar ••••
6. Sendo Professor, coloque a disciplina que leciona:
1.
2.
7. Idade:
de 21 a 25 anos · ...... ......... de 26 a 30 anos · ............... de 31 a 35 anos · ............... )
de 36 a 40 anos · ...... ......... )
mais de 40 anos · ............... * * *
Por favor. nao deixe nenhuma afirmativa sem resposta.
Evite solicitar ajuda de outros elementos ao responder
pois, deste modo, a sua concepção não estará traduzida.
.-
ATIVIDADES DO SUPERVISOR ESCOLAR
1 - Planeja o trabalho do SE em consonância com os objetivos da Escola
2 - Investiga as características da clientela escolar em inte -graçao com o DE
3 - Planeja estratégias de açâo pedagógica em entrosamento com o DE
4 - Acompanha. diretamente o desenvolvimento do currículo em entrosamento com o DE
5 - Avalia os resultados da açao pedagógica em entrosamento com o DE
6 - Dá assistência pedagógica individual aos professores
7 - Assiste as aulas dos profess~ res
B - Acompanha a execução do plan~ jamento docente
9 - Assiste o professor na construção de instrumentos de av~ li ação da aprendizagem
10 - Discute com o professor os re sultados da avaliação do seutrabalho docente
11 - Incentiva o professor a utilizar os resultados da avaliaçao no replanejamento doce~
12 - Solicita de cada professor uma auto-avaliação de seu trabalho docente
13 -Aplica aos professores. instrumentos que avaliam a atuaçao do SE
92.
Expectativa de freqOência de desempenho da atividade
SEM PRE FREQ/ ALG.
VEZES RARA/ NUN
CA
93.
ATIVIDADES DO SUPERVISOR ESCOLAR Expectativa de freqOência de desempenho da atividade
SEM FREQ/ ALG. RARA/ NUN PRE VEZES CA
14 - Incentiva professores a uti 1izarem recursos audio-visu -ais existentes na Escola
15 - Organiza grupos de estudo a partir do levantamento de problemas e assuntos de in-teresse dos professores
16 - Mantém a discussão dos Conse lhos de Classe restrita à a-= valiação da aprendizagem
17 - Diante de ocorrências liga-das ao ensino, orienta e/ou propoe soluções pedagógicas compatí veis
18 - Estimula individualmente o professor a utilizar proce-dimentos inovadores no ensiro
19 - Faz entrevistas com os pro-fessores para ajudá-los a solucionar dificuldades in-dividuais no trabalho docente
20 - Seleciona materiais de ensi-no, juntamente com os profe~ sares
21 - Fornece ao professor biblio-grafia e documentos sobre plé nejamento e estratégias de -ensino
22 - Mantém o professor informado sobre as atividades de ensi-no das diferentes equipes de professores
23 - Fornece aos professores in-formações atualizadas sobre os recursos da com uni dade
I
I I
I •
ATIVIDADES DO SUPERVISOR ESCOLAR
24 - Mantém o professor informa-do sobre as necessidades da comunidade em relação a es-cola
25 - Divulga entre os professo-res estratégias de recuper~
çao e aceleração de alunos com baixo rendimento
94.
Expectativa de freqCência de desempenho da atividade
SEM FREQ/ ALG. RARA/ NUN PRE VEZES CA
I. " ATIVIDADES DO SUPERVISOR ESCOLAR
1 - Planeja o trabalho do SE em consonãncia com os objetivos da Escola
. 2 - Investiga as características da clientela escolar em inte -graçao com o DE
3 - Planeja estratégias de açao pedagógica em entrosamento com o DE
4 - Acompanha, diretamente o de-senvolvimento do currIculo em entrosamento com o DE
5 - Avalia os resultados da açao pedagógica em entrosamento com o DE
6 - Dá assistência pedagógica in-dividual aos professores
7 - Assiste as aulas dos profess~ res
6 - Acompanha a execução do plan~ jamanto docente
9 - Assiste o professor na cons-:: trução de instrumentos de ava
l1ação da aprendizagem -
10 - Discute com o professor os re sultados da avaliação do seu-trabalho docente
11- Incentiva o professor a uti-lizar os resultados da avali-ação no replanejamento doce~E
12 - Solicita de cada professor u-ma auto-avaliação de seu tra-balho docente
13 - Aplica aos professores, ins-trumentos que avaliam a atua-ção do SE
I ,
95.
'Pe rcepqão de freqOência de desempenho da atividade
SEM FREIJ/ ALG. RARA/
NUN PRE VEZES CA
..
.
~"1r" .
96.
ATIVIDADES DO SUPERVISOR ESCOLAR Po rc.ep ção de freqOêncie de desempenho da atividade
SEM FREQ/ ALG. RARA/ NUN PRE VEZES CA
14 - Incentiva professores a uti lizarem recursos audio-visü ais existentes na Escola -
15 - Organiza grupos de estudo a partir do levantamento de problemas e assuntos de in-teresse dos professores
16 - Mantém a discussão dos Canse - -lhos de Classe restrita a a-valiação da aprendizagem .
17 - Diante de ocorrências liga-das ao ensino, orienta e/ou propõe soluções pedagógicas compatí veis
18 - Estimula individualmente o professor a utilizar proce-dimentos inovadores no ensino
19 - Faz entrevistas com os pro-fessores para ajUdá-los a solucionar dificuldades in-dividuais no trabalho docente
20 - Seleciona materiais de ensi-no. juntamente com os profe~ sores
21 - Fornece ao professor biblio-grafia e documentos sobre plé nejamento e estratégias de -ensino
22- Mantém o professor informado sobre as atividades de ensi-no das diferentes equipes de professores
23 - Fornece aos professores in-formações atualizadas sobre os recursos da comunidade
ATIVIDADES DO SLPERVISDR ESCOLAR
24 - Mantém o professor informa-do sobre as necessidades da comunidade em re lação à es-cola
25 - Divulga entre os professo-res estratégias de recupera çao e aceleração de alunos-com baixo rendimento
97·
Percepção de freqOãncia de desempenho da atividade
SEM FREQ/ ALG. RARA/ NUN PRE VEZES CA
A N E X O 111
LOCALIZAÇÃO GEOGRAFICA DAS 6 ESCOLAS
PARTICIPANTES DA PESQUISA DE CAMPO
98
N.G. - N Ú C L E O CONUNIT ÁR 10
E.e. - ESCOLA DE IQ GRAU
A N E X O IV
TABELAS RELATIVAS AO íNDICE
DE ESCOLARIZAÇAo NO MUNICípIO DE CURITIBA
100
-~
L-ocal
Cu ri tib a
TABELA I
tNDICE REAL DE ESCOLARIZAÇAO DA
POPULAÇAo DE 7 a 14 ANOS
1964 1970
0,90 O, 87
101.
1977
O, 79
Fonte: IPPUC. Levantamento da situação demográfica, sócio-econ6mica e escolar de Curitiba/79. 0
TABELA II
POPULAÇAO URBANA E RURAL - Curitiba 1940-1977
Ropulação 1,940 1950 ~960 1970 1977
Urbana 101.488 141.222 351. 259 584.481 730.053
Rural 25.790 39.353 10.050 24.545
TOTAL 127.278 180.573 361.309 609.026 730.053
Indice de -: urbanização 0,79 0,78 0,97 0,96
....... . Fonte: IBGE/C.D.
CEE/C.E.
0
QUADRO I
PDPULAÇAo RESIDENTE QUE FREQ~ENTA
O ENSINO DE 1 9 GRAU, POR sERIE - Curitiba - 1977
11.222
12.459
12. 899
13.941
15.372
17. 176
18.669
23.185
Fonte: Censo escolar 77
TABELA 111
POPULAÇAo ESCOLARIZADA NO ENSINO DE 1 9
GRAU. SEGUNDO A IDADE. Curitiba-1977. em %
Idade ~ .0
(em an os)
7 38,40
8 83.18
9 89.67
10 91, 23
11 91.00
12 89.24
13 84.83
14 75.74
TOTAL 79.72
Fonte: OEE-Censo esco1ar-1977
102.
8a.
7 a.
6a.
5a.
4a.
3a.
2a.
la.
REDE ESCOLAR MUNICIPAL
NC? DE SALAS DE AULAS INSTALADAS - 1963·1977
SALA' DEr rAULA
4001 t
380j
!
3201 lIDO I
I
'
I
100 .......
I I I Ví ·:::1 I i Vi!
i I . V' 1001 I
~!l I, ~(]J ~~~-L~_LJJ
" M 6~ 68 81 68 &li 10-~11:-::7'::-Z-7-:::',I:-::7'::-4--:!:75:-:T6~=7'7
NC? DE ALUNOS MATRICULADOS - 1964.1977
I19DE 2Z ALUNOS 1lI1000I 1 I
20
19
18
17
18
15
14
12
" 10
• 8
7
• '5
I
I ~ V
11 / I
I I ~v
I~ ~
'-::~ . 84 1& .. 87 .8 .. .70 71.·.72 711 74 711 18 71
103.
A N E X O V
ORGANOGRAMA DA DIRETORIA DE EDUCAÇÃO
DA PREFEITURA MUNICIPAL DE CURITIBA
104
I
-Ul LU o::: «.--I LU -.J 1 -.Jou OULU o::: , I- LU
5 ~ U
105 •
. PREFEITURA MUNICIPAL DE CURITIBA
DEPARTAMENTO DE EDUCAÇAD
DIVISA0 DE 8NSINO DEE - E
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, i5 o , LU LU
.J , « ,~ LU
t1 LU I (Jo~ LU LU « _ o.. ,. I-.J Ul' 2 « LU LU -, LU 2
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DIRETORIA DE EDUCAÇAo DE - E
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I
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DIV. TREINA MENTO PEDAG.
CEE - T
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DIV. ATENDIM. AO ESTUDANTE
DEE - A
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« W.J 20 WU H Ul crr (!)W< H • , II-W. -2 W
WWO. DE :::JH «.J Ul«
I I «
:::J« 1-1 UlLU LU~ O «, OLU HI-02 0..« «O
Decreto Municipal n 9 1094 de
17/7/79 - DO n 9 37 de 5/9/79 -
(Atos do Município de Curitiba)
etturo COOIlDUIADOII DI COIIu.1uçio I 'Ir", •• Ao
puro COOItO'."DOR DI. UTUOOI IOCIAII
•• uro COO"Dl .... oott DI .. toNO
.'UIPO COOftor..4DOII DI lIaTIIIÁ"" I .... -•• UPO coo"O, .. AOOI DI rottll&e;Ao ''''DAL
ORGANOGRAMA
DEPARTAMENTO DO BEM ESTAR SOCIAL
COOflo,,. .. çAo 1-----...., 00' IIIIÚCLIOI COIIU,.,,"lttQ'
DIRrTORIA O[ [DUCAçlo
.... ,I'i.CIA t-----"'""1 AOIII'IIIIII'R,,'tV.
COO .. O, •• ,1O liaM. 00 ' ...... OM , ••• AV
I :I I I
w1 I I !~ :r I {w
li I =, w. I i. r" I d I li
O
z
li Ir
106.
ANEXO VI
TENTATIVA DE CATEGoRIZAÇAO DAS ATIVIDADES
00 SUPERVISOR ESCOLAR INDICADAS NO INSTRU
MENTO DA COLETA.
107
, ,to. • .• -">l."
108.
Tentativa de Categorizaç~o das atividades do Supervisor
Escolar
Tentou-se, neste trabalho, categorizar as 25 ati
vidades do SE, listadas no instrumento de coleta.
Inicialmente, pensou-se em reunir as 25 ativida
des em 3 grupos de funções - Planejamento, Direção e Con
trole :_conforme caracterização adotada por Leda Ma.Silva
Lourenço em seu trabalho, intitulado "Funç6es do Coordena
dor Pedagógico na GB - Escolas Oficiais de 1 9 grau (1974,
p. 199-200). Posteriormente, acrescentou-se a função de
Integração, pela importância de que se reveste e pelo fa
to de estar implícita no instrumento de coleta, utilizado
na pesquisa de campo.
O estudo se desenvolveu com base nas declarações
dos grupos participantes desta pesquisa (SE, CA e
s o re s) •
profe~
Para se verificar a afinidade dos quesitos agrup~
dos por função, haveria necessidade de se efetuar uma aná
lise fatorial, que desse maior segurança na organização
do agrupamento - o que não foi feito, tendo em vista tra
tar-se, apenas, de uma tentativa de categorizaçâo.
Vale ressaltar que em relação a c'ertas questões,
que poderiam estar enquadradas em mais de uma função, foi
necessário fazer a opçao; no caso pela que parecia ser
mais expressiva, (por exemplo na questão 3 - "Planeja es
trat~gias de ação pedagógica em entrosamento com o O.E.",
atividade de integração com outro setor e, também, de pl~
nej amento) .
Foram construídas 6 tabelas e 5 gráficos a seguir
a p re c i a dos.
109.
Na Tabela 1, registram-se dados gerais: o numero,
a especificação das questões agrupadas assim como as
porcentagens alcançadas por função. A partir da Tabela
2, detalham-se os quatro grupos de função:
(1) Planejamento;
(1il - Direção;
(iii) - Controle;
(iv) - Integração.
A apreciação dos dados da Tabela 1 demonstra que
a menor porcentagem de atividades corresponde à função
de Planejamento (12%). A maior ocorrência, as ativida
des caracterizadas como de Direção (32%). As outras duas
funções (Controle e Integração) alcançam o percentual de
28%.
:rABELA 1
ATIVIDADES DO SE AGRUPADAS CONFORME
AS FUNÇLJES
N9 DE IDENTIFICAÇÃO DAS PUNÇLJES Q UES TOES NO INS - .%
QUES- TRUMENTO TLJES
L P lanej ame nto 3 1, 15 e 20 12
2. Direção 8 6, 9, 11, 14, 17 32 18, 19 e 21
3. Controle 7 '.7, 8, 10, 12, 13 28 16 e 25
'4. Integração 7 02, 03, 04, 05, 22 28 23 e 24
TOTAL 25 100
110.
A escala utilizada para coleta de dados e do ti
po Likert e a graduação relativa ao desempenho das fun
,çoes do SE tem a seguinte correapondância:
5 - sempre
4 - freqOentemente
3 - algumas vezes
2 - raramente
1 - nunca
Os resultados registrados na Tabela 2 indicam
que as funções de Planejamento. Direção e Integração de
vem ser executadas "sempre" ou "freqOentemente". na vi
sao dos trê15grupos participantes deste estudo (SE. CA. e
professores). pois as médias de expectativas estão acima
do valor 4.
Em relação à função de Controle,registram-se as
menores médias. ultrapassando ligeiramente de 4.00(4.03)
na expectativa,apenas,do grupo de SE. devendo tal função
ser executada "algumas vezes" ou "freqOentemente" (Tabe
1 a 2).
TABELA 2
MEDIAS DE EXPECTATIVA. QUANTO AO DESEMPENHO
DAS FUNÇOES 00 SE, EXTRA!oAS DAS oPINIOES
DOS SE, CA E PROFESSORES
CLASSIFICAÇ O DO GRAU DE DESEMPENHO MEDIA GLo SEGUNDO OS GRUPOS BAL POR FUNÇAO SE CA PRoF. FUNÇAo
. Planej amento 4,38 4.12 4.14 4.21
Direção 4.43 4,12 4.04 4,20
"Controle 4.03 3,71 3,66 3.80 " , Integração 4,40 4.24 4.22 4.29
MEDIA GLOBAL 4.31 4.05 4.02 4.13 POR GRUPO
*Classificação 5: sempre; 4: freqOentemente; 3: algumas vezes, 2: raramente; e 1: nunca.
, /:
1 1 1.
Comparando as médias de expectativas entre os
grupos, nota-se que CA e professores se aproximam, regi~
trando os menores distanciamentos (0,02 para as funções
de Planejamento e IntegraçãoJ 0,08 para Direção; e 0,05
para Controle~
Enquanto na comparaçao SE/CA e SE/Professor o
distanciamento entre as expectativas do desempenho do SE
é maior, variando de 0,16 a 0,39 (Tabela 3).
F.UNçAO
,TABELA 3
'DIFERENÇA ENTRE AS MEDIAS DE EXPECTATIVAS,
~UANTO AO DESEMPENHO DAS FUNÇOES DO SE,
EXTRAíDAS 'DAS OPINIOES DOS SE, CA E PROFES
SORES~
SE/CA S E / P R O F E S S8 CA/PROFES SOR
Planejamento 0,26 0,24 0,02
Direção 0,31 0,39 0,08
Controle 0,32 0,37 0,05
Integração 0,16 0,18 0,02
A tabela 4 indica que as menores médias de peE
cepçao do desempenho das funções do SE se registram no
grupo de professores, não alcançando sequer em qualquer
dos quatro grupos de funções aqui considerados o valor 3. Is
s~ quer dizer que, na percepção dos professores, o dese~
penho das atividades do SE, arroladas no instrumento de
,coleta, se realiza ~lgumas vezes" e ~aramente".
112.
Verifica-se que entre as quatro funções aqui agrup~
das, a de Controle e a que é percebida com menor fr~
qQ~ncia de desempenho pelos participantes deste estudo,
uma vez que as médias encontradas se localizam entre as
freqO~ncias "raramente" e "algumas vezes" (2,74 a 3,09).
Já, o desempenho das funções de Planejamento e Direção é
percebido com maior freqO~ncia, atingindo as médias 3,55
e 3,58 respectivamente pelo grupo de SE (Tabela 4).
TABELA 4
M~DIAS DE PERCEPÇÃO, QUANTO AO DESEMPENHO
DAS FUNÇOES DO SE, EXTRAIDAS DAS OPINIOES
'DOS SE, CA E PROFESSORES
CLASSIFICAÇAO DO GRAU DE DE - M~DIA SEMPENHO SEGUNDO OS GRUPOS GLOBAL POR
.FUNÇÃO SE CA OF FUNÇÃO
Planejamento 3,55 3,47 2,83 3,28
Direção 3,58 3,40 2,90 3,29
Controle 3,09 3,06 2,74 2,96
Integração 3,30 3,11 2,74 3,05
M~DIA GLOBAL POR 3,38 3,26 2,80 3,15 GRUPO * Classificação 5 : sempre; , 4: freqOentemente; 3: algumas vezes; 2:
raramente; e 1: nunca.
Confrontando-se as médias de percepçoes
entre os. grupos (SE, CA e professores), nota-se que '. - , os SE e CA se aprox~mam em relaçao a percepçao do de
sempenho do SE, apresentando o menor distanciamento en I
tre as médias que variam de 0,03 a 0,19 (Tabela 5).
113.
Entretanto,o mesmo nao ocorre quando se comparam
as médias de percepção dos professores e demais grupos
(SE e CAl. Nesse caso a diferença entre as médias regi~
tradas está sempre acima de 0,34 chegando a alcançar
0,72 (Tabela 5).
Isso quer dizer que os professores mantêm perceR
çoes diferenciadas dos CA e dos SE, em relação ao desem
penha das funções desse último:
TABE LA 5
DIFERENÇA ENTRE AS M~DIAS DE PERCEPçAo,
,QUANTO AO DESEMPENHO DAS FUNÇOES DO SE,
EXTRAíDAS DAS OPINIOES DOS SE, CA E PRO
FESSORES
SE/CA SE/PROFESSOR CA/PROFESSOR FUNÇAo
Planejamento 0,08 0,72 0,64
Dire ção O, 18 0,68 0,50
Controle 0,03 0,35 0,32
Integração O, 19 0,54 0,37
Os dados da TBbele 6 e os gráficos I a 5 indicam
que as médias de expectativas do desempenho das funções
do SE são maiores do que as de percepções, ocorrência que
se dá nas quatro funções aqui categorizadas (Planejamento, O!
reçap,' Controle, Integração) e nos três grupos de profiss!
anais aqui envolvidos (SE, CA e Professores).
Isso leva a crer que o desempenho das funções do
SE está aquém do esperado, sendo mais acentuada na peE
cepçio do grupo de professores, pois na comparação entre
as médias de expectativa e de percepção o maior distan
114.
ciamento entre essas ocorre em relação a tal grupo e em
quase todas as funções aqui agrupadas (Planejamento 1,31,
Direção 1,14 e Integração 1,481. Nos demais grupos
(SE e CAl a diferença entre as médias de expectativas e
percepções varia de 0,65 a 1,13 ( Tabela 61.
TABELA 6
MéDIAS DE EXPECTATIVA E PERCEPçAo, QUANTO
AO DESEMPENHO DAS FUNÇOE~ 00 SE, EXTRAIDAS
DAS OPINIOES DOS SE, CA E PROFESSORES
CLASSIFICAÇAO* 00 GRAU DE DESEM- MéDIA GLO-PENHO, 29 AS FUNÇOES \ BAL POR GRUPO ATITUDE PLANEJAMEN'I DIRE- I CON- I INTEGRA TO çÃO TROLE çÃO - , GRUPO
Expectativa 4,38 4,43 4,03 4,40 4,31
SE Percepção 3,55 3,58 3,09 3,30 3,38
Oi ferença 0,83 0,85 0,94 1,10 0,93
Expe ctati va 4,12 4,12 3,71 4,24 4,05
CA Percepção 3,47 3,40 3,06 3,11 3,26
Diferença 0,65 0,72 0,65 1,13 0,79
Pro- Expectativa 4,14 4,04 3,66 4,22 4,02 fessor -Percepçao 2,83 2,90 2,74 2,74 2,80
Diferença, 1,31 1,14 0,92 1,48 1,22
Média Expectativa 4,21 4,20 3,80 _ 4,29 4,13 Global Percepção 3,28 '3,29 2,96 3,05 3,15 par função Diferença 0,93 0,91 0,84 1,24 0,98
* C1ass,ificação 5: sempre; 4: freqOentemente; 3: algumas vezes; 2: raramente; e 1 : nunca.
GRAFICO . I
MEDIAS d. EXPECTATIVAS. PERCEPÇÕES dOI SE I CA • PROFESSOR,
RE FERENTE O FUNÇÃO d. PLAN EJAMENTO do SE.
It
&,0
2,
SUPERVISOR COORDE"ADOR DE ,
ESCOLAR AREA SE+AUX
~_EX ~ECTATIVA
~ -PE.~~EP ç ÃO
OU ESTOES AGRUPADAS: t ,IS •• 20
•
4,'
",5
llE.
, GRAFlCO 11
, -MEDIAS d. EXPECTATIVA S • P ERCEPÇOES dOI SE. C A • PROFESSOR.
R EFERENTE O FU N ç ÃO d.
D I R E ç Ã O DO S E
SUPERVISOR ESCOLAR SE "'AUX
COORDENADOR DE
ÃREA
~ E XPECTATIYA
~ PERCEPÇÃO
QUESTÕES AGRU""DAS: _,_,11 ...•... 21
PROFESSOR ,
•
4,.
4,5
4,2
4,0
3,11
3,1
3,0
2,11
f,5
IP
1,5
1,4
GRAFICO 111
MEDIAS d. EXPECTATIVAS. PERCEPÇOES dOI SE. CA. PROFESSOR,
REFERENTE a FUNCAO de
CONTROLE DO SE
SUPERVISO R COO RDENADOR DE P R o FE SSOR
ESCOLAR ÁR EA SE+ AUX
~ EXP.ECTATIVA
~ PERCEPÇÃO
QUESTÕES AGRUPADAS: 7,.
r
4,'
4,5
4,4
4,3
4~
4,' 4P
3P
11
2,5
2,3
2P
l,8
',5 ',4
, .. :..
, G R AFICO IV
MEDIAS d. EXPECTATIVAS. PER-CEPÇÕES doa SE,CA.PROFESSOR.
REFE RENTE A FUN ÇÃO d.
SUPERVISOR ESCOLAR SE+AUX
I NTEGR A CÃO DO. SE
COORDEN,ADOR DE I PROFESSOR
AREA
~ EXPECTATIVA
~ PERCEPÇÃO
_OUESTÕES AGRUPADAS 2,5,4 ..... 24
,
GRAFICO ti
, MEDIAS GLOBAIS. d. EXPECTATIVAS. PE R CEPÇO ES
doa: SE. C A _ PROFESSOR CONFORME AS FUNÇÕES do S
• '5,0
4,_
4:-
4:-4,2
4P
3,'
3,5
3.5
3,2
5,0
2,_
2,5
2,5
2,2
2,111
.... 1,5
1,.
I. PLANEJAMENTO 2. DIREÇÃO 5.CONTROLE 4. INTEGRAÇAO ,
E A VALI ACÃo
E X PE CTATlVA
PERCEPÇÃO
120.
CA~ACTER~ZAÇÃO,DAS FUNÇÕES DE fLANEJAMENTO, DI
REÇÃO E CONTR.OLE - e.xtra!da. do trabalho de Lourenço C19.741.
PLANEJAMENTO
"PlanejalL ê de6-i.ni.1L o6je:t-i.vo~ e di.he:tlL.i..ze~i ê twn
bêm plLevelL O~ me-i.o~ pa.lLa a c.on~ec.uç.ão de~~'e~ o6je:t-i.vo~ I '~.!.
gundo a~ d-i.lLe:tlL-i.ze~ 6olLmulada~. Pode -i.'nc.lu.i..lL· não ~omen:te um del-i.neamen:to gelLal, c.omo a de~c.IL-i.ç.ão m-i.nuc.-i.o~a do que, 'c~
mo e quando 6azelL, bem c.omo, de quem deva 6azelL" (p.1991.
DIREÇÃO
"A 6unç.ão adm-i.n-i.~:tlLa:t-i.va de opelLalL a olLgan-i.zaç.ão
ã med-i.da que e~:ta a:t-i.vamen:te exec.u:ta o~ plano~ :tlLaç.ado~. Ou c.omo a palL:te da adm-i.n-i.~:tlLaç.ão que e6e:t-i.va a dec..i..~ão, dá~-i.
na-i.~ palLa a aç.ão, dá olLden~ ou podelLe~ a ou:tILO~ palLa ag-i.lLem, -i.nd-i.c.a c.omo deva ~elL a aç.ão e quando -i.n.i..c-i.alL ou :telL'm-i.
ni~la. S-i.gn-i.6-i.c.a levalL a e6e-i.:to a a:t-i.v-i.dade humana nec.e~~i IL-i.a ã c.on~ec.uç.ão de obje~-i.vo~ e a~~-i.m -i.mpl-i.c.a em dalL :talLe-
6a~, mo:t-i.valL, plLomovelL c.omun-i.c.aç.;e~" (p.1991.
CON:r:ROLE
"Con~-i.~:te no ac.ompanhamen:to, anál-i.~e e -i.n:telLplLe
:taç.ão do de~empenho e do~ lLe~ul:tado~, ~egundo o~ obje:t-i.vo~
pILOpO~:tO~; ~upõe o e~:tabelec.-i.men:to de padlLõe~. PlLomove a c.olLlLeç.ão do~ de~vlo~ ~emplLe que ele~ Oc.OlLlLam. S-i.gn-i.6lc.a en :tão, velL-i.'-i.c.alL que c.ada pe.6~oa 6az a C. 0,[.6 a, c.elL:ta, no :tempo c.elL:to, no lugalL c.elL:to e c.om o~ lLec.ulL~o~ c.elL:to~. S-i.gn-i.6lc.a, aç.ão c.olLlLe:tlva, ~lgnl6lc.a, a-i.nda, aç.ão plLeven:tlva qua.ndo
a~ 6 alha~ p o ~ ~ a.m ~ elL an:te c.-i.p ada~" (p. 2 O O I .
ANEXO VII
DIRETRIZES GERAIS DA SUPERVISÃO PEDAGOGICA
- ATRIBUIÇaES DO SUPERVISOR
121
1.
2.
3.
4.
5 . -
6 .
7.
8.
9 •
10.
lI.
12.
13.
14.
15.
16.
17.
18.
19.
20. -:
2l.
22.
23.
24.
25.
26.
122.
I
ATIVIDADES DO SUPERVISOR MUNICIPAL
Orientaç~o e anilise dos planejamentos bimestrais
Acompanhamento e controle dos planejamentos bimestrais
Realizaçio de visitas de observ~ão às classes
Realizaç~o de entrevistas com o 'corpo docente
Promoção de Círculos de Estudo
Promoção de Demonstrações aos professores
Verificação de registro das atividades dos professores
Acompanhamento do Planejamento das atividades compleme~
tares
Acompanhamento das atividades de Formação Especial
Elaboração de docu0entos de apoio
Atendimento individual a professores
Participaç~o em reuniões da PMC
Coordenação de reuniões pedagógicas
Participação em Conselhos de Classe
Participaç~o na elaboração de horário Caulas e ativida
des)
Organizaç~o e manutenção do arquivo de Supervisão
Elaboração de projetos
Participação em comemoraçoes internas
C o n f e c ç ã o de ma t e r i a i s di d á't i c os
Atendimento a pais e alunos
Atendimento a estagiários
Orientação e acompanhamento à avaliação
Atendimento à recuperação
Levantamento dos resultados da avaliaç~o
Avaliaç~o das atividades da Supervisão
Elaboração de relatórios e cronogramas de Supervisão
Nome dos
Componentes da
banca examinadora
• Tese apresentada. aos S'rs.:
Wittm~nn
;~ v
Zélia Mi11eo Pavão
•
l
,
Visto e permitida a impressão J
Rio de Janeiro, 19 09 80 . ,. .. / ..... / ....
de Pesquisa