estudo de caso de uma família

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 1 | Página  Escola Superior de Enfermagem de Coimbra HDFF - Urgência Pediátrica Cátia Sofia Domingues Oliveira N.º 2801347 Estudo de Caso: A Criança e a sua Família Coimbra, Abril de 2011

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1 | P á g i n a  

Escola Superior de Enfermagem de Coimbra

HDFF - Urgência Pediátrica

Cátia Sofia Domingues Oliveira

N.º 2801347

Estudo de Caso: A Criança e a sua Família

Coimbra, Abril de 2011

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Escola Superior de Enfermagem de Coimbra

Curso de Licenciatura em Enfermagem

Cuidados Primários/Diferenciados - HDFF - UrgênciaPediátrica

Cátia Sofia Domingues Oliveira

N.º 2801347

Estudo de Caso: A Criança e a sua Família

Documento produzido no âmbito do

Ensino Clínico de Cuidados Primários/Diferenciadosna área de Enfermagem de Saúde Infantil e Pediatria,

a decorrer no serviço de Urgência Pediátrica do HDFF

sob a orientação da professora Dulce Galvão

e tutoria da enfermeira Isabel Teixeira.

Coimbra, Abril de 2011

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3 | P á g i n a  

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ……………………………………………………………..……….. 4 

1. COLHEITA DE DADOS ……………………………………………….…………6

1.1. APRESENTAÇÃO DA CRIANÇA ………………………………….…………6 

1.2. EXAME FÍSICO ………………………………………………………….….…. 6 

1.3. AVALIAÇÃO ESTATO-PONDERAL ………………………………………….7

1.4. DESENVOLVIMENTO PSICOMOTO, COGNITIVO, AFECTIVO E SÓCIO-RELACIONAL ……………………………………………………………………….. 7 

1.5. CONTEXTO FAMILIAR E SÓCIO-ECONÓMICO ………………………….. 8 

1.5.1 Genograma …………………………………………………………………….8

1.5.2 Ecomapa ………………………………………………………………………. 9 

1.6. SITUAÇÃO DE DOENÇA E INTERNAMENTO ACTUAL ………………….11

1.7. EXPERIÊNCIAS ANTERIORES DE DOENÇA ……………..………………11 

1.8. EXPERIÊNCIAS SUBJECTIVAS DE DOENÇA …………………………….12

2. APRECIAÇÃO DA CRIANÇA E DA FAMÍLIA SEGUNDO MODELO DE

VIRGINA HENDERSON …………………………..………………………………..12

3. DIAGNÓSTICOS E INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM ………………...17 

CONCLUSÃO ...................................................................................................18

BIBLIOGRAFIA ………………………………………………………………..……19 

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4 | P á g i n a  

INTRODUÇÃO

No âmbito do Ensino Clínico da área de Enfermagem de Saúde Infantil ePediatria, a decorrer no serviço de Urgência Pediátrica no Hospital Distrital da

Figueira da Foz, sob a orientação da Professora Dulce Galvão e tutoria da

enfermeira Isabel Teixeira, foi-me proposta a elaboração de um Estudo de caso

de uma Criança e sua Família.

A elaboração do presente documento dividiu-se em duas etapas: selecção da

criança/família, seguida da colheita de dados. A selecção da criança/família

constituiu numa fase inicial uma dificuldade, atendendo ao reduzido tempo depermanência no Serviço de Urgência por parte das crianças, bem como ao

desconhecimento do seu tempo de estadia no S.O. No entanto, mediante a

elaboração do guião de entrevista, e a ajuda na selecção da criança por parte

da enfermeira Isabel, esta dificuldade foi facilmente ultrapassada.

O desenvolvimento de um estudo de caso tem como principal objectivo

proceder à análise holística de uma criança, através da sua observação e das

actividades de vida diária, levando à formulação de diagnósticos e intervenções

de enfermagem de modo a contribuir para um melhor desenvolvimento físico,

mental, emocional e sociocultural, promovendo sempre o papel parental. Para

tal, é preponderante o uso de uma comunicação eficaz, adequada às

características desenvolvimentais e socioculturais da criança e sua família.

A E.P.M.C. é uma menina com 3 meses de idade, que deu entrada no serviço

de Urgência Pediátrica no dia 12 de Abril de 2011, com queixas de febre,

constipação, tosse e falta de apetite. Segundo a progenitora, E.P.M.C. não

tolerava o leite adaptado desde a noite anterior, apresentava tosse moderada,

expectoração e febre ao longo dos últimos 10 dias, apresentando 39ºC na

última avaliação, factor que a levou a dirigir-se ao serviço de Urgência. Depois

de realizada a triagem e avaliada pelo Pediatra de serviço, a pequena lactente

foi colocada em S.O. para vigilância. A minha escolha recaiu na situação supra

descrita, especialmente devido à pouca frequência de febres em pequenos

lactentes e da certeza da sua permanência no S.O. permitindo a colheita de

dados.

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A febre constitui um sintoma importante, podendo ser benigna ou maligna para

o organismo humano. Relativamente à febre em pequenos lactentes, esta deve

ser sempre analisada com muita atenção, constituindo um sinal de alarme,

podendo indicar a presença de uma infecção generalizada (septicemia),

pneumonia, infecção urinária ou conduzir a convulsões febris. É então

fundamental proceder ao controlo da febre quando esta se encontra acima dos

38ºC por avaliação rectal e acima dos 37ºC por avaliação axilar, através da

administração de antipiréticos de modo a prevenir o desenvolvimento de

convulsões febris e a desidratação.

No que diz respeito à possibilidade de existência de infecção urinária, o seudespiste consiste na realização de urocultura, com o intuito de proceder à

contagem de colónias presentes na urina.

Em adição, é importante referir que numa fase inicial, devem ser também

realizadas colheitas de sangue para análise laboratorial bem como de urina

para Teste Combur, de modo a identificar a possível causa da febre

apresentada.

Atendendo à recusa alimentar no pequeno lactente, é importante que sejadespistada a presença de cetonúria e hipoglicémia evitando a possível

danificação do sistema nervoso central com consequências irreversíveis para o

lactente.

Ao longo do presente estudo de caso, irei fazer uso do Modelo Conceptual de

Virginia Henderson para proceder à apreciação das actividades de vida diária,

bem como de linguagem CIPE na formulação de diagnósticos e intervenções

de enfermagem.

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1. COLHEITA DE DADOS

A colheita de dados enquadra-se na primeira fase do processo de cuidados,

seguida pela análise, planificação, intervenção e avaliação. Esta tem como

principais objectivos determinar as principais necessidades do indivíduo,

levando à formulação das intervenções independentes e interdependentes

contribuindo para a melhoria do estado de saúde do mesmo. Em adição,

permite ainda fazer uma avaliação dos cuidados prestados no sentido de os

melhorar.

1.1. APRESENTAÇÃO DA CRIANÇA

A E.P.M.C., adiante designada por E.C., é uma menina com 3 meses de idade,

nascida no dia 13 de Janeiro de 2011 na Maternidade Bissaya Barreto às 36

semanas de gestação por parto Eutócito. Nasceu com 2725 Kg, 34 cm de

perímetro cefálico, 49 cm de estatura e apresentou um APGAR ao 1º minuto de

9 e ao 5º minuto de 10. Reside na localidade de P., concelho de C., com os

seus pais e irmão.

1.2. EXAME FÍSICO

O exame físico consiste na avaliação sistemática e pormenorizada de todo o

corpo através da observação, auscultação, palpação e percursão. Este deveser feito no sentido cefalocaudal.

Aspecto Geral: A E.C. apresenta um bom aspecto geral, pele e mucosas

rosadas e hidratadas, bem-disposta, boa vitalidade, bons reflexos e olhar

vívido. Apresenta uma postura adequada à fase do seu desenvolvimento, boa

higiene corporal, vestuário adequado e bom estado nutricional.

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Pele: A menina apresenta pele e mucosas rosadas, textura lisa, macia, quente

ao toque, turgor adequado e sem sinais de edema. Apresentava ainda um

ligeiro eritema de fralda na zona inguinal direita e esquerda.

Cabelo: Cabelo de comprimento curto, de coloração castanho claro, com

textura lisa, sedoso, elástico, hidratado e brilhante. Apresenta-se em

quantidade moderada, com uma distribuição uniforme, com limpeza do couro

cabeludo, sem sinais de traumatismo ou descamação.

Apresenta ainda pêlos curtos, transparentes, finos e macios, com distribuição

uniforme ao longo do corpo, sem existência nas zonas genitais e axilares.

Cabeça: A cabeça de E.C. possui uma forma arredondada, simétrica, com boa

amplitude de movimentos, não apresentando controlo dos mesmos. Não

apresenta fracturas nem tumefacções, com fontanelas normotensas

encontrando-se a fontanela bregmática por encerrar.

Olhos: Os olhos encontram-se simétricos em tamanho, forma e cor, com

presença de todas as suas estruturas acessórias. As pálpebras estãoposicionadas de acordo com o desejado, situando-se entre a íris e o topo da

pupila durante a abertura do olho. A conjuntiva palpebral apresenta uma

coloração rósea, brilhante, húmida. Não apresenta lacrimejo excessivo, nem

inflamação da glândula lacrimal. A conjuntiva bulbar é transparente, esclerótica

de coloração branca sem presença de manchas e córnea de coloração

transparente, clara, sem outras alterações. As pupilas são do mesmo modo

simétricas em tamanho, forma e movimento, apresentando-se circulares, detamanho pequeno e reactivas ao estímulo da luz e com reflexo de

acomodação. Relativamente à íris, estas encontram-se de igual modo

simétricas em tamanho, formato e cor. São de coloração castanha, apesar da

ligeira indefinição ainda presente. De formato redondo e pequeno.

Na situação descrita não foi efectuado o teste de acuidade visual atendendo à

idade da criança em estudo, no entanto este foi realizado após o seu

nascimento de forma aprofundada segundo o que foi relatado pela mãe.

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Ouvidos: A E.C. apresenta pavilhões auriculares simétricos, bem implantados,

formando um ângulo de cerca de 10º em relação à linha horizontal imaginária.

Em adição, estes não se encontravam achatados ou planos, afastando-se

ligeiramente do crânio. A superfície cutânea em redor encontra-se íntegra,

limpa, sem presença de retalhos cutâneos. Por fim não apresentava cerúmen

visível, sem sinais de falta de limpeza do canal auditivo externo. Como foi

supra descrito face à acuidade visual, de igual modo não foram realizados por

mim os testes de acuidade auditiva, no sentido que estes tinham sido

previamente realizados após o nascimento.

Nariz: O nariz da E.C. encontra-se bem posicionado face à posição dos olhos eda boca. As asas do nariz não apresentam dilatação. As mucosas são de

coloração rósea vivo, brilhante, húmidas, sem presença de secreções. O septo

encontra-se íntegro, sem desvios ou perfurações. O teste do olfacto não foi

realizado, dado os mesmos factores referidos anteriormente.

Boca e Orofaringe: A menina apresenta lábios íntegros, macios, hidratados, de

coloração rósea vivo e húmidos. Relativamente à cavidade bocal, apresentamucosas róseas claras, lisas, brilhantes, uniformes e húmidas. Ainda não

apresenta dentição, com gengivas de coloração rósea, húmida, textura

pontilhada e sem sinais hemorrágicos. A língua apresenta boa mobilidade,

coloração rósea avermelhada, com presença de papilas gustativas,

estendendo-se até aos lábios. No que concerne aos palatos, estes apresentam

total integridade com arco do palato em forma de cúpula. A úvula encontra-se

presente e apresenta boa mobilidade.

Tórax: O tórax da E.C. é simétrico, apresenta uma forma aproximadamente

circular, tamanho proporcional ao seu crescimento. Apresenta movimentos

respiratórios simétricos bilateralmente, coordenados com a respiração. Os

mamilos são simétricos em tamanho, coloração e formato, apresentando-se

bem implantados. Não apresenta desenvolvimento mamário.

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Pulmões: E.C. apresenta movimentos respiratórios rítmicos, rápidos,

superficiais, do tipo abdominal. Não foi realizada auscultação dos sons

respiratórios por mim, face à realização do mesmo por parte da equipa médica

no momento da consulta médica de avaliação clínica. Segundo esta, E.C.

apresentava ligeiros ruídos respiratórios do tipo estertores, considerados

irrelevantes pela equipa médica.

Coração: O coração encontra-se bem localizado na região do mediastino.

Apresenta sons cardíacos límpidos, distintos e difusos, com intensidade

moderada e rítmicos. A sua frequência é idêntica à avaliada no pulso apical.

Abdómen: O abdómen da E.C. apresenta um contorno plano na posição dorsal,

pele íntegra, sem pregas cutâneas. Apresenta ainda movimentos a nível

abdominal, resultantes da respiração. O umbigo apresenta-se ligeiramente

protuso, com pele íntegra e com higienização correcta. Em adição, através da

auscultação dos sons abdominais não foi detectada a presença de sons

peristálticos, corroborante com a situação de obstipação relatada pela mãe.

Genitais: A E.C. não apresenta alterações anatómicas a nível dos genitais, com

simetria em tamanho, forma, textura e coloração nos grandes lábios e

pequenos lábios. Ambos apresentavam coloração rósea, macios, hidratados,

sem presença de secreções nem com excesso de hidratantes. Apresenta

clítoris bem formado, de tamanho pequeno, com formato ligeiramente oval.

Meato uretral e orifício vaginal presentes sem deformações, nem presença de

secreções. Devido à idade de E.C. ainda não possui pêlos na região púbica.No que diz respeito à região anal, o ânus encontra-se presente, bem

localizado, com nádegas simétricas. Apresenta boa higienização de toda a

região anal, e bom reflexo anal.

Dorso: A região dorsal apresenta boa mobilidade, sem esforço à mobilização

em todas as direcções. A curvatura da coluna vertebral ainda se encontra com

ligeiro formato em C.

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Membros superiores e inferiores: Os membros superiores são simétricos em

comprimento e forma. Ambos têm uma temperatura semelhante, boa

mobilidade, sem deformidades nos ossos e com presença dos 5 dedos em

cada membro. Relativamente aos membros inferiores, estes de igual modo se

apresentam simétricos em comprimento e forma, com semelhança na

temperatura superficial, boa mobilidade, sem presença de deformidades e com

5 dedos em cada membro. Os pés são planos e ligeiramente largos.

Relativamente às mãos, estas também se apresentam simétricas, com os 5

dedos e três pregas palmares. Não se encontram presentes equimoses ou

lesões.

Unhas: Leito ungueal de coloração rosada, com unhas de textura macia,

ligeiramente longas, convexas, macias, flexíveis e íntegras. Não apresentam

soluções de continuidade.

Articulações: E.C. apresenta boa amplitude de movimentos das articulações, à

excepção das articulações coxo-femurais que possuem uma limitação da sua

abdução.

Músculos: E.C apresenta boa tonicidade muscular e simetria na força

produzida nos membros.

1.3. AVALIAÇÃO ESTATO-PONDERAL

A pequena lactente E.C. na sua última avaliação no centro de saúde, no dia 2

de Abril de 2011, apresentava um peso de 3.980 kg, perímetro cefálico de 37

centímetros e comprimento de 51.5 cm. De acordo com as tabelas de percentis

apresentadas em anexo, a E.C. encontra-se no percentil 5 no peso, e

relativamente ao comprimento e perímetro cefálico encontra-se entre os

percentis 25 e 50.

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Estes dados revelam-nos que o crescimento da E.C. está a decorrer sem

incidentes, seguindo o padrão de desenvolvimento desejado.

1.4. DESENVOLVIMENTO PSICOMOTOR, COGNITIVO, AFECTIVO E SÓCIO-

RELACIONAL

A menina E.C. é uma pequena lactente de 3 meses, que tem vindo a

desenvolver-se, a todos os níveis, de acordo com o esperado. No momento da

avaliação, a E.C., demonstrou-se atenta, expressiva e reactiva aos estímulos,apesar da sonolência apresentada. Segundo relato da mãe, esta passa

maioritariamente do seu tempo a dormir, sendo que nos períodos em que se

encontra desperta não faz birras com facilidade, mantendo-se sempre bastante

calma. Quando estimulada com brinquedos segue-os com o seu olhar, e fixa as

cores mais fortes.

1.5. CONTEXTO FAMILIAR E SÓCIO-COMUNITÁRIO

A E.C. é filha de G.C. e de C.A. ambos de 27 anos. O seu pai G.C. possui um

curso profissional equivalente ao 12º ano, desempenhando actualmente

funções de técnico de frio e ar condicionado numa empresa. A mãe C.A. possui

o curso técnico de animadora sócio-cultural, encontrando-se a frequentar a

licenciatura. Segundo esta, o seu nível sócio-económico não é o desejado, no

entanto refere não passar dificuldades, definindo sempre como suas

prioridades o bem-estar e a segurança dos filhos.

A nível das condições habitacionais, E.C. habita com os seus pais e irmão na

localidade de P., numa casa própria em zona rural, com saneamento básico.Esta possui 3 quartos e 2 casas-de-banho. A mãe afirma ter uma boa relação

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12 | P á g i n a  

com os vizinhos e seus familiares, à excepção da família do seu companheiro.

Na sua área geográfica encontram-se todos os serviços, nomeadamente centro

de saúde, zonas de comércio, transportes públicos, farmácia, escola e serviços

públicos. Ambos os pais possuem transporte público, e em caso de

necessidade têm o auxílio dos avós maternos de E.C. A localidade de P.

encontra-se ainda bem localizada, a cerca de 15 minutos dos grandes centros

urbanos de C. e F.F.

1.5.1 Genograma

Segundo McGoldrick, Gerson e Shellenberger (1999), o genograma dispõe

informação familiar pertinente em formato de árvore, mostrando os membros

da família e suas relações durante pelo menos três gerações. Em adição, este

permite conhecer as situações de doença mais pertinentes, e que podem vir a

desenvolver alguma influência na qualidade de vida do indivíduo em estudo.

Paralelamente, e contextualizando na situação em estudo, o conhecimento das

relações familiares constitui uma arma importante na elaboração dediagnósticos e intervenções de enfermagem com vista ao melhoramento do

desenvolvimento biopsicossocial da criança.

Após entrevista à mãe de E.C., recolhi os dados relativos aos parentes das três

primeiras gerações, que se encontram espelhados no genograma apresentado

de seguida.

Em adição, alguns membros de gerações não incluídas no genograma

desenvolveram doenças relevantes, que poderão constituir foco de atenção no

futuro, nomeadamente: hipertensão arterial, colesterol, deficiência mental,

mucopolissacaridose metabólica e diabetes mellitus.

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1.5.2. Ecomapa

“Um ecomapa é um diagrama visual do núcleo familiar em relação às unidades

ou subsistemas existentes na comunidade” (Stanhope and Lancaster, 2004) 

Através deste diagrama obtemos o conhecimento dos recursos existentes na

comunidade em que a família em estudo se encontra integrada, bem como a

sua facilidade de acesso aos mesmos, e as relações conflituosas existentes,

passíveis de gerar stress no núcleo familiar.

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14 | P á g i n a  

Como se encontra supra descrito, o núcleo familiar de E.C. habita próximo de

uma zona urbana, com bons acessos a todos os serviços públicos, e na

proximidade de dois grandes centros urbanos de C. e F.F., que lhe possibilita o

acesso a cuidados de saúde mais especializados.

1.6. SITUAÇÃO DE DOENÇA E INTERNAMENTO ACTUAL

A menina E.C. deu entrada no serviço de Urgência Pediátrica do HospitalDistrital da F.F. no dia 12 de Janeiro de 2011, cerca das 11 horas por queixas

Tio

Avós

paternos

Avó

materna

Vizinhos

Desemprego

Legenda:Relação forteRelação muito forte

Relação conflituosaRelação distante

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15 | P á g i n a  

de febre (39ºC por via rectal), tosse, constipação e falta de apetite, tendo sido

referenciado pela mãe a não tolerância a alimentação desde cerca das 21

horas da noite anterior.

Durante a triagem, foi avaliada a temperatura corporal via timpânica, onde

foram registados 37,6ºC, e os níveis de saturação de oxigénio, registando-se

cerca de 95%. Após a mesma, a E.C. foi avaliada pelo médico pediatra de

serviço, tendo este prescrito colheita de sangue para realização de hemograma

e hemocultura, bem como colheita de urina para análise sumária.

Atendendo aos valores de temperatura corporal referidos pela mãe, E.C. ficou

em S.O. por decisão médica, para vigilância da temperatura corporal,

aguardando os resultados dos exames prescritos. Durante este período a mãe

iniciou a dieta, tendo E.C. tolerado.

Os resultados dos exames realizados revelaram não haver alterações

significativas no Combur, hemograma, hemocultura e análise sumária de urina.Em adição, não serão expostos os valores numéricos resultantes dos exames

realizados, atendendo a que estes são apenas de acesso médico, tendo a

médica pediatra comunicado à equipa de enfermagem a sua avaliação dos

mesmos.

Após a chegada dos resultados laboratoriais e nova avaliação de E.C pela

médica pediatra, esta decidiu encaminhar para o serviço de internamento dePediatria, com prescrição de vigilância de temperatura corporal dado ser uma

pequena lactente.

1.7. EXPERIÊNCIAS ANTERIORES DE DOENÇA

Segundo a mãe de E.C., a lactente sempre foi saudável, apresentando apenas

expectoração em quantidade ligeira desde o seu nascimento.

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16 | P á g i n a  

A mãe referiu não ter vivido situações de doença significativas, à excepção da

depressão desenvolvida após a perda do seu emprego e estadia prolongada no

desemprego. No seguimento desta situação, a C.C. tem vindo a ser seguida na

consulta de Psiquiatria no Hospital Sobral Cid, tendo necessitado de dois

internamentos previamente ao nascimento do seu primeiro filho. Após este, a

mãe de E.C. relata ter melhorado substancialmente, tendo vindo a reduzir a

medicação prescrita.

1.8. EXPERIÊNCIAS SUBJECTIVAS DE DOENÇA

Paralelamente à não existência de situações de doença de E.C., esta não

reage com facilidade à dor nem à frustração, não havendo referência por parte

da mãe, da existência de cólicas abdominais frequentes em bebés da sua

idade. Segundo descrição da mãe, E.C. não tem experiências significativas de

dor, nem chora com facilidade em situações comuns como fome ou

desconforto.

2. APRECIAÇÃO DA CRIANÇA E FAMÍLIA SEGUNDO MODELO DE VIRGINIA

HENDERSON

O modelo de enfermagem definido por Virginia Henderson baseia-se naavaliação sistemática das 14 necessidades humanas básicas: respirar, comer e

beber, eliminar, vestir-se e despir-se, aprender, sono e repouso, evitar os

perigos, movimentar, higiene e proteger os tegumentos, comunicar, recrear-se,

manter a temperatura corporal, agir segundo crenças e valores e divertir-se.

2.1 NECESSIDADE DE RESPIRAR

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A E.C. apresenta uma respiração rítmica, com cerca de 54 ciclos respiratórios

por minuto, do tipo abdominal, com movimentos respiratórios adequados e sem

sinais de má perfusão dos tecidos. Apresenta ligeira expectoração à

auscultação, referenciada como não significativa pelo médico pediatra,

saturações de 95% de oxigénio na triagem que reverteu facilmente durante a

permanência no S.O.

E.C. encontra-se independente na satisfação desta necessidade humana

básica, com supervisão parental atendendo ao risco de aspiração ou asfixia.

2.2 NECESSIDADE DE VESTIR-SE E DESPIR-SE

A pequena lactente E.C. apresentava vestuário próprio, adequado àtemperatura ambiente, à sua idade e tamanho, não demonstrando carência de

cuidados ou de recursos. E.C. é dependente na satisfação desta necessidade,

sendo a mãe a responsável pela sua satisfação.

2.3 NECESSIDADE DE COMER E BEBER

A E.C. à excepção do episódio actual de recurso ao serviço de Urgência nãoapresenta carência na satisfação da necessidade de comer e beber, sendo

esta satisfeita através da ingestão de leite adaptado, adquirido pelos

progenitores. Iniciou alimentação por leite adaptado por recomendação médica

acerca de 1 mês, fazendo uso do leite Aptamil Confort 1. E.C. faz cerca de 6

refeições diárias de leite adaptado, de 90 cc de água, já não requisitando o

biberão durante a noite. Encontra-se na curva de percentil 5, apresentando boa

evolução ponderal. E.C. é dependente na satisfação desta necessidadehumana básica, sendo esta realizada pela mãe com o auxílio do pai e do tio.

2.4. NECESSIDADE DE ELIMINAR

E.C é independente na satisfação da necessidade de eliminar, com supervisão

dos pais para a optimização da fralda. Recorre a fralda de tamanho 2, com

referência da mãe para a ligeira obstipação que E.C. costuma apresentar.

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Relativamente à micção, nunca apresentou qualquer alteração no padrão

esperado.

2.5. NECESSIDADE DE MANTER A TEMPERATURA CORPORAL

Ao longo da permanência na S.O. E.C. manteve-se sempre sub-febril (36º-

37,6ºC), tendo a mãe demonstrado conhecimento face às medidas a adoptar

no arrefecimento da criança. Como supra referido, E.C. apresentava-se com

vestuário adequado à temperatura ambiente, não contribuindo este para uma

possível situação febril. Quando questionada face às dosagens administradas

em situações febris, a mãe demonstrou conhecimento adequado.Esta necessidade humana básica não se encontra alterada, sendo

supervisionada pela mãe.

2.6. NECESSIDADE DE HIGIENE E PROTEGER OS TEGUMENTOS

E.C., como referido no exame físico, apresentava um bom aspecto geral, sem

sinais de carência de cuidados de higiene e conforto, nem de desidratação.

Segundo relato da mãe, E.C. não chora durante o banho, transparecendo ser-lhe agradável. Aplica creme hidratante após o banho, sendo este dado todos os

dias à noite. A mãe apresenta conhecimento demonstrado na satisfação desta

necessidade humana básica, sendo E.C dependente dos seus cuidados.

2.7. NECESSIDADE DE MOVIMENTAR-SE

E.C. com apenas 3 meses de idade ainda não desenvolveu actividade motora,tendo apenas vindo a aumentar a sua capacidade de movimentação cefálica, e

tónus muscular. E.C. apresenta cerca de 72 batimentos cardíacos por minuto,

com pulso forte, cheio e rítmico. Não tem alterações na movimentação dos

membros superiores e inferiores, iniciando agora a descoberta da capacitação

para a movimentação voluntária dos mesmos.

A mãe afirma passeá-la no carrinho segundo as normas, quando o estado

meteorológico o permite, evitando a excessiva exposição solar. Após o banho

costuma frequentemente colocar a E.C. em decúbito ventral, com supervisão,

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de modo a encorajar a tonificação da musculatura da região do pescoço e

costas.

Considero que E.C. é independente na satisfação desta necessidade, dado que

não tem nenhuma alteração ao padrão esperado para um lactente com a sua

idade.

2.8. NECESSIDADE DE SONO E REPOUSO

Segundo descrição da mãe, E.C. passa maioritariamente do seu tempo a

dormir, só acordando para se alimentar e para a prestação dos cuidados de

higiene. E.C. não apresenta dificuldade na transição sono/vigília, acordandocom facilidade. No domicílio dorme em cama própria, adequada ao seu

tamanho, cumprindo as normas de segurança (grades, alcofa lisa, entre

outras). Neste momento E.C. já dorme continuamente durante a noite toda, não

tendo necessidade de se alimentar durante a mesma. Preferencialmente a mãe

coloca-o em decúbito dorsal, prevenindo a asfixia.

E.C. é independente na satisfação desta necessidade, apenas com supervisão

parental.

2.9. NECESSIDADE DE EVITAR OS PERIGOS

Como tem vindo a ser supra referido, a mãe de E.C. ao longo da colheita de

dados demonstrou conhecimento face às medidas de segurança a adoptar. No

momento de entrada no serviço de Urgência Pediátrica a E.C. vinha

devidamente colocada no ovo, cumprindo todas as normas de segurança. Amãe refere ter sempre a preocupação de afastar possíveis focos de asfixia,

colocando-a em decúbito dorsal para dormir.

E.C. tem o calendário de vacinas actualizado, tendo paralelamente frequentado

todas as consultas de rotina do centro de saúde.

Considero que a bebé é dependente na satisfação desta necessidade, não

havendo no entanto alteração nesta.

2.10. NECESSIDADE DE COMUNICAR

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Dentro das suas capacidades, E.C. comunica adequadamente com os seus

semelhantes, sendo uma menina simpática e bem-disposta. Apresenta um

sorriso quando estimulada, e tenta alcançar os objectos ou partes do corpo da

pessoa com as suas mãos caso estas estejam na sua proximidade. Ainda não

desenvolveu a capacidade de comunicar verbalmente, nem de emitir sons. E.C.

não apresenta alterações na satisfação desta necessidade, sendo

independente.

2.11 NECESSIDADE DE AGIR SEGUNDO AS CRENÇAS

A mãe de E.C. durante a entrevista referenciou não participar activamente em

nenhuma religião, no entanto considera-se católica. E.C. não foi baptizada,

devido a impossibilidades económicas e socais, visto que a igreja não permite

o baptismo por parte de casais em união de facto. Os pais de E.C. defendem

uma educação baseada nos valores comuns de sinceridade, respeito e amor

ao próximo. E.C. não apresenta alteração na satisfação desta necessidade.

2.12. NECESSIDADE DE APRENDER

E.C. encontra-se numa fase de desenvolvimento, adquirindo novas

competências diariamente. Segundo a mãe, esta tem vindo a demonstrarnovas habilidades, como movimentar a cabeça na direcção de um objecto

desejado ou pessoa e tentativa de alcançar um objecto com as mãos. Neste

seguimento, os pais tentam estimular o seu desenvolvimento através da

adequação dos objectos de brincadeira e estimulação verbal com a mesma.

E.C. é dependente dos pais para a satisfação desta necessidade, não se

encontrando esta alterada.

2.13. NECESSIDADE DE DIVERTIR-SE

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Como supra referido, E.C. passa maioritariamente do seu tempo a dormir, no

entanto, nos momentos de vigília mantém-se calma, distraindo-se facilmente

com os brinquedos que a rodeiam. Atendendo à sua idade ainda não possui

um brinquedo favorito, despertando mais atenção para objectos de cores vivas.

E.C. é independente na satisfação desta necessidade, com supervisão dos

pais.

2.14 NECESSIDADE DE SE OCUPAR COM VISTA À RECREAÇÃO

Nesta fase de desenvolvimento em que se encontra a E.C., a actividade que

mais desenvolve ainda é o sono e repouso. No entanto, como já foi descrito,

nos estados de vigília comunica eficazmente com os seus semelhantes,

gostando de tocar em objectos coloridos e em pessoas. E.C. não apresenta

alteração na satisfação desta necessidade.

3. DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM E INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM

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CONCLUSÃO 

O desenvolvimento deste trabalho facultou-me a oportunidade de adquirir

novos conhecimentos na área da Enfermagem Pediátrica e de aprofundar os

que tinham sido fornecidos durante a leccionação teórica. Em adição, a

elaboração do presente documento permitiu-me a visualização holística da

criança em estudo, facultando me a possibilidade de desenvolver as minhas

competências na identificação e formulação de diagnósticos e intervenções de

enfermagem, com o objectivo de promover melhores e mais efectivos cuidadosde saúde.

O desenvolvimento desta colheita de dados no serviço de Urgência Pediátrica

constituiu uma dificuldade, atendendo ao reduzido tempo de permanência

neste serviço, bem como ao não acompanhamento da sua evolução após o

momento da alta ou transferência.

Em adição, faço um balanço positivo do desenvolvimento deste trabalho, que

em muito contribuiu para formulação da minha entidade de futuro enfermeiro.

Por fim gostaria de agradecer toda a disponibilidade e simpatia demonstradas

pela mãe, que se mostrou totalmente colaborante em todas as minhas

questões.

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BIBLIOGRAFIA 

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Internacional para a Prática de Enfermagem (CIPE/ICNP): Beta 2. Lisboa:

Associação Portuguesa de Enfermeiros, 2005. 227p. ISBN 972-98149-5-3.

DIRECÇÃO GERAL DE SAÚDE  –  Urgências no Ambulatório em Idade

Pediátrica: Volume I. Lisboa: Divisão de Saúde Materna, Infantil e dos

Adolescentes, 2004. 48p. ISBN 972-675-102-0.

DIRECÇÃO GERAL DE SAÚDE  –  Saúde Infantil e Juvenil: Programa-tipo

de Actuação. Lisboa: Divisão de Saúde Materna, Infantil e dos Adolescentes,

2002. 48p. ISBN 972-674-084-9.

HOCKENBERRY, Marilyn J.; WILSON, David.; WINKELSTEIN, Marilyn L.  – 

Wong Fundamentos de Enfermagem Pediátrica. 7.ª ed. Rio de Janeiro:Elsevier, 2006. 130 p. ISBN 85-352-1918-8.