ANLISE DE VIABILIDADE ECONMICA DA IMPLANTAO DE UMA FARMCIA NA REGIO DE TOLEDO-PR

ANLISE DE VIABILIDADE ECONMICA DA IMPLANTAO DE UMA FARMCIA NA REGIO DE TOLEDO-PR

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO OESTE DO PARANLincoln PavanMateus Engels HenkeMatheus Allan MaiorMatheus PiaseckiPedro Siqueira

ndiceIntroduoAnlise de mercadoLocalizaoTamanhoEngenharia de projetoCustos e receitasAnlise da viabilidade econmicaConclusoIntroduoO incio de uma atividade empresarial requer o pleno domnio das atividades envolvidas;

So necessrios estudos a respeito da viabilidade tcnica e econmica do empreendimento proposto;

Objetiva-se realizar a anlise tcnica e econmica da instalao de uma farmcia na regio de Toledo PR.

Anlise de mercadoCaracteriza-se o processo fsico da produo do empreendimento, relaciona-se aspectos como equipamentos, fluxos de processos, aspectos organizacionais e fsicos.

4Tendncias e oportunidadesPrincipal canal de distribuio de medicamentos para a populao;

Movimenta cerca de US$ 8 bilhes anuais;

O Brasil se encontra em 8 lugar no mercado de medicamentos mundial (Portal Brasil, 2014).

O mercado consumidor no Brasil de aproximadamente 50 milhes para uma populao de 200 milhes.

Tendncias e oportunidadesA excelncia e a clientividade so imprescindveis para este empreendimento;

Faz-se necessrio conhecer o mercado de modo sistemtico antes da abertura do empreendimento.ClientesAs classes A e B representam cerca de 48% do consumo de medicamentos (IBGE, 2012);Devido ao crescimento recente do setor, a clientela variada, frequente e espordica;Um servio que atenda s necessidades das trs classes ter maiores possibilidades de prosperar.Fidelizao do cliente:Bom atendimento, preo acessvel, qualidade e variedade dos produtos, agilidade na entrega e forma de pagamento diferenciada

Produtos e servios demandadosO principal servio a comercializao de medicamentos, fornecidos por companhias farmacuticas da regio;

Essa proximidade reduz os custos de aquisio dos estoques de medicamentos, alm de fortalecer a economia local;

Como servio secundrio, pode haver a comercializao de produtos de higiene .

OfertaA venda de genricos apresentou um aumento de 15,8% no ano de 2013, comercializando 786,9 milhes de unidades (fonte: ProGenricos);

A presena de uma indstria de genricos em Toledo, a Prati-Donaduzzi, favorece o empreendimento;

Comercializar genricos se mostra como um diferencial para o sucesso do empreendimento na regio.

DemandaEst diretamente ligada necessidade da populao local em adquirir o medicamento necessrio;

A baixa densidade de farmcias na regio favorece o domnio do mercado geogrfico;

Um estudo na regio proveria uma estimativa da demanda de medicamentos.

DemandaA demanda de produtos de higiene pessoal deve ser estimada a partir do pblico-alvo;

Est limitada pela existncia de mercado, convenincias e afins localizados nas proximidades;

10% do capital investido em estoques deve ser direcionado aos produtos de higiene pessoal;Barreiras de entradaSo basicamente duas: as licenas adquiridas junto ANVISA e as farmcias concorrentes;

Na obteno da licena necessrio: CNPJ, razo social, lista das atividades pleiteadas, responsvel tcnico registrado em conselho regional e um representante tcnico;

Como a regio apresenta poucas farmcias, essa barreira no deve ter grande influncia.

Concorrentes e substitutosTodas as farmcias localizadas nas regies prximas so consideradas concorrentes diretas;

Os genricos podem ser substitudos por medicamentos de referncia, encontrados em outras farmcias;

Em higiene pessoal, a concorrncia se apresenta como sendo qualquer empresa que comercialize tais produtos.Localizao e tamanhoCaracteriza-se o processo fsico da produo do empreendimento, relaciona-se aspectos como equipamentos, fluxos de processos, aspectos organizacionais e fsicos.

14Fatores qualitativosMo de obra: so necessrios dois tipos, uma menos qualificada e outra especializada;

Para o primeiro tipo pode-se abrir vagas para a populao em geral (terceirizaes so possveis);

Treinamentos para as funes a ser desempenhadas so fceis, ou at mesmo descartveis;

Quanto mo-de-obra especializada, o curso de Farmcia da UNIPAR e PUC um incentivo.

Fatores qualitativosA cidade de Toledo possui capacidade de comportar o estabelecimento;

Possui rede de transportes eficaz, alm de rede bancria, servios de alimentao e lazer;

Redes de energia eltrica e gua da cidade so suficientes;

A localizao prxima de corpo de bombeiros e do setor de segurana relevante.Fatores quantitativosEstudar em termos de valores numricos alguns dos aspectos anteriores;

Deve-se escolher o local no qual os custos sero minimizados, sem prejudicar demais fatores;

Buscar mo-de-obra em acadmicos (formandos e/ou estagirios) do curso de Farmcia da UNIPAR e PUC;

A existncia de restaurantes populares influencia na escolha da localizao.

MacrolocalizaoToledo - municpio do oeste paranaense

130 mil habitantes

IDH : 0,768 (10 municpio do Paran em qualidade de vida)

PIB per capita : R$ 20779,55 (IBGE, 2009)Macrolocalizao

Localizao da cidade de Toledo no estado do Paran (Fonte: Wikimedia).

MicrolocalizaoBairro Jardim Santa Maria

Proximidade com fornecedorNo haver concorrncia direta numa rea de 25 kmPossuir restaurantes, servio bancrio e corpo de bombeiros nas proximidadesPossuir uma boa quantidade de terrenos vaziosPonto contra: no existncia de salas comerciais prontas Microlocalizao

Localizao do terreno em relao Prati-Donaduzzi (Fonte: Google)Microlocalizao

Localizao de farmcias nos arredores do bairro Jardim Santa Maria (Fonte: Google)Microlocalizao

Localizao em foto area (Fonte: Google).Microlocalizao

Localizao em vista panormica do empreendimento (Fonte: Google).TamanhoNo necessita-se de uma rea muito grandeA rea total deve conter:rea de convenincia;rea de farmacutica;caixas;rea de estoques;Salas administrativas;banheiros;dispensas.

Para uma farmcia de pequeno porte, estima-se :Uma comercializao de aproximadamente 500 produtos por ms, o que equivale a aproximadamente 17 produtos por dia.

Engenharia de ProjetoCaracteriza-se o processo fsico da produo do empreendimento, relaciona-se aspectos como equipamentos, fluxos de processos, aspectos organizacionais e fsicos.

26CargosDiviso dos cargos necessrio na empresa:Direo e gerncia;Farmacuticos;Gestor de Estoques;Balconistas/Caixas.Limpeza e Segurana:Podem ser adicionados tais empregados, que podem ser terceirizados dependendo da necessidade da empresa.Direo e gerncia: administra a empresa, gere os fluxos de caixa e a parte jurdica, faz o controle dos funcionrios e cuida dos trmites legais da empresa.Farmacuticos: mo-de-obra especializada, trabalha na rea de frmacos da empresa, realizando a venda e prescrio dos medicamentos para os clientes.Gestor de estoques: faz o controle dos estoques de medicamentos e de produtos gerais da empresa, alm de repassar para a direo o balano dos estoques.Balconistas/caixas: trabalham na reposio das prateleiras, organizao da rea de convenincia, alm do atendimento ao cliente.27Arranjo FsicoTrs grandes reas principais:Convenincia;Estocagem;Administrativa.

rea de Conveninciarea de EstoqueEscritrio administrativorea de convenincia, a maior rea do empreendimento, esto localizados os caixas, as prateleiras contendo os produtos de higiene, e uma rea separada para a venda dos medicamentos.rea de estocagem se resume uma sala contendo prateleiras nas quais guardam-se os frmacos recebidos pela fornecedora. rea administrativa uma sala na qual a gerncia faz o controle do empreendimento.28Layout

EquipamentosNo so necessrios grandes investimento em equipamentos.Se resume compra de:Computadores para as reas de caixa, venda de frmacos, estoques e gerencia;Software.

Exemplo de Software para gerenciamento de farmcias.EquipamentosSegurana: Cmeras e alarmes;Equipamentos de caixa e acessrios (caixa registradora, impressoras fiscais e etc.);Balana.

Outros equipamentos podem ser adicionados dependendo da necessidade da empresa.Frmacos OferecidosPequena gama de medicamentos;Escolha dos frmacos Estudo das enfermidades ocorrentes na regio.Frmacos mais comuns:anticidos, antigripais, contraceptivos, analgsicos, anti-inflamatrios, antibiticos, suplementos vitamnicos e etc.

Uma vez que o empreendimento de pequeno porte, escolhe-se uma pequena gama de medicamentos para serem comercializados.Escolhas mais comuns devem estar dentro dessa gama, assim como medicamentos com prescrio mdica para diversas enfermidades.32Produtos de HigieneSabonetes;Produtos de Higiene Bucal;Desodorantes;Xampus e cremes;Protetores solares;Aerossis em geral;Preservativos;Absorventes entre outros.Como o servio secundrio da empresa a comercializao de produtos de higiene pessoal, escolhe-se uma relao de produtos a serem vendidos na farmcia.33FuncionamentoFuncionamento em horrio comercial alm de um terceiro turno a noite:Primeiro turno: 8hrs 12hrsSegundo turno: 12hrs 17hrsTerceiro turno: 17hrs 22 hrs

Caso a empresa apresente crescimento, oferta de um quarto turno, alm de planto em caso de emergncia.Anlise de custosCaracteriza-se o processo fsico da produo do empreendimento, relaciona-se aspectos como equipamentos, fluxos de processos, aspectos organizacionais e fsicos.

35Custos e ReceitasOs custos e receitas da empresa so avaliados a partir das ponderaes a respeito dos tpicos anteriores.

As Tabelas 1 e 2 indicam as estimativas de custos quanto estrutura do empreendimento e quanto aos frmacos a serem comercializados.DescrioUnidadeR$/unidadeTotal (R$)Despesas em construo(600.000,00)Compra do terreno avaliado--(400.000,00)Construo do prdio--(200.000,00)Investimentos em estrutura(12.447,00)Balces3167,00(501,00)Prateleiras5200,00(1.000,00)Computadores32.500,00(7.500,00)Ventiladores5180,00(900,00)Vitrines2133,00(266,00)Cadeiras450,00(200,00)Escada180,00(80,00)Software12.000,00(2.000,00)Investimento de estoque(34.500,00)Custos totais(646.947,00)Tabela 1: Quadro de custos iniciais.DescrioTotal (R$)Material expediente (papel/impressora)(120,00)Material de consumo interno(30,00)gua/Luz/Telefone(600,00)Manuteno de equipamentos(500,00)Conexo da Internet(70,00)Limpeza (caso de terceirizao)(180,00)Segurana(300,00)Salrios totais(6.050,00)Total(7.850,00)Tabela 2: Quadro de custos fixos mensais.EnfermidadePercentualEstoque (R$)Gravidez, parto e ps-parto10,6(4.200,00)Doenas respiratrias22,1(10.200,00)Infeces e parasitas10,5(3.000,00)Doenas digestivas19,2(7.000,00)Doenas circulatrias8,4(1.600,00)Leses fsicas10,4(1.200,00)Doenas sseas2,7(1.100,00)Doenas geniturinrias9,1(2.200,00)Produtos de higiene pessoal7,0(4.000,00)Total100,0(34.500,00)Tabela 3: Estoque de produtos a ser montado.DescrioValor (R$)Capital circulante12.000,00Caixa mnimo8.000,00Total20.000,00Tabela 4: Capital a ser aplicado.Perodo (ms)Receitas mensais esperadas (R$)Ms 112.000,00Ms 218.000,00Ms 318.000,00Ms 418.000,00Ms 518.000,00Ms 620.000,00Ms 720.000,00Ms 820.000,00Ms 920.000,00Ms 1020.000,00Ms 1120.000,00Ms 1220.000,00Tabela 5: Estimativa de receitas para o primeiro ano de funcionamento.Anlise de Viabilidade EconmicaAnalise pelos mtodos de:Payback; Taxa interna de retorno (TIR);

Taxa mnima de atratividade (TMA):Estimativa de 15%Anlise de Viabilidade EconmicaAnlise de Viabilidade EconmicaAnlise de Viabilidade EconmicaDeterminou-se o tempo de Payback, que de 4,546 anos.Considera-se uma receita constante de R$ 20.000,00 a partir do 6 ms.O projeto no apresenta viabilidade econmica, devido ao fato do valor do Payback ser muito grande.

Soluo: Substitui-se a construo do prdio pelo aluguel de uma sala comercial pelo preo de R$ 1.500,00 mensais, o tempo de Payback do projeto seria de aproximadamente 5 meses.Caso o projeto fosse colocado em prtica com a construo do edifcio, e o empreendimento viesse a falir, o terreno com o prdio construdo viria a apresentar um valor agregado maior do que o investimento inicial no terreno, o que viria a cobrir eventuais perdas com o projeto.44ConclusesConclui-se que o empreendimento no apresenta viabilidade; devido ao fato dos custos totais s serem pagos em um perodo de mais de quatro anos e meio.O fato do custos demorarem para serem pagos inviabiliza o projeto, apesar de todos os estudos (mercado, localizao e tamanho) indicarem uma grande viabilidade.A soluo para tornar este projeto vivel, seria ento substituir a construo pelo aluguel de uma sala comercial. Caso o empreendimento venha a falir, como ltima instncia, o imvel construdo apresentaria um valor agregado superior ao investido.

Referncias bibliogrficasOLIVEIRA, A.P. Apostilas de anlise tcnica e econmica da indstria. Toledo-PR, 2014.Portal Brasil Indstria farmacutica no Brasil. Disponvel em . Acesso em 8 nov 2014.ABCFarma Associao Brasileira de Comrcio Farmacutico. Disponvel em . Acesso em 8 nov 2014.SAAB, W.G.L.; RIBEIRO, R.M. Um panorama do varejo de farmcias e drogarias no Brasil. Disponvel em . Acesso em 9 nov 2014.Medicamentos - Agncia Nacional de Vigilncia Sanitria. Disponvel em . Acesso em 8 nov 2014.

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