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ESTUDO DA EVOLUÇÃO DO RELEVO DO QUADRILÁTERO FERRÍFERO, MG – BRASIL, ATRAVÉS DA QUANTIFICAÇÃO DOS PROCESSOS EROSIVOS E DENUDACIONAIS i

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ESTUDO DA EVOLUÇÃO DO RELEVO DO QUADRILÁTERO

FERRÍFERO, MG – BRASIL, ATRAVÉS DA QUANTIFICAÇÃO

DOS PROCESSOS EROSIVOS E DENUDACIONAIS

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FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE OURO PRETO

Reitor

João Luiz Martins

Vice-Reitor

Antenor Barbosa Júnior

Pró-Reitor de Pesquisa e Pós-Graduação

Tanus Jorge Nagem

ESCOLA DE MINAS

Diretor

José Geraldo Arantes Azevedo Brito

Vice-Diretor

Marco Túlio Ribeiro Evangelista

DEPARTAMENTO DE GEOLOGIA

Chefe

César Augusto Chicarino Varajão

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EVOLUÇÃO CRUSTAL E RECURSOS NATURAIS

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CONTRIBUIÇÕES ÀS CIÊNCIAS DA TERRA – VOL. 15

TESE DE DOUTORAMENTO Nº 023

ESTUDO DA EVOLUÇÃO DO RELEVO DO QUADRILÁTERO

FERRÍFERO, MG – BRASIL, ATRAVÉS DA QUANTIFICAÇÃO DOS

PROCESSOS EROSIVOS E DENUDACIONAIS

André Augusto Rodrigues Salgado

Orientadores César Augusto Chicarino Varajão (Brasil)

&

Fabrice Colin (França)

Tese em co-tutela apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Evolução Crustal e Recursos

Naturais do Departamento de Geologia da Escola de Minas da Universidade Federal de Ouro Preto e

ao Centre Européen de Recherche et Enseignement en Géosciences (Université Paul Cézanne/France)

como requisito parcial à obtenção do Título de Doutor Ciência Naturais, Área de Concentração:

Geologia Ambiental e Conservação de Recursos Naturais

OURO PRETO

2006

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Universidade Federal de Ouro Preto – http://www.ufop.br Escola de Minas - http://www.em.ufop.br Departamento de Geologia - http://www.degeo.ufop.br/ Programa de Pós-Graduação em Evolução Crustal e Recursos Naturais Campus Morro do Cruzeiro s/n - Bauxita 35.400-000 Ouro Preto, Minas Gerais Tel. (31) 3559-1600, Fax: (31) 3559-1606 e-mail: [email protected] Os direitos de tradução e reprodução reservados. Nenhuma parte desta publicação poderá ser gravada, armazenada em sistemas eletrônicos, fotocopiada ou reproduzida por meios mecânicos ou eletrônicos ou utilizada sem a observância das normas de direito autoral.

ISSN : 85-230-0108-6

Depósito Legal na Biblioteca Nacional

Edição 1ª

Catalogação elaborada pela Biblioteca Prof. Luciano Jacques de Moraes do Sistema de Bibliotecas e Informação - SISBIN - Universidade Federal de Ouro Preto

Catalogação: [email protected]

S164 Salgado, André Augusto Rodrigues. Estudo da evolução do relevo do Quadrilátero Ferrífero através da quantificação dos processos erosivos e denudacionais. [manuscrito] / André Augusto Rodrigues Salgado.– 2004.

xxiii, 125f.: il. color., grafs. , tabs; mapas. Orientador: Prof. Dr. César Augusto Chicarino Varajão. Co-Orientadores: Prof. Dr. Fabrice Colin. Área de concentração: Geologia Ambiental. Tese (Doutorado) – Universidade Federal de Ouro Preto. Escola de Minas. Departamento de Geologia. Programa de pós-graduação em Geologia Ambiental e Conservação de Recursos Naturais (Geoquímica Ambiental)

1. Geoquímica - Teses. 2. Geomorfologia -Teses. 3. Solos -

Erosão - Teses. 4. Relevo - Quadrilátero Ferrífero (MG). I.

Universidade Federal de Ouro Preto. Escola de Minas.

Departamento de Geologia. Programa de pós-graduação em

Geologia Ambiental e Conservação de Recursos Naturais. II.

Título.

Catalogação: [email protected]

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Dedico este trabalho, com muito amor, a Yasmin Perry Lintz Salgado, a Lívia Perry Rodrigues

Salgado e a Rosana Perry Salgado.

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Agradecimentos

Confesso que esta tese não teria sido escrita sem o apoio e a ajuda de uma série de pessoas e

entidades. Logo, devo começar por agradecer todos aqueles que ajudaram na consecução do trabalho.

Agradeço a Guilherme Gravina, ao Fernando Morais, ao Cláudio Lana e ao Ronal Rafael Parra pela

amizade e ajuda na coleta das amostras de água. A Janice Cardoso Pereira e Adriana Trópia

Guimarães pela análise das amostras de água. Ao Edson, Aparecida e a Madame Nelini pelos esforços

na secretaria. Agradeço ainda a todos os funcionários do DEGEO e do CEREGE. Agradeço a Capes,

a Capes/Cofecub e ao CNPq pelo apoio financeiro. Agradeço a mineração Morro Velho e a

Minerações Brasileiras Reunidas (MBR) pelas amostras de rocha e pelo apoio nos trabalhos de campo.

Agradeço aos responsáveis e funcionários dos laboratórios de Preparação de Amostras

(DEGEO/EM/UFOP-Brasil), Geoquímica Ambiental (DEGEO/EM/UFOP-Brasil) e Isótopos

(CEREGE-França), em especial ao Dr. Régis Braucher (laboratório de isótopos) e ao Dr. Hermínio

Arias Nalini Júnior (laboratório de Geoquímica Ambiental). Agradeço aos meus orientadores: Dr.

César Augusto Chicarino Varajão e Dr. Fabrice Colin, pela excelente orientação. Agradeço a todos os

amigos de Caeté e do Paulo de Tarso (em espeial a Alice Okawara), bem como ao Caco e ao Ruzimar

Tavares de Ouro Preto. Agradeço aos amigos do CEREGE Lisa Cary, Carmen e Chuy Ortega,

Vandana Chaudray, Mariette Minigou, Anne Elisabeth Lebart, Riccardo Loccaro e Aline Grosjean

pela amizade. Agradeço ainda Aline Grosjean pela correção do meu texto em francês. Agradeço aos

professores e pesquisadores Paulo de Tarso (UFOP), Georges Grandin (IRD), Antônio Pereira

Magalhães (UFMG), Lionel Siame (Aix-Marseille III), Didier Bourlès (Aix-Marseille III), Catherine

Keller (Aix-Marseille III), Jean Dominique Meunier (CNRS) e Mirelle Provensal (Aix-Marseille I)

pelas discussões. Ao Dr. Bruno Hamelin pelo apoio. Aos amigos Marcos Mergajeiro, Haroldo, Luís

Felipe e ao Tio Edgar pelos e-mails. Agradeço ainda a todos aqueles que de uma maneira ou outra

ajudaram neste trabalho e que não tem seu nome aqui citado em particular. Entretanto, antes de

finalizar, gostaria de ressaltar que esta tese é na verdade o fim de um longo caminho de preparação

profissional que teve início quando fiz o vestibular. Logo, todos os amigos e parentes, muitos dos

quais não estão mais aqui, que me apoiaram nesta longa e maravilhosa aventura de vida, também

merecem receber meu muito obrigado! Por fim, agradeço aos meus familiares que, de uma forma ou

outra, me deram estabilidade para cumprir meu trabalho ao longo de todos esses anos: Rosana Perry

Salgado, Yasmin Perry Lintz Salgado, Lívia Perry Rodrigues Salgado, Roberto Lintz Salgado e

Ronald Lintz Salgado!

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Sumário

AGRADECIMENTOS.............................................................................................................. IX

SUMÁRIO ................................................................................................................................. XI

LISTA DE FIGURAS .............................................................................................................XIII

RESUMO ............................................................................................................................... XVII

ABSTRACT ............................................................................................................................ XIX

RÉSUMÉ................................................................................................................................. XXI

APRESENTAÇÃO...............................................................................................................XXIII

CAPÍTULO 1. INTRODUÇÃO............................................................................................... 01

1.1. Introdução ............................................................................................................................ 01

CAPÍTULO 2. OS GRANDES MODELOS TÉORICOS DE EVOLUÇÃO DO RELEVO CONTINENTAL ............................................................................................. 05

2.1. Introdução ............................................................................................................................ 05

2.2. As grandes teorias acerca da evolução do modelado ........................................................... 05

2.2.1. A teoria da Peneplanação – W. M. Davis ............................................................... 05

2.2.2. A teoria de Primärrumpf - W. Penk........................................................................ 08

2.2.3. A teoria de Pediplanação – L. C. King ................................................................... 11

2.2.4. A teoria da Etchplanação – J. Büdel ....................................................................... 13

2.2.5. A teoria do aplainamento climático – G. Millot............................................... 16

2.3. Discussão crítica................................................................................................................... 18

2.3.1. Tectônica................................................................................................................. 18

2.3.2 Níveis de base ......................................................................................................... 19

2.3.3 Clima e processos ................................................................................................... 21

2.3. Síntese .................................................................................................................................. 21

CAPÍTULO 3. O MEIO-AMBIENTE E A GEOMORFOLOGIA REGIONAL.................23

3.1. Introdução ............................................................................................................................ 23

3.2. A geologia regional .............................................................................................................. 23

3.3. Clima e Solos ....................................................................................................................... 25

3.4. A geomorfologia do Quadrilátero Ferrífero ......................................................................... 25

3.4.1. Os trabalhos pré-King ............................................................................................. 25

3.4.2. A proposta de King ................................................................................................. 28

3.4.3. Os primeiros trabalhos pós-King ............................................................................ 29

3.4.4. As análises mais modernas ..................................................................................... 33

3.5. Análise das propostas geomorfológicas ............................................................................... 34

CAPÍTULO 4. OS MÉTODOS UTILIZADOS........................................................................39

4.1. Denudação: Conceitos base.................................................................................................. 39

4.1.1. Noções iniciais..........................................................................................................39

xi

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4.1.2. Fatores Controladores..............................................................................................40

4.2. Mensuração da atual denudação geoquímica em bacias hidrográficas................................. 42

4.3. Quantificação das taxas de erosão e denudação total a longo termo através da mensuração da produção do isótopo 10Be ............................................................................................................ 43

4.3.1. Noções iniciais..........................................................................................................43

4.3.2. Cálculo das taxas de erosão......................................................................................44

4.3.3. Cálculo das taxas de denudação .............................................................................. 45

4.4. Considerações sobre a utilização geomorfológica do método.............................................. 46

CAPÍTULO 5. PROCEDIMENTOS MÉTODOLÓGICOS...................................................49

5.1. Introdução............................................................................................................................. 49

5.2. Escolha das áreas de estudo.................................................................................................. 49

5.3. Amostragem, analise das aguas e calculo das taxas de denudação geoquimica do relevo... 53

5.4. Amostragem de rochas, veios e sedimentos, e análise do elemento cosmogenico 10Be....... 54

5.5. Análise dos dados ................................................................................................................. 57

CAPÍTULO 6. RESULTADOS E DISCUSSÃO......................................................................59

6.1. Introdução............................................................................................................................. 59

6.2. Denudation rates of the Quadrilátero Ferrífero (Minas Gerais, Brazil): preliminary results from measurements of solute fluxes in rivers and in situ-produced cosmogenic 10Be.... .59

6.3. O papel da denudação geoquímica no processo de erosão diferencial no Quadrilátero Ferrífero/MG ............................................................................................................................... 64

6.4. Erosion rates in the Serra do Caraça, Quadrilátero Ferrífero, Minas Gerais, Brazil.............83

6.5. Study of the erosive and denudational processes in the upper Córrego Maracujá Basin (Quadrilátero Ferrífero/MG – Brazil) by the in situ-produced cosmogenic 10Be method .......... .91

6.6. Study of the evolution of the Quadrilátero Ferrífero landscape (MG – Brazil) by measuring the long-term erosion and the denudation rates (cosmogenic 10be nuclei) and the present chemical denudation rates (load dissolved in rivers)…………………………………………………...…99 CAPÍTULO 7. CONCLUSÕES ............................................................................................. 117

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................................................. 119

ANEXOS .................................................................................................................................. 125

xii

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Lista de Ilustrações

Figura 1.1- Geologia do Quadrilátero Ferrífero/MG segundo Alkmim & Marshak (1998). ..... 03

Figura 2.1- Downwearing como concebido por Davis (1898) segundo Valadão (1998)........... 06

Figura 2.2- “O Ciclo Geográfico” ideal de Davis (Davis, 1898).................................................08

Figura 2.3 a, b,c,d, e - Evolução do relevo escalonado proposto por Penk, segundo Klein (1985).......................................................................................................................................10

Figura 2.4- Backwearing seguido de downwearing na fase final de aplainamento segundo Penk (1924).......................................................................................................................................11

Figura2.5- Backwearing conforme proposto por King (1953) segundo Valadão (1998)..........................................................................................................................................12

Figura 2.6- Evolução Geomorfológicade áreas soerguidas e falhadas em regiões de clima com tendência a aridez segundo Longwell & Flint (1962).............................................................12

Figura 2.7- Visão em planta de diferentes estágios de formação dos Pediplanos (Faniran & Jeje, 1983).................................................................................................................................... ........13

Figura 2.8- Soerguimento e criação de escarpamento em etchplano em área com relevos residuais (Büdel, 1977). ........................................................................................................................ 15

Figura 2.9- Erosão diferencial na geração de etchplanos (Büdel, 1977).................................... 16

Figura 2.10- Dupla superfície ou discordância que gera aplainamentos segundo Millot (1983).17

Figura 2.11- Escarpamentos costeiros existentes em margens passivas de placa (Summerfield, 1991) ...................................................................................................................................... 20

Figura 2.12- Movimento rotacional das margens passivas (Thomas & Summerfield, 1987).... 20

Figura 3.1- Geologia do Quadrilátero Ferrífero/MG segundo Alkmim & Marshak (1998). ..... 24

Quadro 3.1A- Quadro Síntese das Superfícies de Aplainamento do Brasil Oriental – Parte 1 . 36

Quadro 3.1B- Quadro Síntese das Superfícies de Aplainamento do Brasil Oriental – Parte 2.. 37

Figura 4.1- Evolução teórica da concentração de 10Be em função do tempo e da taxa de erosão. Adaptado de Brown et al. (1995) e de Siame et al. (2000). ................................................... 45

Figura 5.1- Bacias Investigadas e geologia do Quadrilátero Ferrífero/MG segundo Alkmim & Marshak (1998). ..................................................................................................................... 50

Figura 5.2- Vista parcial da alta Bacia do Córrego Cata Branca................................................ 51

Figura 5.3- Vista parcial da alta Bacia do Córrego Maracujá. ................................................... 51

Figura 5.4- Vista parcial da alta Bacia do Ribeirão Caraça. ...................................................... 52

Figura 5.5- Vista parcial da alta Bacia do Córrego Fechos........................................................ 52

Figura 5.6- Avaliação da largura do canal fluvial - alta Bacia do Ribeirão Caraça. .................. 53

Figura 5.7- Etapa química da análise do isótopo 10Be ............................................................... 56

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Figura 6.1- Localization of the Studied Basins and Geology of Quadrilátero Ferrífero by Alkmim & Marshak (1998).........................................................................................................................61

Tabela 6.1- Chemical weathering and long term erosion rates...................................................63

Figura 6.2- Geologia do Quadrilátero Ferrífero (Alkmim & Marshak, 1998). .......................... 68

Figura 6.3- Geologia da alta Bacia do Córrego Fechos (Pomerene, 1964) ................................ 70

Figura 6.4- Geologia da Bacia dos Córregos Esperança/Cata Branca (Wallace, 1965)............. 71

Figura 6.5- Geologia da alta Bacia do Córrego Maracujá (Johnson, 1962) ............................... 72

Figura 6.6- Geologia da alta Bacia do Ribeirão Caraça (Maxwell, 1972) ................................. 73

Tabela 6.2- Taxas pH, Ca, Na, K, Mg, Mn, Fe, Al, Si e Carga total dissolvida (TDS) por estação climática) ................................................................................................................................ 75

Tabela 6.3- Taxas anuais de denudação química (toneladas/ano/km2) para Ca, Na, K, Mg, Mn, Fe, Al, Si e TDS ..................................................................................................................... 76

Tabela 6.4- Taxas totais de denudação química por estação climática (em toneladas): Ca, Na, K, Mg, Mn, Fe, Al, Si e TDS ...................................................................................................... 78

Figura 6.7- Taxas totais de denudação química (TDS) em toneladas por estação climática...... 79

Tabela 6.5- Taxas de rebaixamento geoquímico do relevo ........................................................ 79

Figura 6.8- Taxas de rebaixamento geoquímico do relevo por litotipos (m/Ma). ...................... 80

Tabela 6.6- Relação entre a denudação total nas bacias hidrográficas com as médias de denudação de cada litotipo ..................................................................................................... 82

Figura 6.9- Quadrilátero Ferrífero Geology by Alkmin & Marshak (1998) .............................. 86

Figura 6.10- Upper Caraça River Basin by Maxwell (1972) ..................................................... 88

Figura 6.11 – Upper Caraça River Basin in 3D………………………………………………...89

Tabela 6.7- pH, Ca, Na, K, Mg, Mn, Fe, Al, Si and total dissolved solid (TDS) concentration rates by season........................................................................................................................ 89

Tabela 6.8- Ca, Na, K, Mg, Mn, Fe, Al, Si and total dissolved solid (TDS) total denudation rates by season........................................................................................................................ 89

Tabela 6.9- Annual Denudation rates of Ca, Na, K, Mg, Mn, Fe, Al, Si and total dissolved solid (TDS) in ton yr-1per km2...............................................................................................................90

Tabela 6.10- Chemical and 10Be erosion and denudation rates in m Myr-1. ............................... 90

Figura 6.12- Quadrilátero Ferrífero Geology by Alkmin & Marshak (1998) ............................ 92

Figura 6.13- High Maracujá Basin geology by Johnson (1962)..................................................95

Tabela 6.11- Erosion rates in the hill slopes............................................................................... 96

Tabela 6.12- Denudation rates in studieds basins........................................................................97

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Figura 6.14– Geology (Alkmin & Marshak, 1998) and basins studied of Quadrilátero Ferrífero

………………………………………………………………………………………………....101

Figura 6.15 – Geology and check points of High Basin Córrego Maracujá (Johnson, 1962)…104

Figura 6.16 – Geology and check points of High Basin Ribeirão do Caraça (Maxwell, 1972).105

Figura 6.17 – Geology and check points of Basin Córrego Cata Branca (Wallace, 1965)……106

Figura 6.18 – Geology and check points of High Basin Córrego Fechos (Pomerene, 1964)….107

Tabela 6.13 – Geochemical denudation…………………………………………………….….110

Tabela 6.14 – Relief downwearing by geochemical denudation………………………………111

Tabela 6.15 – Comparison between geochemical and total long term denudation (10Be)…….112

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Resumo:

O presente trabalho investiga a evolução do relevo do Quadrilátero Ferrífero, Minas Gerais -

Brasil, através da mensuração dos processos erosivos e denudacionais que ocorrem em seu interior. A

mensuração destes processos foi realizada graças ao uso de duas metodologias: (i) análises físico-

químicas e químicas de águas superficiais que drenam a região (atual denudação geoquímica); (ii)

mensuração da produção in-situ do isótopo cosmogênico 10Be em sedimentos fluviais (denudação total

a longo termo) e em rochas e veios de quartzo superficiais (erosão total a longo termo). Quanto à

metodologia utilizada, os resultados obtidos indicam que os diversos métodos utilizados neste trabalho

são complementares e permitem uma rica análise geomorfológica.

Quanto à geomorfologia, os resultados demonstram que, no interior de um mesmo litotipo, as

áreas mais próximas das cabeceiras estão submetidas a processos denudacionais e erosivos de maior

intensidade do que aquelas mais próximas dos níveis de base. Comprovam quantitativamente a

existência de uma denudação diferencial onde: os quartzitos e itabiritos constituem as rochas mais

resistentes; os xistos e filitos, as de resistência mediana; granito-gnaisses de resistência baixa; e os

mármores/dolomitos as mais frágeis. Indicam que os topos de vertente são erodidos em uma

intensidade inferior que os fundos de vale, fato este que demonstra que o relevo da região está sendo

dissecado.

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Abstract

This work investigates the evolution of the Quadrilátero Ferrífero landscape, Minas Gerais -

Brazil, by measuring the erosion and denudation processes that affect this region. Three

methodologies were used to assess such processes: (i) physical-chemical and chemical analyses of the

superficial waters that drain the region (present geochemical denudation); (ii) measurement of the in

situ-production of the cosmogenic 10Be isotope in fluvial sediments (long-term total denudation) and

in outcropping rocks and quartz veins (long-term total erosion). The results show that the combination

of the various methods adopted in this work makes a thorough geomorphologic analysis possible.

Regarding the geomorphology, the results show that taking into consideration the same rock

type, the areas next to the headwaters undergo more intense erosion and denudation processes than

those ones next to the base levels. A differential denudation is also attested quantitatively: the

quartzites and itabirites constitute the most resistant rocks; schists and phyllites are of intermediate

resistance; granites-gneisses, of low resistance, and marbles/dolomites are the most fragile. The results

also indicate that the hilltops are less intensely eroded that the bottom of the valleys, this demonstrates

that the landscape is being dissected.

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Résumé:

Ce travail étude l’évolution du relief du Quadrilátero Ferrífero, Minas Gerais – Brésil, par la

mesure des processus d’érosion et de dénudation auxquels il est soumis. Les mesures ont été réalisées

par deux méthodes complémentaires : (i) analyses physico-chimiques et chimiques des eaux

superficielles drainant la région (dénudation géochimique actuelle) ; (ii) mesure de la production in

situ de l’isotope cosmogénique 10Be dans les sédiments fluviaux (dénudation à long terme) et dans les

roches et les filons de quartz superficiels (érosion total à long terme). Cette recherche montre que les

différentes méthodes utilisées dans ce travail sont complémentaires et permettent une riche analyse

géomorphologique.

Les résultats montrent que, pour un même type de substratum, des régions situées en amont

des bassins versant subissent une érosion et une dénudation plus intenses que celles situées plus en

aval. Une dénudation différentielle est aussi attestée quantitativement : les quartzites et les itabirites

constituent les roches les plus résistantes, les schistes et les phyllites ont une résistance intermédiaire,

les granites-gneiss ont une résistance basse, alors que les marbres/dolomites sont les plus fragiles.

L’analyse conjointe des résultats obtenus montrent aussi que les schistes, les phyllithes, les marbres et

les dolomites, qui sont à une altitude élevée, sont protégés de l’érosion par des barres de quartzites et

d’itabirites, situées entre eux et les terres basses. Les résultats montrent en outre que les sommets des

reliefs sont érodés moins intensément que les fonds de vallées, ce qui indique que le paysage est en

cours de dissection.

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Apresentação:

A presente tese objetivou estudar a evolução do relevo do Quadrilátero Ferrífero/MG, através

da quantificação dos processos erosivos e denudacionais que ocorrem em seu interior. Foi realizada

em co-tutela entre a Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP) no Brasil e a Université Paul Cézane

(Aix-Marseille III) na França e se estendeu de Setembro de 2002 a Abril de 2006. O período que se

estende entre julho de 2004 e dezembro de 2005 foi cursado na França e os demais no Brasil. Os

orientadores foram os doutores César Augusto Chicarino Varajão (Brasil) e Fabrice Colin (França).

A quantificação dos processos erosivos e denudacionais da área de estudo foi realizada graças

ao uso de três metodologias complementares: (i) análises físico-químicas e químicas de águas

superficiais que drenam a região (atual denudação geoquímica); (ii) mensuração da produção in-situ

do isótopo cosmogênico 10Be em sedimentos fluviais (denudação total a longo termo) e; (iii)

mensuração da produção in-situ do isótopo cosmogênico 10Be em rochas e veios de quartzo

superficiais (erosão total a longo termo). A coleta das amostras das águas fluviais foi realizada nos

dois periodos distintos do ano de 2003: seco e úmido. A coleta das amostras de sedimentos fluviais,

rochas e veios de quartzo para mensuração da produção in-situ do isótopo cosmogênico 10Be foram

realizadas em abril de 2004 e contaram com a colaboração dos Drs. Régis Braucher (CEREGE-

França) e Fabrice Colin (IRD-Nova Caledônia). O primeiro método teve seu tratamento laboratorial

realizado no Laboratório de Geoquímica Ambiental do Departamento de Geologia da Escola de Minas

da Universidade Federal de Ouro Preto (DEGEO/EM/UFOP) no Brasil sob supervisão do Dr.

Hermínio Arias Nalini Júnior. Os outros dois métodos tiveram suas análises laboratoriais realizadas

nos laboratórios do Centre d’Enseignement et de Recherche en Géosciences de l’Environnement

(CEREGE) na França, sob supervisão do Dr. Régis Braucher.

O corpo da tese se divide em capítulos assim organizados: Capítulo 1: Introdução (apresentação

do problema); Capítulo 2: Os grandes modelos teóricos de evolução do relevo continental (revisão

bibliográfica acerca das grandes teorias geomorfológicas); Capítulo 3: O meio-ambiente e a

geomorfologia regional (revisão bibliográfica acerca do quadro natural do Quadrilátero Ferrífero/MG);

Capítulo 4: O método de cosmogênese do 10Be (revisão bibliográfica acerca do método de mensuração

de taxas de erosão e denudação com uso do isótopo 10Be); Capítulo 5: Procedimentos metodológicos;

Capítulo 6: Apresentação dos resultados (capítulo na forma de artigos científicos); Capítulo 7:

Considerações Finais (conclusões mais relevantes do trabalho). Constitui ainda parte integrante da tese

os anexos (fotocópias dos artigos publicados).

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