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Estudo da Escola Ciência Viva, 2011
RELATÓRIO
Susana da Cruz Martins, Sérgio Estevinha, Cristina Palma da Conceição
Lisboa, 22 de Julho de 2011
Centro de Investigação e Estudos de Sociologia (CIES-IUL)
ISCTE - Instituto Universitário de Lisboa
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Relatório
Título
Estudo da Escola Ciência Via
Autores
Susana da Cruz Martins
Sérgio Estevinha
Cristina Palma da Conceição
Este projecto enquadra-se na linha de investigação do CIES-IUL “Sociedade do Conhecimento, Competências e Comunicação”, coordenada por António Firmino da Costa e Patrícia Ávila.
Lisboa, 22 de Julho de 2011
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Índice
Introdução ..................................................................................................................................... 7
1. Enquadramento do estudo ....................................................................................................... 9
1.1 Perspectivas analíticas e metodológicas ............................................................................. 9
1.2 Enquadramento social e contextos escolares do Agrupamento de Escolas Fernando
Pessoa...................................................................................................................................... 14
2. Processos de implementação e desenvolvimento do Projecto Escola Ciência Viva (ECV) ..... 17
2.1 Escola Ciência Viva: o início ............................................................................................... 17
2.2 Liderança e processos de organização .............................................................................. 18
2.3 Formas de adesão e mobilização dos vários actores intervenientes ................................ 19
2.4 Recomendações para uma organização sustentada ......................................................... 21
3. Metodologias e impactos do Projecto ECV nas estratégias de ensino ................................... 23
3.1 Organização da prestação do serviço educativo: um processo a várias mãos ................. 23
3.2 Metodologias de ensino e definição de conteúdos curriculares ...................................... 24
3.3 Impactos da ECV nos processos de ensino e aprendizagem ............................................. 25
3.4 Algumas anotações e recomendações sobre a oferta educativa desenvolvida ............... 26
4. Escola Ciência Viva: Um balanço para o futuro ....................................................................... 29
Bibliografia .................................................................................................................................. 31
ANEXOS .......................................................................................................................................... i
Guiões de entrevista ................................................................................................................ iii
Mapas de realização de entrevistas ....................................................................................... xvii
Grelha de observação das actividades .................................................................................. xxiii
Questionário aos pais e encarregados de educação ............................................................ xxvii
Mapa de aplicação do inquérito por questionário aos pais e encarregados de educação ... xxxi
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Introdução
O relatório que agora se apresenta diz respeito ao Estudo sobre o Projecto Escola Ciência Viva,
conduzido por uma equipa do CIES-IUL, cuja acção incide sobre a monitorização, avaliação e
análise da iniciativa Escola Ciência Viva (ECV), em vigência durante 2011.
O Projecto ECV foi viabilizado através de um protocolo celebrado entre o Pavilhão do
Conhecimento – Ciência Viva (PC-CV) e o Agrupamento de Escolas (AE) Fernando Pessoa
(Lisboa). Esta iniciativa envolveu um total de 27 turmas, dos diversos anos de escolaridade do
1º ciclo do ensino básico (CEB), integradas em 3 escolas distintas – Escola Básica do 1º Ciclo
Adriano Correia de Oliveira, Escola Básica do 1º Ciclo Arco-íris (EB1 nº 159) e Escola Básica do
1º Ciclo Infante D. Henrique (EB1 nº 181).
Trata-se de um projecto educativo da Ciência Viva, a Agência Nacional para a Cultura Científica
e Tecnológica, respeitante a um conjunto de actividades que funcionam nas instalações do PC-
CV, um centro interactivo de ciência e tecnologia, no Parque das Nações, em Lisboa. A
realização dessas mesmas actividades, dotadas de uma organização própria, permitiu a
presença continuada dos alunos e professores de cada turma do 1º CEB desse Agrupamento,
durante uma semana, no espaço e com uma equipa educativa do PC-CV. As suas
potencialidades estão bem patentes na disponibilidade dos recursos, postos ao serviço do
currículo do 1º CEB, reforçando-se as componentes práticas e experimentais na educação das
ciências.
Esta é uma iniciativa reconhecidamente inovadora, que procura concretizar o esforço de
articulação entre contextos educativos formais, não formais e informais que tem vindo a ser
desenvolvido pela Agência Ciência Viva.
A oportunidade de acompanhar este Projecto, analisando a sua implementação e resultados,
permite não só a disponibilização de informação pertinente no apoio ao eventual
desenvolvimento de iniciativas similares como, também, o aprofundamento de análises
relevantes acerca dos contextos e processos de aprendizagem e de promoção da cultura
científica dirigidos a crianças e jovens.
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Para este Estudo, foram definidos os seguintes objectivos de trabalho:
a) acompanhar e monitorizar os processos de implementação e desenvolvimento do
Projecto ECV, em vertentes como os temas e estratégias didácticas explorados nas
actividades, as formas de mobilização e adesão a esta iniciativa por parte dos vários
intervenientes e, ainda, o planeamento e implementação deste Projecto, nos seus
aspectos conceptuais, organizacionais e de definição de objectivos;
b) identificar impactos na sensibilização à ciência, nas actividades educativas dos
professores, nas aprendizagens dos alunos e nas apreciações dos pais sobre a iniciativa
ECV;
c) conhecer os contextos escolares e sociais ao nível do 1º CEB do AE Fernando Pessoa,
bem como o enquadramento social envolvente.
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1. Enquadramento do estudo
1.1 Perspectivas analíticas e metodológicas
O estudo sobre a ECV convoca alguns dos debates teóricos e analíticos mais interessantes, mas
também controversos, sobre o ensino das ciências e os seus vários contextos sociais e
institucionais.
A implementação de uma escola no PC-CV coloca desafios que obrigam à discussão, revisão e
proposição de fronteiras conceptuais de noções tão importantes como educação formal, não
formal e informal; processos de ensino e aprendizagem; ensino das ciências e ensino
experimental; cultura e práticas científicas.
As sociedades contemporâneas têm assistido, na generalidade, a um duplo movimento no que
toca aos espaços e instituições de aprendizagens. Por um lado, a universalização da
escolaridade a níveis cada vez mais avançados (Martins, 2010) e com um alargamento
relevante sobre as suas áreas de intervenção (Aníbal e Moinhos, 2010; Ávila, 2008); e, por
outro lado, os contextos onde se pode aprender têm-se diversificado de forma também muito
evidente (ver entre outros, Alves, 2007; Alves, 2010; Ávila, 2008, Enguita, 2001).
O Projecto ECV situa-se num espaço de charneira entre a educação formal, não formal e
informal. Esta ambivalência de classificação confere-lhe um sentido inovador e, ao mesmo
tempo complexo, face à definição dos objectivos educativos que tem implícitos. Existe,
claramente, uma vertente de educação formal na transposição, ainda que parcial, do modelo
escolar para o espaço de um centro de ciência – veja-se a programação das aprendizagens em
continuidade, inscritas em áreas curriculares e disciplinares, dirigidas e tuteladas por
professores das escolas e por uma equipa educativa do PC-CV e os espaços de sala de aula,
mantendo-se a sua organização em turmas (cf. Ávila, 2008, e Martins, 2010). Por outro lado,
existem momentos de relação com aquele espaço, em que se observam as dinâmicas
características das vivências nos centros de ciência e que os configuram como processos de
aprendizagem mais próximos da livre escolha (Falk, 2001).
Nos últimos anos, os centros de ciência têm vindo a constituir-se não só como locais ao serviço
da promoção da cultura científica (Conceição, Gomes, Pereira, Abrantes, Costa, 2008; Costa,
Ávila e Mateus, 2002) mas, cada vez mais, como um importante recurso ao dispor dos sistemas
de ensino formal para jovens e crianças (Alves, 2007; Conceição, Coelho e Costa, 2006). A ECV
é um exemplo, exponencial, da disponibilização de recursos e da articulação organizacional
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entre o PC-CV e um conjunto de escolas (neste caso, as 3 escolas básicas do 1º ciclo que
integram o Agrupamento). Tal tem como objectivo, certamente, o enriquecimento das
aprendizagens, designadamente as realizadas na área das ciências.
Como é reconhecido, o acto de aprender é, na sua essência, multifacetado e
multicontextualizado (cf. Dias, 2007). Este acontece à luz do encontro entre vários factores,
onde podemos identificar não só um conjunto diferenciado de contextos e recursos entre os
alunos, nomeadamente a sua dotação de recursos informativos e linguísticos, marcados
certamente pelos suas condições e origens sociais (Bernstein, 1975; Bourdieu, 1964 e 1970),
mas também por percursos escolares, cuja especificidade se manifesta na, não menos
importante, relação pedagógica com o professor em sala de aula e na atmosfera
organizacional da escola (ver, entre outros, pesquisas nacionais que articulam estas várias
questões como Abrantes, 2008; Dias, 2007; Pinto, 2002; Sebastião, 2009).
O ensino das ciências não escapa aos obstáculos e aos factores facilitadores que têm sido
sinalizados por alguns autores nos processos de ensino e aprendizagem. A ciência e o
conhecimento científico ocupam, há mais de um século, uma parte muito significativa da nossa
cultura, estando esta importância expressa nos currículos de todos os níveis e ciclos de
escolaridade (DeBoer, 1991). Tal aspecto vem reflectido nas propostas de análise do
Programme for International Student Assessment (PISA), onde se considera as ciências, nos
sistemas educativos dos países da OCDE, uma área, a par da leitura e da matemática, de
grande relevância no apuramento do conjunto de saberes e competências que se tomam
como fundamentais para alunos de 15 anos (OCDE, 2007).
Do ponto de vista do ensino das ciências, tornou-se evidente a distinção entre produto e
processo (DeBoer, 1991; Falk e Dierking, 2000). Alguns relatórios internacionais
(nomeadamente, o da Eurydice, 2006) dão cabimento a esta distinção, quando analisam os
programas escolares das ciências, segmentando-os, por um lado, quanto à cobertura de
aspectos relacionados com a história das ciências e as questões da sociedade contemporânea;
e, por outro, face a actividades ou metas prescritas ou recomendadas que se focalizam em
aspectos relativos a actividades observacionais e experimentais, a tecnologias da informação e
comunicação (TIC) e a comunicação em ciência.
O trabalho experimental e prático é, assim, uma marca do ensino das ciências, constando em
todas as recomendações para os programas curriculares e para os vários níveis de escolaridade.
Em todos os países europeus que integram a rede Eurydice (2006), a realização de observações
faz parte de todos os currículos como actividade ou objectivo. Sendo este tipo de exercício
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transversal a vários ciclos de escolaridade e onde se inclui o 1º ciclo (CITE 1) como momento
de incorporação precoce de perspectivas e métodos sobre ciência, existem ainda orientações
acrescidas para os ciclos de escolaridade subsequentes, no sentido de se desenvolver, de
forma associada, um certo grau de autonomia nos alunos, como capacidade de apresentação
de projectos no domínio das ciências (idem, 2006). De modo mais alargado, a possibilidade dos
alunos contactarem com cientistas e participarem nas suas experiências ou pesquisas permite,
numa aprendizagem contextualizada, adquirir um corpo de conhecimento, desenvolver uma
capacidade de uso de instrumentos de pesquisa, identificar valores e normas da actuação em
ciência, bem como incrementar a capacidade discursiva sobre o conhecimento científico (Alves,
2008; Falk e Dierking, 2000).
Uma das questões no ensino das ciências, assinalada por George DeBoer (1991), é a de saber o
que ensinar face à dimensão e diversidade do conhecimento científico, num relativamente
curto espaço de tempo. Segundo este autor (1991:122-123), a solução conduz a um compósito
de indicações, designadamente a orientação para um ensino precoce das ciências, para formas
de ensinar mais eficazes, procurando-se que o conhecimento seja apreendido num curto
espaço de tempo mas lembrado de forma duradoura, e a organização de conceitos à volta de
temas gerais e/ou ancorados a aspectos do quotidiano que possam ser assimilados mais
eficientemente.
Um dos problemas que emerge na análise de processos educativos desenvolvidos em centros
de ciência ou em museus diz respeito à difícil concretização de um modelo de avaliação das
aprendizagens aí realizadas (Griffin, 1999). Tal pode ser perspectivado em dois patamares
(idem: 110). Um centra-se especificamente nos resultados dessa aprendizagem, podendo estes
manifestar-se tanto ao nível das aquisições cognitivas, propriamente ditas, como no plano das
atitudes, respeitante, por exemplo, à criação de disposições mais favoráveis à ciência ou à
busca de novas informações nestes domínios. Outro, de alguma forma conciliável com o
anterior, aponta antes de mais para o registo de processos ou comportamentos de
aprendizagem manifestos durante a visita a esses espaços. Em geral, as circunstâncias de
aprendizagem nestes contextos são marcadas por processos de pouca continuidade ou
sequência, em geral, fragmentados ou não estruturados, distinguindo-se, pois, das do modelo
escolar. Por outro lado a oportunidade de se aprender num centro de ciência situa-se no
reforço de uma aprendizagem observacional e experimental, tendo por base a relação com
objectos reais.
12
*
Foi na construção desta problemática que se procurou montar um dispositivo metodológico
abrangente e articulado. Assim, na operacionalização da pesquisa desenvolveu-se uma
estratégia multifacetada que integra vários tipos de recolha e tratamento de informação, no
sentido de dar resposta aos objectivos delineados.
Um dos instrumentos de recolha de informação com maior relevância na análise foram as
entrevistas aos vários tipos de participantes na ECV (ver guiões em anexo).
As entrevistas aos professores surgem aqui com especial centralidade. Num universo de 27
professores titulares de turma das escolas do 1º CEB do AE foram entrevistadas 26 professoras.
Foram ainda entrevistados o Director do AE Fernando Pessoa e respectivas coordenadoras de
estabelecimentos (as coordenadoras da EB1 Adriano Correia de Oliveira, da EB1 da Arco-íris e
da EB1 da Infante D. Henrique). Entrevistou-se ainda os representantes das associações de pais
e encarregados de educação da EB1 Arco-Íris e da EB1 Adriano Correia de Oliveira (sendo este
tipo de organização inexistente na EB1 Infante D. Henrique), bem bomo os cientistas
convidados a participar na ECV. No que respeita à equipa do PC-CV, foram entrevistados 1
elemento da Direcção do Ciência Viva, os 2 elementos da coordenação da ECV e, ainda, 6
monitores responsáveis pela realização de actividades em sala de aula e nos intervalos.
As dimensões sobre as quais incidiram estas entrevistas foram, com aprofundamentos
variáveis por relação a cada uma delas e consoante o tipo de entrevistado, as seguintes:
a) participação na concepção e desenvolvimento do Projecto;
b) formas de articulação entre este e as actividades levadas a cabo em ambiente escolar;
c) estratégias de ensino e de aplicação curricular delineadas a partir da relação com o
Projecto e da sua articulação com as actividades de docência no espaço institucional da
escola;
d) perspectivas de ensino das ciências para alunos do 1º CEB;
e) formulações sobre a promoção de cultura científica e sensibilização para a ciência,
tendo em consideração os destinatários (alunos do 1º CEB).
Uma outra componente da operacionalização do estudo foi o acompanhamento observacional
e de registo sistemático das experiências e “atmosferas” de aprendizagem, procurando-se
apurar formas de mobilização para as actividades promovidas (ver grelha de observação em
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anexo). O período de observação situou-se entre 20 de Janeiro e 3 de Junho, tendo sido
possível estar em contacto com as 27 turmas.
Neste exercício a atenção esteve focalizada essencialmente nas seguintes dimensões:
a) áreas curriculares predominantes nas várias actividades (planeadas e observadas,
incluindo as estratégias transversais);
b) principais recursos educativos do PC-CV mobilizados para actividade (relação dos
recursos com o espaço escolar e sua mobilização por parte dos vários actores);
c) funcionamento da actividade (quanto ao seu carácter experimental, à liberdade de
execução por parte dos alunos e às afinidade em relação ao espaço de sala de aula);
d) condução da actividade por parte do técnico/professor responsável (métodos de
exposição e apoio à exploração);
e) atitudes por parte dos alunos (níveis de concretização das actividades, valores e
interesses face à ciência);
f) formas de participação e comportamento dos alunos (autonomia, atenção e
compreensão de conteúdos).
Foi ainda possível aplicar um breve questionário dirigido aos pais (encarregados de educação),
no sentido de se obter as suas considerações sobre a importância atribuída a este tipo de
iniciativa no processo educativo dos seus filhos, bem como o interesse revelado por estes face
à ECV e respectivas actividades (ver questionário em anexo).
Complementarmente, procurou-se levar a cabo uma análise documental, tendo por base
vários tipos de registo, de modo a caracterizar a população e organização escolar, bem como,
de forma mais genérica, a população da zona da cidade onde se encontram as três escolas do
1º ciclo.
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1.2 Enquadramento social e contextos escolares do Agrupamento de Escolas Fernando
Pessoa
O AE Fernando Pessoa, situado na freguesia de Santa Maria dos Olivais, constituiu-se a 29 de
Agosto de 2003. Esta freguesia, cuja população residente se aproxima dos 47.000 habitantes,
caracteriza-se por um ambiente urbano e socialmente heterogéneo (IGE, 2008).
O 1º CEB conta com 549 alunos, distribuídos por 3 escolas (EB1 Infante D. Henrique, EB1 Arco-
Íris e EB1 Adriano Correia de Oliveira) e 27 turmas.
Numa breve caracterização do enquadramento socioeconómico e cultural das famílias da
população discente do 1º ciclo do Agrupamento, saliente-se algumas notas sobre a
distribuição das escolaridades e dos perfis profissionais dominantes, tendo por referência
dados fornecidos pelo AE Fernando Pessoa.
Deste modo, os níveis de escolaridade prevalecentes correspondem ao ensino básico (48% dos
pais e 41% das mães possuem, no máximo, o 3º CEB), tendo o ensino secundário e o ensino
superior proporções muito equivalentes, a rondar os 30% (28% dos pais e 30% das mães
possuem o ensino secundário e 24% e 28% terminaram, respectivamente, um grau de ensino
superior). No que concerne à estrutura profissional, verificamos que 31% dos pais e 38% das
mães são dirigentes, profissionais liberais e técnicos superiores e intermédios; 50% dos pais
são trabalhadores executantes dos serviços e indústria, valor muito distante do das mães para
o mesmo conjunto de categorias profissionais (35%); e, por fim, 19% dos pais e 27% das mães
inserem-se na categoria dos trabalhadores não qualificados (nomeadamente, dos serviços e da
indústria).
Analisando a distribuição dos níveis de escolaridade das famílias por escola, algumas
flutuações são de importante registo face à realidade conhecida. Assim, cerca de 72% dos pais
e 62% das mães dos alunos da EB1 Infante D. Henrique dispõem, no máximo, do 3º CEB (ou
equivalente), sendo as qualificações ao nível do ensino superior e ensino secundário muito
menos expressivas (16% dos pais e 23% das mães dispõem de ensino secundário e 12º e 15%,
respectivamente têm o ensino superior). Em termos gerais, a EB1 Arco-Íris e a EB1 Adriano C.
Oliveira apresentam níveis mais elevados de escolaridade das famílias. Os pais e mães dos
alunos destas duas escolas que completaram no máximo o ensino básico rondam os 30%,
atingindo valores ligeiramente superiores no ensino secundário (na EB1 Adriano C. Oliveira,
42% dos pais e 32% das mães, e na EB1 Arco-Íris, 33% dos pais e 36% das mães concluíram este
grau). Em relação ao ensino superior estas duas escolas apresentam, também, valores mais
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elevados face à EB1 Infante D. Henrique (na EB1 Adriano C. Oliveira, 25% dos pais e 41% das
mães, e na EB1 Arco-Íris, 34% dos pais e 33% das mães têm uma certificação neste nível de
ensino).
No que respeita aos resultados escolares no Agrupamento, a taxa de retenção é de 16%.
Numa análise mais especificada, verifica-se que a escola que tem um menor número de
retenções é a EB1 Arco-Íris (5%), sendo estes valores muito mais importantes na EB1 Adriano C.
Oliveira e, sobretudo, na EB1 Infante D. Henrique (18% e 25%, respectivamente).
Dos 549 alunos do 1º ciclo do Agrupamento, existem 292 que beneficiam da Acção Social
Escolar (ASE), o que significa que mais de 50% se encontram nesta situação (cerca de 20% no
escalão B e mais de 30% no escalão A). Importa destacar que é na escola EB1 Infante D.
Henrique onde se encontram as maiores proporções de beneficiários da ASE (80%). Nas
restantes escolas estes valores são bem mais modestos, representando na EB1 Arco-Íris 35%
dos alunos e na EB1 Adriano C. Oliveira os 40% de crianças apoiadas. Este é um indicador que
demarca bem as diferenças socioeconómicas da população escolar do Agrupamento,
verificando-se uma clara assimetria entre a realidade prevalecente na EB1 Infante D. Henrique
e nas restantes escolas.
Dos 27 docentes, mais de 55% pertencem ao quadro do Agrupamento. A EB1 Arco-Íris é a
escola cujo corpo docente é mais estável, existindo apenas 1 professora contratada. A EB1
Adriano C. Oliveira surge como a escola onde mais de metade dos professores são contratados.
É também nesta escola que os professores leccionam há menos tempo (em termos médios,
têm pouco mais de 3 anos de antiguidade). A EB1 Infante D. Henrique caracteriza-se, a este
respeito, por uma maior heterogeneidade, havendo uma divisão bastante equitativa entre
professores contratados e professores que pertencem ao quadro do Agrupamento.
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2. Processos de implementação e desenvolvimento do Projecto Escola Ciência Viva (ECV)
2.1 Escola Ciência Viva: o início
A concepção e a formalização da ECV surgem, em boa medida, enquadradas na filosofia e
princípios subjacentes ao Programa Ciência Viva, mas com novas possibilidades de
aprofundamento e experimentação das suas intenções educativas. Esta experiência,
complementada por uma tradição de apoio e articulação com as escolas (sobretudo com
professores e alunos), foi alimentando a intenção de criar um modelo de oferta de educação
científica, tendo sido concretizada na ECV.
Este modelo coloca a escola, e o seu desenho institucional e organizacional, numa posição
muito relevante no desenvolvimento da cultura científica e tecnológica, implicando e
mobilizando o ensino experimental para o fazer. Como ficou patente nos discursos dos
dirigentes do PC-CV e da coordenação da ECV, os objectivos principais que nortearam este
Projecto foram muito diversificados. No seu conjunto, realce-se a pretensão de melhorar a
educação científica dos estudantes que passam por esta escola, permitindo que eles próprios
se constituam como veículos de disseminação de cultura científica, e de desenvolver
estratégias de ensino experimental de ciência, não só no PC-CV, mas também nas escolas e
junto dos professores, no sentido de que esta realidade se torne um movimento alargado e em
rede, capaz de partilhar conhecimento e recursos no amadurecimento de tais estratégias.
A opção por um público escolar do 1º CEB teve a ver com uma concepção de intervenção
precoce na dotação de competências que funcionem como alicerces na promoção e
aprofundamento de cultura científica ao longo da vida. O 1º CEB merece, assim, especial
atenção por dar início a orientações curriculares de valorização do ensino experimental das
ciências.
Estas perecem ter sido as premissas fundadoras e norteadoras do Projecto ECV.
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2.2 Liderança e processos de organização
Existe um conjunto de objectivos educativos e organizativos muito bem definidos pela
coordenação da ECV, com acções e medidas intencionais no ensino praticado, atribuindo uma
clara prioridade ao ensino experimental das ciências.1
A equipa de coordenação da ECV tem uma actuação efectiva e consistente, mas o facto de
ainda não estar completamente concretizada do ponto de vista formal pode criar alguma
indefinição e fragilidade na sua afirmação e articulação com os actores parceiros do AE e com
a comunidade escolar com quem tem mantido, aliás, uma relação de boa colaboração. Regista-
se ainda alguma insuficiência de documentos onde se identifiquem de forma clara as
orientações e objectivos da ECV, que possam ter divulgação junto das partes participantes
(nomeadamente do pais e encarregados de educação), parcialmente compreensível, tratando-
se de uma experiência piloto.
A ECV consagrou uma parceria com o AE Fernando Pessoa para a implementação da ECV, com
previsão de continuidade, estando já a ser planeado o próximo ano lectivo. A selecção do AE
Fernando Pessoa para o estabelecimento deste protocolo de colaboração e implementação da
ECV deve-se, de acordo com a Direcção do PC-CV, a um conjunto variado de factores. Em
primeiro lugar, pré-existia uma intenção de colaboração com um AE da zona, promovendo
alguma agilidade na organização e constituindo uma participação efectiva na comunidade
envolvente ao PC-CV. Por outro lado, o AE Fernando Pessoa possui um elevado número de
alunos neste nível de ensino (superior a 500 alunos) e o maior número de escolas do 1º CEB da
zona da cidade onde o PC-CV se localiza, ao mesmo tempo que comporta uma grande
diversidade social e cultural, o que permitiria enriquecer e testar o modelo de forma alargada.
Por fim, a manifestação de interesse e entusiasmo, por parte da Direcção do AE Fernando
Pessoa, constituiu-se como condição fundamental na operacionalização do Projecto.
A organização e planeamento do Projecto, depois de uma conjugação dos objectivos gerais
com a Direcção do AE Fernando Pessoa, assentaram numa forte articulação com as
coordenadoras de estabelecimento do 1º CEB. As coordenadoras, por sua vez, trabalharam
com as suas equipas docentes, com participação da coordenação da ECV em algumas das
reuniões de trabalho nas escolas, o que permitiu uma clarificação e mobilização para o
Projecto ECV. A partir de uma relação de maior familiaridade com este Projecto inovador,
1 Embora também se atenda ao exercício de outras áreas curriculares, mesmo que de forma vinculada a
um tema ligado à ciência.
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começou-se a envolver os professores numa colaboração mais regular. Um planeamento
estruturado foi garantia para o estabelecimento de um clima de confiança entre as equipas
educativas das escolas e a coordenação da ECV.
A planificação, semana a semana, foi levada a cabo numa forte articulação entre a
coordenação da ECV e as professoras titulares de turma. Os vários protagonistas reconhecem a
semana de permanência no PC-CV pelo seu carácter organizado, embora pontuado por
algumas críticas sobre o excesso de actividades ou sobreocupação dos tempos, dificultando,
em algumas situações, o cumprimento dos seus objectivos, a sequência e articulação entre as
mesmas. A maioria dos professores registou ainda o carácter demasiado estruturado dos
intervalos, considerando que estes não se traduziram numa descontinuidade face às
actividades em sala de aula (quanto aos seus conteúdos e metodologias).
2.3 Formas de adesão e mobilização dos vários actores intervenientes
De um modo geral, o Projecto ECV foi recebido e desenvolvido com um grande entusiasmo e
interesse na comunidade educativa do AE Fernando Pessoa.
As professoras evidenciaram um grande interesse e abertura ao Projecto ECV. Mesmo que, já
em contacto directo com este, algumas tivessem feito referência à necessidade de rever a
organização e desenvolvimento das actividades atendendo às características sociais, culturais e
cognitivas dos seus alunos.
Houve uma formação em Novembro 2O10, dirigida às professoras, no sentido de conhecerem
melhor o espaço e recursos do PC-CV. Esta acção teve como principal objectivo permitir uma
maior familiarização com os módulos das exposições permanentes e com as eventuais
estratégias de exploração destes recursos com os alunos. Esta formação foi muito importante,
embora por vezes não tenha sido suficiente para o domínio dos conteúdos das actividades em
sala de aula, prejudicando em alguns casos o seu desenvolvimento e a gestão dos
comportamentos e disciplina da turma. No entanto, segundo as professoras, na semana de
permanência no PC-CV os alunos tiveram, compreensivelmente, um melhor comportamento
do que o verificado habitualmente nas suas escolas de origem.
Todos os intervenientes dão conta da participação alargada dos alunos nas actividades, no
contexto das suas turmas, em relação às actividades. No entanto, também se verificou um
certo centramento de tarefas ou trabalhos práticos no desempenho de alguns alunos,
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sobretudo no que respeita aos registos da observação, colocando os colegas como público
assistente desse exercício.
Apesar destas referências, os alunos mostraram grande adesão e entusiasmo face ao Projecto
e respectivas actividades. Uma das razões apontadas para esta mobilização, nomeadamente
pelos pais, foi o carácter excepcional da experiência, a possibilidade de sair do contexto
escolar e experimentar novas e diferentes formas de aprendizagem, reflectindo-se, estes
aspectos, num comportamento de maior concentração, interesse e motivação.
Figura 1 Manifestação de interesse revelada pelos pais e encarregados de educação face à participação dos educandos nas actividades da ECV (%)
Fonte: Inquérito aos pais e encarregados de educação dos participantes da ECV (dados preliminares). Nota: n = 324 ; Q1 - Considerou interessante o/a seu/sua educando/a participar nas actividades do ECV, no Pavilhão do Conhecimento?
Nas três EB1, os pais e encarregados de educação foram informados sobre o Projecto ECV
através da realização de reuniões nas respectivas escolas e, de uma forma geral, houve um
bom acolhimento e valorização da iniciativa. No que respeita à informação recolhida junto dos
pais (através de um inquérito por questionário), verifica-se que quase 90% considera este
Projecto muito interessante. Esta expressão entusiástica é acompanhada pela reacção que os
filhos revelaram em casa, onde também avaliaram esta iniciativa como muito interessante
(cerca de 80%) (ver figuras 1 e 2).
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Figura 2 Manifestação de interesse revelada pelos alunos participantes nas actividades da ECV junto dos pais e dos encarregados de educação (%)
Fonte: Inquérito aos pais e encarregados de educação dos participantes da ECV (dados preliminares). Nota: n= 322, Q2 – O/a seu/sua educando/a revelou interesse por estas actividades (contando episódios, experiências e novidades)?
Alguns pais salientam, porém, que seria útil, do ponto de vista do seu acompanhamento face
ao Projecto, ter acesso a mais informação sobre as actividades desenvolvidas durante essa
semana.
No cômputo geral, fica a percepção de que a ECV teve um efeito mobilizador na comunidade
educativa do AE Fernando Pessoa e que os seus participantes tiveram uma adesão activa e
entusiástica a esta iniciativa.
2.4 Recomendações para uma organização sustentada
A ECV foi lançada tendo por base as orientações educativas do Programa Ciência Viva e
alicerçada nos princípios organizativos de uma escola. Se esta associação, embora complexa,
se revela muito interessante do ponto de vista de uma oferta educativa alargada e com
recursos e metodologias complementares e até alternativos face ao que, habitualmente, se
dispõe nas escolas, é notada alguma insuficiência de formalização da sua concepção e
planeamento.
Se na definição concreta das actividades para cada semana o planeamento, a calendarização e
descrição das actividades (com o registo dos seus objectivos, áreas curriculares e
competências mobilizadas) são bastante detalhados, verifica-se, no entanto, alguma
exiguidade na documentação que auxilie os actores (enquanto participantes directos ou
22
indirectos) na obtenção de informação sobre o Projecto da ECV e, mais concretamente, sobre
os seus objectivos, metodologias, estratégias de intervenção e públicos-alvo. Tais aspectos
ganhariam em ser expressos num documento relativo ao projecto educativo da ECV. Essa
formalização pode conferir-lhe maior visibilidade e reconhecimento no exterior.
Uma vez concluída a fase piloto, revela-se importante a definição de uma equipa de
coordenação, bem como da equipa educativa adstrita à ECV, no contexto do PC-CV. Tal
permitiria ganhos de continuidade pedagógica e de aperfeiçoamento de estratégias quer no
que respeita ao ensino de conteúdos específicos, quer na relação pedagógica com o público-
alvo. Essa continuidade promoveria, ainda, uma reforçada troca de experiências e
aprofundamento de competências entre monitores e professores, preservando-se, em todo o
caso, os seus papéis bem definidos.
Para o desenvolvimento de processos sustentados, parece crucial que, no quadro da ECV, se
implemente um dispositivo de auto-avaliação que permita actuar estrategicamente e tomar
decisões apoiadas num crescimento programado e inovador. Esta iniciativa não é excludente
de processos de avaliação externa, ambas funcionam precisamente como apoio recíproco e,
uma vez conjugadas, podem mesmo potenciar os seus resultados.
23
3. Metodologias e impactos do Projecto ECV nas estratégias de ensino
3.1 Organização da prestação do serviço educativo: um processo a várias mãos
Existe um plano claro e metodicamente estruturado em torno de uma temática geral,
transversal e agregadora de sentido face às actividades estipuladas para cada turma em cada
semana. Trata-se de um plano especificado em categorias, como o tema, as áreas curriculares,
a descrição da actividade (acompanhada de um horário preciso), os recursos educativos e o
material empregue, os locais onde as actividades são desenvolvidas, os conhecimentos e
competências que se pretendem desenvolver e as estratégias e instrumentos de avaliação.
Esta planificação é realizada através da colaboração entre os professores, que em geral
sugerem os temas, e a coordenação da ECV. Trata-se de um trabalho muito rentável de
adequação articulada das actividades às turmas específicas, mas, compreensivelmente, com
episódios de descoincidência e de tensão que acabaram por ser bem geridos e ultrapassados.
Alguns comentários podem ser avançados face à operacionalização desta planificação. Um
deles prende-se com a constatação de que os tempos afectos às actividades por vezes são
insuficientes, comprometendo os objectivos propostos. As actividades deverão ser planeadas
tendo em conta diferentes tempos de execução por parte de crianças com idades e anos de
escolaridade distintos.
Uma parte das professoras dá conta de alguma insegurança ou falta de experiência e formação
na relação, por exemplo, com os módulos das exposições e com o material e processos de
experimentação na área das ciências. Para algumas, o tempo entre a formação que tiveram
(sobre os módulos das exposições permanentes do PC-CV) e o momento de intervenção na
ECV acabou por ser longo, retirando-lhe alguma eficácia. Por outro lado, sugere-se que esta
iniciativa tenha um carácter continuado e que possa existir uma maior troca de experiências e
afinação de estratégias educativas entre professores e monitores.
Propõe-se, ainda, uma maior interpenetração entre os dois espaços institucionais, PC e escolas,
tanto a nível de organização do serviço educativo, como do tratamento dos conteúdos
curriculares, tornando os vários protagonistas de ensino cooperantes activos nos vários
contextos educativos.
24
3.2 Metodologias de ensino e definição de conteúdos curriculares
A ECV constitui-se como uma porta de entrada para um espaço de ensino, que se concretiza na
aprendizagem em contexto e em relação com os objectos reais. Tal fica ainda mais realçado
pelo tipo de trabalho desenvolvido, com procedimentos próprios, e pela possibilidade dos
participantes contactarem directamente com cientistas. Esta é, de facto, uma oferta de grande
valor para os alunos na articulação de várias estratégias de ensino, garantindo-lhes uma
grande variedade de recursos disponíveis.
No entanto, não se pode qualificar o ensino praticado nas escolas, nomeadamente no que
respeita às suas componentes práticas e experimentais, como um todo homogéneo. Alguns
professores deram conta de algumas acções levadas a cabo nas suas escolas que - quer por
empenho e formação, quer por sugestão curricular - se enquadram já em algumas das
dimensões da aprendizagem contextualizada e de apelo ao trabalho prático, embora a
formação, o contexto e os recursos de que dispõem não permita ou estimule que se realizem
da mesma forma que as desenvolvidas no PC-CV.
Emerge daqui uma necessidade muito premente, a de estabelecer com os professores
modelos de formação e sensibilização para o ensino experimental e contextualizado, definidos
a partir de trabalho e projectos conjuntos entre a equipa educativa do PC-CV e a das escolas.
Em boa medida, a ECV pode ser entendida como um passo relevante nesse sentido.
É ainda importante salientar que, dada a natureza exigente das actividades programadas, com
objectivos de participação alargada dos alunos de cada turma, o seu número excessivo ou a
falta de tempo para a sua conclusão se tornam muito mais lesivos quando se trata de trabalho
experimental, podendo a observação/demonstração dos resultados ser, em alguns casos,
“oferecida” pelo monitor/professor ou executada apenas por alguns alunos, subvertendo a
lógica didáctica que estas metodologias de ensino têm subjacente.
Um modelo integrado de programação das actividades poderia, ainda, contemplar uma
combinação entre actividades mais estruturadas e orientadas e outras mais livres. Esta
ponderação inclui também alguma revisão sobre o formato dos intervalos. Muitos professores
e monitores mencionaram o carácter muito estruturado destes tempos. Os factores mais
mencionados nas suas críticas foram a ausência de tempos de descanso para os alunos e a
necessidade de momentos mais libertos de regulação e com mais actividade física. No entanto,
estas preocupações coexistem com manifestações de interesse, por parte dos alunos, pelas
actividades realizadas nos intervalos, tanto aos professores como aos pais.
25
Nas actividades onde foi possível a sua execução de acordo com o previsto e nas quais se
fizeram cumprir as regras, verificaram-se, em geral, bons exemplos de uma boa articulação
entre a professora e o monitor. Contudo, o êxito das actividades está ainda dependente
doutros factores, como a sua adequação às idades e aos comportamentos dominantes em
cada turma.
3.3 Impactos da ECV nos processos de ensino e aprendizagem
Tratando-se de um Projecto piloto, baseado na interligação entre a organização escolar e o
contexto de aprendizagem específico de um centro de ciência, e atendendo ao tempo de
vigência das actividades (uma semana), não é razoável medir as aprendizagens realizadas pelos
alunos. Porém, muitas conclusões se podem tirar sobre os impactos desta iniciativa,
nomeadamente os manifestos nos processos de aprendizagem.
Neste seguimento, tentou-se identificar um conjunto de indicadores que reflectissem alguns
comportamentos propícios à aprendizagem. Estes estão espelhados nas grelhas de observação
das actividades programadas para a semana que cada turma passa na ECV. Numa análise ainda
preliminar das grelhas de observação verifica-se, em termos gerais, que os alunos têm
manifestações de interesse e participam de forma alargada e activa nas actividades. Quanto ao
nível de envolvimento é-lhes, em geral, mais solicitado o sentido de observação e cooperação
na execução da actividade e, muitas vezes pela insuficiência de tempo, um menor enfoque na
interpretação dos resultados e na compreensão dos exercícios e das experiências em que
participaram.
Quando questionados, os pais consideram estas actividades de grande valor educativo e
reconhecem-nas como muito importantes na forma como se reflectem depois nas
aprendizagens escolares (71% considera muito importante). Os pais referiram ainda o carácter
excepcional, a mudança de rotina e as novas aprendizagens, acompanhadas de melhor
comportamento, entusiasmo e atenção, como aquilo que registam ter sido o mais importante
na participação dos seus filhos na ECV.
26
Figura 3 Atribuição de importância às actividades da ECV na forma como os filhos aprendem as matérias escolares (%)
Fonte: Inquérito aos pais e encarregados de educação dos participantes da ECV (dados preliminares). Nota: n=319, Q3 – Considera que estas actividades são importantes na forma como o/a seu/sua educando/a pode aprender as matérias escolares?
Uma parte importante das professoras afirma que a sua passagem na ECV não promoveu
mudanças significativas nas suas práticas de ensino. Mas uma grande maioria refere que esta
teve efeitos nos alunos no que respeita à sua relação com a ciência e os seus processos,
considerando, ainda assim, que os seus efeitos nos resultados escolares possam não ser
imediatos.
Como dão conta algumas professoras e a equipa educativa do PC-CV, um dos impactos da ECV
é que a actividade experimental passou a ser uma parte integrante de um movimento
colectivo que se instalou nas escolas, mobilizando professores e alunos, mesmo que ainda não
se reflicta em práticas de ensino continuadas.
3.4 Algumas anotações e recomendações sobre a oferta educativa desenvolvida
O modelo implementado, enquanto oferta educativa, parece constituir uma resposta eficaz
para os alunos do 1º CEB. No entanto, por se ter tratado de uma fase de experimentação, o
percurso já realizado permite alguma revisão e aperfeiçoamento dos seus processos. É neste
seguimento que se apresentam algumas notas de sistematização.
Em primeiro lugar, a necessidade de uma revisão da programação e do dimensionamento das
actividades, permitindo um maior aprofundamento e compreensão das suas etapas por parte
dos alunos. Se se atender, de modo mais ajustado, ao tempo necessário para a concretização
27
de cada actividade, seria ainda possível, de forma mais regular, convocar a diversidade de
áreas curriculares presentes no 1º CEB e promover o uso das TIC e de estratégias de
comunicação dos seus resultados por parte dos alunos.
Em segundo lugar, a iniciativa ECV surge como uma oportunidade de grande valor na
articulação de actividades orientadas, muito equivalentes às verificadas nas habituais salas de
aula, com outras, mais características da aprendizagem em centros de ciência e informadas
pelos princípios da livre escolha. Daqui resulta uma oferta educativa inovadora, que pode ser
potencializada, combinando estas duas vertentes de modo intercalar. Uma exploração mais
clara desta última (de livre escolha) poderia ser facultada aos alunos, por exemplo, nos tempos
estipulados para os intervalos. Tal exigiria, porém, um olhar renovado em relação aos
objectivos desses tempos.
Em terceiro lugar, as actividades devem ser desenvolvidas de forma a que todos possam
alcançar os mesmos objectivos de aprendizagem. Para os atingir recomendam-se alguns
cuidados, nomeadamente a necessidade, já referida, de redimensionamento e adaptação das
actividades ao grupo, mais ajustadas às idades e às características da turma, para que exista
uma participação efectiva e alargada de todos. Tal obriga a um trabalho muito articulado e
próximo entre a equipa educativa do PC-CV e as professoras, no planeamento e
desenvolvimento das actividades.
29
4. Escola Ciência Viva: Um balanço para o futuro
A ECV, enquanto projecto educativo da Ciência Viva, a Agência Nacional para a Cultura
Científica e Tecnológica, implementou um conjunto de actividades, organizado de acordo com
um modelo escolar, a funcionar nas instalações do PC-CV, direccionado para o 1º CEB.
A oferta educativa proporcionada pela ECV possui características distintas face às
habitualmente existentes nas escolas do ensino básico. Os seus principais contributos para o
enriquecimento dessa oferta são os seguintes:
- O contexto científico proporcionado pelo PC-CV, onde estão presentes e disponíveis
instrumentos e equipamentos científicos, laboratórios, módulos interactivos,
exposições temáticas e objectos em ambiente de ciência. Este contexto coloca à
disposição um conjunto de recursos muito singulares na oferta educativa
habitualmente fornecida.
- O contacto com cientistas, fundamental enquanto momento de transmissão de
conhecimento directo e aprofundado, por parte de alguém que conhece uma área
científica, as suas práticas e os seus processos. A maior parte dos cientistas que
participou na ECV tinha experiência na comunicação e divulgação científica para
públicos escolares, sendo esse um elemento facilitador nesse contacto.
- O apoio dos monitores do PC-CV, crucial na realização das actividades e exploração dos
módulos. Trata-se de um conjunto de técnicos (estudantes avançados ou graduados
nas áreas das ciências) que conhece muito bem os recursos disponíveis no PC-CV.
- A realização pelos alunos de actividades orientadas por professoras, monitores e
cientistas, cujos principais conteúdos se baseiam no contacto com os instrumentos,
procedimentos e resultados da ciência.
Apesar das dificuldades identificadas, houve demonstrações claras de que os alunos do 1º ciclo
se adaptam a novos contextos e ofertas educativas e se permeiam à incorporação das
orientações para o trabalho experimental, com manifestações de interesse pelos temas da
ciência e pela cultura científica. Esta intervenção precoce no percurso escolar deve ser de
continuidade, criando nestes alunos modos de relação com a ciência activos e de proximidade.
No entanto, se houver um trabalho de maior adaptação das actividades às idades, incluindo as
de intervalo (onde não houve grandes variações atendendo aos anos de escolaridade),
30
previne-se o problema da repetição na continuidade deste Projecto para os mesmos alunos do
1º CEB.
A implementação de um sistema de auto-avaliação poderá, neste contexto, revelar-se muito
útil. No quadro desse processo seria possível obter um conjunto de informação sistematizada
que funcionaria como suporte à melhoria da organização e dos desempenhos dos vários
intervenientes (particularmente relevante caso esta experiência venha a ser replicada noutros
contextos). Este processo permitiria, ainda, uma participação alargada de todos os que
estiveram em relação com a ECV, através da promoção de fóruns de discussão e troca de
experiências sobre o tipo de actividades e as estratégias de ensino accionadas, especialmente
úteis para o trabalho de articulação entre professores e monitores.
O alargamento deste Projecto a alunos de 2.º e 3.º ciclos do EB do AE Fernando Pessoa traduz-
se, já, numa expansão importante desta oferta educativa. Para estes alunos sugere-se que, em
alternativa a actividades segmentadas, se possa levar a cabo um “mini” projecto que lhes
permita optar por um “objecto” científico ou tecnológico (provavelmente, dentro de um leque
limitado de opções), através do qual possam participar e envolver-se em algumas das
principais fases e procedimentos de pesquisa, incluindo a apresentação desses processos aos
colegas. Esta estratégia promoveria uma maior aproximação à realidade da investigação
científica e, provavelmente, potenciaria o ajustamento a um calendário etápico, que melhor se
articule com a organização dos tempos, num regime de multi-docência e necessidades lectivas
na sua escola de origem.
Esta iniciativa, pelo seu mandato educativo e de divulgação científica, tem possibilidades de
alargamento do seu modelo. No quadro dos princípios orientadores subjacentes ao Programa
Ciência Viva e potencializado pela Rede Nacional de Centros Ciência Viva, poder-se-ia,
paulatinamente, ir alargando esta experiência a outros pontos do país, onde os Centros Ciência
Viva constituem pólos educativos de grande intervenção e articulação com os centros
escolares, suprimindo muitas vezes outras carências educativas e culturais. O funcionamento
em rede permitiria a congregação de energias, constituindo-se um instrumento de grande
valor. Tal pode ter consequências, por exemplo, na formação e no desenvolvimento de um
trabalho conjunto entre escolas e centros de ciência, mobilizando as universidades e institutos
politécnicos (ambos com equipas de desenvolvimento científico e tecnológico ao longo do
território) e contando também com empresas, autarquias e associações locais que estejam
implicadas na educação e divulgação científica e tecnológica. A equipa de coordenação da ECV
seria um pivot determinante na externalização e divulgação desta experiência e do seu modelo.
31
Bibliografia
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Sebastião, João (2009), Democratização do Ensino, Desigualdades Sociais e Trajectórias Escolares, Lisboa, Fundação Calouste Gulbenkian.
iv
Guião de entrevista ao Director e às Coordenadoras de estabelecimentos de ensino do AE
Data da entrevista: Local da entrevista:
1. Participação e desenvolvimento do Projecto.
- Como tomou conhecimento do Projecto Escola Ciência Viva (ECV), e se lhe pareceu
interessante?
- Se participou na concepção do Projecto ECV e/ou no desenho das actividades?
- Se participou na organização e planeamento (calendarização, horários, etc.) das
actividades?
2. Articulação entre o Projecto ECV e as actividades da Escola/Agrupamento
- Se as actividades do Projecto ECV estão relacionadas com os conteúdos das áreas
curriculares do 1.º CEB?
a. Potencialidades/complementaridades;
b. Obstáculos de articulação;
- Se estas actividades estão relacionadas/equivalentes com actividades habitualmente
levadas a cabo na Escola/Agrupamento?
- Se estas actividades têm alguma relação com os documentos estruturantes do
Agrupamento (como o Projecto Educativo, Plano Anual de Actividades, etc.), dentro
de um quadro estratégico de actuação da Escola/Agrupamento?
3. Relação entre o Projecto ECV e as estratégias de ensino
- Quais as principais diferenças encontradas entre o tipo de aulas que considera ser
prevalecente nas escolas e as que decorreram no quadro do Projecto ECV?
a. Apurar se são mais dominantes as semelhanças ou as diferenças?
b. Que tipo de diferenças?
v
c. Quais os recursos pedagógicos que o PC-CV dispõe que não estão acessíveis na
(sala de aula da) Escola? Já conhecia os recursos existentes no PC-CV?
- Se esta experiência (do Projecto ECV) terá efeitos na forma como os professores dão as
aulas? De que tipo? E com que consequências?
4. Perspectivas (representações) de ensino das ciências para alunos do 1º CEB
- Que tipo de temas julga serem as mais importantes para o ensino das ciências?
- Se considera útil a participação destes alunos neste tipo de actividades?
a. Aferir ainda o tipo de dificuldades recorrentes no ensino das ciências?
b. Que tipo de efeitos terá a sua participação nos seus resultados escolares?
5. Formulações sobre a promoção de cultura e práticas científicas e de formação de
públicos, tendo em consideração o público-alvo (alunos do 1º CEB)
- Se considera importante este tipo de público participar em actividades relacionadas
com ciência e as suas práticas (museus, exposições, feiras de ciência).
a. Que tipo de actividades?
b. Que tipo de áreas científicas devem merecer uma maior atenção?
- Se considera que este tipo de actividades (como as do Projecto ECV) pode influenciar o
gosto pela procura do conhecimento científico
a. Em termos de formação?
b. E/ou como públicos de eventos e espaços de promoção de ciência?
6. Tem alguma sugestão ou sentiu alguma dificuldade que possa ser tida em conta na
ECV do próximo ano lectivo?
Desde quando é tem o presente cargo: Anos de docência:
Anos de docência no Agrupamento: Área de formação:
vi
Guião de entrevista aos professores participantes no Projecto ECV Data da entrevista:
Local da entrevista:
1. Participação e desenvolvimento do Projecto.
- Como tomou conhecimento do Projecto Escola Ciência Viva (ECV), e se lhe pareceu
interessante?
- Se participou na concepção do Projecto ECV e/ou no desenho das actividades?
- Se participou na organização e planeamento (calendarização, horários, etc.) das
actividades?
- Como planeou/organizou a turma para o desenvolvimento das actividades?
2. Articulação entre o Projecto ECV e as actividades da Escola/Agrupamento
- Se as actividades do Projecto ECV estão relacionadas com os conteúdos das áreas
curriculares do 1.º CEB?
a. Potencialidades/ complementaridades;
b. Obstáculos de articulação;
- Se estas actividades estão relacionadas/equivalentes com actividades habitualmente
levadas a cabo na Escola/Agrupamento?
- Se estas actividades têm alguma relação com os documentos estruturantes do
Agrupamento (como o Projecto Educativo, Plano Anual de Actividades, etc.), dentro
de um quadro estratégico de actuação da Escola/Agrupamento?
3. Relação entre o Projecto ECV e as estratégias de ensino
- Quais as principais diferenças encontradas entre o tipo de aulas que costuma leccionar
e as que decorreram no quadro do Projecto ECV?
a. Apurar se são mais dominantes as semelhanças ou as diferenças?
b. Que tipo de diferenças?
vii
c. Quais os recursos pedagógicos que o PC-CV dispõe que não estão acessíveis na
(sala de aula da) Escola? Já conhecia os recursos existentes no PC-CV?
- Se esta experiência (do Projecto ECV) terá efeitos na forma como dá as aulas?
a. De que tipo? E com que consequências?
b. Vai implementar alguma destas actividades nas suas aulas? Com que recursos e
a partir de que matérias?
4. Percepções sobre a adesão dos alunos às actividades do Projecto ECV
- Quanto à adesão dos alunos às actividades, se considera que houve
interesse/entusiasmo na sua participação?
a. Se poderia dar exemplos sobre as actividades em concreto;
b. E se tem uma percepção de existência de diferenças entre os alunos face a
esse interesse.
- Considera voltar a levar os seus alunos ao PC-CV, à margem do Projecto ECV?
5. Perspectivas (representações) de ensino das ciências para alunos do 1º CEB
- Que tipo de temas julga serem as mais importantes para o ensino das ciências?
- Que tipo de estratégias podem ser influentes/eficazes no seu ensino?
a. Será que todas as matérias no domínio da educação em ciências poderão ser
alvo deste tipo de abordagem?
b. Como perspectivam a articulação entre um ensino de tipo mais
experimental/investigativo e um outro mais expositivo?
- Se considera útil a participação dos seus alunos neste tipo de actividades?
a. Aferir ainda o tipo de dificuldades recorrentes no ensino das ciências?
b. Que tipo de efeitos terá a sua participação nos seus resultados escolares?
viii
6. Formulações sobre a promoção de cultura e práticas científicas e de formação de
públicos, tendo em consideração o público-alvo (alunos do 1º CEB)
- Se considera importante este tipo de público participar em actividades relacionadas
com ciência e as suas práticas (museus, exposições, feiras de ciência).
a. Que tipo de actividades?
b. Que tipo de áreas científicas devem merecer uma maior atenção?
- Se considera que este tipo de actividades (como as do Projecto ECV) pode influenciar o
gosto pela procura do conhecimento científico
a. Em termos de formação?
b. E/ou como públicos de eventos e espaços de promoção de ciência?
7. Tem alguma sugestão ou sentiu alguma dificuldade que possa ser tida em conta na ECV do
próximo ano lectivo?
Caracterização do professor
Turma no presente ano lectivo: Escola:
Ano de escolaridade:
Anos de docência:
Anos de docência no Agrupamento:
Vínculo de trabalho:
Área de formação:
ix
Guião de entrevista aos dirigentes das associações de pais e encarregados de
educação do 1º CEB do AE
Cargo na Associação:
Ano de escolaridade do respectivo educando:
Local da entrevista:
Data:
1. Participação e desenvolvimento do Projecto.
- Como é que a sua Associação (ou os seus dirigentes) tomou conhecimento do Projecto
Escola Ciência Viva (ECV) e se aderiu e reconheceu interesse a esta iniciativa?
- Se a sua Associação (ou os seus dirigentes) participou na concepção do Projecto ECV
e/ou no desenho das actividades?
- Se a sua Associação (ou os seus dirigentes) participou na organização e planeamento
(alimentação, transporte, calendarização, horários, etc.) das actividades?
2. Relação dos pais com o Projecto ECV
- Participaram na forma de divulgação deste Projecto aos pais? Quais foram as
estratégias para o fazer?
- Conhece o tipo de adesão dos pais a esta iniciativa?
- Conhece o tipo de reacção por parte dos pais cujos filhos já finalizaram as actividades
(1 semana) relativas à ECV? As reacções foram frequentes? Qual o tipo de feedback?
Qual a diversidade dessas manifestações?
- Os pais manifestaram vontade de participar de forma directa nas actividades da ECV?
3. Impacto da iniciativa da ECV na relação dos alunos com a ciência
- Se considera que este tipo de actividades (como as do Projecto ECV) pode influenciar o
gosto pela procura do conhecimento científico por parte dos alunos (e dos pais)?
a. Em termos de formação?
b. E/ou como públicos de eventos e espaços de promoção de ciência?
x
Guião de entrevista aos monitores do PC-CV
- A forma como tomou conhecimento do Projecto Escola Ciência Viva;
- Importância do Projecto ECV para os alunos;
- Importância das actividades em referência para os alunos;
- Envolvimento na formulação das actividades em que o monitor participou;
- Adequação da actividade ao público em referência;
- Articulação entre os monitores e os professores titulares de turma no
desenvolvimento das actividades;
- Dificuldades associadas ao desenvolvimento das actividades;
- Valor acrescentado dos recursos e ambiente do PC-CV do Conhecimento para o ensino
das ciências aos alunos do 1º CEB;
- Sugestão ou dificuldade que possa ser tida em conta na próxima edição do ECV.
Escolaridade:
Área de formação:
Há quantos anos participa nas actividades do PC-CV e em que circunstâncias?
Outras experiências no desenvolvimento de formações na área das ciências ou de divulgação
científica:
Outras experiências profissionais:
Data:
Local:
xi
Guião de entrevista à Direcção do PC-CV:
Data da entrevista:
Local da entrevista:
1. Concepção e desenvolvimento do Projecto.
- Como nasceu o Projecto ECV?
- Como participou na concepção do Projecto ECV, no seu formato e definição de público,
e/ou no desenho das actividades?
- Como se pensou a sua implementação e com que parcerias? E porque é que ficou o
Agrupamento de escolas Fernando Pessoa?
2. Articulação entre o Projecto ECV e as actividades escolares
- Se o Projecto da ECV deve ou não adoptar um modelo próximo/equivalente ao modelo
escolar.
- Se os conteúdos e actividades do Projecto ECV devem estar relacionados com os
conteúdos das áreas curriculares do 1.º CEB?
- Se esta semana deve ser de focalização quase exclusiva sobre as
aprendizagens na área das ciências ou se deve abarcar outras áreas do
currículo de forma (praticamente) equivalente?
3. Relação entre o Projecto ECV e as estratégias de ensino
- Quais as principais diferenças encontradas entre o tipo de aulas que considera ser
prevalecente nas escolas e as que decorreram no quadro do Projecto ECV?
- Quais os recursos pedagógicos que o PC-CV dispõe que não estão acessíveis na (sala de
aula da) Escola?
- Se esta experiência (do Projecto ECV) terá efeitos na forma como os professores dão as
aulas? De que tipo? E com que consequências?
xii
4. Perspectivas (representações) de ensino das ciências para alunos do 1º CEB
- Que tipo de temas julga serem os mais importantes para o ensino das ciências?
- Qual a utilidade da participação destes alunos neste tipo de actividades?
a. Aferir ainda o tipo de dificuldades recorrentes no ensino das ciências?
b. Que tipo de efeitos terá a sua participação nos seus resultados escolares?
- Como perspectiva a articulação entre um ensino de tipo mais experimental/prático e
um outro mais expositivo, neste tipo de projecto?
5. Desenvolvimento das actividades e a adesão dos alunos e professores da ECV
- Conhece a adesão dos alunos às actividades? Considera que houve
interesse/entusiasmo na sua participação?
- Se isto pode alterar as formas de aprender destes alunos?
- Considera que estes alunos gostariam de repetir novamente esta experiência?
6. Formulações sobre a promoção de cultura e práticas científicas e de formação de
públicos, tendo em consideração o público-alvo (alunos do 1º CEB)
- Se considera importante este tipo de público participar em actividades relacionadas
com ciência e as suas práticas (museus, exposições, feiras de ciência).
a. Que tipo de actividades?
b. Que tipo de áreas científicas devem merecer uma maior atenção?
- Se considera que este tipo de actividades (como as do Projecto ECV) pode influenciar o
gosto pela procura do conhecimento científico
a. Em termos de formação?
b. E/ou como públicos de eventos e espaços de promoção de ciência?
- Como vê a alargamento desta experiência a outras escolas ou a outros níveis de
escolaridade?
xiii
7. Desenvolvimento do Projecto no futuro
- Como vê a continuidade deste Projecto?
- Tem alguma sugestão para a ECV do próximo ano lectivo?
Desde quando tem cargos de Direcção no PC-CV:
Área de formação:
Outras experiências profissionais:
xiv
Guião de entrevista aos elementos da equipa coordenadora da Escola Ciência Viva:
Data da entrevista:
Local da entrevista:
1. Participação e desenvolvimento do Projecto.
- Como é que lhe foi apresentado o Projecto?
- Se já tinha participado na organização deste tipo de Projecto ou actividades
(experiência)?
- Como participou na concepção do Projecto ECV, no seu formato e definição de público,
e/ou no desenho das actividades?
- Como pondera a articulação entre docentes das escolas e a equipa do PC-CV?
2. Articulação entre o Projecto ECV e as actividades escolares
- Se as actividades do Projecto ECV estão relacionadas com os conteúdos das áreas
curriculares do 1.º CEB?
a. Potencialidades/ complementaridades;
b. Obstáculos de articulação.
- Se esta semana deve ser de focalização quase exclusiva sobre as aprendizagens na área
das ciências ou se deve abarcar outras áreas do currículo de forma (praticamente)
equivalente?
3. Relação entre o Projecto ECV e as estratégias de ensino
- Quais as principais diferenças encontradas entre o tipo de aulas que considera ser
prevalecente nas escolas e as que decorreram no quadro do Projecto ECV?
a. Apurar se são mais dominantes as semelhanças ou as diferenças?
b. Que tipo de diferenças?
xv
c. Quais os recursos pedagógicos que o PC-CV dispõe que não estão acessíveis na
(sala de aula da) Escola? Já conhecia os recursos existentes no PC-CV?
- Se esta experiência (do Projecto ECV) terá efeitos na forma como os professores dão as
aulas? De que tipo? E com que consequências?
4. Perspectivas (representações) de ensino das ciências para alunos do 1º CEB
- Que tipo de temas julga serem os mais importantes para o ensino das ciências?
- Qual a utilidade da participação destes alunos neste tipo de actividades?
a. Aferir ainda o tipo de dificuldades recorrentes no ensino das ciências?
b. Que tipo de efeitos terá a sua participação nos resultados escolares?
- Como perspectiva a articulação entre um ensino de tipo mais
experimental/investigativo e um outro mais expositivo, neste tipo de projecto?
5. Desenvolvimento das actividades e a adesão dos alunos e professores da ECV
- Qual foi a reacção dos professores a este Projecto? Que tipo de participação e
desempenho tiveram?
- Quanto à adesão dos alunos às actividades, se considera que houve
interesse/entusiasmo na sua participação?
a. Se poderia dar exemplos sobre as actividades em concreto;
b. E se tem uma percepção de existência de diferenças entre os alunos face a
esse interesse.
- Considera que estes alunos gostariam de repetir novamente esta experiência?
6. Formulações sobre a promoção de cultura e práticas científicas e de formação de
públicos, tendo em consideração o público-alvo (alunos do 1º CEB)
- Se considera importante este tipo de público participar em actividades relacionadas
com ciência e as suas práticas (museus, exposições, feiras de ciência).
a. Que tipo de actividades?
b. Que tipo de áreas científicas devem merecer uma maior atenção?
xvi
- Se considera que este tipo de actividades (como as do Projecto ECV) pode influenciar o
gosto pela procura do conhecimento científico
a. Em termos de formação?
b. E/ou como públicos de eventos e espaços de promoção de ciência?
- Como vê a alargamento desta experiência a outras escolas ou a outros níveis de
escolaridade?
7. Desenvolvimento do Projecto no futuro
- Como vê a continuidade deste Projecto?
- Tem alguma sugestão ou sentiu alguma dificuldade que possa ser tida em conta na ECV
do próximo ano lectivo?
Desde quando tem o presente cargo no PC-CV:
Outro tipo de projectos no PC-CV:
Área de formação:
Outras experiências profissionais:
Outras experiências na divulgação e educação científica:
xviii
Mapa de entrevistas ao director, coordenadoras de escola e professores do AE
Nome Escola Cargo / Função Ano / Turma
Hora e Data
Local
Luís Fernando Escola Fernando
Pessoa
Director do Agrupamento de
Escolas
15h, 09/03, 4ª feira
Escola EB 2,3 Fernando Pessoa
Ana Melo EB1 Infante D.
Henrique Coordenadora
de Escola
14h, 01/02, 3ªfeira
EB1 Infante D. Henrique
Cristina Lavrador E.B.1 Arco-Íris Coordenadora
de Escola
11h00, 10/03, 5ªfeira
E.B.1 Arco-Íris
Celeste E.B.1 Adriano C.
Oliveira Coordenadora
de Escola
14h, 12/04, 3ª feira
E.B.1 Adriano C. Oliveira
Teresa Reis EB1 Infante D.
Henrique Professora 3ºA
16h15, 23/03, 4ª
feira PC-CV
Isabel Silva EB1 Infante D.
Henrique Professora PCA
16h15, 23/03, 4ª
feira PC-CV
Carla Martins E.B.1 Arco-Íris Professora 4ºB 16h30,
28/03, 2ª feira
E.B.1 Arco-Íris
Alexandra Souza E.B.1 Arco-Íris Professora 4ºA 17h15, 28-03, 2ª feira
E.B.1 Arco-Íris
Ana Luísa Santos E.B.1 Arco-Íris Professora 3ºA 15h30,
30/03, 4ª feira
E.B.1 Arco-Íris
Teresa Dias E.B.1 Adriano C.
Oliveira Professora 3ºA
16h, 06/04, 4ª feira
PC-CV
Lurdes Rodrigues E.B.1 Adriano C.
Oliveira Professora 2ºA
15h30, 07/04, 5ª
feira
E.B.1 Adriano C. Oliveira
Rita Correia E.B.1 Adriano C.
Oliveira Professora 2ºB
15h30, 07/04, 5ª
feira
E.B.1 Adriano C. Oliveira
Marta Xambre EB1 Infante D.
Henrique Professora 4ºC
13h15, 08/04, 6ª
feira
EB1 Infante D. Henrique
Carla Nogueira E.B.1 Adriano C.
Oliveira Professora 1ºA
11h, 14/04, 5ª feira
PC-CV
Patrícia E.B.1 Adriano C.
Oliveira Professora 1ºB
11h, 14/04, 5ª feira
PC-CV
Rita Calvo E.B.1 Arco-Íris Professora 3ºB 10h30,
15/04 6ª feira
E.B.1 Arco-Íris
xix
Nome Escola Cargo / Função Ano / Turma
Hora e Data
Local
Irene E.B.1 Infante D.
Henrique Professora 4º A
13h, 28/04, 5ª feira
E.B.1 Infante D. Henrique
Olívia Costa E.B.1 Infante D.
Henrique Professora 3ºB
15h15, 28/04 5ª
feira
E.B.1 Infante D. Henrique
Teresa Ferreira E.B.1 Adriano C.
Oliveira Professora 3ºB
13h, 04/05, 4ª feira
E.B.1 Adriano C. Oliveira
Natália Inglês E.B.1 Arco-Íris Professora 2ºC 10h30,
05/05, 5ª feira
E.B.1 Arco-Íris
Leonor E.B.1 Arco-Íris Professora 1º A 16h, 09/05,
2ª feira E.B.1 Arco-Íris
Cátia Fernandes E.B.1 Arco-Íris Professora 1º B 10h30,
10/05, 3ª feira
E.B.1 Arco-Íris
Cecília Ferreira E.B.1 Arco-Íris Professora 2º A 15h30,
17/05, 3ª feira
E.B.1 Arco-Íris
Albertina Velez E.B.1 Arco-Íris Professora 2º B 15h30,
20/05, 6ª feira
E.B.1 Arco-Íris
Dulce EB1 Infante D.
Henrique Professora 2º B
15h30, 31/05, 3ª
feira
EB1 Infante D. Henrique
Manuela Rosa EB1 Infante D.
Henrique Professora 2º A
13h, 02/06, 5ªfeira
EB1 Infante D. Henrique
Elisabete Maia E.B.1 Adriano C.
Oliveira Professora 4º A
15h30, 06/06, 2ª
feira
E.B.1 Adriano C. Oliveira
Bela E.B.1 Adriano C.
Oliveira Professora 4º B
15h30, 06/06, 2ªfeira
E.B.1 Adriano C. Oliveira
Ana Cláudia Nobre EB1 Infante D.
Henrique Professora 1º B
12h45, 08/06, 4ªfeira
EB1 Infante D. Henrique
André EB1 Infante D.
Henrique Professor 1º A
12h30, 20/06, 2ªfeira
EB1 Infante D. Henrique
xx
Mapa de entrevistas a dirigentes da Associação de Pais do AE
Nome Cargo Escola Data Local
Fátima Ventura Presidente Associação de
Pais EB1 Arco-Íris 17-02-2011 PC-CV
Cristina Araújo Presidente Associação de
Pais EB1 Adriano C.
Oliveira 01-06-2011
EB1 Adriano C. Oliveira
xxi
Mapa de entrevistas a cientistas participantes no Projecto ECV
Nome Área Científica Instituição de Proveniência
Data Local
Raquel Gaspar Biologia Marinha Associação Viver a
Ciência 28-01-2011 PC-CV
Jorge Nuno Silva Matemática Faculdade de Ciências
da Universidade de Lisboa
04-02-2011 PC-CV
Rita Ramalho Neurociência Faculdade de Farmácia
da Universidade de Lisboa
11-02-2011 PC-CV
João Filipe Matos
Engenharia Mecânica,
Matemática e Educação
Instituto de Educação (IE) da Universidade de
Lisboa 21-02-2011 IE
Pedro Abreu Física de Partículas
Laboratório de Instrumentação e Física
Experimental de Partículas (LIP)
16-03-2011 LIP
João Malva Neurociência Faculdade de Medicina
da Universidade de Coimbra
18-03-2011 PC-CV
Leonor Saúde Biologia Instituto de Medicina
Molecular 01-04-2011 PC-CV
Pedro Ferreira Biologia Molecular Fundação
Champalimaud 13-05-2011 PC-CV
Mafalda Vicente Engenharia Biológica
Fundação Champalimaud
13-05-2011 PC-CV
Girão Bastos Parasitologia Universidade Lusófona 01-06-2011 PC-CV
xxii
Mapa de entrevistas às equipas pedagógica e de coordenação do Projecto ECV
Nome Funções Data Local
Carlos Catalão Director-adjunto do PC-CV 06-07-2011 PC-CV
Maria Cristina Santos Equipa Coordenadora do
Projecto ECV 01-07-2011 PC-CV
Urânia Palermo Equipa Coordenadora do
Projecto ECV 01-07-2011 PC-CV
Manuel Dinamizador de actividades de
intervalo 28-06-2011 PC-CV
Sara Dinamizador de actividades de
intervalo 28-06-2011 PC-CV
Marisa Dinamizador de actividades de
intervalo 28-06-2011 PC-CV
Filipe Dinamizador de actividades em
sala de aula 28-06-2011 PC-CV
Lúcia Dinamizador de actividades em
sala de aula 28-06-2011 PC-CV
José Dinamizador de actividades em
sala de aula 28-06-2011 PC-CV
xxiv
Grelha de observação das actividades educativas no PC-CV
Nome da escola:
Data:
Ano de escolaridade:
Turma:
Identificação actividade:
Local:
Responsável:
Técnicos colaboradores envolvidos (professores, monitores, cientistas, etc.):
Nº de alunos na actividade:
Síntese:
xxv
1. Área curricular predominante:
- Prevista/observada
- Estratégias transversais
2. Principais recursos educativos do PC-CV mobilizados para actividade:
- Afins ao espaço escolar/alternativos ao espaço escolar (por serem recursos do PC ou
por serem originais, etc.);
- Mobilização desses recursos por parte dos vários actores (professores, monitores e
alunos);
- Se o contacto com os recursos é alargado.
3. Funcionamento da actividade
- Actividade é mais expositiva/experimental
- Livre/orientada
- Semelhança/diferença face ao contexto convencional de sala de aula
4. Técnico/professor que conduz a actividade:
- Expositivo/Guia
- Atitude de apoio à exploração (instiga à descoberta, perseverança, reflexão
crítica)/relator das actividades (demonstra a experiência, os seus pressupostos e
faculta os seus resultados)
5. Atitudes face à Ciência por parte dos alunos:
- Atitude interrogativa, observação, teste de resultados, compreensão dos processos.
- Exercício do sentido crítico.
- Aproximação/distância dos procedimentos da prática científica.
- Fomento do interesse pela Ciência
- Nível de concretização da actividade (observar, medir, experimentar…)
xxvi
6. Identificar formas de participação e comportamento dos alunos:
- Activos e autónomos/passivos quanto à participação
- Intervenientes/espectadores nas experiências
- Atenção ou interesse/desinteresse
- Compreensão dos conteúdos (conceitos, experiências, …)
Estudo sobre o Projecto Escola Ciência VivaQuestionário aos pais e encarregados de educação
Caros pais e encarregados de educação,
Uma equipa do CIES-IUL está a fazer um estudo de acompanhamento da Escola Ciência Viva, projecto em que o/a seu/suaeducando/a teve oportunidade de participar. Para tal é fundamental conhecer a sua opinião sobre as actividades quetiveram lugar no Pavilhão do Conhecimento e a participação do seu/sua educando/a nessas actividades.
Neste seguimento, solicitamos que preencha este curto questionário. A sua informação será confidencial e anónima, sendoos dados trabalhados de forma integrada. Acreditamos que a sua colaboração será imprescindível para o êxito deste Estudo.
MUITO OBRIGADO!
1. Em primeiro lugar gostaríamos de saber se considerou interessante o/a seu/sua educando/a participar nasactividades da Escola Ciência Viva (durante 1 semana) no Pavilhão do Conhecimento?
(assinale, por favor, com um X a sua opção)
Nada interessante Pouco interessante Interessante Muito interessante
2. O/a seu/sua educando/a revelou interesse por estas actividades (contanto episódios, experiências e novidades)?(assinale, por favor, com um X a sua opção)
Nenhum interesse Pouco interesse Interesse Muito interesse
2.1.1 Se sim, quais? _________________________________________________________
Sim Não
(não preencher)
3. Considera que estas actividades são importantes na forma como o/a seu/sua educando/a pode aprender as matériasescolares? (assinale, por favor, com um X a sua opção)
Nada importante Pouco importante Importante Muito importante
____________________________________________________________________________________
6. Já frequentou/visitou, alguma vez, com o/a seu/sua educando/a este tipo de espaço (como exposições, museus ecentros de ciência, incluindo o Pavilhão do Conhecimento)? (assinale, por favor, com um X a sua opção)
Sim, 3 vezes ou mais por ano
Sim, 1 a 2 vezes por ano
Sim, menos de uma vez por ano
Não, nunca
4. O que considera ter corrido melhor na semana em que o/a seu/sua educando/a participou na Escola Ciência Viva, noPavilhão do Conhecimento ?_____________________ _________________________________________________________________
_______________________________________________________________________(não preencher)
5.1 Se sim, qual? ________________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
Sim Não
(não preencher)
2.1 Houve alguma actividade a que o seu/sua educando/a tivesse feito uma referência especial?
5. Houve algum aspecto que considera não ter corrido bem nessa mesma semana?
36427
I. Qual a Escola do 1.º Ciclo do Ensino Básico do Agrupamento Fernando Pessoa que o/a seu/sua educando/afrequenta?
Escola Básica do 1.º Ciclo Adriano Correia de Oliveira
Escola Básica do 1.º Ciclo Arco-Íris
Escola Básica do 1.º Ciclo Infante D. Henrique
II. E qual é o ano de escolaridade que o/a seu/sua educando/a está a frequentar ?
1.º ano 2.º ano 3.º ano 4.º ano
III. Que tipo de relação familiar tem com o/a seu/sua educando/a?
Sou o pai Sou a mãe Sou avó Sou avô Outra
IV. Qual o grau de escolaridade mais elevado que concluiu?
- não tem nenhum grau de escolaridade
- ensino básico 1º ciclo (4º ano) ou equivalente
- ensino básico 2º ciclo (6º ano) ou equivalente
- ensino básico 3º ciclo (9º ano) ou equivalente
- ensino secundário (12º ano)
- ensino médio (ou bacharelato)
- ensino superior (licenciatura, mestrado ou doutoramento)
Por favor, devolva o questionário preenchido dentro do envelope (onde vinha o formulário) àprofessora do/a seu/sua educando/a.
MAIS UMA VEZ, MUITO OBRIGADO PELA SUA COLABORAÇÃO!
(não preencher)
____________________________________________________________________________________
__
36427
xxxii
Mapa de entrega e recolha de questionários aos pais e encarregados de educação dos alunos participantes no Projecto ECV
Nome da Professora Escola Ano / Turma
Dia da entrega
Nº de alunos
Nº de quest introduzidos
na BD
Taxa de resposta
(%)
Teresa Reis EB1 Infante D.
Henrique 3ºA 23-Mar 21 11 52,4
Isabel Silva EB1 Infante D.
Henrique PCA 23-Mar 10 5 50,0
Carla Martins E.B.1 Arco-Íris 4ºB 28-Mar 22 19 86,4
Alexandra Souza E.B.1 Arco-Íris 4ºA 28-Mar 24 21 87,5
Ana Luísa Santos E.B.1 Arco-Íris 3ºA 30-Mar 19 17 89,5
Teresa Dias E.B.1 Adriano C.
Oliveira 3ºA 04-Mai 23 21 91,3
Lurdes Rodrigues E.B.1 Adriano C.
Oliveira 2ºA 04-Mai 24 18 75,0
Rita Correia E.B.1 Adriano C.
Oliveira 2ºB 04-Mai 22 13 59,1
Marta Xambre EB1 Infante D.
Henrique 4ºC 08-Abr 21 12 57,1
Carla Nogueira E.B.1 Adriano C.
Oliveira 1ºA 04-Mai 19 14 73,7
Patrícia E.B.1 Adriano C.
Oliveira 1ºB 04-Mai 17 … 0,0
Rita Calvo E.B.1 Arco-Íris 3ºB 15-Abr 19 18 94,7
Irene E.B.1 Infante D.
Henrique 4º A 28-Abr 20 15 75,0
Olívia Costa E.B.1 Infante D.
Henrique 3ºB 28-Abr 21 13 61,9
Teresa Ferreira E.B.1 Adriano C.
Oliveira 3ºB 04-Mai 20 12 60,0
Natália Inglês E.B.1 Arco-Íris 2ºC 05-Mai 21 18 85,7
Renata E.B.1 Infante D.
Henrique 4º B 28-Abr 20 17 85,0
Cecília Ferreira E.B.1 Arco-Íris 2º A 17-Mai 20 17 85,0
Albertina Velez E.B.1 Arco-Íris 2º B 19-Mai 21 … 0,0
Cátia Fernandes E.B.1 Arco-Íris 1º 10-Mai 21 18 85,7
Ana Cláudia Nobre EB1 Infante D.
Henrique 1º 08-Jun 21 15 71,4
Bela E.B.1 Adriano C.
Oliveira 4º B 06-Jun 20 16 80,0
Elisabete Maia E.B.1 Adriano C.
Oliveira 4º A 06-Jun 19 16 84,2
Manuela Rosa EB1 Infante D.
Henrique 2º A 02-Jun 21 … 0,0
Dulce EB1 Infante D.
Henrique 2º B 31-Mai 20 … 0,0
Leonor E.B.1 Arco-Íris 1º A 09-Mai 20 … 0,0
André EB1 Infante D.
Henrique 1º A 20-Jun 23 … 0,0
Total 549 326 59,4