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INSTITUTOS SUPERIORES DE ENSINO DO CENSA INSTITUTO TECNOLÓGICO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS E DA SAÚDE CURSO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO ESTUDO DA EFICIÊNCIA DOS CLUBES DE FUTEBOL PARTICIPANTES DA SÉRIE A DO CAMPEONATO BRASILEIRO DE 2018 COM BASE NA ANÁLISE ENVOLTÓRIA DE DADOS Por Laílla Fernandes Lacerda Campos dos Goytacazes RJ Junho/2019

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INSTITUTOS SUPERIORES DE ENSINO DO CENSA

INSTITUTO TECNOLÓGICO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS E DA SAÚDE

CURSO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO

ESTUDO DA EFICIÊNCIA DOS CLUBES DE FUTEBOL PARTICIPANTES DA

SÉRIE A DO CAMPEONATO BRASILEIRO DE 2018 COM BASE NA ANÁLISE

ENVOLTÓRIA DE DADOS

Por

Laílla Fernandes Lacerda

Campos dos Goytacazes – RJ

Junho/2019

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INSTITUTOS SUPERIORES DE ENSINO DO CENSA

INSTITUTO TECNOLÓGICO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS E DA SAÚDE

CURSO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO

ESTUDO DA EFICIÊNCIA DOS CLUBES DE FUTEBOL PARTICIPANTES DA

SÉRIE A DO CAMPEONATO BRASILEIRO DE 2018 COM BASE NA ANÁLISE

ENVOLTÓRIA DE DADOS

Por

Laílla Fernandes Lacerda

Trabalho de Fim de Curso apresentado

em cumprimento às exigências para a

obtenção do grau no Curso de

Graduação em Engenharia de Produção

nos Institutos Superiores de Ensino do

CENSA.

Orientadora: Maria Eugenia Santana Soares Vasconcelos, Msc.

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ESTUDO DA EFICIÊNCIA DOS CLUBES DE FUTEBOL PARTICIPANTES DA

SÉRIE A DO CAMPEONATO BRASILEIRO DE 2018 COM BASE NA ANÁLISE

ENVOLTÓRIA DE DADOS

Por

Laílla Fernandes Lacerda

Trabalho de Fim de Curso apresentado

em cumprimento às exigências para a

obtenção do grau no Curso de

Graduação em Engenharia de Produção

nos Institutos Superiores de Ensino do

CENSA.

Aprovado em ___ de __________________ de _________

BANCA EXAMINADORA

______________________________________________

Maria Eugenia Santana Soares Vasconcelos, Msc - SECENSA

______________________________________________

Nome do membro da banca, titulação – Instituição

______________________________________________

Nome do membro da banca, titulação – Instituição

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DEDICATÓRIA

À professora Maria Eugenia, pela boa vontade em ser orientadora.

Ao meu irmão Jailson Júnio, pelas dicas na escrita do projeto.

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AGRADECIMENTOS

A Deus pela minha vida e saúde.

À minha família pela oportunidade de ingressar em uma boa faculdade e

crescer profissionalmente.

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LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS

FIFA Fédération Internationale de Football Association

CBD Confederação Brasileira de Desportos

AMEA Associação Metropolitana de Esportes Atléticos

CBF Confederação Brasileira de Futebol

DEA Data Envelopment Analysis

DMU Decision Making Unit

CCR Charnes, Cooper e Rhodes

CRS Constant Returns to Scale

BBC Banker, Charnes e Cooper

VRS Variable Return Scale

CAPES Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior

BSC Balanced Scorecard

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LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1: Tsu-Chu.................................................................................... 10

Figura 2: Kemari...................................................................................... 11

Figura 3: Imagem da história do futebol.................................................. 12

Figura 4: Bola trazida por Charles Miller.................................................. 13

Figura 5: Jogadores do Vasco da Gama................................................. 14

Figura 6: Porcentagem do número de torcedores................................... 17

Figura 7: Palestra Itália – 1915................................................................ 19

Figura 8: São Januário............................................................................. 20

Figura 9: Classificação da Série A 2017 – 19ª rodada............................. 22

Figura 10: Patrocínio no futebol................................................................. 24

Figura 11: Evolução dos Modelos de Planejamento.................................. 26

Figura 12: BSC para organizações do setor público e sem fins lucrativos 27

Figura 13: Ligação entre tecnologia e competitividade.............................. 29

Figura 14: Função de produção: produtividade e eficiência....................... 31

Figura 15: Formulação matemática do modelo básico CCR...................... 33

Figura 16: Formulação matemática do modelo BBC................................. 34

Figura 17: Professores doutores e publicações......................................... 38

Figura 18: Gráfico de eficiência.................................................................. 14

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1: Programas de Pós-Graduação posicionados na Classificação

4................................................................................................

38

Tabela 2: Resultado da eficiência dos clubes........................................... 13

Tabela 3: Clubes posicionados na Classificação 4................................... 14

Tabela 4: Clubes posicionados nas Classificações 2 e 3......................... 16

Tabela 5: Clubes posicionados na Classificação 1.................. ................ 16

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LISTA DE QUADROS

Quadro 1: Principais características do DEA e do SFA............................. 35

Quadro 2: Pesos relacionados a Vitória, Empate e Derrota...................... 8

Quadro 3: Classificação dos Quartis.......................................................... 14

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LISTA DE EQUAÇÕES

Equação 1: Função da produção................................................................. 29

Equação 2: Eficiência................................................................................... 33

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SUMÁRIO

LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS.............................................................. vi

LISTA DE ILUSTRAÇÕES ................................................................................ vii

LISTA DE TABELAS ........................................................................................ viii

LISTA DE QUADROS ........................................................................................ ix

LISTA DE EQUAÇÕES ...................................................................................... x

CAPÍTULO 1: REVISÃO DE LITERATURA ..................................................... 13

1.1 O Futebol, Origem e História ............................................................... 13

1.1.1 Chegada do futebol ao Brasil........................................................ 16

1.1.2 Clubes de futebol brasileiros......................................................... 18

1.1.3 Maiores clubes do Brasil no quesito torcida.................................. 20

1.1.3.1 Clube de Regatas do Flamengo ................................................. 20

1.1.3.2 Sport Club Corinthians Paulista .................................................. 21

1.1.3.3 São Paulo Futebol Clube ............................................................ 21

1.1.3.4 Sociedade Esportiva Palmeiras .................................................. 21

1.1.3.5 Club de Regatas Vasco da Gama .............................................. 22

1.1.3.6 Cruzeiro Esporte Clube .............................................................. 23

1.1.3.7 Grêmio Football Porto Alegrense ............................................... 24

1.1.3.8 Santos Foot-Ball Club ................................................................. 24

1.1.4 Campeonato Brasileiro ..................................................................... 24

1.1.4.1 Patrocínio ................................................................................... 26

1.2 Gestão de Empresas ........................................................................... 28

1.2.1 Gestão estratégica ........................................................................ 28

1.2.1.1 Balanced Scorecard ................................................................... 29

1.2.2 Produtividade ................................................................................ 31

1.2.3 Competividade .............................................................................. 32

1.3 Análise Envoltória de Dados (DEA) ..................................................... 33

1.3.1 Tipos de modelos ......................................................................... 35

1.3.1.1 Modelo CCR ............................................................................... 35

1.3.1.2 Modelo BBC ............................................................................... 36

1.3.2 Aplicações do DEA ....................................................................... 38

CAPÍTULO 2: ARTIGO CIENTÍFICO.................................................................. 1

1. Introdução................................................................................................. 4

2. Metodologia .............................................................................................. 5

2.2 Pesquisa metodológica ...................................................................... 6

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2.3 Procedimentos técnicos ..................................................................... 7

2.4 Limitações metodológicas .................................................................. 8

3. Revisão Bibliográfica ................................................................................ 8

3.1 O futebol ............................................................................................ 9

3.2 Campeonato Brasileiro....................................................................... 9

3.3 Conceito de Eficiência...................................................................... 10

3.4 Análise Envoltória de Dados ............................................................ 10

4. Resultado ............................................................................................... 11

4.1 Eficiência no futebol ......................................................................... 11

4.2 Eficiência dos clubes........................................................................ 13

5. Conclusão............................................................................................... 17

6. Referências Bibliográficas ................................................................... 18

CAPÍTULO 3: REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................ 1

APENDICE I ....................................................................................................... 1

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CAPÍTULO 1: REVISÃO DE LITERATURA

1.1 O Futebol, Origem e História

O futebol está presente na cultura brasileira de diversas formas, em várias

idades e em diferentes classes sociais. A estreita relação entre o Brasil e esse

típico esporte pode ser percebida em momentos de laser, conversas entre

amigos, compras de ingressos e utensílios relacionados a futebol, entre outros

(SANTOS, 2015).

De acordo com Duarte e Ferreira (1994; 2007, apud Ianni, 2008), não é

possível afirmar com certeza a origem do futebol, pois há indícios de diversos

jogos utilizando bolas desde os tempos antigos. Algumas obras literárias relatam

a existência de jogos utilizando bolas desde 4500 a.C. na Ásia, como o Tsu-Chu

(China) e Kemari (Japão). O Tsu-Chu é representado conforme a Figura 1.

Figura 1: Tsu-Chu

Fonte: Ferreira, 2010

Murad (1996 apud LUCCAS, 1998) relata que o Tsu-Chu era praticado

após a ocorrência de uma guerra, onde os guerreiros vencedores chutavam a

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cabeça decapitada dos adversários mais valentes em um ritual de reverência e

respeito aos falecidos soldados. Outro jogo praticado na mesma época era o

Kemari, ilustrado na Figura 2.

Figura 2: Kemari

Fonte: Ferreira, 2010

Moura (200?) afirma que o Kemari era um jogo muito menos violento que

o ritual chinês. Era praticado o passatempo da realeza e praticado por

imperadores. As regras eram simples, apenas passar a bola delicadamente com

os pés de um jogador para outro sem deixa-la cair no chão, em um campo

delimitado por quatro árvores.

Mills (2005, p.13) reforça esta afirmação quando diz:

Se o futebol nasceu da natural atração que o homem sente por uma bola, ou do prazer que qualquer criança tem em aplicar um pontapé num corpo esférico, é válido supor que a origem mais remota do jogo encontra-se nas mais antigas civilizações, talvez mesmo na Pré-História.

Segundo Oliveira (2012), entre os séculos XIV e XIX, o futebol não era

visto como um esporte na Inglaterra. Era praticado pela classe camponesa e

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considerado um passatempo marginalizado, pois esses jogos induzia os

envolvidos à violência, causando lesões e mortes durante as partidas.

Por volta de 1840, a rainha Vitória legalizou o futebol nas escolas, para

que os estudantes não conversassem ou trocassem ideias durante o intervalo

das aulas. Pois plebeus em ascensão, começaram a frequentar escolas juntos

com os nobres, e a interação entre as classes poderia influenciar a cabeça dos

mais privilegiados dos mais privilegiados negativamente (MÁXIMO, 1999).

Galeano (2004) relata que os clubes ingleses começaram a seguir as

regras do futebol estabelecidas pela Universidade de Cambridge em 1846, estas

seriam a definitiva separação entre o futebol e o rugby. Duas destas regras

foram: não era permitido conduzir a bola usando as mãos, apenas tocá-la e era

proibido agredir os adversários, como mostra a Figura 3.

Figura 3: Imagem da história do futebol

Fonte: Galeano (2004)

A obra de Galeano (2004) também consta que o futebol regrado e

legislado era praticado apenas pelas classes nobres da Inglaterra,

principalmente em universidades elitistas. Porém, os menos favorecidos também

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jogavam seu próprio futebol na rua ou em espaços improvisados, sem muitas

regras e com muita ação e diversão.

1.1.1 Chegada do futebol ao Brasil

De acordo com Rodrigues (2001), a cultura do futebol chegou ao Brasil

com Charles Miller em 1894. Trazendo uniformes e bolas, uma delas

representada na Figura 4, Miller apresentou o jogo aos jovens elitistas

paulistanos, conservando a ideia de que pobres, negros e mulatos não poderiam

usufruir dessa prática esportiva.

Figura 4: Bola trazida por Charles Miller

Fonte: Oliveira, 2018

No início do século XX, a formação dos clubes profissionais foi um dos

fatos que disseminou o esporte por todo o país. Esses clubes, que eram

formados por membros da elite, criaram uma estrutura que cobrava dos

integrantes, duas taxas: a joia e a mensalidade. Essas mesmas eram cobradas

a indivíduos para que se associassem ao clube e obtivessem vantagens

(SANTOS 2010).

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Segundo Santos (2002), com a libertação dos escravos pela Lei Áurea,

os negros ampliaram aos poucos seus campos de convivência e influência,

incluindo a participação nos esportes. Desde então, a popularidade do futebol foi

crescendo em todas as classes sociais.

Rezer (2005 apud SANTOS, 2015, p.6) afirma que “o Vasco da Gama foi

o precursor na colocação de um time racialmente misto em campo”. O, até então,

pequeno clube carioca foi campeão do campeonato estadual com um time

composto por negros, mulatos e brancos, causando revolta às elites. O time

misto daquela época, foi registado conforme a Figura 5.

Figura 5: Jogadores do Vasco da Gama

Fonte: Cardoso, 2013

Outro episódio que marcou a presença de um jogador em campo que não

era branco foi o famoso mito “pó-de-arroz” do Fluminense. Em 1916, Carlos

Alberto, jogador mulato, foi transferido do América para o Fluminense, um grande

clube da época. Para não se sentir deslocado, ele usava pó-de-arroz no rosto,

deixando sua pele mais clara. Isso se tornou uma provocação por parte da

torcida do América para com o jogador, e com o tempo, virou rótulo do time

carioca (LOPES 1998).

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Santos (1981, p.22) explica que, após a greve de 1917, o futebol venceu:

Como uma criança que se manda brincar para queimar calorias, os operários foram, então, mandados jogar futebol: os municípios isentaram os campos dos impostos; os industriais se apressaram em construir grounds; a polícia parou de reprimir rachas em terrenos baldios; os castigos aos estudantes de escolas públicas que fossem pegos jogando futebol, suspensos.

De acordo com Santos e Franzini (2002; 2003 apud Mosca, 2007), em

1917 a Fédération Internationale de Football Association (FIFA) reconheceu a

Confederação Brasileira de Desportos (CBD) como entidade oficial do esporte

no Brasil, permitindo a participação de campeonatos internacionais, como a

Copa do Mundo de Futebol em 1930, no Uruguai.

1.1.2 Clubes de futebol brasileiros

A Lei nº 6.354/76 foi a primeira lei a tratar dos clubes brasileiros em

específico, garantindo o direito dos mesmos usufruírem do futebol dos atletas

por eles formados. Porém, apenas em 1993, a Lei nº 8.672/93, também chamada

de Lei Zico, foi criada. Esta permitia que entidades com fins lucrativos

gerenciassem os clubes de futebol (LEITE, 2013).

1.1.2.1 Administração de clubes como empresa

Brunoro e Aidar (1997, 2000 apud VALENTE, 2006) entendem que gestão

brasileira da maioria dos clubes de futebol possui um grande problema: a falta

de profissionalismo gerencial. Este é apontado como a principal causa de crises

estruturais e financeiras dos clubes em questão.

Brunoro e Aidar (1997, 2000 apud VALENTE, 2006) concordam que uma

mudança na gerência de clubes é necessária atualmente, é preciso haver uma

“profissionalização do departamento de futebol”, ou seja, contratar profissionais

capacitados para administrar o futebol como empresa. Como acontece na

Europa, exemplo de grandes clubes muito bem geridos.

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De acordo com Neto (1998 apud AZEVÊDO, BARROS, SUAIDEN, 2004,

p.37):

A “administração amadorista” é aquela em que

ocorre um amadorismo na gestão de negócios do clube e

um profissionalismo apenas nos processos de compra e

venda de jogadores e na gerência dos seus contratos. Este

estilo de administração é baseado em valores de tradição

e o comportamento do dirigente é influenciado por

elementos emotivos, que acabam introduzindo uma

dimensão irracional em suas decisões. O paradigma é a

entidade sem fins lucrativos e sua administração é voltada

para dentro, o que significa a prevalência dos problemas

administrativos sobre as oportunidades de mercado.

A partir daí, surgiram cursos especializados nas escolas de

administração, para suprir a necessidade do mercado esportivo por profissionais

qualificados. Tais profissionais devem dirigir a organização racionalmente, de

forma impessoal e sem sentimentalismo. Isso se contrapõe ao caráter amador

presente na gestão do futebol, onde o amor pela camisa ou raiva do adversário

acaba influenciando nas decisões (LEOCINI; SILVA, 2004).

De acordo com Costa e Cataruzzi (2007; 2009 apud Macedo et. al., 2011),

uma boa gestão precisa ser integrada verticalmente e horizontalmente, com

bons investimentos no marketing do clube, nos estádios e em um melhor

atendimento para os torcedores.

Brunoro e Aidar (1997, 2000 apud VALENTE, 2006), a solução para os

problemas de gestão não é tão simples como parece. Mudanças significativas

em todo território nacional são exigidas, e as melhorias relevantes só

começariam a aparecer a longo prazo.

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1.1.3 Maiores clubes do Brasil no quesito torcida

A Pluri Consultoria em conjunto com a Stochos Sports & Entertainment

(2013 apud GASPAR et. al., 2014) afirmam que, em 2013, 16,8% dos torcedores

do país, torciam para o Flamengo, 14,6% para o Corinthians, 8,1% para o São

Paulo, 3,0% para o Grêmio e 2,5% para o Internacional, como mostra a Figura

6.

Figura 6: Porcentagem do número de torcedores

Fonte: Gaspar, Morais, Júnior e Debia, 2014

Porém, a pesquisa da DataFolha (2010 apud JÚNIOR, 2013) comprova

que a quantidade de pessoas que não torcem para nenhum time brasileiro

supera a massa flamenguista. Os dados mostram quem quase 17% dos

brasileiros torcem para o Flamengo, consagrando o rubro negro como o maior

do Brasil no quesito torcida, e 25% da população não possuem clube.

1.1.3.1 Clube de Regatas do Flamengo

Em 1911, aconteceram alguns conflitos internos no departamento de

futebol do Fluminense. Esses conflitos resultaram em alguns jogadores

querendo sair do clube e outros até pensaram em desistir do futebol. Então,

Alberto Borgerth propôs montar um time de futebol do flamengo, clube onde ele

16,814,6

8,1

3 2,5

FLAMENGO CORINTHIANS SÃO PAULO GRÊMIO INTERNACIONAL

Porcentagem de torcedores de clubes brasileiros

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já era membro como remador. A ideia foi aprovada e foi criado o Departamento

de Esportes Terrestres rubro-negro (FLAMENGO, 2018).

Logo na primeira partida, o novo time conquistou uma vitória esmagadora

de 15x2 em cima do time de Mangueira. Logo conquistaram o primeiro título do

clube, um ano depois da sua criação, no ano de 1912, o Flamengo venceu o

campeonato carioca, se consagrando como um grande time do Rio de Janeiro

(FLAMENGO, 2018).

1.1.3.2 Sport Club Corinthians Paulista

Em 1910, no bairro do Bom Retiro, um grupo de operários fundou o Sport

Club Corinthians Paulista, nome inspirado no clube inglês Corinthian-Casuals

Football Club, que estava fazendo uma excursão pelo país. A primeira coisa que

o presidente do novo clube disse foi “O Corinthians vai ser o time do povo e o

povo é quem vai fazer o time” (CORINTHIANS, 2018).

1.1.3.3 São Paulo Futebol Clube

O São Paulo FC é dentre os grandes não apenas o primeiro, como diz o

hino são-paulino, mas também o mais jovem. A saga do Tricolor começou,

porém, quando o futebol ainda engatinhava no Brasil, com a fundação Club

Athlético Paulistano, em 1900 (SÃO PAULO, 2018).

O custo do futebol aumentou e o clube começou a se afundar em dívidas.

Então, o Paulistano abandonou o futebol. Seus diretores, sócios e jogadores,

logo procuraram a Associação Athlética das Palmeiras (time que sempre possuiu

um forte vínculo com o clube paulista) em busca de uma solução. Sessenta ex-

membros do Paulistano reuniram-se com sócios e dirigentes da Associação

Athlética das Palmeiras e fundaram um novo clube em 1930, o São Paulo

Futebol Clube (SÃO PAULO, 2018).

1.1.3.4 Sociedade Esportiva Palmeiras

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No ano de 1914, uma colônia italiana sonhava em fundar um clube

esportivo que os representasse. Após algumas reuniões dos interessados,

nasceu o Palestra-Itália, representado na Figura 7. O clube caminhava em

passos lentos, e quase foi desfeito durante a Primeira Guerra Mundial, porque

membros deixaram o time para lutar pelo seu país (PALMEIRAS, 2018).

Figura 7: Palestra Itália - 1915

Fonte: Sociedade Esportiva Palmeiras, 2018

Apenas em 1942, o Palestra-Itália mudou para Sociedade Esportiva

Palmeiras. No mesmo ano, recebeu um troféu chamado Campeoníssimo por ter

sido melhor nos confrontos diretos, daí surgiu o apelido de mesmo nome, que

perdura até hoje (PALMEIRAS, 2018).

1.1.3.5 Club de Regatas Vasco da Gama

Em 1898, brasileiros e portugueses fundaram um clube de prática do remo

chamado Vasco da Gama, mesmo nome do português que descobriu o caminho

marítimo para as Índias. Como o esporte com bola não parava de crescer, em

1915, foi institucionalizado no futebol, o Clube de Regadas Vasco da Gama

(VASCO, 2018).

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O Vasco foi se tornando um time cada vez mais forte, com jogadores negros,

pobres e habilidosos, e isso foi irritando os outros times cariocas elitistas. O

Flamengo, Fluminense e Botafogo criaram a Associação Metropolitana de

Esportes Atléticos (AMEA). Essa organização possuía regras como o

impedimento à inscrição de jogadores sem profissão definida e analfabetos nos

clubes e veto ao ingresso na AMEA de clubes que não tivessem estádios, isso

foi o marco da decisão de construir o São Januário, ilustrado na Figura 8.

(VASCO, 2018).

Figura 8: São Januário

Fonte: Vasco da Gama, 2018

Em 1927, os torcedores vascaínos e associados ao clube, junto com o então

presidente Washington Luiz, se mobilizaram para arrecadar verba para a

construção do estádio Vasco da Gama, nome logo substituído por São Januário.

Isso desfez o argumento que o Vasco não tinha estádio para receber adversários

(VASCO, 2018).

1.1.3.6 Cruzeiro Esporte Clube

O cruzeiro nasceu em 1921 através de esportistas de uma comunidade

italiana de Belo Horizonte, e foi batizado de Societá Sportiva Palestra Italia.

Porém, em 1942, por conta da Segunda Guerra Mundial proibiu o uso do nome

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Itália em entidades no Brasil. Logo o clube foi batizado como é conhecido até

hoje, Cruzeiro Esporte Clube (CRUZEIRO, 2018).

1.1.3.7 Grêmio Football Porto Alegrense

Em 1903, o Sport Club Rio Branco, formado por ingleses e alemães, foi

convidado para uma exibição na cidade de Porto Alegre. Porém, no meio da

apresentação, a bola que os jogadores estavam utilizando esvaziou.

Prontamente, Cândido Dias da Silva, que estava assistindo à exibição emprestou

a bola que carregava consigo, garantindo que terminassem a apresentação

(GRÊMIO, 2018).

Ao final da partida, que foi bem sucedida, como agradecimento, Cândido

obteve dos jogadores uma aula sobre futebol e como criar um clube. Dias depois,

o rapaz se reuniu com amigos em um restaurante e fundaram o Grêmio Football

Porto Alegrense (GRÊMIO, 2018).

1.1.3.8 Santos Foot-Ball Club

Santos Foot-Ball Club foi fundado em 1912, time destinado a prática de

futebol. Urbano Caldeira dedicou sua vida inteira ao clube. Foi técnico, jogador

e dirigente. E, em sua homenagem e reconhecimento, em 1916, foi erguido um

estádio do Santos com o seu nome (SANTOS, 2018).

1.1.4 Campeonato Brasileiro

Araújo, Tavares, Alvares, Neto e Suzuki (2015, p.12) afirmam:

O primeiro Campeonato Nacional de Futebol foi

realizado em 1971 pela CBD e teve 20 clubes disputando

o torneio. Com o surgimento da CBF em 1979, houve a

inclusão de todos os estados no Campeonato Brasileiro,

tornando o mais abrangente e competitivo.

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Artuso (2008) relata que o maior, mais famoso e mais importante

campeonato do país é o Campeonato Brasileiro, organizado pela Confederação

Brasileira de Futebol (CBF). A subdivisão mais importante dessa competição é

a Série A, onde disputam os 20 times com os melhores resultados do país

naquele ano, como mostra a Figura 9.

Figura 9: Classificação da Série A 2017 – 19ª rodada

Fonte: Zirpoli, 2017

De acordo com Artuso (2007), até o ano de 1994, o Campeonato Brasileiro

atribuía 2 pontos para o time vencedor, nenhum ponto para o time perdedor e

ambos conquistavam 1 ponto em caso de empate. Depois do período

mencionado, ocorreu uma mudança na pontuação que perdura até hoje: o time

vitorioso somava 3 pontos.

Silva e Moreira (2008) afirmam que a característica mais marcante do

Campeonato Brasileiro foi a falta de padronização no sistema de disputa até

determinado ano, que mudava de ano em ano. O Campeonato Brasileiro da

Série A de 2003 foi o primeiro a ser competido no sistema de “todos contra

todos”, contando com 24 times e 46 rodadas, e acabou se tornando um dos mais

extensos campeonatos do mundo na época.

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Artuso (2007) também relata que, a falta de organização causa inserção

ou exclusão de clubes durante o campeonato e remarcação de jogos atrasados

por causa de escândalos. Felizmente, essa característica de instabilidade nas

regras da competição tem mudado, garantindo, pelo menos, dois anos utilizando

as mesmas regras.

Artuso (2007) completa que a Série A é disputada por 20 times que se

enfrentam em um campeonato de pontos corridos. Depois dos 38 jogos de cada

clube, o primeiro colocado na classificação torna-se campeão, os quatro

primeiros se classificam para a Copa Libertadores da América e os quatro

últimos são rebaixados para a segunda divisão.

1.1.4.1 Patrocínio

Na Europa, muitas empresas multinacionais já começavam a patrocinar

alguns clubes, permitindo alguns países de economia contida, como, por

exemplo, a Espanha, competir de igual para igual com italianos, alemães e

ingleses. Porém, no Brasil, até os anos 80, era proibido por lei anunciar uma

marca ou um produto nas camisas dos times de futebol (ALABARCES, 2000).

Rafih (2015, p.18) afirma que:

Somente no final de 1982 a primeira empresa fechou

contrato com um clube, e legalmente pôde estampar sua

marca. Esta empresa era a Equipe, fornecedora mineira de

material esportivo, que estampou sua marca nas costas da

camisa do Democrata de Sete Lagoas-MG. Eis então o

primeiro clube a obter uma marca em seu uniforme. O

Democrata recebeu Cr$500 mil (equivalente hoje a cerca

de R$ 19 mil), distribuídos em uniformes, chuteiras e tênis.

Segundo Sales (2013), no início, os contratos com patrocinadores eram

curtos, alguns apareciam na camisa dos clubes durante uma ou duas partidas,

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pois as grandes empresas não tinham muita confiança nesse tipo de

investimento, já que nem todos os jogos passavam na televisão. Com o lento

crescimento da mídia, demorou um pouco para o retorno financeiro ser evidente,

mas, a partir daí esse tipo de patrocínio começou a crescer.

Por conta da paixão do brasileiro pelo futebol (ALMEIDA, 2015) a

quantidade de empresas que percebem este esporte como uma grande fonte de

comunicação com seus consumidores, aumenta cada vez mais. Essas empresas

fazem seu marketing através do futebol com a intensão de crescer sua marca

utilizando a mídia, como ilustra a Figura 10.

Figura 10: Patrocínio no futebol

Fonte: Esporte Executivo, 2015

De acordo com Leocádio, Silvestre, Portela, Nakajima e Silva (2007), o

patrocínio é umas das principais formas de lucro de um clube, e é uma grande

oportunidade para empresas divulgarem suas marcas. No caso do futebol, é

improvável que um patrocinador não tenha um bom retorno, ou um bom ao

patrocinar um clube da Série A do Campeonato Brasileiro.

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1.2 Gestão de Empresas

1.2.1 Gestão estratégica

Herrero (2005) relata que a área do conhecimento conhecida como

Gestão Estratégica, é uma disciplina organizacional relativamente nova, tendo

sua origem nos anos 50 nas universidades dos Estados Unidos.

A gestão estratégica do conhecimento surgiu na década de 90, com a

finalidade de agregar valores às informações e distribuí-las, aproveitando todos

os recursos existentes na empresa: recursos humanos, ideias, processos,

conhecimento, entre outras variáveis (PONCHIROLLI; FIALHO, 2005).

Segundo Barbosa e Teixeira (2003, p.32):

Dirigir estrategicamente uma empresa é uma atitude

geral, que permite identificar a missão, os objetivos e as

ações a ser empreendidas em uma organização, para fazê-

la interagir com o ambiente de forma competitiva. Isso traz

consigo, no processo de definição estratégica, a

consideração não apenas do ambiente particular da

empresa e de sua situação econômica, mas também das

características do ambiente cultural e socioeconômico em

que desenvolve suas atividades.

De acordo com Estrada e Almeida (2007), os modelos do planejamento

estratégico estão em evolução constante ao longo dos anos, como mostra a

Figura 11, a partir de estudos e aplicações, chegando à Gestão Estratégica. Esta

ferramenta é utilizada por organizações com ou sem fins lucrativos, se fazendo

importante para qualquer gestão organizacional.

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Figura 11: Evolução dos Modelos de Planejamento

Fonte: Estrada e Almeida - 2007

Estrada e Almeida (2007, p.147) afirmam que “A Gestão Estratégica é

uma técnica, que tem como base estruturante a Administração Estratégica e o

Planejamento Estratégico”. Porém, os modelos de mudança organizacional

elaborados nos últimos anos, são voltados para o Planejamento estratégico, e

não para a Gestão estratégica propriamente dita.

1.2.1.1 Balanced Scorecard

O Balanced Scorecard (BSC) é uma ferramenta utilizada para traduzir a

estratégia e a missão da empresa em medidas de desempenho que

proporcionem a formação de estratégias e sistemas de gestão mais eficientes.

Para isso, o BSC é formado por quatro perspectivas diferentes: cliente,

financeiro, processos internos e aprendizado e crescimento, como mostra a

Figura 12 (GALAS; FORTE, 2005).

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Figura 12: BSC para organizações do setor público e sem fins lucrativos

Fonte: Niven – 2003 apud Galas e Forte – 2005.

Prieto et. al. (2006) explicam:

a) Perspectiva financeira: garante que a estratégia da empresa contribua

com a melhoria de resultados rentáveis, alcançando metas financeiras,

valores para acionistas e crescimento.

b) Perspectiva do cliente: define segmentos e mercados que a empresa

vislumbra competir, traduzindo fatores diferenciais para clientes em

metas empresariais. São utilizados indicadores de satisfação de

clientes, retenção destes, captação e lucratividade.

c) Perspectiva de processos internos: são atribuídos como indicadores

as perspectivas de clientes e acionistas como apoiadores dos

processos internos. A empresa deve identificar os processos críticos

relacionados aos indicadores e realizar seus objetivos,

disponibilizando propostas de valores a clientes, afim de atraí-los, sem

deixar de lado os valores dos acionistas.

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d) Perspectiva de aprendizado e crescimento: a organização deve estar

ciente que a habilidade de aprender é crucial para o crescimento de

uma empresa. Seja por meio da utilização de novos equipamentos,

treinamento do capital humano, pesquisar e desenvolver produtos,

todos esses fatores são extremamente relevantes para a capacitação

de aprendizado da organização.

1.2.2 Produtividade

Segundo Júnior e Ferreira (1999, p.1) a “evolução da produtividade vem

ganhando cada vez mais espaço no debate econômico” pois os países precisam

se manter produtivos para garantirem a competitividade do mercado global,

garantindo crescimento econômico e espaço neste amplo mercado.

A produtividade era subsídio de evolução salarial, mão de obra e ciclo

econômico até final dos anos de 1980. Após esse período, esta questão mudou

significativamente, com diferentes visões e o entendimento da importância da

produtividade (CARVALHO; FEIJÓ, 2000).

Tolosa (1974) relata que a função da produção de uma indústria possui

o formato da equação (1).

𝑉 = 𝑓 (𝐾, 𝐿) (1)

Onde:

V – valor adicionado pela indústria

K – estoque de capital

L – volume de mão de obra

De acordo com Macedo (2012, p.111), a gestão da produtividade leva em

conta o resultado de três fatores: “a medição da produtividade, a identificação e

a análise dos fatores determinantes dos gargalos de produtividade e a definição

e aplicação de propostas de superação desses gargalos”. Normalmente, a

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produtividade é analisada para medir a eficiência da produção de determinado

processo, e não o processo produtivo em si.

Macedo (2012, p.111) completa:

É ainda comum a visão de que o processo produtivo

de uma empresa se restringe ao seu processo de

produção. Essa visão não capta a realidade de que esse

processo é apenas uma das etapas do processo produtivo

de uma empresa. Além da produção, o processo produtivo

contempla mais duas etapas: uma que se refere à compra

de bens e serviços intermediários de outras unidades

produtivas; e a segunda, relativa à venda dos bens e

serviços que a empresa produz.

1.2.3 Competividade

Atualmente, no momento de mudanças de cenários de mercado mundiais,

o maior desafio das organizações é se manter competitivas no nesses mercados,

buscando novas tecnologias e inovações, conforme a Figura 13, estratégias e

métodos gerenciais, integrando a empresa, fornecedores e clientes como um

todo (MOTTA, 1995).

Figura 13: Ligação entre tecnologia e competitividade

Fonte: Ribault et. al. – 1991 apud Lemos – 1998.

Hamel & Prahalad (1994 apud PISCOPO, 2010, p.132) afirmam que

intenso cenário competitivo que se faz presente no momento atual requer

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“capacitação constante para realização de movimentos competitivos que

proporcionem o estabelecimento de uma posição defensável e viabilizem

retornos financeiros acima da média da indústria”.

De acordo com Hamel & Prahalad (1994 apud PISCOPO, 2010), um

diferencial breve no quesito competitividade não é suficiente, assim como

entender que uma inovação seja uma vantagem competitiva permanente é

errado. Pois o mercado exige que as empresas se aperfeiçoem o tempo inteiro

e extinguem uma zona de conforto.

Coletti et. al. (2002) relatam que o mercado atual não abre espaço para

pequenas empresas por conta da grande competitividade entre empresas

médias e grades, deixando tais organizações de porte menor expostas a um

risco de ter seu mercado engolido por uma organização maior a qualquer

momento.

Um tipo de relação que vem crescendo em conjunto com a

competitividade empresarial é a cooperação entre empresas, a qual visa reduzir

dificuldades financeiras, compartilhar descobertas tecnológicas e ideias de

inovação, garantindo essas organizações firmes no mercado competitivo

(OLAVE; NETO, 2001).

1.3 Análise Envoltória de Dados (DEA)

Oliveira et. al. (2011) afirmam que a DEA (Data Envelopment Analysis) foi

desenvolvida por Rhodes, Charnes e Cooper, em 1979, para a tese de Ph.D. de

Rhodes. Na tese, era preciso criar um método que tenha a capacidade de medir

a eficiência das escolas públicas a partir dos produtos que ela oferecia.

De acordo com Kramer et. al. (2012, p.4):

A técnica da Análise Envoltória de Dados tem como

objetivo a análise comparativa de unidades independentes

em relação a seu desempenho operacional. As

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denominadas unidades de tomada de decisão (DMUs) têm

suas eficiências avaliadas a partir das medidas fornecidas

por esta técnica, a partir da comparação entre inputs e

outputs.

As DMU’s (Decision Making Unit) são baseadas em informações reais da

situação, e seus desempenhos são medidos pela comparação de resultados e

insumos com os resultados e insumos de outras DMU’s do mesmo projeto. São

consideradas eficientes quando sua eficiência admite o valor de 1 ou a 100%

(FARIA; JANNUZZE; SILVA, 2008).

Hora et. al. (2015) afirmam que a produtividade e a eficiência de um

processo podem ser visualizadas por meio de um gráfico matemático, sendo

possível relacionar o insumo e o produto. É possível traçar a produção em

relação ao insumo, como mostra a Figura 14.

Figura 14: Função de produção: produtividade e eficiência

Fonte: Ferreira e Gomes - 2012 apud Hora – 2015

Hora et. al. (2015, p.65) explicam que:

A curva do gráfico é denominada Fronteira de Eficiência e

indica a produção máxima para cada tipo de recurso. A

região abaixo dela é denominada Conjunto Viável de

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Produção (MELLO et al., 2005). Desse modo, os pontos B

e C sobre a função de produção são tecnicamente

eficientes, referindo-se às produções máximas que podem

ser atingidas com o uso dos insumos disponíveis

(FERREIRA; GOMES, 2012).

1.3.1 Tipos de modelos

1.3.1.1 Modelo CCR

Oliveira et. al. (2011) afirmam que o Modelo de Charnes, Cooper e

Rhodes foi o primeiro a se originar da DEA, e ficou conhecido como Modelo CCR.

Outra nomenclatura para esse tipo de análise é CRS (Constant Returns to Scale)

que leva em conta retornos constantes de escala, ou seja, variações nos

insumos causa variações proporcionais nos produtos. A eficiência é a razão

entre a soma dos produtos (output) e a soma dos insumos (inputs), descrita pelo

modelo de equação (2).

Eficiência = soma ponderada dosprodutos

soma ponderada dos insumos (2)

De acordo com Souza e Wilhelm (2009), o modelo original do CCR e suas

formulações Primal e Dual, possui restrições à tecnologia, definindo uma

fronteira na produção envoltória. Estas restrições são: retorno constante de

escala, descarte forte de insumos e produtos, e convexidade no conjunto de

combinações de insumos e produtos.

Oliveira et. al. (2011) completam que, neste modelo, são atribuídos

multiplicadores. Cada DMU deveria definir o seu próprio conjunto de pesos, afim

de maximizar a eficiência. A formulação matemática do modelo básico CCR é

representada pela Figura 15.

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Figura 15: Formulação matemática do modelo básico CCR

Fonte: Oliveira et. al. - 2011

Onde:

Eff0 - eficiência da DMU0;

uj , vi - pesos de outputs e inputs respectivamente;

xik - inputs i para unidade k de uma determinada DMU;

yjk - outputs j para unidade k de uma determinada DMU;

xi0 , yj0 – inputs i e outputs j para unidade em análise (DMU0);

1.3.1.2 Modelo BBC

Meza et. al. (2004, p.347) afirmam:

As eficiências negativas surgem pelo fato de a

restrição do modelo DEA-BCC orientado a input apenas

impõe que os pesos de uma DMU aplicados a outras gerem

eficiências não superiores a 1. Como uma das variáveis é

livre e números negativos são evidentemente inferiores a

1, não há impedimento para surgirem eficiências negativas.

Este problema é facilmente resolvido com restrições

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adicionais que os pesos de uma DMU aplicadas a outra

gerem eficiências maiores ou iguais a zero.

Segundo Oliveira et. al. (2011), elaborado por Banker, Charnes e Cooper

em 1984, o Modelo BBC utiliza o retorno variável de escala (VRS), procurando

se livrar de possíveis contratempos em situações de competição imperfeitas. No

modelo BCC, o nível da eficiência é dependente da orientação escolhida, e é

similar ao CCR, com apenas o acréscimo de uma variável no numerador, como

é possível visualizar na Figura 16.

Figura 16: Formulação matemática do modelo BBC

Fonte: Oliveira et. al. - 2011

ui e νj > 0

u e ν sem restrição de sinal

sendo que:

ui = peso calculado para o output i

νj = peso calculado para o input j

xjk = quantidade do input j para unidade k de um determinado setor

yik = quantidade do output j para unidade k de um determinado setor

xj0 = quantidade do input j para unidade em análise

yj0= quantidade do output j para unidade em análise

u = variável de retorno a escala

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z = número de unidades em avaliação

m = número de outputs

n = número de inputs

1.3.2 Aplicações do DEA

O trabalho de Falcão e Correia (2012) sobre a eficiência portuária

necessitava de um estudo complexo para analisar suas características. Então,

utilizaram os métodos de Fronteira Estocástica e DEA para a realização da

pesquisa.

Quadro 1: Principais características do DEA e do SFA.

Análise Envoltória de Dados-DEA Fronteiras Estocásticas - SFA

Metodologia não paramétrica Metodologia paramétrica

Metodologia determinística Metodologia estocástica

Não permite que a hipótese estatística seja comparada

Permite que a hipótese estatística seja comparada

Não realiza suposições na distribuição do termo da ineficiência

Realiza suposições na distribuição do termo da ineficiência

Não inclui o erro como termo Inclui um termo composto do erro

Não exige a especificação de uma função

Exige a especificação de uma função

Pequeno número de variáveis Pode confundir ineficiência caso o modelo tenha sido mal definido

Método: Programação linear Método: Econométrico

FONTE: Falcão e Correia - 2012

Falcão e Correia (2012) constataram que a Fronteira Estocástica foi

utilizada para comparar resultados técnicos, um de cada vez. E a DEA utiliza um

menor número de dados, porém, considera múltiplos produtos. A união dessas

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duas metodologias concretizava o nascimento de um método apropriado para a

análise da eficiência portuária.

Mello, Mello e Meza (2011) realizaram outro estudo de casos, onde

consideraram os cursos de engenharia da UFF como as DMU’s. Onde os inputs

são as relações entre candidato e vaga de cada curso de engenharia e os

outputs o total de acertos e o total de pontos do último aprovado para cada curso.

O modelo escolhido para esta pesquisa foi o BBC, por conta do input ser uma

razão e os outputs serem limitados.

É possível observar que quase todos os cursos foram eficientes, e este

fator indica que há uma forte relação entre a relação candidato/vaga e os alunos

de vestibular. Foi mostrado também que dois dos cursos não foram eficientes, e

isto pode ser explicado pelo desempenho dos alunos ter sido abaixo da relação

candidato/vaga (MELLO; MELLO; MEZA, 2011).

Outros autores que utilizaram a DEA foram Salles et. al. (2017). Esses

autores aplicaram a DEA CCR para analisar a eficiência de 1798 jogadores de

campeonatos europeus de futebol, testando a relação da eficiência com valores

de mercado e idade dos indivíduos. Obtiveram como resultado 49% das DMU’s

estudadas foram eficientes.

Salles et. al. (2017) constaram que há uma escassez de trabalhos para o

estudo da eficiência de jogadores utilizando o DEA, mesmo com a facilidade de

levar em conta várias variáveis. A pesquisa deles constatou que os resultados

dos jogadores podem ser eficientes independentemente do valor de mercado e

da idade.

Vasconcelos et. al. (2016) fizeram um trabalho com o propósito de avaliar

indicadores de produção científica dos programas de pós-graduação da área de

Engenharias III da CAPES (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de

Nível Superior), estudando a eficiência destes indicadores e estimulando os

coordenadores de tais programas a realizarem ações que elevem os resultados

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obtidos. O estudo realizado utilizando a DEA demonstrou que 17 programas

alcançaram a eficiência máxima, como mostra a Tabela 1:

Tabela 1: Programas de Pós-Graduação posicionados na Classificação 4.

PROGRAMA EFICIÊNCIA CONCEITO CAPES

DMU 2 1,00 4 DMU 7 1,00 4 DMU 10 1,00 4 DMU 11 1,00 5 DMU 12 1,00 4 DMU 14 1,00 5 DMU 22 1,00 6 DMU 24 1,00 5 DMU 27 1,00 6 DMU 28 1,00 4 DMU 30 1,00 5 DMU 36 1,00 4 DMU 38 1,00 5 DMU 41 1,00 5 DMU 45 1,00 5 DMU 46 1,00 4 DMU 51 1,00 4

FONTE: VASCONCELOS et. al. (2016)

Pode-se verificar no estudo de Vasconcelos et. al. (2016) que a relação

entre o conceito do programa e a eficiência alcançada é baixa, este fator indica

que um programa com alta produtividade científica não é, necessariamente, um

programa bem avaliado pela CAPES.

Macedo, Santos e Silva (2006) utilizaram os modelos da DEA para avaliar

a eficiência de bancos em geral, no ano de 2003. A partir do resultado desta

pesquisa, pode-se afirmar que a DEA pode proporcionar melhorias no

desempenho dos bancos de forma mais eficiente do que análises financeiras

tradicionais.

O artigo não possui um resultado concreto, porque há muitos dados a

serem explorados em tais instituições financeiras. Este provavelmente terá

continuidade, utilizando outras modelagens do DEA e novos estudos com e

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diferentes índices de desempenho, voltado a outras unidades, setores,

fornecedores, entre outras localizações (MACEDO; SANTOS; SILVA, 2006).

Dantas e Boente (2011) realizaram um estudo o qual foi utilizado a DEA

para mensurar a eficiência dos clubes de futebol europeus com base em

resultados financeiros e esportivos. A análise envoltória é razoável para medir a

performance de clubes em determinado período, tanto na lucratividade quanto

nos resultados esportivos.

Na pesquisa de Dantas e Boente (2011) foi levado em conta as receitas

relacionadas aos jogos, às transmissões e ao comercial, onde apenas o

Manchester United obteve índice máximo. Também foi feita uma análise em

relação a eficiência esportiva, e, novamente, o Manchester United e o Barcelona

foram os clubes considerados eficientes.

Outros pesquisadores que desenvolveram um estudo utilizando a DEA

foram Lins, Almeida e Júnior (2004) para avaliar o desempenho nos programas

de pós-graduação. Utilizando da exploração gráfica tridimensional, como ilustra

a Figura 17, para entender os resultados da DEA clássica.

Figura 17: Professores doutores e publicações

Fonte: Lins, Almeida e Júnior – 2004

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Lins, Almeida e Júnior (2004, p.55) afirmam:

Mais importante do que o resultado específico obtido, por meio deum exemplo de aplicação, foi apresentarmos a possibilidade de uso desta técnica como um apoio subsidiário a interpretações relativas ao processo de avaliação. Desenvolvimentos teóricos futuros poderiam incluir a análise de sensibilidade dos resultados a variações nos limites das restrições aos pesos, a utilização de programas multiobjectivo e de modelos não radiais. Com relação aos dados, uma proposta mais abrangente poderia considerar a inclusão de variáveis de natureza qualitativa, assim como de dados externos à base da Capes.

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CAPÍTULO 2: ARTIGO CIENTÍFICO

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2

ESTUDO DA EFICIÊNCIA DOS CLUBES DE FUTEBOL PARTICIPANTES DA

SÉRIE A DO CAMPEONATO BRASILEIRO DE 2018 COM BASE NA

ANÁLISE ENVOLTÓRIA DE DADOS

Laílla Fernandes Lacerda

Bacharela em Engenharia de Produção – ISECENSA/RJ

[email protected]

Maria Eugenia Santana Soares Vasconcelos

Mestra em Pesquisa Operacional e Inteligência Computacional –

ISECENSA/RJ

[email protected]

RESUMO

O esporte está presente na vida de milhões de brasileiros, seja por meio de atividade física, laser ou entretenimento. O futebol é o esporte que mais se destaca no país, sendo escolhido como objeto de estudo para este artigo. O objetivo deste trabalho é estudar a eficiência dos clubes que estavam participando do campeonato brasileiro de 2018 com base na Análise Envoltória de Dados, norteado pelos objetivos específicos: discorrer sobre o mercado do futebol brasileiro; analisar os principais conceitos de eficiência no futebol. Esta pesquisa é classificada como bibliográfica de natureza básica, com abordagem quantitativa e objetivos descritivos. A partir da coleta de dados do Campeonato Brasileiro da Série A de 2018, a média de idade dos jogadores e o valor de mercado do clube foram utilizadas como variáveis de inputs e vitórias, empates, derrotas e gols realizados foram utilizadas como outputs. Estas variáveis foram trabalhadas no DEA, utilizando o modelo CCR com orientação voltada para output, resultando na eficiência dos clubes estudados. Os resultados encontrados indicaram que o Palmeiras, Flamengo e Internacional, que ficaram em 1°, 2° e 3° lugar, alcançaram eficiência máxima, porém, outros clubes, incluindo o último colocado também alcançou tal eficiência. O valor mínimo de eficiência alcançada foi 0,766 pelo Corinthians, clube que, mesmo tendo obtido a menor eficiência, alcançou uma colocação razoável no campeonato. É possível concluir que as variáveis aplicadas não foram eficazes para traduzir exatamente qual fator que influencia a vitória ou a derrota, porém, em trabalhos futuros e utilizando outras variáveis, poderá ser possível chegar a uma resposta concreta.

Palavras-chaves: Futebol, Eficiência, Análise Envoltória de Dados.

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STUDY OF THE EFFICIENCY OF SOCCER CLUBS PARTICIPATING IN

SERIES A OF THE BRAZILIAN 2018 CHAMPIONSHIP BASED ON DATA

ENVELOPMENT ANALYSIS

Laílla Fernandes Lacerda

Bachelor in Production Engineering - ISECENSA / RJ

[email protected]

Maria Eugenia Santana Soares Vasconcelos

Master in Operational Research and Computational Intelligence - ISECENSA /

RJ

[email protected]

ABSTRACT

The sport is present in the lives of millions of Brazilians, whether through

physical activity, fun or entertainment. Soccer is the sport that stands out most in

the country, being chosen as object of study for this article. The objective of this

work is to study the efficiency of clubs that were participating in the 2018 Brazilian

Championship based on Data Envelopment Analysis, guided by the specific

objectives: to discuss the Brazilian football market; analyze the main concepts of

efficiency in football. This research is classified as a bibliographical of a basic

nature, with a quantitative approach and descriptive objectives. Based on the

data collection of the Brazilian Championship Series A of 2018 the average age

of the players and the market value of the club were used as variables of inputs

and victories, draws, defeats and realized goals were used as outputs. These

variables were worked on the DEA, using the CCR model with orientation directed

to output, resulting in the efficiency of the clubs studied. The results showed that

Palmeiras, Flamengo and Internacional, who were in 1st, 2nd and 3rd place,

achieved maximum efficiency, however, other clubs, including the last place also

achieved such efficiency. The minimum value of efficiency achieved was 0.766

by Corinthians, a club that, although having obtained the least efficiency,

achieved a reasonable placement in the championship. It is possible to conclude

that the applied variables were not effective to translate exactly what factor

influences the victory or the defeat, however, in future works and using other

variables, it might be possible to arrive at a concrete answer.

Keywords: Soccer, Efficiency, Data Envelopment Analysis.

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1. Introdução

O futebol é uma paixão nacional e internacional, apreciado por milhões de

pessoas pelo mundo. O esporte iniciou sua trajetória de se tornar um fenômeno

mundialmente cultural desde o século 20, a partir daí os números relacionados

a ele cresce ano após ano. Torcedores, investimento, demanda, produtos, entre

outros fatores diretamente ligados ao futebol, são o que movimenta o esporte,

seja economicamente, socialmente ou politicamente (Zambom-Ferraresi et al.,

2017).

Por esse fator, o esporte não se tornou apenas uma forma de

entretenimento, mas também um objeto de estudo, pois, atualmente, um clube

de futebol é uma empresa que busca o sucesso. Em vista disso, estudar a fundo

o esporte é essencial para o crescimento social e econômico dos times, sendo

necessário entender fatores que influenciam no resultado final de cada jogo.

O estudo aqui apresentado será feito com base no Campeonato Brasileiro

de 2018, Série A, o qual foi iniciado em abril e encerrado em dezembro do

mesmo ano. Segundo o site MRV do Esporte, o campeonato em questão,

conhecido popularmente como Brasileirão, é uma competição de pontos

corridos, onde 20 times se enfrentam durante 38 rodadas, tornando-se campeão

o clube que conquistar a maior quantidade de pontos.

Com base no estudo de Maximiliano (2000), a eficiência de um processo,

no caso deste estudo, o Campeonato Brasileiro, é a realização deste com o

maior aproveitamento de recursos possível. Para tal, será utilizado o método

análise envoltória de dados (DEA), uma ferramenta de análise de eficiência.

A Análise Envoltória de Dados, ou DEA (Data Envelopment Analysis) é

uma ferramenta que tem como objetivo comparar uma variável com o

desempenho que esta pode proporcionar (KRAMER et al., 2012). Baseado em

dois modelos, CCR e BBC, o DEA analisa DMU’s (Decision Making Unit), que

são informações de situações reais, comparando resultados com os resultados

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de outras DMU’s da mesma pesquisa e observando se estes são eficientes,

afirma Faria, Januzzi e Silva (2008).

De acordo com Pinto (2014), o cálculo de eficiência é realizado através da

investigação de DMU´s que modelam variáveis de entrada (inputs), as quais são

processadas, de forma que estas tornem-se produtos ou variáveis de saída

(outputs). Esses outputs são avaliados e traduzidos em eficiência.

Diante deste contexto, este trabalho tem como objetivo de analisar a

eficiência dos times de futebol do campeonato Brasileiro de 2018 utilizando o

método analise envoltória de dados como instrumento para tal. Com intuito de

auxiliar atingir o objetivo geral, alguns objetivos específicos são propostos:

discorrer sobre o mercado do futebol brasileiro; analisar os principais conceitos

de eficiência no futebol.

2. Metodologia

2.1 Classificação da pesquisa

Este trabalho é uma pesquisa básica, do ponto de vista da natureza, pois

é baseada em verdades e gera conhecimento científico, porém, não é aplicada

em alguma situação real posterior (SILVA; MENEZES, 2005).

De acordo com Gil (2010), esta pesquisa possui abordagem quantitativa,

pois dados organizados em tabelas e, por meio de processos eletrônicos, é

possível chegar a resultados e hipóteses estatísticas.

Quanto aos objetivos, o presente trabalho, de acordo com Gil (1991) é

uma pesquisa descritiva pois busca definir características das variáveis

estudadas, utilizando técnicas de reunir dados, e chegando a uma verificação ou

levantamento.

Este trabalho enquadra-se em Pesquisa Bibliográfica, pois Ganga (2011)

afirma que este procedimento técnico busca entender um problema a partir de

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documentos divulgados no passado, visando investigar dados existentes sobre

determinado tema.

2.2 Pesquisa metodológica

Estudos semelhantes ao presente trabalho foram desenvolvidos

objetivando avaliar a eficiência no segmento futebolístico, com a utilização do

DEA, conforme apresentado a seguir.

A pesquisa de Salles et. al. (2017) busca analisar a eficiência de jogadores

em campeonatos europeus, testando as hipóteses: quanto mais caro, mais

eficiente (H1) e a melhor fase de um jogador é a intermediária (H2). A pesquisa

foi feita utilizando o DEA como ferramenta, analisando 1799 DMU’s, 3 inputs e

26 outputs. O estudou mostrou que a hipótese H1 foi fraca ou muito fraca e não

foi possível encontrar um resultado concreto para a hipótese H2.

Dantas e Boente (2011) realizaram um estudo sobre a eficiência das

despesas operacionais de grandes clubes utilizando o DEA. A pesquisa foi feita

em duas partes: visando o lado financeiro e o lado esportivo. A aquisição de

dados foi feita através de rankings e sites que obtivessem informações de tais

clubes na temporada 2008/2009. O estudo revelou que o Manchester United e o

Werder Bremen foram os clubes que geraram mais receitas no período

pesquisado, e que o Barcelona foi o clube mais eficiente no quesito aspecto

esportivo.

O artigo desenvolvido por Daniel et. al. (2011), tem como objetivo buscar

um método que possa identificar qual equipe do Campeonato Brasileiro de

Futebol Série “A” de 2009 seria a mais eficiente. Utilizando o DEA, o estudo

buscou reproduzir o método da CBF (Confederação Brasileira de Futebol), onde

fatores comportamentais não são contemplados na definição da equipe mais

eficiente e, posteriormente, utilizou um critério baseado em DMU’s. A pesquisa

resultou que o clube vencedor foi eficiente, mas não em campos com mando do

adversário.

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2.3 Procedimentos técnicos

Com a finalidade de discorrer sobre o mercado de futebol brasileiro, foram

realizadas pesquisas em sites e artigos de esportes e engenharia, obtendo

dados importantes para a conclusão deste trabalho, como fatores históricos,

variáveis de jogo, informações do campeonato, entre outros dados referentes ao

Campeonato Brasileiro da Série A de 2018.

A partir dos dados adquiridos, variáveis de entrada e saída para a análise

da eficiência dos times foram identificadas e trabalhadas no DEA, o qual avaliou

cada uma delas, detectando as mais relevantes para a eficiência dos clubes e

constatando qual deles é o mais eficiente da temporada.

Os dados utilizados para este estudo são: média de idade dos jogadores,

valor de mercado do clube, gols realizados, vitórias, empates e derrotas. Essas

informações estão disponibilizadas em sites eletrônicos, e podem ser acessadas

em Torcedores, Sr. Goool e Hoje Em Dia.

A técnica a ser utilizada é o DEA, que considera a unidade básica de

observação, também chamadas de DMU’s (Decisions Making Unit), os times de

futebol. As medidas de eficiência produtiva são construídas utilizando a Análise

Envoltória de Dados modelo CCR, com orientação voltada para outputs, uma vez

que esta avalia melhores resultados com os mesmos recursos (inputs), conforme

Vasconcelos (2016).

Para avaliação da eficiência dos times do campeonato Brasileiro, serão

consideradas como variáveis de saída, também chamadas de output o número

de gols realizados, a quantidade de vitórias, empates, e derrotas, e como

variáveis de entrada, conhecidas como input, considerou-se média de idade dos

jogadores de cada time e valor de mercado do clube como um todo. Os fatores

vitória, empate e derrota possuem pesos distintos no campeonato, como

demonstra o Quadro 2.

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Quadro 2: Pesos relacionados a Vitória, Empate e Derrota.

Resultado Peso

Vitória 3

Empate 1

Derrota 0

FONTE: Artuso – 2007

A variável derrota não foi utilizada no modelo para a avaliação da

eficiência por possuir peso nulo.

A separação dos dados após a análise será feita utilizando uma

Classificação por Quartil, método de ordenação onde os valores são agrupados

em 4 classificações, na classificação 1 ficam os produtos de menores eficiências

e na classificação 4, os produtos de maiores eficiências (ZUCHERATO;

FREITAS, 2011).

Opta-se por estudar os times do Campeonato Brasileiro pelo fato de ser a

maior e mais famosa competição do Brasil, além de possuir uma grande

quantidade de dados que pode ser estudada, por conta dos 20 times jogarem

todas as rodadas do início ao fim da competição.

Para executar os procedimentos da análise envoltória de dados é utilizado

o software OSDEA, versão 0.2 lib.jar disponibilizado gratuitamente em:

http://opensourcedea.org/download-osdea-gui/.

2.4 Limitações metodológicas

Uma das variáveis não pode ser analisada neste estudo, pois os dados

necessários não foram encontrados nos arquivos pesquisados. Esta seria a

quantidade de jogadores vindos direto da base naquele ano.

3. Revisão Bibliográfica

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3.1 O futebol

O futebol faz parte da cultura brasileira, sendo apreciado por pessoas de

todas as idades e de todas as classes sociais (SANTOS, 2015). A origem exata

do esporte não pode ser confirmada, pois há indícios que jogos com bola eram

praticados desde a antiguidade, como o Tsu-Chu e o Kemari, realizados na Ásia

a partir dos anos 4500 a.C. (IANNI, 2008).

Mills (2005) reafirma este fato ao explicar que, talvez jogos com bola

tenham sido realizados desde a Pré-História, por conta da atração natural do ser

humano por uma esfera.

De acordo com Oliveira (2012), na Inglaterra, o futebol não era

considerado esporte, praticado apenas pelos camponeses, pois era violento e

poderia até causar a morte. Apenas nos anos de 1840, o esporte foi legalizado

nas escolas, porém, essa decisão foi tomada para impedir que estudantes

conversassem durante o intervalo entre as aulas e, assim, não influenciassem

uns aos outros, por conta da mistura de classes (MÁXIMO, 1999).

O futebol chegou ao Brasil em 1894, trazido por Charles Miller, junto com

uniformes e bolas, apresentando o esporte à elite paulistana (RODRIGUES,

2001). De acordo com Santos (2010), logo o esporte se espalhou pelo país,

ainda por meio da criação de clubes e associações. Santos (2002) afirma que,

com a liberação dos escravos, pessoas negras foram sendo incluídas no meio

esportivo, fazendo o futebol crescer em meio a todas as classes sociais.

3.2 Campeonato Brasileiro

Inicialmente chamado de Campeonato Nacional de Futebol, o

Campeonato Brasileiro que conhecemos surgiu em 1971, já sendo disputado por

20 times, como ocorre até hoje (Araújo et al., 2015). Artuso (2008) afirma que a

competição é organizada pela CBF (Confederação Brasileira de Futebol), e

dividida em Série A, Série B e Série C, onde a Série A engloba a elite do futebol

nacional.

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De acordo com Artuso (2007), a pontuação é distribuída da seguinte

maneira: 3 pontos para o time vencedor, 0 pontos para o time perdedor e 1 ponto

para ambos os times em caso de empate. Os 20 times se enfrentam durante 38

rodadas acumulando pontos. Ao final destas rodadas, o time que obtiver mais

pontos, se consagra campeão, e os quatro com a menor pontuação, é rebaixado

para a série anterior.

3.3 Conceito de Eficiência

A eficiência significa: realizar tarefas da maneira correta e inteligente, com

o menor esforço e maior aproveitamento de recursos. A avaliação da eficiência

é baseada na transformação de recursos em resultados (MAXIMILIANO, 2000).

Limberger e Kossmann (2016) asseguram que uma boa análise de eficiência

precisa verificar tanto fatores quantitativos, quanto qualitativos, dependendo de

qual resultado a análise deseja obter.

O surgimento da eficiência, baseado em Matos e Pires (2006), veio com

os primeiros meios administrativos, como a teria de Frederik Taylor, onde o

pensador estudou tempos e movimentos que melhorassem a eficiência do

trabalhador. Moraes (200?) afirma que eficiência provem do latim efficientia, que

significa capacidade de alcançar determinado resultado.

O estudo de Castro (2006) mostra que a eficiência se preocupa mais com

os meios do que com os fins, ou seja, é representada pelo processo utilizado

para atingir um resultado, e não apenas o resultado em si. Belloni (2000) informa

que há dois pontos de vista na avaliação da eficiência: a eficiência produtiva e

a eficiência alocativa. O primeiro ponto refere-se a evitar desperdícios, utilizando

o mínimo possível de recursos para obter o resultado esperado. Já a eficiência

alocativa refere-se a combinar resultados e recursos em proporções ótimas.

3.4 Análise Envoltória de Dados

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O DEA (Data Envelopment Analysis), ou Análise Envoltória de Dados, foi

produzido em 1979, para a tese de Ph.D. de Rhodes, com a ajuda de Charnes e

Cooper (OLIVEIRA et. al., 2011). Kramer et. al. (2012) relata que a técnica da

Análise Envoltória de Dados objetiva analisar comparativamente DMU’s

(Decision Making Unit), ou unidades de tomada de decisão, relacionando com

seu desemprenho operacional, comparando inputs e outputs. Com base na

pesquisa de Faria, Jannuzzi e Silva (2008), essas DMU’s são retiradas de

situações reais, e os resultados das comparações são considerados eficientes

quando alcançam o valor 1 ou 100%.

Há dois tipos de modelos do DEA. O primeiro modelo foi o CCR,

desenvolvido por Charnes, Cooper e Rhodes, também conhecido como CRS

(Constant Returns to Scale). Este modelo leva em conta as variações que

ocorrem nos inputs, causando variações de mesma escala nos outputs

(OLIVEIRA et. al., 2011). Souza e Wilhelm (2009) afirmam que o modelo CCR

possui restrições, que são: retorno constante de escala, descarte forte de

insumos e produtos, e convexidade no conjunto de combinações de insumos e

produtos.

O Segundo modelo é conhecido como BBC, o qual utiliza o VRS (Variable

Return Scale), a eficiência depende da orientação tomada pelo indivíduo.

Funciona de forma semelhante ao CCR, a diferença é a necessidade de

acrescentar uma variável ao numerador (OLIVEIRA et. al., 2011).

4. Resultado

4.1 Eficiência no futebol

Um processo eficiente é aquele que alcança os melhores resultados com

a menor utilização de recursos. Esse conceito pode ser utilizado em inúmeros

tipos de pesquisas, inclusive no meio esportivo. O resultado deste presente

trabalho demonstra uma pequena parte de tudo que pode ser levado em

consideração ao analisar clubes de futebol.

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O presente trabalho avaliou a eficiência dos clubes baseada apenas na

média de idade dos jogadores e no valor de mercado de cada um deles, por

conta do curto período de tempo para a realização da pesquisa, e pela falta de

disponibilidade de alguns dados sobres os clubes pesquisados. Porém, outros

fatores podem ser analisados futuramente no mesmo modelo.

A variável média de idade pode influenciar no desempenho do clube de

forma positiva ou negativa, dependendo da perspectiva de observação.

Jogadores mais jovens, geralmente, possuem mais disposição física para jogar

por mais tempo, assim como possuem mais velocidade, fôlego, agilidade na

realização de dribles curtos, entre outras habilidades.

Quando se trata de jogadores mais experientes, há diferentes pontos

positivos que podem fazer a diferença durante uma competição. Alguns destes

pontos são: capacidade de tomada de decisão mais acertada, maturidade,

melhor discernimento de espaço e força para chutes e cruzamentos, entre

outros.

A segunda variável entrada, referente à valor de mercado, possui um

grande peso nos resultados dos jogos por motivos distintos. Um dos principais

fatores que influenciam para uma boa atuação de um time, é um bom elenco.

Jogadores renomados possuem um custo elevado para o clube, por conta dos

salários altos. O clube com capacidade de manter à disposição tais jogadores de

alto nível, é aquele que retém alto capital próprio e possui maior valor de

mercado.

Outros fatores que influenciam o valor do capital do clube são as vendas

de ingressos, artigos esportivos, contratos de sócio torcedor, entre outros.

Dentre os artigos esportivos, podemos destacar camisas, copos, bolas e muitos

outros, há uma infinidade de produtos oficiais de clubes que são vendidos por

todo país e mundo, gerando renda ao clube. Ingressos também são de extrema

importância quando se trata de capital, e, por este motivo, os jogos com mando

de campo, são tão importantes. Quando o clube possui mando de campo,

popularmente chamado de “jogo dentro de casa”, o número de torcedores do

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clube mandante, geralmente, é maior, proporcionando maior venda de ingressos

e maior apoio da torcida, fazendo influência positiva nos jogadores durante a

partida.

4.2 Eficiência dos clubes

A análise de média de idade e valores de mercado como inputs, e vitórias,

empates e gols realizados como outputs foi realizada, resultando os valores de

eficiência apresentados na Tabela 2:

Tabela 2: Resultado da eficiência dos clubes.

Classificação Clubes Pontuação

no campeonato

Eficiência

1 Palmeiras 80 1,000

2 Flamengo 72 1,000

3 Internacional 69 1,000

4 Grêmio 66 0,928

5 São Paulo 63 1,000

6 Atlético-MG 59 0,952

7 Athletico-PR 57 1,000

8 Cruzeiro 53 0,770

9 Botafogo 51 1,000

10 Santos 50 0,917

11 Bahia 48 0,936

12 Fluminense 45 0,882

13 Corinthians 44 0,766

14 Chapecoense 44 0,827

15 Ceará 44 1,000

16 Vasco 43 0,969

17 Sport 42 0,807

18 América-MG 40 0,787

19 Vitória 37 0,785

20 Paraná 23 1,000

Os valores obtidos referentes a eficiência são tabulados entre 1,000,

maior valor da tabela, logo, maior eficiência, e 0,766, representando a menor

eficiência do campeonato. Os valores não foram decrescentes, assim como a

posição de cada time na tabela, tais valores podem ser visualizados de forma

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mais transparente com a utilização de um gráfico de barras, ilustrado na Figura

18:

Figura 18: Gráfico de eficiência

É possível observar que os clubes, mesmo estando em ordem crescente

na pontuação final, não obtiveram eficiências relativas à esta pontuação.

Havendo times com um posicionamento melhor, demonstrando uma eficiência

inferior a outros posicionados mais abaixo na tabela.

Com base nos dados adquiridos, foi possível realizar a Classificação por

Quartil. Nesta classificação, de acordo com Zucherato e Freitas (2011), os

valores são ordenados por classes, sendo elas organizadas por valores médios,

valor mínimo e máximo. Serão classificadas na seção 1, os clubes menos

eficientes, e na seção 4, os clubes mais eficientes. A classificação por quartil,

com base na eficiência, é demonstrada pelo Quadro 3:

Quadro 3: Classificação dos Quartis.

Classificação 1 Q1 Classificação 2 Q2 Classificação 3 Q3 Classificação 4

0,822

0,944

1,000

De acordo com a classificação por quartis, os clubes que alcançaram a

eficiência máxima, adequando-se na classificação 4, foram os clubes

0,700

0,750

0,800

0,850

0,900

0,950

1,000

EFICIÊNCIA

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representados pela Tabela 3, os quais maximizaram suas saídas utilizando as

menores entradas.

Tabela 3: Clubes posicionados na Classificação 4.

Posição Clube Eficiência

1 Palmeiras 1,000

2 Flamengo 1,000

3 Internacional 1,000

5 São Paulo 1,000

7 Athletico-PR 1,000

9 Botafogo 1,000

15 Ceará 1,000

20 Paraná 1,000

Palmeiras, Flamengo e Internacional obtiveram 1,000 na análise da

eficiência, destacando-se por serem os clubes que se posicionaram em 1º, 2º e

3º lugar na pontuação do campeonato. Dito isso, além de estarem inclusos na

classificação 4, foram os melhores times da competição, confirmando a eficiência

máxima.

Os fatores contribuíram para eles configurarem esse nessa classificação

foram os outputs, levando em consideração os clubes classificados entre os 10

primeiros na tabela do campeonato. Estes clubes obtiveram um bom percentual

de vitórias e empates, explorando positivamente as entradas. A média de idade

entre 25 e 28 anos, pode ter sido o fator decisivo para alcançar 1,000 em

eficiência, pois os valores de mercado de alguns, como o do Botafogo, não foi

tão elevado. Este contou apenas com cerca de 25 milhões de euros.

Além do Botafogo, São Paulo e o Athético-PR terminaram o campeonato

em boas posições, mostrando uma boa utilização de recursos e obtendo

resultados positivos. Já o Ceará e o Paraná, mesmo obtendo eficiência máxima,

não alcançaram uma boa colocação na tabela, destacando o Paraná, que ficou

em último lugar, se mostrando o pior time da competição e sendo rebaixado para

a segunda divisão de 2019 em termos de pontuação.

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O time mencionado foi o possuinte do menor valor de mercado, porém,

uma boa média de idade dos jogadores: 25 anos. Além disso, em 15 dos 38

jogos realizados pelo clube, o Paraná terminou com vitória ou com empate. Ou

seja, quase metade dos jogos realizados, o time em questão obteve outputs

positivos, mesmo sendo portador de apenas 18 milhões de euros, valor que

representa cerca de 22% do valor de mercado do primeiro colocado da

competição. Estes fatores podem ter influenciado para o Paraná se classificar na

classificação 4, mesmo obtendo a menor quantidades de pontos.

Os clubes que obtiveram uma eficiência mediana, ficaram posicionados

nas classificações 2 e 3, como mostra a Tabela 4:

Tabela 4: Clubes posicionados nas Classificações 2 e 3.

Posição Clubes Eficiência

14 Chapecoense 0,827

12 Fluminense 0,882

10 Santos 0,917

4 Grêmio 0,928

11 Bahia 0,936

6 Atlético-MG 0,952

16 Vasco 0,969

Apenas dois times ficaram na classificação 3, sendo eles Vasco e Atlético-

MG. Estes clubes quase alcançaram a eficiência máxima, faltando apenas 0,031

e 0,048 respectivamente. O Vasco, mesmo alcançando um resultado mais

eficiente desconsiderando os clubes da classificação 4, ficou entre os últimos do

campeonato, ocupando a posição 16, sendo que, a partir da posição 17 para

baixo, após o final da competição, os clubes são rebaixados para a segunda

divisão.

Por fim, os clubes que ficaram na classificação 1, representando os piores

no quesito eficiência baseada em valores de mercado e média de idade

relacionados com a quantidade de vitórias, empates derrotas e gols, foram os

representados pela Tabela 5:

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Tabela 5: Clubes posicionados na Classificação 1.

Posição Clubes Eficiência

13 Corinthians 0,766

8 Cruzeiro 0,77

19 Vitória 0,785

18 América-MG 0,787

17 Sport 0,807

De acordo com as variáveis estudadas, os clubes presentes na Tabela 5

não alcançaram uma eficiência razoável. Nesta classificação, há uma

predominância de clubes que se classificaram como os piores do campeonato,

os quais Vitória, América-MG e Sport são 3 dos 4 clubes rebaixados para a

segunda divisão, entretanto, também há um clube que se classificou entre os 10

melhores do campeonato. Outros fatores podem ter influenciado nesses

resultados, seriam eles: qualidade do gramado, mando de campo, torcida

presente, tempo de atuação e quantidade de técnicos no mando do time durante

o período, entre outros. Tais fatores poderão ser estudados posteriormente.

5. Conclusão

O resultado da análise da eficiência dos clubes confirmou que Palmeiras,

Flamengo e Internacional, que terminaram o campeonato em primeiro, segundo

e terceiro lugar, respectivamente, foram eficientes. Porém, também demonstrou

que alguns outros times que ficaram em posições elevadas, não tiveram a

eficiência máxima alcançada por times de posições inferiores.

Este estudo também concluiu que o Paraná Clube, time que ficou em

último na tabela, com a menor quantidade de vitória entre todos os outros,

conseguiu eficiência máxima levando em conta as variáveis inputs e outputs

testadas. Outros fatores não analisados por este estudo devem ter influenciado

na quantidade de pontos adquiridos durante o campeonato, criando esta

discrepância de posições dos times com eficiência igual a um.

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18

Em contrapartida, o clube com a menor eficiência do campeonato de

2018, foi o Corinthians, obtendo apenas 0,766 de resultado. Mas, ainda assim,

conseguiu uma boa classificação na tabela, ficando em sétimo lugar e garantindo

vaga na Copa Sul-Americana, competição onde só os melhores do campeonato

podem participar.

É possível concluir que os objetivos deste estudo foram alcançados. A

partir de pesquisas em artigos e periódicos, foi possível discorrer sobre o

mercado de futebol brasileiro e obter informações do campeonato em questão.

A partir dos dados adquiridos, analises de alguns conceitos relacionados à

eficiência no futebol foram realizadas, obtendo inputs, outputs e resultados.

Utilizando o método da analise envoltória de dados, assumindo média de

idade dos jogadores e valor de mercado do clube como input, e vitórias, empates

e derrotas como outputs, pode-se concluir que não é verídico afirmar que os

times que alcançaram maiores eficiências, foram os melhores times do

campeonato. Mesmo que alguns clubes possam se enquadrar nesta afirmação,

outros possuem resultados completamente opostos

Essa discrepância de resultados se deve ao fato da pequena quantidade

de dados avaliados, por conta da dificuldade de encontra-los e do curto período

de tempo para a realização da pesquisa.

Pesquisas posteriores podem ser realizadas seguindo o mesmo modelo

desta, buscando outras variáveis de inputs e outputs e aplicando o método DEA.

Outras variáveis de entrada e saída podem ser utilizadas, assim como basear o

estudo em outros campeonatos, em um só clube, em formação de jogadores,

entre outros possíveis objetos de pesquisa. Além disso, outras ferramentas de

aplicação do DEA podem ser utilizadas, como por exemplo o MaxDEA 7 Basic,

disponibilizado gratuitamente em: http://maxdea.com/MaxDEA.htm, esta

geralmente é aplicada quando há muitas variáveis.

6. Referências Bibliográficas

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CAPÍTULO 3: REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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APENDICE I

Tabela de Eficiência dos Clubes

Classificação Clubes Pontos Vitórias Empates Derrotas Gols Pró Valor de Mercado (Milhões de Euros)

Média de idade (anos)

Eficiência

1 Palmeiras 80 23 11 4 64 88,33 27,9 1,000

2 Flamengo 72 21 9 8 59 67,38 26,5 1,000

3 Internacional 69 19 12 7 51 55,75 26,3 1,000

4 Grêmio 66 18 12 8 48 67,60 27,1 0,928

5 São Paulo 63 16 15 7 46 70,88 25,9 1,000

6 Atlético-MG 59 17 8 13 56 61,35 26,5 0,952

7 Athletico-PR 57 16 9 13 54 37,65 26,0 1,000

8 Cruzeiro 53 14 11 13 34 62,25 28,2 0,770

9 Botafogo 51 13 12 13 38 25,55 25,9 1,000

10 Santos 50 13 11 14 46 68,00 24,8 0,917

11 Bahia 48 12 12 14 39 34,90 27,4 0,936

12 Fluminense 45 12 9 17 32 30,80 23,9 0,882

13 Corinthians 44 11 11 16 34 61,40 26,2 0,766

14 Chapecoense 44 11 11 16 34 32,03 27,7 0,827

15 Ceará 44 10 14 14 32 26,95 28,1 1,000

16 Vasco 43 10 13 15 41 41,58 26,5 0,969

17 Sport 42 11 9 18 35 30,95 25,7 0,807

18 América-MG 40 10 10 18 30 27,35 27,4 0,787

19 Vitória 37 9 10 19 36 43,90 26,5 0,785

20 Paraná 23 4 11 23 18 18,48 25,6 1,000