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Estratificação do Risco de Morte Súbita Maurício Pimentel [email protected]

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Estratificação do Risco

de Morte Súbita

Maurício Pimentel

[email protected]

Epidemia

• Morte que ocorre dentro de 1h dos sintomas

em indivíduos previamente estáveis

• 450.000 casos /ano (EUA) – 1 caso/80seg

• Brasil: estimativa 200.000 – 250.000 / ano

• Causas arrítmicas e não arrítmicas

Circulation 2001;104:2158-63

FV

8%

Morte Súbita Cardíaca

Arritmias

Bayés de Luna A. Am Heart J. 1989;117:151-159.

Torsadesde Pointes

13%

Bradicardia

17%TV

62%

Estratificação de Risco de MS

• Pacientes com Infarto do Miocárdio

• Pacientes com IC não isquêmica

• População geral

• Condições cardíacas de risco:

Canalopatias

Miocardiopatia hipertrófica

Displasia arritmogênica VD

Wolff-Parkinson-White

Estratificação de Risco de MS

Objetivos:

•Identificar pacientes com alto risco de MS por

arritmia e não tão alto risco de morte não arrítmica

•Melhores candidatos para CDI

Estratificação do Risco de MS

• Métodos de Imagem

Fração de Ejeção VE

Avaliação de cicatriz/fibrose (RNM, PET)

• ECG e testes repolarização

Fragmentação QRS

Microalternância onda T

• Monitorização cardíaca prolongada

• Estudo Eletrofisiológico

• Avaliação atividade autonômica

Variabilidade FC

Turbulência FC

Sensibilidade Baroreflexa

Cintilografia com MIBG

Disfunção de VE e incidência de MS

0

1

2

3

4

5

6

7

8

0-30% 31-40% 41-50% >50%

J Am Coll Cardiol 1997;30:1500-1505

Fração de ejeção %

% I

nd

ivíd

uo

s c

/ M

S

7,5%

5,1%

2,8%

1,4%

FE e risco de MS

Bauer A. Eur Heart J 2009;30:576-83

Fração de Ejeção do VE

Meta-análise:

OR 2,87 (2,09-3,95)

Critério inclusão nos

ensaios de CDI

Goldberger JJ et al. J Am Coll Cardiol 2014;63:1879-89

Tratamento de Arritmias Ventriculares

CDIs – Resultados de Prevenção Primária e Secundária

0.6 0.8 1.0 1.2 1.4

MADIT-I

AVID

1.6 0.4

CABG-Patch

MADIT-II

1996

1997

1997

2002

MS Ressuscitada

N = 196

N = 1016

N = 900

N = 1232

0.46

0.62

1.07

0.69

Hazard ratio

CDI melhor

SCD-HeFT N = 1676

2005 0.77

1.8

FE e outras

características

≤ 0.35 , TNVS, EEF +

≤ 0.30, IAM prévio

≤ 0.35 com IC clínica

≤ 0.35, CRM

CASH*

2000

N = 191MS Ressuscitada

DEFINITE2004

N = 458

0.65

≤ 0.35, BVP ou TVNS

CIDS2000

N = 659

0.82

MS Ressuscitada ou

Síncope

DINAMIT2004

N = 674

1.08

≤ 0.35, IAM nos 6-40

dias, disfunção

autonômica

Estudo e ano de

Publicação

0.83

Arq Bras Cardiol 2018;111(3):436-59

Grupo

Fatores risco para DAC

DAC prévia

IC e FE <35%

Episódio prévio de MS

IAM prévio, FE e TV

População geral

Incidência de MS em diferentes grupos

Myerburg RJ. Circulation 1998;97:1514-1521

300.000200.000100.0000

Episódios de MS/ano

3025201050

Incidência de MS (% do grupo)

FE e risco de MS

Makikallio TH. Eur Heart J 2005;26:762-69

Estudo SCD-HeFT

Bardy GH. N Engl J Med 2005;352:352:225-37

- 2521 pacientes, FE < 35%, IC isquêmica e não isquêmica

- CDI x amiodarona x placebo

- RRR mortalidade total : 23%

Isquêmica Não isquêmica

RNM – Fibrose Miocárdica

Gulati A et al. JAMA 2013;309:896-908

HR 5,24 (3,1-8,7)

RNM – Fibrose Miocárdica

Kuruvilla S et al. Circ Cardiovasc Imagin 2014;7:250-58

• 9 estudos, 1488 pacientes

• Presença de fibrose miocárdica: 38%

• Desfecho MSC, terapia apropriada CDI

RNM – Fibrose Miocárdica

Memon S et al. PACE 2016;39:731-47

• 4 estudos, seguimento 15-43 meses

• 408 pacientes com RNM: 236 com realce tardio

• Desfecho terapia apropriada CDI

Sensibilidade 91%

Especificidade 4%

Valor Preditivo Positivo 35%

Valor Preditivo Negativo 96%

Gutman SJ. Eur Heart J 2018 August 10 ahead of print

RNM normal

RNM com cicatriz

RNM e Benefício CDI

RNM e pacientes com FE > 40%

Halliday BP et al. Circulation 2017;135:2106-2115

MS ou MS abortada

Eletrocardiograma

Goldberger JJ et al. J Am Coll Cardiol 2014;63:1879-89

TVNS no Holter de 24h

Goldberger JJ et al. Circulation 2008;118:1497-1518

Sousa MR et al. Eur J Heart Fail 2008;10:1007-14

IC não isquêmica:

IC isquêmica:

aumento de mortalidade

critério inclusão MADIT I e MUSTT

Variabilidade da FC

• Modulação autonômica da FC

• Vários índices de avaliação - SDNN

• Associada a ↑ mortalidade total

• Não validado em estratégias de

prevenção de MS

Goldberger JJ et al. Circulation 2008;118:1497-1518

Microalternância de onda T

ABCD Trial

Cardiopatia isquêmica FE < 40% + TVNS

Constantini O. J Am Coll Cardiol 2009;53:471-79

Microalternância de onda T

Subanálise SCD-HeFT

Gold MR et al. Circulation 2008;118:2022-28

Cintilografia MIBG - 123

Boogers MJ. J Am Coll Cardiol 2010;55:2769-77

Avaliação da denervação simpática

ECG Alta Resolução

Goldberger JJ et al. Circulation 2008;118:1497-1518

- Critério de inclusão estudo CABG-PATCH

- Meta-análise negativa

Sensibilidade Baroreflexa

La Rovere T et al. Circulation 2001;103:2072-77

Estudo ATRAMI – 1071 pacientes pós IAM

Teste com fenilefrina, monit ECG e PA

Turbulência FC

Variações ciclo sinusal

após EV

Disertori M. Circ Arrhythm Electrophysiol 2016;9:e004610

Estudo Eletrofisiológico IC Isquêmica

• Identificou grupo de maior risco: MADIT e MUSTT

• Sem correlação com eventos: MADIT II

• Inducibilidade: 20-40%

• Ocorrência TV ou MS 2 anos

EEF positivo: 18%

EEF negativo: 12%

Buxton AE et al. N Engl J Med 2000;324:1937-42

Estudo Eletrofisiológico IC Isquêmica

Buxton AE et al. Circulation 2002;106:2466-72

Melhor discriminação da morte por arritmia em FE > 30%

EEF em IC Não Isquêmica

Gatzoulis KA et al. Circ Arrhythm Electrophysiol 2013:6:504-12

VPP 73%

VPN 82%

HR 4,19

n= 158

Indução= 27,8%

3 extra-estímulos com isop

26% com síncope

70% com betabloqueador

EEF na fase aguda de SCA

Zaman et al. Circulation 2014;129:848-54

Características

- SCACST – ACTP Primária

- Avaliação FE: 4 dias

- EEF: mediana 8 dias

8 batimentos 400ms

4 extra-estímulos

- EEF positivo 37%

Estudo Eletrofisiológico pós IAMAnálise de subgrupos

Zaman S et al. Heart Lung Circ 2016;25:1055-62

Subanalise madit IIAnálise de subgrupos

KØber L et al. N Engl J Med 2016;375:1221-30

Integração de Múltiplos Parâmetros

Arbustini E et al. J Am Coll Cardiol HF 2017;5:39-43

Modelos de Estratificação de Risco

Deyell MW. Circ Res 2015;116:1907-18

Estratificação do risco de MS

• FE é o principal método

• RNM – papel cada vez maior – falta ECR

Estudos de coorte

Ensaios clínicos de CDI, Guidelines

Limitações

• Escores com múltiplos fatores