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Estratégias de implantação da prova tuberculínica em serviço de referência para HIV/AIDS em Campo Grande- Mato Grosso do Sul Autores: Sandra Maria do Valle Leone de Oliveira, Anamaria Mello Miranda Paniago, Rivaldo Venâncio da Cunha , Olcinei Alves De Oliveira , Angelita Fernandes Druzian, Renato Andreotti Serviço de Referência de Doenças Infecciosas e Parasitárias/ Núcleo Hospitalar de Epidemiologia – HU/UFMS

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Page 1: Estratégias de implantação da prova tuberculínica em serviço de referência para HIV/AIDS em Campo Grande- Mato Grosso do Sul Autores: Sandra Maria do Valle

Estratégias de implantação da prova tuberculínica em serviço de

referência para HIV/AIDS em Campo Grande- Mato Grosso do Sul

Autores:

Sandra Maria do Valle Leone de Oliveira, Anamaria Mello Miranda Paniago, Rivaldo Venâncio da Cunha , Olcinei Alves De Oliveira , Angelita Fernandes Druzian, Renato Andreotti

Serviço de Referência de Doenças Infecciosas e Parasitárias/ Núcleo Hospitalar de Epidemiologia – HU/UFMS

Page 2: Estratégias de implantação da prova tuberculínica em serviço de referência para HIV/AIDS em Campo Grande- Mato Grosso do Sul Autores: Sandra Maria do Valle

TB infecção

População mundial (5,4 bilhões):

• Estima-se: 1,7 bilhões (30%) estejam infectados por Mycobacterium tuberculosis-M.tb (PT ≥ 10mm)

• População do Brasil (180 milhões)• Estimados 30 milhões de infectados por

M.tb• Dentre os 85,000 casos de TB no sistema

de vigilância em torno de 8% são infectados pelo HIV.

The UNION, 2006 . Disponivel em: 1 jun. 2009

Page 3: Estratégias de implantação da prova tuberculínica em serviço de referência para HIV/AIDS em Campo Grande- Mato Grosso do Sul Autores: Sandra Maria do Valle

Implante do bacilo

Disseminaçãohematogênica

intra-celular

Disseminação porcontiguidade e

linfo-hematogênica

Infecção Tuberculosa

Doença

Conversão tuberculínica

TB latente

(PT positiva)

Evolução da infecção tuberculosa

5% 95%

5%

Eslaides cedidos por Paulo A. Costa (UDT-UFRJ- 2009)

Page 4: Estratégias de implantação da prova tuberculínica em serviço de referência para HIV/AIDS em Campo Grande- Mato Grosso do Sul Autores: Sandra Maria do Valle

A Prova TuberculínicaA Prova TuberculínicaAplicação intradérmica

Pápula de aplicação Medição em milímetros

Eslaides cedidos por Paulo A. Costa (UDT-UFRJ- 2009)

Page 5: Estratégias de implantação da prova tuberculínica em serviço de referência para HIV/AIDS em Campo Grande- Mato Grosso do Sul Autores: Sandra Maria do Valle

Fator de Risco adoecimento Risco relativopor TB ativa

• HIV 22-101• Silicose 68• Transplante 20-74• Insuficiência renal crônica 10-25• Infecção recente (<1 ano) 13• Lesão Fibrótica no RX s/tto ant. 2-14• Perda de Peso > 15% 2-6• Diabetes Mellitus 2-4• Tx c/ inibidores de TNFa 4

ATS/CDC-Am J Respir Crit Care, Jan, 2000

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Interpretação da PTInterpretação da PT

• Efeito Booster:

– Avaliar possíveis casos de infecção (PT+)

cujo 1º teste foi negativo ou fraco

reator;

– Aumento da induração em 6mm acima da

PT anterior com resultado final ≥ 10mm;

– Ocorre mais em populações idosas e

HIV+

Page 7: Estratégias de implantação da prova tuberculínica em serviço de referência para HIV/AIDS em Campo Grande- Mato Grosso do Sul Autores: Sandra Maria do Valle

Objetivos

Page 8: Estratégias de implantação da prova tuberculínica em serviço de referência para HIV/AIDS em Campo Grande- Mato Grosso do Sul Autores: Sandra Maria do Valle

relatar as estratégias de utilização da prova tuberculínica na avaliação da infecção do Mycobacterium tuberculosis em pessoas com HIV/AIDS em um Hospital Universitário de Campo Grande de Mato Grosso do Sul.

Page 9: Estratégias de implantação da prova tuberculínica em serviço de referência para HIV/AIDS em Campo Grande- Mato Grosso do Sul Autores: Sandra Maria do Valle

Metodologia

Page 10: Estratégias de implantação da prova tuberculínica em serviço de referência para HIV/AIDS em Campo Grande- Mato Grosso do Sul Autores: Sandra Maria do Valle

• Local e população: O Hospital-Dia Prof. Esterina Corsini do Hospital Universitário da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, em Campo Grande, é referência para doenças infecciosas e, em 2007 somavam 492 pessoas em acompanhamento clinico do HIV/AIDS.

• Período: A implantação da prova tuberculínica foi em julho de 2008:

• primeiro eixo operacional foi desenvolvido nos anos de 2004- 2007 ;

• segundo e terceiro eixo no primeiro semestre de 2008.

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Resultados

Page 12: Estratégias de implantação da prova tuberculínica em serviço de referência para HIV/AIDS em Campo Grande- Mato Grosso do Sul Autores: Sandra Maria do Valle

De onde partimos...

• Da análise da organização do serviço: que dependia do laboratório de imunologia para realização da PT; frequentemente não tinha PPD; agendava PPD com pouca flexibilização;

• Dos 108 pacientes atendidos no período estudado, 76,1% nunca haviam feito prova tuberculínica;

• A mediana de acompanhamento era de 8 anos. Muitos prontuários constavam a solicitação médica...mas não tinham resultados ou ao inverso.

Page 13: Estratégias de implantação da prova tuberculínica em serviço de referência para HIV/AIDS em Campo Grande- Mato Grosso do Sul Autores: Sandra Maria do Valle

Estratégias operacionais para

implantação :decisão de prioridades por eixos

Page 14: Estratégias de implantação da prova tuberculínica em serviço de referência para HIV/AIDS em Campo Grande- Mato Grosso do Sul Autores: Sandra Maria do Valle

Treinamento de mais (02) pessoas

no Serviço de referência

Colaboração em treinamentos para o interior: Três Lagoas e Campo Grande

Primeiro eixo : Recursos humanos

Treinamento de um elemento

chave na UDT/UFRJ

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Aquisição de seringa de tuberculina

Padronização da técnica de aplicação

e leitura

Dois serviços : laboratório e serviço de referência

Geladeira e controle de

temperatura

PPD Rt23 fornecido pela SES

Carteirinha com resultado

Primeiro eixo : Aquisição de insumos para

padronização da técnica

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Page 17: Estratégias de implantação da prova tuberculínica em serviço de referência para HIV/AIDS em Campo Grande- Mato Grosso do Sul Autores: Sandra Maria do Valle

CARTEIRINHA DE BOLSO DO PACIENTE

Page 18: Estratégias de implantação da prova tuberculínica em serviço de referência para HIV/AIDS em Campo Grande- Mato Grosso do Sul Autores: Sandra Maria do Valle

Associação com data da coleta de carga viral e

imediata a solicitação

médica

abertura do serviço

para a demanda

“ plasticidade, que é a capacidade de um serviço adaptar técnicas e combinar atividades de modo a melhor respondê-los, adequando-os a recursos escassos e aspectos sociais, culturais e econômicos, presentes na vida diária” Schimidt e Silva (2004)

Terceiro eixo: Acolhimento e vinculação

Estimulo a autonomia do usuário: convite para testagem

Autorização pelo paciente

para contato

telefônico para retornar

a leitura

Page 19: Estratégias de implantação da prova tuberculínica em serviço de referência para HIV/AIDS em Campo Grande- Mato Grosso do Sul Autores: Sandra Maria do Valle

Eixo: Recursos humanos

Eixo: insumos e padronização da

técnica

Eixo: vinculação e acolhimento

Anérgicos/não infectados

Infecção tuberculosa

TB latente

(PT positiva)

76,5% 13,5% (15/ 108)

5%

efeito booster (5/39)

Page 20: Estratégias de implantação da prova tuberculínica em serviço de referência para HIV/AIDS em Campo Grande- Mato Grosso do Sul Autores: Sandra Maria do Valle

• De julho a dezembro de 2008, foram atendidos 108 pacientes, dos quais 15 (13,5%) tiveram resultados positivos para a prova tuberculínica;

• Todos foram encaminhados para o acompanhamento clinico e uso de quimioprofilaxia com Izoniazida.

Page 21: Estratégias de implantação da prova tuberculínica em serviço de referência para HIV/AIDS em Campo Grande- Mato Grosso do Sul Autores: Sandra Maria do Valle

Quais prioridades para manter a estratégia: investir nos três eixos

• treinamento de recursos humanos permanente, compreendendo a existencia da rotatividade;

• Sensibilização dos profissionais médicos, compreendendo que o dificil manejo do paciente com HIV o ajuda a esquecer da infecção latente;

• Manter vinculação e acolhimento do serviço de saúde.

Page 22: Estratégias de implantação da prova tuberculínica em serviço de referência para HIV/AIDS em Campo Grande- Mato Grosso do Sul Autores: Sandra Maria do Valle

Obrigada !