estratégia sobane para a gestão dos riscos profissionais: … · •logo: nenhuma ação é...
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1
Estratégia SOBANE
para a gestão dos riscos
profissionais:
princípios e ferramentas
Professor J. Malchaire Unité Hygiène et Physiologie du travail
Universidade Católica de Louvain
Bélgica
2
Plano • Intervenções clássicas:balanço das abordagens atuais
• Terminologia
• Os princípios básicos de uma abordagem participativa
• A estratégia SOBANE
– Os 4 NÍVEIS de intervenção
• O guia de diálogo Déparis
– O procedimento de utilização
• O papel do conselheiro-facilitador
• Validação operacional do guia de diálogo Déparis
3
Abordagem clássica de análise do trabalho:
desde o início da higiene industrial
1. Descoberta do problema
2. Intervenção de um "especialista"
– Medições pontuais
– Comparação com os valores-limite
– Propostas de melhoria bastante gerais (EPP, formação ...)
– Um longo relatório de 10-20 páginas, com Metodologia,
Métodos de medição, Resultados e Propostas de relatório
3. Leitura do relatório pela Direção?
4. Ação ou não?
4
Abordagem e avaliação pontual e específica
Muitas vezes suficientes no passado
em situações de trabalho críticas com concentrações
e níveis de ruído .. muito elevado e superiores aos
limites permissíveis
Os trabalhadores são « consultados » talvez
Mas, raro ou nunca um diálogo com eles para
determinar as melhores medidas de controle
5
Estatísticas do número de trabalhadores
expostos aos riscos físicos
Sucesso? Pesquisa europeia
todos os 5 anos sobre
percepções das
condições de trabalho
Ruido Posições Movimentação
elevado dolorosas manual
6
Atualmente
Mais problemas musculoesqueléticos
Mais estresse (maior interesse para o estresse no trabalho)
Mais insatisfação (maior interesse para a insatisfação no trabalho)
• Problemas de natureza multifatorial
• Implicando pessoalmente os trabalhadores
• Nenhum valor limite
Necessidade de uma análise mais geral cobrindo
o conjunto da situação do trabalho
Alterar a abordagem ?
7
Outra abordagem
Sobre quais bases ?
8
Os fatores de risco
• Todos os fatores da situação de trabalho que
possam interferir com a saúde, segurança, o bem-
estar dos trabalhadores, relativos a:
– Segurança: (perigo)
• Acidentes: trabalho em altura, piso irregular, faca, eletricidade ...
– Saúde: (desconforto, perigo)
• Doenças profissionais: ruído, solventes, movimentação de carga
– Bem-estar (ou perigo, ou desconforto)
• Conforto, desenvolvimento pessoal, estresse, trabalho noturno,
autonomia, relações pessoais...
Perigos, desconforto
9
Risco
Probabilidade
de um efeito
de uma certa gravidade Gr,
levando em conta
• a exposição Ex ao fator
de risco
• e as Circunstâncias Ci
de exposição
3 componentes
R = Ex * Ci * Gr
Probabilidade
de quebrar uma perna
# entorse
Levando em conta que
• trabalho durante 2:00 em
uma escada a 3m de altura
• e a escada não é estável
10
Princípios de base
1. Qual é o objetivo?
2. Abordagem preventiva vs legalista
3. Com quem?
4. Em quais empresas?
5. O papel do coletivo de trabalho
6. Prevenção Vs. avaliação dos riscos
11
Qual é o objetivo?
Saúde, Bem-estar
Desde 1947, a OMS define a saúde como
• não somente a ausência de trauma e doenças
• mas como um estado completo de bem-estar
físico, mental e social
12
Herzberg (motivação e higiene teoria 1950)
• 2 tipos de fatores influenciam o comportamento:
• O contexto em que o trabalhador trabalha
– Condições físicas de trabalho: organização do trabalho,
exigências da tarefa, ambiente físico
– Condições econômicas: salários, benefícios financeiros, seguros
– Vantagens sociais
• No trabalho: as possibilidades de – Usar e desenvolver suas habilidades
– Conseguir coisas difíceis
– Exercer responsabilidade
– Merecer a admiração dos outros
Fatores de insatisfação
Fatores de satisfação, de BEM-ESTAR
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Necessidades de realização
Ser bem sucedido Trabalho interessante
Responsabilidade
Desenvolvimento
Fatores
satisfação
Necessidades de valorização
Promoção
Reconhecimento
Status
Fontes
de insatisfação
Necessidades sociais
Relações com os outros
Supervisão
Colegas
Subordinados
Necessidades de segurança
Supervisão técnica
Política organizacional Segurança de emprego
Necessidades fisiológicas
Condições de trabalho
Salário
Vida pessoal
Hierarquia das necessidades
de acordo com Maslow
Fatores de motivação
e de higiene
de acordo com Herzberg
BEM-
ESTAR
Sem
acidentes
Nem
doenças
Nem
incômodo
local
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Abordagem holística:
Seja qual for o problema considerado (ruído, carga física…)
• Colocá-lo no contexto geral da situação de trabalho
– em vez tratar os problemas sequencialmente em função de
circunstâncias externas (novo regulamento...)
• Aprofundar, em seguida, se necessário
– Se o problema não for resolvido
– Se o problema é muito grave
(risco químico, acidentes, incêndio....)
"Estado completo de bem-estar físico, mental e social"
Todos os problemas estão ligados
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Exposição
PPE
L
Prevenção a partir de quanDo?
Efeito
Intoxicação
Estresse
Visão legalista Visão preventiva
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Não somente estar < aos valores legais
Mas proporcionar um estado ideal
• de saúde e de bem-estar para os operadores
• de saúde técnica e econômica para a empresa
Não estar de acordo com as regras para evitar os aborrecimentos
• Imagem negativa da segurança, dos prevencionistas
Mas contribuir para o desenvolvimento da empresa
• Imagem positiva, prevencionista = parceiro
Visão preventiva
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Prevenção por quem?
A complementaridade dos conhecimentos
• Trabalhadores
• Direção local
• Enfermeiros do trabalho
• Conselheiros em prevenção internos
• Médicos do trabalho
• Higienistas
• Ergonomistas
• Peritos
Situação de
trabalho
Saúde
segurança
+
18
Prevenção onde? As PME
Ferramentas utilizáveis por e não nas PME
e não somente pelas grandes empresas
% trabalhadores
tam
anh
o
19
• Métodos concebidos para as PME
– Ferramentas simples, rápidas, de baixo custo
– Levando em conta os meios limitados em saúde - segurança
• A estratégia é necessária para
– Usá-los corretamente
– Organizar a colaboração empresa – conselheiros em
prevenção externos
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Os principais atores da prevenção
• Objetivo: preservação ou melhoria do bem-estar do
coletivo de trabalho
• Logo: nenhuma ação é relevante sem o conhecimento
da situação de trabalho que só o coletivo de trabalho
(trabalhadores e superiores imediatos) tem.
• O Coletivo de trabalho é, portanto:
– O ator principal da prevenção,
– Não o objeto da prevenção
Abordagem participativa vs consultiva
21
Participação
“Colaboração direta, ativa e igualitária
do coletivo de trabalho (entre os assalariados e os seus supervisores)
sobre as suas condições de vida juntos na
empresa”
22
Abordagem consultiva Abordagem Vs participativa
Consulta
pesquisa
Os assalariados são ouvidos Os assalariados e os seus
supervisores diretos discutem suas
condições de vida no trabalho e
buscam juntos medidas de
melhoria
Diálogo
23
Formação Vs. Assistência
• Reconhecer explicitamente os conhecimentos e a
integridade dos trabalhadores e dos superiores imediatos
• Procurar formá-los e a se sentir responsáveis – Ajudando-os a reconhecer eles mesmos os riscos que correm e
que tomam
– em vez de assisti-los
Competência omnisciência! prevencionistas, Checkliste complementar
Competência responsabilidade! Responsibilidade não transferível do empregador
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A avaliação – quantificação dos riscos
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A avaliação dos riscos
Risco = Ex : Exposição ao fator de risco
* Ci : Circunstância de exposição
* Gr : Gravidade dos danos
R = Ex * Ci * Gr
• Métodos quantitativos
• Medições • Fiabilidade das avaliações ? ? ?
• Fiabilidade das conclusões: prioridades ? ? ?
26
Medições?
"O trabalhador é exposto a 85 dB(A)"
– Quando? Que máquinas trabalham ...
– Onde? Próximo, longe das máquinas ...
– Nível durante quanto tempo?
• valor instantâneo,
• média de 1, 5, 60, 480 min.
– Em que condições de trabalho?
Representação?
Utilidade?
27
28
Alfredo Volpi
29
Método RULA
Ombros
Cotovelos Resultado
A
Resultado
C
Pulsos Postura + Músculos + Forças =
Torção pulsos
Resultado
global
Nuca Resultado
B Resultado
D
Tronco Postura + Músculos + Forças =
Pernas
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Método RULA: posições dos ombros
Score
Ombro entre 20° em flexão e 20° em extensão: 1
Ombro entre 20° e 45° em flexão ou à mais 20° em extensão:
2
Ombro entre 45° e 90° em flexão: 3
Ombro à mais 90° em flexão: 4
Se ombro sobrelevado: +1
Se ombro afastado do corpo: (abdução) +1
Se trabalhador apoiado ou peso do braço suportado: -1
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Recomendações
• Resultado de 1 a 2: nível 1. – Risco leve e aceitável se o esforço não for sustentado nem se
repetir durante um longo período
• Resultado de 3 a 4: nível 2. – Um estudo mais detalhado é necessário e mudanças devem
ser efetuadas
• Resultado de 5 a 6: nível 3.
– Um estudo mais detalhado e mudanças são necessários num
futuro próximo.
• Resultado de 7: nível 4.
– Estudo mais detalhado e mudanças são imediatamente
necessárias
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interesse Rendimento = ------------------ Custo
• Custos elevados: – Estudo para definir uma amostra representativa
– Vídeo de cada parte do corpo no trabalho…
– Tempo no local de trabalho e no laboratório • para determinar as posições dos segmentos corporais
• mas sem observar a tarefa e as condições de trabalho
• Interesse medíocre: – Classificação em 4 categorias
– Poucas (nenhuma) idéias de melhoria
Rendimento: insignificante
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Questionário de estresse
• Questionário anônimo para todos os empregados • 43% de respostas! De quem???
• Insatisfação dos empregados • Muito teórico: perguntas gerais padronizadas não ligadas às
situações de trabalho reais
• Estudo limitado supostamente “aos fatores psicossociais”
enquanto outros problemas existem
• Nenhuma possibilidade de se exprimir
• Conjunto de notas abstratas difíceis de interpretar
• Nenhuma via para melhorias práticas
Resultado Rendimento = ---------------- Insignificante … de efeito negativo Custo
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Método quantitativo
• A quantificação torna-se o único objetivo
• A quantificação é muito rápida
• A influência da subjetividade é muito importante
• As estimativas são tendenciosas e não são confiáveis
• A reflexão sobre o "Por quê?" é omitido
• As prioridades definidas não são confiáveis
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Porque tantas medições?
Falsas razões
• “O que não é quantificado não existe!” “Os engenheiros… demandam dados quantitativos”
• “A avaliação quantitativa conduz às soluções”
Quanto vs porque e como
O global vs os detalhes
• “É necessário medir para determinar se há um risco ou não”
Visão legalista Vs. Visão preventiva
• “As medições são necessárias para autenticar, objetivar
as queixas “subjetivas” dos assalariados”
Reconhecer explicitamente a competência e a integridade dos
assalariados e a sua gestão local
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Verdadeiras razões?
• Pela empresa
– Medições para retardar os problemas!
• Pelos conselheiros em prevenção
– Está de acordo com o treinamento recebido
– Medição é simples, rápido (mas não representativa) barato (até
rentável!) e dá muito "prestígio"
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B. Goelzer (1996) "Não é incomum ver dar mais atenção à avaliação quantitativa e a
vigilância médica que à prevenção e a melhoria dos riscos.
A fascinação exercida pelos equipamentos sofisticados e os números
é, por certas razões, superior ao interesse em se introduzir soluções
pragmáticas para reduzir a exposição.«
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Medições com um objetivo definido
• Investigações científicas
– Dose - Efeito - Resposta
• Subsídios para doenças Ocupacionais
• Educação (COV)
• Aprofundar um ponto específico, observando os
detalhes, para definir soluções mais técnicas • Comparação Antes - Após
• Avaliação do risco residual
• Responder a demandas não justificadas, à condição
progressivamente de servir-se para “educar” os
requerentes
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MENOS medições a priori • Inúteis, dispendiosas (quando representativas), difíceis, longas
• Desviam a atenção dos aspectos de prevenção
• Resultam em recomendações genéricas
• AGIR: prevenir ao invés de avaliar
• Gestão ao invés de avaliação
• Medições posteriormente para
aprofundar um ponto específico
verificar onde se chegou: risco residual
40
A prevenção dos riscos
41
A prevenção dos riscos
1. A exposição ao fator de risco
R = Ex * Ci * Gr
Medições
Organização do trabalho
Locais
Procedimentos
Tempo
42
2. As circunstâncias de exposição
R = Ex * Ci * Gr
Medições
MEDIDAS de prevenção coletiva
Instrumentos, máquinas
Incêndios
…
A prevenção dos riscos
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3. A gravidade dos danos
R = Ex * Ci * Gr
Medições
MEDIDAS de proteção
individual adequadas
e aceitas pelos
trabalhadores
A prevenção dos riscos
44
R = Ex * Ci * Gr
• Conduta pessoal: função:
• A coerência da política
• A formação
• O estresse, a satisfação no
trabalho
• A motivação
* T
A prevenção dos riscos
Organização
do trabalho
Prev.
Colet
Prot.
Indiv.
45
R = Ex * Ci * Gr
trabalhadores
* T
Ações pontuais sobre fatores “visíveis”
• sobre Ci : prevenção coletiva
• sobre Gr : proteção individual • sobre a formação: frequentemente estereotipado (manipulação…)
Coerência difícil
Por prevencionistas externos A prevenção dos riscos
Organização
do trabalho
Prev.
Colet
Prot.
Indiv.
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R = Ex * Ci * Gr Trabalhadores
* T
• Desenvolver ações coerentes
sobre os diferentes fatores de risco
e de produção
• Ações integradas no contexto
socioeconômico da empresa
A prevenção dos riscos DURADOURA
Organização
do trabalho
Prev.
Colet
Prot.
Indiv.
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Resumo dos princípios básicos
1. O objetivo ? – O bem-estar físico, mental e social
– Análise sistemática e global
2. Abordagem preventiva em vez de legalista
3. Com quem ? – Complementaridade das competências e conhecimentos
disponíveis e das pessoas
4. Onde ? as PME
5. O coletivo de trabalho ATOR e não objeto da prevenção – Participação e não somente consulta
6. Prevenção ao invés simplemente de avaliação dos riscos
– AGIR em vez de medir
7. Abordagem - gestão integrada de qualidade - ambiente -
saúde
48
Uma estratégia
Como?
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uma estratégia Coordenar as intervenções dos diferentes protagonistas
• trabalhadores, prevencionistas, peritos
para atingir o objetivo
• melhorar as situações de trabalho
o mais rapidamente possível
o mais eficazmente possível
o mais economicamente possível
método, mas uma articulação de métodos
50
Os diferentes níveis de intervenção Filosofia da estratégia de prevenção
dos riscos profissionais
SOBANE
Despistagem - Observação -
Análise - Perícia
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Estratégia de gestão da saúde no trabalho
Coletivo de trabalho
+ Coletivo de trabalho
+ Especialista
+ Perito
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Parceiros Saúde-Segurança
• Trabalhadores
• Direção local
• Enfermeiros do trabalho
• Prevencionistas
• Médicos do trabalho
• Higienistas
• Ergonomistas
• Peritos
Despistagem
Observação
Análise
Pericia
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Nivel I DIAGNÓSTICO
PRECOCE
Nivel II OBSERVAÇÃO
Nivel III ANÁLISE
Nivel IV PERÍCIA
• Quando ? • Como ? • Custo ? • Por quem ? Competência
Trabalho
Ergonomia
Todos os casos Observações Simples Baixo
10 minutos Pessoas da empresa elevada média
Se problema Observações qualitativas Baixo
2 horas Pessoas da empresa elevada média
Casos difíceis Observações quantitativas Médio
2 dias Pessoas da empresa + Prevencionista elevada média
Casos complexos Medições especializadas Elevado
2 semanas Pessoas da empresa + Prevencionista + Peritos baixa especializada
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Diagnóstico Observação Análise Perícia
D Áreas
E Máquinas
P Segurança
I Ruído
S Poluição
T .............
A Carga mental
G Relações
E Responsabilidade
Esquema geral da gestão dos riscos
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As diferentes etapas de intervenção:
A gestão dinâmica
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PLAN JO
CHECK ACT
PLAN JO
CHECK ACT
PLAN JO
CHECK ACT
PLAN JO
CHECK ACT
PLAN DO
CHECK ACT
Roda de Deming
Qualidade da
situação de
trabalho
Tempo (anos)
57
Qualidade da
situação de
trabalho
Tempo (anos)
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Quantas etapas
• Função do "clima" da empresa
– A educação nas políticas de segurança e saúde dos
trabalhadores e superiores imediatos
– A qualidade das relações na empresa
– (Confiança, comunicação ...)
– As experiências anteriores
Infinito
Processo sempre a repetir, se não regressão
Qual é a amplitude de cada etapa ?
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Para as etapas mais avançadas da
intervenção progressiva
Instrumentos e capacidades mais específicos sobre a
organização do trabalho, os programas de formação, a
gestão das relações…
• Atores suplementares indispensáveis: prevencionistas
externos
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As ferramentas para colocar em prática
a estratégia SOBANE
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Guias SOBANE desenvolvidos
15 guias para os Níveis Observação e Análise
1. Vibrações mãos - braços 8. Trabalho com monitores de
vídeo
2. Vibrações corpo inteiro 9. Máquinas e ferramentas
manuais
3. Ruído 10. Segurança (acidentes…),
4. Produtos químicos
perigosos 11. Riscos elétricos
5. Agentes biológicos 12. Riscos incêndio-explosão
6. Iluminação 13. Locais sociais
7. Ambientes térmicos de
trabalho
14. PMS: problemas
musculoesqueléticos
15. Aspectos psicossociais
62
http://www.deparisnet.be
63
Nível 1: Despistagem
Guia Déparis
DEspistagem PArticipativa dos RIScos
• Método • Checklist • Questionário (?) • …
Guia de consenso
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Guia de consenso Déparis
Revisão sistemática pelos trabalhadores e os seus
superiores locais de suas circunstâncias de trabalho.
Visita dos locais de trabalho por um conselheiro em
prevenção para detectar os riscos mais elevados • Acidentes de trabalho (Tabela 3 Déparis)
• Eletricidade, incêndios e explosões (Tabela 4 Déparis)
• Máquinas e ferramentas (Tabela 6 Déparis)
• Riscos químicos e biológicos (Tabela 11 Déparis)
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Déparis
18 quadros, 18 facetas da situação de trabalho
1. Locais de trabalho
2. Organização do trabalho
3. Riscos de acidentes
4. Riscos elétricos e de incendio
5. Comandos e sinais
6. Material de trabalho, ferramentas, máquinas
7. Posições de trabalho
8. Esforços e os manuseios de carga
9. Iluminação
10. Ruído
11. Higiene atmosférica
12. Ambientes térmicos
13. Vibrações
14. Autonomia e as responsabilidades individuais
15. Conteúdo do trabalho
16. Pressões de tempo
17. Relações de trabalho com colegas e superiores
18. Ambiente psicossocial
66
Lista dos aspectos
susceptíveis de serem
discutidos
O que pode ser feito de concreto
por quem?
E quando,
Ao nível Observação
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Prioridade
Situação insatisfatória: A melhorar necessariamente
Situação quase satisfatória: A melhorar se possível
Situação totalmente satisfatória
68
69
70
Procedimento para utilização
71
1. Informação pela direção sobre – os objetivos – o engajamento de levar em consideração os resultados
2. Definição de um pequeno grupo de postos formando um conjunto, uma "situação" de trabalho
3. Designação de um coordenador pela direção com o aval dos trabalhadores
4. Preparação do coordenador: – Formação sobre a utilização – Adaptação da ferramenta à situação de trabalho em questão
• Se um aspecto não for diretamente aplicável tal qual (vibração…), deve ser abandonado ou ser transformado
Procedimentos para utilização
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Guia por setor • O setor dos cuidados com
a saúde
• O setor da construção
• O setor terciário
• O setor terciário com
trabalho à domicílio
• As agências bancárias
• O ensino
• A indústria alimentícia
• A indústria da madeira
• As empresas elétricas
• Os laboratórios
• Os ateliers protegidos
• As garagens
• As gráficas
• As padarias
• Os call centers
• Os supermercados
• Os bares - restaurantes
• O setor de logística
• O setor de limpeza
• Salões de estética
• Prisões
• O trabalho em altura
• Arrumadeiras
• O ofício de jardineiro
• Os geriátricos
• As creches
• Os centros recreativos
• Salões de beleza
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5. Constituição de um grupo de reflexão com:
– Trabalhadores-chaves designados pelos seus colegas e
representantes
• Com experiência na situação de trabalho
• Um homem e uma mulher, se o grupo é misto
• Falando em nome de seus companheiros
– Superiores técnicos locais
6. Informação e convite ao grupo de reflexão
Procedimentos para a utilização
74
75
Procedimento para utilização
7. Reunião do grupo de reflexão em um lugar
– Livre de interferência
– Perto dos postos de trabalho
8. Discussão sobre cada rubrica
– Sem perder tempo em dar notas ou avaliar queixas
– Mas, para determinar
• O que fazer simples, direta e concretamente para
melhorar a situação
• Os aspectos pelos quais é necessário solicitar a ajuda de
um especialista
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9. Após a reunião, síntese do coordenador especificando claramente
• A lista detalhada das soluções propostas
• Os pontos que deverão ser estudados com mais detalhes
• Quem faz o que e quando
Procedimentos para a utilização
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Situação de trabalho:
1. Locais de trabalho
2. Organização do trabalho
3. Riscos de acidentes
4. Riscos elétricos e de incendio
5. Comandos e sinais
6. Material de trabalho, ferramentas, máquinas
7. Posições de trabalho
8. Esforços e os manuseios de carga
9. Iluminação
10. Ruido
11. Higiene atmosférica
12. Ambientes térmicos
13. Vibrações
14. Autonomia e as responsabilidades individuais
15. Conteúdo do trabalho
16. Pressões do tempo
17. Relações de trabalho com colegas e superiores
18. Ambiente psicossocial
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N° QUEM? O QUE? Custo QUANDO?
Projetado
Realizado
1 Operadores Estocar os móveis (paletts de papéis, caixas diversas, reserva de toner) em um local contíguo a gráfica.
0 -/-/- -/-/-
2 Operadores Organizar os carrinhos e a empilhadeira em um espaço previsto no local ao lado
0 -/-/- -/-/-
3 Manutenção Prever um estoque de papéis maior, de 20 resmas próximo as fotocopiadoras
0 -/-/- -/-/-
4 Direção Regulamentar o acesso ao local de trabalho de maneira a permitir apenas a presença dos operadores
0 -/-/- -/-/-
9 Conselheiro PP Prever um estilete com lâmina retrátil € A analisar
antes de -/-/-
10 Conselheiro PP Colocar um porta ferramentas na parede para guardar o estilete, próximo a mesa de trabalho
0 -/-/- -/-/-
11 Conselheiro PP
Colocar à disposição luvas de algodão
para proteger de cortes ao manusear as folhas de papel
e resistentes ao calor para as intervenções na proximidade do forno
€ A analisar antes
de -/-/-
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1. As zonas de trabalho O que fazer CONCRETAMENTE para melhorar a situação?
Evacuar as caixas, paletts, carrinhos inúteis que obstruem o local
Organizar a zona de trabalho
Limitar os estoques, móveis estocados ao mínimo.
Deslocar o mobiliário para aumentar a distância em 0.7m entre a máquina e o pallet de reserva de papéis
Organizar um espaço reservado para as pausas próximo às janelas, com vista para o exterior.
Aspirar e limpar com mais frequência a zona de trabalho para retirar a poeira e os resíduos de toner
Reparar a laje e o revestimento do piso
Aspectos a estudar com mais detalhes: Organização da zona de trabalho. Recobrimento do piso.
80
10. A direção define e ativa os planos de ação em
curto, médio e longo prazos
11. Periodicamente, repetição da operação
12. Reavaliação da situação e modificação dos planos de
ação (plano dinâmico de gestão de riscos)
Procedimentos para a utilização
81
Papel do conselheiro - facilitador
82
Papel do conselheiro - facilitador
Motor do processo participativo:
• Sensibilizar as partes sobre as possibilidades de Déparis e
SOBANE para estruturar o diagnóstico das situações de
trabalho
– Sensibilizar a direção para adotar a posição descrita
– Sensibilizar e envolver a linha hierárquica
– Aliviar possíveis temores de sindicatos e trabalhadores
83
Papel do conselheiro - facilitador
• Adaptar os instrumentos aos 3 níveis: Despistagem,
Observação e Análise às caraterísticas da situação de
trabalho reexaminando:
– a terminologia – os aspectos considerados
os guias tornam-se
os guias da empresa
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Papel do conselheiro - facilitador
Motor do processo participativo:
• Acompanhar de perto ou conduzir ele próprio a
primeira utilização de Deparis, para • Formar os coordenadores Déparis
• Coordenar as primeiras reuniões
• Evitar as ambiguidades
• Controlar as falsas esperanças, temores, desconfianças,
decepções
• Ajudar os parceiros a reconhecer os seus limites
• Supervisionar o processo de discussão, de decisões
• Fazer de modo que a síntese reflita fielmente as discussões
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Motor do processo participativo: Verificar a pertinência das ações propostas
• Estudar os aspectos importantes não abordados durante as
reuniões
• Trazer as informações complementares
Localizar o momento judicioso para relançar o processo Déparis
Relançar o processo cuidando para que a empresa se aproprie
completamente do procedimento
Papel do conselheiro - facilitador
86
Validade operacional
Analyse
Expertise
Dépilevel
Observation
Analysis
Expertise
Screening
Observation
Number of work situations
Number of risk factors
Sophistication
Cost
Expertise
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Validação dos guias de concertação Déparis
Em 2003 e 2005, validação dos guias Déparis 80 empresas, 9 setores, 3 dimensões 1800 assalariados interessados 40% de mulheres, 60% de homens 986 propostas (12 por reunião)
• Sem custo: 40% (4,8 por reunião)
• Pouco dispendiosos: 36% (4,3 por reunião)
• Dispendiosos: 16% (1,9 por reunião)
• Muito dispendiosos: 8% (0,9 por reunião)
33% já conhecidos 58% específicos à situação de trabalho 60% concretos e diretamente aplicáveis
– 40% relativos à produtividade e a qualidade
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Validação operacional do guia Déparis
Muitas utilizações na Bélgica e no mundo
• Aspectos positivos – Diretamente participativa
– Fácil de entender e usar
– Orientadas "porquê?" e "como?"
– Conduzindo a soluções concretas e realistas
– Sem escalas de avaliação:
– Definição das prioridades
– Rápida e econômica (sem medições inúteis)
– Fontes de progresso para a empresa
– Plano de gerenciamento dinâmico de vida no trabalho (Não só dos "riscos")
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Validação operacional do guia Déparis
Aspectos positivos
R = Ex * Ci * GR * T
• Medidas relativas a: – Eliminar o fator de risco
– Melhorar a exposição
– Melhorar as circunstâncias de exposição
– O uso de EPI
– O comportamento de todos • Distribuição das tarefas
• Compreensão e confiança mútua
• Motivação e satisfação
• Solicitação de formação adequada
90
Interesse de Déparis
Direto • Plano dinâmico de gestão
• Não somente dos riscos tradicionais • Mas de todos os aspectos que influenciam o bem-estar dos
trabalhadores • Uma maior probabilidade de sucesso:
• As soluções vêm do grupo de trabalho (trabalhadores e gerenciamento local)
Indireta • O treinamento progressivo em saúde ocupacional • Motivação • Mudança de paradigma
• NÃO para evitar problemas: custos, aspectos negativos • Mas, para ganhar eficiência: investimento, aspecto positivo
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Déparis
Desvantagens – Socialmente altamente comprometidos
Difícil de organizar pela primeira vez
– Precisa verificar que nenhum grande problema foi
esquecido
Lista complementar
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Conclusões
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Mudança de paradigma
• A segurança, a higiene, o bem-estar
– Não como cargas legais
– Nem obstáculos ao desenvolvimento econômico
• Mas fatores de desenvolvimento
– Busca de um estado ideal
• saúde e bem-estar para os trabalhadores
• saúde técnica e econômica para a empresa
– Diminuição dos custos
– Aumento da produtividade
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Mudança de atitude
• Não isolar os problemas de saúde - segurança
• Falar menos de leis, obrigações… (imagem negativa)
• Integrar-se na vida diária da empresa
• Contribuir para o desenvolvimento da empresa
(imagem positiva)
• Contribuir para os benefícios
Mudar um pouco de ofício
Menos medições e estudos longos e estéreis…
Mais gestão
Para um impacto significativo e duradouro nas empresas
Para atingir melhor o objetivo do bem-estar no trabalho
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Jacques.malchaire @uclouvain.be
www.deparisnet.be
Obrigado pela sua atenção
e boa sorte para você (com ou sem SOBANE e Déparis)