estratégia de cooperação para inovação: empresas do nordeste brasileiro

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ROLIM, Germana F. [email protected] Estratégia De Cooperação Para Inovação: Uma Análise Dos Resultados De Empresas Do Nordeste Brasileiro GERMANA FERREIRA ROLIM DIEGO DE QUEIROZ MACHADO MIRNA MAIA DE ARAÚJO

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Apresentação feita no III Slade/Elbe.

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Page 1: Estratégia de Cooperação para Inovação: Empresas do Nordeste Brasileiro

ROLIM, Germana F.

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Estratégia De Cooperação Para Inovação:

Uma Análise Dos Resultados De Empresas Do

Nordeste Brasileiro

GERMANA FERREIRA ROLIM

DIEGO DE QUEIROZ MACHADO

MIRNA MAIA DE ARAÚJO

Page 2: Estratégia de Cooperação para Inovação: Empresas do Nordeste Brasileiro

ROLIM, Germana F.

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RESUMO

No Brasil há compreensão de que a inovação está intensamente relacionada ao resultado das empresas e que ela requer o enfrentamento de muitos obstáculos: a complexidade da base de conhecimento requerida, a concorrência com produtos e serviços de ciclo de vida cada vez menor e recursos extras para investimentos e diante dessas dificuldades, por isso as empresas com menos recursos precisam realizar parcerias com várias organizações. O termo rede de cooperação tem sido utilizado para distinguir um conjunto de fluxos como recursos e informações, entre um conjunto de atores, por exemplo, indivíduos, grupos, organizações e sistemas de informações. No contexto empresarial, a noção de rede é bastante abstrata, são várias as formas e os objetivos pelos quais empresas se reúnem em rede, na grande maioria dos casos, a intenção fundamental das redes é somar esforços, nesse caso, para avanços na capacidade inovativa para melhoria do resultado das empresas. O presente trabalho objetiva analisar as redes de cooperação como estratégias de inovação para melhoria do resultado das empresas do Nordeste do Brasil, utilizando dados de 2005 da Pesquisa de Inovação Tecnológica (PINTEC) do IBGE. Através da análise de dados secundários de 9.098 empresas, usou-se ferramentas de estatística descritiva, em especial, medidas de associação de mediação de intervalos e razões, como coeficientes de correlação. Porém, os resultados encontrados mostraram a pouca presença das redes de cooperação no desenvolvimento de inovações no campo empírico estudado e impacto nos resultados é pouco relevante.

III Elbe/Slade Brasil

Fortaleza,

11 e 12 de novembro de 2010

Sala B44

Horário 16:30hs

Apresentação:

Germana Ferreira Rolim

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CONTEXTUALIZAÇÃO

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As empresas têm necessidade de atuarem de

forma conjunta e associada, baseadas em

modelos organizacionais fundamentados na

associação, complementaridade,

compartilhamento, troca e ajuda mútua.

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A noção de redes, no campo organizacional, é

abstrata.

Joint ventures, alianças estratégicas, relações de

terceirização e subcontratação, distritos

industriais, consórcios, redes sociais, redes de

cooperação entre pequenas e médias empresas,

entre outras.

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Cooperação pode ocorrer entre duas ou mais organizações ao mesmo tempo: firma com firma,

firma com universidade ou com outro tipo de organização.

Cooperação para a inovação, por sua vez, pode assumir as formas de acordos de transferência de

tecnologia, acordos com universidades para desenvolvimento ou exploração conjunta de uma

patente, e o desenvolvimento conjunto de produtos a serem comercializados em parceria.

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Uma parte crescente da teorização observada

na literatura sobre o assunto tem apontado a

formação de redes de atores como fator

estratégico para a viabilização do processo de

inovação e para a competitividade.

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Diversos estudos têm indicado que as formações

em rede de cooperação proporcionam às

pequenas e médias empresas o alcance de

vantagens competitivas (CASAROTTO; PIRES,

1999; FACHINELLI; MARCON; MOINET, 2001;

FAYARD, 2000; JARILLO, 1988; MARCON;

MOINET, 2001).

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Porter (1998) defende que o sucesso de uma

rede de cooperação empresarial está no

equilíbrio entre competição e cooperação.

Muitos autores têm empregado a terminação co-

opetição (co-opetition) para denominar este

equilíbrio (PORTER, 1998; LEVY; LOEBBECKE;

POWELL, 2003).

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OBJETIVO

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Analisar as redes de cooperação como

estratégias de inovação para melhoria do

resultado das empresas do Nordeste do Brasil a

partir de dados de 2005 da Pesquisa de

Inovação Tecnológica (PINTEC) realizada pelo

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

(IBGE).

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A PINTEC

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IBGE, FINEP e do Ministério da Ciência e Tecnologia – MCT

Afinidade metodológica com o Manual de Oslo

Fornecer informações para a construção de indicadores nacionais e regionais das atividades de inovação tecnológica das empresas brasileiras

Empresas do Território Nacional: registro no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica – CNPJ, do Ministério da Fazenda, e que, no Cadastro Central de Empresas – CEMPRE do IBGE

Empresas: classificadas como empresa industrial (principal receita derivada da atuação nas atividades das indústrias extrativas ou indústrias de transformação); ativas; e empregando 10 ou mais pessoas

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METODOLOGIA

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O trabalho utiliza uma abordagem quantitativa e tem caráter exploratório, como método de pesquisa,

utilizando dados secundários de um campo empírico de 9.098 empresas da Região Nordeste do Brasil.

A análise dos dados se deu por estatística descritiva, em especial, medidas de associação de mediação de intervalos e razões, como coeficientes de correlação, sendo possível identificar a direção e a magnitude de

tais relações entre as principais variáveis dos processos de inovação em questão.

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OS DADOS

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Regiões Total de

empresas %

Inovação de

produto e/ou

processo

%

Brasil 91.055* 30.377**

Nordeste 9.098 9,99* 2.915 9,59**

3,20*

As empresas e as inovações por região

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Indústrias extrativas e de transformação

(parte 1)

Total de

empresas

Inovação de

produto e/ou

processo

%

Indústrias extrativas 208 26 12,50

Fabricação de produtos alimentícios 1.887 536 28,40

Fabricação de bebidas 151 75 49,67

Fabricação de produtos têxteis 437 125 28,60

Confecção de artigos do vestuário e acessórios 1.512 321 21,23

Fabricação de artefatos de couro 222 89 40,09

Edição, impressão e reprodução de gravações 437 273 62,47

Fabricação de coque, álcool e de combustíveis

nucleares 13 9 69,23

Fabricação de produtos químicos 350 170 48,57

Indústrias e inovações

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Indústrias extrativas e de transformação

(parte 2)

Total de

empresas

Inovação de produto

e/ou processo %

Fabricação de artigos de borracha e plástico 520 174 33,46

Fabricação de produtos de minerais não-

metálicos 1.065 292 27,42

Produtos siderúrgicos 21 10 47,62

Fabricação de produtos de metal 560 141 25,18

Fabricação de máquinas e equipamentos 255 104 40,78

Fabricação de máquinas para escritório e

informática 38 25 65,79

Fabricação de máquinas, aparelhos e

materiais elétricos 73 9 12,33

Fabricação de artigos do mobiliário 348 170 48,85

Indústrias e inovações

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INOVAÇÃO DE PRODUTO

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Regiões

Produto

Total de

empresas A empresa %

Redes de

cooperação %

Outras

empresas

ou

institutos

%

Brasil 17.784 16.181 90,99 891 5,01 712 4,00

Nordeste 1.525 1.305 85,57 76 4,98 144 9,44

Origem das inovações de produtos

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Produto

novo para a

empresa

Produto

novo para o

mercado

nacional

Produto

novo para o

mercado

mundial

Inovações

da empresa

Inovações

em

cooperação

Inovação de

outros

Inovações

da Empresa 0,979 b 0,637 0,369 1,000

Inovações

em

Cooperação

0,554 0,939 b 0,527 0,525 1,000

Inovação de

Outras 0,679 0,579 0,240 a 0,530 0,613 1,000

Recorte da matriz de correlação – inovações de produto

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INOVAÇÃO DE PROCESSO

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Regiões

Produto

Total de

empresas A empresa %

Redes de

cooperação %

Outras

empresas

ou

institutos

%

Brasil 24.504 2.421 9,88 740 3,02 21.343 87,10

Nordeste 2.499 204 8,16 64 2,56 2.231 89,28

Origem das inovações de processo

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Produto novo

para a

empresa

Produto novo

para o

mercado

nacional

Produto novo

para o

mercado

mundial

Inovações da

empresa

Inovações em

cooperação

Inovação de

outros

Inovações da

Empresa 0,688 0,163 a -0,159 a 1,000

Inovações em

Cooperação 0,763 b 0,301 -0,291 a 0,747 b 1,000

Inovação de

Outras 0,989 b 0,509 -0,224 a 0,586 0,707 b 1,000

Recorte da matriz de correlação – inovações de processo

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CONSIDERAÇÕES GERAIS

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A pouca presença das redes de cooperação no

desenvolvimento de inovações, seja em

produtos ou processos, sendo menor neste

último.

O grau inovador das inovações produzidas, a

presença das redes de cooperação destaca-se,

no geral, como possível incentivador para o

desenvolvimento de produtos novos no nível de

mercado nacional.

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OBRIGADA!