estatuto do gestor público

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  • 7/24/2019 Estatuto do Gestor Pblico

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    08/01/16 1433:::DL n. 71/2007, de 27 de Maro

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    [ N de artigos:43 ]

    DL n. 71/2007, de 27 de Maro (verso actualizada)

    ESTATUTO DO GESTOR PBLICOContm as seguintes alteraes: - Lei n. 64-A/2008, de 31 de Dezembro - DL n. 8/2012, de 18 de Janeiro - Rectif. n. 2/2012, de 25 de Janeiro

    SUMRIOAprova o novo estatuto do gestor pblico e revoga o Decreto-Lei n. 464/82, de 9 deDezembro

    __________________________

    Decreto-Lei n. 71/2007de 27 de MaroO estatuto do gestor pblico (EGP) foi aprovado pelo Decreto-Lei n. 464/82, de 9 de Dezembro,que revogou o Decreto-Lei n. 831/76, de 25 de Novembro, no tendo sido objecto, at hoje, dequalquer alterao.Dadas as transformaes entretanto ocorridas no sector empresarial do Estado (SEE), o contextoem que surgiu o EGP encontra-se hoje, todavia, substancialmente alterado.Com efeito, aps a 1. dcada de privatizaes e de transformao de empresas pblicas, o XIIIGoverno Constitucional iniciou a reforma do sector pblico empresarial, que veio a concretizar-sena Lei n. 58/98, de 18 de Agosto - Lei das Empresas Municipais, Intermunicipais e Regionais -, eno Decreto-Lei n. 558/99, de 17 de Dezembro, que aprova o regime do sector empresarial doEstado.Do Decreto-Lei n. 558/99, de 17 de Dezembro, ficou a constar, no n. 1 do artigo 15., que osadministradores designados ou propostos pelo Estado teriam estatuto prprio, a definir porlegislao especial. Todavia, de harmonia com o artigo 39. do mesmo decreto-lei, at seraprovada a legislao prevista no artigo 15., manteve-se em vigor o regime do EGP. Decorridosmais de seis anos, a necessidade de adopo da referida legislao especial no foi aindasatisfeita, mas cada vez mais premente.O prprio Tribunal de Contas, em vrios relatrios de auditoria, tem assinalado as disfunesdecorrentes da ausncia de uma regulamentao completa e coerente neste domnio, a comear

    pelas dvidas sobre a aplicabilidade do EGP aos administradores das empresas pblicas sob formasocietria e a acabar em aspectos prticos e elementares atinentes, designadamente, ao estatutoremuneratrio dos titulares de rgos de gesto e administrao nas empresas pblicas. este vazio legislativo, que gera disfunes, disparidades e at alguns excessos na gesto dasempresas pblicas, que o Governo vem agora colmatar, no quadro de uma reforma maisabrangente, que inclui igualmente a reviso do prprio Decreto-Lei n. 558/99, de 17 deDezembro, e a adopo de uma resoluo do Conselho de Ministros determinando a observnciapelas empresas pblicas de princpios de bom governo internacionalmente reconhecidos,designadamente as recomendaes da Organizao de Cooperao e Desenvolvimento Econmicos(OCDE) e da Comisso Europeia.Deste modo, d-se concretizao vontade poltica consagrada no Programa do Governo ecumpre-se, tambm, o disposto no n. 13 da Resoluo do Conselho de Ministros n. 121/2005, de1 de Agosto.

    Pretende-se instituir um regime do gestor pblico integrado e adaptado s circunstncias actuais,que abranja todas as empresas pblicas do Estado, independentemente da respectiva formajurdica, e que fixe sem ambiguidades o conceito de gestor pblico, defina o modo de exerccio dagesto no sector empresarial do Estado e as directrizes a que a mesma deve obedecer e regule adesignao, o desempenho e a cessao de funes pelos gestores pblicos.O presente decreto-lei assenta, alm do mais, no reconhecimento pelo Governo da importnciadas empresas pblicas e dos gestores pblicos na satisfao das necessidades colectivas e napromoo do desenvolvimento econmico e social do Pas, seja pelo efeito directo da suaactividade na economia, seja pelo exemplo que devem constituir para a generalidade do tecidoempresarial.Esta importncia social e econmica , todavia, indissocivel de padres elevados de exigncia,rigor, eficincia e transparncia, os quais so tambm decorrncia de uma tica de servio pblicoque no pode ser aqui afastada apenas pelo modo empresarial de organizao da actividade e daprossecuo de finalidades pblicas ou, pelo menos, com interesse pblico.E por isso que, no presente decreto-lei, se por um lado se aproxima o regime do gestor pblicoda figura do administrador de empresas privadas, tal como regulado na lei comercial, por outrolado se atribui relevo e desenvolvimento acrescidos ao regime de incompatibilidades, avaliao

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    de desempenho, determinao das remuneraes, definio do regime de segurana socialaplicvel e observncia das regras de tica e das boas prticas decorrentes dos usosinternacionais.Lugar de destaque, neste quadro, merecem a adopo generalizada do contrato de gestoenvolvendo metas quantificadas - j previsto no Decreto-Lei n. 558/99, de 17 de Dezembro, masinfelizmente com pouca ou nenhuma aplicao prtica - e a possibilidade de afastamento dogestor pblico quando os objectivos fixados no forem alcanados sem que, com tal atitude, segere prejuzo para o Estado.Este decreto-lei estabelece tambm um processo de fixao das remuneraes dos gestores

    pblicos e de outros benefcios, tomando como base a distino entre gestores executivos e noexecutivos e fazendo depender a remunerao varivel, aplicvel apenas aos gestores comfunes executivas, da efectiva obteno dos objectivos predeterminados, do mesmo passo que selimita a cumulao de funes e remuneraes.Assim:Nos termos da alnea a) do n. 1 do artigo 198. da Constituio, o Governo decreta o seguinte:

    CAPTULO Imbito

    Artigo 1.Gestor pblico

    Para os efeitos do presente decreto-lei, considera-se gestor pblico quem seja designado parargo de gesto ou administrao das empresas pblicas abrangidas pelo Decreto-Lei n. 558/99,

    de 17 de Dezembro.

    Artigo 2.Extenso

    1 - Aos titulares de rgo de gesto de empresa participada pelo Estado, quando designados peloEstado, so aplicveis, com as necessrias adaptaes, os artigos 10. a 12., 15. a 17., o n. 1do artigo 22. e o artigo 23.2 - O presente decreto-lei subsidiariamente aplicvel aos titulares dos rgos de gesto dasempresas integrantes dos sectores empresariais regionais e locais, sem prejuzo das respectivasautonomias.3 - O presente decreto-lei ainda aplicvel, com as devidas adaptaes, aos membros de rgos

    directivos de institutos pblicos de regime especial, bem como s autoridades reguladorasindependentes, nos casos expressamente determinados pelos respectivos diplomas orgnicos, emtudo o que no seja prejudicado pela legislao aplicvel a estas entidades.

    Contm as alteraes introduzidas pelos seguintesdiplomas: - DL n. 8/2012, de 18 de Janeiro

    Verses anteriores deste artigo: - 1 verso: DL n. 71/2007, de 27 deMaro

    Artigo 3.Excluso

    No considerado gestor pblico quem seja eleito para a mesa da assembleia geral, comisso defiscalizao ou outro rgo a que no caibam funes de gesto ou administrao.

    CAPTULO IIExerccio da gesto

    Artigo 4.Orientaes

    Na gesto das empresas pblicas so observadas as orientaes fixadas nos termos do artigo 11.do Decreto-Lei n. 558/99, de 17 de Dezembro, e as recomendaes para a sua prossecuoprevistas no mesmo preceito, bem como outras orientaes que sejam fixadas ao abrigo de leiespecial.

    Artigo 5.Deveres dos gestores

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    Sem prejuzo do disposto no artigo anterior, so deveres dos gestores pblicos e, em especial, dosque exeram funes executivas:a) Cumprir os objectivos da empresa definidos em assembleia geral ou, quando existam, emcontratos de gesto;b) Assegurar a concretizao das orientaes definidas nos termos da lei, designadamente asprevistas no artigo 11. do Decreto-Lei n. 558/99, de 17 de Dezembro, e no contrato de gesto, ea realizao da estratgia da empresa;c) Acompanhar, verificar e controlar a evoluo das actividades e dos negcios da empresa emtodas as suas componentes;

    d) Avaliar e gerir os riscos inerentes actividade da empresa;e) Assegurar a suficincia, a veracidade e a fiabilidade das informaes relativas empresa bemcomo a sua confidencialidade;f) Guardar sigilo profissional sobre os factos e documentos cujo conhecimento resulte do exercciodas suas funes e no divulgar ou utilizar, seja qual for a finalidade, em proveito prprio oualheio, directamente ou por interposta pessoa, o conhecimento que advenha de tais factos oudocumentos;g) Assegurar o tratamento equitativo dos accionistas.

    Artigo 6.Avaliao do desempenho

    1 - O desempenho das funes de gesto deve ser objecto de avaliao sistemtica, tendo porparmetros os objectivos fixados nas orientaes previstas no artigo 11. do Decreto-Lei n.558/99, de 17 de Dezembro, ou decorrentes do contrato de gesto, bem como os critriosdefinidos em assembleia geral.2 - Nas entidades pblicas empresariais, a avaliao do desempenho compete aos membros doGoverno responsveis pela rea das finanas e pelo respectivo sector de actividade.3 - Nas restantes empresas, a avaliao do desempenho implica proposta do accionista nico oumaioritrio a formular em assembleia geral.

    Contm as alteraes introduzidas pelos seguintesdiplomas: - DL n. 8/2012, de 18 de Janeiro

    Verses anteriores deste artigo: - 1 verso: DL n. 71/2007, de 27 deMaro

    Artigo 7.Avaliao no mbito da empresa

    1 - Nos casos em que o modelo de gesto da empresa pblica em causa compreenda gestores comfunes executivas e no executivas, compete comisso de avaliao, caso exista, apresentaranualmente um relatrio circunstanciado de avaliao do grau e das condies de cumprimento,em cada exerccio, das orientaes previstas no artigo 11. do Decreto-Lei n. 558/99, de 17 deDezembro.2 - Em caso de existncia de um conselho geral e de superviso, os respectivos membros podemdesignar entre si uma comisso de avaliao, qual se aplica, com as devidas adaptaes, oregime previsto no nmero anterior.

    Artigo 8.Sociedades participadas

    Nas sociedades participadas pelo Estado, o administrador eleito sob proposta deste deve exerceras suas funes tendo em conta as orientaes fixadas nos termos do artigo 11. do Decreto-Lein. 558/99, de 17 de Dezembro.

    Artigo 9.Poderes prprios da funo administrativa

    O exerccio de poderes prprios da funo administrativa, nos casos legalmente previstos, observaos princpios gerais de direito administrativo.

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    Artigo 10.Autonomia de gesto

    Observado o disposto nas orientaes fixadas ao abrigo da lei, designadamente as previstas noartigo 11. do Decreto-Lei n. 558/99, de 17 de Dezembro, e no contrato de gesto, o conselho deadministrao goza de autonomia de gesto.

    Artigo 11.Despesas confidenciaisAos gestores pblicos vedada a realizao de quaisquer despesas confidenciais ou nodocumentadas.

    CAPTULO IIIDesignao

    Artigo 12.Requisitos

    1 - Os gestores pblicos so escolhidos de entre pessoas com comprovadas idoneidade, mritoprofissional, competncias e experincia de gesto, bem como sentido de interesse pblico e

    habilitadas, no mnimo, com o grau acadmico de licenciatura.2 - competncia do membro do Governo responsvel pelo respectivo sector de actividade adefinio do perfil, experincia profissional e competncias de gesto adequadas s funes docargo, dos quais deve informar a Comisso de Recrutamento e Seleco para a AdministraoPblica.3 - competncia da Comisso de Recrutamento e Seleco para a Administrao Pblica, adefinio, por regulamento, dos critrios aplicveis na avaliao de candidatos a cargos de gestorpblico, designadamente, as competncias de liderana, colaborao, motivao, orientaoestratgica, orientao para resultados, orientao para o cidado e servio de interesse pblico,gesto da mudana e inovao, sensibilidade social, experincia profissional, formao acadmicae formao profissional.

    Contm as alteraes introduzidas pelos seguintesdiplomas: - DL n. 8/2012, de 18 de Janeiro

    Verses anteriores deste artigo: - 1 verso: DL n. 71/2007, de 27 deMaro

    Artigo 13.Designao dos gestores

    1 - Os gestores pblicos so designados por nomeao ou por eleio.2 - A nomeao feita mediante resoluo do Conselho de Ministros, devidamente fundamentadae publicada no Dirio da Repblica juntamente com uma nota relativa ao currculo acadmico eprofissional do designado, sob proposta dos membros do Governo responsveis pela rea dasfinanas e pelo respectivo sector de actividade.3 - A proposta referida no nmero anterior deve ser acompanhada de avaliao, no vinculativa,de currculo e de adequao de competncias ao cargo de gestor pblico da personalidade a que

    respeita a proposta de designao, realizada pela Comisso de Recrutamento e Seleco para aAdministrao Pblica.4 - Para efeitos do nmero anterior, a Comisso de Recrutamento e Seleco para a AdministraoPblica pode realizar entrevista de avaliao de competncias exigveis ao exerccio das funesde gestor pblico e aplicar outros mtodos de avaliao.5 - No pode ocorrer a nomeao ou proposta para eleio entre a convocao de eleies para aAssembleia da Repblica ou a demisso do Governo e a investidura parlamentar do Governorecm-nomeado, salvo se se verificar a vacatura dos cargos em causa e a urgncia da designao,caso em que as referidas nomeao ou proposta de que no tenha ainda resultado eleiodependem de confirmao pelo Governo recm-nomeado.6 - A eleio feita nos termos da lei comercial.

    Contm as alteraes introduzidas pelos seguintesdiplomas: - DL n. 8/2012, de 18 de Janeiro

    Verses anteriores deste artigo: - 1 verso: DL n. 71/2007, de 27 deMaro

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    Artigo 14.Administradores cooptados

    Nas empresas do sector empresarial do Estado sob forma societria admitida a existncia deadministradores designados por cooptao, seguida de ratificao pela assembleia geral.

    Artigo 15.Durao do mandato

    1 - O mandato exercido, em regra, pelo prazo de trs anos, sendo os mandatos dos membros domesmo rgo de administrao coincidentes.2 - A lei e os estatutos fixam, at ao limite mximo de trs, o nmero de renovaes consecutivasdos mandatos na mesma empresa pblica.3 - Na falta de disposio legal ou estatutria, aplicvel o nmero de mandatos previsto nonmero anterior.

    Artigo 16.Comisso de servio

    Para o exerccio das funes de gestor podem ser designados, em regime de comisso de servio,

    trabalhadores da prpria empresa, da empresa me, ou de outras relativamente s quais aquelaou a sua empresa me exeram directa ou indirectamente influncia dominante nos termos do n.1 do artigo 3. do Decreto-Lei n. 558/99, de 17 de Dezembro.

    Artigo 17.Mobilidade

    1 - Os trabalhadores com relao jurdica de emprego pblico podem exercer funes de gestorpor acordo de cedncia de interesse pblico, nos termos da Lei n. 12-A/2008, de 27 de Fevereiro.2 - Os trabalhadores de empresas pblicas ou privadas podem exercer funes de gestor poracordo de cedncia ocasional, nos termos da lei.

    Contm as alteraes introduzidas pelos seguintesdiplomas: - Lei n. 64-A/2008, de 31 de Dezembro

    Verses anteriores deste artigo: - 1 verso: DL n. 71/2007, de 27 deMaro

    Artigo 18.Contratos de gesto

    1 - Nas empresas pblicas obrigatria a celebrao de um contrato de gesto, em que sedefinem:a) As formas de concretizao das orientaes impostas nos termos do artigo 11. do Decreto-Lein. 558/99, de 17 de Dezembro, envolvendo sempre metas objectivas, quantificadas emensurveis anualmente durante a vigncia do contrato de gesto, que representem umamelhoria operacional e financeira nos principais indicadores de gesto da empresa;

    b) Os parmetros de eficincia da gesto;c) Outros objectivos especficos;d) Os elementos referidos no n. 1 do artigo 30.2 - O contrato de gesto celebrado no prazo de trs meses contado a partir da data dadesignao do gestor pblico entre este, os titulares da funo accionista e o membro do Governoresponsvel pelo respectivo sector de actividade, sendo nulo o respectivo acto de nomeaoquando ultrapassado aquele prazo.3 - (Revogado.)4 - Os contratos de gesto no podem estabelecer regimes especficos de indemnizao ouqualquer outro tipo de compensao por cessao de funes, nem contrariar o que se encontrafixado no artigo 26.5 - O contrato de gesto deve prever expressamente a demisso quando a avaliao dedesempenho seja negativa, designadamente, por incumprimento devido a motivosindividualmente imputveis dos objectivos referidos nas orientaes fixadas nos termos do artigo11. do Decreto-Lei n. 558/99, de 17 de Dezembro, ou no contrato de gesto.

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    Contm as alteraes introduzidas pelos seguintesdiplomas: - DL n. 8/2012, de 18 de Janeiro

    Verses anteriores deste artigo: - 1 verso: DL n. 71/2007, de 27 deMaro

    CAPTULO IVExerccio de funes

    Artigo 19.Natureza das funes

    Os gestores pblicos podem ter funes executivas ou no executivas, de acordo com o modelo degesto adoptado na empresa pblica em causa, nos termos da lei e tendo ainda em conta as boasprticas reconhecidas internacionalmente.

    Artigo 20.Gestores com funes executivas

    1 - Para os efeitos do presente decreto-lei, consideram-se gestores com funes executivas osadministradores designados nessa condio.2 - O exerccio de funes executivas tem lugar em regime de exclusividade, sem prejuzo dodisposto no nmero seguinte e no n. 4 do artigo 22.3 - So cumulveis com o exerccio de funes executivas:

    a) As actividades exercidas por inerncia;b) A participao em conselhos consultivos, comisses de fiscalizao ou outros organismoscolegiais, quando previstos na lei ou quando tal resulte de deciso do Governo;c) As actividades de docncia em estabelecimentos de ensino superior pblico ou de interessepblico, mediante autorizao, por despacho dos membros do Governo responsveis pela rea dasfinanas e pelo respectivo sector de actividade ou nos termos de contrato de gesto;d) A actividade de criao artstica e literria, bem como quaisquer outras de que resulte apercepo de remuneraes provenientes de direitos de autor, sem prejuzo do disposto na alneaf) do artigo 5.;e) A realizao de conferncias, palestras, aces de formao de curta durao e outrasactividades de idntica natureza;f) (Revogada.)4 - Sem prejuzo do disposto no n. 6 do artigo 22., ainda cumulvel com o exerccio de funesexecutivas, o exerccio de funes no remuneradas na empresa me ou em outras relativamente

    s quais a prpria empresa ou a sua empresa me exeram directa ou indirectamente influnciadominante nos termos do n. 1 do artigo 3. do Decreto-Lei n. 558/99, de 17 de Dezembro.

    Contm as alteraes introduzidas pelos seguintesdiplomas: - DL n. 8/2012, de 18 de Janeiro

    Verses anteriores deste artigo: - 1 verso: DL n. 71/2007, de 27 deMaro

    Artigo 21.Gestores com funes no executivas

    1 - Para os efeitos do presente decreto-lei, consideram-se gestores com funes no executivas osadministradores designados nessa condio.2 - Os gestores com funes no executivas exercem as suas funes com independncia,oferecendo garantias de juzo livre e incondicionado em face dos demais gestores, e no podemter interesses negociais relacionados com a empresa, os seus principais clientes e fornecedores eoutros accionistas que no o Estado.3 - Os gestores com funes no executivas acompanham e avaliam continuamente a gesto daempresa pblica em causa por parte dos demais gestores, com vista a assegurar a prossecuo dosobjectivos estratgicos da empresa, a eficincia das suas actividades e a conciliao dosinteresses dos accionistas com o interesse geral.4 - Aos gestores com funes no executivas so facultados todos os elementos necessrios aoexerccio das suas funes, designadamente nos aspectos tcnicos e financeiros, bem como umapermanente actualizao da situao da empresa em todos os planos relevantes para a realizaodo seu objecto.

    Artigo 22.Incompatibilidades e impedimentos

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    1 - incompatvel com a funo de gestor pblico o exerccio de cargos de direco daadministrao directa e indirecta do Estado, ou das autoridades reguladoras independentes, semprejuzo do exerccio de funes em regime de inerncia.2 - Os gestores pblicos com funes no executivas no podem exercer quaisquer outrasactividades temporrias ou permanentes na mesma empresa.3 - Os gestores pblicos com funes no executivas e os membros das mesas de assembleiasgerais no podem exercer quaisquer outras actividades temporrias ou permanentes em empresasprivadas concorrentes no mesmo sector.4 - A designao de gestores pblicos do sector empresarial do Estado com funes no executivas

    para outras empresas que integrem o sector pblico empresarial deve ser especialmentefundamentada, atendendo respectiva necessidade ou convenincia, carecendo ainda deautorizao dos membros do Governo responsveis pela rea das finanas e pelo respectivo sectorde actividade da empresa em que se encontre a desempenhar funes, se, neste caso, aqueladesignao ocorrer no mbito dos sectores empresariais regionais e locais.5 - O disposto no nmero anterior no se aplica no caso de designao de gestores pblicos dosector empresarial do Estado com funes no executivas nas empresas referidas no n. 4 doartigo 20.6 - Os gestores pblicos no podem celebrar, durante o exerccio dos respectivos mandatos,quaisquer contratos de trabalho ou de prestao de servios com as empresas mencionadas nosn.os 2 a 4 que devam vigorar aps a cessao das suas funes.7 - O gestor deve declarar-se impedido de tomar parte em deliberaes quando nelas tenhainteresse, por si, como representante ou como gestor de negcios de outra pessoa ou ainda

    quando tal suceda em relao ao seu cnjuge, parente ou afim em linha recta ou at ao 2. grauem linha colateral ou em relao com pessoa com quem viva em economia comum.8 - Aos gestores pblicos ainda aplicvel, com as necessrias adaptaes, o disposto nos artigos8., 9., 9.-A, 11., 12. e 14. e no n. 4 do artigo 13. da Lei n. 64/93, de 26 de Agosto.9 - Sem prejuzo do disposto no artigo 11. da Lei n. 64/93, de 26 de Agosto, antes do incio defunes, o gestor pblico indica, por escrito, Inspeco-Geral de Finanas todas as participaese interesses patrimoniais que detenha, directa ou indirectamente, na empresa na qual ir exercerfunes ou em qualquer outra.

    Contm as alteraes introduzidas pelos seguintesdiplomas: - DL n. 8/2012, de 18 de Janeiro

    Verses anteriores deste artigo: - 1 verso: DL n. 71/2007, de 27 deMaro

    CAPTULO VResponsabilidade e cessao de funes

    Artigo 23.Responsabilidade

    Os gestores pblicos so penal, civil e financeiramente responsveis pelos actos e omissespraticados durante a sua gesto, nos termos da lei.

    Artigo 24.Dissoluo

    1 - O conselho de administrao, a comisso executiva ou o conselho de administrao executivo

    podem ser dissolvidos em caso de:a) Grave violao, por aco ou omisso, da lei ou dos estatutos da empresa;b) No observncia, nos oramentos de explorao e investimento, dos objectivos fixados peloaccionista de controlo ou pela tutela;c) Desvio substancial entre os oramentos e a respectiva execuo;d) Grave deteriorao dos resultados do exerccio ou da situao patrimonial, quando noprovocada por razes alheias ao exerccio das funes pelos gestores.2 - A dissoluo compete aos rgos de eleio ou de nomeao dos gestores, requer audinciaprvia, pelo menos, do presidente do rgo e devidamente fundamentada.3 - A dissoluo implica a cessao do mandato de todos os membros do rgo dissolvido, nohavendo lugar a qualquer subveno ou compensao pela cessao de funes.

    Artigo 25.Demisso

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    1 - O gestor pblico pode ser demitido quando lhe seja individualmente imputvel uma dasseguintes situaes:a) A avaliao de desempenho seja negativa, designadamente por incumprimento dos objectivosreferidos nas orientaes fixadas ao abrigo do artigo 11. do Decreto-Lei n. 558/99, de 17 deDezembro, ou no contrato de gesto;b) A violao grave, por aco ou por omisso, da lei ou dos estatutos da empresa;c) A violao das regras sobre incompatibilidades e impedimentos;d) A violao do dever de sigilo profissional.2 - A demisso compete ao rgo de eleio ou nomeao, requer audincia prvia do gestor e

    devidamente fundamentada.3 - A demisso implica a cessao do mandato, no havendo lugar a qualquer subveno oucompensao pela cessao de funes.

    Contm as alteraes introduzidas pelos seguintesdiplomas: - DL n. 8/2012, de 18 de Janeiro

    Verses anteriores deste artigo: - 1 verso: DL n. 71/2007, de 27 deMaro

    Artigo 26.Dissoluo e demisso por mera convenincia

    1 - O conselho de administrao, a comisso executiva, o conselho de administrao executivo ouo conselho geral e de superviso podem ser livremente dissolvidos, ou o gestor pblico livremente

    demitido, conforme os casos, independentemente dos fundamentos constantes dos artigosanteriores.2 - A cessao de funes nos termos do nmero anterior pode ter lugar a qualquer tempo ecompete ao rgo de eleio ou designao.3 - Nos casos previstos no presente artigo e desde que conte, pelo menos, 12 meses seguidos deexerccio de funes, o gestor pblico tem direito a uma indemnizao correspondente aovencimento de base que auferiria at ao final do respectivo mandato, com o limite de 12 meses.4 - Nos casos de regresso ao exerccio de funes ou de aceitao, no prazo a que se refere onmero anterior, de funo ou cargo no mbito do sector pblico administrativo ou empresarial,ou no caso de regresso s funes anteriormente desempenhadas pelos gestores designados emregime de comisso de servio ou de cedncia especial ou ocasional, a indemnizaoeventualmente devida reduzida ao montante da diferena entre o vencimento como gestor e ovencimento do lugar de origem data da cessao de funes de gestor, ou o novo vencimento,

    devendo ser devolvida a parte da indemnizao que eventualmente haja sido paga.

    Contm as alteraes introduzidas pelos seguintesdiplomas: - DL n. 8/2012, de 18 de Janeiro

    Verses anteriores deste artigo: - 1 verso: DL n. 71/2007, de 27 deMaro

    Artigo 27.Renncia

    1 - O gestor pblico pode renunciar ao cargo, nos termos da lei comercial.2 - A renncia no carece de aceitao, mas deve ser comunicada aos rgos de eleio ou denomeao.

    CAPTULO VIRemuneraes e penses

    Artigo 28.Remunerao

    1 - A remunerao dos gestores pblicos integra um vencimento mensal que no pode ultrapassaro vencimento mensal do Primeiro-Ministro.2 - A remunerao dos gestores pblicos integra ainda um abono mensal, pago 12 vezes ao ano,para despesas de representao no valor de 40 % do respectivo vencimento.3 - O vencimento mensal dos gestores pblicos determinado em funo de critrios decorrentesda complexidade, exigncia e responsabilidade inerentes s respectivas funes e atendendo sprticas normais de mercado no respectivo sector de actividade e de eventuais orientaes

    decorrentes da aplicao do artigo 11. do Decreto-Lei n. 558/99, de 17 de Dezembro.4 - Os critrios referidos no nmero anterior so fixados por resoluo do Conselho de Ministros,que define tambm as remuneraes dos gestores pblicos a praticar em cada uma das categorias

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    a definidas.5 - A Comisso de Recrutamento e Seleco para a Administrao Pblica acompanha a definiodos critrios que determinam a fixao do vencimento mensal dos gestores pblicos e a suaaplicao.6 - No caso das sociedades annimas, a fixao das remuneraes compete assembleia geral oua uma comisso de remuneraes designada por aquela ou pelo conselho geral e de superviso, norespeito pela resoluo referida no n. 4.7 - A comisso referida no nmero anterior pode coincidir com a comisso de avaliao daempresa, quando exista.

    8 - Mediante autorizao expressa no ato de designao ou eleio, os gestores podem optar pelovencimento do lugar de origem, no podendo, todavia, exceder, salvo no caso do nmeroseguinte, o vencimento mensal do Primeiro-Ministro.9 - Nos casos previstos nos artigos 16. e 17., quando se trate de empresas cuja principal funoseja a produo de bens e servios mercantis, incluindo servios financeiros, e relativamente qual se encontrem em regime de concorrncia no mercado, mediante autorizao expressa domembro do Governo responsvel pela rea das finanas, os gestores podem optar por valor com olimite da remunerao mdia dos ltimos trs anos do lugar de origem, aplicado o coeficiente deatualizao resultante das correspondentes taxas de variao mdia anual do ndice de preos noconsumidor apurado pelo Instituto Nacional de Estatstica, devendo ser objeto de despachofundamentado e publicado no Dirio da Repblica.10 - Nos casos em que seja exercido o direito de opo referido no nmero anterior, os gestoresno auferem o abono mensal para despesas de representao a que se refere o n. 2 nas situaes

    em que o respetivo vencimento mensal ultrapasse o limite fixado pelo n. 1.

    Contm as alteraes introduzidas pelos seguintesdiplomas: - DL n. 8/2012, de 18 de Janeiro - Rectif. n. 2/2012, de 25 de Janeiro

    Verses anteriores deste artigo: - 1 verso: DL n. 71/2007, de 27 deMaro - 2 verso: DL n. 8/2012, de 18 deJaneiro

    Artigo 29.Remunerao dos administradores no executivos

    1 - Os administradores no executivos tm direito a uma remunerao fixa, correspondente actividade normal que desempenhem, at ao limite de um quarto da remunerao de igual

    natureza estabelecida para os administradores executivos.2 - Quando os administradores no executivos tenham efectiva participao em comisses criadasespecificamente para acompanhamento da actividade da empresa tm ainda direito a umaremunerao complementar, caso em que o limite da remunerao global de um tero daremunerao fixa estabelecida para os administradores executivos.3 - A remunerao dos administradores no executivos no integra qualquer abono mensal paradespesas de representao.

    Contm as alteraes introduzidas pelos seguintesdiplomas: - DL n. 8/2012, de 18 de Janeiro

    Verses anteriores deste artigo: - 1 verso: DL n. 71/2007, de 27 deMaro

    Artigo 30.Remuneraes decorrentes de contratos de gesto

    1 - Os contratos de gesto a celebrar com gestores pblicos que exeram funes executivas,previstos no artigo 18., contemplam, alm das matrias a indicadas, os seguintes pontos, nostermos do presente decreto-lei:a) Valores fixados para cada uma das componentes da remunerao consideradas;b) Prmios de gesto passveis de atribuio no final do exerccio ou do mandato, que no podemultrapassar metade da remunerao anual auferida, de acordo com o cumprimento dos critriosobjectivos dos quais dependa a sua eventual atribuio, sem prejuzo do limite fixado nosrespectivos estatutos;c) Outras regalias ou benefcios aplicveis aos demais colaboradores da empresa.2 - A graduao dos prmios de gesto tem por base indicadores de gesto, que resultem dodesenvolvimento estratgico preconizado para cada empresa, no mbito do sector em que seinsere.3 - Os indicadores referidos no nmero anterior so definidos em cada contrato de gesto combase nas orientaes estabelecidas ao abrigo do artigo 11. do Decreto-Lei n. 558/99, de 17 deDezembro, e tendo em considerao as situaes especficas em causa, designadamente as

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    resultantes da prestao de servios de interesse geral.4 - Nos casos em que se estipularem objectivos de gesto de exigncia acrescida, o contrato degesto pode ainda, excepcionalmente, mediante despacho, fundamentado e publicado no Dirioda Repblica, do membro do Governo responsvel pela rea das finanas, estabelecer um regimeespecfico de prmios de gesto a atribuir quando se verifique o cumprimento total dos objectivosestipulados, o qual no pode exceder metade do total da remunerao anual auferida.

    Contm as alteraes introduzidas pelos seguintes

    diplomas: - DL n. 8/2012, de 18 de Janeiro

    Verses anteriores deste artigo:

    - 1 verso: DL n. 71/2007, de 27 deMaro

    Artigo 31.Remuneraes em caso de acumulao

    As acumulaes de funes previstas nas alneas a) e b) do n. 3, no n. 4 do artigo 20. e no n. 4do artigo 22. no conferem direito a qualquer remunerao adicional, incluindo os referidos non. 2 do artigo 28., nas alneas a), b) e c) do artigo 30., no n. 3 do artigo 32., nos n.os 1 e 3 doartigo 33., no artigo 34. e quaisquer outros benefcios e regalias aplicveis nessas empresas.

    Contm as alteraes introduzidas pelos seguintesdiplomas:

    - DL n. 8/2012, de 18 de Janeiro

    Verses anteriores deste artigo: - 1 verso: DL n. 71/2007, de 27 deMaro

    Artigo 32.Utilizao de cartes de crdito e comunicaes

    1 - No permitida a utilizao de cartes de crdito e outros instrumentos de pagamento porgestores pblicos tendo por objecto a realizao despesas ao servio da empresa.2 - No permitido o reembolso a gestores pblicos de quaisquer despesas que caiam no mbitodo conceito de despesas de representao pessoal.3 - O valor mximo das despesas associadas a comunicaes, que incluem telefone mvel,telefone domicilirio e internet, fixado por deliberao em assembleia geral, no caso dassociedades annimas, ou por despacho, publicado no Dirio da Repblica, do membro do Governoresponsvel pela rea das finanas, no caso das entidades pblicas empresariais.4 - O valor previsto no nmero anterior fixado luz das orientaes que venham a ser

    estabelecidas para o efeito pelos accionistas ou por despacho, publicado no Dirio da Repblica,do membro do Governo responsvel pela rea das finanas, tendo sempre como limite a soma dovalor fixado para a utilizao de telefone domicilirio e telefone mvel para cargos de direcosuperior de 1. grau da Administrao Pblica.

    Contm as alteraes introduzidas pelos seguintesdiplomas: - DL n. 8/2012, de 18 de Janeiro

    Verses anteriores deste artigo: - 1 verso: DL n. 71/2007, de 27 deMaro

    Artigo 33.Utilizao de viaturas

    1 - O valor mximo das viaturas de servio afectas aos gestores pblicos fixado por deliberao

    em assembleia geral, no caso das sociedades annimas, ou por despacho, publicado no Dirio daRepblica, do membro do Governo responsvel pela rea das finanas, no caso das entidadespblicas empresariais.2 - O valor previsto no nmero anterior fixado luz das orientaes que venham a serestabelecidas para o efeito pelos accionistas ou por despacho, publicado no Dirio da Repblica,do membro do Governo responsvel pela rea das finanas.3 - O valor mximo de combustvel e portagens afecto mensalmente s viaturas de servio fixado em um quarto do valor do abono mensal para despesas de representao.4 - vedado o exerccio de qualquer opo por parte dos gestores para aquisio de viaturas deservio que lhes tenham sido afectas.5 - O disposto no presente artigo exerce-se em conformidade com as demais normas legais eregulamentares relativas utilizao de viaturas.

    Contm as alteraes introduzidas pelos seguintesdiplomas:

    Verses anteriores deste artigo: - 1 verso: DL n. 71/2007, de 27 de

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    - DL n. 8/2012, de 18 de Janeiro Maro

    Artigo 34.Benefcios sociais

    Os gestores pblicos gozam dos benefcios sociais conferidos aos trabalhadores da empresa emque exeram funes, nos termos que venham a ser concretizados pelas respectivas comisses defixao de remuneraes, pela assembleia geral ou pelos membros do Governo responsveis pelarea das finanas e pelo respectivo sector de actividade, consoante o caso, com excepo dosrespeitantes a planos complementares de reforma, aposentao, sobrevivncia ou invalidez.

    Contm as alteraes introduzidas pelos seguintesdiplomas: - DL n. 8/2012, de 18 de Janeiro

    Verses anteriores deste artigo: - 1 verso: DL n. 71/2007, de 27 deMaro

    Artigo 35.Penses

    Os gestores pblicos beneficiam do regime geral de segurana social, se no optarem por outroque os abranja.

    Contm as alteraes introduzidas pelos seguintesdiplomas: - DL n. 8/2012, de 18 de Janeiro

    Verses anteriores deste artigo:

    - 1 verso: DL n. 71/2007, de 27 deMaro

    CAPTULO VIIGoverno empresarial e transparncia

    Artigo 36.tica

    Os gestores pblicos esto sujeitos s normas de tica aceites no sector de actividade em que sesituem as respectivas empresas.

    Artigo 37.

    Boas prticas1 - Sem prejuzo do disposto no artigo anterior, os gestores pblicos esto igualmente sujeitos sboas prticas decorrentes dos usos internacionais, designadamente em matria de transparncia,respeito pela concorrncia e pelos agentes do mercado e prestao de informao sobre a suaorganizao e as actividades envolvidas.2 - O Conselho de Ministros pode fixar, mediante resoluo, os princpios e regras a que se refereo artigo anterior que devem ser especialmente observados pelos gestores pblicos no exercciodas suas funes.

    CAPTULO VIIIDisposies finais e transitrias

    Artigo 38.Exerccio de funes por beneficirio de complementos de reforma

    Quem, tendo exercido funes de gestor pblico auferindo, por causa desse exerccio, benefcioscomplementares de reforma, desempenhe funes em empresas ou outras entidades pblicas temo direito de optar entre a remunerao nesta empresa ou entidade e aqueles benefcios.

    Contm as alteraes introduzidas pelos seguintesdiplomas: - DL n. 8/2012, de 18 de Janeiro

    Verses anteriores deste artigo: - 1 verso: DL n. 71/2007, de 27 deMaro

    Artigo 39.

    Aplicao imediata1 - O disposto no presente decreto-lei aplica-se aos mandatos em curso.2 - Os gestores pblicos que, at entrada em vigor do presente decreto-lei, preencham os

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    requisitos dos planos complementares de reforma, aposentao, invalidez ou sobrevivncia poreste suprimidos, beneficiam, na aplicao das regras de clculo da respectiva penso, apenas dotempo de exerccio efectivo de funes verificado data da sua entrada em vigor.3 - As prestaes complementares de reforma e aposentao apenas podem ser auferidas aps acessao de funes como gestores pblicos e a partir do momento em que estejam cumpridos osrequisitos gerais de acesso aposentao ou reforma e esta tenha lugar.4 - Os gestores pblicos relativamente aos quais se verifiquem situaes de incompatibilidade ouacumulao de funes em desconformidade com o disposto no presente decreto-lei devem prtermo a essas situaes no prazo mximo de um ano ou fazer cessar os respectivos mandatos.

    5 - A cessao de mandato prevista no nmero anterior no confere direito a qualquerindemnizao ou subveno.

    Artigo 40.Direito subsidirio

    Em tudo quanto no esteja disposto no presente decreto-lei, aplica-se o Cdigo das SociedadesComerciais, salvo quanto aos institutos pblicos de regime especial.

    Artigo 41.

    Reviso e adaptao de estatutos1 - Os estatutos de empresas pblicas que contrariem o disposto no presente decreto-lei devemser revistos e adaptados em conformidade com o mesmo, no prazo mximo de seis meses aps oincio de vigncia do presente decreto-lei.2 - O disposto no presente decreto-lei prevalece sobre os estatutos das entidades referidas nonmero anterior que, decorrido o prazo a mencionado, no tenham sido revistos e adaptados,sem prejuzo do disposto em legislao sectorial especial.

    Artigo 42.Norma revogatria

    1 - So revogados:a) O Decreto-Lei n. 464/82, de 9 de Dezembro;b) As alneas a) e b) do artigo 3. e os n.os 3 e 4 do artigo 7. da Lei n. 64/93, de 26 de Agosto;c) A Resoluo do Conselho de Ministros n. 29/89, de 26 de Agosto.2 - At entrada em vigor do novo regime remuneratrio dos dirigentes dos institutos pblicos,mantm-se transitoriamente em vigor a Resoluo do Conselho de Ministros n. 29/89, de 26 deAgosto, em relao queles dirigentes aos quais seja subsidiariamente aplicvel o estatuto dogestor pblico.

    Artigo 43.Entrada em vigor

    O presente decreto-lei entra em vigor no prazo de 60 dias aps a sua publicao, com excepodo disposto no artigo 37., que entra em vigor no dia seguinte ao da sua publicao.Visto e aprovado em Conselho de Ministros de 1 de Fevereiro de 2007. - Jos Scrates CarvalhoPinto de Sousa - Fernando Teixeira dos Santos.Promulgado em 19 de Maro de 2007.Publique-se.O Presidente da Repblica, ANBAL CAVACO SILVA.Referendado em 21 de Maro de 2007.O Primeiro-Ministro, Jos Scrates Carvalho Pinto de Sousa.