estatuto da microempresa e empresa

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    ESTATUTO DA MICROEMPRESA E EMPRESA DE PEQUENO PORTE

    LEI N 9.841, DE 05 DE OUTUBRO DE 1999

    (DOU 06.10.1999)

    Institui o Estatuto da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte,dispondo sobre o tratamento jurdico diferenciado, simplificado e favorecido previstonos artigos 170 e 179 da Constituio Federal.

    O Presidente da Repblica

    Fao saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

    CAPTULO I

    DO TRATAMENTO JURDICO DIFERENCIADO

    Art. 1 Nos termos dos artigos 170 e 179 da Constituio Federal, assegurado s microempresas e s empresas de pequeno porte tratamento jurdicodiferenciado e simplificado nos campos administrativo, tributrio, previdencirio,trabalhista, creditcio e de desenvolvimento empresarial, em conformidade com o quedispe esta Lei e a Lei n 9.317, de 05 de dezembro de 1996, e alteraes posteriores.

    Pargrafo nico. O tratamento jurdico simplificado e favorecido,estabelecido nesta Lei, visa facilitar a constituio e o funcionamento da microempresae da empresa de pequeno porte, de modo a assegurar o fortalecimento de sua

    participao no processo de desenvolvimento econmico e social.

    CAPTULO II

    DA DEFINIO DE MICROEMPRESA E DE EMPRESA DE PEQUENO PORTE

    Art. 2 Para os efeitos desta Lei, ressalvado o disposto no artigo 3,considera-se:

    I - microempresa, a pessoa jurdica e a firma mercantil individual que tiverreceita bruta anual igual ou inferior a R$ 244.000,00 (duzentos e quarenta e quatro milreais);

    II - empresa de pequeno porte, a pessoa jurdica e a firma mercantilindividual que, no enquadrada como microempresa, tiver receita bruta anual superior aR$ 244.000,00 (duzentos e quarenta e quatro mil reais) e igual ou inferior a R$1.200.000,00 (um milho e duzentos mil reais).

    1 No primeiro ano de atividade, os limites da receita bruta de que tratamos incisos I e II sero proporcionais ao nmero de meses em que a pessoa jurdica oufirma mercantil individual tiver exercido atividade, desconsideradas as fraes de ms.

    http://legislacao.planalto.gov.br/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei%209.296-1996?OpenDocumenthttp://legislacao.planalto.gov.br/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei%209.296-1996?OpenDocument
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    2 O enquadramento de firma mercantil individual ou de pessoa jurdicaem microempresa ou empresa de pequeno porte, bem como o seu desenquadramento,no implicaro alterao, denncia ou qualquer restrio em relao a contratos por elasanteriormente firmados.

    3 O Poder Executivo atualizar os valores constantes dos incisos I e IIcom base na variao acumulada pelo IGP-DI, ou por ndice oficial que venha asubstitu-lo.

    Art. 3 No se inclui no regime desta Lei a pessoa jurdica em que hajaparticipao:

    I - de pessoa fsica domiciliada no exterior ou de outra pessoa jurdica;

    II - de pessoa fsica que seja titular de firma mercantil individual ou sciade outra empresa que receba tratamento jurdico diferenciado na forma desta Lei, salvo

    se a participao no for superior a dez por cento do capital social de outra empresadesde que a receita bruta global anual ultrapasse os limites de que tratam os incisos I eII do artigo 2.

    Pargrafo nico. O disposto no inciso II deste artigo no se aplica participao de microempresas ou de empresas de pequeno porte em centrais decompras, bolsas de subcontratao, consrcios de exportao e outras formas deassociao assemelhadas, inclusive as de que trata o artigo 18 desta Lei.

    CAPTULO III

    DO ENQUADRAMENTO

    Art. 4 A pessoa jurdica ou firma mercantil individual que, antes dapromulgao desta Lei, preenchia os seus requisitos de enquadramento comomicroempresa ou empresa de pequeno porte, excetuadas as j enquadradas no regime

    jurdico anterior, comunicar esta situao, conforme o caso, Junta Comercial ou aoRegistro Civil das Pessoas Jurdicas, para fim de registro, mediante simplescomunicao, da qual constaro:

    I - a situao de microempresa ou de empresa de pequeno porte;

    II - o nome e demais dados de identificao da empresa;

    III - a indicao do registro de firma mercantil individual ou doarquivamento dos atos constitutivos da sociedade;

    IV - a declarao do titular ou de todos os scios de que o valor da receitabruta anual da empresa no excedeu, no ano anterior, o limite fixado no inciso I ou II doartigo 2, conforme o caso, e de que a empresa no se enquadra em qualquer dashipteses de excluso relacionadas no artigo 3.

    Art. 5 Tratando-se de empresa em constituio, dever o titular ou scios,conforme o caso, declarar a situao de microempresa ou de empresa de pequeno porte,

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    que a receita bruta anual no exceder, no ano da constituio, o limite fixado no incisoI ou II do artigo 2, conforme o caso, e que a empresa no se enquadra em qualquer dashipteses de excluso relacionadas no artigo 3 desta Lei.

    Art. 6 O arquivamento, nos rgos de registro, dos atos constitutivos de

    firmas mercantis individuais e de sociedades que se enquadrarem como microempresaou empresa de pequeno porte, bem como o arquivamento de suas alteraes, dispensado das seguintes exigncias:

    I - certido de inexistncia de condenao criminal, exigida pelo inciso IIdo artigo 37 da Lei n 8.934, de 18 de novembro de 1994, que ser substituda pordeclarao do titular ou administrador, firmada sob as penas da lei, de no estarimpedido de exercer atividade mercantil ou a administrao de sociedade mercantil, emvirtude de condenao criminal;

    II - prova de quitao, regularidade ou inexistncia de dbito referente a

    tributo ou contribuio de qualquer natureza, salvo no caso de extino de firmamercantil individual ou de sociedade.

    Pargrafo nico. No se aplica s microempresas e s empresas de pequenoporte o disposto no 2 do artigo 1 da Lei n 8.906, de 04 de julho de 1994.

    Art. 7 Feita a comunicao, e independentemente de alterao do atoconstitutivo, a microempresa adotar, em seguida ao seu nome, a expresso"microempresa" ou, abreviadamente, "ME", e a empresa de pequeno porte, a expresso"empresa de pequeno porte" ou "EPP".

    Pargrafo nico. privativo de microempresa e de empresa de pequenoporte o uso das expresses de que trata este artigo.

    CAPTULO IV

    DO DESENQUADRAMENTO E REENQUADRAMENTO

    Art. 8 O desenquadramento da microempresa e da empresa de pequenoporte dar-se- quando excedidos ou no alcanados os respectivos limites de receitabruta anual fixados no artigo 2.

    1 Desenquadrada a microempresa, passa automaticamente condio deempresa de pequeno porte, e esta passa condio de empresa excluda do regime destaLei ou retorna condio de microempresa.

    2 A perda da condio de microempresa ou de empresa de pequenoporte, em decorrncia do excesso de receita bruta, somente ocorrer se o fato severificar durante dois anos consecutivos ou trs anos alternados, em um perodo decinco anos.

    Art. 9 A empresa de pequeno porte reenquadrada como empresa, a

    microempresa reenquadrada na condio de empresa de pequeno porte e a empresa de

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    pequeno porte reenquadrada como microempresa comunicaro este fato ao rgo deregistro, no prazo de trinta dias, a contar da data da ocorrncia.

    Pargrafo nico. Os requerimentos e comunicaes previstos neste Captuloe no Captulo III podero ser feitos por via postal, com aviso de recebimento.

    CAPTULO V

    DO REGIME PREVIDENCIRIO E TRABALHISTA

    Art. 10. O Poder Executivo estabelecer procedimentos simplificados, almdos previstos neste Captulo, para o cumprimento da legislao previdenciria etrabalhista por parte das microempresas e das empresas de pequeno porte, bem como

    para eliminar exigncias burocrticas e obrigaes acessrias que sejam incompatveiscom o tratamento simplificado e favorecido previsto nesta Lei.

    Art. 11. A microempresa e a empresa de pequeno porte so dispensadas documprimento das obrigaes acessrias a que se referem os artigos 74; 135, 2; 360;429 e 628, 1, da Consolidao das Leis do Trabalho - CLT.

    Pargrafo nico. O disposto no caput deste artigo no dispensa amicroempresa e a empresa de pequeno porte dos seguintes procedimentos:

    I - anotaes na Carteira de Trabalho e Previdncia Social - CTPS;

    II - apresentao da Relao Anual de Informaes Sociais - Rais e doCadastro Geral de Empregados e Desempregados - Caged;

    III - arquivamento dos documentos comprobatrios de cumprimento dasobrigaes trabalhistas e previdencirias, enquanto no prescreverem essas obrigaes;

    IV - apresentao da Guia de Recolhimento do Fundo de Garantia doTempo de Servio e Informaes Previdncia Social - Gfip.

    Art. 12. Sem prejuzo de sua ao especfica, as fiscalizaes trabalhista eprevidenciria prestaro, prioritariamente, orientao microempresa e empresa depequeno porte.

    Pargrafo nico. No que se refere fiscalizao trabalhista, ser observadoo critrio da dupla visita para lavratura de autos de infrao, salvo quando forconstatada infrao por falta de registro de empregado, ou anotao da Carteira deTrabalho e Previdncia Social - CTPS, ou ainda na ocorrncia de reincidncia, fraude,resistncia ou embarao fiscalizao.

    Art. 13. Na homologao de resciso de contrato de trabalho, o extrato deconta vinculada ao trabalhador relativa ao Fundo de Garantia do Tempo de Servio -FGTS poder ser substitudo pela Guia de Recolhimento do Fundo de Garantia doTempo de Servio e Informaes Previdncia Social - Gfip pr-impressa no ms

    anterior, desde que sua quitao venha a ocorrer em data anterior ao dia dez do mssubseqente a sua emisso.

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    CAPTULO VI

    DO APOIO CREDITCIO

    Art. 14. O Poder Executivo estabelecer mecanismos fiscais e financeiros

    de estmulo s instituies financeiras privadas no sentido de que mantenham linhas decrdito especficas para as microempresas e para as empresas de pequeno porte.

    Art. 15. As instituies financeiras oficiais que operam com crdito para osetor privado mantero linhas de crdito especficas para as microempresas e para asempresas de pequeno porte, devendo o montante disponvel e suas condies de acessoser expressas, nos respectivos documentos de planejamento, e amplamente divulgados.

    Pargrafo nico. As instituies de que trata este artigo faro publicar,semestralmente, relatrio detalhado dos recursos planejados e aqueles efetivamenteutilizados na linha de crdito mencionada neste artigo, analisando as justificativas do

    desempenho alcanado.

    Art. 16. As instituies de que trata o artigo 15, nas suas operaes com asmicroempresas e com as empresas de pequeno porte, atuaro, em articulao com asentidades de apoio e representao daquelas empresas, no sentido de propiciarmecanismos de treinamento, desenvolvimento gerencial e capacitao tecnolgicaarticulados com as operaes de financiamento.

    Art. 17. Para fins de apoio creditcio exportao, sero utilizados osparmetros de enquadramento de empresas, segundo o porte, aprovados pelo MercadoComum do Sul - Mercosul para as microempresas e para as empresas de pequeno porte.

    Art. 18. (VETADO)

    CAPTULO VII

    DO DESENVOLVIMENTO EMPRESARIAL

    Art. 19. O Poder Executivo estabelecer mecanismos de incentivos fiscais efinanceiros, de forma simplificada e descentralizada, s microempresas e s empresas de

    pequeno porte, levando em considerao a sua capacidade de gerao e manuteno de

    ocupao e emprego, potencial de competitividade e de capacitao tecnolgica, quelhes garantiro o crescimento e o desenvolvimento.

    Art. 20. Dos recursos federais aplicados em pesquisa, desenvolvimento ecapacitao tecnolgica na rea empresarial, no mnimo vinte por cento serodestinados, prioritariamente, para o segmento da microempresa e da empresa de

    pequeno porte.

    Pargrafo nico. As organizaes federais atuantes em pesquisa,desenvolvimento e capacitao tecnolgica devero destacar suas aplicaes voltadas aoapoio s microempresas e s empresas de pequeno porte.

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    Art. 21. As microempresas e as empresas de pequeno porte tero tratamentodiferenciado e favorecido no que diz respeito ao acesso a servios de metrologia ecertificao de conformidade prestados por entidades tecnolgicas pblicas.

    Pargrafo nico. As entidades de apoio e de representao das

    microempresas e das empresas de pequeno porte criaro condies que facilitem oacesso aos servios de que trata o artigo 20.

    Art. 22. O Poder Executivo diligenciar para que se garantam s entidadesde apoio e de representao das microempresas e das empresas de pequeno portecondies para capacitarem essas empresas para que atuem de forma competitiva nomercado interno e externo, inclusive mediante o associativismo de interesse econmico.

    Art. 23. As microempresas e as empresas de pequeno porte tero tratamentodiferenciado e favorecido quando atuarem no mercado internacional, seja importandoou exportando produtos e servios, para o que o Poder Executivo estabelecer

    mecanismos de facilitao, desburocratizao e capacitao.

    Pargrafo nico. Os rgos e entidades da Administrao Federal Direta eIndireta, intervenientes nas atividades de controle da exportao e da importao,devero adotar procedimentos que facilitem as operaes que envolvam asmicroempresas e as empresas de pequeno porte, otimizando prazos e reduzindo custos.

    Art. 24. A poltica de compras governamentais dar prioridade microempresa e empresa de pequeno porte, individualmente ou de forma associada,com processo especial e simplificado nos termos da regulamentao desta Lei.

    CAPTULO VIII

    DA SOCIEDADE DE GARANTIA SOLIDRIA

    Art. 25. autorizada a constituio de Sociedade de Garantia Solidria,constituda sob a forma de sociedade annima, para a concesso de garantia a seusscios participantes, mediante a celebrao de contratos.

    Pargrafo nico. A sociedade de garantia solidria ser constituda descios participantes e scios investidores:

    I - os scios participantes sero, exclusivamente, microempresas e empresasde pequeno porte com, no mnimo, dez participantes e participao mxima individualde dez por cento do capital social;

    II - os scios investidores sero pessoas fsicas ou jurdicas, que efetuaroaporte de capital na sociedade, com o objetivo exclusivo de auferir rendimentos, no

    podendo sua participao, em conjunto, exceder a quarenta e nove por cento do capitalsocial.

    Art. 26. O estatuto social da sociedade de garantia solidria deve

    estabelecer:

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    I - finalidade social, condies e critrios para admisso de novos sciosparticipantes e para sua sada e excluso;

    II - privilgio sobre as aes detidas pelo scio excludo por inadimplncia;

    III - proibio de que as aes dos scios participantes sejam oferecidascomo garantia de qualquer espcie; e

    IV - estrutura, compreendendo a Assemblia-Geral, rgo mximo dasociedade, que eleger o Conselho Fiscal e o Conselho de Administrao, que, por suavez, indicar a Diretoria Executiva.

    Art. 27. A sociedade de garantia solidria sujeita ainda s seguintescondies:

    I - proibio de concesso a um mesmo scio participante de garantia

    superior a dez por cento do capital social ou do total garantido pela sociedade, o que formaior;

    II - proibio de concesso de crdito a seus scios ou a terceiros; e

    III - dos resultados lquidos, alocao de cinco por cento, para reserva legal,at o limite de vinte por cento do capital social; e de cinqenta por cento da partecorrespondente aos scios participantes para o fundo de risco, que ser constitudotambm por aporte dos scios investidores e de outras receitas aprovadas pelaAssemblia-Geral da sociedade.

    Art. 28. O contrato de garantia solidria tem por finalidade regular aconcesso da garantia pela sociedade ao scio participante, mediante o recebimento dataxa de remunerao pelo servio prestado, devendo fixar as clusulas necessrias aocumprimento das obrigaes do scio beneficirio perante a sociedade.

    Pargrafo nico. Para a concesso da garantia, a sociedade de garantiasolidria poder exigir a contragarantia por parte do scio participante beneficirio.

    Art. 29. As microempresas e as empresas de pequeno porte podem ofereceras suas contas e valores a receber como lastro para a emisso de valores mobilirios a

    serem colocados junto aos investidores no mercado de capitais.

    Art. 30. A sociedade de garantia solidria pode conceder garantia sobre omontante de recebveis de seus scios participantes, objeto de securitizao, podendotambm prestar o servio de colocao de recebveis junto a empresa de securitizaoespecializada na emisso dos ttulos e valores mobilirios transacionveis no mercadode capitais.

    Pargrafo nico. O agente fiducirio de que trata o caput no tem direito deregresso contra as empresas titulares dos valores e contas a receber, objeto desecuritizao.

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    Art. 31. A funo de registro, acompanhamento e fiscalizao dassociedades de garantia solidria, sem prejuzo das autoridades governamentaiscompetentes, poder ser exercida pelas entidades vinculadas s microempresas e sempresas de pequeno porte, em especial o Servio Brasileiro de Apoio s Micro ePequenas Empresas - Sebrae, mediante convnio a ser firmado com o Executivo.

    CAPTULO IX

    DAS PENALIDADES

    Art. 32. A pessoa jurdica e a firma mercantil individual que, semobservncia dos requisitos desta Lei, pleitear seu enquadramento ou se mantiverenquadrada como microempresa ou empresa de pequeno porte estar sujeita sseguintes conseqncias e penalidades:

    I - cancelamento de ofcio de seu registro como microempresa ou como

    empresa de pequeno porte;

    II - aplicao automtica, em favor da instituio financeira, de multa devinte por cento sobre o valor monetariamente corrigido dos emprstimos obtidos com

    base nesta Lei, independentemente do cancelamento do incentivo de que tenha sidobeneficiada.

    Art. 33. A falsidade de declarao prestada objetivando os benefcios destaLei caracteriza o crime de que trata o artigo 299 do Cdigo Penal, sem prejuzo deenquadramento em outras figuras penais.

    CAPTULO X

    DISPOSIES FINAIS

    Art. 34. Os rgos fiscalizadores de registro de produtos procedero aanlise para inscrio e licenciamento a que estiverem sujeitas as microempresas e asempresas de pequeno porte, no prazo mximo de trinta dias, a contar da data de entregada documentao ao rgo.

    Art. 35. As firmas mercantis individuais e as sociedades mercantis e civis

    enquadrveis como microempresa ou empresa de pequeno porte que, durante cincoanos, no tenham exercido atividade econmica de qualquer espcie, podero requerer eobter a baixa no registro competente, independentemente de prova de quitao detributos e contribuies para com a Fazenda Nacional, bem como para com o Instituto

    Nacional do Seguro Social - INSS e para com o Fundo de Garantia do Tempo deServio - FGTS.

    Art. 36. A inscrio e alteraes da microempresa e da empresa de pequenoporte em rgos da Administrao Federal ocorrer independentemente da situaofiscal do titular, scios, administradores ou de empresas de que estes participem.

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    Art. 37. As microempresas e as empresas de pequeno porte so isentas depagamento de preos, taxas e emolumentos remuneratrios de registro das declaraesreferidas nos artigos 4, 5 e 9 desta Lei.

    Art. 38. Aplica-se s microempresas o disposto no 1 do artigo 8 da Lei

    n 9.099, de 26 de setembro de 1995, passando essas empresas, assim como as pessoasfsicas capazes, a serem admitidas a proporem ao perante o Juizado Especial,excludos os cessionrios de direito de pessoas jurdicas.

    Art. 39. O protesto de ttulo, quando o devedor for microempresrio ouempresa de pequeno porte, sujeito s seguintes normas:

    I - os emolumentos devidos ao tabelio de protesto no excedero um porcento do valor do ttulo, observado o limite mximo de R$ 20,00 (vinte reais), includosneste limite as despesas de apresentao, protesto, intimao, certido e quaisqueroutras relativas execuo dos servios;

    II - para o pagamento do ttulo em cartrio, no poder ser exigido chequede emisso de estabelecimento bancrio, mas, feito o pagamento por meio de cheque, deemisso de estabelecimento bancrio ou no, a quitao dada pelo tabelionato de

    protesto ser condicionada efetiva liquidao do cheque;

    III - o cancelamento do registro de protesto, fundado no pagamento dottulo, ser feito independentemente de declarao de anuncia do credor, salvo no casode impossibilidade de apresentao do original protestado;

    IV - para os fins do disposto no caput e nos incisos I, II e III, caber aodevedor provar sua qualidade de microempresa ou de empresa de pequeno porte peranteo tabelionato de protestos de ttulos, mediante documento expedido pela JuntaComercial ou pelo Registro Civil das Pessoas Jurdicas, conforme o caso.

    Art. 40. Os artigos 29 e 31 da Lei n 9.492, de 10 de setembro de 1997,passam a vigorar com a seguinte redao:

    "Art. 29. Os cartrios fornecero s entidades representativas da indstria edo comrcio ou quelas vinculadas proteo do crdito, quando solicitada, certidodiria, em forma de relao, dos protestos tirados e dos cancelamentos efetuados, com a

    nota de se cuidar de informao reservada, da qual no se poder dar publicidade pelaimprensa, nem mesmo parcialmente."

    " 1 O fornecimento da certido ser suspenso caso se desatenda aodisposto no caput ou se forneam informaes de protestos cancelados."

    " 2 Dos cadastros ou bancos de dados das entidades referidas no caputsomente sero prestadas informaes restritivas de crdito oriundas de ttulos oudocumentos de dvidas regularmente protestados cujos registros no foram cancelados."

    " 3 Revogado."

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    "Art. 31. Podero ser fornecidas certides de protestos, no cancelados, aquaisquer interessados, desde que requeridas por escrito."

    Art. 41. Ao Ministrio do Desenvolvimento, Indstria e Comrcio Exteriorcompete acompanhar e avaliar a implantao efetiva das normas desta Lei, visando seu

    cumprimento e aperfeioamento.

    Pargrafo nico. Para o cumprimento do disposto neste artigo, o PoderExecutivo autorizado a criar o Frum Permanente da Microempresa e da Empresa dePequeno Porte, com participao dos rgos federais competentes e das entidadesvinculadas ao setor.

    Art. 42. O Poder Executivo regulamentar esta Lei no prazo de noventadias, a contar da data de sua publicao.

    Art. 43. Revogam-se as Leis n 7.256, de 27 de novembro de 1984, e n

    8.864, de 28 de maro de 1994.

    Braslia, 05 de outubro de 1999; 178 da Independncia e 111 daRepblica.

    FERNANDO HENRIQUE CARDOSO

    Pedro Malan

    Francisco Dornelles

    Waldeck Ornlas

    Alcides Lopes Tpias

    Martus Tavares

    Ronaldo Mota Sardenberg