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INFORMAÇÃO E CONHECIMENTO ANO 2 . Nº 8 . SETEMBRO/OUTUBRO 2011 ESTÁGIO VISITA PROGRAMAÇÃO SEMANAL Uma semana repleta de atividades, na qual você conhece o papel da Câma- ra dos Deputados, como funciona o processo legislativo e também os ca- nais de comunicação com a sociedade. SAIBA MAIS Será que o Congresso Nacional é apenas uma fábrica de leis? A sua eficiência pode ser medida por meio do número de leis aprovadas? Será que existe outra função exercida pelo Parlamento que configure melhor seu papel institucional? ENQUETE Você é contra ou a favor do reconhecimento da relação homoafetiva como “entidade familiar”? PERFIL Participantes do Estágio-Visita contam sobre sua experiência em Brasília.

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I N F O R M A Ç Ã O E C O N H E C I M E N T O ANO 2 . Nº 8 . SETEMBRO/OUTUBRO 2011

ESTÁGIOVISITA

PROGRAMAÇÃO SEMANAL

Uma semana repleta de atividades, na qual você conhece o papel da Câma-ra dos Deputados, como funciona o processo legislativo e também os ca-nais de comunicação com a sociedade.

SAIBA MAIS

Será que o Congresso Nacional é apenas uma fábrica de leis? A sua eficiência pode ser medida por meio do número de leis aprovadas? Será que existe outra função exercida pelo Parlamento que configure melhor seu papel institucional?

ENQUETE

Você é contra ou a favor do reconhecimento da relação homoafetiva como “entidade familiar”?

PERFIL

Participantes do Estágio-Visita contam sobre sua experiência em Brasília.

APRE SEN TAÇ ÃO

PREZADO(A) UNIVERSITÁRIO(A),

É com imensa satisfação que o(a) felicito pela meritória oportu-nidade de participar do Programa Estágio-Visita da Câmara dos Deputados, que permite ao universitário(a) conhecer e acompa-nhar as atividades desenvolvidas pelos órgãos responsáveis pelo processo de elaboração das leis federais.

Nessa oportunidade, serão compartilhadas experiências obti-das durante a observação de reuniões das comissões e das sessões plenárias, nas quais são debatidos os mais diversos assuntos relacio-nados às proposições legislativas submetidas às suas deliberações.

Ademais, você assistirá a palestras sobre a elaboração das leis, a atuação parlamentar na decisão de políticas públicas, o funcio-namento dos órgãos envolvidos no processo legislativo, além dos instrumentos de integração com os parlamentares oferecidos à sociedade.

A Câmara dos Deputados concebe esse programa para permi-tir a integração das futuras gerações, formadoras de opinião, com a pluralidade da representação popular e suas convicções, a fim de desenvolver uma concepção valorativa do trabalho desenvol-vido pelo parlamento brasileiro.

Busca-se o despertar do interesse estudantil sobre o papel do parlamento na Democracia, com o intuito de fazer germinar a compreensão sobre a necessidade do engajamento dos cidadãos no processo de elaboração de leis e na formulação de políticas pú-blicas, em prol do fortalecimento da Democracia e da Cidadania.

Aproveite ao máximo essa experiência para que nasça em você um acendedor de ideias, que permita iluminar novos interessados em conhecer e compreender o fundamental papel do Parlamento Brasileiro no desenvolvimento de nosso País.

Deputado JORGE TADEU MUDALEN

Segundo-Secretário da Câmara dos Deputados

A Casa é sua. Aproveite ao máximo essa experiência.

SUM ÁRIO

05 CAPAEntrevista com o Deputado Federal Jean Wyllys (PSOL/RJ), primeiro deputado assumidamente gay a defender a causa LGBT.

08 PERFIL IPAULO HENRIQUE GOMES RIBEIRO: estudante de arquivologia na Universidade Federal da Paraíba, participou do Estágio-Visita em junho de 2011.

09 PERFIL IIÍTALO HENRIQUE CUPERTINO COSTA: estudante de Direito na Faculdade de Direito de Ipatinga-MG, participou do Estágio-Visita em agosto de 2011.

10 SAIBA MAISO Parlamento e a vontade da sociedade

16 ENQUETEVocê é contra ou a favor do reconhecimento da relação homoafetiva como “entidade familiar”?

20 EDUCAÇÃO E DEMOCRACIAO Programa Estágio Cidadão

24 JUVENTUDE E DEMOCRACIAOficina Juventude e Democracia

28 MANUALNosso objetivo nesses cinco dias será mostrar a você qual o papel da Câmara dos Deputados, como funciona o processo legislativo e como é a rotina dentro do parlamento.

MESA DIRETORAPRESIDENTEMarco Maia - PT/RS

PRIMEIRO VICE-PRESIDENTERose de Freitas - PMDB/ES

SEGUNDO VICE-PRESIDENTEEduardo da Fonte - PP/PE

PRIMEIRO-SECRETÁRIOEduardo Gomes - PSDB/TO

SEGUNDO-SECRETÁRIOJorge Tadeu Mudalen - DEM/SP

TERCEIRO-SECRETÁRIOInocêncio Oliveira - PR/PE

QUARTO-SECRETÁRIOJúlio Delgado - PSB/MG

SUPLENTES DE SECRETÁRIOS1º - Geraldo Resende - PMDB/MS

2º - Manato - PDT/ES

3º - Carlos Eduardo Cadoca - PSC/PE

4º - Sérgio Moraes - PTB/RS

PROCURADOR PARLAMENTARNelson Marquezelli - PTB/SP

OUVIDOR-GERALMiguel Corrêa - PT/MG

DIRETOR-GERALRogério Ventura Teixeira

SECRETÁRIO-GERAL DA MESASérgio Sampaio Contreiras de Almeida

DIRETOR DE RECURSOS HUMANOSLuiz César Lima Costa

DIRETOR DO CENTRO DE FORMAÇÃO, TREINAMENTO E APERFEIÇOAMENTOFernando Saboia Vieira

PLANEJAMENTO E EXECUÇÃO PEDAGÓGICA Equipe NUDEM

REVISÃO Natália Oliveira / André Sathler Guimarães

PROJETO GRÁFICO E DIAGRAMAÇÃOAna Patrícia Meschick

IMPRESSÃO DEAPA/CGRAF

O PONTO DE VISTA DE ENTREVISTADOS E PARTICIPANTES NÃO EXPRESSA A OPINIÃO DA REVISTA.

ENVIO DE [email protected]

C ÂM AR A DOS DEPU TADOS

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Por Alexandre Caçador e Maria Alice de Oliveira

ENTREVISTA COM JEAN WYLLYSJornalista, professor universitário, escritor e comunicador, o Deputado Federal Jean Wyllys é membro titular da Comis-são de Direitos Humanos e Minorias e integrante da Frente Parlamentar Mista pela Cidadania LGBT. Ele nos conta um pouco sobre suas atividades em defesa da causa LGBT (Lés-bicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Transgênero).

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1. O Sr. é o primeiro deputado assumidamente gay a defender a causa LGBT. Como está sendo essa experiência?Sou o primeiro homossexual assumido a levan-tar a bandeira LGBT no Congresso, mas não sou o primeiro parlamentar a fazê-lo. É importante reconhecer o trabalho pioneiro de pessoas como Marta Suplicy, Fátima Cleide, Erika Kokay e tantas outras e outros que lutam pela cidada-nia LGBT. O fato de eu ser gay não me atrapalha, nem me proporciona prerrogativas, enfrento os mesmos desafios que outros parlamentares, claro que com inimigos mais evidentes, aguerri-dos e poderosos, que são os fundamentalistas religiosos. Quando digo fundamentalistas reli-giosos, não me refiro à comunidade cristã como um todo, mas aos fundamentalistas, aqueles que usam a Bíblia para violentar a dignidade da pessoa humana. Tivemos outro parlamentar assumidamente homossexual, o Clodovil, mas apesar de ser assumido, ele não trouxe essa dis-cussão para o Congresso Nacional. O Clodovil tinha homofobia internalizada. Ia a público se colocar contra as bandeiras do movimento. Não foi uma nem duas vezes que ele deu de-clarações à imprensa contra o casamento gay. Fazia até deboche disso.

2. O PLC 122\2006 é um projeto de lei apresen-tado pela então Deputada Iara Bernardi (PT/SP), em 2001. O projeto tem por objetivo crimina-lizar a homofobia e encontra-se na Comissão de Direitos Humanos do Senado Federal, com a relatoria da Senadora Marta Suplicy (PT/SP). O que o Sr. pode falar a respeito desse projeto?Os rumos para o PLC 122 são umas das prio-ridades da Frente Parlamentar pela Cidadania LGBT, ao lado da PEC do Casamento Civil e da regulamentação do uso do nome social por

travestis. Nós, integrantes da Frente, estamos trabalhando em um texto unificado, que será apensado ao PLC 122 e que considerará o protagonismo do movimento LGBT. O texto, como está agora, contém uma redação que ignora absolutamente o acúmulo científico em torno da distinção de identidade de gênero e sexo biológico. Esperamos chegar a esse texto, informalmente batizado de “Alexandre Ivo”, em memória ao jovem que foi brutalmente assassinado em 2010 em São Gonçalo, RJ. Será apresentado pela Frente assim que acordado e esperamos votá-lo até o final de outubro.

3. Como estão os trabalhos da Frente Parlamentar Mista pela Cidadania LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transe-xuais e Transgênero) no Congresso?A Frente Parlamentar Mista pela Cidadania LGBT, relançada no início do primeiro semestre e a qual coordeno na Câmara dos Deputados, em conjunto com a senadora Marta Suplicy, no Senado, está aí para administrar esses debates. Em maio, organizamos o 8º Seminário Nacional LGBT, agora em setem-bro, faremos outro, “Famílias pela Igualdade”. Esse terá como objetivo debater o conceito de família no sentido de ampliar a proteção do Estado a outras entidades familiares já reconhe-cidas pelo Supremo Tribunal Federal - STF. O debate dar-se-á a partir da apresentação e discussão da PEC do Casamento Civil, de minha autoria e que se encontra em fase de recolhi-mento de assinaturas, partindo de experiência argentina, que, há um ano, aprovou o matrimonio igualitário. Fora os eventos organizados pela Frente, participamos dos debates através de palestras e apresentações em diversos eventos estados.

4. O Sr. acha que aumentou o número de movimentos homo-fóbicos no Brasil nos últimos anos? Qual sua opinião sobre a reação social diante da cartilha contra a homofobia que havia sido lançada pelo Ministério da Educação?O recrudescimento da homofobia, ou manifestações ho-mofóbicas mais violentas, são a contrapartida da própria conquista de visibilidade da causa LGBT. Na medida em que os LGBT conquistam visibilidade, espaço de repre-sentação, inclusive de representação política, vide a minha

“Nós temos que salvaguardar a diversidade cultural da sociedade brasileira, mas não

podemos permitir desigualdade nos direitos.”

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presença no Congresso, é óbvio que os setores mais conser-vadores da sociedade vão reagir de maneira mais violenta. Além da decisão do Supremo, se a gente conseguir aprovar a PEC, isso tem um impacto enorme na vida das pessoas, nas relações. Alguma discriminação social sempre vai haver. Porém, o que não pode haver, em hipótese alguma, é a discriminação no acesso a direitos. Isso não pode existir. Toda briga do movimento LGBT brasileiro e a minha batalha no Congresso, que sou um cara que defende os direitos hu-manos, é exatamente para deixar isso claro. Nós temos que salvaguardar a diversidade cultural da sociedade brasileira, mas não podemos permitir desigualdade nos direitos.

A cada dois dias um(a) LGBT é assassinado(a) com requin-tes inexplicáveis de crueldade, vide o recente caso do jovem Gilvan Firmino Pereira, de Alfenas, MG, que teve seu corpo mutilado e o fígado comido pelo algoz do crime. Isso nos lem-bra da urgência da aprovação do PLC 122, que criminaliza a homofobia. Foi justo ele, o PLC 122, o alvo de todo o imbróglio da história do kit anti-homofobia do Ministério da Educação - MEC. A bancada evangélica, com apoio de alguns setores da imprensa, agiu de má fé ao apresentar um material do Ministério da Saúde de danos entre travestis como se fosse o projeto Escola sem Homofobia, gerando uma histeria coletiva. O material do MEC obteve pareceres da Unesco, do Conselho Federal de Psicologia, da União Nacional dos Estudantes - UNE, e do próprio Conselho de Classificação Indicativa e é um material didático voltado para os educadores com o objetivo de ajudar no combate ao bullying homofóbico. Infelizmente boa parte da mídia vem se esquecendo dos fundamentos básicos do jornalismo – o de ouvir os dois lados da história –, e isso é grave, pois a grande maioria da população recebe o que a mídia lhes fornece sem questionamento, não busca se informar ou se aprofundar nas questões.

5. O programa Estágio-Visita de Curta Duração é destinado a universitários. Pensando nos jovens brasileiros, como o Sr. ava-lia o posicionamento da juventude em relação às questões de gênero, especialmente quando o assunto é a diversidade sexual?

A homofobia é algo que acompanha o gay des-de muito cedo. A primeira vez que sofri uma injúria foi aos seis anos. Morava na periferia de Alagoinhas, na Bahia. Minha mãe me deu dinheiro para que eu comprasse pão na venda. Estendi a mão sobre o balcão e pedi seis pães. Falei com a concordância correta e o homem me perguntou: ‘Você é viado ou estudado?’. Todos riram e fiquei muito constrangido. Foi a primeira vez que ouvi palavra ‘viado’ e percebi pelas risadas que ‘viado’ era algo que eu não deveria ser, que não era certo. A injúria é um horizonte que nunca desaparece na vida de um homossexual - vivemos nossas vidas intei-ras num horizonte de insulto e de violação de direitos. Mas acredito que essa nova geração lida com isso de uma forma mais tranquila, mais aberta, até por conta do momento em que estamos vivendo, com a decisão do STF, da maior visibilidade que o tema vem recebendo através de ações como colocar a homofobia como marketing social, por exemplo, como a novela “Insensato Coração” recentemente fez. Quanto mais debatermos o assunto, como deve ser, mais natural ele se tornará para a so-ciedade de um modo geral, até que chegue um dia em que a homofobia não será mais sequer discutida. Aprovar a PEC do Casamento Civil entre casais do mesmo sexo, criminalizar a homofobia, tudo isso são ações que educarão e transformarão a sociedade.

6. O Sr. tem alguma mensagem para deixar aos participantes do programa Estágio-Visita de Curta Duração?Nunca deixem pessoa alguma lhes dizer o que vocês podem ou não podem ser. Sejam sempre verdadeiros e estudem. Sempre. A educação pode salvar esse país.

“Sou o primeiro homossexual assumido a levantar a bandeira LGBT no Congresso, mas não sou o primeiro parlamentar a fazê-lo.”

PERFIL I

Paulo Henrique Gomes Ribeiro mora em João Pessoa, tem

apenas 21 anos, e já possui experiência no Legislativo. Ele é

assessor na Assembleia Legislativa da Paraíba. O jovem é mui-

to comunicativo e engajado em causas sociais, aliás, foi assim

que ele deu início à carreira. Aos dezesseis anos ele participava

de um grupo jovem ligado à Igreja Católica, e se envolveu em

uma gincana para arrecadar alimentos para famílias carentes.

Paulo Henrique disse que, na ocasião de entregar os 223

quilos de comida arrecadada às famílias, sentiu-se um herói:

“as pessoas ficavam tão gratas, senti, então, a necessidade de

ajudar mais”. O estudante se articulou, portanto, com mais

seis colegas e, juntos, foram buscar doações e apoio logístico.

Foi nesse momento que tiveram a ideia de pedir a ajuda dos

deputados estaduais. Um dos gabinetes chamou a atenção de

Paulo Henrique: “tanto o deputado quanto sua equipe eram

muito solícitos e respeitosos com os cidadãos”. Com a ajuda

desse, e de outros deputados, os sete rapazes conseguiram

fazer mais três campanhas beneficentes.

Mais tarde, durante a campanha eleitoral, Paulo Henrique

se sentiu motivado a ajudar aquele deputado que os tinha re-

cebido tão bem, frequentou o comitê, participou de comícios,

fez discursos; em fevereiro deste ano veio então o convite para

que ele participasse da equipe do deputado, agora como as-

sessor parlamentar.

Paulo Henrique ficou sabendo em maio do Estágio-Visita

por meio da chefe do gabinete em que trabalha, e decidiu en-

tão participar da edição de junho. O estudante encara muito

positivamente esse programa: “o universitário é aquele que

pode produzir um Brasil mais consciente, e é justamente esse

tipo de prática que leva a uma consciência maior; a juventude

é que vai estar aqui legislando no futuro”. Paulo Henrique disse

também que, depois de algumas decepções, estava desacredi-

tando no homem como ser político, capaz de trabalhar pelo

bem comum, mas que o Estágio-Visita lhe reacendeu a vontade

de lutar por uma sociedade e por uma política melhores. Ele vê

na educação para a cidadania o caminho para extinguir a cor-

rupção. Ainda sobre o Estágio-Visita, o universitário disse que

apesar do programa ser ótimo, ele sentiu falta de mais prática,

de discutir política mesmo.

O universitário disse que se sente na obrigação de dissemi-

nar o conhecimento que está obtendo aqui: “a mídia é nociva,

pega a desonestidade de um ou de outro e generaliza”. Citou,

por exemplo, o Estágio-Visita: “não interessa à mídia divulgar

boas iniciativas como essa, ela só vende à sociedade coisas

ruins”. Paulo Henrique acrescentou que “a ideia que é propa-

gada pela televisão, principalmente, é de que no Congresso

Nacional estão todos envolvidos em corrupção. Ao chegar

aqui percebi a competência, a educação e o conhecimento

dos servidores”.

Paulo Henrique cursou alguns semestres de Administra-

ção, mas decidiu fazer vestibular novamente, dessa vez para

Arquivologia. O estudante resolveu descontinuar o curso de

Administração porque o achou muito amplo: “são muitas

portas, muitas áreas de atuação, gostei muito de algumas,

mas não de outras.” Entre os motivos de ter escolhido Ar-

quivologia, ele mencionou que o curso só existe há dois anos

na Universidade Federal da Paraíba, portanto, a quantidade

de profissionais no mercado é reduzida. Quanto aos planos

para o futuro, Paulo Henrique disse que quer ser um servidor

público federal e, quem sabe, construir uma carreira política.

Se depender da preocupação social e da eloquência do jovem,

seu futuro político será promissor.

PAULO HENRIQUE

Ítalo Henrique Cupertino Costa tem 22 anos e está cursando o 6º semestre na Faculdade de Direito de Ipatinga – FADIPA. O jovem mora com a mãe em Coronel Fabriciano, no inte-rior do estado de Minas Gerais, pertencente à microrregião de Ipatinga. No pouco tempo livre que tem, o estudante vai para a casa da namorada. Como muitos brasileiros, ele tam-bém tem o hobby de jogar futebol e acompanhar pela TV.

Ítalo aprecia muito o contato com a natureza, quando visita o irmão em São João Del Rey não perde a oportunidade de ir às muitas cachoeiras do lugar. Também, por isso, ele gosta muito de frequentar a fazenda dos avós. Na paz do campo consegue estudar bastante, refletir e recarregar as energias, além de fazer companhia para a avó, que tem mal de Alzheimer.

Sobre o Estágio-Visita, o estudante disse: “É uma oportu-nidade única, principalmente para quem faz Direito; ver o dia a dia dos Parlamentares faz a gente se colocar no lugar deles. A visão que eu tinha do Parlamentar foi completamente mudada aqui”. Destacou também que o Estágio é uma opor-tunidade imperdível de vivenciar o Direito. A visita ao STF o deixou maravilhado, achou um dos pontos altos da semana.

XXXXXPERFIL I I

ÍTALO COSTAO jovem disse que escolheu fazer Direito porque viu

no curso um caminho para fazer a diferença: “Quem faz Direito tem mais facilidade para propagar opiniões. É um curso muito pesado, mas se voltasse atrás faria novamen-te”. Um dos motivos que ele acredita estar contribuindo para seu bom aproveitamento no curso é a turma, os co-legas são muito interessados, estudiosos e têm a mente aberta. Inclusive, Ítalo veio fazer o Estágio acompanhado de um colega de sala.

Entre os planos do estudante para o futuro está fazer concurso para Delegado Federal. O que o atrai na carreira é a oportunidade de usar os conhecimentos adquiridos em sala de aula na prática, podendo atuar na realidade brasi-leira. Outra carreira que o jovem admira é a de juiz, apesar de considerá-la de muita responsabilidade.

Além de toda contribuição que o Estágio deu para sua for-mação profissional e cidadã, Ítalo ficou muito contente pelas amizades que pode fazer aqui. O jovem ficou muito feliz tam-bém por ter conhecido Brasília, e ter visto tantas manifestações populares na Esplanada, algo pelo que ele não esperava.

Circular pelos corredores da Câmara dos Deputados nos dias em que se reúnem as Comissões é sempre uma experiência diferente. O alvoroço de pessoas muitas vezes não permite, numa primeira olhada, que se faça distinção de quem é quem. São pessoas comuns que se confundem no meio de tantas auto-ridades. Por que elas estão ali? Por que estão disputando cada centímetro dos plenários? É certo que a sua quase totalidade não é de turistas, não obstante seja o lugar perfeito para um turismo cívico. Estão ali, na verdade, para se informar, debater e, por fim, influenciar o processo legislativo, e, por que não?

SAIB A M AI S

por Ednilton Andrade PiresEngenheiro, Bacharel em Direito e Consultor

Legislativo da Câmara dos Deputados

Todas andando sem o Regimento na mão, mas participan-do do processo legislativo. Elas não conhecem o Regimento, mas intuitivamente alcançam as suas principais regras, ou melhor, a sua principal regra.

É desse processo legislativo que eu quero falar!Elas não estariam ali para dar “murro em ponta de faca”.

Se estão sempre ali, é porque, de alguma forma, aquilo faz sentido e traz resultados.

Pessoas entrando, pessoas saindo. Elas vão se alternando de acordo com a Ordem do Dia, mas são sempre pessoas andando no meio de uma multidão. Misturam-se o conheci-mento técnico, interesses políticos, interesses corporativos, interesses do Governo, interesses da oposição, interesses da mídia, interesses empresariais, interesses nacionais, esta-duais, municipais, enfim, é um local de muito interesse, ou melhor, muito interessante!

A pluralidade de interesses encontra expressão à medida que o ambiente democrático se consolida e a sociedade amadurece politicamente. É um ambiente de certezas e incer-tezas, onde as “vontades” são trazidas, debatidas, discernidas para que se encontre a “vontade da sociedade”.

“A vontade da sociedade é sempre atendida pelo Parlamento!”

Com essa assertiva iniciei, há alguns meses, uma palestra para um grupo de mais de cem jornalistas que cotidiana-mente dão cobertura para os temas políticos no Congresso Nacional. Desnecessário dizer que a discordância estam-pada na face de cada um deles se fez notória até ao mais distraído dos observadores. Enfim, ninguém concordou.

Não era para menos. Ninguém tem o costume de elogiar o Parlamento, muito pelo contrário, as críticas soam mais naturais. Não importa o que aconteça, a crítica ao Parlamen-to sempre será um válvula de escape para as frustrações do cidadão. Muitas delas com razão e bem fundamentadas, porém, a mais comum é a crítica genérica: “nada presta, nada funciona! Não se aprova o que é realmente importante e mesmo que se aprove, demoram muito!”

Bem, na busca de algum apoio para a assertiva tão polêmica, arrisquei uma nova sentença, agora, contextua-lizando-a temporalmente: “A vontade da sociedade, ao longo da história, é sempre atendida pelo Parlamento!

Já não era de discordância total a feição daqueles profissionais, mas de desconfiança: aonde ele quer che-gar? Porém, pouco a pouco foram se recompondo, e o silêncio foi dando lugar a um discreto zum, zum, zum. A discordância instalou-se novamente.

Construído esse ânimo, afirmei que meu desafio ali era demonstrar que a sentença, se não absolutamen-te incontestável, no mínimo, possuía elementos para explicar o comporta-mento do Parlamento, evidenciando suas características e atribuindo à sociedade a responsabilidade pela quantidade de tempo que o proces-so legislativo exige.

Como ponto de partida, observe cada substantivo que compõe a assertiva: vontade, sociedade, histó-ria, Parlamento. Entre eles, destaco dois: vontade e sociedade. O que é a “vontade da sociedade”? A busca dessa resposta permite-nos refletir sobre o papel do Parlamento frente ao conjunto valores que impulsionam e mantêm as complexas engrenagens da sociedade.

Voltando-me ao grupo de jorna-listas, lancei mais algumas perguntas: Vocês são contra ou a favor à legalização do aborto? Vocês são contra ou a favor da pena de morte? Vocês são contra

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SAIB A M AI S

Quando se indaga a respeito das funções básicas do Poder Legislativo, é intuitivo que se pense na função legisla-tiva, ou mesmo, na função fiscalizadora que a Constituição atribuiu a essa instância de Poder.

Será que o Congresso Nacional é apenas uma fábrica de leis? A sua eficiência pode ser medida por meio do número de leis aprovadas? Será que existe outra função exercida pelo Parlamento que configure melhor seu papel institucional? A resposta está bem mais próxima que se pode imaginar. Está no próprio termo utilizado para fazer referência à institui-ção: Parlamento. O termo parlamento deriva do Francês “parlement”, que por sua vez deriva do vocábulo “parler”, que significa falar, e se referia antigamente à assembleia dos representantes do povo, na qual se discutiam e resolviam os assuntos públicos.

Portanto, antes da função legislativa ou fiscalizadora, chamo atenção para a que considero a mais importante função do Parlamento: sediar os debates dos grandes temas nacionais. Ou seja, ser o fórum de discussão, por excelência, de todos os cidadãos.

É pelo debate que se conhece a vontade da sociedade, que se expressa por meio dos parlamentares e por meio de todas aquelas pessoas que circulam nos corredores e plenários do Congresso Nacional.

Elas, de fato, não conhecem o Regimento, mas sabem que a principal regra do processo legislativo é o debate das ideias. É a comunicação ao Parlamentar acerca de suas aspirações.

Identificar a vontade da sociedade em uma Nação de 200 milhões de habitantes não é tarefa fácil. São necessários, muitas vezes, árduos debates, o que permite constatar, até com uma certa frequência, uma situação muito interessante: a vontade da sociedade não está definida acerca de diversos temas e, portanto, o debate continua aberto, não sendo conveniente uma ação legis-lativa imediata.

É o caso do aborto, da pena de morte, da eutanásia e de tantos outros temas. Os projetos sobre esses temas podem não estar tramitando, mas não significa que o processo legislativo esteja parado. O debate está aberto! A qualquer

ou a favor da eutanásia? Na mente de-les havia uma certa indagação acerca de qual a relação de tais perguntas com o tema. Não obstante o grupo, sob o aspecto profissional, não ser tão heterogêneo - afinal eram todos jornalistas - a resposta não conver-giu para uma única posição. O grupo se dividiu. Metade contra, metade a favor para cada uma das questões. É certo que as questões eram polêmicas e a resposta para elas passa por uma reflexão íntima na mente de cada um, onde são ponderados valores morais, éticos, religiosos, sociais, científicos, etc. A mente humana é um complexo de informações e valores que, devida-mente ponderados, conduzem a uma resposta com maior ou menor grau de convicção.

Muito bem, considerando aquele grupo de jornalistas como uma parce-la representativa da sociedade, o que podemos concluir acerca da “vontade da sociedade”? Está aquele grupo pronto para tomar uma decisão le-gislativa definitiva sobre o tema? Está o grupo preparado para votar esses temas? Certamente que não.

Se um grupo de pouco mais de cem pessoas não chegou próximo a um con-senso, como esperar que 200 milhões de pessoas, representados por nossos Parlamentares cheguem? Qual é a peça que está faltando para que as coisas aconteçam? Antes de tentar respon-der essa questão, convém uma breve reflexão sobre o papel institucional do Parlamento num Estado democrático.

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SAIB A M AI S

hora o tema aflora e, havendo uma definição da sociedade, a legislação será produzida.

O que muitas pessoas chamam de “morosidade do Parla-mento”, prefiro caracterizar como o “tempo que a sociedade necessita para definir sua vontade”. Toda vez que a sociedade define sua vontade, o Parlamento dá uma resposta legislativa. Se essa lógica não for verificada, as normas produzidas não terão efetividade.

Se o Parlamento não responde à vontade da sociedade, ele será substituído. A cada quatro anos a sociedade julga seus representantes e vai buscando os ajustes necessários. Considerando os dados das eleições pretéritas, conclui-se que a nossa sociedade, ao contrário do que parece, é rigorosa em seu julgamento, afinal, a taxa de renovação na Câmara dos Deputados chega a quase 50 %. Esse é um número expressivo!

Por isso afirmei que a vontade da sociedade, ao longo da história, é atendida pelo Parlamento. A vontade da sociedade define-se ao longo do tempo. Os valores de hoje são diferen-tes dos valores de alguns anos atrás e serão diferentes dos valores futuros. Da mesma forma, os fatores motivadores das decisões parlamentares vão se ajustando. Não fosse assim, até hoje não teríamos eleições diretas, liberdade para votar, teto remuneratório, lei de licitações, vedação de pagamento de convocação extraordinária para os parlamentares, exigência de lei dispor sobre a remuneração dos parlamentares, e tantas outras medidas que contrariam vontades individuais, mas que se harmonizam com vontade da sociedade.

Ora, se todo esse conjunto de engrenagens do Parlamen-to tem, na sua essência, como motor propulsor, a vontade da sociedade, torna-se imperioso para a instituição desco-brir e compreender essa vontade.

O caminho é o debate!Não apenas o debate entre parlamentares, mas o debate

na sua acepção mais ampla, que passa pela pressão popular e midiática sobre a atividade parlamentar. Passa também pela busca de informações e pela transparência com que elas são tratadas, que será tanto maior quanto maior for o interesse da sociedade em determinado tema. Exemplificando, suponha que um

projeto que trate da violência urbana esteja esquecido, com sua tramitação parada. Suponha agora que ocorra um crime que choque a sociedade, seja pela sua violência, seja pela repercus-são dada pela mídia. No dia seguinte, o clamor da sociedade colocará o tema na Ordem do Dia. Passados alguns dias, se, de fato, a sociedade continuar interessada no tema, a pressão sobre o Parlamento manterá o debate, caso contrário, a matéria será novamente esquecida. Observe que a importância do tema não é uma decisão do Parla-mento, mas da sociedade, ou seja, do valor que a sociedade lhe atribui.

Nesse sentido, é importante cha-mar à atenção a Teoria Tridimensional do Direito de Miguel Reale1. Apesar da expressão “teoria”, trata-se de uma constatação bem prática para explicar o comportamento da sociedade e do Parlamento. Em linhas bem simples, Reale afirma que a efetividade da nor-ma está condicionada aos valores que a sociedade possui em determinado momento acerca de determinado fato.

1. “É necessário aprofundar o estudo dessa “experiência normativa”, para não nos perdemos em cogitações abstratas, julgando erroneamente que a vida do Direito possa ser reduzida a uma simples inferência de Lógica formal, como a um silogismo, cuja conclusão resulta da simples posição das duas premissas. Nada mais ilusório do que reduzir o Direito a uma geometria de axiomas, teoremas e postulados normativos, perdendo-se de vista os valores que determinam os preceitos jurídicos e os fatos que os condicio-nam, tanto na sua gênese como na sua ulterior aplicação.”

REALE, Miguel. Teoria Tridimensional do Direi-to, 5ª Ed., Editora Saraiva, São Paulo, 2003, p. 564.

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SAIB A M AI S

O número de pessoas que se desviam dos preceitos le-gais pode parecer alto, mas é infinitamente menor do que o número das pessoas que os cumprem naturalmente, não por medo de uma sanção, mas baseado em valores ou princípios pessoais e de convivência social. São esses valores que a sociedade traz para o debate.

O bom debate pressupõe alguns fatores fundamen-tais: o ambiente do debate, a organização da sociedade, a qualidade, a facilidade e a universalidade de acesso às informações, etc.

Nesse sentido, a Câmara dos Deputados disponibiliza, com elevado nível de atualização, todas as informações sobre matérias em tramitação. O acesso é facílimo, e reali-zado por meio de avançadas ferramentas de pesquisa, via internet. Além disso, em regra, todas as sessões da Câmara e reuniões de suas Comissões são públicas e admitem a presença de populares sem prévia autorização, bastando-se para tanto que se identifiquem à entrada do prédio.

Pelo lado da sociedade, a organização é importante, pois quanto mais organizados forem os segmentos da socieda-de, mas acesso ao debate eles terão e mais rapidamente expressarão sua vontade junto aos seus representantes.

Concluindo, a despeito de todas as críticas, muitas até justas, direcionadas ao Parlamento, e isso é direito nosso, a instituição tem cumprido seu papel, e, ao longo da história tem mostrado que não há democracia sem o Parlamento. Todas as vezes que o País sofreu com os regimes de exce-ção, teve enfraquecido o seu Parlamento, mas à medida que esses entes se fortaleceram, os regimes de exceção ruíram e a democracia se consolidou.

Muito importantes são os diversos programas que a Câmara dos Deputados tem desenvolvido junto aos jovens estudantes, proporcionando-lhes uma visita institucional rica em informações acerca do papel institucional do Par-lamento no Estado brasileiro, e permitindo-lhes o acesso a uma visão mais real do processo legislativo. Dessa forma, a instituição prepara os nossos jovens para o debate, forne-cendo-lhes elementos que se somarão aos seus próprios valores e experiência de vida.

Em outras palavras, para se elaborar uma norma, não basta que haja um fato. É necessário que a sociedade valorize esse fato. Aí está a tridimensionalidade do direito positivo: fato, valor e norma. Os valores são os elementos condicionantes da vontade da sociedade. À medida que a sociedade valoriza determinado fato, o Parlamento dá resposta, mas isso não acontece da noite para o dia, requer tempo. Não se pode confundir a vontade da sociedade com a euforia causada por fatos isolados. Por exemplo, um dia depois de um país ganhar a Copa do Mundo de futebol, se você perguntar às pessoas se devem ser gastos mais recursos com o esporte, as pesso-as são inclinadas a dizer que “sim”. Porém, com o passar do tempo, a euforia passa e os valores se acomodam no seu real patamar. O tempo que o Parlamento gasta, ou melhor, investe nos debates é fundamental para que a norma produzida não reflita uma situação eufórica e momentânea, mas sim a real necessidade da sociedade.

Os debates sobre os temas de interesse da sociedade nun-ca se encerram. Assim como o conjunto de valores de uma sociedade é dinâmico e se transforma com o tempo, assim também o é o debate. Em certos momentos alguns temas parecem adormecidos no Parlamento. Observe que esses também estão adormecidos no meio da sociedade. Se, por qualquer razão o tema voltar ao interesse da sociedade, ele também volta para o centro do debate no Parlamento.

É a sociedade que pauta a ação do Parlamento e não o contrário!

Essa última assertiva está alinhada com a constatação de Reale. Podemos ir além, afirmando que a lei, em si, não molda ou cria comportamentos, mas ela regula um comportamento definido pela sociedade, segundo seu conjunto de valores. A lei não gera valores, mas é fundada em cima de valores. As pessoas não matam umas as outras porque existe uma lei para puni-las. Antes disso, elas se comportam bem, em sua maioria absoluta, porque tem valores que as conduzem nesse caminho. A lei não é para moldar o comportamento da socie-dade como um todo, pois o bom comportamento já existe no seio da sociedade. A lei é uma exigência da sociedade para aqueles que se desviam do comportamento que ela deseja.

EDUCAÇÃO A DISTÂNCIASEU TEMPO, SEU RITMO, SEU ESPAÇO.

www.educacaoadistancia.camara.gov.br

ENQUE T E

Aos participantes do Programa Estágio-Visita dos me-ses de junho e agosto de 2011, a Enquete perguntou:

Em 5 de maio de 2011, o Supremo Tribunal Federal - STF, por decisão unânime, votou a favor do reconhecimento da relação homoafetiva como “entidade familiar”, concedendo aos gays, lésbicas, travestis e transexuais os mesmos direitos e deveres da união entre casais heterossexuais.

Você é a favor, contra ou não tem opinião formada a respeito?

Dos 76 (setenta e seis) estagiários(as) que responderam, 50 (cinquenta) votaram a favor; 18 (dezoito) responderam que são contra e 8 (oito) não possuem opinião formada a respeito. Confira algumas opiniões.

Votos a favor

“Sou a favor, haja vista que o texto maior brasileiro prevê um estado democrático Brasileiro, sendo o seu núcleo a dignidade da pessoa humana (art. 1º, II, CF/88). Isto posto, a decisão do STF garante tal princípio, visto que respeita e dá o mínimo necessário que os indivíduos em questão necessitam para sobreviver.”

HANTHONNY GREGORY BERLANDAGraduando de Direito da Faculdades Unificadas de Foz do Iguaçu | Medianeira – PR

“Sou a favor da união civil e estável dos gays, lésbicas, travestis entre outros. São portadores de direitos e deveres e não podem ser privados devido a opção sexual dos mesmos. A opção sexual parte da natureza do indivíduo, cabendo a ele o seu bem-estar psi-cossocial, e os direitos e deveres cabe ao cidadão como um todo, ao ser humano, independente de sua opção sexual, concepção ideológica, dentre outros.”

PAULO RICARDO DE OLIVEIRA RIBEIROGraduando em Ciências Sociais da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia | Maritiba – BA

“Sou a favor, pois foi uma decisão unânime, tendo em vista que a relação homoafetiva é de caráter sentimental e a opção sexual não influencia tal decisão, dando a esses cidadãos os direitos de compartilharem como bem entendem suas vidas.”

ALAN SIMÃOGraduando em Direito da Universidade do Vale do Itajaí | Balneário Camboriú – SC

Hanthonny Gregory Berlanda

Paulo Ricardo de Oliveira Ribeiro

Alan Simão

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ENQUE T E

“Sou a favor. O posicionamento do STF é acertado. A Constitui-ção de 1988 é permeada por uma intenção de inclusão. É por isso que a carta maior combate veementemente quaisquer discrimi-nações. À luz desse espírito inclusive da Constituição, inadmissível que milhares de casais continuem sendo privados de seus direitos civis. A decisão do STF, portanto não fez mais que reconhecer a inconstitucionalidade da descriminação no momento da consti-tuição da entidade familiar.”

GUILHERME SIQUEIRA DE CARVALHOGraduando em Direito da Universidade de São Paulo | São Paulo - SP

“A favor; de acordo com o Art 5º da Constituição todos são iguais perante a lei sem distinção... os heterossexuais têm os mesmos direi-tos que os homoafetivos pois existe um princípio constitucional que falou da igualdade, todos são iguais perante a lei sem distinção de cor, raça. As pessoas não estão fazendo nenhuma sanção e sim só gostam de pessoas do mesmo sexo e nós como cidadãos Brasileiros não deveremos ter preconceito.”

PAULA PAGLIARI DE BRAUDGraduanda em Direito da Universidade de São Paulo | São Paulo – SP

Votos contra:

“Sou contra, pois nos meus princípios bíblicos e humanos, Deus criou o homem e a mulher para procriarem a espécie humana. Porém sou contra ao preconceito dos homossexuais.”

FABRÍCIO MENELLI ANDRADEGraduando em Gestão Pública Municipal da Instituto Federal do Espírito Santo | Colatina - ES

“Sou Contra. É de fundamental importância o direito de acom-panhar a evolução da sociedade, mas dependendo do tipo do qual se trata pode ser cedo ou pode ser tarde e é muito cedo para reconhecer a relação homoafetiva como entidade familiar.”

ALANN VICTOR CAVALCANTE DO ESPÍRITO SANTO

Graduando em Direito da Universidade Federal de Alagoas | Maceió – AL

Guilherme Siqueira de Carvalho

Paula Paguari de Braud

Fabrício Menelli Andrade

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ENQUE T E

“Sou contra a decisão do STF, uma vez que está previsto na Constituição Federal, em seu artigo 226, 33 - “Para efeito da proteção do Estado é reconhecida a união estável entre homens e mulheres como entidade familiar (...)”, tornan-do então este termo inconstitucional. Também sou contra a banalização que desencadearam nos últimos anos, criando certamente uma “superproteção” do Estado.”

RENATA TERESA MATTIAGraduanda em Direito da Universidade do Oeste de Santa Catarina | Maravilha – SC

“Sou contra. Atualmente o Supremo Tribu-nal Federal, através do ativismo judicial, vem legislando através de suas decisões para uma minoria da população. Dessa forma sou contra a atual decisão da suprema cor-te, tendo em vista que, através de pesquisas, já se comprovou o descontentamento da população em relação à homoafetividade.”

SÉRGIO DA ROSA LIMAGraduando em Direito da Faculdade de Suzano | Poa – SP

Sem opinião formada:

“Não tenho uma opinião formada, mas o reconhecimento da união entre os casais homossexuais é um avanço entre os direitos dos cidadãos, pois estes também são pesso-as e necessitam de direitos, independente de suas escolhas sexuais.”

CAMILA BRUSTOLINGraduanda em Relações Internacionais da Faculdade de Campinas | Paulina – SP

Renata Teresa Mattia

Sérgio da Rosa Lima

Camila Brustolin

Com o objetivo de contribuir para o exercício da cida-dania e fortalecimento da democracia representativa, o Centro de Formação, Treinamento e Aperfeiçoamen-to (Cefor) lançou o programa Estágio-Cidadão. Com duração de cinco dias, o primeiro curso de educação para democracia , direcionado para estagiários da Casa, aconteceu na semana de 4 a 8 de julho, no Cefor.

EDUCAÇÃO E DEMOCRACIA

Adaptação de matéria publicada na Revista da Casa, em agosto de 2011.Colaboração de Helena de Oliveira Jorge, estagiária da

Câmara e participante da primeira turma do Estágio-Cidadão.Fotos: Sefot/Secom - Fotógrafo: Gustavo Lima

O novo programa foi desenvolvido dentro do mesmo conceito do Estágio-Visita, diferenciando-se apenas o público-alvo. Maria Alice Gomes de Oliveira, analista legislativa da Coordenação de Educação para a Democracia do Cefor, explica: “Um dos principais motivos para a realização do curso é que, atualmente, há na Câmara 204 estagiários e começamos a perceber que, muitas vezes, esses jo-vens passam todo o estágio trabalhando em um lugar que eles não conhecem direito. Então, resolvemos trabalhar o conhecimento básico sobre o funcionamento da Câmara e do processo legislativo. A intenção também é valorizar esses jovens e mostrar a importância de cada um aqui dentro. De certo modo, despertar o sentimento de que ele faz parte disso tudo como estagiário e cidadão”.

Novas turmas do programa vão ser formadas, semestralmen-te, seguindo a linha de outros programas que visam desenvolver ações de educação para a democracia junto à sociedade, como o PARLAMENTO JOVEM BRASILEIRO, a ESCOLA NA CÂMARA, o ESTÁGIO-VISITA e o MISSÃO PEDAGÓGICA NO PARLAMENTO.

Primeira turma do Estágio-Cidadão.

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EDUC AÇ ÃO E DEMOCR ACIA

O CURSOOs jovens da primeira turma do Estágio-Cidadão participaram de uma programação voltada a melhor compreensão da Câmara e do processo legislativo. Para isso, o curso abordou temas como o papel institucional da Câmara dos Deputados e a relação entre democracia e política; a produção das leis; os mecanismos de par-ticipação popular; os possíveis caminhos para atuação política e participação cidadã; e a análise do comporta-mento da juventude em relação à democracia. Também houve simulação de trabalhos das comissões. A progra-mação, desenvolvida por meio de seminários, visitas, oficinas, simulação e debates, objetiva não só incentivar o jovem a participar mais do mundo político como tam-bém a desenvolver o olhar crítico.

Para Lívia Faro, estagiária do Cefor, “foi relevante o Estágio-Cidadão, a possibilidade de conhecer melhor o funcionamento do Poder Legislativo, em particular, a ela-boração de leis e o papel desempenhado pelas Comissões Técnicas.”

“Excepcional. Você passa a ver a Câmara com ou-tros olhos, como a Casa do Povo mesmo, lugar de gente

trabalhadora. Gostei muito de ter essa oportunidade e poder me sentir parte disso tudo não só como estagiária, mas como cidadã. Sem falar que uma grande tendência dos jovens é passar o que aprendem adiante. Com isso, aos poucos, podemos mudar a visão ruim que a socieda-de tem da Câmara”, diz Gabriela Fernandes, estagiária do Centro de Informática - Cenin.

“Faltava oportunidade para que os estagiários co-nhecessem a Câmara como um todo. O que acontece, como e onde nos encaixamos nesse sistema. São questões que ficaram muito claras no decorrer do curso”, conta Ediana Rocha da Silva Fernandes, estagiária do Fundo Rotativo do Departamento de Finanças, Orçamento e Contabilidade - Defin.

“Além de mostrar um lado mais humano e verdadei-ro da Casa, que geralmente é deturpado pelos veículos de comunicação, aproxima os jovens do mundo político de modo singular: amplo. É justamente a amplitude das atividades trabalhadas em sala com os grupos de esta-giários que fazem a diferença na hora do jovem avaliar um conceito e reavaliar o preconceito formado a respeito da política e do funcionamento da Câmara”, avalia Oda de Paula Almeida, estagiária da Assessoria de Projetos e Gestão - Aproge.

PROTAGONISMO

Por Maria Alice Gomes de Oliveira

Você já ouviu falar no verbo “politicar”? Segundo o Dicionário Aurélio, é o ato de “tratar ou ocupar-se de po-lítica”. “Politicando” foi um projeto desenvolvido durante a oficina “Juventude e Democracia” no Estágio-Visita.

Nessa oficina, os estudantes elaboram projetos para disseminar os conhecimentos adquiridos durante o programa. Um grupo da turma de abril/2011 desenvolveu o projeto “Politicando” e, uma de suas integrantes, a paranaense Ana Carolina de Bassi, colocou- a em prática. Logo que voltou à sua faculdade, foi em busca de parcerias e apoio para o projeto sair do papel.

Confira o relato de Ana Carolina e descubra como os estudantes de Direito das Faculdades OPET irão politicar!

COMO SURGIU A IDEIA DO “POLITICANDO”?

“Em abril deste ano, participei de uma das experiências mais enrique-cedoras da minha vida, o Estágio-Visita da Câmara dos Deputados. Estar na capital federal presenciando onde nascem as leis que regem o nosso País foi uma experiência inesquecível. Conheci universitários de vários cantos do Brasil, com sotaques e costumes diferentes, mas com um ponto em comum – a curiosidade de conhecer a ‘Casa’ onde ficam os representantes do povo, o berço da legislação e da democracia.

Ana Carolina durante sua participação no Estágio-Visita

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PROTAGONI SMO

Na ENAP – Escola Nacional de Administração Pública - lugar onde ficamos hospedados, podíamos sentir a euforia desde o primeiro dia, numa manhã atipicamente enevoada de Brasília. Com o coração cheio de expectativas, que foram sendo superadas com o passar de cada dia, fomos sendo presenteados com excelentes palestras, cursos, oficinas, visitas às comissões e ao Plenário da Câmara e tantas outras surpresas. Participar do ir e vir da ‘Casa’ e perceber que é realmente democrática por acolher qualquer pessoa que ali entrasse, foi a maior delas. Assim, durante a semana do Estágio, mudei muitos conceitos que hoje percebo terem vindo do senso comum e da falta de informação.

Durante o Estágio-Visita foi feita uma oficina, na qual nos dividimos em grupos com o objetivo de encontrar um meio para dissemi-narmos em nossas cidades o que aprendemos durante a semana. Muitas idéias bacanas surgiram. O meu grupo pensou que, se for-mássemos em nossas faculdades um grupo de estudos sobre política e cidadania, cada universitário transmitiria seu conhecimento para outro, e este por sua vez para outras pessoas, numa progressão geométrica de conhecimento da cidadania e democracia.

Entusiasmada com a idéia, ao chegar em Curitiba, contei ao professor de Economia Política, José Maurino de Oliveira Martins, sobre a semana que passei em Brasília e so-bre a minha intenção em compartilhar com os meus colegas de faculdade o que havia aprendido. Convidei-o, então, para orientar o grupo “Politicando”, ideia surgida durante o EV que consistiria na reunião de acadêmicos interessados em obter maior conhecimento das atividades parlamentares do Congresso,

promovendo debates entre os estudantes e encontros com po-líticos convidados, oportunizando aos alunos conhecerem de perto suas atividades, visitas à Assembleia Legislativa do Paraná, promoção de palestras com políticos sobre suas atividades e po-lítica em geral, tão conveniente face à proximidade das eleições municipais de 2012.

Defendi que o projeto traria conscientização aos acadêmicos sobre a compreensão do papel fundamental de cada um no de-senvolvimento do nosso País e no exercício efetivo da cidadania e democracia através do conhecimento. O coordenador do curso de Direito, professor Fernando Knoerr, também acatou a ideia, inclu-sive propondo ajuda para entrar em contato com os Deputados Federais eleitos no Paraná para levar mais alunos da instituição a participar do EV. A lista de interessados cresce a cada dia.

O pessoal do Centro Acadêmico de Direito do qual faço parte também está colocando a mão na massa - estamos divulgando o Estágio na faculdade através do blog do Centro Acadêmico, visitas às salas de aula e informativos no edital das turmas. Comparti-lhando a minha experiência em Brasília e vendo o meu entusiasmo ao falar da “bagunça organizada” da Câmara e também ouvindo meus relatos sobre o quão interessante e enriquecedor foi ver o borbulhar do caldeirão de ideias nas Casas do Congresso, meus colegas estão muito motivados a participar do EV.

Participando do EV aprendi que democracia não é simples-mente a escolha de nossos representantes durante as eleições, mas que somos sujeitos de direito e que podemos garanti-los e exigi-los de nossos parlamentares. A Câmara deixa as portas abertas para isso, tratando todos que lá chegam com equida-de, sem distinção. O que todos devem saber é que a Câmara oferece as ferramentas para a participação dos cidadãos, não somente durante as comissões, in loco, mas também através da TV Câmara e do site na Internet. Isto eu não saberia se eu não tivesse participado do Estágio. Mais que tudo isso, o que percebi nestes dias de imersão no Congresso foi que é preciso conhecer e questionar para efetivamente exercer a cidadania com consciência política.”

ANA CAROLINA DE BASSI

Estudante de Direito das Faculdades OPET, | Curitiba – Paraná

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PROTAGONI SMO

O QUE É O “POLITICANDO”? CONFIRA O PLANO DE AÇÃO:

PLANO DE AÇÃO GRUPO DE ESTUDOS EM POLÍTICA - POLITICANDO

PROFESSOR ORIENTADOR José Maurino

DATA DE INÍCIO Segundo semestre de 2011

HORÁRIO 01 (um) sábado por mês, no turno da manhã.

LOCAL Biblioteca do Campus 01 da Opet ou sala disponível.

NUMERO DE ALUNOS 15 alunos

CERTIFICADO4 horas por encontro, como atividade complementar.

INSCRIÇÕESPor meio de representante de turma ou

diretamente pelo e-mail do Centro Acadêmico.

DIVULGAÇÃOEdital das salas de aula e do campus, e-mail, divulgação em sala de aula.

Esse projeto consiste em reunir um grupo de alunos, orien-tados por um professor do curso de Direito, engajados em obter maior conhecimento das atividades parlamentares, do Congresso, do Senado, da Câmara dos Deputados e da Assembleia Legislativa do Paraná, através de uma reunião mensal na Biblioteca ou em sala disponível nas dependên-cias da Faculdade.

Serão realizados estudos teóricos, e também incentiva-dos debates entre os estudantes e encontros com políticos convidados, oportunizando aos alunos conhecerem de perto suas atividades. Ainda serão feitas visitas à Assembleia Legislativa do Paraná. Durante o semestre, serão promovi-das palestras com políticos sobre suas atividades e sobre a Reforma Política, tema de extrema conveniência face à pro-ximidade das eleições municipais em 07 de outubro de 2012.

DEPOIMENTO DO PROFESSOR JOSÉ MAURINO, QUE ORIENTARÁ O GRUPO DE ESTUDOS “POLITICANDO”

Ana Carolina e o professor José Maurino, que orientará o grupo de estudos “Politicando”.

“Este projeto tem dentre suas características mais relevantes a importância estratégica de ser uma atividade de caráter teórico-prático que possibilita a criação de um espaço de discussão entre a juventude acadêmica. Nesse sentido, possibilita um espaço de análise da realidade política brasileira, gerando novas li-deranças para o exercício pleno da cidadania, sendo uma oportunidade de enriquecimen-to coletivo e pessoal das concepções e visões do mundo dos participantes enquanto sujei-tos históricos.”

M ANUAL

Legal, você está inscrito no Estágio-Visita de Curta Duração da Câmara dos Deputados! Durante cinco dias você irá respirar os ares da política e da democracia no Congresso Nacional. Nosso objetivo nesses cinco dias será mostrar a você qual o papel da Câmara dos De-putados, como funciona o processo legislativo e como é a rotina dentro do Parlamento. Para quem ainda não conhece, também será uma ótima oportunidade para conhecer Brasília. Uma cidade totalmente construída com ideias modernistas, que recebeu o título de Patri-mônio Cultural da Humanidade, em 1987, pela UNESCO.

Para saber mais sobre o Programa Estágio-Visita e conhecer o regulamento acesse: www.camara.gov.br/edulegislativa.

MANUAL DO ESTAGIÁRIO

M ANUAL

GRUPO

Você fará parte de um grupo de 50 universitários de cursos, culturas e hábitos diversos, vindos de várias regiões do país.

Venha disposto a conviver com a diversidade, a trocar experiências e a refletir sobre seu papel como cidadão brasileiro!

PROGRAMAÇÃO

A programação foi concebida para que você tenha a oportunidade de observar de perto o funcionamento do Parlamento. Para isso, será ne-cessário conhecer um pouco sobre o processo legislativo e os principais órgãos envolvidos. Além disso, você saberá como participar e contribuir com as atividades parlamentares, co-nhecendo alguns dos mecanismos de participação do cidadão na Câmara dos Deputados.

Seguem abaixo as principais ativi-dades desenvolvidas durante a semana do estágio.

Minicurso• Processo Legislativo.

Visitas• Câmara do Deputados e Senado;• Plenário da Câmara dos Deputados;• Plenários das Comissões;• Gabinete do Parlamentar respon-

sável pela indicação do estudante;• Supremo Tribunal Federal;• Tour Cívico-Administrativo.

Palestras• O papel institucional da Câmara no

Estado Brasileiro;• Eleições proporcionais;• História da concepção arquitetôni-

ca de Brasília e de seus edifícios;• Funcionamento da Secretaria-Geral

da Mesa e das Comissões;• Mecanismos de participação do

cidadão;• Iniciação ao Orçamento Público;• Educação Fiscal.

Oficinas• “Juventude e Democracia”;• Levantamento da imagem institu-

cional e avaliação.

MATERIALParte do material referente às pales-tras ministradas estará disponível no site da Câmara. Acesse www.camara.gov.br/edulegislativa.

TRAJEPara os homens, é exigido o uso de paletó e gravata para transitar em algu-mas dependências da Câmara; para as mulheres, apenas um traje compatível com a formalidade do ambiente (o uso de calça é permitido). Não é permitido o uso de shorts, camisetas e blusas sem mangas ou alças.

O uso de traje esporte é autorizado apenas durante o período de recesso ou nos dias em que não se realizem sessões na Casa.

Na sexta-feira é permitido o uso de traje esporte, lembrando que é proibi-da, em qualquer hipótese, a entrada de pessoas com bermudas, shorts, camisetas sem manga ou qualquer outro vestuário incompatível com a dignidade do Órgão.

Procure usar sapatos confortáveis e baixos, porque haverá algumas cami-nhadas extensas.

É indispensável o uso do crachá do programa para transitar nas depen-dências da Câmara dos Deputados.

Também está prevista uma visita ao Supremo Tribunal Federal, onde é exigido terno e gravata para os homens e para as mulheres calça social com-prida, saia ou vestido com blazer de manga longa (o blazer é obrigatório).

M ANUAL

FARMÁCIAAnexo II . . . . . 3216 9817 / 3216 9821

BARBEARIAAnexo IV . Subsolo . . . . . . . 3216 4280

CORREIOS E TELÉGRAFOS Anexo IV . Térreo . . . . . . . . 3216 9840

Telefones ÚteisDIRETORIA-GERAL | Thaís Lucena. . . . . . . . . . . . . . 9649 1301 / 3216 2035COEDE/CEFOR — Coordenação de Educação para a Democracia . . . . . . . . . . . . . . 3216 7619 / 3216 7618

SEGUNDA-SECRETARIA. . . . . . . . . . . . . . 3215 8163 / 3215 8166

ENAP. . . . . . . . 2020 3212 / 2020 3213AEROPORTO . . . . . . . . . . . 3364 9000RODOFERROVIÁRIA. . . . 3363 2281

Rádio TáxiRádio Táxi Brasília . . . . . . . . 3323 3030 Rádio Táxi Maranata . . . . . 3323 3900Rádio Táxi Alvorada . . . . . . 3224 5050COOBRAS . . . . . . . . . . . . . . . 3224 1000Brasília Rádio Táxi . . . . . . . . 3223 1000Táxi Brasília . . . . . . . . . . . . . . 3224 7474

Programação CulturalOs sites abaixo informam a programa-ção cultural de Brasília:

• www.correiobraziliense.com.br/divirtase

• www.agitosbsb.com.br• www.candango.com.br• www.deboa.com

Para a hospedagem dos alunos par-ticipantes do programa, a Câmara firmou convênio com a Fundação Escola Nacional de Administração Pú-blica (ENAP). A hospedagem se inicia após às 12h do domingo e termina, impreterivelmente, às 9h do sábado.

É fundamental que o regulamen-to do alojamento, que está disponível nos quartos, seja observado. Vale res-saltar a necessidade de se manter silêncio após as 22h, não sendo per-mitido utilizar o hall ou os quartos para confraternizações.

O traslado entre o local da chegada e da partida (aeroporto/rodoviária) e o local da hospedagem é de res-ponsabilidade do estagiário. Assim, é importante verificar com cuidado o local da sua hospedagem.

Durante a semana, é oferecido transporte da ENAP até a Câmara e, ao final das atividades, da Câmara à ENAP.

O transporte sai diariamente às 7h30 e retorna por volta das 19h30.

Fique atento aos horários. Seu atra-so deixará outros colegas esperando!

Em caso de emergência médica, o estagiário pode ser atendido no Depar-tamento Médico, situado no Anexo III. Caso seja necessário, procure um dos servidores responsáveis pelo programa.

Nas dependências da Câmara dos Deputados existem alguns serviços que podem ser úteis a você.

Agências de Passagens AéreasGOL . . . . . . . . . . Anexo IV | 3216 9966AVIANÇA . . . . Anexo IV | 3216 9946TAM . . . . . . . . . Anexo IV | 3216 9955WEBJET . . . . . . . Anexo IV | 3216 9960TRIPS . . . . . . . . . . Anexo II | 3216 9975

BancosBANCO DO BRASIL S.A. Central de Atendimento . . . 4004 0001Ed. Principal . . . . . . . . . . . . . 3321 9589Anexo IV . . . . . . . . . . . . . . . . 3216 9865

CAIXA ECONÔMICA FEDERAL Central de Atendimento . .0800 7260104Ed. Principal . . . . . . . . . . . . . 3216-9850 Anexo IV . . . . . . . . . . . . . . . . 3216-9846

Serviços GeraisRESTAURANTESAnexo III . Subsolo | Anexo IV . 10º Andar | CEFOR . Complexo Avançado — Setor de Garagens Ministeriais

LANCHONETESSalão Verde | Anexo I | Anexo III | Edifício Principal | Torteria — Anexo IV | CEFOR . Complexo Avançado

BANCA DE JORNAIS/LIVRARIA Anexo IV . Térreo . . . . . . . . 3216 9970Ed. Principal . Chapelaria . . . .3216 9971

BIBLIOTECA Anexo II . . . . . . . . . . . . . . . . . 3216 5780

SERVIÇOS DISPONÍVEISHOSPEDAGEM

TRANSPORTE

EMERGÊNCIA

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