estágio atual da incineração no brasil

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ESTÁGIO ATUAL DA INCINERAÇÃO NO BRASIL Ricardo A. Amaral Menezes, Eng., M.S., Ph.D., José Luiz Gerlach,Eng.Mec. e Marco Antonio Menezes, Eng.Mec.(*) ABLP – Associação Brasileira de Limpeza Pública VII Seminário Nacional de Resíduos Sólidos e Limpeza Pública 3 a 7 de Abril de 2000, Parque Barigui – Curitiba Resumo O trabalho aborda inicialmente a evolução dos projetos e processos de incineração e as características das quatro gerações ou estágios do desenvolvimento da tecnologia. é salientada a tendência mundial de aumento do uso dos processos de incineração, com a destinação apenas do “resíduo último”, bem como o crescimento da recuperação e reciclagem de energia associada à incineração. neste contexto é feita uma análise comparada da situação brasileira e são apresentadas as características dos principais incineradores em atividade no momento, com comentários sobre as tecnologias, processos, tipos de resíduos tratados, capacidades e o controle e monitoramento dos parâmetros de poluição e ambientais. Conceituação É importante inicialmente caracterizar o que entendemos por incineração, para então discutirmos o tema proposto. Seguindo e ampliando a conceituação apresentada por Lima, 1991, podemos dizer que: “Incineração é um processo de redução do peso, volume e das características de periculosidade dos resíduos, com a conseqüente eliminação da matéria orgânica e características de patogenicidade, através da combustão controlada”. Hoje devemos expandir ainda mais esta conceituação, afirmando que a incineração é também um processo de reciclagem da energia liberada na queima dos materiais, visando a produção de energia elétrica e de vapor, que pode ser imediatamente convertido em frio (cogeração) (Calderoni, 1999). A redução de volume é geralmente superior a 90% e em peso superior a 75%. Para a garantia do meio ambiente a combustão tem que ser continuamente controlada, levandose em conta que o combustível (lixo urbano) é “desconhecido”, isto porque varia ao longo do tempo em composição, umidade, peso específico e poder calorífico. Por isso, os sistemas modernos de incineração de lixo são dotados de sistemas computadorizados de controle contínuo das variáveis de combustão, tanto na câmara primária quanto na de póscombustão, bem como, nas demais etapas de depuração de gases e geração de energia. Imagem do processo Seja devido ao uso de equipamentos já obsoletos ou à operação e manutenção inadequadas, o processo de incineração, no Brasil, ganhou o conceito de poluidor, nocivo à saúde e prejudicial ao meio ambiente. Esta imagem, tão criticada, tem influenciado negativamente nas avaliações tomadas e decisões que envolvem o tratamento e a disposição de resíduos sólidos, líquidos e pastosos, resultando muitas das vezes em posicionamentos que excluem a utilização da incineração em qualquer nível ou estágio de avaliação. Entretanto, sob vários aspectos a incineração constitui o processo mais adequado para a solução ambientalmente segura de problemas de disposição final de resíduos. No Brasil o conceito dos processos de tratamento térmico se cristalizou nas mentes de muitas pessoas desta forma negativa. Entretanto em países desenvolvidos como Alemanha, Japão, Suíça, EEUU e outros, este conceito foi revertido e muitas plantas foram construídas recentemente, além do que outras estão em construção, principalmente para a geração de energia. Esta reversão se deu principalmente nos últimos cinco anos, com o

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ESTÁGIO ATUAL DA INCINERAÇÃO NO BRASILRicardo A. Amaral Menezes, Eng., M.S., Ph.D., José Luiz Gerlach,Eng.Mec. e Marco Antonio Menezes, Eng.Mec.(*)ABLP – Associação Brasileira de Limpeza PúblicaVII Seminário Nacional de Resíduos Sólidos e Limpeza Pública3 a 7 de Abril de 2000, Parque Barigui – Curitiba ResumoO trabalho aborda inicialmente a evolução dos projetos e processos de incineração e as características das quatro gerações ou estágios do

desenvolvimento da tecnologia. é salientada a tendência mundial de aumento do uso dos processos de incineração, com a destinação apenas

do “resíduo último”, bem como o crescimento da recuperação e reciclagem de energia associada à incineração. neste contexto é feita uma

análise comparada da situação brasileira e são apresentadas as características dos principais incineradores em atividade no momento, com

comentários sobre as tecnologias, processos, tipos de resíduos tratados, capacidades e o controle e monitoramento dos parâmetros de

poluição e ambientais.

Conceituação É importante inicialmente caracterizar o que entendemos por incineração, para então discutirmos o tema proposto. Seguindo e ampliando a conceituação apresentada por Lima, 1991, podemos dizer que: “Incineração é umprocesso de redução do peso, volume e das características de periculosidade dos resíduos, com a conseqüenteeliminação da matéria orgânica e características de patogenicidade, através da combustão controlada”. Hojedevemos expandir ainda mais esta conceituação, afirmando que a incineração é também um processo dereciclagem da energia liberada na queima dos materiais, visando a produção de energia elétrica e de vapor, quepode ser imediatamente convertido em frio (cogeração) (Calderoni, 1999). A redução de volume é geralmentesuperior a 90% e em peso superior a 75%. Para a garantia do meio ambiente a combustão tem que sercontinuamente controlada, levando­se em conta que o combustível (lixo urbano) é “desconhecido”, isto porque variaao longo do tempo em composição, umidade, peso específico e poder calorífico. Por isso, os sistemas modernosde incineração de lixo são dotados de sistemas computadorizados de controle contínuo das variáveis decombustão, tanto na câmara primária quanto na de pós­combustão, bem como, nas demais etapas de depuração degases e geração de energia. Imagem do processo Seja devido ao uso de equipamentos já obsoletos ou à operação e manutenção inadequadas, o processo deincineração, no Brasil, ganhou o conceito de poluidor, nocivo à saúde e prejudicial ao meio ambiente. Esta imagem,tão criticada, tem influenciado negativamente nas avaliações tomadas e decisões que envolvem o tratamento e adisposição de resíduos sólidos, líquidos e pastosos, resultando muitas das vezes em posicionamentos que excluema utilização da incineração em qualquer nível ou estágio de avaliação. Entretanto, sob vários aspectos aincineração constitui o processo mais adequado para a solução ambientalmente segura de problemas de disposiçãofinal de resíduos. No Brasil o conceito dos processos de tratamento térmico se cristalizou nas mentes de muitas pessoas destaforma negativa. Entretanto em países desenvolvidos como Alemanha, Japão, Suíça, EEUU e outros, esteconceito foi revertido e muitas plantas foram construídas recentemente, além do que outras estão em construção,principalmente para a geração de energia. Esta reversão se deu principalmente nos últimos cinco anos, com o

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avanço das tecnologias de depuração de gases e dos controles “on line”, por computador, de todas as emissõesgasosas e líquidas. Nestes últimos anos a maioria das instalações de tratamento de gases, das principais plantasnaqueles países, foram substituídas e hoje atendem integralmente às mais exigentes normas de proteção ambientale a operação destas tem sido muitas vezes, acompanhada de perto pela comunidade local. Em países como o Brasil, onde a tecnologia atual tem sido pouco discutida e várias plantas existentes ainda nãoforam integralmente atualizadas tecnologicamente, a imagem de poluição perdura, o que tem provocado a quaseexclusão este processo, de imensa importância, nas propostas de sistemas de Gerenciamento Integrado deResíduos Sólidos (GIRS) e reciclagem de energia. É reconhecido hoje, por muitos técnicos que quanto mais se recicla mais a incineração se torna a soluçãoapropriada para os resíduos restantes (Atkins, 1993), o que torna o tratamento por incineração um aliado dareciclagem em um programa integrado. Um conceito que tem sido cada vez mais difundido na análise de sistemas de GIRS é o de levar para aterro apenasos “resíduos últimos”. A noção de “resíduo último” foi introduzida por Lei em 13 de julho de 1992 na França e temsido referida por vários autores, como Campos 1999 (3): “resíduo último é aquele que não é mais passível detratamento, nas condições técnicas e econômicas do momento, principalmente para a extração da parte valorizáveldo mesmo, ou até para reduzir o seu caráter poluente ou perigoso”. Este conceito, como balizamento para osresíduos a serem aterrados, tem incrementado a tendência mundial de aumentar a utilização da incineração, comoum recurso eficaz para ultimar os resíduos e reciclar a energia neles contida. Um breve registro da história da incineração no Brasil O primeiro incinerador municipal no Brasil foi instalado em 1896 em Manaus para processar 60 t por dia de lixodoméstico, tendo sido desativado somente em 1958 por problemas de manutenção, de acordo com Lima, 1991. Um equipamento similar foi instalado em Belém e desativo em 1978 pelos mesmos motivos. Em 1913 foiinstalado em São Paulo, no Araçá, um incinerador com a capacidade de 40 t/dia (Calderoni, 1999), tendo sidodesativado em 1948 e demolido em 1953. Em 49 foi instalado em Pinheiros, SP, um incinerador para 200 t/dia, quefoi desativado em 1990. Dois outros foram também instalados em São Paulo, ambos com capacidade de 300 t/dia. Em 1959 foi instalado o incinerador de Ponte Pequena e em 1968 o do Vergueiro (PMSP/Secretaria do Verde,1993). Estes equipamentos encontra­se paralisados, no momento. Todos estas instalações contaram comtecnologias de gerações hoje ultrapassadas, conforme abordado mais adiante, não tendo a capacidade de atenderas exigências das leis ambientais atuais. Em 1994 foi lançado um mega­projeto, também em São Paulo, para a construção de dois novos incineradores degrande capacidade, cada um com 2.500 t/dia, conforme Demajorovic 1994. Até o momento, no entanto o projetocontinua em compasso de espera, apesar de já ter sido licitado, aguardando definições dos esquemas deremuneração pelos serviços prestados, que ofereçam garantias ao empreendedor pelo longo prazo de concessãooferecido pelo poder público. Existem também mobilizações da opinião pública através de entidadesambientalistas, que, desconhecendo as tecnologias atuais e as garantias de não poluição do meio ambiente, fazemforte pressão contrária. Enquanto isso o volume de lixo sem destinação adequada cresce assustadoramente(ABES, 1998). Faz parte também da história da incineração, a proliferação de incineradores residenciais prediais, ocorrida no Rio

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de Janeiro, a partir de 1950, com o surgimento da construção de prédios de vários andares. Estes incineradoresforam banidos em 1969/70 porque eram, em realidade, verdadeiras “caixas de queimar sem controle”. A partir de 1970 foi iniciada a fase de implantação de incineradores especificamente desenvolvidos para otratamento de resíduos especiais, como: aeroportuários, hospitalares, industriais e outros perigosos. Nesta fase,entre outros, foram instalados os incineradores das indústrias químicas Ciba, Basf, Hoescht (atual Clariant), Bayer,Cetrel, Cinal e da Kompac no aeroportos internacionais de Guarulhos. e no do Rio de Janeiro, no Banco Central, eem várias Prefeituras, como a de Brasília, além do mais recente Centro de Tratamento de Resíduos Perigosos,instalado em Fortaleza, que acaba de ter os testes de emissão de gases aprovados segundo as normas ABNT eCetesb. Alguns destes incineradores estão listados na Tabela abaixo, com sua características principais. Estanão tem por objetivo ser exaustiva, nem incluir todos os incineradores existentes, mas apenas dar uma visão dealgumas instalações importantes, que se mantêm em funcionamento no momento. Este incineradores têmcapacidades de processar entre 300 kg/hora a 1,8 t/hora. Dados levantados pela Cetesb afirmam que o Brasilgera cerca de 2,7 milhões de toneladas de resíduos perigosos (‘Dia a dia”, 1999), entretanto, muitos técnicosafirmam que o valor real deve ser várias vezes superior a este, considerando­se as dificuldades em se realizar olevantamentos precisos da geração destes resíduos, e mais ainda complexo é o conhecimento dos resíduosestocados, considerados passivos ambientais. A incineração no Brasil ainda se caracteriza pela existência de grande quantidade de incineradores de porte muitopequeno, instalados em hospitais, casas de saúde, etc. espalhados pelo Brasil. São equipamentos muito simples,com capacidades inferiores a 100 kg/hora. A grande maioria destes, com honrosas exceções, está hoje desativadaou incinerando de forma precária, em geral com emissões bastante elevadas. A razão principal para tanto é queestes equipamentos são geralmente mal operados, e mantidos de forma inadequada. É fácil entender o porquê. Isto deve­se ao conceito generalizado de que trabalhar com lixo é uma punição, e as instituições acabam pormandar os piores funcionários para estes postos e dão atenção mínima para treinamento e reposição de peças. Naturalmente, o foco principal da administração de um hospital terá que ser sempre no atendimento a seuspacientes e nos problemas de ordem médica, e não nas técnicas de gerenciar e tratar lixo. É nossa experiênciaque, com raras exceções, a colocação de incineradores em hospitais acaba por não dar certo, ou daria certo porcurto período de tempo. Para que se tenha a garantia da proteção ao meio ambiente o lixo de serviços de saúde,em nosso entender, deveria ser gerenciado nas instituições de saúde, separando­o e acondicionando­o emembalagens padronizadas, e depois levando­o à plantas de destruição térmica operados por equipes qualificadas,municipais, públicas ou privadas.Características de alguns dos principais incineradores instalados no Brasil

Planta

Projeto /

Tecnologia

Tipo

Capac.

t/ano

Resíduos

processados

Tratamento dos

gases

Controle de

emissões

Efluentes e

cinzas

BASF

Guaratinguetá – SP

Inter­Uhde

Rotativo

2.700

R.S.L.P., exceção

de ascaréis

Lavadores ácido e

alcalino

Contínuo: O2, CO

e SOX.

Cinzas: em aterro

terceirizado

BAYER

Belfort Roxo – RJ

Inter­Uhde

Rotativo

3.200

R.S.L.P. incluindo

Difenilas policl.

Lavadores ácido e

alcalino, separador

de gotículas

Contínuo: O2 CO.

Cinzas: aterro

ind.próprio.

Líquidos: ETE

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CETREL

Camaçari – Bahia

ISO 14.001

Sulzer

Rotativo

10.000

Resíduos líquidos

organoclorados

Lavadores ácido e

alcalino

Contínuo: O2,

CO2 e NOX

Cinzas: depositadas

em aterro próprio.

CETREL

Camaçari – Bahia

ISO 14.001

Andersen 2000

Rotativo

4.500

Resíduos sólidos

Classe I

Coletor de pó tipo

ciclone, lavadores

ácido e alcalino

Contínuo: CO, O2,

CO2, NOX, SO2,

opacidade

Cinzas: depositadas

em aterro próprio.

CIBA

Taboão da Serra –

SP

Inter­Uhde

Rotativo

3200

Res. ind. org. e

inorg. Exc. ascarel

e radioativos.

Lavadores ácido e

alcalino, demister e

ciclone

Contínuo: NOx,

SOx, O2, CO,

temp., vazão, MP

Aterro próprio para

10.000 m3 de cinzas

e escórias.

CINAL

Marechal Deodoro

– AL

CBC / Nittetu

Chemical

Engineering

(Japão)

Câmara

horizontal c/leito

reciprocante

11.500

R.S.L.P.

incl. PCBs e

organoclorados

Lavadores ácido e

alcalino

Contínuo: CO,

CO2, O2, NOx,

SOx, MP

Aterro próprio

CLARIANT

Suzano – SP

ISO 14.001

Inter­Uhde

Rotativo

2.700

Resíduos sólidos

e pastosos

Lavadores ácido e

alcalino

Contínuo: CO,

CO2, O2, NOx,

SOx, MP

Cinzas e escórias:

aterro industrial em

Resende (RJ) e ETE

300 m3/h

ELI LILLY

Cosmópolis – SP

Inter­Uhde

Rotativo

10.400

Resíduos sólidos,

líquidos e

pastosos.

Lavadores ácido e

alcalino

Contínuo: O2, CO,

CO2

Aterro próprio classe

I

KOMPAC

Fortaleza – Ceará

Kompac

Câmara

horizontal c/leito

reciprocante

10.950

Resíduos de

serviços de Saúde

e Industriais

Lavadores ácido e

alcalino

Contínuo: CO2,

CO, O2

Periódico: SOX,

NOX, HCl, HF,

Cl2

Efl. líquidos não

descartados.

Cinzas e escórias:

aterro industrial

RHODIA

(Cubatão – SP)

Rhone­Poulanc

Rotativo

18.000

R.S.L.P.,

incluindo.

organoclorados

Lavadores ácido e

alcalino

Contínuo: O2, CO,

CO2 e NOX

Aterro industrial

classe I

SILCON

Paulínea – SP

Hoval

Leito fixo,

pirolítico

3.600

Resíduos de

serviços de Saúde

Lavadores ácido e

alcalino

Contínuo: O2, CO,

CO2 e NOX

Aterro industrial

classe I

( R.S.L.P. – Resíduos Sólidos, líquidos e pastosos ) (Cerqueira e Alves, 1999; Sanches, 2000)

Evolução da incineração no mundo

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Para seguir adiante na análise da incineração no Brasil, é importante conhecer um pouco da evolução do processo,que pode ser caracterizada através de gerações ou estágios de desenvolvimento das plantas de incineração(Menezes, 1999).

1ª Geração ­ 1950 ­1965 Anteriormente a 1950 as plantas existentes eram demasiadamente incipientes caracterizando­se como um primeiroestágio de evolução aquelas instaladas de 1950 a 1965. Nesta fase, a função única era ainda a de reduzir o volumeo lixo. Os gases eram descarregados diretamente na atmosfera sem tratamento algum. Apareceram aí asprimeiras torres de água de refrigeração instaladas sobre a câmara de combustão. A concentração de poeiraatingia níveis de 1000mg/Nm3 (os sistemas modernos atuais atingem até 3 mg/Nm3). As principais plantas destageração foram as de Lousanne (1959), Berna (1954), Bruxelas (1957) ­Von Roll.

2ª Geração ­ 1965 – 1975 Nesta época aparecem os primeiros sistemas de proteção do meio ambiente, que reduziram as emissões a 100mg/Nm3. Aparecem também os incineradores com câmara dupla, cujo objetivo era melhorar a eficiência dequeima. Surgem os primeiro interesses em recuperação de calor para a geração de energia e as plantas de grandecapacidade. Surge a Babcock com sistema de grelhas rolantes.

3ª Geração ­ 1975 ­ 1990 A fase de 75 a 90, é caracterizada, no mundo desenvolvido, pelo aumento da performance energética edesenvolvimento das normas de proteção ambiental. O público começa a estar mais atento aos problemas depoluição. Aparece a introdução dos sistemas complexos de lavagem de gases para reduzir as emissões de gasesácidos, com a neutralização de HCl, SOx, HF e metais pesados. As caldeiras são muito melhoradas e há amelhoria nos processos de combustão dos orgânicos. A automação passa a ser centralizada. Multiplicam­se oscentros de tratamento com cogeração de energia.

4ª Geração ­ 1990 ­ atual Ampliam­se as pressões dos movimentos verdes. O tratamento de gases é sofisticado ainda mais, perseguindo ameta de emissão Zero. Avançam os sistemas para a remoção de outros poluentes como NOx, dioxinas e furanos. Se dá o aparecimento das tecnologias avançadas de tratamento para a produção de resíduos finais inertes, quepodem ser reciclados ou dispostos sem nenhum problema para o meio ambiente, tal como o uso do plasmatérmico. Vários processos estão se sofisticando atualmente no pré­tratamento do lixo, anterior à incineração, paraaumentar a sua homogeneização, baixar a umidade e melhorar o poder calorífico, de tal forma a transformá­lo emum combustível de qualidade para a máxima geração de energia. Sofisticam­se também os processos decombustão com o aumento dos sistemas de turbilhonamento, secagem, ignição e controle da combustão.A figura abaixo dá uma amostra esquemática da evolução de um planta dos anos 50 para os anos 90.

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Percentuais incinerados As tabelas abaixo, mostram o elevado percentual de resíduos sólidos urbanos que têm sido processados porincineração nos países desenvolvidos, bem como a recuperação de energia. Hoje vários países, como Suíça eJapão, já projetam para breve atingir mais de 90% de seus resíduos processados em plantas de tratamentotérmico.

Tabela : Tendências do tratamento térmico de resíduos sólidos na AlemanhaAno N.º de Capacidade de N.º de pessoas servidas Capacidade plantas processamento

1000 t/a1000

habitantes% da

populaçãomédia por planta

1980 42 6343 17730 28.9 1511995 52 10870 24300 30 2091998 54 11900 32400 40 2252000 63 13933 48600 60 222Johnke, 1998.

Tabela: Incineração nos países desenvolvidosPaís População

(milhões)Geração de

lixo(milh.t/a)

No. deincineradores

% incinerado Recuperação deenergia

Suíça 7 2,9 29 80 80 %Japão 123 44,5 1893 72 PrincipaisDinamarca 5 2,6 32 65 100%Suécia 9 2,7 21 59 100%França 56 18,5 100 41 68% da capac.Holanda 15 7,1 9 39 50% das usinasAlemanha 61 40,5 51 30 Itália 58 15,6 51 17 30% da capac.USA 248 180,0 168 19 75 % das usinasEspanha 38 11,8 21 15 24 % das usinasReino Unido 57 35,0 7 5 25 % da capac.Lima, 1994; BNDES, 1997.

Na América Latina o percentual de RSU incinerado é inferior a 1%, segundo BNDES, 1997.

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Recuperação/Reciclagem de energia O Brasil engatinha no que diz respeito à reciclagem /recuperação de energia. Não há efetivamente hoje no Brasilprojetos representativos neste aspecto, enquanto, a nível mundial, a tendência é a de aproveitar os resíduosurbanos para a geração de energia. Em vários países podemos encontrar termelétricas movidas a carvão e lixo emfornos contíguos e com os ciclos de vapor integrados na geração de energia elétrica. No Brasil deveríamos já estarconsiderando a implantação de termelétricas à gás e lixo e, desta forma buscarmos equacionar ambos osproblemas: de energia e do tratamento ambientalmente correto do lixo, para atender as exigências do meioambiente. Não é concebível hoje um projeto de tratamento de RSU sem a reciclagem de energia. Em números aproximadospode­se afirmar que 1 tonelada de RSU eqüivale a 200 kg da carvão ou 250 kg de combustível, 30 t de água quenteou ainda 500 kWh de energia elétrica. O calor recuperado pela incineração pode representar cerca de 6 a 7 % daenergia consumida pela população que gera o RSU, e a energia recuperada em um sistema de tratamento de RSUtem sido utilizada para: Gerar água quente para o próprio processo e distribuição a hospitais, piscinas municipais e sistemas de

calefação; Gerar vapor para uso industrial; Gerar energia elétrica para uso na planta e distribuição local; Gerar frio convertido a partir do vapor, para uso em sistemas de condicionamento de ar para indústrias,

shopping centers, aeroportos, etc. A tecnologia atualmente disponível de projeto de incineradores pode prever a geração de até 0,95 kWh/tprocessada, sendo que a grande maioria dos sistemas instalados gera de 0,4 a 0,95 kWh/t de capacidade. Naturalmente esta geração dependerá fortemente do poder calorífico do RSU processado. A título de exemplo, listamos abaixo algumas plantas e suas capacidades instaladas processamento e geração deenergia, bem como apresentamos um fluxograma esquemático de uma planta deste tipo:

Localização

Capacidade detratamento

t/dia

Produção deenergia bruta

MWTsurumi, Japan 600 12

Tomida, Nagoya, Japan 450 6

Dickerson, Maryland, USA 1.800 63

Alexandria, Virginia, USA 975 22

Isvag, Antuérpia, Bélgica 440 14

Savannah, USA 690 12

Izmit, Turquia 96 4

UIOM Emmenspitz, Suíça 720 10

Wells, Áustria 190 7

Abaixo apresentamos um fluxograma típico de uma planta de incineração com geração de energia.

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A experiência atual indicaria que a geração de energia elétrica se torna rentável em instalações com capacidades deprocessamento acima de 250 t/dia. Abaixo desta capacidade a energia é normalmente aproveitada apenas parauso da própria planta. No Brasil, até o momento, conforme já exposto anteriormente, as aplicações da incineração se restringem aoprocessamento de resíduos perigosos e de alto risco, industriais, hospitalares e aeroportuários, e pouco tem sidoefetivamente realizado no que se refere à reciclagem da energia contida. Co­Incineração / co­processamento Não seria justo falar do tema incineração sem ao menos mencionar a co­incineração de resíduos perigosos emfornos de fabricação de clinquer, também denominada usualmente de co­processamento. Este processo apesar dese enquadrar parcialmente na conceituação inicial de incineração, tem um tratamento em separado por serconsiderado como um subprocesso dos processos de produção de cimento. Vários técnicos tendem a nãoconsiderar o co­processamento como um processo de incineração. Neste processo os resíduos entram emsubstituição a parte do combustível (economia de energia) ou a parte da matéria prima. Para que os resíduos sejam introduzidos nos fornos de clinquer estes têm que sofrer pré­tratamentos específicosque garantam que as características do resíduos se mantêm constantes e não vão produzir efeitos nocivos aocimento produzido ou ao meio ambiente. No Brasil existem empresas que se dedicam a este tipo de serviço, e fazem o elo de ligação entre o gerador de resíduos e a cimenteira. Tanto devido aos grandes problemas de controle das emissões dos fornos de cimento, quanto em decorrência damanutenção das características técnicas do cimento produzido, surgem sérias limitações em relação aos resíduosaceitos para serem co­processados. Muitos resíduos não têm sido aprovados para serem tratados por esteprocesso, dentre eles: dioxinas, organoclorados, PCB’s, explosivos, radioativos, hospitalares, agrotóxicos,pesticidas, resíduos com altos teores de cloro, enxofre e metais pesados, e lixo urbano (Marineide, 1999). O uso do co­processamento vem crescendo no Brasil (Marineide, 1999), entretanto, alertamos para o fato de que as

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restrições impostas para os limites de emissões gasosas ainda são muito questionáveis, já que neste aspecto oslimites impostos à incineração acabam por serem bem mais rígidos. Em cimenteiras, como o volume de gases éimensamente grande, e quaisquer limites medidos em termos de conteúdo percentual, muitas vezes acabará por setornar imperceptível para os instrumentos de controle (alta diluição), porém o que realmente importa para o meioambiente é a quantidade efetivamente jogada na atmosfera, medida em quilos por hora. Depuração de Gases e tratamento dos efluentes líquidos Por fim, não poderíamos deixar de lembrar que um processo de incineração não pode existir sem estarinterconectado a um sistema tecnologicamente avançado de depuração de gases e de tratamento e recirculaçãodos líquidos de processo. Os gases efluentes de um incinerador carregam grandes quantidades de substâncias emconcentrações muito acima dos limites das emissões legalmente permitidas e necessitam de tratamentofísico/químico para remover e neutralizar poluentes provenientes do processo térmico. Hoje já existem no Brasil empresas, dentre elas a Grande Morávia e a Kompac, com sólido know­how, capacitadaspara projetar e instalar sistemas de 4ª geração, de forma a garantir que as emissões para a atmosfera ou corpolíquido sejam feitas bem abaixo do níveis de exigência da leis ambientais brasileiras (ABNT, Cetesb e Feema) ou internacionais, mesmo as mais rigorosas. Estes sistemas são proprietários, desenhados para cada tipo deresíduo a ser processado. Entretanto, de forma abrangente, estes sistemas estão normalmente baseados em umsistema quencher, lavagem ácida de halogêneos, lavagem alcalina e remoção final com lavador de aerosois (G.Morávia, Sanches, 2000) ou filtros de manga (Kompac). Na lavagem ácida, é feita a retenção inicial do material particulado inerte e a neutralização dos ácidos, comtecnologias específicas para remoção do mercúrio Hg(O), HCl, HF e óxidos, metais pesados classe I, II e III, alémde controle das Dioxinas e Furanos (PCDD/PCDF). A lavagem alcalina neutraliza os poluentes ácidos e contribuipara retenção de outros poluentes com reação em ambiente com pH alto. A conclusão da remoção da parte muitofina de particulado (menor de 0,7 m) é feita em Lavador dos Aerosóis ou em filtros de manga. Os efluentes líquidos são tratados e reciclados, incluindo processos proprietários de neutralização de efluentesácidos, regeneração de soda, sedimentação e dessalinização. As tecnologias utilizadas no Brasil são similares àsmais modernas do mundo, trabalhando com Sistemas MULTIWIR (G. Morávia) e Kompac, desta empresa.

Hoje já existe também disponível filtros catalisadores, desenhados para a retenção de dioxinas e furanos, e que jáserão utilizados em breve no Brasil. São apresentadas abaixo fotos de dois destes sistemas de tratamento.

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Centro de Tratamento de Resíduos Perigosos – Fortaleza,Ceará – Sistema de tratamento de gases

Despoluição de gases dos incineradores de resíduoshospitalares – Silcon – Paulínea, S.P.

(Foto cedida por G. Morávia)

Conclusão A incineração e os demais processos de destruição térmica, incluindo o do plasma térmico, constituem hoje umconjunto de processos que têm importância relevante no Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos – GIRS(Menezes et al., 1999) em decorrência se suas características de redução de peso, volume e da periculosidade dosresíduos, e consequentemente a agressão ao meio ambiente, além de propiciar a reciclagem final da energia. Esta importância tende a crescer no Brasil, como vem ocorrendo nos países desenvolvidos, devido às dificuldadesde construção de novos aterros e necessidade de monitoramento ambiental do local do aterro por longos períodos,inclusive após estes serem desativados. Os custos de aterramento, que incluem o transporte até o local de destinoe o monitoramento ambiental, tende a crescer significativamente com o crescimento populacional das grandescidades (megalópolis). A incineração é um processo complementar ao aterramento e aos programas de reciclagem, conhecidos como 3 R’s(Reduzir na fonte, Reutilizar e Reciclar) na medida em que estes sejam economicamente viáveis localmente,

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conforme discutido por Calderoni, 1999. A incineração pode ser ambientalmente correta e aliada na proteção domeio ambiente, desde que estas plantas sejam operadas por equipes qualificadas e treinadas, e sejammonitoradas/acompanhadas pela comunidade e pelos agentes ambientais, públicos e privados. Soluções para o gerenciamento e disposição dos resíduos sólidos são cada vez mais necessárias, pois o problemados resíduos sólidos é crescente e tem sido reconhecido como um imenso fator de agravamento da criseambiental. Segundo a Agenda 21 ONU 1992:

“aproximadamente 5,2 milhões – incluindo 4 milhões de crianças – morrem por ano de doenças relacionadascom o lixo. Metade da população urbana nos países em desenvolvimento não têm serviços de despejo delixo sólido. Globalmente, o volume de lixo municipal produzido deve dobrar até o final do século (jáultrapassamos esta marca) e dobrar novamente antes do ano 2025”.

Os processos de reciclagem não poderão sozinhos resolver o problema dos resíduos urbanos, até porqueprogramas de vulto têm encontrado sérias dificuldades em criar condições de economia no aspecto local e acabampor morrerem com o tempo.

BibliografiaABES – Assoc. Brasileira de Engenharia Sanitária. “Lixo no Brasil – Uma bomba de efeito retardado”, Bio, Abr/Junho, 1998.ABES ­ Associação Brasileira de Engenharia Sanitária, Clube de Engenharia do Rio de Janeiro, Nov/1999.ABNT – NB 1265 Dez.1989, “Incineração de resíduos perigosos – Padrões de Desempenho”Atkins, Gerald. “Integrating material and energy recycling”, Wastes Manegement, Set. 1993.BNDES. “Resíduos Sólidos Urbanos”, Informe Infra­Estrutura, n.º 12, Julho 1997.Cerqueira, L. e Alves, Francisco. “Incineração e Co­Processamento – Alternativa para a gestão de resíduos perigosos”,Saneamento Ambiental, n.º 59, Jul/Agosto 1999.Cerqueira, L. “Tecnologia Francesa – Modelo de Gestão em Resíduos Naturais”, Saneamento Ambiental, n.º 61, Nov/Dez.1999.CETSB – E1.5011 ver. Fev/97 – “Sistema de incineração de resíduos de serviço de saúde – Procedimento”.Calderoni, Sabetai. “Os Bilhões Perdidos no Lixo”, 3ª edição, Humanitas, 1999.Campos, J.O. “Reflexões sobre a Gestão de Resíduos Industriais” ABLP – Limpeza Pública, n.º 52, Julho 1999.PMSP – Prefeitura do Município de São Paulo, Secretaria do Verde, São Paulo, 1993.Demajorovic, Jacques. Meio Ambiente e Resíduos Sólidos: Avanços e Limitantes na Cidade de Viena e Lições para SãoPaulo, Dissertação de Mestrado, São Paulo, Escola de Administração de Empresas de São Paulo, FGV, 1994.“Dia­a­Dia” –“Incineração de resíduos é tema de publicação” Saneamento Ambiental n.º 57, Mai/Junho 1999.Lima, André X., “Estudo de Viabilidade de uma Usina de Incineração de Resíduos Sólidos Urbanos”, DissertaçãoIEE/EP/IF/USP, 1994Lima, Luiz Mário Queiroz. Tratamento de Lixo, São Paulo, 2ª edição Hemus Editora, 1991.Marineide, M. “Coprocessamento em fornos de cimento”, Gerenciamento Ambiental, Abril 1999.Menezes, Ricardo A., “Projetos e Tratamento por Destruição Térmica (Incineração) de Resíduos Sólidos Urbanos e Especiais­ Indicadores Operacionais” ­ Capítulo do Curso (apostila) “Gestão Integrada de Resíduos Sólidos” ­ Menezes, Ricardo A. eMenezes, Marco Antônio A. ­ “Considerações sobre o Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos (GRS)”, RevistaLimpeza Pública – ABLP – Associação Brasileira de Limpeza Pública, Ed., 53, Out/1999.Sanches, Wilson. Informações enviadas sob consulta, Grande Morávia, 2000.ONU – Organização das Nações Unidas; Centro de Informação das Nações Unidas no Brasil, Agenda 21 – Resumo –Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, Rio de Janeiro, 3 a 14 de junho, 1992. Os autores (*)

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Dr. Ricardo Augusto do Amaral MenezesDiretor de Desenvolvimento Tecnológico do Grupo KompacEngenheiro Meturgista pela PUC/Rio de Janeiro, Master e Ph.D. pela Universidade de Stanford University, California, EEUU em Ciência dos Materiais. É sócio da Kompac e membro da Comissão Empresarial do Meio Ambiente da FIRJAN ­ Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro. Participou,durante anos, como membro do Grupo Técnico do PADCT/MCT. Foi professor de Pós­Graduação em Ciências dos Materiais e Engenharia na COPPE­UFRJ e especialista pós­graduado do Instituto de Engenharia Nuclear ­ IEN. Tem intensa participação em congressos e seminários em muitos locais domundo e extensa lista de publicações técnicas. Eng. Marco Antônio Amaral MenezesDiretor Superintendente e Sócio do Grupo KompacEngenheiro Mecânico pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, pós­graduação em Engenheiro de Produção é sócio e diretor das empresas doGrupo Kompac desde 1979, exerceu o cargo de técnico responsável e diretor de 1969 à 1980 na ORWEC Química e Metalurgia S/A. Durante todo estesanos se dedicou ao planejamento, projetos, montagens e implantação de sistema de coleta, transporte, manuseio, redução e destruição térmica de lixo. Foiengenheiro responsável por inúmeros projetos e construções de usinas de incineração em muitos aeroportos e hospitais brasileiros. Eng. José Luiz Gerlach RealDiretor e sócio do Grupo KompacEngenheiro Industrial Mecânico pela Universidade do Rio Grande, pós­graduação em Administração de Empresas e Engenharia de Produção, é diretor esócio da Kompac, tendo exercido a partir de 1974, direção técnica na Orwec Química e Metalurgia S.A. e em empresas metalúrgicas, em aciaria,laminação de aços, forjaria, fundição, produtos de fibrocimento, fumos e cigarros, e termoplásticos. Neste período, dentre outras, foi responsável pelasatividades de fabricação, montagem e manutenção de vários sistemas de tratamento de resíduos sólidos perigosos via incineração.

Inciner ABLP 6 reenviado.doc