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ESTADO DO RIO DE JANEIRO PREFEITURA MUNICIPAL DE PARATY GABINETE DO PREFEITO 1 Projeto de Lei Complementar n.º _006____ / 2014. A Câmara Municipal de Paraty aprovou e eu sanciono a seguinte Lei Complementar: Código Tributário do Município de Paraty Índice Livro I Tributos Municipais Título I Disposições Gerais Capítulo I Definição dos Tributos do Município ..................................................... Art. 10 Capítulo II Das Imunidades de Impostos ............................................................... Art. 11 Título II Os Tributos Capítulo I Das Disposições Gerais ........................................................................ Art. 13 Capítulo II Do Imposto Sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana ............. Art. 18 Seção I Do Fato Gerador e do Contribuinte ....................................................... Art. 18 Seção II Do Aspecto Espacial ............................................................................ Art. 24 Seção III Das Isenções ...................................................................................... Art. 28 Seção IV Das Reduções .................................................................................... Art. 31 Seção V Da Base de Cálculo e da Alíquota ....................................................... Art. 32 Seção VI Do Lançamento ................................................................................... Art. 43 Seção VII Do Arbitramento .................................................................................. Art.49 Seção VIII Do Pagamento .................................................................................. Art. 50 Seção IX Da Inscrição Cadastral ........................................................................ Art.55 Seção X Do Juros e das Penalidades ................................................................. Art.62 Seção XI Da Fiscalização do IPTU ...................................................................... Art.67 Seção XII Da Progressividade no Tempo ............................................................ Art.70 Capítulo III Do Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza ISS ................... Art. 71 Seção I Do Fato Gerador ..................................................................................... Art.71 Seção II Da Não Incidência ................................................................................ Art.77 Seção III Da Isenção ............................................................................................ Art.78 Seção IV Da Sujeição Passiva ............................................................................ Art.80 Subseção I Do Contribuinte ............................................................................. Art.80 Subseção II Do Responsável por Substituição ................................................ Art.84 Subseção III Do Responsável pela Retenção na Fonte .................................. Art.85 Subseção IV Da Solidariedade ........................................................................ Art.89 Seção V Da Base de Cálculo e da Alíquota ........................................................ Art.90 Seção VI Do Preço do Serviço ........................................................................... Art.91 Seção VII Do Lançamento .................................................................................. Art.93 Seção VIII Da Inscrição .................................................................................... Art. 100 Seção IX Da Arrecadação ................................................................................. Art.104 Seção X Das Obrigações Acessórias ............................................................... Art. 107 Seção XI Das Infrações .................................................................................... Art. 111 Seção XII Das Penalidades Pecuniárias .......................................................... Art. 113 Altera a redação da Lei Complementar nº 001/1991 - Código Tributário Municipal.

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    Projeto de Lei Complementar n. _006____ / 2014.

    A Cmara Municipal de Paraty aprovou e eu sanciono a seguinte Lei Complementar:

    Cdigo Tributrio do Municpio de Paraty

    ndice

    Livro I Tributos Municipais

    Ttulo I Disposies Gerais

    Captulo I Definio dos Tributos do Municpio ..................................................... Art. 10

    Captulo II Das Imunidades de Impostos ............................................................... Art. 11

    Ttulo II Os Tributos

    Captulo I Das Disposies Gerais ........................................................................ Art. 13

    Captulo II Do Imposto Sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana ............. Art. 18

    Seo I Do Fato Gerador e do Contribuinte ....................................................... Art. 18

    Seo II Do Aspecto Espacial ............................................................................ Art. 24 Seo III Das Isenes ...................................................................................... Art. 28 Seo IV Das Redues .................................................................................... Art. 31 Seo V Da Base de Clculo e da Alquota ....................................................... Art. 32 Seo VI Do Lanamento ................................................................................... Art. 43 Seo VII Do Arbitramento .................................................................................. Art.49 Seo VIII Do Pagamento .................................................................................. Art. 50 Seo IX Da Inscrio Cadastral ........................................................................ Art.55 Seo X Do Juros e das Penalidades ................................................................. Art.62 Seo XI Da Fiscalizao do IPTU ...................................................................... Art.67 Seo XII Da Progressividade no Tempo ............................................................ Art.70 Captulo III Do Imposto Sobre Servios de Qualquer Natureza ISS ................... Art. 71 Seo I Do Fato Gerador ..................................................................................... Art.71 Seo II Da No Incidncia ................................................................................ Art.77 Seo III Da Iseno ............................................................................................ Art.78 Seo IV Da Sujeio Passiva ............................................................................ Art.80 Subseo I Do Contribuinte ............................................................................. Art.80 Subseo II Do Responsvel por Substituio ................................................ Art.84 Subseo III Do Responsvel pela Reteno na Fonte .................................. Art.85 Subseo IV Da Solidariedade ........................................................................ Art.89 Seo V Da Base de Clculo e da Alquota ........................................................ Art.90 Seo VI Do Preo do Servio ........................................................................... Art.91 Seo VII Do Lanamento .................................................................................. Art.93 Seo VIII Da Inscrio .................................................................................... Art. 100 Seo IX Da Arrecadao ................................................................................. Art.104 Seo X Das Obrigaes Acessrias ............................................................... Art. 107 Seo XI Das Infraes .................................................................................... Art. 111 Seo XII Das Penalidades Pecunirias .......................................................... Art. 113

    Altera a redao da Lei Complementar n 001/1991 - Cdigo Tributrio Municipal.

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    Captulo IV Do Imposto Sobre a Transmisso Inter Vivos, a qualquer ttulo, por ato oneroso, de Bens e Imveis, por natureza ou acesso fsica, e de Direto Reais sobre Imveis, exceto os de garantia,bem como Cesso de Direitos sua aquisio ITBI ................................................................................................................................ Art. 117 Seo I Da Obrigao Principal ....................................................................... Art.117 Seo II Da No Incidncia e da Iseno ......................................................... Art.120 Seo III Do Sujeito Passivo ............................................................................. Art.122 Seo IV Do Lanamento .................................................................................. Art.124 Seo V Da Base de Clculo ............................................................................ Art.126 Seo VI Do Arbitramento ................................................................................. Art.130 Seo VII Da Alquota ....................................................................................... Art.131 Seo VIII Do Pagamento ................................................................................. Art.132 Seo IX Das Penalidades Pecunirias ............................................................ Art.135 Seo X Das Disposies Diversas .................................................................. Art.139 Ttulo III As Contribuies Captulo I Da Contribuio de Melhoria ................................................................ Art.141 Seo I Do Fato Gerador e do Contribuinte ...................................................... Art.141 Seo II Da Base de Clculo ............................................................................. Art.144 Seo III Do Lanamento .................................................................................. Art.146 Seo IV Da Arrecadao ................................................................................. Art.150 Seo V Da Iseno .......................................................................................... Art.152 Captulo II Da Contribuio para o Custeio do Servio de Iluminao Pblica CIP ................................................................................................................................. Art.154 Seo I Da Incidncia e do Contribuinte ............................................................ Art.154 Seo II Da Base de Clculo e Cobrana ........................................................ Art. 156 Seo III Da Destinao da Receita .................................................................. Art.162 Ttulo IV As Taxas de Poder de Polcia Captulo I Da Taxa de Licena para Funcionamento de Estabelecimentos ......... Art.163 Seo I Do Fato Gerador e Lanamento ........................................................... Art.163 Seo II Do Contribuinte .................................................................................... Art.168 Seo III Da Iseno .......................................................................................... Art.171 Seo IV Da Base de Clculo ............................................................................ Art.172 Captulo II Da Taxa de Autorizao para Exibio de Publicidade ...................... Art.173 Seo I Do Fato Gerador ................................................................................... Art.173 Seo II Do Contribuinte e Base de Clculo ...................................................... Art.175 Captulo III Da Taxa de Licena para Execuo de Obras Particulares .............. Art. 179 Seo I Do Fato Gerador e Contribuinte ........................................................... Art.179 Seo II da No Incidncia ................................................................................ Art.181 Seo III Do Lanamento e Valores da Taxa .................................................... Art.183 Captulo IV Da Taxa de Vigilncia Sanitria ......................................................... Art.188 Seo I Do Fato Gerador e do Contribuinte ...................................................... Art.188 Seo II Da Iseno .......................................................................................... Art.190 Seo III Do Lanamento e Base de Clculo .................................................... Art.191 Captulo V Da Taxa de Licena Ambiental ........................................................... Art.195 Seo I Do Fato Gerador .................................................................................. Art.195 Seo II Do Lanamento ................................................................................... Art.196 Seo III - Do Contribuinte e da Base de Clculo ............................................... Art.197 Ttulo V As Taxas de Servios Pblicos Captulo I Da Taxa de Coleta de Lixo Domiciliar .................................................. Art.197 Seo I Do Fato Gerador e do Contribuinte ...................................................... Art.199 Seo II Do Lanamento ................................................................................... Art.202 Seo III Da Iseno ......................................................................................... Art.204 Seo IV Dos Valores da Taxa ......................................................................... Art.205

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    Captulo II Da Taxa de Servios Funerrios ........................................................ Art.207 Seo I Do Fato Gerador .................................................................................. Art.207 Captulo III Da Taxa de Expediente ..................................................................... Art.211 Seo I Do Fato Gerador e do Contribuinte ...................................................... Art.211 Seo II Da Iseno .......................................................................................... Art.213 Seo III Dos Valores da Taxa .......................................................................... Art.214 Captulo IV Da Taxa de Servios Diversos ........................................................... Art.216 Seo I Do Fato Gerador e do Contribuinte ...................................................... Art.216 Livro II Normas Gerais de Legislao e Administrao Tributria Ttulo I A Legislao Tributria Captulo I Do Crdito Tributrio ............................................................................ Art.221 Seo I Do Lanamento ................................................................................... Art.221 Seo II Da Atualizao Monetria, Encargos Moratrios e Penalidades......... Art.225 Seo III Da Denncia Espontnea .................................................................. Art.234 Captulo II Da Suspenso da Exigibilidade do Crdito Tributrio ......................... Art.235 Seo I Disposies Gerais ............................................................................... Art.235 Seo II Moratria .............................................................................................. Art.236 Seo III O Parcelamento .................................................................................. Art.240 Seo IV O Depsito do Montante Integral do Crdito Tributrio ..................... Art.244 Captulo III Das Extino do Crdito Tributrio ..................................................... Art.246 Seo I Do Pagamento ...................................................................................... Art.247 Seo II Da Compensao ................................................................................ Art.253 Seo III Da Transao ..................................................................................... Art.254 Seo IV Da Remisso ...................................................................................... Art.255 Seo V Da Decadncia .................................................................................... Art.257 Seo VI Da Prescrio ..................................................................................... Art.259 Seo VII Da Dao em Pagamento ................................................................. Art.261 Captulo IV Da Anistia e da Iseno ..................................................................... Art.263 Seo I A Anistia ................................................................................................ Art.263 Seo II A Iseno ............................................................................................. Art.269 Ttulo II A Administrao Tributria Captulo I Da Dvida Ativa ..................................................................................... Art.273 Captulo II Da Certido Negativa .......................................................................... Art.279 Ttulo III O Procedimento Tributrio Captulo I Das Disposies Gerais ...................................................................... Art. 282 Seo I Da Cincia dos Atos e Decises .......................................................... Art.284 Seo II Da Notificao de Lanamento ........................................................... Art.287 Captulo II Da Fiscalizao ................................................................................... Art.289 Captulo III Do Procedimento Administrativo Fiscal .............................................. Art.297 Seo I Normas Gerais ...................................................................................... Art.297 Seo II Do Termo de Fiscalizao ................................................................... Art.299 Seo III Da Requisio e Apreenso de Documentos Fiscais ......................... Art.301 Seo IV Do Auto de Infrao e Imposio de Multa ........................................ Art.303 Seo V Da Consulta ......................................................................................... Art.306 Captulo IV Do Contencioso Administrativo Tributrio .......................................... Art.313 Seo I Normas Gerais ...................................................................................... Art.313 Seo II Do Julgamento de Primeira Instncia Administrativa .......................... Art.317 Seo III Do Julgamento em Segunda Instncia Administrativa ....................... Art.321 Captulo V Dos Direitos do Contribuinte ................................................................ Art.32 Captulo VI Da Responsabilidade dos Agentes Fiscais Tributrios ...................... Art.331 Captulo VII Das Disposies Finais ..................................................................... Art.334

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    Captulo I Das Disposies Preliminares Art. 1. Esta Lei denomina-se CDIGO TRIBUTRIO DO MUNICPIO DE PARATY e tem como objetivo o exerccio da competncia tributria conferida ao Municpio pela Constituio da Repblica Federativa do Brasil, em obedincia aos limites ali previstos e s normas constantes do Cdigo Tributrio Nacional e demais leis complementares cuja matria seja relacionada competncia tributria municipal. Art. 2. O Cdigo Tributrio do Municpio de Paraty compe-se de dois livros: o primeiro, denominado Tributos Municipais, trata dos tributos de competncia do Municpio; o segundo, denominado Normas Gerais, trata das normas concernentes ao pagamento e cobrana dos crditos tributrios e demais regras de administrao tributria. Pargrafo nico. A expresso legislao tributria, quando utilizada neste Cdigo, compreende as leis, os decretos e as normas complementares que versem, no todo ou parte, sobre tributos de competncia do Municpio e relaes jurdicas a eles pertinentes. Art. 3. A vigncia, no espao e no tempo, da legislao tributria do Municpio de Paraty vigora no interior do seu territrio e regido pelas disposies legais aplicveis s normas jurdicas em geral. Pargrafo nico. A legislao tributria do Municpio vigora fora do respectivo territrio apenas nos limites em que lhe reconheam extraterritorialidade os convnios de que participe. Art. 4. Na qualidade de sujeito ativo da obrigao tributria, o Municpio de Paraty a pessoa jurdica de direito pblico interno titular da competncia para exigir o seu cumprimento. 1 - A competncia tributria do Municpio indelegvel, salvo atribuies da funo de arrecadar ou de fiscalizar tributos, ou de executar leis, servios, atos

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    ou decises administrativas em matria tributria, conferida por uma pessoa jurdica de direito pblico ao Municpio, ou deste outra. 2 - Adiciona-se ao previsto no 1 deste artigo a competncia do Comit Gestor do Simples Nacional de formular normas jurdicas em nome do Municpio, pertinentes, exclusivamente, ao Programa do Simples Nacional. 3 - Por ato do Poder Executivo Municipal, o Municpio pode delegar funes de arrecadar tributos em geral s instituies financeiras e concessionria de distribuio de energia eltrica, esta ltima exclusivamente em relao Contribuio de Custeio da Iluminao Pblica CIP. 4 - A delegao da funo de arrecadar no d direito ao delegatrio de gerir os recursos em nome do Municpio, salvo expressa autorizao do Poder Executivo Municipal. Art. 5. Sujeito passivo da obrigao principal a pessoa obrigada ao pagamento de tributo ou penalidade pecuniria de competncia do Municpio. Pargrafo nico - O sujeito passivo da obrigao principal ser considerado: I - contribuinte, quando tenha relao pessoal e direta com a situao que constitua o respectivo fato gerador; II - responsvel, quando, sem revestir a condio de contribuinte, sua obrigao decorra de disposio expressa nesta Lei. Art. 6. Sujeito passivo da obrigao instrumental ou acessria a pessoa obrigada prtica ou a absteno de ato expressamente determinado na legislao tributria do Municpio. Pargrafo nico. As convenes particulares, relativas responsabilidade pelo pagamento de tributos, no podem ser opostas Fazenda Municipal, para modificar a definio legal do sujeito passivo das obrigaes tributrias correspondentes. Art. 7. Ao contribuinte ou responsvel facultado escolher e indicar ao fisco o seu domiclio tributrio no territrio deste Municpio, assim entendido o lugar onde desenvolve sua atividade, responde por suas obrigaes e pratica os demais atos que constituam ou possam vir a constituir obrigao tributria. 1 - Na falta de eleio, pelo contribuinte ou responsvel, de domiclio tributrio, na forma de legislao aplicvel, considera-se como tal:

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    I - quanto s pessoas naturais, a sua residncia habitual, ou, sendo esta incerta ou desconhecida, o local habitual de sua atividade; II - quanto s pessoas jurdicas de direito privado, sociedades ou empresas individuais, o lugar da sua sede, ou, em relao aos atos ou fatos que deram origem obrigao, o de cada estabelecimento; III - quanto s pessoas jurdicas de direito pblico, quaisquer de suas reparties estabelecidas no territrio deste Municpio. 2 - Quando no couber a aplicao das regras fixadas em qualquer dos incisos do 1 deste artigo, ser considerado como domiclio tributrio do contribuinte ou responsvel o lugar da situao dos bens ou da ocorrncia dos atos ou fatos que deram origem obrigao. 3 - A autoridade administrativa pode recusar o domiclio eleito, quando impossibilite ou dificulte a arrecadao ou a fiscalizao do tributo, aplicando-se ento a regra do 2 deste artigo. Art. 8. O domiclio tributrio ser obrigatoriamente consignado nas peties, requerimentos, impugnaes, recursos, declaraes, guias, consultas e outros documentos dirigidos ou apresentados autoridade administrativa. Seo I Do Preo Pblico Art. 9. Compete ao Poder Executivo Municipal instituir por meio de cobrana de preo pblico a autorizao de uso da rea pblica e pela utilizao de bens pblicos ou servios singulares no alcanados por cobrana tributria, obedecidas s seguintes especificaes: I - Sempre que possvel, a utilizao ou ocupao da rea pblica estar sujeita ao pagamento de um preo resultante da livre concorrncia entre os interessados; II - So dispensadas do pagamento de preo pblico as ocupaes pertinentes a servios pblicos essenciais, tais como posteamento e cabeamento areo de linhas de transmisso de energia eltrica, rede subterrnea de canalizao de gua, esgoto, gs e energia eltrica; III - So passveis de cobrana de preo pblico os servios no-compulsrios prestados pela municipalidade, direta ou indiretamente, tais como, de erradicao de formigueiros, cupinzeiros e de outros insetos, de animais nocivos sade, de limpeza de terrenos particulares, de reforma de caladas frontais a imveis particulares, de delimitao de reas de proteo ambiental em terrenos particulares, de retirada de entulhos de obras particulares, de

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    guinchamento de veculos, de recolhimento de animais abandonados ou soltos nas reas pblicas, de cesses de uso temporrio de mquinas e equipamentos pertencentes ao Municpio para uso particular, e outros servios que o Poder Executivo considerar de interesse prprio e privativo do usurio. 1 - Entende-se por utilizao ou ocupao da rea pblica a instalao ou localizao em vias e logradouros pblicos de equipamentos, veculos e outros bens, com finalidades econmicas ou exerccio de atividades particulares, mesmo quando transitria ou por tempo indeterminado. 2 - A cobrana do preo pblico no dispensa ao usurio o cumprimento das normas de segurana e higiene determinadas pelos rgos pblicos, relativas s instalaes mantidas na rea pblica, e nem aprovao prvia da Administrao Pblica Municipal. 3 - A ocupao da rea pblica por pessoas naturais ou jurdicas ser sempre liberada mediante autorizao a ttulo precrio do Poder Pblico Municipal e por prazo determinado, podendo este ser renovado, a critrio da autoridade administrativa municipal. 4 - A cobrana e respectivo pagamento de preo pblico no dispensam o lanamento de tributos aos ocupantes da rea pblica, quando aqueles forem previstos na presente Lei, e nem excluem responsabilidades dos usurios, quando exigidas.

    LIVRO I - TRIBUTOS MUNICIPAIS

    Ttulo I - Disposies Gerais

    Captulo I Definio dos Tributos do Municpio Art. 10. Ficam institudos no territrio do Municpio de Paraty os seguintes tributos: I - Imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana IPTU; II - Imposto sobre a transmisso inter vivos, a qualquer ttulo, por ato oneroso, de bens imveis, por natureza ou acesso fsica, e de direitos reais sobre imveis, exceto os de garantia, bem como cesso de direitos sua aquisio ITBI; III - Imposto sobre servios de qualquer natureza ISS; IV - Contribuio de melhoria;

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    V - Contribuio para custeio do servio da iluminao pblica CIP; VI - Taxas de prestao de servios pblicos: a) Taxa de coleta de lixo domiciliar; b) Taxa de servios funerrios; c) Taxa de servios gerais. VII - Taxas de poder de polcia administrativa: a) Taxa de fiscalizao do funcionamento de estabelecimentos; b) Taxa de autorizao para exibio pblica de propaganda e publicidade; c) Taxas de licena para execuo e de liberao de obras particulares; d) Taxa de vigilncia sanitria; e) Taxa de fiscalizao do meio ambiente.

    Captulo II - Das Imunidades de Impostos Art. 11. Nos termos da Constituio Federal, os impostos municipais no incidem sobre: I - o patrimnio ou os servios da Unio, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios, inclusive suas autarquias e fundaes; II - os templos de qualquer culto; III - o patrimnio, renda ou os servios dos partidos polticos e suas fundaes, das entidades sindicais dos trabalhadores e das instituies de educao e de assistncia social, sem fins lucrativos, atendidos os seguintes requisitos: a) no distribuir qualquer parcela de seu patrimnio ou de suas rendas, a ttulo de lucro ou de participao no seu resultado; b) aplicar, integralmente, no pas os seus recursos na manuteno dos seus objetivos institucionais; c) manter escriturao de suas receitas e despesas em livros revestidos de formalidades capazes de assegurar sua exatido; d) prever em estatuto que, em caso de extino, o patrimnio da instituio seja revertido a fim pblico ou para outra da mesma natureza. 1 - O disposto neste artigo no exclui a atribuio, por lei, s entidades nele referidas da condio de responsveis pelos tributos que lhes caiba reter na fonte pagadora e no as dispensa da prtica de atos, previstos em lei, assecuratrios do cumprimento de obrigaes tributrias por terceiros.

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    2 - Para os efeitos referidos no inciso II deste artigo, considera-se templo de qualquer culto apenas a rea ocupada pelo templo e que no sirva de residncia familiar. 3 - A no incidncia referida no inciso III deste artigo compreende somente o patrimnio e os servios relacionados com as finalidades essenciais das entidades nele mencionadas. 4 - Os impostos municipais incidem sobre o patrimnio, a renda e os servios relacionados com a explorao de atividades econmicas regidas pelas normas aplicveis a empreendimentos privados realizados no territrio do Municpio, pela Unio, Estados ou Municpios, diretamente por sociedades de economia mista, entidades de administrao indireta ou mediante contratos de delegao, concesso, permisso e autorizao firmados com pessoas de direito privado. 5 - Os requisitos condicionadores da no incidncia devero ser comprovados perante a repartio fiscal competente, na forma estabelecida pelo Poder Executivo. 6 - O descumprimento de um dos requisitos previstos no inciso III deste artigo provoca a suspenso da imunidade at a data de sua ulterior regularizao, devidamente confirmada pelo Fisco Municipal. Art. 12. A imunidade prevista neste Captulo no abrange a incidncia de taxas e contribuies da competncia tributria deste Municpio.

    TTULO II - OS TRIBUTOS

    Captulo I Das Disposies Gerais Art. 13. O Municpio de Paraty, ressalvadas as limitaes institucionais, tem competncia legislativa plena quanto incidncia, arrecadao e fiscalizao dos tributos municipais. Art. 14. O fato gerador da obrigao principal a situao definida nesta Lei como necessria e suficiente a sua ocorrncia. Art. 15. O fato gerador da obrigao instrumental ou acessria qualquer situao que na forma da legislao deste Municpio impe a prtica ou absteno de ato que no configure obrigao principal.

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    Pargrafo nico. As obrigaes instrumentais, denominadas de acessrias, podem ser estabelecidas por meio de decreto do Poder Executivo Municipal, ressalvadas as previses de penalidades e imposies de multas, que devero ser institudas, exclusivamente, por lei. Art. 16. Salvo disposio em contrrio, considera-se ocorrido o fato gerador e existente os seus efeitos: I - tratando-se de situao de fato, desde o momento em que se verifiquem as circunstncias materiais necessrias que produzam, ou que criem as condies de produzir os efeitos que normalmente lhe so prprios; II - tratando-se de situao jurdica, desde o momento em que ela esteja constituda, nos termos do direito aplicvel. Pargrafo nico. O Fisco Municipal poder desconsiderar atos ou negcios jurdicos praticados com a finalidade de dissimular a ocorrncia do fato gerador do tributo ou a natureza dos elementos constitutivos da obrigao tributria. Art. 17. Para os efeitos do inciso II do art. 16 desta Lei os atos ou negcios jurdicos condicionais reputam-se perfeitos e acabados: I sendo suspensiva a condio, desde o momento de seu implemento; II sendo resolutria a condio, desde o momento da prtica do ato ou da celebrao do negcio. 1 - Nos termos deste artigo, se a condio for suspensiva, conforme o inciso I deste artigo, o fato gerador ocorrer quando esta condio se tornar efetiva, perfeita e acabada. 2 - Se for resolutiva a condio, conforme o inciso II deste artigo, o fato gerador ocorre no momento do ato ou da celebrao do negcio, tornando-se irrelevante, para efeitos de incidncia tributria, o ulterior desfazimento ou desistncia do ato praticado ou do negcio celebrado.

    Captulo II - Do Imposto Sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana - IPTU Seo I - Do fato gerador e do contribuinte. Art. 18. O IPTU tem como fato gerador a propriedade, o domnio til ou a posse de bem imvel, como definido na lei civil, localizado na zona urbana do

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    Municpio, e, tambm, nas zonas urbanizveis e de expanso urbana, nos termos desta Lei. 1 - Nos termos da lei civil, so bens imveis o solo e tudo quanto se lhe incorporar natural ou artificialmente. 2 - O IPTU constitui nus real e acompanha o imvel nos casos de transferncia de propriedade ou de direitos reais a ele relativos. 3 - Os crditos de IPTU, quando existentes, subrogam-se na pessoa do adquirente, em quaisquer de suas modalidades, exceto nos casos de arrematao em hasta pblica, quando a subrogao ocorrer sobre o respectivo preo da hasta. Art. 19. Considera-se ocorrido o fato gerador do IPTU no dia 1 de janeiro de cada ano calendrio. 1 - Qualquer alterao na natureza do imvel, provocada por meios naturais ou artificiais, ocorrida durante um exerccio, refletir no valor do imposto, quando for o caso, somente a partir do exerccio seguinte. 2 - Constatada em procedimento administrativo alteraes na natureza do imvel que venham a acarretar aumento da base de clculo do imposto, comprovadamente ocorridas em exerccios anteriores, e que no foram informadas pelo sujeito passivo no prazo e na forma estabelecida na legislao deste Municpio, os lanamentos originais daqueles exerccios sero revistos de ofcio, enquanto no extinto o direito da Fazenda Pblica Municipal. 3 - A constatao material de alterao na natureza do imvel, confirmada ou presumida pela Administrao Fazendria Municipal, dispensa as formalidades de licenciamentos obrigatrios, determinadas por lei federal, estadual e municipal, exclusivamente para efeitos de alterao dos dados cadastrais e do valor do imposto. 4 - Nos termos do 3 deste artigo, qualquer alterao cadastral do imvel e, consequentemente, no valor do imposto no caracteriza dispensa das exigncias de licenciamento ou desobriga o contribuinte das sanes previstas em lei.

    Art. 20. O contribuinte do imposto o proprietrio, o enfiteuta, o possuidor e o superficirio do bem imvel, sem prejuzo da obrigao solidria dos demais proprietrios, promitentes compradores, titulares do domnio til, possuidores e superficirios, do mesmo imvel.

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    1 - Nos termos deste artigo, a solidariedade no comporta benefcio de ordem, podendo a autoridade fazendria exigir o pagamento daquele que melhor lhe aprouver. 2 - O disposto neste artigo, no que se refere solidariedade, aplica-se ao esplio das pessoas nele referidas, e aos usufruturios perante os proprietrios dos imveis objetos de usufruto. 3 - O pagamento efetuado por um dos obrigados solidrio aproveita aos demais. 4 - A iseno ou remisso de crdito exonera todos os obrigados solidrios. 5 - Quando um imvel possuir mais de um proprietrio, titular do domnio til, possuidor ou superficirio, o imposto poder ser lanado, a critrio da Administrao Fazendria Municipal, em nome de um destes, sem prejuzo da solidariedade dos demais. Art. 21. Para os efeitos desta Lei, considera-se possuidor a pessoa que deter, de fato, o domnio pleno do imvel com os poderes inerentes propriedade, podendo fruir do bem imvel sem oponibilidades e submisses a terceiros. 1 - Devidamente comprovada e constatada a posse, na forma definida neste artigo, pode a autoridade fazendria inscrever o possuidor como contribuinte do imposto, desde que seja desconhecido o legtimo proprietrio ou este encontrar-se em local no sabido ou desconhecido. 2 - Entre outros, considera-se como possuidor, para os efeitos deste artigo: I - o compromissrio comprador que se encontre imitido na posse, ainda que o imvel seja de propriedade de uma instituio estatal; II - o promitente comprador em carter irretratvel cuja promessa de compra e venda tenha registro no Cartrio de Registro de Imveis; III - o autor de ao de usucapio admitida em juzo e quando a ao ainda no estiver inteiramente formalizada; IV - o titular do direito real de habitao. Art. 22. Enfiteuta a pessoa que, mediante contrato de enfiteuse, aforamento ou emprazamento, detm o direito de usufruir do imvel, por domnio til, podendo, inclusive, transmiti-lo a terceiro, a ttulo oneroso ou gratuito.

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    1 - O IPTU incide, tambm, sobre imveis da Unio, inclusive terrenos de marinha, que tenham sido objeto de aforamento ou enfiteuse a favor de terceiros, sendo estes os contribuintes do imposto. 2 - Terrenos localizados em rea urbana ou urbanizvel de proteo ambiental ou de proteo permanente so tributados pelo imposto, exceto quando de propriedade de pessoas jurdicas de direito pblico, admitindo-se a reduo do valor venal em razo das condies prprias e especficas do imvel, notadamente as proibies de construir e de ser vedada a sua ocupao exacerbada. Art. 23. Considera-se superficirio a pessoa que receber de outrem o direito de construir e usufruir do imvel, mediante escritura pblica devidamente registrada no Cartrio de Registro de Imveis, independentemente da gratuidade ou onerosidade estabelecida no contrato. 1 - O Cadastro Imobilirio far o registro da escritura e lanar o imposto em nome do superficirio a partir do exerccio seguinte em que ocorrer o registro, sob o ttulo Superficirio, e manter o nome do proprietrio original, para fins de controle e efeitos de cobrana administrativa e judicial. 2 - Entende-se como solidrio na obrigao, para fins de cobrana do imposto, o proprietrio que conceder a terceiro o direito de superfcie, cumprindo-se o previsto no art. 20, e seus pargrafos, desta Lei. Seo II Do aspecto espacial

    Art. 24. As zonas urbanas, para os efeitos deste imposto, so aquelas nas quais existam pelo menos dois dos seguintes melhoramentos, construdos ou mantidos pelo Poder Pblico: I - meio fio ou calamento, com canalizao de guas pluviais; II - abastecimento de gua; III - sistema de esgotos sanitrios; IV - rede de iluminao pblica, com ou sem posteamento para distribuio domiciliar; V - escola primria ou posto de sade, a uma distncia mxima de trs quilmetros do imvel considerado.

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    Pargrafo nico. Para efeitos do inciso I deste artigo, so, tambm, consideradas canalizadas as guas pluviais escoadas por canais artificialmente revestidos, de seo transversal fechada ou aberta, inclusive sarjetas. Art. 25. So consideradas zonas urbanas, para efeitos de incidncia do IPTU, as reas de urbanizao ou urbanizveis, ou de expanso urbana, constantes de loteamentos aprovados pelos rgos competentes, destinados habitao, ao comrcio ou indstria, mesmo que localizados fora das zonas definidas no art. 24 desta Lei. 1 - Os loteamentos e desmembramentos de glebas, desde que cumpridas as formalidades legais de suas aprovaes, sero lanados por lote no Cadastro Imobilirio, a partir do exerccio em que for devidamente aprovado o fracionamento pela Prefeitura, cancelando-se, ento, a inscrio da gleba fracionada. 2 - Nos termos do pargrafo anterior, os lotes sero inscritos em nome do proprietrio loteador da gleba, podendo ser adicionado como contribuinte do imposto o promitente ou compromissrio comprador do lote, desde que o contrato da promessa ou compromisso estiver, comprovadamente, averbado no Cartrio de Registro de Imveis. 3 - Os loteamentos e desmembramentos de glebas realizados de forma clandestina e sem aprovao dos rgos competentes, inclusive da Prefeitura Municipal, no podero ter os seus lotes inscritos e cadastrados no Cadastro Imobilirio do Municpio, enquanto no cumpridas as formalidades legais exigidas. 4 - Nos casos de situao de fato, de loteamentos e desmembramentos j existentes e implantados de forma clandestina, e quando os lotes j foram objeto de venda para terceiros, a Administrao Municipal poder, mediante procedimento administrativo plenamente fundamentado, inscrever os lotes em nome dos seus adquirentes, com inscries a ttulo precrio, sem que este procedimento importe em prejuzo das sanes penais e administrativas contra o proprietrio e loteador da gleba. 5 - Para cumprimento do previsto no 4 deste artigo ser considerado de relevncia essencial o aspecto social dos adquirentes e suas condies de baixa renda. Art. 26. O IPTU alcana, tambm, os imveis que, comprovadamente, sejam utilizados como stios de recreio ou chcaras de lazer e nos quais a eventual produo agrcola ou de criao animal no se destine ao comrcio, ou no

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    seja, de forma abrangente, instrumento bsico de explorao econmica do imvel. 1 - Para efeitos deste artigo, o fato de o proprietrio estar inscrito como produtor rural no o exime de apresentar provas materiais sobre a explorao do imvel em atividades agrcolas ou de pecuria. 2 - O imposto incide sobre imveis utilizados como indstria, beneficiamento ou comercializao de produtos agrcolas ou de pecuria, independentemente de sua localizao. Art. 27. Mediante procedimento administrativo plenamente justificado e provocado por requerimento do interessado, dispensa-se a incidncia do IPTU de imvel localizado em reas urbanizveis que, cumulativamente: I Comprove, por documentos e notas fiscais emitidas, a produo e comercializao de produtos agrcolas e agropecurios pela explorao da propriedade, e em valores que possam comprovar o uso econmico do imvel; II Comprove, mediante apresentao de guias fiscais de recolhimento, ser contribuinte do Imposto Territorial Rural ITR, ou certido da Receita Federal do Brasil que o enquadre como isenta daquele imposto. Seo III - Das Isenes. Art. 28. Esto isentos do IPTU: I o proprietrio do imvel, ou o titular de direito real sobre o imvel em que estiverem funcionando quaisquer atividades exercidas por rgos pblicos municipais, ou por suas autarquias ou fundaes, durante o perodo de funcionamento destes servios; considera-se ocupado o imvel por rgos do Poder Pblico Municipal: a) por meio de contrato de locao; b) por fora de servido administrativa, exclusivamente da rea de servido; c) por fora de ocupao temporria, em relao ao tempo ocupado. II- os aposentados, pensionistas, as vivas(os), os incapazes e pessoas com invalidez respeitando-se os requisitos legais das sucesses, que recebam at 2(dois) pisos salariais por ms e que tenham um nico imvel no Municpio e nele residam e no tenham outras fontes de renda;

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    III- as sociedades ou instituies sem fins lucrativos que se destine a congregar classes patronais ou trabalhadores, com a finalidade de realizar sua unio, representao, defesa, elevao de seu nvel cultural, fsico ou recreativo; IV- os proprietrios de imveis a eles cedidos, declarado de utilidade pblica para fins de desapropriao, a partir da parcela correspondente ao perodo de arrecadao do imposto em que ocorrer emisso de posse ou ocupao efetiva pelo poder expropriante; Art. 29. As isenes condicionadas sero solicitadas em requerimento instrudo com as provas de cumprimento das exigncias necessrias para a sua concesso, que devem ser apresentadas at o ltimo dia do ms de dezembro de cada exerccio, sob pena de perda do benefcio fiscal no ano seguinte. Pargrafo nico- A documentao apresentada com o primeiro pedido de iseno poder servir para os demais exerccios, devendo o requerimento de renovao de iseno referir-se quela documentao. Art. 30. Com exceo dos casos expressamente previstos nesta Lei, a iseno do imposto no acarreta a iseno de outros tributos, inclusive da taxa de coleta de lixo domiciliar. Seo IV - Das Redues. Art.31. Tero direito reduo do IPTU os imveis situados no Bairro Histrico, Distrito 1, Zona 1, utilizados permanentemente e exclusivamente como residncia prpria e em perfeito estado de conservao. I No tero direito reduo do IPTU os imveis de utilizao mista e aqueles utilizados como residncia temporria ou casa de veraneio. II A reduo do IPTU ser proporcional ao tempo de utilizao exclusiva como residncia, a saber: a) 05%(cinco por cento) ao completar 5(cinco) anos; b) 10%(dez por cento) ao completar 10(dez) anos; c) 15%(quinze por cento) ao completar 15(quinze) anos; d) 20%(vinte por cento) ao completar 20(vinte)anos.

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    1- Os interessados na reduo do IPTU devero solicit-la por requerimento instrudo com as provas de cumprimento das exigncias necessrias para a sua concesso, que deve ser apresentado at o ltimo dia do ms de dezembro de cada exerccio, sob pena de perda do benefcio fiscal no ano seguinte, instrudo com os seguintes documentos:

    a) Cpia da escritura de compra e venda, do formal de partilha, ou do registro imobilirio. b) Declarao firmada pelo interessado, com duas testemunhas, indicando o tempo da utilizao como residncia. 2- A Prefeitura diligenciar para verificar a veracidade do alegado e, sendo como este reconhecido, prevalecer todo o tempo j como residncia utilizado, para efeito do estabelecido no inciso II deste artigo. 3- Interrompidos os fatores exigidos para reduo do IPTU, o beneficirio dever comunicar o fato ao Governo Municipal no prazo de 30 (trinta) dias, mediante requerimento. 4- No havendo a comunicao prevista nos incisos anteriores e sendo o fato constatado por ao fiscal, o infrator ficar sujeito a multa de R$ 100,00(cem reais) e ao pagamento do imposto relativo ao perodo indevidamente reduzido, com multa, juros de mora e todas as demais penalidades previstas nesta Lei. Seo V - Da Base de Clculo e da Alquota Art. 32. A base de clculo do IPTU o valor venal do imvel, entendido como o valor calculado de acordo com Anexo I - Tabelas de Valores, Fatores e Frmulas, que sero obtidos da seguinte maneira: I- para o terreno: pela multiplicao de sua rea ou de sua parte ideal pelo valor do metro quadrado do terreno aplicados os fatores de correo; II- para a construo: pela multiplicao da rea construda pelo valor unitrio do metro quadrado de edificao, aplicados os fatores de correo. Art. 33. Dever ser editada planta genrica de valores contendo: I- valor do metro quadrado do terreno; II- valor do metro quadrado de edificao; II- fatores de correo, relacionados a: a) pedologia; b) topografia;

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    c) localizao; d) situao; e e) padro da edificao. 1 - Considera-se valor venal do imvel, para os fins previstos neste artigo: I - no caso de imveis no edificados, em runas ou em demolio, o valor do terreno; II - no caso de imveis em construo, desde que ainda no ocupada ou utilizada, o valor do terreno; III no caso de imveis com edificaes temporrias ou provisrias, que podem ser removidas sem destruio, o valor do terreno; IV - nos demais casos, o valor do terreno e das edificaes, consideradas em conjunto. 2 - Na determinao da base de clculo, no se considera o valor das pertenas, assim definidos os bens mveis mantidos em carter permanente ou temporrio no imvel, para efeito de sua utilizao, explorao, aformoseamento ou comodidade. 3 - Para efeitos de base de clculo do IPTU, no so considerados pertenas, para os efeitos do pargrafo anterior, os bens fixados ou aderidos edificao, tipo piscina de alvenaria, banheira trmica ou de hidromassagem, churrasqueira, saunas, terraos com cobertura de telhas de qualquer tipo e quadras de esporte, fechadas e cobertas. Art. 34. O valor venal do imvel, apurado de acordo com o disposto no art. 32 desta Lei, reveste-se de presuno relativa de certeza e poder ser revisto pela Administrao Fazendria Municipal, a partir de solicitao do contribuinte, atravs de processo administrativo instaurado de acordo com o regulamento, considerando-se questionamentos relativos aos seguintes fatores: I - localizao, rea, caractersticas e destinao da construo; II - valores correntes das alienaes de imveis no mercado imobilirio; III - situao do imvel em relao aos equipamentos urbanos existentes no logradouro; IV - declarao do contribuinte, desde que ratificada pelo Fisco, ressalvada a possibilidade de reviso, se comprovada a existncia de erro de clculo;

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    V - outros fatores tecnicamente reconhecidos para efetivao do clculo do valor venal do imvel. 1 - Os pedidos para a reviso prevista neste artigo devero ser encaminhados por requerimento devidamente protocolado, at o dia 31 de maio do mesmo exerccio da reviso pleiteada. 2 - Para fins de clculo do imposto, a reviso prevista neste artigo ser considerada desde o dia 1 de janeiro do exerccio em que se protocolou a solicitao.

    Art. 35. O valor venal dos imveis ser determinado levando-se em conta: I - Os elementos geomtricos que definem a forma, a superfcie do terreno e das edificaes; II - O valor venal unitrio do terreno, extrado das condies normais de mercado; III - As caractersticas construtivas, usos e padres de acabamento das edificaes, conforme definidas no Anexo I desta Lei; IV - O valor do metro quadrado unitrio de construes, tendo por base definies de rgos tcnicos oficiais ou de entidades empresariais especializadas no setor. V - Fatores de correo relativos localizao, equipamentos urbanos e situao pedolgica e topogrfica dos terrenos, aliados categoria, idade e estado de conservao das edificaes, conforme as frmulas e tabelas do Anexo I desta Lei. 1 - A determinao prevista no caput deste artigo ser fundamentada nas Tabelas de Valores, Fatores e Frmulas estabelecidos pelo Poder Executivo, com indicao do valor unitrio dos terrenos, em funo de sua localizao e destinao e Mapa de Zoneamento Fiscal; 2 - As Tabelas de Valores, Fatores e Frmulas referidos neste artigo, obtidos de acordo com o prescrito nos incisos I a V deste artigo, podero ser revisados anualmente para vigorar a partir do dia 1 de janeiro do exerccio seguinte. 3 - A rea edificada da unidade ser obtida atravs dos contornos externos das paredes ou pilares, computando-se tambm a superfcie coberta: I - das sacadas, varandas e terraos de cada pavimento;

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    II - das garagens ou vagas; III - das reas destinadas ao lazer e demais reas de uso comum da edificao, na proporo da frao ideal da unidade privativa; IV - das demais partes comuns, proporcionalmente ao nmero de unidades construdas. 4 - A rea do terreno considerada no clculo do imposto relativo a imveis situados em condomnios fechados obtida pela soma da rea do terreno de uso comum, dividida pelo nmero de condminos com a rea do terreno de uso privativo.

    5 - No havendo a reviso prevista no 2 deste artigo, as Tabelas de Valores, Fatores e Frmulas referidos sero corrigidos monetariamente, onde couber, utilizando-se os ndices oficiais adotados pelo Municpio para a atualizao de seus crditos tributrios. Art. 36. Os imveis com testadas para logradouros pertencentes s zonas diferentes sero tributados pela zona de tributao mais elevada. Art. 37. As alquotas do imposto so as seguintes: I Imveis territoriais - terrenos vazios, conforme previsto no art. 38 desta Lei 1,20%; II Imveis edificados, de uso exclusivamente residencial 0,5%; III Imveis edificados, de uso misto 0,6%; IV Imveis edificados, de uso comercial ou de servios 1,0%; V Imveis edificados, de uso industrial ou financeiro 2,0%. Pargrafo primeiro- Ser aplicado um fator redutor de 0,10 para os valores venais dos imveis de preservao ambiental. Pargrafo segundo- Considera-se imvel de preservao ambiental o solo sem edificao destinado integralmente preservao ambiental, por ato de reconhecimento do Poder Pblico e gravado em Registro Geral de Imveis. Art. 38. Para efeitos de incidncia de alquota, considera-se terreno:

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    I o imvel sem edificao; II o imvel com edificao em andamento ou cuja obra esteja paralisada, ou considerada condenada ou em runas; III o imvel cuja edificao seja de natureza temporria ou provisria, ou que possa ser removida sem destruio, alterao ou modificao, considerando-se, neste aspecto, as estruturas rsticas de proteo de veculos em estacionamentos ou para guarda de materiais; IV o imvel com edificao considerada a critrio da administrao como inadequada, seja pela situao, dimenso, destino ou utilidade da mesma; Art. 39. Para efeitos de incidncia de alquota, considera-se imvel edificado: I todos os imveis edificados que possam ser utilizados para habitao ou para o exerccio de qualquer atividade, seja qual for a denominao, forma ou destino, desde que no compreendido no artigo anterior; II os imveis com edificaes em loteamento, independentemente de ter sido a edificao aprovada ou no pela municipalidade; Art. 40. Imveis de utilizao ou uso misto so aqueles que possuem mais de uma destinao, sendo uma delas, obrigatoriamente, residencial. 1 - So consideradas de uso misto as unidades residenciais que destinem parte de sua rea como consultrio de mdico, de dentista e de veterinrio. 2 - So consideradas de uso misto as unidades residenciais que destinem parte de sua rea em instalaes de torres para antenas de telecomunicaes, exceto quando se tratar de antenas para uso exclusivo do imvel ou para uso condominial. 3 - So, tambm, consideradas de uso misto as unidades residenciais que destinem parte de sua rea em instalaes de painis, ou outdoor, de propaganda e publicidade, licenciadas ou no pela Prefeitura. 4 - A existncia de placas ou cartazes frontais ao imvel, indicativas do exerccio de atividades econmicas naquele local, j caracteriza e evidencia a sua utilizao no exclusivamente residencial. 5 - Compete Administrao Fazendria Municipal a alterao de ofcio da classificao dos imveis, mediante procedimento administrativo e respeitados

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    os direitos de impugnao ou reclamao dos contribuintes, devidamente notificados da alterao ocorrida. 6 - A extino ou encerramento da atividade econmica na unidade residencial far retornar o clculo do IPTU para imvel exclusivamente residencial, desde que tal fato seja comunicado Administrao Fazendria, por meio de requerimento, e com efeitos a partir do exerccio seguinte ao recebimento do comunicado. Art. 41. Ressalvado o previsto no 1 do art. 40 desta Lei, so considerados de uso exclusivamente residencial os imveis onde o morador, alm de residir, exera atividades profissionais, inclusive de profisses liberais, que no exijam o uso de mquinas ou equipamentos eltricos ou movidos a combustvel, e que no descaracterize a finalidade principal de residncia do imvel. Pargrafo nico. No descaracteriza o imvel como residencial, nos termos deste artigo, o exerccio de atividades no empresariais de cabeleireiro, manicure, confeiteiro, relojoeiro, professor particular, digitador, e outras atividades similares exercidas pelo morador e que no produzam barulho excessivo e consumo exacerbado de energia eltrica no exerccio de tais atividades. Art. 42. So considerados de utilizao no residencial os imveis destinados s atividades comerciais, industriais, financeiras e servios em geral, inclusive de atividades sociais, assistenciais e religiosas. 1 - Os imveis utilizados como reparties pblicas governamentais so considerados no residenciais. 2 - So considerados de utilizao no residencial os imveis, edificados ou no, destinados a depsitos, armazns gerais, trapiches, ptios de estacionamento ou de guarda de materiais e destinaes similares, estes ltimos quando instalados com edificaes fixas de alvenaria e pisos de asfalto, cimento, blocos de concreto e congnere. 3 - Para efeitos do 2 deste artigo, considera-se terreno para estacionamento quando a sua utilizao tiver finalidade de explorao econmica, para guarda de veculos de terceiros e obedecidas s normas de construo e segurana, com a sua destinao devidamente licenciada pelo Poder Pblico Municipal. 4 - Ainda para efeitos do 2 deste artigo, consideram-se ptio de estacionamento os imveis situados em rea particular utilizados para guarda e estacionamento de veculos dos clientes e hspedes de empresas comerciais,

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    financeiras e de hospedagem, alm de local de carga e descarga de mercadorias da empresa titular. Seo VI - Do Lanamento. Art. 43. O lanamento do imposto anual e ser feito um para cada unidade imobiliria, nos termos desta Lei, com base nos elementos existentes no Cadastro Imobilirio. Pargrafo nico. Enquanto no extinto o direito da Fazenda Municipal, podero ser efetuados lanamentos omitidos ou complementares, estes ltimos somente se decorrentes de erro de fato, ressalvado o previsto no 2 do art. 19 desta Lei. Art. 44. No sendo cadastrado o imvel, por omisso de sua inscrio, o lanamento ser processado de ofcio, mediante abertura de processo fiscal em qualquer poca, com base nos elementos que a repartio fiscal coligir, esclarecida tal circunstncia no termo de inscrio. Art. 45. O lanamento ser feito em nome do proprietrio, titular do domnio til, possuidor ou superficirio do imvel, observados os dispositivos desta Lei.

    Pargrafo nico. Tambm ser feito o lanamento: I - no caso de condomnio indiviso, em nome de todos, alguns ou de um s dos condminos, pelo valor total do imposto; II - no caso de condomnio diviso, em nome de cada condmino, na proporo de sua parte; III - no sendo reconhecido o proprietrio, em nome de quem esteja no uso e gozo do imvel. Art. 46. Os contribuintes do imposto tero cincia do lanamento por meio de notificao. 1 - Considera-se, tambm, como notificao, para os efeitos da norma prevista no caput deste artigo, o carn anual de tributos imobilirios para pagamento dos crditos tributrios, cuja expedio dever ser antecedida de previso em decreto especfico. 2 - No caso de envio de carns pelo Correio, sero considerados efetivamente recebidos pelos contribuintes ao completar dez dias corridos da postagem.

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    3 - No caso de no recebimento do carn, cabe ao contribuinte a responsabilidade de comparecer repartio fiscal municipal para retir-lo ou solicitar a emisso de segunda via. 4 - Podem os contribuintes solicitar Administrao Fazendria Municipal, mediante requerimento protocolado, o envio de carns para endereo especial de correspondncia, diverso do endereo do imvel tributado de que se trata, assumindo a responsabilidade por tal solicitao e suas eventuais mudanas. 5 - Os prazos de pagamento da quota nica ou das parcelas no retroagem sob a alegao de no recebimento das guias ou do carn, dentro dos prazos previstos. 6 - Desde que autorizado formalmente pelos contribuintes, as guias ou os carns podero ser entregues diretamente s administradoras imobilirias, escritrios de contabilidade ou quem os representem no Municpio. Art. 47. A impugnao do lanamento do imposto poder ser apresentada em at trinta dias a contar do recebimento da notificao que der cincia do crdito lanado ao contribuinte, inclusive nos casos em que a notificao se efetuar atravs da emisso de carn anual para o pagamento do imposto. Pargrafo nico. A tramitao das impugnaes obedecer aos termos descritos nesta Lei, no Captulo que trata da matria. Art. 48. O Poder Executivo Municipal dever, mediante decreto, atualizar monetariamente os valores venais dos imveis e respectivos valores do imposto, anualmente, com base nos ndices oficiais inflacionrios, aplicando-se o IPCA-E, do IBGE. 1 - O Poder Executivo Municipal poder atualizar monetariamente os valores mencionados neste artigo, atravs da atualizao da Unidade Fiscal do Municpio. 2 - Na falta de informao do IPCA-E, o Poder Executivo poder utilizar outro ndice oficial de inflao. Seo VII - Do Arbitramento

    Art. 49. O valor venal do imvel ser arbitrado se forem omissas as declaraes, os esclarecimentos e os documentos apresentados pelo sujeito passivo, ou se: I - o contribuinte impedir o acesso para levantamento de elementos necessrios fixao do valor venal do imvel;

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    II - o prdio se encontrar fechado por perodo superior a sessenta dias, impossibilitando o levantamento dos elementos necessrios fixao do citado valor. Pargrafo nico. Para os efeitos deste artigo, entendem-se como elementos necessrios fixao do valor venal a localizao, a rea e a destinao da construo, alm das caractersticas do imvel, nos termos desta Lei.

    Seo VIII - Do Pagamento. Art. 50. O pagamento total do imposto devido em cada exerccio poder ser feito em at 10 (dez) parcelas, obedecendo forma e aos prazos estabelecidos pelo Poder Executivo em ato prprio. 1 - O Poder Executivo poder estabelecer um desconto no valor do imposto, quando este for pago em cota nica, dentro dos prazos e percentuais fixados em ato prprio. 2 - O desconto de que trata o pargrafo anterior dever ser proporcional aos rendimentos de aplicaes no mercado financeiro, em bases razoveis que no assumam natureza de renncia fiscal. Art. 51. Fica suspenso o pagamento do imposto referente a imveis, construdos ou no, para os quais exista decreto de desapropriao, emanado pelo Poder Executivo Municipal, enquanto este no se imitir na posse do imvel. 1 - Se caducar ou for revogado o decreto de desapropriao, ficar restabelecido o direito do Municpio cobrana do imposto a partir da data da caducidade ou da revogao, sem acrscimos penais ou moratrios. 2 - Imitido o Municpio na posse do imvel, sero cancelados os crditos fiscais cuja exigibilidade tiver sido suspensa, de acordo com o caput deste artigo. Art. 52. O pagamento do imposto no importa em reconhecimento pela Prefeitura, para quaisquer fins, de legitimidade da propriedade, do domnio til ou da posse do imvel, por possuidor ou superficirio. Art. 53. O pagamento de cada parcela no faz presumir a quitao das parcelas anteriores.

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    Pargrafo nico. Caso haja dvida do imposto em mais de um exerccio, o primeiro pagamento recair sobre a dvida mais antiga, ressalvado os casos de impugnao administrativa ou judicial. Art. 54. O pagamento do imposto ser feito, exclusivamente, atravs da rede bancria autorizada. 1 - No cabe ao Municpio responsabilidade referente a pagamentos efetuados em estabelecimentos conveniados ou contratados por instituies financeiras autorizadas. 2 - Quando o vencimento do pagamento ocorrer nos sbados e domingos, ou em dia de feriado bancrio, a data do vencimento ser prorrogada automaticamente para o primeiro dia til seguinte. Seo IX Da Inscrio Cadastral Art. 55. Os imveis localizados na rea urbana, de expanso urbana ou urbanizvel do Municpio ficam sujeitos inscrio no cadastro imobilirio. Pargrafo nico. O disposto neste artigo aplica-se tambm aos imveis cujos contribuintes sejam isentos do imposto ou a ele imunes. Art. 56. A cada unidade imobiliria autnoma corresponder uma inscrio. 1 - Considera-se unidade imobiliria autnoma aquela que permita uma ocupao ou utilizao privativa a que se tenha acesso independentemente das demais. 2 - As reas construdas de uso em comum, das edificaes que possurem mais de uma unidade autnoma, sero inscritas da seguinte forma: I Com a diviso das reas comuns entre as unidades autnomas, proporcionalmente s reas privativas de cada unidade, nos casos de prdios de apartamentos, conjuntos residenciais, condomnios fechados e centros comerciais; II Nos casos de centros comerciais e shopping-center com administrao independente, haver uma nica inscrio do imvel como um todo, sem inscries individuais dos estabelecimentos lojistas nele localizados; III - No caso de Condomnio, a inscrio ser nica, em nome do Condomnio, tendo como sujeito passivo o Sndico do Condomnio, pelo pagamento do

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    imposto do imvel como um todo, no assumindo o Municpio qualquer responsabilidade por divises ou rateios internos do valor do tributo; (verificar junto ao jurdico haja vista que a justia determinou que as reas em comum sejam inscritas divididas para cada proprietrio). IV Nos casos de Postos de Combustveis de Veculos, a inscrio ser nica para o imvel como um todo, independentemente da existncia de lojas de convenincia, estacionamento, postos de lubrificao e lavagem e outras atividades congneres. Art. 57. A inscrio de unidades imobilirias ser promovida a partir de solicitao feita pelo contribuinte, mediante declarao acompanhada do ttulo de propriedade ou outro documento hbil que o qualifique como contribuinte, plantas, croquis e outros elementos julgados essenciais perfeita definio do imvel quanto localizao e caractersticas geomtricas e topogrficas, na forma prevista nesta Lei. 1 - No caso de imveis federais, estaduais ou municipais, a inscrio ser requerida pelas reparties incumbidas de sua guarda ou administrao. 2 - A repartio competente do Municpio poder efetivar a inscrio de ofcio de imveis, desde que apurados devidamente os elementos necessrios a este fim. 3 - A inscrio imobiliria no importa em presuno, pelo Municpio, para quaisquer fins de legitimidade da propriedade, do domnio til ou da posse do imvel por possuidor ou superficirio. 4 - Os imveis edificados no regularizados sero inscritos a ttulo precrio e exclusivamente para efeitos fiscais, no significando a inscrio prova de cumprimento das exigncias de legalizao da edificao. Art. 58. O sujeito passivo fica obrigado a comunicar ao rgo competente, dentro do prazo de 30 (trinta) dias contados da respectiva ocorrncia, os seguintes fatos: I - a aquisio ou compromisso de compra e venda de imveis e suas cesses; II - a demolio, o desabamento, o incndio ou a runa do imvel; III - a mudana de utilizao do imvel, bem como a cessao ou alterao das condies que provocaram anteriormente a reduo do imposto;

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    IV a averbao, no registro de imveis, das alteraes ou retificaes ocorridas nas dimenses dos terrenos; V - quaisquer outros fatos que possam afetar a incidncia ou clculo do imposto.

    Art. 59. Os sujeitos passivos do imposto relativo a imveis nos quais foram construdos prdios, ou acrscimos, reformas ou reconstrues, ficam obrigados a comunicar ao rgo competente as citadas obras quando de sua concluso, acompanhada de plantas, comprovao de regularidade fiscal e outros elementos elucidativos. Art. 60. As declaraes prestadas pelo contribuinte, no ato da inscrio ou da atualizao dos dados cadastrais, no implicam na sua aceitao pela Administrao Municipal, que poder rev-las a qualquer tempo, independentemente de prvia ressalva ou comunicao. Pargrafo nico. A inscrio, a alterao ou a retificao de ofcio no eximem o infrator das multas que lhe couberem. Art. 61. Os Cartrios de Registro de Imveis da Comarca deste Municpio so obrigados a enviar Secretaria Municipal de Fazenda, mensalmente, a relao de todas as alteraes ocorridas nas matrculas dos imveis, inclusive averbaes de contratos de promessas de compra e venda, contratos de superfcie e transmisses de propriedade. Pargrafo nico. Cabe ao Poder Executivo Municipal disciplinar e regulamentar esta matria.

    Seo X Dos Juros e das Penalidades. Art. 62. O atraso no pagamento do IPTU acarretar a cobrana dos seguintes juros e penalidades: I Juros de mora, equivalente a 1% (um por cento) do valor do principal, ao ms. II Multa de mora, equivalente a: a) 3% (trs por cento) do valor do principal, at 30(trinta) dias do vencimento; b) 7% (dez por cento) do valor do principal, a partir do 31(trigsimo primeiro) dia do vencimento;

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    1 - Os juros e multas previstos neste artigo sero calculados sobre o valor do principal atualizado monetariamente. Art. 63. As construes clandestinas ou no regularizadas, no comunicadas espontaneamente Fazenda Municipal, sujeitaro o contribuinte multa pecuniria no valor de R$500,00 (quinhentos reais), ou de R$250,00 (duzentos e cinquenta reais) por lote ou unidade, esta ltima quando se tratar de loteamento, condomnio fechado, unidades residenciais ou de salas comerciais. Pargrafo nico. O pagamento da multa prevista neste artigo no exime o infrator das sanes administrativas e penais quando cabveis. Art. 64. A no comunicao espontnea Fazenda Municipal das informaes requeridas neste Captulo sujeitar o sujeito passivo multa pecuniria no valor de R$ 100,00 (cem reais), excetuando-se os casos em que for aplicvel a multa prevista no artigo anterior. Art. 65. Os Oficiais dos Cartrios de Registro de Imveis que no cumprirem as obrigaes previstas no art. 61 desta Lei ficaro sujeitos multa de R$ 100,00 (cem reais) relativa a cada relatrio no fornecido, e multa de R$ 50,00 (cinquenta reais), relativa a cada ato no relatado, ou omisso nas informaes prestadas. Pargrafo nico. As penalidades previstas neste artigo so cumulativas. Art. 66. As multas previstas nos artigos 63, 64 e 65 desta Lei sero atualizadas monetariamente em cada exerccio, por ato do Poder Executivo Municipal, aplicando-se o previsto no art. 48 desta Lei.

    Seo XI - Da Fiscalizao do IPTU. Art. 67. A fiscalizao do imposto compete Secretaria Municipal de Fazenda. Art. 68. Sempre que necessrio e dentro de sua rea de competncia, a administrao fazendria poder efetuar vistorias para atualizar o cadastro imobilirio. Art. 69. As alteraes de dados cadastrais de imveis procedidas em consequncia de projetos de recadastramento imobilirio desenvolvidos pelo Poder Executivo Municipal no sero consideradas nos lanamentos de crditos tributrios do imposto relativos a fatos geradores ocorridos em exerccios anteriores ao da implantao dos novos elementos no cadastro imobilirio.

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    1 - O sujeito passivo que impedir ou obstruir o levantamento fiscal para efeitos de recadastramento, quando procedido por servidor devidamente credenciado e identificado para tal fim, poder ser autuado por provocar embarao a fiscalizao, alm de ter o valor do imposto arbitrado pela autoridade administrativa. 2 - Enquanto estiverem em curso os projetos de recadastramento imobilirio em regies da cidade, o disposto neste artigo ser tambm aplicado s alteraes cadastrais comunicadas espontaneamente Secretaria Municipal de Fazenda pelos titulares dos imveis localizados naquelas regies. Seo XII - Da Progressividade no Tempo. Art. 70. O Poder Executivo Municipal poder, mediante lei especfica, promover a incidncia de alquotas progressivas sobre terrenos vazios, ou imveis subutilizados ou no utilizados, situados em locais estratgicos para o desenvolvimento social e econmico do Municpio. 1 - Considera-se subutilizado o imvel cujo aproveitamento seja inferior ao mnimo definido na legislao municipal. 2 - A aplicao de alquotas progressivas de que trata este artigo ser precedida de notificao, averbada no Ofcio de Registro de Imveis, ao proprietrio, titular de domnio til ou possuidor, para que cumpra a obrigao de aproveitamento do imvel, dentro dos seguintes prazos: I - um ano, a partir da notificao, para que seja protocolado o projeto no rgo municipal competente; II - dois anos, a partir da aprovao do projeto, para iniciar as obras do empreendimento. 3 - Em caso de descumprimento das condies e dos prazos previstos no pargrafo anterior, o Poder Executivo proceder aplicao do IPTU progressivo no tempo, mediante a majorao em dobro da alquota, pelo prazo de cinco anos consecutivos. 4 - O valor da alquota a ser aplicado a cada ano no poder exceder a duas vezes o valor referente ao ano anterior, respeitada a alquota mxima de 15% (quinze por cento) em relao ao valor venal do imvel.

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    5 - Caso a obrigao de parcelar, edificar ou utilizar o imvel no seja atendida em cinco anos, o Municpio manter a cobrana pela alquota mxima at que se cumpra a referida obrigao. 6 - No sendo atendida a obrigao no prazo de cinco anos, o Municpio poder, tambm, proceder desapropriao do imvel, com pagamento em ttulos da dvida pblica e resgatados no prazo de at dez anos, em prestaes anuais, iguais e sucessivas, assegurados o valor real da indenizao e os juros legais de 6% (seis por cento) ao ano.

    Captulo III - Do Imposto Sobre Servios de Qualquer Natureza - ISS

    Seo I - Do Fato Gerador Art. 71. O Imposto Sobre Servios de Qualquer Natureza ISS - tem como fato gerador a prestao de servios constantes do Anexo III desta Lei, prestados em estabelecimentos localizados neste Municpio, ainda que esses servios no se constituam como atividade preponderante do prestador. 1 - Sujeitam-se, tambm, ao imposto neste Municpio os prestadores de servios que, na falta de estabelecimento, forem aqui domiciliados. 2 - Os servios mencionados na lista constante do Anexo III desta Lei ficam sujeitos ao imposto neste Municpio, ainda que sua prestao envolva fornecimento de mercadorias, ressalvadas as excees expressas naquele Anexo. Art. 72. - Para os efeitos de incidncia do ISS neste Municpio, considera-se estabelecimento prestador o local onde o contribuinte desenvolva a atividade de prestar servios, de modo permanente ou temporrio, e que configure unidade econmica ou profissional, sendo irrelevante para caracteriz-lo as denominaes de sede, filial, agncia, posto de atendimento, sucursal, escritrio de representao ou de contato ou quaisquer outras que venham a ser utilizadas. 1 - Indica a existncia de estabelecimento, a conjugao, parcial ou total, dos seguintes elementos:

    I - manuteno de pessoal, material, mquinas, instrumentos e equipamentos necessrios execuo dos servios; II - estrutura organizacional ou administrativa;

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    III - inscrio nos rgos previdencirios; IV - indicao como domiclio fiscal para efeito de outros tributos; V - permanncia ou nimo de permanecer no local, para a explorao econmica de atividade de prestao de servios, exteriorizada atravs da indicao do endereo em impressos, formulrios ou correspondncia, contrato de locao do imvel, propaganda ou publicidade, ou em contas de telefone, de fornecimento de energia eltrica, gua ou gs, em nome do prestador, seu representante ou preposto. 2 - A incidncia do imposto neste Municpio independe:

    I - do cumprimento de quaisquer exigncias legais, regulamentares ou administrativas, relativas atividade, sem prejuzo das cominaes cabveis; II - do resultado financeiro obtido; III - da destinao dos servios, ressalvadas as excees previstas nesta Lei; IV da denominao dada ao servio prestado. Art. 73. O ISS incide, tambm, neste Municpio:

    I sobre os servios provenientes do exterior do Pas ou cuja prestao se tenha iniciado no exterior do Pas, para importadores ou intermedirios estabelecidos ou domiciliados neste Municpio;

    II sobre os servios prestados neste Municpio, mediante a utilizao de bens e servios pblicos explorados economicamente, por meio de autorizao, permisso ou concesso, com o pagamento de tarifa, preo ou pedgio pelo usurio final do servio;

    III sobre os servios pblicos delegados prestados neste Municpio, exercidos por pessoas privadas, fsica ou jurdica, e remunerados por preos, tarifas ou emolumentos.

    Art. 74. Considera-se, tambm, ocorrido o fato gerador do ISS neste Municpio, independentemente da localizao do estabelecimento ou do domiclio do prestador do servio:

    I nos casos de servios prestados no territrio deste Municpio, decorrentes de locao, sublocao, arrendamento, direito de passagem ou permisso de

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    uso, compartilhado ou no, de ferrovia, rodovia, postes, cabos, dutos e condutos de qualquer natureza;

    II nos casos em que haja no territrio deste Municpio, servios de explorao de rodovia mediante cobrana de preo ou pedgio dos usurios; III nos casos de servios porturios ou ferroporturios prestados no territrio deste Municpio, decorrentes de utilizao do porto, movimentao de passageiros, reboque de embarcaes, rebocador escoteiro, atracao, desatracao, servios de praticagem, capatazia, armazenagem de qualquer natureza, servios acessrios, movimentao de mercadorias, servios de apoio martimo e fluvial, servios de armadores, estiva, conferncia e logstica; IV nos casos de servios aeroporturios prestados no territrio deste Municpio, decorrentes de utilizao de aeroporto de uso privado ou no, movimentao de passageiros, armazenagem de qualquer natureza, capatazia, movimentao de aeronaves, servios de apoio aeroporturios, servios acessrios, movimentao de mercadorias e logstica; V nos casos de servios em terminais rodovirios ou ferrovirios prestados no territrio deste Municpio, decorrentes de movimentao de passageiros, mercadorias, inclusive suas operaes, e logstica.

    Pargrafo nico. Para efeitos do previsto no inciso II deste artigo, a incidncia do imposto independe da localizao dos postos de pedgio, sendo o valor devido em funo da extenso territorial da rodovia neste Municpio. Art. 75. Independentemente da localizao do estabelecimento ou do domiclio do prestador, a prestao dos servios abaixo descritos sofre incidncia do ISS neste Municpio, quando nele forem prestados: I Servios de instalao de estruturas de qualquer espcie e tipo de material, como andaimes, palcos, arquibancadas, palanques e coberturas metlicas, de plstico ou de tecido; II Servios de execuo de obras de construo em geral, inclusive sondagem, perfurao de poos, escavao, drenagem e irrigao, terraplenagem, pavimentao, concretagem e instalao e montagem de produtos, peas e equipamentos; III Servios de demolio, inclusive por imploso de edificaes; IV Servios de reparao, conservao e reforma em geral, inclusive de casas, edifcios, estradas, pontes, portos e aeroportos;

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    V Servios de varrio, coleta, remoo, incinerao, tratamento, reciclagem, separao e destinao final de lixo, rejeitos e outros resduos quaisquer; VI Servios de limpeza, manuteno e conservao em geral, de vias e logradouros pblicos, imveis, chamins, containeres, piscinas, parques e jardins, inclusive de instalaes internas e externas de aeroportos, portos, terminais rodovirios e de empresas e rgos pblicos; VII Servios de decorao e jardinagem, inclusive corte e poda de rvores; VIII Servios de controle e tratamento de efluentes e de agentes fsicos, qumicos e biolgicos; IX Servios de florestamento, reflorestamento, semeadura e adubao, inclusive area; X Servios de escoramento, conteno de encostas, inclusive muros de arrimo, alvenaria armada, solo-pneu e outros tipos de conteno e escoramento; XI Servios de limpeza e dragagem de rios, canais, lagos e lagoas, inclusive para aberturas de vias navegveis; XII Servios de guarda e estacionamento de veculos em geral, inclusive de aeronaves e embarcaes; XIII Servios de vigilncia de bens ou de pessoas, inclusive segurana e monitoramento por qualquer meio; XIV Servios de armazenamento, depsito, carga, descarga, arrumao e guarda de bens em geral; XV Servios de diverso, lazer e entretenimento, inclusive realizao de feiras, exposies, congressos e shows artsticos e culturais; XVI Servios de transporte em geral, de passageiros ou de cargas, inclusive transporte martimo; XVII Servios de fornecimento de pessoal ou de mo de obra; XVIII Servios de planejamento, organizao e administrao de feiras, exposies, congressos ou de eventos quaisquer.

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    Pargrafo 1. Em relao ao inciso XVI deste artigo, entende-se prestado neste Municpio quando o transporte for iniciado e encerrado dentro dos limites territoriais deste Municpio. Art. 76. A cobrana do imposto decorrente dos servios indicados nos artigos 74 e 75 desta Lei ser exercida da seguinte forma: I Considera-se contribuinte do imposto a empresa privada concessionria da distribuio de energia eltrica, que explorar os servios de locao, sublocao e compartilhamento de postes, fios, cabos e condutos; II Considera-se responsvel pela reteno do imposto a empresa pblica, inclusive autarquia, concessionria da distribuio de energia eltrica, que explorar os servios de locao, sublocao e compartilhamento de postes, fios, cabos e condutos, quando, ento, o valor do imposto ser calculado por fora do valor total da receita tributvel relativa ao servio prestado; III Consideram-se contribuintes diretos as pessoas jurdicas prestadoras dos servios de locao, sublocao, arrendamento, direito de passagem ou permisso de uso, compartilhado ou no, de ferrovia, rodovia, cabos, fios e condutos, e os servios previstos nos incisos II a V do art. 74 desta Lei; IV Consideram-se responsveis por substituio as pessoas jurdicas tomadoras dos servios previstos nos incisos I a XVIII do art. 75 desta Lei, ressalvada as excees indicadas no 1 deste artigo; V Consideram-se responsveis pela reteno do imposto na fonte pagadora os tomadores dos servios previstos nos incisos I a XVIII do art. 75 desta Lei, quando o tomador do servio for pessoa jurdica de direito pblico, inclusive autarquia, da Unio ou do Estado, ressalvada as excees indicadas no 1 deste artigo. 1 - Os servios descritos nos incisos V, VI, XII, XIII, XIV, XV e XVI, quando o prestador do servio, pessoa fsica ou jurdica, for estabelecida ou domiciliada neste Municpio, o lanamento e cobrana do imposto ser efetuado diretamente contra o prestador, excluindo-se a responsabilidade por substituio ou de reteno na fonte, conforme previsto nos incisos IV e V deste artigo. 2 - As responsabilidades descritas neste artigo seguem os procedimentos previstos na Seo IV deste Captulo, especfica sobre sujeio passiva. Seo II - Da No Incidncia

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    Art. 77. O ISS no incide sobre: I as exportaes de servios para o exterior do Pas; II a prestao de servios em relao de emprego, dos trabalhadores avulsos, dos diretores e membros de conselho consultivo ou de conselho fiscal de sociedades e fundaes, bem como dos scios-gerentes e dos gerentes-delegados; III o valor intermediado no mercado de ttulos e valores mobilirios, o valor dos depsitos bancrios, o principal, juros e acrscimos moratrios relativos a operaes de crdito realizadas por instituies financeiras. 1 - No se enquadram no disposto no inciso I deste artigo, os servios desenvolvidos no Brasil, cujo resultado aqui se verifique, ainda que o pagamento seja feito por residente no exterior.

    2 - Para os efeitos do inciso II deste artigo, so considerados trabalhadores avulsos aqueles que prestam servios em regime de subordinao jurdica ou dependncia hierrquica e sem autonomia profissional. 3 - Para efeitos de no incidncia do imposto, assemelham-se aos empregados assalariados os servidores que exeram atividades temporrias sob contrato com os rgos pblicos da Unio, Estados, Distrito Federal e Municpios, inclusive sob regime celetista, no que se refere, exclusivamente, a esses servios. Seo III - Da Iseno

    Art. 78. So isentos do Imposto Sobre Servios de Qualquer Natureza:

    I - as associaes culturais, de classes, comunitrias, recreativas e desportivas, sem fins lucrativos, em relao aos servios correspondentes s suas finalidades estatutrias, quando prestados aos seus associados; II - as estaes radioemissoras e de televiso, exceto os servios referidos nos subitens 13.01 e 13.02 do Anexo III desta Lei; III - as diverses pblicas quando:

    a) a totalidade da renda auferida seja destinada a fins assistenciais ou beneficentes, devidamente comprovada perante a Administrao Pblica Municipal;

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    b) promovidas por meio de jogos e exibies competitivas, realizadas entre associaes, sem fins lucrativos;

    IV - as pessoas fsicas prestadoras ambulantes de pequenos servios, tais como engraxates, afiadores de utenslios domsticos, entregadores de jornais e de pequenos volumes. 1 - A eficcia da iseno condicionada ao cumprimento de requisitos, estabelecidos em regulamento pelo Poder Executivo Municipal, e no sendo estes satisfeitos o imposto ser considerado devido a partir do momento em que tenha ocorrido o fato gerador. 2 - O recolhimento do imposto devido, conforme previsto no pargrafo anterior far-se- com multa, atualizao monetria e demais acrscimos legais, contados a partir do vencimento do prazo em que o imposto deveria ter sido recolhido. Art. 79. Qualquer subsdio ou iseno, reduo de base de clculo, concesso de crdito presumido, anistia ou remisso, ou quaisquer outros benefcios ou incentivos fiscais, referentes ao ISS, somente sero concedidos ou revogados, por lei especfica de iniciativa do Poder Executivo Municipal. I- No se incluem na base de clculo do Imposto Sobre Servios de Qualquer Natureza o valor dos materiais fornecidos pelo prestador dos servios previstos nos itens 7.03 e 7.05 da lista de servios anexa a esta Lei Complementar (ANEXO III); a) O prestador de servios dos itens 7.03 e 7.05 ter deduo automtica de 40% sobre o valor da base de clculo, no necessitando de apresentar comprovao dos materiais empregados na obra, no caso de contrato de empreitada global. b) Fica facultado ao prestador de servios dos itens 7.03 e 7.05 apresentar os documentos caso queira comprovar percentual de deduo da base de clculo maior que o previsto na alnea anterior, a ser regulamentado por ato do Poder Executivo Municipal. Seo IV Da Sujeio Passiva Subseo I Do Contribuinte

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    Art. 80. O contribuinte pode ser pessoa natural ou pessoa jurdica, ambas obrigatoriamente inscritas no Cadastro Fiscal Mobilirio. 1 - A falta de inscrio no Cadastro Fiscal Mobilirio no desobriga o contribuinte do imposto, sem prejuzo das sanes determinadas nesta Lei. 2 - Para efeitos de incidncia do imposto equipara-se a pessoa jurdica, inclusive para cumprimento das obrigaes acessrias que lhes correspondam: I - a pessoa fsica que admitir, para o exerccio da sua atividade profissional, mais de trs empregados ou contratados com a mesma habilitao profissional do empregador ou contratante; II - a pessoa fsica empresria que instituir e administrar, direta ou indiretamente, empreendimento no formalizado como pessoa jurdica para prestao de servios a terceiros; III - o condomnio que prestar servios a terceiros, no condminos; IV - o delegatrio de servios de registros pblicos cartoriais e notariais. 3 - Os servios prestados por consrcios associados de empresas sero tributados em nome das empresas consorciadas, sem benefcio de ordem, s quais caber definir, junto ao Fisco Municipal, a proporcionalidade de cada uma. 4 - Em relao ao 3 deste artigo, a Administrao Fazendria Municipal poder disponibilizar a emisso de nota fiscal em nome do consrcio, tendo por solidrios ao pagamento s empresas que lhes constiturem. Art. 81. Quando se tratar de prestao de servios sob a forma de trabalho pessoal do prprio contribuinte, o imposto ser devido em valores fixos, da seguinte forma: I Profissionais sem formao especfica R$ 150,00 (cento e cinquenta reais) por exerccio; II Servios profissionais de nvel tcnico ensino mdio: R$300,00 (trezentos reais) por exerccio; III Servios profissionais de nvel superior ensino superior: R$500,00 (quinhentos reais) por exerccio;

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    1 - Considera-se ocorrido o fato gerador dos lanamentos de que trata este artigo no dia 1 de janeiro de cada exerccio. 2 - Na hiptese de ocorrer o incio da atividade durante o exerccio, o imposto ser computado proporcionalmente, por ms, ou frao de ms, a partir do ms de inscrio do profissional no Cadastro Fiscal Mobilirio, at o trmino do exerccio. 3 - A Administrao Fazendria Municipal poder inscrever de ofcio o profissional, e lanar o imposto devido, quando o Fisco constatar o exerccio de fato das atividades do profissional no inscrito no Cadastro Fiscal Mobilirio. 4 - A inscrio de ofcio de que trata o pargrafo anterior no dispensa o contribuinte das sanes previstas nesta Lei, por exercer atividade profissional sem a devida inscrio no Cadastro Fiscal Mobilirio. 5 - Os valores estabelecidos neste artigo podero ser parcelados por meses, trimestres ou semestres, conforme previso regulamentar do Poder Executivo Municipal. 6 - A Administrao Fazendria Municipal poder emitir carns para pagamento do imposto aos profissionais autnomos, considerando os mesmos notificados pelo recebimento do respectivo carn, cujo envio antecedido por publicao de decreto do Poder Executivo Municipal, que disponha sobre a matria. Art. 82. Os lanamentos de ofcio do ISS, relativos aos profissionais autnomos pessoas fsicas, somente sero interrompidos quando o contribuinte, ou quem o represente, fizer prova documental do encerramento de seus servios. 1 - A comunicao formal do encerramento de atividades profissionais, durante o exerccio, dar ensejo suspenso dos lanamentos a partir do exerccio seguinte ao da comunicao. 2 - Pode o contribuinte pessoa fsica solicitar suspenso temporria do lanamento do imposto, quando interromper suas atividades profissionais por prazo no inferior a 03 (trs) meses contnuos, fazendo