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República Federativa do Brasil Estado do Piauí Ministério Público do Estado do Piauí Diário Oficial Eletrônico ANO IV - Nº 638 Disponibilização: Quinta-feira, 21 de Maio de 2020 Publicação: Sexta-feira, 22 de Maio de 2020 PROCURADORIA-GERAL DE JUSTIÇA CARMELINA MARIA MENDES DE MOURA Procuradora-Geral de Justiça MARTHA CELINA DE OLIVEIRA NUNES Subprocuradora de Justiça Institucional LEONARDO FONSECA RODRIGUES Subprocurador de Justiça Administrativo CLEANDRO ALVES DE MOURA Subprocurador de Justiça Jurídico CLÉIA CRISTINA PEREIRA JANUÁRIO FERNANDES Chefe de Gabinete RAQUEL DO SOCORRO MACEDO GALVÃO Secretária-Geral / Secretária do CSMP Assessor Especial de Planejamento e Gestão _____________________________ CORREGEDORIA-GERAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO LUÍS FRANCISCO RIBEIRO Corregedor-Geral LENIR GOMES DOS SANTOS GALVÃO Corregedora-Geral Substituta JOÃO PAULO SANTIAGO SALES Promotor-Corregedor Auxiliar RODRIGO ROPPI DE OLIVEIRA Promotor-Corregedor Auxiliar ANA ISABEL DE ALENCAR MOTA DIAS Promotor-Corregedor Auxiliar COLÉGIO DE PROCURADORES ANTÔNIO DE PÁDUA FERREIRA LINHARES ANTÔNIO GONÇALVES VIEIRA TERESINHA DE JESUS MARQUES ALÍPIO DE SANTANA RIBEIRO IVANEIDE ASSUNÇÃO TAVARES RODRIGUES ANTÔNIO IVAN E SILVA MARTHA CELINA DE OLIVEIRA NUNES ROSANGELA DE FATIMA LOUREIRO MENDES CATARINA GADELHA MALTA MOURA RUFINO LENIR GOMES DOS SANTOS GALVÃO HOSAIAS MATOS DE OLIVEIRA FERNANDO MELO FERRO GOMES JOSÉ RIBAMAR DA COSTA ASSUNÇÃO TERESINHA DE JESUS MOURA BORGES CAMPOS RAQUEL DE NAZARÉ PINTO COSTA NORMANDO ARISTIDES SILVA PINHEIRO LUÍS FRANCISCO RIBEIRO ZÉLIA SARAIVA LIMA CLOTILDES COSTA CARVALHO HUGO DE SOUSA CARDOSO _____________________________ CONSELHO SUPERIOR DO MINISTÉRIO PÚBLICO CARMELINA MARIA MENDES DE MOURA Presidente LUÍS FRANCISCO RIBEIRO Corregedor-Geral IVANEIDE ASSUNÇÃO TAVARES RODRIGUES Conselheira MARTHA CELINA DE OLIVEIRA NUNES Conselheira FERNANDO MELO FERRO GOMES Conselheiro RAQUEL DE NAZARÉ PINTO COSTA NORMANDO Conselheira

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República Federativa do BrasilEstado do Piauí

Ministério Público do Estado do Piauí

Diário Oficial EletrônicoANO IV - Nº 638 Disponibilização: Quinta-feira, 21 de Maio de 2020

Publicação: Sexta-feira, 22 de Maio de 2020

PROCURADORIA-GERAL DE JUSTIÇA

CARMELINA MARIA MENDES DE MOURAProcuradora-Geral de Justiça

MARTHA CELINA DE OLIVEIRA NUNESSubprocuradora de Justiça Institucional

LEONARDO FONSECA RODRIGUESSubprocurador de Justiça Administrativo

CLEANDRO ALVES DE MOURASubprocurador de Justiça Jurídico

CLÉIA CRISTINA PEREIRA JANUÁRIO FERNANDESChefe de Gabinete

RAQUEL DO SOCORRO MACEDO GALVÃOSecretária-Geral / Secretária do CSMP

Assessor Especial de Planejamento e Gestão

_____________________________

CORREGEDORIA-GERAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO

LUÍS FRANCISCO RIBEIROCorregedor-Geral

LENIR GOMES DOS SANTOS GALVÃOCorregedora-Geral Substituta

JOÃO PAULO SANTIAGO SALESPromotor-Corregedor Auxiliar

RODRIGO ROPPI DE OLIVEIRAPromotor-Corregedor Auxiliar

ANA ISABEL DE ALENCAR MOTA DIASPromotor-Corregedor Auxiliar

COLÉGIO DE PROCURADORES

ANTÔNIO DE PÁDUA FERREIRA LINHARES

ANTÔNIO GONÇALVES VIEIRA

TERESINHA DE JESUS MARQUES

ALÍPIO DE SANTANA RIBEIRO

IVANEIDE ASSUNÇÃO TAVARES RODRIGUES

ANTÔNIO IVAN E SILVA

MARTHA CELINA DE OLIVEIRA NUNES

ROSANGELA DE FATIMA LOUREIRO MENDES

CATARINA GADELHA MALTA MOURA RUFINO

LENIR GOMES DOS SANTOS GALVÃO

HOSAIAS MATOS DE OLIVEIRA

FERNANDO MELO FERRO GOMES

JOSÉ RIBAMAR DA COSTA ASSUNÇÃO

TERESINHA DE JESUS MOURA BORGES CAMPOS

RAQUEL DE NAZARÉ PINTO COSTA NORMANDO

ARISTIDES SILVA PINHEIRO

LUÍS FRANCISCO RIBEIRO

ZÉLIA SARAIVA LIMA

CLOTILDES COSTA CARVALHO

HUGO DE SOUSA CARDOSO

_____________________________

CONSELHO SUPERIOR DO MINISTÉRIO PÚBLICO

CARMELINA MARIA MENDES DE MOURAPresidente

LUÍS FRANCISCO RIBEIROCorregedor-Geral

IVANEIDE ASSUNÇÃO TAVARES RODRIGUESConselheira

MARTHA CELINA DE OLIVEIRA NUNESConselheira

FERNANDO MELO FERRO GOMESConselheiro

RAQUEL DE NAZARÉ PINTO COSTA NORMANDOConselheira

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1. SECRETARIA GERAL []

1.1. PORTARIAS PGJ11785 PORTARIA PGJ/PI Nº 1019/2020 -Republicação por incorreçãoA PROCURADORA-GERAL DE JUSTIÇA, CARMELINA MARIA MENDES DE MOURA, no uso das atribuições legais,R E S O L V ECONCEDER ao Promotor de Justiça ANTÔNIO TAVARES DOS SANTOS, titular da 22ª Promotoria de Justiça de Teresina, 03 (três) dias decompensação para serem usufruídos nos dias 08, 11 e 12 de maio de 2020, referente aos plantões ministeriais realizados em 09/12/2017,21/04/2018 e 19/10/2018, conforme certidões expedidas pela Corregedoria Geral do MPPI e, de acordo com o Ato Conjunto PGJ/CGMP nº04/2012.REGISTRE-SE, PUBLIQUE-SE E CUMPRA-SE.PROCURADORIA GERAL DE JUSTIÇA, em Teresina (PI), 12 de maio de 2020.CARMELINA MARIA MENDES DE MOURAProcuradora Geral de JustiçaPORTARIA PGJ/PI Nº 1025/2020 -Republicação por incorreçãoA PROCURADORA-GERAL DE JUSTIÇA, CARMELINA MARIA MENDES DE MOURA, no uso das atribuições legais,R E S O L V EANTECIPAR o gozo de 30 (trinta) dias de férias do Promotor de Justiça ANTÔNIO TAVARES DOS SANTOS, titular da 22ª Promotoria de Justiçade Teresina, referentes ao 2º período do exercício de 2020, previstas para o período de 01 a 30 de dezembro de 2020, conforme escalapublicada no DEMPPI n° 543, de 13/12/2019, para que sejam fruídas no período de 13 de maio a 11 de junho de 2020.REGISTRE-SE, PUBLIQUE-SE E CUMPRA-SE.PROCURADORIA GERAL DE JUSTIÇA, em Teresina (PI), 18 de maiode 2020.CARMELINA MARIA MENDES DE MOURAProcuradora Geral de JustiçaPORTARIA PGJ/PI Nº 1047/2020A PROCURADORA-GERAL DE JUSTIÇA, CARMELINA MARIA MENDES DE MOURA, no uso das atribuições legais,R E S O L V ESUSPENDERad referendumdo Conselho Superior do Ministério Público do Estado do Piauí 30 (trinta) dias de férias do Promotor de JustiçaNIVALDO RIBEIRO, titular da 3º Promotoria de Justiça de Piripiri e Coordenador do Programa de Defesa do Consumidor - PROCON, referentesao 1º período do exercício de 2020, anteriormente previstas para o período de 01 a 30 de junho de 2020, conforme escala publicada no DEMPPIn° 543, de 13/12/2019, ficando os 30 (trinta) dias para usufruto em data oportuna.REGISTRE-SE, PUBLIQUE-SE E CUMPRA-SE.PROCURADORIA GERAL DE JUSTIÇA, em Teresina (PI), 19de maio de 2020.CARMELINA MARIA MENDES DE MOURAProcuradora Geral de JustiçaPORTARIA PGJ/PI Nº 1048/2020A PROCURADORA-GERAL DE JUSTIÇA, CARMELINA MARIA MENDES DE MOURA, no uso das atribuições legais,R E S O L V ESUSPENDER ad referendum do Conselho Superior do Ministério Público do Estado do Piauí 30 (trinta) dias de férias do Promotor de JustiçaJOÃO BATISTA DE CASTRO FILHO, titular da 3º Promotoria de Justiça de Teresina, referentes ao 1º período do exercício de 2020,anteriormente previstas para o período de 01 a 30 de junho de 2020, conforme escala publicada no DEMPPI n° 543, de 13/12/2019, ficando os 30(trinta) dias para usufruto em data oportuna.REGISTRE-SE, PUBLIQUE-SE E CUMPRA-SE.PROCURADORIA GERAL DE JUSTIÇA, em Teresina (PI), 19 de maio de 2020.CARMELINA MARIA MENDES DE MOURAProcuradora-Geral de JustiçaPORTARIA PGJ/PI Nº 1049/2020A PROCURADORA-GERAL DE JUSTIÇA, CARMELINA MARIA MENDES DE MOURA, no uso das atribuições legais,R E S O L V ESUSPENDER ad referendum do Conselho Superior do Ministério Público do Estado do Piauí 30 (trinta) dias de férias da Promotora de JustiçaGABRIELA ALMEIDA DE SANTANA, titular da 2º Promotoria de Justiça de São Raimundo Nonato, referentes ao 1º período do exercício de2020, anteriormente previstas para o período de 01 a 30 de junho de 2020, conforme escala publicada no DEMPPI n° 543, de 13/12/2019,ficando os 30 (trinta) dias para usufruto em data oportuna.REGISTRE-SE, PUBLIQUE-SE E CUMPRA-SE.PROCURADORIA GERAL DE JUSTIÇA, em Teresina (PI), 19 de maio de 2020.CARMELINA MARIA MENDES DE MOURAProcuradora-Geral de JustiçaPORTARIA PGJ/PI Nº 1050/2020A PROCURADORA-GERAL DE JUSTIÇA, CARMELINA MARIA MENDES DE MOURA, no uso das atribuições legais,R E S O L V ESUSPENDERad referendumdo Conselho Superior do Ministério Público do Estado do Piauí 30 (trinta) dias de férias da Promotora de JustiçaVALESCA CALAND NORONHA, titular da Promotoria de Justiça de Regeneração, referentes ao 1º período do exercício de 2020, anteriormenteprevistas para o período de 01 a 30 de junho de 2020, conforme escala publicada no DEMPPI n° 543, de 13/12/2019, ficando os 30 (trinta) diaspara usufruto em data oportuna.REGISTRE-SE, PUBLIQUE-SE E CUMPRA-SE.PROCURADORIA GERAL DE JUSTIÇA, em Teresina (PI), 19 de maio de 2020.CARMELINA MARIA MENDES DE MOURAProcuradora Geral de JustiçaPORTARIA PGJ/PI Nº 1051/2020A PROCURADORA-GERAL DE JUSTIÇA, CARMELINA MARIA MENDES DE MOURA, no uso das atribuições legais,R E S O L V ESUSPENDERad referendumdo Conselho Superior do Ministério Público do Estado do Piauí 30 (trinta) dias de férias do Promotor de Justiça JOSÉEDUARDO CARVALHO ARAÚJO, titular da 53º Promotoria de Justiça de Teresina, referentes ao 1º período do exercício de 2020, anteriormenteprevistas para o período de 01 a 30 de junho de 2020, conforme escala publicada no DEMPPI n° 543, de 13/12/2019, ficando os 30 (trinta) diaspara usufruto em data oportuna.

Diário Eletrônico do MPPIANO IV - Nº 638 Disponibilização: Quinta-feira, 21 de Maio de 2020 Publicação: Sexta-feira, 22 de Maio de 2020

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REGISTRE-SE, PUBLIQUE-SE E CUMPRA-SE.PROCURADORIA GERAL DE JUSTIÇA, em Teresina (PI), 19 de maio de 2020.CARMELINA MARIA MENDES DE MOURAProcuradora Geral de JustiçaPORTARIA PGJ/PI Nº 1053/2020A PROCURADORA-GERAL DE JUSTIÇA, CARMELINA MARIA MENDES DE MOURA, no uso das atribuições conferidas pelo artigo 12, incisoXIV, alínea "f", da Lei Complementar Estadual nº 12/93;CONSIDERANDO a Resolução CPJ/PI nº 02, de 29 de julho de 2019, que dispõe sobre agregação e desativação de Promotorias de Justiça doMinistério Público do Estado do Piauí; eCONSIDERANDO a agregação, no âmbito do Poder Judiciário, da Comarca de Nossa Senhora dos Remédios à Comarca de Porto, conformepublicação no Diário Oficial Eletrônico de nº 450/2019, no dia 30 de julho de 2019,R E S O L V EREVOGAR, a partir do dia 30 de julho de 2019, com efeitos retroativos, a Portaria PGJ nº 51/2018, que designou a Promotora de Justiça ÁUREAEMÍLIA BEZERRA MADRUGA, titular da Promotoria de Justiça de Porto, para responder pela Promotoria de Justiça de Nossa Senhora dosRemédios.REGISTRE-SE, PUBLIQUE-SE E CUMPRA-SE.PROCURADORIA-GERAL DE JUSTIÇA, em Teresina (PI), 20 de maio de 2020.CARMELINA MARIA MENDES DE MOURAProcuradora-Geral de JustiçaPORTARIA PGJ/PI N° 1054/2020A PROCURADORA-GERAL DE JUSTIÇA, CARMELINA MARIA MENDES DE MOURA, no uso das atribuições conferidas no artigo 12, incisoXIV, alínea "f", da Lei Complementar Estadual nº 12/93, e considerando a solicitação da Promotora de Justiça Gladys Gomes Martins de Sousa,titular da 31ª Promotoria de Justiça de Teresina,R E S O L V EDESIGNAR a Promotora de Justiça MÁRCIA AÍDA DE LIMA SILVA, titular da 1ª Promotoria de Justiça de Altos, para atuar no plantão ministerialdo dia 24 de maio de 2020, na Comarca de Teresina, em substituição à titular da 31ª Promotoria de Justiça de Teresina.REGISTRE-SE, PUBLIQUE-SE E CUMPRA-SEPROCURADORIA GERAL DE JUSTIÇA, em Te sina (PI), 20 de maio de 2020.CARMELINA MARIA MENDES DE MOURAProcuradora-Geral de JustiçaPORTARIA PGJ/PI Nº 1055/2020A PROCURADORA-GERAL DE JUSTIÇA, CARMELINA MARIA MENDES DE MOURA, no uso das atribuições legais,R E S O L V ERETIFICARo teor da Portaria PGJ nº 968, datada de 28/04/2020, que concedeu compensação de plantões ministeriais ao Promotor deJustiçaANTÔNIO TAVARES DOS SANTOS, titular da 22ª Promotoria de Justiça de Teresina, para que, onde se lê "06 (seis) dias decompensação para serem usufruídos em 04, 05, 06, 07, 08 e 11 de maio de 2020", leia-se "04 (quatro) dias de compensação para seremusufruídos em 04, 05, 06 e 07 de maio de 2020".REGISTRE-SE, PUBLIQUE-SE E CUMPRA-SE.PROCURADORIA GERAL DE JUSTIÇA, em Teresina (PI), 20 de maio de 2020.CARMELINA MARIA MENDES DE MOURAProcuradora Geral de JustiçaPORTARIA PGJ/PI Nº 1056/2020A PROCURADORA-GERAL DE JUSTIÇA, CARMELINA MARIA MENDES DE MOURA, no uso de suas atribuições legais, considerando asolicitação da Coordenadoria de Perícias e Pareceres Técnicos, contida no protocolo e-doc nº 07010081081202012,R E S O L V EDESIGNAR os servidores ANDRÉ CASTELO BRANCO RIBEIRO, matrícula nº 15243,e ARNALDO DE MELO CASTELO BRANCO JÚNIOR,para realizar vistoria na sede das Promotorias de Justiça de União, dia 22 de maio de 2020.REGISTRE-SE, PUBLIQUE-SE E CUMPRA-SE.PROCURADORIA GERAL DE JUSTIÇA, em Teresina (PI), 20 de maio de 2020.CARMELINA MARIA MENDES DE MOURAProcuradora-Geral de JustiçaPORTARIA PGJ/PI Nº 1057/2020A PROCURADORA-GERAL DE JUSTIÇA, CARMELINA MARIA MENDES DE MOURA, no uso de suas atribuições legais,CONSIDERANDO despacho exarado no documento edoc nº 07010081111202091,R E S O L V EDESIGNAR o (a) servidor (a) ANA LUIZA DA COSTA LIMA, matricula 15285, para, sem prejuízo de suas atribuições junto ao Grupo deAssessoramento Técnico Especializado - GATE, auxiliar provisoriamente a Promotoria de Justiça de Demerval Lobão. Retroajam os efeitos dessaportaria ao dia 19 de maio de 2020.REGISTRE-SE, PUBLIQUE-SE E CUMPRA-SE.PROCURADORIA GERAL DE JUSTIÇA, em Teresina (PI), 20 de maio de 2020.CARMELINA MARIA MENDES DE MOURAProcuradora-Geral de JustiçaPORTARIA PGJ/PI Nº 1058/2020A PROCURADORA-GERAL DE JUSTIÇA, CARMELINA MARIA MENDES DE MOURA, no uso de suas atribuições legais,CONSIDERANDO despacho exarado no documento edoc nº 07010081039202018 e a Portaria PGJ nº 697/2020,R E S O L V EPRORROGAR a relotação de NATALIA DE BRITO NASCIMENTO, matrícula nº 15499, Assessora Ministerial, da Promotoria de Justiça de LuísCorreia para Promotoria de Justiça de Cocal, durante o mês de maio do ano em curso.PUBLIQUE-SE. REGISTRE-SE. CUMPRA-SE.Gabinete do Procurador-Geral de Justiça, Teresina-PI, 20 de maio de 2020.CARMELINA MARIA MENDES DE MOURAProcuradora-Geral de JustiçaPORTARIA PGJ/PI Nº 1059/2020A PROCURADORA-GERAL DE JUSTIÇA, CARMELINA MARIA MENDES DE MOURA, no uso das atribuições conferidas pelo artigo 12, incisoXIV, alínea "f", da Lei Complementar Estadual nº 12/93, em conformidade com o Ato PGJ nº 835/2018;R E S O L V EDESIGNAR o Promotor de Justiça ALBERTINO RODRIGUES FERREIRA, titular da 20ª Promotoria de Justiça de Teresina, para, sem prejuízodas funções que exerce, responder pela 19ª Promotoria de Justiça de Teresina, de 04 de maio a 02 de junho de 2020, com efeitos retroativos, em

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razão das férias da titular.REGISTRE-SE, PUBLIQUE-SE E CUMPRA-SE.PROCURADORIA-GERAL DE JUSTIÇA, em Teresina (PI), 20 de maio de 2020.CARMELINA MARIA MENDES DE MOURAProcuradora-Geral de JustiçaPORTARIA PGJ/PI Nº 1060/2020A PROCURADORA-GERAL DE JUSTIÇA, CARMELINA MARIA MENDES DE MOURA, no uso das atribuições legais,R E S O L V ECONCEDER ad referendum do Conselho Superior do Ministério Público do Estado do Piauí a suspensão do gozo de 30 (trinta) dias de férias doPromotor de Justiça PLÍNIO FABRÍCIO DE CARVALHO FONTES, titular da 6ª Promotoria de Justiça de Teresina, referentes ao 1º período doexercício de 2020, anteriormente previstas para o período de 04 de maio a 02 de junho de 2020, conforme escala publicada no DEMPPI n° 543,de 13/12/2019, ficando os 30 (trinta) dias para usufruto em data oportuna.Retroajam-se os efeitos da presente Portaria ao dia 04/05/2020.REGISTRE-SE, PUBLIQUE-SE E CUMPRA-SE.PROCURADORIA GERAL DE JUSTIÇA, em Teresina (PI), 21 de maio de 2020.CARMELINA MARIA MENDES DE MOURAProcuradora-Geral de JustiçaPORTARIA PGJ/PI Nº 1061/2020A PROCURADORA-GERAL DE JUSTIÇA, CARMELINA MARIA MENDES DE MOURA, no uso de suas atribuições legais,CONSIDERANDO a publicação da Lei nº 5.519, de 20 de maio de 2020, que antecipa para o dia 22 de maio de 2020 o feriado municipal do dia 8de dezembro, Dia de Nossa Senhora da Conceição,R E S O L V EDESIGNAR servidores para auxiliarem os Grupos Regionais de Promotorias Integradas no Acompanhamento do COVID-19, em regime deplantão, na forma especificada no Anexo Único da presente Portaria, assegurando aos servidores o direito a 1 e ½ (um e meio) dia decompensação para cada 1 (um) dia trabalhado, podendo utilizar as horas acumuladas, referentes ao dia de trabalho realizado na atuação, paragozo de folga compensatória em data oportuna, mediante prévia autorização da chefia imediata e requerimento formulado à Coordenadoria deRecursos Humanos.REGISTRE-SE, PUBLIQUE-SE E CUMPRA-SE.PROCURADORIA GERAL DE JUSTIÇA, em Teresina (PI), 21 de maio de 2020.CARMELINA MARIA MENDES DE MOURAProcuradora-Geral de JustiçaANEXO ÚNICO

CHEFIA DE GABINETE

DIA SERVIDOR

22/05/2020 LIZIA RAQUEL POLICARPO GRAMOSA

SUBPROCURADORIA DE JUSTIÇA ADMINISTRATIVA

DIA SERVIDOR

22/05/2020 MARINA BARBOSA AZEVEDO

SUBPROCURADORIA DE JUSTIÇA JURÍDICA

DIA SERVIDOR

22/05/2020 ALESSANDRO RUFINO DE CARVALHO

SECRETARIA GERAL DA PGJ

DIA SERVIDOR

22/05/2020 HELI DAMASCENO MOURA FÉ

SECRETARIA DO CSMP

DIA SERVIDOR

22/05/2020 DANILO PRADO DE MELLO

ASSESSORIA PARA DISTRIBUICAO PROCESSUAL - 2º GRAU

DIA SERVIDOR

22/05/2020 MARIA DAS GRACAS DE MEDEIROS RIOS

ASSESSORIA PARA DISTRIBUICAO PROCESSUAL - 1º GRAU

DIA SERVIDOR

22/05/2020 JOSE LUSTOSA DE SOUSA FILHO

GSI

DIA SERVIDOR

22/05/2020 VICENTE DE PAULO DA COSTA VELOSO

GAECO

DIA SERVIDOR

22/05/2020 PRICYLLA MACHADO IBIAPINA VASCONCELOS

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2. PROMOTORIAS DE JUSTIÇA []

2.1. PROMOTORIA DE JUSTIÇA DE BARRO DURO-PI11779

CAOCRIM

DIA SERVIDOR

22/05/2020 JULIANA RESENDE MENDES

CAODEC

DIA SERVIDOR

22/05/2020 LAYLA CATARINA BEZERRA RODRIGUES LEONIDAS

GACEP

DIA SERVIDOR

22/05/2020 BRUNA CANUTO ALEXANDRINO

CAO DE DEFESA DA SAUDE

DIA SERVIDOR

22/05/2020 FERNANDA SANTOS SOUSA LIMA

CAO DE COMBATE CORRUPCAO E DEF. PATRIM. PUB. TERESINA

DIA SERVIDOR

22/05/2020 LILITH JOICE MATOS FROTA LEMOS DUARTE

CAO DE DEF. DO MEIO AMBIENTE

DIA SERVIDOR

22/05/2020 JORGE MAGALHAES DA COSTA

CAO DE DEFESA DA INFANCIA E JUVENTUDE

DIA SERVIDOR

22/05/2020 JOSE CLAUDEIR BATISTA ALCANTARA

CORREGEDORIA-GERAL DO MP

DIA SERVIDOR

22/05/2020 ALICE CRISTINA CARDOSO FERNANDES BATISTA

OUVIDORIA-GERAL DO MP

DIA SERVIDOR

22/05/2020 SAMUEL UIRATAN PEREIRA MARINHO

COORD. DE TECNOL. DA INFORMACAO

DIA SERVIDOR

22/05/2020 ITALO GARCIA ARAUJO NOGUEIRA

COORD. DE COMUNICAÇÃO SOCIAL

DIA SERVIDOR

22/05/2020 EDIGAR NOGUEIRA BRANDAO NETO

PORTARIA PGJ/PI Nº 1062/2020A PROCURADORA-GERAL DE JUSTIÇA, CARMELINA MARIA MENDES DE MOURA, no uso de suas atribuições legais,CONSIDERANDO a publicação da Lei nº 5.519, de 20 de maio de 2020, que antecipa para o dia 22 de maio de 2020 o feriado municipal do dia 8de dezembro, Dia de Nossa Senhora da Conceição,R E S O L V EDESIGNAR servidor para atuação em Plantão Ministerial (AUDIÊNCIA DE CUSTÓDIA) na forma especificada abaixo:ESCALA DE SERVIDORES PLANTÃO MINISTERIAL MAIO/2020TERESINA/PI

DIA PROMOTORIA DE JUSTIÇA SERVIDOR

22 25ª Promotoria de Justiça Teresina Iago Sousa Ferro do Lago

REGISTRE-SE, PUBLIQUE-SE E CUMPRA-SE.PROCURADORIA GERAL DE JUSTIÇA, em Teresina (PI), 21 de maio de 2020.CARMELINA MARIA MENDES DE MOURAProcuradora-Geral de Justiça

Diário Eletrônico do MPPIANO IV - Nº 638 Disponibilização: Quinta-feira, 21 de Maio de 2020 Publicação: Sexta-feira, 22 de Maio de 2020

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DECISÃO DE ARQUIVAMENTOAUTOS DE SIMP: 000061-325/2020Trata-se de Notícia de Fato (NF) nº 000061-325/2020, instaurada a partir de Termo de Declarações prestadas por José das Luz da Silva, Mariade Fátima Bezerra Lima, Lucia de Fátima Nunes da Silva, Damiana da Silva Oliveira, Maria do Socorro da Cruz, Conselheiros Tutelares dePrata do Piauí, os quais declaram depredação no prédio do Conselho Tutelar que atuam, em Prata do Piauí.Eis o relatório. Passo a decisão.Compulsando os autos, verifica-se o envio do ofício de nº 391/2020-PJBD/MPPI, à Delegacia de Polícia de Barro Duro/PI, requisitando àquelaunidade policial a apuração dos fatos noticiados e possível instauração de Inquérito Policial.À vista do exposto, com a solicitação encaminhada à Delegacia de Polícia de Barro Duro, e não se vislumbrando outras diligências a seremrealizadas, ARQUIVO a presente NF no SIMP, assim como em pasta própria, internamente, para fins de controle, sem remessa dos autos aoConselho Superior do Ministério Público (CSMP-PI), com fulcro no art. 4º, III, in fine, da Resolução CNMP n. 174/2017.Registros no SIMP, publicações e comunicações necessárias. Comunique-se a noticiante, para conhecimento das medidas adotadas.Junte-se cópia integral deste feito a procedimento administrativo a ser instaurado com a finalidade de acompanhamento das requisições doMinistério Público endereçadas à Polícia Civil.Cumpra-se.Barro Duro - PI, 19 de maio de 2020.(assinado digitalmente)ARI MARTINS ALVES FILHO (bmc)PROMOTOR DE JUSTIÇAPromotor de Justiça titular da Comarca de Barro Duro/PIPROMOÇÃO DE ARQUIVAMENTOAutos de SIMP: 000181-325/2020Trata-se de Notícia de Fato (NF) Nº 000181-325/2020, instaurada a partir de Representação apresentada pelo Município de Barro Duro/PI, emface de conduta praticada pelo Sr. Cantálio Soares Ribeiro, via aplicativo de mensagens instantâneas, "whatsapp", a qual, segundo o Município,configuraria a prática de 03 (três) ilícitos penais, quais sejam: a) crime de ameaça; b) crime de perigo à vida ou saúde de outrem; c) crime deincitação à prática de crime, dispostos, respectivamente, nos art. 147, art. 132 e art. 286 do Código Penal.Mídia acostada aos autos, às fls. 08.Eis o relatório. Passo a Decisão.Como é consabido, ao Ministério Público é afeta a missão constitucional de guardião do interesse público primário, nos termos dos arts. 127-129,da CF/88, nela incluída a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis.Diante da análise da Representação apresentada, bem como pela mídia encaminhada, anexa aos autos, o "Parquet" não vislumbra que opresente caso seja hipótese de ajuizamento de Ação Penal ou sequer objeto para investigações, pelos motivos a seguir expostos.O Município se refere à prática do crime de ameaça, crime de perigo à vida ou saúde de outrem e crime de incitação à prática de crime,dispostos, respectivamente, nos art. 147, art. 132 e art. 286 do Código Penal, supostamente praticada pelo Sr. Cantálio.Averiguando individualmente cada tipo penal, vemos que, primeiramente, quanto ao crime de ameaça, previsto no art. 147 do CP, não houve aprática deste delito, uma vez que não houve vítima determinada, sendo uma "ameaça" genérica e as palavras, pelo que se extrai do áudio, nãoforam proferidas em tom de seriedade.Ameaçar significa procurar intimidar alguém, anunciando-lhe um mal futuro, ainda que próximo. Por si só, o verbo já nos fornece uma clara noçãodo que vem a ser o crime, embora haja o complemento, que se torna particularmente importante, visto não ser qualquer tipo de ameaça relevantepara o Direito Penal, mas apenas a que lida com um "mal injusto e grave".Na jurisprudência: TJMG: "O elemento objetivo do tipo penal disposto no art. 147 do CP é a promessa de mal injusto ou grave em desfavor dasvítimas. Assim, o mero relato acerca da ciência do local em que residem as ofendidas, de forma vaga e sem menção a possíveis e futurasretaliações por parte do réu, não configura o delito de ameaça" (Ap. Crim. 1.0382.13.007651-8/001-MG, 2.ª C. Crim., rel. Nelson Missias deMorais, 09.07.2015, v.u.).Sabe-se, ainda, que, para a configuração do tipo penal previsto no art. 147 do CP, é necessário o seu elemento subjetivo, que é o dolo,consistente na vontade livre e consciente de intimidar alguém. Assim, é imprescindível que a ameaça seja efetuada em tom de seriedade, aindaque não possua o agente a real intenção de realizar o mal prometido.Assim, a simples bravata e a mera incontinência verbal não caracterizam o crime de ameaça.Quanto ao delito previsto no art. 132 do Código Penal, o legislador visa a proteção integral da vida humana, resguardando-a não sóefetivamente, mas, também, preventivamente.Para tanto, o art. 132 vem caracterizar como crime a exposição da vida ou saúde de outrem a perigo, no qual o bem jurídico em tela neste artigoé, exatamente, a vida e a saúde.O seu tipo objetivo é a exposição de outrem a situação que coloque em xeque sua vida ou sua saúde, tendo por elemento subjetivo o dolo diretoou dolo eventual. Neste tipo penal, a consumação opera-se mediante a exposição de pessoa a perigo direto iminente da sua vida ou dasua saúde, o que não se vislumbra no presente caso.Isso porque o suposto autor do crime, "in casu", tampouco iniciou a praticar os atos executórios, podendo-se estabelecer, ainda, que ocomentário que emitiu em aplicativo instantâneo de mensagens revela-se como mera exteriorização de uma fala. Não bastasse isso,ainda que estivesse, supostamente, planejando praticar um crime, a fase de cogitação no iter criminis não é punível.Na cogitação, portanto, não existe ainda a preparação do crime, o autor apenas mentaliza, planeja em sua mente como vai ele praticar o delito,nesta etapa não existe a punição do agente, pois o fato dele pensar em fazer o crime não configura ainda um fato típico e antijurídicopela lei, sendo irrelevante para o direito penal.Enquanto encarcerada nas profundezas da mente humana, a conduta é um nada, totalmente irrelevante para o direito penal. Somente quando serompe o claustro psíquico que a aprisiona, e materializa-se concretamente a ação, é que se pode falar em fato típico (CAPEZ, 2008, p.241).No mesmo sentido, vê-se que não houve a prática do delito insculpido no art. 286 do CP, qual seja, o de incitação à prática de crime, vez quenão houve o início de execução de atos que ensejassem a configuração de fato típico e antijurídico pela lei.Além disso, o delito consiste em "incitar (estimular) a prática de crime (específico) publicamente (número indeterminado de pessoas em localpúblico ou aberto ao público)".No presente caso, a mensagem emitida pelo Sr. Cantálio foi proferida em grupo restrito de WhatsApp, o que não poderia ser configurado comomeio "público", de conhecimento de todos, isso porque o aplicativo de mensagens instantâneas é restrito a determinadas pessoas, ainda quetenha amplo potencial de propagação.Nesse sentido, a 6ª Turma de Recursos de Lages decidiu absolver candidato a prefeito na Serra Catarinense, denunciado por incitação ao crimede boca de urna mediante remessa de áudio em grupo de "whatsapp".O colegiado entendeu que o áudio gravado no dia da eleição e enviado para grupo fechado do aplicativo de mensagens não pode serconsiderado público e de acesso irrestrito a qualquer pessoa. Essa circunstância retira a exigência de manifestação pública, essencial ao crimepelo qual havia sido denunciado o candidato."Embora mensagens e áudios enviados por aplicativo de telefone celular possam ter propagação ampla e irrestrita, por obra e ação de seusdestinatários primários, o seu conteúdo não deixa de ser inicialmente privado e restrito, acessível aos participantes específicos do grupo",registrou o acórdão.

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Veja-se:INCITAÇÃO AO CRIME. ART. 286 DO CÓDIGO PENAL. PEDIDO FEITO POR CANDIDATO, NO DIA DAS ELEIÇÕES, DIRIGIDO PARAGRUPO RESTRITO DE MENSAGENS [WHATSAPP], PARA QUE FIZESSEM BOCA DE URNA EM SEU FAVOR. PUBLICIDADE. ELEMENTODO TIPO. INEXISTÊNCIA. RECURSO PROVIDO. Segundo a doutrina a respeito da incitação ao crime, "o tipo penal tutela a paz pública, isto é, osentimento de segurança e proteção necessários ao convívio social", de modo que "é imprescindível que a incitação à prática de crime sejapública, ou seja, destinada a um número indeterminado de pessoas, pois do contrário não há falar em ofensa à paz pública. Não é consideradalugar público, por exemplo, a residência familiar, ainda que presentes várias pessoas" (Curso de direito penal, volume 3, parte especial : arts. 213a 359-H. 16. ed. atual - São Paulo : Saraiva Educação, 2018, p. 371-372). Não pratica incitação ao crime o candidato que, no dia das eleições,grava áudio e o remete a grupo privado de pessoas, pedindo que façam boca de urna em seu favor, porque não há veiculação pública dessaincitação, que possa comprometer a paz social, objeto de tutela da norma penal incriminadora. Embora mensagens e áudios enviados poraplicativo de de telefone celular possam ter propagação ampla e irrestrita, por obra e ação de seus destinatários primários, o seu conteúdo nãodeixou de ser inicialmente privado, restrito aos participantes específicos do grupo, o que impede a caracterização da incitação ao crime. (TJ-SC -APL: 09001018320168240009 Bom Retiro 0900101-83.2016.8.24.0009, Relator: Leandro Passig Mendes, Data de Julgamento: 26/09/2019,Sexta Turma de Recursos - Lages).Assim, verifica-se que não houve a prática de delito de incitação ao crime, tampouco dos outros tipos penais elencados na representação.De se estranhar também, no bojo da indigitada Representação, a tentativa de imputar ao precitado nacional, por uma só conduta, a prática de 03(três) crimes, o que fere regras básicas do direito penal, a exemplo da proibição do "bis in idem".De igual forma estranho também verificar a insistência de tentar submeter à persecução penal tal mensagem de "whatsapp", tendo em vista que aprópria causídica que assina a Representação que deflagrou o presente procedimento, sem apresentar nenhum conteúdo novo, era conhecedorada manifestação do Ministério Público, ainda que informal, acerca da inexistência de crime no caso.Portanto, para fins de fixação de futuro e eventual dolo, anota o Ministério Público que a insistência de tentar submeter à persecução penal talfato, ou outros análogos, poderá ensejar a responsabilização do representante pelo crime de denunciação caluniosa.À vista do exposto, não havendo indícios de autoria e materialidade delitiva, o Parquet promove o arquivamento do presente feito, pornão haver ilícito criminal na conduta imputada ao representado, Sr. CANTÁLIO SOARES RIBEIRO, mesmo que, inequivocamente, hajaconduta inadequada, notadamente por tratar-se de um professor, e submete o presente feito ao Poder Judiciário, para os fins do art. 28do CPP.À secretaria da Promotoria de Justiça de Barro Duro, determino:Encaminhe-se este feito ao Fórum local, em sua totalidade original, para que possa ser tombado no Sistema ThemisWeb como representaçãocriminal e possa o Juiz de Direito daquela unidade judicial exercer o necessário controle da promoção de arquivamento aqui operada, nos termosdo art. 28 do CPP;No âmbito do SIMP, encaminhe-se o presente feito como "remessa a órgão externo".Registros no SIMP, publicações e comunicações necessárias. Via ofício de ordem, comunique-se o Município de Barro Duro, por meio desua advogada constituída, Dra. Pollyana Rodrigues Leal, e por meio de seu Prefeito, para conhecimento das medidas adotadas, com cópiaintegral do feito, podendo, para tanto, valer-se de "e-mail", conforme autoriza o art. 18 do Ato PGJ n. 03/2016.Cumpra-se.Barro Duro - PI, 14 de maio de 2020.(assinado digitalmente)ARI MARTINS ALVES FILHOPROMOTOR DE JUSTIÇAPromotor de Justiça titular da Comarca de Barro Duro/PIRECOMENDAÇÃO MINISTERIALPJBD/MPPI Nº 03/2020Fiscalização de medidas cautelares diversas da prisão e de medidas protetivas de urgência no âmbito da Comarca de Barro Duro.O MINISTÉRIO PÚBLICO BRASILEIRO, por meio de seu ramo estadual no Piauí, através de seu membro aqui signatário, com fulcro nosart. 127-129, da Carta da República de 1988, c/c o artigo 26, inciso I, e artigo 27, parágrafo único, inciso IV, da Lei Federal de nº 8.625/93; eartigo 37, inciso I, e artigo 39, inciso IX, da Lei Complementar Estadual nº 12/93, na defesa do interesse da sociedade das cidades de Barro Duro,Passagem Franca do Piauí, São Miguel da Baixa Grande, São Félix do Piauí, Prata do Piauí e Santa Cruz dos Milagres;CONSIDERANDO que incumbe ao Ministério Público a defesa da ordem jurídica, do regime democrático, do patrimônio público e social, damoralidade e da eficiência administrativas e de outros interesses difusos e coletivos, nos termos do art. 127, "caput", art. 129, III, da Carta Magna,art. 25, IV, "b", da Lei n.º 8.625/93, art. 36, IV, "a" e "d", da Lei Complementar n.º 12/93;CONSIDERANDO que a Constituição Federal estabelece que a segurança pública, exercida para a preservação da ordem pública e daincolumidade das pessoas e do patrimônio, é dever do Estado, direito e responsabilidade de todos, nos termos do art. 144, caput, da Carta daRepública de 1988;CONSIDERANDO que entre as graves atribuições constitucionais do "Parquet" Brasileiro configura o dever de assegurar a autoridade dasdecisões judiciais, conforme estabelece o art. 129, II, da Carta de 1988;CONSIDERANDO que tramita, nesta unidade de promoção de Justiça, o PA PJBD/MPPI nº 27/2019, que tem por objeto acompanhar os serviçosde segurança pública na Comarca de Barro Duro;CONSIDERANDO que as medidas cautelares diversas da prisão, a exemplo de recolhimento domiciliar e proibição de frequentar determinadoslugares, nos termos do que estabelece o art. 319, do CPP, quando descumpridas, podem ensejar uma série de consequências, a exemplo daprópria decretação de prisão preventiva do descumpridor, conforme art. 312, §1º, do CPP;CONSIDERANDO que as medidas protetivas de urgência, previstas na Lei 11.340/06 (Lei Maria da Penha), a exemplo do afastamento do lar eda proibição de manter contato e aproximação com a ofendida (mulher), nos termos do que estabelece o art. 22 da precitada norma, quandodescumpridas, também podem ensejar uma série de consequências, a exemplo da própria decretação de prisão preventiva do descumpridor,conforme art. 313, III, do CPP, além de sua prisão em flagrante pelo cometimento do crime de descumprimento de medida protetiva de urgência,previsto no art. 24-A daquele diploma de tutela de gênero;CONSIDERANDO que tais medidas configuram mecanismos de evitamento do cárcere por parte daquele que viola a norma penal, mas queexigem do infrator capacidade de autodisciplina;CONSIDERANDO que, para que sejam efetivas, tais medidas precisam ser devidamente fiscalizadas pelo Poder Público, sob pena de setornarem, do ponto de vista de seus efeitos práticos, um nada jurídico, com o que não se pode coadunar, sob pena de proteção estatalinsuficiente às vítimas e do próprio descrédito do sistema de Justiça;CONSIDERANDO que a atividade investigativa da Polícia Civil ou a ostensiva da Polícia Militar, quando inoperante ou deficitária, interrompesignificativamente a persecução penal, produzindo verdadeiro quadro de impunidade e insegurança social;CONSIDERANDO que o enfrentamento à criminalidade, notadamente em um quadro de complexidade como o que passou a caracterizar aComarca de Barro Duro, exige integração entre as polícias, nos termos, inclusive, do que determina a novel Lei Nacional 13.675/2018, que criouo Sistema Único de Segurança Pública, que não se confunde, entretanto, com o chamado "ciclo completo de polícia", mas que,inequivocamente, regulamenta o §7º, do art. 144, da CF/88, e estabelece um novo patamar de interação entre as forças de segurança pública noPaís;R E S O L V E:

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I - RECOMENDAR, à Polícia Militar, em cada uma das 06 (seis) cidades que compõem a Comarca de Barro Duro:I.I) Que fiscalize o efetivo cumprimento de medidas cautelares diversas da prisão e de medidas protetivas de urgência na Comarca de BarroDuro;I.II) Que, ante alguma ocorrência de descumprimento de medidas cautelares diversas da prisão, informe ao Ministério Público tal fato, o quepoderá ser realizado por meio de BO (boletim de ocorrência) ou relatório circunstanciado;I.III) Que, ante alguma ocorrência de descumprimento de medida protetiva de urgência, da Lei Maria da Penha, prenda em flagrante o infrator econduza-o à Delegacia de Polícia para os devidos fins;I.IV) Que mantenha arquivo atualizado de medidas cautelares diversas da prisão e de medidas protetivas de urgência, da Lei Maria da Penha,verificando periodicamente a vigência das mesmas;I.V) Que se coloque à disposição das vítimas, em tais medidas, informando-as dos seus direitos e da possibilidade de acionar a tropa a qualquermomento, se necessário for;II - RECOMENDAR, à Polícia Civil, na Comarca de Barro Duro:II.I) Que se abstenha de arbitrar fiança nos casos de prisão em flagrante por crime de descumprimento de medida protetiva de urgência, da LeiMaria da Penha, tendo em vista tratar-se de flagrante de apreciação obrigatória pela autoridade judicial, para fins de eventual liberdade provisória,nos termos do que estabelece o art. 24-A, §2º, da Lei 11.340/06, com a necessária oitiva do Ministério Público, titular da ação penal pública efiscal da ordem jurídica (art. 257 do CPP).III - REQUERER, ao Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da Comarca de Barro, que:Ao decretar medidas cautelares diversas da prisão ou medidas protetivas de urgência, encaminhe cópia da decisão para a Polícia Militar, para osdevidos fins de fiscalização.IV - DETERMINAR, à Secretaria da Promotoria de Justiça de Barro Duro, que:remeta cópia desta RECOMENDAÇÃO ao Juiz de Direito de Barro Duro, para conhecimento e registro;remeta cópia desta RECOMENDAÇÃO ao Grupamento da Polícia Militar do Estado Piauí de cada um dos municípios da Comarca e à Delegaciade Polícia Civil, para conhecimento;remeta cópia da presente RECOMENDAÇÃO ao Caocrim/MPPI e ao Gacep/MPPI;remeta cópia desta RECOMENDAÇÃO ao Conselho Superior do Ministério Público, para conhecimento;remeta cópia desta RECOMENDAÇÃO a cada um dos prefeitos e câmaras municipais de vereadores da Comarca de Barro Duro, paraconhecimento;publique a presente RECOMENDAÇÃO no Diário Oficial do Ministério Público do Estado do Piauí DOEMP/PI;junte essa RECOMENDAÇÃO ao PA PJBD/MPPI Nº 27/2019.A não observância do quanto anotado nesta Recomendação, em tese, tipifica ato de improbidade administrativa, além de eventual ilícito criminal.Por isso, desde já, adverte-se que o não acolhimento dos termos desta Recomendação ensejará a atuação do Ministério Público naresponsabilização dos agentes públicos recalcitrantes, com a promoção das ações penais e de improbidade administrativa, quando cabíveis, nãose admitindo futura alegação de desconhecimento das consequências jurídicas de seu descumprimento em processos administrativos oujudiciais, que possam vir a ser instaurados.Pelo exposto acima, este instrumento recomendatório serve, também, para fins de fixação de dolo, por eventual ofensa ao princípio da legalidade,da eficiência, da continuidade dos serviços públicos e da moralidade. Assim, ficam cientes seus destinatários de que a presente peça temnatureza RECOMENDATÓRIA e ADMONITÓRIA, no sentido de prevenir e instruir futuras e novas providências ministeriais na espécie, aexemplo do manejo de ações civis públicas, ações de improbidade administrativa e/ou denúncias criminais.Registre-se. Publique-se. Cumpra-se.Barro Duro/PI, 19 de maio de 2020.(assinado digitalmente)ARI MARTINS ALVES FILHOPROMOTOR DE JUSTIÇATitular da Promotoria de Justiça de Barro Duro/PIRECOMENDAÇÃO MINISTERIALPJBD/MPPI Nº 02/2020Remoção de policiais no âmbito das 06 (seis) cidades da Comarca de Barro Duro/PI.O MINISTÉRIO PÚBLICO BRASILEIRO, por meio de seu ramo estadual no Piauí, através de seu membro aqui signatário, com fulcro nosart. 127-129, da Carta da República de 1988, c/c o artigo 26, inciso I, e artigo 27, parágrafo único, inciso IV, da Lei Federal de nº 8.625/93; eartigo 37, inciso I, e artigo 39, inciso IX, da Lei Complementar Estadual nº 12/93, na defesa do interesse da sociedade das cidades de Barro Duro,Passagem Franca do Piauí, São Miguel da Baixa Grande, São Félix do Piauí, Prata do Piauí e Santa Cruz dos Milagres;CONSIDERANDO que incumbe ao Ministério Público a defesa da ordem jurídica, do regime democrático, do patrimônio público e social, damoralidade e da eficiência administrativas e de outros interesses difusos e coletivos, nos termos do art. 127, "caput", art. 129, III, da Carta Magna,art. 25, IV, "b", da Lei n.º 8.625/93, art. 36, IV, "a" e "d", da Lei Complementar n.º 12/93;CONSIDERANDO que a Constituição Federal estabelece que a segurança pública, exercida para a preservação da ordem pública e daincolumidade das pessoas e do patrimônio, é dever do Estado, direito e responsabilidade de todos, nos termos do art. 144, caput, da Carta daRepública de 1988;CONSIDERANDO que tramita, nesta unidade de promoção de Justiça, o PA PJBD/MPPI nº 27/2019, que tem por objeto acompanhar os serviçosde segurança pública na Comarca de Barro Duro;CONSIDERANDO que, atualmente, as unidades de Polícia Militar das cidades da Comarca de Barro Duro contam com o seguinte efetivo, muitoabaixo do mínimo necessário: a) Barro Duro: 04 (quatro) policiais militares; b) Passagem Franca do Piauí: 04 (quatro) policiais militares; c) SãoMiguel da Baixa Grande: 04 (quatro) policiais militares; d) Prata do Piauí: 04 (quatro) policiais militares; e) São Félix do Piauí: 05 (cinco) policiaismilitares; e) Santa Cruz dos Milagres: 05 (cinco) policiais militares;;CONSIDERANDO que, atualmente, a unidade de Polícia Civil da Comarca de Barro Duro, que tem circunscrição em todas as cidades daComarca, conta com o seguinte quadro de servidores: a) 04 (quatro) agentes de polícia civil; b) 01 (uma) agente administrativa; c) 01 (um)delegado de polícia, que acumula outras unidades;CONSIDERANDO que, desde a instauração do procedimento administrativo acima nominado, as forças de segurança pública na Comarca vêmfazendo, sob o efetivo controle externo do Ministério Público, importante trabalho de aplicação da lei para todos, o que, entretanto, ainda guardaresistência por parte de pequena parcela de pessoas, que acredita estar acima da lei por fatores econômicos ou por relações de favorecimentosem lugar na atual quadra de desenvolvimento civilizatório do Brasil;CONSIDERANDO que, em razão da resistência acima brevemente recuperada, ainda é comum, por parte daqueles que se imaginam acima dalei, promoverem retaliações ao trabalho escorreito de policiais, notadamente buscando suas remoções para outras cidades, através de contatospolíticos, o que fere os princípios da legalidade, da impessoalidade e da eficiência, podendo ensejar a responsabilização por ato de improbidadeadministrativa do agente público que patrocina ou efetiva a remoção de policiais em tal contexto;CONSIDERANDO que, mesmo tratando-se de ato administrativo discricionário, portanto, submetido a juízo de conveniência e oportunidade, alotação e a remoção de policiais, assim como a de qualquer servidor público, deve guardar obediência ao interesse público, especialmente aosprincípios da impessoalidade, eficiência e moralidade;CONSIDERANDO que, mesmo no ato administrativo discricionário, ainda que não obrigatória, é desejado que haja motivação para sua

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expedição, exatamente para que se possa permitir o controle público de todos os atos da administração pública;CONSIDERANDO, lado outro, também ser comum a remoção de policiais, por interesses pessoais do próprio policial, sem que, contudo, haja anecessária reposição da vaga que se abre, o que também ofende o interesse público e todo o regime jurídico da administração pública,notadamente seus princípios, igualmente passível de responsabilização por ato de improbidade administrativa por parte daqueles que promovemou efetivam remoções em tal situação, especialmente em um contexto de déficit de policiais, como é o que se observa em todas as cidades daComarca de Barro Duro/PI;CONSIDERANDO que por ser o corrente ano de 2020 um ano eleitoral, em que, tradicionalmente, o quadro acima recuperado de remoções depoliciais, com ofensa ao interesse público, tende a se agravar;CONSIDERANDO que, muito embora não tenham a prerrogativa da "inamovibilidade", a remoção de todo e qualquer policial deve ter causaidônea, tal qual ocorre com todo e qualquer servidor público, a exemplo de insuficiência de desempenho, falta de cumprimento de deveres docargo, etc.;CONSIDERANDO que a atividade investigativa da Polícia Civil ou a ostensiva da Polícia Militar, quando inoperante ou deficitária, interrompesignificativamente a persecução penal, produzindo verdadeiro quadro de impunidade e insegurança social;CONSIDERANDO que o enfrentamento à criminalidade, notadamente em um quadro de complexidade como o que passou a caracterizar aComarca de Barro Duro, exige integração entre as polícias, nos termos, inclusive, do que determina a novel Lei Nacional 13.675/2018, que criouo Sistema Único de Segurança Pública, que não se confunde, entretanto, com o chamado "ciclo completo de polícia", mas que,inequivocamente, regulamenta o §7º, do art. 144, da CF/88, e estabelece um novo patamar de interação entre as forças de segurança pública noPaís;R E S O L V E:I - RECOMENDAR, ao Secretário de Segurança Pública do Estado do Piauí, Capitão Fábio Abreu Costa, ao Delegado-Geral da Polícia Civildo Piauí, Dr. Luccy Keiko Leal Paraíba, ao Comandante-Geral da Polícia Militar do Piauí, Coronel Lindomar Castilho Melo, ou quem lhes vier asuceder, e a todos os comandantes de companhia e batalhões a que são vinculadas as unidades de Polícia Militar da Comarca de Barro Duro:I.I) Que formalizem, em processo administrativo, toda e qualquer remoção de policiais, sejam eles civis ou militares, no âmbito da Comarca deBarro Duro;I.II) Que, no processo administrativo de remoção de policiais, no âmbito da Comarca de Barro Duro, declinem os motivos que dão ensejo a tal atoadministrativo, para que possa haver o devido controle pelo Ministério Público;I.III) Que todo e qualquer processo administrativo de remoção de policiais, na Comarca de Barro Duro, seja remetido a esta Promotoria deJustiça, para as providências cabíveis;I.IV) Que se abstenham de promover remoção de policiais, no âmbito da Comarca de Barro Duro, por motivos estranhos ao regime jurídico daadministração pública, notadamente seus princípios orientadores consagrados no art. 37 da Carta de 1988;I.V) Que se abstenham de promover remoção de policiais, por qualquer motivo que seja, sem a necessária reposição da vaga correspondente;II - RECOMENDAR, a todos os policiais da Comarca de Barro Duro, militares ou civis:Que informem à Promotoria de Justiça de Barro Duro os reais motivos de eventual remoção da Comarca, em até 05 (cinco) dias úteis, após aefetivação do ato;Que se abstenham de pedir remoção da Comarca de Barro Duro com finalidades estritamente pessoais, sem observância do regime jurídico daadministração pública, notadamente seus princípios orientadores consagrados no art. 37 da Carta de 1988;III - RECOMENDAR, a todos os prefeitos, vereadores e demais agentes políticos com atuação na Comarca de Barro Duro:Que se abstenham de instigar ou induzir a remoção de policiais, civis ou militares, no âmbito da Comarca de Barro Duro, junto a qualquerautoridade que seja, por motivos estranhos ao regime jurídico da administração pública, notadamente seus princípios orientadores consagradosno art. 37 da Carta de 1988.IV - DETERMINAR, à Secretaria da Promotoria de Justiça de Barro Duro, que:remeta cópia desta RECOMENDAÇÃO ao Juiz de Direito de Barro Duro, para conhecimento e registro;remeta esta RECOMENDAÇÃO, por "email" e pelos Correios, ao Secretário de Segurança Pública, ao Delegado-Geral da Polícia Civil e aoComandante-Geral da Polícia Militar;remeta cópia desta RECOMENDAÇÃO ao Grupamento da Polícia Militar do Estado Piauí de cada um dos municípios da Comarca e à Delegaciade Polícia Civil, para conhecimento;remeta cópia da presente RECOMENDAÇÃO ao Caocrim/MPPI e ao Gacep/MPPI;remeta cópia desta RECOMENDAÇÃO ao Conselho Superior do Ministério Público, para conhecimento;remeta cópia desta RECOMENDAÇÃO a cada um dos prefeitos e câmaras municipais de vereadores da Comarca de Barro Duro, paraconhecimento;publique a presente RECOMENDAÇÃO no Diário Oficial do Ministério Público do Estado do Piauí DOEMP/PI;junte essa RECOMENDAÇÃO ao PA PJBD/MPPI Nº 27/2019.A não observância do quanto anotado nesta Recomendação, em tese, tipifica ato de improbidade administrativa, além de eventual ilícito criminal.Por isso, desde já, adverte-se que o não acolhimento dos termos desta Recomendação ensejará a atuação do Ministério Público naresponsabilização dos agentes públicos recalcitrantes, com a promoção das ações penais e de improbidade administrativa, quando cabíveis, nãose admitindo futura alegação de desconhecimento das consequências jurídicas de seu descumprimento em processos administrativos oujudiciais, que possam vir a ser instaurados.Pelo exposto acima, este instrumento recomendatório serve, também, para fins de fixação de dolo, por eventual ofensa ao princípio da legalidade,da eficiência, da continuidade dos serviços públicos e da moralidade. Assim, ficam cientes seus destinatários de que a presente peça temnatureza RECOMENDATÓRIA e ADMONITÓRIA, no sentido de prevenir e instruir futuras e novas providências ministeriais na espécie, aexemplo do manejo de ações civis públicas, ações de improbidade administrativa e/ou denúncias criminais.Registre-se. Publique-se. Cumpra-se.Barro Duro/PI, 19 de maio de 2020.(assinado digitalmente)ARI MARTINS ALVES FILHOPROMOTOR DE JUSTIÇATitular da Promotoria de Justiça de Barro Duro/PIDECISÃO DE ARQUIVAMENTOAUTOS DE SIMP: 000782-325/2019Trata-se de Notícia de Fato (NF) Nº 000782-325/2029, autuada a partir de denúncia recebida no âmbito do Conselho Tutelar de Santa Cruz dosMilagres, através do ofício de nº 18/2019, informando sobre supostas agressões físicas e verbais, entre as adolescentes Francisca das Chagas eCleudimar Soares da Silva.De acordo com a denúncia, no dia 24.10.2019, às 19hs, o Conselho Tutelar da cidade de Santa Cruz dos Milagres foi acionado para separar umabriga entre as duas adolescentes, Cleudimar e Francisca. Cleudimar informou aos conselheiros que bateu em Francisca, porque esta estariamandando mensagens para seu namorado. A adolescente Francisca foi levada ao posto de saúde, desmaiada, devido às agressões sofridas.No dia seguinte aos fatos, os conselheiros tutelares visitaram a residência de Francisca, tendo esta informado que Cleudimar foi até sua casa edesferiu-lhe agressões físicas e verbais, até que ela, Francisca, veio a desmaiar, devido às pancadas que recebeu na cabeça.Despacho Ministerial as fls. 02-03 determinando providências iniciais, dentre elas: a) requisição à Delegacia Regional de Barro Duro (PI), para

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proceda com as diligências investigatórias cabíveis, e, colhidos indícios mínimos, mandar instaurar inquérito policial (IPL), para fins de apuraçãode eventuais atos infracionais, cometidos pelas adolescentes; b) solicitação ao Conselho Tutelar de Santa Cruz dos Milagres/PI, para que, realizevisita domiciliar no endereço das adolescentes e encaminhe a este Órgão Ministerial relatório detalhado, sobre as condições atuais dasadolescentes e como é a convivência e cuidados de suas famílias para com elas; c) requisição ao CENTRO DE REFERÊNCIA EMASSISTÊNCIA SOCIAL (CREAS) do Município de Santa Cruz dos Milagres/PI, para que realize vistoria, na residência das adolescentes eencaminhe a este Órgão Ministerial, relatório circunstanciado/parecer, por profissional habilitado, bem como, adotasse e/ou sugerisseprovidências cabíveis ao caso.Ofício de nº 738/2019, nº 739/2019 e 740/2019, oriundo desta Promotoria, solicitando as informações acima descritas, conforme as fls. 08-14.Em resposta, fls. 17, o Conselho Tutelar do Município de Santa Cruz dos Milagres-PI informou que realizou visita no endereço de Francisca, amenor agredida, e que a encaminharam para acompanhamento com uma psicóloga. Porém, a adolescente compareceu ao tratamento apenasuma única vez, e não frequentou mais a escola onde estudava. Segundo os familiares da adolescente, ela estaria recebendo mensagensameaçadoras de sua rival, a adolescente Cleidimar, que afirmava nas mensagens que caso Francisca for para a sua cidade, iria bater nelanovamente.Sobre a visita na residência de Cleudimar, o Conselho Tutelar não obteve êxito, tendo em vista que a adolescente e seus pais teriam se mudadopara a cidade de Aroazes, após os fatos ocorridos entre as adolescentes.O CRAS do Município de Santa Cruz dos Milagres quedou-se inerte a requisição do Ministério Público.Eis o relatório. Passo a decisão.Compulsando os autos, verifica-se o envio do ofício 738/2019-PJBD-MPPI, solicitando à Delegacia de Polícia Civil de Barro Duro-PI, a apuraçãodos fatos noticiados e possível instauração de Inquérito Policial.À vista do exposto, com a solicitação encaminhada à Delegacia de Polícia de Barro Duro, e não se vislumbrando outras diligências a seremrealizadas, ARQUIVO a presente NF no SIMP, assim como em pasta própria, internamente, para fins de controle, sem remessa dos autos aoConselho Superior do Ministério Público (CSMP-PI), com fulcro no art. 4º, III, in fine, da Resolução CNMP n. 174/2017.Registros no SIMP, publicações e comunicações necessárias. Comunique-se ao Conselho Tutelar de Santa Cruz dos Milagres e asnoticiadas, para conhecimento das medidas adotadas.Junte-se cópia integral deste feito a procedimento administrativo a ser instaurado com a finalidade de acompanhamento das requisições doMinistério Público endereçadas à Polícia Civil.Cumpra-se.Barro Duro - PI, 13 de maio de 2020.(assinado digitalmente)ARI MARTINS ALVES FILHO (rfl)PROMOTOR DE JUSTIÇAPromotor de Justiça titular da Comarca de Barro Duro/PIDECISÃO DE ARQUIVAMENTOSIMP: 000685-325/2019Trata-se de Notícia de Fato (NF) Nº 000685-325/2029, autuada a partir de termo de declarações prestadas pela da Sra. Virgínia Amorim da Silva,no dia 10 de outubro de 2019, informando que sua mãe, a Sr.ª Osmarina Vieira da Silva, teria um suposto relacionamento com o Sr. Cleiton, e,que este chega embriagado em sua casa e faz ameaça à declarante e a seus irmãos. A declarante informou, ainda, que possui um irmão comdeficiência, que também é ameaçado pelo Sr. Cleiton, e que as crianças estariam com medo e assustadas, pois a Sra. Osmarina apoia os feitosdo Sr. Cleiton, dizendo a este que ele poderia jogar um tijolo em seu próprio filho.Despacho Ministerial as fls. 02-03 determinando providências iniciais, dentre elas, o envio de ofício requisitório à autoridade policial competentepara que apure os fatos narrados em comento.Eis o breve relatório. Passo a decisão.Compulsando os autos, verifica-se o envio do ofício 658/2019, oriundo desta Promotoria de Justiça, requisitando à Delegacia de Polícia Civil deBarro Duro-PI, a instauração de Inquérito Policial (IPL) / Termo Circunstanciado de Ocorrência, para a apuração das alegações do caso emcomento.À vista do exposto, com a requisição encaminhada à Delegacia de Polícia de Barro Duro, e não se vislumbrando outras diligências a seremrealizadas, ARQUIVO a presente NF no SIMP, assim como em pasta própria, internamente, para fins de controle, sem remessa dos autos aoConselho Superior do Ministério Público (CSMP-PI), com fulcro no art. 4º, III, in fine, da Resolução CNMP n. 174/2017.Registros no SIMP, publicações e comunicações necessárias. Comunique-se a noticiante para conhecimento das medidas adotadas.Junte-se cópia integral deste feito a procedimento administrativo a ser instaurado com a finalidade de acompanhamento das requisições doMinistério Público endereçadas à Polícia Civil.Cumpra-se.Barro Duro - PI, 13 de maio de 2020.(assinado digitalmente)ARI MARTINS ALVES FILHO (rfl)PROMOTOR DE JUSTIÇAPromotor de Justiça titular da Comarca de Barro Duro/PIDECISÃO DE ARQUIVAMENTOAutos de SIMP: 000707-325/2019Trata-se da DENÚNCIA nº 1203392, registrada através do Disque Direitos Humanos, sob o protocolo nº 2175988, encaminhada pelo Centro deApoio Operacional de Defesa da Educação e da Cidadania - CAODEC, à Promotoria de Justiça de Barro Duro/PI (PJBD), autuada como Notíciade Fato SIMP 000707-325/2019, noticiando que Maria Laíde, pessoa com doença mental, de aproximadamente 27 anos, é agredidapsicologicamente por seu cunhado.Conforme os relatos, os fatos ocorrem, em tese, ocasionalmente na rua da casa da vítima, onde o suposto agressor a persegue, humilha ehostiliza. Consta, ainda, que, no dia 14/10/2019, por volta das 17h30min, o suspeito das agressões ameaçou Maria Laíde com uma faca e umapedra, fez gestos obscenos com a finalidade de humilhar e hostilizar a vítima, desferindo-lhe termos depreciativos do tipo "vagabunda e rapariga".Francisco, ora suspeito, ameaçou "que irá matá-la e tirar o fato fora" se a vítima o denunciasse. Maria Laíde frequenta regularmente a UnidadeBásica de Saúde - UBS.Despacho Ministerial às fls. 02 determinando providências iniciais, dentre elas: a) requisição ao CRAS do Município de Barro Duro/PI, para querealize vistoria, e encaminhe a este Órgão Ministerial relatório circunstanciado por profissional habilitado, e/ou sugerisse providências cabíveis aocaso; b) a requisição à Delegacia Regional de Barro Duro (PI), nos termos do art. 5ª, § 3º, do Código de Processo Penal, da verificação daprocedência das informações (VPI) noticiadas (DISQUE 100), procedendo com as diligências investigatórias cabíveis no prazo de 30 (trinta) dias.Ofício de nº 686/2019, nº 687/2019, oriundo desta Promotoria, solicitando as informações acima, conforme as fls. 07-10.Em resposta, fls. 13, o CRAS do Município de Barro Duro informou que Maria Laíde faz uso de medicação controlada, receitadas pelo psiquiatra,bem como faz acompanhamento no CAPS de Água Branca-PI. Informaram, ainda, que Maria Laíde confirma que seu cunhado briga com ela,porque ela circula constantemente pelas ruas da cidade, e que vagar pela cidade é a única forma que ela tem para aliviar o transtorno mental e aansiedade.O CRAS comprometeu-se a acompanhar a família de Maria Laíde, como forma de orientar as reações de cuidados com a saúde dela.

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Eis o relatório. Passo a decisão.Diante dos relatórios apresentados, constata-se que as devidas providências foram realizadas para a apuração da denúncia 1203392, registradaatravés do Disque Direitos Humano, visto o relatório acostado as fls. 13-16, em que o CRAS do Município de Barro Duro informou que seguirárealizando o acompanhamento da família de Maria Laíde, para orientá-los sobre os cuidados para com a saúde dela.À vista do exposto, encerrando-se o objeto deste procedimento e, inexistindo outras providências a serem feitas, ARQUIVO a presente NF noSIMP, assim como em pasta própria, internamente, para fins de controle, sem remessa dos autos ao Conselho Superior do Ministério Público(CSMP-PI).Comunique-se a Secretaria Especial dos Direitos Humanos, através do e-mail [email protected], das medidas adotadas.Comunique-se também à Ouvidoria do MPPI as medidas adotadas, com cópia integral do feito, e do desfecho deste procedimento, podendo, paratanto, valer-se de e-mail, conforme autoriza o art. 18 do Ato PGJ n. 03/2016.Cumpra-se.Barro Duro - PI, 13 de maio de 2020.(assinado digitalmente)ARI MARTINS ALVES FILHO (rfl)PROMOTOR DE JUSTIÇAPromotor de Justiça titular da Comarca de Barro Duro/PIDECISÃO DE ARQUIVAMENTOAUTOS DE SIMP: 000782-325/2019Trata-se de Notícia de Fato (NF) Nº 000782-325/2029, autuada a partir de denúncia recebida no âmbito do Conselho Tutelar de Santa Cruz dosMilagres, através do ofício de nº 18/2019, informando sobre supostas agressões físicas e verbais, entre as adolescentes Francisca das Chagas eCleudimar Soares da Silva.De acordo com a denúncia, no dia 24.10.2019, às 19hs, o Conselho Tutelar da cidade de Santa Cruz dos Milagres foi acionado para separar umabriga entre as duas adolescentes, Cleudimar e Francisca. Cleudimar informou aos conselheiros que bateu em Francisca, porque esta estariamandando mensagens para seu namorado. A adolescente Francisca foi levada ao posto de saúde, desmaiada, devido às agressões sofridas.No dia seguinte aos fatos, os conselheiros tutelares visitaram a residência de Francisca, tendo esta informado que Cleudimar foi até sua casa edesferiu-lhe agressões físicas e verbais, até que ela, Francisca, veio a desmaiar, devido às pancadas que recebeu na cabeça.Despacho Ministerial as fls. 02-03 determinando providências iniciais, dentre elas: a) requisição à Delegacia Regional de Barro Duro (PI), paraproceda com as diligências investigatórias cabíveis, e, colhidos indícios mínimos, mandar instaurar inquérito policial (IPL), para fins de apuraçãode eventuais atos infracionais, cometidos pelas adolescentes; b) solicitação ao Conselho Tutelar de Santa Cruz dos Milagres/PI, para que, realizevisita domiciliar no endereço das adolescentes e encaminhe a este Órgão Ministerial relatório detalhado, sobre as condições atuais dasadolescentes e como é a convivência e cuidados de suas famílias para com elas; c) requisição ao CENTRO DE REFERÊNCIA EMASSISTÊNCIA SOCIAL (CREAS) do Município de Santa Cruz dos Milagres/PI, para que realize vistoria, na residência das adolescentes eencaminhe a este Órgão Ministerial, relatório circunstanciado/parecer, por profissional habilitado, bem como, adotasse e/ou sugerisseprovidências cabíveis ao caso.Ofício de nº 738/2019, nº 739/2019 e 740/2019, oriundo desta Promotoria, solicitando as informações acima descritas, conforme as fls. 08-14.Em resposta, fls. 17, o Conselho Tutelar do Município de Santa Cruz dos Milagres-PI informou que realizou visita no endereço de Francisca, amenor agredida, e que a encaminharam para acompanhamento com uma psicóloga. Porém, a adolescente compareceu ao tratamento apenasuma única vez, e não frequentou mais a escola onde estudava. Segundo os familiares da adolescente, ela estaria recebendo mensagensameaçadoras de sua rival, a adolescente Cleidimar, que afirmava nas mensagens que caso Francisca for para a sua cidade, iria bater nelanovamente.Sobre a visita na residência de Cleudimar, o Conselho Tutelar não obteve êxito, tendo em vista que a adolescente e seus pais teriam se mudadopara a cidade de Aroazes, após os fatos ocorridos entre as adolescentes.O CRAS do Município de Santa Cruz dos Milagres quedou-se inerte a requisição do Ministério Público.Eis o relatório. Passo a decisão.Compulsando os autos, verifica-se o envio do ofício 738/2019-PJBD-MPPI, solicitando à Delegacia de Polícia Civil de Barro Duro-PI, a apuraçãodos fatos noticiados e possível instauração de Inquérito Policial.À vista do exposto, com a solicitação encaminhada à Delegacia de Polícia de Barro Duro, e não se vislumbrando outras diligências a seremrealizadas, ARQUIVO a presente NF no SIMP, assim como em pasta própria, internamente, para fins de controle, sem remessa dos autos aoConselho Superior do Ministério Público (CSMP-PI), com fulcro no art. 4º, III, in fine, da Resolução CNMP n. 174/2017.Registros no SIMP, publicações e comunicações necessárias. Comunique-se ao Conselho Tutelar de Santa Cruz dos Milagres e asnoticiadas, para conhecimento das medidas adotadas.Junte-se cópia integral deste feito a procedimento administrativo a ser instaurado com a finalidade de acompanhamento das requisições doMinistério Público endereçadas à Polícia Civil.Cumpra-se.Barro Duro - PI, 13 de maio de 2020.(assinado digitalmente)ARI MARTINS ALVES FILHO (rfl)PROMOTOR DE JUSTIÇAPromotor de Justiça titular da Comarca de Barro Duro/PIDECISÃO DE ARQUIVAMENTOAUTOS DE SIMP: 000838-325/2019Trata-se de Notícia de Fato (NF nº 000838-325/2019), autuada a partir do Termo de Declarações prestadas pela Sr.ª Lecyllanna Viana Lima,informando que estava em uma festa no município de São Miguel da Baixa Grande e que foi surpreendida pela ex-esposa de seu atualcompanheiro, a Sr.ª Maria Kyane Mendes, e que esta puxou seus cabelos e deferiu-lhes socos que a deixaram com escoriações no rosto.Segundo a informante, o motivo das agressões se resume a ciúmes.Despacho Ministerial as fls. 02-03 determinando providências iniciais, dentre elas, a requisição de instauração de procedimento investigatórioadequado, à Delegacia de Polícia Civil de Barro Duro-PI, para que no prazo de no prazo de 30 (trinta) dias, proceda com a apuração dos fatosnoticiados;Documentos comprobatórios anexado aos autos, quais sejam: boletim de ocorrência e exame de corpo de delito.Eis o breve relatório. Passo a decisão.Compulsando os autos, verifica-se o envio do ofício 74/2020-PJBD-MPPI, solicitando à Delegacia de Polícia Civil de Barro Duro-PI, a apuraçãodos fatos noticiados e instauração de procedimento investigatório adequado ao caso em comento.À vista do exposto, com a solicitação encaminhada à Delegacia de Polícia de Barro Duro, e não se vislumbrando outras diligências a seremrealizadas, ARQUIVO a presente NF no SIMP, assim como em pasta própria, internamente, para fins de controle, sem remessa dos autos aoConselho Superior do Ministério Público (CSMP-PI), com fulcro no art. 4º, III, in fine, da Resolução CNMP n. 174/2017.Registros no SIMP, publicações e comunicações necessárias. Comunique-se a noticiante e noticiada, para conhecimento das medidasadotadas.Junte-se cópia integral deste feito a procedimento administrativo a ser instaurado com a finalidade de acompanhamento das requisições do

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Ministério Público endereçadas à Polícia Civil.Cumpra-se.Barro Duro - PI, 13 de maio de 2020.(assinado digitalmente)ARI MARTINS ALVES FILHO (rfl)PROMOTOR DE JUSTIÇAPromotor de Justiça titular da Comarca de Barro Duro/PIDECISÃO DE ARQUIVAMENTOAutos de SIMP: 000007-325/2020Trata-se de Notícia de Fato (NF) SIMP nº 00007-325/2020, autuado a partir de ofício nº 11/2019, oriundo do Conselho Tutelar do Município SãoFélix, informando que EDILSON CARLOS SILVA e MARIA DA CRUZ PESSOA DA SILVA vêm sendo negligentes com seus filhos, RICHELCARLOS PESSOA, 16 anos, e MICHEL PESSOA DA SILVA, de 12 anos.Despacho Ministerial as fls. 02-03 determinando providências iniciais, dentre elas, a expedição de OFÍCIO à Delegacia de Barro Duro para que seinstaure Inquérito Policial (IPL)/Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) para apuração das citadas alegações de fato.Eis o breve relatório. Passo a decisão.Compulsando os autos, verifica-se o envio do ofício 06/2020-PJBD-MPPI, solicitando à Delegacia de Polícia Civil de Barro Duro-PI a instauraçãodo Inquérito Policial (IPL) / Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) para apuração das citadas alegações de fato.À vista do exposto, com a requisição encaminhada à Delegacia de Polícia de Barro Duro, e não se vislumbrando outras diligências a seremrealizadas, ARQUIVO a presente NF no SIMP, assim como em pasta própria, internamente, para fins de controle, sem remessa dos autos aoConselho Superior do Ministério Público (CSMP-PI), com fulcro no art. 4º, III, in fine, da Resolução CNMP n. 174/2017.Registros no SIMP, publicações e comunicações necessárias. Comunique-se ao Conselho Tutelar de São Félix para conhecimento dasmedidas adotadas.Junte-se cópia integral deste feito a procedimento administrativo a ser instaurado com a finalidade de acompanhamento das requisições doMinistério Público endereçadas à Polícia Civil.Cumpra-se.Barro Duro - PI, 13 de maio de 2020.(assinado digitalmente)ARI MARTINS ALVES FILHO (rfl)PROMOTOR DE JUSTIÇAPromotor de Justiça titular da Comarca de Barro Duro/PIDECISÃO DE ARQUIVAMENTOSIMP: 000032-325/2020Trata-se de Notícia de Fato (NF) Nº 000032-325/2020, instaurada a partir do Ofício nº 024/2019, oriundo do Conselho Tutelar de Santa Cruz dosMilagres/PI, comunicando sobre a suposta divulgação, em rádio, do patrocínio de festas, por parte do Conselheiro Tutelar Jeová Rodrigues, eleitoconselheiro tutelar para o quadriênio de 2020 a 2024.Consta no ofício, em síntese, que o Sr. Jeová Rodrigues estaria patrocinando festas e se identificando como conselheiro tutelar, com ampladivulgação na Rádio Olho D'agua dos Milagres, e, que tal atitude, não é adequada para o cargo ao qual ele ocupa. Os demais conselheiros,informam ainda, que não compactuam com a ideia da divulgação do patrocínio de festas utilizando o nome da instituição. Dessa forma pediramprovidências a esta Promotoria de Justiça.Despacho Ministerial as fls. 02-03 determinando providências iniciais, dentre elas, a expedição de ofício ao Conselheiro Tutelar Jeová Rodrigues,ofício 15/2020-PJBD-MPPI, fls. 06, para que encaminhasse a esse Órgão Ministerial esclarecimentos acerca do referido caso, e expedição deofício ao Conselhos Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCA), ofício 48/2020 PJBD-MPPI, fls.09, para que apurasse os atose informasse quais medidas foram adotadas para a resolução da presente demanda.Em resposta, às fls. 13-19, o conselheiro tutelar Jeová Rodrigues apresentou defesa escrita, por meio de advogado particular, informando, emsuma, que o nome do Sr. Jeová Rodrigues fora colocado no anúncio da festa, sem o seu conhecimento, unicamente por conta do idealizador doevento, e que, na época dos fatos, os próprios conselheiros tutelares solicitaram a retirada do suposto patrocínio que estava sendo divulgado pelarádio Olho D'Agua.O CMDCA apresentou resposta através do ofício de nº 01/2020, fls. 28, informando que o fato era verídico, admitindo não ter tomado asprovidências quanto ao ocorrido, que se deu no ano de 2019. Porém, informou que realizou uma reunião com o Conselheiro Tutelar JeováRodrigues, onde este foi advertido verbalmente que não será admitida a reincidência da conduta e/ou condutas similares, informando ainda, apossibilidade de sanções punitivas por prática de condutas vedadas no exercício da função de Conselheiro Tutelar.Eis o relatório. Passo a Decisão.Compulsando os autos, constata-se que as devidas providências foram realizadas para a apuração dos fatos, visto o ofício 01/2020, onde oCMDCA informa que e o noticiado foi devidamente advertido sobre as consequências de uma possível reincidência ou prática de conduta similar,estando ciente que poderá sofrer sanções punitivas caso venha a praticar condutas vedadas no exercício da função de Conselheiro Tutelar.À vista do exposto, encerrando-se o objeto deste procedimento e, inexistindo outras providências a serem feitas, ARQUIVO a presente NF noSIMP, assim como em pasta própria, internamente, para fins de controle, sem remessa dos autos ao Conselho Superior do Ministério Público(CSMP-PI).Registros no SIMP, publicações e comunicações necessárias. Comunique-se ao Conselho Tutelar de Santa Cruz dos Milagres e aonoticiado, para conhecimento das medidas adotadas, com cópia integral do feito, podendo, para tanto, valer-se de e-mail, conforme autoriza o art.18 do Ato PGJ n. 03/2016.Cumpra-se.Barro Duro - PI, 13 de maio de 2020.(assinado digitalmente)ARI MARTINS ALVES FILHO (rfl)PROMOTOR DE JUSTIÇAPromotor de Justiça titular da Comarca de Barro Duro/PIDECISÃO DE ARQUIVAMENTOAutos de SIMP: 000007-325/2020Trata-se de Notícia de Fato (NF) SIMP nº 00007-325/2020, autuado a partir de ofício nº 11/2019, oriundo do Conselho Tutelar do Município SãoFélix, informando que EDILSON CARLOS SILVA e MARIA DA CRUZ PESSOA DA SILVA vêm sendo negligentes com seus filhos, RICHELCARLOS PESSOA, 16 anos, e MICHEL PESSOA DA SILVA, de 12 anos.Despacho Ministerial as fls. 02-03 determinando providências iniciais, dentre elas, a expedição de OFÍCIO à Delegacia de Barro Duro para que seinstaure Inquérito Policial (IPL)/Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) para apuração das citadas alegações de fato.Eis o breve relatório. Passo a decisão.Compulsando os autos, verifica-se o envio do ofício 06/2020-PJBD-MPPI, solicitando à Delegacia de Polícia Civil de Barro Duro-PI a instauraçãodo Inquérito Policial (IPL) / Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) para apuração das citadas alegações de fato.À vista do exposto, com a requisição encaminhada à Delegacia de Polícia de Barro Duro, e não se vislumbrando outras diligências a serem

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2.2. PROMOTORIA DE JUSTIÇA DE CRISTINO CASTRO-PI11780

realizadas, ARQUIVO a presente NF no SIMP, assim como em pasta própria, internamente, para fins de controle, sem remessa dos autos aoConselho Superior do Ministério Público (CSMP-PI), com fulcro no art. 4º, III, in fine, da Resolução CNMP n. 174/2017.Registros no SIMP, publicações e comunicações necessárias. Comunique-se ao Conselho Tutelar de São Félix para conhecimento dasmedidas adotadas.Junte-se cópia integral deste feito a procedimento administrativo a ser instaurado com a finalidade de acompanhamento das requisições doMinistério Público endereçadas à Polícia Civil.Cumpra-se.Barro Duro - PI, 13 de maio de 2020.(assinado digitalmente)ARI MARTINS ALVES FILHO (rfl)PROMOTOR DE JUSTIÇAPromotor de Justiça titular da Comarca de Barro Duro/PIDECISÃO DE ARQUIVAMENTOPROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO Nº 031/2019AUTOS DE SIMP Nº 000147-325/2019Trata-se de Procedimento Administrativo, instaurado pelo Ministério Público, tendo por objeto apurar situação de suposta ameaça praticada peloSr. Clisan, na localidade Brejão, em face do Sr. Lucídio Pereira Pessoa.Portaria de instauração às fls. 02-04.Ofício requisitório às fls. 13, requisitando à Delegacia de Barro Duro a instauração de Inquérito Policial/Termo Circunstanciado de Ocorrênciaquanto aos fatos apurados.Reiteração de requisição de investigação às fls. 43.Ofício oriundo da Delegacia de Barro Duro, às fls. 50, informando que foi instaurado TCO nº 05/2020 para apuração dos fatos.É o relatório. Passo à decisão.Compulsando os autos, verifica-se que já fora instaurada investigação para apuração dos fatos, por meio de TCO nº 05/2020, conformeOfício encaminhado pela Delegacia de Barro Duro/PI a esta Promotoria, às fls. 50.Nessa toada, o arquivamento do presente procedimento administrativo é de rigor, achando-se, nesta sede, encerrado o objeto do presenteprocedimento.Diante do exposto, promovo o arquivamento do presente procedimento administrativo, sem prejuízo de seu desarquivamento, acaso surjamnovos elementos palpáveis de prova, nos termos da Resolução n. 174/2017 do CNMP, com as devidas comunicações ao Conselho Superior doMinistério Público do Estado do Piauí.Publique-se esta decisão no Diário do MP-PI.Barro Duro - PI, 18 de maio de 2020.(assinado digitalmente)ARI MARTINS ALVES FILHO (bmc)PROMOTOR DE JUSTIÇAPromotor de Justiça titular da Comarca de Barro Duro/PI

INQUÉRITO CIVIL Nº 06/2020 - PORTARIA Nº 18/2020O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PIAUÍ, por meio de seu representante legal, no uso de suas atribuições legais, em vista do dispostono art. 129 da Constituição Federal e art. 26 da Lei nº 8.625/93 - Lei Orgânica do Ministério Público;CONSIDERANDO que o Ministério Público é instituição à qual incumbe a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interessessociais e individuais indisponíveis (art. 127, caput, CF/88);CONSIDERANDO que é função institucional do Ministério Público a promoção de Inquérito Civil e de Ação Civil Pública para proteção dopatrimônio público (art. 129, III, CF/88);CONSIDERANDO que Notícia de Fato nº 30/2019, autuada sob o SIMP nº 000278-201/2019, está com prazo vencido (art. 3º da Resolução doCNMP nº 174/2017), sem possibilidade de nova prorrogação;CONSIDERANDO o disposto no artigo 7° da Resolução n° 174, de 4 de julho de 2017, do Conselho Nacional do Ministério Público;RESOLVE, com fundamento no art. 37, inciso I, da Lei Complementar nº 12, de 18 de dezembro de 1993, na Resolução nº 23, de 17 desetembro de 2007, e na Resolução nº 174, de 04 de julho de 2017, ambas do CNMP, CONVERTER a Notícia de Fato nº 30/2019 emINQUÉRITO CIVIL nº 06/2020, com o fim de investigar a falta de prestação de informações à Câmara de Vereadores pelos secretáriosmunicipais de saúde, finanças, assistência social e educação, todos do Município de Cristino Castro, tendo em vista que tais condutaspodem configurar ato de improbidade administrativa (art. 11 da Lei de Improbidade Administrativa), determinando-se as seguintesdiligências:1) Registre-se no SIMP;2) Autuem-se as peças já existentes, renumerando-as;3) Comunique-se esta conversão ao Egrégio Conselho Superior do Ministério Público, para os fins previstos nos arts. 4º, VI, e 7º, § 2º, I e II, daResolução nº 23/2007 do Conselho Nacional do Ministério Público;4) Publique-se no DOEMPPI;5) Expeça-se Ofício, com a devida observância do Enunciado de Orientação 09/2020, conforme Ofício Circular 06/2020/CACOP,REQUISITANDO, de acordo com o §1º do art. 8º da Lei 7.347/85, requisitando ao Secretário de Saúde do Município de Cristino Castro, no prazode 20 (vinte) dias, que informe se foram devidamente prestadas à Câmara Municipal as informações solicitadas pela casa legistiva, conformeofício nº 101/2019 desta Promotoria de Justiça, nos termos do art. 8º, §1º da lei 7.347/1985, alertando-o sobre as implicações do não envio dasinformações requisitadas, conforme art. 10 da referida lei.Após transcorrido o prazo, com ou sem resposta, certifique-se nos autos e faça concluso para deliberações.Cumpra-se.Cristino Castro-PI, 18 de maio de 2020.Roberto Monteiro CarvalhoPromotor de Justiça TitularRECOMENDAÇÃO Nº 21/2020O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PIAUÍ, por seu representante, com atuação na Promotoria de Justiça de Cristino Castro, no uso dasatribuições que lhes são conferidas pelos arts. 127, 129, III, da Constituição Federal, art. 26, I da Lei n° 8.625/93 e art. 37, incisos I, V e VI, da LeiComplementar Estadual n° 12/93 e,CONSIDERANDO que o Ministério Público é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa daordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis (CF, art. 127);CONSIDERANDO que, em 30.01.2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou que o surto da doença causada pelo Coronavírus(COVID-19) constitui Emergência de Saúde Pública de importância Internacional (ESPII);

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CONSIDERANDO que a ESPII é considerada, nos termos do Regulamento Sanitário Internacional (RSI), "um evento extraordinário que podeconstituir um risco de saúde pública para outros países devido a disseminação internacional de doenças; e potencialmente requer uma respostainternacional coordenada e imediata";CONSIDERANDO que o Ministério da Saúde, em 03.02.2020, através da Portaria GM/MS nº 188/2020, declarou "emergência em saúde públicade importância nacional", em decorrência da infecção humana pelo Coronavírus, considerando que a situação atual demanda o emprego urgentede medidas de prevenção, controle e contenção de riscos, danos e agravos à saúde pública;CONSIDERANDO que, em 11.03.2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou pandemia para o Coronavírus, ou seja, momento emque uma doença se espalha por diversos continentes com transmissão sustentada entre humanos;CONSIDERANDO que a classificação da situação mundial do novo coronavírus como pandemia significa o risco potencial da doença infecciosaatingir a população mundial de forma simultânea, não se limitando a locais que já tenham sido identificadas como de transmissão interna;CONSIDERANDO que as medidas a serem adotadas pelas redes de educação podem evitar o fluxo de contaminação para familiares, muitosdeles idosos, grupo mais vulnerável em razão da idade e comorbidades, conforme Posicionamento sobre o COVID-19, da Sociedade Brasileirade Geriatria e Gerontologia - SBGG1, publicada em 15/03/2020;CONSIDERANDO que em relação à questão pedagógica, o Conselho Nacional de Educação, através de Nota de Esclarecimento, traçouorientações aos sistemas de ensino e estabelecimentos de ensino de todos os níveis, etapas e modalidades, que tenham a necessidade dereorganizar as atividades acadêmicas ou de aprendizagem em face da suspensão das atividades escolares por conta da necessidade de açõespreventivas à propagação do coronavírus;CONSIDERANDO que o Decreto Estadual Nº 18.884/2020 estabeleceu nos artigos 10 e 11 a suspensão imediata, por 15 dias, das aulas da redepública estadual de ensino, além de recomendar a suspensão das aulas pelas redes municipais e privadas, bem como pelas instituições deensino superior públicas ou privadas;CONSIDERANDO que a alimentação adequada é um direito fundamental do ser humano, reconhecido internacionalmente pela DeclaraçãoUniversal dos Direitos Humanos (art. 25) e pelo Pacto Internacional dos Direitos Econômicos Sociais e Culturais - PIDESC (art. 11), sendoinerente à dignidade da pessoa humana e indispensável à realização dos direitos consagrados na Constituição Federal, devendo o poder públicoadotar as políticas e ações que se façam necessárias para promover e garantir a segurança alimentar e nutricional da população, como dispostona Lei Nº 11.346/06 que cria o Sistema Nacional de Segurança Alimentar;CONSIDERANDO que o programa de merenda escolar é uma das mais antigas políticas sociais do Brasil, sendo reconhecida tanto como políticaeducacional, dados os resultados em termos de melhoria cognitiva e redução da evasão escolar; quanto política de saúde, uma vez que aalimentação na infância apresenta resultados contundentes ao crescimento infantil, desenvolvimento físico e cognitivo da criança;CONSIDERANDO que a Lei 13.987, de 07 de abril de 2020, altera a lei 11.947/2009, para autorizar, em caráter excepcional, durante o períodode suspensão das aulas em razão de situação de emergência ou calamidade pública, a distribuição de gêneros alimentícios adquiridos comrecursos do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) aos pais ou responsáveis dos estudantes das escolas públicas da educaçãobásica;CONSIDERANDO que a Resolução 02 MEC/FNDE, de 09 de abril de 2020, dispôs sobre a execução do Programa Nacional de AlimentaçãoEscolar - PNAE durante o período de estado de Calamidade Pública, reconhecido pelo Decreto Legislativo nº 06, de 20 de março de 2020, e daemergência de saúde pública de importância internacional decorrente do novo Coronavírus - COVID-19;CONSIDERANDO que a Lei 7.374/2020 do Governo do Estado do Piauí, autoriza em caráter excepcional, a distribuição imediata aos pais ouresponsáveis dos estudantes nelas matriculados, de gêneros alimentícios em estoque ou de recursos financeiros à conta do PNAE, durante operíodo de suspensão das aulas nas escolas públicas de educação básica em razão de situação de emergência ou calamidade pública;CONSIDERANDO a Resolução CNMP nº 164, de 28 de março de 2017, que disciplinou a expedição de Recomendações pelo Ministério PúblicoBrasileiro, consta em seu art. 1º queA recomendação é instrumento de atuação extrajudicial do Ministério Público por intermédio do qual esteexpõe, em ato formal, razões fáticas e jurídicas sobre determinada questão, com o objetivo de persuadir o destinatário a praticar ou deixar depraticar determinados atos em benefício da melhoria dos serviços públicos e de relevância pública ou do respeito aos interesses, direitos e bensdefendidos pela instituição, atuando, assim, como instrumento de prevenção de responsabilidades ou correção de condutas;CONSIDERANDO Manifestação nº 1430/2020 apresentada à Ouvidoria do MPPI, e registrado sob o Protocolo SIMP 000023-416/2020, do GrupoRegional de PJ Integradas de Bom Jesus, noticiando que: "A prefeitura municipal de Santa luz PI não está cumprindo a resolução 02/2020 e a lei13987 de 7 de abril de 2020 que autoriza a distribuição de alimentos adquiridos com recursos do PNAE, pois, após a paralisação das aulas até omomento já foram repassados mais de 60 mil reais pra compra de merenda".RESOLVE RECOMENDAR:à SECRETÁRIA DE EDUCAÇÃO DO MUNICÍPIO DE SANTA LUZ/PI, em cumprimento às disposições de ordem constitucional, legal,administrativas e de natureza sanitária acima referidas e outras com ela convergente, garanta:1. A continuidade do fornecimento de alimentação escolar a todos os alunos que dela necessitem (utilizando-se dos estoques existentesindependentemente da origem financeira) durante o período de suspensão das aulas, em especial aqueles pertencentes às famílias vulneráveissocialmente, e/ou havendo suspensão do transporte coletivo e/ou na impossibilidade dos pais ou responsáveis legais retirarem os itens, deveráser viabilizada a distribuição na residência do estudante (ou núcleos próximos à residência) ou mediante fornecimento de cartão-alimentação oucongênere, sem prejuízo da substituição por outras estratégias legais a serem implementadas pelo Poder Executivo;2. Que tal distribuição seja realizada de forma a evitar aglomerações e adotando, em qualquer caso, todas as medidas profiláticas recomendadaspelas autoridades sanitárias para preservação da saúde dos servidores envolvidos e eventuais voluntários, vedando-se a venda ou a destinaçãopara finalidade diversa dos bens ofertados;3. Que seja dada ampla publicidade ao fornecimento dos insumos, de forma a garantir que aqueles que dele necessitam tenham conhecimentode tal benefício;4. Que a Secretaria Municipal realize o controle efetivo de todo o material devidamente entregue, no qual deverá constar o dia, local e beneficiáriocontemplado, a fim de assegurar a regularidade do fornecimento;5. Que não seja utilizada tal distribuição para promoção pessoal de agente público, sob pena de reconhecimento de prática de ato deimprobidade administrativa, tipificado no art. 11 da Lei nº 8.429/1992;6. Não permita que nesta ação ocorra a promoção de candidatos, partidos e coligações, cuidando de orientar os servidores públicos incumbidosda sua execução quanto à vedação de qualquer propaganda ou enaltecimento de candidato, pré-candidato ou partido;7. Que, na licitação ou dispensa de licitação de bens, serviços e insumos destinados o enfrentamento da fome de crianças e adolescentesvulneráveis em razão da pandemia Coronavírus (Covid-19), sejam cumpridos os requisitos legais e, quanto à dispensa de licitação, aqueles doart. 26, parágrafo único, da Lei nº 8.666/1993 e art. 4º da Lei nº 13.979/2020;8. Que seja informado a este promotor de Justiça o cumprimento dos critérios de objetividade, clareza, impessoalidade e eficiência na distribuiçãode importantes insumos.Desde já, adverte que a não observância desta Recomendação implicará na adoção das medidas judiciais cabíveis, caracterizando o dolo, má-féou ciência da irregularidade, por ação ou omissão, para viabilizar futuras responsabilizações em sede de ação civil pública por ato de improbidadeadministrativa quando tal elemento subjetivo for exigido, devendo ser encaminhada à 1ª Promotoria de Justiça de Cristino Castro/PI, pelo [email protected], as providências tomadas e os documentos comprobatórios hábeis a provar o cumprimento desta Recomendação,ao final do prazo de 30 (trinta) dias úteis.A partir da data da entrega da presente RECOMENDAÇÃO, o MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PIAUÍ considera sua destinatária comopessoalmente CIENTE da situação ora exposta, e portanto, demonstração da consciência da ilicitude do recomendado.

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2.3. 2ª PROMOTORIA DE JUSTIÇA DE SÃO JOÃO DO PIAUÍ-PI11782

Publique-se e Cumpra-se.Cristino Castro-PI, 21 de maio de 2020.Roberto Monteiro CarvalhoPromotor de Justiça Titular

PORTARIA Nº 69/2020PROCEDIMENTO PREPARATÓRIOINQUÉRITO CIVILO MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PIAUÍ, por seu representante titular da 2ª Promotoria de Justiça de São João do Piauí, no uso desuas atribuições legais, e, com fulcro nas disposições contidas nos artigos 127 e 129, incisos II e III, da Constituição Federal; artigo 26, incisos I,e artigo 27 e parágrafo único, inciso IV, da Lei Federal de nº 8.625/93; e artigo 37 da Lei Complementar Estadual nº 12/93;CONSIDERANDO serem funções institucionais do Ministério Público, nos termos do artigo 129, inciso III, da Constituição Federal, promover oinquérito civil e a ação civil pública para a defesa dos interesses difusos e coletivos;CONSIDERANDO que incumbe ao Ministério Público a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuaisindisponíveis, nos termos do artigo 127 da Constituição Federal;CONSIDERANDO o relatório social encaminhado pelo CREAS de São João do Piauí em que menciona situação de vulnerabilidade do idosoJoão Francisco Rodrigues, que se encontra em estado de saúde fragilizada, vivendo em péssimas condições de higiene;CONSIDERANDO o relato de que o Sr. João Francisco Rodrigues, além de morar só e em péssimas condições humanas, teme por agressões deum dos seus filhos;CONSIDERANDO que, nos termos do art. 2º, § 6º da Resolução CNMP nº 23/2007, antes da instauração de inquérito civil, poderá ser instauradoprocedimento preparatório para complementar as informações relacionadas à tutela dos interesses ou direitos mencionados no artigo 1º dessaResolução, o qual deverá ser concluído no prazo de 90 (noventa) dias, prorrogável por igual prazo, uma única vez;CONSIDERANDO a necessidade da apuração da situação acima descrita.DETERMINO:01 - a INSTAURAÇÃO do presente PROCEDIMENTO PREPARATÓRIO DE INQUÉRITO CIVIL PÚBLICO para investigar e apurar as condutasnarradas nesta Portaria;02 - A autuação e registro em livro próprio;03 - A realização das seguintes diligências:a) Oficie-se à Secretaria Municipal Assistência Social de São João do Piauí para informar, no prazo de 15 (quinze) dias, se o Sr. João FranciscoRodrigues está inserido em algum programa de proteção ao idoso e, em caso negativo, adotar as medidas necessárias para, dentro dos ditameslegais, inseri-lo;b) Oficie-se o CRAS de São João do Piauí para informar, no prazo de 15 (quinze) dias, se foi possível identificar alguma pessoa, parente ou não,apto a assumir a responsabilidade do idoso João Francisco Rodrigues, bem como informar se este possui capacidade psíquica para indicaralgum responsável e indicar quais são os parentes que vem praticando atos de violência contra o idoso.c) Oficie-se à Secretaria Municipal de Saúde de São João do Piauí para informar, no prazo de 15 (quinze) dias, se o Sr. João FranciscoRodrigues está sendo acompanhado pela atenção básica de saúde e, em caso afirmativo, informar se este vem sendo realizado na formadomiciliar ou em alguma unidade básica de saúde;d) Oficie-se à Delegacia de Polícia de São João do Piauí para conhecimento e adoção das medidas que entender cabíveis quanto à eventualretenção do cartão do benefício e agressões contra o idoso João Francisco Rodrigues;e) Encaminhe-se cópia integral deste procedimento à 1ª Promotoria de Justiça de São João do Piauí para conhecimento e adoção das medidasque entender cabíveis no âmbito criminal.04 - Nomeio a assessora Amanda Damasceno Carvalho Sousa Borges para secretariar e diligenciar o presente Procedimento Preparatório deInquérito Civil Público, conferindo poderes para realizar a produção de atos meramente ordinatórios.05 - Remessa desta Portaria, por meio eletrônico, ao Centro de Apoio Operacional de Defesa da Educação e da Cidadania - CAODEC e aoCentro de Apoio Operacional de Defesa da Saúde - CAODS, para conhecimento.06 - Encaminhe-se cópia desta Portaria para fins de publicação no Diário Oficial do Ministério Público - DOEMPI, via e-mail institucional, devendoo envio ser certificado nos autos.Após realização das diligências supra, retornem os autos conclusos para ulteriores deliberações.São João do Piauí/PI, 20 de maio de 2020.[Assinado digitalmente]Jorge Luiz da Costa PessoaPromotor de JustiçaInquérito Civil nº 003/2020SIMP 000023-310/2020Objeto: PRESTAÇÃO E CONTAS - 2016 - FMS - CONTRATAÇÃO SEM CONCURSOInvestigado: CÁCIA RODRIGUES DE OLIVEIRADECISÃO - PROMOÇÃO DE ARQUIVAMENTOTrata-se de INQUÉRITO CIVIL PÚBLICO instaurado no âmbito desta Promotoria de Justiça, relativo a apuração da conduta da gestora do FundoMunicipal de Saúde do Município de Pedro Laurentino-PI, no exercício financeiro de 2016, por ter realizado contratações de pessoal semconcurso público ou qualquer forma de seleção, em descumprimento ao contido no art. 37, caput, e inciso II, da Constituição Federal.Referido procedimento foi instaurado a partir do Ofício n° 1494/2019, oriundo da Procuradoria Geral de Justiça, encaminhando Ofício nº 2723/19-GP do Tribunal de Contas do Estado do Piauí, a esta Promotoria da Justiça.Constatou-se nos autos que a Sra. Cácia Rodrigues de Oliveira, na condição de gestora do Fundo Municipal de Saúde - FMS de PedroLaurentino-PI, no exercício de 2016, à margem da lei e da retidão administrativa, realizou diversas contratações de pessoal sem concurso públicoou qualquer outra forma de seleção, afrontando não só o mandamento magno do art. 37, II, da CF/88 e os princípios administrativosconstitucionais, mas também a probidade que se espera de uma gestora de recursos públicos.Em razão disso, foi promovida Ação Civil Pública de Improbidade Administrativa, cuja inicial se encontra encartada nos autos.Vieram-me os autos conclusos. Passo a decidir.Desta forma, vê-se que se encontra esgotado o presente procedimento com a impetração de demanda judicial - processo nº 0800355-84.2020.8.18.0135 - buscando a condenação da investigada por o ato de improbidade previsto na Lei n° 8.429/92 (art. 11, caput), ante aviolação dos princípios constitucional da legalidade, impessoalidade, moralidade, isonomia, transparência, bem como a exigência deconcurso público para investidura de servidor em cargo público previsto no art. 37, II, da Constituição FederalEsgotado o objeto do presente procedimento, o arquivamento é medida que se impõe.ApLicável na espécie o que dispõe a Súmula nº 03 do Conselho Superior do Ministério Público, verbis:Súmula nº 03Em caso de judicialização de todo o objeto dos procedimentos preparatórios e inquéritos civis é desnecessária a remessa dos autos para

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arquivamento pelo Conselho Superior do Ministério Público, devendo, todavia, ser informado, via ofício, com cópia da inicial.Por todo o exposto, PROMOVO o ARQUIVAMENTO do presente INQUÉRITO CIVIL PÚBLICO, o que faço com fulcro no art. 9º da Lei 7.347/85 eart. 10 da Resolução nº 23, de 17 de setembro de 2007, do Conselho Nacional do Ministério Público - CNMP.Cientifiquem-se os interessados, por meio de publicação no Diário da Justiça.Deixo de Submeter a presente decisão de Promoção de Arquivamento do INQUÉRITO CIVIL PÚBLICO ao Conselho Superior do MinistérioPúblico, em razão da Súmula nº 03 do Conselho Superior do Ministério Público, acima transcrita.Comunique-se o Conselho Superior do Ministério Público do presente arquivamento, enviando cópia da inicial impetrada.Cientifique-se o Centro de Apoio Operacional de Combate à Corrupção e Defesa do Patrimônio Público - CACOP.Procedam-se às atualizações necessárias no sistema e no livro próprio.Após, arquivem-se os autos.São João do Piauí, 20 de maio de 2020.[Assinado digitalmente]Jorge Luiz da Costa PessoaPROMOTOR DE JUTIÇARECOMENDAÇÃO ADMINISTRATIVA nº. 106/2020O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PIAUÍ, por seu representante, com atuação na 2ª Promotoria de Justiça de São João do Piauí, nouso das atribuições que lhes são conferidas pelos arts. 127, 129, III, da Constituição Federal, art. 8°, § 1°, da Lei n° 7.347/85, art. 25, IV, "b", daLei n° 8.625/93 e art. 36, VI, da Lei Complementar Estadual n° 12/93 e:CONSIDERANDO que o Ministério Público é uma instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa daordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis, como preceitua o art. 127 da Carta Magna;CONSIDERANDO que compete ao Ministério Público promover o inquérito civil e a ação civil pública para a proteção, a prevenção e a reparaçãodos danos causados ao meio ambiente, ao consumidor, aos bens e direitos de valor artístico, estético, histórico e paisagístico;CONSIDERANDO que todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadiaqualidade de vida, impondo ao Poder Público e à coletividade o dever de defende-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações;CONSIDERANDO que, em 30.1.2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou que o surto da doença causada pelo Coronavírus(COVID-19) constitui Emergência de Saúde Pública de importância Internacional (ESPII);CONSIDERANDO que a ESPII é considerada, nos termos do Regulamento Sanitário Internacional (RSI), "um evento extraordinário que podeconstituir um risco de saúde pública para outros países devido a disseminação internacional de doenças; e potencialmente requer uma respostainternacional coordenada e imediata";CONSIDERANDO que o Ministério da Saúde, em 3.2.2020, através da Portaria GM/MS nº 188/2020, declarou "emergência em saúde pública deimportância nacional", em decorrência da infecção humana pelo Coronavírus, considerando que a situação atual demanda o emprego urgente demedidas de prevenção, controle e contenção de riscos, danos e agravos à saúde pública;CONSIDERANDO, por fim, o disposto na Lei n° 13.979, de 06 de fevereiro de 2020, que dispõe sobre as medidas para enfrentamento daemergência de saúde pública de importância internacional decorrente do coronavírus responsável pelo surto de 2019;CONSIDERANDO que o art. 3º da mencionada lei prevê como medidas para o enfrentamento da infecção: isolamento, quarentena, determinaçãode realização compulsória de exames médicos, testes laboratoriais, coleta de amostras clínicas, vacinação e tratamentos médicos específicos;CONSIDERANDO a publicação da Portaria MS nº 356/2020, que estabelece a regulamentação e operacionalização do disposto na Lei nº13.979/2020, que traz medidas para enfrentamento da emergência de saúde pública de importância internacional decorrente do coronavírus(COVID-19);CONSIDERANDO que, em 11.3.2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou pandemia para o Coronavírus, ou seja, momento emque uma doença se espalha por diversos continentes com transmissão sustentada entre humanos;CONSIDERANDO que a classificação da situação mundial do novo coronavírus (COVID-19, SARSCoV-2) como pandemia significa o riscopotencial da doença infecciosa atingir a população mundial de forma simultânea, não se limitando a locais que já tenham sido identificadas comode transmissão interna;CONSIDERANDO o Decreto nº 18.884, de 16 de março de 2020, que regulamenta a lei nº 13.979/2020, para dispor no âmbito do Estado doPiauí, sobre as medidas emergência de saúde pública de importância internacional e tendo em visa a classificação da situação mundial do novocoronavírus;CONSIDERANDO a alta escalabilidade viral do COVID-19, exigente de infraestrutura hospitalar (pública ou privada) adequada, com leitossuficientes e composta com aparelhos respiradores em quantidade superior à população em eventual contágio, o que está fora da realidade dequalquer centro médico deste Estado;CONSIDERANDO a Portaria de Consolidação nº 5, de 28 de setembro de 2017, a qual prevê, em seu Anexo CII, o regramento relacionado aoPlanejamento, Execução e Avaliação das Ações de Vigilância e Assistência à Saúde em Eventos de Massa;CONSIDERANDO que a sobredita Portaria tem por finalidade prevenir e mitigar os riscos à saúde a que está exposta a população envolvida emeventos de massa, a partir da definição de responsabilidades dos gestores do SUS, da saúde suplementar e do estabelecimento de mecanismosde controle e coordenação de ação durante todas as fases de desenvolvimento dos eventos com foco nas ações de atenção à saúde, incluindopromoção, proteção e vigilância e assistência à Saúde. (Origem: PRT MS/GM 1139/2013, Art. 2º);CONSIDERANDO a Portaria Interministerial n° 5, de 17 de março de 2020, editada pelos Ministros de Estado da Justiça e Segurança Pública eda Saúde, que "dispõe sobre a compulsoriedade das medidas de enfrentamento da emergência de saúde pública previstas na Lei n. 13.979, de 6de fevereiro de 2020";CONSIDERANDO, ainda, a decisão do c. Supremo Tribunal Federal no julgamento da Medida Cautelar na Ação Direta de Inconstitucionalidadenº 6.341/DF proferida no dia 24 de março de 2020, na qual o E. Ministro Marco Aurélio de Melo entendeu que as previsões contidas na MedidaProvisória nº 926/2020 editada pelo Presidente da República "não afastam atos a serem praticados por Estado, o Distrito Federal e Municípioconsiderada a competência concorrente na forma do artigo 23, inciso II, da Lei Maior", reconhecendo, portanto, a autonomia dos entes municipaise estaduais na edição das medidas de prevenção destacadas acima;CONSIDERANDO a limitação da capacidade hospitalar no País e que o aumento do número de pessoas infectadas pressionará a carga nosistema de saúde, especialmente do Estado do Piauí, em que os picos das epidemias de Dengue e Influenza contribuem para o aumento donúmero de internações;CONSIDERANDO, ainda, que a autoridade de saúde local deverá, no âmbito de suas competências, acompanhar as medidas paraenfrentamento da emergência de saúde pública de importância internacional decorrente do coronavírus (COVID-19) previstas no art 3º da Lei nº13.979, de 2020 (art. 9º da Portaria MS nº 356/2020);CONSIDERANDO o papel de toda a sociedade no esforço conjunto de conter a disseminação da doença (COVID-19), respeitando-se os direitosfundamentais de toda a população, a partir de uma perspectiva de solidariedade social;CONSIDERANDO que o referido Decreto seguiu diretrizes do Decreto Federal nº 10.292/2020, que também previu atividades consideradasessenciais, o qual, no entanto, extrapola os critérios legais na definição de serviços ou atividades essenciais, uma vez que a Lei nº 7.783/89 é oparâmetro normativo nessa definição;CONSIDERANDO a decisão judicial proferida no Plantão Forense da Justiça Federal, no dia 26/03/2020, nos autos da ação civil pública nº5019484- 43.2020.4.02.5101/RJ, pela qual foi determinado que a "União se abstenha de veicular, por rádio, televisão, jornais, revistas, sites ouqualquer outro meio, físico ou digital, peças publicitárias relativas à campanha "O Brasil Não Pode Parar", ou qualquer outra que sugira à

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população brasileira comportamentos que não estejam estritamente embasados em diretrizes técnicas, emitidas pelo Ministério da Saúde, comfundamento em documentos públicos, de entidades científicas de notório reconhecimento no campo da epidemiologia e da saúde pública.";CONSIDERANDO o atual estágio do chamado novo coronavírus no Brasil, contando com 275.382 casos confirmados e 18.130 mortesoficialmente informadas até a presente data, inclusive com vítimas jovens, sendo certo que há suspeita de subnotificação da doença e que osnúmeros oficiais são atualizados a cada momento;CONSIDERANDO que a livre iniciativa foi consagrada no artigo 170 da Constituição da República e deve ser guiada pela consecução dadignidade da vida humana, inserida na Lei Maior vigente com status de fundamento do Estado Democrático de Direito (art. 1º, III), a impor-secomo vetor do ordenamento jurídico e valor orientador da interpretação do sistema constitucional. Logo, em um exercício de ponderação devalores, diante de uma pandemia e a atividade econômica, sem descurar de sua importância, não pode sobressair esta sobre a vida humana,uma vez que não há economia sem vida. Portanto, na esteira da situação enfrentada mundialmente, o exercício do livre comércio deve ceder emface da preservação da saúde pública e da vida, tomando-se como vetor de concretização da norma constitucional o princípio da dignidade dapessoa humana e a garantia do direito à saúde em vista da situação objetiva posta;CONSIDERANDO que as Empresas Enel Green Power e Norex Acciona e as empresas por elas contratadas realizam atividades de energiaeólica, no município de Lagoa do Barro do Piauí, empregando centenas de funcionários;CONSIDERANDO que a maior parte dos casos dos casos confirmados de covid-19 no Município de Lagoa do Barro do Piauí, tratam-se defuncionários das Empresas Enel Green Power e Norex Acciona e de empresas por elas contratadas.CONSIDERANDO, por fim, que a maioria dos funcionários das as Empresas Enel Green Power e Norex Acciona e as empresas por elascontratadas dormem em alojamentos ou em casas alugadas, no qual facilita a propagação do vírus.O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PIAUÍ, representado pelo agente ministerial adiante subscrito, no exercício de suas atribuiçõeslegais, RESOLVE:RECOMENDARas Empresas Enel Green Power e Norex Acciona e as empresas por elas contratadas, que realizem, imediatamente, a testagemde todos os funcionários que estão trabalhando nas atividades de energia eólica no Município de Lagoa do Barro do Piauí, com a finalidade deevitar novos contágios a propagação do vírus, utilizando, para tanto, testes que se encontrem autorizados pela Agência de Vigilância Sanitária -ANVISA.RECOMENDAR ao Município de Lagoa do Barro do Piauí para que este coloque a disposição profissional de saúde para a realização dosreferidos testes diagnósticos, computando nos sistemas de saúde disponíveis os dados necessários para acompanhamento da COVID-19.Fixa-se o prazo de 24 (vinte e quatro) horas, em razão da urgência, para que o destinatário se manifeste sobre o acatamento da presenterecomendação, devendo encaminhar à 2ª Promotoria de Justiça de São João do Piauí, pelo e-mail [email protected], asprovidências tomadas e a documentação hábil a provar o seu fiel.Ficam cientes os notificados de que a presente notificação tem natureza RECOMENDATÓRIA e PREMONITÓRIA, no sentido de prevenirresponsabilidade civil administrativa e penal, nomeadamente a fim de que no futuro não se alegue ignorância quanto à extensão e o caráter ilegaldos fatos noticiados.Encaminhe-se a presente Recomendação para que seja publicada no diário eletrônico do Ministério Público, bem como se remetam cópias aoConselho Superior do Ministério Público do Estado do Piauí, ao Centro de Apoio Operacional da Saúde e aos respectivos destinatários.São João do Piauí/PI, 20 de maio de 2020.[Assinado digitalmente]Jorge Luiz da Costa PessoaPromotor de JustiçaPORTARIA Nº 070/2020PROCEDIMENTO PREPARATÓRIOINQUÉRITO CIVILO MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PIAUÍ, por seu representante titular da 2ª Promotoria de Justiça de São João do Piauí, no uso desuas atribuições legais, e, com fulcro nas disposições contidas nos artigos 127 e 129, incisos II e III, da Constituição Federal; artigo 26, incisos I,e artigo 27 e parágrafo único, inciso IV, da Lei Federal de nº 8.625/93; e artigo 37 da Lei Complementar Estadual nº 12/93;CONSIDERANDO que, conforme estatui o artigo 37, caput, da Constituição Federal, a administração pública direta e indireta de qualquer dosPoderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos Princípios de Legalidade, Moralidade, Eficiência, Publicidadee Impessoalidade;CONSIDERANDO serem funções institucionais do Ministério Público, nos termos do artigo 129, inciso III, da Constituição Federal, promover oinquérito civil e a ação civil pública para a defesa dos interesses difusos e coletivos;CONSIDERANDO que incumbe ao Ministério Público a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuaisindisponíveis, nos termos do artigo 127 da Constituição Federal;CONSIDERANDO a NOTÍCIA DE FATO instaurada, registrada sob o nº 007/2020 (SIMP 000103-310/2020), a partir documentação apresentadapelos Vereadores do Município de Pedro Laurentino - Srs. Josivaldo de Sousa Araújo, Wilson de Sousa Barbosa, José Vicente Vilanova e EdimarBarbosa Coelho - mencionando que o Prefeito Municipal de Pedro Laurentino - Sr. Leôncio Leite de Sousa teria deflagrado teste seletivo, semqualquer edital ou instrumento normativo, para o cargo de professor;CONSIDERANDO que o não atendimento da solicitação desta Promotoria de Justiça ao Município de Pedro Laurentino para que encaminhassecópia do edital para teste seletivo para os cargos de professor, com a respectiva publicação no diário oficial, informando, inclusive, o período deinscrição;CONSIDERANDO a necessidade de conversão deste procedimento, uma vez que a Notícia de Fato não se mostra como instrumento adequadopara acompanhar a situação fática acima descrita;CONSIDERANDO que, nos termos do art. 2º, §6º da Resolução CNMP nº 23/2007, antes da instauração de inquérito civil, poderá ser instauradoprocedimento preparatório para complementar as informações relacionadas à tutela dos interesses ou direitos mencionados no artigo 1º dessaResolução, o qual deverá ser concluído no prazo de 90 (noventa) dias, prorrogável por igual prazo, uma única vez;DETERMINO:01 - CONVERSÃO da NOTÍCIA DE FATO, registrada sob o nº 007/2020 (SIMP 000103-310/2020) em PROCEDIMENTO PREPARATÓRIO DEINQUÉRITO CIVIL PÚBLICO para investigar e apurar as condutas narradas nesta Portaria;02 - A autuação e registro em livro próprio;03 - A realização das seguintes diligências:I. REQUISITE-SE, advertindo das penalidades em caso de não atendimento, inclusive já ressaltadas na Recomendação nº 001/2020 destaPromotoria de Justiça, cópia do edital para teste seletivo para os cargos de professor, com a respectiva publicação no diário oficial, informando,inclusive, o período de inscrição, a serem apresentadas no prazo de 10 (dez) dias, ou apresentar as justificativas, em igual prazo, do não-atendimento.II. OFICIE-SE à empresa "Even 3"para que informe, no prazo de 10 (dez) dias, a existência ou não de contrato celebrado com a PrefeituraMunicipal de Pedro Laurentino para realização de teste seletivo para o cargo de Professor. Em caso afirmativo, enviar cópia da documentaçãocorrespondente. Em caso negativo, informar por quais razões disponibilizou em sua página a inscrição para o teste seletivo.04 - Nomeio a servidora Camila Cunha Barbosa para secretariar e diligenciar o presente Procedimento Preparatório de Inquérito Civil Público,conferindo poderes para realizar a produção de atos meramente ordinatórios.05 - Proceda-se à comunicação da conversão da Notícia de Fato em Procedimento Preparatório de Inquérito Civil Público ao Conselho Superior

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2.4. 21ª PROMOTORIA DE JUSTIÇA DE TERESINA-PI11783

do Ministério Público e ao Centro de Apoio de Operacional de Combate à Corrupção e Defesa do Patrimônio Público - CACOP.Proceda-se com a publicação desta Portaria no Diário da Justiça.Após realização das diligências supra, retornem os autos conclusos para ulteriores deliberações.São João do Piauí, 20 de maio de 2020.[Assinado digitalmente]Jorge Luiz da Costa PessoaPROMOTOR DE JUSTIÇA

RECOMENDAÇÃO ADMINISTRATIVA Nº 02/2020Objetivo: Recomendar ao Prefeito de Teresina e ao Secretário de Assistência Social e Políticas Públicas Integradas do Município de Teresinaque convoquem suplentes para assumir os cargos vagos de Conselheiro Tutelar, disponibilizem EPIs aos integrantes dos Conselheiros Tutelaresdesta capital e adaptem o funcionamento das sedes dos Conselhos Tutelares durante o estado de emergência decretado em razão da pandemiado novo Coronavírus (CODIV-19).O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PIAUI, por meio do Promotor de Justiça titular da 21ª Promotoria de Justiça de Teresina, adianteassinado, no uso de suas atribuições, com fundamento no art. 127 da Constituição; no art. 201 a Lei Federal nº 8.069/90 (Estatuto da Criança edo Adolescente); no art. 27, inciso IV e art. 80 da Lei Federal nº 8.625/93 (Lei Orgânica Nacional do Ministério Público) e no art. 4º da Resoluçãonº 164, de 28 de março de 2017, do Conselho Nacional do Ministério Público e do previsto na Lei Complementar nº 12/93 do Estado do Piauí,CONSIDERANDO que o Ministério Público é instituição permanente e essencial à função jurisdicional do Estado, cabendo-lhe a defesa da ordemjurídica, do regime democrático e dos interesses sociais indisponíveis das crianças e adolescentes, nos termos do art. 227 da ConstituiçãoFederal de 1988;CONSIDERANDO que cabe ao Ministério Público, na defesa dos direitos e interesses da criança e do adolescente, promover o inquérito civil eação civil pública para a garantia desses direitos (ECA, art. 201, V);CONSIDERANDO que o Estatuto da Criança e do Adolescente atribui ao Ministério Público o zelo pelo efetivo respeito dos direitos e garantiaslegais, assegurados às crianças e adolescentes, promovendo as medidas judicias e extrajudiciais cabíveis (ECA, art. 201, VIII);CONSIDERANDO que o artigo 196 da Constituição Federal dispõe que "a saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediantepolíticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos, bem como ao acesso universal e igualitário às açõese serviços para sua promoção, proteção e recuperação";CONSIDERANDO que o artigo 197 da Constituição Federal dispõe que "são de relevância pública as ações e serviços de saúde, cabendo aoPoder Público dispor, nos termos da lei, sobre sua regulamentação, fiscalização e controle, devendo a sua execução ser feita diretamente ou pormeio de terceiros, por pessoa física ou jurídica de direito privado";CONSIDERANDO que o inciso III, do artigo 5° da Lei N° 8.080/90 prevê que "a assistência às pessoas por intermédio de ações de promoção,proteção e recuperação da saúde, com a realização integrada das ações assistenciais e das atividades preventivas";CONSIDERANDO que o Ministério da Saúde, em 03.02.2020, por meio da Portaria GM/MS nº 188/2020, declarou "emergência em saúde públicade importância nacional", em decorrência da infecção humana pelo Coronavírus, considerando que a situação atual demanda o emprego urgentede medidas de prevenção, controle e contenção de riscos, danos e agravos à saúde pública;CONSIDERANDO que, em 11.03.2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou status de pandemia para o Coronavírus, por entenderque a doença se espalha por diversos continentes com transmissão sustentada entre humanos;CONSIDERANDO que a Lei nº 13.979/2020 dispõe sobre as medidas para enfrentamento de emergência de saúde pública de importânciainternacional decorrente do coronavírus responsável pelo surto de 2019;CONSIDERANDO que, em 19 de maio de 2020, o Estado do Piauí possuía 2.637 casos confirmados de infecção pelo Novo Coronavírus e que,destes, 1.385 casos na cidade de Teresina (fonte: Governo do Estado do Piauí);CONSIDERANDO que a classificação da situação mundial do Novo Coronavírus como "pandemia" se traduz no risco potencial de a doençainfecciosa atingir a população de forma ampla;CONSIDERANDO que o Conselho Tutelar é um órgão essencial do Sistema de Garantia dos Direitos de Crianças e Adolescentes, consoante aResolução nº 113 do CONANDA, concebido pela Lei nº 8.069, de 13 de julho 1990;CONSIDERANDO que o Conselho Tutelar é órgão autônomo e permanente, não jurisdicional, encarregado de zelar pelo cumprimento dosdireitos da criança e do adolescente (ECA, art. 131);CONSIDERANDO que, nos termos do art. 132 da Lei Federal nº 8.069/90 - Estatuto da Criança e do Adolescente, o Conselho Tutelar écomposto de 05 (cinco) membros, escolhidos pela população local, sendo inadmissível a redução de conselheiros tutelares, em afronta aoPrincípio da Legalidade e da Eficiência, mormente durante este período de crise sanitária;CONSIDERANDO que o Conselho Tutelar constitui órgão ligado à estrutura da Administração Pública Municipal, em razão do princípio damunicipalização do atendimento, não podendo, por parte deste, sofrer qualquer tipo de ingerência que lhe prejudique o funcionamento;CONSIDERANDO que, consoante o artigo 19 da Resolução nº 170/2014 do CONANDA, o Conselho Tutelar deverá atuar, sem prejuízo doatendimento ininterrupto à população, fazendo-se necessário o funcionamento do Conselho Tutelar, durante a crise do Coronavírus, ainda que naforma de sobreaviso, para o atendimento de casos graves de violação de direitos de crianças e adolescentes;CONSIDERANDO que, consoante denúncia encaminhada a esta Promotoria de Justiça, uma Conselheira do III Conselho Tutelar de Teresina eum Conselheiro Tutelar do I Conselho de Teresina foram infectados pelo COVID-19 e, em razão disso, os demais Conselheiros Tutelares estãoem isolamento social, ou seja, os dez Conselheiros Tutelares dos referidos Conselhos estão afastados, não tendo, até esta data, sidoconvocados os conselheiros suplentes para assunção do cargo, omissão que retarda sobremaneira o atendimento das crianças e adolescentes, oqual demanda rapidez e eficácia;CONSIDERANDO que o atendimento à crianças e adolescentes nas Zonas Norte e Sul de Teresina está prejudicado com a ausência deConselheiros Tutelares para atender às demandas oriundas destas regiões;CONSIDERANDO que, consoante denúncia encaminhada a esta Promotoria de Justiça, os membros dos Conselheiros Tutelares da cidade deTeresina não receberam equipamentos de proteção individual (EPI), indispensáveis para o desempenho de suas atribuições, sem que ponhamem risco a sua própria saúde;CONSIDERANDO que o art. 16 da Resolução N° 170/2014 estabelece que, ocorrendo vacância ou afastamento de quaisquer dos membrostitulares do Conselho Tutelar, o Poder Executivo Municipal convocará IMEDIATAMENTE o suplente para o preenchimento da vaga;CONSIDERANDO que § 1º do referido artigo do mesmo artigo estipula que os Conselheiros Tutelares suplentes serão convocados de acordocom a ordem de votação e receberão remuneração proporcional aos dias que atuarem no órgão, sem prejuízo da remuneração dos titularesquando em gozo de licenças e férias regulamentares;CONSIDERANDO que o art. 134 do Estatuto da Criança e do Adolescente prevê que o Chefe do Poder Executivo Municipal é o responsávelimediato por garantir o funcionamento adequado dos Conselho Tutelares de cada Município, ressaltando que área de atuação territorial destesestá delimitada no art. 132 do ECA, combinado com outros normas municipais, que dispõem sobre o local, o dia e o horário de funcionamento doÓrgão;CONSIDERANDO que a Lei Federal nº 8.429/92 - Lei de Improbidade Administrativa, em seu artigo 11, inciso IV, tipifica como ato deimprobidade administrativa que atenta contra os princípios da administração pública retardar ou praticar indevidamente ato de ofício,

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2.5. GRUPO DE TRABALHO INSTITUÍDO PELAS PORTARIAS Nº 866/2020 E 928/2020 - PICOS-PI 11784

estandoos seus causadores passíveis das sanções previstas na referida Lei;RESOLVE:RECOMENDAR ao PREFEITO DE TERESINA/PI, ou a quem vier a substituí-lo, ao SECRETÁRIO MUNICIPAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL EPOLÍTICAS INTEGRADAS DO MUNICÍPIO DE TERESINA e ao PRESIDENTE DA FUNDAÇÃO MUNICIPAL DE SAÚDE DE TERESINA queassegurem condições necessárias para o atendimento à população infantojuvenil, salvaguardando, a integridade, a saúde e a vida dos (as)Conselheiros (as) Tutelares, especialmente enquanto existir a manifestação desta pandemia no Brasil, devendo, para tanto:I - convocar, de forma imediata, 10 (DEZ) SUPLENTES DE CONSELHEIRO TUTELAR PARA OCUPAR, TEMPORÁRIA OU DEFINITIVAMENTE,DE ACORDO COM A SITUAÇÃO IN CONCRETO, O CARGO DE CONSELHEIRO TUTELAR NO I e NO III CONSELHO TUTELAR DETERESINA, que se encontram vagos, em conformidade com a lista de suplentes formulada no processo de escolha unificada dos conselheirostutelares de Teresina, regulamentado pelo Edital n.º 002/2019, do CMDCAT, e com a Lei n.º 3.208, de 31 de julho de 2003 e com a Lei n.º8.069/91;II- determinar, caso haja suspeita de contaminação pelo Novo coronavírus de Conselheiros Tutelares dos Direitos da Criança e do Adolescenteou dos demais servidores do Conselho, que sejam estes afastados pelo prazo recomendado pelas autoridades de saúde, e, após o decurso destelapso, seja-lhes possibilitada a realização de novos exames para comprovar a ausência, ou não, de infecção pelo referido vírus;III- flexibilizar o atendimento dos Conselheiros Tutelares em regime de sobreaviso, preferencialmente, não presencial, devendo a escala dosConselheiros ser amplamente divulgada para a sociedade em geral;IV - viabilizar, diante da impossibilidade de atendimento não presencial, que a prestação de serviço seja em local ventilado, não fechado, quepermita a manutenção de pelo menos 1 (um) metro de distância entre as pessoas, visando a evitar o contágio pelo Coronavírus, devendo seratendidos, de forma presencial, apenas os casos emergenciais;V - disponibilizar os equipamentos de prevenção ao novo coronavírus, a exemplo de: materiais de limpeza, máscaras de uso pessoal edescartáveis, álcool em gel 70º, luvas, e outros instrumentos preventivos e de proteção individual, em quantidade e qualidade necessárias parasuprir a necessidade dos (as) Conselheiros (as) Tutelares e da Equipe do Órgão (motoristas, secretários e demais funcionários), bem como dopúblico que procura atendimento;VI - assegurar que não haja prejuízo à promoção, defesa e controle para atendimento e efetivação dos direitos da criança e do adolescente, nemrisco à saúde dos profissionais e do público que procuram os serviços deste órgão;VII - solicitar ao Conselheiro Tutelar de sobreaviso que encaminhe ao órgão gestor, para efeito de comprovação de trabalho de sobreaviso,relatório quantitativo de casos atendidos durante o período, informando ainda as providências adotadas.Fixo, em razão do direito envolvido, o prazo de 05 (cinco) dias para a resposta acerca do cumprimento, ou não, da presenteRecomendação, sob pena de adoção de todas as medidas extrajudiciais e judiciais cabíveis.Encaminhe-se cópia da presente Recomendação ao Conselho Municipal dos Direitos da Criança e Adolescentes de Teresina, para tomarconhecimento e empenhar-se a fim de que as medidas sejam cumpridas o mais rápido possível.Publique-se.Teresina, 20 de maio de 2020.LUIZ GONZAGA REBELO FILHOPromotor de Justiça

PROMOTORIAS DE JUSTIÇA DE PICOS-PI GRUPO DE TRABALHO-PGJ/PI866/2020 e 928/2020Promotorias de Justiça de Picos, Fronteiras, Jaicós, Simões, Inhuma, Valença, Padre Marcos, Paulistana, Itainópolis, PioIX://www.mppi.mp.br/telefones da Secretaria (89) 98143-0561/(89)99867-5372.PORTARIA N° 57/2020- GRUPO DE TRABALHOInstaura Procedimento para acompanhar as Unidades Básicas de Saúde de São José do Piauí, Santana, Dom Expedito Lopes, Sussuapara,Aroeiras do Itaim, Geminiano, Monsenhor Hipólito, Francisco Santos, Santo Antônio de Lisboa, Bocaina, São João da Canabrava, São Luís doPiauí, Paquetá, Wall Ferraz e Santa Cruz do Piauí durante o período de pandemia da COVID 19.O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE PIAUÍ, por seuspresentantes, com atuação no GRUPO DE TRABALHO instituído pelas Portarias n.º 866/2020 e 928/2020 para atuar nas ações de combate aoCOVID19, no uso das atribuições que lhes são conferidas pelos arts. 127, 129, III, da Constituição Federal, art. 26, I da Lei n° 8.625/93 e art. 37,incisos I, V e VI, da Lei Complementar Estadual n° 12/93 e,CONSIDERANDO que o Ministério Público é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa daordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis, nos termos do art. 127, caput, da Constituição daRepública;CONSIDERANDO que, segundo o artigo 196 da Constituição Federal: "a saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticassociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços parasua promoção, proteção e recuperação";CONSIDERANDO que a Lei Federal nº 8080/1990 estabelece como umdos objetivos do SUS "a assistência às pessoas por intermédio de ações de promoção, proteção e recuperação da saúde, com a realizaçãointegrada das ações assistenciais e das atividades preventivas", consoante redação do art. 5º, III;CONSIDERANDO que o artigo 197 da Carta Federal dispõe que "são de relevância pública as ações e serviços de saúde, cabendo ao PoderPúblico dispor, nos termos da lei, sobre sua regulamentação, fiscalização e controle, devendo sua execução ser feita diretamente ou através deterceiros e, também, por pessoa física ou jurídica de direito privado";CONSIDERANDO que o caput do artigo 2.º da Lei Federal nº 8.080/90, expressa o princípio da gratuidade do SUS, estatuindo que "a saúde é umdireito fundamental do ser humano, devendo o Estado prover as condições indispensáveis ao seu pleno exercício";CONSIDERANDO que a Constituição Federal estabelece a necessidade do Estado Democrático de Direito assegurar à sociedade o seu bem-estar, culminando assim com o indispensável respeito a um dos direitos sociais básicos, qual seja o direito à SAÚDE;CONSIDERANDO que a Lei Federal nº 8.080/90 (Lei Orgânica Nacional da Saúde) em seu art. 43, é incisiva ao dispor sobre a gratuidade dasações e serviços de saúde nos serviços públicos contratados;CONSIDERANDO que vigora, no âmbito do direito à saúde, o princípio do atendimento integral, preconizado no artigo 198, II da ConstituiçãoFederal e no art. 7º, II da Lei nº 8.080/90 (Lei Orgânica do SUS), pelo qual cabe ao Poder Público prestar a assistência aos que necessitam doSUS, da forma que melhor garanta o tratamento aos usuários;CONSIDERANDO que incumbe aos municípios manter o pleno funcionamento das unidades básicas de saúde como porta de entrada dosusuários do SUS para o exercício do direito à saúde, instituições destinadas à prestação de serviços de saúde com qualidade, eficiência eresolutividade;CONSIDERANDO que, em 11.3.2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou pandemia para o Coronavírus, ou seja, momento emque uma doença se espalha por diversos continentes com transmissão sustentada entre humanos;CONSIDERANDO que a classificação da situação mundial do novo coronavírus (COVID-19, SARSCoV-2) como pandemia significa o riscopotencial da doença infecciosa atingir a população mundial de forma simultânea, não se limitando a locais que já tenham sido identificadas comode transmissão interna;

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CONSIDERANDO que as Unidades Básicas de Saúde são a porta de entrada preferencial do Sistema Único de Saúde - SUS;CONSIDERANDO a necessidade de sistematização dos atendimentos realizados nas Unidades Básicas de Saúde - UBS, objetivandoprincipalmente propiciar a segurança dos pacientes e profissionais;RESOLVE:Com fundamento nos arts. 37, 127, 129, III e 225 da CF; art. 26, I, da Lei nº 8.625/93; art. 143, II, da CE; art. 37, I, da LC nº 12/93-PI, art. 8º, § 1º,da Lei nº 7.347/85, art. 8º e seguintes da Resolução nº 174/2017-CNMP e legislação pertinente, instaurar, sob sua presidência, o presentePROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO, com o objetivo de fiscalizar, acompanhar e garantir o pleno funcionamento durante o período de pandemiadas UNIDADES BÁSICAS DE SAÚDE DOS MUNICÍPIOS DE SÃO JOSÉ DO PIAUÍ, SANTANA, DOM EXPEDITO LOPES, SUSSUAPARA,AROEIRAS DO ITAIM, GEMINIANO, MONSENHOR HIPÓLITO, FRANCISCO SANTOS, SANTO ANTÔNIO DE LISBOA, BOCAINA, SÃOJOÃO DA CANABRAVA, SÃO LUÍS DO PIAUÍ, PAQUETÁ, WALL FERRAZ E SANTA CRUZ DO PIAUÍ, à luz dos princípiosda Administração Pública, bem como tomar todas as medidas extrajudiciais e judiciais necessárias para a garantia do direito à saúde dosusuários do SUS, DETERMINANDO, desde já, as seguintes providências:1- Oficie-se aos Secretários de Saúde das cidades de São José do Piauí, Santana, Dom Expedito Lopes, Sussuapara, Aroeiras do Itaim,Geminiano, Monsenhor Hipólito, Francisco Santos, Santo Antônio de Lisboa, Bocaina, São João da Canabrava, São Luís do Piauí, Paquetá, WallFerraz e Santa Cruz do Piauí, para que informem, no prazo de 05 (cinco) dias:as ações emergenciais adotadas pelas Unidades Básicas de Saúde, se houve efetiva implantação e execução de fluxograma específico deatendimento nas Unidades Básicas de Saúde - UBS's, durante a pandemia de Coronavírus (COVID - 19) e como está havendo a separação entresuspeitos de doenças respiratórias dos demais pacientes;o protocolo de medicamentos adotado, os medicamentos usados, o estoque de medicamentos e informações sobre recebimento do Estado oucompras, acompanhado de documentos que comprovem o recebimento e/ou a compra.Autuação da presente portaria, registrando-se em livro próprio;Remessa desta Portaria ao Conselho Superior do Ministério Público, à Ouvidoria e ao Centro de Apoio Operacional de Defesa da Saúde -CAODS/MPPI, por e- mail, para conhecimento;Remessa desta Portaria, por meio eletrônico, à Secretaria-Geral do Ministério Público (e-mail publicações), para a devida divulgação na imprensaoficial, propiciando a publicação e registro desta Portaria no sítio eletrônico da Procuradoria Geral de Justiça;Publique-se. Cumpra-se.Picos-PI, 18 de maio de 2020.

ITANIELI ROTONDO

Assinado de forma digital por ITANIELI ROTONDOSA:77511646387SA:77511646387Dados: 2020.05.19 11:21:41 -03'00'Itanieli Rotondo SáPromotora de Justiça

VIEIRA:02672563373

ROMANA LEITEAssinado de forma digital por ROMANA LEITEVIEIRA:02672563373Dados: 2020.05.19 15:28:00 -03'00'Romana Leite Vieira

XAVIER:01022053370

Promotora de JustiçaKARINE ARARUNAAssinado de forma digital por KARINE ARARUNAXAVIER:01022053370Dados: 2020.05.19 11:43:51 -03'00'Karine Araruna XavierPromotora de JustiçaAssinado de forma digital porTALLITA LUZIA BEZERRA TALLITA LUZIA BEZERRAARAUJO:00500067384ARAUJO:00500067384Dados: 2020.05.19 12:30:56 -03'00'Tallita Luzia Bezerra AraújoPromotora de JustiçaPaulo Maurício Araújo GusmãoPromotor de JustiçaCleandro Alves de MouraPromotor de JustiçaMicheline Ramalho Serejo SilvaPromotora de JustiçaPORTARIA N° 62/2020- GRUPO DE TRABALHOInstaura Procedimento para acompanhar as Unidades Básicas de Saúde dos Municípios de Inhuma e Ipiranga, durante o período de pandemiada COVID 19.O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE PIAUÍ, por seuspresentantes, com atuação no GRUPO DE TRABALHO REGIONAL instituído pelas Portarias n.º 866/2020 e 928/2020 para atuar nas ações decombate ao COVID 19, no uso das atribuições que lhes são conferidas pelos arts. 127, 129, III, da Constituição Federal, art. 26, I da Lei n°8.625/93 e art. 37, incisos I, V e VI, da Lei Complementar Estadual n° 12/93 e,CONSIDERANDO que o Ministério Público é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa daordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis, nos termos do art. 127, caput, da Constituição daRepública;

Diário Eletrônico do MPPIANO IV - Nº 638 Disponibilização: Quinta-feira, 21 de Maio de 2020 Publicação: Sexta-feira, 22 de Maio de 2020

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CONSIDERANDO que, segundo o artigo 196 da Constituição Federal: "a saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticassociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços parasua promoção, proteção e recuperação";CONSIDERANDO que a Lei Federal nº 8080/1990 estabelece como um dos objetivos do SUS "a assistência às pessoas por intermédio de açõesde promoção, proteção e recuperação da saúde, com a realização integrada das ações assistenciais e dasatividades preventivas", consoante redação do art. 5º, III;CONSIDERANDO que o artigo 197 da Carta Federal dispõe que "são de relevância pública as ações e serviços de saúde, cabendo ao PoderPúblico dispor, nos termos da lei, sobre sua regulamentação, fiscalização e controle, devendo sua execução ser feita diretamente ou através deterceiros e, também, por pessoa física ou jurídica de direito privado";CONSIDERANDO que o caput do artigo 2.º da Lei Federal nº 8.080/90, expressa o princípio da gratuidade do SUS, estatuindo que "a saúde é umdireito fundamental do ser humano, devendo o Estado prover as condições indispensáveis ao seu pleno exercício";CONSIDERANDO que a Constituição Federal estabelece a necessidade do Estado Democrático de Direito assegurar à sociedade o seu bem-estar, culminando assim com o indispensável respeito a um dos direitos sociais básicos, qual seja o direito à SAÚDE;CONSIDERANDO que a Lei Federal nº 8.080/90 (Lei Orgânica Nacional da Saúde) em seu art. 43, é incisiva ao dispor sobre a gratuidade dasações e serviços de saúde nos serviços públicos contratados;CONSIDERANDO que vigora, no âmbito do direito à saúde, o princípio do atendimento integral, preconizado no artigo 198, II da ConstituiçãoFederal e no art. 7º, II da Lei nº 8.080/90 (Lei Orgânica do SUS), pelo qual cabe ao Poder Público prestar a assistência aos que necessitam doSUS, da forma que melhor garanta o tratamento aosusuários;CONSIDERANDO que incumbe aos municípios manter o pleno funcionamento das unidades básicas de saúde como porta de entrada dosusuários do SUS para o exercício do direito à saúde, instituições destinadas à prestação de serviços de saúde com qualidade, eficiência eresolutividade;CONSIDERANDO que, em 11.3.2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou pandemia para o Coronavírus, ou seja, momento emque uma doença se espalha por diversos continentes com transmissão sustentada entre humanos;CONSIDERANDO que a classificação da situação mundial do novo coronavírus (COVID-19, SARSCoV-2) como pandemia significa o riscopotencial da doença infecciosa atingir a população mundial de forma simultânea, não se limitando a locais que já tenham sido identificadas comode transmissão interna;CONSIDERANDO que as Unidades Básicas de Saúde são a porta de entrada preferencial do Sistema Único de Saúde - SUS;CONSIDERANDO a necessidade de sistematização dos atendimentos realizados nas Unidades Básicas de Saúde - UBS, objetivandoprincipalmente propiciar a segurança dos pacientes e profissionais;RESOLVE:Com fundamento nos arts. 37, 127, 129, III e 225 da CF; art. 26, I, da Lei nº 8.625/93; art. 143, II, da CE; art. 37, I, da LC nº 12/93-PI, art. 8º, § 1º,da Lei nº 7.347/85, art. 8º e seguintes da Resolução nº 174/2017-CNMP e legislação pertinente, instaurar, sob sua presidência, o presentePROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO, com o objetivo de fiscalizar, acompanhar e garantir o pleno funcionamento durante o período de pandemiadas UNIDADES BÁSICAS DE SAÚDE DOS MUNICÍPIOS INHUMA eIPIRANGA, à luz dos princípios da Administração Pública, bem como tomar todas as medidas extrajudiciais e judiciais necessárias para agarantia do direito à saúde dos usuários do SUS, DETERMINANDO, desde já, as seguintes providências:1- Oficie-se aos Secretários de Saúde das cidades de Inhuma e Ipiranga, para que informem, no prazo de 05 (cinco) dias:as ações emergenciais adotadas pelas Unidades Básicas de Saúde, se houve efetiva implantação e execução de fluxograma específico deatendimento nas Unidades Básicas de Saúde - UBS's, durante a pandemia de Coronavírus (COVID - 19) e como está havendo a separação entresuspeitos de doenças respiratórias dos demais pacientes;o protocolo de medicamentos adotado, os medicamentos usados, o estoque de medicamentos e informações sobre recebimento do Estado oucompras, acompanhado de documentos que comprovem o recebimento e/ou a compra.Autuação da presente portaria, registrando-se em livro próprio;Remessa desta Portaria ao Conselho Superior do Ministério Público, à Ouvidoria e ao Centro de Apoio Operacional de Defesa da Saúde -CAODS/MPPI, por e-mail, para conhecimento;Remessa desta Portaria, por meio eletrônico, à Secretaria-Geral do Ministério Público (e-mail publicações), para a devida divulgação na imprensaoficial, propiciando a publicação e registro desta Portaria no sítio eletrônico da Procuradoria Geral de Justiça;Publique-se. Cumpra-se.Picos-PI, 18 de maio de 2020.Assinado de forma digital porPAULO MAURICIO ARAUJO PAULO MAURICIO ARAUJOGUSMAO:00793588537GUSMAO:00793588537Dados: 2020.05.19 17:02:10 -03'00'Paulo Maurício Araújo Gusmão

XAVIER:01022053370

Promotor de JustiçaKARINE ARARUNAAssinado de forma digital por KARINE ARARUNAXAVIER:01022053370Dados: 2020.05.19 11:42:49 -03'00'Karine Araruna XavierPromotora de JustiçaTALLITA LUZIA BEZERRA ARAUJO:00500067384Assinado de forma digital por TALLITA LUZIA BEZERRA ARAUJO:00500067384 Dados: 2020.05.19 12:30:09 -03'00'Tallita Luzia Bezerra AraújoPromotora de JustiçaROMANA LEITEAssinado de forma digital por ROMANA LEITE VIEIRA:02672563373VIEIRA:02672563373 Dados: 2020.05.19 15:31:39 -03'00'Romana Leite VieiraPromotora de JustiçaITANIELI ROTONDO Assinado de forma digital por ITANIELIROTONDO SA:77511646387

Diário Eletrônico do MPPIANO IV - Nº 638 Disponibilização: Quinta-feira, 21 de Maio de 2020 Publicação: Sexta-feira, 22 de Maio de 2020

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SA:77511646387Dados: 2020.05.19 11:21:13 -03'00'Itanieli Rotondo SáPromotora de JustiçaCleandro Alves de MouraPromotor de JustiçaMicheline Ramalho Serejo SilvaPromotora de JustiçaPORTARIA N° 59/2020- GRUPO DE TRABALHOInstaura Procedimento para acompanhar as Unidades Básicas de Saúde dos Municípios de Simões, Caridade do Piauí, Curral Novo do Piauí,Marcolândia e Caldeirão Grande do Piauí, durante o período de pandemia da COVID 19.O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE PIAUÍ, por seuspresentantes, com atuação no GRUPO DE TRABALHO REGIONAL instituído pela Portaria n.º 928/2020 para atuar nas ações de combate aoCOVID19, no uso das atribuições que lhes são conferidas pelos arts. 127, 129, III, da Constituição Federal, art. 26, I da Lei n° 8.625/93 e art. 37,incisos I, V e VI, da Lei Complementar Estadual n° 12/93 e,CONSIDERANDO que o Ministério Público é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa daordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis, nos termos do art. 127, caput, da Constituição daRepública;CONSIDERANDO que, segundo o artigo 196 da Constituição Federal: "a saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticassociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços parasua promoção, proteção e recuperação";CONSIDERANDO que a Lei Federal nº 8080/1990 estabelece como um dos objetivos do SUS "a assistência às pessoas por intermédio de açõesde promoção, proteção e recuperação da saúde, com a realização integrada das ações assistenciais e dasatividades preventivas", consoante redação do art. 5º, III;CONSIDERANDO que o artigo 197 da Carta Federal dispõe que "são de relevância pública as ações e serviços de saúde, cabendo ao PoderPúblico dispor, nos termos da lei, sobre sua regulamentação, fiscalização e controle, devendo sua execução ser feita diretamente ou através deterceiros e, também, por pessoa física ou jurídica de direito privado";CONSIDERANDO que o caput do artigo 2.º da Lei Federal nº 8.080/90, expressa o princípio da gratuidade do SUS, estatuindo que "a saúde é umdireito fundamental do ser humano, devendo o Estado prover as condições indispensáveis ao seu pleno exercício";CONSIDERANDO que a Constituição Federal estabelece a necessidade do Estado Democrático de Direito assegurar à sociedade o seu bem-estar, culminando assim com o indispensável respeito a um dos direitos sociais básicos, qual seja o direito à SAÚDE;CONSIDERANDO que a Lei Federal nº 8.080/90 (Lei Orgânica Nacional da Saúde) em seu art. 43, é incisiva ao dispor sobre a gratuidade dasações e serviços de saúde nos serviços públicos contratados;CONSIDERANDO que vigora, no âmbito do direito à saúde, o princípio do atendimento integral, preconizado no artigo 198, II da ConstituiçãoFederal e no art. 7º, II da Lei nº 8.080/90 (Lei Orgânica do SUS), pelo qual cabe ao Poder Público prestar a assistência aos que necessitam doSUS, da forma que melhor garanta o tratamento aos usuários;CONSIDERANDO que incumbe aos municípios manter o pleno funcionamento das unidades básicas de saúde como porta de entrada dosusuários do SUS para o exercício do direito à saúde, instituições destinadas à prestação de serviços de saúde com qualidade, eficiência eresolutividade;CONSIDERANDO que, em 11.3.2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou pandemia para o Coronavírus, ou seja, momento emque uma doença se espalha por diversos continentes com transmissão sustentada entre humanos;CONSIDERANDO que a classificação da situação mundial do novo coronavírus (COVID-19, SARSCoV-2) como pandemia significa o riscopotencial da doença infecciosa atingir a população mundial de forma simultânea, não se limitando a locais que já tenham sido identificadas comode transmissão interna;CONSIDERANDO que as Unidades Básicas de Saúde são a porta de entrada preferencial do Sistema Único de Saúde - SUS;CONSIDERANDO a necessidade de sistematização dos atendimentos realizados nas Unidades Básicas de Saúde - UBS, objetivandoprincipalmente propiciar a segurança dos pacientes e profissionais;RESOLVE:Com fundamento nos arts. 37, 127, 129, III e 225 da CF; art. 26, I, da Lei nº 8.625/93; art. 143, II, da CE; art. 37, I, da LC nº 12/93-PI, art. 8º, § 1º,da Lei nº 7.347/85, art. 8º e seguintes da Resolução nº 174/2017-CNMP e legislação pertinente,instaurar, sob sua presidência, o presente PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO, com o objetivo de fiscalizar, acompanhar e garantir o plenofuncionamento durante o período de pandemia das UNIDADES BÁSICAS DE SAÚDE DOS MUNICÍPIOS DE SIMÕES, CARIDADE DO PIAUÍ,CURRAL NOVO DO PIAUÍ, MARCOLÂNDIA ECALDEIRÃO GRANDE DO PIAUÍ à luz dos princípios da Administração Pública, bem como tomar todas as medidas extrajudiciais e judiciaisnecessárias para a garantia do direito à saúde dos usuários do SUS, DETERMINANDO, desde já, as seguintes providências:1- Oficie-se aos Secretários de Saúde das cidades de Simões, Caridade do Piauí, Curral Novo do Piauí, Marcolândia e Caldeirão Grande doPiauí, para que informem, no prazo de 05 (cinco) dias:as ações emergenciais adotadas pelas Unidades Básicas de Saúde, se houve efetiva implantação e execução de fluxograma específico deatendimento nas Unidades Básicas de Saúde - UBS's, durante a pandemia de Coronavírus (COVID - 19) e como está havendo a separação entresuspeitos de doenças respiratórias dos demais pacientes;o protocolo de medicamentos adotado, os medicamentos usados, o estoque de medicamentos e informações sobre recebimento do Estado oucompras, acompanhado de documentos que comprovem o recebimento e/ou a compra.Autuação da presente portaria, registrando-se em livro próprio;Remessa desta Portaria ao Conselho Superior do Ministério Público, à Ouvidoria e ao Centro de Apoio Operacional de Defesa da Saúde -CAODS/MPPI, por e- mail, para conhecimento;Remessa desta Portaria, por meio eletrônico, à Secretaria-Geral do Ministério Público (e-mail publicações), para a devida divulgação na imprensaoficial, propiciando a publicação e registro desta Portaria no sítio eletrônico da Procuradoria Geral de Justiça;Publique-se. Cumpra-se.Picos-PI, 18 de maio de 2020.TALLITA LUZIA BEZERRAAssinado de forma digital por TALLITA LUZIA BEZERRA ARAUJO:00500067384ARAUJO:00500067384 Dados: 2020.05.18 16:03:30-03'00'Tallita Luzia Bezerra AraújoPromotora de JustiçaROMANA LEITEVIEIRA:02672563373Assinado de forma digital por ROMANA LEITE VIEIRA:02672563373 Dados: 2020.05.19 15:29:00 -03'00'

Diário Eletrônico do MPPIANO IV - Nº 638 Disponibilização: Quinta-feira, 21 de Maio de 2020 Publicação: Sexta-feira, 22 de Maio de 2020

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Romana Leite VieiraPromotora de JustiçaITANIELI ROTONDO Assinado de forma digital porITANIELI ROTONDO SA:77511646387Itanieli RSoAto:7nd7o51S1á646387Promotora de JustiçaDados: 2020.05.19 11:20:04 -03'00'KARINE ARARUNAAssinado de forma digital por KARINE ARARUNAXAVIER:010220533 XAVIER:01022053370

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Dados: 2020.05.19 11:41:37-03'00'Karine Araruna XavierPromotora de JustiçaAssinado de forma digital porPAULO MAURICIO ARAUJO GUSMAO:00793588537PAULO MAURICIO ARAUJO GUSMAO:00793588537Dados: 2020.05.19 17:01:13 -03'00'Paulo Maurício Araújo GusmãoPromotor de JustiçaCleandro Alves de MouraPromotor de JustiçaMicheline Ramalho Serejo SilvaPromotora de JustiçaPORTARIA N° 60/2020- GRUPO DE TRABALHOInstaura Procedimento para acompanhar as Unidades Básicas de Saúde dos Municípios de Jaicós, Campo Grande do Piauí, Massapê do Piauí ePatos do Piauí, durante o período de pandemia da COVID 19.O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE PIAUÍ, por seuspresentantes, com atuação no GRUPO DE TRABALHO REGIONAL instituído pela Portaria n.º 928/2020 para atuar nas ações de combate aoCOVID19, no uso das atribuições que lhes são conferidas pelos arts. 127, 129, III, da Constituição Federal, art. 26, I da Lei n° 8.625/93 e art. 37,incisos I, V e VI, da Lei Complementar Estadual n° 12/93 e,CONSIDERANDO que o Ministério Público é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa daordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis, nos termos do art. 127, caput, da Constituição daRepública;CONSIDERANDO que, segundo o artigo 196 da Constituição Federal: "a saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticassociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços parasua promoção, proteção e recuperação";CONSIDERANDO que a Lei Federal nº 8080/1990 estabelece como um dos objetivos do SUS "a assistência às pessoas por intermédio de açõesde promoção, proteção e recuperação da saúde, com a realização integrada das ações assistenciais e das atividades preventivas", consoanteredação do art. 5º, III;CONSIDERANDO que o artigo 197 da Carta Federal dispõe que "são de relevância pública as ações e serviços de saúde, cabendo ao PoderPúblico dispor, nos termos da lei, sobre sua regulamentação, fiscalização e controle, devendo sua execução ser feita diretamente ou através deterceiros e, também, por pessoa física ou jurídica de direito privado";CONSIDERANDO que o caput do artigo 2.º da Lei Federal nº 8.080/90, expressa o princípio da gratuidade do SUS, estatuindo que "a saúde é umdireito fundamental do ser humano, devendo o Estado prover as condições indispensáveis ao seu pleno exercício";CONSIDERANDO que a Constituição Federal estabelece a necessidade do Estado Democrático de Direito assegurar à sociedade o seu bem-estar, culminando assim com o indispensável respeito a um dos direitos sociais básicos, qual seja o direito à SAÚDE;CONSIDERANDO que a Lei Federal nº 8.080/90 (Lei Orgânica Nacional da Saúde) em seu art. 43, é incisiva ao dispor sobre a gratuidade dasações e serviços de saúde nos serviços públicos contratados;CONSIDERANDO que vigora, no âmbito do direito à saúde, o princípio do atendimento integral, preconizado no artigo 198, II da ConstituiçãoFederal e no art. 7º, II da Lei nº 8.080/90 (Lei Orgânica do SUS), pelo qual cabe ao Poder Público prestar a assistência aos que necessitam doSUS, da forma que melhor garanta o tratamento aos usuários;CONSIDERANDO que incumbe aos municípios manter o pleno funcionamento das unidades básicas de saúde como porta de entrada dosusuários do SUS para o exercício do direito à saúde, instituições destinadas à prestação de serviços de saúde com qualidade, eficiência eresolutividade;CONSIDERANDO que, em 11.3.2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou pandemia para o Coronavírus, ou seja, momento emque uma doença se espalha por diversos continentes com transmissão sustentada entre humanos;CONSIDERANDO que a classificação da situação mundial do novo coronavírus (COVID-19, SARSCoV-2) como pandemia significa o riscopotencial da doença infecciosa atingir a população mundial de forma simultânea, não se limitando a locais que já tenham sido identificadas comode transmissão interna;CONSIDERANDO que as Unidades Básicas de Saúde são a porta de entrada preferencial do Sistema Único de Saúde - SUS;CONSIDERANDO a necessidade de sistematização dos atendimentos realizados nas Unidades Básicas de Saúde - UBS, objetivandoprincipalmente propiciar a segurança dos pacientes e profissionais;RESOLVE:Com fundamento nos arts. 37, 127, 129, III e 225 da CF; art. 26, I, da Lei nº 8.625/93; art. 143, II, da CE; art. 37, I, da LC nº 12/93-PI, art. 8º, § 1º,da Lei nº 7.347/85, art. 8º e seguintes da Resolução nº 174/2017-CNMP e legislação pertinente, instaurar, sob sua presidência, o presentePROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO, com oobjetivo de fiscalizar, acompanhar e garantir o pleno funcionamento durante o período de pandemia das UNIDADES BÁSICAS DE SAÚDE DOSMUNICÍPIOS JAICÓS, CAMPO GRANDE DO PIAUÍ, MASSAPÊ DO PIAUÍ E PATOS DO PIAUÍ, à luz dosprincípios da Administração Pública, bem como tomar todas as medidas extrajudiciais e judiciais necessárias para a garantia do direito à saúdedos usuários do SUS, DETERMINANDO, desde já, as seguintes providências:1- Oficie-se aos Secretários de Saúde das cidades de Jaicós, Campo Grande do Piauí, Massapê do Piauí e Patos do Piauí, para que informem,no prazo de 05 (cinco) dias:as ações emergenciais adotadas pelas Unidades Básicas de Saúde, se houve efetiva implantação e execução de fluxograma específico deatendimento nas Unidades Básicas de Saúde - UBS's, durante a pandemia de Coronavírus (COVID - 19) e como está havendo a separação entre

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suspeitos de doenças respiratórias dos demais pacientes;o protocolo de medicamentos adotado, os medicamentos usados, o estoque de medicamentos e informações sobre recebimento do Estado oucompras, acompanhado de documentos que comprovem o recebimento e/ou a compra.Autuação da presente portaria, registrando-se em livro próprio;Remessa desta Portaria ao Conselho Superior do Ministério Público, à Ouvidoria e ao Centro de Apoio Operacional de Defesa da Saúde -CAODS/MPPI, por e- mail, para conhecimento;Remessa desta Portaria, por meio eletrônico, à Secretaria-Geral do Ministério Público (e-mail publicações), para a devida divulgação na imprensaoficial, propiciando a publicação e registro desta Portaria no sítio eletrônico da Procuradoria Geral de Justiça;Publique-se. Cumpra-se. Picos-PI, 19 de maio de 2020.

KARINE ARARUNA

Assinado de forma digital por KARINE ARARUNAXAVIER:01022053 XAVIER:01022053370370Dados: 2020.05.19 11:47:53-03'00'Karine Araruna XavierPromotora de JustiçaAssinado de forma digital porTALLITA LUZIA BEZERRA TALLITA LUZIA BEZERRAARAUJO:00500067384ARAUJO:00500067384Dados: 2020.05.19 12:28:59 -03'00'Tallita Luzia Bezerra AraújoPromotora de Justiça

VIEIRA:02672563373

ROMANA LEITEAssinado de forma digital por ROMANA LEITEVIEIRA:02672563373Dados: 2020.05.19 15:29:46 -03'00'Romana Leite VieiraPromotora de JustiçaITANIELI ROTONDO SA:77511646387Assinado de forma digital por ITANIELI ROTONDO SA:77511646387Dados: 2020.05.19 15:41:17-03'00'Itanieli Rotondo SáPromotora de JustiçaPAULO MAURICIO ARAUJO GUSMAO:00793588537Assinado de forma digital por PAULO MAURICIO ARAUJO GUSMAO:00793588537Dados: 2020.05.19 17:02:43 -03'00'Paulo Maurício Araújo GusmãoPromotor de JustiçaCleandro Alves de MouraPromotor de JustiçaMicheline Ramalho Serejo SilvaPromotora de JustiçaSIMP 000021-370/2020DESPACHO - ARQUIVAMENTO - GRUPO DE TRABALHOTrata-se de Procedimento Administrativo instaurado com objetivo de expedir recomendação orientativa aos serviços de diálise de Picos-PI, arespeito das medidas profiláticas necessárias à prevenção/contenção da COVID-19Em breve síntese, expediu-se Recomendação nº 11/2020 ao Instituto dos Rins e ao Centro de Terapia Renal de Picos-PI, a fim de adotaremtodas as medidas profiláticas necessárias para conter a propagação da doença, com observância dos preceitos orientativos gerais, bem comoinstruções diante de casos suspeitos e confirmados de COVID-19.Após regular envio da recomendação, a Clínica Nossa Senhora dos Remédios LTDA. Instituto do Rim, por meio do Ofício nº 17/2020, em síntese,informou que foram adotadas as orientações contidas na NOTA TÉCNICA GVIMS/GGTES/ANVISA nº 04/2020, sobretudo implementaramtambém no instituto as orientações deste órgão ministerial, conforme recomendação recebida.Do mesmo modo, em resposta, o Centro de Terapia Renal de Picos, através do Ofício nº 30/2020, em resumo, noticiou que além das medidas jáadotadas por orientação da ANVISA (NOTA TÉCNICA GVIMS/GGTES/ANVISA nº 04/2020), realizaram também no centro as orientações daRecomendação Ministerial nº 11/2020.É o breve relato. Passa-se a decidir.Da análise dos autos, verifica-se que o cerne da demanda limita-se a orientar a atuação do Instituto dos Rins e Centro de Terapia Renal de Picos-PI, com medidas profiláticas necessárias à prevenção e contenção da COVID-19.Assim, conforme noticiado pelos referidos serviços de diálise, ambos tomaram ciências das orientações recomendadas, bem como informaram játerem adotadas as orientações contidas na NOTA TÉCNICA GVIMS/GGTES/ANVISA nº 04/2020, inclusive implementaram nos respectivosestabelecimentos as orientações gerais e as instruções diante de casos suspeitos e confirmados de COVID-19, contidas na Recomendação nº11/2020.Deste modo, tendo como alcançado o objetivo a que o Ministério Público se propôs, dado que as orientações contidas na Recomendação nº011/2020 foram levadas ao conhecimento do Instituto dos Rins e ao Centro de Terapia Renal de Picos-PI, além do mais, colocadas em prática,por todo o exposto, eis que exaurido objeto aventado, promovo o ARQUIVAMENTO do presente Procedimento Administrativo, realizando-se osprocedimentos de praxe.Registra-se que, caso surjam demandas específicas quanto à temática, este Órgão Ministerial voltará a atuar.Deixo de comunicar as partes em razão do disposto no art. 13, §2º da Resolução nº 174/2017.Publique-se em DOEMP. Remessa de cópia desta decisão ao E. CSMP, via Athenas.Após, arquive-se o feito em promotoria, com as baixas e registros necessários, conforme art. 12 da Resolução CNMP nº 174/2017.

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2.6. 1ª PROMOTORIA DE JUSTIÇA DE UNIÃO-PI11788

Picos - PI, 19 de maio de 2020Paulo Maurício Araújo GusmãoPromotor de Justiça

RECOMENDAÇÃO ADMINISTRATIVA Nº 03/2020O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PIAUÍ, através da 1ª Promotoria de Justiça de União, por sua Promotora de Justiça titular RenataMárcia Rodrigues Silva, no uso de suas atribuições constitucionais e legais insertas nos artigos 129, inciso III, da Constituição da RepúblicaFederativa do Brasil, 25, inciso IV, "a", da Lei n° 8.625/93 e 37 da Lei Complementar Estadual n° 12/93;CONSIDERANDO que, consoante dispõe a Constituição da República, incumbe ao Ministério Público a defesa da ordem jurídica, do regimedemocrático de direito e dos interesses sociais e individuais indisponíveis, sendo função institucional o exercício do controle externo da atividadepolicial, na forma do inciso VII do art. 129 da CF;CONSIDERANDO que estão sujeitos ao controle externo do Ministério Público, na forma do art. 129, inciso VII, da Constituição Federal, dalegislação em vigor e da Resolução CNMP nº 20/2007, os organismos policiais relacionados no art. 144 da Constituição Federal, bem como aspolícias legislativas ou qualquer outro órgão ou instituição, civil ou militar, à qual seja atribuída parcela de poder de polícia, relacionada com epersecução criminal;CONSIDERANDO notícias veiculadas em portais da internet[1], relatando que desde o começo da crise do Coronavírus (Covid-19) no Brasil,segundo dados das secretarias estaduais de Segurança Pública, aproximadamente 5.000 (cinco mil) policiais deixaram de trabalhar por suspeitade contaminação pela doença;CONSIDERANDO que na reunião realizada no dia 20 de abril de 2020, com membros do Ministério Público do Piauí e autoridades da SegurançaPública (Corpo de Bombeiro Militar, Polícia Militar, Polícia Civil, Departamento de Polícia-Técnico e Científico - DPTC), dentre elas o Secretáriode Segurança Pública do Estado do Piauí, na qual informou que todos os profissionais de segurança pública, em especial os Policiais Militares,seriam submetidos a realização de testes rápidos que detectem a COVID-19;CONSIDERANDO que os agentes dos órgãos de segurança pública estão nas ruas, em turnos ininterruptos de revezamento, em contato combens de uso COMPARTILHADO, em contato direto com cidadãos, e na sequência, retornam para suas casas, onde têm contato com seusfamiliares, e posteriormente, retornam para a sua escala;CONSIDERANDO que essa cadeia de contatos é extremamente arriscada e potencializadora da disseminação do novo Coronavírus (SARS-CoV-2)/COVID-19, seja entre os integrantes da equipe de trabalho, e entre esses e a sociedade civil, seja entre os policiais e pessoas que são presasem flagrante, e na sequência encaminhados para o sistema penitenciário;CONSIDERANDO que a Organização Mundial de Saúde - OMS recomendou aos países com transmissão comunitária do novo coronavírus(SARS-CoV-2) que providencie duas medidas essenciais para a contenção da doença: (1) isolamento social; e (2) testagem em massa;CONSIDERANDO que os funcionários dos órgãos de segurança pública, assim como os profissionais de saúde, exercem atividade consideradaessencial, sendo que a primeira medida recomenda pela OMS não é uma opção para este grupo;CONSIDERANDO, desta forma, a necessidade de assegurar condições adequadas de trabalho aos Policiais Militares no atual exercício de suasfunções ordinárias, bem como daquelas excepcionais de fiscalização do cumprimento de normas legais e infralegais que regem a vida emsociedade nesse momento excepcional de situação de pandemia do novo coronavírus (SARS-CoV-2) (tais como aquelas contendo proibição defuncionamento de comércios, de aglomeração de pessoas etc), eis que, evidentemente, ao desempenharem tais funções, os policiais estãoexpostos à contaminação, razão pela qual o poder público deve proporcionar-lhes adequadas condições de trabalho;CONSIDERANDO a necessidade dos agentes de segurança pública com suspeita ou confirmação de Coronavírus (Covid-19) serem afastados desuas funções e ter seu quadro clínico acompanhado pela Instituição, com o fornecimento de suporte necessário para sua recuperação;CONSIDERANDO, que o cenário apresentado e evidenciado com a eclosão da pandemia do novo coronavírus (SARS-CoV-2), causador daCOVID-19, vivenciamos no presente momento uma situação extraordinária, que demanda ações imediatas por parte do Ministério Público, emcaráter de urgência, tendo em vista que a demora na tomada de decisões e adoção de providências de prevenção para a saúde e segurança dosservidores públicos dos órgãos de segurança pública pode significar a diferença entre a vida e a morte, não só dos citados agentes como de seusfamiliares e de parcela significativa da população piauiense;CONSIDERANDO que o Ministério Público do Piauí, através da 1ª Promotoria de Justiça de União foi comunicada que ao menos 06(seis)policiais militares que oficiam na 2ª Cia do 16º BPM/PI estão diagnosticados com o novo coronovírus, inclusive seu Comandante Miguel Luz Leal;CONSIDERANDO a Portaria nº 132, de 20/03/2020, expedida pelo Gabinete do Comando Geral da Polícia Militar do Piauí, na qual disciplina osprocedimentos a serem adotados no âmbito da PMPI relacionadas à contenção da disseminação da Covid-19 no Estado do Piauí;CONSIDERANDO que, no âmbito do Ministério Público, consoante o art. 8º, inciso II, da Resolução CNMP nº 174/2017, o procedimentoadministrativo é o instrumento apto para acompanhar e fiscalizar, de forma continuada, políticas públicas ou instituições;CONSIDERANDO tramitação do Procedimento Administrativo nº 04/2020, desta Promotoria de Justiça, cuja finalidade é acompanhar e fiscalizaros procedimentos adotados no âmbito dos órgãos da Polícia Militar que atuam nas cidades de União e Lagoa Alegre relacionados à contenção dadisseminação do novo coronavírus com fito de proteger a saúde dos policiais militares e de seus familiares,CONSIDERANDO que incumbe ao Ministério Público, no exercício do controle externo da atividade policial, expedir recomendações visando àmelhoria dos serviços policiais, bem como o respeito aos interesses, direitos e bens cuja defesa seja de responsabilidade deste parquet,consoante art. 4º, IX, da Resolução nº 20/2007 do Conselho Nacional do Ministério Público;RESOLVE:RECOMENDAR ao COMANDANTE DA 2ª CIA DO 16º BPM, de União/PI, MIGUEL LUZ LEAL, em cumprimento às disposições de ordemconstitucional, legal, administrativas e de natureza sanitária acima referidas e outras com ela convergentes, para adoção, no prazo de 72 horas,das seguintes providências:1. Que todo efetivo da Polícia Militar atuante na 2ª Cia do 16º BPM de União/PI seja imediatamente submetido ao Teste de Covid-19, comencaminhamento ao órgão local de saúde responsável pela realização do teste;2. Que os Policiais Militares vinculados à companhia que apresentarem febre (temperatura igual ou superior a 37,8 ºC) e sintomas respiratórios eos que tiveram contato com suspeitos de Covid-19 sejam imediatamente direcionados às Unidades Básicas de Saúdes locais a fim de verificar anecessidade do afastamento de suas funções, devidamente comprovado por declaração de autoridade médica;3. Que o retorno dos Policiais Militares com sintomas suspeitos de Covid-19 só seja realizado com documentação apta a descartá-los como "casosuspeito";4. Que os casos suspeitos, com ou sem sintomas da Covid-19, sejam submetidos ao imediato isolamento no prazo a ser fixado pelas autoridadesde saúde, não havendo obstáculo que impeça o fiel cumprimento das determinações impostas pelo profissional de saúde;5. Que seja fielmente seguida a Portaria nº 132, de 20/03/2020, anexa a esta Recomendação, expedida pelo Gabinete do Comando Geral daPolícia Militar do Piauí, na qual disciplina os procedimentos a serem adotados no âmbito da PMPI relacionadas à contenção da disseminação daCovid-19;6. Que seja facilmente disponibilizado aos agentes da Polícia Militar Equipamentos de Proteção individual(EPI's) e produtos de higiene aptos aminimizar os riscos de contaminação no âmbito da Companhia da Polícia Militar que atua no município de União/PI;7. Após o prazo de 72 horas informe a esta Promotoria de Justiça, através do e-mail [email protected], o acatamento da presenteRecomendação Administrativa, encaminhando a relação de todos os agentes submetidos ao teste de Covid-19, com a respectiva identificação

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dos Policiais Militares que testaram positivo ao novo Coronavírus e as medidas impostas para evitar a propagação do vírus na Companhia;Ressalte-se que a presente Recomendação visa garantir a saúde e segurança do efetivo militar da 2ª Cia do 16 BPM que oficia no município deUnião e de suas famílias , evitando a propagação do novo Coronavírus causador da Covid-19, bem como garantir à população do município umefetivo apto a executar fielmente, e com zelo, suas atividades ostensivas sem pôr em risco a segurança desta municipalidade.Alertamos que o descumprimento desta recomendação ensejará a atuação deste órgão ministerial, na rápida responsabilização do agente públicoresponsável, com a promoção das ações penais cabíveis, sem prejuízo a outras providências a serem adotadas no âmbito das Promotorias deJustiça de União/PI.Na certeza do pronto acatamento da presente recomendação, colhemos o ensejo para render votos de elevada estima e distinta consideração.União/PI, 20 de maio de 2020.RENATA MÁRCIA RODRIGUES SILVAPromotora de Justiça[1] https://www1.folha.uol.com.br/colunas/painel/2020/04/estados-dizem-que-quase-5000-policiais-foram-afastados-por-suspeita-de-coronavirus.shtmlPORTARIA nº. 05/2020Objeto: Instaurar Procedimento Administrativo nº 04/2020-1ªPJUN visando acompanhar e fiscalizar os procedimentos adotados no âmbito dascompanhias da Polícia Militar que atuam nas cidades de União e Lagoa Alegre relacionados à contenção da disseminação do novo coronavírus afim de proteger a saúde dos policiais militares e de seus familiares.O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PIAUÍ, através da 1ª Promotoria de Justiça de União, por sua Promotora de Justiça titular RenataMárcia Rodrigues Silva, no uso de suas atribuições constitucionais e legais insertas nos artigos 129, inciso III, da Constituição da RepúblicaFederativa do Brasil, 25, inciso IV, "a", da Lei n° 8.625/93 e 37 da Lei Complementar Estadual n° 12/93;CONSIDERANDO que, consoante dispõe a Constituição da República, incumbe ao Ministério Público a defesa da ordem jurídica, do regimedemocrático de direito e dos interesses sociais e individuais indisponíveis, sendo função institucional o exercício do controle externo da atividadepolicial, na forma do inciso VII do art. 129 da CF;CONSIDERANDO que estão sujeitos ao controle externo do Ministério Público, na forma do art. 129, inciso VII, da Constituição Federal, dalegislação em vigor e da Resolução CNMP nº 20/2007, os organismos policiais relacionados no art. 144 da Constituição Federal, bem como aspolícias legislativas ou qualquer outro órgão ou instituição, civil ou militar, à qual seja atribuída parcela de poder de polícia, relacionada com epersecução criminal;CONSIDERANDO notícias veiculadas em portais da internet[1], relatando que desde o começo da crise do Coronavírus (Covid-19) no Brasil,segundo dados das secretarias estaduais de Segurança Pública, aproximadamente 5.000 (cinco mil) policiais deixaram de trabalhar por suspeitade contaminação pela doença;CONSIDERANDO que na reunião realizada no dia 20 de abril de 2020, com membros do Ministério Público do Piauí e autoridades da SegurançaPública (Corpo de Bombeiro Militar, Polícia Militar, Polícia Civil, Departamento de Polícia-Técnico e Científico - DPTC), dentre elas o Secretáriode Segurança Pública do Estado do Piauí, na qual informou que todos os profissionais de segurança pública, em especial os Policiais Militares,seriam submetidos a realização de testes rápidos que detectem a COVID-19;CONSIDERANDO que os agentes dos órgãos de segurança pública estão nas ruas, em turnos ininterruptos de revezamento, em contato combens de uso COMPARTILHADO, em contato direto com cidadãos, e na sequência, retornam para suas casas, onde têm contato com seusfamiliares, e posteriormente, retornam para a sua escala;CONSIDERANDO que essa cadeia de contatos é extremamente arriscada e potencializadora da disseminação do novo Coronavírus (SARS-CoV-2)/COVID-19, seja entre os integrantes da equipe de trabalho, e entre esses e a sociedade civil, seja entre os policiais e pessoas que são presasem flagrante, e na sequência encaminhados para o sistema penitenciário;CONSIDERANDO que a Organização Mundial de Saúde - OMS recomendou aos países com transmissão comunitária do novo coronavírus(SARS-CoV-2) que providencie duas medidas essenciais para a contenção da doença: (1) isolamento social; e (2) testagem em massa;CONSIDERANDO que os funcionários dos órgãos de segurança pública, assim como os profissionais de saúde, exercem atividade consideradaessencial, sendo que a primeira medida recomenda pela OMS não é uma opção para este grupo;CONSIDERANDO, desta forma, a necessidade de assegurar condições adequadas de trabalho aos Policiais Militares no atual exercício de suasfunções ordinárias, bem como daquelas excepcionais de fiscalização do cumprimento de normas legais e infralegais que regem a vida emsociedade nesse momento excepcional de situação de pandemia do novo coronavírus (SARS-CoV-2) (tais como aquelas contendo proibição defuncionamento de comércios, de aglomeração de pessoas etc), eis que, evidentemente, ao desempenharem tais funções, os policiais estãoexpostos à contaminação, razão pela qual o poder público deve proporcionar-lhes adequadas condições de trabalho;CONSIDERANDO a necessidade dos agentes de segurança pública com suspeita ou confirmação de Coronavírus (Covid-19) serem afastados desuas funções e ter seu quadro clínico acompanhado pela Instituição, com o fornecimento de suporte necessário para sua recuperação;CONSIDERANDO, que o cenário apresentado e evidenciado com a eclosão da pandemia do novo coronavírus (SARS-CoV-2), causador daCOVID-19, vivenciamos no presente momento uma situação extraordinária, que demanda ações imediatas por parte do Ministério Público, emcaráter de urgência, tendo em vista que a demora na tomada de decisões e adoção de providências de prevenção para a saúde e segurança dosservidores públicos dos órgãos de segurança pública pode significar a diferença entre a vida e a morte, não só dos citados agentes como de seusfamiliares e de parcela significativa da população piauiense;CONSIDERANDO que o Ministério Público do Estado do Piauí, através da 1ª Promotoria de Justiça de União, tomou conhecimento que aomenos 06(seis) policiais militares que oficiam na 2ª Cia do 16º BPM/PI estão diagnosticados com o novo coronovírus, inclusive seu Comandantelocal;CONSIDERANDO a Portaria nº 132, de 20/03/2020, expedida pelo Gabinete do Comando Geral da Polícia Militar do Piauí, na qual disciplina osprocedimentos a serem adotados no âmbito da PMPI relacionadas à contenção da disseminação da Covid-19 no Estado do Piauí;CONSIDERANDO que, no âmbito do Ministério Público, consoante o art. 8º, inciso II, da Resolução CNMP nº 174/2017, o procedimentoadministrativo é o instrumento apto para acompanhar e fiscalizar, de forma continuada, políticas públicas ou instituições;RESOLVE instaurar o presente Procedimento Administrativo nº 04/2020 visando acompanhar e fiscalizar os procedimentos adotados no âmbitodos órgãos da Polícia Militar que atuam nas cidades de União e Lagoa Alegre relacionados à contenção da disseminação do novo coronavírus afim de proteger a saúde dos policiais militares e de seus familiares, determinando as seguintes diligências:1.Autuação da presente Portaria em registo próprio, com devida movimentação no SIMP;2. Publicação desta Portaria no Diário Oficial Eletrônico do Ministério Público do Estado do Piauí;3. A comunicação de abertura desse procedimento ao CAOCRIM-MPPI e GACEP-MPPI, com encaminhamento de cópia da presente Portaria;4. Comunique-se ao Conselho Superior do Ministério Público a instauração do procedimento, com a expedição de cópia desta portaria;5. A juntada nos autos de cópia da Portaria nº 132, de 20/03/2020, expedida pelo Gabinete do Comando Geral da Polícia Militar do Piauí, para fielinstrução do feito;6. A expedição de ofícios aos Comandantes da Polícia Militar dos municípios de União e Lagoa Alegre, dando ciência da instauração do presenteprocedimento, bem como solicitando informações sobre a regularidade no fornecimentos de equipamentos de proteção individual aos PoliciaisMilitares essenciais à execução de suas atividades, ocorrência de afastamento de agentes com sintomas suspeitos ou confirmados do novocoronavírus, com apresentação da relação dos agentes afastados e respectivas datas do afastamento, bem como as providências adotadas comrelação aos agentes que tiveram contato com o policial militar acometido por Covid-19, devendo as autoridades oficiadas apresentar respostas aesta Promotoria de Justiça, no prazo máximo de 05 (cinco) dias, através do e-mail institucional [email protected];

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2.7. 49ª PROMOTORIA DE JUSTIÇA DE TERESINA-PI11790

7. RECOMENDAR ao comando da 2ªCia do 16º BPM de União/PI, que seja devidamente seguidas as providências indicadas pela Portaria nº132, de 20/03/2020, expedida pelo Gabinete do Comando Geral da Polícia Militar do Piauí, em especial a constante em seu art. 8º, comencaminhamento de todos os Policiais Militares vinculados a companhia ao setor local competente para realização dos testes de Covid-19, eafastamento dos policiais militares suspeitos ou confirmados com a Covid-19, bem como os agentes que tiveram contato com estes, concedendoprazo de 72horas para informar a este órgão ministerial o cumprimento da Recomendação e das providências adotadas após os resultados dostestes.8. Que a Recomendação expedida seja publicada no Diário Oficial Eletrônico do Ministério Público, sendo remetidas cópias ao Conselho Superiordo Ministério Público do Estado do Piauí, ao CAODS, ao CAOCRIM e ao GACEP, para fins de conhecimento.Nomeio os assessores Durvalino da Silva Barros Neto e Gabriela Karpejany Pereira Sousa, lotados na 1ª Promotoria de Justiça de União/PI, parasecretariar no presente feito.Cumpra-se.União/PI, 20 de maio de 2020.RENATA MÁRCIA RODRIGUES SILVAPromotora de Justiça[1] https://www1.folha.uol.com.br/colunas/painel/2020/04/estados-dizem-que-quase-5000-policiais-foram-afastados-por-suspeita-de-coronavirus.shtml

PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO Nº 041/2020PORTARIA Nº 058/2020(SIMP: 000083-034/2020)O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PIAUÍ, por intermédio da 49ª Promotoria de Justiça de Teresina, Promotoria de Justiça da Cidadaniae Direitos Humanos, no âmbito de suas atribuições legais, com fundamento nas normas do art. 129, da Constituição Federal; art. 26, inciso I,alíneas "a" a "c", e inciso II, da Lei Federal nº 8.625/93; e art. 37, inciso I, alíneas "a" e "b", e inciso II, da Lei Complementar Estadual nº 12/93, eCONSIDERANDO que o Ministério Público é uma instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa daordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis, ao teor do art. 127, caput, da Constituição Federal, eart. 141, da Constituição do Estado do Piauí;CONSIDERANDO que é função institucional do Ministério Público a promoção de Procedimentos Administrativos, Inquéritos Civis e Ações CivisPúblicas, para proteção de direitos difusos e coletivos, segundo o que prevê o art. 129, inciso II, da Constituição Federal;CONSIDERANDO o teor do art. 3º, incisos I e IV, da Constituição Federal, que informa que constituem objetivos fundamentais da RepúblicaFederativa do Brasil: construir uma sociedade livre, justa e solidária, bem como promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça,sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação;CONSIDERANDO o teor do art. 5º, caput, da Constituição Federal, que informa que todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquernatureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, àsegurança e à propriedade;CONSIDERANDO que a Assistência Social constitui direito do cidadão, sendo politica de seguridade social, de natureza não contributiva, queprevê mínimos sociais, realizada através de um conjunto integrado de ações de iniciativa pública e da sociedade, para garantir o atendimento àsnecessidades básicas;CONSIDERANDO que o Sistema de Assistência Social rege-se pelos princípios da supremacia do atendimento às necessidades sociais sobre asexigências de rentabilidade econômica; da universalização dos direitos sociais, a fim de tornar o destinatário da assistência social alcançávelpelas demais políticas públicas; e do respeito à dignidade do cidadão, à sua autonomia e ao seu direito a benefícios e serviços de qualidade, bemcomo à convivência familiar e comunitária, vedando-se qualquer comprovação vexatória de necessidade, ao teor do art. 4º, da Lei nº 8.472/93;CONSIDERANDO que a Lei nº 13.445/2017, que institui a Lei de Migração, trata o imigrante como um sujeito de direitos, e não como umforasteiro indesejável, instituindo o repúdio à xenofobia, ao racismo e a outras formas de discriminação, além de garantir o acesso às políticaspúblicas, sem discriminação em razão da nacionalidade e da condição migratória, mesmo que se encontrem em situação migratória irregular;CONSIDERANDO a previsão contida no art. 3º, da Lei nº 13.445/2017, segundo a qual são princípios e diretrizes da política migratória brasileira,entre outros: a universalidade, indivisibilidade e interdependência dos direitos humanos; o repúdio e prevenção à xenofobia, ao racismo e aquaisquer formas de discriminação; a não criminalização da migração; a não discriminação em razão dos critérios ou dos procedimentos pelosquais a pessoa foi admitida em território nacional; a promoção de entrada regular e de regularização documental; a acolhida humanitária; agarantia do direito à reunião familiar; a igualdade de tratamento e de oportunidade ao migrante e a seus familiares; a inclusão social, laboral eprodutiva do migrante por meio de políticas públicas;CONSIDERANDO que também são diretrizes da política migratória brasileira: o acesso igualitário e livre do migrante a serviços, programas ebenefícios sociais, bens públicos, educação, assistência jurídica integral pública, trabalho, moradia, serviço bancário e seguridade social; apromoção e difusão de direitos, liberdades, garantias e obrigações do migrante; a cooperação internacional com Estados de origem, de trânsito ede destino de movimentos migratórios, a fim de garantir efetiva proteção aos direitos humanos do migrante; a proteção integral e atenção aosuperior interesse da criança e do adolescente migrantes;CONSIDERANDO o que dispõe o art. 4º, da Lei nº 13.445/2017, o qual assegura aos migrantes direitos e liberdades civis, sociais, culturais eeconômicos; direito à liberdade de circulação em território nacional, visando a integração plena do migrante à sociedade brasileira ao assegurar opleno acesso aos serviços;CONSIDERANDO que a Organização Mundial da Saúde-OMS declarou, no dia 11.03.2020, que a rápida expansão do novo coronavírus pelomundo já se configurava como uma pandemia, que já trouxe sérios prejuízos às rotinas normais dos serviços públicos, realçando uma maiornecessidade de implementar-se medidas necessárias à garantia mínima dos direitos de toda a população;CONSIDERANDO que, no Brasil, o Estado de Emergência de Saúde Pública de Importância Nacional - ESPIN foi declarado em 3 de fevereiro de2020, por meio da edição da Portaria MS nº 188, do Ministério da Saúde, nos termos do Decreto nº 7.616, de 17 de novembro de 2011;CONSIDERANDO o que determina a Lei nº 13.979/2020, de 06 de Fevereiro de 2020, que dispõe sobre as medidas de enfrentamento daemergência de saúde pública de importância internacional decorrente do coronavírus responsável pelo surto de 2019;CONSIDERANDO o que prevê Decreto Estadual nº 18.884/2020, que regulamenta a Lei n° 13.979, de 06 de fevereiro de 2020, para dispor noâmbito do Estado do Piauí, sobre as medidas de saúde pública de importância internacional e tendo em vista a classificação da situação mundialdo novo coronavírus como pandemia, institui o Comitê de Crise e dá outas providências;CONSIDERANDO a previsão contida no art. 9º, do Decreto Estadual n° 18.884/2020, que declara situação de emergência em saúde pública noâmbito do Estado do Piauí;CONSIDERANDO as disposições Decreto nº 18.895/2020, que declarou estado de calamidade no âmbito do Estado do Piauí;CONSIDERANDO que, no mesmo sentido, o Município de Teresina editou a Lei Municipal nº 5.499, de 09 de maço de 2020, que dispõe sobre asmedidas de enfrentamento da emergência de saúde pública decorrente do novo coronavírus (COVID-19); o Decreto n.º 19.537, de 20 de marçode 2020, que declara "estado de calamidade pública", em razão do agravamento da crise de saúde pública decorrente da pandemia de doençainfecciosa viral respiratória, causada pelo novo coronavírus (COVID-19) e suas repercussões nas finanças públicas municipais, e para os fins doart. 65, da Lei Complementar nº 101, de 4 de maio de 2000, e dá outras providências; e o Decreto Municipal nº 19.531, de 18.03.2020, que

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declarou situação de emergência em saúde pública no Município de Teresina e dispôs sobre medidas de enfrentamento à pandemia provocadapelo novo coronavírus (COVID-19);CONSIDERANDO que a ocorrência da pandemia do novo coronavírus no Município de Teresina, obriga que a gestão pública adote medidasconcretas e excepcionais, especialmente de caráter preventivo, com a finalidade de atenuar os riscos de contágio pela COVID-19;CONSIDERANDO que os serviços prestados pela Assistência Social são considerados serviços essenciais, porque indispensáveis aoatendimento das necessidades inadiáveis da comunidade, na medida em que, se não atendidos, colocam em perigo a sobrevivência, a saúde oua segurança da população, conforme o que determina o Decreto nº 10.282, de 20 de março de 2020;CONSIDERANDO que, em decorrência da emergência em saúde pública ora vivenciada, é fundamental que a rede do Sistema Único deAssistência Social-SUAS trabalhe em cada município em parceria com o Sistema Único de Saúde-SUS, observadas as medidas de prevençãorecomendadas pelo Ministério da Saúde e pelo gestor local de saúde;CONSIDERANDO as previsões contidas na Portaria nº 69, de 14 de Maio de 2020, do Ministério da Cidadania, que aprova recomendaçõesgerais para a garantia de proteção social à população em situação de rua, inclusive imigrantes, no contexto da pandemia do novo Coronavírus(COVID-19);CONSIDERANDO que a Nota Técnica nº 13/2020, parte integrante da Portaria nº 69, de 14 de Maio de 2020, do Ministério da Cidadania, aduzque o cenário atual exige a adoção de medidas, procedimentos e a reorganização de unidades e serviços, a fim de assegurar proteção e apoiar odistanciamento social, especialmente aos grupos considerados de risco, além de mitigar possível transmissibilidade, medidas estas de caráteremergencial, que devem alcançar a gestão e a totalidade das unidades e serviços, incluindo os de natureza pública estatal e os públicosprestados pelas Organizações da Sociedade Civil, ainda que não recebam recursos públicos;CONSIDERANDO que, segundo a Nota Técnica nº 13/2020, considerar as pessoas refugiadas e migrantes que estejam em situação de rua, comdestaque para o grande fluxo de pessoas advindas da Venezuela que adentram o Brasil pela fronteira no Estado de Roraima e que tem sedeslocado muitas vezes para outras Unidades da Federação, por meio da Estratégia de Interiorização do Governo Federal ou por demandaespontânea;CONSIDERANDO que os imigrantes venezuelanos, em sua maioria indígenas da Etnia Warao, além da dificuldade do idioma, tem uma culturade fazer nas ruas o que chamam de "coleta" e, por isso, muitas vezes não permanecem nos serviços de acolhimento, sendo que, no atualcontexto, a permanência dos mesmos nas ruas se agrava, por decorrência da pandemia do novo coronavírus (COVID-19);CONSIDERANDO que as medidas e os procedimentos previstos para a proteção deste público devem buscar mitigar riscos de exposição àinfecção pelo novo coronavírus (COVID-19) e as dificuldades encontradas para o distanciamento social, assim como os riscos relativos àaglomeração e ao fluxo diário de entrada e saída de pessoas nos serviços de acolhimento, incluindo os próprios usuários e os profissionais queos atendem;CONSIDERANDO que a identificação e reconhecimento destes riscos deve direcionar em cada localidade à elaboração de Plano deContingência e a organização de provisões no âmbito do Sistema Único da Assistência Social-SUAS, de forma coordenada e estratégica,mapeando demandas, orientaanto e prestando o apoio necessário a todas as unidades com a oferta de serviços socioassistenciais, incluindo arede governamental e as Organizações da Sociedade Civil, inclusive as que porventura não recebam recursos públicos;CONSIDERANDO que, a partir de um diagnóstico local da rede socioassistencial, identifique-se também adequações e respostas urgentes enecessárias para mitigar riscos e proteger usuários e trabalhadores, considerando riscos de transmissibilidade decorrentes do caráter coletivo dosserviços de acolhimento e do fluxo diário de entrada e saída de pessoas;CONSIDERANDO que o planejamento e a implementação de medidas e procedimentos para as adequações da rede socioassistencial devem serrealizados, preferencialmente, de forma articulada com a rede de saúde, desenvolvendo-se ações para prevenção da transmissibilidade do novocoronavírus (COVID-19), mediante a observação do curso da pandemia em cada localidade e as recomendações e regulamentaçõescontinuamente atualizadas pelos Ministérios da Saúde e da Cidadania, e pelas autoridades sanitárias locais;CONSIDERANDO que, na implementação de medidas, procedimentos e reorganização das ofertas abordadas na mencionada Nota Técnica nº13/2020, poderão ser utilizados, além de recursos próprios, aqueles disponibilizados via cofinanciamento federal repassados a Municípios,Distrito Federal e Estados, incluindo recursos voltados ao enfrentamento da emergência de saúde pública decorrente da COVID-19, previstos naMP nº 953, de 15 de abril de 2020, observadas a Portaria Conjunta SNAS/SEDS e SGFT nº 1, de 2 de abril de 2020, do Ministério da Cidadania;a Portaria MC nº 369, de 29 de abril de 2020; a Portaria MC nº 378, de 7 de maio de 2020, e outras Portarias que venham a regulamentar adestinação de recursos previstos na MP nº 953, de 15 de abril de 2020;CONSIDERANDO que há numerosa população de cidadãos venezuelanos neste Município de Teresina, os quais aqui chegaram em meados deMaio/2019 e mantiveram intenção de aqui permanecerem, mas em abrigamento minimamente adequado à dignidade humana, inclusive paracrianças e idosos que compõem o grupo;CONSIDERANDO que é o Procedimento Administrativo o instrumento próprio da atividade-fim destinado a acompanhar e fiscalizar, de formacontinuada, políticas públicas ou instituições, consoante o que dispõe o art. 8º, II, da Resolução nº 174/2017, do Conselho Nacional do MinistérioPúblico-CNMP;RESOLVEInstaurar o presente PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO para tratar sobre a garantia da continuidade da oferta de serviços socioassistenciais àpopulação de cidadãos venezuelanos que hoje se encontra acolhida pelo Município de Teresina-PI, para tanto adotando as providênciaspertinentes aos caso.Determino de já:a) seja autuada a presente Portaria com os documentos que originaram, com instauração no sistema SIMP, deixando para promover a autuaçãoem meio físico e o registro em livro próprio desta Promotoria de Justiça quando do retorno às atividades normais de trabalho após o fim daquarentena;b) seja encaminhada, por e-mail, para conhecimento e publicação a presente portaria ao Diário Oficial Eletrônico do Ministério Público do Estadodo Piauí, ao Centro de Apoio Operacional de Defesa da Educação e Cidadania-CAODEC e ao Gabinete de Acompanhamento e Prevenção deContágio pelo Coronavírus (COVID-19) - GAC;c) seja oficiado à Secretaria Municipal de Cidadania, Assistência Social e Políticas Integradas-SEMCASPI requisitando informações atualizadassobre as medidas adotadas com vistas à garantia da continuidade da oferta de serviços socioassistenciais à população de cidadãosvenezuelanos que hoje se encontra acolhida pelo Município de Teresina-PI, assim como sobre a atual situação de abrigamento (quantos e quaislocais, qual a quantidade de pessoas abrigada, por gênero e faixa etária), para tanto consignando o prazo de 15 (quinze) dias para resposta;d) seja oficiado à Fundação Municipal de Saúde de Teresina-FMS requisitando informações atualizadas sobre as medidas adotadas com vistas àgarantia da oferta de serviços de saúde destinadas à população de cidadãos venezuelanos que hoje se encontra acolhida pelo Município deTeresina-PI, em especial quanto a orientações para prevenção, identificação de possíveis casos suspeitos e de grupos de risco, realização devacinação, fornecimento de medicamentos e de Equipamentos de Proteção Individual do tipo máscaras, tudo em decorrência da pandemia donovo coronavírus (COVID-19), para tanto consignando o prazo de 15 (quinze) dias para resposta.Cumpra-se.Teresina, 20 de Maio de 2019MYRIAN LAGO49ª Promotora de JustiçaPromotoria da Cidadania e Direitos Humanos

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2.8. 2ª PROMOTORIA DE JUSTIÇA DE CAMPO MAIOR-PI11792

2.9. 2ª PROMOTORIA DE JUSTIÇA DE CORRENTE-PI11794

ICP Nº 01/2019SIMP Nº 000134-062/2019DESPACHO DE IMPULSIONAMENTORecebido para análise.Trata-se de Inquérito Civil Público instaurado com a finalidade de acompanhar, fiscalizar e exigir a implantação do Serviço de AcolhimentoRegionalizado na Modalidade Casa Lar, conforme Plano de Regionalização dos Serviços de Proteção Social Especial de média e altacomplexidade do Estado do Piauí, na cidade de Campo Maior-PI.Feito repassado ante o vencimento do prazo de cumprimento fixado para a Secretaria Extrajudicial de 60 (sessenta) dias.Feito não paralisado.Considerando que as diligências discriminadas no despacho de fl. 49 ainda não foram cumpridas, estando pendente a resposta do Presidente doConselho Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente e do Prefeito Municipal de Campo Maior.Assim, após análise dos autos, determina-se a seguintes medidas:Expedição de ofício ao Prefeito Municipal de Campo Maior, renovando a requisição ministerial (fl. 61);Expedição de ofício ao Presidente do Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente, renovando a requisição ministerial (fl. 62);Expedição de ofício ao CAODIJ, renovando a solicitação de apoio para o caso em tela, notadamente, modelos de Termo de Ajustamento deConduta (TAC) e Ação Civil Pública (ACP), com a finalidade de acompanhar, fiscalizar e exigir a implantação do Serviço de AcolhimentoRegionalizado na Modalidade Casa - Lar, conforme Plano de Regionalização dos Serviços de Proteção Social Especial de média e altacomplexidade do Estado do Piauí, na cidade de Campo Maior-PI (encaminhar cópia dos autos digitalizados).Após, conclusos.Campo Maior - PI, 11 de maio de 2020.

CAVALCANTE NETO:74655655887

CEZARIO DE SOUZAAssinado de forma digital por CEZARIO DESOUZA CAVALCANTE NETO:74655655887 Dados: 2020.05.11 10:19:00 -03'00'CEZARIO DE SOUZA CAVALCANTE NETOPromotora de Justiça

PORTARIA DE INSTAURAÇÃO N° 007/2020A Drª GILVÂNIA ALVES VIANA, Promotora de Justiça Titular da 2ª Promotoria de Justiça de Corrente, no uso de suas atribuiçõesconstitucionais e legais, e com fundamento no Art. 129, incisos II e III, da Constituição Federal, na Lei n° 8.625/93 (Lei Orgânica Nacional doMinistério Público),CONSIDERANDO que ao Ministério Público incumbe a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuaisindisponíveis, cabendo-lhe promover o inquérito civil e a ação civil pública para a proteção do patrimônio público e social, do meio ambiente e deoutros interesses difusos e coletivos — Arts. 127 e 129, III, da Constituição Federal;CONSIDERANDO a disposição do artigo 197 da Constituição Federal de que: "são de relevância pública as ações e serviços de saúde, cabendoao Poder Público dispor, nos termos da lei, sobre sua regulamentação, fiscalização e controle, devendo sua execução ser feita diretamente ouatravés de terceiros e, também, por pessoa física ou jurídica de direito privado";CONSIDERANDO teor do Art. 37, § 6º, da ConstituiçãoFederalde 1988 dispõe que as pessoas jurídicas de direito público e as de direito privadoprestadoras de serviço público responderão pelos danos que seus agentes causarem a terceiros;CONSIDERANDO que a exigência deregistrojunto ao órgão de classenotocante às profissões regulamentadas - notadamente aquelasrelacionadas àsaúdepública, não se enquadra na esfera de discricionariedade do ente público, sendo regida por lei específica;CONSIDERANDO que oAuxiliaremSaúdeBucalestá obrigado a se registrarnoConselhoFederaldeOdontologiae a se inscrevernoConselhoRegionaldeOdonto logiaem cuja jur isd ição exerça suas at iv idades, conforme Lei nº 11.889 /2008 e Resolução nº 85/2009,doConselhoFederaldeOdontologia; eCONSIDERANDO que aportou nesta Promotoria de Justiça cópia dos autos da NF nº 000268-083/2020 da 1ª Promotoria de Justiça deCorrente/PI , dando conta de suposta contratação irregular de profissionais de auxiliar de saúde bucal sem exigência de CRO pelo município deCristalândia do Piauí/PI:RESOLVE:Instaurar PROCEDIMENTO PREPARATÓRIO DE INQUÉRITO CIVIL PÚBLICO para averiguar a ocorrência dos fatos noticiados, coletar provas,caso necessárias, adotando, ao final, as medidas judiciais cabíveis, DETERMINANDO, desde já, as seguintes diligências:1.Seja a presente PORTARIA autuada juntamente com os documentos que originaram sua instauração, e registro dos autos em livro própriodesta Promotoria de Justiça, conforme determina o Art. 8° da Resolução n° 01/2008, do Colendo Colégio de Procuradores de Justiça do Estadodo Piauí.2. Nomeio para secretariar este procedimento, os servidores efetivos e comissionados lotados nas Promotorias de Justiça de Corrente, com fulcrono Art. 4°, inciso V da Resolução n° 23 do CNMP.3. Seja remetida cópia desta PORTARIA ao CACOP, para conhecimento, conforme determina o Art. 60, § 1°, da Resolução n° 01/2008, doColendo Colégio de Procuradores de Justiça do Estado do Piauí.4. Encaminhe-se arquivo no formato word da presente Portaria ao setor competente da Procuradoria-Geral de Justiça, para fins de publicação noDOEMPI.5. Em sede de diligência inicial, DETERMINO a expedição de ofício à Secretária de Saúde do município de Cristalândia do Piauí/PI dando ciênciada presente instauração para que se manifeste sobre os fatos que lhe deram, e requisitando, no prazo de 15 (quinze) dias úteis, que sejamremetidas a esta Promotoria de Justiça:5.a) cópia das portarias de nomeação/contratos de todos os profissionais de auxiliar de saúde bucal que prestam serviços ao município deCristalândia do Piauí/PI; e5.b) cópia dos certificados de registros no CRO/PI de todos os profissionais relacionado no item "5.a".6.Registre-se, incluindo-se no SIMP;7.Publique-se no mural da 2ª Promotoria de Justiça.8. Após, o cumprimento dos prazos das diligências, com ou sem resposta, venham novamente os autos conclusos para ulterior deliberação.Corrente/PI, 21 de maio de 2020.GILVÂNIA ALVES VIANAPromotora de JustiçaTitular da 2ª Promotoria de Justiça de Corrente-PI

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3. OUVIDORIA []

3.1. 2ª PROMOTORIA DE JUSTIÇA DE ALTOS-PI11793 PORTARIA Nº 020/2020Inquérito Civil Público Nº 008/2020O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE PIAUÍ, por seu Promotor de Justiça que adiante subscreve, no exercício de suas atribuições, comfundamento no artigo 127, caput e artigo 129, incisos II e III, da Constituição Federal e art. 26, I, da Lei nº 8.625/93 (Lei Orgânica Nacional doMinistério Público), do art. 2º, II da Resolução nº 23/2007, do Conselho Nacional do Ministério Público, e;CONSIDERANDO que o Ministério Público é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa daordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis, conforme preceitua o art. 127, caput da CF/88;CONSIDERANDO que os agentes públicos de qualquer nível ou hierarquia são obrigados a velar pela estrita observância dos princípiosadministrativos constitucionais (legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência), no trato dos assuntos que lhe são afetos;CONSIDERANDO que nos termos do art. 37, I, da Lei Complementar nº 12/93, e do art. 3º da Resolução CNMP nº 23, de 17.09.2007, ainstauração e instrução dos procedimentos preparatórios e inquéritos civis é de responsabilidade dos órgãos de execução, cabendo ao membrodo Ministério Público a atribuição de propor a ação civil pública respectiva;CONSIDERANDO que, nos termos do art. 1º da Resolução CNMP n.º 23/2007, o inquérito civil, de natureza unilateral e facultativa, seráinstaurado para apurar fato que possa autorizar a tutela de interesses ou direitos a cargo do Ministério Público, conforme legislação aplicável,servindo como preparação para o exercício das atribuições inerentes às suas funções institucionais;CONSIDERANDO que a probidade administrativa é considerada uma forma de moralidade administrativa que consiste no dever de servir àAdministração com honestidade, procedendo no exercício das suas funções, sem aproveitar os poderes ou facilidades deles decorrentes emproveito pessoal ou de outrem a quem queira favorecer;CONSIDERANDO que a Constituição Federal estabelece a gravidade dos atos de improbidade administrativa no seu art. 37, § 4º, severassanções destinadas a impedir e coibir condutas dessa natureza. Segundo o referido dispositivo legal os atos de improbidade administrativaimportarão à suspensão dos direitos políticos, a perda da função pública, a indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário, na forma egradação previstas em lei, sem prejuízo da ação penal cabível;CONSIDERANDO as normas referentes à ação civil pública, tocante à legitimidade e disposições atinentes a proteção dos direitos coletivos latusensu, na forma da Lei 7.347/85;CONSIDERANDO que a regra constitucional prevista no art. 37, XVI, veda qualquer hipótese de acumulação remunerada de cargos públicos,exceto quando houver compatibilidade de horários: (I) a de dois cargos de professor, (II) a de um cargo de professor com outro técnico oucientífico; e (III) a de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com profissões regulamentadas;CONSIDERANDO representação entregue a esta Promotoria de Justiça dando conta que o Senhor Erasmo Freire Gomes Neto supostamente fazacumulo ilegal e imoral dos cargos de vereador em Coivaras e cargo em comissão, no Município de São Miguel do Tapuio - qual seja,Coordenador de Urgência e Emergência, no período de 01.04.2020 até o momento;CONSIDERANDO que é entendimento pacificado na jurisprudência pátria a ilegalidade no acúmulo de cargos eletivos e cargos comissionados,consoante julgado abaixo:APELAÇÃO CÍVEL - AÇÃO CÍVIL PÚBLICA - VEREADOR - ATO DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA CONFIGURADO - CUMULAÇÃO DEMANDATO ELETIVO E CARGO COMISSIONADO - VEDAÇÃO PELA CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988 E LEI ÓRGÂNICA MUNICIPALLESÃO AOS PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS E ADMINISTRATIVOS - INTELIGÊNCIA DO CAPUT DO ART.11 DA LEI Nº 8.429/1992 ECAPUT DO ART.37 DACONSTITUIÇÃO FEDERAL- PENALIDADES DO ARTIGO12, INCISO III DA LEI 8429/92 - RECURSO DESPROVIDO. Alesão aos princípios administrativos contidos no caput do art. 11 da Lei nº 8.429/92 não exige dolo ou culpa na conduta do agente, nem prova dalesão ao erário. Basta a simples ilicitude ou imoralidade administrativa para restar configurado o ato de improbidade. No entanto, no casoo dolo do agente público ficou evidente já que ciente da ilicitude da cumulação do cargo de Vereador e Cargo Comissionado, vedadoconstitucionalmente e pela lei orgânica do Município. Comprovado que o Apelante praticou ato de improbidade administrativa, previsto no caputdo art. 11 da Lei Federal n.º 8.429/92, bem como no artigo 37, caput, da Constituição Federal, deve ser responsabilizado pelas suas ações, nosentido de ser condenado as penalidades do artigo 12, inciso III da lei 8.429/92, cumulativamente;CONSIDERANDO que as regras constitucionais de cumulação de vencimentos no setor público são de observância obrigatória aos Estados-membros e Municípios, que não poderão afastar-se das hipóteses taxativamente previstas pela Constituição Federal;RESOLVEInstaurar, o presente INQUÉRITO CIVIL PÚBLICO, com o objetivo de apurar as irregularidades acima citadas, nos termos do artigo 4º, caput, daResolução nº 23/2007, do Conselho Nacional do Ministério Público, determinando as seguintes diligências:REGISTRE-SE e AUTUE-SE a presente Portaria juntamente com os documentos que originaram sua instauração, e registro dos autos em livropróprio desta Promotoria de Justiça, conforme determina o artigo 8º da Resolução nº 001/2008, do Colendo Colégio de Procuradores de Justiçado Estado do Piauí;COMUNIQUE-SE ao Egrégio CSMP acerca da instauração do presente procedimento, bem como encaminhe-se cópia da presente portaria aoCentro de Apoio Operacional de Combate a Corrupção e Defesa do Patrimônio Público, para conhecimento;NOMEIA-SE como secretária do presente ICP, Rylene Borges, técnica do MP/PI, como determina o Art. 4º, inciso V da Resolução nº 23 doCNMP;EXPEÇA-SE ofício ao Município de São Miguel do Tapuio ([email protected]), na pessoa do Prefeito, Exmo. Sr. José Lincoln Matos , a fimde cientificá-los acerca da instauração do presente Inquérito Civil Público, bem como REQUISITAR que, no prazo de 10 (dez) dias úteis,informem este Órgão Ministerial sobre eventual ato no nomeação ou designação do servidor mencionado, bem como sobre declaração deacumulação de cargos públicos apresentada por ocasião da posse, além de comprovação documental de toda e qualquer transferência financeira(extratos bancários, folha de pagamento, dentre outros) realizada em favor de Erasmo Freire Gomes Neto, este ocupante de cargo em comissãode Coordenador de Urgência e Emergência no Município de São Miguel do Tapuio desde 01 de Abril de 2020, conforme Portaria nº 012/2020,bem como envio da carga horária imposta para o exercício do cargo especificado;NOTIFIQUE-SE o Senhor Erasmo Freire Gomes Neto, por entremeio de endereço eletrônico [email protected] para que, se quiser semanifeste sobre o teor da denúncia, concedendo prazo de 10 (dez) dias uteis para manifestação;EXPEÇA-SE ofício ao Presidente da Câmara Municipal de Coivaras, por entremeio do e-mail [email protected], para conhecimento epara que preste esclarecimentos dentro de 10(dez);Considerando a necessidade de prazo para finalização das diligências necessárias, determino o prazo de 1 (um) ano para conclusão do feito.Por fim, considerando as recomendações de ausência de contato social, bem como a necessidade urgente de cumprimento das medidas,DETERMINO a técnica ministerial que a realização de diligência sejam as medidas cumpridas imediatamente por e-mail e por WhatsApp,certificando-se a data do cumprimento.ALERTE-SE AOS OFICIADOS que as respostas deverão ser excepcionalmente encaminhadas para o e-mail da Promotoria de Justiça([email protected]), devendo cópia da denúncia acompanhar os ofícios.Após o decurso do prazo, certifique-se o cumprimento ou não e venham os autos conclusos com a máxima brevidade.

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4. JUNTA RECURSAL DO PROGRAMA DE PROTEÇÃO E DEFESA DO CONSUMIDOR -

JURCON []

4.1. JURCON11787

REGISTRE-SE e CUMPRA-SE. PUBLIQUE-SE.Altos(PI), 19 de Maio de 2020.PAULO RUBENS PARENTE REBOUÇASPromotor de Justiça

EDITAL JURCON Nº 05/2020O PRESIDENTE DA JUNTA RECURSAL DO PROCON, JURCON, no uso de suas atribuições legais, com fundamento no art. 4º, § 1º doRegimento Interno da JURCON, vem a público informar sobre a realização da 2ª SESSÃO DE JULGAMENTO ANO 2020 da Junta Recursal doPrograma de Proteção e Defesa do Consumidor do Ministério Público do Estado do Piauí - JURCON.As partes ou seus advogados devidamente habilitados deverão comunicar a Secretaria da Junta Recursal, através do e-mailinstitucional da Junta Recursal [email protected], com antecedência mínima de 48 (quarenta e oito) horas, o interesse em se fazerpresente em sessão para fins de sustentação oral, cuja sessão será realizada por meio do programa "Microsoft Teams".Pauta Nº 02 - Ano de 2020SERÃO JULGADOS PELA JUNTA RECURSAL DO PROCON, POR MEIO DE VIDEOCONFERÊNCIA, ATRAVÉS DA FERRAMENTAMICROSOFT TEAMS, NO DIA 29 (VINTE e NOVE) DE MAIO DE 2020, SEXTA-FEIRA, ÀS 09: 00 H, O(S) SEGUINTE(S) RECURSO(S)ADMINISTRATIVO(S):PROMOTORA: MICHELINE RAMALHO SEREJO DA SILVA01. Processo Administrativo Nº (000418-002/2017)- RECURSORecorrente(s): CENTRO DE ENSINO UNIFICADO DE TERESINA (CEUT)Representante Jurídico: WILSON SALES BELCHIOR (OAB - PI 9.016)Recorrido: Autoridade administrativa do PROCON-PIRelator(a): PROMOTORA DE JUSTIÇA MICHELINE RAMALHO SEREJO DA SILVA02. Processo Administrativo Nº (000001-002/2018)- RECURSORecorrente(s): INSTITUTO DE PÓS GRADUAÇÃO - IPOGRepresentante Jurídico: IASMYN BUENO JULIÃO DOS SANTOS (OAB - GO 49.678)Recorrido: Autoridade administrativa do PROCON-PIRelator(a): PROMOTORA DE JUSTIÇA MICHELINE RAMALHO SEREJO DA SILVA03. Processo Administrativo Nº (000371-002/2017)- RECURSORecorrente(s): UNOPAR - EDITORA E DISTRIBUIDORA EDUCACIONAL S/ARepresentante Jurídico: FLÁVIA ALMEIDA MOURA DI LATELLA (OAB - MG 109.730)Recorrido: Autoridade administrativa do PROCON-PIRelator(a): PROMOTORA DE JUSTIÇA MICHELINE RAMALHO SEREJO DA SILVA04. Processo Administrativo Nº (000127-002/2018)- RECURSORecorrente(s): ANHANGUERA EDUCACIONAL LTDA e UNIVERSIDADE ANHANGUERA - POLO TERESINARepresentante Jurídico: JOÃO PAULO DE CAMPOS ECHEVERRIA (OAB - SP 249.220)Recorrido: Autoridade administrativa do PROCON-PIRelator(a): PROMOTORA DE JUSTIÇA MICHELINE RAMALHO SEREJO DA SILVA05. Processo Administrativo Nº (000590-002/2017)- RECURSORecorrente(s): LOJAS MARISA E CLUB ADMINISTRADORA DE CARTÕES DE CRÉDITO S/ARecorrido: Autoridade administrativa do PROCON-PIRelator(a): PROMOTORA DE JUSTIÇA MICHELINE RAMALHO SEREJO DA SILVA06. Processo Administrativo Nº (000118-005/2018)- RECURSORecorrente(s): FAMÍLIA BANDEIRANTE PREVIDÊNCIA PRIVADARepresentante Jurídico: IVAN ALMEIDA CARVALHO (OAB - MG 104.088)Recorrido: Autoridade administrativa do PROCON-PIRelator(a): PROMOTORA DE JUSTIÇA MICHELINE RAMALHO SEREJO DA SILVA07. Processo Administrativo Nº (000197-002/2017)- RECURSORecorrente(s): R.R CONSTRUÇÕES E IMOBILIÁRIA LTDA.Representante Jurídico: ANA VALÉRIA SOUSA TEIXEIRA (OAB - PI 3423) e MITCHAEL JOHNSON VIANA MATOS ANDRADE (OAB - PI3029)Recorrido: Autoridade administrativa do PROCON-PIRelator(a): PROMOTORA DE JUSTIÇA MICHELINE RAMALHO SEREJO DA SILVA08. Processo Administrativo Nº (000083-002/2017)- REEXAME DE ARQUIVAMENTORecorrente(s): UNIMED - COOPERATIVA DE SERV. MED. E HOSPITA. DE TERESINARecorrido: Autoridade administrativa do PROCON-PIRelator(a): PROMOTORA DE JUSTIÇA MICHELINE RAMALHO SEREJO DA SILVA09. Processo Administrativo Nº (000078-002/2018)- REEXAME DE ARQUIVAMENTORecorrente(s): BANCO DO BRASIL S.ARecorrido: Autoridade administrativa do PROCON-PIRelator(a): PROMOTORA DE JUSTIÇA MICHELINE RAMALHO SEREJO DA SILVA10. Processo Administrativo Nº (000274-002/2018)- REEXAME DE ARQUIVAMENTORecorrente(s): CACIQUE PETRÓLEO LTDA (POSTO CIDADE VERDE)Representante Jurídico: LUIZ TIAGO SILVA FRAGA (OAB - PI 12.091)Recorrido: Autoridade administrativa do PROCON-PIRelator(a): PROMOTORA DE JUSTIÇA MICHELINE RAMALHO SEREJO DA SILVA11. Processo Administrativo Nº (000146-002/2018)- REEXAME DE ARQUIVAMENTORecorrente(s): BV. FINACEIRA S/ARecorrido: Autoridade administrativa do PROCON-PIRelator(a): PROMOTORA DE JUSTIÇA MICHELINE RAMALHO SEREJO DA SILVA12. Processo Administrativo Nº (0001216-005/2016)- REEXAME DE ARQUIVAMENTORecorrente(s): CONCESSIONÁRIA RENAULT - VIA PARIS

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Representante Jurídico: ABDALA JORGE CURY FILHO (OAB - PI 2.067/89), AMANDA RHAYLA LIMA COSTA BRITO (OAB - PI 8.170) eGLÁUCIA COSTA DE BRITO (OAB - PI 7.761)Recorrido: Autoridade administrativa do PROCON-PIRelator(a): PROMOTORA DE JUSTIÇA MICHELINE RAMALHO SEREJO DA SILVA13. Processo Administrativo Nº (000192-002/2018)- REEXAME DE ARQUIVAMENTORecorrente(s): EMPRESA LÍDERRepresentante Jurídico: ANA VALÉRIA SOUSA TEIXEIRA (OAB - PI 3423) e MITCHAEL JOHNSON VIANA MATOS ANDRADE (OAB - PI3029)Recorrido: Autoridade administrativa do PROCON-PIRelator(a): PROMOTORA DE JUSTIÇA MICHELINE RAMALHO SEREJO DA SILVA14. Processo Administrativo Nº (000416-002/2015)- REEXAME DE ARQUIVAMENTORecorrente(s): ENGECOPI COMÉRCIO DE MATERIAIS DE CONSTRUÇÕES LTDA, PINTOS LTDA, DISMOBRÁS IMPORTAÇÃO,EXPORTAÇÃO E DOSTROBUIÇÃO DE MÓVEIS E ELETRODOMESTICOS LTDA; CLAUDINO S.A LOJAS DE DEPARTAMENTOS; VIAVEREJO S.A; JBR MÓVEIS E ELETRODOMESTICOS LTDA; MAGAZINE LUÍZA S.ARecorrido: Autoridade administrativa do PROCON-PIRelator(a): PROMOTORA DE JUSTIÇA MICHELINE RAMALHO SEREJO DA SILVA15. Processo Administrativo Nº (000205-002/2017)- REEXAME DE ARQUIVAMENTORecorrente(s): PAN SEGUROS S/ARecorrido: Autoridade administrativa do PROCON-PIRelator(a): PROMOTORA DE JUSTIÇA MICHELINE RAMALHO SEREJO DA SILVAPROMOTOR: JORGE LUIZ DA COSTA PESSOA16. Processo Administrativo Nº (000343-002/2017)- RECURSORecorrente(s): BANCO DO BRASIL S.A.Recorrido: Autoridade administrativa do PROCON-PIRelator(a): PROMOTOR DE JUSTIÇA JORGE LUIZ DA COSTA PESSOA17. Processo Administrativo Nº (000384-002/2018)- RECURSORecorrente(s): CAIXA ECONÔMICA FEDERALRecorrido: Autoridade administrativa do PROCON-PIRelator(a): PROMOTOR DE JUSTIÇA JORGE LUIZ DA COSTA PESSOA18. Processo Administrativo Nº (000357-002/2017)- RECURSORecorrente(s): R.R CONSTRUÇÕES E IMOBILIÁRIA LTDA.Representante Jurídico: ANA VALÉRIA SOUSA TEIXEIRA (OAB - PI 3423) e MITCHAEL JOHNSON VIANA MATOS ANDRADE (OAB - PI3029)Recorrido: Autoridade administrativa do PROCON-PIRelator(a): PROMOTOR DE JUSTIÇA JORGE LUIZ DA COSTA PESSOA19. Processo Administrativo Nº (000537-002/2017)- RECURSORecorrente(s): SOCIEDADE MICHELIN DE PART. IND E COM LTDA/ FABRICA MICHELINRecorrente(s): AUDI DO BRASIL INDUSTRIA E COMÉRCIO DE VEÍCULOS/ AUDI DO BRASILRepresentante Jurídico: CAROLINA LAGO CASTELLO BRANCO (OAB - PI 3.405)Recorrido: Autoridade administrativa do PROCON-PIRelator(a): PROMOTOR DE JUSTIÇA JORGE LUIZ DA COSTA PESSOA20. Processo Administrativo Nº (000299-002/2018)- RECURSORecorrente(s): TIM CELULARRepresentante Jurídico: CHRISTIANE GOMES DA ROCHA (OAB - PE 20.335) e (OAB/PB 18.305-A)Recorrido: Autoridade administrativa do PROCON-PIRelator(a): PROMOTOR DE JUSTIÇA JORGE LUIZ DA COSTA PESSOA21. Processo Administrativo Nº (000259-002/2018)- RECURSORecorrente(s): CONNECTAPARTS COMÉRCIO DE PEÇAS E ACESSÓRIOS AUTÔNOMO - DAKOTAPARTSRepresentante Jurídico: FLÁVIO LUÍS DE OLIVEIRA (OAB - SP 138.831-D)Recorrido: Autoridade administrativa do PROCON-PIRelator(a): PROMOTOR DE JUSTIÇA JORGE LUIZ DA COSTA PESSOA22. Processo Administrativo Nº (000003-005/2019)- RECURSORecorrente(s): FEDERAÇÃO DE FUTEBOL DO PIAUÍRepresentante Jurídico: EMERSON POMPEO CARCARÁ (OAB - PI 3763 B)Recorrido: Autoridade administrativa do PROCON-PIRelator(a): PROMOTOR DE JUSTIÇA JORGE LUIZ DA COSTA PESSOA23. Processo Administrativo Nº (000479-002/2017)- REEXAME DE ARQUIVAMENTORecorrente(s): NETFLIXRepresentante Jurídico: PAULO MARCOS RODRIGUES BRANCHER (OAB - SP 146.221) e BRUNO BEZERRA DE SOUZA (OAB - PE 19352)Recorrido: Autoridade administrativa do PROCON-PIRelator(a): PROMOTOR DE JUSTIÇA JORGE LUIZ DA COSTA PESSOA24. Processo Administrativo Nº (000415-002/2017)- REEXAME DE ARQUIVAMENTORecorrente(s): CEUT - CENTRO DE ENSINO UNIFICADO DE TERESUNA LTDARecorrido: Autoridade administrativa do PROCON-PIRelator(a): PROMOTOR DE JUSTIÇA JORGE LUIZ DA COSTA PESSOA25. Processo Administrativo Nº (000035-005/2016)- REEXAME DE ARQUIVAMENTORecorrente(s): COCA - COLARepresentante Jurídico: ANA CAROLINA GUERRA AMORIM (OAB - RJ 126.492)Recorrido: Autoridade administrativa do PROCON-PIRelator(a): PROMOTOR DE JUSTIÇA JORGE LUIZ DA COSTA PESSOA26. Processo Administrativo Nº (001254-005/2016)- REEXAME DE ARQUIVAMENTORecorrente(s): FUNDO ROTATIVO SOLIDÁRIO DA HABITAÇÃO (FRSH)Recorrido: Autoridade administrativa do PROCON-PIRelator(a): PROMOTOR DE JUSTIÇA JORGE LUIZ DA COSTA PESSOA27. Processo Administrativo Nº (000043-002/2016)- REEXAME DE ARQUIVAMENTORecorrente(s): COMERCIAL CARVALHO E FERNANDES LTDA.Representante Jurídico: THIAGO PORTELA VALE TEIXEIRA (OAB - PI 7559)Recorrido: Autoridade administrativa do PROCON-PI

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Relator(a): PROMOTOR DE JUSTIÇA JORGE LUIZ DA COSTA PESSOA28. Processo Administrativo Nº (000110-005/2015)- REEXAME DE ARQUIVAMENTORecorrente(s): ZTE DO BRASIL COMÉRCIO, SERVIÇOS E PARTICIPAÇÕES LTDARecorrente(s): PINTOS LTDARecorrente(s): MOTOTEC MANUTENÇÃO DE EQUIPAMENTOS ELETRÔNICOS EIRELE - MERecorrido: Autoridade administrativa do PROCON-PIRelator(a): PROMOTOR DE JUSTIÇA JORGE LUIZ DA COSTA PESSOA29. Processo Administrativo Nº (000542-002/2017)- REEXAME DE ARQUIVAMENTORecorrente(s): LOJAS RENNERRecorrido: Autoridade administrativa do PROCON-PIRelator(a): PROMOTOR DE JUSTIÇA JORGE LUIZ DA COSTA PESSOA30. Processo Administrativo Nº (000133-002/2017)- REEXAME DE ARQUIVAMENTORecorrente(s): P&A DISTRIBUIDORA E CONSULTORIA LTDA - ME (GRACOM SCHOLL OF VISUAL EFFECTS)Recorrido: Autoridade administrativa do PROCON-PIRelator(a): PROMOTOR DE JUSTIÇA JORGE LUIZ DA COSTA PESSOAPROMOTORA: JULIANA MARTINS CARNEIRO NOLETO31. Processo Administrativo Nº (000459-002/2017)- RECURSORecorrente(s): ELETROBRÁSRepresentante Jurídico: MARCOS ANTÔNIO CARDOSO DE SOUZA (OAB - PI 3387)Recorrido: Autoridade administrativa do PROCON-PIRelator(a): PROMOTORA DE JUSTIÇA JULIANA MARTINS CARNEIRO NOLETO32. Processo Administrativo Nº (000445-002/2017)- RECURSORecorrente(s): MOTOROLA INDUSTRIAL LTDARepresentante Jurídico: ALEXANDRE FONSECA DE MELLO (OAB - SP 222.219)Recorrido: Autoridade administrativa do PROCON-PIRelator(a): PROMOTORA DE JUSTIÇA JULIANA MARTINS CARNEIRO NOLETO33. Processo Administrativo Nº (000402-002/2017)- RECURSORecorrente(s): HOSPITAL UNIMED TERESINA S/S LTDA/ HOSPITAL UNIMED PRIMAVERA/ UNIMED TERESINA COOPERATIVA DETRABALHO MÉDICO - UNIMED TERESINARepresentante Jurídico: CAIO ALMEIDA MADEIRA CAMPOS (OAB - PI 6461)Recorrido: Autoridade administrativa do PROCON-PIRelator(a): PROMOTORA DE JUSTIÇA JULIANA MARTINS CARNEIRO NOLETO34. Processo Administrativo Nº (000149-005/2018)- RECURSORecorrente(s): BANCO BMGRecorrido: Autoridade administrativa do PROCON-PIRelator(a): PROMOTORA DE JUSTIÇA JULIANA MARTINS CARNEIRO NOLETO35. Processo Administrativo Nº (000169-002/2018)- RECURSORecorrente(s): CAIXA ECONÔMICA FEDERALRecorrido: Autoridade administrativa do PROCON-PIRelator(a): PROMOTORA DE JUSTIÇA JULIANA MARTINS CARNEIRO NOLETO36. Processo Administrativo Nº (000316-002/2017)- RECURSORecorrente(s): REDECARDRecorrido: Autoridade administrativa do PROCON-PIRelator(a): PROMOTORA DE JUSTIÇA JULIANA MARTINS CARNEIRO NOLETO37. Processo Administrativo Nº (000113-005/2018)- RECURSORecorrente(s): REDECARD S.ARecorrido: Autoridade administrativa do PROCON-PIRelator(a): PROMOTORA DE JUSTIÇA JULIANA MARTINS CARNEIRO NOLETO38. Processo Administrativo Nº (000400-002/2017)- REEXAME DE ARQUIVAMENTORecorrente(s): VIVO S/ARepresentante Jurídico: FABIO RIVELLI (OAB - SP 297.608)Recorrido: Autoridade administrativa do PROCON-PIRelator(a): PROMOTORA DE JUSTIÇA JULIANA MARTINS CARNEIRO NOLETO39. Processo Administrativo Nº (000045-002/2016)- REEXAME DE ARQUIVAMENTORecorrente(s): AGESPISARecorrido: Autoridade administrativa do PROCON-PIRelator(a): PROMOTORA DE JUSTIÇA JULIANA MARTINS CARNEIRO NOLETO40. Processo Administrativo Nº (000190-002/2017)- REEXAME DE ARQUIVAMENTORecorrente(s): TIM CELULAR S/ARepresentante Jurídico: CHRISTIANNE GOMES DA ROCHA OAB - PE 20.335 e OAB - RN 1057 - A)Recorrente(s): ASSURANT SERVICES BRASIL LTDA.Representante Jurídico: ANTONIO ARY FRANCO CÉSAR (OAB - SP 123.514)Recorrido: Autoridade administrativa do PROCON-PIRelator(a): PROMOTORA DE JUSTIÇA JULIANA MARTINS CARNEIRO NOLETO41. Processo Administrativo Nº (001249-005/2016)- REEXAME DE ARQUIVAMENTORecorrente(s): INSTITUTO DE ENSINO SUPERIOR MÚLTIPLO - IESMRecorrido: Autoridade administrativa do PROCON-PIRelator(a): PROMOTORA DE JUSTIÇA JULIANA MARTINS CARNEIRO NOLETO42. Processo Administrativo Nº (000143-002/2017)- REEXAME DE ARQUIVAMENTORecorrente(s): EINSTEIN SISTEMA DE ENSINORecorrido: Autoridade administrativa do PROCON-PIRelator(a): PROMOTORA DE JUSTIÇA JULIANA MARTINS CARNEIRO NOLETO43. Processo Administrativo Nº (000430-002/2018)- REEXAME DE ARQUIVAMENTORecorrente(s): COMPANHIA BRASILEIRA DE DISTRIBUIÇÃO - EXTRA HIPERMERCADORepresentante Jurídico: SILVIA ZEICLER (OAB - SP 129.611) e ANDRÉ FERRARINI DE OLIVEIRA PIMENTEL (OAB - SP 185.411)Recorrido: Autoridade administrativa do PROCON-PIRelator(a): PROMOTORA DE JUSTIÇA JULIANA MARTINS CARNEIRO NOLETO44. Processo Administrativo Nº (000429-002/2018)- REEXAME DE ARQUIVAMENTO

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5. CAO DE COMBATE À CORRUPÇÃO E DEFESA DO PATRIMÔNIO PÚBLICO []

5.1. CACOP11789

Recorrente(s): COMPANHIA BRASILEIRA DE DISTRIBUIÇÃO - EXTRA HIPERMERCADORepresentante Jurídico: SILVIA ZEICLER (OAB - SP 129.611) e ANDRÉ FERRARINI DE OLIVEIRA PIMENTEL (OAB - SP 185.411)Recorrido: Autoridade administrativa do PROCON-PIRelator(a): PROMOTORA DE JUSTIÇA JULIANA MARTINS CARNEIRO NOLETO45. Processo Administrativo Nº (001251-005/2016)- REEXAME DE ARQUIVAMENTORecorrente(s): HAPVIDA ASSISTÊNCIA MÉDICA LTDARecorrido: Autoridade administrativa do PROCON-PIRelator(a): PROMOTORA DE JUSTIÇA JULIANA MARTINS CARNEIRO NOLETOOs processos que não forem julgados, por qualquer motivo, na data acima mencionada, terão seu julgamento adiado para a sessão subsequente,independentemente de nova intimação.JORGE LUIZ DA COSTA PESSOAPromotor de Justiça - Presidente da JURCON

NOTA TÉCNICA N. 03/2020I - INTRODUÇÃOTrata-se de estudo técnico realizado por este Centro de Apoio, com fulcro no art. 55, II da Lei Complementar Estadual n° 12/1993, acerca dosreflexos jurídicos da Medida Provisória n° 966, de 13 de maio de 2020, que disciplina sobre a responsabilização, nas esferas civil e administrativa,de agentes públicos, por ação e omissão, em atos relacionados, direta ou indiretamente, com a pandemia daCOVID-19.A Medida Provisória em questão dispõe que, ipsis litteris:Art. 1º Os agentes públicos somente poderão ser responsabilizados nas esferas civil e administrativa se agirem ou se omitirem com dolo ou errogrosseiro pela prática de atos relacionados, direta ou indiretamente, com as medidas de:I - enfrentamento da emergência de saúde pública decorrente da pandemia dacovid-19; eII - combate aos efeitos econômicos e sociais decorrentes da pandemia dacovid-19.§1º A responsabilização pela opinião técnica não se estenderá de forma automática ao decisor que a houver adotado como fundamento dedecidir e somente se configurará:I - se estiverem presentes elementos suficientes para o decisor aferir o dolo ou o erro grosseiro da opinião técnica; ouII - se houver conluio entre os agentes.§2ºO mero nexo de causalidade entre a conduta e o resultado danoso não implica responsabilização do agente público.Art. 2ºPara fins do disposto nesta Medida Provisória, considera-se erro grosseiro o erro manifesto, evidente e inescusável praticado com culpagrave, caracterizado por ação ou omissão com elevado grau de negligência, imprudência ou imperícia.Art. 3ºNa aferição da ocorrência do erro grosseiro serão considerados:I - os obstáculos e as dificuldades reais do agente público;II - a complexidade da matéria e das atribuições exercidas pelo agente público;III - a circunstância de incompletude de informações na situação de urgência ou emergência;IV -as circunstâncias práticas que houverem imposto, limitado ou condicionado a ação ou a omissão do agente público; eV - o contexto de incerteza acerca das medidas mais adequadas para enfrentamento da pandemia dacovid-19e das suas consequências,inclusive as econômicas.Art. 4ºEsta Medida Provisória entra em vigor na data de sua publicação.De acordo com artigo 1º da Medida Provisória, a MP 966 tem incidência, exclusivamente, sobre a responsabilização nas searas civil eadministrativa. Não há, assim, qualquer regulação no campo criminal, por expressa vedação constitucional (artigo 62, §1º, b, da CF/88).Sabe-se que a responsabilização pela prática dos atos de improbidade administrativa, prevista na Lei 8.429/92, tem natureza cível, e não penal.Por conseguinte, esta Nota Técnica focará nos reflexos jurídicos da MP 966 sobre a responsabilização do gestor público no campo cível,exclusivamente pela prática de atos de improbidade administrativa, decorrentes do combate à pandemia da COVID-19, em razão de ser áreaafeta a este Centro de Apoio.Importante, ainda, verberar que não é objeto deste estudo a análise da (in)constitucionalidade da MP. Parte-se da premissa de sua vigência,assim, dos efeitos práticos que causam sobre os ditames legais de combate à corrupção no campo cível, isto é, sobre as normas deresponsabilização da Lei de Improbidade Administrativa (Lei 8.429/92).É a breve introdução. Passemos a análise técnica da matéria.II - FUNDAMENTAÇÃOA Medida Provisória introduz ao microssistema jurídico de combate à pandemia da COVID-19 dispositivos que visam garantir a segurança jurídicado gestor diante de suas decisões.A MP, no entanto, trouxe discussões calorosas no meio jurídico, sendo que parte dele afirmou se tratar de instrumento legal inibitório de combateà corrupção em meio à pandemia, justamente no momento em que a Lei 13.979/20 flexibilizou mecanismos legais históricos de controle dosgastos públicos para combate à COVID-19, a exemplo da previsão do procedimento licitatório de dispensa simplificado, requisição administrativade bens e serviços, aquisições de bens e serviços com sobrepreço, contratação de pessoa inidônea ou impedida de contratar com o poderpúblico, pagamento antecipado do preço, dentre outros.Contudo, a nosso ver, a MP não inova o ordenamento jurídico posto, muito menos inibe a responsabilização dos agentes públicos pelamalversação dos recursos a serem aplicados para o combate à COVID-19. O motivo primeiro é que, como vimos, a MP não trata daresponsabilização criminal, restando incólumes todos os instrumentos legais criminais de combate à corrupção, mesmo em meio à pandemia; osegundo, é que, no campo cível - especificamente na Lei 8.429/92, que trata dos atos de improbidade administrativa - a MP insere conceitosnormativos que estão em harmonia com atual entendimento majoritário da doutrina e da jurisprudência, e até mesmo com o próprio ordenamentojurídico vigente. Passemos à análise:O conceito de agente público, posto no artigo 1º, da MP, resta estabelecido na Lei 8.429/92, em seu artigo 2º, in verbis:Art. 2° Reputa-se agente público, para os efeitos desta lei, todo aquele que exerce, ainda que transitoriamente ou sem remuneração, por eleição,nomeação, designação, contratação ou qualquer outra forma de investidura ou vínculo, mandato, cargo, emprego ou função nas entidadesmencionadas no artigo anterior.Ainda de acordo com o artigo 1º, da MP, somente ocorrerá a responsabilização do agente público, no enfrentamento da emergência oucalamidade, bem como dos efeitos econômicos e sociais decorrentes da pandemia, se praticado com dolo ou erro grosseiro, mediante atoomissivo ou comissivo, direta ou indiretamente.Aqui, mais uma vez, nenhuma novidade, pois a Lei de Improbidade Administrativa (LIA) prevê a responsabilização do agente público pela práticade ato doloso ou culposo (Arts. 9º, 10 e 11), por ato omissivo ou por ação (Art. 5º), direta ou indiretamente (Art. 3º), estando ou não em pandemia,portanto.No entanto, é certo que a MP 966, em seu artigo primeiro, substitui a expressão "culpa" por "erro grosseiro". Aqui reside a maior discussão da

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comunidade jurídica. Para alguns, houve manifesta flexibilização do conceito de culpa, de forma que o agente público passaria a serresponsabilizado tão somente por culpa grave, e não mais por culpa média ou leve, quando o objetivo do agente fosse conter os efeitos daCOVID19. Nos limites do nosso estudo, seria dizer: estaria mais difícil apenar agentes públicos pela prática de ato de improbidade administrativaculposo. Na prática, não é bem isso! Vejamos:A tipicidade material dos atos de improbidade administrativa, previstos nos artigos 9º (enriquecimento ilícito), 10 (lesão ao erário), 10-A (benefíciofinanceiro ou tributário indevido) e 11 (lesão aos princípios da administração pública), dependem do elemento subjetivo dolo para e configurar. Aexceção fica por conta do art. 10, da LIA, que também prevê a prática do ato ímprobo por ação ou omissão "culposa".A prática forense demonstra, entretanto, que a grande maioria das ações civis públicas e condenações por atos de improbidade administrativasão fundadas no elemento subjetivo dolo, que não necessita ser específico, mas genérico. Poucas são as situações - para não dizer raras - deações e sentenças condenatórias por ato de improbidade administrativa calcadas em lesão ao erário, levada exclusivamente por culpa, ou por"culpa pura" como assim definem alguns doutrinadores.Portanto, a pretensa flexibilização do conceito de culpa pela MP 966 nada - ou pouco - interferiria na prática forense de responsabilização pelaprática de ato de improbidade administrativa, já que os operadores do Direito, em larga escala, aplicam a LIA sob o elemento subjetivo doloso, emuito raramente sob o culposo puro.Embora assim, também merece analisarmos a improbidade administrativa sob o enfoque culposo, e a definição de "erro grosseiro" trazida pelaMP 966.Para tanto, qual seria o conceito de culpa, definido pela jurisprudência, doutrina e legislação vigente, para efeitos de condenação judicial pelaprática de ato de improbidade administrativa por "culpa pura"? A definição de culpa, prevista no artigo 10, da LIA, não seria coincidente com oconceito "erro grosseiro" trazido pela MP 966? Vejamos:Data vênia, a MP 966, e seu conceito sobre erro grosseiro, está em estrita consonância com as recentes alterações da Lei de Introdução àsNormas do Direito Brasileiro (LINDB), através da Lei n° 16.655/2018, originada a partir de estudo feito pelos Professores Carlos Ari Sundfeld eFloriano de Azevedo Marques Netos, que originaram a PLS n° 349/2015, acolhida e apresentada pelo Senador Antônio Anastasia (PL n°7.748/2017).A disposição da LINDB, ilustrada pelo seu art. 28, já exige, mesmo antes da pandemia, que a responsabilização do gestor seja fundamentada emprova de dolo ou "erro grosseiro". Vejamos:Art. 28. O agente público responderá pessoalmente por suas decisões ou opiniões técnicas em caso de dolo ou erro grosseiro.O novel dispositivo da LINDB ainda foi regulado pelo Decreto nº 9.830/2019, que em seu art. 12 especifica as limitações e conceitos:Art. 12. O agente público somente poderá ser responsabilizado por suas decisões ou opiniões técnicas se agir ou se omitir com dolo, direto oueventual, ou cometer erro grosseiro, no desempenho de suas funções.§1º Considera-se erro grosseiro aquele manifesto, evidente e inescusável praticado com culpa grave, caracterizado por ação ouomissão com elevado grau de negligência, imprudência ou imperícia.O erro grosseiro é expressão sinônima de "culpa grave", como bem assenta Nelson Rosenvald[1] em sua obra, in verbis:A culpa grave é caracterizada por uma conduta em que há uma imprudência ou imperícia extraordinária e inescusável, que consiste naomissão de um grau mínimo e elementar de diligência que todos observam. A escolha do ordenamento jurídico em dar relevo a um grau deculpa diverso do ordinário será encontrada na ratio de cada norma.(...) A culpa grave é um investimento mínimo em segurança enquanto o dolo eventual se põe como um investimento próximo a zero emprevenção. (grifos nossos).Por seu turno, a obra do Professor Silvio Venosa[2] caracteriza o erro grosseiro como aquele "facilmente perceptível pelo comum dos homens", oerro que pode ser percebido por pessoa de diligência normal.O Tribunal de Contas da União, no Acórdão 2391/2018, de Relatoria do Ministro Benjamin Zymler, definiu erro grosseiro como, in verbis:Dito isso, é preciso conceituar o que vem a ser erro grosseiro para o exercício do poder sancionatório desta Corte de Contas. Segundo o art. 138do Código Civil, o erro, sem nenhum tipo de qualificação quanto à sua gravidade, é aquele "que poderia ser percebido por pessoa de diligêncianormal, em face das circunstâncias do negócio" (grifos acrescidos). Se ele for substancial, nos termos do art. 139, torna anulável o negóciojurídico. Se não, pode ser convalidado.Tomando como base esse parâmetro, o erro leve é o que somente seria percebido e, portanto, evitado por pessoa de diligência extraordinária,isto é, com grau de atenção acima do normal, consideradas as circunstâncias do negócio. O erro grosseiro, por sua vez, é o que poderia serpercebido por pessoa com diligência abaixo do normal, ou seja, que seria evitado por pessoa com nível de atenção aquém do ordinário,consideradas as circunstâncias do negócio. Dito de outra forma, o erro grosseiro é o que decorreu de uma grave inobservância de umdever de cuidado, isto é, que foi praticado com culpa grave. (grifos nossos).O eminente relator citou os autores Cristiano Chaves de Farias, Nelson Rosenvald e Pontes de Miranda para reforçar seu entendimento:Segundo Cristiano Chaves de Farias e Nelson Rosenvald, "culpa grave é caracterizada por uma conduta em que há uma imprudência ouimperícia extraordinária e inescusável, que consiste na omissão de um grau mínimo e elementar de diligência que todos observam"(FARIAS, Cristiano Chaves de. ROSENVALD, Nelson. Curso de Direito Civil. São Paulo: Atlas, p. 169). Os aludidos autores invocaram a doutrinade Pontes de Miranda, segundo a qual a culpa grave é "a culpa crassa, magna, nímia, que tanto pode haver no ato positivo como no negativo, aculpa que denuncia descaso, temeridade, falta de cuidados indispensáveis". (PONTES DE MIRANDA. Tratado de direito privado, t. XXIII. Rio deJaneiro: Borsoi, 1971, p. 72).É dizer, com isso, que em observância à LINDB, o agente público somente pode ser responsabilizado por ato de improbidade administrativa por"culpa" ("culpa pura"), referida no artigo 10 da LIA, tão somente quando esta for grave, isto é, praticado com "erro grosseiro", mesmo que nãoseja para conter os efeitos da pandemia da COVID19.Fábio Medina Osório[3], ao discorrer sobre o elemento volitivo do ato de improbidade, pontua que:A responsabilidade subjetiva, no bojo do tipo proibitivo, é inerente à improbidade administrativa, sendo exigíveis o dolo ou a culpagrave, embora haja silêncio da LGIA sobre o assunto. Isto se dá, como já dissemos à exaustão, por força dos textos constitucionais queconsagram responsabilidades subjetivas dos agentes públicos em geral, nas ações regressivas, e que contemplam o devido processo legal, aproporcionalidade, a legalidade e a interdição à arbitrariedade dos Poderes Públicos no desempenho de suas funções sancionatórias. Portanto,a improbidade administrativa envolve, modo necessário, a prática de condutas gravemente culposas ou dolosas, inadmitindoresponsabilidade objetiva. (grifos nossos).Ademais, o Superior Tribunal de Justiça, a partir de leading case no acórdão proferido na AIA 30, de relatoria do Ministro Teori Zavasky, decidiuque a responsabilização por improbidade advinda do art. 10 da LIA necessitava da presença da "culpa grave" do gestor, conforme se observa naseguinte passagem emblemática, verbatim:(...) no caso, não há como superar positivamente o juízo de admissibilidade da ação. A jurisprudência pacificada no âmbito da 1ª Seção, que julgarecursos da espécie, acompanhando entendimento maciço da doutrina especializada (v.g.: "Teoria da improbidade administrativa: má gestãopública: corrupção: ineficiência", Fábio Medina Osório, São Paulo: Revista dos Tribunais, 2007; "Improbidade Administrativa", Emerson Garcia eRogério Pacheco Alves, Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2004, pp. 296-299), enfatiza o entendimento de que não se pode confundirimprobidade com simples ilegalidade. A improbidade é ilegalidade tipificada e qualificada pelo elemento subjetivo da conduta doagente, razão pela qual é indispensável, para a sua caracterização, que a conduta do agente seja dolosa (condutas descritas nosartigos 9º e 11 da Lei 8.429/92), ou pelo menos eivada de culpa grave (condutas do artigo 10). (grifos nossos).Com a publicação desse aresto, diversas outras decisões privilegiaram essa orientação na Corte Especial, sendo pacificado o entendimento nosentido da responsabilização apenas por dolo ou erro grosseiro (sinônimo de culpa grave), sendo possível observar nos seguintes julgados: AgInt

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no REsp1709147/RJ, Rel. Min. Francisco Falcão, Segunda Turma, DJE 11/12/2018; AgInt no AREsp 778792/MT, Rel. Min. Gurgel De Faria,Primeira Turma, DJE 26/02/2019; AgInt no AREsp 784438/RN, Rel. Min. Assusete Magalhães, Segunda Turma, DJE 19/12/2018.O entendimento do sodalício tem como objetivo evitar punir meras irregularidades administrativas, como bem observou o Ministro FranciscoFalcão, ao discorrer que "improbidade é ilegalidade tipificada e qualificada pelo elemento subjetivo, sendo indispensável para a caracterização deimprobidade que a conduta do agente seja dolosa para a tipificação das condutas descritas nos artigos 9º e 11 da Lei n. 8.429/1992, ou, pelomenos, eivada de culpa grave nas do artigo 10º" (STJ. Agravo Interno no REsp 1709147/RJ, Rel. Min. Francisco Falcão, Segunda Turma, DJE11/12/2018).Não parece ser outra a posição do Min. Alexandre de Moraes[4] ao asseverar que a lei "não pune a mera ilegalidade, mas a conduta ilegal ouimoral do agente público e de todo aquele que o auxilie voltada para a corrupção".Logo, a disposição na Medida Provisória de responsabilização por dolo ou "erro grosseiro" coaduna-se com pacífica jurisprudência do SuperiorTribunal de Justiça e pela doutrina da área, e em consonância também com a LINDB.Em outra passagem da Medida Provisória n° 966/2020, em seu art. 1°, §1°, dispõe-se sobre a responsabilização do agente público por "decisãotécnica", in verbis:Art. 1º§1ºA responsabilização pela opinião técnica não se estenderá de forma automática ao decisor que a houver adotado como fundamento de decidire somente se configurará:I - se estiverem presentes elementos suficientes para o decisor aferir o dolo ou o erro grosseiro da opinião técnica; ouII - se houver conluio entre os agentes.Em seguida, arremata a MP 966/20, in verbis:§2ºO mero nexo de causalidade entre a conduta e o resultado danoso não implica responsabilização do agente público.Referidos dispositivos trouxeram mudanças no cenário da responsabilização pela prática de ato ímprobo? Vejamos:É certo que a Lei de Improbidade Administrativa já adotava - portanto, antes do advento da MP 966 - a responsabilização subjetiva, necessitando,por isso, dos elementos dolo ou culpa - no caso do artigo 10, da LIA (culpa grave ou erro grosseiro) -, para condenação do agente público. Éindispensável, portanto, a existência de prova da consciência e da intenção do agente de promover conduta (comissiva ou omissiva) violadorasdas disposições contidas na Lei de Improbidade Administrativa.O Superior Tribunal de Justiça divulgou 14 teses sobre improbidade administrativa, na 38ª edição de jurisprudência em tese, aduzindo que éinadmissível a responsabilidade objetiva na aplicação da Lei de Improbidade, vejamos:1) É inadmissível a responsabilidade objetiva na aplicação da Lei n. 8.429/1992, exigindo- se a presença de dolo nos casos dos arts. 9º e 11(que coíbem o enriquecimento ilícito e o atentado aos princípios administrativos, respectivamente) e ao menos de culpa nos termos do art. 10,que censura os atos de improbidade por dano ao Erário.Portanto, os parágrafos primeiro e segundo, do artigo 1º da MP 966, são desdobramentos da teoria da responsabilidade subjetiva do agentepúblico, e que, como posto acima, recai sobre a prática de atos ímprobos.Logicamente que a responsabilização automática do gestor por ter adotado opinião técnica eivada de ilegalidade qualificada (improbidadeadministrativa), sem análise de dolo ou culpa do decisor - isto é, sem conhecimento deste -, representa a adoção da responsabilidade objetiva, oque é proibido pelo Direito Brasileiro e pelo entendimento pacífico do E. STJ. Nos mesmos moldes, "o mero nexo de causalidade entre a condutae o resultado danoso não implica responsabilização do agente público", pois, repito, a responsabilidade do agente público pela prática de ato deimprobidade administrativa é SUBJETIVA.Disto, a responsabilidade do parecerista e do decisor devem ser analisadas de forma autônoma, em observância à teoria da responsabilidadesubjetiva do agente público.Ressalto, porém, que as situações apresentadas nos incisos do §1º, do artigo 1º, da MP 966, não podem ser tomadas como os únicos caminhoslícitos para aferir a responsabilidade subjetiva do decisor, ou seja, para encontrar o dolo ou a culpa (erro grosseiro). Na prática forense outraspossibilidades se apresentarão para comprovação dolo ou da culpa do decisor, que não aquelas expostas no dispositivo da MP 966.Tentar "estreitar" esse caminho, como parece ser intenção da MP 966, já que fala em "somente se configurará", pode sim representar, na prática,sobretudo ao Ministério Público Brasileiro, dificuldades para a colheita de provas do dolo ou culpa do decisor que refugiou parecer técnico eivadode irregularidade qualificada (improbidade administrativa). Mas, apesar disso, não impossibilita.A mesma intenção floresce no artigo 3º, da MP em estudo, para comprovar o erro grosseiro do agente no caso concreto, in verbis:Art. 3ºNa aferição da ocorrência do erro grosseiro serão considerados:I - os obstáculos e as dificuldades reais do agente público;II - a complexidade da matéria e das atribuições exercidas pelo agente público;III - a circunstância de incompletude de informações na situação de urgência ou emergência;IV -as circunstâncias práticas que houverem imposto, limitado ou condicionado a ação ou a omissão do agente público; eV - o contexto de incerteza acerca das medidas mais adequadas para enfrentamento da pandemia dacovid-19e das suas consequências,inclusive as econômicasNo caso do artigo 3º, entretanto, a análise das conjunturas descritas em seus incisos para responsabilização do agente ficou restrita a "aferiçãoda ocorrência do erro grosseiro", isto é, somente para comprovação da "culpa pura" do artigo 10, da LIA. Para demonstração do dolo, portanto,não necessitaria ao operador do direito a observância das diretrizes pactuadas nos incisos do art. 3º, da MP 966.Embora assim, para aferição do dolo, o operador do Direito deve considerar o artigo 22, da LINDB, que estabelece, in verbis:Art. 22. Na interpretação de normas sobre gestão pública, serão considerados os obstáculos e as dificuldades reais do gestor e asexigências das políticas públicas a seu cargo, sem prejuízo dos direitos dos administrados.(Regulamento)§ 1º Em decisão sobre regularidade de conduta ou validade de ato, contrato, ajuste, processo ou norma administrativa, serão consideradas ascircunstâncias práticas que houverem imposto, limitado ou condicionado a ação do agente.(Incluído pela Lei nº 13.655, de 2018)§ 2º Na aplicação de sanções, serão consideradas a natureza e a gravidade da infração cometida, os danos que dela provierem para aadministração pública, as circunstâncias agravantes ou atenuantes e os antecedentes do agente. (Incluído pela Lei nº 13.655, de 2018)§ 3º As sanções aplicadas ao agente serão levadas em conta na dosimetria das demais sanções de mesma natureza e relativas ao mesmofato.(Incluído pela Lei nº 13.655, de 2018)III - CONCLUSÃOPelas razões expostas, o Centro de Apoio Operacional de Combate à Corrupção e Defesa do Patrimônio Público emite o seguinte entendimentotécnico-jurídico sobre a matéria, especificamente sobre os efeitos da MP 966/2020 sobre a responsabilização dos agentes públicos pela práticade ato de improbidade administrativa, respeitada a independência funcional:A Medida Provisória n° 966/2020 não altera a análise do elemento subjetivo para a responsabilização do agente público por improbidadeadministrativa, pelas seguintes razões:A tipicidade material dos atos de improbidade administrativa, previstos nos artigos 9º (enriquecimento ilícito), 10 (lesão ao erário), 10-A (benefíciofinanceiro ou tributário indevido) e 11 (lesão aos princípios da administração pública), dependem do elemento subjetivo dolo para se configurar. Aexceção fica por conta do art. 10, da LIA, que também prevê a prática do ato ímprobo por ação ou omissão "culposa";A definição de culpa/erro grosseiro pela MP 966/2020 está em consonância com pacífica jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça, de que oart. 10 da LIA não admite a responsabilização por culpa genérica, apenas sendo possível na modalidade culposa em casos de errogrosseiro/culpa grave;O erro grosseiro/culpa grave, como explanado pela doutrina e jurisprudência, é caracterizado por uma conduta em que há uma imprudência ou

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6. OUTROS []

6.1. 5ª ZONA ELEITORAL - OEIRAS11791

imperícia extraordinária e inescusável, que consiste na omissão de um grau mínimo e elementar de diligência que todos observam, portanto emconsonância com a definição do artigo 2º, da MP 966/20;Os parágrafos primeiro e segundo, do artigo 1º, da MP 966/2020, encontram-se em consonância com entendimento jurisprudencial e doutrináriovigentes, em obediência à teoria da responsabilidade subjetiva do agente adotada pela Lei de Improbidade Administrativa. Ressalto, porém, queas situações apresentadas nos incisos do §1º, do artigo 1º, da MP 966, não podem ser tomadas como os únicos caminhos lícitos para aferir aresponsabilidade subjetiva do decisor, ou seja, para encontrar o dolo ou a culpa (erro grosseiro). Tentar "estreitar" esse caminho, como pareceser intenção da MP 966, já que fala em "somente se configurará", pode sim representar, na prática, sobretudo ao Ministério Público Brasileiro,dificuldades para a colheita de provas do dolo ou culpa do decisor que refugiou parecer técnico eivado de irregularidade qualificada (improbidadeadministrativa). Isso, porém, não impossibilita a comprovação;No caso do artigo 3º, da MP 966/20, a análise das conjunturas descritas em seus incisos para responsabilização do agente ficou restrita a"aferição da ocorrência do erro grosseiro", isto é, somente para comprovação da "culpa pura" do artigo 10, da LIA.É a nota técnica.Teresina, 19 de maio de 2020.SINOBILINO PINHEIRO DA SILVA JÚNIORPromotor de JustiçaCoordenador do CACOP[1] ROSENVALD, Nelson. As Funções da Responsabilidade Civil: a reparação e a pena civil. 3. ed. Saraiva, São Paulo, 2017. p. 226-227.[2] VENOSA, Sílvio de Salvo. Direito Civil: Parte Geral. 18 ed. São Paulo, Atlas, 2018. p. 418.[3] OSÓRIO, Fábio Medina. Teoria da Improbidade Administrativa. 2. ed. rev., atual. e ampl. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2010. p. 248.[4] MORAES, Alexandre de.Constituição Interpretada e Legislação Constitucional. São Paulo: Atlas, 2002, p. 2.611.

RECOMENDAÇÃO ELEITORAL Nº 002/2020 - PROMOTORIA ELEITORAL DA 5ª ZONA ELEITORAL/PIPROCEDIMENTO PREPARATÓRIO ELEITORAL Nº 001/2020Assunto: Recomendação aos pré-candidatos, partidos políticos e seus respectivos filiados acerca de distribuição gratuita à populaçãode bens, serviços, valores ou benefícios, diante da situação de emergência declarada após o surto do novo coronavírus (COVID-19).O MINISTÉRIO PÚBLICO ELEITORAL, através de seu representante abaixo-assinado, em exercício junto à 5ª Zona Eleitoral na cidade deOeiras/PI, no uso de suas atribuições legais e na forma como dispõem os arts. 37, § 1º e 127 da Constituição Federal, Lei Complementar Federalnº 75/93; Lei Federal nº 8.625/93 (Lei Orgânica Nacional do Ministério Público); Lei Federal nº 9.504/97 (Lei das Eleições) e demais disposiçõeslegais aplicáveis à espécie, e;CONSIDERANDO ser atribuição legal do Ministério Público expedir recomendações visando à melhoria dos serviços públicos e de relevânciapública, bem como ao respeito, aos interesses, direitos e bens cuja defesa lhe cabe promover (art. 6º, inciso XX da LC 75/93);CONSIDERANDO que incumbe ao Ministério Público a defesa da ordem jurídica e do regime democrático (art. 127 da CF/88), como também oacompanhamento de todas as fases do processo eleitoral (art. 72 da Lei Complementar Federal n. 75/93);CONSIDERANDO que a democracia pressupõe liberdade e autonomia do eleitor na escolha de seus candidatos;CONSIDERANDO que o abuso do poder econômico e do poder político, como também o uso indevido dos veículos e meios de comunicaçãosocial constituem expedientes que atentam contra a isonomia de oportunidades dos candidatos e contra a liberdade de escolha dos eleitores,afetando a normalidade e a legitimidade das eleições;CONSIDERANDO que o abuso de poder pode ser preenchido por fatos ou situações tão variados quanto os seguintes: a) uso nocivo edistorcido de meios de comunicação social; b) realização maciça de propaganda eleitoral ilícita; c) compra de votos; d) oferta, promessa oufornecimento de produtos como alimentos, medicamentos, materiais ou equipamentos agrícolas, utensílios de uso pessoal ou doméstico, materialde construção; e) oferta, promessa ou fornecimento de serviços como tratamento de saúde, etc.CONSIDERANDO as formas típicas acerca do abuso de poder: a) art. 14, § 9º da CF ("influência de poder econômico"); b) art. 237, caput, doCódigo Eleitoral ("interferência do poder econômico"); c) art. 19 da LC nº 64/1990 ("abuso de poder econômico"); d) art. 22, caput, da LC nº64/1990 ("uso indevido, desvio ou abuso do poder econômico"); e) art. 22, XIV, da LC nº 64/1990 ("interferência do poder econômico").CONSIDERANDO que as pré-candidaturas poderão se utilizar no período anterior às convenções partidárias a menção à pretensa candidatura, aexaltação das qualidades pessoais dos pré-candidatos, vedado o pedido explicito de voto.CONSIDERANDO que a prática de determinadas condutas por parte do pretenso candidato com o objetivo de favorecimento eleitoral,configura ilícito eleitoral, onde serão adotadas medidas cabíveis conforme preceitua a legislação vigente, com o fito de evitar adesigualdade futura do pleito.CONSIDERANDO que se aplica as vedações da própria campanha eleitoral aos atos da pré-candidatura, especialmente se a pré-candidatura éalimentada com recursos ilegais, de fontes proibidas, obtidos de modo ilícito ou, ainda, com a antecipação de gastos não contabilizados emcampanha eleitoral, já que fora do período de arrecadação e gastos de recursos eleitorais, caracterizando-se, indubitavelmente, comoarrecadação e gastos ilegais de recursos não contabilizados, ensejando a aplicação das sanções cabíveis:CONSIDERANDO que representa conduta vedada a agentes públicos fazer ou permitir uso promocional em favor de candidato, partido políticoou coligação, de distribuição gratuita de bens e serviços de caráter social custeados ou subvencionados pelo Poder Público, ficando proibidaainda, no ano em que se realizar a eleição, a distribuição gratuita de bens, valores ou benefícios por parte da Administração Pública, exceto emcasos de calamidade pública, estado de emergência ou de programas sociais já em execução (art. 73, IV c/c/ art. 73, §10. da Lei 9.504/97);CONSIDERANDO ainda que o descumprimento do disposto no art. 73 da Lei 9.504/97 aplica-se sanções aos agentes públicosresponsáveis pelas condutas vedadas e aos partidos, coligações e a candidatos que delas se beneficiarem;CONSIDERANDO que as hipóteses legais de condutas vedadas constituem espécie do gênero "abuso de poder" coibido pelos art. 19 e 22, XIV,da LC nº 64/90, sendo concretizado mediante pratica de ato eleitoreiro em que fere a igualdade de oportunidades entre os candidatos, bem comoocorrendo ato que fira a normalidade ou o equilíbrio do processo eleitoral.CONSIDERANDO que a Portaria 188, de 03 de fevereiro de 2020, do Ministério da Saúde, declarou Emergência em Saúde Pública deImportância Nacional (ESPIN) decorrente de Infecção Humana pelo novo coronavírus (2019-nCoV), conforme Decreto nº 7.616, de 17 denovembro de 2011;CONSIDERANDO o disposto no Decreto n.º 18.884, de 16 de março de 2020, do Poder Executivo do Estado do Piauí, que regulamentou a lei nº13.979, de 06 de fevereiro de 2020, para dispor no âmbito do Estado do Piauí, sobre as medidas de emergência de saúde pública de importânciainternacional e tendo em vista a classificação da situação mundial do novo coronavírus como pandemia, institui o Comitê de Gestão de Crise, edá outras providências;CONSIDERANDO que o Decreto nº 18.895, de 19 de março de 2020, do Poder Executivo do Estado do Piauí, que declarou estado decalamidade pública, para os fins do art. 65 da Lei Complementar nº 101, de 4 de maio de 2000, em razão da grave crise de saúde públicadecorrente da pandemia da Covid 19, e suas repercussões nas finanças públicas;CONSIDERANDO que constituem crimes previstos no artigo 334 do Código Eleitoral, utilizar organização comercial de vendas, distribuição de

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mercadorias, prêmios e sorteios para propaganda ou aliciamento de eleitores, com pena de detenção de seis meses a um ano e cassação doregistro se o responsável for candidato; bem como no artigo Art. 299 do Código Eleitoral, dar, oferecer, prometer, solicitar ou receber, para si oupara outrem, dinheiro, dádiva, ou qualquer outra vantagem, para obter ou dar voto e para conseguir ou prometer abstenção, ainda que a ofertanão seja aceita, com pena de reclusão até quatro anos e pagamento de cinco a quinze dias-multa.CONSIDERANDO que o Ministério Público, na defesa do regime democrático e da lisura do pleito, prefere atuar preventivamente, contribuindopara que se evitem os atos viciosos das eleições - como os aqui indicados - e se produzam resultados eleitorais legítimos;CONSIDERANDO que a recomendação do Ministério Público é instrumento de orientação que visa a antecipar-se ao cometimento do ilícito e aevitar a imposição de sanções, muitas vezes graves e com repercussões importantes na candidatura;CONSIDERANDO a Orientação Técnica do Procurador Regional Eleitoral PRE/PI n.º 01/2020 que estabelece diretrizes para a atuação dosPromotores Eleitorais do Estado do Piauí na fiscalização da legalidade eleitoral das medidas adotadas, por gestores públicos, voltadas aoenfrentamento da situação de emergência e de calamidade pública decorrente da pandemia do Covid-19 (Coronavírus);CONSIDERANDO, até o presente momento, a manutenção do Calendário das eleições de 2020, tendo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE)confirmado a data de 4 de abril próximo como limite para a filiação partidária de pretensos candidatos às eleições municipais do corrente ano eesclarecido, em sessão de 19 de março de 2019, que, dado que o calendário das eleições municipais está previsto na Lei das Eleições(9.504/1997), a Justiça Eleitoral não tem competência para alterá-lo, inclusive no que diz respeito ao prazo para filiação partidária, tratando-se dematéria de competência reservada ao Poder Legislativo;RESOLVE,RECOMENDAR (art. 6°, XX, da LC nº 75/93) aos pré-candidatos, partidos políticos e seus respectivos filiados, pertencentes aosMUNICÍPIOS DE OEIRAS/PI, SANTA ROSA DO PIAUÍ/PI, e SÃO JOÃO DA VARJOTA/PI, ENTES MUNICIPAIS QUE COMPÕEM A 5ª ZONAELEITORAL/PI:Que não distribuam e nem permitam a distribuição, A QUEM QUER QUE SEJA, pessoas físicas ou jurídicas, de bens, valores oubenefícios de qualquer sorte, durante todo o ano de 2020, como doação de gêneros alimentícios, materiais de construção, passagensrodoviárias, quitação de contas de fornecimento de água e/ou energia elétrica, doação ou concessão de direito real de uso de imóveispara instalação de empresas, isenção total ou parcial de tributos, dentre outros, sob pena de restar configurado a arrecadação de recursose gastos ilícitos de campanha, além de abuso do poder econômico e a tipificação dos crimes eleitorais previstos no art. 299 e 334 do CódigoEleitoral;Da presente RECOMENDAÇÃO, sejam remetidas cópias aos seguintes órgãos/autoridades:Ao Juízo Eleitoral desta urbe e ao Procurador Regional Eleitoral, para ciência;Secretaria Geral do Ministério Público do Estado do Piauí e à Procuradoria Regional Eleitoral, para fins de publicação no Diário Oficial do MPPI eDiário Oficial da União, respectivamente;Assessoria de Imprensa do MPPI, às rádios e blogues locais, para ampla divulgação.Cumpra-se.Oeiras-PI, 20 de maio de 2020.VANDO DA SILVA MARQUESPromotor Eleitoral da 5ª ZE/PIPORTARIA ELEITORAL Nº 002/2020 - PROMOTORIA ELEITORAL DA 5ª ZONA ELEITORAL/PIO MINISTÉRIO PÚBLICO ELEITORAL, através de seu representante abaixo-assinado, em exercício junto à 5ª Zona Eleitoral na cidade deOeiras/PI, no uso de suas atribuições legais e na forma como dispõem os arts. 37, § 1º e 127 da Constituição Federal, Lei Complementar Federalnº 75/93; Lei Federal nº 8.625/93 (Lei Orgânica Nacional do Ministério Público); Lei Federal nº 9.504/97 (Lei das Eleições) e demais disposiçõeslegais aplicáveis à espécie, e;CONSIDERANDO que incumbe ao Ministério Público a defesa da ordem jurídica e do regime democrático (art. 127 da CF/88), como também oacompanhamento de todas as fases do processo eleitoral (art. 72 da Lei Complementar Federal n. 75/93);CONSIDERANDO que a democracia pressupõe liberdade e autonomia do eleitor na escolha de seus candidatos;CONSIDERANDO que ao Ministério Público Eleitoral cabe, notadamente, promover a normalidade e legitimidade das eleições, a fim de seassegurar a efetividade da democracia e o livre exercício de direitos políticos pelo cidadão, de maneira a afastar o abuso de poder econômico,político e de qualquer forma de conduta perturbadora das liberdades democráticas;CONSIDERANDO a necessidade de dar organicidade mínima aos diferentes elementos de informação que aportam à Promotoria Eleitoral naseleições, visando eventual instauração de diferentes procedimentos e/ou ajuizamento de ações, em específico, a partir do quanto a vir a sercolhido de forma geral neste feito;CONSIDERANDO a necessidade de acompanhar, de forma próxima e ostensiva, atos de pré-campanha referentes as eleições municipais de2020 na 5ª Zona Eleitoral do Piauí, que abrange os Municípios de Oeiras/PI, Santa Rosa do Piauí/PI e São João da Varjota/PI;CONSIDERANDO que, em 30.1.2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou que o surto da doença causada pelo Coronavírus(COVID-19) constitui Emergência de Saúde Pública de importância Internacional (ESPII), dado o grau de avanço dos casos de contaminaçãopelo novo coronavírus e que em 03.02.2020, o Ministério da Saúde, através da Portaria GM/MS nº 188/2020, declarou "emergência de saúdepública de importância nacional", em decorrência da infecção humana pelo Coronavírus, considerando que a situação atual demanda o empregourgente de medidas de prevenção, controle e contenção de riscos, danos e agravos à saúde pública;CONSIDERANDO que constituem crimes previstos no artigo 334 do Código Eleitoral, utilizar organização comercial de vendas, distribuição demercadorias, prêmios e sorteios para propaganda ou aliciamento de eleitores, com pena de detenção de seis meses a um ano e cassação doregistro se o responsável for candidato; bem como no artigo Art. 299 do Código Eleitoral, dar, oferecer, prometer, solicitar ou receber, para si oupara outrem, dinheiro, dádiva, ou qualquer outra vantagem, para obter ou dar voto e para conseguir ou prometer abstenção, ainda que a ofertanão seja aceita, com pena de reclusão até quatro anos e pagamento de cinco a quinze dias-multa.CONSIDERANDO que a coibição ao abuso de poder político encontra sua razão na imperiosa necessidade de serem asseguradas a normalidadee a plena legitimidade das eleições, evitando que tais postulados sejam afetados de modo a comprometer a igualdade entre os futuros candidatose própria vontade popular, que é soberana;CONSIDERANDO que representa conduta vedada a agentes públicos fazer ou permitir uso promocional em favor de candidato, partido políticoou coligação, de distribuição gratuita de bens e serviços de caráter social custeados ou subvencionados pelo Poder Público, ficando proibidaainda, no ano em que se realizar a eleição, a distribuição gratuita de bens, valores ou benefícios por parte da Administração Pública, exceto emcasos de calamidade pública, estado de emergência ou de programas sociais já em execução (art. 73, IV c/c/ art. 73, §10. da Lei 9.504/97);CONSIDERANDO que o art. 36 da Lei n° 9.504/97 estabelece que a "propaganda eleitoral somente é permitida após o dia 15 de agosto doano da eleição";CONSIDERANDO que os termos da referida lei o pré-candidato poderá realizar sua promoção pessoal perante a população no período anterior àcampanha, fazendo menção à pretensa candidatura, exaltando suas qualidades pessoais e divulgando seu posicionamento pessoal sobrequestões políticas, estando vedado pedido explícito de voto;CONSIDERANDO que o uso indevido dos veículos e meios de comunicação social constituem expedientes que atentam contra a isonomia deoportunidades dos candidatos e contra a liberdade de escolha dos eleitores, afetando a normalidade e a legitimidade das eleições;CONSIDERANDO que o art. 22 da LC 64/90 estabelece que qualquer "partido político, coligação, candidato ou Ministério Público Eleitoralpoderá representar à Justiça Eleitoral, diretamente ao Corregedor-Geral ou Regional, relatando fatos e indicando provas, indícios ecircunstâncias e pedir abertura de investigação judicial para apurar uso indevido, desvio ou abuso do poder econômico ou do poder de

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7. GRUPOS REGIONAIS DE PROMOTORIAS INTEGRADAS NO ACOPANHAMENTO DO

COVID - 19 []

7.1. GRUPO REGIONAL DE PROMOTORIAS INTEGRADAS NO ACOMPANHAMENTO DO COVID-19 DE

TERESINA – REGIONAL PICOS-PI11781

autoridade, ou utilização indevida de veículos ou meios de comunicação social, em benefício de candidato ou de partido político"; eCONSIDERANDO que a Portaria nº 499, de 21 de agosto de 2014, institui e regulamenta, no âmbito do Ministério Público Eleitoral, oProcedimento Preparatório Eleitoral - PPE, de natureza facultativa, administrativa e unilateral, o qual será instaurado para colher subsídiosnecessários à atuação do Ministério Público Eleitoral perante a Justiça Eleitoral para a propositura de medidas cabíveis em relação às infraçõeseleitorais de natureza não criminal;RESOLVE:INSTAURAR PROCEDIMENTO PREPARATÓRIO ELEITORAL nº 001/2020, com o propósito de acompanhar, de forma próxima eostensiva, atos de pré-campanha referentes as eleições municipais de 2020 no âmbito da 5ª Zona Eleitoral do Piauí (Oeiras/PI, SantaRosa do Piauí/PI e São João da Varjota/PI), devendo ser realizadas todas as diligências necessárias ao seu normal e legítimo andamento, nostermos da legislação pertinente, DETERMINANDO, inicialmente:A autuação da presente portaria, sendo que uma cópia deverá ser mantida em pasta própria;O registro da instauração do presente Procedimento Preparatório Eleitoral no livro respectivo e no SIMP;A juntada do calendário eleitoral estabelecido pelo TSE - Tribunal Superior Eleitoral, para as eleições de 2020;A juntada de toda e qualquer representação eleitoral já encaminhada ao Ministério Público Eleitoral, no âmbito da 5ª Zona Eleitoral do Piauí, porocasião das eleições de 2020;Expeçam-se RECOMENDAÇÕES, com as considerações de praxe, aos partidos políticos que compõem a 5ª Zona Eleitoral do Piauí (Oeiras/PI,Santa Rosa do Piauí/PI e São João da Varjota/PI) para fins de notificarem seus filiados e pré-candidatos ao pleito municipal de 2020 acerca datemática, bem como aos meios de comunicação social acerca das práticas vedadas em período de pré-campanha;Solicitem-se às rádios, blogs e meios de comunicação social, abrangidos pela 5ª Zona Eleitoral/PI, que confiram ampla divulgação e publicidadeàs medidas Recomendadas no item "5".Nomeio, sob compromisso, para secretariar os trabalhos, a Sra. Amanda Moreira de Araújo, assessora da 4ª Promotoria de Justiça de Oeiras, oueventual servidor substituto em casos de licenças, férias ou impedimentos;A publicação deste ato no Diário de Justiça Eletrônico do TRE/PI e a comunicação da instauração deste Procedimento à Procuradoria RegionalEleitoral.A publicação desta Portaria no Diário Oficial do Ministério Público do Piauí, bem como no mural da Sede das Promotorias de Justiça de Oeiras-PI, a fim de conferir a publicidade exigida;Publique-se. Registre-se. Cumpra-se.Oeiras-PI, 20 de maio de 2020.VANDO DA SILVA MARQUESPromotor Eleitoral da 5ª ZE/PI

RECOMENDAÇÃO DO GRUPO REGIONALNOTIFICAÇÕES RECOMENDATÓRIAS AOS MUNICÍPIOS Nº. 178/2020 - SÃO JOSÉ DO PIAUÍ; 179/2020 - SANTANA DO PIAUÍ; 180/2020 -DOM EXPEDITO LOPES; 181/2020 - SUSSUAPARA; 182/2020 - AROEIRAS DO ITAIM; 183/2020 - GEMINIANO; 184/2020 -MONSENHORHIPÓLITO; 185/2020 - FRANCISCO SANTOS; 186/2020 - SANTO ANTÔNIO DE LISBOA; 187/2020 - BOCAINA; 188/2020 - SÃO JOÃO DACANABRAVA; 189/2020 - SÃO LUÍS DO PIAUÍ; 190/2020 - PAQUETÁ; 191/2020 - WALL FERRAZ; 192/2020 - SANTA CRUZ DO PIAUÍ;193/2020 - ALAGOINHA DO PIAUÍ; 194/2020 - JAICÓS; 195/2020 - CAMPO GRANDE; 196/2020 - MASSAPÊ; 197/2020 - PATOS-PI; 198/2020 -SIMÕES; 199/2020 - MARCOLÂNDIA; 200/2020 - CALDEIRÃO GRANDE; 201/2020 - CARIDADE DO PIAUÍ; 202/2020 - CURRAL NOVO DOPIAUÍ; 203/2020 - PADRE MARCOS; 204/2020 - VILA NOVA DO PIAUÍ; 205/2020 - FRANCISCO MACEDO; 206/2020 - BELÉM DO PIAUÍ;207/2020 - ITAINÓPOLIS; 208/2020 - VERA MENDES; 209/2020 - FRONTEIRAS; 210/2020 - IPIRANGA; 211/2020 - JACOBINA; 212/2020 -LAGOA DO SÍTIO; 213/2020 - PAULISTANA; 214/2020 - PIMENTEIRAS; 215/2020 - QUEIMADA NOVA; 216/2020 - SÃO JULIÃO; 217/2020 -VALENÇA; 218/2020 - ACAUÃ; 219/2020 - ALEGRETE; 220/2020 - INHUMA; 221/2020 - AROAZES; 222/2020 - NOVO ORIENTE DO PIAUÍ;223/2020 - BETÂNIA DO PIAUÍ; 224/2020 - PIO IX.O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PIAUÍ, através do Grupo Regional de Promotorias Integradas no Acompanhamento da COVID-19 de Picos - Eixo temático Segurança Pública e Sistema Prisional, no exercício de suas atribuições, com esteio nos art. 127, caput, e art.129 da Constituição Federal de 1988; na Resolução CNMP nº 174/2017; nos art. 36 e art. 37 da Lei Complementar Estadual nº 12/1993; naResolução CPJ/PI nº 02/2020 e PORTARIAS PGJ/PI Nº 866/2020 e 928/2020;CONSIDERANDO que, consoante dispõe a Constituição da República, incumbe ao Ministério Público a defesa da ordem jurídica, do regimedemocrático de direito e dos interesses sociais e individuais indisponíveis, sendo função institucional o exercício do controle externo da atividadepolicial, na forma do inciso VII do art. 129 da CF;CONSIDERANDO que, em 30.01.2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou que o surto da doença causada pelo Coronavírus(COVID-19) constituiu Emergência de Saúde Pública de importância Internacional (ESPII), dado o grau avanço dos casos de contaminação pelonovo coronavírus, especialmente no território ChinêsCONSIDERANDO que, no Brasil, o Estado de Emergência de Saúde Pública de Importância Nacional - ESPIN foi declarado em 3 de fevereiro de2020, por meio da edição da Portaria MS nº 188, nos termos do Decreto nº 7.616, de 17 de novembro de 2011;CONSIDERANDO notícias veiculadas em portais da internet[1], relatando que desde o começo da crise do Coronavírus (Covid-19) no Brasil,segundo dados das secretarias estaduais de Segurança Pública, aproximadamente 5.000 (cinco mil) policiais deixaram de trabalhar por suspeitade contaminação pela doença;CONSIDERANDO que, conforme matéria veiculada no Portal do Ministério da Saúde[2], o Ministério da Saúde divulgou critérios e orientaçõespara aplicação do teste rápido sorológico nos serviços de saúde, definindo que os testes deverão ser aplicados em profissionais da área dasaúde e de segurança pública, um dos grupos mais expostos à transmissão do coronavírus (COVID-19), inclusive definindo que terão prioridadena testagem os trabalhadores que atuam nos postos de saúde, nos serviços de urgência, emergência e internação, trabalhadores da área desegurança pública e os contatos domiciliares desse público, ou seja, as pessoas que moram na mesma residência;CONSIDERANDO que os agentes dos órgãos de segurança pública estão nas ruas, em turnos ininterruptos de revezamento, em contato combens de uso COMPARTILHADO, em contato direto com cidadãos, e na sequência, retornam para suas casas, onde têm contato com seusfamiliares, e posteriormente, retornam para a sua escala;CONSIDERANDO que essa cadeia de contatos é extremamente arriscada e potencializadora da disseminação do novo Coronavírus (SARS-CoV-2)/COVID-19, seja entre os integrantes da equipe de trabalho, e entre esses e a sociedade civil, seja entre os policiais e pessoas que são presasem flagrante, e na sequência encaminhados para o sistema penitenciário;CONSIDERANDO que a Organização Mundial de Saúde - OMS recomendou aos países com transmissão comunitária do novo coronavírus

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7.2. GRUPO REGIONAL DE PROMOTORIAS INTEGRADAS NO ACOMPANHAMENTO DO COVID-19 DE

TERESINA – SAÚDE COMPLEMENTAR E RELAÇÕES DE CONSUMO11786

(SARS-CoV-2) que providencie duas medidas essenciais para a contenção da doença: (1) isolamento social; e (2) testagem em massa;CONSIDERANDO que os funcionários dos órgãos de segurança pública, assim como os profissionais de saúde, exercem atividade consideradaessencial, sendo que a primeira medida recomenda pela OMS não é uma opção para este grupo;CONSIDERANDO que diante da inevitabilidade da circulação dos agentes dos órgãos de segurança pública, e do consequente contato diretodestes com a população que atende no seu dia-a-dia, faz-se imperioso que ditos servidores públicos e seus familiares tenham atenção especial edevem ser colocados na segunda ordem prioritária para a realização dos referidos testes;CONSIDERANDO, desta forma, a necessidade de assegurar condições adequadas de trabalho aos agentes de segurança pública no atualexercício de suas funções ordinárias, bem como daquelas excepcionais de fiscalização do cumprimento de normas legais e infralegais que regema vida em sociedade nesse momento excepcional de situação de pandemia do novo coronavírus (SARS-CoV-2) (tais como aquelas contendoproibição de funcionamento de comércios, de aglomeração de pessoas etc), eis que, evidentemente, ao desempenharem tais funções, ospoliciais estão expostos à contaminação, razão pela qual o poder público deve proporcionar-lhes adequadas condições de trabalho;CONSIDERANDO que a saúde é direito de todos, nos termos do art. 196 da Constituição da Federal, e é dever do Estado a sua promoção, quedeve ser assegurada por meio de políticas públicas de acesso efetivo, universal e igualitário às ações e serviços de saúde;CONSIDERANDO a necessidade de os agentes de segurança pública com suspeita ou confirmação de Coronavírus (Covid-19) serem afastadosde suas funções e ter seu quadro clínico acompanhado pela Instituição, com o fornecimento de suporte necessário para sua recuperação;CONSIDERANDO a expedição, em 23 de abril de 2020, de Nota Técnica - NT pela SESAPI, informando acerca da distribuição de kits de testesrápidos para COVID-19 a todos os municípios do Piauí;CONSIDERANDO que a citada NT expedida pela SESAPI estabelece um protocolo a ser seguido por profissionais da segurança pública para arealização de testes rápidos que detectem a COVID-19, com a definição da unidade responsável pela realização dos exames, na capital e nointerior, os quadros e sinais de sintomáticos que definirão a submissão a realização dos testes, bem como os profissionais que serão testados(Corpo de Bombeiro Militar, Polícia Militar, Polícia Civil, DPCT, Polícia Federal e Policia Rodoviária Federal e Guarda Municipal);CONSIDERANDO que o art. 38, parágrafo único, inciso IV, da Lei Complementar Estadual nº 12/93, autoriza o Promotor de Justiça a expedirrecomendações aos órgãos e entidades públicos, requisitando ao destinatário sua divulgação adequada e imediata; assim como resposta porescrito;RESOLVE:RECOMENDAR AOS PREFEITOS(AS) DOS MUNICÍPIOS SÃO JOSÉ DO PIAUÍ, SANTANA, DOM EXPEDITO LOPES, SUSSUAPARA,AROEIRAS DO ITAIM, GEMINIANO, MONSENHOR HIPÓLITO, FRANCISCO SANTOS, SANTO ANTÔNIO DE LISBOA, BOCAINA, SÃOJOÃO DA CANABRAVA, SÃO LUÍS DO PIAUÍ, PAQUETÁ, WALL FERRAZ, SANTA CRUZ DO PIAUÍ/PI, ALAGOINHA DO PIAUÍ, AROAZES,BELEM DO PIAUÍ, CAMPO GRANDE DO PIAUÍ, CURRAL NOVO DO PIAUÍ, FRANCISCO MACÊDO, FRONTEIRAS, IPIRANGA, JACOBINA,LAGOA DO SÍTIO, MASSAPÊ, NOVO ORIENTE DO PIAUÍ, PAULISTANA, PIMENTEIRAS, QUEIMADA NOVA, SÃO JULIÃO, SIMÕES,VALENÇA, VILA NOVA DO PIAUÍ, INHUMA, ACAUÃ, ALEGRETE DO PIAUÍ, BETÂNIA DO PIAUÍ, CALDEIRÃO GRANDE DO PIAUÍ,CARIDADE DO PIAUÍ, ITAINÓPOLIS, JAICÓS, MARCOLÂNDIA, PADRE MARCOS, PATOS DO PIAUÍ, PIO IX, SÃO JOSÉ DO PIAUÍ e VERAMENDES: Que parte dos testes rápidos para identificação do COVID-19, disponibilizados pelo Ministério da Saúde e SESAPI, sejam reservados paratestagem dos profissionais da Segurança Pública atuantes nos respectivos municípios, ressaltando que o resultados dos exames deverão serregistrados pelo serviço de saúde conforme descrito na Nota Técnica expedida pela SESAPI, em 23 de abril de 2020.COMUNIQUE-SE a este órgão ministerial, através do email [email protected], no prazo de 05 (cinco) dias do recebimento deste, asmedidas adotadas quanto ao acatamento da presente Recomendação.Consigne-se que o não cumprimento desta Recomendação pelas autoridades públicas implicará na adoção das medidas extrajudiciais e judiciaiscabíveis à espécie, inclusive, responsabilidade por ato de improbidade administrativa e/ou criminal.E DETERMINAR que:a) ENCAMINHE-SE, urgentemente, a presente Recomendação aos Prefeitos dos Municípios acima mencionados, para fins deconhecimento, cumprimento e divulgação;b) REMETA-SE cópia da presente Recomendação ao CAOCRIM, para fins de conhecimento e controle, via e-mail;c) PUBLIQUE-SE a presente Recomendação no Diário Oficial do Ministério Público.Cumpra-se.Distribua-se o presente procedimento a um dos membros do presente Grupo.Picos-PI, 14 de maio de 2020.MAURÍCIO VERDEJOG. JÚNIORPromotor(a) de JustiçaANTÔNIO CÉSAR GONÇALVES BARBOSAPromotor(a) de JustiçaCLEANDRO ALVES DE MOURAPromotor(a) de JustiçaEDUARDO PALÁCIO ROCHAPromotor(a) de JustiçaITANIELI ROTONDO SÁPromotor(a) de JustiçaKARINE ARARUNA XAVIERPromotor(a) de JustiçaMICHELINE RAMALHO SEREJO DA SILVAPromotor (a) de justiçaPAULO MAURÍCIO ARAÚJO GUSMÃOPromotor(a) de JustiçaRAFAEL MAIA NOGEIRAPromotor(a) de JustiçaRAIMUNDO NONATO RIBEIRO MARTINS JÚNIORPromotor(a) de JustiçaROMANA LEITE VIEIRAPromotor(a) de JustiçaTALLITA LUZIA BEZERRA ARAÚJOPromotor(a) de Justiça[1] https://www1.folha.uol.com.br/colunas/painel/2020/04/estados-dizem-que-quase-5000-policiais-foram-afastados-por-suspeita-de-coronavirus.shtml;[2] https://www.saude.gov.br/noticias/agencia-saude/46699-grupos-mais-expostos-ao-contagio-terao-prioridade-para-testes-rapidos;

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GRUPO REGIONAL DE PJ INTEGRADAS NO ACOMPANHAMENTO DA COVID-19 SAÚDE SUPLEMENTAR E RELAÇÕES DE CONSUMO -GRSSRCPORTARIA GRPJI-SSRC Nº 01/2020 PROCESSO ADMINISTRATIVO Nº 001/2020Objeto: Acompanhar a redução ao mínimo necessário do fluxo de pessoas em todos os setores dos hospitais de Teresina, especialmente noambiente de UTI, assim como suspender, enquanto durar a pandemia, a autorização para acompanhamento contínuo de pacientes internados naUTI.O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PIAUÍ, por meio do Grupo Regional de Promotorias de Justiça Integradas na Defesa da SaúdeSuplementar e Relações de Consumo, em conjunto com o Centro de Apoio Operacional de Defesa da Saúde e PROCON/MPPI, por intermédiodos Promotores de Justiça ora signatários, no uso das atribuições previstas nos arts. 129, III, da CF/88 e art. 8º, III e IV, da Resolução CNMP Nº174/2017; art. 1º e incisos I, II, V, VIII, XI e XVI, do art. 5º, da Lei Complementar Estadual n° 36/2004, tendo em vista que o Promotor de Justiça éfiscal da Lei e pacificador social:CONSIDERANDO que incumbe ao Ministério Público "a defesa dos interesses sociais e individuais indisponíveis (art.127 da CF/88);CONSIDERANDO que a Constituição Federal estabelece, em seu artigo 196, que a saúde é direito de todos e dever do Estado, garantidomediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doenças e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário àsações e serviços para a sua promoção, proteção e recuperação;CONSIDERANDO o Decreto nº 18.884, de 16 de março de 2020, que regulamenta a lei nº 13.979/2020, para dispor no âmbito do Estado doPiauí, sobre as medidas emergência de saúde pública de importância internacional e tendo em vista a classificação da situação mundial do novocoronavírus;CONSIDERANDO que já foi reconhecida oficialmente, em âmbito federal, estadual e municipal, a transmissão comunitária do novo coronavírus;CONSIDERANDO que o estado do Piauí possui número de leitos, especialmente de UTIs, aquém do preconizado pelas autoridades de saúde;CONSIDERANDO que alguns hospitais situados em Teresina possibilitam o acompanhamento permanente de familiar de pacientes críticosinternados em leitos de terapia intensiva (UTI);CONSIDERANDO que o momento de expansão da incidência do novo coronavírus exige a adoção de medidas para restrição dos contatosinterpessoais;CONSIDERANDO que o alto contágio pelo novo Coronavírus exige a intensificação de medidas para preservação do paciente, do acompanhantee dos profissionais de saúde cedo serviços de Terapia Intensiva, ensejando, temporariamente, a revisão dessa politica institucional;CONSIDERANDO que no Estado do Piauí a curva de pessoas contaminadas é ascendente, significando a propagação da pandemia porcoronavírus;CONSIDERANDO que a infecção por coronavírus devido ao seu alto potencial de disseminação leva ao acometimento grave de um número depacientes que sobrepuja a capacidade de assistência mínima de saúde levando ao colapso dos sistemas hospitalares;CONSIDERANDO que o colapso hospitalar ocorre não somente por falta de vagas para assistência mas também por falta de insumoshospitalares que vão desde a equipamentos de proteção individual a álcool gel ocasionando ainda um número importante de profissionais desaúde acometidos pela doença;CONSIDERANDO que um grande número de pessoas não apresentam os sintomas da doença, aumentando o risco de se ter acompanhantesassintomáticos dentro do ambiente de UTI;CONSIDERANDO que a medida visa proteger não somente os pacientes mas também os próprios familiares, os profissionais de saúde e porconsequência a comunidade como um todo.CONSIDERANDO que o CDC, Lei nº 8.078, de 11 de setembro de 1990, seu art. 6º, I, prevê como direitos básicos do consumidor a saúde, a vidae a segurança;CONSIDERANDO que o mesmo diploma legal acima, em seu art. 8º, caput, dispõe que "os produtos e serviços colocados no mercado deconsumo não acarretarão riscos à saúde ou segurança dos consumidores, exceto os considerados normais e previsíveis em decorrência de suanatureza e fruição, obrigando-se os fornecedores, em qualquer hipótese, a dar as informações necessárias e adequadas a seu respeito";CONSIDERANDO que "o fornecedor deverá higienizar os equipamentos e utensílios utilizados no fornecimento de produtos ou serviços, oucolocados à disposição do consumidor, e informar, de maneira ostensiva e adequada, quando for o caso, sobre o risco de contaminação", (art. 8º,§ 2º, CDC);CONSIDERANDO que os órgãos oficiais poderão expedir notificações aos fornecedores para que, sob pena de desobediência, presteminformações sobre questões de interesse do consumidor, resguardado o segredo industrial, conforme § 4º do art. 55, da Lei Consumerista Pátria;CONSIDERANDO que o Procedimento Administrativo, instituído pela Resolução CNMP Nº 174/2017, é o instrumento adequado para apurar fatoque enseje a tutela de interesses individuais indisponíveis e embasar outras atividades não sujeitos a inquérito civil;RESOLVE: Instaurar o Procedimento Administrativo GRPJI-SSRC Nº 001/2020, a fim de acompanhar as ações dos Hospitais da Rede Privada deTeresina para o enfrentamento da pandemia, sobretudo no sentido de evitar o contágio por aglomerações, dentre outros fatores, e determinandodesde logo:Autuação da presente Portaria,Expeça-se recomendação aos Hospitais da Rede Privada de Teresina para i) a imediata redução ao mínimo necessário do fluxo de pessoas emtodos os setores do hospital, especialmente, noambiente de UTI e ii) suspenda, enquanto durar a pandemia, a autorização para acompanhamento contínuo de pacientes internados na UTI,permanecendo ainda autorizada a visita familiar em horários pré-estabelecidos a pacientes não portadores de COVID-19 (casos confirmados oususpeitos).O envio de cópia desta PORTARIA ao PROCON/MPPI, para conhecimento; Publique-se e registre-se a presente no diário oficial eletrônico doMPPI. Cumpra-se.Teresina (PI), 19 de maio de 2020.NIVALDOAssinado de forma digital por NIVALDORIBEIRO:09733965 RIBEIRO:09733965391391Dados: 2020.05.19 20:56:46-03'00'NIVALDO RIBEIROPromotor de Justiça Coordenador do GRPJI-SSRC

AGUIAR:42053510382

DENISE COSTAAssinado de forma digital por DENISE COSTAAGUIAR:42053510382Dados: 2020.05.19 18:08:00 -03'00'DENISE COSTA AGUAIRPromotora de Justiça

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Sub-coordenadora do GRPJI-SSRC

GOMES MARTINS DE

GLADYS GOMES MARTINS Assinado de forma digital por GLADYSDE SOUSA:13090291304SOUSA:13090291304Dados: 2020.05.20 10:51:44 -03'00'GLADYS GOMES MARTINS DE SOUSAPromotora de Justiça Membro do GRPJI-SSRCAssinado de forma digital por MARIA DASMARIA DAS GRACAS DO MONTE GRACAS DO MONTETEIXEIRA:06634303304TEIXEIRA:06634303304Dados: 2020.05.20 09:14:10 -03'00'MARIA DAS GRAÇAS DO MONTE TEIXEIRAPromotora de Justiça Membro do GRPJI-SSRC

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