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Estado da Arte das Pesquisas em Mudanças Climáticas no Estado

do Paraná

Johnny Flores de França

[email protected]

Curitiba

Março 2010

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LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1 – Pesquisas sobre Mudanças Climáticas............................................................... 12

Figura 2 – Pesquisas sobre Mudanças Climáticas no Estado do Paraná............................ 13

Figura 3 – Tipos de Pesquisas Diretas no Paraná ............................................................... 14

Figura 4 – Pesquisas do eixo Mitigação - Subtemas............................................................ 14

Figura 5- Pesquisas em Adaptação ..................................................................................... 15

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INTRODUÇÃO ............................................................................................................10

MATERIAIS E METODOS............................................................................................11

RESULTADOS..........................................................................................................12

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.........................................................................16

1 - PESQUISAS DIRETAS........................................................................................17

1.1 ADAPTAÇÃO – IMPACTOS ..................................................................................... 17 1.1.1 Estudo do impacto das mudanças climáticas na hidroeletricidade - estudo de caso:

subsistema sul-sudeste brasileiro - IMC- hi.....................................................................................1 1.1.2 SIMCAFE - Simulação dos impactos das mudanças climáticas globais sobre os setores de

agropecuária, floresta e energia. ...................................................................................................18 1.1.3 Simulação de cenários agrícolas futuros a partir das projeções das mudanças climáticas

globais............................................................................................................................................20

1.2 ADAPTAÇÃO – REFLORESTAMENTO E USO DO SOLO ...................................... 21 1.2.1 Cenários agrícolas futuros para essências florestais.............................................................1 1.2.2 Cultivo consorciado de café: uma alternativa para reduzir os efeitos do aquecimento

global. ..............................................................................................................................................1 1.2.3 Mitigação dos efeitos do aquecimento global por sistemas agroflorestais. .........................23

1.3 ADAPTAÇÃO – SAÚDE............................................................................................ 24 1.3.1 Mudanças climáticas / aquecimento global e saúde / dengue: interações, evolução e

dinâmica na região sul do Brasil......................................................................................................1 1.3.2 Potencial de propagação do Aedes Aegypti no estado do Paraná sob cenários de

Mudanças Climáticas.....................................................................................................................25

1.4 MUDANÇAS CLIMÁTICAS ....................................................................................... 27 1.4.1 Evolução climática do Estado do Paraná: 1970 - 1999. ........................................................1 1.4.2 Mudanças climáticas regionais observadas no estado do Paraná. .....................................29

1.5 EDUCAÇÃO E CONSCIENTIZAÇÃO AMBIENTAL.................................................. 30 1.5.1 - Earthwatch...........................................................................................................................1 1.5.2 Restauração da floresta com araucária no Parque Estadual de Campinhos. .....................31

1.6 MITIGAÇÃO – INVENTÁRIO DE EMISSÕES ........................................................... 33 1.6.1 Pegada de Carbono de Prédios de Apartamentos para Classe A e B. .................................1 1.6.2 CAZA - Carbono Zero na Academia.....................................................................................34 1.6.3 Estudo Comparado de Dois Tipos de Casas Populares no Brasil e sua Contribuição para a

Mitigação dos Efeitos das Mudanças Climáticas Globais. ..............................................................1 1.6.4 Elaboração do Inventário de Gases de Efeito Estufa da COPEL. .......................................36

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1.6.5 - Inventário das Emissões para Municípios – dentro do Programa 2020 Emissões

Controladas. ..................................................................................................................................37

1.7 MITIGAÇÃO – INVENTÁRIO FLORESTAL............................................................... 38 1.7.1 Conbio ....................................................................................................................................1 1.7.2 Metodologia para detecção da elegibilidade (linha de base) e monitoramento de projetos

de MDL florestal.............................................................................................................................39 1.7.3 O estoque potencial de carbono nos produtos florestais madeiráveis no Brasil. ..................1 1.7.4 Implantação de florestas geradoras de créditos de carbono: estudo de viabilidade no sul do

Estado do Paraná, Brasil. ..............................................................................................................42 1.7.5 Crescimento e Biomassa de Espécies Arbóreas Nativas da Floresta Estacional em

Reflorestamentos, no Norte do Paraná, Brasil. .............................................................................44 1.7.6 Carbono na biomassa e na respiração do solo em plantio comercial de seringueiras no

Paraná. ..........................................................................................................................................46 1.7.7 Estrutura de fixação atômica de Carbono em povoamentos florestais de Bracatinga

(Mimosa scabrella Bentham). ........................................................................................................48 1.7.8 Fixação de carbono em sistema agroflorestal de cafeeiro e bracatinga..............................50 1.7.9 Planejamento de uma empresa florestal considerando a manutenção do estoque de

carbono. .........................................................................................................................................52

1.8 MITIGAÇÃO – REFLORESTAMENTO E USO DO SOLO......................................... 55 1.8.1 Estimação da contribuição das raízes de culturas e adubos verdes no aporte de carbono

do solo. ............................................................................................................................................1 1.8.2 Implantação e manejo de florestas em pequenas propriedades no Estado do Paraná: um

modelo para a conservação ambiental, com inclusão social e viabilidade econômica. ...............57 1.8.3 Caracterização microclimáticas e ecofisiológica de cafezais sob diferentes níveis de

sombreamento...............................................................................................................................59 1.8.4 Projeto restauração da mata atlântica..................................................................................60 1.8.4 Desmatamento evitado.........................................................................................................61 1.8.5 Caracterização de ácidos húmicos em solos sob diferentes manejos tendo em vista o

sequestro de carbono. .....................................................................................................................1 1.8.6 Sequestro de carbono, atributos físicos e químicos em diferentes sistemas de manejo em

um latossolo argiloso do sul do Brasil. ............................................................................................1 1.8.7 Projeto piloto de reflorestamento em Antonina. ...................................................................66 1.8.8 Estimativa do potencial de neutralização de dióxido de carbono no programa vivat

neutracarbo em tijucas do sul, Agudos do Sul e São José dos Pinhais, PR. ...............................67 1.8.9 Carbon sequestration in an agroforestry system of coffee and Mimosa scabrella

(bracatinga) in southern Brazil.......................................................................................................69 1.8.10 Avaliação do impacto ambiental, social e econômico da recomposição florestal no

município de Bandeirantes. ...........................................................................................................70

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1.8.11 Estimativa de Seqüestro de Carbono da Biomassa Aérea como Indicador de

Sustentabilidade em Decorrência da Adequação da Área de Preservação Permanente na Sub-

Bacia do Rio Pequeno (Antonina - PR). ........................................................................................72 1.8.12 Contribuição à aquisição de dados essenciais para avaliação global do sequestro de

carbono no solo. ............................................................................................................................74 1.8.13 - “Cortina Verde” em estações de tratamento de esgoto. ..................................................75

1.9 MITIGAÇÃO – ENERGIA RENOVÁVEL ................................................................... 76 1.9.1 - Aproveitamento energético do biogás gerado em estação de tratamento de esgoto. ......76

1.10 MITIGAÇÃO – CONSTRUÇÕES SUSTENTÁVEIS ................................................ 77 1.10.1 - Construções Sustentáveis..................................................................................................1 1.10.2 Diretrizes da Arquitetura e da Construção Sustentável para Campi Universitários: Estudo

de caso do Campus Curitiba/Ecoville da UTFPR..........................................................................78

1.11 POLÍTICA ................................................................................................................ 79 1.11.1 Estratégias de mitigação e compensação das emissões de CO2 na mobilidade urbana:

uma análise da produção científica internacional. ..........................................................................1 1.11.2 Sequestro de carbono e a viabilização de novos reflorestamentos no Brasil....................81 1.11.3 Sequestro Florestal de Carbono no Brasil - Dimensões Política, Socioeconômicas e

Ambientais. ....................................................................................................................................83 1.11.4 - Análise do mercado de créditos de carbono e viabilidade econômica de florestamentos

e reflorestamentos para sequestro de carbono...............................................................................1 1.11.5 A utilização de créditos de carbono no Brasil: uma visão econômica e financeira............86 1.11.6 - Sustentabilidade do Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL)...............................87 1.11.7 Análise crítica dos mecanismos e instrumentos existentes e propostos no mercado de

carbono para obtenção de RCE (Redução Certificada de Emissões). .........................................89 1.11.9 Projetos de MDL em aterros sanitários no Brasil: alternativa para o desenvolvimento

sustentável.....................................................................................................................................92 1.11.10 Da função ambiental do contrato de implementação de um projeto de MDL no Brasil. ..94

2 - PESQUISAS INDIRETAS...................................................................................95

2.1 ADAPTAÇÃO – IMPACTOS ..................................................................................... 95 2.1.1 Clima Urbano / conforto térmico e condições de vida na cidade: uma perspectiva a partir

do aglomerado urbano da Região Metropolitana de Curitiba..........................................................1 2.1.2 Impactos de inundações em áreas urbanas: o caso de Francisco Beltrão - Paraná...........97 2.1.3 Inundações Urbanas em Curitiba: impactos, riscos e vulnerabilidade sócioambiental no

bairro Cajuru. .................................................................................................................................99 2.1.4 Inundação urbana de maio de 2007 no Rio Iguaçu: análise sinótica e de mesoescala. ...101 2.1.15 Impacto Da Concentração Do Dióxido De Carbono Tmosférico No Gelo Marinho Antártico

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.....................................................................................................................................................102 2.1.16 Interannual Climate Variability In South America: Impacts On Seasonal Precipitation,

Extreme Events And Possible Effects Of Climate Change. ........................................................103 2.1.17 Avaliação Do Impacto Das Mudanças Climáticas Na Hidroeletricidade ..........................104 2.1.18 Mudanças Climáticas No Sul Do Brasil: Possível Influência Na Produção De Espécies

Frutíferas De Clima Temperado ..................................................................................................105 2.1.19 Mudanças Climáticas Globais E O Melhoramento Genético Florestal ............................106

2.2 ADAPTAÇÃO – SAÚDE.......................................................................................... 110 2.2.1 Dengue: uma análise climato-geográfica de sua manifestação no estado do Paraná (1993-

2003)................................................................................................................................................1

2.3 ADAPTAÇÃO – VULNERABILIDADE .................................................................... 112 2.3.1 Utilização de dados de temperatura de superfície, precipitação e umidade para a

identificação e monitoramento de incêndios em tempo quase real. ...............................................1 2.3.2 Avaliação temporal de focos de calor no estado do Paraná (1999 a 2006). .....................113 2.3.3 Vulnerabilidade socioambiental na região metropolitana de Curitiba. ...............................114 2.3.4 Subsídios à prevenção e controle das inundações urbanas: bacia hidrográfica do Rio

Belém - Município de Curitiba – PR. ...........................................................................................115

2.4 CLIMA ..................................................................................................................... 116 2.4.1 Subsídios à prevenção e controle das inundações urbanas: bacia hidrográfica do Rio

Belém - Município de Curitiba – PR. ...............................................................................................1 2.4.2 Simulação da energia potencial convectiva disponível (cape) utilizando o modelo

atmosférico WRF (weather research and forecasting). ...............................................................118 2.4.4 Análise sinótica de eventos máximos de precipitação na cidade de Londrina. .................120 2.4.5 Caracterização do ritmo climático do sul do Brasil e seus possíveis desvios, com enfoque

no norte do estado do Paraná. ....................................................................................................121 2.4.6 Climatologia da precipitação no estado do Paraná............................................................122 2.4.7 Projeto ventar. ....................................................................................................................123 2.4.8 Estudo do microclima da cidade de Maringá – PR. ...........................................................124 2.4.9 Estudo das temperaturas do ar no Estado do Paraná. ......................................................126 2.4.10 Estimativa da precipitação provável para o estado do Paraná. .......................................128 2.4.11 Variabilidade da precipitação pluviométrica na Bacia Hidrográfica do Ivaí - Paraná.......130 2.4.12 Mapa Eólico do Paraná ....................................................................................................131 2.4.13 Estudo dos Períodos Extremos de Precipitação e Estiagem no Estado do Paraná........132 2.4.14 Estudo das temperaturas mínimas e máximas no estado do Paraná..............................133 2.4.15 Avaliação de modelos probabilísticos para o ajuste de dados de vento para a Região dos

Campos Gerais no Paraná. .........................................................................................................134 2.4.16 A Diversidade E Abundância De Peixes Em Zonas Rasas Estuarinas Como Indicadores

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Sensíveis A Parâmetros Climáticos Regionais E Globais: Os Estuários Do Rio Grande Do Sul

Como Um Estudo De Caso. ........................................................................................................135 2.4.17 Climate Change And Interannual Variability Of Precipitation In South America ..............137 2.4.18 Harmonic Analysis Of Temperature Over Antarctica: Present Day Climate And

Greenhouse Warming Perspective..............................................................................................138 2.4.19 Urban Climate Risks.........................................................................................................140 2.4.20 RELAÇÕES ENTRE AS FREQUÊNCIAS DE EVENTOS EXTREMOS DE CHUVA NA

BACIA DO PARANÁ (E NA AMÉRICA DO SUL) E A VARIABILIDADE INTERANUAL

ASSOCIADA A EPISÓDIOS EL NIÑO E LA NIÑA: CLIMA PRESENTE E PROJEÇÕES DE

CLIMA FUTURO..........................................................................................................................141 2.4.21 Variabilidade Climática Interdecadal No Clima Presente E No Clima Futuro Da América

Do Sul ..........................................................................................................................................142 2.4.22 Ilhas De Calor Em Ambiente Urbano – Uma Definição Para O Clima De Paranavaí-Pr.143 2.4.23 Boletim De Avaliação E Monitoramento Climático Em Paranavaí Através De Dados

Obtidos Na Estação Meteorológica Da Fafipa ............................................................................144 2.4.24 Variabilidade Climatica No Brasil E Cone Sul: Estudos Observacionais, Aplicacoes,

Mecanismos Dinamicos E Teleconexoes....................................................................................145 2.4.25 Variações Climáticas Na América Do Sul: Características, Mecanismos E Previsibilidade

.....................................................................................................................................................146 2.4.26 Ritimo Clímático Entre Os Anos De 1998 E 2007 No Município De Londrina – Pr .........147 2.4.27 Urbanizacao Regional E Mudancas Climaticas Globais: Impactos, Riscos E

Vulnerabilidades Socioambientais No Sul Do Brasil ...................................................................148 2.4.28 Aquecimento Global E Suas Manifestações Regionais E Locais ....................................149 2.4.29 Aquecimento Global E Saúde: Uma Perspectiva Geográfica – Notas Introdutórias .......150 2.4.30 Aquecimento Global E Possíveis Mudanças Climáticas Locais: O Caso De Irati. ..........151

2.5 MITIGAÇÃO – ENERGIA ALTERNATIVA E EFICIÊNCIA ENERGÉTICA .............. 153 2.5.1 Viabilidade do uso do Biogás da bovinocultura e suinocultura para geração de energia

elétrica e irrigação em propriedades rurais. ....................................................................................1 2.5.2 Gestão Ambiental de Resíduos da Suinocultura e Produção de Energia Elétrica. ...........155 2.5.3 Biodigestores no Tratamento de Resíduos de Eqüinos e Produção de Energia Elétrica..156 2.5.4 Produção de etanol por hidrolise enzimática da biomassa da cana-de-açúcar – bioetanol.

.....................................................................................................................................................157 2.5.5 Geração própria de energia elétrica com aproveitamento de biogás. ...............................158 2.5.6 Projeto Energia Solar. ........................................................................................................160 2.5.7 Usina Eólica de Palmas..........................................................................................................1 2.5.8 Levantamento da oferta de biomassa de origem florestal para a geração da região

metropolitana de Curitiba e entorno. ...........................................................................................163 2.5.9 Geração de energia elétrica utilizando biomassa. .............................................................164

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2.5.10 Potencial de produção de energia elétrica com aproveitamento de biogás da degradação

anaeróbia do lixo municipal de Santa Helena – PR. ...................................................................165 2.5.11 Análise da viabilidade da geração de energia elétrica com biogás da bovinocultura de

leite numa propriedade rural........................................................................................................167 2.5.12 Veículo Elétrico.................................................................................................................170 2.5.13 Avaliação de conjuntos de motores de combustão interna a biogás acoplados a gerador

de eletricidade em propriedades rurais. ......................................................................................172

2.6 MITIGAÇÃO- REFLORESTAMENTO E USO DO SOLO ........................................ 173 2.6.1 Estimativa de biomassa e carbono em floresta ombrófila mista e plantações florestais a

partir de dados de imagens do satélite Ikonos ii. ............................................................................1 2.6.2 Efeitos da mudança de cobertura vegetal de uma área com Bracatinga (mimosa scabrella

benth.) sobre a temperatura e o albedo. .....................................................................................175 2.6.3 Florestas energéticas. ........................................................................................................177 2.6.4 Recomposição florística da mata ciliar do Rio Canguiri e revegetação das margens da

represa do Iraí. ............................................................................................................................179

2.7 POLÍTICA................................................................................................................ 180 2.7.1 O Direito Ambiental e o mundo em mudanças: considerações sobre a produção de

biocombustíveis no Brasil. ...............................................................................................................1 2.7.2 Metodologia para a determinação da eficientização energética elétrica e determinação dos

potenciais de conservação dos usos finais na Universidade Estadual de Maringá campus de

Umuarama. ..................................................................................................................................182

ANEXO - PROCESSOS ................................................................................................ 183 1. Uso de dejetos de suínos com biodigestor de fluxo tubular em sistema integrado. ...................1 2. Simulador estocástico baseado em modelos probabilísticos, para geração de dados diários de

Vento, visando o levantamento do potencial eólico na região dos Campos Gerais. ..................185 3. Obtenção de biocombustíveis a partir de óleos vegetais por processo de pirólise catalítica

(craqueamento). ..........................................................................................................................187 4. Uso de biomassa como energia limpa e matéria-prima renovável. ........................................188 5. Produção de gás de síntese por gaseificação de bio-óleo obtido por pirólise rápida usando

diferentes tipos de biomassa.......................................................................................................189 6. Elaboração e Avaliação de um Sistema de Absorção de CO2 Contido no Biogás. ................190 7. Simulação de sistemas de aquecimento solar com materiais em mudança de fase (mmf)

adaptados de resíduos pesados do refino do petróleo sob condições transitórias de insolação e

demanda. .....................................................................................................................................191 8. Implantação do PROBIODIESEL. ...........................................................................................192 9. Uso da biomassa como fonte alternativa de energia no setor agro-industrial da região de

Cascavel. .....................................................................................................................................193

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10. Modelo de captação de biogás para geração de renda e minimização do impacto ambiental

na suinocultura. ...........................................................................................................................194 11. Produção de biodiesel via transesterificação de óleo de soja utilizando métodos químicos e

enzimáticos. .................................................................................................................................195 12. Análise de Viabilidade de Cultivos Florestais para Fins de Produção de Energia Elétrica. .197 13. Avaliação de Sustentabilidade Aplicada ao Biodiesel...........................................................198 14. Análise do desempenho de misturas ternárias de combustíveis contendo óleo vegetal,

biodiesel e etanol em um motor de ignição por compressão. .....................................................199

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10

INTRODUÇÃO

Apesar do tema sobre mudanças climáticas estar na ordem do dia, principalmente

após a publicação do ultimo relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudanças

Climáticas / IPCC, em 2007, informações sobre a mudança do clima no nível local e

tecnologias de mitigação e ações de adaptação ainda são muito pouco conhecidas. Ou seja,

há, sem dúvida, necessidade de desenvolvimento de muito mais pesquisas para ser

possível um maior conhecimento dos impactos locais e proposição de medidas de mitigação

e enfrentamento.

O IPCC (2007) relata que há uma lacuna de conhecimento científico, na América

Latina, sobre a observação dos fenômenos relativos à variação climática, bem como de

seus possíveis impactos nos biomas, ecossistemas, recursos hídricos, regime de chuvas, na

economia e na sociedade, tanto em escala regional, como local, e que a ausência deste

conhecimento pode comprometer a eficácia dos esforços implementados para a mitigação e

adaptação à mudança do clima.

Devido à falta de informação sobre os fenômenos decorrentes das mudanças

climáticas, o Conselho Nacional do Meio Ambiente / CONAMA, em seu relatório da Câmara

Temática de Economia e Meio ambiente – Grupo de Trabalho Impactos das Mudanças

Climáticas no Brasil e o Papel do CONAMA na Adoção e Medidas de Adaptação, propôs,

que “os órgãos públicos de fomento à pesquisa científica, incentivem ao máximo a

realização de trabalhos científicos nas áreas referentes ao estudo da mudança global do

clima e no desenvolvimento de tecnologias de mitigação e adaptação, bem como

considerem a importância de se aumentar o número de bolsistas pesquisadores nos temas

relacionados à minimização dos impactos e redução das vulnerabilidades aos efeitos

adversos da mudança do clima no Brasil”.

O Fórum Paranaense de Mudanças Climáticas Globais prevê, no artigo 11 de seu

Regimento Interno, a criação de uma Câmara Temática de Pesquisa em Mudanças

Climáticas, para a qual estabelece que deverá ser composta por pesquisadores que

realizam trabalho sobre o tema, no Estado do Paraná. Um dos objetivos desta câmara é

desenvolver uma política pública que apóie a pesquisa sobre mudanças climáticas. Para

tanto, se faz necessário conhecer a produção científica relacionada ao tema, bem como os

pesquisadores e instituições que atuam na área.

O presente estudo teve como principal objetivo levantar e conhecer o estado da arte das

pesquisas sobre Mudanças Climáticas no Estado, identificar as lacunas que necessitam de

maior aprofundamento e em particular, de um apoio público específico. As lacunas indicam

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a necessidade do estabelecimento de uma estratégia para induzir um maior número de

pesquisa sobre elas que pode se dar através de um edital que priorizasse áreas que o setor

privado dificilmente adentraria, como é o caso das pesquisas básicas sobre a mudança do

clima e sobre adaptação aos impactos.

MATERIAIS E METODOS

Fontes de Pesquisa

O levantamento se deu através de busca de pesquisas no banco de dados das

Universidades, no banco de teses da Coordenação de Aperfeiçoamento Pessoal de Nível

Superior/CAPES, pesquisa no portal Google Acadêmico e envio de oficio as Universidades,

solicitando os resumos das pesquisas. O critério de pesquisa foi baseado nas palavras-

chave: mudanças climáticas, mitigação, adaptação, aquecimento global, seqüestro de

carbono, mudanças do uso do solo, impactos das mudanças climáticas, aquecimento global,

meteorologia, eficiência energética, energia alternativa, energia limpa, biogás,

biocombustível, agro-combustível, biodiesel, co-geração, biomassa, inventário de emissões,

GEE, inventário corporativo, GHG Protocol, reflorestamento, carbono florestal, reserva legal,

mata ciliar, aterros sanitários, efluentes, transporte público, processos industriais, créditos

de carbono, MDL, CER, vulnerabilidade climática, extremos climáticos, aumento do nível do

mar, saúde e mudanças climáticas, dengue, recursos hídricos e mudanças climáticas,

mapeamento de vulnerabilidade, vulnerabilidade de regiões costeiras, eventos climáticos,

ciclone, Catarina, ressacas e clima.

Foram consultadas as universidades estaduais e instituições de pesquisa do sistema

SETI (UEL, UEM, UPG, UNICENTRO, UNIOESTE, FAFIPAR, FAFIPA, IAPAR, TECPAR,

SIMEPAR), da SEPL (IPARDES), as universidades e instituições de pesquisa federais

(UFPR, UFTPR e EMBRAPA); as universidades particulares (PUCPR, TUIUTI e POSITIVO)

e outras instituições como COPEL, LACTEC, SANEPAR e ONG’s.

Critérios de Classificação

Para fins de melhor caracterização das pesquisas levantadas, estas foram classificadas,

primeiramente, em diretas e indiretas. As diretas são as pesquisas que tem objetivo de

estudar algo diretamente relacionado às mudanças do clima e essa intenção esta explicita

no texto. Já as indiretas, são as que estudam uma tecnologia ou um aspecto que pode ser

relacionada às mudanças climáticas, mas que não é explicitada na pesquisa em si a

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correlação.

Os trabalhos destes dois grandes grupos foram, por sua vez, classificados de acordo

com os três grandes eixos do IPCC, mitigação, adaptação, mudança do clima.

Tabulação dos dados e analise estatística

A fim de verificar a quantidade de pesquisas em cada grupo elaborou-se uma planilha

do programa Microsoft Excel para Windows contendo, o titulo da pesquisa, o nome do

pesquisador, a instituição responsável, local de realização e o status da pesquisa. Os dados

foram tabulados e aplicou-se a ferramenta estatística de freqüência, com objetivo de

verificar áreas de maior demanda de pesquisa e temas que necessitam de maior

aprofundamento, bem como regiões/instituições que realizam estudos com maior

freqüência.

RESULTADOS

Ao final do levantamento obteve-se um total de 149 pesquisas, das quais 91

são diretas e 58 indiretas. Das 91 diretas, 67 estavam concluídas e apenas 24

estavam em fase de elaboração (Figura 1).

0

20

40

60

80

100

Pesquisas em Mudanças Climáticas

Diretas

Indiretas

Diretas 91 67 24

Indiretas 58 48 10

Total Concluídos Em andamento

Figura 1 – Pesquisas sobre Mudanças Climáticas

Para as pesquisas que estudam aspectos relacionados ao território

paranaense obteve-se um total de 94 trabalhos, dos quais classificou-se 52 como

diretas e 42 como indiretas(Figura 2).

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13

0

20

40

60

Pesquisas em Mudanças Climáticas

No Paraná

Outros locais

No Paraná 52 42

Outros locais 39 16

Diretas Indiretas

Figura 2 – Pesquisas sobre Mudanças Climáticas no Estado do Paraná

Ao analisar as linhas de pesquisa dos projetos classificados como diretos no

estado do Paraná chegou-se ao numero de 32, 10, 6 e 3 para os temas Mitigação,

Adaptação, Clima e Educação Ambiental, respectivamente (Figura 3). Este quadro

provavelmente se deve ao fato de que um grande número de empresas vem

surgindo para explorar, exclusivamente, o mercado de tecnologias limpas, com

ênfase na mitigação das emissões de GEE (SMITH, 2001). E as principais iniciativas

do poder público dizem respeito às ações de mitigação e as questões do mercado

de carbono (FRANKE, 2008).

Observou-se que houve um numero pequeno de pesquisas nos eixos

Adaptação, Clima e Educação Ambiental, isto se deve, pois são ações de difícil

apropriação da iniciativa privada, uma vez que envolvem somente custo, IEDI (2009)

relata que o tema adaptação as mudanças climáticas é tratado de maneira marginal

pelas corporações, embora reconheçam que o Brasil possui vários pontos

vulneráveis.

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14

0

5

10

15

20

25

30

35

Pesquisas em Mudanças Climáticas

Pesquisas em Mudanças Climáticas no Paraná

Adaptação

Clima

Educação

Mitigação

Figura 3 – Tipos de Pesquisas Diretas no Paraná

Investigou-se os sub-temas dentro de eixo mitigação e constatou-se que 12

tratam de reflorestamento e uso dos solo, 6 Inventário Florestal, 3 Inventário de

Emissões, 2 Construções Sustentáveis e apenas 1 de energia alternativa.

Observou-se que 66% das pesquisas abordam a questão florestal e uso do solo, fato

que reflete o perfil do Estado e que caracteriza o Paraná como um centro de

excelência em estudos florestais.

Pesquisas do eixo Mitigação

38%

28%

19%

6%9%

Reflorestamento e Uso do Solo

Inventário Florestal

Inventário de Emissões

Construções Sustentáveis

Energia Alternativa

Figura 4 – Pesquisas do eixo Mitigação - Subtemas

Para as pesquisas do eixo Adaptação, mapeou-se 3, 3, 2 nos temas saúde,

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15

reflorestamento e uso do solo e impactos nos setores de energia, floresta e

agropecuária.

00,5

11,5

22,5

33,5

4

Pesquisas em Adaptação

Pesquisas em Adaptação

Saúde

Reflorestamento e Uso do Solo

Impactos

Figura 5- Pesquisas em Adaptação

Este levantamento dá idéia do estado da arte das pesquisas realizadas em

mudanças climáticas no Estado do Paraná, e permite subsidiar o lançamento de um

edital para incentivar e ampliar o número de pesquisas, atrair e direcionar novos

pesquisadores e instituições para as áreas mais carentes de pesquisa.

Dada a pertinência do tema de pesquisa a Secretaria de Ciência e Tecnologia

e Ensino Superior – SETI e o conteúdo estratégico do tema, o Edital será proposto à

Coordenação de Ensino Superior, à Fundação Araucária da SETI e à Coordenadoria

de Desenvolvimento Governamental da Secretaria de Planejamento / SEPL, para

apoio, encaminhamento e identificação de recursos.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

CONAMA – Conselho Nacional do Meio Ambiente. Relatório Final do Grupo de Trabalho Impactos

das Mudanças Climáticas no Brasil e o Papel do Conama na adoção de Medidas de Adaptação.

Brasília 2008

FRANKE, Idésio Luis; Hackbart, Rolf. In: ENCONTRO NACIONAL DE ANPPAS, IV, 2008, Brasilia.

Mudanças Climáticas: Vulnerabilidades Socioeconômicas e Ambientais e Políticas Públicas

para a adaptação no Brasil.Brasília 2008.

IEDI – Instituto de Estudos para o desenvolvimento Industrial. Mudanças Climáticas: Desafios e

Oportunidades para um Novo Desenvolvimento. São Paulo. 2009.

IPCC – International Panel on Climate Change. www.ipcc.ch/officialdocuments. 2004

SMITH, M. T. Eco-innovation and market transformation. The Journal of Sustainable Product

Design, v. 1, n. 1, p. 19-26, 2001.

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1 - PESQUISAS DIRETAS

1.1 ADAPTAÇÃO – IMPACTOS

1.1.1 Estudo do impacto das mudanças climáticas na hidroeletricidade - estudo

de caso: subsistema sul-sudeste brasileiro - IMC- hi.

Nome do pesquisador: Eloy Kaviski, Cristovão Fernandes, Irani dos Santos, Heinz

Dieter Fill, Franciele Reynaud.

Nome do Orientador: Miriam Rita Moro Mine.

Tipo de pesquisa: Não disponível.

Local da pesquisa: UFPR.

Instituição de pesquisa: UFPR.

Situação do projeto: Projeto Novo.

Resumo/Abstract: O objetivo principal da pesquisa é investigar as mudanças na

energia firme das usinas hidrelétricas causadas pelas mudanças do clima global. O

estudo de caso será realizado na bacia hidrográfica do rio da Prata, no subsistema

hidrelétrico interligado sul-sudeste brasileiro. Como resultados esperados do projeto

IMC-HI têm-se a disseminação e estratégias de adaptação especialmente projetadas

para geração de energia elétrica, baseadas em cenários para o período 2010-2040.

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1.1.2 SIMCAFE - Simulação dos impactos das mudanças climáticas globais

sobre os setores de agropecuária, floresta e energia.

Nome do pesquisador: Rodrigo Tsukahara – Fundação ABC, Jorim Sousa das

Virgens Filho (Coordenador Institucional/UEPG).

Nome do orientador: Marcos S. Wrege - Embrapa Florestas.

Tipo de pesquisa: Aplicada.

Local da pesquisa: Estado do Paraná.

Instituição responsável: EMBRAPA.

Situação do projeto: Em andamento.

Resumo/Abstract: Os limites dos fragmentos dos biomas atualmente existentes no

Estado do Paraná serão definidos geograficamente por meio de mapas de projeção

de sua distribuição e serão levantadas as características climáticas atuais dos

biomas, utilizando dados climáticos do IAPAR e do SIMEPAR, entre os quais:

temperatura, precipitação pluviométrica, vento, umidade relativa e radiação solar.

Serão definidas as exigências climáticas e os parâmetros fisiológicos das espécies-

chaves, relacionando estes dados com o bioma em que ocorrem. Em cada bioma,

será definida a ocorrência de eventos climáticos extremos e a relação destes

eventos com as espécies-chaves existentes. A escolha das espécies será feita com

base nos seguintes critérios: base de cadeia alimentar para a fauna; estágios

sucessionais das formações avaliadas; espécie dominante ou característica do

bioma; espécie ameaçada de extinção ou de ocorrência rara e as espécies de

variação na categoria ecológica (pioneiras; secundárias iniciais; secundárias tardias

e climáticas). As variáveis climáticas serão mapeadas em SIG, na escala 1:250.000,

com o uso de ferramentas de geoestatística e regressão linear múltipla e serão

sobrepostas às áreas de ocorrência natural dos principais fragmentos de biomas do

Estado (GALVÃO et al., 2002).

Definidos os fragmentos dos biomas, serão utilizados dados climáticos simulados

pelo modelo SEDAC_R (VIRGENS FILHO, 2001) para cenários futuros e serão

redefinidas as zonas de ocorrência dos biomas e das espécies-chaves, de acordo

com o impacto das mudanças climáticas sobre os biomas.

����

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Resultados esperados; mapas dos principais biomas do Paraná no estado atual,

independente do estado biológico, com as características climáticas atuais e mapas

dos biomas futuros para as espécies-chaves, gerados de acordo com os cenários do

IPCC para as alterações climáticas futuras.

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1.1.3 Simulação de cenários agrícolas futuros a partir das projeções das

mudanças climáticas globais.

Nome do pesquisador: Giampaolo Q. Pellegrino.

Nome do orientador: Giampaolo Q. Pellegrino.

Tipo de pesquisa: Aplicada.

Local da pesquisa: Estado do Paraná.

Instituição responsável: EMBRAPA.

Situação do projeto: Em andamento.

Resumo/Abstract: Avaliar e quantificar os impactos provocados pelas mudanças

climáticas globais sobre as principais culturas econômicas do Brasil, considerando

as projeções de cenários globais regionalizados, indicando diretrizes estratégicas

para a nova matriz produtiva.

����

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1.2 ADAPTAÇÃO – REFLORESTAMENTO E USO DO SOLO

1.2.1 Cenários agrícolas futuros para essências florestais.

Nome do pesquisador: Rosana Clara Victoria Higa.

Nome do orientador: Rosana Clara Victoria Higa.

Tipo de pesquisa: Aplicada.

Local da pesquisa: Estado do Paraná.

Instituição responsável: EMBRAPA.

Situação do projeto: Em andamento.

Resumo/Abstract: Neste projeto busca-se a definição de cenários agrícolas futuros

para essências florestais a partir dos cenários regionalizados de mudanças

climáticas. Simulações serão feitas por meio da adaptação de novos modelos

matemáticos, ou aprimoramento dos modelos herdados do zoneamento de risco

climático para essências florestais.

Objetivos: Adaptar, testar e validar modelos de zoneamento para Pinus taeda.,

Eucalyptus sp., Mimosa scabrella (bracatinga), Acacia mearnsii (acácia negra),

Schyzolobium amazonicum (paricá), Araucaria angustifolia, Tectona grandis (teca) e

Hevea brasiliensis (seringueira) para as regiões produtoras brasileiras.

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1.2.2 Cultivo consorciado de café: uma alternativa para reduzir os efeitos do

aquecimento global.

Nome do pesquisador: H. Morais, A. C. Leal, P. H. Caramori, L. Grodzki, W. S. Ricce.

Nome do Orientador: H. Morais.

Tipo de pesquisa: Não disponível.

Local da pesquisa: Paraná.

Instituição responsável pela pesquisa: IAPAR

Situação do projeto: Concluído.

Resumo/Abstract: O cafeeiro arábica originou-se nos sub-bosques de florestas

localizadas em regiões elevadas da Etiópia e do Sudão e por isso não tolera

temperaturas altas. Assim, existe um forte indício que o aquecimento global possa

comprometer a cafeicultura brasileira, com redução da área de cultivo e perda de

competitividade no mercado mundial, caso se mantenha os padrões tecnológicos

atuais. O sistema consorciado com espécies arbustivas e arbóreas é uma alternativa

para reduzir o impacto do aquecimento global na cafeicultura, pois funciona como um

moderador dos extremos térmicos. Neste trabalho foram avaliadas na região Norte do

Paraná, as temperaturas no interior de plantações de café consorciadas com guandu

(Cajanus cajan), macadâmia (Macadamia integrifolia) e leucena (Leucaena spp),

monitoradas com estações meteorológicas automáticas nos sistemas agroflorestais e

em monocultivo. Os resultados mostraram que as temperaturas ao longo do dia são

significativamente mais amenas nos sistemas consorciados, com diferenças de até 8ºC

no consórcio com guandu e macadâmia, comparado com o monocultivo e 5ºC no

consórcio com leucena. Assim, o cultivo do cafeeiro em consórcio constitui excelente

alternativa para minimizar os impactos do aquecimento global e manter a

competitividade da cafeicultura brasileira.

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1.2.3 Mitigação dos efeitos do aquecimento global por sistemas agroflorestais.

Nome do pesquisador: Alex Carneiro Leal, Heverly Morais, Paulo Henrique Caramori

Nome do Orientador: Não disponível.

Tipo de pesquisa: Não disponível.

Local da pesquisa: Paraná.

Instituição responsável pela pesquisa: IAPAR

Situação do projeto: Concluído.

Resumo/Abstract: Aumentos na temperatura média do ar, um consenso entre os

estudiosos das mudanças climáticas, provocarão alterações substanciais na agricultura

nos próximos anos. A distribuição geográfica da cafeicultura, uma das explorações

agrícolas de grande importância e tradição no Brasil, é muito dependente do clima,

particularmente da temperatura, por ser o cafeeiro arábica muito sensível às variações

deste parâmetro climático. Conforme simulações realizadas em cenários de aumentos

na temperatura média, a área apta para cultivo comercial de café no Paraná deve sofrer

redução com elevação de 3,0°C ou mais na temperatura média do ar. A inclusão de

árvores no agroecossistema café modifica o balanço de radiação e pode reduzir

substancialmente os danos causados pela ocorrência de eventos extremos de

temperatura. O objetivo deste estudo foi discutir o impacto da adoção de um sistema

agroflorestal de produção de café no Sul do Brasil na mitigação dos efeitos do

aquecimento global. As análise foram feitas a partir de dados de temperatura de folhas

de cafeeiros em sistemas de produção arborizados e a pleno sol. Conclui-se que a

adoção de tecnologias agroflorestais tem potencial para mitigar os efeitos do

aquecimento global na cafeicultura paranaense.

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1.3 ADAPTAÇÃO – SAÚDE

1.3.1 Mudanças climáticas / aquecimento global e saúde / dengue: interações,

evolução e dinâmica na região sul do Brasil.

Nome do pesquisador: Inês Moresco Danni Oliveira, Deise Fabiana Ely.

Nome do Orientador: Francisco Assis Mendonça.

Tipo de pesquisa: Não disponível.

Local da pesquisa: UFPR.

Instituição responsável: UFPR.

Situação do projeto: Projeto Novo.

Resumo/Abstract: Analisar a evolução climática da Região Sul do Brasil e,

particularmente, identificar aspectos que evidenciem indicadores de mudanças

climáticas no âmbito regional. No contexto desta abordagem analisar-se-á também a

dinâmica da dengue e sua possível interação com a evolução climática da região.

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1.3.2 Potencial de propagação do Aedes Aegypti no estado do Paraná sob

cenários de Mudanças Climáticas.

Nome do pesquisador: Paulo Henrique Caramori, João Henrique Caviglione, Wilian

Da Silva Ricce, Heverly Morais.

Nome do Orientador: Paulo Henrique Caramori.

Tipo de pesquisa: Não disponível.

Local da pesquisa: Paraná.

Instituição responsável pela pesquisa: IAPAR

Situação do projeto: Concluído.

Resumo/Abstract: O mosquito Aedes aegipty vem se tornando um dos principais

agentes transmissores de doenças no mundo equatorial e tropical, atuando como vetor

na transmissão da dengue e da febre amarela. No Brasil, as condições de clima

favoráveis fizeram com que este inseto proliferasse intensamente, exigindo

investimentos de grande porte para o seu controle. O estado do Paraná localiza-se

numa região de transição climática, apresentando atualmente potencial de propagação

do Aedes aegipty principalmente nas regiões norte, oeste e em parte da região central.

As condições térmicas, juntamente com o regime pluviométrico que é favorável

praticamente o ano todo, regulam o potencial de propagação. Neste trabalho

são apresentados os potenciais de infestação no estado estimados pela disponibilidade

de graus-dia, considerando-se as condições climáticas atuais e dois cenários de

mudanças climáticas apresentados pelo Painel Intergovernamental de Mudanças

Climáticas (IPCC) em 2007. Foi estabelecida uma temperatura base inferior de

crescimento de 8,5oC e uma constante térmica de 275 graus-dia para o mosquito

completar a fase de ovo a adulto, com base em dados de literatura. Considerou-se que

o desenvolvimento cessa quando a temperatura é inferior a 13oC. Os resultados

mostraram que para as condições atuais de clima, no Paraná o número anual de

gerações varia de 20 no norte até abaixo de 10 no limite sul. Sob o cenário de

aquecimento de 1,8oC, o número potencial de gerações sobe para mais de 22, e no

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cenário de aquecimento de 4oC poderão ocorrer mais de 24 gerações anuais. Os

resultados apresentados neste trabalho representam as condições potenciais para a

proliferação deste inseto vetor e servem de alerta para a necessidade permanente de

se adotar políticas e métodos rigorosos de controle, sob pena de a dengue vir a se

tornar uma doença de proporções de difícil controle.

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1.4 MUDANÇAS CLIMÁTICAS

1.4.1 Evolução climática do Estado do Paraná: 1970 - 1999.

Nome do pesquisador: Mozart Nagarolli.

Nome do orientador: Francisco de Assis Mendonça.

Tipo de pesquisa: Dissertação de Mestrado.

Local da pesquisa: Estado do Paraná.

Instituição responsável: UFPR.

Situação do projeto: Concluído em 01/03/2007.

Resumo/Abstract: A pesquisa intitulada “Evolução Climática do Estado Paraná: 1970 –

1999” propõem a análise e identificação das alterações registradas no clima

paranaense no período em questão. As mudanças climáticas observadas são

decorrentes de fatores endógenos e exógenos. Internamente, desde o século XIX, o

Paraná teve transformada sua paisagem principalmente pela expansão agrícola,

industrialização e urbanização. Externamente foram os fatores associados à elementos

de ordem planetária, tais como, o Aquecimento Global e os eventos de El Niño e La

Niña, ODP, dentre outros, que contribuíram para estas alterações. Na pesquisa,

procurou-se identificar e mapear a evolução do clima paranaense, assim como

correlacionar os resultados obtidos com as questões vinculadas às mudanças

climáticas globais. A análise, que tem como área de estudo o estado do Paraná, foi

desenvolvida sobre uma base meteorológica de 25 estações, das quais se utilizaram os

dados de temperatura máxima, média e mínima, de precipitação e umidade. Os

resultados apontam para alterações em todos os fatores climáticos, com destaque para

a temperatura mínima pela maior evolução positiva. Em se tratando de temperatura

máxima os índices de aumento foram baixos em alguns casos nulos. A espacialização

das variações identificadas se deu a partir dos mapas produzidos, sendo possível

revelar evoluções diferenciadas por região e, partindo-se do histórico de ocupação,

dados econômicos e populacionais apontaram-se possíveis causas destas alterações.

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O resultado final constitui-se num panorama do clima no estado do Paraná nas últimas

três décadas do século XX.

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1.4.2 Mudanças climáticas regionais observadas no estado do Paraná.

Nome do pesquisador: Maria Elisa Siqueira Silva; Alexandre K. Guetter.

Nome do orientador: Não disponível.

Tipo de pesquisa: Não disponível.

Local da pesquisa: Paraná.

Instituição responsável: SIMEPAR.

Situação do projeto: Concluído em 06/12/2002.

Resumo/Abstract: Este documento recapitula os efeitos das mudanças climáticas

globais ocorridas as últimas décadas e aponta algumas alterações regionais,

focalizando as observadas no estado do Paraná. O aumento da temperatura média

global, associado possivelmente à ingestão antropogênica excessiva de gases do efeito

estufa na atmosfera, leva o sistema climático a cenários indesejáveis. Regionalmente,

observou-se que alguns municípios do estado do Paraná têm apresentado uma

aceleração do ciclo hidrológico desde o início da década de 70, o que pode ser

constatado através do aumento da freqüência de chuvas mais intensas, do aumento de

vazões médias e da ocorrência de estiagens com maior duração. Além de alterações

diretas no ciclo hidrológico, a tendência de aumento de temperatura mínima e

diminuição da temperatura máxima foi observada em Ponta Grossa. A identificação dos

efeitos regionais aumenta o grau de adaptabilidade do sistema e auxilia a definição dos

limites de interferência humana, de modo a minimizar os danos.

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1.5 EDUCAÇÃO E CONSCIENTIZAÇÃO AMBIENTAL

1.5.1 - Earthwatch

Nome do pesquisador: Robson e Marcelo

Nome do Orientador: Ricardo Miranda de Britez

Tipo de pesquisa: Não disponível

Local da pesquisa: Reserva Natural do Rio Cachoeira

Instituição responsável: Sociedade de Pesquisa em Vida Selvagem e Educação

Ambiental (SPVS)

Situação do projeto: Em andamento

Resumo/Abstract: Projeto de pesquisa realizado em parceria com a Ong Earthwatch e

o Banco HSBC, com a participação de forma voluntária de funcionários do Banco HSBC

(América Latina) os quais colaboram no desenvolvido de uma pesquisa relacionando

aspectos biológicos da flora e fauna e os padrões de clima, com o objetivo de avaliar

possíveis influências da mudança climática.

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1.5.2 Restauração da floresta com araucária no Parque Estadual de Campinhos.

Nome do pesquisador: Marcello Brotto, Tatiana Reis.

Nome do Orientador: Carolina R. Cury Muller.

Tipo de pesquisa: Aplicada..

Local da pesquisa: Estado do Paraná.

Instituição Responsável: Mater Natura.

Situação do projeto: Em andamento (previsão para termino 2011).

Resumo/Abstract: O HSBC Climate Partnership é um programa ambiental para

responder às urgentes ameaças das mudanças climáticas em todo o mundo, sendo

desenvolvido por meio de uma parceria global entre o HSBC, Climate Group, Instituto

Earthwatch, Instituto Smithsonian de Pesquisa Tropical e o WWF - Fundo Mundial para

a Natureza. Com duração de cinco anos (2007-2011), o programa tem ações com foco

na redução e prevenção aos efeitos das mudanças climáticas em pessoas, florestas,

água e cidades.

O HSBC Climate Partnership conta com ações locais no Paraná através do Mater

Natura que coordena e executa o projeto em parceria com o IAP - Instituto Ambiental do

Paraná (gestor do Parque onde são realizadas as atividades).

O Instituto Earthwatch é o responsável pelo desenvolvimento e implementação do

programa no Brasil, e selecionou o Mater Natura como parceiro, face à nossa

experiência em projetos na área de trabalho e com conservação da natureza.

O Mater Natura desenvolve ações referentes ao componente do programa denominado

“Projeto de Voluntariado Local”. Com base nos objetivos deste componente são

realizadas mensalmente, de forma voluntária por colaboradores do HSBC de diferentes

agências bancárias de Curitiba, atividades de recuperação de áreas degradadas, no

Parque Estadual de Campinhos, localizado na Região Metropolitana de Curitiba. Nas

atividades em campo, os voluntários atuam na retirada de espécies exóticas e realizam

plantio e manutenção de mudas de espécies nativas em diversas áreas do Parque, com

a finalidade de contribuir para a realização de algumas recomendações previstas no

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plano de manejo da unidade de conservação e a restauração da biodiversidade local.

Além do trabalho prático também fazem parte das atividades sessões de vídeos,

palestras e discussões relacionadas às mudanças climáticas, biodiversidade e atitudes

individuais cotidianas.

O principal objetivo da iniciativa é engajar o colaborador do HSBC na redução dos

impactos das mudanças climáticas. Em todo o planeta, calcula-se que, ao longo dos

cinco anos do programa, mais de 25.000 colaboradores do HSBC trabalharão como

voluntários em inúmeras ações em prol de causas ambientais.

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1.6 MITIGAÇÃO – INVENTÁRIO DE EMISSÕES

1.6.1 Pegada de Carbono de Prédios de Apartamentos para Classe A e B.

Nome do pesquisador: Elsa Cubas

Nome do orientador: Eloy Fassi Casagrande Jr.

Tipo de pesquisa: Não disponível.

Local da pesquisa: Não disponível.

Instituição responsável: UTFPR

Situação do projeto: Não disponível.

Resumo/Abstract: O projeto quantifica a emissão de CO2 associado a produção de

materiais convencionais utilizados na construção de prédios de apartamentos voltados

para as classes A e B, buscando sugerir a substituição deste materiais para a redução

das emissões.

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1.6.2 CAZA - Carbono Zero na Academia.

Nome do pesquisador: Não definido.

Nome do orientador: Eloy Fassi Casagrande Jr.

Tipo de pesquisa: Não definido.

Local da pesquisa: Não definido.

Instituição responsável: UTFPR

Situação do projeto: Em andamento.

Resumo/Abstract: Visa quantificar a emissão de carbono relacionada as atividades

acadêmicas envolvendo docentes, discentes e ações administrativas do Campus

Curitiba da UTFPR como projeto piloto, a fim de estabelecer diretrizes para sua redução

e mitigação, que passa por parâmetros sustentáveis para as reforma das edificações

existentes e para novas construções, planejamento de eficiência energética, uso

racional da água e gestão de resíduos.

1.6.3 Estudo Comparado de Dois Tipos de Casas Populares no Brasil e sua

Contribuição para a Mitigação dos Efeitos das Mudanças Climáticas Globais.

Nome do pesquisador: Éderson Augusto Zanetti, Eloy Casagrande, Joesio Siqueira,

Edílson Batista, Fabiano Ximenes, Roberto Mello, Daniele Maia de Souza

Nome do orientador: Não Disponível.

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Tipo de pesquisa: Não Disponível

Local da pesquisa: Não Disponível.

Instituição responsável: Embrapa

Situação do projeto: Concluído.

Resumo/Abstract: A redução das emissões dos gases do Efeito Estufa têm sido uma

grande preocupação mundial diante das mudanças climáticas e um aumento de

desastres ambientais. Entre os setores industriais que estão relacionados a estes

impactos está o da construção civil, hoje apontado como um grande emissor,

especialmente o dióxido de carbono (CO2). Podemos acrescentar ainda que é um

importante consumidor de recursos naturais e energia, além de gerar alta quantidade

de resíduos sólidos. Neste contexto, a busca por materiais para construção de menor

impacto ambiental tem sido uma exigência constante da sociedade, sendo a produção

de casas que utilizem madeira uma grande opção para esse setor. Entre as vantagens

no uso da madeira, podemos citar: seqüestro de carbono durante seu crescimento,

custo acessível, disponibilidade, boas características mecânicas, isolante térmico e

acústico, alta durabilidade conforme uso/tratamento, uso de menos energia em sua

produção, portanto menor emissão de carbono para a atmosfera, e ainda possibilita o

uso de seus resíduos para geração de energia. Esse artigo analisa o uso de madeira,

especificamente na construção de habitação de interesse social, comparando casas

com mesma área construída, feitas de madeira e alvenaria convencional com concreto.

A conclusão é que o uso da madeira de manejo sustentável na construção fornece uma

grande possibilidade de sumidouro para os gases causadores do efeito estufa e

também, reduz as emissões com a diminuição da demanda por produtos

tradicionalmente utilizados nas construções.

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1.6.4 Elaboração do Inventário de Gases de Efeito Estufa da COPEL.

Nome do pesquisador: Juliane de Melo Rodrigues.

Nome do Orientador: Juliane de Melo Rodrigues.

Tipo de pesquisa: Não disponível.

Local da pesquisa: COPEL.

Instituição Responsável: Lactec.

Situação do projeto: Não disponível.

Resumo/Abstract: Elaboração do inventário de gases de efeito estufa corporativo da

COPEL, segundo as diretrizes do documento "Greenhouse Gás (GHG) Protocol A

Corporate Accounting and Reporting Standart – Revised Edition".

A elaboração o inventário com base em dados de operação da COPEL foi realizado a

partir das abordagens:

Top down: que opera com fatores de emissão agregados permitindo maior simplicidade

na elaboração do inventário, gerando, entretanto, um resultado com maior grau de

incerteza e pouca possibilidade de gestão;

Bottom-up: que demanda a obtenção de informações in situ acompanhadas de uma

análise crítica acerca de sua qualidade, portanto com menor incerteza dos resultados e

alta possibilidade de gestão.

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1.6.5 - Inventário das Emissões para Municípios – dentro do Programa 2020

Emissões Controladas.

Nome do pesquisador: Marcelo Lubas, Ana Paula Dalla Corte.

Nome do Orientador: Não disponível.

Tipo de pesquisa: Não disponível.

Local da pesquisa: PARANÁ.

Instituição de pesquisa: FUPEF.

Situação do projeto: Em andamento.

Resumo/Abstract: O Programa Emissões Controladas 2020 surgiu com o propósito de

estimular os municípios a realizar seus inventários de emissões, empregando

metodologias reconhecidas universalmente, como as que são adotadas pelo Painel

Intergovernamental para as Mudanças Climáticas – IPCC e Protocolo de Gases de

Efeito Estufa – GHG Protocol. O programa reunirá especialistas paranaenses com

experiência no tema, que auxiliarão os municípios nessa empreitada, calibrando as

ferramentas de cálculo para inventários de emissões e disponibilizando-as às

prefeituras e órgãos locais.

A realização dos inventários de emissões dos municípios possibilitará ações

concretas para mitigar o aquecimento global e as mudanças climáticas em todas as

esferas, traçando um raio X das fontes poluentes e norteando quais ações e

tecnologias deverão ser empregadas.

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1.7 MITIGAÇÃO – INVENTÁRIO FLORESTAL

1.7.1 Conbio

Nome do pesquisador: Fabíola e estagiários

Nome do Orientador: Elenise Sipinski

Tipo de pesquisa: Não disponível

Local da pesquisa: Curitiba e Região Metropolitana

Instituição responsável: Sociedade de Pesquisa em Vida Selvagem e Educação

Ambiental (SPVS).

Situação do projeto: Em andamento

Resumo/Abstract: O Programa tem como objetivo incentivar atitudes que preservem a

biodiversidade e revertam processos de degradação ambiental nas áreas

remanescentes de vegetação nativa em Curitiba e Região Metropolitana. Para tanto,

dissemina o manejo conservacionista de pequenas áreas verdes urbanas, buscando

expandir o número de cidadãos participantes desta iniciativa. É realizado em parceria

com a Prefeitura Municipal de Curitiba. Uma das etapas desta parceria é realizar o

inventário do estoque de carbono contido nos bosques e parques municipais. Ao

mesmo tempo a Prefeitura deverá realizar o inventário de emissões da Capital

paranaense.

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1.7.2 Metodologia para detecção da elegibilidade (linha de base) e monitoramento

de projetos de MDL florestal.

Nome do pesquisador: Ana Paula Dalla.

Nome do orientador: Carlos Roberto Sanquetta.

Tipo de pesquisa: Dissertação de Mestrado.

Local da pesquisa: Bituruna e General Carneiro.

Instituição responsável: UFPR.

Situação do projeto: Concluído em 01/10/2004.

Resumo/Abstract: O presente trabalho, desenvolvido na área de abrangência da

Floresta Ombrófila Mista (F.O.M.), no Estado do Paraná, visa detectar os principais

focos de carbono fixado nos limites da F.O.M. bem como estimar a quantidade de

carbono que estaria sendo fixada pelos mesmos. Visa ainda, realizar um estudo mais

detalhado em dois municípios, Bituruna e General Carneiro, com o objetivo de detectar

áreas potenciais para Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL) Florestais. E, para

uma área ainda menor, uma propriedade, simular o impacto de um projeto de MDL

Florestal segundo quatro Cenários com práticas adotadas na região, sendo elas: plantio

de Pinus, plantio de Bracatinga, plantio de Araucária e plantio de Araucária com Erva-

mate. Para o primeiro objetivo foram utilizadas imagens dos satélites Sino-Brasileiro

CBERS e Landsat. O segundo objetivo foi embasado nas definições do Protocolo de

Quioto e das definições complementares. Assim, foram geradas áreas consideradas

potenciais para MDL Florestal dentro dos dois municípios. E, em uma destas áreas

foram desenvolvidos quatro cenários para simular o impacto da instalação de um

projeto. Os resultados indicaram que 5,19% da área originais da F.O.M. são

reflorestamentos de acordo com a definição do Protocolo de Quioto. Ainda, estimou-se

que cerca de 97.999.708,2 ton CO2e estariam estocados nestes reflorestamentos.

Observou-se que os dois municípios teriam 21.686,10 ha potenciais para um projeto de

MDL Florestal tendo uma capacidade de fixar algo próximo a 8.365.127,7 ton CO2e. A

avaliação financeira para os cenários demonstra uma taxa Interna de Retorno (TIR)

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18,9%, 17,3%, 15,1% e 10,5% para Pinus, Bracatinga, Araucária e Araucária com Erva-

mate respectivamente.

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1.7.3 O estoque potencial de carbono nos produtos florestais madeiráveis

no Brasil.

Nome do pesquisador: Ederson Augusto Zanetti, Edilson Batista Oliveira,

Danielle Maia de Souza, Joésio Deoclécio Siqueira Perin, Fabiano Ximenes,

Eunice Reis Batista.

Nome do orientador: Não disponível.

Tipo de pesquisa: Não disponível.

Local da pesquisa: Não disponível.

Instituição responsável: Embrapa

Situação do projeto: Concluído.

Resumo/Abstract: O setor de Uso e Mudanças de Uso da Terra, tem

emissões que somaram 55,8 TgC em 1994, 75% do total brasileiro. Os

produtos florestais fazem parte das considerações sobre o estoque e fluxos de

carbono nesse setor, mas na contabilização das emissões e seqüestros, não

foi realizado o cálculo dos produtos florestais madeireiros, que podem ser

utilizados para neutralizar parte dessas emissões, levando-se em consideração

o tempo de permanência dos diferentes tipos de materiais, resultantes da

colheita florestal. Descontadas as exportações, os produtos florestais resultam

em um consumo nacional da ordem de 187,1 milhões m3 / ano, que

representam o equivalente a 42,3 TgC em 2006. Se esse valor for subtraído do

total de emissões, o resultado é uma redução de 75% no total. Neste contexto,

a ferramenta de Avaliação do Ciclo de Vida (ACV), um instrumento de gestão

que permite identificar os impactos sociais, ambientais e econômicos ao longo

de uma cadeia produtiva, pode auxiliar na realização do balanço de massa e

energia e identificação de impactos do setor florestal. São sugeridas

estratégias para aumentar o consumo de produtos florestais e com isso, a

contribuição para o enfrentamento das mudanças climáticas globais pelo setor.

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1.7.4 Implantação de florestas geradoras de créditos de carbono: estudo

de viabilidade no sul do Estado do Paraná, Brasil.

Nome do pesquisador: Rafaelo Balbinot.

Nome do orientador: Carlos Roberto Sanquetta.

Tipo de pesquisa: Dissertação de Mestrado.

Local da pesquisa: General Carneiro e Bituruna.

Instituição responsável: UFPR.

Situação do projeto: Concluído em 01/10/2004.

Resumo/Abstract: O presente estudo teve como objetivo geral avaliar a

viabilidade de um projeto de florestas geradoras de créditos de carbono nos

municípios de General Carneiro e Bituruna, no sul do Estado do Paraná, de

acordo com os critérios e indicadores do Protocolo de Quioto. Primeiramente,

foi necessário identificar áreas com potencial (elegíveis) para a implantação

deste tipo de projeto. Para isso foram gerados mapas do uso da terra, com

ênfase nos recursos florestais, referentes aos anos de 1993 e 2000, e de

acordo com os critérios e indicadores do Protocolo de Quioto e acordos

subseqüentes (linha de base), identificadas estas áreas. A seguir foram

realizadas as estimativas da dinâmica do estoque de carbono nestas áreas,

com ênfase nas plantações florestais e nas florestas naturais. Por fim, foi

realizada a análise técnica e econômica sobre a viabilidade de implantação

deste tipo de floresta na região. Na questão do uso do solo, foi identificado um

aumento na área com cobertura florestal, tanto para plantações florestais como

para florestas naturais, na ordem de aproximadamente 5.900 ha e 2.750 ha,

respectivamente, que conseqüentemente promoveram um aumento no estoque

de carbono nesta vegetação, para o período em análise, de aproximadamente

384.800 Mg de carbono, que correspondem a pouco mais de 1.411.000 Mg de

CO2 equivalente. Foram identificados em torno de 48.000 ha de áreas

potenciais para implantação de reflorestamentos geradores de créditos de

carbono. Financeiramente, o retorno advindo da venda dos créditos de carbono

gerados, em ambos os tipos de floresta, não cobrem o custo do investimento

necessário para implantação de reflorestamentos com os preços praticados

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hoje, porém os retornos são melhorados significativamente, especialmente

para plantações florestais, se as receitas advindas dos créditos de carbono

com aquelas oriundas da venda da madeira. Concluiu-se que a implantação de

florestas fixadoras de carbono é uma atividade tecnicamente viável, mas

somente atrativa se for considerado o valor da madeira vendida pela colheita

do reflorestamento for levada em conta na análise.

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1.7.5 Crescimento e Biomassa de Espécies Arbóreas Nativas da Floresta

Estacional em Reflorestamentos, no Norte do Paraná, Brasil.

Nome do pesquisador: Pedro Sant´ana Jardim.

Nome do orientador: José Marcelo Domingues Torezan.

Tipo de pesquisa: Tese de mestrado.

Local da pesquisa: Norte do Paraná.

Instituição responsável: UEL.

Situação do projeto: Concluído em 01/06/2006.

Resumo/Abstract: Estudos sobre crescimento e estimativas de biomassa

florestal fornecem informações importantes relacionadas ao manejo florestal,

ao estágio de sucessão e à capacidade de produção de nutrientes da

vegetação. O crescente aumento da quantidade de carbono na atmosfera, em

função da queima de combustíveis fósseis e seu conseqüente efeito sobre o

clima, como aquecimento dos oceanos e o derretimento de geleiras,

culminando na elevação do nível do mar vem, há alguns anos, despertando

maior interesse no estudo do ciclo deste elemento. A quantificação de carbono

fixado nos ecossistemas florestais é realizada a partir de estimativas de

biomassa, contribuindo, dessa forma, com estudos de mudanças ambientais no

planeta. O reflorestamento de áreas degradadas, e o conseqüente crescimento

da floresta têm potencial para contribuir com a captação de carbono

incorporando-o na biomassa, além de possibilitar a recuperação de ambientes

florestais. Pensando na significativa contribuição que reflorestamentos podem

representar aos ecossistemas no que se refere à dinâmica florestal e produção

de biomassa, que este estudo foi realizado. No primeiro capítulo deste trabalho

foi quantificado o incremento de altura e área basal e identificado padrões de

arquitetura das árvores pertencentes a 40 espécies nativas de florestas

estacionais em reflorestamentos de 1; 1,5; 2; 2,5; 9 e 15 anos. Além disso,

também foram desenvolvidas 24 equações espécie-específicas, para viabilizar

uma estimativa mais precisa da biomassa dessas plantas. Nos plantios mais

jovens, de 1 a 2,5 anos, as espécies investiram mais biomassa no crescimento

do caule e da copa, aproveitando uma maior disponibilidade de luz para seu

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desenvolvimento, enquanto nos plantios mais velhos, de 9 e 15 anos, ocorreu

um crescente investimento de biomassa em altura, em contrapartida à copa

cada vez mais reduzida e distante do solo, com as espécies explorando melhor

a luminosidade acima do dossel. No segundo capítulo foram realizadas, a partir

de equações específicas, estimativas de biomassa de espécies arbóreas

nativas em reflorestamentos de 1; 1,5; 2 e 2,5 anos, ao longo da Bacia do

Tibagi e Médio Paranapanema, e a necromassa produzida nos mesmos. As

variações de biomassa de cada espécie nos plantios de diferentes idades

foram comparadas, visando à proposição da utilização daquelas com maior

acúmulo, em reflorestamentos com características semelhantes aos

analisados. Os reflorestamentos apresentaram um aumento de biomassa

significativo ao longo de 2,5 anos, atingindo uma média de 21,3 ton.ha-1,

semelhantes à de áreas em sucessão secundária. A quantidade de serapilheira

acumulada atingiu uma média de 3,5 ton.ha-1, quantidade semelhante às

presentes em florestas maduras, contribuindo com a melhora na riqueza do

solo. Espécies como Trema micrantha, Croton floribundus, Guazuma ulmifolia,

Heliocarpus americanus, Schinus therebintifolius e Senna multijuga foram

fundamentais a esse acúmulo, sendo responsáveis por mais da metade da

biomassa acumulada. Esses dados aconselham a utilização de uma ou mais

dessas espécies para projetos de reflorestamentos, com fins econômicos ou de

manejo, em áreas de preservação permanente e de reserva legal, pois

garantem ao reflorestamento um rápido desenvolvimento.

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1.7.6 Carbono na biomassa e na respiração do solo em plantio comercial

de seringueiras no Paraná.

Nome do pesquisador: Dalziza de Oliveira, Jomar da Paes Pereira, André

Luiz Medeiros Ramos, Paulo Henrique Caramori, Celso Jamil Marur, Heverly

Morais, Cláudia Wagner-Riddle, Paul Voroney.

Nome do Orientador: Não disponivel.

Tipo de pesquisa: Não disponível.

Local da pesquisa: Não disponível.

Instituição Responsável: IAPAR – Instituto Agronômico do Paraná.

Situação do projeto: Concluído.

Resumo/Abstract: O Brasil é um dos primeiros países em desenvolvimento a

criar regras específicas para obtenção de créditos de carbono dentro do

Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL), espinha dorsal do Protocolo de

Kyoto para reduzir as emissões mundiais de gases do efeito estufa. Os MDL´s

são projetos entre os países desenvolvidos com compromisso de redução de

emissões e os países em desenvolvimento, sem compromissos de emissão

(MAN YU, 2002). Entre as atividades elegíveis para projetos de MDL estão o

aumento da eficiência energética, o uso de fontes renováveis de energia e os

projetos de florestamento e reflorestamento. O pagamento dos créditos

carbono para projetos de florestamento e reflorestamento, contudo, depende

da quantificação das taxas de fixação de carbono em tipo de sistema florestal.

Experimentos de campo com sistemas agroflorestais conduzidos no

INSTITUTO AGRONÔMICO DO PARANÁ - IAPAR durante os últimos 15 anos

mostraram que plantações de seringueira (Hevea brasiliensis) são indicadas

para a recuperação de solos degradados, contribuem para a geração de

empregos no campo e proporcionam receita para os produtores a partir do

sexto ano de plantio (PEREIRA et al., 1994). A seringueira tem ainda o atrativo

de ser uma espécie potencial para uso nas áreas de reserva legal do Estado do

Paraná. Vislumbrando-se as potencialidades de uso da seringueira em

projetos de reflorestamento e também em composição de áreas de reserva

legal, ambos elegíveis para obtenção de créditos de carbono buscou-se,

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através deste estudo, quantificar o potencial das plantações de seringueira

para seqüestrar carbono atmosférico por meio da quantificação do carbono

fixado na biomassa e do carbono emitido através da respiração do solo.

As árvores tinham altura média de 6, 8 e 18 m para as idades de 4, 6 e 15

anos, respectivamente. O teor de carbono (expresso em gramas de carbono/

gramas de matéria seca) foi, em média, de 56% nas folhas, 62% nos galhos

grossos, 60% nos galhos finos. No tronco os teores foram de 63% na madeira

e 56% na casca. O acúmulo de carbono na biomassa ocorreu a uma taxa de 2

Mg/ha.ano, durante os primeiros 4 anos, e aumentou para aproximadamente 7

Mg/ha.ano no período entre o quarto e décimo quinto ano. O acúmulo total de

carbono na biomassa chegou a 90 Mg/ha após 15 anos (Tabela 1). A maior

parte do carbono, como era esperado, proveio dos galhos (28-45%) e do tronco

(35-40%), com 15-22% oriundos das raízes e apenas 3-12% das folhas (Figura

4).

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1.7.7 Estrutura de fixação atômica de Carbono em povoamentos florestais

de Bracatinga (Mimosa scabrella Bentham).

Nome do pesquisador: Roberto Rochadelli.

Nome do orientador: Roberto Tuyoshi Hosokawa.

Tipo de pesquisa: Tese de Doutorado.

Local da pesquisa: Não disponível.

Instituição responsável: UFPR.

Situação do projeto: Concluído em 01/03/2001.

Resumo/Abstract: A conservação e a ampliação das florestas naturais e

plantadas tem sido aceita como de importância fundamental no propósito de

reduzir os níveis de gás carbônico na atmosfera. Todas as plantas absorvem

gás carbônico e convertem em carboidratos na forma de tecidos da madeira,

folhas, sementes e frutos. A escolha da bracatinga (Mimosa scabrella

Bentham) como objeto deste estudo, deve-se ao fato da mesma ser nativa,

abundante, ter seu cultivo altamente difundido no meio sócio-cultural rural

através do sistema de agrofloresta e ser de rápido crescimento. Desenvolvida

de forma conjunta e utilizando-se de dados da linha de pesquisa "Identificação

e quantificação dos principais componentes químicos da biomassa da Mimosa

scabrella Bentham (bracatinga) relacionados com parâmetros de Manejo

Florestal", formalizado oficialmente junto ao CNPq no Diretório dos Grupos de

Pesquisa no Brasil sob o título "Qualidade e produtividade na atividade florestal

primária", esta tese visa analisar a estrutura de fixação de carbono dos

povoamentos da espécie estudada. A concentração de carbono na biomassa

foi determinada tomando-se os dados de produção e produtividade, assim

como a massa específica básica (g/cm3) e os teores dos componentes

fundamentais e acidentais da biomassa de povoamentos com idade de 3 a 7

anos, estando representadas na amostragem suas respectivas classes de

diâmetro. Os resultados apresentaram a biomassa da espécie com

concentração relativa do elemento carbono variando entre 40 e 45% da

biomassa total. As classes dominadas apresentaram maior eficiência na

fixação do elemento carbono, em detrimento das classes dominantes. O

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sistema de manejo tradicional, baseado na obtenção de multi-produtos dos

povoamentos, proporciona uma compensação natural àqueles produtos de

menor remuneração pelo mercado, devido a sua carbono-eficiência. De uma

forma geral, pode-se concluir que esta compensação natural permite otimizar a

renda bruta obtida em função do regime de manejo utilizado.

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1.7.8 Fixação de carbono em sistema agroflorestal de cafeeiro e

bracatinga.

Nome do pesquisador: Heverly Morais.

Nome do Orientador: Dr. Ana Maria de Arruda Ribeiro.

Tipo de pesquisa: Tese de Doutorado.

Local da pesquisa: Londrina.

Instituição responsável pela pesquisa: UEL – Dep. de Agronomia.

Situação do projeto: Concluído em 13/12/2006.

Resumo/Abstract: Na conferência de Kyoto em dezembro/2001 as nações

concordaram com o investimento em práticas ambientais que compensariam a

emissão de gases poluentes através da absorção de carbono convertido em

créditos. Levantamentos sobre gases causadores do efeito estufa a serem

apresentados em Kyoto, em 2010, pelos países signatários, poderão levar em

consideração a absorção de carbono pela biomassa e pelo solo. Os sistemas

agroflorestais em cafezais apresentam uma série de vantagens como: mantêm

empregos rurais; proporcionam receitas para os produtores; experimentos de

campo indicaram que arborização de cafeeiros diminui o estresse da cultura e

aumenta a longevidade de cafeeiros; reduz custos; mantém/aumenta a

fertilidade do solo; aumenta a cobertura morta e consequentemente à

disponibilidade de nutrientes; ganhos econômicos com madeira, além de

melhorar o microclima reduzindo danos de geadas; favorecer o ciclo

hidrológico, balanço de energia, entre outros. Todavia, embora as agroflorestas

e o cultivo de culturas perenes sejam reconhecidos como ecologicamente

viáveis e promissores usos da terra, sua viabilidade como forma alternativa de

reduzir os níveis crescentes de carbono atmosférico e aquecimento global,

através da fixação de carbono no sistema solo-planta-atmosfera ainda não foi

avaliado nas condições de clima e solo de toda a América do sul. Diante deste

quadro, propõe-se um projeto visando quantificar o potencial de cafeeiros

arborizados, comparativamente a cafeeiros a pleno sol, para fixar carbono

atmosférico. A pesquisa será conduzida no Iapar. O carbono sequestrado será

monitorado por meio de mediações no solo e na planta. O conhecimento

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ambiental gerado pelo projeto será muito relevante para os tomadores de

decisão voltada à implementação de mecanismos de desenvolvimento limpo

propostos pelo protocolo de Kyoto, e também contribuirá para a melhoria do

conhecimento dos efeitos das mudanças do uso da terra induzidas pelo homem

sobre as emissões de gases que causam o efeito estufa. O objetivo deste

trabalho é quantificar o carbono atmosférico fixado na vegetação e no solo,

utilizando como modelo uma plantação de cafeeiro arborizado com bracatinga

comparada com cafeeiros cultivados a pleno sol.

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1.7.9 Planejamento de uma empresa florestal considerando a manutenção

do estoque de carbono.

Nome do pesquisador: Anabel Aparecida de Mello.

Nome do orientador: Celso Carnieri.

Tipo de pesquisa: Tese de doutorado.

Local da pesquisa: General Carneiro.

Instituição responsável: UFPR.

Situação do projeto: Concluído em 01/ 04/2004.

Resumo/Abstract: Este estudo foi realizado nas áreas da Indústria Pedro N.

Pizzatto, localizada na região de General Carneiro, região Centro-Sul do

Paraná, com o objetivo geral de modelar o planejamento florestal otimizado de

longo prazo visando maximizar o lucro da empresa florestal em questão,

levando em consideração o estoque de carbono existente nas florestas com o

decorrer dos tratamentos silviculturais. O estudo apresentou os seguintes

objetivos específicos: estimar o volume de sortimento retirado nos desbastes e

no corte raso, em 11 projetos, utilizando quatro simulações dos regimes de

manejo e o regime de manejo atual da empresa; estimar a quantidade de

carbono (C), existente acima do solo, que é retirada nos desbastes simulados

para cada regime de manejo e para os projetos, assim como a quantidade

remanescente dessa variável; apresentar a quantidade total de carbono que

seria fixada aos 20 anos para os projetos e regimes de manejo estudados,

verificando se existe diferença significativa entre eles; avaliar economicamente

os projetos submetidos aos diferentes regimes de manejo; identificar a melhor

opção de manejo florestal para cada projeto da empresa, maximizando o lucro

total e mantendo um nível de carbono na área. De posse dos dados advindos

de 11 Projetos da referida empresa, utilizou-se o Software SISPINUS para

prognosticar o volume, a altura e o diâmetro desses projetos, submetidos a

cinco diferentes regimes de manejo, para um horizonte de planejamento de 21

anos. Através dos resultados obtidos de diâmetro e altura estimou-se a

quantidade de carbono remanescente e retirado nos anos do horizonte de

planejamento, assim como a quantidade total de carbono aos 20 anos de cada

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projeto com o objetivo de verificar se existe diferença significativa entre as

médias encontradas para os projetos e para os regimes de manejo. Na

programação linear adotou-se 36 cenários, sendo que estes variaram em

função da demanda de madeira (exigida pela empresa, 20% menor e 30%

menor), da taxa de desconto anual (8, 10, 12 e 16,5% a.a.) e da estratégia

comercial (Compra e Venda maximizando o VPL, DownGrade minimizando a

compra e DownGrade maximizando o VPL). Adotou-se também um modelo de

programação em metas, onde foram estabelecidas metas de carbono (baseada

no resultado obtido com o melhor cenário), metas econômicas (baseada no

faturamento anual da empresa) e metas de demanda para cada sortimento.

Após a análise dos resultados encontrados as seguintes conclusões podem ser

tiradas: o maior volume dos sortimentos estudados (serraria, torno pequeno e

torno grande) concentrou-se nos primeiros anos do horizonte de planejamento,

em todos os regimes de manejo adotados, devido à idade avançada dos

projetos no ano considerado como base para início do estudo; a quantidade

remanescente total de carbono, considerando todos os projetos, apresentou-se

instável durante o horizonte de planejamento, sendo a maior quantidade

encontrada nos primeiros e nos últimos anos do horizonte de planejamento,

nos 5 regimes de manejo adotados no estudo; comparando-se estatisticamente

os regimes de manejo estudados verificou-se que estes apresentam diferenças

estatísticas significantes ao nível de 5% de probabilidade, sendo que o regime

da empresa e o regime 4 apresentaram as menores médias e os regimes 1, 2 e

3 as maiores médias para quantidade de carbono total aos 20 anos de idade;

com relação às médias de carbono total encontradas aos 20 anos para os

projetos estudados pode-se dizer que apenas o Projeto 12 apresentou

resultado significativo, sendo a maior média de todos os projetos, o que pode

ser justificado pelo seu alto índice de sítio; o cenário que apresentou o melhor

resultado para a função objetivo no modelo de programação linear foi o de

número 5. Este cenário considera uma taxa de desconto de 8% ao ano no

cálculo do Valor Presente Líquido, a compra e venda da madeira e uma

demanda 30% do que a utilizada pela empresa; os projetos apresentaram

áreas muito quebradas, sendo que algumas muito pequenas. Isto pode ser

causado pelo número grande de restrições impostas pelo modelo e a quebra

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dos projetos grandes pode estar sugerindo a criação de novas unidades de

manejo

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55

1.8 MITIGAÇÃO – REFLORESTAMENTO E USO DO SOLO

1.8.1 Estimação da contribuição das raízes de culturas e adubos verdes

no aporte de carbono do solo.

Nome do pesquisador: Ivan Bordin.

Nome do Orientador: Dr. Carmen Silvia Vieira.

Tipo de pesquisa: Tese de doutorado.

Local da pesquisa: Londrina-PR e Santa Maria-RS.

Instituição responsável pela pesquisa: UEL – Dep. de Agronomia.

Situação do projeto: Concluído em 03/06/2008.

Resumo/Abstract: Em decorrência dos problemas de emissão de gases e do

consequente efeito estufa, tem sido muito grande o interesse no estudo do

comportamento dos solos quanto à sua capacidade de armazenar ou perder

carbono, nas diversas condições de manejo agrícola. O acúmulo deste carbono

orgânico no solo, principalmente em profundidades maiores daquelas

influenciadas diretamente pelos implementos agrícolas, está relacionada à

decomposição dos resíduos provindos das raízes. Nesse contexto, o objetivo é

propor uma técnica que possa auxiliar na estimação do carbono do solo

provindo do sistema radicular de culturas comerciais e de adubos verdes, e

avaliar as relações destas raízes com as estruturas do solo determinadas pelo

perfil cultural. O projeto será realizado em duas cidades Londrina-PR e Santa

Maria-RS, onde serão avaliados os sistemas radiculares da soja e do tremoço

na cidade de Londrina e das cultuas do sorgo, milho e de adubos verdes de

verão em Santa Maria. As raízes serão avaliadas pelo método da trincheira,

com auxílio de imagens digitais pelo sistema integrado de análise do solo

(siarcs 3.0) obtendo-se como variáveis o comprimento e área, que serão

submetidos à análise de variância e teste de tukey 5%. Para cada espécie

avaliada será estimada a quantidade de massa seca radicular através de

correlações utilizando análises de regressão dos dados das imagens

(comprimento e área) e da massa seca e densidade do solo obtida por anéis

volumétricos. Com a determinação da proporção c orgânico contido na massa

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seca radicular, será possível estimar a quantidade de carbono radicular

existente num determinado volume de solo. As estruturas do perfil do solo

serão caracterizadas pela técnica do perfil cultural para a determinação da

relação destas estruturas do solo com as variáveis radiculares e a densidade

do solo obtidas pelos anéis.

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1.8.2 Implantação e manejo de florestas em pequenas propriedades no

Estado do Paraná: um modelo para a conservação ambiental, com

inclusão social e viabilidade econômica.

Nome do pesquisador: Erich Gome Schaitza, Manyu Chang, Edilson Batista

de Oliveira, Erni Lemberger, Luiz Marcos Feitosa dos Santos, Jarbas Yukio

Shimiz, Davi Gobor, Edson Fortunato Siquerolo, Gracie Abad Maximiano,

Ananda Virginia de Aguiar, Letícia Penno de Sousa, Aparecido de Jesus

Bianco, Eliseu Souza dos Santos, Ivanildo Passarelli, João Carlos de Freitas,

Ricardo Domingues, Antonio Roberto Gonçalves, Wilson Aparecido Garbelini,

Vanderlei Soares, Jadir Francisco dos Santos, Alberto Carlos Moris, Antonio

Leodi Sabot e Antonio Souza dos Santos.

Nome do orientador: Não disponível.

Local da pesquisa: Estado do Paraná.

Situação da pesquisa: Em andamento.

Resumo/Abstract: Tendo por base um modelo formatado como um projeto

MDL florestal, 187 pequenos produtores familiares implantaram

reflorestamentos mistos, com espécies nativas ameaçadas e uma espécie

exótica de rápido crescimento, em seis municípios na região noroeste do

Estado do Paraná, Brasil, área de Floresta Estacional Semidecidual, sob

domínio da Mata Atlântica. As propriedades têm menos de 30 hectares e em

cada uma foram reflorestados de 1 a 5 ha. As áreas reflorestadas do projeto

somam 379 ha e eram principalmente de pasto e degradadas. Todas elas

foram georreferenciadas, projetadas sobre imagens de satélite, demarcadas

como reserva legal das propriedades através do SISLEG e registradas em

cartório. A implantação dos reflorestamentos ocorreu a partir de 2006 e teve o

apoio financeiro de 50% do investimento pelo Programa Paraná

Biodiversidade. As espécies nativas secundárias foram cuidadosa e

cientificamente selecionadas dentro da região, já com o intuito de constituir

bancos de germoplasma de espécies nativas relevantes da região. Cada

reflorestamento é manejado seguindo os princípios de sucessão florestal

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natural. A indução inicial de uma mistura de espécies exóticas e nativas

pioneiras serve de base para o desenvolvimento de um ambiente favorável

para o crescimento e regeneração natural de espécies nativas secundárias

iniciais e tardias. As exóticas e nativas pioneiras são desbastadas ao longo do

tempo, deixando espaço para o crescimento e a regeneração natural das

nativas mais importantes. Ao final do ciclo de 20 anos do projeto, todas as

árvores exóticas estarão cortadas, bem como a maioria das nativas pioneiras

plantadas, que também devem ter findado o seu ciclo natural. Assim,

permanecerão apenas as nativas secundárias iniciais e tardias plantadas, junto

com nativas regeneradas naturalmente. A espécie exótica utilizada é o

Eucalyptus grandis por apresentar bom desenvolvimento na região. No plantio

foram utilizados dois delineamentos para a disposição das espécies nativas:

um em bloco e outro em faixa. Para o projeto de MDL foi considerado apenas o

carbono seqüestrado pelos eucaliptos, estimando-se ao longo do período de 20

anos do projeto o total equivalente a 102 mil tCO2Eq. O modelo é inovador,

pois concilia conservação ambiental, formando bancos de conservação

genética de espécies ameaçadas, o que garante a sobrevivência de

populações locais dessas espécies; a produção econômica e a inclusão social,

pois gera renda com a atividade florestal e com os créditos de carbono; e usa

conceitos modernos de genética de população, de modelagem florestal e de

sensoriamento remoto em sua estrutura. Como resultados esperados,

destacam-se a reconstituição da floresta nativa, o estabelecimento de reservas

legais, a formação de bancos de germoplasma de espécies nativas da região, a

melhoria da qualidade de vida dos produtores com a geração de renda através

do pagamento do crédito de carbono, da venda de madeira dos desbastes e

colheita final, bem como de sementes de espécies nativas coletadas nos

bancos de germoplasma, a replicação em grande escala do modelo ora

proposto, o estimulo à atividade madeireira, em particular, a indústria de

processamento de madeira, com agregação de valor à produção regional. A

coordenação do projeto é do Programa Paraná Biodiversidade, da Secretaria

do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (SEMA), com parcerias da Embrapa

Florestas (CNPF), da EMATER-PR e do Instituto Ambiental do Paraná (IAP)

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1.8.3 Caracterização microclimáticas e ecofisiológica de cafezais sob

diferentes níveis de sombreamento.

Nome do pesquisador: Ciro César Hanisch, Heverly Morais, Paulo Henrique

Caramori.

Nome do Orientador: Dr. Ana Maria de Arruda Ribeiro.

Tipo de pesquisa: Trabalho Científico.

Local da pesquisa: Londrina.

Instituição responsável pela pesquisa: UEL – Dep. de Agronomia.

Situação do projeto: Concluído em 31/12/2006.

Resumo/Abstract: Dentro das atividades do subprojeto em andamento no

Iapar, intitulado arborização do cafezal para proteção contra geadas, serão

instalados experimentos de campo para avaliar a arborização temporária,

utilizando guandu, aveia preta, tremoço e nabo forrageiro, a arborização

permanente, utilizando grevílea, casuarina, pinus e leucena e a arborização

com bracatinga. As validações que serão efetuadas no transcorrer do

experimento são as seguintes: produção de café, alturas e diâmetros das

espécies florestais, modificações no solo, modificações microclimáticas com

avaliação de temperatura, umidade e radiação solar, e danos de geadas. A

partir de um ano após o plantio, na arborização com bracatinga, serão feitas

coletas de plantas e solo para quantificação do carbono sequestrado. Com

base na performance das opções de cultivo serão sugeridas estratégias para

viabilizar a obtenção de créditos de carbono para o cultivo do café e para

proteção efetiva contra geadas.

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1.8.4 Projeto restauração da mata atlântica.

Nome do pesquisador: Denílson Cardoso.

Nome do Orientador: Não disponível.

Tipo de pesquisa: Não disponível.

Local da pesquisa: Reserva Natural do Cachoeira, no município de Antonina

Instituição responsável: SPVS.

Situação do projeto: Iniciado em Julho de 2001, duração 40 anos.

Resumo/Abstract: Projeto de reflorestamento de uma área de 10 mil hectares

na Reserva Natural do Cachoeira, no município de Antonina, Paraná. Os

projetos de seqüestro de carbono são orientados pelo princípio de que é

possível compensar e evitar as emissões de CO2 conservando florestas

ameaçadas pelo desmatamento, bem como retirando carbono da atmosfera,

através de atividades de restauração florestal, em áreas anteriormente

desmatadas. Dessa maneira, por evitar futuras emissões e capturar o CO2,

esses projetos colaboram não apenas no combate aos efeitos do aquecimento

global, mas também na manutenção da biodiversidade e na geração de outros

benefícios indiretos. Dentre esses últimos, é possível destacar a proteção do

solo e da água, assim como o desenvolvimento das comunidades locais de

forma compatível com a conservação ambiental.

����

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1.8.4 Desmatamento evitado.

Nome do pesquisador: Denílson Cardoso.

Nome do Orientador: Não disponível.

Tipo de pesquisa: Não disponível.

Local da pesquisa: Estado do Paraná.

Instituição de pesquisa: SPVS.

Situação do projeto: Em andamento.

Resumo/Abstract: Sob orientação do "Greenhouse Gases Protocol"

(Protocolo de Gases de Efeito Estufa), publicação do World Resources Institute

sobre orientações para inventários de emissões de gases de efeito estufa, e

políticas do IPCC (sigla em inglês do Painel Intergovernamental de Mudanças

Climáticas) sobre diferentes fontes e características de inventários de gases de

efeito estufa, técnicos da SPVS estão aptos a calcular emissões de empresas e

eventos.

Uma vez conhecida a quantidade de emissões, a SPVS oferece a possibilidade

para compensar emissões por meio da manutenção de áreas naturais

preservadas (o que tecnicamente dá-se o nome de desmatamento evitado),

evitando a devolução para a atmosfera do carbono estocado na área. Com

base em tendências históricas, é possível afirmar que áreas remanescentes

estão ameaçadas de desmatamento devido a pressões econômicas e falta de

políticas públicas para sua efetiva proteção. É isto que acontece com a Mata

Atlântica brasileira (da qual é estimada em menos de 7% de áreas

remanescentes em bom estado de conservação, de um bioma que cobria mais

de 1,3 milhão km2 do território brasileiro).

1.8.5 Caracterização de ácidos húmicos em solos sob diferentes manejos

tendo em vista o sequestro de carbono.

Nome do pesquisador: Isis Kaminski Caetano.

Nome do orientador: Antonio Salvio Mangrich.

Tipo de pesquisa: Tese de Doutorado.

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Local da pesquisa: Não disponível.

Instituição responsável: UFPR.

Situação do projeto: Concluído em 01/10/2002.

Resumo/Abstract: Considerações sobre o aquecimento global, elevado pelo

aumento de concentração do CO2 na atmosfera, forma um segundo enfoque de

maior interesse em ciências húmicas. O primeiro foi o da descoberta que

substâncias mutagênicas são produzidas quando substâncias húmicas

aquáticas são cloradas. As reservas de carbono orgânico do solo (SOC) são

quase três vezes aquelas existentes na matéria viva na terra. Entretanto as

emissões de carbono do solo são cerca de 10 vezes maiores do que a emissão

resultante da queima de combustíveis fósseis. Com base nestas considerações

os objetivos dos cientistas do solo envolvem encontrar maneiras para reduzir a

emissão de CO2 do solo, tornando-o uma melhor fonte seqüestrante de C.

Dessa forma, o conhecimento das propriedades de agregação, constituição,

forma e tamanho da estruturas da matéria orgânica do solo (MOS) tem-se

constituído em objetivo maior dos cientistas do solo para conhecer que tipo de

MOS será melhor para estocar C. Em solos minerais, componentes orgânicos e

inorgânicos são tão fortemente associados que, com as técnicas analíticas e

métodos disponíveis, é difícil separar e estudar a SOM com o detalhamento

necessário. Neste trabalho usou-se a técnica de sedimentação em proveta

para obter diferentes frações de dois ácidos húmicos (AH) extraídos de duas

áreas adjacentes de um latossolo, submetidos a plantio direto por 10 anos

(soja/milho) (AHPD) e a re-povoamento de floresta nativa de Araucaria

angustipholia (AHF). O plantio direto produziu AH menos maturado e menos

efetivo na agregação orgânico-inorgânico. A técnica de sedimentação

juntamente com as espectroscopias de EPR, FTIR, UV-VIS e XPS foram

eficientes para obter informações sobre as diferenças entre as estruturas de

agregação dos AH de solos sob diferentes manejos. A interação da fração de

AH rica em oxigênio e partículas inorgânicas levou a mais baixa velocidade de

sedimentação (fração 10/8). Esta fração de AH tem mais interações Fe-Fe para

o AHPD do que para o AHF. No sistema de floresta as interações foram mais

intensivas para a fração 2/0 (de mais alta velocidade de sedimentação e maior

diâmetro de Stokes). O maior conteúdo de cinzas e de carboxilato da fração

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AHF2/0 justifica a sugestão que as interações orgânico-inorgânicos nesta

fração se dão através de ácidos e bases duros como, Al3+ e/ou Fe3+ e COO-,

respectivamente. As análises por PCA e PLS permitiram a obtenção de

informações sobre as interações orgânico-inorgânicos nas amostras de AH e

suas frações. Em geral as associações intermoleculares são mais fortes na

amostra AHF e suas frações. Através da sedimentação foram obtidas cinco

frações de cada amostra, diferenciadas tanto pela técnica de sedimentação em

proveta quanto como por espectroscopias no infravermelho por transformada

de Fourier (IVTF), paramagnética eletrônica (EPR), eletrônica (UV-VIS), e

também por análise elementar C,H,N, (O+S), e análise térmica diferencial

(ATD).

1.8.6 Sequestro de carbono, atributos físicos e químicos em diferentes

sistemas de manejo em um latossolo argiloso do sul do Brasil.

Nome do pesquisador: Ademir Calegari.

Nome do orientador: Ricardo Ralisch.

Tipo de pesquisa: Tese de doutorado.

Local da pesquisa: Sudoeste do Paraná.

Instituição responsável: UEL.

Situação do projeto: Concluído em 01/03/2007.

Resumo/Abstract: Em um experimento de longa duração, foram avaliados os

efeitos de diferentes seqüências de culturas em dois diferentes sistemas de

preparo do solo: Plantio Direto (PD) e Preparo Convencional (PC) nos atributos

físicos e químicos e no estoque de carbono orgânico do solo (COS) em um

Latossolo Vermelho aluminoférrico, textura argilosa, localizado na região

sudoeste do Estado do Paraná. O experimento consiste em seis tratamentos

com culturas de inverno: tremoço azul, ervilhaca peluda, aveia preta, nabo

forrageiro, trigo e pousio, em seqüência à soja ou milho em PD e PC. Em PC, o

preparo do solo foi efetuado a uma profundidade de 0,20 m antes do plantio

das culturas, com duas arações e quatro gradagens anuais. Amostras de solo

foram coletadas nas camadas de: 0,00-0,05, 0,05-0,10, 0,10-0,20, 0,20-0,30,

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0,30-0,40, 0,40-0,60 m para a determinação da densidade do solo, da

porosidade do solo, do COS, da estabilidade de agregados, do teor de

nutrientes e do estoque de COS. O cultivo do solo por dez anos, a partir da

retirada da mata nativa, diminuiu drasticamente os teores de COS. Após

dezenove anos da implantação do experimento, verificou-se um aumento no

estoque de COS do solo em PC em relação aos teores iniciais. Este resultado

deve-se ao controle da erosão, à utilização de plantas de cobertura, do manejo

da fertilidade do solo e às altas produtividades das culturas comerciais. Em PD,

os teores de COS do solo das camadas superficiais (0,00-0,10 m) foram

superiores aos de PC. As taxas de seqüestro de COS da camada 0,00-0,20 m

foram de 1,24 e 0,96 Mg ha1 ano-1 no PD e PC, respectivamente. Na camada

0,00-0,10 m, o PD seqüestrou 6,84 Mg ha-1, o que representa 64,6 % a mais

que o PC. Na camada de 0,00-0,20 m, o PD seqüestrou 29,4 % a mais que o

PC e, na camada de 0,20-0,40 m, não foi observada diferença entre PD e PC.

Em ambas as camadas (0,00-0,20 m e 0,00-0,40 m), o PD apresentou um

maior seqüestro do COS que o PC, embora na camada 0,00-0,40 m não tenha

havido diferença significativa entre os dois sistemas. Independente do método

de preparo do solo, os maiores estoques de COS foram obtidos: tremoço azul

> aveia preta > nabo > ervilhaca peluda > trigo. Similarmente, o pousio

apresentou a menor taxa de seqüestro (estoque) de carbono em todas as

profundidades de solo avaliadas. Em função da aplicação em superfície dos

corretivos e dos fertilizantes, os teores de Ca++, Mg++, P, K+ os valores de pH,

as saturações com Al3+ e por bases foram maiores e os teores de Al3+ trocável

foram menores no PD em relação ao PC na camada superficial (0,00-0,10 m).

Por outro lado, nas camadas mais profundas, todos os atributos químicos

relacionados à acidez e à disponibilidade de P e K+ foram mais favoráveis no

PC. Em PD, os teores de P disponíveis nas camadas abaixo de 0,10m estão

abaixo da faixa ótima para o desenvolvimento das culturas comerciais. As

densidades do solo foram maiores no PC do que no PD nas camadas 0,20-

0,30 e 0,30-0,40 m, e não diferem entre PC e PD nas camadas de 0,00-0,10 e

0,40-0,60 m. O PD apresentou maior concentração da classe de agregados >

2,00 mm, enquanto que no PC a maior concentração ocorreu nas classes de

agregados < 0,25, 0,25-0,50, 0,50-1,00, e 1,00- 2,00 mm. Considerando as

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diferentes espécies de inverno e, independente do sistema de preparo do solo,

nas camadas 0,00-0,10 e 0,10-0,20 m constatou-se maior concentração das

classes de menores agregados do solo no tratamento pousio. Nas camadas de

0,00-0,10 e 0,10-0,20 m, o PD foi > que o PC quanto aos valores de diâmetro

médio ponderado (DMP), diâmetro médio geométrico (DMG) e índice

estabilidade de agregados (IEA) e, na superfície (0,00-0,10 m), apresentou um

aumento em 78% no índice DMP, 238% para o índice DMG e 7,8% para o IEA,

em comparação ao PC. Nas camadas superficiais do solo (0,00-0,10 e 0,10-

0,20 m), o tratamento PC apresentou as maiores proporções da

macroporosidade do solo. A microporosidade foi maior em PD do que em PC

nas duas camadas superiores e iguais até 0,40 m, enquanto na porosidade

total não foram constatadas diferenças entre PD e PC em todas as camadas

amostradas.

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1.8.7 Projeto piloto de reflorestamento em Antonina.

Nome do pesquisador: Denílson Cardoso.

Nome do Orientador: Não disponível.

Tipo de pesquisa: Não disponível.

Local da pesquisa: Reserva Natural Morro da Mina, Antonina.

Situação do projeto: Iniciado em Setembro de 2001, duração de 40 anos.

Resumo/Abstract: Projeto de reflorestamento em uma área de 1.000 hectares

na Reserva Natural Morro da Mina, no município de Antonina, Paraná. Os

projetos de seqüestro de carbono são orientados pelo princípio de que é

possível compensar e evitar as emissões de CO2 conservando florestas

ameaçadas pelo desmatamento, bem como retirando carbono da atmosfera,

através de atividades de restauração florestal, em áreas anteriormente

desmatadas. Dessa maneira, por evitar futuras emissões e capturar o CO2,

esses projetos colaboram não apenas no combate aos efeitos do aquecimento

global, mas também na manutenção da biodiversidade e na geração de outros

benefícios indiretos. Dentre esses últimos, é possível destacar a proteção do

solo e da água, assim como o desenvolvimento das comunidades locais de

forma compatível com a conservação ambiental.

����

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1.8.8 Estimativa do potencial de neutralização de dióxido de carbono no

programa vivat neutracarbo em tijucas do sul, Agudos do Sul e São José

dos Pinhais, PR.

Nome do pesquisador: Sylvio Péllico Netto, Érico Emed Kauano, Márcio

Coraiola, Saulo Henrique Weber, Sergius Erdelyi.

Nome do orientador: Não disponível.

Tipo de pesquisa: Não disponível.

Local da pesquisa: Tijucas do Sul – PR, São Jose dos Pinhais - PR

Instituição responsável: PUC -PR

Situação do projeto: Concluido

Resumo/Abstract: A ação antrópica, principalmente resultante da

industrialização, tem provocado mudanças climáticas globais, com inúmeras

conseqüências ao ambiente e com repercussões sobre a biodiversidade. As

emissões mais nefastas advêm do Dióxido de Carbono (CO2) e de outros

gases como o Metano (CH4) e o Óxido Nitroso (NO2), que provocam o

aquecimento global. A partir do Protocolo de Quioto, iniciou-se em todos os

países do mundo uma ação pública e de toda a sociedade, visando reduzir as

emissões e neutralizá-las através de plantios florestais, uma das formas mais

eficientes para minorar os fortes efeitos poluidores no ambiente. Foi com este

intuito que a PUC-PR, através da Aliança Ecológica, estabelecida entre a

Instituição Filantrópica Sergius Erdelyi - IFSE, a Associação Paranaense de

Cultura – APC e a empresa florestal PANAGRO, lançaram o Programa VIVAT

NEUTRACARBO, desenvolvido em Tijucas do Sul, Agudos do Sul e São José

dos Pinhais, PR. O Programa tem dois grandes objetivos para combater o

aquecimento global: a educação sócio-ambiental e a neutralização de dióxido

de carbono, CO2 atmosférico, pela fixação do carbono em reflorestamentos e

florestas nativas durante se crescimento. As espécies utilizadas no

reflorestamento são: Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze, Pinus taeda L.,

Pinus elliottii Engelm, Eucalyptus viminalis Labill., Mimosa scabrella Benth.,

além de remanescentes florestais nativos (Floresta Ombrófila Mista) em estágio

médio a avançado de sucessão secundária. Os resultados obtidos no presente

����

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trabalho constituem ainda uma primeira aproximação sobre estimativas de

neutralização de carbono por florestas plantadas e naturais no Primeiro

Planalto Paranaense. Atualmente o programa tem capacidade de neutralizar

um total de 962.013,29 ton. de CO2 em 20 anos, dos quais 522.582,97;

15.724,51; 86.308,21; 59.184,37; 278.213,22 ton. de CO2 são provenientes

das espécies Pinus, Eucalipto, Bracatinga, Araucária e remanescentes de

florestas naturais, respectivamente.

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1.8.9 Carbon sequestration in an agroforestry system of coffee and

Mimosa scabrella (bracatinga) in southern Brazil.

Nome do pesquisador: Paulo Henrique Caramori, Alex Carneiro Leal, Wilian

Da Silva Ricce, Heverly Morais, Fabio Suano De Souza, Armando Androcioli

Filho.

Nome do Orientador: Não diponível.

Tipo de pesquisa: Não disponível.

Local da pesquisa: Londrina - PR.

Instituição responsável pela pesquisa: IAPAR

Situação do projeto: Concluído.

Resumo/Abstract: Coffee shading has been a common practice used for frost

protection in southern Brazil. The opportunities of the Clean Developing

Mechanism established in the Kyoto Protocol opened the possibility of obtaining

carbon credits for reforestation. Agroforestry Systems in tropical regions have

the potential of producing significant amounts of biomass and could also

become eligible in the near future. In this work the biomass production and

carbon sequestration was evaluated in an agroflorestry system of coffee and

Mimosa scabrella, compared to an open-grown coffee plantation in Londrina,

Paraná state, Brazil (23o22´S).

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1.8.10 Avaliação do impacto ambiental, social e econômico da

recomposição florestal no município de Bandeirantes.

Nome do pesquisador: Luiz Carlos Reis.

Nome do Orientador: Dr. Otavio Jorge Grigoli Abi Saab.

Tipo de pesquisa: Tese de Doutorado.

Local da pesquisa: Bandeirantes-PR.

Instituição responsável pela pesquisa: UEL – Dep. De Agronomia.

Situação do projeto: Em andamento (término previsto 31/01/2011).

Resumo/Abstract: As atividades econômicas e industriais têm provocado

alterações na biosfera, duplicando a concentração de gases de efeito estufa

(GEE) na atmosfera nos últimos 250 anos. Levantamentos do

Intergovernmental Panel On Climate Change mostram que essa alteração

poderá desencadear um aumento da temperatura média do planeta nos

próximos cem anos. As metas de redução desses gases estão definidas no

protocolo de Kyoto, para o primeiro período de compromisso, além de critérios

e diretrizes para a utilização dos mecanismos de mercado. O protocolo criou o

mecanismo de desenvolvimento limpo (MDL) com o objetivo de facilitar a

redução de emissões GEE e ao mesmo tempo promover iniciativas de

sustentabilidade nos países em desenvolvimento. A formação do "mercado de

carbono", através do MDL, em nível nacional e internacional, pode tornar – se

"commodity ambiental". As atividades antrópicas que exigem investimentos

expressivos e que efetivamente reduzem a concentração atmosférica de

dióxido de carbono, como reflorestamento e florestamento, podem e devem ser

consideradas como projetos elegíveis para o mecanismo de desenvolvimento

limpo. No município de bandeirantes, a necessidade de recomposição florestal,

para atender as exigências legais, será de aproximadamente 12000ha. A

hipótese é de que a recomposição florestal, conforme legislação ambiental,

ocupará terras com potencial produtivo, refletindo em sua capacidade produtiva

e que a transformação destas florestas recompostas, em "commodity"

ambiental poderá representar alternativa viável nos aspectos econômico, social

e ambiental para os produtores rurais. O trabalho visa analisar os efeitos da

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recomposição florestal, na capacidade produtiva do município e a contribuição

desta recomposição e dos remanescentes florestais existentes, no seqüestro

de carbono da atmosfera e análise da viabilidade desses sistemas florestais

como projetos MDL. O estudo dar-se-á no município de Bandeirantes - Pr,

considerando os remanescentes, obtidos a partir de dados de sensoriamento

remoto, processados em sistema de informação geográfica. Utilizar-se-á da

metodologia preconizada pelo "executive board ar-am0001/version 01", para

avaliar a contribuição dessas florestas no seqüestro de carbono.

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1.8.11 Estimativa de Seqüestro de Carbono da Biomassa Aérea como

Indicador de Sustentabilidade em Decorrência da Adequação da Área de

Preservação Permanente na Sub-Bacia do Rio Pequeno (Antonina - PR).

Nome do pesquisador: Luiz Ermindo Cavallet; Eduardo Vedor de Paula

Nome do orientador: Não disponível.

Tipo de pesquisa: Não disponível.

Local da pesquisa: Antonina –PR.

Instituição responsável: FAFIPAR.

Situação do projeto: Concluído.

Resumo/Abstract: A atividade de recuperação dos ecossistemas florestais

configura fonte potencial de seqüestro de carbono. A adequação das

propriedades rurais conforme determina o Código Florestal implica em parte na

manutenção ou regeneração das Áreas de Preservação Permanente (APP’s).

Uma das formas para a estimativa da quantidade de carbono na biomassa

florestal relacionada às áreas de preservação permanente é associar

ferramentas de geoprocessamento com levantamentos no campo, quando se

mede a superfície da área de preservação existente e também a superfície

daquela que se deve regenerar. Dessa forma, pode-se obter um indicador de

sustentabilidade, o qual reflete o grau de preservação que as áreas protegidas

por lei se encontram. O presente trabalho objetivou apresentar uma forma de

estimar a quantidade de carbono a ser seqüestrada em decorrência da

adequação da área de preservação permanente na sub-bacia do Rio Pequeno,

pertencente à microbacia hidrográfica do Rio Cachoeira, situada na região

litorânea do estado do Paraná. Dentre os resultados obtidos deve-se destacar

que depois de efetuada a adequação das propriedades rurais da sub-bacia do

Rio Pequeno, pode haver um aumento de 32,1% na quantidade de carbono na

biomassa florestal aérea, totalizando o valor de 120.726, 35 Mg de C ha-1.

Quanto às tipologias vegetais, destacou-se a formação Floresta Ombrófila

Densa Submontana devido ao significativo potencial de seqüestro de carbono.

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Os resultados permitiram a proposição de um indicador de sustentabilidade

dentro dos propósitos do trabalho, que de uma escala de 0 a 1, obteve-se o

valor de 0,75 para a área de estudo, tal valor demonstra o estado de

preservação relativamente bom, em que se encontram as APP’s na sub-bacia

em questão.

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1.8.12 Contribuição à aquisição de dados essenciais para avaliação global

do sequestro de carbono no solo.

Nome do pesquisador: Antonio Salvio Mangrich.

Nome do Orientador: Antonio Salvio Mangrich.

Tipo de pesquisa: Não disponível.

Local da pesquisa: UFPR.

Instituição Responsável: UFPR.

Situação do projeto: Em andamento.

Resumo/Abstract: O aumento da população mundial vem causando impacto

ambiental e redução da qualidade de vida. O necessário crescimento das

atividades agrícolas e industriais tem como efeito o aumento dos níveis de

poluição, causado pelo acúmulo de rejeitos sólidos, líquidos e gasosos. Os

solos do mundo contêm mais carbono que o existente nos vegetais e na

atmosfera, juntos. Assim, os solos são importantes reservatórios e possíveis

absorvedores, ou sequestradores, de C. As emissões do CO2 estão

aumentando no Brasil em razão das queimadas em florestas e pastagens e do

crescente uso dos combustíveis fósseis.

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1.8.13 - “Cortina Verde” em estações de tratamento de esgoto.

Nome do pesquisador: Péricles Weber

Nome do Orientador: Não disponível.

Tipo de pesquisa: Não disponível.

Local da pesquisa: PARANÁ

Instituição de pesquisa: SANEPAR.

Situação do projeto: Não disponível.

Resumo/Abstract: Implantação de “cortina verde" nas estações de

tratamento de esgoto para fins de redução de odor. Esta prática também

contribui para armazenamento de CO2 e consequentemente redução de gases

de efeito estufa.

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1.9 MITIGAÇÃO – ENERGIA RENOVÁVEL

1.9.1 - Aproveitamento energético do biogás gerado em estação de

tratamento de esgoto.

Nome do pesquisador: Péricles Weber

Nome do Orientador: Não disponível.

Tipo de pesquisa: Não disponível.

Local da pesquisa: PARANÁ

Instituição de pesquisa: SANEPAR.

Situação do projeto: Não disponível.

Resumo/Abstract: O aproveitamento energético do biogás gerado em estação

de tratamento de esgoto para fins de geração de energia elétrica. Isto

possibilita reduzir a emissão de metano presente no biogás gerado nas ETEs.

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1.10 MITIGAÇÃO – CONSTRUÇÕES SUSTENTÁVEIS

1.10.1 - Construções Sustentáveis.

Nome do pesquisador: Marcelo Lubas, Ana Paula Dalla Corte.

Nome do Orientador: Não disponível.

Tipo de pesquisa: Não disponível.

Local da pesquisa: PARANÁ.

Instituição de pesquisa: FUPEF.

Situação do projeto: Em andamento.

Resumo/Abstract: Este programa visa estimular à adoção de práticas,

técnicas, processos e materiais de baixa emissão e que contribuem para o

caminho da sustentabilidade, através da integração de ações institucionais.Na

linha construções sustentáveis, de onde os recursos materiais advêm de fontes

renováveis e não-renováveis, uma das ações junto aos profissionais é

demonstrar as vantagens do uso da madeira de origem legal em construção,

pois a madeira (árvore) seqüestra carbono, e pode-se dizer que fixa o carbono

a longo prazo, no momento em que o processo de industrialização transforma-

a em um bem durável (móveis, estruturas, painéis, etc).

Com o desenvolvimento do novo padrão tecnológico criado para a

madeira – pastilhas, para móveis e revestimentos, é possível aumentar o índice

de fixação de carbono/m3 de madeira serrada e beneficiada. Estima-se que a

redução das emissões de dióxido de carbono pode ser de até 2,4 milhões de

toneladas por ano, somente para a madeira tropical. O Paraná industrializa

cerca de 750.000 m3 de madeira de origem amazônica anualmente (Fonte:

IMAZON), sendo, portanto, responsável por parte das emissões geradas na

região amazônica.

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1.10.2 Diretrizes da Arquitetura e da Construção Sustentável para Campi

Universitários: Estudo de caso do Campus Curitiba/Ecoville da UTFPR.

Nome do pesquisador: Vania Deeke

Nome do orientador: Eloy Fassi Casagrande Jr.

Tipo de pesquisa: Não disponível.

Local da pesquisa: Não disponível.

Instituição responsável: UTFPR

Situação do projeto: Não disponível.

Resumo/Abstract: A pesquisa analisa os impactos ambientais da construção e

utilização de edifícios que compõe campi universitários, principalmente em

relação a emissão de CO2, propondo uma nova abordagem da construção

sustentável no planejamento do Campus Curitiba/Ecoville, da UTFPR, ainda

em fase de construção.

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1.11 POLÍTICA

1.11.1 Estratégias de mitigação e compensação das emissões de CO2 na

mobilidade urbana: uma análise da produção científica internacional.

Nome do pesquisador: Rafael Sindelar Barczak.

Nome do orientador: Dr. Fábio Duarte.

Tipo de pesquisa: Dissertação de Mestrado.

Local da pesquisa: Não disponível.

Instituição responsável: PUC-PR.

Situação do projeto: Concluído.

Resumo/Abstract: A contemporaneidade deste tema enfatiza na literatura

científica as discussões que buscam soluções para os elevados custos sociais,

econômicos e principalmente ambientais dos atuais padrões de mobilidade

urbana expressos pela crescente motorização da população mundial. Tais

padrões são reforçados quando se analisam as tendências de crescimento

econômico onde há crescimento da população, sobretudo urbana; expansão

urbana e dispersão periférica das atividades incrementando as distâncias de

deslocamento; a demanda crescente de mobilidade exercendo pressão cada

vez maior sobre a oferta de energia, sobretudo fóssil; e

conseqüentemente, aumentando a intensidade com que a economia mundial

produz as emissões de dióxido de carbono (CO2). Cabe ressaltar que o CO2 é

o gás de origem antrópica com maior contribuição ao efeito estufa. O setor de

transportes, atualmente responsável por um quarto das emissões globais deste

gás, tem apresentado as maiores taxas de crescimento nas emissões globais

de CO2, em comparação aos demais setores da economia, desde a década de

1970. Face às projeções que apontam até o ano de 2050 um crescimento de

140% nas emissões de CO2 pelos transportes, sobretudo em função do

aumento dos deslocamentos motorizados, políticas de mitigação e

compensação das emissões e seus respectivos efeitos na mobilidade urbana

passam a constituir esforços locais de redução da vulnerabilidade das cidades

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aos impactos das mudanças climáticas, no incremento da capacidade

adaptativa e no estabelecimento de novos padrões

sustentáveis de desenvolvimento urbano, sem o comprometimento dos

recursos naturais, dos ecossistemas e da qualidade de vida em escala local e

global. Partindo do reconhecimento de que o Protocolo de Kyoto passa a

representar uma reversão nas tendências históricas de crescimento das

emissões para os próximos anos e posteriormente, a presente pesquisa

objetiva analisar os dez anos de produção científica internacional entre a

assinatura deste acordo e o início da

efetivação das suas metas de redução das emissões de CO2, investigando os

estudos científicos que abordam estratégias de mitigação ou compensação das

emissões relacionadas à mobilidade urbana, subdivididas em cinco grupos de

medidas: econômico-fiscais e financeiras; regulatórias; de informação e

comunicação; de planejamento; e tecnológicas. Deste modo, além de explorar

as diferentes bases teórico-conceituais na literatura científica nacional e

internacional sobre as medidas em questão, tal investigação, analisando a

produção científica de acordo com a importância que é dada a um ou mais

grupos de medidas, poderá suscitar discussões e debates e servir de base

conceitual e metodológica para a produção técnico-científica na área

acadêmica, em uma readequação da produção de informações de caráter

técnico-científico em âmbito

internacional e inclusive auxiliando na operacionalização de ações práticas na

gestão local e regional, salvo suas especificidades.

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1.11.2 Sequestro de carbono e a viabilização de novos reflorestamentos

no Brasil.

Nome do pesquisador: Rosana Maria Renner.

Nome do orientador: Luiz Roberto Graça.

Tipo de pesquisa: Dissertação de Mestrado.

Local da pesquisa: Não disponível.

Instituição responsável: UFPR.

Situação do projeto: Concluído em 01/04/2004.

Resumo/Abstract: Recentemente, tem se formado um consenso internacional

com relação ao fenômeno natural - Mudança Climática (aquecimento global) - e

suas origens na elevação dos Gases do Efeito Estufa (GEE), ocorrida a partir

da Revolução Industrial. A unanimidade em torno do assunto foi obtida com a

realização da Convenção Quadro sobre Mudança Climática das Nações Unidas

em 1992. A partir de então, iniciaram-se negociações para a redução das

emissões de CO2 que culminaram com o estabelecimento do Protocolo de

Quioto, ocorrida no Japão em 1997. Decorrente do consenso internacional

sobre o tema, existe um mercado comprador de créditos de Carbono. O

presente trabalho tem como principais objetivos comparar o resultado

financeiro de regimes de manejo através de simulações na taxa de desconto;

preços de venda do carbono e nas alíquotas potenciais dos Impostos de Renda

e CSSL (Contribuição Social Sobre o Lucro) sobre a receita líquida a ser obtida

pelo carbono; verificar a influência econômica do ingresso dos recursos do

carbono em diferentes momentos de desenvolvimento temporal dos projetos;

identificar a área mínima que torna um projeto de reflorestamento para

seqüestro de carbono viável economicamente para a situação apresentada; e

recomendar parâmetros que possam ser utilizados na definição de políticas,

viabilizando a utilização dos recursos do carbono para proporcionar a

ampliação da base florestal. A metodologia utilizada foi o VPL? Valor Presente

Líquido, o VPLa - Valor Presente Líquido Anualizado, o VET ? Valor Esperado

da Terra e a TIR? Taxa Interna de Retorno. Os dados de custos e preços foram

coletados na Klabin Florestal Paraná, para áreas de reflorestamento de Pinus

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spp. O trabalho? Estudo de viabilidade para implantação de florestas fixadoras

de carbono: estudo de caso no sul do Estado do Paraná?, da UFPR ?

ECOPLAN (2003) foi utilizado para o cálculo da quantidade de carbono fixado.

Os resultados se mostraram promissores para diferentes regimes de manejo

utilizados, principalmente, quando o ingresso de carbono foi considerado nos

diferentes momentos de desenvolvimento temporal do projeto e sem a

cobrança dos impostos de renda e CSSL (contribuição social sobre o lucro)

sobre o recurso advindo do carbono, os índices econômicos chegam a ter um

incremento de até 72,6% quando comparado ao projeto sem o cômputo do

carbono (situação regime de manejo 1). Para a implementação de projetos de

reflorestamento com Pinus taeda, nas condições apresentadas, recomenda-se

áreas acima de 200 ha. A taxa de juros foi o fator que mais penalizou os

projetos de reflorestamento. Conclui-se, então, que é oportuna a captação

destes recursos, principalmente quando a comercialização de carbono é

realizada em diferentes momentos de desenvolvimento temporal do projeto. O

setor florestal, no seu viés público e privado, deve buscar esta captação como

um mecanismo auxiliar na implantação de novas áreas florestais produtivas.

Isto deve ser feito de forma a viabilizar também o acesso de pequenos

produtores rurais aos benefícios da atividade por intermédio do associativismo,

enfatizando a necessidade de uma política específica para incidência de

impostos e taxas sobre estes recursos. O mercado de carbono com ou sem a

implementação do Protocolo de Quioto é uma importante fonte de receita para

a ampliação da base florestal nacional, tornando projetos viáveis

economicamente. Palavras chaves: seqüestro de carbono; avaliação

econômica; ampliação da base florestal brasileira.

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1.11.3 Sequestro Florestal de Carbono no Brasil - Dimensões Política,

Socioeconômicas e Ambientais.

Nome do pesquisador: Manyu Chang.

Nome do orientador: Rodolfo Jose Ângulo.

Tipo de pesquisa: Tese de Doutorado.

Local da pesquisa: Brasil.

Instituição responsável: UFPR.

Situação do projeto: Concluído em 01/01/2004.

Resumo/Abstract: A presente pesquisa analisa os limites e as oportunidades

do seqüestro florestal do carbono, enquanto mecanismo de desenvolvimento

limpo para o Brasil, bem como avalia a contribuição dos projetos-piloto ao

desenvolvimento sustentável. No marco geral da mudança climática, discutem-

se os aspectos ecológicos sobre o aquecimento, seus impactos e influência

antropogênica, assim como as questões econômicas em jogo, as posições

políticas dos países e a questão ética da eqüidade. Na questão do seqüestro

de carbono, cotejam-se os argumentos a favor e contra o instrumento, no

mundo e no Brasil, e explicita-se a posição oficial do governo brasileiro. Os

argumentos são sintetizados de forma a mostrar as potenciais vantagens e

desvantagens do seqüestro de carbono como instrumento de gestão para a

mitigação da mudança do clima, tanto da perspectiva de países investidores

quanto da de hospedeiros. Para efeito de referência, são arrolados os projetos

florestais do carbono no mundo, implementados desde a fase das atividades

implementadas em conjunto até o ano 2001. A reflexão sobre a contribuição do

seqüestro de carbono para o desenvolvimento sustentável tem como

referencial teórico: as diferentes interpretações do desenvolvimento

sustentável; a questão da participação social; as políticas de gestão ambiental

via mercado; e a tendência da responsabilidade ambiental e social das

empresas. Quatro projetos florestais de carbono em curso no Brasil em 2001

(Projeto Peugeot - Mato Grosso; Projeto Ação Contra Aquecimento Global-

Paraná; Projeto Plantar-Minas Gerais; e Projeto Seqüestro de Carbono na Ilha

do Bananal-Tocantins) são analisados quanto à sua contribuição ao

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desenvolvimento sustentável. A metodologia propõe uma tipologia dos projetos

(comercial, conservacionista e desenvolvimentista) e uma matriz

multidimensional, multiescala e multitemporal para a avaliação dos impactos.

Finalmente, os projetos são examinados quanto à sua aderência aos

regulamentos do Protocolo de Kyoto. Os resultados levam a afirmar que,

embora todos os projetos de carbono analisados contribuam com alguns

impactos positivos, o que os diferencia são os limites e a duração destes, por

serem subordinados a objetivos prioritários diferentes. Conclui-se que o tipo

desenvolvimentista apresenta o maior potencial de contribuição para o

desenvolvimento sustentável. Uma outra conclusão da pesquisa é que o

sequëstro florestal do carbono, como mecanismo de desenvolvimento limpo,

apesar de suas limitações, pode constituir uma oportunidade, no contexto

brasileiro-que a opção energética não apresenta-, de contribuir para o

desenvolvimento rural e para o uso sustentável dos recursos, de forma a

atender às demandas sócioambientais das populações rurais. Isto, desde que

os projetos sejam formatados e implementados dentro de uma perspectiva

desenvolvimentista, em parceria com organizações governamentais, e

respaldados por políticas públicas de maior alcance.

1.11.4 - Análise do mercado de créditos de carbono e viabilidade

econômica de florestamentos e reflorestamentos para sequestro de

carbono.

Nome do pesquisador: Roberto Baptista Nadal Junior.

Nome do Orientador: João Carlos Garzel Leodoro Da Silva.

Tipo de pesquisa: Não disponível.

Local da pesquisa: UFPR.

Instituição de Pesquisa: UFPR.

Situação do projeto: Projeto Novo.

Resumo/Abstract: O presente trabalho, além de fortalecer a pesquisa na área

comercial e econômica do seqüestro de carbono em biomas florestais, tem

como objetivos diretos: -Estudar e transparecer as ações realizadas na

comercialização de Créditos de Carbono; -Identificar e avaliar as tendências

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deste mercado em nível Mundial e seus reflexos no mercado Nacional; -

Analisar a viabilidade econômica de florestamentos e reflorestamentos com

florestas comerciais e naturais (recuperação de áreas degradadas) para o

seqüestro de carbono, através de estudo de casos e simulações.

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1.11.5 A utilização de créditos de carbono no Brasil: uma visão

econômica e financeira.

Nome do pesquisador: Acef Antonio Said.

Nome do orientador: Maurício Dziedzic.

Tipo de pesquisa: Não disponível.

Local da pesquisa: Não disponível.

Instituição responsável: UNIPOSITIVO.

Situação do projeto: Concluído em 01/03/2007.

Resumo/Abstract: O presente estudo traça a evolução histórica das

convenções sobre o meio ambiente promovidas pela organização das Nações

Unidas - ONU, desde o final dos anos 1980, devido à crescente preocupação

com a degradação ambiental, conseqüente à emissão de gases de efeito

estufa na atmosfera. São analisados os principais programas da onu para o

meio ambiente, como o PNUMA - programa das nações unidas para o meio

ambiente, a OMM - organização mundial de meteorologia, e o IPCC - Painel

Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas. Entre as principais

convenções estudadas, é dada especial atenção a ECO-92, no Rio de Janeiro,

e à convenção de quioto, no Japão, como forma de preparação para o perfeito

entendimento do protocolo de quioto, documento que criou os mecanismos de

desenvolvimento limpo - MDL, e, conseqüentemente, o mercado de créditos de

carbono. Com o objetivo de analisar a importância ambiental e econômica dos

créditos de carbono para o Brasil, é efetuado um estudo evolutivo da formação

da consciência ambiental tanto de países desenvolvidos como de

subdesenvolvidos e em desenvolvimento, de forma a permitir a compreensão

dos mecanismos que regem o mercado em análise, e as negociações da

"moeda ambiental" certificado de emissões reduzidas. Por meio da relação

entre os créditos de carbono e a pesquisa científica, o agronegócio e a

formação de parques públicos e privados, são feitas análises críticas e

propostas ações relevantes tanto para a causa ambiental como para o

desenvolvimento econômico sustentável do Brasil.

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1.11.6 - Sustentabilidade do Mecanismo de Desenvolvimento Limpo

(MDL).

Nome do pesquisador: Ana Cristina Casara.

Nome do orientador: Vladimir Passos de Freitas.

Tipo de pesquisa: Dissertação de Mestrado.

Local da pesquisa: Não disponível.

Instituição responsável: PUC-PR.

Situação do projeto: Concluído em 01/07/2006.

Resumo/Abstract: A sustentabilidade do mecanismo de desenvolvimento

limpo está relacionada às mudanças climáticas globais. As expressões

mudanças climáticas e aquecimento global estão na ordem do dia, já que a

imprensa tanto internacional quanto nacional vem, cada vez mais, dando

destaque à matéria. As conseqüências ambientais, sociais e econômicas das

mudanças climáticas globais tornam-se a cada dia mais evidentes,

ocasionando insegurança aos seres humanos e alterando o cenário

macroeconômico e geopolítico do mundo. A mudança do clima já é apontada

como a principal ameaça para a paz e a segurança global, uma vez que a

disputa por escassos recursos hídricos, alimentares e energéticos é geradora

de conflitos bélicos entre povos e entre países. A matéria é regulamentada pela

Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima (1992),

pelo Protocolo de Quioto (1997) e pelos Acordos de Marraqueche (2001). O

mecanismo de desenvolvimento limpo foi criado por esse Protocolo com o

escopo de promover o desenvolvimento sustentável nos países em

desenvolvimento e auxiliar os países desenvolvidos a reduzir suas emissões de

gases causadores do efeito estufa. Tal mecanismo, por ser um instrumento

financeiro em prol do meio ambiente, coaduna se com o preceito contido no

artigo 170 da Carta Magna, inciso VI, segundo o qual a atividade econômica

deve respeitar o princípio da defesa do meio ambiente, e com o artigo 225 da

Constituição Federal, que consagra o princípio do desenvolvimento

sustentável. Todos os projetos de mecanismo de desenvolvimento limpo

deverão ser compatíveis com os princípios éticos, sociais, ambientais,

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econômicos e políticos estabelecidos juridicamente com a finalidade de guiar

os povos, as nações e as organizações internacionais e nacionais nos

caminhos de um mundo pacífico, solidário, justo, ambientalmente íntegro e

saudável, onde todos os seres vivos, em qualquer época, existam em harmonia

com a natureza. Embora o Protocolo de Quioto tenha previsto o período de

2008 a 2012 para se alcançar a redução das emissões totais de gases de

efeito estufa em pelo menos 5 por cento abaixo dos níveis de 1990, já são

inegáveis os resultados alcançados nas ações internas de vários países na

busca de um novo desenvolvimento que concilie métodos de proteção

ambiental, justiça social e eficiência econômica.

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1.11.7 Análise crítica dos mecanismos e instrumentos existentes e

propostos no mercado de carbono para obtenção de RCE (Redução

Certificada de Emissões).

Nome do pesquisador: Eder Zanetti.

Nome do orientador: Não disponível.

Tipo de pesquisa: Não disponível.

Local da pesquisa: Não disponível.

Instituição responsável: Embrapa

Situação do projeto: Concluído.

Resumo/Abstract: Por conta do aquecimento global, resultante do aumento

dos Gases do Efeito Estufa – GEE na atmosfera pela atividade humana,foi

estabelecida a Convenção Quadro das Nações Unidades para as Mudanças

Climáticas. Dentro da Convenção, foi elaborado o Protocolo de Quioto, que

busca estabilizar a quantidade desses GEE na atmosfera, através de uma série

de atividades de mitigação. Para o Brasil, é importante o Mecanismo de

Desenvolvimento Limpo – MDL do Protocolo e, no caso das florestas

energéticas, os setores de Energia, Resíduos e Florestamento e

Reflorestamento – A/R. Dentro do MDL, os instrumentos que estão disponíveis

são as atividades de projeto de pequena e grande escala, e os projetos de

Programa de Atividades de pequena e grande escala. Existem 121 projetos do

setor de Energia que utilizam biomassa florestal ou equivalente, 18 projetos do

setor de Resíduos e quatro projetos do setor de A/R, em nenhum dos setores

existe projeto de Programa de Atividades que utilize a biomassa florestal. Há

uma grande oportunidade para desenvolvimento de atividades de projeto que

utilizem esse instrumento para ingressar no MDL.

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1.11.8 The Carbon Market and the Harvested Wood Products Potential

within Latin America.

Nome do pesquisador: Ederson Augusto Zanetti, Edílson Batista Oliveira,

Daniele Maia de Souza, Roberto Tuioshy Hosokawa, Joesio Deoclécio Siqueira

Perin, Fabio Ximenes.

Nome do orientador: Não disponível.

Tipo de pesquisa: Não disponível.

Local da pesquisa: Não disponível.

Instituição responsável: Embrapa

Situação do projeto: Concluído.

Resumo/Abstract: The International Panel on Climate Change – IPCC,

estimates a potential of emission’s reduction or sequestration for seven sectors

contribution for climate change mitigation until 2030: energy, industry,

construction, transport, agriculture, residues and forests. Forest sector

contributes to global climate change through different ways: trees sequestrate

carbon during their natural growing process, forest stands store carbon in their

aerial and underground biomass, litter, dead wood and soils and Harvested

Wood Products - HWP either keep the carbon for periods ranging from one to a

couple hundred of years, depending on their raw material origin and

characteristics. Some woods are used in the same years as energy, others are

applied to paper products and there are also many used for construction and

furniture. HWP are part of carbon stocks and flux considerations within the

Agriculture Forests And Other Land Use (AFOLU) sector of Kyoto Protocol.

Currently, national reporting of greenhouse gas emissions and removals in Latin

America does not include carbon store in HWP, however, carbon stored in HWP

can be used to offset part of Greenhouse Gases – GHG emissions, taking into

account the lifetime of different materials, resulting from forest harvesting. As an

example, the consumption of HWP in Brazil in 2006, discounting exports, was

in order of 187,1 million m3 / year, 42,3 Tg of Cabon. When this value is

subtracted from the country’s total GHG emissions, the result is around a 75%

reduction. Within this context, Life Cycle Assessment (LCA), a managerial

instrument which helps identifying environmental impacts along each production

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chain, can help the compilation of mass and energy balances and on

identification of forest sector impacts. Strategies have been suggested to

increase forest products consumption and therefore forest sector contribution to

face global climate change. The Latin America has low rates of forest

production and consumption levels, thus increasing regional use and trade of

long living wood species can largely contribute to mitigate global climate change

impacts.

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1.11.9 Projetos de MDL em aterros sanitários no Brasil: alternativa para o

desenvolvimento sustentável.

Nome do pesquisador: Adriana Carneiro Duarte.

Nome do orientador: Maria Cristina Borba Braga.

Tipo de pesquisa: Dissertação de Mestrado.

Local da pesquisa: Não disponível.

Instituição responsável: UFPR.

Situação do projeto: Concluído em 01/12/2006.

Resumo/Abstract: O MDL é um dos instrumentos de flexibilização

estabelecidos pelo Tratado de Quioto com o objetivo de facilitar o cumprimento

das metas de redução de emissão de GEE, definidas para os países que o

ratificaram. Com a introdução do MDL, as empresas estrangeiras que não

conseguirem, ou não desejarem, diminuir suas emissões poderão comprar os

CERs de países em desenvolvimento, através de projetos de mitigação de

GEE. Os países em desenvolvimento, por sua vez, devem utilizar o incremento

financeiro oriundo do MDL para promover seu desenvolvimento sustentável. Os

projetos que se habilitarem à condição de projeto de MDL deverão cumprir uma

série de procedimentos até receber a chancela da ONU e, conseqüentemente,

certificar as reduções alcançadas. No escopo das atividades estabelecidas

para a mitigação de GEE está a disposição final de resíduos, pois o CH4, um

GEE, é um dos componentes do biogás, produzido como conseqüência do

processo de decomposição anaeróbia da matéria orgânica presente nos

resíduos domésticos. Atualmente, no Brasil, existem 22 projetos no âmbito do

MDL desenvolvidos em aterros sanitários, objetivando reduzir as emissões de

GEE através da mitigação de emissões de CH4 em aproximadamente 53

milhões de tCO2e nos próximos 10 anos. O biogás, gerado em aterros, é

considerado uma fonte de energia renovável e, portanto, sua recuperação e

seu uso energético apresentam vantagens ambientais, sociais, estratégicas e

tecnológicas significativas A recuperação do biogás, associada ao seu uso

energético, pode não ser a solução final para a questão do gerenciamento dos

resíduos no Brasil, todavia é a melhor opção que se apresenta para o

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momento. A captação do biogás com aproveitamento do seu potencial

energético ou não, poderá tornar-se um forte candidato a projetos de

comercialização de créditos de carbono. Este estudo teve por objetivo avaliar

as características especificadas nos projetos de MDL para aterros sanitários

brasileiros com vistas à mitigação das emissões de CH4. Para o

desenvolvimento deste estudo, dos 22 projetos brasileiros, foram selecionados

cinco aterros sanitários para visita técnica, tendo sido realizada uma análise

criteriosa das suas características individuais.

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1.11.10 Da função ambiental do contrato de implementação de um projeto

de MDL no Brasil.

Nome do pesquisador: Antonio Lorenzoni Neto.

Nome do Orientador: Antonio Lorenzoni Neto.

Tipo de pesquisa: Não disponível.

Local da pesquisa: UEM.

Instituição Responsável: UEM.

Situação do projeto: Com Pendência (desde 01/07/2008).

Resumo/Abstract: Sabe-se que todo contrato deve cumprir a sua função

social, tratando-se de conteúdo dessa função, também, a proibição de que do

contrato surtam efeitos prejudiciais ao equilíbrio ecológico do meio ambiente.

Assim, a função social do contrato possui um entorno ambiental como

decorrência da relação jurídica ambiental stricto sensu, prevista no Art. 225 da

Constituição Federal brasileira de 1988, cuidando-se, também, de uma cláusula

geral dos contratos, inclusive do contrato de implementação de um projeto de

Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL) bilateral, instrumento em que se

estabelece a compra e venda de créditos de carbono, disciplinado pelo Tratado

de Kyoto à Convenção Quadro das Nações Unidas de Mudança do Clima.

Contudo, como resultado do presente projeto de pesquisa, burcar-se-á

identificar no referido contrato de MDL, além do entorno ambiental da função

social do contrato, uma função ambiental específica, característica dessa

"novel" espécie contratual, haja vista que no seu mister, exige-se a promoção

do desenvolvimento sustentável do local do domicílio do projeto de MDL.

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2 - PESQUISAS INDIRETAS

2.1 ADAPTAÇÃO – IMPACTOS

2.1.1 Clima Urbano / conforto térmico e condições de vida na cidade: uma

perspectiva a partir do aglomerado urbano da Região Metropolitana de

Curitiba.

Nome do pesquisador: Eliane Muller Seraphim Dumke.

Nome do orientador: Cristina de Araújo Lima; Francisco de Assis Mendonça.

Tipo de pesquisa: Tese de doutorado.

Local da pesquisa: Região Metropolitana de Curitiba.

Instituição responsável: UFPR.

Situação do projeto: Concluído em 01/12/2003.

Resumo/Abstract: Curitiba se distingue no cenário brasileiro por seu contexto

histórico, pelo planejamento urbano e pelas especificidades climáticas: o

desconforto por frio durante a maior parte do ano e com mais intensidade nos

meses de inverno. Porém, o acelerado desenvolvimento da cidade se insere no

processo de urbanização corporativa (Santos, 1993), do capitalismo

exacerbado, do domínio da tecnologia e da informação, e da crescente

dissociação do meio ambiente. Fruto das contradições próprias da sociedade

globalizada, a intensificação das relações socioespaciais urbanas resulta em

um espaço estratificado. Assim, a presente investigação tem por objetivo

avaliar o clima e o conforto térmico nas paisagens intra-urbanas e suas

relações com as desigualdades socioespaciais geradas pelo desenvolvimento

do Aglomerado Urbano da Região Metropolitana de Curitiba (AU-RMC) como

fator intensificador da vulnerabilidade social da população em função das

condições de vida. O trabalho se particulariza por relacionar o estudo do clima

urbano e do conforto térmico às condições sociais da população, pela

interdisciplinaridade e pela utilização do Sistema Ambiental Urbano (SAU), de

Mendonça (2004b), como fundamento teórico-metodológico. A pesquisa foi

elaborada, ainda, com base na metodologia para o estudo do clima urbano de

cidades de porte médio e pequeno de Mendonça (1995), que propõe análises

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no âmbito das relações sociedade/natureza, espaço/tempo (clima) e na

perspectiva da interação global/local. A partir da cartografia dos elementos do

sítio (hipsometria, declividades, orientação das vertentes do relevo e ventos

superficiais), do fato urbano (uso do solo, distribuição socioespacial das

habitações) e de sua correlação, elaborou-se a setorização espacial da cidade,

que orientou a geração da rede de monitoramento em campo. Em paralelo, a

Análise Temporal resultou na caracterização do clima local sob os aspectos

dinâmicos da atmosfera e na contextualização do experimento. Os valores de

temperatura do ar e de umidade relativa do ar, coletados in situ em 16 locais

selecionados, em agosto de 2006, foram comparados aos dados obtidos por

estações meteorológicas, espacializados, analisados por meio de gráficos

comparativos e avaliados segundo os modelos de conforto térmico de Sorre

(1984), Givoni (1992) e Aroztegui (1995). A Termografia de Superfície, obtida

por imagem de satélite Landsat 5, possibilitou uma averiguação mais detalhada

do clima intra-urbano e a comparação entre a temperatura da superfície e a

temperatura do ar. Confrontando-se os graus de desconforto térmico à

classificação das condições e qualidade de vida dos locais amostrados,

verificou-se a coincidência, em geral, de um duplo desconforto – por frio, e por

maiores amplitudes térmicas – nos espaços em que as parcelas menos

favorecidas da sociedade se estabelecem, devido ao padrão de estratificação

social observado em Curitiba, agravando ainda mais os baixos índices de

qualidade de vida e a vulnerabilidade socioambiental. Os resultados

encontrados devem subsidiar o planejamento urbano e os órgãos públicos no

atendimento da população em relação à saúde pública.

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2.1.2 Impactos de inundações em áreas urbanas: o caso de Francisco

Beltrão - Paraná.

Nome do pesquisador: Dirce Grando Diaz Santis.

Nome do Orientador: Francisco de Assis Mendonça.

Tipo de pesquisa: Dissertação de Mestrado.

Local da pesquisa: Francisco Beltrão-Pr.

Instituição responsável: UFPR.

Situação do projeto: Concluído.

Resumo/Abstract: A preocupação diante dos impactos resultantes de

inundações fluviais em espaços urbanos tem aumentado consideravelmente

nas ultimas décadas. As inundações desorganizam a vida das populações

atingidas e acarretam expressiva deterioração da qualidade de vida, bem como

danos materiais de grande monta, tanto para a sociedade civil como para o

poder público. No Brasil, em função de sua tropicalidade e, consequentemente,

de suas constantes chuvas de verão, vários centros urbanos são

repetidamente afetados por episódios de chuvas concentradas, impactantes

para a economia e para a sociedade. Alia-se também a este fato a

característica brasileira, ou mesmo subdesenvolvida, do desenvolvimento e

crescimento urbano destituído de qualquer planejamento que orientasse uma

melhor ocupação do solo. Partindo desse principio analisou-se a interação

entre os eventos climáticos naturais e a forma de ocupação do espaço urbano,

com ênfase nas inundações e suas repercussões na cidade de Francisco

Beltrão, localizada no sudoeste do Estado do Paraná. Para tanto se utilizou a

metodologia proposta por Monteiro (1976) relativa ao SCU - Sistema Clima

Urbano, particularmente do sub-canal hidrometeórico, tendo sido utilizados

dados oficiais, de reportagens jornalisticas e registro de observador

independente. A abordagem contemplou uma perspectiva histórica do

problema das inundações naquela cidade, bem como destacou cinco episódios

mais impactantes nas três ultimas décadas, para os quais dedicou-se analise

detalhada do fenômeno e seus impactos urbanos. O trabalho culmina com a

elaboração de uma carta das áreas de risco a inundações na cidade de

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Francisco Beltrão.

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2.1.3 Inundações Urbanas em Curitiba: impactos, riscos e vulnerabilidade

sócioambiental no bairro Cajuru.

Nome do pesquisador: Maria Elisa Zanella Veríssimo.

Nome do orientador: Francisco de Assis Mendonça.

Tipo de pesquisa: Tese de Doutorado.

Local da pesquisa: Curitiba.

Instituição responsável: UFPR.

Situação do projeto: Concluído em 01/02/2006.

Resumo/Abstract: O tema desta tese é o estudo das inundações e seus

impactos, dentro da perspectiva do Sistema Clima Urbano de Monteiro, em

uma área do bairro Cajuru, localizada às margens do rio Atuba, na cidade de

Curitiba, e sujeita a riscos de inundações. Da mesma forma, contempla a

percepção das comunidades atingidas, da imprensa e dos gestores públicos

sobre os referidos problemas e sobre as modificações relativas à contenção

das cheias no espaço das comunidades que lá residem. Num primeiro

momento, é elaborado um referencial teórico sobre o processo de urbanização

e o clima urbano, sobre risco ambiental e vulnerabilidade e sobre percepção,

fundamentais para embasar a pesquisa. É feita, ainda, a leitura do sítio urbano

e do processo de urbanização de Curitiba e do bairro Cajuru, destacando sua

importância com relação às inundações. Os resultados apontam que,

concomitantemente ao crescimento da cidade, aumentou o número de eventos

pluviométricos intensos, bem como de inundações e seus impactos, e que com

a ampliação da ocupação das áreas de risco junto aos rios, um número cada

vez maior de pessoas vêm sendo atingidas. As comunidades estudadas

convivem com o problema hoje amenizado em virtude das melhorias

implementadas na área para a contenção das inundações. Apesar das

implementações feitas, essas comunidades têm a consciência de sua

localização em uma área de risco, e ainda se sentem inseguras quanto à

possibilidade de ocorrência de novos eventos. Reagem às inundações por

meio de modificações em seus espaços, de forma individual e coletiva, esta

última por intermédio de reivindicações junto ao Poder Público. A imprensa

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notifica os eventos pluviométricos que causam maiores inundações e impactos,

dando maior destaque às perdas materiais, deixando de perceber os

sentimentos das pessoas atingidas. Os gestores públicos, pelas suas

diferentes formações acadêmicas, percebem de forma diferenciada o problema

da ocupação das áreas de risco de inundações, gerando conflitos entre os

mesmos quando da implementação de infra-estrutura naqueles locais.

Entretanto, percebem e concordam que a complexidade destes problemas

exige um tratamento interdisciplinar, inclusive com a participação das

comunidades atingidas. No caso específico das comunidades estudadas, as

mesmas participaram das reivindicações para a contenção das inundações na

área e também das discussões por ocasião da realização das obras, mas não

participaram da elaboração do projeto.

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2.1.4 Inundação urbana de maio de 2007 no Rio Iguaçu: análise sinótica e

de mesoescala.

Nome do pesquisador: Ana Beatriz Porto da Silva, Leonardo Calvetti, Cesar

Beneti, Cezar Duquia.

Nome do orientador: Não disponível.

Tipo de pesquisa: Não disponível.

Local da pesquisa: Rio Iguaçu.

Instituição responsável: SIMEPAR

Situação do projeto: Concluído.

Resumo/Abstract: Neste trabalho foi verificado um evento de seis dias

consecutivos de chuva na bacia do médio Iguaçu. Entre os dias 16 a 21,

ocorreu na região sul do estado do Paraná chuvas fortes, acompanhadas de

descargas atmosféricas e rajadas de vento isoladas. Em várias estações

hidrológicas do SIMEPAR, que ficam na região de União da Vitória, a vazão e o

nível do rio se elevaram com valores de 800 m3s-1 no dia 16 para 1400 m3s-1 no

dia 21. Esta instabilidade provocou inundações com muitos prejuízos para a

população da cidade e região. Assim como, afetou a parte de geração de

energia elétrica da região sul do estado do Paraná. As análises foram feitas

através de imagens de satélite, dados de reanálise do NCEP/NCAR, dados de

refletividade do radar meteorológico do SIMEPAR e dados das estações

automáticas meteorológicas e hidrológicas do SIMEPAR. Verificou-se que a

causa dos vários dias consecutivos de chuva, foi devido a dois sistemas

convectivos de mesoescala (SCM), o deslocamento de um sistema frontal, o

transporte de ar úmido e quente de latitudes mais baixas e o acoplamento de

um jato de baixos níveis (JBN) e um jato de altos níveis Polar (JAN).

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2.1.15 Impacto Da Concentração Do Dióxido De Carbono Tmosférico No

Gelo Marinho Antártico

Nome do pesquisador: Alice Grimm, Felipe Hastenreiter, Flávio Justino & Carlos

Schaefer

Local da pesquisa: Antártica

Instituição de pesquisa: UFPR

Situação do projeto: Concluído

Resumo/Abstract:

Com base em 5 experimentos de sensibilidade numérica conduzidos com um

modelo acoplado de intermediária complexidade, extendendo-se por 1500 anos do

modelo, e com diferentes níveis de CO2 (500, 600, 700 e 800 ppm), demonstra-se que

o aumento na concentração de CO2 leva a um aquecimento da região polar austral

com sérias implicações na cobertura de gelo marinho. Os resultados numéricos

mostram claramente a redução na espessura do gelo em até 1m, em particular no mar

de Weddell e no mar de Amundsen. Na parte leste da Antártica, desde o mar de Ross

até a zona Antártica do oceano Índico, a ausência do gelo foi a característica principal

dos experimentos de sensibilidade climática. Numa análise inicial, nota-se que estas

anomalias na criosfera deve-se a um substâncial aumento na quantidade de calor

oceânico transportado para a região Antártica.

Palavras-chave: Gelo Marinho, Antártica, mudanças climáticas, transporte de calor.

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2.1.16 Interannual Climate Variability In South America: Impacts On

Seasonal Precipitation, Extreme Events And Possible Effects Of Climate

Change.

Nome do pesquisador: Alice Grimm

Local da pesquisa: América do Sul

Instituição de pesquisa: UFPR

Situação do projeto: Concluído

Resumo/Abstract: Não Disponível

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2.1.17 Avaliação Do Impacto Das Mudanças Climáticas Na

Hidroeletricidade

Nome do pesquisador: Miriam Rita Moro Mine

Local da pesquisa: Bacia do Rio da Prata

Instituição de pesquisa: UFPR

Situação do projeto: Em andamento

Resumo/Abstract:

Este projeto apresenta em linhas gerais o método a ser empregado e os

resultados esperados do estudo a ser realizado dentro do projeto CLARIS-LPB sob o

impacto das mudanças climáticas na hidroeletricidade na bacia do rio da Prata. O

método a ser utilizado baseia-se nas seguintes etapas: gerador de séries sintéticas de

chuva e/ou vazão; modelo chuva-vazão mensal; simulação do sub-sistema elétrico;

sumário e conclusões acerca das mudanças na energia firme e eventualmente nas

possíveis mudanças na estratégia de operação das usinas.

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2.1.18 Mudanças Climáticas No Sul Do Brasil: Possível Influência Na

Produção De Espécies Frutíferas De Clima Temperado

Nome do pesquisador: Marcos Wrege, Flávio Gilberto Herter, Silvio Steinmetz

Carlos Reisser Junior

Local da pesquisa: Sul do Brasil

Instituição de pesquisa: Embrapa

Situação do projeto: Concluído

Resumo/Abstract:

O objetivo do trabalho foi fazer uma análise das mudanças climáticas globais, a

partir de resultados obtidos em outras regiões do mundo e recentes informações

obtidas no Brasil, e sua influência na produção de frutas de clima temperado. Os

principais resultados obtidos indicam aumento da temperatura. No Japão, em

Utsunomiya, ocorreu um aumento de 1,5°C, na temperatura mínima, durante o mês

de novembro. Na Alemanha o aumento da temperatura média foi de 1,4°C nos

últimos 40 anos. No Brasil, em Pelotas, o aumento foi de 1,66°C na temperatura

mínima anual, nos últimos 50 anos. Em Pelotas, observou-se ainda um aumento da

precipitação anual de 430 milímetros, nos últimos 54 anos. Os possíveis impactos

na produção, no mundo, apontam para alterações na duração do ciclo, com

antecipação da época de floração, tanto em pereira, como damasqueiro. No Brasil

não tem sido quantificado o efeito das modificações de temperatura, em fruteiras de

clima temperado. São apresentadas algumas estratégias que poderão ser adotadas

em fruticultura de clima temperado, para avaliar o efeito das mudanças climáticas

no Brasil.

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2.1.19 Mudanças Climáticas Globais E O Melhoramento Genético Florestal

Nome do pesquisador: Rosana Clara Victoria Higa

Local da pesquisa: Não Disponível

Instituição de pesquisa: EMBRAPA

Situação do projeto: Concluído

Resumo/Abstract:

Foram analisadas as possíveis conseqüências das mudanças climáticas

globais no desenvolvimento das plantas e nas diferentes etapas que compõem um

programa de melhoramento genético, baseado em regeneração via sementes.

Segundo o relatório do Grupo de Trabalho I do IPCC (Intergovernamental Pannel of

Climate Change), Mudanças Climáticas 2001: a Base Científica, a temperatura da

superfície do globo terrestre aumentou 0,6 ± 0,2°C durante o século 20. Diferentes

cenários de emissões de gases de efeito estufa (SRES: Special Report on Emission

Scenarios) indicam que a temperatura média vai subir de 1,4 a 5,8 °C até o ano de

2100 em relação ao ano de 1990 e o nível dos oceanos deverá subir de 0,09 a 0,88m

até o ano de 2100. O aquecimento deverá ser variável entre diferentes regiões e serão

acompanhados por quedas e aumentos nas taxas de precipitação. Também poderão

ocorrer mudanças na variabilidade do clima com alterações na freqüência e

intensidade de fenômenos climáticos extremos. Durante os últimos cem anos, a

temperatura média anual do Brasil subiu aproximadamente 0,5 °C (Hulme e Sheard,

1999). Os três anos mais quentes (1995, 1997 e 1998), ocorreram na década de 90, a

mais quente deste século. Este aquecimento ocorreu em todas as estações do ano,

sendo mais pronunciado no período de junho a agosto. Os registros de

existentes desde o início do século indicam um aumento da precipitação anual em

cerca de 4%, ao longo do século 20. Grande parte deste crescimento tem ocorrido nos

períodos de março a maio. As projeções apontam para um aumento de 0,2 e 0,6 °C

por década durante o período de junho a agosto, sendo que os maiores aumentos

serão observados na Amazônia, onde a precipitação deverá diminuir entre 5 e 20%

durante o período de março a maio. O estado do Rio Grande do Sul pode observar um

aumento na precipitação entre 5 e 20%. No Pantanal do Mato Grosso, os anos mais

úmidos serão duas ou três vezes mais freqüentes, com maior risco de enchentes. A

zona seca do nordeste sofre variações opostas numa primeira metade do ano entre

dezembro e maio (se tornando mais úmida) e numa segunda, de junho a novembro

(se tornando mais seca) (Hulme e Sheard, 1999). Essas alterações têm sido atribuídas

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ao aumento na concentração dos chamados gases de efeito estufa na atmosfera.

Entre eles o CO2 é considerado o gás que mais contribui para a intensificação do

efeito estufa. Sua concentração subiu de 280 partes por milhão, no período que

antecede à Revolução Industrial, para quase 360 partes por milhão nos dias de hoje

(Brasil, 1999). O aumento na concentração desses gases é decorrente da atividade

antrópica.

O tema vem gerando grandes preocupações na comunidade técnico-científica

em nível mundial, pelos prováveis impactos aos diferentes ecossistemas. A área

florestal está entre as mais preocupantes, pois, entre outros efeitos, são citados

aumento no período de crescimento vegetativo em regiões de altas latitudes,

alterações na distribuição natural de animais e plantas, “declínio” de populações

naturais, precocidade de florescimento de espécies florestais, severidade de pragas e

doenças. Alguns estudos discutem os efeitos das mudanças climáticas em espécies

florestais de interesse para os Brasil, como o Pinus taeda, espécie florestal mais

plantada nas regiões frias do planalto sulino brasileiro. De acordo com Groninger et al.

(1999) as principais respostas fisiológicas do P. taeda em relação ao aumento do CO2

atmosférico, são: as taxas de fotossíntese poderão ser inicialmente aceleradas através

da maior disponibilidade de CO2 e maior eficiência fotossintética (efeito fertilizador no

CO2); respiração, condutância estomática e evapotranspiração não serão afetadas ou

podem decrescer; ponto de compensação poderá diminuir com conseqüente aumento

do período de retenção das folhas (beneficia as folhas sombreadas); área foliar poderá

aumentar, mas a densidade foliar (área foliar por unidade de comprimento de galhos)

poderá diminuir; arquitetura da copa poderá ser alterada em função de modificações

nas estruturas dos galhos; sistema radicular poderá aumentar, beneficiando a

resistência ao deficit hídrico.

Quais seriam, então, os principais efeitos das mudanças climáticas globais nos

programa de melhoramento genético clássico de uma espécie florestal? Para essa

análise, é importante lembrar que uma estratégia de melhoramento genético para

espécies florestais envolve uma série de etapas discutidas a seguir, onde o ambiente

(clima e solo) desempenham papel fundamental:

a) Zonas de melhoramento são áreas ambientalmente homogêneas onde um

material genético selecionado poderá ser plantado. Isso significa que os locais de

plantios deverão ser caracterizados quanto ao clima e solo e, agrupados em zonas

relativamente semelhantes. Os principais fatores climáticos que afetam o

desenvolvimento (sobrevivência, crescimento e reprodução) das espécies florestais

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utilizadas em reflorestamentos no Brasil, são a geada e o déficit hídrico (seca).

Alterações climáticas significativas na temperatura, que alterem a intensidade e

ocorrência de geadas em um determinado local podem, portanto, influir na definição

da Zona de Melhoramento.

b) A espécie/procedência deve ser adaptada ao clima e solo do local de plantio

(Zona de Melhoramento), além de produzir madeira com qualidade para o mercado

local e apresentar rentabilidade econômica competitiva. Resultados observados em

plantios localizados na divisa dos Estados do Paraná e São Paulo, entre as latitudes

24000’ S e 24030’ S, região de transição entre os climas tropical e subtropical, ilustram

bem o efeito climático na escolha da espécie. A produtividade atual do P. taeda e P .

elliottii é 25 m3/ha.ano e a produtividade dos Pinus tropicais é 35 m3/ha.ano, ou seja,

40% superior. Isso mostra a importância do clima no estabelecimento das Zonas de

Melhoramento e, consequentemente, na escola de espécies/procedências e na

complexidade da seleção das árvores que irão compor a População de Melhoramento

e os Pomares de Sementes. Caso haja um aumento significativo na temperatura, as

sementes de P. taeda utilizadas atualmente não seriam mais adequadas para as áreas

de plantio da espécie ou, numa situação mais crítica, a própria espécie deveria ser

substituída por outra mais tropical.

c) A seleção das árvores para compor a População de Cruzamento e para compor o

Pomar de Sementes é baseada na performance do indivíduo em relação a

produtividade (volume) e qualidade da madeira (retidão do fuste, ramificação, etc).

Estas são características quantitativas bastante influenciadas pelo ambiente.

d) A população de cruzamento é normalmente composta por várias centenas de

indivíduos selecionados. Assim, as árvores selecionadas podem ser agrupadas em

uma única população ou várias sub-populações. Geralmente utiliza-se várias sub-

populações no caso do programa envolver várias Zonas de Melhoramento.

e) Os cruzamentos entre as árvores selecionadas podem ser controlados ou abertos.

Em ambos os casos, os processos são signicativamente influenciados pelo ambiente,

principalmente pelo clima. Observações

fenológicas realizadas em um banco clonal de P. taeda, estabelecido em Sengés, PR,

no período de 1999 a 2000, mostram que a precipitação influiu na época de

florescimento. Com base nos aspectos discutidos anteriormente e, considerando que o

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ciclo (rotação) de uma espécie florestal pode demandar várias anos (sete anos para os

eucaliptos e acácia-negra destinados a produção de celulose ou energia; vinte anos

para o P. taeda destinados a serraria), conclui-se que os efeitos das possíveis

mudanças climáticas não devem ser negligenciados no planejamento de um programa

de melhoramento genético de uma espécie florestal.

Como não se tem certeza do que possa acontecer, recomenda-se selecionar

genótipos (espécies/procedências/progênies/indivíduos) mais generalistas (plásticos e

estáveis) e/ou implantar um programa de melhoramento abrangendo toda a área

efetiva e potencial de plantio, com uma População de Cruzamento formada por um

número muito grande de árvores (várias centenas). As sementes das árvores que

deverão compor a População de Selecionada deverão ser plantadas na forma de

testes de progênies, não somente nas áreas potenciais de plantios, mas também de

locais representativos dos climas futuros, conforme os vários cenários possíveis.

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110

2.2 ADAPTAÇÃO – SAÚDE

2.2.1 Dengue: uma análise climato-geográfica de sua manifestação no estado

do Paraná (1993-2003).

Nome do pesquisador: Eduardo Vedor de Paula.

Nome do orientador: Francisco de Assis Mendonça.

Tipo de pesquisa: Dissertação de Mestrado.

Local da pesquisa: Estado do Paraná.

Instituição responsável: UFPR.

Situação do projeto: Concluído em 01/04/2005.

Resumo/Abstract: No presente trabalho, elaborado no âmbito da Geografia da

Saúde, a manifestação da dengue no estado do Paraná encontra-se analisada a

partir da relação de sua incidência com a infestação predial de seus vetores e com

as condições climáticas regionais. Embora os casos de dengue notificados na região

Sul tenham representado apenas 2,4% do total registrado para o país de 1995 a

2003, cabe destacar que nesta região identificou-se a maior taxa de crescimento de

notificações ao longo dos últimos cinco anos. A taxa média anual registrada cresceu,

entre 1999 e 2003, cerca de 475% para a região e de 1.605% somente para o

estado do Paraná, sendo que o crescimento médio encontrado para o Brasil no

mesmo período tenha sido de 62%. O recorte temporal de análise desta pesquisa

abrange o ano em que foi confirmado o primeiro caso autóctone de dengue no

Paraná (1993) até o ano de 2003. No entanto, a evolução sazonal da incidência da

doença, infestação dos vetores e variação térmica e pluviométrica foram delimitadas

somente partir de 1997, devido à disponibilidade dos dados do SINAN e do SISFAD.

Para as três cidades de maior número de casos da enfermidade em questão

efetuou-se a análise mensal dos dados. A principal epidemia registrada em território

paranaense, ocorrida no primeiro semestre de 2003, foi investigada de modo

introdutório por meio da análise diária de sua evolução. Espacialmente a incidência

da dengue no Paraná evidenciou sua estreita relação com as áreas de maior

infestação dos mosquitos Aedes albopictus e Aedes aegypti, particularmente deste

último. A relação entre a área de maior incidência da doença e a porção mais quente

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111

do estado, onde domina o tipo climático Cfa, também apareceram de maneira

bastante explicita na abordagem aqui desenvolvida. Os poucos casos autóctones de

dengue confirmados em municípios cujo tipo climático é Cfb ocorreram sob

condições térmicas acima da normalidade. Com o aumento das temperaturas e das

chuvas no verão a infestação de ambos vetores é ampliada, a inserção do vírus da

dengue, por meio de casos importados no Paraná, ocorre geralmente na segunda

metade desta estação. Assim, devido principalmente ao período de incubação

extrínseca no vetor e ao tempo em que a doença leva para se manifestar no homem,

é na estação de outono que se confirma o maior número de casos autóctones

(78,85% das ocorrências). Como sugestões para o monitoramento e controle da

dengue no estado do Paraná cita-se a utilização de um método oportuno para o

levantamento dos índices vetoriais, bem como o desenvolvimento de um sistema de

informações geográficas que integre os dados do SINAN, do SISFAD e informações

sócioambientais.

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112

2.3 ADAPTAÇÃO – VULNERABILIDADE

2.3.1 Utilização de dados de temperatura de superfície, precipitação e umidade

para a identificação e monitoramento de incêndios em tempo quase real.

Nome do pesquisador: Flavio Deppe, Marciel Lohmann, Luisnei Martini, Carlos

Meneghette.

Nome do orientador: Não disponível.

Tipo de pesquisa: Não disponível.

Local da pesquisa: Não disponível.

Instituição responsável: SIMEPAR

Situação do projeto: Concluído.

Resumo/Abstract: Neste trabalho dados de temperatura de superfície, precipitação

e umidade foram incorporados em tempo quase real em um sistema utilizado para

identificação e monitoramento de incêndios. Dados de precipitação, assim como o

número de dias sem precipitação e dados de umidade do ar, forma utilizados para

gerar mapas de Índices de Risco de Incêndio. Imagens de temperatura de superfície

geradas a partir das imagens NOAA/AVHRR, foram utilizadas para a identificação de

focos de calor. Adicionalmente, dados de logística e dados físico territorial também

foram utilizados. Assim, o sistema proposto representa uma inovação principalmente

em função de utilizar em tempo quase real dados e informações que apresentam alta

resolução temporal, média resolução espacial e cobertura regional. Resultados

incluíram a demonstração, em caráter operacional, da identificação e monitoramento

em tempo quase real, do incêndio ocorrido no Parque Nacional de Ilha Grande,

Paraná, Brasil. O incêndio foi identificado a partir de seu início e os 236 focos de

calor foram monitorados e espacializados com sucesso nos dias subseqüentes.

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2.3.2 Avaliação temporal de focos de calor no estado do Paraná (1999 a 2006).

Nome do pesquisador: Luisnei Martini, Flávio Deppe, Marciel Lohmann.

Nome do orientador: Não disponível.

Tipo de pesquisa: Não disponível.

Local da pesquisa: Não disponível.

Instituição responsável: SIMEPAR.

Situação do projeto: Concluído.

Resumo/Abstract: Este trabalho apresenta um estudo sobre a ocorrência de pontos

críticos detectados em imagens NOAA, sensor AVHRR (Advanced Very High

Resolution Radiometer), no Estado do Paraná, Brasil, durante o ano de 2006. A

análise comparativa foi realizada utilizando dados diários do índice de Risco de

Incêndio, denominado "Índice de Monte Alegre" (IMA). Os focos de calor foram

mapeados em uma base mensal indicando a ocorrência espacial no Estado do

Paraná. Assim, foi possível definir regiões que apresentaram maior incidência de

focos de calor durante o ano de 2006. Além disso, foi possível definir dias

específicos que apresentaram maior ocorrência de focos de calor. Estes focos de

calor foram então plotados nos mapas diários de Índice de Risco de Incêndio. O

objetivo foi comparar os focos de calor com os altos valores do Índice de Risco de

incêndios florestais, para o dia selecionado. A análise pode ser utilizada para validar

a detecção dos focos de calor, bem como para produzir informações para as

agências governamentais, tais como corporações de bombeiros, a fim de planejar as

suas atividades de prevenção e combate a incêndios.

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2.3.3 Vulnerabilidade socioambiental na região metropolitana de Curitiba.

Nome do pesquisador: Marley Vanice Deschamps.

Nome do orientador: Francisco de Assis Mendonça, Daniel, Joseph Hogan Mariano

de Matos Macedo.

Tipo de pesquisa: Tese de doutorado.

Local da pesquisa: Curitiba.

Instituição responsável: UFPR.

Situação do projeto: Concluído em 01/03/2006.

Resumo/Abstract: O tema desta tese é o estudo da vulnerabilidade socioambiental

na Região Metropolitana e Curitiba, e tem por objetivo identificar áreas socialmente

vulneráveis que se sobrepõem a espaços ambientalmente vulneráveis, ou seja,

áreas sujeitas a algum risco ambiental, neste caso, as enchentes, demonstrando que

há uma distribuição desigual dos danos ambientais. Num primeiro momento, é feita a

leitura do processo de urbanização/metropolização da RMC e seu rebatimento na

conformação social do espaço metropolitano. O processo de segregação

socioespacial na Região é analisado sob a ótica dos movimentos migratórios. Na

identificação das áreas de vulnerabilidade socioambiental, aplica-se um modelo em

que se priorizam alguns indicadores socioeconômicos e demográficos para a

classificação de determinados grupos populacionais, de acordo com sua capacidade

(ou incapacidade) de resposta perante algum evento ambiental adverso.

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115

2.3.4 Subsídios à prevenção e controle das inundações urbanas: bacia

hidrográfica do Rio Belém - Município de Curitiba – PR.

Nome do pesquisador: Rafaela Antunes Fortunato.

Nome do orientador: Cristina de Araújo Lima.

Tipo de pesquisa: Dissertação de Mestrado.

Local da pesquisa: Curitiba.

Instituição responsável: UFPR.

Situação do projeto: Concluído em 01/05/2006.

Resumo/Abstract: A presente pesquisa busca subsídios para a prevenção e o

controle das inundações nas cidades por meio de ações de planejamento e gestão

ambiental urbana, abordando como cenário de estudo a bacia hidrográfica do rio

Belém, situada no município de Curitiba-PR. No Brasil, o processo de ocupação e

uso do solo urbano está intimamente ligado à freqüência das inundações. Em

Curitiba, um dos maiores problemas tem ocorrido na bacia hidrográfica do rio Belém,

formada por bairros densamente ocupados, incluindo o Centro da cidade e outros 36

bairros. Essa bacia apresenta diversas áreas cujos condicionantes naturais como

relevo, geologia e hidrografia tornam desaconselhável sua ocupação. Contudo,

mesmo com esses condicionantes a urbanização se intensificou ao longo dos anos,

impermeabilizando o solo e instalando-se nas margens dos rios e córregos que

formam a bacia, fatores que têm acarretado inúmeros problemas relacionados à

drenagem e às inundações urbanas. Para compreender de que forma as ações de

planejamento e gestão ambiental urbana podem contribuir para a mitigação das

inundações na área de estudo foram identificados seus erros e acertos por meio da

realização de diagnósticos físico-territoriais, sócio-econômicos e das inundações,

aprofundando-se sobre os pontos críticos e cenários de risco existentes, além da

análise das medidas de prevenção e controle executadas e propostas para a bacia.

Todos esses aspectos aliados ao método e fundamentação teórica selecionados

propiciaram o fornecimento de bases para a aplicação de ações sustentáveis na

bacia hidrográfica do rio Belém, as quais podem ser aplicadas a demais bacias

hidrográficas urbanas situadas em contextos que apresentem características

semelhantes.

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116

2.4 CLIMA

2.4.1 Subsídios à prevenção e controle das inundações urbanas: bacia

hidrográfica do Rio Belém - Município de Curitiba – PR.

Nome do pesquisador: Rafaela Antunes Fortunato.

Nome do orientador: Cristina de Araújo Lima.

Tipo de pesquisa: Dissertação de Mestrado.

Local da pesquisa: Curitiba.

Instituição responsável: UFPR.

Situação do projeto: Concluído em 01/05/2006.

Resumo/Abstract: A presente pesquisa busca subsídios para a prevenção e o

controle das inundações nas cidades por meio de ações de planejamento e gestão

ambiental urbana, abordando como cenário de estudo a bacia hidrográfica do rio

Belém, situada no município de Curitiba-PR. No Brasil, o processo de ocupação e

uso do solo urbano está intimamente ligado à freqüência das inundações. Em

Curitiba, um dos maiores problemas tem ocorrido na bacia hidrográfica do rio Belém,

formada por bairros densamente ocupados, incluindo o Centro da cidade e outros 36

bairros. Essa bacia apresenta diversas áreas cujos condicionantes naturais como

relevo, geologia e hidrografia tornam desaconselhável sua ocupação. Contudo,

mesmo com esses condicionantes a urbanização se intensificou ao longo dos anos,

impermeabilizando o solo e instalando-se nas margens dos rios e córregos que

formam a bacia, fatores que têm acarretado inúmeros problemas relacionados à

drenagem e às inundações urbanas. Para compreender de que forma as ações de

planejamento e gestão ambiental urbana podem contribuir para a mitigação das

inundações na área de estudo foram identificados seus erros e acertos por meio da

realização de diagnósticos físico-territoriais, sócio-econômicos e das inundações,

aprofundando-se sobre os pontos críticos e cenários de risco existentes, além da

análise das medidas de prevenção e controle executadas e propostas para a bacia.

Todos esses aspectos aliados ao método e fundamentação teórica selecionados

propiciaram o fornecimento de bases para a aplicação de ações sustentáveis na

bacia hidrográfica do rio Belém, as quais podem ser aplicadas a demais bacias

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hidrográficas urbanas situadas em contextos que apresentem características

semelhantes.

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2.4.2 Simulação da energia potencial convectiva disponível (cape) utilizando o

modelo atmosférico WRF (weather research and forecasting).

Nome do pesquisador: Reverton Luis Antunes Neundorf , Leonardo Calvetti, César

Beneti e Alex Conselvan de Oliveria.

Nome do orientador: Não disponível.

Tipo de pesquisa: Não disponível.

Local da pesquisa: Não disponível.

Instituição responsável: SIMEPAR.

Situação do projeto: Concluído.

Resumo/Abstract: Neste trabalho foi avaliado o potencial de previsão da

instabilidade atmosférica no verão utilizando o modelo WRF. Os resultados da

simulação do modelo foram comparados com medidas realizadas por radar e

radiosondagens. Em geral os valores da CAPE puderam ser simulados. Há uma

tendência em subestimar a amplitude. Também se observou alguns casos de

convecção em que a simulação gerou energia suficiente para gerar convecção, mas

o modelo não gerou precipitação suficiente. Embora, ainda não seja possível a

determinação do local de formação de células ordinárias, os resultados mostram um

bom potencial para utilização na previsão de instabilidade à curto prazo (até 12h).

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2.4.3 Início de Convecção de Células Isoladas: Interação entre Meso e Micro

Escalas.

Nome do pesquisador: Leonardo Calvetti, Cezar Duquia, Alex Conselvan de

Oliveira, Cleber Souza Corrêa..

Nome do orientador: Não disponível.

Tipo de pesquisa: Não disponível.

Local da pesquisa: Não disponível.

Instituição responsável: SIMEPAR.

Situação do projeto: Concluído.

Resumo/Abstract: Neste trabalho, examinamos situações da interação da

circulação em superfície com a orografia e a formação de áreas de convergência de

massa e a repercussão na formação de tempestades isoladas. Por meio das

simulações de alta resolução, observando-se que além da interação da orografia,

também há formação de tempestades resultantes do encontro de rajadas de vento

provocadas por outras células em estágio maduro e de dissipação. Estas rajadas ao

interagir com escoamentos relativamente acelerados devido à confluência pela

orografia geram novas células convectivas.

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2.4.4 Análise sinótica de eventos máximos de precipitação na cidade de

Londrina.

Nome do pesquisador: Rogério do Amaral Varela.

Nome do Orientador: Dra. Ana Maria de Arruda Ribeiro.

Tipo de pesquisa: Dissertação de mestrado.

Local da pesquisa: Londrina - PR.

Instituição responsável pela pesquisa: UEL.

Situação do projeto: Concluído.

Resumo/Abstract: O sul do Brasil, devido à sua localização latitudinal, sofre mais

influência dos sistemas de latitudes médias, onde os sistemas frontais são os

principais causadores de chuvas durante o ano, suscetíveis a dinâmica de

fenômenos climáticos como El Nino e La Nina. Estudos sobre precipitação são

necessários para analisar o deslocamento de sistemas frontais, responsáveis por

grande parte dos totais pluviométricos registrados, não só para possibilitar a

compreensão dos aspectos físicos envolvidos, mas também para que as estimativas

realizadas a partir das observações existentes sejam fidedignas às condições reais.

A precipitação intensa (grandes volumes de água em curtos intervalos de tempo)

provoca grandes escoamentos superficiais, mesmo em solos não saturados, já que,

nesses casos, o volume de água que atinge a superfície do solo é superior à taxa de

infiltração do mesmo e aceleram o processo de erosão do solo. Por outro lado, na

área urbana de Londrina, isso se traduz em áreas pavimentadas sujeitas a

alagamento, distúrbios no escoamento do transporte urbano e perdas materiais

consideráveis. Outro aspecto relacionado com a precipitação é sua importância à

agricultura e pecuária, o que torna vital o seu estudo para Londrina, que fundamenta

boa parte de sua economia no agronegócio.

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2.4.5 Caracterização do ritmo climático do sul do Brasil e seus possíveis

desvios, com enfoque no norte do estado do Paraná.

Nome do pesquisador: Veridiana Lima da Silva, Rudolpho César Morello Gomes,

Claudia Cristina dos Santos, Nelson Jesus Ferreira.

Nome do Orientador: Leonor Marcon da Silveira.

Tipo de pesquisa: Não disponível.

Local da pesquisa: UEM.

Instituição Responsável: UEM.

Situação do projeto: Em Andamento.

Resumo/Abstract: Não disponível.

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2.4.6 Climatologia da precipitação no estado do Paraná.

Nome do pesquisador: Sônia Maria Soares Stivari, Eraldo Schunk Silva.

Nome do Orientador: Jonas Teixeira Nery.

Tipo de pesquisa: Não disponível.

Local da pesquisa: UEM.

Instituição Responsável: UEM.

Situação do projeto: Concluído em 30/08/1994.

Resumo/Abstract: Não disponível.

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2.4.7 Projeto ventar.

Nome do pesquisador: Dario Jackson Schultz.

Nome do Orientador: Dario Jackson Schultz.

Tipo de pesquisa: Não disponível.

Local da pesquisa: Paraná.

Instituição Responsável: Copel

Situação do projeto: Concluído.

Resumo/Abstract: Com o propósito de avaliar o potencial eólico do Paraná, no ano

de 1994, a Copel implementou o Projeto Ventar. O projeto levantou o potencial de 25

locais em diferentes regiões do Paraná.

A campanha de medições foi realizada com a instalação de estações anemográficas

(equipamentos que medem e registram os dados relativos à velocidade e direção de

vento) em locais previamente escolhidos em diferentes áreas do Estado do Paraná.

O Mapa Eólico do Paraná, no qual podem ser identificadas as áreas mais

promissoras ao aproveitamento da energia eólica, foi elaborado através da colheita e

interpretação dos seguintes dados:

� Informações obtidas através do Projeto Ventar.

� Dados de vento de algumas estações meteorológicas do Iapar.

� Arquivo digital com os dados de relevo do Cehpar.

� Base cartográfica da Sema/Liserp e da Sanepar.

� Mapa do Uso do Solo da Sema/Liserp.

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2.4.8 Estudo do microclima da cidade de Maringá – PR.

Nome do pesquisador: Eder Rodolfo Feltrin, Julio César Arruda Germano, Maria de

Lourdes Orsini Fernandes Martins, Amauri Pereira de Oliveira, Eraldo Schunk Silva.

Nome do Orientador: Sônia Maria Soares Stivari.

Tipo de pesquisa: Não disponível.

Local da pesquisa: UEM.

Instituição Responsável: UEM.

Situação do projeto: Em Andamento (desde 12/12/2008).

Resumo/Abstract: O presente projeto de pesquisa dá continuidade ao projeto

intitulado Estudo do Impacto do crescimento urbano da Cidade de Maringá sobre o

microclima local. Seu principal objetivo é analisar o micro clima da cidade de

Maringá-PR. Para avaliar o comportamento da temperatura e da umidade relativa

horária, serão analisadas séries de dados horários de 30 anos de registro da

Estação Climatológica Principal de Maringá (ECPM). Para continuar a análise do

índice de conforto térmico, índice UV, análise do campo térmico e de umidade, serão

utilizadas séries climáticas observadas em cinco locais da cidade nos últimos três

anos e simulação numérica. É previstas a construção e manutenção de uma página

na Internet, disponibilizando informações e sínteses das análises dos dados

meteorológicos, assim como alerta quanto ao índice UV.

Objetivos gerais

Estudar o clima urbano da cidade de Maringá e seu efeito na qualidade de vida da

população, a partir dos atributos geo-urbanos.

Objetivos específicos

Estudar as variabilidades das séries temporais de temperatura e umidade de 30 anos

de dados horários e verificar se há correlação com a urbanização;

Avaliar o comportamento da precipitação em Maringá ao longo dos últimos 30 anos.

Determinar índices de Qualidade Ambiental, de Conforto Térmico;

Avaliar o índice Ultra-Violeta (UV); Divulgar os dados meteorológicos para a

população via página na internet; Obter a intensidade do fluxo de veículos, o número

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125

de indústrias e prédios e a extensão das áreas verdes situadas no entorno dos

pontos de coletas e a dimensão da malha asfáltica.

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2.4.9 Estudo das temperaturas do ar no Estado do Paraná.

Nome do pesquisador: Sueli Hiromi Kay Ichiba.

Nome do orientador: Jonas Teixeira Nery.

Tipo de pesquisa: Dissertação de Mestrado.

Local da pesquisa: Estado do Paraná.

Instituição responsável: UEM.

Situação do projeto: Concluído em 01/03/2006.

Resumo/Abstract: O Estado do Paraná está inserido na região Sul do Brasil entre

os paralelos 22º29’33“ a 26º42’59” de latitude Sul e 48º02’24” a 54º37’38” de

longitude Oeste, abrangendo uma área de 201.000km2. Em decorrência de sua

localização e extensão, o Estado ocupa posição de transição entre regiões tropicais

e subtropicais, constituindo assim, um mosaico de paisagens por todo o seu

território. Esta pesquisa tem como objetivo analisar a evolução e a variabilidade da

temperatura do ar, no Estado do Paraná, para a compreensão do grau de

interferência das atividades humanas sobre os elementos atmosféricos, bem como,

a sua relação com as peculiaridades geográficas em um dado lugar. Utilizou-se para

esta pesquisa dados das temperaturas máxima, média e mínima mensal e interanual

de 30 estações meteorológicas no Estado do Paraná, abrangendo o período de 1979

a 2003. Os dados de temperatura foram obtidos junto ao Instituto Agronômico do

Paraná (IAPAR) e algumas estações foram completadas com dados do Instituto

Tecnológico do SIMEPAR. Os dados de temperatura da Estação de Maringá foram

obtidos junto à Estação Climatológica Principal de Maringá (ECPM), conveniada com

o Instituto Nacional de Meteorologia (INMET). Os seguintes métodos estatísticos

foram aplicados: média, desvio padrão, coeficiente de variação, anomalia, média

móvel, medida de dispersão e reta de tendência. Com os valores de temperatura

média foram elaboradas isolinhas de temperaturas associadas à anomalia da

Temperatura da Superfície do Mar (TSM) para períodos de eventos El Niño e La

Niña, de acordo com a classificação de Trenberth (1997). Através da análise

multivariada de cluster, geraram-se grupos homogêneos para o Estado,

correlacionando as temperaturas máximas e mínimas com o índice de anomalia da

temperatura da superfície do mar (TSM) para eventos mais significativos de El Niño

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127

e La Niña. Também foram feitas análises de autocorrelação para verificar a

persistência das séries de temperaturas. Pode-se considerar para o Estado do

Paraná uma variabilidade nas temperaturas anuais intensificados em períodos de

fenômenos El Niño e La Niña, assim como um aumento na temperatura de 0,5ºC a

1ºC para o período analisado.

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2.4.10 Estimativa da precipitação provável para o estado do Paraná.

Nome do pesquisador: Adair José Longo.

Nome do orientador: Silvio César Sampaio.

Tipo de pesquisa: Dissertação de Mestrado.

Local da pesquisa: Paraná.

Instituição responsável: UNIOESTE.

Situação do projeto: Concluído em 01/02/2003.

Resumo/Abstract: O estado do Paraná é conhecido no cenário nacional pelas

atividades agrícolas e agropecuária desenvolvidas, porém necessita de estudos mais

detalhados sobre suas condições climáticas, possibilitando o planejamento das

atividades agrícolas, como: preparo do solo, semeadura, época de semeadura, tratos

culturais e colheita, reduzindo dessa maneira riscos e possibilidade de perda de

produção. No desenvolvimento do trabalho, utilizou-se dados diários de precipitação

de 22 postos de coleta, com no mínimo 12 anos de dados, foram ajustados às

distribuições gama e log-normal, estimando a precipitação provável nos períodos de

10, 15 e 30 dias, ao nível de 75% de probabilidade. Tanto os parâmetros e da

distribuição gama, quanto e da distribuição log-normal, foram determinados pelo

método da máxima verossimilhança. Os teste qui-quadrado e Kolmogorov-Smirnov,

ao nível de 5% de significância, foram utilizados para verificar qual das distribuições

melhor se ajusta às condições pluviométricas do estado do Paraná. Um programa

em linguagem Matlab foi desenvolvido, para totalização e determinação da

precipitação provável, testar as séries de dados das estações. Os mapas de

isolinhas de precipitação foram construídos no software SURFER 6.0, utilizando o

método de interpolação: “inverso do quadrado da distância”. Os resultados

mostraram que a distribuição gama, tende à ajustar adequadamente às condições

pluviométricas do estado, em todos os períodos estudados. O estado do Paraná não

apresenta estações no ano divididas em seca e chuvosa, pois a precipitação

pluviométrica é distribuída durante o ano, os meses mais chuvosos, são: janeiro e

fevereiro, enquanto os mais secos, são: julho e agosto. O estado do Paraná

apresenta aumento na quantidade de precipitação pluviométrica na direção;

litoral/oeste e norte/sul, nos períodos mais chuvosos e secos, respectivamente. O

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estado do Paraná mostra condições pluviométricas, capaz de tornar a agricultura

desenvolvida e competitiva, quando aliada à utilização de técnicas adequadas.

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2.4.11 Variabilidade da precipitação pluviométrica na Bacia Hidrográfica do Ivaí

- Paraná.

Nome do pesquisador: Aparecido Ribeiro de Andrade.

Nome do orientador: Jonas Teixeira Nery.

Tipo de pesquisa: Dissertação de Mestrado.

Local da pesquisa: Bacia Hidrográfica do Ivaí.

Instituição responsável: UEM/UNICENTRO.

Situação do projeto: Concluído em 01/07/2003.

Resumo/Abstract: O objetivo deste trabalho é discutir a variabilidade da

precipitação pluviométrica na bacia do Rio Ivaí. Foram utilizados dados diários,

mensais e anuais de precipitação, dados estes cedidos pela Superintendência de

Recursos Hídricos do Governo do Estado do Paraná (SUDERHSA). O período de

estudo foi de 1974 a 2001. Foram utilizados alguns parâmetros estatísticos tais

como: média, desvio padrão e correlação linear. Também se calculou as anomalias

para alguns anos específicos. Estudou-se a correlação entre a precipitação nesta

bacia e a anomalia da Temperatura da Superfície do Mar (TSM) no Oceano Pacífico

Equatorial. Foi efetuada a correlação da precipitação pluviométrica com o Índice de

Oscilação Sul (IOS). Foram analisados dados de fluviometria da área da bacia e

correlacionados com a TSM do Pacífico. Através de dados de temperatura e

precipitação, foram elaborados balanços hídricos e seus resultados foram

correlacionados com a TSM do Pacífico. Através das medidas das distâncias entre

as estações e a correlação da precipitação, foi possível efetuar a correlação linear

para alguns períodos específicos (períodos úmido, seco, de eventos El Niño e La

Niña). Pode-se observar a variabilidade da precipitação pluviométrica na bacia, de

ano para ano e de evento para evento. A variabilidade espacial também foi

verificada, pois a precipitação pluviométrica é mais intensa a montante na bacia,

enquanto a jusante a pluviometria é menor.

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2.4.12 Mapa Eólico do Paraná

Nome do pesquisador: Dario Jackson Schultz.

Nome do Orientador: Dario Jackson Schultz.

Tipo de pesquisa: Básica.

Local da pesquisa: Paraná.

Instituição responsável pela pesquisa: Copel

Situação do projeto: Concluído em 31/12/2006

Resumo/Abstract: A primeira versão do Mapa do Potencial Eólico do Estado do

Paraná foi publicada em 1999, como resultado do Projeto Ventar, desenvolvido pela

COPEL desde 1994. A campanha de medições de vento utilizou 25 torres, na

maioria postes de concreto, objetivando reduzir custos, com alturas de 18-20 metros,

e um modelo computacional de simulação do vento na camada-limite atmosférica

dotado de recursos de geoprocessamento (GIS). Esse mapa foi um marco no

conhecimento dos recursos eólicos no Brasil. Muitos outros mapeamentos de

potencial eólico foram produzidos usando metodologia similar.

Como resultado prático, através de uma parceria entre a COPEL e um fabricante de

aerogeradores, a primeira usina eólica do sul do Brasil foi instalada em Palmas,

em 1999, com potência de 2,5MW. A partir de 2003, iniciou-se uma nova campanha

de medições de vento conduzida pela COPEL-LACTEC-Camargo Schubert, no

âmbito de um projeto de pesquisa e

desenvolvimento do Programa de P&D da ANEEL, utilizando equipamentos

calibrados e comissionados de acordo com os atuais padrões e procedimentos da

indústria eólica mundial. Torres treliçadas de 50 e 100 metros de altura foram

instaladas nas áreas potencialmente mais promissoras para aproveitamento eólico. A

partir das medições validadas, que cobriram, no mínimo, um ciclo climatológico

completo, de uma recente base de dados topográficos, de imagens de satélite

atualizadas e de amostragens em campo, foram elaborados modelos de terreno mais

detalhados (relevo e rugosidade), levando ao desenvolvimento de um novo

mapeamento de potencial eólico mais preciso e com melhor resolução que o de

1999, tendo tido o modelamento de mesoescala como base de processamento.

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2.4.13 Estudo dos Períodos Extremos de Precipitação e Estiagem no Estado do

Paraná.

Nome do pesquisador: Ingrid Illich Muller.

Nome do Orientador: Ingrid Illich Muller.

Tipo de pesquisa: Não disponível.

Local da pesquisa: Estado do PR.

Instituição Responsável: Lactec.

Situação do projeto: Não disponível.

Resumo/Abstract: Foram efetuados estudos visando à fixação de uma norma de

procedimento para a avaliação das máximas intensidades médias prováveis de

chuvas intensas de diversas durações, para aplicação dos dados pluviométricos de

diversos postos do Estado do Paraná. Foi estudada também a freqüência de

mínimos totais de precipitação pluvial em 1, 2, 3, 4, 5 e 6 meses consecutivos.

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2.4.14 Estudo das temperaturas mínimas e máximas no estado do Paraná.

Nome do pesquisador: Wilian Da S. Ricce, Paulo H. Caramori, João H. Caviglione,

Heverly Morais, Lívia M. P. Pereira.

Nome do Orientador: Wilian Da S. Ricce.

Tipo de pesquisa: Não disponível.

Local da pesquisa: Paraná.

Instituição responsável pela pesquisa: IAPAR

Situação do projeto: Concluído.

Resumo/Abstract: O objetivo foi estudar a ocorrência das temperaturas mínimas e

máximas no estado do Paraná. Foram avaliadas as temperaturas mínimas e

máximas obtidas em 30 estações meteorológicas do IAPAR espalhadas pelo estado

do Paraná com 30 anos de dados. Foram avaliadas as temperaturas absolutas as

freqüências de ocorrência de temperaturas abaixo de 3°C e acima de 32°C. Para a

espacialização das temperaturas foram estimadas equações de regressão com base

na Latitude; longitude a altitude de cada estação. Estas estimativas foram aplicadas

no modelo digital de elevação, SRTM (Shuttle Radar Topography Mission) com

resolução espacial de 90 m. O estado do Paraná apresenta grande variabilidade em

relação à temperatura. Tanto temperaturas extremas mínimas como as máximas

podem causar danos graves às plantas. Temperaturas mínimas extremas podem

matar as plantas pelo congelamento do citoplasma e vazamento das células e

temperaturas máximas extremas podem afetar negativamente o metabolismo das

mesmas causando abortamento das estruturas reprodutivas e saldo negativo na

relação entre a fotossíntese e a respiração. As mínimas

absolutas registradas variaram entre -6,8° e 0,6°C, enquanto as máximas absolutas

variaram entre 33° e 41,5°C. Porém a freqüência destas temperaturas extremas é

pequena. A simples alteração da época de semeadura pode contribuir para a

diminuição dos riscos de temperaturas baixas (geadas) e temperaturas altas para as

culturas anuais. Já para culturas perenes, a escolha de locais com menores riscos

ou a utilização de outras técnicas conjuntas, como a consorciação de café com

espécies arbóreas, pode ser crucial para a viabilidade do empreendimento agrícola.

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2.4.15 Avaliação de modelos probabilísticos para o ajuste de dados de vento

para a Região dos Campos Gerais no Paraná.

Nome do pesquisador: Jorim Sousa das Virgens Filho.

Nome do orientador: Não disponível.

Tipo de pesquisa: Não disponível.

Local da pesquisa: Campos Gerais

Instituição responsável: UEPG – UNIVERSIDADE ESTADUAL DE PONTA

GROSSA

Situação do projeto: Em andamento.

Resumo/Abstract: Os grandes impactos ambientais provenientes de fontes

energéticas tradicionais têm levado muitos países a investirem cada vez mais no

desenvolvimento de tecnologias para o uso de fontes renováveis de energia. A

busca por soluções ecologicamente viáveis de geração de energia possibilitará

suprir, no futuro, as necessidades de grande parte da população, principalmente em

locais de mais difícil acesso. Sob estes aspectos, a força do vento é uma abundante

fonte de energia renovável, limpa e disponível em quase todos os lugares. No

entanto, para o aproveitamento dessa energia é preciso ter um bom conhecimento

do regime de ventos no local, o que pode ser obtido através de estudos de

distribuições de probabilidade da velocidade do vento e das direções predominantes.

Diante dessas perspectivas, surgem questionamentos do tipo: Qual o

comportamento do vento nesta região? Ocorrem ventos fortes de caráter danoso

para a agricultura e engenharia civil? A velocidade máxima atingida por esses ventos

vem aumentando, diminuindo, ou permanecendo invariável? Existe potencial para

obtenção de energia eólica nestes locais? Pretende-se com esta pesquisa, fazer um

estudo mais aprofundado dos ventos para a Região dos Campos Gerais, Estado do

Paraná, como contribuição ao planejamento de atividades que dependam das

condições do vento e como subsídio para estudos relacionados ao monitoramento

ambiental e agrícola. Além disso, será possível Impulsionar pesquisas relacionadas

às potencialidades regionais no que se refere à utilização de energia eólica e

contribuir para a geração de conhecimentos e formação de pessoal qualificado,

visando ao desenvolvimento científico e tecnológico do país.

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2.4.16 A Diversidade E Abundância De Peixes Em Zonas Rasas

Estuarinas Como Indicadores Sensíveis A Parâmetros Climáticos

Regionais E Globais: Os Estuários Do Rio Grande Do Sul Como Um

Estudo De Caso.

Nome do pesquisador (es): Alice M Grimm (UFPR), João Paes Vieira Sob (FURG),

Alexandre Miranda Garcia (UFRGS-FURG), , David da Motta Marques (UFRGS), Kirk O.

Winemiller (Texas A&M University, EUA).

Local da pesquisa: Rio Grande do Sul

Instituições Responsáveis: UFPR, FURG, UFRGS, Texas A&M University, EUA

Situação do projeto: Concluído

Resumo/Abstract: O Brasil possui uma extensa faixa litorânea de cerca de 8.000 Km. Um

ambiente de destaque nesta zona costeira é a região de encontro das águas doces de rios e

lagunas com o mar, que caracterizam um ecótono geralmente definido como o ambiente

estuarino. Estudos elaborados pelo Painel Intergovernamental para Mudanças Climáticas

(IPCC, 2002), sugerem que modificações climáticas e ambientais, resultantes de emissões

de gases de efeito estufa, como o aumento do nível do mar, alteração nos padrões de

precipitação local e regional, aumento na ocorrência de episódios climáticos extremos,

poderão acarretar impactos profundos nos ambientes costeiros. Um aspecto primordial para

orientar ações de conservação e manejo da biodiversidade, em um contexto de mudanças

climáticas, é o monitoramento e avaliação dos impactos sofridos. Para que isso seja

possível, é necessário o estabelecimento de indicadores sensíveis às alterações nos

parâmetros decorrentes das mudanças climáticas (SCBD, 2003). O pressuposto geral deste

subprojeto é de que a variação interanual na diversidade e abundância de guildas de peixes,

que habitam as zonas rasas em estuários, possuem um excelente potencial como um

indicador biológico sensível aos impactos oriundos de mudanças climáticas. Estudos no

estuário da Lagoa dos Patos, realizados no âmbito do programa Pesquisas Ecológicas de

Longa Duração - PELD (CNPq-MCT), indicam que a diversidade e abundância da fauna de

peixes são sensíveis às variações plurianuais em parâmetros climáticos regionais e globais,

como padrões de precipitação na bacia de drenagem e a ocorrência de eventos El Niño. Em

suma, observa-se uma relação significativa entre a entrada, tempo de permanência e saída

dos peixes da região estuarina, especialmente em termos de guildas de espécies de peixes

como Visitantes de Água Doce, Visitantes Marinhos, Estuarinos Residentes e Estuarinos

Dependentes, e as alterações acarretadas pelo excesso ou escassez de chuva na bacia de

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drenagem da Lagoa dos Patos durante eventos El Niño e La Niña, respectivamente. Estes

resultados sugerem, portanto, que o monitoramento da diversidade e abundância da fauna

de peixes em estuários pode representar um indicador com adequado custo-efetivo e

sensibilidade aos cenários de mudanças climáticos projetados pelos cientistas (IPCC, 2002).

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2.4.17 Climate Change And Interannual Variability Of Precipitation In South

America

Nome do pesquisador: Alice M Grimm (UFPR)

Local da pesquisa: América do Sul

Instituição de pesquisa: UFPR

Situação do projeto: Concluído

Resumo/Abstract: We analyze the interannual variability of the summer monsoon rainy

season in South America and its relationship with SST as simulated by the ocean-

atmosphere coupled model ECHAM5-OM for present-day conditions (1961–1990) and future

A2 emission scenario (2071–2100). The first mode of model precipitation variability, both in

spring and summer, is associated with El Niño-Southern Oscillation (ENSO). In both seasons

it features a dipole of anomalies between northern and southeastern South America. These

modes correspond, with some differences, to the first variability mode of observed spring

precipitation, and to the third variability mode of observed summer precipitation, which are

also associated with ENSO. The relationship between ENSO events and precipitation

variability in southeastern South America weakens for the A2 scenario, especially in spring,

which is presently the season with strongest ENSO-related impact. The weakened

teleconnection is probably due to the reduction of the SST subtropical latitudinal gradient in

the ENSO mode.

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2.4.18 Harmonic Analysis Of Temperature Over Antarctica: Present Day

Climate And Greenhouse Warming Perspective

Nome do pesquisador: A. Grimm , A. Setzer , T. J. Bracegirdle , F. Justino , D. Mendes ,

G. Dechiche , C. E. G. R. Schaefer

Local da pesquisa: Antártica

Instituição de pesquisa: UFPR

Situação do projeto: Concluído

Resumo/Abstract:

On the basis of ERA40 and NCEP/NCAR Reanalysis (NNR) and simulations from

CCCma, CCSM, CSIRO, HadCM3, MIROC-MEDRES and GFDL, which support the

Intergovernmental Panel on Climate Change (IPCC) 4th Assessment Report (AR4), we

demonstrated that the amplitude of the annual and the semi-annual harmonics delivered by

the ERA40 and NNR is dominated by distinct seasonal variability. The maximum first

harmonic amplitude of near surface temperature 2-metre air temperature (t2m) according the

NNR is located over the Plateau of East Antarctica, whereas analyses for ERA40 show

maximum amplitude over the west Antarctic ice sheet. The spatial pattern of the first

harmonic of t2m in NNR more closely corresponds to station observations, suggesting that

the seasonal cycle of t2m over Antarctica may be biased in ERA-40. A comparison between

the global climate models (GCMs) and NNR demonstrates that the models satisfactorily

simulate the amplitude of the first and second harmonics; however, the modelling results

differ among themselves in terms of the amplitude values. Larger seasonal variability is

identified for CCCma, HadCM3 and MIROC-MEDRES with values as high as 20 °C over the

Antarctic plateau. We have further identified that the CSIRO GCM does not reproduce the

seasonal amplitude of t2m as compared to other models, which is primarily due to its

overestimation of the cloud cover and weak seasonal changes of precipitation. Calculations

of the harmonic analysis based upon greenhouse warming (GW) conditions reveal that there

is no substantial seasonal difference between the amplitude of the first harmonic as projected

by GW and present day (PD) simulations over the Antarctic continent. Over the polar ocean,

however, the amplitude of the first harmonic is reduced in all climate models under future

conditions. In order to narrow down the uncertainties on future climate projections, analyses

of the cloud forcing which include the short- and long-wave radiation and the surface mass

balance (SMB) may provide substantial information on the cause of the discrepancies as

simulated by climate models over the Antarctic region. Copyright © 2010 Royal

Meteorological Society

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2.4.19 Urban Climate Risks

Nome do pesquisador: Grimm, A., Blake, R., M., e Toshiaki Ichinose, T.,

Local da pesquisa:

Instituição de pesquisa: UFPR

Situação do projeto: Concluído

Resumo/Abstract: Não Disponível

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2.4.20 RELAÇÕES ENTRE AS FREQUÊNCIAS DE EVENTOS EXTREMOS DE

CHUVA NA BACIA DO PARANÁ (E NA AMÉRICA DO SUL) E A VARIABILIDADE

INTERANUAL ASSOCIADA A EPISÓDIOS EL NIÑO E LA NIÑA: CLIMA

PRESENTE E PROJEÇÕES DE CLIMA FUTURO.

Nome do pesquisador: Alice Grimm

Local da pesquisa: Bacia do Paraná

Instituição de pesquisa: UFPR

Situação do projeto: Em andamento

Resumo/Abstract: Não Disponível

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2.4.21 Variabilidade Climática Interdecadal No Clima Presente E No Clima

Futuro Da América Do Sul

Nome do pesquisador: Alice Grimm

Local da pesquisa: América do Sul

Instituição de pesquisa: UFPR

Situação do projeto: Em andamento

Resumo/Abstract: Não Disponível

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2.4.22 Ilhas De Calor Em Ambiente Urbano – Uma Definição Para O Clima De

Paranavaí-Pr

Nome do pesquisador: Carlos Alberto Filipak, Pedro Messias Ribeiro, Rose Hélida Astolfo

Freire

Local da pesquisa: Paranavaí

Instituição de pesquisa: FAFIPA

Situação do projeto: Em Andamento

Resumo/Abstract:

Investigar as diferenças de temperatura e umidade do ar em diferentes áreas do

centro urbano de Paranavaí, e seu entorno, a fim de verificar a formação de ilhas de calor e

apontar sugestões acessíveis e eficientes que possam contribuir para melhoria do conforto

térmico no município.

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2.4.23 Boletim De Avaliação E Monitoramento Climático Em Paranavaí Através

De Dados Obtidos Na Estação Meteorológica Da Fafipa

Nome do pesquisador: Rafael Picolli Peliza e Vanda maria Silva kramer

Local da pesquisa: Paranavaí

Instituição de pesquisa: FAFIPA

Situação do projeto: Em andamento

Resumo/Abstract:

Com o objetivo de dar ênfase ao clima da região Noroeste do Paraná na atualidade, e

validar as suspeitas de um crescente aumento da temperatura média do planeta,

correlacionando com os dados obtidos na estação meteorológica da FAFIPA que se localiza

no município de Paranavaí – PR. Para as análises foram feitas a interpretação dos dados e a

confecção de um boletim meteorológico semestral. Neste trabalho apresentaremos os dados

referentes aos meses de Agosto, Setembro e Outubro de 2009. Os dados extraídos foram:

Temperatura, Umidade Relativa do Ar, Radiação Solar, Velocidade do Vento e Precipitação.

De posse dos resultados será possível fazer uma comparação com outras regiões do Brasil

e avaliar se são anomalias climáticas ou mudanças climáticas.

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2.4.24 Variabilidade Climatica No Brasil E Cone Sul: Estudos Observacionais,

Aplicacoes, Mecanismos Dinamicos E Teleconexoes

Nome do pesquisador: ALICE MARLENE GRIMM

Local da pesquisa: América do Sul

Instituição de pesquisa: UFPR

Situação do projeto: Concluído

Resumo/Abstract: Estudos Globais Indicam Que A America Do Sul Sofre Variacoes

Climaticas Em Escalas De Tempo Intrasazonais E Interanuais.As Variacoes Interanuais

Estao Principalmente Associados As Fases Extremas Da Oscilacao Sul,Que Ocorrem Em

Eventos El Nino E La Nina No Pacifico Central E Leste.As Variac.Intasazonais Devem-Se

Principal. A Oscilacao De 30-60 Dias.Estudos Region.Evidenciam A Influen.Destes Fenom.

Na America Do Sul E Paticularm. Em Certasreg. Do Brasil.O Presnete Proj.Foccaliza Os

Impactos Reg.Destas Variac,Mecan.Possib,De Previs,E Aplic.Da Previs,Ao Planj,Em Areas

Como Agric,E Ger. De Energ El

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2.4.25 Variações Climáticas Na América Do Sul: Características, Mecanismos E

Previsibilidade

Nome do pesquisador: ALICE MARLENE GRIMM

Local da pesquisa: América do Sul

Instituição de pesquisa: UFPR

Situação do projeto: Em andamento

Resumo/Abstract: O foco deste projeto é a avaliação e a concretização da previsibilidade

climática na América do Sul. Objetivos gerais abrangem: (1) aperfeiçoar a descrição da

variabilidade climática na América do Sul, (2) determinar seus efeitos sobre escalas de

tempo menores, (3) investigar e explorar sua previsibilidade, (4) investigar as forçantes e as

conexões responsáveis pela previsibilidade, (5) verificar sua reprodutibilidade nos modelos

climáticos, (6) explorar outros métodos de previsão (empíricos, estatísticos) e (7) verificar

efeitos de mudança climática antropogênica sobre variabilidade natural.

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2.4.26 Ritimo Clímático Entre Os Anos De 1998 E 2007 No Município De

Londrina – Pr

Nome do pesquisador: Felipe das Neves Fávaro, Lindberg Nascimento Junior, Vinícius

Carmello, Gustavo Nascimento

Local da pesquisa: Londrina-PR

Instituição de pesquisa: UEL

Situação do projeto: Concluído

Resumo/Abstract:

Trabalho Completo

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148

2.4.27 Urbanizacao Regional E Mudancas Climaticas Globais: Impactos, Riscos

E Vulnerabilidades Socioambientais No Sul Do Brasil

Nome do pesquisador: Francisco Assis Mendonça

Local da pesquisa: Sul do Brasil

Instituição de pesquisa: UEL

Situação do projeto: Concluído

Resumo/Abstract:

Trabalho Completo

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2.4.28 Aquecimento Global E Suas Manifestações Regionais E Locais

Nome do pesquisador: Francisco Assis Mendonça

Local da pesquisa: Sul do Brasil

Instituição de pesquisa: UFPR

Situação do projeto: Concluído

Resumo/Abstract:

As mudanças climáticas observadas na Era Moderna despertam a atenção de todo o

mundo, delineiam o discurso climático-meteorológico-ambiental e se impõem definitivamente

na pauta da geopolítica internacional do presente e do futuro. Um consenso internacional,

mesmo marcado por algumas vozes dissonante, formado acerca das previsões para a

intensificação do aquecimento climático planetário no século XXI aponta para a formação de

cenários complicados para os ecossistemas, o meio ambiente e a vida dos homens. No

presente texto são evidenciadas características naturais do fenômeno, bem como das

interferências decorrentes das atividades humanas na sua intensificação. Alguns reflexos

das mudanças climáticas globais na escala regional são evidenciados no presente texto,

com destaque para a região Sul do Brasil, na qual foram identificadas alterações térmicas

(aquecimento de mais de 0,7º C com mudanças, sobretudo, nas temperaturas mínimas) e

elevação dos totais pluviométricos anuais (umidificação com tendência à concentração) nas

ultimas décadas.

Palavras chave: Clima – mudanças climáticas – aquecimento - Brasil – região Sul.

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2.4.29 Aquecimento Global E Saúde: Uma Perspectiva Geográfica – Notas

Introdutórias

Nome do pesquisador: Francisco Assis Mendonça

Local da pesquisa: Não Disponível

Instituição de pesquisa: UFPR

Situação do projeto: Concluído

Resumo/Abstract:

As mudanças climáticas dos dois últimos séculos constituem, hoje, um fato

incontestável. Uma elevação da ordem de 3°C a 6°C na temperatura média da troposfera

nos próximos cem anos constitui uma previsão aceita de maneira geral. As repercussões

positivas e negativas deste aquecimento sobre a natureza e a sociedade são, sobretudo,

ainda especulativas, mas as segundas são bastante preocupantes. A incidência de algumas

enfermidades tenderá a diminuir, mas a de muitas, principalmente as transmissíveis e

infecciosas (cólera, malária, dengue etc.), tenderá a se agravar em condições de maior calor.

A expansão das áreas

mais aquecidas para latitudes e altitudes mais elevadas far-se-á acompanhar pela

expansão da área geográfi ca destas doenças.

Palavras-chave

Mudanças globais – aquecimento troposférico – doenças

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151

2.4.30 Aquecimento Global E Possíveis Mudanças Climáticas Locais: O Caso

De Irati.

Nome do pesquisador: ANDRÉIA TISATO

Local da pesquisa: Irati-PR

Instituição de pesquisa: UNICENTRO

Situação do projeto: Em andamento

Resumo/Abstract:

O fenômeno aquecimento global é comentado desde 1850, mas somente em 1950 foi que

cientistas iniciaram um monitoramento constante dos níveis de carbono na atmosfera, e

desde então os estudos sobre esse fenômeno climático têm se intensificado. O

aquecimento global é um problema ambiental que preocupa cientistas do mundo inteiro,

pois esse aquecimento é provocado pelo aumento dos gases estufa como: o metano, o

vapor d’água e principalmente o dióxido de carbono, o qual vem se intensificando desde a

revolução industrial, de forma que a sociedade é considerada como principal agente

modificador neste processo. Com o aumento da camada de gases na atmosfera, a

quantidade de calor aprisionado na Terra é maior do que o necessário, sendo assim o

efeito estufa deixa de ser natural e benéfico, para tornar-se uma preocupação ambiental.

As indústrias e a queima de combustíveis fósseis são consideradas as principais formas

de produção de gás carbônico, além da pecuária que produz o metano em grandes

quantidades, retendo 20 vezes mais calor na atmosfera que o gás carbônico, embora sua

concentração seja menor. O crescimento demográfico e das cidades, também são fatores

contribuintes para o aquecimento, pois para a construção das cidades é necessária a

retirada da vegetação de forma rápida e agressiva, causando fortes impactos ambientais,

principalmente pela modificação da estrutura do terreno, como a pavimentação, que além

de deixar o solo impermeável, retém mais energia e calor. É nas cidades que se

concentra a maioria das atividades humanas, como a grande circulação de automóveis.

Desta forma as cidades podem ser consideradas grandes modificadoras do clima, sendo

que o processo de urbanização se intensificou no século XX. Atualmente as cidades são

mais atrativas, assim a maioria da população deixa a vida rural para habitar os grandes

centros urbanos, provocando uma ocupação acelerada e desenfreada, a qual ultrapassa

a capacidade administrativa e de planejamento, ocupando os solos urbanos de forma

inconseqüente, danificando o espaço ecológico da cidade. As áreas

verdes estão cada vez menores no ambiente urbano, o que não é benéfico, pois além de

colaborar na estética das cidades, essas áreas contribuem para o conforto térmico e ajudam

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no escoamento das águas das chuvas. O aumento da temperatura terrestre trás consigo

conseqüências ambientais, onde alguns países mais vulneráveis a essas variabilidades

climáticas já estão sofrendo com as graves conseqüências, como variações das chuvas,

derretimento das geleiras, aumento do nível do mar, extinção de espécies animais e

vegetais, furacões, etc., além da grande preocupação com as reservas de água potável.

Embora atualmente existam órgãos como o IPCC (Intergovernmental Panel on Climate

Change), responsável em fornecer relatórios e informações sobre impactos ambientais

causados por ações humanas, convenções como a ECO- 92 onde se discutiu o meio

ambiente e desenvolvimento, além de conferências como a de Kyoto, a qual visava e

propunha a redução dos níveis de carbono, os progressos na mitigação do aquecimento

global ainda são incipientes. Sabese que apesar de toda essa política ambientalista, ainda

está longe a solução

do problema, já que para o desenvolvimento econômico é necessário a produção de dióxido

de carbono (alegam alguns países) e sabe-se que os países desenvolvidos são os principais

poluidores, pois indústrias lançam diariamente grandes quantidades de gás carbônico na

atmosfera. Alguns autores criticam o modo de produção capitalista, o qual induz a população

ao consumismo, de forma que os recursos naturais são devastados, buscando suprir o

consumo humano excessivo da sociedade moderna. Contudo, o principal enfoque desta

pesquisa é descobrir através da concepção da população urbana de Irati, se nessa cidade

também ocorre uma possível alteração na temperatura nos últimos anos, já que a cidade

teve um crescimento considerável, mesmo sendo uma cidade de pequeno porte. Atualmente

Irati conta com aproximadamente 54.151 habitantes, sendo que cerca de 75% dessa

população residem na área urbana. Tal realidade tende a contribuir para o aumento do efeito

estufa. Entretanto, em virtude de falta de dados meteorológicos sistematizados, que

propiciem uma avaliação mais concreta sobre um possível aquecimento ocorrido em Irati, se

tentará descobrir através de entrevistas com alguns moradores mais antigos da cidade, se

os mesmos detectaram alguma alteração climática nos últimos anos, e é através da

concepção da população que se buscará uma explicação sobre tal questionamento. A

pesquisa ainda se encontra em fase de coleta de dados de campo, mas os primeiros

resultados obtidos apontam, que apesar do tema ser muito comentado na mídia, o morador

possui um conhecimento mínimo sobre o assunto, e algumas pessoas não tem idéia do que

se trata.

Palavras-chave: clima urbano, aquecimento global, percepção ambiental

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153

2.5 MITIGAÇÃO – ENERGIA ALTERNATIVA E EFICIÊNCIA ENERGÉTICA

2.5.1 Viabilidade do uso do Biogás da bovinocultura e suinocultura para

geração de energia elétrica e irrigação em propriedades rurais.

Nome do pesquisador: Anderson Coldebella.

Nome do orientador: Samuel Nelson Melegari de Souza.

Tipo de pesquisa: Dissertação de Mestrado.

Local da pesquisa: Toledo.

Instituição responsável: UNIOESTE.

Situação do projeto: Concluído em 01/07/2006.

Resumo/Abstract: O presente trabalho teve por objetivo avaliar a viabilidade do uso

do biogás proveniente das atividades de bovinocultura de leite e suinocultura em

conjuntos motor gerador e motor bomba para irrigação em propriedades rurais. O

experimento foi realizado no município de Toledo/PR, em duas propriedades, uma

com as atividades voltadas para bovinocultura de leite com 130 cabeças em regime

de confinamento e outra com as atividades voltadas a suinocultura trabalhando como

unidade produtora de leitões com um plantel de 1.000 matrizes. Ambas as

propriedades utilizam biodigestores para tratamento dos efluentes gerados e tem

como subprodutos o biogás e o biofertilizante. Para determinar o consumo de biogás

por HP/hora foi utilizado um compressor para abastecer uma bolsa denominada de

gasômetro. Com a quantidade de biogás conhecida dentro do gasômetro o mesmo

foi conectado aos motores que permaneceram em funcionamento até consumir todo

biogás. Para o biogás da bovinocultura o consumo foi de 0,981m³/HP/hora para o

conjunto motor bomba e de 2,77m³/HP/hora para o conjunto motor gerador,

enquanto que para o biogás de suinocultura o consumo foi de 1,113m³/HP/hora e

0,791m³/HP/hora para gerador e bomba respectivamente. A eficiência para produção

de energia foi de 4,14% para o biogás de bovinos e de 10,3% para o biogás de

suínos. Considerando o tempo de amortização de 10 anos o custo do biogás foi de

R$ 0,229 por m³ para bovinos e de R$ 0,063 por m³ para suínos. O custo da energia

elétrica gerada está em função do aproveitamento da capacidade da planta e do

custo do biogás, para o biogás da bovinocultura o custo da energia gerada foi de R$

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465,07 por MWh e para o biogás de suinocultura o custo foi de R$ 90,86 por MWh

considerando que ambas as plantas estejam operando durante 10 horas diárias. O

tempo de retorno do investimento depende do investimento inicial e do valor da tarifa

de energia elétrica cobrada pela concessionária, com uma tarifa de R$ 300,00

por MWh operando o sistema de geração por 4 horas diárias e considerando a

economia gerada com o sistema de irrigação o tempo de retorno encontrado foi de

4,3 e 6,7 anos para bovinos e suínos respectivamente. Além disso, o biofertilizante

gerado pelos bovinos pode fertilizar 37 ha/ano e o gerado pelos suínos 480 ha/ano.

Apesar dos baixos níveis de eficiência para geração de energia o tempo de retorno

do investimento é razoável e pode se tornar menor se for considerada a economia

gerada pelo uso do biofertilizante.

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155

2.5.2 Gestão Ambiental de Resíduos da Suinocultura e Produção de Energia

Elétrica.

Nome do pesquisador: Maria Alessandra Mendes.

Nome do Orientador: Não disponível.

Tipo de pesquisa: Não disponível.

Local da pesquisa: Xavantina - SC.

Instituição Responsável: Lactec.

Situação do projeto: Não disponível.

Resumo/Abstract: Objetivo: implantação de um processo de gerenciamento e

tratamento dos rejeitos da suinocultura, visando à produção do biogás para

aproveitamento energético no município de Xavantina, oeste de Santa Catarina.

Foram realizadas as seguintes atividades:

Identificação da melhor alternativa tecnológica para tratamento de resíduos de

suínos, como ferramenta de gestão e controle, visando eliminar e/ou minimizar

impactos ambientais frente à realidade produtiva;

Descrição do sistema de tratamento (tecnologia) proposto para resíduos da

suinocultura e identificar possíveis impactos ambientais advindos do mesmo;

Implantação de sistema integrado que permita o aproveitamento total dos dejetos

suínos, transformando-os em novos produtos como o biogás, energia elétrica,

nutrientes para a piscicultura e adubo para plantações, procurando eliminar quase

que totalmente a contaminação ambiental;

Avaliar a viabilidade técnica, econômica e ambiental do modelo de gestão, da

tecnologia de tratamento de resíduos e da produção de energia elétrica;

Monitoramento da qualidade da água no trecho de influência do tratamento.

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2.5.3 Biodigestores no Tratamento de Resíduos de Eqüinos e Produção de

Energia Elétrica.

Nome do pesquisador: Maria Alessandra Mendes.

Nome do Orientador: Não disponível.

Tipo de pesquisa: Não disponível.

Local da pesquisa: Brasília – DF.

Instituição Responsável: Lactec.

Situação do projeto: Não disponível.

Resumo/Abstract: Objetivo: implantação de um processo de gerenciamento e

tratamento dos rejeitos de eqüinos, visando à produção do biogás para

aproveitamento energético. Visa também contribuir com o programa de eficientização

energética em desenvolvimento no 1º Regimento de Cavalaria de Guardas, de

Brasília. Foram realizadas as seguintes atividades:

Revisão bibliográfica sobre os métodos de avaliação dos impactos ambientais

causados pela disposição de resíduos de eqüinos, realizando uma descrição

comparativa entre os sistemas de avaliação, através de fundamentos teóricos;

Identificação da melhor alternativa tecnológica para tratamento de resíduos de

eqüinos, como ferramenta de gestão e controle, visando eliminar e/ou minimizar

impactos ambientais frente à realidade produtiva;

Descrição do sistema de tratamento (tecnologia) proposto para resíduos de eqüinos

e identificar possíveis impactos ambientais advindos do mesmo;

Avaliação da viabilidade técnica, econômica e ambiental do modelo de gestão, da

tecnologia de tratamento de resíduos e da produção de energia elétrica;

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2.5.4 Produção de etanol por hidrolise enzimática da biomassa da cana-de-

açúcar – bioetanol.

Nome do pesquisador: Jose Eduardo Olivo, Flavio Faria de Moraes.

Nome do Orientador: Gisella Maria Zanin.

Tipo de pesquisa: Não disponível.

Local da pesquisa: UEM.

Instituição Responsável: UEM.

Situação do projeto: Em Andamento (desde 13/08/2008).

Resumo/Abstract: Não disponível.

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2.5.5 Geração própria de energia elétrica com aproveitamento de biogás.

Nome do pesquisador: Samuel Nelson Melegari de Souza.

Nome do Orientador: Samuel Nelson Melegari de Souza.

Tipo de pesquisa: Aplicada.

Local da pesquisa: UNIOESTE.

Instituição Responsável: UNIOESTE.

Situação do projeto: Concluído em 30/4/2004.

Resumo/Abstract: A Mesoregião Oeste do Paraná é um grande pólo industrial,

onde são cultivados principalmente a soja, milho e trigo. Além da produção vegetal a

região é destaque nacional na produção animal, avicultura e suinocultura. Na

atividade de suinocultura são liberados grandes quantidades de resíduos, os quais

são dispostos diretamente na natureza causando impactos ambientais, tais como a

poluição de mananciais. Uma maneira encontrada pelos suinocultores para reduzir

este impacto ambiental e a disposição de tais resíduos em lagoas, mas mesmo

assim este não é o método mais eficiente de redução destes impactos ambientais.

Uma outra solução encontrada, a qual é mais eficiente seria o tratamento destes

resíduos em biodigestores, os quais reduzem a carga orgânica liberando um efluente

que se constitui num adubo orgânico e o biogás, o qual é um gás pobre em metano.

O biogás pode ser utilizado na própria propriedade agrícola como uma fonte primária

de energia renovável, as aplicações seriam a geração de calor por meio da queima

direta do gás em equipamentos térmicos e o seu uso como combustível em motores

de combustão interna para produção de energia mecânica ou energia elétrica com o

auxílio de um gerador. Neste estudo propõe-se a utilização do biogás para geração

de energia elétrica em conjunto motor gerador. Onde seriam analisadas a produção

de eletricidade por meio de um conjunto motor-gerador e o potencial de geração de

eletricidade via a esta tecnologia na Mesoregião oeste do Paraná.

Potencial de biogás na Mesoregião Oeste do Paraná:

A quantidade de resíduo na forma de chorume existente na Mesoregião Oeste

do Paraná é de aproximadamente 77 milhões de litros por dia. O potencial de

geração de biogás é de 816.534 metros cúbicos por dia, que corresponde a

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instalação de 111 MW de potência elétrica.

Desempenho do Motor a Biogás:

A maior potência do motor utilizado para o biogás foi obtida quando se utilizou

a taxa de compressão 12,5:1 mesclador de gases longo e ponto de ignição

adiantado em 45º, pois nestas condições obteve-se a potência máxima 100%

superior ao original biogás.

Conjunto Motor gerador:

O conjunto motor gerador apresenta um consumo específico de biogás de 1,6

m3/kWh (25% de eficiência). A geração é de 35 kVA. Encontra-se em fase de testes

numa propriedade rural.

Custo de geração de eletricidade via biogás:

Por meio das análises dos resultados foi possível observar que a viabilidade do

sistema depende da tarifa paga pelo proprietário rural a concessionária local de

energia. O conjunto motor gerador pode ser utilizado na ponta com um custo do

biogás de R 190,00/MWh (tempo de amortização de 5 anos), utilizando biogás a um

custo de R 0,21/m3. Na base (10 horas diárias) o custo encontrado foi de R

190,00/MWh.

O retorno do investimento depende da tarifa de energia paga pelo produtor e

da disponibilidade da planta, para uma tarifa de R 190.00/MWh e a planta operando

10 horas/dia, o retorno seria de 5,4 anos, o que é razoável. Rorre de absorção de

CO2 do Biogás: Os testes mostraram que é possível reduzir o teor de CO2 do biogás

de 40% para 20%, aumentando o poder calorífico do biogás e assim seu valor

energético.

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2.5.6 Projeto Energia Solar.

Nome do pesquisador: Francisco Alves de Oliveira.

Nome do Orientador: Francisco Alves de Oliveira.

Tipo de pesquisa: Não disponível.

Local da pesquisa: Paraná.

Instituição Responsável: Copel.

Situação do projeto: Concluído.

Resumo/Abstract: O estudo do aproveitamento da energia solar para eletrificação

de residências e para o aquecimento d´água na substituição de chuveiros elétricos

teve início na Copel em meados de 1994, na antiga Superintendência de Energias

Alternativas (SEA). O objetivo era atender algumas necessidades específicas e dotar

o corpo técnico de experiência na utilização destas tecnologias. Em 1996, utilizando

recursos do Prodeem - Programa de Desenvolvimento Energético de Estados e

Municípios e do Governo Federal, foi instalada na comunidade de Barra do Ararapira

(litoral norte do Paraná) uma central fotovoltaica de carregamento de baterias, para a

iluminação de 35 casas de pescadores artesanais.

Nos anos de 1996 e 1997 foi implantado o Projeto de Conservação de Energia

na Ilha do Mel, com recursos provenientes do Programa Nacional de Conservação

de Energia Elétrica (Procel), contemplando: a instalação de mais de 200

aquecedores solar d’água em substituição a chuveiros elétricos e a troca de 2.000

lâmpadas incandescentes por lâmpadas fluorescentes compactas.

Este projeto foi reconhecido como um dos melhores em sua categoria, no Congresso

Mundial de Meio Ambiente, realizado no Rio de Janeiro em 1998.

Entre 1997 e 1998, com recursos próprios da Copel, mais 12 comunidades isoladas

no litoral norte do Paraná foram eletrificadas através de sistemas fotovoltaicos,

atendendo a aproximadamente 230 famílias de pescadores baixa renda.

Em 1997, a Copel avaliou, através de um Projeto Piloto, a eletrificação rural através

da energia fotovoltaica. Para isso, instalou sistemas fotovoltaicos em residências

rurais, distribuídas em diversas regiões do interior do estado do Paraná,

aproveitando a infra-estrutura de seus escritórios regionais.

Em paralelo a estas realizações, a Copel atendeu a solicitações de diversos órgãos

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do governo, como IAP – Instituto Ambiental do Paraná, Ibama, Marinha do Brasil e a

Polícia Florestal, entre outros, para a eletrificação de parques ambientais, faróis de

marinha, postos avançados de fiscalização, respectivamente, situados em locais

remotos e de difícil acesso, através da energia solar.

Além disto, foram empregados esforços no sentido de divulgar esta tecnologia dentro

e fora da Copel, através de seminários, feiras, cursos e folhetos. Vários artigos foram

editados a respeito, em jornais e revistas de grande circulação. Isto tudo ajudou a

deixar ainda mais claro para o público o conceito que a Copel tem da sua função na

sociedade: uma empresa que investe na utilização de novas tecnologias para o

incremento de sua eficiência aliada à preservação do meio ambiente.

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2.5.7 Usina Eólica de Palmas

Nome do pesquisador: Dario Jackson Schultz.

Nome do Orientador: Dario Jackson Schultz.

Tipo de pesquisa: Não disponível.

Local da pesquisa: Palmas.

Instituição responsável pela pesquisa: Copel.

Situação do projeto: Em andamento.

Resumo/Abstract: A usina eólica foi realizada sob a forma de parceria entre COPEL

Participações (30%) e Wobben Windpower Ind. e Com. Ltda. (70%) - Subsidiária da

Enercon, fabricante de aerogeradores líder de mercado na Alemanha. Suas cinco

máquinas entraram em operação em 01/02/1999. A COPEL adquiriu a participação

da sócia em 2007 e desta forma se tornou proprietária integral da usina. Veja a

seguir as instalações e conheça os dados técnicos da Usina Eólica de Palmas e

também de todo o projeto que envolveu a sua construção.

Configuração Artística: Localização: PR 280 km 97, no Município de Palmas-PR,

próximo à divisa PR/SC

Dados Técnicos: Potência Total: 2,5 MW: Número de Turbinas: 05 (cinco): Potência

unitária: 500 kW: Diâmetro do rotor: 40 m: Altura da torre: 44 m: Fabricante:

ENERCON (Alemanha): Geração média anual: 4.850 MWh (cerca de 1/2 do

consumo residencial de Palmas).

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2.5.8 Levantamento da oferta de biomassa de origem florestal para a geração

da região metropolitana de Curitiba e entorno.

Nome do pesquisador: Anadalvo Juazeiro dos Santos, Graciela Ignez Bolzon

Muniz, Umberto Klock, Marcus Pius, Samuel de Araújo Vicente, Paulo Augusto

Veronese.

Nome do Orientador: Dimas Agostinho da Silva.

Tipo de pesquisa: Não disponível.

Local da pesquisa: UFPR.

Instituição responsável: UFPR.

Situação do projeto: Projeto novo.

Resumo/Abstract: O projeto visa estimar a disponibilidade de biomassa florestal

formada por bracatinga e os resíduos da indústria madeireira para a geração de

energia na região metropolitana de Curitiba e entorno, de forma sustentada. Avalia o

uso como combustível direto na forma de cogeração e derivados como carvão

vegetal, briquetes e alcatrão.

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2.5.9 Geração de energia elétrica utilizando biomassa.

Nome do pesquisador: Francisco Américo Siebra de Brito Jr, Marcio Vinicius

Kosny.

Nome do Orientador: Helio Irani da Motta E Camanducaia.

Tipo de pesquisa: Não disponível.

Local da pesquisa: UFPR.

Instituição Responsável: UFPR.

Situação do projeto: Concluído.

Resumo/Abstract: O trabalho busca estudar a viabilidade do aproveitamento de

biomassa para geração, de forma competitiva, de energia elétrica. Na cidade de

Imbituva está sendo construída uma termoelétrica para aproveitamento de resíduos

de madeira, abundantes na região. O trabalho conclui pela viabilidade econômica da

usina em construção na cidade de Imbituva PR, PCT Winimport Tratando-se do

projeto de uma pequena central termelétrica que utiliza a biomassa como

combustível analisou-se a complexidade de sua construção, operação e

manutenção. Todos os dados de desempenho foram estudados e relacionados em

capítulo próprio. A usina conta com um único gerador de 11,5 MW/ 13,8 kV/1.800

rpm.

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2.5.10 Potencial de produção de energia elétrica com aproveitamento de biogás

da degradação anaeróbia do lixo municipal de Santa Helena – PR.

Nome do pesquisador: Nágela Angelini, Paulo Sérgio Wolff, Reinaldo Prandini

Ricieri, Silvana Quallio.

Nome do Orientador: Samuel Nelson Melegari de Souza.

Tipo de pesquisa: Não disponível.

Local da pesquisa: Santa Helena.

Instituição Responsável: UNIOESTE.

Situação do projeto: Concluído em 31/5/2006.

Resumo/Abstract: O lixo constitui-se num dos maiores problemas ambientais para

os diversos municípios brasileiros, a solução encontrada geralmente é a deposição

do lixo em áreas isoladas (lixões), onde o mesmo permanece por muitos anos em

decomposição, pois é composto de resíduos rapidamente degradáveis, lentamente

degradáveis e não degradáveis.

A composição do lixo municipal de Santa Helena de 0,282 kg/pessoa dia de restos

de alimentos (61,5%), 0,0923 kg/pessoa dia de papel (20,1%); 0.036 kg/pessoa dia

de plástico (7,9%) e 0,0482 kg/pessoa dia de outras quantias (10,5%), sendo que o

total per capital de lixo doméstico gerado em Santa Helena seria de 0,4585

kg/pessoa dia. O valor obtido está próximo ao da literatura que é de 0,50 kg/pessoa

dia. O total de lixo doméstico gerado em Santa Helena seria de aproximadamente

8100 ton./dia, desse total 6613 tonaladas seriam de lixo rapidamente degradável,

constituindo-se numa fonte de geração de biogás, o qual pode ser utilizado como

fonte primaria. Um ensaio com dinamômetro num motor ciclo Otto foi realizado, onde

se obteve o consumo de biogás (m3/kWh) variando-se a rotação do motor. Tal dado

é importante para a obtenção da potência elétrica obtida como biogás. Foi

encontrado um potencial de produção de biogás para o município de Santa Helena

de 306975 m3/ano (2004) e 38957 m3/ano (2020), em função do crescimento

populacional e produção anual de lixo. Esse biogás seria utilizado para geração de

eletricidade em motores de combustão interna/geradores com uma eficiência de

25%, considerando-se que o poder calorífico do biogás é de 6,5 kWh/m3. Para

determinação do potencial de produção de biogás foi utilizada a metodologia do

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manual do IPCC (Internacional Panel of Climate Change), o lixo acumulado no

primeiro ano (2004) pela cidade foi de 2966 toneladas, o que gerou 77300 m3/ano de

biogás e uma potência de 14,4 kW, o que pode suprir 52 domicílios (200 kWh/mês).

Após 10 anos todo o lixo acumulado no aterro tem um potencial de produção de

biogás de 140 kW, o qual é possível suprir 512 domicílios.

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2.5.11 Análise da viabilidade da geração de energia elétrica com biogás da

bovinocultura de leite numa propriedade rural.

Nome do pesquisador: Anderson Coldebella.

Nome do Orientador: Samuel Nelson Melegari de Souza.

Tipo de pesquisa: Dissertação de Mestrado.

Local da pesquisa: UNIOESTE.

Instituição Responsável: UNIOESTE.

Situação do projeto: Concluído em 30/4/2008.

Resumo/Abstract: As conquistas tecnológicas relacionadas a evolução do setor

agrícola são dependentes de alguma forma de energia, dentre elas, podemos

destacar a energia elétrica que tem alto custo e os derivados de petróleo, que estão

se esgotando com o passar dos anos, gerando oscilações de preço, insegurança

quanto ao fornecimento futuro além de serem altamente poluentes. O Brasil já

apresenta tradição no uso de fontes renováveis de energia, destacando-se a energia

hidroelétrica que é responsável por mais de 80% de toda eletricidade consumida no

país, seguida pelo etanol, um derivado da cana-de-açúcar que pode ser utilizado

puro ou misturado a gasolina (derivado de petróleo) para substituí-la. Outras fontes

que são pouco exploradas, tais como, a energia solar, energia eólica e a biomassa,

tem possibilidade de tornarem-se representativas na matriz energética no Brasil. Por

se tratar de um país tropical, o Brasil apresenta um enorme potencial para produção

de biomassa vegetal, além de produzir resíduos industriais e dejetos gerados pela

atividade agroindustrial. A região oeste do Paraná destaca-se pela produção gerada

pelas agroindústrias, porém, com o aumento da demanda e consequentemente o

aumento da produção, a geração de esterco, seja ele de bovinos, suínos, aves ou de

qualquer outro tipo de animal vem se tornando um sério problema ambiental. Estes

dejetos são importantes matérias-primas para produção de biogás, um combustível

semelhante ao gás natural que pode ser convertido em energia elétrica, térmica ou

mecânica dentro da própria propriedade, reduzindo os custos de produção. A

eficiência dos sistemas de geração varia em função da composição do biogás e do

equipamento utilizado para conversão, podendo chegar a 38%, que equivale a 2,0 a

2,5 kWh por m3 de biogás. Este trabalho tem por objetivo avaliar a viabilidade da

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produção de energia elétrica a partir do biogás gerado por dejetos da bovinocultura

de leite, utilizando um motor de combustão interna convertido para o biogás e

acoplado a um gerador elétrico numa propriedade rural.

Espera-se como resultados o valor da relação kWh produzido por metro cúbico de

biogás, tempo de retorno com a implantação do sistema e o custo da eletricidade

gerada.

Com o aumento da demanda energética nos diversos setores de produção, a busca

por fontes renováveis de energia que não causem impactos ambientais vem se

tornando cada vez mais importantes. O Brasil é país que apresenta tradição no uso

de fontes renováveis de energia, por sermos um país tropical apresentamos um

enorme potencial para produção de biomassa, seja ela vegetal, de resíduos

industriais ou de dejetos gerados pela agroindústria. O tratamento dos efluentes via

biodigestor, além, de ser eficiente para evitar a degradação ambiental gera como

subproduto o biogás e o biofertilizante que podem tornar o produtor auto-suficiente

em produção de energia através da cogeração e ainda reduz o custo da produção

agrícola com o uso do biofertilizante na irrigação. a análise econômica voltada para

redução dos gastos com energia elétrica propiciada pelo uso do biogás, mostra que

o investimento é vantajoso e o tempo de retorno varia de acordo com a taxa de

energia cobrada pela concessionária e o valor do investimento inicial.

Usando o biogás para cogeração de energia elétrica e como combustível usado para

irrigação o tempo de retorno do investimento pode ser de apenas 1,8 anos. O custo

de implantação do sistema de irrigação é de R 25.000,00 para o biodigestor e de R

15.000,00 para o conjunto motor/bomba, se o sistema operasse com energia elétrica

o consumo seria de 30 kWh e funcionaria durante 2,5 horas/dia, considerando a

tarifa de R 270,00MWH o tempo de retorno para este investimento seria de 10,7

anos. Se o produtor trabalhar com os dois sistemas em conjunto o investimento total

seria de R 60.000,00 e o TRI seria de 1,8 anos se o gerador operasse por 10 horas

diárias e de 2,65 anos com tempo de operação do gerador de 4 horas diárias.

Somente a implantação de um sistema de cogeração de energia elétrica viabiliza o

investimento do uso de biodigestores como forma de saneamento rural, com o

sistema operando somente 4 horas por dia o tempo de retorno é de cinco anos.

Maximizando o uso do biogás através da irrigação e trabalhando com o gerador

durante 10 horas diárias o tempo de retorno do investimento pode chegar a 1,8 anos

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se a tarifa cobrada pela concessionária for de R 270,00/MWH.

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2.5.12 Veículo Elétrico.

Nome do pesquisador: Dario Jackson Schultz.

Nome do Orientador: Dario Jackson Schultz.

Tipo de pesquisa: Não disponível.

Local da pesquisa: Copel.

Instituição responsável pela pesquisa: Copel.

Situação do projeto: Em andamento.

Resumo/Abstract: O projeto Veículo Elétrico prevê a realização de projetos de

pesquisa e desenvolvimento para a obtenção de um protótipo aperfeiçoado de

veículo elétrico que torne técnica e economicamente viável sua utilização como meio

de transporte que não cause impacto ambiental. O protótipo de veículo elétrico em

desenvolvimento é ecológico, com emissão zero de poluentes e praticamente sem

ruídos. Os conjuntos de componentes elétricos, com motor, inversor, baterias e

acessórios, estão sendo fornecidos inicialmente pela empresa suíça Mesdea, do

grupo Cebi, e montados em carrocerias do modelo Pálio Weekend. Em 1980, houve

a participação da COPEL em um convênio para o desenvolvimento de tecnologia

para a produção de veículos a energia elétrica (baterias), em conjunto com as

empresas Bardella, Puma, Invel e Lucas/Vulcânia. Foram desenvolvidos programas

de controle da tração, comando e consumo de energia, assim como foi construído

um protótipo de um pequeno caminhão. (Além disso, nesta década, também foi

adquirido e analisada a operação de um veículo elétrico para passageiros nacional

da Gurgel).

Em 21 de março de 2007, a Copel assinou o termo de inclusão ao convênio n°

8226/2006, como parceira no projeto de pesquisa de viabilidade técnica e econômica

de veículos movidos à eletricidade, PROJETO VE, desenvolvido e gerido por Itaipu

Binacional e Kraftwerk Oberhasli AG KWO. Neste convênio foi também incluída a

participação da Eletrobrás, além de outras concessionárias de energia, da Fiat, Weg

e Correios.

A Fiat em acordo com a Itaipu Binacional estruturou uma unidade de montagem,

testes e manutenção dos veículos elétricos em um galpão da Itaipu em Foz do

Iguaçu de onde saem todas as unidades de veículos elétricos adquiridas pelas

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empresas participantes no convênio do Projeto VE.

Os objetivos do projeto: Aperfeiçoar o protótipo do VE existente; Capacitar

profissionais para a manutenção do VE; Propiciar a pesquisa e o desenvolvimento

tecnológico; Reduzir o custo de fabricação do VE; Viabilizar a produção do VE em

escala industrial; Incentivar o uso do VE no Brasil, Paraguai e Suíça; Gerar emprego

e renda.

Características principais do veículo elétrico: Posição Elétrica assíncrona trifásica;

Potência nominal 15 kW (20 CV); Torque nominal 50 Nm (5,1 kgm); Potência

máxima 28 kW (37,8 CV); Torque máximo 124 Nm (12,6 kgm); Combustível Energia

elétrica; Bateria Sódio-Níquel-Cloro; Tensão 253 V; Tempo de recarga 8 horas;

Energia por recarga 19.2 kWh; Vida útil 1100 ciclos de recarga completo.

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2.5.13 Avaliação de conjuntos de motores de combustão interna a biogás

acoplados a gerador de eletricidade em propriedades rurais.

Nome do pesquisador: Guilherme Neitzke.

Nome do Orientador: Samuel Nelson Melegari de Souza.

Tipo de pesquisa: Não disponível.

Local da pesquisa: Região Oeste do Paraná.

Instituição Responsável: UNIOESTE.

Situação do projeto: Concluído em 30/10/2007.

Resumo/Abstract: Em face das perspectivas otimistas de produção de biogás na

Região Oeste do Paraná em propriedades de suinocultura, sendo o biogás em

subproduto do sistema de tratamento dos resíduos com o uso de biodigestores. É

necessário o estudo do aproveitamento do biogás disponível na forma de

combustível gasoso, o qual pode ser utilizado num motor de combustão

interna/gerador para geração de energia elétrica. Objetivou-se nesse estudo avaliar a

produção de energia em propriedades rurais utilizando-se como fonte geradora

conjuntos motor ciclo Otto a biogás otimizados acoplados a gerador de energia

elétrica e, por fim, o custo de geração da energia. Serão montados conjuntos

motor/gerador em propriedades agrícolas e monitorados a produção de eletricidade,

consumo de biogás. Com esses dados é possível conhecer o consumo de biogás

para gerar 1kWh e analisar a viabilidade econômica, tais como a taxa interna de

retorno, custo de geração e custo de conservação de energia.

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2.6 MITIGAÇÃO- REFLORESTAMENTO E USO DO SOLO

2.6.1 Estimativa de biomassa e carbono em floresta ombrófila mista e

plantações florestais a partir de dados de imagens do satélite Ikonos ii.

Nome do pesquisador: Luciano Farinha Watzlawick.

Nome do orientador: Flávio Felipe Kirchner.

Tipo de pesquisa: Tese de Doutorado.

Local da pesquisa: General Carneiro.

Instituição responsável: UFPR.

Situação do projeto: Concluído em 01/09/2003.

Resumo/Abstract: O presente trabalho teve como objetivo geral desenvolver

metodologia utilizando imagens do satélite IKONOS II para realizar estimativas de

biomassa arbórea e carbono orgânico arbóreo em plantações de Pinus taeda e

Araucaria angustifolia, e na Floresta Ombrófila Mista Montana. O estudo foi

desenvolvido no município de General Carneiro (PR) na propriedade pertencente às

Indústrias Pedro N. Pizzato Ltda. O desenvolvimento metodológico foi realizado

inicialmente com a caracterização dos aspectos estruturais da floresta natural;

quantificação da biomassa e do carbono orgânico nas plantações e na floresta

natural, na vegetação arbórea, arbustiva, serapilheira acumulada e nas raízes;

análise estatística (matriz de correlação) das bandas e índices de vegetação com os

dados de biomassa arbórea e carbono orgânico arbóreo; ajuste e seleção de

equações para estimar a biomassa arbórea e o carbono orgânico arbóreo (variáveis

dependentes) em função de variáveis provenientes das imagens de satélite, sendo a

reflectância das bandas MS-1, MS-2, MS-3, MS-4, Razão de Bandas (MS-4/MS-3),

NDVI e SAVI (variáveis independentes); e a espacialização e quantificação das

variáveis dependentes para toda a área de estudo. Os resultados da análise

estatística mostraram uma alta relação entre a biomassa arbórea e carbono orgânico

arbóreo, as quais possuem média correlação com as variáveis digitais MS-4, Razão,

NDVI e SAVI. Com a realização da regressão stepwise foram selecionadas

equações que melhor explicassem as variáveis biomassa e carbono orgânico

arbóreo nos povoamentos de Pinus taeda e Araucaria angustifolia, e na Floresta

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Ombrófila Mista Montana. As estimativas das variáveis dendrométricas consideradas

utilizando-se de imagens provenientes do satélite IKONOS II, apresentaram

resultados bastante satisfatórios, possibilitando com que as mesmas possam ser

realizadas, necessitando para tanto que modelos matemáticos sejam ajustados.

Ressalta-se a importância da utilização das técnicas de sensoriamento remoto e SIG

nas estimativas, visto que as mesmas possibilitam realizar quantificações utilizando

métodos não destrutivos, bem como realizar a espacialização das informações,

tornando-se uma ferramenta útil também com finalidade de monitoramento.

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2.6.2 Efeitos da mudança de cobertura vegetal de uma área com Bracatinga

(mimosa scabrella benth.) sobre a temperatura e o albedo.

Nome do pesquisador: Leocádio Grodzki, Paulo H.Caramori, Heverly Morais

Nome do Orientador: Não disponível.

Tipo de pesquisa: Não disponível.

Local da pesquisa: Paraná.

Instituição responsável pela pesquisa: IAPAR

Situação do projeto: Concluído.

Resumo/Abstract: Há fortes evidências de que as atividades humanas estão

interferindo seja na concentração dos gases causadores do efeito estufa, seja na

mudança das condições naturais de cobertura dos solos. Estes efeitos podem se

traduzir também em mudança na intensidade dos ventos, nos regimes de chuva

(quantidade, distribuição e intensidade), entre outros fatores. A mudança da

cobertura do solo provocada por secas prolongadas como a existência de veranicos

ou por devastação da área vegetada, podem causar significativas alterações locais.

Desenvolveu-se um estudo das alterações ambientais que ocorrem após um

processo de derrubada em um sistema agroflorestal com uma espécie florestal, a

bracatinga, na região Metropolitana de Curitiba, Paraná. Foram medidas as

alterações de temperatura em função da retirada da cobertura do solo – floresta e

sem floresta, bem como o albedo, em decorrência desta mudança. As medidas de

amplitude térmica entre as áreas sem e com floresta de bracatinga mostraram uma

diferença aproximada de 2,0ºC, com maiores valores para a área aberta. A

temperatura média foi sempre maior na área aberta do que com relação à floresta,

com tendência à diminuição desta diferença à medida que o solo ia sendo re-

vegetado. Da mesma forma o poder refletor da superfície, o albedo, sofreu

variações, aumentando a partir dos dias de retirada e queima dos resíduos da

floresta, tendendo diminuir com a re-vegetação. O albedo médio variou de 0,21 a

0,23 para a área desmatada, antes da queima dos resíduos da floresta, decrescendo

após para 0,20. Na área com bracatinga, no mesmo período, o albedo teve um valor

de 0,16, se estabilizando após em 0,17, mostrando uma maior absorção da energia

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solar. Os dados obtidos podem em parte explicar o que vem sendo observado nas

séries de dados das estações agrometeorológicas do IAPAR. Na maior parte das

estações foi observado um acréscimo de 0,6 a 0,8ºC na temperatura média e até

1,5ºC na temperatura mínima.

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2.6.3 Florestas energéticas.

Nome do pesquisador: Eder Zanneti.

Nome do Orientador: Não disponível.

Tipo de pesquisa: Não disponível.

Local da pesquisa: Não disponível.

Instituição Responsável: Embrapa.

Situação do projeto: Não disponível.

Resumo/Abstract: A forte relação entre setor florestal, universidades e instituições

de pesquisa geraram, no Brasil, o maior acervo de germoplasma mundial de

Eucalyptus, e vem desenvolvendo tecnologias silviculturais reconhecidas nacional e

internacionalmente. Os 3,0 milhões de hectares plantados no País são utilizados

para celulose e papel, siderurgia e energia. Esses setores deparam com forte

desequilíbrio entre a oferta e a procura de madeira, com previsão de perda de

competitividade internacional. Novas diretrizes governamentais prevêem a utilização

da biomassa florestal para a matriz energética brasileira, o que agravará de forma

insustentável o desequilíbrio já existente. Com isso torna-se obrigatória à expansão

da área de florestas plantadas no País, sendo a baixa disponibilidade de sementes o

maior entrave. O segundo problema a ser enfrentado é o desenvolvimento de

tecnologias de conversão da biomassa em energia. Algumas tecnologias arcaicas e

ineficientes são usadas e bastante difundidas no Brasil, por exemplo, os fornos de

carbonização para formação de carvão, chamados de rabos-quentes. Estes fornos

são energeticamente ineficientes, apresentam baixa taxa de conversão, desperdiçam

os finos de carvão, a moinha, e também os vapores da pirólise, licor pirolenhoso.

Além da perda de produtos que poderiam aumentar a rentabilidade do processo,

esta tecnologia não é ambientalmente amigável. A possível expansão de plantios

florestais e o estimulo ao uso da biomassa como energia levam ao questionamento

se estas cadeias produtivas podem se tornar viáveis, competitivas e sustentáveis na

produção de biocombustíveis. Assim, existe a necessidade de disponibilizar

tecnologias mais eficientes e sustentável. Por outro lado, deve-se desenvolver e

adaptar outras tecnologias ainda não usadas ou em estado embrionário no país,

como a compactação de biomassa florestal e a produção de bio-óleo, celulignina,

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álcool e outros derivados de alto valor agregado. Estes produtos são uma forma de

promover o aumento da densidade energética da biomassa proporcionando, dentre

outras vantagens, uma logística de transporte competitiva. As respostas tecnológicas

esperadas serão obtidas através de estudos sobre prospecção, oportunidades no

mercado de crédito de carbono (Protocolo de Kyoto), viabilidade econômica, social e

sustentabilidade destas cadeias, além de propostas de gestão ambiental e ações de

transferência de tecnologias viabilizadoras das inovações tecnológicas no negócio

biocombustíveis oriundos da biomassa de plantios florestais. Este projeto é

composto por cinco projetos componentes, sendo um de gestão e quatro de

pesquisa científica estruturados numa plataforma em rede, com vistas à promoção

de sinergismos, fluxos de recursos e de informações. Instrumentos de comunicação

digital serão desenvolvidos visando integrar a rede de entidades participantes e

facilitar a interação que se mostra necessária para a construção compartilhada do

seu planejamento e gestão. As atividades gerenciais ficarão sob responsabilidade da

Embrapa Florestas, unidade líder do projeto em rede, a qual desenvolverão o

ambiente eletrônico, processos específicos e ferramentas a serem utilizadas para

planejar, executar e controlar de maneira eficaz seus projetos componentes,

aumentando de forma significativa às probabilidades de sucesso e conclusão das

atividades conforme prazos, custos e escopo previamente estabelecidos. A reunião

de multicompetências deverá indicar processos que permitam ao País a definição de

modelos de produção-industrialização de biocombustíveis em escalas regionais.

Como impactos esperados tem-se a expansão das florestas energéticas em base

sustentável, para produtores familiares e empresariais, a disponibilização de

tecnologias de transformação, a manutenção de recursos naturais e a promoção de

trabalho, emprego e renda.

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2.6.4 Recomposição florística da mata ciliar do Rio Canguiri e revegetação das

margens da represa do Iraí.

Nome do pesquisador: Celina Wisniewski, Ligia Carla De Souza, Gustavo Pacheco

Dos Santos, Carlos Bruno Reissmann.

Nome do Orientador: Renato Marques.

Tipo de pesquisa: Não disponível.

Local da pesquisa: Fazenda Experimental do Canguiri.

Instituição responsável: UFPR.

Situação do projeto: Em andamento.

Resumo/Abstract: O presente projeto tem por objetivos repor a vegetação do

entorno da Represa do Iraí com espécies florestais, avaliar o crescimento das

espécies pertencentes ao grupo ecológico das pioneiras em diferentes tipos de solos

e ainda avaliar as modificações físicas e químicas na camada superficial do solo

resultante da interação entre a vegetação e o solo.

O projeto foi implantado no campo, no início de 2004, na Fazenda Experimental do

Canguiri, de propriedade da Universidade Federal do Paraná. Tem por objetivo a

revegetação com espécies nativas de áreas degradadas ou desflorestadas, com o

intuito de recompor floristicamente e proteger áreas de captação hídrica e também

áreas ciliares de cursos d´água. Os estudos em andamento buscam avaliar a

resposta das espécies nativas a diferentes situações de plantio, avaliando os efeitos

de características do solo e da densidade de plantio no crescimento e nutrição das

plantas. Até a presente data, não foram obtidos ainda resultados que permitam uma

avaliação das respostas das plantas. Espera-se uma primeira avaliação preliminar

para meados de 2005.

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2.7 POLÍTICA

2.7.1 O Direito Ambiental e o mundo em mudanças: considerações sobre a

produção de biocombustíveis no Brasil.

Nome do pesquisador: Ana Karina Ticianelli Möller.

Nome do orientador: Maria Luisa Faro Magalhães e Tânia Lobo Muniz.

Tipo de pesquisa: Dissertação de mestrado.

Local da pesquisa: Não disponível.

Instituição responsável: UEL.

Situação do projeto: Concluído em 01/01/2007.

Resumo/Abstract: Cumpre observar, preliminarmente, que esta pesquisa trata-se

da relação do meio ambiente com o desenvolvimento e a globalização, bem como

sobre a necessidade de sua proteção jurídica, analisando alguns importantes

princípios que norteiam o direito ambiental. O segundo ponto propõe a análise da

proteção do meio ambiente pelo direito internacional ambiental, com enfoque nos

documentos que tratam sobre a questão ambiental relacionada a desenvolvimento,

bem como sobre aqueles que propõem a redução da emissão de gases de efeito

estufa como forma de mitigar os efeitos do aquecimento global e mudanças

climáticas. O terceiro capítulo expõe sobre a legislação ambiental pátria, com ênfase

a normatização pertinente aos impactos oriundos da produção de biocombustíveis.

Na segunda parte da dissertação - Do contexto jurídico-político da adoção de

biocombustíveis - inserem-se três capítulos. O primeiro procura explicar, após breve

histórico de sua evolução, o papel do Estado na promoção do desenvolvimento,

especialmente o sustentável, bem como o surgimento de novas solicitações de

adoção de políticas públicas pertinentes, em face da emergência da questão

ambiental. Procura-se identificar como o Estado tem respondido às demandas

ambientais, especialmente a partir das últimas décadas do século XX, quando a

proteção ao meio ambiente passou a ser discutida internacionalmente e a proteção

passou a ter sede constitucional em diversos países. A seguir discorre sobre a

política energética do Estado brasileiro. No segundo capítulo, analisam-se as três

questões nucleares que fundamentam a produção de uso de energias limpas e

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renováveis, ou seja, a questão das mudanças climáticas, a crise e a dependência do

petróleo no mundo e suas conseqüências, bem como um potencial mercado

internacional. Em seguida, no terceiro capítulo, passa-se ao estudo específico da

produção de etanol e biodiesel no Brasil, com seus marcos regulatórios específicos,

seus impactos ambientais, sociais e econômicos, abordando especialmente como a

legislação ambiental brasileira está preparada para enfrentar as externalidades

decorrentes da produção destes combustíveis.

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2.7.2 Metodologia para a determinação da eficientização energética elétrica e

determinação dos potenciais de conservação dos usos finais na Universidade

Estadual de Maringá campus de Umuarama.

Nome do pesquisador: Marcos Donizetti Rossi.

Nome do Orientador: Marcelo Marques.

Tipo de pesquisa: Não disponível.

Local da pesquisa: Umuarama - PR.

Instituição Responsável: UEM.

Situação do projeto: Concluído.

Resumo/Abstract: Esta pesquisa tem como objetivo estabelecer linhas de ações

para promover o uso racional e eficiente de energia elétrica junto a unidades

consumidoras. Através de ações que otimizam os sistemas de cada uso final de

energia elétrica presentes em uma instalação, é possível reduzir o seu consumo sem

comprometer o seu desempenho. Para analisar a viabilidade técnica e econômica de

tais ações, é preciso determinar inicialmente, a forma como a energia elétrica está

sendo utilizada, procedimento este chamado diagnóstico energético, permitindo

assim, propor soluções que aumentem a eficiência dos sistemas analisados, bem

como calcular os respectivos potenciais de conservação.

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ANEXO - PROCESSOS

1. Uso de dejetos de suínos com biodigestor de fluxo tubular em sistema

integrado.

Nome do pesquisador: André Ricardo Angonese.

Nome do orientador: Aloísio Torres de Campos.

Tipo de pesquisa: Dissertação de mestrado.

Local da pesquisa: Ouro Verde do Oeste.

Instituição responsável: UNIOESTE.

Situação do projeto: Concluído em 01/12/2005.

Resumo/Abstract: O experimento foi desenvolvido na Fazenda Vale dos Ipês,

município de Ouro Verde do Oeste, no Oeste do Estado do Paraná. Uma unidade

suinícula em sistema de terminação, com 600 animais foi acompanhada nos meses

de janeiro a junho de 2005. O sistema de tratamento é composto por: um biodigestor

com capacidade de depósito para 50 m3, construído em aço, um tanque de

sedimentação, um tanque de algas e um depósito para o biofertilizante. A limpeza

das instalações é realizada diariamente por raspagem a seco. Os dejetos gerados

são conduzidos nas canaletas, por gravidade, até o biodigestor. O tempo de

retenção hidráulica foi de 12 dias. A caracterização dos dejetos foi realizada por meio

de amostragens na entrada e saída do biodigestor, na saída do tanque de

sedimentação (biofertilizante) e na saída do tanque de algas (efluente líquido).

Foram analisados os seguintes parâmetros: pH, DBO5, DQO, sólidos totais, sólidos

voláteis totais, sólidos fixos totais, nitrogênio total e amoniacal, potássio, fósforo total,

produção média de biogás, estimativa da quantidade de redução de emissão de

carbono em tCO2eq ano-1 e avaliação energética do sistema. Os resultados

indicaram que o sistema de tratamento biológico anaeróbio e aeróbio foi eficiente

para reduzir e estabilizar a matéria orgânica dos dejetos de suínos. Expressivas

reduções de DBO, DQO, ST e SVT, sendo obtidos valores de 76, 77, 43 e 59%,

respectivamente, para o efluente resultante do biodigestor. A produção média diária

de biogás no período analisado foi de 31,5 m3. O potencial de redução de carbono foi

de 325,16 tCO2eq ano-1. No cálculo da eficiência energética, o componente

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energético ração é o maior custo energético no sistema de produção de suínos em

terminação, correspondendo a 95,3% do total da energia direta. Nas saídas de

energia do sistema, o componente energético dos suínos para abate corresponde a

56,8%. O sistema se enquadrou nas características de um agroecossistema

industrial, importando a maior parte da energia consumida no processo produtivo e

exportando mais de 56% da produção, na forma de suínos para abate enquanto o

restante é utilizado na forma de adubo na propriedade.

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2. Simulador estocástico baseado em modelos probabilísticos, para geração de

dados diários de Vento, visando o levantamento do potencial eólico na região

dos Campos Gerais.

Nome do pesquisador: Jorim Sousa das Virgens Filho

Nome do orientador: Jorim Sousa das Virgens Filho

Tipo de pesquisa: Não disponível.

Local da pesquisa: Campos Gerais.

Instituição responsável: UEPG

Situação do projeto: Em andamento.

Resumo/Abstract: A “energia” pode ser considerada um dos maiores requisitos

básicos da vida humana. De maneira geral, observa-se que a maior quantidade

utilizada no dia a dia é proveniente de combustíveis fósseis e carvão vegetal, sendo

que estas fontes vêm sendo exaurídas em uma velocidade acentuada nos últimos

anos. Preocupados com estes problemas, diversos países têm incentivado o

desenvolvimento de fontes alternativas de energia como a solar, a eólica e outras,

que são limpas, não poluem a atmosfera, nem destroem o meio ambiente. Segundo

a Organização Mundial de Meteorologia, em países como Dinamarca, Holanda,

França e Estados Unidos já existem sistemas para aproveitamento da energia dos

ventos para produção de eletricidade, que podem variar de menos de um quilowatt a

alguns megawatts de potência, para fornecer energia para diversas finalidades entre

elas, a indústria, atividades agrícolas e uso doméstico. O dimensionamento e a

escolha de tais sistemas requer, entretanto, o conhecimento do potencial eólico da

região onde será instalado o equipamento. Esta pesquisa objetiva desenvolver um

simulador estocástico baseado em modelos probabilísticos, para geração de dados

diários de vento, visando o levantamento do potencial eólico como alternativa

energética para a região dos Campos Gerais e será conduzida no Laboratório de

Pesquisa em Tecnologia da Informação Aplicada ao Agronegócio e Ciências

Ambientais - INFOAGRO, pertencente ao Departamento de Informática da

Universidade Estadual de Ponta Grossa - UEPG, Ponta Grossa – PR, onde serão

utilizados registros diários da velocidade média e da direção predominante do vento,

obtidos junto às estações meteorológicas localizadas na região dos Campos Gerais,

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pertencentes ao SIMEPAR e à Fundação ABC.

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3. Obtenção de biocombustíveis a partir de óleos vegetais por processo de

pirólise catalítica (craqueamento).

Nome do pesquisador: Andressa Del Fraro Frederico, Dionísio Borsato, Eduardo de

Mauro, Herverson Renan de Freitas, Rafael Henrico Carvalho, Ricardo Ralisch,

Talita Cardoso Quessada.

Nome do Orientador: Dra. Carmem Luisa Barbosa Guedes.

Tipo de pesquisa: Trabalho Científico.

Local da pesquisa: Londrina.

Instituição responsável pela pesquisa: UEL – Dep. de Química.

Situação do projeto: Em andamento (término previsto para 31/12/2009).

Resumo/Abstract: Propõe-se a desenvolver um protótipo para obtenção de

biocombustíveis sucedâneos de petrodiesel, gasolina, querosene e GLP, a partir de

óleos vegetais. Diferencia-se de transesterificação (biodiesel) por gerar uma mistura

de hidrocarbonetos de cadeia linear, semelhante aos derivados de petróleo. Não

necessita de outros insumos, como o álcool anidro, nem gera sub-projetos, como

glicerina, razão pela qual adapta-se a uma ampla gama de usuários, desde a

pequena produção rural ou o pequeno empresário, até a produção por atacado.

Adapta-se perfeitamente ao atendimento energético de comunidades isoladas.

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4. Uso de biomassa como energia limpa e matéria-prima renovável.

Nome do pesquisador: Talita Pedroso Quessada, Pamella Cristina Scheel, Juan

Miguel Mesa Perez, Jose Dilcio Rocha, Heverson Renan de Freitas, Flavia Correia

Zanutto, Eduardo Di Mauro, Dionísio Borsato, Daniele Cristina Adão.

Nome do Orientador: Dr. Carmen Luisa Barbosa Guedes.

Tipo de pesquisa: Trabalho Científico.

Local da pesquisa: Londrina - PR.

Instituição responsável pela pesquisa: UEL – Dep. de Química.

Situação do projeto: Concluído em 31/10/2007.

Resumo/Abstract: Este projeto propõe realizar um estudo teórico e experimental

visando melhorar as propriedades combustíveis do bio-óleo obtido na planta de

pirólise da unicamp. Várias amostras de bio-óleo serão obtidas e caracterizadas para

diferentes condições de operação do reator. Fazendo uso de um planejamento

experimental serão realizados no Laflurpe/uel sobre a estabilidade e a eficiência da

combustão de misturas do biodiesel (bioflex) obtido a partir do bio-óleo com o diesel

e a gasolina, derivados de petróleo.

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5. Produção de gás de síntese por gaseificação de bio-óleo obtido por pirólise

rápida usando diferentes tipos de biomassa.

Nome do pesquisador: Carlos Alberto Luengo, Dr. Dionísio Borsato, Dr. Eduardo Di

Mauro, Felix Felfli, Gerson José dos Santos Ciampi, Henry Ramon Marin Mesa, Jose

Dilcio Rocha, Juan Miguel Mesa Perez, Ms. Olivio Fernandes Galao, Robson

Cristiano Martins.

Nome do Orientador: Dr. Carmen Luisa Barbosa Guedes.

Tipo de pesquisa: Inovação Tecnológica.

Local da pesquisa: Londrina.

Instituição responsável pela pesquisa: UEL – Dep. de Química.

Situação do projeto: Em andamento (término previsto 30/06/2010).

Resumo/Abstract: Esse projeto de desenvolvimento tecnológico insere-se no

contexto do uso racional da fonte de energia renovável da biomassa. A biomassa é

uma vocação natural do Brasil e seu uso como fonte de energia e materiais em

bases sustentáveis com a aplicação de tecnologias eficientes é imprescindível para

que o país alcance maiores índices de aproveitamento e possa manter e ampliar sua

liderança mundial em biocombustíveis. Por biomassa entende-se toda matéria

orgânica de origem vegetal ou animal inclusive os materiais procedentes de sua

transformação natural ou artificial. Uns dos processos com maior potencial de

mercado na atualidade é a gaseificação de biomassa para a produção de

combustíveis líquidos a partir do gás de síntese, porém vários gargalos tecnológicos

e comerciais precisam ser resolvidos. Uma análise da cadeia produtiva para a

produção de gás de síntese permite identificar barreiras tecnológicas e comerciais.

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6. Elaboração e Avaliação de um Sistema de Absorção de CO2 Contido no

Biogás.

Nome do pesquisador: Edney Alves Magalhães.

Nome do orientador: Samuel Nelson Melegari de Souza.

Tipo de pesquisa: Dissertação de mestrado.

Local da pesquisa: Não disponível.

Instituição responsável: UNIOESTE.

Situação do projeto: Concluído em 01/02/2004.

Resumo/Abstract: A utilização do biogás como fonte renovável de energia é uma

forma de agregar valor aos produtos oriundos da agricultura. Além disso, surge como

uma solução para descarte dos resíduos gerados, evitando possíveis impactos

ambientais. O biogás dependendo de seu uso final necessita de melhorias em suas

características físicas e químicas, como a remoção do H2S (ácido sulfídrico), da

umidade e do CO2 (dióxido de carbono). Esta pesquisa teve como objetivo construir

e avaliar um dispositivo capaz de remover o CO2 do biogás, utilizando métodos

físicos de remoção com o objetivo de aumentar a concentração de CH4 (metano). O

mecanismo criado foi uma coluna recheada de absorção com 2500 mm de altura e

300 mm de diâmetro utilizando tubos de pvc rígido de 20 mm de diâmetro como

recheio. O solvente utilizado foi à água por possuir menor custo de aquisição. As

pressões de serviço variaram entre 300 a 500 kPa. A vazão de biogás variou entre

190 a 650 cm3/s. O biogás estudado possuía 33% CO2, mas com a utilização da

coluna de absorção, atingiu-se um nível de 15% de CO2 aumentando a concentração

de metano. Isso representa uma redução de 54% no teor de CO2 no biogás e um

aumento de 57% a mais no poder calorífico por unidade de massa devido a maior

concentração de CH4.

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7. Simulação de sistemas de aquecimento solar com materiais em mudança de

fase (mmf) adaptados de resíduos pesados do refino do petróleo sob

condições transitórias de insolação e demanda.

Nome do pesquisador: Alexandre Ferreira Lobo.

Nome do orientador: Marcelo Risso Errera.

Tipo de pesquisa: Dissertação de Mestrado.

Local da pesquisa: Não disponível.

Instituição responsável: UFPR.

Situação do projeto: Concluído em 01/11/2004.

Resumo/Abstract: A ocorrência dos picos de demanda de energia elétrica é um

problema enfrentado por todas as concessionárias de energia elétrica. Os sistemas

de geração e distribuição de eletricidade são determinados para atender a demanda

no pico de consumo, o que leva à ociosidade do sistema fora destes períodos. O

presente trabalho visa contribuir para a redução destes picos (shaving) através do

suprimento de energia térmica para atender a demanda de energia nos períodos

críticos (por exemplo, água quente para banho). A solução proposta é a termo-

acumulação de energia solar em Materiais com Mudança de Fase. O Material em

Mudança de Fase (MMF) estudado é um resíduo pesado de processo de refino de

petróleo. Assim, espera-se que a solução em estudo deverá ter duplo efeito benéfico

ao Meio Ambiente. Para tal, um modelo de simulação numérica é proposto com base

em algumas hipóteses simplificadoras, resultando em um sistema de equações

diferenciais de primeira ordem relativas ao fluxo de calor devido à diferença de

temperatura nos volumes de controle considerados, isto é, fluido térmico de trabalho,

Material em Mudança de Fase (MMF) e água para uso doméstico e equações

básicas da literatura com a variação de energia interna do Material de Mudança de

Fase (MMF).

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8. Implantação do PROBIODIESEL.

Nome do pesquisador: Dr. Bill Costa.

Nome do orientador: Dr. Bill Costa.

Tipo de pesquisa: Não disponível.

Local da pesquisa: Curitiba.

Instituição responsável: TECPAR.

Situação do projeto: Concluído.

Resumo/Abstract: Caracterização físico-química do biodiesel obtido de diferentes

óleos vegetais e testes de aplicação de biodiesel puro em motores estacionários

para geração de energia elétrica.

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9. Uso da biomassa como fonte alternativa de energia no setor agro-industrial

da região de Cascavel.

Nome do pesquisador: Samuel Nelson Melegari de Souza.

Nome do Orientador: Samuel Nelson Melegari de Souza.

Tipo de pesquisa: Não disponível.

Local da pesquisa: Não disponível.

Instituição Responsável: UNIOESTE.

Situação do projeto: Concluído em 31/5/2002.

Resumo/Abstract: Junto a algumas agroindustrias e propriedades agrícolas da

região administrativa de Cascavel-Pr, ocorre a disponibilidade de resíduos de

biomassa (casca de cereais, resíduos resultantes da colheita mecanizada de trigo,

milho e soja, dejetos de animais e outros.) As agroindústrias podem utilizar os

resíduos disponíveis junto a suas unidades para produção de calor e eletricidade por

meio da cogeração, de modo a satisfazer uma parte ou totalmente suas

necessidades de energia elétrica e calor. Este trabalho tem como meta determinar o

potencial de energia derivada da biomassa disponível na região administrativa de

Cascavel-PR e estudar as possíveis formas de utilização.

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10. Modelo de captação de biogás para geração de renda e minimização do

impacto ambiental na suinocultura.

Nome do pesquisador: Debora da Silva Lobo, Homero Fernandes Oliveira, Sandra

Mara Pereira.

Nome do Orientador: Weimar Freire da Rocha Junior.

Tipo de pesquisa: Não disponível.

Local da pesquisa: Toledo - PR.

Instituição Responsável: UNIOESTE.

Situação do projeto: Concluído em 30/7/2008.

Resumo/Abstract: O objetivo deste projeto é elaborar um modelo de captação de

biogás nas propriedades produtores de suínos no município de Toledo - Paraná para

otimizar a coleta desse recurso energético. Nesse sentido, o projeto prevê o

georeferenciamento de 425 propriedades, também levantados seus dados sócio-

econômicos. Espera-se desenvolver um modelo logístico que otimize a coleta e

captação desse insumo energético e sirva para ser aplicados em outras regiões

produtoras.

O estudo levantou 380 propriedades de produção de suínos no sistema de

terminação. Com essa amostra de propriedades agrícolas foi desenvolvida a

heurística Clark e Write de roteirização da coleta de dejetos de suínos no município

de Toledo. Como consideração a esse quesito afirma-se que a heurística Clark e

Write foi suficiente para o trabalho. Como foi o primeiro estudo a respeito de coleta

de dejetos a heurística Clark e Write atendeu as necessidades básicas, mas seria

interessante testar novas heurísticas e fazer um comparativo de resultados para se

descobrir qual o modelo que mais otimiza o processo. Observou-se que o estudo

proposto não se esgota devendo ser elaborados mais estudos que apontem as

melhores alternativas de uso do biogás como fonte energética e renda, além de

trabalhar com outros produtos que podem melhorar ainda mais a renda do agricultor

como o biofertilizante e biocarvão.

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11. Produção de biodiesel via transesterificação de óleo de soja utilizando

métodos químicos e enzimáticos.

Nome do pesquisador: Aparecido Nivaldo Módenes, Bruno Munchen Wenzel, Jean

Marcel Ragugnetti Furlaneto, João Batista Oliveira dos Santos.

Nome do Orientador: Alexander Dimitrov Kroumov.

Tipo de pesquisa: Não disponível.

Local da pesquisa: Não disponível.

Instituição Responsável: UNIOESTE.

Situação do projeto: Concluído em 31/3/2005.

Resumo/Abstract: A proposta deste trabalho aborda o desenvolvimento de um

processo químico e um enzimático para produção de biodiesel, sendo este último

inovador na área. Espera-se com este trabalho, desenvolver métodos de

transesterificação de óleo de soja que sejam mais eficazes e baratos do que os

métodos tradicionais para a produção de biodiesel. A transesterificação de óleo de

soja será realizada via catálise química e enzimática, utilizando-se álcool etílico

como solvente. Pretende-se desenvolver modelos da cinética para os dois processos

e com estes modelos obter condições ótimas para a reação de transesterificação e

prever resultados da produção de biodiesel em determinadas condições. O processo

químico utiliza, normalmente catalisadores básicos NaOH, KOH e NaOCH3 entre

outros, e catalisadores ácidos como H2SO4. Utilizaremos o processo químico como

uma referência para a avaliação do novo processo (enzimático). O processo

enzimático baseia-se na transesterificação de óleo de soja com etanol e lipase como

catalisador. Este novo método de produção de biodiesel oferece vantagens

importantes em relação ao processo convencional, que utiliza como catalisador

básico. Os resultados dos dois processos serão comparados. O custo de produção

do biodiesel utilizando-se o processo de transesterificação de óleo de soja

empregando-se NaOH como catalisador é, aparentemente, mais barato que o

método enzimático. Cada processo tem suas desvantagens, por exemplo, a

recuperação e purificação de glicerina (que é um sub-produto da reação de

transesterificação) no processo químico aumenta o preço do biodiesel, já no

processo enzimático, a recuperação de glicerina é mais simples, portanto, a

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avaliação econômica precisa ser multicriteriosa. Como resultado final do trabalho

espera-se desenvolver uma tecnologia de produção de biodiesel mais barata

baseada na modelagem e otimização do processo utilizando critérios tecnológicos e

econômicos.

Durante a execução deste trabalho foram realizados vários experimentos utilizando

catalisadores básicos (principalmente o NaOH). Foram utilizados como reagentes:

óleo de soja refinado, bruto e óleo usados (obtidos em restaurantes da região).

Também se utilizou óleo de milho, girassol e óleo de canola. Obteve-se sucesso em

todos os experimentos de produção de biodiesel, no entanto, não foi possível até o

momento, fazer as análises de qualidade do biodiesel produzido, bem como a

realização da avaliação dos produtos gasosos de combustão, devido a falta de

equipamentos adequados para as análises. Quanto à recuperação do glicerol como

subproduto da reação, os métodos utilizando catalisadores químicos não se

mostraram muitos eficientes, devido às reações de saponificação. Este trabalho

também focou a modelagem cinática do processo, utilizando como catalisador a

enzima lipase, que pode ser obtida de microorganismos como pseudomonas

fluorescens, P. cepacia, Candida Antarctica, dentre outros. Nesta etapa do trabalho

foi proposto um mecanismo da transesterificação de triglicerídeos catalisado por

enzima lipase, que foi formalizada em três reações consecutivas, onde são formados

os diglicerídeos, monoglicerídeos, glicerol e biodiesel em cada uma delas. Outras

três etapas intermediárias envolvendo a lipase foram consideradas. A identificação

dos parâmetros do modelo desenvolvido foi feita para condições reacionais onde a

alimentação ocorre em proporção estequimética dos reagentes. O modelo

desenvolvido foi testado com dados experimentais em diversas condições

operacionais encontradas na literatura. Os resultados das simulações mostram boa

flexibilidade do modelo, ajustando os dados em várias condições de

transesterificação enzimática para produção de biodiesel.

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12. Análise de Viabilidade de Cultivos Florestais para Fins de Produção de

Energia Elétrica.

Nome do pesquisador: Sérgio Inácio Gomes.

Nome do orientador: Cid Marcos Gonçalves Andrade; Paulo Roberto Paraíso.

Tipo de pesquisa: Dissertação de mestrado.

Local da pesquisa: Não disponível.

Instituição responsável: UEM.

Situação do projeto: Concluído em 01/01/2007.

Resumo/Abstract: As reservas de petróleo e de outros combustíveis fósseis irão se

esgotar nas próximas décadas. Além disso, o aquecimento global exige mudanças

urgentes nas políticas energéticas. Este trabalho refere-se ao estudo da viabilidade

do uso de plantações florestais para a produção de energia elétrica e apresenta os

princípios de um programa de computador usado como uma modelagem para

simulação das relações entre os fatores básicos da produtividade de plantações

florestais com os fatores básicos de um sistema elétrico de potência, tais como a

energia gerada e seu custo, balanço de carbono, influência da umidade ambiental da

biomassa florestal e muitas outras variáveis de interesse. A tentativa, no sentido de

estabelecer relações entre inúmeras variáveis de diferentes áreas de estudo, mostra-

se um desafio, especialmente ao se considerar a importância de estabelecer essas

relações no que se refere à preocupação com os aspectos sociais e ambientais.

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13. Avaliação de Sustentabilidade Aplicada ao Biodiesel.

Nome do pesquisador: Mariana Passos.

Nome do orientador: José Antonio Velasquez Alegre.

Tipo de pesquisa: Dissertação de Mestrado.

Local da pesquisa: Não disponível.

Instituição responsável: PUC-PR.

Situação do projeto: Concluído em 01/04/2004.

Resumo/Abstract: Nesta dissertação, um sistema de produção de biodiesel foi

avaliado quanto a sua sustentabilidade. O biodiesel considerado na análise foi um

éster etílico de soja, obtido através da reação de óleo de soja degomado e álcool

etílico anidro, ambos produzidos a partir de recursos repostos pelo crescimento de

vegetais (soja e cana de açúcar). Para tanto, foram aplicadas ao sistema de

produção do biodiesel algumas metodologias de avaliação de sistemas: a análise de

exergia, a análise de emergia e a metodologia integrada de análise ambiental. Esta

contabiliza em sua análise os recursos (econômicos e ecológicos) e os processos

(naturais, agrícolas e industriais) empregados na produção do biodiesel, além de

considerar o impacto na natureza dos poluentes emitidos pelo sistema avaliado.

Como resultado deste trabalho são apresentados e discutidos os valores de

eficiência e de sustentabilidade do sistema de produção deste biocombustível, além

de alguns outros aspectos relacionados à utilização energética do biodiesel

(características, vantagens, desvantagens, etc.). Dentre as maiores vantagens do

biodiesel pode ser citada a redução das emissões globais de dióxido de carbono

(CO2) e suas conseqüências para o efeito estufa. Por outro lado, o elevado custo de

produção do biodiesel pode ser considerado o maior obstáculo para sua

comercialização.

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14. Análise do desempenho de misturas ternárias de combustíveis contendo

óleo vegetal, biodiesel e etanol em um motor de ignição por compressão.

Nome do pesquisador: Jose Luiz Bernardo Borges.

Nome do Orientador: Dr. Ricardo Ralisch.

Tipo de pesquisa: Dissertação de mestrado.

Local da pesquisa: Londrina.

Instituição responsável pela pesquisa: UEL – Dep. de Agronomia.

Situação do projeto: Em andamento (término previsto para 31/01/2010).

Resumo/Abstract: O aumento do custo da energia do petróleo impacta as

diferentes atividades humanas, independentemente da cadeia produtiva.

Especificamente, a agropecuária depende do uso de máquinas movidas a óleo

diesel, o que onera fortemente o custo de produção, portanto a redução da

dependência de combustíveis derivados do petróleo será de suma importância para

o equilíbrio econômico da matriz energética nacional. Além disso, a utilização intensa

de combustíveis fósseis, entre eles o diesel, está contribuindo com o aumento da

concentração de CO2 na atmosfera, redundando em mudanças climáticas globais.

Dentro deste contexto, o objetivo deste trabalho será avaliar o desempenho de

misturas ternárias compostas de álcool, biodiesel e óleo vegetal em um motor ciclo-

diesel, numa tentativa de certificar a utilização dessas misturas como aditivo ou um

possível sucedâneo do diesel convencional no mercado de combustíveis. A seleção

das misturas para as avaliações serão conduzidas da seguinte maneira: a) seleção

pela análise das propriedades físico-químicas; e b) seleção pelo desempenho nas

avaliações primárias, tais testes primários indicarão a melhor amostra que comporá a

avaliação secundária de durabilidade dos motores. O teste secundário será realizado

aplicando-se um funcionamento contínuo aos motores durante um período de 200

horas, conduzido apenas com dois combustíveis, um dos motores trabalhará sempre

com diesel convencional, enquanto o outro funcionará com a mistura ternária pré-

selecionada. Espera-se obter com os resultados deste projeto o desenvolvimento de

um eficiente aditivo para ser incorporado ao óleo diesel ou até mesmo um novo

sucedâneo ao petrodiesel, contribuindo assim com o processo de busca por um

substituto ao petróleo na matriz energética brasileira.

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