estadao_05102012
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Trsministroscondenam
Dirceu;LewandowskiabsolveManifestaesde outros quatrointegrantes da Corte indicam queeles tambm votaro contra o ex-ministro
Governo diz quefalta de energiafoi apaguinho
Copa entra na campanha
Raa coisamuito subjetiva
Oposio acusaChvezdeuso damquinaestatal
Tasso viveo ostracismo
PTePSDBfazem ofensivacontra tarifade Russomanno
Emtrsanos, 25%dosfretadossaemdasruas
Tempona capital
32Mx.17Mn.
Sole calor.Chuva tarde
HOJE:174PGINAS
DORA KRAMER
Pacotereduzimposto decarrosmais
econmicos
JULIOMESQUITA
1891 - 1927
RUYMESQUITA
Diretor
Assista entrevista natv.estadao.com.br
Divirta-se
CELSO MING TUTTY VASQUES
PT e PSDB se unem no final da campa-nhaparaatacarolderdaspesquisasCel-soRussomanno(PRB) emrazodesuapropostade tarifa proporcionalde ni-
bus. Oito mil cabos eleitoraispetistas e1,5mildacoligaotucanatentarocon-
vencer moradores de bairros da perife-ria de So Paulo de que Russomannovai aumentar a tarifa de nibus paraquem mora longe do centro. O PT vai
distribuir 400mil folhetos comcrticas proposta.NACIONAL/ PG.A8
Facebookchegamarcade1bilhodeusurios
SEXTA-FEIRA
Defesa contesta o relatorAdvogado de Jos Dirceu jogou sua
ltimacartada ao entregar aos minis-
tros do STF memorial em que ataca
o voto de Joaquim Barbosa. PG.A7
Aop dobispoPouco resta aoscondenados no men-salo queanunciarrecursos a cortesinternacionais ideia queequivalemais oumenosa reclamarao bispo.NACIONAL/ PG.A6
Fortaleza (CE)
Salvador (BA)
JF DIORIO/AE
DOGUIACOMO MELHOR DA SEMANA
CLAYTON DE SOUZA/AE
Abaixoa retranca!A gentefala mal do futebolbrasilei-ro,mas na poltica americana Oba-ma escalou seudiscurso comtrs
volantes no debatecom Romney.METRPOLE / PG.C10
FinanciamentoparaoMinhaCasa sermaior
ClassificadosParaanunciarnoEstado ligue:
(11) 3855.2001
ECONOMIA/ PG.B12
METRPOLE / PG.C1
NILTON FUKUDA/AE
Modernizaras carroasO programa InovarAutoreconhecea existnciado atraso. Tomara que,destavez,seja mais doqueum esque-madisfaradode proteoao setor.ECONOMIA/ PG.B2
NOTAS& INFORMAES
Os apagesde DilmaO sistema brasileirode energiaeltricaestlongeda seguranapossvel.Sempreh falha. PG.A3
A interrupode energia em partedo
Sul, Sudeste e Centro-Oeste foi umapaguinho, segundo o diretor daONS,HermesChipp.Oministrocha-madeinterrupotemporriaporquefois meia hora.ECONOMIA/PG.B5
Explicaes pelo telefoneA campanha de Celso Russomanno vai
disparar1,4 milho de telefonemasat
amanh comuma gravao do candida-
to explicandosua proposta de tarifa pro-
porcionalde nibus. PG.A8
HugoChvezreuniu500mil pessoas
emCaracas, a trsdiasda eleio,in-formaoenviadoespecialRobertoLa-meirinhas. Oposio o acusa de usoderecursospblicosedeconstrangerservidores. INTERNACIONAL/ PG.A13
O governador Jaques Wagner disse naTVque a eleiode Nelson Pelegrino(PT) a certeza dequea Bahia farbo-nitona Copa doMundo. PG.A12
Haddad. O petista visitao bairrode Jardimngela,na zona sulda cidade
ECONOMIA/ PG.B6
0H15
Serra e Chalita. noite,o tucanoe o peemedebistaassistiram a missa do padreMarcelo Rossino Santuriodo TeroBizantino,em Santo Amaro
Em resposta a crticas na OrganizaoMundialdo Comrcio(OMC),o gover-nodecidiufazerconcessesnonovore-gimetributriodosetorautomotivov-lidoapartirde2013.Aexignciadecon-tedo nacionalfoi flexibilizadae, entreascondicionantesparaobtervantagenstributrias, os veculos precisam cum-prirlimitesde gastode combustvelporquilmetro. ECONOMIA/PG.B1
Semmandato,26 anosdepois dederro-taros coronis do Cear, Tasso Jereis-satiacabousufocadopelocl dosFer-
reira Gomes, antigosaliados.PG.A11
LEONARDO SOARES/AE
O incio da votao dos ministros doSupremo Tribunal Federal sobre o n-cleo poltico do mensalo deixou JosDirceu emsituao complicada.O revi-sordoprocesso,RicardoLewandowski,afirmou no haver provas para conde-naro ex-ministroda CasaCivilpelocri-
me de corrupo ativa, mas trs minis-tros Joaquim Barbosa, Rosa Weber eLuizFux votarampela condenao. Eascrticasde Carlos AyresBritto,CelsodeMello,GilmarMendeseMarcoAur-lioMelloaovotodorevisorindicamqueDirceu ser condenado por ter coman-
dado a compra de votos no Congresso.Ainda no julgamento do ncleo polti-co,LewandowskiabsolveuJos Genoi-no (ex-presidente do PT) e condenouDelbioSoares(ex-tesoureirodoparti-do). Luiz Fux e Rosa Weber condena-ramambos. NACIONAL/PGS.A4,A6eA7
CINEMA.Com vampirose lobisomens,estreiaHotelTransilvnia
MSICA. Nacomemoraodos30 anos,Tits convocam
ex-integrantes
Russomanno.Candidatodo PRBfaz carreatade Santo Amaroao Graja
ARTE. Novalevade galeriasdeixa delado aformalidade eos clichs
Esportes Adeus. Sete vezescampeo naF-1, Michael Schumacher, de43 anos, anunciou
que encerracarreira
no fimdo ano.
PG.E3
ITSUO INOUYE/AP
O tcnicoMano Menezesafirmou
aoEstadonoestaraflito com apresso.Vou servaiado,xingado,elogiado.Isso aconteceucom outrose comigo noser diferente. PG.E1
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5 DEOUTUBRO DE2012R$ 3,00 ANO 133. N43452 EDIO DE estado.com.br
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A2 Espao aberto SEXTA-FEIRA, 5 DE OUTUBRO DE 2012 O ESTADO DE S. PAULO
Amorte,hpoucosdias, do escritormineiro AutranDourado, aos 86anos, traz de vol-taepisdiosenar-
rativasdaHistriapolticabra-sileira das ltimas dcadas a
respeito de acontecimentosque continuam a esperar a suaelucidao.Autor de livrosim-portantes como O Risco doBordado,A Barca dos Homens,pera dos MortoseOs Sinos da
Agonia, entre outros , ganha-dordoPrmioMachadodeAs-sis, da Academia Brasileira deLetras, e do Prmio Cames,
Autran teve tambm atuaopoltica destacada, principal-mente como secretrio de Im-prensa do presidente Jusceli-noKubitschek.Edessapocaumepisdioqueaindaprecisa-ria de uma verso definitiva equeelenarraemGaiolaAbertaTempos de JK e Schmidt, edita-do em 2000 (o poeta Augusto
Frederico Schmidt foi das pes-soas que mais influenciaram oentopresidente).
Quando trabalhava na revis-taViso, no final da dcada de1960, o autor destas linhas ou-
viu do ento jornalista, depoissecretriodeEstadoeministrodo Tribunal de Contas flumi-nenseLuizAlbertoBahiaepis-dio que explicaria a origem dafamosaerepetidafrasejusceli-niana Deus poupou-me dosentimentodomedo,queestinscrita em pedra, em Braslia.Segundo Bahia, a frase foi umareao de JK ao veto de coro-nisdoExrcitoedaAeronuti-ca, em manifesto, candidatu-ra de Juscelino Presidnciada Repblica, em 1955. Jusceli-
no, disse Bahia, foi logo cedo redaodojornal CorreiodaMa-nh, do Rio de Janeiro, em bus-ca de apoio; sabia que estarialiquidado se no reagisse; e o
jornal era, ento, muito fortena reapoltica.
Paulo Bittencourt, dono dojornal, aceitou desafiar o vetomilitar, mas condicionado auma entrevista do prprio JK,que seria escrita (inclusivecriando a frase que se tornariafamosa) por lvaro Lins, ex-poentedacrticaliterriaeedi-torialista doCorreio. Juscelinoterialidootextoeconcordadocom tudo, mas pediu algumashoras de prazo para ir a BeloHorizonteeouvirnossosami-
gos de Minas. A entrevista foi
para a oficina do jornal e ficoupronta para ser impressa. MasaconfirmaodeJKnovinha,passadas muitas horas. As in-formaesobtidasemBeloHo-rizonte, por telefone, diziamque ele continuava a portasfe-chadas com a cpula do PSD
mineiro.Jeramaisde2horasdama-drugadaquandolvaroLinsen-trounasala,acordouPauloBit-tencourt e anunciou que JK li-
berara por telefone o texto que teve enorme repercussopoltica e permitiu um movi-mentoderepdioaovetomili-tar.Bahia,entretanto,aorelem-
brar o episdio, dizia ter certe-za que JK no respondera e l-
varo Lins que assumira o ris-co e o possveis nus (acabousendo chefe da Casa Civil da
Presidncia de JK). A terminaaversonarradaporLuizAlber-to Bahia.
Passado quase meio sculo,outra verso surgiu no livro dememrias de Autran Dourado.Umtrecho:JK saiu e Schmidtsepsaescrever.Acertaalturaele me perguntouse eu achavaqueJuscelinoeramesmocora-
joso como arrotara. Eu disseachar,apesardeBeneditoVala-dares dizer que JK queria ban-car o Tiradentes com o pesco-o dos outros.
Atqueponto?,perguntouo poeta. Autran respondeu:Pode escrever: Deus poupou-me o sentimento domedo.
Schmidt:bonitaedemui-toefeito.Mas ser queo nossohomemadir?
E Autran: Vamos ver, achoque sim, experimentemos.
Segundo Autran Douradoem suas memrias, quando otextofoimostradoaJuscelino,elesesentiuinquietocomafra-seepediuparaircasadogene-ral Nelson de Mello, que de-pois seria ministro do Exrci-to.Estetambmficouincomo-dado ao l-la e na mesma horachamousuaesposa,donaOde-te, para quem leu a frase. Equandoelaperguntouaomari-doseelequeiriadizerafrase,o general respondeu: No, odoutorJuscelinoaqui.
DonaOdetepediulicenapa-
ra dar alguns telefonemas aamigas,saiuevoltoumeiahoradepois, quando garantiu a JK:Podedizer; numa horadestasprecisosemostrarhomem.oqueseespera.
JK,diz AutranDourado,saiudali e foi para a sede do PSD
carioca, leu o discurso com afrase e foi ovacionado. Repeti-daemtodasasconversaspolti-cas, a frase tomou conta domundopoltico.Eacabousupe-rando o veto militar. Juscelinoelegeu-se presidente, Schmidttornou-se um de seus princi-pais conselheiros polticos, l-
varo Lins foi para a embaixadaem Portugal, Autran Douradoassumiu a rea de Comunica-oda Presidncia.
Mais de meio sculo depois,comospersonagenscentraisjmortos, assim como os narra-dores das verses divergentesdo episdio, permanecem asdvidas. Quem escreveu o tex-to: Augusto Frederico Sch-
midt, lvaro Lins ou AutranDourado?QuemJuscelinocon-sultou: Benedito Valadares, ospolticosmineirosouogeneralNelson de Mello? De quem fo-ram as palavras decisivas: dosconterrneosdeJKoudaespo-sa do general referendadaspor ele? O que foi crucial parasuperar algo to grave comoumvetoconjuntodesetoresdoExrcitoe da Aeronutica?
Seja como for, o episdio foidecisivo na sucesso de 1955. Eagora,comJuscelino,PauloBit-tencourt, Augusto FredericoSchmidt,lvaroLins,ogeneralNelson de Mello e sua esposa,alm de Luiz Alberto Bahia, jfalecidos, a morte do ltimoprotagonista central Autran
Dourado deixa pouca ou ne-nhumapossibilidadedeesclare-cer definitivamente a Histria,registradanapedraemBraslia.
Fazdiferena?Faz.Sempreimportante saber como se es-creve ou escreveu a Histria,quais so as suas lies. Vive-mosmomentosdifceis,emter-mospolticos,econmicos, so-ciais,diantedecrisesmuitogra-
vesem mbitoplanetrioouna-cional.Temosdecisescompli-cadas a tomar em quase todasasreas.AHistriaeseusperso-nagenspodemserfonteimpor-tantede inspirao.
JORNALISTA
E-MAIL: [email protected]
Nuremberg, Ale-manha, 1945. Namesma cidadeem que surgiu onazismo e onde
Adolf Hitler fa-zia seus gigantescos comcios,logo aps o fim da 2. Guerra
Mundial as naes vencedorasiniciaramojulgamentodaque-les que, supostamente, eramos maiores criminososdo con-flito.Aguerraduraramenosdeseisanos,masforatemposufi-cienteparaquecercade70mi-lhesdevidasfossemceifadas.
O previsvel,ao seutrmino,era que os principais inimigoscapturados fossem passadospelas armas sem a menor con-templao. Mas houve quemalertasse: se executarmos su-mariamenteosvencidos,sera-mos moralmente superioresemqu?Emtermosdeprogres-sodacivilizao,qualteriasidoa nossacontribuio?
Imbudos de tal esprito, os
comandantes aliados decidi-ram que dariam queles ho-mens uma oportunidade queeles, sistematicamente, ha-
viam negado s suas vtimas: odireitoaumjulgamentoseguin-do o dueprocessoflawodevidoprocessolegal.Comimensare-percusso pela imprensa, fo-ram ento levados ao tribunal22 rus, 12 dos quais acabaramcondenados pena mxima: amorte na forca. Esses 12 foramexecutados, em 16 de outubrode1946,semgrandealarido.Deacordocom os relatos existen-tesdapoca,nohouvenenhu-ma concesso ao espetculo:no mais que meia centena detestemunhas assistiu ao fato,sendo os condenados chama-
dos,doisadois,paraocuparemo cadafalso.OjulgamentodeNuremberg
demandoucentenasdeadvoga-dos, tanto de defesa como deacusao, e durou mais de 280dias. Mas o que os lderes dasnaes aliadas pretendiam foiconseguido.
Ningum reclamou das sen-tenas nem se compadeceudos condenados. Ao contrrio,a opinio pblica mundial fi-cou estarrecida ao tomar cin-cia das atrocidades cometidaspelos nazistas e seus compar-sas.Eaideiadequeapazsem-pre a melhor soluo perduraatos dias dehoje.
certo que o ex-presidente
Lula no Hitler, nem Braslia
no Nuremberg, tampoucoos crimes aqui cometidos, nocaso do mensalo, tiveram agravidade dos nacional-socia-listas. A nica semelhana eelasetemmostradofundamen-tal a cobertura pblica dos
julgamentos.
Nopoderiaserdeoutrafor-ma. Se, com todos os escrpu-los que tm acompanhado assentenas, j h rus por a re-clamando, alegando terem si-do injustiados e ameaandorecorrerOrganizaodosEs-tados Americanos (OEA) sem nenhuma base legal, diga-sede passagem ,imagine-seoque seria se tais sanes noestivessemsolidamentefunda-mentadas nas leis.
Ao que parece, a teoria daconspirao o passatempopredileto dessagente. Quandoest por cima, conspira paratentar aumentar os seus pode-res.Quandoestporbaixo,atri-
bui aos adversrios aorigemde
todosos seus pesares.A partir dessa tica egocn-tricaeparanoica,pode-seima-ginar a sua histeria diante dosfatosatuais.Numsitereconhe-cidamentevinculadoao PT,nasemana passada podia-se ler aseguinte manchete:A imprensa
golpista, mancomunada com osministros do Supremo TribunalFederal,est tentando desmorali-
zar o PT.
Comoperguntarnoofende,vai aqui a minha dvida: im-
prensa golpista compreende-se,porque,paraacompanheira-da, todos os segmentos da im-prensasogolpistas.Mascolo-car no mesmo cesto os juzesdo Supremo Tribunal Federalnoseriaforardemaisabarra?
A maioria esmagadora dos mi-nistros,convmlembrar,foiin-dicada pelo prprio PT. E, aoque se sabe, esto procurandofundamentar ao mximo assuas sentenas. Se a donzelano bela, de que adianta cul-par o espelho?
Atortoe adireito,o machadoinclemente vai cortando cabe-asecumprindoassuasobriga-es.De ningum se compade-ce,umavezquetodososenvol-
vidos puderam exercer o livre-
arbtrio.E euconheoboa par-te deles. Fui deputado federalpordoismandatosepudecon-
viver com os principais. JosDirceu tomou posse junto co-migo. Genoino j estava por l.Da bancada de meu partido, oPartido Liberal, fulgurava a es-
trelade Valdemar Costa Neto.E agora, reputaes arruina-das, carreiras perdidas, resta atodos eles lamentar. DelbioSoares,ocarequinhaMarcos
Valrio, a banqueira malvadaKtiaRabello...umtristedesti-no espera cada um deles. Porque fizeram o que fizeram? Sa-
be-se l. Uns, por vaidade; ou-tros, por ambio. Todos que-riam aproximar-se do poder. Eo chefe supremo, aquele aquem queriam agradar, nadapodefazeragora.Eleumaferaacuada.Quemsabe,nosetor-nartambmumapresadesuaprpria esperteza?
Humditadoquenuncaper-de a serventia. o que diz que
daqueles que vendem a honranuncavale a penacompr-la.Passeioitoanosdaminhavi-
da em Braslia. Sa de l com omesmo patrimnio com queentrei. Talvez um pouco me-nos, porque no pude dedicar-meaele.
Os monumentos nas praashomenageiam algum momen-todebravura.Jareputaodeum homem de bem, por vezes,demanda uma vidainteira.
No imaginem os leitoresqueboaseescusasoportunida-desnopassaramminhafren-te.Masno valiam a pena.Elasnunca valem a pena. Pois socomo sereias que encantam osmarinheiros para, depois, afo-g-losnasprofundezasdomar.
Pobresdaquelesquesedeixamseduzir.Ernest Hemingway na mi-
nha opinio, o maior escritordalnguainglesadepoisdeSha-kespeareinspirou-senissopa-ra citar um versode JohnDon-ne. Ao relembrar que, nos vila-rejos da Espanha, sempre quemorriaalgumossinosdasigre-
jasdavam umabadalada,ele rei-terou: No perguntes porquem os sinos dobram. Elessempre dobram por ti.
JORNALISTA, FOI DEPUTADO, SE-
CRETRIO E MINISTRO DE ESTADO
E-MAIL: [email protected]
FAX: (11) 3845-1794
FACEBOOK: JOO MELLO NETO
WASHINGTONNOVAES
Fundadoem 1875
JulioMesquita(1891-1927)Juliode Mesquita Filho(1927-1969)Francisco Mesquita (1927-1969)LuizCarlos Mesquita (1952-1970)
Jos Vieira de Carvalho Mesquita(1959-1988)Juliode Mesquita Neto(1969-1996)Luiz Vieira de Carvalho Mesquita (1959-1997)
Amrico de Campos(1875-1884)Nestor Rangel Pestana (1927-1933)PlnioBarreto(1927-1958)
Porquemos
sinosdobram
FrumdosLeitores
Afinal, quem
escreveaHistria?
QUEDA DEENERGIAApago
De novo, Dilma? Nunca na His-tria deste pas se viram tantosapages seguidamente. E no ve-nham com justificativas tolas.So apages mesmo!HELEO [email protected] Preto
Estado real do setor
Apago nunca mais, declaraobombstica,de naturezaeleitorei-ra, tendo como alvo o governoFHC, proferida em novembro de2010 por Lula e Dilma Rousseff,em inaugurao de estao ener-gtica a gs natural em Manaus.Destaqueespecial,segundo o dis-curso, para a atuao do governopetista, que teria agido de formapreventivadesde2003,com pesa-dos investimentos. Com menosde dois anos da posse de Dilma,
verificamos que os apages esto
de volta, sempre justificados pe-las autoridades como casos isola-dos, mas com frequncia preocu-pante. chegada a hora de o go-
vernovir a pblicoe mostraro es-tado real do setor energtico. s
vsperas de eleies com apura-oeletrnica incompreensivel-mente nunca adotada por ne-nhum pas, desenvolvido ou no, que depende de fornecimentoconfivelde energia eltrica,espe-ra-seque tudo corra bem e a con-fianadasociedade nosistema de
apuraose consolide.PAULOROBERTO [email protected] de Janeiro
Antes e agora
Estados inteiros do Norte e Nor-deste tmficadosem luze, agora,tambm partes das Regies Sul,Sudeste e Centro-Oeste. J hanos o governo lulopetista vemdandotais dissaboresaos brasilei-ros. E isso numa poca em queno h problemas de estiagem
aguda,comoa enfrentada pelo go-verno FHC. Independentementedas causas atuais,o que notrioafaltadeplanejamentoeinvesti-mento eminfraestrutura pelogo-
verno lulopetista, que se preocu-pou mais em aumentar despesascorrentes com o aparelhamentodosdiversosrgos pblicos.Apa-ges como os atuais no existi-ram no governo FHC, muito em-
bora os petistas no se tenhamcansado de bater em FernandoHenrique Cardoso. O que houve
naquela poca foi um raciona-mento para, justamente, evitarapages, que de fato no chega-rama concretizar-se.Grandepar-te da populao est sofrendocom os apages energticos, masnoesqueamos osapagesno se-tor aeroporturio, etc., etc.LLIS A. [email protected]
Pane em Itaipu
No sei se mudaram os princ-
piosbsicos de umprojetode su-bestaes. Hoje estou aposenta-do, mas exerci a engenharia du-rante 50 anos, e uma das regras
bsicas para projetaruma subesta-o era prov-la de contingencia-mento.Ou seja, instalarcomo re-servauma capacidadede transfor-madoresigual carga nominaldasubestao, com um sistema demanobras to rpidas que, casoum transformador sofresse algu-mapane,em segundos seriasubs-titudo pelo contingenciamento.
Quer-me parecer que a subesta-o de Itaipu no conta com essetipode contingenciamento.O go-
vernodo PTgastafortunasem ba-boseiras. No poderia prover osistema eltrico brasileiro dessecontingenciamento?RONALDMARTINS DA [email protected] Santo de Minas (MG)
Duas perguntas
Neste governo, apago vai pracontade quilowattnocontabili-
zado? E o revisor, hein?ALCEU [email protected] Paulo
MENSALOO inocente
Algumemsconscinciaduvida-va da absolvio de Jos Dirceupelo ministro Ricardo Lewan-dowski,do SupremoTribunal Fe-deral (STF)? S falta uma mani-
festao de desagravo com pedi-dos de desculpas formais.A. [email protected] Paulo
Previsvel
RicardoLewandowskiter inocen-tado Jos Dirceu no surpresaalguma. Dias Toffoli tambm vai
votar como ele.JOOMENON
[email protected] Paulo
Voto franciscano
O ministroLewandowski,ao pro-ferir o seu voto, homenageou odia de So [email protected] Paulo
Ato falho
Quem acompanhavao votodo sr.
ministro Lewandowski percebeuque em ato falho estou to en-
volvido quase revelou a suapremeditao para absolver JosDirceua qualquer custo.ROSALVOLOPESDA [email protected] Paulo
Falta de provas
Segundoo lamentvel voto domi-nistroLewandowski,s existecri-me quando o ladro passa recibo.SERGIO DIAMANTY LOBO
PUBLICAODA S.A. O ESTADO DE S. PAULOAv.Eng. Caetanolvares,55 - CEP02598-900So Paulo- SPCaixaPostal2439CEP01060-970-SP . Tel. 3856-2122 (PABX)FaxN (011)3856-2940
JOOMELLONETO
Pobres daquelesque se deixam seduzirpelas oportunidadesescusas do poder
Com a morte de AutranDourado fica difcil ouimpossvel esclarecer de
vez episdio da era JK
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O ESTADO DE S. PAULO SEXTA-FEIRA, 5 DE OUTUBRO DE 2012 Notas e Informaes A3
OpinioDiretorde Opinio:Ruy MesquitaEditorResponsvel:Antonio Carlos Pereira
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Diretorde Contedo: Ricardo GandourEditora-ChefeResponsvel: Maria Aparecida DamascoEditora-Chefede ContedosDigitais: Claudia BelfortDiretordo Ncleo Publicaes: Ilan KowDiretorde DesenvolvimentoEditorial: Roberto Gazzi
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Notas& Informaes
Ogoverno recor-re mai s uma
vez a medida sprotecionistase a benefcios
especiais paraincentivar o crescimento e amodernizao do setorautomo-
bilstico, cliente habitual daspolticas de estmulos seleti-
vos. O favorecimento tradi-cional, mas o tratamentohumo-rstico do assunto novo. Dis-so se encarregou o secretrioexecutivo do Ministrio do De-senvolvimento,Alessandro Tei-
xeira. No haver, segundo ele,aumento de preos para o con-sumidor. Quemgarante? Super-protegida, a indstria j cobrapreos absurdos e o risco deconcorrncia ainda ser menornosprximos tempos.Mas nin-gum pode acusar de ingrati-do os dirigentes das empre-sas. Receberam os novos favo-
res com aplausos e promessasde investimentos, como se es-perassem a oficializao dasmedidas para cumprir umaagenda sem novidade, quasesempre negligenciada no Pas elevadaa srio no exterior. Auto-ridades tentaram justificar onovo pacote com um conjunto
variado de objetivos: maior usode componentes nacionais,mais gastos em pesquisa e de-senvolvimento, elevao dospadres de segurana e econo-mia de combustveis.
Tradicionalmente um dos se-tores mais protegidos, a inds-tria automobilstica tem sidomimoseada com favores tribu-trios em mais de uma ocasio,
mascontinua vendendo no Bra-
sil produtos de qualidade infe-rior aos fabricados em outrospases. So tambm mais carose issose explica apenas em par-te pelos pesados impostos. Um
dos raros esforos de atualiza-o ocorreu nos anos 90, quan-do uma limitada abertura demercado exps as carroas na-cionais a um pouco de concor-rncia.Foi salutar,mas o gover-no despreza a lio.
Desta vez h duas diferenasimportantes, podem argumen-tar os ministros da rea econ-mica: os benefcios valero portempo limitado e as empresastero de se ajustar a um crono-grama de nacionalizao decomponentes e de investimen-tos. Quem descumprir as condi-es perder as vantagens fis-cais e a proteo contra os con-correntes de fora. Mas a con-corrncia ser, de toda forma,limitada pelo aumento do IPI.
Alm do mais, falta ver comoser controlado o cumprimen-to das condies fixadas pelogoverno.A experincia brasilei-ra pouco animadora: a inds-tria geralmente impe suas ra-zes no acerto de contas.
Mas todas essas questes se-riam irrelevantes, se os formu-ladores da poltica, pelo me-nos por alguns momentos, fe-chassem os ouvidos ao lobbydo setor automobilstico e re-fletissem sobre algumas per-guntas simples. Por exemplo:por que a indstria produz ve-culos melhores e mais baratosem outros pases, includos al-guns, como a Coreia, de desen-
volvimento recente? Ser por-
que os fabricantes so benefi-
ciados por pacotes semelhan-tes ao recm-lanado pelo go-
verno brasileiro? A resposta obviamente negativa. Em to-das as comparaes internacio-
nais, diferenas enormes seronotadas quanto natureza datributao, aos custos do inves-timento, qualidade da educa-o, s polticas de cincia etecnologia, s estratgias de in-sero internacional e assimpor diante.
Perguntas semelhantes va-lem para a maior parte das de-mais indstrias. O Brasil foiclassificado em 37. lugar emcompetitividade, entre 82 pa-ses, numa pesquisa da revista
britnicaThe Economist. No setrata s da indstria automobi-lstica ou de outro segmentoda produo, mas do Pas, con-siderado como unidade produ-tiva. Essa e outras pesquisasmostram o Brasil em posio
muito inferior s de dezenas deoutras economias, muitas de-las de industrializao recente.
A concluso inevitvel. Halgo errado com o Pas e ne-nhum problema bsico ser re-solvido por meio de benefciosfiscais ou financeiros a setoresou grupos selecionados. O re-sultado ser sempre medocrepara o Brasil, muito vantajosoparaalgunse muito custosopa-ra a maior parte da sociedade. muito mais cmodo, para ogoverno, insistir nesse tipo depoltica do que enfrentar asquestes essenciais. A tentao compreensvel. Tudo seriamais aceitvel se governos fos-sem eleitos para cuidar somen-
te das tarefas mais fceis.
Ogoverno do Es-tado j investiuUS$ 1,6 bilhonas duas pri-meiras fases do
Projeto Tiet,um programa de despoluiodestinado a coletar e a tratar oesgoto jogado no rio in naturana regio metropolitana. A suaterceira fase, iniciada em 2009comprazode concluso marca-do para 2015, exigir mais US$1,8 bilho para a execuo de564obras queaumentaroo n-dice de esgoto coletado de84% para 94%. At 2020, tododejetogerado deverser coleta-do e tratado. Infelizmente, es-te , at agora, um esforo iso-lado e, por isso, sob risco, co-mo se pode concluir doRelat-rio de Qualidade das guas Su-
perficiais no Estado de So Pau-lo. Ele mostra que a maioriados 176 municpios que inte-
gram a Bacia do Rio Tiet en-tre a nascente em Salespolisea divisa com Mato Grosso doSul, onde o Tiet desgua noRio Paran nada tem feito.
Menos de 30% das cidadestm sistema de coleta e trata-mento total de esgoto e outros20% lanam seus dejetos semnenhuma interferncia no leitodo rio a maioria desses muni-cpios se localiza na regio me-tropolitana, corao do ProjetoTiet.Almda omisso daspre-feituras, setores da indstria e
boa parte da populao poucose importam com o que despe-
jam no rio. Tanto assim que,no ano passado, 3,3 milhes demetros cbicos de sedimentos
foram retirados do rio. Em boa
parte, toneladas de terra leva-das pelas guas das chuvas dosnovos loteamentos e constru-es erguidas sem a mnimapreocupao ambiental. Desde
2011, mais de 15 mil pneus fo-ram retirados do Tiet.NaGrandeSo Paulo, osni-
cos municpios que colaboramcom o governo paulista, almda capital, so Salespolis eSoCaetano do Sul. Considera-da toda a bacia, s 51 munic-pios tm coleta e tratamentode esgoto adequados a maio-riana regiode Araatuba,cida-de que um exemplo de gestodo saneamento bsico. H 12anos, foi uma das pioneiras nadeciso de entregar os serviosde tratamento de esgoto ini-ciativa privada. A tecnologiaavanada garante eficinciados processos e a boa adminis-trao assegurauma dasmeno-res taxas de gua e esgoto para
a populao do municpio.Antecipao, colaborao ecomprometimento comas futu-ras geraes deveriam ser ca-ractersticas da gesto do sa-neamento. No entanto, o quese v na Bacia do Rio Tiet soapenas algumas boas iniciati-
vas isoladas, que, por isso, cor-remo riscode seranuladas. Du-rante quase duasdcadas, o go-
vernoestadual investiu pesada-mente na recuperao do riona regio metropolitana e a se-gunda maior cidade dela, Gua-rulhos, s acordou para o seudever de colaborar h poucomais de dois anos. A explicaoera o fato de Guarulhos seruma das oito cidades da regio
que no tm o sistema de cole-
ta e tratamento operado pelaCompanhia de Saneamento B-sico do Estado de So Paulo(Sabesp),que responsvelpe-la execuo do Projeto Tiet.
Diante da presso da opiniopblica, a prefeitura local con-seguiu recursos do Programade Acelerao do Crescimento(PAC)h doisanose, finalmen-te, comeou a investir em sa-neamento. Hoje 35% do esgotogerado pela populao de maisde 1,2 milho de habitantes es-t sendo tratado antes do des-pejo no leito do Tiet.
O alcance do Projeto Tiet prejudicado pelo pouco-casoda maioria dos prefeitos das ci-dades quecompem essa bacia.Umadaspoucas excees Bar-ra Bonita, onde a vida aqutica
voltou e famlias das redonde-zas j conseguem novamentesobreviver da pesca.
Estmulos no faltam. Nem
para as prefeituras nem para apopulao, que em parte res-ponsvelpela poluiodo rio. Ogoverno estadual v seu esforoser comprometido tambm pe-la resistnciade milhares dedo-nosdeimveisobrigaodeli-gar as tubulaesdomsticas deesgoto rede pblica. O progra-maSeliganaRede, voltadopa-ra famlias que ganham at trssalrios mnimos, custear 192milconexes comresultados di-retos para 800 mil pessoas.
O ProjetoTietno podecon-tinuarpraticamente s porcon-ta do governo do Estado. Seuxito depende da colaboraode todos os seus beneficirios municpios que integram sua
bacia, empresas e populao.
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Da promessa vriasvezes repetida pelaento responsvelpelo setor de ener-gia do governo Lu-la e depois candida-tado PT Presidn-cia, Dilma Rous-
seff, de que, com ela no governo,no haveria mais apages, s ficou alembrana. Interrupes do forneci-mento de energia eltrica conti-nuam a ocorrer com frequncia, afe-tando diferentes regies do Pas ecausando transtornos a milhes debrasileiros, comprovando a fragilida-de do sistema eltrico administrado
pelo governo Dilma.O apago mais recente ocorreu en-tre a noite de quarta-feira (3/10) e amadrugada seguinte, quando partedas Regies Sul, Sudeste e Centro-Oeste e os Estados do Acre e de Ron-dnia ficaram sem energia. Ao ten-tar minimizar o episdio, conside-
rando-o apenas um apaguinho etentando justific-lo com a afirma-o de que defeitos acontecem, odiretor-geral do Operador Nacionaldo Sistema (ONS), Hermes Chipp,desfez parte das esperanas do con-sumidor brasileiro de que, a partirde investigaes precisas, afinal, ogoverno reduza o risco de repetiode fatos como esse e a presidentecomece a cumprir o que prometeu.
Enquanto o ONS ainda se prepa-rava para iniciar as investigaesdo apago de quarta-feira, na tardede quinta-feira (4/10), a regio cen-tral de Braslia ficou sem energiaeltrica.
O apago pois foi disto que setratou de quarta-feira teve comocausa uma pane num dos transfor-madores de uma subestao admi-nistrada pela estatal Furnas em Fozdo Iguau, que provocou a retiradado sistema interligado, administra-do pelo ONS, de uma carga de 3,5
mil megawatts originria da UsinaHidreltrica de Itaipu. Imediatamen-te, as companhias distribuidoras fo-ram orientadas a suspender a distri-buio de energia eltrica.
Embora a suspenso tenha sidoseletiva, como esclareceu o ONS,uma extensa rea do Pas ficou tem-porariamente sem energia. No Esta-do de So Paulo, 24 municpios, en-tre os quais a capital (parcialmen-te) e 7 outras cidades da GrandeSo Paulo, ficaram s escuras porum perodo que variou de 2 a 5 mi-nutos. S na regio metropolitana,foram afetados 695 mil consumido-res. Em outros Estados, a interrup-
o foi mais longa.Embora (a estatal Furnas) faamanuteno, esses defeitos aconte-cem, disse Chipp. Ele duvida que se-ja imposta alguma multa ou punio empresa responsvel pelo corte defornecimento, pois no acredita quetenha havido negligncia nesse caso.
As empresas esto fazendo a ma-nuteno dos equipamentos regu-larmente. A probabilidade de o pro-blema ocorrer novamente muitoremota.
Pode, de fato, ser pouco provvela repetio desse problema, na mes-ma subestao, com os mesmos efei-tos observados h dias. Mas, por ou-tros motivos, outros problemas tmsurgido, interrompendo o forneci-mento de energia em diversos pon-tos do Pas, em perodos diferentesou simultaneamente.
Nenhum sistema eltrico imunea falhas. praticamente impossveleliminar o risco de acidentes que
provoquem a interrupo do forneci-mento de energia. A reduo do ris-co para nveis prximos de zero, porsua vez, exigiria investimentos pesa-dos que, na avaliao dos tcnicos,no compensariam. Mas o sistemabrasileiro bem ao contrrio do pro-metido por Dilma est longe da se-
gurana possvel, pois, nos ltimosanos, acidentes continuaram a ocor-rer com frequncia bem maior doque a tolervel.
Em 2009, por exemplo, 60 mi-lhes de brasileiros em 18 Estados fi-caram sem energia eltrica por atseis horas, por causa da interrupode trs linhas de alta-tenso que vi-nham da Usina de Itaipu, provocadapor problemas na subestao de Ita-ber, no Estado de So Paulo.
Para especialistas do setor, 2011foio anoem quese registrou o recor-de de interrupes de fornecimentode energia. Em fevereiro de 2011, umblecaute provocado por falha no sis-
tema de proteo de uma subesta-o em Pernambuco deixou oito Es-tados do Nordeste sem luz.
H poucas semanas, novo apago,provocado por falhas do sistema deproteo de outra subestao, emImperatriz, no Maranho, afetou 11Estados do Norte e do Nordeste.
TEMADODIA
POR DECISOJUDICIAL, O ESTADOEST SOB CENSURA.ENTENDA O CASO:WWW.ESTADAO.COM.BR/CENSURA
H1.162DIAS
OsapagesdeDilma
At tu, Dilma? Apago no
era s no governo FHC?
RUBENS TARCISIO DALUZSTELMACHUK / CURITIBA, SOBREO APAGUINHO, SEGUNDO O [email protected]
Com certeza o mensalo
inveno da imprensa.
Com certeza o apago
sabotagem da oposio
HUMBERTO SCHUWARTZ SOARES/ VILA VELHA (ES), SOBRE AEXPLICAO [email protected]
[email protected] Paulo
Corrupo ativa
J queperguntarno ofende,gos-taria que o sr. ministro Lewan-dowski esclarecesse se, no gover-no do PT-Lula-Dirceu-Genoino,o acusadoDelbioSoaresera a fi-gura mais importante e, por isso,decidia os interesses do governoparadirecionaros votos de parla-
mentares acusadosde receber be-nesses e propinas como recom-pensa pela [email protected] Paulo
Advogado de Genoino
Muitolamentveisa fala e a posi-odo ministroLewandowski no
julgamento dos principais polti-cosenvolvidosno mensalo. JosGenoino, sabidamente um dosprincipais articuladores e avaliza-
dor do esquema de corrupo,no deveria gastar com advoga-dos,poisj temum noSTF.Comsuaposioembaraosa, o minis-tro assumiu a defesa do ru. Ecom tal atitude faltou ao respeitoa seus pares e chamou quemacompanhao julgamentode igno-rante. Ns, o povo, sabemos umpouco da verdade. A sua atitudepassoude vergonhosaa ridcula.ADEMAR [email protected] Paulo
Avalmoral
Graduadoe especialistaemAdmi-nistrao de Empresas (FGV-SPe PUC-Rio),se eu fosse presiden-te seja l do que for e um funcio-nrio me pedisse um aval de R$ 3milhes, questionaria: para queque isso e como vamos pagar?
A Lewandowski me garantiria:podeassinar, s aval moral.MARCELO DA ROCHA [email protected] Paulo
EssapolticaumacarroaEsforoconjuntopeloTiet
E entra governo e sai governo, e eles no fazem nada! Essa a nossa triste realidade!EDER MENEZZES
Professores mal pagos e alunos mal-educados. A educaono Brasil vai bem, obrigado!ADRIANO DINIZ
lamentvel. Para onde vai o nosso dinheiro, de impostosque pagamos? Sade e educao deveriam ser as prioridades.CARMELIDIADIAS
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A4 SEXTA-FEIRA, 5 DE OUTUBRO DE 2012 O ESTADO DE S. PAULO
17A 20DE SETEMBRO ONTEM24AANTEONTEM
Condenaes. Ministrosconcluemovotodaprimeiraparteda4.fatia:12russocon-denados.No voto sobre corrup-oativa, o relator condenouJosDirceu, Genoino e Delbio.
DE 16/8A 6/9 10A 13DE SETEMBRO
Primeirasfatias.A primeirafatiatratoudodesviodedinhei-ropblico. Cinco rusforamcondenados.Na segunda,degestofraudulenta, maistrs foramcondenados.
3 fatia. Julgou lavagemdedinheiro. Dosdez rus, apenasGeizaDias, ex-gerentefinancei-rada SMPB,e AyannaTenrio,ex-vice-presidente do BancoRural, foram absolvidas.
2A 17DEAGOSTO
4fatia. Tratadacompradeapoiodeparlamentares.OrelatorJoaquimBarbosajulgouapenasosrusligadosaospartidospolticos.Condenou12ruseabsolveuapenasum.
CRONOLOGIADOJULGAMENTO
Corrupoativa.Votandosobrecorrupoativa, o revisorLewandowskicondenaDelbioeabsolveDirceueGenoino.De-pois,RosaWebereLuizFuxcon-denamos trspetistas.
Nacional
Pode haver uma organizaocriminosa acfala? Esta aquesto sobre a qual o STF sedebruou nesta semana. Aoiniciar o julgamento do deno-minado ncleo poltico, Joa-quim Barbosa fez uma longadescrio de fatos e situaes,com o objetivo de demonstrar
queseriaimplausvel queJos Dirceu e JosGe-noino no liderassem o esquema de corrupooperado por Marcus Valrio e Delbio Soares.
O ministro Lewandowski, embora admitindo
a existncia do complexo esquema criminoso econdenando seus principais operadores, buscoudemonstrar que os fatos e circunstncias expos-tos pelo relator no constituiriam mais do queindcios. Portanto, seriam insuficientes para ca-racterizar conduta criminosa por parte de Ge-
noino e Dirceu. Neste sentido, pretendeu con-vencer que o esquema era liderado por Delbio.
Para Rosa Weber esta tese se demonstrou in-verossmil. No que se refere s provas, afirmouque presunes, sinais, indcios, quandoconcor-remcomfatos e circunstncias,podem servir pa-ra fundamentar a convico do magistrado. Poroutro lado, deixou claro que um esquema comalto grau de complexidade, que envolveu desviode dinheiro pblico, emprego de recursos clan-destinos e amplacoordenaode lideranas par-tidrias para a construo da base de apoio dogoverno, nopoderia terocorrido sema concor-rncia e a liderana de Genoino e Dirceu.
Coma confirmaodestaperspectiva, a prti-
ca de crimes complexos, onde o vu corporati-vo ou as longas cadeias hierrquicas dificultama apurao das responsabilidades dos verdadei-rosmandantes, passar a enfrentar diasmais di-fceis no Brasil. Ao prevalecer a deciso que ho-
je comea a se avolumar, o STF passa a cami-
nhar numa linha muito tnue entre aplicar a leie garantir direitos.
A perspectiva decondenao de tantas perso-nagenspoderosas da polticatem causado enor-me perplexidade. No pas da cordialidade, a se-
veridade dos julgamentos e a falta de compa-drio tm sido motivo de surpresa. A deciso doSTF, qualquer que seja seu desfecho, tem o po-tencial de servir como mecanismo desestabili-zador de prticas incompatveis com os princ-pios republicanos que necessariamente devemreger uma sociedade democrtica.
PROF. DE DIREITOCONSTITUCIONALDA DIREITO GV
Blog.Acesse as ltimas
notcias no Radar Polticoestado.com.br/e/radarpolitico
Anlise: OscarVilhenaVieira
No estou dizendoque nopossa terhavido eventualcompra de votos aquiou acol. Estoudizendo que hprovas para todos osgostos neste acervo
probatrio de quase60 mil pginasRICARDOLEWANDOWSKI,
EXPLICANDO VOTOPOR DIRCEU
Conluio
Sem provas
So ilaes quenoencontram eco nosautos. Noh umaprova documental(contraDirceu),
nenhumaprovapericialque compr0vetal fato, muito emboratenha se arrastadopor
setelongos anosRICARDOLEWANDOWSKI, REVISOR
Provas para tudo
O conjuntocomprobatrioaponta no sentido deexistncia de conluio(...). Para mim existeprova acima dequalquer dvida deque Delbio no podeser responsabilizadosozinhoROSAWEBER,NO VOTO SOBRE
CORRUPOATIVA
Atraso. Julgamentotemcronogra-maatrasadopelodebatesobreforodosrus.Procuradorpede prisode36dos38acusados.Osministros decidem fatiar o
julgamentoem sete partes.
Corrupo ativa
Os fatos, as provas
e os lderes
Em relao aoprimeiro denunciado,Jos Dirceu,eu tambm,comprovandoasprovas, conclu queefetivamenteele responsvelpelo crime decorrupo ativaMINISTROLUIZFUX,NO 3VOTO
DOSTF CONTRADIRCEU
Felipe RecondoEduardo BrescianiMaringelaGallucciDeniseMadueo / BRASLIA
O incio da votao do Supre-mo Tribunal Federal sobre oncleo poltico do mensalodeixou o ex-ministro da CasaCivil Jos Dirceu em situaocomplicada. Embora o dia deontemtenha comeadocom aabsolvio dada pelo revisordo processo, Ricardo Lewan-dowski, outrosdois magistra-dosseguiramovotodorelatorJoaquim Barbosa e condena-ram o petista. Mais quatro in-tegrantesda Corte criticaramo voto de Lewandowski e de-ram sinais de que devem con-denaroex-ministro.Adecisofinal sobre Dirceu ser dadana semana que vem, aps o 1turnoda eleio municipal.
Alm do relator do processo,Joaquim Barbosa, os ministrosdo STF Rosa Weber e Luiz Fux
votarampelacondenaodeDir-ceu por corrupo ativa. AssimcomoBarbosa,elestambmcon-denaram o ex-presidente do PTJos Genoino e o ex-tesoureirodo partido DelbioSoares.
Mesmo sem votar, os minis-tros Carlos Ayres Britto, CelsodeMello,GilmarMendeseMar-coAurlioMellofizeramcrticasao voto do revisor, que tambmabsolveu Genoino. O julgamen-toser retomadona tera-feira.
Lewandowskiafirmouemseuvotoque oMinistrioPblico foiincapazdeprovaraparticipaode Dirceu e muito menos suaposiodecomandonoesque-
ma de compra de apoio polticono Congresso durante o primei-ro mandato do ex-presidenteLuizIncioLula da Silva.
No descarto a possibilidadede ele, Jos Dirceu, ter sido at omentor,masofatoqueissonoencontraressonncianos autos,disseLewandowski.Nohprovadocumental, no h prova peri-cial,afirmou.Noafastoapossi-
bilidadeem tesede eleter partici-padodesseseventos, mastudo se
baseiaem ouvir dizer, ilaes.Navisodorevisor,Delbioti-
nhaautonomiaparagerirascon-tasdalegenda.Oex-tesoureirose-ria,disse ele, o responsvelpeloscontratos de R$ 55 milhes com
osbancosRuraleBMGparaabas-teceroesquema.Porisso,Lewan-
dowski absolveu tambm o ex-presidente do PT Jos Genoino,que assinou os emprstimos pa-ra,deacordocomoministro,darumagarantia moral operao.
O Ministrio Pblico no lo-grou produzir prova nenhumasobresupostarelaoentreJosDirceu e Delbio Soares, o qualagiacomtotalindependncianoquetocasfinanasdopartido,disse Lewandowski. Jos Dir-ceunotinhaingerncianenhu-ma nessas atividades,afirmou.
Lewandowskidissequeasacu-saes contra Dirceu foram fei-tas pelo presidente do PTB, Ro-
berto Jefferson, j condenadopor corrupo passiva e que se-
riainimigodo ex-ministro.Roberto Jefferson inimigo
figadal de Jos Dirceu e procu-routrazerJosDirceuparaobo-jo dos fatos, disse o revisor. ElembrouafrasecitadaporJeffer-son em depoimento ao Conse-lho de tica da Cmara: VossaExcelncia provoca em mim osinstintosmais primitivos.
Menteprivilegiada.Rosa We-ber,primeiraavotaraps Lewan-dowski, contestou o argumentode que Delbio teria agido sozi-nho. No possvel acreditarqueDelbio,sozinho,teriacom-prometido o PT com dvida deR$55milheserepassadometa-de disso a partidos da base alia-da. No s teria agido sozinho
como sem conhecimento dequalquer outro integrante do
PT, afirmou. Para a ministra,acreditarqueDelbiotinhaauto-nomiaparamontartodooesque-ma seria acreditar que ele temuma mente privilegiada.
Fux tambm condenou Dir-ceu, Delbio e Genoino. Afir-mou que, pela lgica da expe-rincia,asreuniesnaCasaCi-
vil com dir igentes de banc os eas negociaes polticas colo-cam Dirceu no topo do esque-ma. Pelas reunies a que com-pareceu e depoimentos que fo-ramprestados,ele(Dirceu) figu-ra como articulador polticodesse caso penal, at pela posi-odeproeminncianopartidoe no governo que ele tinha.
Naprximasemana,Dirceude-ve ter um segundo voto por sua
absolvio. Ex-assessor dele naCasaCivil, DiasToffoli foiadvo-gadodeLulaemtrscampanhas.
Com quatro votos proferidosna atual fatia do julgamento, oex-ministro Anderson Adauto eGeizaDias,ex-funcionriadeVa-lrio,foramabsolvidosportodos.Osquatroministroscondenaram
Valrio, Delbio, os ex-scios deValrio Cristiano Paz, RamonHollerbacheSimoneVasconce-los,ex-funcionria daSMPB.
SessoadiadaOsministros
doSTFdecidi-
ram transferir
a sessodo
julgamentodomensalo da
prximasegun-
da para tera-
feira, porcau-
sadaselei-
es, quese-
ro realizadas
no domingo.
RevisorabsolveDirceu;doisministrosseguemvotodorelatorporcondenao
O que foi dito ontem:Asprincipais frasesdos ministros
nasessode ontem
Contexto: Confira as anlisesfeitas pelaequipedo Estado e da
DireitoGV
Infogrficos: Entenda o de-senrolar doprocessoathoje, a
denncia e as acusaescontra
os37 rus
www.estado.com.br
Acompanhea cobertura
Maisinformaessobre o
julgamento do mensalo
MENSALO
estado.com.br
ANDRDUSEK/AE
Hora dasentena. Lewandowski diz no haverprovas nos autos e ataca acusao feita peloMinistrio Pblico Federal; situaode ex-ministro dogoverno Lula, porm, se complica com votos deRosaWeber e Luiz Fux; caso ser decidido aps 1 turno da eleio
Pgs. A6 e A7
Na defesa.O revisorRicardoLewandowski l seuvoto sobre corrupo ativa, emquecondenouDelbioe inocentou Dirceu
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Gurgel faz poltica, afirmapetista
UESLEI MARCELINO/REUTERS
AdvogadodeDirceu
ataca votode relatorNo h ato concreto, afirma criminalistaem memorial feito para rebater Barbosa
MENSALO
BrunoLupionVeraRosa
Um dia depois de o procurador-geral da Repblica, RobertoGurgel, dizer que ser salutarse o julgamento do mensalo ti-
ver impacto nas eleies, depu-tados e advogados do PT nopouparam crticas ao chefe doMinistrio Pblico. Para eles,Gurgel est fazendo poltica eextrapolando suas funes.
O Gurgel tem lado. No pa-
pel do procurador-geral da Re-pblica fazer poltica. Para fa-zer poltica preciso ter voto,afirmou ontem o deputado Pau-lo Teixeira (PT-SP).
Na sua avaliao, Gurgel foisaliente ao fazer o coment-rio, atuando como torcedor con-tra o PT. Teria ele opo parti-dria?, indagou o deputado noTwitter. Teixeira disse, ainda,que o PT vtima de sua cren-a no ativismo judicial.
O Estado
apurou que o ex-presidente Luiz Incio Lula daSilva manifestou preocupaocom o julgamento ao conversarcom a presidente Dilma Rous-seff, na segunda-feira. Naquelanoite, pouco antes de Dilma serchamadaparadiscursarnocom-ciodo candidatodo PT Prefei-
tura de So Paulo, FernandoHaddad, Lula disse a ela que, ao
julgaro ncleopoltico,nesta se-mana,oSupremoTribunalFede-ral(STF) agia como objetivodeenfraquecer o PT nas disputasmunicipais.
Dilma concordou com o diag-nsticodeLula.ParaoadvogadoMarcoAurlioCarvalho,coorde-nador do Setorial Jurdico doPT,asdeclaraesdeGurgelcon-firmam a subverso de papisno julgamento do mensalo.Gurgel atua como presidentedepartidopoltico,oministrore-lator, Joaquim Barbosa, age co-moprocurador-geraldaRepbli-ca e o presidente do Supremo,Carlos Ayres Britto, aparece co-modeputadode oposio,pro-
vocou Carvalho.
Minutos antesdo julgamento, oex-ministroJos Dirceu enviou ume-mailparao celular de seuadvo-gado, Jos Luis Oliveira Lima, oJuca.Dou a mo palmatria,masvamos para o mrito, escre-
veu.Era umareferncia repercus-sodo memorialda defesana in-ternet. Evanise Santos, mulher deDirceu, tambm mandou mensa-gem: Juca,estamos juntos. ummomento difcil paratodos ns.
Dou amo palmatria,dizDirceua advogado
PauloTeixeira dizque procurador-geralda Repblica tem ladoe est extrapolandosuas funes
FaustoMacedoVeraRosa
Na iminncia de ser condena-do como mentor do mensa-lo, o ex-ministro da Casa Ci-vil Jos Dirceu distribuiu aosministros do Supremo Tribu-nal Federal um novo memo-rialdedefesa de11 pginas emque ataca o voto do relator,Joaquim Barbosa. Subscritopelo advogado Jos Lus Oli-veira Lima, defensor de Dir-ceu, o documento um apelodramticoporsuaabsolvio.
A pea de defesa foi entregueantesdasessonaqualficouevi-dente o destinodo principalrudo mensalo. Em conversas re-servadas, at mesmo amigos deDirceu avaliam que ele deve sercondenado por corrupo ativapor8 votos.A expectativa que,alm do ministro revisor, Ricar-do Lewandowski, apenas DiasToffoli vote por sua absolvio.Toffolitrabalhou comDirceunaCasa Civile foiadvogado doPT.
Dirceudeverrecorrerda sen-tenacorteinternacionaldaOr-ganizaodos Estados America-
nos (OEA). Para amigos do ex-ministro que com ele conversa-ram, na noite de ontem, o STF
virou um tribunal de exceo.O documento em defesa de
Dirceu ataca 14 pontos da mani-festaodorelator,aquematri-
budovalorexcessivoe exage-ro no acolhimento de provastestemunhaiscontraoex-minis-tro.Restaclaroqueexistemin-meras provas nosautos queme-recem ser consideradas e ade-quadamentevaloradas,ensejan-doodecretodeabsolviodeJo-s Dirceu,diz OliveiraLima.
Importantssimo observarque tanto a Procuradoria-GeraldaRepblicacomoo votodo re-lator noapontamum nico atoconcreto do ex-ministro no in-tuitodebeneficiarosbancosRu-raleBMG,ouaindaPortugalTe-lecom ou Grupo Esprito San-to, afirma o advogado. Foge lgica que, se existisse de fatoum relacionamento ilcito, os
bancos no tivessem recebidode JosDirceuqualquerespciedefavorecimentoemcontrapar-tida nos mais de dois anos emquechefioua CasaCivil.
O advogado argumenta que ointerlocutor do governo na C-mara,napocadareformaprevi-denciria, era o ento ministro
da Previdncia, Ricardo Berzoi-ni.Segundoele,nareformatribu-tria as negociaes foram con-duzidasessencialmentepeloMi-nistriodaFazenda,napocaco-mandado por Antonio Palocci.O ento ministro da Fazendaconfirmou ter participado dire-tamente das negociaes da re-forma tributria, acrescentandoqueaarticulaoenvolveudiver-sasreuniesdopresidentedaRe-pblicacomgovernadoresdeEs-tadoepartidospolticos,assina-la Oliveira Lima, quecita depoi-mento de Palocci nosautos.
Paraadefesadoex-ministro,ovotodo relatoratenuoua ineg-velinteno do ex-deputadoRo-berto Jefferson(PTB) em preju-dicar Jos Dirceu. O advogadoafirma que Jefferson somentecriousuasdennciascontraDir-ceu aps ser flagrado em epis-diode corruponos Correios.
Audincias.A defesa nega vn-culoentreDirceueMarcosVal-rio, operador do mensalo. O
votodo relatordeu especialdes-taque ao fato de representantesdebancoseempresasteremafir-mado que Marcos Valrio fez o
pedido de audincia com o ex-ministroda Casa Civil.Todavia,noeraoprprioministrodaCa-sa Civil quemrecebia aspessoasinteressadasemsolicitaroagen-damento de audincias.
Segundo o memorial, Dirceunotinha contatodiretoe nemmesmoera informadoda identi-dade do portador de pedido dereunio na Casa Civil. Ao con-trrio do que foi consignado no
voto do relator, as reunies(naCasa Civil) no se revestem decarterclandestino;ao revs,fo-ram registradas na agenda ofi-cialdo ex-ministro.
O documento assevera quese os representantes dos ban-cos e empresas decidiram levarnas audincias Marcos ValrioouDelbioSoares,sejacomome-ros acompanhantes ou assesso-res,talfatonoderesponsabili-dadede JosDirceu.
Noh nada deanormalnes-tasreunies e diversastestemu-nhasouvidasnaaopenalrefor-amisso,destacao memorial.
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A8 Nacional SEXTA-FEIRA, 5 DE OUTUBRO DE 2012 O ESTADO DE S. PAULO
DiegoZanchettaBrunoBoghossian
Oito mil cabos eleitorais doPT e 1.500 da coligao doPSDB receberam a misso deabordar moradores da perife-ria e tentar convenc-los deque o candidato Celso Russo-
manno (PRB) vaiaumentaratarifadenibusparaquemmo-ralongedocentro.AblitzqueunepartidriosdopetistaFer-nandoHaddad(PT)e dotuca-noJosSerra(PSDB)aapos-ta para tentar reverter o votoem Russomanno nos extre-moslestee sulde SoPaulo.
Cada campanha de vereadordo PT tambm est orientada aatacar a promessa do rival queprope tarifa diferenciada, deacordocomadistnciapercorri-da.Estosendodistribudosnosprximostrsdias400milfolhe-tosda campanha deHaddadqueatacamapropostadeRussoman-
no. No extremo sul, o vereadorMiltonLeite(DEM),ligadoacoo-perativadeperueiroseintegran-tedacoligaodeSerra,orientousuaequipede1.500visitadoresa apontar os problemas da pro-posta de passagem progressivaapresentada por Russomanno.
Um dirigente petista afirma
ter distribudo muita genteemCidadeTiradentes,MBoiMi-rim, Guaianases. Uma das tti-cas, afirma, colocar nas ruaspessoas do partido que tentampuxaroassuntodapromessa(deRussomanno) de forma espont-nea, na fila do supermercado,dentro dos nibus e do Metr.
Cadacaboeleitoralpetistarece-be cerca de R$ 800 por ms.
Alm do trabalho nos bairrosmais distantes do centro, a or-demdentrodacampanhaparaquetodoomaterialnovodepro-paganda que for confeccionadopelosvereadoresnessesltimosdiastenhaafotodeHaddad.
EmregiesdazonalestecomoItaqueraeJardimPantanal,apro-postadeRussomannoeracomen-trio entre comerciantes na tar-dedeontem.Novouvotarparaningum do PT. Mas tambmno d para votar num cara que
vai aumentar a passagem dessejeito, afirmouo vendedor desu-cosnaturaisJairPolo,de51anos,morador de Itaquera que havia
colocado cartazde Russomannoem seu pequeno comrcio naRuaSabbadoDAngelo.
Outra ordem dentro da cam-panhapetistaparaquetodoma-terial novo de propaganda quefor confeccionado pelos verea-dores nesses ltimos dias decampanhadeve terfoto de Had-dadem tamanhobem visvel.
Na zona sul, Milton Leite co-mandaaoperaocontraRusso-manno. A campanha do verea-dor uma das maiores entre1.227 candidatos a vereador nacapital. Meu pessoal fala comos eleitores sobre a proposta dapassagemprogressivadoRusso-manno e mostra que a popula-o quemora mais longevai pa-
garmais caro para andarde ni-bus.Isso derrubaele, disseMil-ton Leite. O vereador do DEMdiz que recebeu uma orientaodacoordenaodecampanhadeSerra para desconstruir a ima-gemeaspropostasdeRussoman-no. Os tucanos no confirmamque tenham feito recomenda-esespecficasaoscaboseleito-raisde sua coligao.
SerraatacaaocontraKassabLILIAN DA COSTA
PROMOTORA DE JUSTIAQuem se inscreve em programa
televisivono temoutroobjetivo
a noser conseguir o emprego
JosSerra(PSDB)classificouco-motipicamente eleitoral a de-
nnciacriminalfeitanasegunda-feira pelo Ministrio Pblicocontra o prefeito de So Paulo,Gilberto Kassab (PSD). Kassab,afilhadopoltico de Serra, acu-sadode contratarirregularmen-teaempresaControlarpararea-lizaroserviodeinspeoveicu-lar no municpio. completa-mente eleitoral, na antevsperada eleio. Por que no fez ummsoudoismesesantes?,ques-tionou o tucano, aps participardemissadopadreMarceloRossiaoladodocandidatodoPMDBPrefeitura, GabrielChalita.
RicardoChapolaFernandoGallo
OcandidatoCelsoRussomanno(PRB) isentou-se ontem de res-ponsabilidadepelo nocumpri-mento de promessas, veicula-das em seu programa de televi-soem2003,detratamentom-dico a um garoto de 8 anos e deemprego ao pai e me dele. Afamlia processou Russomannoe ele foi condenado pela Justia
de So Paulo, em primeira ins-tncia,pordanosmorais.Ajuzaoobrigou,aoladodeoutrosqua-tro rus, a pagar R$ 40 mil aosautores da ao.
O candidato sustenta que eras apresentador do programa eque as empresas que fizeram aspromessas que assumiam ocompromisso de entregar o quetinha sidoprometido.
Nofuicondenado(emdefini-tivo).Eutinhaumprogramaque
tentavaajudaraspessoas.Asem-presasquesecomprometiamaarrumar emprego. No era euque me comprometia, afirmouo candidato, antes de iniciarumacarreatanazonasul.
Na defesa que apresentou
Justia em 2007, o advogado deRussomanno, Renato Menezel-loacusouafamliadeagirdem-f. (...) Se utilizaram de suascondiesde vidadesfavorveispara causar comoo e conse-guir resolver todos os proble-mas financeiros, enriquecendoscustasdorequerido.Eleafir-mou que os familiares queriamenriquecer sem causa e quesenodesfrutaramdosempre-gos requeridos foi por inr-cia. A famlia diz ter ido s em-presas,masnuncanenhumaten-dentesabiado quese tratava.
OMinistrioPblicoestadualendossou a tese da famlia queprocessou Russomanno por da-nosmoraiseconseguiusuacon-denaonaJustia.Houveaoculposa, ou seja, os requeridos(...) veicularam promessas pormeio de programa televisivo e,
voluntariamente,noas cumpri-ram. Por conta disso, causou(sic) danos morais famlia dosautores, escreveu em julho apromotora Liliam CristinaMar-
ques da Costa. Ela sustenta nosautos que o valor da indeniza-o, que a juza de primeira ins-tncia fixou em R$ 40 mil, deveser elevado a 50 salrios mni-mos, o que levaria o montante acercadeR$250mil.
A promotora rechaou a teseda defesa de Russomanno e dasempresas de que a famlia noobteve os empregos por inr-cia, ou seja, por supostamenteno ter ido atrs de conseguir oque havia sido prometido. Nocrvelquetenhahavidoinrcia.(...)Quemseinscreveemprogra-matelevisivoquetemcomofina-lidade a concesso de postos detrabalhono temoutro objetivoanoserconseguirumemprego.Infere-secomrazovelprobabili-dadequehaveriaefetivaprocurapelas empresasrequeridas.
JuliaDuailibiRicardoChapola
Natentativadeestancaraqueda
nas pesquisas, o candidato doPRB Prefeitura, Celso Russo-manno,gravoumensagemdete-lemarketingnaqualpedevotose
voltaaexplicarapropostada tari-fadenibusproporcional,bom-
bardeadapelos adversrios.Ser disparado entre hoje e
amanh 1,4 milho de telefone-mas.Aaofazpartedeumcon-
juntodeoutrasmedidasque Rus-
somanno deflagrou para tentarreverterosataquessuapropos-ta na rea dos transportes, quepretende cobrar tarifa propor-
cional quilometragem usada.Naavaliaodacampanha,ascr-ticas feitas ideia teriam causa-do estrago na inteno de votodeRussomanno.Segundorecen-tepesquisaDatafolha,ocandida-to tem25% das intenes de vo-to,ante30%nasemanapassada.
Almdo telemarketing,a cam-panhaproduziu1milhodefolhe-tos, nos quais tenta convencer o
eleitor sobre a proposta da tarifaproporcional. Em outra frente,comeou a distribuir um folhetono qual lista dez motivos para oeleitorvotarnocandidato.Ame-
didafoiumareaoaospanfletosdistribudospelas campanhas deFernandoHaddad(PT)edeJosSerra(PSDB),queatacamRusso-
manno. No material do tucano,so descritas dez razes paranovotarnocandidatodoPRB.
Com tiragem de 5 milhes deexemplares, os panfletos produ-zidos pela equipe de Russoman-no reproduzem temas que j fo-rammuniodeseusadversrioscontrasuaimagem.Parasedisso-ciardaIgrejaUniversaldoReinode Deus, qual o PRB ligado, o
texto afirma que o candidatotem valores sociais e religiososmuitobem definidos.
Ocomandodacampanhatam-bmabordou no materiala mor-te,porsupostaneglignciamdi-ca, da mulher de Russomanno:Ao perder sua esposa por falta
de atendimento mdico, CelsoRussomannosentiunapeleade-ficincianareadasadeemSoPaulo.Elesabecomomelhorar.
Nacorridaparaindicarocoor-denador do programa de gover-no,a campanha se reuniuontemparadiscutirumaterceiravia.Atentohaviadoiscotados,oecono-mistaIstvanKaznareoengenhei-ro MuriloCamposPinheiro.
CandidatodoPRBnegaculpaporpromessana
TVnotersidocumprida
Reaovemcomtelemarketing epanfletos
DANIEL TEIXEIRA/AEJF DIORIO/AE
Aliados de Serra eHaddad fazem blitzcontra RussomannoQuase 10 mil cabos eleitorais vo s ruas bombardear planodo candidato do PRB de criar tarifas diferenciadas de nibus
CLAYTON DE SOUZA/AE
Como seraintegrao dosistema comoBilhete nico, quepermite queumpassageiro utilizemaisde umni-bus por distnciasindeterminadasportrs horas
O que faltaesclarecer
Instituir
umatarifa
proporcional
distncia
percorrida
para o
transporte
pblico
na capital
Crtica dosadversrios
Quem mora nosbairros maisdistan-tes ser prejudica-do,porquepagara tarifacheia, hojede R$ 3. Prefeiturater de subsidiarodesconto paraquem percorre dis-tncias menores
Proposta
EMQUALSOPAULOVOCGOSTARIADEVIVERNOSPRXIMOSQUATROANOS?
...hojee amanh.Haddad abraameninas emParelheiros...noseleitoresde...Serratirafotocom jovemna Vila SabrinaDeolho...Russomannobrincacomgaroto emSantoAmaro
LaranjaCarlosAlberto Joaquim, inicial-
mente apontado comocoordena-
dorda campanha de Celso
Russomanno (PRB), filiado
desde 1994ao PSDB,que tem
como candidato Jos Serra.
Uma cidade ondecircular no seja um problema, com bons nibus e metr que sejam efetivamenteuma alternativa ao uso do carro. Cheia de espaos culturais, comprogramao diversificadae acessvel populao.So Paulo uma cidade incrvel,mas boa parte da populao no usufrui disso. Facilitar oacesso aosequipamentos culturais do centrocom mais opes de transporte e ver espalhados, por todasas regies, diverso, cultura e entretenimento, com qualidade, alm de oferecer oportunidadeparatalentos escondidos pelos cantos da cidade desenvolverem seu potencial, seria uma bela conquista
ANDRSTURM
CINEASTA
Explicao
PROMESSA DE CAMPANHA
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O ESTADO DE S. PAULO SEXTA-FEIRA, 5 DE OUTUBRO DE 2012 Nacional A9
A campanhadeFernandoHad-
dad(PT)usou partedohorrio
eleitoralna TV reservadoaos can-
didatos a vereador ontempara
pedir votos aopetista. A prtica
proibida pelaJustia Eleitoral,
mas,diante docenrio apontado
pelasltimas pesquisas,o estafe
petista decidiulevara pea aoar.
A propaganda tambmfez crti-
cas a JosSerra (PSDB) e a Cel-
soRussomanno(PRB). O advoga-
doda campanha tucana,Ricardo
Penteado, classificouo programa
comoescandaloso.Ele afirmou
quea equipe jurdica dopartido
vaise reunir hoje para decidir
quemedidas tomar.Segundoele,
o uso indevido doespao naTV
poderialevaratmesmo cassa-
oda candidatura deHaddad.
Ontemfoi o ltimodia dehorrio
eleitoral.Procurada,a assessoria
dopetista noquis sepronunciar.
Justia apreende jornais pr-HaddadImpressodoSindicatodosBancriosdmais destaquee declara apoioa petista; campanha tucana alegaque publicao fere lei eleitoral
FOTOS: ALEX SILVA/AE
NaTV,propagandadevereadorpedevotoparapetista
Apreenso. Oficial de Justialeva exemplares da Folha Bancria da sededo sindicato
Apoio.Jornal do dobrodo espaoparaHaddad
De farda. APromotoria impugnoua candidatura a vereadordeCoronelTelhada(PSDB) emSPporincitao violncia noFacebook
So responsveis
por grande partedas primeirasoportunidadesde trabalhopara os jovens.
So empresasgenuinamentebrasileiras.
As micro epequenasempresasempregam maisde 60% dostrabalhadoresdo pas.
Geramempregos nasua cidade,perto de voc.
Ajudam areduzir asdesigualdadessociais.
As micro epequenasempresasmovimentama renda depequenascidades.
Novos setoresem que aspequenasempresasatuam comeama exportar eajudam o pasa crescer.
A concorrncia
entre as pequenasempresasgera melhoresprodutos e preospara voc.
Geram cidadania:2 milhes debrasileiros saramda informalidadee hoje soempreendedoresindividuais.
Na crise,as micro epequenasempresasajudam aaquecer aeconomia.
72% daspequenasempresasvalorizamas questesambientais.
Onde voc fazbarba, cabelo ebigode.
Voc temmais liberdadepara sugerirmudanas nosprodutos eservios.
Pequenasempresas somais criativase inovadoras.
Comprar delas alimentar umciclo: muitosfornecedores dospequenos tambmso pequenos.Voc cria um fluxode negcios.
Toda grandeempresacomeou em umfundo de quintal.
Comprar depequenasempresas apoiaruma famliabrasileira.
Comprar depequenasempresas ajudar aconsolidar umsonho.
Elas so a carado Brasil, refletema nossa maneirade ser e de fazernegcios.
Democratizaoda economia:redesdescentralizadasde distribuio ede fornecedores.
84% daagriculturabrasileira familiar eest situadaem pequenaspropriedadesrurais.
Tm maisidentidade coma cultura local,com os produtostpicos deuma cidadeou regio.
Distribuemmelhor arenda do pas.
em umapequenaempresa quevoc toma umcafezinho e bateum papo.
Produzemalimentosfrescos,saborosos,saudveis,orgnicos...uma delcia!
Quem te salvaquando vocperde a chave.
Nas pequenasempresas vocfala direto como dono.
Comprandode pequenasempresas voc temcerteza de que seudinheiro ficar nasua comunidade,no seu bairro, nasua rua.
Convenincia:tem sempreuma em cadaesquina. Mesmoonde no temesquina.
Os impostosgerados pelosnegcios pertode voc trazembenefcios paraa sua cidade.
As pequenasempresasoferecemtratamentopersonalizado:todo mundoconhece vocpelo nome.
Existe maisflexibilidadepara barganharpreos edescontos.
Elas falam asua lngua,tm o seusotaque.
Pousadinhacharmosa?S pequenaempresa.
O motor doBrasil: 99,1%dos negciosdo pas soformados pormicroempresas.
Evitam adependncia deoutras praas. Aspequenas empresasda sua cidadetrazem as soluesde que voc precisa.
Comida
caseira forade casa, s emuma pequenaempresa.
ondevocencontrao po decada dia.
Nas pequenasempresas vocsempre temcrdito: todomundo sabeonde voc mora equem voc .
Velocidade:pequenasempresas seadaptam maisfacilmente paraatender s suasnecessidades edesejos.
Compre hoje e sempre nas micro e pequenas empresas.Quem tem conhecimento vai pra frente | 0800 570 0800 | sebrae.com.br
55000
POLICE NETO
POLICE NETO
POLICE NETOVereador Netinho
O melhor vereador de So Paulo
O melhor vereador de So Paulo
O melhor vereador de So Paulo
Jos Police Neto foi avaliado por 8 anos seguidos o melhorvereador da cidade pela ONG Voto Consciente. Tambm escolhidoo melhor pela Revista Veja SP*com nota 9,1.
* Revista Veja So Paulo Edito 2080 * http://www.votoconsciente.org.br/ Valor: R$22.230,00
ColigaoPSDB/PSB/PR/DEM - PSD
@policenetofacebook.com/[email protected]
Bruno LupionRicardoChapola
Oficiais da Justia Eleitoralapreenderam ontem noiteexemplares do jornal FolhaBancria, editado pelo Sindi-catodosBancriosdeSoPau-lo,Osascoe Regio e comtira-gem de 100 mil exemplares,por suposta propaganda elei-toralindevidaemfavordocan-didato do PT Prefeitura deSoPaulo,Fernando Haddad.
Aao foipropostapelosadvo-gados do candidato Jos Serra(PSDB),sob a alegao de que apublicao viola a Lei Eleitoral.Oartigo24probeoscandidatosdereceberdoaesdiretaseindi-retas, inclusive na forma de pu-
blicidade,de entidadesde classee sindical.Omandadodebuscaeapreen-
sofoi expedidopela juza CarlaThemisLagrottaGermano.Ade-cisoprobeadistribuiodojor-nal e determina a retirada doPDFdapublicaodositedosin-dicato, filiado Central nicados Trabalhadores (CUT).
Os cerca de 500 exemplaresdisponveisnasededaentidade,no centro, foram apreendidos.Oficiais de Justia tambm fo-ram destacados para cumprir omandado emoutros locais.
A ltima pgina dos exempla-resapreendidosda Folha Banc-ria trazseosobottuloOme-lhor projeto para So Paulo,
comtextossobre Haddad,Serrae Russomanno. O petista ga-nhou o dobro do tamanho dosconcorrentes e a afirmao dequeamaioriadadiretoriadosin-dicatoapoiaFernandoHaddad.
ApeasobreSerraafirmaque otucano vetou projetos de lei quedeterminavam a instalao de
portasdesegurananosbancoseque o PSDB privatizou o Banes-pa.Diztambmqueotucanonodivulgouseuplanodegoverno.Otexto sobre Russomanno afirmaque o candidato ganhou desta-que no pela atuao poltica,masapresentandoprogramasde
vriasemissorasde TVe resumeseuhistricodefiliaespartid-rias e propostasde governo.
Nemosbancriosnemacam-panhadeHaddadcomentaramocasoontem.O advogadoMiltonTerra, da campanha de Serra,afirmou que j tradicional osindicatoapoiaroPT.Elesrei-teradamente descumprem alei, disse. / COLABOROU BRUNOBOGHOSSIAN
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A10 Nacional SEXTA-FEIRA, 5 DE OUTUBRO DE 2012 O ESTADO DE S. PAULO
CarlosMendes/ BELM
O delegado da Polcia Federalem Marab, Antnio Carvalho,disse que Adinaldo Correa Bra-ga, um dos presos na operao
que levou apreenso de R$ 1,1milhoemum avioem Paraua-pebas (sudestedo Par), confir-mou que o dinheiro seria entre-
gue a Alex Ohana, ex-secretriomunicipaldeSadedeParauape-bas e atual coordenadorda cam-panha de Jos das Dores Couto,o Coutinho,do PT.
O juiz eleitoral de Parauape-bas Lbio Arajo Moura, que co-mandoua operao,teriarelata-doaodelegadoque,enquantoes-tavaaguardandoaaeronavedes-
cer,pdever Ohanano aeropor-to,mas elesaiu apressadamenteao v-lo chegar coma polcia.
Em nota, o diretrio munici-
pal do PT de Parauapebas repu-diou o envolvimento da legendanocaso,afirmandoqueaapreen-so do dinheiro no tem nenhu-ma relao com o partido. Tam-bm atribuiu a denncia envol-vendoopartidoaocandidatoVal-mir da Integral (PSD), apoiadopelo PSDBdo governadordo Pa-r,SimoJatene.Aassessoriado
candidatodisseque a acusao risvelepreferianocomentar.
Apressada.Para o delegadoAntonioCarvalho,a operaoco-mandada pelo juiz Moura foiapressada e compromete o xi-to das investigaes. H ind-ciosdequeodinheiroseriausadoparaacompradevotosebocadeurnanaeleio,masnohcomo
provar,pois issos seriapossvelno dia da eleio. O que se podefazer,talvez,indiciaraspessoaspor formao de quadrilha, ex-plicou Carvalho aoEstado. Se-gundo ele, a PF deveria ter sidoavisada com antecedncia paraque o servio de inteligncia pu-dessearmazenarprovasatapri-soem flagrante dos suspeitos.
Ese Roberto Jefferson notivessedenunciadoomen-salo, como estaria o Bra-sil hoje?
Pelo que o julgamento do Supre-mo Tribunal Federal est provan-do, o PT teria a maior e mais fiel
base de apoio do Ocidente, mai or atdoqueavelhaArenadaditadura,presi-didaporSarney.Almdoscargosebo-quinhasdesempre,ospartidosaliadosteriam suas despesas de campanhabancadas pelo PT. Assim, tanto nas vo-taes no Congresso como nas elei-
es, no seria uma coalizo, mas umrolocompressor.Ademocraciaperfei-ta de Lula e Dirceu.
Seriaprecisoapenasencontrarnovasfontes de financiamento da operao,alm dos emprstimos de araque deMarcos Valrio no Banco Rural e no
BMG e do desvio de dinheiro do Visa-net,quenoseriamsuficientesparapa-gar as dvidas e as campanhas do PT, easdespesascrescentescom a voracida-de da base aliada, que quanto mais co-memaisfometem.
Deonde sairia o dinheiro?Militantesdopartidoempostos-chavenaadminis-trao pblica facilitariam concorrn-cias e superfaturariam campanhas pu-blicitrias e eventos produzidos pelasagenciasde Marcos Valrio,que ficariacomumapartedo butim.Depoiseraslavaro dinheirona Bonus Banval e dis-tribu-lo aos aliados para garantir a go-vernabilidadesemfazer concessespo-liticas e a aprovao de seus projetosqueelestinhamcertezaeramosme-lhores parao povobrasileiro.
Como Lula e Dirceu sabiam melhor
queningum,pelomenos300picare-tas estavam venda no Congresso.Ento, por que no compr-los paraserviraogovernodoprimeirooper-rioachegarPresidncia,paraatuali-zarefazerasreformasdebasequederrubaram Jango e Brizola em1964?Eraumacausanobre,umvelhosonho, um planoperfeito.Ou quase.
Maisdo queum intil exerccioderetrofuturologia, imaginar as conse-quncias funestas da continuidadedo mensalo que no ia parar ali,cresceria e envenenaria o Congres-so,as campanhaseleitorais,a demo-craciaeoEstadoserveparadarumsuspiro de alvio e agradecerao pro-curador-gerale aosministros do Su-premo Tribunal Federal. E ao gestotresloucado de Roberto Jefferson.
Presoconfirmaquedinheiro iriapara campanhapetistanoPar
Tucano j
buscaapoiodepartedoPTnoRecifeCoelho,doPSDB, trabalhaparaatrair petistas
numeventual2 turnocontracandidatodoPSB
DIVULGAO
LEO MOTTA/LEVAYPHOTOS
Oplanoperfeito
Caminhada.O tucanoDanielCoelhoacredita queoposiodoPSDBao governofederal noimpedir alianacomPT local
Verbasuspeita.R$1,1milhoapreendidoem avio noPar
SergioTorresENVIADO ESPECIAL
ngelaLacerda /RECIFE
Segundo colocado na disputapelaPrefeiturado Recife,o tu-cano Daniel Coelho j esperacontar com o apoio informaldepartedoPTpernambucanoem eventual segundo turnocontrao ldernas pesquisas,ocandidatodoPSB,GeraldoJ-lio, apoiado pelo governadorEduardo Campos (PSB).
Diantedo acirramentodo em-bate entre petistas e o PSB deCampos na reta final da campa-nha,Coelhodisseontemquepre-tende conversar com o candida-to do PT, Humberto Costa, e oex-prefeito Joo Paulo (vice nachapapetista).Costaapareceem
terceiro nas pesquisas de inten-ode voto, distantedez pontosporcentuais, segundo o Datafo-lha,do candidato do PSDB.
Formalmente pouco pro-vvelum acordo,a tpela polari-
zao que existe no campo na-cional entre PSDB e PT. Nossopartido faz oposio ao gover-no federal. Mas a gente sabeque(...)amilitncia,ossimpati-zantes do PT, esto muito res-sentidospelaatitudequeteveoPSB na campanha. O PSB assu-miuocompromissodeapoiaroPTfosseo candidato quefosse.No cumpriu esse compromis-so. E fez campanha muito vio-lenta, especialmente nos lti-mos dez dias, marcada poragresses, disse Coelho, de 33anos,deputadoestadualempri-meiro mandato.
Aps romper com os petistas,Camposlanoucandidaturapr-prianaeleiodacapitalpernam-bucana.A imposiodo nomedeHumberto Costa no Recife pela
direonacional do PTrachouopartido na capital pernambuca-na.Segundoocandidatotucano,haver espao em seu governo,se eleito, para ideias defendi-das pelo PT de Pernambuco.
Nuncativeproblemasemreco-nhecer acertos de adversrios,disse.Muitasdenossaspropos-tasforamconstrudasnatentati-va de melhorar algumas coisasfeitaspelo prprioPT. Fazpartedepolticaatrasadadizerqueemseupalanque stemacerto e nodo adversrio, s erro. A gentepodeaproveitar as boasideias.
Os entendimentos entrePSDBePTcomearamhpoucomais de um ms, sigilosamente.
Os dirigentesdas legendasacer-taram aes conjuntas contra acandidatura do PSB na JustiaEleitoral. Em nenhum momen-to houve ataques diretos entretucanosepetistas,apesardedis-
putarem a segunda vaga no tur-nofinal.Ofocofoisempreocan-didato doPSB. HumbertoCostanoquiscomentarapropostadeCoelho de uma coalizo contraJlio, sob o argumento de queestar no segundoturno.
O candidato do PSB tambmevitou o assunto. No vou co-
mentar sobre isso. S o que dizrespeito ao meu partido, limi-tou-se a afirmar.
Mentor da candidatura de J-lio,ogovernadordissequestra-tarde segundoturno ementre-vista aps o encerramento daapurao.Agrandealianaparao segundo turno com o povo.Nosso campo poltico tem cla-rosorumoeoroteiro,afirmou.
Sem respaldo. Se concretiza-
da, a deciso de apoio ao PSDBpelo PT liderado por Costa eJoo Paulo no ser respaldadapela ala interna inimiga, sob ocomando do atual prefeito,Joo da Costa. Ele j anunciou
quevotaremJlioemumhipo-tticosegundoturno. Rompidocom os companheiros quandooPT nacionalinterveiono dire-trio, retirando sua candidatu-ra reeleio aprovada em pr-via, Joo d a Costa afirmou quevai de porta em porta para pe-dir votos para Jlio.
Osataques ao tucanopartemdo PSB. Coelho passou a ser oempecilhoparaa meta deCam-poselegerJlionoprimeirotur-
no. Assinadas pela coligaoFrente Popular, liderada peloPSB, inseres na TVe nordiobuscam desmistifi c-lo. Da-niel nova embalagemda velhapoltica, dizem as inseres.
Cear. A Justia cassou o registrodo candidatodo PSBa prefeitode Reriutaba, e atdo prprioprefeito,Osvaldo Honrio (foto). Agora,s umcandidatoestna disputa,JosAguiarNeto(PT)
NELSON
MOTTA
Segundodelegado,AdinaldoCorrea Bragaadmitiu que entregaria
R$ 1,1milho a assessor decandidato de Parauapebas
Na retafinalConformemais recente pesquisa
Datafolha, o candidatodo PSB,Geraldo Julio, lideraa disputa no
Recifecom 41%das intenesde
voto.DanielCoelho (PSDB)tem
26%e Humberto Costa (PT), 16%.
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O ESTADO DE S. PAULO SEXTA-FEIRA, 5 DE OUTUBRO DE 2012 Nacional A11
Empresriopetodos contraoPSBemGois
Aps26anos, Tassofica fora de campanhaEx-senador derrotado em 2010 aps romper com irmos Gomes amargaostracismo e no d apoio pblico nem a candidato do PSDB em Fortaleza
BETO BARATA /AE-14/6/2011
AlanaRizzoENVIADA ESPECIAL / GOINIA
Dono de uma fortuna bilionria,JosBatistaJnior,doJBS-Friboi,
virou alvo dos caciques polticosde Gois desde que se filiou aoPSBedecidiuconcorreraogover-nodoEstadoem2014.Numaten-tativa de minar os planos do em-presrio, tanto partidos da basealiada ao governo federal quantoo PSDB do governador MarconiPerillo esto encaminhando re-presentaes e denncias anni-masaoMinistrioPblicoEleito-ralcontracandidatosdoPSB.
Com as candidaturas, BatistaJniorpretendeengordarsuaba-
seeleitoralparaaprximadispu-ta. O PSB lanou candidato atmesmo em Palmeira de Gois,terra do governador tucano,principaladversriodoempres-rio. Ao todo, 980 candidatos dopartidoaprefeituraseacadeirasnos legislativos municipais.
Desde que deixou a presidn-cia do grupo, Batista Jnior vol-touamoraremGoisesearticulaparaentrardeveznapoltica.Di-nheiro no falta: a famlia JBS dona de um patrimnio de R$ 4
bilhes,segundoa revista Forbes.Paraseterumaideiadoseupoderde fogo, a JBS Agropecuria, umdos muitos ramos do grupo,doou,atagora,R$700milparaadireonacionaldoPSB.
O empresrio est rodando o
Estadoem campanha.Est comaagendalotada.VisitandooEsta-dotodoparaapoiarnossoscandi-datos, destaca o presidente doPSB em Goinia, Rui Gilberto.Nosdiscursos,Jniordeixa claroseu plano poltico. Temos umprojeto,comcerteza.umproje-topensandogrande,para2014,pa-raqueagentepossafazeramaiorfestademocrticaederenovaoedemudanaemGois.
Reduo.ComTassoem baixa, PSDBperdeuforanoCear
Campinas. Por causa daLei daFicha Limpa,o TSE obrigouo PDT deCampinas a mudar o vicede seucandidato Prefeitura,PedroSerafim (foto)
EugniaLopesENVIADA ESPECIAL / FORTALEZA
Vintee seisanos depoisde der-rotar a trade de coronis queporquase duasdcadasdomi-nou o Cear, o ex-governadore ex-senador Tasso Jereissati(PSDB) amarga o ostracismopoltico. Sem mandato, de-poisde perder as eleiesparao Senado em 2010, o tucanoacabou sufocado pelo cl dosFerreira Gomes, seus antigosaliados e hoje a famlia mais
poderosadapolticacearense.No curto prazo, Tasso s vchances de voltar a se engajarna poltica se vingar no parti-do a candidatura do senadorAcioNeves(PSDB-MG) Pre-sidnciada Repblica.
Comorevspoltico,otucanode63anosdizdedicarmaisaten-oa suas empresas entre elasa Coca-Cola local e o ShoppingIguatemidoquespicuinhasdas campanhas eleitorais. Ape-sardosinmerospedidos,Tassose recusou, este ano, a gravarmensagem pedindo votos paraquem quer que fosse. Em maisdeduasdcadas,aprimeiraelei-oemqueoex-governadornotem papel preponderante.
NemocandidatodoPSDBemFortaleza, Marcos Cals, pdecontarcomseuapoiopblico.Fi-lho do ex-ministro Csar Cals,um dos coronis abalroados dopoder por Tasso na dcada de80, Marcos tem 3% das inten-esde voto, segundoo Ibope.
Diariamente,ocandidatotuca-noobrigadoaexplicaraausn-cia de Tasso na campanha. Na
semana passada, diante das co-branas,Marcos alegouque Tas-so estava muito velho paraacompanh-lo nas caminhadaspelasruasdeFortaleza.
Encolhimento.A perda de for-a poltica de Tasso, que foi go-
vernadortrs vezes, visvel.Nodomingo, a estimativa que oPSDB consiga eleger cerca de 15prefeitosem184municpioscea-renses. Enquanto isso, seus ex-apadrinhadosCiro e CidGomeseste,atualgovernador,espe-ramconquistarde70a80prefei-
turas.AlmdaestruturadoPSB,elescontamcomaliadoscomooPSDdeGilbertoKassabeoPRBdo ministro Marcelo Crivella(Pesca).AbancadatucananaAs-sembleia tem hoje dois deputa-dos. Nos anos 90, o PSDB che-gouaocupar36das46cadeiras.
Nas palavras de Heitor Frrer,candidato do PDT prefeituraemFortaleza,Tassoummeni-no frente aos coronis de hoje.Considerados amigos fraternaispormaisdeduasdcadas,TassoeCiroromperamem2010,quandoos Ferreira Gomes se uniram aoPTederrotaramotucano,candi-datoreeleionoSenado.Ahis-triapolticadeTassocomosFer-reira Gomes, em particular comCiro, repete a fbula da criaturaquesevoltacontraocriador.
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7/22/2019 Estadao_05102012
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A12 Nacional SEXTA-FEIRA, 5 DE OUTUBRO DE 2012 O ESTADO DE S. PAULO
Comqueroupaeuvou?
O acirramento da disputaeleito-ralem Guaraciaba doNorte,a290quilmetrosde Fortaleza,fezcomqueo juiz eleitoralMoi-ssBrisamar Freire decretassetoquede recolherde 22horass6 horasna cidadeat48 horasapsas eleies. Tudoporquena semana passada veculosfo-ramqueimados poradversriosde um candidatoa prefeito.No
decreto,Freiredestacaque acidade estvivendo umclimade violncia, intimidaoe de-sordem porcausa daseleies./ LAURIBERTO BRAGA,ESPECIAL
PARAO ESTADO
DboraBergamascoENVIADA ESPECIAL / CURITIBA
Omdico DoctorJekyll e o monstroMisterHyde,famo-sos personagens
do escocs Robert Louis Ste-venson,baixaram na eleioeCuritiba. Mais precisamente
sobre a imagem do candidato
apoiado pelo Planalto, GustavoFruet (PDT), que caiu do postodepreferidodoseleitores,noco-meo do ano, para o terceiro lu-gar, com 16% das intenes devoto, atrs do prefeito LucianoDucci (28%) e do lder RatinhoJnior (35%), segundodados doIbope divulgadosanteontem.
A avaliao dos adversrios edeespecialistasouvidospelo Es-tado a de que sua queda se de-ve incoernciade discursose mltipla personalidade docandidato,comoocorrenafeste-jada trama de Stevenson.
Explica-se: Fruet foi caadordemensaleirosdurantesuaatua-o como deputado federal ain-
dapeloPSDB,duranteaCPIdosCorreios.Chegouacriticaroen-to presidente Luiz Incio LuladaSilva,afirmando,sobreomen-salo,queseo Lula sabia, gra-ve.Seno sabia,igualmentegra-ve. H dois anos, Fruet perdeuapoiodo atualgovernador tuca-no do Paran, Beto Richa. Saiu
dopartido,migrouparao PDTecoligou-se com PT, tendo comosua vice a advogada petista Mi-rianGonalves.No horrioelei-toral,chegouamostrareleitoresdizendo o Gustavo Fruet estcomLula,entoestoucomele.
O candidato Fruet reconhecequeissopodetercausadoconfu-so na cabea do eleitor, mas se
diz vtima de uma campanhasrdidainiciadahumanopeloconcorrente Ducci que usa amquinadaprefeituraedoEsta-do,epelaRedeMassa,emisso-ra de rdio e TV da famlia deRatinhoJnior.Houveumades-construo durante umano e eus tive como reagir contra isso
agora na campanha.O cientista poltico Emer-
son Cerve, da UniversidadeFederaldo Paran,apontaer-ros na campanha de Fruet.Sem o apoio do Beto Richaeleperdeu eleitoresgovernis-tas. Sabendo do preconceitode parte de seu eleitorado,no assumiu o PT e parte do
PT, rachado, migrou para ocandidato que mais se apre-sentou como oposicionista,que foi o Ratinho Jnior. Nofim,ficouabandonado.
Otalabandonojerapre-vistopor Fruet.Eu nuncaes-pereiquedesembarcasseaquia presidente Dilma.
RIO DE JANEIRO
Candidato reeleioe lder naspesquisascom possibilidadedevitria no primeiro turno,o prefeitode PortoAle-gre,Jos Fortunati(PDT), pediu mili-tncia dosnove par-tidosque formamsuacoligao quemantenhama humil-dadee trabalhem pa-
raconquistarmais vo-tos.Vamosbuscaros inde-cisosou osque podemmudar deposio,disse Fortunati,quetem47%dasintenesde voto./ELDEROGLIARI
GuaraciabadoNortetemtoquederecolher
Mesmocom fichasuja,vrios can-didatosdisputamas eleiesno
Piau. Osseus nomes esta-ronaurna,masosvo-
tosserodestinadosaoutraspessoas, poisopartido feza substi-tuioda candidatu-raapsasurnasrece-
berem osdados doscandidatos.O TRE
barrou 200candidatos,combasenaLeidaFicha
Limpa. Sde prefeitos,19 regis-trosde candidaturasforam im-pugnados./ LUCIANOCOELHO,ESPECIALPARAO ESTADO
Cerca de 1.300 homens do Exr-citoe da Marinha iniciaram on-tema ocupaode favelasdoRiode Janeiro controladas portraficantes ou milicianos paradarapoios equipes defiscaliza-odo TribunalRegionalEleito-ral.At sbado,28 comunida-desda zona oesteda cidadeedoComplexoda Mar,na zona
norte, recebero as tropas.Ca-da favela serocupadaapenaspor umdia, das 8hs18h.Nototal, 3 milmilitares,sendo 2mildo Exrcitoe milda Mari-nha,esto disposio do TRE-
RJpara serem empregados nasocupaes. No domingo,o pa-trulhamento serfeitonas pro-ximidadesdas zonas eleitoraisdessas comunidades.As For-asArmadas novoatuar nasegurana pblica.Elas garanti-roa segurana dosnossosfis-caispara queeles consigamcoi-bir ilcitoseleitorais, como pro-
pagandairregular e bocade ur-na,nesseslugaresque aindanoforam pacificados,expli-couo presidente do TRE-RJ,desembargador Luiz Zveiter./MARCELOGOMES
RIOGRANDEDOSUL
Fortunatipedemaisesforosdemilitncia
Juzesprobembebidaesaquesdedinheiro
LacerdaexibevdeocomelogiosdeDilmaAps presidente participar de comcio petistaem BH,campanha do PSB leva ao ar declarao em queelacita o prefeito como um dosmelhores do Pas
CEAR PIAU MATO GROSSO
Nalutaparalevar o petistaNel-sonPelegrinoao segundoturnoda eleiopara a PrefeituradeSalvador, o PT e o governadorJaques Wagner (PT)transforma-ram emativo eleitoral a Copa dasConfederaes, que ser realiza-danoanoquevem, e a CopadoMundo de 2014. A eleio dePele-grino foi apontadana propagandaeleitoral como a certezade queaBahia farbonito nosdois tor-neios, que tero Salvadorcomo
umadas sedes.O candidato petis-ta foi apresentado comoo prefei-to parceiro, quetrabalharemconjuntocom os governosesta-dual e federal. Portanto, em condi-esde transferir paraSalvadorverbasque seurivalACM Neto(DEM), supostamenteno conse-guiria,por serde oposio. Naltimapesquisado Ibope,Pelegri-no,com 34%,ultrapassou pelaprimeira vezACM Neto, queapa-receu com 31%das intenes devoto./ JOODOMINGOS
ROBERTO STUCKERT FILHO/PR
ForasArmadasocupamfavelascontroladaspormilciasparaapoiarfiscaiseleitorais
EVERSONBRESSAN
Fichas-sujasdisputaroeleiesnoEstado
Dois juzeseleitorais deMT ado-taram medidasde seguranavlidasantes e duranteo dia daseleies. Em MirassolDOeste(300km deCuiab), paraevitarcompra de votoso juizAnder-son Candiottoproibiu saquesbancrios acima de R$ 2 mil atdomingo.Almde Mirassol,amedida valer emGlriaDOes-te, Curvelndia, PortoEspiri-
dio eSo JosdosQuatroMar-cos.Em Sorriso,a juza DboraRobertaCaldas proibiuvendadebebidasalcolicas as6 s 18horas do domingo./ FTIMALESSA,ESPECIAL PARAO ESTADO
PTusaCopacontraACMNetonadisputapelacapitalbaiana
TROCADELADOPEFRUET NA BERLINDAMudanaafeta candidaturana capitaldo Paran
MelhordoBrasil.Dilmaem comLacerda( dir.) durantevisita a BeloHorizonte; campanhalevou ao ar elogio da presidente
200
Abandonado.Fruetperdeuapoios e caiu nas pesquisas
MarceloPortelaBELO HORIZONTE
A campanha do prefeito Mar-cio Lacerda (PSB) levou ao arontem vdeo com declaraesda presidente Dilma Rousseffelogiandoocandidatoreelei-o,adversriodoex-ministroPatrusAnanias (PT) na dispu-tapelaprefeituradeBeloHori-zonte. A exibio do material,veiculado nas inseres na TVda coligao em torno de La-cerda,foiumarespostaparti-cipao da presidente em co-mcio de Patrusna quarta-fei-ra.Dilmafezumdiscursoinfla-mado, r