Proposta de Alteração aos Estatutos da JP

Esta é a Altura.

XVIII Congresso da JP

Esta é a Altura.

Rafael

Exposição de motivos

Temos, enquanto militantes da Juventude Popular, plena consciência da

herança que nos foi legada. Orgulhamo-nos de pertencer a uma

organização política de juventude que, desde a sua fundação, se tem

batido pelos valores sagrados da liberdade e da democracia.

No entanto, este legado não é apenas um motivo de brio. Representa

também uma pesada responsabilidade que recai sobre os nossos ombros:

o dever de estar à altura dos que nos precederam.

Assim, recai sobre a JP a obrigação de persistir na defesa intransigente dos

ideais democráticos que nos guiam desde sempre. Porém, esse desígnio é

incompatível com a manutenção de situações antidemocráticas dentro da

própria estrutura da JP.

É absolutamente crucial que seja feita a correcção dessas situações, a fim

de trazer à JP uma lufada de ar fresco que reafirme os nossos princípios e

salvaguarde o nosso carácter. Afinal, seria um paradoxo advogar mais

liberdade para a Nação e para os seus habitantes, sem aplicar esses

mesmos valores à estrutura interna da nossa própria organização política

de juventude.

Mas, para haver democracia interna, é fulcral a existência, no seio da

Juventude Popular, de um debate ideológico fundamentado, pragmático,

coerente e organizado, baseado não em pessoas, mas em ideais, e não em

simpatias, mas em princípios. Só isso pode evitar o carneirismo e

incentivar a formação de militantes íntegros, informados e capazes de

decidir por si mesmos. Só isso pode permitir que surja em Portugal uma

nova juventude: livre, consciente da sua liberdade e capaz de lutar por ela.

Vamos elevar a fasquia da JP. Esta é a altura.

Esta é a Altura.

O actual Artigo 6º

Artigo 6º

(Tendências)

São proibidas no seio da Juventude Popular tendências ou facções

organizadas.

O novo Artigo 6º

Artigo 6º

(Tendências)

1. É reconhecido aos militantes da Juventude Popular o direito de se

organizarem em tendências no seio da Juventude Popular.

2. As tendências devem exprimir a diversidade de sensibilidades

políticas, históricas, económicas, ideológicas e sociais no espaço

político da Juventude Popular e devem visar a promoção do debate

interno na Juventude Popular.

3. A constituição de uma tendência implica a apresentação à Comissão

Política Nacional de uma declaração de princípios políticos subscrita

por, pelo menos, cinquenta militantes que declaram aceitar ser seus

membros, bem como as regras de eleição dos seus representantes.

4. A constituição, dissolução, funcionamento, direitos e deveres das

tendências serão objecto de um Regulamento específico a ser

aprovado pelo Conselho Nacional.

5. É da competência da Comissão Política Nacional a verificação da

conformidade das tendências com os estatutos da Juventude

Popular e a aprovação da sua constituição e dissolução.