est sol ligacoes cristalinas 2012
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Introdução à Física do Estado Sólido
Lucy Lucy Lucy Lucy V. C. V. C. V. C. V. C. AssaliAssaliAssaliAssali
2222oooo semestre/2012/2012/2012/2012
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Ligações Interatômicas• Todos os mecanismos que causam ligação entre os átomos
são derivados das interações eletrostáticas entre núcleos eelétrons
• As diferentes forças e os diferentes tipos de ligação sãodeterminados pela particular estrutura eletrônica dosátomos envolvidos
• A existência de uma ligação estável implica que a con-figuração espacial dos caroços iônicos positivos e dos elé-trons mais externos têm energia total mais baixa quequalquer outra configuração, incluindo a separação infinitados respectivos átomos
• A deficiência na energia da configuração cristalina, compa-rada com a dos átomos isolados, é conhecida como energiade coesão, variando desde 0,1 eV/átomo para os sólidosfracamente ligados (van der Waals) até 7 eV/átomo, oumais, para alguns tipos de cristais covalentes, compostosiônicos e metais
Lucy V. C. Assali
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Ligações Cristalinas
Lucy V. C. Assali
A classificação dos sólidos pode ser feita de acordo com o tipo deligação entre seus átomos. Sólidos simples podem ser classificados,de acordo com o tipo de ligação, em: iônicos, covalentes, moleculares,metálicos e com pontes de hidrogênio. Existem diferenças marcan-tes nas propriedades físicas e químicas dos sólidos que têm dife-rentes tipos de ligação. Vamos, portanto, analisar os cristais doponto de vista das ligações ou forças que mantêm os átomos em suasposições, constituindo a rede cristalina. Vamos tentar descrever oque mantêm os átomos ligados, formando o cristal. Definimos energiade coesão de um cristal como a diferença entre as energias total dosólido e dos átomos que o constituem, afastados infinitamente. Umsólido só pode ser estável se sua energia de coesão for negativa:
Ec= (energia do cristal) – (energia dos átomos) < 0 ⇒ sólido estável
Diamante
Ec= (– 152,395 )/2 – (–75,621) = – 0,5765 Ry ⇒ 7,84 eV/átomo
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Energia de Coesão
• A energia do cristal é menor do que aquela dos átomos livres porum montante igual à energia necessária para separar o cristal emum conjunto de átomos livres.
� NaCl é mais estável do que uma coleção de átomos de Na e Cl livres� O cristal de Ge é mais estável do que uma coleção de átomo de Ge
livres
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Cl Na NaCl
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Energia de coesão de alguns cristais monoatômicos (eV/átomo)
Energia de Coesão
� As principais forças responsáveis pela coesão dos sólidos são asforças eletrostáticas. Forças de origem magnética ou gravi-tacional podem ser ignoradas. A grande variação nos valores dasenergias de coesão estão associadas aos diferentes tipos deligação cristalina: van der Waals (gases inertes e cristaismoleculares), iônica, metálica, covalente, ligação por hidrogênio.
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Principais tipos de ligações cristalinas(a) Ligações muito fracas asso-ciadas com flutuações nas distri-buições de cargas (dipolos indu-zidos), responsáveis pelas for-ças de van der Waals (e- loca-lizados entre os átomos)(b) Os átomos alcalinos doam e-
para os halogênios, e os íons fi-cam ligados devido às forçascoulombianas(c) A ligação se deve aos e- devalência dos átomos alcalinos,que deixam de pertencer aosátomos, formando um mar de e-
onde os íons positivos ficamdispersos(d) Átomos neutros ficam ligadospela superposição parcial de suasdistribuições eletrônicas
(c) (d)
(b)
Cl
ClCl
Cl−−−−
−−−−
−−−−
−−−−
Cl−−−−
Na++++
Na++++
Na++++
Na++++
Cloreto de Sódio(iônica)(a)
ArAr
Ar
ArAr
ArAr
Argônio(van der Waals)
Na++++ Na++++
Na++++Na++++
Na++++
Sódio(metálica)
C C
CC
C
Diamante(covalente)
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Ligações Cristalinas1.Cristais dos Gases Inertes
A interação atrativa entre os átomos dos gases inertes é devida àindução de um dipolo, em cada átomo, devido à aproximação dosátomos, que quando livres apresentam campo nulo pelo cancelamentode suas distribuições esféricas de cargas positivas e negativas.Quando dois átomos de aproximam, o dipolo induzido de um delescria um campo elétrico no espaço que interage com o dipolo induzidodo outro átomo e vice-versa. Assim a energia potencial atrativa éda forma:
Interação de van der Waals
Quando os átomos se aproximam demais, começa a existir uma su-perposição de suas densidades eletrônicas, modificando a energiaeletrostática do sistema, e aparece uma energiarepulsiva, devida ao princípio de exclusão dePauli. A interação repulsiva, empiricamente, éescrita como
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Cristais de Gases InertesÉ usual se escrever a energia potencial total de dois átomos de gásinerte, separados pela distância r, da seguinte maneira:
Potencial de Lennard-Jones
onde σ e ε são parâmetros empíricos obtidos na fase gasosa doselementos (4εσ6 ≡ A e 4εσ12 ≡ B) . O mínimo desta energia fornecea distância de equilíbrio:
e a energia de coesão, desprezando a energia cinética de pontozero, fica:
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Cristais de Gases Inertes
0,0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0 1,2 1,4
6
5
4
3
2
1
0
-1
r/σσσσ
U(r)/
4εε εε
Gráfico do potencial deLennard-Jones, que des-creve a interação entredois átomos de gás iner-te. O mínimo de energiaocorre para R/σσσσ = 21/6. Ovalor da energia de coe-são, ou seja, o valor deU no mínimo é −−−−εεεε e paraR = σσσσ seu valor é U = 0
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Cristais de Gases InertesPara o cristal, a energia total eletrostática, ou energia de coesão(desprezando-se a energia cinética do átomos a T=0), é obtidasomando-se os potenciais de Lennard-Jones sobre todos os paresde átomos do cristal:
Se o cristal tiver N átomos idênticos, efetuando-se a soma em i,e chamando i de 0 (colocado na origem) temos:
Se expressarmos a distância entre os átomos em termos da dis-tância r entre primeiros vizinhos, tal que r0j = q0jr, então
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Cristais de Gases InertesPara a rede CFC, que é a mais provável para descrever os cristaismonoatômicos de gases inertes (distribuição de carga eletrônicapraticamente esférica ⇒ mais empacotado possível), temos que:
r
2r
1o
2o
3o
4o 5o
(0,0,0)
6r
3r2r
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Cristais de Gases Inertes
Este procedimento, para uma estrutura hcp, leva a:
Para a rede CFC, temos que:
A energia potencial de Lennard-Jones, para os cristais de gasesinertes, fica:
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Cristais de Gases InertesA distância entre dois átomos do cristal é:
Experimentalmete temos:
As pequenas diferenças entre estes valores e o valor universal 1,09,predito para os cristais de gases inertes, podem ser explicadaspelos efeitos quânticos (energia de ponto zero). Assim, utilizandoresultados de medidas na fase gasosa, é possível prever asconstantes de rede dos cristais.
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Cristais de Gases InertesPropriedades dos cristais de gases inertes,
extrapoladas para T=0 e P=0
A energia de coesão é:
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Cristais de Gases InertesAs correções quânticas são mais importantes quanto mais leve fo-rem os átomos. Para o cristal de Ne a redução em R/σσσσ deve ser de∼∼∼∼5%. Para melhor entendermos este efeito, vamos imaginar que osátomos não fiquem estáticos em suas posições de equilíbrio, masdescrevam uma trajetória harmônica ao seu redor. Desse modo,podemos expandir a energia potencial em torno da posição deequilíbrio R e avaliar essa variação escrevendo o deslocamento deum dos átomos do cristal como:
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Cristais de Gases InertesAvaliando k
Para um oscilador harmônico tridimensional, no estado fundamental, temos que:
Assim, no caso dos cristais dos gases inertes:
quanto maior M, menor ω e menor a ener-gia de ponto zero (mais próximo do valor experimental)
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Cristais de Gases InertesExemplo: Cristal de He
65% do espaçamento entre os átomos
OBS.: Para o Xe A=0,0005 Å
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Cristais de Gases InertesUma outra maneira de avaliar se o potencial de Lennard-Jones é umaboa descrição para os cristais de gases inertes é utilizando a de-finição do módulo da compressibilidade volumétrica (bulk modulus),que dá informação sobre a dureza do cristal e é definido por
Para T=0K, temos que dU = − pdV e
calculado para o volume deequilíbrio Vo (quanto maior B,mais duro é o cristal)
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Cristais de Gases Inertes: Bulk ModulusEstrutura CFC com parâmetro de rede a. Em função da distânciaentre primeiros vizinhos r, temos
Com isso, podemos escrever o potencial de Lennard-Jones emfunção do volume do cristal
e o volume de equilíbrio é:
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Cristais de Gases Inertes: Bulk Modulus
Utilizando os valores de εεεε e σσσσ tabelados, os valores obtidos para osbulk moduli estão em excelente acordo com os valores expe-rimentais, mostrando que o potencial de Lennard-Jones é uma boadescrição da ligação cristalina dos sólidos de gases inertes.
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2.Cristais IônicosLigações Cristalinas
Os cristais iônicos são constituídos por íons positivos e negativos.Os átomos constituintes, ao se aproximarem, se tornam íons,passando a ter camadas eletrônicas completas, tipo gás inerte.
Na ⇒ 1s22s22p63s1
Na ⇒ 1s22s22p6
(camada fechada)
Cl ⇒ 1s22s22p63s23p5
Cl ⇒ 1s22s22p63s23p6
(camada fechada)
+
_
Cl-
Na Na+++++ 5,14 eV + e-
Gás Gásenergia de ionização
e- Cl
Na++++
+ 3,61 eV
afinidade eletrônicaGás Gás
+
+ Cl
Gás Gás Cristal
Na++++ Cl + 7,84 eV
energia de coesão
- -
Ec(por molécula) = 7,84 - 5,14 + 3,61 = 6,31 eV < átomos neutros separados infinitamente Lucy V. C. Assali
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Ener
gia
(eV)
r (Å)
6
-6
1,53
r=∞∞∞∞Na
++++ Cl-
r=∞∞∞∞ClNa
EC=6,31
R=2,82 Å
Na++++ Cl-
Ligações Iônicas: NaCl
Na Cl
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Cristais IônicosSupondo que cada íon tenha uma distribuição esférica, a interaçãode longo alcance é eletrostática do tipo ±±±± q2/r, que é atrativa entreíons com cargas opostas e repulsiva entre íons com mesmo tipo decarga. A principal contribuição para a energia de ligação de cristaisiônicos é dada pela interação coulombiana eletrostática e denomina-se energia de Madelung. Devemos adicionar, ainda, um termorepulsivo, entre primeiros vizinhos na rede, devido ao princípio deexclusão de Pauli. Para estes cristais, este termo é maior e demenor alcance do que no caso dos cristais dos gases inertes, e édescrito pela expressão
constantes ajustáveis (a e B):
λ é a intensidade e ρ é o alcance
distância entre íons
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Cristais IônicosA energia de interação entre dois íons quaisquer fica expressa por
(CGS)
e para um cristal com 2N íons ou N moléculas a energia total é es-crita como
A energia de interação entre o íon i com todos os outros íons será
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Cristais Iônicos
≡ α ⇒ constantede Madelung
Escrevendo rij = pijr, com r sendo a distância entre primeiros vizi-nhos, e assumindo que z é o número de primeiros vizinhos, temos
depende da estrutura cristalina e é umasérie de difícil convergência, mas osvalores de αααα já foram calculados para amaioria dos materiais e estão tabelados.Por exemplo, αNaCl = 1,75 e αCsCl = 1,76.
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Cristais IônicosPosição de equilíbrio e energia de coesão:
determinação da distância entrevizinhos, no equilíbrio, sabendo-se α, ρ, λ e z
energia de Madelung
energia de coesão
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Cristais Iônicos
KCl
Energia de repulsão:(2,4 x 104)e(-r/0,30) eV
Posição de equilíbrio
Energia coulombiana: (25,2/r) eV
Energia total
r (10-10 m)
Ener
gia
(eV)
14
12
10
8
6
4
2
0
-2
-4
-6
-8
-10
-12
-14
1 2 3 4 5 6
zλρ
αq2
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Cristais IônicosAvaliando k (correções quânticas são importantes?)
Exemplo: Cristal de NaCl, supondo ρ = 0,1R
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Cristais IônicosUsando-se a definição do módulo da compressibilidadevolumétrica (bulk modulus), em função do volume:
podemos, para os halogenetos alcalinos, escrever a energiapotencial em termos do volume, pois r=a/2, e obter os valoresdos bulk moduli. Valores calculados para as energias de coesãoe bulk moduli, usando esta descrição dos cristais iônicos,concordam de modo excelente com valores observados.
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3.Cristais Covalentes
Ligações Cristalinas
Nos sólidos covalentes os átomos estão ligados pelos seuselétrons de valência, que são compartilhados. A ligaçãocovalente é formada por dois elétrons, um de cada átomo, quetendem a ficar localizados na região entre os dois átomos. Osspins dos dois elétrons da ligação são anti-paralelos. Asligações são direcionadas e determinam o arranjo geométricodos átomos na rede cristalina, como é o caso do cristal dediamante.
Lucy V. C. Assali
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Cada e- do par compartilhado, na ligação covalente, é atraído porambos núcleos envolvidos na ligação. A aproximação, a superposiçãoeletrônica e a atração podem ser visualizadas na figura abaixo,representando os núcleos e um e- de valência de cada átomo.
e−
e −
Cristais Covalentes
p+ p+p+ p+
p+ p+ p+ p+
1. sem atração
2. início da atração
3. ligação covalente
4. combinação das forças
p+ p+
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Ligações Covalentes: Diamante
As ligações covalentes são direcionadas e determinam o arran-jo geométrico dos átomos na rede cristalina, como é o caso docristal de diamante. Por exemplo, a configuração eletrônica doátomo livre de C é 1s22s22p2, faltando 4 elétrons para com-pletar a ligação. Quando os átomos de carbono se aproximam,seus orbitais de tornam hibridizados, com configuraçãoeletrônica sp3. Para chegar ao estado híbrido, ou seja, parapromover um elétron do nível de energia 2s para o 2p, cadaátomo de C adquire uma energia de ∼4 eV, a qual é totalmenterecuperada quando a ligação C-C é formada. A energia decoesão, por átomo, é de ∼7,4 eV
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Ene
rgia
hibridização
2s2
2p2
hibridização
sp3
resulta em um arranjo tetraédrico
configuração eletrônica do átomo de C
sp3
configuração eletrônica do C no diamante
109,5o
Cristais Covalentes: Diamante
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109,5o
Uma ligação covalente é muito rígida, explicando porque oscristais covalentes têm elevados pontos de fusão e são muitoduros, difíceis de se deformar e não são bons condutores decalor. Como os elétrons estão na região entre os átomos, na li-gação, os sólidos covalentes não são bons condutores, também,de eletricidade. Alguns sólidos covalentes são transparentes atemperatura ambiente (diamante).
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Cristais Covalentes: Diamante
((((1111////2222,,,,1111////2222,,,,0000))))
alta concentração de elétrons
((((0000,,,,0000,,,,0000))))
((((0000,,,,1111////2222,,,,1111////2222))))
((((1111////4444,,,,1111////4444,,,,1111////4444))))
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Cristais CovalentesTodos os elementos monoatômicos da coluna IV da tabela periódicaapresentam a estrutura cristalina do diamante e ligação covalentehomopolar. Os cristais binários, formados pelos elementos das colunas IIIe V e das colunas II e VI da tabela apresentam estrutura cristalina oublenda ou wurtzita, são formados por ligações covalentes heteropolares eapresentam um caráter iônico parcial. Não existe uma teoria simples paradescrever estes cristais.
átomos átomos
−−−−
−−−−
−−−−
−−−−−−−−
−−−−
−−−−−−−−
elétrons com-partilhados
transferência de elétrons
molécula
ligação covalenteligação covalente
íon positivo
íon negativo
ligação iônicaligação iônica
Comparação entreligação covalentee ligação iônica
Lucy V. C. Assali
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Fração de caráter iônico das ligações em compostos binários
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4.Cristais MetálicosLigações Cristalinas
Lucy V. C. Assali
+ ++
+
+ + +
++
o “Mar de elétrons” ⇒ e- se movem en-tre os caroços iônicos, mantendo-osjuntos, atuando como uma ligação (“co-la”) entre os caroços carregados posi-tivamente ⇒ estruturas cristalinasmuito compactas
o Principais características ⇒ altas con-dutividades elétrica e térmica e muitodúcteis.
o Ligações químicas ⇒ deixam um grande número de e- praticamen-te livres para se mover na rede cristalina (elétrons de condução),que são compartilhados entre os íons na forma de uma nuvem dedensidade eletrônica não direcional� Li, Na, K ⇒ [caroço iônico tipo gás inerte] ns1
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Ligações Metálicas
E1
E2
E3
E1
E2
E3
r1 r2
U(r) U(r)
E
E2
U(r)potencial do íon isolado
estados de condução do
metal
Átomos infinita-mente separados
Degenerescência orbital: vários estados de condução com energia E
metal
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Ligações Metálicas
Lucy V. C. Assali
Modelo de Drude-Sommerfeld� aproximação do elétron livre: elétrons do gás sofrem colisões instantâneas
e durante as colisões nenhuma força atua sobre os elétrons� aproximação do elétron independente: não há interação entre os elétrons� aproximação do tempo de relaxação: velocidade de um elétron imedia-
tamente após uma colisão é independente da configuração do sistema noinstante da colisão
equação que cada elétron do gás deve obedecer
volume do cristalpara cada valor de k, es-ta função dá superfíciesesféricas de raio k
estado da partícula
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Ligações MetálicasModelo de Drude-SommerfeldElétrons devem estar contidos no cristal: impor condiçõesperiódicas de contorno para manter a simetria translacional docristal (V = L3)
Por exemplo, na direção z devemos ter que
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Ligações MetálicasModelo de Drude-Sommerfeld
Estado fundamental do sistema de N elétrons confinados num volume V: e-
ocupam os estados permitidos de mais baixa energia, respeitando oprincípio de exclusão de Pauli ⇒ e- distribuídos em N/2 estados de energiade uma partícula de mais baixos k, deixando os demais vazios. O maiorvalor de k é chamado de k de Fermi (kF). Para “contar” estes N/2 estadosé conveniente representá-los no espaço dos k. Na figura representamosum corte nesse espaço, evidenciando o plano kz= 0 ( ).Em três dimensões, os pontos k estão uni-formemente distribuídos, cada ponto ocu-pando um volume 8ππππ3/V. À medida queL→∞∞∞∞, a distribuição de pontos é pratica-mente contínua, mas permanece contável.Estados permitidos, contidos numa esferade raio kF, em torno da origem, estarãoocupados e os demais vazios. O raio daesfera é determinado impondo-se que o vo-lume da esfera contenha os N/2 estados.
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Ligações MetálicasModelo de Drude-Sommerfeld
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Ligações MetálicasEnergia do estado fundamental do sistema (só energia cinética):
Como? Por exemplo, para um sistema unidimensional de dimensão L:
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Ligações Metálicas
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Ligações Metálicas
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Posição de equilíbrio
Energia coulombiana: (-B/r)
Energia total
rEner
gia
Energia cinética eletrônica: (A/r5)
R
Metais
Ligações Metálicas
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5.Ligação de HidrogênioLigações Cristalinas
o Um átomo de hidrogênio, que tem um único elétron, pode ligar-secovalentemente com qualquer átomo. Entretanto, ele tambémpode envolver-se em um outro tipo de ligação, de caráter eletros-tático (van der Waals), com átomos que tem uma grandeeletronegatividade, tais como oxigênio e flúor. Este segundo tipode ligação permite a existência da chamada ligação ou ponte dehidrogênio, entre dois átomos ou estruturas.
o A magnitude de uma ligação de hidrogênio varia entre 0,1 e 0,5eV/átomo.
o Ligações de hidrogênio conectam as moléculas de água no gelo.Elas são importantes, também, em proteínas e ácidos nucleicos,nos processos da vida.
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Ligação de Hidrogênio
Simetriahexagonalde um flo-co de neve
oxigênio hidrogênio
Ligação de hidrogênio
Ligação forte H-O
Ligação de hidrogê-nio é uma força dotipo van der Waals,muito forte, entreo hidrogênio ligadocovalentemente emuma molécula polare um oxigênio liga-do covalentementeem outra moléculapolar
Estrutura cristalina deuma das muitas fasesdo gelo
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Ligações Cristalinas
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Ligações CristalinasDiferentes tipos de ligações são caracterizadas por diferentesdistribuições eletrônicas ao redor dos átomos. Comparação entreligação iônica e ligação molecular: em ambas a distribuição eletrônicaé aproximadamente esférica. No entanto,
KCl (iônica) ⇒ átomos carregadosNe (molecular) ⇒ átomos neutros
distribuição eletrônica éaproximadamente esférica
K+ Cl-Ne Ne
Todos os elétrons do átomo neutro
Camadas mais externas dos íons
Lucy V. C. Assali
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Ligações CristalinasDiferentes tipos de ligações são caracterizadas por diferentesdistribuições eletrônicas ao redor dos átomos. Comparação entreligação covalente e ligação metálica: em ambas ligações existe umagrande superposição das distribuições eletrônicas entre átomos. Noentanto,
Na (metálica) ⇒ não direcional e estrutura altamente empacotadaDiamante (covalente) ⇒ direcional e estrutura aberta
Qualquer direção cristalina
Direção [111] do cristal
Na Na Si Si
Lucy V. C. Assali