esquemas escolas literarias brasileiras

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Literatura – Prof. Wagner Lemos www.wagnerlemos.com.br O SEU SITE DE LITERATURA Resumos, Entrevistas Poemas e Muito Mais... 30 ESQUEMA DA LITERATURA DA CONQUISTA A LITERATURA NO BRASIL: SÉCÚLO: XVI cartas relatórios sobre o Brasil, para documentos europeus mapas, etc. Literatura informativa (predominante) (a carta de Pero Vaz, por exemplo) informativa geral Literatura jesuítica Anchieta e seu teatro mistura de elementos europeus com a realidade O Teatro de Anchieta Indígena, para efeitos de deculturação do nativo ESQUEMA DO BARROCO - crise do Renascimento - destruição da harmonia social aristocrática - valorização do teocentrismo Arte da Contra-Reforma BARROCO vida, prazeres terrenos - corpo gozo mundano, pecado Conflito entre o corpo e a alma - alma morte, salvação eterna graça - antítteses - inversões Forma Conturbada - paradoxos tradução dos - metáforas conflitos interiores - ausência de clareza viver a vida ou Tema: o fluir do tempo preparar-se para a morte - início: meados do século XVI Vigência histórica - apogeu: século XVII - decadência: século XVIII - início: jesuítas, especificamente Anchieta - apogeu: século XVII na literatura (na arquitetura e escultura ele sê estende por mais dois séculos) - decadência: 1ª metade do século XVIII - localização: Bahia (literatura), pela predominância da produção açucareira. BARROCO BRASILEIRO

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ESQUEMA DA LITERATURA DA CONQUISTA

A LITERATURA NO BRASIL: SÉCÚLO: XVI cartas relatórios sobre o Brasil, para documentos europeus mapas, etc. Literatura informativa (predominante) (a carta de Pero Vaz, por exemplo) informativa geral Literatura jesuítica Anchieta e seu teatro mistura de elementos europeus com a realidade O Teatro de Anchieta Indígena, para efeitos de deculturação do nativo

ESQUEMA DO BARROCO

- crise do Renascimento - destruição da harmonia social

aristocrática - valorização do teocentrismo

Arte da Contra-Reforma

BARROCO vida, prazeres terrenos - corpo gozo mundano, pecado Conflito entre o

corpo e a alma - alma morte, salvação eterna graça - antítteses - inversões Forma Conturbada - paradoxos tradução dos - metáforas conflitos interiores - ausência de clareza viver a vida ou Tema: o fluir do tempo preparar-se para a morte - início: meados do século XVI Vigência histórica - apogeu: século XVII - decadência: século XVIII

- início: jesuítas, especificamente Anchieta - apogeu: século XVII na literatura (na arquitetura e escultura ele sê estende por mais

dois séculos) - decadência: 1ª metade do século XVIII - localização: Bahia (literatura), pela predominância da produção açucareira.

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HISTÓRICO GREGÓRIO Poesia religiosa o homem ajoelhado diante de Deus DE MATOS Ora “graciosa”, ora erótica, ligada à

Poesia amorosa passagem do tempo, à brevidade da vida (Boca do ironiza todos os aspectos da vida Inferno) Poesia satírica colonial, principalmente os portugueses - combate aos índios - defesa dos índios PADRE VIEIRA Os Sermões - sonho com o “Grande Império” - linguagem conceptista

ESQUEMA DO ARCADISMO Arte ligada ao Racionalismo Iluminismo Busca da Simplicidade Imitação dos clássicos Retorno à natureza ARCADISMO Bucolismo (século XVIII) Pastoralismo Amor galante Ausência de subjetividade Recusa do Ressurgimento de academias Sistema barroco Decorrência da atividade mineradora Relação com a Inconfidência Mineira ARCADISMO BRASILEIRO Instituição em caráter regular e Permanente do conjunto: AUTOR – OBRA - PÚBLICO

AUTORES Poeta de transição

Os líricos: entre o Barroco e o Arcadismo, cujo OBRAS PÓETICAS (poemas tema principal é o CLÁUDIO MANUEL líricos) sofrimento DA COSTA VILA RICA (poemeto épico) Poeta tipicamente Árcade, preso aos MARÍLIA DE DIRCEU (lírico) esquemas bucólicos TOMÁS ANTONIO pastoris e galantes GONZAGA CARTAS CHILENAS (crítico) SILVA Celebração da pastora Glaura, ora ALVARENGA GLAURA num tom galante, ora melancólico

Sepé

Os épicos: Cacambo A tomada das Lindóia Missões por Baleta BASÍLIO DA O URUGUAI tropas luso- Padre Balda GAMA espanholas Gomes Freire de Andrade A glorificação Diogo Álvares Correia SANTA RITA CARAMURU do colonizador Paraguaçu DURÃO branco Moema

O INDIANISMO DE BASÍLIO DA GAMA E SANTA RITA DURÃO BASÍLO DA GAMA SANTA RITA DURÃO

Glorificação do homem INDIANISMO Natural que enfrenta os Glorificação do índio

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Representantes da que se converte à religião civilização européia do dominador luso e o auxilia na conquista da terra

ESQUEMA DO ROMANTISMO

CARACTERÍSTICAS

• Individualismo e subjetivismo • Sentimentalismo (paixão, tristeza, angústia, etc.) • Culto à natureza

• Valorização do passado

• Sonho, fantasia, imaginação, idealização • Escapismo

• Liberdade artística

ASCENÇÃO DA

BURGUESIA

REVOLUÇÃO FRANCESA

IMPLEMENTAÇÃO DEFINITIVA DO CAPITALISMO

• livre concorrência • vitória do capital industrial

• liberalismo jurídico, filosófico, social

• democratização da vida política

• criação de escolas • alfabetização geral • desenvolvimento da imprensa NOVO PÚBLICO

LEITOR

ROMANTISMO (Arte da burguesia em ascensão)

desobediência às regras clássicas mistura de gêneros surgimento do drama afirmação do romance

Histórico: medievalismo Individual: infância

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ESQUEMA DA POESIA ROMÂNTICA

GONÇALVES

DE MAGALHÃES

Suspiros poéticos e saudades A confederação dos tamoios

Livro que introduz o Romantismo no país, em 1836 Fracassada experiência indianista

GONÇALVES DIAS

Primeiros cantos Segundos cantos Últimos cantos

valorização do índio: I – Juca Pirama saudade da pátria: Canção do exílio amor impossível natureza – religiosidade

1a g e r a ç ã o

Sextilhas de frei Antão Os timbiras

Tentativa de poesia como linguagem e estilo arcaicos Epopéia indianista inacabada

ÁVARES DE AZEVÊDO

Noite na taverna Lira dos vinte anos

Contos devassos e cínicos, influenciados por Byron medo do amor presságio da morte: Se eu morresse amanhã dúvida tédio conflito entre o sonho e a realidade: Idéias íntimas

CASSIMIRO DE ABREU

Primaveras

Inquietações amorosas da adolescência, amor negaceado Saudade da infância – Meus oito anos Saudade da pátria – Canções do exílio

FAGUNDES VARELA

Anchieta ou Evangelho nas selvas

ausência de originalidade (epigonismo) sentido panteísta o sofrimento pela morte do filho: Cântico do calvário

2a g e r a ç ã o

JUNQUEIRA FREIRE

Inspirações do claustro

A inadaptação de um jovem na vida Monástica e a presença contínua da morte

CASTRO ALVES

Espumas flutuantes Os escravos

poesia humanitária, condoreira defesa dos escravos: Navio Negreiro Vozes d’ África amor erótico, realizado

3a g e r a ç ã o

A cachoeira de Paulo Afonso

Poema lírico-social, com belas descrições da natureza tropical

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ESQUEMA DO ROMANCE ROMÂNTICO JOAQUIM MANOEL DE MACEDO A Moreninha O moço

relato sentimental da ligação entre dois jovens, presos a uma promessa infantil

Importância da obra:

Despertar no público o gosto pelo romance ambientado no Brasil Características da obra:

• Narrativas urbanas • Estrutura de folhetim • Cenários identificáveis pelos leitores • Visão superficial de certos hábitos da classe média carioca

JOSÉ DE ALENCAR Romances urbanos: Senhora – Lucíola – Diva – A pata da gazela Romances regionalistas: O gaúcho – O sertanejo – O tronco do Ipê Romances históricos e indianistas: O guarani – Ubrajara – As minas de prata – Iracema Importância da Obra

Na concretização de arremetidas pela liberação e autonomia da literatura brasileira, abre caminho para que outros autores possam expressar melhor a nossa realidade.

Características da obra:

• Projeto nacionalista: revelar o Brasil horizontalmente (em termos geográficos) e verticalmente (em termos históricos)

• Estrutura romântica, influenciada por Walter Scott, Chateaubriant e Fenimore Cooper

• Idealização permanente da realidade e valorização da natureza • Estilo que tendo ao “poético” • Tentativa de criar uma língua brasileira

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BERNARDO GUIMARÃES O seminarista – O garimpeiro – A escrava Isaura Características da obra:

• Inserida no regionalismo romântico iniciado por Alencar • Estrutura de folhetim • Valorização do pitoresco • Utilização de uma linguagem oral, por vezes • Tentativa abolicionista (A escrava Isaura)

FRANKLIN TÁVORA O cabeleira – o matuto – Lourenço Características da obra:

• Valorização do regional • Projeto de uma “literatura do Norte” • Oscilacão entre romantismo e realismo • Análise justa do cangaço (O cabeleira)

VISCONDE DE TAUNAI Inocência – A retirada da Laguna Características da obra:

• Precisão de detalhes e da paisagem • Estrutura romântica e acessórios realistas • Integração na vertente “sertanista”

ESQUEMA DO TEATRO ROMÂNTICO

O juiz de paz na roça MARTINS PENA O Judas em sábado de aleluia Quem casa quer casa O noviço Os dois ou o inglês maquinista

• Análise cômica dos costumes rurais e urbanos • Inicia verdadeiramente o teatro brasileiro • Linguagem coloquial

ESQUEMA DO ROMANCE DE CONSTUMES

MANUEL ANTÔNIO DE ALMEIDA Memórias de um sargento de milícias NARRATIVA DE COSTUMES

• os hábitos, a moda, o folclore, a religiosidade das classes populares no início do século XIX

• desmascaramento moral da sociedade DESTRUIÇÃO DO ROMANTISMO

• ironia direta aos cacoetes românticos • Crise da idealização: os personagens

são quase marginais • crítica social

PREDOMÍNIO DO HUMOR SOBRE O DRAMÁTICO (ROMANCE PICARESCO) PRECUSSOR DO REALISMO

• objetividade • descrença nos valores sociais

PERSONAGENS

• Leonardo, Leonardo Pataca, Major Vidigal, Compradre, Luisinha, Vidinha, Comadre.

• personagens caricaturizados

• acontecimentos que desmentem as aparências

das pessoas

• situações cômicas

• ausência de tragédia humana

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ESQUEMA DO REAL – NATURALISMO

REALISMO → Arte da sociedade burguesa em expansão

• Objetivismo e impessoalialidade análise psicológica

• racionalismo análise social

• verossimilhança (observação e participação) • contemporaneidade • pessimismo • busca da perfeição formal

NATURALISMO → Arte vinculada à II Revolução Industrial e suas nov as teorias “científicas”, tais como o Evolucionismo e o Positivismo.

• todas as características do Realismo, menos a análise psicológica • romance experimental • cientificismo (sociológico e biológico)

determinismo do meio determinismo da hereditariedade determinismo da raça e dos instintos

• personagens patológicas • nivelamento entre descrição e narração

VIGÊNCIA HISTÓRICA DO REAL-NATURALISMO – 2o metade do século XIX

O REAL-NATURALISMO NO BRASIL

• primeiras dissenções na ideologia dominantes • surgimento dos intelectuais “’ilustrados”nas classes médias urbanas • o pensamento “cientificista” da escola do Recife, onde despontam Tobias Barreto e Sílvio Romero • a crise da oligarquia imperial

Primeiras REALISTA: Memórias póstumas de Brás Cubas (1881) Obras NATURALISTA: O mulato (1881)

O ROMANCE NATURALISTA ALUÍSIO AZEVÊDO

• O mulato • Casa de pensão • O cortiço (obra máxima do Naturalismo brasileiro)

• revelação da miséria urbana • enfoque nas classes marginais • determinismo do meio (tese dominante) • domínio do coletivo sobre o individual • desagregação dos instintos • principais personagens: João Romão, Bertoleza, Miranda, Jerônimo, Rita

Baiana, Pombinha.

OUTROS NATURALISTAS

MACHADO DE ASSIS E O ROMANCE REALISTA

ADOLFO CAMINA • A normalista • Bom-crioulo

INGLÊS DE SOUZA • O missionário

MANUEL DE OLIVEIRA PAIVA • Dona Guidinha do

Poço DOMINGOS OLÍMPIO

• Luzia-homem

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1o FASE – (tendências românticas) Obras: Características gerais

• Ressurreição - crença nos valores da época • A mão e a luva - estrutura de folhetim • Helena - esquematismo psicológico. • Iaiá Garcia

2o FASE – (tendências realistas) Obras: Características gerais

• Memórias póstumas de Brás Cubas - análise psicológica (os seres vistos em sua complexidade psíquica) • Quincas Borbas - análise dos valores sociais (os valores que a sociedade cria para própria existência) • Dom Casmurro pessimismo (descrença nos indivíduos e na organização social) • Esaú e Jacó ironia (o chamado “sense of humor”, inspirado nos ingleses Sterne e Swift) • Memorial de Aires refinamento da linguagem narrativa.

Principais personagens: Brás Cubas, Virgília, Quincas Borba – (Memórias póstumas de Brás Cubas) Betinho, Capitu, José Dias, Escobar – (Dom Casmurro) Quincas Borba, o cão e o filósofo, Rubião, Sofia e Palha – (Quincas Borbas)

Personagens: Sérgio, Aristarco, Ema Corrupção do ambiente Crítica ao sistema de ensino Crítica à sociedade que o internato representa Mundo dominado pelo sexo, dinheiro e ânsia de poder Destruição psicológica e moral do menino Sérgio

O ATHENU Raul Pompéia Presença emotiva do narrador – Narrativa em primeira pessoa – tom caricatural

As impressões do passado revividas Inclusão do romance no realismo (por alguns críticos) Inclusão do romance na estética impressionista (por outros críticos) Linguagem trabalhada (“’prosa artística”)

IMPRESSIONISMO

Captação imediata, momentânea, e não racionalizada da realidade • Interação direta entre os artistas e o mundo • domínio da impressão sobre a análise • sensorialismo

CRONOLOGIA DO REAL-NATURALISMO

História Ocidental História do Brasil Arte Ocidental Arte no Brasil

1850 a

1860

• inicia-se o II Império Francês (Napoleão III) (1852)

• Extinção do Tráfico Negreiro (1850)

Flores do mal, de Baudelaire, início de uma poesia anti-rom6antica (1857) Madame Bovary, de Faubert, começo oficial da estratégia realista (1857) Tristão e Isolda, de Wagner, ápice do Romantismo e Início da música moderna (1859)

Lira dos anos, de Álvares de Azevêdo (1853) Memórias de um sargento de milícias, de Manuel A. de Almeida (1853) O guarani, de José de Alencar (1857) Primaveras, de Cassimiro de Abreu (1859)

1860 a

1870

• Guerra Civil nos EUA (1861 – 1865)

• Libertação dos servos na Rússia (1861)

• Marx inicia a publicação de O Capital (1867)

• Alberto o Canal de Suez (1869)

• Completa-se a Unificação

• Guerra do Paraguai (1865-1870)

Pais e filhos, de Turgueniev (1862) A questão Coimbrã inicia o Realismo em Portugal (1865) Guerra e paz, de Tolstoi (1865-1869) Crime e castigo, de Dostoievski (1866) Tereza Raquin, de Emile Zola

Espumas flutuantes, de Castro Alves (1870) O Guarani, Ópera de Carlos Gomes baseada em Alencar (1870)

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Italiana (1870) • Unificação da Alemanha (1870)

• Comuna de Paris (1870)

(1868)

1870 a

1880

• Início do apogeu da II Revolução Industrial

• As velhas oligarquias imperiais cedem lugar aos cafeicultores paulistas

Os Demônios, de Dostoievski (1873) Ana Karênina, de Tolstoi (1875) O crime do padre Amaro, de Eça de Queiroz (1875) Exposição impressionista (1874) Casa de bonecas, de Ibsen (1879) Os irmãos Karamazov, de Dostoievski (1880)

Ressurreição, de Machado de Assis (1872) Senhora, de José de Alencar (1875)

1880 a

1890

• Apogeu da “Bele Époque” • A Europa domina de forma imperialista boa parte do planeta.

• O Positivismo ganha adeptos no exército e entre as elites jovens do RS

• Prosseguem os fluxos imigratórios para o sul do país

• Abolição da Escravatura (1888)

• Golpe Republicano (1889)

Germinal, de Zola (1885) 1a Obra Realista: M. p. de Brás Cubas, de Machado de Assis (1881) 1A OBRA Naturalista: O mulato, de Aluízio de Azevedo (1881) Casa de pensão, de A. de Azevedo (1884) O Atheneu, de Raul Pompéia (1889) O Cortiço, de Aluísio de Azevedo (1890)

ESQUEMA DO PARNASIANISMO

- Procura corresponder, em poesia, ao realismo na prosa - Surge na França como reação à poesia romântica - Características: - Objetividade e impessoalidade do poeta - Culto à Forma. Entendida como métrica, rima e versificação - Utilização de fórmulas poéticas fixas como o soneto - “Arte pela arte”: a arte s’’o tem um compromisso com ela mesma - tema principal: a mitologia greco-latina

- literatura descompromissada das elites - formação da tríade parnasiana - uma das causas da Semana da Arte Moderna

Temas:

PARNASIANISMO

PARNASIANISMO NO BRASIL

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- a mitologia e a história greco-romana - a natureza - o amor sensual - a pátria

OLAVO BILAC

Obras:

- Poesias - Tarde

Principais poemas

- “In extremis”’ - “O caçador de esperalda”’ - “Via-Lactea” - “’ Profissional de fé” - “’ Sarças de fogo”

Temas:

- a natureza - objetivos em geral - É o poeta mais ligado aos padrões do movimento

Temas:

- A melancolia da existência - A natureza

Principais poemas:

- “As pombas “Mal secreto”.

LEITURA SUPLEMENTAR BOSI, Alfredo. História concisa da literatura brasileira. São Paulo: Cultrix, 1981. SODRÉ, Nelson Werneck. História da literatura brasileira. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, v. d.

ESQUEMA DO SIMBOLISMO

SAIMBOLISMO Surgimento: França, 1880

- reação Ao descritivismo parnasiano - subjetivismo - sugestão através de símbolos e metáforas originais - sugestões através da musicalidade da linguagem - mistério, espiritualismo e misticismo - descoberta das camadas profundas da vida psíquica - abandono das fórmulas poéticas rígidas e uso de uma nova linguagem - domínio do vago, do obscuro, do nebuloso, do inefável.

O SIMBOLISMO NO BRASIL CRUZ E SOUSA

• Missal - sofrimento da condição humana • Broqueis - morte • Faróis - esperitualização • Últimos sonetos - religiosidade do conformismo - sublimação - obsessão pela cor branca

ALPHONSUS DE GUIMARÃES

• Dona mística - morte da noiva • Kyriale - morte • Cämera ardente - paisagem fantasmagórica das cidades mineiras

- misticismo religioso EDUARDO GUIMARÃES A divina Quimera

- poesia crepuscular, decadentista - penumbrismo, vaguidade - infância de Dante

PEDRO KILKERY

- Poesia fragmentária - Inovações de linguagens

ALBERTO DE OLIVERIA VIEIRA

RAIMUNDO CORREIA

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LEITURA SUPLEMENTAR MOISÉS, Massaud. O Simbolismo. São Paulo: Cultrix, 1967. MURICY, Andrade. Introdução ao panorama do movimento simbolista brasileiro. Rio de Janeiro, INL, 1952.

ESQUEMA DO PRÉ-MODERNISMO

PRÉ-MODERNISMO (1990-1922)

grupo passadista (parnasianos e simbolistas) versus grupo renovador (artistas dispostos a reexaminar o país de uma perspectiva crítica)

EUCLIDES DA CUNHA • Os sertões

- relato sobre a guerra de Canudos - denúncia do esquecimento do sertão brasileiro - dividido em três partes: A terra – O homem - A luta - estilo pomposo, difícil - mistura de sociologia, documento e panfleto

GRAÇA ARANHA

• Canaã - romance de tese, romance-ensaio - justificativa da imigração - a integração cósmica do indivíduo com a realidade brasileira - linguagem retórica, com acentos impressionistas

LIMA BARRETO

• Triste fim de Policarpo Quaresma • Recordações do escrivão Isaías Caminha

- romances com personagens populares - valorização da vida suburbana - crítica às instituições - caricatura dos poderosos - escritura infanto-juvenil

MONTEIRO LOBATO

• Urupês • Cidades mortas • Negrinha

- temática renovadora: o mundo rural de São Paulo - linguagem conservadora - literatura infanto-juvenil

SIMÕES LOPES NETO

• Contos gauchescos • Lendas do Sul

- Regionalismo no assunto e na linguagem - Descrença relativa nos valores da oligarquia - Predominância total de relatos curtos

AUGUSTO DOS ANJOS

• Eu - Poesia “cientificista” - O grotesco - A reprodução “popular” da ideologia dominante

LEITURA SUPLEMENTAR BARBOSA, Francisco de Assis. A vida de Lima Barreto. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1964. BOSI, Alfredo. Pré-Modernismo. São Paulo: Cultrix, 1966. CHAVES, Flávio Loureiro. Simões Lopes Neto: regionalismo e literatura. 2. ed. Porto Alegre: Mercado Aberto, 1982. COUTINHO, Carlos Nelson. “Õ significado de Lima Barreto na Literatura Brasileira”. In: Realismo na Literatura Brasileira. Rio de Janeiro>: Civilização Brasileira, 1974. CSVECENKO, Nicolau. A literatura como missão. São Paulo: Brasiliense, 1983. LINS, Osman. Lima Barreto e o espaço romanesco. São Paulo: Ática, 1976. ZILBERMAN, Regina. A literatura no Rio de Grande do Sul. Porto Alegre: Mercado Alberto, 1980.

AS REVOLTAS MODERNISTAS

Situação - Início do século XX Histórica - I Guerra Mundial - Crise de todos os valores europeus Movimentos de vanguarda: Futurismo – Dadaísmo

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Características gerais da literatura modernista Anticonvencionalismo dos temas e da linguagem - valorização do cotidiano - verso livre

- liberdade de expressão - enumeração caótica

- ambigüidade - fluxo de consciência

- destruição dos nexos - paródia

ESQUEMA DA GERAÇÃO DE 22

FASE DE DESTRUIÇÃO E EXPERIMENTAÇÃO (22-30) - pesquisa estética � adaptação aos valores das vantagens européias.

- destruição da linguagem tradicional � principalmente pela paródia.

- nacionalismo (primitivismo) � submovimentos

- Pau-Brasil

- Antropofagia

- Verde-Amarelo

- Anta

OSWALD DE ANDRADE � o grande agitador das idéias modernistas.

NARRATIVAS – Memórias sentimentais de João Miramar.

- Serafim Ponte Grande

- panfletos satíricos

- paródias à linguagem convencional

- desestruturação intencional

- fragmentação, elipses, etc.

POESIA –Pau-Brasil

- vinculação com o primitivismo

MÁRIO DE ANDRADE � o principal líder teórico do Modernismo

FICÇÃO – Macunaíma

- rapsódia primitivista do “herói sem nenhum caráter”

- sátira à linguagem usual.

Amar, verbo intransitivo. - romance psicológico sobre a “educação sentimental” de um adolescente, realizada por uma governanta alemã.

POESIA- Paulicéia desvairada – Lira paulistana

- primeira obra com elementos modernizadores

- inovação estética

- valorização da realidade de São Paulo

Clã do Jabuti Lira paulistana

- nacionalismo - indagação social

RAUL BOPP�Cobra Norato – vinculação à Antropofagia (poesia)

- poema baseado numa lenda amazônica

___________________________________________

CASSIANO RICARDO �

- “ O Brasil dos meninos, poetas e

Martim Cererê heróis”

(poesia) - poesia “ verde-amarela”

PLÍNIO SALGADO � O estrangeiro – romance ideológico de técnicas vanguardistas.

ANTONIO DE ALCÂNTARA MACHADO � Brás, Bexiga e Barra funda (contos)

- realismo irônico e sentimental

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- valorização do imigrante italiano

- estilo modernista

ESQUEMA DA POESIA MODERNA

MANUEL BANDEIRA

Cinza das horas

Obras Libertinagem

Principais Ritmo dissoluto

Carnaval

Estrela da manhã

- tom confessional

Temas e - valorização do cotidiano

Características - temática do desejo satisfeito

- simplicidade expressiva

“Vou-me embora pra Pasárgada”

Principais “Balada das três mulheres do

Poemas sabonete de Araxá”

“Irene”

“Poema tirado de uma notícia de

jornal”

CECÍLIA MEIRELES

Viagem

Obras Vaga música

Principais Mar absoluto

Romanceiro da Inconfidência

(valorização do episódio histórico sob

uma forma poética popular)

- a solidão e a perda amorosa

- a passagem do tempo

Temas e - herança neo-simbolista: uso

características contínuo de imagens/ símbolos

- poesia intimista, subjetiva

MARIO QUINTANA

Sapato florido

Obras O aprendiz de feiticeiro

Principais Do Caderno H

- a tristeza das coisas

- a infância e a morte

Temas e - o cotidiano

Características - poemas curtos em prosa

- ironia

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JORGE DE LIMA

Obras - Invenção de Orfeu

Principais - Essa negra Fulo

- a vida nordestina

Temas e - a cultura negra

Características - a religiosidade

MURILO MENDES

Obras -Contemplação de Ouro Preto

Principais

Temas e - o “brasileirismo” modernistas

Características - a religiosidade metafísica

VINÍCIUS DE MORAES

Obra Cinco elegias

Principal

- o amor místico (1ª fase)

Temas e - o amor sensual (2ª fase)

Características - o cotidiano

- a denúncia social

CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE

Obras principais:

Algumas poesia Sentimento do mundo

A rosa do povo

Claro enigma

Lição de coisas

Temas: - o passado

- o amor

- a solidão

- a fraternidade

- a interrogação sobre

- a existência

Poemas:

“Poema das sete faces”

“Confidência do itabirano”

“No meio do caminho”

“ Quadrilha”

“José”

Visão do mundo:

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- a idéia do “gauche”

- a idéia da “perda”

- a corrosão dos valores

- o humanismo

- o humor

AS REVOLTAS MODERNISTAS

Situação - Início do século XX Histórica - I Guerra Mundial - Crise de todos os valores europeus Movimentos de vanguarda: Futurismo – Dadaísmo Características gerais da literatura modernista Anticonvencionalismo dos temas e da linguagem - valorização do cotidiano - verso livre

- liberdade de expressão - enumeração caótica

- ambigüidade - fluxo de consciência

- destruição dos nexos - paródia