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ESPÍRITO SANTO - DOMINGO, 10 DE DEZEMBRO DE 2017 RECICLE A INFORMAÇÃO: NÃO JOGUE ESTA PUBLICAÇÃO NAS VIAS PÚBLICAS. PASSE ESSE JORNAL PARA OUTRO LEITOR.

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ESPÍRITO SANTO - DOMINGO, 10 DE DEZEMBRO DE 2017

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ESPÍRITO SANTODomingo, 10 de dezembro de 2017 Edição Especial

FOCO NAorlaESQUENTA! PONTO DE ENCONTRO

NO VERÃO, A PRAIA CAMBURI, EM VITÓRIA,

PROMETE DIVERSÃO PARA TODAS AS IDADES

COM SABOR MOQUECA É UMA DAS DELÍCIAS QUE OS QUIOSQUES VÃO SERVIR DURANTE FESTIVAL GASTRONÔMICO

COM SAÚDE

ALTINHA E TANTAS OUTRAS OPÇÕES DE

ESPORTES E LAZER TÊM COMO CENÁRIO A

AREIA E O CALÇADÃO

FOCO NAorla

ESPÍRITO SANTO, DOMINGO, 10 DE DEZEMBRO DE 2017www.metrojornal.com.br 02| VERÃO

A ORLA VAIbombarPOINT DO VERÃO. COM QUIOSQUES SOB NOVA DIREÇÃO, MAIS ESPORTES E AS TRADICIONAIS (E SEMPRE BEM-VINDAS) ATIVIDADES DE PRAIA, CAMBURI SERÁ PONTO DE ENCONTRO NA CAPITAL

Quem mora em Vitória sabe: é só o verão chegar, e a orla da cidade “ferve”, de dia, de tarde e de noite. Camburi vira o point de quem gosta de ca-minhar, correr, pedalar, mer-gulhar, patinar, jogar futebol, vôlei e até tênis! O espaço con-vida à ação, mas não só isso: é também uma oportunida-de para contemplar o mar e o próprio agito da praia.

E, neste ano, o calçadão ganha um novo palco pa-ra se assistir a toda essa mo-vimentação em Camburi: os quiosques integrantes do Fes-tival Gastronômico, que reú-ne participantes de outro fes-tival, o Roda de Boteco. Os módulos de 1 a 7 -- alguns antes vazios -- passam a ser ocupados por bares e restau-rantes reconhecidos por sua qualidade no atendimento e por seu cardápio caprichado e variado.

Essa não será a única apos-ta na orla. Os frequentado-res de Camburi ainda pode-rão desfrutar de ginástica, torneios esportivos, colônia de férias e aulas de zumba na arena a ser montada na praia, como acontece todos os anos.

Também será realizado o projeto Mar da Música, cuja proposta é valorizar a arte lo-cal com apresentações de ar-tistas capixabas em points frequentados por turistas, e oficinas de forró e circuito da saúde com atividades físicas.

Atividades físicas, aliás, são mesmo a cara da praia. E o casal Carlos Eduardo Amaral de Souza, 40 anos, e Adriana Junger Lacerda, 37, aprovei-ta, andando de bicicleta com os filhos Eduarda, 8, e Gael, 4, especialmente nos dias em que a avenida Dante Miche-lini fica fechada para o tráfe-

go de veículos. “Acredito que, neste verão, vamos aprovei-tar bastante, ficar mais ao ar livre, desfrutar mais a orla”, comenta Adriana.

Bike própria ou alugada Se você não tem sua própria bicicleta, pode alugar uma nas estações do Bike Vitória, instaladas ao longo da praia, ou ainda com empreendedo-

res locais, como Levi Barletta, que, além das bikes, também oferece patins e triciclos.

“Trouxe a ideia de Fortale-za, de onde sou, para oferecer opções de lazer a quem fre-quenta a praia. Acredito que é preciso investir mais pa-ra atrair o turista no verão e no restante do ano. A orla é muito bonita e pode ser bem aproveitada”, opina.

Areia e pescaria E se a ideia é diminuir o es-tresse do dia a dia com uma atividade mais leve, não fal-ta opção: é só estender a canga na areia e curtir o sol e o mar ou... pescar, como faz o administrador Felipe Zenóbio, 55. Ele se diverte com os amigos na beira da praia, pescando. Nem sem-pre os peixes mordem a is-

ca, mas não é por isso que será um dia ruim de pesca-ria. O que vale mesmo são as horas de boa conversa, arremessos e, às vezes, até um peixinho.

Felipe disse que a região tem pampo, carapeba, e, em alguns momentos, até arraias aparecem. “Até mar-ço é o melhor período para pescar. Agora começa a me-

lhor temporada”, contou. Temporada que para Na-

tália Pedrini, 32, Flávia Reu-ter, 23, e Beatriz Cremasco, 22, rima com bola para ci-ma, jogando altinha. Ali, elas resumem, têm um lo-cal de lazer e de encontro com amigos, uma ótima de-finição do que é Camburi na estação mais quente do ano. METRO

CAMBURI

FOTOS: CHICO GUEDES/METRO ES

Na areia, oportunidade para relaxar curtindo

sol e mar

Carlos Eduardo de Souza e Adriana Junger com os filhos Gael e Eduarda: ‘No verão, vamos aproveitar mais ainda a praia’

Calçadão, um espaço de atividade física e passeio a toda hora

ESPÍRITO SANTO, DOMINGO, 3 DE DEZEMBRO DE 2017www.metrojornal.com.br {EDITORIA} 02|ESPÍRITO SANTO, DOMINGO, 10 DE DEZEMBRO DE 2017

www.metrojornal.com.br 02| VERÃO ESPÍRITO SANTO, DOMINGO, 10 DE DEZEMBRO DE 2017www.metrojornal.com.br {VERÃO} 03|

BOLA PRA CIMA!Jogar uma partida de futevôlei ou mesmo brincar na beira do mar fa-zendo “altinhas” são opções oferecidas pelo Centro de Treinamento Bo-la pra Cima, que funciona na altura do K2 e está aberto para meninos e meninas a partir dos 13 anos, de manhã e à noite. Beatriz Cremasco, 22, Flávia Reuter, 23, e Natália Pedrini, 32 (foto abaixo), marcam presença por lá e destacam que a prática do esporte vai além do condicionamen-to físico. É também um momento de lazer e de encontro com amigos.

ESTÁ NA MODA...Banhistas da praia de Camburi vão ficar com um nome na cabeça... ou vários! A moda deste verão também já está ganhando espaço na orla da capital: o chapéu com nome borda-do. Pode ser o seu, o do seu amor, uma palavra de ordem... A empresá-ria e estudante de Design de Moda Letícia Leal, da Love.Le, é de Vila Ve-lha, mas sente que o produto ganha espaço também em Vitória. Outra tendência fashion da estação mais quente é o sutiã do biquíni no estilo ciganinha. E se for de um ombro só então... Puro charme!

OS NOVOS REIS DA PRAIA A grande novidade deste verão em Camburi será o Festival Gastronômi-co, marcado para começar nesta ter-ça, dia 12. Bares e restaurantes partici-pantes do festival Roda de Boteco vão ocupar os quiosques de 1 a 7 e dar novo ânimo à orla. No cardápio, estão desde o tradicional peixe frito até uma suculenta rabada. Nos módulos, tam-bém será possível ouvir uma boa mú-sica. E beber uma cerveja gelada mais perto do mar, já que os quiosques po-derão atender aos clientes na areia. “A realização do festival na prin-cipal praia da cidade com certeza vai torná-la mais atraente, tanto para os moradores quanto para os turistas. O mais interessante é que nesses lo-cais estarão atuando empresários ex-perientes e competentes, oferecendo o melhor da nossa gastronomia”, frisa Wilson Calil, presidente do Sindbares (Sindicato dos Bares, Restaurantes e Similares do Espírito Santo), entidade

que realiza o Festival Gastronômico. Vindo de Vila Velha, o restauran-

te Moqueca chega a Camburi ganhan-do um “sobrenome”: vai se chamar Moqueca Prime. “Vamos levar para o quiosque toda a excelência no atendi-mento de um restaurante que já tem 15 anos de experiência e dois pra-tos premiados no Roda de Boteco em 2014 e 2015: o bobó de frutos do mar e o Mexido do Mar, que também leva sururu, polvo e lula, entre outros in-gredientes”, explica o sócio-proprietá-rio, Gilson Francisco da Silva.

E nada de sustos com preço: os pratos citados, que servem duas pes-soas, custarão R$ 39,90. “A ideia é pra-ticar preços justos, de mercado, ofere-cendo qualidade.” Os módulos ainda poderão ser palco de shows. “Teremos música de quarta a domingo, um cho-rinho no sábado à tarde, um samba de raiz aos domingos, além de MPB”, adianta Gilson.

EM ALTA!

GASTRONOMIA DIVERSIFICADA João Luiz Mendes, do Boteco do João, e Fá-bio Paiva, do Barzito (ambos na foto), são dois dos novos empresários a atuarem na orla de Camburi, durante o Festival Gastro-nômico de Vitória. “Estamos com as melho-res expectativas”, frisa João. “E vamos ter música ao vivo de quinta a sábado”, acres-centa Fábio. Nos quiosques de 1 a 7, serão várias as delícias servidas, como a caipirinha do Caranguejo do Assis (foto), estabelecimento cujo carro-chefe do cardápio serão os caranguejos -- “mas teremos também peixes e camarões”, frisa o proprietário, Francisco de Assis Giovaneli --, e o camarão no coco do Mer-cearia Botequim (foto), restaurante que destaca também a picanha gourmet.

BIKE RELAX E RADICALPequenos corredores e suas manobras radicais fazem da praia de Camburi um point do bicicross, em área próxima a Jardim Camburi. Mas atenção: é necessá-rio sempre ter a devida proteção (de queixo, joelheiras, caneleiras, entre outros itens) para que a diversão seja garantida, como fazem Helena Lyrio, Pedro Gui-marães, João Vitor Gerhardt, Bruno Dias e Maria Neves (foto). Outra opção é usar a bicicleta para se exercitar ou curtir a orla sem pressa. O estudante Hei-tor Affonso Rodrigues (foto), 25, utiliza as do Bike Vitória, alugadas, que agora também conta com opção para crianças. “Uso mais por lazer, embora não deixe também de ser uma atividade aeróbica. E, no verão, vou aproveitar ainda mais.”

TÊNIS NA AREIAPensa que tênis só é praticado em quadras e arenas fechadas? Passe pelo K6 de Camburi, e você mudará de ideia. Nesse pon-to, na areia da praia, estão delimitadas as áreas para a práti-ca do beach tennis. Por lá, são formadas duplas que treinam e disputam partidas animadas. A forma de contagem é um pou-co diferente da modalidade convencional, mas a adrenalina é a mesma, segundo os funcionários da escolinha Jovanderson Custódio e Luciano da Silva. Se quiser jogar ou apenas assistir a uma partida, saiba: a turma está lá de segunda a sábado, a partir das 6h30, e aos domingos, a partir das 7h.

Confira alguns dos atrativos e das tendências que você pode ver (e curtir) na praia de Camburi nesta alta estação:

Regina Lima, do restaurante Regina Maris, e seu peroá que leva o nome da praia ‘anfitriã’: Festival Gastronômico, em seisquiosques, começa nesta terça, dia 12

MAG

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LOVE.LE

FOTOS: DIVULGAÇÃO

FOTOS: CHICO GUEDES/METRO ES

PARA SE DELICIARK1 De Passagem: o carro-chefe do cardápio será o “Casadinho de Passagem” (camarão VM enrolado em filé de tilápia) K2 Quiosque para imprensa K3 Regina Maris: entre os destaques, peroá Camburi, acarajé no prato, joelho de porco e caipilima K4 Moqueca: “Mexido do Mar” e bobó de frutos do mar, além de drinques variados K5 Boteco do João: carne seca, rabada e paio no feijão e Barzito: “Uai Sô” (costelinha suína ao molho no pirão de farinha de milho torrada e couve) e coquetéis refrescantes de verão K6 Caranguejo do Assis: carangue-jo, peixes e camarões. E caipirinha K7 Mercearia Botequim: moqueca capixaba, camarão no coco, picanha gourmet e drinques

ESPÍRITO SANTO, DOMINGO, 10 DE DEZEMBRO DE 2017www.metrojornal.com.br 04| {BELEZA

BEM-ESTAR. CONFIRA AS DICAS DE ESPECIALISTAS PARA POTENCIALIZAR OS TRATAMENTOS CASEIROS

FREEIMAGES

IMAGE SOURCE/FOLHAPRESS

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SÓ SEUSpaNa correria do dia a dia -- e em plenas férias de verão --, muitas vezes não dá tempo de pres-tar atenção nas neces-sidades da pele, dos ca-belos e das unhas, e a beleza fica em segun-do plano. Mas você po-de se cuidar em casa. E ainda é uma excelente maneira de relaxar!

A ideia é aproveitar produtos disponíveis no mercado. Hábitos simples, como lavar, tonificar e hidratar o rosto duas vezes ao dia, já garantem uma pele bonita e saudável. Para facilitar o seu tra-balho, separamos algu-mas dicas de especialis-tas. O resultado do seu SPA caseiro será ainda mais eficiente. METRO

ESFOLIAÇÃOAproveite o tempo livre para renovar a pele. Uma boa esfoliação

é capaz de eliminar as células mortas e deixar a pele macia e luminosa. Procure sabonetes à base de ácido salicílico ou glicólico, que promovem uma esfoliação facial, deixando a pele mais macia.

“O importante é ser usado com cautela, no máximo uma vez por semana, duas nas pessoas de pele mais oleosa, e jamais ser esfregado

vigorosamente, pois isso irrita a pele e pode até espessá-la, o que é indesejado”, explica a dermatologista Daniela Landim.

HIDRATAÇÃO DO CABELOIndependentemente do tipo de cabelo, hidratar é preciso. É esse cuidado que garante maciez, brilho e força aos cabelos. Para aplicar as ampolas, passe o produto da altura da orelha para baixo, evitando a raiz, mecha a mecha, massageando as partes do cabelo para que a fibra capilar absorva todas substâncias da hidratação. Após limpar e condicionar os cabelos da forma correta, retire o excesso de água. Depois penteie os cabelos com um pente de madeira, que evita que a fibra, mais sensível quando molhada, se parta. “A retirada da umidade é fundamental, pois água em excesso atrapalha o efeito da reconstrução dos fios, e o produto pode não ser absorvido”, diz o hair stylist Ricardo Cassolari. Quem está com os fios muito fracos pode apostar nos produtos com queratina, uma proteína presente nos cabelos.

BARBA Os homens devem se barbear após o banho, assim os poros já estarão dilatados. É importante usar creme/espuma de barbear e aparelho com lâminas limpas e novas (utilizar no máximo três vezes) para evitar cortes. Segundo a dermatologista Daniela Landim, peles com acne pedem cuidados especiais, pois a lâmina pode causar ferimentos e inflamações. Use uma loção antisséptica ou anti-inflamatória. No final do barbear, lave o rosto com água fria para fechar os poros. A loção pós-barba não deve ter muito álcool para que se evite ressecamento da pele.

PÉS E MÃOSAs mãos e os pés também merecem atenção especial. Hidrate as mãos sempre após lavá-las. “Use hidratantes específicos porque são mais intensos”, explica a dermatologista Daniela Landim. Também é recomendável usar luvas sempre que possível para evitar contato com produtos de limpeza. Dê preferência a luvas siliconadas. Segundo a doutora Daniela, é importante fazer escalda-pés uma vez por semana com água quente com condicionador ou hidratante, e o lixamento deve ser leve. Em seguida, é bom secar e hidratar novamente. “A hidratação deve ser diária e aproveite para fazer uma massagem. Evite sapatos apertados, que causam calosidade”, diz. Em relação às unhas, é bom deixá-las pelo menos um dia da semana sem esmalte e evitar tirar muita cutícula, pois é uma proteção. A alimentação balanceada também é importante, pois a deficiência – principalmente de zinco e cálcio – deixam as unhas enfraquecidas. Consuma leite integral, arroz, feijão, aveia e carne vermelha.

ESPÍRITO SANTO, DOMINGO, 10 DE DEZEMBRO DE 2017www.metrojornal.com.br {BELEZA} 05|

CUIDADOS. PROTEJA OS FIOS CONTRA OS ESTRAGOS NA ESTAÇÃO MAIS QUENTE DO ANO

SEU CABELO NEM VAI NOTAR!

Difícil atravessar o verão sem que seus cabelos denun-ciem os efeitos dos banhos de mar ou de piscina. Res-secamento, desbotamento na cor ou nas luzes, pontas duplas e frizz indomável são alguns dos problemas que a estação traz. Mas existem formas de lidar com tudo is-so sem deixar a curtição de lado e – melhor ainda! – sem sofrer a cada vez que você se olha no espelho. Numa con-versa com o Metro Jornal, o especialista Wagner Ro-drigues, embaixador de Lee Stafford Brasil, e o hairsty-list Nelliton Carvalho, do Jacques Janine Augusta, ex-plicam que cuidados tomar para aproveitar o calor sem danificar os fios. METRO

COMO PROTEGER A HIDRATAÇÃO DOS FIOS? Use um leave-in com proteção solar diariamente. Também é importante hidratar ao menos uma vez por semana e aplicar termoprotetores nos fios antes do uso da chapinha e do secador.

E PARA MANTER AS LUZES SEM ESVERDEAR OU ALARANJAR? Para prevenir fios esverdeados ou alaranjados, é essencial evitar a piscina nas duas semanas que se seguem à coloração ou ao retoque da cor. Outra dica é usar cosméticos específicos para as loiras, que ajudarão a proteger a coloração e a selar as cutículas.

COMO EVITAR AS PONTAS DUPLAS?Basta pentear o cabelo durante a hidratação, seja com máscara ou condicionador. Comece pelas pontas

FOTOS: PIXABAY

Verão?

Hidratação após piscina e praia é um dos segredos

Os cabelostambém precisam

de protetor solar

e vá subindo até chegar à raiz. Além de evitar as pontas duplas, o cabelo fica desembaraçado, sem nós e com menos frizz. Também é importante cortar regularmente as pontas envelhecidas para que os cabelos se recuperarem naturalmente. E use um leave-in com proteção solar.

É INDICADO REFAZER AS LUZES NO VERÃO? Na estação mais quente do ano, o cabelo fica muito sensível e danificado por causa da exposição solar, do sal da água do mar e do cloro. O ideal é fazer apenas hidratações.

QUAL A MELHOR MANEIRA DE CONTROLAR O EXCESSO DE FRIZZ?Manter os fios nutridos com máscara de hidratação e aderir a tratamentos anti-frizz antes da estação – uma alternativa é o já bastante conhecido botox capilar. Também vale apostar em finalizadores, como óleos e sprays de hidratação, e sempre aplicar protetores térmicos nos fios antes da chapinha e do secador.

ESPÍRITO SANTO, DOMINGO, 10 DE DEZEMBRO DE 2017www.metrojornal.com.br 06| {SAÚDE}

Com o calor do verão, co-midas mais leves e refres-cantes ganham mais espa-ço nos cardápios e no nosso dia a dia. O iogurte é uma ótima opção, ainda mais por ser prático e um bom complemento para dieta. Embora o ponto forte des-se derivado do leite seja es-timular a flora intestinal, as qualidades nutricionais não estão restritas a essa função.

Grande fonte de proteí-

na e de cálcio, o iogurte traz vários benefícios pa-ra o organismo. Segundo a professora do curso de nu-trição da Anhanguera de Niterói (RJ), Flávia da Silva Santos, algumas das vanta-gens do iogurte são o con-trole da pressão arterial; a manutenção da saúde ós-sea; regulação dos bati-mentos cardíacos; contro-le da deposição de gordura corporal e favorecimento

da formação de tecidos. Outra boa notícia é que

seus componentes também podem ser auxiliares na die-ta por darem sensação de saciedade, uma proprieda-de das proteínas, e por te-rem valor calórico baixo.

Fácil de ser preparado, o iogurte pode ser utiliza-do em saladas como molho em substituição ao creme de leite; em bebidas bati-das com frutas; como mari-

nada para carne e frango, e como sobremesas em subs-tituição ao creme de leite e ao leite condensado. Com pedaços de frutas ou batido com elas, mel, açaí, canela e sementes, pode ser excelen-te substituto de doces nas sobremesas e reforço no ca-fé da manhã. Confira algu-mas receitas e traga o iogur-te como um grande aliado da saúde na estação mais quente do ano. METRO

BOLO DE IOGURTEIngredientes

1 copo de iogurte natural1/2 copo de óleo de milho

2 copos de açúcar2 copos de farinha de trigo

4 ovos1 colher de sopa de fermento

químico em pó

Modo de preparoBata todos os ingredientes no liquidificador e despeje numa assadeira de buraco no meio

untada e enfarinhada.Leve ao forno moderado (180ºC)

pré-aquecido, por cerca de 40 minutos.

Deixe amornar e desenforme.

MOLHO DE IOGURTE PARA SALADA

Ingredientes1 pote de iogurte natural ou desnatado1 colher (sopa) de tomate picado em pedaços pequenos1 colher (sopa) de cebola ralada1 colher (sopa) de cheiro-verde picado1 colher (sopa) de azeite de olivaSal a gostoLimão a gosto Modo de preparoColoque o iogurte em um recipiente.Adicione o tomate, a cebola e o cheiro-verde e misture.Adicione o azeite e misture bem.Tempere com o limão.Tempere com o sal.Sirva.

PUDIM DE IOGURTE

Ingredientes2 copos de iogurte natural com soro1 lata ou caixinha de leite condensado1 copo de leite (usar a medida da lata de leite condensado)Manteiga ou margarina (somente para untar a forma de pudim Cobertura10 morangos2 colheres de açúcar Modo de preparoNo liquidificador, colocar todos os ingredientes e bater em velocidade alta por 3 minutos.Untar a fôrma e despejar o pudim batido.Colocar a fôrma de pudim em outra forma com água e levar ao forno por 40 minutos.Levar à geladeira por 3 horas, desinformar e enfeitar com a cobertura. CoberturaLevar ao fogo os morangos picados e o açúcar, deixar ferver (sempre mexendo) até que os morangos amoleçam e o açúcar vire uma calda.

IMAGE SOURCE/FOLHAPRESS

PARA SE REFRESCAR. COMBINADO COM DIVERSAS PREPARAÇÕES, É UM ALIMENTO SAUDÁVEL E FÁCIL DE SER INCLUÍDO NA ALIMENTAÇÃO DIÁRIA

TUDO COMiogurte

ESPÍRITO SANTO, DOMINGO, 10 DE DEZEMBRO DE 2017www.metrojornal.com.br {CULTURA} 07|

FEIJOADA 40 GRAUSSamba raiz. A tradicional feijoada do bar 40 Graus será animada pela Banda 522 tocando um repertório de samba raiz. A casa ainda terá o som sertanejo de Willer Primavera. O buffet é liberado e custa R$ 39,90 por pessoa. Hoje, a partir das 13h no bar 40 Graus (rua Joaquim Lírio, 811, Praia do Canto, Vitória). Couvert: até as 16h, couvert musical já incluído no valor do buffet, e R$ 5 (após as 17h). Informações: (27) 99904-5360.

VITRINE MUSIC BARSamba e pagode. A noite na casa conta com o

grupo Freelance, que comanda o projeto “Pagode de Verão”. Além disso, o DJ Márcio Santos garante

a animação da galera na abertura e durante os intervalos. Hoje, a partir das 16h, na Vitrine

Music Bar (rua José Pena Medina, 380, Praia da Costa, Vila Velha). Ingresso: a partir de R$ 15.

Informações: (27) 3534-9790.

MOSTRA SESC DE MÚSICA

Rap. Bocaum, DJ LD Fli e Preta Roots são as atrações que encerram a

programação da terceira edição da Mostra Sesc de Música. Hoje, às 20h, no Centro

Cultural Sesc Glória (av. Jerônimo Monteiro, 428, Centro, Vitória). Ingresso: R$ 5 (meia-entrada).

Informações: (27) 3232-4750.

PAGODE DO BEB’S

Temporada de verão. Os grupos SambAdm

e Pedalasamba animam a edição de domingo com

o projeto de verão “Pagode do

Beb’s”. Hoje, a partir das 17h, no Beb’s Bar

Vitória (rua Juiz Alexandre Martins de

Castro Filho, 160, Vitória). Ingresso:

R$ 20 (até 18h30) e R$ 30 (após 18h30).

Informações: (27) 99641-8261.

DOMINGUEIRA DO FORRÓForró. Outra opção para quem quer encerrar o fim de semana é o Clube Arci, em Vila Velha, que recebe a “Domingueira do Forró”, comandada pelas atrações Edinho & Luar do Sertão e banda Sabor de Mel. Hoje, às 19h30, no Clube Arci (praça Assis Chateaubriand, Ibes, Vila Velha). Ingresso: R$ 8 (meia). Informações: (27) 3229-2352.

DOMINGO DE ENSAIOPagode X Sertanejo. O Domingo de Ensaio é o destino certo para quem gosta pagode e sertanejo. Na apresentação, acontece um duelo entre os dois ritmos, com performances ao vivo. Estão confirmados para mais uma edição o grupo Samba HD e o cantor Alan Venturin, que sobem ao palco juntos para interpretar os maiores sucessos dos segmentos musicais. Hoje, a partir das 18h, no Ensaio Botequim (rua Joaquim Lírio, 778, Praia do Canto, Vitória). Couvert: R$ 10. Informações: (27) 99904-5360.

Cantor Alan Venturin participa de ‘duelo’ de ritmos

Preta Roots mostra sua arte em rap

Banda 522 anima a tarde na Praia do Canto

SambAdm traz sucessos do samba e músicas autorais

Banda Sabor de Mel coloca o povo para dançar

FOTOS/DIVULGAÇÃO

Domingou!PARA CURTIR. O METRO JORNAL TRAZ UMA PROGRAMAÇÃO PARA QUEM PROCURA ENCERRAR ESTE FIM DE SEMANA DE FORMA DIVERTIDA. CONFIRA!

Grupo Freelance se apresentana Praia da Costa

JUDEU KARATAPA/DIVULGAÇÃO

ESPÍRITO SANTO, DOMINGO, 10 DE DEZEMBRO DE 2017www.metrojornal.com.br 08| {TECNOLOGIA }

Quando se fala em inovação, você pode pensar em com-putador, celular e todo tipo de tecnologia que nos rodeia e, pelo fato de fazerem par-te do nosso dia a dia, acredi-tar que basta aprender a ope-rá-los e tudo está resolvido. Não! A inovação vai muito além desses aparatos tecno-lógicos, e os que não ingres-sarem nessa nova era, sejam as empresas e seus líderes, sejam os empregados ou em-preendedores, terão mui-ta dificuldade em se manter no mercado. O futuro não é amanhã, já está acontecen-do. E inovar é imprescin-dível tanto para as pessoas quanto para as organizações.

Professora, coach e espe-cialista em futurismo, Ja-queline Weigel observa que a crença do mundo dos ne-gócios de que a melhor em-presa é a que tem a maior planta e o maior número

de funcionários, enquanto o melhor CEO é o que atin-ge as melhores metas, está obsoleta.

“Esse mundo ainda exis-te, precisamos cuidar dele e honrá-lo, porque nos trou-xe até aqui, mas não será es-se mundo nos próximos dez anos. É preciso se tornar hí-brido, inovar um pouco, olhar esse assunto de disrup-ção um pouco mais de per-to, porque é o que o mer-cado está fazendo”, ressalta Jaqueline, acrescentando que 40% das empresas vão deixar de existir justamente porque não estão buscando a inovação.

Mesmo diante desse ce-nário, ela garante que não é preciso ter medo. Segundo a especialista, existem mui-to mais oportunidades do que ameaças. “Mas é pre-ciso pensar o assunto com seriedade. O grande erro é

da Insper e ESPM e diretor de marketing da Tecnisa, Ro-meo Busarello, lembra o ca-so de um profissional de sua área, com mais de 30 anos de atividade, que foi descar-tado porque sua “experiên-cia é antiga”, ou seja, por-que ele não inovou. “E o que vem pela frente é pior. Por is-so, não dá para parar de estu-dar”, destaca.

Estudar para se atualizar, sempre, mas estudar tam-bém para saber como viver neste mundo digital. Pensan-do sobre essa necessidade, está em debate no Ministé-rio da Educação um mode-lo para alfabetização digital dos jovens na rede de ensino do país. Consultor, arquiteto e urbanista, Caio Vassão par-ticipa das discussões do pro-grama e ressalta que, mes-mo os adolescentes da atual geração, que são reconheci-dos como “digitais”, preci-

sam ser educados na área.“Eles não sabem o que es-

tão fazendo. Sabem navegar nas redes sociais, pedir um táxi e até fazer um pagamen-to via app, mas não sabem o quanto estão expostos. Com a alfabetização digital, pre-tendemos ensinar como mudam as relações sociais, econômicas, digitais. Isso precisa estar na pauta edu-cacional, porque existe um problema cognitivo a ser tra-balhado”, argumenta.

Os três especialistas es-tiveram em Vitória, no úl-timo mês, participando do VOS (Vários Olhares Singu-lares), iniciativa promovi-da pela Vale e que reuniu uma plateia qualificada, no Parque Botânico, para dis-cutir vários aspectos da ino-vação. A empresa pretende realizar novos encontros em 2018 com temas diferentes.

METRO

O TEMPO É AGORA. A INOVAÇÃO VAI MUITO

ALÉM DOS APARATOS TECNOLÓGICOS E É

FUNDAMENTAL (E URGENTE) TANTO PARA

AS PESSOAS QUANTO PARA AS ORGANIZAÇÕES,

DIZEM ESPECIALISTAS

O FUTURO JÁchegou

achar que basta digitalizar, ou seja, ter uma plataforma, criar um app e está pronto. Não! O grande desafio nosso é mudar a cultura, é mudar o modelo. Pensar negócio de outra forma. A grande lição para as empresas tradicio-nais é: manter o que existe, olhar para inovação, fazer pequenos movimentos e tor-nar a disruptura uma disci-

plina a ser estudada com se-riedade. Quem não fizer isso vai pagar o preço”, diz.

VelocidadeA disrupção também de-ve ser adotada pelos profis-sionais porque as mudan-ças vêm acontecendo cada vez com maior velocidade, e quem não acompanhar vai ficar para trás. O professor

CHICO GUEDES/METRO ES

PEXELS

Inovação foi o temado VOS (Vários Olhares

Singulares), eventorealizado em Vitória

ESPÍRITO SANTO, DOMINGO, 3 DE DEZEMBRO DE 2017www.metrojornal.com.br {EDITORIA} 08|ESPÍRITO SANTO, DOMINGO, 10 DE DEZEMBRO DE 2017

www.metrojornal.com.br 08| {TECNOLOGIA } ESPÍRITO SANTO, DOMINGO, 10 DE DEZEMBRO DE 2017www.metrojornal.com.br {TECNOLOGIA 09|

EDUCAÇÃO: PONTO DE PARTIDA PARA (SE) TRANSFORMAR Para inovar, a educação é ponto de partida. Buscar conhecimento, quali-ficação, outras visões do mundo, dos negócios, da sociedade. Mas a esco-la está preparada para ensinar nesta nova realidade?

Na opinião de Jaqueline Weigel, coach e professora, a educação é a área global mais atrasada. Primei-ro, porque quem educa precisa se re-ciclar permanentemente. Em segun-do lugar, porque as crianças de hoje não se adaptam ao modelo de es-cola tradicional. “Quem tem crian-ça e puder buscar uma escola alter-nativa, manda bala. Se vai fazer curso superior, não entre em faculdade li-near”, sugere.

Jaqueline diz, porém, que quem já

está fazendo faculdade ou concluiu os estudos não precisa se desesperar. “Tente usar aquilo de alguma forma. Vai ser um desafio. E, se achar que está perdendo o seu tempo, saia logo fora. Enfrente agora, ou vai ter que enfrentar a vida depois.”

A coach adianta que alguns cur-sos, da forma como são atualmente, vão se tornar obsoletos. “A área do Direito, por exemplo, sempre vai exis-tir, mas não como conhecemos ho-je. A inteligência artificial na área ju-rídica já existe no Brasil, por exemplo. Então, para quem ainda não entrou na faculdade, acredito que a melhor opção está nas nanodegrees (peque-nas graduações)”, avalia.

A opinião é compartilhada pe-

lo professor e diretor de marketing Romeo Busarello. “No mundo todo, crescem as plataformas com cursos de nanodegrees. Cada vez mais, as pessoas vão se especializar, e esse é um caminho. Existem as escolas sem diplomas em que há o cara que quer ensinar e aquele que quer aprender. Escolas alternativas só com nanode-grees, como a quarta revolução in-dustrial, criptomoedas, ou seja, cur-sos da nova economia”, aponta.

Busarello frisa que as escolas vão ter que se reinventar. “Não dá pa-ra colocar mais de 2 mil alunos em uma sala, enquanto que, no on-line, isso não tem limite. Eu dou aula em um módulo pela internet em que a Udacity (escola) chega a ter 3 mil alu-

nos inscritos, por R$ 2 mil cada um. A escola tira R$ 6 milhões, e não tem nem prédio”, conta.

Atitude Mas, se as instituições de ensino ainda têm muito a inovar, as pessoas não podem ficar apenas esperando. “Seremos eternamente reféns de escola, mas não daquela em que ficávamos sentados. Temos que fazer hora-bar (participar de seminários, debates, palestras, conhecer gente), ampliar inteligência relacional porque, sem rede, ficamos para trás. Sessenta por cento dos problemas são inéditos. E como buscar amparo se não tivermos uma rede rica?

Vamos ser eternamente medíocres como profissionais. ‘Ah, mas dá muito trabalho’. Todo mundo quer o milagre, mas ninguém quer a peregrinação”, sentencia.

Para finalizar, o consultor, arquite-to e urbanista Caio Vassão acrescenta que as oportunidades estão abertas. “Mas é preciso sair da posição passi-va de esperar a inovação chegar. Este é o momento de se envolver.”

Partilha As transformações no mundo, e a velocidade com que acontecem, também são visíveis aos que são da área de educação, como aponta o professor Antônio Eugênio Cunha, presidente do Sinepe (Sindicato das

Empresas Particulares de Ensino do Espírito Santo). Embora reconheça a responsabilidade das instituições nesse processo educacional para a nova realidade, o professor ressalta que esse papel deve ser compartilhado com a família e a sociedade.

“Quando falamos de educação, não podemos estar restritos ao que acontece dentro de uma instituição. A educação é muito maior do que o promovido dentro de escolas e aca-demias. É entender o ambiente em que vivemos, a natureza, as relações pessoais que constituem a célula-ma-tre de uma sociedade que é a família. O que se faz dentro de uma institui-ção é parte”, argumenta. METRO

GLOSSÁRIOINOVAÇÃOÉ a introdução, com êxito, no mer-cado, de produtos, serviços, pro-cessos, métodos e sistemas que não existiam anteriormente ou que contenham alguma característica nova e diferente do padrão em vi-gor. Compreende diversas ativida-des científicas, tecnológicas, orga-nizacionais, financeiras, comerciais e mercadológicas. A exigência mí-nima é que o produto/serviço/ processo/método/sistema inovador seja novo ou substancialmente melhorado para a empresa em relação aos seus competidores.

DISRUPÇÃOO termo é usado para descrever inovações que oferecem produtos acessíveis e criam um novo mercado de consumidores, desestabilizando as empresas que eram líderes no setor.

INCUBADORA DE EMPRESASÉ um ambiente onde é ofereci-da uma série de facilidades para o surgimento e crescimento de no-vos empreendimentos. Além da as-sessoria na gestão técnica e em-presarial da empresa, a incubadora oferece infraestrutura e serviços compartilhados, necessários para o desenvolvimento do novo negócio.

STARTUPSEmpresas jovens que buscam a inovação em qualquer área ou ra-mo de atividade, procurando de-senvolver um modelo de negócio escalável e que seja repetível.

INTERNET DAS COISASUma rede mais inteligente com objetos, utensílios e aplicações conectados à internet.

Fontes: Finep, AES e Sebrae

NUM MUNDO DE MUDANÇAS, INDIVÍDUO É O PROTAGONISTAPresidente do Sinepe (Sindicato das Empresas Particulares de Ensi-no do Espírito Santo), o professor Antônio Eugênio Cunha observa que o mundo está se transforman-do numa velocidade muito gran-de, e o protagonista hoje é o indi-víduo. É ele quem decide o que vai ou não consumir, se o produto ou serviço que lhe é ofertado atende aos seus desejos. Isso ocorre em to-dos os segmentos -- industrial, co-mercial ou de serviços --, e aí inclui--se a educação.

“Temos uma estrutura enraiza-da, principalmente no Brasil, na for-mação pelo conteúdo e pelo conhe-cimento daquilo que foi descoberto até os dias de hoje. Então, o profes-sor se apropria desses conteúdos e repassa aos alunos. Esse é um pro-blema sério, em especial com os adolescentes, porque as aulas se tornaram desinteressantes nessa estrutura de transferência de co-nhecimento. Esse é um problema, mas é a escola que não quer mu-dar? Não. Existem políticas educa-cionais, com conteúdo proposto e controlado pelo governo, que a es-cola é obrigada a cumprir”, afir-ma Cunha.

O presidente do Sinepe diz que há instituições que se preocupam com a inovação. “A inovação se dá porque encontramos algo novo ou melhoramos nossos processos, nos-sa estrutura. É mais que um note-book que, claro, pode servir como instrumento, mas com um processo de aprendizado diferente”, destaca.

O aluno também é visto como protagonista porque ele quer algo diferente do que vinha recebendo. “Então, como educador devo pen-sar o que posso construir nesse jo-vem para que seja realmente pro-tagonista, tomador de decisões, cidadão crítico que consegue resol-ver seus problemas pessoais, so-ciais, ser capaz de aprender sozi-nho. Temos que trabalhar com ele novas habilidades”, frisa o professor Antônio Eugênio Cunha. METRO

CHICO GUEDES/METRO ES

Estrutura com estilo futurista foi o cenário do VOS

Romeo Busarello: ‘É preciso sair da posição

passiva de esperar a inovação chegar. Este é o momento

de se envolver’

ESPÍRITO SANTO, DOMINGO, 10 DE DEZEMBRO DE 2017www.metrojornal.com.br 10| {TECNOLOGIA

O que são cidades inteligentes?É um conceito relativamente complexo, mas pode ser ex-plicado de maneira simples e em dois níveis. O primeiro é quando tratamos de sistemas digitais, tecnologia da infor-mação, dispositivos móveis e automação urbana, acesso à conectividade, ou seja, tu-do o que permite novo tipo de serviço aos cidadãos num grau muito maior que antes; é possível atender a deman-das de maneira mais eficaz e com garantia de resultado. Um exemplo é o monitora-mento do trânsito.O segundo nível compreen-de a internet das coisas, que é a tecnologia embarcada em todo e qualquer produto, co-mo computador, celular, mas também numa geladeira in-teligente que pode informar, por exemplo, quando está próximo o vencimento da va-lidade de um iogurte ou um carro autônomo que interage com outros veículos.

Tantas possibilidades com a tecnologia podem assustar um pouco…Um dos aspectos discutidos é

a privacidade, como afeta os direitos humanos, por exem-plo. Mas, ainda num tom oti-mista, devo dizer que todo e qualquer produto indus-trial tende a produzir infor-mação, e a economia relacio-nada a dados já é maior que a de petróleo. O que é possí-vel a partir daí? Pesquisa, em-preendedorismo, as cidades trabalharem esses dados. E o poder público está nessa sintonia com a inovação?Ainda há um caminho lon-go a percorrer. Existe um gap (vão) de percepção, a falta de conhecimento do poder pú-blico em geral é grande. Mas existem iniciativas no país, como a Rede Brasileira de Ci-dades Inteligentes e Huma-nas (no Estado, participam dela Vitória, Vila Velha, Ser-ra, Cariacica, Guarapari, Ca-choeiro de Itapemirim, Li-nhares e São Mateus), que divulga como as cidades de-vem operar para serem mais inteligentes, como abordar sistemas de automação, am-pliar acesso a dados. Mas, além disso, o caminho que o poder público deve tomar é educar a população. METRO

O que é o futurismo?É uma disciplina nova que estuda ciência, tecnologia, tendências, padrões, evi-dências e mudanças sociais e estruturais na sociedade e no mundo dos negócios.No futurismo, consigo olhar para o que vai acon-tecer e ajudar as pessoas a se aproximarem de todas as mudanças e se adaptarem para não ter tanto medo. A mudança não é opção, é histórica e faz parte da nos-sa evolução. A gente estu-da, conecta pontos, imagi-na cenários, diz o que pode ser que aconteça, traz clare-za para que seres humanos tradicionais olhem para tu-do isso, liguem com a vida rotineira e trabalhem com as adaptações, mas princi-palmente tomem melhores decisões no presente.Agora, futurista não é adivinho. Se alguém anun-ciar o futuro, não acredite.

Como o futurismo contribui para quem busca inovar?O futurista vai dar um pa-no de fundo para a inova-ção.Vai trazer o possível

cenário para que os opera-dores do negócio tomem decisões.Primeira lição para as em-presas: fazer a transforma-ção digital. Somos a última geração off-line. A transfor-mação digital não vai re-solver todos os problemas, mas precisa ser feita. Tem dez mudanças vindo por aí, três revoluções sérias – ge-nética, robótica e de nano-tecnologia. Isso vai mudar todo jogo do mundo, inclu-sive dos negócios, que pre-cisam repensar seu jeito de existir.

Para os profissionais, tudo muda também?Se tudo está mudando, não é o emprego que vai conti-nuar igual. ‘Ah, eu vou per-der meu emprego?’ Do jei-to que conhece hoje, talvez sim. Ficou insustentável. Mas vai haver milhares de outras oportunidades. Para tanto, vai ter que ser ou um líder da transformação da empresa nova ou um empreendedor ou ainda um freeworker – os grandes trabalhadores livres. Essa é uma tese minha. METRO

Algumas empresas entraram com tamanha natu-ralidade na rotina das pessoas que, muitas vezes, não são reconhecidas como exemplos de disruptu-ra na economia. É o caso do Uber e da Netflix. Ca-da uma, em seu ramo de atividade, mudou concei-tos e a forma de fazer negócio, faturando milhões.

A Netflix, por exemplo, tem um faturamento de R$ 2 bilhões por ano no Brasil, que é superior à so-ma dos rendimentos de três grandes emissoras de televisão no país, segundo Romeo Busarello, dire-tor de marketing da Tecnisa e professor.

“E a empresa fatura isso com sete funcionários, sem country manager (diretor no país) e sem inves-tir em propaganda”, conta.

Outro exemplo de disrupção é o Uber. “O servi-ço não tomou emprego de ninguém. Ao contrário: criou muito mais. E fez com que a classe de taxis-tas elevasse o padrão”, defendeu Jaqueline Wei-gel, professora e coach.

Busarello acrescentou que as mudanças aconte-cem em uma velocidade tão grande que áreas pro-fissionais inteiras passam por disrupção, e é por

isso que não é possível parar de estudar. “Até seis anos atrás, a Anatel dizia que toda ci-

dade com mais de 200 mil habitantes precisava de um orelhão a cada 500 metros. Até três anos atrás, a gente só usava Messenger. Até três anos, o iTunes era a sensação. Quer dizer, eu não estou falando de passado de 30 anos atrás. É de três, seis anos, e tudo está ficando ultrapassado. Ho-je, infelizmente, ando duas vezes mais rápido do que há seis anos para ficar no mesmo lugar”, compara. METRO

ROMEO BUSARELLODIRETOR DE MARKETING DA TECNISA E PROFESSOR DA INSPER E ESPM

CAIO VASSÃOARQUITETO E URBANISTA, COM PÓS-DOUTORADOEM CIDADES DISTRIBUÍDAS, E CONSULTOR

JAQUELINE WEIGELCOACH, ESTUDIOSA DO FUTURISMO E HUMANISTA

EMPRESAS INOVADORAS. APP DE TRANSPORTE E TRANSMISSORA DE FILMES MUDARAM CONCEITOS

FOTOS: DIVULGAÇÃO

CHICO GUEDES/METRO ES

INOVAÇÃOno dia a dia

As empresas precisam inovar. Mas elas querem isso?As empresas querem fa-zer a mudança, mas não sabem como. Não é um trabalho unilateral. É um trabalho de aculturamen-to. Todas as pessoas têm que ter olhar digital sobre suas respectivas áreas: o do setor de contas a pa-gar, do financeiro, de re-cursos humanos... Dá tra-balho ter a agenda do século 21 nas mãos. Tem que ler, tem que estudar, tem que fazer hora-bar, tem que conectar, tem que ajudar pessoas, tem que ter senso de altruís-mo grande. Mas a pes-soa quer que dê a hora de embora para ir para casa.

E deve ser mais difí-cil nas grandes corpora-ções. Por outro lado, as startups se destacam.Empresas são pessoas, e o nível de expectativa das pessoas é muito difuso; e a competência delas, tam-bém. É muito difícil que, numa empresa conven-cional, estejam em torno

de um mesmo objetivo.

Por que as startups estão fazendo sucesso? São seis, sete pessoas que entram como sócias de um negócio, têm um pro-pósito, um objetivo em comum. Então, as empre-sas precisam das startups porque elas ficaram com-pletamente amorfas e não conseguem entender o que precisa ser feito. Não conseguem mudar o mindset (linha de pensa-mento). Não adianta pin-tar o cavalo e dizer que é zebra. Vai continuar sen-do cavalo.

Não dá para ficar confiando na solidez da empresa, na marca?Esquece. São vários os exemplos de que isso não se sustenta. Veja só um caso: quem é o maior concorrente de uma das maiores livrarias do país? Ela perdeu 40% da sua re-ceita para duas empresas que não estavam no seu radar em 2013: a Spotify (música) e a Netflix (filmes e séries). METRO

ESPÍRITO SANTO, DOMINGO, 10 DE DEZEMBRO DE 2017www.metrojornal.com.br {DECORAÇÃO} 11|

PRIMAVERA/VERÃO. APOSTE EM CORES E ESTAMPAS PARA FICAR EM SINTONIA COM AS ESTAÇÕES MAIS

COLORIDAS DO ANO

REFRESQUE Acasa!

Estamos na primavera, e o verão já está aí! Flores, árvo-res e céu dão o tom também dentro de casa. Então, que tal alegrar seu lar com uma decoração diferente?

Aproveite para experi-mentar com cores, estam-pas e texturas, mas cuidado para não deixar a decoração muito poluída, como reco-menda o arquiteto Marlon Gama. Ele sugere escolher de uma a duas cores pre-dominantes junto de cores neutras para harmonizar o ambiente.

“Amarelo com branco e bege, por exemplo, são sem-pre uma receita de suces-so.” Tons como verde-água, salmão, azul, rosa e laranja também prometem domi-nar as tendências desta épo-ca do ano.

Para não errar na hora de

usá-las, escolha pontos fo-cais para a cor mais intensa -- apenas uma das paredes do cômodo, o sofá ou as corti-nas, por exemplo -- e harmo-nize o resto da decoração de acordo com ela. Gama dá co-mo outra opção distribuir os tons mais fortes entre vários objetos de decoração, como almofadas, porta-retratos, louças e vasos.

Com relação a estampas, o arquiteto defende que não é preciso se prender às flori-das. Formas geométricas es-tilizadas com cores vibran-tes também estão valendo!

Colorir a casa com suas flores favoritas também é uma ótima maneira de dar personalidade e en-trar no clima primavera/ve-rão. “Mas use sempre flo-res naturais!”, sugere Gama.

METRO

ESTANTE CHUVA DONA FLOR MOBÍLIA

www.donaflormobilia.com.br

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www.oppa.com.br

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DIVULGAÇÃO/ M

ARLON GAM

A ARQUITETU

RA E AMBIEN

TAÇÃO

Decoração do arquiteto Marlon Gama

ESPÍRITO SANTO, DOMINGO, 10 DE DEZEMBRO DE 2017www.metrojornal.com.br 12| {MOTOR

10PARA VIAJAR

FUNDAMENTAISdicas

COM SEU CARRO

PEXE

LS

Vamos começar com alguns itensmuito importantes de se carregar no

porta-malas, e dos quais quase ninguém se lembra. O primeiro é um

frasco com um litro de óleo do motor. Quem disse que no posto da estrada vai ter

exatamente aquele que você sempre usou?

O terceiro continua o tema do pneu furado:conhece um tubinho chamado “reparador

instantâneo de pneus” (ou outro nome comercial)?Ele vale muito mais que seu preço de cerca de R$ 50,

pois é capaz de inflar minimamente o pneu, o necessáriopara rodar (devagar) até o posto. E ainda injeta um líquido

viscoso que vai atrás do furo e o tampa. Genial, não?

Recomendação para calibrar os pneus é o que não falta. Mas muitos se esquecem

da dica de só verificar a pressão com eles ainda frios, perto de casa, antes de chegar à

estrada. E também de colocar duas ou três libras a mais, porque, depois, o carro estará carregado

e vai rodar em velocidades maiores

Carro pronto, carregado e abastecido. Antes de pegar o asfalto, você se lembrou

de travar as portas? Se não o fez, fez bem! Só se travam as portas no trânsito urbano, mas

nunca na estrada, já que, travadas, vão complicar o resgate do motorista e de passageiros no caso

de o carro se envolver num acidente

Sabe qual é o truque para atravessar de dia um túnel de estrada não iluminado? Algumas

centenas de metros antes de atingi-lo, feche um dos olhos. Quando entrar nele, feche o que estava

aberto, abra o que estava fechado. A vista se acostuma com mais facilidade e rapidez a um ambiente

pouco iluminado quando se abre o olho

E numa passagem de nível, quando o asfalto é interrompido pelos trilhos do

trem? A dica é jamais deixar para cambiar neste local, pois, se o motor tiver qualquer

problema de regulagem, é exatamente sobre os trilhos (com o trem chegando...) que ele

resolve apagar e te desesperar!

Você conhece bem seu carro, pois o dirige diariamente. Mas uma manutenção preventiva pode evitar uma

surpresa na estrada, ainda mais se ele estiver carregado até a boca no porta-malas e com mais quatro passageiros. Poucos

motoristas se lembram de que o carro terá cerca de 500 kg adicionais que sobrecarregam freios, suspensão e motor. Ele vai

demorar mais para parar, não terá a mesma estabilidade, e seu consumo de combustível será consideravelmente maior.

Seu carro é flex, mas você só usa o etanol? Então, no caso de pegar a estrada com ele, dê

preferência à gasolina, que tem consumo menor (cerca de 30%) e permite a você parar menos vezes para

abastecer. Outra vantagem: cada vez que você deixa deencher o tanque num posto desconhecido na estrada é uma

chance a menos de você ser ludibriado com combustível adulterado

Leve no bolso uma chave reserva, pois hoje não dá para ir em qualquer

“chaveiro” da esquina e pedir para copiar ou refazer a chave de ignição.

Na eletrônica, há um chip interno que complica e encarece sua vida

O segundo é uma lanterna

de mão. Vai que o pneu

fura à noite...

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NÃO PARE NA PISTA. PODE COMEÇAR A SE ORGANIZAR: 2018 TERÁ VÁRIOSFERIADOS PROLONGADOS, E SE VOCÊ GOSTA DE VIAJAR DE CARRO VEJA UMA LISTINHA DE DICAS BEM PRÁTICAS E ÚTEIS ANTES DE PEGAR A ESTRADA!

ESPÍRITO SANTO, DOMINGO, 10 DE DEZEMBRO DE 2017www.metrojornal.com.br {ESPORTE 13|

DO ESTADO PARA O MUNDO. COM DETERMINAÇÃO, ATLETAS CAPIXABAS COLECIONAM CONQUISTAS NESTE ANO... E FAZEM PLANOS PARA 2018

FOTOS: DIVULGAÇÃO

JOVENSpromessasO esporte, assim como a edu-cação, sempre foi apontado como um importante instru-mento na formação de crian-ças e adolescentes. Não só pe-lo progresso em determinada modalidade, mas também pe-lo desenvolvimento de carac-terísticas pessoais como dis-ciplina e determinação. Pois é isso o que demonstram jo-vens talentos do Estado, nas mais diversas práticas espor-tivas, ao conquistarem em 2017 marcas, campeonatos, novas posições em rankings no Brasil e no mundo.

Fica muito claro que o de-sejo de estar no lugar mais alto do pódio é precedido de muito esforço e dedicação. O atleta Paulo André Camilo, 19 anos, hoje o mais rápido bra-sileiro nos 100 metros nas ca-tegorias juvenil, adulto e sub 23, treina diariamente, em torno de três horas, com des-canso apenas aos domingos.

“Por mais que se tenha talento, sem o treinamen-to não dá para alcançar boas performances. Então, me de-dico bastante para ser sem-pre melhor que ontem. Posso afirmar que alcançamos qua-se 100% do que foi planejado para este ano, que foi correr e obter boas marcas durante o ano todo”, afirma o atleta de Vila Velha.

Para o tenista Jordan Cor-reia, a rotina de treinamentos também é puxada e diária. Pa-ra conseguir os seus melhores resultados, ele precisou dei-xar família e amigos em São Mateus, no Norte do Estado, e se mudar para a Espanha, onde o trabalho para subir os degraus no ranking da ATP é realizado na academia do ex--número 1 do mundo Juan Carlos Ferrero.

Atualmente, Jordan tem o melhor resultado de um capi-

xaba na história. “No ranking da ATP, estou no 740º, mas pretendo reduzir até o final do ano. E minha meta para o ano que vem é terminar entre os 450 melhores”, ressaltou.

Na rotina de Maxcileide de Deus Ramos, 19, muita mus-culação e partidas de basque-te sobre rodas três vezes na semana. São pelo menos qua-tro horas para fortalecimento muscular e treinos em quadra para fazer as melhores joga-das. Max, como gosta de ser chamada, estreou neste ano na Seleção Brasileira e, junto das companheiras de equipe, conquistou uma vaga para o Mundial de 2018.

O Mundial, a propósito, é um título que ainda está fres-quinho na memória do capi-xaba André Stein, 23, e que foi conquistado no vôlei de praia em dupla com Evan-dro (RJ), em Viena, na Áustria, no início de agosto. Mas, pa-ra quem é atleta, um título é apenas parte do caminho a ser trilhado. Depois de se sa-grar campeão do mundo, An-dré já disputou etapas do Cir-cuito Brasileiro 2017/2018 e na última deste ano, em Ita-pema (SC), no mês passado, colocou mais uma medalha de ouro no peito.

Nesse trabalho contínuo de busca pelos melhores re-sultados, um sonho em co-mum a todos esses atletas: fa-zer um bom ciclo olímpico e ter a chance de participar da maior competição esportiva do mundo, no ano de 2020, em Tóquio. METRO

ATLETAS RECEBEM APOIO DA MARINHACom maior visibilidade de seu programa olímpico a partir dos resultados obtidos por atle-tas nos Jogos do Rio, a Marinha também está atenta aos talen-tos do Estado. A instituição apoia os capixabas Paulo André Cami-lo e André Stein, ajudando am-bos a se desenvolverem em suas modalidades.

A seleção dos esportistas acon-tece por meio de aviso de convo-cação, publicado no Diário Oficial da União, no qual estão estabele-

cidos critérios para cada modali-dade em que a Marinha tenha in-teresse de selecionar atletas.

Segundo a assessoria da insti-tuição, os selecionados são sub-metidos a um treinamento de fa-miliarização com a vida militar. Ao final desse treinamento, são no-meados 3º sargentos da Marinha do Brasil, passando a ser conside-rados militares e prestando servi-ço voluntário. Assim, obtêm todos os direitos inerentes aos milita-res, entre os quais remuneração

em torno de R$ 3,6 mil (corres-pondente à sua graduação), utili-zação do serviço de saúde da ins-tituição (consultas, realização de exames, cirurgias), além de usu-fruir das instalações esportivas do Centro de Educação Física Al-mirante Adalberto Nunes para treinamento.

Em contrapartida, o atleta faz uma divulgação positiva da Mari-nha, como instituição que apoia o esporte de alto rendimento.

No Estado, o governo e a prefei-

tura de Vitória têm programas de apoio a atletas. São bolsas com re-muneração mensal, que varia con-forme a categoria. Para 2018, os editais ainda não foram elabora-dos, mas a seleção está garantida. No programa estadual, a perspec-tiva é aumentar a oferta de bol-sas -- em 2017 foram 79 e no pró-ximo ano podem chegar a 130 -- contemplando quatro categorias: Olímpica - R$ 4 mil; Internacional - R$ 2 mil; Nacional - R$ 1,5 mil; e Estudantil - R$ 500.

André Stein (foto) conquistou o Mundial

de Vôlei de Praia em dupla com Evandro (RJ),

em Viena, na Áustria, no mês de agosto

Paulo André Camilo é hoje o mais rápido brasileiro nos 100m

nas categorias juvenil,adulto e sub 23

ESPÍRITO SANTO, DOMINGO, 10 DE DEZEMBRO DE 2017www.metrojornal.com.br 14| {ESPORTE

CAMPEÃO MUNDIAL BUSCA PATROCÍNIO

Embora ainda surpreenda, não é raro ver atletas de alta performance em busca de patrocínio para que possam se dedicar melhor ao esporte. Campeões olímpicos já passaram por isso, e essa é também uma realidade para o jogador de vôlei de praia André Stein.

“Somos campeões mundiais e não temos patrocínio”, lamentou o capixaba, que faz dupla com o carioca Evandro. Mais recentemente, eles conseguiram apoio da Marinha e tornaram-se militares, passando a usufruir de alguns benefícios, como plano de saúde, fisioterapia e equipamentos para testes. Também podem usar o Centro Avançado de Prevenção, Reabilitação e Rendimento Esportivo (Caprres), do Vasco da Gama, no Rio de Janeiro.

“Mas temos que correr muito atrás para conseguir apoios. Infelizmente essa é a realidade”, comenta.

Independentemente das adversidades, André Stein e o parceiro das areias não se abatem. Estão trabalhando forte em sua preparação porque o início de 2018 já tem novas etapas do Circuito Brasileiro -- eles ganharam duas das três fases disputadas -- e o início das competições para o Mundial.

“O circuito brasileiro é muito forte e serve até como preparação para o Mundial, que é o que classifica para as Olimpíadas. Nosso objetivo em 2018 é nos manter no topo porque, como dizem, chegar é fácil, o mais difícil é manter o desempenho. Temos muito trabalho pela frente.”

André, que começou a vida esportiva no basquete e teve uma breve passagem pelo vôlei de quadra, tem se destacado desde que passou a jogar na praia há quatro anos. Além de resultados coletivos, ganhou prêmios individuais como o atleta que mais evoluiu nos circuitos brasileiros 2015/2016 e 2016/2017, segundo a Confederação Brasileira de Voleibol. O jogador ressalta todo o trabalho em equipe e muito treinamento para obter bom desempenho, mas também não esquece o papel do treinador Leandro Brachola, que o levou para a modalidade e contribuiu para sua formação.

TALENTO DESCOBERTO EM CENTRO DE REABILITAÇÃO

Convidada ainda criança para praticar o basquete sobre rodas, Maxcileide de Deus Ramos, 19, logo se revelou um talento. Foram dois anos na modalidade até que um problema na coluna a obrigou a parar de fazer qualquer atividade física mais intensa. Depois de uma cirurgia e cinco anos sem jogar, Max voltou ao esporte mais uma vez pelas mãos do treinador Martoni Moreira Sampaio, que a descobriu quando tinha apenas 9 anos, no Crefes (Centro de Reabilitação Física do Espírito Santo).

“Voltei há pouco mais de dois anos e, em 2017, entrei para a seleção brasileira. Participei do Sul-Americano, no Peru, e da Copa América, na Colômbia, de onde saímos com o terceiro lugar e uma vaga no Mundial do ano que vem”, contou a atleta.

Max já passou por diversas posições em quadra e diz que o seu papel é “ajudar as outras jogadoras a fazer pontos”. A atleta diz que se surpreendeu com a convocação para a seleção, mas garante que vai dar o seu melhor para poder participar das Paraolimpíadas de Tóquio, em 2020.

Martoni acredita no potencial de Max e garante que a jovem tem um diferencial. “Ela é muito inteligente, tem uma atitude muito positiva e é audaciosa, características de um bom atleta”, frisou.

Questionado sobre a formação de novos talentos, Martoni falou que, no Espírito Santo, os atletas têm lesões intermediárias, enquanto os de outros Estados têm lesões mais baixas. “Então, por aqui, levamos mais tempo para trabalhar até conseguir resultados”.

Para ele, o Espírito Santo poderia ter mais destaque no cenário nacional se houvesse menos preconceito com a modalidade esportiva. Martoni falou que não é preciso, por exemplo, ser cadeirante para integrar a equipe. Uma pessoa com deficiência, mesmo que possa andar, está apta a participar. O treinador espera que esse cenário mude à medida que as pessoas se informem sobre o assunto.

INSPIRAÇÃO NO PAIApós passar um período dando dribles no futebol, Paulo André Camilo, 20, encontrou-se no atletismo. Era algo a se esperar, já que seu pai, Carlos, também havia sido um atleta das pistas. O jovem começou na modalidade há cerca de quatro anos, por meio do projeto Campeões do Futuro. “Vi que levava jeito e comecei a me dedicar.”

Questionado sobre a importância de ter o pai como treinador, Paulo André ressalta que faz toda a diferença. “Ele tem sido meu técnico, psicólogo, meu médico. Está sempre em cima, me ajudando. Ele é muito importante para mim em todos os aspectos.”

Para 2018, o planejamento da dupla é que Paulo André esteja bem no ranking mundial -- entre os 10, 20 primeiros colocados --, pois será um ano “frio”, ou seja, sem muitas competições. “Todo o trabalho e os projetos são para chegar a 2020 com boas marcas. São três anos ainda, mas passa muito rapidamente. Então, quero fazer um bom ciclo olímpico para chegar com chance de medalha mesmo.”

Ao falar sobre as dificuldades para conquistar seus objetivos, o atleta diz que o importante é superar os próprios limites. “Como se trata de um esporte individual, o resultado depende só de mim. Tenho que correr atrás, treinar muito.”

NO INVERNO CANADENSE No início dos anos 1990, o filme “Jamaica Abaixo de Zero” se tornou um sucesso ao apresentar, de forma bem-humorada, a história real de um improvável time de jamaicanos que disputou as Olimpíadas de Inverno de 1988, em Calgary, no Canadá, dentro de um trenó. Mais de 20 anos depois, a capixaba Thamara Rangel, 30, repete a façanha dos atletas da ilha caribenha ao trocar o calor de 35ºC de Vitória pelos -5ºC do Canadá para se juntar à seleção brasileira de bobsled, que busca uma vaga nas Olimpíadas de Inverno de PyeongChang, na Coreia do Sul, em fevereiro de 2018.

Thamara sempre respirou es-porte. Começou no atletismo, jo-gou futebol e handebol, foi da seleção brasileira de rúgbi e até

árbitra de atletismo na Olimpíada do Rio. “O atual preparador físico da seleção brasileira de bobsled foi meu preparador físico quan-do entrei na seleção de rúgbi em 2011. Surgiu uma vaga na equi-pe feminina, e ele me convidou para testes. Tive sucesso, e veio a convocação para a temporada”, afirma a atleta, que forma o trio brasileiro (duas titulares e uma re-serva) ao lado da catarinense Sally Mayara e da paulista Jacqueline Silva e tenta a vaga na prova do 2-woman (dupla feminina).

A capixaba atua como brake-woman, responsável por empur-rar na largada e frear na chegada o trenó -- que atinge até 140km/h -- e se senta atrás de quem pilota. Thamara reconhece que conquis-tar uma das 20 vagas olímpicas da modalidade no feminino será uma tarefa difícil. “O bobsled no Brasil tem evoluído bastante, a passos largos”, conta ela.

NA TRILHADO TOP 100DO MUNDOMesmo em uma boa posição entre os capixabas, e também no cenário nacional na sua faixa etária, o tenista Jordan Correia, 20, é bastante exigente com a própria performance e disse que 2017 não foi o melhor ano de sua carreira. “Mas o tênis é isso: saber conviver com as frustrações e saber que o mais importante na minha idade é tentar tirar o máximo de lições possíveis e sempre buscar o aprimoramento em cada treinamento. Fazendo as coisas bem, o resultado sempre chega”, destaca.

Com alguns torneios para disputar até o final do ano, Jordan espera poder alcançar o 700º lugar no ranking da ATP e, para 2018, subir ainda mais de posição. “O meu objetivo no tênis é ser top 100 do mundo. Esse é o meu objetivo de entrada, mas o principal é superar meus limites e ser o melhor possível.”

Nessa busca por melhoria de desempenho, Jordan dedica-se de segunda a sábado a treinamentos em quadra, fisioterapia, atividades físicas e psicológica por, pelo menos, sete horas na academia de Ferrero, na Espanha. Como resultado, o tenista espera poder defender o Brasil nas Olimpíadas de Tóquio, em 2020.

CHICO GUEDES/METRO ES

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Thamara Rangel: do calor de Vitória para a neve, onde dá velocidadea seu treinó de bobsled

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