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Especificação, Modelação e Projecto de Sistemas Embutidos Departamento de Electrónica, Telecomunicações e Informática Universidade de Aveiro Paulo Pedreiras [email protected] Tópicos sobre redes de Tópicos sobre redes de comunicação para SE comunicação para SE V1.1 Novembro/2009

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Especificação, Modelação e Projecto de Sistemas Embutidos

Departamento de Electrónica, Telecomunicações e Informática Universidade de Aveiro

Paulo Pedreiras

[email protected]

Tópicos sobre redes de Tópicos sobre redes de comunicação para SE comunicação para SE

V1.1 Novembro/2009

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Redes de comunicação para SE

● Ao longo dos últimos anos tem havido uma crescente tendência para o emprego de arquitecturas distribuídas em SE

● Esta tendência nasceu no domínio da automação industrial, tendo por motivação a redução e simplificação da cablagem, simplificação da manutenção e detecção de avarias, …

● Entretanto esta tendência alargou-se muitos dos domínios de aplicação dos SE

● Há diversas especificidades associadas a este domínio de aplicação, levando a que tenham sido desenvolvidos protocolos específicos

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Requisitos

Estas redes possuem requisitos distintos das redes de dados “vulgares”● Padrão de tráfego– Pacotes “pequenos”

e muito frequentes● Baixo peso computacional– Stacks simplificadas, tipica/

3 níveis (Phy/DL/App)● Comportamento tempo-real– Latência e jitter determinísticos

● Robustez e tolerância a falhas● Facilidade de manutenção e diagnóstico● Segurança, ...

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Exemplo: subsistema de travagem de um veículo eléctrico

● Exemplo: Brake-by-wire – VEIL – Veículo Eléctrico Isento de Licença de condução– Parceria entre ISEC, IEETA/UA, IPCB– Subsistema critico:

● Brake (to wheels)● Pedal to Brake

Possible vehicle dynamics control(to add later to Brake)

Vehicle speed

Brake pedal position

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Arquitectura

São possíveis Arquitecturas Centralizadas (uma única unidade de processamento) ou Distribuídas (múltiplas unidades de processamento)● Simplificação e redução de cablagens● Dados dos sensores podem ser partilhados (arq. dist.)● Processamento pode ser distribuído por vários nós– E.g. os sensores podem efectuar localmente filtragem/

condicionamento de sinal; uma tarefa complexa pode ser separada em sub-tarefas alocadas a diferentes nós

Computador/PLC

Sensor

ActuadorSensor

Sensor

Computador/PLC

ActuadorActuador

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Exemplo

Arquitectura “típica” do sub-sistema de comunicação de um veículo automóvel actual

Suspensão Controlo doMotor ABS

Radar Anti-colisão

Bancos

Portas

Iluminação

Telefone

Rádio

Navegação

Ar condicionado

Gateway

Conforto

Carroçeria

Dinâmica do veículo

Nota: é frequente a utilização de diferentes protocolos (e.g. CAN, LIN, FlexRay) no mesmo veículo!

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CAN

CAN – Controller Area Network● Protocolo criado pela Bosch, GmbH, para uso na

indústria automóvel● Standards ISO 11519 (94) e 11898 (95)● Uso generalizou-se, estendendo-se a controlo de

processos, automação, e aplicações embutidas em geral, ...

● Define apenas a camada física e de ligação de dados

● Diversas camadas de aplicação

– CANOpen, DeviceNet, …

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CAN

● Algumas propriedades– Barramento série, multi-master, broadcast– Taxas de transmissão entre 5 Kb/s e 1 Mb/s– Tamanho máximo do bus depende da velocidade

● aprox. 40m @ 1Mbit/s, 1Km @ 50Kbit/s)– Número máximo de nós num segmento depende dos

transceivers (32, 64, 128…)– Detecção de erros por CRC com 15bit– Confinamento de erros

● Nós entram em “bus off” após N erros– Recuperação de erros

● Retransmissão de mensagens

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CAN

● Acesso assíncrono ao bus● Trama pode conter entre 0 e 8 bytes de dados!● Source-addressing

● Identificador associado à mensagem e não ao transmissor/receptor

● Identificador com 11/29 bit (versão A/B resp.)● Mecanismo de arbitragem não destrutivo e

prioritizado, baseado nos identificadores● Resolução de colisões bit-a-bit (bit-wise)

determinística● CSMA/BA (NBA?,CA?,DCR?)

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CAN

Formato da trama CAN

7 3

SOF: start of frameRTR: Remote transmission requestr0,r1: reserved bits

ACK: acknowledgement fieldEOF: end of frameInt: intermission gap

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CAN

Mecanismo de arbitragem

Bus line

RR

+ +

1 2 3

Bus SOF

ID bits, msb to lsb

1 loses 3 loses

Wired-AND implementado a nível dos drivers

•‘0’ – Nível dominante•‘1’ – Nível recessivo

• Todos os nós que transmitem observam o bus em paralelo• Se transmitem um bit recessivo e lêem um bit dominante

>>> Arbitragem perdida, retiram-se do processo• IDs das mensagens têm de ser diferentes!

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FlexRay

FlexRay ● Desenvolvido por um consórcio de empresas:

“FlexRay consortium”, BMW, Ford, Bosch,...● Combinação de conceitos da TTA (Kopetz) com

Byteflight (protocolo desenvolvido pela BMW)● Especificado em SDL● Objectivos:

• Determinismo temporal e tolerância a erros• Largura de banda >> protocolo CAN

» Inicialmente 10Mbit/sec, maiores velocidades possíveis;• Baseado em TDMA (Time Division Multiple Access)

» Slots fixos com acesso exclusivo ao bus• Estrutura cíclica baseada em duas fases (segmentos),

uma estática e outra dinâmica

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FlexRay: ciclo de comunicação

Fase estática:● Acesso exclusivo ao bus. Escalonamento definido em pre-runtime. Slots de tamanho fixo. Redundância (mesma mensagem pode ser opcional/ tx. em ambos os canais)

Parte dinâmica:● Segmentos com tamanho dinâmico, arbitragem baseada em mini-slotting, transmissão assíncrona (transmissão apenas quando explicitamente requerido pela aplicação)

http

://w

ww

.tzm

.de/

Fle

xRay

/Fle

xRay

_Int

rod

uct

ion.

htm

l

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Intervalos temporais em Flexray

© P

rof.

For

m,

TU

Bra

unsc

hw

eig

, 20

07

• Microtick (µt) = período de relógio local (pode variar entre nós do sistema)• Macrotick (mt) = unidade básica de tempo, sincronizada entre os diversos

nós do sistema (=ri× µt, ri varia entre os nós)• Slot = Intervalo alocado por transmissor no segmento estático

(=p× mt, p: fixo em runtime mas configurável• Minislot = Intervalo alocado por transmissão na fase dinâmica

(=q× mt, q: variável) mini-slot curto quando não há transmissão• Cycle = Segmento estático + segmento dinâmico + tempo idle

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Estrutura das redes Flexray

São utilizados “Bus guardians” que protegem o sistema de falhas no domínio temporal

– e.g. “babbling idiots”

[http://www.ixxat.de/english/produkte/flexray/flexray_introduction.shtml]

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Sumário

● Redes de comunicação para SE– Requisitos– Caracterização geral– Arquitecturas– Exemplos:

● CAN● FlexRay