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ESPECIALIZAÇÃO EM PROCESSO CIVIL E GESTÃO DO PROCESSO Disciplina: Fundamentos e Aplicação das Normas Processuais Professor: Nilsiton Aragão

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ESPECIALIZAÇÃO EM PROCESSO CIVIL E

GESTÃO DO PROCESSO

Disciplina: Fundamentos e Aplicação das Normas Processuais

Professor: Nilsiton Aragão

CONSTITUCIONALIZAÇÃO DO PROCESSO

Devido processo legal

Contraditório e ampla defesa

Inércia e impulso oficial

Inafastabilidade da jurisdição

Solução consensual de conflitos

Boa-fé processual

Isonomia processual

Postulado interpretativo

Cooperação

Duração razoável do processo

Prof. Nilsiton Aragão ESMEC

Primazia da tutela de mérito

Efetividade processual

Publicidade processual

Adequação

Autonomia da vontade

Postulado interpretativo

Respeito à ordem cronológica

CONSTITUCIONALIZAÇÃO

DO PROCESSO

CONSTITUCIONALIZAÇÃO DO PROCESSO

Direito Processual Constitucional

Novo CPC, Art. 1º - O processo civil será ordenado, disciplinado e interpretado conforme os valores e as normas fundamentais estabelecidos na Constituição da República Federativa do Brasil, observando-se as disposições deste Código.

Prof. Nilsiton Aragão ESMEC

CONSTITUCIONALIZAÇÃO DO PROCESSO

PARTE GERAL

LIVRO I

DAS NORMAS PROCESSUAIS CIVIS

TÍTULO ÚNICO

DAS NORMAS FUNDAMENTAIS

E DA APLICAÇÃO DAS NORMAS PROCESSUAIS

Prof. Nilsiton Aragão ESMEC

CONSTITUCIONALIZAÇÃO DO PROCESSO

Normas jurídicas

Regras

princípios

FPPC – Enunciado nº 370. (arts. 1º a 12) Norma processual fundamental pode ser regra ou princípio.

Prof. Nilsiton Aragão ESMEC

CONSTITUCIONALIZAÇÃO DO PROCESSO

Instrumento da Dignidade Humana

CF/88, Art. 1º - A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos:

III - a dignidade da pessoa humana;

Novo CPC, Art. 8º - Ao aplicar o ordenamento jurídico, o juiz atenderá aos fins sociais e às exigências do bem comum, resguardando e promovendo a dignidade da pessoa humana e observando a proporcionalidade, a razoabilidade, a legalidade, a publicidade e a eficiência.

Prof. Nilsiton Aragão ESMEC

Constitucionalização do Processo

Rol meramente exemplificativo

FPPC – Enunciado nº 369. (arts. 1º a 12) O rol de normas fundamentais previsto no Capítulo I do Título Único do Livro I da Parte Geral do CPC não é exaustivo.

Prof. Nilsiton Aragão ESMEC

DEVIDO PROCESSO LEGAL

DEVIDO PROCESSO LEGAL

Supraprincípio ou Princípio estruturante

CF/88, art. 5º LIV - ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal;

Prof. Nilsiton Aragão ESMEC

Contraditório

Etc.

Publicidade

Duração razoável

Boa-fé

Efetividade

Isonomia

DEVIDO PROCESSO LEGAL

Prof. Nilsiton Aragão ESMEC

DEVIDO PROCESSO LEGAL

Art. 26. A cooperação jurídica internacional será regida por tratado de que o Brasil faz parte e observará:

I - o respeito às garantias do devido processo legal no Estado requerente;

Art. 36. O procedimento da carta rogatória perante o Superior Tribunal de Justiça é de jurisdição contenciosa e deve assegurar às partes as garantias do devido processo legal.

Prof. Nilsiton Aragão ESMEC

DEVIDO PROCESSO LEGAL

Prof. Nilsiton Aragão ESMEC

Dimensões

Formal

Material

POSTULADO

INTERPRETATIVO

POSTULADO INTERPRETATIVO

Novo CPC, Art. 8º - Ao aplicar o ordenamento jurídico, o juiz atenderá aos fins sociais e às exigências do bem comum, resguardando e promovendo a dignidade da pessoa humana e observando a proporcionalidade, a razoabilidade, a legalidade, a publicidade e a eficiência.

Prof. Nilsiton Aragão ESMEC

POSTULADO INTERPRETATIVO

FPPC – Enunciado nº 380. (arts. 8º, 926, 927) A expressão “ordenamento jurídico”, empregada pelo Código de Processo Civil, contempla os precedentes vinculantes.

Prof. Nilsiton Aragão ESMEC

CONTRADITÓRIO E

AMPLA DEFESA

CONTRADITÓRIO E AMPLA DEFESA

CF/88, art. 5º, LV - aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes;

Novo CPC, Art. 7º - É assegurada às partes paridade de tratamento em relação ao exercício de direitos e faculdades processuais, aos meios de defesa, aos ônus, aos deveres e à aplicação de sanções processuais, competindo ao juiz zelar pelo efetivo contraditório

Prof. Nilsiton Aragão ESMEC

Dimensões

Formal

Substancial

Prof. Nilsiton Aragão ESMEC

CONTRADITÓRIO E AMPLA DEFESA

CONTRADITÓRIO E AMPLA DEFESA

Quanto à exigência:

Efetiva manifestação

Possibilidade de manifestação

Quanto ao momento:

Prévia

Diferido

Prof. Nilsiton Aragão ESMEC

CONTRADITÓRIO E AMPLA DEFESA

• Quanto ao momento

Sistemático

Eventual

• Quanto à decisão

Surpresa

dialogada

Prof. Nilsiton Aragão ESMEC

CONTRADITÓRIO E AMPLA DEFESA

Novo CPC, Art. 9º Não se proferirá decisão contra uma das partes sem que ela seja previamente ouvida.

Parágrafo único. O disposto no caput não se aplica:

I - à tutela provisória de urgência;

II - às hipóteses de tutela da evidência previstas no art. 311, incisos II e III;

III - à decisão prevista no art. 701.

Prof. Nilsiton Aragão ESMEC

CONTRADITÓRIO E AMPLA DEFESA

• Decisão favorável sem contraditório

• Releitura dos brocardos:

Iura novit curia

da mihi factum dabo tibi jus

Prof. Nilsiton Aragão ESMEC

BOA-FÉ PROCESSUAL

BOA-FÉ PROCESSUAL

Novo CPC, Art. 5º Aquele que de qualquer forma participa do processo deve comportar-se de acordo com a boa-fé.

FPPC – Enunciado nº 374. (art. 5º) O art. 5º prevê a boa-fé objetiva.

Prof. Nilsiton Aragão ESMEC

BOA-FÉ PROCESSUAL

• Destinatários:

partes

terceiros

auxiliares da justiça

magistrados

Prof. Nilsiton Aragão ESMEC

BOA-FÉ PROCESSUAL

Deveres das partes, de seus procuradores e de todos aqueles que de qualquer forma participem do processo (art. 77)

Litigância de má-fé (arts. 80 e 81)

Pleito de gratuidade da justiça de má-fé (art. 100)

Cotas marginais ou interlineares (art. 202)

Não devolução de autos em carga (art. 234, § 2º)

Alegação dolosa de cabimento de citação por edital (art. 258)

Perito que não cumprir o encargo (art. 468, § 1º)

Prof. Nilsiton Aragão ESMEC

BOA-FÉ PROCESSUAL

Descumprimento dos deveres do inventariante (art. 625)

Proposição indevida de ação ou embargos à monitória (art. 702, §§ 10 e 11)

Arrependimento de arrematação em leilão judicial (art. 896, § 2º)

Inadmissibilidade ou improcedente da ação rescisória (art. 968)

Agravo interno manifestamente inadmissível ou

improcedente (art. 1.021, § 4º)

Embargos de declaração manifestamente protelatórios (art. 1.026, § 2º)

Prof. Nilsiton Aragão ESMEC

BOA-FÉ PROCESSUAL

Ato atentatório à dignidade da justiça

Execução (art. 774, Parágrafo único)

Não comparecimento injustificado do autor ou do réu à audiência de conciliação (art. 334, § 8º)

Deveres das partes (art. 77, §§ 1º e 2º)

Depositário infiel (art. 161, Parágrafo único)

Prof. Nilsiton Aragão ESMEC

BOA-FÉ PROCESSUAL

FPPC – Enunciado nº 375. (art. 5º) O órgão jurisdicional também deve comportar-se de acordo com a boa-fé objetiva.

FPPC – Enunciado nº 376. (art. 5º) A vedação do comportamento contraditório aplica-se ao órgão jurisdicional.

Prof. Nilsiton Aragão ESMEC

BOA-FÉ PROCESSUAL

FPPC – Enunciado nº 377. (art. 5º) A boa-fé objetiva impede que o julgador profira, sem motivar a alteração, decisões diferentes sobre uma mesma questão de direito aplicável às situações de fato análogas, ainda que em processos distintos.

Prof. Nilsiton Aragão ESMEC

BOA-FÉ PROCESSUAL

FPPC – Enunciado nº 378. (arts. 5º, 6º, 322, §2º, e 489, §3º) A boa fé processual orienta a interpretação da postulação e da sentença, permite a reprimenda do abuso de direito processual e das condutas dolosas de todos os sujeitos processuais e veda seus comportamentos contraditórios.

Prof. Nilsiton Aragão ESMEC

COOPERAÇÃO

COOPERAÇÃO

Novo CPC, Art. 6º Todos os sujeitos do processo devem cooperar entre si para que se obtenha, em tempo razoável, decisão de mérito justa e efetiva.

Prof. Nilsiton Aragão ESMEC

Cooperação

Boa-fé Contraditório

Prof. Nilsiton Aragão ESMEC

COOPERAÇÃO

PARTES

boa-fé Proteção Esclarecimento disponibilidade

Prof. Nilsiton Aragão ESMEC

COOPERAÇÃO

MAGISTRADO

Esclarecimento Prevenção dever de consulta

Prof. Nilsiton Aragão ESMEC

COOPERAÇÃO

COOPERAÇÃO

Dever de prevenção

Novo CPC, Art. 77, § 1o Nas hipóteses dos incisos IV e VI, o juiz advertirá qualquer das pessoas mencionadas no caput de que sua conduta poderá ser punida como ato atentatório à dignidade da justiça

Novo CPC, Art. 772 - O juiz pode, em qualquer momento do processo:

II - advertir o executado de que seu procedimento constitui ato atentatório à dignidade da justiça;

Prof. Nilsiton Aragão ESMEC

COOPERAÇÃO

Dever de consulta

Novo CPC, Art. 10. O juiz não pode decidir, em grau algum de jurisdição, com base em fundamento a respeito do qual não se tenha dado às partes oportunidade de se manifestar, ainda que se trate de matéria sobre a qual deva decidir de ofício.

Prof. Nilsiton Aragão ESMEC

COOPERAÇÃO

Dever de consulta

Novo CPC, Art. 493. Se, depois da propositura da ação, algum fato constitutivo, modificativo ou extintivo do direito influir no julgamento do mérito, caberá ao juiz tomá-lo em consideração, de ofício ou a requerimento da parte, no momento de proferir a decisão.

Parágrafo único. Se constatar de ofício o fato novo, o juiz ouvirá as partes sobre ele antes de decidir.

Prof. Nilsiton Aragão ESMEC

COOPERAÇÃO

FPPC – Enunciado nº 381. (arts. 9º, 350, 351 e 307, parágrafo único) É cabível réplica no procedimento de tutela cautelar requerida em caráter antecedente.

Prof. Nilsiton Aragão ESMEC

FUNDAMENTAÇÃO

DAS DECISÕES

FUNDAMENTAÇÃO DAS DECISÕES

CF/88, Art. 93. Lei complementar, de iniciativa do Supremo Tribunal Federal, disporá sobre o Estatuto da Magistratura, observados os seguintes princípios:

IX - todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos, e fundamentadas todas as decisões, sob pena de nulidade, podendo a lei limitar a presença, em determinados atos, às próprias partes e a seus advogados, ou somente a estes, em casos nos quais a preservação do direito à intimidade do interessado no sigilo não prejudique o interesse público à informação;

Prof. Nilsiton Aragão ESMEC

FUNDAMENTAÇÃO DAS DECISÕES

Art. 489, § 1o Não se considera fundamentada qualquer decisão judicial, seja ela interlocutória, sentença ou acórdão, que:

I - se limitar à indicação, à reprodução ou à paráfrase de ato normativo, sem explicar sua relação com a causa ou a questão decidida;

II - empregar conceitos jurídicos indeterminados, sem explicar o motivo concreto de sua incidência no caso;

III - invocar motivos que se prestariam a justificar qualquer outra decisão;

IV - não enfrentar todos os argumentos deduzidos no processo capazes de, em tese, infirmar a conclusão adotada pelo julgador;

V - se limitar a invocar precedente ou enunciado de súmula, sem identificar seus fundamentos determinantes nem demonstrar que o caso sob julgamento se ajusta àqueles fundamentos;

VI - deixar de seguir enunciado de súmula, jurisprudência ou precedente invocado pela parte, sem demonstrar a existência de distinção no caso em julgamento ou a superação do entendimento.

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FUNDAMENTAÇÃO DAS DECISÕES

• Destinatário:

Partes

Sociedade

Poder Judiciário

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INÉRCIA E

IMPULSO OFICIAL

INÉRCIA E IMPULSO OFICIAL

Novo CPC, Art. 2º O processo começa por iniciativa da parte e se desenvolve por impulso oficial, salvo as exceções previstas em lei.

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INAFASTABILIDADE

DA JURISDIÇÃO

INAFASTABILIDADE DA JURISDIÇÃO

CF/88, art. 5º, XXXV - a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito;

Novo CPC, Art. 3º - Não se excluirá da apreciação jurisdicional ameaça ou lesão a direito.

Prof. Nilsiton Aragão ESMEC

DURAÇÃO RAZOÁVEL

DO PROCESSO

DURAÇÃO RAZOÁVEL DO PROCESSO

PACTO INTERNACIONAL SOBRE DIREITOS

CIVIS E POLÍTICOS 1966. - Decreto nº 592/92

Art. 14, 3. Toda pessoa acusada de um delito terá direito, em plena igualmente, a, pelo menos, as seguintes garantias:

c) De ser julgado sem dilações indevidas;

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DURAÇÃO RAZOÁVEL DO PROCESSO

Convenção Americana sobre Direitos Humanos (Pacto de São José da Costa Rica) de

1969 - Decreto nº 678/92

Artigo 8º - Garantias judiciais

1. Toda pessoa terá o direito de ser ouvida, com as devidas garantias e dentro de um prazo razoável, por um juiz ou Tribunal competente, independente e imparcial, estabelecido anteriormente por lei, na apuração de qualquer acusação penal formulada contra ela, ou na determinação de seus direitos e obrigações de caráter civil, trabalhista, fiscal ou de qualquer outra natureza.

Prof. Nilsiton Aragão ESMEC

DURAÇÃO RAZOÁVEL DO PROCESSO

CF/88, art. 5º, LXXVIII a todos, no âmbito judicial e administrativo, são assegurados a razoável duração do processo e os meios que garantam a celeridade de sua tramitação.

Princípio da celeridade?

Prof. Nilsiton Aragão ESMEC

DURAÇÃO RAZOÁVEL DO PROCESSO

Respeito à ordem cronológica dos processos (art. 12)

Contagem de prazos em dias úteis (arts. 212)

Unificação de prazos recursais (art. 1.003, § 5º)

Técnica de julgamento de apelações não unânimes (art. 942)

Proibição de decisão surpresa (art. 10)

Prof. Nilsiton Aragão ESMEC

DURAÇÃO RAZOÁVEL DO PROCESSO

Novo CPC, Art. 4º As partes têm o direito de obter em prazo razoável a solução integral do mérito, incluída a atividade satisfativa.

Novo CPC, Art. 139. O juiz dirigirá o processo conforme as disposições deste Código, incumbindo-lhe:

II - velar pela duração razoável do processo;

Prof. Nilsiton Aragão ESMEC

DURAÇÃO RAZOÁVEL DO PROCESSO

Calendário processual (art. 191)

Peça de defesa única (art. 336)

Cooperação nacional (arts. 67/69)

Fortalecimentos das execuções

Precedentes vinculantes (arts. 926/928)

Admissibilidade única no juízo a quem (art. 1.010)

Restrição do agravo de instrumento (art. 1.025)

Prof. Nilsiton Aragão ESMEC

DURAÇÃO RAZOÁVEL DO PROCESSO

Representação por excesso de prazo Art. 235.

Mandado de segurança

Responsabilidade civil do Estado

Critério de promoção – art. 93, II, “e”, CF/88

Prof. Nilsiton Aragão ESMEC

DURAÇÃO RAZOÁVEL DO PROCESSO

Corte Europeia dos Direitos do Homem:

Complexidade da causa

Comportamento das partes e dos procuradores

Atuação do órgão jurisdicional

Prof. Nilsiton Aragão ESMEC

PRIMAZIA DA

TUTELA DE MÉRITO

PRIMAZIA DA TUTELA DE MÉRITO

Novo CPC, Art. 4º As partes têm o direito de obter em prazo razoável a solução integral do mérito, incluída a atividade satisfativa.

Prof. Nilsiton Aragão ESMEC

PRIMAZIA DA TUTELA DE MÉRITO

Novo CPC, Art. 139. O juiz dirigirá o processo conforme as disposições deste Código, incumbindo-lhe:

IX - determinar o suprimento de pressupostos processuais e o saneamento de outros vícios processuais;

Novo CPC, Art. 317. Antes de proferir decisão sem resolução de mérito, o juiz deverá conceder à parte oportunidade para, se possível, corrigir o vício.

Prof. Nilsiton Aragão ESMEC

PRIMAZIA DA TUTELA DE MÉRITO

Novo CPC, Art. 488. Desde que possível, o juiz resolverá o mérito sempre que a decisão for favorável à parte a quem aproveitaria eventual pronunciamento nos termos do art. 485.

Prof. Nilsiton Aragão ESMEC

PRIMAZIA DA TUTELA DE MÉRITO

Novo CPC, Art. 932. Parágrafo único. Antes de considerar inadmissível o recurso, o relator concederá o prazo de 5 (cinco) dias ao recorrente para que seja sanado vício ou complementada a documentação exigível.

Prof. Nilsiton Aragão ESMEC

PRIMAZIA DA TUTELA DE MÉRITO

Art. 1.029, § 3o O Supremo Tribunal Federal ou o Superior Tribunal de Justiça poderá desconsiderar vício formal de recurso tempestivo ou determinar sua correção, desde que não o repute grave.

Prof. Nilsiton Aragão ESMEC

PRIMAZIA DA TUTELA DE MÉRITO

FPPC – Enunciado nº 372. (art. 4º) O art. 4º tem aplicação em todas as fases e em todos os tipos de procedimento, inclusive em incidentes processuais e na instância recursal, impondo ao órgão jurisdicional viabilizar o saneamento de vícios para examinar o mérito, sempre que seja possível a sua correção. (Grupo: Normas fundamentais)

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PRIMAZIA DA TUTELA DE MÉRITO

Correção da capacidade processual (art. 76)

Restrição a nulidade do ato (art. 282, § 2º)

Emenda à inicial (art. 321)

Efeito regressivo das decisões terminativas (art. 485, § 7º)

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EFETIVIDADE PROCESSUAL

EFETIVIDADE PROCESSUAL

Art. 139. O juiz dirigirá o processo conforme as disposições deste Código, incumbindo-lhe:

VI - dilatar os prazos processuais e alterar a ordem de produção dos meios de prova, adequando-os às necessidades do conflito de modo a conferir maior efetividade à tutela do direito;

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SOLUÇÃO CONSENSUAL

DE CONFLITOS

SOLUÇÃO CONSENSUAL DE CONFLITOS

Resolução Nº 125 de 29/11/2010

Política Judiciária Nacional de tratamento adequado dos conflitos de interesses no âmbito do Poder Judiciário.

• Lei nº 13.140 de 26/06/2015.

Mediação entre particulares como meio de solução de controvérsias e sobre a autocomposição de conflitos no âmbito da administração pública

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SOLUÇÃO CONSENSUAL DE CONFLITOS

Novo CPC, Art. 3º ...

§ 2º O Estado promoverá, sempre que possível, a solução consensual dos conflitos.

§ 3º A conciliação, a mediação e outros métodos de solução consensual de conflitos deverão ser estimulados por juízes, advogados, defensores públicos e membros do Ministério Público, inclusive no curso do processo judicial.

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SOLUÇÃO CONSENSUAL DE CONFLITOS

Certificação de autocomposição por oficial de justiça (art. 154, VI).

Disciplinamento dos Conciliadores e Mediadores Judiciais (Art. 165 e ss).

audiência de conciliação ou de mediação (art. 334).

Tentativa de conciliação no início da audiência de instrução e julgamento (art. 359).

Produção antecipada de prova para viabilizar a autocomposição (art. 381, II).

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SOLUÇÃO CONSENSUAL DE CONFLITOS

Homologação de atucomposições (art. 515, II e III)

Máxima priorização da solução consensual nas ações de família (art. 694)

Homologação de autocomposição no s tribunais (art. 932, I)

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SOLUÇÃO CONSENSUAL DE CONFLITOS

FPPC – Enunciado nº 371. (arts. 3o, §3º, e 165). Os métodos de solução consensual de conflitos devem ser estimulados também nas instâncias recursais.

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AUTONOMIA DA VONTADE

AUTONOMIA DA VONTADE

Manifestação da autonomia

Arbitragem (art. 3º, § 1º)

Delimitação da demanda (art. 141 e 490)

Audiência de conciliação e mediação (art. 334)

Homologação de autocomposição (art. 515, II e III)

Devolutividade recursal (art. 1.002 e 1.013)

Desistência da execução (art. 775)

Desistência do recurso (art. 998)

Renúncia ao recurso (art. 999)

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AUTONOMIA DA VONTADE

Negócios processuais

Delimitação de foro por eleição ((art. 63)

Escolha de mediador ou conciliador (art. 168)

Calendário processual (art. 191)

Acordo para suspensão do processo (art. 313, I)

Acordo para adiamento de audiência (art. 362, I)

Distribuição do ônus da prova (art. 373, § 3º).

Escolha do perito (art. 417)

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AUTONOMIA DA VONTADE

Novo CPC, Art. 190. Versando o processo sobre direitos que admitam autocomposição, é lícito às partes plenamente capazes estipular mudanças no procedimento para ajustá-lo às especificidades da causa e convencionar sobre os seus ônus, poderes, faculdades e deveres processuais, antes ou durante o processo.

Parágrafo único. De ofício ou a requerimento, o juiz controlará a validade das convenções previstas neste artigo, recusando-lhes aplicação somente nos casos de nulidade ou de inserção abusiva em contrato de adesão ou em que alguma parte se encontre em manifesta situação de vulnerabilidade.

Prof. Nilsiton Aragão ESMEC

ISONOMIA PROCESSUAL

ISONOMIA PROCESSUAL

CF/88, Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:

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ISONOMIA PROCESSUAL

Novo CPC, Art. 7º É assegurada às partes paridade de tratamento em relação ao exercício de direitos e faculdades processuais, aos meios de defesa, aos ônus, aos deveres e à aplicação de sanções processuais, competindo ao juiz zelar pelo efetivo contraditório.

Novo CPC, Art. 139. O juiz dirigirá o processo conforme as disposições deste Código, incumbindo-lhe:

I - assegurar às partes igualdade de tratamento;

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ISONOMIA PROCESSUAL

FPPC – Enunciado nº 379. (art. 7º) O exercício dos poderes de direção do processo pelo juiz deve observar a paridade de armas das partes. (Grupo: Poderes do juiz)

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ISONOMIA PROCESSUAL

Valorização dos procedentes vinculantes

Art. 926. Os tribunais devem uniformizar sua jurisprudência e mantê-la estável, íntegra e coerente.

Art. 928. Para os fins deste Código, considera-se julgamento de casos repetitivos a decisão proferida em:

I - incidente de resolução de demandas repetitivas;

II - recursos especial e extraordinário repetitivos.

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ADEQUAÇÃO

ADEQUAÇÃO

• Adequação legislativa:

Nomeação de curador especial (art. 72)

Competência territorial para vulneráveis (art. 53)

Intervenção do Ministério Público (art. 178)

Proibição de citação postal para incapaz (art. 247, II)

Prazo dobrado para entes públicos (art. 183)

Tramitação prioritária de processos de idosos e doentes graves (art. 1.048)

Procedimentos especiais

Procedimentos executórios específicos

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ADEQUAÇÃO

Adequação judicial

Dilação de prazo (art. 139, VI)

Distribuição dinâmica do ônus da prova (art. 373, § 1º)

Atipicidade dos meios executórios (art. 139, VI e art. 536)

Flexibilização da legalidade na jurisdição voluntária (art. 723, parágrafo único

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PUBLIDADE PROCESSUAL

PUBLICIDADE PROCESSUAL

CF/88, art. 5º LX - a lei só poderá restringir a publicidade dos atos processuais quando a defesa da intimidade ou o interesse social o exigirem;

CF/88, Art. 93. Lei complementar, de iniciativa do Supremo Tribunal Federal, disporá sobre o Estatuto da Magistratura, observados os seguintes princípios:

IX - todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos, e fundamentadas todas as decisões, sob pena de nulidade, podendo a lei limitar a presença, em determinados atos, às próprias partes e a seus advogados, ou somente a estes, em casos nos quais a preservação do direito à intimidade do interessado no sigilo não prejudique o interesse público à informação;

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PUBLICIDADE PROCESSUAL

Novo CPC, Art. 11. Todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos, e fundamentadas todas as decisões, sob pena de nulidade.

Parágrafo único. Nos casos de segredo de justiça, pode ser autorizada a presença somente das partes, de seus advogados, de defensores públicos ou do Ministério Público.

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PUBLICIDADE PROCESSUAL

Novo CPC, Art. 189. Os atos processuais são públicos, todavia tramitam em segredo de justiça os processos:

I - em que o exija o interesse público ou social;

II - que versem sobre casamento, separação de corpos, divórcio, separação, união estável, filiação, alimentos e guarda de crianças e adolescentes;

III - em que constem dados protegidos pelo direito constitucional à intimidade;

IV - que versem sobre arbitragem, inclusive sobre cumprimento de carta arbitral, desde que a confidencialidade estipulada na arbitragem seja comprovada perante o juízo.

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PUBLICIDADE PROCESSUAL

Novo CPC, Art. 189.

§ 1o O direito de consultar os autos de processo que tramite em segredo de justiça e de pedir certidões de seus atos é restrito às partes e aos seus procuradores.

§ 2o O terceiro que demonstrar interesse jurídico pode requerer ao juiz certidão do dispositivo da sentença, bem como de inventário e de partilha resultantes de divórcio ou separação.

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PUBLICIDADE PROCESSUAL

Controle de ordem cronológica dos processos (art. 12)

Direito de consulta e vista (art. 107, I)

Editais de citação (art. 257)

Publicidade de audiência (art. 368)

Editais de leilões judiciais (art. 886)

Publicidade estendida no julgamento das causas repetitivas (art. 979)

Audiência pública na formação dos precedentes vinculantes (arts. 983, § º e 1.038,II)

Prof. Nilsiton Aragão ESMEC

RESPEITO À ORDEM

CRONOLÓGICA

RESPEITO À ORDEM CRONOLÓGICA

Novo CPC, Art. 12. Os juízes e os tribunais deverão obedecer à ordem cronológica de conclusão para proferir sentença ou acórdão.

§ 1º A lista de processos aptos a julgamento deverá estar permanentemente à disposição para consulta pública em cartório e na rede mundial de computadores.

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RESPEITO À ORDEM CRONOLÓGICA

Novo CPC, Art. 12. § 2o Estão excluídos da regra do caput:

I - as sentenças proferidas em audiência, homologatórias de acordo ou de improcedência liminar do pedido;

II - o julgamento de processos em bloco para aplicação de tese jurídica firmada em julgamento de casos repetitivos;

III - o julgamento de recursos repetitivos ou de incidente de resolução de demandas repetitivas;

IV - as decisões proferidas com base nos arts. 485 e 932;

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RESPEITO À ORDEM CRONOLÓGICA

Novo CPC, Art. 12. § 2o

V - o julgamento de embargos de declaração;

VI - o julgamento de agravo interno;

VII - as preferências legais e as metas estabelecidas pelo Conselho Nacional de Justiça;

VIII - os processos criminais, nos órgãos jurisdicionais que tenham competência penal;

IX - a causa que exija urgência no julgamento, assim reconhecida por decisão fundamentada.

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RESPEITO À ORDEM CRONOLÓGICA

FPPC – Enunciado nº 382. (art. 12) No juízo onde houver cumulação de competência de processos dos juizados especiais com outros procedimentos diversos, o juiz poderá organizar duas listas cronológicas autônomas, uma para os processos dos juizados especiais e outra para os demais processos.

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RESPEITO À ORDEM CRONOLÓGICA

Art. 1.046. Ao entrar em vigor este Código, suas disposições se aplicarão desde logo aos processos pendentes, ficando revogada a Lei no 5.869, de 11 de janeiro de 1973.

§ 5o A primeira lista de processos para julgamento em ordem cronológica observará a antiguidade da distribuição entre os já conclusos na data da entrada em vigor deste Código.

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RESPEITO À ORDEM CRONOLÓGICA

Art. 153. O escrivão ou chefe de secretaria deverá obedecer à ordem cronológica de recebimento para publicação e efetivação dos pronunciamentos judiciais.

§ 1o A lista de processos recebidos deverá ser disponibilizada, de forma permanente, para consulta pública.

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APLICAÇÃO DAS

NORMAS PROCESSUAIS

APLICAÇÃO DAS NORMAS PROCESSUAIS

• Conflito

Art. 13. A jurisdição civil será regida pelas normas processuais brasileiras, ressalvadas as disposições específicas previstas em tratados, convenções ou acordos internacionais de que o Brasil seja parte.

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APLICAÇÃO DAS NORMAS PROCESSUAIS

• Lei processual no tempo

Art. 14. A norma processual não retroagirá e será aplicável imediatamente aos processos em curso, respeitados os atos processuais praticados e as situações jurídicas consolidadas sob a vigência da norma revogada.

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APLICAÇÃO DAS NORMAS PROCESSUAIS

• Lei processual no tempo

Procedimento

Art. 1.046. Ao entrar em vigor este Código, suas disposições se aplicarão desde logo aos processos pendentes, ficando revogada a Lei no 5.869, de 11 de janeiro de 1973.

§ 1o As disposições da Lei nº 5.869, de 11 de janeiro de 1973, relativas ao procedimento sumário e aos procedimentos especiais que forem revogadas aplicar-se-ão às ações propostas e não sentenciadas até o início da vigência deste Código.

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APLICAÇÃO DAS NORMAS PROCESSUAIS

• Lei processual no tempo

Provas

Art. 1.047. As disposições de direito probatório adotadas neste Código aplicam-se apenas às provas requeridas ou determinadas de ofício a partir da data de início de sua vigência

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APLICAÇÃO DAS NORMAS PROCESSUAIS

• Aplicação subsidiária

Art. 15. Na ausência de normas que regulem processos eleitorais, trabalhistas ou administrativos, as disposições deste Código lhes serão aplicadas supletiva e subsidiariamente.

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