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Especial Turismo de Negócios

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Page 1: Especial Turismo de Negócios

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ESTE SUPLEMENTO FAZ PARTE INTEGRANTE DO DIÁRIO ECONÓMICO Nº 5388 DE 20 DE MARÇO DE 2012 E NÃO PODE SER VENDIDO SEPARADAMENTE

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Portugal é um dos15melhores paísesdomundo paraturismo de negócios

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◗ Saiba quais são as cidades preferidas pelosturistas de negócios ◗ Portugal vai inaugurareste ano 20 novos hotéis ◗ “Só o preçonão faz milagres. O cliente é cada vezmaisexigente”, diz o presidente da Confederaçãodo Turismo português

NEGÓCIOS

Page 2: Especial Turismo de Negócios

II Diário Económico Terça-feira 20 Março 2012

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TURISMO DE NEGÓCIOS A MESSE FRANKFURT organizou, em 2011, 37 feirasem Frankfurt e 64 noutras cidades, sendo que em 18 delasparticiparam 194 empresas portuguesas. Também a FeiraInternacional de Madrid - IFEMA recebe grande número deempresas nacionais. Em 2011, foi estiveram representadas 295empresas nacionais, no conjunto das 40 feiras. Por ano, há 15 milvisitantes portugueses em feiras espanholas.

Lisboa é a oitava cidademundial que mais recebeturistas de negóciosA capital recebeu um total de 106 eventos em 2010. Portugal está nos quinzeprimeiros países com melhor performance neste segmento, com EUA à cabeça.RAQUEL CARVALHO

[email protected]

ortugal é o 15º país a nível mun-dial com melhor performanceno segmento turismo de negó-cios, segundo o último relatórioda Associação Internacional deCongressos e Convenções (IC-CA) relativo a 2010. Os EUA, a

Alemanha e a Espanha lideram o ‘ranking’ deturismo de negócios que em 2010 somou 9.120eventos, mais 826 do que no ano anterior. Jápor cidades, Lisboa posicionou-se, pelo se-gundo ano consecutivo, na oitava posição, aoreceber 106 eventos (98 em 2009). Viena lideraa lista, com 154 eventos, e Hong Kong encerrao ‘ranking’ dos melhores 20 destinos do mun-do para turismo de negócios, com 82 eventos.“Lisboa representa cerca de 80% do turismode negócios em dormidas e receitas a nível na-cional e de 35% das receitas do Turismo emLisboa, revelou a directora executiva do Turis-mo de Lisboa, Paula Oliveira. Dados confir-mados por Cristina Siza Vieira, presidente dadirecção executiva da Associação de Hotelariade Portugal (AHP) que adiantou, citando o ba-rómetro Anual da Travelstor referente a 2011,que “o crescimento médio anual do volume deviagens profissionais organizadas em Portugalrondou os 2,5%”. Números que espelham bemo potencial desta área de negócio, num sectorque representa 10% da riqueza que o País pro-duz anualmente.A capital é a montra do país no segmento, masCristina Siza Vieira refere que “o Algarve, aMadeira e o Porto são outros destinos que me-recem preferência”. O Porto tem tido mesmouma procura crescente e ocupava a 39ª posi-ção no ‘ranking’ da ICCA em 2010, um salto de17 lugares desde 2008. A responsável frisouainda que os meses mais solicitados para ne-gócios são Maio, Junho, Setembro e Outubro”.De salientar que o turismo de negócios “é otipo de turismo que mais cresceu tendo con-tribuído significativamente para o desempe-nho económico da hotelaria, da aviação co-mercial e dos próprios operadores turísticos”,afirmou José Pinto Coelho, presidente da Con-federação do Turismo Português (CTP). Aocontrário do turismo de lazer, as viagens denegócios realizam-se em qualquer altura doano. “É uma área de extrema importância eque envolve um número indeterminado deserviços, das viagens, ao alojamento, a activi-dades associadas ao lazer, etc”, frisou.

P Portugal está bem posicionado, mas ainda hámuito fazer. É com essa consciência que a CTPestá a trabalhar com o Turismo de Portugal e aSecretaria de Estado do Turismo. “Queremosver melhorada a nossa eficiência na promoçãodeste segmento”, disse José Pinto Coelho, queadiantou que um dos objectivos é “garantirque os recursos financeiros disponíveis, pelasua escassez actual, sejam aplicados da formamais eficiente, sob o ponto de vista económi-co, assegurando o maior retorno possível aosempresários turísticos e à economia”.

1,7 milhões de euros para promoverturismo de negóciosA relevância deste segmento de negócio é re-conhecida pelos empresários do sector e pelosorganismos públicos, como é o caso do Turis-mo de Portugal, que além de contar com umprograma específico para a promoção do Tu-rismo de Negócios, já anunciou a afectação deuma verba de 1,7 milhões de euros para a pro-moção desta área de negócio para este ano.A crise tem afectado todos os segmentos e osector do turismo em geral, não é excepção.Porém, o turismo de negócios em particularregistou um bom desempenho, muito por for-ça de um evento que Lisboa recebeu em 2011,organizado pela Associação Europeia para oEstudo da Diabetes. Este foi um dos maioresalguma vez realizado em Portugal e que trouxeao País cerca de 18 mil congressistas e que le-vou à ocupação dos quatro pavilhões da FIL, edo Pavilhão Atlântico. Este é considerado umgrande evento, mas a capital recebe tambémeventos de pequena e média dimensão e temuma vasta oferta. A diversidade de equipa-mentos é muita e permite a realização deeventos corporate ou associativos.“Em 2011, a capital recebeu mais dez eventos e21 mil participantes do que em 2010”, dissePaula Oliveira que adiantou que o Turismo deLisboa tem planos de promoção que “contem-plam acções promocionais especializadascomo Sales blitz, ‘press trips’, uma acção desuperincentivo que reúne ‘buyers’ de váriosmercados, ‘fam trips’ e ‘workshops’ no desti-no e ainda a participação em certames espe-cializados”. A responsável adiantou que o Pla-no estratégico 2011 - 2014 estabelece comoprioridade novos mercados estratégicos - Es-panha e Brasil – e a continuação da promoçãoe captação nos mercados tradicionais. ■

País nº eventos1 EUA (623)2 Alemanha (542)3 Espanha (451)4 Inglaterra (399)5 França (371)6 Itália (341)7 Japão (305)8 China (282)9 Brasil (275)10 Suíça (244)11 Austrália (239)12 Canadá (229)13 Holanda (219)14 Áustria (212)15 Portugal (194)16 Suécia (192)17 República da Coreia (186)18 Argentina (172)19 Bélgica (164)20 Turquia (160)Fonte: ICCA - Associação Internacional

de Congressos e Convenções, ano 2010.

EUA e Alemanhã ocupamo mesmo lugar desde 2004.

RANKING PAÍSES

País nº eventos1 Viena (154)2 Barcelona (148)3 Paris (147)4 Berlim (138)5 Singapura (136)6 Madrid (114)7 Istambul (109)8 Lisboa (106)9 Amesterdão (104)10 Sidney (102)11 Taiwan (99)12 Pequim (98)

Buenos Aires (98)14 Londres (97)15 Copenhaga (92)16 Seul (91)17 Estocolmo (89)18 Budapeste (87)19 Praga (85)20 Hong Kong (82)Fonte: ICCA - Associação Internacional

de Congressos e Convenções, ano 2010.

O ranking é anuale divulgado em Maio.

RANKING CIDADES

Page 3: Especial Turismo de Negócios

Terça-feira 20 Março 2012 Diário Económico III

OPINIÃO: ????????????????????????????????????????????????

A AICEP estará presente em 2012, em cinco feirascom pavilhões nacionais: a Farnborough International Air Show(sector aeronáutico), e a IZB - Internationale Zulieferböse(sector automóvel) e as generalistas Feira Internacionalde Argel, Feira Internacional de Luanda, e Feira Internacionalde Maputo. Estima-se a participação de cerca de 200 empresase um investimento de 1,8 milhões de euros.

O MELIA RIA AVEIRO foi dintinguido pela agência de viagensonline HOTEL.INFO, como o ‘Melhor Hotel da Europapara Viajantes de Negócio’, em 2011. A eleição é feita atravésdas preferências dos viajantes em negócios que fazema sua reserva nesta agência, e que colocou no segundo posto,o Courtyard Stockholm Kungsholmen, na Suécia e em terceirolugar, o Falkensteiner Eslovaca Hotel, em Bratislava.

No âmbito do Fundo de Captaçãode Grandes CongressosInternacionais, uma iniciativado Turismo de Portugal, que contacom a participação das agênciasregionais de turismo com esteproduto, Lisboa apresentou até aomomento 22 candidaturas, comtodos os eventos a ter maisde 1.800 participantes, condiçãoessencial para a candidatura. OTurismo de Lisboa investiu nosegmento 900 mil euros em 2011,prevendo-se para este ano apenas700 mil euros, representando 26%do total investido em produtos.

>> LISBOA INVESTE700 MIL EUROS

Portugal tem boas condições para acolhereventos internacionais, mas José Pinto Coe-lho, Presidente da Confederação do TurismoPortuguês (CTP), defende, em entrevista, oreforço das ligações aéreas e mais oferta paragrandes eventos.

Onde poderemos melhorar para captar maiseventos e turistas de negócios?Portugal não possui um espaço com capacida-de de acolher cerca de cinco mil pessoas econsidero que seria uma boa aposta para com-petirmos com outras cidades europeias. É deprimordial importância o reforço de ligaçõesaéreas com os principais aeroportos portu-gueses. Uma medida extremamente impor-tante é conseguir tornar algumas das nossascidades, verdadeiramente atractivas para osnegócios internacionais e o estabelecimentode sedes de empresas, como acontece em Bar-celona. Para isso ser possível tornar-se-ia im-perioso apostar num projecto integrado da ci-dade que a converta num pólo de crescimen-to, de criação de riqueza e bem estar social. Éfundamental uma aposta nos transportes, te-lecomunicações, ordenamento do território,educação e formação, diferenciação na fisca-lidade das empresas nela sedeadas.Destaca alguma tendência neste segmento?Crescer e apostar na oferta diversificada ecompetitividade, complementada por umaexcelente relação qualidade/preço. Mas só opreço não faz milagres já que o cliente corpo-rate hoje em dia é cada vez mas exigente eavalia minuciosamente todos os seus investi-mentos. É necessário acompanhar as mudan-ças do mercado e adaptarmo-nos a elas,criando mais valias para os clientes, envol-vendo-os em actividades pós-evento.Qual a missão da CTP no apoio e dinamizaçãodo turismo de negócios?Este segmento tem vindo a crescer , não só anível nacional como internacionalmente, porforça do que é crucial uma eficaz articulaçãoentre entidades privadas e públicas na capta-ção para Portugal e numa recepção qualificadados principais eventos internacionais. Tal sóserá possível se todos os players juntarem es-forços e fizerem um planeamento capaz deposicionar o país à frente dos seus competido-res, quer no que respeita ao timing das candi-daturas, quer ao esforço conjunto para quecada evento se revista do sucesso e da visibili-dade, que permita a sua repetição ou a capta-ção de novos eventos similares no país. É istoque a CTP promove com as suas associadas ecom as entidades públicas competentes namatéria. ■ R.C.

“Só o preço não fazmilagres já que o clienteé cada vez mas exigente”Os ‘players’ deviam fazer um planeamento capazde posicionar o país à frente dos competidores.

José Pinto Coelho nãotem dúvidas de quePortugal, e em particularLisboa, “é um destinobastante procurado paraeventos internacionaisde várias tipologias, querassociativos, quercorporativos”. Estas sãoduas áreas distintas e“com especificidadesdiferentes”, comosublinha, e que“sustentam este tipode procura, não sónacional comointernacional”. Porém,o presidente da CTP frisaque “temos todas ascondições para, sejacom mais investimentoprivado, seja com maisapoios das entidadespúblicas, melhoraras condições deatractividade”. E deixaa receita: “Há queplanear acertadamente,intervir focalizadamentee esperar o retorno. Achoque nos tem faltado essepragmatismo”, diz.

TRÊS PERGUNTAS A JOSÉ PINTO COELHO,PRESIDENTE DA CONFEDERAÇÃO DO TURISMO PORTUGUÊS

Page 4: Especial Turismo de Negócios

IV Diário Económico Terça-feira 20 Março 2012

TURISMO DE NEGÓCIOS

Portugal vai inaugurar20 novos hotéis este anoO peso do turismo de negócios chega aos 40% em algumas unidades hoteleiras do país.RAQUEL CARVALHO

raquel.carvalhoeconomico.pt

ortugal vai ter 20 novos hotéisem 2012. A revelação é feita pelapresidente da direcção executi-va da Associação de Hotelariade Portugal (AHP), Cristina SizaVieira, que adiantou ainda esta-rem previstas 13 remodelações.

Parte deste investimento tem a ambição detornar a oferta hoteleira mais atraente para osturistas de negócios, um segmento cada vezmais importante para os hoteís e que chega arepresentar mais de 40% da facturação emalgumas unidades hoteleiras, sendo em Lis-boa onde o peso é geralmente maior, repre-sentando “15% da facturação dos hotéis”,destacou.Mas cada caso é um caso. Nos hotéis do grupoVila Galé Porto, Coimbra, Ópera (Lisboa), Es-toril, Cascais e Ericeira, o peso chega aos40%”, informou o director de marketing evendas do grupo, Gonçalo Rebelo de Almeida,revelando que, no total do grupo, em média, osegmento representa 15% do volume de negó-cios. Para 2012, o grupo Vila Galé aposta numa“mudança de imagem e comunicação”.Já o grupo Dom Pedro Hotels, que direcciona

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O Grupo Vila Galé aposta na renovação da infra-estrutura

de Internet Wireless e em formatos impressos e digitais.

O hotel Altis foi remodelado e aumentou a procura por este

segmento, onde a aposta vai para a proximidade.

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O Grupo Dom Pedro Hotels investe na promoção em mercados

internacionais, sobretudo Espanha, Brasil, Itália, Russa e França.

para este segmento mais de 50% do orçamen-to de marketing, criou “produtos ‘chave-na--mão’ para as empresas, por permitirem ummaior controlo orçamental sobre os custosdos eventos”, disse Pedro Ribeiro, director demarketing e vendas do grupo, que “registouuma redução deste segmento em todas asunidades, em 2011”. No grupo, “no Algarve opeso do segmento ronda os 10%, na Madeira ébastante reduzido e em Lisboa atinge os 30%do volume de negócios”, informou. Já nogrupo Altis Hotels, o peso do segmento é de20%, representando “cerca de 2,5 milhõesde euros”, afirmou o director-geral de Ope-rações do grupo, onde o segmento cresceu60% em 2011, em relação a 2010. O grupo Al-tis investiu o ano passado 150 mil euros nestaárea de negócios e faz “uma forte aposta naequipa de vendas e na presença em feiras deturismo internacionais”, para promover estaactividade, para o qual antevê um cresci-mento de 3%.Também o grupo Pestana Hotels & Resortsprevê uma crescente importância deste seg-mento, estando “a definir estratégias para osprincipais mercados emissores: Alemanhã e

Brasil, actuando no terreno com acções espe-cíficas”, disse a directora de vendas, LúciaGalo. Nos hotéis, o peso do segmento aumen-tou em 2011, sendo de 12,2%, face a 11,5% em2010. Nas Pousadas, o peso foi de 12,7% face a13% do ano anterior, o que perfaz uma médiade 12% de peso na facturação total.No grupo Onyria, o turismo de negócios re-presentou 45% das vendas do Resort na Quin-ta da Marinha, sendo de destacar o contributodo novo Boutique Hotel, Onyria Marinha Edi-tion Hotel & Thalasso, para o crescimento de75% no volume de negócio do grupo, que “in-veste anualmente neste segmento cerca de200 mil euros, estando apostado em captarnegócio no Leste Europeu”, revela João PintoCoelho, director comercial do Grupo.No grupo Sheraton, os hotéis de Lisboa e Portosão os mais representativos no turismo de ne-gocios, “cujo peso na facturação foi de20/25% em 2011, um aumento relativamente a2010”, disse António Pereira, director-geraldos Sheraton Lisboa e Porto. O grupo contem-pla no seu plano estratégico “um investimentosubstancial em acções comerciais e de marke-ting para promover este segmento”, diz. ■

Crise leva a novastendências

A menor disponibilidadefinanceira das empresas,levou a novas tendências.Gonçalo Rebelo deAlmeida, informa que acrise tem levado a“orçamentos maisreduzidos, solicitaçõesmuito perto da data e umaumento dos requisitostecnológicos”. JoãoPinto Coelho destaca “umaumento de pedidos deúltima hora, e ocrescimento dos eventosteam buildings”. noshoteís do Grupo Onyria.Pedro Ribeiro enumera“as reservas em cima dahora, um controlo elevadosobre os custos e procurade destinos maisproximos”. FranciscoMoser frisa “a procura domáximo conforto eeficiência dos serviçoscom acesso aos meiostecnológicos maisavançados”. Já AntónioPereira, diz notar “anecessidade de umacrescente aposta numserviço diferenciado epersonalizado”, a par dereservas de última hora,mas também, “autilização massiva daInternet, a importânciacrescente das redessociais e a utilização denovas ferramentas demarketing online”. daíque o Grupo aposte nadiferenciação de serviços,em pacotes à medida enas novas tecnologias.

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Coel

hoO grupo Pestana vai inaugurar este ano, uma nova pousada

em Cascais, preparada para este segmento negócios.

O grupo Sheraton aposta na criatividade, ajusta estratégias, e

adapta-se às necessidades do segmento.

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Para melhor responder à tendência de reserva de ‘last minute’,

o grupo Onyria preparou-se para este novo tipo de cliente.

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Terça-feira 20 Março 2012 Diário Económico V

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O TURISMO DE NEGÓCIOS EM NÚMEROS

ALGARVEO Turismo do Algarve investiuem 2011, na promoção do produtoMI no exterior, 500 mil euros,valor igual ao que será aplicadoem 2012. A região possui135 espaços para a organizaçãode eventos associados a estesegmento, sendo que cercade 90% se encontram inseridosem estabelecimentos hoteleiros.A capacidade total é de 55 millugares.

500mil euros

CENTRO CULTURAL DE BELÉMUm dos locais em Lisboa, onde se pode organizar eventos é o CentroCultural de Belém, que recebeu em 2011, 489 eventos, num total de 86.675participantes, contra os 552 eventos registados em 2010, que levaram aoCCB, 97.616 pessoas. Para este ano, estão agendados já 152 reuniões, e 14congressos, com um número estimado de 6.667 participantes.

CENTRO CONGRESSOS DE LISBOAForam 32 eventos realizados no Centro de Congressos de Lisboaem 2011, mais um do que em 2010. Para este ano aindasó estão agendados eventos até Setembro, num total de nove,mas denota-se uma diminuição de eventos por mês.

32

MADEIRAO Turismo da Madeira investiu em2011, 130 mil euros no segmentode turismo de negócios, mais doque irá investir este ano, 100.900euros. 2011 foi o ano que levoumais congressos internacionaisà região, 13. Em contra-partida,a Madeira perdeu 65 eventosno mercado português. No totalda oferta hoteleira da região,somam-se perto de 90 salasde reuniões, a juntar aos centrode conferências e de congressos,ao madeira Business Centre,e outros espaços preparadospara receber eventos.

100mil euros

CENTRO DE CONGRESSOSDO ESTORILEm 2011, o CCE recebeu mais doiseventos do que em 2010, ou seja,66, sendo que as previsões para2012, é de um ligeiro crescimento,entre os 3% e os 5%.

5%

CENTRO DE CONGRESSOS DO EUROPARQUEForam perto de 100 os eventos realizados no Centro de Congressosdo Europarque, onde participaram mais de 70 mil congressistas.Destacam-se o I Congresso das Exportações para mais de mil pessoase o Congresso de Medicina Veterinária que juntou mais de 1400profissionais. O espaço recebeu ainda muitas convenções de empresas.De referir que a Exponor tem um Centro de Congressos,que recebeu em 2011, 235 eventos, e perto de 79 mil pessoas.Para este ano, antevê 240 iniciativas e um total de 85 milparticipantes, com facturação prevista de 700 mil euros.

PAVILHÃO ATLÂNTICOO Pavilhão Atlântico registouuma quebra de 15% no númerode eventos em 2011. Porém,em número de congressistase participantes, registou umcrescimento de 38%, ao acolhercerca de 44.300 participantes.Para 2012, já estão previstosvários eventos empresariais,nomeadamente um grandecongresso da área dastelecomunicações. De destacara realização do SISAB – SalãoInternacional do Vinho, Pescadoe Agro-Alimentar, que já este ano,e durante 3 dias, levou ao PavilhãoAtlântico cerca de 8.900participantes. Para este ano,este espaço pretende uma carteirade eventos sólida e diversificadae aposta no lançamento deum novo produto, a “Arena Box”.

Page 6: Especial Turismo de Negócios

VI Diário Económico Terça-feira 20 Março 2012

TURISMO DE NEGÓCIOS

40% de expositores são estrangeirosAs feiras são vistas pelos empresários como o melhor veículo de promoção dos seus produtos e serviços.

RAQUEL CARVALHO

[email protected]

percentagem de expositoresinternacionais nas feirasportuguesas atinge os 40%,revela ao Diário Económicoo presidente da AssociaçãoPortuguesa de Feiras e Con-gressos (APFC). José Miguel

Corais considera que as feiras e congressos sãoum “segmento bastante heterogéneo, apre-senta vários tipos de operadores desde os mui-to profissionais e qualificados até aqueles semas mínimas condições técnicas ou capacida-des. Revela o poder de atracção das mesmas”.Uma realidade que se justifica, segundo o ges-tor, com a “quase total falta de pré-requisitospara operar ao nível das feiras e congressos”.José Miguel Corais garante que no universodos associados representados pela APFC, opeso para a economia é de 100 milhões de eu-ros, “com a quota das feiras a representar maisde 70% do total”. Mas adverte que “o sectorrepresenta muito mais”.O presidente da APFC frisa que “as empresasprivilegiam as feiras como instrumento depromoção e de marketing”, mas lembra que ocontexto de crise levou a que em 2011 se tenhasentido algum decréscimo nas feiras. Porém,essa conclusão não é linear, uma vez que seem alguns recintos houve quebras, noutros obalanço é positivo. Na Exponor, o ano 2011, foide crescimento, disse José Manuel Trigo Reto,

A director-executivo do parque de exposições,sem porém, deixar de salientar que, devido aofacto do recinto organizar certames de perio-dicidade variada, “a comparação fornece umaevolução distorcida”.Em 2011, o recinto da Exponor acolheu um to-tal de 26 certames, com o número de exposi-tores directos a ultrapassarem ligeiramente os1.900. Já ao nível de visitas, “a estatísticaaponta para um total acima das 280 mil entra-das”, diz José Manuel Trigo Reto. Quanto àsprevisões para 2012, assume que “o clima é deincerteza”, pelo que é difícil adiantar núme-ros. Mas admite que as “feiras vão ter que seadaptar a um mercado em contracção, desi-gnadamente fornecendo novas soluções denegócio para as empresas”. Do calendário de2012, já foram realizadas quatro feiras, estan-do prevista a realização de mais 15 certamesem Portugal e cinco no Brasil. De salientar quedas feiras realizadas, quatro são novidades deorganizadores terceiros: como a Urbaverde, aPortugal Print, a Idade do Saber e o StockOutlet. Para este ano, há ainda dois projectosnovos, “já em fase de comercialização: um emparceria, a Newscomers e o Salão ExpoKids”,diz o gestor da Exponor.Também o Centro Nacional de Exposições eMercados Agrícolas - CNEMA, aposta em no-vidades, a fim de colmatar os efeitos da crise,que levou a uma quebra de 6% no número de

visitantes das dez feiras realizadas em 2011(200.853) e de 4,5% no número de expositores(736). Para este ano está prevista a realizaçãode 12 feiras, com algumas novidades. VascoGracias, director-executivo do CNEMA revelaque, pela primeira vez , irão realizar-se o Sa-lão Internacional de Agro-Negócios e Expo, aTur - Feira do Turismo Rural & Natureza, sen-do esta última, no âmbito da Feira Nacional deAgricultura/Feira do Ribatejo. Vasco Graciasdiz ainda que os objectivos deste ano passam“por manter e consolidar as feiras organizadase assegurar a carteira de clientes”. E frisa quetentou reintroduzir o Salão Profissional dePiscinas, mas o conseguido por “falta de res-postas dos operadores de mercado”.Na Feira Internacional de Lisboa (FIL) foramrealizadas 17 feiras em 2011, contra as 22 orga-nizadas em 2010. Apesar da quebra, os res-ponsáveis consideram que o balanço é positi-vo e destacam a realização em simultâneo,pela primeira vez, do Salão Imobiliário dePortugal com a Intercasa Concept, o que levouao recinto mais de 63 mil visitantes. Outra dasemblemáticas feiras realizadas na FIL, aTektónica - Feira Internacional de Construçãoe Obras Públicas, registou 57.764 visitantesprofissionais, salientando-se um aumento de11% no número de visitantes estrangeirosoriundos de 53 países. Para este ano, estãoprevistas 16 feiras. ■

Os empresários nacionaisapostam na presença emfeiras internacionais, comoforma de promover os seusprodutos e serviços. Fonteoficial do AICEP, diz quea abordagem individual dasempresas, é muitas vezesfeita, “não como expositoresmas como visitantes,em prospecção de mercado,análise da concorrência,antecipação de tendências,angariação de contactose numa lógica de criaçãode rede com outros actoresrelevantes para os seusnegócios internacionais”.Nas participaçõescolectivas, “prevalecemcomo relevantes as feirasde moda, vestuário, calçado,e bens de consumo, como asfileiras casa, agro-alimentare vinhos e feirasde máquinas, equipamentose moldes”. A AICEP revelaestarem previstas, para2012, mais de 260 feirasinternacionais comco-financiamento público,num investimento directode 33,3 milhões de euros.

Feirasinternacionais

A FIL - Feira Internacional de Lisboa, está localizada

no parque das nações e ocupa um total de quatro pavilhões.

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A Exponor - Feira Internacional do Porto, tem um recinto

de 100 mil m2 de superfície coberta de exposição.

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O CNEMA possui duas naves de exposição, com 6.400m2

cada e uma área de exposição descoberta de 11 hectares.

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Page 7: Especial Turismo de Negócios

Terça-feira 20 Março 2012 Diário Económico VII

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Muitos turistas que vêm em negócio a Portu-gal, regressam em lazer, de acordo com al-guns estudos que Jorge Miguel Corais, presi-dente da Associação Portuguesa de Feiras eCongressos destacou ao Diário Económico.Daí que este seja um sector que acabe por pro-mover o País. Mas o responsável lamentou afalta de consciência de muitas instâncias paraa importância do Turismo de Negócios.

Acredita que este segmento tem sido estratégicopara dinamizar o sector do turismo?Este é um sector alavanca para a economianum todo e em particular para o turismo, por-que mobiliza pessoas com mais poder decompra e dinamizam muito as economias lo-cais envolventes. Complementam a sazonali-dade inerente ao turista normal.Acaba por promover Portugal como destino,junto de um visitante em que a primeira moti-vação pode não ser turística, mas depois de cá

estar, acaba por mobilizar-se para conheceros pontos turísticos de interesse. Segundo vá-rios estudos, mais de um terço deste tipo deturistas mostram vontade em voltar para visi-tar, e na maioria dos casos voltam com a fa-mília e/ou amigos.Qual dos dois segmentos acredita ter maior po-tencial em Portugal: feiras ou congressos?Acredito nos dois. As feiras têm um papel im-portantíssimo ao nível da nossa economia ena promoção internacional dos nossos secto-res estratégicos. Quando um país ou região sequer afirmar, no calçado ou nos vinhos ounoutra área qualquer, é importante associar oproduto ao território. Essa ligação faz-se comfacilidade associando uma feira de dimensãointernacional ao país ou região. Esta é a visãoque temos das feiras e, infelizmente, sintoque em algumas instâncias importantes te-mos que fazer um esforço adicional para asconvencer.

Quais os principais desafios e obstáculos do Tu-rismo de Negócios em Portugal?O principal desafio que elenco é conseguir ga-nhar mais pontos de atractividade para o turis-mo de negócios em Portugal que vá para além deLisboa, Algarve e Porto. Outro é rentabilizarmoso investimento das infra-estruturas criadas nosúltimos anos, conquistarmos uma maior quotainternacional, aproveitando a nossa capacidadecompetitiva em termos de preço/qualidadequando comparado com outros países.Em termos de obstáculos, lamento a falta desensibilidade de várias instituições públicas eprivadas para a importância que este sectortem para a dinamização económica e a exis-tência de muitas instituições ligadas ao sectorde turismos desarticuladas entre si. A agressi-vidade comercial neste sector só se consegueintegrando os vários operadores capazes deconstruir uma proposta única para conquistaro mercado internacional. ■ R.C.

“Um dos principais desafios é conseguirganhar pontos de atractividade”José Miguel Corais defende a rentabilização do investimento feito nas infra-estruturas.

3 PERGUNTAS A JOSÉ MIGUEL CORAIS,PRESIDENTE DA ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE FEIRAS E CONGRESSOS - APFC

José Miguel Coraisdefende o aumentoda capacidadede financiamentodos grandescompradores convidados,e a canalizaçãode verbas paraa participação de feirasinternacionais de altoretorno, dando-lhesmaior dimensão. Defendeainda o alargamentoda rede de ‘ConventionBureau’ e a criaçãode melhoresinfra-estruturaspara que mais locaissejam atractivospara a captaçãodeste tipo de eventos.

Page 8: Especial Turismo de Negócios

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