especial jn 27 julho, n.º 2/2013

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Especial AICCOPN publicado no JN -Jornal de Noticia de 27 de julho.

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Page 1: Especial JN 27 julho, n.º 2/2013

Associação dos Industriais da Construção Civil e Obras PúblicasAICCOPN - julho 2013

Especial AICCOPN

120 Anos a Defender o SetorEmpresa Associada é Empresa Informada

www.aiccopn.pt

Um momento de viragem. É desta forma que a sucessão de acontecimentos que nas últimas semanas conduziram à remodelação governamental tem de ser encarada. Já perdemos demasiado tempo enredados em discussões políticas. A austeridade tem de dar o lugar ao investimento. O crescimento tem de suceder à

de emprego. A criação de mais e melhores postos de trabalho é um imperativo nacional. É forçoso que nos concentremos no que é essencial. As empresas do setor não podem continuar reféns da insegurança e da instabilidade, mas antes devem poder cumprir o seu papel na economia deverão ser promotoras do crescimento, da competitividade e da criação de emprego. As soluções para o Setor já existem e estão contempladas num Acordo que constitui um “Compromisso para a Competitividade Sustentável do Setor da Construção e do Imobiliário”. O cumprimento deste Compromisso e das medidas que

ao qual o Executivo tem de dar resposta imediata.

Este suplemento comercial faz parte integrante do Jornal de Notícias de 27 de julho de 2013 e não pode ser vendido separadamente

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2 Especial | AICCOPN 27 de julho de 2013

“Perdemos 394 mil empregos desde 2002 e, em apenas três anos, assistimos à destruição de 26 mil empresas. Já se perdeu demasiado tempo com discussões políticas. Estamos perante um cenário de rutura que exige ação imediata. A remodelação governamental tem de ser uma oportunidade para inverter o ciclo”

Abordar o segundo trimestre do ano, fazer um balanço dos aspetos mais relevantes para o setor e eviden-ciar as nossas tomadas de posição, é

com o especial AICCOPN, que uma vez mais publicamos. Queremos de-monstrar que somos conhecedores da realidade preocupante que afeta as nossas empresas. Desde 2002, regis-tamos uma perda total acumulada na produção de 53,8%. Neste período perdemos 394 mil empregos e, em apenas três anos, assistimos à des-truição de 26 mil empresas. Estamos perante um cenário de rutura que exige ação imediata. Porém, é certo que existem soluções, muitas delas já consensualizadas com o Governo no “Compromisso para a Competitividade Sustentável do Setor da Construção e do Imobiliário”, assinado entre a CPCI - Confederação Portuguesa da Constru-ção e do Imobiliário, a que presidimos, e o Executivo. Referimos as medidas já concretizadas, mas, sobretudo, quere-mos deixar bem claro que não baixa-remos os braços perante a situação de rutura que os empresários enfrentam e que a nossa Associação estará, como sempre, na linha da frente em defesa de um setor que, pelo seu peso social e económico, é imprescindível para assegurar mais crescimento, mais com-petitividade e mais emprego.

Captar, impulsionar e atrair o in-vestimento neste mercado, assegurar a efetiva redução dos custos de contexto que ainda penalizam em demasia este tipo de intervenções, garantir a criação

empresas e ao investimento empre-sarial na reabilitação e maximizar as oportunidades de acesso às medidas e instrumentos de política de promoção da reabilitação, designadamente no

comunitário 2014-2020, são aspetos dos quais o Estado não se pode demitir. Em suma, seja como regulador, como gestor de espaços públicos ou detentor de um vasto património imobiliário a carecer de intervenção urgente, as entidades públicas não podemargem deste processo.

Cada vez mais confrontados com -

sas, causada por uma Banca que não quer cumprir o seu indispensável papel na economia, os dados divulgados pelo Banco de Portugal, relativos ao primeiro trimestre do ano, evidenciam uma quebra sem precedentes nos mon-tantes de crédito bancário que, só no caso do Setor da Construção e Imobili-ário, se reduziu em 3,7 mil milhões de euros no último ano. De igual modo, é incompreensível que, sem qualquer controlo do Estado, a Banca exija ga-rantias reais aos agentes económicos, procedendo a avalia§ções a preços completamente desfasados, que muitas vezes não chegam a 25% do que se poderia considerar um preço normal de mercado. Mas, mais grave, é que essas avaliações, não raras vezes, não chegam a atingir metade do valor patri-monial tributário resultante da Avalia-ção Geral de todos os prédios urbanos em Portugal, que foi concluída há cer-ca de três meses. Estão a ser ultrapassa-dos todos os limites da razoabilidade, uma vez que se trata de um processo de destruição de valor e de agrava-mento da estabilidade patrimonial e

perdem: famílias, empresas, Estado e até a própria Banca. Um País que pre-cisa urgentemente de mais investimen-to, não pode privilegiar atitudes cegas,

deitando por terra os esforços feitos no sentido de criar um clima favorável à atração dos investidores.

AUSÊNCIA DE APOIOS À REABILITAÇÃO URBANA E ARRENDAMENTO

Inexistência de um Programa de

CÓDIGO DOS CONTRATOS PÚBLICOS DESAJUSTADO

Uma legislação potenciadora da falta de transparência nos concursos

públicos

NÃO PAGAMENTO DAS REVISÕES DE PREÇO

Recusa de pagamento das revisões de preços, no âmbito de contratos anteriores à publicação da Lei dos Compromissos

Iniciar este período, com uma diver-sidade de ações centradas na dinami-zação da Reabilitação Urbana, vindas dos mais variados quadrantes da nossa sociedade, foi particularmente relevan-

a exigência de uma visão global e integrada, realçando-se o papel im-prescindível que o Estado deverá de-

que este é um verdadeiro imperativo ético, suprapartidário, que tem de se sobrepor a questões políticas, setoriais ou económicas, pelo que o Estado não se pode alhear da sua missão. Em agosto do ano passado, foi publicada a alteração à Lei das Rendas e ao Re-gime Jurídico da Reabilitação Urbana. Entretanto, por força da atuação da nossa Confederação, foi criada a taxa liberatória em sede de IRS, aplicável aos rendimentos prediais, equivalente

-ceiras. Falta agora a criação de um

-culares para a reabilitação de edifícios destinados ao arrendamento, medida consagrada no Compromisso que as-sinámos, pelo que a questão que, no imediato, se coloca, não é o reconhe-cimento da sua importância, mas sim a sua concretização.

“Foi publicada a alteração à Lei das Rendas e ao Regime Jurídico da Reabilitação Urbana e, por força da atuação da nossa Confederação, foi criada a taxa liberatória em sede de IRS, aplicável aos rendimentos prediais ”

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AICCOPN | Especial 327 de julho de 2013

Oanúncio público, por parte do Ministro das Finanças, de uma nova “orientação” em matéria de política económica, é um facto marcadamente positivo, que não posso deixar de realçar. Na verdade, terá de servir de catalisador para o início de um novo ciclo em Portugal. Aliás, há que ter presente os exemplos de projetos de investimento, em obras necessárias para o desenvolvimento regional e para o bem-estar das populações, que

que estão a ser impostas pela Lei dos

Compromissos, seja pela incapacidade para a obtenção do capital remanescente, por parte de inúmeras autarquias. Veja-se o diferencial entre o valor dos concursos lançados desde o início de 2012 e o montante realmente adjudicado. São cerca de 750 milhões de euros que poderiam, no imediato, dinamizar não só muitas das nossas empresas, mas, sobretudo, contribuir para o crescimento da economia nacional. Desta forma, mais do que culpar a chuva ou o frio pelo mau desempenho económico,

é essencial a adoção de medidas

agentes económicos e impulsionadoras do investimento. Aliás, são estas as medidas consagradas no “Compromisso para a Competitividade Sustentável do Setor da Construção e do Imobiliário”

Preconizávamos há muito a adoção de uma medida de choque, orientada para impulsionar, no mais curto espaço de tempo, projetos que têm condições para arrancar, mas que estavam à espera de melhores perspetivas. O Crédito Fiscal Extraordinário ao Investimento é, neste sentido, um bom exemplo de uma solução que é suscetível de ter um impacto positivo em toda a economia. De igual modo, só para referir mais uma medida contemplada no nosso Compromisso, igualmente concretizada, aponto o alargamento do âmbito de aplicação do Regime Excecional de Extensão de Prazos no âmbito do licenciamento municipal, que não tendo qualquer custo ao nível do erário público, irá permitir ajustar o ritmo de realização das obras e da concretização das operações urbanísticas já objeto de controlo prévio às circunstâncias conjunturais atuais, incentivar a manutenção de projetos de

urbanas, uma vez que os promotores e construtores poderão passar a planear a sua concretização por períodos mais dilatados. Mais do que qualquer outra coisa, estão em causa soluções consensuais, que não merecem qualquer contestação, mas que podem, com toda a certeza, minimizar a perda de emprego e a destruição do nosso tecido empresarial.

Ncolocou em suspenso todos os esforços que foram feitos no sentido de atrair investimento, variável, repito, essencial para que se possa assistir à retoma económica. Esta meta é um verdadeiro desígnio nacional que tem de ser rapidamente concretizado. As empresas não podem continuar reféns da incerteza e da instabilidade mas antes devem poder cumprir o seu papel - promover o crescimento, a competitividade e a criação de emprego. O “Compromisso para a Competitividade Sustentável do Setor da Construção e do Imobiliário”, assenta, precisamente, nestes pressupostos, pelo que é essencial que o novo elenco Governamental, que poderá contar, por parte dos representantes do setor, com toda a disponibilidade para dialogar e colaborar, imprima um ritmo adequado à rápida concretização de todas as medidas já consensualizadas.

FALTA DE INVESTIMENTO

Não arranque de projetos já concursados

ATRASOS NOS PAGAMENTOS

Dívidas em Atraso no setor público

BUROCRACIA NA REVISÃO DOS PDM’S

DESADEQUAÇÃO DO REGIME DAS GUIAS DE TRANSPORTE

e custos excessivos

DIFICULDADES NO ACESSO AO FINANCIAMENTO

A Banca continua sem cumprir o importante papel que lhe cabe na economia

IMPOSTOS EXCESSIVOS SOBRE O PATRIMÓNIO

IMI sobre stocks de habitação detida para venda

“Um novo rumo para a política económica centrada no investimento e no crescimento irá passar pela construção que, no nosso País representa cerca de 60% do investimento nacional”

“Estradas de Portugal lança concursos no valor de 140 mihões de euros”

“Supercrédito Fiscal e Extensão de Prazos das Licenças: Mais duas medidas do Compromisso assinado com a CPCI - Confederação Portuguesa da construção e do Imobiliário”

“O Compromisso para a Competitividade Sustentável do Setor da Construção e do Imoibiliário foi uma conquista para o Setor e para o País que tem de poder cumprir os seus objetivos ”

Pretende-se potenciar a competitividade e a produtividade da economia portuguesa, permitindo às empresas do setor o desenvolvimento da sua atividade em condições de poderem concorrer num mercado cada vez mais global e agressivo.

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4 Especial | AICCOPN 27 de julho de 2013

necessariamente pelo completar do 120º aniversário da AICCOPN, um marco histórico na vida associativa nacional.

essencial não perder de vista os objetivos

o reconhecimento por Alvará Régio do Rei D. Carlos I, do Grémio dos Mestresdas Quatro Artes de Construções Civis doPorto - Associação de Classe, estrutura que,até à atual Associação dos Industriais daConstrução Civil e Obras Públicas, passou

batalhas, todas tendo sabido superar com o êxito que faz hoje da AICCOPN uma Associação líder e atual, no panoramaassociativo do nosso País.

A AICCOPN tem o seu sistema de gestão

as atividades de Prestação de Serviços Especializados de Informação e Assessoria aos Associados e de Medicina do Trabalho.

Esta é uma Associação nacional que conta com mais de 8.000 Associados, que nasceu alicerçada numa história de união, de força, de autonomia e de independência, a qual continua, moldada pelos seus valores organizacionais, nos dias de hoje, a norteara sua atuação.

Serviços de Prevenção e de Medicina do TrabalhoUma associação pioneira

No ano de 1994, a AICCOPN, depois de um intenso diálogo com os responsáveisdo então IDICT, bem consciente das suas responsabilidades sociais, enquantoassociação de classe, representativa de um

setor não raras vezes associado a situações de incumprimento e de sinistralidade laboral, decidiu, de forma pioneira no nosso País, implementar serviços de prevenção e de medicina do trabalho, procurando, desta forma, disponibilizar às empresas suas associadas, a custoscontrolados, uma oferta real e efetiva no âmbito da prevenção dos riscos subjacentesaos postos de trabalho, da promoção da saúde dos trabalhadores, tendo presente

próprias empresas.

Com instalações físicas no Grande Portoe duas Unidades Móveis de Saúde, os Serviços de Prevenção e de Medicina do Trabalho da Associação, dispõem de um corpo médico com formação adequada, o qual assegura a realização de todos os exames médicos e o acompanhamento davigilância da saúde dos trabalhadores e,

Geral da Saúde - processo n.º 239 - como entidade externa prestadora de serviços de Saúde do Trabalho, autorização que abrange:

Atividade no setor industrial;Atividade no setor comércio e serviços;Atividade de risco elevado:

o Trabalhos em obras de construção, escavação, movimentação de terras, de túneis, com riscos de quedas de altura ou de soterramento, demolições e intervenção em ferrovias e rodovias sem interrupção de tráfego.

o Atividade de indústrias extrativas.o Trabalho hiperbárico.o Atividades que envolvam a

utilização ou armazenagem de produtos químicos perigosos suscetíveis de provocar acidentesgraves.

o Fabrico, transporte e utilização de explosivos e pirotecnia.

o Atividades de indústria siderúrgica e construção naval.

o Atividades que envolvam contato com correntes elétricas de média a alta tensão.

o Atividades que impliquem a exposição a agentes cancerígenos, mutagénicos ou tóxicos para a reprodução.

o Trabalhos que envolvem exposição a sílica.

Centro de Mediação, Conciliação e Arbitragem da AICCOPNUma justiça mais rápida, menos onerosa e conhecedora da realidade da construção

Inicialmente autorizado por Despacho

do Ministro da Justiça, datado de 29 de março de 1996, o Centro de Arbitragem da AICCOPN, funciona na sua sede, na cidade do Porto e na Delegação da Região Centro, em Coimbra. Conta com uma lista de árbitros constituída por advogados, juristas e técnicos, profundos conhecedores da realidade da construção e tem por objetivo promover a resolução, por via da mediação, conciliação e arbitragem, dos litígios qua para tanto lhes sejam submetidos.

É um centro de competência especializada, onde se incluem as seguintes matérias:

Contratos de empreitada de obras públicas e particulares e todas as questões com eles relacionados, nomeadamente no que concerne ao pagamento do preço das obras executadas e a executar.Contratos de compra e venda de imóveis e questões deles emergentes.Contratos de promoção imobiliária e loteamentos.Responsabilidade civil contratual e extracontratual emergente da atividade das pessoas singulares e coletivas que intervêm na indústria da construção civil e obras públicas.Litígios emergentes da aplicação dos regulamentos municipais da

de taxas urbanísticas.Diferendos em matérias relacionadas com a interpretação, validade e execução dos contratos de empreitada de obras públicas e particulares.

Um leque de Serviços adaptado às necessidades das empresas associadas

A AICCOPN tem uma ação de âmbito nacional, representando o setor da Construção como um todo. Para isso dispõe, na sua sede e nas oito delegações

distritais, de, valências que lhe permitem corresponder as necessidades atuais dos seus associados.

jurídica e laboral, alvarás e segurança no trabalho, ambiente, revisões de preços eapoio à internacionalização, mediante a prestação de informação sobre mercados externos e a organização de missões empresariais, são alguns dos exemplos das prestações que a Associação assegura de forma gratuita às empresas Associadas.

Uma preocupação central na atividade da AICCOPN

A Portaria nº 559/87 de 6 de julho,homologou o protocolo que criou o Centro

da Construção Civil e Obras Públicas do Norte, outorgado entre o Instituto do

AICCOPN. Tem por atribuição fundamental a valorização dos recursos humanos do Setor e tem como destinatários, designadamente, os empresários etrabalhadores das empresas associadas.

Com um volume de formação que em 2012 superou as 790 mil horas e mais de10 mil formandos, o CICCOPN é um exemplo de um centro de excelência que ao longo dos anos muito tem

de-obra atual das empresas, preparando o futuro através da formação de jovens, desenvolvendo e modernizando o tecido empresarial.

AICCOPN 120 anos a defender o setor De norte a sul do país a força de quem constrói