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Apresentação elaborada pela Professora FERNANDA BRUM LOPES - Geografia

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Page 1: Espaço rural

Apresentação elaborada pela Professora FERNANDA BRUM LOPES - Geografia

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Área sendo preparada para o cultivo da soja, próximo à usina de Itaipu (terra roxa)

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O espaço geográfico pode ser classificado de inúmeras formas. Uma delas divide os espaços geográficos em urbanos e rurais.

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Além do adensamento de populações nas cidades, outras características diferenciam esses espaços.

Enquanto na cidade o uso e a ocupação do solo são ligados à instalação de atividades econômicas e a circulação de mercadorias que não dependem da terra, no campo o fator solo é determinante de uma enorme variedade de processos produtivos.

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No Brasil, historicamente, a terra sempre esteve concentrada em poucas mãos.

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Em um recente trabalho, o geógrafo Eduardo Paulon Girardi alerta que a quantidade de terra é limitada e que não se pode ‘produzir novas terras’, como podem surgir novas fábricas de carros. Além disso, alerta que a situação é ainda mais grave , pois além de não surgirem novas terras, as de boa qualidade são também limitadas.

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Tudo isso vem

transformando a terra em uma mercadoria

especialmente valiosa.

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A concentração de terras é uma característica inerente ao sistema de produção capitalista. Historicamente a concentração fundiária sempre sobrepôs os interesses econômicos de poderosos grupos e indivíduos às necessidades coletivas da sociedade. Essa concentração impediu que um maior contingente populacional tivesse e tenha acesso à terra para nela viver e produzir.

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Entre o fim do século XVIII e o início do XIX, o espaço rural brasileiro consistia apenas em algumas manchas de ocupação, separadas e distantes uma das outras. Milhões de quilômetros quadrados eram recobertos apenas por campos e matas, sem qualquer forma de aproveitamento agropecuário.

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Nessa época os grandes fazendeiros se apropriaram de todas as terras que pudessem ser cuidadas por seus escravos. Ou seja, quanto mais escravos, mais terras.

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LEI DE TERRAS (1850): lei promulgada especificamente para tratar da questão agrária. Estabeleceu, entre outras questões, a compra como única forma de acesso à terra. Portanto essa legislação perpetuou a concentração fundiária.

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Essa grande concentração fundiária deu origem, na década de 1960, no Nordeste, às Ligas Camponesas (associações de trabalhadores rurais sem-terras) que se espalharam por todo o país.

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Em 1964, o golpe militar instalou uma violenta ditadura no país, que passou a perseguir e reprimir os movimentos sociais.

Em 1964 foi lançado também o ESTATUTO DA TERRA (lei que previa a reforma agrária)

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Mas, o que se viu desde o surgimento do ESTATUTO DA TERRA, foi uma generosa e prolongada oferta de crédito barato exclusivamente para os grandes fazendeiros. Essa lei acabou garantindo a propriedade particular no campo.

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Nesse momento, o mundo vivia uma disputa entre capitalismo e socialismo. Isso gerava muita tensão, pois os grandes proprietários de terras temiam perdê-las caso ocorressem grandes mudanças políticas.

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Com o Estatuto da Terra, os grandes bancos tinham a garantia de que precisavam para

oferecer empréstimos aos grandes produtores rurais (fortalecendo a concentração fundiária e por extensão, a desigualdade social no Brasil). Os latifúndios se expandiram rapidamente porque os empréstimos com juros baixos foram dados a quem já dispunha de vastas terras.

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Essa política agrária excluiu os pequenos sitiantes, que não tinham muitas terras para oferecer como garantia de pagamento aos empréstimos.

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Impedidos de receber os financiamentos, muitos camponeses não tiveram alternativa ao não ser vender suas terras, já que não conseguiram competir com as grandes fazendas modernizadas.

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Formou-se então um círculo vicioso, já que o crédito farto facilitava a aquisição de terras: quanto mais terras possuísse o proprietário, mais crédito receberia e mais terras poderia comprar.

+ Terras

+ Crédito

+ Terras

+ Crédito

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As grandes fazendas compram mais Insumos (sementes/adubos) porque adquirem esses produtos no atacado, pagando preços menores.

Já as pequenas propriedades pagam caro por essas mercadorias, dificultando sua capacidade de competição.

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Momento em que a economia brasileira cresceu em um ritmo acelerado (taxa

média de 7% ao ano)

Nessas condições, o país se urbanizava e se industrializava em ritmo acelerado, necessitando cada vez mais de alimentos industrializados para abastecer a população e exportar o que o mercado externo também desejasse.

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A prioridade da produção agropecuária brasileira sempre foi o mercado externo.

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A prioridade da produção agropecuária brasileira sempre foi o mercado externo.

Todas as atividades ligadas à produção, distribuição, armazenamento e comercialização de todas as mercadorias usadas no campo. Sementes, adubos, grãos, animais, tratores, sistemas de irrigação, empresas de tecnologia agrícola, sistemas de energia fazem parte do agronegócio.

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É nítida a dependência da agropecuária em relação à indústria.

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Modelos de interação entre a agricultura e a pecuária, em um ambiente em que o ser humano atua como administrador e

consumidor.

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Se classificam segundo três critérios básicos:

-TÉCNICA EMPREGADA:

-DESTINO DA PRODUÇÃO:

-FORMA DE PROPRIEDADE DA TERRA:

Modelos de interação entre a agricultura e a pecuária, em um ambiente em que o ser humano atua como administrador e

consumidor.

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-TÉCNICA EMPREGADA: -Extensiva (grandes extensões de terras) -Intensiva(alta produtividade,capital e tecnologia

-DESTINO DA PRODUÇÃO: -Subsistência (familiar, consumo local, baixa produtividade) -Comercial(larga escala, gdes propriedades, baixos salários e alta produtividade)

-FORMA DE PROPRIEDADE DA TERRA: -Estatal -Coletiva -Privada

Se classificam segundo três critérios básicos:

Modelos de interação entre a agricultura e a pecuária, em um ambiente em que o ser humano atua como administrador e

consumidor.

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1-AGRICULTURA DE MERCADO OU MODERNA

TIPO: Produção destinada ao mercado INTERNO e EXTERNO

OBJETIVO: Agricultura que possui como principal objetivo o LUCRO

PRODUTIVIDADE: Alta Produtividade e alto Rendimento

TECNOLOGIA:Baseada na busca tecnológica (melhora da produtividade)

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2-AGRICULTURA SEM SOLO

TIPO: agricultura científica em que frutas, verduras e legumes são produzidos sem o uso de terra. Em seu lugar utiliza-se água pura, mas podem ser usados também substratos como fibra de coco, lã de rocha e algodão. OBJETIVO: grande controle do crescimento da planta – quantidade de

fertilizantes, umidade, temperatura, etc...

USO: pouca mão-de-obra, porém técnicos especializados

PRODUTIVIDADE:pequena

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3-AGRICULTURA DE PLANTATION

TIPO: Grandes propriedades monocultoras

OBJETIVO: Produção de alimentos e matéria-prima para grandes propriedades monocultoras

USO: grande quantidade de mão-de-obra (de baixa remuneração)

TECNOLOGIA:técnicas modernas e científicas

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4-AGRICULTURA ESPECULATIVA

TIPO: Grandes propriedades monocultoras

OBJETIVO: Produção em larga escala para exportação

USO: grande quantidade de mão-de-obra (de baixa remuneração)

TECNOLOGIA:técnicas modernas e científicas

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AGRICULTURA NO BRASIL

-COMMODITIES (COMMODITY)

Significa mercadoria, produtos de origem primária (matéria-prima).

O que torna esses produtos importantes na economia é o fato de que embora sejam mercadorias primárias, possuem aceite de negociabilidade global.

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AGRICULTURA NO BRASIL

-COMMODITIES (COMMODITY)

Significa mercadoria, produtos de origem primária (matéria-prima).

O que torna esses produtos importantes na economia é o fato de que embora sejam mercadorias primárias, possuem aceite de negociabilidade global.

Ex de commodities:

FINANCEIRA Euro, Dólar, Rublos, Iene, Lira

AGRÍCOLA café, trigo, soja, algodão

MINERAL ouro, petróleo, alumínio, minério de ferro

AMBIENTAL crédito de carbono, água

O BRASIL É UM GRANDE PRODUTOR E EXPORTADOR DE COMMODITIES

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AGRICULTURA NO BRASIL

Nossos principais produtos agrícolas para exportação são: -Soja (MT)

-Cana-de-açúcar (SP)

-Café (MG)

-Laranja (SP)

Essas lavouras ocupam nossos mais férteis solos cultiváveis, são dotadas das mais modernas máquinas do setor e beneficiadas por avançados estudos no campo biotecnológico.

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Apresentação elaborada pela Professora FERNANDA BRUM LOPES - Geografia MODERNIZAÇÃO DO CAMPO DESRURALIZAÇÃO

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http://www.paraiba.com.br/2014/03/03/74822-cervejas-brasileiras-trocam-cevada-por-milho-transgenico-e-nao-avisam-consumidores

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TRANSGÊNICOS (OGM)

Um transgênico é um organismo que possui uma sequência de DNA, ou parte

do DNA de outro organismo, pode até ser de uma espécie diferente.

No que diz respeito a transgenia em plantas, Estados Unidos, Canadá, China e Cuba ocupam hoje uma posição de destaque entre os países que fazem este tipo de pesquisa

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Organismos geneticamente modificados (OGM) e alimentos OGM

Organismos geneticamente modificados (OGMs) podem ser definidos como organismos nos quais o material genético (DNA) foi alterado de uma maneira que não ocorreria naturalmente. Normalmente, esta tecnologia é denominada "biotecnologia moderna" ou "tecnologia genética", algumas vezes também pode ser denominada "tecnologia de recombinação de DNA" ou ainda "engenharia genética".

Esta tecnologia permite que genes individuais selecionados sejam transferidos de um organismo para outro, inclusive entre espécies não relacionadas. Estes métodos são usados para criar plantas OGM, que são então usadas para o cultivo de alimentos

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Por que são produzidos os alimentos GM? Os alimentos GM são desenvolvidos - e comercializados - porque há uma certa vantagem para o produtor ou para o consumidor destes alimentos. Isto deve ser entendido como um produto com preço reduzido, maior benefício (em termos de durabilidade ou valor nutritivo) ou ambos.

O objetivo inicial para o desenvolvimento de plantas baseadas em organismos GM era melhorar a proteção à lavoura. As culturas GM que se encontram atualmente no mercado são basicamente direcionadas para um maior nível de proteção através da introdução da resistência contra as doenças das plantas que são principalmente causadas por insetos ou vírus ou por um aumento da tolerância aos herbicidas.

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Como são determinados os potenciais riscos para a saúde humana? A avaliação de segurança dos alimentos GM geralmente analisa: 1-os efeitos diretos na saúde (toxidade), 2-a tendência de provocar reação alérgica (alergenicidade); 3-componentes específicos que se acredita terem propriedade nutritivas ou tóxicas; 4-a estabilidade do gene inserido; 5-efeitos nutritivos associados à modificação genética; e 6-quaisquer efeitos indesejáveis que poderiam resultar da inserção do gene.

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ALMANAQUE ABRIL, 2014 ARAÚJO, Ney B; WEDEKIN, Ivan; PINAZZA, Luiz Antônio. O Agribusiness Brasileiro (1989). BOLIGIAN, Levon; ALVES, Andressa. Geografia espaço e vivência: Os espaços urbano e rural mundiais e Organização do território brasileiro. 2v. São Paulo: Saraiva, 2010. TAMDIJIAN, James Onnig, MENDES, Ivan Lazzari. Estudos para compreensão do espaço. 1v. São Paulo: FTD, 2010. TAMDIJIAN, James Onnig, MENDES, Ivan Lazzari. Estudos para compreensão do espaço. 2v. São Paulo: FTD, 2010. TERRA, Lygia; ARAÚJO, Regina e GUIMARÃES, Raul Borges. Conexões:Estudos de Geografia Geral e do Brasil. 3v. 1 ed – São Paulo: Moderno, 2010. VESENTINI, José Willian. Geografia: o mundo em transformação. 3v. São Paulo: Ática,2011. SITES CONSULTADOS http://www.paraiba.com.br/2014/03/03/74822-cervejas-brasileiras-trocam-cevada-por-milho-transgenico-e-nao-avisam-consumidores http://politica3unifesp.files.wordpress.com/2013/01/ligas-camponesas1.jpg http://www.anpocs.org.br/portal/publicacoes/rbcs_00_21/rbcs21_07.htm http://www.historica.arquivoestado.sp.gov.br/materias/anteriores/edicao02/materia02/ http://epocanegocios.globo.com/Revista/Common/0,,EMI293963-16381,00-MATA+ATLANTICA+TEM+TAXA+DE+DESMATE+PROXIMO+DE+ZERO.html