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CURRÍCULO 2014FORMAÇÃO E EDUCAÇÃO COMPETÊNCIAS
2012 - 2013 Universidade Lusíada do Porto, FAAULP(média final - 12,51 valores)
2009 - 2012Escola Artística de Soares dos ReisDesign Produto - Especialização de equipamentoFormação Contexto de Trabalho - Larus DESIGN(média final - 17 valores)
Academia de Música de Vilar do ParaísoMúsica clássica - 8º grau piano(master class - Prof.Vitali Dotsenko)
2004 - 2009Colégio Internato dos Carvalhos
Academia de Música de Paços de BrandãoMúsica clássica - piano(master class - Prof. Constantin Sandu)
Experiência profissional:Colaboradora na empresa Toys ”R” Us(novembro 2013 até o momento atual)
Domínio dos Software: AutoCAD 2D e 3DAdobe PhotoshopAdobe InDesignSolidWorksSketchUp
Formações Modulares Certificadas:Técnicas e Estratégias de Marketing ,GalileuInglês - Marketing de Venda, Estrategor(outubro a novembro de 2013)Legislação Comercial e Administrativa, Sisep(dezembro de 2013)Gestão e Administração de Empresas, Sisep(janeiro de 2014)
Aptidões de Organização:Organizada, disciplinada e responsável.Aceitação positiva de desafios. Bom desempenho a nível de métodos de trabalho. Facilidade de cooperação e integração em grupos.
Aptidões Artísticas:Domínio sobre o desenho | execução de maquetes | design gráfico | ilustração | 3D renders | desenho técni-co | conhecimentos gerais de foto montagem e edição de imagem
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ÍNDICE008 // Introdução012 // O desenho à mão livre014 // Diário Gráfico018 // A linguagem dos lugares028 // Estudos a grafite042 // Filosofia da Resistência044 // Para o silêncio do “sono”046 // “Senhor Brencht, Labirinto”
049 // Design de Equipamento, EASR050 // Design Simbólico054 // Eco Design056 // Banco de Piano
058 // Arquitetura, FAAULP062 // I Projecto - Cidade078 // II Projecto - Praça096 // III Projecto - Residência
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IntroduçãoSine qua non da felicidade do Homem
Uma das grandes batalhas que temos a travar nos nossos dias é exatamente a da organização harmónica das dávidas que a natureza nos prodigalizou, batalha essa que constitui um “Sine qua non” da felici-dade do Homem, isto é, sem a qual esta não pode ser ou existir e é indispensável ao Homem mas, para isso, há que ultrapassar os limitados conceitos e as preconcebidas ideias que geralmente são o foco do problema.Anima-me a esperança que a reflexão feita ao longo do meu percurso neste portfólio me torne não só a mim, mas também a cada leitor, um pouco mais consciente da influência do design e da importância que uma criação artística ou não com formas harmoniosas pode representar na nossa vida, quer como indivíduo, quer como elemento da sociedade, considerando que harmonia é a palavra que traduz sensib-ilidade, é um jogo exato de consciência, é a integração hierarquizada e correta de fatores.
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“Violão do ruído insolente” - aquarela e marcador, A4Executada para a Unidade curricular de Desenho I, 2012, EASR
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Desenhos de estudo do corpo humano e movi-mento, executados para a unidade curricular Introdução ao Desenho. (Prof. Doutor Joaquin Soria)
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“O DESENHO À MÃO LIVRE”A natureza do ato de desenhar tem sido discutida ao longo de séculos, o que comprova o quão fundamental é o desenho para a evolução do Homem.O desenho oferece, na sua pureza, a atenção que o artista ou o designer necessita e mostra todo o movimento do seu pensamento no momento da criação. Existe assim, uma fusão entre: o olhar, a mão e a mente, fusão essa que resulta no chamado “desenho” e este nasce também da imag-inação, o único lugar onde se pode realmente conhecer o estado de espíri-to e as emoções.O desenho trata-se então de uma ferramenta fundamental para um design-er. O ato de desenhar liberta o pensamento e é único! Não existem duas mãos iguais e cada mão que desenha no vasto branco de uma página, tem uma possibilidade infinita de criação.Um dos pontos principais que o desenho nos pode ensinar é o facto de existir uma enorme diferença quando observamos algo apenas com o olhar ou quando observamos algo a desenhar: mesmo as coisas que pensamos conhecer melhor, tornam-se totalmente diferentes aos nossos olhos quan-do desenhadas. É a desenhar que realmente observamos.Como dizia Degas “O lápis deve ter no desenho a delicadeza que uma mosca tem ao vaguear num painel de vidro”. Nada explica melhor a deli-cadeza que o ato de desenhar implica. Implica também uma apreensão in-stintiva do espaço, uma experiência sensorial, ou seja, antes de pensar ou definir, é preciso sentir. O espaço não está fora de nós. Nós é que estamos dentro do espaço e o espaço é um lugar.É necessário assim um enorme senso de “espaço” e uma enorme capaci-dade de estabelecer uma ligação metafórica entre o que se vê e o que se vive, isto é em resumo, uma ideia de desenho “de mão livre”.
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DIÁRIO GRÁFICOO pensamento traduz-se no desenho e a emoção também está constantemente implicada neste. Um desenho simples e eficaz pode traduzir todas as nossas perguntas, respostas, sensações, relações físicas e emocionais, aquilo que se descobriu. O desenho não é apenas operativo, é tam-bém construtor e formador do ser ou elemento que concebe e que experiencia o mundo através dele.
Esculturatorre agbar,jean nouvel,
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corredor exterior,Parque GüellAntoni Gaudi
Catedral Sagrada FamíliaAntoni Gaudi
Fevereiro de 2014, Barcelona
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A linguagem dos lugaresQuando confrontada com o desenho da realidade que observo, exijo que este não seja apenas um acessório do momento mas sim uma compreensão das particularidades e circunstâncias que os meus olhos e a mente absorvem. Exijo que o desenho seja uma fidelidade ao lugar que descreve e não seja apenas uns traços enfatizados coloridos ou não. Sinto-me assim, quase indisposta quando me deparo com obras arquitetónicas ou objetos que foram moldados à forma espacial, pois estes falam ininterruptamente e parecem dizer sempre o mesmo, quando de repente já não sinto curiosidade.O Design deve ajudar o Homem a presenciar-se, em vez de o persuadir. E isto é tão evidente!Mais importante do que as razões conceptuais e teóricas que o design deve ou não conter, é necessário e essencial haver alma em si!
1º esquisso do lagarto em mosaico, Park Guell
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Aquarelas, A4 Aquarelas executadas para a unidade curricular Desenho de Observação.(Prof. Doutor Joaquin Soria)
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Aquarela, A3
Pastel seco, A1
Marcador, A4 Trabalhos executadas para a unidade curricular Desenho I, 2012, EASR(Prof. Isabel Padrão)
25Aquarelas, A4
Aquarelas executadas para a unidade curricular Desenho de Observação.(Prof. Doutor Joaquin Soria)
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Tinta da china, A2
Trabalhos executadas para a unidade curricular Desenho I, 2012, EASR(Prof. Isabel Padrão)
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ESTUDOS A GRAFITE
Tamanho A3Trabalho executado para a unidade curricular Desenho I, 2010, EASR(Prof. José Gabriel)
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Trabalho executado para a unidade curricular Desenho de observação, 2013, FAAULP(Prof. Doutor Joaquin Soria)
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Trabalho executado para a unidade curricular Desenho I, 2010, EASR(Prof. José Gabriel)
Trabalho executado para a unidade curricular Desenho de observação, 2013, FAAULP(Prof. Doutor Joaquin Soria)
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Exemplos de retratos realizadosa grafitte, tamanho A3, com o intuito de melhorar a técnica2012 a 2014
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“O progresso implica simplificar, não complicar”Munari, Bruno, Das coisas nascem coisas, Lisboa: Edições 70, 1981.
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“O progresso implica simplificar, não complicar”Munari, Bruno, Das coisas nascem coisas, Lisboa: Edições 70, 1981.
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“Design não é apenas o que se vê ou o que e se sente. O design é como ele funciona.”Entrevista a Steve Jobs, CEO da Apple, 1995
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Desenho realizado para a unidade curricular Projeto e Tecnologias,2010, EASR(Prof. Luís Manuel dos Reis Zoio)
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Projetar significa para mim com-preender e ordenar, mas a grande base para tudo isso, está na emoção e na inspiração. Acredi-to que quando refletimos sobre design, refletimos apenas sobre uma pequena porção desta grande infinidade que rodeia a reali-dade que conhecemos. Existe as-sim, uma forte confrontação com as questões do tempo e do lugar, mas tudo isto traduz o espírito do designer/inventor que tenta recolher nas suas criações cor-rigir o que incomoda e reinven-tar o que sente falta.
Desenhos realizados para a unidade curricular Projeto e Tecnologias,2010, EASR(Prof. Luís Manuel dos Reis Zoio)
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Filosofia da ResistênciaVivemos numa época na qual ainda se celebra o insignificante. O Design pode opor resistência, negar esse desgaste das formas e significados e definir-se pela sua própria língua. Não se trata da necessidade de criar um estilo próprio pois tudo é construído com um certo objetivo, em certas circunstâncias.
Mas agora, em que apostar?
Estamos rodeados de criação estagnada, em que a beleza e os seus conceitos são arbitrários. Ainda não sei definir o caminho mas talvez isso tam-bém não seja mau de todo, porque nem sempre é bom definir. Estarei assim afinal de contas a definir um caminho de resistência? É bom poder descobrir o sentido das coisas por nós mesmos, como se estas fossem inteiramente novas e autênticas. Mas, com tudo isto, concluo que já não deve ser importante provocar emoções mas mantermo-nos fiéis à natureza das obras a criar e confiar que estas desenvolvem a sua própria força.
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Desenhos realizados para a unidade curricular Arquitetura I, 2013, FAAULP(Arq. Luís Santiago)(Prof. Doutor Peixoto Alves)
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Para o silêncio do “sono”
Às vezes penso que o design deveria ter um ponto de arranque tão importante como o da música ou da arte contemporânea. Mas, a re-alidade é limitadora para a criação da obra. A compreensão da mensagem que a obra trans-mite apaga a curiosidade desta. Se a com-posição de uma obra se basear em desarmonia e fragmentação, em ritmos quebrados, o que resta no fim é a questão quanto à utilidade da criação do objeto na vida diária.O design tem uma ligação física e concreta muito especial na nossa vida prática. Tem o seu lugar de existência.Não pretendo ver isto como uma crítica, avi-so ou mensagem específica. É uma tentativa para retratar um cenário de vida. Vejo o design como uma espécie de máquina sensível ou até mesmo como uma identidade capaz de ditar o ritmo do nosso olhar, o ritmo dos nossos movimentos, a nossa concentração, o silêncio para o nosso sono.
Desenho realizado para a unidade curricular Arquitetura I, 2013, FAAULP(Arq. Luís Santiago)(Prof. Doutor Peixoto Alves)
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Desenhos realizados para a unidade curricular Projeto e Tecnologias,2010, EASR(Prof. Luís Manuel dos Reis Zoio)
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O trabalho de um designer é muito semel-hante ao trabalho de um escritor. Ambos tentam transformar uma coisa que existe ou existiu na cabeça e passá-la para algo em concreto, material. Existe um percurso mental antes de existir qualquer coisa material, numa luta enfatizada entre o essencial e o insignificante.Muitas vezes, há uma confusão entre o es-sencial e o insignificante, muitas vezes, o insignificante ocupa um lugar excessivo e o essencial um lugar secundário. Como a história “O Labirinto” do Senhor Brencht.De facto, a simplicidade é algo extrema-mente difícil. O design deve ajudar a se-lecionar o essencial. O design pode aju-dar a aumentar a lucidez das pessoas, projetar uma filosofia, numa arte de faz-er pensar.
Desenho realizado para a unidade curricular Arquitetura I, 2013, FAAULP(Arq. Luís Santiago)(Prof. Doutor Peixoto Alves)
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DESIGN SIMBÓLICOlâmpada de rua para cidade do Porto Tomando como área de intervenção, o centro histórico da cidade do Porto, desenvolvi um artefato depois de uma estratégia para o desenvolvimento do design simbólico. O artefato inclui a concepção do espaço público, abordando não só a sua funcionalidade como também os seus valores e significados culturais.
Desenhos realizados para a unidade curricular Projeto e Tecnologias,2009, EASR(Prof. Luís Manuel dos Reis Zoio)
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3D Renders (SolidWorks) para a unidade curricular Projeto e Tecnologias,2009, EASR(Prof. Luís Manuel dos Reis Zoio)
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Voo das gaivotas, inspiração de todo o percurso para a elaboração do candeeiro urbano.
Imagem fotográfica da maquete realizada em ferro e MDP
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ECO DESIGNEste projeto nasce do reaproveitamento de materiais já utilizados, de modo a reaproveitá-los. O principal objetivo foi então desenvolver um produto que contribuísse para a sustentabilidade, através do seu im-pacto ambiental, a par de requisitos como funcionalidade, qualidade, custo e estética.
Desenhos realizados para a unidade curricular Projeto e Tecnologias,2009, EASR(Prof. José António Guimarães)
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Imagem fotográfica da maquete do candeeiro realizada a partir do reaproveitamento de uma caixa arquivadora em estado degradado, base de suporte em cartão reciclado prensado.
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Imagens fotográficas da maquete realizada em policarbonato e vara de ferro, para a unidade curricular Projeto e Tecnologias,2010, EASR(Prof. Luís Manuel dos Reis Zoio)
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“O espaço não é o negativo das formas, volumes e ele próprio matéria (...) o espaço que separa - e liga - as formas é também forma (...) como molde que só tem sentido em função de observadores fixos ou em movimento.”
TÁVORA, Fernando - Da organização do espaço. Ed.Curso de Arquitectura da E. S. B. A. P., Porto, 1982
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I PROJETO: A CIDADE estrutura urbana e morfologia arquitetónica
Professores da unidade curricular:Arq. Luís SantiagoProf. Doutor Peixoto Alves
Dezembro de 2012
Esquissos iniciais do projeto “A Cidade” para a unidade curricular Arquitetura I
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elementos estruturadores:O projeto “A Cidade” é composto por alguns elementos estruturadores que limitam e de alguma forma dão um caráter mais realista e desafiador a esta proposta, que inicialmente aparentou ser demasiado abstrata. Esses elementos estruturadores tratam-se da criação de um conceito padrão traduzido numa malha regular ou irregular que dita a ordem e a orientação da cidade; a praça central; a divisão de zonas privadas e públicas com zonas verdes; o eixo principal e os eixos secundários; a criação de percursos lentos e percursos rápidos, que delimitam os quarteirões, regulando e facilitando assim a circulação, enquanto todos os espaços organizados e ocupados ou não possam ser valorizados.
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“O ato crítico será composto de uma recomposição dos fragmentos, uma vez que são historizados: na sua “remontagem “. Manfredo Tafuri, A esfera e o Labirinto
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Maquete de estudo II
Maquete de estudo IMaquete de estudo IIEstudos de perspetiva
Imagens fotográficas das maquetes realizadas em esferovite.
69Maquete de estudo IIEstudos de perspetiva
Maquete de estudo IIEstudos de perspetiva
Maquete de estudo III
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EIX
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PRAÇARIO
EIXO SECUNDÁRIO
PROJECTO: A CIDADEESTRUTURA URBANAPLANTA DE COBERTURACÁTIA CARVALHOUNIVERSIDADE LUSÍADA PORTO, FAAULP, 2013
1º ANO ARQUITETURAESCALA 1:1000
LEGENDA:
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CRIADO POR UM PRODUTO EDUCACIONAL DA AUTODESK
CRIADO POR UM PRODUTO EDUCACIONAL DA AUTODESK
CRIADO POR UM PRODUTO EDUCACIONAL DA AUTODESK
Planta de cobertura e cortes do projeto final “A Cidade”
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“ A forma arquitetónica é o ponto de contacto entre massa e espaço (...) Formas arquitetónicas, texturas, materiais, modulação da luz e sombra, cor, tudo se combina para injetar uma qualidade ou espírito que articula o espaço. A qualidade da arquitetura será determinada pela habilidade do projetista em utilizar e relacionar esses elementos, tanto nos espaços internos quanto nos espaços externos ao redor dos edifícios.” Edmund Bacon, The Design of the Cities 1974
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II PROJETO: A PRAÇAA ORGANIZAÇÃO, CONSTITUIÇÃO E COMPOSIÇÃO DO ESPAÇO.
Professores da unidade curricular:Arq. Luís SantiagoProf. Doutor Peixoto Alves
Abril de 2013
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elementos estruturadores:O projeto “A Praça” engloba em si uma forte procura pela noção da estrutura urbana e da forma como esta funciona, se orga-niza e se compõe. Procura também um resultado harmonioso na continuidade e descontinuidade dos espaços, nos percursos rápidos e lentos, na altura dos edifícios que pode condicionar a importância da praça ou indicar a presença desta. A praça não se trata de um espaço vazio. É um espaço urbano que propociona a convivência e mesmo sendo subjetivo, é procriador de relações culturais. Para a realização desta proposta serviram como base os seguintes elementos: a condição da existência de um desnível mínimo de 1m; a existência de um elemento arbóreo, de um espelho de água, de um elemento escultórico e de um banco contínuo. Todos estes elementos devem ajudar a definir os percursos, valorizar todas as zonas do espaço e também a forma como este funciona.
Esquissos iniciais do projeto “A Cidade” para a unidade curricular Arquitetura I
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A LIGAÇÃO DA PRAÇA AO RIO EA CONDIÇÃO DO DESNIVELAMENTO
Neste ponto do exercício foi necessário pesquisar e decidir como resolver a condição do desnível. Inicial-mente a ideia da rampa ao longo da praça seria o ideal, mas achei mais interessante explorar a ideia de criar uma “história” de paisagens, com perspetivas e níveis de cota diferentes, tornar uns espaços mais públicos e outros mais privados, uns mais expostos ao ruído da cidade, outros mais isolados... Em resu-mo, procurei criar o benefício que a mudança de níveis de cota poderia dar à qualidade das linhas de visão como também às condições acústicas.Foi desta forma que surgiu a ideia de criar um pátio mais aprofundado, mais resguardado do vento e ruí-do da massa que o circunda. Criar um pátio externo protegido, onde permanecesse uma fonte de ar, luz e uma rampa de acesso que permitiria uma leitura da praça em níveis diferentes, na qual, ao descer, a visão pudesse ser surpreendida com a borda do rio desvanecido numa escadaria do pátio.
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A mudança natural de nível beneficia tanto as linhas de visão como a qualidade acústi-ca desses espaços.O pátio aprofundado torna-se assim num espaço exterior “pro-tegido”, numa zona reservada do vento e do ruído da massa que o circunda.Permance uma fonte de ar, luz e o contacto desvanecido na escadaria para o rio.
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ELEMENTO ESCULTÓRICO
A introdução da escultura na praça foi crucial para compreender e questionar o papel da dimensão estética na arquitetura. Este passo do exercício, foi uma constante busca para a conciliação da estética plástica com a estética arquitetónica. Era necessário encontrar algo que traduzisse a essên-cia do lugar, o seu “genius loci”. Na grande lista de escultures ideais para este projeto, entre os quais, Tony Smith, Isamu Naguchi, Richard Serra e John McCrackens, a escultura que de facto se aproximou mais da ideia foi “Night” de Tony Smith, uma vez que os valores da escultura se refletiam e fundiam nos edifícios e restantes elementos da praça. Trata-se de uma obra profundamente minimalista e mesmo deixando que esta “domine” o território, provoca um equilíbrio com-positivo, que resulta numa enorme enfatização compositiva.
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“O projeto é para o arquiteto o que é a personagem dum romance para o seu autor. Ultrapassa-o constantemente. No entanto, é preciso não o perder de vista, o desenho persegue-o.”Arq. Álvaro Siza Vieira
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III PROJETO: RESIDÊNCIA UNIVERSITÁRIA
O HABITAR ESTUDANTIL ENQUANTO FENÓMENO CULTURAL, COMPOSITIVO, ESCALAR, URBANO, ARQUITETÓNICO E ARTÍSTICO.
Professores da Unidade Curricular:Arq. Luís SantiagoProf. Doutor Peixoto Alves
Junho de 2013
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elementos estruturadores:O projeto “Residência Universitária” foi de facto um desafio ímpar. Baseado num contexto real e concreto, nasceu a proposta da criação de uma residência destinada para quatro alunos universitários, frequentadores de cursos de Belas Artes e Arquite-tura. Neste exercício foi obrigatório a definição e distinção de duas zonas: a pública - destinada a exposições de trabalhos e projetos - e uma zona privada - reservada aos habitantes. O programa foi traçado tendo algumas condições-base para estas duas zonas distintas. A zona privada teria de ter pelo menos: dois quartos com apoio sanitário, sala de trabalho e zonas de circulação. A zona pública: uma ou mais salas de exposição, zonas de estar, zona de serviço, hall, jardim e zonas de circu-lação.Este projeto tem o intuito de assumir como um espaço habitacional transformado num estúdio flexível e adaptável cuja uti-lização possa responder ao final do ciclo de vida estudantil e ao início de vida profissional e familiar. Assim, incidirá sobre a investigação, exploração e compreensão dos valores geradores e estruturadores do espaço doméstico na arquitetura privada, proporciona, ainda, a consolidação da experimentação dos temas anteriormente iniciados, relacionados com a composição, a organização e a hierarquização do espaço, através da investigação e manipulação dos diversos usos da arquitetura.
Esquissos iniciais do projeto “Residência Universitária” para a unidade curricular Arquitetura I
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O LOCALO terreno da proposta encontra-se localizado entre a Rua Costa Cabral e Rua da Cruz na Cidade do Porto. Trata-se de um terreno extremamente estreito, com 256 m2, ou seja, uma largura de 22m e um comprimento de 106m. O terreno apresenta também um desnível de cota de 1m.Nesta fase de levantamento do local, foi extremamente importante analisar as condicionantes pré-existentes e compreender o enquadramento terri-torial multi-dimensional da intervenção.
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Esquissos iniciais do projeto “Residência Universitária” para a unidade curricular Arquitetura I
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Esquissos iniciais do projeto “Residência Universitária” para a unidade curricular Arquitetura I
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Imagens fotográficas das maquetes realizadas em esferovite, cartão prensado e canelado.
Maquete I Maquete II
Maquete III Maquete IV
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Vistas e perspetivas do projeto final “Residência Universitária”
Vista da Rua Costa Cabral Interior do quarto c/ WC Interior do atelier e kitchenet
Vista da Ruela
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Interior do atelier e kitchenet Vista da Rua da Cruz Vista do Pátio do piso -1
Vista do Pátio do piso 0
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HALL103.8m
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CRIADO POR UM PRODUTO EDUCACIONAL DA AUTODESK
Vista da Rua da Cruz Vista da Rua de Costa Cabral
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Não importa o suor e o tamanho da dedicação que investimos quando os nossos sonhos são grandes, temos sempre algo possível de alcançar com os próprios meios. É necessário vontade, concentração e uma persistência incansável. Penso que estas são as capaci-dades que nos tornam realmente capazes de fazer qualquer coisa, até o que tomamos por improvável.É desta vontade que reconheço a minha necessidade de me candidatar à ESEIG, não só pelo seu grande mérito, mas também pela minha sede de progressão no meu percurso. Sei que não há realizações ocas, nem vitórias vazias e muitas vezes, há que fechar os ol-hos ao tempo para conseguir cumprir todos os nossos objetivos, porque o tempo é uma abstração. Depois do meu curto percurso, aprendi que a inspiração só sobrevive com a transpiração, mas isto aproxima-nos dos sonhos. Aprendi a falar pelos esboços e a ser livre nesse aspeto.