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ARTIGO CIENTÍFICO
ESCRITO PELO BOMBEIRO-MILTIAR COMBATENTE JOSÉ ORLANDO DAMASCENO VIDAL
REDEMOCRATIZAÇÃO DO CBMDF/1985/1989
CLUBE DOS SUBTENENTES E SARGENTOS – FATOR DE INTEGRAÇÃOSOCIAL – A SUA CRIAÇÃO DEU INÍCIO A REDEMOCRATIZAÇÃO NO SEIO
MILITAR DO CBMDF – CSS/CBMDF/1989
1985 A 1989
A CRIAÇÃO DO CSS/CBMDF TROUXE GRANDE AVANÇO PARA OUTRASASSOCIAÇÕES QUE HOJE EXISTEM NO CBMDF
BOMBEIRO DURÃO
Artigo Científico
I N T R O D U Ç Ã O
Tempos de Chumbo
VIDA MILITAR NO CBMDF
Este período foi à época em que a Sociedade Brasileira sofrida e
amargurada pelo sistema da época, vivia uma hiperinflação no percentual de 112%
ao ano.
De grande tamanho era o mercado brasileiro, porém, inflacionado, e
o povo viviam com seus míseros salários, tentando ultrapassar o mês, totalmente
estraçalhados por esta inflação. Era necessário que os militares corressem atrás do
falado “Bico” para complementar o orçamento familiar que não era permitido pelo
sistema da época.
Artigo Científico
Esta inflação chegou atingir o patamar de 112% (cento e doze por
cento) ao ano, mais para provocar a saída dos militares do Governo. Esta estratégia
foi idealizada pelo então Ministro da Fazenda da DELFIM NETO, com vista de tornar
o Governo impopular diante de toda a sociedade brasileira, sem dar perceber as
autoridades militares.
Em 1985, ainda eram os tempos de CHUMBO, pois a ditadura
encerrou-se neste ano, mas o ranço militarizado desde 1964, só deu por findo
nas eleições diretas de 1990 para Presidência da República.
O povo não tinha poder de expressão, aqueles que tentavam
expressar seus pensamentos eram tolhidos dos seus direitos, tendo em vista a
aplicação dos Atos Institucionais vigente à época, determinada pela estrutura
forte da Ditadura Militar implantada desde 1964.
Com encerramento da ditadura em 1985, surge em 1988 a Grande
e Competente CONSTITUINTE, que em Assembleia Geral reuniram-se para a
realização da Nova Carta Magna. As representações parlamentares dos
Estados Brasileiros em 1988 tiveram presentes no Congresso Nacional, para
assim formular a Nova Constituição Brasileira que passou a vigorar em 05 de
outubro de 1988, trazendo no seu berço os Direitos e Deveres Individuais e
Coletivos, informando que todos são iguais perante a lei, sem distinção de
qualquer natureza. Garantindo aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no
País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e
à propriedade nos termos da lei. Além do mais, fundamentaram e garantiram
que ninguém será submetido mais a tortura, nem a tratamento desumano ou
degradante, assegurando ao brasileiro o direito à resposta, proporcional ao
agravo, além da indenização por danos materiais, morais ou a imagem.
Artigo Científico
CAPÍTULO I
Da Hierarquia, da Disciplina e da Cultura do Bombeiro Militar
I - A hierarquia militar é a ordenação da autoridade, em níveis
diferentes, sobre postos e graduações. Nela as autoridades se respaldam para que
o desenvolvimento administrativo tenha sua significação e seus valores sejam
sempre inerentes às funções onde cada militar responde.
Esta ordenação no que tange aos Postos e Graduações se faz
conforme o que preceitua os Estados das Corporações Militares.
NO ESTADO DEMOCRÁTICO DE DIREITO
HOJE BEM DIFERENTE DOS TEMPOS DE CHUMBO FUNCIONA ASSIM O
ATUAL RDE:
Quando a ordem contrariar preceito regulamentar ou legal, o executante
desta ordem poderá solicitar sua confirmação por escrito, cumprindo à autoridade
que a emitiu atender à solicitação. É o que prevê o Regulamento Disciplinar do
Exército hoje no Estado Democrático de Direito em vigor nas Corporações
PMDF/CBMDF.
Hoje, bem diferente dos anos de CHUMBO que tinham o dever de
somente cumprir, sem direito de se manifestar, sem direito a Contraditório e a
Defesa Prévia que hoje está em vigor em todas as Instituições Militares do País.
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A vida militar no período da Ditadura, começando dos Oficiais Generais,
a transmissão da disciplina era mais rigorosa que pudesse imaginar, porém, os
militares viviam eternamente disciplinados até porque nos Cursos de Formação a
disciplina e a hierarquia eram transmitidas com muito valor para os alunos como os
dois pilares de sustentação das Instituições Militares. A ordem vinha para ser
cumprida e não questionada, bem diferente dos tempos atuais, pois a Constituição
da República de 1988 trouxe novas metas e entendimento jurídico sobre o assunto.
O Supremo Tribunal Federal, após a promulgação da Nova Carta de
1988, começou a emitir novo entendimento sobre a vida Constitucional dos Militares
dentro da Corporação, abrindo espaço para o Contraditório e Ampla Defesa dos
militares, trazendo novo espaço na conjuntura do Ordenamento Jurídico das
Corporações Militares, com vista, de evitar as injustiças cometidas pelo excesso de
autoridade, esta situação está hoje rigorosamente sendo fiscalizada pelo Ministério
Público Militar.
Há quem diga que o militar tomou novo horizonte, e há conversas no seio
da tropa de hoje, que não fazem mais Generais e Oficiais como antigamente. Não se
trata disso, Oficial continua sendo Oficial e as Praças continuam sendo as
mesmas praças, cada um no seu Quadrado, dentro do seu espaço social
dentro das Corporações, a disciplina continua a mesma, só criou o
CONTRADITÓRIO E AMPLA DEFESA, ASSIM COMO A DEFESA PRÉVIA.
Hoje, para Ingressar como Soldado na Corporação BM é exigido no
Edital o Curso Superior, desde o ano de 2000, com essa emblemática positiva a
qualidade dos atuais militares trouxe para a Corporação uma nova visão humana
que ligado ao Lema de Vidas Alheias e Riqueza Salvar o convívio entre Oficiais e
Praças mudou muito, diga-se de passagem, para melhor. Oficiais e Praças
convivem hoje em um clima de harmonia bem diferente do período de CHUMBO.
Artigo Científico
Antigamente prendia-se um militar por telefone, rápido e ligeiro, sem
Direito ao Contraditório. Hoje, a sistemática está bem diferente, assim, um
PROCEDIMENTO INVESTIGTÓRIO DISCIPLINAR, quando aberto dura mais ou
menos uns quarenta dias para sua publicação, haja vista, os novos procedimentos
determinado pelo Ministério Público Militar.
II – Quanto a Cultura, na época da Ditadura já havia Oficiais Cultos e
Praças também Cultas, eram poucos, só o regime rigoroso da disciplina é que
mudava o contexto da vida militar em relação à vida dos militares de hoje.
O Procedimento para incorporação hoje mudou muito. As exigências para
ingresso nas Instituições “Forças Auxiliares”, mudou bastante em relação à Ditadura.
Mas cada época é a sua época.
Como já dito, para ingressar no Curso de Formação de Soldado hoje, é
exigido o Curso Superior. Com este procedimento, as Corporações com certeza
alcançaram um número maior de militares com outras visões intelectuais e
procedimento disciplinar bem diferente.
A Corporação deu aí um grande passo para o desenvolvimento
social/cultural e profissional do bombeiro-militar.
Com essa formação intelectual do bombeiro-militar de hoje, assim como, o
avanço da tecnologia da informática e outras ciências de curso superior, os militares
que hoje ingressam tem outro comportamento bem diferenciado dos militares do
período de CHUMBO, a Corporação BM, ganhou muito com essas novas mudanças
na área cultural/social/intelectual e profissional, no seio dos três segmentos do
CBMDF. Até a nova estrutura Organizacional do Corpo de Bombeiros Militar do
Distrito Federal, trouxe um desenvolvimento surpreendente na sua estrutura, onde
foram criados novos Departamentos.
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RECONHECIMENTO DOS MILITRES DO PASSADO
Pelo princípio que rege e norteiam os Atos das Autoridades do passado,
digo: Desde 1968 a 1998, com advento do Corpo de Bombeiros do Distrito Federal,
vindo do Rio de Janeiro para Brasília-DF, não podemos esquecer que foram esses
militares deste período que implantaram esta Corporação neste solo juvenil. O
Corpo de Bombeiros hoje goza desse potencial OPERACIONAL E
ADMINISTRATIVO, haja vista, a DEDICAÇÃO, APREÇO E DETERMINAÇÃO, dos
Oficiais e Praças desse período que lutaram sem medir esforços para que a
Corporação atingisse hoje o patamar que se encontra. Oxalá, os que já se foram que
Deus o tenha no seu Grande Seio, pois a Corporação de hoje e toda sociedade de
Brasília-DF agradecem aos bravos que já se foram. (Post mortem).
O Corpo de Bombeiros de hoje, com um contingente bem maior do que os
anos de 1968 e 1970 têm em sua desenvoltura um sistema administrativo mais bem
ampliado, seja na área de informática, seja na área operacional ou mesmo na área
administrativa. Também conta com um sistema de saúde com tecnologia hospitalar
mais ampliada para encarar a demanda do novo milênio com a construção do novo
hospital, tudo na área do Setor Policial Sul.
As viaturas operacionais já têm novo sistema tecnológico, onde o Condutor
e Operador de Viatura, não basta ser somente Condutor como nos tempo antigo
onde a tecnologia era mecânica. O Condutor tem o dever de conhecer o novo
sistema operacional com nova tecnologia (Informatizada), pois dentro das viaturas
como Escada Mecânica e outras, existe computadores interno na cabine requer que
Condutores de viaturas de grande porte tenham conhecimentos básicos nas
operações de computação para uma excelente operação de socorro.
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Quero com isto, informar que a cultura e a Ciência epistemológica do
Bombeiro Militar, muito mudaram para que a Corporação chegasse ao ponto que se
encontra.
Para chegar aonde o Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal chegoucom essa desenvoltura operacional e administrativa, devemos: Sempre se lembrar dos Oficiais e Praças dos anos de 1960, 1970 até osmeados de 1990. Esses Oficiais e Praças derramaram sangue, suor e lágrimas,com seu trabalho, que desde 1968, dinamizando a Corporação com suas novasLeis, Normas, Portarias e outros ordenamento jurídico para que a Corporaçãoviesse alcançar o êxito e ser essa ÁRVORE PLENA QUE SE ENRAIZA NATERRA E NO CÉU. - ESSES BOMBEIROS MILITARES DE BRASILIA SÃODIGNOS DE SEREM UM DIA HONORIFICADOS PELOS ATUAIS BOMBEIROSMILITARES.
Muitos desses militares já se despediram do nosso meio e estão na
glória, mas muitos ainda estão vivos esbanjando muita saúde. Ultimamente alguns
foram condecorados com a Medalha “CINQUENTENÁRIO”, assim como o autor
deste artigo.
Esses homens implantaram o Corpo de Bombeiros Militar do Distrito
Federal e hoje, eles levam no seu peito a “Medalha de Implantação” concedida a
todos os militares que incorporaram até 1975, conforme Decreto de Implantação de
1975.
Esses militares baluartes merecedores dessa importante comenda
criaram vários Ordenamento Jurídico para firmar o CBMDF dentro da Capital
Federal, como uma Corporação solidificada no contexto da sociedade. Cada um na
sua área administrativa. Aqueles que não trabalhavam na área administrativa, deram
sua fração de suma importância na área operacional, demonstrando para população
o quanto o Corpo de Bombeiros é de suma importância para a sociedade, tanto no
Combate a Incêndio, no Resgate Aéreo e Aquático, assim como no Salvamento de
toda a natureza e principalmente na área de Defesa Civil. Esses militares são
merecedores e jamais deverão ser esquecido pela Corporação.
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CAPITULO II
A Vida do Militar na Ditadura
A vida do Bombeiro Militar na Ditadura tinha uma diferença muito grande
entre Oficial e Praça.
Quanto ao Oficial
Era tido como elemento pensante, idealizadores e administradores. Suas
funções eram especificadas de acordo com o grau de hierarquia de tenente a
coronel.
De Oficial para Oficial as coisas mudavam muito, uns eram Persona gratas
de tal maneira que se contemplava num bom relacionamento com as praças, mas
isto variava de praça para praça, porque havia também muitas praças rebeldes.
A Ditadura por um lado foi muito ruim em relação à convivência de hoje no
Estado Democrático de Direito, naquele período a disciplina era muito rigorosa. O
relacionamento entre Praça e Oficial era muito difícil. Em alguma circunstância havia
praças que eram muito bem relacionados entre o meio oficial, mas eram poucos.
Os Oficiais tinham incumbência de grande responsabilidade haja vista a
função que exercia, além das atividades operacionais, sobre seus ombros pairava a
incumbência na área administrativa para desenvolver os projetos com vista de
colocar o Corpo de Bombeiros na sociedade como uma Corporação digna de
realizar suas atividades em defesa da sociedade.
Quanto as Praças
SUBTENENTES E SARGENTOS – Esses eram tidos como o Elo de
Comunicação do Comando à Tropa. Todos na Corporação sempre tiveram sua
importância no contexto. Os Subtenentes e Sargentos, tanto eram
operacionais como administrativo. Alguns ficavam somente na Área
Operacional, outros além da área operacional ficam desempenhando funções
na parte administrativa.
Artigo Científico
A parte Administrativa do Corpo de Bombeiros sempre foi de grande
monta onde sempre trabalharam o número enorme de sargentos, cabos e soldados
em todos os órgãos da corporação.
A maioria dos Sargentos e Subtenentes eram homens que vieram do
seio de Cabos e Soldados, já gozavam de uma experiência Operacional e
Administrativa de grande vulto. Os Oficiais mais novos necessitavam de um bom
relacionamento com esses militares, até porque a Missão Fim de Bombeiro Militar
requer um cuidado especial, por ser uma profissão muito perigosa, além de lidar
com produtos químicos, a missão fim é muito perigosa para todos os militares. O
reconhecimento dessa periculosidade só veio ser reconhecida no Estado
Democrático de Direito, 30 anos depois da ditadura foi que os Bombeiros Militares
começaram a reivindicar seus direitos que posterior mente foi reconhecida na
Câmara Legislativa e no Governo do DF, o seu valor na vida profissional e graças ao
Governador Arruda foi concedida a gratificação de risco de vida tanto para ativo
como inativo. Mas tudo isso depois que muitos militares tombaram no transcurso
operacional de quase trinta anos.
PORQUE O SARGENTO É O ELO DE COMUNICAÇÃO DO COMANDO À TROPA
São os Sargentos e os Subtenentes que fazem com que os demais
militares cumpram as ordens emanadas das autoridades, sejam na par-
parte operacional como na parte administrativa, são ensinados através dos Cursos
de Formação, Aperfeiçoamento e Especialização, que este ELO é uma ALIANÇA
para o perfeito cumprimento da MISSÃO, isto é: do DEVER.
A imagem do Sargento dentro dessa Comunicação é muito importante,
principalmente quando o Sargento tem sua dedicação voltada para o respeito ao
Princípio Constitucional da Dignidade da Pessoa Humana. Tudo que ele realizada
em termo de ensino é para colocar o militar em uma posição digna de respeito nas
funções operacionais e administrativas.
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O Excelente Sargento é aquele que antes de ensinar ele é exemplo de
vida profissional e pessoal. Procurando sempre ter uma vida ilibada diante de seus
pares subordinados e superiores. Sargentos com essas qualidades, geralmente são
transferidos para as Instituições de Ensino da Corporação para contribuir na
formação dos novos militares.
JOSÉ ORLANDO DAMASCENO VIDAL – MAJOR RRmPÓS-GRADUADO EM DIREITO PÚBLICO
PENAL, CIVEL, TRIBUNAL E CONSTITUCIONAL.