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Escrito em:29/11/2009 QUE ESTÁS A FAZER, BEBÊ? _______________________________________ A FRASE DO DIA: (cortesia de Moacir Jardim)

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Escrito em:29/11/2009

QUE ESTÁS A FAZER, BEBÊ?

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A FRASE DO DIA:

(cortesia de Moacir Jardim)

"Só há uma coisa pior que estar na boca do povo; é ser simplesmente ignorado."

by OSCAR WILDE, que aparece vestido de Salomé - e arrasando - na foto acima.

É isso aí, quereeeeeeeda!

(postado no dia 03/12 às 06h22m)

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GANHEI O NOBEL DE DATILOGRAFIA!

ANTES DE RESPONDER A ALGUMAS PERGUNTAS QUE ME FORAM DIRIGIDAS HOJE, UMA DELAS RELACIONADA COM A METAPATAFÍSICA, OU SEJA, O MEDO DA MORTE, EU, AGUINALDO SILVA CHAVEZ, TENHO UMA DECLARAÇÃO A FAZER: ADORO QUE ME ODEIEM. MAS QUE ME ODEIEM COM CLASSE. QUANDO ALGUÉM ENTRA AQUI PRA DIZER QUE EU NUNCA ESCREVI NADA, ENTÃO NÃO PASSA DE UM MUQUIRANA INDIGNO DE FREQUENTAR O PEDAÇO. NÃO POR QUERER ME OFENDER, MAS POR USAR, PRA TENTAR FAZER ISSO, ARGUMENTOS TÃO IDIOTAS. É CLARO QUE EU JÁ ESCREVI ALGUMA COISA SIM. EM TERMOS DE NOVELA, FIZ A CONTA OUTRO DIA, EU JÁ ESCREVI UM TOTAL DE 32400 (SIM, TRINTA E DUAS MIL E QUATROCENTAS) PÁGINAS. E ISSO JÁ É MATERIAL SUFICIENTE PARA ME DAR UM PRÊMIO NOBEL, NEM QUE SEJA DE DIGITALIZAÇÃO. PORTANTO, É ISSO: QUEREM ME INSULTAR? PODEM FAZÊ-LO SIM, MAS COM INTELIGÊNCIA E CLASSE, OU ENTÃO EU BAIXO O NÍVEL MAIS AINDA E MANDO TOMAR NO TOBA. AH SIM, E QUANTO ÀS PERGUNTAS? RESPONDO MAIS TARDE. (postado no dia 02/12 às 09h24m)

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ANÕES VIRAM ARROZ DE FESTA!

Ao anunciar em sua coluna n´o Globo a presença de dez “anões dançarinos” numa festa no Rio de Janeiro, Joaquim Ferreira dos Santos, o colunista, cita a opinião de alguns promoters: “neste momento a presença de anões é o que

há de mais quente nos eventos”. Atenção, Jackeline Barroso e Eduardo Pires: é isso mesmo? Se for eu quero a presença de dez anões, de preferência dançarinos, na aula inaugural da nossa próxima master class. E se gostar de algum, não tenho a menor dúvida: levo pra minha casa e planto no meu jardim.

(postado no dia 02.12 às 08h58m)

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A FRASE DO DIA...

É de Susana Vieira:

“Acredito que eu e Aguinaldo Silva temos temperamentos bem parecidos. No nosso caso, ou as pessoas nos amam ou nos odeiam”. O CONSELHO DO DIA...

Vai para o Jefferson, do site “O Planeta TV”:

Peraí quereeeeeedo, deixa de ser apressado, não escolhe ainda os melhores do ano antes de ver “Cinquentinha”!!!!!!!!

E POR FALAR EM “CINQUENTINHA”...

O lançamento foi um sucesso, principalmente culinário, pois alguns jornalistas fifis caíram de boca no panelão de picadinho... E rasparam o tacho! É, no meu tempo de jornalismo os salários eram bem melhores... Ai vão mais fotos da festa (acima). Numa delas aparece o elenco inteiro. Na outra, no detalhe, Laura Proença, Ângela Vieira, Felipe Baitelli... E, toda lindona, nos trinques mesmo, minha parceira e amiga Maria Elisa Berredo: isso mesmo quereeeeeda, vamos pras cabeças de novo! Afinal de contas somos pagos pra isso, né não? Beijo!

(postado no dia 01.12, às 08h06)

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AI, QUE A INVEJA ESTÁ ME MATANDO!

Sim, estou morrendo de inveja. Vejam as fotos acima: são da festa de lançamento de "Cinquentinha", que está acontecendo neste

momento no Copacabana Palace com direito a picadinho e tudo... E eu aqui, comendo macarrão com mortadela e vendo "Brothers and Sisters"! Que pobreza, meu Deus! Mas fazer o quê? Tinha que assinar a escritura da minha nova casa aqui em Lisboa. E como, apesar de ser sexy, gostosão e lindo, ainda não tenho o dom da ubiquidade, quer dizer, não posso estar em dois lugares ao mesmo tempo... Divirtam-se por mim, quereeeedos!

(postado no dia 30.11 às 20h30m)

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Olha elas três aqui, gente!

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Ai, que essa vida de celebridade me irrita: até no elevador do Musée des Arts Decoratifs, em Paris, os paparazzi me perseguem?!!!!

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“Que andas a fazer por cá?”

É o que me perguntam aqui em Lisboa amigos portugueses. E eu respondo – a eles e a vocês – abaixo.

Acompanho, ainda que de longe, o lançamento oficial de “Cinquentinha”; será nesta segunda-feira, dia 30, no Copacabana Palace, numa festa em que haverá atores, atrizes, jornalistas e salgadinhos... O que sempre dá uma excelente mistura.

Nutro, igualmente de longe, great expectations, grandes esperanças em relação à minissérie, cuja linguagem - eu acho - vai ser uma ótima novidade, pelo menos para a minoria de telespectadores (ainda) pensantes.

Trabalho no roteiro de “Roque Santeiro – o filme”, que prometi entregar no dia 20 de dezembro aos produtores, embora – é Natal, bimbalham os sinos! – já esteja inclinado a espichar um pouco mais este prazo.

Vejo “Brothers and Sisters”, que aqui se chama muito apropriadamente “Irmãos e Irmãs”, a terceira temporada, tão boa quanto às anteriores, e mais que estas um novelão desenfreado a descer, sem vergonha ou pânico, a acidentada ladeira do melodrama. Uma lição pra quem quer fazer seriado no Brasil, mas acha que os episódios não devem ter ganchos: será que eles não perceberam que os ganchos despudorados de “Donas de Casa Desesperadas” são uma das razões do seu sucesso?...

Leio um livro que me entusiasmou como poucos nos últimos anos: “A fantástica vida breve de Oscar Wao”, de Junot Diaz, Prêmio Pulitzer de ficção nos Estados Unidos

em 2008. Junot Diaz é o primeiro chicano – descendente de latinos – a ganhar o prêmio. Nasceu na República Domicana, mas foi criado (e educado) nos Estados Unidos. Seu livro é sobre os anos trágicos da ditadura de Trujillo em seu país de origem, mas é mais que isso: é sobre o fuku, a maldição que Cristóvão Colombo, um azarado célebre, trouxe consigo para a América Latina, e que pesa sobre nós até hoje. O que é exatamente o fuku? Não se preocupem, eu explicarei... Mas num outro post.

Vou ao teatro – para ver “The Twelve Tenors”, uma dúzia de meninos bonitinhos e talentosos, e “A Gaiola das Loucas”, um luxuoso musical produzido por Felipe La Féria (de quem também vou falar em outro post)... Do qual, no dia em que eu estava lá, um sério senhor português levantou depois de cinco minutos de bichices sobre o palco e saiu a gritar: “isso é um congresso de paneleiros!”

Que mais ando a fazer?

A me comunicar com vocês, queridos da minha vida, já que estou sempre dando aqui no blogão dia e noite.

A fazer vida social intensíssima, em parte graças à passagem por Lisboa de Moacir Jardim, sua amiga Déia (os dois comigo na foto acima) e a querida Cláudia Barreiro, com os quais fiz uma programação gastro-cultural tão intensa que me rendeu uma azia daquelas.

E a pensar, pensar sempre muito: nos projetos para o ano que vem; na minha peça “A Vida Começa aos Sessenta”; em “Marido de Aluguel” e suas possibilidades de elenco... Glória Pires faz ou não faz Griselda? A esse respeito prevejo uma novela dentro da novela.

A dar entrevistas... E a melhor de todas saiu num local insólito: no Valor Econômico, cujo repórter Paulo Totti, depois de conversar durante horas comigo e ter o seu gravador roubado quando saía do hotel, mesmo assim conseguiu reconstituir tudo... E o resultado foi um suplemento especial que o jornal publicou só comigo e cujo título era – te mete! – “o senhor do destino”!

Enfim, faço o que posso pra que todos, inclusive eu mesmo, acreditem que estou vivo.

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O Teatro Politeama, aqui em Lisboa, virou uma gaiola pink and purple pra receber as Loucas.

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O “BOUILLON DE CULTURE” DE LARA!

Ah sim: e quanto às perguntas indiscretas, mas sábias de Lara Romero? Um verdadeiro bouillon de culture! Trato de respondê-las logo aí embaixo. O amigo fere mais do que o inimigo?

R. Ferida é ferida meu amor, dói, inflama e infecciona do mesmo jeito. Mas sou partidário do: “quem com ferro fere, com ferro será ferido”. E quando é um amigo (ainda que da onça) que nos desfere o golpe, aí é mais fácil revidar. Só que, no meu caso, tem que ser no máximo cinco minutos depois, ou então eu relevo e perdôo. Antes sentir raiva do que nada? R. Faulkner diz em “Palmeiras Bravas”, citando não me lembro mais quem (talvez Shakespeare): “entre o vazio e a dor, eu prefiro a dor”. Acho que a mesma coisa vale para a raiva: entre o nada e a raiva eu prefiro a última, mesmo que ela venha, num futuro que eu espero seja remoto, a me provocar um AVC. É bom ser elogiado-bajulado mesmo que só por interesse ou sem sinceridade? R. É bom ser bajulado e ponto final. Mas bom mesmo é saber que não é a bajulação o que realmente nos valoriza, e sim o nosso esforço pessoal. Afinal de contas, quem não gosta de carinho? Pouco importa que seja verdadeiro ou falso... Desde que nos leve ao orgasmo. E vossa senhoria consegue detectar tal fato (relativo a pergunta anterior)?

R. Se eu consigo perceber quando a bajulação é por interesse? Kakakakakakakakaka! Eu morei na Lapa, queridinha, sei bem como é que a banda toca e, quase sempre, desafina... Ouço ou leio tudo, depois olho pros meus botões e digo pra eles: “esse tolinho pensa que pode me enganar!”

É mais difícil pedir perdão ou perdoar?

R. Ih, meu bem, pedir perdão é facílimo, é só dizer: “me perdoa”. Agora, perdoar... É difícil pra carvalho! Mas, talvez por isso mesmo, é também uma arte, que a gente precisa exercitar muitas vezes por dia até se tornar um especialista. A traição mais difícil de perdoar é a amorosa. Mas tanto eu me exercitei nela que hoje tiro de letra... Teria mudado o final de alguma de suas novelas?

R. O final não. Mas “Suave Veneno”, por exemplo, eu teria mudado toda. E nem tê-la-ia escrito se eu soubesse que o resultado seria aquela merda. Ana Karenina merecia morrer?

R. Ah, nem me fale. Eu li o livro com treze anos, me apaixonei na hora pelo safado do Conde Vronsky, e me senti a própria! Quando ela se jogou debaixo daquele trem eu estava lá, solidário com ela... E também morri junto. Mas hoje sei que se ela não tivesse morrido o romance não seria aquela obra prima, portanto... Antes mal-acompanhado do que só?

R. Sou suspeito pra responder a essa pergunta, já que adoro a solidão, embora concorde que isso deve ser uma espécie de fuku. Mas, embora acabe sempre só na minha cama de dois por dois metros, confesso que gosto muito de, antes disso, estar na boa companhia dos amigos. Beleza, dinheiro ou talento?

R. O talento, quando bem gerido, se torna produtivo e traz dinheiro. E com dinheiro a gente sempre acaba por se tornar apresentável, bonitinho, bonito e, numa fase superior, SEXY, GOSTOSÃO E LINDO! Portanto... As aparências enganam?

R. De vez em quando. Mas não há nada que o “Perfect Touch”, o novo e revolucionário produto de Yves Saint-Laurent (trate de ir correndo comprar aí na Mona Lisa!) não possa consertar.

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Escrito em:21/11/2009

ESSA VIDA SOCIAL ME CANSA!

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Pois é fofetes, pra festejar o Emmy conquistado pelas novelas brasileiras fui jantar na “Varina da Madragoa”, um restaurante aqui de Lisboa no qual só vai gente fina – de Jorge Amado a José Saramago, passando por Ronald Reagan, Fafá de Belém, Maria Zilda, Patrícia Pilar, Cavaco Silva e José Sócrates, entre outros. Como eles, eu também assinei o livro de clientes ilustres... Embora não o seja. E comigo estavam, vejam na foto acima, ninguém menos que Cláudia Barreiro, vinda diretamente de Viana do Castelo, e Moacir Jardim, o nosso cônsul em Colônia, na Alemanha. Olhem só o que sobrou de comida nos pratos: aqui não tem miséria não!

E por falar em miséria: está faltando luz aí no Leblon e Ipanema? Que tal pedir um pouco de energia elétrica emprestada a Portugal? Aqui não tem hidrelétricas fantásticas nem usinas atômicas, mas nunca, nunca, NUNCA falta luz! E olhem só como estão iluminadas as ruas: na primeira foto abaixo, a fachada do Teatro Dona Maria II; na segunda, a Rua Augusta. A neblina da foto é “fake”, quer dizer, é produzida pela fumaça que sai dos carrinhos de vendedores de castanhas assadas na hora. Esse que aparece em primeiro plano na foto não pode ver uma câmera e já faz pose. Por causa disso apenas a mulher dele é que trabalha...

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UM "EMMY" PARA A GLÓRIA!

Are Baba! Finalmente saiu um Emmy Internacional para a televisão brasileira que, em matéria de qualidade, disputa pau a pau o título de melhor do mundo com a norte-americana. E saiu logo para o que fazemos de melhor: uma novela. Vejam na foto acima Glória Perez e Marcos Schetmann, autora e diretor de “Caminho das Índias”, os dois todos pimpões, exibindo o troféu de melhor novela que lhes foi conferido há apenas algumas horas. Parabéns a Glória, cuja concepção muito pessoal do que seja uma telenovela é assim premiada; parabéns a Schetmann, que se dedica com rara fidelidade à realização do que escreve a autora; e parabéns à Rede Globo de Televisão, cuja primazia mundial no gênero fica assim, de uma vez por todas, reconhecida.

(postado no dia 24/11 às 04h27m)

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BELA NOITE DE DOMINGO

Sim, bela noite de domingo, no Begold, o restaurante de Olbaque (à direita, na foto), aqui na Rua da Rosa, no Bairro Alto, em Lisboa, com Moacir Jardim (à esquerda), o nosso Moá comentarista, que veio de Colônia, na Alemanha, especialmente pra me ver. Jantar de primeira, por conta do chef, que é meu conterrâneo lá de Pernambuco (de São José da Coroa Grande!), e astral altíssimo! Agora já estou em casa, vou dormir, amanhã ataco, com as minhas cinco mil garras, o roteiro de "Roque Santeiro - o filme"... Mas sobre isso eu falo depois. Beijos!

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MAS EU TAMBÉM SOU NEGUINHO!

Um jantar no "Jules Verne", na Torre Eiffel: os brancos no salão, os negros na cozinha, e a cidade muito, mas muito lá embaixo.

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Eu hoje ia escrever sobre este feriado esquisitíssimo intitulado “Dia Nacional da Consciência Negra”. Ia dizer que, por conta de iniciativas desse tipo, estamos a correr o risco de nos tornarmos um país racista; e que, numa nação onde as diferenças entre brancos e negros simplesmente não existem, pois a maioria tem um pé na senzala e outro na casa grande – somos todos bundudos/quer dizer: mulatos! – isso pode se tornar um grave problema no futuro. Sim, ia escrever a respeito... Mas não vou fazer isso, mesmo que dois comentários recentes de José Franklin, publicados aqui sobre o tema, tenham fortalecido a minha impressão de que estou certo: o problema no Brasil não é a cor da pele, mas a miséria ética e moral, que afeta

igualmente brancos, mulatos e negros. E se os últimos merecem homenagens e benesses da parte de alguns políticos são por razões eleitoreiras – juntar os assim chamados “negros” debaixo do mesmo guarda-chuva protetor lhes rende votos. Não vou falar sobre este assunto porque estou cansado de, aqui de longe, voltar os olhos para o Brasil e perceber que, por mais que vivamos agora a grande oportunidade de nossa vida como nação, continuamos a cometer erros que, no futuro, acabarão por anular todas essas vantagens de que agora usufruímos... E o erro principal de todos é o nefando populismo que tanto atrai nossos políticos. Enfim: não vou falar sobre isso porque este não é um tema para um simples, mero e desimportante telenovelista, e sim para os analistas da grande hora, ou seja: sociólogos, antropólogos e analistas políticos. E também porque, depois de cinqüenta anos de todo tipo de ativismo e de muita indignação, simplesmente cansei, e agora vos digo: QUE SE F**AM!

Vou é cuidar de minha própria vida, ou pelo menos da vida que me resta. Sem, no entanto, esquecer que, enquanto simples, mero e desimportante telenovelista, tenho mais a dar – e dou – ao povo desse país que qualquer merdinha metido a político. Quanto estou a escrever novela falo diariamente para 50 milhões de pessoas, que, se votassem no mesmo candidato a Presidente, bastariam para eleger Serra ou Dilma

E a essas pessoas eu dou alegria. Dou distração. Dou tema pra discussão e debate.

Dou a minha visão pessoal dos fatos da vida pra que as pessoas, através dela, cheguem à sua própria visão a respeito. Por isso vos digo: aquela famosa cena de DUAS CARAS, durante um jantar na casa de Barretão (Stênio Garcia), na qual uma discussão sobre TODOS os tortuosos meandros do racismo acontece diante dos olhos pasmos dos telespectadores como se eles estivessem diante de um flagrante absurdo e cruel da vida, valeu mais que cem feriados intitulados Dia da Consciência Negra... E mais do que mil discursos de políticos negros de costumes cada vez mais brancos – porque de classe média ou ricos. E assim, mesmo sendo eu neguinho, sobre o vitimismo que alguns querem colar na pele dos nossos negros só pra tirar vantagens pessoais disso eu não falo mais... Porque tenho dito.

Jeanne d´Arc (douradésima) e eu: negrinhas ou branquelas?

Pegando um cascalho no caixa eletrônico: coisa de branco?

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Escrito em:11/11/2009

AINDA: ECOS DA NOSSA FESTA!

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SANTA BRUNA SURFISTINHA

Deborah Secco, que está protagonizando um filme sobre a vida de Bruna Surfistinha, a garota de programa que virou autora de um livro autobiográfico, tem uma explicação bastante peculiar pra moça ter escolhido a profissão de, digamos, assim, puta:

"Ela tem um vazio de amor. Foi abandonada pela família biológica e não teve amor dos pais adotivos. Por isso entrou nessa vida."

Ah Débora, fala sério!... Se toda menina que passou por esse tipo de problemas virasse puta, esta seria a profissão mais usual na população feminina mundial... Tudo bem que atores procuram sempre uma motivação que sirva para absolver suas personagens de todos os pecados... E a motivação mais comum é a de que sofreram abusos na infância. Mas assim também já é demais. Bruna Surfistinha é o que foi e o que é, e pronto. E continua ganhando dinheiro graças à profissão que escolheu, e da qual visivelmente se orgulha.

(postado no dia 19/11 às 06h04m)

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Yes, ele tem pernas!

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Como vocês sabem, eu estava em Lisboa. Estava, disse-o bem... Porque agora já estou em Paris. Kakakakakakakakakakakakakakkaka!

Pois a vida é rápida, e tem que ser vivida intensamente enquanto, tal como Marlene Dietrich nos seus bons tempos e Tina Turner até há pouco, ainda se tem pernas.

E pernas, meus queridos, eu as tenho! Longas, elegantes e resistentes, capazes de andar, sem perder o ritmo, sete quilômetros em uma hora e meia. Aqui estou, portanto, gozando das delícias dessa cidade, que é a mais bela do mundo, porém começa a sofrer com o cerco da muquiranagem (depois eu dou detalhes!)... Mas sem esquecer de vocês. Só pra lembrar da nossa fraternidade, que, esta sim, sobreviverá a tudo, posto mais algumas fotos alusivas ao nosso último evento: o brunch na pérgola do Cocapabana Palace, na manhã seguinte à noite do lançamento de “Deu no Blogão”. Vejam, pela ordem: 1, Pedro, Alexandre Ganso, Índira, Rogério Sabath e Virgílio Neto; 2, Lucas Nobre, Daniel Berlinsky, Bruno Fracchia e Pedro; 3, Adriano Rafael, Davi Vallerio e Bruno Fracchia; 4, Eduardo Pires e Jackeline Barroso, fotografados da varanda de minha suíte no Copa; 5, Davidson Azevedo, Estevão Ribeiro, Rodrigo Ribeiro, Leina Quadros e, meio encobertos, Marcos Bittencourt, Rogério Sabath e Daniel Berlinsky a conversar comigo. Detalhe: na foto de Jacke e Edu, atentem para o velhote, a sorrir todo pimpão, pois achou que eu estava tirando a foto dele!

(postado no dia 16/11 às 06h43m)

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MARA: UMA GRANDE MULHER DO POVO

No dia do lançamento de “Deu no Blogão” Wolf Maya me pediu para autografar o livro da Mara Manzan:

“Ela queria muito vir, mas não pôde, e me encarregou desta missão” – ele disse, discreto.

Eu, no entanto, já sabia: depois de lutar feito uma leoa contra a doença, Mara estava muito mal.

Agora ela se foi, e todos nós que a conhecíamos estamos tristes. Pois, além de ser uma criatura capaz de uma alegria contagiante, Mara Manzan era uma dessas raras atrizes que têm cara de gente, que são

altamente populares e por isso conseguem manter um canal de comunicação direto e instantâneo com o público.

Foi assim em “Senhora do Destino”, onde ela fez “Janice” uma inesquecível e humaníssima mãe de família (foto).

E também foi assim em todos os seus trabalhos na televisão.

Nunca vamos te esquecer, Mara: beijo!

(postado no dia 13/11 às 12h25m)

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CLÁUDIA RAIA É UMA "LADY"!

Leiam a nota a seguir, publicada na coluna de Flávio Ricco, na UOL, e vejam a que ponto chegamos:

Mais uma da série "como assim?". Pequena coletiva no lançamento do novo sorvete da Magnum, a reportagem de plantão resolveu fazer perguntas a Cláudia Raia sobre os tempos em que ela foi casada com Alexandre Frota. Coisa de mais de 10 anos. E ela, com a maior paciência e elegância, não deixou ninguém sem resposta. Este é um exemplo perfeito de como os setores mais xiitas da imprensa Fifi tratam as assim chamadas “celebridades”. Cláudia Raia casou em 1986 com Alexandre Frota, então um promissor galã da televisão brasileira. Três anos depois estavam separados. Em 1994 Cláudia casou com o ator Édson Celulari, com quem teve dois filhos. Os dois formam um dos casais mais unidos – e bonitos – da televisão brasileira. Nunca se ouviu um bochincho ou um disse-me-disse qualquer sobre os dois e, portanto, pode-se dizer que levam uma vida exemplar. Nestes anos todos Cláudia teve – tem, e ainda terá – grande sucesso profissional, e mostrou um visível crescimento como atriz e pessoa. Mas não é isso que interessa ao Fifi. Como o primeiro marido de Cláudia, muito tempo depois de separado dela, entregou-se a uma vida, digamos assim, fora dos padrões, ele prefere interrogá-la sobre acontecimentos de 23 anos atrás, dos quais ela está inteiramente desligada... OU NÃO HAVERIA ESCÂNDALO!

É esse tipo de atitude de certo tipo de imprensa que somos obrigados a aturar todos os dias. Segundo Flávio Ricco, Cláudia Raia respondeu às perguntas do Fifi com “a maior paciência e elegância”.

Mas ela também seria paciente e elegante, além de justa e apropriada, se em vez disso simplesmente lhe dissesse:

“VAI TOMAR NO TOBA!”

(postado no dia 13/11 às 09h16m)

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A FRASE DO DIA:

eu fugi literalmente de Governador Valadares porque näo suportava pisar em bosta de VACA...

(Moacir Jardim, hoje um ilustre morador de Colônia, na Alemanha)

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EMPRESTEM-ME VOSSAS ORELHAS!

Tudo bem que já faz uma semana do lançamento de DEU NO BLOGÃO e eu devia mudar de assunto.

Mas vou falar do quê?

Do apagão generalizado, a provar que até nisso a administração Lula imita a anterior, do Fernando Henrique Cardoso?

Da campanha presidencial descarada e ilegal (porque feita antes da hora) assumida por uma certa candidata?

Do jornalista de São Paulo que, depois de fazer comigo uma entrevista que durou duas horas e meia, teve a mochila, com o gravador dentro, arrancada de suas costas por um ciclista na saída do hotel?

Não, meus quereeeedos, prefiro falar apenas de coisas positivas...

E positiva mesmo foi a nossa reunião durante o lançamento do livro, como vocês poderão constatar nas fotos abaixo.

Sobre a festa em si me abstenho de escrever de novo, já que descobri um texto, que reproduzo depois das fotos, no qual eu assinaria embaixo. Ele foi escrito por um rapaz chamado Stanford (vejam a foto dele junto com o texto de sua autoria), que assina um site (ou “saite”, como escreve a Ressentida Mooca) chamado DIVA DIZ.

Well done, Stanford quereeeedo!

(Nas fotos a seguir: Adriano Rafael, autor do prefácio do livro; Meg Santos; Rodrigo Ribeiro e Luciana, sua esposa; Danuza Barreira, autora da capa lindíssima: Arthur Dória, o editor do livro, com a esposa Bianca; Bruno Pires; Rodrigo (outra vez), Bruno Fracchia e Meg; Meg (de novo!) e o marido Leon; Rosana Baggini, a nossa querida Princesa; Davi Vallerio; Guto Colunga; Marco Bittencourt; e Kátia Moraes.

UMA QUESTÃO DE PONTO DE VISTA

Stanford (na foto), o autor do texto abaixo.

Celebridades são seres que deveriam habitar um mundo à parte. Egos inflados, flashes disparados, fofocas imensas sobre assuntos que não deveriam interessar a ninguém a não ser as próprias celebridades. E, graças a esse culto aos

famosos, somos brindados com situações hilárias e, muitas vezes, inacreditáveis!

E euzinho, Stanford, o seu melhor amigo gay, viveu uma experiência incrível na semana passada no meio de várias estrelas de todas as grandezas da nossa televisão. E, digo para vocês, nenhum filme de comédia poderia ser tão engraçado.

Na última quarta-feira, o autor de novelas da Globo, Aguinaldo Silva, fez o lançamento oficial de seu novo livro Deu no Blogão, na Livraria da Travessa, dentro do BarraShopping, no Rio de Janeiro, e o pobre Stanford que vos escreve foi convencido por alguns amigos, fãs do novelista, a acompanhá-los ao ‘evento’. Como eu não tinha absolutamente nada de melhor pra fazer na noite, resolvi ir. E digo-lhes, foi uma coisa bem surreal na minha vida. O lançamento estava marcado para as 19h30min e cheguei à livraria por volta das 21h. Parece que escolhi a pior hora possível para aparecer naquele lugar.

Todos sabem que o que o Aguinaldo Silva tem de talento, tem de ego. O autor tem um blog bastante conhecido na internet e adora que lhe joguem confete. Eu, particularmente, me divirto lendo o dito cujo pois o melhor de tudo é o bom humor do autor, que sabe ser polêmico e ao mesmo tempo, provocador. O seu novo livro nada mais é que uma compilação de textos publicados em seu blog e editados. Convenhamos, apenas uma boa forma de capitalizar.

Agora, pense comigo: se eu sou um ator mediano ou uma estrela que gosta de aparecer, qual seria o melhor lugar para eu estar numa noite de quarta feira? Resposta óbvia:

no lançamento do livro de um dos maiores autores de novela das 20h vivo e em atuação (ainda).

Assim que entrei na livraria, o que primeiro me chamou a atenção foi a presença de Letícia Spiller na fila. Admito: a atriz é linda pessoalmente e achei sua postura excelente. Na fila, aguardando sua vez, com uma classe de dar inveja aos demais famosos que chegariam a seguir. Euzinho, que não sou dado a ataques de histeria ao encontrar com um famoso no shopping (afinal, moro no Rio, e os ‘famosos’ estão em todos os lugares nessa cidade, desculpa aí!) fui para a fila com meus amigos e fiquei observando o movimento da livraria. Em poucos minutos, parecia que um carnaval havia começado.

Pânico na TV, CQC e mais algumas câmeras de programas de televisão sobre celebridades ocuparam a livraria e causaram um verdadeiro fuzuê naquele lugar. O público do shopping, que até o momento não tinha idéia do que estava acontecendo dentro da livraria, ao ver aquele mundo de câmeras e personagens de programas de humor, começou a entrar e o circo estava armado.

Entre as subcelebridades presentes, tenho de destacar a postura de Narjara Turetta. Não se lembra dela? Nem eu, mas fui informado que ela já foi uma atriz conhecida (por quem?) e que depois de um momento de dificuldades na vida começou a vender cocos na praia e a frequentar esses programas vespertinos que exploram a miséria humana. Me dá dó! Enfim, ela estava digna na fila, preocupadíssima com o pessoal do Pânico e do CQC! Ouvi de relance o momento em que ela disse para alguém ao seu lado: “Tomara que eles não me vejam aqui, não quero aparecer!” SEI! Tudo que ela queria era ser entrevistada e voltar à mídia.

Enquanto estava na fila com meus conhecidos que esperavam sua vez de terem seus livros autografados (juro, eu não comprei o livro!), vi ela adentrar no recinto. Aliás, não tinha como não ver: todas as câmeras foram em sua direção e as pessoas cochichavam ‘É a Susaninha! A Susana Vieira! Ela veio!’. E como um furacão ela chegou! Pude ouvi-la perguntando onde era o fim da fila e quando lhe mostraram ela foi para lá, não sem antes anunciar para todas as câmeras: ‘Eu sou educada, não vou furar fila! Vou esperar como todos vocês que também estão esperando! Aproveito para dar entrevistas nesse tempo!’ Fina demais a grande atriz que estava acompanhada de seu atual namorado (um rapazinho simpático, sorridente, bonitinho… Me senti mega identificado com ele, sabe? Tenho certeza que temos muito em comum, se é que vocês me entendem! Pronto, falei!) Entretanto, sinto-lhes informar, 10 minutos depois ela estava tirando fotos com o Aguinaldo Silva e autografando o seu livro. E eu permanecia na fila, num local originalmente na frente dela. Vá entender o conceito de fila indiana desse povo, né?

Aliás, eu acho que estou totalmente defasado com esse conceito de fila. Afinal, enquanto estava lá acompanhando meus amigos aguardando por um autógrafo, vi surgirem à nossa frente e entrarem na ‘fila’ várias pessoas que não estavam lá antes. David Brasil, Leonardo Vieira, Ildi Silva, Eri Johnson, Wolf Maia, entre outros. Chegavam como quem não quer nada, cumprimentavam os amigos atores, davam um risinho para as câmeras e paravam na fila. NA NOSSA FRENTE!

O tempo passava, a ‘fila’ aumentava e os micos corriam soltos. Rafael Cortez (gatíssimo ao vivo), do CQC, entrevistava as ‘celebridades’ presentes com classe e bom

humor. Já Amaury Dumbo, do Pânico, chamava uma atenção absurda acompanhado de um gordo todo pintado de tinta prata, servindo cachaça aos seus entrevistados na fila. Os presentes se acabavam de rir daquilo e eu pensava: o que estou fazendo aqui, my God!

Mas nem só de furas fila foi feito o ‘evento’. Carol Castro, Maria Padilha, Tuca Andrada, e alguns atores que eu não sei o nome mas que certamente querem trocar a Record pela Globo, estavam lá, felizes, na fila, esperando sua oportunidade de puxar o saco do Aguinaldo.

Na hora que meus amigos finalmente chegaram até o Aguinaldo, achei-o até que bem simpático. Foi atencioso e escreveu para cada uma daquelas pessoas uma dedicatória. Acho digno pessoas que NÃO mandam fazer um carimbo e só rubricam o nome em cima dele em noites de autógrafo (desculpe aí, Adriana Calcanhoto).

No fim da noite, descobri que o mundo das celebridades pode até ter muito glamour… Mas também falta uma boa dose de bom senso! E é nessas horas que eu penso seriamente em me inscrever no BBB e virar um verdadeiro ícone gay do Brasil. Tenho tanto pra ensinar à humanidade. Muito franco.

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Escrito em:5/11/2009

SERÁ QUE EU MEREÇO TUDO ISSO?...

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Eram 19h10m quando adentrei na Livraria da Travessa, no Barrashopping, na última quarta-feira. A noite de autógrafos estava marcada para 19h30 e lá, além dos funcionários e clientes usuais, não havia viv´alma. Fiquei logo de pescoço duro. Pensei: e se não vir ninguém? Olhei pra Jacqueline Barroso e Eduardo Pires e percebi que os dois, igualmente tensos, deviam estar pensando a mesma coisa. Pra me acalmar, ela disse:

“Primeiro vamos atender a imprensa!”

E eu perguntei aos meus botões: “Mas que imprensa?” Sim, havia um jornalista a bancar o gato pingado. Ele veio e me fez uma saraivada de perguntas. Eu respondi, mas não me perguntem o quê, pois não lembro. Estava com um olho nele e outro na porta... E vi quando entraram os editores do livro. Um deles trazia o filhinho nos braços e eu pensei ao vê-lo:

“Quando crescer esta criança vai contar aos filhos que foi em sua primeira noite de autógrafos quando ainda era um bebê de colo... E ela foi o maior fracasso!”

Foi nesse instante, em pleno inverno da minha desesperança, que surgiu Liége Monteiro, a promoter de dez entre dez estrelas (e, portanto, minha promoter), e anunciou:

“É melhor ocupar o seu lugar, Aguinaldo, porque eu vou organizar a fila”. Pensei, enquanto olhava a livraria imensa, de dois andares, e a via completamente vazia de novo:

“Mas que fila? Essa mulher está louca?!”

Foi aí que comecei a ouvir um bochincho, um zum-zum, um bruhahá... E percebi que as pessoas estavam chegando!

Eram exatamente 19h30m. Em poucos instantes uma fila serpenteou pela livraria e ocupou todos os seus recantos. E eu, levado pelo meu séquito de assessores e amigos, tratei de ocupar o lugar a mim reservado. Fiz isso de modo triunfante... E, nas próximas três horas e meia, num total de 480, não parei de dar autógrafos. No final estava com os dedos duros e o restante do corpo, inclusive aquilo, completamente mole. Sim, quereeeedos, graças inclusive a vocês, a noite de autógrafos de Deu no Blogão foi o maior sucesso! Mas, antes que tudo deslanchasse... Que sofrimento! Pois é sempre assim nesta minha cabeça cheia de culpa: tudo que faço, pra mim está sempre destinado ao fracasso. Aí acontece justamente o contrário, e então eu me surpreendo e me pergunto: “Mas como Deus pode ser tão bom comigo, se eu, malvado que sou, não o mereço?!”

E aí meu anjo da guarda, cheio de impaciência, resmunga ao meu pé de ouvido:

“Deixa de frescura, viado!”

Pois é: mesmo que eu não mereça, fiz sucesso de novo. A noite de autógrafos de Deu no Blogão foi um momento mágico. No final, antes de expulsar de lá a mim e aos remanescentes que ainda insistiam em querer autógrafos, os funcionários da livraria me disseram:

“Nunca antes na história da Livraria Travessa Barrashopping houve algo sequer parecido”. Saí de lá em estado de graça é claro... E fui dormir na suíte 450 do Hotel Copacabana Palace, pois no dia seguinte, na pérgola do hotel, aconteceria o brunch com a turma aqui de casa, ou seja, o pessoal do blog. Acordei às 7 horas, abri as portas da varanda que dá para a piscina do Copa, vi o mar lá no fundo... E acreditem: justo nessa hora ia passando um enorme, imenso, felliniano transatlântico! Pensei: se começa com uma visão destas é porque esse dia será perfeito. E foi! Vejam nas fotos abaixo: 1, a turma toda reunida; 2, Índira, a bela esposa de Alexandre Ganso, Rogério Sabath e Virgílio Neto; e 3, o garçon a esperar pelo meu autógrafo.

O nosso brunch foi um desses momentos mágicos, de raras harmonia e felicidade. Estávamos todos em estado de graça, eu

inclusive. Além dos velhos amigos da master class, algumas pessoas que eu só conhecia virtualmente estavam ali, ao vivo e a cores... E nenhuma delas me decepcionou, pelo contrário. Ficamos lá, a comer e a charlar, a trocar de lugar a todo instante, e só saímos porque os maitres e garçons, que precisavam preparar o ambiente para o almoço, tiveram que nos expulsar... De novo! Mas antes de fazê-lo não resistiram: surgiram com alguns exemplares de Deu no Blogão tirados não se sabe de onde e me dirigiram a frase de praxe:

“Será que o senhor pode me dar um autógrafo?”

Mesmo sem querer partir, nos despedimos todos... Prometendo que, no prazo máximo de um ano, e talvez até antes, faremos de novo esse encontro. Pois, embora espalhados pelo mundo a fora, mais que nunca temos a certeza disso: somos uma família, não somos?

Sei que dali a turma toda foi se reunir em outras paragens, e lá continuaram com a farra. Eu tive que ir pra casa, pois à noite haveria no Restaurante Enotria do Casashopping um jantar da turma de CINQUENTINHA em minha homenagem.

De novo foi o máximo: o jantar, cujo cardápio, planejado pela minha querida Marluce Dias da Silva, era vintage”, feito à base de pratos que estavam em moda nos anos 50, incluía um “picadinho a carioca” divino, o qual, mal provei a primeira garfada, me remeteu proustianamente ao restaurante Gôndola, em Copacabana, point de gays e intelectuais naquela época, e onde Paulo Francis lia aos domingos seu enorme exemplar do “Estado de São Paulo” com toda a pompa e circunstância... Mas já com os pés inchados!

Não vou citar a lista dos presentes ao jantar pra não cometer a injustiça de esquecer algum nome. Vou dizer apenas que foi divertidíssimo. Do elenco da minissérie só Marília Gabriela não pôde comparecer, pois àquela altura – e até as duas da matina -, deambulava pelos jardins de um palacete em Botafogo...

INTEIRAMENTE NUA! Mas não se preocupem, não era vida real, era apenas a gravação de mais uma cena de CINQUENTINHA. Sim, foram dias memoráveis estes primeiros de novembro. Não sei se mereço ou não, mas o fato é que, embora eu não possa cantar aquela musica do folclore mexicano que diz: “yo tengo un novio yo tengo un novio yo tengo un novio que me lleva ala bahia y que me dice mia mia”, o fato é que, quanto resto, eu tive tudo... Mesmo o que não merecia.

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GENTE, A FESTA FOI DE ARRASAR!

LA VIEYRA A MIL POR HORA!

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Outro link para um vídeo sobre o lançamento, este do site "Te Contei", e garimpado pelo nosso quereeeedo Guto Colunga: imperdível!

http://www.tecontei.com.br/video/325/deu-no-blogao.html

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Sim: foi, sem nenhum exagero, uma noite de arrasar. Centenas de pessoas, mais de 500 livros vendidos, pelo menos 400 autografados. Gente de todas as tribos a ocupar as dependências da Livraria da Travessa, cujos funcionários, atônitos, mal conseguiam controlar a confusão. No final um deles confessou: “aqui nunca aconteceu uma noite de autógrafos igual a essa”. Quando tudo terminou fui dormir na suíte 450 do Copacabana Palace, mas antes tive que fazer compressas na munheca, que só não desmunhecou porque já vive desmunhecada. Lá, foi só o

tempo de comer um magnífico ravióli encomendado ao room service, e depois caminha. Mas às 6h30m já estava em pé de novo, para escolher – e postar as fotos abaixo. Vejam, pela ordem: 1, com Daniel Filho; 2, a mídia e os convidados; 3, Susana Vieira e o namorado; 4, João Emanoel Carneiro; 5, Walcyr Carrasco, 6, Thaís de Campos, Monique Alfradique e Wolf Maya; 7, Ricardo Linhares; 8, a turma do blogão, ou seja: o pessoal aqui de casa. Às 9h15m o frege começou de novo, dessa vez na pérgola do Copa, onde o café da manhã se prolongou até às 11h. Mais autógrafos. Até o maitre e os garçons levaram seus exemplares de DEU NO BLOGÃO assinados pelo autor, ou seja: euzinho! É claro que estou apenas fazendo um relato sucinto. Mas se vocês quiserem ver imagens mais quentes, acessem a reportagem que o VIDEO SHOW postou logo cedo. Eis o link:

http://video.globo.com/Videos/Player/Entretenimento/0,,GIM1154363-7822-AGUINALDO+SILVA+LANCA+LIVRO+NO+RIO+DE+JANEIRO,00.html

Ainda estou me refazendo dessas emoções todas. Como diria Roberto Carlos... São tantas! Haverá mais nesta noite quando irei a um jantar no qual estará boa parte do elenco de “CINQUENTINHA”, além de outros amigos. Amanhã contarei mais, darei mais detalhes, e publicarei mais fotos. Por enquanto, ficam os meus beijos.

Escrito em:1/11/2009

É HOJE O DIA DO ABRAÇO!

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É hoje o dia do abraço, pessoal! A partir de 19h30m, na Livraria da Travessa, no Barrashopping (Avenida das Américas 4666, loja 220, nível América), eu estou esperando por vocês!

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DANDO UMA DE "TUITEIRO":

Acabei de receber a lista dos atores que confirmaram presença no lançamento de "Deu no Blogão": até agora tem dois elencos de novela das oito! (139 toques. Pronto, tuitei!)

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LÁ VEM O BOQUIRROTO DE NOVO!

Minha querida Meg Santos escreve num dos seus comentários:

“Mestre, está na hora de mudar o post!”

Eu sei quereeeeeeda. Mas, atolado de trabalho até o gogó como estou agora, cadê tempo? Mal começo a procurar um assunto o telefone toca e eu já tenho que fazer outra coisa. Por isso resolvi apelar... E publicar a entrevista abaixo, uma das minhas favoritas deste ano de tantas entrevistas, feitas pelo jornalista Miguel Arcanjo Prado, o meu querido Miguelito, para o portal R-7 dias após sua estréia. Quem não leu vai adorar, e quem já leu vai adorar de novo.

Divirtam-se!

Mas antes constatem, na foto abaixo, o quanto continuo “sexy”, gostosão e lindo.

- Por que você decidiu renovar com a Globo? Quando

bateu o martelo? Renovou por quantos anos? Terá de

escrever o que neste período?

R. Eles me chamaram para antecipar a renovação. Fizeram

uma proposta, que eu considerei insultuosa. Fiz uma

contrapoposta, e assim demos início a uma longa

negociação, que, acho, terminou bem para ambas as

partes. Eu assinei o melhor contrato de toda a minha vida, e

a Rede Globo mantém este que é, modestamente, um dos

seus melhores autores. O contrato é de cinco anos, sem

prorrogação, durante os quais farei duas novelas e dois

seriados ou uma minissérie.

- Você chegou a dizer que pensava em ser autônomo. Por

que desistiu? Ainda pensa nisso para o futuro?

R. Acho que esta é a saída para os autores de peso:

tornarem-se independentes, autônomos, assinarem contratos

por obra. O problema é que todos eles já atingiram uma

idade, digamos assim, bastante madura, e temem o risco. Mas

este não é o meu caso, continuo pensando a respeito.

- (O jornalista Miguel Arcanjo Prado na foto acima) Você estava

negociando com outras emissoras? O que te ofereceram?

R. Sim, estava em fase de conversas. O Sílvio Santos

chegou a falar em números. A Record, que também me

procurou, não chegou a esse ponto. Mas como deixou claro

que estava disposta a pagar minha multa contratual, presumo

que sua oferta seria irrecusável. Pena que não chegou a

tempo, pois eu não via - e ainda não vejo - o menor

problema em mudar de emissora.

- Quando estreia Cinquentinha? Como é a parceria com a

Maria Elisa Barredo?

R. Cinquentinha estréia no começo de dezembro. Maria

Elisa Berredo, além de grande amiga, é minha parceira de

muitos anos. Resolvi promovê-la de colaboradora a

co-autora porque ela merece. Não entendo porque a Rede

Globo até hoje não a convidou para escrever suas

próprias novelas. E se alguma outra emissora me

perguntasse que autor eu lhes recomendaria, eu não

hesitaria em dizer: Maria Elisa Berredo.

- Como foi transformar algo pensado para ser um seriado em

uma minissérie? Terá quantos capítulos agora?

R. Primeiro eu achei que era fácil. Claro, eu sou a

própria Pollyanna, sempre otimista. Mas depois, como

expliquei no meu blog, descobri que era dificílimo. Mas

não tenho frescuras, sou pago pra escrever, por isso

escrevi e fui em frente. No final, acho que Cinquentinha

como minissérie ficou melhor ainda.

- Você sente saudade da parceria com Ana Maria Mortetzohn

e Ricardo Linhares? Qual a novela desse trio de que mais

gostou?

R. Sem dúvida foi "Tieta". Sinto saudades de como nos

entendíamos, como tudo fluía na mais santa paz. Nunca

houve dissensões nem brigas. Se eu fosse um crápula

teria mantido os dois sob a minha asa pro resto da vida. Mas

achei que eles eram bons demais pra continuar em segundo

plano. Ana e Ricardo são ótimos novelistas, e deviam

cuidar mais de suas respectivas carreiras solo.

- Qual personagem da Renata Sorrah você prefere:

Heleninha Roitman ou Nazaré Tedesco? Por quê?

R. Heleninha Roitman, como diria Marília Pera, era apenas

uma coadjuvante, não tinha peso na história. Já

Nazaré Tedesco... Era muitíssimas vezes maior que a

vida. Prefiro Nazaré Tedesco, sem dúvida. E prefiro

até mesmo Renata Sorrah fazendo a caftina Zenilda em "A

Indomada" do que Heleninha Roitman.

- Como você encarou o sucesso estrondoso de ‘Senhora do

Destino” no Vale a Pena Ver de Novo? Esperava já por isso?

Acha que essa novela é sua obra prima?

R. Não, minha obra prima é "Tieta". Mas "Senhora do

Destino" sempre fará sucesso porque tem uma mensagem muito

clara, que é: a preservação dos valores famíliares

é nossa única possibilidade de escapar à barbárie.

- O sucesso de “Senhora do Destino” na reprise

ajudou na renovação de seu contrato com a Globo? Como?

R. Sim. Depois de 40 anos nas Organizações Globo eu me

tornara meio "móveis e utensílios". Embora seja o autor

de seis das 15 novelas de maior audiência da casa, tinha

me tornado invisível para eles. Foi só a partir dessa

reprise que eles me notaram de novo. Não é incrível?

- Você acha que Tiago Santiago vai dar certo fazendo “Uma

Rosa com Amor” no SBT?

R. Não sei, não tenho bola de cristal, e muito menos sou

bruxo. Mas se quer minha opinião sincera: acho que Thiago,

se quer mesmo se tornar um grande autor, precisa se

preocupar menos com intrigas palacianas e se esforçar mais

um pouquinho. Talento ele tem, sem dúvida, o que precisa

é caprichar no quesito perseverança.

- O que você acha das novelas da Record? O que falta

nelas para conquistarem mais o público? Viu “Os Mutantes”? E

“Bela, a Feia”?

R. Ah. Falta tanta coisa! Falta um Aguinaldo Silva e um

Jayme Monjardim, por exemplo. Eu pergunto: os dois com os

contratos prestes a acabar... Como é que a Record pôde

comer mosca? Dos Mutantes, achei o primeiro uma proposta

interessante, e a decisão de continuar por duas temporadas

um desastre, que agora está mostrando suas consequências.

Quanto a “Bela, a Feia” não sei o que houve. Deu certo em

todo lugar do mundo!...

(na foto abaixo, no escritório da minha casa na Barra)

- Você concorda com a máxima que diz que os autores

sempre repetem as mesmas novelas? Por quê?

R. Concordo... Em relação aos outros. No meu caso é

diferente, e isso e notório. Tenho feito novelas sempre

diferentes uma das outras. E isso é reconhecido até

pelos meus colegas. Dia desses, numa conferência, o

Gilberto Braga falou isso.

- Você tem quantas casas e onde? Por que você resolveu

ter essa "vida cigana"?

R. tenho casas em Itaipava, no Castelo (centro do Rio), na

Barra da Tijuca (casa), na Barra da Tijuca (apartamento) e

em Lisboa (no bairro do Castelo). Já tive um apartamento

em Paris, mas vendi durante a bolha imobiliária. Resolvi

levar essa vida cigana porque vida de escritor, sempre

trancado em casa a escrever, é um pé no saco. Assim,

pelo menos mudo de ambiente. O único problema é que

preciso ter exatamente as mesmas coisas em cada casa.

- Você quer pedir cidadania portuguesa?

R.Quero. Mas como o processo é longo, a não ser que as

autoridades portuguesas dêem um jeito vou morrer antes de

consegui-la. Por enquanto só tenho a autorização de

residência.

(na foto abaixo, no escritório da minha casa em Itaipava)

- Em que parte do mundo está neste momento? Qual será

seu itinerário nos próximos dias?

R. Cheguei de Paris ontem, hoje amanheci em Lisboa. Dia 8

volto pra minha casa no Rio, dou início às obras no

apartamento da Barra, e aí vou pra minha casa em Itaipava.

Depois sigo para o apê no Castelo, volto pra casa na

Barra, dia 8 de novembro venho pra Lisboa, e aí... Paris

de novo.

- Você já foi vítima de preconceito por ser

homossexual? E nordestino?

R. Já, mas é engraçado, porque até hoje só fui

vítima de preconceito por parte de pessoas que ganhavam

muito menos do que eu...

- Qual foi a barra mais pesada que você enfrentou na

vida?

R. Quando fiquei preso na Ilha das Flores, na década de

70, por delito de opinião. Foram 75 dias incomunicável.

Mas eu contrário de muitos outros que passaram pela mesma

situação não pedi indenização ao governo por causa

disso, pois não acho que o povo tenha que pagar pelo que

sofri por conta das minhas convicções políticas.

- Seu blog foi eleito vencedor no prêmio Topblog. Por que

você acha que ele faz tanto sucesso com internautas? Ele

tem quantos acessos?

R. Meu blog faz sucesso porque ao mesmo tempo é pessoal e

jornalístico... E porque, modéstia à parte, eu sei

como incrementar o negócio. Essa história de acessos é

como o Ibope, meio secreta, mas da última vez que eu

soube, me diseram que ele tinha 130 mil acessos por dia.

- Você gosta de um barraco?

R. Adoro. Todo mundo adora. Até os esquimós são

barraqueiros.

- Você está namorando ou apaixonado no momento por

alguém? Ainda acredita no amor?

R. Não estou namorando, nem estou apaixonado, mas continuo

com meu nome no mercado. Se o cavalo passar ajaezado na

minha frente eu monto... E saio a soltar beijinhos.

- O gênero do realismo fantástico não tem uma grande

Novela há tempos. Você tem vontade de voltar a escrever uma

novela assim? Por quê?

R. Tenho, mas li no jornal que Marcílio Moraes vai fazer

uma na Record. Tomara que dê certo.

- Qual remake você gostaria de fazer?

R. Não um remake, mas uma continuação: de "A

Indomada", com Altiva Pedreira voltando, linda e loura no

primeiro capítulo, à cidade onde morreu queimada. Afinal de contas, no último capítulo ela anunciou: “I Will be back!”

- Você acha que o sucesso de “Senhora” ajudou Dado

Dolabella, que estava no elenco, a ganhar A Fazenda?

R. Não, acho que o Dado ganhou porque é ótimo

comunicador, além de jovem e bonito. Gosto muito dele.

- Qual a sua novela preferida?

R. Fico indeciso entre "a Indomada" e "Tieta".

- Você manterá a parceria com Wolf Maya? Por quê?

R. Até que a morte nos separe. Porque a parceria dá certo

quando, mais do que uma parceria, vira uma espécie de

casamento.

Ufa! Cansei:

É isso.

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