escola santa bÁrbara · 2020-03-21 · coloque-a deitada de costas com a cabeça mais baixa que o...
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ESCOLA SANTA BÁRBARA
SOCORRER
Prestar socorro à uma pessoa numa urgência exige cuidados especiais. Muitas vezes,
uma manobra incorretamente aplicada prejudica a vítima. Por isso, os procedimentos mais
indicados são apenas o proteger e o avisar. O socorrer, sempre que possível, deve ficar a
cargo de equipes de saúde especializadas, que já existem em várias cidades brasileiras.
Enquanto as equipes especializadas não chegam, o ideal é manter a calma, tranquilizar os
feridos e lhes transmitir segurança e esperança.
Só quem já domina técnicas apropriadas e recebeu o devido treinamento, pode de fato
manobras de socorro. Em determinados países, determinadas manobras começam a ser
aprendidas logo na infância, no ensino fundamental, como conteúdo de exercício de
cidadania e solidariedade.
AVISAR
Guarde na memória esses números:
190 – Polícia
192 - Pronto Socorro
193 - Corpo de Bombeiros
Antes de viajar de carro ou de ônibus, anote o número do telefone do serviço de
urgência das estradas por onde vai passar. Muitas estradas contam com o 0800 para
chamada, sem fichas do serviço de socorro. Cada estrada tem um número próprio.
Ao comunicar o fato, de informações precisas sobre:
Local de ocorrência – O endereço, o número da casa ou do prédio, ou o número mais
próximo do local do acidente. Na estrada, informe sempre os pontos de referencia,
“depois do posto de gasolina”, “em frente ao bar”, e o trajeto que faz até lá.
Tipo de acidentes – Se o acidente envolve veículos, incêndio, explosão, queda, etc.
Vitimas – O número provável de vitimas, verificar se estão conscientes, com
hemorragias e como está a respiração delas.
Outros riscos – Se existir a possibilidade de ocorrerem outros acidentes, como
incêndio, explosão, choques elétricos, etc.
PRIMEIROS SOCORROS
1- FRATURAS E BANDAGENS
1.1- FRATURAS
Fraturas é a ruptura ou quebra de um osso. O primeiro socorro consiste em impedir o
deslocamento das partes quebradas, evitando assim o agravamento da lesão.
As fraturas podem ser:
a) Fechadas – quando o osso quebrado não perfura a pele.
b) Expostas – quando o osso quebrado perfura a pele.
Manifestações
Dor e inchação no local.
Dificuldade ou incapacidade de movimentação.
Posição anormal da região atingida.
Sensação de atrito das partes ósseas no local da fratura (essa manobra não
deverá ser provocada para constatação da fratura).
Ruptura da pele com exposição do osso fraturado (em caso de fratura exposta).
A) Fratura Fechada
O que fazer:
Coloque o membro fraturado em posição tão natural quanto possível, sem
desconforto.
Coloque talas compridas suficientemente para ultrapassar as juntas acima
e abaixo da fratura se for em uma das pernas ou do punho.
Amarre o membro acidentado (a perna) na outra sã colocando entre ambas
um lençol ou panos sem comprimir com força o membro afetado afim de não piorar a
fratura.
Deixe o acidentado em repouso aguardando o atendimento médico,
ambulância ou outro tipo de remoção.
B) Fratura Exposta
O que fazer:
Limpe o local.
Coloque gaze, lenço ou pano limpo sobre o ferimento, e fixe o curativo,
sem apertar para não provocar um deslocamento da parte óssea afetada.
Mantenha a vítima deitada.
Coloque talas sem puxar o membro ou faze-lo voltar à sua posição
natural.
Providencie o transporte do acidentado após a imobilização do membro
fraturado.
PREPARO DO MATERIAL PARA IMOBILIZAÇÃO
Prepare as talas calculando o tamanho, de modo que sejam imobilizadas
as duas articulações próximas à fratura.
Forre as talas com pano, algodão ou gaze.
Prenda as talas, no membro fraturado, com tiras, amarrando, sem apertar,
em 4 pontos.
Abaixo e acima do local fraturado.
Abaixo e acima das articulações próximas ao local fraturado.
FRATURA NO ANTEBRAÇO, PUNHO E MÃO
O que fazer:
Flexionar o cotovelo, mantendo o polegar voltado para cima e coloque
duas talas, uma na face externa e outra na face interna do antebraço, indo a tala do
cotovelo até o meio da palma da mão.
Prenda o braço com uma tipoia.
Se houver ferimento ou fratura exposta, faça o curativo antes da
imobilização.
FRATURA NO BRAÇO
O que fazer:
Coloque algodão ou pano dobrado entre o braço e o tórax (na axila).
Coloque tala forrada na parte externa do braço, do ombro ao cotovelo.
Prenda o braço junto ao tórax usando duas tiras ou uma faixa longa.
Apóie o braço usando uma tipóia.
FRATURA DA CLAVÍCULA
O que fazer:
Imobilize o braço (do lado da clavícula fraturada) colocando-o junto ao
tórax, apoiando a mão sobre o ombro do lado não fraturado.
Use uma faixa larga ou uma bandagem, envolvendo o braço e o tórax.
Não use tiras.
FRATURA DA COXA
O que fazer:
Coloque a vítima deitada de costas.
Use duas talas, uma na face interna, a outra na face externa, indo do
calcanhar até a cintura.
Prenda as talas com tiras.
Providencie a remoção ou transporte.
FRATURA DO JOELHO
O que fazer:
Coloque a vítima deitada de costas.
Coloque as talas lateralmente e na parte posterior da perna indo do
calcanhar até a coxa.
Prenda as talas com tiras e providencie o transporte.
FRATURA DA PERNA
O que fazer:
Ponha talas na face externa e interna das pernas do comprimento que
ultrapasse as juntas acima e abaixo da fratura.
Use pano ou material macio e amarre as talas com tiras em quatro pontos:
Abaixo da junta, abaixo da fratura.
Acima da junta, acima da fratura.
OBSERVAÇÃO
Outro recurso consiste em amarrar a perna com fratura na outra que esteja sã
colocando-se um coxim ou pano entre ambas e amarra-las.
FRATURA DO PÉ
O que fazer:
Afrouxe o sapato da vítima com sem retirá-lo para não movimentar o osso
lesionado e acarretar outra lesão.
Fazer compressão com gelo no local com o sapato praticamente aberto (se
necessário, corte o sapato com cuidado, caso seja difícil de afrouxar. Jamais puxe).
Compressas de gelo com intervalos de 10 minutos.
Coloque talas na face externa e interna, indo do calcanhar até o meio da
perna.
Prenda as talas com tiras.
FRATURA NO CRÂNIO
Manifestações
Perda de sangue pelas narinas e ouvidos.
Inconsciência ou não.
Náuseas, vômito imediatamente ou horas depois.
O que fazer:
Mantenha a vítima em repouso e recostada.
Aplique saco de gelo ou compressa gelada no local.
Estanque a hemorragia Proteja o ferimento (se houver).
Evite o estado de choque.
Inicie a respiração artificial boca-a-boca se houver parada respiratória.
Execute a massagem cardíaca externa, associada à respiração artificial
boca-a-boca, se a vítima apresentar ausência de pulso e dilatação das pupilas.
Remova imediatamente a vítima para o hospital em um transporte
adequado e seguro.
FRATURA DA COLUNA VERTEBRAL E BACIA
Manifestações
Dor local após forte traumatismo
Dormência nos membros
Paralisia
O que fazer:
Mantenha a vítima agasalhada e imóvel (jamais movimente a vítima).
Evite o estado de choque.
Observe a respiração e esteja pronto para iniciar as compressões
cardíacas.
Utilize uma superfície dura (maca, taboa, porta) colocando-a de costas,
para ser transportado.
Solicite a ajuda de pelo menos cinco pessoas, para transferir a vítima do
local do acidente para a maca.
Movimente a vítima como um bloco, isto é, levante todo o corpo ao
mesmo tempo, evitando mexer separadamente a cabeça, o pescoço, o tronco, os braços
e as pernas.
Imobilize o acidentado deitado de costas.
Coloque por baixo do pescoço e da cintura um coxim ou toalha ou lençol
dobrado para levar a coluna vertebral.
Prenda a vítima na maca com tiras, cintos, etc...
Solicite, sempre que possível, a assistência de um médico na remoção da
vítima.
Outro procedimento de transporte:
A vítima deve ser transportada em decúbito ventral. O peso do próprio tronco não
agravará mais a lesão.
Se o transporte se fizer com a vítima em decúbito dorsal, colocar coxins da região da
nuca e lombar:
FRATURA DE PESCOÇO
Imobilize o pescoço, colocando ao seu redor uma toalha, pano, camisa,
etc., fixando com o cinto.
Deixe a vítima em decúbito dorsal colocando apoio o pescoço.
Chame o médico.
Atenção
A movimentação inadequada poderá causar ao acidentado danos
irreparáveis.
Não remova ou arraste o acidentado até que a região suspeita de fratura
esteja imobilizada, a menos que ele se encontre em iminente perigo de vida.
2- BANDAGEM
Conceito
Bandagem é o ato de aplicar uma atadura em torno do corpo, com fins terapêuticos.
As ataduras podem ser de tecido elástico, de gaze, de algodão, tecido gomado, de
tecido com gesso.
Pode-se fazer a bandagem com material improvisado: tiras de lençol, de saia, gravatas,
lenços guardanapos, fraldas, cintos, etc.
As ataduras podem ser:
a) Contensiva – Sustenta o curativo e imobiliza.
b) Compressiva – Exerce compressão sobre a ferida com hemorragia venosa ou
capilar.
c) Corretiva – Imobiliza articulações afetadas, usadas em caso de entorse.
Pontos a observar:
A região que vai ser coberta pela atadura deve estar sempre limpa e seca.
Os músculos da região a ser imobilizada devem estar relaxados e em
posição natural.
A atadura é colocada da extremidade para o centro e da esquerda para a
direita.
O término da atadura não deve ser feito em forma de nós nem terminando
sobre a lesão.
As extremidades (dedos) devem ficar livres e visíveis.
TIPOS DE BANDAGENS
3- QUEIMADURAS
Conceito
Chamamos de queimaduras, a toda e qualquer lesão, ocorrida no organismo humano
em consequência à ação curta ou prolongada de calor, em todas as suas modalidades. São
classificadas segundo:
3.1- OS AGENTES
3.1.1- Químicos – ocasionados por substâncias cáusticas, ácidos e sais, e de certos
gazes, como o gás de mostarda e outros. Causam destruição dos tecidos da pele, mucosa,
ocasionando as lesões denominadas de queimaduras químicas.
3.1.2- Elétricos – ocasionados pela energia elétrica. A lesão causada nos tecidos
depende da tensão e da intensidade da corrente. Causam lesões mais profundas com áreas de
necrose intensa e bem limitada.
3.1.3- Térmicos – ocasionados pela chama, vapores e líquidos quentes ou sólidos cuja
gravidade depende da área e do grau de profundidade ocorrido no organismo.
3.1.4 – Biológicos – ocasionados pelos seres vivos de origem vegetal (através de seus
líquidos eliminados) ou animal, como por exemplo a medusa (água-viva).
3.1.5 – Irradiações – ocasionados por substâncias de poder radioativo que lesam a
integridade da pele; exemplo, as produzidas por soldaduras elétricas, raios ultravioleta,
explosões atômicas.
3.2- A PROFUNDIDADE DA ÁREA LESADA
Em relação à profundidade da área lesada, utilizaremos a classificação de Boyer que a
divide em três graus, a saber:
1º grau – quando a lesão é bem superficial, causando vermelhidão da pele com ardor e
dor e tumefação (inchação).
2º grau – quando a lesão atinge a derme ocorrendo vermelhidão, dor e bolhas (devido
ao desprendimento da epiderme) e há presença de líquido claro.
3º grau – quando a lesão é mais profunda ocorrendo destruição das camadas da pele.
Nas lesões mais profundas, formam-se placas escuras e secas, a dor é menos intensa, e tem
tendência a deixar cicatrizes com retração. Uma pessoa pode apresentar queimaduras de
vários graus.
4- A EXTENSÂO DA PELE LESADA
A gravidade de uma queimadura depende mais de sua extensão da superfície atingida.
Quanto maior for a extensão da área, mais grave é o caso.
Há várias maneiras de se determinar a área queimada. O método que aqui citaremos é
o Berkow, a que chamaremos de “regra dos 9%”.
Tem-se uma ideia aproximada da superfície queimada usando a “regra dos 9%” do
seguinte modo:
Cabeça 9%
Pescoço 1%
Membro superior direito 9%
Membro superior esquerdo 9%
Tórax e Abdômen frente 18%
Tórax e região lombar costas 18%
Membro inferior direito 18%
Membro inferior direito 18%
Região genital 1%
(a área da região genital está incluída na do tórax e abdômen)
A pequena queimadura atinge 15% da área queimada.
A grande e média queimadura atinge mais de 15% da área queimada
Principais medidas para atender o queimado:
1º Prevenir o estado de cheque.
2º Controlar a dor.
3º Evitar contaminação
O que fazer ao pequeno queimado:
QUEIMADURAS TÉRMICAS: FOGO
O que fazer:
Retire imediatamente as vestes, se a peça é de fácil remoção e abafe o
fogo (se for o caso) envolvendo a vítima com um cobertor, casaco ou outros.
Lave com água a pequena área queimada.
O que não fazer:
Não tocar com as mãos a área queimada.
Não furar ou estourar as bolhas.
Não cobrir a lesão com gaze, principalmente na face, mãos, órgãos genitais.
QUEIMADURAS QUÍMICAS
O que fazer:
Lave a queimadura levemente com grande quantidade de água.
Procure logo um médico, dependendo da parte atingida (olhos, fase, boca,
órgãos genitais, etc.).
O que fazer no médio e grande queimado:
QUEIMADURAS TÉRMICAS
(líquidos quentes, fogo, vapor, raios solares, etc.)
O que fazer:
Retire imediatamente as vestes, ou abafe o fogo (se for o caso),
envolvendo a vítima com cobertor, casaco...
Deite a vítima, a cabeça e o tórax em plano inferior.
Levante as pernas – se possível.
Mantenha erguida a parte queimada.
Lave imediatamente a área queimada com água fervida fria, soro
fisiológico em abundância.
Mantenha a vítima em repouso.
Dê bastante líquido para beber (água, chá, café) – se a vítima estiver
consciente.
Aqueça a vítima.
Administre analgésico a que a vítima estiver habituada.
Evite o choque.
Evite a contaminação na área.
Remova imediatamente a vítima para o hospital.
O que não fazer:
Não aplique unguentos, graxas ou outras
substâncias.
Não retire corpos estranhos ou graxas das
lesões.
Não fure as flictenas, bolhas existentes.
NUNCA DÊ BEBIDAS ALCOÓLICAS.
QUEIMADURAS CÁUSTICAS NOS OLHOS
O que fazer:
Deite a vítima com o rosto voltado para o lado afetado.
Lave suave e abundantemente os olhos afetados.
Deposite uma gota de óleo de rícino ou vaselina líquida no olho e procure o
médico.
Outro procedimento:
Lave os olhos abundantemente com água do bebedouro ou do chuveiro ou com
soro fisiológico.
Deposite uma gota de óleo de rícino ou vaselina líquida.
Vede os olhos com gaze ou pano limpo.
Procure o médico com urgência.
COMO APAGAR A ROUPA INCENDIADA DE UMA PESSOA
Deite a vítima no chão e envolva-a com um cobertor, casaco, colcha...
Cubra primeiramente a parte correspondente ao pescoço, para que a chama ou
fumaça não atinja o rosto.
Se a roupa incendiar:
Retire rapidamente a peça de roupa incendiada.
Se possível coloque a vítima embaixo d’água.
Proteja a vítima com cobertor colocando-o do pescoço para baixo.
Proteja o rosto cruzando os braços diante dele.
Encaminhe ao médico imediatamente.
4- AFONGAMENTO
ASFIXIA-AFOGAMENTO
Afogamento é a imersão prolongada do organismo em um meio líquido levando a
vítima à asfixia (perda do sentido devido a falta de oxigênio e ao excesso de anidrido
carbônico no sangue).
O que fazer:
Aproxime-se da vítima pelas costas.
Segure-a firme e mantenha a cabeça fora d’água.
Inicie imediatamente a respiração artificial boca-a-boca (ainda com a
vítima dentro d’água, se estiver inconsciente).
Retire a vítima da água.
Coloque-a deitada de costas com a cabeça mais baixa que o corpo.
Execute a massagem cardíaca, capítulo XIX, e respiração artificial, se
houver ausência de pulso.
Retire as roupas molhadas logo que melhore e procure agasalhar a vítima
(todo o corpo e as extremidades) com cobertores, sacos de água quente, fricção,...
Mantenha a vigilância após a vítima ter recobrado os sentidos, pois
novamente uma síncope poderá ocorrer em consequência de uma nova parada
respiratória.
Dê líquidos quentes quando puder deglutir.
Mantenha-a em repouso por 24 horas.
Encaminhe ou chame o médico para o tratamento indicado (prevenir
complicações pulmonares).
MÉTODOS PARA RETIRADA DE LÍQUIDO DO AFOGADO
Se não conseguir colocar ar nos pulmões da vítima pelo fato de a mesma ter deglutido
grande quantidade de água, utilize um dos métodos abaixo com o objetivo de livra-la do
excesso de líquido ingerido.
a) Método Holdger-Nielsem
Coloque a vítima em posição ventral com a cabeça voltada para o lado,
lateralmente apoiada sobre as mãos que estão colocadas uma sobre a outra, ficando
assim com os braços dobrados. Desobstrua a boca e a garganta.
O socorrista se ajoelha sobre os dois joelhos diante da cabeça da vítima.
Segure os cotovelos da vítima para cima e para trás e deste modo o
socorrista consegue deslocar para cima e para frente a parte superior do corpo da
vítima, conseguindo deste modo a inspiração.
Coloque os braços na posição inicial.
Coloque as mãos do socorrista a cada lado da base do tórax e faça
compressão sobre ele.
Comprima o tórax da vítima, usando o peso do seu corpo para que a
vítima expire o ar inalado.
Coloque sempre um pano sobre o rosto da vítima para que não se cause
escoriações.
OBS.: O ritmo da respiração se fará em 12 vezes por minuto.
b) Método de Schaeffer
Coloque a vítima em posição ventral com os braços elevados lateralmente
ao longo da cabeça.
Coloque o rosto em posição lateral e sobre um pano limpo e seco,
O socorrista ajoelha-se sobre as coxas da vítima.
AFIXIA
Fixar-se-ão à tábua os braços, pulsos, tornozelos e pernas por meio de atadura, cinto
outros... deixando livre o tórax.
No caso do afogado, coloca-lo em decúbito ventral e a cabeça voltada para o lado.
Se a asfixia se deve a outras causas e a vítima tiver o abdômen volumoso, deita-la em
decúbito dorsal.
Os dois socorristas ficarão nas extremidades da tábua, fazendo-a inclinar-se
(balanço) a 300. A cada minuto se farão de 12 a 15 movimentos de subida e descida.
Outros métodos importantes são: pulmão de aço, ou o tubo intraqueal, sondas de
aspiração de mucosidades ou líquidos das vias respiratórias.
ATENÇÃO
É preciso prosseguir com a respiração artificial até que se verifiquem sinais
irrefutáveis de morte e este, será dado pelo médico.
5- ENVENENAMENTO
Conceito
Venenos são substâncias que, postas em contato com o organismo, causam
transtornos que perturbam e lesam a saúde, podendo ocasionar a morte.
Os venenos penetram no organismo pela boca, pele, mucosas e vias respiratórias.
Manifestações
Alteração do hálito (cheiro de veneno na boca).
Mudança de cor dos lábios e da língua (queimadura).
Dor intensa ou sensação de queimação na boca e na garganta.
Salivação abundante.
Náuseas e vômitos, podendo estes serem sanguinolentos.
Tosse e dificuldade respiratória.
Alteração do ritmo do pulso.
Dor de cabeça.
Vidro ou pacotes da droga em poder da vítima.
Excitação, convulsão, sonolência, inconsciência.
Sinais de estado de choque.
Parada respiratória.
Parada circulatória.
VENENOS INGERIDOS
O que fazer:
Mantenha a vítima em repouso.
Ministre o antídoto recomendado no recipiente de que proveio o veneno.
Desobstrua a boca e a garganta da vítima retirando secreção ou corpos
estranhos.
Provoque vômitos, se o veneno for ingerido, fazendo a vítima beber três a
quatro copos de água morna com sal ou com sabão.
Toque, em seguida, com o dedo ou com o cabo de uma colher, garganta da
vítima provocando reflexo do vômito.
Repita a ação até p líquido sair límpido.
A seguir, faça a vítima ingerir:
Leite
Clara de ovos batidos (quatro claras em 1 litro de água)
Suspensão de farinha de trigo ou maisena (4 colheres de sopa para 1 litro de
água).
Batatas amassadas em água.
Antídoto universal: 2 partes de torradas queimadas, uma parte de leite de
magnésia e uma parte de chá forte.
Inicie massagem cardíaca e a respiração artificial (em caso de choque)
Mantenha a vítima agasalhada.
Procure um médico urgentemente.
O que não deve fazer:
Não provoque vômito caso a vítima esteja inconsciente ou se tiver ingerido.
Soda cáustica.
Produto de petróleo (querosene, gasolina, removedor)
Ácido
Água de cal
Amônia
Alvejante de uso doméstico
Tira-ferrugem
Desodorantes de banheiros
Não dê álcool
Mantenha a vítima em repouso (não o deixe andar)
Não dê azeite ou óleo.
Atenção:
Entregue ao médico o vidro com a bula ou outras substâncias venenosas.
VENENOS ASPIRADOS
O que fazer:
Remova a vítima do local.
Carregue ou arraste a vítima para local arejado.
Aplique a respiração de socorro
Mantenha a vítima agasalhada.
Procure um médico urgentemente.
O que não fazer:
Não dê bebidas alcoólicas.
ENVENENAMENTO PELA PELE
Aplique jato d’água enquanto retira as vestes da vítima.
Lave a pele com água abundantemente.
Evite estado de choque.
Mantenha a vítima agasalhada.
Procure um médico urgentemente.
6- PARADA CARDÍACA E MASSAGEM CÁRDIO-RESPIRATÓRIA
Conceito
É a parada do bombeamento do coração. É também chamada síncope cardíaca branca,
em consequência de haver cessado a circulação do sangue. A respiração pode deixar de
existir e o coração ainda assim continuar a bater, mas o contrário é impossível.
O coração deixa de ter sua função por duas formas: em assistolia, o músculo cardíaco
fica completamente inerte, e em fibrilação, as fibras do músculo cardíaco ficam fibrilando,
tremendo como uma massa gelatinosa a tremer.
Esta forma é a mais comum e a mais fácil de se reverter o quadro. Na constatação da
parada cardiorrespiratória deve-se aplicar de imediato a massagem cardíaca externa ou em
tórax fechado. O método em tórax aberto é realizado pelo médico e a massagem se faz
diretamente no coração.
A parada do coração exige uma ação imediata para evitar lesões graves do sistema
nervoso ou a morte.
Não espere a chegada do médico. A reanimação cardiovascular deve ser iniciada
imediatamente.
a) Manter abertas as vias respiratórias (elevar moderadamente a cabeça da vítima).
b) Iniciar respiração artificial.
c) Restabelecer a circulação com a massagem cardíaca.
d) Estabelecer o tratamento definitivo.
Causas
Afogamento
Acidentes por eletricidade
Forte pancada na cabeça. Tórax
Envenenamento
Hemorragias graves
Manifestações
Inconsciência
Parada respiratória
Ausência de pulso e de movimentos cardíacos
Dilatação da pupila
Extremidades arroxeadas
Ausência de movimentos respiratórios
Morte aparente ou morte definitiva
MASSAGEM CÁRDIO-RESPIRATÓRIA NO ADULTO
Coloque a vítima deitada de costas sobre uma superfície dura, eleve
moderadamente a cabeça da vítima.
Se possível faça um coxim em baixo.
Continue ou inicie a respiração artificial pelo método boca-a-boca
Ponha sua mão uma por cima da outra sobre a metade inferior do esterno,
mantendo os dedos ligeiramente levantados e abertos.
Comprima com vigor o tórax, para que se abaixe o externo de 3 a 4 cm
pressionando o coração de encontro a coluna vertebral.
Descomprima em seguida, mantendo as mãos na posição inicial.
Repita a manobra tantas vezes quanto necessárias (30 manobras por 2
respirações).
Aplicar 2 respirações a cada 30 compressões.
Solicite, se possível, a ajuda de mais uma pessoa.
Caso tenha que transferir a vítima, continue as manobras.
MASSAGEM CÁRDIO-RESPIRATÓRIA
NO ADOLESCENTE E NA CRIANÇA
Siga o mesmo procedimento da massagem cardiorrespiratória do adulto.
A massagem cardíaca é realizada utilizando-se só uma mão.
Na criança utiliza-se somente os dedos a fim de que não ocorram fraturas
ósseas no esterno ou costelas.
OBS.: Os casos de parada
cardíaca exigem do socorrista uma
atuação imediata e correta. Não se pode
aguardar a chegada do médico. Aplique
logo os seus conhecimentos.
ESCOLA SANTA BÁRBARA
JOGOS OLÍMPICOS
Os Jogos Olímpicos são considerados o maior evento esportivo do mundo. A cada
quatro anos, esportistas de diversos países se reúnem em um único país para disputar contra
outros competidores para ver quem é o melhor em determinada modalidade. Em 2016, por
exemplo, tivemos os Jogos Olímpicos no Rio de Janeiro, em que o Brasil foi o palco para
esse grande evento histórico.
A história dos Jogos Olímpicos
Tudo começou em 776 a.C., na cidade
grega de Olímpia. A sede da “primeira edição”
dessa reunião de atletas foi a responsável por
batizar o evento. Diversos participantes das
cidades-estados gregas vieram para participar
de algumas modalidades esportivas. Naquela
época, a quantidade de estilos ainda era
limitada. Tínhamos a luta, o boxe, a corrida de
cavalo, o atletismo e o pentatlo.
Esse último, na verdade, incluía uma série de atividades diferentes. O pentatlo
envolvia a luta, corrida, salto em distância, arremesso de dardo e de disco. Já naquela época
haviam decidido que os Jogos Olímpicos se realizariam de quatro em quatro anos. Por causa
da limitação de modalidades, o evento duraria cerca de cinco dias até a sua finalização. Os
jogos aconteciam nos meses de julho e agosto.
Conta a história dos Jogos Olímpicos que esse período era encarada como uma época
de trégua sagrada. Nesse período, sessavam as intrigas entre as cidades-estados e todos se
reuniam para disputar as modalidades esportivas em um chamado “espírito olímpico”. Isso é
algo que permanece até hoje, motivando atletas a superarem a diferença e disputarem apenas
dentro das competições.
Migrando para a Era Moderna
Ainda naquela época, os campeões de cada
modalidade eram recebidos como heróis em suas
cidades. Ganhavam uma coroa de louros que eram
encontrados próximo ao trono de Zeus, o deus mais
poderoso para os gregos. Essa é a mesma coroa que
vemos representadas em algumas ilustrações desse
período. De um modo geral, a Jogos Olímpicos
ajudaram a unir os gregos até o ano de 394 a.C., período até o qual foram realizados 293
edições desse evento.
Porém, quando Teodósio assumiu o comando do Império Romano, depois de ter sido
convertido ao cristianismo, proibiu qualquer adoração a outros deuses e festas pagãs. Isso
incluía a realização dos Jogos Olímpicos. Foi somente após os anos 1500, por iniciativa do
esportista francês Pierre de Fredy, que o evento voltou a ganhar alguma importância dentro
do cenário mundial.
Apesar disso, foi somente no século XIX que uma edição dos Jogos Olímpicos voltou
a acontecer. As Olimpíadas da Era Moderna começaram a acontecer em Atenas, em 1896,
palco que ficou conhecido como o berço dos jogos modernos. Nessa primeira nova edição,
um total de 285 atletas de 13 países diferentes se reuniu para disputar algumas modalidades.
Entre elas temos: atletismo, esgrima, ginástica, halterofilismo, luta livre, ciclismo, natação e
tênis. Como prêmios para os vencedores, em vez de uma coroa de louros, eram concedidos
medalhas como símbolo da vitória.
Os Jogos Olímpicos hoje
Para ajudar a oficializar o evento
definitivamente, foi criado o chamado Comitê
Olímpico Internacional (COI) em 1894. Desde
então, o chamado COI auxilia na organização do
maior evento esportivo do mundo. Afinal, é preciso
muito braço para fazer um acontecimento dessa
magnitude, que envolve dezenas de países, acontecer
de forma organizada e sem problemas graves.
A história dos Jogos Olímpicos é construída até os dias de hoje. As Olimpíadas no Rio
de Janeiro em 2016, por exemplo, foram os primeiros a ser realizada em um país sul-
americano. Porém, até o momento, nenhuma candidatura da África foi aceita. Como marcos
da Era Moderna, podemos mencionar os diversos casos de boicotes que aconteceram durante
os anos. A imagem abaixo mostra os países que fizeram essa rebelião bem como o ano em
que cada nação deixou de participar dos jogos.
Mascotes olímpicas
As mascotes olímpicas são personagens (geralmente animais nativos) que
representam a cultura do país anfitrião dos Jogos Olímpicos. Desde os Jogos Olímpicos de
Inverno de 1968, em Grenoble, toda edição dos Jogos possui pelo menos uma mascote.
A mascote mais conhecida dos Jogos Olímpicos foi o urso Misha, dos Jogos
Olímpicos de Verão de 1980, em Moscou. Misha foi usado extensivamente durante as
cerimônias de abertura e encerramento, virou desenho animado e apareceu em diversos
produtos. Atualmente, uma boa parte do merchandising dos Jogos é voltado para o uso das
mascotes, focando principalmente o público jovem.
A imagem a seguir, mostra algumas das mascotes olímpicas:
Curiosidades dos Jogos Olímpicos
Mas não vamos ficar limitados a história dos Jogos Olímpicos. Você sabia, por
exemplo, que o símbolo das Olimpíadas – aqueles cinco anéis coloridos – faz referência aos
cinco continentes? O entrelaçamento e as cores servem para destacar a união e pluralidade
dos Jogos, algo que até hoje é bastante defendido.
As cerimônias de abertura e fechamento são praticamente espetáculos a parte. Todos
os anos, os países tentam se superar, mostrando muita organização para trazer um início e
fim de evento realmente marcante. Como esquecer, por exemplo, do aparecimento do
primeiro-ministro japonês vestido de Mario no encerramento dos Jogos Olímpicos do Rio de
Janeiro?
- O Cabo de Guerra foi um esporte olímpico entre os anos de 1900 e 1920.
O primeiro brasileiro a ganhar uma medalha de ouro em Olimpíadas foi Guilherme
Paraense. O feito foi realizado na prova de tiro durante as Olimpíadas de 1920, na Antuérpia
(Bélgica).
- A nadadora Maria Emma Hulga Lenk Zigler (mais conhecida como Maria Lenk) foi
a primeira brasileira (e também sul-americana) a participar dos Jogos Olímpicos. O fato
histórico ocorreu nas Olimpíadas de Los Angeles de 1932. Com apenas 17 anos, Maria Lenk
competiu nas provas de 100 metros livres e 200 metros peito.
- O atleta que mais ganhou medalhas olímpicas foi o nadador norte-americano Michael
Phelps. Nos Jogos Olímpicos de Atenas (2004) e Pequim (2008) ele ganhou, no total, 16
medalhas. Nas Olimpíadas de Londres, o nadador conquistou mais 6 medalhas (sendo 4 de
ouro e 2 de prata), totalizando 22 medalhas olímpicas.
- Os Jogos Olímpicos de 2016, que foi realizado na cidade do Rio de Janeiro, foi a
primeira edição deste evento em território sul-americano.
- As Olimpíadas de Londres de 1948 foram as primeiras a serem transmitidas pela TV
para residências particulares.
Em 1916, as Olimpíadas de Berlim foram canceladas por causa da Primeira Guerra
Mundial.
Por fim, destacamos a importância da história dos Jogos Olímpicos para a
humanidade. Como no passado, a realização de um evento esportivo que une diversas nações
realmente ajuda a diminuir a barreira existente entre diferentes povos. No momento dos
jogos, todos são iguais e todos possuem a mesma condição de ganhar. Não dominadores e
nem conquistados. Apenas atletas que querem dar o melhor para levar a medalha olímpica
para casa.
A política também já esteve envolvida com escândalos da história dos Jogos
Olímpicos. Como não lembrar, por exemplo, da ocasião em que Hitler se recusou a dar
medalhas para vencedores porque eles eram negros. Mas ainda há diversas histórias
polêmicas envolvendo as Olimpíadas. Casos de uso de drogas, dopping, violência e diversas
outras situações causaram uma pequena mancha nesse evento mundialmente conhecido.
Olimpíadas Tóquio 2020
As Olimpíadas de 2020 serão realizadas em Tóquio, no Japão, de 24 de julho a 9 de
agosto de 2020. Em sua 32ª edição, os Jogos Olímpicos de Verão terão 33 modalidades
esportivas, com a expectativa de participação de mais de 11 mil atletas, os quais
representarão mais de 204 países.
Essa é a segunda vez que Tóquio recebe os Jogos Olímpicos Modernos - a primeira
vez foi em 1964 -, o que tornou a capital japonesa a ser a primeira cidade asiática a sediar
duas vezes as Olimpíadas. A expectativa do Comitê Organizador Internacional (COI) é de
que cerca de 4,5 milhões de pessoas estejam presentes nas competições, que serão realizadas
na Baía de Tóquio (capital) e região metropolitana (com exceção de Sapporo, a 832 km de
Tóquio), em 43 locais definidos para os eventos.
Tóquio foi anunciada oficialmente como sede das Olimpíadas de 2020 na cerimônia de
encerramento dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, em 2016, data em que começou a
contagem regressiva para a 32ª edição da competição. A estimativa orçamentária oficial do
Comitê Olímpico de Tóquio foi de 12,6 bilhões de dólares para a realização dos jogos.
Além desse valor, o governo anunciou o investimento de 7,5 bilhões de dólares.
A estrutura dos Jogos Olímpicos conta com 43 locais, sendo 25 já existentes e que
passam por adaptação para as competições, 10 temporários e 8 novas construções. Algumas
modalidades serão disputadas em lugares que foram construídos para as Olimpíadas de 1964
e permanecem em atividade, como é o caso do Estádio Olímpico, do Nippon Budokan e do
Ginásio Nacional de Yoyog.
O Estádio Nacional de Tóquio, ou Estádio Olímpico, passa por uma grande reforma
para receber a abertura e o encerramento dos Jogos Olímpicos, além das modalidades de
atletismo e partidas de futebol. O novo estádio terá capacidade para 68 mil pessoas, ao custo
de cerca de 1,5 bilhão de dólares.
Estádio Olímpico é a principal construção dos Jogos de 2020. (Crédito: Reprodução)
Quem pretende ir às Olimpíadas precisa estar atento para a cidade em que será sediada
a competição escolhida, já que Tóquio dividirá a programação com outras cidades. As
partidas de futebol, por exemplo, serão disputadas em várias cidades do Japão, como
Miyagi, Saitama, Yokohama, Fukushima e Sapporo.
Esportes e modalidades
As Olimpíadas de Tóquio de 2020 contarão com 33 esportes a serem disputados por
mais de 11 mil atletas. Algumas modalidades esportivas têm diferentes categorias de
competição, como os esportes aquáticos e o atletismo.
Desta maneira o programa dos Jogos Olímpicos de Verão de 2020 está composto da
seguinte forma:
Atletismo
100m, 200m, 400m,
800m, 1.500m, 5.000m,
10.000m, maratona, 100m
com barreiras (feminino),
110m com barreiras
(masculino), 400m com
barreiras, 3000m com
obstáculos, 4x100m,
4x400m, 20km de marcha
atlética, 50km de marcha
atlética (masculino), salto
em distância, salto triplo,
salto em altura, salto com
vara, lançamento de peso,
lançamento de disco,
lançamento de martelo,
lançamento de dardo,
heptatlo (feminino) e
decatlo (masculino).
Badminton
Basquete
Basquetebol
Basquete3x3
Beisebol/Softball
Basebol
Softbol
Boxe
Canoagem
Slalom
Velocidade
Caratê
Ciclismo
Estrada
Pista
BMX
Mountain bike
Freestyle
Esgrima
Escalada
Futebol
Ginástica
Artística
Rítmica
Trampolim
Golfe
Halterofilismo
Handebol
Hipismo
Hóquei sobre a grama
Judô
Lutas
Livre
Greco-romana
Aquáticos
Natação Artística
Natação
Saltos ornamentais
Pentatlo moderno
Polo aquático
Remo
Rugby sevens
Skate
Street
Park
Surfe
Taekwondo
Tênis
Tênis de mesa
Tiro
Tiro com arco
Triatlo
Vela
Vôlei
Vôlei quadra
Vôlei de praia
A MASCOTE
A mascote das Olimpíadas de Tóquio também segue a cartela de cores e formas do
emblema e foi nomeada de Miraitowa, nome formado pelas palavras japonesas Mirai (futuro) e
Towa (eternidade), que representa o desejo de um futuro cheio de esperança nos corações de
todas as pessoas do mundo.
31
Miraitowa é o mascote das Olimpíadas, e Someity é o símbolo das Paralimpíadas.
(Créditos: Reprodução Comitê de Organização das Olimpíadas Tóquio 2020)
Já a mascote das Paralimpíadas de Tóquio é Someity, criatura inspirada nas tradicionais
flores de cerejeira do Japão e que tem um incrível poder mental e força física, simbolizando a
superação de obstáculos dos paratletas. Seu nome é baseado na junção de Someiyoshino
(espécie de flor de cerejeira) com o termo “so might” (é possível, em adaptação ao português).
32
ESCOLA SANTA BÁRBARA
33
QUEM DANÇA SEUS MALES ESPANTA
A dança tem sido usada com o objetivo de desenvolver a expressão, a comunicação, a
improvisação, o ritmo e, naturalmente, como uma possibilidade de promover atividades físicas,
socialização e prazer aos participantes. Contudo, assim como as demais práticas corporais, ela é
constituída por elementos históricos, sociais e culturais. Por isso, além de possibilitar a vivência
da dança, neste bimestre, pretende-se explorá-la sob todos esses aspectos, trazendo a
compreensão de que as danças são, ao mesmo tempo, produto da cultura e produtoras de
cultura.
DANÇA, EXPRESSÃO E COMUNICAÇÃO
Agimos no mundo corporalmente, mais
especificamente por meio do movimento, pois com ele
nos comunicamos, trabalhamos, aprendemos, sentimos o
mundo e somos sentidos. O movimento é uma forma de o
indivíduo relacionar-se consigo, com o outro e com a
sociedade, e a dança é parte integrante desse processo.
Assim, estudar a respeito da dança é parte integrante desse
processo. Assim, estudar a respeito da dança é conhecer
um pouco mais sobre a humanidade e vice-versa.
A dança é considerada uma das formas mais elementares da expressão. Para compreender
melhor o que isso significa, leia o texto a seguir.
CONCEITOS E CLASSIFICAÇÃO
A dança é considerada uma das formas mais antigas de manifestação do corpo. Nasceu e se
desenvolveu na medida em que o ser humano teve a necessidade de se comunicar e de se
expressar, sendo as primeiras danças de cunho imitativo, nas quais os primitivos simulavam os
acontecimentos desejando que se tornassem realidade. Em todas as épocas e espaços
geográficos, a dança desempenhou para seus povos uma representação de suas manifestações,
de seus “estados de espírito”, de emoções, de expressão e comunicação de suas características
culturais. Por meio de gestos e movimentos, a dança traduz as mais íntimas emoções,
acompanhada ou não da música e do canto ou de ritmos peculiares.
Nanni (1995) aponta que o ser humano utilizou a dança como linguagem corporal,
simbolizando alegrias, tristezas, vida e morte, para celebrar o amor, a paz, ou seja, ela
representou diversos aspectos da vida humana.
As mulheres e os homens primitivos demonstram essa forma de expressão. Foi possível
conhecer seus vários costumes, representações míticas, lúdicas e religiosas por meio de
registros nas paredes das cavernas, como rituais de guerra ou quando clamavam por chuva à
natureza, pelo canto e pela dança. GASPARINI, Telma Cristiane. Dança. In: DARIDO, Suraya Cristina; RANGEL, Irene Conceição Andrade. Educação Física na
escola: implicações para prática pedagógica. 2. Ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2011. P. 202
34
ENTRANDO EM CAMPO
Em sua opinião, a dança é mais do que a forma de se comunicar? O que você imagina
que as danças conhecidas por você pretendem dizer ou expressar?
Relacione os tipos de dança de que mais gosta e, considerando as músicas (e as
respectivas letras, quando houver), o ritmo, os movimentos e os trajes utilizados, pense sobre o
que pode ser expresso por meio dessas danças. Registre essas reflexões no quadro a seguir.
Após o registro, reflita com seus colegas a respeito das repostas dadas e verifiquem se
vocês têm a mesma opinião a respeito.
Tipos de dança O que comunicam ou expressam?
CULTURAS DE MASSA, ERUDITA E POPULAR
A apropriação da dança por diversas manifestações da cultura possibilita que,
atualmente, essa prática extrapole finalidades comunicativas ou de expressão. Isso pode ser
verificado na chamada cultura de massa – que é um produto da indústria cultural cujo objetivo é
massificar a cultura, principalmente por intermédio dos meios de comunicação mais populares.
A indústria cultural produz conteúdo para ser consumido, independentemente de técnicas e
valores. É um produto do capitalismo feito para ser comercializado.
O filósofo alemão Theodor W. Adorno é defensor da ideia de que a cultura de massa é
imposta pelos meios de comunicação de massa à população, que apenas absorve os conteúdos
passivamente sem compreender seus conceitos. Um exemplo são as músicas internacionais que
podemos ouvir diariamente no rádio. Muitas pessoas não compreendem a língua inglesa, mas,
em decorrência do ritmo contagiante, cantarolam suas melodias ou as dançam
independentemente das mensagens que expressam.
Em contrapartida, além das manifestações da cultura de massa, e consequentemente dos
tipos de dança vinculados a ela, há outras manifestações, como as de erudita e as de origem
popular.
A cultura erudita é aquela apreciada, mais
comumente, por público com maior acúmulo de
capital e seu acesso pode ser mais restrito, o que
a faz ser considerada superior.
Baile do balé Lago dos Cisnes
35
Muitas vezes, a cultura é associada a instituições como museus, a obras de arte ou a
audições e espetáculos de ópera, teatro e dança, cujos ingressos são de preço elevado.
Entretanto existem diversos projetos que levam esse tipo de cultura até as classes mais
populares, tornando-o mais acessível, ainda que ocorra, de modo geral, em uma escala menor.
O fato de a cultura erudita ter status social não é motivo para outras formas de cultura
serem desmerecidas e alvos de preconceito. Uma dança
como o break, advindo de um movimento cultural de rua,
não deve ser considerada inferior, por exemplo, ao balé
clássico. Tão somente uma dança é diferente da outra.
Por cultura popular entende-se qualquer estilo de
música, dança, crença, literatura, costumes, artesanatos e
outras formas de expressão transmitidas por um povo, por
gerações, e geralmente de forma oral.
Esse tipo de cultura não é produzido com base em estudos acadêmicos, por exemplo, mas
apreendido de forma simples, muitas vezes em casa, por meio da convivência com outras
pessoas. A cultura popular é muito contemporânea, pois resiste ao tempo e raramente se
modifica. É uma cultura originada pelo próprio povo, não sendo imposta pela indústria cultural
ou por uma classe social elitizada.
ORGANIZE AS IDEIAS
Com base nas primeiras noções sobre as culturas
de massa, erudita e popular, reúnam-se em trios e
conservem para então relacionar, no quadro a seguir, as
danças que correspondem respectivamente a cada tipo de
cultura.
CULTURA DE MASSA CULTURA ERUDITA CULTURA POPULAR
RITMO: EXPRESSÃO CORPORAL E CULTURAL
Na dança, o ritmo é um dos elementos que possibilita o desenvolvimento coordenado dos
movimentos do corpo. Trata-se de uma capacidade essencial do comportamento humano, que
contribui para o movimento ordenado proporcional, simétrico e harmônico. Portanto, o ritmo
Breakdance na rua
Dança do frevo
36
não é um elemento exclusivo da dança, pode ser
observado também em outras práticas corporais, como
na ginástica, nos jogos, nos esportes e nas lutas.
O termo ritmo também está associado às ondas,
aos batimentos cardíacos e ao crescimento das plantas,
etc. Entretanto, nosso enfoque é verificar algumas
relações de ritmo com as práticas corporais. Por
exemplo, a prática de boxe é coerentemente associada a músicas com ritmos fortes; já a prática
de ioga requer que seus movimentos sejam desenvolvidos ao som de uma música que tenha
ritmo lento.
Na dança, o ritmo produzido por um som ou uma música pode estabelecer ordenação e
harmonia na realização dos movimentos. Há danças que representam um pouco da história e
doa costumes de determinada região e refletem o modo de pensar, além de perpetuarem os
movimentos que reforçam relações culturais, manifestações artísticas e práticas corporais.
Atualmente, é comum encontrar, em vários espaços, a prática de danças contemporâneas,
folclóricas, de salão, de rua, entre outras. Cada uma dessas modalidades traz consigo elementos
vinculados às suas origens, aos respectivos contextos de criação e às formas de apropriação das
expressões corporais.
A relação entre ritmo e corpo é muito íntima. Várias associações podem ser feitas, por
exemplo, com o funcionamento do organismo – a própria batida do coração acontece em uma
sequencia rítmica.
Ao mesmo tempo que o ritmo estimula a movimentação corporal, o movimento pode
produzir ritmo.
A seguir conheça alguns exemplos de grupos e manifestações que trabalham a relação
entre corpo e ritmo de diferentes formas.
GRUPO BARBATUQUES
Sons do corpo ao ritmo do Barbatuques
Grupo brasileiro de percussão corporal, criado em 1995
pelo músico paulistano Fernando Barba, o Barbatuques
mostra que a música pode estar em cada pessoa
naturalmente. Tendo como ema central sons gerados
unicamente através do corpo, vem desenvolvendo pesquisas,
oficinas, palestras e apresentações em São Paulo – sua
“sede” – pelo Brasil e países como Líbano, Rússia,
Colômbia, França e USA. Com quatorze componentes fixos, o
grupo, através de batuques e algumas vezes voz, valoriza a cultura brasileira no palco, e
mostra a importância da coletividade.
[...]
- A coletividade é um dos componentes principais para nós, que temos que tocar ouvindo o
que o outro está tocando e buscando com ele uma perfeição. Desta forma o tocar em grupo
37
passa a ser uma referência mais importante que o individualismo, e a pessoa vai comprando a
ideia dos companheiros e juntando as suas, e assim vice-versa, recebendo algo de todos, e
dando algo para todos, porque se um falhar ficará uma lacuna, à medida que todos são
importantes para a construção do espetáculo – fala [o fundador do grupo].
- Creio que faz bem ao homem conhecer melhor a si próprio, física e mentalmente, e a partir
daí enxergar os outros, descobrindo como é o som da sua palma, seu timbre de voz, suas
características e os seus desejos e imaginário, valorizando sempre as diferenças, não buscando
uma unidade padronizada em que todos sejam iguais, mas buscando se conhecer como
indivíduo para formar com muitos outros o sentido de sociedade onde todos buscam o bem
coletivo, assim é no palco e também deve ser na vida – conta.
[...] SONS do corpo ao ritmo do Barbatuques. Democracia, ano VII, n. 53, jun 2009. Disponível em:
‹http://www.anovademocracia.com.br/no-53/2187-sons-do-corpo-ao-ritmo-do-barbatuques›. Acesso em: 7 de maio
2015
BANDA OLODUM
Grupo rítmico da cidade de Salvador, Bahia, a banda Olodum foi fundada em 25 de abril de
1979 durante o período de carnaval e é responsável pela criação do “samba-reaggae”.
A Banda Olodum é uma organização não governamental (ONG) reconhecida pelo governo
do estado da Bahia por sua utilidade pública. Sua sede está localizada no Centro Histórico de
Salvador, onde costuma se apresentar.
Por meio da dança e da percussão, a banda carrega a
bandeira de combate à discriminação social, estimula a
autoestima e o orgulho afro-brasileiros, defende e luta para
assegurar os direitos civis e humanos das pessoas
marginalizadas, contribuindo assim para promover o
respeito à diversidade cultural e à singularidade humana.
Suas apresentações unem o toque dos tambores a
movimentos de dança afro, transformando um dos pontos
turísticos mais famosos da cidade em palco para uma
coreografia contagiante.
GRUPO STOMP
O grupo Stomp surgiu na Inglaterra, em 1991, e viaja o mundo inteiro apresentando sua
performance, que produz ritmos com materiais inusitados. Seus componentes também
transformam o próprio coro em instrumentos de percussão. Atores de rua de várias
nacionalidades integram o Stomp, inclusive um brasileiro.
Uma das criações mais interessantes do grupo consiste na produção de sons por meio do
quicar de bolas de basquete.
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FANDANGO
Trata-se de uma dança que faz parte do folclore
dos estados do Sul do Brasil, estendendo-se até o
litoral paulista.
As danças de fandangos podem ser bailadas ou
sapateadas e as coreografias seguem o ritmo de duas
violas, do acordeão, da rabeca, do pandeiro rural e
das batidas dos tamanhos utilizados pelos
dançarinos.
CRIATIVIDADE E DANÇA
A dança permite às pessoas a expressão de suas emoções,
sentimentos e tradições. Sendo assim, entende-se que não deve
haver uma preocupação demasiada com os aspectos técnicos
relacionados aos diferentes estilos. Quando se dança, é
fundamental valorizar a possibilidade de expressão de
sentimentos e da vivência de diferentes sensações.
É sabido que a apropriação da dança pelo esporte – como
profissão e em apresentações artísticas – exige técnica e rendimento. Contudo, essas situações
destinam-se a uma parcela pequena da população, visto que a dança, para a maioria das
pessoas, é uma forma de divertimento. Voltados a esse último fim, os movimentos da dança
podem permitir a descontração dos indivíduos praticantes, aliviando tensões e dando mais
fluidez ao corpo.
O conhecimento de diferentes estilos de dança pode favorecer a criatividade, enriquecer o
repertório corporal de quem dança e possibilitar outras formas de se movimentar ao som de
ritmos diversos.
O improviso é uma das formas de exercer a criatividade. Leia a respeito no texto a seguir.
Dança e improviso
Utilizando-se da improvisação como conteúdo, não se pode estabelecer com certeza que se chegará à dança
propriamente dita, ou seja, à dança como produção artística (considera-se que esta pode acontecer
independentemente de uma capacitação profissional). Isso acontece porque a improvisação desvia-se dos
rígidos processos de aprendizagem, puramente técnicas, que a dança, tal como esporte, comporta. Nesse
caminho, os indivíduos poderão descobrir-se com os outros interesses no campo das vivências corporais.
Possivelmente, isso já seria um resultado (esta descoberta) das práticas iniciadas da improvisação. No entanto,
considera-se a possibilidade que existe de convertermos uma ação corporal em dança (exemplos: o ato de coçar,
utilizando como representação e não como resposta a uma necessidade funcional de acalmar uma coceira),
podemos reconhecer que a dança “encerra a possibilidade de dar corpo a imagens, fantasias, pensamentos e
sentimentos...” (STOKOE; Harf, 1987, p.17) e é uma criação pessoal.
KUNZ, Maria do Carmo Saraiva. Ensinando a dança através da improvisação. Motrivivência, ano 4, n.5, 6 e 7, p. 167-
169, dez 1994.
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Compondo coreografias
Na realidade da Educação Física escolar, é importante conceber as coreografias e as
apresentações como consequências de um processo criativo. Neste material, a coreografia não é
trabalhada como uma forma de avaliação ou produto final do aprendizado, mas como uma etapa
da vivência e experimentação corporal da dança.
Para possibilitar o conhecimento de diferentes formas de movimentação, inicia-se com a
construção de coreografias simples ou de composições coreográficas, que constituem partes
importantes da dança.
Uma composição coreográfica necessita de três elementos básicos: movimento, expressão e
técnica.
O movimento, na dança, deve expressar sentidos e significados. A expressão é representada
pelos gestos e pelas ações, que compõem a coreografia. A técnica, por sua vez, representa os
conhecimentos básicos necessários para realizar o movimento. Dessa forma, é possível
constatar a interdependência entre os três elementos. Além disso, para construir uma
composição coreográfica, é preciso utilizar alguns artifícios já conhecidos, entre eles a
comunicação, o ritmo e a criatividade.
A coreografia apresenta-se, assim, como um conjunto de elementos da dança, organizados
conforme uma sequência rítmica e por meio de uma sucessão de movimentos que se
completam.
Dança, qualidade de vida e saúde
Considerando os conceitos de qualidade de vida e da saúde estuados até então, a dança tem
sido compreendida como uma atividade privilegiada para o desenvolvimento saudável dos
indivíduos.
Em decorrência de tal constatação, essa prática corporal vem ganhando espaço em
academias, clubes e associações como uma alternativa de atividade física que possibilita a
participação de todos e de forma prazerosa.
Para que uma atividade física forneça subsídios para o desenvolvimento da saúde e da
qualidade de vida, é preciso que seja incorporado ao cotidiano de vida do indivíduo. Nesse
sentido, a dança encontra-se entre as atividades com menor índice de abandono, ou seja, a
maior parte das pessoas que inicia essa prática não pensa em interrompê-la. Além disso, há uma
grande diversidade de estilos a ser praticada, o que torna essa atividade bastante dinâmica.
Confira alguns benefícios da dança.
Aumenta a flexibilidade corporal
Melhora o condicionamento
aeróbico
Melhora a coordenação motora
Desenvolve as noções rítmicas
Ajuda no emagrecimento
Melhora a capacidade
cardiorrespiratória
Fortalece a musculatura
Alivia dores
Favorece o convívio social
Combate a depressão e a timidez
Proporciona alegria
Eleva a autoestima
Combate o estresse
Ajuda no alívio da tensão
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Zumba
A zumba é uma modalidade de dança desenvolvida para jovens e adultos com enfoque
no desenvolvimento do condicionamento físico de uma maneira prazerosa.
É uma dança latina composta por diversos ritmos – salsa, merengue, cúmbia,
reggaeton, chá-chá-chá, latim pop, samba, reggae e bachata.
Esse estilo de dança foi criado fortuitamente, na Colômbia, na década de 1990, como
conta seu idealizador:
[...]
A Zumba nasceu por acidente, quando eu tinha uns 16, 17 anos e dava aulas de
aeróbico e de step. Certo dia, esqueci minhas músicas de aeróbica em casa e a única fita
que eu tinha na mochila era de músicas que
havia gravado das rádios. Expliquei para os
alunos que íamos fazer uma aula diferente e
comecei a improvisar por uma hora. Ao fim da
aula, as pessoas estavam felizes, sorridentes e
suando, e o mais importante era que eu estava
muito contente. Uma hora de aula passou como
se fossem 20 minutos. [...] ANDRADE, Thamires. Criador da zumba credita sucesso às coreografias simples e divertidas. Disponível em:
‹http://boaforma.uol.com.br/noticias/redação/2013/12/16/criador-da-zumba-credita-sucesso-as-coreografias-simples-e-
divertidas.htm›. Acesso em: 7 de maio 2015.
Atualmente, a modalidade conta com 15 milhões de adeptos no mundo, espelhados por
mais de 180 países.
Dança-educação
Geralmente, é possível perceber que há pessoas que gostam de dançar ao passo que há
outras que afirmam não gostar.
Uma ideia relacionada à dança e que pode fazer com que algumas pessoas se afastem
dessa prática está ligada ao fato de acharem que ela “exige gestos perfeitos”,
preestabelecidos, que não estão, necessariamente, ao alcance de todos.
Por conta disso, há também pessoas que se limitam a apreciar a apresentação de
dançarinos, até mesmo se projetando na figura dos praticantes, mesmo desejando
vivenciar tal habilidade. Assim, imaginando que não
são capazes de sincronizar seus movimentos com o
ritmo da música da mesma forma que os dançarinos
profissionais, limitam-se a observar.
Nesse sentido, cabe fazer algumas perguntas: Que
perfil de pessoa pode dançar? A dança está restrita a
um público específico? Qual é a idade ideal para se
aprender a dançar?
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Essas questões tocam em um aspecto importante á diversidade de perfis humanos e ás
suas experiências com essa prática corporal. Tais questionamentos também são pertinentes
quando refletimos sobre os diferentes estilos de dança. Tradicionalmente, algumas ideias
estiveram arraigadas à dança. Por exemplo, acreditava-se que apenas dançarinas de
estatura elevada poderiam praticar balé.
Atualmente, a dança, de modo geral, vem sendo adotada por pessoas de diversas e
distintas idades e distintas compleições físicas, superando preconceitos de longa data.
A dança, no atual contexto, apresenta-se como um elemento educativo, pois, para
aprender a dançar, é preciso também incorporar valores e atitudes de respeito às
diferenças. Além disso, é sabido que é possível dançar de acordo com os limites de cada
pessoa e considerando as possibilidades expressivas de cada indivíduo. O mais importante
portanto, é a disposição, a vontade e a determinação de quem se prontifica a praticar a
dança.
Sobre a relação dança-educação, os estudiosos Gariba e Franzoni afirma que:
O fundamental é ser capaz de compreender a dança como uma linguagem que, para
além de permear o processo de produção do conhecimento e a inserção da práxis social,
prioriza não só esse processo de construção, mas também os resultados dele advindos,
remetendo-os a momentos preciosos, capazes de despertar a consciência crítica de quem
os vivencia. Nessa tessitura, a dança enquadra-se como linguagem que deve ser ensinada,
aprendida e vivenciada, na medida em que favorece o desenvolvimento de vertentes
cognitivas, éticas e estéticas e contribui qualitativamente para as questões da socialização
e expressão. Atividades corporais advindas da expressividade, comunicação, alegria,
liberdade são elementos relevantes na vida do ser humano. GARIBA, C. M. S.; FRANZONI, A. Dança escolar: uma possibilidade na Educação Física. Movimento, Porto
Alegre, v. 13, n. 2, p. 155-171.
Ao individuo, deve ser permitida a expressão, por meio da dança, de forma criativa,
sem exclusões e julgamentos, tornando os movimentos corporais uma linguagem
transformadora, e não reprodutora.
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ESCOLA SANTA BÁRBARA
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SUPLEMENTOS ALIMENTARES
Os suplementos alimentares são a sensação do momento, por isso a preocupação em
expor os benefícios e malefícios desses gêneros alimentícios, que se designam a
complementar ou suplementar os regimes alimentares normais e que constituem fontes
concentradas de determinados nutrientes.
Os suplementos entram como coadjuvantes de grande importância para garantir
as necessidades nutricionais requeridas pelos atletas e praticantes de atividade física, pois
muitas vezes torna-se difícil atingir as calorias e os nutrientes necessários apenas através
da alimentação normal.
Eles são indicados principalmente para atletas de competição que gastam muitas
calorias devido ao exercício pesado e frequente. O gasto calórico muitas vezes é tão alto
que somente com a alimentação, não é suficiente completar a necessidade calórica e
nutricional.
Alguns praticantes de atividade física tomam esses suplementos com a promessa,
muitas vezes de ganho de massa muscular e perda de gordura corporal. O grande problema
é a prescrição desses suplementos, que precisa sempre ser orientada de forma cuidadosa.
Para praticantes de atividade física, onde o gasto calórico não e tão grande, na
maioria das vezes não há necessidade do uso de suplementos. Porém, algumas pessoas
deixam de se alimentar corretamente para completar com os suplementos.
Outro problema é que os praticantes de atividades físicas não costumam seguir as
recomendações de um nutricionista ou de um médico, consumindo os suplementos de
maneira inadequada, o que pode ocasionar problemas de saúde.
O que muitas pessoas não sabem, é que a nossa alimentação é rica em proteínas
(carne, ovos, frango, peixes, leite e derivados possuem este nutriente) e que quase sempre
se alcança o recomendado para a atividade física.
Por isso é sempre necessário ter a prescrição de um médico ou nutricionista, que
verifique a necessidade e elabore um plano alimentar adequado e relacionado com o
suplemento que se deseja utilizar, se for o caso.
Alguns suplementos proteicos:
Albumina
Whey Protein
Caseína
Proteína de Soja
Levedura de Cerveja
Creatina
Suplementos a base de carboidratos:
Maltodextrina
Dextrose
Hipercalóricos em geral
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Confira, abaixo, a lista dos principais suplementos alimentares e suas funções:
Whey protein
Conhecida do grande público, especialmente em forma de barrinhas e shakes, a whey
protein é a proteína do soro do leite. É um concentrado de proteína, que é o principal
constituinte das fibras musculares. Também contém todos os aminoácidos essenciais que o
corpo precisa, força e ânimo nos treinos. Pode ser encontrada em pó, barras e tabletes.
Indicada principalmente após os treinos ou junto a refeições pobres em proteínas.
Creatina
A creatina é produzida no fígado e nos rins a partir de três aminoácidos – e grande
parte é armazenada nas células musculares, servindo como fonte de energia. Os
suplementos desse nutriente podem ser encontrados em pó, tabletes, cápsulas e líquido e
podem ser consumidos a qualquer hora do dia, afirma Ana Luisa. Tem sua absorção
potencializada quando ingerida com carboidratos.
Maltodextrina
Carboidrato complexo, proveniente da conversão enzimática do amido do milho,
explica Ana Luisa. Esse concentrado fornece energia durante a atividade física de longa
duração e retarda a fadiga porque proporciona a liberação gradual de glicose para o
sangue. Pode ser encontrado em pó e em gel. Indicada, principalmente, para antes e
durante os treinos, aponta a nutricionista.
Albumina
Proteína presente na clara do ovo e principal proteína do sangue, ela contribui
para o crescimento e manutenção do tecido do corpo e impede a perda de massa
muscular. Pode ser encontrada em pó e tabletes. Indicada, principalmente, para o
consumo noturno, por ter uma absorção mais lenta.
BCAA
Aminoácidos de cadeia ramificada, ajudam no combate à fadiga e no ganho de
massa muscular. Pode ser encontrado em cápsulas, tabletes e pó e seu uso é indicado para
antes e após os treinos.
Arginina
É o aminoácido responsável pela produção do óxido nítrico (gás capaz de promover
vasodilatação, aumentando a nutrição e oxigenação muscular). Diminui a fadiga muscular
e melhora o desempenho físico em exercícios, uma vez que promove a vasodilatação e
consequente diminuição do uso de glicose pelos músculos. Pode ser encontrado em forma
de cápsulas e tabletes e é indicado, principalmente, antes dos treinos.
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Dextrose
Carboidrato simples, derivado da conversão enzimática do amido do milho. Por possuir
uma estrutura molecular pequena, o que facilita sua digestão e rápida absorção, é usada
como uma das principais fontes de energia pelo corpo. É encontrado em cápsulas e pó e
indicado para depois dos treinos, para recuperar a energia gasta.
O uso de suplementos cresce no mercado e milhares de pessoas buscam esse tipo de
produto na esperança de mais saúde, beleza e rendimento. As promessas de resultados
feitas pelos fabricantes geralmente não possuem qualquer respaldo cientifico ou são
embasadas em pesquisas encomendadas.
SUPLEMENTAÇÃO ALIMENTAR PARA ATLETAS
Pesquisadores e fisiologistas russos foram os primeiros a definir que uma
quantidade extra de carboidratos era necessária para atividades físicas exaustivas que
depletassem as reservas de glicogênio do corpo. Muitas dessas pesquisas foram realizadas
em função da necessidade do aumento da resistência física à fadiga de soldados durante a
segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Parte desses resultados foram incorporados aos estudos sobre fisiologia do exercício
e do que conhecemos hoje por “Dieta Pré Maratona” ou “Maximização do Glicogênio
Muscular”. Esses recursos são usados por atletas que participam de competições
esportivas de longa duração (acima de 1 hora e 30 minutos) como: maratonas, travessias a
nado em mar aberto, triathlon, etc.
Os suplementos alimentares começam a ser pesquisados pelos fisiologistas dos
Estados Unidos a partir dos 70 anos com o objetivo de aumentar a resistência física dos
jogadores de Football norte- americano. O primeiro suplemento comercializado recebeu o
nome de Gatorade (Gators+aid) em homenagem ao famoso time de futebol norte-
americano chamado Gators o qual se adicionou a palavra aid que significa auxilio.
O uso de suplementos cresce no mercado e muitas pessoas buscam esse tipo de
produto na esperança de mais saúde, beleza e rendimento. As promessas de resultados
feitas pelos fabricantes geralmente não possuem qualquer respaldo científico ou são
embasadas em pesquisas encomendadas. Burke & Read classificam os suplementos em
duas grandes categorias: os suplementos dietéticos e os auxiliadores ergogênicos.
Os suplementos dietéticos são similares aos alimentos em relação aos nutrientes
fornecidos, são produtos práticos para ingestão durante atividades, podem servir como
auxiliares no aumento do consumo energético ou do aporte vitamínico-mineral. Entre eles,
estão: as bebidas esportivas (com CHO e eletrólitos), os suplementos com alto teor de
CHO (como os geis de CHO), os multivitamínicos, os vitamínicos, os suplementos
minerais, as refeições líquidas e os suplementos à base de cálcio.
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Por eliminação, o restante das substâncias ingeridas de forma suplementar à
alimentação seria considerado auxiliador ergogênico. Os suplementos dietéticos não
promovem aumento de desempenho. O resultado melhor na performance seria uma
consequência da capacidade em atender uma demanda nutricional. Ou seja, o atleta não
ficaria mais forte ou mais rápido devido ao suplemento, mas conseguiria manter-se em
atividade mais tempo, por exemplo. Já o auxiliador ergogênico teria a capacidade de
aumentar a performance, fornecendo substâncias que fisiologicamente não fariam parte da
demanda nutricional. Outras classificações surgiram e alguns autores classificam todos os
suplementos como sendo ergogênicos porque, de uma forma ou de outra, eles auxiliam
na performance.
Na verdade, a grande diferenciação que se deve fazer é: existem substâncias que
podem agir alterando processos metabólicos e genéticos diferentemente dos alimentos e
existem produtos que simplesmente fornecem os nutrientes que normalmente viriam da
alimentação de outra forma. É a linha que divide o que seria considerado suplementação
nutricional do que se aproxima do doping. Dessa forma, quem consome suplementos e
participa de eventos esportivos, deve estar atento para o conteúdo real do suplemento, para
não ingerir substâncias proibidas, fato que já ocorreu com atletas importantes, que foram
condenados por doping, depois provando-se que a substância provinha de produtos
comercializados como “suplementos alimentares”.
BENEFÍCIOS DOS SUPLEMENTOS
ALIMENTARES PARA ATLETAS
De acordo com a nutricionista do esporte do HCor – Hospital do Coração, Camila
Garcia os suplementos são indicados para pessoas que necessitam de mais calorias,
proteínas e vitaminas, além das que são consumidas nas refeições diárias. “Como os
atletas passam a maior parte do dia treinando, muitas vezes só com as refeições comuns
(café, lanches, almoço e jantar) não conseguimos oferecer todos os nutrientes necessários.
Por isso usamos os suplementos para completar a alimentação base e atingir as
quantidades de nutrientes que os atletas precisam”, afirma Camila.
Hoje há no mercado diverso tipos de suplementos alimentares, cada um com a sua
finalidade e dosagem. Entre os mais utilizados estão os repositores de minerais e água, os
que são fontes de carboidratos, proteínas e lipídio, entre outros. Esses produtos possuem
inúmeros compostos que podem alterar o metabolismo do atleta, por isso, o auxilio de um
nutricionista na preparação da dieta e, consequentemente na indicação do suplemento
alimentar é primordial. Esse profissional agirá em paralelo com os treinadores e
profissionais de educação física e assume um papel muito importante da saúde do atleta.
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USO DE SUPLEMENTOS ALIMENTARES POR ADOLESCENTES
Evidencias médicas sugerem que a suplementação alimentar pode ser benéfica para
um pequeno grupo de pessoas, aí incluídos atletas competitivos, cuja dieta não seja
balanceada. Entretanto, tem-se observado que adolescentes envolvidos em atividade física
ou atlética estão usando cada vez mais tais suplementos.
Suplementos alimentares são definidos como substâncias utilizadas por via oral com
o objetivo de complementar uma determinada deficiência dietética. Muitas vezes de
melhorar ou aumentar a performance física.
A mídia é um dos importantes estímulos ao uso de suplementos alimentares ao
veicular, por exemplo, o mito do corpo ideal. Em 2001, a indústria de suplementos
alimentares investiu globalmente US$ 46 bilhões em propaganda, como meio de persuadir
potenciais consumidores a adquirir seus produtos.
Infelizmente, esse uso, na maioria das vezes, ocorre sem a necessária orientação,
como resultado das recomendações de colegas, treinadores, revistas, site na internet e de
ouvir nas academias de ginásticas.
Adicionalmente, esses produtos são vendidos em qualquer farmácia ou academia de
ginastica sem necessidade de prescrição e sem orientação de nutricionistas.
Um estudo de revisão recente descreveu as proteínas e aminoácidos, creatina,
carnitina e vitaminas como os suplementos alimentares mais utilizados. As razões citadas
pelos adolescentes para justificar o uso de suplementos alimentares são: o aumento da
massa muscular, melhora do desempenho competitivo, aumentar a performance física,
retardar o surgimento da fadiga, entre outros.
Os suplementos ergogênicos são as substâncias (nutrientes ou não) que quando
consumidos aumentam o desempenho. Podem ser divididos em lícitos e ilícitos.
DENTRE OS ERGOGÊNICOS ILÍCITOS TEMOS:
Classificação da droga Exemplos
Estimulantes Cafeína, cocaína efedrina
Narcóticos Codeína, morfina e heroína
Esteroides anabolizantes Testosterona, estanozolol
B-bloqueadores Atenolol, metaprolol, propranolol
Diuréticos Furosemida, trianterene
Hormônios peptídicos e
análogos
Hormônio de crescimento,
eritropoitina
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Dentre os suplementos ergo gênicos lícitos que possuem efeito podemos citar os
aminoácidos, creatina, e HMb. Estes três suplementos surgiram mais recentemente e
informações relativas ao uso são ainda de várias investigações.
Veja o risco dos suplementos alimentares
Quem costuma frequentar, além das aulas, as lojas de academia onde se exercita,
deve saber que suplementos alimentares não devem ser adquiridos da mesma forma das
roupas de ginástica. Estes suplementos, isotônicos, hipercalóricos, vitaminas e
fitoterápicos, vendidos também em farmácias e supermercados, são ingeridos por atletas
amadores, muitas vezes sem necessidade e com risco à saúde.
O consumo excessivo pode causar problemas gastrointestinais, neurológicos e
renais entre outros. Os suplementos à base de proteína e aminoácidos podem causar
problemas nos rins e fígado que prometem a perda da gordura trazem substancias como a
cafeína que, dependendo da dose, podem causar taquicardia. Até mesmo o suor que a
cafeína provoca engana o consumidor, que está realmente perdendo gordura.
Ela lembra ainda que o termo “queimador de gordura” foi proibido pela Vigilância
Sanitária. Outro suplemento da moda é a creatina. Indicada para atletas de esportes de
explosão, como jogadores de futebol e corredores dos 100 metros para recuperar o
músculo, para fornecer energia rapidamente, vem sendo consumido por quem quer ganhar
massa muscular. Isso não ocorre. Na verdade, existe um efeito colateral que é o acúmulo
de água no músculo, e muitas pessoas tomam este suplemento acreditando que estão
ganhando massa muscular.
Atenção
Após diversas denuncias foram realizadas pesquisas pelo renomado Instituto Adolfo Lutz, em
São Paulo resolveram apurar a suspeita sobre suplementos vendidos a quem treina musculação.
Foram analisados 111 produtos aprendidos em academias de ginástica paulista com o apoio da
Vigilância Sanitária local. Não foram divulgadas as marcas, mas sabe-se que seis eram nacionais,
dez eram fabricadas no exterior e 95 nem sequer apresentavam no rótulo o país de procedência.
O resultado da investigação foi bombástico: “Cerca de 25% dos suplementos tinham a massa
muscular”, conta um dos pesquisadores do Adolfo Lutz.
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Portanto, para quem está interessado em fazer algum tipo de suplementação
alimentar, o ideal é ter uma alimentação equilibrada e variada, com a ingestão de
alimentos naturais e de boa qualidade (frutas, verduras, legumes, etc.). É imprescindível
evitar vícios, como abuso de álcool e cigarro, já que além de prejudicar o preparo físico do
atleta, acabam por roubar os nutrientes vindos da alimentação que deveriam ficar retidos
no organismo.
TIPOS DE SUPLEMENTOS
Hipercalóricos:
São suplementos que possuem um valor energético alto, são “shakes” muito
calóricos para pessoas que precisam ganhar peso (massa muscular). Esses suplementos são
compostos por carboidratos e aminoácidos essenciais, ou seja, aminoácidos que não
produzimos no nosso corpo.
Proteicos:
Possuem compostos de aminoácidos essenciais ao nosso
organismo que ajudam na formação dos músculos, apesar de seu
organismo necessita de gordura e carboidratos para funcionar, é
simplesmente impossível construir músculos sem proteína. É por isso
que uma fonte de alta qualidade deve ser incluída em sua dieta e rotina
de musculação.
Termogênicos:
Ajudam no aumento do metabolismo, contribuindo para a perda de peso e de
gordura corporal.
Antioxidantes:
São ricos em nutrientes antioxidantes, ajuda na limpeza do organismo. Quem pratica
muita atividade física acaba liberando muitos radicais livres no organismo, que são
responsáveis pelo envelhecimento precoce ou que mesmo levam a doença como o câncer.
Esses antioxidantes ajudam na alimentação desses radicais livres.
Polivitamínicos e minerais:
São indicados para pessoas que necessitam de vitaminas e minerais no seu dia a dia,
seus usos mais comuns são em forma de comprimidos que contem diversas vitaminas e
geralmente sais minerais. Podem estar disponíveis em outras formas como tabletes ou em
pó. Os multivitamínicos muitas vezes tem sua fórmula determinada a um certo segmento
como: pessoas acima de 50 anos, pré-natal, crianças, contra stress, homens, mulheres e
diabéticos.
Hormonais:
São substâncias que estimulam a produção de hormônios. Muito cuidado no seu
consumo por que hoje em dia, nas academias, são muito comercializados. Sempre é
necessário uma avaliação médica para saber a necessidade da sua utilização.
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EFEITOS COLATERAIS
Alguns efeitos colaterais são atribuídos à creatina, entre eles: náusea, diarreia,
desconforto estomacal e tontura. Os efeitos causados pelo uso prolongado da creatina são
desconhecidos, mas toda literatura a respeito, inclusive dos fabricantes de suplementos
alimentares, deixa claro que o excesso de creatina poderá exigir um aumento do trabalho
dos rins e fígado, devendo o atleta estar sempre acompanhado de profissionais de saúde e
nutrição, para monitorar as funções do organismo.
PRECAUÇÕES
A creatina tem a capacidade de drenar uma quantidade considerável de água para
dentro da célula, podendo então sobrecarregar o fígado e os rins. O atleta, portanto deve
monitorar constantemente sua hidratação e buscar cuidados médicos se sentir dor nos rins
e perturbações no fígado.
O uso da creatina como suplemento não deve ser feito indiscriminadamente e, não
substitui completamente as refeições feitas com alimento natural.
Primeiro por que seus efeitos positivos não se apresentam iguais em todos os tipos
de pessoas, e em todas as modalidades esportivas. Segundo porque nem todas as
propriedades da creatina artificial foram medias de forma conclusiva, o que significa que
seus efeitos colaterais não são de todo conhecimento deles, por exemplo, a sobrecarga do
fígado e dos rins é muito alta.
Para chegar aos benefícios de um suplemento alimentar, o médico de esportes, diz
que é conveniente se observar alguns objetivos, tais como:
A dosagem utilizada (doses altas e baixas);
Tempo de utilização;
Momento da sua utilização (durante o treinamento e competição);
Modalidade do esporte;
Tipo de atleta.
Mas as embalagens não dizem tudo dos suplementos alimentares vendidos
principalmente nas farmácias, academias e etc. E nem todo o suplemento é indicado,
indiscriminadamente para qualquer pessoa. Na duvida um nutricionista pode ajudar a
escolher o suplemento indicado, sem perder vista a importância da alimentação normal no
dia a dia, que deve continuar rica e variada em proteínas, Vitaminas e sais minerais. Um
dos suplementos mais conhecidos atualmente é a creatina cujas características estão a
seguir, originalmente sintetizadas no fígado e no pâncreas, por meio de aminoácidos
arginina, glicina e metionina.
O nosso corpo produz para ter energia, a maioria das pessoas produz 2g de creatina,
que é suficiente para se ter um bom equilíbrio.