escola rodrigo

rua simão de évora, nº20, 2ºb

3000-386 coimbra

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INTRODUÇÃO

No início da concepção da nossa proposta, e após análise do caderno de encargos, sentimos a necessidade de conhecer o local. Porque tinhamos 2 locais distintos para

a implantação do Centro Escolar, e porque haviam uma série de pré-existências que não estavam descritas nem no caderno de encargos nem nas peças desenhadas

fornecidas, entendemos que seria interessante deslocarmo-nos ao local.

Após contacto com o sítio, e depois de estudadas várias possibilidades, entendemos fazer uma proposta já com alguma formalização, apesar desta não ser um requisito

obrigatório no caderno de encargos.

Essa formalização surge de várias ideias e conceitos que implementámos e que passamos a explicar posteriormente, bem como da experiência elevada que possuímos

na concepção deste tipo de equipamentos, que nos leva a optar por determinadas soluções.


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ESCOLHA DO LOCAL PARA IMPLANTAÇÃO

Como o local para implantação permitia alguma flexibilidade na opção a tomar, entendemos fazer uma reflexão do contexto urbano envolvente.

Desta forma, entendemos que o local para implantação do Centro escolar deveria ser o mais próximo possivel da rotunda que dá acesso ao “bairro”/Urbanização, por

vários motivos:

A acessibilidade ao Centro Escolar é mais directo neste ponto. As pessoas que

se dirigem ao Centro escolar, não necessitam de atravessar o bairro ( apesar

deste ter boas vias de acesso e mobilidade ). Pode-se criar 2 pontos de acesso

( um ao jardim de infância e outro à escola EB1 ), bem formalizar 2 pontos de

estacionamento distinto ( até porque as necessidades dos pais relativamente ás

crianças destas 2 faixas etárias são distintas ).

A topografia do terreno neste local, tem uma estrutura mais apropriada à

implantação do centro escolar ( como nós a entendemos ). Pode-se criar uma

grande plataforma de nivel continua, sem fazer grandes movimentos de terra,

e criar um outro nivel para recreio e zonas cobertas, continuando a minimizar

esse tipo de trabalhos.


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Implantando o equipamento na zona mais

próxima da rotunda, em termos

volumétricos, este não irá “competir” com a

escala dos outros edifícios. Tratando-se de

um centro escolar, que deve ter no máximo

2 pisos ( térreo e primeiro andar ), não deve

ter na proximidade edifícios de vários pisos (

por questões de luminosidade,

sombreamento, escala, e por outras questões

que tem a ver com a prórpia relação dos

alunos com a envolvente, com factores de

distracção e concentração ). Entendemos

também que colocar uma escola mesmo no

centro residencial, pode ser um factor de

instabilidade tanto para as crianças como para os moderadores. Sabemos que a escola é um suporte ao desenvolvimento residencial e um factor de estabilidade

para os moradores, mas entendemos que deve ser uma peça da engrenagem e não estar no centro desta.

No local onde implantamos o edifício, e na cota onde se formaliza grande parte da construção, ele encontra-se a um nivel bastante superior ao da linha de

caminho de ferro. Desta forma, não é um motivo de distracção ( porque está oculta quase na sua totalidade ), como também a nivel acústico é reduzido

naturalmente o seu impacto.

A exposição solar neste local é a apropriada, até pelo tipo de edifício que pretendemos criar.


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CONCEITO

Ao abordármos o local, a primeira imagem que retivemos foi naturalmente a proximidade com a linha de caminho de ferro. Obviamente que a escala residencial do

bairro é importante, como a localização do centro comercial ( tudo edifícios contemporâneos e que transmitem desenvolvimento, modernidade, criatividade...), mas foi

justamente este do tema do “comboio” e da “linha” que achámos ser o mote para a criação do edifício.


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Na concepção do edifício, tentámos introduzir os elementos que compõem

o sistema de caminho de ferro: linha, sulipas, comboio, movimento...,

harmonizando-os com elementos da paisagem: montanhas, conjunto

residencial, etc.

Entendemos que actualmente os edifícios, mais do que elementos

arquitectónicos, devem fornecer uma mensagem e transmitir sensações,

mais do que imagens. Desta forma, e sendo o comboio um elemento

fascinante para as crianças nesta faixa etária, cremos que ele devia ser o

elemento “condutor” da proposta, e que ele se devia “deslocar” e

movimentar durante um percurso – local, entre a “montanha e a cidade”.

Desta forma, a implantação do centro escolar, foi pensada como se tratasse de

uma linha de caminho de ferro, que naturalmente assenta em zonas o mais

planas possíveis. Estilizámos a estrutura de ferro e as sulipas, e adaptámo-las às

necessidades do equipamento. Abrindo e fechando espaços, formalizando

cheios e vazios, fazendo com que se fosse descobrindo a paisagem- Uma

viagem onde o comboio nos permite obter sensações diferentes, luminosidades

distintas, cores, etc.


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Toda a estrutura do edifício tem esta temática: não só na abordagem bi-dimensional da implantação, como também na estrutura volumétrica, onde as 2 lajes dos 2 pisos

desenham duas linhas, onde assentam as sulipas ( salas de actividade e restantes espaços de apoio ao centro ).


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Esta leitura volumétrica distinta, que cria

construções altimetricamente desfazadas,

fazem com que se projecte no topo dos

volumes uma nova linha de horizonte. A

partir da via de acesso, e percorrendo-a

de automóvel, pode-se imaginar uma

nova linha, como se um novo recorte das

montanhas que se projectam ao fundo

fosse aqui recriado.

Futuramente, não só na sinalética, como

na própria abordagem do interior do

edifício ao nivel da arquitectura, estes

elementos serão preponderantes na

definição dos espaços, de forma a

integrar e harmozinar todos os

conteúdos.

Pretendemos desta forma, que este centro escolar seja um marco importante de dinamização da região e em simultâneo algo que se diferenciará não só pela qualidade

intrínseca da proposta e do projecto, como da própria temática do espaço.


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PROGRAMA

O Centro terá todos os espaços mencionados no caderno de encargos. Não iremos acrescentar nenhum espaço aos referidos, mas daremos algum enfâse através de

soluções arquitectónicas a determinados elementos. Assim, pretendemos que do exterior sejam perceptiveis os espaços, ou seja, que se tenha a percepção volumétrica

de cada área.


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Pretendemos que sejam facilmente identificáveis cada

área, os acessos, os espaços de recreio, etc.

A área da EB1 é “separada” do espaço do JI, tendo

como pontos comuns as áreas mencionadas no caderno

de encargos, mas tendo como ponto de união a sala

polivalente.

A zona da EB1 tem 2 pisos (para as 10 salas de

actividades) enquanto que o Jardim de Infância tem

somente 1 piso.

Marcámos declaradamente a entrada no Centro Escolar através de uma cobertura que vem “buscar” os pais e as crianças desde a via pública. Pretendemos também

criar uma faixa de estacionamentos paralelos à via, que no fundo sirvam de suporte à Escola EB1. Relativamente aos estacionamentos para os pais que têm crianças no

Jardim de Infância, criámos uma zona de estacionamentos privativos mais próximos, com zona coberta, para que os pais possam facilmente colocar os filhos nas suas

viaturas, com tempo e a calma necessária.


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Estabelecemos igualmente uma separação clara

entre a entrada das crianças, pais, etc e a

entrada de serviço.

Na entrada do edifício, localizam-se na sua

proximidade a sala polivalente, as salas de

professores e gabinetes de apoio bem como as

instalações sanitárias de apoio. Projectámos

também os acessos verticais (com elevador) na

proximidade da entrada, para que se faça acesso

ao piso superior da EB1.

Desenhámos uma “linha” de circulação que dá acesso ás várias salas de actividade e espaços de apoio. No final desta “linha” e deste “percurso” projectámos a zona de

recreio. Ao nivel do Piso 0 um recreio descoberto, e ao nivel inferior um recreio coberto com a área necessária a um espaço com esta dimensão e número de crianças.

Como suporte, criámos um campo de jogos, como aliás é mencionado no caderno de encargos.

Pensámos, a um nível inferior ao Piso 0, uma faixa natural de espaços ajardinados, onde para além da adequação e integração do centro escolar com a paisagem,

permite ás crianças um contacto mais directo com a natureza.


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Obviamente, que até pela proximidade da linha de caminho de ferro, e por questões

de segurança interna do próprio centro escolar, este será devidamente vedado, e não

permitirá interferências no correcto funcionamento da escola e na segurança

imprescindível e natural das crianças.

O nosso centro escolar, como o entendemos será algo único.

Um percurso que as crianças possam fazer, desde o Jardim de Infância à

Escola Básica, adquirindo novos conhecimentos, emoções, sentimentos.

Sempre em estreita relação com a paisagem.

Uma viagem segura. Com a qualidade e conforto que merecem.

São essas imagens que pretendemos nesta proposta transmitir.

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