escola estadual presidente castelo branco · capital curitiba, limitando-se ao norte com o...
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COLÉGIO ESTADUAL PRESIDENTE
CASTELO BRANCO ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
2012
TAPIRA PR
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“A educação qualquer que seja ela, é sempre uma teoria do conhecimento posta em prática.”
“Não é no silêncio que os homens se fazem, mas na palavra, no trabalho, na ação-reflexão.”
Paulo Freire
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SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO …....................................................................................... 05
IDENTIFICAÇÃO …....................................................................................... 06
HISTORICIDADE DA INSTITUIÇÃO …....................................................... 07
PRINCIPAIS ASPECTOS DO MUNICÍPIO ................................................ 10
COMUNIDADE ESCOLAR ….................................................................. 13
DATAS FESTIVAS …....................................................................................... 13
POSIÇÃO MAGNÉTICA …............................................................................ 13
DESCRIÇÃO DO ESPAÇO FÍSICO, INSTALAÇÕES E EQUIPAMENTOS …. 14
ORGANIZAÇÃO DO TEMPO E ESPAÇO DA INSTITUIÇÃO …............ 14
RECURSOS HUMANOS …............................................................................ 16
TAXAS DE APROVAÇÃO E EVASÃO …...................................................... 20
AVALIAÇÕES EXTERNAS (IDEB E PROVA BRASIL) …...................... 21
ORGANIZAÇÃO DA HORA ATIVIDADE ….................................................... 21
OBJETIVOS …............................................................................................. . 26
MARCO SITUACIONAL …............................................................................. 27
MARCO CONCEITUAL ….............................................................................. 34
Gestão Democrática …................................................................................... 44
Organização Curricular ….............................................................................. 45
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR – Ensino Fundamental 49
ARTE ….......................................................................................................... 54
CIÊNCIAS …................................................................................................... 70
EDUCAÇÃO FÍSICA ….................................................................................. 81
ENSINO RELIGIOSO …................................................................................. 86
GEOGRAFIA …............................................................................................... 95
HISTÓRIA …................................................................................................... 101
LÍNGUA PORTUGUESA …............................................................................ 108
MATEMÁTICA …........................................................................................... 121
4
LEM – INGLÊS …........................................................................................... 131
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR – EJA – Ens. Fund. e Médio …140
ARTE ….......................................................................................................... 140
BIOLOGIA ….................................................................................................... 156
CIÊNCIAS ….................................................................................................... 162
EDUCAÇÃO FÍSICA …................................................................................... 165
FILOSOFIA ….................................................................................................. 171
FÍSICA …......................................................................................................... 178
GEOGRAFIA …............................................................................................... 181
HISTÓRIA …................................................................................................... 184
QUÍMICA …..................................................................................................... 191
LÍNGUA PORTUGUESA …............................................................................ 194
MATEMÁTICA …............................................................................................. 205
SOCIOLOGIA …............................................................................................. 210
LEM – INGLÊS …........................................................................................... 214
MARCO OPERACIONAL …........................................................................... 217
AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL ….................................................................. 223
REFERÊNCIAS ….......................................................................................... 223
ANEXOS
Plano de Ação do Pedagogo
Plano de Ação na Gestão da Escola
Projeto de Atividades Curriculares Complementares em Contraturno
Projeto Voluntário : “Tigres”
Proposta Pedagógico Curricular Sala de Apoio
Proposta Curricular Sala de Recursos Multifuncional
Calendário Escolar
Matriz Curricular – Ensino Fundamental
Matriz Curricular – EJA – Ensino Fundamental Fase II
Matriz Curricular – EJA – Ensino Médio
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APRESENTAÇÃO
O Presente Projeto Político Pedagógico (PPP) do Colégio Estadual Presidente
Castelo Branco - EFM foi construído com a participação coletiva de toda a comunidade
escolar (Direção, Equipe Pedagógica, Professores, Funcionários, Alunos, Pais e
(Associação de Pais, Mestres e Funcionários - APMF) onde refletimos sobre as
dificuldades presentes em nossa Escola e os caminhos possíveis para serem
contornados, em busca de assegurar o enfrentamento das desigualdades, de exclusão
do aluno nos processos educativos e sociais, procurando lhes proporcionar uma
educação de qualidade.
O Projeto Político Pedagógico tem como meta a melhoria geral de todo
processo educativo, conscientizando todos os envolvidos na Educação quanto às
necessidades de integração dos mesmos, para que todos possam vivenciar situações
de interações pessoais, afetivas, profissionais, intelectuais, garantindo a socialização
do conhecimento numa perspectiva transformadora, com diagnóstico da realidade no
dia a dia da escola.
Para alcançarmos este fim, lançaremos mão de todos os recursos disponíveis,
aplicando novas técnicas de estudo nas diversas áreas de ensino para que haja
motivação, interesse e aprendizagem por parte dos educandos, diminuindo o número
de evasão e de repetência, procurando construir uma Escola Democrática e Autônoma.
No início do ano letivo faremos encontros com todos os segmentos envolvidos
na educação para avaliar e fazer as alterações necessárias no PPP.
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
Projeto vem do latin projectu, particípio passado do verbo projicele que significa
lançar a diante, busca um rumo, uma direção.
É uma ação intencional com um sentido explicito, com um compromisso
definido coletivamente.
Político pressupõe a opção e o compromisso com a formação do cidadão para
um determinado tipo de sociedade.
Pedagógico, pois apresenta aprendizagem, conhecimento, educação,
identificação dos elementos culturais necessários à construção da humanidade em
cada ser humano e as descobertas das formas adequadas para chegar aos objetivos.
Projeto Político Pedagógico – propicia a vivência democrática e o exercício da
cidadania, pois se projeta nele como será a organização do trabalho pedagógico
escolar como um todo em suas especificidades, níveis e modalidades.
IDENTIFICAÇÃO
COLÉGIO ESTADUAL PRESIDENTE CASTELO BRANCO
ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
Endereço: Rua Rio Negro, 1460
Bairro Centro CEP: 87.830-000
Fone: (44) 3679-1303
E-mail: [email protected]
Município: Tapira Cód. 2710
Dependência administrativa: Secretaria de Estado da Educação (SEED)
Núcleo Regional de Educação (N.R.E) Umuarama Cód. 028
Entidade Mantenedora: Governo do Estado do Paraná
Localização da Escola: Urbana
Distância do NRE: 68 km
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HISTORICIDADE DO COLÉGIO ESTADUAL PRESIDENTE CASTELO
BRANCO – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
Este Estabelecimento foi criado pelo Decreto nº 8.933/68 de 14 de fevereiro de
1968 e autorizado para funcionar pela Portaria nº 1667/68 publicado no Diário Oficial
de 15 de fevereiro de 1968, com a denominação de “Ginásio Estadual de Tapira”.
Aos sete dias do mês de março de 1968, procedeu-se a instalação do referido
Ginásio com a presença da Professora Neusa Martini Sella, responsável pela 40ª
Inspetoria Regional de Ensino, Dircea Rocha Fagotti, Inspetora do Ensino Médio da 40ª
Inspetoria Regional de Ensino. O Estabelecimento iniciou suas atividades em 15 de
março de 1968, utilizando dependências cedidas pelo Grupo Escolar Campos Sales,
sito à Rua Paranaguá com a Rua Irati S/N, sendo sua primeira Diretora a Professora
Pierina Inácio Ferrari, Portaria nº 2.521/68, e a primeira Secretária Deauzea Camargo
Vieira, Portaria nº 2.815/68.
A partir de 1º de março de 1969, foi designada para Secretária do
Estabelecimento a Professora Olga Izabel Pierdoná Cardoso e a partir de 5 de
novembro de 1969, foi designado para Diretor o Professor Geraldo de Mendonça. Pelo
Decreto Lei nº 20.840/70 de 17 de agosto de 1970, Diário Oficial de 19 de agosto de
1970, passou a denominar-se Ginásio Estadual Presidente Castelo Branco.
A partir de 15 de setembro de 1974 passou a funcionar em prédio próprio
situado à Rua Rio Negro s/n.
A partir de 30 de janeiro de 1975, foi designado para Diretor deste
Estabelecimento o Professor Valderedo Gomes dos Reis, Res. 51/75. Este
Estabelecimento manteve extensão no Bairro Ouro Verde e Santa Felicidade, pelo
Parecer nº 050/79, foi aprovado o plano de implantação da Lei 5692/71 e pela
Resolução nº 1.363/79 foi homologado o referido Parecer.
Pelo Decreto nº 1.919/80, de 07 de fevereiro de 1980, passou a pertencer ao
Complexo Escolar “Ivonete Vilela Assis”, com a denominação “Escola Presidente
Castelo Branco – Ensino de 1º Grau, pela Resolução nº 3.732/81 de 30 de dezembro
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de 1981 foi reconhecido o curso de 1º Grau Regular, ficando reconhecida a Escola
Presidente Castelo Branco – Ensino de 1º Grau, mantida pelo Governo do Estado do
Paraná.
A partir de 1983, passou a denominar-se “Escola Estadual Presidente Castelo
Branco – Ensino de 1º Grau, pela Resolução 2.7721/83 de 27 de julho de 1983
publicada no Diário Oficial nº 1.598 de 11 de agosto de 1983, foi designado o Professor
Alnei Cezar Ibargoyen Moreira para Diretor deste Estabelecimento.
Pela Resolução nº 5.599/85 de 31 de dezembro de 1985 foi designado Diretor
o Professor Francisco Perecin Resolução nº 400/86 de 30/01/1986, publicada no Diário
Oficial nº 2.217 de 17/02/1986, foi designada a Professora Wanda Jawoszek Heidrich
para Diretora Auxiliar deste Estabelecimento.
Pela Resolução nº 4.913/87 foi designado para Diretor o Professor Gentil
Bertolazzo Correia.
Pela Portaria nº 00027/92 de 09/01/1992 foi designado para Diretor Geraldo de
Mendonça. A referida Portaria foi publicada no Diário Oficial nº 3.686 de 22/01/1992.
Pela portaria nº 00152/92, publicada no Diário Oficial de 06/03/1992, nº 3.716
página 09 foi designada a Professora Maria Colombelli Lazzari para Diretora Auxiliar
deste Estabelecimento.
Pela Portaria nº 1.302/92, publicada no Diário Oficial nº 3.893 de 20/10/1992 foi
designado para Diretor o professor Francisco Perecin e pela mesma Portaria foi
designada para Diretora Auxiliar deste Estabelecimento a Professora Maria Colombelli
Lazzari.
A partir de 1997 passou a denominar-se “Escola Estadual Presidente Castelo
Branco Ensino Fundamental” de acordo com a Resolução 3120/97.
Pela Resolução nº 3.069/01 D.O.E. 31/01/2002 foi designado para Diretor o
professor Rubens Scarparo.
Pela Resolução nº 1622/03 de 16/07/2003, foi aprovada a Renovação do
Reconhecimento do Ensino Fundamental.
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Pela Resolução nº 58/06 de 12/01/2006 D.O.E. 7145 de 16/01/2006 foi
designado para Diretor o Professor Francisco Perecin.
Pela Resolução nº 5909/08 de 24/12/2008 D.O.E 24/12/2008, foi re-eleito para
Diretor o Professor Francisco Perecin.
Pela Resolução nº 2220/10, Decreto 6787 de 20 de Abril de 2010, D.O.E
20/07/2010 nº 8266, considerando: a LDB nº9394/96, as Deliberações nº 06/05 o
Parecer nº 410/10-CEB autoriza o Funcionamento de Ensino Fundamental Fase II e
Ensino Médio, presencial da modalidade Educação de Jovens e Adultos, na Escola
Estadual Presidente Castelo Branco-Ensino Fundamental. Em decorrência dessa
autorização passou-se a adequar a nomenclatura do estabelecimento de ensino, passa
a denominar-se: Colégio Estadual Presidente Castelo Branco-Ensino Fundamental e
Médio.
Pela Resolução nº04484/10, publicada no Diário Oficial nº8328 de 21/10/2010
foi designada para Diretora Auxiliar deste Estabelecimento a Professora Eliana
Taglianetti Ferreira.
Pela Resolução nº 60/12/2011, publicada no Diário Oficial de 06/01/2012 foi
designado para Diretor o Professor Francisco Perecin.
Pela Resolução nº 992/2012, publicada no Diário Oficial de 19/01/12 foi
designada para Diretora Auxiliar deste Estabelecimento a Professora Eliana Taglianetti
Ferreira.
Ato de Autorização da Escola: Res. Nº 1919 de 05/02/1980
Ato de Reconhecimento da Escola: Res. Nº 3732 de 30/12/1981
Ato de Ren. do Reconhecimento da Escola: Res. Nº 1622 de 23/05/2003
Ato Administrativo de Aprovação do Regimento Escolar: nº 58 de 20/06/1995.
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PRINCIPAIS ASPECTOS DO MUNICÍPIO
COLONIZAÇÃO
O município de TAPIRA pertencia ao distrito de Maria Helena, município de
Cruzeiro do Oeste, comarca de Peabiru. Parte deste território foi adquirido pela
colonizadora Rio Bom, de propriedade do Banco do Estado do Rio Grande do Sul.
A colonizadora mediu a área em 1948, somente voltaram em 1953 com o
intuito de colonizar e lotear.
Em 1951, chega às margens do Rio Ivaí, o senhor Elizeu Garcia Barros
(Dango), desbravador paulista, residente em Paraíso do Norte.
Em 1952, diversas famílias de posseiros se instalaram na região.
Em 1957, surgiram os primeiros indícios de cidade. Como pioneiros surgiram
as figuras de diversos desbravadores que já haviam iniciado a derrubada. Entre esses
homens estava Luiz Antão Barbosa.
Em fevereiro de 1967, foi criado o Município de Tapira pela Lei Estadual nº
5.495, publicada no Diário Oficial do Estado do Paraná, em 03 de fevereiro de 1967. O
Território assim se desmembrava de Cidade Gaúcha e mantinha as mesmas fronteiras
que possui atualmente. O município de Tapira está localizado no Noroeste do Estado
do Paraná, na micro-região de Umuarama, na região sul do Brasil, situado a 590 km da
capital Curitiba, limitando-se ao norte com o Município de Planaltina do Paraná, Santa
Mônica e São Jorge do Ivaí, ao Sul com Maria Helena, a Leste com Cidade Gaúcha e
Nova Olímpia e a Oeste com Douradina.
Situa-se na faixa climática denominada subtropical. Está encravada no 3º
planalto Paranaense. Os principais rios são; Rio Ivaí, Tapiracuí, das Antas, Garoa e
Avião. A instalação oficial do município deu-se a 15 de dezembro de 1967, ocasião em
que foi empossado o primeiro prefeito, vice – prefeito e vereadores.
Gestão de 1968/1987
Prefeito – Luiz Antão Barbosa; Vice-Massaru Sigaki
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Gestão 1973/1976
Prefeito - Antônio Joaquim Ribeiro; Vice-Ermelindo Alves de Araujo
Gestão 1977/1982
Prefeito - Luiz Antônio Barbosa; Vice-João Martins Dias
Gestão 1983/1988
Prefeito-Vagner Batista de Souza; Vice-José de Souza
Gestão 1989/1992
Prefeito - José de Souza; Vice-Vagner Batista de Souza
Gestão 1993/1996
Perfeito - Wilson Luiz de Oliveira Lucena; Vice-Francisco Perecin
Gestão 1997/2000
Prefeito – Vagner Batista de Souza; Vice-Delfino Marques da Silva
Gestão 2001/2004
Prefeito - Wilson Luiz de Oliveira Lucena; Vice-Claúdio Sidiney de Lima
Gestão 2005/2008
Prefeito - Helio Belter; Vice-Delfino Marques da Silva
Gestão 2009/2012
Prefeito - Helio Belter; Vice-Delfino Marques da Silva.
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ASPECTOS FÍSICOS
Tapira está no terceiro Planalto Paranaense, portanto no extenso Planalto
Meridional, ou Planalto Arenito Basáltico, que é caracterizado pela presença de
arenitos e de lençóis de lavas, acumuladas durante o Mesozóico, situado numa região
de ondulações suaves e que os cursos de água recortam com seus vales largamente
abertos, descambando para as calhas do Rio Paraná.
O Rio Ivaí banha e divide politicamente e geograficamente o Município em
cerca de 15 (quinze) quilômetros.
Climaticamente, estamos na faixa denominada de subtropical, que muitas
vezes, tem sido com clima temperado de latitude média e que por influência de
circulação aérea em determinados meses do ano, o clima chega a ser tropical.
Nossas florestas, antes exuberantes, já foram praticamente devastadas, por
ocasião da invasão colonizadora, restando poucas áreas de florestas naturais.
NOSSA ECONOMIA
A economia é baseada na agricultura, cultivamos cana-de-açúcar, mandioca,
café, milho, algodão, feijão, pequenas granjas, sericicultura, soja, etc. Atualmente há o
predomínio da cana-de-açúcar e pecuária e as pastagens. Após 1975, em virtude da
última grande geada, aumentaram sua área antes destinada ao café. Por isso, tem
gerado alguns problemas sociais, havendo um grande deslocamento das famílias da
zona rural para a urbana e para outros municípios.
Nosso parque industrial é constituído por empresas de pequeno porte: 03 (três)
cerâmicas, 02(dois) laticínios, 02 (duas) fábricas de móveis, 05(cinco) de confecções,
02(duas) de cadeiras e 02 (duas) serrarias.
TRANSPORTE
Estamos ligados aos outros centros por estradas pavimentadas distante de
Curitiba 590 quilômetros e do NRE. 75 km.
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POPULAÇÃO
Foi constatado no último censo demográfico de 2008 uma população
aproximada de 6.000 habitantes que consistem em sua maioria de nordestinos,
paulistas e outros.
Tapira possui uma área de 434,367 km².
COMUNIDADE ESCOLAR
Nossa comunidade escolar é formada por alunos oriundos, em sua maioria, de
famílias onde os pais trabalham como diaristas no corte e plantio de cana, nas lavouras
de mandioca, pequenas granjas, sericicultura, pecuária, trabalhadores nas pequenas
indústrias do município. De 10 a 15% dos nossos alunos vivem com os avós tendo
como fonte de renda a aposentadoria.
Os alunos da EJA são trabalhadores de fábricas, funcionários públicos,
domésticas e também trabalhadores rurais, de baixa renda, que vem à escola após
uma longa jornada de trabalho, muitos comparecem sem se alimentar por falta de
tempo. São pessoas que necessitam continuar os estudos para ingressarem ou
continuarem no trabalho, pois essa é uma exigência dos empregadores.
DATAS FESTIVAS
Emancipação Política 02/02;
Padroeira 15/11.
Carroça Show (Dezembro)
POSIÇÃO MAGNÉTICA
A sede do Município se localiza a 23º 18‟, latitude sul e 53º 04‟ de longitude
oeste e está a 370 metros acima do nível do mar. Distante 620 km da capital Curitiba, e
distante 68 km do Núcleo Regional de Educação de Umuarama.
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O nome TAPIRA vem de “Tapir,” denominação indígena que significa “anta
grande” ou “muitas antas”.
Descrição do Espaço Físico, Instalações e Equipamentos
A Escola Estadual Castelo Branco possui:
- 05(cinco) salas de aulas
- 01(uma) pátio com cobertura
- 01(uma) sala para Direção
- 01(uma) sala para Secretaria
- 01(uma) sala para Equipe Pedagógica
- 01(uma) sala para professores
- 01(uma) cozinha
- 01(uma) despensa
- 01(um) banheiro para alunos
- 01(um) banheiro para alunas
- 01(um) banheiro para professores
- 01(um) banheiro para professoras
- 01(uma) quadra de esportes coberta
- 01(uma) moradia para caseiro
01(uma) biblioteca dividindo espaço com sala de recursos
02(dois) laboratórios de informática: PROINFO (Programa Nacional de
Informática na Educação) e PARANÁ DIGITAL.
Organização do Tempo e Espaço da Instituição
O Colégio Estadual Castelo Branco oferta à comunidade o
Ensino Fundamental de Nove Anos – Séries Finais
Educação de Jovens e Adultos (EJA) Ensino Fundamental Fase II e Ensino Médio
Número de alunos/alunas: 343
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Funcionamento em 03 (três) períodos
Manhã: 07:40 às 8:30
08:30 às 9:20
09:20 às 10:10
10:10 às 10:20 - intervalo
10:20 às 11:10
11:10 às 12:00
Tarde: 13:00 às 13:50
13:50 às 14:40
14:40 às 15:30
15:30 às 15:40 - intervalo
15:40 às 16:30
16:30 às 17:20
Noite: 19:00 às 19:50
19:50 às 20:40
20:40 às 21:30
21:30 às 21:40 - intervalo
21:40 às 22:25
22:25 às 23:10
Atualmente estão sendo atendidas 10 (dez) turmas regulares, sendo 05 (cinco)
no período da manhã, distribuídas em: 01 (uma) turma de 6º ano, 01 (uma) de 7º ano,
01 (uma) de 8º ano, 02 (duas) de 9º ano e 05 (cinco) turmas no período da tarde: 01
(uma) de 6º ano, 02 (duas) 7º ano, 01 (uma) de 8º ano e 01 (uma) de 9º ano. Também
03 (três) turmas no período da noite na modalidade EJA, sendo: 02 (duas) de Ensino
Fundamental Fase II e 01 de Ensino Médio, além de 01 (uma) turma de DV no período
da manhã, 01 (uma) Sala de Recursos no período da tarde. Estão sendo oferecidas, de
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acordo com o plano de metas do governo estadual, Salas de Apoio à Aprendizagem
(SAA) para os 6º e 9º anos.
RECURSOS HUMANOS
Diretor
Francisco Perecin Pós Graduado QPM
Diretora Auxiliar
Eliana Taglianetti Ferreira Pós-Graduada QPM
Agentes Educacionais II:
Célia Marques Viana Licenciatura Plena QFEB
Rosângela M. Goulart Moreira Pós Graduada REPR
Maria Cleria Tuler Stochero Pós Graduada QFEB
Tânia Mara Ortiz Marcelino Ensino Médio QFEB
Daelson de Oliveira Gonçalves Licenciatura Plena / Bacharel QFEB
Agentes Educacionais I:
Carmem Ferreira de Meira Licenciatura/Bacharel QFEB
Eliza Pirota Barreto Ensino Médio QFEB
Elzira de Araujo Souza Ensino Médio QFEB
Lúcia Leide Neves Gonçalves Ensino Médio QFEB
Neide Vieira Bertoloto Ensino Médio CLAD
PROFESSORES – ENSINO FUNDAMENTAL REGULAR
DISCIPLINA/PROF. GRAU DE INSTRUÇÃO VÍNCULO
Arte
Ocinéia Barboza de Freitas Pós Graduada REPR
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Maria de Fátima Menezes Silva Pós Graduada SC02
Ciências
Leandro Scarparo Pós Graduado QPM
Rubens Scarparo Pós Graduado QPM
Wilson José Ferreira Pós Graduado SC02
Educação Física
Antonio Marcos Ognibeni Pós Graduado REPR
Mauro de Oliveira Junior Pós Graduado QPM
Ensino Religioso
Irene de Oliveira Pereira Pós Graduada REPR
Rozinei Madalena da Cruz Almeida Pós Graduada REPR
Geografia
Irene de Oliveira Pereira Pós Graduada QPM
Maria Aparecida Gomes Pós Graduada QPM
Osvair Laurindo Pós Graduado QPM
Sueli Martins da Silva Mendes Pós Graduada QPM
Rozinei Madalena da Cruz Almeida Pós Graduada REPR
História
Célia Regina Di Renzo Pós Graduada QPM
Sueli Martins da Silva Mendes Pós Graduada QPM
Língua Portuguesa
Adriana Paula de Lima Silva Pós Graduada QPM
Carlos Emiliano Filho Pós Graduado QPM
Maria Regina da Silva Farina Pós Graduada QPM
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Matemática
Giovana Aparecida de Oliveira Pós Graduada REPR
Rubens Scarparo Pós Graduada QPM
Zélia Colombo Pós Graduada QPM
L.E.M.Inglês
Eliana Taglianetti Ferreira Pós Graduada QPM
Valéria Ferrareto Pós Graduada REPR
Sala de Recursos - Tarde
Rosa Maria Lourenço Cardoso Pós Graduada QPM
Sala de DV – Manhã
Rosa Maria Lourenço Cardoso Pós Graduada QPM
Professora Readaptada
Maria Colombelli Lazzari Pós Graduada QPM
EQUIPE PEDAGÓGICA
Rosângela Marques Goulart Moreira Pós Graduada REPR
Solange Passamani da Cruz Pós Graduada QPM
PROFESSORES - EJA
Ensino Fundamental – Fase II
DISCIPLINA/PROF. GRAU DE INSTRUÇÃO VÍNCULO
Português
Rosana Apª de Souza Barreto Pós Graduada REPR
Arte
Angeles da Silva Machado Pós Graduado REPR
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LEM - Inglês
xxxxxxxxxxxxxxx
Educação Física
Marciene Oliveira da Silva Licenc.Plena/Bacharel REPR
Matemática
Isabel Apª Martins Lopes Pós Graduado REPR
Marinês Passamani Chequim Pós Graduada REPR
Ciências
Sérgio Franco Pós Graduado QPM
História
Marta Cristina Barreto Acadêmica REPR
Geografia
Irene de Oliveira Pereira Pós Graduada REPR
PROFESSORES - EJA
Ensino Médio
DISCIPLINA/PROF. GRAU DE INSTRUÇÃO VÍNCULO
Língua Portuguesa e Literatura
Rosana Apª de Souza Barreto Pós Graduada REPR
LEM - Inglês
Edna Aparecida Biffi Pós Graduada REPR
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Filosofia
xxxxxxxxxxxxxxxx
Sociologia
xxxxxxxxxxxxxxxx
Matemática
Marinês Passamani Chequim Pós Graduada REPR
Química
Angeles Machado da Silva Pós Graduada REPR
Física
Isabel Apª Martins Lopes Pós Graduado REPR
Biologia
xxxxxxxxxxxxxxxxxx
EQUIPE PEDAGÓGICA
Cristina Mendes Modesto Pós Graduada REPR
Agentes Educacionais II:
Célia Marques Viana Licenciatura Plena QFEB
TAXAS DE APROVAÇÃO E EVASÃO
ANO APROVAÇÃO REPROVAÇÃO EVASÃO
2008 81,10% 15,90% 3,00%
2009 86,70% 8,20% 5,10%
2010 91,50% 8,50% 0,00%
2011 81,70% 15,40% 2,90%
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AVALIAÇÕES EXTERNAS
PROVA BRASIL Português Matemática
2005 224,22 249,07
2007 229,45 251,32
2009 227,07 243,22
IDEB
2005 3,4
2007 4,4
2009 3,8
2011 (meta) 3,9
2013 (meta) 4,3
Faltou: Taxas de aprovação e evasão, dados das avaliações externas
(Resultados da Prova Brasil, IDEB, etc...)
ORGANIZAÇÃO DA HORA ATIVIDADE DOS PROFESSORES DA
INSTITUIÇÃO
O espaço das horas atividades é organizado buscando atender aos critérios
pré estabelecidos pelo NRE, por disciplina e também de acordo com a disposição do
horário de aulas de cada professor, tendo em vista que se trata de escolas pequenas
onde os profissionais atuam na maioria dos casos em duas ou mais destas e até em
escolas de outros municípios vizinhos comprometendo o cumprimento efetivo das
mesmas conforme cronograma da SEED. Todavia, este momento é de fundamental
importância para o acompanhamento da Equipe Pedagógica, momento destinado às
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orientações de registros de classe, discussão de situações problemas envolvendo o
ensino aprendizagem, sugestões de melhorias, acompanhamento do PTD e interação
professor/equipe para a promoção do sucesso aprendizagem.
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QUADRO DE HORA ATIVIDADE DOS PROFESSORES
MANHÃ: AULAS
NOME DISCIPLINA 2ª
FEIRA
3ª
FEIRA
4ª
FEIRA
5ª
FEIRA
6ª
FEIRA
ADRIANA PAULA L.
SILVA
SALA APOIO
PORT.
3ª
ANTONIO MARCOS
OGNIBENI
ED. FÍSICA 3ª 1ª, 4ª
CARLOS EMILIANO
FILHO
L. PORT. - SALA
APOIO
1ª,2ª 3ª
CELIA REGINA DI
RENZO
HISTÓRIA 1ª
ELIANA TAGLIANETTI
FERREIRA
LEM - INGLÊS 1ª, 2ª
GIOVANA APARECIDA
OLIVEIRA
MATEMÁTICA -
APOIO
2ª
IRENE DE OLIVEIRA
PEREIRA
ENSINO
RELIGIOSO
- - - - -
LEANDRO SCARPARO CIÊNCIAS 5ª 2ª
MARIA AP. GOMES GEOGRAFIA 2ª
MARIA REGINA DA S.
FARINA
L. PORTUGUESA 3ª,4ª,
5ª
MARLENE RODRIGUES
DA SILVA
L. PORT. - SALA
APOIO
3ª 1ª,2ª 3ª
OCINÉIA BARBOZA DE
FREITAS
ARTE 1ª,2ª
OSVAIR LAURINDO GEOGRAFIA 1ª,2ª
ROSA MARIA
LOURENÇO CARDOSO
SALA DE DV 1ª,2ª,
3ª,4ª,
5ª
ROSILENE DE PAULA SALA APOIO MAT.
- CIÊNCIAS
1ª,2ª 2ª
24
ROZINEI MADALENA C.
ALMEIDA
GEOGRAFIA 3ª
RUBENS SCARPARO CIÊNCIAS -
MATEMÁTICA
1ª,2ª 2ª
SUELI MARTINS DA S.
MENDES
HISTÓRIA – GEOG.
- ENS. RELIG.
1ª
WILSON JOSÉ
FERREIRA
3ª
ZELIA COLOMBO DE
OLIVEIRA
3ª,4ª,5ª 1ª 1ª
AULA
TARDE:
NOME DISCIPLINA 2ª
FEIRA 3ª FEIRA
4ª FEIRA
5ª FEIRA
6ª FEIRA
ANTONIO MARCOS OGNIBENI
ED. FÍSICA 1ª,2ª,3ª,4ª,5ª
CARLOS EMILIANO FILHO
L. PORTUGUESA – SALA APOIO
3ª,4ª,5ª 4ª 2ª
CELIA REGINA DI RENZO
HISTÓRIA 1ª
ELIANA TAGLIANETTI FERREIRA
LEM - INGLÊS 2ª,3ª
GIOVANA AP. DE OLIVEIRA
SALA APOIO MAT. - 6º ANO
5ª
LEANDRO SCARPARO CIÊNCIAS 5ª
MARIA AP. GOMES GEOGRAFIA 1ª 3ª
MARIA APARECIDA LIMA
L. PORTUGUESA 2ª 1ª
MARIA DE FÁTIMA MENEZES
ARTE 1ª,2ª
OSVAIR LAURINDO GEOGRAFIA 2ª
RENATA DA SILVA F. RIBEIRO
L. PORTUGUESA – SALA APOIO
3ª,4ª,5ª 4ª 2ª
ROSA MARIA LOURENÇO CARDOSO
SALA DE RECURSOS
5ª 5ª 5ª
ROZINEI MADALENA C. ALMEIDA
ENSINO RELIGIOSO
- - - - -
RUBENS SCARPARO 2ª,5ª 1ª
25
SUELI MARTINS S. MENDES
HISTÓRIA 2ª
VALÉRIA FERRARETO LEM - INGLÊS 3ª
WILSON JOSÉ FERREIRA
CIÊNCIAS 1ª
ZELIA COLOMBO DE OLIVEIRA
3ª,4ª,5ª 5ª
NOITE
NOME 2ª FEIRA
3ª FEIRA
4ª FEIRA
5ª FEIRA
6ª FEIRA
ANGELES MACHADO DA SILVA
FÍSICA - ARTE 2ª 3ª
IRENE DE OLIVEIRA PEREIRA
GEOGRAFIA 4ª,5ª
ISABEL Apª MARTINS LOPES
MATEMÁTICA 2ª
MARCIENE DE OLIVEIRA DA SILVA
3ª
MARINÊS PASSAMANI CHEQUIM
MATEMÁTICA 4ª,5ª
MARTA CRISTINA BARRETO SOUZA
HISTÓRIA 1ª,2ª 3ª
ROSANA Apª SOUZA BARRETO
L. PORTUGUESA 4ª,6ª
SÉRGIO FRANCO CIÊNCIAS 3ª
HORÁRIO DAS PEDAGOGAS
NOME 2ª FEIRA
3ª FEIRA
4ª FEIRA
5ª FEIRA
6ª FEIRA
SOLANGE NUNES PASSAMANI MANHÃ MANHÃ MANHÃ MANHÃ MANHÃ
ROSANGELA M. G. MOREIRA - 13:00 – 17:20
13:00 – 17:20
13:00 – 17:20
13:00 – 17:20
CRISTINA MENDES MODESTO 18:45 – 22:45
18:45 – 22:45
- 18:45 – 22:45
18:45 – 22:45
26
OBJETIVOS
Educação é um processo por meio do qual, o homem é capaz de situar
sua vida, como um todo ajudando a compreender que educação é, também, uma
totalidade concreta, um grande desafio da hora presente, é exatamente a questão
de como equacionar de forma adequada seus momentos construtivos.
Faz - se necessário repensar o processo de aprendizagem. A educação é
a soma de instrução e formação. O desafio está em ver a educação como
transformadora no comportamento do homem, a ponto de fazê-lo se sentir senhor
de si.
É importante, que a escola persiga na busca da qualidade e valores da
educação, incorpore os avanços da ciência e tecnologia, resgate a dignidade
através de um processo permanente de formação acadêmica.
O Colégio Estadual Presidente Castelo Branco se preocupa em trabalhar
conteúdos que estejam em consonância com as questões que marcam cada
momento histórico, vinculado a melhoria da escola, e esta, por sua vez, a
mudança educativa, entendo que a escola não é propriedade de ninguém, é a
soma de todo o conhecimento coletivo da escola.
27
OBJETIVOS GERAIS
- Identificar no Projeto Político Pedagógico as metas para a melhoria de
todo o processo educativo, através de união conjunta entre os membros que
compõem a escola: Direção, Equipe Pedagógica, Professores, Funcionárias, Pais,
Alunos, APMF e comunidade em geral, resgatando a intencionalidade da ação
educativa;
- Alcançar as metas, lançando mão de todos os recursos disponíveis no
estabelecimento de ensino e na comunidade, procurando construir uma Escola
Democrática e Autônoma, que forme cidadãos críticos e transformadores de sua
realidade;
- Integrar Direção, Equipe Pedagógica, Professores, Funcionários,
Alunos, Pais, APMF e comunidade para que todos vivenciem situações de: ensino
aprendizagem, troca de experiências, pesquisas, afetividade, as quais
proporcionarão crescimento em todos os sentidos: pessoal, cultural, profissional,
social e intelectual;
- Propiciar a participação de toda comunidade escolar em eventos
culturais, palestras com psicólogos, psicopedagogos, promotor, objetivando a
melhoria na qualidade de ensino e assegurando a permanência do aluno na
escola;
- Incentivar, coordenar e avaliar o trabalho desenvolvido, tendo como
objetivo primordial o conhecimento através de atividades criativas e pesquisas
que favoreçam a formação do ser humano;
- Promover o desenvolvimento do aluno trabalhador, a incorporação de
novos conhecimentos aos já adquiridos, promovendo assim a democratização da
escolarização fundamental;
- Oferecer ao trabalhador adolescente e jovem, a oportunidade da
educação fundamental, lhe possibilitando, também, a ascensão a outros níveis de
escolarização;
- Oportunizar ao aluno trabalhador o direito de exercer sua cidadania com
a aquisição de novos conhecimentos.
Formar cidadãos capazes de conhecer seus direitos e deveres com
visão globalizada.
28
MARCO SITUACIONAL
O Colégio Estadual Presidente Castelo Branco é constituído por uma
sociedade na sua maioria da classe trabalhadora, alunos com diversidade na
estrutura familiar, de cultura e idade cronológica heterogênea.
A escola oferta, além do Ensino Fundamental, a modalidade EJA,
atendendo aos educandos trabalhadores, incentivando e oportunizando a
escolarização que não tiveram em idade própria por inadaptação às práticas
escolares, necessidade de trabalhar, falta de estímulo e ou repetências
sucessivas.
Instituição social que tem como objetivo formar sujeitos críticos, capazes
de resolver problemas pessoais, sociais, comprometidos com a vida social,
engajados com a perspectiva de vida, sujeitos construtores do saber e do
conhecimento, buscando alcançá-los através do desenvolvimento das
potencialidades tendo como meio a aprendizagem dos conteúdos.
A Proposta Pedagógica Curricular deste colégio visa a organização do
ensino partindo da realidade vivida pelos alunos, com o objetivo de elencar
conceito, formas de linguagem e relações políticas, econômicas e sociais do
cotidiano. O currículo é a caminhada que o aluno irá fazer ao longo dos seus
estudos implicando conteúdos estudados, atividades realizadas sob a tutela
escolar. Escolaridade é um percurso para o aluno, onde o currículo é
complemento, e o conteúdo, o guia de seu progresso pela escolaridade. Assim, o
Trabalho em Sala de Aula parte de conteúdos significativos para o aluno
observando os pré-requisitos, aliando teoria e prática, monitorias, criando
condições para que aponte soluções para problemas identificados na
aprendizagem e no meio em que vive.
O alunado é residente do meio urbano e rural, pertencente à classe
trabalhadora e, grande parte deles, inclusos em programas sociais. Muitos de
seus familiares apresentam baixa escolaridade, que vem aos poucos mudando
com programas como Paraná Alfabetizado e a EJA. Os alunos do meio rural
dependem exclusivamente do transporte escolar público frequentando o período
da manhã e noite.
29
A organização tempo espaço está distribuído em horas aulas e vem
atendendo a Proposta Pedagógica Curricular nas diversas áreas do
conhecimento. Importante ressaltar que a escola foi contemplada com uma
reforma geral, com troca nos pisos, forro, nova pintura, calçamento de parte da
área livre arborizada, passarela coberta no corredor de entrada.
Os alunos contam com ambiente propicio para o desenvolvimento de
brincadeiras como: trilhas, damas, amarelinhas, pular corda, quebra-cabeça,
memória, e leituras. A quadra de esportes está desativada, sua cobertura foi
afetada por um vendaval no mês de novembro de dois mil e sete e mesmo com
avaliação de engenheiros continua desativada, sendo assim, as aulas de
Educação Física estão sendo trabalhadas no pátio da escola. No entanto, o
Espaço Físico é insuficiente, havendo necessidade de um laboratório de ciências,
quadra de esportes que está interditada desde 2007, refeitório, além de salas de
aula para o desenvolvimento de programas de auxílio à aprendizagem.
As Salas de Apoio são oferecidas aos alunos dos 6º e 9º anos deste
colégio, em contra turno, onde são atendidos com 04 (quatro) aulas semanais nas
disciplinas de Português e, respectivamente, em Matemática. Essa falta de
espaço físico adequado leva a escola a utilizar o mesmo ambiente para atividades
antagônicas, que gera transtornos à prática pedagógica dificultando o uso de
metodologias apropriadas como propõe o programa. Além disso, enfrentamos o
problema da falta de professores que, geralmente é REPR (Regime Especial do
Professor), e chega para atuar muitas vezes sem ter tido a experiência de sala de
aula num programa que exige aulas diferenciadas e dinâmicas. É oferecida
também a Sala de Recursos, que atende aos alunos com déficit de aprendizagem
(conforme processo de avaliação realizada por professores, pedagogos,
psicóloga, neurologista, fonoaudiólogo) e ainda alunos cegos ou com baixa
visão com atividades da vida diária, Braille, Soroban e estimulação visual. O
atendimento é feito por professores qualificados em contra turno com atividades
diversificadas, atendimento itinerante e reforço escolar.
O funcionamento e atendimento da Biblioteca vêm de encontro às
necessidades dos alunos e professores, funcionando como auxiliar em pesquisas
e demais trabalhos. Atende aos alunos do Ensino Fundamental, manhã e tarde, e
aos alunos da EJA, à noite. A biblioteca está disponível para a leitura,
30
empréstimos de livros com incentivo aos melhores leitores bimestralmente.
Complementando a melhoria na qualidade de ensino.
A escola tem recebido constantemente material de apoio à aprendizagem,
obras para o acervo da biblioteca, as aulas ainda são enriquecidas com uso de
material elaborado pelos professores do Plano de Desenvolvimento da Educação
(PDE).
O trabalho desenvolvido pela Direção e Equipe Pedagógica está pautado
na Gestão Democrática, assim as tomadas de decisões visam à promoção do
diálogo com Pais, Professores, Alunos, Funcionários, APMF e Conselho Escolar,
para que juntos possam buscar soluções aos problemas. Estão sempre na busca
de novos conhecimentos através de encontros, cursos como Jornada
Pedagógica, Formação em Ação, Grupos de Estudos, Grupos de Trabalho em
Rede (GTR), PDE e outros. Portanto, o Trabalho Coletivo é organizado através do
envolvimento da grande maioria dos representantes da comunidade escolar, dos
diversos segmentos da sociedade através de reuniões pedagógicas, reuniões de
pais e encontros das instâncias colegiadas, na perspectiva de diagnosticar os
limites para construção de uma escola democrática de qualidade.
Contamos com a participação dos pais e da sociedade em todos os
eventos proporcionados na escola: reuniões, debates, palestras, atividades
recreativas, porém, ainda, há necessidade de um maior envolvimento por parte
dos mesmos, garantindo assim melhores resultados, tomando conhecimento de
todo trabalho desenvolvido na escola e colaborando nas decisões. Através deste
envolvimento acreditamos que haverá um resgate do valor do profissional da
educação, por isso é importantíssimo aliar escola e sociedade para garantirmos a
formação intelectual, social e cultural do aluno.
A elaboração do Plano de Trabalho Docente (PTD) será acompanhada
logo no início do ano letivo onde a Equipe Pedagógica deverá orientar os
professores quanto a sua disponibilidade para atendê-los nas dúvidas quanto à
elaboração dos mesmos, que ocorrerá no horário do pedagogo, aproveitando o
espaço da hora atividade dos professores e nas demais Reuniões Pedagógicas
previstas em calendário escolar.
O Conselho Escolar, como órgão deliberativo da escola, sempre que
necessário, comparece e contribui nas tomadas de decisões com sugestões para
31
melhoria. A Comunidade Escolar é comprometida com seu papel tendo como
princípio a união de toda a responsabilidade de caminhar na busca de
conhecimento e a integração em todos os âmbitos para o progresso social e
intelectual da comunidade. No entanto, a ausência de Grêmio Estudantil na
escola é um entrave à participação dos alunos nas decisões do colegiado,
contrariando, nesse sentido, os princípios da gestão democrática. Temos um
Quadro de Funcionários composto por Agente Educacional I e II, que
desempenham seu trabalho com muita responsabilidade e qualidade, mantendo
sempre bom relacionamento com a comunidade escolar, procurando contribuir
para a educação e formação dos educandos. Participam e atuam nas decisões
tomadas pela escola.
A Equipe Multidisciplinar da escola, formada com a participação da
Direção, Equipe Pedagógica, Professores e Funcionários, vem desenvolvendo
encontros de acordo com calendário proposto pela SEED. Elabora e coordena
atividades abordando temáticas sobre a Educação das Relações Étnico-Raciais e
o Ensino da História e Cultura Afro-Brasileira, Africana e Indígena, Enfrentamento
a Violência, Questão Ambiental. Os estudos sobre o Paraná, Cultura Afro
Brasileira e Indígena, estão inseridos no contexto de todas as disciplinas e
paralelamente são desenvolvidas atividades diversas elaboradas pela referida
equipe no decorrer do ano letivo, porém falta envolvimento de parte dos
professores com relação aos temas.
A escola possui uma turma de Teatro, que faz parte do Programa de
Atividades Complementares em Contraturno (PACC), e, ainda, o Projeto
“TIGRES” por meio da ideologia de existência: Trabalho – Inteligência – Garra –
Responsabilidade – Esporte e Saúde, uma equipe de Voleibol, desenvolvida em
contraturno e em parceria com a Polícia Militar, sob a responsabilidade do
Soldado Jônatas Antonio Dias.
O Corpo Docente enfrenta o problema do fluxo de professores que é
realidade a cada início de ano letivo, ocasionado pelas contratações temporárias
e tardias e ainda pelo PDE, impossibilitando a participação dos mesmos nas
capacitações e alterando de forma negativa a rotina escolar, seguido da falta de
formação diante da proposta da educação inclusiva e o atendimento dos alunos
com necessidades educativas especiais. A Hora Atividade tem sido cumprida
32
rigorosamente pelos mesmos e acompanhada pela equipe pedagógica,
obedecendo critérios pré estabelecidos pela SEED e pelo NRE e a elaboração do
Plano de Trabalho Docente (PTD) parte do conhecimento e direcionamento das
Diretrizes Curriculares Estaduais (DCE) com base na Proposta Pedagógica
Curricular (PPC) do estabelecimento adequado à realidade da comunidade
escolar, porém ainda temos várias fragilidades na elaboração dos mesmos.
Quanto à Formação Inicial e Continuada, os profissionais são divididos
por área de formação, os encontros descentralizados por área de estudo,
Formação em Ação, Grupos de estudo, GTR, contribuindo, portanto, na melhoria
dos conhecimentos e trocas de experiências. Em relação à Prática docente, as
leis são óbvias quanto aos direitos e deveres, cabe a cada profissional
desempenhar com êxito seu trabalho, procurando enriquecer seu saber científico
numa coesão social, respeitando a pluralidade cultural dos seus alunos, atingindo,
assim, um resultado positivo no processo ensino aprendizagem, através de
estudos, análises, diálogo entre Equipe Pedagógica, Direção, Professores e
Funcionários.
As Reuniões Pedagógicas previstas em calendário visam à melhoria e
organização do trabalho escolar, envolvendo todos os funcionários da escola. É o
momento “das coisas se ajustarem,” de serem tomadas as decisões necessárias
para a melhoria do ensino aprendizagem, bem como o meio social onde trabalha.
O Conselho de Classe é previsto em calendário em todo final de bimestre.
Antes do Conselho de Classe é realizado o Pré Conselho para coleta de dados.
Com os dados em mãos, o Conselho de Classe é direcionado de forma a
colaborar na melhoria da realidade da sala de aula, do trabalho docente e do
rendimento dos alunos para um diagnóstico das dificuldades e avanços da
aprendizagem. Em seguida acontece o Pós Conselho, onde é repassado aos
alunos informações pertinentes ao aproveitamento escolar, e, com os pais, é
realizada reunião para apresentação dos resultados e ações previstas no
Conselho de Classe. No entanto, percebemos que o tempo destinado ao
Conselho de Classe ainda é curto, o que dificulta nas discussões que venham
favorecer ações efetivas para a resolução dos problemas constatados.
Quanto ao Ensino Fundamental de Nove Anos, ainda há falta de conexão
entre as séries iniciais e finais do Ensino Fundamental, o que em grande parte
33
dificulta no conhecimento da realidade escolar (metodologias utilizadas, formas de
avaliação, nível de aprendizagem dos alunos) e a necessidade de se analisar em
conjunto os índices de avaliação da aprendizagem (IDEB) para verificação das
dificuldades e identificação dos problemas. Entende-se que é necessário mudar
algumas metodologias para tornar a aprendizagem mais lúdica e prática fazendo
com que a criança consiga uma melhor adaptação na escola e consequentemente
em todas as fases/séries/anos possa atingir o sucesso escolar.
Em relação às discussões sobre alfabetização, letramento, concepção de
infância e adolescência, concepção de educação e concepção de avaliação, entre
outros, não há implicação quanto à idade, pois a mudança com relação à série é
sistemática e como já existe uma preocupação na escola com os alunos que
todos os anos chegam das séries iniciais do Ensino Fundamental, a concepção
de educação é constantemente discutida nos encontros pedagógicos, também a
avaliação da aprendizagem. Desta forma, espera-se que com toda a mudança
nesta organização escolar os alunos possam chegar ao Ensino Médio com mais
subsídios para aquisição de novos conhecimentos.
Para a avaliação do ensino aprendizagem, a escola realiza análises
específicas, por meio de gráficos bimestrais e anuais, com a finalidade de criar
medidas para sanar as dificuldades e apresentar sugestões de melhoria
preservando os bons resultados. Constatado rendimento abaixo das expectativas,
entende-se que há necessidade de ações que propiciem melhor aproveitamento
dos conteúdos. Lembrando que os valores da família, sociedade e o respeito à
pluralidade cultural e racial são também importantes no processo ensino-
aprendizagem.
É possível verificar alunos com déficit de aprendizagem em função de
notas e conteúdos, por desmotivação e falta de pré-requisitos, além da presença
de alunos fora da faixa etária.
A avaliação do Ensino Aprendizagem é realizada em função dos
conteúdos, utilizando métodos e instrumentos diversificados, coerentes com as
concepções e finalidades educativas, devendo assegurar o acompanhamento do
pleno desenvolvimento do aluno, considerando os resultados obtidos durante todo
o período letivo num processo continuo, expressando o seu desenvolvimento
escolar, observando os avanços e as necessidades detectadas, para o
34
estabelecimento de novas ações pedagógicas. A avaliação é continua, cumulativa
e processual devendo refletir o desenvolvimento global do aluno e considerar as
características individuais destes, com instrumentos avaliativos diversificados:
provas orais e escritas, objetivas, trabalhos em grupo ou individual, seminários,
debates, produção de textos, pesquisas bibliográficas, recursos audiovisuais.
Temos alunos na escola que apresentam dislexia e desta forma precisam ser
avaliados oralmente. Todos de acordo com a legislação vigente prevista no
Regimento Escolar.
A oferta da recuperação de estudos dar-se-á independente do nível de
apropriação dos conhecimentos básicos do aluno, de forma permanente e
concomitante ao processo ensino-aprendizagem, sendo organizada com
atividades significativas por meio de procedimentos didáticos metodológicos
diversificados. Também acontece a recuperação de notas, feita ao final do
bimestre, após a recuperação de estudos, proporcionada a todos os alunos,
contemplando diferentes instrumentos avaliativos.
Trabalhamos o conhecimento, a valorização do aluno na escola, na
família e sociedade. Incentivo a participação e frequência na sala de recursos
para alunos das séries finais do ensino fundamental que apresentam déficit de
aprendizagem após avaliação psicológica, neurológica e/ou fonoaudiológica
respeitando os princípios da inclusão. Diante dos resultados apresentados pelo
IDEB, constatamos que precisamos avançar mais para a melhoria e desempenho
da aprendizagem de nossos alunos, uma vez que não atingimos as expectativas
almejadas.
Os alunos, embora participem das discussões escolares, apresentam em
algumas situações resistência ao cumprimento das regras escolares: horários,
uso do uniforme, manutenção da limpeza da sala de aula, pátio, cuidados com o
patrimônio escolar, livros didáticos, livros da biblioteca e eventuais agressões
verbais aos colegas, professores e funcionários. Apesar de todo trabalho
pedagógico desenvolvido, a indisciplina, reflexo dos conflitos familiares, sociais e
culturais que resulta na falta de limites, continua sendo um impasse ao sucesso
escolar.
MARCO CONCEITUAL
35
Os princípios da Gestão Democrática do ensino público vieram reforçar o
caráter democrático da chamada “Constituição Cidadã” reafirmado no período pós
ditadura.
Os mais difundidos mecanismos de participação são, sem dúvidas, os
conselhos de políticas públicas. Na educação, estes conselhos são múltiplos e
apresentam diferentes características. Sob a mesma denominação: “conselho”,
encontramos órgãos vinculados à gestão dos sistemas de ensino, com caráter
eminentemente consultivo e normativo (conselhos de educação), à gestão de
instituições de ensino (conselhos escolares). Desenvolvendo a conscientização
sobre a necessidade do trabalho em conjunto entre escola, família, sociedade,
conhecimento, aprendizagem, cultura e tecnologia.
Proporcionar o redimensionamento das atividades escolares e extra-
escolares com a participação efetiva de todos os seguimentos, integrando os
mesmos, com conhecimento, cidadania, participação ativa no contexto escolar e
social.
Sociedade - Está implícito no significado de sociedade que seus membros
compartilham interesse ou preocupação mútua sobre um objetivo comum. Como
tal, sociedade é, muitas vezes, usado como sinônimo para o coletivo de cidadãos
de um país governados por instituições nacionais que lidam com o bem-estar
cívico. Espaço de interação humana no qual se reflete a maneira de ser, agir e
pensar de um povo. Local onde se deve primar pela solidariedade, fraternidade,
justiça, igualdade de direitos e liberdade de expressão. Enfim, um espaço que
celebre a diversidade, a reconhecendo como parte da condição humana.
Homem - Partindo do que nos traz Morin (2001: 40) ao se referir sobre a
complexidade do ser humano: "ser, ao mesmo tempo, totalmente biológico e
totalmente cultural". Procuramos estruturar nossa concepção de homem e, em
consequência desta, a expectativa em relação ao cidadão que queremos formar.
Entendendo o sujeito tanto físico como social, temos a intenção de desenvolver
no aluno a consciência e o sentimento de pertencer a Terra, de modo que possa
compreender a interdependência entre os fenômenos e seja capaz de interagir de
maneira crítica, criativa e consciente com seu meio natural e social. Concordando
ainda com Morin (2001: 16), alguns desafios são fundamentais no que se refere à
formação do sujeito, desenvolver uma aptidão para contextualizar e integrar, para
36
situar qualquer informação em seu contexto, para colocar e tratar os problemas,
ou seja, o grande desafio de formar sujeitos que possam enfrentar realidades
cada vez mais complexas. Assim, acreditamos ser possível formar um sujeito
menos retraído e mais participativo, que possa mediar conflitos, propondo
soluções criativas em favor da solidariedade humana e do equilíbrio ambiental.
Para tanto, esse sujeito necessita visualizar processos, ter uma visão sistêmica
da realidade. O ser humano traz consigo saberes e conhecimentos que adquirem
na própria família e sociedade, assim é necessário que os educadores estejam
trabalhando conteúdos acadêmicos sistematizados de forma contextualizada,
respeitando a realidade cultural do aluno e seus conceitos pré estabelecidos.
Ética - Entende-se a ética como elemento estruturador das relações
sociais que incluem o respeito à diversidade cultural, a responsabilidade
ecológica, a capacidade de lidar com desafios e a possibilidade de estabelecer
relações solidárias.
Educação - Segundo o Novo Dicionário da Língua Portuguesa, de Aurélio
Buarque de Holanda Ferreira, educação é: “processo de desenvolvimento da
capacidade física, intelectual ou moral da criança e do ser humano em geral,
visando à sua melhor integração individual e social”.
A educação está em todos os lugares e no ensino de todos os saberes.
Assim não existe modelo de educação, a escola não é o único lugar onde ela
ocorre e nem muito menos o professor é seu único agente. Existem inúmeras
educações e cada uma atende a sociedade em que ocorre, pois é a forma de
reprodução dos saberes que compõe uma cultura, portanto, a educação de uma
sociedade tem identidade própria. O processo de educação começa com a
família, quando os pais ensinam a seus filhos o que julgam ser certo, como
devem se comportar, respeitar as outras pessoas, ou seja, é o início da formação
da criança, que aos poucos vai sendo preparada para a vida individual e em
sociedade.
Num segundo momento, entra em cena a escola. Tem início a etapa da
instrução da criança, onde ela vai adquirir conhecimentos referentes às áreas
específicas: Língua Portuguesa, Matemática, Geografia, História, entre outras.
Mas o papel da escola na formação do indivíduo não fica restrito a esse tipo de
informação. De certa forma, a escola vai dar continuidade ao processo que foi
37
iniciado pela família, educando a criança e o adolescente também para a vida,
através da disciplina, das responsabilidades, do estímulo ao exercício da
cidadania. Mas, de uma forma mais ampla, educação é um processo contínuo
que envolve o desenvolvimento integral de todas as faculdades humanas; o
conjunto das normas pedagógicas aplicadas ao desenvolvimento geral do corpo.
Hoje, a educação ocorre de diversas maneiras e meios de comunicação, com o
desenvolvimento da tecnologia e da globalização, estão facilitando às pessoas a
aquisição de conhecimentos. Surgiu a chamada educação a distância que está se
disseminando rapidamente. A Internet trouxe o mundo para os lares globalizando
o processo educativo.
Portanto, a educação mora em todos os lugares e o conhecimento está
disponível. O que se busca então é verdadeiramente estimular a vontade de
aprender, o interesse, a curiosidade. E é nessa estrada que habitam os
educadores, aqueles que são capazes de fazer a ponte entre o desejo e a
conquista. Na relação professor-aluno deve haver respeito mútuo. Não existindo
na escola palavrões, apelidos, gestos obscenos, e toda e qualquer atitude que
levem profissionais e alunos ao constrangimento.
Família – elo de sustentação primordial ao bom desenvolvimento do ser
humano (filhos), base de apoio emocional social e intelectual deste ser cidadão de
uma sociedade transformadora. A criança e o adolescente aprendem a se
relacionar, a introjetar noções de certo ou errado e a adquirir regras de convívio
social desde que nascem e a família tem papel único, que é o de reproduzir
sociedades humanas e fornecer condições que possibilitem suas inovações e
mudanças. Cabe a família o papel de transmitir os valores morais e a ideologia de
vida, e serem firmes quanto a isso, priorizando, ainda, honestidade e
generosidade.
Escola – refere-se a uma instituição de ensino ou a uma corrente de
pensamento com características padronizadas que formam certas áreas do
conhecimento e da produção humana. É, ainda, o lugar da concepção, realização
e avaliação do seu projeto avaliativo, uma vez que realiza seu trabalho
pedagógico se baseando em sua realidade, sendo autônoma e norteadora por
referenciais ditados pelo sistema de ensino, com uma teoria pedagógica
compromissada em solucionar problemas educativos.
38
A palavra vem do grego scholé, que significa “lugar do ócio”. Na Grécia
Antiga, as pessoas que dispunham de condições sócio econômicas e tempo livre,
nela se reuniam para pensar e refletir.
Conhecimento - é a relação que se estabelece entre o sujeito que
conhece ou deseja conhecer e o objeto a ser conhecido ou que se dá a conhecer.
Conhecimento Sensorial: É o conhecimento comum entre seres humanos
e animais. Obtido a partir de nossas experiências sensitivas e fisiológicas (tato,
visão, olfato, audição e paladar).
Conhecimento Intelectual: Esta categoria é exclusiva ao ser humano;
trata-se de um raciocínio mais elaborado do que a mera comunicação entre corpo
e ambiente. Aqui já se pressupõe um pensamento, uma lógica.
Conhecimento Empírico/ Vulgar/ Popular: É a forma de conhecimento do
tradicional (hereditário), da cultura, do senso comum, sem compromisso com uma
apuração ou análise metodológica. Não pressupõe reflexão, é uma forma de
apreensão passiva, acrítica e que, além de subjetiva, é superficial.
Conhecimento Científico: Preza pela apuração e constatação. Busca por
leis e sistemas, no intuito de explicar de modo racional aquilo que se está
observando. Não se contenta com explicações sem provas concretas; seus
alicerces estão na metodologia e na racionalidade. Análises são fundamentais no
processo de construção e síntese que o permeia, isso, aliado as suas demais
características, faz do conhecimento científico quase uma antítese do empírico.
Conhecimento Filosófico: Mais ligado à construção de ideias e conceitos.
Busca as verdades do mundo por meio da indagação e do debate; do filosofar.
Portanto, de certo modo se assemelha ao conhecimento científico - por se valer
de uma metodologia experimental, mas dele se distancia por tratar de questões
imensuráveis, metafísicas. A partir da razão do homem, o conhecimento filosófico
prioriza seu olhar sobre a condição humana.
Conhecimento Teológico: Conhecimento adquirido a partir da fé teológica
é fruto da revelação da divindade. A finalidade do Teólogo é provar a existência
de Deus e que os textos Bíblicos foram escritos mediante inspiração Divina,
devendo por isso ser realmente aceitos como verdades absolutas e
incontestáveis. A fé não é cega, se baseia em experiências espirituais, históricas,
arqueológicas e coletivas que lhe dá sustentação.
39
Conhecimento Intuitivo: Inato ao ser humano, o conhecimento intuitivo diz
respeito à subjetividade. Às nossas percepções do mundo exterior e à
racionalidade humana. Manifestam-se de maneira concreta quando, por exemplo,
tem-se uma epifania.
Intuição Sensorial/Empírica: “A intuição empírica é o conhecimento
direto e imediato das qualidades sensíveis do objeto externo: cores, sabores,
odores, paladares, texturas, dimensões, distâncias. É também o conhecimento
direto e imediato de estados internos ou mentais: lembranças, desejos,
sentimentos, imagens.” (in: Convite à Filosofia; CHAUÍ, Marilena).
Intuição Intelectual: A intuição com uma base racional. A partir da
intuição sensorial você percebe o odor da margarida e o da rosa. A partir da
intuição intelectual você percebe imediatamente que são diferentes. Não é
necessário demonstrar que a “parte não é maior que o todo”, é a lógica em seu
estado mais puro; a razão que se compreende de maneira imediata.
Ensino e Aprendizagem - O processo de ensino e aprendizagem pode ser
definido de forma sintética como os seres adquirem novos conhecimentos,
desenvolvem habilidades e mudam o comportamento. Contudo, a complexidade
desse processo dificilmente pode ser explicada apenas através de recortes do
todo. Por outro lado, qualquer definição está, invariavelmente, impregnada de
pressupostos político-ideológicos, relacionados com a visão de homem,
sociedade e saber. É o Conjunto de ações e estratégias que o sujeito/ educando,
considerado individual ou coletivamente, realiza, contando para tal, com a gestão
facilitadora e orientadora do professor, para atingir os objetivos propostos pelo
plano e formação. Se desenvolvem na absorção do que já foi elaborado. Como
processo, o ensino, a partir do produto, passa a se consolidar como reflexão do já
elaborado em relação ao já vivenciado (experiências de vida) da postura do saber
pensar melhor. Dessa forma o conhecimento não adquire seu verdadeiro estatuto,
do contrário, sua produção perde em importância e sentido, uma vez que não
aponta para um fim concreto e transformador a ser atingido. Criar situações
ensino/aprendizagem que venha atender de forma única os alunos, onde haja
conhecimento e troca de experiências, conceitos culturais e uma aprendizagem
significativa no contexto social em que está inserido o aluno.
40
A escola precisa estar em consonância com as necessidades do mercado
sem reduzir a sua função de formadora de um cidadão crítico e apto a lidar com
todas as situações que possam surgir na vida. Para isso, deve ser pensadas na
sua qualidade formal, caracterizada essencialmente pelo o domínio de técnicas,
capacidades de manejo de instrumentos e de procedimentos e na política que é a
capacidade do sujeito de fazer sua própria história.
A educação deve ser mudada, para transformar o homem em um ser
filosófico para a compreensão do mundo e entender a interpretação dos seus
fenômenos. Assim compreender a questão escolar, é a defesa da especificidade
da escola e a importância do trabalho escolar como elemento necessário para o
desenvolvimento cultural, educacional e humano.
Disciplina significa ordem e todos os profissionais da educação devem se
sentir responsáveis pela escola, isto é, ao observar qualquer problema disciplinar
dentro das dependências da escola, o mesmo deverá chamar atenção e tomar as
providências cabíveis.
O professor deve trabalhar os conteúdos acadêmicos, de forma
contextualizada com materiais didáticos pedagógicos que contribuam com o
processo ensino-aprendizagem.
Avaliação do Ensino Aprendizagem - A avaliação, prática pedagógica
intrínseca ao processo ensino e aprendizagem, tem como função de diagnosticar
o nível de apropriação do conhecimento pelo aluno. A avaliação é contínua,
cumulativa e processual, devendo refletir o desenvolvimento global do aluno e
considerar as características individuais deste no conjunto dos componentes
curriculares cursados, com preponderância dos aspectos qualitativos sobre os
quantitativos, onde dar-se-á relevância à atividade crítica, à capacidade de
síntese e à elaboração pessoal sobre a memorização. É realizada em função dos
conteúdos, utilizando métodos e instrumentos diversificados, coerentes com as
concepções e finalidades educativas expressas no Projeto Político Pedagógico da
escola. É vedado submeter o aluno a uma única oportunidade e a um único
instrumento de avaliação, devendo utilizar procedimentos que assegurem o
acompanhamento do pleno desenvolvimento do aluno, evitando-se a comparação
dos alunos entre si. O resultado deve proporcionar dados que permitam a reflexão
sobre a ação pedagógica, contribuindo para que a escola possa reorganizar
41
conteúdos/instrumentos/métodos de ensino. Na avaliação devem ser
considerados os resultados obtidos pelo aluno durante todo o período letivo, num
processo contínuo, expressando o seu desenvolvimento escolar, tomado na sua
melhor forma. Os resultados das atividades avaliativas serão analisados durante o
período letivo, pelo aluno e pelo professor, observando os avanços e as
necessidades detectadas, para o estabelecimento de novas ações pedagógicas.
Os instrumentos e critérios de avaliação do aproveitamento escolar serão
elaborados em consonância com a organização curricular. Paralelamente ocorre a
recuperação de estudos, que é direito de todos os alunos, independente do nível
de apropriação dos conhecimentos, e deve acontecer concomitantemente ao
desenvolvimento das atividades e conteúdos que estão sendo estudados. A oferta
da recuperação de estudos significa encarar o erro como hipótese de construção
do conhecimento, de aceitá-lo como parte integrante da aprendizagem,
possibilitando a reorientação dos estudos.
Na EJA, a avaliação é compreendida como uma prática que alimenta e
orienta a intervenção pedagógica. É um dos principais componentes do ensino,
pelo qual se estuda e interpreta os dados da aprendizagem. Tem a finalidade de
acompanhar e aperfeiçoar o processo de aprendizagem dos educandos,
diagnosticar os resultados lhes atribuindo valor. A avaliação será realizada em
função dos conteúdos expressos na proposta pedagógica.
Na avaliação da aprendizagem é fundamental a análise da capacidade de
reflexão dos educandos frente às suas próprias experiências. E, portanto, deve
ser entendida como processo contínuo, descritivo, compreensivo que oportuniza
uma atitude crítica reflexiva frente à realidade concreta, para tal fazer-se-á o uso
dos recursos disponíveis: TV multimídia, vídeo, DVD, aulas extraclasse, visitas
monitoradas, pesquisa, entrevistas, palestras, seminários, eventos culturais,
semana cultural e esportiva, uso de materiais concretos e ou semi concretos,
laboratório de informática, na biblioteca pesquisa e empréstimo de livros para
leitura.
Cidadão - indivíduo pertencente a um estado livre, no gozo dos seus
direitos civis e políticos, e sujeito a todas as obrigações inerentes a essa
condição.
42
Cidadania – deve ser entendido não como um conceito vazio, que as
políticas neoliberais utilizam nas políticas sociais e na educação, mas no sentido
de acesso mínimo de condições materiais para uma vida digna de ser humano
assim como emprego, saúde, educação de qualidade e principalmente de
moradia dentre outros elementos básicos para a manutenção da vida. Nossa
comunidade escolar vem buscando possibilidades para proporcionar ao educando
uma visão crítica em que ele possa ter o poder de lutar pelo exercício pleno de
sua cidadania.
Cultura - conjunto de manifestações artísticas, sociais, linguísticas e
comportamentais de um povo ou civilização. Portanto, fazem parte da cultura de
um povo as seguintes atividades e manifestações: música, teatro, rituais
religiosos, língua falada e escrita, mitos, hábitos alimentares, danças, arquitetura,
invenções, pensamentos, formas de organização social, etc. Uma das
capacidades que diferenciam o ser humano dos animais irracionais é a
capacidade de produção de cultura.
Tecnologia - conceito com múltiplos significados, que variam conforme o
contexto (Reis,1995). Por isso, a tecnologia pode ser vista
como:artefato,cultura,atividade com determinado objetivo, processo de criaçao,
conhecimento sobre uma técnica e seus respectivos processos etc. Japiassu e
Marcondes 91993,p.232) acentuam o sentido da palavra técnica na ciência
moderna como a aplicação prática do conhecimento científico teórico a um campo
específico da atividade humana. (Almeida,2005).
Concepções de Infância e Adolescência / Cuidar e Educar / Alfabetização e
Letramento
Conforme o Estatuto da Criança e Adolescência – ECA, em 1990, o termo
“menor” foi abolido, passando a definir todas as crianças como sujeitas de
direitos, com necessidades específicas, decorrentes de seu desenvolvimento
peculiar, e que, por conta disso, deveriam receber uma política de atenção
integral a seus direitos construídos social e historicamente.
Sabemos que a Adolescência deve ser pensada para além da idade
cronológica, da puberdade e transformações físicas que ela acarreta, dos ritos de
passagem, ou de elementos determinados pelo aprimoramento ou de modo
43
natural. No entanto, deve ser pensada como uma categoria que se constrói se
exercita e se re-constrói dentro de uma história e tempo específicos.
Cuidar e educar, de acordo com as novas diretrizes, devem caminhar
juntos. Percebe-se nos dias de hoje e apoiado nos paradigmas emergentes da
complexidade (DEMO, 2002; MORIN, 2002) e da visão sistêmica relacionada ao
ser vivo (CAPRA, 2001; CAPRA, 2002; MATURANA & VARELA, 2001), o
indivíduo como ser global, não fragmentado e não linear, em todos os momentos
e em todas as situações, ou seja, cuidar e educar, contemplando de forma
democrática todas as diferenças e, ao mesmo tempo, a natureza complexa do
indivíduo. Plenamente entendidas e aplicadas, cuidar e educar caminham
simultaneamente e de maneira indissociável, possibilitando que ambas as ações
construam na totalidade, a identidade e a autonomia da criança.
Do ponto de vista social, o letramento é um fenômeno cultural relativo às
atividades que envolvem a língua escrita. A ênfase recai nos “usos, funções e
propósitos da língua escrita no contexto social” (SOARES, 2006).
Alfabetização é o processo pelo qual se adquire o domínio de um código
e das habilidades de utilizá-lo para ler e escrever, ou seja: o domínio da
tecnologia – do conjunto de técnicas – para exercer a arte e ciência da escrita. Ao
exercício efetivo e competente da tecnologia da escrita denomina-se Letramento
que implica habilidades várias, tais como: capacidade de ler ou escrever para
atingir diferentes objetivos (In Ribeiro, 2003, p. 91).
Porque alfabetização e letramento são conceitos freqüentemente
confundidos ou sobrepostos, é importante distingui-los, ao mesmo tempo em que
é importante também aproximá-los: a distinção é necessária porque a introdução,
no campo da educação, do conceito de letramento tem ameaçado perigosamente
a especificidade do processo de alfabetização; por outro lado, a aproximação é
necessária porque não só o processo de alfabetização, embora distinto e
específico, altera-se e reconfigura-se no quadro do conceito de letramento, como
também este é dependente daquele. (2003, p. 90)
44
GESTÃO DEMOCRÁTICA DA ESCOLA PÚBLICA
A Gestão democrática implica a efetivação de novos processos de
organização e gestão. A educação, como prática social, constitui direito social do
indivíduo.
Historicamente muitas lutas foram desenvolvidas buscando garantir esse
direito a todos, a partir da expansão e democratização. Garantir a escola para
todos constitui uma bandeira em prol da inclusão social e da efetiva participação
da sociedade civil. As mudanças incidem também na formação dos profissionais
da educação e na sua formação continuada de modo que continue aprendendo
durante toda a vida profissional.
O convívio entre a comunidade escolar prima pelo respeito à diversidade
de ideias e cabe a escola valorizar a responsabilidade e a solidariedade,
priorizando as sugestões dos pais e alunos, incentivando o acesso dos mesmos a
escola. O trabalho de gestão é fortalecido pelo Conselho Escolar, APMF e Grêmio
Estudantil, com o fim de democratizar as decisões das escolas públicas. Vincula-
se a democratização e a re-estruturação dos conselhos que representam o
alicerce sustentador da escola. A comunidade escolar elege seus representantes
que fazem parte do Conselho Escolar, e esta, dentro da gestão democrática, deve
participar ativamente de todos os eventos escolares.
O diretor deve ser capaz de organizar trabalhos coletivos, ter
conhecimento administrativo e pedagógico, saber planejar, ter manejo e controle
de orçamento, ter organização, tomar decisões eficazes, resolver problemas
coletivamente, ser comunicativo. Dar apoio ao trabalho do professor, ao uso da
informática, procurando evitar a burocratização, deve conhecer e valorizar a
atividade confiada ao trabalho do professor. Cabe a ele buscar uma gestão
participativa, com a responsabilidade de fazer prevalecer as decisões do grupo,
esclarecê-los sobre os limites e as possibilidades conferidas pela lei.
Na gestão democrática, o Conselho de Classe, bem como Pré Conselho e
Pós Conselho, são oportunidades para verificação, constatação e superação das
dificuldades, que propiciam fortalecer condições para a efetiva aprendizagem de
todos os alunos. Tem suma importância como diagnóstico do processo ensino-
aprendizagem direcionando linhas de ações e possíveis mudanças metodológicas
no Plano de Trabalho Docente e no Projeto Político Pedagógico.
45
ORGANIZAÇÃO CURRICULAR
A organização curricular dos conteúdos já são sugeridos pela SEED, cabe
aos professores subdividir e determinar os objetivos, justificativas e metodologias
que busquem a melhor forma de trabalhar os conhecimentos acadêmicos,
respeitando um espaço de organização de saberes, valores e sentimentos que
podem ser respectivamente, ensinados, formados e experimentados.
A EJA contempla o total de carga horária estabelecida em na legislação
vigente nos níveis de Ensino Fundamental e Médio, com avaliação no processo.
Os cursos são caracterizados por estudos presenciais desenvolvidos de modo a
viabilizar processos pedagógicos, tais como: pesquisa e problematização na
produção do conhecimento; desenvolvimento da capacidade de ouvir, refletir e
argumentar; registros, utilizando recursos variados (esquemas, anotações,
fotografias, ilustrações, textos individuais e coletivos), permitindo a sistematização
e socialização dos conhecimentos; acesso à internet, mostra cultural, projetos e
palestras; vivências culturais diversificadas que expressem a cultura dos
educandos, bem como a reflexão sobre outras formas de expressão cultural. Para
que o processo seja executado a contento, serão estabelecidos planos de
estudos e atividades. Os educandos receberão um guia de estudo e a
escolarização, em todas as disciplinas, organizar-se-á de forma coletiva e
individual, ficando a critério do aluno escolher a maneira que melhor se adapte às
suas condições e necessidades, ou mesmo mesclar essas formas, ou seja, cursar
algumas disciplinas organizadas coletivamente e outras individualmente. No
coletivo, por meio de um cronograma que estipula o período, dias e horário das
aulas, com previsão de início e término de cada disciplina, oportunizando a
integralização do currículo. A mediação pedagógica ocorrerá priorizando o
encaminhamento dos conteúdos de forma coletiva, na relação professor-aluno e
considerando os saberes adquiridos na história de vida de cada um.
Individualmente, além do cronograma a ser cumprido, contempla mais
intensamente a relação pedagógica personalizada e o ritmo próprio do educando,
nas suas condições de vinculação à escolarização e nos saberes já apropriados.
Os conteúdos são estudados de acordo com a organização curricular, as
metodologias podem ser: vídeo, DVD, TV multimídia, leitura de textos, materiais
46
didáticos, grupos de estudos, pesquisas em livros e laboratório de informática,
debates, entrevistas, gincanas monitoradas.
Na EJA, os conteúdos específicos de todas as disciplinas devem estar
articulados à realidade, considerando sua dimensão sócia histórica, vinculada ao
mundo do trabalho, à ciência, às novas tecnologias, dentre outros.
Portanto, o currículo não deve ser entendido, como na pedagogia
tradicional, que fragmenta o processo de conhecimento e o hierarquiza nas
matérias escolares, mas sim, como uma forma de organização abrangente, na
qual os conteúdos culturais relevantes estão articulados à realidade na qual o
educando se encontra, viabilizando um processo integrador dos diferentes
saberes a partir da contribuição das diferentes áreas/disciplinas do conhecimento.
As diretrizes educacionais, LDB 9394/96 determina que as instituições
escolares devam ser inclusivas. No entanto, é necessário, professores
capacitados para auxiliar o trabalho com esses estudantes em suas necessidades
individuais, especiais. A educação inclusiva é para todos, implicando num sistema
educacional que reconheça e atenda às diferenças individuais, respeitando as
necessidades dos alunos; tem como desafio enfrentar novas formas de repensar
e re-estruturar políticas e estratégias educativas garantindo condições
indispensáveis para que os alunos com necessidades educacionais especiais
possam manter-se na escola e aprender.
O Projeto Político Pedagógico da escola deve ser elaborado assegurando
a ação coletiva voltada para a inclusão e diversidade, criando mecanismos de
enfrentamento aos diversos preconceitos para garantir o direito ao acesso e a
permanência com qualidade no processo educacional. Os desafios educacionais
contemporâneos responsabilizam a escola (inclusão, sustentabilidade, cidadania,
etc) pela sociedade organizada e movimentos sociais. E a escola enquanto
instituição social contribui no sentido de chamar para a mediação e a necessidade
da explicação dos diversos fatos sociais.
A EJA contempla, também, o atendimento a educandos com
necessidades educativas especiais considerando a situação em que se
encontram individualmente, devem-se priorizar ações educacionais específicas e
que oportunizem o acesso, a permanência e o êxito destes no espaço escolar.
47
É importante destacar que “especiais devem ser consideradas as
alternativas e as estratégias que a prática pedagógica deve assumir para remover
barreiras para aprendizagem e participação de todos os alunos. (CARVALHO,
2001).
Garante-se, dessa forma, que a inclusão educacional se realize
assegurando o direito à igualdade com equidade de oportunidades. Isso não
significa o modo igual de educar a todos, mas uma forma de garantir os apoios e
serviços especializados para que cada um aprenda, se resguardando suas
singularidades.
O tempo escolar é organizado em 04 (quatro) séries sequenciais, cuja
progressão depende do desempenho do aluno em suas atividades escolares,
compreensão dos conhecimentos acadêmicos necessários, que serão avaliados
durante o período letivo.
É inerente a organização pedagógica curricular da EJA, a valorização dos
diferentes tempos necessários à aprendizagem dos educandos de EJA,
considerando os saberes adquiridos nas informalidades das vivências e do mundo
do trabalho, face à diversidade de suas características.
E ainda, conforme as Diretrizes Curriculares Estaduais de Educação de
Jovens e Adultos no Estado do Paraná: “A EJA deve se constituir de estrutura
flexível, pois há um tempo diferenciado de aprendizagem e não um tempo único
para todos os educandos, bem como os mesmos possuem diferentes
possibilidades e condições de reinserção nos processos educativos formais” e,
que “o tempo que o educando jovem, adulto e idoso permanecerá o processo
educativo tem valor próprio e significativo, assim sendo à escola cabe superar um
ensino de caráter enciclopédico, centrado mais na quantidade de informações do
que na relação qualitativa com o conhecimento. (Kuenzer, 2000. p.40)
A formação continuada é oferecida pela SEED e NRE sendo voltada para
a prática pedagógica, enriquecimento de saberes dos professores, evidenciando
meios e métodos de apoio, estudos compartilhados com profissionais nas áreas
de atuação, vindo ao encontro das necessidades dos profissionais da educação.
Entre eles: a Formação Continuada, Formação em Ação, Grupos de estudos,
Grupo de Trabalho em Rede, Simpósios, Pró-funcionário e o PDE.
48
Na modalidade EJA serão considerados o previsto na legislação vigente
conforme regulamentado no Regimento Escolar.
As reuniões pedagógicas devem acontecer sempre que houver
necessidade e as previstas no calendário escolar que são bimestrais, procurando
envolver a comunidade escolar, Direção, Equipe Pedagógica, Funcionários
Administrativos, Serviços Gerais, Alunos e principalmente a participação dos pais
para conseguir maior êxito nas atividades propostas.
A organização das práticas educativas deverá privilegiar tempo x espaço
que contemple a presença de todos os professores por nível de ensino, com
profissionais qualificados por áreas de atuação. É necessário que o professor
apresente compreensão da realidade em que atua na sociedade na qual vive,
através de sua história, sua cultura, suas relações de classe, suas relações de
produção, suas perspectivas de transformação, é preciso que tenha
comprometimento com o que faz. Na área pedagógica, é importante deixar de ser
transmissor de conhecimento e passar a ser um facilitador, um mediador de
aprendizagem do aluno, deve determinar o conteúdo a ser trabalhado, levando
em conta as necessidades que surgem em sala de aula, levando o aluno a ser um
sujeito ativo e participativo na construção do conhecimento. Precisa conhecer
bem o campo científico com o qual trabalha, não pode de forma alguma mediar a
cultura de suas áreas se não detiver os conhecimentos e as habilidades que o
dimensionam. Para tanto deverá no seu trabalho docente, estar atento a todos os
elementos necessários para que o educando efetivamente aprenda e se
desenvolva tendo no processo de avaliação uma forma de diagnosticar
necessidades de aprendizagem e propor soluções, tenha habilidade de trabalhar
em equipe, ser participativo em reuniões, perceber a relação entre o trabalho e
sua turma com o contexto da escola, escutar e compreender o ponto de vista dos
colegas e pais, zelar pela formação continuada.
Proporcionar ao aluno um relacionamento aberto e de diálogo com seus
colegas, professores, comunidade escolar e sociedade, respeitando e valorizando
sua individualidade e a do outro. Um relacionamento que seja autêntico e livre na
busca de conhecimento, melhoria na qualidade de vida, que saibam falar, ler,
calcular, debater, analisar, saber articular o pensamento e os seus próprios
sentimentos, a se assumirem como sujeitos no processo ensino aprendizagem,
49
que tenham opiniões, posições e contestações, questionamentos, dúvidas,
concentração para estudo, leitura e pesquisa. A educação não é obra apenas da
inteligência, do pensamento é também da afetividade ao sentimento. É esta
combinação que precisa estar tanto no ato de educar, como no de ser educado
sustentado pelo companheirismo e pelo respeito.
PPC – PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR
ENSINO FUNDAMENTAL
A presente Proposta Pedagógica está fundamentada na Lei de Diretrizes e Bases
da Educação Nacional nº 9394/96, que estabelece as diretrizes e bases da
educação nacional; Diretrizes do Conselho Nacional de Educação e Diretrizes do
Conselho Estadual de Educação do Ensino Fundamental e Médio; Diretrizes de
Educação Especial e as Deliberações do Conselho Estadual de Educação
conforme a seguir:
LEIS FEDERAIS Constituição Federal de 1.988;
Lei nº. 1.044/69 – dispõe sobre o tratamento excepcional para alunos portadores
de afecções, cuja vigência é mantida conforme Pareceres nº. 06/98 e nº. 31/02 -
ambos do CEB/CNE, referentes ao regime de exercícios domiciliares;
Lei nº. 6.202/75 – atribui à estudante em estado de gestação o regime de
exercícios domiciliares;
Lei nº. 7.716/89 – estabelece e define crimes de preconceitos de cor, raça, etnia
ou procedência nacional e religião; Alterada pelas Leis: Lei nº. 8.081/90 e Lei nº.
9.459/97
Lei nº. 8.069/90 – Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA;
Lei nº. 9.394/96 – (LDBEN estabelece as Diretrizes e Bases da Educação
Nacional), a qual foi alterada pelas Leis: Lei nº. 9.475/97 – dá nova redação ao
art. 33, referente ao Ensino Religioso;
50
Lei nº. 9.795/99 – dispõe sobre a educação ambiental, institui a Política Nacional
de Educação Ambiental e dá outras providências;
Lei nº. 10.287/01 – acrescenta inciso VIII ao art. 12, referente às faltas dos alunos,
acima de cinqüenta por cento do percentual permitido em lei;
Lei nº. 10.639/03 – acrescenta artigos 26-A, 79-A e 79-B, referentes à inclusão, no
currículo oficial da rede de ensino, da temática „História e Cultura Afro-Brasileira‟ e
dá outras providências;
Lei nº. 10.793/03 – dá nova redação ao §3º do art. 26, referente à Educação
Física;
Decretos Federais
Decreto-Lei nº. 715/69 – Abono de faltas ao aluno em serviço militar;
Decreto nº. 4.281/02 – Regulamenta a Lei nº. 9.795/99, que institui a Política,
Nacional de Educação Ambiental;
Decreto nº. 3.492/04 – Institui Ação Inserção do Adolescente, na condição de
aprendiz.
Resoluções Federais
Resolução nº. 02/98, referente à denominação da disciplina de Educação Artística
para Artes;
Resolução nº. 01/02 institui as Diretrizes Operacionais para a Educação Básica
nas Escolas do Campo;
Resolução nº. 01/04 – CNE/CEB – Normas complementares à educação referente
às relações Étnico-Raciais e para o ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e
Africana;
Resolução nº. 01/06 – CNE/CEB – altera alínea “b” do inciso IV do art. 3º da
Resolução CNE/CEB nº. 2/98, referente à denominação da disciplina de
Educação Artística para Artes.
Pareceres Federais
Parecer nº. 04/98 – CNE – Diretrizes Curriculares Nacionais – DCN - do Ensino
Fundamental;
51
Parecer nº. 15/98 – CNE – Diretrizes Curriculares Nacionais – DCN - do Ensino
Médio;
Parecer nº. 17/01 – CNE – Diretrizes Curriculares Nacionais - DCN – para
Educação Especial;
Pareceres nº. 06/98 e nº. 31/02 – Ambos do CNE/CEB – trata das circunstâncias
de alunos impossibilitados de freqüentar as aulas com direito ao regime de
atendimento domiciliar instituído pela Lei Federal nº. 1.044/69;
Parecer nº. 03/04 - CNE/CP – Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação
das Relações Étnico-Raciais e para o ensino de História e Cultura Afro-Brasileira
e Africana;
Parecer nº. 03/06 – CNE/CEB – consta da Resolução nº. 02/98 – CNE/CEB,
sobre regras na estruturação do Regimento Escolar;
Parecer nº. 38/06 – CNE/CEB – inclusão obrigatória das disciplinas de Filosofia e
Sociologia no Currículo do Ensino Médio;
Parecer nº. 41/06 – CNE/CEB – consulta sobre interpretação correta das
alterações promovidas na Lei nº. 9.394/96 pelas leis nº. 11.114/05 e nº.
11.274/06.
LEIS ESTADUAIS
Constituição Estadual do Paraná – Da Educação;
Lei nº. 7.962/84 – proíbe a cobrança de taxas e contribuições nos
estabelecimentos de ensino da rede estadual e adota outras providências;
Lei nº. 10.054/92 – dispõe sobre o funcionamento de cantinas comerciais nas
escolas de 1º e 2º graus da rede oficial de ensino;
Lei nº. 10.129/92 – institui o Programa de Segurança Escolar, no Estado do
Paraná;
Lei nº. 13.666/02 – enquadra os Profissionais do Quadro Geral para Quadro
Próprio do Poder Executivo – QPPE e dá outras providências;
Lei nº. 13.807/02 – institui o percentual de 20% (vinte por cento) de hora atividade
da jornada de trabalho para professor regente de classe;
Lei nº. 14.361/04 – altera a redação da Lei nº. 7.962/84, referente à
obrigatoriedade do uso de uniforme escolar;
52
Lei nº. 14.423/04 – dispõe que os serviços de lanches nas unidades educacionais
públicas e privadas que atendam a educação básica, localizadas no Estado do
Paraná, deverão obedecer a padrões de qualidade nutricional e de vida,
indispensáveis à saúde dos alunos;
Lei nº. 14.743/05 – proíbe fumar nos recintos e edificações que especifica e adota
outras providências;
Lei nº. 14.855/05 – dispõe sobre padrões técnicos de qualidade nutricional a
serem seguidos pelas lanchonetes e similares, instaladas nas escolas de Ensino
Fundamental e Médio, particulares e da rede pública;
Lei nº. 14.938/05 – Programa SOS - Racismo no Paraná e dá outras providências.
Lei Complementar nº. 103/04 – institui e dispõe sobre o Plano de Carreira do
Professor da Rede Estadual de Educação Básica do Paraná e adota outras
providências;
Lei Complementar nº. 106/04 – altera os dispositivos que especifica, da Lei
Complementar nº. 103/04;
Decreto Estadual
Decreto nº. 5.123/01 – inciso I e II do art. 17 – da Área de Mobilização
Educacional e a participação das famílias na vida escolar dos filhos, no processo
de gestão de ensino.
Resoluções Estaduais
Resolução nº. 318/02 – SESA – aprova norma técnica e estabelece exigências
sanitárias para as instituições do ensino no Estado do Paraná;
Resolução nº. 05/03 – SEED/SESA – orientação técnica conjunta das condições
de funcionamento dos estabelecimentos de ensino a fim de proteger a saúde da
população escolar de doenças de maior incidência no período de
inverno/primavera e dá outras providências;
Resolução CENE/CEB nº 03, de 15 de junho de 2010, que institui normas para
modalidade de Educação de Jovens e Adultos, nos aspectos relativos à duração
do curso, nos anos finais do Ensino Fundamental e idade miníma para ingresso
dos cursos da EJA.
Deliberações Estaduais
53
Deliberação nº. 31/86 - CEE – escrituração, arquivamento, prazo de incineração
(eliminação) de Documentos Escolares e dá outras providências;
Deliberação nº. 04/99 - CEE – Normas para o Sistema Estadual de Ensino;
Deliberação nº. 14/99 - CEE – Normas para elaboração da Proposta Pedagógica;
Deliberação nº. 16/99 - CEE – Normas para elaboração do Regimento Escolar;
Deliberação nº. 09/01 - CEE – Normas para o Sistema Estadual de Ensino;
Deliberação nº. 02/03 - CEE – Normas para Educação Especial;
Deliberação nº. 08/05 - CEE – Normas para Educação Especial;
Deliberação nº. 09/05 - CEE – Alteração das Deliberações sob nº. 04/99, 02/00,
10. 09/02 e 03/03;. Deliberação nº. 01/06 - CEE – Normas para o Ensino Religioso
no Sistema Estadual de Ensino;
Deliberação nº. 04/06 - CEE – Normas complementares às Diretrizes Curriculares
Nacionais - DCN para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino
de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana;
Deliberação nº. 06/06 - CEE – Normas complementares às Diretrizes
Curriculares Nacionais - DCN para a inclusão obrigatória das disciplinas de
Filosofia e Sociologia na Matriz Curricular do Ensino Médio;
Deliberação nº. 07/06 - CEE – inclusão dos conteúdos de História do Paraná no
Currículo da Educação Básica;
Deliberação nº. 08/06 - CEE – alteração da Deliberação nº. 02/05 - CEE;.
Deliberação nº. 09/06 - CEE – Normas complementares às Diretrizes Curriculares
Nacionais da Educação Profissionais Técnica de Nível médio e de Especialização
Técnica de Nível Médio;
Deliberação nº 05/10 – CEE, aprovada em 03/12/2010, que estabelece Normas
para Educação de Jovem e Adultos no Ensino Fundamental e Médio do Sistema
de Ensino no Paraná.
54
ARTE (0704)
APRESENTAÇÃO
A História da Educação Brasileira não é uma História difícil de ser
estudada e compreendida. Ela evoluiu em rupturas marcantes e fáceis de serem
observadas.
A primeira grande ruptura travou-se com a chegada mesmo dos
portugueses ao território do Novo Mundo. Não podemos deixar de reconhecer que
os portugueses trouxeram um padrão de educação próprio da Europa, o que não
quer dizer que as populações que por aqui viviam já não possuíam características
próprias de se fazer educação. E convém ressaltar que a educação que se
praticava entre as populações indígenas não tinha as marcas repressivas do
modelo educacional europeu.
No Brasil os jesuítas se dedicaram a pregação da fé católica e ao trabalho
educativo. Perceberam que não seria possível converter os índios a fé católica
sem que soubessem ler e escrever. Quando os jesuítas chegaram por aqui eles
não trouxeram somente a moral, os costumes e a religiosidade europeia;
trouxeram também os métodos pedagógicos.
Todas as escolas jesuítas eram regulamentada por um documento,
escrito por Inácio de Loiola, o Ratio Studiorum. Eles não se limitaram ao ensino
das primeiras letras; além do curso elementar mantinham cursos de Letras e
Filosofia, considerados secundários, e o curso de Teologia e Ciências Sagradas,
de nível superior, para formação de sacerdotes. No curso de Letras estudava-se
Gramática Latina, Humanidades e Retórica; e no curso de Filosofia estudava-se
Lógica, Metafísica, Moral, Matemática e Ciências Físicas e Naturais.
Os jesuítas foram expulsos das colônias em função de radicais diferentes
de objetivos com os dos interesses da Corte. Enquanto os jesuítas preocupavam-
se com o proselitismo e o noviciado, Pombal pensava em reerguer Portugal da
decadência que se encontrava diante de outras potencias europeias da época.
Além disso, Lisboa passou por um terremoto que destruiu parte significativa da
cidade e precisava ser re-erguida. A educação jesuítica não convinha aos
interesses comerciais emanados por Pombal. Ou seja, se as escolas da
55
Companhia de Jesus tinham por objetivo servir aos interesses da fé, Pombal
pensou em organizar a escola para servir aos interesses do Estado.
Através do alvará de 28 de junho de 1759, ao mesmo tempo em que
suprimia as escolas jesuíticas de Portugal e de todas as colônias, Pombal criava
as aulas régias de Latim, Grega e Retórica. Criou também a Diretoria de Estudos
que só passou a funcionar após o afastamento de Pombal. Cada aula régia era
autônoma e isolada, com professor único e uma não se articulava com as outras.
Portugal logo percebeu que a educação no Brasil estava estagnada e era preciso
oferecer uma solução. Para isso institui o “subsídio literário” para manutenção dos
ensinos primário e médio. Criando em 1772 o “subsídio” era uma taxação, ou um
imposto, que incidia sobre a carne verde, o vinho, o vinagre e a aguardente. Além
de exíguo, nunca foi cobrado com regularidade e os professores ficavam longos
períodos sem receber vencimentos a espera de uma solução vinda de Portugal.
Os professores geralmente não tinham preparação para a função, já que
eram improvisados e mal pagos. Eram nomeados por indicação ou sob
concordância de bispos e se tornavam “proprietários” vitalícios de suas aulas
régias.
Os resultados da decisão de Pombal foi que, no principio de século XIX, a
educação brasileira estava reduzida a praticamente nada. O sistema jesuítico foi
desmantelado e nada que pudesse chegar próximo deles foi organizado para dar
continuidade a um trabalho de educação.
A vinda da Família Real, em 1808, permitiu uma nova ruptura com a
situação anterior. Para atender as necessidades de sua estadia no Brasil, D. João
VI abriu Academias Militares, Escolas de Direito e Medicina, a Biblioteca Real, o
Jardim Botânico e, sua iniciativa mais marcante em termos de mudança, a
Imprensa Régia. Entre essas ações, destacou-se a chegada ao Brasil de um
grupo de artistas franceses encarregados da fundação da Academia de Belas-
Artes, na qual os alunos poderiam aprender as artes e os ofícios artísticos.
Esse grupo ficou conhecido como Missão Francesa, e obedecia aos
estilos neoclássicos, fundamentados no culto à beleza clássica, com exercícios
centrados na cópia e reprodução de obras consagradas, que caracterizavam a
pedagogia da escola tradicional. Esse padrão estético entrou em conflito com a
arte colonial de características brasileiras, como o Barroco na arquitetura,
56
escultura, talhe e pintura, presentes nas obras de Antônio Francisco Lisboa, na
música do Padre José Maurício, e em outros artistas.
A Semana de Arte Moderna de 1922 foi um marco importante para a arte
brasileira e os movimentos nacionalistas, que influenciaram artistas brasileiros a
direcionarem seus trabalhos para a pesquisa e produção de obras a partir de
raízes nacionais. Nesse contexto, o ensino de Arte teve o enfoque na
expressividade, espontaneidade e criatividade, essa valorização encontrou
espaço na pedagogia da Escola Nova, fundamentada na livre expressão de
formas, na genialidade individual, inspiração e sensibilidade, desfocando o
conhecimento em arte e procurando romper à transposição mecanicista de
padrões estéticos da escola tradicional.
A partir da década de 1960, as produções e movimentos artísticos e
intensificaram: nas artes plásticas, com as Bienais e os movimentos contrários a
ela; na música, no teatro e no cinema. Esses movimentos tiveram forte caráter
ideológico, propunham uma nova realidade social e, gradativamente, deixaram de
acontecer com o endurecimento do regime militar.
Com o Ato Institucional n. 5 (AI-5), em 1968, esses movimentos foram
reprimidos. Vários artistas, professores, políticos e outros que se opunham ao
regime foram perseguidos e exilados. Nesse contexto, em 1971, foi promulgada a
Lei Federal n.5692/71, em cujo artigo 7º determina a obrigatoriedade do ensino da
arte nos currículos do Ensino Fundamental (a partir da 5ª série) e do Ensino
Médio.
Desta premissa, surge a polivalência na formação do professor quando
este se vê diante de aulas onde deveriam ser trabalhadas as quatro linguagens
artísticas (Artes Plásticas, Teatro, Dança e Música) e essa formação, de caráter
superficial, traz para a educação a ideia de que ao se trabalhar com técnicas
isoladas, estariam se trabalhando todas as áreas. Surgem então na escola as
técnicas de trabalho artístico, voltadas para o desenvolvimento da sensibilidade e
da criatividade do aluno.
Com o advindo da LDB de número 9394 de 1996, a Arte torna-se
componente curricular obrigatório e reconhecida enquanto objeto de
conhecimento pelos Parâmetros Curriculares Nacionais, documento do Ministério
57
da Educação, ganhando o status de disciplina voltada à aquisição de
conhecimentos específicos.
Os PCN foram produzidos e distribuídos antes da elaboração das
Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN) para o Ensino Fundamental e Ensino
Médio, que deveriam banalizar a formulação dos PCN, a falta de clareza na
fundamentação teórica para subsidiar o trabalho do professor também causou o
esvaziamento desses conteúdos.
Uma característica marcante e explicita tanto das DCN quanto dos PCN
do Ensino Médio foi à adoção do conceito de estética, fundamentado na “estética
da sensibilidade”, na “política da igualdade” e na “ética da identidade”.
Na década de 1990, as empresas de capacitação de executivos e demais
profissionais passaram a ver a arte e os conceitos de estética como meio e
principio nos seus cursos. Esse padrão foi muito adotado nas capacitações de
professores da Rede Pública em Faxinal do Céu (Pinhão) de 1997 a 2002.
Nesses eventos, eram constantes as atividades artísticas desprovidas de
conteúdo, sendo aplicadas, na maioria das vezes, como momentos terapêuticos,
de descontração e de alienação, distantes da realidade escolar.
No período de 2003 a 2006, foram realizadas diversas ações pelo
governo do Estado do Paraná que valorizaram o ensino de Arte, dentre as quais,
destacam-se:
-estabelecimento de carga horária mínima de duas aulas semanais de
Artes durante todas as séries do Ensino Fundamental e de duas a quatro aulas
semanais distribuídas no Ensino Médio;
-a retomada da constituição do quadro próprio de professores licenciados
em Arte pó concurso público;
-a elaboração e distribuição de material didático para professores e
alunos;
-a aquisição de livros de artes visuais, dança, música e teatro para
biblioteca do professor dos estabelecimentos de ensino;
-distribuição de livros didáticos para alunos do Ensino Médio;
-criação de projetos integradores como o Fera, o Com Ciência, entre
outros.
58
Reconhece-se que houve muitos avanços no processo histórico recente
para efetivar uma transformação no ensino de Arte. Entretanto, essa disciplina
ainda exige reflexões que contemplem a arte como área de conhecimento e não
como meio para destacar dons inatos, pois muitas vezes é vista
equivocadamente, como prática de entretenimento e terapia.
A educação em Arte propicia o desenvolvimento a formação dos sentidos
humanos e o saber estético, contribuindo também para a fruição da produção
artística, desenvolvendo o pensamento artístico e a estética.
De acordo com a evolução humana, a arte está presente em cada período
da história, mesmo que, às vezes, intuitivamente, precedendo contextos históricos
(sons, imagens, gestos, dramatização, representação, símbolos, etc.) em toda a
evolução humana.
A Arte é um processo humanizado que se vale do conhecimento científico
compreendido entre o caráter histórico religioso, filosófico e político, a fim de
interpretar sua realidade e interagir criticamente nela com ênfase na
transformação desta. Através de liberdade de expressão e conhecimento estético,
aliando a imaginação, a criação, produção e interpretação, na eterna busca de
novos conhecimentos e superação destes utilizando-se da pesquisa para seu
veículo de transitoriedade, tornando assim esta interação na reflexão da nossa
cultura, comparando-a e assimilando as demais, almejando assim o próprio
crescimento, atingindo o homem pós-moderno e contemporâneo, fortalecendo
sua identidade.
A disciplina de Arte discute questões de ensino e aprendizagem na
educação em geral e escolar, articulados a sociedade em que se insere,
apresentando propostas contemporâneas que contemplam três ações: o fazer, o
apreciar e o refletir, pois o ensino de arte na escola já tem o seu campo definido é
uma área do conhecimento que contribui inegavelmente para a formação geral do
indivíduo, interagindo nas diferentes instâncias intelectuais, culturais, políticas e
econômicas. Assim sendo o aluno desenvolve a compreensão atuante e analítica
acerca dos processos que envolvem a arte através de conhecimentos dos
fundamentos das várias linguagens tendo como parâmetro: a prática de
linguagem; a história da arte; os processos criativos que envolvem o fazer
artístico e a ação critica.
59
Hoje o ensino de Arte deixa de ser coadjuvante no sistema educacional e
passa a se preocupar também com o desenvolvimento do sujeito frente a uma
sociedade construída historicamente e em constante transformação.
É necessário que o professor trabalhe com artes visuais, teatro, música e
dança, faça relações com os saberes das outras áreas de ARTE e que
proporcione ao aluno uma perspectiva de abrangência do conhecimento em arte
produzido historicamente pela humanidade.
Desta maneira o enfoque do ensino de arte na Educação Básica será nas
relações entre a arte e sociedade.
A ênfase se dará na arte e ideologia. A arte é produto de um conjunto de
ideias, crenças e doutrinas, próprias de uma sociedade, de uma época ou de uma
classe.
A Arte não é só ideologia, porém, ela esta presente nas produções
artísticas.
Neste âmbito é necessário trabalhar com os alunos as três principais
formas de como a arte é produzida e disseminada na sociedade contemporânea:
Arte erudita, cuja forma de divulgação e distribuição se faz em museus,
teatros, etc;
Arte popular, produzida e vivenciada pelo povo, grupos sociais e étnicos;
A indústria cultural, que transforma a arte em mercadoria para o consumo
de grande número de pessoas.
Essas formas de como se pode ter contato com a arte estão permeadas
por discursos ideológicos.
Arte como forma de conhecimento: é organizada e estruturada por um
conhecimento próprio, ao mesmo tempo possui um conteúdo social, que tem
como objeto o ser humano em suas múltiplas dimensões.
Arte como trabalho criador: é uma forma de trabalho onde ao criar o ser
humano se recria, constituindo-se como ser que toma posição ante o mundo.
Promovendo a articulação entre os aspectos teóricos e metodológicos
propostos para essa disciplina,pretendesse que os alunos possam criar formas
singulares de pensamento, aprendam a expandir suas potencialidades criativas,
analisar e valorizar a presença de elementos e rituais das culturas de matriz
africana nas manifestações populares brasileira, compreender as raízes do povo
60
do campo (valores, tradições, etnias, festas, religiosidade popular, símbolos,
música, gestos, mística) e incentivar produções culturais próprias, sensibilizando
a sociedade para valorizá-las.
Os Desafios contemporâneos, faz parte da realidade de todos nós. É de
vital importância abordar esses temas relacionados com o cotidiano de nossos
alunos. O enfrentamento as drogas por exemplo já se tornou problema nacional,
fugir disso é virar as costas ao futuro da nação.
CONTEÚDOS
5ª SÉRIE/6º ANO - ÁREA MÚSICA
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS
COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERIODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
Altura Duração Timbre Intensidade Densidade
Ritmo Melodia Escalas: diatônica, pentatônica cromática maior, menor, Improvisação Gêneros: erudito, popular
Greco-Romana Oriental Ocidental Idade Média Música Popular (folclore)
6ª SÉRIE/7º ANO - ÁREA MÚSICA
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS
COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERIODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
Altura Duração Timbre
Ritmo Melodia Escalas Estrutura Gêneros: folclórico,
Música popular e étnica (ocidental e oriental) Brasileira Paranaense Africana Renascimento Neoclássica
61
Intensidade Densidade
popular, étnico Técnicas: vocal, instrumental, mista Improvisação
Caipira/Sertanejo Raiz
7ª SÉRIE/8º ANO - ÁREA MÚSICA
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS
COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERIODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
Altura Duração Timbre Intensidade Densidade
Ritmo Melodia Harmonia Tonal, modal e a fusão de ambos. Técnicas: vocal, instrumental, eletrônica, informática e mista Sonoplastia
Indústria Cultural Eletrônica Minimalista Rap, Rock, Tecno Sertanejo pop Vanguardas Clássica
8ª SÉRIE/9º ANO - ÁREA MÚSICA
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS
COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERIODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
Altura Duração Timbre Intensidade Densidade
Ritmo Melodia Harmonia Estrutura Técnicas: vocal, instrumental, mista Gêneros: popular, folclórico,
Música Engajada Música Popular Brasileira. Música contemporânea Hip Hop, Rock, Punk Romantismo
62
étnico.
5ª SÉRIE/6º ANO – ÁREA ARTES VISUAIS
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS
COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERIODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
Ponto Linha Textura Forma Superfície Volume Cor Luz
Bidimensional Tridimensional Figurativa/Abstrato Geométrica Técnicas: Pintura, desenho, baixo e alto relevo, escultura, arquitetura... Gêneros: paisagem, retrato, cenas da mitologia
Arte Greco-Romana Arte Africana Arte Oriental Idade Média Arte Popular (folclore) Arte Pré-Histórica Renascimento Barroco
6ª SÉRIE/7º ANO - ÁREA ARTES VISUAIS
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS
COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERIODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
Ponto Linha Forma Textura Superfície Volume Cor Luz
Bidimensional Tridimensional Figurativa Abstrata Geométrica Técnicas: Pintura, desenho, escultura, modelagem, gravura, mista, pontilhismo... Gêneros: Paisagem,
Arte indígena Arte Popular Brasileira e Paranaense Abstracionismo Expressionismo Impressionismo
63
retrato,natureza morta.
7ª SÉRIE/8º ANO- ÁREA ARTES VISUAIS
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS
COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERIODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
Linha Forma Textura Superfície Volume Cor Luz
Bidimensional Tridimensional Figurativo Abstrato Semelhanças Contrastes Ritmo Visual Cenografia Técnicas: pintura, desenho, fotografia, audiovisual, gravura... Gêneros: Natureza morta, retrato, paisagem.
Indústria Cultural Arte Digital Vanguardas Arte Contemporânea Arte Cinética Op Art Pop Art Clássicismo
8ª SÉRIE/9º ANO - ÁREA ARTES VISUAIS
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS
COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERIODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
Linha Forma Textura Superfície Volume Cor Luz
Bidimensional Tridimensional Figurativo Geométrica Figura-fundo Perspectiva Semelhanças Contrastes Ritmo Visual
Realismo Dadaísmo Arte Engajada Muralismo Pré-colombiana Grafite (Hip Hop) Romantismo
64
Cenografia Técnica: Pintura, desenho, performance. Gêneros: Paisagem urbana, idealizada, cenas do cotidiano
5ª SÉRIE/6º ANO - ÁREA TEATRO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS
COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERIODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais Ação Espaço
Técnicas: jogos teatrais, teatro indireto e direto improvisação, manipulação, máscara Gênero: Tragédia, Comédia, enredo, roteiro. Espaço Cênico, circo. Adereços
Greco-Romana Teatro Oriental Africano Teatro Medieval Renascimento Teatro Popular
6ª SÉRIE/7º ANO - ÁREA TEATRO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS
COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERIODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais
Representação, Leitura dramática, Cenografia. Gêneros: Rua,
Comédia dell' arte Teatro Popular Teatro Popular Brasileiro e Paranaense
65
Ação Espaço
Comédia, arena, Caracterização Técnicas: jogos dramáticos e teatrais, Mímica, improvisação, formas animadas...
7ª SÉRIE/8º ANO - ÁREA TEATRO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS
COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERIODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais Ação Espaço
Representação no Cinema e Mídias (Vídeo, TV e Computador) Texto dramático Cenografia Maquiagem Sonoplastia Roteiro, enredo Técnicas: jogos teatrais, sombra, adaptação cênica
Indústria Cultural Realismo Expressionismo Cinema Novo Vanguardas Classicismo
8ª SÉRIE/9º ANO - ÁREA TEATRO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS
COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERIODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
Personagem: expressões corporais,
Técnicas: Monólogo, jogos teatrais,
Teatro Engajado Teatro do Oprimido Teatro Pobre
66
vocais, gestuais e faciais Ação Espaço
direção, ensaio, Teatro-Fórum, Teatro Imagem Representação Roteiro, enredo Dramaturgia Cenografia Sonoplastia Iluminação Figurino Gêneros
Teatro do Absurdo Romantismo
5ª SÉRIE/6º ANO - ÁREA DANÇA
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS
COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERIODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
Movimento Corporal Tempo Espaço
Eixo Deslocamento Ponto de Apoio Formação Técnica: Improvisação Gênero: Circular
Pré-história Greco-Romana Medieval Idade Média Arte Popular (folclore)
6ª SÉRIE/7º ANO- ÁREA DANÇA
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS
COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERIODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
Movimento Corporal Tempo Espaço
Gênero: Folclórica, popular, étnica Ponto de Apoio Formação Rotação Coreografia Salto e queda Niveis (alto, médio e baixo)
Dança Popular Brasileira Paranaense Africana Indígena Renascimento
67
7ª SÉRIE/8º ANO - ÁREA DANÇA
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS
COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERIODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
Movimento Corporal Tempo Espaço
Direções Dinâmicas Aceleração Improvisação Coreografia Sonoplastia Gênero: Indústria Cultural, espetáculo
Hip Hop Musicais Expressionismo Indústria Cultural Dança Moderna Dança Clássica
8ª SÉRIE/9º ANO - ÁREA DANÇA
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS
COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERIODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
Movimento Corporal Tempo Espaço
Ponto de Apoio Níveis (alto, médio e baixo) Rotação Deslocamento Gênero: Salão, espetáculo, moderna Coreografia
Arte Engajada Vanguardas Dança Contemporânea Romantismo
Os conteúdos básicos para a disciplina de ARTE estão organizados por
áreas ( artes visuais, música, teatro e dança), a Lei 11.645/08 referente à História
e à Cultura Afro-brasileira e Indígena, a Lei 10.639/03 referente à História e
Cultura Afro-brasileira Africana e os Desafios Educacionais Contemporâneos
serão contemplados em todas as séries , permeando os conteúdos da disciplina.
METODOLOGIA
Nas aulas de Arte é necessária a unidade de abordagem dos conteúdos
estruturantes, em um encaminhamento metodológico, onde o conhecimento, as
68
práticas e a fruição artística estejam presentes em todos os momentos da prática
pedagógica.
Dessa forma, devem-se contemplar, na metalologia do ensino da Arte,
três momentos da organização pedagógica: o teorizar, o sentir e perceber e o
trabalho artístico.
O trabalho em sala de aula poderá iniciar por qualquer um desses
momentos, ou pelos três simultaneamente. Ao final das atividades, em uma ou
várias aulas, espera-se que o aluno tenha vivenciado cada um deles.
Os conteúdos serão trabalhados através de :
-Aula expositiva pelo professor;
-Trabalhos individuais e coletivos;
-Pesquisas bibliográficas;
-Apresentação de vídeo, imagens e slides com uso da TV Multimídia;
-Atividades de recorte e colagem, desenho, releitura de obras de arte,
modelagem, leitura de imagens, pintura;
AVALIAÇÃO
A avaliação da disciplina de arte é diagnóstica e processual, almeja o
desenvolvimento formativo e cultural do aluno, considerando a capacidade
individual, seu desempenho e sua participação nas atividades realizadas, levando
o aluno a solucionar os problemas apresentados e como se relaciona com os
colegas nas discussões em grupo, propondo a socialização em sala, para
apresentar, refletir e discutir sua produção e a dos colegas.
É preciso referir ao conhecimento especifico das linguagens artísticas,
tanto em seus aspectos práticos quanto conceituais e teóricos.
Afim de se obter uma avaliação efetiva do aluno, pretendesse utilizar mais
de um instrumento de verificação da aprendizagem por meio de trabalhos
artísticos individuais e em grupo, pesquisas bibliográficas e de campo, provas
teóricas e práticas, debates em forma de seminários e simpósios, registros em
forma de relatórios, gráficos, portfólio, audiovisual e outros.
A cada bimestre, os alunos serão avaliados com duas provas somando o
valor de 80 pontos e um trabalho sendo individual com valor 20, totalizando 100
pontos.
69
A recuperação de estudos será oportunizada a todos, através de uma
revisão de conteúdos que foram previstos no bimestre e após a aplicação da
mesma valendo 100 pontos.
REFERÊNCIAS
A nova lei da educação: trajetória, limites e perspectivas. Campinas,
SP: Autores Associados, 1997.
ARANHA, Maria Lúcia de Arruda. História da Educação. São Paulo:
Moderna: 1989.
AZEVEDO, Heloiza de Aquino. Coleção Aprendendo com Arte. Editora
Educação e Cia, São Paulo.
BRASIL. Lei n. 10.639, de 9 de janeiro de 2003. Estabelece as diretrizes
e bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da Rede de Ensino
a obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-Brasileira”, e dá outra
providências, Brasília, 9 de janeiro de 2003.
CANTELE, Bruna Renata e Ângela Leonardi. Arte Linguagem Visual.
Volume I e II, IBEP, São Paulo.
FERRAZ, M. H. C. de T. Metodologia do ensino da arte. São Paulo:
Cortez, 1993.
FUSARI, M. Arte na educação escolar. São Paulo: Cortez, 1992.
GRAÇA PROENÇA, Maria Vieira dos Santos. História da Arte. Editora
Atica, 11ª edição, 1998, São Paulo.
NISKIER, A. LDB: a nova lei da educação. Rio de Janeiro: consultor,
1996.
OSINSKI, Dulce Regina Ba ggio. Os pioneiros do ensino da arte no
Paraná. Revista da Academia Paranaense de Letras. Ano 63, número 41, p. 143-
152. Curitiba, maio de 2000.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da
Educação Básica. Arte. Curitiba: SEED/DEB, 2008,
PILLETTI, Nelson. História da Educação no Brasil. 6. Ed. São Paulo:
Ática, 1996.
70
PPP da Escola.
Regimento do Estabelecimento.
SAVIANI, D. Educação: do senso comum à consciência filosófica.
Campinas, SP: Autores Associados, 1996.
VALADARES, Solange e Célia Diniz. Arte no Cotidiano Escolar. Editora
FAPI, Belo Horizonte.
KOSIK, Karel. Dialética do Concreto. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2002.
CIÊNCIAS (0301)
APRESENTAÇÃO
A Ciência é uma atividade humana complexa, histórica, e coletivamente
construída, que influencia e sofre influências de questões sociais, tecnológicas,
culturais, éticas e políticas (KNELLER, 1980; ANDREY, et al, 1998).
Uma opção para conceituar Ciência é considerá-la um conjunto de
descrições, interpretações, teorias, leis, modelos, etc., visando ao conhecimento
de uma parcela da realidade, em contínua ampliação e renovação, que resulta da
aplicação deliberada de uma metodologia especial (metodologia científica).
(FREIRE-MAIA, 2000, p, 24).
Estudar o passado da Ciência, ou seja, sua historicidade, significa
identificar as diferentes formas de pensar sobre a Natureza nos diversos
momentos da história.
Segundo Gaston Bachelard, o desenvolvimento do conhecimento
científico abrange três grandes períodos:
- O Estado pré-científico: compreenderia tanto a Antiguidade clássica,
quanto os séculos de renascimento e de novas buscas, como os séculos XVI,
XVII e até XVIII. Esse período foi marcado pela construção racional e empírica do
conhecimento científico, representa a busca da superação das explicações
míticas com base em sucessivas observações empíricas, descrições, técnicas de
71
fenômenos da natureza e intenso registro do conhecimento científico desde a
antiguidade até os fins do século XVIII.
- O Estado científico: o século XIX foi um período histórico marcado pelo
estado científico, em que um único método científico constitui-se para a
compreensão da natureza. O Método científico, como estratégia de investigação,
é constituído por procedimentos experimentais, levantamento e teste de
hipóteses, axiomatização e síntese em leis e teorias. Neste período buscou-se a
universalidade do método cartesiano de investigação com maior divulgação do
conhecimento científico em obras caracterizadas por uma linguagem simples.
- Estado do novo espírito científico: configura-se como um período
fortemente marcado pela aceleração da produção científica e a necessidade de
divulgação, em que a tecnologia influenciou e sofreu influência dos avanços
científicos.
As DCE‟s, citando Marandino, descrevem:
O ensino de Ciências, no Brasil, foi influenciado pelas relações
de poder que se estabeleceram entre as instituições de produção
científica, pelo papel reservado a educação na socialização desse
conhecimento e no conflito de interesse entre antigas e recentes
profissões, “frutos das novas relações de trabalho que se originaram nas
sociedades contemporâneas, centradas na informação e no consumo”
(DCE‟s, 2008, p. 49, apud MARANDINO, 2005, p. 162).
Segundo GHIRALDELLI JR., 1991, na Primeira República (1889-1930), as
poucas instituições escolares que existiam nas cidades, frequentadas pelos filhos
da elite, contratavam professores estrangeiros dedicados a ensinar o
conhecimento científico em caráter formativo. Aos filhos da classe trabalhadora,
em especial aos agricultores, o conhecimento científico era ensinado sob caráter
informativo, em que os professores não tinham formação especializada.
No âmbito escolar, conforme citado nas DCE‟s (DCE de Ciências, 2008,
p. 50), o ensino de Ciências não pode ser reduzido à integração de campos de
referência como a Biologia, a Física, a Química, a Geologia, a Astronomia, entre
outras. Segundo as DCE‟s Ciências, citando Macedo e Lopes,
72
... a consolidação desta disciplina vai além e aponta para
“questões que ultrapassam os campos de saber científico e do saber
acadêmico, cruzando fins educacionais e fins sociais”, de modo a
possibilitar ao educando a compreensão dos conhecimentos científicos
que resultam da investigação da natureza, em um contexto histórico-
social, tecnológico, cultural, ético e político. (DCE-s CIÊNCIAS, 2008, p.
50, apud MACEDO e LOPES, 2002, p. 84)
Com a Reforma de Francisco Campos, em 1931, que a disciplina de
Ciências consolidou-se no currículo das escolas brasileiras, tendo como o objetivo
a transmissão de conhecimento científico provenientes de diferentes ciências
naturais.
Citando Ghiraldelli Jr., 1991, as DCE‟s de Ciências, ainda afirmam:
Na década de 1940, com a Reforma Capanema, o ensino
objetivava a preparação de uma “elite condutora” e para tal, “a legislação
era clara: a escola deveria contribuir para a divisão das classes e, desde
cedo, separar pelas diferenças de chances de aquisição cultural,
dirigentes e dirigidos” (DCE‟s CIÊNCIAS, 2008, p. 51, apud
GHIRALDELLI JR., 1991).
As DCE‟s de Ciências, ainda citam:
O país modernizava-se rapidamente e o parque industrial
exigia uma qualificação de mão de obra que o sistema público de ensino
profissional recém criado, não poderia fornecer em curto prazo. Nesse
novo contexto, foi instituída, paralelamente ao ensino secundário público,
a escola de formação profissional. (DCE‟s CIÊNCIAS, 2008, p. 51, 52).
Em 1946 surgiu o IBECC (Instituto Brasileiro de Educação, Ciência e
Cultura), cujo objetivo era “promover a melhoria da formação científica dos
estudantes que ingressariam o ensino superior e também proporcionou o
desenvolvimento de pesquisa e treinamento de professores.
Apesar da consolidação de disciplina de Ciências naturais no currículo
escolar e dos investimentos em pesquisas científicas desde os anos de 1950, na
73
década de 1980 o ensino de Ciências orientava-se por um currículo voltado aos
conteúdos e atrelados à discussões sobre problemas sociais.
A Ciência, anteriormente focada na formação do futuro cientista ou na
qualificação do trabalhador, voltou-se, neste momento histórico, à análise das
implicações sociais da produção científica, visando fornecer ao cidadão
elementos para viver melhor, participando do processo de redemocratização
iniciado em 1985. O método científico cedeu espaço para aproximação entre
Ciência e Sociedade, o currículo escolar passa a valorizar conteúdos científicos
mais próximos do cotidiano, identificando problemas e propondo soluções.
A Secretaria de Educação do Estado do Paraná, no final da década de
1980 e início da seguinte, propôs o currículo básico, fortemente marcado pela
pedagogia histórico-crítica. Apresentou avanços consideráveis para o ensino de
Ciências, assegurando sua legitimidade e constituição de sua identidade para
momento histórico vigente, valorizando a reorganização dos conteúdos
específicos em três eixos norteadores e a integração dos mesmos em todas as
séries do 1º grau, hoje ensino fundamental.
Com a promulgação da LDB nº 9394/96, que estabeleceu as Diretrizes e
Bases para a Educação Nacional, foram produzidos os Parâmetros Curriculares
Nacionais (PCN) que propunham uma nova organização curricular em âmbito
federal. O Currículo Básico foi desvalorizado e os PCN contribuíram para a perda
da identidade da disciplina de Ciências, pois parte de seus conteúdos mais
tradicionais formam englobados pelos Temas Transversais.
Em 2003, com as mudanças no cenário político, nacional e estadual,
iniciou-se no Paraná um processo de discussão coletiva com objetivo de produzir
novas Diretrizes Curriculares para estabelecer novos rumos e uma nova
identidade para o ensino de Ciências.
Sendo assim, já nessa nova perspectiva, as DCE‟s de Ciências, cita:
As relações entre os seres humanos com os demais seres
vivos e com a Natureza ocorrem pela busca de condições favoráveis de
sobrevivência. Contudo, a interferência do ser humano sobre a Natureza
possibilita incorporar experiências, técnicas, conhecimentos e valores
produzidos na coletividade e transmitidos culturalmente. Desse modo, a
cultura, o trabalho e o processo asseguram a elaboração e a circulação
74
do conhecimento, estabelecem novas formas de pensar, de dominar a
Natureza, de compreendê-la e se apropriar dos seus recursos. (DCE‟s
CIÊNCIAS, 2008, p. 41).
E, um pouco mais adiante, conclui:
Diante disso, a história e a filosofia da ciência mostram que a
sistematização do conhecimento científico evoluiu pela observação de
regularidades percebidas na Natureza, o que permitiu sua apropriação
por meio da compreensão dos fenômenos que nela ocorrem. Tal
conhecimento proporciona ao ser humano uma cultura científica com
repercussões sociais, econômicas, éticas e políticas. (DCE‟s CIÊNCIAS,
2008, p.41).
A disciplina de Ciências tem com objeto de estudo o conhecimento
científico que resulta da investigação da Natureza. Do ponto de vista científico,
entende-se por Natureza o conjunto de elementos integradores que constitui o
Universo em toda sua complexidade. Ao ser humano cabe interpretar
racionalmente os fenômenos observados na Natureza, resultantes das relações
entre elementos fundamentais como tempo, espaço, matéria, movimento, força,
campo, energia e vida.
CONTEÚDOS
Conforme pede as DCE‟s Ciências, citando Lopes,
Os Conteúdos Estruturantes são construídos a partir da
historicidade dos conceitos científicos e visam superar a fragmentação
do currículo, além de estruturar a disciplina frente ao processo acelerado
de especialização do seu objeto de estudo e ensino. (DCE‟s, 2008, p. 63,
apud LOPES, 1999).
São apresentados cinco conteúdos estruturantes fundamentados na
história da ciência, base estrutural de integração conceitual para a disciplina de
Ciências do Ensino Fundamental. São eles:
- Astronomia
75
- Matéria
- Sistemas Biológicos
- Energia
- Biodiversidade.
5ª SÉRIE/6ª ANO
Conteúdos Estruturantes Conteúdos Básicos
ASTRONOMIA
Universo
Sistema Solar
Movimentos terrestres
Movimentos celestes
Astros
MATÉRIA Constituição da Matéria
SISTEMAS BIOLÓGICOS Níveis de organização Celular
ENERGIA Formas de energia
Conversão de energia
Transmissão de energia
BIODIVERSIDADE Organização dos seres vivos
Ecossistema
Evolução dos seres vivos
6ª SÉRIE/7º ANO
ASTRONOMIA Astros
Movimentos Terrestres
Movimentos Celestes
76
MATÉRIA Constituição da matéria
SISTEMAS BIOLÓGICOS Célula
Morfologia e fisiologia dos seres
vivos
ENERGIA Formas de energia
Transmissão de energia
BIODIVERSIDADE Origem da vida
Organização dos seres vivos
Sistemática
7ª SÉRIE/8º ANO
ASTRONOMIA Origem e evolução do universo
MATÉRIA Constituição da matéria
SISTEMAS BIOLÓGICOS Célula
Morfologia e fisiologia dos seres
vivos
ENERGIA Formas de Energia
BIODIVERSIDADE Evolução dos seres vivos
8ª SÉRIE/9º ANO
ASTRONOMIA Astros
77
Gravitação universal
MATÉRIA Propriedades da matéria
SISTEMAS BIOLÓGICOS
Morfologia e fisiologia dos seres
vivos
Mecanismos de herança genética
ENERGIA
Formas de energia
Conservação de energia
BIODIVERSIDADE Interações ecológicas
Ainda sobre a aplicação de conteúdos, estarão garantidos no PTD, alguns
estudos como, a herança genética, cor de pele, tipos sanguíneos, o uso de
plantas, contribuições científicas, na culinária, entre outros, todos ligados à
História e Cultura Afro-Brasileira e Africana e História e Cultura dos Povos
Indígenas, para cumprir as Leis 10.639/03 e 11.645/08.
METODOLOGIA
Na Proposta Pedagógica Curricular decidimos por uma pratica
pedagógica que leve a interação dos conceitos científicos, valorizando o
pluralismo metodológico para que esses conceitos sejam apropriados pelo aluno
de forma mais significativa.
A abordagem dos conteúdos, selecionados para cada série, será levado
em consideração o desenvolvimento cognitivo dos alunos, fazendo as
adequações necessárias de linguagem e nível conceitual. Deve-se também,
observar as relações conceituais entre os conteúdos específicos e estabelecer
relações interdisciplinares e relações de contexto.
Na metodologia, o professor utilizará de aulas expositivas, com leituras de
texto do livro didático, informando, apontando relações, questionamentos,
78
trazendo exemplos, sanando dúvidas e curiosidades dos alunos. Será feito a
sistematização do conhecimento espontâneo em conhecimento científico, através
de esquemas explicativos, produção de textos e atividades diversificadas.
No ensino de Ciências, alguns aspectos essenciais serão observados, tais
como: A História da Ciência, A Divulgação Científica e Atividades Experimentais,
com o objetivo de melhoria no ensino, favorecendo uma aprendizagem
significativa.
Alguns elementos importantes serão utilizados no processo de ensino-
aprendizagem, visando enriquecer a prática docente:
recursos pedagógicos/tecnológicos, tais como: livro didático, texto de jornal,
revista científica, figuras, revistas em quadrinhos, música, quadro de giz,
mapa( geográficos, sistemas biológicos, entre outros), globo, modelo didático
(esqueleto, célula, olho, entre outros), microscópio, lupa, jogo, televisor,
computador, retro projetor, entre outros;
recursos instrucionais tais como: organograma, mapas conceituais, gráficos,
tabelas.
espaços de pertinência pedagógica tais como: exposições de atividades,
seminários e debates, além de espaços virtuais.
Visando garantir a interatividade nesse processo e a construção de
conceitos de forma significativa para o aluno utilizar-se a de:
- Abordagem Problematizadora – A ação de problematizar é mais do que
a mera motivação para se iniciar um novo conteúdo. Essa ação possibilita a
aproximação entre o conhecimento alternativo dos estudantes e o conhecimento
científico escolar que se pretende ensinar.
- Relação Contextual – Contextualizar significa aproximar os conteúdos
científicos escolares das estruturas sociais, políticas, éticas, tecnológicas,
econômicas, entre outras. Esta aproximação se estabelece por meio de
abordagens, que fazem uso de conceitos teóricos preciso e claros, voltados para
as experiências sociais dos sujeitos históricos produtores do conhecimento.
- Relação Interdisciplinar – A relação interdisciplinar como elemento de
prática pedagógica considera que muitos conteúdos, ainda que específicos, se
articulam permanentemente com outros conteúdos e isso torna necessária uma
79
aproximação entre eles, mesmo entre os tratados por diferentes disciplinas
escolares.
- Pesquisa – A pesquisa é uma estratégia de ensino que visa a
construção do conhecimento. Essa estratégia inicia-se na procura do material de
pesquisa, passa pela interpretação desse material e chega à construção das
atividades.
- Leitura científica – A leitura científica como recurso pedagógico permite
aproximação entre os estudantes e o professor, pois propicia um maior
aprofundamento de conceitos.
- Atividade em grupo – No trabalho em grupo, o estudante tem a
oportunidade de trocar experiências, apresentar suas proposições aos outros
estudantes, confrontar ideias, desenvolver espírito de equipe e atitude
colaborativa.
- A Observação - A observação é uma alternativa viável e coerente com a
própria natureza da disciplina. O estudante pode desenvolver observações e
superar a simples constatação dos resultados, passando para construção de
hipóteses que a própria observação possibilita.
- Atividade Experimental – A inserção de atividades experimentais na
prática docente apresenta-se como uma importante ferramenta de ensino e
aprendizagem, quando mediada pelo professor de forma a desenvolver o
interesse nos estudantes e criar situações de investigação para a formação de
conceitos.
- Recursos instrucionais – Os recursos instrucionais (mapas conceituais,
organogramas, mapas de relações, diagramas V, gráficos, tabelas, infográficos,
entre outros) podem e devem ser usados na análise do conteúdo científico
escolar, no trabalho pedagógico/tecnológico e na avaliação da aprendizagem.
- O Lúdico – O lúdico é uma forma de interação do estudante com o
mundo, podendo utilizar-se de instrumentos que promovam a imaginação, a
exploração, a curiosidade e o interesse, tais como jogos, brinquedos, modelos,
exemplificações realizadas habitualmente pelo professor, entre outros.
AVALIAÇÃO
80
A avaliação é a atividade essencial do processo ensino-aprendizagem
dos conteúdos científicos escolares e, de acordo com o artigo 24 da Lei de
Diretrizes e Bases nº 9394/96, deve ser contínua e cumulativa em relação a
aprendizagem do estudante, com prevalência dos aspectos qualitativos sobre os
quantitativos.
A avaliação deverá valorizar os conhecimentos alternativos do estudante,
construídos no cotidiano, nas atividades experimentais, ou a partir de diferentes
estratégias que envolvem recursos pedagógicos e instrucionais diversos.
Nesta Proposta Pedagógica Curricular a avaliação tem como finalidade
acompanhar e aperfeiçoar o processo de ensino-aprendizagem, diagnosticando
resultados de modo a orientar novas intervenções.
O processo de avaliação deve acontecer de forma planejada e intencional,
utilizando de diversos instrumentos de modo a avaliar o aprendizado do estudante
em todas as suas possibilidades.
No processo de avaliação o professor, poderá fazer uso de diferentes
instrumentos, tais como:
Avaliações objetivas e discursivas;
Atividades escritas e orais;
Atividade de leitura compreensiva de texto;
Pesquisa individual e em grupo;
Projeto de Pesquisa de campo;
- Apresentação de trabalho em sala de aula;
Relatórios;
- Demonstrações em sala;
- Debates;
- Seminários;
Produção de textos;
Atividades a partir de Recursos Audiovisuais: Montagem de painel
e/ou cartazes;
Atividades experimentais
81
A recuperação será efetivada em todo momento que se fizer necessário,
objetivando assegurar a aquisição dos conhecimentos científicos escolares. Será
tratada como um processo de retomada dos conteúdos trabalhados, sendo
oportunizada para todos os estudantes, visando aprimorar os conhecimentos ou
sanar suas dificuldades. Ocorrerá de forma paralela às avaliações.
REFERÊNCIAS
BACHELARD, G. A formação do espírito científico: contribuição para uma
psicanálise do conhecimento. Rio de Janeiro: Contraponto, 1996.
FREIRE-MAIA, N. A ciência por dentro. Petrópolis: Vozes, 2000.
GUIRALDELLI JR., P. História da educação. São Paulo: Cortez, 1991.
KNELLER, G. F. A ciência como atividade humana. Rio de Janeiro: Zaha; São
Paulo: EDUSP, 1980.
MACEDO, E. F. De; LOPES, A. C. A estabilidade do currículo disciplinar: o caso
das Ciências. In: LOPES, A. C; MACEDO, E (Org.) Disciplinas e integração
curricular: história e políticas. Rio de Janeiro: DP&A, 202, p 73-94
MARANDINO, M. A. A pesquisa educacional e a produção de saberes nos
museus de ciências. História, Ciências, Saúde, Manguinhos, fiocruz, Rio de
Janeiro, v. 12, p.161-181, 2005.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação.
Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares de Ciências. Curitiba,
2008.
PROJETO ARARIBÁ: Ciências/Obra coletiva, 1. Ed. São Paulo: Moderna,
2006.
82
Projeto Político Pedagógico do Colégio Estadual Presidente Castelo Branco –
Ensino Fundamental e Médio.
Regimento Escolar do Colégio Estadual Presidente Castelo Branco – Ensino
Fundamental e Médio.
EDUCAÇÃO FÍSICA (0601)
APRESENTAÇÃO
Com a proclamação da República, entre muitas propostas de mudanças,
veio à tona a discussão sobre as instituições escolares e as políticas educacionais
praticadas pelo antigo regime. Em 1882 Rui Barbosa , Deputado Geral do
Império, emitiu parecer sobre o projeto denominado “Reforma do Ensino Primário
e varias instituições complementares da instrução Pública” onde, entre outras
conclusões, afirmou a importância da ginástica para a formação do cidadão,
equiparando-se em categoria a autoridade com as demais disciplinas. A partir de
então a EDF tornou-se componente obrigatório dos currículos escolares.
As práticas pedagógicas escolares de EDF, foram fortemente
influenciadas pela instituição militar e pela medicina para atender aos objetivos de
promover e restabelecer a saúde por meio dos exercícios físicos.
Foram importadas da Europa, práticas ginásticas. Assim era atribuída à
EDF a tarefa fé construir corpos saudáveis que permitissem uma melhor
adaptação dos sujeitos ao processo produtivo.
Na década de 30. o esporte começou a se popularizar confundindo-se
com a EDF. Houve uma serie de medidas implantadas para ressaltar o
sentimento de valorização da pátria por meio dos esportes, como a criação de
grandes centros esportivos e a importação de especialistas que dominavam as
técnicas de alguns esportes.
A partir de 1964, o esporte passou a ser tratado com maior ênfase no
Brasil, devido aos acordos feitos entre o MEC e o Departamento Federal da
educação América. Este fato permitiu que muitos professores da disciplina
83
frequentassem cursos de pós-graduação nos EUA na área esportiva. O esporte
consolidou sua hegemonia no interior da EDF (método tecnicista).
Com a Lei 5692/71, a disciplina passou a ter legislação específica. Em
meados dos anos 80, já se pode falar não só de uma comunidade científica, pois
numa visão progressista buscava-se a construção de um movimento renovador
na disciplina. Tais propostas dirigiram suas criticas aos paradigmas da aptidão
física e esportivização.
Década de 90 _ elaboração do Currículo Básico no PR O Currículo Básico
se caracterizou por uma proposta avançada onde a instrumentalização do corpo
deveria dar lugar à formação humana do aluno. No entanto, apresentava uma
rígida listagem de conteúdos que limitava o trabalho do professor.
Todos esses avanços teóricos da EDF sofreram um retrocesso com a
apresentação dos PCN‟s para a disciplina. Com uma política fortemente marcada
pela concepção neoliberal, os PCN‟s de EDF trazem uma proposta confusa e
acrítica com uma redação aparentemente progressiva. Porem, as diversas
concepções pedagógicas apresentadas atendem aos interesses que visam a um
processo de individualização e adaptação à sociedade, ao invés da construção e
abordagem dos conhecimentos que possibilitem a formação do sujeito em todas
as suas dimensões.
A Educação Física enquanto área do conhecimento no aspecto em que a
educação está envolvida com o movimento, contribui para mudanças e
transformações no plano individual e coletivo do aluno. Portanto entende-se a
Educação Física com área do conhecimento que visa introduzir e integrar o aluno,
formando assim um cidadão que possa usufruir jogos, dos esportes, das danças,
das lutas e das ginásticas em beneficio do exercício critico da cidadania,
transformando o conhecimento para a melhoria de sua vida.
Com base no objeto de estudo que é a cultura corporal, a disciplina se
propõe a:
_ Executar naturalmente os movimentos de ginásticas;
_ Praticar de forma natural e correta os movimentos, gestos e
deslocamento nas atividades de ginástica geral;
_ Saber executar e empregar exercícios de ginásticas para melhora e
aperfeiçoamento de suas condições físicas, suas habilidades e destrezas;
84
_ Possibilitar a pratica das atividades com prazer harmonia e evolução do
aprendizado;
_ Conhecimento das regras dos esportes aprendidos assim como as
técnicas e táticas
_ Desenvolver as qualidades físicas e técnicas necessárias a participação
nas atividades e jogos recreativos, pré-desportivos e esportes;
_Executar naturalmente os fundamentos de basquetebol, voleibol,
handebol, futebol de salão, xadrez, tênis de mesa, dança e atletismo;
_ Participar dos jogos propostos com naturalidade e objetividade;
_ Proporcionar ao educando com necessidades Educacionais Especiais
(de inclusão um bom relacionamento com os colegas de turmas de forma que o
mesmo possa participar de todas as atividades);
_ Oferecer atividades teóricas e praticar que contem conteúdos sobre a
consciência negra.
Conteúdos Estruturantes
-Esporte;
-Ginástica;
-dança;
-jogos, e brincadeiras
-lutas.
Conteúdos Básicos
-coletivos individuais e coletivos radicais
-jogos e brincadeiras populares
-brincadeiras e cantigas de roda
-jogos de tabuleiros
-jogos cooperativos
-danças folclóricas
-danças de rua
-danças criativas
-danças circulares
85
-ginasticas ritmicas
-ginastica circene
-ginastica geral
-lutas de aproximação
-lutas, instrumentos mediador
-capoeira
Observação: Conteúdos relacionados aos desafios educacionais
contemporâneos, bem como o ensino da cultura afro brasileira e indígena, será
permeado em meio aos conteúdos trabalhado nas aulas.
METODOLOGIA
É preciso que se faça um mapeamento dos conhecimentos que os alunos
já possuem dentro da disciplina, e dos conteúdos que serão abordados, a partir
daí, apresentar os conteúdos aos alunos, com base na Diretriz Curricular, de
forma teórica e prática, através de atividades lúdicas. Então lançar questões e
desafios, que provoquem a reflexão por parte dos alunos; colocar os conteúdos
sistematizados à disposição do aluno, que foi historicamente construído, para que
eles possam ter condições de assimilar e recriar, explorando a criatividade dos
movimentos do corpo;
É também necessário que se apresente dificuldades iniciais motivando a
participação dos alunos na superação dos mesmos; apresentar no esporte novos
desafios a serem vencidos, para que os alunos avancem em seu conhecimento,
além de realizar pequenos torneios no esporte (inter classe).
Tudo isso, fazendo uso dos recursos disponíveis como: livros didáticos,
quadra, TV multimídia, Paraná Digital, textos e materiais esportivos.
AVALIAÇÃO
A avaliação será diagnóstica, para que o professor ou os alunos possam
constatar lacunas no processo educativo, propor e planejar encaminhamentos
que superem essas dificuldades; através de um processo contínuo, permanente e
cumulativo, com base nas diversas práticas corporais, buscando a conquista de
86
maior consciência corporal e senso crítico em suas relações interpessoais e
sociais.
A avaliação estará relacionada aos encaminhamentos metodológicos,
constituindo-se na forma de resgatar as experiências e sistematizações realizadas
durante o processo de aprendizagem.
Será proporcionado aos alunos a recuperação dos conteúdos que não
tiverem sido absorvidos por eles,através de metodologias diferenciadas da que foi
utilizada na explanação daquele conteúdo.
REFERÊNCIAS
BARRETO, Débora. Dança ensino, sentidos e possibilidades na
escola. Campinas: Autores Associados.
BENJAMIM, Walter. Reflexões sobre a criança, o brinquedo e a
educação.
BRANCO, C. E. P. C. Projeto Político Pedagógico. Tapira, 2011.
BRANCO, C. E. P. C. Regimento Escolar. Tapira, 2008.
DURRWACHETER, Gerhard, Voleibol: Treinar jogando.
KIRSCH, Augusto.KOCH, Karl. ORO, Obirejora. Antologia do atletismo.
SEED. Caderno pedagógico de Educação Física.
SEED. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares
Estaduais da Educação Básica. Língua Estrangeira Moderna, Inglês. Curitiba,
2008.
STOCKER ,Gerhand. Basquete: sua pratica na escola e o lazer.
TIRADO, Augusto;SILVA, Wilson da. Xadrez.
TOSET, Solange, A Educação Física.
ENSINO RELIGIOSO (7502)
APRESENTAÇÃO
87
As etapas históricas do desenvolvimento da humanidade não são formas
esvaziadas das quais se exalou a vida porque a humanidade alcançou formas de
desenvolvimento superiores, porém, mediante a atividade criativa da humanidade,
mediante a práxis, elas se vão continuamente integrando no presente. O
processo de integração é ao mesmo tempo crítico e avaliação do passado. O
passado concentra no presente (e, portanto aufgehoben no sentido dialético) cria
natureza humana, isto é, a “substância” que inclui tanto a objetividade quanto a
subjetividade, tanto as relações materiais e as forças objetivas, quanto à
faculdade de “ver” o mundo e de explicá-lo por meio dos vários modos de
subjetividade – cientificamente, artisticamente, filosoficamente, poeticamente, etc.
(KOSIK, 2002, p. 150).
Ao propor um histórico da disciplina de Ensino Religioso, as Diretrizes
Curriculares apresentam marco importante para a constituição da proposta
curricular, a fim de que seja implementada nas escolas da Rede Pública Estadual.
No espaço escolar, o Ensino Religioso era, tradicionalmente, o ensino da
religião Católica Apostólica Romana, religião oficial do Império, conforme
determinava a Constituição de 1824. Após a Proclamação da República, o ensino
passou a ser laico, público , gratuito e obrigatório, de modo que foi rejeitada a
hegemonia católica – o monopólio dessa religião sobre as demais.
A partir da Constituição de 1934, o Ensino Religioso passou a ser
admitido como disciplina na escola pública, porém, com matrícula facultativa. Nas
constituições de 1937, 1946 e de 1967, o Ensino Religioso foi mantido como
matéria do currículo, de freqüência livre para o aluno, e de caráter confessional de
acordo com o credo da família.
Nesse contexto, legalmente, o Ensino Religioso perdeu sua função
catequética, pois com a manifestação do pluralismo religioso na sociedade
brasileira, o modelo curricular centrado na doutrinação passou a ser intensamente
questionado.
Nessas condições, a identidade do Ensino Religioso, como disciplina
escolar foi muito fragilizada, porque não houve comprometimento maior do Estado
em adotar medidas que efetivamente promovessem sua regulamentação. Fato
que abriu espaço para que as tradições religiosas hegemônicas se ocupassem
preparar professores por meio de cursos e de elaboração de materiais didático-
88
pedagógicos, que, por sua grande maioria continuaram atrelados aos princípios
catequéticos.
O tratamento dado ao Ensino Religioso, durante a vigência do regime
militar, foi expresso pela Lei nº. 5.692/71, no art. 7º como parágrafo único. “o
ensino religioso de matrícula facultativa constituirá disciplina dos horários normais
dos estabelecimentos oficiais de 1º e 2º graus.” Em decorrência dessa lei, o
Ensino Religioso foi instituído como disciplina escolar em 1972, no Estado do
Paraná, com a criação da Associação Interconfessional de Curitiba (Assintec).
Em 1973, foi firmado um convênio entre a SEED e a Assintec, com a
proposta de programar um Ensino Religioso inter-confessional nas escolas
públicas de Curitiba. No mesmo ano, a SEED designou a entidade como
intermediária entre a Secretaria e os Núcleos Regionais de Educação, nos quais
foi instituído o Serviço de Ensino Religioso para orientar a proposta curricular da
disciplina.
Em 1976, pela Resolução nº. 754/76 foram autorizados cursos de
atualização religiosa em quatorze municípios do Estado, com o apoio da
Associação das Escolas Católicas (AEC).
No período entre 1995 a 2002, houve um esvaziamento do Ensino
Religioso na rede pública do Paraná, acentuado a partir de 1998. Nesse período,
marcado pela otimização dos recursos para a educação, o Ensino Religioso ainda
não havia sido regulamentado pelo Conselho Estadual de Educação, de modo
que sua oferta ficou restrita às escolas onde havia professor efetivo na disciplina.
Em 2002, o Conselho Estadual de Educação do Paraná aprovou a
Deliberação 03/02, que regulamentou o Ensino Religioso nas Escolas Públicas do
Sistema Estadual de Ensino do Paraná.
Por meio de simpósios realizados em 2004 e 2005, da proposição de
Grupos de Estudos e do convite aos professores para participarem das
discussões da elaboração das Diretrizes Curriculares do Ensino Religioso, o
debate avançou em relação à sua oferta.
No final de 2005, movida pelos questionamentos oriundos desse processo
de discussão entre a SEED, os Núcleos Regionais de Ensino e os professores, a
SEED encaminhou questões ao Conselho Estadual de Educação (CEE). Em 10
de fevereiro de 2006, o mesmo Conselho aprovou a Deliberação nº01/06, que
89
instituiu novas normas para o Ensino Religioso no Sistema Estadual de Ensino do
Paraná.
O objeto de estudo da disciplina o sagrado e em diferentes manifestações
possibilita a reflexão sobre a realidade contida na pluralidade desse assunto,
numa perspectiva de compreensão sobre a própria religiosidade e a do outro, na
diversidade universal do conhecimento do conhecimento humano e de suas
diversas formas de ver o sagrado.
A sociedade civil, hoje, reconhece como direito os pressupostos desse
conhecimento no espaço escolar, bem como a valorização da diversidade em
todas as suas formas, pois a sociedade brasileira é composta por grupos muito
diferentes. Após reformulação constante nos conteúdos e disciplina de Ensino
Religioso, é importante ressaltar que esta vem garantir a abertura de todas as
manifestações culturais, religiosas, espirituais e místicas, promovendo o diálogo
inter-religioso. Pois, aquilo que para as igrejas é objeto de fé, para a escola é
objeto de estudo. Isto supõe a distinção entre fé/crença e religião.
O Ensino Religioso deve promover aos educandos a oportunidade de
entender os movimentos religiosos específicos de cada cultura, elaborar seu
saber passando a entender a diversidade de nossa cultura, marcada pela
religiosidade.
Na escola, o Ensino Religioso abre espaço para a superação de
preconceitos e discriminações em relação à diversidade religiosa da humanidade.
Um espaço para conhecer, respeitar e saber conviver com o diferente, evitando
conflitos de caráter religiosos, aconteçam, como tantos já ocorreram no decorrer
do tempo histórico ou continuam existindo na atualidade, sendo estes, na maioria
das vezes, provocados pela intolerância e o fanatismo religioso dos povos ou
grupos humanos envolvidos.
A disciplina pode auxiliar a amar o próximo e a nós mesmos, nos
conhecendo como dimensão humana e principalmente buscar e relacionar-se
espiritualmente.
O Ensino Religioso não se difere das demais disciplinas, também propõe
os conteúdos estruturantes que organizam os campos de estudo que serão
contemplados no Ensino Religioso.
90
O Ensino Religioso na escola deve contribuir para o reconhecimento e
respeito às diferentes expressões religiosas advindas da diversidade cultural
existente na sociedade, superar a desigualdade étnica religiosa e garantir o direito
constitucional de liberdade de crença e expressão.
Tem como objetivo principal, proporcionar oportunidade de identificação,
de entendimento, de conhecimento e de aprendizagem em relação às diferentes
manifestações religiosas presentes na sociedade, de modo que tenham a
amplitude da própria cultura em que se insere.
Além disso, permitir que os educandos possam refletir e entender como
os grupos sociais constituem-se culturalmente e como se relacionam com o
Sagrado.
Conteúdos Estruturantes
Conteúdos Básicos
Paisagem Religiosa
Universo Simbólico Religioso
Textos Sagrados
5ª série / 6ª ano
Organizações religiosas
Lugares Sagrados
Textos Sagrados orais ou escritos
Símbolos Religiosos
6ª série / 7ª ano
Temporalidade Sagrada
Festas Religiosas
Ritos
Vida e Morte
Lei nº11. 645/08
Lei nº 13.381/01
Desafios Educacionais Contemporâneos
91
METODOLOGIA
Propor encaminhamento metodológico para a disciplina de Ensino Religioso,
mais do que planejar formas, métodos, conteúdos ou materiais a serem adotados
em sala de aula, pressupõe um constante repensar das ações que subsidiam
esse trabalho, pois, uma abordagem nova de um conteúdo escolar leva,
inevitavelmente, a novos métodos de investigação, análise e ensino.
Nas aulas baseadas na pedagogia tradicional os conteúdos eram trabalhados
com ênfase no estudo confessional. A transmissão desse conhecimento era feita
a partir da exposição de conteúdos sem oportunidade para análises ou
questionamentos. A aprendizagem se dava de forma receptiva, passiva, sem um
contexto reflexivo, de modo que ao aluno restava a memorização e a aceitação.
O trabalho pedagógico proposto nestas diretrizes para a disciplina de Ensino
Religioso ancora-se na perspectiva da superação dessas práticas tradicionais que
marcaram o ensino escolar. Propõe-se um encaminhamento metodológico
baseado na aula dialogada, isto é, partir da experiência religiosa do aluno e de
seus conhecimentos prévios para, em seguida, apresentar o conteúdo que será
trabalhado.
Frequentemente os conhecimentos prévios dos alunos são compostos por
uma visão de senso comum, empírica, sincrética, na qual quase tudo, aparece
como natural, como afirma Saviani (1991, p. 80). O professor, por sua vez, deve
posicionar-se de forma clara, objetiva e crítica quanto ao conhecimento sobre o
Sagrado e seu papel sócio-cultural. Assim, exercerá o papel de mediador entre os
saberes que o aluno já possui e os conteúdos a serem trabalhados em sala de
aula.
Inicialmente o professor anuncia aos alunos o conteúdo que será trabalhado e
dialoga com eles para verificar o que conhecem sobre o assunto e que uso faz a
Secretaria de Estado da Educação do Paraná, desse conhecimento em sua
prática social cotidiana. Sugere-se que o professor faça um levantamento de
questões ou problemas envolvendo essa temática para que os alunos
identifiquem o quanto já conhece a respeito do conteúdo, ainda que de forma
caótica. Evidencia-se, assim, que qualquer assunto a ser desenvolvido em aula
está de alguma forma, presente na prática social dos alunos.
92
Num segundo momento didático propõe-se a problematização do conteúdo.
Trata-se da “identificação dos principais problemas postos pela prática social. [...]
de detectar que questões precisam ser resolvidas no âmbito da Prática Social e,
em consequência, que conhecimento é necessário dominar” (Saviani, 1991, 80).
Essa etapa pressupõe a elaboração de questões que articulem o conteúdo em
estudo à vida do educando. É o momento da mobilização do aluno para a
construção do conhecimento.
A abordagem teórica do conteúdo, por sua vez, pressupõe sua
contextualização, pois o conhecimento só faz sentido quando associado ao
contexto histórico, político e social. Ou seja, estabelecem-se relações entre o que
ocorre na sociedade, o objeto de estudo da disciplina, nesse caso, o Sagrado, e
os conteúdos estruturantes. A interdisciplinaridade é fundamental para efetivar a
contextualização do conteúdo, pois se articulam os conhecimentos de diferentes
disciplinas curriculares e, ao mesmo tempo, assegura-se a especificidade dos
campos de estudo do Ensino Religioso.
Para efetivar esse processo de ensino-aprendizagem com êxito faz-se
necessário abordar cada expressão do Sagrado do ponto de vista laico, não
religioso. Assim, o professor estabelecerá uma relação pedagógica frente ao
universo das manifestações religiosas, tomando-o como construção histórico-
social e patrimônio cultural da humanidade. Nestas Diretrizes, repudiam-se,
então, quaisquer juízos de valor sobre esta ou aquela prática religiosa.
Ao considerar a diversidade de referenciais teóricos para suas aulas, torna-se
recomendável que o professor dê prioridade às produções de pesquisadores da
respectiva manifestação do Sagrado em estudo para evitar fontes de informação
comprometidas com interesses de uma ou outra tradição religiosa. Tal cuidado é
importante porque, como estratégia de valorização da própria doutrina ou como
meio de atrair novos adeptos, há produções de cunho confessional que buscam
legitimar seus pressupostos e, por essa razão, desqualificam outras
manifestações.
É preciso respeitar o direito à liberdade de consciência e a opção religiosa do
educando, razão pela qual a reflexão e a análise dos conteúdos valorizarão
aspectos reconhecidos como pertinentes ao universo do Sagrado e da
diversidade sociocultural.
93
Portanto, para a efetividade do processo pedagógico na disciplina de Ensino
Religioso, propõe-se que seja destacado o conhecimento das bases teóricas que
Ensino Religioso compõe o universo das diferentes culturas, nas quais se firmam
o Sagrado e suas expressões coletivas.
AVALIAÇÃO
Para efetivar o processo de avaliação no Ensino Religioso, é necessário
estabelecer os instrumentos e definir os critérios que explicitem o quanto o aluno
se apropriou do conteúdo específico da disciplina e foi capaz de relacioná-lo com
as outras disciplinas. A avaliação pode revelar também em que medida a prática
pedagógica, fundamentada no pressuposto do respeito à diversidade cultural e
religiosa, contribui para a transformação social.
A apropriação do conteúdo trabalhado pode ser observada pelo professor em
diferentes situações de ensino e aprendizagem. Eis algumas sugestões que
podem ser tomadas como amplos critérios de avaliação no Ensino Religioso:
• o aluno expressa uma relação respeitosa com os colegas de classe que têm
opções religiosas diferentes da sua?
• o aluno aceita as diferenças de credo ou de expressão de fé?
• o aluno reconhece que o fenômeno religioso é um dado de cultura e de
identidade de cada grupo social?
• o aluno emprega conceitos adequados para referir-se às diferentes
manifestações do Sagrado?
A avaliação é um elemento integrante do processo educativo na disciplina do
Ensino Religioso. Cabe, então, ao professor programar práticas avaliativas e
construir instrumentos de avaliação que permitam acompanhar e registrar o
processo de apropriação de conhecimentos pelo aluno em articulação com a
intencionalidade do ensino explicitada no Plano de Trabalho Docente. O que se
busca, em última instância, com o processo avaliativo é identificar em que medida
os conteúdos passam a ser referenciais para a compreensão das manifestações
do Sagrado pelos alunos.
Diante da sistematização dos resultados da avaliação, o professor terá
elementos para planejar as necessárias intervenções no processo pedagógico,
bem como para retomar as lacunas identificadas na aprendizagem do aluno. Terá
94
também elementos indicativos dos níveis de aprofundamento a serem adotados
em conteúdos que desenvolverá a posteriori e da possível necessidade de
reorganização do trabalho com o objeto de estudo e os conteúdos estruturantes.
Para a avaliação do conhecimento na disciplina de Ensino Religioso, devem-
se levar em conta as especificidades de oferta e frequência dos alunos nesta
disciplina que todo professor ao ministrá-la deve estar ciente, pois tal disciplina
está em Secretaria de Estado da Educação do Paraná 68 processo de
implementação nas escolas e, por isso, a avaliação pode contribuir para sua
legitimação como componente curricular.
Apesar de não haver aferição de notas ou conceitos que impliquem aprovação
ou reprovação do aluno, recomenda-se que o professor registre o processo
avaliativo por meio de instrumentos que permitam à escola, ao aluno, aos seus
pais ou responsáveis a identificação dos progressos obtidos na disciplina.
A avaliação permite diagnosticar o quanto o aluno se apropriou do conteúdo,
como resolveu as questões propostas, como reconstituiu seu processo de
concepção da realidade social e, como, enfim, ampliou o seu conhecimento em
torno do objeto de estudo do Ensino Religioso, o Sagrado, sua complexidade,
pluralidade, amplitude e profundidade.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: Projeto Político Pedagógico da Col. Est. Pres. Castelo Branco.
Diretrizes Curriculares da Educação Básica de Ensino Religioso do
Estado do Paraná 2009.
____________. O Universo Religioso. São Paulo, Ed. Mundo e Missão.
2005.
Caderno Temático: História e Cultura Afro-Brasileira e Africana.
CÂNDIDO, Viviane Cristina. O Ensino Religioso em suas fontes.
CARON, Lurdes. O Ensino Religioso na nova LDB.
CROATTO, José Severino. As linguagens da experiência religiosa.
ECO, Umberto; MARTINI, Carlo Maria. Em que crêem os que não
crêem?
ELIADE, Mircea. O Sagrado e o Profano – a essência das religiões.
95
GRUEM, Wolfgang. O Ensino Religioso na Escola.
PADEN, Willian E. Interpretando o sagrado: modos de conceber a
religião.
Círculo de Cooperação do URI Curitiba. Diversidade religiosa e direitos
humanos.
BERTI, Décio Ângelo. O Ensino religioso na escola pública – IESDE
VIESSE, Lizete Carmem. Ensino religioso na escola pública – IESDE.
Caderno Pedagógico de Ensino Religioso – O Sagrado no Ensino
Religioso – SEED.
KOSIK, 2002, p. 150. – citação.
GEOGRAFIA (0401)
APRESENTAÇÃO
Desde a formação dos primeiros grupos humanos as relações com a
natureza e com o espaço geográfico era muito forte, onde as sociedades se
relacionavam com a natureza e as modificavam em benefício próprio.
Durante a antiguidade clássica esses conhecimentos ampliaram em
função das organizações políticas e econômicas dos impérios que se formaram.
A partir do século XII, as questões cartográficas passaram a ser
discutidas cada vez mais, além dos avanços das pesquisas. As expedições
terrestres do século XVI descreviam e representavam com detalhes o espaço e
também as relações homem-natureza em sociedades distintas.
Os saberes geográficos, nesse processo histórico passaram a ser
evidenciados nas discussões filosóficas, econômicas e políticas, que buscavam
explicar questões referentes ao espaço e sociedade.
Até o século XIX, contudo, não havia sistematização da produção
geográfica. Os estudos estavam legitimados como questões relevantes, sobre as
quais cabia dirigir indagações científicas. Essa forma de abordagem do
conhecimento geográfico perpetuou-se por boa parte do século XX.
A partir da década de 1980, no Paraná ocorreram discussões sobre a
emergente Geografia Crítica. A abordagem teórico-crítica proposta para o ensino
de geografia, compreendia o espaço geográfico como social, produzido e
96
reproduzido pela sociedade. Tal proposta apresentava uma ruptura no ensino da
Geografia em relação à chamada Geografia Tradicional, rejeitando a abordagem
presa a uma metodologia de ensino reduzida à observação, descrição e
memorização dos elementos naturais e humanos do espaço geográfico.
A compreensão e incorporação da Geografia Crítica foram gradativas. No
entanto, essa incorporação sofreu avanços e retrocessos em função do contexto
histórico e das condições políticas da década de 1990. Nesse contexto, ocorreram
a produção e a aprovação da nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação
Nacional (LDB 9394/96).
Com a globalização da economia e da informação, mudaram as noções
de tempo e espaço, mudaram as relações de trabalho e as relações de poder
político entre as nações. O ensino da geografia fornece os subsídios para o
conhecimento do espaço geográfico fazendo uma observação sistemática, onde
se buscará explicação camufladas nas dimensões do espaço em épocas
históricas diferentes, bem como, ações do próprio Estado. Portanto o ensino da
Geografia se torna essencial para a compreensão e inserção do aluno no mundo
em que vive, fornecendo noções para que ele possa ler e interpretar criticamente
o espaço sem deixar de considerar a diversidade das temáticas geográficas e
suas diferentes formas de abordagem.
O objeto de estudo da geografia é o espaço geográfico, entendido como
aquele produzido e apropriado pela sociedade, composto por objetos - naturais,
culturais e técnicos – e ações pertinentes às relações socioculturais e político–
econômicas, que estão inter-relacionadas. Assim, a espacialização dos
conteúdos, bem como a explicação das localizações relacionais dos eventos
(objetos e ações) em estudo, são próprios do olhar geográfico.
Para o estudo da geografia deve-se ter como referencial conceitos
geográficos ( lugar, paisagem, região, território, natureza, sociedade), sabendo-se
que, cada conceito se constituiu em diferentes momentos históricos, em função
das transformações sociais, políticas e econômicas- que definem e redefinem
maneiras e ritmos de produzir e organizar o espaço.
Para a formação de um aluno consciente das relações socioespaciais de
seu tempo, o ensino da Geografia deve assumir o quadro conceitual das teorias
críticas da geografia, que incorporam os conflitos e as contradições sociais,
97
econômicas, culturais e políticas, construtivas de um determinado espaço, além
de adquirir uma visão crítica diante do mundo em que vive.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
- Dimensão Econômica da Produção do Espaço Geográfico
- Dimensão Política do Espaço Geográfico
- Dimensão Socioambiental do Espaço Geográfico
- Dimensão Cultural e Demográfica do Espaço Geográfico
CONTEÚDOS BÁSICOS
5ª SÉRIE
- Dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de
exploração e produção.
- A formação, localização e exploração e utilização dos recursos naturais.
- A distribuição espacial das atividades produtivas, a transformação da
paisagem, a (re)organização do espaço geográfico.
- As relações entre campo e a cidade na sociedade capitalista.
- As diversas regionalizações do espaço geográfico.
- A mobilidade populacional e as manifestações socioespaciais da
diversidade cultural.
- A transformação demográfica, a distribuição espacial da população e os
indicadores estatísticos.
- Formação e transformação das paisagens naturais e culturais.
6ª SÉRIE
- O espaço rural e a modernização da agricultura.
- A formação, o crescimento das cidades, a dinâmica dos espaços
urbanos e a urbanização.
- A circulação de mão- de- obra, das mercadorias e das informações.
- Formação territorial brasileira.
98
- A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração do território
brasileiro.
- As diversas regionalizações do espaço brasileiro.
- A distribuição espacial das atividades produtivas, a (re)organização do
espaço brasileiro.
- A mobilidade populacional e manifestações socioespaciais da
diversidade cultural.
- A transformação demográfica da população, sua distribuição espacial e
os indicadores estatísticos.
- Movimentos migratórios e suas motivações.
- Os movimentos sociais, urbanos e rurais, e a apropriação do espaço.
- A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego tecnologias de
exploração e produção.
7ª Série
- A circulação de mão- de- obra, do capital, das mercadorias e
informações.
- As relações entre o campo e a cidade na sociedade capitalista.
- O espaço rural e a modernização da agricultura.
- As diversas regionalizações do espaço geográfico.
- A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios
do continente americano.
- A nova ordem mundial, os territórios Supranacionais e o papel do
Estado.
- A distribuição espacial das atividades produtivas, a (re)organização do
espaço geográfico.
- A transformação demográfica da população, sua distribuição espacial e
os indicadores estatísticos.
- Movimentos migratórios e suas motivações.
- A mobilidade populacional e manifestações socioespaciais da
diversidade cultural.
- O comércio em suas implicações socioespaciais.
- A formação, a localização, exploração dos recursos naturais.
99
8ª Série
- A revolução técnico- científico- informacional e os novos arranjos no
espaço da produção.
- O comércio mundial e as implicações socioespaciais.
- O espaço em rede: produção, transporte e comunicação na atual
configuração territorial.
- As diversas regionalizações do espaço geográfico.
- A nova ordem mundial, os territórios Supranacionais e o papel do Estado
- A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios.
- A transformação demográfica da população, sua distribuição espacial e
os indicadores estatísticos.
- A mobilidade populacional e manifestações socioespaciais da
diversidade cultural.
- Movimentos migratórios mundiais e suas motivações.
- A distribuição espacial das atividades produtivas, a transformação da
paisagem e a (re)organização do espaço geográfico.
- A formação, a localização, exploração dos recursos naturais.
- A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de
exploração e produção.
METODOLOGIA
Sempre que se falar em aprendizagem, esta deverá estar voltada à
formação plena do educando; partindo dos conteúdos estruturantes e ampliando a
abordagem dos conhecimentos específicos que deles são derivados, disponíveis
em diferentes materiais didáticos.
Os conteúdos específicos serão trabalhados de uma forma crítica e
dinâmica, interligando teoria, prática e realidade; utilizando a linguagem
cartográfica em todos os conteúdos como ferramenta essencial, possibilitando
assim transitar em diferentes escalas espaciais, ou seja, do local ao global e vice-
versa.
Fazer uso de aulas de campo, planejadas e contextualizadas, buscando
sempre fortalecer a relação entre teoria e prática na relação professor/aluno e
garantindo uma melhor compreensão do tema abordado.
100
Essas aulas proporcionarão o desenvolvimento de múltiplas atividades,
tais como: observação sistemática orientada; descrição, seleção, ordenação e
organização de informações; registros das informações de forma criativa
(croquis, maquetes, desenho, produção de texto, fotos, figuras, etc.); consultas
bibliográficas (livros e periódicos), análise de fotos antigas, interpretação de
mapas, entrevistas com moradores, murais, etc.
Fazer uso de recursos audiovisuais como: filmes, trechos de filmes,
programas de reportagens e imagens em geral ( fotografias, slides, charges,
ilustrações...), auxiliando o trabalho com a formação de conceitos geográficos,
estimulando a pesquisa e análise critica dos mesmos.
Os estudos referentes a gênero e diversidade sexual; educação escolar
indígena; educação das relações étnicos raciais e afrodescendência; educação no
campo; educação em direitos humanos; educação ambiental; enfrentamento à
violência na escola; prevenção ao uso indevido de drogas; educação fiscal; escola
aberta, serão atrelados aos demais conteúdos da disciplina.
AVALIAÇÃO
No processo educativo, a avaliação deve se fazer presente, tanto como
meio de diagnóstico do processo ensino-aprendizagem quanto como instrumento
de investigação da prática pedagógica, isto é, acompanhando a aprendizagem
dos alunos e norteando o trabalho do professor, sempre com uma dimensão
formadora, uma vez que, o fim desse processo é a aprendizagem, ou a
verificação dela.
Avaliação da aprendizagem é formativa, diagnóstica e processual onde os
conteúdos conceituais deve permitir que se identifique o desempenho quanto ao
domínio e utilização e utilização dos conceitos geográficos básicos e o
entendimento das relações socioespaciais para compreensão e intervenção na
realidade. Assimilar as relações espaço- temporais e Sociedade –Natureza para
compreender o espaço nas diversas escalas geográficas, categorias,
informações, dados, etc; o que poderá ser operacionalizado com diversas
técnicas e instrumentos de avaliação que possibilitem várias formas de expressão
dos alunos, como:
- provas objetivas e subjetivas;
101
- leitura, interpretação e produção de textos geográficos,
- leitura e interpretação de fotos, imagens, tabelas e gráficos;
e principalmente diferentes tipos de mapas;
- pesquisas bibliográficas;
- relatórios de aulas de campo;
- relatórios de experiências práticas;
- construção, representação e análise de maquetes, produção de mapas;
- apresentação e discussão de temas em seminários.
Esses instrumentos serão selecionados de acordo com cada conteúdo e
objetivo de ensino.
Os critérios de avaliação serão discutidos com a classe, explicitado
claramente para que os educandos saibam o que se espera deles, com que
freqüência e em que momentos.
Quando não atingidos os objetivos propostos far-se-á recuperação
paralela dos conteúdos conforme consta no regimento interno da Escola.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ADAS, Melhem. Geografia; Comunicações Cartográficas. São Paulo.
Ed. Moderna, 2006.
BRANCO, C. E. P. C. Projeto Político Pedagógico. Tapira, 2011.
BRANCO, C. E. P. C. Regimento Escolar. Tapira, 2008.
LUCCI, Elian Alabi. Geografia: Homem e Espaço. São Paulo. Ed.
Saraiva, 2005.
PROJETO ARARIBÁ. Geografia/obra coletiva. Ed. Moderna – 1ª ed.
São Paulo, 2006.
SEED. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares
Estaduais da Educação Básica. Geografia. Curitiba, 2008.
SENE, Eustáquio e MOREIRA, João Carlos – Trilhas da Geografia.
Editora Scipione.
SIMIELLI, Maria Elena. GEOATLAS. Ed. Ática
Mundo Jovem – REVISTA - Um jornal de idéias.
102
HISTÓRIA (0501)
APRESENTAÇÃO
O ensino de História no Brasil passou a ser disciplina escolar obrigatória
em fins do século XIX. Na década de 70, era predominantemente tradicional,
onde valorizava-se alguns personagens como sujeitos históricos e sua atuação
em fatos políticos. os conteúdos eram apresentados de forma factual e linear. As
aulas expositivas marcavam a prática do professor. A memorização e a repetição
do que era ensinado como verdade, era imposta aos alunos.
A partir de 2003, essa realidade começou a ser alterada, com a
elaboração das Diretrizes Curriculares para o Ensino de História da Rede Pública
Estadual.
Nos últimos anos, o ensino de história tem ganhado novas dimensões,
seja pelas novas políticas governamentais na área da educação, seja pelo
empenho dos professores. Essas mudanças tem colocado em xeque muitas das
proposições sobre as quais se formaram várias gerações de docentes, o que tem
obrigado o professor, de forma positiva, rever suas concepções de história e sua
visão do processo de ensino aprendizagem.
A análise histórica dessa disciplina e as novas demandas sociais para o
ensino de História se apresentam como indicativos, visto que possibilitam
reflexões a respeito dos contextos históricos em que os saberes foram produzidos
e repercutiram na organização do currículo da disciplina.
Os conteúdos estruturantes são referências para a organização do
currículo para o ensino de História, entendido como saberes que aproximam e
organizam os campos da História e seus objetos, sustentando, desta forma a
investigação da história política, socioeconômica e cultural.
Entendemos que o ensino de História no Ensino Fundamental não pode
ter como meta a transformação do aluno em historiador, tampouco, em uma
pessoa bem informada, simplesmente. Coloca-se, pois, um grande desafio para o
educador: ensejar a construção do entendimento do eu social e, ao mesmo
tempo, possibilitar a compreensão do nós social.
103
O domínio das noções de diferença, semelhança, transformação e
permanência possibilita ao aluno estabelecer relações e, no processo de distinção
e análise, adquirir novos domínios cognitivos e aumentar o seu conhecimento
sobre si mesmo, seu grupo, sua região, seu país, o mundo e outras formas de
viver e outras práticas sociais, culturais, políticas e econômicas construídas por
diferentes povos. A História, entendida como conhecimento, experiência e prática
social contribui, assim, para desenvolver sua formação intelectual, para fortalecer
seus laços de identidade com o presente e com gerações passadas e para
orientar suas atitudes como cidadão no mundo de hoje.
A finalidade da História, enquanto disciplina na escola, deve voltar os
conteúdos de modo contextualizado, estabelecendo-se, entre eles, relações
interdisciplinares e colocando sob suspeita tanto a rigidez com que
tradicionalmente se apresentam quanto o estatuto de verdade atemporal dado a
eles. Desta perspectiva, propõe-se que tais conhecimentos contribuam para a
crítica às contradições sociais, políticas e econômicas presentes nas estruturas
da sociedade contemporânea e propiciem compreender a produção científica, a
reflexão filosófica, a criação artística, nos contextos em que elas se constituem.
Os objetivos centrais do Ensino de História prendem-se à formação da
consciência de cidadania de modo a construir no aluno, através da incorporação
de atitudes, valores e comportamentos, a capacidade de inserção e intervenção
claras e consequentes em sua realidade.
A História tem como objeto de estudo os processos históricos relativos às
ações e as relações humanas praticadas no tempo, bem como a respectiva
significação atribuída pelos sujeitos, tendo ou não consciência dessas ações. As
relações humanas produzidas por essas ações podem ser definidas como
estruturas sócio-históricas, ou seja, são as formas de agir, pensar, sentir,
representar, imaginar, instituir e de se relacionar social, cultural e politicamente.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Para o ensino de História os conteúdos estruturantes são imprescindíveis,
pois são entendidos como fundamentais na organização curricular. Esses
Conteúdos Estruturantes são carregados de significados, os quais delimitam e
104
selecionam os conteúdos básicos, que por sua vez se desdobram em conteúdos
específicos.
Consideram-se Conteúdos Estruturantes da disciplina de História:
_ Relações de trabalho;
_ Relações de poder;
_ Relações culturais.
CONTEÚDOS BÁSICOS
5ª SÉRIE/6ºAno - OS DIFERENTES SUJEITOS, SUAS CULTURAS,
SUAS HISTÓRIAS
- A experiência humana no tempo.
- Os sujeitos e suas relações com o outro no tempo.
- As culturas locais e a cultura comum.
6ª SÉRIE/7ºAno - A CONSTITUIÇÃO HISTÓRICA DO MUNDO RURAL
E URBANO E A FORMAÇÃO DA PROPRIEDADE EM DIFERENTES TEMPOS
E ESPAÇOS
- As relações de propriedade.
- A constituição histórica do mundo do campo e do mundo da cidade.
- As relações entre o campo e a cidade.
- Conflitos e resistências e produção cultural campo/cidade.
7ª SÉRIE/8ºAno - O MUNDO DO TRABALHO E OS MOVIMENTOS DE
RESISTÊNCIA
- História das relações da humanidade com o trabalho.
- O trabalho e a vida em sociedade.
- O trabalho e as contradições da modernidade.
- Os trabalhadores e as conquistas de direito.
8ª SÉRIE/9ºAno - RELAÇÕES DE DOMINAÇÃO E RESISTÊNCIA: A
FORMAÇÃO DO ESTADO E DAS INSTITUIÇÕES SOCIAIS
- A constituição das instituições sociais.
- A formação do Estado.
Sujeitos, guerras e revoluções.
105
Observação:
Os Desafios Educacionais Contemporâneos serão trabalhados e
atrelados aos conteúdos durante todo o ano letivo. Violência na escola por
exemplo, quando contemplados conteúdos que trate de revoluções e guerras;
Relações étnico raciais, quando contemplados conteúdos de povos africanos,
indígenas, muçulmanos. Para os anos finais do Ensino Fundamental propõe-
se, nestas Diretrizes, que os conteúdos temáticos priorizem as histórias locais e
do Brasil, estabelecendo-se relações e comparações com a história mundial.
Estas temáticas serão avaliados de acordo com os critérios de avaliação
elencados nesta proposta. São eles:
- Enfrentamento à violência na escola;
- Relação étnico-raciais;
- Educação ambiental; - Prevenção do uso indevido de drogas;
- Educação fiscal;
- História do Paraná.
Diversidade
Indígenas; LGBTs; negros e negras; quilombolas; posseiros; bóias-frias;
ribeirinhos; ilhéus; atingidos por barragens; assentados; acampados;
arrendatários; pequenos proprietários, colonos ou sitiantes e faxinalenses.
METODOLOGIA
Quando se pretende que o ensino de História contribua para a construção
da consciência histórica é importante que o professor retorne constantemente
com seus alunos ao processo de construção do conhecimento histórico. O
trabalho pedagógico com os Conteúdos Estruturantes, básicos e específicos tem
como finalidade a formação do pensamento histórico dos estudantes. Isso se dá
quando professor e alunos utilizam, em sala de aula e nas pesquisas escolares,
os métodos de investigação histórica articulados pelas narrativas históricas
desses sujeitos. Assim, os alunos perceberão que a História está narrada em
diferentes fontes (livros, cinema, canções, palestras, relatos de memória, etc.),
sendo que os historiadores se utilizam destas fontes para construírem suas
narrativas históricas.
106
Nesse sentido, o trabalho pedagógico com os conteúdos históricos deve
ser fundamentado em vários autores e suas respectivas interpretações, seja por
meio dos manuais didáticos disponíveis ou por meio de textos historiográficos
referenciais. Espera-se que, ao concluir a Educação Básica, o aluno entenda que
não existe uma verdade histórica única, e sim que verdades são produzidas a
partir evidências que organizam diferentes problematizações fundamentadas em
fontes diversas, promovendo a consciência da necessidade de uma
contextualização social, política e cultural em cada momento histórico.
Para isso faz-se necessário a utilização de leituras e pesquisas que
possam solucionar indagações de problemas estabelecidos sobre determinados
temas. A partir dessa proposta, as narrações históricas podem comtemplar as
diferentes versões de um mesmo fato histórico.
AVALIAÇÃO
A avaliação é um elemento integrante do processo educativo. Cabe,
então, ao professor implementar práticas avaliativas e construir instrumentos de
avaliação que permitam acompanhar e registrar o processo de apropriação de
conhecimentos pelo aluno em articulação com a intencionalidade do ensino
explicitada no Plano de Trabalho Docente.
Para efetivar o processo de avaliação, é necessário estabelecer os
instrumentos e definir os critérios que explicitem o quanto o aluno se apropriou do
conteúdo específico. Recomenda-se que o professor registre o processo
avaliativo por meio de instrumentos que permitam à escola, ao aluno, aos seus
pais ou responsáveis a identificação dos progressos obtidos na disciplina. Para
isso o professor poderá lançar mão de vários critérios de avaliação, tais como:
Os conteúdos serão trabalhados através de: Leitura e compreensão do texto do
capítulo; Interpretação de figuras e mapas; Interpretação de textos
complementares; Trabalhos individuais e coletivos; Pesquisas bibliográficas;
Produção de textos; Desenhos; Resolução de atividades diversas.
Ao considerar os conteúdos de História efetivamente tratados em aula,
essenciais para o desenvolvimento da consciência histórica, é necessário ter
clareza que avaliar é sempre um ato de valor. Diante disto, professor e alunos
precisam entender que os pressupostos da avaliação, tais como finalidades,
107
objetivos, critérios e instrumentos, podem permitir rever o que precisa ser
melhorado ou o que já foi apreendido. Segundo Luckesi (2002), o professor
poderá lançar mão de
várias formas avaliativas, tais como:
• Avaliação diagnóstica – permite ao professor identificar o
desenvolvimento da aprendizagem dos alunos para pensar em atividades
didáticas que possibilitem a compreensão dos conteúdos a serem trabalhados;
• Avaliação formativa – ocorre durante o processo pedagógico e tem
por finalidade retomar os objetivos de ensino propostos para, a partir dos
mesmos, identificar a aprendizagem alcançada desde o início até ao momento
avaliado;
• Avaliação somativa – permite ao professor tomar uma amostragem
de objetivos propostos no início do trabalho e identificar se eles estão em
consonância com o perfil dos alunos e com os encaminhamentos metodológicos
utilizados para a compreensão dos conteúdos.
A fim de que as decisões tomadas na avaliação diagnóstica sejam
implementadas
na continuidade do processo pedagógico, faz-se necessário o diálogo acerca de
questões relativas aos critérios e à função da avaliação, seja de forma individual
ou coletiva. Assim, o aprendizado e a avaliação poderão ser compreendidos como
fenômeno compartilhado, contínuo, processual e diversificado, o que propicia uma
análise crítica das práticas que podem ser retomadas e reorganizadas pelo
professor e pelos alunos.
Retomar a avaliação com os alunos permite, ainda, situá-los como parte de
um coletivo, em que a responsabilidade pelo e com o grupo seja assumida com
vistas à aprendizagem de todos. Desta forma se dá a Recuperação de Estudos,
que posterior à ele efetiva-se a Recuperação de notas que será utilizado com o
critério e instrumentos elencados pelo professor.
Espera-se que, os alunos ao final, tenham condições de identificar
processos históricos, reconhecer criticamente as relações de poder neles
existentes, bem como intervirem no mundo em que vivem, de modo a se fazerem
sujeitos da própria história.
108
REFERÊNCIAS
ALVES, Kátia Corrêa Peixoto & BELISÁRIO, Regina Célia de Moura
Gomide. Diálogos com a História. Curitiba - Nova Didática, 2004.
CAMARGO, João Borba de. História do Paraná (1500-1889). Mringá-
PR. Bertoni Editora, 2004.
COTRIM, Gilberto. Saber e Fazer História. Editora Saraiva. São Paulo,
2001.
LAZIER, Hermógenes. Paraná: Terra de todas as gentes e de muita
história. Francisco Beltrão, 2003.
PILETTI, Nelson & PILETTI, Claudino. História e Vida. Editora Ática,
1997.
SCHMIDT, Mário Furley. Nova História Crítica. Editora Nova Geração -
São paulo, 2002.
VICENTINO, Cláudio. Viver a História: Ensino Fundamental. São paulo.
Scipione, 2002.
SEED – Diretrizes Curriculares da Educação Básica – História –
Curitiba 2008.
SEED - Caderno Pedagógico de História do Paraná. Representações,
Memórias, Identidades - Curitiba 2008.
LÍNGUA PORTUGUESA (0106)
APRESENTAÇÃO
Anterior ao século XIX a Língua Portuguesa não exista como disciplina
escolar, não havendo uma educação nos moldes institucionais e sim a partir de
práticas restritas à alfabetização, determinadas pelo caráter político, social e de
organização e controle de classes e não pelo caráter pedagógico, objetivando a
formação de elites subordinadas à Metrópole. Uma vez fazendo parte dos
conteúdos curriculares e seguindo os moldes do ensino de latim, acabou gerando
a fragmentação deste ensino na gramática, retórica e poética, que se manteve até
o final do século XIX, quando ganhou a denominação de Português, estendendo-
se essa característica elitista até meados do século XX.
109
Com a expansão da rede escolar e do número significativo de falantes de
variedades do português, passou a haver um profundo choque de modelos e
valores escolares e realidade dos falantes (FARACO, 1997, p.57). Dessa forma,
tornou-se indispensável propostas pedagógicas que visassem às necessidades
dos alunos.
Surgindo a preocupação com a formação dos professores no campo do
ensino, buscou-se uma nova perspectiva e novos posicionamentos com relação
às práticas. ( … )
A linguagem, tanto na modalidade oral, quanto na escrita, é constituída na
interação entre as pessoas e, portanto, torna-se significativa quando utilizada pelo
sujeito para compreender o mundo em que vive e atuar sobre ele. Sendo assim, o
estudo da Língua Portuguesa, procurará fornecer ao aluno um instrumento para
compreender, analisar, criticar e relacionar os múltiplos códigos que permeiam a
realidade contemporânea e aos quais quais não podemos ficar alheios.
Portanto, a língua deve ser utilizada e trabalhada na escola da forma
como existe na sociedade. É preciso criar situações em que falar, ler e escrever
tenham finalidades específicas, não configurem um exercício mecânico e sem
sentido. Para isso, fazem-se necessárias atividades estruturadas, em que os
alunos tenham gosto pela leitura e escrita, tornando-se assim, sujeitos
participativos, críticos e autônomos.
A língua é um grande projeto na formação da cidadania por meio da qual,
o homem toma conhecimento dos direitos que lhe garantem e protegem a vida,
nas condições de produção da sua vida social e individual. Pressupõe-se que
falar, para o homem; é como respirar e que o perfil de um cidadão é o daquele
que sabe se comunicar, expressar ideias, veicular socialmente valores de cultura
geradores de equilíbrio e de conhecimento do mundo. O domínio da língua
significa o ingresso no universo dos homens livres, para rara resistência à
opressão.
Tendo em vista a concepção de língua e linguagem como discurso que se
efetiva nas diferentes práticas sociais, o processo de ensino-aprendizagem na
disciplina de língua portuguesa, busca:
110
- empregar a língua oral em diferentes situações de uso, saber adequá-la
a cada contexto e interlocutor, reconhecer as intenções implícitas nos discursos
do cotidiano e propiciar a possibilidade de um posicionamento diante deles;
- desenvolver o uso da língua escrita em situações discursivas por meio
de práticas sociais que considerem os interlocutores, seus objetivos, o assunto
tratado, além do contexto de produção;
- analisar os textos produzidos, lidos e/ou ouvidos, possibilitando que o
aluno amplie seus conhecimentos linguístico-discursivos;
- aprofundar, por meio da leitura de textos literários, a capacidade de
pensamento crítico e a sensibilidade estética, permitindo a expansão lúdica da
oralidade, da leitura e da escrita;
- aprimorar os conhecimentos linguísticos, de maneira a propiciar acesso
às ferramentas de expressão e compreensão de processos discursivos,
proporcionando ao aluno condições para adequar a linguagem aos diferentes
contextos sociais, apropriando-se, também, da norma padrão.
É importante ressaltar que tais objetivos e as práticas deles
compreendem um processo de ensino-aprendizagem que se inicia na
alfabetização, consolida-se no decorrer da vida acadêmica e não se esgota no
período escolar, mas se estende por toda a vida.
CONTEÚDO ESTRUTURANTE
O discurso enquanto prática social, efetivado por meio das práticas
discursivas de:
LEITURA – ORALIDADE – ESCRITA
Conteúdos Básicos a serem desenvolvidos no decorrer das séries,
trabalhados em grau de profundidade de acordo com o conhecimento do aluno:
GÊNEROS DISCURSIVOS PARA TODAS AS SÉRIES DO ENSINO
FUNDAMENTAL
111
5ª SÉRIE / 6º ANO
Leitura
*Tema do texto;
*Argumentos do texto;
*Interlocutor;
*Finalidade;
*Aceitabilidade do texto;
*Informatividade;
*Discuso direto e indireto;
*Elementos composicionais dos gêneros;
*Léxico;
*Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais
no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas travessão, negrito), figuras de
linguagem.
Escrita
*Contexto de produção;
*Interlocutor;
*Finalidade do texto;
*Informatividade;
*Argumentatividade;
*Discurso direto e indireto;
*Elementos composicionais do gênero;
*Divisão do texto em parágrafos;
*Marcas linguísticas: coesão coerência, função das classes gramaticais
no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras
de linguagem;
*Processo de formação de palavras;
*Acentuação gráfica;
*Ortografia;
*Concordância verbal /nominal.
Oralidade
112
*Tema do texto;
*Finalidade;
*Argumentação;
*Papel do locutor e do interlocutor;
*Elementos extralinguísticos:
entonação, pausas, gestos...;
*Adequação do discurso ao gênero;
*Turnos de fala;
*Variações linguísticas;
*Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, recursos
semânticos.
6ª SÉRIE / 7º ANO
Leitura
*Argumentos do texto;
*Contexto de produção;
*Tema do texto;
*Interlocutor;
*Finalidade do texto;
*Informatividade;
*Aceitação;
*Situação;
*Intertextualidade;
*Informações explícitas e implícitas;
*Discurso direto e indireto;
*Elementos composicionais do gênero;
*Repetição proposital de palavras;
*Léxico;
*Ambiguidade;
*Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes das
gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão
negrito), figuras de linguagem.
Escrita
113
*Contexto de produção;
*Tema do texto;
*Interlocutor;
*Finalidade do texto;
*Informatividade;
*Discurso direto e indireto;
*Elementos composicionais do gênero;
*Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais
no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras
de linguagem;
*Processo de formação de palavras;
*Acentuação gráfica;
*Ortografia;
*Concordância verbal e nominal;
Oralidade
*Tema do texto;
*Finalidade;
*Papel do locutor e interlocutor;
*Elementos extralinguísticos: entonação pausas, gestos, etc;
*Adequação do discurso ao gênero;
*Turnos de fala;
*Variações linguísticas;
*Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;
*Semântica.
7ª SÉRIE/ 8º ANO
Leitura
*Conteúdo temático;
*Interlocutor;
*Finalidade do texto;
*Intencionalidade do texto;
*Argumentos do texto;
114
*Contexto de produção;
*Aceitação do texto;
*Informatividade;
*Situação;
*Intertextualidade;
*Vozes sociais existentes no texto;
*Elementos composicionais do gênero;
*Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;
*Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais
no texto, pontuação, recursos gráficos como: (aspas, travessão, negrito).
*Semântica;
-operadores argumentativo;
-ambiguidade;
-sentido conotativo e denotativo das palavras no texto;
-expressões que denotam ironia e humor no texto.
Escrita
*Contexto temático;
*Interlocutor;
*Finalidade do texto;
*Intencionalidade do texto;
*Contexto de produção;
*Informatividade;
*Situação;
*Intertextualidade;
*Vozes sociais presentes no texto;
*Elementos composicionais do gênero;
*Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;
*Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais
no texto, pontuação, recursos gráficos(como aspas, travessão, negrito);
*Concordância verbal e nominal;
*Papel sintático e estilístico dos pronomes na organização, retomadas e
sequenciação do texto;
115
*Semântica:
*Operadores argumentativos;
*Ambiguidade;
*Significado das palavras;
*Sentido figurado;
*Sentido conotativo e denotativo;
*Expressões que denotam ironia e humor no texto.
Oralidade
*Conteúdo temático;
*Finalidade;
*Argumentos/ argumentação;
*Aceitação do texto;
*Informatividade;
*Papel do locutor e interlocutor;
*Elementos extralinguísticos: entonação, expressão facial, corporal e
gestual, pausas...;
*Adequação do discurso ao gênero;
*Turnos de fala;
*Variação linguísticas (lexicais, semânticas, prosódicas, entre outras);
*Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;
*Elementos semânticos;
*Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições,
etc);
*Diferenças e semelhanças e semelhanças entre o discurso oral e o
escrito.
8ª SÉRIE / 9º ANO
Leitura
*Contexto temático;
*Interlocutor;
*Intencionalidade do texto;
*Argumentos do texto;
116
*Contexto de produção;
*Finalidade do texto;
*Aceitação do texto;
*informatividade;
*Situação;
*Intertextualidade;
*Temporalidade;
*Discurso ideológico presente no texto;
*Vozes sociais presentes no texto;
*Elementos composicionais do gênero;
*Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;
*Partículas conectivas do texto;
*Progressão referencial no texto;
*Marcas linguísticas: coesão, coerências, função das classes gramaticais
no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito);
*Semântica:
*Operadores argumentativos;
*Polissemia;
*Sentido conotativo e denotativo;
*Expressão que denotam ironia e humor no texto;
Escrita
*Conteúdo temático;
*Interlocutor;
*Intencionalidade
*Finalidade do texto;
*Informatividade do texto;
*Contexto de produção;
*Situação do texto;
*Intertextualidade;
*Temporalidade;
*Vozes sociais presentes no texto;
*Elementos composicionais do gênero;
117
*Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;
*Partículas conectivas do texto;
*Progressão referencial no texto;
*Marcas linguísticas: coesão e coerência, funções das classes
gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas,travessão,
negrito, etc.);
*Sintaxe de concordância;
*Sintaxe de regência;
*Processo de formação de palavras;
*Vícios de linguagem;
*Semântica:
*Operadores argumentativos;
*Modalizadores;
*Polissemia;
Oralidade
*Conteúdo temático;
*Finalidade
*Aceitação do texto;
*Informatividade;
*Argumentação;
*Papel do locutor e interlocutor;
*Elementos extralinguísticos: entonação, expressão facial, corporal e
gestual, pausas...;
*Adequação do discurso ao gênero;
*Turnos de fala;
*Variações linguísticas (lexicais, semânticas, prosódicas entre outras);
*Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, conectivos;
*Semântica;
*Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições,
etc);
*Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito.
118
Os Desafios Educacionais Contemporâneos, a História e Cultura Afro-
brasileira e Indígena e a Inclusão, serão temáticas trabalhadas permeando os
conteúdos em grau de profundidade de acordo com o conhecimento do aluno, e
não de forma linear, mas sim, de acordo com as necessidades do momento,
durante o decorrer de todo o ano letivo.
METODOLOGIA
A oralidade será empregada em diferentes situações de uso de acordo
com cada contexto e interlocutor, reconhecendo as intenções implícitas nos
discursos do cotidiano e propiciando um posicionamento diante deles.
A língua escrita será desenvolvida em situações discursivas por meio de
práticas sociais que considerem os interlocutores, seus objetivos, o assunto
tratado, os gêneros e suportes textuais, além do contexto de produção/leitura.
A leitura terá total atenção na pluralidade que a maioria dos textos
permitem, considerando assim, o contexto histórico, a finalidade, o interlocutor e o
gênero, já que, trata-se de propiciar o desenvolvimento de uma atitude crítica, que
leva o aluno leitor, a perceber o sujeito presente nos textos e a partir daí, tomar
uma atitude responsiva diante deles. E da mesma forma, o professor como
mediador, dar condições ao aluno, para que possa atribuir sentidos à leitura,
visando formar um leitor crítico e atuante nas práticas de letramento da
sociedade.
A análise linguística, como uma prática didática complementar às
práticas de leitura, oralidade e escrita, faz parte do letramento escolar, uma vez
que, igualmente possibilita a reflexão, sendo aplicada de forma contextualizada, a
partir de textos selecionados pelo professor e/ou sugeridos pelos alunos,
conforme seu gênero e sua tipologia, bem como será aplicada através de vídeos,
DVDs e músicas.
Os conteúdos de análise linguística serão correlacionados com a
estrutura textual e o controle da norma padrão, articulados com a prática de
análise de texto lidos como condição para preparar o aluno para enfrentar as
contradições sociais em que esteja inserido e para a afirmação da sua cidadania,
como sujeito singular e coletivo.
119
Os textos literários serão trabalhados de modo a aprimorar a capacidade
de pensamento crítico e a sensibilidade estética levando a constituição de um
espaço dialógico que permita a expansão lúdica da oralidade, da leitura e da
escrita.
Essa relação constitui ponto de partida para as diversas atividades
trabalhadas no decorrer do ano letivo, empregando a língua oral em diferentes
situações de uso, adequando-a a cada contexto interlocutor, reconhecendo as
intenções implícitas nos discursos do cotidiano que possibilitem um
posicionamento diante deles, utilizando a língua em situações discursivas por
meio de práticas sociais que considerem os interlocutores, seus objetivos, o
assunto tratado, os gêneros e suportes textuais, além do contexto de
produção/leitura.
Da linguagem predominantemente visual à leitura de textos
exclusivamente verbais e de tipos diversos – literários, jornalísticos, científicos,
informativos, humorísticos – pretende-se sugerir um caminho seguro para que o
aluno se desenvolva, como leitor e produtor de texto, com condição para
enfrentar as contradições sociais e para a afirmação de sua cidadania como
sujeito singular e ao mesmo tempo coletivo.
AVALIAÇÃO
É de suma importância, que a avaliação dentro da Língua Portuguesa e
Literatura seja igualmente um processo de contínua aprendizagem, e que venha a
priorizar o desempenho do educando, não somente nas aulas de Língua
Portuguesa, mas também nas demais de outras disciplinas e ao longo de sua vida
escolar.
É comum a compreensão da avaliação da aprendizagem como um
processo de troca, ou seja, de o aluno devolver ao professor aquilo que recebera.
Contudo, há que se entender a avaliação como um processo contínuo e
cumulativo do desempenho do aluno, com a observação dos aspectos
qualitativos e não apenas quantitativos, e também dos resultados independentes
de provas finais, que visam tão somente o somatório ou classificatório.
120
Então, a avaliação deve ser contínua e somatória, com prevalência dos
aspectos qualitativos sobre os quantitativos e o resultado expresso em notas de
0,0 (zero) a 10 (dez) a cada bimestre, proporcionando aos alunos a recuperação
paralela do conteúdo após cada avaliação, visando assim a recuperação também
da nota. Essa recuperação oferecida ao aluno, poderá assumir formas variadas,
ora por meio de questões orais, escritas, individuais, e/ou em grupos, leituras de
todo tipo e gênero textual, pesquisas, relatórios, resumos, resenhas, entre outras
formas. Situações essas que irão envolver a capacidade de pesquisa, ora fazendo
um apanhado e discussão das dificuldades apresentadas no conjunto da turma,
com atendimento individualizado aos alunos que apresentarem um grau mais
acentuado de dificuldade, respeitando os conceitos da inclusão e observando
sempre a construção do significado que o aluno faz nas práticas discursivas.
A participação dos alunos nas atividades escolares será, ainda avaliada
diagnosticamente, em Conselho de Classe.
A avaliação da oralidade será observada em função de diferentes
interlocutores e situações. Em seminários, debates, troca de ideias, entrevistas,
relatos de histórias, as exigências de adequação da fala são diferentes e isso
deve ser considerado numa análise de produção oral. Assim o professor verificará
a participação do aluno, nos diálogos, relatos e discussões, a clareza que ele
mostra ao expor suas ideias, a fluência de sua fala, a argumentação que
apresenta ao defender seu ponto de vista. O aluno também deve se posicionar
como avaliador de textos orais com os quais convive, como: noticiários, discursos
políticos, programas televisivos, e de suas próprias falas, formais ou informais,
tendo em vista o resultado esperado.
Na leitura, será considerada, a compreensão e a interpretação do texto
lido, o sentido construído, sua reflexão e sua resposta ao texto. E também,
importante se faz que o aluno, ao final de uma leitura, ative seus conhecimentos
prévios e os infira ao texto lido.
Na escrita, analisar-se-á o texto do aluno num processo de construção e
não como produto final.
Nesse sentido, a avaliação deve considerar as diferenças de leituras de
mundo e o repertório de experiências dos alunos.
121
REFERÊNCIAS
AGUIAR, V. T. BORDINI, M. G. Literatura e formação do leitor:
alternativas metodológicas. Porto Alegre: Mercado Aberto, 1993.
BELTRÃO, Eliana Lúcia Santos, Diálogo - Livro Didático Público de
Língua Portuguesa.
BERTOLIN, Rafael; SILVA, A.S. Curso completo de Português.
BRANCO, C. E. P. C. Projeto Político Pedagógico. Tapira, 2011.
BRANCO, C. E. P. C. Regimento Escolar. Tapira, 2008.
BRASIL. Parâmetros Curriculares Nacionais. Linguagens, códigos e
suas tecnologias. Brasília: Ministério da Educação/Secretaria de Educação Média
e Tecnológica,1998.
KOCH, I. G. V. Desvendando os segredos do texto. 2. ed. São Paulo:
Cortez, 2003.
LAJOLO, M. Do mundo da leitura para a leitura do mundo. São Paulo:
Ática, 2001.
MACHADO, I. Gêneros discursivos. In BRAIT, Beth (org.). Bakhtin:
conceitos-chave. São Paulo: Contexto, 2005.
MARCUSHI, L. A. Da fala para a escrita: atividades de re-textualização.
6. ed. São Paulo: Cortez, 2005.
OLIVEIRA, Tania A. Tecendo textos: ensino da língua portuguesa
através de projetos, 2. ed. São Paulo IBEP, 2002. Coleção Novo Tempo.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Currículo Básico para
Escola Pública do Paraná. Curitiba: SEED, 1990, p. 50-62.
SEED. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares
Estaduais da Educação Básica. Língua Portuguesa. Curitiba, 2008.
SODRÉ, N. W. Síntese de história da Cultura Brasileira. São Paulo:
DIFEL, 1984.
MATEMÁTICA (0201)
APRESENTAÇÃO
122
A História da Matemática retrata como os conhecimentos matemáticos
evoluíram e foram importantes para a humanidade no decorrer do tempo.
Entender o processo pelo qual a Matemática foi sendo descoberta, organizada e
desenvolvida, facilita a compreensão do aluno de que novas descobertas poderão
surgir e que ela não está pronta e acabada.
Os primeiros conhecimentos matemáticos começaram a serem
desenvolvido a 2000 a.C. pelos babilônios, que classificaram alguns registros da
álgebra elementar. Para Ribnikov (l987), esse período demarcou o nascimento da
matemática. Contudo esse conhecimento só emergiu mais tarde, em solo grego,
nos séculos VI e V a.C. com a civilização grega. Por volta do século VI a.C. a
educação grega começou a valorizar o ensino da leitura e da escrita, deixando a
matemática para o século seguinte. Já no século XVII d.C., aconteceu a
sistematização das matemáticas estáticas, ou seja, desenvolveram-se a
aritmética, a geometria álgebra e a trigonometria (RIBNIKOV 1987). A matemática
sofreu muitas mudanças e inovações até chegar na matemática que temos nos
dias de hoje.
O século XVI demarcou um novo período de sistematização deste
conhecimento, denominado de matemáticas de grandezas variáveis. As
descobertas matemáticas deste período contribuíram para uma fase de grande
progresso científico e econômico aplicado na construção, aperfeiçoamento e uso
produtivo de máquinas e equipamentos. O ensino da Matemática objetivava
preparar os jovens ao exercício de atividades ligada ao comércio, arquitetura,
música, geografia, astronomia, artes da navegação, da medicina e da guerra.
No Brasil, na metade do século XVI, os jesuítas instalaram colégios
católicos com uma educação de caráter clássico-humanista, contribuindo para o
processo pelo qual a Matemática viria a ser introduzida como disciplina nos
currículos da escola brasileira.
No século XVII, a Matemática desempenhou papel fundamental para
comprovação e generalização de resultados. Surgiu a concepção de lei
quantitativa que levou ao conceito de função e do cálculo infinitesimal. Esses
elementos caracterizavam as bases da Matemática que se conhece hoje.
123
Desde o final do século XVI ao início do século XIX, o ensino da
Matemática desdobrado em aritmética, geometria, álgebra e trigonometria,
contribuiu para formar engenheiros, geógrafos e topógrafos.
O desenvolvimento matemático do século XIX foi denominado por
Ribnikov (1987) como o período das matemáticas contemporâneas.
No final do século XIX e início do século XX, o ensino da Matemática foi
discutido em encontros internacionais, nos quais se elaboraram propostas
pedagógicas que contribuíram para legitimar a Matemática com disciplina escolar
e para vincular seu ensino com os ideais e as exigências advindas das
transformações sociais e econômicas dos últimos séculos.
Matemáticos, antes pesquisadores, tornaram-se também professores e
passaram a se preocupar mais diretamente com as questões de ensino.
O início da modernização do ensino da Matemática no Brasil aconteceu
num contexto de mudanças que promoviam a expansão da indústria nacional, o
desenvolvimento da agricultura, o aumento da população nos centros urbanos e
as ideias que agitavam o cenário político internacional, após a Primeira Guerra
Mundial.
As ideias reformadoras do ensino da Matemática compactuavam
discussões do movimento da Escola Nova, que propunha um ensino orientado por
uma concepção empírico ativista ao valorizar os processos de aprendizagem e o
envolvimento do estudante em atividades de pesquisa, lúdicas, resolução de
problemas, jogos e experimentos.
A proposta básica do escolanovismo era o desenvolvimento da
criatividade e das potencialidades e interesses individuais. O estudante era
considerado o centro do processo e o professor, o orientador da aprendizagem.
Outras tendências, influenciaram o ensino da Matemática em nosso país.
Até o final da década de 1950, a tendência que prevaleceu no Brasil foi a
formalista clássica.
Após a década de 1950, observou-se a tendência formalista moderna que
valorizava a lógica estrutural das ideias matemáticas, com a reformulação do
currículo escolar, por meio do Movimento da Matemática Moderna. Com esta
tendência, tinha-se uma abordagem “internalista” da disciplina. O ensino era
centrado no professor, que demonstrava os conteúdos em sala de aula.
124
O Movimento da Matemática Moderna também motivou o início de
estudos e debates sobre a renovação pedagógica por meio de uma discussão
aberta e organizada por alguns grupos de estudos. Mas, antes de se chegar a
uma proposta diferenciada para o ensino e a aprendizagem dessa disciplina no
país, vivenciamos um período no qual sobressaiu a escola tecnicista.
A pedagogia tecnicista não se centrava no professor ou no estudante,
mas nos objetivos instrucionais, nos recursos e nas técnicas de ensino.
Já a tendência construtivista surgiu no Brasil a partir das décadas de 1960
e 1970, e se estabeleceu como meio favorável para discutir o ensino da
Matemática na década de 1980. Nesta tendência, o conhecimento matemático
resultava de ações interativas e reflexivas dos estudantes no ambiente ou nas
atividades pedagógicas.
A tendência pedagógica socioetnocultural surgiu a partir da discussão
sobre a ineficiência do Movimento Modernista. Aspectos socioculturais da
Educação Matemática foram valorizados e suas bases teórica e prática estavam
na Etnomatemática.
Sob essa perspectiva, a matemática deixou de ser vista como um
conjunto de conhecimentos universais e teoricamente bem definidos e passou a
ser considerada como um saber dinâmico, prático e relativo. A relação professor-
estudante, nesta concepção, era a dialógica, isto é, privilegiava a troca de
conhecimentos entre ambos e atendia sempre à iniciativa dos estudantes e
problemas significativos no seu contexto cultural.
A tendência histórico-crítica surgiu, no Brasil, em meados de 1984 e,
através de sua metodologia fundamentada no materialismo histórico, buscava a
construção do conhecimento a partir da prática social, superando a crença na
autonomia e na “dependência absolutas da educação em face das condições
sociais vigentes” (SAVIANI, 1997, p. 76).
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional no 9394, aprovada em
20 de dezembro de 1996, procura adequar o ensino brasileiro às transformações
do mundo do trabalho, fruto da globalização econômica e apresenta novas
interpretações para o ensino da Matemática. A partir de sua vigência, definiram-se
aspectos curriculares tanto na oferta de disciplinas compondo a parte
diversificada quanto no elenco de conteúdos das disciplinas da Base Nacional
125
Comum (Art. 26, Lei no 9394/96), devido à autonomia dada às instituições para a
elaboração do seu projeto pedagógico. No Paraná, nesse período, foram criadas
várias disciplinas que abordavam os campos do conhecimento da Matemática,
tais como: Geometria, Desenho Geométrico e Álgebra, mas que fragmentavam o
conhecimento da Matemática e enfraqueciam-na como disciplina.
Por outro lado, este texto de Diretriz Curricular resgata, para o processo
de ensino e aprendizagem, a importância do conteúdo matemático e da disciplina
Matemática. É imprescindível que o estudante se aproprie do conhecimento de
forma que “compreenda os conceitos e princípios matemáticos, raciocine
claramente e comunique ideias matemáticas, reconheça suas aplicações e
aborde problemas matemáticos com segurança” (LORENZATO e VILA, 1993, p.
41). Para tanto, o trabalho docente necessita emergir da disciplina Matemática e
ser organizado em torno do conteúdo matemático e, por conseguinte, se faz
necessário uma fundamentação teórica e metodológica.
Neste início de milênio, vivendo numa sociedade em constante
transformação, a tecnologia, a informação e a comunicação ocupam lugar de
destaque. Acessar e utilizar adequadamente a informação dá aos indivíduos uma
bagagem cultural adequada ao exercício da cidadania, da democracia e da
liberdade.
Os impactos tecnológicos também devem ser levados em conta. A
sociedade prescinde de indivíduos que sejam capazes de dominar esta tecnologia
e produzir outras, refletir e opinar sobre elas, tendo como meta uma sociedade
mais igualitária e o bem-estar de seus membros.
A ação do professor é articular o processo pedagógico, a visão de mundo
do aluno, suas opções diante da vida, da história e do cotidiano.
O trabalho com a disciplina de Matemática requer exemplos concretos,
fatos do cotidiano e muitas outras situações que possam despertar no aluno o
prazer de estudar essa disciplina.
É importante ressaltar que, na apreensão da realidade e construção do
conhecimento, a ação e a expressão formal do pensamento constituem elementos
basilares.
Como o ensino da Matemática é uma área que engloba inúmeros saberes
as práticas devem ser contextualizadas, em situações que apontem para
126
conhecimentos elaborados cientificamente na busca de transformações que
visam minimizar problemas de ordem social e cultural, entretanto, deve-se ir além
do senso comum valorizando o conhecimento científico oferecendo condições
para aproximação dos aspectos que vão além daqueles observados pela
aparência da realidade.
Desta forma, a Matemática é vista como um campo de investigação e de
produção de conhecimentos visando a desenvolver a educação Matemática
enquanto campo de investigação e de produção de conhecimentos – natureza
científica, melhorando a qualidade de ensino e da aprendizagem da matemática.
Os conteúdos de ensino e aprendizagem que serão trabalhados, devem
contribuir para que o estudante tenha condições de constatar regularidades
matemáticas, generalizações e apropriação de linguagem adequada para
descrever e interpretar fenômenos ligados à matemática e a outras áreas do
conhecimento, oportunizando para que o aluno compreenda e se aproprie da
própria matemática concebida como um conjunto de resultados, métodos e
procedimentos, algoritmos, etc.
Pela educação matemática proporcionaremos aos estudantes a
construção do seu conhecimento, visando o desenvolvimento de valores e
atitudes, às quais contribuirão para a sua formação integral, podendo assim, agir
com autonomia nas suas relações sociais. A partir desse conhecimento adquirido,
o aluno terá condições de fazer uma análise crítica sobre questões sociais,
políticas, econômicas e com suporte para desenvolver técnicas e estratégias a
serem aplicadas também a outras áreas do conhecimento, possibilitando atribuir
sentido e construir significados às idéias matemáticas de modo a tornar-se capaz
de estabelecer relações, justificar, analisar, discutir e criar.
CONTEÚDOS BÁSICOS DO ENSINO DE MATEMÁTICA
ENSINO FUNDAMENTAL
Série/ Ano
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS
5ª SÉRIE/ 6º
NÚMEROS E ÁLGEBRA
Sistema de Numeração Números Naturais Potenciação e Radiciação Múltiplos e Divisores
127
ANO
Números Fracionários Números Decimais
GRANDEZAS E MEDIDAS
Medida de Comprimento Medida de Massa Medidas de Áreas Medidas de Volume Medidas de Tempo Medidas de Ângulos Sistema Monetário.
GEOMETRIA Geometria Plana Geometria Espacial.
TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO
Dados, Tabelas e Gráficos Porcentagem.
6ª SÉRIE/7º ANO
NÚMEROS E ÁLGEBRA
Números Inteiros Números Racionais Equação e Inequação do 1º grau Razão e Proporção Regra de Três Simples.
GRANDEZAS E MEDIDAS Medidas de Temperatura Medidas de Ângulos
GEOMETRIAS Geometria Plana Geometria Espacial Geometria Não-Euclidianas.
TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO
Pesquisa Estatística Média Aritmética Moda e Mediana Juros Simples.
7ª SÉRIE/8º ANO
NÚMEROS E ÁLGEBRA
Números Racionais e Irracionais Sistema de Equação do 1º Grau Potências Monômios e Polinômios Produtos Notáveis.
GRANDEZAS E MEDIDAS
Medida de Comprimento Medida de Área Medida de Volume Medida de ângulos.
GEOMETRIAS
Geometria Plana Geometria Espacial Geometria Analítica Geometrias Não-Euclidianas
TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO
Gráfico e Informação População e Amostra
8ª SÉRI
NÚMERO E ALGEBRA Números Reais Propriedades dos Radicais
128
E/9º ANO
Equação do 2º Grau Teorema de Pitágoras Equação Irracionais Equação Biquadradas Regra de Três Composta.
GRANDEZAS E MEDIDAS Relações Métricas no Triângulo Retângulo Trigonometria no Triângulo Retângulo.
FUNÇÕES Noção Intuitiva de função Afim Noção Intuitiva de Função Quadrática
GEOMETRIAS
Geometria Plana Geometria Espacial Geometria Analítica Geometrias Não-Euclidianas
TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO
Noções de Análise Combinatória Noções de Probabilidade Estatística Juros compostos.
METODOLOGIA
Nessa escola os conteúdos de Matemática serão trabalhados de forma
contextualizada buscando o resgate histórico dos conteúdos relacionando quando
possível, com as diversas situações do dia a dia do aluno, levando em conta a
realidade sócio-econômica e cultural onde a escola está inserida.
Serão utilizadas as seguintes tendências metodológicas visando o
desenvolvimento das capacidades de tomar decisões, de criar e aperfeiçoar
conhecimentos e valores, construindo desta forma a sua autonomia intelectual.
Caberá ao professor, fazer uso de práticas metodológicas como a
Resolução de Problemas, tornando as aulas mais dinâmicas e não restringindo
o ensino de matemática a modelos clássicos, como a utilização apenas da
exposição oral e resolução de exercícios.
A resolução de problemas trata-se de uma metodologia pela qual o
estudante terá a oportunidade de aplicar conhecimentos matemáticos já
adquiridos em novas situações de modo a resolver a questão proposta.
A resolução de problemas possibilita compreender os argumentos e ajuda
a vê-los como um conhecimento passível de ser apreendido pelos sujeitos do
processo do ensino aprendizagem.
129
A Modelagem Matemática, propõe a valorização do aluno no contexto
social, procurando levantar problemas reais, com os problemas matemáticos e
resolvê-los interpretando suas soluções na linguagem do mundo real. Esta
contribui para a formação do estudante possibilitando maneiras pelas quais os
conteúdos de matemática sejam abordados na prática.
A utilização da História da Matemática na sala de aula facilita a
aprendizagem, uma vez que a História pode esclarecer sobre as origens e
aplicações da matemática, revelando o conhecimento matemático como resultado
de um processo evolutivo. Assim, abordagem histórica é importante, porque é um
fator de humanização no ensino da matemática.
As Mídias Tecnológicas podem ser utilizada como ferramenta que
dinamizam o estudo dos conteúdos curriculares e potencializam o processo de
ensino-aprendizagem. O uso desses recursos tem suscitado novas questões,
sejam elas em relação ao currículo, a experimentação matemática, as
possibilidades de surgimento de novas metodologias de estudos que poderão
facilitar a compreensão de conceitos e de novas teorias matemáticas. O trabalho
realizado com a mídias tecnológicas insere formas diferentes de ensinar e
aprender, e valorizar o processo de produção de conhecimento.
Através da Etnomatemática busca-se uma valorização dos diferentes
tipos de organização da sociedade, reconhecendo e registrando questões de
relevância social que produzem o conhecimento matemático. É uma importante
fonte de investigação da Educação Matemática, priorizando um ensino que
valoriza a história e a vida dos estudantes pelo reconhecimento e respeito as suas
raízes culturais.
A Investigação Matemática será utilizada com a finalidade de dar ao
aluno oportunidade de agir como um matemático, tanto propondo questões a
serem investigadas como também na proposição do que está sendo investigado,
ou seja, através da investigação o aluno será conduzido pelo professor a procurar
conhecer o que ainda não sabe.
AVALIAÇÃO
A avaliação fornece informações que possibilitem o progresso pessoal do
aluno, bem como sua autonomia. Ela fornece, não apenas para o professor, mas
130
principalmente para o aluno, indicativos sobre o conhecimento e a compreensão
de conceitos e procedimentos desenvolvidos.
Nesse sentido, a avaliação é vista como instrumento a partir do qual
podemos melhorar o ensino, efetuando mudanças de rumo, utilizando métodos e
instrumentos diversificados, coerentes com as concepções e finalidades
educativas.
Na avaliação utilizamos procedimentos que assegurem o
acompanhamento do pleno desenvolvimento do aluno, considerando todas as
formas de raciocínio, ou seja, os procedimentos/ métodos utilizados pelo
educando para resolver uma determinada situação-problema.
Na avaliação são considerados os resultados obtidos durante o período
letivo, num processo contínuo, expressando os seu desenvolvimento escolar,
tomado na sua melhor forma, assim os resultados das atividades avaliativas são
analisadas durante o período letivo, pelo aluno e pelo professor, observando os
avanços e as necessidades detectadas para o estabelecimento de novas ações
pedagógicas.
A avaliação ocorre através de provas escritas; trabalhos em grupos e
individuais; resoluções de exercícios das Olimpíadas de matemática; seminários e
relatórios.
A recuperação de estudos se dá de forma permanente e concomitante ao
processo ensino aprendizagem, e é organizada com atividades significativas, por
meio de procedimentos didático-metodológico diversificados. A recuperação de
estudos, acontece logo após a revisão de conteúdos integrado ao processo de
ensino,adequando-se as dificuldades dos alunos.
REFERÊNCIAS
__________. Etnomatemática: arte ou técnica de explicar e conhecer.
São Paulo: Scipione, 1998.
__________. Computadores, escola e sociedade. São Paulo: Scipione,
1998.
BOYER, CB. História da Matemática. São Paulo. Edgard Blücher, 1996.
BRANCO, C. E. P. C. Projeto Político Pedagógico. Tapira, 2011.
131
BRANCO, C. E. P. C. Regimento Escolar. Tapira, 2008.
D'AMBRÓSIO, U. Prefácio do livro Educação Matemática: representação
e construção em geometria. In: FAINGUELER NT, E. Educação Matemática:
representação e construção em geometria. Porto Alegre: Artes Médicas Sul,
1999.
DUARTE, N. O compromisso político do educador no ensino da
matemática: In: DUARTE, N.; OLIVEIRA, B. Socialização do saber escolar. São
Paulo: Cortez, 1987. p. 15.
Educação Básica do Estado do Paraná – Matemática, Curitiba – 2006.
FIORENTINI, D. Alguns modos de ver e conceber o ensino da
matemática no Brasil. Revista Zetetiké. Campinas, ano 3, n. 4, p.1-37. 1995.
Livro Didático Público de Matemática – Secretaria de Estado da
Educação/2006.
LONGEN, Adilson, Matemática Ensino Médio. 1º, 2º e 3º Série. Curitiba:
Positivo, 2004.
LORENZATO. S. Por que não ensinar Geometria?
SEED, Secretaria do Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da
Educação Básica. Paraná.
SBM. Revista da Sociedade Brasileira de Educação Matemática. São
Paulo, n,4, p.3-12, jan./jun. 1995.
SCHOENFELD, A. H. Heurísticas na sala de aula. In. KRULIK. S.; Reys,
R.E. A resolução de problemas na matemática escolar. São Paulo: Atual,
1997.
VÁRIOS AUTORES. Matemática Ensino Médio. Curitiba: Secretaria de
Estado de Educação SEED-PR, 2006 – P 216.
L.E.M.-INGLÊS (1107)
APRESENTAÇÃO
O espaço das Línguas Estrangeiras Modernas na composição dos
currículos no Brasil sofreu muitas transformações e ajustes, uma vez que se
132
buscava a necessidade de um método de ensino que contemplasse as reais
necessidades dos alunos nos diferentes contextos marcados pela história, desde
a abertura dos portos ao comércio em decorrência da vinda da família real para o
Brasil, quando ainda numa abordagem tradicional, a língua privilegiava o
conhecimento gramatical.
Passando por reformas como a “Francisco Campos”, com o método
direto, a Reforma Capanema, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional
(LDB nº 4.024) seguida da LDB nº 5.692/61 e então a LDB nº 9394/96,
desdobrada quando o MEC publicou os PCNs (Parâmetros Curriculares Nacionais
para o Ensino Fundamental), e após para o Ensino Médio pautados numa
concepção de língua como prática social fundamentada na abordagem
comunicativa e, ainda, tomando como referencial a pedagogia crítica em
sustentação as Diretrizes Curriculares, tônica de uma abordagem que valoriza a
escola como espaço social democrático, responsável pela apropriação crítica e
histórica do conhecimento como instrumento de compreensão das relações
sociais e para a transformação da realidade.
Em 1996, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional n. 9.394,
determinou a oferta obrigatória de pelo menos uma língua estrangeira moderna
no Ensino Fundamental, a partir da quinta série, cuja escolha do idioma foi
atribuída à comunidade escolar, conforme suas possibilidades de atendimento
(Art. 26, § 5.º).
Para o Ensino Médio, a lei determina ainda que seja incluída uma língua
estrangeira moderna como disciplina obrigatória, escolhida pela comunidade
escolar, e uma segunda, em caráter optativo, dentro das disponibilidades da
instituição (Art. 36, Inciso III).
Em 1998, como desdobramento da LDB/96, o MEC publicou os
Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental de Língua
Estrangeira (PCN), pautados numa concepção de língua como prática social
fundamentada na abordagem comunicativa. No entanto, tal documento
recomendou um trabalho pedagógico com ênfase na prática de leitura em
detrimento das demais práticas – oralidade e escrita. A justificativa apresentada
foi que, no contexto brasileiro, há poucas oportunidades de uso efetivo da
oralidade pelos alunos, particularmente da Rede Pública de Ensino.
133
Estamos num constante processo de reconstrução social. Hoje o inglês
não é considerado apenas uma língua estrangeira, mas é utilizado como idioma
padrão em comunicação universal. Vivemos hoje em um mundo globalizado, em
que as pessoas de diferentes países estão em frequente contato pelos mais
diversos motivos, precisando compartilhar alguma língua como meio de
comunicação. Dentre os idiomas que exercem essa função, o inglês é
provavelmente o mais difundido. O tempo todo estamos ouvindo, lendo e falando
espontaneamente o inglês, que nos chega por intermédio dos mais diversos
canais de comunicação. Uma vez que muitas palavras estão inseridas no
presente do nosso dia a dia, nos Cds que escutamos, na internet, nos e-mails,
nos vídeos, nos blogs, nos chat rooms, nos sites e nos links.
Nesse sentido, torna-se necessário um conhecimento maior dessa língua
e seu papel exercido na sociedade favorecendo a ligação/conexão com temas
que fazem parte desse mundo afim de aprender a ler, ouvir, falar e escrever de
forma a comunicar-se num processo de construção do conhecimento e de
formação da cidadania, ampliando nossos horizontes culturais e linguísticos,
aguçando nossa criticidade e tornando-nos mais abertos às diferenças.
Em conformidade com as DCEs, o ensino de Língua Estrangeira Moderna
será norteado para um propósito maior de educação, considerando as
contribuições de Giroux (2004) “ao rastrear as relações entre língua, texto e
sociedade, as novas tecnologias e as estruturas de poder que lhes subjazem”.
Para este educador, é fundamental que os professores reconheçam a importância
da relação entre língua e pedagogia crítica no atual contexto global educativo,
pedagógico e discursivo, na medida em que as questões de uso da língua, do
diálogo, da comunicação, da cultura, do poder, e as questões da política e da
pedagogia não se separam. Isso implica superar uma visão de ensino de Língua
Estrangeira Moderna apenas como meio para se atingir fins comunicativos que
restringem as possibilidades de sua aprendizagem como experiência de
identificação social e cultural, ao postular os significados como externos aos
sujeitos.
Propõe-se que a aula de Língua Estrangeira Moderna constitua um
espaço para que o aluno reconheça e compreenda a diversidade lingüística e
cultural, de modo que se envolva discursivamente e perceba possibilidades de
134
construção de significados em relação ao mundo em que vive. Espera-se que o
aluno compreenda que os significados são sociais e historicamente construídos e,
portanto, passíveis de transformação na prática social.
A língua, objeto de estudo desta disciplina, contempla as relações com a
cultura, o sujeito e a identidade. O ensino que se pretende é o capaz de criar
percepções de mundo e maneiras de construir sentidos, é formar subjetividades,
independentemente do grau de proficiência atingido.
CONTEÚDO ESTRUTURANTE
O Discurso enquanto prática social – efetivado por meio das práticas
discursivas, as quais envolvam:
LEITURA – ORALIDADE – ESCRITA
CONTEÚDOS BÁSICOS:
GÊNEROS DISCURSIVOS E SEUS ELEMENTOS COMPOSICIONAIS.
Seleção realizada pelo professor, nas diferentes esferas sociais de
circulação, e explícitos no Plano de Trabalho Docente, adequado ao nível de
complexidade de cada série, conforme sugerido nas DCEs.
LEITURA
- Identificação do tema;
- Intertextualidade;
- Léxico;
- Coesão e Coerência;
- Funções das classes gramaticais no texto;
- Elementos semânticos;
- Recursos estilísticos (figuras de linguagem);
- Marcas lingüísticas: particularidades da língua, pontuação; recursos
gráficos (como aspas, travessão, negrito);
- Variedade Lingüística;
- Acentuação Gráfica;
- Ortografia.
ESCRITA
135
- Tema do texto;
- Interlocutor;
- Finalidade do ;exto;
- Intencionalidade do texto;
- Intertextualidade;
- Condições de Produção;
- Informatividade (informações necessárias para a coerência do texto);
- Elementos semânticos;
- Recursos estilísticos (figuras de linguagem);
- Marcas lingüísticas: particularidades da língua, pontuação; recursos
gráficos (como aspas, travessão, negrito);
- Variedade lingüística;
- Ortografia;
- Acentuação gráfica.
ORALIDADE
- Elementos extralingüísticos: entonação, pausas, gestos, etc;
- Adequação do discurso ao gênero;
- Turnos de fala;
- Variações linguísticas;
- Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição.
- Pronúncia.
Questões de abordagem gramatical, partindo do texto e desenvolvidas
através de metodologia privilegiando o estudo conjunto das práticas da oralidade,
escrita e leitura.
Cultura Afro-brasileira e Indígena, Educação do Campo, Sexualidade e
Prevenção ao uso indevido de drogas: serão trabalhadas em grau de
profundidade de acordo com o conhecimento do aluno e não de forma linear, mas
por meio de conteúdos explicitados no Plano de Trabalho Docente de acordo com
as necessidades do momento, baseado na Lei 11.645 de 10/03/2008. Serão
utilizados textos, músicas, publicações e autores, filmes , tanto em Inglês como
em língua materna, que enfocam as diferentes temáticas utilizando a análise e
136
debate em seminário, bem como o discurso que o aluno apresenta nas produções
orais e escritas, não deixando de destacar as importantes contribuições na cultura
brasileira a fim de desmistificar as visões equivocadas.
METODOLOGIA
O professor direcionará seu trabalho a partir da seleção de diferentes
tipos de textos que envolvam a realidade do aluno até publicações nacionais e
internacionais que abordem o mesmo tema. Dessa forma, a análise e leitura são
direcionadas para o entendimento de que o mesmo tema pode ser visto sobre
diferentes ângulos conforme as culturas envolvidas.
Partindo da análise com os alunos de diversas palavras e expressões em
inglês que convivem com a língua portuguesa aqui no Brasil e do seu
conhecimento prévio, propiciar a reflexão sobre demais causas da real
necessidade do conhecimento da língua inglesa para o desenvolvimento como
cidadão dentro da sociedade capaz de se relacionar com outras comunidades e
conhecimentos.
Trabalhar a oralidade através de diálogos, explorando situações do dia-a-
dia, bem como vocabulário e estrutura da língua, introduzindo a gramática
implícita dentro de cada situação de maneira natural. A abordagem de vários
gêneros textuais, em atividades diversificadas, analisando a função do gênero
estudado, sua composição, a distribuição de informações, o grau de informação
presente ali, a intertextualidade, os recursos coesivos, a coerência e, depois de
tudo, a gramática, visando provocar uma reflexão maior sobre o uso de cada um
deles e considerando o contexto de uso e os seus interlocutores.
Portanto, é importante que o aluno tenha acesso a textos de várias
esferas sociais: publicitária, jornalística, literária, informativa, etc., a fim de
identificar as diferenças estruturais e funcionais, a autoria, o público a que se
destina, e aproveitando o conhecimento já adquirido de experiência com a língua
materna. O objetivo será interagir com a infinita variedade discursiva presente nas
diversas práticas sociais.
Ao professor, cabe o encaminhamento do trabalho em sala de aula
possibilitando a construção de sentidos e o exercício de ação no mundo social, o
estímulo a reflexão, possibilitando a reconstrução da argumentação, onde o aluno
137
possa apresentar uma posição mais crítica, podendo rejeitá-los ou reconstruí-los.
No trabalho com a análise lingüística, o professor tem de criar condições para
propiciar situações de aprendizagem que favoreçam uma reação frente aos textos
com os quais se depare entendendo que por trás deles há um sujeito, uma
história, uma ideologia e valores particulares e próprios da comunidade em que
está inserido.
Na escrita, a produção será encaminhada de forma clara definindo o
objetivo da produção e para quem se escreve, em situações reais de uso. A
finalidade e o gênero discursivo serão explicitados ao aluno no momento de
orientá-lo para uma produção , assim como a necessidade de adequação ao
gênero, planejamento, articulação das partes, seleção da variedade lingüística
adequada – formal ou informal.
As estratégias envolverão atividades que envolvam pesquisa, prática oral
e escrita, tendo como subsídio o uso de textos selecionados, dicionários, jogos,
vídeos, DVDs, TV pendrive, CD-ROOMs e Internet.
A produção de textos, desde pequenas frases e diálogos, é um constante
trabalho contemplado e que leva o aluno à prática dos conhecimentos adquiridos
durante as aulas. Tomando o erro resultante das atividades dos alunos como
referencial para selecionar os conteúdos e orientar a prática em sala de aula.
Os conteúdos linguísticos e os conteúdos elencados estarão presentes no
processo pedagógico de todas as séries e serão trabalhados em grau de
profundidade de acordo com o conhecimento do aluno.
Contemplando a Lei 10.639/03 e Lei 11.645/08, serão utilizados textos,
músicas, publicações e autores, filmes, tanto em Inglês quanto em língua
materna, que enfocam a questão racial para análise e debate em seminário, bem
como o discurso que o aluno apresenta nas produções orais e escritas. Destacar
a importante contribuição do negro na cultura brasileira a fim de desmistificar as
visões equivocadas sobre ele. O trabalho articulado com os conteúdos básicos da
disciplina de LEM será explicitado no Plano de Trabalho Docente.
AVALIAÇÃO
A avaliação deve ser contínua, processual, formativa e somatória com
prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos, com resultado
138
expresso em nota de 0,0 (zero) a 10(dez) a cada bimestre, proporcionando a
todos os alunos a recuperação concomitante após cada avaliação do conteúdo
através de metodologias diversificadas, ora por meio de avaliações orais, escritas,
individuais e/ou em grupo, situações em que envolvam a capacidade de pesquisa,
ora fazendo um apanhado e discussão das dificuldades apresentadas no conjunto
da turma, com atendimento individualizado aos alunos que apresentarem um grau
mais acentuado de dificuldade, observando sempre a construção do significado
que o aluno faz no engajamento discursivo, nas conversas em Língua Materna e
Língua Estrangeira.
Pretende-se que o aluno, nas práticas de oralidade, leitura e escrita:
- realize leitura compreensiva do texto, através do uso de diferentes
gêneros;
- localize informações explícitas e possa contextualizar a produção:
suporte/fonte/interlocutores, finalidade, época;
- Amplie seu horizonte de expectativas, bem como seu léxico, permitindo
fazer inferências sobre o texto;
- Perceba o ambiente em que circula o gênero, encaminhando discussões
sobre o tema e intenções do mesmo e identifique a idéia principal;
- Deduza os sentidos das palavras e/ou expressões a partir do contexto;
- Expresse suas idéias com clareza;
- Elabore textos atendendo às situações de produção propostas (gênero,
interlocutor, finalidade...), a continuidade temática;
- Diferencie o contexto de uso da linguagem formal e informal, usando os
recursos textuais de coesão e coerência e informatividade;
- Utilize adequadamente recursos linguísticos como: pontuação, uso e
função do negrito);
- Variedade linguística;
- Acentuação gráfica e ortografia.
Colaboram como ganhos, a participação dos alunos no decorrer da
aprendizagem e da avaliação, a negociação sobre o que seria mais representativo
no caminho percorrido e a consciência sobre as etapas vencidas.
Na Educação Básica, a avaliação de determinada produção em Língua
Estrangeira considera o erro como efeito da própria prática, ou seja, como
139
resultado do processo de aquisição de uma nova língua. Portanto, o erro deve ser
visto como um passo para que a aprendizagem se efetive e não como um entrave
no processo que não é linear, não acontece da mesma forma e ao mesmo tempo
para diferentes pessoas.
Uma vez que é sujeito da aprendizagem, o aluno deve ter seu esforço
reconhecido por meio de ações tais como: um retorno sobre seu desempenho e o
entendimento do erro como integrante da aprendizagem. Assim, tanto o professor
quanto os alunos poderão acompanhar o percurso desenvolvido até então e
identificar dificuldades, bem como planejar e propor outros encaminhamentos que
busquem superá-las.
REFERÊNCIAS
BATISTA, Rodolfo. Nice to speak. Santa Catarina, 2006.
Caderno Temático: Cultura Afro-Brasileira
LIBERATO, Wilson. English Information. São Paulo. Editora FTD, 2005.
MORINO, Eliete Canesi; FARIA, Rita Bugrin. Start up. São Paulo. Editora
Ática, 2004.
Projeto Político Pedagógico do Colégio Estadual Presidente Castelo
Branco - EFM
ROCHA, Analuiza Machado; FERRARI, Zuleica Águeda. Take Your
Time. São Paulo. Editora Moderna, 2004.
ROLIM, Míriam. Insights into English. São Paulo. Editora FTD, 2005.
SANTOS, Denise; MARQUES, Amadeu. Links. English for Teens. São
Paulo. Editora Ática, 2010.
CHIN, Elizabeth Young; ZAOROB, Maria Lucia. Keep in Mind. São Paulo.
Editora Scipione, 2010.
SEED. Diretrizes Curriculares de Língua Estrangeira para o Ensino
Fundamental. Curitiba, 2008.
140
PPC – PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR
EJA - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
ARTE (0701 / EF) & ARTE (0704 / EM)
CONTEÚDOS
5ª SÉRIE/6º ANO - ÁREA MÚSICA
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS
COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
Altura Duração Timbre Intensidade Densidade
Ritmo Melodia Escalas: diatônica pentatônica cromática Improvisação
Greco-Romana Oriental Ocidental Africana
6ª SÉRIE/7º ANO - ÁREA MÚSICA
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS
COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
Altura Ritmo Música popular e étnica (ocidental e oriental)
141
Duração Timbre Intensidade Densidade
Melodia Escalas Gêneros: folclórico, indígena, popular e étnico Técnicas: vocal, instrumental e mista
7ª SÉRIE/8º ANO - ÁREA MÚSICA
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS
COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
Altura Duração Timbre Intensidade Densidade
Ritmo Melodia Harmonia Tonal, modal e a fusão de ambos. Técnicas: vocal, instrumental e mista
Indústria Cultural Eletrônica Minimalista Rap, Rock, Tecno
8ª SÉRIE/9º ANO - ÁREA MÚSICA
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS
COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
Altura Duração
Ritmo Melodia
Música Engajada Música Popular
142
Timbre Intensidade Densidade
Harmonia Técnicas: vocal, instrumental e mista Gêneros: popular, folclórico e étnico.
Brasileira. Música Contemporânea
5ª SÉRIE/6º ANO - ÁREA ARTES VISUAIS
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS
COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
Ponto Linha Textura Forma Superfície Volume Cor Luz
Bidimensional Figurativa Geométrica, simetria Técnicas: Pintura, escultura, arquitetura... Gêneros: cenas da mitologia...
Arte Greco- Romana Arte Africana Arte Oriental Arte Pré-Histórica
6ª SÉRIE/7º ANO - ÁREA ARTES VISUAIS
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS
COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
Ponto Linha Forma Textura Superfície Volume Cor Luz
Proporção Tridimensional Figura e fundo Abstrata Perspectiva Técnicas: Pintura, escultura, modelagem,
Arte Indígena Arte Popular Brasileira e Paranaense Renascimento Barroco
143
gravura... Gêneros: Paisagem, retrato, natureza morta...
7ª SÉRIE/8º ANO - ÁREA ARTES VISUAIS
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS
COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
Linha Forma Textura Superfície Volume Cor Luz
Semelhanças Contrastes Ritmo Visual Estilização Deformação Técnicas: desenho, fotografia, audiovisual e mista...
Indústria Cultural Arte no Séc. XX Arte Contemporânea
8ª SÉRIE/9º ANO - ÁREA ARTES VISUAIS
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS
COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
Linha Forma Textura Superfície Volume Cor Luz
Bidimensional Tridimensional Figura-fundo Ritmo Visual Técnica: Pintura, grafitte, performance... Gêneros: Paisagem urbana, cenas do cotidiano...
Realismo Vanguardas Muralismo e Arte Latino-Americana Hip Hop
144
5ª SÉRIE/6º ANO - ÁREA TEATRO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS
COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais Ação Espaço
Enredo, roteiro. Espaço Cênico, adereços Técnicas: jogos teatrais, teatro indireto e direto, improvisação, manipulação, máscara... Gênero: Tragédia, Comédia e Circo.
Greco-Romana Teatro Oriental Teatro Medieval Renascimento
6ª SÉRIE/7º ANO - ÁREA TEATRO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS
COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais Ação Espaço
Representação, Leitura dramática, Cenografia. Técnicas: jogos teatrais, mímica, improvisação, formas animadas...
Comédia dell‟ arte Teatro Popular Brasileiro e Paranaense Teatro Africano
145
Gêneros: Rua e arena, Caracterização.
7ª SÉRIE/8º ANO - ÁREA TEATRO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS
COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais Ação Espaço
Representação no Cinema e Mídias Texto dramático Maquiagem Sonoplastia Roteiro Técnicas: jogos teatrais, sombra, adaptação cênica...
Indústria Cultural Realismo Expressionismo Cinema Novo
8ª SÉRIE/9º ANO - ÁREA TEATRO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS
COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais Ação Espaço
Técnicas: Monólogo, jogos teatrais, direção, ensaio, Teatro-Fórum... Dramaturgia Cenografia Sonoplastia Iluminação Figurino
Teatro Engajado Teatro do Oprimido Teatro Pobre Teatro do Absurdo Vanguardas
146
5ª SÉRIE/6º ANO - ÁREA DANÇA
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS
COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
Movimento Corporal Tempo Espaço
Kinesfera Eixo Ponto de Apoio Movimentos articulares Fluxo (livre e interrompido) Rápido e lento Formação Níveis (alto, médio e baixo) Deslocamento (direto e indireto) Dimensões (pequeno e grande) Técnica: Improvisação Gênero: Circular
Pré-história Greco-Romana Renascimento Dança Clássica
6ª SÉRIE/7º ANO - ÁREA DANÇA
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS
COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
Movimento Corporal Tempo Espaço
Ponto de Apoio Rotação Coreografia Salto e queda Peso (leve e
Dança Popular Brasileira Paranaense Africana Indígena
147
pesado) Fluxo (livre, interrompido e conduzido) Lento, rápido e moderado Niveis (alto, médio e baixo) Formação Direção Gênero: Folclórica, popular e étnica
7ª SÉRIE/8º ANO - ÁREA DANÇA
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS
COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
Movimento Corporal Tempo Espaço
Giro Rolamento Saltos Aceleração e desace-leração Direções (frente, atrás, direita e esquerda) Improvisação Coreografia Sonoplastia Gênero: Indústria Cultural e espetáculo
Hip Hop Musicais Expressionismo Indústria Cultural Dança Moderna
8ª SÉRIE/9º ANO - ÁREA DANÇA
148
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS
COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
Movimento Corporal Tempo Espaço
Kinesfera Ponto de Apoio Peso Fluxo Quedas Saltos Giros Rolamentos Extensão (perto e longe) Coreografia Deslocamento Gênero: Performance e moderna
Vanguardas Dança Moderna Dança Contemporânea
ARTE - ENSINO MÉDIO
ÁREA MÚSICA
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS
COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
Altura Duração Timbre Intensidade Densidade
Ritmo Melodia Harmonia Escalas Modal, Tonal e fusão de ambos. Gêneros: erudito, clássico, popular, étnico, folclórico, Pop
Música Popular Brasileira Paranaense Popular Indústria Cultural Engajada Vanguarda Ocidental Oriental Africana Latino-Americana
149
... Técnicas: vocal, instrumental, eletrônica, informática e mista Improvisação
ENSINO MÉDIO - ÁREA ARTES VISUAIS
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS
COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
Ponto Linha Forma Textura Superfície Volume Cor Luz
Bidimensional Tridimensional Figura e fundo Figurativo Abstrato Perspectiva Semelhanças Contrastes Ritmo Visual Simetria Deformação Estilização Técnica: Pintura, desenho, modelagem, instalação performance, fotografia, gravura e esculturas, arquitetura, história em quadrinhos... Gêneros: paisagem,
Arte Ocidental Arte Oriental Arte Africana Arte Brasileira Arte Paranaense Arte Popular Arte de Vanguarda Indústria Cultural Arte Contemporânea Arte Latino- Americana
150
natureza-morta, Cenas do Cotidiano, Histórica, Religiosa, da Mitologia...
ENSINO MÉDIO - ÁREA TEATRO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS
COMPOSIÇÃO
MOVIMENTOS E PERÍODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais Ação Espaço
Técnicas: jogos teatrais, teatro direto e indireto, mímica, ensaio, Teatro-Fórum Roteiro Encenação e leitura dramática Gêneros: Tragédia, Comédia, Drama e Épico Dramaturgia Representação nas mídias Caracterização Cenografia, sonoplastia, figurino e iluminação Direção Produção
Teatro Greco- Romano Teatro Medieval Teatro Brasileiro Teatro Paranaense Teatro Popular Indústria Cultural Teatro Engajado Teatro Dialético Teatro Essencial Teatro do Oprimido Teatro Pobre Teatro de Vanguarda Teatro Renascentista Teatro Latino- Americano Teatro Realista Teatro Simbolista
ENSINO MÉDIO - ÁREA DANÇA
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
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ELEMENTOS FORMAIS
COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
Movimento Corporal Tempo Espaço
Kinesfera Fluxo Peso Eixo Salto e Queda Giro Rolamento Movimentos articulares Lento, rápido e mo-derado Aceleração e desace-leração Níveis Deslocamento Direções Planos Improvisação Coreografia Gêneros: Espetáculo, industria cultural, étnica, folclórica, populares e salão
Pré-história Greco-Romana Medieval Renascimento Dança Clássica Dança Popular Brasileira Paranaense Africana Indígena Hip Hop Indústria Cultural Dança Moderna Vanguardas Dança Contemporânea
Contemplar de acordo com a Lei Federal 10639/03 e 11645/08 os
Desafios Educacionais Contemporâneos.
ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS
No trabalho com Artes Visuais, sugere-se que a prática pedagógica parta
da análise e produção de trabalhos artísticos relacionados a conteúdos de
composição em artes visuais, tais como:
• imagens bidimensionais: desenhos, pinturas, gravuras, fotografia,
propaganda visual;
152
• imagens tridimensionais: esculturas, instalações, produções
arquitetônicas;
Uma importante possibilidade de trabalho é o estabelecimento de
relações das artes visuais com as outras áreas artísticas. A máscara no Teatro, o
registro gráfico da Música ou o figurino e a maquiagem da Dança são exemplos
de relações possíveis.
Quanto a Dança, destaca-se o movimento corporal, por isso o trabalho
pedagógico pode basear-se em atividades de experimentação do movimento,
improvisação, em composições coreográficas e processos de criação (trabalho
artístico), tornando o conhecimento significativo para o aluno, conferindo-lhe
sentido a aprendizagem, por articularem os conteúdos da dança.
Para se efetivar o trabalho com a dança na escola, há que se considerar
algumas questões: como a de gênero, as de necessidades especiais motoras e
as de religião, como o caso de algumas religiões que desaprovam a dança, ou por
outro lado, do cuidado necessário com as danças religiosas que podem impor o
caráter litúrgico implícito nas mesmas.
Ao trabalhar com música, é importante contextualizá-la, apresentar suas
características específicas e mostrar que as influências de regiões e povos
misturam-se em diversas composições musicais.
A música, então, é uma forma de representar o mundo, de relacionar-se
com ele, de fazer compreender a imensa diversidade musical existente, que de
uma forma direta ou indireta interfere na vida da humanidade.
Como sugestão de encaminhamento metodológico, segue exemplo de
como se trabalhar com um videoclipe:
1. apreciação e análise do videoclipe (música, imagem, representação,
dança...), com ênfase na produção musical, observando a organização dos
elementos formais do som, da composição e de sua relação com os estilos e
gêneros musicais;
2. seleção de músicas de vários gêneros para compor outra trilha sonora
para a mesma cena do videoclipe, observando se há mudança no sentido da
cena;
153
3. construção de instrumentos musicais, com vários tipos de materiais,
para produções musicais com diversos arranjos instrumentais e vocais, compondo
efeitos sonoros e música para o videoclipe;
4. registro de todo o material sonoro produzido pelos alunos, por meio de
gravação em qualquer mídia disponível.
Com o teatro, o educando tem a oportunidade de se colocar no lugar de
outros, experimentando o mundo sem correr risco.
Existem diversos encaminhamentos metodológicos possíveis para o
ensino de teatro, no entanto se faz necessário proporcionar momentos para
teorizar, sentir e perceber e para o trabalho artístico, não o reduzindo a um mero
fazer.
De modo geral para todas as áreas da disciplina recomenda-se, no
encaminhamento metodológico, o enfoque nos seguintes trabalhos com os
alunos:
• manifestação das formas de trabalho artístico que os alunos já
executam, para que sistematizem com mais conhecimentos suas próprias
produções;
• produção e exposição de trabalhos artísticos, a considerar a formação
do professor e os recursos existentes na escola.
Nas aulas de Arte é necessária a unidade de abordagem dos conteúdos
estruturantes, em um encaminhamento metodológico orgânico, onde o
conhecimento, as práticas e a fruição artística estejam presentes em todos os
momentos da prática pedagógica, em todas as séries da Educação Básica.
Para preparar as aulas, é preciso considerar para quem elas serão
ministradas, como, por que e o que será trabalhado, tomando-se a escola como
espaço de conhecimento. Dessa forma, devem-se contemplar, na metodologia do
ensino da arte, três momentos da organização pedagógica:
• Teorizar: fundamenta e possibilita ao aluno que perceba e aproprie a
obra artística, bem como, desenvolva um trabalho artístico para formar conceitos
artísticos.
• Sentir e perceber: são as formas de apreciação, fruição, leitura e acesso
à obra de arte.
154
• Trabalho artístico: é a prática criativa, o exercício com os elementos que
compõe uma obra de arte.
O trabalho em sala poderá iniciar por qualquer um desses momentos, ou
pelos três simultaneamente. Ao final das atividades, em uma ou várias aulas,
espera-se que o aluno tenha vivenciado cada um deles.
Teorizar é a parte do trabalho metodológico que privilegia a cognição, em
que a racionalidade opera para apreender o conhecimento historicamente
produzido sobre arte. Tal conhecimento em arte é alcançado pelo trabalho com os
conteúdos estruturantes elementos formais, composição, movimentos e períodos,
abordados nas Artes Visuais, Dança, Música e Teatro. Esse conhecimento se
efetiva quando os três momentos da metodologia são trabalhados.
É imprescindível que o professor considere a origem cultural e o grupo
social dos alunos e que trabalhe nas aulas os conhecimentos originados pela
comunidade.
Também é importante que discuta como as manifestações artísticas
podem produzir significado de vida aos alunos, tanto na criação como na fruição
de uma obra. Além disso, é preciso que ele reconheça a possibilidade do caráter
provisório do conhecimento em arte, em função da mudança de valores culturais
que pode ocorrer através do tempo nas diferentes sociedades e modos de
produção.
Assim, o conteúdo deve ser contextualizado pelo aluno, para que ele
compreenda a obra artística e a arte como um campo do conhecimento humano,
produto da criação e do trabalho de sujeitos, histórica e socialmente datados.
No processo pedagógico, os alunos devem ter acesso às obras de
Música, Teatro, Dança e Artes Visuais para que se familiarizem com as diversas
formas de produção artística. Trata-se de envolver a apreciação e apropriação
dos objetos da natureza e da cultura em uma dimensão estética.
A percepção e apropriação das obras artísticas se dão inicialmente pelos
sentidos. De fato, a fruição e a percepção serão superficiais ou mais
aprofundadas conforme as experiências e conhecimentos em arte que o aluno
tiver em sua vida.
O trabalho do professor é de possibilitar o acesso e mediar a percepção e
apropriação dos conhecimentos sobre arte, para que o aluno possa interpretar as
155
obras, transcender aparências e apreender, pela arte, aspectos da realidade
humana em sua dimensão singular e social.
Ao analisar uma obra, espera-se que o aluno perceba que, no processo
de composição, o artista imprime sua visão de mundo, a ideologia com a qual se
identifica, o seu momento histórico e outras determinações sociais. Além de o
artista ser um sujeito histórico e social, é também singular, e na sua obra
apresenta uma nova realidade social.
Para o trabalho com os produtos da indústria cultural, é importante
perceber os mecanismos de padronização excessiva dos bens culturais, da
homogeneização do gosto e da ampliação do consumo.
A filósofa Marilena Chauí (2003) apresenta alguns efeitos da massificação
da indústria cultural que constituem referência para este trabalho pedagógico.
Para Chauí, em função das interferências da indústria cultural, as produções
artísticas correm riscos em sua força simbólica, de modo que ficam sujeitas a:
• perda da expressividade: tendem a tornar-se reprodutivas e repetitivas;
• empobrecimento do trabalho criador: tendem a tornar-se eventos para
consumo;
• redução da experimentação e invenção do novo: tendem a
supervalorizar a moda e o consumo;
• efemeridade: tendem a tornar-se parte do mercado da moda,
passageiro, sem passado e sem futuro;
• perda de conhecimentos: tendem a tornar-se dissimulação da realidade,
ilusão falsificadora, publicidade e propaganda. Ressalta-se ainda que a
humanização dos objetos e dos sentidos se faz pela apropriação do
conhecimento sistematizado em arte, tanto pela percepção quanto pelo trabalho
artístico.
REFERÊNCIAS
BAKHTIN, Mikhail (Volochínov). Marxismo e filosofia da linguagem.
Trad. Michel Lahud e Yara F. Vieira. 7ª ed. São Paulo: Hucitec, 1995.
BOURO, S.B. Olhos que pintam: a leitura de imagens e o ensino da
arte. São Paulo: Educ/Fapesp/Cortez, 2002.
BRANCO, C. E. P. C. Projeto Político Pedagógico. Tapira, 2011.
156
BRANCO, C. E. P. C. Regimento Escolar. Tapira, 2008.
CAMPOS, Neide P. A construção do olhar estético crítico do
educador. Florianópolis: UFSC, 2002.
CANDAU, Vera Maria (org.). Sociedade, educação e cultura: questões
e propostas. Petrópolis, Rio de Janeiro: Vozes, 2002.
CHAUÍ, Marilena. Convite à filosofia. São Paulo: Ática, 2003.
FERRAZ, M.; FUSARI, M. R. Metodologia do ensino de Arte. 2ª ed. São
Paulo: Cortez, 1993.
FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Dicionário da Língua
Portuguesa. 3ª ed. Curitiba: Positivo, 2004.
FREIRE, Paulo. Pedagogia do oprimido. 12ª ed. Rio de Janeiro: Paz e
Terra, 1983.
HOUAISS, Antônio e Vilar, M. de S. Dicionário Houaiss da língua
portuguesa. 1ª ed.Rio de Janeiro: Objetiva, 2001
LABAN, Rudolf. Domínio do Movimento. São Paulo: Summus, 1978.
MARQUES, Isabel A. Ensino de dança hoje: textos e contextos. 2ª ed.
São Paulo: Cortez, 2001
MIGLIORI, R. Paradigmas e educação. São Paulo: Aquariana, 1993.
OSTROWER, Fayga P. Universo da arte, 7ª ed. Rio de Janeiro: Campus,
1991.
PAREYSON, L. Os problemas da estética. São Paulo. Martins Fontes,
1997.
SACRISTAN J.G. A escolarização transforma-se em uma
característica antropológica das sociedades complexas. In: A educação
Obrigatória: seu sentido educativo e social. Porto Alegre: ARTMED, 2001, p. 35-
55
SANTAELLA, Lucia. (Arte) & (Cultura): Equívocos do elitismo. São
Paulo: Cortez, 3ª. Ed, 1995.
SEED. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares
Estaduais da Educação Básica. Arte. Curitiba, 2008.
SILVA, Tomas Tadeu. Documentos de identidade: uma introdução às
teorias do currículo. 2ª ed. Belo Horizonte: Autêntica, 2004.
157
ZAMACOIS, Joaquin. Temas de estética y de historia de la música.
Barcelona: Labor, 1986.
BIOLOGIA (1001)
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Organização dos seres vivos;
Mecanismos biológicos;
Biodiversidade;
Manipulação genética.
CONTEÚDOS BÁSICOS
Classificação dos seres vivos: critérios taxonômicos e filogenéticos;
Sistemas Biológicos: anatomia, morfologia e fisiologia;
Mecanismos de desenvolvimento embriológico;
Mecanismos celulares biofísicos e bioquímicos;
Teorias evolutivas;
Transmissão das características hereditárias;
Dinâmica dos ecossistemas: relações entre os seres vivos e interdependência
com o ambiente;
Organismos geneticamente modificados;
Desafios educacionais contemporâneos e diversidade.
Obs.: Os conteúdos relacionados aos Desafios Educacionais
Contemporâneos e a Diversidades serão trabalhados integrados ao conteúdo,
como a Lei referente a história e cultura afro-brasileira e africana (10.639/03), a
história e cultura dos povos indígenas (11.645/08) e a lei que institui a Política
Nacional de Educação Ambiental (9.795/99). Os experimentos serão amparados
pela Lei 14.037/03: Código Estadual de Proteção aos Animais, Lei de
Biossegurança, Resoluções do Conama/MMA (Conselho Nacional do Meio
Ambiente) e Política Nacional da Biodiversidade.
158
ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS
Os conteúdos relacionados aos Desafios Educacionais Contemporâneos,
a Diversidades, a Cultura Afro-Brasileira e Indígena serão trabalhados integrados,
contínuos e permanente no desenvolvimento dos conteúdo.
O conjunto de saberes do educando deve ser considerado o ponto de
partida para o processo de ensino e aprendizagem, estabelecendo relações com
o mundo do trabalho e com outras dimensões do meio social.
Conforme as Diretrizes Curriculares para a disciplina de Biologia- Ensino
Médio – SEED-PR, “na escola, a Biologia deve ir além das funções que já
desempenha no currículo escolar. Ela deve discutir com os jovens
instrumentalizando-os para resolver problemas que atingem direta ou
indiretamente sua perspectiva de futuro”.
As Diretrizes, ainda, consideram que para a discussão de todas estas
características socioambientais e do papel do ensino formal de Biologia, as
relações estabelecidas entre professor-aluno e aluno-aluno são determinantes na
efetivação do processo ensino-aprendizagem, e para isto, há necessidade de
leitura e conhecimento sobre metodologia de ensino para que as aulas de
Biologia sejam dinâmicas, interessantes, produtivas, e resultem em verdadeira
aprendizagem.
Ressaltam também que, “pensar criticamente, ser capaz de analisar fatos
e fenômenos ocorridos no ambiente, relacionar fatores sociais, políticos,
econômicos e ambientais exige do aluno investigação, leitura, pesquisa. No
ensino de Biologia, diferentes metodologias podem ser utilizadas com este
propósito. A metodologia de investigação, por exemplo, permite ao aluno
investigar a realidade buscando respostas para solucionar determinados
problemas”.
Na medida em que se acredita numa Ciência aberta, inacabada, produto
da ação de seres humanos inseridos num contexto próprio relativo ao seu tempo
e espaço e, ainda na disciplina de Biologia, como forma de resgate e de
construção de melhores possibilidades de vida individuais e coletivas, há que se
optar por uma metodologia de ensino e aprendizagem adequada à realidade do
aluno da EJA. Segundo RIBEIRO (1999, p.8),
159
criar novas formas de promover a aprendizagem fora dos limites da organização tradicional é uma tarefa, portanto, que impõem, antes de mais nada, um enorme desafio para os educadores (...), romper o modelo de instrução tradicional implica um alto grau de competência pedagógica, pois para isso o professor precisará decidir, em cada situação, quais formas de agrupamento, sequenciação, meios didáticos e interações propiciarão o maior progresso possível dos alunos, considerando a diversidade que inevitavelmente caracteriza o público da educação de jovens e adultos.
Nessa perspectiva, destaca-se a importância de propiciar aos educandos,
a compreensão dos conceitos científicos de forma significativa, ou seja, que o
conhecimento possa estar sendo percebido em seu contexto mais amplo, não
somente nos afazeres diários, mas na forma de perceber a realidade local e
global, o que lhe permitirá posicionar-se e interferir na sociedade de forma crítica
e autônoma. Para tanto, o educador da EJA deve partir dos saberes adquiridos
previamente pelos educandos, respeitando seu tempo próprio de construção da
aprendizagem, considerando:
- que o educador é mediador e estimulador do processo, respeitando, de
forma real, como ponto de partida o conjunto de saberes trazidos pelos
educandos;
- as experiências dos educandos no mundo do trabalho;
- a necessária acomodação entre o tempo e o espaço do educando, o
tempo pedagógico e o físico, visto que os mesmos interferem na sua “formação”
científica;
- as relações entre o cotidiano dos educandos e o conhecimento
científico.
Nesse contexto, ressalta-se a importância de trabalhar a disciplina de
forma contextualizada, ou seja, com situações que permitam ao educando jovem
e adulto a inter-relação dos vínculos do conteúdo estudado com as diferentes
situações com que se deparam no seu dia-a-dia. Essa contextualização pode-se
dar a partir de uma problematização, ou seja, em lançar desafios que necessitem
de respostas para determinadas situações. “A essência do problema é a
necessidade (...), um obstáculo que é necessário transpor, uma dificuldade que
precisa ser superada, uma dúvida que não pode deixar de ser dissipada”
(SAVIANI, 1993, p.26)”. As dúvidas são muito comuns na disciplina de Biologia,
devendo ser aproveitadas para reflexão sobre o problema a ser analisado, e
assim, para o educador, o desafio consiste em realizar esta contextualização, sem
160
reduzir os conteúdos apenas à sua aplicação prática, deixando de lado o saber
acadêmico.
Um aspecto importante a ser considerado no trabalho com a disciplina de
Biologia é a retomada histórica e epistemológica das origens e evolução do
pensamento da Ciência, propiciando condições para que o educando perceba o
significado do estudo dessa disciplina, bem como a compreensão de sua
linguagem própria e da cultura científica e tecnológica oriundas desse processo.
É importante salientar o uso criativo das metodologias pelo educador, que
será indispensável em todos os momentos do seu trabalho, bem como o olhar
atento e crítico sobre a realidade trazida pelos educandos.
A busca de soluções para as problematizações constitui-se em referência
fundamental no ensino de Biologia. Quando elaborada individual ou coletivamente
deve ser registrada, sendo valorizados os saberes trazidos pelos educandos e a
evolução do processo de aprendizagem. É importante lembrar que a cultura
científica deve ser incentivada mesmo que de forma gradual, respeitando o tempo
de cada grupo ou indivíduo.
Uma estratégia comum em Biologia é a utilização de experimentos e
práticas realizadas em laboratório. É importante que seja definido com clareza o
sentido e o objetivo dessa alternativa metodológica, visto que muitas vezes,
situações muito ricas do cotidiano são deixadas de lado em detrimento do uso do
laboratório. Deve-se considerar a possibilidade de aproveitamento de materiais do
cotidiano, assim como espaços alternativos, situações ou eventos para se
desenvolver uma atividade científica. A utilização de experimentos e práticas
realizadas em laboratório devem ser vistas como uma atividade comum e
diversificada e que não abrem mão do rigor científico, devendo ser acompanhada
pelo professor. Segundo BIZZO (2002, p.75).
é importante que o professor perceba que a experimentação é um elemento
essencial nas aulas de ciências, mas que ela, por si só, não garante bom
aprendizado. (...) a realização de experimentos é uma tarefa importante,
mas não dispensa o acompanhamento constante do professor, que deve
pesquisar quais são as explicações apresentadas pelos alunos para os
resultados encontrados. É comum que seja necessário propor uma nova
situação que desafie a explicação encontrada pelos alunos.
161
Um outro aspecto a ser considerado no trabalho docente, é a utilização do
material de apoio didático como uma das alternativas metodológicas, de tal forma
que não seja o único recurso a ser utilizado pelo educador. A respeito do livro
didático, BIZZO (2002, p. 66) propõe que ele deve ser utilizado como um dos
materiais de apoio, como outros que se fazem necessários, cabendo ao
professor, selecionar o melhor material disponível diante de sua própria realidade,
onde as informações devem ser apresentadas de forma adequada à realidade
dos alunos.
Ao pensar na organização dos conteúdos, o educador deve priorizar
aqueles que possam ter significado real à vida dos educandos jovens e adultos.
Os conteúdos devem possibilitar aos mesmos a percepção de que existem
diversas visões sobre um determinado fenômeno e, a partir das relações entre os
diversos saberes, estimular a autonomia intelectual. Os conteúdos podem ser
organizados sem a rígida seqüência linear proposta nos livros didáticos. Para
tanto, deve ser avaliada a relevância e a necessidade dos mesmos, bem como a
coerência dos mesmos no processo educativo.
O processo avaliativo precisa ser reconhecido como meio de desenvolver
a reflexão, de como vem ocorrendo o processo de aquisição do conhecimento por
parte do educando. A verificação da aquisição do conhecimento deve ser ponto
de partida para a revisão e reconstrução do caminho metodológico percorrido pelo
educando e, principalmente, pelo educador.
O ensino de Biologia na EJA deve propiciar o questionamento reflexivo
tanto de educandos como de educadores, a fim de que reflitam sobre o processo
de ensino e aprendizagem. Desta forma, o educador terá condições de dialogar
sobre a sua prática a fim de retomar o conteúdo com enfoque metodológico
diferenciado e estratégias diversificadas, sendo essencial valorizar os acertos,
considerando o erro como ponto de partida para que o educando e o educador
compreendam e ajam sobre o processo de construção do conhecimento,
caracterizando-o como um exercício de aprendizagem.
Partindo da ideia de que a metodologia deve estar respeitando o conjunto
de saberes do educando, o processo avaliativo deve ser diagnóstico no sentido
de resgatar o conhecimento já adquirido pelo educando permitindo estabelecer
relações entre esses conhecimentos. Desta forma, o educador terá possibilidades
162
de perceber e valorizar as transformações ocorridas na forma de pensar e de agir
dos educandos, antes, durante e depois do processo.
REFERÊNCIAS
BARROS, Carlos. Física e química. Livro do professor, 1934.
BRANCO, C. E. P. C. Projeto Político Pedagógico. Tapira, 2011.
BRANCO, C. E. P. C. Regimento Escolar. Tapira, 2008.
BRASIL, Ministério da Educação. Proposta Curricular para a educação de
jovens e adultos: segundo segmento do ensino fundamental. Secretária de
Educação Fundamental, 2002.
CRUZ, Daniel. Os seres vivos. 20º edição. São Paulo: Editora Ática, 1997.
CRUZ, Daniel. O corpo humano. 20º edição. São Paulo: Editora Ática, 1997.
OBRA COLETIVA. Ciências. Projeto Araribá 5ª, 6ª, 7ª e 8ª séries. 1ª edição. São
Paulo: Editora Moderna, 2006.
PARANÁ, Secretaria de Estado de Educação. Diretrizes Curriculares da
Educação de jovens e adultos no Estado do Paraná – DCE. Versão preliminar.
Jan./2005.
SEED. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares Estaduais da
Educação Básica. Biologia. Curitiba, 2008.
VALLE, Cecília. Ser Humano e Saúde. 7ª série – 1ª edição. (Coleção Ciências)
Curitiba: Positivo, 2004.
VALLE, Cecília. Tecnologia e Sociedade. 8ª série – 1ª edição. Curitiba: Positivo,
2004. (Coleção Ciências).
VALLE, Cecília. Vida e ambiente. 5ª série – 1ª edição (Coleção Ciências).
Curitiba: Positivo, 2004.
VALLE, Cecília. Vida e ambiente. 6ª série – 1ª edição (Coleção Ciências).
Curitiba: Positivo, 2004.
CIÊNCIAS (0301)
CONTEÚDOS – ENSINO FUNDAMENTAL II E MÉDIO
163
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Astronomia;
Matéria;
Sistemas Biológicos;
Energia;
Biodiversidade;
CONTEÚDOS BÁSICOS
Universo;
Sistema Solar;
Movimentos Terrestres;
Movimentos Celestes;
Astros;
Gravitação Universal;
Constituição da Matéria;
Níveis de Organização;
Formas de Energia;
Conversão de Energia;
Transmissão de Energia;
Conservação de Energia;
Organização dos Seres Vivos;
Ecossistemas;
Evolução dos Seres Vivos;
Interações Ecológicas;
Propriedades da Matéria;
Célula;
Origem da vida;
Sistemática;
Morfologia e Fisiologia dos Seres Vivos;
Mecanismos de Herança Genética;
- Lei nº10.639/03 – História e a Cultura Afro-Brasileira e Africana;
- Lei nº 11.645/08 - História e a Cultura Afro-Brasileira e Indígena.
164
ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS
O estudo da disciplina de Ciências deve ser desenvolvido como uma das
formas de resgate de construção de melhores possibilidades de vida individuais e
coletiva, há que se optar por uma metodologia de ensino e de aprendizagem
adequada à realidade do educando da EJA, em consonância com as Diretrizes
Curriculares Estaduais propostas para esta modalidade de ensino. É preciso
propiciar aos educandos, a compreensão dos conceitos científicos de forma
significativa, ou seja, que o conhecimento possa estar sendo percebido em seu
contexto mais amplo, não somente nos afazeres diários, mas na forma de
perceber a realidade local e global, o que lhe permitirá posicionar-se e interferir na
sociedade de forma crítica e autônoma. Para tanto, o educador da EJA deve partir
dos saberes adquiridos previamente pelos educandos, respeitando seu tempo
próprio de construção da aprendizagem, considerando:
que o educador é mediador e estimulador do processo, respeitando, de
forma real, como ponto de partida, o conjunto de saberes trazidos pelos
educandos;
as experiências dos educandos no mundo do trabalho;
a necessária acomodação entre o tempo e o espaço do educando, ainda, o
tempo pedagógico e o tempo físico;
as relações entre o cotidiano dos educandos e o conhecimento científico.
Nesse aspecto, ressalta-se a importância de se trabalhar a disciplina de
Ciências de forma contextualizada, ou seja, com situações que permitam ao
educando jovem e adulto a inter-relação dos vínculos dos conteúdos com as
diferentes situações com que se deparam no seu dia a dia. Essa contextualização
pode acontecer a partir de uma problematização, ou seja, em lançar desafios que
necessitem de respostas para determinadas situações. “A essência do problema
é a necessidade (…), um obstáculo que é necessário transpor, uma dificuldade
que precisa ser superada, uma dúvida que não pode deixar de ser dissipada”
(SAVIANI, 1993, p.26). As dúvidas são muito comuns na disciplina de Ciências,
devendo ser aproveitadas para reflexão sobre o problema a ser analisado, e
assim, para o educador, o desafio consiste em realizar esta contextualização, sem
165
reduzir os conteúdos apenas a sua aplicação prática, deixando de lado o saber
acadêmico.
Um aspecto importante a ser considerado no trabalho com a disciplina de
Ciências é a retomada histórica e epistemológica das origens e evolução do
pensamento da Ciências, propiciando condições para que o educando perceba o
significado do estudo dessa disciplina, bem como a compreensão de sua
linguagem própria e da cultura científica e tecnológica oriundas desse processo.
É importante salientar o uso criativo das metodologias pelo educador, que
será indispensável em todos os momentos do seu trabalho, bem como o olhar
atento e crítico sobre a realidade trazida pelos educandos. A busca de soluções
para as problematizações constitui-se em referência fundamental no ensino de
Ciências. Quando elaborada individual ou coletivamente deve ser registrada,
sendo valorizados os saberes trazidos pelos educandos e a evolução do processo
de aprendizagem, lembrando que a cultura científica deve ser incentivada mesmo
que de forma gradual, respeitando o tempo de cada grupo ou indivíduo.
Uma estratégia comum em Ciências é a utilização de experimentos e
práticas realizadas em laboratório. É preciso que seja definido com clareza o
sentido e o objetivo dessa alternativa metodológica, visto que muitas vezes,
situações muito ricas do cotidiano são deixadas de lado em detrimento do uso do
laboratório. Deve-se considerar a possibilidade de aproveitamento de materiais do
cotidiano, assim como lugares alternativos, situações ou eventos para se
desenvolver uma atividade científica. A utilização de experimentos e práticas
realizadas em laboratório devem ser vistas como uma atividade comum e
diversificada e que não abrem mão do rigor científico, devendo ser acompanhada
pelo professor.
Um outro aspecto a ser considerado no trabalho docente, é a utilização do
material de apoio didático como uma das alternativas metodológicas, de tal forma
que não seja o único recurso a ser utilizado pelo educador.
Ao pensar na organização dos conteúdos, o educador deve priorizar
aqueles que possam ter significado real à vida dos educandos jovens e adultos.
Os conteúdos devem possibilitar aos mesmos a percepção de que existem
diversas visões sobre um determinado fenômeno e, a partir das relações entre os
diversos saberes, estimular a autonomia intelectual dos mesmos, através da
166
criticidade, do posicionamento perante as situações problemas e da busca por
mais conhecimentos. Os conteúdos podem ser organizados sem a rígida
sequência linear proposta nos livros didáticos. Para tanto, deve ser avaliada a
relevância e a necessidade desses conteúdos, assim como a coerência dos
mesmos no processo educativo.
O ensino de Ciências na EJA deve propiciar o questionamento reflexivo
tanto de educandos como de educadores, a fim de que reflitam sobre o processo
de ensino e aprendizagem. Desta forma, o educador terá condições de dialogar
sobre a sua prática a fim de retomar o conteúdo com enfoque metodológico
diferenciado e estratégias diversificadas, sendo essencial valorizar os acertos,
considerando o erro como pontoo de partida para que o educando e o educador
compreendam e ajam sobre o o processo de construção do conhecimento,
caracterizando-o como um exercício de aprendizagem.
REFERÊNCIAS
BRANCO, C. E. P. C. Projeto Político Pedagógico. Tapira, 2011.
BRANCO, C. E. P. C. Regimento Escolar. Tapira, 2008.
SEED. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares
Estaduais da Educação Básica. Ciências. Curitiba, 2008.
EDUCAÇÃO FÍSICA (0601)
1. CONTEÚDOS – ENSINO FUNDAMENTAL
1.1 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Esporte
Ginástica
Jogos e brincadeiras
Dança
Lutas
1.2 CONTEÚDOS BÁSICOS
- Esportes Coletivos, Individuais e Radiciais.
Jogos e Brincadeiras Populares
Brincadeiras e Cantigas de Roda
167
Jogos de Tabuleiro
Jogos Cooperativos
Jogos Dramáticos
Danças Folclóricas
Danças de Rua
Danças Criativas
Danças Circulares
Ginástica Rítmica
Ginástica Circense
Ginática Geral
Lutas de Aproximação, Capoeira
2. CONTEÚDOS – ENSINO MÉDIO
2.1. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
- Esporte
- Jogos e Brincadeiras
- Danças
- Ginástica
- Lutas
2.2 CONTEÚDOS BÁSICOS
- Esportes Coletivos, Individuais e Radicais
- Jogos de Tabuleiro
- Jogos Dramáticos
- Danças Folclóricas
- Danças de Salão
- Danças de Rua
- Ginástica Artística / Olímpica
- Ginástica de Condicionamento Físico
- Ginástica Geral
- Lutas de Aproximação
- Lutas que mantém a distância
- Lutas com Instrumento Mediador Capoeira
168
ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS
A Educação de Jovens e Adultos – EJA, atende um público diverso
(jovens, adultos, idosos, povos das florestas, ribeirinhos, indígenas, populações
do campo, entre outros) que não teve acesso ou não pode dar continuidade à
escolarização mesma por fatores, normalmente, alheios a sua vontade. Esses
educandos possuem uma gama de conhecimentos adquiridos em outras
instâncias sociais, visto que, a escola não é o único espaço de produção e
socialização de saberes. O atendimento a esses alunos não se refere,
exclusivamente, a uma determinada faixa etária mas a diversidade sócio-cultural
dos mesmos.
Se considerarmos que os educandos frequentadores dessa modalidade
de ensino encontram-se em grande parte, inseridos no mundo do trabalho, é
importante que o trabalho pedagógico nas aulas de Educação Física seja
compatível com as peculiaridades dessa parcela de educandos. Desse modo, a
aprendizagem do movimento deve ceder espaço às práticas que estejam
direcionadas para e sobre o movimento, focalizando preponderantemente
aspectos relacionados ao desenvolvimento de atitudes favoráveis à realização de
atividades físicas e ao aprofundamento do entendimento de conceitos
relacionados a essas atividades.
Numa primeira aproximação, tendemos a nos precipitar na constatação
da incompatibilidade quase paradoxal de se relacionar a Educação Física com
adolescentes, adultos e até idosos na escolarização de Jovens e Adultos. Se nos
apoiarmos, por exemplo, nas práticas tradicionais que enfatizam atividades como
as “bicicletas” do futebol ou os saques “viagem ao fundo do mar” do voleibol como
referências absolutas das possibilidades de movimento corporal humano e como
tipos de conteúdo e de aprendizagem presentes na Educação Física, de fato sua
adequabilidade será mínima.
Podemos assumir, portanto, que o propósito da intervenção do professor
que atua no campo da Educação Física no contexto da EJA é potencializar as
possibilidades de participação ativa de pessoas com demandas educacionais
específicas, em programas com foco na atividade física/movimento corporal
humano. Outrossim, há que se considerar que a sustentação para ações
169
pedagógicas direcionadas ao processo de escolarização dessas mesmas
pessoas encontra-se em fase de construção, carecendo ainda da produção de
conhecimento capaz de contribuir para a consolidação da participação da
Educação Física nessa modalidade de ensino.
Duas questões essenciais precisam nortear e servir de eixo orientador
para o trabalho pedagógico da disciplina de Educação Física com jovens e
adultos:
- Quem são os alunos da EJA?
- Como pode ser desenvolvida a Educação Física para esses alunos?
Compreendendo o perfil do educando da EJA, a Educação Física deverá
valorizar a diversidade cultural dos educandos e a riqueza das suas
manifestações corporais, a reflexão das problemáticas sociais e a corporalidade
“entendida como a expressão criativa e consciente do conjunto das manifestações
corporais historicamente produzidas” (PARANA, 2005), considerando os três
eixos norteadores do trabalho com a EJA que são a cultura, o trabalho e o tempo.
A Educação Física na Educação de Jovens e Adultos representa
importante possibilidade de contato dos educandos com a diversidade da cultura
corporal de movimento, sem perder de vista o papel da EJA, que segundo
KUENZER (apud PARANÁ, 2005, p. 28),
deve estar voltado para uma formação na qual os educandos-trabalhadores
possam aprender permanentemente; refletir criticamente; agir com
responsabilidade individual e coletiva; participar do trabalho e da vida
coletiva; comportar-se de forma solidária; acompanhar a dinamicidade das
mudanças sociais; enfrentar problemas novos construindo soluções
originais com agilidade e rapidez.
O planejamento das aulas para o perfil do educando da EJA necessita de
um levantamento junto aos mesmos, de como foram suas aulas e experiências
anteriores, para haver maior clareza de como o educador poderá planejar o
trabalho pedagógico. Outra perspectiva a ser considerada é o trabalho com a
cultura local, buscando a origem de suas práticas, transformações e diferenças
em cada região.
170
Desse modo, os conteúdos a serem abordados devem levar em conta as
características peculiares do perfil de educador dessa modalidade de ensino, seja
de caráter presencial ou semi-presencial. Os conteúdos que apresentamos –
constituintes da cultura corporal de movimento – devem ser selecionados em
função do projeto pedagógico elaborado pela escola, considerando os interesses
dos alunos observados nas interações iniciais com o educador.
Vários são os princípios que abrangem o ensino da Educação Física
(BETTI, 2002), destacando-se: o Princípio da Inclusão que tem como meta a
participação e reflexões concretas e efetivas de todos os membros do grupo,
buscando reverter o quadro histórico da área de seleção entre indivíduos aptos e
inaptos para as práticas corporais, resultando na valorização exacerbada no
desempenho e da eficiência, e conseqüentemente na exclusão do educando.
O Princípio da Diversidade aplica-se à construção da aprendizagem na
escolha de objetivos e de conteúdos, que ampliem as relações entre os
conhecimentos da cultura corporal de movimento e o perfil dos sujeitos da
aprendizagem. Com isso pretende-se legitimar as possibilidades de
aprendizagem que se estabelece nas dimensões afetivas, cognitivas, motoras e
sócio-culturais dos alunos.
Já no Princípio da Autonomia a relação com a cultura corporal de
movimento, não se dá naturalmente, mas é fruto da construção e do esforço
conjunto de professores e alunos através de situações concretas e significativas.
A busca da autonomia pauta-se na ampliação do olhar da escola sobre o nosso
objeto de ensino e aprendizagem. Essa autonomia significa a possibilidade de
construção pelo educando dos seus conceitos, atitudes e procedimentos, ao invés
de simples reprodução e memorização de conhecimentos.
Tais princípios precisam estar presentes ao se buscar uma aprendizagem
significativa, entendida como a aproximação entre o conhecimento do educando e
o construído ao longo do tempo, não perdendo de vista que os mesmos estão
inseridos numa cultura e expressam uma aprendizagem social regida por uma
organização política e social.
O professor deve mediar o trabalho pedagógico para que o educando
compreenda o seu “eu” e o relacionar-se com o outro, a partir do conhecimento
do seu corpo, como instrumento de expressão e satisfação de suas
171
necessidades, respeitando experiências anteriores e dando-lhe condições de
adquirir e criar novas formas de expressão.
REFERÊNCIAS
BETTI, M.; ZULIANI. L.R. Educação Física: uma proposta de diretrizes
pedagógicas . Revista Mackenzie de Educação Física e Esporte. Guarulhos I(I):
73-81.2002.
BRANCO, C. E. P. C. Projeto Político Pedagógico. Tapira, 2011.
BRANCO, C. E. P. C. Regimento Escolar. Tapira, 2008.
COLL, C. Psicologia e currículo: uma aproximação psicopedagógica à
elaboração do currículo escolar. 2.ed. São Paulo: Ática, 1997.
COLL, C.; POZO, J.I.; SARABIA, B.; VALLS, E. Os conteúdos na
reforma: ensino e aprendizagem de conceitos, procedimentos e atitudes. Porto
Alegre: Artes Médicas, 2000.
CORBIN, C.B. The field of Physical Education: common goals, not
common roles. JOPERD, Reston, p.79-87, 1993.
FREIRE, J.B.; SCAGLIA, A . J. Educação como prática corporal. São
Paulo: Scipione, 2003.
LOVISOLO, H. Educação Física: a arte da mediação. Rio de Janeiro:
Sprint, 1995.
NEIRA, M.G.; MATTOS. Educação Física na Adolescência:
construindo o conhecimento na escola. São Paulo: Phorte, 2004.
NETO, L.P.X. ; ASSUNÇÃO, J.R. Saiba mais sobre Educação Física.
Rio de Janeiro: Âmbito Cultural Edições, 2005.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Currículo Básico para a
Escola Pública do Estado do Paraná. Curitiba: SEED, 2005.
SEED. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares
Estaduais da Educação Básica. Educação Física. Curitiba, 2008.
SOARES, Carmem Lucia; TAFARREL, Celi; VARJAL, Elizabete;
CASTELANI FILLHO, Lino; ESCOBAR, Micheli; BRATCH, Valter. Metodologia
do ensino de Educação Física, São Paulo: Cortez, 1992.
172
VASCONCELLOS, Celso dos Santos. Disciplina: construção da
disciplina consciente e interativa em sala de aula e na escola. São Paulo:
Libertad, 1994.
FILOSOFIA (2201)
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
As Diretrizes Curriculares de Filosofia para a Educação Básica do Estado
do Paraná propõe seis conteúdos estruturantes, com possibilidades para a
organização do ensino de Filosofia, de acordo com o número de aulas disponíveis
no curso ou na matriz curricular.
Esses conteúdos são conhecimentos de maior amplitude e relevância
que, desmembrados em um plano de Ensino, deverão garantir conteúdos
significativos ao educando da EJA. Estes conteúdos são: Mito e Filosofia; Teoria
do Conhecimento; Ética; Filosofia Política; Estética; Filosofia da Ciência.
Mito e Filosofia
O homem pode ser identificado e caracterizado como um ser que pensa e
cria explicações. Na criação do pensamento está presente tanto o mito como a
racionalidade, ou seja, a base mitológica enquanto pensamento por figuras; e a
base racional, enquanto pensamento por conceitos são constituintes do processo
de formação do conhecimento filosófico. Esse fato não pode deixar de ser
considerado, pois é a partir dele que o homem desenvolve suas idéias, cria
sistemas, inventa e elabora leis, códigos, práticas. Entender a conquista da
autonomia da racionalidade (LOGOS) diante do mito, marca o advento de uma
etapa fundamental na história do pensamento e do desenvolvimento de todas as
concepções científicas produzidas ao longo da história humana. Autores
sugeridos: Jean-Pierre Vernant, Mircea Elíade, Moses Finley, Vidal Naquet.
Conteúdos Básicos
Saber mítico;
173
Saber Filosófico;
Relação Mito e Filosofia;
Atualidade do mito;
O que é Filosofia;
Teoria do Conhecimento
Este conteúdo teoriza e problematiza o sentido, os fundamentos, a
possibilidade e a validade do conhecimento. Evidencia os limites do conhecimento
possibilitando perceber fatores históricos e temporais que influíram na sua
elaboração e assim retomar problemáticas já pensadas na perspectiva de novas
soluções relativas a seu tempo. Entre os clássicos que trataram do problema do
conhecimento podemos citar: Aristóteles, Descartes, Hegel, Hume, Kant, Platão,
Russell.
Conteúdos Básicos
Possibilidade do conhecimento;
As formas de conhecimento;
O problema da verdade;
A questão do método;
Conhecimento e lógica.
Ética
Trata dos fundamentos da ação humana e dos valores que permeiam as
relações intersubjetivas. Por ser especulativa e também normativa, um dos
grandes problemas enfrentados pela ética é a tensão entre o sujeito (particular) e
a norma (universal). Outra grande questão está na fundamentação dos valores e
das ações: razão ou paixões/desejos. A ética possibilita a problematização,
análise e crítica dos valores, virtude, felicidade, liberdade, consciência,
responsabilidade, vontade, autonomia, heteronomia, anomia, niilismo, violência,
relação entre os meios e os fins. Alguns filósofos: Adorno, Aristóteles, Nietzsche,
Scheler, Schopenhauer, Sêneca.
174
Conteúdos Básicos
Ética e moral;
Pluralidade ética;
Ética e violência;
Razão, desejo e vontade;
Liberdade: autonomia do sujeito e da necessidade das normas.
Filosofia Política
Discute as relações de poder para compreender os mecanismos que
estruturam e legitimam os diversos sistemas políticos. Ocupa-se na investigação
sobre a necessidade humana da vida em comum, seja pela capacidade de
autogoverno ou pela necessidade da existência de um poder externo e coercitivo.
Problematiza conceitos como o de cidadania, democracia, soberania, justiça,
igualdade, liberdade, público e privado, retórica, indivíduo e cidadão. Alguns
pensadores clássicos: Aristóteles, Arendt, Gramsci, Hegel, Hobbes, J.S. Mill,
Kant, Locke, Maquiavel, Marcuse, Marx, Montesquieu, Platão, Rousseau, Voltaire.
Conteúdos Básicos:
Relações entre comunidade e poder;
Liberdade e igualdade política;
Política e ideologia;
Esfera pública e privada;
Cidadania formal e/ou participativa.
Estética
Compreender a sensibilidade, a representação criativa, a apreensão
intuitiva do mundo concreto e a forma como elas determinam as relações do
homem com o mundo e consigo mesmo é objeto de conhecimento desse
conteúdo. Voltada principalmente para a beleza e a arte, a estética está
intimamente ligada à realidade e às pretensões humanas de dominar, moldar,
representar, reproduzir, completar, alterar, apropriar-se do mundo enquanto
realidade humanizada. Também estão em questão as diferentes concepções
sobre a arte, as relações entre a arte e pensamento, arte e mercado, arte e
sociedade. Alguns filósofos: Baumgarten, Hegel Hume, Dufrenne, Bachelard,
175
Schiller, Eagleton, Kant, Benjamim, Adorno Rancière, Merleau-Ponty, Husserl,
Paul Valéry.
Conteúdos Básicos
Natureza da arte;
Filosofia e arte;
Categorias estéticas – feio, belo, sublime, trágico, cômico, grotesco,
gosto, etc;
Estética e sociedade.
Filosofia da Ciência
É o estudo crítico dos princípios, das hipóteses e dos resultados das
diversas ciências. Discute a provisoriedade do conhecimento científico e o
relaciona com planos epistemológicos, ideológicos, políticos, econômicos,
religiosos. Ciência e tecnologia são frutos da cultura do nosso tempo e envolvem
o universo do empirismo e do pragmatismo da pesquisa aplicada, daí a
necessidade de entendê-las. Filósofos sugeridos: Bachelard, Feyerabend,
Foucault, Granger, Habermas, Kuhn, Popper, Ricouer.
Conteúdos Básicos:
Concepções de ciências;
A questão do método científico;
Contribuições e limites da ciência;
Ciência e ideologia;
Ciência e ética.
Culturas afro-brasileiras e africanas
Culturas indígenas
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
Na EJA, o trabalho pedagógico com os conteúdos específicos da Filosofia
constitui-se em quatro momentos: a mobilização para o conhecimento; a
problematização; a investigação; e a criação de conceitos.
176
A proposta metodológica das praticas pedagógicas da EJA deve
considerar os três eixos articuladores propostos para as Diretrizes Curriculares:
cultura, trabalho e tempo, os quais deverão estar inter-relacionados.
A cultura como eixo principal norteará a ação pedagógica, haja vista que
dela emanam as manifestações humanas, entre elas o trabalho e o tempo. Faz-se
necessário manter o foco na diversidade cultural estabelecendo relações a partir
do conhecimento que esta detém, para a construção de seus saberes.
O trabalho, outro eixo articulador, ocupa a base das relações humanas
desenvolvidas ao longo da vida sendo fruto da atividade humana intencional que
busca adaptar-se às necessidades de sobrevivência.
Um terceiro mediador consiste em valorizar os diferentes tempos
necessários à aprendizagem do educando da EJA. Assim, devem ser
considerados os saberes adquiridos na informalidade das suas vivências e do
mundo do trabalho, face à diversidade de suas características, considerar o
tempo também como um dos eixos implica compreender suas variantes: o tempo
escolar e o tempo pedagógico.
Tempo escolar diz respeito ao estabelecido pelo calendário e suas
exigências burocráticas; é mecânico, passível de ser medido e nele impera a
hora-relógio.
O tempo pedagógico tem sentido de tempo vivido, uma vez que enfoca o
processo de formação e o autoconhecimento do educando.
A organização do trabalho pedagógico na escola, que inclui os diferentes
sujeitos da prática educativa, necessita ser pensada em razão da articulação
satisfatória entre o tempo pedagógico e o tempo escolar.
Em sala de aula, o início do conteúdo pode ser facilitado pela exibição de
um filme ou de uma imagem; da leitura de um texto jornalístico ou literário; da
audição de uma música; ou tantas outras possibilidades (atividades geralmente
conduzidas, pelo educador, com o objetivo de investigar e mobilizar possíveis
relações entre o cotidiano do educando e o conteúdo filosófico a ser
desenvolvido) damos o nome a essa etapa de sensibilização.
Após a mobilização, inicia-se o trabalho propriamente filosófico – a
problematização, a investigação e a criação de conceitos. Não significa dizer que
177
a sensibilização não possa ocorrer diretamente a partir do conteúdo
problematizado.
A problematização seria o segundo momento, quando o educador e
educando levantam questões, identificam problemas e problematizam o conteúdo.
Ë importante ressaltar que o recurso utilizado para a mobilização seja o
filme, a música, ou o texto, filosófico ou não, podem ser retomados a qualquer
momento no trabalho em sala. Problematizando, o educador convida o educando
da EJA a investigar o problema em questão, isto se dá por meio do diálogo
investigativo. O diálogo investigativo a partir do texto e com o texto é o primeiro
passo para possibilitar a experiência filosófica em sala de aula. Recorrendo à
história da Filosofia e aos clássicos, o educando defronta-se com as diferentes
maneiras de enfrentar o problema e com as possíveis soluções que já foram
elaboradas, que não obstante, podem não resolver o problema, mas orientar a
discussão.
A aula de Filosofia na EJA deve estar na perspectiva de quem dialoga
com a vida, por isso, é importante que a busca de resolução do problema se
preocupe também com uma análise atual, fazendo uma abordagem
contemporânea que remeta o educando a sua própria realidade. Desta forma,
partindo de problemas atuais, estudados a partir da história da filosofia, do estudo
dos textos clássicos, da abordagem realizada por outras ciências, e de sua
abordagem contemporânea, o educando da EJA pode formular seus conceitos e
construir seu discurso filosófico. Portanto, o texto filosófico que ajudou os filósofos
do passado a entender e analisar filosoficamente o problema em questão deve
ser trazido para o presente. O contemporâneo, no sentido de fazer entender o que
ocorre hoje e como o educando pode, a partir da história da filosofia, entender os
problemas da nossa sociedade.
Após esse exercício, o educando terá condições de perceber o que está
implícito nas ideias e de com elas se tornam conhecimentos e por vezes
ideologias, criando assim a possibilidade de argumentar filosoficamente, por meio
de raciocínios lógicos um pensar coerente e crítico.
É imprescindível que a aula de Filosofia seja permeada por atividades
individuais e coletivas, que organizem e orientem o debate filosófico, dando um
caráter dinâmico e investigativo ao ato de filosofar.
178
Tendo em vista os objetivos proposto na Diretriz Curricular de filosofia as
aulas serão ministradas no sentido de levar o aluno a questionar sua realidade,
analisar, compor, decidir, planeja e expor idéias, bem como ouvir, respeitar as de
outrem configurando um sujeito critico e criativo.
Desta forma acreditamos estar caminhando em direção ao
desenvolvimento de valores importantes para formação do estudante
desenvolvendo conceitos de solidariedade, responsabilidade e compromisso
pessoal.
REFERÊNCIAS
ASPIS, R. O professor de Filosofia: o ensino da Filosofia no Ensino
Médio como experiência filosófica. CEDES. Campinas. n. 64, 2004.
BACHELARD, G. O ar e os sonhos. Ensaios sobre a imaginação do
movimento. São Paulo: Martins Fontes, 1990.
BRANCO, C.E.P.C. Projeto Político Pedagógico. Tapira, 2011.
BRANCO, C.E.P.C. Regimento Escolar. Tapira, 2008.
BORNHEIM, G. O sujeito e a norma. In NOVAES, Adauto. Ética. São
Paulo: Companhia das Letras, 1997.
CHAUI, M. O retorno do teológico-político. In: Sérgio Cardoso (org.).
Retorno ao republicanismo. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2004.
DELEUZE, G.; GUATTARI, F. O que é a filosofia? Rio de Janeiro: Ed.34,
1992. 288p. (coleção Trans).
GALLINA, S. O ensino da Filosofia e a criação de conceitos. CEDES.
Campinas, n. 2004.
GALLO, S.; KOHAN, W. O. (orgs). Filosofia no ensino médio.
Petrópolis: Vozes, 2000.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Proposta curricular para
o ensino de filosofia no 2º grau. Curitiba, 1994.
REALE, G.; ANTISERI, D. História da filosofia: patrística e escolástica.
São Paulo: Paulus, 2003.
179
RIBEIRO, R. J. Último vôo da andorinha solitária. Estado de São Paulo,
06 mar.. 2005.
SEED. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares
Estaduais da Educação Básica. Filosofia. Curitiba, 2008.
FÍSICA (0901)
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Movimento
Momentum e inércia
Conservação de quantidade de movimento (momentum)
Variação da quantidade de movimento = Impulso
2ª Lei de Newton
3ª Lei de Newton e condições de equilíbrio
Energia e o Princípio da Conservação da energia
Gravitação
Termodinâmica
Leis da Termodinâmica
Lei zero da Termodinâmica
1ª Lei da Termodinâmica
2ª Lei da Termodinâmica
Eletromagnetismo
Carga, corrente elétrica, campo e ondas eletromagnéticas
Força eletromagnética
Equação de Maxwell: Lei de Gauss para eletrostática/Lei de
Coulomb, Lei de Ampère, Lei de Gauss magnética, Lei de Faraday)
A natureza da luz e suas propriedades
Observação:
180
Desafios educacionais contemporâneos: serão trabalhados e atrelados
aos conteúdos durante todo o ano letivo.
- Enfrentamento à violência na escola;
- Relação étnico-raciais;
- Educação ambiental;
- Prevenção do uso indevido de drogas;
- Lei nº10.639/03 – História e a Cultura Afro-Brasileira e Africana;
- Lei nº 11.645/08 - História e a Cultura Afro-Brasileira e Indígena.
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
A prática metodológica na EJA deve pautar os três eixos articuladores
propostos para as Diretrizes Curriculares, que são a cultura, trabalho e o tempo,
de forma que, ao trabalhar a cultura, se mantém o foco na diversidade cultural
valorizando e compartilhando as experiências vividas, para que contribuam na
construção de saberes. Que o estudo da Física possa desenvolver outro eixo
articulador, que é o trabalho, como forma de levar o educando da EJA a entender
as discussões relevantes ao longo do tempo histórico relacionadas ao trabalho e
às suas relações com as diferentes formas de sobrevivência, com as
necessidades surgidas em cada época e, paralelamente, a produção de saberes.
Primar pela articulação entre o tempo pedagógico e o tempo escolar de forma que
seja contemplado um maior aproveitamento, com grande quantidade de
informações que levem ao autoconhecimento do educando tornando o tempo
pedagógico muito rico neste processo de ensino aprendizagem.
Para enriquecimento de ensino a Física deverá ser trabalhada em
conjunto, ou seja, fazer acontecimento entre professor/aluno e aluno/aluno a troca
de experiência como aula expositiva, dinâmicas de grupos, trabalhado, vídeos
que mostrem a evolução tando científica como tecnologia do mundo que rodeia,
práticas laboratoriais e pesquisas diversas e não deixando de lado a leitura
científica, o uso de DVDs, internet, Datashow, retroprojetor e demais recursos
tecnológicos para que o estudante mergulhe cada dia mais neste vasto universo
de conhecimento.
181
REFERÊNCIAS
BONJORNO – Física de 2º grau – BONJORNO, Regiane de Azevedo.
BONJORNO, José Roberto, BONJORNO, Valter RAMOS Clinton Marcio –
São Paulo, FTD.
BRANCO, C. E. P. C. Projeto Político Pedagógico. Tapira, 2011.
BRANCO, C. E. P. C. Regimento Escolar. Tapira, 2008.
CARRIN, Wilson. GUIMARÃES. Osvaldo. Física. Volume único Ed.
Moderna.
DCEs – Diretrizes Curriculares de Física para o Ensino Médio, 2006.
EDUSP – Editora da Universidade de São Paulo, 2001.
GONÇALVES FILHO, A; TOSCANO, C. Física para o Ensino Médio.
São Paulo: Scipione. 2002.
GREF – Grupo de Reelaboração do Ensino de Física. 2 ed. 3 vol. São
Paulo.
Livro Didático – Secretaria de Estado de Educação, 2006.
MAXIMO. A: ALVARENGA. B. Física: Volume único. São Paulo: Scipione.
1987.
SEED. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares
Estaduais da Educação Básica. Física. Curitiba, 2008.
Biblioteca do Professor
www.diaadiaeducacao.pr.gov.br
www.sbfisica.org.br/rbef
www.ufsem.br/cienciaeambiente
www.scielo.br
www.saladefisica.com.br
www.fsc.ufsc.br.ccef/
www.ifi.unicamp.br/ghtc/
GEOGRAFIA (0401)
182
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
-Dimensão Econômica do Espaço geográfico;
-Dimensão política do espaço geográfico;
-Dimensão cultural demográfica do espaço geográfico;
-Dimensão Socioambiental do Espaço geográfico.
CONTEÚDOS BÁSICOS
A formação e transformação das paisagens.
A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de
exploração e produção.
A distribuição espacial das atividades produtivas e a (re)organização do
espaço geográfico.
A formação, localização, exploração e utilização dos recursos naturais.
A revolução técnico-científica-informacional e os novos arranjos no
espaço da produção.
O espaço rural e a modernização da agricultura.
O espaço em rede: produção, transporte e comunicação na atual
configuração territorial.
A circulação de mão-de-obra, do capital, das mercadorias e das
informações.
Formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios.
As relações entre o campo e a cidade na sociedade capitalista.
A formação, o crescimento das cidades, a dinâmica dos espaços urbanos
e a urbanização recente
A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores
estatísticos da população.
Os movimentos migratórios e suas motivações.
As manifestações socioespaciais da diversidade cultural.
O comércio e as implicações socioespaciais.
As diversas regionalizações do espaço geográfico.
As implicações socioespaciais do processo de mundialização.
A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do Estado.
183
ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS
A proposta metodológica das praticas pedagógicas da EJA deve
considerar os três eixos articuladores propostos para as Diretrizes Curriculares:
cultura, trabalho e tempo, os quais deverão estar inter-relacionados.
A cultura como eixo principal norteará a ação pedagógica, haja vista que
dela emanam as manifestações humanas, entre elas o trabalho e o tempo. Faz-se
necessário manter o foco na diversidade cultural estabelecendo relações a partir
do conhecimento que esta detém, para a construção de seus saberes.
O trabalho, outro eixo articulador, ocupa a base das relações humanas
desenvolvidas ao longo da vida sendo fruto da atividade humana intencional que
busca adaptar-se às necessidades de sobrevivência.
Um terceiro mediador consiste em valorizar os diferentes tempos
necessários à aprendizagem do educando da EJA. Assim, devem ser
considerados os saberes adquiridos na informalidade das suas vivências e do
mundo do trabalho, face à diversidade de suas características, considerar o
tempo também como um dos eixos implica compreender suas variantes: o tempo
escolar e o tempo pedagógico.
Tempo escolar diz respeito ao estabelecido pelo calendário e suas
exigências burocráticas; é mecânico, passível de ser medido e nele impera a
hora-relógio.
O tempo pedagógico tem sentido de tempo vivido, uma vez que enfoca o
processo de formação e o autoconhecimento do educando.
Propõe-se que os conteúdos da Geografia sejam trabalhados de forma
critica e dinâmica, de maneira que a teoria, a prática e a realidade estejam
interligadas, em coerência com os fundamentos teóricos propostos.
A metodologia empregada deve propiciar que os alunos se apropriem dos
conceitos fundamentais da Geografia e compreendam o processo de construção
e transformação do espaço geográfico.
Os conteúdos estruturantes são norteadores do trabalho com os
conteúdos específicos. Ambos – estruturantes e específicos – serão tratados
pedagogicamente a partir das categorias de análise – relações espaço -
temporais, relações sociedade – natureza e relações de poder.
184
Planejar situações considerando a própria leitura da paisagem, a
observação e a descrição, a explicação e a interação, a territorialidade e a
extensão, a análise e o trabalho com a pesquisa, a representação cartográfica e o
próprio espaço geográfico e recursos materiais como:
- leitura de textos em livros, jornais, revistas, documentos, etc;
- aulas expositivas com o auxilio do livro didático e outros materiais;
- leitura da paisagem documentária (imagens aéreas, fotos, televisão,
vídeos, documentários, filmes, internet,....);
- leitura e análise cartográfica (mapas, geoatlas, globo, figuras, tabelas e
gráficos);
- pesquisa individual e em grupo;
- produção de textos;
- imagens na TV multimídia;
- exibição de vídeos
Os estudos referentes ao Estado do Paraná, à História e a Cultura afro-
brasileira, Agenda 21 Escolar, Educação Ambiental, serão atrelados aos demais
conteúdos da disciplina.
REFERÊNCIAS
BRANCO, C. E. P. C. Projeto Político Pedagógico. Tapira, 2011.
BRANCO, C. E. P. C. Regimento Escolar. Tapira, 2008.
SEED. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares
Estaduais da Educação Básica. Geografia. Curitiba, 2008.
Secretaria de Estado da Educação: Livro didático público – Ensino Médio-
2006.
Ministério da Educação - Cadernos de EJA
Livro Geografia geral e do Brasil – Volume Único – E.M
HISTÓRIA (0501)
CONTEÚDOS – ENSINO FUNDAMENTAL FASE II E ENSINO MÉDIO
185
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Para o ensino de Historia os conteúdos estruturantes são imprescindíveis,
pois são entendidos como fundamentais na organização curricular. Esses
Conteúdos Estruturantes são carregados de significados, os quais delimitam e
selecionam os conteúdos básicos,que por sua vez se desdobram em conteúdos
específicos.
Consideram-se Conteúdos Estruturantes da disciplina de Historia:
Relações de Trabalho
Relações de Poder
Relações Culturais
CONTEÚDOS BÁSICOS - ENSINO FUNDAMENTAL EJA FASE II
A experiência humana no tempo;
Os sujeitos e sua relação com o outro no tempo;
A cultura local e a cultura comum.
As relações de propriedade;
A constituição histórica do mundo do campo e o mundo da cidade;
As relações entre o campo e a cidade;
Conflitos, resistência e produção cultural campo/cidade;
História das relações da humanidade com o trabalho;
O trabalho e a vida em sociedade;
O trabalho e as contradições da modernidade;
Os trabalhadores e as conquistas de direito.
A constituição das instituições sociais;
A formação do Estado;
Sujeitos, guerras e revoluções.
Observação:
Os Desafios Educacionais Contemporâneos serão trabalhados
concomitantemente aos conteúdos durantes todo o ano letivo:
- Enfrentamento à violência na escola;
- Educação ambiental;
186
- Prevenção do uso indevido de drogas;
- Educação fiscal;
-Diversidade
- Lei nº 11.645/08 - História e a Cultura Afro-Brasileira e Indígena.
- Lei nº 13.381/01 – História do Paraná
CONTEÚDOS BÁSICOS – ENSINO MÉDIO
Tema 1 - Trabalho escravo, servil, assalariado e o trabalho livre
Tema 2 - Urbanização e industrialização
Tema 3 - O Estado e as relações de poder
Tema 4 - Os sujeitos, as revoltas e as guerras
Tema 5 - Movimentos sociais, políticos e culturais e as guerras e
revoluções
Tema 6 - Cultura e religiosidade
ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS
De acordo com as contribuições da historiografia, nas últimas décadas a
aprendizagem histórica se efetiva quando o conhecimento passa a ser
experiência para o educando no sentido de que ele se aproprie do que aprendeu
para ler e explicar o seu mundo.
No mundo contemporâneo um constante pensar sobre a cultura escolar é
fundamental para acompanhar as mudanças que ocorrem quotidianamente e que
implicam diretamente na vida de educando e educadores. Nesse sentido, a partir
de discussões teórico - metodológicas significativas e que colocam o educando na
centralidade do processo ensino-aprendizagem, pretende-se contribuir para uma
prática de qualidade e de reflexão nas ações pedagógicas.
Para isso, propõem-se a abordagem dos conteúdos a partir de temáticas,
no ensino de História, para os educando da Educação de Jovens e Adultos
rompendo, dessa forma, com a narrativa linear e factual num diálogo permanente
com a realidade imediata sobre a qual se constituem os diversos saberes.
Pretende-se com isso prioriza uma prática pautada na associação ensino-
pesquisa e no uso de diferentes fontes e linguagens.
187
Nessa perspectiva, exige-se uma abordagem problematizadora dos
conteúdos de História, em que educadores e educando possam dialogar e nesse
diálogo, propiciar condições de pensar, argumentar e fundamentar suas opiniões
através dos conteúdos socialmente significativos relacionados ao contexto político
e social, reconhecendo a pluralidade étnica e cultural onde esses sujeitos estão
inseridos.
Esta problematização deve propiciar uma análise critica da realidade
social, distinguindo-se da “educação bancária” em que o educador apresenta os
conteúdos aos educando, impondo-lhes um saber desprovido de
reflexão.(FREIRE, 1987).
É impossível, ensinar tudo a todos, desta forma se faz necessário a
seleção e a escolha de conteúdos essenciais que possibilitem o êxito no processo
ensino-aprendizagem e permitam satisfazer as necessidades dos educando,
respeitando suas especificidades, objetivando sua formação humanista e a busca
de sua autonomia intelectual e moral.
Considerando a concepção do ensino de Historia pautada pela linha da
cultura optou-se por três eixos articuladores : Cultura, Trabalho e Tempo, que
também orientam o documento das Diretrizes Curriculares para EJA no Estado do
Paraná. Esses eixos estabelecem relações entre si e articulam-se às temáticas
que por sua vez articulam-se aos conteúdos, sendo que o eixo Tempo, presente
nessa concepção, refere-se ao tempo histórico.
Os conteúdos selecionados, foram organizados em quatro temas plurais
no Ensino Fundamental: Identidade e Cultura; Estado e Relações de Poder; Terra
e Propriedade; Cidadania e Trabalho e três temas para o Ensino Médio:
Diversidade Cultural; Relações de Poder e Movimentos Sociais; Mundo do
Trabalho e Cidadania. É importante que na abordagem desses conteúdos, o
educador crie situações de aprendizagem, que respeitem o perfil dos educandos
da EJA e possibilitem o dialogo entre os conceitos construídos cientificamente e a
cultura do educando, considerando sua historia de vida, o ambiente cultural e a
identidade do grupo.
A abordagem pode ser realizada partindo do não conhecido ao conhecido
ou do conhecido ao conhecido de outra forma. Os conteúdos não devem ser
trabalhados de forma isolada ou compartimentada, o estudo deve sedar de forma
188
abrangente no tempo e no espaço, como por exemplo, no que refere as questões
sociais, as contradições,a Histórica local, conteúdos estes que estabeleçam
relação entre o local e o global e possibilitem aos educandos compreender as
semelhanças e diferenças, as permanências e as rupturas do contexto histórico.
Transformar os conteúdos em “situações problemas” é imprescindível
para demonstrar a relevância do que se vai estudar. O questionamento deve levar
a reflexão critica e permanente, possibilitando a construção de saberes
socialmente significativos para que o educando interfira no sentido de transformar
a sociedade, em que vive. Dessa forma o ensino de Historia será sempre
possibilidade e nunca determinação.
É essencial no processo ensino-aprendizagem que a teoria esteja em
sintonia com a pratica, respeitando os níveis de compreensão dos educandos
sobre a própria realidade.
Em suma, esse processo deve contribuir para formar um educando leitor
e escritor, que se aproprie dos conhecimentos históricos, a partir da leitura,
analise e interpretação de diversas linguagens, bem como da produção de textos
orais e escritos, que valorizem o fazer e o refletir. Também é importante que o
educando da EJA possa ampliar sua leitura de mundo percebendo-se como
sujeito da Historia na busca da autonomia e da cidadania.
Quando se pretende que o ensino de Historia contribua para a construção
da consciência histórica é importante que o professor retorne constantemente
com seus alunos ao processo de construção do conhecimento histórico. Para isso
faz-se necessário a utilização de leituras e pesquisas que possam solucionar
indagações de problemas estabelecidos sobre determinados temas. A partir
dessa proposta, as narrações históricas podem contemplar as diferentes versões
de um mesmo fato histórico.
Os conteúdos serão trabalhados através de:
-Leitura e compreensão do texto do capitulo;
-Aula expositiva pelo professor;
-Leitura e interpretação de textos históricos;
-Interpretação de figuras e mapas;
-Interpretação de textos complementares;
-Trabalhos individuais e coletivos;
189
-Pesquisas bibliográficas;
-Produção de textos;
-Desenhos;
-Resolução de atividades diversas;
-Apresentação de vídeos;
-Uso da TV Pendrive
REFRÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALVES, Kátia Corrêa Peixoto & BELISÁRIO, Regina Célia de Moura
Gomide. Diálogos com a Historia. Curitiba: Nova Didática, 2004.
ALVES,Kátia Corrêa Peixoto. Diálogos com a História. Positivo: Curitiba,
2004.
BITTENCOURT, Circe (org). O saber histórico na sala de aula. São
Paulo: Contexto, 1998.
BLOCH, Marc. Introdução à História. Lisboa, Portugal: Europa-América,
1997.
BRANCO, C. E. P. C. Projeto Político Pedagógico. Tapira, 2011.
BRANCO, C. E. P. C. Regimento Escolar. Tapira, 2008.
BRASIL. Ministério da Educação. Diretrizes.Curriculares Nacionais
para a Educação das relações étnico-raciais e para o ensino de História e
Cultura afro-brasileira e africana. Brasília.
CABRINI, Conceição Et. al. O ensino de História: revisão urgente. São
Paulo: Brasiliense, 1986.
CAMARGO, João Borba de. História do Paraná (1500-1889). Maringá,
Paraná: Editora Bertoni, 2004.
COTRIM, Gilberto. Saber e Fazer História. São Paulo: Editora Saraiva,
2001.
COTRIM,Gilberto. Saber e Fazer Historia. São Paulo: Editora Saraiva,
2001.
190
DAVIES, Nicholas(Org.). Para além dos conteúdos no ensino de
História. Niterói: Eduff.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia: Saberes necessários á
prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1987.
GOVERNO FEDERAL. Cadernos do EJA- Ministério da Educação.
JARDÉ, Auguste. A Grécia Antiga e a vida grega. São Paulo:
EPU/Edusp, 1977.
KARNAL, Leandro(Org.). História na sala de aula São Paulo: Contexto,
2003.
LAZIER, Hermógenes. Paraná: Terra de todas as gentes e de muita
historia. Francisco Beltrão, 2003.
Livro Didático: Projeto Araribá Historia. São Paulo: Editora Moderna,
2006.
MEC, Secretaria de Educação Continuada. Alfabetização e Diversidade.
2004.
MELANI, Maria Raquel Apolinário. Projeto Araribá, História. São Paulo:
Editora Moderna, 2006.
MONTELLATO, Cabrini Catelli. História Temática. São Paulo: Scipione,
,2001.
PETTA, Nicolina Luiza & OJEDA, Eduardo Aparício Baez. História: uma
abordagem integrada. Volume único. São Paulo: Editora Moderna, 1ª Edição,
1999.
PILETTI, Nelson & PILETTI, Claudino. História e Vida. Editora Ática,
1997.
PILLETTI, Nelson & PILLETTI, Claudino. História e Vida Integrada. São
Paulo: Editora Ática, 2007.
SCHMIDT, Mário Furley. Nova Historia Critica. São Paulo: Editora Nova
Geração, 2002.
SCHMIDT, Mário. Nova História Critica. São Paulo: Editora Nova
Geração, 2001.
SEED. Cadernos temáticos: inserção do conteúdos de historia e
cultura afro-brasileira e africana nos currículos escolares/Paraná. Secretaria
191
de Estado da Educação. Superintendência de Educação. Departamento de
Ensino Fundamental – Curitiba: 2005.
SEED. Livro Didático Público de Historia. Secretaria de Estado da
Educação, 2005.
SEED. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares
Estaduais da Educação Básica. História. Curitiba, 2008.
SILVA, Marcos A. da(Org.). Repensando a História. Rio de Janeiro:
Marco Zero, 1984.
SILVA, Thelma Nobre Machado Bittencourt & RABELO, Heloisa de Jesus.
O ensino da História. Niterói, JR: Edyff, 1992
VICENTINO, Cláudio. Viver a Historia: Ensino Fundamental. São
Paulo: Editora Scipione, 2002.
VICENTINO. Viver a História. São Paulo: Editora Scipione.
QUÍMICA (0801)
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS
MATÉRIA E SUA NATURAZA BIOGEOQUÍMICA QUÍMICA SINTÉTICA
MATÉRIA SOLUÇAO VELOCIDADE DAS REAÇÕES EQUÍLIBRIO QUÍMICO LIGAÇÃO QUÍMICA REAÇÕES QUÍMICAS RADIOATIVIDADE GASES FUNÇÕES QUÍMICAS
METODOLOGIA
A prática metodológica na EJA deve pautar os três eixos articuladores
propostos para as Diretrizes Curriculares, que são a cultura, trabalho e o tempo,
de forma que, ao trabalhar a cultura, se mantém o foco na diversidade cultural
192
valorizando e compartilhando as experiências vividas, para que contribuam na
construção de saberes. Que o estudo da Química possa desenvolver outro eixo
articulador, que é o trabalho, como forma de levar o educando da EJA a entender
as discussões relevantes ao longo do tempo histórico relacionadas ao trabalho e
às suas relações com as diferentes formas de sobrevivência, com as
necessidades surgidas em cada época e, paralelamente, a produção de saberes.
Primar pela articulação entre o tempo pedagógico e o tempo escolar de forma que
seja contemplado um maior aproveitamento, com grande quantidade de
informações que levem ao autoconhecimento do educando tornando o tempo
pedagógico muito rico neste processo de ensino aprendizagem.
No ensino de química as abordagens estarão voltadas para a construção /
reconstrução de significados de conceitos científicos, ampliando a compreensão
do conhecimento científico e tecnológico para que além do domínio estrito dos
conhecimentos de química, o aluno terá contato com o objeto de estudo da
matéria e suas transformações, numa relação de diálogo onde a aprendizagem
dos conceitos Químicos se realize no sentido da organização do conhecimento
científico. A química será tratada com o aluno de modo a possibilitar o
entendimento do mundo e a sua interação com ele, o tratamento será
desenvolvido, destacando a crença que o conhecimento não é transmitido, mas
construído pelos alunos levando em conta aquilo que o aluno sabe.
A disciplina estará fundamentada em trocas constantes de experiências,
em um processo dinâmico, buscando destacar o potencial de cada um: o ensino e
a aprendizagem na disciplina de química será baseada nas interações aluno –
aluno, aluno – professor, aluno – professor – objeto do conhecimento. E para que
essas interações ocorram com sucesso, serão utilizados os seguintes recursos:
leitura de textos, onde o importante será a escrita e discussão de ideias;
experimentação formal, com discussão pré e pós, laboratório e visando a
construção e ampliação de conceitos; demonstrações experimentais, como
recurso para coleta de dados e posterior discussão; participação em atividades
como: eventos, feira cultural e palestras; estudo do meio, através do qual se pode
ter idéia interdisciplinar dos campos do conhecimento (visitas a sistemas
produtivos industriais e rurais); aulas dialógicas, na qual será instigado o diálogo
sobre o objeto de estudo; áudio – visual, tv multimídia da mesma forma que o
193
trabalho experimental, envolveu períodos de discussão pré e pós atividades áudio
– visual e deve facilitar a construção e a ampliação dos conceitos; informática,
como fonte de dados e informações; uso da biblioteca, como fonte de dados e
informações; acesso á internet; cultura afro e desafios educacionais
contemporâneas serão realizados de acordo com o conteúdo básico.
As temáticas:
- Educação ambiental;
- Prevenção ao uso indevido de drogas;
- Educação do campo;
- Relações étnicas raciais e afro descendência sexual, serão trabalhadas
respeitando os conteúdos básicos.
REFERÊNCIAS
BAIRD.C.Química ambiental. 2ª. ED. Porto Alegre,2002.
BRANCO, C. E. P. C. Projeto Político Pedagógico. Tapira, 2011.
BRANCO, C. E. P. C. Regimento Escolar. Tapira, 2008.
CHASSOT, A. Educação consciência. Santa Cruz do Sul:
EDUNISC,2003.
FELTRE, Ricardo. Química. 6ª. Ed. – SãoPaulo ; Editora moderna,2004.
GOLDFERB,A.M. Da alquímica à química. São Paulo: Landy, 2001.
LEVORATO, A. R. et. Al. Química: Ensino Médio. 1ª Ed. Curitiba: SEED
– PR. Cargraphics, 2006.
NOVAIS, V. Química. São Paulo: Editora : Atual, v. 1, 1999.
PINTO, A. Ciência e existência. São Paul : Paz e Terra, 1969.
RABELO, E. H. Avaliação: Novos tempos, novas práticas. Petrópolis:
Vozes, 1998.
SARDELLA, A,, MATEUS, E. Dicionário escolar de Química. 3ª . Ed.
São Paulo: Àtica. 1992.
SARDELLA, A.,FALCONE, M. Química: Série do Brasil. São Paulo;
Àtica, 2004.
SEED. Secretária de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares das
Rede Pública da Educação Básica do Paraná. Química. Curitiba, 2007.
194
SEED, Secretaria do Estado da Educação. Departamento de Ensino
Médio. LDP: Livro Didático Público de Arte. Curitiba: SEED – PR, 2007.
VIDAL,B. História da Química. Lisboa: Edições 70, 1986.
LÍNGUA PORTUGUESA
CONTEÚDOS – ENSINO FUNDAMENTAL
CONTEÚDO ESTRUTURANTE
O discurso enquanto prática social - efetivado por meio das práticas
discursivas, de:
LEITURA – ORALIDADE – ESCRITA
Conteúdos Básicos a serem desenvolvidos no decorrer das séries,
trabalhados em grau de profundidade de acordo com o conhecimento do aluno:
GÊNEROS DISCURSIVOS PARA TODAS AS SÉRIES/ANOS
5ª SÉRIE / 6º ANO
Leitura
*Tema do texto;
*Argumentos do texto;
*Interlocutor;
*Finalidade;
*Aceitabilidade do texto;
*Informatividade;
*Discuso direto e indireto;
*Elementos composicionais dos gêneros;
195
*Léxico;
*Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais
no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas travessão, negrito), figuras de
linguagem.
Escrita
*Contexto de produção;
*Interlocutor;
*Finalidade do texto;
*Informatividade;
*Argumentatividade;
*Discurso direto e indireto;
*Elementos composicionais do gênero;
*Divisão do texto em parágrafos;
*Marcas linguísticas: coesão coerência, função das classes gramaticais
no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras
de linguagem;
*Processo de formação de palavras;
*Acentuação gráfica;
*Ortografia;
*Concordância verbal /nominal.
Oralidade
*Tema do texto;
*Finalidade;
*Argumentação;
*Papel do locutor e do interlocutor;
*Elementos extralinguísticos:
entonação, pausas, gestos...;
*Adequação do discurso ao gênero;
*Turnos de fala;
*Variações linguísticas;
*Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, recursos
semânticos.
196
6ª SÉRIE / 7º ANO
Leitura
*Argumentos do texto;
*Contexto de produção;
*Tema do texto;
*Interlocutor;
*Finalidade do texto;
*Informatividade;
*Aceitação;
*Situação;
*Intertextualidade;
*Informações explícitas e implícitas;
*Discurso direto e indireto;
*Elementos composicionais do gênero;
*Repetição proposital de palavras;
*Léxico;
*Ambiguidade;
*Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes das
gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão
negrito), figuras de linguagem.
Escrita
*Contexto de produção;
*Tema do texto;
*Interlocutor;
*Finalidade do texto;
*Informatividade;
*Discurso direto e indireto;
*Elementos composicionais do gênero;
*Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais
no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras
de linguagem;
*Processo de formação de palavras;
197
*Acentuação gráfica;
*Ortografia;
*Concordância verbal e nominal;
Oralidade
*Tema do texto;
*Finalidade;
*Papel do locutor e interlocutor;
*Elementos extralinguísticos: entonação pausas, gestos, etc;
*Adequação do discurso ao gênero;
*Turnos de fala;
*Variações linguísticas;
*Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;
*Semântica.
7ª SÉRIE / 8º ANO
Leitura
*Conteúdo temático;
*Interlocutor;
*Finalidade do texto;
*Intencionalidade do texto;
*Argumentos do texto;
*Contexto de produção;
*Aceitação do texto;
*Informatividade;
*Situação;
*Intertextualidade;
*Vozes sociais existentes no texto;
*Elementos composicionais do gênero;
*Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;
*Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais
no texto, pontuação, recursos gráficos como: (aspas, travessão, negrito).
*Semântica;
198
-operadores argumentativo;
-ambiguidade;
-sentido conotativo e denotativo das palavras no texto;
-expressões que denotam ironia e humor no texto.
Escrita
*Contexto temático;
*Interlocutor;
*Finalidade do texto;
*Intencionalidade do texto;
*Contexto de produção;
*Informatividade;
*Situação;
*Intertextualidade;
*Vozes sociais presentes no texto;
*Elementos composicionais do gênero;
*Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;
*Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais
no texto, pontuação, recursos gráficos(como aspas, travessão, negrito);
*Concordância verbal e nominal;
*Papel sintático e estilístico dos pronomes na organização, retomadas e
sequenciação do texto;
*Semântica:
*operadores argumentativos;
*ambiguidade;
*significado das palavras;
*sentido figurado;
*sentido conotativo e denotativo;
*expressões que denotam ironia e humor no texto.
Oralidade
*Conteúdo temático;
*Finalidade;
*Argumentos/ argumentação;
199
*Aceitação do texto;
*Informatividade;
*Papel do locutor e interlocutor;
*Elementos extralinguísticos: entonação, expressão facial, corporal e
gestual, pausas...;
*Adequação do discurso ao gênero;
*Turnos de fala;
*Variação linguísticas (lexicais, semânticas, prosódicas, entre outras);
*Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;
*Elementos semânticos;
*Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições,
etc);
*Diferenças e semelhanças e semelhanças entre o discurso oral e o
escrito.
8ª SÉRIE / 9º ANO
Leitura
*Contexto temático;
*Interlocutor;
*Intencionalidade do texto;
*Argumentos do texto;
*Contexto de produção;
*Finalidade do texto;
*Aceitação do texto;
*informatividade;
*Situação;
*Intertextualidade;
*Temporalidade;
*Discurso ideológico presente no texto;
*Vozes sociais presentes no texto;
*Elementos composicionais do gênero;
*Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;
*Partículas conectivas do texto;
200
*Progressão referencial no texto;
*Marcas linguísticas: coesão, coerências, função das classes gramaticais
no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito);
*Semântica:
*operadores argumentativos;
*polissemia;
*sentido conotativo e denotativo;
*expressão que denotam ironia e humor no texto;
Escrita
*Conteúdo temático;
*Interlocutor;
*Intencionalidade
*Finalidade do texto;
*Informatividade do texto;
*Contexto de produção;
*Situação do texto;
*Intertextualidade;
*Temporalidade;
*Vozes sociais presentes no texto;
*Elementos composicionais do gênero;
*Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;
*Partículas conectivas do texto;
*Progressão referencial no texto;
*Marcas linguísticas: coesão e coerência, funções das classes
gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas,travessão,
negrito, etc.);
*Sintaxe de concordância;
*Sintaxe de regência;
*Processo de formação de palavras;
*Vícios de linguagem;
*Semântica:
201
*operadores argumentativos;
*modalizadores;
*polissemia;
Oralidade
*Conteúdo temático;
*Finalidade
*Aceitação do texto;
*Informatividade;
*Argumentação;
*Papel do locutor e interlocutor;
*Elementos extralinguísticos: entonação, expressão facial, corporal e
gestual, pausas...;
*Adequação do discurso ao gênero;
*Turnos de fala;
*Variações linguísticas (lexicais, semânticas, prosódicas entre outras);
*Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, conectivos;
*Semântica;
*Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições,
etc);
*Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito.
CONTEÚDOS – ENSINO MÉDIO
CONTEÚDO ESTRUTURANTE
O discurso enquanto prática social - efetivado por meio das práticas
discursivas, de envolvam:
LEITURA – ORALIDADE – ESCRITA
CONTEÚDOS BÁSICOS
GÊNEROS DISCURSIVOS
202
Leitura
* Conteúdo temático;
* Interlocutores
* Finalidade do texto;
* Intencionalidade;
* Argumentos do texto;
* Contexto de Produção;
* Intertextualidade;
* Vozes sociais presentes no texto;
* Discurso ideológico presente no texto;
* Elementos composicionais do gênero;
* Contexto de produção da obra literária;
* Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
pontuação, recursos gráficos como aspas, travessão, negrito;
* Progressão referencial;
* Partículas conectivas do texto;
* Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;
* Semântica;
* Operadores argumentativos;
* Modalizadores;
* Figuras de linguagem.
Escrita
* Conteúdo temático;
* Interlocutor;
* Finalidade do texto;
* Intencionalidade;
* Informatividade;
* Contexto de Produção;
* Intertextualidade;
* Referência textual;
* Vozes sociais presentes no texto;
* Ideologia presente no texto;
203
* Elementos composicionais do gênero;
* Progressão referencial;
* Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;
* Semântica: operadores argumentativos, modalizadores, figuras de linguagem;
* Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
conectores, pontuação, recursos gráficos como aspas, travessão, negrito, etc.
* Vícios de linguagem;
* Sintaxe de concordância;
* Sintaxe de regência.
Oralidade
* Conteúdo temático;
* Finalidade;
* Intencionalidade;
* Argumentos;
* Papel do locutor e interlocutor;
* Elementos extralinguísticos: entonação, expressões facial, corporal e gestual,
pausas...;
* Adequação do discurso ao gênero;
* Turnos de fala;
* Variações linguísticas (lexicais, semânticas, prosódicas, entre outras);
* Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;
* Elementos semânticos;
Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc);
* Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito.
Os Desafios Educacionais Contemporâneos, a História e Cultura Afro-
brasileira e Indígena e a Inclusão, serão temáticas trabalhadas permeando os
conteúdos em grau de profundidade de acordo com o conhecimento do aluno, e
não de forma linear, mas sim, de acordo com as necessidades do momento,
durante o decorrer de todo o ano letivo.
204
METODOLOGIA
A prática metodológica na EJA deve pautar os três eixos articuladores
propostos para as Diretrizes Curriculares, que são a cultura, o trabalho e o tempo,
de forma que, ao trabalhar a cultura, se mantenha o foco na diversidade cultural
valorizando e compartilhando as experiências vividas, para que contribuam na
construção de saberes. Que o estudo da disciplina possa desenvolver também
eixo articulador trabalho, como forma de levar o educando da EJA a entender as
discussões relevantes ao longo do tempo histórico relacionadas ao trabalho e às
suas relações com as diferentes formas de sobrevivência, com as necessidades
surgidas em cada época e, paralelamente, a produção de saberes. Primar pela
articulação entre o tempo pedagógico e o tempo escolar também é necessário, de
forma que seja contemplado um maior aproveitamento com grande quantidade de
informações que levem ao autoconhecimento do educando tornando o tempo
pedagógico muito rico neste processo de ensino aprendizagem.
Leitura
O professor proporcionará aos alunos: prática de leitura de textos de
diferentes gêneros, considerando os conhecimentos prévios dos alunos,
formulando questionamentos que possibilitem inferências sobre o texto,
encaminhe discussões sobre tema, intenções, intertextualidade, contextualizando
a produção suporte / fonte, interlocutores, finalidade, época; utilizando textos
verbais diversos que dialoguem com os não verbais, como gráficos e outros,
relacionando o tema com o contexto atual, oportunizando a socialização das
ideias dos alunos sobre o texto.
Escrita
O professor planejará a produção textual a partir da delimitação do tema,
do interlocutor, do gênero, da finalidade; estimulando a ampliação de leituras
sobre o tema e o gênero proposto, acompanhando a produção do texto,
encaminhando a re-escrita textual, revisando os argumentos, as ideias, os
elementos que compõem o gênero analisando se a produção textual está
205
coerente e coesa, se há continuidade temática, se atende à finalidade, se a
linguagem está adequada ao contexto, conduzindo a re-escrita a uma reflexão
dos elementos discursivos, textuais, estruturais e normativos.
Oralidade
O professor organizará: apresentações de textos produzidos pelos alunos;
orientando sobre o contexto social de uso do gênero oral selecionado; preparando
apresentações que explorem as marcas linguísticas típicas da oralidade em seu
uso formal e informal; estimulando a contar histórias de diferentes gêneros,
utilizando-se dos recursos extralinguísticos, como entonação, pausas, expressão
facial e outros. Selecionando discursos de outros para análise dos recursos da
oralidade, como cenas de desenhos, programas infanto-juvenis, entrevistas,
reportagem, ente outros.
REFERÊNCIAS
Rafael; Silva, A.S. Curso Completo de Português.BOSI, Alfredo. História
Concisa da Literatura Brasileira.
BRANCO, C. E. P. C. Projeto Político Pedagógico. Tapira, 2011.
BRANCO, C. E. P. C. Regimento Escolar. Tapira, 2008.LUFT, Maria Helena. A
Palavra é Sua.
SEED. Caderno Temático: Cultura Afro-Brasileira.SEED. Currículo Básico do
Estado do Paraná.
SEED. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares Estaduais da
Educação Básica. Língua Portuguesa. Curitiba, 2008.
MATEMÁTICA (0201)
CONTEÚDOS – ENSINO FUNDAMENTAL
CONTEÚDO ESTRUTURANTE CONTEÚDOS BÁSICOS Sistema de numeração;
206
NÚMEROS E ÁLGEBRA
Números Naturais; Múltiplos e Divisores; Potenciação e radiciação; Números Fracionários; Números decimais; Números inteiros; Números racionais; Equações do 1º e 2º grau e Inequação do 1º grau; Números Racionais e Irracionais; Sistemas de Equações do 1º grau; Razão e Proporção; Regra de três simples; Monômios e Polinômios Produtos Notáveis; Números Reais; Propriedades dos radicais; Teorema de Pitágoras; Equações Irracionais; Equações Biquadradas; Regra de Três Composta.
GRANDEZAS E MEDIDAS
Medidas de comprimento; Medidas de Massa; Medidas de área; Medidas de Tempo; Medidas de volume; Medidas de ângulos; Sistema Monetário; Medidas de temperatura; Relações Métricas no Triângulo Retângulo; Trigonometria no triângulo Retângulo;
GEOMETRIAS
Geometria Plana; Geometria Espacial; Geometria Analítica. Geometrias não-euclidianas
TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO
Dados; Tabelas, Gráficos; Pesquisa estatística; Porcentagem; Média Aritmética; Moda e Mediana; Juros simples; Gráfico e Informação; População e amostra; Noção de Análise Combinatória; Noções de Probabilidade; Estatística; Juros Compostos
207
CONTEÚDOS - ENSINO MÉDIO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS NÚMEROS E ÁLGEBRA
Números Reais; Números Complexos; Sistemas Lineares; Matrizes e Determinantes; Polinômios; Equações e Inequações Exponenciais, Logarítmicas e Modulares.
GRANDEZAS E MEDIDAS
Medidas de Área; Medidas de Volume; Medidas de Grandezas Vetoriais; Medidas de Informática; Medidas de Energia; Trigonometria.
FUNÇÕES
Função Afim; Função Quadrática; Função Polinomial; Função Exponencial; Função Logarítmica; Função Trigonométrica; Função Modular; Progressão Aritmética; Progressão Geométrica.
GEOMETRIAS
Geometria Plana; Geometria Espacial; Geometria Analítica; Geometria Não-euclidianas.
TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO
Análise Combinatória; Binômio de Newton; Estudo das Probabilidades; Estatística; Matemática Financeira.
METODOLOGIA
Para dimensionar o papel da matemática na formação do jovem, adulto e
idoso é importante que se discuta a natureza desse conhecimento, suas principais
características e seus métodos particulares, e ainda, é fundamental discutir suas
articulações com outras áreas do conhecimento.
208
As diversas contingências históricas têm levado os professores a deixar
de lado a importância do conhecimento teórico, no entanto, é de fundamental
importância que o(a) educador(a) tenha clareza que, sem o qual, não é possível
mudar qualquer prática pedagógica de forma significativa. Com isso, só se tem
conseguido mudanças superficiais no que se refere à reposição de conteúdo, por
meio de estratégias metodológicas tradicionais que não levem os educandos a
uma transposição didática.
É perceptível que, a mera seleção de conteúdos não assegura o
desenvolvimento da prática educativa consistente. É necessário garantirmos,
como dissemos anteriormente, a relação entre a teoria e a prática, entre o
conteúdo e as formas, entre o lógico e o histórico.
Ao serem abordados numa prática docente os conteúdos priorizaremos
as relações e interdependência quer enriquecemos processo pelos quais
acontece a aprendizagem. A articulação entre os conhecimentos presentes em
cada conteúdo estruturante é realizada na medida em que os conceitos podem
ser tratados em diferentes momentos e, quando situações de aprendizagem
possibilitam, podem ser retomados e aprofundados.
Ao abordar os conteúdos utiliza-se as metodologias de resolução de
problemas; modelagem matemática ;uso de mídias tecnológicas; etnomatemática
; história da matemática e investigações para fundamentar a prática docente e a
articulação entre os conteúdos.
A partir de Resolução de Problemas, meio pelo qual, o estudante terá a
oportunidade de aplicar conhecimento previamente adquiridos em novas
situações, compreender os argumentos matemáticos e ajudar a vê-lo como um
conhecimento possível de ser aprendido por todos os sujeitos presentes no
processo de ensino e da aprendizagem.
A Etnomatemática busca uma organização da sociedade que permite o
exercício da critica e a análise da realidade. Nesse sentido, é importante campo
de investigação, por meio da Educação Matemática, prioriza um ensino que
valoriza a história dos estudantes através do reconhecimento e respeito de suas
raízes culturais.
A Modelagem Matemática é entendida como sendo um ambiente de
aprendizagem no qual os alunos são convidados a indagar e / ou investigar, por
209
meio da matemática, situações oriundas de outras áreas da realidade. A
modelagem matemática consiste na arte de transformar problemas reais com os
problemas matemáticos e resolve-los interpretando suas soluções na linguagem
do mundo real.
O uso das Mídias tem suscitado novas questões, em relação ao currículo,
à experimentação matemática, as possibilidades do surgimento de novos
conceitos e de novas teorias matemáticas. Os recursos tecnológicos, sejam eles
os sofware, a televisão, as calculadoras, os aplicativos da internet entre outros,
tem favorecido as experimentações matemáticas,potencializando formas de
resolução de problemas.
Na investigação matemática, o aluno é chamado a agir como um
investigador, isto é não dispõe de um método que permita sua resolução
imediata,mas que formule conjecturas a respeito do que está investigando.
Através de jogos matemáticos, o aluno desenvolve e raciocínio,
autonomia, interação e um grande desempenho na construção do conhecimento.
A abordagem histórica da matemática no contexto da prática escolar é um
dos objetivos primordiais, pois é interessante que os estudantes compreendem a
natureza da matemática e sua relevância na vida da humanidade. Descobriram
não só a biografia de alguns matemáticos, mas os fatos sociais e políticos, às
circunstâncias e às correntes filosóficas que determinaram o pensamento e
influenciaram o avanço cientifico de cada época.
Com relação à cultura Afro-Brasileira e Indígena, leis 10.639/03 e 11.645
de 10/03/2008 os alunos deverão reconhecer e valorizar a identidade, da história
e cultura, através de pesquisas e dados do IBGE sobre a composição da
população brasileira,por cor, renda,mundo de trabalho, etc., garantindo assim o
seu direito de cidadãos.
Os Desafios Educacionais Contemporâneos serão contemplados
conforme surgirem as possibilidades, dentro dos conteúdos básicos.
REFERÊNCIAS
BRANCO, C. E. P. C. Projeto Político Pedagógico. Tapira, 2011.
BRANCO, C. E. P. C. Regimento Escolar. Tapira, 2008.
DANTE, L. R. Didática da resolução de problemas. São Paulo: Ática,
1989.
210
D‟ AMBRÓSIO, U. Etnomatemática - arte ou técnica de explicar e
conhecer. São Paulo: Ática,1998.
PARANÁ. Secretária de Estado da Educação. Departamento de Ensino
de Primeiro Grau. Reestruturação do ensino de segundo grau no Paraná.
Curitiba: SEED/DEPG, 1993.
SEED. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares
Estaduais da Educação Básica. Matemática. Curitiba, 2008.
SEED, Secretaria de Estado de Educação. Livro Didático Público.
SOCIOLOGIA (2301)
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS DE SOCIOLOGIA
Processo de Socialização e as Instituições Sociais
Processo de Socialização;
Instituições sociais: familiares, escolares e religiosas;
Instituições de reinserção (prisões, manicômios, educandários, asilos,
etc).
Cultura e Indústria Cultural
Desenvolvimento antropológico do conceito de cultura e sua contribuição
na análise das diferentes sociedades;
Diversidade cultural;
Identidade;
Indústria Cultural;
Meios de comunicação de massa;
Sociedade de consumo;
Indústria Cultural no Brasil;
Questões de gênero;
Culturas afro-brasileiras e africanas
Culturas Indígenas.
Trabalho, produção e classes sociais
O conceito de trabalho e o trabalho nas diferentes sociedades;
Desigualdades sociais: estamentos, castas, classes sociais;
211
Organização do trabalho nas sociedades capitalistas e suas contradições;
Globalização e Neoliberalimo;
Relações de trabalho;
Trabalho no Brasil.
Poder, Política e Ideologia
Formação e desenvolvimento do Estado Moderno;
Democracia, autoritarismo, totalitarismo;
Estado no Brasil;
Conceitos de Poder;
Conceitos de Ideologia;
Conceitos de dominação e legitimidade;
As expressões da violência nas sociedades contemporâneas.
Direitos, Cidadania e Movimentos Sociais
Direitos: civis, políticos e sociais;
Direitos Humanos;
Conceito de Cidadania;
Movimentos Sociais;
Movimentos Sociais no Brasil;
A questão ambiental e os movimentos ambientalistas;
A questão das ONG's.
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
No ensino da Sociologia propõe-se que sejam redimensionados aspectos
da realidade por meio de uma análise didática e crítica dos problemas sociais.
É preciso, entretanto, levar em conta as particularidades da Educação de
Jovens e Adultos, que tem por base o reconhecimento do educando como
sujeitos do aprendizado, um compromisso com a formação humana e com o
acesso à cultura geral. Sendo assim, os conteúdos específicos deverão estar
articulados à realidade, considerando sua dimensão sócio-histórica, vinculado ao
mundo do trabalho, à ciência, às novas tecnológicas, dentre outras coisas.
212
Neste sentido, os conteúdos da disciplina não precisam ser trabalhados,
necessariamente, de forma sequencial, do primeiro ao último conteúdo listado,
podendo ser alterada a ordem dos mesmos sem problemas para compreensão, já
que eles, apesar de estarem articulados, possibilitam sua apreensão sem a
necessidade de uma “amarração” com os demais.
Sugere-se, no entanto, que a disciplina seja iniciada com uma rápida
contextualização do surgimento da Sociologia, bem como a apresentação de suas
principais teorias na análise/compreensão da realidade, as quais deverão ser
constantemente retomadas numa perspectiva critica, no sentido de fundamentar
teoricamente os demais conteúdos.
No ensino de Sociologia a adoção de múltiplos instrumentos
metodológicos deve adequar-se aos objetivos pretendidos, seja a exposição, a
leitura e esclarecimentos do significado dos conceitos e da lógica dos textos
(teóricos, temáticos, literários), sua análise e discussão, a análise critica de filmes,
vídeos, imagens, charges, são recursos que o professor deverá utilizar para
trabalhar os conteúdos atentando para a proposição de problematizações,
contextualizações, investigações e análises.
A pesquisa de campo, quando possível deverá ser proposta de maneira
que articule os dados levantados à teoria estudada, propiciando um trabalho de
compreensão e critica de elementos da realidade social do aluno.
Por fim, o conhecimento sociológico deve ir além da definição,
classificação, descrição e estabelecimento de correlações dos fenômenos da
realidade social. É tarefa primordial do conhecimento sociológico explicitar e
explicar problemáticas sociais concretas e contextualizadas, de modo a
desconstruir pré-noções e preconceitos que quase sempre dificultam o
desenvolvimento da autonomia intelectual e de ações políticas direcionadas á
transformação social.
As aulas deverão ser desenvolvidas no sentido de promover o
reconhecimento e a explicação das sociedades pela compreensão das diversas
formas pelas quais, seres humanos vivem em grupos, das relações que se
estabelecem no interior e entre esses diferentes grupos, bem como a
compreensão das consequências dessas relações para indivíduos e
coletividades. Igualmente as atividades nas aulas deverão conforme o tema a ser
213
tratado exigir: a sensibilização propriamente dita através de uma situação
problema apresentada, questionamento dos próprios alunos, uso de textos e/ou
filmes, aulas expositivas com abertura ao debate, estudo e reflexão de textos
pertinentes que possam dar margem a reflexão e contextualização do conteúdo
em estudo, além de promover :
- Desnaturalização das ações que se estabelecem na sociedade.
- Percepção de que a realidade social é histórica e socialmente
construída.
-Explicitar e explicar problemáticas sociais concretas e contextualizadas,
desconstruindo pré-conceitos.
-Questionamento quanto à existência de verdades absolutas, sejam elas
na compreensão do cotidiano, ou na constituição da ciência.
-Inserção do aluno como sujeito social que compreende a sua realidade
imediata, mas que também percebe o que se estabelece além dela.
- desenvolvimento da “Imaginação sociológica”.
REFERÊNCIAS
ANTUNES, R. (Org.) A dialética do trabalho: Escritos de Marx e Engels.
São Paulo: Expressão popular, 2004.
AZEVEDO, F. Princípios de sociologia: pequena introdução ao estudo
da sociologia geral. São Paulo: Duas Cidades, 1973.
BOBBIO, N. Estado, governo, sociedade: por uma teoria geral da
política. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1990.
BRANCO, C. E. P. C. Projeto Político Pedagógico. Tapira, 2011.
BRANCO, C. E. P. C. Regimento Escolar. Tapira, 2008.
COMTE, A. Sociologia. São Paulo: Ática, 1978.
DURKHEIM, E. Sociologia. São Paulo: Ática, 1978.
GEERTZ, C. A interpretação das culturas. Rio de Janeiro: Zahar, 1973.
GIDDENS, A. Sociologia. 6 ed. Porto Alegre: Artmed,2005.
GOHN, M. G. (Org.) Movimentos sociais no início do século XXI: antigos
e novos atores sociais. Petrópolis: Vozes, 2003.
LAPLANTINE, F. Aprender antropologia. 12 ed. São Paulo: Brasiliense,
2000.
MARX, K. Os pensadores. São Paulo: Abril Cultural, 1978.
214
SEED. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares
Estaduais da Educação Básica. Sociologia. Curitiba, 2008.
WEBER, M. Sociologia. São Paulo: Ática, 1979.
L.E.M.-INGLÊS (1101) / L.E.M.-ESPANHOL (1101)
LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA
ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
CONTEÚDO ESTRUTURANTE
O discurso enquanto prática social – efetivado por meio das práticas
discursivas, as quais envolvam:
LEITURA – ORALIDADE – ESCRITA
CONTEÚDOS BÁSICOS:
GÊNEROS DISCURSIVOS E SEUS ELEMENTOS COMPOSICIONAIS
Seleção realizada pelo professor, nas diferentes esferas sociais de
circulação, e explícitos no Plano de Trabalho Docente, adequado ao nível de
complexidade de cada série, conforme sugerido nas DCEs.
LEITURA
Identificação do tema;
Intertextualidade;
Intencionalidade;
Léxico;
Coesão e coerência;
Funções das Classes Gramaticais no texto;
Elementos Semânticos;
Recursos Estilísticos (figuras de linguagem);
Marcas Linguísticas: particularidades da língua, pontuação; recursos
gráficos (como aspas, travessão, negrito);
215
Variedade linguística;
Acentuação gráfica;
Ortografia.
ESCRITA
Tema do texto;
Interlocutor;
Finalidade do texto;
Intencionalidade do texto;
Intertextualidade;
Condições de produção;
Informatividade (informações necessárias para a coerência no texto);
Léxico;
Coesão e Coerência;
Funções das classes gramaticais no texto;
Elementos Semânticos;
Recursos estilísticos (figuras de linguagem);
Marcas Linguísticas: particularidades da língua, pontuação, recursos
gráficos (como aspas, travessão, negrito);
Variedade linguística;
Ortografia;
Acentuação gráfica.
ORALIDADE
Elementos extralinguísticos: entonação, pausa, gestos, etc...;
Adequação do discurso ao gênero;
Turnos de fala;
Vozes sociais presentes no texto;
Variação linguística;
Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;
Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito;
Adequação da fala ao contexto;
216
Pronúncia.
ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS
Propõe-se considerar a Cultura, o trabalho e o tempo como eixos
norteadores da prática metodológica na Educação de Jovens e Adultos, tendo em
vista que a cultura é o eixo principal, haja vista que dela emanam as
manifestações humanas, entre elas o trabalho e o tempo. Através do trabalho o
educando da EJA busca melhorar sua condição de vida, daí a necessidade de se
contemplar na presente proposta possibilidades de relacionamento deste com a
produção de saberes. O educando da EJA também necessita, garantida a
qualidade de ensino, adequar tempo e necessidades educativas.
O trabalho da disciplina de LEM, na EJA, deve levar em consideração a
realidade do educando, valorizando sua bagagem de conhecimentos e
respeitando suas necessidades e características individuais, na certeza de que o
adulto aprende melhor e desenvolve maior autonomia e responsabilidade quando
se vê envolvido no processo ensino-aprendizagem.
Há que se pensar que ao ensinar uma LEM deve-se buscar a
autenticidade da Língua, a articulação com as demais disciplinas e a relevância
dos saberes escolares frente à experiência social construída historicamente pelos
educandos.
Para a definição das metodologias a serem utilizadas, é necessário levar
em conta que o educando é parte integrante do processo e deve ser considerado
como agente ativo da aprendizagem, visto que ele traz saberes e estes vão
interagir com os saberes que ele vai adquirir.
Na busca desta interação, deve-se buscar uma metodologia que leve em
consideração que as habilidades da LEM – leitura, escrita, compreensão oral e
compreensão auditiva – não são únicas, elas interagem de acordo com o contexto
e precisam ser vistas como plurais, complexas e dependentes de contextos
específicos.
Deve-se levar em conta, ainda, que a língua não pode ser entendida
como algo fechado ou abstrato, onde toda a transformação, o aspecto vivo da
LEM, sua capacidade de se transformar em contextos diferentes, toda diversidade
da LE se perde.
217
Portanto, as metodologias a serem aplicadas devem levar em conta,
principalmente, o contexto em que estão sendo aplicadas, de acordo com as
necessidades regionais, que levem o educando a criar significados, posto que
estes não vêm prontos na linguagem.
REFERÊNCIAS
BRANCO, C. E. P. C. Projeto Político Pedagógico. Tapira, 2011.
BRANCO, C. E. P. C. Regimento Escolar. Tapira, 2008.
GIMENEZ, Telma. Diretrizes Curriculares para o Ensino Fundamental:
Línguas Estrangeiras Modernas – Questões para Debate. In: PARANÁ.
Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Educação
Fundamental da Rede de Educação Básica do Estado do Paraná: Língua
Estrangeira Moderna.
PENNYCOOK, Alastair. English and the discourses of Colonialism.
London: Routledge. 1999.
SEED. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares
Estaduais da Educação Básica. Língua Estrangeira Moderna, Inglês. Curitiba,
2008.
Disponível em http//:www.infopedia.pt/lingua-portuguesa – <acesso
em 09 set 2011 – 20:05>
Disponível em http//:www.suapesquisa.com/o_que_e/cultura.htm -
<acesso em 09 set 2011 – 20:18>
Disponível em http//:neusazago.blogspot.com/.../conceituar-tecnologia-
e-mídia_ <acesso em 09 set 2011 – 20:30>
MARCO OPERACIONAL
A gestão democrática, participativa, autônoma, comprometida, conta com
o envolvimento de todos os segmentos: direção, equipe pedagógica,
218
professores/as, funcionários/as (Agente Educacional I e Agente Educacional II),
alunos/as, pais, Conselho Escolar, APMF e comunidade escolar, na busca da
efetivação do sucesso escolar e de uma educação de qualidade. A comunidade
deve ser instigada a tornar-se cada vez mais participativa e atuante procurando
alternativas para superar as dificuldades. Incentivaremos a participação dos
segmentos integrantes do Conselho Escolar e APMF nas decisões tomadas na
escola, tão necessárias ao bom desenvolvimento educacional, e em encontros
como: festividades, confraternizações, eventos esportivos e culturais e outros.
Também buscaremos efetivar a criação do Grêmio Estudantil para garantir a
representação dos alunos neste processo. No início do ano letivo, em reunião
com os alunos, Direção e Equipe Pedagógica estarão esclarecendo aos mesmos
a importância, o funcionamento e toda a questão organizacional dessa instância,
para assim dar início às etapas de formação do referido Grêmio.
Cabe ao Diretor estabelecer uma gestão democrática com a maior
participação de todos e com a responsabilidade de fazer prevalecer as decisões
do grupo, zelando para que as mesmas sejam justas e a favor do coletivo,
passando informações, resolvendo os problemas emergenciais de infraestrutura,
coordenando reuniões, com abertura para discussões e valorização de ideias
construtivas, garantindo a defesa do direito de participação de cada segmento,
assim como cobrando o cumprimento de seus deveres. Ter conhecimento de
políticas da legislação educacional, administrativo e pedagógico, e de
planejamento, manejo, controle de orçamento, organização, comunicação,
mobilizando a comunidade local, apoiando o trabalho do professor com a
tecnologia multimeios, criando melhores condições de trabalho, reconhecendo e
valorizando a atividade educativa.
Como propostas de ações que objetivam fazer desta, uma escola que
corresponda aos anseios propostos no Plano Nacional de Educação e no Plano
de Metas do Estado do Paraná, e buscando resolver os problemas enfrentados
pela escola, elencamos as ações abaixo:
Procurar nos encontros de Formação Continuada conciliar os temas
tratados de forma que possam servir para a retomada de assuntos como a
dificuldade em lidar com a inclusão, a questão do fluxo de professores no sentido
de capacitá-los para o enfrentamento da realidade escolar, a busca de
219
questionamentos que venham contribuir para uma prática educativa que privilegie
a descoberta de novos caminhos para uma educação que, se tornando mais
complexa a cada dia, exige aperfeiçoamento constante e compromisso de todos.
Na falta de professores os alunos serão atendidos pela Equipe
Pedagógica, com atividades extraclasses, jogos pedagógicos (xadrez, dominó,
trilha, dama, palavra cruzada...), uso de materiais elaborados pelos professores
PDEs, incentivo à leitura e atendimento direcionado em classe quando os
professores estiverem em cursos, complementando assim a melhoria da
qualidade de ensino.
Proporcionar à comunidade escolar melhor capacitação sobre o assunto
Inclusão e Diversidade através do conhecimento das diversas modalidades de
inclusão em: grupos de estudos, reuniões pedagógicas, leituras diversificadas,
trabalhar de forma a respeitar as limitações de cada um, a diversidade,
proporcionando metodologias e oportunidades diferenciadas de estudo que
venham garantir condições indispensáveis para que possam estar inseridos no
processo ensino aprendizagem.
Consideramos que o Programa de Desenvolvimento Educacional ( PDE)
contribuirá com a melhoria da qualidade do ensino quando ao desenvolver os
respectivos projetos os professores estarão viabilizando uma forma diferenciada
de transmissão do conhecimento aliando teoria e prática. Estão sendo aplicados
dois projetos desenvolvidos por Professores participantes do Programa de
Desenvolvimento Educacional – PDE nas disciplinas de Língua Portuguesa e
Matemática, nas quintas e sextas séries respectivamente. Ainda para este ano
teremos mais três professores.
A elaboração do Plano de Trabalho Docente (PTD) será acompanhada
logo no início do ano letivo onde a Equipe Pedagógica deverá orientar os
professores quanto a sua disponibilidade para atendê-los nas dúvidas quanto à
elaboração dos mesmos, que ocorrerá no horário de trabalho do pedagogo,
aproveitando o espaço da hora atividade dos professores e nas demais Reuniões
Pedagógicas previstas em calendário escolar.
Com a participação da comunidade escolar, professores e funcionários
buscarão sugestões de melhoria para o ambiente escolar, cobrando da
mantenedora a reconstrução da quadra de esporte coberta, que está desativada,
220
aquisição de materiais pedagógicos, construção do laboratório de
ciências/biologia /física e química e salas para o desenvolvimento de programas
de apoio a aprendizagem.
Os Projetos Governamentais (Olimpíadas de Matemática, Astronomia e
Português, e a Prova Brasil) aplicados na escola e destinados aos alunos serão
subsídios que contribuirão para o enriquecimento da aprendizagem através do
incentivo e planejamento de ações das atividades contidas nos projetos.
Diante da importância em se discutir e refletir sobre a contribuição dos
africanos escravizados e de seus descendentes para a construção da nação
brasileira, também a importância do aprendizado da História do Paraná e o
desenvolvimento de atividades com relação à Educação Ambiental, procurar-se-á
proporcionar aos alunos uma educação compatível com uma sociedade
democrática, multicultural, pluri étnica, conhecedora de sua história e na qual está
inserida, além da preocupação com a formação de consciência voltada para os
problemas ambientais, buscando maior aprimoramento dos temas através de
práticas interdisciplinares e multidisciplinares com o apoio de pesquisas,
elaboração de projetos, textos informativos, teatros, músicas, entre outros. No que
se refere ao calendário escolar, estabelecer o dia 20 (vinte) de Novembro como
Dia Nacional da Consciência Negra, sendo esta data ponto culminante das
atividades desenvolvidas pela escola durante todo ano letivo. Paralelamente a
Equipe Multidisciplinar deste Colégio elabora e coordena atividades abordando
temáticas sobre a Educação das Relações Étnico-Raciais e o Ensino da História.
Em busca da melhoria dos índices de aprovação, reprovação e evasão
escolar, a escola irá reavaliar sua prática pedagógica e avaliativa primando pelo
cumprimento de formas diferenciadas de avaliação, observando melhor
aproveitamento dos diversos instrumentos avaliativos, contemplando, no mínimo,
três instrumentos diferentes, explorando o uso de recursos audiovisuais e
tecnológicos disponíveis. Nas recuperações de estudos, desenvolver atividades
de revisão com metodologias cada vez mais diversificadas para melhor
aproveitamento da aprendizagem e consequentemente, atingir índices
expressivos de sucesso escolar.
Como alternativa para a melhoria da aprendizagem, é o incentivo ao
melhor desempenho em classe, discutindo com os alunos os objetivos das
221
atividades, dando-lhes oportunidade de trabalhar com autonomia na busca do
conhecimento, criando vínculos agradáveis com o estudo e os conhecimentos,
valorização dos trabalhos e estudo em grupo com alunos monitores em contra
turno. Também o envolvimento em projetos de parceria com o município e outros
órgãos que visem acrescentar valores e despertar a consciência da importância
de cada um no meio como agente de transformação. Cobrar uma maior
participação nos eventos proporcionados na ou pela escola, conscientizar quanto
à conservação do patrimônio, a importância da diminuição na produção do lixo,
bem como cuidados com a higiene do ambiente escolar, A concentração no pátio
no início do período para oração e canto dos Hinos Pátrios como forma de
agregar valores que visem o sucesso escolar.
Buscar refletir nas Reuniões Pedagógicas, de forma crítica e coletiva a
prática educativa, sendo esta também um espaço para questionamentos,
sugestões, troca de experiências, descobertas, sistematização de práticas
educativas, avaliação do trabalho e replanejamento, consolidando uma equipe de
trabalho com maior coesão e interação cujo fim primordial seja a resolução de
problemas relacionados as dificuldades de aprendizagem e ao rendimento abaixo
das expectativas.
A Equipe Pedagógica deverá interagir com os professores nas horas
atividades, acompanhar o rendimento do aluno levando a participação dos pais
sobre o dia a dia dos seus filhos, auxiliando dessa forma os professores nas
dificuldades enfrentadas no ensino aprendizagem. No Pré Conselho, após a
coleta de dados e sugestões de melhorias para serem analisados no Conselho de
Classe, procurar sanar os problemas apresentados. Após cada Conselho de
Classe, conversar com os alunos de forma individualizada (Pós Conselho) para
refletir junto aos mesmos sobre seu desempenho, assim como valorizar as
capacidades individuais, buscando detectar os problemas apresentados,
anotando em sua ficha individual as informações de valor. Realizar reuniões com
professores e pais, específicas para cada turma, para esclarecimento das ações
propostas em cada Conselho de Classe. Fazer do referido conselho um momento
para reflexão das práticas educativas capaz de evidenciar informações precisas
para o estabelecimento de ações conjuntas na busca do sucesso escolar do
222
aluno. O conselho de classe participativo implica em grande desafio, contudo as
mudanças são necessárias, pois não se consegue êxito com práticas isoladas.
“A prática educativa quando refletida coletivamente é a melhor fonte de
ensinamento teórico e, sobretudo de práticas mais comprometidas.” ARROIO
(1982).
Contar com o apoio da família como alternativa para amenizar o problema
da indisciplina, sendo que ao longo do ano letivo, a escola proporcionará
momentos onde os pais ou responsáveis serão convidados a participar de
comemorações como o Dia das mães, dos Pais, Estudantes, Professores, Festas
juninas, Parada Cívica, Consciência Negra, atividades culturais e esportivas,
apresentações teatrais, musicais, passeios com os formandos das 8ª séries,
também estabelecer um cronograma para a presença dos mesmos na escola
assistindo as aulas de seus filhos. No final do ano, uma confraternização natalina
envolvendo os alunos da sala de recurso, DV, e demais turmas com
apresentações diversificadas. Buscar, sempre o apoio da comunidade e
Secretarias Municipais na participação dos eventos desenvolvidos pela escola
compartilhando as dificuldades e o enfrentamento na busca por soluções.
Com a implantação do Ensino Fundamental de Nove Anos, a escola se
organizará na abertura de espaço em momentos de reuniões pedagógicas para
discussões sobre a nova Legislação, acompanhamento da Equipe Pedagógica
aos professores na elaboração de ações que venham a melhorar a adequação da
escola com relação ao novo alunado. Quanto a articulação entre a educação
infantil e anos iniciais do Ensino Fundamental, anos finais do Ensino Fundamental
e Ensino Médio, à medida do possível, há preocupação no sentido de procurar
informações sobre os alunos, a cerca das práticas pedagógicas realizadas nas
séries iniciais buscando assim articular as etapas de ensino, as concepções de
educação e também avaliação da aprendizagem, além de oportunizar a Formação
Continuada dos Profissionais da escola para o aprimoramento teórico-
metodológico, na forma de trocas de experiências, estudos sistemáticos e
oficinas;
Na organização dos espaços e tempos escolares, horários, recreio, as
adaptações serão feitas à medida do necessário, propondo discussões e ações
223
para melhoria do espaço físico e adequações necessárias em todo o âmbito
escola.
Como a idade é a mesma e a mudança com relação à série é sistemática
há preocupação da escola com os alunos que todos os anos chegam das séries
iniciais do Ensino Fundamental. Desta forma, ressalta-se o trabalho das
Instâncias Colegiadas no acompanhamento das mudanças e organização da
escola no intuito de buscar alternativas para a resolução de problemas junto à
SUDE e outros a fim de viabilizar as adaptações verificadas ou necessárias às
mudanças, além de cada segmento na sugestão de melhorias. Buscar a criação
e efetivação do Grêmio Estudantil para garantir a representação dos alunos neste
processo participativo como sujeito atuante, facilitando através da
representatividade do seu segmento a interação com professores, a coleta de
informações e anseios dos mesmos para o sucesso ensino aprendizagem.
Portanto, este estabelecimento de ensino, através do trabalho realizado
pela comunidade interna e externa e dos recursos disponíveis, primará pela
garantia da qualidade de ensino e a promoção da aprendizagem.
AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL DO P.P.P.
O Projeto Político Pedagógico foi aprovado pelo Conselho Escolar e será
por este conselho reavaliado a qualquer momento se houver necessidade e com
a periodicidade em todo o início do ano letivo pela comunidade escolar,
professores, alunos, direção, equipe pedagógica, funcionários, pais, alunos
representantes da APMF e do conselho escolar.
Tapira, 10 de agosto de 2012.
REFERÊNCIAS
224
___________. Educação Inclusiva: com os pingos no “is”. Porto
Alegre, RS: Mediação, 2004. 8º edição revista e ampliada. Campinas, SP. Autores
Associados, 2003.
ARROYO, Miguel Gonzáles. Escola, Cidadania e participação no
campo. Brasilia. Em Aberto. setembro, 1982.
BRASIL, Ministério de Educação e Cultura. Lei de Diretrizes e Bases da
Educação Brasileira: Lei nº 9.394 de 20 de dezembro de 1996. Brasília. 30p.
BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação
Fundamental. Referenciais para a formação de professores. Brasília:
MEC/SEF, 1999.
CARVALHO, Rosita Edler. Removendo Barreiras para aprendizagem:
educação inclusiva. Porto Alegre: Mediação, 2000.
SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO. Educação Fundamental
da Rede de Educação Básica do Estado do Paraná. SEED-PR, Julho 2006.
SAVIANI, Dermeval. Pedagogia histórico-crítica: Primeiras
aproximações. 2. ed. São Paulo: Cortez/Autores Associados, 1991.
ANEXOS
PLANO DE AÇÃO DO PEDAGOGO
Equipe Pedagógica: Cristina Mendes Modesto (EJA)
Rosângela Marques Goulart Moreira
Solange Nunes Passamani
Justificativa:
A Equipe Pedagógica tem a função de articular, juntamente com o diretor, formas
de organização do trabalho pedagógico que garantam a aprendizagem de todos. A
mesma tem por objetivo auxiliar no processo de ensino-aprendizagem, tendo como
componente curricular central a prática pedagógica que permeia todo processo de
formação, criando meios para melhorar o trabalho através de reuniões pedagógicas,
grupos de estudos, para que junto com o corpo docente encontrem novos caminhos com
uma visão realista de transformação no âmbito da escola.
Diante do contexto em que os alunos deste Colégio estão inseridos, o trabalho
pedagógico tem por finalidade superar os obstáculos existentes, as preocupações para
que o ensino seja de qualidade, buscando formar cidadãos capazes de interferir
criticamente na realidade considerando as expectativas e as necessidades dos alunos,
dos pais, dos professores, enfim dos envolvidos diretamente no processo educativo.
O acompanhamento Pedagógico priorizará pela gestão democrática e
participativa, trabalho coletivo, ética profissional, educação pública gratuita e de qualidade
com comprometimento político pedagógico.
Objetivos Gerais:
Envolver todos os profissionais inseridos no processo ensino aprendizagem
com relação ao cumprimento dos objetivos da educação e da escola;
Trabalhar para uma integração constante entre professor – escola –
comunidade;
Favorecer a autonomia intelectual de todos os envolvidos no processo
educativo, incentivando a manifestação dos questionamentos, a reflexão e a
apresentação de alternativas para solucionar problemas;
Criar condições para que todos os alunos adquiram conhecimentos e
aprendam os conteúdos necessários para a compreensão da realidade e de participação
em relações sociais, políticas, econômicas e culturais.
Manter um relacionamento como elo entre si e todos os professores na
construção e discussão do planejamento curricular, de pequenos projetos bem como na
construção da proposta pedagógica da escola e conduzindo todo o corpo docente a uma
reflexão sobre o sentido da avaliação: o quê, como e por que avaliar?
AÇÕES A SEREM DESENVOLVIDAS NO DECORRER DO ANO LETIVO:
Ouvir os alunos no pré conselho para que partindo desse, possamos
melhorar a qualidade de ensino e propor compromisso com os mesmos em relação ao
que foi relatado sobre sua aprendizagem no conselho de classe planejando ações em
conjunto com o coletivo da escola.
Promover uma parceria entre educandos e professores, onde será realizado
um trabalho de reforço, em contra turno, para os alunos que se encontram com maiores
dificuldades de aprendizagem.
Construção e implementação do Projeto Político Pedagógico da escola com
a participação da comunidade escolar.
Organização do trabalho Pedagógico no coletivo da escola, participando e
intervindo junto à direção no sentido de realizar a função social e a especificidade da
educação escolar.
Formação Continuada dos Profissionais da Escola - (Cronograma da SEED).
Coordenar a elaboração do Plano de Trabalho Docente e a Proposta
Curricular Pedagógica juntamente com os professores.
Apresentar propostas, alternativas, sugestões e ou/ críticas que promovam o
desenvolvimento e o aprimoramento do trabalho pedagógico escolar, conforme o Projeto
Político – Pedagógico, a Proposta Curricular, o Plano de Ação da Escola e as Políticas
Educacionais da SEED.
Planejar e organizar espaço e tempo na escola para avaliações e
recuperação de estudos.
Programar a proposta curricular da escola de acordo com as Políticas
Educacionais da SEED/PR e com as Diretrizes Curriculares Nacionais e Estaduais.
Elaborar projetos de intervenção na realidade escolar para a melhoria do
processo educativo e acompanhar o trabalho pedagógico desenvolvido pelos professores.
Assessorar o professor no planejamento, quanto a seleção de conteúdos e
transposição didática em consonância com os objetivos expressos no Plano de Trabalho
Docente e o atendimento as dificuldades de aprendizagem.
Levantar e informar ao coletivo dos profissionais da escola e comunidade os
dados de aproveitamento escolar
Assessorar o professor na seleção e aquisição de materiais e equipamentos
de uso didático pedagógico, bem como a organização do acervo de livros, DVDS e
materiais didáticos.
Desenvolver processo de Gestão Colegiada entre os profissionais da
educação.
Oportunizar a Formação Continuada dos Profissionais da escola para o
aprimoramento teórico-metodológico, na forma de trocas de experiências, estudos
sistemáticos e oficinas.
Pesquisar e fornecer subsídios teórico-metodológicos para o estudo do
professor e atender necessidades do trabalho Pedagógico.
Desenvolver atividades de interação escola comunidade nas decisões
pedagógicas e promover reuniões de caráter formativo e informativo.
Participar do Conselho Escolar subsidiando teórica e metodologicamente as
reflexões e decisões sobre o trabalho pedagógico escolar.
Propiciar a participação dos alunos nos diversos momentos e órgãos
colegiados da escola.
Analisar as propostas de natureza pedagógica a serem implantadas na
escola, observando a legislação educacional em vigor e o Estatuto da Criança e do
Adolescente, como fundamentos da prática educativa.
Convidar profissionais qualificados: Psicólogo, Juiz, Promotor e outros para
desenvolverem palestras sobre educação sexual, drogas na adolescência, indisciplina na
escola, relação pais e filhos, escolha da profissão, etc.
Oportunizar aos pais, alunos jovens e adultos o conhecimento da Proposta
Pedagógica e Regimento da escola.
Organizar e coordenar o Conselho de Classe de forma a garantir um
processo coletivo de reflexão – ação sobre o trabalho pedagógico, buscando assim
corrigir problemas com relação ao ensino-aprendizagem.
Acompanhar e assessorar o professor na seleção de procedimentos de
avaliação do rendimento da aprendizagem adequando-os aos objetivos educacionais
previsto na Proposta Pedagógica Curricular.
Orientar e acompanhar o sistema de avaliação, de modo a garantir as
condições básicas para a efetivação do processo de socialização e apropriação do
conhecimento científico.
Auxiliar metodologicamente as diversas atividades desenvolvidas pelo
professor em sala de aula.
Estabelecer contato com os pais oportunizando o acompanhamento quanto
ao rendimento escolar, ampliando os espaços de participação, de democratização das
relações.
Organizar junto aos professores a participação dos alunos na Semana
Cultural e Esportiva, Grêmio Estudantil, concursos de poesias, FERA, campeonato de
Xadrez, OBA (Olimpíadas Brasileira de Astronomia), OBMEP (Olimpíada Brasileira de
Matemática da Escola Pública), Olimpíada de Português, outras atividades educacionais.
Verificar planejamento e acompanhar os trabalhos escolares como forma de
coleta de dados, para serem apreciados e analisados pelos professores para melhoria da
aprendizagem.
Proporcionar atendimento individualizado aos alunos do ensino regular, pela
Equipe Pedagógica, após cada conselho de classe, para falar sobre os resultados obtidos
no bimestre, registrando esses dados em fichas individuais.
Promover a construção de estratégias pedagógicas de superação de todas
as formas de discriminação, preconceito e exclusão social e de ampliação do
compromisso ético – político com a comunidade escolar.
O professor pedagogo tem funções no contexto pedagógico e também no
administrativo, tais como:
Orientar e acompanhar a elaboração dos guias de estudos de cada
disciplina;
Coordenar e acompanhar ações pedagógicas descentralizadas e exames
supletivos quando, no estabelecimento, não houver coordenação (ões) específica(s)
dessa(s) ação (ões).
Acompanhar o estágio não obrigatório.
“Todos os educadores seriamente interessados na ciência da educação, entre elas a Pedagogia, precisam concentrar esforços em propostas de intervenção pedagógica na várias esferas do educativo para enfrentamento dos desafios colocados pelas novas realidades do mundo contemporâneo”
(autor desconhecido)
PLANO DE AÇÃO NA GESTÃO DA ESCOLA - 2012 a 2014
COLÉGIO ESTADUAL PRESIDENTE CASTELO BRANCO
ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
Endereço: Rua Rio Negro, 1460
Bairro Centro CEP: 87.830-000
Fone: (44) 3679-1303
E-mail: [email protected]
Município: Tapira Cód. 2710
Dependência administrativa: Secretaria de Estado da Educação (SEED)
Núcleo Regional de Educação (N.R.E) Umuarama Cód. 028
Entidade Mantenedora: Governo do Estado do Paraná
Modalidade: 5a a 8a Séries - Educação de Jovens e Adultos (EJA) Ensino
Fundamental Fase II e Ensino Médio
Número de alunos/alunas: 386
Funcionamento em 03 (três) períodos
Manhã: 07:40 às 12:00
Tarde: 13:00 às 17:20
Noite: 19:00 às 23:10
DIRETOR: Francisco Perecin
DIRETORA AUXILIAR: Eliana Taglianetti Ferreira
CARACTERIZAÇÃO DA UNIDADE ESCOLAR
APRESENTAÇÃO DA ESCOLA
Histórico
Este Estabelecimento foi criado pelo Decreto nº 8.933/68 de 14 de fevereiro de 1968
e autorizado para funcionar pela Portaria nº 1667/68 publicado no Diário Oficial de 15 de
fevereiro de 1968, com a denominação de “Ginásio Estadual de Tapira”. Aos sete dias do
mês de março de 1968, procedeu-se a instalação do referido Ginásio iniciando-se assim
suas atividades a 15 de março de 1968, utilizando dependências cedidas pelo Grupo
Escolar Campos Sales, sito à Rua Paranaguá com a Rua Irati S/N, sendo sua primeira
Diretora a Professora Pierina Inácio Ferrari, Portaria nº 2.521/68, e a primeira Secretária
Deauzea Camargo Vieira, Portaria nº 2.815/68.
Patrono - HUMBERTO DE ALENCAR CASTELO BRANCO.
A comunidade escolar é formada por alunos oriundos, em sua maioria, de famílias
onde os pais trabalham como diaristas no corte e plantio de cana, nas lavouras de
mandioca, pequenas granjas, sericicultura, pecuária, trabalhadores nas pequenas
indústrias do município. Os alunos da EJA são trabalhadores de fábricas, funcionários
públicos, domésticas e também trabalhadores rurais, de baixa renda, que vem à escola
após uma longa jornada de trabalho e que necessitam continuar os estudos para
ingressarem ou continuarem no trabalho.
A escola tem, portanto, a finalidade de preparar o indivíduo para o exercício da
cidadania e para o mundo do trabalho, bem como possibilitar sua atuação de forma
representativa na sociedade como agente de transformação.
Recursos Físicos e Pedagógicos
TV Multimídia; laboratórios: PROINFO e PARANÁ DIGITAL; acervo Bibliotecário; Data
Show; Jogos; Aparelhos de som CD; Aparelhos de DVD; Mapas Diversos; Globos
Terrestres; Esquadros/réguas e compasso; Materiais de Educação Física; Retroprojetor;
Coleções DVD / Vídeo TV Escola.
Recursos Humanos
Diretor; Agentes Educacionais I e II (07); Professores de Arte (01), Ciências (03);
Educação Física (01), Ensino Religioso (01), Geografia (03), História (02), Língua
Portuguesa (03), Matemática (03), Inglês (01); Sala de Recursos (01); Sala de DV (01);
Professora Readaptada (01); Pedagoga (01).
LINHAS BÁSICAS DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO DA ESCOLA
O Colégio Estadual Presidente Castelo Branco se preocupa em trabalhar
conteúdos que estejam em consonância com as questões que marcam cada momento
histórico, vinculado a melhoria da escola, e esta, por sua vez, a mudança educativa,
entendendo que a mesma não é propriedade de ninguém, é a soma de todo o
conhecimento coletivo.
Desta forma, desenvolver um trabalho de gestão democrática e compartilhada
fortalecido, com a participação dos diferentes segmentos da comunidade escolar visando
a partir da realidade da mesma estabelecer parâmetros de análise dos problemas e ações
coletivas para solucioná-los, cumprindo e fazendo cumprir as determinações emanadas
da Secretaria de Estado da Educação, assim como a construção do Projeto Político
Pedagógico em consonância com as Diretrizes Curriculares Estaduais; incentivar o hábito
da leitura e da pesquisa e a utilização dos recursos tecnológicos como meio de promover
o crescimento e a formação do sujeito crítico e atuante; propiciar um ambiente
harmonioso na escola salientando o respeito a unicidade e a diversidade como condição
de valorização do ser humano através de ações produzidas pelo coletivo escolar.
Como concepção de homem, entende-se a expectativa em relação ao cidadão que
queremos formar, o desenvolver da consciência crítica e criativa que o permita interagir
socialmente, e, de ensino aprendizagem, uma educação que transforme o homem para a
compreensão do mundo, o entendimento e interpretação dos seus fenômenos,
destacando a importância do trabalho escolar para seu desenvolvimento, bem como a
reformulação constante da prática escolar. A avaliação é continua, cumulativa e
processual devendo refletir o desenvolvimento global do aluno e considerar as
características individuais destes, com instrumentos avaliativos diversificados: provas
orais e escritas, objetivas, trabalhos em grupo ou individual, seminários, debates,
produção de textos, pesquisas bibliográficas, recursos audiovisuais.
INDICADORES
A contemporaneidade assistida pela tecnologia da informação, o crescente
favorecimento na utilização de recursos tecnológicos e a supremacia do papel da escola
diante de uma nova perspectiva social propõe a necessidade de um novo modelo de
gestão democrática. Nesse sentido, há de se contemplar propostas educativas pautadas
no contexto social da escola firmado em ações elaboradas em parceria com toda a
comunidade afim de que, no coletivo, sejam priorizadas a unicidade e a diversidade.
Os diferentes processos de gestão são, portanto, a somatória de todos os
esforços na representação de cada um dos segmentos envolvidos no processo educativo
com vistas à garantia do sucesso ensino-aprendizagem: os resultados obtidos e a análise
do Projeto Político Pedagógico, repensando seus objetivos, sucessos e fragilidades, as
dificuldades encontradas e re-elaboração das ações que contemplem todas as
possibilidades de re-estruturação da escola nos diversos aspectos de que é composta; na
gestão participativa, o papel do gestor em estabelecer relação concreta de parcerias com
os demais profissionais da educação e o colegiado escolar; o trabalho pedagógico em
conjunto focado na individualidade do aluno e na família; valorização do profissional da
educação; reuniões periódicas para discussão de assuntos pertinentes ao bom
andamento do trabalho pedagógico e do sucesso escolar do aluno; o compromisso de
todos os segmentos da comunidade escolar com o objetivo primeiro de fazer da escola
um ambiente acolhedor, agradável, que privilegie o saber considerando as peculiaridades
de seu alunado e seu contexto social.
Na gestão pedagógica, a elaboração do Projeto Político Pedagógico é a condição
que a escola tem de afirmação da sua autonomia. O PPP é um documento de elaboração
coletiva que envolve toda a comunidade escolar no intuito de elencar os objetivos, situar a
escola dentro de uma realidade levantando problemas que se constituirão em metas para
a implementação de ideias que busquem a melhoria do processo educativo. A partir dele,
cria-se a Proposta Pedagógica, onde será definida a linha de ensino e atuação a ser
realizada na escola, através de planos de ação que resultarão no plano de trabalho
docente, onde é observada a realidade de cada turma, bem como suas especificidades e
diversidade.
QUADRO DE METAS
INDICA-DORES
A ESCOLA QUE TEMOS HOJE
A ESCOLA QUE PRETENDEMOS
O QUE VAMOS FAZER
AÇÕES (CURTO, MÉDIO E LONGO PRAZO)
POTENCIALIDADES / DIFICULDADES
1 GESTÃO DE RESULTA -DOS EDUCA- CIONAIS
POTENCIALIDADES - Acompanhamento dos resultados do IDEB, avaliando as estatísticas dos índices de aprovação, evasão e reprovas por disciplina/série, os resultados das avaliações dos alunos para elencar prioridades, ressaltando ainda as razões da freqüência irregular e os encaminhamentos adotados para solucionar o problema, fazendo uma análise através das questões levantadas no conselho de classe, pré-conselho e pós-conselho. - Utilização do espaço das reuniões pedagógicas, planejamento e replanejamento e formação continuada para discussão de ações conjuntas; - reformulação anual do Projeto Político Pedagógico, a partir da organização coletiva e das parcerias com as Instâncias Colegiadas; - Sistema de avaliação contemplando instrumentos diversificados; - Utilização dos dados coletados no Pré Conselho para reavaliar a prática pedagógica, bem como dos demais setores da escola; - Discussão das dificuldades na questão ensino aprendizagem, no Conselho de Classe, para propor ações no coletivo da escola; - Interação com o aluno no Pós Conselho a fim de apresentar os resultados do aprendizado e relembrar compromissos; - Realização de reuniões bimestrais para integrar a família ao processo educativo apresentando os resultados, deficiências, coletar sugestões e/ou reivindicações para definir novos rumos; - Acompanhamento contínuo da freqüência dos alunos e o contato direto com os pais ou responsáveis, bem como a utilização do programa “FICA” em parceria com o Conselho Tutelar para resolução dos problemas;
A contemporaneidade assistida pela tecnologia da informação, o crescente favorecimento na utilização de recursos tecnológicos e a supremacia do papel da escola diante de uma nova perspectiva social propõe a necessidade de um novo modelo de gestão democrática. Nesse sentido, há de se contemplar propostas educativas pautadas no contexto social da escola firmado em ações elaboradas em parceria com toda a comunidade afim de que, no coletivo, sejam priorizadas a unicidade e a diversidade. A escola mais que nunca se apresenta como a instituição que
- Interagir constantemente com as outras direções na programação das atividades como reuniões e planejamentos. - Integrar o aluno nas atividades de apoio, envolvê-los em práticas pedagógicas prazerosas, valorizá-los como parte integrante da escola, fortalecer ainda mais a integração da família na vida escolar dos filhos, através da otimização de espaço para reuniões, palestras, visitas periódicas para acompanhamento dos filhos em sala. - Buscar a reformulação da prática pedagógica, propondo a reavaliação das metodologias utilizadas, bem como possibilitar momentos de interação entre as diferentes áreas do conhecimento, pedagogos e direção para troca de experiências e levantamento dos problemas e a organização de ações coletivas. - Incentivar cada vez mais o uso das tecnologias e recursos disponíveis na escola, orientando, cobrando e disponibilizando estes materiais aos professores, de forma que enriqueçam suas práticas tornando-as mais receptivas
- Parceria entre professores regentes e os das Salas de Apoio Aprendizagem e Recursos; - Incentivo e valorização do educando da EJA, proporcionando-lhes orientação e acompanhamento constante. DIFICULDADES - Conciliar as datas de Conselhos de Classe, Reuniões Pedagógicas, Planejamento e Replanejamento com professores atuando em diferentes escolas e municípios; - Elaborar aulas criativas com o uso das tecnologias disponíveis; - Rotatividade de professores e dificuldade para substituição; - Integrar e manter no Apoio à Aprendizagem, alunos faltosos e com maior déficit de aprendizagem.
recebe a sociedade como um todo, todavia fragmentada em diferentes determinantes. Entende-se, que a prática educativa exige maiores estratégias para se atender as constantes transformações que o momento requer, e, portanto, há de se repensar e redimensionar o espaço escolar para torná-lo suficiente aos novos desafios. Articulação que está focada na importantíssima tarefa do gestor, responsável direto pelo compromisso, pela autonomia e pela autenticidade da escola no cumprimento do seu papel.
aos alunos. - Fazer consulta pública com os alunos para verificar pontos positivos e negativos das práticas pedagógicas.
2 GESTÃO PARTICI-PATIVA DEMO -CRÁTICA
POTENCIALIDADES - A construção e reformulação coletiva do Projeto Político Pedagógico contou com a colaboração de todos os segmentos da comunidade escolar, considerando os valores e necessidades da escola como um todo e seu real contexto; - Com a promoção de reuniões periódicas, Pré-Conselhos e interação com os alunos, foi avaliado o grau de satisfação e as expectativas dos mesmos e dos pais com relação à escola; - Os dados coletados e dificuldades ao longo do período letivo foram utilizados para discussão de ações e melhorias; - O espaço das horas atividades foram organizados para que
A escola ideal seria aquela onde se entenda o processo educativo, garanta a transparência através das eleições democráticas para diretores, todos conheçam os aspectos legais da legislação escolar, haja envolvimento e resgate
- Proporcionar ainda mais a participação dos segmentos integrantes do Conselho Escolar e APMF nas tomadas de decisões, tão necessárias ao bom desenvolvimento educacional, visando a cooperação no âmbito das ações pedagógicas, bem como o envolvimento em encontros como: festividades, confraternizações, eventos esportivos e culturais e outros promovidos pela escola; - Envolver os diversos segmentos da
professores em contato com a Equipe Pedagógica e Diretiva, fizessem cumprir as determinações emanadas da Secretaria de Estado da Educação, como a elaboração das Propostas Pedagógicas e o Plano de Trabalho Docente em conformidade com as Diretrizes Curriculares; - Contamos com a participação da comunidade escolar e Instâncias Colegiadas nas tomadas de decisões da escola; - Foram realizadas reuniões de pais, bimestrais e específicas por turma, conforme as dificuldades encontradas; - Homenagem e valorização da turma destaque no bimestre considerando desde pontualidade e assiduidade a participação nas atividades propostas e cuidados com o patrimônio escolar; - Incentivo e menção honrosa aos alunos da escola que atingiram a média nove na somatória das disciplinas bimestralmente; - Utilização de espaços em aulas de Arte e Educação Física para demonstração coletiva de atividades culturais e trabalhos desenvolvidos pelos alunos; - No final do ano, houve a confraternização entre alunos, pais, professores e comunidade escolar com organização de apresentações natalinas e outras, valorizando a integração da família como parceira na busca do sucesso escolar dos filhos; - Foi ocupado o espaço de reuniões para divulgação e repasse de informações necessárias ao âmbito escolar, entre outros, o acompanhamento das avaliações externas, planilhas do IDEB (atual 3.8 – Projeção 4.5), Olimpíadas e Prova Brasil, análise dos indicadores e a projeção que se faz; - Interação entre as Equipes de Trabalho: Diretiva, Administrativa, Agentes, Professores e Pedagogos. DIFICULDADES - Ter a participação efetiva do corpo docente em reuniões propostas devido aos horários de trabalho em outros estabelecimentos; - Obter o acompanhamento e a participação satisfatória de pais de alunos, especificamente os com maiores dificuldades de aprendizagem e os faltosos; - A falta de professor efetivo para atendimento em Sala de Apoio e
do papel da família trazendo-a para o seio da escola fazendo-a reconhecer a sua atuação enquanto instância primeira, que haja o favorecimento de trabalhos de parceria com toda a comunidade na qual a escola está inserida e mantenha integrado o processo de formação continuada do profissional da educação, ou seja, uma somatória das ferramentas essenciais para se propor uma educação de qualidade capaz de proporcionar ao indivíduo a condição de cidadão atuante no meio.
escola, através da parceria com as Instâncias Colegiadas, no sentido de mobilização e compreensão da importância de se organizar e somar esforços para melhoria do IDEB. - Buscar a criação e efetivação do Grêmio Estudantil para garantir a representação dos alunos neste processo participativo como sujeito atuante, facilitando através da representatividade do seu segmento a interação com professores, a coleta de informações e anseios dos mesmos para o sucesso ensino aprendizagem. - Orientar pais ou responsáveis no compromisso do acompanhamento do aluno, estabelecendo termo de compromisso, a participação efetiva nos serviços de apoio oferecidos pela escola, na interação democrática com os alunos com o objetivo de ouvi-los nas suas reivindicações e sugestões, além da abertura de espaços para a valorização como ser social, como incentivo pelas atividades desenvolvidas, ocupação de pequenos momentos para ressaltar valores como respeito, solidariedade, caráter, compromisso consigo mesmo e o próximo, entre outros. - Recuperar o IDEB de 2009 de 4.4, elevando o atual índice de 3.8 para a projeção de 4.5 em 2013, esclarecendo e conscientizando os alunos do seu objetivo e da importância para avaliação do seu aprendizado e da escola como um todo, como meta para a melhoria do processo
Aprendizagem, tendo em vista que os temporários muitas vezes só têm esse vínculo com a escola e chegam ainda alheios a um processo que deve ter uma articulação maior com todo o corpo discente, além de um trabalho diversificado.
educativo. - Disponibilizar o Regimento Escolar ao coletivo da escola de forma a garantir o conhecimento das normas legais que orientam direitos e deveres de todos, envolvendo o Grêmio Estudantil no trabalho de divulgação e socialização das informações, com o acompanhamento efetivo da Equipe Pedagógica e de Direção.
3 GESTÃO PEDAGÓ-GICA
POTENCIALIDADES - O trabalho pedagógico tem se desenvolvido pautado na organização e estudo de assuntos discutidos em reuniões previstas em calendário, formação continuada, repasses, acompanhamento ao Professor na elaboração e reformulação das Propostas Curriculares em consonância com as Diretrizes, construção e aplicação do Plano de Trabalho, registros, articulando o trabalho com os docentes e alunos, direcionando o Pré-Conselho, Conselho de Classe e Pós Conselho realizando os devidos registros, ocorrências e dificuldades a fim de articular ações junto aos demais segmentos da comunidade escolar e, em especial, a família, mantendo o acompanhamento e a avaliação do Projeto Político, sua construção e reformulação com o coletivo da escola, realizando registros de dados para replanejamentos e novas ações, formulando junto aos segmentos da comunidade escolar planos de desenvolvimento para Atividades Complementares em Contraturno, na interação com alunos, pais, professores, incentivando e direcionando o uso das tecnologias disponíveis e matriais pedagógicos. DIFICULDADES - O considerável número de evasão dos alunos da modalidade EJA devido à carga horária pesada e frequencial e a conciliação com o trabalho.
Pretendemos uma escola em que a Equipe Pedagógica esteja juntamente com a Direção trocando informações, empregando novos métodos onde se crie condições para construção de novos conhecimentos; um trabalho que prepare o aluno para realizar com coerência suas colocações sabendo argumentar e dar sua contribuição, especialmente no pré conselho que é um espaço próprio para esse fim; uma gestão que seja suficiente para criar no aluno o hábito de se envolver com comprometimento nos
- Ampliar o trabalho com o professor, acompanhando o desenvolvimento de sua prática pedagógica, o ensino-aprendizagem, dando sugestões de novas metodologias, estratégias, relatos de experiências, aproveitamento das horas atividades para organização do Plano de Trabalho Docente e outras alternativas para o aprendizado; - Orientar a comunidade escolar no cumprimento das ações previstas no Projeto Político Pedagógico, acompanhando o trabalho individual e coletivo, cobrando responsabilidades e chamando-os a participar efetivamente das tomadas de decisões. - Identificar os entraves ao sucesso escolar dos alunos, buscando um trabalho consciente e responsável do professor, atendendo e ouvindo as reivindicações dos alunos, os pontos positivos e negativos considerados no processo educativo. - Oportunizar a Formação Continuada dos Profissionais da escola para o
projetos ofertados pela escola, como apoio, recursos, atividades em contraturno, enfim, aproveitando o máximo as possibilidades existentes para enriquecer seu aprendizado.
aprimoramento teórico-metodológico, na forma de trocas de experiências, estudos sistemáticos e oficinas; - Pesquisar e fornecer subsídios teórico-metodológicos para o estudo do professor e atender necessidades do trabalho Pedagógico.
4 GESTÃO DE INCLUSÃO/ SOCIOE -DUCAÇÃO
POTENCIALIDADES - É assegurada no Projeto Político Pedagógico da escola, a ação coletiva voltada para a inclusão e diversidade, criando mecanismos de enfrentamento aos diversos preconceitos para garantir o direito ao acesso e a permanência com qualidade no processo educacional. Aos poucos a escola vem se preparando para garantir acessibilidade tanto no aspecto estrutural como na preparação dos docentes no sucesso ensino aprendizagem; - Os desafios educacionais contemporâneos responsabilizam a escola (inclusão, sustentabilidade, cidadania, etc) pela sociedade organizada e movimentos sociais. E a escola enquanto instituição social contribui no sentido de chamar para a mediação e a necessidade da explicação dos diversos fatos sociais. DIFICULDADES A fragilidade da escola em estar preparada para receber os diversos casos de inclusão sem profissional capacitado para tal; - Promover parcerias que ajudem a incentivar o educando da EJA nos estudos e a conciliação com o mundo do trabalho.
Almejamos uma escola em que todos possam ter um olhar para os inclusos, sejam de qualquer natureza, um espaço que privilegie o respeito e o acreditar nas potencialidades individuais do próximo, acreditando que a convivência é gratificante quando há compreensão, respeito e valorização do outro.
- Primar pela garantia de uma escola inclusiva e de respeito à diversidade, enfocando atitudes de respeito mútuo e a participação nas diversas atividades promovidas pela escola ao longo do ano; - Buscar ações coletivas e somar esforços para combater a evasão escolar e garantir o sucesso ensino aprendizagem, através da participação da família e Conselho Tutelar; - Convidar profissionais qualificados: Psicólogo, Juiz, Promotor e outros, para desenvolverem palestras sobre educação sexual, drogas na adolescência, indisciplina na escola, relação pais e filhos, escolha da profissão, etc, para esclarecer dúvidas e orientar um trabalho educativo diferenciado; - Promover a construção de estratégias pedagógicas de superação de todas as formas de discriminação, preconceito e exclusão social e de ampliação do compromisso ético – político com a comunidade escolar; - Buscar junto à Associação Comercial incentivo e valorização do aluno
trabalhador para melhor inseri-lo no mercado de trabalho obtendo maior qualificação e rendimento satisfatório.
5 GESTÃO DE PESSOAS
POTENCIALIDADES - A escola tem promovido reuniões de pais bimestrais para discussão dos pontos positivos e negativos encontrados no ensino aprendizagem dos filhos, casos específicos por turma e elaboração coletiva de ações para enfrentamento das dificuldades; incentivo à Formação continuada buscando o envolvimento de todos os segmentos da comunidade escolar; utilizado a hora atividade e espaços previstos em calendário para o favorecimento de troca de experiências. A Equipe Multidisciplinar da escola tem trabalhado na formulação e coordenação de atividades abordando temáticas sobre a Educação das Relações Étnico-Raciais e o Ensino da História e Cultura Afro-Brasileira, Africana e Indígena, Enfrentamento a Violência, Questão Ambiental.; participação dos segmentos da escola nas atividades promovidas pela SEED, como: Grupos de Trabalho em Rede, Grupos de Estudos aos Sábados. - Como valorização e reconhecimento do trabalho dos profissionais da educação vem sendo realizado, a cada final de ano letivo, um momento de confraternização reunindo todos os profissionais da escola, além da presença de um calendário de aniversariantes no decorrer do ano ressaltando a importância de cada data e de cada um no convívio escolar;
- A DIFICULDADES - Acompanhar o calendário sugerido de hora atividade devido ao grande número de professores atuando em várias escolas e municípios diferentes; - Escassez de professores para substituições.
A escola ideal seria a que pode sempre contar com o envolvimento de todas a comunidade escolar, envolvendo principalmente a família como ponte que viabilize melhor relacionamento com o aluno e seu aprendizado; propor uma educação que consiga comprometer todos os envolvidos, a comunidade escolar e também os que estão ao redor dela com as ações da escola, através do incentivo e troca de informações que tenham finalidade de melhorar o relacionamento entre as pessoas.
- Continuar buscando parcerias com as outras direções de escolas a fim de melhor ajuste nos horários das aulas, bem como das horas atividades e outras reuniões previstas em calendário; - Dada a necessidade de substituição de professores, buscar junto ao Núcleo Regional agilidade na solução do problema procurando conciliar horários e até mesmo elaborar horário especial provisoriamente para evitar dispensa de alunos.
6 GESTÃO DE SERVIÇOS DE APOIO (RECUR -SOS
POTENCIALIDADES A escola tem se preocupado na preservação e manutenção do patrimônio escolar, mantendo a interação com a comunidade, ouvindo seus anseios e expectativas quanto a sua função e o ensino aprendizagem, atualização e garantia da escrituração e vida escolar, transparência na prestação de contas quanto à aplicação dos recursos
Queremos nesta gestão, condições melhores de se proporcionar aos alunos e professores espaço adequado e suficiente para realização
- Insistir na reivindicação junto à Secretaria de Estado da Educação providências urgentes pela recuperação da quadra de esportes interditada; - Encontrar meios para obter a construção de salas de aula para dar suporte às
FÍSICOS E FINANC.)
recebidos, apresentação dos resultados da avaliação escolar bimestralmente aos pais e atendimento individualizado em casos específicos, disponibilizando e incentivando a utilização dos recursos didáticos disponíveis na escola e identificando novas ações junto à comunidade escolar que venham a contribuir para a qualidade da escola pública. DIFICULDADES - Espaço físico insuficiente para atendimento especializado como Sala de Recursos e de Apoio à Aprendizagem; - Necessidade de divisão de espaço físico, dificultando a prática pedagógica e atividades específicas; - Falta de recursos para atendimento a obras emergenciais,
de suas atividades, bem como atendimento eficaz da SEED para solucionar problemas e obras de urgência que tanto prejudicam a prática docente e a qualidade da escola pública.
necessidades de espaço físico na escola. - Buscar, no coletivo da escola e da sociedade na qual está inserida, somar esforços para reivindicar, por meio de abaixo-assinado, ações urgentes da SEED para a viabilização de recursos e providências que garantam espaço físico mínimo e satisfatório para garantir atendimento às necessidades educativas. - Compromisso dos docentes e do coletivo escolar com a reformulação e execução do Projeto Político Pedagógico; - Administrar os recursos financeiros no coletivo da comunidade escolar; - Propor discussões e ações para melhoria do espaço físico e adequações necessárias em todo o âmbito escolar.
METAS DE MELHORIA DO PROCESSO EDUCATIVO
Prioridades Objetivos Ações Período Público Alvo Recursos Responsáveis pela ação
Resultados esperados
Recuperação e estimativa de elevação do índice do
IDEB
Melhorar a qualidade de
ensino, reduzindo a evasão escolar e
reprovas.
Reavaliar e mudar a prática
pedagógica através de
estratégias e metodologias diversificadas que garantam uma educação de qualidade.
Utilizar novas estratégias e metodologias
para despertar no aluno o gosto
pelo aprendizado;
Reformular a
prática avaliativa mediante análise nos Conselhos de Classe do processo e da
legislação vigente conforme
Regimento Escolar.
Decorrer do ano
letivo de 2012
Alunos Recursos humanos:
professores, equipe de
gestão, equipe
pedagógica, comunidade
escolar.
Recursos Materiais:
utilização de materiais
pedagógicos e
tecnológicos disponíveis na escola
Professor; Equipe
Pedagógica; Equipe de
gestão; Instâncias
Colegiadas; Comunidade
Escolar.
Meta de 4.5 no IDEB
Valorizar o indivíduo
enquanto pessoa humana e agente de transformação social priorizando e considerando a individualidade e
o ritmo de crescimento de
cada um.
Recuperação
da Quadra de Esportes
Atender com prática desportiva em
todas as modalidades;
Propiciar condições ao professor de
desempenhar seu trabalho com o
mínimo de recursos e proporcionar ao
aluno espaço apropriado para
realização das suas aulas.
Reivindicação junto aos órgãos competentes por
meio de solicitação da
APMF e Conselho Escolar
justificando a necessidade de
tal obra.
2012 a
2014
Alunos Financeiros: oriundos da
SEED.
Equipe de Gestão /
Instâncias Colegiadas
A curto prazo, viabilizar a
prática educativa das
diversas modalidades
esportivas com qualidade
Construção de Salas de
Aula
Adequar o espaço físico para que
garanta o desenvolvimento
das práticas pedagógicas com
qualidade, em especial os
Programas de
Mobilizar a comunidade
escolar e Instâncias
Colegiadas no sentido de somar
esforços e reivindicar
atenção especial
2012 Alunos Financeiros: oriundos da
SEED.
Equipe de Gestão /
Instâncias Colegiadas
Proporcionar condições de desenvolvi-mento de
atividades com metodologias específicas e dinâmicas, bem como
Apoio à Aprendizagem.
da SEED na promoção de
espaço físico que atenda às reais
necessidades da escola a fim de
melhorar a oferta de um ensino de
qualidade.
Solicitar junto à SEED, a
construção de salas
obedecendo os procedimentos
legais e cabíveis.
recursos diferentes dos utilizados na sala regular, por meio da utilização de
jogos e materiais que favoreçam a melhoria do
ensino aprendiza-gem
Hora da Leitura
Incentivar a melhoria da prática
da leitura.
Elaborar uma proposta de ação
com o coletivo escolar a fim de
proporcionar espaço semanal
para hora da leitura na escola.
1º semestre
2012
Alunos Humanos: Professores,
Equipe Pedagógica, Equipe de Gestão,
Instâncias, Comunidade
Escolar
Equipe de Gestão, Equipe
Pedagógica, Professores.
Despertar o gosto pela
leitura; Enriqueci-mento da
qualidade de ensino.
Som Ambiente
Proporcionar a sala de aula e
ambientes da escola, espaço harmônico e de
tranquilidade com o objetivo de melhoria
da receptividade
Disponibilizar som ambiente para todos os
espaços escolares
tornando-os mais receptivos e agradáveis.
2012 Alunos e Professores
Recursos Humanos: Gestor e coletivo escolar.
Financeiros: Oriundos da
Direção Melhoria do ambiente escolar e
favorecimen-to do sucesso
escolar.
auditiva e, consequentemen-
te, do ensino aprendizagem.
Parceria com a APMF.
REFERÊNCIAS
FERREIRA, Eliana Taglianetti. Proposta em Gestão Escolar. Tapira, 2011.
http://www.portalbrasil.net/politica_presidentes_castelobranco.htm<Acessado em 30/09/2011>
PERECIN, Francisco. Proposta em Gestão Escolar. Tapira, 2011.
Projeto Político Pedagógico do Colégio Estadual Presidente Castelo Branco – EFM – TAPIRA
DIREÇÃO DIREÇÃO AUXILIAR
FRANCISCO PERECIN ELIANA TAGLIANETTI FERREIRA
RG. 858.196-7 RG. 5.105.643-4
COLÉGIO ESTADUAL PRESIDENTE CASTELO BRANCO – EFM
Rua Rio Negro, 1460 – CEP 87830-000
Fone/Fax: (44)3679-1303 E-mail:
TAPIRA - PARANÁ
PROPOSTA PEDAGÓGICA DA ATIVIDADE COMPLEMENTAR CURRICULAR EM CONTRATURNO
MACROCAMPO – Cultura e Arte TURNO – Manhã CONTEÚDO – TEATRO: Elementos Formais – Personagem; expressões: corporais, vocais, gestuais e faciais; técnica; encenação. Composição – Gêneros, técnicas, enredo, roteiro, jogos teatrais, cenografia, caracterização, maquiagem, adereços. Movimentos e Períodos: Arte Brasileira, Arte Paranaense, Arte Africana, Pop-Arte, Arte engajada, Indústria Cultural. OBJETIVOS Possibilitar uma forma de educação diversificada que favoreça o crescimento intelectual e que amplie o envolvimento dos alunos com novos conhecimentos; Abrir perspectivas de entendimento de mundo como um todo e das pessoas como iguais; Reunir e explorar todas as artes; Contribuir para a mudança de conceitos e eliminação de preconceitos; Valorização das características individuais em função de um trabalho em grupo. ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS Exploração do conhecimento a respeito do surgimento do teatro e sua finalidade, bem como os elementos que o compõem através de leituras apropriadas; Utilização de recursos audiovisuais (TV Pendrive) para a explanação sobre as diferentes formas de representações teatrais; Propiciar práticas de exercícios de expressão corporal; Socialização das ideias a respeito do conhecimento adquirido em cada etapa; Criação de peças teatrais com temas sugeridos e representações de outras baseadas na Literatura existente. AVALIAÇÃO A avaliação será realizada através da participação e desempenho nas aulas, da observação das mudanças comportamentais e da integração com o grupo. RESULTADOS ESPERADOS: PARA O ALUNO
Valorização da criatividade e do conhecimento da arte;
Contribuição na organização e planejamento individual;
Estimulação da leitura e enriquecimento do vocabulário;
Desenvolvimento do raciocínio, da memorização e da capacidade de improvisar;
Favorecimento do direito de conhecer seu potencial expressivo;
Conscientização das potencialidades: intelectual, física e emocional;
Resgate da ludicidade e do prazer criativo/artístico de atuar;
Abertura de espaço para exposição de suas emoções e intuições;
Possibilidade da descoberta da aptidão artística. PARA A ESCOLA
Ser uma forma de transmitir o conhecimento de outras culturas e poder re- passar de forma lúdica à comunidade escolar;
Ter como apoio pedagógico um grupo teatral na escola para atuar frente às comemorações e eventos;
Favorecimento do interesse dos alunos com relação aos temas tratados, através de uma forma de comunicação atrativa e abrangente. PARA A COMUNIDADE
A possibilidade de ver novas alternativas de lazer e entretenimento;
Despertar talentos ocultos. REFERÊNCIAS AMORIM Etori Caldeira, et al. Teatros Educativos: Dramatizações sobre temas e datas importantes do ano. São Paulo: Editora Mundo e Missão, 2004.
TEATRO. Disponível em <http://wikipedia.org./wiki/Teatro>acessado em: 24 maio
2011. O TEATRO NA ESCOLA. Disponível em <http:/www.efdeportes.com/efd50/teatro1.htm> acessado em: 24 maio 2011.
Tapira, 09 de abril de 2012.
PROJETO TIGRES
PMPR – 7º BPM – 1ª CIA - TAPIRA
1 DADOS DE IDENTIFICAÇÃO
1.1 Comandante do 7º Batalhão: Maj. QOPM Cardozo.
1.2 Sub-Comandante do 7º Batalhão: Cap. Kamakawa
1.3 Comandante da 1ª CIA: 1º Ten. QOPM Cláudio.
1.4 Comandante do DPM de Tapira: Cb. QPMG Claudemir.
1.5 Professor Responsável: Sd. QPMG Jônatas
1.6 Local de realização: Ginásio de Esportes de Tapira
1.7 Nome do Projeto: TIGRES - PMPR
2) TÍTULO DO PROJETO
TIGRES – PMPR
3) INTRODUÇÃO E JUSTIFICATIVA
A prática de esportes vem sendo amplamente utilizada como veículo para alcançar
melhorias sociais. Praticando um esporte, o participante aprende regras, a noção de
perder e vencer, e principalmente na perspectiva de que, se ele se prepara
adequadamente, as vitórias surgirão, onde isto irá auxiliá-lo na vivencia em sociedade de
todas as formas.
O projeto TIGRES surge sob esta ótica.
Observando as pequenas alterações dos alunos, principalmente no quesito
comportamento na Escola Estadual Castelo Branco, notou-se que são os mesmos alunos
que, desde já, iniciam pequenas alterações nas ruas do município de Tapira, pois, com o
tempo ocioso que dispõem, surgem as alterações.
Assim, o TIGRES, por meio da sua ideologia de existência, explica-se abaixo:
a) Trabalho
O trabalho será um dos marcos do projeto. Atividades voluntárias de manutenção
da Escola, bem como do ginásio utilizado serão muito cobrados, bem como outras
atividades como campanhas educativas e culturais.
b) Inteligência
Qualquer aluno da Escola Estadual Castelo Branco poderá participar dos
treinamentos do TIGRES, porém, somente os alunos com média superior ou igual a 70
em todas as matérias participarão das viagens esportivas, culturais e recreativas que o
Projeto TIGRES propõe. Assim, espera-se que o aluno desenvolva o hábito de estudar.
c) Garra
Neste item, a garra significa a vontade acima da média de vencer obstáculos e
superar desafios que é tão importante na vida das pessoas e que vem sendo muito pouco
desenvolvido.
d) Responsabilidade
Através deste quesito, o aluno participante do Projeto desenvolve a
responsabilidade com seus pertences e com suas atitudes. O aluno participante do
Projeto TIGRES cuidará de seu fardamento, dias e horários dos treinos, notas na Escola
entre outros.
e) Esporte
Aprenderá os fundamentos técnicos e táticos do Voleibol, participará de amistosos
e competições esportivas, além de desfrutar dos inúmeros benefícios da prática de
atividade física.
f) Saúde
Sabe-se dos inúmeros benefícios da atividade física para a saúde dos indivíduos.
O TIGRES, por meio das atividades propostas, irá contribuir para que os participantes não
desenvolvam doenças crônicas futuras bem como espera-se diminuir os casos de
sobrepeso e obesidade nos participantes.
Assim, surgiu o nome Projeto observando os 6 princípios, além de associar o
Projeto ao animal TIGRE, que surge como uma figura imponente e que motiva os
participantes a ingressarem e continuarem no Projeto.
Trabalho + Inteligência + Garra + Responsabilidade + Esporte + Saúde = TIGRES.
4 OBJETIVOS
4.1 OBJETIVO GERAL
Ensinar o esporte Voleibol para os alunos da Escola Estadual Castelo Branco de
Tapira / PR.
4.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Ensinar Voleibol: Fundamentos, regras, noções técnicas e táticas do esporte.
Desenvolver os princípios basilares do militarismo: Disciplina e Hierarquia.
Propor atividades que vivenciem o meio militar.
Realizar atividades esportivas, culturais e educativas.
5 RECUROS HUMANOS E MATERIAIS.
5.1 RECURSOS HUMANOS
Professor: Sd. QPMG Jônatas Antonio Dias
Licenciado em Educação Física pela Faculdade Estadual de Educação, Ciências e
Letras de Paranavaí (2004-2007); Especialista em Avaliação e Prescrição do Exercício
(2008); Especialista em Educação Especial (2009).
Participantes: Alunos das 5ª e 6ª séries da Escola Estadual Castelo Branco de
Tapira.
5.2 ESPAÇO FÍSICO PARA REALIZAÇÃO DO PROJETO
Local: Ginásio de Esportes do Município de Tapira, onde, foi cedido sem custos o
espaço bem como os materiais para iniciar o projeto.
Dias e Horários dos Treinos: Terça-Feira e Quinta-Feira das 8h00 às 09h15min.
para os meninos e das 09h15 às 10h30 para as meninas que estudam no período
vespertino. No mesmo dia, no período as 13h00min as 14h15 para os meninos e das
14h15 às 15h30 para as meninas que estudam no período matutino.
OBS.: Nos dias em que o Sd. Jônatas estiver de plantão que coincidir com as
terças e quintas-feiras, não haverá treinamento.
5.3 FARDAMENTO
Professor: 4º RUPM “B3” / 5º RUPM “A”
Alunos: Camiseta da Escola Estadual Castelo Branco / Shorts preto, onde, foi
exigido para as participantes do sexo feminino que o shorts seja de tamanho próximo ao
joelho / Meia Branca.
Colégio Estadual Presidente Castelo Branco – Ensino Fundamental e Médio Proposta pedagógica Curricular
Ano: 2012
Ensino Fundamental
Disciplina: MATEMÁTICA – Sala de Apoio
APRESENTAÇÃO
A História da Matemática retrata como os conhecimentos matemáticos evoluíram
e foram importantes para a humanidade no decorrer do tempo. Entender o processo pelo
qual a Matemática foi sendo descoberta, organizada e desenvolvida, facilita a
compreensão do aluno de que novas descobertas poderão surgir e que ela não está
pronta e acabada.
Os primeiros conhecimentos matemáticos começaram a serem desenvolvido a
2000 a.C. pelos babilônios, que classificaram alguns registros da álgebra elementar. Para
Ribnikov (l987), esse período demarcou o nascimento da matemática. Contudo esse
conhecimento só emergiu mais tarde, em solo grego, nos séculos VI e V a.C. com a
civilização grega. Por volta do século VI a.C. a educação grega começou a valorizar o
ensino da leitura e da escrita, deixando a matemática para o século seguinte. Já no
século XVII d.C., aconteceu a sistematização das matemáticas estáticas, ou seja,
desenvolveram-se a aritmética, a geometria álgebra e a trigonometria (RIBNIKOV 1987).
A matemática sofreu muitas mudanças e inovações até chegar na matemática que temos
nos dias de hoje.
O século XVI demarcou um novo período de sistematização deste conhecimento,
denominado de matemáticas de grandezas variáveis. As descobertas matemáticas deste
período contribuíram para uma fase de grande progresso científico e econômico aplicado
na construção, aperfeiçoamento e uso produtivo de máquinas e equipamentos. O ensino
da Matemática objetivava preparar os jovens ao exercício de atividades ligada ao
comércio, arquitetura, música, geografia, astronomia, artes da navegação, da medicina e
da guerra.
No Brasil, na metade do século XVI, os jesuítas instalaram colégios católicos com
uma educação de caráter clássico-humanista, contribuindo para o processo pelo qual a
Matemática viria a ser introduzida como disciplina nos currículos da escola brasileira.
No século XVII, a Matemática desempenhou papel fundamental para
comprovação e generalização de resultados. Surgiu a concepção de lei quantitativa que
levou ao conceito de função e do cálculo infinitesimal. Esses elementos caracterizavam as
bases da Matemática que se conhece hoje.
Desde o final do século XVI ao início do século XIX, o ensino da Matemática
desdobrado em aritmética, geometria, álgebra e trigonometria, contribuiu para formar
engenheiros, geógrafos e topógrafos.
O desenvolvimento matemático do século XIX foi denominado por Ribnikov (1987)
como o período das matemáticas contemporâneas.
No final do século XIX e início do século XX, o ensino da Matemática foi discutido
em encontros internacionais, nos quais se elaboraram propostas pedagógicas que
contribuíram para legitimar a Matemática com disciplina escolar e para vincular seu
ensino com os ideais e as exigências advindas das transformações sociais e econômicas
dos últimos séculos.
Matemáticos, antes pesquisadores, tornaram-se também professores e passaram
a se preocupar mais diretamente com as questões de ensino.
O início da modernização do ensino da Matemática no Brasil aconteceu num
contexto de mudanças que promoviam a expansão da indústria nacional, o
desenvolvimento da agricultura, o aumento da população nos centros urbanos e as ideias
que agitavam o cenário político internacional, após a Primeira Guerra Mundial.
As ideias reformadoras do ensino da Matemática compactuavam discussões do
movimento da Escola Nova, que propunha um ensino orientado por uma concepção
empírico ativista ao valorizar os processos de aprendizagem e o envolvimento do
estudante em atividades de pesquisa, lúdicas, resolução de problemas, jogos e
experimentos.
A proposta básica do escolanovismo era o desenvolvimento da criatividade e das
potencialidades e interesses individuais. O estudante era considerado o centro do
processo e o professor, o orientador da aprendizagem.
Outras tendências, influenciaram o ensino da Matemática em nosso país. Até o
final da década de 1950, a tendência que prevaleceu no Brasil foi a formalista clássica.
Após a década de 1950, observou-se a tendência formalista moderna que
valorizava a lógica estrutural das ideias matemáticas, com a reformulação do currículo
escolar, por meio do Movimento da Matemática Moderna. Com esta tendência, tinha-se
uma abordagem “internalista” da disciplina. O ensino era centrado no professor, que
demonstrava os conteúdos em sala de aula.
O Movimento da Matemática Moderna também motivou o início de estudos e
debates sobre a renovação pedagógica por meio de uma discussão aberta e organizada
por alguns grupos de estudos. Mas, antes de se chegar a uma proposta diferenciada
para o ensino e a aprendizagem dessa disciplina no país, vivenciamos um período no
qual sobressaiu a escola tecnicista.
A pedagogia tecnicista não se centrava no professor ou no estudante, mas nos
objetivos instrucionais, nos recursos e nas técnicas de ensino.
Já a tendência construtivista surgiu no Brasil a partir das décadas de 1960 e
1970, e se estabeleceu como meio favorável para discutir o ensino da Matemática na
década de 1980. Nesta tendência, o conhecimento matemático resultava de ações
interativas e reflexivas dos estudantes no ambiente ou nas atividades pedagógicas.
A tendência pedagógica socioetnocultural surgiu a partir da discussão sobre a
ineficiência do Movimento Modernista. Aspectos socioculturais da Educação Matemática
foram valorizados e suas bases teórica e prática estavam na Etnomatemática.
Sob essa perspectiva, a matemática deixou de ser vista como um conjunto de
conhecimentos universais e teoricamente bem definidos e passou a ser considerada
como um saber dinâmico, prático e relativo. A relação professor-estudante, nesta
concepção, era a dialógica, isto é, privilegiava a troca de conhecimentos entre ambos e
atendia sempre à iniciativa dos estudantes e problemas significativos no seu contexto
cultural.
A tendência histórico-crítica surgiu, no Brasil, em meados de 1984 e, através de
sua metodologia fundamentada no materialismo histórico, buscava a construção do
conhecimento a partir da prática social, superando a crença na autonomia e na
“dependência absolutas da educação em face das condições sociais vigentes” (SAVIANI,
1997, p. 76).
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional no 9394, aprovada em 20 de
dezembro de 1996, procura adequar o ensino brasileiro às transformações do mundo do
trabalho, fruto da globalização econômica e apresenta novas interpretações para o ensino
da Matemática. A partir de sua vigência, definiram-se aspectos curriculares tanto na oferta
de disciplinas compondo a parte diversificada quanto no elenco de conteúdos das
disciplinas da Base Nacional Comum (Art. 26, Lei no 9394/96), devido à autonomia dada
às instituições para a elaboração do seu projeto pedagógico. No Paraná, nesse período,
foram criadas várias disciplinas que abordavam os campos do conhecimento da
Matemática, tais como: Geometria, Desenho Geométrico e Álgebra, mas que
fragmentavam o conhecimento da Matemática e enfraqueciam-na como disciplina.
Por outro lado, este texto de Diretriz Curricular resgata, para o processo de ensino
e aprendizagem, a importância do conteúdo matemático e da disciplina Matemática. É
imprescindível que o estudante se aproprie do conhecimento de forma que “compreenda
os conceitos e princípios matemáticos, raciocine claramente e comunique ideias
matemáticas, reconheça suas aplicações e aborde problemas matemáticos com
segurança” (LORENZATO e VILA, 1993, p. 41). Para tanto, o trabalho docente necessita
emergir da disciplina Matemática e ser organizado em torno do conteúdo matemático e,
por conseguinte, se faz necessário uma fundamentação teórica e metodológica.
Neste início de milênio, vivendo numa sociedade em constante transformação, a
tecnologia, a informação e a comunicação ocupam lugar de destaque. Acessar e utilizar
adequadamente a informação dá aos indivíduos uma bagagem cultural adequada ao
exercício da cidadania, da democracia e da liberdade.
Os impactos tecnológicos também devem ser levados em conta. A sociedade
prescinde de indivíduos que sejam capazes de dominar esta tecnologia e produzir outras,
refletir e opinar sobre elas, tendo como meta uma sociedade mais igualitária e o bem-
estar de seus membros.
A ação do professor é articular o processo pedagógico, a visão de mundo do
aluno, suas opções diante da vida, da história e do cotidiano.
O trabalho com a disciplina de Matemática requer exemplos concretos, fatos do
cotidiano e muitas outras situações que possam despertar no aluno o prazer de estudar
essa disciplina.
É importante ressaltar que, na apreensão da realidade e construção do
conhecimento, a ação e a expressão formal do pensamento constituem elementos
basilares.
Como o ensino da Matemática é uma área que engloba inúmeros saberes as
práticas devem ser contextualizadas, em situações que apontem para conhecimentos
elaborados cientificamente na busca de transformações que visam minimizar problemas
de ordem social e cultural, entretanto, deve-se ir além do senso comum valorizando o
conhecimento científico oferecendo condições para aproximação dos aspectos que vão
além daqueles observados pela aparência da realidade.
Desta forma, a Matemática é vista como um campo de investigação e de
produção de conhecimentos visando a desenvolver a educação Matemática enquanto
campo de investigação e de produção de conhecimentos – natureza científica,
melhorando a qualidade de ensino e da aprendizagem da matemática.
Os conteúdos de ensino e aprendizagem que serão trabalhados, devem contribuir
para que o estudante tenha condições de constatar regularidades matemáticas,
generalizações e apropriação de linguagem adequada para descrever e interpretar
fenômenos ligados à matemática e a outras áreas do conhecimento, oportunizando para
que o aluno compreenda e se aproprie da própria matemática concebida como um
conjunto de resultados, métodos e procedimentos, algoritmos, etc.
Pela educação matemática proporcionaremos aos estudantes a construção do
seu conhecimento, visando o desenvolvimento de valores e atitudes, às quais contribuirão
para a sua formação integral, podendo assim, agir com autonomia nas suas relações
sociais. A partir desse conhecimento adquirido, o aluno terá condições de fazer uma
análise crítica sobre questões sociais, políticas, econômicas e com suporte para
desenvolver técnicas e estratégias a serem aplicadas também a outras áreas do
conhecimento, possibilitando atribuir sentido e construir significados às idéias
matemáticas de modo a tornar-se capaz de estabelecer relações, justificar, analisar,
discutir e criar.
CONTEÚDOS BÁSICOS DO ENSINO DE MATEMÁTICA
ENSINO FUNDAMENTAL
Série/ Ano
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS
Sala de
apoio
NÚMEROS E ÁLGEBRA
Sistema de Numeração Números Naturais Potenciação e Radiciação Múltiplos e Divisores Números Fracionários Números Decimais
GRANDEZAS E MEDIDAS
Medida de Comprimento Medida de Massa Medidas de Áreas Medidas de Volume Medidas de Tempo Medidas de Ângulos Sistema Monetário.
GEOMETRIA Geometria Plana Geometria Espacial.
TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO
Dados, Tabelas e Gráficos Porcentagem.
NÚMEROS E ÁLGEBRA
Números Inteiros Números Racionais Equação e Inequação do 1º grau Razão e Proporção Regra de Três Simples.
GRANDEZAS E MEDIDAS Medidas de Temperatura Medidas de Ângulos
GEOMETRIAS Geometria Plana
Geometria Espacial Geometria Não-Euclidianas.
TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO
Pesquisa Estatística Média Aritmética Moda e Mediana Juros Simples.
NÚMEROS E ÁLGEBRA
Números Racionais e Irracionais Sistema de Equação do 1º Grau Potências Monômios e Polinômios Produtos Notáveis.
GRANDEZAS E MEDIDAS
Medida de Comprimento Medida de Área Medida de Volume Medida de ângulos.
GEOMETRIAS
Geometria Plana Geometria Espacial Geometria Analítica Geometrias Não-Euclidianas
TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO
Gráfico e Informação População e Amostra
METODOLOGIA
Nessa escola os conteúdos de Matemática serão trabalhados de forma
contextualizada buscando o resgate histórico dos conteúdos relacionando quando
possível, com as diversas situações do dia a dia do aluno, levando em conta a realidade
sócio-econômica e cultural onde a escola está inserida.
Serão utilizadas as seguintes tendências metodológicas visando o
desenvolvimento das capacidades de tomar decisões, de criar e aperfeiçoar
conhecimentos e valores, construindo desta forma a sua autonomia intelectual.
Caberá ao professor, fazer uso de práticas metodológicas como a Resolução de
Problemas, tornando as aulas mais dinâmicas e não restringindo o ensino de matemática
a modelos clássicos, como a utilização apenas da exposição oral e resolução de
exercícios.
A resolução de problemas trata-se de uma metodologia pela qual o estudante terá
a oportunidade de aplicar conhecimentos matemáticos já adquiridos em novas situações
de modo a resolver a questão proposta.
A resolução de problemas possibilita compreender os argumentos e ajuda a vê-
los como um conhecimento passível de ser apreendido pelos sujeitos do processo do
ensino aprendizagem.
A Modelagem Matemática, propõe a valorização do aluno no contexto social,
procurando levantar problemas reais, com os problemas matemáticos e resolvê-los
interpretando suas soluções na linguagem do mundo real. Esta contribui para a formação
do estudante possibilitando maneiras pelas quais os conteúdos de matemática sejam
abordados na prática.
A utilização da História da Matemática na sala de aula facilita a aprendizagem,
uma vez que a História pode esclarecer sobre as origens e aplicações da matemática,
revelando o conhecimento matemático como resultado de um processo evolutivo. Assim,
abordagem histórica é importante, porque é um fator de humanização no ensino da
matemática.
As Mídias Tecnológicas podem ser utilizada como ferramenta que dinamizam o
estudo dos conteúdos curriculares e potencializam o processo de ensino-aprendizagem.
O uso desses recursos tem suscitado novas questões, sejam elas em relação ao
currículo, a experimentação matemática, as possibilidades de surgimento de novas
metodologias de estudos que poderão facilitar a compreensão de conceitos e de novas
teorias matemáticas. O trabalho realizado com a mídias tecnológicas insere formas
diferentes de ensinar e aprender, e valorizar o processo de produção de conhecimento.
Através da Etnomatemática busca-se uma valorização dos diferentes tipos de
organização da sociedade, reconhecendo e registrando questões de relevância social que
produzem o conhecimento matemático. É uma importante fonte de investigação da
Educação Matemática, priorizando um ensino que valoriza a história e a vida dos
estudantes pelo reconhecimento e respeito as suas raízes culturais.
A Investigação Matemática será utilizada com a finalidade de dar ao aluno
oportunidade de agir como um matemático, tanto propondo questões a serem
investigadas como também na proposição do que está sendo investigado, ou seja,
através da investigação o aluno será conduzido pelo professor a procurar conhecer o que
ainda não sabe.
AVALIAÇÃO
A avaliação fornece informações que possibilitem o progresso pessoal do aluno,
bem como sua autonomia. Ela fornece, não apenas para o professor, mas principalmente
para o aluno, indicativos sobre o conhecimento e a compreensão de conceitos e
procedimentos desenvolvidos.
Nesse sentido, a avaliação é vista como instrumento a partir do qual podemos
melhorar o ensino, efetuando mudanças de rumo, utilizando métodos e instrumentos
diversificados, coerentes com as concepções e finalidades educativas.
Na avaliação utilizamos procedimentos que assegurem o acompanhamento do
pleno desenvolvimento do aluno, considerando todas as formas de raciocínio, ou seja, os
procedimentos/ métodos utilizados pelo educando para resolver uma determinada
situação-problema.
Na avaliação são considerados os resultados obtidos durante o período letivo,
num processo contínuo, expressando os seu desenvolvimento escolar, tomado na sua
melhor forma, assim os resultados das atividades avaliativas são analisadas durante o
período letivo, pelo aluno e pelo professor, observando os avanços e as necessidades
detectadas para o estabelecimento de novas ações pedagógicas.
A avaliação ocorre através de provas escritas; trabalhos em grupos e individuais;
resoluções de exercícios das Olimpíadas de matemática; seminários e relatórios.
A recuperação de estudos se dá de forma permanente e concomitante ao processo
ensino aprendizagem, e é organizada com atividades significativas, por meio de
procedimentos didático-metodológico diversificados. A recuperação de estudos, acontece
logo após a revisão de conteúdos integrado ao processo de ensino,adequando-se as
dificuldades dos alunos.
REFERÊNCIAS
__________. Etnomatemática: arte ou técnica de explicar e conhecer. São
Paulo: Scipione, 1998.
__________. Computadores, escola e sociedade. São Paulo: Scipione, 1998.
BOYER, CB. História da Matemática. São Paulo. Edgard Blücher, 1996.
BRANCO, C. E. P. C. Projeto Político Pedagógico. Tapira, 2011.
BRANCO, C. E. P. C. Regimento Escolar. Tapira, 2008.
D'AMBRÓSIO, U. Prefácio do livro Educação Matemática: representação e
construção em geometria. In: FAINGUELER NT, E. Educação Matemática:
representação e construção em geometria. Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 1999.
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Brasil. Revista Zetetiké. Campinas, ano 3, n. 4, p.1-37. 1995.
Livro Didático Público de Matemática – Secretaria de Estado da Educação/2006.
LONGEN, Adilson, Matemática Ensino Médio. 1º, 2º e 3º Série. Curitiba:
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LORENZATO. S. Por que não ensinar Geometria?
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n,4, p.3-12, jan./jun. 1995.
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VÁRIOS AUTORES. Matemática Ensino Médio. Curitiba: Secretaria de Estado
de Educação SEED-PR, 2006 – P 216.
Proposta pedagógica Curricular
Ano: 2012
Ensino Fundamental – Sala de Apoio – 6º ANO
Disciplina: LÍNGUA PORTUGUESA
Conteúdos Estruturantes: Oralidade, Leitura, Escrita
Gêneros discursivos: notícias, poemas, contos, crônicas, romances, narrativas de humor, de terror, fábulas, tiras, anúncios, resenhas, provérbios, resumos, textos argumentativos, de opinião.
Conteúdos Básicos Conteúdos Específicos Justificativa Metodologia Referências
Leitura - Conteúdo temático; - Interlocutor; - Intencionalidade do texto; - Argumentos do texto; - Contexto de produção; - Intertextualidade; - Vozes sociais presentes no texto; - Elementos composicionais do gênero; _ Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto. - Marcas linguísticas : coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos como aspas, travessão, negrito; _ Semântica : Operadores argumentativos: Polissemia; _ Expressões que denotam ironia e humor no texto.
- Interpretação textual, observando : - conteúdo temático; interlocutor... - Identificação do argumento principal e dos argumentos secundários; - Adequação e inadequação linguística; - As particularidades do texto em registro formal e informal; - Variações linguísticas; - Gêneros Literários; - Sentido denotativo e conotativo; - Textos descritivos; - Elementos básicos da narração; - Elementos básicos da dissertação; - Interpretação textual, observando : - conteúdo temático; interlocutor... - Identificação do argumento
- Para compreender e usar a Língua Portuguesa como língua materna geradora de significação e integradora da organização do mundo e da própria identidade; - para conhecimento dos diferentes gêneros literários; - Porque o conhecimento das figuras de linguagem e pensamento ajuda a compreender melhor os textos; a ser mais sensível à beleza da linguagem e ao significado figurado das palavras; - Fonologia é pré-requisito para o estudo dos encontros vocálicos; - Para compreender e usar a Língua Portuguesa como língua materna geradora de significação e integradora da organização do mundo e da própria identidade; - Para conhecimento dos
- pratica de leitura de textos de diferentes gêneros discursivos citados acima; - consideração do conhecimento prévio dos alunos; - Questionamentos que possibilitem inferências sobre o texto; - Encaminhamento de discussões e reflexões sobre: tema, finalidade, intenções, intertextualidade, aceitabilidade, informatividade, situacionalidade; -Contextualização da produção: suporte/ fonte, interlocutores, finalidade, época; - Utilização de textos verbais diversos que dialoguem com não verbais, como gráficos,fotos, imagens, mapas, e outros; - Relação do tema com o contexto atual; - Oportunização da socialização das ideias dos alunos sobre o texto;
BRANCO, C. E. P.C. Projeto Político Pedagógico. Tapira, 2011.
BRANCO, C. E. P.C. Regimento Escolar. Tapira, 2008.LUFT,
Maria Helena. A Palavra é Sua. SEED. Caderno Temático: Cultura Afro-Brasileira.SEED. Currículo Básico do Estado do Paraná. SEED. Secretaria de Estado da
Escrita - Conteúdo temático; - Interlocutor; - Intencionalidade do texto; - Informatividade; - Contexto de produção; - Intertextualidade; - Vozes sociais presentes no texto; - Elementos composicionais do gênero; - Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto; Oralidade - Conteúdo temático; - Finalidade; - Argumentos; - Papel do locutor e interlocutor; - Elementos extralinguísticos, entonação, expressão facial, corporal e gestual; pausas; - Adequação do discurso ao gênero; - Turnos de fala; - Variações linguísticas ( lexicais, semânticas, prosódicas, entre outras); - Marcas linguísticas; coesão, coerência,gírias, repetição; - Elementos semânticos; - Adequação da fala ao contexto (
principal e dos argumentos secundários; - Adequação e inadequação linguística; - As particularidades do texto em registro formal e informal; - Textos descritivos; - Interpretação textual, observando: - conteúdo temático; interlocutor... - Identificação do argumento principal e dos argumentos secundários; - Adequação e inadequação linguística; - As particularidades do texto em registro formal e informal;
diferentes gêneros literários;
- Instigação da identificação e reflexão dos sentidos de palavras e /ou expressões figuradas, bem como de expressões que denotam ironia e humor; - Promoção da percepção de recursos utilizados para determinar causa e consequência entre as partes e elementos do texto. - Planejamento da produção textual a partir: da delimitação do tema, do interlocutor, do gênero, da finalidade; - Estimulação e ampliação de leituras sobre o tema e o gênero propostos; - Acompanhamento da produção do texto; - Analise da produção textual no que diz respeito à coerência e coesão, continuidade temática, e se atende à finalidade , se a linguagem está adequada ao contexto; -Estimulação e uso das figuras de linguagem no texto; - Incentivação da utilização de recursos de causa e consequência entre as partes e elementos do texto; - Proporcionar o entendimento do papel sintático e estilístico dos pronomes na organização, retomadas e sequenciação do
Educação. Diretrizes Curriculares Estaduais da Educação Básica. Língua Portuguesa. Curitiba, 2008.
uso de conectivos, gírias e repetições, etc.); - Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e escrito.
texto; -Encaminhamento da reescritura textual: revisão dos argumentos/ das ideias, dos elementos que compõem o gênero ( exemplificando: se for noticia,observar se o fato relatado e relevante, se apresenta dados coerentes, se a linguagem é própria do suporte, se traz vozes de autoridade, etc. - Condução, na reescritura, a uma reflexão dos elementos discursivos, textuais, estruturais e normativos. - Apresentação de textos produzidos pelos alunos levando em consideração a: aceitabilidade, informatividade, situacionalidade e finalidade do texto - Proposição de reflexão sobre os argumentos utilizados nas exposições orais dos alunos, e sobre a utilização dos recursos de causa e consequência entre as partes e elementos do texto; - orientação sobre o contexto social de uso do gênero oral selecionado; -Preparação de apresentações que explorem as marcas linguísticas típicas da oralidade em seu uso formal e informal; - Estimulação da contação de historias de diferentes gêneros,
utilizando-se de recursos extralinguísticos, como entonação, expressão corporal e gestual, pausas e outros; - Propiciação da análise e comparação dos recursos veiculados em diferentes fontes como jornais, emissoras de TV, emissoras de rádio, etc., a fim de perceber a ideologia dos discursos dessas esferas; - Seleção de discursos de outros para análise dos recursos da oralidade, como cenas de desenhos, programas infanto-juvenis, entrevistas, reportagem, entre outros.
Proposta pedagógica Curricular
Ano: 2012
Ensino Fundamental – Sala de Apoio- 9º ANO
Disciplina: LÍNGUA PORTUGUESA
Conteúdos Estruturantes: Oralidade, Leitura, Escrita
Gêneros discursivos que serão trabalhados: poemas, notícias, contos, crônicas, romances, narrativas de humor, de terror, fábulas, tiras, anúncios, resenhas, provérbios, resumos, textos argumentativos, de opinião.
Conteúdos Básicos Conteúdos Específicos Justificativa Metodologia Referências
Leitura - Conteúdo temático; - Interlocutor; - Intencionalidade do texto; - Argumentos do texto; - Contexto de produção; - Intertextualidade; - Vozes sociais presentes no texto; - Elementos composicionais do gênero; _ Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto. - Marcas linguísticas : coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos como aspas, travessão, negrito; _ Semântica : Operadores argumentativos:
- Interpretação textual, observando : - conteúdo temático; interlocutor... - Identificação do argumento principal e dos argumentos secundários; - Adequação e inadequação linguística; - As particularidades do texto em registro formal e informal; - Variações linguísticas; - Gêneros Literários; - Sentido denotativo e conotativo; - Figuras de Linguagem e de pensamento; - Noções de versificação; - Fonologia; - Encontros Vocálicos;
- Para compreender e usar a Língua Portuguesa como língua materna geradora de significação e integradora da organização do mundo e da própria identidade; - para conhecimento dos diferentes gêneros literários; - Porque o conhecimento das figuras de linguagem e pensamento ajuda a compreender melhor os textos; a ser mais sensível à beleza da linguagem e ao significado figurado das palavras; - Fonologia é pré-requisito para o estudo dos encontros vocálicos; - Para melhor conhecer os processos que formam as palavras, possibilitando assim
- pratica de leitura de textos de diferentes gêneros discursivos citados acima; - consideração do conhecimento prévio dos alunos; - Questionamentos que possibilitem inferências sobre o texto; - Encaminhamento de discussões e reflexões sobre: tema, finalidade, intenções, intertextualidade, aceitabilidade, informatividade, situacionalidade; -Contextualização da produção: suporte/ fonte, interlocutores, finalidade, época; - Utilização de textos verbais diversos que dialoguem com não verbais, como gráficos,fotos, imagens, mapas, e outros; - Relação do tema com o contexto
BRANCO, C. E. P.C. Projeto Político Pedagógico. Tapira, 2011.
BRANCO, C. E. P.C. Regimento Escolar. Tapira, 2008.LUFT,
Maria Helena. A Palavra é Sua. SEED. Caderno Temático: Cultura Afro-Brasileira.SEED. Currículo Básico do Estado do Paraná. SEED.
Polissemia; _ Expressões que denotam ironia e humor no texto. Escrita - Conteúdo temático; - Interlocutor; - Intencionalidade do texto; - Informatividade; - Contexto de produção; - Intertextualidade; - Vozes sociais presentes no texto; - Elementos composicionais do gênero; - Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto; - Marcas linguísticas : coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, conectores, pontuação, recursos gráficos como aspas, travessão, negrito. -Sintaxe de Concordância verbal e nominal; Sintaxe de regência; Processo de formação de palavras; - Semântica : ( Operadores argumentativos; - Modalizadores; - Polissemia; - Expressões que denotam ironia e humor no texto.
- Estrutura e formação de palavras; - Textos descritivos; - Classes gramaticais na estrutura dos enunciados; - Elementos básicos da narração; - Elementos básicos da dissertação; - Classificação e flexão dos substantivos e adjetivos; - Elementos básicos da dissertação;
compreender melhor quanto ao conteúdo significativo e com que intenção elas foram usadas num ato de comunicação.; - acentuação gráfica é uma exigência que se impõe a quem, em situações formais, utiliza a língua escrita culta.
atual; - Oportunização da socialização das ideias dos alunos sobre o texto; - Instigação da identificação e reflexão dos sentidos de palavras e /ou expressões figuradas, bem como de expressões que denotam ironia e humor; - Promoção da percepção de recursos utilizados para determinar causa e consequência entre as partes e elementos do texto. - Planejamento da produção textual a partir: da delimitação do tema, do interlocutor, do gênero, da finalidade; - Estimulação e ampliação de leituras sobre o tema e o gênero propostos; - Acompanhamento da produção do texto; - Analise da produção textual no que diz respeito à coerência e coesão, continuidade temática, e se atende à finalidade , se a linguagem está adequada ao contexto; -Estimulação e uso das figuras de linguagem no texto; - Incentivação da utilização de recursos de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;
Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares Estaduais da Educação Básica. Língua Portuguesa. Curitiba, 2008.
Oralidade - Conteúdo temático; - Finalidade; - Argumentos; - Papel do locutor e interlocutor; - Elementos extralinguísticos, entonação, expressão facial, corporal e gestual; pausas; - Adequação do discurso ao gênero; - Turnos de fala; - Variações linguísticas ( lexicais, semânticas, prosódicas, entre outras); - Marcas linguísticas; coesão, coerência,gírias, repetição; - Elementos semânticos; - Adequação da fala ao contexto ( uso de conectivos, gírias e repetições, etc.); - Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e escrito.
- Proporcionar o entendimento do papel sintático e estilístico dos pronomes na organização, retomadas e sequenciação do texto; -Encaminhamento da reescritura textual: revisão dos argumentos/ das ideias, dos elementos que compõem o gênero ( exemplificando: se for noticia,observar se o fato relatado e relevante, se apresenta dados coerentes, se a linguagem é própria do suporte, se traz vozes de autoridade, etc. - Condução, na reescritura, a uma reflexão dos elementos discursivos, textuais, estruturais e normativos. - Apresentação de textos produzidos pelos alunos levando em consideração a: aceitabilidade, informatividade, situacionalidade e finalidade do texto - Proposição de reflexão sobre os argumentos utilizados nas exposições orais dos alunos, e sobre a utilização dos recursos de causa e consequência entre as partes e elementos do texto; - orientação sobre o contexto social de uso do gênero oral selecionado; -Preparação de apresentações
que explorem as marcas linguísticas típicas da oralidade em seu uso formal e informal; - Estimulação da contação de historias de diferentes gêneros, utilizando-se de recursos extralinguísticos, como entonação, expressão corporal e gestual, pausas e outros; - Propiciação da análise e comparação dos recursos veiculados em diferentes fontes como jornais, emissoras de TV, emissoras de rádio, etc., a fim de perceber a ideologia dos discursos dessas esferas; - Seleção de discursos de outros para análise dos recursos da oralidade, como cenas de desenhos, programas infanto-juvenis, entrevistas, reportagem, entre outros.