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ESCOLA ESTADUAL MONSENHOR EDUARDO E. F. RUA SÃO PAULO, N.º 212 BAIRRO KLUBEGI. Fone (046) 3262-1069 e-mail:[email protected] CEP 85.555-000 - PALMAS - PARANÁ PROJETO POLÍTICO PEDAGOGICO 2014

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ESCOLA ESTADUAL MONSENHOR EDUARDO – E. F. RUA SÃO PAULO, N.º 212 – BAIRRO KLUBEGI.

Fone (046) 3262-1069 e-mail:[email protected]

CEP 85.555-000 - PALMAS - PARANÁ

PROJETO POLÍTICO

PEDAGOGICO

2014

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SUMÁRIO

1. APRESENTAÇÃO............................................................................................. 4

2 IDENTIFICAÇÃO ............................................................................................... 6

2.1 Identificação do colégio ................................................................................... 6

2.2 Aspectos históricos ......................................................................................... 6

2.3 Espaço Físico .................................................................................................. 8

2.4 Oferta de Curso e Turmas – 2013 ................................................................... 8

2.5 Vida legal do estabelecimento de ensino ........................................................ 9

2.6 Caracterização do atendimento ...................................................................... 10

2.7 Caracterização da população .......................................................................... 10

2.8 Objetivos ......................................................................................................... 11

3 MARCO SITUACIONAL .................................................................................... 13

3.1 Prática Social .................................................................................................. 13

3.2 Aprendizagem ................................................................................................. 15

3.3 Formação Inicial e Continuada ........................................................................ 16

3.4 Organização do tempo e do espaço ............................................................... 17

3.5 Relações de Trabalho na escola .......................................................,............. 18

3.6 Participação dos pais, contradições e conflitos presentes na prática docente 18

3.7 Critérios de organização e distribuição de turmas e aulas: por turno, por pro-

fessor ...............................................................................................................

18

3.8 organização da hora-atividade ........................................................................ 19

3.9 Perfil da população atendida pelo colégio ....................................................... 20

4 FUNDAMENTAÇÃO .......................................................................................... 22

4.1 Concepção de Sociedade ............................................................................... 22

4.2 Concepção de Homem ................................................................................... 22

4.3 Concepção de educação e escola .................................................................. 23

4.4 Concepção de conhecimento ......................................................................... 24

4.5 Concepção de ensino-aprendizagem .............................................................. 25

4.6 Concepção de alfabetização e letramento....................................................... 26

4.7 Concepção de avaliação e recuperação ......................................................... 26

4.8 Concepção de cidadão e cidadania ................................................................ 27

4.9 Concepção de cultura...................................................................................... 28

4.10 Concepção de gestão democrática ............................................................... 28

4.11 Concepção de currículo ................................................................................ 29

4.11.1 O currículo e a Educação Especial ............................................................ 31

4.12 Desafios socioeducacionais .......................................................................... 31

4.12.1 Prevenção ao uso indevido às drogas ....................................................... 32

4.12.2 Educação Sexual, gênero e Diversidade Sexual ...................................... 33

4.12.3 Enfrentamento à violência contra a criança e ao adolescente ................. 34

4.12.4 Educação Fiscal e Tributária ...................................................................... 35

4.12.5 Educação Ambiental .................................................................................. 35

4.12.6 Processo de Envelhecimento, Respeito e valorização do idoso .............. 35

4.12.7 Musica ........................................................................................................ 36

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4.12.8 História do Paraná ...................................................................................... 36

4.12.9 Relações Étnico-Raciais ........................................................................... 37

4.13 Infância e Adolescência ................................................................................ 37

4.14 As tecnologias de informação e comunicação na escola .......................... 38

4.15 A inclusão e os alunos com necessidades educacionais especiais......... 40

5 MARCO OPERACIONAL ................................................................................. 43

5.1 Tipo de gestão.................................................................................................. 45

5.2. Papel específico de cada segmento da Comunidade Escolar........................ 47

5.3 Relação entre aspectos pedagógicos e administrativos................................. 48

5.4. Organização do Trabalho Pedagógico e Prática Docente.............................. 49

5.5. Órgãos Colegiados papel das Instâncias Colegiadas..................................... 51

5.6. Recursos que a Escola dispõe para realizar seu projeto................................ 55

5.7. Critérios para elaboração do Calendário Escolar............................................ 55

5.8. Critérios para a organização e utilização dos espaços educativos............. 55

5.9.Critérios de organização e distribuição de turmas e aulas:

por turno, por professor....................................................................................

56

5.10. Hora-Atividade .............................................................................................. 57

5.11. Relação entre aspectos pedagógicos e administrativos............................... 57

5.12. Avaliação da Aprendizagem, Recuperação de Estudos e Promoção.......... 57

5.13. Do Processo de Classificação....................................................................... 59

5.14. Processo de Reclassificação........................................................................ 60

5.15. Progressão Parcial....................................................................................... 61

5.16. Aproveitamento de Estudos......................................................................... 62

5.17. Adaptação..................................................................................................... 62

5.18. Sala de Recursos.......................................................................................... 62

5.19 Salas de Apoio à Aprendizagem .................................................................. 65

5.20. Programa de Atividades de Complementação Curricular............................. 67

5.21 Programa Mais Educação.............................................................................. 69

5.22. Avaliação Institucional.................................................................................. 69

5.23 Matriz Curricular............................................................................................ 71

5.24 Programa de Combate ao Abandono Escolar ............................................... 72

5.25 Brigada Escolar ........................................................................................... 76

REFERÊNCIAS .................................................................................................... 79

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1 APRESENTAÇÃO

A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, Lei nº 9394/96, artigo 12,

inciso I, prevê que “os estabelecimentos de ensino, respeitadas as normas comuns e

as do seu sistema de ensino, terão a incumbência de elaborar e executar sua proposta

pedagógica”.

Projeto no sentido etimológico vem do latim projectu, particípio passado do

verbo projicere, que significa lançar para diante. Plano, intento, desígnio (FEIGES,

2004).

O Colégio Estadual Monsenhor Eduardo em atendimento a Lei de Diretrizes e

Bases da Educação Nacional LDBEN Lei nº 9394/96 e a Secretaria Estadual de Edu-

cação do Paraná e priorizando a qualidade de ensino elaborou sua proposta de traba-

lho educacional embasada em princípios políticos e éticos buscando integração com

comunidade local. Construir o Projeto Político Pedagógico coletivamente vem ser uma

oportunidade de reflexão acerca da concepção e das finalidades que a educação hoje

necessita ter. Uma das finalidades da educação é preparar o indivíduo para a vida em

sociedade, nesse sentido é indispensável a participação da comunidade a qual a esco-

la está inserida.

O Projeto busca juntamente com a comunidade escolar uma direção na busca

do atendimento às necessidades e anseios educacionais locais. Representa uma ação

intencional, com sentido explícito, é um compromisso definido coletivamente. Ele é o

fruto da interação entre os objetivos e prioridades estabelecidas pela referida comuni-

dade escolar, que estabeleceu, através da reflexão, as ações necessárias à constru-

ção de uma nova realidade. É, antes de tudo, um trabalho que exige comprometimento

de todos os envolvidos no processo educativo: Direção, professores, equipe técnica:

equipe pedagógica e funcionários, alunos, pais e a comunidade como um todo.

Neste sentido o Colégio Estadual Monsenhor Eduardo visa concretizar uma

proposta pedagógica que fortaleça a construção de uma educação mais humana, de-

mocrática e em parceria com a família e com todos os segmentos sociais, assume

princípios democráticos, constituindo-os em espaço de transformação social. A auto-

nomia e a participação, pressupostos da proposta pedagógica, não se limitam à mera

declaração de princípios consignados neste documento, mas sim a presença sentida

de todos os envolvidos no processo educativo.

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Acreditamos como Escola, que a educação deve promover uma transforma-

ção concreta na sociedade, através da comunicação, do avanço tecnológico e dos va-

lores de vida, promovendo o bem comum e a paz universal.

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2 IDENTIFICAÇÃO:

2.1 Identificação do colégio

Colégio Estadual Monsenhor Eduardo – Ensino Fundamental

Situado a Avenida Ubirajara Araújo, 28 – Bairro Klubegi - Palmas – Paraná

Telefone 46 3262 1069

E-mail: [email protected]

Estando o mesmo jurisdicionado ao Núcleo Regional de Educação de Pato Bran-

co tendo como Entidade Mantenedora o Governo do Estado Paraná.

2.2 Aspectos históricos

O Colégio Estadual Monsenhor Eduardo – Ensino Fundamental, situado no

município de Palmas - Paraná, criada e autorizado o seu funcionamento, através da

Resolução n. 350/06, com oferta do Ensino Fundamental (6º ao 9º ano), de 13 de feve-

reiro de 2006.

Desta forma, o inicio de suas atividades didático-pedagógicas aconteceu no

mês fevereiro de 2006.

Nos anos de 2006 a 2011 funcionou provisoriamente em um prédio cedido pe-

la Prefeitura Municipal de Palmas, PR. A principio o termo de cessão de uso do espaço

foi feito por um ano, depois foi renovado.

A construção da sede própria foi iniciada em maio de 2010 com término do

mês de dezembro de 2011. Em janeiro de 2012 a escola já passou a desenvolver suas

atividades nas novas instalações.

A Escola nasceu devido a superlotação nas Escolas Estaduais existentes em

Palmas e após verificar-se estatisticamente de que o Município teria problemas de ma-

triculas para o ano letivo de 2006.

A Prefeitura de Palmas cedeu pelo prazo de um (01) ano algumas salas de

aula, na unidade escolar onde funcionava Escola Municipal Oscar Rocker, a qual mu-

dou-se para um prédio novo.

Devido a precariedade das instalações cedidas foi necessário alguns reparos

emergenciais as quais obtiveram êxito graças a colaboração de professores e alunos,

e assim foi possível iniciar as atividades pedagógicas em 13 de fevereiro de 2006, sem

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prejuízo ao calendário escolar. Também contamos com o comércio local que pronta-

mente cedeu crédito afim de que fossem adquirido os materiais necessários e indis-

pensáveis ao trabalho mesmo sem saber quando seriam reembolsados, já que ne-

nhuma verba foi recebida para implantação da escola.

A Escola foi criada pela comunidade escolar do Município de Palmas com o

nome de Escola Estadual Monsenhor Eduardo – Ensino Fundamental, em homenagem

ao Monsenhor Eduardo Rodrigues Machado filho único de Joaquim Francisco Macha-

do e Maria Rodrigues, nascido em Caldas das Taipas, Guimarães, Portugal em 17 de

julho de 1925. Naturalizado Brasileiro aos 21 de março de 1959, por seu incansável

labor para o progresso Educacional e Cultura de Palmas e da Região. Monsenhor E-

duardo foi Pároco da Paróquia de Mariópolis, Pr., Cura da Catedral e Pároco de Pal-

mas. Diretor da construção do Seminário São João Maria Vianney de Palmas, Pr.

Consultor Diocesano da Diocese de Palmas, Pr. Governador da Diocese de Palmas,

Pr. Batalhador e autor da idéia de criação das Faculdades de Palmas. Fundador do

Centro Pastoral, Educacional e Assistencial “Dom Carlos” – CPEA – de Palmas Enti-

dade Mantenedora das Faculdades de Palmas.

Além de intensa vida religiosa, dedicada com afinco a promoção humana e

cristã, Monsenhor Eduardo foi um exímio mestre na arte de educar. Ao idealizar e ba-

talhar pela criação e instalação do Ensino Superior em Palmas, PR. pioneira na nossa

região, sabia da necessidade de formar professores competentes, para oportunizar

uma educação adequada às crianças, jovens e adultos.

Monsenhor Eduardo, adotou Palmas por sua terra “Pátria” e por mais de 40

anos foi um baluarte, um guerreiro em favor da educação de Palmas e toda a região

Sudoeste do Paraná.

A Direção, corpo docente e discente da escola decidiu escolher como data

comemorativa ao Patrono, Monsenhor Eduardo 21 de março por ser aniversário de sua

naturalização como brasileiro.

O processo de solicitação de Autorização de Funcionamento da Escola Esta-

dual Monsenhor Eduardo, de forma simultânea a partir de 2006, foi protocolado sob n.

8.752.731-0 e autorizado pela Resolução n. 350/06 da SEED, de 13/02/06.

Numa caminhada de gestão democrática a escola conta hoje com Associação

de Pais, Mestres e Funcionários, - APMF, Conselho Escolar e Grêmio Estudantil.

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A Filosofia “Resgatar valores e oportunizar condições para promover um novo

ser”, foi elaborada com a participação do corpo docente, técnicos administrativos e

auxiliares de serviços gerais e também a participação dos pais.

A partir do diagnóstico da realidade da sociedade local chegou-se a conclusão

de que o progresso e a evolução de toda a comunidade deverá ter início na escola,

mantendo a qualidade de ensino e das aprendizagens dos alunos tendo como princí-

pio a estética da sensibilidade e a política a igualdade onde o valor do cidadão e a re-

lação de cidadania e trabalho na comunidade são muito importantes.

Cumprindo todas as determinações legais da Secretaria de Estado da Educação

do Paraná, esta escola vem traçando sua história, num esforço contínuo para assegu-

rar e garantir a busca da excelência na qualidade do ensino, impondo-se como uma

instituição imprescindível à construção do conhecimento acumulado ao longo das ge-

rações e para as novas gerações.

2.3 Espaço Físico

A infraestrutura da escola é composta de 11 salas de aula, 1 sala de recurso,

1 sala de apoio, sala de jogos e dependências administrativas, sendo: sala de direção,

duas salas para equipe pedagógica, sala para professores, secretaria. Também conta

com uma sala para reuniões e eventos de diversos fins, Laboratório de Ciências, ),

Laboratório de Informática, biblioteca, cozinha, banheiros masculino e feminino bem

estruturados, elevador, rampa de acesso, quadra de esportes coberta, pátio coberto e

aberto, estacionamento para professores e funcionários.

2.4 Oferta de cursos e turmas - 2013

O Colégio Estadual Monsenhor Eduardo - Ensino Fundamental e Médio está

funcionando em dois períodos: matutino e vespertino.

O período matutino funciona com: 02 (duas) turmas de 6º ano, 03 (três) tur-

mas de 7º ano, 02(duas) turmas de 8º ano 02 (duas) turmas de 9º ano e 1 de Ensino

Médio (1º ano), salas de apoio e Programa Mais Educação.

O período vespertino funciona com: 03 (três) turmas de 6º ano 02 (duas) tur-

mas de 7º ano, 02 turmas de 8º ano e 01 turma de 9º ano, salas de apoio. 01 sala de

recurso e Programa Mais Educação.

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Código do estabelecimento

01426

Município

Palmas

Código

1780

Dependência Administrativa

Estadual

NRE

Pato Branco

Código: 23

Entidade Mantenedora

Secretaria de Estado da Educação

2.5 Vida Legal do Estabelecimento de Ensino

Ato de Autorização e criação

Ato Oficial de Criação e Autorização de Funcionamento do estabelecimento

Resolução n.350/06 de 13/02/2006 pelo prazo de 01 ano a constar de

08/02/06 a 31/12/2006.

Renovação de Funcionamento

Ato Oficial de Renovação de Funcionamento do estabelecimento – Resolução

nº 3837/08 de 22/08/2008 pelo prazo de cinco anos.

Parecer do NRE de Aprovação do Regimento Escolar

Parecer 319/2005 de 07/12/2005 homologado pelo Ato Administrativo do NRE

n. 328/05 de 07/12/2005.

Modalidades de Ensino

Ensino Fundamental – 6º a 9º ano

Ensino Médio

CELEM - Espanhol

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2.6 Caracterização do atendimento

Atualmente a Escola Estadual Monsenhor Eduardo oferta:

- Ensino Fundamental do 6º ao 9º ano;

- Ensino Médio Organizado por séries;

- SALA DE RECURSOS para o Ensino Fundamental – séries finais (6º ao 9º ANO) na

área da Deficiência Mental/Intelectual e/ou Transtornos Funcionais Específicos (uma

sala no período vespertino);

- SALA DE APOIO à aprendizagem em Português e Matemática para atendimento aos

alunos de 6º e 9º Ano (uma de cada disciplina em cada período);

- OFICINAS DO PROGRAMA MAIS EDUCAÇÃO

- AULAS ESPECIALIZADAS DE TREINAMENTO ESPORTIVO

A escola tem hoje aproximadamente 600 alunos matriculados.

2.7 Caracterização da população:

Alunos e pais

Os educandos do Colégio Estadual Monsenhor Eduardo são compostos por

integrantes da classe econômica média e baixa. São filhos de comerciários, operários,

trabalhadoras domésticas, funcionários públicos entre outros.

A média da faixa etária é de 10 a 17 anos.

São alunos provenientes do próprio bairro e dos bairros adjacentes como: Di-

vino, Cascatinha, Caldeiras Serrinha, São Francisco. A grande maioria é egresso das

Escolas Municipais Oscar Rocker que situa-se ao lado de nossa escola e da Escola

Nossa Senhora de Fátima no Bairro Divino.

Os alunos são crianças e adolescentes com desenvolvimento cognitivo sau-

dável e emocionalmente abertos para a aprendizagem, com atitudes e bons valores

morais.

Contamos com pais em sua maioria que acreditam na educação e nos valores

morais e que atribuem e que acreditam que a Escola é uma Instituição a serviço da

comunidade, acreditam no valor da escola enquanto Entidade responsável pela evolu-

ção do conhecimento em prol de uma sociedade mais justa e igualitária. São pais que

acreditam e respeitam a classe de educadores incentivando seus filhos ao respeito

com os mesmos.

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Professores e funcionários:

O Corpo docente compõe-se de 45 professores graduados no Ensino Superi-

or, Especialistas e Mestres nas respectivas áreas de conhecimento que compõem a

matriz curricular do colégio, e quanto ao regime de trabalho dividem-se em: Quadro

Próprio do Magistério do Estado do Paraná e contratos pelo Regime PSS – Processo

de Seleção Simplificada com contrato temporário.

O Corpo Técnico Administrativo é formado por: 03 (três) Agentes Educacio-

nais II, 01 Agente Auxiliar Operacional e 07 (sete) Agentes Educacionais I.

Equipe de Direção: pedagogos e diretores

A Equipe de Direção é composta por uma diretora e 04 professores pedago-

gos.

2.8 Objetivos

Objetivos gerais:

- Possibilitar uma educação de qualidade voltada para a construção do conhecimento

e da cidadania formando cidadãos críticos, participativos, comunicativos e agentes

transformadores da sociedade em uma sociedade justa que tenha como princípios va-

lores morais e éticos.

- Trabalhar o conhecimento científico em prol do bem comum.

- Resgatar atitudes e valores éticos;

- Possibilitar o crescimento cognitivo e a valorização do ser humano.

- Efetivar a ação educacional, valorizando a ética, a formação de atitudes, a solidarie-

dade, o sentido de liberdade com responsabilidade;

- Preparar para o exercício da cidadania propiciando uma sociedade melhor

- Desenvolver as habilidades dos educandos, dando condições para a sua auto-

realização;

- Utilizar métodos e recursos variados conforme as fases de desenvolvimento do edu-

cando facilitando a aprendizagem

- Aprimorar as salas de apoio pedagógico

- Dar condições para a efetivação de uma educação ecológica, priorizando os cuida-

dos com o meio ambiente.

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- Possibilitar a implantação de uma cultura de paz

- Valorizar e respeitar as culturas locais

- Possibilitar o desenvolvimento de uma educação inclusiva

Objetivos específicos:

- Realizar o Plano de Trabalho docente em conjunto para que a interdisciplinaridade

seja concretizada, tornando-se uma prática constante em todos os segmentos da Es-

cola;

- Organizar reuniões pedagógicas periodicamente para avaliar o trabalho que está

sendo realizado e reorganiza-lo se for necessário;

- Intensificar a participação de todos os segmentos nas atividades realizadas pela Es-

cola para que haja articulação e integração da comunidade escolar;

- Oportunizar a participação e a formação integral do educando, preparando-o efetiva-

mente para o cumprimento de seu papel sócio-cultural;

- Valorizar a diversidade cultural dos educandos possibilitando integração entre as

diversas culturas locais;

- Elaborar projetos envolvendo os temas: qualidade de vida, meio ambiente, valoriza-

ção pessoal, cidadania e respeito;

- Ativar a Associação de Pais Mestres e funcionários e o Conselho Escolar;

- Trabalhar em consonância com a Proposta Pedagógica e o Projeto Político Pedagó-

gico.

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3 MARCO SITUACIONAL

3.1 Prática Social

O Brasil é um país riquíssimo em seus recursos naturais e sua produtividade é

variada e farta. No entanto somos uma população empobrecida em todos os sentidos.

A falta de políticas sociais básicas condizentes com as necessidades do ser humano,

falta de habitação digna, de políticas salariais que propiciem melhor qualidade de vida

ao trabalhador e seus dependentes, falta de uma política educacional que leve em

conta a realidade da população, falta saúde, moradia. A fome, miséria, violência, do-

enças, falta de conscientização da população, o desrespeito dos valores e culturas

populares, solidariedade humana, a corrupção ativa e passiva da maioria dos políticos,

os altos impostos, juros, pedágios, o desperdício de alimentos, o abandono de crian-

ças, de adolescentes e idosos, uso abusivo de drogas, tudo isso gera insegurança e

comodismo na maioria das pessoas que acabam por desistir de lutar por seus direitos.

Se olharmos as condições do mundo de hoje, vemos uma situação que não é

ideal, onde não só existem problemas de poluição ao meio ambiente, mas, também

estamos destruindo o planeta, que é nosso e nos tornando uma ameaça a todos os

seres vivos. E ainda vemos o que? Fome! Hoje nos produzimos alimentos que podem

alimentar 06(seis) bilhões de pessoas, mas muitas ainda passam fome, por quê? Por-

que não temos o nível de cooperação necessária para que haja vida digna para todos

os cidadãos que habitam este planeta.

Verificamos diariamente a violência ao nosso redor. É impressionante como o

próprio crime organizado está se desenvolvendo em todos os lugares do mundo, até

mesmo dentro dos presídios de segurança máxima onde os grandes chefes do tráfico

repassam ordens para que sejam executadas em qualquer parte do mundo, e quando

alguém tenta fazer algo para acabar com isso, acaba sendo morto. Por quê isso acon-

tece? Talvez aí resida o maior desafio que temos com a educação. O desenvolvimento

tecnológico é fantástico, mas ele está a serviço de todos, para o bem e para o mal.

Agora, o que faz com que nós estejamos formando pessoas que usem todo o

conhecimento, todo o avanço tecnológico para o bem comum? Esse é o nosso maior

desafio: formar cidadãos críticos, capazes de serem agentes ativos e não passivos,

formar adultos capazes de ir à busca de novos conhecimentos, que poderão ser ne-

cessários para completar a sua educação.

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Na maioria dos questionamentos cita-se como ponto positivo o relacionamento

entre os alunos, professores, direção e funcionários. O domínio dos conteúdos por par-

te dos professores é muito bom, porém, há necessidade de maiores recursos, princi-

palmente tecnológicos para que seja possível realizar um trabalho prazeroso que ve-

nha possibilitar o despertar para as maravilhas do saber.

O transporte escolar funciona satisfatoriamente possibilitando aos alunos ori-

undos das localidades rurais freqüentarem normalmente as aulas.

O colégio conta com a Associação de Pais, Mestres e Funcionários – APMF, e

o Conselho Escolar a qual estão em pleno funcionamento e prestando um serviço vali-

oso à comunidade escolar.

O Colégio Estadual Monsenhor Eduardo está situado num bairro da periferia

da cidade onde as famílias apresentam um bom nível de valores, sendo que os pais de

nossos educandos em sua maioria são trabalhadores nas mais diversas ocupações,

entretanto prevalece o trabalho na Indústria madeireira, mais especificamente Indústria

de compensados, hoje uma das principais fontes de renda do município, Indústria de

alimentos derivados de suínos, também grande potencial de recolhimento de ICMS e

nos pomares e granjas, além da agricultura familiar e empregada em fazendas.

Assim sendo, apresentam situações estáveis no trabalho, possibilitando que

os filhos dediquem-se aos estudos, sendo esta uma prioridade. Entretanto também

contamos com uma parcela de famílias subempregadas, sem moradia e que conse-

qüentemente sem condições de saúde, não dispondo de recursos para as necessida-

des básicas. A ausência desses fatores acaba desestruturando as famílias que con-

seqüentemente não priorizam a educação escolar para os filhos, dando mais impor-

tância para sanar as dificuldades do dia-a-dia. Assim enfrentamos a dura realidade de

alunos desmotivados para o estudo, grande número de ausências e até mesmo a eva-

são escolar.

O Colégio Estadual Monsenhor Eduardo vem cumprindo seus objetivos tendo

como alicerce a garra e competência da comunidade escolar (Direção, Equipe Peda-

gógica, professores, funcionários, pais e alunos) que não medem esforços para que a

Proposta Pedagógica seja executada fazendo da união a mola propulsora para a reali-

zação de um trabalho de qualidade que prioriza a aprendizagem do aluno. Priorizar a

aprendizagem do aluno exige o bom relacionamento entre todos os envolvidos no pro-

cesso.

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Assim temos uma escola onde a afetividade e o companheirismo se unem em

prol da realização dos objetivos propostos. Porém ciente somos de que o trabalho pe-

dagógico poderia ter melhores resultados se pudéssemos contar com outros segmen-

tos da sociedade principalmente nas de conscientização das famílias menos favoreci-

das economicamente e que acabam ficando a margem da sociedade tornando-se difi-

cilmente trazê-los para a comunidade escolar, porque como já citamos suprir as ne-

cessidades diárias são mais importante do que o estudo para seus filhos.

3.2 Aprendizagem

O Colégio Estadual Monsenhor Eduardo prima pela qualidade de ensino para

que haja aprendizagem significativa atingindo o maior numero de alunos possível.

O colégio tem como referencia as Diretrizes Curriculares Estaduais repassadas

pela SEED, o que foi estabelecido neste PPP, a Grade Curricular e o Regimento esco-

lar.

Para garantir a aprendizagem e o conhecimento os professores desta instituição

de ensino participam constantemente da formação continuada oferecida pela mante-

nedora, o que representa um grande diferencial no corpo docente do estabelecimento,

pois com a reflexão de suas práticas pedagógicas através destas formações procuram

oferecer aos alunos aulas mais significativas e interessantes, temos também como

recursos pedagógicos: TV multimídia, DVDs, projetor multimídia, mapas didáticos, ma-

teriais pedagógicos, biblioteca, laboratórios de informática com acesso a internet (Pa-

raná Digital e Proinfo), laboratório de Química, Física e Biologia, quadra de esportes

coberta.

A escola participa de avaliações externas tais como: Olimpíadas de Matemática,

Olimpíadas de Português, Prova Brasil e SAEB, apresentando um bom desempenho.

As intervenções pedagógicas que a escola realiza junto aos alunos que apre-

sentam baixo rendimento escolar são realizadas pela Equipe Pedagógica e Direção e

consiste em conversar com o professor para que reveja suas metodologias e práticas

pedagógicas, incentivando-o a retomar, com atividades diferentes conteúdos já vistos,

reavaliando o aluno e se autoavaliando, também são realizadas conversas com os a-

lunos e com os pais, registrando em documentos próprios estas conversas.

A escola proporciona oportunidades iguais para que o educando, atinja os obje-

tivos propostos e não se evada da escola, sendo utilizados vários recursos, como: re-

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cuperação paralela, trabalhos extras, diálogo com o aluno e com a família, Projeto FI-

CA.

Para ser aprovado, o aluno deve ter se apropriado do conhecimento historica-

mente acumulado, e apresentar no mínimo 75% de frequência e 6,0 de média anual.

Caso não consiga a média exigida, poderá ser aprovado pelo Conselho de Classe a-

pós ser analisado o histórico e desempenho acadêmico do aluno no decorrer do ano

letivo, quais os motivos e/ou problemas que interferiram na sua aprendizagem e quais

as consequências de uma possível aprovação ou reprovação, dependendo do ano e

do caso de cada aluno em particular.

Em síntese, no aspecto pedagógico, os alunos apresentam um bom desempe-

nho escolar, porém são traídos pela falta de interesse, atenção e o baixo nível de

comprometimento. O que demonstra ser clara influência das coisas prontas do sistema

de consumo imediatista e de fácil acesso.

3.3 Formação Inicial e Continuada

A formação continuada é sem dúvida nenhuma um recurso necessário para

responder às necessidades postas pela sociedade. Nesse processo insere-se o meio

educacional, campo de trabalho do profissional da educação. Este por sua vez de-

sempenha função significativa na construção do saber, pois na interação professor e

aluno, busca-se contribuir na formação do cidadão consciente, critico, responsável e

participativo.

Sendo assim, o educador deve estar em constante aperfeiçoamento pessoal e

profissional, para que no desenvolver da sua prática pedagógica, responda às reais

necessidades de seus alunos, proporcionando-lhes suporte teórico.

Neste contexto a escola pode e deve constituir-se em um importante instrumen-

to de transformação, propiciando espaços que promovam a unidade do conhecimento,

em que educandos e educadores vão sendo despertados para um consciência critica e

dinâmica, permitindo a cada um assumir tarefas num nível cada vez mais profundo.

Para isso é necessário revisão e estudo das práticas pedagógicas bem como a

troca de experiências e a busca constante de alternativas de intervenções para melhor

compreender e desenvolver o trabalho pedagógico dentro do contexto escolar.

Portanto, a intervenção pedagógica deve partir da realidade vivencial dos alu-

nos, onde se inserem: as experiências vividas não se desconsideram o que o educan-

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do penso e a sua visão de mundo, porém destaca-se que o conhecimento empírico e

espontâneo deve ser o ponto de partida para o trabalho pedagógico.

É de responsabilidade da escola não permitir que o aluno permaneça no mesmo

nível de quando iniciou o processo de aprendizagem, pois sua prática social precisa

ser compreendida e re-elaborada pela via do conhecimento do real.

É necessário, para assegurar que houve realmente essa passagem do nível ini-

cial que o educador trabalhe como mediador, enquanto detentor dos fundamentos do

conhecimento científico, desenvolvendo procedimentos adequados para viabilizar a

apropriação desse conhecimento pelos alunos. Com esta concepção o educador tor-

na-se criador de situações experimentais possibilitando a seus alunos levantar hipóte-

ses e consequentemente produzir conhecimento.

Portanto, há necessidade de refletir sobre a formação inicial da grande maioria

dos profissionais da educação a qual teve como base a racionalidade técnica, isto é, o

professor simplesmente repassando conteúdos, solucionando problemas através de

teorias, não relacionando o conteúdo com a prática. Porém, para atender as necessi-

dades atuais de nossa escola, os profissionais farão uso da racionalidade prática, da

reflexão, ampliando as possibilidades para a construção de conhecimento, relacionan-

do teoria e prática, não aplicando apenas teorias, e sim formas de ação.

Dessa forma destaca-se a formação inicial, como principal caminho para aquisi-

ção de suporte teórico no processo de desenvolvimento: no campo profissional e pes-

soal do educador. Porém tem-se consciência de que este caminho é longo e contínuo,

entendo que o ser humano não está pronto e acabado, mas que está em constante

mudança.Por isso, todos os professores que atuam no colégio, além da formação na

área específica de atuação estão em contínua formação através das capacitações o-

fertadas pela SEED, como Semana Pedagógica; PDE (Programa de Desenvolvimento

Educacional); GTRs (Grupo de Trabalho em Rede) e outros.

Os Agentes Educacionais I e II também estão constantemente se aperfeiçoando

através da Semana Pedagógica, PROFUNCIONÁRIO (Curso Técnico em Formação

para os Funcionários da Educação) e cursos também ofertados pela SEED.

3.4 Organização do Tempo e do Espaço

O Colégio Estadual Monsenhor Eduardo oferta:

- Ensino Fundamental do 6º ao 9º ano, organizados em anos escolares, divididas em

quatro bimestres.

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- Ensino Médio organizado em três séries, com grade curricular única para as três sé-

ries, cada série dividida em quatro bimestres.

- Sala de Recursos Multifuncional (período vespertino)

- Sala de Apoio de Português e Matemática (quando liberada para funcionar pela SE-

ED) em ambos os períodos.

- CELEM Espanhol, com funcionamento em dois dias, horário intermediário 4

3.5 Relação de Trabalho na escola

O colégio está atualmente sob a direção geral de uma diretora, o direcionamen-

to é feito por pedagogos, temos uma pessoa desempenhando a função de secretária.

Existe na escola um bom relacionamento entre direção, professores e funcioná-

rios o que contribui grandemente para a realização de um trabalho de qualidade. O

preparo da merenda, a limpeza e a conservação do estabelecimento são realizados

em parceria com os funcionários das duas escolas.

3.6 Participação dos pais, contradições e conflitos presentes na prática docente

A participação dos pais na vida escolar, ainda é insuficiente para desenvolver

um trabalho coletivo mais eficaz. Comparecem à escola quando solicitados, apenas

um grupo reduzido o faz de forma espontânea. Porém participam do processo de elei-

ção para escolha de direção e membros da APMF, e participam do Conselho Escolar e

APMF.

3.7 Critérios de organização e distribuição de turmas e aulas: por turno, por pro-

fessor

Quanto aos critérios de organização das turmas e de distribuição de turmas por

turno e por professor: segue-se as orientações dos decretos de distribuição de aulas, e

as turmas são formadas respeitando-se o compromisso de não se fazer qualquer tipo

de discriminação quanto a diversidade de nossos alunos com relação racial, credo ou

situação econômica. Os alunos do período noturno, escolhem este turno por motivo de

trabalho.

Para a distribuição de aula será considera a carga horária disponível no estabe-

lecimento de ensino, gerada para o ano letivo, de acordo com os níveis e modalidades

de ensino previsto em regulamentação especifica, numero de turmas e a matriz curri-

cular aprovada pelo órgão competente.

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Considera-se jornada de trabalho dos professores a soma das horas aulas e

das horas-atividades.

É de responsabilidade da Chefia de cada Núcleo Regional de Educação acom-

panhar a distribuição de aulas nas Instituições de Ensino a ele jurisdicionadas, assegu-

rando que o professor detentor de cargo efetivo ativo, de acordo com sua classificação

e observado a compatibilidade de turno e horário, tenha acesso às aulas disponíveis.

3.8 Organização da Hora-atividade

Conforme Instrução 02/2014 – SUED a hora-atividade é o tempo reservado ao

Professor em exercício de docência, para estudos, avaliação e planejamento. A orga-

nização da hora-atividade deverá favorecer o trabalho coletivo dos professores, priori-

zando-se:

- o coletivo de professores que atuam na mesma área do conhecimento e/ou módulos,

tendo em vista a implementação do processo de elaboração das diretrizes curriculares

para a rede pública estadual de Educação Básica;

- o coletivo dos professores que atuam na(s) mesma(s) turma(s), série(s), etapa(s) do

ciclo o ano(s) dos diferentes níveis e modalidades de ensino;

- a formação de grupos de professores para o planejamento e para o desenvolvimento

de ações necessárias ao enfrentamento de problemáticas específicas diagnosticadas

no interior do estabelecimento;

- a correção de atividades discentes, estudos e reflexões a respeito de atividades que

envolvam a elaboração e implementação de projetos e ações que visem a melhoria da

qualidade de ensino, propostos por professores, direção, equipe pedagógica e/ou N-

RE/SEED, bem como o atendimento de alunos, pais e (outros assuntos de interesse

da) comunidade escolar.

- A organização da hora-atividade deverá garantir, também, carga horária que permita

ao professor a realização de atividades pedagógicas individuais inerentes ao exercício

da docência.

Cabe ao conjunto de professores, sob a orientação e coordenação da equipe

pedagógica ou direção do estabelecimento, planejar, executar e avaliar as ações a

serem desenvolvidas durante o cumprimento da hora-atividade.

Cabe à equipe pedagógica coordenar as atividades coletivas e acompanhar as

atividades individuais a serem desenvolvidas, durante a hora-atividade. Cabe à dire-

ção do estabelecimento sistematizar o quadro da distribuição da hora-atividade, que

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deverá constar em edital, permitindo o seu acompanhamento e informando à comuni-

dade escolar da disponibilidade de horário de atendimento do professor aos alunos e

pais.

É de responsabilidade do Diretor do estabelecimento de ensino a distribuição e

a verificação do cumprimento da hora-atividade. Comprovada a impossibilidade de

cumprimento da hora-atividade no turno em que o professor ministra aulas, o diretor

deverá apresentar ao NRE a justificativa e encaminhamento que será adotado pelo

estabelecimento de ensino, Assegurando o efetivo acompanhamento da equipe peda-

gógica no horário estabelecido para o cumprimento da hora-atividade. O NRE, por sua

vez, encaminhará justificativa com parecer para a SEED.

Caberá ao Núcleo Regional de Educação verificar o cumprimento da presente

Instrução, assessorando a direção, equipe pedagógica e professores no processo de

organização e/ou implementação da hora-atividade, quando necessário.

3.9 Perfil da população atendida

Buscamos através de pesquisa direta por amostragem, realizada no segundo

semestre de 2012, obter o perfil do aluno do Colégio Estadual Monsenhor Eduardo:

Quanto à localização da residência dos alunos observamos que apesar de estar

localizado em um bairro da cidade, dos alunos matriculados, cerca de 6% vem da zona

rural, e 94% vem da zona urbana, sendo que destes 35% são do bairro Klubegi e 65%

dos bairros Divino, Cascatinha, Santuário, Serrinha, São Luis e São Francisco.

Esta realidade comprova que a área de abrangência da escola se estende a

muitos bairros da cidade. Sendo os alunos provenientes de varias locais da cidade o

trajeto escolar casa – escola, escola- casa é realizado em diferentes formas: transporte

escolar, transporte particular (vans, automóveis, a pé).

Quanto à escolarização dos responsáveis observa-se um bom nível de escolari-

dade. O conhecimento propicia maior entendimento da importância do acompanha-

mento na vida escolar dos filhos.

A pesquisa realizada revelou que a escola atende alunos procedentes de famí-

lias onde mais de 70% das mães trabalham fora. Essa realidade evidencia algumas

situações conflitantes em sala de aula como: falta de limites, carência afetiva e indisci-

plina, que influencia no processo educacional como um todo.

A situação econômica que o país atravessa faz com que o lado profissional es-

teja sempre em primeiro lugar comprometendo a convivência e estrutura familiar.

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As profissões mais exercidas por pais e mães de alunos da escola são: ativida-

des relacionadas à industria e comércio, servidores públicos, profissionais liberais e

agricultura. Existem também profissionais liberais, prestação de serviços, empregadas

domésticas, muitas mães do lar e alguns vivem da informalidade.

A taxa de renda mensal por familiar demonstra que a grande maioria dos nos-

sos alunos são pertencentes à classe D – 2 a 6 salários mínimos, conforme classifica-

ção do IBGE, sendo portanto média-baixa.

Quanto à infraestrutura família, nota-se que a grande maioria das famílias pos-

suem casa própria e bens de consumo duráveis como: televisor, vídeo/DVD, rádio,

aparelho de som, computador, automóvel, máquina de lavar, geladeira microondas,

telefone fixo, celular, aceso á internet, TV por assinatura.

Em relação ao local que residem, a questão de infraestrutura (água, energia,

saneamento, asfalto) observamos que a situação está entre boa e suficiente.

A escola procura desenvolver uma cultura de inclusão com vistas a uma leitura

de resultados diferenciada de uma avaliação sistematizada para os casos que exigem

maior atenção e acompanhamento da equipe pedagógica e de professores para com

os alunos que apresentam dificuldades de aprendizagem.

Nesse contexto, o colégio junto com o NRE e conforme critérios estabelecidos

pela SEED, oferece procedimentos pedagógicos através das Salas de Apoio e Sala de

Recursos com professores capacitados para subsidiar o fazer pedagógico.

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4 MARCO CONCEITUAL

O referencial teórico a ser assumido pelo coletivo escolar deve ter como princi-

pio a igualdade de condições para acesso e permanência dos alunos com suas espe-

cificidades, resguardando sempre o respeito a todos s segmentos da comunidade es-

colar.

Esta é uma condição essencial para que a escola possa minimizar os proble-

mas e procurar soluços por meio do trabalho coletivo, em uma gestão democrática,

promovendo o relacionamento cooperativo para que se evite tratamento discriminató-

rio, seja de cor, etnia, religião, gênero ou classe social.

Sendo assim, o presente projeto contempla as ideias reunidades do grupo de

professores, funcionários, pais e alunos a respeito do contexto sociopolítico, econômi-

co e ideológico da escola sobre a concepção de ser humano e sociedade e o modelo

de educação e escola que pensamos a partir de nossa realidade.

Este é o resultado do trabalho, que não é uma obra acabada, pois faz parte de

um processo contínuo, de criação e renovação que tem como questão norteadora a

apropriação do conhecimento cientifico historicamente elaborado.

4.1 Concepção de Sociedade

A sociedade que almejamos é uma sociedade justa, democrática e consciente

que respeite as individualidades, enfatizando os aspectos da vontade, dos objetivos

comuns, da unidade e da pluralidade, valorizando o cidadão enquanto ser humano,

onde o ser seja mais importante que o ter, onde todos tenham acesso à educação,

trabalho e saúde.

Que seja voltada para o bem comum, onde se respeita as diferenças e que os

direitos sejam iguais. Desta forma, procura-se desenvolver consciências críticas, capa-

zes de gerar respostas adequadas a problemas atuais e às situações novas decorren-

tes do avanço das tecnologias.

4.2 Concepção de Homem

O trabalho pedagógico do Colégio Estadual Monsenhor Eduardo tem sua base

no materialismo histórico dialético, de modo que a concepção de homem é a de ser

histórico dialético, de modo que a concepção de homem é a de ser histórico, produtor

de sua existência, transcendência da natureza.

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Portanto, livre no sentido de agir intencionalmente de modo a construir possibili-

dades não previstas, não naturais optar por uma coisa ou outra, decidir entre o que é

bom e o que não é. (Paro, s/d) Desse modo educa e educa-se, avalia e avalia-se tam-

bém e assim transforma e se transforma, faz-se humano.

O homem que modifica a si mesmo pela apropriação dos conhecimentos, modi-

fica também a sociedade por meio do movimento dialético do “social para o individual

para o social”. No contexto da evolução, o homem é o ser que interage socialmente em

seu meio. Para atender e acompanhar as transformações evidente sé necessário que

tenha uma formação básica eclética que lhe possibilite ser um cidadão crítico, atuante,

capaz de enfrentar as diferentes situações que possam surgir na vida em sociedade.

Paralelamente, essa formação deve ser equânime, para que todos tenham as

mesmas oportunidades como cidadãos, evitando-se assim as exclusões sociais.

4.3 Concepção de Escola e de Educação

Entende-se que a educação é um processo amplo, contínuo, permanente e

acontece em todas as fases da vida humana. A escola como espaço privilegiado, deve

primar pela ação educativa equilibrada entre a formação do homem cidadão e a aqui-

sição do conhecimento, garantindo a apropriação de conteúdos escolares que tenham

relevância para a vida dos alunos. A educação é uma prática humana, deste modo,

determinada pela sociedade, e deve nela intervir contribuindo para sua transformação.

Neste contexto, o principal papel da escola é mediar o conhecimento entre o

aluno e a realidade objetivando a formação de alunos críticos e formadores de opinião,

sustentados em valores e princípios éticos.

A escola deve ser democrática, para que isso ela deve ser pensada na sua

qualidade formal, caracterizada essencialmente na formação do sujeito capaz de fazer

sua própria história.

“Educação é um fenômeno próprio dos seres humanos, significa afirmar que

ela é, ao mesmo tempo, uma exigência do e para o processo de trabalho, bem como é

ela própria, um processo de trabalho” (SAVIANI, 1992, p. 19).

É libertadora porque segundo Boff (200, p.77) se faz necessário desenvolver

uma educação que nos abra para uma democracia integral, capaz de produzir um tipo

de desenvolvimento socialmente justo e ecologicamente sustentado.

Nesse sentido, a educação visa atingir três objetivos que formam o ser huma-

no para gestar uma democracia aberta. São eles:

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A apropriação pelo cidadão e pela comunidade dos instrumentos adequados

para pensar a sua prática individual e social e para ganhar uma visão globalizante da

realidade que o possa orientar em sua vida. A apropriação pelo cidadão e pela comu-

nidade do conhecimento científico, político, cultural acumulado pela humanidade ao

longo da história para garantir-lhe a satisfação de suas necessidades e realizar suas

aspirações;

As apropriações por parte dos cidadãos e da comunidade, dos instrumentos

de avaliação crítica do conhecimento acumulado, reciclam e acrescentar-lhe novos

conhecimentos através de todas as faculdades cognitivas humanas.

Vista como processo de desenvolvimento da natureza humana, a educação

tem suas finalidades voltadas para o aperfeiçoamento do homem que dela necessita

para constituir-se e transformar a realidade.

4.4 Concepção de Conhecimento

Conhecimento é uma atividade humana que busca explicitar as relações entre

os homens e a natureza. Desta forma, o conhecimento é produzido nas relações soci-

ais mediadas pelo trabalho.

Na sociedade, o homem não se apropria da produção material de seu trabalho

e nem dos conhecimentos produzidos nestas relações porque o trabalhador não domi-

na as formas de produção e sistematização do conhecimento.

O conhecimento pressupõe as concepções de homem, de mundo e das con-

dições sociais que o geram configurando as dinâmicas históricas que representam as

necessidades do homem a cada momento, implicando necessariamente nova forma de

ver a realidade, novo modo de atuação para obtenção do conhecimento, mudando por-

tanto a forma de interferir na realidade. Essa interferência traz consequências para a

escola, cabendo a ela garantir a socialização do conhecimento que foi expropriado do

trabalho nas suas relações. Conforme Veiga (VEIGA, 1995, p. 27).

O conhecimento escolar é dinâmico e não uma mera simplificação do conhe-

cimento científico, que se adequaria à faixa etária e aos interesses dos alunos. Dessa

forma, o conhecimento escolar é resultado de fatos, conceitos, e generalizações, sen-

do portanto, o objeto de trabalho do professor.

Para Boff (2000, p. 82), “Conhecer implica, pois, fazer uma experiência e a

partir dela ganhar consciência e capacidade de conceitualização. O ato de conhecer,

portanto, representa um caminho privilegiado para a compreensão da realidade, o co-

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nhecimento sozinho não transforma a realidade; transforma a realidade somente a

conversão do conhecimento em ação”.

O conhecimento não ocorre individualmente. Ele acontece no social gerando

mudanças internas e externas no cidadão e nas relações sociais, tendo sempre uma

intencionalidade.

Conforme Freire (2003, p. 59), “O conhecimento é sempre conhecimento de

alguma coisa, é sempre “intencionado”, isto é, está sempre dirigido para alguma coisa”

4.5 Concepção de ensino-aprendizagem

Aprendizagem está relacionada ao desenvolvimento desde o inicio da vida

humana. O percurso de desenvolvimento do ser humano é, em parte, definido pelos

processos de maturação do organismo individual. Mas, é a aprendizagem que possibi-

lita o despertar dos processos internos de desenvolvimento.

A concepção de ensino-aprendizagem de Vygotsky inclui dois aspectos rele-

vantes: primeiro, a idéia de um processo que envolve, ao mesmo tempo, quem ensina

e quem aprende não se refere necessariamente a situações em que haja um educador

fisicamente presente. Segundo, quando a aprendizagem é um resultado desejável de

um processo deliberado, explicito, intencional.

Ainda para Vygotsky a escola é o lugar por excelência onde o processo inten-

cional de ensino-aprendizagem ocorre: ela é a instituição criada pela sociedade letrada

para transmitir determinados conhecimentos e formas de ação no mundo: sua finalida-

de envolve, por definição, processos de intervenção que conduzam à aprendizagem.

Na escola, o professor é uma pessoa real, fisicamente presente diante daque-

le que aprende, com o papel explicito de intervir no processo de aprendizagem (logo,

de desenvolvimento).

O processo de ensino-aprendizagem ocorre às vezes de maneira informal, por

meio da imersão do sujeito em situações da vida cultural. Às vezes acontece de forma

deliberada, pela ação clara e voluntária de um educador que dirige este processo.

Embora processos de aprendizagem ocorram constantemente na relação do

indivíduo com o meio, quando existe a intervenção deliberada de um outro social nes-

se processo, ensino e aprendizagem passam a fazer parte de um todo único, indisso-

ciável, envolvendo quem ensina, quem aprende e a relação entre essas pessoas.

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O Colégio Estadual Monsenhor Eduardo – Ensino Fundamental e Médio, cole-

tivamente adota esta concepção ao buscar alternativas na concretização do processo

ensino e aprendizagem.

4.6 Concepção de Alfabetização e Letramento

A alfabetização é um processo que se desenvolve a partir da análise e reflexão

que o aluno faz sobre a língua. Segundo conceitos de educadores como Ferreiro

(1985) e Freire (1996) a aprendizagem é um processo de evolução, onde escrever e

ler são duas atividades da alfabetização e a leitura de mundo antecede a da escrita.

Historicamente, as concepções acerca da alfabetização foram se constituindo

como uma prática plural e multifacetada, com diferentes sentidos e significados, no

contexto sócio-histórico-cultural econômico e político, sob a égide de diferentes para-

digmas, que mudaram as decisões metodológicas e os procedimentos didáticos. Revi-

sitar tais concepções, possibilita ao professor/a alfabetizador/a rever a sua prática pe-

dagógica, na perspectiva da ação-reflexão-ação, detectando limites e possibilidades,

auxiliando na resignificação do seu olhar para o processo de construção da língua es-

crita e da sua postura metodológica.

Ao permitir que o sujeito interprete, divirta-se, seduza sistematize, confronte,

induza, documente, informe, oriente-se, reivindique, e garanta a sua memória, o efetivo

uso da escrita garante-lhe uma condição diferenciada na sua relação com o mundo,

um estado não necessariamente conquistado por aquele que apenas domina o código

(SOARES, 1998).

Por isso, aprender a ler e a escrever implica não apenas o conhecimento das

letras e do modo de decodificá-las (ou de associá-las), mas a possibilidade de usar

esse conhecimento em benefício de formas de expressão e comunicação, possíveis,

reconhecidas, necessárias e legítimas em um determinado contexto cultural.

4.7 Concepção de Avaliação/Recuperação

A aprendizagem acontece quando há encontro dos saberes, confronto entre o

que os ouvintes de uma exposição ou participantes do grupo pensam e a informação é

apresentada. Todos acabam aprendendo, sabendo mais do que sabiam antes. Os pro-

fessores e os outros participantes do processo torna mais gente, construindo a liber-

dade, a responsabilidade, a alegria de viver e o sentido de suas vidas.

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A responsabilidade pela aprendizagem escolar dos alunos deve ser dividida en-

tre esses componentes: gestores, professores, estudantes, educadores não docentes

e pais, mas é principalmente dos professores. Por isso, na avaliação não deve só con-

siderar as notas e menções dos estudantes deve ser considerada a forma como se

deu esta aprendizagem, revelada nas condições da escola e na ação do professor,

entre outros. Nesse sentido é importante ressaltar que o sucesso ou fracasso na a-

prendizagem é coletivo, ou seja, da escola com um todo.

A avaliação constitui um elemento central na organização da prática pedagógi-

ca, na medida em que favorece o processo de construção do conhecimento.

Por meio de procedimentos e mecanismos de avaliação pode constar, compreender e

intervir nos processos de construção de conhecimentos.

Processual, reflexiva e cumulativa, a avaliação ocorre, entre outros aspectos,

para a definição do tempo e das formas de promoção do estudante sendo um aspecto

contínuo da aprendizagem onde o aluno com aproveitamento insuficiente dispõe de

condições, que lhe, possibilite a apreensão de conteúdos básicos sendo mais um

componente do aproveitamento escolar.

A proposta de recuperação paralela de conteúdos, mais que uma estrutura da

escola, deve significar uma real postura docente no sentido de garantia de aprendiza-

gem dos alunos, em especial, os que apresentam maiores dificuldades em determina-

dos momentos e/ou conteúdos. Daí a importância da recuperação paralela de conteú-

dos a qual deve ser no ato, partindo do erro, da percepção das necessidades dos alu-

nos para propiciar-lhes diferentes atividades, roteiros de estudos, atividades individu-

ais, assim para melhor diagnosticar tais dificuldades, contudo, oferecendo-lhes aulas

de apoio outros meios.

A recuperação é um dos aspectos de aprendizagem no seu desenvolvimento

contínuo, pela qual o aluno, com aproveitamento insuficiente, dispõe de condições que

lhe possibilitem a apreensão de conteúdos básicos.

A recuperação de estudos deverá constituir um conjunto integrado ao processo

de ensino, além de se adequar às dificuldades dos alunos.

4.8 Concepção de Cidadão/Cidadania

A educação permanente e para todos pressupõe uma formação baseada no de-

senvolvimento, na formação de cidadãos críticos, criativos, responsáveis e participati-

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vos onde o processo de construção da cidadania autônoma esta ligada à apropriação

dos meios de linguagens de comunicações.

O valor definido na formação humana é a conquista da cidadania que se faz a-

través da prática social e política, dos movimentos de reação e de reivindicação das

organizações populares, expressões de uma cidadania em construção, pois evidencia

o povo participando e lutando por seus direitos sociais, civis, políticos, agindo como

sujeitos históricos, mostrando que a cidadania se faz através da construção de uma

sociedade mais democrática, e em que seus exercícios sejam coletivos.

Cidadania é o direito de a pessoa participar da vida em sociedade, é o ato de o

homem constituir-se como homem. Educar para a cidadania é nunca se permitir ser

objeto, mas sim, construtor do seu próprio ser, de sua própria identidade.

4.9 Concepção de Cultura

Cultura é o resultado de toda produção humana. Para sobreviver o homem ne-

cessita extrair da natureza, os meios de subsistência criando um mundo humano, o

mundo da cultura.

Cabe à escola, respeitando a diversidade cultural e valorizando a cultura popu-

lar e erudita aproveitar essa pluralidade existente e fazer dela um espaço motivador,

aberto e democrático.

4.10 Concepção de Gestão Democrática

É o processo político através do qual as pessoas discutem, deliberam, planejam

coletivamente os problemas buscando solucioná-los. Esse processo não se faz de um

dia para o outro porque exige reflexão, crítica e alterações necessárias tendo como

base a participação efetiva de todos os segmentos da comunidade escolar de maneira

democrática e construtiva.

A gestão democrática implica na democratização das relações internas da esco-

la e na socialização do conhecimento para todos os alunos, ou seja, criar condições

favoráveis à aprendizagem de qualidade.

A educação permanente e para todos pressupõe uma formação baseada no de-

senvolvimento, na formação de cidadãos críticos, criativos, responsáveis e participati-

vos onde o processo de construção da cidadania autônoma esta ligada à apropriação

dos meios de linguagens de comunicações.

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As atividades propostas estarão centradas na garantia do conhecimento. A pre-

sença em sala de aula, do diálogo, da cooperação, da troca de informações mútuas,

do confronto dos pontos de vistas divergentes, possibilitará o desenvolvimento do ser

humano.

A gestão democrática implica a efetivação dos novos processos de organização

e gestão baseados em uma dinâmica que favoreça os processos coletivos e participa-

tivos de decisão. Nesse sentido, a participação constitui uma das bandeiras fundamen-

tais a serem implementadas pelos diferentes atores que constroem o cotidiano escolar.

Pensarmos a democratização implica, portanto, compreendermos a cultura da

escola e dos seus processos, bem como articulável com as relações sociais mais am-

plas. A compreensão dos processos culturais na escola envolve diretamente os dife-

rentes segmentos das comunidades locais e escolar, seus valores, atitudes e compor-

tamentos.

A relação de trabalho na escola entre professores, funcionários, equipe peda-

gógica, alunos, direção, pais e Comunidade Escolar deve ser construída através de um

processo de participação baseada em relação de cooperação, no trabalho coletivo e

no partilhamento do poder, precisamos partilhar a pedagogia do diálogo, do respeito

às diferenças, garantindo a liberdade de expressão, a vivência de processos de convi-

vência democrática, a serem efetivados no cotidiano escolar.

4.11 Concepção de Currículo

Currículo é um importante elemento constitutivo da organização escolar. Currí-

culo implica, necessariamente, a interação entre sujeitos que têm um mesmo objetivo

e a opção por um referencial teórico que o sustente.

Quando compreendemos o Currículo escolar como o planejamento das ações

escolares que possibilitarão ao educando uma real compreensão das necessidades

sociais e das diversas possibilidades de conhecimentos, estamos direcionando estas

atividades para que este educando possa explorar ao máximo os seus poderes de co-

municação; as suas aptidões e capacidades para seguir a vida social e econômica da

nossa sociedade, bem como exercitar o seu papel de cidadão.

Portanto, cabe a este Currículo direcionar o trabalho escolar de maneira que as

atividades desenvolvidas possam caminhar para o desenvolvimento da pesquisa e do

trabalho científico, sem desmerecer o sentido das funções clássicas da escola. Ou se-

ja, “valorizar a importância do trabalho escolar como elemento necessário ao desen-

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volvimento cultural, que ocorre para o desenvolvimento humano em geral”. (SAVIA-

NI,1991, p.105)

Para que isto esteja bem definido, devemos ter claro que, de acordo com a LDB

educar é: “preparar o indivíduo para o seu desenvolvimento, para a cidadania e para o

trabalho” (art.2º).

A Educação é o meio que permite ao homem formar-se e construir-se num ser

digno e consciente de suas ações. É através da Educação que, ele constrói a sua ci-

dadania e interage com o meio, com o outro, e poderá ou não, transformar a sua vida e

sociedade È o instrumento mediador entre o senso comum e o conhecimento científi-

co, mais atuante também no sentido de despertar a sensibilidade e a criatividade a fim

de construir um ser completo, crítico e pensante, possibilitando um crescimento indivi-

dual e coletivo.

Currículo é o conjunto das atividades desenvolvidas pela escola e, portanto tudo

o que ela faz para promover o acesso ao saber elaborado. É a partir desta compreen-

são que a especificidade da educação ganha uma importância ainda maior, porque o

papel da escola fica definido mais claramente quanto à formação do cidadão e sua

participação na sociedade.

O currículo é uma produção social, construído por pessoas que vivem em de-

terminados contextos históricos, temporais e sociais. À escola cabe erigir seu papel

fundamental na transmissão, apropriação e socialização dos saberes culturais, numa

base teleológica (intencional) que pressuponha uma ação intencional e transformadora

da realidade concreta.

Quando currículo expressa a centralidade das políticas educacionais, ele está

também expressando as intenções sociais, políticas, ideológicas e até econômicas que

se manifestam sobre a escola e sobre as aspirações que se tem sobre ela. Assim, cur-

rículo acaba se manifestando nas tensões e contradições entre o caminho que se al-

meja percorrer, a intenção deste caminho e o ponto de chegada dele.

Ao se caracterizar neste projeto de escola e de sociedade, o currículo se reve-

la, antes de tudo, no Projeto Político-Pedagógico da escola, o qual envolve todas as

ações, aspirações e concepções sobre o ato educativo.

O currículo é a expressão das concepções (de homem, de mundo, de ensino e

aprendizagem, de método e de educação), das aspirações sobre a escola e seu papel

social, das práticas pedagógicas e das relações nela vividas. É, como consequência

disto, a seleção intencional de conteúdos, saberes e conhecimentos, os quais devem

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ser democratizados para toda a população, uma vez que são requisitos mínimos para

a participação consciente em uma sociedade cada vez mais excludente, seletiva e

contraditória.

4.11.1 O Currículo e a Educação Especial

A compreensão de currículo como território político comprometido com a hete-

rogeneidade e as diferenças culturais que compõem a realidade da escola, tal como

versam as teorias educacionais críticas, empreende uma visão renovada e ampliada

de currículo, em ligação estreita com o conhecimento, o trabalho e a cultura, enfati-

zando-o como prática social, prática cultural e prática de significação.

Conceber o currículo como prática de significação, imerso em relações sociais

(de poder) é tomá-lo como ato político de tradução de interesses de determinados gru-

pos e não de outros, é concebê-lo como espaço disputado, contestado, conflitivo, que

envolve relações hierárquicas e assimétricas particulares (SILVA, 2004). Assim, en-

tende-se que todos os aspectos das políticas, textos e práticas curriculares podem fa-

vorecer ou dificultar a chamada atenção à diversidade.

Conceber e praticar uma educação para todos pressupõe a prática de currículos

abertos e flexíveis comprometidos com o atendimento às necessidades educacionais

de todos os alunos, sejam elas especiais ou não. Inúmeros estudiosos (CARVALHO,

2001, 2004; FERREIRA; GUIMARÃES, 2003 LANDÍVAR, 1999; GONZÁLEZ, 2001)

são unânimes em afirmar que não deve haver um currículo diferenciado ou adaptado

para alguns alunos o conhecimento sistematizado pela educação escolar deve oportu-

nizar aos alunos idênticas possibilidades e direitos, ainda que apresentem diferenças

sociais, culturais e pessoais, efetivando-se a igualdade de oportunidades, sobretudo,

em condições semelhantes aos demais.

4.12 Desafios Socioeducacionais

A atualidade exige da educação e dos professores uma nova postura frente aos

conteúdos o qual se constituem os “Desafios Educacionais Contemporâneos”, sendo

que estes devem ser trabalhados não de forma estanque e fragmentada, mas como

conteúdos que atendam a diversidade social, cultural, étnica e de gênero da população

paranaense.

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Estas temáticas devem ser trabalhadas a partir do momento que forem contem-

pladas na Proposta Pedagógica Curricular de cada disciplina e não desvinculadas das

mesmas.

São desafios: Prevenção ao uso Indevido às Drogas; Sexualidade Humana; E-

ducação Fiscal; Enfrentamento à Violência contra a Criança e o Adolescente; Direito

das Crianças e Adolescente (LF º 11525/07); Educação Tributária (Dec. Nº1143/99,

Portaria nº 413/02); Educação Ambiental (LF Nº 9795/99, Dec. Nº 4201/02), o Proces-

so de Envelhecimento, Respeito e Valorização do Idoso (Lei 10741/2003), Música (Lei

11.769/08), História do Paraná (Lei 13.381/01) deverão ser trabalhados inseridos nos

conteúdos estruturantes e básicos dentro de cada disciplina.

Estas demandas possuem historicidade, em sua grande maioria fruto das con-

tradições da sociedade capitalista, outras vezes oriundas dos anseios dos movimentos

sociais e por isto, prementes na sociedade contemporânea. São aspectos considera-

dos de grande relevância para comunidade escolar, pois estão presentes nas experi-

ências, práticas, representações e identidades dos educandos e educadores.

4.12.1Prevenção ao uso Indevido às Drogas

A prevenção ao uso indevido de drogas no âmbito das escolas públicas estadu-

ais, pode ser entendida como um processo complexo e desafiador que requer uma

abordagem fundamentada teoricamente por meio de conhecimentos científicos.

As propostas de prevenção utilizadas são moralistas e repressivas, limitando a

compreensão de várias manifestações das drogas na sociedade. Do jovem drogado e

violento é extraída a humanidade, ou seja, ele deixa de existir como sujeito e passa a

ser um problema social, não mais um cidadão. Nessa situação original, reflete-se so-

bre os direitos dos indivíduos. A juventude pode ser definida como uma fase de “limia-

ridade” entre a dependência da família e a autonomia advinda de sua inserção no

mercado de trabalho e das suas relações sociais adultas. A sociedade de hoje não tem

condições de absorver a mão de obra jovem, e a escola, que não atualizou as formas

de relação com a educação caracteriza-se como um lugar pouco atraente e gerador de

exclusão.

É necessário que se reconheça o problema para que se possa enfrentá-lo. Os

educadores ao compreenderem que o tema drogas foi inserido na agenda governa-

mental, podem problematizar de forma concreta e direta as suas causas e

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consequências. Ao disseminarem conhecimento, promoverão reflexões e questiona-

mentos permitindo a reavaliação de posturas socialmente aceitas, mostrando ao jovem

e em conjunto com ele, que este comportamento, de ser usuário de drogas, traz con-

sequências que podem afetar a si mesmos e a outros, e que, nem sempre, essas con-

sequências serão toleradas socialmente.

Um dos principais desafios é o de repensar os discursos e as práticas repressi-

vas predominantes nos debates sobre prevenção. E assim, encaminhar outras práticas

pedagógicas de prevenção de caráter crítico, articulados aos conteúdos das diferentes

disciplinas da educação básica.

4.12.2 Educação Sexual, Gênero e Diversidade Sexual

A escola, a cultura e o cotidiano escolar são espaços carregados de sexuali-

dade. A sexualidade se constitui em assunto amplo presente na sociedade em geral e

no cotidiano escolar e que permanece na condição de “tabu” em vários ambientes da

sociedade. Dentre estes a escola, espaço que pressupõe turmas heterogêneas com-

postas por alunos e alunas, com os quais trabalham professores e professoras, funcio-

nários e funcionárias, sujeitos históricos desta instituição que se manifestam por meio

de seus corpos sexuados. Discutir a sexualidade na escola não é uma escolha neutra,

e sim fundamentada numa postura pedagógica que compreende uma determinada

visão de mundo, de sociedade de sujeito histórico de prática social, de cultura, de lin-

guagem, de corpo, de aluno/a, de professor/a, de educação e mesmo de escola.

O tratamento pedagógico desses temas relativos à sexualidade precisa consi-

derar também as reproduções de padrões sociais feitas na escola. É preciso problema-

tizar as práticas sociais de alunos/as e professores/as para que os conhecimentos dis-

cutidos na escola façam sentido na prática social dos sujeitos históricos que a consti-

tuem e são, por ela, constituídos. Sendo assim, a escola em sua missão de formadora

de pessoas dotadas de espírito crítico deve instrumentalizar os alunos para que se

posicionem com equilíbrio em um mundo de diferenças e de infinitas variações e que

sejam pessoas que possam refletir sobre o acesso de todos/as à cidadania e compre-

ender que, dentro dos limites da ética e dos direitos humanos, as diferenças devem ser

respeitadas e promovidas e não utilizadas como critérios de exclusão social e política.

Professoras, professores e demais profissionais da educação precisam fortale-

cer o papel que exercem de promotores/as da cultura de respeito a garantia dos direi-

tos humanos, da equidade étnico-racial, de gênero e da valorização da diversidade,

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contribuindo para que a escola não seja um instrumento da reprodução de preconcei-

tos, mas seja espaço de promoção e valorização das diversidades que enriquecem a

sociedade brasileira.

4.12.3 Enfrentamento à Violência contra a Criança e o Adolescente

Os fatores que determinam os diferentes tipos de ações e comportamentos vio-

lentos em nossa sociedade, têm raízes na desigualdade social e na organização eco-

nômica que a configura e sustenta. Como consequência, ocorreu o debilitamento dos

laços sociais, o dilaceramento da cidadania e o aumento das violações dos direitos

humanos.

Falar em violência nos dias atuais não possibilita uma resposta a qual possa e-

lucidar ou justificar esse fenômeno tão simplesmente. Deve-se considerar uma Gama

de fatores que contribuem para a sua existência. Aparecem na escola também, ques-

tões que são reflexo da violência em casa. Violência na família, maus tratos, negligên-

cia, abandono, abuso sexual, assim como disputas que refletem a violência da locali-

dade. Detectam-se padrões de vitimização que interferem no cotidiano escolar e exi-

gem uma atenção redobrada.

A escola não está condenada a reproduzir a pobreza ou a violência social.

Devemos propor um trabalho estabelecendo conexões: teóricas, entre saberes, entre

práticas, entre grupos de alunos, com setores externos. É possível ter um projeto, de-

terminar prioridades, pontos de partida e chegada, determinando quem pode fazer,

quando e com quem.

A ideia é revestir o sentimento de estudar em uma escola desvalorizada, em de-

terminação coletiva e democrática como eixo de mudança. A violência, no âmbito das

escolas públicas estaduais, pode ser entendida como um processo complexo e desafi-

ador que requer um tratamento adequado e cuidadoso, por meio de conhecimentos

científicos, desprovidos de preconceitos e discriminações.

Compreendemos que a comunidade escolar deva pautar suas discussões sobre

a violência através de uma postura de compreensão e reflexão, tanto da violência pra-

ticada por sujeitos sociais, dentro e fora da escola, como da violência praticada pela ou

a partir da escola.

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4.12.4 Educação Fiscal e Tributária

A educação fiscal e tributária deve ser compreendida como uma abordagem

didático-pedagógica capaz de: interpretar as vertentes financeiras da arrecadação e

dos gastos públicos; estimular o cidadão a compreender o seu dever de contribuir soli-

dariamente em benefício de todos; conscientizar o cidadão sobre a importância de sua

participação no acompanhamento da aplicação dos recursos arrecadados com justiça,

transparência, honestidade e eficiência; minimizar o conflito de relação entre o cida-

dão-contribuinte e o Estado-arrecadador.

Sua missão é contribuir para conscientização do indivíduo sobre direitos e deve-

res relativamente aos tributos e à efetiva aplicação dos recursos públicos, estimulando

o pleno exercício de sua cidadania, através da disseminação de informações que pos-

sibilitem o resgate/fortalecimento do seu sentimento de pertença à cidade e da impor-

tância de sua participação na gestão pública, por meio do controle social.

4.12.5 Educação Ambiental

Atualmente a preocupação com o futuro do mundo é constante, mas para que

essa preocupação não se torne apenas uma preocupação simbólica é necessária a

pratica dessa, prática efetiva pautada em conhecimento, é necessário criar no educan-

do uma reflexão critica, acerca das questões sociais e ambientais locais e mundiais

que assolam o mundo.

Com isso espera-se que nossos alunos bem como a comunidade escolar ado-

tem uma postura consciente e participativa na utilização e conservação dos recursos

naturais.

Nesse contexto, “a educação é vista como um dos processos do desenvolvi-

mento humano, responsável pelas estruturas das políticas de conhecimento, pela mu-

dança de mentalidades, bem como pela formação de novas identidades sociais”.

(MORALES, 2008. p. 10).

4.12.6 Processo de Envelhecimento, Respeito e Valorização do Idoso

Conhecer o processo de envelhecimento do ser humano para contribuir na pro-

moção do sujeito que envelhece e provocar transformações sociais na conquista de

uma velhice bem sucedida.

Se faz necessário compreender que o idoso é um ser humano com possibilida-

des e limites, em permanente construção, que adquire mais conhecimento e maior

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compreensão da vida pelas experiências vividas, dando e buscando sentido e signifi-

cado ao que faz.

Trabalhar os conteúdos correlatos aos direitos dos idosos nas escolas, atende à

Política Nacional do Idoso (lei nº 8842 de 04 de janeiro de 1994) e ao Estatuto do Ido-

so (lei nº 10.741 de 01 de outubro de 2003), que pressupõe em seu artigo 10 inserir

nos currículos mínimos nos diversos níveis de ensino formal, os conteúdos voltados

para o processo de envelhecimento, de forma a eliminar preconceitos e a produzir co-

nhecimentos sobre o assunto, incentivando o estudo e a pesquisa sobre a situação

social do idoso e as questões relativas ao envelhecimento.

Se faz relevante trabalharmos os direitos dos idosos nas escolas a fim de infor-

marmos sobre o processo de envelhecimento como caráter educativo sobre os aspec-

tos biopsicossociais, visando também proporcionar a garantia e a continuidade à iden-

tidade cultural desta parcela da sociedade, que já contribui significativamente para o

progresso e construção do país e ainda assim são objeto de discriminação, mesmo

sabendo que o processo de envelhecimento é algo natural e inerente ao ser humano.

4.12.7 Música

Considerando o momento histórico da aprovação da música como disciplina

obrigatória no ensino básico, através da Lei 11.769, de 18 de agosto de 2008 (Brasil,

2008), evidencia-se a necessidade de os profissionais desenvolverem atividades musi-

cais nas escolas. Isso porque ter a música como uma disciplina escolar pressupõe sua

inserção no projeto político pedagógico das escolas. Nesse sentido, ela não pode ser

uma disciplina isolada; assim como as demais disciplinas da escola, também deve

prever uma articulação com o contexto escolar.

Assim destaca-se que a música deve estar inserida em diversos tempos e es-

paços no contexto da escola, sendo explorada em diferentes momentos e em todas as

disciplinas do currículo.

4.12.8 História do Paraná

A Lei 13381/01, torna obrigatória no Ensino Fundamental e Médio da Rede Pú-

blica o ensino de História do Paraná nas escolas públicas, sendo que os conteúdos

deverão ser trabalhados de forma interdisciplinar. Serão utilizados: imagens, livros,

jornais, histórias em quadrinhos, fotografias, pinturas, gravuras, filmes, musicas, leitu-

ra, interpretação e análise de textos historiográficos, mapas e documentos históricos;

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produção de narrativas históricas, pesquisas bibliográficas, sistematização de concei-

tos históricos, apresentação de seminários, entre outras.

4.12.9 Relações Étnico Raciais

Estabeleceu-se ao longo da historia, um divisor étnico-racial que se dissipou por

toda a sociedade brasileira e que também se enraizou nos sistemas escolares. Muitos

anos depois busca-se alterar esse quadro, a partir da educação, mas infelizmente es-

tamos num sistema arraigado de preconceitos e desqualificações, que dificulta o pro-

cesso.

A realidade brasileira de crença e absorção da divisão da sociedade em raças é

um fato consumado que contraria o discurso nacional da democracia racial, isto por-

que, os brasileiros não só acreditam nas raças como também agem em consonância

com elas, fundamentando preconceito, discriminação e segregação, ao passo que o

resultado da crença de que não temos racismo foi, de acordo com muitos cientistas,

um dos piores tipos de racismo que se conhece.

Sem a interferência do Estado será muito difícil romper esse sistema que gera

exclusão e injustiça. Para Borges (2002) a própria noção de identidade de uma cultura

se dá por meio da consciência de suas diferenças em relação às outras culturas, sem

que, para tanto, se criem juízos de valor que desqualifiquem uma em detrimento da

outra.

Precisamos garantir a vez e a voz dos marginalizados da cultura dominante, a-

prendendo a compreender a diferença e a diversidade como fator de acréscimo e não

exclusão.

A educação das relações étnico-raciais impõe aprendizagens entre brancos e

negros, trocas de conhecimentos, quebra de desconfianças, projeto conjunto para a

construção de uma sociedade justa igual e equânime.

4.13 Infância e Adolescência

A noção de infância tal como conhecemos hoje é um conceito relativamente no-

vo. Segundo Gagnebin (1997), podemos localizar no século XVIII o início da ideia de

infância como uma idade profundamente singular a ser respeitada em suas diferenças.

Assim, percebemos que a noção de infância e sua conceituação não são um fato natu-

ral, que sempre existiu; são, na verdade, produto da evolução da história das socieda-

des.

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O olhar sobre a criança e sua valorização na sociedade não ocorreram sempre

da mesma maneira, mas, sim, de acordo com a organização de cada sociedade e as

estruturas econômicas e sociais em vigor.

O conceito de infância utilizado hoje pela pedagogia vem na esteira dessa evo-

lução, possuindo ainda marcas que nos remetem a sua formulação original. Essas

marcas são visíveis, principalmente, no que diz respeito à ideia de uma natureza infan-

til, que define a criança como um ser abstrato e universal, desvinculado de suas reais

condições de existência. Dessa forma, a infância é pensada como um tempo à parte

da vida do homem, época da vida que ele guarda sua inocência original. A educação

aparece como a possibilidade de transformar esse ser, moldando-o de acordo com os

princípios da sociedade da qual virá a participar.

A palavra “adolescência” tem uma dupla origem etimológica e caracteriza muito

bem as peculiaridades desta etapa da vida. Ela vem do latim ad (a, para) e olescer,

(crescer), significando a condição ou processo de crescimento, em resumo o indivíduo

apto a crescer.Adolescência também deriva de adolescer, origem da palavra adoecer.

Adolescente do latim adolescere, significa adoecer, enfermar. Temos assim, nessa

dupla origem etimológica, um elemento para pensar esta etapa da vida: aptidão para

crescer (não apenas no sentido físico, mas também psíquico) e para adoecer (em ter-

mos de sofrimento emocional, com as transformações biológicas e mentais que ope-

ram nesta faixa da vida).

Não existe o adolescente padrão, mas seres humanos concretos, que buscam

caminhos de crescimento e equilíbrio. É necessário buscar uma interlocução autêntica

com esses jovens, compreender sua “cultura” e ter empatia por sua forma específica

de lidar com a realidade.

4.14 As Tecnologias de Informação e Comunicação na Escola

As tecnologias de informações e comunicações presentes na sociedade apre-

sentam-nos uma duplicidade em papel: o funcional, a tecnologia como ferramenta, ins-

trumento e o normativo, a tecnologia determinando modelos para as relações sociais.

O papel funcional das tecnologias oscila entre a versão otimista de transforma-

ção da sociedade, que afirma o mundo sem fronteiras, a rapidez nas trocas de infor-

mação, entre outras, e a versão pessimista de controle social e político, onde o cida-

dão passa a ser vigiado e perde sua privacidade. Nas duas versões é possível identifi-

car a mesma ideologia: a técnica determina o mundo e as relações humanas.

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De forma complementar, o papel normativo das tecnologias está definido pelas

regras do mercado econômico, a partir da ideologia do mercado e sua evolução se dá

a partir da transformação das mídias de massa, mais generalistas, para mídias telemá-

ticas (imagens no computador), mais individualizadas.

Surge, assim, da conjunção dessas ideologias, o conceito de “sociedade da in-

formação” cuja doutrina, sustentada pela lógica das técnicas, induz à crença de que o

crescimento econômico da “sociedade da informação” seguramente gera oportunida-

des sociais.

O acesso às tecnologias de informação e comunicação amplia as transforma-

ções sociais e desencadeia uma série de mudanças na forma como se constrói o co-

nhecimento. Frente a este cenário de desenvolvimento tecnológico que vem provocan-

do mudanças nas relações sociais, a educação tem procurado construir novas estraté-

gias pedagógicas elaboradas sob a influência do uso dos novos recursos tecnológicos,

resultando em práticas que promovam o currículo nos seus diversos campos dentro do

sistema educacional.

A extensão do uso desses recursos tecnológicos na educação, além de se

constituir como uma prática libertadora, uma vez que contribui para inclusão digital,

também busca levar os agentes do currículo a se apropriarem criticamente dessas

tecnologias, de modo que descubram as possibilidades que elas oferecem no incre-

mento das práticas educacionais.

O tema referente ao uso das tecnologias de informação e comunicação é rele-

vante e merece ser considerado por todos aqueles que movimentam o currículo dentro

da escola. Esse pensamento não pode e não deve ser desvinculado do pensamento

curricular, isto é, do pensamento pedagógico quando este se detém na consideração

das práticas educacionais.

Mais do que ferramentas e aparatos que podem “animar” e/ou ilustrar a apre-

sentação de conteúdos, o uso das mídias web, televisiva e impressa mobiliza e opor-

tuniza novas formas de ver, ler e escrever o mundo. Contudo, é importante que essas

ferramentas tecnológicas estejam aliadas a um procedimento de reflexão crítica que

potencialize o pensamento sobre as práticas pedagógicas.

Na esfera de um currículo público, a inserção de novos recursos tecnológicos é

capaz de criar condições para que frutifiquem valores educacionais tais como o do en-

tendimento crítico, o da colaboração, o da cooperação, o da curiosidade que leva ao

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saber, e, por fim, os valores éticos de uma cidadania participativa se contrapondo aos

pensamentos e práticas totalizantes, que defendem receitas únicas.

A inserção de novos recursos tecnológicos encurta as distâncias, promove no-

vas práticas sociais, aproxima dentro do mesmo currículo as esferas político adminis-

trativas das salas de aula; aproxima as salas de aula entre si, dentro da escola e entre

as escolas, numa atividade de interação solidária com vistas tanto à apropriação do

conhecimento quanto à criação de novos saberes.

As tecnologias de informação e comunicação representam não somente meios

que contribuem com a democratização do conhecimento na escola, como também ins-

trumentos de informação que ampliam o acesso às políticas e programas, junto à co-

munidade escolar.

As tecnologias disponíveis nos espaços escolares, em ambientes educativos,

nos laboratórios de ciências e de informática, nas salas de aula

possibilitam, além da formação docente, na perspectiva do sujeito epistêmico, que

produz o conhecimento no âmbito das práticas pedagógicas, também o aprimoramento

da prática docente. Revelam-se, aqui, os necessários materiais pedagógicos e recur-

sos didáticos encaminhados para as escolas, a fim de restabelecer propostas de a-

prendizagem. É o caso dos conteúdos digitais, das televisões multimídia, dos livros

didáticos e paradidáticos, dos computadores e estações de trabalho, dos jogos e mate-

riais didáticos para uso nas atividades formativas da escola.

4.15 A Inclusão e os Alunos com necessidades Educacionais Especiais

Em meados da década de 1990 no Brasil passou-se a discutir de inclusão de

alunos com necessidades educacionais, preferencialmente na rede regular de ensino.

Em educação é comum que, de tempos em tempos, surjam novas terminologias ou

que sejam retomados termos “antigos”, que atestam o movimento de transformação

nos princípios e pilares teórico-filosóficos que conduzem as ideias pedagógicas de de-

terminadas épocas.

O termo necessidades educacionais especiais é um exemplo desse processo.

Como a maior parte das terminologias adotadas em educação especial, tem origem

estrangeira, como tantos outros utilizados em épocas anteriores: inválido, anormal,

retardado, deficiente. A tradução para o português muitas vezes não mantém o sentido

que os originou no contexto histórico de sua utilização, gerando ambiguidades, impre-

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cisão e inadequação ao serem empregados em um novo contexto social (FERREIRA E

GUIMARÃES, 2003).

Embora as denominações propostas, tenham a intenção de identificar grupos ou

sujeitos que apresentam características diferenciadas, sem criar rótulos negativos ou

estigmas, quase sempre essas expressões têm uma carga pejorativa e negativa, rela-

cionadas à patologia e à incapacidade.

As palavras não são neutras e imparciais, elas carregam ideologias, insinuam

crenças, delineiam pontos de vista, revelam intenções. Na ampla literatura especiali-

zada, ou mesmo em palestras e eventos de capacitação, é comum a utilização de ex-

pressões como “pessoas portadoras de necessidades especiais” e “pessoas portado-

ras de deficiência”, utilizadas como termos sinônimos. Cabem aí alguns esclarecimen-

tos. Primeiramente, é necessário esclarecer que necessidades especiais ou deficiên-

cias não se “portam” como objetos que carregamos de um lado a outro, dos quais po-

demos nos desfazer quando bem entendemos.

Deficiências são inerentes aos sujeitos, constituem sua subjetividade; não defi-

nem sua essência, mas determinam modos de ser e estar no mundo que podem gerar

ou não impedimentos ou colocar os sujeitos que as apresentam em situação de des-

vantagem, a depender dos resultados da interação das características diferenciadas

das pessoas com deficiência com as representações em torno dela e das tecnologias

disponíveis no meio social a seu serviço.

A noção de deficiência é, pois, uma questão contingencial e decorre de normas

e expectativas da sociedade (...) é uma situação que surge como produto da interação

daqueles que apresentam determinados atributos com o meio social, que interpreta e

considera tais aspectos como desvantagens (FERREIRA E GUIMARÃES, 2003, p. 32)

Quando essas exigências (apoios materiais, tecnológicos ou humanos) são per-

tinentes ao campo da educação, a serviço da remoção de barreiras para a aprendiza-

gem e à participação de todos os alunos (EDLER CARVALHO, 2000), são denomina-

das “necessidades educacionais especiais”.

Justamente pela abrangência e imprecisão da expressão, considerando os inú-

meros grupos que estão contemplados nessa terminologia, sua utilização tem sido ob-

jeto de controvérsias e gerado inúmeras arbitrariedades na condução das políticas e-

ducacionais. Isso se deve porque a nova terminologia aparece na Lei de Diretrizes e

Bases da Educação (1996), no capítulo destinado à Educação Especial.

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Ora, se historicamente, o alunado-alvo dessa modalidade de ensino foram os

alunos que apresentavam algum tipo de deficiência, e a expressão passou a ser utili-

zada amplamente por profissionais da Educação Especial, estabeleceu-se a equivoca-

da relação de sinonímia entre os dois termos.

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5 MARCO OPERACIONAL

Para que se possa construir uma escola que se sonha é necessário que esta

tenha identidade como instituição de educação de crianças, adolescentes e jovens, e

que essa identidade seja diversificada em função das características do meio social e

da demanda a que faz cobertura.

A diversidade da instituição é necessária para contemplar as desigualdades

nos pontos de partida de seu alunado que requerem diferenças de tratamento como

forma mais eficaz de garantir a todos um patamar comum nos pontos de chegada.

A análise dos resultados das avaliações e dos indicadores de desempenho

permitirá à escola avaliar seus processos, verificar suas habilidades e qualidades e

com base destes, planejar a melhoria do processo educativo, bem como desenvolver

mecanismos de compensação que superem gradativamente as desigualdades educa-

cionais.

Para atingir os objetivos compartilhados, a escola deve usar da autonomia que

lhe é conferida onde o exercício pleno dessa se manifesta na formulação da proposta

pedagógica.

Na sala de aula a autonomia tem como pressuposto, além da capacidade do

professor, seu compromisso, a cumplicidade com os alunos, que fazem do trabalho

cotidiano de ensinar um permanente voto de confiança na capacidade de todos para

aprender, onde o professor, impulsionado pela paixão de ensinar com sua identidade

construída com ética e autonomia, inspirado na estética da sensibilidade e a política da

igualdade, procurará continuamente garantir a todos oportunidades iguais de aprendi-

zagem e formação dos valores considerados essenciais na formação de verdadeiros

cidadãos.

A proposta pedagógica visa eleger elementos e atitudes que garantam a me-

lhoria e a retirada dos nossos alunos da condição passiva de agente modificador da

realidade em que vivem.

Para que se alcance estes objetivos é necessário que todos que fazem parte

do processo, estejam conscientes da importância que cada um possui para que a mu-

dança aconteça.

Sendo assim em busca da educação pública de qualidade compromissada

com a emancipação do ser humano o Colégio Estadual Monsenhor Eduardo organiza

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seu trabalho pedagógico da seguinte forma: Ensino Fundamental e Ensino Médio seri-

ado por disciplinas.

O trabalho escolar (reuniões, aulas, planejamentos, formação continuada, ca-

pacitações), como um todo é realizado em datas especificas previstas no calendário e

aprovadas pelo Núcleo Regional de Educação de Pasto Branco.

Especificamente relacionado ao trabalho pedagógico o colégio através de sua

equipe pedagógica oferece suporte teórico metodológico ao corpo docente, preferen-

cialmente em sua hora atividade, que conforme Instrução nº 02/2004 – SUED deve

ser utilizada para aprofundamento teórico, planejamento e atendimento a comu-

nidade escolar.

Isto possibilitará ao professor subsídios ao desenvolvimento do proces-

so ensino e aprendizagem que irá se refletir na avaliação dos alunos, entenden-

do esta como um processo contínuo e cumulativo, que deve refletir o desenvol-

vimento global do aluno considerando as características individuais deste no

conjunto dos componentes curriculares cursados, com preponderância dos as-

pectos qualitativos sobre os quantitativos e orientados pela deliberação do CEE

que dá indicação sobre normas gerais para avaliação do aproveitamento esco-

lar, recuperação de estudos e promoção de alunos do sistema estadual de en-

sino.

A prática docente considera como ponto de partida o saber cotidiano do

aluno, mas o canaliza de forma e sistematiza-lo e transformá-lo em conheci-

mento válido cientificamente e privilegia as problematizações que oportunizarão

ao aluno investigar sobre temas considerados como desafios educacionais con-

temporâneos.

Para operacionalizar o uso das diversas tendências metodológicas, que

facilitarão a articulação entre os conteúdos básicos dos conteúdos estruturan-

tes, que por sua vez poderão levar o aluno a desenvolver a lógica, a argumen-

tação, estratégias de resolução de problemas, são utilizados os seguintes re-

cursos didáticos: palestras, fóruns a partir de leitura e interpretações de textos,

exposições artístico-culturais, uso das novas tecnologias.

Além de todo esse suporte há a necessidade de outras intervenções

pedagógicas. Para isso a escola oferece sala de Apoio à Aprendizagem nas

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disciplinas de português e matemática, Sala de Recursos para alunos com difi-

culdades de aprendizagem, laboratório de informática, ciências, física, química

e biologia.

Para que todo esse trabalho tenha êxito é necessário que se faça uma

articulação entre família e comunidade escolar, o que ocorre durante o ano leti-

vo nos encontros, atividades e reuniões com pais e familiares.

O Colégio Estadual Monsenhor Eduardo além do conhecimento propri-

amente dito dos valores éticos e políticos, das concepções de aprendizagem,

junto aos seus alunos procura manter um ambiente saudável com seus docen-

tes com sua equipe administrativa e com a equipe se apoio. O trabalho em gru-

po, cooperação e ajuda mutua é entendido como diretriz em todos os setores.

A partir do momento em que atitudes de cooperação e compromisso en-

tre todos são obervadas e realizadas consegue-se desenvolver um trabalho

com maior qualidade.

Este projeto político pedagógico é um compromisso assumido por todos

os que fazem parte deste estabelecimento. Ao elaborarmos, buscamos traçar

uma ação intencional com um sentido explicito e transparente, onde coletiva-

mente todos puderam expressar e participar de suas ações.

Nesse sentido é importante que as opiniões de todos sejam realmente

levadas em conta e utilizadas em conclusões ou decisões tomadas na escola

sendo amplamente divulgadas. Nessa forma de ação revelam-se diferentes va-

lores, explicitam-se conflitos e busca-se melhor convivência.

A discussão ampla na qual a opinião do outro é respeitada, em que há

liberdade de colocar opiniões, em que é enfatizado o compromisso com o coletivo da

escola e com o bem estar de todos possibilitará um novo olhar para o cotidiano, um

olhar que tem como objetivo a participação na construção da cidadania.

5.1 Tipo de gestão

Gestão Democrática é o proce4sso político através do qual as pessoas na es-

cola discutem, deliberam, planejam, solucionam problemas e encaminham, acompa-

nham, controlam e avaliam o conjunto de ações voltadas ao desenvolvimento da pró-

pria escola.

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Realizar uma gestão democrática significa acreditar que todos juntos têm mais

chance de encontrar caminhos para atender às expectativas da sociedade a partir da

atuação e do compromisso da escola. Estabelecendo desta forma relações flexíveis

entre os membros da comunidade escolar.

Quando pais e professores estão presentes nas discussões dos aspectos

educacionais, estabelecem-se situações de aprendizagem de mão dupla: ora a

escola estende sua função pedagógica para fora, ora a comunidade influencia os des-

tinos da escola. As famílias começam a perceber melhor o que seria um bom atendi-

mento escolar, a escola aprende a ouvir sugestões e aceitar influências.

É necessário organizar o trabalho de forma que abranja todas as carências da

escola e de seus diversos públicos envolvidos, alunos, professores, funcionários, pais,

responsáveis e comunidade em geral.

Antes de tudo, é importante basear o trabalho a ser realizado em princípios de

inclusão, solidariedade, respeito à diversidade e valorização do potencial humano. Os

objetivos devem ser sempre os de formação e aprendizagem dos alunos e as estraté-

gias para esse desenvolvimento são as de estabelecimento de redes, parcerias e en-

foque interativo entre todas as dimensões, aspectos e elementos envolvidos.

Os conceitos de democracia e prática democrática precisam ser compreendidos

e interpretados no interior da escola, para, a partir daí, estabelecer um processo de

gestão que, fundamentalmente, esteja vinculado aos objetivos pedagógicos, políticos,

culturais da escola.

Sociedade e escola são dialeticamente constituídas. A escola expressa e con-

tradiz as relações sociais mais amplas.

A construção de um processo de gestão centrada nos valores e princípios de-

mocráticos é tarefa política e educativa da escola. Não existem fórmulas de gestão

democrática, ela se constrói no processo político e cultural do espaço escolar.

A organização e gestão das escolas e da educação pública exige uma sólida

estrutura dirigente para o processo de melhoria e desenvolvimento de ensino. As rela-

ções pedagógicas que ocorrem entre professores e alunos são o epicentro das razões

de todo o trabalho da educação e é para sua constante evolução que buscamos me-

lhorar a gestão da escola. Sendo assim, a gestão é um instrumento, uma ferramenta a

serviço da melhoria da qualidade de e4snino, mas não apenas isso, pois ela mesma é,

ou pode ser uma ação político pedagógica e por se tratar de escola pública, ela neces-

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sita ser balizada pelos princípios da democracia, da igualdade, da universidade e da

laicidade.

Então, é necessário buscar democratização a gestão de educação pública por-

que a educação pública é a educação de todos, para todos. (SOUZA, 2003, p. 19)

5.2 Papel específico de cada segmento da comunidade escolar.

A comunidade escolar tem o seu papel específico conforme estabelece a De-

liberação 16/99, CEE/PR em seus artigos. A gestão democrática é um compromisso

social do profissional da educação, contra "concepções educacionais obsoletas" e com

ênfase na concepção sócio-histórica de educador, estimulando a análise política da

educação e das lutas históricas destes profissionais articuladas com os movimentos

sociais.

Equipe pedagógica: o setor pedagógico é fundamental ao funcionamento da escola

como Instituição Educacional. É nele que acontecem as orientações metodológicas

aos professores como: planejamentos, avaliações, dificuldades de ensino e aprendiza-

gem, orientações para trabalhos extraclasse, ou extra curriculares, pesquisas, pales-

tras, visitas; atendimento aos alunos com dificuldades de aprendizagem ou proble-

mas disciplinares, como também atendimento aos pais e comunidade escolar que

procuram a escola para acompanhar o rendimento escolar de seus filhos.

Também organiza reuniões, encontros pedagógicos com pais e professores,

e conselho de classe. O setor está organizado com arquivos onde constam informaçõe

s pertinentes aos alunos, onde possui anotadas todas as informações.

Professor: É o grande agente de transformação do proces-

so educacional, a alma de qualquer instituição de ensino é do professor. Por isso o

professor precisa acreditar no que diz para envolver seus alunos. A grande respon-

sabilidade para a construção de uma educação cidadão está nas mãos do professor e

só conseguirá fazer com que o aluno aprenda se ele continuar aprendendo,

assim, será um orientador para o desenvolvimento das habilidades dos alunos.

Os docentes do Colégio Estadual Monsenhor Eduardo necessitam ade-

quar conteúdos e atividades conforme as especificidades dos alunos, bus-

cando sempre alternativas para que o pleno desenvolvimento educacional ocorra.

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Alunos: São as pessoas mais importantes de um colégio, visto que toda a estrutura

escolar existe para que suas necessidades educacionais se-

jam atendidas. A terminologia traz como pessoa que toma suas próprias decisões,

pessoa responsável, na sua individualidade. Porém, nossos alunos em sua grande

maioria necessitam de constante motivação e muita disciplina, pois a realidade social e

cultral que possuem não auxilia nos estudos, tornando­os receptores de conhecimento.

É constante a parceria dos professores, equipe pedagógica com a comunidade

escolar a fim de buscar soluções para a falta de interesse, que em alguns casos torna-

se evasão escolar.

Pais: Hoje com as constantes mudanças dos padrões de família, precisa-

mos de pais que realmente desempenhem o papel de pai e mãe com firmeza, que este

jam prontos atenderem os filhos em suas necessidades básicas, atentos as diferentes f

ases do desenvolvimento pelas quais seus filhos passam.

A comunidade escolar necessita estar presente na escola, sen-

do fundamental para o Colégio poder contar com a participação dos pais em todo con-

texto educacional para assim poder desenvolver sua verdadeira função que é de for-

mar cidadão crítico, consciente e ativo.

No entanto, encontramos pais ativos e participativos, mas em número pequeno,

pois nossa realidade nos apresenta pais que muito cedo perdem

o domínio da vida de seus filhos, ou por inúmeros motivos os deixam tomar as decisõe

s que acharem convenientes. Não deveria gerar filhos quem não quer dar­se ao trabal

ho de criá­los e educá­los, (PLATÃO).

Equipe administrativa: A recepção do Colégio é feita na secretaria, onde as pessoas

são identificadas e encaminhadas aos diversos setores. A secretaria é responsável

por toda documentação escolar dos alunos e pela vida funcional dos professores e

funcionários. É um órgão muito importante e necessita de eficiência e responsabilida-

de para o bom andamento da instituição.

5.3 Relação entre os Aspectos Pedagógicos e Administrativos

É através da relação entre os aspectos pedagógicos e administrativos que am-

pliaremos os espaços de participação, incluindo as contribuições dos funcionários, as-

sim estaremos construindo uma escola democrática, superando a dicotomia entre o

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Técnico e pedagógico; entre o manual e o intelectual, entre fazer e saber, on-

de todos temos a ganhar. Ao se trabalhar juntos num mesmo objetivo os resultados ser

ão alcançados com mais eficiência e organização, pois um depende do outro para a re

alização dos mesmos.

5.4 Organização do trabalho pedagógico e a prática docente

Este trabalho parte da compreensão de que os instrumentos de ensino existem

como ferramentas que confiabilizam o prosseguimento do processo educativo sistema-

tizado e que, por isso, todas as suas ações tem como intento aprovar os objetivos que

a escola pretende alcançar, isto denota envergadura para ter uma inserção social

analítica e modificadora. Portanto, o propósito da escola é que os alunos obtenham os

conhecimentos produzidos pela humanidade, ampliem as possibilidades para operá-

los, transformá-los e redirecioná-los tendo como meta alocar os avanços da civili-

zação a serviço da humanização da sociedade.

Diante disso, o projeto político-pedagógico brota da construção coletiva da

Educação Escolar. Ele é a tradução maior da organização pedagógica que a escola

faz de suas finalidades, a partir das necessidades que lhe estão colocadas dian-

te dos recursos humanos e materiais. O projeto político-pedagógico ganha coe-

rência e estabilidade à medida que apresenta a realidade na qual se insere, desta-

cando como são organizadas as práticas para trabalhar com sujeitos que atenderão,

pois seu enfoque é o eixo principal da organização das práticas pedagógicas que

serão adotadas pelo educador.

Falar de organização remete-se a um acompanhamento e controle que

objetiva detalhar as metas e prioridades dentro do trabalho docente, ou seja, a organi-

zação é uma peça chave que está intimamente ligada ao objetivo primordial da

escola que é promover o desenvolvimento e a aprendizagem dos alunos. É importan-

te pontuar que a organização do trabalho pedagógico se dá em dois níveis: no da es-

cola como um todo, com seu projeto político pedagógico e no da sala de aula,

incluindo as ações do professor na dinâmica com seus alunos, através de seu

plano de ação. Este trabalho como é mencionado por Libâneo é uma atividade

global da organização que requer diligência e preparação.

“O trabalho docente é uma atividade intencional, planejada conscientemen-

te visando a atingir objetivos de aprendizagem. Por isso precisa ser estruturado

e ordenado”. (LIBÃNEO, 1994, p. 96)

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Neste patamar de como é descrita a organização do trabalho pedagógico,

o planejamento é entendido como instrumento pelo qual se estima o modo de elaborar,

executar e avaliar os planos de ação que organizam o trabalho docente. Por-

quanto o planejamento norteia as possibilidades do processo de ensino aprendi-

zagem, constituindo-se assim, em um todo ativo, visto que ao falar de planejamen-

to deve-se inferir como sua característica principal a reflexão. São fatores do sucesso

do trabalho docente a viabilidade das ações dispostas no plano de ação durante o pla-

nejamento, que neste contexto é um documento que descreve os procedimentos fun-

damentais do ensino e as respectivas considerações de controle e projeções indi-

cativas de intervenções diárias realizadas pelos professores.

A partir da ação docente planejada pode-se problematizá-la, ampliar a

compreensão teórica sobre esta, elaborando ações estratégicas compartilhadas

para transformá-las. Portanto, a definição da direção política da prática educativa de-

corre da análise crítica da atual prática educativa, desabrochando numa perspec-

tiva também crítica para o futuro trabalho.

A análise no ato do planejamento em si tem função de fixar parâmetros

e requisitos, que se destinarão ao cidadão que se quer formar dentro da atual conjun-

tura da sociedade, prevendo quais as aprendizagens realmente significativas e

contextualizadas a que os alunos terão acesso e evidenciando propriedades de

novos conhecimentos, uma vez que, a ação de obtenção do conhecimento deriva da

relação sujeito-objeto-conhecimento, neste sentido os aspectos do planejamento são

articulados na totalidade das análises. Tal premissa do planejamento, ou seja,

da organização pedagógica nem sempre é adotada por todos os professores, é

o que se encontra no contexto geral da educação, onde profissionais necessitam

restaurar sua compreensão de planificação, ainda tida como mera formalidade sistêmi-

ca e burocrática, sem ação coesa, que em linhas gerais restringe-se em um mecanis-

mo nulo.

Em nível pedagógico do sistema educativo o professor é responsável pela

organização do trabalho docente observando os trâmites da função maior da escola, o

de democratizar os conhecimentos construídos pela humanidade ao longo da história.

Outro fator essencial na organização do trabalho docente diz respeito à

função desempenhada pela avaliação da aprendizagem. A avaliação deve ser perce-

bida como estratégia de observação no processo individual, que declara com mais

precisão as reais conquistas nas experiências educativas. E não se pauta em

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comportamentos padronizados, mas em dados relevantes, que encaminham no-

vas oportunidades de desenvolvimento.

5.5 Órgãos Colegiados papel das Instâncias Colegiadas

As instâncias colegiadas são os espaços de representação dos segmen-

tos da escola: discentes, docentes, pais e comunidade. É pela utilização desses espa-

ços, fruto da conquista da própria comunidade, que a gestão democrática ganha

força e pode transformar a realidade escolar. Isso depende das relações que se esta-

belecem entre os segmentos e a direção da escola.

Segundo Veiga (1998, p.113):

Podemos considerar que a escola é uma instituição na medida em que a concebemos como a organização das relações sociais entre os indivíduos dos diferentes segmentos, ou então como o conjunto de normas e orien-tações que regem essa organização. (...) Por isso torna-se relevante as discussões sobre a estrutura organizacional da escola, geralmente composta por Conselho Escolar e pelos Conselhos de Classe que condicionam tanto sua configuração interna, como o estilo de interações que estabelece com a comu-nidade.

Outras instâncias de ação colegiada, institucionalizadas ou não, como a

Associação de Pais, Mestres e Funcionários e o Grêmio Estudantil, podem ser

importantes ferramentas para o aprimoramento do processo educativo e para o exercí-

cio da democracia no interior das escolas. Confirmando a importância dos colegiados

para a efetivação do processo democrático, Abranches (2003, p.14) ressalta que:

Os órgãos colegiados têm possibilitado a implementação de novas for-mas de gestão por meio de um modelo de administração coletiva, em que to-dos participam dos processos decisórios e do acompanhamento, execução e avaliação das ações nas unidades escolares, envolvendo as questões administrativas, financeiras e pedagógicas.

Os segmentos sociais organizados e reconhecidos como Órgãos Colegia-

dos de representação da comunidade escolar estão legalmente instituídos por

Estatutos e Regimentos próprios.

APMF:

No exercício de suas atribuições e APMF manterá rigoroso respeito as disposiçõ

es legais de modo a assegurar observância aos princípios fundamentais da política

educacional vigente no estado, além de representar os reais interesses

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da comunidade escolar, contribuindo dessa forma para a melhoria da qualidade de ens

ino, visando uma escola publica gratuita e universal.

Aos membros da diretoria cabe a participação de todas as decisões de APMF,

com tratamento sem distinção e qualquer natureza, recebendo bem todos os partici-

pantes de atividades, seja ela recreativa ou administrativa promovida pelo colégio.

Conselho Escolar: O conselho escolar é um órgão colegiado de natureza

deliberativa, consultiva e fiscal, não tendo caráter políti-

co­partidário, religioso, racial e nem lucrativo, não sendo remunerado seus dirigen-

tes e/ou conselheiros. Colabora no regimento e funcionamento da escola,

compreendendo a tomada de decisões, planejamento, execução, acompanhamen-

to e avaliação das questões administrativas e pedagógicas fixadas pela secretaria

de educação.

O conselho escolar tem por finalidade efetivar a gestão escolar, na forma de

colegiado, promovendo a articulação entre os segmentos da comunida-

de escolar e os demais setores da instituição, constituindo­se como órgão auxiliar.

Grêmio estudantil:

O Grêmio é a organização dos estudantes na Escola. O Grêmio Estudantil não

tem caráter político­partidário, religioso, racial e também não deverá ter fins lucrativos.

A organização, o funcionamento e as atividades do Grêmio são esta-

belecidas em seu Estatuto, aprovado em Assembleia Geral do corpo discente do esta-

belecimento de Ensino, convocada para este fim, obedecendo à legislação pertinente.

O Conselho de Classe é um órgão colegiado de natureza consultiva e

deliberativa em assuntos didático-pedagógicos com atuação restrita a cada clas-

se do Estabelecimento de Ensino, tendo por objetivo avaliar o processo de en-

sino aprendizagem na relação professor-aluno e os procedimentos adequados a cada

caso.

O Conselho de Classe

O conselho de classe tem por finalidade: estudar e interpretar os dados da a-

prendizagem na sua relação com o trabalho do professor na direção do processo ensi-

no-aprendizagem, proposto pelo plano curricular; acompanhar e aperfeiçoar o pro-

cesso de aprendizagem dos alunos, bem como diagnosticar seus resultados e atri-

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buir-lhes valor; analisar os resultados da aprendizagem na relação com o desempe-

nho da turma, com a organização dos conteúdos e o encaminhamento metodo-

lógico; utilizar procedimentos que assegurem a comparação com parâmetros indi-

cados pelos conteúdos necessários de ensino, evitando a comparação dos alunos

entre si.

O Conselho de Classe é constituído pelo Diretor, pela Equipe Pedagógica e por

todos os professores que atuam numa mesma classe. A presidência do Conselho de

Classe está a cargo do Diretor que, em sua falta ou impedimento será substituído pela

Equipe Pedagógica.

O Conselho de Classe reunir-se-á ordinariamente em cada bimestre, em

datas previstas no Calendário Escolar, e extraordinariamente, sempre que um fato re-

levante assim o exigir.

Atribuições do Conselho de Classe

Emitir parecer sobre assuntos referentes ao processo ensino aprendiza-

gem, respondendo a consultas feitas pelo Diretor e pela Equipe Pedagógica;

analisar as informações sobre os conteúdos curriculares, encaminhamento metodoló-

gico e processo de avaliação que interferem no rendimento escolar do aluno;

propor medidas para melhoria do aproveitamento escolar, integração e relacionamen-

to dos alunos na classe; estabelecer planos viáveis de recuperação dos alunos,

em consonância com o plano curricular do estabelecimento de ensino; colaborar

com a equipe Pedagógica na elaboração e execução dos planos de adaptação de

alunos transferidos, quando se fizer necessário.

Das reuniões do Conselho de Classe será lavrada ata por secretário ad hoc, em

livro próprio, para registro, divulgação ou comunicação aos interessados.

O Conselho de Classe se estrutura a partir de três dimensões:

- O Pré-conselho de Classe: este procedimento se configura como oportunida-

de de levantamento de dados, os quais, uma vez submetidos à análise do colegi-

ado, permitem a retomada e redirecionamento do processo de ensino aprendiza-

gem, com vistas à superação dos problemas levantados e que não são privati-

vos deste ou daquele aluno ou desta ou daquela disciplina. É um espaço de

diagnóstico do processo de ensino e aprendizagem, mediado pela equipe pedagógica,

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junto com os alunos e professores, ainda que em momentos diferentes, confor-

me os avanços e limites da cultura escolar. Não se constituem em ações privativas,

implicam em decisões tomadas pelo grupo/coletivo escolar.

No Colégio Estadual Monsenhor Eduardo o pré-conselho é realizado bimes-

tralmente, uma semana antes do dia marcado para o Conselho de Classe. Este é rea-

lizado pela Equipe Pedagógica em todas as turmas, individualmente, nos três turnos.

- O Conselho de Classe: quando os professores se reúnem em Conselho

(grande grupo), são discutidos os diagnósticos e proposições levantados no pré-

conselho, estabelecendo-se a comparação entre resultados anteriores e atuais,

entre níveis de aprendizagem diferentes nas turmas e não entre alunos. Esta compa-

ração de resultados é realizada através de gráficos de rendimento que são expostos

para análise através do projetor multimídia.

A tomada de decisão envolve a compreensão de quais metodologias devem ser

revistas e que ações devem ser empreendidas para estabelecer um novo olhar sobre a

forma de avaliar, a partir de estratégias que levem em conta as necessidades dos alu-

nos. A forma como as reuniões são previstas no calendário levam em conta este mo-

delo de Conselho do qual falamos e não aquele que simplesmente legitima o fracasso

a partir da sua constatação.

O Conselho de Classe é realizado bimestralmente nas datas previamente

estabelecidas em calendário escolar o qual é aprovado pelo Conselho Escolar.

- O Pós-conselho de classe: traduz-se nos encaminhamentos e ações previstas

no Conselho de classe propriamente dito, que podem implicar em: retorno aos alunos

sobre sua situação escolar e as questões que a fundamentaram (combinados

necessários); retomada do plano de trabalho docente no que se refere à orga-

nização curricular, encaminhamentos metodológicos, instrumentos e critérios de

avaliação; retorno aos pais/responsáveis sobre o aproveitamento escolar e o a-

companhamento necessário, entre outras ações. Todos estes encaminhamentos de-

vem ser registrados em ata.

No Colégio Estadual Monsenhor Eduardo esta devolutiva é realizada em primei-

ro lugar em sala de aula pelos Conselheiros de turma que retornam À turma os aspec-

tos positivos e negativos levantados e discutidos no Conselho de Classe:disciplina,

rendimento, frequência, entre outros.

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Também conforme o caso e solicitação dos demais professores/as, o/a

Conselheiro/a organiza o “espelho de classe”, e cujo objetivo é otimizar a distribuição

dos alunos na sala de aula, ou seja, separar grupinhos que atrapalham o andamento

das aulas. O/a Professor/a Conselheiro/a orienta e aconselha a turma no sentido

de superação das dificuldades apontadas.

A Equipe Pedagógica agenda reuniões com os pais para entrega de boletins e

organiza os/as professores/as para atendimento aos pais dos alunos que apre-

sentam baixo rendimento.

s pais dos alunos com baixo rendimento, problemas de faltas e indisciplina que não

comparecem na reunião são convidados a comparecerem no Colégio, em outra data,

para conversar com a Equipe Pedagógica, no sentido de acompanhar o desenvolvi-

mento da aprendizagem do aluno. Os pais também podem agendar conversas

com os professores na hora-atividade.

5.6. Recursos que a escola dispõe para realizar seu projeto

Para a realização de seu projeto a escola dispõe de recursos humanos direção,

equipe pedagógica, professores, funcionários, alunos, pais e colaboradores.

Os recursos materiais são os já existentes no colégio e também os adquiridos

durante o ano letivo através de verbas do Governo Estadual e Federal, tais

como: FUNDO ROTATIVO, PDDE (Programa Dinheiro Direto na Escola) e recur-

sos da APMF – Associação de Pais Mestres e Funcionários, recursos estes arrecada-

dos através da contribuição espontânea de pais de alunos e das promoções por eles

realizadas como festa junina, torneios e campeonatos esportivos.

5.7. Critérios para elaboração do Calendário Escolar

Este estabelecimento de Ensino elabora anualmente o calendário escolar pró-

prio de acordo com instrução especifica da SEED.

Após a elaboração, o Calendário Escolar é encaminhado para apreciação

e aprovação do Conselho Escolar e posteriormente enviado ao Núcleo Regional

de Educação para a homologação.

5.8. Critérios para organização e utilização dos espaços educativos

O Colégio Estadual Monsenhor Eduardo sempre em busca da qualidade de en-

sino e organização a fim de manter um ambiente propício para o ensino – a-

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prendizagem e preocupado com o bem estar dos seus alunos, elaborou algumas nor-

mas internas para que o respeito prevaleça em todas as situações vivenciadas no coti-

diano escolar. Estas normas internas são revistas juntamente com professores e fun-

cionários no início de cada ano letivo na Semana de Capacitação de fevereiro.

Na primeira semana de aula do ano letivo a Equipe Pedagógica discute com os

alunos as normas internas, possibilitando aos mesmos questionamentos, esclare-

cimentos de dúvidas e sugestões a fim de que estes participem ativamente da

construção das normas. Tais normas também são encaminhadas aos responsáveis

para tomarem ciência dos direitos e deveres de seus filhos/as.

Estas normas estão no Regimento escolar.

5.9. Critérios de organização e distribuição de turmas e aulas: por turno, por pro-

fessor

O Colégio Estadual Monsenhor Eduardo funciona em dois turnos: matutino e

vespertino, com aulas de segunda a sexta-feira nos horários das 7h30min às 12h, das

13h às 17h30.

Cada turma, dos períodos matutino e vespertino, tem cinco aulas diárias de 50

minutos cada uma com um intervalo de 20min para lanche.

Nas segundas e quartas, no horário intermediário tarde/noite das 17h10min

às 18h50min acontece o Curso CELEM com uma turma de Curso Básico de

Língua Espanhola.

Nas terças e quintas, pela manhã funciona a Sala de Apoio à Aprendizagem

sendo das 7h30min às 9h10min aulas de Matemática e das 9h10min às 11h10min au-

las de Português.

De segunda a sexta no período vespertino temos a Sala de Recursos para alu-

nos que necessitam deste atendimento.

O colégio desenvolve ainda atividades de horta treinamento (intermediário) e

Programa Mais Educação que acontecem no contraturno.

A distribuição das aulas acontece conforme a demanda do Estabelecimento de

Ensino obedecendo a instrução própria da mantenedora, os professores escolhem su-

as aulas obedecendo a ordem de classificação em conformidade com o relatório forne-

cido pela SEED.

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5.10. Hora-Atividade

A hora-atividade é estabelecida de acordo com a Resolução nº 196/2010, artigo

21, parágrafo 1º, e a Lei Estadual nº 13807, de 30/09/2002 que institui o percentual de

20% (vinte por cento) da jornada de trabalho de hora-atividade para professores

em efetivo exercício de Docência no Estabelecimento de Ensino.

A hora-atividade é destinada para planejamento, avaliação, correção de

atividades discentes, estudos e reflexões a respeito de atividades que evolvam

a elaboração e implementação de projetos e ações que visem à melhoria da qualidade

de ensino, propostos por professores, direção, equipe pedagógica e/ou N-

RE/SEED, bem como o atendimento de alunos, pais e (outros assuntos de inte-

resse da) comunidade escolar.

A hora-atividade deveria ser organizada por grupos de disciplinas confor-

me orientação do NRE, mas não é possível devido ao grande número de pro-

fessores e horários em outros colégios. Sendo assim é organizada de acordo com a

possibilidade de cada um, sendo o seu cumprimento no mesmo período das

aulas, conforme estabelece a resolução própria da SEED.

5.11. Relação entre os aspectos pedagógicos e administrativos

É através da relação entre os aspectos Pedagógicos e Administrativos

que ampliaremos os espaços de participação, incluindo as contribuições dos fun-

cionários, assim estaremos construindo uma escola democrática, superando a

dicotomia entre o técnico e pedagógico; entre manual e intelectual; entre o fazer e

saber, onde todos temos a ganhar.

Ao se trabalhar juntos num mesmo objetivo os resultados serão alcançados com

mais eficiência e organização, pois um depende do outro para a realização dos

mesmos.

5.12. Avaliação da Aprendizagem, Recuperação de Estudos e Promoção

A avaliação é uma prática pedagógica intrínseca ao processo ensino e

aprendizagem, com a função de diagnosticar o nível de apropriação do conhecimento

pelo aluno.

A avaliação é contínua, cumulativa e processual, devendo refletir o desen-

volvimento global do aluno e considerar as características individuais deste no

conjunto dos componentes curriculares cursados, com preponderância dos as-

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pectos qualitativos sobre os quantitativos dando-se relevância à atividade crítica, à ca-

pacidade de síntese e à elaboração pessoal, sobre a memorização.

A avaliação é realizada em função dos conteúdos, utilizando métodos e

instrumentos diversificados, coerentes com as concepções e finalidades educati-

vas expressas no Projeto Político-Pedagógico da escola sendo vedado submeter o

aluno a uma única oportunidade e a um único instrumento de avaliação.

Os critérios de avaliação do aproveitamento escolar serão elaborados em

consonância com a organização curricular e descritos no Projeto Político-Pedagógico.

A avaliação deverá utilizar procedimentos que assegurem o acompanhamento

do pleno desenvolvimento do aluno, evitando-se a comparação dos alunos entre si. O

resultado da avaliação deve proporcionar dados que permitam a reflexão sobre a a-

ção pedagógica, contribuindo para que a escola possa reorganizar conteú-

dos/instrumentos/métodos de ensino.

Na avaliação do aluno devem ser considerados os resultados obtidos du-

rante todo o período letivo, num processo contínuo, expressando o seu desen-

volvimento escolar, tomado na sua melhor forma.

Os resultados das atividades avaliativas serão analisados durante o perío-

do letivo, pelo aluno e pelo professor, observando os avanços e as necessidades de-

tectadas, para o estabelecimento de novas ações pedagógicas.

A recuperação de estudos é direito dos alunos, independentemente do nível de

apropriação dos conhecimentos básicos. A recuperação de estudos dar-se-á de

forma permanente e concomitante ao processo ensino e aprendizagem.

A recuperação será organizada com atividades significativas, por meio de

procedimentos didático-metodológicos diversificados. A avaliação da aprendizagem

terá os registros de notas expressos em uma escala de 0 (zero) a 10,0 (dez vírgula

zero).

Os resultados das avaliações dos alunos serão registrados em documen-

tos próprios, a fim de que sejam asseguradas a regularidade e autenticidade de

sua vida escolar.

Os resultados da recuperação serão incorporados às avaliações efetuadas du-

rante o período letivo, constituindo-se em mais um componente do aproveitamento

escolar, sendo obrigatória sua anotação no Livro Registro de Classe.

A promoção é o resultado da avaliação do aproveitamento escolar do a-

luno, aliada à apuração da sua frequência. Na promoção ou certificação de conclu-

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são, para os anos finais do Ensino Fundamental e Ensino Médio, a média final mí-

nima exigida é de 6,0 (seis vírgula zero), observando a frequência mínima exigida por

lei.

Os alunos dos anos finais do Ensino Fundamental e do Ensino Médio,

que apresentarem frequência mínima de 75% do total de horas letivas e média anual

igual ou superior a 6,0 (seis vírgula zero) em cada disciplina, serão considerados apro-

vados ao final do ano letivo.

Os alunos dos anos finais do Ensino Fundamental e do Ensino Médio

serão considerados retidos ao final do ano letivo quando apresentarem:

I. frequência inferior a 75% do total de horas letivas, independentemente do a-

proveitamento escolar;

II. frequência superior a 75% do total de horas letivas e média inferior a 6,0 (seis vírgu-

la zero) em cada disciplina.

A disciplina de Ensino Religioso não se constitui em objeto de retenção

do aluno, não tendo registro de notas na documentação escolar. Porém se traduz em

mais um instrumento pedagógico na formação do aluno. Os resultados obtidos pelo

aluno no decorrer do ano letivo serão devidamente inseridos no sistema informatizado,

para fins de registro e expedição de documentação escolar.

Aplica-se ao CELEM toda a Matéria Regimental já prevista, no que diz respeito

a avaliação da aprendizagem e a recuperação de estudos. No curso do CELEM a a-

provação será ao final de cada ano letivo; Na promoção e certificação de conclusão a

média final mínima exigida é 6,0.

O Certificado do CELEM será expedido pelo CELEM/DEB/SEED, após

conclusão do curso, com os registros de avaliação, carga horária, frequência e demais

apostilamentos necessários.

5.13 Processo de Classificação

A classificação no Ensino Fundamental e Médio é o procedimento que o

estabelecimento de ensino adota para posicionar o aluno na etapa de estudos

compatível com a idade, experiência e desenvolvimento adquiridos, por meios for-

mais ou informais, podendo ser realizada:

I. por promoção, para alunos que cursaram, com aproveitamento, a série ou fase ante-

rior, na própria escola;

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II. por transferência, para os alunos procedentes de outras escolas, do país ou do exte-

rior, considerando a classificação da escola de origem;

III. independentemente da escolarização anterior, mediante avaliação para posi-

cionar o aluno na série, disciplina ou etapa compatível ao seu grau de desen-

volvimento e experiência, adquiridos por meios formais ou informais.

É vedada a classificação para ingresso no ano inicial do Ensino Fundamental.

A classificação tem caráter pedagógico centrado na aprendizagem, e exige as

seguintes ações para resguardar os direitos dos alunos, das escolas e dos profissio-

nais:

I. organizar comissão formada por docentes, pedagogos e direção da escola para efe-

tivar o processo;

II. proceder avaliação diagnóstica, documentada pelo professor ou equipe peda-

gógica;

III. comunicar o aluno e/ou responsável a respeito do processo a ser iniciado, para

obter o respectivo consentimento;

IV. arquivar Atas, provas, trabalhos ou outros instrumentos utilizados;

V. registrar os resultados no Histórico Escolar do aluno.

5.14. Processo de Reclassificação

A reclassificação é um processo pedagógico que se concretiza através da

avaliação do aluno matriculado e com frequência na série/ano/disciplina(s) sob a

responsabilidade do estabelecimento de ensino que, considerando as normas

curriculares, encaminha o aluno à etapa de estudos/carga horária da(s) discipli-

na(s) compatível com a experiência e desempenho escolar demonstrados, indepen-

dentemente do que registre e seu Histórico Escolar.

O processo de reclassificação poderá ser aplicado como verificado da

possibilidade de avanço em qualquer série/ano/carga horária da(s) disciplina(s) do ní-

vel de Educação Básica, quando devidamente demonstrado pelo aluno, sendo

vedada a reclassificação para conclusão do Ensino Médio.

O estabelecimento de ensino, quando constatar possibilidade de avanço

de aprendizagem, apresentado por aluno devidamente matriculado e com fre-

quência na série/ano/disciplina(s) deverá notificar o NRE para que este, proceda

orientação e acompanhamento, quanto aos preceitos legais, éticos e das normas que

o fundamentam.

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Cabe aos professores ao verificarem as possibilidades de avanço na aprendi-

zagem do aluno, devidamente matriculado e com frequência na série/disciplina, dar

conhecimento à equipe pedagógica para que a mesma possa iniciar o processo de

reclassificação.

O processo de reclassificação, será embasado no Plano Personalizado de A-

tendimento – PPA, o qual se propõe a corrigir a distorção idade/série por meio de es-

tudos independentes e a reclassificação para estudantes matriculados que estão fre-

quentando o Ensino Fundamental e Médio, com defasagem de dois ou mais anos ida-

de/série.

Este programa poderá ser ofertado sempre que a instituição julgar necessário e

está contemplado no Regimento Escolar. As decisões deverão ocorrer com anuência

dos envolvidos no processo, equipe diretiva, equipe pedagógica, professores, pais ou

responsáveis e estudantes.

Os alunos, quando maior, ou seus responsáveis poderão solicitar aceleração

de estudos através do processo de reclassificação, facultando à escola aprová-lo ou

não.

A equipe pedagógica comunicará com antecedência o aluno e seus responsá-

veis, os procedimentos próprios do processo a ser iniciado, a fim de obter o devido

consentimento.

A equipe pedagógica do estabelecimento de ensino, assessorada pela equipe

do Núcleo Regional de Educação, instituirá Comissão, conforme orientações emana-

das da SEED, a fim de discutir as evidências e documentos que comprovem a neces-

sidade da reclassificação.

Cabe à Comissão elaborar relatório dos assuntos tratados nas reuniões, ane-

xando os documentos que registrem os procedimentos avaliativos realizados, para que

sejam arquivados na Pasta Individual do aluno.

O aluno reclassificado deve ser acompanhado pela equipe pedagógica, durante

dois anos, quanto aos seus resultados de aprendizagem.

A reclassificação é vedada para a etapa inferior à anteriormente cursada.

5.15 Progressão Parcial

O estabelecimento de ensino não oferta aos seus alunos matrícula com

Progressão Parcial.

As transferências recebidas de alunos com dependência em até três disciplinas

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serão aceitas e deverão ser cumpridas mediante plano especial de estudos Aprovei-

tamento de Estudos.

5.16 Aproveitamento de estudos

Os estudos concluídos com êxito serão aproveitados. A carga horária efetiva-

mente cumprida pelo aluno, no estabelecimento de ensino de origem, será transcrita

no Histórico Escolar, para fins de cálculo da carga horária total do curso.

5.17. Adaptação

A adaptação de estudos de disciplinas é atividade didático-pedagógica de-

senvolvida sem prejuízo das atividades previstas na Proposta Pedagógica Curricular,

para que o aluno possa seguir o novo currículo.

A adaptação de estudos far-se-á pela Base Nacional Comum. Na conclusão

do curso, o aluno deverá ter cursado, pelo menos, uma Língua Estrangeira Mo-

derna.

A adaptação de estudos será realizada durante o período letivo. Para efetiva-

ção do processo de adaptação, a Secretaria do Estabelecimento de Ensino deverá

comparar o Currículo, especificar as adaptações a que o aluno estará sujeito e

encaminhar à Equipe Pedagógica.

A efetivação do processo de adaptação será de responsabilidade da e-

quipe pedagógica e docente, que deve especificar as adaptações a que o aluno está

sujeito, elaborando um plano próprio, flexível e adequado ao aluno.

Ao final do processo de adaptação, será elaborada Ata de resultados, os quais

serão registrados no Histórico Escolar do aluno e no Relatório Final.

5.18 Sala de Recursos

A Sala de Recursos para o Ensino Fundamental - de 6ª ao 9ª ano, na

área da Deficiência Mental e Distúrbios da Aprendizagem funciona de acordo com a

Instrução nº 05/04 do Departamento de Educação Especial que considera os preceitos

legais que regem a Educação Especial: Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacio-

nal nº 9394/96; Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica –

Parecer nº 17/01 – CNE; a resolução 02/01 – CNE; a Deliberação 02/03 – CEE – PR.

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A Sala de Recursos é um serviço especializado de natureza pedagógica que

apóia e complementa o atendimento educacional realizado em Classes Comuns

do Ensino Fundamental de 6ª ao 9ª ano.

Os alunos são regularmente matriculados no Ensino Fundamental de 6ª ao

9ª ano, egressos da Educação Especial ou aqueles que apresentam problemas de

aprendizagem com atraso acadêmico significativo, distúrbios de aprendizagem e/ou

deficiência mental e que necessitam de apoio especializado complementar para obter

sucesso no processo de aprendizagem na Classe Comum.

Para o ingresso, o aluno deverá estar matriculado e frequentando o Ensino

Fundamental de 6ª ao 9ª ano. A avaliação pedagógica de ingresso deverá ser reali-

zada no contexto do Ensino Regular, pelo professor da Classe Comum, professor

especializado e equipe técnico-pedagógica da Escola, com assessoramento de uma

equipe multiprofissional (externa) e equipe do NRE e/ou SME, quando necessário.

A avaliação pedagógica de ingresso realizada no contexto do Ensino Re-

gular deverá enfocar conteúdos de Língua Portuguesa e Matemática das séries inici-

ais, além das áreas do desenvolvimento.

A avaliação pedagógica no contexto escolar deverá estar registrada em relató-

rio, com indicação dos procedimentos de intervenção e encaminhamento(s). Quando

o aluno da Sala de Recursos frequentar a Classe Comum em outro estabeleci-

mento deverá apresentar relatório de avaliação pedagógica no contexto, declara-

ção de matrícula e encaminhamento.

O aluno egresso da Classe Especial e Sala de Recursos de 1ª a 4ª sé-

ries deverá apresentar o último relatório semestral da avaliação do professor especia-

lizado.

Na Sala de Recursos, para 20 horas semanais, o número máximo é de 30 (trin-

ta) alunos, com atendimento por intermédio de cronograma. O horário de atendimento

deverá ser em período contrário ao que o aluno está matriculado e frequentando a

Classe Comum.

O aluno da Sala de Recursos deverá ser atendido individualmente ou em gru-

pos de até 10 (dez) alunos, com atendimento por meio de cronograma preestabeleci-

do. Os grupos de alunos em atendimento serão organizados preferencialmente por

faixa etária e/ou conforme as necessidades pedagógicas semelhantes dos mesmos.

O cronograma de atendimento deverá ser elaborado pelo professor da Sala de

Recursos junto com a equipe técnico-pedagógica da Escola, e, sempre que possível

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ou se fizer necessário, com os professores da Classe Comum, em consonância

com os procedimentos de intervenção pedagógica que constam no relatório da

avaliação no contexto escolar.

No cronograma deverá ser garantido um período para o encontro entre o

professor da Sala de Recursos, os professores da Classe Comum e a equipe

técnico-pedagógica da Escola em que o aluno frequenta a Classe Comum.

O aluno deverá receber atendimentos de acordo com as suas necessida-

des, podendo ser de 2 (duas) a 4 (quatro) vezes por semana, não ultrapassando 2

(duas) horas diárias.

O professor da Sala de Recursos deverá prever:

a) controle de frequência dos alunos por intermédio de formulário elaborado pela pró-

pria Escola;

b) contato periódico com a equipe técnico-pedagógica da Escola, e, sempre que pos-

sível ou se fizer necessário, com os professores da Classe Comum para o a-

companhamento do desenvolvimento do aluno;

c) participação no Conselho de Classe.

A pasta individual do aluno, além dos documentos exigidos para a Classe

Comum, deverá conter os relatórios de avaliação pedagógica no contexto escolar e de

acompanhamento semestral elaborados pelo professor da Sala de Recursos,

equipe técnico-pedagógica da Escola e, sempre que possível ou se fizer necessário,

com apoio dos professores da Classe Comum, após o Conselho de Classe.

Quando o aluno frequentar a Sala de Recursos em outra escola deverá

ser mantida na pasta individual da Classe Comum a documentação acima citada, vis-

tada pela equipe técnico-pedagógica de ambas as escolas.

No Histórico Escolar não deverá constar que o aluno frequentou Sala de

Recursos. Caberá à Secretaria da Escola que mantiver a Sala de Recursos a

responsabilidade de organizar e manter a documentação do aluno atualizada.

O trabalho a ser desenvolvido na Sala de Recursos deverá partir dos interesses,

necessidades e dificuldades de aprendizagem específicas de cada aluno, ofere-

cendo subsídios pedagógicos e contribuindo para a aprendizagem dos conteúdos

na Classe comum.

A programação a ser elaborada deverá observar as áreas do desenvolvi-

mento (cognitiva, motora, socioafetiva-emocional) de forma a subsidiar os concei-

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tos e conteúdos defasados no processo de aprendizagem, para atingir o currículo da

Classe Comum.

Os conteúdos pedagógicos defasados, das séries iniciais, deverão ser trabalha-

dos com metodologias e estratégias diferenciadas. O trabalho desenvolvido na Sala

de Recursos não deve ser confundido com reforço escolar (repetição de conteúdo

da prática educativa da sala de aula).

O professor da Sala de Recursos deverá apoiar e orientar o professor da Classe

Comum, quanto às adaptações curriculares, avaliação e metodologias que poderão ser

utilizadas na sala de aula, em atendimento aos alunos com necessidades educacio-

nais especiais.

O acompanhamento pedagógico do aluno deverá ser registrado em relató-

rio semestral elaborado pelo professor da Sala de Recursos juntamente com a

equipe técnico-pedagógica, e, sempre que possível ou se fizer necessário, com

o apoio dos professores da Classe Comum.

O relatório pedagógico semestral terá formulário próprio, expedido pela SEED,

sendo registrados qualitativamente os avanços acadêmicos, podendo ser complemen-

tado com dados que se fizerem necessários. Cópia do relatório semestral deverá ser

arquivado na pasta individual do aluno. Semestralmente deverá ocorrer acompa-

nhamento da prática docente e reavaliação periódica dos processos de intervenção

educativa, proposto para cada aluno, pela equipe técnico-pedagógica da Escola e

NREs ou SMEs, com a finalidade de realizar ajustes ou modificações no processo de

ensino e de aprendizagem.

O aluno frequentará a Sala de Recursos o tempo necessário para supe-

rar as dificuldades e obter êxito no processo de aprendizagem na Classe Comum.

Quando o aluno não necessitar do Serviço de Apoio Especializado – Sala de

Recursos, o desligamento deverá ser formalizado por meio de relatório pedagó-

gico elaborado pelo professor da Sala de Recursos, juntamente com a equipe

técnico-pedagógica, e, sempre que possível ou se fizer necessário, com o apoio dos

professores da Classe Comum, o qual deverá ser arquivado na pasta individual do a-

luno.

5.19 Sala de Apoio á Aprendizagem

O objetivo das Salas de Apoio é atender às defasagens de aprendizagem a-

presentadas pelas crianças que frequentam do 6º ano 9º ano do Ensino Fundamental.

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O programa prevê o atendimento aos alunos, no contra turno, nas disciplinas de Lín-

gua Portuguesa e Matemática, com o objetivo de trabalhar as dificuldades referentes à

aquisição dos conteúdos de oralidade, leitura, escrita, bem como às formas espaciais e

quantidades nas suas operações básicas e elementares.

As Salas de Apoio à Aprendizagem fazem parte do programa de atividades cur-

riculares complementares e, portanto, devem funcionar em contraturno escolar. São

momentos de apoio pedagógico ao trabalho realizado em sala de aula com encami-

nhamentos diferenciados fazendo uso de materiais manipuláveis, lúdicos, contextuali-

zados na prática lúdica para superação das dificuldades apresentadas, pelos alunos,

com relação aos conteúdos básicos das disciplinas de Português e Matemática.

Os alunos são regularmente matriculados no Ensino Fundamental nas turmas

de 6º ano 9º ano, que apresentam dificuldades na apropriação dos conteúdos básicos

das disciplinas de Português e Matemática.

O ingresso se dá através de avaliação pedagógica que deverá ser realizada no

contexto do Ensino Regular, pelo professor da classe comum, que diagnosticará as

dificuldades referentes aos conteúdos básicos de Português e Matemática, apresenta-

das pelos alunos, no que se refere aos conteúdos considerados básicos para os anos

contemplados, indicando-os para a participação no Programa de salas de Apoio à A-

prendizagem.

As Salas de Apoio à Aprendizagem deverão ser organizadas em turmas de no

máximo 20 (vinte) alunos. A carga horária disponível para cada uma das disciplinas –

Língua Portuguesa e Matemática - será de 04 horas-aula semanais para os alunos,

acrescidas de 01(uma) hora-aula-atividade para o professor, devendo ser ofertadas,

prioritariamente, em aulas geminadas, em dias não subsequentes, sempre tendo em

vista o benefício do aluno.

O aluno da Sala de Apoio à Aprendizagem deverá ser atendido individualmente

ou em grupos de até 20 alunos, com atividades diferenciadas, utilizando-se materiais e

diversificados, fazendo uso do lúdico e da contextualização.

O professor da Sala de Apoio a Aprendizagem deverá:

a) Elaborar o Plano de Trabalho Docente juntamente com a Equipe Pedagógica, Pro-

fessores Regentes, de acordo com o disposto no Projeto Político Pedagógico para

Língua Portuguesa e Matemática, adequados à superação das dificuldades pertinentes

a cada ano;

b) Desenvolver em sala o Plano de Trabalho Docente definido.

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c) Organizar e disponibilizar, para o coletivo de Professores regentes da turma e Equi-

pe Pedagógica, pastas individuais dos alunos (de acompanhamento do processo de

ensino e aprendizagem).

d) Manter o Livro Registro de Classe atualizado.

e) Comunicar, por escrito, à Equipe Pedagógica, as faltas consecutivas dos alunos.

f) Decidir, com a Equipe Pedagógica e os Professores regentes, a permanência ou a

liberação dos alunos das Salas de Apoio à Aprendizagem.

g) Elaborar materiais didático-pedagógicos considerando as necessidades de aprendi-

zagem dos alunos das Salas de Apoio à Aprendizagem.

h) Participar do Conselho de Classe.

i) Participar de formação continuada promovida pela SEED/NRE/Escola.

j) Preencher e entregar os documentos referentes ao Programa no prazo preestabele-

cido.

O professor regente de classe deverá:

a) Diagnosticar as dificuldades referentes aos conteúdos básicos de Língua Portugue-

sa e Matemática, apresentadas pelos alunos, no que se refere ao conteúdos conside-

rados básicos para as séries contempladas, indicando-os para a participação do Pro-

grama de Salas de Apoio à Aprendizagem.

b) Participar, com a Equipe Pedagógica e o professor da Sala de Apoio à Aprendiza-

gem, da definição de ações pedagógicas que possibilitem a superação das dificulda-

des apresentadas pelos alunos.

c) Acompanhar o processo de aprendizagem do aluno durante e após a participação

no Programa.

d) Decidir, com a Equipe Pedagógica e os professores das Salas de Apoio, sobre a

permanência ou a liberação dos alunos do Programa.

e) Preencher as fichas de encaminhamento dos alunos indicados para o Programa.

5.20 Atividades Complementares em Contraturno

O Programa de Atividades de Complementação Curricular foi implantado

pela Secretaria de Estado da Educação do Paraná, a partir da Resolução nº

3683/2008 e da Instrução nº017/2008, que orienta a organização do trabalho pedagó-

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gico em Núcleos de Conhecimento: Expressivo-Corporal, Científico-Cultural, Integra-

ção Comunidade e Escola e Apoio à Aprendizagem.

A formação dos alunos da Educação Básica tem sido objeto de muitas discus-

sões que envolvem concepções de conhecimento, currículo e metodologias e ainda, a

questão de qual sujeito se quer formar ao longo dos anos da Educação Básica.

O Programa de Atividades de Complementação Curricular se insere no contexto

destas questões, pois são atividades de Complementação Curricular, que tem o

Currículo da escola como referencial para a construção da proposta pedagógica

das atividades de complementação a serem desenvolvidas no ambiente escolar, com

amparo teórico das Diretrizes Curriculares Estaduais do Paraná (DCE), de cada disci-

plina, e do Projeto Político Pedagógico (PPP).

O Programa tem como objetivo possibilitar às escolas o desenvolvimento

de atividades como Complementação Curricular com recortes do conteúdo disci-

plinar contemplados na Proposta Pedagógica Curricular (PPC), com encaminhamento

teórico-metodológico de caráter investigativo.

Por se tratar de atividades de complementação ao currículo escolar, vin-

culadas diretamente às diversas disciplinas da matriz curricular, entende-se que:

... tratar os conteúdos curriculares em sua totalidade significa compreendê-los como síntese de múltiplos fatos e determinações, como um todo es-truturado, marcado pela disciplinaridade didática. Tratar os conteúdos em sua dimensão práxica é compreender que a atividade educativa é uma ação ver-dadeiramente humana e requer consciência de uma finalidade em face à realidade, por meio dos conteúdos, impossibilitando o tratamento evasivo e fenomênico destes (...). Na opção por um currículo que trabalha com a totali-dade de conhecimento historicamente produzido pela humanidade, citada acima, automaticamente há a renúncia ao enfoque individualista e, por-tanto, fragmentado e superficial de tratamento ao conhecimento”. (PARANÁ, SEED, SUED, 2009, p.9).

Na organização curricular das disciplinas expressas na matriz curricular da

Educação Básica, as atividades de complementação curricular são concebidas a partir

de recortes dos conteúdos das disciplinas e buscam desenvolver encaminhamen-

tos metodológicos investigativos, fundamentados nas DCE, apontando para a in-

terdisciplinaridade como sendo um diálogo entre as disciplinas contextualizando

o conhecimento produzido historicamente (TEXTO PARA EDUCAÇÃO BÁSICA,

SEED).

As atividades de Complementação Curricular tomam como base as Dire-

trizes Curriculares Estaduais e devem estar contempladas na PPC, vinculadas ao

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PPP. Sua elaboração não deve partir somente da iniciativa do professor, mas sim da

Comunidade Escolar, com a participação de representantes de todos os segmentos,

que após analisar o contexto onde a escola está inserida e as necessidades socioedu-

cacionais dos alunos propõem a atividade de Complementação Curricular.

5.21 Programa Mais Educação

O Programa Mais Educação, criado pela portaria Interministerial nº 17/2007,

aumenta a oferta educativa nas escolas públicas por meio de atividades optativas que

foram agrupadas em macrocampos como acompanhamento pedagógico, meio ambi-

ente, esporte e lazer, direitos humanos, cultura e artes, cultura digital, prevenção e

promoção da saúde, educomunicação, educação cientifica e educação econômica.

O Programa Mais Educação é operacionalizado pela Secretaria de Educação

Continuada, Alfabetização e Diversidade (SECAD), em parceria com a Secretaria de

Educação Básica (SEB), por meio do Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE) do

Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE).

A educação que este Programa quer evidenciar é uma educação que busque

superar o processo de escolarização tão centrado na figura da escola. A escola, de

fato, é o lugar de aprendizagem legítimo dos saberes curriculares e oficiais na socie-

dade, mas não devemos tomá-la como única instância educativa. Deste modo, integrar

diferentes saberes, espaços educativos, pessoas da comunidade, conhecimentos... é

tentar construir uma educação que, pressupõe uma relação da aprendizagem para a

vida, uma aprendizagem significativa e cidadã.

No Colégio Estadual Monsenhor Eduardo as atividades tiveram inicio no ano de

2013, com a implantação de cinco oficinas: dança, musica, letramento, informática e

futsal.

Para o desenvolvimento de cada atividade a escola recebe verbas do governo

federal para ressarcimento de monitores, materiais de consumo e de apoio segundo as

atividades.

5.22. Avaliação Institucional

No trabalho de gestão educacional é importante adotar cuidados especiais

e de forma operativa ao planejamento, organização, avaliação e monitoramento contí-

nuo dos processos educativos, como condição para sua efetividade, tendo sempre

como foco os objetivos estabelecidos.

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Feita a avaliação, os participantes discutem e decidem as prioridades de ação

que levem à melhoria da qualidade da escola, de acordo com suas próprias necessi-

dades e desejos.

Como não existem regras para o uso dos indicadores é constituído uma equipe

para organizar todas as ações. São mobilizados pais, alunos, professores e funcioná-

rios para o debate sobre a qualidade, essa mobilização é feita através de cartas para

os pais, divulgação através da rede interna de TV, do site da escola, por e-mail e atra-

vés de discussão da proposta em sala de aula.

Antes do encontro são divulgadas as atividades propostas providenciando com

antecedência os materiais e disponibilizando espaço para receber a comunidade. Pro-

curamos enfrentar, em equipe, e com competência, os desafios diários de promo-

ver na escola um ensino de qualidade, mobilizador da participação dos alunos, pelo

comprometimento de seus professores para que os seus alunos aprendem o tempo

todo, desenvolvendo seu potencial.

A direção acompanha o rendimento de aprendizagem que ocorre na sala de au-

la, monitora o desempenho pedagógico e, à luz dos resultados de aprendizagem dos

alunos, analisa com os professores quais atitudes serão tomadas no processo

de construção pedagógica, para garantir que todos os alunos possam aprender sem-

pre mais.

Dessa forma, nos Conselhos de Classe são analisados os gráficos de rendi-

mento de cada disciplina comparando-os com outras disciplinas da mesma turma

e com os resultados do bimestre anterior. Também são analisados os alunos indivi-

dualmente para saber se houve crescimento no decorrer dos bimestres. Discute-

se também, os dados levantados no pré-conselho e planejam-se ações futuras.

Após o Conselho de Classe, os professores colocam em prática as ações

combinadas e os Conselheiros de turma repassam aos alunos o que foi discu-

tido a respeito da turma.

Aqueles alunos que apresentam dificuldades especiais são atendidos de

forma diferenciadas e se necessário encaminhados à Sala de Apoio à Aprendizagem

ou Sala de Recursos.

A Equipe Pedagógica, por sua vez, entra em contato com pais e alunos

que apresentam dificuldades de aprendizagem, notas abaixo da média, problemas de

faltas para juntos buscarem a solução aos problemas apresentados.

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5.23 Matriz Curricular

A matriz teórica curricular segue normas e instruções da Secretaria de Educa-

ção e do MEC estando dividida me parte comum e parte diversificada.

A parte comum determina disciplinas em todo o território nacional e fazem par-

te as disciplinas básicas do Ensino Fundamental.

A parte diversificada tem por finalidade atender as necessidades regionais

com disciplinas apropriadas.

MATRIZ CURRICULAR – ENSINO FUNDAMENTAL REGULAR DE 6º AO 9º ANO

NRE: PATO BRANCO MUNICÍPIO: PALMAS

ESTABELECIMENTO: COLÉGIO ESTADUAL MONSENHOR EDUARDO

ENTIDADE MANTENEDORA: Governo do Estado do Paraná

CURSO: 4039 ENSINO FUND. 6/9 ANO

ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2013 MÓDULO: 40 SEMANAS

BASE NACIONAL

COMUM

6º ano 7º ano 8º ano 9º ano

Ciências 3 3 3 3

Educação Artística 2 2 2 2

Educação Física 2 2 2 2

Ensino Religioso* 1 1 0 0

Geografia 2 3 3 3

História 3 2 3 3

Língua Portuguesa 5 5 5 5

Matemática 5 5 5 5

SUB - TOTAL 23 23 23 23

PARTE DIVERSIFI-

CADA

Inglês 2 2 2 2

SUBTOTAL 2 2 2 2

TOTAL GERAL 2 2 25 25

25 25 25 25

* Oferta obrigatória e de matrícula facultativa, não computada nas 800 horas.

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MATRIZ CURRICULAR DO ENSINO MÉDIO

NRE: 23 – PATO BRANCO MUNICÍPIO: 1780 - Palmas

ESTABELECIMENTO: 01426 – C. E. MONSENHOR EDUARDO – EFM

ENDEREÇO: RUA UBIRAJARA ARAÚJO, 28 – BAIRRO KLUBEGI

TELEFONE: (046) 3262 1069

ENTIDADE MANTENEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ

CURSO: 0009 – ENSINO MÉDIO

TURNO: MATUTINO MÓDULO: 40 SEMANAS

ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2014 FORMA: GRADATIVA

BASE NACIONAL COMUM

DISCIPLINA SÉRIES

1ª 2ª 3ª

ARTE 2 - -

BIOLOGIA 2 2 2

EDUCAÇÃO FÍSICA 2 2 2

FILOSOFIA 2 2 2

FÍSICA 2 2 2

GEOGRAFIA 2 2 2

HISTÓRIA 2 2 2

LÍNGUA PORTUGUESA 2 4 3

MATEMÁTICA 3 3 4

QUÍMICA 2 2 2

SOCIOLOGIA 2 2 2

SUB-TOTAL 23 23 23

PARTE

DIVERSIFICADA

L.E.M. – ESPANHOL* 4 4 4

L.E.M. – INGLÊS 2 2 2

SUB-TOTAL 6 6 6

TOTAL GERAL 29 29 29

Matriz Curricular de acordo com a LDB nº 9394/96 * Disciplina de matrícula facultativa ofertada no turno contrário no CELEM

5.24 Programa de Combate ao Abandono Escolar

Em relação ao abandono escolar salientamos o importante papel da escola,

pois o(a) estudante está diretamente vinculado a ela em seu dia-a-dia. É necessário,

antes de mais nada, que a escola tome todas as iniciativas que lhe cabem, visando a

permanência do(a) estudante no sistema educacional, conscientizando-o(a) da impor-

tância da educação em sua vida e para seu futuro, mantendo contato frequente e dire-

to com os pais ou responsáveis, enfatizando a responsabilidade destes na educação e

na formação dos(as) filhos(as).

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Esgotadas as possibilidades internas de reinserção do(a) estudante infrequente,

a escola deve acionar diretamente a Rede de Proteção dos Direitos da Criança e do

Adolescente, da qual também é integrante, para que outras ações destinadas a pro-

mover o retorno do(a) estudante à escola sejam desencadeadas, a partir da análise

das peculiaridades de cada caso.

Atribuições:

Professor: Cabe aos professores ao constatarem a ausência não justificada nos ca-

sos previsto em lei, do(a) estudante por 05 (cinco) faltas e/ou dias consecutivos, ou 07

(sete) faltas e/ou dias alternados no período de dois meses (60 dias), comunicar, ime-

diatamente, à equipe pedagógica da escola utilizando o controle interno de faltas injus-

tificadas.

Equipe pedagógica: de acesso exclusivo dos(as) professores(as), como por exemplo,

a sala de professores ou a sala da equipe pedagógica, onde estes poderão, durante a

sua hora-atividade preencher com os dados que possuem sobre os alunos infrequen-

tes. É imprescindível o acompanhamento periódico e sistemático dos formulários, pela

equipe pedagógica garantindo agilidade no processo e a efetivação das providências

citadas a seguir, em um prazo máximo de 7 dias a partir do comunicado do profes-

sor(a).

De posse do controle interno de faltas injustificadas, preenchido pelos professo-

res, cabe à equipe pedagógica, investigar, junto aos pais ou responsáveis legais (pes-

soa que, não sendo pai ou mãe, é detentora da tutela ou guarda decretada judicial-

mente), e adotar procedimentos que possibilitem o seu retorno imediato à escola.

Recomenda-se que a equipe pedagógica faça o contato, via telefone, com os

pais ou responsáveis legais, convocando-os para uma reunião, a fim de verificar se a

falta é justificada ou não. Caso a falta seja justificada ou amparada por lei deve-se so-

licitar aos pais ou responsáveis documentos comprobatórios, para que o mesmo seja

arquivado na pasta individual do(a) estudante. Se o aluno estiver hospitalizado, ou im-

pedido de frequentar a escola por motivos de saúde, a equipe pedagógica deverá en-

trar em contato com o seu NRE para verificar a possibilidade do(a) estudante ser aten-

dido pelo SAREH.

Os contatos que a equipe pedagógica realizar com os pais ou responsáveis, na

tentativa de convocá-los para uma reunião sobre a verificação das causas de abando-

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no escolar, fazem parte da BUSCA ATIVA. Este contato tem o objetivo de convocá-los

para reunião extraordinária, com data e horário agendados.

A Equipe Pedagógica fará o contato via: telefone fixo ou móvel, email, SMS,

e/ou; Convocação por escrito, a qual pode ser enviada: Carta registrada via Correios

e/ou; havendo condições amigáveis ou de vizinhança, a entrega da convocação por

escrito poderá ser feita por um dos membros da comunidade escolar aos pais ou res-

ponsáveis pelo(a) estudante; visita domiciliar que será organizada pelo Diretor da insti-

tuição de ensino, determinando os responsáveis pela execução da ação, lembrando

que todas as ações efetuadas na escola devem ser registradas para respaldo futuro.

Se o(a) estudante estiver infrequente na escola por motivos não amparado por

lei ou se a equipe pedagógica não conseguir contato com a família, cabe a pedagoga

responsável verificar as possíveis causas que motivaram a infrequência do(a) estudan-

te, bem como informar ao diretor sobre a situação de infrequência do(a) estudante.

Concomitantemente a equipe pedagógica fará um levantamento sobre o(a) estudante

com a direção, professores(as) e agentes educacionais I e II, objetivando uma reflexão

a respeito dos possíveis motivos da infrequência.

Todos os contatos que a Equipe Pedagógica realizar deverão ser preenchidos

no formulário de notificação obrigatória de estudante ausente, mesmo que não tenham

surtido efeito. Caso os pais ou responsáveis não compareçam à reunião, a equipe pe-

dagógica e/ou a direção deverá(ão) realizar a reunião domiciliar. Quando da impossibi-

lidade da realização da reunião domiciliar, se faz necessário o registro da justificativa

no FORMULÁRIO DE NOTIFICAÇÃO OBRIGATÓRIA DE ESTUDANTE AUSENTE.

No comparecimento dos pais ou responsáveis à escola ou após a reunião em sua re-

sidência, no caso de não comparecimento, o teor da reunião deverá ser registrado no

FORMULÁRIO DE REGISTRO DA REUNIÃO COM OS PAIS OU RESPONSÁVEIS

DO ESTUDANTE AUSENTE .

Diretor: Após o recebimento da comunicação da equipe pedagógica de que há alunos

infrequentes, o diretor dará o ciente na ficha e arquivará, caso o aluno tenha retornado

as suas atividades escolares normais. Em caso negativo, caberá ao diretor envidar

todos os esforços para a localização do aluno e/ou sua família, esgotando todos os

recursos para encontrá-lo, inclusive, através da BUSCA ATIVA, por meio, da vista do-

miciliar, determinando para isso um servidor(a) ou integrante da comunidade escolar

de sua Instituição para esta ação, num prazo máximo de 7 dias.

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Persistindo a situação de faltas injustificadas, e/ou analisando a necessidade de

outros profissionais para atuarem em casos específicos, e/ou na ausência dos pais ou

responsáveis na reunião e na impossibilidade de reunião domiciliar pela equipe peda-

gógica e/ou direção, a equipe diretiva deverá acionar a Rede de Proteção Social da

Criança e do Adolescente.

Para oficializar legalmente a ação, a escola deverá enviar uma cópia do FOR-

MULÁRIO DE NOTIFICAÇÃO OBRIGATÓRIA DE ESTUDANTE AUSENTE, devida-

mente preenchida e uma cópia em branco do FORMULÁRIO DE ENCAMINHAMENTO

À REDE DE PROTEÇÃO SOCIAL DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE para o repre-

sentante da Rede de Proteção Social da Criança e do Adolescente responsável pela

comunidade local, ou seja, que atue nas imediações da escola.

Efetuados os encaminhamentos o representante da Rede de Proteção deve in-

formar os encaminhamentos realizados, por meio de Ofício, à escola.

Ações após o retorno do aluno:

A qualquer tempo, assim que o(a) estudante retornar à escola, a equipe peda-

gógica deverá arquivar o(s) Formulário(s) (com as providências adotadas pela Rede de

Proteção, Conselho Tutelar e/ou Ministério Público).

O(a) estudante será submetido a uma avaliação pedagógica destinada a detec-

tar possíveis deficiências de aprendizagem e/ou perda dos conteúdos ministrados du-

rante sua ausência, com o subsequente planejamento de atividades em regime de

contra turno destinadas a assegurar o bom aproveitamento escolar.

A cada semestre, as escolas farão à síntese de seu trabalho de Combate do

Abandono Escolar e enviarão ao NRE e este, deverá encaminhar as informações à

SEED.

Professores, Equipe Pedagógica e Direção proporcionarão ao(a) estudante um

ambiente receptivo e acolhedor, contando com ações pedagógicas de adaptação cur-

ricular, quando verificada necessidade.

O fato de o(a) estudante não ter condições de progredir de série em virtude do

número de faltas registradas não impede sua reinserção escolar, devendo receber as

orientações e o suporte devidos para futura readequação idade-série, a partir de um

Plano Personalizado de Atendimento voltado à aceleração da aprendizagem com a-

proveitamento.

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5.25 Brigada Escolar

O Programa Brigada Escolar é um programa de natureza pedagógica que visa

preparar os profissionais que atuam nas escolas e o corpo discente a executar ações

de prevenção de incêndios, desastres naturais e situações de risco nas escolas. É im-

portante que docentes, discentes e toda a comunidade escolar estejam preparados

para de maneira eficaz, enfrentar esses acontecimentos. Na eventualidade de um si-

nistro é de grande valia que todos saibam os primeiros passos de enfrentamento de

princípios de incêndio, procedimentos de segurança pessoal, bem como noções de

primeiros socorros a serem utilizados até que o socorro especializado chegue ao local.

O programa será implantado no primeiro semestre de 2013 baseado na instrução

nº02/10 e decreto 4.837/2012 no qual regulamenta o programa brigada escolar - defe-

sa civil na escola e dispõe sobre a implementação do programa brigada escolar - defe-

sa civil na escola.

Objetivo Geral

O objetivo das Brigadas Escolares é a proteção humana, mantendo alunos e

comunidade escolar segura em situações de risco, realizando treinamentos pautados

em normas de segurança nacionais e internacionais, buscando organizar a saída das

pessoas dos ambientes escolares de forma segura. A saída das pessoas sempre será

em fila indiana, e sempre à direita, pois bombeiros e outras equipes de salvamento

também sempre entrarão pela direita, dessa forma evitando a aglomeração, o pânico,

e o pisoteamento.

Objetivos Específicos

Com o Plano de Emergência instrumento preventivo e operacional, pretende-se

cumprir os seguintes objetivos:

a) Conscientizar para a necessidade de adquirir conhecimentos e rotinas de auto-

protecção

b) Sensibilizar e responsabilizar a comunidade escolar para o cumprimento de normas

de segurança

c) Conhecer os meios / condições de segurança existentes na escola

d) Mobilizar e organizar os recursos humanos da escola, visando a atuação em caso

de emergência

e) Limitar as consequências de possíveis acidentes

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f) Informar e colaborar com as entidades operacionais de proteção civil

g) Rotinar procedimentos, os quais poderão ser testados, através de exercícios de si-

mulação.

h) Apresentar o plano de evacuação das instalações escolares.

i) proporcionar aos alunos da Rede Estadual de Ensino condições mínimas para en-

frentamento de situações emergenciais no interior das escolas, assim como conheci-

mentos para se conduzirem frente a desastres.

Estratégias

Capacitação com corpo de bombeiros e defesa civil para diretor, pedagogo e

funcionário. Posteriormente treinamento com todos os professores e funcionários do

estabelecimento de ensino. Depois planejamento estudo das rotas de fuga e confec-

ção de mapa das edificações, explicação aos alunos como proceder em caso de in-

cêndio ou catástrofe natural. Feito isso organizado treinamento de evacuação com to-

dos do estabelecimento de ensino, professores funcionários e alunos.

Plano de Abandono – exposição detalhada do plano para a execução, responsáveis

pelas ações necessárias, e do mapa da escola com as rotas de fuga e pontos de en-

contro, à ser exposto em mural da escola, para maior visibilidade de todos...

Tendo em vista a capacitação dos membros da Brigada Escolar, treinamento

dos professores, funcionários e alunos. Será implementado o plano para execução de

abandono das edificações do estabelecimento de ensino. A escola possui 05 blocos

sendo um com dois andares.

O primeiro bloco, bloco 01 onde se situa a secretaria, sala dos professores, ori-

entação, direção e sala de materiais para educação física em caso de emergência as

pessoas que se encontrarem neste local sairão de suas salas onde sairão pela direita

seguindo corredor coberto ate a quadra de esporte onde é o ponto de encontro.

No bloco 02 encontra-se laboratório de informática, biblioteca, laboratório de ci-

ências e sala de multimeios, pessoas que ali estiverem em caso de emergência sairão

do bloco e seguirão no sentido esquerda de quem estiver saindo e seguirão até o pon-

to de encontro que é a quadra de esporte.

No bloco 03 possui 06 salas de aula os alunos professores que ali se encontra-

rem sairão de suas salas e irão se encaminhar saindo do bloco sentido esquerda onde

irão para o ponto de encontro designado que é a quadra de esporte.

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O bloco 04 possui dois andares com 08 salas de aula, sendo 04 no pavimento

inferior e 04 no pavimento superior. Caso de alguma emergência os alunos e professo-

res do andar superior descerão uma escada sempre pela direita saindo pela direita

encaminhando-se ate a quadra de esporte. Mesmo caso dos alunos do pavimento infe-

rior que sairão sempre pela direita e ao sair do bloco permanecerão pela direita ecami-

nhando-se até o ponto de encontro, a quadra de esporte.

O bloco 05 encontra-se a cozinha, deposito de alimentos e refeitório, caso ve-

nha a ocorrer uma necessidade de evacuação as pessoas que ali se encontrarem vão

sair do bloco e seguirão no sentido da esquerda até chegar ao ponto de encontro, a

quadra de esporte.

Sendo assim ficam designados como responsáveis os seguintes membros: líder

de turno diretor, coordenador do bloco 01 da secretaria, sala de professores, direção e

orientação secretaria. Coordenador do bloco 02 de informática, laboratório de ciências

e biblioteca, técnico do laboratório de informática.

Coordenador do bloco 03 com 06 salas de aula professor pedagogo do período.

Coordenador do bloco 04 com 08 salas de aula professor pedagogo do período.

Pois a escola possui 02 pedagogos por período.

Coordenador do bloco 05 onde se encontra a cozinha e refeitório agente educa-

cional I que estiver trabalhando no dia.

Líder de combate serão os professores que tiveram treinamento especifico com

corpo de bombeiros e defesa civil.

Grupo de apoio todos os agentes educacionais I e II.

Caso houver necessidade de atendimento de primeiros socorros será atendido

pelos professores de educação física.

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