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ESCOLA ESTADUAL MAJOR JOÃO CARLOS DE FARIA ENSINO FUNDAMENTAL PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO VERSÃO PRELIMINAR CORNÉLIO PROCÓPIO OUTUBRO - 2010

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ESCOLA ESTADUAL MAJOR JOÃO CARLOS DE FARIA

ENSINO FUNDAMENTAL

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

VERSÃO PRELIMINAR

CORNÉLIO PROCÓPIO

OUTUBRO - 2010

1

SumárioI – IDENTIFICAÇÃO DO ESTABELECIMENTO DE ENSINO............................................3

RELAÇÃO DE PROFESSORES E EQUIPE ADMINISTRATIVA....................................4II – IDENTIFICAÇÃO:..............................................................................................................5

HISTÓRICO DO ESTABELECIMENTO.............................................................................6III - PROCESSOS DE AVALIAÇÃO, CLASSIFICAÇÃO, PROMOÇÃO E DEPENDÊNCIA.........................................................................................................................8

PROMOÇÃO.........................................................................................................................9RECUPERAÇÃO DE ESTUDOS.........................................................................................9ADAPTAÇÃO DE ESTUDOS............................................................................................10PROGRESSÃO PARCIAL..................................................................................................10CLASSIFICAÇÃO E RECLASSIFICAÇÃO......................................................................10EQUIVALÊNCIA DE ESTUDOS.......................................................................................11

IV - INSTÂNCIAS COLEGIADAS.........................................................................................11ASSOCIAÇÃO DE PAIS, MESTRES E FUNCIONÁRIOS – APMF...............................11CONSELHO ESCOLAR.....................................................................................................12CONSELHO DE CLASSE..................................................................................................12

V - MARCO SITUACIONAL..................................................................................................13VI - MARCO CONCEITUAL..................................................................................................15

FILOSOFIA DA ESCOLA..................................................................................................16VII - MARCO OPERACIONAL..............................................................................................19VIII - PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR..............................................................21

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR - ARTE......................................................21PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR - CIÊNCIAS..............................................28PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR - EDUCAÇÃO FÍSICA.............................37PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR – ENSINO RELIGIOSO...........................41PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR - GEOGRAFIA.........................................45PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR - HISTÓRIA..............................................52

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR - LÍNGUA PORTUGUESA.....................57PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR - MATEMÁTICA.....................................75PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR - L. E. M. – INGLÊS.................................83

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I – IDENTIFICAÇÃO DO ESTABELECIMENTO DE ENSINO

00071 - ESCOLA ESTADUAL “MAJOR JOÃO CARLOS DE FARIA”

ENSINO FUNDAMENTAL

RUA PALMAS Nº 176 – VILA INDEPENDÊNCIA

0640 – CORNÉLIO PROCÓPIO

CEP: 86300-000 FONE/FAX: (43) 3524-2264

DEPENDÊNCIA ADMINISTRATIVA: 02 – ESTADUAL

008 - NÚCLEO REGIONAL DA EDUCAÇÃO DE CORNÉLIO PROCÓPIO

ENTIDADE MANTENEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ

ATO DE AUTORIZAÇÃO: DECRETO Nº 2441/76 DE 29/10/1976

ATO DE RECONHECIMENTO: RESOLUÇÃO Nº 4037/92 DE 27/11/1992

APROVAÇÃO DO REGIMENTO ESCOLAR PARECER Nº 040/2008 DE 07/02/2008

E ATO ADMINISTRATIVO Nº 046/2008 de 07/02/2008

DISTÂNCIA DA ESCOLA ATÉ O N.R.E.: 03 KM

ZONA URBANA

3

RELAÇÃO DE PROFESSORES E EQUIPE ADMINISTRATIVA

PROFESSORES DISCIPLINASANTÔNIO JOSÉ DE SOUZA PROFESSOR READAPTADO

LUCIANA MARIA MORGANTI HISTÓRIA

CARMELINA IZAURA VEIGA MATEMÁTICA

LUCINÉIA DELMIRO SOARES MATEMÁTICA

CHIARA CRISTINA DE ANDRADE HISTÓRIA

DANIELA SOARES DE ALMEIDA ED. FÍSICA

IZAIRA MOREIRA VEIGA ENS. RELIGIOSO

LAIDE BARBOSA DE ARAÚJO CIÊNCIAS

LUCIANA TEIXEIRA DA SILVA L.E.M. - INGLÊS

MÁRCIA DE ALMEIDA MONTEIRO HISTÓRIA

MARILDA VARALLO SOARES LÍNGUA PORTUGUESA

MARISTELA MORATO CORREA MESCHINI LÍNGUA PORTUGUESA

OLIENNE MARIA DE OLIVEIRA ENS. RELIGIOSO – L.E.M. INGLÊS

PATRÍCIA KELY JANONI GEOGRAFIA

PAULA ROBERTA RIBEIRO DOS SANTOS L.E.M. - INGLÊS

RAUL DE OLVEIRA TOLENTINO GEOGRAFIA

ROSÂNGELA DO CARMO DOS SANTOS L.E.M. - INGLÊS

RUBIANE BROCHI SALA DE APOIO PORTUGUÊS

SANDRA MARIA ALBINO CIÊNCIAS

SÍLVIEN PIROLO VALÉRIO MATEMÁTICA

TEREZINHA DE JESUS NOGUEIRA BRUNIERA ED. FÍSICA

WALTER LUIZ RAMOS CLOSS SALA DE APOIO MATEMÁTICA

WILLIAMS SILVA DE OLIVEIRA ARTE

FUNCIONÁRIOS CARGOADILSON FRANCISCO DA SILVA AGENTE EDUCACIONAL IICLAUDETE VICENTINI DE CASTRO AUX. SERVIÇOS GEAISELIZABETH DE OLIVEIRA MORAIS AUX. SERVIÇOS GEAISIZAULINA MARIA DE AMORIM LIMA AGENTE EDUCACIONAL IJOVINA FERREIRA CELESTRINO MERENDEIRALEISA AZEVEDO DA SILVA PEDAGOGAMONICA CASACE AGENTE EDUCACIONAL IIRUTE PARPINELLI DIRETORAWILLIAN SANTIAGO DIAS SECRETÁRIO

4

II – IDENTIFICAÇÃO:

A Escola Estadual “Major João Carlos de Faria” – Ensino Fundamental,

está localizada à Rua Palmas nº 176 – Vila Independência e atende o Ensino

Fundamental 2º segmento desde 1988. Os alunos do Ensino Fundamental são de

idade entre 10 e 14 anos, com variáveis até 17 anos, alguns alunos residem na

mesma Vila, no Jardim Seminário, Jardim Primavera, Mutirão I e II, Conjunto

Florêncio Rebolho, Fortunato Sibim, Vila Severina, Vila Nova, Casa da Família,

Jardim Cristo Rei, Jardim Figueira, Vila Mariana, Vila São Pedro e Zona Rural.

A Escola funciona no período Matutino das 7:40h às 12h, atendendo

alunos de 5ª à 8ª séries do Ensino Fundamental, distribuídas nas seguintes turmas:

5ª A, 5ª B, 6ª A, 6ª B 7ª A , 7ª B e 8ª A, atendendo um total de 173 alunos. São

atendidos por um corpo docente formado por 22 Professores e 01 Professora

Pedagoga, por 3 Agentes Educacionais II, 4 Agentes Educacionais I, e também 1

Professor Readaptado.

A escola propicia em turno contrário a Sala de Apoio à aprendizagem,

por Professores de Português e Matemática. Os horários são organizados de

maneira que atenda um total de 20 alunos das 5ª séries A e B, sendo 4 horas/aula

por disciplina distribuídos em dois dias na semana.

Também no período vespertino, a escola atende ao programa Viva

Escola Expressivo_ Corporal-Esporte, na área de Educação Física, contemplando

um total de 40 alunos.

O espaço físico da escola se constitui de:

- 06 salas de aula; 01 sala de aula é utilizada no espaço físico da Escola

Municipal “Alice Correa Diniz” (compartilhada);

- 01 refeitório;

- 01 cozinha;

- 02 banheiros coletivos (um masculino e um feminino);

- 01 sala para secretaria onde é improvisada a direção;

- 01 laboratório de informática, que funciona juntamente com a sala dos

professores;

- 01 biblioteca, com espaço reduzido, onde é improvisada a sala de apoio;

5

- O ginásio de esportes é cedido pela Prefeitura Municipal para as aulas de

Educação Física e Programa Viva Escola Expressivo Corporal – Esportes.

- A escola foi contemplada com a construção de uma quadra de esportes, que

está em fase inicial.

A escola necessita de ampliação do espaço físico, como:

- 02 salas de aula;

- 01 almoxarifado;

- 01 sala específica para funcionamento adequado da biblioteca.

Existe uma área administrativa construída pela Prefeitura Municipal para a

Escola Municipal “Alice Correa Diniz”.

Foi construída também uma casa para o zelador do prédio, que é ocupada

por um policial militar.

HISTÓRICO DO ESTABELECIMENTO

A Escola Estadual “Major João Carlos de Faria” – Ensino Fundamental

na cidade de Cornélio Procópio, Estado do Paraná, foi criada pelo Decreto nº

23.479/59, publicado em Diário Oficial de 21/05/1959 no Governo de Moisés Lupion.

Suas terras foram doadas pelo então Major João Carlos de Faria, tendo

recebido na época da inauguração o nome de Grupo Escolar “Vila Independência”,

sendo designada para exercer a função de Diretora do Estabelecimento a

Professora normalista Júlia Olívia Thomé, permanecendo no cargo no período

correspondente de 25/09/1959 a 09/03/1961.

Pelo Decreto nº 12.308/63 sob a direção da Professora Lucia Pimenta

Dantas passou a denominar-se Grupo Escolar “Major João Carlos de Faria” em

homenagem aos doadores da terra onde funcionava o Estabelecimento.

O Estabelecimento concluiu sua primeira turma em 1964 e a funcionar

como Unidade Integrada do Complexo Escolar Professor “Lourenço Filho” com o

nome de Escola Estadual “Major João Carlos de Faria” – Ensino Regular e Supletivo

de 1º Grau.

Pela Resolução nº 806/83 de 08/03/83 foi autorizada a funcionar com o

6

nome de Escola Estadual “Major João Carlos de Faria” – Ensino de 1º Grau Regular

e Supletivo.

Com a implantação de 5ª a 8ª séries de 1º Grau sob a direção da

Professora Vera Lucia Vilela, foi extinto o curso de 1º Grau na função Suplência de

Educação e passou a denominar-se Escola Estadual “Major João Carlos de Faria” –

Ensino de 1º Grau, pela Resolução nº 284/89 publicado no Diário Oficial nº 2.956 de

14/02/89.

O Estabelecimento concluiu sua primeira turma em 1964.

A escola sempre atendeu uma comunidade com poder aquisitivo, de um

modo geral, de baixa renda, a maioria dos pais executa no seu dia-a-dia, tarefas

simples em profissões informais como diaristas, serventes, guardiões e muitos ainda

desempregados.

O perfil de nossos alunos:

- Carentes (financeira e emocionalmente);

- Com dificuldades de aprendizagem;

- Com dificuldades culturais e sexuais;

- Alguns com necessidades educacionais especiais;

- Diversidade: pertencentes ao campo, étnico-raciais, negros e

afrodescendentes;

- Indisciplinados;

- Problemas quanto ao homossexualismo;

- Fora da faixa etária prevista;

- Famílias desestruturadas e descompromissadas.

Fazem parte da galeria de Professores que dirigiram o Estabelecimento

de Ensino:

25/05/1959 à 09/03/1961 – Júlia Olívia Thomé

09/04/1961 à 05/09/1961 – Neusa Dias

06/09/1961 à 16/02/1962 – Elza Bazan

16/02/1962 à 14/10/1965 – Lucia Pimenta Dantas

16/10/1965 à 02/06/1968 – Abigail Silveira Martins Agostini

7

12/12/1973 à 18/01/1979 – Meire Azzolini Gatti

29/05/1979 à 14/08/1983 – Antonia do Prado Dias

15/08/1983 à 03/01/1985 – Dalva Maria Feltrin da Silva Correa

26/04/1985 à 31/12/1985 – Dionéia Aparecida Soares

10/01/1986 à 31/12/1987 – Nair Mendonça Veloso Maia

01/01/1988 à 31/12/200 – Vera Lúcia Vilela

01/01/2001 à 31/12/2008 – Adriane Regina Nieto Quero

01/01/2009 até data atual Rute Parpinelli

III - PROCESSOS DE AVALIAÇÃO, CLASSIFICAÇÃO, PROMOÇÃO E DEPENDÊNCIA

O educando é um ser ativo e dinâmico, que participa da construção de

seu conhecimento.

A avaliação assume dimensões mais abrangentes, não se reduz apenas

a atribuir notas, e sim verificar em que medida os alunos estão alcançando os

objetivos propostos para o processo ensino-aprendizagem. Nesta perspectiva, a

avaliação assume um sentido orientador e cooperativo na medida em que o aluno

toma consciência de seus avanços e dificuldades, para seu conhecimento e também

para ajudar o professor a replanejar seu trabalho, pondo em prática procedimentos

alternativos quando se fizerem necessários.

Segundo Gadotti:

“Refletir é também avaliar, e avaliar é também planejar e estabelecer

objetivos.”

Será contínua e cumulativa a avaliação do rendimento escolar,

prevalecendo os aspectos qualitativos sobre os quantitativos, de acordo com as

Diretrizes Curriculares Estaduais e objetivos propostos pelo Estabelecimento de

Ensino.

Haverá atribuições de valores em cada instrumento de avaliação, na

sequência e ordenação de conteúdos, resultando na nota bimestral.

A avaliação será proporcionada ao aluno continuamente, procurando

sempre atender a todos os alunos em especial àqueles com dificuldades de

8

aprendizagem, retornando sempre que necessário os conteúdos não assimilados e

com critérios diversificados de avaliação.

O Sistema de Avaliação da nossa Escola será Diagnóstica, Formativa e

Somativa.

A DIAGNÓSTICA, onde se preocupa com o avanço e o crescimento do

aluno, tendo propósito de identificar possíveis causas de dificuldades na

aprendizagem.

A FORMATIVA valoriza o aluno como ser único, individual, respeitando

suas potencialidades e características pessoais.

A SOMATIVA serve para subsidiar a tomada de decisões em relação à

continuidade do trabalho pedagógico, não para decidir quem será excluído do

processo. Considerando todas as atividades realizadas no decorrer do ano, tais

como: socialização e participação nas atividades individuais e coletivas (provas,

trabalhos, pesquisas, deveres de casa, seminários, visitas, relatórios, entrevistas e

outros).

Quanto ao professor, há sempre uma auto-avaliação de sua prática

pedagógica para que o mesmo tenha condições de rever suas atitudes em relação

ao trabalho pedagógico e organizar as mudanças possíveis para melhoria da

qualidade de ensino.

PROMOÇÃO

Resultará a promoção, da combinação do resultado da avaliação do

aproveitamento, expresso na escala de 0 (zero ) a 10,0 (dez vírgula zero) e

apuração da assiduidade.

Frequência igual ou superior a 75% (setenta e cinco por cento) do total

da carga horária do período letivo e média anual igual ou superior a 6,0 (seis vírgula

zero).

RECUPERAÇÃO DE ESTUDOS

A recuperação paralela de estudos é realizada com todos os alunos, mas

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principalmente, com alunos de baixo rendimento escolar, ao longo do período letivo.

Durante as aulas os professores organizam diferentes atividades para os

conteúdos anteriormente trabalhados, dando novas oportunidades de aprendizagem

aos alunos.

ADAPTAÇÃO DE ESTUDOS

A Adaptação será proporcionada para o aluno que veio transferido de

outro Estado e que no mesmo a grade curricular não seja compatível com a da

escola, será realizada em termos de conteúdos, havendo necessidade de cursar

disciplinas faltantes ou carga horária.

No processo de adaptação, o aluno cumprirá determinadas atividades

elaboradas pelo Professor, cumprindo roteiros de tarefas realizadas pelo aluno,

incluindo frequência a certas aulas, leituras de livros, pesquisas de determinados

assuntos, resoluções de exercícios acompanhadas sistematicamente pela Equipe

Diretiva e Pedagógica.

A realização da adaptação, com êxito, confere ao aluno o direito de

prosseguimento de estudos, para todos os efeitos legais.

PROGRESSÃO PARCIAL

O Estabelecimento de Ensino não oferta aos seus alunos a matrícula

com Progressão Parcial.

As transferências recebidas de alunos com dependência em até três

disciplinas serão aceitos e cumpridas mediante um Plano Especial de Estudos.

O Plano Especial de Estudos consiste na apresentação de atividades e

trabalhos, solicitados pelos professores e realização de avaliações em horários a

serem combinados entre professor, aluno e equipe pedagógica para que não haja

também prejuízo na série subsequente.

CLASSIFICAÇÃO E RECLASSIFICAÇÃO

10

É oferecido para os alunos, por promoção com aproveitamento à série

anterior na própria Escola, por transferência, para alunos procedentes de outras

Escolas do país ou do exterior, considerando a classificação na Escola de origem,

independente de escolarização anterior, mediante avaliação feita pela Escola

definindo seu grau de desenvolvimento e experiência, levando em conta as normas

curriculares gerais.

São exigidas as seguintes medidas:

- Consentimento do aluno ou responsável a respeito do processo a ser

iniciado;

- Proceder à avaliação diagnóstica, documentada pelo Professor;

- Organização de comissão, formada por docentes, técnicos e direção

da Escola.

Os resultados serão registrados em Ata e Histórico Escolar do aluno.

EQUIVALÊNCIA DE ESTUDOS

Será oferecido para alunos de país estrangeiro e que não apresentar

documentação escolar e condições imediatas para classificação, matrícula na série

compatível com sua idade, em qualquer época do ano, ficando a Escola

responsável em elaborar um plano próprio para o desenvolvimento de

conhecimentos necessários para o prosseguimento de seus estudos.

IV - INSTÂNCIAS COLEGIADAS

ASSOCIAÇÃO DE PAIS, MESTRES E FUNCIONÁRIOS – APMF

A APMF é um órgão jurídico de representação de pais, mestres e

funcionários do Estabelecimento de Ensino que não tem caráter político-partidário,

religioso, racial e sem fins lucrativos, com o objetivo de dar assistência ao educando

para o aprimoramento do ensino e a integração família-escola-comunidade. Tem,

também, a responsabilidade de gerir e administrar recursos financeiros repassados

pela mantenedora através de convênios.

11

A APMF tem seu registro sob nº próprio, regida por Estatuto próprio

registrada em Cartório de Registro Civil. Seus membros são escolhidos por eleição

aberta a toda comunidade escolar.

CONSELHO ESCOLAR

O Conselho Escolar constitui-se como uma forma colegiada de gestão

democrática, pois a gestão deixa de ser o exercício de uma só pessoa e passa a ser

uma gestão colegiada, na qual os segmentos escolares e a comunidade local se

reúnem para juntos construírem uma educação de qualidade e socialmente

relevante onde divide-se o poder e as consequentes responsabilidades.

O Conselho Escolar delibera sobre questões político-pedagógicas,

administrativas e financeiras; analisa, empreende e viabiliza o cumprimento das

finalidades dando sugestões de ações realizadas de forma conjunta e participativa

na escola, representando assim, a comunidade escolar e local, participando das

decisões relativas aos rumos, diretrizes e organização da escola, como forma de

garantir uma educação de qualidade.

CONSELHO DE CLASSE

O Conselho de Classe, dentro desta mesma linha de educação, é um

órgão colegiado que deve propiciar o debate permanente com a participação direta e

efetiva dos professores, professor pedagogo, diretor e secretário da escola, além

dos alunos representantes de turma e pais. É o momento de aperfeiçoamento e

reflexão do processo ensino-aprendizagem em busca da melhoria da qualidade de

educação.

Durante o ano letivo são feitos cinco Conselhos de Classe, um a cada

bimestre e o Conselho Final.

O Conselho de Classe deve ser um momento de analisar as informações

sobre os conteúdos curriculares, encaminhamentos metodológicos e processo de

avaliação para que se realizem posteriormente ações que nortearão as mudanças

necessárias no processo ensino-aprendizagem.

12

Deve também propor medidas que viabilizem um melhor aproveitamento

escolar tendo em vista o respeito à cultura do educando, maior integração e

relacionamento com os alunos na classe.

A convocação para as reuniões será feita através de edital, com

antecedência de 48 horas sendo o comparecimento de todos os membros

convocados obrigatório, ficando os faltosos passíveis de descontos nos

vencimentos.

Todos os resultados do Conselho de Classe são lavrados em Ata em

livro próprio para divulgação aos interessados.

V - MARCO SITUACIONAL

Vivemos em um país de profundas desigualdades sociais, econômicas e

culturais, numa sociedade capitalista e estamos agora em busca de uma democracia

participativa, isto é, uma democracia onde todos os cidadãos, sujeitos históricos

conscientes que lutam pelos seus direitos sem deixar de cumprir os seus deveres.

Consideramos como prática pedagógica a utilização dos vários métodos e

instrumentos para a real aprendizagem do nosso aluno. A busca pelos avanços

relativos à ação pedagógica é incessante em nossa escola. Desse modo,

conseguimos que o IDEB tivesse um avanço significativo, passando de 2,9 no ano

de 2007 para 3,8 no ano de 2009, ultrapassando assim a meta estabelecida para o

ano de 2013. Acreditamos, no entanto, que ainda existem possibilidades de

melhorias.

Um dos meios para atingir esse objetivo seria adequar o plano de trabalho à

realidade do nosso aluno e, além disso, torná-lo efetivo, atendendo às suas

necessidades. Para esse fim, a ampliação do espaço físico se faz imprescindível.

Outro fato que auxiliaria o avanço da prática pedagógica na nossa escola seria a

participação real dos pais no dia-a-dia do aluno. A escola desenvolve o trabalho de

buscar a presença dos pais, mas ainda não há o retorno esperado dos mesmos, por

questões socioeconômicas e culturais.

Quanto à formação continuada, cada um dos profissionais da escola tem um

papel fundamental no processo educativo, cujo resultado não depende apenas da

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sala de aula, mas também da vivência e das observações de atitudes corretas e

respeitosas no cotidiano escolar.

Todos os profissionais da escola têm a oportunidade de se atualizar e

participar de cursos de capacitação ofertados pela SEED, como: NRE-Itinerante,

Grupos de Estudos, realizados aos sábados específicos de cada disciplina e, ainda,

participam dos dias de capacitação previstos em calendário no início do primeiro e

do segundo semestre do ano.

São também realizados momentos de estudos durante as quatro reuniões

pedagógicas, onde são trabalhados textos que dão subsídios para o enfrentamento

de problemas encontrados durante o bimestre.

Quanto à formação continuada, questionamos o horário, uma vez que, na

maioria das vezes, os professores desenvolvem outras atividades profissionais

remuneradas no contra-turno, não podendo participar dos respectivos períodos de

formação.

Quanto a hora atividade, é realizada, em nossa escola, pelos professores em

horário pré-estabelecido e na medida do possível acompanhada pela Professora

pedagoga da escola.

Os professores dentro do seu horário desenvolvem as seguintes atividades:

- Preparação de conteúdos dentro de sua disciplina e atividades

diferenciadas para os alunos que apresentam dificuldades de

aprendizagem;

- Leitura de textos, revistas, artigos, instruções, etc. (trazidas e

sugeridas pela Professora Pedagoga da escola);

- Preparação e correção de avaliações ou trabalhos;

- Planejamento de aulas;

- Pesquisa no laboratório de informática;

- Atualização do Livro Registro de Classe;

- Pesquisas bibliográficas.

- Acompanhamento da programação Paulo Freire;

- Acesso ao Portal Dia a Dia Educação.

A hora-atividade dos professores está organizada, na medida do possível, por

áreas afins, proporcionando aos mesmos a troca de experiências metodológicas

14

diferenciadas e a realização de grupos de estudo.

Identificamos como principais problemas relativos à hora-atividade: a

dificuldade em elaborar um horário respeitando a disponibilidade do professor

rotativo/não efetivo e o tempo disponível para tal, ainda insuficiente, tendo que

complementá-lo em sua residência.

Outro aspecto da escola é a distribuição do tempo e espaço. O tempo é uma

dimensão significativa da experiência escolar, pois revela sua estruturação

específica e a valorização das atividades pedagógicas. São questões relativas a

distribuição do tempo: a definição do calendário escolar, a distribuição da carga

horária entre os componentes curriculares, o estabelecimento de mecanismos de

preservação do tempo de permanência em contato direto com atividades escolares e

a instituição de tempo para a realização de atividades de estudo, preparação,

acompanhamento e avaliação do trabalho escolar, dentro da jornada de trabalho do

professor.

VI - MARCO CONCEITUAL

Em busca de uma sociedade justa, humana, igualitária faz-se necessário

que a escola esteja sempre em busca da construção de um homem ético, culto e

solidário através de uma educação emancipadora onde os conteúdos são

trabalhados para ampliação do saber num processo educativo dialético,

ressignificando o conhecimento na construção coletiva do mesmo.

Torna-se indispensável, portanto uma gestão escolar democrática que

se baseie numa dinâmica que favoreça a participação dos diferentes atores que

constituem o cotidiano escolar onde as relações de cooperação, no trabalho coletivo

e na divisão do poder são pautadas pelo diálogo, pelo respeito às diferenças e pela

liberdade de expressão. Segundo SAVIANI( 1992.p.21) o trabalho educativo é o ato

de produzir, direta e intencionalmente, em cada indivíduo singular, a humanidade

que é produzida histórica e coletivamente pelo conjunto dos homens.

O processo interativo entre professor e aluno os torna sujeitos ativos,

seres concretos, situados numa classe social, sendo que o papel do professor é

15

direcionar, interferir e criar condições necessárias a apropriação dos conhecimentos,

respeitando e trabalhando as individualidades.

Valorizar e ampliar o conhecimento do aluno através da apropriação de

conteúdos historicamente acumulados, previstos nos Planos de Ação Docente,

buscando desenvolver a criticidade dos alunos na ressignificação do saber para

aplicação dos mesmos, nos conflitos atuais tentando solucioná-los.

Utilizar um diálogo para o confronto de saberes já adquiridos pelos

alunos com o saber elaborado, favorecendo um aprendizado recíproco e contínuo,

sendo a escola um espaço aberto ao atendimento de alunos com Necessidades

Educacionais Especiais.

A Escola buscará um certo equilíbrio entre autoridade (não autoritarismo)

e liberdade para que possa controlar a indisciplina em sala de aula. O importante é

que todos os componentes da escola sempre façam uma auto-avaliação do trabalho

realizado e se coloquem abertos a novos padrões de comportamento para que

cresça de forma positiva dentro de nossa proposta de trabalho.

FILOSOFIA DA ESCOLA

A Escola tem como finalidade e objetivos o compromisso com a formação

humana e com o acesso à cultura geral, de modo a que os educandos venham a

participar política e produtivamente das relações sociais, com comportamento ético e

compromisso político, através do desenvolvimento da autonomia intelectual e moral,

contando sempre com a participação da família.

Sendo a maior parte de nossos alunos oriundos das classes populares, o

que acontece com a maioria das escolas públicas, intensificou-se a necessidade de

discussões contínuas sobre o papel da educação básica no projeto de sociedade

que queremos. Assim, de acordo com as Diretrizes Curriculares Estaduais, torna-se

fundamental as reflexões sobre currículo, com forte caráter político, com objetivo de

construir uma sociedade mais justa, onde haja oportunidades iguais para todos.

Assumir um currículo disciplinar significa valorizar a escola como lugar de

socialização do conhecimento científico, de reflexão filosófica e de contato com a

arte, sempre contextualizados com as realidades sociais.

16

A prática pedagógica deve estar fundamentada em diferentes

metodologias, valorizando concepções de ensino, de aprendizagem e de avaliação

que possibilitem aos professores e alunos conscientizarem-se da necessidade de

uma educação transformadora.

Nessa perspectiva, pretende-se desenvolver nos educandos hábitos e

atitudes de cidadania, levando-os à compreensão dos papéis sociais, construindo

juízos formais sobre a estrutura dos objetos do universo. Garantindo a eles uma

escolarização de qualidade que atenda às suas diversidades proporcionando uma

formação integral.

Será ofertado aos alunos do Ensino Fundamental da Escola Estadual

“Major João Carlos de Faria”, a Matriz Curricular do ano civil corresponde às séries,

por área do conhecimento da Base Nacional Comum e Parte Diversificada.

Nas áreas do Conhecimento da Base Nacional Comum será constituída

pelas disciplinas de Ciências, Educação Artística, Educação Física, Ensino

Religioso, Geografia, História, Língua Portuguesa e Matemática.

Na parte Diversificada somente a Língua Estrangeira – Inglês.

MATRIZ CURRICULAR

ENSINO FUNDAMENTAL – REGULAR DE 5ª À 8ª SÉRIESNRE: CORNÉLIO PROCÓPIOESCOLA ESTADUAL MAJOR JOÃO CARLOS DE FARIA

ENSINO FUNDAMENTALENTIDADE MANTENEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁCURSO: 4000 – ENSINO FUND. 5/8 SÉRIE

ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2006 –

SIMULTÂNEA

TURNO: MATUTINO

MÓDULO: 40 SEMANAS

BASE

NACIONAL

COMUM

5ª SÉRIE 6ª SÉRIE 7ª SÉRIE 8ª SÉRIE

CIÊNCIAS 3 3 4 3

ARTE 2 2 2 2EDUCAÇÃO

FÍSICA 3 3 3 3ENSINO

RELIGIOSO * 1 1 0 0GEOGRAFIA 3 3 3 3

17

HISTÓRIA 3 3 3 4

LÍNGUA

PORTUGUESA 4 4 4 4

MATEMÁTICA 4 4 4 4

SUB-TOTAL

2

3 23 23 23

PARTE

DIVERSIFIC

ADA

LEM - INGLÊS 2 2 2 2

SUB-TOTAL 2 2 2 2

TOTAL GERAL 25 25 25 25*Oferta obrigatória e de matrícula facultativa.

A partir das discussões da LDBEN 9.394/96, incentivadas pela

sociedade civil organizada, o Ensino Religioso passou a ser compreendido como

disciplina escolar.

Art. 33 – O Ensino Religioso, de matrícula facultativa, é parte integrante

da formação básica do cidadão, constitui disciplina de horários normais das escolas

públicas de Ensino Fundamental, assegurando o respeito à diversidade cultural e

religiosa do Brasil vedadas quaisquer formas de proselitismo.

I – Os sistemas de ensino regulamentarão os procedimentos para a

definição dos conteúdos de Ensino Religioso e estabelecerão as normas para

habilitação e admissão de Professores.

Nessa perspectiva, a SEED sustentou um longo processo de discussão

que resultou em fevereiro de 2006, na primeira versão das Diretrizes Curriculares de

Ensino Religioso para a Educação Básica, propondo um Ensino Religioso laico e de

forte caráter escolar.

Entende-se por formação continuada o processo permanente e

sistemático de reflexão sobre a práxis pedagógica, que amplia a autonomia do

professor sobre o trabalho pedagógico. Nessa perspectiva, a formação continuada

18

deve possibilitar aos professores a ampliação do “domínio do saber acumulado no

que se refere ao conteúdo escolar e às formas de ensiná-lo; o domínio da

concepção dialética como meio de desenvolver uma ação e reflexão autônomas e

críticas e a formação de uma postura ético-política guiada por sentimentos e valores

que possibilitem ao professor utilizar esse saber acumulado como meio para o

desenvolvimento pleno do aluno e para seu próprio desenvolvimento como ser

humano.” (MAZZEU, 1998 apud Orientações pedagógicas para os anos iniciais do

ensino fundamental de nove anos).

A formação continuada é proporcionada a todos os funcionários que

trabalham na escola através de cursos de capacitação ofertados pela SEED que

ocorrem durante o ano letivo em momentos da semana pedagógica nos inícios de

semestres, grupos de estudos aos sábados, NRE itinerante, Grupo de Trabalho em

rede(GTR), o PDE, capacitação possível aos professores que concluíram todas as

progressões do nível II e classificados após um processo de seleção. Também

existem simpósios e seminários realizados em Faxinal do Céu , em Curitiba e outras

cidades.

A formação continuada possibilita a reflexão e organização das práticas

pedagógicas, aprimoramento dos conhecimentos necessários ao ensino e da

utilização das novas tecnologias e oferece as condições que tornam possível a

efetivação das políticas educacionais.

VII - MARCO OPERACIONAL

A construção da Proposta Pedagógica é uma ação intencional com um

compromisso definido coletivamente, que tem uma dimensão política e pedagógica.

É Política no sentido do compromisso com a formação do cidadão para a sociedade

e Pedagógico, no sentido de definir as ações educativas e as características

necessárias às escolas de cumprirem seus propósitos e sua intencionalidade.

A escola estará aberta e acessível aos alunos e comunidade que dela

necessitem, acolhendo-os com respeito, sem discriminação. Seu intuito será

19

combater a discriminação, conscientizar os alunos e comunidade da participação

para que assim se alcance os seguintes objetivos:

• De acordo com o Regimento Escolar ( Art.34, paragrafo 17)

propiciar ao aluno a formação ética e o desenvolvimento da

autonomia intelectual e do pensamento crítico, visando ao

exercício consciente da cidadania.

• Combate às desigualdades sociais, discriminações raciais e

religiosas através de diálogos informais e palestras para toda a

comunidade escolar direcionada a melhor formação do indivíduo

na sociedade.

• Respeito às múltiplas linguagens, para que o aluno tenha acesso

aos diversos tipos de expressão, priorizando o aprendizado da

linguagem padrão.

• No decorrer do ano letivo estão incluídos no currículo escolar:

Agenda 21, Semana Cultural , Fera Com Ciência, Jogos colegiais,

Programa Viva Escola Expressivo Corporal – Esportes.

Para a implementação das ações propostas construídas coletivamente,

cabe à equipe administrativa assegurar a viabilização do processo ensino-

aprendizagem.

A Hora Atividade é realizada pelos professores em horário pré-

estabelecido e na medida do possível acompanhada pela professora pedagoga da

escola.

Os professores dentro de seu horário desenvolvem as seguintes

atividades:

• preparação de conteúdos dentro de sua disciplina e atividades

diferenciadas para os alunos que apresentam dificuldades de

aprendizagem;

• leitura de textos, revistas, artigos, instruções, etc. (trazidas e

sugeridas pela professora pedagoga da escola);

• preparação e correção de avaliações ou trabalhos;

• planejamento de aulas;

20

• acesso ao portal dia a dia educação;

• atualizações do Livro Registro de Classe;

• acompanhamento da programação da TV Paulo Freire;

• pesquisas bibliográficas e acesso a internet.

A hora atividade dos professores está organizada por áreas afins,

proporcionando aos mesmos a troca de experiências metodológicas diferenciadas e

a realização de grupos de estudos na hora atividade.

VIII - PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR - ARTE

- APRESENTAÇÃO

A arte é o produto do trabalho do humano, historicamente construída pelas diversas

culturas. Pela Arte, o ser humano se torna consciente da sua existência individual e

coletiva e se

relaciona com diferentes culturas e formas de conhecimento. Sendo assim, a Arte é

um processo

de humanização e transformação.

Com relação ao ensino da Arte, os saberes específicos das diferentes linguagens

artísticas,

organizadas no contexto do tempo e do espaço escolar, possibilitando a ampliação

do horizonte

perceptivo do raciocínio, da sensibilidade, do senso crítico, da criatividade, alterando

as relações

que os sujeitos estabelecem com o seu meio físico e sociocultural. Por essa razão

21

se faz necessário

a mediação do professor sobre os conteúdos historicamente consolidados. Nesta

área do

conhecimento, aprimorando a capacidade do educando de analisar e compreender

os signos verbais

e não verbais que as artes são constituídas nas diferentes realidades culturais

CONTEÚDO ESPECÍFICO DE 5ª SÉRIE

Artes Visuais

1. Elementos Formais

●Ponto – Tipologia

Linha – Conceito e Tipologia

●Formas Básicas – Regulares e Irregulares

●Cor – Monocromia

●Textura – Tátil e Gráfica

2. Gêneros/Temas

●Paisagem

●Natureza morta

●Retratos

●Cenas históricas

3. Artistas/Manifestações Culturais

●Arte Rupestre

●Arte Indígena

4. Espaço para Arte

●Museu – definição, arquitetura, funcionamento, conservação e coleção.

Música

5. Elementos Básicos

22

●Altura – grave/agudo

●Duração – longo/curto

●Timbre – “cor” do som

●Intensidade – forte/fraca

●Densidade – muitos sons/poucos sons

6. Apreciação Musical

●Diferentes padrões sonoros ( orquestra, banda, coral )

●Improvisação musical

7. Manifestações musicais modais ( tribos primitivas, civilizações antigas)

CONTEÚDO ESPECÍFICO DE 6ª SÉRIE

Artes Visuais

1. Elementos Composição

●Linha – Figurativo/Fundo

●Forma - Assimetria/ Sobreposição

●Profundidade e Proporção

●Movimento

●Deformação

●Perspectiva e Proporção

2. Gêneros/Temas

●Paisagem

●Natureza morta

●Retrato – figura humana

●Cenas oníricas

3. Artistas/ manifestações Culturais

23

●Surrealismo, Renascimento, Historias em Quadrinhos

4. Museu

●Museu de Arte Brasileira

●Centro Cultural

●Espaços alternativos – MAC – Arte na Rua

5. Música

●Ritmo – ostinatos, células simples

●Melodia - percepção = sons do cotidiano e gravações dirigidas

●Canto Gregoriano – apreciação

●Início da Polifonia

●Gêneros musicais – Bale ,ópera, sinfonia, concerto e canção

●Improvisação musical

CONTEÚDO ESPECÍFICO DE 7ª SÉRIE

Artes Visuais

1. Elementos Composição

●Forma

●Cor- quente/ fria

●movimento

●repetição

2. Gêneros/Temas

●Figuração/Abstração

24

3. Artistas/Manifestações Culturais

●Fauvismo

●Kandinsky

●Futurismo

●Beatriz Milhazes

4. Museus de Arte no mundo

●Galerias

●Artistas Cascavelenses

Música

5. Elementos básicos

●Harmonia

●Famílias de instrumentos – cordas, sopro, percussão ( sopro – madeira e metal)

●Instrumentos eletroacústicos

●A música Tonal

●Barroco, clássico e Romântico

●Grandes compositores do período clássico da musica

CONTEÚDO ESPECÍFICO DE 8ª SÉRIE

Artes Visuais

1. Elementos Composição

●Forma – positivo/negativo

●Ritmo

●Objetos cotidiano

25

2. Gêneros/Temas

●questões sociais

●publicidade

●fotografia

●instalação

3. Artistas/Manifestações culturais

●OP ART

●POP ART

●DUCHAMP

MÚSICA

4. Elementos Básicos

●Intervalo melódico

●Intervalo harmonico

5. A música do Séc.XX – o distanciamento do público.

6. A Música popular do séc. XX ( sambra,bossa nova,blues,jazz,rock,funk,rap, etc)

7. Música e industria cultural

ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO

- Apresentar de forma expositiva a teoria sucinta sobre a técnica a ser desenvolvida;

- Incluir atividades dirigida, para verificar o grau de avaliação do aluno e exercitar

suas

habilidades;

- Propor atividades, na qual o aluno irá aplicar o que aprendeu de acordo com sua

criatividade;

26

- Uso do vídeo;

- Uso de textos informativos;

- Rádio – CD;

- Revistas;

- Jornal;

- Material Reciclável;

- Exposição de desenhos, poesia, cartaz;

- Trabalhos em grupos;

- Aulas expositivas;

- CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

A avaliação em arte deverá levar em conta as relações estabelecidas pelo aluno

entre os

conhecimentos em artes e a sua realidade. Busca propiciar aprendizagens

socialmente significativas

para o aluno. A observação e registros percorridos pelo aluno em seu processo de

aprendizagem,

acompanhando os avanços e dificuldades percebidas em suas criações/produções.

Avaliar é comprovar. Para essa comparação é necessária uma referência.

A comprovação do aluno consigo próprio baseia-se na convicção de que cada

indivíduo

tem capacidades, potenciais a desenvolver o conhecimento de base que poderão

ser, sempre

alargadas. Muitas vezes, o professor, ao avaliar um aluno, deverá levar em conta o

esforço que ele

fez.

A avaliação deverá ser feita diariamente através de:

- Atividades realizadas no caderno de desenho;

- Trabalhos individuais e em grupos;

- Frequência, observação pelo professor na resolução de tarefas e exercícios

propostos;

- BIBLIOGRAFIA

27

Diretrizes curriculares de arte para o ensino fundamental.

Secretaria de estado da educação, superintendência da educação. Julho / 2006.

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR - CIÊNCIAS

O Ensino Fundamental, no Estado do Paraná, segue as Diretrizes

Curriculares – 2008, para a disciplina de Ciências, a qual apresenta os fundamentos

teóricos, metodológicos e avaliativos desta disciplina.

Partindo-se do pressuposto de que a escola deve ser veículo que permite

o acesso ao conhecimento produzido pela humanidade. Os conteúdos a serem

desenvolvidos na disciplina de Ciências devem propiciar a socialização do

conhecimento e permitir as relações interdisciplinares para que os saberes

construídos sejam úteis à vida cotidiana dos alunos.

O aluno traz em sua bagagem informações sobre o conhecimento

científico, adquiridos em atividades cotidianas, muitas vezes veiculado pelos meios

de comunicação (rádio, revista, televisão, jornal), o qual é constantemente

reconstruído a partir de novas informações. A disciplina de Ciências deve valorizar

esses conhecimentos iniciais sem se afastar do seu objetivo que é o conhecimento

científico. Este é proveniente da ciência construída historicamente pela humanidade

como resultado da investigação da Natureza pelo homem. Este é proveniente da

ciência construída historicamente pela humanidade como resultado da investigação

da Natureza pelo homem.

Os fatos cotidianos e os conhecimentos adquiridos ao longo da história se

relacionam através da interdisciplinaridade, revelando as diferentes áreas de

conhecimento que integram Geografia, Ciências e Astronomia se interligam e

complementam os conhecimentos científicos que procuram explicar os fenômenos

naturais e as transformações provocadas pelo homem na natureza. As alterações

provocadas pelo homem na natureza e suas consequências para a biodiversidade

do planeta, devem ser exaustivamente explorados, pois de nossas ações decorrem

inúmeras consequências globais. Discussões éticas, sociais, políticas e econômicas

28

devem ser estimuladas para despertar a responsabilidade humana no uso e

conservação de recursos naturais, visando o desenvolvimento sustentável.

As vantagens do avanço tecnológico devem ser avaliadas e relacionadas

ao desgaste ambiental para mantê-las. A má distribuição de renda que não permite

o acesso igualitário a essa melhoria da qualidade de vida deve ser debatida e

analisada. Esses questionamentos permitirão uma reconstrução do conhecimento

científico considerando os aspectos positivos e negativos da ciência e da tecnologia.

FUNDAMENTOS TEÓRICOS-METODOLÓGICOS

Para a produção do conhecimento científico é preciso percorrer caminhos

desenhados por pesquisadores e formular “descrições, interpretações, leis, teorias,

modelos, etc. Sobre uma parcela da realidade” (MAIA, 2000).

A história da ciência permite identificar que não existe um único método

de ensino capaz de veicular diversas formas de aprender, de compreender os

pesquisadores científicos.

Segundo Videira (2006), o domínio da investigação científica poderá

dispor de mais de um recurso metodológico: o pluralismo metodológico, atitude

amplamente adotada nos dias de hoje no meio científico.

Ao assumir posicionamento contrário ao método único na disciplina de

Ciências, é preciso ampliar os encaminhamentos metodológicos para abordar os

conteúdos escolares de modo que o aluno supere obstáculos conceituais originários

de seu cotidiano.

O professor não pode desconsiderar os conhecimentos primários do

aluno, o qual inicia bem antes de seu contato com a escola. Vygotsky quando afirma

que cada estudante encontra-se num nível de desenvolvimento cognitivo

diferenciado, coloca que aprendizado e desenvolvimento estão inter-relacionados

desde o 1º dia de vida e qualquer situação de aprendizagem na escola tem sempre

uma história anterior. Entretanto a aprendizagem do conhecimento científico deve

produzir algo novo e aplicável no desenvolvimento do estudante.

Ainda segundo Vygotisky, a mente humana cria estruturas cognitivas

necessárias à compreensão de um determinado conceito trabalhado no processo

29

ensino aprendizagem, as estruturas cognitivas dependem desse processo para

evoluírem e somente serão construídos à medida que novos conceitos forem

trabalhados. Esse processo permite a internalização dos conceitos e sua

reconstrução na mente do estudante.

Para aplicar diferentes métodos de aprendizagem, o professor é peça

fundamental, uma formação inicial deficitária e/ou falta de educação continuada

deste profissional é um sério obstáculo ao processo ensino aprendizagem, pois a

falta de fundamentação teórico metodológica, dificulta uma seleção coerente de

conteúdos, bem como o reconhecimento das dificuldades individuais dos alunos.

Afinal o ensino de Ciências não pode ser encarado como mera transmissão de

conceitos científicos, o aluno necessita adquirir maiores condições de estabelecer

relações conceituais, interdisciplinares e contextuais de forma significativa ao seu

cotidiano.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Nessa proposta, entende-se o conceito de Conteúdos Estruturantes

como conhecimentos de grande amplitude que identificam e organizam os campos

de estudo de uma disciplina escolar, considerados fundamentais para a

compreensão de seu objeto de estudo e ensino. Os conteúdos estruturantes são

constructos históricos e estão atrelados a uma concepção política de educação, por

isso não são escolhas neutras.

Nessa Proposta Curricular são apresentados cinco conteúdos

estruturantes fundamentados na história da ciência, base estrutural de integração

conceitual para a disciplina de Ciências no Ensino Fundamental. São eles:

- ASTRONOMIA

- MATÉRIA

- SISTEMAS BIOLÓGICOS

- ENERGIA

-BIODIVERSIDADE

30

ASTRONOMIA

Astronomia é uma das ciências de referência para os conhecimentos

sobre a dinâmica dos corpos celestes. O estudo da astronomia, historicamente, traz

discussões sobre questões como os modelos geocêntrico e heliocêntrico, bem como

sobre os métodos e instrumentos científicos, conceitos e modelos explicativos que

envolveram tais discussões. Os fenômenos celestes são de grande interesse dos

estudantes porque por meio deles buscam-se explicações alternativas para

acontecimentos regulares da realidade, como o movimento aparente do Sol, as

fases da Lua, as estações do ano, as viagens espaciais, previsão meteorológica,

transmissão via satélite, entre outros.

MATÉRIA

De acordo com as Diretrizes Curriculares Estaduais de Ciências, o

conteúdo estruturante Matéria propõe-se a abordagem de conteúdos específicos

que privilegiem o estudo da constituição dos corpos, entendidos tradicionalmente

como objetos materiais quaisquer que se apresentam à nossa percepção (RUSS,

1994). É importante compreender que os corpos são formados por elementos que

mantêm sua propriedade original, ou que combinados, adquirem novas propriedades

que podem ou não serem percebidas externamente e que essas propriedades são

exploradas pelo ser humano para desenvolvimento tecnológico. Sob o ponto de vista

científico, permite o entendimento não somente sobre as coisas perceptíveis como

também sobre sua constituição, indo além daquilo que num primeiro momento

vemos, sentimos ou tocamos.

SISTEMAS BIOLÓGICOS

O conteúdo estruturante Sistemas Biológicos aborda a constituição dos

sistemas do organismo, bem como suas características específicas de

funcionamento, desde os componentes celulares e suas respectivas funções até o

funcionamento dos sistemas que constituem os diferentes grupos de seres vivos,

como por exemplo, a locomoção, a digestão e a respiração. É importante destacar

que a associação dos diferentes sistemas, que devem trabalhar em equipe e que

permite o funcionamento ideal de um organismo.

ENERGIA

31

O Conteúdo Estruturante Energia propõe a discussão do conceito de

energia, sempre em busca de novos conhecimentos, reconhecendo as

manifestações de energia: potencial, mecânica, térmica, elétrica, luminosa, nuclear,

bem como seus efeitos na transformação da matéria.

As Diretrizes Curriculares Estaduais de Ciências propõem, ainda, a

discussão sobre a conservação e transformação de uma em outra forma de energia.

BIODIVERSIDADE

Este conteúdo estruturante propõe que a biodiversidade seja discutida

de maneira ampla e inserida no ambiente, as DCEs – 2008 – p. 67 considera que

“conceituar biodiversidade ao número de espécies seria o mesmo que considerar a

classificação dos seres vivos limitada ao entendimento de que deles são

organizados fora do ambiente em que vivem”.

Atualmente o conceito de biodiversidade só pode ser discutido se

relacionado a outros conceitos que a interagem à natureza.

CONTEÚDOS BÁSICOS

Entende-se por conteúdos básicos os conhecimentos fundamentais

para cada série da etapa final do Ensino Fundamental, considerados imprescindíveis

para a formação conceitual dos estudantes da Disciplina de Ciências.

Os conteúdos básicos que envolvem conceitos científicos necessários

para o entendimento dos conteúdos estruturantes da disciplina de Ciências são:

5ª SÉRIE

ESTRUTURANTES BÁSICOS

ASTRONOMIA

Universo, Sistema Solar, Movimentos,

Terrestres, Movimentos Celestes e

Astros

MATÉRIA Constituição da Matéria

SISTEMAS BIOLÓGICOS Níveis de Organização

32

ENERGIAFormas e energia, Conversão de energia e

Transmissão de energia

BIODIVERSIDADEOrganização dos seres vivos, Ecossistemas

e Evolução dos seres vivos

6ª SÉRIE

ESTRUTURANTES BÁSICO

ASTRONOMIAAstros, Movimentos Terrestres e

Movimentos Celestes

MATÉRIA Constituição da Matéria

SISTEMAS BIOLÓGICOSCélula

Morfologia e fisiologia dos seres vivos

ENERGIAFormas e energia

Transmissão de energia

BIODIVERSIDADE

Origem da vida

Organização dos seres vivos

Sistemática

7ª SÉRIE

ESTRUTURANTES BÁSICOS

ASTRONOMIA Origem e evolução do Universo

MATÉRIA Constituição da Matéria

SISTEMAS BIOLÓGICOSCélula

Morfologia e fisiologia dos seres vivos

ENERGIA Formas e energia

BIODIVERSIDADE Evolução dos seres vivos

8ª SÉRIE

33

ESTRUTURANTES BÁSICOS

ASTRONOMIAAstros

Gravitação Universal

MATÉRIA Propriedades da Matéria

SISTEMAS BIOLÓGICOSMorfologia e fisiologia dos seres vivos

Mecanismos de herança genética

ENERGIAFormas e energia

Conservação de energia

BIODIVERSIDADE Interações ecológicas

AVALIAÇÃO

A avaliação é um dos aspectos do processo pedagógico que mais carece

de mudança didática para favorecer uma reflexão crítica de ideias e modificar

comportamentos docentes de “senso comum” muito persistentes (CARVALHO &GIL-

PÉREZ, 2001). As concepções reducionistas e simplistas do processo avaliativo

requerem análise e questionamento. De acordo com Carvalho & Gil-Pérez (2001),

ainda estão no “senso comum” do ambiente escolar as seguintes noções:

• é fácil avaliar os conhecimentos científicos, devido a sua precisão e

objetividade;

• o fracasso é inevitável, pois em Ciências tem conhecimentos difíceis, que

não estão ao alcance de todos. Ao se aprovar demais, a disciplina é uma

“brincadeira”; então, convém ser “exigente” desde o início;

• tal fracasso, por vezes muito elevado, pode ser atribuído a fatores

extraescolares, como capacidade intelectual e ambiente familiar;

• a prova deve ser discriminatória e produzir uma distribuição de notas em

escala descendente;

• a função essencial da avaliação é medir a capacidade e o aproveitamento

do aluno, destinando-o à promoção e seleção classificatória de cunho autoritário.

A superação deste senso comum implica em estudos, pesquisas e

análises de resultados que permitam a elaboração de programas de formação

34

continuada para os professores envolvidos no processo ensino-aprendizagem, a fim

de possibilitar a elaboração de uma concepção de avaliação adequada à realidade

escolar da qual participa. Muitos professores mantêm-se crédulos ao sistema de

avaliação classificatório por acreditar ser este a garantia de um ensino de qualidade

que resguarde um saber competente dos alunos (HOFFMANN, 2003).

Quando a concepção de avaliação é, tão somente classificatória, pautada

em critérios que visam medir o aproveitamento, identifica-se erros, dificuldades de

aprendizagem, porém, não se sabe o que fazer com as informações levantadas e os

professores acabam por não se preocuparem em “auxiliar o aluno a resolver suas

dificuldades ou a avançar no seu conhecimento” (HOOFMANN, 2003, p. 121).

Tomando por base as análises desenvolvidas pelas autoras Carvalho e

Hoffmann, considera-se a necessidade de envolvimento dos professores na análise

crítica da própria avaliação. Conforme Carvalho & Gil-Pérez (2001) é preciso que os

professores se envolvam numa análise crítica que considere a avaliação em

Ciências um instrumento de aprendizagem que forneça um feedback adequado para

promover o avanço dos alunos. Ao considerar o professor corresponsável pelos

resultados que os alunos obtiverem o foco da pergunta muda de “quem merece uma

valorização positiva e quem não“ para ”que auxílio precisa cada aluno para continuar

avançando e alcançar os resultados desejados”. Além disso, incentivar a reflexão,

por parte do professor, sobre sua própria prática.

A avaliação como momento do processo ensino aprendizagem, abandona

a ideia de que o erro e a dúvida constituem obstáculos impostos à continuidade do

processo. Ao contrário, o aparecimento de erros e dúvidas dos alunos constituem

importantes elementos para avaliar o processo de mediação desencadeado pelo

professor entre o conhecimento e o aluno. A ação docente também estará sujeita a

avaliação e exigirá observação e investigação visando à melhoria da qualidade do

ensino.

Deste modo, na disciplina de Ciências, avaliar implica um processo cuja

finalidade é obter informações necessárias sobre o desenvolvimento da prática

pedagógica para nela intervir e reformular os processos de ensino-aprendizagem.

Pressupõe-se uma tomada de decisão, em que o aluno também tome conhecimento

dos resultados de sua aprendizagem e organize-se para as mudanças necessárias.

35

Destaca-se que este processo deve procurar atender aos critérios para a

verificação do rendimento escolar previstos na LDB n. 9394/96 que considera a

avaliação como um processo “contínuo e cumulativo, com prevalência dos aspectos

qualitativos sobre os quantitativos”. Pautados no princípio da educação que valoriza

a diversidade e reconhece as diferenças, o processo avaliativo como parte

integrante da práxis pedagógica deve estar voltado para atender as necessidades

dos educandos, considerando o seu perfil, isto é, o seu papel na formação da

cidadania e na construção da autonomia.

A avaliação não pode ter caráter exclusivamente mensurável ou

classificatório, visto que o ensino de Ciências deve respeitar e valorizar a realidade

do educando em todos os seus aspectos, principalmente naqueles que deram

origem à sua exclusão do processo educativo. Enfim, adota-se como pressuposto a

avaliação como instrumento analítico do processo de ensino aprendizagem que se

configura em um conjunto de ações pedagógicas pensadas e realizadas ao longo do

ano letivo, de modo que professores e alunos tornam-se observadores dos avanços

e dificuldades a fim de superarem os obstáculos existentes.

Sendo assim, a avaliação será realizada de forma contínua e sobretudo

participativa, utilizando-se como instrumentos: trabalhos de pesquisa em sala de

aula, provas escritas, resolução de questões propostas pelo professor, procurando

sempre respeitar os saberes e a cultura do educando.

REFERÊNCIAS

AUSUBEL, D.; NOVAK, J. D.; HANESIAN, H. Psicologia educacional. Rio de

Janeiro:

Interamericana, 1980.

BARROS FILHO, J.; SILVA, D. da. Algumas reflexões sobre a avaliação dos

estudantes

no ensino de Ciências. Ciência & Ensino, n.9, p. 14-17, dez. 2000.

CHAUÍ, M. Convite à filosofia. São Paulo: Ática, 2005.

36

MOREIRA, I. C. (Org). Terra incógnita: a interface entre ciência e público. Rio de

Janeiro: UFRJ, 2005.

FREIRE, P. Pedagogia da esperança: um reencontro com a pedagogia do oprimido.

Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2006.

HOFFMANN, J. M. L. Avaliação: mito e desafio: uma perspectiva construtivista.

Educação e Realidade, Porto Alegre, 1991.

MOREIRA, M. A. Aprendizagem significativa. Brasília: UnB, 1999.

VYGOTSKY, L. S. A formação social da mente. São Paulo: Martins Fontes, 1991a.

_____. Pensamento e linguagem. São Paulo: Martins Fontes, 1991b.

WILSON, E. O. Biodiversidade. Rio de Janeiro: Nova Fronteira,

1997.

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR - EDUCAÇÃO FÍSICA

A Educação do Estado do Paraná, entende a escola como um espaço que,

dentre outras funções deve garantir o acesso aos alunos ao conhecimento produzido

historicamente pela humanidade.

Tem a preocupação com, o atendimento à diversidade social, econômica e

cultural existentes que lhe garante ser reconhecida como instituição voltada para a

inclusão de todos.

A Educação Física é parte do projeto geral de escolarização e, como tal, deve

estar articulada ao Projeto Político Pedagógico, pois tem seu objeto de estudo e

ensino próprios e trata de conhecimento relevantes na escola. Tal como todas as

disciplinas tem o compromisso com a escolarização e está sempre em favor da

formação humana. E este processo se efetiva quando o educando se apropria dos

elementos culturais necessários a sua formação e a sua humanização.

As Diretrizes Curriculares apontam a cultura corporal como objeto de estudo e

37

ensino da Educação Física, evidenciando a relação entre a formação histórica do ser

humano por meios do trabalho e as práticas corporais decorrentes.

A Educação Física tem como objetivo formar atitude crítica perante a Cultura

Corporal, exigindo domínio do conhecimento e a prossibilidade de sua construção a

partir da escola. Possibilita aos educandos o acesso ao conhecimento produzido

pela humanidade, relacionando-os às práticas corporais, ao contexto histórico,

político, econômico e social.

Pode e deve ser trabalhada em interlocução com outras disciplinas que

premitam entender a Cultura Corporal em sua complexidade, ou seja, na relação

com as multiplas dimensões da vida humana, da saúde e da natureza.

A ação pedagógica da Educação Física visa estimular a reflexão sobre o

acervo de formas e representações do mundo que o ser humano tem produzido,

exteriorizados pelas expressão corporal em jogos e brincadeiras, danças, lutas,

ginasticas e esportes. Essas expressões podem ser identificadas como formas de

representação simbólica de realidades vividas pelo homem. Para isso os conteúdos

são enriquecidos, priorizando as experiências da cultura corporal e das

particularidades da comunidade escolar.

A Educação Física, juntamente com as demais disciplinas, deve, com seus

próprios conteúdos ampliar as referências dos estudantes no que diz respeito aos

conhecimentos, em especial no campo da Cultura Corporal. Isso significa

desenvolver, por meio de práticas corporais na escola, conceitos e explicações

científicas reconhecendo a estrutura e a gênese da Cultura Corporal, bem como

condições para construí-la a partir da escola.

Propõe-se formar educandos que construam sentidos para o mundo, que

compreendam criticamente o contexto social e históricos que dão frutos e que, pelo

acesso ao conhecimento, sejam capazes de uma inserção cidadã e transformadora

na sociedade.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Os conteúdos básicos contemplam abordagens contextualizadas histórica,

social e política, de modo que façam sentido para os alunos na comunidade escolar

38

e das diversas realidades regionais, culturais e econômicas, contribuindo com sua

formação cidadã.

Conhecimentos fundamentais e necessários para cada série do Ensino

Fundamental são:

* Esporte: Coletivos e individuais – 5ª e 6ª Séries.

– Coletivos e radicais – 7ª e 8ª Séries.

* Jogos e Brincadeiras: jogos e brincadeiras populares;

– Brincadeiras e cantigas de roda; jogos de tabuleiro e jogos

cooperativos – 5ª e 6ª Séries.

– Jogos e brincadeiras populares; jogos de tabuleiro; jogos dramáticos e

jogos cooperativos – 7ª Série.

– Jogos de tabuleiro; Jogos dramáticos e jogos cooperativos – 8ª Série.

* Dança: Danças folclóricas; danças de rua, danças criativas - 5ªª Série

– Danças folclóricas, danças de rua, danças criativas e danças circulares

– 6ª Série

– Danças criativas e danças circulares – 7ª e 8ª Séries.

* Ginástica: Ginástica rítmica, ginástica circense e ginástica geral – 5ª, 6ª e 7ª

Séries.

– Ginástica rítmica e Geral – 8ª Série.

* Lutas: Lutas de aproximação, Capoeira – 5ª e 6ª Séries

- Lutas com instrumento mediador e capoeira – 7ª e 8ª Séries.

FUNDAMENTOS METODOLÓGICOS

A Educação Física tem a função social de contribuir para que os alunos se

tornem sujeitos capazes de reconhecer o próprio corpo, adquirir uma expressividade

corporal consciente e refletir criticamente sobre as práticas corporais.

Nesse sentido, partindo de seus objeto de estudo, Cultura Corporal, a

Educação Física realiza os seguintes encaminhamentos metodológicos: Primeira

Leitura da realidade trazida pelos alunos; e proposição de desafios, que tenha o

objetivo de problematizar o conteúdo sistematizado. Processo de assimilação do

39

conhecimento através de práticas corporais; atividades que envolvam a escrita ou

apresentações verbais. Reconhecimento da capacidade de síntese e recriação dos

alunos.

Prioriza-se na prática pedagógica o conhecimento sistematizado, como

oportunidade para re-elaborar ideias e atividades que ampliem a compreensão do

estudante sobre os saberes produzidos pela humanidade e suas implicações para a

vida.

RECURSOS DIDÁTICOS E TECNOLÓGICOS

– Pesquisas, seminários, conceitos e explicações científicas reconhecendo a

estrutura e a gênese da Cultura Corporal.

– Comentários orais e escritos (reflexão, mensagem, dramatização,

comparações de épocas, etc).

– Debates: assuntos lidos, acontecimentos, situações polêmicas,

contemporâneas, filmes relacionados com o conteúdo, eventos esportivos,

etc;

– Gincanas culturais, recreativas e desportivas de integração com a

comunidade.

– A busca de correlação entre os conteúdos das outras áreas de conhecimento

e o universo de valores e modos de vida dos alunos.

RECURSOS TECNOLÓGICOS

– TV multimídia (recorte)

– CD player

– mídias impressas e televisivas presentes na escola e pesquisa escolar na

internet.

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

Comprometimento e envolvimento: Se os alunos entregam as atividades

40

propostas pela professora; se houve assimilação dos conteúdos propostos, por meio

da recriação de jogos e regras; se o aluno consegue resolver, de maneira criativa,

situações problemas sem desconsiderar a opinião do outro, respeitando o

posicionamento do grupo e propondo soluções para as divergências. Se o aluno se

mostra envolvido nas atividades, seja através de participação nas atividades práticas

ou realizando relatórios.

Processo contínuo, permanente e cumulativo, tanto o professor quanto os

alunos poderao revisitar, o trabalho realizado, identificando avanços e dificuldades

no processo pedagógico, com o objetivo de replanejar e propor encaminhamentos

que reconheçam os acertos e ainda superem as dificuldades constadas.

REFERENCIAS

Diretrizes Curriculares do Estado do Paraná de Educação Física.

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR – ENSINO RELIGIOSO

Justificativa

Oferecer aos alunos subsídios para que possam entender como os grupos

sociais se constituem culturalmente e como se relacionam com o Sagrado.

Ensino Religioso deve orientar-se para a apropriação dos saberes sobre as

expressões e organizações religiosas das diversas culturas na sua relação com

outros campos do conhecimento

Assim, deve mostrar ao educando as condições para que ele possa superar

as desigualdades étnico religiosas e garantir o direito constitucional de liberdade à

religião.

O objeto de estudo do Ensino religioso é o respeito à diversidade cultural e

religiosa, os diferentes modos de ver e se relacionar com o Sagrado, sempre

respeitando a religiosidade do outro.

Cada cultura traz consigo sua religiosidade, por isso devemos dar

oportunidades aos alunos de entender estes movimentos religiosos e valorizar a

grande diversidade religiosa existente em nosso pais.

41

CONTEUDOS

ENSINO FUNDAMENTAL 5ª SÉRIE

CONTEUDOS ESTRUTURANTES

• Paisagem Religiosa

• Universos Simbólico Religioso

• Textos Sagrados

CONTEUDOS BÁSICOS:

- Organizações Religiosas

- Lugares Sagrados

- Textos Sagrados orais ou escritos

- Símbolos Religiosos

CONTEUDOS

ENSINO FUNDAMENTAL 6ª SÉRIE

CONTEUDOS ESTRUTURANTES

• Paisagem Religiosa

• Universos Simbólico Religioso

• Textos Sagrados

CONTEUDOS BÁSICOS:

• Temporalidade Sagrada

• Festas Religiosas

• Ritos

• Vida e Morte

Metodologia

42

A metodologia para o Ensino de Religião de ter um constante repensar das

ações que subsidiam esse trabalho que leve a novos métodos de investigação,

analise e ensino. Deve ser baseada na aula dialogada aproveitando as experiências

que os alunos traz da sua vivencia religiosa na vida pessoal, familiar e de

comunidade, e a seguir apresentar o conteúdo que será trabalho em aula.

O professor deve ser o mediador entre o conhecimento empírico, trazido

pelos alunos, e o conhecimento cientifico e não relgioso, trabalhado pelo professor,

de maneira clara, objetiva e critica em relação ao conhecimento sobre o Sagrado,

sempre respeitando a diversidade religiosa que poderá encontrar junto aos alunos.

Avaliação

Para efetivar o processo de avaliação no Ensino Religioso, é necessário

estabelecer os instrumentos e definir os critérios que explicitem o quanto o aluno se

apropriou do conteúdo específico da disciplina e foi capaz de relacioná-lo com as

outras disciplinas. A avaliação pode revelar também em que medida a prática

pedagógica, fundamentada no pressuposto do respeito à diversidade cultural e

religiosa, contribui para a transformação social.

A apropriação do conteúdo trabalhado deve ser observada pelo professor em

diferentes situações de ensino e aprendizagem, como por exemplo:

- o aluno expressa uma relação respeitosa com os colegas de classe que têm

opções religiosas diferentes da sua?

- o aluno aceita as diferenças de credo ou de expressão de fé?

- o aluno reconhece que o fenômeno religioso é um dado de cultura e de

identidade de cada grupo social?

- o aluno emprega conceitos adequados para referir-se às diferentes

manifestações do Sagrado?

Referencias

43

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação do Paraná. Departamento de

Educação Básica. Diretrizes Curriculares da Educação Básica. Disponível

em<http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/diaadia/diadia/arquivos/File/diretrizes_200

9/ensino_religioso.pdf> Acesso em 07/10/2010

44

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR - GEOGRAFIA

APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

A geografia estuda as relações entre o processo histórico na formação

das sociedades e suas relações com a natureza, constituindo o Espaço Geográfico,

objeto de estudo da Geografia, onde no processo da sua compreensão realiza-se

através de conceitos como o lugar, território, paisagem, região, natureza, sociedade,

entre outros e as suas distintas configurações no tempo e no espaço.

O ensino de geografia possui como eixo norteador propiciar aos alunos a

compreensão da sua realidade, de modo que possa interferir e transformá-la,

exercendo sua cidadania com criticidade. No alcance desse objetivo está a

necessidade de trabalhar os espaços do cotidiano vivenciado pelo educando e a

maneira pela qual constata-se as articulações entre a sua localidade e os demais

fenômenos globais, sempre evidenciando o processo da atual sociedade capitalista

num mundo globalizado e suas implicações nas esferas social, política e econômica.

São objetivos da Geografia: conhecer, inter-relacionar e compreender a

organização do espaço geográfico e as múltiplas relações entre a sociedade e a

natureza.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

De acordo com as DCEs, entende-se, por conteúdos estruturantes, os

conhecimentos de grande amplitude que identificam e organizam os campos de

estudos de uma disciplina escolar, considerados fundamentais para a compreensão

de seu objeto de estudo e ensino. São considerados dimensões geográficas da

realidade a partir das quais os conteúdos específicos devem ser abordados dentro

de uma concepção crítica de educação e com uma abordagem teórico-

metodológica na qual as relações socioespaciais em todas as escalas geográficas

sejam analisadas em função das transformações políticas, econômicas, sociais e

culturais que marcam o atual período histórico.Os conteúdos estruturantes da

Geografia são:

45

A DIMENSÃO ECONÔMICA DA PRODUÇÃO DO/NO ESPAÇO : A

abordagem desse conteúdo estruturante enfatiza a apropriação do meio natural pela

sociedade, por meio das relações sociais e de trabalho, para a construção de

objetos técnicos que compõem as redes de produção e circulação de mercadorias,

pessoas, informações e capitais, o que tem causado uma intensa mudança na

construção do espaço e aborda principalmente as relações de produção e de

trabalho, as desigualdades econômicas, os espaços de produção industrial e

agropecuário.

DIMENSÃO GEOPOLÍTICA : este conteúdo estruturante enfoca as

relações de poder e domínio sobre os territórios, as instâncias e instituições, oficiais

ou não, que governam o território.A dimensão política do espaço geográfico engloba

os interesses relativos aos territórios e às relações de poder, que os envolvem. É o

conteúdo estruturante originalmente constitutivo de um dos principais campos do

conhecimento da Geografia e está relacionado de forma mais direta ao conceito de

território.

DIMENSÃO SOCIOAMBIENTAL: os conteúdos específicos nessa

aboradagem são direcionados à quesões da produção do espaço geográfico,

sociedade e natureza; conceitos de modo de produção, classes sociais, consumo,

sustentabilidade e outros. Permite abordagem complexa do temário geográfico,

porque não se restringe aos estudos da flora e da fauna, mas à interdependência

das relações entre sociedade, elementos naturais, aspectos econômicos, sociais e

culturais.

DIMENSÃO CULTURAL E DEMOGRÁFICA : Esse conteúdo estruturante

permite a análise do Espaço Geográfico sob a ótica das relações culturais, bem

como da constituição, distribuição e mobilidade demográfica. os conteúdos

abordados estão inseridos em enfoques da constituição do espaço demográfico;

marcas culturais na produção das paisagens; ocupação e distribuição da população

no espaço geográfico e suas consequências.

46

CONTEÚDOS BÁSICOS

Entende-se por conteúdos básicos os conhecimentos fundamentais para

cada série e são considerados imprescindíveis para a formação conceitual dos

estudantes. Os conteúdos básicos se articulam com os conteúdos estruturantes da

disciplina. No Plano de Trabalho Docente, os conteúdos básicos terão abordagens

diversas a depender dos fundamentos que recebem de cada conteúdo estruturante.

Quando necessário, serão desdobrados em conteúdos específicos, sempre

considerando o aprofundamento a ser observado para a série e etapa de ensino.

CONTEÚDOS BÁSICOS POR SÉRIE

5ª SÉRIE

Formação e transformação das paisagens naturais e culturais.

Dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração e

produção.

A formação, localização, exploração e utilização dos recursos naturais.

A distribuição espacial das atividades produtivas e a (re)organização do espaço

geográfico.

As relações entre campo e a cidade na sociedade capitalista.

A evolução demográfica, a distribuição espacial da população e os indicadores

estatísticos.

A mobilidade populacional e as manifestações socioespaciais da diversidade

cultural.

As diversas regionalizações do espaço geográfico.

47

6ª SÉRIE

A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração do território brasileiro.

As diversas regionalizações do espaço brasileiro.

As manifestações socioespaciais da diversidade cultural.

A evolução demográfica da população, sua distribuição espacial e indicadores

estatísticos.

Movimentos migratórios e suas motivações.

A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração

e produção.

O espaço rural e a modernização da agricultura.

A formação, o crescimento das cidades, a dinâmica dos espaços urbanos e a

urbanização.

A distribuição espacial das atividades produtivas, a (re)organização do espaço

geográfico.

A circulação de mão-de-obra, das mercadorias e das informações.

7ª SÉRIE

As diversas regionalizações do espaço geográfico.

A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios do

continente americano.

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A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do Estado.

O comércio em suas implicações socioespaciais.

A circulação da mão-de-obra, do capital,das mercadorias e das informações.

A distribuição espacial das atividades produtivas, a (re)organização do espaço

geográfico.

O espaço rural e a modernização da agricultura.

As relações entre o campo e a cidade na sociedade capitalista.

A evolução demográfica da população, sua distribuição espacial e os indicadores

estatísticos.

Os movimentos migratórios e suas motivações.

As manifestações sociespaciais da diversidade cultural.

Formação, localização, exploração e utilização dos recursos naturais.

8ª SÉRIE

As diversas regionalizações do espaço geográfico.

A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do Estado.

A revolução tecnicocientífico-informacional e os novos arranjos no espaço da

produção.

Comércio mundial e as implicações socioespaciais.

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A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios.

A evolução demográfica da população, sua distribuição espacial e os indicadores

estatísticos.

Os movimentos migratórios mundiais e suas motivações.

As manifestações socioespaciais da diversidade cultura.

A distribuição das atividades produtivas, a transformação da paisagem e a

(re)organização do espaço geográfico.

O espaço em rede: produção, transporte e comunicações na atual configuração

territorial.

A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração

e produção.

METODOLOGIA

O Espaço Geográfico deve ser apresentado ao aluno como edificação

humana sobre a superfície terrestre e que as diferentes paisagens do globo são

resultado principalmente da relação homem X natureza que se intensificam pelas

ações do sistema econômico capitalista.

Ao analisar o Espaço Geográfico deve-se enfatizar as transformações e

as configurações atuais dos lugares e valores da sociedade capitalista, as

implicações no cotidiano derivado das privatizações, as ações das multinacionais, as

políticas direcionadas pelos países ricos e organismos internacionais, o atual papel

do Estado, as questões ambientais e a articulação desses fenômenos globais com

as especificidades locais e regionais.

O ensino de geografia deve ser acompanhado pela motivação contínua

50

de descobertas e abordando os conteúdos e conceitos da disciplina na realidade a

qual se apresenta, de modo que o aluno possa interagir com esses conhecimentos e

se tornar um agente de transformação na sociedade.

Quanto às estratégias metodológicas serão utilizadas aulas expositivas,

debates, apresentações de trabalho por parte dos alunos, pesquisas direcionadas

pelo professor com a utilização de recursos como TV Multimídia, laboratório de

informática, atlas, livros didáticos e o próprio espaço escolar utilizados em aulas de

campo.

AVALIAÇÃO

A avaliação no processo de ensino-aprendizagem deve ser diagnóstica e

contínua, levando em consideração o aprendizado do aluno para estudos

posteriores, sobretudo em sua vida prática, onde ele deve entender os fatos e

estabelecer relações com os conhecimentos ensinados. As avaliações, além da

forma escrita, devem contemplar outras práticas pedagógicas como a leitura,

interpretação e produção de mapas, textos, gráficos e tabelas, inclusive práticas

realizadas utilizando o próprio espaço escolar.

51

REFERÊNCIAS:

ANDRADE, M. C. de. Geografia Ciência da Sociedade. São Paulo: Atlas,

1987.

CAMARGO, J. B. Geografia Física, Humana e Econômica do Paraná, 3ª

ed. Maringá: Boaventura 1999.

CORREA, R. L. Região e Organização Espacial. São Paulo: Ática 1986.

DCES. Diretrizes Curriculares Estaduais.SEED, 2009

MAACK, R. Geografia Física do Estado do Paraná. Curitiba: Imprensa

Oficial 2002.

SANTOS, M. Por uma Outra Globalização. Rio de Janeiro: Record 2000.

VESENTINI, José W. Geografia, Natureza e Sociedade. São Paulo:

Contexto 1997.

WWW.DIAADIA.PR.GOV.BR

51

WWW. IBGE .GOV.BR

www.ipardes.gov.br

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR - HISTÓRIA

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

Através das Diretrizes Curriculares para o ensino de História na Educação

Básica, busca-se despertar reflexões a respeito de aspectos políticos, econômicos,

culturais, sociais, e das relações entre o ensino da disciplina e a produção do

conhecimento histórico. As Diretrizes fazem uma análise do ensino de História

desde a década de 1970 até os dias atuais, a partir das tensões encontradas entre

as propostas curriculares e a produção historiográfica inserida nas práticas

escolares.

A História passou a existir como disciplina escolar com a criação do Colégio

Pedro II, em 1837 e seu modelo de ensino como história do Brasil foi mantido até o

início da República (1889). Em 1901 foi proposto que a História do Brasil

passasse a compor a cadeira de História Universal. O retorno da História do Brasil

nos currículos escolares deu-se no período autoritário do governo de Getúlio Vargas,

vinculado ao projeto político nacionalista do Estado Novo (1937-1945), e se

preocupava em reforçar um caráter moral e cívico dos conteúdos escolares.

Na década de 1950, foi instituído o Programa de Assistência Brasileiro-

Americano ao Ensino Elementar (PABAEE), resultando no ensino de

Estudos Sociais. A proposta se efetivou com investimentos na formação dos

professores da Escola Normal Primária, na produção de materiais didáticos e na

publicação dos trabalhos desenvolvidos nas escolas primárias de Minas Gerais, que

serviram como referência para a posterior instituição dos Estudos Sociais no Ensino

de Primeiro Grau, por força da Lei n. 5.692, de 1971.

Durante o regime militar, a partir de 1964, o ensino de História manteve seu

caráter político embasado no estudo de fontes oficiais e narrado apenas do ponto de

52

vista factual não permitindo espaço para análise crítica e interpretações dos fatos.

Na década de 1970, o ensino de história era tradicional e sem relação com

a vida do aluno, onde ocorria a memorização e repetição do que era ensinado como

verdade, distanciando-se da produção historiográfica acadêmica que envolvia

discussões a respeito de objetos, fontes, métodos, concepções e referenciais

teóricos da ciência histórica.

A partir de 1980, a aproximação entre a Educação Básica e a Superior foi

retomada com os acontecimentos do fim da ditadura militar e o início do processo de

redemocratização da sociedade brasileira contestando o ensino de Estudos Sociais

dando lugar a uma disciplina de História com condição de investigação histórica.

No início dos anos 1990, cresceram os debates em torno das reformas

democráticas na área educacional, processo que repercutiu nas novas propostas de

ensino de História. No Paraná, houve uma tentativa de aproximar a produção

acadêmica de História ao ensino desta disciplina no Primeiro Grau, fundamentada

na pedagogia histórico-crítica por meio do Currículo Básico para a Escola Pública do

Estado do Paraná (1990). Essa nova proposta tinha como objetivo uma historiografia

social, pautada no materialismo histórico dialético, indicando alguns elementos da

Nova História. A reestruturação do Ensino de Segundo Grau no Paraná (1990),

também foi fundamentada na pedagogia histórico-crítica dos conteúdos a partir do

estudo da formação do capitalismo no mundo ocidental e com a inserção do Brasil

nesse quadro pela retomada da historiografia social ligada ao materialismo histórico

dialético. O Estado do Paraná incorporou, no final da década de 1990, os

Parâmetros Curriculares Nacionais como referência para a organização curricular da

Rede Pública Estadual. Os PCN foram referências para os programas educacionais,

os procedimentos de avaliação institucionais destinados ao Ensino Fundamental

(Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica – SAEB) e ao Ensino Médio

(Exame Nacional do Ensino Médio – ENEM), bem como para a definição de critérios

para a seleção do livro didático (Programa Nacional do Livro Didático – PNLD). A

preocupação dos PCN é valorizar o ensino humanístico, preparando o indivíduo para

o mercado de trabalho, cada vez mais competitivo e tecnológico, principalmente no

Ensino Médio. Esses fatores formaram o currículo de História na rede pública

Estadual até o ano de 2002.

53

A partir de 2003 até os dias atuais, deu início no Paraná uma discussão

coletiva envolvendo professores da rede estadual, com o objetivo de elaborar as

Diretrizes Curriculares Estaduais para o ensino de História, levando em conta a

inclusão social, diversidade cultural e a memória paranaenses, através da História

do Paraná, Cultura Afro-Brasileira bem como História Indígena.

Dessa forma, a história visa o homem e a sociedade, sendo ele um sujeito

histórico.

A importância da disciplina se dá no sentido de levar o aluno a refletir

qualquer momento da história como analista crítico, compreendendo sua própria

realidade e se tornando agente transformador em seu meio e na sociedade.

FUNDAMENTOS TEÓRICOS METODOLÓGICOS

Para os anos finais do Ensino Fundamental devem-se trabalhar conteúdos

temáticos priorizem as histórias locais e do Brasil, estabelecendo relações e

comparações com a história mundial. Os Conteúdos Estruturantes, básicos e

específicos tem como finalidade a formação do pensamento histórico dos

estudantes. Dessa forma, esses conteúdos históricos devem ser fundamentados em

várias visões e interpretações, formando um aluno que ao concluir a Educação

Básica verifique que não existe uma verdade histórica única, e sim que verdades

são produzidas a partir evidências que organizam diferentes problematizações

fundamentadas em várias fontes, promovendo a consciência social, política e

cultural de cada momento histórico.

Os encaminhamentos metodológicos devem ser realizados através de aulas

expositivas, resumos de conteúdos, utilizando-se de leitura e interpretação de textos,

utilização do livro didático, debates, recortes de filmes, mapas, imagens, livros,

recortes de jornais e revistas, documentos históricos, canções, produções artísticas

relacionadas aos temas trabalhados. Também se pretende utilizar os diversos

recursos de informática, TV pen-drive, pesquisas na internet.

O trabalho sobre Cultura Afro será embasado nos Cadernos Temáticos,

mostrando aos alunos a importância do negro na formação econômica, cultural e

54

social do Brasil e Paraná, proporcionando assim o desenvolvimento de uma

consciência crítica em relação à discriminação do negro em nossa sociedade,

tornando os alunos capazes de respeitar a diferença do outro. Apontar aos alunos

uma idéia de um país basicamente sem diferenças, formado originalmente pelas três

raças – o índio, o branco e o negro- procurando assim desconstruir a visão

ideológica negativa que são vistos os africanos e seus descendentes no Brasil.

Em relação à História do Paraná, serão utilizados os diversos livros que estão

disponibilizados na Biblioteca da Escola, desenvolvendo atividades que façam um

paralelo entre as diversas culturas e etnias que compõem a miscigenação cultural do

Estado, bem como economia e outros, inclusive a questão indígena.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Relações de Trabalho - analisa se o trabalho humano é tratado em suas

especificidades em cada contexto histórico, superando a explicação do passado

por meio de relações de causas e conseqüências.

Relações de poder - o poder não apresenta forma de coisa ou objeto, mas se

manifesta como relações sociais e ideológicas estabelecidas entre aquele que

exerce e aquele que

se submete, existindo assim a relação de poder.

Relações culturais – contempla a multiplicidade e complexidade do fenômeno

cultural, utilizando para tanto conceitos como: prática, representação,

apropriação, circularidade cultural e experiência.

CONTEÚDOS BÁSICOS

ENSINO FUNDAMENTAL

5ª. Série

- A experiência humana no tempo;

55

- As culturas locais e a cultura comum;

- Os sujeitos e suas relações com o outro no tempo;

6ª. Série

- As relações de propriedade;

- A constituição histórica do mundo do campo e do mundo da cidade;

- As relações entre o campo e a cidade;

- Conflitos e resistências e produção cultural campo/cidade.

7ª. Série

- História das relações da humanidade com o trabalho;

- O trabalho e a vida em sociedade;

- O trabalho e as contradições da modernidade;

- Os trabalhadores e as conquistas de direito.

8ª. Série

- A constituição das instituições sociais;

- A formação do Estado;

- Sujeitos, guerras e revoluções

AVALIAÇÃO

- Reconhecer através de provas objetivas a compreensão do aluno em

relação ao tema abordado;

- Observação do uso do caderno bem como dos apontamentos do aluno,

considerando: resoluções dos problemas propostos, dicionário com o significado de

palavras referentes ao tema;

- Avaliar pesquisas sobre o assunto abordado levando em consideração a explicação

56

do aluno referente ao tema;

- Considerar a participação do aluno nas aulas; a criatividade nos trabalhos em

grupo, em atividades culturais; além de relatórios de filmes.

- O processo de recuperação de conteúdos será realizado de forma permanente e

paralela ao desenrolar normal das atividades letivas e também após cada avaliação;

- Revisão das avaliações efetuadas, com discussão de erros cometidos.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Diretrizes Curriculares da Educação Básica: História. Secretaria de Estado da

Educação do Paraná, 2008.

SAVIANI. Pedagogia Histórico-Crítica: primeiras aproximações. São Paulo: Cortez:

Autores Associados, 1992.

Orientações pedagógicas para os anos iniciais do ensino fundamental de nove

anos.2010

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR - LÍNGUA PORTUGUESA

APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

É nos processos educativos, e notadamente nas aulas de Língua

Materna, que o estudante brasileiro tem a oportunidade de aprimoramento de sua

competência linguística, de forma a garantir uma inserção ativa e crítica na

sociedade. No ambiente escolar, o estudante aprende a ter voz e fazer uso da

palavra, numa sociedade democrática, mas plena de conflitos e tensões.

De acordo com as Diretrizes Curriculares Estaduais de Língua

57

Portuguesa deve-se dar ênfase à língua viva, dialógica, em constante

movimentação, permanentemente reflexiva e produtiva. Tal ênfase traduz-se na

adoção das práticas de linguagem como ponto central do trabalho pedagógico. Para

alcançar tal objetivo, é importante pensar sobre a metodologia. Se o trabalho com a

Língua deve considerar as práticas linguísticas que o aluno traz ao ingressar na

escola, é preciso que, a partir disso, seja trabalhada a inclusão dos saberes

necessários ao uso da norma padrão e acesso aos conhecimentos para os

multiletramentos, a fim de constituírem ferramentas básicas no aprimoramento das

aptidões linguísticas dos estudantes.

É tarefa da escola possibilitar que seus alunos participem de

diferentes práticas sociais que utilizem a leitura, a escrita e a oralidade, com a

finalidade de inseri-los nas diversas esferas de interação. Dessa forma, será

possível a inserção de todos os que frequentam a escola pública em uma sociedade

cheia de conflitos sociais, raciais, religiosos e políticos de forma ativa, marcando,

assim, suas vozes no contexto em que estiverem inseridos.

O professor de Língua Portuguesa precisa, então, propiciar ao

educando a prática, a discussão, a leitura de textos das diferentes esferas sociais

(jornalística, literária, publicitária, digital, etc).O trânsito pelas diferentes esferas de

comunicação possibilitará ao educando uma inserção social mais produtiva no

sentido de poder formular seu próprio discurso e interferir na sociedade em que está

inserido.

Objetivos da Língua Portuguesa:

–empregar a língua oral em diferentes situações de uso, saber adequá-la a cada

contexto e interlocutor, reconhecer as intenções implícitas nos discursos do

cotidiano e propiciar a possibilidade de um posicionamento diante deles;

–desenvolver o uso da língua escrita em situações discursivas por meio de práticas

sociais que considerem os interlocutores, seus objetivos, o assunto tratado, além do

contexto de produção;

–aprofundar, por meio da leitura de textos literários, a capacidade de pensamento

crítico e a sensibilidade estética, permitindo a expansão lúdica da oralidade, da

leitura e da escrita;

58

–aprimorar os conhecimentos linguísticos, de maneira a propiciar acesso às

ferramentas de expressão e compreensão de processos discursivos, proporcionando

ao aluno condições para adequar a linguagem aos diferentes contextos sociais,

apropriando-se, também, da norma padrão.

É importante ressaltar que tais objetivos e as práticas deles decorrentes

supõem sua consolidação no decurso da vida acadêmica e não se esgota no

período escolar, mas se estende por toda sua vida.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Entende-se por Conteúdo Estruturante, em todas as disciplinas,

o conjunto de saberes e conhecimentos de grande dimensão, os quais identificam e

organizam uma disciplina escolar. A partir dele, advêm os conteúdos a serem

trabalhados no dia a dia da sala de aula.

Na disciplina de Língua Portuguesa, assume-se a concepção de

linguagem como prática que se efetiva nas diferentes instâncias sociais, nessa

perspectiva, é o discurso como prática social. Discurso, aqui, é entendido como

resultado da interação – oral ou escrita – entre sujeitos, ou seja, é toda a atividade

comunicativa entre interlocutores.

A Língua será trabalhada, na sala de aula, a partir da linguagem

em uso, que é a dimensão dada pelo Conteúdo Estruturante. Assim, o trabalho com

a disciplina considerará os gêneros discursivos que circulam socialmente, com

especial atenção àqueles de maior exigência na sua elaboração formal.

Na abordagem de cada gênero, é preciso considerar o tema

(conteúdos ideológicos), a forma composicional e o estilo (marcas linguísticas e

enunciativas). Nessas abordagens, as práticas de leitura, oralidade, escrita e a

análise linguística serão contempladas.

59

-Oralidade

A acolhida democrática da escola às variações linguísticas toma

como ponto de partida os conhecimentos linguísticos dos alunos, para promover

situações que os incentivem a falar, ou seja, fazer uso da variedade de linguagem

que eles empregam em suas relações sociais, mostrando que as diferenças de

registro não constituem, científica e legalmente, objeto de classificação e que é

importante a adequação do registro nas diferentes instâncias discursivas.

Devemos lembrar que a criança, quando chega à escola, já

domina a oralidade, pois cresce ouvindo e falando a língua. Ao apresentar a

hegemonia da norma culta, a escola muitas vezes desconsidera os fatores que

geram a imensa diversidade linguística: posição geográfica, faixa etária, situação

socioeconômica, escolaridade, etc. O professor precisa ter clareza de que tanto a

norma padrão quanto as outras variedades, embora apresentem diferenças entre si,

são igualmente lógicas e bem estruturadas.

- Escrita

Em relação à escrita, ressalte-se que as condições em que a

produção acontece determinam o texto. O professor deve desenvolver uma prática

de escrita escolar que considere o leitor, uma escrita que tenha destinatário e

finalidades, para então se decidir sobre o que será escrito. Além disso, cada gênero

discursivo tem suas peculiaridades: a composição, a estrutura e o estilo variam

conforme se produza um poema, um bilhete, uma receita, um texto de opinião ou

científico. Essas e outras composições precisam circular na sala de aula em ações

de uso, e não a partir de conceitos e definições de diferentes modelos de textos.

O aperfeiçoamento da escrita se faz a partir da produção de

60

diferentes gêneros, por meio das experiências sociais, tanto singular quanto

coletivamente vividas. É preciso que o aluno se envolva com os textos que produz e

assuma autoria do que escreve, visto que ele é um sujeito que tem o que dizer.

A produção escrita possibilita que o sujeito se posicione, tenha

voz em seu texto, interagindo com as práticas de linguagem da sociedade.

- Leitura

Ao ler, o indivíduo busca as suas experiências, os seus

conhecimentos prévios, a sua formação familiar, religiosa, cultural, enfim, as várias

vozes que o constituem. A leitura se efetiva no ato da recepção, configurando o

caráter individual que ela possui. Esse processo implica uma resposta do leitor ao

que lê, é dialógico, acontece num tempo e num espaço. No ato de leitura, um texto

leva a outro e orienta para uma política de singularização do leitor que, convocado

pelo texto, participa da elaboração de significados, confrontando-o com o próprio

saber, com a sua experiência de vida.

Praticar a leitura em diferentes contextos requer que se

compreendam as esferas discursivas em que os textos são produzidos e circulam,

bem como se reconheçam as intenções e os interlocutores do discurso.

- Literatura

O ensino da literatura deve ser pensado a partir dos pressupostos

teóricos da Estética da Recepção e da Teoria do Efeito, visto que essas teorias

buscam formar um leitor capaz de sentir e de expressar o que sentiu, com condições

de reconhecer, nas aulas de literatura, um envolvimento de subjetividades que se

expressam pela tríade obra/autor/leitor, por meio de uma interação que está

presente na prática de leitura. A escola, portanto, deve trabalhar a literatura em sua

dimensão estética.

O texto literário permite múltiplas interpretações, uma vez que é

na recepção que ele significa. No entanto, não está aberto a qualquer interpretação.

O texto é carregado de pistas/estruturas de apelo, as quais direcionam o leitor,

61

orientando-o para uma leitura coerente. Além disso, o texto traz lacunas, vazios, que

serão preenchidos conforme o conhecimento de mundo, as experiências de vida, as

ideologias, as crenças, os valores, etc., que o leitor carrega consigo. Aquele que lê

amplia seu universo, mas amplia também o universo da obra a partir da sua

experiência cultural.

CONTEÚDOS BÁSICOS

Entende-se por conteúdos básicos os conhecimentos

fundamentais para cada série e são considerados imprescindíveis para a formação

conceitual dos estudantes. Os conteúdos básicos se articulam com os conteúdos

estruturantes da disciplina. No Plano de Trabalho Docente, os conteúdos básicos

terão abordagens diversas a depender dos fundamentos que recebem de cada

conteúdo estruturante. Quando necessário, serão desdobrados em conteúdos

específicos, sempre considerando o aprofundamento a ser observado para a série e

etapa de ensino.

Para o trabalho das práticas de leitura, escrita, oralidade e análise

linguística serão adotados como conteúdos básicos os gêneros discursivos

conforme suas esferas sociais de circulação. Caberá ao professor fazer a seleção de

gêneros, nas diferentes esferas, de acordo com o Projeto Político Pedagógico, com

a Proposta Pedagógica Curricular, com o Plano de Trabalho Docente, ou seja, em

conformidade com as características da escola e com o nível de complexidade

adequado a cada uma das séries.

- 5ª SÉRIE/6ºANO

62

LEITURA

- Tema do texto;

- Interlocutor;

- Finalidade;

- Argumentos do texto;

- Discurso direto e indireto;

- Elementos composicionais do gênero;

- Léxico;

- Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,

pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de

linguagem.

ESCRITA

- Contexto de produção;

- Interlocutor;

- Finalidade do texto;

- Informatividade;

- Argumentatividade;

- Dircurso direto e indireto

- Elementos composicionais do gênero;

- Divisão do texto em parágrafos;

- Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,

pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de

linguagem.

- Processo de formação de palavras;

- Acentuação gráfica;

- Ortografia;

- Concordância verbal/nominal.

ORALIDADE

63

- Tema do texto;

- Finalidade;

- Argumentos;

- Papel do locutor e interlocutor;

- Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos...;

- Adequação do discurso ao gênero;

- Turnos de fala;

- Variações linguísticas;

- Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, recursos semânticos.

- 6ªSÉRIE/7ºANO

LEITURA

- Tema do texto;

- Interlocutor;

- Finalidade do texto;

- Argumentos do texto;

- Contexto de produção;

- Intertextualidade;

- Informações explícitas e implícitas;

- Discurso direto e indireto;

- Elementos composicionais do gênero;

- Repetição proposital de palavras;

- Léxico;

- Ambiguidade;

- Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,

pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de

linguagem.

ESCRITA

64

- Contexto de produção;

- Interlocutor;

- Finalidade do texto;

- Informatividade;

- Discurso direto e indireto;

- Elementos composicionais do gênero;

- Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,

pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de

linguagem;

- Processo de formação de palavras;

- Acentuação gráfica;

- Ortografia;

- Concordância verbal/nominal.

ORALIDADE

- Tema do texto;

- Finalidade;

- Argumentos;

- Papel do locutor e interlocutor;

- Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos...;

- Adequação do discurso ao gênero;

- Turnos de fala;

- Variações linguísticas;

- Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, recursos semânticos;

- Semântica.

- 7ªSÉRIE/8ºANO

LEITURA

Conteúdo temático;

65

- Interlocutor;

- Intencionalidade do texto;

- Argumentos do texto;

- Contexto de produção;

- Intertextualidade;

- Vozes sociais presentes no texto;

- Elementos composicionais do gênero;

- Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;

- Marcas linguísticas; coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,

pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito);

- Semântica:

. operadores argumentativos;

. ambiguidade;

. sentido figurado;

. expressões que denotam ironia e humor no texto.

ESCRITA

- Conteúdo temático;

- Interlocutor;

- Intencionalidade do texto;

- Informatividade;

- Contexto de produção;

- Intertextualidade;

- Vozes sociais presentes no texto;

- Elementos composicionais do gênero;

- Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;

- Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,

pontuação, recursos gráficos como aspas, travessão, negrito;

- Concordância verbal e nominal;

- Papel sintático e estilístico dos pronomes na organização, retomadas e

66

sequenciação do texto;

- Semântica:

. operadores argumentativos;

. ambiguidade;

. significado das palavras;

. sentido figurado;

. expressões que denotam ironia e humor no texto.

ORALIDADE

- Conteúdo temático;

- Finalidade;

- Argumentos;

- Papel do locutor e interlocutor;

- Elementos extralinguísticos: entonação, expressões facial, corporal e gestual,

pausas...;

- Adequação do discurso ao gênero;

- Turnos da fala;

- Variações linguísticas (lexicais, semânticas, prosódicas, entre outras);

- Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;

- Elementos semânticos;

- Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc.);

- Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito.

- 8ªSÉRIE/9ºANO

LEITURA

- Conteúdo temático;

- Interlocutor;

- Intencionalidade do texto;

67

- Argumentos do texto;

- Contexto de produção;

- Intertextualidade;

- Discurso ideológico presente no texto;

- Vozes sociais presentes no texto;

- Elementos composicionais do gênero;

- Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;

- Partículas conectivas do texto;

- Progressão referencial no texto;

- Marcas linguísticas; coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,

pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito);

- Semântica:

. operadores argumentativos;

. polissemia;

- expressões que denotam ironia e humor no texto.

ESCRITA

- Conteúdo temático;

- Interlocutor;

- Intencionalidade do texto;

- Informatividade;

- Contexto de produção;

- Intertextualidade;

- Vozes sociais presentes no texto;

- Elementos composicionais do gênero;

- Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;

- Partículas conectivas do texto;

- Progressão referencial no texto;

- Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,

pontuação, recursos gráficos como aspas, travessão, negrito, etc.;

68

- Sintaxe de concordância;

- Sintaxe de regência;

- Processo de formação de palavras;

- Vícios de linguagem;

- Semântica:

. operadores argumentativos;

. modalizadores;

. polissemia.

ORALIDADE

- Conteúdo temático;

- Finalidade;

- Argumentos;

- Papel do locutor e interlocutor;

- Elementos extralinguísticos: entonação, expressões facial, corporal e gestual,

pausas...;

- Adequação do discurso ao gênero;

- Turnos da fala;

- Variações linguísticas (lexicais, semânticas, prosódicas, entre outras);

- Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;

- Elementos semânticos;

- Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc.);

- Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito.

ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS

69

Na sala de aula e nos outros espaços de encontro com os

alunos, os professores de Língua Portuguesa e Literatura têm o papel de promover o

amadurecimento do domínio discursivo da oralidade, da leitura e da escrita, para

que os estudantes compreendam e possam interferir nas relações de poder em

direção a outras significações que permitam, aos mesmos estudantes, a sua

emancipação e a autonomia em relação ao pensamento e às práticas de linguagem

imprescindíveis ao convívio social. Esse domínio das práticas discursivas

possibilitará que o aluno modifique, aprimore, reelabore sua visão de mundo e tenha

voz na sociedade.

Além disso, o aprimoramento linguístico possibilitará ao

aluno a leitura dos textos que circulam socialmente, identificando neles o não dito, o

pressuposto, instrumentalizando-o para assumir-se como sujeito cuja palavra

manifesta, no contexto de seu momento histórico e das interações aí realizadas,

autonomia e singularidade discursiva.

- PRÁTICA DA ORALIDADE

No dia a dia da maioria das pessoas, a fala é a prática

discursiva mais utilizada. Nesse sentido, as atividades orais precisam oferecer

condições ao aluno de falar com fluência em situações formais; adequar a

linguagem conforme as circunstâncias (interlocutores, assunto, intenções);

aproveitar os imensos recursos expressivos da língua e, principalmente, praticar e

aprender a convivência democrática que supõe o falar e o ouvir. Ao contrário do que

se julga, a prática oral realiza-se por meio de operações lingüísticas complexas,

relacionadas a recursos expressivos como a entonação. O professor pode planejar e

desenvolver um trabalho com a oralidade que, gradativamente, permita ao aluno

conhecer, usar também a variedade lingüística padrão e entender a necessidade

desse uso em determinados contextos sociais.

As possibilidades de trabalho com os gêneros orais são

70

diversas e apontam diferentes caminhos, como: apresentação de temas variados

(histórias de família, da comunidade, um filme, um livro); depoimentos sobre

situações significativas vivenciadas pelo aluno ou pessoas de seu convívio;

dramatização; recado; explicação; contação de histórias; declamação de poemas;

troca de opiniões; debates; seminários; júris-simulados e outras atividades que

possibilitem o desenvolvimento da argumentação.

O trabalho com os gêneros orais deve ser consistente.

- PRÁTICA DA ESCRITA

O exercício da escrita leva em conta a relação entre o uso e o

aprendizado da língua, sob a premissa de que o texto é um elo de interação social e

os gêneros discursivos são construções coletivas. Assim, entende-se o texto como

uma forma de atuar, de agir com o mundo.

Escreve-se e fala-se para convencer, vender, negar, instruir,.etc.

O educando precisa compreender o funcionamento de um

texto escrito, que se faz a partir de elementos como organização, unidade temática,

coerência, coesão, intenções, interlocutores, dentre outros. É desejável que as

atividades com a escrita se realizem de modo interlocutivo, que elas possam

relacionar o dizer escrito às circunstâncias de sua produção. Isso implica o produtor

do texto assumir-se como locutor.

Há diversos gêneros que podem ser trabalhados em sala de

aula para aprimorar a prática da escrita: convite, bilhete, carta, cartaz, notícia,

editorial, artigo de opinião, carta do leitor, relatórios, resultados de pesquisa,

resumos, resenhas, solicitações, requerimentos, crônica, conto, poema, relatos de

experiência, receitas. Destaca-se, também, a importância de realizar atividades com

os gêneros digitais, como: e-mail, blog, chat, lista de discussão, fórum de discussão,

dentre outros, experienciando usos efetivos da linguagem escrita na esfera digital.

71

- PRÁTICA DA LEITURA

A leitura é vista como um ato dialógico, interlocutivo. O leitor,

neste contexto, tem um papel ativo no processo da leitura, e para se efetivar como

co-produtor, procura pistas formais, formula e reformula hipóteses, aceita ou rejeita

conclusões, usa estratégias baseadas no seu conhecimento lingüístico, nas suas

experiências e na sua vivência sócio-cultural.

sociais: jornalísticas, artística, judiciária, científica, didático-pedagógica, cotidiana,

midiática, literária, publicitária, etc. No processo de leitura, também é preciso

considerar as linguagens não-verbais. A leitura de imagens, como: fotos, cartazes,

propagandas, imagens digitais e virtuais, figuras que povoam com intensidade

crescente nosso universo cotidiano.

Trata-se de propiciar o desenvolvimento de uma atitude crítica

que leva o aluno a perceber o sujeito presente nos textos e, ainda, tomar uma

atitude responsiva diante deles. Sob este ponto de vista, o professor precisa atuar

como mediador, provocando os alunos a realizarem leituras significativas.

O professor deve realizar atividades que propiciem a reflexão

e discussão, tendo em vista o gênero a ser lido: do conteúdo temático, da finalidade,

dos possíveis interlocutores, das vozes presentes no discurso e o papel social que

elas representam, das ideologias apresentadas no texto, da fonte, dos argumentos

elaborados, da intertextualidade .

Para a seleção dos textos é importante avaliar o contexto da

sala de aula, as experiências dos alunos, os horizontes de expectativas deles e as

sugestões sobre textos que gostariam de ler, para então, oferecer textos cada vez

mais complexos, que possibilitem ampliar as leituras dos educandos.

- AVALIAÇÃO

É imprescindível que a avaliação em Língua Portuguesa e

72

Literatura seja um processo de aprendizagem contínuo e dê prioridade à qualidade e

ao desempenho do aluno ao longo do ano letivo. Em lugar de apenas avaliar por

meio de provas, o professor deve usar a observação diária e instrumentos variados,

selecionados de acordo com cada conteúdo e/ou objetivo.

A avaliação formativa considera que os alunos possuem

ritmos e processos de aprendizagem diferentes e, por ser contínua e diagnóstica,

aponta dificuldades, possibilitando que a intervenção pedagógica aconteça a todo

tempo. Informa ao professor e ao aluno acerca do ponto em que se encontram e

contribui com a busca de estratégias para que os alunos aprendam e participem

mais das aulas.

Sob essa perspectiva, recomenda-se:

- Oralidade: será avaliada em função da adequação do discurso/texto aos diferentes

interlocutores e situações. O professor verificará a participação do aluno nos

diálogos, relatos e discussões, a clareza que ele mostra ao expor suas ideias, a

fluência da sua fala, a argumentação que apresenta ao defender seus pontos de

vista.

- Leitura: serão avaliadas as estratégias que os estudantes empregam para a

compreensão do texto lido,o sentido construído, as relações dialógicas entre textos,

relações de causa e consequência entre as partes do texto, o reconhecimento de

posicionamentos ideológicos no texto, a identificação dos efeitos de ironia e humor

em textos variados, a localização das informações tanto explícitas quanto implícitas,

o argumento principal, entre outros. É importante avaliar se, ao ler, o aluno ativa os

conhecimentos prévios; se compreende o significado das palavras desconhecidas a

partir do contexto; se faz inferências corretas; se reconhece o gênero e o suporte

textual.

- Escrita: é preciso ver o texto do aluno como uma fase do processo de produção,

nunca como produto final. O que determina a adequação do texto escrito são as

circunstâncias de sua produção e o resultado dessa ação. É a partir daí que o texto

73

escrito será avaliado nos seus aspectos discursivo-textuais, verificando: a

adequação à proposta e ao gênero solicitado, se a linguagem está de acordo com o

contexto exigido, a elaboração de argumentos consistentes, a coesão e coerência

textual, a organização dos parágrafos.

-REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

AGUIAR, V. T.; BORDINI, M. G. Literatura e Formação do Leitor: alternativas

metodológicas. Porto Alegre: Mercado Aberto, 1993.

ANTUNES, I. Aula de português: encontro & interação. São Paulo: Parábola, 2003.

GERALDI, J. W. Concepções de linguagem e ensino de Português. In: O texto na

sala de aula.5. Ed. Cascavel: Assoeste, 1990.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Currículo Básico para Escola

Pública do Paraná.Curitiba: SEED, 1990, p. 50 – 62.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da

Educação Básica, Língua Portuguesa. Curitiba: SEED, 2008.

74

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR - MATEMÁTICA

APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

A Matemática faz parte da vida e é uma ferramenta para o aluno

interpretar e transformar o mundo em que vive, pois ela está presente nas experiências

mais simples como contar, comparar e operar sobre quantidade. Para isso, o educando

deve estar em constante atualização e, por conseguinte, reformular suas concepções de

educação, de homem, de mundo.

Através do conhecimento matemático o homem quantifica, geometriza,

mede e organiza informações. Neste contexto fica impossível não reconhecer o valor

educativo da matemática, ciência indispensável para a resolução e compreensão de

diversas situações do cotidiano. Sistematizar o conhecimento matemático é papel da

escola junto com as outras áreas do conhecimento; esta ciência ajuda o homem a

pensar e rever a história para compreender o presente e pensar no futuro.

A matemática tem que se relacionar com o mundo real do aluno.

Desenvolver o raciocínio e passar de abstrata para concreta; despertar a

curiosidade; instigar a capacidade de generalizar, projetar, prover e abstrair,

favorecendo a estruturação do fundamento e o desenvolvimento do raciocínio lógico.

O aprendizado da matemática no ensino fundamental deve levar o

aluno a fazer observações de sua realidade em relação aos aspectos quantitativos e

qualitativos, com o uso dos conteúdos matemáticos; utilizar conceitos e

procedimentos matemáticos, bem como recursos tecnológicos disponíveis, diante de

uma situação-problema.

São objetivos da Matemática: proporcionar ao aluno os conhecimentos

básicos de Matemática, a fim de possibilitar sua interação na sociedade em que

vive; estimular a curiosidade e o interesse do aluno, a fim de que explore novas

75

ideias e descubra novos caminhos na resolução de problemas.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

De acordo com as DCEs entende-se por conteúdos estruturantes os

conhecimentos de grande amplitude, os conceitos e as práticas que identificam e

organizam os campos de estudos de uma disciplina escolar, considerados

fundamentais para a sua compreensão. Constituem-se historicamente e são

legitimados nas relações sociais.

Os conteúdos estruturantes da Matemática para o Ensino Fundamental

englobam os seguintes conteúdos:

Números e Álgebras: conjuntos numéricos e operações; equações e

inequações; polinômios; proporcionalidade.

Grandezas e Medidas: sistema monetário, medidas de comprimento,

de massa e de tempo, áreas e volumes, medidas de ângulo, de temperatura, de

velocidade, e, trigonometria.

Geometria: geometria plana, espacial, analítica e noções básicas de

geometria não-euclidiana.

Funções: função afim e quadrática.

Tratamento da Informação: noções de probabilidade, estatística,

matemática financeira e noções de análise combinatória.

CONTEÚDOS BÁSICOS

Entende-se por conteúdos básicos os conhecimentos fundamentais

para cada série, considerados imprescindíveis para a formação conceitual dos

estudantes nas diversas disciplinas da Educação Básica. O acesso a esses

conhecimentos é direito do aluno na fase de escolarização em que se encontra e o

trabalho pedagógico com tais conteúdos é responsabilidade do professor.

No Plano de Trabalho Docente, os conteúdos básicos terão

abordagens diversas a depender dos fundamentos que recebem de cada conteúdo

estruturante. Quando necessário, serão desdobrados em conteúdos específicos,

76

sempre considerando-se o aprofundamento a ser observado para a série e etapa de

ensino. Nele estará a expressão singular e de autoria, de cada professor, da

concepção curricular construída nas discussões coletivas.

CONTEÚDOS BÁSICOS POR SÉRIE

5ª SÉRIE

I- NÚMEROS E ÁLGEBRA

- Sistema de Numeração;

- Números Naturais;

- Múltiplos e Divisores;

- Potenciação e Radiciação;

- Números Fracionários;

- Números Decimais.

II – GRANDEZAS E MEDIDAS

- Medidas de Comprimento;

- Medidas de Massa;

- Medidas de Área;

- Medidas de Volume;

- Medidas de Tempo;

- Medidas de Ângulo;

- Sistema Monetário.

III – GEOMETRIA

- Geometria Plana;

- Geometria Espacial.

77

IV – TRAMENTO DA INFORMAÇÃO

- Dados, Tabelas e Gráficos;

- Porcentagem.

6ª SÉRIE

I- NÚMEROS E ÁLGEBRA

- Números Inteiros;

- Números Racionais;

- Equação e Inequação do 1º grau;

- Razão e Proporção;

- Regra de Três Simples.

II – GRANDEZAS E MEDIDAS

- Medidas de Temperatura;

- Medidas de Ângulo.

III – GEOMETRIA

- Geometria Plana;

- Geometria Espacial;

- Geometrias não-euclidianas.

IV – TRAMENTO DA INFORMAÇÃO

- Pesquisa Estatística;

- Média Aritmética;

- Moda e Mediana;

- Juros Simples.

78

7ª SÉRIE

I- NÚMEROS E ÁLGEBRA

- Números Racionais e Irracionais;

- Sistema de Equações do 1º grau;

- Potências;

- Monômios e Polinômios;

- Produtos Notáveis.

II – GRANDEZAS E MEDIDAS

- Medidas de Comprimento;

- Medidas de Área;

- Medidas de Volume;

- Medidas de Ângulos.

III – GEOMETRIA

- Geometria Plana;

- Geometria Espacial;

- Geometria Analítica;

- Geometria não-euclidiana.

IV – TRAMENTO DA INFORMAÇÃO

- Gráfico e Informação;

- População e amostra.

8ª SÉRIE

79

I- NÚMEROS E ÁLGEBRA

- Números Reais;

- Propriedades dos radicais;

- Equação do 2º grau;

- Teorema de Pitágoras;

- Equações Irracionais;

- Equações Biquadradas;

- Regra de Três Composta.

II – GRANDEZAS E MEDIDAS

- Relações Métricas no Triângulo Retângulo;

- Trigonometria no Triângulo Retângulo.

III – FUNÇÕES

- Noção intuitiva da Função Afim;

- Noção intuitiva da Função Quadrática.

IV – GEOMETRIA

- Geometria Plana;

- Geometria Espacial;

- Geometria Analítica;

- Geometrias não-euclidiana.

V – TRAMENTO DA INFORMAÇÃO

- Noções de Análise Combinatória;

80

- Noções de Probabilidade;

- Estatística;

- Juros compostos.

ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLÓGICA

Os Conteúdos Básicos do Ensino Fundamental deverão ser abordados

de forma articulada, que possibilitem uma intercomunicação e complementação dos

conceitos pertinentes à disciplina de Matemática. As tendências metodológicas

apontadas nas Diretrizes Curriculares de Matemática sugerem encaminhamentos

metodológicos e servem de aporte teórico para as abordagens dos conteúdos

propostos neste nível de ensino, numa perspectiva de valorizar os conhecimentos de

cada aluno, quer sejam adquiridos em séries anteriores ou de forma intuitiva. A

estes conhecimentos e experiências provenientes das vivências dos alunos deverão

ser aprofundados e sistematizados, ampliando-os e generalizando-os. É importante

a utilização de recursos didáticos-pedagógicos e tecnológicos como instrumentos de

aprendizagem.

METODOLOGIA DA DISCIPLINA

Metodologia é a arte, o caminho que o professor adota para dirigir o

espírito de investigação da verdade dentro de uma disciplina.

Para a apropriação de um conhecimento em matemática que

promovam a organização de um trabalho escolar é preciso articular os conteúdos

específicos com os estruturantes, reforçando os significados de ambos e assim

enriquecendo e construindo novas relações.

Algumas propostas metodológicas procuram favorecer a ação/reflexão

do aluno no processo ensino-aprendizagem, dentre as quais estão: Resolução de

problemas; Etnomatemática; Modelagem Matemática; Mídias Tecnológicas; História

81

da Matemática.

AVALIAÇÃO

Será vista como um instrumento pedagógico. Deve auxiliar o professor,

identificar quais objetivos foram atingidos e fornecer informações sobre como está

ocorrendo o processo de ensino/aprendizagem. Para isso, é necessário diversificar

os materiais, as estratégias de ensino e também a maneira de avaliar. É

fundamental que o professor não utilize a avaliação como instrumento de munição e

retenção, mas sim de ensino/aprendizagem.

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO ESPECÍFICOS DA DISCIPLINA

A avaliação deve ser coerente com enfoque dado aos princípios

básicos da disciplina, onde o professor deve levar em conta toda a ação e trabalho

dos alunos, precisa considerar não só os registros escritos, mas também as

manifestações orais de seus alunos e os erros de raciocínio e cálculo devem ser

analisados, discutidos e vistos como etapas significativas no processo ensino –

aprendizagem.

É preciso buscar diversos métodos avaliativos, pois quanto mais o

professor diversificar sua prática avaliativa com provas escritas individuais ou em

grupo, trabalhos intra e extraclasse, partipação dos alunos em atividades

trabalhadas, debates, pesquisa de campo/e ou bibliográficos, participação em

projetos e campanhas escolares, mais conseguirá atingir os objetivos de ensino-

aprendizagem.

A recuperação de conteúdos será feita sempre que necessário, na

aula posterior à aplicação da prova, juntamente com a aula do erro, pois assim, mais

eles se aproximarão de um novo tipo de avaliação que leva em conta os sonhos e

82

projetos de seus alunos.

Assim sendo a avaliação deve ser um instrumento de orientação na

condução da prática docente que visa diagnosticar a eficácia dos métodos e

estratégias empregadas no processo ensino-aprendizagem.

REFERÊNCIAS

Diretrizes Curriculares Estaduais – Matemática. Secretaria de

Estado da Educação, 2008.

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR - L. E. M. – INGLÊS

● APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

- JUSTIFICATIVA:

Desde o início da colonização do Brasil houve a preocupação de se

promover educação e aos Jesuítas coube esta responsabilidade através da

evangelizar e ensinar o Latim. Com a chegada da Família Real (1808), foram criadas

as cadeiras de Inglês e Francês com objetivo de melhorar a instrução pública e de

atender também às necessidades de escolarização dos filhos dos imigrantes

europeus, que lutavam pela preservação de sua cultura, construindo e mantendo

escolas para seus filhos.

Mesmo com a valorização de outras línguas estrangeiras, o Inglês teve

seu espaço garantido nos currículos oficiais por ser o idioma mais usado nas

transações comerciais, e também pela dependência econômica e cultural com os

Estados Unidos após a 2ª Guerra Mundial. Em 1996, a Lei de Diretrizes e Bases da

Educação Nacional nº 9394, determinou a oferta obrigatória de pelo menos uma

língua estrangeira moderna no ensino fundamental, a partir da quinta séria, sendo

que a escolha do idioma fica atribuída à comunidade escolar, dentro das

possibilidades da instituição (Art.26, § 5º).

A sociedade contemporânea vive um momento de grandes mudanças,

ela está inserida em um contexto de grande diversidade cultural, identitária e

83

linguística. Para atender os anseios desse novo cidadão, o Ensino da Língua

Estrangeira Moderna, assim como as demais disciplinas, devem abrir um espaço

onde essa diversidade possa ser compreendida. Portanto, o professor de Língua

Inglesa não está formando um falante da língua, mas sim, contribuindo na formação

de um cidadão crítico, fornecendo-lhe instrumentos para que este seja capaz de

exercer sua cidadania.

Um sujeito é fruto de seu tempo histórico, das relações sociais em que

está inserido, mas é, também, um ser singular, que atua no mundo a

partir do modo como o compreende e como dele lhe é possível

participar. ( DCE - 14)

A língua Inglesa, no presente momento, reflete o poder de uma sociedade

dominante. Sua cultura está disseminada no mundo todo. Por esse motivo torna-se

necessário levá-la para nossa sala de aula. Conhecer e ser capaz de usar uma

língua estrangeira permite aos sujeitos perceberem-se como integrante da

sociedade e como participantes ativos do mundo em que vivem. Ao aprender uma

língua estrangeira, o aluno aprende também procedimentos de construção de

significados, ampliando as possibilidades de entendimento ao seu alcance. Além

disso, é a partir do confronto com a cultura do outro que ele é capaz de delinear um

contorno para a sua identidade como agente social.

- OBJETO DE ESTUDO:

Segundo as DCEs “: ensinar e aprender línguas é também ensinar e

aprender percepções de mundo e maneiras de atribuir sentidos, é formar

subjetividades, é permitir que se reconheça no uso da língua os diferentes

propósitos comunicativos, independentemente do grau de proficiência atingido”.

Sendo assim, a aula de Língua Estrangeira precisa ser vista como espaços de

interações entre professores e alunos que poderão colocar em prática suas visões

de mundo que se revelam no dia-a-dia para que desenvolvam uma consciência

crítica a respeito do papel das línguas e de toda a cultura e suas relações na

sociedade. Portanto, o ensino de Língua Estrangeira tem a língua como objeto de

estudo.

- OBJETIVOS:

84

O conteúdo de Língua Estrangeira visa atingir fins comunicativos,

oportunizando aos alunos aprendizagem que ampliem as possibilidades de ver o

mundo, de avaliar os paradigmas já existentes. O ensino de Língua Estrangeira e

seu uso pelos alunos permitem aos mesmos perceberem-se como parte integrante

das sociedades contemporâneas, que não podem sobreviver isolados. É

fundamental que se relacionem, atravessem fronteiras geopolíticas e culturais,

participem ativamente desse mundo em que vivem fazendo uso da língua que estão

aprendendo em situações significativas.

Para tanto, o Ensino da Língua Inglesa visa conscientizar o aluno de uma

visão de mundo mais ampla, para que avalie o papel do idioma inglês em todos os

segmentos da nossa sociedade e crie novas maneiras de construir sentidos do e no

mundo, considerando as relações entre língua inglesa e a inclusão social, o

reconhecimento cultural e o processo de construção das identidades

transformadoras. Possibilitando aos alunos que usem a língua em situações de

comunicação e também inseri-los na sociedade como participantes ativos e capazes

de se relacionar com outras comunidades.

Propõe-se que a aula de Língua Estrangeira Moderna constitua

um espaço para que o aluno reconheça e compreenda a

diversidade linguística e cultural, de modo que se envolva

discursivamente e perceba possibilidades de construção de

significados em relação ao mundo em que vive. Espera-se que

o aluno compreenda que os significados são sociais e

historicamente construídos e, portanto, passíveis de

transformação na prática social...Busca-se, dessa forma,

estabelecer os objetivos de ensino de uma Língua Estrangeira

Moderna e resgatar a função social e educacional desta

disciplina na Educação Básica. (DCE - 53)

Portanto, pretende-se que ao término do Ensino Fundamental o aluno seja

capaz de:

- Conceber a língua como discurso conhecendo e sendo capaz de usá-la

percebendo-se como sujeito integrante da sociedade e participante ativo do mundo

em que vive;

85

- Atribuir significados para entender melhor a realidade a partir do confronto

com a cultura do outro e tornar-se capaz de delinear um contorno para a própria

identidade, reconhecendo e compreendendo a diversidade linguística e cultural, bem

como seus benefícios para o desenvolvimento cultural do país;

- Entender a língua em situações de comunicação oral e escrita utilizando-a

de forma interativa;

- Compreender a diversidade linguística e cultural, bem como os benefícios

para o desenvolvimento individual e para a sociedade;

Fazer uso da língua que está aprendendo em situações significativas,

relevantes, isto é, que não se limite ao exercício de uma mera prática de formas

lingüísticas descontextualizadas;

- Reconhecer e conscientizar-se dos conhecimentos de língua estrangeira

que já possui como participante do mundo globalizado;

- Adquirir consciência linguística e consciência crítica dos usos que fazem da

Língua Estrangeira que estão aprendendo;

- Ampliar suas possibilidades de ver o mundo e avaliar os paradigmas já

existentes;

- Promover a comunicação com e em diferentes formas discursivas

materializadas em diferentes tipos de textos.

●CONTEÚDOS:

-CONTEÚDOS ESTRUTURANTE:

- Discurso como pratica social: A língua como interação verbal, como espaço de

produção de sentidos, tratada de forma dinâmica, por meio de leitura, de oralidade e

de escrita que são as práticas que efetivam o discurso.

- CONTEÚDOS BÁSICOS:

Oralidade:

• Distinguir as diferentes entonações nos diversos tipos de frases.

• Expressar de uma maneira simples as estruturas e os vocabulários adequados

para se fazer entender.

• Variedades linguísticas.

86

• Intencionalidade do texto.

Leitura

• Identificação do tema, do argumento principal.

• Interpretação observando: conteúdo veiculado, fonte, intencionalidade e

intertextualidade do texto.

• Linguagem não verbal.

• Responder perguntas sobre diversos textos.

• Destacar as ideias principais e procurar por detalhes específicos.

Escrita:

• Ter o domínio do vocabulário, da escrita e seu significado para o uso adequado em

situações que envolvam a língua inglesa;

• Demonstrar adequação na produção do texto;

• Adequação ao gênero: elementos composicionais, elementos formais e marcas

linguísticas.

• Clareza de ideias.

Análise Linguística:

• Coesão e coerência.

• Função dos pronomes, artigos, numerais, adjetivos, palavras interrogativas,

substantivos, advérbios, preposições,verbos, question tags, falsos cognatos,

conjunções, concordância verbal e nominal e outras categorias como elementos do

texto.

• Pontuação e seus efeitos de sentido no texto.

•Vocabulário.

- FUNDAMENTOS METODOLÓGICOS

A metodologia adequada ao pleno desenvolvimento do aprendiz de

Língua Inglesa deve considerar a característica do educando pressupondo que o

aluno seja o sujeito ativo do seu processo de aprendizagem e deve, ainda, estruturar

87

fundamentalmente na proposta de Letramento Crítico, o qual implica em engajar os

alunos em atividades críticas e problematizadoras, trabalhando com a diversidade

de textos e tipologias textuais que apresentem temas referentes a questões sociais,

assim como outros tipos de textos que propiciem a reflexão.

- RECURSOS DIDÁTICOS E TECNOLÓGICOS:

Para tanto, o trabalho em Língua Inglesa será através de textos em

contexto de uso, isto é, autênticos que abordem assuntos relevantes presentes na

mídia nacional e internacional ou no mundo editorial, bem como os textos literários.

Nesse sentido, nas aulas de língua estrangeira será possível fazer discussões orais

sobre a compreensão que o aluno tem do texto, produção de textos orais, escritos

e/ou visuais a partir desta leitura, integrando todas as práticas discursivas neste

processo. As atividades serão realizadas através do uso de diferentes metodologias,

tais como:

- Textos que apresentem um grande número de palavras transparentes,

principalmente para as turmas iniciantes;

- Textos com cognatos e termos transparentes, assim como outros textos

que os conhecimentos da língua materna não favoreçam sua compreensão

imediata;

- Utilização do dicionário para que os alunos percebam os diferentes

sentidos para as palavras;

- Correção de exercícios coletivamente;

- Após a leitura de um texto com frases complexas, oferecer aos alunos

uma lista de frases e suas respectivas traduções;

- Aulas expositivas;

- Utilização de textos em seu contexto social de produção;

- Filmes;

- Músicas;

- Leitura, produção e interpretação de diferentes tipos de texto, individual

e/ou em grupo;

- Trabalhos em grupo, principalmente, para resolução de exercícios de

vocabulário e compreensão de textos.

- Repetição oral;

88

- Utilização de materiais autênticos;

- Pesquisas em jornais, revistas, livros e internet;

● CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO:

Elemento que integra ensino e aprendizagem, a avaliação tem por meta

o ajuste e a orientação para intervenção pedagógica, visando à aprendizagem da

forma mais adequada para o aluno. É o elemento de reflexão contínua para o

professor sobre sua prática educativa e um instrumento para que o aluno possa

tomar consciência de seus progressos, dificuldades e possibilidades. Ela é o

“feedback” ao professor de como melhorar seu ensino e para que o aluno melhore

sua performance.

A avaliação da aprendizagem de Língua Estrangeira superará a

concepção de mero instrumento de medição da apreensão de conteúdos, sendo

abordada como processual, subsidiando discussões acerca das dificuldades e

avanços dos alunos a partir de suas próprias produções, e construção de

significados na interação com os textos. O processo avaliativo também será

diagnóstico, formativo, somatório e cumulativo, de modo a valorizar todo o

desenvolvimento do educando.

Os instrumentos de avaliação que o professor utilizará para verificar os

avanços e dificuldades dos alunos serão os listados abaixo:

Participação em sala de aula, interesse, dinamismo e interação verbal;

- Trabalhos em sala, em grupos e/ou individuais;

- Resolução de exercícios propostos pelo professor em sala de aula e em

casa;

- Avaliação escrita;

- Produção de pequenos textos, concentração no significado e na

relevância do que é produzido em termos de como o aluno se constitui como ser

discursivo, mais do que na correção gramatical;

- Interação dos alunos com o material didático;

- Exercícios orais.

● REFERÊNCIAS:

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CHIN, Elizabeth; ZAOROB, Maria Lucia. Keep in mind. Scipione, 2009.

DIRETRIZES CURRICULARES DA EDUCAÇÃO BÁSICA - LÍNGUA

ESTRANGEIRA MODERNA. Secretaria de Estado da Educação do Paraná, 2009.

FERRARI, Marisa. e Rubin, S. English Clips. São Paulo: Editora Scipione,

2001.

LIBERATO, Wilson. English in formation. São Paulo: Editora FTD, 2005.

MORINO, Eliete e Faria, Rita. Start up. Editora Ática, São Paulo, 2004.

MARQUES, Amadeus; SANTOS, Denise. Links: English for teens. Editora

Ática, 2009.

ROCHA, Ana Maria e FERRARI, Zuleika. Take your time. São Paulo: Editora

Moderna, 2000.

AUN, Eliana, MORAES, Maria Clara P e SANSANOVICZ, Neusa Bilia. Get Together.

São Paulo: Editora Saraiva, 2005.