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ESCOLA ESTADUAL HUMBERTO DE ALENCAR CASTELO BRANCO ENSINO FUNDAMENTAL PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 1

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ESCOLA ESTADUAL HUMBERTO DE ALENCAR CASTELO BRANCO

ENSINO FUNDAMENTAL

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

Borrazópolis

2010

1

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ESCOLA ESTADUAL HUMBERTO DE ALENCAR CASTELO BRANCO

ENSINO FUNDAMENTAL

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

Projeto Político Pedagógico da Escola Estadual Humberto de Alencar Castelo Branco - Ensino Fundamental, como parte das exigências da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – Lei 9.394/96 de 20 de dezembro de 1996.

Borrazópolis

2010

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SUMÁRIO

1 APRESENTAÇÃO ...................................................................................... 08

2 IDENTIFICAÇÃO DA ESCOLA .............................................................. 12

3 OBJETIVOS DA ESCOLA ........................................................................ 13

4 HISTÓRICO DA ESCOLA ........................................................................ 15

5 DIREÇÃO E EQUIPE PEDAGÓGICA .................................................... 18

5.1 EQUIPE DE DIREÇÃO .............................................................................. 18

5.2 EQUIPE PEDAGÓGICA ............................................................................ 18

6 CORPO DOCENTE .................................................................................... 19

7 AGENTES EDUCACIONAIS I E II .......................................................... 22

7.1 AGENTES EDUCACIONAIS I .................................................................. 22

7.2 AGENTES EDUCACIONAIS II ................................................................. 23

8 QUADRO DE ALUNOS .............................................................................. 24

9 ESPAÇO FÍSICO DA ESCOLA ................................................................ 26

10 MARCO SITUACIONAL .......................................................................... 28

10.1 REALIDADE DO MUNICÍPIO EM QUE NOSSA ESCOLA ESTÁ

INSERIDA ......................................................................................................... 30

10.2 ESTRUTURA ORGANIZACIONAL DA ESCOLA ............................... 32

10.3 REALIDADE DA ESCOLA ..................................................................... 33

10.4 DIFICULDADES DA ESCOLA ............................................................... 34

10.5 NOSSO MAIOR DESAFIO ...................................................................... 35

10.6 CONCEPÇÃO TEÓRICA ADOTADA PELA ESCOLA ......................... 36

10.7 MÉTODO DE ENSINO.............................................................................. 38

10.8 PRÁTICAS ADOTADAS PELA ESCOLA .............................................. 42

10.9 POLÍTICAS E ESTRATÉGIAS ................................................................ 44

10.10 QUADRO DE FUNCIONÁRIOS ........................................................... 45

10.11 PERFIL DOS ALUNOS .......................................................................... 49

10.12 MOVIMENTO E RENDIMENTO ESCOLAR ....................................... 50

3

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10.13 AÇÕES DESENVOLVIDAS .................................................................. 52

10.14 ATENDIMENTOS OFERECIDOS PELA ESCOLA ............................. 54

10.14.1 Programa Viva Escola ........................................................................ 55

10.14.2 Programa de Sala de Apoio à Aprendizagem ................................... 56

10.14.3 Sala de Recursos .................................................................................. 57

10.14.4 Aulas de Violão .................................................................................... 58

10.14.5 Roda de Terapia Comunitária ........................................................... 58

11 MARCO CONCEITUAL ........................................................................... 59

11.1 A SOCIEDADE QUE QUEREMOS AJUDAR A CONSTRUIR ............. 59

11.2 A PESSOA QUE QUEREMOS FORMAR ............................................... 62

11.3 A EDUCAÇÃO QUE QUEREMOS ASSUMIR ....................................... 63

11.4 A ESCOLA QUE QUEREMOS SER ........................................................ 67

11.5 CONCEPÇÃO DE SOCIEDADE ............................................................. 69

11.6 CONCEPÇÃO DE CULTURA ................................................................. 71

11.7 CONCEPÇÃO DE CIDADANIA E HOMEM ......................................... 72

11.8 CONCEPÇÃO DE TRABALHO .............................................................. 76

11.9 CONCEPÇÃO DE CIÊNCIA .................................................................... 78

11.10 CONCEPÇÃO DE ESCOLA ................................................................... 79

11.11 CONCEPÇÃO DE CONHECIMENTO .................................................. 80

11.12 CONCEPÇÃO DE ENSINO E APRENDIZAGEM ............................... 83

11.13 CONCEPÇÃO DE CURRÍCULO ........................................................... 85

12 MARCO OPERACIONAL ........................................................................ 88

12.1 PRINCÍPIOS DE GESTÃO DEMOCRÁTICA ........................................ 88

12.2 CONSELHO ESCOLAR ........................................................................... 91

12.3 CONSELHO DE CLASSE ........................................................................ 93

12.3.1 A participação direta dos profissionais ............................................... 95

12.3.2 A organização interdisciplinar ............................................................. 95

12.4 APMF ......................................................................................................... 96

12.5 GRÊMIO ESTUDANTIL .......................................................................... 97

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12.6 ELEIÇÕES ................................................................................................. 98

12.7 FUNÇÕES ESPECÍFICAS ........................................................................ 99

12.7.1 Equipe de Direção ................................................................................. 99

12.7.2 Equipe Pedagógica ............................................................................. 100

12.7.3 Equipe Docente ................................................................................... 107

12.7.4 Alunos .................................................................................................. 108

12.7.5 Agente Educacional I ......................................................................... 108

12.7.6 Agente Educacional II ........................................................................ 109

12.8 PLANO DE AÇÃO DA ESCOLA .......................................................... 110

12.9 O MÉTODO DE ENSINO ADOTADO PELA ESCOLA ...................... 112

12.10 CURRÍCULO E PLANO DE TRABALHO DOCENTE ..................... 117

12.11 MATRIZ TEÓRICA ............................................................................. 121

12.11.1 Matutino ............................................................................................ 121

12.11.2 Vespertino ......................................................................................... 122

12.11.3 Noturno ............................................................................................. 123

12.12 LINHAS DE AÇÃO DAS DISCIPLINAS ........................................... 124

12.12.1 Arte .................................................................................................... 124

12.12.2 Ciências ............................................................................................. 124

12.12.3 Educação Física ................................................................................ 125

12.12.4 Ensino Religioso ................................................................................ 126

12.12.5 Geografia ........................................................................................... 126

12.12.6 História .............................................................................................. 127

12.12.7 Língua Portuguesa ........................................................................... 128

12.12.8 Matemática ........................................................................................ 129

12.12.9 Língua Estrangeira Moderna – Inglês ........................................... 129

12.13 AGENDA XXI ...................................................................................... 129

12.14 LINHAS DE AÇÃO DOS FUNCIONÁRIOS ...................................... 130

12.15 EDUCAÇÃO INCLUSIVA .................................................................. 130

12.16 ADAPTAÇÕES CURRICULARES ..................................................... 132

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12.17 APOIO ESPECIALIZADO ................................................................... 134

12.18 EDUCAÇÃO DO CAMPO ................................................................... 136

12.19 EDUCAÇÃO FISCAL .......................................................................... 136

12.20 DESAFIOS EDUCACIONAIS CONTEMPORÂNEOS ...................... 138

12.21 ESTÁGIO PROFISSIONAL NÃO OBRIGATÓRIO .......................... 139

12.21.1 Plano de Estágio ............................................................................... 140

12.22 PROPOSTA DE FORMAÇÃO CONTINUADA ................................. 151

12.23 REUNIÕES PEDAGÓGICAS .............................................................. 152

12.24 SISTEMA DE AVALIAÇÃO ............................................................... 153

12.25 INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO ................................................. 156

12.26 RECUPERAÇÃO DE ESTUDOS ........................................................ 158

12.27 FORMA DE COMUNICAÇÃO DOS RESULTADOS ....................... 159

12.28 ENFRENTAMENTO À EVASÃO ESCOLAR ................................... 160

12.28.1 Ações de Enfrentamento e Prevenção à Evasão Escolar a serem

Desenvolvidas pela Escola ............................................................................ 161

12.28.2 Passo a Passo da Fica ....................................................................... 164

12.28.2.1 Na Escola ........................................................................................ 164

12.28.2.2 O Ministério Público ....................................................................... 166

12.28.2.3 No Poder Judiciário ......................................................................... 167

12.28.2.4 De Volta à Escola ............................................................................ 167

12.28.2.5 Na Secretaria de Estado da Educação ............................................. 167

12.29 LABORATÓRIO DE INFORMÁTICA ............................................... 168

12.30 BIBLIOTECA ....................................................................................... 169

12.31 CRITÉRIOS DE ORGANIZAÇÃO DE TURMAS ............................. 171

12.32 ORGANIZAÇÃO DA HORA ATIVIDADE ........................................ 171

12.33 HORÁRIO DAS AULAS ..................................................................... 172

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12.34 AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL ........................................................ 172

13 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR .................................. 176

14 ANEXOS ................................................................................................... 317

15 BIBLIOGRAFIA ...................................................................................... 319

1- APRESENTAÇÃO

7

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“...a educação só pode-se realizar através de mediações práticas que se desenvolvem a partir de um projeto educacional, vinculado, por sua vez, a um projeto histórico e social e que a instituição escolar é o lugar por excelência desse projeto...”

Antonio Joaquim Severino

O Projeto Político Pedagógico se torna uma ação fundamental que se

revela através de um documento ímpar que traduz a identidade própria do

Estabelecimento de Ensino. Trata-se de atuar alicerçados no contexto real,

considerando os recursos disponíveis e a abrangência dos reflexos do processo

educativo. Tudo isso, embasados na Constituição Federal, Lei de Diretrizes e

Bases da Educação Nacional Lei Nº9.394/96, como forma de contemplar que

sejam garantidos os princípios de gratuidade, laicidade e qualidade conceitual do

trabalho pedagógico.

A proposta de elaboração teórica de um planejamento global que

contemple os segmentos políticos e sociais concernentes ao processo educativo

deve apontar para a dinamicidade que o envolve como um todo. Realidade em

que o coletivo inteirado precisa acompanhar constantemente a evolução do

mesmo, com vistas a veicular uma contínua avaliação, que pressuponha a

retomada de ações consideradas necessárias pelo grupo.

Diante disso, construir um projeto, significa assumir postura

pedagógica diante da realidade, buscando alternativas coletivas que tornem

prazeroso o ato de ensinar, mediar, aprender e vivenciar o conhecimento. E,

fundamentados nesses pressupostos, a Comunidade Escolar construiu e

apresenta o presente Projeto Político Pedagógico.

O projeto pedagógico tem duas dimensões, como explicam André

(2001) e Veiga (1998): a política e a pedagógica. Ele "é político no sentido de

compromisso com a formação do cidadão para um tipo de sociedade" (André, p.

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189) e é pedagógico porque possibilita a efetivação da intencionalidade da

escola, que é a formação do cidadão participativo, responsável, compromissado,

crítico e criativo". Essa última é a dimensão que trata de definir as ações

educativas da escola, visando a efetivação de seus propósitos e sua

intencionalidade (Veiga, p. 12). Assim sendo, a "dimensão política se cumpre na

medida em que ela se realiza enquanto prática especificamente pedagógica"

(Saviani, cit por Veiga, 2001, p. 13).

Para Veiga (2001, p. 11) a concepção de um projeto pedagógico deve

apresentar características tais como: ser processo participativo de decisões;

preocupar-se em instaurar uma forma de organização de trabalho pedagógico

que desvele os conflitos e as contradições; explicitar princípios baseados na

autonomia da escola, na solidariedade entre os agentes educativos e no estímulo

à participação de todos no projeto comum e coletivo; conter opções explícitas na

direção de superar problemas no decorrer do trabalho educativo voltado para

uma realidade especifica; explicitar o compromisso com a formação do cidadão.

A execução de um projeto pedagógico de qualidade deve, segundo a

mesma autora: nascer da própria realidade, tendo como suporte a explicitação

das causas dos problemas e das situações nas quais tais problemas aparecem; ser

exeqüível e prever as condições necessárias ao desenvolvimento e à avaliação;

ser uma ação articulada de todos os envolvidos com a realidade da escola; ser

construído continuamente, pois, como produto, é também processo.

Para a efetivação destes itens o coletivo da escola se reuniu em

diferentes momento e elaborou este Projeto Político Pedagógico, dividindo-o em

três marcos:

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Marco Situacional: Realidade Global Existente: problemas –

desafios – esperanças. É como o grupo percebe a realidade global. Análise da

realidade em que a instituição está inserida. Neste marco descrevemos a

realidade em que desenvolvemos nossa ação. É o desvelamento da realidade

sócio política, econômica, educacional e dos conflitos e contradições postos pela

prática pedagógica. Implica levantar questões:

- Como compreendemos a sociedade atual? Tendências, valores (pontos positivos e negativos).

- Qual é a realidade de nossa instituição em termos legais, históricos, pedagógicos, financeiros, administrativos, recursos humanos, físico e materiais?

- Qual é a população alvo da instituição?

- Quais as suas características em termo de nível sócio-econômico, cultural e educacional?

- Qual o papel da educação/instituição nesta realidade? (Posicionamento Político )

- Qual a relação entre a instituição e o mundo do trabalho?

- Quais as principais questões apresentadas pela prática pedagógica?

Marco Conceitual: Refere-se à concepção/visão de sociedade,

homem, educação, instituição, currículo, ensino, aprendizagem, metodologia –

orientação paradigmática. Diante da realidade retratada, que referencial teórico,

que concepções se fazem necessárias para a transformação da realidade?

(direção para qual nos movemos).

- Que tipo de alunos queremos formar? Que atitude deles esperamos?

- Para qual sociedade? Com que valores? - Qual a razão se ser da

instituição? Que qualidade queremos? Que papel desejamos? - Que visão de

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homem, deve fundamentar as ações? - Que experiência queremos que o nosso

aluno vivencie no dia-dia da nossa instituição? - Quais as decisões básicas

referentes ao que, para que e a como ensinar, articulados ao para quem?

Marco Operacional: Realidade Desejada: - Expressa a utopia da

instituição – opções sobre Projeto Educativo – Dimensão Administrativa,

Financeira e Pedagógica. Orienta-nos quanto ao como realizar a nossa ação. É o

momento de nos posicionarmos com relação à atividades a serem assumidas

para transformar a realidade da instituição. Implica tomada de decisão de como

vamos atingir nossas finalidades, nossos objetivos e nossas metas. - Na

operacionalização se verifica se as decisões foram acertadas ou erradas e o que é

preciso revisar ou reformular.

2- IDENTIFICAÇÃO DA ESCOLA

11

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Nome da Escola: Escola Estadual Humberto de Alencar Castelo Branco. Ensino

Fundamental.

Município: Borrazópolis – Paraná

Rua: Avenida Brasil, 1001.

Site da Escola: bzihumbertobranco.seed.pr.gov.br

E-mail: bzihumbertobranco@seed,pr.gov

Modalidade: Ensino Fundamental

Termo de Funcionamento: Ato de Renovação de Reconhecimento do Ensino

Fundamental – Resolução 27810/07 DOE de 07/08/2007.

Código do Município: 033000014

Código da Escola: 00014

Total de Salas: 11

Biblioteca: 01

Laboratório de Informática: 01

3- OBJETIVOS DA ESCOLA

12

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Conforme a Concepção Teórica adotada pela escola, Pedagogia

Histórico-Crítica, temos como objetivos:

- Possibilitar a interação entre o conhecimento historicamente construído e a

realidade social, buscando a construção consciente de uma educação

transformadora;

- Valorizar a Educação como instrumento de humanização e de interação social,

num processo cooperativo entre indivíduos plenos e aptos a construir sua própria

autonomia e cidadania, os quais se reconheçam como seres únicos, mas também

coletivos;

- Vincular a educação ao mundo do trabalho e a prática social;

- Tornar a Escola Pública um espaço digno, bem conservado, equipado, onde

educadores e educandos se sintam respeitados, valorizados e tenham suas

famílias acolhidas.

- Oportunizar a igualdade de condições ao acesso, permanência e sucesso dos

educandos num sistema educacional de qualidade que possibilite o seu

desenvolvimento;

- Valorizar e fundamentar a prática educativa, no sentido de favorecer as

transformações sociais;

- Potencializar a valorização do profissional da educação através do melhor

direcionamento de políticas públicas que estejam voltadas ao interesse da classe,

oportunizando situações que promovam o crescimento pessoal, através da

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formação continuada, permitindo a identificação do profissional como um

verdadeiro educador e não simplesmente como um agente reprodutor de

conhecimento adquirido;

- Produzir idéias, conceitos, valores, hábitos, atitudes, conhecimentos, ou seja, a

produção do conhecimento ou forma pela qual o homem apreende o mundo e é

humanizado;

- Selecionar, sistematizar e socializar conhecimentos que contribuam para a

construção de sujeitos críticos e participativos, empregando recursos didáticos-

pedagógicos facilitadores da aprendizagem;

- Garantir o acesso de todos aos saberes científicos produzidos pela humanidade,

permitindo o conhecimento da realidade para interpretar o mundo em que

vivemos;

- Converter o saber científico em saber escolar de modo a torná-lo assimilável

pelos alunos no espaço e tempo escolar;

- Identificar as formas mais desenvolvidas em que se expressa o saber científico

produzido historicamente, reconhecendo as condições de sua produção e

compreendendo as suas principais manifestações bem como as tendências atuais

de transformação;

- Incentivar a participação efetiva de todos os envolvidos na prática educativa,

profissionais da educação, familiares, alunos, enfim toda a comunidade escolar;

- Compreender que a ação do homem é intencional e planejada, mediada pelo

trabalho, acumulando experiências e produzindo conhecimentos, garantindo sua

participação ativa;

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- Estabelecer relações sociais democráticas entre todas as instâncias colegiadas,

viabilizando situações educacionais de produção e socialização do

conhecimento.

4- HISTÓRICO DA ESCOLA

A Escola Estadual Humberto de Alencar Castelo Branco, situa-se a

Avenida Brasil, 100l, no município de Borrazópolis, Estado do Paraná.

Desde a sua fundação a Escola obteve sucessivos atos oficiais, a seguir

especificados.

Pelo Decreto nº 14008, de 29/01/64, a Escola foi criada e autorizada a

funcionar com a denominação de Ginásio Estadual de Borrazópolis.

Pelo Decreto nº 7947/67, de 07/12/67, publicado no Diário Oficial de

09/12/67, passa a denominar-se Ginásio Estadual "Humberto de Alencar Castelo

Branco".

Pelo Decreto nº 1917, de 05/02/80, publicado no Diário Oficial de

07/02/80, a Escola foi reorganizada nos termos da legislação vigente passando a

denominar-se Escola "Humberto de Alencar Castelo Branco - Ensino de 1º

Grau", com a extinção gradativa do funcionamento das séries referentes ao curso

regido pela Lei nº 4024.

Pela Resolução nº 385/82, de 09/02/82, publicada no Diário Oficial de

05/03/82, fica sendo reconhecida a "Escola Humberto de Alencar Castelo

Branco - Ensino de 1º Grau", mantida pelo Governo do Estado do Paraná.

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Pela Resolução nº 639/83, de 07/03/83, publicada no Diário Oficial de

06/04/83, passa a denominar-se "Escola Estadual Humberto de Alencar Castelo

Branco - Ensino de 1º Grau".

Pelo parecer nº 140/98 de 20/10/98, o Núcleo Regional da Educação

de Apucarana, de acordo com a Resolução Secretarial nº 3120/98 - SEED emite

parecer favorável à mudança de nomenclatura, que passa a ser "Escola Estadual

Humberto de Alencar Castelo Branco - Ensino Fundamental".

Ato de Renovação de Reconhecimento do Ensino Fundamental –

Resolução 27810/07 DOE de 07/08/2007.

A Escola mantém o Ensino Fundamental Regular de 5ª a 8ª série, de

freqüência mista, nos turnos matutino, vespertino e noturno.

Atualmente a escola prepara-se para se adequar ao ensino fundamental

de nove anos, conforme a última Lei Nº11.274, de 6 de fevereiro de 2006, que

estabelece o ingresso da criança de seis anos no Ensino Fundamental de nove

anos. A antecipação da idade de matrícula obrigatória para crianças de seis anos

de idade no Ensino Fundamental, e a ampliação da escolaridade para nove anos,

são medidas que incidem na definição do direito à educação de todo cidadão

brasileiro, e no dever de educar do poder público e da sociedade civil. Desta

forma a Escola Estadual Humberto de Alencar Castelo Branco, Ensino

Fundamental passa a atender 5ª série 6º ano, 6ª série 7º ano, 7ª série 8º ano, 8ª

série 9º ano, uma mudança gradativa até que se complete o ciclo e passe

definitivamente para 6º, 7º, 8º, 9º ano.

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5- DIREÇÃO E EQUIPE PEDAGÓGICA

5.1- EQUIPE DE DIREÇÃO

NOMEVÍNCULO HABILITAÇÃO FUNÇÃO

2º GRAU 3º GRAUPÓS-

GRADUAÇÃO

COMPLETO INCOMPLETO COMPLETO INCOMPLETO

HELENA TIMIYO MIYAJI QMPLETRAS eED. FÍSICA

DIREÇÃO X X X

IZABEL APARECIDA DOS SANTOS MICHELIN QPM MATEMÁTICA DIRETOR AUXILIAR X X

X

5.2- EQUIPE PEDAGÓGICA

NOMEVÍNCULO HABILITAÇÃO FUNÇÃO

2º GRAU 3º GRAUPÓS-

COMPLETO INCOMPLETO COMPLETO INCOMPLETOGRADUAÇÃO

CIDINEIA DE FATIMA

LUCAS LAURIREPR PEDAGOGIA

PEDAGOGA XX

X

LISANDRA LABEGALINI MALTEMPE CÂMARA

QPM PEDAGOGIA PEDAGOGA X X X

17

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VANDERLÉIA PEREIRA DOS SANTOS

REPR PEDAGOGIA PEDAGOGA X X

VÄNIA DOS SANTOS REPR PEDAGOGIA PEDAGOGOA X X X6- CORPO DOCENTE

NOME

VÍNCULO DISCIPLINA 2º GRAU 3º GRAU PÓS-GRADUAÇÃO

COMPLETO INCOMPLETO COMPLETO NCOMPLETO COMPLETO INCOMPLETO

ADEMIR LUCHETTI QPM ED. FÍSICA X X X

ANA CLAUDIA VICENTIN REPR CIÊNCIAS X X

ANGELA BATISTA DO PRADO REPR

CIÊNCIAS/

BIOLOGIA

X X X

ANGELA DIAS S. TAVARES QPM ARTES X X X

CARLA AP. CÓCCIA QPM GEOGRAFIA X X X

CÉLIA AP. TEIXEIRA QPM LETRAS X X X

CIDINÉIA DE FATIMA L. LAURI REPR PEDAGOGIA X X X

ELAINE TRAVAGLI REPR MATEMÁTICA X X

ELENI ROSA TENORIO LEMES REPR MATEMÁTICA X X X

ELIANA AP. DA SILVA QPM LETRAS X X X

ELIZA CRISTINA HENNING QPM LETRAS X X X

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ELEN TATIANE PROTÃO REPR ED. FÍSICA X X

FLÁVIO DAVI DOS P. FREITAS QPM ED.FÍSICA X X X

FRANCIELI AP. CUSTÓDIO QPM HISTÓRIA X X X

GIANA DA SILVA ARANTES REPR ED. FÍSICA X X

ILENILDA MARTINS DA SILVA QPM GEOGRAFIA X X X

IZABEL A.SANTOS MICHELIN QPM

CIÊN/BIO

MATEMÁTICA

X X X

LAUDICÉIA SILVA S. CECERE REPR HISTÓRIA X X X

LILIAN RODRIGUES QPM ARTES X X X

LINA AP. DO NASCIMENTO QPM GEOGRAFIA X X X

LOURDES SILVA

TSCHEMERIZJA

QPM CIÊNC/BIO/

MATEMÁTICA

X X X

LUCIANA DOS SANTOS QPM ED. FÍSICA X X X

LUCINDA DE JESUS SILVA QPM CIÊNC/BIO/

MATEMÁTICA

X X X

MARCIA TELLES R. COCCIA QPM CIÊNCIAS/BIO X X X

MARIA BERNARDINA SILVA QPM GEOGRAFIA X X X

MARIANA AP. BARBOSA REPR HISTÓRIA X X

MARINA PALMA P. DA SILVA REPR HISTORIA X X X

MÔNICA RIVOLI REPR LETRAS X X X

19

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NAIR KRAUSE TAUCHER QPM LETRAS X X X

NATALINA VIEIRA DA SILVA QPM LETRAS X X X

NELMA MISKALO BARBOSA QPM LETRAS X X X

RENATA SANTOS FIGUEIREDIO REPR MATEMÁTICA X X X

ROSEMARY PORTO QPM

CIÊNC/BIO

MATEMATICA

X X X

ROSIMERE VARGAS

PRUDÊNCIO REPR

PEDAGOGIA E

HISTÓRIA

X X X

SIMONE SILVA GODOY

FONSECA QPM HISTÓRIA

X X X

SONIA REGINA DA SILVA BERTI QPM ED. FÍSICA X X X

TATIANE IURKIV REPR LETRAS X X X

TEREZINHA DE OLIVEIRA BORO REPR LETRAS X X X

VANDERLÉIA PEREIRA DOS

SANTOS REPR PEDAGOGIAX X

VERA LUCIA PEREIRA MELLO REPR LETRAS X X X

20

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7- AGENTES EDUCACIONAIS I E II

7.1- AGENTES EDUCACIONAIS I

NOMEVÍNCULO

1º GRAU 2º GRAU 3º GRAU

COMPLETO INCOMPLETO COMPLETO INCOMPLETO COMPLETO INCOMPLETO

CÉLIA M. PINHEIRO GARCIA READ X X

ENI ALVES CUSTÓDIO CLAD X X

GERALDA ZENAIDE P. CLEMENTINO QFEB X X

INÊS DE OLIVEIRA SOUZA CLAD X X

MARIA JOSE RIBEIRO MIOTTI CLAD X X

ZÉLIA DE PAULA OLIVEIRA QFEB X X

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7.2- AGENTES EDUCACIONAIS II

NOMES

VÍNCULO FORMAÇÃO FUNÇÃO 1º GRAUCOMPLETO INCOMPLETO

2º GRAUCOMPLETO INCOMPLETO

3º GRAUCOMPLETO INCOMPLETO

BENTO MEDEIROS

CAVALCANTE QFEB -- SECRETÁRIO X X

ELIZETE PEREIRA RODRIGUES QFEB LETRAS TÉC. ADMINISTRATIVO X X X

IVONE DE SOUZA LESSAK QFEB LETRAS TÉC. ADMINISTRATIVO X X X

MARCIO APARECIDO MOTTA QFEBCIÊNCIAS

CONTÁBEIS e HISTÓRIA

TÉC. ADMINISTRATIVO

X X X

WANDA MOTTA QFEB CIÊNCIAS/ BIOL TÉC. ADMINISTRATIVO X X X

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8- QUADRO DE ALUNOS

Nossa escola atende um total de 543 alunos, nos períodos matutino,

vespertino e noturno, divididos em 23 turmas, sendo 10 no período da manhã, 09

no período da tarde e 04 no período noturno.

Curso Série Turno Total

Matrículas

5ª série / 6ºano

a 8ª série/ 9º ano

5ª A Manhã 14

5ª B Manhã 26

5ª C Tarde 27

5ª D Tarde 23

5ª E Tarde 22

5ª F Noite 10

6ª A Manhã 21

6ª B Manhã 19

6ª C Tarde 25

6ª D Tarde 26

6ª E Tarde 27

6ª F Noite 11

7ª A Manhã 31

7ª B Manhã 20

7ª C Manhã 30

7ª D Tarde 30

7ª E Tarde 28

7ª F Noite 16

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8ª A Manhã 31

8ª B Manhã 23

8ª C Manhã 30

8ª D Tarde 29

8ª E Noite 24

TOTAL 23 - 543

25

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9- ESPAÇO FÍSICO DA ESCOLA

Nossa escola ainda enfrenta sérios problemas em relação ao espaço

físico, faltam salas adequadas para: biblioteca, laboratório de ciências, sala dos

professores, depósito adequado para a merenda.

Acreditamos que com a melhoria do espaço físico tudo ficaria

muito mais organizado e conseqüentemente geraria uma melhoria na qualidade

do ensino.

Nosso espaço físico está dividido em:

11 salas de aula, sendo 05 com 49.43m2 e 06 salas com 50m2

01 sala que seria usado para aula foi adequada para a Biblioteca. 49.43m2

01 sala para Secretaria com 26.57 m2

01 sala para Professores com 20.11 m2

01 sala para o Laboratório de Informática 39.14m2

01 sala para Direção e Equipe Pedagógica com 19.72 m2

01 sala para a distribuição do leite com 12.91 m2

sala para cozinha com 16.75 m2

sala para cantina com 13 m2

sala para depósito de merenda com 5.21 m2

sala para almoxarifado com 27 m2

instalações sanitárias: masculino com 41.42 m2

instalações sanitárias: feminino com 51.46 m2

instalações sanitária: professores com 2 m2

pátio coberto com: 324 m2

01 quadra de esportes com 590,70 m2

01 quadra de esportes coberta 442,00 m2

01 casa do zelador com 51.48m2

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01 estufa para cultivo de verduras

A organização do espaço reflete a concepção adotada pelos

professores e pela escola. Assim a estrutura da escola é pensada tendo em vista o

bem-estar do aluno, e o bom desenvolvimento do processo de ensino-

aprendizagem.

Mesmo com falta de infra-estrutura mais completa, todo o espaço

físico existente está em boas condições de higiene e limpeza.

Todo espaço existente é utilizado pelos alunos constantemente, e

por um número grande de alunos por período, há como regra uma escala de uso

da biblioteca e laboratório de informática, quando é usada pelo professor para

aulas de leitura e do laboratório de informática para aulas de pesquisa.

Quanto às condições de materiais a escola é equipada com o básico,

o necessário, sabendo que a melhora também implicaria numa maio qualidade

de ensino e aprendizagem, o que nos ajudou muito foi a instalação da TV Pen

drive e do laboratório de informática, pois, é visível a mudança de metodologias

e interesse dos alunos e professores em utilizarem esses recursos.

10- MARCO SITUACIONAL

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Nesse século, a guerra ainda é cruel realidade entre povos que

deveriam ser exemplo de que o amor e o respeito podem mudar o mundo.

A violência, resultado da falta de cidadania é motivada pela

dificuldade de acesso à escola, pela evasão escolar, pelo desemprego, pelos

baixos salários, pela má distribuição de renda, por uma política social e

econômica ineficiente e muitas vezes corrupta, pela impunidade, pela descrença

na justiça e omissão da família.

A família deixou de ser o centro de referência, a impunidade

tornou-se regra, a vida foi banalizada, o homem explora o homem, poucos

dominam muitos e as relações sociais são de opressão, disputa, insegurança e

preconceito.

O avanço científico e tecnológico nos surpreende a cada dia com

notáveis descobertas nos possibilitando maior conforto, melhores condições de

saúde e circulação mais rápida de informações. Porém muito poucos têm acesso

a estes benefícios, distanciando cada vez mais a classe dominante dos menos

favorecidos.

Tudo é muito rápido, tudo é descartável. Falta-nos tempo para

refletir, ler, escolher. A mídia nos dita a estética do lixo em detrimento do

original. A massificação, o racismo e a intransigência impossibilitam o homem

de conhecer-se mais profundamente.

O capitalismo globalizado nos faz perder a identidade cultural e nos

impõe seus valores: materialismo, consumismo, isolamento, ganância, culto ao

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corpo, modismo, etc. É o poder econômico e o saber centralizado nas mãos de

quem dita as regras.

Vivenciamos um momento de profundas e grandes transformações

que certamente, o Planeta e o ser humano superarão.

Sabemos que a tarefa de formar para o futuro não é só dos

governos, mas de todos nós. O espaço já não apresenta mais fronteiras, somos

todos seres humanos que nos comunicamos de forma veloz e atualizada. A

globalização nos traz a esperança de que a diminuição da distância possa

também significar a redução das desigualdades.

A questão da maior valorização da mulher, da consciência

ecológica, da cultura afro-brasileira e africana, da valorização do trabalho no

campo, da cultura indígena, da vivência da cidadania e do respeito as

diversidades culturais, étnicas, educacionais, religiosas e o respeito aos direitos

da criança e do adolescente provocam muitas vezes um choque de forças. As

lembranças das injustiças ocorridas na história do mundo nos leva à reflexão e

nos permitem modificar posturas.

A valorização do Pensar e do Ser é o caminho para que cada

cidadão cresça e aprenda sempre mais para se tornar um agente transformador.

Pensando em todo este contexto social, cultural e econômico em

que estamos inseridos, vamos neste Marco Situacional delimitar as

características fundamentais da Escola Estadual Humberto de Alencar Castelo

Branco. Expressando aqui todos os seus segmentos e as relações que se

estabelecem em seu meio, informações importantes que nos ajudam a

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compreender a realidade em que a escola está inserida, e como vem sendo o

trabalho desenvolvido.

10.1- REALIDADE DO MUNICÍPIO EM QUE

NOSSA ESCOLA ESTÁ INSERIDA

Nossa Escola esta situada no Município de Borrazópolis, uma

cidade que conta aproximadamente com 7.877 habitantes, sendo que a maioria

reside na zona urbana, visto que houve um exagerado êxodo rural depois de

1975, quando uma grande geada dizimou os cafezais do município, que até

então era a base econômica. Depois deste acontecimento os produtores rurais

passaram a plantar cereais de inverno e verão – trigo, milho e soja, acabando

quase que definitivamente com a cultura do café.

O plantio dos cereais citados tomou conta de quase toda a área rural

o que provocou a saída dos moradores não só dos sítios como da própria cidade,

na busca de emprego.

Mas mesmo com o êxodo rural a base econômica do município

ainda se concentra grande parte na agricultura, assim como também na pecuária

e comércio, surgindo nos últimos anos algumas pequenas indústrias.

Mesmo sendo um município pequeno, há algumas vantagens de se

morar nele. Segundo dados coletados pela agência de desenvolvimento, tem-se

um número baixíssimo de criminalidade; a água tratada chega a 100% da

população urbana; os crimes contra o patrimônio público também são mínimos.

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O problema enfrentado é a falta de emprego principalmente para as novas

gerações.

Atualmente o município disponibiliza de um bom programa de

assistência social e atendimento a saúde, com políticas públicas que favorecem o

crescimento e desenvolvimento da população.

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10.2- ESTRUTURA ORGANIZACIONAL DA ESCOLA

O Organograma abaixo, demonstra a forma de organização da Escola Estadual Humberto de Alencar Castelo Branco.

Ensino Fundamental.

Conselho Escolar

Agente I Agente II Equipe Pedagógica Corpo Docente

Direção APMF

Corpo Discente

Família

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10.3- REALIDADE DA ESCOLA

Historicamente o ser humano sempre teve intuito de lutar pelas suas

necessidades básicas, mesmo quando nômades. Com a sua evolução e hoje com

a globalização que impõem seus valores: materialismo, consumismo,

isolamento, ganância, culto ao corpo, modismo, etc. O poder e o saber ficam

centralizados nas mãos das nações dominantes, levando à massificação, perda de

valores, o que resultou em violência que é motivada pela falta de escolaridade,

desemprego, baixos salários, má distribuição de renda, descaso dos políticos,

descrença na justiça e na religiosidade e desestrutura familiar.

Assim nossa escola inserida neste caráter global, apresenta

acentuada discrepância sócio-econômica e cultural, devendo então ter uma linha

pedagógica educacional de trabalho, que possa atender às necessidades das

diversidades culturais, sociais, econômicas, educação do campo, cultura afro-

brasileira, cultura indígena, a educação para inclusão, levando sempre em conta

as necessidades e dificuldades de aprendizagem de cada educando.

Os alunos desta escola provêm de famílias de vários níveis sociais e

culturais, sendo que a maioria tem renda mínima, pois a economia do município

é basicamente agrícola e comercial, gerando por vezes problemas sociais. Por

isso, tem-se refletido sobre o papel docente e administrativo na escola,

procurando soluções para amenizar os conflitos surgidos.

Na escola, as diferenças individuais e a diversidade estão sempre

presentes, devendo a mesma eliminar rótulos, preconceitos, mecanismos de

expulsão de alunos, por estas razões o sistema educacional desta escola,

viabilizará condições físicas e pedagógicas para que todos os alunos possam ter

acesso e permanência na escola, com sucesso.

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Para atender essa diversidade tão grande que a escola pública nos

traz, temos procurado acompanhar as transformações sociais, tecnológicas e

científicas, trabalhando de acordo com a realidade que estamos inserida,

promovendo a interação e cooperação dos alunos como grupo, valorizando o

convívio escolar e social, prezando sempre pela formação para a transformação

social, visando também a futura inserção no mercado de trabalho.

Como toda a escola pública são muitos os problemas que

enfrentamos, alguns casos de evasão, repetência, falta de acompanhamento por

parte dos familiares, rotatividade de professores, falta de espaço físico

adequado, mas apesar desses problemas, vemos por outro lado um crescimento

na qualidade do processo de ensino-aprendizagem, isso devido a intensa

formação continuada que professores e agentes educacionais estão realizando, e

também a incorporação do uso de recursos tecnológicos que a escola vem

recebendo, os quais enriquecem a aprendizagem.

10.4- DIFICULDADES DA ESCOLA

Podemos considerar que enfrentamos dificuldades diárias que

muitas vezes impedem a melhoria da qualidade de ensino, por parte da escola

consideramos que a rotatividade de professores que trabalham em muitas escolas

diferentes e pegam poucas aulas em nossa escola, não conseguindo estabelecer

um vínculo com o projeto político da escola e as vezes passa a trabalhar de

modo diferente do que o coletivo da escola havia previsto, notamos que os

professores que possuem mais aulas na escola conseguem se envolver mais

significativamente com o trabalho.

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A constante luta pela procura da melhor metodologia para o

desenvolvimento das aulas, também muitas vezes se torna uma dificuldade

enfrentada pelo professor, que se depara na sala de aula com diferentes

realidades as quais nem sempre a metodologia adotada é a que melhor o ajuda a

enfrentar os problemas existentes.

Por parte do aluno o descomprometimento e a falta de iniciativa

para os estudos tem sido a dificuldade que mais atrapalha o desenvolvimento do

processo de ensino aprendizagem, muitos alunos deixam de realizar trabalhos e

atividades que são propostas pelo professor, demonstram falta de interesse pelos

estudos e este fator contribui para o baixo rendimento.

Por parte da família sempre consideramos que a participação e

acompanhamento na vida escolar do filho poderia e deveria ser maior,

gostaríamos que houvesse mais pais/responsável nas reuniões, a ajuda e

orientação nos trabalhos e tarefas escolares fosse maior, e observamos que

atualmente existe um número significativo de pais que não comparecem para

buscar o boletim escolar, isso nos tem preocupado cada vez mais.

10.5 - NOSSO MAIOR DESAFIO

Construir um currículo e efetuar uma plano de trabalho docente que

atenda igualmente aos sujeitos, seja qual for sua condição social e econômica,

seu pertencimento étnico e cultural e às possíveis necessidades especiais para

aprendizagem. Características essas que devem ser tomadas como

potencialidades para promover a aprendizagem dos conhecimentos que cabe à

escola ensinar, para todos.

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Identificando então um currículo documento e um currículo como

prática, sendo sempre um objeto de análise contínua dos sujeitos da educação,

principalmente a concepção de conhecimento que ele carrega, seja ele vinculado

ao cientificismo, às subjetividades e as experiências vividas pelo aluno, ou um

currículo como configurados da prática, vinculados às teorias críticas. Buscamos

um currículo vinculado as metodologias que priorizem diferentes formas de

ensinar, de aprender e de avaliar. Um currículo que considera a concepção de

conhecimento nas suas diferentes dimensões, científica, filosófica e artística,

enfatizando a importância de todas as disciplinas.

10.6- CONCEPÇÃO TEÓRICA ADOTADA PELA ESCOLA

Nossa escola segue a concepção teórica-crítica, tendência

progressista, adotada pela SEED – Secretaria do Estado da Educação.

Na concepção teórico-crítica de mundo, a educação escolar objetiva

a transformação da sociedade posta e a aula, como unidade da educação escolar,

devem não só preservar a concepção teórico-crítica, mas superá-la e, para isso,

caminhar em direção oposta à teoria, na direção da prática, para também negá-

la, segundo a teoria crítica. Esta contradição entre teoria e prática cria, pela

superação, a práxis crítica que operacionaliza o método da teoria crítica que a

informa.

Dermeval Saviani. cunhou a denominação de “histórico-crítica”

(SAVIANI, 2007) para expressar sua concepção global de educação, com base

no materialismo histórico e dialético. E, ao discutir a Pedagogia histórico-crítica

(SAVIANI, 1997), afirmando que o saber que interessa à educação é aquele que

emerge como resultado do processo de aprendizagem, desenvolvido pelo aluno,

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e que a educação tem que tomar por referência, como matéria prima de sua

atividade, o saber objetivo produzido historicamente, ele aponta para a

necessária e adequada relação do ensino com a aprendizagem e mostra, mesmo

não explicitamente, a necessidade da metodologia de ensino e, portanto, a

relevância da questão metodológica.

O autor, também, apresenta como tarefa a que se propõe a

Pedagogia Histórico- Crítica, em relação à educação escolar, o trabalho

educativo que, segundo Saviani (1997, p.14), assim se desenvolve:

− Identificação das formas mais desenvolvidas em que se expressa o saber

objetivo produzido historicamente, reconhecendo as condições de sua produção

e compreendendo as suas principais manifestações bem como as tendências

atuais de transformação;

− Conversão do saber objetivo em saber escolar de modo a torná-lo

assimilável pelos alunos no espaço e tempo escolares;

− Provimento dos meios necessários para que os alunos não apenas

assimilem o saber objetivo enquanto resultado, mas aprendam o processo de sua

produção bem como as tendências de sua transformação.

Nesta concepção de trabalho educativo, entendido como ação

adequada as finalidades, ele se apresenta como uma proposta intencional de

conversão do saber objetivo em saber escolar de modo a torná-lo assimilável

pelos alunos no espaço e tempo escolares. A ação de converter o saber

produzido pela pesquisa em saber para o ensino, para que o aluno possa

assimilá-lo e torná-lo em saber aprendido, mostra diferentes planos do

conhecimento presentes no trabalho educativo.

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No conceito de trabalho educativo, proposto por Saviani (1997),

acima descrito, se observa os planos do conhecimento que ele engloba e

tratamento teórico diferenciado que eles recebem.

Essa análise da concepção de trabalho educativo tem por objetivo

apontar para a necessidade de se investir na pesquisa teórica da questão

metodológica, como forma de colaborar com o referido autor que, a partir da

década de 80, traz, por intermédio de sua pesquisa, a possibilidade de a escola

brasileira superar as abordagens pedagógicas vigentes. Ele discute a concepção

progressista de educação, sustentada pelo pressuposto básico de

desenvolvimento do homem pela consciência da necessidade de superação das

formas de relações sociais opressivas, mediante a transformação social.

Para Duarte (1999), a corrente educacional apresentada pela

Pedagogia Histórico-Crítica exige propostas pedagógicas concretas, viáveis e

coerentes com o objetivo de contribuir, através da especificidade da prática

pedagógica, para o processo de superação das relações sociais de dominação. As

teorias educacionais críticas precisam passar da crítica à ação, da teoria à prática

fazendo com que fossem se multiplicando os clamores no sentido de que essa

concepção pedagógica se desenvolvesse de modo a exercer um influxo mais

direto sobre a prática específica dos professores na sala de aula.

10.7- MÉTODO DE ENSINO

A dialética é a lógica do movimento, da evolução, da mudança e,

portanto, considera as coisas e os conceitos no seu encadeamento e nas suas

relações mútuas, em ação recíproca.

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Para Novack (2006), a dialética é a lógica da matéria em

movimento e, portanto, a lógica das contradições, porque a evolução é

intrinsecamente autocontraditória. Enfim, a dialética é uma lógica que expressa

um modo de compreender o mundo como realidade concreta e, portanto,

contraditória, dinâmica e dialética e, neste aspecto, torna-se necessário recorrer à

célebre frase de Karl Marx, o concreto é concreto porque é a síntese de múltiplas

determinações, isto é, a unidade do diverso.

Tendo como pressuposto que a teoria dialética explicita a

concepção crítica de mundo e o método dialético, como caminho teórico,

também expressa a visão dialética de mundo e a ontológica do ser social, pode-

se concluir que ambos, teoria e método, permanecem na dimensão teórica e

possibilitam a interpretação da realidade posta. O método, sendo um “caminho

teórico”, não é prático e, assim, não é possível sua transposição in natura para a

prática. O método não responde diretamente a questão metodológica da aula,

mas, constitui-se no fundamento do processo de sua operacionalização, ou seja,

os fundamentos teóricos do método informam o processo da sua passagem para

a prática e, isto, exige uma pesquisa teórica da questão metodológica. Nesta

perspectiva, pode-se inferir que, na educação escolar, a metodologia de ensino

representa a garantia de a teoria crítica ser aplicada na prática da aula,

transformando-a a direção teórica pretendida.

Nesta perspectiva nossa escola usa o método dialético que

representa o caminho teórico que expressa à concepção de mundo como

totalidade. Temos por objetivo apresentar os princípios filosóficos que

sustentam a proposição metodológica “Metodologia da Mediação Dialética” e

permitem a aplicação prática do método e, conseqüentemente, a teoria que o

sustenta.

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Suas categorias são:

Totalidade – compreende a realidade nas suas íntimas leis e revela as conexões

internas e necessárias à compreensão da realidade.

Movimento - processo de permanente mudança: o devir ou o “vir a ser” do

mundo, como totalidade;

Contradição – luta dos contrários na processualidade histórica: superação ou

momento predominante.

Superação - solução da contradição, a elaboração de sínteses que permite a

passagem de um estado a outro (os termos em relação são opostos e

antagônicos);

Momento predominante: a contradição se “realiza e se resolve”, ela não é

excluída ou minimizada, mas se torna permanente, não implicando nem

equilíbrio entre os termos, nem superação definitiva de um pelo outro;

Mediação – categoria exclusiva do ser social, que se explica pelas categorias de

análise do método dialético que a sustenta.

Constitui, assim, uma postura, um enfrentamento da realidade na

busca de compreendê-la em sua totalidade (concretude), o próprio movimento

dialético do real.

A proposição teórico-metodológica da "Metodologia da Mediação

Dialética" é uma totalidade que envolve a operacionalização/aplicação do

método dialético, a transformação do conceito científico em conceito para o

ensino (conteúdo de ensino), a explicação dos processos de ensino e de

aprendizagem e as relações entre ambos, em uma aula. É um todo (totalidade

mais abrangente) formado de etapas (totalidade menos abrangente), partes que

se articulam entre si e com o todo: o Resgatando, o Problematizando, o

Sistematizando e o Produzindo.

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Resgatando - Resgatar é buscar, “momentaneamente e

provisoriamente” um mesmo ponto de partida para o início do processo de

ensino e de aprendizagem, em uma aula, o plano do imediato do saber do aluno.

Por intermédio de diferentes linguagens, os alunos expressam suas idéias iniciais

sobre o conceito a ser trabalhado. É a representação do todo que, ainda de forma

confusa, o aluno elaborou em sua vida cotidiana (plano do imediato). O

professor, que estudou o conceito científico, como totalidade, investigando seus

nexos internos e os externos, em relação ao contexto (plano do mediato),

compara os dois planos e depreende a contradição que se estabelece entre eles,

podendo, então, transformá-la em problematização, uma situação de ensino.

Problematizando - Problematizar é colocar o aluno em uma

situação de ensino desafiadora capaz de levá-lo a compreender as diferenças

entre seu conhecimento (plano do imediato) e o conhecimento trabalhado pelo

professor (plano do mediato): é a consciência de que precisa aprender. A

problematização explicita as diferenças entre estes planos, tensionando-os pela

contradição, estimulando o aluno a buscar soluções para a questão-problema.

Essa situação o leva a perceber que seus conhecimentos iniciais não são

suficientes para elaborar a resposta suscitada, gerando motivações e criando

possibilidades de investigação e busca de novas relações. A atividade

problematizadora é elaborada pelo professor, quando ele compara o conteúdo de

ensino preparado com as representações dos alunos, depreende a contradição

entre ambos e transforma-a em questão-problema. A referida atividade, para ser

percebida e compreendida pelo aluno, precisa não facilitar e nem dificultar o seu

entendimento.

Sistematizando - Sistematizar é compreender os nexos e as

relações do conceito, como totalidade. Para o aluno elaborar as idéias no plano

do mediato, o professor precisa desenvolver situações de ensino que

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possibilitem ao aluno compreender as relações de sentido entre aspectos do seu

conhecimento imediato e elementos do conhecimento mediato pretendido. Essa

comunicação, promovida pelo professor, favorece a explicitação dos aspectos da

problematização, a discussão do conhecimento científico a eles relacionado,

potencializando a superação do imediato no mediato e a elaboração de sínteses.

Produzindo - Produzir é o momento de o aluno expressar as

sínteses cognitivas elaboradas no desenvolvimento da “Metodologia da

Mediação Dialética”. Para o aluno expressar suas idéias elaboradas, os

conceitos, o professor desenvolve situações de ensino. É o ponto de chegada do

processo de ensino, um conhecimento provisório que se torna imediatamente

novo ponto de partida, constituindo-se em etapa imprescindível para avaliar o

referido processo.

10.8- PRÁTICAS ADOTADAS PELA ESCOLA

Atualmente é visível em nossa escola a prática da gestão

democrática, todas as decisões são tomadas juntamente com o coletivo da

escola, algumas no âmbito geral, envolvendo Conselho Escolar e APMF, outras

no âmbito específico com o grupo de cada setor, seja ele administrativo, serviços

gerais ou pedagógico.

A prática adotada na área pedagógica vem contemplar as Leis,

Instruções, Resoluções, enfim documentos sugeridos pela SEED- Secretaria de

Estado da Educação, tendo como referencial principal as Diretrizes Curriculares

da Educação Básica.

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Ao definirmos qual formação queremos proporcionar aos sujeitos

da escola pública, optamos por pensar qual o tipo de participação que lhes

caberá na sociedade. Por isso, as reflexões sobre currículo têm, em sua natureza,

um forte caráter político. Assim propomos uma reorientação na política

curricular com o objetivo de construir uma sociedade justa, onde as

oportunidades sejam iguais para todos.

Assumimos então a prática de um currículo disciplinar, significa

dar ênfase à escola como lugar de socialização do conhecimento, pois essa

função da instituição escolar é especialmente importante para os estudantes das

classes menos favorecidas, que tem nela uma oportunidade, algumas vezes a

única, de acesso ao mundo do conhecimento científico, da reflexão filosófica e

do contato com a arte.

Os conteúdos disciplinares são tratados na escola de modo

contextualizado, estabelecendo, entre eles, relações interdisciplinares e

colocando sob suspeita tanto a rigidez com que tradicionalmente se apresentam

quanto o estatuto de verdade atemporal dado a eles. Nesta perspectiva,

propomos que tais conhecimentos contribuam para a critica às contradições

sociais, políticas e econômicas presentes nas estruturas da sociedade

contemporânea e propiciem compreender a produção científica, a reflexão

filosófica, a criação artística, nos contextos em que elas se constituem.

Adotamos uma concepção de escola que orienta para uma

aprendizagem específica, colocando em perspectiva o seu aspecto formal e

instituído, o qual diz respeito aos conhecimentos historicamente sistematizados e

selecionados para compor o currículo escolar.

43

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Nesse sentido, nossa escola incentiva a prática pedagógica

fundamentada em diferentes metodologias, valorizando concepções de ensino,

de aprendizagem e de avaliação que permitam aos professores e estudantes

conscientizar-se da necessidade de uma transformação emancipadora.

10.9- POLÍTICAS E ESTRATÉGIAS

Esperamos que a comunicação favoreça a aproximação

escola/escola e escola/família:

- Tornando a escola um espaço prazeroso;

- Divulgando as programações da escola;

- Intensificando a relação família/escola;

- Promovendo o diálogo dentro e fora da escola;

- Aumentando o intercâmbio entre os profissionais da escola;

- Promovendo momentos de convivência que facilitam a cumplicidade e

o desenvolvimento pleno do aluno;

- Ampliando a participação da sociedade.

Esperamos que a consciência crítica nos leve à descoberta de

caminhos para o aprimoramento individual e social:

- Proporcionando o exercício livre e democrático da crítica e autocrítica;

- Discutindo questões ligadas a preconceitos e discriminações;

- Acatando as decisões tomadas por consenso;

- Resgatando valores cívicos, ecológicos, culturais e históricos;

- Promovendo a interdisciplinaridade.

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10.10- QUADRO DE FUNCIONÁRIOS

Somos 62 funcionários divididos em:

Diretor (01)

Helena Timiyo Miyaji

Vice-diretor (01)

Izabel Aparecida dos Santos Michelin

Equipe Pedagógica (04 pedagogas)

Cidinéia de Fátima Lucas Laurindo

Lisandra Labegalini Maltempe Câmara

Vanderléia Pereira dos Santos

Vânia dos Santos

Professores Ensino Regular (42)

Ademir Lucchetti

Ana Claudia Vicentin

Ângela Batista Prado

Ângela Dias Soares Tavares

Carla Aparecida Coccia dos Santos

Célia Aparecida Teixeira

Eliana Aparecida da Silva

Elaine Travagli

Ellen Tatiane Protano

Elenir Rosa Tenório Lemes

Eliza Cristina Henning Alves

Flávio Davi dos Passos Freitas

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Francieli Aparecida Custódio

Giana da Silva Arantes

Ilenilda Martins da Silva

Izabel Aparecida dos Santos Michelin

Judite Gralak Pereira

Laudicéia da Silva Simões Cécere

Lina Aparecida do Nascimento

Lourdes da Silva Tschmerijza

Luciana Dias dos Santos

Lucinda de Jesus Silva Farinazzo

Lílian Rodrigues

Maria Bernardina da Silva

Maria Neide dos Passos

Márcia Telles Ribeiro

Marcilei Alves de Oliveira

Marina Palma Pereira da Silva

Mariana Aparecida Barbosa

Mônica Rivoli

Nair Krause Taucher

Natalina Vieira da Luz Minatelle

Nelma Miskalo Barbosa

Renata dos Santos Figueiredo

Rosimérie Vargas Prudêncio

Rosimary Porto

Simone da Silva Godoy

Sonia Regina da Silva Berti

Teresa Aparecida Domingues Pereira

Tatiane Yrkiy

Vera Lucia Pereira

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Vilma Macário

Professor Sala de Recursos (01)

Eliana Aparecida da Silva

Professores Sala de Apoio à aprendizagem (03)

Língua Port. - Terezinha de Oliveira Boro

Matemática – Elaine Travagli

Matemática – Renata dos Santos Figueiredo

Professores do Programa Viva Escola (04)

Programa Viva Escola- ( Atividades Literárias) – Mônica Rivoli

Programa Viva Escola ( Musicas) - Simone da Silva Godoy

Programa Viva Escola _(Esportes) _ Ellen Tatiane Protano

Programa Viva Escola _(Danças) _ Giana da Silva Arantes

Agente Educacional I (09)

Célia Maria Pinheiro Garcia

Eni Alves Custódio

Geralda Zenaide Piva Clementino

Inês de Oliveira Souza

José Castelani

Leocélia Lopes Novaes

Maria Antonia R. Oliviak

Maria José Ribeiro Miotti

Zélia de Paula Oliveira

Agente Educacional II (05)

Bento Medeiros Cavalcante

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Elizete Pereira Rodrigues

Ivone de Souza Lessak

Marcio Aparecido Motta

Wanda Motta Pereira

O Quadro dos Funcionários da Educação Básica da Rede Pública

Estadual do Paraná é integrado pelos cargos de Agente Educacional I e Agente

Educacional II, com suas respectivas atribuições.

O Agente Educacional I

Tem suas atribuições definidas no Anexo I da lei nº123/97 e poderá

realizar sua qualificação profissional em ou mais das seguintes áreas de

concentração:

I – manutenção de infra-estrutura escolar e preservação do meio ambiente;

II – alimentação escolar;

III – interação com o educando.

Para o ingresso no cargo de Agente Educacional I é exigido ensino fundamental

completo.

O Agente Educacional II

Tem suas atribuições definidas no Anexo II da lei nº123/97 e

poderá realizar sua qualificação profissional em ou mais das seguintes áreas de

concentração:

I – administração escolar;

II – operação de multimeios escolares.

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Para o ingresso no cargo de Agente Educacional II é exigido ensino médio

completo.

10.11- PERFIL DOS ALUNOS

Temos atualmente 543 alunos matriculados em nossa escola, sendo

110 residentes na zona rural e utilizam transporte escolar.

Deste total de alunos matriculados 251 recebem bolsa família,

caracterizando assim como sendo a maioria de classe baixa.

A maioria dos pais possuem o ensino fundamental incompleto.

Outro dado relevante é que um número significativo dos alunos reside

com avós ou outros familiares que não sejam pai ou mãe.

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10.12- MOVIMENTO E RENDIMENTO ESCOLAR

No ano de 2007 nossa escola concluiu o ano letivo com o seguinte

gráfico do movimento e rendimento escolar:

Gráfico do Movimento e Rendimento Escolar de 2007

Total de alunos

matriculados

APROVADOS REPROVADOS DESISTENTES TRANSFERIDOS

706 580 53 28 45

  Aprovado Reprovado Desistentealunos apro- rep.trans e dês. 580 653 678 661alunos: rep.des.transf 126 53 28 45Total de aluno 706 706 706 706  82,15%        

    7,51% 3,97% 6,37%  

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Gráfico do Movimento e Rendimento Escolar de 2008

Total de alunos

matriculados

APROVADOS REPROVADOS DESISTENTES TRANSFERIDOS

685 543 62 46 34

  Aprovado Reprovado Desistentealunos aprovados 543 623 639 651alunos: rep.des.transf 142 62 46 34Total de aluno matric 685 685 685 685  79,27%            9,05% 6,72% 4,96%  

Durante o ano letivo de 2008 consideramos que o rendimento

escolar foi satisfatório, avançamos na maneira de avaliar através da observação e

recuperação paralela de conteúdos. Neste ano foram muitas as reuniões de

professores, direção, equipe pedagógica, pais, a fim de analisar o

desenvolvimento escolar, propor soluções para os problemas enfrentados.

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Gráfico do Movimento e Rendimento Escolar de 2009

Total de alunos

matriculados

APROVADOS REPROVADOS DESISTENTES TRANSFERIDOS

641 543 37 29 32

No ano de 2009 foram vários os trabalhos desenvolvidos para a

melhoria do processo de ensino aprendizagem:

- Formação Continuada com todos os professores;

- Reuniões Pedagógicas;

- Pré-conselho, Conselho de Classe e Pós-conselho;

- Reuniões de Pais;

- Uso da hora-atividade para formação continuada;

- Replanejamento e troca de experiências durante a hora atividade;

- Encaminhamento de alunos quando necessário, para apoios especializados,

Sala de Recursos para as séries finais do Ensino aprendizagem para alunos da

5ªsérie/6ºano;

- Acompanhamento dos alunos que reprovaram de ano em 2008.

10.13 - AÇÕES DESENVOLVIDAS

Em conjunto com a direção, a equipe pedagógica, corpo docente,

discente, pais e responsável foi realizado diversas atividades, a fim de melhorar

o rendimento e movimento escolar:

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- Pré-conselho de classe análise do rendimento da turma, aplicação de auto-

avaliação para os alunos e professores envolvendo questões que precisam ser

refletidas durante o processo de ensino-aprendizagem, levantamento dos

alunos que estão com dificuldade para aprender;

- Conselho de classe com todos os professores, observando o geral e não o

individual, levando os pontos positivos e negativos de cada turma e

analisando a ficha individual dos alunos onde consta seu rendimento e

observações;

- Pós –conselho de classe, análise dos gráficos sobre o rendimento da turma,

exposição do resultado da auto-avaliação realizada no pré-conselho,

intervenções, orientações e encaminhamentos nos casos que foram

levantados durante o pré-conselho de classe;

- Orientações individuais e em sala de aula para os alunos;

- Reunião de pais a cada três meses; nesta reunião a equipe pedagógica atende

pais de alunos que apresentam dificuldades de aprendizagem e os professores

atendem alunos com notas acima da média);

- Reunião de pais e filhos (somente aqueles que estão com defasagem de

aprendizagem);

- Exposição dos gráficos do rendimento escolar para cada série;

- Encaminhamento de alunos quando necessário, para apoios especializados:

Sala de Recursos para as séries finais do Ensino Fundamental, Sala de apoio

à aprendizagem para alunos da 5ªsérie/6ºano;

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- Formação Continuada com todos os professores;

- Reuniões Pedagógicas;

- Uso da hora-atividade para formação continuada;

- Replanejamento e troca de experiências durante a hora atividade;

- Acompanhamento dos alunos que reprovaram no ano anterior, através de

orientações e encaminhamentos.

10.14- ATENDIMENTOS OFERECIDOS PELA ESCOLA

A Escola oferta o Ensino Fundamental de 5ªsérie/ 6ºano a 8ª

série/9ºano, de freqüência mista, nos turnos, matutino, vespertino e noturno.

Programa Viva a Escola, Sala de Apoio à aprendizagem, Sala de Recursos.

Horário de entrada e saída dos alunos nos diferentes períodos é:

Matutino – início: 7h30m – término: 11h50m

Vespertino – início: 13h30m – término: 17h50m

Noturno – início: 18h50m – término: 23h

Os períodos acima citados são divididos em 5 (cinco) aulas de 50

(cinqüenta) minutos cada.

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10.14.1- Programa Viva Escola

A partir de 2009 o programa Viva Escola faz parte das atividades

da escola. Trata-se de atividades de complementação curricular, com abordagem

disciplinar originada a partir das necessidades identificadas pelo coletivo da

escola, em horários alternativos aos de aula, indo de encontro ao princípio da

escola integral. O Viva Escola se propõe a dar atendimento aos estudantes no

horário contrário ao turno em que atualmente freqüentam o ensino regular. O

programa possibilita o desenvolvimento de atividades artísticas, culturais,

científicas, esportivas e mesmo de aprendizagem no interior da escola, fato que

direciona a igualdade de oportunidades aos alunos.

No ano de 2010 ofertamos como Complementação Curricular o

Programa Viva Escola, com atividades do conhecimento expressivo-corporal

(esporte e dança), Científico-Cultural (atividades literárias e música).

Todas as atividades são ofertadas com o total de quatro horas aula

semanais, em contra-turno ao período de matrícula no ensino regular dos alunos.

V I V A E S C O L A

Atividades Período Alunos matriculados

Dança Manhã 25

Literatura Manhã 25

Esportes Tarde 25

Música Tarde 24

TOTAL 99

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10.14.2- Programa de Sala de Apoio à Aprendizagem

Em conformidade com o que expressa a Secretaria de Estado da

Educação do Paraná – SEED, quanto à implementação do Programa de Sala de

Apoio à Aprendizagem, respaldada na Instrução Conjunta N° 04/04 –

SEED/SUED/DEF, a Escola Estadual Humberto de Alencar Castelo Branco,

oferta Salas de Apoio à Aprendizagem com o objetivo de atender às defasagens

de aprendizagem apresentadas pelos alunos que freqüentam a 5ª Série/6º Ano do

Ensino Fundamental.

O programa prevê o atendimento aos alunos no contraturno, nas

disciplinas de Língua Portuguesa e Matemática, com o objetivo de trabalhar as

dificuldades referentes à aquisição dos conteúdos de oralidade, leitura, escrita,

bem como às formas espaciais e quantidades nas suas operações básicas e

elementares, cálculos matemáticos.

Atualmente oferecemos os seguintes atendimentos:

SALA DE APOIO À APRENDIZAGEM

Atividades Período Alunos matriculados

Língua Portuguesa Manhã 15

Matemática Manhã 14

Língua Portuguesa Tarde 11

Matemática Tarde 12

TOTAL 52

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10.14.3- Sala de Recursos

A Sala de Recursos nas séries finais do Ensino Fundamental, na

área da Deficiência Intelectual e/ou Transtornos Funcionais Específicos. Está

estabelecida na Instrução Nº 013/08 da SUED/SEED, é um serviço

especializado, de natureza pedagógica que apoia e complementa o atendimento

educacional realizado em Classes Comuns do ensino Fundamental de 5ª

série/6ºano a 8ª série/ 9º ano. Destina-se aos alunos que apresentam Deficiência

Intelectual e/ou Transtornos Funcionais Específicos. O ingresso do aluno na

Sala de Recursos se dá a partir da Avaliação no Contexto Escolar, realizada pela

Equipe Técnico Pedagógica, Professor Especializado da sala de recursos,

professores da sala de aula regular e Psicóloga, ou por casos que tenham laudos

médicos com diagnóstico que se enquadram na Deficiência Intelectual e /ou

Transtornos Funcionais Específicos. O atendimento é realizado individualmente

ou em pequenos grupos, obedecendo a um cronograma, previamente

estabelecido, que determina de dois a quatro atendimentos semanais, de acordo

com a necessidade apresentada.

O trabalho nesta Sala de Recursos dá ênfase:

- na área do desenvolvimento cognitivo, sócio-afetivo-emocional e motor;

- na área do conhecimento;

- linguagem oral e escrita;

- cálculos matemáticos;

Desenvolve uma metodologia diferente da realizada em sala de aula

regular, sempre através de atividades lúdicas, atendimentos individualizados,

com recursos concretos e midiáticos.

Atualmente atendemos da seguinte forma:

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SALA DE RECURSOS NA ÁREA DA DEFICIÊNCIA INTELECTUAL

E/OU TRANSTORNOS FUNCIONAIS ESPECÍFICOS.

Período Alunos matriculados

Tarde 11

Além desses programas oferecidos pela SEED, temos duas

atividades na escola realizadas com a ajuda de parcerias:

10.14.4- Aulas de Violão

Projeto iniciado por uma de nossas professoras, em 2007 e

atualmente vem sendo dado continuidade por alunos da própria escola que

ministram aulas para outros alunos no período contrário as aulas regulares.

10.14.5- Roda de Terapia Comunitária

Realizada em parceria com o CRAS – Centro de Referência a

Assistência Social, esse trabalho consiste em reuniões com uma psicóloga que

direciona conversas, dinâmicas, orientações, discussões sobre diferentes temas,

considerados importantes para o bom desenvolvimento dos alunos participantes.

Esse trabalho teve início neste ano e o convite para participar foi feito para todos

os alunos da escola. Atualmente temos dois grupos, que se reúnem uma vez por

semana no período contrário as aulas regulares.

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11 - MARCO CONCEITUAL

11.1- A SOCIEDADE QUE QUEREMOS AJUDAR A CONSTRUIR

Queremos ajudar a construir uma sociedade pautada na concepção

teórico-crítica de mundo, em que a educação escolar tem como objetivo a

transformação da sociedade posta, isto é a construção de uma sociedade justa,

quanto à sua natureza; solidária, quanto à sua organização; a serviço da vida e da

esperança, quanto à forma de agir. Queremos ajudar a construir uma sociedade

que:

- Respeite os direitos individuais e sociais de cada cidadão,

independentemente da idade, sexo, etnia, escolaridade, religião ou

deficiência;

- Respeite a diversidade étnica-social, econômica, educacionais e

culturais;

- Busque combater o racismo e as discriminações que atingem os

diferentes grupos sociais, excluindo qualquer forma de discriminação

que possa vir acontecer;

- Valorize os diferentes tipos de culturas, Cultura Afro-brasileira e

Africana, Indígena, do campo, etc;

- Ofereça condições de atendimento às necessidades de saúde,

moradia, trabalho, educação e lazer, para que todos possam viver

com dignidade;

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- Compreenda os avanços e mudanças tecnológicas usando-as para o

benefício e desenvolvimento;

- Garanta um poder legislativo, executivo e judiciário voltado para o

bem de todos, fundamentado na justiça, no direito e na verdade;

- Tenha uma escola de qualidade, que forme educandos que ajudem na

transformação emancipadora d a sociedade;

- Desenvolva em todos a consciência crítica para o exercício de seus

próprios deveres e direitos;

- Crie espaços de participação para que todos os cidadãos possam

prestar sua contribuição na organização sócio-econômica e política;

- Promova a socialização do saber e o engajamento de todos na busca

de uma sociedade democrática;

- Favoreça o desenvolvimento constante das pessoas, conforme suas

aptidões e seus interesses, valorizando a liberdade de expressão;

- Preocupe-se com o ser humano e o meio ambiente, zelando,

denunciando e se organizando contra todas as formas de violência;

- Comprometa-se ética e moralmente com os anseios e necessidades

dos cidadãos, não tolerando a corrupção, a inércia e a omissão de

seus representantes;

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- Valorize o trabalho, buscando uma economia mais humana e

solidária, com primazia da vida;

- Desenvolva o espírito de companheirismo superando todo tipo de

discriminação;

- Compartilhe seus dons para auxiliar os menos favorecidos;

- Organize os meios de comunicação a serviço da informação

democrática e da verdade;

- Liberte-se da ganância e converta-se a uma convivência de

fraternidade e paz;

- Respeite, assuma e promova a vida, em todas as suas formas,

estágios e situações;

- Desenvolva em todos, através da educação, a consciência ecológica

que nos leva a cuidar do meio ambiente, de nossa saúde, de nosso

desenvolvimento individual, comunitário e social;

- Trabalhe com entusiasmo, alegria, felicidade e segurança na

construção da convivência social;

- Promova diálogo com seus diferentes setores, buscando formar a

consciência moral de seus cidadãos.

11.2 - A PESSOA QUE QUEREMOS FORMAR

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Seguindo a concepção teórica da Pedagogia Histórico-Crítica,

queremos através de ações didático-pedagógicas instrumentalizar nossos alunos,

(momento em que o professor, por meio da ação docente transmite aos

educandos os conhecimentos científicos construídos pela humanidade de forma

a libertá-los do estado de ignorância, e consequentemente das diferenças sociais

em que vivem).

Queremos que ocorra uma apropriação dos instrumentos teóricos e

práticos, por parte dos alunos. Uma transmissão e assimilação de

conhecimentos, de uma nova forma de apropriação do saber, através da

interação dos indivíduos entre si, enquanto sujeitos sociais, e da relação destes

com o todo social no processo de aquisição dos conhecimentos escolares.

Gasparin (2003, p.54)

Para que isso aconteça, é imprescindível o papel do professor,

enquanto mediador deste processo, pois por meio de sua ação docente, planejada

de forma dinâmica e disponibilizada de recursos necessários para o processo de

aprendizagem, é que o aluno incorpora os conhecimentos científicos.

Queremos uma ação pedagógica e ao mesmo tempo política, pois

estamos nos referindo ao momento de apropriação dos conhecimentos

científicos, pelas camadas populares, das ferramentas culturais necessárias à luta

social para superar a condição de exploração em que vivem.

Queremos que à efetiva incorporação dos conteúdos pelos

educandos se configure em elementos ativos para a transformação social.

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O educando deverá ser capaz de manifestar a que conclusão chegou

sobre o conhecimento desenvolvido, seu novo entendimento sobre o conteúdo e

por meio da produção do conhecimento, que faz parte do processo pedagógico,

irá expressar sua nova visão de mundo.

Queremos formar cidadãos que alterem qualitativamente sua

realidade vivida, isto é propiciar ao educando uma nova maneira de

compreender a realidade e agir sobre ela.

11.3 - A EDUCAÇÃO QUE QUEREMOS ASSUMIR

A educação escolar é produto do trabalho humano históricamente

determinado analisando-a à luz dos pressupostos da Pedagogia Histórico-Crítica

a qual tem seu fundamento epistemológico assentado no materialismo histórico

dialético.

A teoria pedagógica histórico-crítica foi criada por Saviani para dar

aos educadores alguma perspectiva, para lhes oferecer uma alternativa. Ela parte

do pressuposto de que é viável, mesmo numa sociedade capitalista, "uma

educação que não seja, necessariamente, reprodutora da situação vigente, e sim

adequada aos interesses da maioria, aos interesses daquele grande contingente

da sociedade brasileira, explorado pela classe dominante" (p.94).

Segundo Saviani, a Pedagogia Histórico Crítica, embora

"consciente da determinação exercida pela sociedade sobre a educação", fato

que a torna crítica, acredita que "a educação também interfere sobre a sociedade,

podendo contribuir para a sua própria transformação" (p.94), fato que a torna

histórica.

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Eis a natureza da educação. Porém, é importante exemplificar a

partir de Saviani (2005, p. 12-13):

(...) se a educação não se reduz ao ensino, é certo, entretanto, que ensino é educação e, como tal, participa da natureza própria do fenômeno educativo. Assim, a atividade de ensino, a aula, por exemplo, é alguma coisa que supõe, ao mesmo tempo, a presença do professor e a presença do aluno. Ou seja, o ato de dar aula é inseparável da produção desse ato e de seu consumo. A aula é, pois, produzida e consumida ao mesmo tempo (produzida pelo professor e consumida pelos alunos).

Com relação à especificidade da educação parte-se do pressuposto

de que, “(...) o que não é garantido pela natureza tem que ser produzido

historicamente pelos homens, e aí se incluem os próprios homens” (SAVIANI,

2005, p.13).

Este pressuposto torna evidente que é o trabalho educativo é “(...) o

ato de produzir, direta e intencionalmente, em cada individuo singular, a

humanidade que é produzida historicamente e coletivamente pelo conjunto dos

homens” (SAVIANI, 2005, p.13).

Nesta perspectiva, pode-se considerar que o objeto da educação

está relacionado de um lado, “à identificação dos elementos culturais que

precisam ser assimilados pelos indivíduos da espécie humana para que eles se

tornem humanos” (SAVIANI, 2005, p. 13) e; por outro lado, “à descoberta das

formas mais adequadas para atingir este objetivo”

Em tese, a educação escolar constitui-se na prática que possibilita a

passagem do conhecimento do senso comum (conhecimento sincrético) ao

conhecimento elaborado, sistematizado (conhecimento sintético).

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Nas palavras de SAVIANI (2005, p. 22) pode-se concluir

esclarecendo, em resumo, a especificidade da educação:

(...) a compreensão da natureza da educação enquanto um trabalho não material, cujo produto não se separa do ato de produção, permite-nos situar a especificidade de educação como referida aos conhecimentos, idéias, conceitos, valores, atitudes, hábitos, símbolos sob o aspecto de elementos necessários à formação da humanidade em cada indivíduo singular, na forma de uma segunda natureza, que se produz, deliberada e intencionalmente, através de relações pedagógicas historicamente determinadas que se travam entre os homens.

Saviani vê na educação um importante meio de contribuição para se

atingir um fim. Historicamente a educação se apresenta como condicionada

pelos determinantes materiais. Ela faz parte da superestrutura que tem por base

uma infra-estrutura que corresponde ao modo de produção vigente num

determinado momento histórico.

É importante frisar que, a educação não transforma direta e

imediatamente a sociedade. Ela vai agindo sobre os sujeitos da prática de modo

indireto e mediato (SAVIANI, 2003).

A educação, portanto, é vista como um meio para alcançar a

hegemonia, que de acordo com SAVIANI (2005) significa a apropriação pela

classe trabalhadora dos conhecimentos acumulados pela classe dominante, mas

que, no entanto, não são inerentes a ela. Isso significa dizer que a conquista da

hegemonia por parte da classe proletária é a conquista de determinados

elementos e conhecimentos que também lhe são de direito, sendo eles:

consciência política, social e econômica, coerência e concepção de mundo

elaborada, através da socialização da educação, da saúde, da dignidade da

moradia, vestuário etc. de forma igualitária, de qualidade e para todos.

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Sabemos que o ser humano é o sujeito principal da construção da

sociedade e por conseguinte, da história, portanto, queremos que este homem

busque a verdade, que tenha ideais e objetivos definidos, e que seja agente

transformador.

Para isso faz-se necessário uma educação envolvida e comprometida

com:

- a construção conjunta do conhecimento;

- a comunicação interpessoal, a participação e o compromisso ético de

todos os envolvidos no processo educativo;

- a formação da cidadania consciente, responsável pela convivência

social e pela preservação da vida;

- as mudanças sociais alicerçadas em valores morais;

- a formação do sujeito questionador, crítico e participativo, capaz de

decidir com justiça e se colocar a serviço do próximo;

- a partilha de conhecimentos, sentimentos e experiências;

- a formação de pessoa livre, solidária e sensível;

- a contextualização do conhecimento, para que de forma dinâmica e

criativa o ato de ensinar e aprender seja significativo;

- o trabalho interativo, interdisciplinar e globalizado;

- o reconhecimento profundo do mundo em que vivemos, para que,

através do olhar reflexivo, possamos transformá-lo de forma

emancipadora, tornando-o menos individualista, mais humanitário e

ecologicamente sustentável;

- a valorização de nossa cultura e o respeito a nossa história

resgatando os valores cívicos.

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Queremos uma sociedade mais justa, humana, fraterna e

democrática, com homens críticos, politizados, de ampla visão de mundo,

capazes de superar os preconceitos sociais, uma sociedade em que todos

usufruam dos direitos e deveres presentes na Constituição Brasileira, que usem o

saber/conhecimento como instrumento de emancipação. Partindo desses

pressupostos, defendemos uma sociedade em que valores como solidariedade,

fraternidade e honestidade, devem transcender as barreiras do individualismo,

pois a cada momento de nossas vidas, estamos juntos construindo a nossa

história, buscando liberdade e a felicidade desejada por todos. Para isso estamos

empenhados em desenvolver uma educação que faça as pessoas valoriza sua

época de vida e o meio ambiente em que vivem, para poder atuar positivamente

na sociedade, praticando a cidadania com responsabilidade.

11.4 - A ESCOLA QUE QUEREMOS SER

Queremos uma escola vista como o espaço do confronto e diálogo

entre os conhecimentos sistematizados e os conhecimentos do cotidiano popular,

fontes sócio-históricas do conhecimento em sua complexidade.

É sabido que a sociedade capitalista se caracteriza pela divisão em

classes: burguesia e proletariado. Desta divisão decorre a divisão social do

trabalho e do conhecimento. A escola não escapa a estes determinantes sociais.

Por isso ela pode servir para a reprodução ou para a transformação. Nesta

perspectiva é imprescindível que a classe do proletariado assimile “(...) os

instrumentos pelos quais ele possa se organizar para se libertar dessa

exploração” (SAVIANI, 2003, p. 56).

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A classe dominada precisa dispor do saber/ conhecimento

historicamente produzido, o qual, a classe dominante já dispõe e o usa, a fim de

perpetuar a dominação; assim a classe dominada pode fazer do

saber/conhecimento, um instrumento de emancipação. Obviamente então que,

“(...) dominar o que os dominantes dominam é condição de libertação”

(SAVIANI, 2003, p.55).

A escola não se resume a um segmento social isolado. Ela faz

parte de uma engrenagem social maior e, por isso deve agir de maneira a

condicionar uma formação pluridimensional e democrática, alicerçada em ações

coletivas que proporcionem a compreensão das complexidades do mundo

contemporâneo, atendendo para o contexto global e também para as

especificidades locais.

Trata-se de explicitar a identidade da escola; de enfatizar sua

missão e seus objetivos de ação contextualizando o momento histórico

vivenciado. Pressupõe um trabalho voltado para uma Filosofia de Educação que

contemple as múltiplas dimensões do homem, enquanto sujeitos sociais

individuais e coletivos; iguais e distintos; contemplando e valorizando as

diferenças individuais e acenando para o respeito à diversidade cultural.

A consolidação do conhecimento se dá pela atenção à uma

concepção progressista que fomente a interdisciplinariedade e a

transversalidade, com vistas à construção pluralista do saber/conhecimento,

partilhando idéias, fortalecendo a ação coletiva, garantindo direitos legais e

priorizando o desenvolvimento físico, psíquico, e intelectual, possibilitando a

aquisição de convicções fundamentais para a transformação social.

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Queremos ser uma escola que mantenha seus ideais pautados numa

educação crítica, transformadora emancipadora, que forme cidadãos plenos de

valores intelectuais, políticos, sociais, ecológicos, éticos, onde a união e o

companheirismo sejam os suportes de um trabalho integrado, respeitando as

diversidades intelectuais e culturais.

11.5 - CONCEPÇÃO DE SOCIEDADE

A origem da palavra sociedade vem do latim Societas, uma

“associação aistosa com outros”. Societas é derivado de socius, que significa

ompanheiro e assim o significado de sociedade é intimamente relacionado

àquilo que é social. Está implícito no significado de sociedade que seus

membros compartilham interesse ou preocupação mútuas sobre um objetivo

comum.

A sociedade atual encontra-se em uma encruzilhada, em um novo

momento em que velhos e antigos paradigmas estão sendo abertamente

discutidos e outros teimam a tentar se construir. Pela primeira vez em século de

convivência humana, essa convivência nunca esteve tão estreitamente ligada e

se relacionando em âmbito até então compartimentados a certas “sociedades”

específicas. O processo de Globalização das informações da economia, da

cultura, muitas vezes causa estranheza e certos “valores ou condutas sociais”

parecem perder o sentido. Mas isso é e deve ser apenas impressão. Afinal, a

sociedade deve continuar se construindo sobre bases até mesmo milenares,

como a compreensão do que é ser, no sentido, de se conhecer humano, solidário,

cooperador, construtor e transformador dessa mesma sociedade quando

necessário.

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Segundo, Durkheim o homem necessita ser preparado para a sua

vida na sociedade. Este processo é realizado pela família e também pelas escolas

e universidades. Sendo assim, o objeto da sociologia é o fato social, e a

educação é considerada como o fato social, que permitirá uma maior integração

do indivíduo e também permitirá uma forte identificação com o sistema social.

Apesar de diferenças que separam as correntes sociológicas, existe

entre elas um ponto de encontro: a educação constitui um processo de

transmissão cultural no sentido amplo do termo (valores, normas, atitudes,

experiências, imagens, representações) cuja função principal é a reprodução do

sistema social. Conforme o pensamento de Durkeim, longe de a educação ter por

objeto único e principal o indivíduo e seus interesses, ela é antes de tudo o meio

pelo qual a sociedade renova perpetuamente as condições de sua própria

existência. A sociedade só pode viver se dentre seus membros existir uma

suficiente homogeneidade. A educação perpetua e reforça essa homogeneidade,

fixando desde cedo na alma da criança as semelhanças essenciais que a vida

coletiva supõe.

A Escola deve vir munida de estratégias que permitam o

aluno apropriar-se do saber/conhecimento científico produzido pela sociedade,

para que através desta apropriação se emancipe e transforme sua realidade,

construindo uma sociedade que transmite pela igualdade de direitos e deveres e

pelas oportunidades de sobrevivência, um avanço na melhoria de vida,

favorecendo e respeitando a cultura, raça, origem, credo, sexo, enfim as

diversidades culturais e intelectuais existentes.

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11.6 - CONCEPÇÃO DE CULTURA

A cultura é resultado das experiências adquiridas pelo homem ao

longo do tempo. Experiências ocorridas em contato com a natureza utilizando

meios de subsistência. É definida como um sistema de signos e significados

criados pelos grupos sociais. Ela se produz “através da interação social dos

indivíduos, que elaboram seus modos de pensar e sentir, constroem seus valores,

manejam suas identidades e diferenças e estabelecerem suas rotinas”, como

ressalta Isaura Botelho (2001,p2).

Quando nos referimos a cultura, não queremos todavia, significar

que ela não ultrapasse os limites da chamada cultura letrada. Temos para nós

que a cultura é muito mais do que aquilo que a escola transmite e até muito mais

do que aquilo que as sociedades determinam como valores a serem preservados

através da educação. Podemos afirmar com Max Scheler que “cultura é

humanização”. E humanização, aqui, se refere ao “processo que nos faz

homens”, quanto ao fato de que os bens culturais também se humanizam. A

história do homem, como história da cultura, é assim, “o processo de

transformação do mundo e simultaneamente do homem”.

As instituições educativas nascidas da necessidade das gerações

mais velhas transmitirem às mais novas os resultados de suas experiências e,

também, com o objetivo de preservar e recriar esses produtos sofrem, todavia na

cultura transplantada, uma minimização de suas funções. O que se tem em vista,

na cultura transplantada, é a imposição e a preservação de modelos culturais

importado, o que diminui a possibilidade de criação e inovação culturais. A

escola, neste caso, segundo Romanelli, é utilizada muito mais para fazer

comunicados do que para fazer comunicação e este papel é desempenhado tanto

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mais eficazmente, quanto mais o que se pretende com a ação escolar é formar o

espírito ilustrado, não o espírito criador.

Como afirma Paulo Freire, a diversidade cultural é a riqueza da

humanidade. Para cumprir sua tarefa humanista, a escola precisa mostrar aos

alunos que existe outras culturas além da sua, não deixando-o desvalorizar o que

aprendeu ou fez na vida. Mas sim possibilitar novas experiências e novos

caminhos.

A nossa escola não se preocupa em só transmitir conhecimento ao

aluno, mas sim em trabalhar as diferenças culturais, fazendo com que haja um

produto cultural acabado possível de transmissão pela educação escolar.

Na perspectiva Freiriana a cultura vai significar a transfiguração

expressiva de realidades vividas, conhecidas, reconhecíveis e identificáveis

cujas interpretações podem ser feitas por todos os membros de uma formação

histórica particular. Resgata uma concepção de cultura no sentido marxista

como o resultado do fazer do humano na relação com a materalidade e a

história.

11.7 - CONCEPÇÃO DE CIDADANIA E HOMEM

O desenvolvimento da cidadania possibilita o enfrentamento e a

superação das contradições existenciais, através da tomada de atitude que tem

como base a consciência crítica, estruturada a partir de análises reflexivas, onde

o sujeito não é um ser passivo, mas sim ativo e construtor de sua própria

história. Dessa forma, enfatiza-se que a democracia está estreitamente vinculada

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à prática da cidadania, de modo que os indivíduos consigam atuar com liberdade

e respeito social, construindo uma sociedade sustentável.

A prática da cidadania engloba direitos, deveres e atitudes relativas

ao cidadão, aquele indivíduo que estabeleceu um contrato com seus semelhantes

para a utilização de serviços, bem como o cumprimento de obrigações, como

pagamento de taxas e impostos e de sua participação ativa ou passiva na

administração comum. Por essa abordagem, verifica-se que a cidadania está

incutida em qualquer atitude cotidiana que desencadeie a manifestação de uma

consciência de pertinência e responsabilidade coletiva. Assim, o exercício da

cidadania não se restringe ao exercício do voto ou de outras ações determinadas

por lei. Vai muito além disso. Consiste em usufruir de seus direitos, cumprir

seus deveres e principalmente respeitar os direitos alheios, estejam eles

relacionados aos próprios indivíduos, enquanto pessoas, às comunidades, à

sociedade e ao ambiente. Trata-se de agir com responsabilidade e compromisso

coletivo, maximizando a liberdade de ação, sem desrespeitar limites que se

estabelecem na estrutura social.

Inserido nessa concepção está o homem, o indivíduo coletivo que

participa, contribui e constrói sua própria história, estendendo essa construção

também para a sociedade. Trata-se do sujeito que operacionaliza, que interage,

que anseia e que realiza ações, pautado em seus objetivos próprios e de seus

grupos. O homem é o sujeito que movimenta todo o sistema social e articula

ações que podem estar voltadas para seus interesses individuais ou coletivos.

O homem, em correspondência com a sua natural divisão em ser

individual e ser social, vive como personalidade em diferentes segmentos, que

contemplam a esfera individual e a esfera privada. Está sempre buscando a

satisfação de seus interesses fundamentais, enquanto indivíduo que almeja uma

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livre existência e enquanto co-partícipe do consórcio humano que anseia o

interesse a um livre desenvolvimento na vida de relação.

Enquanto os direitos que se destinam à proteção da esfera

individual servem para a preservação da personalidade dentro da vida pública,

na proteção da esfera privada remete-se a inviolabilidade da personalidade

dentro de seu retiro, necessário ao seu desenvolvimento e evolução, em seu

mundo particular, à margem da vida exterior. Nessa perspectiva, o estado de

natureza se refere à excelência do EU diante da existência de qualquer

autoridade política. Conclui-se dessa maneira, que todos os homens são

naturalmente livres e iguais. Livres porque cada um é dono de si e norteia suas

próprias ações, segundo suas concepções e iguais porque, com independência

usufruem uma liberdade acordada por todos.

Prepondera-se, pois, uma reflexão ampla sobre o contexto social em

que vivenciamos. Como é a sociedade em que estamos inseridos e que ações

podemos desenvolver para potencializar o exercício da cidadania e o uso fruto

da democracia. É fato que a sociedade se demonstra um tanto heterogênea e, que

grupos sociais se sobressaem, enquanto que outros se submetem à práticas

dominadoras. Diante de tudo o que já se discutiu, conclui-se que não é esta a

sociedade que queremos e que, principalmente, temos condições de transformá-

la a partir de nossas atitudes, desde que deixemos transparecer nossa intenção e

ação cidadã. Em outras palavras, a reflexão acerca dos temas emergentes que

apontam para a construção de uma sociedade menos discrepante e mais

igualitária, considera-se que temos o instrumento de ação ao alcance de nossas

mãos – a educação como fonte, meio e fim para a conquista da soberania e da

autonomia cidadã dentro da sociedade. Somos capazes de assumir a postura de

sujeitos ativos, desde que tenhamos consciência do nosso papel diante de nós

mesmos, diante do outro e diante do meio social. Enfim, somos as peças

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fundamentais no alicerce social e, trabalhar a sociedade nesse contexto

estruturante acena para uma tomada de posição em que novos paradigmas sejam

contemplados, com vistas a possibilitar a transformação social que tanto se

deseja.

Não se trata de uma realidade utópica. Vai além. Pois é possível

atingir metas quando se propõe a desenvolver um trabalho voltado para o

alcance dos objetivos pré-estabelecidos. Nesse contexto, a sociedade passa a ser

acometida por uma visão inovadora e progressista, em que todos, sem distinção

são seus sujeitos construtores e podem, em conjunto, determinar os rumos a

serem seguidos em situações adversas. No contexto educacional, é preciso

primar pela compreensão da sociedade, abordando esse aspecto, principalmente,

no que se refere à construção social coletiva. Todos são sujeitos operacionais e

ao mesmo tempo estão submetidos aos resultados que podem emergir a partir da

escolha de ações. Assim, a escola deve assumir o papel de colaboradora para a

construção da sociedade, onde não haja discriminações ou privilégios. Todos os

envolvidos na comunidade escolar são educadores co-responsáveis que precisam

contribuir para esse avanço social, favorecendo a construção, reconstrução,

adequação e transformação, quando necessário.

Entretanto, para que esse anseio atinja a dimensão prática e

contribua para o alcance dos objetivos, e essencial que cada membro da

comunidade escolar tenha clara a concepção da sociedade que se deseja, para

que o trabalho se organize de forma engrenada e que todos trabalhem na mesma

linha de pensamento, para que os resultados positivos sejam fruto do trabalho

coletivo. Tal consideração acena para o fato de que na sociedade, ninguém está

só. Tudo está atrelado a uma rede de relações, mesmo que seja uma ação

mínima. E se queremos conquistar o espaço que merecemos e nos é de direito

enquanto cidadãos, precisamos fomentar a união e a democracia. Agindo assim,

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já estaremos praticando, mesmo que em pequena escala, no âmbito escolar, a

sociedade que teorizamos e desejamos. Trabalhar com fatos concretos, com a

prática cotidiana, nos remete a uma postura coerente com aquilo que

defendemos enquanto educadores preocupados com os nortes e com os ditames

da sociedade.

A sociedade que defendemos se torna exeqüível a partir do trabalho

conjunto, direcionado e dimensionado para a construção responsável e coletiva

do conhecimento que acelera a tomada de decisão, a mudança de postura e a

responsabilidade social.

11.8 - CONCEPÇÃO DE TRABALHO

Aplicação da atividade; serviço; esforço; fadiga; ação ou resultado

de um esforço (Enciclopédia BADEM).O trabalho é uma atividade que está na

base de todas as relações humanas, condicionando e determinando a vida.

É (....) uma atividade humana intencional que envolve forma e

organização, objetivando a produção dos bens necessários à vida. (Anderez,

1998 p. 13).

Chama-se trabalho o esforço do homem no sentido de criação das

riquezas. Pose ser intelectual ou manual.

O trabalho humano pode duplicar mediante um trabalho mecânico

executado pôr ferramentas ou máquinas que secundam e aumentam o esforço

humano. Em seu sentido econômico trabalho é o desenvolvimento ordenado das

energias humanas, psíquicas ou corporais, com o objetivo voltado à “economia”.

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Nesta perspectiva entenda o trabalho como ação intencional, o

homem em suas relações sociais, dentro da sociedade capitalista produz bens.

Porém é preciso compreender que o trabalho não acontece de forma tranqüila,

estando sobrecarregado pelas relações de poder.

Nenhuma forma de trabalho é vil. Toda ação que visa um fim útil é

trabalho. A criança que vai à escola e faz com amor suas lições está trabalhando,

tanto quanto o seu mestre, que ensina. A mãe que cuida dos filhos, o filósofo

que pensa, o artista que cria, todos estão trabalhando. Não podemos cair no erro

de pensar que somente há méritos nos grandes trabalhos; há pequenos serviços

que são bons: adornar uma mesa, arrumar teus livros....

Nessa perspectiva, nossa escola ressalta a função da educação

vincular-se ao mundo do trabalho, assim como ressalta a LDB Lei nº 9.394/96, no

seu artigo primeiro e inciso segundo:

Art. 1º. A educação abrange os processos formativos que se

desenvolvem na vida familiar, na convivência humana, no trabalho,

nas instituições de ensino e pesquisa, nos movimentos sociais e

organizações da sociedade civil e nas manifestações culturais.

§ 2º. A educação escolar deverá vincular-se ao mundo do trabalho e

à prática social.

Desta forma um dos objetivos da educação é vincular-se ao mundo

do trabalho afim de que o educando se aproprie de saber/conhecimentos

essenciais para uma transformação emancipadora.

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11.9 - CONCEPÇÃO DE CIÊNCIA

A ciência surge da necessidade de observar fatos e tentar explicá-

los, usando para isto, métodos que vão sendo aprimorados com o tempo.

Para Andery (1980)

“A Ciência é uma das formas do conhecimento produzido pelo homem no decorrer de sua história. Portanto, a Ciência também é determinada pelas necessidades materiais do homem em cada momento histórico ao mesmo tempo em que nela interfere.”

A Ciência proporciona situações que permite mostrar e construir

historicamente frutos da cultura humana sujeita a influências, processos

cumulativos e saltos qualitativos.

No decorrer da história percebemos que a Ciência não pode ser

baseada numa sociedade patrimonial e de status, logo o espaço escolar não deve

ser uma versão reciclada da sociedade que tenta preservar seus membros acima

do interesse dos outros membros da sociedade e outras corporações.

A escola pode e precisa dar uma melhoria de vida às camadas

populares, um saber/conhecimento mais democrático, com equidade social e

solidária.

Desta forma, nossa escola tem a função de garantir a todos

saberes/conhecimentos científicos produzidos pela humanidade, a fim de que

através do conhecimento, e de seus métodos, o educando possa ler o mundo,

interpretá-lo e transformá-lo.

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11.10- CONCEPÇÃO DE ESCOLA

Os desafios do século XXI, como as transformações aceleradas do

processo produtivo, as novas exigências da cidadania moderna, a revolução da

informática e dos meios de comunicação de massa, trazem à Escola um novo

repensar sobre suas práticas e seu papel como agente impulsionador da

sociedade.

A transmissão de saberes/conhecimentos dentro do ritmo do

sistema educativo constitui um desafio para conciliar os novos conhecimentos e

informações e a velocidade com que as novas tecnologias de comunicação

permitem disseminá-los e processá-los.

Ao incluir a concepção humanística, técnica, científica e político-

social em seu currículo, a Escola efetiva sua participação no processo de

construção e reconstrução da sociedade, vinculando-se ao saber/conhecimento

popular, contextualizando e problematizando com o saber/conhecimento

científico, desta forma, instrumentalizando o educando para suas relações

sociais, e para o mundo do trabalho.

Sendo assim, a organização dos conteúdos curriculares devem

priorizar a análise do cotidiano vivenciado do educando e da sociedade de

forma clara e objetiva, problematizando novas questões que gerem outras

análises e mudanças de procedimentos por parte de ambos.

Considera, assim que os conteúdos curriculares não devem ser

construídos em uma via de mão única pela Escola ou pelo professor, mas atentar

para as demandas sócio-políticas do contexto local sem distanciar-se da

totalidade global.

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É preponderante constatar que outras formas de práticas sociais

levam o indivíduo à construção de um fator educacional pessoal e particular,

como o convívio familiar, os meios de comunicação em massa e as atividades de

lazer, porém, essas e outras modalidades de educação informal, não são

suficientes para a plena educação formal, onde aliamos conhecimentos

empíricos e científicos que permitam ao educando, visto como um agente

transformador da sociedade vigente, recursos para melhorar ou aprimorar de

forma coerente a sociedade.

A escola, inclusa no contexto social se traduz em instrumento de

resgate e transformação de atitudes, e principalmente ferramenta que alavanca a

construção do conhecimento. Ela é uma ponte que permite o contato entre os

sujeitos e saber/conhecimento, acenado para uma construção ativa, coletiva e

cidadã no que se refere à formação dos indivíduos enquanto construtores de sua

própria história.

A tarefa da escola não se resume em instrumentalizar o aluno para a

compreensão do mundo que o rodeia. No contexto social atual, é imprescindível,

instrumentalizar o educando para o pensamento crítico. Temos que oferecer

condições aos alunos de refletir e tomar decisões sobre questões de sua vida e

dos seres que com ele interagem.

11.11- CONCEPÇÃO DE CONHECIMENTO

Conhecimento é a ação ou efeito de conhecer, é tomar ciência,

informar, acumular experiência, vivência, ou seja, construir conceitos e

pensares.

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A humanidade constrói e reconstrói conhecimentos milenarmente, e

toda essa ação demanda esforço e objetivos variados. É um processo contínuo,

no qual o ser humano enriquece e acumula saberes/conhecimentos e esses

saberes/conhecimentos posteriormente permitem e facilitam novas atitudes e

conceituações.

A Escola tem como função primordial acessar esse conhecimento

milenar em forma de subsídios para a reelaboração de novos conceitos

necessários para o embasamento e apropriação de uma percepção diferenciada,

contextualizada, crítica e emancipadora.

A estruturação e as relações disciplinares do currículo escolar tem

como objetivo dispor do saber/conhecimento de forma sistematizada e

processual, instrumentalizando o educando para apropriar-se visando um

desenvolvimento significativo.

O ser humano possui conhecimento adquirido através do senso

comum, ou seja, o conhecimento real, não científico, que é constituído no

cotidiano, de forma espontânea.

Ao longo do desenvolvimento, aprende-se a abstrair e generalizar

conhecimentos aprendidos espontaneamente, mas é bem mais difícil formalizá-

los ou aplicá-los em palavras porque, diferentemente da experiência escolar, não

são conscientes, deliberados ou sistemáticos.

O processo de aquisição de conhecimento é ascendente, isto é,

inicia-se de modo inconsciente e até caótico, de acordo com uma experiência

que não é controlada e encaminha-se para níveis mais abstratos, formais e

conscientes.

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O processo de aquisição de conhecimento sistemático escolar tem uma

direção oposta à do conhecimento espontâneo, é descendente, de níveis formais

e abstratos para aplicações particulares.

Na prática, o conhecimento espontâneo auxilia a dar significado ao

conhecimento escolar. O conhecimento escolar reorganiza o conhecimento

espontâneo e estimula o processo de sua abstração.

A contextualização, um dos princípios da organização curricular,

facilita a aplicação da experiência escolar para a compreensão, da experiência

pessoal em níveis mais sistemáticos e abstratos e o aproveitamento da

experiência pessoal para facilitar o processo de concreção dos conhecimentos

abstratos que a escola trabalha. Isto significa que a ponte entre a teoria e a

prática, recomendada pela LDB, deve ser de mão dupla.

Cabe a escola desenvolver o conhecimento espontâneo,

encaminhando-o a níveis mais abstratos, formais, conscientes e sistematizados,

com a utilização das competências cognitivas básicas: raciocínio abstrato,

comparação, capacidade de compreensão de situações novas que é a base para a

solução de problemas.

A contextualização é um recurso pedagógico para tornar a

construção de conhecimentos um processo permanente de formação de

capacidades intelectuais superiores.

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11.12 - CONCEPÇÃO DE ENSINO E APRENDIZAGEM

O conhecimento não é algo situado fora do indivíduo, a ser

adquirido por meio da cópia real, tão pouco algo que o indivíduo constrói

independentemente da realidade exterior, dos demais indivíduos e de suas

próprias capacidades pessoais. É antes de qualquer coisa, uma construção

histórica e social na qual interferem fatores de ordem antropológicas, culturais e

psicológicas.

Trata-se de uma construção introspecta ao indivíduo, que em posse

do conhecimento, tem condições de realizar ações sob vários aspectos,

utilizando o seu saber para executar e transformar fatos. Considera-se, sob esse

ponto de vista, que o conhecimento deve se traduzir em instrumento de

transformação social e realidade cotidiana, sendo amplo e abrangendo as

diversas visões acerca de um mesmo tema ou questão. Admite-se então que ele

só é real quando se percebe o contexto, quando se percebe as múltiplas facetas e

utilidades do objeto em estudo, sendo possível enfrentar situações inesperadas

com argumentos relevantes, preponderantes e significativos. Conclui-se que o

conhecimento efetiva-se através da aprendizagem.

É correto afirmar, que a construção do conhecimento é,

simultaneamente, processo e produto da interação entre Sociedade, Trabalho,

Cultura, Ciência, Cidadania, Homem, tecnologia, enfim, todos juntos participam

de um sistema em que cada um representa sua própria engrenagem, que

desenvolvendo um trabalho coletivo e cooperativo, alavancam o

desenvolvimento da educação.

O conhecimento, portanto, é resultado de um complexo e intrincado

processo de construção, modificação e reorganização. Na escola esse processo

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se configura com a mediação do professor, que promove e organiza o processo

de ensino e aprendizagem.

Os fracassos escolares decorrentes da aprendizagem, das pesquisas que

buscam apontar como o sujeito conhece, das teorias que provocam reflexões

sobre os aspectos que interferem no ensinar e aprender, indicam que é

necessário dar novo significado à unidade entre aprendizagem e ensino, uma vez

que, em última instância, sem aprendizagem não há ensino.

O que o aluno pode aprender em determinado momento da

escolaridade depende das possibilidades delineadas pelas formas de pensamento

de que dispõe naquela fase de desenvolvimento, dos conhecimentos que já

construiu anteriormente e do ensino que recebe. Isto é, a ação pedagógica deve

se ajustar ao que os alunos conseguem realizar em cada momento de sua

aprendizagem, para se constituir em verdadeira ação educativa. Conceber o

processo de aprendizagem como prioridade do sujeito implica valorizar o papel

determinante da interação com o meio social e, particularmente, com a escola.

Situações escolares de ensino e aprendizagem são situações comunicativas, nas

quais os alunos e professores co-participam, ambos com uma influência decisiva

para o êxito do processo.

A organização de atividades de ensino, a relação mediadora entre

professores e alunos, os questionamentos e as controvérsias conceituais,

influenciam o processo de construção de significado e o sentido que alunos

atribuem aos conteúdos escolares. O ensino ganhou valorização em relação à

aprendizagem, criou seus próprios métodos e o processo de aprendizagem ficou

regalado a segundo plano, porque por muito tempo a Pedagogia valorizou o que

deveria ser ensinado, supondo que, como decorrência, estaria valorizando o

conhecimento.

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Dessa forma há uma expectativa na sociedade atual para que a

educação posicione na linha de frente promovendo um ensino de qualidade

contribuindo para apropriamento dos saberes/conhecimentos por parte de todos

os cidadãos voltando-se à construção da cidadania, não como meta a ser atingida

num futuro distante, mas como prática efetiva de uma ação emancipadora.

11.13 - CONCEPÇÃO DE CURRÍCULO

O currículo é o elemento norteador das práticas escolares, capaz de

delimitar os objetivos e os critérios de avaliação da ação pedagógica, assim

como indicar que conteúdos e metodologias são considerados adequados

(Freitas, 1995) para cada escola. De modo que é importante discutir algumas

alternativas para a organização do trabalho pedagógico da escola, especialmente

nesta área, a fim de contribuir para a formação de uma cultura local que reflita

as necessidades e os anseios da comunidade.

A proposta de organização do conhecimento desta instituição, está

em consonância com o Artigo 26 da Lei de Diretrizes e Bases da Educação, Lei

nº. 9394/96, que diz:

"Os currículos do ensino fundamental e médio devem ter uma base nacional comum, a ser completada, em cada sistema de ensino e estabelecimento escolar, por uma parte diversificada, exigida pelas características regionais e locais da sociedade, da cultura, da economia e da clientela".

A lei ainda deixa expressa a necessidade de se trabalhar com

diferentes áreas do conhecimento que contemplam uma formação plena dos

alunos no que diz respeito aos conhecimentos clássicos e à realidade social e

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política. No caso desta instituição, as áreas estão representadas por disciplinas.

Na base comum, Arte, Ciências, Educação Física, Ensino Religioso, Geografia,

História, Língua Portuguesa, Matemática. Na parte diversificada Língua

Estrangeira Moderna - Inglês

Para a construção de nosso currículo lembramos também do artigo

27, inciso I, da mesma lei, diz que além da educação básica deve-se observar "a

difusão de valores fundamentais ao interesse social, aos direitos e deveres dos

cidadãos, de respeito ao bem comum e à ordem democrática.”

Tais valores, nas últimas décadas, vinculam-se tanto à diversidade

étnico-cultural (cultura afro-brasileira, africana e indígena, conforme

preconizam as leis 10.639/03 e 11.645/08), quanto aos problemas sociais

contemporâneos (questão ambiental, a necessidade do enfrentamento a

violência, os problemas relacionados à sexualidade e à drogadição), e têm sido

incorporados ao currículo escolar, conforme as diretrizes curriculares do Paraná,

como temas que sejam abordados pelas disciplinas que lhes são afins, de forma

contextualizada articulados com os respectivos objetos de estudo dessas

disciplinas e sob o rigor de seus referenciais teórico-conceituais.

As Diretrizes Curriculares do Paraná, ainda propõe, que o currículo

da Educação Básica ofereça, ao estudante, a formação necessária para o

enfrentamento com vistas à transformação da realidade social, econômica e

política de seu tempo. Esta ambição remete às reflexões de Gramsci em sua

defesa de uma educação na qual o espaço de conhecimento, na escola, deveria

equivaler à idéia de atelier-biblioteca-oficina, em favor de uma formação, a um

só tempo, humanista e tecnológica. Esse é o princípio implícito nas diretrizes

quando se defende um currículo baseado nas dimensões científica, artística e

filosófica do conhecimento. A produção científica, as manifestações artísticas e

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o legado filosófico da humanidade, como dimensões para as diversas disciplinas

do currículo, possibilitam um trabalho pedagógico que aponte na direção da

totalidade do conhecimento e sua relação com o cotidiano.

Com isso, entende-se a escola como o espaço do confronto e

diálogo entre os conhecimentos sistematizados e os conhecimentos do cotidiano

popular. Essas são as fontes sócio-históricas do conhecimento em sua

complexidade.

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12 - MARCO OPERACIONAL

“Apesar de tudo existe algo que pode mudar, ainda que não se tenha produzido a mudança global e profunda da sociedade e da escola: é o modo de agir dos professores, sua maneira de relacionar-se com os pais e as crianças, os objetivos de trabalho, a maneira de enfocar os conteúdos”. Sem ser algo definitivo, tudo isso pode ir produzindo sérias transformações, na medida em que – e convém não esquecer esse dado – a escola que o povo recebe é muito mais a escola que os professores organizam com sua maneira de ser, de falar e de trabalhar, do que a escola criada pelos organismos ministeriais e pelos textos escolares “. (NIDELCOFF, 1983, p. 19).

12.1 - PRINCÍPIOS DE GESTÃO DEMOCRÁTICA

Baseando-se em uma gestão democrática, a escola vem definindo

normas de acordo com suas necessidades, considerando os princípios expressos

na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Brasileira, Lei nº9394/96:

Art. 14º. Os sistemas de ensino definirão as normas da gestão democrática do ensino público na educação básica, de acordo com as suas peculiaridades e conforme os seguintes princípios:

I - participação dos profissionais da educação na elaboração do projeto pedagógico da escola;

II - participação das comunidades escolar e local em conselhos escolares ou equivalentes.

A democratização da gestão escolar exige uma compreensão

profunda dos problemas postos pela prática pedagógica, visando a integralização

entre concepção e execução, pensar e fazer, teoria e prática.

A escola está repensando as estruturas de poder e socializando-as,

propiciando a participação coletiva. Nesse repensar, a gestão democrática torna

a escola um ambiente participativo, onde diferentes segmentos atuam nas

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decisões/ações, administrativo-pedagógicas que se desenvolvem no

estabelecimento de ensino; não é um princípio de fácil consolidação pois, não

basta haver a socialização do poder, trata-se da participação crítica na

construção e gestão do ambiente escolar.

Entre as ações que favorecem a gestão democrática estão:

- Garantir a construção coletiva e implementação do projeto

político pedagógico em cada unidade escolar, num eixo filosófico multicultural

e pluriétnico;

- Assegurar, nos estabelecimento de ensino da rede estadual, a

livre criação de Grêmios estudantis, sendo competência exclusiva dos estudantes

a definição, dos critérios, dos estatutos e demais questões referentes a sua

organização;

- Organização, redimensionamento, fortalecimento e avaliação

contínua dos mecanismos de gestão democrática: conselho escolar, conselho de

classe, eleições, APMF, Grêmio Estudantil entre outros;

- Estabelecer espaço e tempo para a discussão da política

pedagógica, na escola, objetivando o amadurecimento e a interação dos

profissionais, pais e alunos com vista a desenvolver um projeto político

pedagógico e um planejamento participativo, determinado no calendário escolar

ou definido pela comunidade, democraticamente, garantindo o acesso aos seus

direitos, conhecimento e exercício de seus deveres, fazendo de todos co-

partícipes e co-autores no processo educacional;

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- Elaborar, implementar e avaliar, junto com toda a

comunidade educativa, projetos que enfoquem temas fundamentais de formação

integral de aluno;

- Participação efetiva da comunidade escolar nos diversos

processos educacionais;

- Discussão coletiva da pratica pedagógica e administrativa;

- Administração colegiada.

A escola vem de acordo com a sua necessidade, de acordo com a

Lei de Diretrizes e Bases da Educação Brasileira, Lei nº9394/96)

proporcionando um ambiente participativo e crítico na construção e gestão do

ambiente escolar.

Entre as ações democráticas temos:

- construção coletiva e implementação do Projeto Político

Pedagógico;

- a livre criação do Grêmio Estudantil;

- organização e fortalecimento do Conselho Escolar, Conselho de

Classe, Eleições, APMF, participação efetiva da comunidade escolar;

- estabelece espaço e tempo para a discussão de política e prática

pedagógica e administrativa;

- elabora projetos para a formação integral do aluno.

Em nossa escola podemos afirmar que fazemos parte integrante do

processo de gestão democrática, a Direção realiza periodicamente reuniões

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internas entre professores e funcionários a fim de decidir no coletivo todas as

ações necessárias para o bom andamento da escola.

12.2 – CONSELHO ESCOLAR

É um órgão colegiado, representativo da Comunidade Escolar, de

natureza deliberativa, consultiva e fiscalizadora, sobre a organização e a

realização do trabalho pedagógico e administrativo da instituição escolar em

conformidade com as políticas e diretrizes educacionais da SEED, observando a

Constituição, a LDB, o ECA, o Projeto Político-Pedagógico e o Regimento

Escolar, para o cumprimento da função social e específica da escola.

O Conselho Escolar deverá ser constituído por três segmentos.

Primeiro segmento constituído por profissionais da Escola: Diretor,

Pedagoga, Professora, Auxiliar Administrativo e Auxiliar de Serviços Gerais.

Segundo segmento pela comunidade atendida pelo Estabelecimento

de Ensino: alunos e pais.

Terceiro segmento constituído por Movimentos Sociais

Organizados: Instituição, Entidades, Empresas, Profissionais.

Ser membro do conselho escolar é um bom meio para expressar as

opiniões sobre assuntos importantes da escola. Se representa um grupo de

pessoas, tais como os pais ou alunos, terá a oportunidade de expressar o ponto

de vista destas pessoas quando as decisões são tomadas. Também terá

oportunidades regulares de dar conselhos sobre assuntos que afetem a escola.

Aprenderá muito sobre a escola como membro do conselho a ajudará a fazer da

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escola um lugar ainda melhor. Se é um dos pais de uma criança na escola, os

vossos próprios filhos serão beneficiados. Estará mostrando a eles que se

interessa pela sua educação e que deseja trabalhar para a escola deles.

O Conselho Escolar tem poder de decisão em última instância.

São atribuições do Conselho Escolar:

Elaborar o regimento;

Elaborar o plano administrativo conjuntamente com a direção da escola

sobre a programação e aplicação dos recursos para a manutenção e

conservação da Escola;

Criar e garantir mecanismos de participação efetiva e democrática da

comunidade escolar na definição do projeto político-pedagógico da

comunidade escolar;

Divulgar periódica e sistematicamente informações referentes ao uso dos

recursos financeiros, resultados obtidos e à qualidade dos serviços

prestados;

Convocar assembléias gerais da comunidade escolar ou de seus

segmentos;

Definir o calendário escolar, no que competir à unidade, observando a

legislação vigente;

Fiscalizar a gestão administrativo-pedagógica e financeira da comunidade

escolar;

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Emitir parecer conclusivo na prestação de contas que demonstra a

aplicação dos recursos financeiros transferidos por Órgãos Federais,

Estaduais e Municipais, à Escola e ou Círculo de Pais e Mestres.

12.3- CONSELHO DE CLASSE

O Conselho de Classe é órgão colegiado de natureza consultiva e

deliberativa em assuntos didático-pedagógicos, com a responsabilidade de

analisar as ações educacionais, indicando alternativas que busquem garantir a

efetivação do processo ensino e aprendizagem.

A finalidade da reunião do Conselho de Classe, após analisar as

informações e dados apresentados, é a de intervir em tempo hábil no processo

ensino e aprendizagem, oportunizando ao aluno formas diferenciadas de

apropriar-se dos conteúdos curriculares estabelecidos.

Em nossa escola o Conselho de classe é organizado pela equipe

pedagógica, com a participação do(da) diretor(a) e/ou diretor(a) auxiliar e

professores, a equipe apresenta informações para análise e discussão, (uso das

fichas individuais dos alunos com observações sobre o rendimento escolar e

desenvolvimento da aprendizagem), juntamente com dados coletados em fichas

preenchidas no pré-conselho de classe (Pré-Conselho de Classe com toda a

turma em sala de aula, sob a coordenação do professor representante de turma

e/ou pelo pedagogo), fichas essas com informações sobre como vem

acontecendo o processo de ensino-aprendizagem dentro da sala de aula, questões

que envolve reflexões sobre a metodologia, avaliação, objetivos, etc.

Caracterizando uma auto-avaliação do processo, tanto por parte do aluno como

por parte do professor.

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Cabendo então ao Conselho de classe, verificar e analisar se os

objetivos, conteúdos, procedimentos metodológicos, avaliativos e relações

estabelecidas na ação pedagógico-educativa, estão sendo cumpridos de maneira

coerente com o Projeto Político-Pedagógico e com o Plano de Trabalho Docente

construído.

Desta forma, o Conselho de Classe constitui-se em um espaço de

reflexão pedagógica, onde todos os sujeitos do processo educativo, de forma

coletiva, discutem alternativas e propõem ações educativas eficazes que possam

vir a sanar necessidades/dificuldades apontadas no processo ensino e

aprendizagem. Sendo que após estas análises e reflexões, o próximo passo é o

Pós-conselho de classe, que se define como sendo a concretização das

alternativas previstas no conselho de classe, isto é, colocar em prática, todas as

medidas propostas para a melhoria do trabalho educativo.

Se torna então, atribuições do Conselho de Classe, conforme o

nosso regimento escolar: análise das informações sobre os conteúdos

curriculares, encaminhamentos metodológicos e práticas avaliativas que se

referem ao processo ensino e aprendizagem; propor procedimentos e formas

diferenciadas de ensino e de estudos para a melhoria do processo ensino e

aprendizagem; estabelecer mecanismos de recuperação de estudos,

concomitantes ao processo de aprendizagem, que atendam às reais necessidades

dos alunos, em consonância com a Proposta Pedagógica Curricular da escola;

acompanhar o processo de avaliação de cada turma, devendo debater e analisar

os dados qualitativos e quantitativos do processo ensino e aprendizagem; atuar

com co-responsabilidade na decisão sobre a possibilidade de avanço do aluno

para série/ etapa subseqüente ou retenção, após a apuração dos resultados finais,

levando-se em consideração o desenvolvimento integral do aluno; analisar

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pedidos de revisão de resultados finais recebidos pela secretaria do

estabelecimento, no prazo de até 72 (setenta e duas) horas úteis após sua

divulgação em edital.

O Conselho de classe tem características que o diferem dos demais

órgãos colegiados que são:

1. A participação direta dos profissionais;

2. A organização interdisciplinar.

12.3.1- A participação direta dos profissionais

Este tipo de relação promove uma rede de relações envolvendo

diversos profissionais da escola. A participação efetiva e entrelaçada, em função

da análise direta de questões vividas cotidianamente pelos diferentes

profissionais na sala de aula e na escola, propicia o desenvolvimento do

processo educativo de reflexão e discussão coletiva sobre o fazer da escola como

um todo. A participação de alunos e pais é opcional. Mas os alunos estarão

sempre presentes nas reuniões através de seus resultados e desenvolvimento em

classe.

12.3.2- A organização interdisciplinar

Essa é uma das características fundamentais do Conselho de Classe.

Nesse sentido o Conselho de Classe é um órgão deliberativo sobre: objetivos a

serem alcançados; uso de metodologias e estratégias de ensino; critérios de

seleção de conteúdos curriculares; projetos coletivos de ensino e atividades;

formas e critérios de avaliação; formas de avaliação de desempenho do aluno;

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propostas para sanar dificuldades dos alunos; promover a inter-relação com a

família; adaptações curriculares para alunos com necessidades especiais.

Em nossa escola será organizado por turmas e sendo favorecido

pela utilização de fichas individuais dos alunos, onde constam itens a serem

analisados durante o conselho, tais como: realização de atividades de tarefa de

casa, extra-classe, dificuldades de aprendizagem em uma ou mais disciplinas.

Estabelecemos como prioridade no Conselho de Classe conhecer o

nosso trabalho, levantar dados relevantes sobre o aluno e buscar meios de

repensar o trabalho buscando metodologias adequadas a cada situação.

12.4 - APMF

É um órgão de representação dos Pais, Mestres e Funcionários do

Estabelecimento de Ensino, que não tem caráter partidário, religioso, racial e

sem fins lucrativos, não sendo remunerados os seus Dirigentes e Conselheiros.

A APMF é uma instituição que objetiva servir de ponto básico de

organização para o segmento das famílias dos alunos, uma vez que este é, via de

regra, o segmento menos articulado na realidade escolar.

É uma instituição que auxilia de forma importante a ampliação da

democracia nos processos de gestão e organização da escola.

Tem como objetivos discutir, prestar assistência e proporcionar

condições ao educando para participar de todo processo escolar; promover

entrosamento; gerir e administrar os recursos financeiros próprios e de

convênios; colaborar com a manutenção e conservação do prédio escolar.

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A Diretoria da Associação é composta de: Presidente; Vice-

Presidente; 1º Secretário; 2º Secretário; 1º Tesoureiro; 2º Tesoureiro; 1º Diretor

Sócio-Cultural Esportivo e 2º Diretor Sócio-Cultural.

12.5 - GRÊMIO ESTUDANTIL

O Grêmio é a organização dos estudantes na Escola. Ele é formado

apenas por alunos, de forma independente, desenvolvendo atividades culturais e

esportivas, produzindo jornal, organizando debates sobre assuntos de interesse

dos estudantes, que não fazem parte do Currículo Escolar, e também

organizando reivindicações.

É muito importante a criação do Grêmio na Escola, pois ele será um

órgão reconhecido de apoio à Direção Escolar.

O Grêmio Estudantil não terá caráter político-partidário, religioso,

racial e também não deverá ter fins lucrativos.

O Grêmio tem por objetivos:

I – Representar condignamente o corpo discente;

II – Defender os interesses individuais e coletivos dos alunos do

Colégio;

III – Incentivar a cultura literária, artística e desportiva de seus

membros;

IV – Promover a cooperação entre administradores, funcionários,

professores e alunos no trabalho Escolar buscando seus aprimoramentos;

V – Realizar intercâmbio e colaboração de caráter cultural e

educacional com outras instituições de caráter educacional, assim como a

filiação às entidades gerais: UMES (União Municipal dos Estudantes

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Secundaristas), UPES (União Paranaense dos Estudantes Secundaristas) e UBES

(União Brasileira dos Estudantes Secundaristas);

VI – Lutar pela democracia permanente na Escola, através do

direito de participação nos fóruns internos de deliberação da Escola.

Em nossa escola, no ano de 2005 houve a divulgação de como

funciona a prática de Grêmio Estudantil, e a eleição da chapa formada pelos

representantes de salas.

Infelizmente desde o ano de 2006 não foi dado continuidade a este

trabalho.

12.6 - ELEIÇÕES

As eleições para Diretor são normatizadas pela SEED- Secretaria

de Estado da Educação, e atualmente o mandato é de 3 anos.

As eleições do Conselho Escolar realizar-se-ão em reunião para

mandato de 2 anos.

A eleição do representante de turmas é realizada através da

indicação dos colegas da sala.

As eleições da APMF realizar-se-ão bianualmente podendo ser

reeleitos por mais 2 mandatos.

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12.7 - FUNÇÕES ESPECÍFICAS

12.7.1 - Equipe de Direção

Cabe a Direção a gestão dos serviços escolares, no sentido de

garantir o alcance dos objetivos educacionais do Estabelecimento de Ensino.

A direção fica responsável por:

- Convocar e presidir reuniões;

- Elaborar os planos de aplicação financeira, a respectiva prestação de contas,

submetendo à apreciação e aprovação do Conselho Escolar;

- Elaborar e encaminhar propostas de modificações;

- Submeter o Calendário Escolas à aprovação do Conselho Escolar;

- Atender os problemas de natureza pedagógica, administrativa e situações de

emergência;

- Implantar experiências pedagógicas ou inovações de gestão administrativas;

- Aplicar normas, procedimentos e medidas administrativas;

- Analisar os regulamentos do Estabelecimento de Ensino;

- Manter o fluxo de informações entre estabelecimento e os órgãos de ensino;

- Supervisionar a exploração da Cantina comercial;

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- Administrar seu pessoal e seus recursos financeiros;

- Assegurar o cumprimento dos dias letivos e horas-aulas estabelecidos;

- Zelar pelo cumprimento do plano de trabalho de cada docente;

- Promover meios para a recuperação dos alunos de menor rendimento.

12.7.2 - Equipe Pedagógica

Diante de uma sociedade em crise, onde os valores humanos e os

chamados “anti-valores” se confundem, a permissividade reinante, precisamos,

cada vez mais, criar oportunidades de os professores, alunos e pais discutirem

sobre questões presentes no dia-a-dia do homem, sobre as quais ele não tem

clareza, sobre a sua verdadeira dimensão e as conseqüências de caminhar nessa

ou naquela direção. A dificuldade que temos hoje, sobre tudo o jovem, de pautar

a conduta dentro de padrões morais e éticos compatíveis com os verdadeiros

valores humanos. Embora a escola não tenha a solução para esses problemas, ela

deve se construir em um espaço excelente de discussão, que muito poderá

contribuir para a formação da consciência crítica de seus alunos.

E, nesse sentido a Equipe Pedagógica deve desenvolver ações que

envolvam a participação dos professores, alunos e pais, isto é, da comunidade

em geral, construindo junto com todos, as melhorias das condições facilitadoras

e desejáveis ao desenvolvimento educacional, para tanto é imprescindível que a

escola tenha em cada período de aula um pedagogo.

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Assumimos o compromisso de trabalhar com todos embasados no

diálogo, que aproxima e fortalece os vínculos interpessoais, que humaniza as

relações profissionais e incentiva a comunicação das verdades e/ou dúvidas.

Compete à Equipe Pedagógica:

- coordenar a elaboração coletiva e acompanhar a efetivação do Projeto Político-

Pedagógico e do Plano de Ação do estabelecimento de ensino;

- orientar a comunidade escolar na construção de um processo pedagógico, em

uma perspectiva democrática;

- participar e intervir, junto à direção, na organização do trabalho pedagógico

escolar, no sentido de realizar a função social e a especificidade da educação

escolar;

- coordenar a construção coletiva e a efetivação da Proposta Pedagógica

Curricular do estabelecimento de ensino, a partir das políticas educacionais da

Secretaria de Estado da Educação e das Diretrizes Curriculares Nacionais e

Estaduais;

- orientar o processo de elaboração dos Planos de Trabalho Docente junto ao

coletivo de professores do estabelecimento de ensino;

- promover e coordenar reuniões pedagógicas e grupos de estudo para reflexão e

aprofundamento de temas relativos ao trabalho pedagógico visando à elaboração

de propostas de intervenção para a qualidade de ensino para todos;

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- participar da elaboração de projetos de formação continuada dos profissionais

do estabelecimento de ensino, que tenham como finalidade a realização e o

aprimoramento do trabalho pedagógico escolar;

- organizar, junto à direção da escola, a realização dos Pré-Conselhos e dos

Conselhos de Classe, de forma a garantir um processo coletivo de reflexão-ação

sobre o trabalho pedagógico desenvolvido no estabelecimento de ensino;

- coordenar a elaboração e acompanhar a efetivação de propostas de intervenção

decorrentes das decisões do Conselho de Classe;

- subsidiar o aprimoramento teórico-metodológico do coletivo de professores do

estabelecimento de ensino, promovendo estudos sistemáticos, trocas de

experiência, debates e oficinas pedagógicas;

- organizar a hora-atividade dos professores do estabelecimento de ensino, de

maneira a garantir que esse espaço-tempo seja de efetivo trabalho pedagógico;

- proceder à análise dos dados do aproveitamento escolar de forma a

desencadear um processo de reflexão sobre esses dados, junto à comunidade

escolar, com vistas a promover a aprendizagem de todos os alunos;

- coordenar o processo coletivo de elaboração e aprimoramento do Regimento

Escolar, garantindo a participação democrática de toda a comunidade escolar;

- participar do Conselho Escolar, quando representante do seu segmento,

subsidiando teórica e metodologicamente as discussões e reflexões acerca da

organização e efetivação do trabalho pedagógico escolar;

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- orientar e acompanhar a distribuição, conservação e utilização dos livros e

demais materiais pedagógicos, no estabelecimento de ensino, fornecidos pelo

Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação/MEC – FNDE;

- coordenar a elaboração de critérios para aquisição, empréstimo e seleção de

materiais, equipamentos e/ou livros de uso didático-pedagógico, a partir do

Projeto Político-Pedagógico do estabelecimento de ensino;

- participar da organização pedagógica da biblioteca do estabelecimento de

ensino, assim como do processo de aquisição de livros, revistas, fomentando

ações e projetos de incentivo à leitura;

- acompanhar as atividades desenvolvidas nos Laboratórios de Química, Física e

Biologia e de Informática;

- propiciar o desenvolvimento da representatividade dos alunos e de sua

participação nos diversos momentos e Órgãos Colegiados da escola;

- coordenar o processo democrático de representação docente de cada turma;

- colaborar com a direção na distribuição das aulas, conforme orientação da

Secretaria de Estado da Educação;

- coordenar, junto à direção, o processo de distribuição de aulas e disciplinas, a

partir de critérios legais, didático-pedagógicos e do Projeto Político-Pedagógico

do estabelecimento de ensino;

- acompanhar os estagiários das instituições de ensino quanto às atividades a

serem desenvolvidas no estabelecimento de ensino;

103

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- acompanhar o desenvolvimento do Programa Nacional de Valorização dos

Trabalhadores em Educação - Profuncionário, tanto na organização do curso,

quanto no acompanhamento da Prática Profissional Supervisionada dos

funcionários cursistas da escola e/ou de outras unidades escolares;

- promover a construção de estratégias pedagógicas de superação de todas as

formas de discriminação, preconceito e exclusão social;

- coordenar a análise de projetos a serem inseridos no Projeto Político-

Pedagógico do estabelecimento de ensino;

- acompanhar o processo de avaliação institucional do estabelecimento de

ensino;

- participar na elaboração do Regulamento de uso dos espaços pedagógicos;

- orientar, coordenar e acompanhar a efetivação de procedimentos didático-

pedagógicos referentes à avaliação processual e aos processos de classificação,

reclassificação, aproveitamento de estudos, adaptação e progressão parcial,

conforme legislação em vigor;

- organizar e acompanhar, juntamente com a direção, as reposições de dias

letivos, horas e conteúdos aos discentes;

- orientar, acompanhar e visar periodicamente os Livros Registro de Classe e a

Ficha Individual de Controle de Nota e Freqüência, sendo esta específica para

Educação de Jovens e Adultos;

104

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- organizar registros de acompanhamento da vida escolar do aluno;

- organizar registros para o acompanhamento da prática pedagógica dos

profissionais do estabelecimento de ensino;

- solicitar autorização dos pais ou responsáveis para realização da Avaliação

Educacional do Contexto Escolar, a fim de identificar possíveis necessidades

educacionais especiais;

- coordenar e acompanhar o processo de Avaliação Educacional no Contexto

Escolar, para os alunos com dificuldades acentuadas de aprendizagem, visando

encaminhamento aos serviços e apoios especializados da Educação Especial, se

necessário;

- acompanhar os aspectos de sociabilização e aprendizagem dos alunos,

realizando contato com a família com o intuito de promover ações para o seu

desenvolvimento integral;

- acompanhar a freqüência escolar dos alunos, contatando as famílias e

encaminhando-os aos órgãos competentes, quando necessário;

- acionar serviços de proteção à criança e ao adolescente, sempre que houver

necessidade de encaminhamentos;

- orientar e acompanhar o desenvolvimento escolar dos alunos com necessidades

educativas especiais, nos aspectos pedagógicos, adaptações físicas e curriculares

e no processo de inclusão na escola;

- manter contato com os professores dos serviços e apoios especializados de

alunos com necessidades educacionais especiais, para intercâmbio de

105

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informações e trocas de experiências, visando à articulação do trabalho

pedagógico entre Educação Especial e ensino regular;

- assessorar os professores do Centro de Línguas Estrangeiras Modernas e

acompanhar as turmas, quando o estabelecimento de ensino ofertar o ensino

extracurricular plurilingüístico de Língua Estrangeira Moderna;

- acompanhar as Coordenações das Escolas Itinerantes, realizando visitas

regulares (somente para os estabelecimentos de ensino que servem de Escola

Base para as Escolas Itinerantes);

- orientar e acompanhar a elaboração dos guias de estudos dos alunos para cada

disciplina, na modalidade Educação de Jovens e Adultos;

- coordenar e acompanhar ações descentralizadas e Exames Supletivos, na

modalidade Educação de Jovens e Adultos (quando no estabelecimento de

ensino não houver coordenação específica dessa ação, com a devida

autorização);

- assegurar a realização do processo de avaliação institucional do

estabelecimento de ensino;

- manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com colegas,

alunos, pais e demais segmentos da comunidade escolar;

- zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores, funcionários e

famílias;

- elaborar seu Plano de Ação;

106

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- cumprir e fazer cumprir o disposto no Regimento Escolar.

12.7.3 - Equipe Docente

Segundo o artigo 13 da Lei de Diretrizes e Bases da Educação

nº9.394/96, é de incumbência do professor “zelar pela aprendizagem de seus

alunos”. Essa aprendizagem se compreende a aquisição de competências básicas

e essenciais necessárias ao indivíduo para a sua inserção na sociedade de forma

justa e igualitária.

Zelar pela aprendizagem do aluno, significa também, planejar

condições para a construção de uma aprendizagem significativa.

Frente à proposta pedagógica que a escola pretende seguir, o

professor é um mediador da aprendizagem do aluno; mediador da construção de

sentidos; mediador do saber/conhecimento; reflexivo das suas ações e do

mundo; avalia e ressignifica sua prática pedagógica; cria situações problemas,

observa os alunos nos trabalhos; seja um incentivador da estética da

sensibilidade (curiosidade, afetividade, qualidade, diversidade); zelador da

política da igualdade e da ética da identidade, destacando a responsabilidade, a

solidariedade e a autonomia.

O professor deve estar comprometido em ajudar a administrar as

mudanças que ocorrerem na escola. Ser consistente nas suas relações com todos

os alunos, estabelecer uma atmosfera na quais os estudantes tenham confiança e

auto-estima. Os professores não devem esquecer os seus papéis de líderes e de

107

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modelo no processo de qualidade, usando para isso, todas as ferramentas e

técnicas existentes ao seu alcance, no processo de instrução.

É necessário também que os professores saibam se comunicar e

manter relações positivas entre si e com todos os outros funcionários da escola e

estabelecer relações constantes com a comunidade, relacionando sempre suas

aulas com os acontecimentos da sociedade.

12.7.4 – Alunos

Cabe ao aluno:

- Participar ativamente de todas as aulas ministradas pelos

professores;

- Comparecer pontualmente às aulas e demais atividades escolares;

- Participar de todas as atividades programadas e desenvolvidas pelo

estabelecimento de ensino;

- Cooperar na manutenção da higiene e na conservação das instalações

escolares;

- Respeitar os direitos de terceiros;

12.7.5 - Agente Educacional I

Tem suas atribuições definidas no Anexo I da lei nº123/97 e poderá

realizar sua qualificação profissional em ou mais das seguintes áreas de

108

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concentração:

I – manutenção de infra-estrutura escolar e preservação do meio ambiente;

II – alimentação escolar;

III – interação com o educando.

12.7.6 - Agente Educacional II

Tem suas atribuições definidas no Anexo II da lei nº123/97 e

poderá realizar sua qualificação profissional em ou mais das seguintes áreas de

concentração:

I – administração escolar;

II – operação de multimeios escolares.

Descrição específica da função: Coordenar e supervisionar as

atividades administrativas referente à matrícula, transferência, adaptação e

conclusão de curso, aplicar e observar a legislação que rege o registro de toda a

documentação de alunos; cumprir as obrigações inerentes às atividades

administrativas da secretaria (matrícula, transferência, adaptação, classificação e

reclassificação, aproveitamento de estudos, conclusão de curso): preparar

relatório de freqüência; manipular dados estatísticos para avaliação e

acompanhamento do ensino-aprendizagem; atender os alunos, professores e

demais interessados prestando informações e dando orientações; participar de

eventos, cursos, reuniões no intuito de aprimoramento profissional. Elaborar,

digitar, classificar e arquivar relatórios, formulários, planilhas e outros

documentos. Redigir e digitar memorando, ofícios e outras correspondências.

Preparar, fazer tramitar e arquivar protocolos. Efetuar a entrada e transmissão de

dados, operar fax, tele impressoras e microcomputadores. Agir no tratamento,

recuperação e disseminação de informações.

109

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12.8 - PLANO DE AÇÃO DA ESCOLA

A direção de nossa escola tem como linhas de ação promover as

seguintes atividades, juntamente com equipe pedagógica, equipe docente

funcionários, alunos e pais:

- Viagens para os alunos visitarem locais que ampliem a visão sobre os

conteúdos estudados;

- Palestra em parceria com órgãos públicos, secretaria Municipal da Saúde,

Secretaria Municipal da Assistência social, CRAS (Centro de Referência a

Assistência Social), Sanepar, Copel, etc;

- Semana cultural;

- Noite da poesia;

- Noite de talentos;

- Apresentações sobre a Cultura-afro Brasileira e Africana;

- Comemoração do Dia da Consciência Negra;

- Festa Junina ou Julina com toda a comunidade escolar;

- Jogos esportivos com outros Municípios;

- Gincana com temas de relevância social (etapa da reciclagem, etapa cultural

e etapa esportiva);

110

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- Mostra Cultural realizada no final do ano letivo, com exposições dos

trabalhos realizados durante o ano letivo;

- Confraternização com professores e funcionários;

- Cantar o hino toda semana;

- Escolha do Professor Coordenador para cada turma e alunos coordenadores

da sala;

- Grupos de estudos na hora-atividade;

- Desenvolvimento do Programa Viva Escola;

- Desenvolvimento do Programa Sala de Apoio à Aprendizagem;

- Execução do Projeto de Violão;

- Apoio a Execução da atividade de Roda de Terapia em parceria com o

CRAS;

- Orientação individual para família e educando que enfrente problemas no

processo educativo escolar;

- Participação no Fera Com Ciência;

- Participação no Desfile de 7 de setembro;

- Participação no JOCOPS- Jogos Colegiais do Paraná;

111

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- Confraternização para comemoração da conclusão dos educando da 8ª

série/9ºano;

- Participação na OBMEP- Olimpíada Brasileira de Matemática;

- Participação na Olimpíada Brasileira de Língua Portuguesa;

- Participação na Olimpíada Brasileira de Astronomia;

12.9 - O MÉTODO DE ENSINO ADOTADO PELA ESCOLA

Trabalhamos segundo a proposta da SEED – Secretaria de Estado

da Educação do Paraná, nos embasados na pedagogia Histórico Crítica,

fundamentada pela concepção teórica de Saviani, seu método pedagógico tem

como primeiro passo (Saviani -2006, p.70) a Prática Social. Esse momento é

comum a professores e alunos, embora do ponto de vista pedagógico professores

e alunos apresentem diferentes níveis de conhecimento e experiência desta

prática social. De um lado, o professor detém conhecimentos culturais e de

experiências que serão articulados à prática social, uma visão denominada

sintética. De outro lado os alunos apresentam uma visão sincrética, desordenada

do conteúdo abordado, refletida por meio de suas experiências informais,

fundamentais neste caminho.

Gasparin (2003, p.16-25) expressa essa primeira etapa do processo

como sendo o contato inicial com o tema a ser estudado. Parte-se do saber que

os discentes já possuem do conteúdo, definida por Vygotski como nível de

desenvolvimento atual, quando possuem uma visão sincrética da prática social.

112

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Geralmente, nesta fase o aluno apresenta um conhecimento baseado no senso

comum, fundamentado na sua realidade, ou no conhecimento oriundo da escola,

estudado em algum período letivo. Este processo acontece de forma instigante,

onde o professor irá se inteirar do que o aluno já sabe, possibilitando para ambos

uma relação de diálogo.

É necessário lembrar que a Prática Social Inicial não é uma

motivação que acontece somente no começo do estudo da unidade e que se

esquece à medida que os demais passos da aprendizagem vão se sucedendo.

Consiste numa contextualização, num pano de fundo sobre o qual se trabalha um

conteúdo. Por isso é retomada, regularmente, em cada uma das outras fases da

metodologia. É uma presença constante.

Em relação aos procedimentos práticos, citado anteriormente,

Saviani classifica-os como: “anúncios dos conteúdos, que consiste na listagem

da unidade e dos tópicos a serem trabalhados, e vivência cotidiana dos

conteúdos, expondo o que os alunos já sabem e o que gostariam de saber”.

A aprendizagem ocorre com mais facilidade quando o aluno

relaciona o conceito científico com o senso comum dominado por ele. Vygotski

(apud Gasparin 2003, p.17) afirma: Em essência a escola nunca começa no

vazio. Toda aprendizagem com que a criança depara na escola sempre tem uma

pré-história. Por exemplo, a criança começa a estudar aritmética na escola.

Entretanto, muito antes de ingressar na escola ela já tem certa experiência no

que se refere à quantidade: já teve oportunidade de realizar, essa ou aquela

operação, de dividir de determinar grandeza, de somar e diminuir [...] a

aprendizagem escolar nunca começa no vazio mas sempre se baseia em

determinado estágio de desenvolvimento, percorrido pela criança antes de

ingressar na escola. A prática docente, tomando como base a articulação do

113

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saber espontâneo do aluno com o conhecimento científico, dará a oportunidade

ao educando de dialogar com o educador e com os colegas em sala de aula sobre

a sua realidade, em relação a determinado conteúdo, tornando favorável a

incorporação de novos conhecimentos.

O segundo passo da Pedagogia Histórico-Crítica é a

Problematização. “Trata-se de detectar que questões precisam ser resolvidas no

âmbito da prática social e, em conseqüência, que conhecimento é necessário

dominar” (Saviani,2006, p.71). Nesta fase do método, a construção do

conhecimento escolar situa-se na problematização do conteúdo em relação ao

cotidiano das pessoas e da sociedade, e o questionamento da real necessidade de

se apropriar desses conteúdos. Gasparin (2003, p.49-50) afirma que: A

Problematização representa um desafio para professores e alunos. Trata-se de

uma nova forma de considerar o conhecimento, tanto em suas finalidades sociais

quanto na forma de comunicá-lo e construí-lo.

Para o professor implica uma nova maneira de estudar e preparar o

que será trabalhado com os alunos: o conteúdo é submetido a dimensões e

questionamentos que exigem do mestre uma reestruturação do conhecimento

que já domina. O conteúdo é entendido como uma construção histórica não

natural, portanto, uma construção social historicizada para responder as

necessidades humanas. As perguntas elaboradas nesta etapa não são respondidas

aqui, mas sim na fase da instrumentalização, quando os alunos estão

efetivamente construindo, de forma mais elaborada, seu conhecimento, seus

conceitos. A Problematização é o fio condutor de todo o processo de ensino-

aprendizagem. Todavia, este momento é ainda preparatório, no sentido em que o

educando, após ter sido desafiado, provocado, despertado e ter apresentado

algumas hipóteses de encaminhamento, compromete-se teórica e praticamente

com a busca de solução para as questões levantadas.

114

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O terceiro passo da Pedagogia Histórico-Crítica é a

Instrumentalização, são as ações didático-pedagógicas para a aprendizagem.

Saviani (2006, p.71) descreve como instrumentalização o momento em que o

professor, por meio da ação docente transmite aos educandos os conhecimentos

científicos construídos pela humanidade de forma a libertá-los do estado de

ignorância, e consequentemente das diferenças sociais em que vivem. Nesta

etapa, ocorre a apropriação dos instrumentos teóricos e práticos que depende da

transmissão dos conhecimentos do professor. Há a relação triádica, marcada

pelas determinações sociais e individuais representadas pelos alunos, pelo

professor, mediador do conhecimento científico e o conteúdo, objeto do

processo educativo. Assim, quando se fala em transmissão e em assimilação de

conhecimentos, não se está referindo aos processos tradicionais, Escolonovista

ou Tecnicista de ensino, mas, sim, a uma nova forma de apropriação do saber.

Trata-se da Teoria Histórico-Cultural, que enfatiza a importância da interação

dos indivíduos entre si, enquanto sujeitos sociais, e da relação destes com o todo

social no processo de aquisição dos conhecimentos escolares. Gasparin (2003,

p.54).

Essa fase é denominada por Vygotski de zona de desenvolvimento

proximal, quando os conceitos científicos se formam. Nesta etapa, é

imprescindível o papel do professor, pois por meio de sua ação docente,

planejada de forma dinâmica e disponibilizada de recursos necessários para o

processo de aprendizagem, é que o aluno incorpora os conhecimentos

científicos.

O conhecimento científico, no contexto escolar, se constrói no

educando por meio da mediação do educador, onde os conhecimentos

espontâneos, expostos pelos educandos, estabelecem relações com os

conhecimentos científicos, transmitidos pelo professor, para que dessa forma, o

aprendiz atinja um nível de desenvolvimento superior.

115

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Esta fase da pedagogia Histórico- Crítica, é mencionada por

Saviani (2006, p.80), como uma ação pedagógica e ao mesmo tempo política,

pois se refere ao momento de apropriação, pelas camadas populares, das

ferramentas culturais necessárias à luta social para superar a condição de

exploração em que vivem.

O quarto passo da Pedagogia Histórico-Crítica é a Catarse, se

refere à efetiva incorporação dos conteúdos agora em elementos ativos de

transformação social. É a síntese do processo, no sentido em que o educando

pode se posicionar em relação ao que aprendeu. É a apropriação do saber pelo

educando, a passagem da síncrese para a síntese, “a capacidade dos alunos

expressarem uma compreensão da prática em termos tão elaborados quanto era

possível ao professor” (Saviani, 2006, p.72).

Gasparin(2003, p. 133) em relação aos procedimentos didáticos,

nesta fase destaca:

a) elaboração teórica da nova síntese: o educando deverá ser capaz de

manifestar a que conclusão chegou sobre o conhecimento desenvolvido, seu

novo entendimento sobre o conteúdo.

b) expressão prática da nova síntese: o educando por meio de

produção do conhecimento, que faz parte do processo pedagógico, irá expressar

sua nova apreensão do conteúdo por meio da avaliação.

Esta atividade pedagógica poderá ser realizada de maneira formal

ou informal, e por meio de diferentes instrumentos e recursos, salientando que

este processo avaliativo não ocorre apenas nesta fase, mas durante o decorrer de

todas as atividades, porém é neste momento que se atinge a culminância do

processo intelectual, devendo ser sistematizado nesta etapa.

116

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O quinto e último passo da Pedagogia Histórico-Crítica é a Prática

Social definida agora como ponto de chegada, em que os alunos atingem uma

compreensão que supostamente já se encontrava no professor no ponto de

partida. A prática social neste sentido é alterada qualitativamente pela mediação

da ação pedagógica, a qual propicia ao educando uma nova maneira de

compreender a realidade e agir sobre ela.

12.10 - CURRÍCULO E PLANO DE TRABALHO DOCENTE

Se propõe a construção de um currículo flexível, capaz de atender

às demandas de cada nível e modalidade de ensino ofertados. Trata-se de

considerar o currículo  não só como elemento organizador das práticas escolares,

mas num sentido mais amplo, como elemento mediador entre a escola e a

sociedade. É através dele que se possibilita a construção da ação pedagógica por

meio de interações entre os conhecimentos construídos na prática social e

transmitidos, organizados e transformados na prática escolar.

Em atenção ao que dispõe a Lei de Diretrizes e Bases da Educação

Nacional (LDB) – Lei  n° 9.394/96 – a construção da flexibilidade curricular,

deve se consolidar em relação:

à organização curricular como reflexo da cultura local, sem perder de

vista os objetivos e as finalidades da educação nacional;

às peculiaridades de cada modalidade de ensino;

ao atendimento às pessoas que têm necessidades educativas especiais;

às peculiaridades dos povos indígenas.

117

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A construção do currículo, nesse sentido, atenderá os resultados de

reflexões e discussões coletivas, possibilitando à escola a opção por esta ou

aquela forma de organização curricular. Pois é através da construção e da prática

do currículo que se terá delineado o tipo de homem que se quer formar, de modo

que conteúdos, metodologias, práticas e posturas pedagógicas convertam-se na

construção da cidadania que se deseja e promovam a afirmação do

conhecimento e do saber elaborado.

Conforme Legislação, o Currículo da Escola Estadual Humberto de

Alencar Castelo Branco, vem sendo construído e executado em consonância

com o que versa a Lei 10 639/2003 que altera a LDB 9394/96 em seus artigos

26A – obrigatoriedade da temática História e Cultura Afro-Brasileira e seus

conteúdos curriculares e 79B sobre o dia 20 de novembro - Dia da Consciência

Negra. A abordagem da temática se dá a partir do trabalho com conteúdos

curriculares, como História da África e dos Africanos; A luta dos negros no

Brasil; A cultura negra brasileira e o Negro na formação da sociedade nacional.

E ainda, faz alusão à Lei nº 11 645/2008, que ratifica a obrigatoriedade da

História e Cultura Afro-Brasileira; inclui a História e Cultura Indígena; e

acrescenta novos conteúdos relativos à participação do índio na formação da

sociedade nacional e as contribuições dos povos indígenas em diferentes áreas.

Nos preocupamos sempre com a organização dos conteúdos e a

metodologia adotadas, procurando nos últimos anos estar em consonância com

os princípios sócio-interacionista, em que o professor é o mediador de

conhecimentos, não ficando preso à quantidade, mas à qualidade desse

conhecimento. Para tanto há de permitir a presença da transposição didática,

modificando o conhecimento, objeto de ensino, em objeto ensináveis, em

condição de ser aprendido pelo aluno.

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A presença da interdisciplinaridade estará presente durante toda a

organização dos conteúdos e durante todo o processo educativo, para que haja

uma maior interação das disciplinas do currículo escolar, uma maior integração

e engajamento dos educadores, para um trabalho conjunto, superando assim a

fragmentação do ensino e objetivando a formação integral dos alunos, para sua

promoção global e crítica do mundo.

A contextualização é outra estratégia norteadora que deve

fundamentar o trabalho pedagógico. Contextualizar o conteúdo que, se

aprendido, significa em primeiro lugar assumir que todo conhecimento envolve

uma relação entre o educando (sujeito) e o conteúdo (objeto). E é um recurso

que se tem, de tirar o aluno da condição de espectador passivo, provocando um

aprendizado mais significativo, mobilizando o aluno a estabelecer entre ele o

objeto do conhecimento uma relação de reciprocidade. Evocando para isto área,

âmbito ou dimensões presentes na vida pessoal, social e cultural. Através da

contextualização a escola constrói as competências nos alunos, envolvendo-os

não só intelectualmente, mas também afetivamente.

Nessa concepção de currículo, as disciplinas da Educação Básica,

conforme as Diretrizes Curriculares Educacionais do Estado do Paraná, terão em

seus conteúdos estruturantes, os campos de estudo que as identificam como

conhecimento histórico. Dos conteúdos estruturantes organizam-se os conteúdos

básicos a serem trabalhados por série, compostos tanto pelos assuntos mais

estáveis e permanentes da disciplina quanto pelos que se apresentam em função

do movimento histórico e das atuais relações sociais. Esses conteúdos,

articulados entre si e fundamentados nas respectivas orientações teórico-

metodológicas, farão parte da proposta pedagógica curricular de cada disciplina

de nossa escola.

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A partir da proposta pedagógica curricular, o professor elaborará

seu plano de trabalho docente, documento de autoria, vinculado à realidade e às

necessidades de suas diferentes turmas e escolas de atuação. No plano, se

explicitarão os conteúdos específicos a serem trabalhados nos trimestres do ano

letivo, bem como as especificações metodológicas que fundamentam a relação

ensino/aprendizagem, além dos critérios e instrumentos que objetivam a

avaliação no cotidiano escolar.

12.11- MATRIZ TEÓRICA

12.11.1- Matutino

DISCIPLINAS 5ª 6ª 7ª 8ª

Arte 2 2 2 2

Ciências 3 3 3 4

120

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BASE

NACIONAL

COMUM

Educação Física 3 3 3 3

Ensino Religioso 1 1 0 0

Geografia 3 3 4 3

História 3 3 3 3

Língua Portuguesa 4 4 4 4

Matemática 4 4 4 4

SUB-TOTAL 23 23 23 23

PARTE

DIVERSIFICADA

L.E.M. - Inglês 2 2 2 2

SUB-TOTAL 2 2 2 2

TOTAL GERAL 25 25 25 25

12.11.2- Vespertino

DISCIPLINAS 5ª 6ª 7ª 8ª

Arte 2 2 2 2

Ciências 3 3 3 4

Educação Física 3 3 3 3

121

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BASE

NACIONAL

COMUM

Ensino Religioso 1 1 0 0

Geografia 3 3 4 3

História 3 3 3 3

Língua Portuguesa 4 4 4 4

Matemática 4 4 4 4

SUB-TOTAL 23 23 23 23

PARTE

DIVERSIFICADAL.E.M. - Inglês 2 2 2 2

SUB-TOTAL 2 2 2 2

TOTAL GERAL 25 25 25 25

12.11.3- Noturno

DISCIPLINAS 5ª 6ª 7ª 8ª

Arte 2 2 2 2

Ciências 4 4 3 4

Educação Física 3 3 3 3

122

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BASE

NACIONAL

COMUM

Ensino Religioso 1 1 0 0

Geografia 3 3 4 3

História 3 3 3 3

Língua Portuguesa 4 4 4 4

Matemática 4 4 4 4

SUB-TOTAL 23 23 23 23

PARTE

DIVERSIFICADA

L.E.M. - Inglês 2 2 2 2

SUB-TOTAL 2 2 2 2

TOTAL GERAL 25 25 25 25

12.12 - LINHAS DE AÇÃO DAS DISCIPLINAS

12.12.1 - Arte

- Desenvolvimento do Projeto Valores Humanos;

- Exposições de trabalhos realizados pelos educandos;

- Participação nas datas comemorativas;

- Participação no dia da Consciência Negra;

123

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- Participação na Mostra Cultural realizada no final do ano letivo, com

exposição dos trabalhos realizados durante o ano;

- Participação no FERA;

12.12.2 -Ciências

Palestras em parceria com equipe da saúde do município:

Prevenção às Drogas;

Sexualidade;

Nutrição;

Higiene Bucal;

Dengue.

- Semana Cultural: Teatro, música relacionados ao Meio Ambiente;

- Confecção de cartazes informativos expostos no pátio escolar, relacionados a

datas comemorativas a respeito da saúde, meio ambiente e cultura afro-

brasileira e africana;

- Participação na Olimpíada de Astronomia;

- Participação no Evento promovido pela Secretaria de Educação Com Ciência.

- Agenda 21 – Datas do dia da água, meio ambiente, da árvore, do rio.

- Palestras em parceria com a Sanepar, secretaria da agricultura do município,

profissionais liberais como engenheiro florestal e engenheiro agrônomo;

- Desenvolvimento do Programa Agrinho;

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- Desenvolvimento de atividades lúdicas no portal dia-a-diaeducação.pr.gov.br

- Participação na mostra cultural promovida pela escola no final do ano letivo.

12.12.3 - Educação Física

Torneios e Campeonatos

- Realização de torneios e campeonatos de futsal, voleibol, handebol e

basquetebol, com a participação dos alunos.

- Participação nos JOCOPS- Jogos Colegiais do Paraná – participação de alunos

preparados através de treinamentos específicos.

- Participação nos JAMBS- Jogos Abertos Municipais de Borrazópolis-

promovido pela secretaria do Esporte e Cultura, participação de todos os alunos

em diversas modalidades: tênis de mesa, xadrez, atletismo, futsal, voleibol,

handebol e basquetebol.

Festival de Atletismo

- participação no festival de atletismos promovido pela secretaria de esporte e

cultura do município.

Gincana Cultural e Esportiva

- Organização da Gincana: regulamento, competição e pontuação.

Atuação nos eventos promovidos pela escola, por outras disciplinas:

- Desfile 7 de Setembro;

- Noite da Poesia e Noite de talentos;

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Festa Junina – Quadrilha;

- Passeios e excursões

- Participação na Mostra Cultural realizada no final do ano letivo, com

exposição dos trabalhos realizados durante o ano;

12.12.4 - Ensino Religioso

- Palestras;

- Apresentações de trabalhos para a escola.

- Participação na Mostra Cultural realizada no final do ano letivo, com

exposição dos trabalhos realizados durante o ano;

12.12.5 - Geografia

De acordo com as Diretrizes Curriculares Educacionais do Estado

do Paraná, a compreensão do processo de produção e transformação do espaço

geográfico é fundamental para o ensino de Geografia. Para isso, vários

instrumentos serão utilizados em sala de aula, além de estratégias, recursos e

metodologias, como:

- Dia da leitura geográfica, observando a boa leitura, a expressão oral e a

interpretação;

- Análise e leitura de mapas, tabelas, figuras, fotos e imagens;

- Músicas na TV Multimídia;

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- Pesquisas na internet;

- Confecção de mapas, tabelas e gráficos;

- Recortes de filmes para análises;

- Montagem de portifólios;

- Participação em concursos nacionais, estaduais e municipais;

- Participação na comemoração do dia da Consciência Negra – 20 de novembro;

12.12.6 - História

Fazendo parte do processo histórico no decorrer do tempo,

necessitamos ter um aprofundamento sobre os fatos passados para compreender

a história atual, que passa a viver dentro de um processo mais rápido no mundo

globalizado cada vez excludente, onde a pequena massa dominante monopolista

as ordens sociais que fazem a história ser constituída.

Iremos desenvolver na disciplina de história:

Projeto: Negros Cultura e Costumes. Novembro: Dia da

“Consciência Negra”.

Projeto: Conhecendo a história através da leitura. Durante o ano

todo.

Semana Cultural: Noite da Cultura Afro Brasileira.

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- Participação na Mostra Cultural realizada no final do ano letivo, com

exposição dos trabalhos realizados durante o ano;

12.12.7 - Língua Portuguesa

Estamos desenvolvendo técnicas e atividades de Interpretação de

texto, produção, leitura e compreensão do vocabulário, através de atividades

variadas como:

- coletânea de textos;

- leitura de textos literários longos e curtos;

- produção de textos;

- uso do dicionário;

- jogos educativos;

- atividades culturais.

- Participação na Mostra Cultural realizada no final do ano letivo, com

exposição dos trabalhos realizados durante o ano;

12.12.8 - Matemática

- Participação na Olimpíada Brasileira de Matemática – OBMEP

- Jogos no laboratório de informática;

- Utilização do Portal da Educação para enriquecimento;

- Trabalho interdisciplinar com a disciplina de Arte;

- Exposição de trabalho de Geometria;

- Participação na Mostra Cultural realizada no final do ano letivo, com

exposição dos trabalhos realizados durante o ano;

- Confecção de gráficos e tabelas;

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- Desenvolvimento de atividades contextualizadas com temas relacionados a

saúde, meio ambiente, cultura afro-brasileira e africana.

12.12.9 - Língua Estrangeira Moderna - Inglês

- Trabalhos envolvendo músicas, apresentação dos alunos, imagens, montagem

de coletâneas de textos, pesquisas com o uso da internet, produção de livrinhos e

pastas.

- Participação na Mostra Cultural realizada no final do ano letivo, com

exposição dos trabalhos realizados durante o ano;

12.13 - AGENDA XXI

A Agenda XXI estará sendo implementada por uma equipe

coordenadora em consonância com todos os demais membros da comunidade

escolar, com a participação de todas as disciplinas.

Elucidando o compromissos pautados e assumidos nessa agenda

pelo coletivo. Estará sendo promovido a integração de relações entre: homem-

natureza; aluno-aluno; professor-aluno; família-escola; escola-comunidade,

através da inserção de projetos interdisciplinares, embasados em parcerias que

podem se estender ao setor público, privado, ONGs e outros, a partir de

palestras, debates, excursões, ações locais que sejam exeqüíveis e permitam o

sucesso do processo educativo em sua amplitude.

12.14 - LINHAS DE AÇÃO DOS FUNCIONÁRIOS

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Consideramos como funcionários a Equipe de Direção, Equipe

Pedagógica e os Agentes Educacionais I e II. Consideramos que além de

participar das atribuições decorrentes do Regimento Escolar e exercer as

atividades específicas do seu setor, os funcionários devem participar ativamente

do processo de ensino aprendizagem, viabilizando o que se faz necessário para o

bom trabalho educativo do professor dentro da sala de aula, enfim, um conjunto

de profissionais empenhados para um só objetivo a educação.

12.15 - EDUCAÇÃO INCLUSIVA

A educação inclusiva é um processo em que se amplia a

participação de todos os estudantes nos estabelecimentos de ensino regular.

Trata-se de uma reestruturação da cultura, da prática e das políticas

vivenciadas nas escolas de modo que estas respondam à diversidade de alunos.

É uma abordagem humanística, democrática, que percebe o sujeito

e suas singularidades, tendo como objetivos o crescimento, a satisfação pessoal

e a inserção social de todos.

O objetivo geral do Sistema Escolar Inclusivo é garantir o acesso

de todas as crianças e adolescentes com necessidades educacionais especiais ao

sistema educacional público.

Um sistema educacional só pode ser considerado inclusivo quando

abrange a definição ampla deste conceito, nos seguintes termos:

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- Reconhece que todas as crianças podem aprender;

- Reconhece e respeita diferenças nas crianças: idade, sexo, etnia, língua,

deficiência/inabilidade, classe social, estado de saúde (HIV, TB, hemofilia,

Hidrocefalia ou qualquer outra condição);

- Permite que as estruturas, sistemas e metodologias de ensino atendam as

necessidades de todas as crianças.

A escola inclusiva é aquela que acomoda todos os alunos

independentemente de suas condições físicas, intelectuais, sociais, emocionais,

lingüísticas ou outras, sendo o principal desafio desenvolver uma pedagogia

centrada no aluno, uma pedagogia capaz de educar e incluir além dos alunos que

apresentem necessidades educacionais especiais, aquelas que apresentam

dificuldades temporárias ou permanentes na escola, as que estejam repetindo

anos escolares, as que sejam forçadas a trabalhar, as que vivem nas ruas, as que

vivem em extrema pobreza, as que são vítimas de abusos, as que estão fora da

escola, as que apresentam Altas Habilidade/Superdotação, pois a inclusão não

aplica-se apenas aos alunos que apresentam alguma deficiência.

O desafio é construir e pôr em prática no ambiente escolar uma

pedagogia que consiga ser comum ou válida para todos os alunos da classe

escolar, porém capaz de atender aos alunos cujas situações pessoais e

características de aprendizagem correspondentes requeiram uma pedagogia

diferenciada. (BEYER, 2006)

Uma Proposta Pedagógica centrada nas necessidades educacionais

especiais, considerando as severas ausências de interações, comunicação e

linguagem e, também, as alterações de atenção e comportamento que esses

alunos podem apresentar.

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12.16 - ADAPTAÇÕES CURRICULARES

As adaptações curriculares constituem as possibilidades

educacionais de atuar frente às dificuldades de aprendizagem dos alunos

e tem como objetivo subsidiar a ação dos professores.

As adaptações curriculares constituem num conjunto de

modificações que se realizam nos objetivos, conteúdos, critérios, procedimentos

de avaliações, atividades, metodologias para atender as diferenças individuais

dos alunos.

Essas adaptações  visam promover o desenvolvimento e a

aprendizagem dos alunos que apresentam necessidades educacionais especiais,

tendo como referência a elaboração do projeto pedagógico e a implementação de

práticas inclusivas no sistema escolar e essas adaptações pressupõem-se que se

realize quando necessário, para torná-lo apropriado às peculiaridades dos alunos

com necessidades especiais.

Em nossa escola realizaremos as adaptações nos seguintes níveis:

Adaptações no nível do currículo escolar, que devem focalizar,

principalmente, a organização escolar e os serviços de apoio, propiciando

condições estruturais que possam ocorrer no nível de sala de aula e no nível

individual.

Adaptações relativas ao Plano de trabalho docente, que se referem,

principalmente, à programação das atividades elaboradas para sala de aula.

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Adaptações individualizadas, que focalizam a atuação do professor

na avaliação e no atendimento a cada aluno.

Nesse processo de construção de um currículo inclusivo o papel da

escola é o de assumir o compromisso de oportunizar a todos possibilidades de

desenvolvimento e aprendizagem.

Para conseguir alcançar esta meta a escola precisa:

- Reforçar comportamentos socialmente aceitáveis e estabelecer limites e regras;

- Manter uma Linguagem única entre professores e todos os funcionários da

escola;

- Não excluir;

- Identificar comportamentos de risco e encaminhar aos atendimentos

necessários;

- Acolher a família e o aluno, e trabalhar em conjunto para busca de alternativas;

- Não expor os alunos ao perigo.

Desta forma é importante para que tenhamos sucesso:

- Professores e funcionários da escola conheçam a deficiência que o aluno

apresenta, quais as formas que ele consegue aprender;

- Seja realizado um trabalho com as adaptações curriculares necessárias;

- Os pais sejam orientados quais os conteúdos básicos que seu filho tem que

aprender naquela série;

- Os alunos tenham acesso ao apoio especializado;

- O professor da sala regular oportunize um atendimento individualizado.

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12.17 - APOIO ESPECIALIZADO

Nossa escola oferece como apoio especializado a Sala de Recursos

nas séries finais do Ensino Fundamental, na área da Deficiência Intelectual e/ou

Transtornos Funcionais Específicos. Está estabelecida na Instrução Nº 013/08 da

SUED/SEED, é um serviço especializado, de natureza pedagógica que apoia e

complementa o atendimento educacional realizado em Classes Comuns do

ensino Fundamental de 5ª série/6ºano a 8ª série/ 9º ano.

Sabemos que os serviços de apoio especializados na rede regular de

ensino visa o atendimento de alunos com necessidades educacionais especiais

em diversas áreas, e que houveram muitos avanços no sentido de incluir e

possibilitar a integração a todos os alunos com necessidades especiais, porém

ainda existem situações a serem superadas, e que efetivarão ainda mais o

processo de inclusão.

Apesar das dificuldades nossa comunidade escolar vem se

inteirando a respeito de assuntos relacionados a inclusão, os professores

participam ativamente, trocando experiências com o professor especializado da

sala de recursos, e por parte dos alunos a integração foi excelente, é visível o

respeito que eles vem conquistando, desta forma vê-se que cada vez mais

estamos nos tornando uma escola inclusiva.

Atualmente, recebemos Nota Técnica MEC/SEEESP Nº11,

contendo orientações para a institucionalização na Escola, da Oferta do

Atendimento Educacional Especializado – AEE em Sala de Recursos

Multifuncionais.

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Uma política pública que assume em sua centralidade as condições

de acesso, participação e aprendizagem de todos os alunos nas escolas regulares,

em igualdade de condições.

De acordo com essas diretrizes, no art. 5º, o AEE (Atendimento

Educacional Especializado) é realizado prioritariamente na sala de recursos

multifuncionais da própria escola, no turno inverso da escolarização, não sendo

substitutivo às classes comuns. A elaboração e execução do Plano de

atendimento educacional especializado são de competência dos professores que

atuam nas salas de recursos multifuncionais em articulação com os demais

professores do ensino comum, com a participação da família e em interface com

os demais serviços setoriais.

Já recebemos vários materiais didáticos, recursos pedagógicos,

equipamentos tecnológicos que irão auxiliar e enriquecer o desenvolvimento do

trabalho na sala de recursos multifuncional. Contamos com professora habilitada

para a função e a partir de agosto de 2010 a sala já será montada para o AEE

(Atendimento Educacional Especializado), cumprindo com todas as exigências

para a sua institucionalização.

12.18 - EDUCAÇÃO DO CAMPO

Considerando que um número significativo de educandos de

nossa escola, tem vínculo com a vida no campo, prima-se pela a valorização da

contribuição da cultura do campo para a sociedade, possibilitando uma auto-

afirmação da identidade dos povos do campo, da sua cultura, enfim, sua história

social e política. Trata-se de promover a construção de posturas e tomadas de

atitudes acerca das práticas que envolvem o meio rural, agregando-as ao modo

de vida contemporâneo, lutando pela emancipação de políticas públicas que

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garantam o respeito a essa população. Para tanto, procura-se tomar como

referência para o trabalho pedagógico, a cultura, os saberes da experiência, a

dinâmica dos moradores do campo, tornando mais palpável os objetos de estudo,

articulando esses conhecimentos a conteúdos que permitem esse paralelo.

Assim, se está colaborando para que a cultura seja gerada na prática

social produtiva dos povos do campo, bem como sua apresentação inclusiva na

comunidade escolar.

12.19- EDUCAÇÃO FISCAL

O Programa Nacional de Educação Fiscal - PNEF tem como objetivo

promover e institucionalizar a Educação Fiscal para o efetivo exercício da

cidadania, visando ao constante aprimoramento da relação participativa e

consciente entre o Estado e o cidadão e da defesa permanente das garantias

constitucionais.

Alicerça-se na necessidade de compreensão da função socioeconômica

do tributo, da correta alocação dos recursos públicos, da estrutura e

funcionamento de uma administração pública pautada por princípios éticos e da

busca de estratégias e meios para o exercício do controle democrático.

A implantação do PNEF é de responsabilidade do Grupo de Trabalho

de Educação Fiscal – GEF, composto por representantes de órgãos federais,

estaduais e municipais, a quem compete definir a política e discutir, analisar,

propor, monitorar e avaliar as ações do Programa.

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Para que isso aconteça vários educadores de nossa escola tem

participado de curso on-line sobre este tema, usam um material pedagógico,

composto por quatro Cadernos, o qual tem como objetivo contribuir para a

formação permanente do indivíduo, na perspectiva da maior participação social

nos processos de geração, aplicação e fiscalização dos recursos públicos.

Buscam adequar seus conteúdos aos fatos sociais, políticos e econômicos que

constroem o dinamismo da história, bem como incorporar temas relacionados às

novas bases de financiamento da educação básica e aos avanços promovidos

pelo poder público e pela sociedade na transparência e no controle das finanças

do Estado.

Neste sentido nossa escola desenvolverá atividades no decorrer do ano

letivo envolvendo as disciplinas de diferentes áreas do conhecimento com os

seguintes objetivos:

perceber a verdadeira realidade política, econômica e social em que se

está inserido;

identificar e investigar no entorno da escola, de sua comunidade ou

ambiente de trabalho, temas relevantes da vida social;

inserir no currículo escolar temas que revelem as relações de poder,

ideologias e culturas;

debater na escola perspectivas de mundo, de sociedade e de ser humano;

construir diálogos entre a comunidade e a escola de forma a favorecer a

superação dos problemas e a transformação social.

associar os deveres de contribuinte aos direitos de participar dos

processos decisórios de alocação dos gastos públicos;

reconhecer o papel do cidadão na construção de uma nação livre, justa e

solidária;

conceituar a educação fiscal;

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conhecer a história e a constituição do PNEF, os valores que o orientam,

sua missão, diretrizes , objetivos, abrangência e modos de gestão.

12.20 - DESAFIOS EDUCACIONAIS CONTEMPORÂNEOS

Durante a construção do currículo é imprescindível que o coletivo

escolar atente para as considerações acerca de temáticas atuais que se

constituem em Desafios Educacionais Contemporâneos. Para tanto, o coletivo

da Escola Estadual Humberto de Alencar Castelo Branco, decide implementar

nas práticas curriculares os temas relativos à:

– Educação Ambiental;

– Educação Fiscal;

– Enfrentamento à violência nas escolas;

– História e Cultura Afro Brasileira, Africana e Indígena;

– Prevenção ao uso indevido de drogas;

– Sexualidade.

Essas temáticas não simbolizam a fragmentação do conteúdo ou

mesmo do currículo. Elas vão muito além de uma simples abordagem isolada.

Estão inseridas na prática pedagógica de cada disciplina, onde são envolvidas no

cotidiano escolar, seja para fins de orientação, de discussão ou ainda de

valorização.

12.21- ESTÁGIO PROFISSIONAL NÃO OBRIGATÓRIO

A Instituição proporcionará o Estágio Profissional como forma de

interação dos estudantes com a realidade do mundo do trabalho.

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O Estágio Profissional Supervisionado, terá caráter não obrigatório,

atendendo as necessidades dos alunos regularmente matriculados neste

estabelecimento com idade maior de 16 anos, conforme previsto na legislação

vigente.

. Lei nº 9.394/1996, que trata das Diretrizes e Bases da Educação

Nacional;

. Lei nº 11.788/2008,que dispõe sobre o estágio de estudantes;

.Lei nº 8.069/1990,que dispões sobre o Estatuto da Criança e do

adolescente, em especial os artigos, 63, 67 e 69 entre outros, que estabelece os

princípios de proteção ao educando;

. Art.405 do decreto Lei que aprova a Consolidação das Leis

Trabalhista – CLT, que estabelece que as partes envolvida devem tomar os

cuidados necessários para a promoção da saúde e prevenção de doenças e

acidentes, considerando principalmente, os ricos decorrentes de fatos

relacionados aos ambientes, condições e formas de organização do trabalho;

. Deliberação nº 02/2009 – do Conselho Estadual de Educação;

. Instrução nº 006/2009 – SUED/SEED;

O Plano de Estágio, elaborado pela Instituição, será o instrumento

adotado para nortear o ingresso e o acompanhamento do estágio não obrigatório

realizado por alunos matriculados neste estabalecimento de ensino com idade

maior de 16 anos conforme legislação vigente.

12.21.1- Plano de Estágio

IDENTIFICAÇÃO DA INSTITUIÇÃO DE ENSINO:

NOME: Escola Estadual Humberto de Alencar Castelo Branco. Ensino

Fundamental

ENDEREÇO: Avenida Brasil, 1001

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ENTIDADE MANTENEDORA: SEED – Governo do Estado do Paraná

MUNICÍPIO: Borrazópolis - Paraná

NRE: Apucarana

IDENTIFICAÇÃO DO CURSO: Ensino Fundamental

Nome do Professor Orientador: (Pedagogo) Lisandra Labegalini Maltempe

Câmara

Ano Letivo: 2010

JUSTIFICATIVA

O Estágio Profissional não obrigatório é uma atividade curricular,

um ato educativo assumido intencionalmente pela instituição de ensino que

propicia a integração dos estudantes com a realidade do mundo do trabalho.

Sendo um recurso pedagógico que permite ao aluno o confronto entre os

desafios profissionais e a formação teórico-prática adquiridas nos

estabelecimentos de ensino, oportunizando a formação de profissionais com

percepção crítica da realidade e capacidade de análise das relações técnicas de

trabalho.

O Estágio é desenvolvido no ambiente de trabalho, cujas atividades

a serem executadas devem estar devidamente adequadas às exigências

pedagógicas relativas ao desenvolvimento pessoal, profissional e social do

educando, prevalecendo sobre o aspecto produtivo.

O Estágio não obrigatório é um momento de inserção do aluno na

realidade, para o entendimento do mundo do trabalho, com o objetivo de

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prepará-lo para compreender o processo produtivo, bem como articular conteúdo

e método de modo que propicie um desenvolvimento ominilateral. Sendo

também, uma importante estratégia para que o aluno trabalhador tenha acesso às

conquistas científicas e tecnológicas da sociedade.

O Estágio Profissional, de caráter não obrigatório, atende as

necessidades da escola conforme previsto na legislação vigente:

Lei nº 9.394/1996, que trata das Diretrizes e Bases da Educação Nacional;

Lei N° 11.788/2008, que dispõe sobre o estágio de estudantes;

Lei Nº 8.069/1990, que dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente,

em especial os artigos, 63, 67e 69 entre outros, que estabelece os princípios de

proteção ao educando; o Art. 405 do Decreto Lei que aprova a Consolidação das

Leis do Trabalho - CLT, que estabelece que as partes envolvida devem tomar os

cuidados necessários para a promoção da saúde e prevenção de doenças e

acidentes, considerando principalmente, os riscos decorrentes de fatos

relacionados aos ambientes, condições e formas de organização do trabalho e a;

Deliberação N° 02/2009 – do Conselho Estadual de Educação.

Instrução Nº 006/2009 – SUED/SEED.

O Plano de Estágio é o instrumento que norteia e normatiza os

Estágios dos Alunos deste estabelecimento com idade maior a 16 anos.

OBJETIVO GERAL DO ESTÁGIO

Conhecer formas de gestão e organização na realidade do mundo

do trabalho, propiciando o desenvolvimento pessoal, profissional, a partir da

prática social, contemplando as diversas áreas que contribuem para a formação

integral do aluno.

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OBJETIVOS ESPECÍFICOS DO ESTÁGIO

Oportunizar experiência profissional diversificada na área de abrangência do

curso;

Relacionar teoria e prática profissional a partir das experiências realizadas no

campo de estágio;

LOCAIS DE REALIZAÇÃO DO ESTÁGIO

O estágio poderá ser realizado em instituições públicas ou privadas

desde que esteja relacionado com o Projeto Político Pedagógico e com a

Proposta Pedagógica Curricular.

ATIVIDADES DO ESTÁGIO

O Estágio Supervisionado, como ato educativo, representa o

momento de inserção do aluno na realidade do mundo do trabalho, permitindo

que coloque os conhecimentos construídos ao longo das séries em reflexão e

compreenda as relações existentes entre a teoria e a prática.

Por ser uma experiência pré-mundo do trabalho, servirá como

instante de seleção, organização e integração dos conhecimentos construídos,

porque possibilita ao estudante contextualizar o saber, não apenas como

educando, mas como cidadão crítico e ético, dentro de uma organização

concreta do mundo trabalho, no qual tem um papel a desempenhar.

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ATRIBUIÇÕES DA MANTENEDORA/ESTABELECIMENTO DE

ENSINO

O Estágio Profissional não obrigatório Supervisionado, concebido

como procedimento didático-pedagógico e como ato educativo intencional é

atividade pedagógica de competência da instituição de ensino, sendo planejado e

avaliado em conformidade com os objetivos propostos no Projeto Político-

Pedagógico, e descrito no Plano de Estágio. A instituição de ensino é

responsável pelo desenvolvimento do estágio nas condições estabelecidas no

Plano de Estágio, observado:

- Elaborar Termo de Compromisso para ser firmado com o educando ou com

seu representante ou assistente legal e com a parte concedente, indicando as

condições adequadas do estágio à proposta pedagógica do curso;

- Etapa e modalidade da formação escolar do estudante e ao horário e calendário

escolar;

- Respeitar legislação vigente para estágio não obrigatório;

- Celebrar Termo de Compromisso com o educando, se for ele maior de 18 anos;

com seu assistente legal, se idade superior a 16 e inferior a 18 (idade contada na

data de assinatura do Termo) ou com seu representante legal, se idade inferior a

16 anos e com o ente concedente, seja ele privado ou público;

- Celebrar Termo de Cooperação Técnica para estágio com o ente público ou

privado concedente do estágio;

- Contar com o professor orientador de estágio, o qual será responsável pelo

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acompanhamento e avaliação das atividades;

- Exigir do aluno o planejamento/plano e o relatório de seu estágio;

- Realizar avaliações que certifiquem as condições para a realização do estágio

previstas no Plano de Estágio e firmadas no Termo de Cooperação Técnica e

Convênios que deverão ser aferidas mediante relatório elaborado pelo professor

orientador de estágio;

O desenvolvimento do estágio deverá obedecer aos princípios de

proteção ao estudante, vedadas atividades:

a) incompatíveis com o desenvolvimento do adolescente;

b) noturnas, compreendidas as realizadas no período entre vinte e duas

horas de um dia às cinco horas do outro dia;

c) realizadas em locais que atentem contra sua formação física, psíquica e

moral;

d) perigosas, insalubres ou penosas.

PROFESSOR ORIENTADOR DE ESTÁGIO

O estágio deverá ser desenvolvido com a mediação de professor

orientador de estágio, especificamente designado para essa função, o qual será

responsável pelo acompanhamento e avaliação das atividades.

COMPETE AO PROFESSOR ORIENTADOR

Solicitar juntamente da parte concedente relatório, que integrará o Termo de

Compromisso, sobre a avaliação dos riscos, levando em conta: local de

estágio; agentes físicos, biológicos e químicos; o equipamento de trabalho e

sua utilização; os processos de trabalho; as operações e a organização do

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trabalho; a formação e a instrução para o desenvolvimento das atividades de

estágio;

Exigir do estudante a apresentação periódica, de relatório das atividades, em

prazo não superior a 6 (seis) meses;

Esclarecer juntamente com a parte concedente do estágio, o Plano de Estágio

e o Calendário Escolar;

Planejar com a parte concedente os instrumentos de avaliação e o

cronograma de atividades a serem realizadas pelo estagiário;

Proceder a avaliações que indiquem se as condições para a realização do

estágio estão de acordo com as firmadas no Plano de Estágio e no Termo de

Compromisso, mediante relatório;

Zelar pelo cumprimento do Termo de Compromisso;

Conhecer o campo de atuação do estágio;

Esclarecer aos estagiários as determinações do Termo de Compromisso;

Orientar os estagiários quanto à importância de articulação dos conteúdos

aprendidos à prática pedagógica;

Orientar os estagiários quanto às condições de realização do estágio, ao local,

procedimentos, ética, responsabilidades, comprometimento, dentre outro

Propor alternativas operacionais para realização do estágio;

Atuar como um elemento facilitador da integração das atividades previstas no

estágio;

Promover encontros periódicos para a avaliação e controle das atividades dos

estagiários;

Manter o registro de classe com frequência e avaliações em dia.

ATRIBUIÇÕES DO ÓRGÃO/INSTITUIÇÃO QUE CONCEDE O

ESTÁGIO

145

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A instituição de ensino e a parte concedente de estágio poderão

contar com serviços auxiliares de agentes de integração, públicos ou privados,

mediante condições acordadas em instrumento jurídico apropriado.

Considerar-se-ão parte concedente de estágio, os dotados de

personalidade jurídica pública ou privada e profissionais liberais, desde que

estejam devidamente registrados em seus respectivos conselhos de fiscalização

profissional.

Uma vez formalizado o Termo de Compromisso de Estágio,

cumpridos os requisitos citados anteriormente, e estará criada a condição legal e

necessária para a realização do estágio supervisionado na organização

concedente de estágio.

A organização escolhida como concedente do estágio deverá

possuir condições mínimas de estrutura, que permitam ao aluno observar, ser

assistido e participar das atividades, durante a execução do estágio

supervisionado. Ofertando instalações que tenham condições de proporcionar ao

aluno, atividades de aprendizagem social, profissional e cultural.

O desenvolvimento do estágio deverá obedecer aos princípios de

proteção ao estagiário contidos no Estatuto da Criança e do Adolescente, sendo

vedadas algumas atividades, (ver Arts. 63, 67 e 69, entre outras do ECA e

também 405 e 406 da CLT).

Fica a critério da instituição concedente a concessão de benefícios

relacionados a transporte, alimentação e saúde entre outros, por si só, não

caracterizando vínculo empregatício.

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A empresa concedente ou Instituição de ensino deverão viabilizar

acompanhamento de profissionais especializados aos estagiários com

necessidades educativas especiais.

A documentação referente ao estágio, deverá ser mantida a

disposição para eventual fiscalização. A oferta de estágio pela parte concedente

será efetivada mediante:

Celebração do Termo de Compromisso com a instituição de ensino e o

estudante;

A oferta de instalações que tenham condições de proporcionar ao estudante

atividades de aprendizagem social, profissional e cultural;

Indicação de funcionário do seu quadro de pessoal, com formação ou

experiência profissional na área de conhecimento desenvolvida no curso do

estagiário, para orientar e supervisionar o desenvolvimento das atividades de

estágio;

Contratação de seguro contra acidentes pessoais em favor do estagiário, cuja

apólice seja compatível com valores de mercado, devendo constar no Termo

de Compromisso de Estágio e no caso de estágio obrigatório, a

responsabilidade pela contratação do seguro contra acidentes pessoais,

poderá, alternativamente, ser assumida pela mantenedora/instituição de

ensino;

Entrega do termo de realização do estágio à instituição de ensino por ocasião

do desligamento do estagiário, com indicação resumida das atividades

desenvolvidas, dos períodos e da avaliação de desempenho;

Relatório de atividades, enviado à instituição de ensino, elaborado pelo

funcionário responsável pela orientação e supervisão de estágio;

Zelar pelo cumprimento do Termo de compromisso.

Conhecer o plano de atividades do estágio proposto pelo estabelecimento de

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ensino;

Orientar as atividades do estagiário em consonância com o plano de estágio;

Orientar e acompanhar a execução das atividades do estagiário na empresa;

Manter contatos com o Orientador de estágio da escola;

Oportunizar ao estagiário vivenciar outras situações de aprendizagem que

permitam uma visão real da profissão;

Ambiente receptivo e favorável ao desenvolvimento do estágio.

propiciar

Deverá ser indicado pela empresa concedente, um responsável para

supervisionar e acompanhar o estágio e ter conhecimento técnico ou

experiência na área.

ATRIBUIÇÕES DO ESTAGIÁRIO

A jornada de estágio deve ser compatível com as atividades

escolares e constar no Termo de Compromisso, considerando:

A anuência do estagiário, se maior, ou concordância do representante ou

assistente legal, se menor;

A concordância da instituição de ensino;

A concordância da parte concedente;

O estágio não pode comprometer a frequência às aulas e o cumprimento dos

demais compromissos escolares;

A eventual concessão de benefícios relacionados ao auxílio-transporte,

alimentação e saúde, entre outros, não caracteriza vínculo empregatício;

Fica assegurado ao estagiário que recebe bolsa ou outra forma de

contraprestação, sempre que o estágio tenha duração igual ou superior a 1

(um) ano, um período de recesso de 30 (trinta) dias, a ser gozado

preferencialmente durante suas férias escolares.

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Ao estagiário aplica-se a legislação relacionada à saúde e segurança no

trabalho, sendo sua implementação de responsabilidade da parte concedente

do estágio.

ANTES DA REALIZAÇÃO DO ESTÁGIO, O ESTAGIÁRIO DEVE:

Estabelecer contatos com Unidades Concedentes para fins de estágios;

Participar de atividades de orientação sobre o estágio;

Observar sempre o regulamento de Estágios da Escola;

Zelar pela documentação do estágio entregue pelo Professor

Orientador de Estágio.

DURANTE A REALIZAÇÃO:

Conhecer a organização da Unidade Concedente;

Respeitar o Cronograma de Estágio para garantir o cumprimento da carga

horária no período estabelecido pelo o professor orientador de Estágio;

Acatar as normas estabelecidas pela Unidade Concedente;

Zelar pelo nome da Instituição e da Escola;

Manter um clima harmonioso com a equipe de trabalho;

Cumprir o Plano Individual de Estágio e o Termo de Compromisso

firmado com a Instituição de Ensino e a Unidade Concedente.

Manter contatos periódicos com o Professor Orientador de Estágio para

discussão do andamento do estágio;

Zelar pelos equipamentos, aparelhos e bens em geral da Empresa e --

responder pelos danos pessoais e materiais causados;

Depois da realização:

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Elaborar o relatório final de atividades, de acordo com as normas

exigidas;

Apresentar sugestões que contribuam para o aprimoramento do curso;

FORMA DE ACOMPANHAMENTO DO ESTÁGIO

O aluno deverá ser acompanhado durante seu Estágio em

Instituições Públicas e/ou Privadas, por um responsável que deverá ter

conhecimento na área.

Dois profissionais estarão envolvidos no processo de

encaminhamento:

O Professor Orientador de Estágio, que dará o direcionamento ao

Plano Individual de Estágio do aluno, que deverá ser traçado juntamente com o

estagiário e deverá ser instrumento de base ao Supervisor do local de realização

do Estágio.

O Supervisor da empresa será responsável pela condução e

concretização do Estágio na Instituição ou propriedade concedente, procurando

seguir o plano estabelecido pelo Aluno e pelo Professor Orientador.

As formas de acompanhamento serão de acordo com a realidade da

situação do estágio. Podendo ser através de visitas, relatórios, contatos

telefônicos, documentação de estágio exigida pela escola, de maneira a

propiciar formas de integração e parceria entre as partes envolvidas.

AVALIAÇÃO DO ESTÁGIO:

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A avaliação do Estágio Profissional Supervisionado não obrigatório

é concebida como um processo contínuo e como parte integrante do trabalho,

devendo, portanto, estar presente em todas as fases do planejamento e da

construção do currículo, como elemento essencial para análise do desempenho

do aluno e da escola em relação à proposta.

a) Avaliação do Supervisor do Estágio da Unidade Concedente;

b) Relatório apresentando os conteúdos observados durante o Estágio

Profissional não obrigatório Supervisionado;

12.22 - PROPOSTA DE FORMAÇÃO CONTINUADA

A qualidade do ensino e seu sucesso na tarefa de formar cidadãos

responsáveis, está estreitamente relacionada à formação continuada dos

profissionais em educação, sendo um direito de todos profissionais que visa não

apenas a progressão funcional (titulação), mas também o desenvolvimento

profissional articulado com a escola e seus programas.

Durante a elaboração da Proposta de Formação Continuada, a

Escola, não limitou-se apenas à conteúdos curriculares, mas procura estender a

discussão da escola como um todo, assim fazem parte da formação continuada,

temas como cidadania, gestão democrática, avaliação, metodologia de ensino

entre outros.

Sendo uma política pública com o intuito de fortalecer o processo

de aprendizagem a formação continuada contempla todos os segmentos da

Escola, cada qual em sua função específica e como parte do todo

escola/sociedade. Será um momento de reflexão crítica sobre as necessidades de

mudança na própria prática.

151

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Nossa formação continuada acontecerá da seguinte forma:

- Cursos, Capacitações e Seminários promovidos pela SEED, direcionados ao

corpo docente ou funcionários;

- Reuniões pedagógicas;

- Grupos de Estudos aos sábados;

- Participação nos GTR-Grupo de Trabalho em Rede;

- Participação do PDE - Programa de Desenvolvimento Educacional;

- Grupos de Estudos durante a hora-atividade.

12.23 - REUNIÕES PEDAGÓGICAS

As reuniões serão sempre previstas no calendário escolar,

acontecendo três vezes ao ano.

As reuniões pedagógicas serão realizadas com o intuito de discutir

e favorecer a relação interprofissional, abordando diversos temas, conforme a

necessidade vivenciada. Assim como durante o processo de construção do

Projeto Político Pedagógico, a participação coletiva é de suma importância,

durante o ano letivo, as reuniões e encontros servirão para avaliar as decisões

tomadas e reformular práticas.

Um espaço para apresentação dos trabalhos realizados, para

leituras, para planejar, replanejar, traçar metas para os trabalhos seguintes, um

momento de integração, troca de experiências entre equipe de direção, equipe

pedagógica, equipe docente.

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Tratando de assuntos específicos da ação educativa, esta reunião

fará reflexões e análises sobre o processo pedagógico, aspectos que orientem as

possibilidades de limites, de restauração do trabalho pedagógico e da

organização do trabalho escolar.

12.24 - SISTEMA DE AVALIAÇÃO

“A avaliação é um processo natural que nos permite ter consciência do que fazemos, da qualidade do que fazemos e da conseqüência das nossas ações.” (Juan Manuel Álverez Mendes)

A avaliação é um processo em que o aluno aprende, pois dentro da

sociedade contemporânea é necessário estar apto a aprender e a captar novos

setores de aprendizagem utilizando-os no cotidiano. Assim a avaliação tem a

função permanente de diagnosticar o nível de capacidade de execução de uma

determinada tarefa ou análise crítica e dentro do processo final educativo o

professor intervém nesse processo, acompanhando seu desenrolar com o aluno.

A avaliação deve permitir a revisão do processo de aprendizagem

do aluno e possibilitar ao professor o replanejamento de sua atuação, devendo

ater-se a clareza dos objetivos impostos pela disciplina, questionando-se aonde

quer chegar com esse conhecimento ministrado ao educando, e porque da sua

necessidade de aprender e para que, esse conhecimento deve ser adquirido e

como utilizá-lo no cotidiano.

Cabe ainda ressaltar que:Em relação à avaliação, ainda precisamos buscar novas dimensões e práticas que evidenciem a formação e a construção do conhecimento, sem que haja uma classificação quantitativa ou rotuladora, acerca do aprendizado dos indivíduos. “Avaliação escolar é parte integrante do processo de ensino e aprendizagem, e não uma etapa isolada. (LIBÂNEO, 1994, p.200)

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Devemos assumir, enquanto educadores que somos,

cotidianamente, a avaliação diagnóstica, através da observação minuciosa, os

avanços obtidos em cada etapa do processo de construção e reelaboração do

conhecimento. Nos propomos a realizar uma avaliação que mencione a

qualidade dos resultados obtidos e não a mera classificação que aliena os

educandos do verdadeiro propósito educativo. Para tanto, precisamos estar

constantemente revendo nossas concepções, acerca da contribuição que

podemos oferecer para com a formação do cidadão, para que nos tornemos

essenciais nesse processo, sem que haja um direcionamento equivocado quanto

ao dinamismo da ação pedagógica.

Para Luckesi,

O ato de avaliar a aprendizagem implica acompanhamento e reorientação permanente. A avaliação realiza-se por meio de um ato rigoroso e diagnóstico, tendo em vista a obtenção dos melhores resultados possíveis, diante dos objetivos que se tenha à frente. E, assim sendo, a avaliação exige um ritual de procedimentos que inclui desde o estabelecimento de momentos no tempo, construção, aplicação e contestação dos resultados expressos nos instrumentos; devolução e reorientação das aprendizagens ainda não efetuadas.

Cabe aos educadores, nesse sentido, repensar suas ações e

reorientar suas práticas para que atinjamos a avaliação que queremos.

Sendo assim, estaremos caminhando em busca de um aprendizado

sólido que enalteça a formação do cidadão atuante e responsável. Atreladas às

práticas avaliativas podemos agregar ações que favoreçam a reorientação de

estudos (conhecimentos) quando constatados em defasagem por um ou outro

motivo. Com isso se estará contribuindo para que a repetência não venha a ser

uma conseqüência lógica, e diante da mobilização docente se tenha a chance de

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reorientar a prática, reelaborar o conhecimento, antes que o prejuízo da retenção

ocorra.

Nesse processo o professor deve analisar o que ele espera que o

aluno faça e o que realmente o aluno poderá fazer. Criando um pensamento de

construção do conhecimento gradativo e ininterrupto.

A escola, os professores os alunos e os pais necessitam da

comprovação quantitativa e qualitativa dos resultados do ensino e da

aprendizagem para analisar e avaliar o trabalho desenvolvido. Portanto, se os

objetivos e conteúdos são adequados às exigências da matéria e as condições

externas e internas da aprendizagem dos alunos e se o professor demonstra

verdadeiro propósito educativo as técnicas avaliativas e outros tipos de

verificação serão vistos pelos alunos como efetiva ajuda do seu desenvolvimento

mental, na medida em que mostram evidências concretas da realização dos

objetivos propostos.

A avaliação não é e não pode continuar, equivocadamente, sendo

tirana da prática educativa, que ameaça e submete a todos. Basta confundir

avaliação da aprendizagem com exames. A avaliação da aprendizagem por ser

avaliação é amorosa, inclusiva, dinâmica e construtiva; diversa dos exames que

não são amorosos, mas que são classificatórios, seletivos, excludentes. A

avaliação inclui traz para dentro; os exames selecionam, excluem, marginalizam.

Avaliar um educando implica, antes de tudo, acolhê-lo no seu ser e

no seu modo de ser, como está; para então a partir daí, decidir o que fazer.

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12.25 - INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO

A Avaliação dar-se-á de forma intrínseca ao processo de ensino

aprendizagem, preponderando os aspectos qualitativos sobre os quantitativos,

sendo uma avaliação contínua e cumulativa, utilizando de vários instrumentos

de avaliação para se alcançar determinado fim, esses instrumentos sempre

seguiram os critérios de avaliação estabelecidos previamente no plano de

trabalho docente do professor.

As atividades serão realizadas em grupo ou individual, sendo

sempre uma avaliação somatória e diagnóstica.

Os instrumentos utilizados para avaliar serão organizados da

seguinte forma:

50% Atividades avaliativas realizadas de forma individual ou em grupo

dentro da sala de aula:

- Provas, teste, questões discursivas, questões objetivas,

- Atividades de leitura e interpretação de textos oral e/ou escrita;

Dentro deste valor (5,0 pontos) o professor poderá oportunizar um

ou dois instrumentos de avaliação, ficando os seus valores por decisão do

professor.

50% Trabalhos realizados individualmente ou em grupo, dentro ou fora da

sala de aula:

- Atividades de pesquisa bibliográfica;

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- Atividades de pesquisa com o uso da internet, imagem, vídeos e textos;

- Produção de textos;

- Elaboração de relatórios sobre palestras;

- Apresentação oral de trabalhos;

- Atividades experimentais;

- Projeto de pesquisa de campo;

- Elaboração de relatórios;

- Seminários;

- Debates;

- Elaboração de portifólios;

- Atividades com textos literários e/ou informativos;

- Atividades a partir de recursos audiovisuais (músicas, filmes, slides, imagens);

- Confecção de cartazes, mapas, gráficos.

Dentro deste valor (5,0 pontos) o professor poderá oportunizar no

mínimo dois instrumentos de avaliação e no máximo cinco instrumentos de

avaliação, ficando os seus valores por decisão do professor.

Todos esses instrumentos serão utilizados de forma qualitativa,

valorizando o potencial de cada educando, tendo como principal atividade

avaliativa realizada pelos professores, as observações contínuas das atividades

propostas, realizando sempre a retomada de conteúdo como uma das ações da

recuperação de estudos.

Todo processo de avaliação pressupõe clareza nos seus critérios,

que são compreendidos como um referencial que gera parâmetros que devem ser

previamente estabelecidos no plano de trabalho docente do professor. Os

critérios serão apresentados para os alunos, favorecendo a transparência,

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orientando o trabalho discente e a co-responsabilidade do aluno no processo de

responsabilidade.

12.26 – RECUPERAÇÃO DE ESTUDOS

A recuperação é um dos aspectos da aprendizagem no seu

desenvolvimento contínuo, pela qual o aluno, com aproveitamento insuficiente,

dispõe de condições que lhe possibilitem a apreensão de conteúdos básicos.

Ao elaborar o Plano de Trabalho docente, o professor considera a

avaliação como parte inerente ao processo de ensino aprendizagem, realizando-a

em função dos conteúdos trabalhados, e o sistema de recuperação está sendo

considerado também como integrante de todos os momentos de aprendizagem,

sendo desenvolvido a luz das condições daquele educando que não aprendeu.

De acordo com Vasconcellos, a Recuperação de Estudos consiste

na retomada de conteúdos durante o processo de ensino e aprendizagem,

permitindo que todos os alunos tenham oportunidade de apropriar-se do

conhecimento historicamente acumulado, por meio de metodologias

diversificadas e participativas.

Conforme a Lei de Diretrizes e Bases da Educação nº9.394/96, no

Art. 13, os docentes incumbir-se-ão de:

- estabelecer estratégias de recuperação para os alunos de menor

rendimento.

Nesta perspectiva nossa escola propõe que o processo de

recuperação seja realizado concomitantemente de duas formas:

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- através da retomada de conteúdos a partir de diagnósticos oferecidos

pelas atividades realizadas pelos alunos em sala de aula e pelos instrumentos de

avaliação;

- através da reavaliação do conteúdo já retomado em sala de aula, com

a aplicação de um novo instrumento de avaliação.

Assim, expressa-se aqui que o processo de avaliação e recuperação

desta escola, estará comprometido com a clareza nos critérios utilizados, com a

intencionalidade do ato educativo, com a reflexão crítica sobre a prática, enfim,

o comprometimento com a aprendizagem do aluno.

12.27 - FORMA DE COMUNICAÇÃO DOS RESULTADOS

Ao final de cada Trimestre já está previsto no calendário escolar

reunião com a direção, equipe pedagógica, professores, funcionários, pais e/ou

responsável pelo educando, com o objetivo de analisar os resultados obtidos no

processo de ensino-aprendizagem. Durante a reunião o professor coordenador de

cada turma apresenta aos pais ou responsável a ficha individual que cada

educando possui (segue o modelo em anexo). Esta ficha traz os dados pessoais

do aluno, as notas obtidas e registros de observações sobre seu desenvolvimento,

esta ficha é organizada pela equipe pedagógica, e é utilizada também durante

todos os conselhos de classe. O boletim é entregue para o responsável levar para

arquivamento do educando.

12.28 - ENFRENTAMENTO À EVASÃO ESCOLAR

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A escola tem papel fundamental nesta ação, pois o aluno está

diretamente vinculado a ela em seu dia a dia. É necessário que a escola tome

todas as iniciativas que lhe cabem, visando à permanência do aluno no sistema

educacional, conscientizando-o da importância da educação em sua vida e para

seu futuro, mantendo contato freqüente e direto com os pais ou responsáveis,

enfatizando a sua responsabilidade na educação e formação dos filhos,

encaminhando aos órgãos competentes casos que não foram resolvidos pela

escola, ou casos recorrentes de evasão.

Para isso contamos com o programa FICA COMIGO, que tem

como objetivos:

- criar mecanismos de controle da evasão nas escolas estaduais do Paraná;

- realizar levantamento do número de crianças e adolescentes sem acesso à rede

de ensino;

- realizar estudos, debates e ações conjuntas entre profissionais da Rede

Estadual de Educação Básica do Paraná, representantes da Educação dos

Sistemas Municipais, Conselhos Tutelares, Ministério Público, escritórios

regionais de assistência social, instituições de Ensino Superior, pais, alunos e

comunidade em geral, despertando a responsabilidade de cada segmento na

inclusão e permanência das crianças e dos adolescentes no sistema educacional;

- instrumentalizar os profissionais das escolas estaduais do Paraná em relação à

criação e manutenção da rede de enfrentamento à evasão e exclusão escolar;

- mapear as causas da exclusão e evasão escolar, definindo as ações de acordo

com as características das diferentes regiões do Estado do Paraná.

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12.28.1 - Ações de Enfrentamento e Prevenção à Evasão Escolar a serem

Desenvolvidas Pela Escola

- Conhecer os índices de abandono de sua escola.

- Conhecer as causas pelas quais as crianças e os adolescentes deixam de

frequentar a escola.

- Envolver toda a comunidade escolar e instâncias colegiadas na discussão de

ações de enfrentamento das possíveis causas do abandono e da evasão.

- Criar um ambiente de respeito, onde os alunos sintam que são bem recebidos e

que a sua presença é valorizada.

- Desestimular qualquer atitude de preconceito ou discriminação.

- Trabalhar para tornar a escola relevante na vida dos alunos, principalmente

daqueles em situação de risco, realçando a importância da educação na vida e no

futuro de cada um.

- Realizar reuniões periódicas com os pais e o Conselho Tutelar, para discutir

em conjunto as possíveis alternativas para a solução dos problemas detectados,

tanto no plano individual quanto no coletivo.

- Acompanhar sistematicamente a presença/ausência dos alunos, sobretudo

daqueles em situação de risco e/ou abandono, procurando descobrir os motivos

das faltas e o que pode ser realizado para reverter à situação.

- Viabilizar, efetivamente, aos alunos e pais, a compreensão sobre a importância

da educação como via de emancipação humana.

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- Desenvolver ações que favoreçam a real participação dos pais na escola de

modo a possibilitar, à família e/ou aos responsáveis pelos alunos, a compreensão

da importância do acompanhamento sistemático da vida escolar dos filhos.

- Realizar os encaminhamentos dos alunos à Sala de Apoio identificada a

defasagem de conteúdos, quando diagnosticada pelo professor, segundo critérios

necessários para a série.

- Organizar o Conselho de Classe (Pré Conselho, Conselho e Pós Conselho)

enquanto espaço de diagnóstico (Pré Conselho), discussão e encaminhamento

(Conselho e Pós Conselho) para o enfrentamento das causas e consequências das

dificuldades dos alunos em relação ao processo pedagógico.

- Buscar o engajamento da Escola nos Programas e Projetos Públicos, como o

Viva a Escola, Plano de Desenvolvimento da Escola, Escola Aberta, no sentido

de encaminhar e realizar efetivo acompanhamento dos alunos, considerando o

processo de aprendizagem.

- Organizar a hora-atividade dos professores, mediada pela equipe pedagógica,

como espaço efetivo de interlocução relativa ao Plano de Trabalho Docente com

vistas a rever encaminhamentos metodológicos, processos de avaliação e

recuperação de estudos, viabilizando proposições diferenciadas de trabalho no

decorrer do processo de ensino e aprendizagem.

- Analisar e encaminhar, criteriosamente, para avaliação educacional no

contexto escolar sob orientação da Equipe de Educação Especial do Núcleo

Regional de Educação para encaminhamentos necessários.

- Realizar, junto ao SAREH, os encaminhamentos necessários dos alunos que

necessitam de atendimento pedagógico hospitalar.

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- Realizar encaminhamentos à Rede de Proteção dos alunos em situação de risco

(violência física, psicológica, negligência familiar, entre outras).

- Garantir a efetividade do Conselho Escolar, possibilitando que se pautem

situações que necessitem de mediação de aprendizagem dos alunos e definindo

suportes necessários.

- Utilizar estratégias específicas de trabalho com alunos com necessidades

educativas especiais, e quando necessário, realizar adaptações curriculares.

A Ficha de Comunicação do Aluno Ausente – FICA, é um dos

instrumentos colocados à disposição da escola e da sociedade, para

sistematização de ações de combate à evasão em todo o Estado do Paraná. A

ficha destina-se ao controle da frequência dos alunos menores de dezoito anos

do Ensino Fundamental e Médio.

No sistema de operacionalização do Programa FICA Comigo –

Enfrentamento à evasão escolar – a atuação da escola é essencial, pois, além da

família, as instituições educacionais também são responsáveis pelo

desenvolvimento pessoal e social da criança e do adolescente.

Para tal operacionalização foi desenvolvido um instrumento, a

Ficha de Comunicação do Aluno Ausente – FICA –, a qual é colocada à

disposição da escola e da sociedade para o combate à evasão escolar.

12.28.2 - Passo a Passo da Fica

163

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12.28.2.1- Na Escola

Professor

O principal agente desse processo é o professor, na medida em que,

constatada a ausência do aluno por 05 (cinco) dias consecutivos ou 07 (sete)

alternados, no período de um mês, esgotadas as iniciativas a seu cargo,

comunicará o fato à equipe pedagógica da escola, por meio do preenchimento do

anexo I (Controle Interno de Frequência).

Pedagogo

Recebendo o anexo I (Controle Interno de Frequência) preenchida

pelo professor, cabe à equipe pedagógica investigar, junto aos responsáveis

legais, o motivo da ausência do aluno e adotar procedimentos que possibilitem o

retorno imediato, concomitantemente preenchendo as 03 (três) vias da ficha

(campos nº 01, 02, 03) e comunicando o fato à direção da escola. Cabe ainda ao

pedagogo fazer uma análise das causas que levam à evasão, seguindo o roteiro

para investigação proposto neste manual (item 6). Após esta reflexão, cabe ainda

ao pedagogo preencher o instrumento por escola sobre as ações de

enfrentamento à evasão escolar (item 7).

Direção

Obtendo êxito com o retorno do aluno à escola, arquiva a ficha

FICA em pasta própria.

Não obtendo êxito, encaminha a 1ª e 3ª vias de tal documento ao

Conselho Tutelar (ou, na falta deste, ao Juiz da Infância e Juventude),

acompanhados de um ofício, indicando o prazo máximo de 10 dias para a ação

do mesmo, arquivando a 2ª via na escola.

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Transcorridos 10 dias do encaminhamento da ficha FICA ao

Conselho Tutelar, não obtendo resposta, a escola deverá comunicar, através de

ofício, imediatamente ao Ministério Público.

Conselho Tutelar

Buscar, no prazo máximo de 10 dias, fazer com que o aluno retorne

às aulas, aplicando-lhe a medida protetiva prevista no art. 101, III, do ECA

(frequência obrigatória em estabelecimento oficial de ensino fundamental).

Paralelamente, colher dos pais ou responsável, o compromisso de

acompanhamento de frequência e aproveitamento escolar do aluno, aplicando-

lhes as medidas previstas no art. 129, V e VII, do ECA.

Apurar as causas da evasão, encaminhando a família, se for o caso,

a Programas de Apoio e Orientação (art. 129, I e IV do ECA), verificando a

eventual necessidade da aplicação de medida de caráter protetivo ou preventivo,

previstos no art. 101 e art. 129 do ECA, com os encaminhamentos e requisições

de serviços públicos que se fizerem necessários.

Em caso de êxito: preenche o campo nº 05 da ficha FICA (Anexo II),

devolvendo a 1ª via à escola, e arquivando no Conselho, em pasta própria, a 3ª

via de tal documento.

Não obtendo êxito: (ou seja, em não retornando o aluno à escola), adota as

seguintes providências: preenche, imediatamente, o campo nº 05 da ficha,

encaminhando a 1ª via ao Ministério Público. Comunica o fato à escola, por

escrito (mediante ofício), arquivando a 3ª via no Conselho (para o posterior

registro de providências adotadas pelo Ministério Público).

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EM QUALQUER CASO (OBTENDO OU NÃO ÊXITO), COMPILA OS DADOS RELATIVOS

AOS MOTIVOS DA EVASÃO, ENCAMINHANDO RELATÓRIO SEMESTRAL AO CONSELHO

MUNICIPAL DE DIREITOS DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE, PARA SUBSIDIAR A

ELABORAÇÃO DAS POLÍTICAS PÚBLICAS QUE PERMITAM COMBATER AS CAUSAS DA

EVASÃO ESCOLAR.

12.28.2.2- O Ministério Público

Promotor de Justiça

De posse da 1ª via da ficha FICA, busca, no prazo de 10 (dez) dias,

o retorno do aluno à escola, ouvindo formalmente os pais ou responsáveis e o

aluno sobre o motivo da evasão, alertando-os das consequências do não retorno

à escola.

Obtendo êxito: preenche o campo nº 06 da ficha, comunica o fato ao Conselho

Tutelar e devolve a 1ª via recebida à escola.

Não obtendo êxito: preenche o campo nº 06 da ficha, registra eventual

propositura de ação em face dos pais ou responsáveis (ECA, artigo 249 e/ou

Código Penal, artigo 246), comunica o fato ao Conselho Tutelar e devolve a 1ª

via recebida à escola.

12.28.2.3- No Poder Judiciário

Juiz da Infância e da Juventude

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Coopera com o Ministério Público, fazendo expedir e cumprir, com

a urgência devida, as notificações ao aluno e seus responsáveis legais, buscando

viabilizar o retorno do estudante ao sistema educacional;

Confere prioridade à tramitação e julgamento dos procedimentos

originados da ficha.

12.28.2.4- De Volta à Escola

Direção e Pedagogo

Devolvida a 1ª via da ficha à escola (com as providências adotadas

pelo Conselho Tutelar e/ou MP), a equipe pedagógica deverá anexar a 1ª via na

pasta do aluno junto à 2ª via, já arquivada na escola. O NRE deverá encaminhar

à SEED os dados fornecidos pelas escolas.

12.28.2.5- Na Secretaria de Estado da Educação

Totaliza e dá tratamento às informações encaminhadas pelos NRE,

implementando medidas destinadas a corrigir possíveis distorções, bem como a

elaboração de políticas públicas que permitam enfrentar as causas da evasão.

Observação

Os dados sobre os motivos da ausência dos alunos na escola

deverão ser consolidados em forma de relatório, pelo pedagogo da escola, e

encaminhados aos Conselhos Municipais e Estaduais dos Direitos da Criança e

do Adolescente, da Educação e da Assistência Social, para subsidiar a

elaboração das políticas públicas.

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Na instância Municipal, o Conselho Tutelar encaminhará

semestralmente os relatórios para o Conselho Municipal de Defesa da Criança e

do Adolescente.

Na instância Estadual, a Secretaria de Estado da Educação

encaminhará anualmente os relatórios para o Conselho Estadual de Educação e o

Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente e da

Assistência Social.

12.29 - LABORATÓRIO DE INFORMÁTICA

O Paraná Digital (PRD) é um projeto de inclusão digital das

escolas públicas do Estado do Paraná. Está fundamentado na disponibilidade de

meios educacionais através de computadores e da Internet, com o objetivo de

melhorar a qualidade do ensino.

Os principais meios educacionais disponibilizados pelo governo do

estado são a TV Paulo Freire, o Portal Dia-a-dia Educação, a TV Multimídia e

os laboratórios de informática. Os dois últimos, caracterizados como

infraestrutura que possibilita o acesso dos professores e dos estudantes para o

conteúdo educacional que visa melhorar o processo ensino-aprendizagem.

O projeto foi realizado com a utilização de Software Livre (os

códigos-fonte do Portal Dia-a-dia Educação e das ferramentas utilizadas para a

implementação dos laboratórios estão disponíveis com a Celepar e com o

C3SL), uma vez que ele traz juntamente com a sua definição os conceitos de

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solidariedade, compartilhamento, colaboração, liberdade de ação e construção

conjunta do conhecimento.

Em nossa escola é visível a melhoria que esses recursos trouxeram

para o desenvolvimento do processo de ensino-aprendizagem, professores

utilizam essa tecnologia para estudos, pesquisas, enriquecimento metodológico e

alunos utilizam para estudos e pesquisas.

12.30 - BIBLIOTECA

Função Bibliotecária: Assegurar a organização física e o

funcionamento administrativo da Biblioteca; viabilizar o empréstimo de livros

para a comunidade escolar, de acordo com regulamento próprio.

O Espaço da biblioteca na escola é indispensável no processo de

aprendizagem.

A biblioteca contribui na formação do cidadão, pois incentiva o

hábito e o prazer da leitura, desperta no aluno o seu espírito crítico e forma as

opiniões. Lendo, o educando tem condições de reconhecer diferentes tipos de

leitura, melhora a ortografia, a postura, a acentuação, a interpretação e a sua

compreensão de textos.

Atualmente a biblioteca de nossa escola é muito utilizada pelo

educando para pesquisa e elaboração de trabalhos escolares, isso devido ao fato

das atividades avaliativa se concentrarem 50% em trabalhos de pesquisa, quando

o conteúdo não é encontrado em livros da biblioteca a pesquisa é transferida

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para o laboratório de informática para que o aluno utilize a internet como fonte

de pesquisa.

Toda comunidade escolar deverá usufruir desse local para aulas de

leitura, pesquisas, para contar estórias. Devem também colaborar doando livros,

jornais, revistas, etc., e ajudar para ser um lugar agradável a leitura e a

ampliação de conhecimentos. O bibliotecário deve estar inserido em todos os

processos em que a escola participa. O bibliotecário deve estar sabendo o que

ocorre na sala de aula.

A aquisição dos livros, revistas, jornais, gibis e outros materiais de

leitura serão adquiridos por meio da A.P.M.F., doação da comunidade. E a sua

divulgação será feita aos professores e estes aos alunos.

Atualmente a função de bibliotecário está sendo desempenhada por

um agente educacional II o qual também é o administrador do laboratório de

informática.

12.31 - CRITÉRIOS DE ORGANIZAÇÃO DE TURMAS

Foi pensando nesta complexidade que nossa escola este ano

organizou as turmas de alunos de forma heterogênea.

A formação de turmas ocorre a partir da observação de alguns

aspectos relativos à características da comunidade escolar e necessidades dos

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alunos, tais como: transporte (para os que vêm da zona rural); trabalho; ritmo de

aprendizagem; ocorrência de reprovação; e, socialização.

No final do ano pedimos a participação de todos os professores,

analisando as listas de alunos, dando sugestões em relação a alunos que

deveriam continuar juntos, alunos que deveriam ser separados por motivos de

indisciplina, número de alunos, alunos com necessidades educacionais especiais,

enfim observamos detalhes que contribuem para o bom desenvolvimento

educacional.

Assim no início do ano letivo, entendemos que a organização das

turmas, respeitando a visão do professor, vem mais de encontro com as

necessidades vivenciadas em sala de aula, pois é o professor o educador quem

mais está em contato com os alunos.

12.32 - ORGANIZAÇÃO DA HORA ATIVIDADE

O período de hora atividade é organizado pela equipe pedagógica,

os professores se reúnem conforme a disciplina que trabalham, sendo este

horário reservado para discussões de temas necessários, planejamento, pesquisa,

leituras, vídeos, etc.

Atualmente estamos realizando grupos de estudos e replanejamento

nos momentos de hora-atividade.

12.33 - HORÁRIO DAS AULAS

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A preocupação com a sucessão de aulas nos horários pré-

estabelecidos, é um tema que merece discussão e busca de solução imediata.

Para que possamos ter um currículo mais integrado a proposição é de suceder

aulas que pertençam à áreas comuns entre si, porém ainda há a dificuldade em se

compatibilizar os horários, posto que há um grande número de professores com

diferentes locais de trabalho. Mesmo existindo essa barreira, procuramos

organizar o horário, de uma forma mais integrada. Ele é elaborado pela

secretaria e equipe pedagógica, analisando os detalhes para gerar melhorias e

sempre um grande aproveitamento.

12.34 - AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL

A necessidade de renovar a escola, de buscar caminhos para que ela

consiga se adaptar à realidade e às exigências dos novos tempos, é premente nos

últimos anos. Essa busca não deve significar reinventar a escola, mas sim

trabalhar as idéias e conceitos já sedimentados trazendo-os para o âmbito da

sociedade moderna, objetivando recuperar a qualidade do ensino. Deve ser

consenso comum a compreensão de que a escola deixou de ser o local de

transmissão de conhecimentos, hoje ela deve ser o espaço mais adequado para o

desenvolvimento do educando, desde o seu preparo para o exercício da

cidadania até o desenvolvimento e vinculação ao mundo do trabalho.

As Instituições de Ensino, na busca de atender às demandas de

produção e socialização dos conhecimentos exigidos pelo contexto atual, são

conduzidas a redimensionarem seu papel social, enfrentando o desafio de,

estarem no meio da ação social e necessitarem compreender e desvendar os

meandros de suas relações, e ainda, constituírem-se em instituições que possam

criar e exercer uma pedagogia que possibilite à educação assumir cada vez mais

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sua dimensão de cidadania, ampliando os espaços de participação social,

produtiva e política dos educandos.

É cada vez mais latente a necessidade das Instituições de Ensino

implementarem processos de reorganização e reestruturação que lhes permitam

enfrentar as demandas das transformações sociais externas e ainda, das

mudanças que atingem o cotidiano institucional. Estabelecer um diálogo entre as

características mais marcantes da instituição e seus objetivos direcionam sua

posição social e sua identidade educacional, deixando entrever seu

comprometimento com a busca, ou não, da qualidade da educação que se propõe

trabalhar.

Algumas iniciativas externas podem ser apontadas como estratégias

de busca de qualidade e controle das escolas, porém tais medidas são, na sua

maioria, parâmetros de qualidade que retratam apenas a realidade instantânea

(de início ou fim do processo), o que não garante a visão de todo o processo de

ensino realizado durante a vida dos estudantes. Para tanto, toma corpo a

importância de processos de avaliação Institucional, que é hoje um dos temas de

maior interesse no âmbito da educação.

Os esforços para realização e implantação de programas de

Avaliação Institucional, têm se intensificado, constituindo-se numa realidade no

campo das políticas educacionais, dos governos e de alguns mecanismos

internacionais de financiamento da educação. Desse modo, as escolas têm suas

políticas internas construídas a partir de ajustes de sua dialética diária aos

padrões existentes, às pressões políticas, sociais e governamentais.

Diante do cenário nacional de estímulo à implementação de

programas de avaliação interna e externa, avaliar passou a ser o carro-chefe da

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gestão das escolas e é hoje um dos pilares da construção do ensino, preocupado

com o futuro e com os desafios da modernidade.

Uma importante referência a ser destacada é a distinção entre

avaliação educacional e avaliação institucional.

Por este termo, a Escola Estadual Humberto de Alencar Castelo

Branco, compromete-se a aplicar um modelo de avaliação que compreende:

1. avaliação do contexto sociocultural das famílias dos alunos, que

permitirá comparar, com maior precisão, os resultados que serão

obtidos;

2. avaliação do domínio de conteúdos acadêmicos;

3. avaliação de capacidades meta cognitivas e estratégias de

aprendizagem;

4. avaliação da formação de atitudes e valores dos alunos das séries

avaliadas;

5. avaliação da percepção dos professores de todas as séries acerca do

processo de ensino-aprendizagem, do projeto pedagógico e da

organização escolar;

6. avaliação da percepção das famílias dos alunos das séries avaliadas

acerca do processo de aprendizagem, do projeto pedagógico, do

papel dos professores;

7. avaliação do trabalho pedagógico desenvolvido;

8. avaliação dos trabalho realizados pelos agentes educacionais I e II;

9. avaliação dos programas educacionais desenvolvidos;

10. avaliação da organização e administração da instituição escolar;

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O resultado das avaliações será detalhado em um relatório produzido,

com todos os indicadores e com a comparação entre os dados obtidos na

instituição, uma avaliação contínua da instituição escolar como um todo.

Pretende-se avaliar também continuadamente este Projeto Político

Pedagógico, para realimentá-lo conforme as necessidades do momento, sendo

desta forma sempre reconstruído com a participação de todos os segmentos

representativos da Escola.

13 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRÍCULAR

ESCOLA : Estadual Humberto de Alencar Castelo Branco – Ensino FundamentalNRE: ApucaranaMUNICÍPIO: BorrazópolisDISCIPLINA: ArteNÍVEL: Ensino Fundamental

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PROPOSTA CURRICULAR DE ARTE

PROFESSORAS: Angela Dias Soares Tavares

Lilian RodriguesMarcilei Alves de OliveiraNair krause Taucher

BORRAZÓPOLIS – PARANÁ2010

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

O ensino de Arte deve basear-se num processo de reflexão sobre a finalidade da Educação, os objetivos específicos dessa disciplina e a coerência entre tais objetivos, os conteúdos programados (os aspectos teóricos) e a metodologia proposta. Pretende-se que os alunos adquiram conhecimentos sobre a diversidade de pensamento e de criação artística para expandir sua capacidade de criação e desenvolver o pensamento crítico.

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Segundo Buoro (2001 p.31) o ensino de arte facilita o resgate ao ser humano como ser global, pois além de aglutinar múltiplas formas do saber, é mais que um objeto de apreciação estética, é fruto de uma experiência de vida desvelada pelo processo de criação do artista e pelo sistema de signo da obra.

Então, o desafio do ensino de Arte é propiciar uma relação mais consciente do ser humano no mundo, através do desenvolvimento da imaginação criadora e da percepção, a fim de contribuir para a formação de indivíduos mais críticos e criativos que no futuro atuarão na transformação da sociedade. Portanto, os objetivos do ensino de Arte são:• A compreensão dos elementos que estruturam e organizam a arte e sua relação com a sociedade contemporânea;• A produção de trabalhos de arte visando à atuação do sujeito em sua realidade singular e social;• A apropriação prática e teórica dos modos de composição da arte nas diversas culturas e mídias, relacionadas à produção, divulgação e consumo.

Para compreendermos melhor a posição atual do ensino de Arte em nosso país e no Paraná, faz-se necessário o estudo de sua história e seus principais marcos educacionais.

No período colonial iniciou-se o trabalho de catequização dos indígenas pela congregação católica Companhia de Jesus, através de ensinamentos de artes e ofícios, por meio da retórica, literatura, música, teatro, dança, pintura, escultura e artes manuais.

Enquanto a Europa passava por transformações de diversas ordens que culminaram no iluminismo, do séc. XVI ao XVIII. No Brasil, o governo do Marquês de Pombal, deu início à reforma Pombalina, que enfatizava o ensino das ciências naturais e dos estudos literários. Apesar dessa reforma, na prática não se registrou efetivas mudanças.

Em 1808, com a vinda da família real de Portugal para o Brasil, destacou-se a vinda de um grupo de artistas, que depois ficou conhecido como Missão Francesa, encarregado da fundação da Academia de Belas-Artes, na qual os alunos poderiam aprender as artes e ofícios artísticos.

Mais tarde, com a proclamação da República, em 1890, ocorreu a primeira reforma educacional republicana marcada pelos conflitos de ideais positivistas e liberais. E já nas primeiras décadas da república, ocorreu a Semana de Arte Moderna de 1922, um importante marco para a arte brasileira, associado aos movimentos nacionalistas da época.

O movimento modernista que teve início na semana de 1922, valorizava a cultura popular, pois entendia que desde o processo de colonização a arte indígena, a arte medieval e renascentista européia e a arte africana, cada qual com suas especificidades, constituíram a matriz da cultura popular brasileira. A partir daí, o ensino de Arte passou a ter, então, enfoque na expressividade, espontaneísmo e criatividade, pautando-se muitas vezes na pedagogia da Nova Escola.

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A chamada Escola Nova enfatizava além da livre expressão, os aspectos psicológicos e sociológicos. A efetivação desses conceitos se traduziram no rompimento com os padrões estéticos e metodológicos tradicionais, e na criação de uma postura não–diretiva, onde tudo em Arte-Educação era permitido em nome da livre-expressão. Atualmente esse conceito pode ser traduzido no “deixar fazer” que na prática, estimulava a imaginação da criança, mas não poderia sofrer interferências, portanto a criança teria que descobrir seus caminhos sozinha, o que ocasionou uma perda no conhecimento. Somente quem tinha “dom” conseguia fazer progressos por sua própria capacidade. Os outros alunos estavam fadados ao fracasso.

Esse foi o fundamento pedagógico da Escolinha de Arte, criada em 1948, no Rio de Janeiro, pelo artista e educador Augusto Rodrigues, organizada em ateliês-livres de artes plásticas. A forma de organização desta escolinha tornou-se referência para a criação de outras no território nacional, no entanto, manteve o caráter extracurricular do ensino de Arte.

Entretanto, o ensino da arte se generalizou metodologicamente nas escolas somente com o trabalho do músico e compositor Heitor Villa Lobos. Como Superintendente de Educação Musical e Artística do Governo de Getúlio Vargas, Villa Lobos tornou obrigatório o ensino de música nas escolas por meio da teoria e do canto orfeônico, numa política de criação de uma identidade nacional. Esse trabalho permaneceu nas escolas com algumas modificações até meados da década de 1970, quando o ensino de música foi reduzido ao estudo de leitura rítmica e execução de hinos ou outras canções cívicas.

A partir da década de 1960, as produções e movimentos artísticos se intensificaram: nas artes plásticas, com as Bienais e os movimentos contrários a elas; na música, com a Bossa Nova e os festivais; no teatro, com o Teatro Oficina e o Teatro de Arena de Augusto Boal e no cinema, com o Cinema Novo de Glauber Rocha. Esses movimentos tiveram forte caráter ideológico, propunham uma nova realidade social e, gradativamente, deixaram de acontecer com o endurecimento do regime militar.

Com o Ato Institucional n. 5 (AI-5), em 1968, esses movimentos foram reprimidos e vários artistas, professores, políticos e intelectuais que se opunham ao regime foram perseguidos e exilados. Em 1971, foi promulgada a Lei Federal n. 5692/71, cujo artigo 7° determinava a obrigatoriedade do ensino da Arte nos currículos do Ensino Fundamental (a partir da 5ª série) e do Ensino Médio, na época denominados de 1º e 2º Graus, respectivamente.

Numa aparente contradição, foi nesse momento de repressão política e cultural que o ensino de Arte (disciplina de Educação Artística) tornou-se obrigatório no Brasil. Entretanto, seu ensino foi fundamentado para o desenvolvimento de habilidades e técnicas, o que minimizou o conteúdo, o trabalho criativo e o sentido estético da arte. Cabia ao professor, tão somente, trabalhar com o aluno o domínio dos materiais que seriam utilizados na sua expressão.

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A partir de 1980, o país iniciou um amplo processo de mobilização social pela redemocratização e elaborou-se a nova Constituição, promulgada em 1988.

Dentre os fundamentos pensados para a educação, destacam-se a pedagogia histórico-crítica elaborada por Saviani da PUC de São Paulo e a Teoria da Libertação, com experiências de educação popular realizadas por Organizações e movimentos sociais, fundamentados no pensamento de Paulo Freire. Essas teorias propunham oferecer aos educandos acesso aos conhecimentos da cultura para uma prática social transformadora.

Após quatro anos de trabalho de implementação das propostas, esse processo foi interrompido em 1995 pela mudança das políticas educacionais que se apoiavam em outras bases teóricas. O Currículo Básico ainda estava amparado por resolução do Conselho Estadual, mas foi, em parte, abandonado como documento orientador da prática pedagógica. Os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN), publicados no período de 1997 a 1999, foram encaminhados pelo MEC diretamente para as escolas e residências dos professores e tornaram-se os novos orientadores do ensino.

Os PCN em Arte tiveram como principal fundamentação a proposta de Ana Mae Barbosa, denominada de Metodologia Triangular, inicialmente pensada para o trabalho em museus, foi inspirada na DBAE (Discipline Based Art Education) norte-americana, que teve origem no final dos anos de 1960 nos Estados Unidos.

Os PCNs nortearam a educação em arte por certo período, embora os encaminhamentos metodológicos apresentados sugerissem que o planejamento curricular fosse centrado no trabalho com temas e projetos, o que relega a segundo plano os conteúdos específicos da Arte.

Em 2003, iniciou-se no Paraná um processo de discussão com os professores da Educação Básica do Estado, Núcleos Regionais de Educação (NRE) e Instituições de Ensino Superior (IES) pautado na retomada de uma prática reflexiva para a construção coletiva de diretrizes curriculares estaduais. Tal processo tomou o professor como sujeito epistêmico, que pesquisa sua disciplina, reflete sua prática e registra sua práxis. As novas diretrizes curriculares concebem o conhecimento nas suas dimensões artística, filosófica e científica e articulam-se com políticas que valorizam a arte e seu ensino na rede estadual do Paraná.

Neste contexto de mudanças e avanços no ensino de Arte, ainda foram sancionadas: Lei n. 11.645, de 10 de março de 2008 que estabelece no currículo oficial da rede de ensino a obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena” e no ano de 2008, foi sancionada a lei n. 11.769 em 18 de agosto, que estabelece a obrigatoriedade do ensino da música na educação básica, reforçando a necessidade do ensino dos conteúdos desta área da disciplina de Arte.

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CONTEÚDOS ESTRUTURANTES/ BÁSICOS DA DISCIPLINA

A Arte deve propiciar ao aluno acesso ao conhecimento sistematizado em arte. Por isso, propõe-se uma organização curricular a partir dos conteúdos estruturantes que constituem uma identidade para a disciplina de Arte e possibilitam uma prática pedagógica que articula as quatro áreas: Artes Visuais, Teatro, Dança e Música.Nas discussões coletivas com os professores da rede estadual de ensino, definiu-se que os conteúdos estruturantes da disciplina são:

elementos formais; composição; movimentos e períodos.Nas séries/anos iniciais (1º a 4º séries/1o ao 5o ano) o trabalho pedagógico

centra-se nas atividades artísticas, na prática com músicas, jogos teatrais, desenho e dança. Nessas atividades priorizam-se os elementos formais, como estudos sobre cores primárias e secundárias (artes visuais); timbre, duração e altura (música); expressão facial, corporal e gestual (teatro) e movimento corporal (dança).

Nas séries/anos finais do Ensino Fundamental (5º a 8º séries/ 6o ao 9o ano) gradativamente abandona-se a prática artística e a ênfase nos elementos formais, tratando-se de forma superficial os conteúdos de composição e dos movimentos e períodos.

No Ensino Médio a prioridade é para a História da Arte, com raros momentos de prática artística, centrando-se no estudo de movimentos e períodos artísticos e na leitura de obras de arte.

Em síntese, durante a Educação Básica, o aluno tem contato com fragmentos do conhecimento em Arte, percorrendo um arco que inicia-se nos elementos formais, com atividades artísticas (séries iniciais) e finaliza nos movimentos e períodos, com exercícios cognitivos, abstratos (Ensino Médio).

Os conteúdos básicos para a disciplina de Arte estão organizados por área. Devido ao fato dessa disciplina ser composta por quatro áreas (artes visuais, música, teatro e dança), o professor fará o planejamento e o desenvolvimento de seu trabalho, tendo como referência a sua formação. A partir de sua formação e de pesquisas, estudos, capacitação e experiências artísticas, será possível a abordagem de conteúdos das outras áreas artísticas.

Segue a relação dos conteúdos separados por linguagem, de acordo com cada série:

5ª SÉRIE/6º ANO – ÁREA MÚSICA

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CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇAÕ MOVIMENTOS E PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE

AlturaDuraçãoTimbreIntensidadeDensidade

RitmoMelodiaEscalas: diatônica, pentatônica,cromática e improvisação.

Greco-RomanaOrientalOcidentalAfricana

6ª SÉRIE/7º ANO – ÁREA MÚSICA

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇAÕ MOVIMENTOS E PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE

AlturaDuraçãoTimbreIntensidadeDensidade

RitmoMelodiaEscalasGêneros: folclórico, indígena, popular e étnicoTécnicas: vocal, instrumental e mistaImprovisação

Música popular e étnica (ocidental e oriental)

7ª SÉRIE/8º ANO – ÁREA MÚSICA

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇAÕ MOVIMENTOS E PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE

AlturaDuraçãoTimbre

RitmoMelodiaHarmonia

Indústria CulturalEletrônicaMinimalista

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IntensidadeDensidade

Tonal, modal e a fusão de ambos.Técnicas: vocal, instrumental e mista

Rap, Rock, Tecno

8ª SÉRIE/9º ANO – ÁREA MÚSICA

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇAÕ MOVIMENTOS E PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE

AlturaDuraçãoTimbreIntensidadeDensidade

RitmoMelodiaHarmoniaTécnicas: vocfal, instrumental e mistaGêneros: popular, folclórico e étnico.

Música EngajadaMúsica Popular BrasileiraMúsica Contemporânea

5ª SÉRIE/6º ANO – ÁREA ARTES VISUAIS

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇAÕ MOVIMENTOS E PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE

PontoLinha TexturaFormaSuperfícieVolumeCorLuz

BidimensionalFigurativaGeométrica, simétricaTécnicas: Pintura, Escultura, arquitetura...Gêneros: cenas da mitilogia...

Arte Greco-RomanaArte AfricanaArte OrientalArte Pré-Histórica

6ª SÉRIE/7º ANO – ÁREA ARTES VISUAIS

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇAÕ MOVIMENTOS E PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE

Ponto Proporção Arte indígena

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Linha TexturaFormaSuperfícieVolumeCorLuz

TridimensionalFigurativa e fundoAbstrata PerspectivaTécnicas: Pintura, escultura, modelagem, gravura...Gêneros: paisagem, retrato,natureza morta...

Arte PopularBrasileira e ParanaenseRenascimentoBarroco

7ª SÉRIE/8º ANO – ÁREA ARTES VISUAIS

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇAÕ MOVIMENTOS E PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE

PontoLinha TexturaFormaSuperfícieVolumeCorLuz

SemelhançasContrastesRitmo VisualEstilizaçãoDeformaçãoTécnicas: desenho, fotografia, audiovisual e mista...

Indústria CulturalArte séc.XXArte Contemporânea

8ª SÉRIE/9º ANO – ÁREA ARTES VISUAIS

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇAÕ MOVIMENTOS E PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE

PontoLinha TexturaFormaSuperfícieVolumeCorLuz

BidimensionalTridimensionalFigura-fundoRitmo VisualTécnica: Pintura, grafitte, performance...Gêneros: Paisagem, urbana, cenas do cotidiano...

RealismoVanguardasMuralismo e Arte Latino-AmericanaHip Hop

5ª SÉRIE/6º ANO – ÁREA TEATRO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇAÕ MOVIMENTOS E PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE

Personagem:Expressões

Enredo, roteiro.Espaço Cênico,

Greco-RomanaTeatro Oriental

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Corporais,Vocais,Gestuais e faciaisAçãoEspaço

AdereçosTécnicas: jogos teatrais, teatro indireto e direto, improvisação, manipulação, máscara...Gênero: Tragédia, Comédia, e Circo.

Teatro MedievalRenascimento

6ª SÉRIE/7º ANO – ÁREA TEATRO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇAÕ MOVIMENTOS E PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE

Personagem:ExpressõesCorporais,Vocais,Gestuais e faciaisAçãoEspaço

RepresentaçãoLeitura dramática, Cenografia.Técnicas:jogos teatrais, mímica, improvisação, formas animadas...Gêneros:Rua e arena,caracterização.

Comédia dell' arteTeatro PopularBrasileiro e paranaenseTeatro Africano

7ª SÉRIE/8º ANO – ÁREA TEATRO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇAÕ MOVIMENTOS E PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE

Personagem:ExpressõesCorporais,Vocais,Gestuais e faciaisAçãoEspaço

Representação no Cinema e MídiasTexto dramáticomaquiagemSonoplastiaRoteiroTécnicas: jogos teatrais, sombra, adaptação cênica...

Industria CulturalRealismoExpressionismoCinema Novo

8ª SÉRIE/9º ANO – ÁREA TEATRO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇAÕ MOVIMENTOS E PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE

Personagem:Expressões

Técnicas: Monológo, jogos teatrais, direção, ensaio, Teatro-

Teatro Engajadoteatro do Oprimido

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Corporais,Vocais,Gestuais e faciaisAçãoEspaço

Fórum...DramaturgiaCenografiaSonoplastiaIluminaçãoFigurino

Teatro PobreTeatro do AbsurdoVanguardas

5ª SÉRIE/6º ANO – ÁREA DANÇA

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇAÕ MOVIMENTOS E PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE

Movimento CorporalTempoEspaço

KinesferaEixoponto de ApoioMovimentos articularesFluxo (livre e interrompido)Rápido e lentoFormação Níveis (alto, médio e baixo)Deslocamento(direto e indireto)Dimensões (pequeno e grande)Técnica:ImprovisaçãoGênero:Circular

Pré-históriaGreco-RomanaRenascimentodança Clássica

6ª SÉRIE/7º ANO – ÁREA DANÇA

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇAÕ MOVIMENTOS E PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE

Movimento CorporalTempoEspaço

Ponto de ApoioRotaçãoCoreografiaSalto e quedapeso (leva e pesado)Fluxo (livre, interrompido e conduzido)Lento, rápido e moderadoNíveis (alto, médio e baixo)FormaçãoDireçãoGênero: Folclórica popular e étnica

Dança popularBrasileiraParanaenseAfricanaIndígena

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7ª SÉRIE/8º ANO – ÁREA DANÇA

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇAÕ MOVIMENTOS E PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE

Movimento CorporalTempoEspaço

GirorolamentosaltosAceleração e desaceleraçãoDireções (frente, atrás, direita e esquerda)ImprovisaçãoCoreografiaSonoplastiaGênero: Industria Cultural e espetáculo

Hip HopMusicaisExpressionismoIndústria CulturalDança Moderna

8ª SÉRIE/9º ANO – ÁREA DANÇA

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇAÕ MOVIMENTOS E PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE

Movimento CorporalTempoEspaço

Kinesferaponto de ApoiopesoFluxoQuedasSaltosGirosRolamentosExtensão (perto e longe)CoreografiaDeslocamentoGênero: Performancee moderna

VanguardasDança ModernaDança Contemporânea.

METODOLOGIA DA DISCIPLINA

Na prática pedagógica serão abordadas produções e reflexões acerca da arte universal e artístas consagrados, contudo, objetiva-se também o conhecimento sobre a arte produzida pela sociedade contemporânea e aspectos da vivência do aluno.

Na prática artística, assim como nas demais disciplinas deve-se reconhecer a importância do combate ao preconceito, ao racismo e a

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discriminação aos afro-descendentes e indígenas em cumprimento às leis 10639/03 e 11645/08. São também Leis afirmativas, no sentido de quem reconhecem a escola como lugar da formação de cidadãos e afirmam a relevância de a escola promover a necessária valorização das matrizes culturais que fizeram do Brasil o país rico, múltiplo e plural que somos.

Partindo-se deste princípio, a Lei 9795/99, orienta e estabelece a Política nacional de Educação Ambiental.

A Educação Ambiental faz parte dos Desafios Educacionais Contemporâneos e trabalhar com Educação Ambiental implica o desenvolvimento de um processo permanente de formação e informação acerca das questões referentes ao equilíbrio ambiental, visando a qualidade de vida e o entendimento das relações homem/meio biológico, bem como as das interferências do primeiro sobre o segundo e suas consequências. Ela deve estar presente na prática cotidiana de todos os envolvimentos no processo educacional, não ficando restrita a uma única disciplina ou sob responsabilidade de um(a) professor(a) apenas, mesclando-se, portanto, ao dia a dia da comunidade de forma natural.

Nas aulas de Arte é necessário que o aluno tenha acesso a unidade de abordagem dos conteúdos estruturantes, em um encaminhamento metodológico orgânico, onde o conhecimento, as práticas e a fruição artística estejam presentes em todos os momentos da prática pedagógica, em todas as séries da Educação Básica.Dessa forma, devem-se contemplar, na metodologia do ensino da Arte, três momentos da organização pedagógica:

Teorizar: fundamenta e possibilita ao aluno que perceba e aproprie a obra artística, bem como, desenvolva um trabalho artístico para formar conceitos artísticos.

É a parte do processo metodológico que privilegia a cognição, em que a racionalidade opera para apreender o conhecimento historicamente produzido sobre arte.

É imprescindível que o professor considere a origem cultural e o grupo social dos alunos e que trabalhe nas aulas os conhecimentos originados pela comunidade.

O conteúdo deve ser contextualizado pelo aluno, para que ele compreenda a obra artística e a arte como um campo do conhecimento humano, produto da criação e do trabalho de sujeitos, histórica e socialmente datados. Portanto, a arte tem caráter provisório, em função da mudança de valores culturais que pode ocorrer através do tempo nas diferentes sociedades e modos de produção.

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Sentir e perceber: são as formas de apreciação, fruição, leitura e acesso à obra de arte.

A percepção e apropriação das obras artísticas se dão inicialmente pelos sentidos. De fato, a fruição e a percepção serão superficiais ou mais aprofundadas conforme as experiências e conhecimentos em arte que o aluno tiver em sua vida.

Ao analisar uma obra, espera-se que o aluno através da mediação do professor, transcenda as aparências e sentidos e perceba que, no processo de composição, o artista imprime sua visão de mundo, a ideologia com a qual se identifica, o seu momento histórico e outras determinações sociais. Além de o artista ser um sujeito histórico e social, é também singular, e na sua obra apresenta uma nova realidade social.

E ainda, para o trabalho com os produtos da indústria cultural, é importante perceber os mecanismos de padronização excessiva dos bens culturais, da homogeneização do gosto e da ampliação do consumo.

Trabalho artístico: é a prática criativa, o exercício com os elementos que compõe uma obra de arte.

A prática artística – o trabalho criador – é expressão privilegiada, é o exercício da imaginação e criação. Apesar das dificuldades que a escola apresenta para desenvolver essa prática, ela é fundamental, pois a arte não pode ser apreendida somente de forma abstrata. De fato, o processo de produção do aluno acontece quando ele interioriza e se familiariza com os processos artísticos e humaniza seus sentidos.

Na prática cotidiana não existe uma ordem correta para aplicação da metodologia, portanto, o trabalho pode ter início em qualquer um desses três momentos, desde que ao final do processo o aluno tenha vivenciado cada um deles.

AVALIAÇÃO

A avaliação para a disciplina de Arte proposta é diagnóstica e processual. Pois, serve de referência do professor para planejar as aulas e avaliar os alunos; é processual por pertencer a todos os momentos da prática pedagógica.

Conforme Regimento e Projeto Político Pedagógico da nossa escola, avaliar é analisar a prática pedagógica de todos os envolvidos, com o objetivo de corrigir rumos e repensar situações para que a apresentados ocorra.

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Ao avaliar a aprendizagem dos alunos está se avaliando a prática dos professores, a gestão e o currículo escolar, bem como o próprio sistema de ensino como um todo.

Esse processo dar-se-á de forma intrínseca ao processo de ensino aprendizagem, preponderando os aspectos qualitativos sobre os quantitativos, sendo uma avaliação contínua e cumulativa, utilizando vários instrumentos de avaliação para se alcançar determinado fim conduzindo o aluno, não a uma aquisição pura e simples de conhecimentos, mas sim a um processo de elaboração e ações que conduzam a uma prática social transformadora.

Os instrumentos de avaliação utilizados pela disciplina de Arte serão: trabalhos artísticos individuais e em grupo; pesquisas bibliográfica e de campo; debates em forma de seminários e simpósios;apresentação oral de trabalhos;atividades de leitura e interpretação de textos, oral e escrita; provas teóricas e práticas; registros em forma de relatórios, gráficos, portfólio, áudio-visual e outros.

As atividades serão realizadas em grupo ou individual, sendo sempre uma avaliação somatória e diagnóstica.

Todo processo de avaliação pressupõe clareza nos seus critérios, que são compreendidos com um referencial que gera parâmetros que devem ser previamente estabelecidos. Os critérios serão apresentados para os alunos, favorecendo a transparência, orientando o trabalho discente e o co-responsabilidade do aluno no processo de responsabilidade. Os critérios seguidos por esta área de conhecimento serão:

- A compreensão dos elementos que estruturam e organizam a arte e sua relação com a sociedade contemporânea;

- A produção de trabalhos de arte visando à atuação do sujeito em sua realidade singular e social;

- A apropriação prática e teórica dos modos de composição da arte nas diversas culturas e mídias, relacionadas à produção, divulgação e consumo.Ao elaborar o Plano de Trabalho Docente, o professor considera a

avaliação como parte inerente ao processo de ensino aprendizagem, realizando-a em função dos conteúdos trabalhados, e o sistema de recuperação está sendo considerado também como integrante de todos os momentos de aprendizagem, sendo desenvolvido à luz das condições daquele educando que não aprendeu.

De acordo com Vasconcellos (2003) a Recuperação de Estudos consiste na retomada de conteúdos durante o processo de ensino e aprendizagem, permitindo que todos os alunos tenham oportunidades de apropriar-se do conhecimento historicamente acumulado, por meio de metodologias diversificadas e participativas.

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Conforme a Lei de Diretrizes e Bases da Educação nº 9394196, no Art. 13, os docentes incumbir-se-ão de:

estabelecer estratégias de recuperação para os alunos de menor rendimento.Nesta perspectiva esta disciplina propõe que o processo de avaliação seja

realizado concomitantemente de duas formas: através da retomada de conteúdo a partir de diagnósticos oferecidos pelas atividades realizadas pelos alunos em sala de aula e pelos instrumentos de avaliação; e através da reavaliação do conteúdo já retomado em sala.

Assim, expressa-se aqui que o processo de avaliação e recuperação desta disciplina de Arte estará comprometido com a clareza nos critérios utilizados, com a intencionalidade do ato educativo, com a reflexão crítica sobre a prática, enfim, o comprometimento com a aprendizagem do aluno.

REFERÊNCIAS

BUORO, Anamélia Bueno. O olhar em construção: uma experiência de ensino e aprendizagem da arte na escola. 5ª Ed. São Paulo: Cortez, 2001.

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PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação do. Diretrizes Curriculares de Arte para a Educação Básica. Departamento de Educação Básica. Curitiba, 2009.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação do. Departamento de Ensino Médio. LDP: Livro Didático Público de Arte. Curitiba: SEED-PR, 2006.

BACARIN, Ligia Maria Bueno Pereira. O movimento de arte-educaçãoE o ensino de arte no brasil: história e política. Orientadora:NOMA, Amélia

Kimiko. 2005.

ESCOLA: Estadual Humberto de Alencar Castelo Branco – Ensino Fundamental.

NRE: Apucarana

MUNICÍPIO: Borrazópolis

DISCIPLINA: Ciências

NÍVEL: Ensino Fundamental

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PROPOSTA CURRICULAR DE CIÊNCIAS

PROFESSORAS: Ana Claudia Vicentin das Neves

Ângela Batista Prado

Lourdes da Silva Tschmerijza

Lucinda de Jesus Silva Farinazzo

Márcia Telles Ribeiro Coccia

Teresa Apª Domingues Pereira

BORRAZÓPOLIS - PARANÁ

2010

APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

Numa perspectiva histórica, ao se pensar em Ciências como uma atividade complexa,

histórica e coletivamente construída, que altera e sofre influências da sociedade,nos diferentes

setores sociais, tecnológicos, culturais, éticas e políticas. Ao ensinar e aprender Ciências:

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tem como objeto de estudo o conhecimento científico que resulta da

investigação da Natureza. Do ponto de vista científico, entende-se

por Natureza o conjunto de elementos integradores que constitui o

Universo em toda sua complexidade. Ao ser humano cabe

interpretar racionalmente os fenômenos observados na Natureza,

resultantes das relações entre elementos fundamentais como tempo,

espaço, matéria, movimento, força, campo, energia.(SEED,2008)

Logo, a ciência não se revela como uma verdade, ela vem propor modelos explicativos

elaborados através da obervação da natureza, aplicado aos métodos científicos.

Diante da complexidade de acontecimentos e dos fenômenos naturais fica impossível

a um único cientista, dominar todo o conhecimento no âmbito de uma única especialidade.

Desde então, a Ciência vem se atrelando a fatos e descobertas considerando a ciência

como uma construção coletiva produzida por grupos de pesquisadores e instituições num

determinado contexto histórico, num cenário socio-ecônomico, tecnológico, cultural,

religioso, ético e político, evitando creditar em resultados de cientistas geniais. Devendo

estabelecer créditos para a evolução do conhecimento científico na história da humanidade,

como:

Na Antiguidade os fenômenos da natureza explicados em publicações de Aristóteles,

Ptolomeu que no século XVII, Nicolau Copérnico (1473-1543), provocou uma grande

mudança na forma de ver o mundo juntamente com Galileu Galilei. Ainda nesse período,

Isaac Newton (1642-1727) também dá sua contribuição na ciência, que até hoje perdura os

seus conhecimentos sobre os movimentos, na natureza como algo regular.

O processo de socialização do conhecimento científico caracterizou-se por grandes

desafios e embates, principalmente no que se refere aos objetivos do ensino de Ciências,visto

que quando o indivíduo se apropriava do conhecimento cientifico era considerado um

cidadão.

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No Brasil, o ensino de Ciências, na década de 1950, cresceu em todos os níveis e

passou a ser objeto de movimentos em busca de reformas educacionais à medida, em que a

tecnologia e a Ciência, foram reconhecidas como essenciais para o desenvolvimento

econômico, social e cultural que viria a contribuir para um país autosuficiente. Fato marcante

para tal crescimento , ocorreu durante a guerra fria ,o lançamento do satélite Russo

comprometeu a supremacia estadunidense, que passou a promover uma reforma em seu

ensino.

A década de 60, ficou marcada por intensos debates políticos, assim como por tensões

sócio-ideológicos e pôr gerar conflitos no currículo escolar. Passando a ciência de neutra para

uma educação científica, preparando os estudantes a serem mais aptos para a defesa do

progresso, da ciência e da tecnologia nacionais.

A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional 4024/61, ampliou o espaço da

disciplina, com isso o científico passou a ser a melhor maneira de desencadear uma formação

científico tecnológica, ganhando relevância no ensino de Ciências por acreditar-se que o

mesmo, ao desenvolver o raciocínio lógico e formar o cidadão, não se restringe apenas à

preparação do futuro cientista. Em 1964 o ensino de Ciências, passou a ter um compromisso

com a formação de mão-de-obra técnico–científico, para atender as necessidades do mercado

e do desenvolvimento econômico do País. Nessa nova configuração as disciplinas científicas

foram atingidas devido à reorganização do currículo, que assumiu um caráter

profissionalizante o que provocou uma grande descaracterização do currículo que

historicamente marcava o ensino de Ciências. Nos anos 70, houve uma preocupação com a

crescente degradação ambiental e o atrelamento do desenvolvimento científico-tecnológico.

Assim, as relações entre a Ciência e a tecnologia passam a ser analisadas mais

criticamente.

Já na década de 80, ocorreu a massificação da educação, onde a expansão da oferta

não significou qualidade de ensino. A democratização acaba por influenciar o ensino de

Ciências, enfatizando as discussões sobre sua função social, tendo como referencial teórico a

pedagogia histórico-crítica.

A partir de 1990, no ensino de Ciências, o Currículo Básico propôs a integração dos

conteúdos a partir de três eixos norteadores não explicitamente as preocupações em relação

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aos resultados das ações do homem sobre a natureza. Mesmo com o avanço pedagógico em

articular os conteúdos em eixos norteadores e apresentá-los em todas as séries do ensino

fundamental, a proposta ficou limitada, uma vez que na sua implementação não apresentou

subsídios teóricos- metodológicos suficientes para esses trabalhos de forma articulada. O

currículo perdeu força como documento orientador da disciplina e estabeleceu as Diretrizes e

Bases para a Educação Nacional, ocorrendo uma mudança de paradigma da Educação, na qual

a Escola perdeu o caráter de espaço social e transformador e, passou a ser entendida como

empresa dentro do modelo Neoliberal de educação.

Em 1996, tendo em vista a publicação e a ampla distribuição dos PCNS e temas

transversais, o ensino de Ciências sofreu um esvaziamento da concepção da Ciências como

história deixando de analisar seus aspectos sociais, políticos e econômicos. A questão

ambiental foi tratada numa concepção cientificista.

Um novo período na história da educação paranaense iniciou-se em 2003 com a

reformulação da política educacional, onde se destacou o descrédito à proposta neoliberal, o

resgate da função social da escola e o trabalho pedagógico com os conteúdos específicos das

disciplinas escolares. O currículo escolar é instituído como eixo fundamental da escola,

incentivando o professor a refletir sobre sua própria prática pedagógica, a formação

continuada , possibilitando o acesso a fundamentação teórico e prática.

Ao analisar a educação e o currículo de Ciências, em cada momento histórico,

percebeu-se que o seu desenvolvimento seguiu uma trajetória de acordo com os interesses

políticos, econômicos e sociais de cada período determinado, assim a mudança de foco do

processo de ensino e de aprendizagem.

Na medida em que os conteúdos específicos envolvem um vasto campo de

conhecimento produzidos pela humanidade no decorrer de sua história, a disciplina de

Ciências se constitui num conjunto de conhecimentos científicos necessários para

compreender e explicar os fenômenos naturais e suas interferências no mundo.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES DA DISCIPLINA

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Saberes fundamentais capazes de organizar teoricamente os campos de estudo da

disciplina, essenciais para a compreensão de seu objeto de estudo e de suas áreas afins:

ASTRONOMIA: A Astronomia tem um papel importante no Ensino Fundamental, pois é uma

das ciências de referência para os conhecimentos sobre a dinâmica dos corpos celestes. Numa

abordagem histórica traz as discussões sobre os modelos geocêntrico e heliocêntrico, bem

como sobre os métodos e instrumentos científicos, conceitos e modelos explicativos que

envolveram tais discussões. Além disso, os fenômenos celestes são de grande interesse dos

estudantes porque por meio deles buscam-se explicações alternativas para acontecimentos

regulares da realidade, como o movimento aparente do Sol, as fases da Lua, as estações do

ano, as viagens espaciais, entre outros.

MATÉRIA: Propõe-se a abordagem de conteúdos específicos que privilegiem o estudo da

constituição dos corpos, entendidos tradicionalmente como objetos materiais quaisquer que se

apresentam à nossa percepção. Sob o ponto de vista científico, permite o entendimento não

somente sobre as coisas perceptíveis como também sobre sua constituição, indo além daquilo

que num primeiro momento vemos, sentimos e tocamos.

SISTEMAS BIOLÓGICOS: Aborda a constituição dos sistemas do organismo, bem como

suas características específicas de funcionamento, desde os componentes celulares e suas

respectivas funções até o funcionamento dos sistemas que constituem os diferentes grupos de

seres vivos, como por exemplo, a locomoção, a digestão e a respiração,

Parte-se do entendimento do organismo como um sistema integrado e amplia-se a

discussão para uma visão evolutiva, permitindo a comparação entre os seres vivos, a fim de

compreender o funcionamento de cada sistema e das relações que formam o conjunto de

sistemas que integram o organismo vivo.

ENERGIA: Propõe-se o trabalho que possibilita a discussão do conceito de energia,

relativamente novo a se considerar a história da ciência desde a Antiguidade. Discute-se tal

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conceito a partir de um modelo explicativo fundamentado nas idéias do calórico, que

representava as mudanças de temperatura entre objetos ou sistemas. Ao propor o calor em

substituição à teoria do calórico, a pesquisa científica concebeu uma das leis mais importantes

da ciência: a lei da conservação da energia.

Este conteúdo busca novos conhecimentos na tentativa de compreender o conceito

energia no que se refere às suas várias manifestações, como por exemplo: energia mecânica,

energia térmica, energia elétrica, energia luminosa, energia nuclear, bem como os mais

variados tipos de conversão de uma forma em outra.

BIODIVERSIDADE: O conceito de biodiversidade, não dever ser entendido como uma

simples diversidade de seres vivos, mas implica ampliar o entendimento de que essa

diversidade de espécies, considerada em diferentes níveis de complexidade, habita em

diferentes ambientes, mantém suas inter- relações de dependência e está inserida em um

contexto evolutivo.

Espera-se que o estudante entenda o sistema complexo de conhecimentos

científicos que interagem num processo integrado e dinâmico envolvendo a diversidade de

espécies atuais e extintas; as relações ecológicas estabelecidas entre essas espécies com o

ambiente ao qual se adaptaram, viveram e ainda vivem; e os processos evolutivos pelos quais

tais espécies têm sofrido transformações.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS DA DISCIPLINA

Todos os conteúdos básicos, apresentados nos conteúdos estruturantes, são

essenciais na disciplina de Ciências. No Plano de Trabalho Docente esses conteúdos básicos

devem ser desdobrados em conteúdos específicos a serem abordados pelos professores de

Ciências em função de interesses regionais e do avanço na produção do conhecimento

científico . Sendo:

5ª SÉRIE

ASTRONOMIA

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Universo;

Sistema solar;

Movimentos terrestres:

Movimentos celestes;

Astros.

MATÉRIA

Constituição da Matéria.

SISTEMAS BIOLÓGICOS

Níveis de organização celular.

ENERGIA

Formas de energia;

Conversão de energia;

Transmissão de energia.

BIODIVERSIDADE

Organização dos seres vivos;

Ecossistema;

Evolução dos seres vivos.

6ª SÉRIE

198

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ASTRONOMIA

Astros;

Movimentos Celestes;

Movimentos Celestes.

MATÉRIA

Constituição da Matéria.

SISTEMAS BIOLÓGICOS

Célula;

Morfologia e fisiologia dos seres vivos.

ENERGIA

Formas de energia;

Transmissão de energia.

BIODIVERSIDADE

Origem da vida;

Organização dos seres vivos;

Sistemática.

7ª SÉRIE

199

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ASTRONOMIA

Origem e evolução do Universo.

MATÉRIA

Constituição da Matéria.

SISTEMAS BIOLÓGICOS

Célula;

Morfologia e fisiologia dos seres vivos.

ENERGIA

Formas de energia.

BIODIVERSIDADE

Evolução dos seres vivos.

8ª SÉRIE

ASTRONOMIA

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Astros;

Gravitação Universal.

MATÉRIA

Propriedades da Matéria.

SISTEMAS BIOLÓGICOS

Morfologia e fisiologia dos seres vivos;

Mecanismos de herança genética.

ENERGIA

Formas de energia;

Conservação de energia.

BIODIVERSIDADE

Interações Ecológicas.

METODOLOGIA

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A prática pedagógica docente para o ensino de Ciências dar-se-á através da:

A seleção dos conteúdos a serem ensinados na disciplina de Ciências, o professor

deverá organizar o trabalho docente tendo como referências: o tempo disponível para o

trabalho pedagógico (horas/aula semanais); o Projeto Político Pedagógico da escola; os

interesses da realidade local e regional onde a escola está inserida; a análise crítica dos livros

didáticos e paradidáticos da área de Ciências; e informações atualizadas sobre os avanços da

produção científica.

Na organização do plano de trabalho docente espera-se que o professor de Ciências

reflita a respeito das abordagens e relações a serem estabelecidas entre os conteúdos

estruturantes, básicos e específicos. Reflita, também, a respeito das expectativas de

aprendizagem, das estratégias e recursos a serem utilizados e dos critérios e instrumentos de

avaliação.

Para isso é necessário que os conteúdos específicos de Ciências sejam entendidos em

sua complexidade de relações conceituais, não dissociados em áreas de conhecimento físico,

químico e biológico, mas visando uma abordagem integradora. Tais conteúdos podem ser

entendidos a partir da mediação didática estabelecida pelo professor de Ciências, que pode

fazer uso de estratégias que procurem estabelecer relações interdisciplinares e contextuais,

envolvendo desta forma, conceitos de outras disciplinas e questões tecnológicas, sociais,

culturais, éticas e políticas. ( SEED.2008)

É importante que o professor estabeleça relações entre os diversos conteúdos

básicos, superando o engessamento desses, no âmbito escolar. E ainda, que respeite o nível

cognitivo dos alunos, a realidade local, a diversidade cultural, as diferentes forma de

apropriação dos conteúdos básicos por parte dos alunos e, adote uma linguagem coerente com

a faixa etária, aumentando gradativamente o aprofundamento da abordagem desses conteúdos.

O processo de ensino e aprendizagem em Ciências, não deve se limitar a uma

única metodologia ou ficar restrito a um único espaço físico, portanto as aulas e atividades

práticas podem acontecer em diversos ambientes, na escola ou fora dela.

As atividades práticas têm como conceito ampliado quando entendidas como

qualquer atividade pedagógica em que os alunos se envolvem diretamente, como: utilização

do computador, leitura, análise e interpretação de dados, gráficos, imagens, gravuras, tabelas e

202

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esquemas; resolução de problemas; elaboração de modelos; estudos de assuntos polêmicos

relacionados a Educação do Campo, a Étnico-racial e a Bioética, abordando assim problemas

reais da sociedade; pesquisas bibliográficas, entrevistas, dentre outras. Envolvendo nestas

atividades, materiais alternativos que garantam a interpretação dos fatos e conceitos

suscitando a reflexão sobre o objeto estudado.

Tendo como possibilidades de encaminhamento metodológico: a observação; o

trabalho de campo; jogos de simulação e desempenho de papéis; excursões, reuniões,

observações da natureza: rios e campos; visitas à comunidade, a postos de saúde, a fábricas, a

fazendas, a museus, a parques (como o Parque da Ciência Newton Freire Maia); projetos

individuais ou em grupos; redação de cartas para autoridades; palestrantes convidados; fóruns,

debates, seminários, conversação dirigida, dentre outras. Ainda podendo utilizar atividades

que estimulam os educandos ao trabalho coletivo como as que envolvem a música, desenho,

poesia, jogos didáticos, dramatizações, feiras de ciências, entre outras.

Para o desenvolvimento das atividades, o professor poderá utilizar os mais

variados recursos pedagógicos/ tecnológicos: livro didático, revistas, jornais, revistas em

quadrinhos, quadro de giz, músicas, mapas, globo, modelos didáticos, microscópio, lupa,

telescópio, computador, slides, fitas VHS, DVD’s, CD’s, CD-Rom’s educativos, TV

multimídia e softwares livres, dentre outros.

Analisando a prática pedagógica, o professor deverá valorizar: a abordagem

problematizadora, a relação contextual, a relação interdisciplinar, a pesquisa, a leitura

científica, a atividade em grupo, a observação, a atividade experimental, os recursos

instrucionais ( organogramas, mapas conceituais, gráficos, tabelas, entre outros) e o lúdico,

entre outros.

Seguindo essas considerações, o Professor deve organizar o seu plano de trabalho

docente (PTD) e saber quais os objetivos e expectativas a serem atingidas, atentando para a

valorização dos costumes de cada indivíduo, buscando na diversidade cultural coexistente,

respaldo ético para ratar as diferenças e minimizar as desigualdades, O Ensino de Ciências, ao

contemplar a Lei 10639/03, referente a "História e Cultura - Afro Brasileira e Africana , faz

alusão à valorização da igualdade racial e cultural, desmistificando o preconceito e a

discriminação. Da mesma forma ,o ensino de ciências promove a valorização da cultura rural,

utilizando-se das práticas características dessa cultura para a promoção do conhecimento. Esta

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escola tem uma boa parte de seu alunado proveniente do campo (zona rural), a disciplina de

Ciências procurará articular experiências e estudos direcionados para o mundo do trabalho,

para o desenvolvimento social, economicamente justo e ecologicamente sustentável.

Utilizando métodos adequados à realidade do campo, resgatando os materiais disponíveis no

meio ambiente, o conhecimento que os pais, os estudantes, os técnicos, as lideranças da

comunidade possuem sobre as diferentes temáticas a serem trabalhadas. A prática pedagógica

do ensino de ciências contempla em suas ações pedágógicas a Leis 11.645/08 atendendo nos

Currículos da Educação Básica valorizando a história e cultura de seus povos, como estudos

da herança de genes, da cor da pele, tipos sanguíneos, o uso de plantas, culinárias e outras. E

contemplando a Lei 9.795/99, que trata da Educação Ambiental procura de forma articulada,

em todos os níveis e modalidades do processo educativo utilizando metodologias

diversificadas tratar desse assunto despertando a consciência de que os problemas ambientais

refletem com consequências que atinge a todos nós, que é também atendido na Agenda 21 da

escola.

O ensino de Ciências ainda trata de atender os desafios contemporâneos como a

prevenção ao uso indevido de drogas , o enfrentamento à violência na escola , cidadanias

direitos humanos, educação fiscal. Também atende assuntos sobre Gênero e Diversidade

Sexual e outras diversidades como Paraná Alfabetizado e os citados nas Leis acima. Estes

temas são abordados através de trabalhos dirigidos, com vistas a inclusão social, promover a

emancipação do cidadão, com ações coletivas em favor da construção do conhecimento.

O Projeto Fera Com Ciência é uma atividade pedagógica complementar e

interativa, na qual os sujeitos do processo de ensino e de aprendizagem – alunos e professores

podem enriquecer seus conhecimentos. O Projeto Fera Com Ciência oferece aos estudantes

paranaenses, a oportunidade de divulgação de trabalhos de natureza científica e tecnológica,

incentivando a curiosidade e a pesquisa. A Educação do Paraná, estimula o aprendizado de

conteúdos curriculares e a produção cultural e desperta na comunidade educacional o

interesse pela Cultura, pela Arte e pela Ciência, fortalecendo-a para estender o conhecimento

adquirido a todos os domínios da vida.

Este projeto consiste em expor publicamente suas produções planejadas e

executadas no cotidiano. Com exposições, oficinas, discussões e pesquisas, sendo portanto, de

grande importância para a socialização dos saberes sistematizados nas escolas.

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O Portal Educacional Dia-a-Dia Educação, pode colaborar com o professor desde

o seu planejamento até como realização das suas ações pedagógicas, por meio de “Ambientes

Colaborativos” / “Objetos de Aprendizagem Colaborativa” (APCs/OACs). É também uma

importante ferramenta para a socialização do saber, utilizando a aprendizagem colaborativa

on-line.

Com todas estas possibilidades e outras de encaminhamento metodológico, o

professor de Ciências, estará priorizando os saberes historicamente constituídos, aos quais

todos os alunos têm direito.

AVALIAÇÃO

A avaliação é uma atividade indispensável no processo-aprendizagem dos

conteúdos científicos, de acordo com o artigo 24 da LDB nº 9394/96, em consonância com as

DCEs do Estado do Parana 2008, Conforme Regimento da Escola e Projeto Político

Pedagógico da nossa escola. Avaliar é analisar a prática pedagógica de todos os envolvidos,

com o objetivo de corrigir rumos e repensar situações para que a aprendizagem ocorra.

Ao avaliar a aprendizagem dos alunos está se avaliando a prática dos professores,

a gestão e o currículo escolar, bem como o próprio sistema de ensino como um todo.

Esse processo dar-se-á de forma intrínseca ao processo de ensino aprendizagem,

preponderando os aspectos qualitativos sobre os quantitativos, sendo uma avaliação contínua

e cumulativa, utilizando vários instrumentos de avaliação para se alcançar determinado fim

conduzindo o aluno, não a uma aquisição pura e simples de conhecimentos, mas sim a um

processo de elaboração e ações que conduzam a uma prática social transformadora.

Os instrumentos de avaliação utilizados pela disciplina de Ciências, serão:

Provas ( não classificatórias);

Atividades de leitura e interpretação de textos, oral e escrita;

Atividades de pesquisa bibliográfica;

Pesquisa de campo;

Palestras;

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Apresentação oral de trabalhos;

Atividades experimentais;

Produção de textos:

Relatórios;

Seminários;

Debate;

Júri Simulado;

Criação ou recriação de jogos:

Pesquisa individual e em grupo;

Desenho;

Elaboração de painéis;

Elaboração de murais;

Leituras;

Construção de gráficos e tabelas;

Atividades a partir de recursos audiovisuais (música, filmes, slides);

Questões discursivas;

Questões objetivas.

Os instrumentos de avaliação poderão ser realizados em grupo ou individual,

sendo sempre uma avaliação somatória e diagnóstica.

Todo processo de avaliação pressupõe clareza nos seus critérios, que são

compreendidos com um referencial que gera parâmetros que devem ser previamente

estabelecidos. Os critérios específicos da disciplina serão apresentados para os alunos,

favorecendo a transparência, orientando o trabalho discente e a co-responsabilidade do aluno

no processo de responsabilidade.

Em Ciências o principal critério de avaliação é a formação dos conceitos

científicos. Valoriza-se desta forma, uma ação pedagógica includente dos conhecimentos

anteriores dos alunos e a interação da dinâmica dos fenômenos naturais por meio de conceitos

científicos. Nestes termos avaliar no ensino de Ciências implica intervir no processo ensino-

aprendizagem, para que compreenda o real significado dos conteúdos científicos escolares e

do objeto de estudo de Ciências, visando a melhoria da qualidade de vida e a transformação

de sua vivência.

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Ao elaborar o Plano de Trabalho Docente, o professor considera a avaliação como

parte inerente ao processo de ensino aprendizagem, realizando-a em função dos conteúdos

trabalhados, e o sistema de recuperação está sendo considerado também como integrante de

todos os momentos de aprendizagem, sendo desenvolvido a luz de condições daquele

educando que não aprendeu.

De acordo com Vasconcellos (2003) a Recuperação de Estudos consiste na

retomada de conteúdos durante o processo de ensino e aprendizagem, permitindo que todos os

alunos tenham oportunidades de apropriar-se do conhecimento historicamente acumulado, por

meio de metodologias diversificadas e participativas.

Conforme a Lei de Diretrizes e Bases da Educação nº 9394/96, no Art. 13, os

docentes incumbir-se-ão de:

Estabelecer estratégias de recuperação para os alunos de menor rendimento.

Nesta perspectiva, esta disciplina propõe que o processo de recuperação seja

realizado concomitantemente de duas formas: através da retomada de conteúdo a partir de

diagnósticos oferecidos pelas atividades realizadas pelos alunos em sala de aula e pelos

instrumentos de avaliação; e através da reavaliação do conteúdo já retomado em sala.

Assim, expressa-se aqui que o processo de avaliação e recuperação desta disciplina

de Ciências, estará comprometido com a clareza nos critérios utilizados, com a

intencionalidade do ato educativo, com a reflexão crítica sobre a prática, enfim, o

comprometimento com a aprendizagem do aluno.

REFERÊNCIAS

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PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Cadernos Temáticos: Educação Ambiental.

Curitiba: SEED, 2008.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Cadernos Temáticos: Educação do Campo .

Curitiba: SEED, 2005.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Cadernos Temáticos: Relações Étnico-Raciais

e História e Cultura Afro-Brasileira e Africana na Escola . Curitiba: SEED, 2005.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Cadernos Temáticos Desafios Educacionais

Contemporâneo: Prevenção ao uso indevido de drogas . Curitiba: SEED, 2008.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Cadernos Temáticos Desafios Educacionais

Contemporâneo: Enfrentamento à violência na escola . Curitiba: SEED, 2008.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Educação Básica:

Ciências . Curitiba: SEED, 2008.

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO: Escola Estadual Humberto de Alencar Castelo

Branco – Ens. Fundamental Séries Finais; Borrazópolis,2010

REGIMENTO ESCOLAR:Escola Estadual Humberto de Alencar Castelo Branco – Ens.

Fundamental Séries Finais; Borrazópolis,2010

ESCOLA: Estadual Humberto de Alencar Castelo Branco – Ensino Fundamental

NRE: Apucarana

MUNICÍPIO: Borrazópolis

DISCIPLINA: Educação Física

208

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NÍVEL: Ensino Fundamental

PROPOSTA CURRICULAR DE EDUCAÇÃO FÍSICA

PROFESSORES: Flávio Davi dos Passos Freitas

Ademir Lucchetti Luciana Dias Santos

Sônia Regina da Silva Berti Lucchetti

Borrazópolis2010

APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

A Educação Física tem como objeto de estudo "o homem em movimento"

e pode ser entendida como uma área que interage com o ser humano em sua

209

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totalidade, englobando aspectos biológicos, psicológicos, sociológicos e

culturais e a relação entre eles. O professor de Educação Física deve pensar na

totalidade que o aluno representa, por exemplo, se o conteúdo da aula for

ginástica, as metas traçadas pelo professor devem desenvolver o preparo físico

dos alunos (aspecto biológico), aumentar sua auto-estima através da realização

do movimento (aspecto psicológico), melhorar sua sociabilização (aspecto

sociológico), realizar atividades conhecidas e aceitas naquela região (aspecto

cultural) e, por último, relacionar esses aspectos, lembrando que todos serão

trabalhados praticamente ao mesmo tempo.

A Educação Física tem uma história de pelo menos um século e meio

no mundo ocidental moderno. Possui uma tradição e um saber fazer ligados ao

jogo ao esporte, a luta, a dança e a ginástica, e a partir deles tem buscado um

significado próprio.

O trabalho na área de Educação Física tem seus fundamentos nas

concepções sócio-culturais de corpo e movimento, e a natureza do trabalho

desenvolvida nessa área se relaciona intimamente com a compreensão que se

tem desses conceitos.

Atualmente a análise crítica e a busca de superação de antigas

concepções, apontam a necessidade de que se considerem também as dimensões

culturais, sociais, políticas e afetivas, presentes no corpo vivo, isto é no corpo

das pessoas que interagem e se movimentam como sujeitos sociais e como

cidadãos.

Portanto, entende-se a Educação Física como uma área do

conhecimento de cultura corporal de movimento e a educação física escolar

como uma disciplina que introduz e integra o aluno na cultura corporal

formando o cidadão que vai produzi-la, reproduzi-la e transformá-la,

210

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instrumentalizando-o para usufruir dos jogos, dos esportes, das danças, das lutas

e das ginásticas em beneficio do próprio corpo e em exercício crítico da

cidadania e da melhoria da qualidade de vida.

Trata-se portanto de localizar em cada uma das modalidades, seus

benefícios humanos e suas possibilidades de utilização como instrumentos de

comunicação, expressão de sentimentos e emoções, de lazer e de manutenção e

melhoria de qualidade de vida e saúde.

A Educação Física Escolar deve dar oportunidades a todos os

alunos para que desenvolvam suas potencialidades, de forma democrática e não

seletiva, visando seu aprimoramento como ser humano.

É tarefa da Educação Física Escolar, garantir o acesso dos alunos ás

práticas da cultura corporal, contribuir para a construção de um estilo pessoal de

praticá-las e oferecer instrumentos para que sejam capazes de apreciá-las

criticamente.

OBJETIVOS GERAIS

211

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- Construir uma formação integral do aluno, em seus aspectos: físicos,

motores, psíquicos e intelectuais, ajudando na formação moral, social

buscando o desenvolvimento de um cidadão íntegro, crítico, conhecedor

de seu corpo e do espaço e principalmente respeitador do espaço e limite

dos “outros”.

- Propiciar um espaço dentro do sistema educacional, onde haja um

verdadeiro exercício de cidadania, aproveitando os diversos momentos de

uma aula, onde surgem oportunidades de variadas formas de expressões.

- Proporcionar ao educado através da seleção de conteúdos variados, ações

e reações que convidem o grupo a refletir sobre as soluções de problemas

para a melhoria da qualidade das aulas, transportando o aprendizado, para

experiências de seu cotidiano na vida real.

- Observar o bem estar físico e mental do educado acima de qualquer coisa,

devendo o educador tomar providências para que no transcorrer de todo o

processo educativo, as “diferenças” sejam entendidas, aceitas e

respeitadas.

- Possibilitar aos alunos o acesso ao conhecimento produzido pela

humanidade, relacionando-o às práticas corporais, ao contexto histórico,

econômico e social.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

5ª série / 6º ano

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Conteúdos Estruturantes Conteúdos Básicos

Esporte Coletivos

Individuais

Jogos e Brincadeiras

Jogos e Brincadeiras Populares

Brincadeiras e Cantigas de Roda

Jogos de tabuleiro

Jogos Cooperativos

DançaDanças Folclóricas

Danças de Rua

Danças Criativas

GinásticaGinástica Rítmica

Ginástica Circense

Ginástica Geral

Lutas Lutas de Aproximação

Capoeira

6ª série / 7 º ano

Conteúdos Estruturantes Conteúdos Básicos

213

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EsporteColetivos

Individuais

Jogos e Brincadeiras

Jogos e Brincadeiras Populares

Brincadeiras e Cantigas de Roda

Jogos de tabuleiro

Jogos Cooperativos

Dança

Danças Folclóricas

Danças de Rua

Danças Criativas

Danças Circulares

Ginástica

Ginástica Rítmica

Ginástica Circense

Ginástica Geral

LutasLutas de Aproximação

Capoeira

7ª série / 8 º ano

Conteúdos Estruturantes Conteúdos Básicos

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EsporteColetivos

Radicais

Jogos e Brincadeiras

Jogos e Brincadeiras Populares

Jogos de Tabuleiro

Jogos Dramáticos

Jogos Cooperativos

DançaDanças Criativas

Danças Circulares

Ginástica

Ginástica Rítmica

Ginástica Circense

Ginástica Geral

LutasLutas com instrumento mediador

Capoeira

8ª série /9 º ano

Conteúdos Estruturantes Conteúdos Básicos

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EsporteColetivos

Radicais

Jogos e Brincadeiras

Jogos de Tabuleiro

Jogos Dramáticos

Jogos Cooperativos

DançaDanças Criativas

Danças Circulares

GinásticaGinástica Rítmica

Ginástica Geral

LutasLutas com instrumento mediador

Capoeira

ELEMENTOS ARTICULADORES

216

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Cultura Corporal e Corpo; Cultura Corporal e Ludicidade; Cultura Corporal e Saúde; Cultura Corporal e o Mundo do Trabalho; Cultura Corporal e Desportivização; Cultura Corporal – Técnica e Tática; Cultura Corporal e Lazer; Cultura Corporal e Diversidade; Cultura corporal e Mídia.

Os conteúdos da Cultura Afro-Brasileira e Africana, deverão ser

abordados nas séries da Educação Básica, com o objetivo de resgatar e difundir

a cultura negra brasileira e sua contribuição para a história do Brasil.

Esses conteúdos estão contemplados na Lei 10.636/2003 das Diretrizes

Curriculares da Educação Nacional. Os conteúdos a serem abordados na

disciplina de educação Física são:

Danças e suas manifestações corporais na cultura afro-brasileira;

Brinquedos e brincadeiras da cultura africana e jogos praticados no Brasil

pelos afro-descendentes numa perspectiva histórica;

A capoeira e seus significados, como elementos da cultura corporal;

Manifestações corporais expressas no folclore brasileiro.

METODOLOGIA

217

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Com a preocupação de garantir a coerência com a concepção exposta e

de efetivar objetivos, devemos selecionar práticas da expressividade corporal

nas aulas. Os conteúdos de Educação Física devem possibilitar intervenções

acerca da corporalidade, valorizando o domínio de idéias e conceitos bem como

propiciar aos alunos práticas corporais que possibilitem o levantamento de

hipóteses soluções cabíveis e possíveis para situações-problemas surgidos dentro

do processo ensino aprendizagem.

É fundamental que durante esse processo seja considerado as

especificidades de cada comunidade de sua história e tradições promovendo a

contextualização com os conteúdos.

O Professor deve promover uma sistematização e organização dos

conteúdos levando em conta a multiplicidade de experiências corporais

adquiridas nas diferentes formas de expressões do movimento do humano.

As práticas pedagógicas devem estar articuladas com as demais

disciplinas promovendo um diálogo com as áreas do conhecimento buscando

construir uma identidade corporal, fazendo com que o aluno torne-se um sujeito

que compreende o mundo em que vive e que a partir das suas experiências possa

atuar e intervir modificando sua realidade. O professor durante o processo

educacional deverá privilegiar também a formação humana do aluno com

questionamentos sobre as diferenças de sexo, raça, religião e promover

intervenções quando surgirem manifestações ou situações de discriminação e

preconceito buscando repensar e resgatar os valores humanos.

A metodologia da Educação Física segundo as orientações das

diretrizes deve desenvolver os conteúdos conforme as estratégias descritas

abaixo.

218

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Problematização: Apresentação dos conteúdos e as formas de

execução das atividades.

Desenvolvimento das atividades: Apresentação dos conhecimentos, o

professor observa as atividades realizadas pelos alunos, e suas diferentes

manifestações corporais.

Reflexão sobre a prática: Levantar os aspectos positivos e negativos

da aula levando cada aluno a pensar e repensar suas atividades. As aulas de

Educação Física devem possibilitar ainda a interlocução dos conteúdos

específicos com os conteúdos estruturantes que serão desenvolvidos de quinta a

oitava série sendo que nas sétimas e oitavas séries haverá uma maior amplitude,

complexidade e aprofundamento.

SISTEMA DE AVALIAÇÃO E RECUPERAÇÃO

219

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Conforme Regimento e Projeto Político Pedagógico da

nossa escola, avaliar é analisar a prática pedagógica de todos os envolvidos, com

o objetivo de corrigir rumos e repensar situações para que a aprendizagem

ocorra.

Ao avaliar a aprendizagem dos alunos está se avaliando a

prática dos professores, a gestão e o currículo escolar, bem como o próprio

sistema de ensino como um todo.

Esse processo se dará de forma intrínseca ao processo de

ensino aprendizagem, preponderando os aspectos qualitativos sobre os

quantitativos, sendo uma avaliação contínua e cumulativa, utilizando vários

instrumentos de avaliação para se alcançar determinado fim conduzindo o aluno,

não a uma aquisição pura e simples de conhecimentos, mas sim a um processo

de elaboração e ações que conduzam a uma prática social transformadora.

Os instrumentos de avaliação utilizados pela disciplina de

Educação Física, serão:

-Atividades de leitura e interpretação de textos, oral e escrita;

-Atividades de pesquisa bibliográfica;

-Produção de textos;

-Palestras;

-Apresentação oral de trabalhos;

-Atividades experimentais;

-Projeto de pesquisa de campo;

-Relatório;

-Seminário;

-Debate;

-Atividades com textos literários e/ou informativos;

-Atividades a partir de recursos audiovisuais (música, filmes, slides, imagens);

-Questões discursivas;

-Questões objetivas.

220

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As atividades serão realizadas em grupo ou individual,

sendo sempre uma avaliação somatória e diagnóstica.

Todo processo de avaliação pressupõe clareza nos seus critérios,

que são compreendidos com um referencial que gera parâmetros que devem ser

previamente estabelecidos. Os critérios serão apresentados para os alunos,

favorecendo a transparência, orientando o trabalho discente e a co-responsabilidade do

aluno no processo de responsabilidade.

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

221

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A avaliação deverá considerar os caminhos percorridos pelo aluno,

bem como, suas formas de desenvolver, solucionar, criar e inovar diante das

situações propostas.

O processo da avaliação deve oportunizar ao aluno situações

problemas para que ele analise, transforme e recrie novas formas de perceber o

mundo em que vive. Esse processo será contínuo, observando os progressos

apresentados durante o ano letivo.

Os insucessos não serão apenas detectados, mas explorados, visando

diminuir desigualdades e a classificação entre bons e ruins, procurando sanar as

dificuldades encontradas no decorrer do processo ensino aprendizagem.

A avaliação não poderá estar fundamentada apenas em aferições de

performances através de provas e testes físicos do educando, privilegiando

apenas aspectos quantitativos e de mensuração, reforçando ainda mais as

situações de discriminação e classificação dos mesmos.

Conforme as novas diretrizes educacionais, a avaliação para o Ensino

Fundamental, terá como foco aprendizagem de todos os alunos, o professor deve

reavaliar suas estratégias traçando um diagnóstico sobre a assimilação dos

conteúdos pelos mesmos para localizar as lacunas nos encaminhamentos

metodológicos, replanejando a fim de atingir sucesso no processo avaliativo.

Ao elaborar o Plano de Trabalho docente, o professor

considera a avaliação como parte inerente ao processo de ensino aprendizagem,

realizando-a em função dos conteúdos trabalhados, e o sistema de recuperação

está sendo considerado também como integrante de todos os momentos de

222

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aprendizagem, sendo desenvolvido a luz das condições daquele educando que

não aprendeu.

De acordo com Vasconcellos (2003) a Recuperação de

Estudos consiste na retomada de conteúdos durante o processo de ensino e

aprendizagem, permitindo que todos os alunos tenham oportunidades de

apropriar-se do conhecimento historicamente acumulado, por meio de

metodologias diversificadas e participativas.

Conforme a Lei de Diretrizes e Bases da Educação nº

9394196, no Art. 13, os docentes incumbir-se-ão de:

-estabelecer estratégias de recuperação para os alunos de

menor rendimento.

Nesta perspectiva esta disciplina propõe que o processo de

recuperação seja realizado concomitantemente de duas formas: através da

retomada de conteúdo a partir de diagnósticos oferecidos pelas atividades

realizadas pelos alunos em sala de aula e pelos instrumentos de avaliação; e

através da reavaliação do conteúdo já retomado em sala.

Assim, expressa-se aqui que o processo de avaliação e

recuperação desta disciplina de Educação Física estará comprometido com a

clareza nos critérios utilizados, com a intencionalidade do ato educativo, com a

reflexão crítica sobre a prática, enfim, o comprometimento com a aprendizagem

do aluno.

BIBLIOGRAFIA

223

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COLETIVO DE AUTORES. Metodologia do Ensino da Educação Física.

Cortez – Editora.

BRACHT VALTER. Educação Física e Aprendizagem Social Magister.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares de Educação Física para o Ensino Fundamental. Versão preliminar. Curitiba: SEED, 2006.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Cadernos Temáticos: Educação do Campo. Curitiba: SEED, 2005.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Cadernos Temáticos: Relações Étnico-Raciais e História e Cultura Afro-Brasileira e Africana na Escola. Curitiba: SEED, 2005.

ESCOLA : Estadual Humberto de Alencar Castelo Branco – Ensino FundamentalNRE: ApucaranaMUNICÍPIO: Borrazópolis

224

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DISCIPLINA: Ensino ReligiosoNÍVEL: Ensino Fundamental

PROPOSTA CURRICULAR DE ENSINO RELIGIOSO

PROFESSORAS:Lina Aparecida do NascimentoSimone da Silva Godoy

BORRAZÓPOLIS – PARANÁ2010

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

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Há vários anos a disciplina de Ensino religioso tem feito parte dos

currículos escolares em nosso país e em cada período histórico tem assumindo diferentes

características pedagógicas e legais. Durante o período do Brasil Colônia a inclusão dos

temas religiosos na educação pode ser identificado nas atividades de evangelização

promovidas pela companhia de Jesus e outras instiuições religiosas de confissão católica,

voltada exclusivamente para o ensino das sagradas escrituras e da doutrina católica. Com a

chegada da República houve a separação da Igreja e o Estado, novamente ocorreram novas

mudanças no Ensino Religioso. Em 1934 o Estado procurou por fim a introdução da

disciplina de Ensino Religioso nos currículos da educação pública propondo um ensino

facultativo salvaguardando o direito individual de liberdade de credo.

A partir da década de1960 houve uma nova reelaboração da disciplina

em função de uma perspectiva aconfensional de ensino, mas continuava esquivando de sua

responsabilidade, prova desse fato pode ser encontrado na LDB 4024/61 que mantia em seu

artigo o caráter facultativo da disciplina e afirmava que o Ensino Religioso não poderia

acarretar ônus aos poderes público.

A possibilidade de um Ensino religioso aconfencional e público só se concretizou

legalmente a partir da Lei de Diretrizes e Base da Educação Nacional de 1996 pela lei

9475 artigo 33 que pela primeira vez na história foi proposto um modelo laico e pluralista

impedindo qualquer forma de prática catequética nas escolas públicas. Portanto, o objeto de

estudo desta disciplina busca superar as tradicionais aulas de Religião, oportunizando o

conhecimento religioso de outras religiões, garantindo a pluralidade religiosa estabelecida

pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação 9394/96 que estabelece no artigo 33 - “O

Ensino Religioso é de matrícula facultativa e parte integrante da formação básica do cidadão e

constitui disciplina dos horários normais das escolas públicas de Educação Básica assegurado

o respeito à diversidade religiosa do Brasil e vedadas quais formas de proselitismo”.

Tratado nessa perspectiva, o Ensino Religioso tem como objetivo

contribuir para a superação da desigualdade étnico-religiosa, garantir o direito constitucional

de liberdade, de crença e expressão, entender os movimentos religiosos específicos de cada

cultura e a valorização da diversidade religiosa em todas as suas formas. Assim, o currículo

dessa disciplina propõe a levar os alunos, por meio dos conteúdos à compreensão,

comparação e análise das diferentes manifestações religiosas com vistas a interpretação dos

seus múltiplos significados.

Com o objetivo de ampliar a abordagem curricular no que se refere aos

conteúdos a serem trabalhados, devem ser abordados os conteúdos estruturantes: Paisagem

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Religiosa, Símbolo e Textos Sagrados, pois compõem saberes e conhecimentos de grande

amplitude a serem contemplados. Dessa forma os conteúdos não devem ser trabalhados de

forma isolada, devem estar relacionados com as demais disciplinas e de conteúdos que

contemplam várias demandas sociais propostas pelas novas Diretrizes Curriculares, como:

Educação das Relações Étnicas Raciais, Educação no Campo, porque possibilitam reflexões a

respeito dos contextos religiosos.

Por fim, ao optar por essa abordagem, o professor estabelecerá uma

relação pedagógica ao universo das manifestações religiosas que contribui para superação da

desigualdade religiosa presente no espaço escolar que muitas vezes são marcadas pelo

preconceito. Diante deste contexto são grandes os desafios a enfrentar para que estes

esteriótipos preconizados em nossa sociedade sejam desconstruídos e nesse sentido a

disciplina de Ensino Religioso tem muito a contribuir.

ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO

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Propor o encaminhamento metodológico da disciplina de Ensino

Religioso não se reduz a determinar formas, métodos, conteúdos ou materiais a serem

adotados em sala de aula, mas pressupõe um constante repensar das ações que subsidiarão as

práticas pedagógicas que poderão fomentar o respeito às diversas manifestações religiosas.

A linguagem a ser adotada nas aulas de Ensino Religioso referente à

expressão do sagrado deve ser pedagógica não a religiosa isso torna -se necessário superar as

tradicionais aulas de religião pois todas devem ser tratadas como conteúdos . Nesse sentido o

Ensino Religioso deve propiciar conhecimentos sobre a cultura e religiosidade dos povos

africanos Lei n°10639/03 e dos povos Indígena Lei n°11645/08 e dos vários desafios

educacionais propostos como; Enfrentamento à Violência na Escola, uso Indevido de

Drogas, Respeito ao Meio Ambiente oportunizando o aluno o conhecimento de diferentes

temas que são fundamentais para formação da cidadania

Para tanto é importante problematizar os conteúdos a serem

trabalhados usando a construção e produção do conhecimento caracterizado pela promoção de

debates, hipótese divergente da dúvida, do confronto de ideias de informações discordantes e

ainda da exposição de conteúdos formalizados. Pode-se acrescentar a prática de pesquisa,

leitura e análise dos textos trabalhados que possibilita a compreensão e apropriação de novos

saberes essenciais para a vida.

Diante do que se foi apresentado faz-se necessário superar modelos

lineares e fragmentados, o que se pretende é uma prática voltada para compreensão da

realidade dos fatos religiosos. Sendo assim, com as novas mudanças propostas nas Diretrizes

Curriculares, Ensino Religioso opõe-se a um modelo educacional que centra o ensino tão

somente na transmissão dos conteúdos o que se reduz as possibilidades de participação do

aluno como sujeito de produção do conhecimento.

Por fim, são grandes os desafios a serem enfrentados para a efetividade

do processo pedagógico nesta disciplina, é necessário que o professor esteja atento para a

utilização de vários recursos didáticos importantes e de grande valia na construção dos

conhecimentos religiosos, garantindo uma formação educacional eficaz e democrática.

CONTEÚDOS

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SAGRADO

_________________________________________________________

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

________________________________________________________

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

CONTEÚDO – 5ª SÉRIE

PAISAGEM RELIGIOSA

TEXTOSAGRADO

SÍMBOLO

5ª SÉRIE

- Respeito à Diversidade Religiosa- Lugares Sagrados- Textos Orais e Escritos Sagrados- Organizações Religiosas

6ª SÉRIE

- Universo Simbólico Religioso- Ritos- Festas Religiosas- Vida e Morte

229

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ESTRUTURANTES ESPECÍFICOS

Texto Sagrado

Símbolo

Paisagem Religiosa

* O Ensino Religioso na Escola Pública- Orientações legais- Objetivos- Principais diferenças entre as aulas de Religião e o Ensino Religioso como disciplina Escolar.

I RESPEITO À DIVERSIDADE RELIGIOSAS* Instrumentos legais que visam assegurar a liberdade religiosa.- Declaração Universal dos Direitos Humanos e Constituição Brasileira: respeito à liberdade religiosa.- Direito a professar fé e liberdade de opinião e expressão.- Direito à liberdade de reunião e associação pacíficas.- Direitos Humanos e sua vinculação com o Sagrado.

II LUGARES SAGRADOS* Caracterização dos lugares e templos sagrados: lugares de peregrinação, de reverência, de culto, de identidade, principais práticas de expressão do sagrado nestes locais.- Lugares na natureza: Rios, lagos, montanhas, grutas, cachoeiras, etc.- Lugares construídos: Templos, Cidades Sagradas, etc.

III TEXTOS ORAIS E ESCRITOS – SAGRADOS* Ensinamentos sagrados transmitidos de forma oral e escrita pelas diferentes culturas religiosas.- Literatura oral e escrita (Cantos, narrativas, poemas, orações, etc.)

Exemplos: Vedas – Hinduísmo, Escrituras Bahá'is – Fé Bahá'l, Tradições Orais Africanas, Afro-brasileiras e Ameríndias, Alcorão – Islamismo, etc.

IV ORGANIZAÇÕES RELIGIOSAS* As organizações religiosas compõem os sistemas religiosos organizados institucionalmente. Serão tratadas como conteúdos, destacando-se as suas principais características de organização, estrutura e dinâmica social dos sistemas religiosos que expressam as diferentes formas de compreensão e de relações com o sagrado.- Fundadores e/ou Líderes Religiosos.- Estruturas Hierárquicas.

Exemplos de Organizações Religiosas Mundiais e Regionais: Budismo (Sidarta Gautama), Confucionismo (Confúcio), Espiritismo (Allan Kardec), Taoísmo (Lao Tsé), etc.

CONTEÚDO – 6ª SÉRIE

ESTRUTURANTES ESPECÍFICOS

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Texto Sagrado

Símbolo

Paisagem religiosa

I – UNIVERSO SIMBÓLICO RELIGIOSOOs significados simbólicos dos gestos, sons, formas, cores e textos:- Nos Ritos- Nos Mitos- No cotidianoExemplos: Arquitetura Religiosa, Mantras, Paramentos, Objetos, etc.

II – RITOSSão práticas celebrativas das tradições/manifestações religiosas, formadas por um conjunto de rituais. Podem ser compreendidos como a recapitulação de um acontecimento sagrado anterior, é imitação, serve à memória e à preservação da identidade de diferentes tradições/manifestações religiosas e também podem remeter a possibilidades futuras a partir de transformações presentes.

- Ritos de passagem- Mortuários- Propiciatórios- Outros

Exemplos: dança (xire) – Candomblé, Kiki (kaingang – ritual fúnebre), Via Sacra, Festejo indígena de colheita, etc.

III – FESTAS RELIGIOSASSão os eventos organizados pelos diferentes grupos religiosos, com objetivos diversos: confraternização, rememoração dos símbolos, períodos ou datas importantes.

- Peregrinações, festas familiares, festas nos templos, datas comemorativas. Exemplos: Festa do Dente Sagrado (Budismo), Ramadã (Islâmica), Kuarup (indígena), Festa de Iemanjá (Afro-brasileira), Pessach (Judaísmo), etc.

IV – VIDA E MORTEAs respostas elaboradas para vida além da morte nas diversas tradições/manifestações religiosas e sua relação com o sagrado.

- O sentido da vida nas tradições/manifestações religiosas.- Re-encarnação.- Ressurreição – ação de voltar à vida.- Além Morte.- Ancestralidade – vida dos antepassados – espíritos dos antepassados se tornam presentes.- Outras interpretações.

AVALIAÇÃO

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Segundo as Diretrizes Curriculares de Ensino Religioso a avaliação deve -se fazer

presente tanto como meio de diagnóstico do processo ensino-aprendizagem quanto como

instrumento de investigação da prática pedagógica. Tem por objetivo proporcionar subsídios

para as as decisões a serem tomadas a respeito do processo educativo que envolve professor

aluno no acesso ao conhecimento.

O Ensino Religioso não tem a mesma orientação que a maioria das disciplinas no que

se refere a atribuição de notas e conceitos, ou seja, não se constitui como objeto de

reprovação, bem como não terá registro de notas ou conceitos na documentação escolar, isso

se justifica pelo caráter facultativo da matrícula na disciplina.

Cabe ao professor a implementação de práticas avaliativas que permitam acompanhar

o processo de apropriação de conhecimentos pelo aluno, tendo mo parâmetro os conteúdos

estudados e os seus objetivos.

De fato, a apropriação do conteúdo trabalhado pode ser observado em diferentes

situações de ensino e aprendizagem como:

se o aluno expressa uma relação de respeito com os colegas que têm opções religiosas

diferentes,

se reconhece que o fenômeno religioso é um dado de cultura dos grupos sociais.

Se o aluno emprega conceitos adequados para referir-se às diferentes manifestações do

sagrados.

Diante das informações obtidas o professor terá elementos para planejar as necessárias

intervenções no processo pedagógico para retomar as lacunas identificadas na aprendizagem

do aluno. Assim a avaliação assume uma dimensão formadora ,uma vez que ,o fim desse

processo é a aprendizagem ou a verificação d permitindo refletir sobre a ação da prática

pedagógica.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA

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Paraná, Diretrizes Curriculares da Educação Básica. Ensino Religioso Secretária de Estado

da Educação do Paraná, 2008.

Brasil. Lei de Diretrizes e Base da Educação Nacional. Lei n° 9394, de 20 de dezembro de

1996.

Brasil, Lei n° 4024,de 20dezembro de 1961.

Brasil, Lei n°939,20 de dezembro de 1996.

Brasil, Lei n°9475,de22 de julho de 1997

Brasil, Constituição da República do Brasil 1967

Brasil, Constituição do Brasil ,1988

Paraná, Cadernos Temáticos: Enfrentamento à Violência na Escola, Secretaria de Estado da

Educação.

Paraná, Cadernos Temáticos: Prevenção ao Uso Indevido de Drogas, Secretária de Estado da

Educação

ESCOLA: Estadual Humberto de Alencar Castelo Branco – Ensino Fundamental

NRE: Apucarana

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MUNICÍPIO: Borrazópolis

DISCIPLINA: Geografia

NÍVEL: Ensino Fundamental

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE GEOGRAFIA

Professoras: Carla Aparecida Coccia dos Santos

Ilenilda Martins da Silva

Judite Pereira Delli Colli

Maria Bernardina da Silva

Borrazópolis

2010

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

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Desde as primeiras configurações de organização familiar e social dos grupos

humanos, o estabelecimento de relações com a natureza foi imprescindível para o

desenvolvimento de estratégias e mecanismos de sobrevivência. A observação da dinâmica da

natureza permitiu o acumulo de conhecimentos que instituíram relacionamentos e

transformações para o acrescentamento próprio.

Ao explorar o espaço vivenciado e o espaço distanciado, estes grupos humanos

produziram conhecimentos geográficos, (re)elaboraram saberes e dilataram as relações

sociedade-natureza.

Nessa conjuntura, tornou-se imperioso desenvolver conhecimentos auxiliares como os

relativos à elaboração de mapas, além de realizar investigações a respeito do planeta e sua

dinâmica.

Ao ponderar sobre as distintas formas de organização do espaço em escalas local,

regional, nacional e mundial, a afinidade instituída entre a sociedade-natureza cunhou um

gênero de vida própria para cada sociedade.

Em virtude das várias transformações mundiais imprimidas durante os milênios, torna-

se veemente discutir os paradigmas estabelecidos e, muitas vezes refutá-los.

Nesse contexto humano-histórico, a Geografia surge e desponta como ciência que

possibilita explicar as transformações que assolam o mundo, o espaço produzido e seus

diferentes aspectos e sua apropriação motivada pela dinâmica social.

A história da Geografia é uma totalidade em movimento e o movimento total da

sociedade produz mudanças em diferentes níveis e diferentes tempos, como na economia, na

política, nas relações sociais, na paisagem, e na cultura.

A Geografia, como ciência descreve e analisa a superfície da terra em seus aspectos

físicos atuais e estuda as relações entre o meio natural e a sociedade. É através da Geografia

que compreendemos o mundo em que vivemos.

Ao estudar o espaço geográfico, ao determinar o espaço como geográfico antes de

tudo e de todos, a Geografia estabelece um grau de afinidade entre esse espaço e os seus

pertencimentos, sendo estes humanos, sociais, políticos, ambientais, econômicos, ideológicos,

etc.

Objetivando o estudo do espaço geográfico entendido como o espaço produzido,

apropriado pela sociedade, composto por objetos naturais, culturais e técnicos e ações que se

caracterizam como relações sociais, culturais, políticas e econômicas de forma inter-

relacionada.

235

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A Geografia busca abastecer de subsídios a sociedade, o indivíduo, de forma a

fundamentar uma plausível compreensão do espaço geográfico construído, vivido e se

necessário modificado ou (re) construído, percebendo esse movimento como decorrência da

produção social e cultural dos indivíduos, através da perspectiva das relações estabelecidas

pela mobilidade e composição dos grupos sociais, observando a atual e intensa circulação de

informações, mercadorias, capitais, pessoas e modos de vida.

A esse conceito de espaço geográfico, a localização, rural ou urbana, perto ou longe,

traz a discussão da compreensão sócio-histórica das relações capitalistas e uma reflexão sobre

as questões ambientais, sociais, políticas, econômicas e culturais materializadas no cotidiano

do indivíduo.

E exatamente por seu papel científico e compreendedor que a Geografia se apresenta

no âmbito escolar de forma a desenvolver o raciocínio geográfico, isto é, pensar a realidade

geograficamente e despertar uma consciência espacial.

A partir dessa ótica, a Geografia pretende ensinar conteúdos que permitam ao

estudante o pleno desenvolvimento do papel de cidadão na construção de uma identidade com

o lugar em que vive, com a nação e mesmo com o mundo, valorizando aspectos sócio-

ambientais que caracterizam seu patrimônio social e cultural.

Além do mais, o ensino de Geografia contribui para o aprimoramento do educando

como pessoa humana, incluindo sua formação ética e desenvolvimento da autonomia

intelectual e do pensamento crítico.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS DA GEOGRAFIA

236

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5ª SÉRIE/6ª ANO:

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS

1-Dimensão Econômica do Espaço

Geográfico

2-Dimensão Política do Espaço

Geográficos

3-Dimensão Cultural Demográfica do

Espaço Geográfico

4- Dimensão Socioambiental do Espaço

Geográfico

- Formação e transformação das

paisagens naturais e culturais

-Dinâmica da natureza e sua alteração

pelo emprego de tecnologias de exploração e

produção

- As diversas regionalizações do espaço

geográfico

- As relações entre o campo e cidade na

sociedade capitalista

- A distribuição espacial das atividades

produtivas e a (re)organização do espaço

geográfico

-A formação, localização, exploração e

utilização dos recursos naturais.

-A transformação demográfica, a

distribuição espacial e os indicadores

estatísticos da população

- A mobilidade populacional e as

manifestações sócio-espaciais da diversidade

cultural

6ª SÉRIE/7ªANO:

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS

237

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1-Dimensão Econômica do Espaço

Geográfico

2-Dimensão Política do Espaço

Geográficos

3-Dimensão Cultural Demográfica do

Espaço Geográfico

4- Dimensão Socioambiental do Espaço

Geográfico

- A formação, mobilidade das fronteiras

e a reconfiguração do território brasileiro

- Dinâmica da natureza e sua alteração

pelo emprego de tecnologias de exploração e

produção

-As diversas regionalizações do espaço

brasileiro

-As manifestações sócio-espaciais da

diversidade cultural

-A transformação demográfica, a

distribuição espacial e os indicadores

estatísticos da população

- Movimentos migratórios e suas

motivações

-O espaço rural e a modernização da

agricultura

- A formação, o crescimentos das

cidades,a dinâmica dos espaços urbanos e a

urbanização

- A circulação de mão-de-obra, das

mercadorias e das informações

- A distribuição espacial das atividades

produtivas, a (re)organização do espaço

geográfico

7ª SÉRIE/8ªANO:

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS

238

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1-Dimensão Econômica do Espaço

Geográfico

2-Dimensão Política do Espaço

Geográficos

3-Dimensão Cultural Demográfica do

Espaço Geográfico

4- Dimensão Socioambiental do Espaço

Geográfico

-As diversas regionalizações do espaço

geográfico

-Os movimentos migratórios e suas

motivações

-A distribuição espacial das atividades

produtivas, a (re)organização do espaço

geográfico

- O comércio e as implicações

sócioespaciais

-A nova ordem mundial, os territórios

supranacionais e o papel do Estado

- A formação, mobilidade das fronteiras

e a reconfiguração dos territórios do continente

americano

-A circulação da mão-de-obra, do

capital, das mercadorias e das informações

- As relações entre o campo e a cidade

na sociedade capitalistas

- O espaço rural e a modernização da

agricultura

-A transformação demográfica, a

distribuição espacial e os indicadores

estatísticos da população

-As manifestações socioespaciais da

diversidade cultural

-A formação, localização, exploração e

utilização dos recursos naturais

8ª SERIE/9ªANO:

239

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CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS

1-Dimensão Econômica do Espaço

Geográfico

2-Dimensão Política do Espaço

Geográficos

3-Dimensão Cultural Demográfica do

Espaço Geográfico

4- Dimensão Socioambiental do Espaço

Geográfico

- As diversas regionalizações do espaço

geográfico

-A dinâmica da natureza e sua alteração

pelo emprego de tecnologias de exploração e

produção

- A revolução técnico-científico-

informacional e os novos arranjos no espaço da

produção

-As manifestações sócio-espaciais da

diversidade cultural

-Os movimentos migratórios mundiais

e suas motivações

- A distribuição das atividades

produtivas, a transformação da paisagem e a

(re)organização do espaço geográfico

-O espaço em rede: produção,

transporte e comunicações na atual

configuração territorial

- O comércio mundial e as implicações

sócio-espaciais

-A nova ordem mundial, os territórios

supranacionais e o papel do Estado

240

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-A formação, mobilidade das fronteiras

e a reconfiguração dos territórios

-A transformação demográfica, a

distribuição espacial e os indicadores

estatísticos da população

METODOLOGIA DA DISCIPLINA

241

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Ao elencar o espaço geográfico como objeto de estudo, as Diretrizes Curriculares de

Geografia aventam para as relações propostas ou impostas entre a sociedade-natureza e as

relações espaços-temporais. Busca-se, desse modo, (re)elaborar os conceitos que levam ao

entendimento de um intercâmbio da sociedade com a natureza de modo que se permita a

compreensão do processo de produção e transformação do espaço geográfico.

Outro fator importante dentro dessa configuração é a contextualização dos conteúdos

geográficos que carecem se objetivar através de uma metodologia crítica e dinâmica, que

interligue a teoria, a prática e a realidade, de forma que a compreensão e a aprendizagem

crítica se sucedam e completem o entendimento do conceito de espaço geográfico, que

auxiliados por instrumentos de leitura cartográficos, possibilitem a transitação em diferentes

escalas espaciais, indo do local ao global e vice-versa.

Sendo assim, a metodologia a ser aplicada de forma a permitir a apropriação desses e

vários outros conceitos geográficos deve primar, entre várias opções, pela observação das

inter-relações, bem como as contradições que se apresentam, pode ser associada aos estudos

estatísticos e comparativos, contemplando a heterogeneidade, a diversidade, a desigualdade e

a complexidade do mundo atual. Pois, atualmente, mais do que nunca se deve considerar o

conhecimento espacial que os estudantes possuem para relacioná-lo com o conhecimento

científico.

Os conteúdos estruturantes devem estar inter-relacionados, ampliando a abordagem

dos conhecimentos básicos que deles são derivados e podem ser disponibilizados em

diferentes materiais didáticos que o professor pode utilizar como jornais, revistas, vídeos,

DVDs, CDs, experiências pessoais, mapas, livros, filmes, globo terrestre, quebra-cabeça,

discussões em sala, trabalhos de pesquisa, excursões, passeios, palestras, visitas, aulas

expositivas, tarefa para casa, etc.

Além de aulas expositivas, serão utilizados textos xerocados, digitados, ditados, etc.

Outro instrumento de grande valia é o Livro Didático Federal que permite maior

aprofundamento temático e execução de trabalhos.

Outro fator a destacar é a utilização de tecnologias na sala de aula como a TV

Multimídia, que permitirá a exposição de imagens, vídeos, slides, músicas e outros recursos

possíveis.

A Proposta Curricular torna-se especifica ao período noturno quando se atenta para as

diferenças de tempo de dedicação, bagagem de conhecimentos prévios, faltas ocasionadas por

trabalho, preocupações com a sobrevivência familiar e outras mais, pois se trata de alunos que

buscam o período por necessidade e como única opção para a conclusão do curso.

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Isso não significa reduzir a programação ou o comprometimento da aprendizagem por

todas estas dificuldades relatadas, mas sim exprimir uma busca pelo aperfeiçoamento pessoal,

a realização profissional e a preparação para a vida de responsabilidades. No período noturno

o encaminhamento metodológico baseia-se na cooperação salutar entre colegas, a realização

de atividades diferenciadas e em sala de aula, proposição de análise de casos específicos,

relatos de experiências vivenciadas e atividades construtoras de conhecimento.

É importante estimular o raciocínio, a reflexão e a crítica, de forma que o estudante se

torne sujeito do seu processo de aprendizagem.

A realidade local e estadual deve ser considerada sempre que possível tal como as

culturas afro-brasileiras e indígenas, amparadas pela Lei 11645/08 da História e Cultura dos

Povos Indígenas e Lei 10639/03 sobre a História e Cultura Afro-Brasileira e Africana além de

outras componentes da sociedade brasileira e mundial. Outros temas como Educação

Ambiental (alicerçada pela Lei 9795/99 sobre a Política Nacional de Educação Ambiental),

além dos Desafios Educacionais Contemporâneos como Cidadania e Direitos Humanos,

Educação fiscal, Enfrentamento à Violência na Escola e Prevenção ao Uso Indevido de

Drogas, devem ser abordados dentro do calendário organizado pelo Projeto Político

Pedagógico da Escola e em momentos com atividades determinadas como o Agrinho, por

exemplo. Além disso, o professor deve conciliar conteúdo com exposições passíveis de

análises sobre esses temas de forma a contextualizá-los com as diferentes realidades

vivenciadas pelos estudantes, observando a orientação pedagógica e as orientações

transmitidas pela SEED.

AVALIAÇÃO

243

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De acordo com o Regimento Escolar e o Projeto Político Pedagógico desta Escola,

avaliar é analisar a prática pedagógica de todos os envolvidos, com o objetivo de corrigir

rumos e repensar situações para que a aprendizagem ocorra.

A realização da verificação do desenvolvimento cognitivo de cada estudante será

processual e diagnóstica e cumulativa, prevalecendo os aspectos qualificativos sobre os

quantitativos, estimulando a participação, execução, realização e conclusão das atividades,

buscando valorizar as diversidades e diferentes capacidades, oferecendo clareza quanto ao

como retomar conteúdos ou conceitos que visam a mudanças de atitudes.

As avaliações encontram-se divididas em 5,0 pontos para atividades variadas e 5,0

pontos para avaliação total no padrão de prova individual, de forma a gerar o valor total de

10,0 pontos por trimestre, conforme consta no Regimento da Escola. As avaliações devem

envolver instrumentos que instiguem a participação, execução, realização e conclusão das

atividades, que podem ser em grupo ou individuais, sendo que para isso o professor

esquadrinhará caminhos para que os estudantes aprendam e compartilhem das aulas,

envolvendo-se verdadeiramente no processo de ensino-aprendizagem.

Buscando contemplar diferentes práticas pedagógicas, vários instrumentos de

avaliação podem ser utilizados como:

-Leitura, interpretação e produção de textos geográficos;

-Leitura, interpretação e produção de mapas, fotos, imagens, tabelas e gráficos;

-Pesquisas bibliográficas e de campo;

-Apresentação oral dos trabalhos;

-Atividades experimentais;

-Trabalhos individuais e em grupo;

-Questões discursivas e objetivas;

- Palestras;

-Seminários, debates e relatórios;

-Atividades a partir de recursos audiovisuais (música, filmes, documentários, slides,

imagens, etc);

-Testes, provas, entre outros instrumentos.

O efetivo diagnóstico do nível de aprendizagem desenvolvido em cada conteúdo de

acordo com os objetivos propostos e que permitam a construção sólida do arcabouço de

conhecimento de cada indivíduo pode vir a contribuir para a transformação social do meio em

que se vive. Dessa forma, mesmo com atividades realizadas em grupo ou individuais, torna-se

necessário ter clareza dos critérios, compreendidos como referencial que gere parâmetros

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previamente estabelecidos para a realização do processo de avaliação. Orientando o trabalho

discente, através da transparência e da co-responsabilidade do estudante nesse processo,

temos como critérios a serem seguidos por esta área de conhecimento:

-A formação de um sujeito capaz de interferir na realidade de maneira consciente e

crítica;

-A ampliação da capacidade de análise do espaço geográfico;

-O entendimento das inter-relações entre as dimensões econômica, cultural e

demográfica, política e socioambiental presentes no espaço geográfico, de forma a

fundamentar a compreensão e a crítica à organização espacial;

-A compreensão do espaço geográfico como resultado da integração entre a dinâmica

físico-natural e a dinâmica humano-social;

-O desenvolvimento da capacidade de analisar os fenômenos geográficos e suas

relações;

-A utilização da linguagem cartográfica de forma a compreender a distribuição dos

fenômenos e suas relações no espaço geográfico, lendo e analisando os espaços locais,

regionais e globais.

Mediante o desempenho do aluno, torna-se necessário no ensino de Geografia, a

Recuperação Paralela ao estudo dos conteúdos, conforme consta no Regimento Escolar e

frisando também, o atendimento diferenciado aqueles com necessidades especiais, de forma a

prever a superação das dificuldades dos estudantes, buscando efetivar aprendizagens

concretas e significativas de acordo ao contexto sócio-cultural, político e ambiental. Sendo

assim, o processo de Recuperação será realizado concomitantemente de duas formas:

-Realizando a retomada de conteúdos a partir de diagnósticos oferecidos pelas

atividades realizadas pelos estudantes em sala de aula e pelos instrumentos de avaliação;

-Através da reavaliação do conteúdo já retomado em sala.

Observando a realidade social e educacional que cerca a escola, é necessária uma

adaptação do sistema de avaliação para o período noturno, levando em consideração a dupla

jornada de trabalho que o estudante desse período normalmente executa e que tolhe de forma

considerável sua capacidade e disponibilidade de interação ao processo aprendizagem.

BIBLIOGRAFIA

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CASTROGIOVANNI, A.C. et al. Geografia em sala de aula: práticas e reflexões. 4ª ed. Porto Alegre. UFRGS, 2003

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares de Geografia para o

Ensino Fundamental. Curitiba: SEED, 2008.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Cadernos Temáticos: Educação do Campo.

Curitiba: SEED, 2005.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Cadernos Temáticos: Relações Étnico-

Raciais e História e Cultura Afro-Brasileira e Africana na Escola. Curitiba: SEED,

2005.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Cadernos Temáticos: Desafios Educacionais:

Prevenção ao uso indevido de drogas. Curitiba: SEED, 2008.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Cadernos Temáticos: Desafios Educacionais:

Enfrentamento da violência na Escola. Curitiba: SEED, 2008.

Projeto Araribá: Geografia/ Obra Coletiva, Concebida, Desenvolvida e Produzida pela

Editora Moderna; Editora Responsável Vírginia Aoki. 1ª edição. 04 volumes. 5ª a 8ª série .

São Paulo. Moderna. 2006.

ESCOLA: Estadual Humberto de Alencar Castelo Branco – Ensino fundamental

NRE: Apucarana

246

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MUNICÍPIO: Borrazópolis

DISCIPLINA: História

NÍVEL: Ensino Fundamental

 

 

 

PROPOSTA CURRICULAR DE HISTÓRIA

 

 

PROFESSORAS:            

 Simone da Silva Godoy Fonseca

Rosemeire Vargas Prudêncio

Maria Bernardina da Silva

Laudicéia Cécere

Franciele Custódio

 

BORRAZÓPOLIS – PARANÁ

2010

APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

247

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Atualmente o ensino da Historia deve-se partir do principio de que os fatos históricos

são conhecidos que têm como objeto de estudo os processos históricos construído pelas ações

humanas, praticadas ao longo do tempo.

Para isso é necessário fazer uso de métodos científicos e específicos pautados na

analise deixada pelos sujeitos do passado permitindo a compreensão e apropriação do

conhecimento.

Entende-se que o principal objetivo do ensino histórico é a formação do pensamento

histórico dos alunos que no sentido de que as experiências do passado devem ser vivenciadas

e interpretadas de modo a fornecer uma compreensão de diversas temporalidades. Para que os

objetivos possam ser alcançados é preciso ter clareza sobre os conteúdos a serem trabalhados

priorizando os que contribuem para compreensão da realidade e a formação do cidadão.

Vale ressaltar que a partir das novas mudanças no ensino da historia propostas nas

Diretrizes Curriculares, os conteúdos estruturantes: Relação de trabalho, Relação de poder e

Relação de cultura, são imprescindíveis para a apropriação dos conhecimentos históricos pios

são entendidos como fundamentais na organização curricular os quais relacionam com os

conteúdos específicos articulando com vários saberes históricos que permitem discorrer

acerca de problemas contemporâneos representados em demandas sociais estabelecidas em

leis tais como: Lei Nº 10639/03 que garante a inclusão da temática de historia e cultura afro-

brasileira e a Lei Nº 13381/01 que estabeleceu a obrigatoriedade da História do Paraná, Lei Nº

11645/08 História e cultura dos povos Indígenas, Educação do campo, Prevenção do uso de

drogas e o enfrentamento á violência na escola. Dessa forma reafirma-se o compromisso em

incluir valores, éticos que fazem parte do processo educacional.

Por fim, o que se propõe é um aprendizado significativo que possibilita uma

abordagem do ensino de historia não como uma verdade pronta e acabada, mas como uma

constante análise e reconstrução em torno das ações e relações humanas. Sendo assim a

historia que se deseja colocar desafios como o desenvolvimento do senso critico, rompendo

com a valorização do saber enciclopédico, socializando a produção e a formação de sujeitos

políticos capazes de produzir e compreender a estrutura dos meios que estão inseridos.

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DAS ORIGENS DO HOMEM AO SÉCULO XVI _ DIFERENTES

TRAJETÓRIAS, DIFERENTES CULTURAS

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

DIMENSÕES POLITICAS

ECONÔMICO SOCIAL

CULTURAL

Conteúdos

Específicos

Conteúdos

Complementares

Produção de conhecimento

Histórico

O historiador e a produção do conhecimento histórico;

Tempo, temporalidade;

Fontes, documentos;

Patrimônio material e imaterial;

Pesquisa;

Articulação da historia com outras áreas do conhecimento

Arqueologia, antropologia, paleontologia, geografia, geologia, sociologia, etnologia e outras.

A humanidade e a historia

De onde viemos quem somos como sabemos?

249

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Observações: o estudo da produção do conhecimento histórico e a articulação da história com outras áreas do conhecimento se fazem necessário em todas as séries do ensino fundamental, não necessariamente no inicio do ano letivo como está posto para a 5 serie.

Arqueologia no Brasil

Lagoa Santa: Luzia (MG);

Serra da Capivara (PI);

Sambaquis (PR);

Surgimento,

Desenvolvimento da humanidade e grandes migrações

Teoria do surgimento do homem na America;

Mitos e lendas da origem do homem;

Desconstrução do conceito de pré historia;

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Povos agrafos, memória e historia oral;

Povos indígenas no Brasil e no Paraná

Ameríndios do território brasileiro;

Kaingang, Guarani, Xetá e Xokleng.

As primeiras civilizações na América

Olmecas, Mochicas, Tiwanacus, Maias, Incas e Astecas;

Ameríndios da America do Norte.

As primeiras civilizações na África, Europa e Ásia

Egito, Núbia, Gana e Mali;

Hebreus, Gregos e Romanos.

*Observação: não se trata aqui de esgotar a história destas civilizações, mas sim, levantar alguns aspectos como religiosidade, organização social...

251

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METODOLOGIA DA DISCIPLINA

Propor o encaminhamento metodológico da Disciplinada História não se reduz a

determinar formas, métodos, conteúdos ou materiais a serem adotados em sala de aula, mas

pressupõe um constante repensar das ações que subsidiarão esse trabalho.

No entanto o que se propõe é uma metodologia que contribui para apropriação do

conhecimento.

Assim uma das inovações propostas é a superação de praticas que tradicionalmente

valorizava um ensino de forma factual e linear pautado na memorização e repetição do que

era ensinado como verdade.

Dessa forma o conteúdo a ser trabalhado deve partir do pressuposto de que ensinar

História é construir um dialogo entre o presente e o passado e não a reprodução de

conhecimento neutro e acabados sobre fatos que ocorreram em outras sociedades ou em

outras épocas.

Diante a essa temática deve-se considerar a pesquisa, leitura e análise dos fatos

históricos como: documentos escritos, lugares de memória como museus, biblioteca, acervos

privados e públicos, esculturas, fotografias, pinturas, construções, utensílios domésticos,

instrumentos de trabalho, vídeos, músicas, internet, testemunhos e outros, pois privilegia

alunos e educadores como sujeitos produtores do conhecimento histórico.

Com esta abordagem pretende-se assegurar a especificidade dos conteúdos da

disciplina sem desconsiderar sua aproximação com as demais áreas do conhecimento a fim de

contribuir efetivamente para o processo de formação dos mesmos.

Por fim o encaminha metodológico proposto visa á construção do conhecimento

caracterizado pela promoção de debates, confronto de idéias, de informações pois amplia as

possibilidades de compreensão dos processo de apropriação de novos saberes de uma maneira

mais justa e democrática.

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SISTEMA DE AVALIAÇÃO E RECUPERAÇÃO

Conforme Regimento e Projeto Político Pedagógico da nossa escola, avaliar é analisar

a prática pedagógica de todos os envolvidos, com o objetivo de corrigir rumos e repensar

situações para que a aprendizagem ocorra.

Ao avaliar a aprendizagem dos alunos está se avaliando a prática dos professores, a

gestão e o currículo escolar, bem como o próprio sistema de ensino como um todo.

Esse processo dar-se-á de forma intrínseca ao processo de ensino aprendizagem,

preponderando os aspectos qualitativos, sendo uma avaliação contínua e cumulativa,

utilizando vários instrumentos de avaliação para se alcançar determinados fim conduzindo o

aluno, não a uma aquisição pura e simples de conhecimentos, mas sim a um processo de

elaboração e ações que conduzam a uma pratica social transformadora.

Os instrumentos de avaliação utilizados pela disciplina de história.

Serão:

- Atividades de leitura e interpretação de textos, oral e escrita;

- Atividade de pesquisa bibliográfica;

- Produção de textos;

- Palestras;

- Apresentação oral de trabalhos;

- Atividades experimentais;

- Projeto de pesquisa em campo;

- Relatórios;

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- Seminário;

- Debate;

- Atividades com textos literários e/ou informativos;

- Atividades a partir de recursos audiovisuais (música, filmes, slides, imagens);

- Questões discursivas;

- Questões objetivas;

As atividades serão realizadas em grupo ou em individual, sendo sempre uma

avaliação somatória e diagnostica.

Todo processo de avaliação pressupõe clareza nos seus critérios, que são

compreendidos com um referencial que gera parâmetros que devem ser previamente

estabelecidos. Os critérios serão apresentados para os alunos, favorecendo a transparência,

orientando o trabalho discente e a co-responsabilidade do aluno no processo de

responsabilidade. Os critérios seguidos por esta área de conhecimento serão: formação e

construção do conhecimento histórico visando à compreensão dos fatos históricos.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA

Paraná, Diretrizes Curriculares da Educação Básica de História Secretária de Estado da

Educação do Paraná, 2008.

Brasil. Lei de Diretrizes e Base da Educação Nacional. Lei n° 9394, de 20 de dezembro de

1996.

Brasil: Lei 10639/03, Historia da Cultura Afro-brasileira

Brasil, Lei n° 4024,de 20dezembro de 1961.

Brasil, Lei n°939,20 de dezembro de 1996.

Brasil, Lei n°9475,de22 de julho de 1997

Brasil, Constituição da República do Brasil 1967

Brasil, Constituição do Brasil ,1988

Paraná: Cadernos Temáticos: Enfrentamento à Violência na Escola, Secretaria de Estado da

Educação.

Paraná:Cadernos Temáticos: Prevenção ao Uso Indevido de Drogas, Secretária de Estado da

Educação.

255

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ESCOLA: Estadual Humberto de Alencar Castelo Branco – Ensino fundamental

NRE: Apucarana

MUNICÍPIO: Borrazópolis

DISCIPLINA: Língua Portuguesa

NÍVEL: Ensino Fundamental

PROPOSTA CURRICULAR DE LÍNGUA PORTUGUESA

PROFESSORAS: Célia Aparecida Teixeira

Eliana Aparecidada Silva

Eliza Cristina Henning Alves

Helena Timiyo Miyaji

Marcilei Alves de Oliveira

Maria Neide dos Passos

Mônica Rivoli

Nair Krause Taucher

BORRAZÓPOLIS – PARANÁ

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2010

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

A Constituição Brasileira, em seu artigo 5º, prescreve: “Todos são iguais

perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos

estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à igualdade, à segurança e à

propriedade (...)”.

O Estado de Direito garante a todos os cidadãos a igualdade perante as leis,

porém sabemos que, historicamente, em nosso país, há um descompasso entre o que a lei

propõe e a realidade vivida pela sociedade, incluídos, aí, os processos de educação.

Nesse quadro, que papel desempenha a escola? É nos processos educativos, e

notadamente nas aulas de Língua Materna, que o estudante brasileiro tem a oportunidade de

aprimoramento de sua competência linguística, de forma a garantir uma inserção ativa e

crítica na sociedade. É na escola que o aluno, e mais especificamente o da escola pública,

deveria encontrar o espaço para as práticas de linguagem que lhe possibilitem interagir na

sociedade, nas mais diferentes circunstâncias de uso da língua, em instâncias públicas e

privadas. Nesse ambiente escolar, o estudante aprende a ter voz e fazer uso da palavra, numa

sociedade democrática, mas plena de conflitos e tensões, neste sentido o aluno deve empregar

a língua oral em diferentes situações de uso, sabendo adequá-la a cada contexto e interlocutor,

descobrindo as intenções que estão implícitas nos discursos do cotidiano e posicionando-se

diante dos mesmos.

A democratização do ensino levou para a instituição escolar os integrantes

das classes menos favorecidas. A consequência foi a instalação do conflito entre a linguagem

ensinada na escola, que é a norma das classes privilegiadas, e a linguagem das camadas

populares. O conflito persiste quando se observa que [...] segundo os princípios democráticos nenhuma discriminação dos indivíduos tem razão de ser, com base em critérios de raça, religião, credo político, a única brecha deixada aberta para a discriminação é aquela que se baseia nos critérios da linguagem e da educação (GNERRE, 1991, p. 18).

A Língua Portuguesa, enquanto disciplina escolar, passou a integrar os

currículos escolares brasileiros somente nas últimas décadas do século XIX, depois de já há

muito organizado o sistema de ensino. O ensino manteve sua característica elitista até meados

do século XX. Em 1967 iniciou-se no Brasil um processo de democratização do ensino, com a

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ampliação das vagas. Com isso as condições escolares e pedagógicas, as necessidades e as

exigências culturais passam a ser outras bem diferentes.

Aprender a língua não significa apenas aprender as palavras e suas

combinações, mas apreender seus significados que são construídos no processo de interação

verbal, determinados pelo contexto.

Daí ser fundamental desenvolver o uso da língua escrita em situações

discursivas realizadas por meio de praticas sociais, considerando-se os interlocutores, os seus

objetivos, o assunto tratado, os gêneros e suportes textuais e o contexto de produção leitura.

Portanto, pela língua ser mais do que um código e está em contínua mudança,

vê-se a necessidade dela estar presente durante todo o processo de ensino e aprendizagem do

educando. É a prática da linguagem, enquanto discurso, enquanto produção social que dá vida

à língua a serviço da intenção comunicativa.

O objeto de estudo da disciplina é a língua e o conteúdo estruturante de Língua

Portuguesa é o discurso enquanto prática social, concretizando-se na oralidade, leitura e

escrita, sendo mediado entre professor e aluno baseado em conhecimentos da realidade de

ambos, direcionado a uma aprendizagem mais significativa. Visto que os processos que a

constituem são histórico-sociais e trazem consigo a visão de mundo de seus produtores, ela

não é neutra. Como diz Geraldi, “a língua não é um sistema fechado, pronto, acabado de que

poderíamos nos apropriar”. No próprio ato de falarmos, de nos comunicarmos com os outros,

pela forma como o fazemos, estamos participando, queiramos ou não, do processo de

constituição da língua.

O sujeito que utiliza a língua não é um ser passivo, mas alguém, que interfere

na constituição do significado do ato comunicativo. Portanto, há uma relação intrínseca entre

o linguístico e o social que precisa ser considerada no estudo da língua. Por isso, o lugar

privilegiado para a análise desse fenômeno é o discurso que se materializa na forma de um

texto.

É tarefa da escola possibilitar que seus alunos participem de diferentes práticas

sociais que utilizem a leitura, a escrita e a oralidade, com a finalidade de inseri-los nas

diversas esferas de interação.Para isso e necessário refletir os textos produzidos, lidos ou

ouvidos, atualizando o gênero e tipo de texto, assim como os elementos gramaticais

empregados na sua organização. Se a escola desconsiderar esse papel, o sujeito ficará à

margem dos novos letramentos, não conseguindo se constituir no âmbito de uma sociedade

letrada.

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No ambiente escolar, a racionalidade se exercita com a escrita, de modo que a

oralidade não é muito valorizada; entretanto, é rica e permite muitas possibilidades de

trabalho a serem pautadas em situações reais de uso da fala e na produção de discursos nos

quais o aluno se constitui como sujeito do processo interativo.

A escola deve então acolher os alunos independentemente de origem quanto à

variação linguística de que dispõem para sua expressão e compreensão do mundo. Compete à

escola tomar como ponto de partida os conhecimentos linguísticos dos alunos, promovendo

situações que os incentivem a falar, ainda que do seu jeito, ou seja, fazer uso da variedade de

linguagem que eles empregam em suas relações sociais.

O espaço escolar, então, deve propiciar e promover atividade que possibilitem

ao aluno tornar-se um falante cada vez mais ativo e competente, capaz de compreender os

diferentes discursos e de organizar os seus de forma clara, coesa e coerente.

O professor precisa ter clareza de que tanto a norma padrão quanto as outras

variedades, embora apresentem diferenças entre si, são igualmente lógicas e bem estruturadas.

As variações linguísticas não são consideradas boas ou ruins, melhores ou

piores, primitivas ou elaboradas, pois constituem sistemas linguísticos eficazes, falares que

atendem a diferentes propósitos comunicativos, dadas as práticas sociais e os hábitos culturais

das comunidade.

O professor deve planejar e desenvolver um trabalho com a oralidade que,

gradativamente, permita ao aluno conhecer, usar também a variedade linguística padrão e

entender a necessidade desse uso em determinados contextos sociais.

Na concepção de linguagem assumida por estas Diretrizes, a leitura é vista

como um ato dialógico, inter-locutivo. O leitor, nesse contexto, tem um papel ativo no

processo da leitura, e para se efetivar como co-produtor, procura pistas formais, formula e

reformula hipóteses, aceita ou rejeita conclusões, usa estratégias baseadas no seu

conhecimento linguístico, nas suas experiências e na sua vivência sócio-cultural.

Ler é familiarizar-se com diferentes textos produzidos em diversas esferas

sociais: jornalísticas, artística, judiciária, científica, didático-pedagógica, cotidiana, midiática,

literária, publicitária, etc.

No contexto da diversidade dos textos deve-se aprimorar, pelo contato com os

textos literários, a capacidade de pensamento critico e a sensibilidade estética dos alunos,

propiciando, através da Literatura, a constituição de um espaço dialógico que permita a

expansão lúdica do trabalho com as praticas da oralidade, da leitura e da escrita.

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No processo de leitura, também é preciso considerar as linguagens não-verbais.

A leitura de imagens, como: fotos, cartazes, propagandas, imagens digitais e virtuais, figuras

que povoam com intensidade crescente nosso universo cotidiano, deve contemplar os multi-

letramentos mencionados nestas Diretrizes.

Trata-se de propiciar o desenvolvimento de uma atitude crítica que leva o

aluno a perceber o sujeito presente nos textos e, ainda, tomar uma atitude responsiva diante

deles. Sob esse ponto de vista, o professor precisa atuar como mediador, provocando os

alunos a realizarem leituras significativas. Assim, o professor deve dar condições para que o

aluno atribua sentidos a sua leitura, visando a um sujeito crítico e atuante nas práticas de

letramento da sociedade.

É importante ponderar a pluralidade de leituras que alguns textos permitem, o

que é diferente de afirmar que qualquer leitura é aceitável. Deve-se considerar o contexto de

produção sócio-histórico, a finalidade do texto, o interlocutor, o gênero.

Do ponto de vista pedagógico, não se trata de ter no horizonte a leitura do professor ou a leitura historicamente privilegiada como parâmetro de ação; importa, diante de uma leitura do aluno, recuperar sua caminhada interpretativa, ou seja, que pistas do texto o fizeram acionar outros conhecimentos para que ele produzisse o sentido que produziu; é na recuperação desta caminhada que cabe ao professor mostrar que alguns dos mecanismos acionados pelo aluno podem ser irrelevantes para o texto que se lê, e, portanto, sua “inadequada leitura” é consequência deste processo e não porque se coaduna com a leitura desejada pelo professor (GERALDI, 1997, p.188).

Dependendo da esfera social e do gênero discursivo, as possibilidades de

leitura são mais restritas. Por exemplo, na esfera literária, o gênero poema permite uma ampla

variedade de leituras, já na esfera burocrática, um formulário não possibilita tal liberdade de

interpretação.

Desse modo, para o encaminhamento da prática da leitura, é preciso considerar

o texto que se quer trabalhar e, então, planejar as atividades. Antunes (2003) salienta que

conforme variem os gêneros (reportagem, propaganda, poemas, crônicas, história em

quadrinhos, entrevistas, blog), conforme variem a finalidade pretendida com a leitura (leitura

informativa, instrumental, entretenimento...), e, ainda, conforme variem o suporte (jornal,

televisão, revista, livro, computador...), variam também as estratégias a serem usadas.

Na sala de aula, é necessário analisar, nas atividades de interpretação e

compreensão de um texto: os conhecimentos de mundo do aluno, os conhecimentos

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linguísticos, o conhecimento da situação comunicativa, dos interlocutores envolvidos, dos

gêneros e suas esferas, do suporte em que o gênero está publicado, de outros textos

(intertextualidade).

Para a prática da intertextualidade também e necessário reconhecer e valorizar

a identidade, historia e cultura dos afro-brasileiros, garantindo a igualdade de valorização das

raízes africanas da nação brasileira, através de musica, religião e costumes.

Para Koch (2003, p. 24), o trabalho com esses conhecimentos realiza-se por

meio das estratégias:

• cognitivas: como as inferências, a focalização, a busca da relevância;

• sócio-interacionais: como preservação das faces, polidez, atenuação,

atribuição de causas a (possíveis) mal-entendidos, etc.;

• textuais: conjunto de decisões concernentes à textualização, feitas pelo

produtor do texto, tendo em vista seu “projeto de dizer” (pistas, marcas, sinalizações).

Entende-se que a leitura é um processo de produção de sentido que se dá a

partir de interações sociais ou relações dialógicas que acontecem entre o texto e o leitor.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES/BÁSICOS DA DISCIPLINA

Entende-se por conteúdos estruturantes os conhecimentos de grande amplitude,

conceitos, teorias ou práticas, que identificam e organizam os campos de estudos de uma

disciplina escolar, considerados fundamentais para a compreensão de seu objeto de

estudo/ensino. Esses conteúdos são selecionados a partir de uma análise histórica da ciência

de referência (quando for o caso) e da disciplina escolar, sendo trazidos para a escola para

serem socializados, apropriados pelos alunos, por meio das metodologias críticas de ensino-

aprendizagem. São eles que identificam e organizam uma disciplina escolar. A partir deles,

advêm os conteúdos específicos, a serem trabalhados no cotidiano escolar.

Por serem históricos, os conteúdos estruturantes são frutos de uma

construção que tem sentido social como conhecimento, ou seja, existe uma porção de

conhecimento que é produto da cultura e que deve ser disponibilizado como conteúdo, ao

estudante, para que seja apropriado, dominado e usado. Esse é o conhecimento instituído.

Além desse saber instituído, pronto, entretanto, deve existir, no processo de

ensino/aprendizagem, uma preocupação com o devir do conhecimento, ou seja, existem

fenômenos e relações que a inteligência humana ainda não explorou na natureza. Portanto, de

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posse de alguns conhecimentos herdados culturalmente, o sujeito deve entender que isso não é

todo o conhecimento possível que a inteligência tem e é capaz de ter do mundo, e que existe

uma consciência, uma necessidade intrínseca e natural de continuar explorando o “não saber”

(CHAUÍ, 1997), a natureza (VASQUEZ, 1997).

No processo de ensino e aprendizagem da língua, assumem-se o texto verbal,

oral ou escrito e também as outras linguagens, como unidade básica, cujas formas se

estabelecem de modo dinâmico com experiências reais de uso da língua.

Quanto maior o contato com a linguagem, mais possibilidades se tem de

entender o texto e de visões de mundo. E sua atuação repassa as três práticas, ou seja, a

oralidade, a escrita e a leitura.

O conteúdo estruturante de Língua Portuguesa e “O discurso como pratica

social”.

Pensemos, então, como o Conteúdo Estruturante desdobra-se no trabalho

didático-pedagógico com a disciplina de Língua Portuguesa. A Língua será trabalhada, na sala

de aula, a partir da linguagem em uso, que é a dimensão dada pelo Conteúdo Estruturante.

Assim, o trabalho com a disciplina considerará os gêneros discursivos que circulam

socialmente,com especial atenção àqueles de maior exigência na sua elaboração formal.

Na abordagem de cada gênero, é preciso considerar o tema (conteúdos

ideológicos), a forma composicional e o estilo (marcas lingüísticas e enunciativas).

Ao trabalhar com o tema do gênero selecionado, o professor propiciará ao

aluno a análise crítica do conteúdo do texto e seu valor ideológico, selecionado conteúdos

específicos, seja para a prática de leitura ou de produção (oral e/ou escrita), que explorem

discursivamente o texto.

A forma composicional dos gêneros será analisada pelos alunos no intuito de

compreenderem algumas especificidades e similaridades das relações sociais numa dada

esfera comunicativa. Para essa análise, é preciso considerar o interlocutor do texto, a situação

de produção, a finalidade, o gênero ao qual pertence entre outros aspectos.

Para o trabalho das práticas de leitura, escrita, oralidade e análise lingüística

serão adotados como conteúdos básicos os gêneros discursivos conforme suas esferas sociais

de circulação.

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Conteúdo Estruturante: Discurso como prática social.

Conteúdos Básicos

Gêneros textuais a seremt rabalhados – 5ª série

Práticas discursivas: Escrita, Leitura e Oralidade – Análise Linguística

Adivinhas. Anedotas. Bilhetes. Cantigas de roda. Cartão. Convites. Aviso. Biografias. Autobiografias. Contos de fadas. Tirinhas. Lendas. Cartazes. Músicas. Piadas. Quadrinhas. Receitas. Trava-línguas. Poemas. Cartum. Tiras. Classificados. Regras de jogos. Rótulos/embalagens. Fábulas. Histórias em quadrinho. Narrativas de enigmas.

Tema do texto. Papel do locutor e interlocutor. Finalidade do texto. Argumentos do texto. Intertextualidade. Ambiguidade. Informações explícitas e implícitas. Elementos extralinguísticos:

entonação, pausas, gestos e outros. Discurso direto e indireto. Elementos composicionais do gênero. Léxico. Adequação do discurso ao gênero. Turnos da fala. Variações linguísticas. Contexto de pŕodução. Informatividade. Divisão do texto em parágrafo. Processo de formação de palavras. Acentuação gráfica/ortografia. Concordância verbal/nominal. Marcas linguísticas: coesão,

coerência, gírias, repetição, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem.

Semântica.

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Gêneros textuais a seremt rabalhados – 7ª série

Práticas discursivas: Escrita, Leitura e Oralidade – Análise Linguística

Contos populares. Contos. Memórias. Resumo. Debate. Palestras. Pesquisa. Relatório. Exposição oral. Mesa redonda. Abaixo-assinado. Entrevista (oral e escrita). Seminário. Carta ao leitor. Carto do leitor. Depoimento. Artigo de opinião. Cartum. Charge. Classificados. Anúncios. Crônica jornalística. Diálogo/discussão argumentativa. Cartazes. Comercial para TV. Filmes. Resenha crítica. Sinopses de filmes. Vídeo clip. Blog. Chat. Fotoblog.

Conteúdo temático. Papel do locutor e interlocutor. Finalidade do texto. Argumentos do texto. Intertextualidade. Vozes sociais presentes no texto. Ambiguidade. Informações explícitas e implícitas. Elementos extralinguísticos:

entonação, pausas, gestos e outros. Discurso direto e indireto. Elementos composicionais do gênero. Relação de causa e consequência

entre as partes e elementos do texto. Léxico. Adequação do discurso ao gênero. Turnos de fala. Variações linguísticas. Contexto de pŕodução. Informatividade. Divisão do texto em parágrafo. Processo de formação de palavras. Acentuação gráfica/ortografia. Concordância verbal/nominal. Marcas linguísticas: coesão,

coerência, gírias, recursos semânticos, função das classes gramaticais, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem.

Papel sintático e estilístico dos pronomes na organização, retomadas e sequenciação do texto.

Semântica: operadores argumentativos; ambiguidade; sentido figurado; significado das palavras; expressões que denotam ironia e humor no texto.

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Gêneros textuais a seremt rabalhados – 8ª série

Práticas discursivas: Escrita, Leitura e Oralidade – Análise Linguística

Crônicas de ficção. Literatura de cordel. Memórias.]pinturas. Romances. Poesias. Músicas. Resumo. Paródias. Relatório. Cartazes. Resenha. Seminário. Texto de opinião. Diálogo/discussão argumentativa. Carta do leitor. Editorial. Entrevista. Notícia/reportagem. E-mail. Carta de reclamção. Carta de solicitação. Depoimentos. Ofício. Procuração. Leis. Requerimento. Telejornal. Relenovela. Teatro.

Conteúdo temático. Papel do locutor e interlocutor. Intencionalidade do texto. Finalidade do texto. Argumentos do texto. Conteúdo de produção. Intertextualidade. Discurso ideológico no texto. Vozes sociais presentes no texto. Elementos extralinguísticos:

entonação, pausas, gestos e outros. Discurso direto e indireto. Elementos composicionais do gênero. Léxico. Adequação do discurso ao gênero. Turnos de fala. Variações linguísticas (lexicais,

semânticas, prosódias entre outras.) relação de causa e consequência entre

as partes e elementos do texto. Partículas conectivas do texto. Progressão referencial do texto. Divisão do texto em parágrafo. Processo de formação de palavras. Acentuação gráfica/ortografia. Concordância verbal/nominal. Sintaxe e regência. Marcas linguísticas: coesão,

coerência, gírias, recursos semânticos, função das classes gramaticais, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem.

Semântica: operadores argumentativos; modalizadores; polissemia.

Adequação da fala ao contexto (uso de gírias, repetições, etc.).

Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e escrito.

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METODOLOGIA

Na sala de aula e nos outros espaços de encontro com os alunos, os professores

de Língua Portuguesa e Literatura têm o papel de promover o amadurecimento do domínio

discursivo da oralidade, da leitura e da escrita, para que os estudantes compreendam e possam

interferir nas relações de poder com seus próprios pontos de vista, fazendo deslizar o signo-

verdade-poder em direção a outras significações que permitam, aos mesmos estudantes, a sua

emancipação e a autonomia em relação ao pensamento e às práticas de linguagem

imprescindíveis ao convívio social. Esse domínio das práticas discursivas possibilitará que o

aluno modifique, aprimore, reelabore sua visão de mundo e tenha voz na sociedade.

Isso significa a compreensão crítica, pelos alunos, das cristalizações de

verdade na língua: o rótulo de erro atribuído às variantes que diferem da norma padrão; a

excessiva formatação em detrimento da originalidade; a irracionalidade atribuída aos

discursos, dependendo do local de onde são enunciados e, da mesma forma, o atributo de

verdade do aos discursos que emanam dos locais de poder político, econômico ou acadêmico.

Entender criticamente essas cristalizações possibilitará aos educandos a compreensão do

poder configurado pelas diferentes práticas discursivo-sociais que se concretizam em todas as

instâncias das relações humanas.

As atividades orais oferecem condições ao aluno de falar com fluência em

situações formais; adequar a linguagem conforme as circunstâncias (interlocutores, assunto,

intenções); aproveita os imensos recursos expressivos da língua e, principalmente, praticar e

aprender a convivência democrática que supõe o falar e o ouvir. Ao contrário do que se julga,

a prática oral realiza-se por meio de operações lingüísticas complexas, relacionadas a recursos

expressivos como a entonação.

As possibilidades de trabalho com os gêneros orais são diversos e apontam

diferentes caminhos, como: apresentação de temas variados (histórias de família, da

comunidade, um filme, um livro); depoimento sobre situações significativas vivenciadas pelo

aluno ou pessoas do seu convívio; dramatização; recado; explicação; contação de histórias;

declamação de poemas; troca de opiniões; debates; seminários; júris-simulado e outras

atividades que possibilitem o desenvolvimento da argumentação e a análise da linguagem em

uso.

O exercício da escrita leva em conta o relação entre o uso e o aprendizado da

língua, sob a premissa de que o texto é um elo de interação social e os gêneros discursivos são

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construções coletivas. Assim, entende-se o texto como uma forma de atuar, de agir no mundo.

Escreve-se e fala-se para convencer, vender, negar, instruir, etc.

As atividades de escrita se realizarão de modo interlocutivo, relacionando o

dizer escrito às circunstâncias de sua produção, ou seja o produto do texto assumir-se como

locutor, tendo o que dizer, razão para dizer, como dizer, e interlocutores para quem dizer;

textos de gêneros que têm função social determinada, conforme o que vigora na sociedade

A ação com a língua escrita, deve valorizar a experiência lingüística do

estudante em situações específicas, na produção de textos argumentativos, descritivos, de

notícia, narrativos, memorandos, poemas, abaixo-assinados, crônicas ou textos de humor,

convite, bilhete, carta, cartaz, editorial, artigo de opinião, carta do leitor, relatórios, resultados

de pesquisa, resumos, resenhas, solicitações, requerimentos, crônica, conto, relatos de

experiências, receitas. Destaca-se também a importância de realizar atividades com os gêneros

digitais, como: e-mail, blog, chat, lista de discussão, fórum de discussão, dentre outros,

experienciando usos efetivos da linguagem escrita na esfera digital.

A leitura vista como um ato dialógico, interlocutivo, o leitor tem um papel

ativo no processo da leitura, e para se efetivar como co-produtor, procura pistas formais,

formula e reformula hipóteses, aceita ou rejeita conclusões, usa estratégias baseadas no seu

conhecimento lingüístico, nas suas experiências e na sua vivência sócio-cultural.

Ler é familiarizar-se com diferentes textos produzidos em diversas esferas

sociais: jornalísticas, artísticas, judiciária, científica, didático-pedagógica, cotidiana,

midiática, literária, publicitária, etc. No processo de leitura, também é preciso considerar as

linguagens não-verbais. A leitura de imagens, como: fotos, cartazes, propagandas, imagens

digitais e virtuais, figuras que povoam com intensidade crescente nosso universo cotidiano; a

leitura compreenderá o contato do aluno com uma ampla variedade de textos-notícias,

crônicas, piadas, poemas, artigos científicos, ensaios, reportagens, propaganda, charges,

romances, contos, etc. – percebendo em cada texto, a presença de um sujeito histórico, de uma

intenção.

Os temas relacionados aos Desafios Educacionais Contemporâneos: Educação

Ambiental, enfrentamento à violência na Escola, História e Cultural Afrobrasileira e Africana,

Educando para as Relações Étnico-Raciais, Prevenção ao uso indevido de drogas,

Sexualidade, será abordado na disciplina de Língua Portuguesa, através do trabalho com letras

de músicas, produções e debates relacionados ao preconceito, racismo no Brasil, presença do

negro na mídia, cotas, mercado de trabalho, obras literárias de escritores negros e que

abordem a contribuição do povo negro à cultura nacional.

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O trabalho com a literatura será baseado na Estética da Recepção/Método

Recepcional, uma vez que este tipo de texto permite múltiplas interpretações, e é na recepção

que ele significa.

A metodologia será aplicada através de recursos tecnológicos tais como:

vídeos, DVDs, retro-projetor, televisão, rádio e internet.

SISTEMA DE AVALIAÇÃO E RECUPERAÇÃO

A Avaliação está diretamente associada à concepção pedagógica

que rege a prática do educador e é considerada um instrumento auxiliar

indispensável no processo de aprendizagem.A Avaliação precisa ser entendida como um instrumento de compreensão do

nível de aprendizagem dos alunos em relação aos conceitos estudados, às habilidades

desenvolvidas. Ação que necessita ser contínua, pois o processo de construção de

conhecimentos dará muitos subsídios ao educador para perceber os avanços e dificuldades dos

educandos e, assim, rever a sua prática e redirecionar as suas ações, se for preciso.

Conforme Regimento e Projeto Político Pedagógico da nossa escola, avaliar é

analisar a prática pedagógica de todos os envolvidos, com o objetivo de corrigir rumos e

repensar situações para que a aprendizagem ocorra.

Ao avaliar a aprendizagem dos alunos está se avaliando a prática dos

professores, a gestão e o currículo escolar, bem como o próprio sistema de ensino como um

todo.

Esse processo dar-se-á de forma intrínseca ao processo de ensino

aprendizagem, preponderando os aspectos qualitativos sobre os quantitativos, sendo uma

avaliação contínua e cumulativa, utilizando vários instrumentos de avaliação para se alcançar

determinado fim conduzindo o aluno, não a uma aquisição pura e simples de conhecimentos,

mas sim a um processo de elaboração e ações que conduzam a uma prática social

transformadora.

A Avaliação será feita através de prova escrita ou oral; trabalhos como

produção de textos, cartazes, pesquisas, leituras literárias, critérios, tais como compromisso,

participação e respeito, será diagnóstica, formativa e somativa.

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A oralidade será avaliada em função da adequação do discurso-texto aos

diferentes interlocutores e situações através de: seminários, debates, troca informal de idéias,

entrevistas, contação de histórias, análise da produção oral dos estudantes, sendo necessário

que o aluno se posicione como um avaliador de textos orais com os quais convive, assim

como as suas próprias falas.

A leitura irá considerar a compreensão que os alunos terão do texto lido, a

reflexão, a resposta ao texto e a estratégia que empregam no decorrer da leitura, sempre

considerando as diferenças que cada aluno possui.

Na escrita serão avaliados as circunstâncias de sua produção e o resultado

dessa ação, e a partir daí os seus aspectos textuais e gramaticais.

Em todo esse processo o principal objetivo é de tornar o aluno um avaliador de

seus textos orais e escritos para que ele adquira autonomia.

Os instrumentos de avaliação utilizados pela disciplina de Língua Portuguesa

serão:

Atividades de leitura e interpretação de textos, oral e escrita;

Atividades de pesquisa bibliográfica;

Produção de textos;

Palestras;

Apresentação oral de trabalhos;

Atividades experimentais;

Projeto de pesquisa de campo;

Relatório;

Seminário;

Debate;

Atividades com textos literários e/ou informativos;

Atividades a partir de recursos audiovisuais (música, filmes, slides, imagens.);

Questões discursivas;

Questões objetivas.

As atividades serão realizadas em grupo ou individual, sendo sempre uma

avaliação somatória e diagnóstica.

Todo processo de avaliação pressupõe clareza nos seus critérios, que são

compreendidos com um referencial que gera parâmetros que devem ser previamente

estabelecidos. Os critérios serão apresentados para os alunos, favorecendo a transparência,

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orientando o trabalho discente e a co-responsabilidade do aluno no processo de

responsabilidade. Os critérios seguidos por esta área de conhecimento, serão:

Realiza leitura compreensiva de textos;

Localiza informações explícitas e implícitas no texto;

Emite opiniões a respeito do que leu;

Utiliza o discurso de acordo com a situação da produção;

Apresenta clareza de ideias;

Produz textos atendendo às circunstância de produção proposta;

Diferencia a linguagem formal da informal;

Utiliza adequadamente os recursos linguísticos;

Reconhece o poder da informação e comunicação dos textos visuais;

Relaciona uma informação identificada no texto com outras pressupostas pelo

contexto;

Desvenda posicionamentos ideológicos no meio social e cultural;

Estabelece relações dialógicas entre os textos lidos e/ou ouvidos;

Elabora argumentos convincentes para defender suas ideias;

Identifica efeitos de ironia ou humor em textos variados;

Elabora argumentos consistentes;

Produz textos respeitando a sequência lógica;

Identifica a concordância presente em textos longos e de estruturas complexas;

Reconhece quando e como estabelecer complementação do verbo e de outras palavras;

Utiliza as flexões verbais para indicar diferenças de tempo e modo;

Reconhece textos verbais e não verbais;

Utiliza textos verbais e não verbais em seu contexto diário;

Identifica a tese de um texto;

Apresenta produções poéticas em forma de paródias e paráfrases;

Reconhece a forma e estrutura dos textos poéticos;

Relata de forma coerente fatos vivenciados no cotidiano;

Identifica, observa os elementos que compõem a narrativa: espaço, tempo,

personagens...;

Identifica os discursos direto, indireto e indireto livre na manifestação das vozes que

falam no texto;

Identifica as conjunções adequadas a cada situação;

Utiliza os períodos e as orações coordenadas e subordinadas em situações práticas.

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De acordo com Vasconcellos (2003) a Recuperação de Estudos consiste na

retomada de conteúdos durante o processo de ensino e aprendizagem, permitindo que todos os

alunos tenham oportunidades de apropriar-se do conhecimento historicamente acumulado, por

meio de metodologias diversificadas e participativas.

Conforme a Lei de Diretrizes e Bases da Educação nº 9394196, no Art. 13, os

docentes incumbir-se-ão de:

- estabelecer estratégias de recuperação para os alunos de menor

rendimento.

Nesta perspectiva esta disciplina propõe que o processo de recuperação seja

realizado concomitantemente de duas formas: através da retomada de conteúdo a partir de

diagnósticos oferecidos pelas atividades realizadas pelos alunos em sala de aula e pelos

instrumentos de avaliação; e através da reavaliação do conteúdo já retomado em sala.

Assim, expressa-se aqui que o processo de avaliação e recuperação desta

disciplina de Língua Portuguesa estará comprometida com a clareza nos critérios utilizados,

com a intencionalidade do ato educativo, com a reflexão crítica sobre a prática, enfim, o

comprometimento com a aprendizagem do aluno.

REFERÊNCIAS

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CEREJA, William Roberto e MAGALHÃES, Thereza Cochar. Português Linguagens.

Coleção português. São Paulo: Atual, 5 ed. 2009.

ESCOLA ESTADUAL HUMBERTO DE ALENCAR CASTELO BRANCO. Projeto

Político Pedagógico. Borrazópolis, 2010.

ESCOLA ESTADUAL HUMBERTO DE ALENCAR CASTELO BRANCO: Regimento

Escolar. Borrazópolis, 2009,

GERALDI, J. W. Concepções de linguagem e ensino de Português. In: O texto na sala de

aula. 5 ed. Cascavel: Assoeste, 1990.

______. Portos de passagem. 4 ed. São Paulo: Martins Fontes, 1997.

GNERRE, M. Linguagem, Escrita e Poder. São Paulo: Martins Fontes, 1997.

KOCH, I. G. V. Desvendando só segredos do texto. 2 ed. São Paulo Cortez, 2003.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação, Cadernos Temáticos: Educação do Campo.

Curitiba: SEED, 2005.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação, Cadernos Temáticos: Educação Ambiental.

Curitiba: SEED, 2005.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação, Cadernos Temáticos: Relações Étnico-Raciais

e História e Cultura Afro-Brasileira e Africana na Escola Educação do Campo. Curitiba:

SEED, 2005.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação, Cadernos Temáticos Desafios Educacionais

Contemporâneos: Prevenção ao uso indevido de drogas. Curitiba: SEED, 2005.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação, Cadernos Temáticos Desafios Educacionais

Contemporâneos: Enfrentamento à violência na escola. Curitiba: SEED, 2005.

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PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Educação Básica:

Língua Portuguesa. Curitiba: SEED, 2008.

ESCOLA: Escola Estadual Humberto de Alencar Castelo Branco. Ensino Fundamental.

NRE: Apucarana

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MUNICÍPIO: Borrazópolis

NÍVEL: Ensino Fundamental

Disciplina: Matemática

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR

DE MATEMÁTICA

PROFESSORES: : Elaine Travagli

Eleni Rosa Tenorio Lemes

Izabel Aparecida dos Santos Michelin

Lourdes Silva Tschemerizja

Lucinda de Jesus Silva Farinazzo

Márcia Telles Ribeiro

Renata Figueiredo

Rosemary Porto

Vilma Macário

Borrazópolis- Paraná2010

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

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Os primeiros conhecimentos que compõe a Matemática de hoje , vieram de povos de

antigas civilizações. A álgebra elementar foi um dos primeiros registros matemáticos. Surgiu

do acúmulo de conhecimentos dos povos babilônios, por volta de 2.000 a.C. Para Ribnikov

(1987), esse período demarcou o nascimento da Matemática, porém foi só em solo grego, pois

só a partir dos séculos VI e V a.C., com a civilização grega, que ocorreram as primeiras

informações sobre a importância da Matemática no ensino e na formação das pessoas.

Com os platônicos, a Matemática era usada para instigar o pensamento do homem,

de tal forma que influencia no ensino da Matemática até os dias de hoje.

No século VI a.C., somente os filhos da aristocracia grega se apropriava do ensino

da leitura e da escrita. O ensino da Matemática surgiu um século depois, valorizando o

raciocínio abstrato, tentando justificar a existência de uma ordem universal e imutável, tanto

na natureza como na sociedade. Essa concepção de que a Matemática era tida como uma base

racional perdurou até o século XVII d.C. Houve então, nesse período, a sistematização das

matemáticas estáticas, ou seja, começaram a se desenvolver a aritmética, a geometria, a

álgebra e a trigonometria.

Nos séculos IV a II a.C., a educação era ministrada de forma clássica e enciclopédica

e o ensino de Matemática desse período estava reduzido a contar números

naturais, cardinais e ordinais, fundamentado na memorização e na repetição.

Durante algum tempo, o ensino da geometria e da aritmética ocorreu de acordo com

o pensamento euclidiano, que apresentava a base do conhecimento matemático por meio de

axiomas e postulados.. Ainda hoje, tais conteúdos continuam presentes na Educação Básica.

Na idade média, a Matemática era ensinada para atender os cálculos do calendário

litúrgico e determinadas datas religiosas. No oriente, ocorreram produções matemáticas entre

os hindus, árabes, persas e chineses que contribuíram com avanços importantes ao

conhecimento algébrico.

As navegações, as atividades comerciais e mais tarde, as industriais possibilitaram

novas descobertas da Matemática, cujos conhecimentos estavam voltados às atividades

práticas.

As descobertas matemáticas, no século XVI, contribuíram para uma fase de

grande progresso econômico aplicado na construção, aperfeiçoamento e uso produtivo de

máquinas e equipamentos, tais como armas de fogo, imprensa, moinhos de vento, relógios e

embarcações.

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A Matemática era tradicionalmente vista como uma ciência exata, precisa e abstrata,

pois teria enquanto disciplina um conteúdo fixo e definido, não abrindo espaço para a

criatividade ou investigação.

A Educação Matemática é uma área que engloba inúmeros saberes, em que apenas o

conhecimento da Matemática e a experiência de magistério não são considerados suficientes

para atuação profissional, pois envolve o estudo dos fatores que influem, direta ou

indiretamente, sobre os processos de ensino e de aprendizagem em Matemática.

Por meio da Historia da Matemática, se tem a oportunidade de compreender esta

ciência desde suas origens até como a disciplina matemática está configurada no currículo

escolar brasileiro.

O ensino da Matemática está presente desde o inicio da escolaridade e por todo o

ensino básico, portanto o aprendizado desta disciplina não pode ser somente uma teorização

descolada da realidade.

Dentro desta visão, a Matemática é considerada uma ciência em constante

construção, que se desenvolve enquanto é experimentada, no processo de investigação e

resolução de problemas, deixando de lado a possibilidade de ser vista de forma estática,

abrindo portas para a criação e para a emoção.

Nessa ação reflexiva, abre-se espaço para um discurso matemático voltado tanto

para aspectos cognitivos como relevância social do ensino da Matemática. Isso implica olhar

tanto do ponto de vista do ensinar e do aprender Matemática, quanto do seu fazer, do seu

pensar e da sua construção histórica, buscando compreendê-los.

Nas Diretrizes assume-se a Educação Matemática como campo de estudos que

possibilita ao professor balizar a sua ação docente, fundamentado numa ação crítica que

conceba a Matemática como atividade humana em construção.

Pela Educação Matemática, almeja-se um ensino que possibilite aos estudantes a

análises, discussões, conjecturas, apropriação de conceitos e formulação de idéias. Aprende-se

Matemática não somente sobre sua beleza ou pela sua consistência de suas teorias, mas, para

que, a partir dela, o homem amplie seu conhecimento e, por conseguinte, contribua para o

desenvolvimento da sociedade. Sendo assim, o objetivo da disciplina de Matemática é formar

sujeitos que construam sentidos para o mundo, que compreendam criticamente o contexto

social e histórico de que são frutos e que, pelo acesso ao conhecimento, sejam capazes de

uma inserção cidadã e transformadora na sociedade em que está inserido.

Na disciplina de Matemática é imprescindível que o conteúdo matemático leve o

estudante a se apropriar do conhecimento de forma que “compreenda os conceitos e

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princípios matemáticos, raciocine claramente e comunique ideias matemáticas, reconheça

suas aplicações e aborde problemas matemáticos com segurança” (Seed, 2008).

O trabalho docente nesta dimensão, deve partir da disciplina Matemática e ser

organizado em torno do conteúdo matemático e, assim, se faz necessário uma fundamentação

teórica e metodológica.

Conceber que a Matemática implica na proposição de teorias e metodologias que

possibilitem ao aluno a compreensão de conceitos, dando-lhes significados e a condição de

estabelecerem relações com a experiência anteriormente vivenciadas, ocorrendo a construção

de conceitos com a intenção de solucionar problemas, respondendo às exigências do contexto

em que esta inserido o aluno e não somente as expectativas do professor.

O aluno que vive no campo utilizara a matemática como meio de resolução de

problemas do seu cotidiano com conteúdos estruturantes e específicos voltados para suas

necessidades.

Atendendo as diversidades dos alunos como: raça, religiosidade, pertencimentos

étnicos culturais, saberes acumulados e logo diferentes, há a necessidade de práticas

pedagógicas diferenciadas atendendo a todos, proporcionando a inclusão destes no sistema

escolar. Para que isso ocorra há a necessidade de pensar as bases teóricos – metodológicas

sobre as quais sustentara a implementação de um processo de ensino, voltado para a

construção dos conceitos e significados em matemática.

Uma prática de ensino da matemática numa perspectiva crítica articula o

conhecimento matemático com as outras áreas, contribuindo na solução de problemas

presentes no meio sócio-político, econômico e histórico com abordagens experienciada pelo

formativo possibilitando a eles criar, no seu imaginário, uma heurística que, por meio de

manejo de hipóteses, orienta, busca soluções para as situações-problema.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES/BÁSICOS DA DISCIPLINA

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Os Conteúdos Estruturantes do Ensino da Matemática, segundo as Diretrizes

Curriculares do Estado do Paraná, nas séries finais do Ensino Fundamental, e portanto, deste

Estabelecimento de Ensino,são:

11. Números e Álgebra

Grandezas e Medidas

Geometrias

Funções

Tratamento da informação

NÚMEROS E ÁLGEBRA

Deve-se compreender que os números estão inseridos em contextos articulados com

os demais conteúdos da Matemática. Os números se encontram nas abstrações oriundas não

só do Conteúdo Estruturante Números e Álgebra, como também: das Geometrias, das

Funções, do Tratamento da Informação, das Grandezas e Medidas.

Na Educação Básica, segundo as DCE's, no contexto da Educação Matemática, é

necessário que analisem e descrevam relações em vários contextos onde se situam as

abordagens matemáticas, explorando os significados que possam ser produzidos a partir

destes conteúdos.

Ler os números, compará-los e ordená-los são procedimentos indispensáveis para a

compreensão da notação numérica, tendo como meta primordial no campo da Aritmética – a

resolução de problemas e a investigação de situações concretas relacionadas ao conceito de

quantidades. Devendo também estudar os processos que viabilizam a compreensão das

ferramentas necessárias para resolução de algoritmos( técnicas operatórias). Relacionar

sempre que possível com o cotidiano dos alunos. Lembrar que a Álgebra deve procurar

métodos eficazes de analisar e resolver todos os tipos de problemas quantitativos capazes de

serem expressos em problemas algébricos.

A Álgebra deve ser tratada também como eixo e agregada aos números, uma vez que

estes podem ser considerados como casos particulares dos estudos desta. Deve-se, também,

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considerar a Álgebra enquanto instrumento formalizador de um grande número de relações

matemáticas, o que reforça sua importância enquanto eixo e ainda tornar mais práticas as

resoluções de muitas situações problemas.

É fundamental que os alunos consigam interpretar problemas e situações

matemáticas, escrevendo as respectivas sentenças numéricas ou algébricas bem como

representando-as gráfica e geometricamente.

Desse modo o aluno poderá estar capacitado para agir de modo transformador sobre

si mesmo e a realidade que o cerca.

Os Conteúdos Estruturantes Números e Álgebra se desdobra nos conteúdos:

Conjuntos numéricos e operações;

Equações e inequações;

Polinômios

Proporcionalidade

II. GRANDEZAS E MEDIDAS

O homem, no decorrer da história, deparou-se com noções de maior e menor, de

antes e depois, e com isso passou a realizar comparações entre espaços e entre períodos de

tempo, necessitando estabelecer valores qualitativos e quantitativos. Ou seja, para que

pudesse ter uma visão da realidade, o ser humano precisou medir e criar instrumentos de

medida. A necessidade de medir é quase tão antiga quanto a necessidade de contar.

Desde as primeiras civilizações, as medidas se tornaram a linguagem fundamental à

realização dos negócios no mundo do comércio. Elas podem ser consideradas um dos

principais fatores que sustentaram e fortaleceram as sociedades pelas relações estabelecidas

por meio das compras e vendas, pela criação dos padrões que mensuram a produção e pelo

suporte dimensional para as Ciências e a Tecnologia.

Medir o comprimento como parte do próprio corpo foi a forma inicial que o homem

encontrou para fazer medições, só que estas eram passivas de erros, pois não havia

padronização. Com o passar do tempo, devido a intensificação das relações sociais,

econômicas e a expansão do comércio, houve uma necessidade de criar um único padrão de

medida, universalizou-se o metro, seus múltiplos e submúltiplos, assim como as medidas de

massa e capacidade.

São pertinentes para os dias de hoje que o uso das medidas seja como um elemento

de ligação entre os conteúdos de Numeração e os conteúdos de Geometria, visando a ideia de

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que medir é essencialmente comparar. Essa ideia pode ser trabalhada em várias situações, que

envolvam o aluno, ao observar os tamanhos dos objetos na exploração do espaço, através de

comparações, classificando-os em pequenos e grandes, compridos e curtos e também ao

mesmo tempo, observando as distâncias.

Quando o resultado da medida não puder ser representado por um valor inteiro

(número natural) é a ocasião para apresentar noções sobre frações e números decimais.

Faz-se necessário também trabalhar com as medidas de valor, pois, é imprescindível

saber manusear e trabalhar com valores monetários. Uma vez que o conhecimento sobre o

sistema monetário é necessário para que o aluno da Educação Básica tenha condições de

estabelecer relações entre o conjunto de moedas legais em circulação em diferentes países.

Entretanto, prima-se que o aluno conheça, primeiro, o sistema monetário do país onde vive.

Manejar o sistema monetário é inteirar-se das situações que mensuram o valor das

mercadorias, possibilidade para discutir o valor do trabalho e meio para entender decisões de

ordem econômica do país.

No que se refere à organização cronológica é importante que haja maior

organização do tempo, e ainda que se possibilite o conhecimento de suas unidades de medida

Quanto à informática, não se pode negar a sua presença no campo educacional, materializada

pelo computador. Termos como bit, bytes, kilobytes, megabytes, gigabytes ou terabytes,

medidas que representam a capacidade de armazenamento temporário ou permanente de um

computador, passam a fazer parte da linguagem do aluno. É necessário, então, abordá-los nas

aulas de Matemática, pois contribui para compreensão de significados matemáticos e o

conhecimento sobre a tecnologia.

Com a Trigonometria integrando o Conteúdo Estruturante Grandezas e Medidas,

pretende-se contemplar as relações entre as medidas dos lados e dos ângulos de um triângulo,

relações essas desenvolvidas a partir da necessidade do homem de determinar, por exemplo,

distâncias inacessíveis (a altura das pirâmides, distância entre os astros, largura de rios, etc.).

III – GEOMETRIA

Para o Ensino Fundamental, o Conteúdo Estruturante Geometrias se desdobra nos

seguintes conteúdos:

Geometria plana

Geometria espacial

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Geometria analítica

Noções básicas de geometrias não-euclidianas

A aprendizagem da geometria exige do aluno uma maneira específica de raciocinar,

levando-o a explorações e descobertas.

Na Educação Básica, a Educação Matemática valoriza os conhecimentos

geométricos, que não devem ser rigidamente separados da aritmética e da álgebra. Interliga-se

com a aritmética e com a álgebra porque os objetos e relações dela correspondem aos das

outras; assim sendo, conceitos, propriedades e questões aritméticas ou algébricas podem ser

clarificados pela geometria, que realiza a tradução para o aprendiz.

Existe uma carência muito grande de conhecimentos geométricos por parte dos

alunos, devido ao abandono do ensino da Geometria no Brasil. Fazendo-se necessário então,

iniciar o aluno, com exploração do espaço para que ele consiga situar-se nele e analisá-lo,

percebendo a posição dos objetos, tendo noção de profundidade, lateralidade, anterioridade,

perto, longe, fronteira e vizinhança. Visto que ela deve começar no espaço e não na reta, ou

no ponto ou no plano.

A Geometria deve ser considerada como ferramenta para a compreensão, descrição e

inter-relação com o espaço em que vivemos.

IV – FUNÇÕES

Para o Ensino Fundamental, o Conteúdo Estruturante Funções engloba os seguintes

conteúdos:

Função afim

Função quadrática

Segundo as Diretrizes Curriculares, de 1880 a 1959, a ideia de que o conceito de

função deveria estar contemplado no currículo de Matemática foi amplamente debatida

porque permitia estabelecer uma correspondência entre as leis matemáticas e as leis

geométricas, entre as expressões analíticas e os lugares geométricos (conjunto de todos os

pontos que gozam de uma mesma propriedade).

Na Educação Básica, o aluno deve compreender que as Funções estão presentes nas

diversas áreas do conhecimento e modelam matematicamente situações que, pela resolução de

problemas, auxiliam o homem em suas atividades. As Funções devem ser vistas como

construção histórica e dinâmica, capaz de provocar mobilidade às explorações matemáticas,

por conta da variabilidade e da possibilidade de análise do seu objeto de estudo e por sua

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atuação em outros conteúdos específicos da Matemática. Tal mobilidade oferece ao aluno a

noção analítica de leitura do objeto matemático.

No Ensino Fundamental, na abordagem do Conteúdo Estruturante Funções, é

necessário que o aluno elabore o conhecimento da relação de dependência entre duas

grandezas. É preciso que compreenda a estreita relação das funções com a Álgebra, o que

permite a solução de problemas que envolvem números não conhecidos.

O aluno do Ensino Fundamental deve conhecer as relações entre variável

independente e dependente, os valores numéricos de uma função, a representação gráfica das

funções afim e quadrática, perceber a diferença entre função crescente e decrescente. Uma

maneira de favorecer a construção de tais conhecimentos é a utilização de situações-problema.

V – TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO

O Conteúdo Estruturante Tratamento da Informação engloba os seguintes conteúdos:

Noções de probabilidade

Estatística

Matemática financeira

Noções de análise combinatória

A estatística, tornou-se um conteúdo matemático importante ao ter seus conceitos

aplicados em vários campos do conhecimento. Entre eles destacam-se: as Ciências Sociais, a

Genética e a Psicologia. Pela necessidade de quantificar os dados coletados nas pesquisas, a

aplicabilidade de métodos estatísticos se tornou essencial. Como resultado, novos conceitos

como os de correlação e regressão foram introduzidos na Matemática.

O Tratamento da Informação é um conteúdo estruturante que contribui para o

desenvolvimento de condições de leitura crítica dos fatos ocorridos na sociedade e para

interpretação de tabelas e gráficos que, de modo geral, são usados para apresentar ou

descrever informações.

Propõe-se que o trabalho com estatística , nesta modalidade de ensino, se faça por

meio de um processo investigativo, pelo qual o estudante manuseie dados desde sua coleta até

os cálculos finais. Segundo WODEWOTZKI & JACOBINI( 2004),“é o estudante que busca,

seleciona, faz conjecturas,analisa e interpreta as informações para, em seguida, apresentá-las

para o grupo,sua classe ou sua comunidade” Os conceitos estatísticos devem servir de aporte

aos conceitos de outros conteúdos, com os quais sejam estabelecidos vínculos para

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quantificar, qualificar, selecionar, analisar e contextualizar informações, de maneira que

sejam incorporadas às experiências do cotidiano.

É importante o aluno conhecer fundamentos básicos de Matemática que permitam ler

e interpretar tabelas e gráficos, conhecer dados estatísticos, conhecer a ocorrência de eventos

em um universo de possibilidades, cálculos de porcentagem e juros simples. Por isso, é

necessário que o aluno colete dados, organize-os em tabelas segundo o conceito de frequência

e avance para as contagens, os cálculos de média, frequência relativa, frequência acumulada,

mediana e moda.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES/BÁSICOS POR SÉRIE/ANO

5ª SÉRIE/6ºANO

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CONTEUDOS ESTRUTURANTES CONTEUDOS BÁSICOS

NÚMEROS

E

ÁLGEBRA

Sistemas de numeração;

Números Naturais;

Múltiplos e divisores;

Potenciação e Radiciação;

Números Fracionários;

Números Decimais.

GRANDEZAS

E

MEDIDAS

Medidas de Comprimento;

Medidas de Massa;

Medidas de Área;

Medidas de Volume;

Medidas de Tempo;

Medidas de Ângulos;

Sistema monetário.

GEOMETRIAS

- Geometria Plana;

- Geometria Espacial.

TRATAMENTO

DA

INFORMAÇÃO

- Dados, tabelas e gráficos;

- Porcentagem.

6ª SÉRIE/ 7º ANO

CONTEUDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS

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NÚMEROS

E

ÁLGEBRA

Números Inteiros;

Números Racionais

Equação e Inequação do 1º Grau;

Razão e proporção;

Regra de três simples

GRANDEZAS

E

MEDIDAS

Medidas de temperatura;

Medidas de ângulos.

GEOMETRIAS

Geometria Plana;

Geometria Espacial;

Geometrias não-euclidianas.

TRATAMENTO

DA

INFORMAÇÃO

Pesquisa Estatística;

Média Aritmética;

Moda e mediana;

Juros simples.

7ª SÉRIE/ 8º ANO

CONTEUDOS ESTRUTURANTES CONTEUDOS BÁSICOS

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NÚMEROS

E

ÁLGEBRA

Números Racionais e

Irracionais;

Sistemas de Equações do

1o grau;

Potências;

Monômios e Polinômios;

Produtos Notáveis.

GRANDEZAS

E

MEDIDAS

Medidas de comprimento;

Medidas de área;

Medidas de volume;

Medidas de ângulos.

GEOMETRIAS

Geometria Plana;

Geometria Espacial;

Geometria Analítica;

Geometrias não- euclidianas.

TRATAMENTO

DA

INFORMAÇÃO

Gráfico e informação;

População e amostra.

8ª SÉRIE/ 9º ANO

CONTEUDOS ESTRUTURANTES CONTEUDOS BÁSICOS

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NÚMEROS

E

ÁLGEBRA

Números Reais;

Propriedades dos radicais;

Equação do 2o grau;

Teorema de Pitágoras;

Equações Irracionais;

Equações Biquadradas;

Regra de Três Composta.

GRANDEZAS

E

MEDIDAS

Relações Métricas no Triângulo

Retângulo;

Trigonometria no Triângulo

Retângulo.

FUNÇÕES

Noção intuitiva de Função Afim;

Noção intuitiva de Função Quadrática

GEOMETRIAS

Geometria Plana;

Geometria Espacial;

Geometria Analítica;

Geometria não-euclidiana.

TRATAMENTO

DA

INFORMAÇÃO

c) Noções de Análise Combinatória;

d) Noções de Probabilidade;

e) Estatística;

f) Juros Compostos.

METODOLOGIA DA DISCIPLINA

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No ensino da Matemática deve ser tratado como uma educação matemática, onde a

construção do conhecimento matemático, por uma visão histórica, em que os conceitos a

serem apresentados, discutidos, construídos e reconstruídos, influenciem na formação do

pensamento humano e na produção de sua existência por meio de idéias e das tecnologias.

O professor nessa perspectiva, desenvolve-se intelectual e profissional, refletindo

sobre a sua prática sendo um educador matemático e pesquisador, não vendo a matemática

como uma ciência pronta e acabada, mas como atividade humana que se encontra em

construção.

Para que isto ocorra o professor poderá fazer uso dos recursos pedagógicos e

tecnológicos como: quadro de giz, livro didático, jornais e revistas, jogos, literatura, artes

plásticas, DVDs, computador, TV Multimidia(simulações/animações/jogos-Portal do dia a dia

educação do Paraná), TV pendrive, softwares didáticos, materiais manipuláveis, confecção da

representação de sólidos geométricos, instrumentos de medida, e outros. O professor adequar-

se-á os recursos pedagógicos de acordo com o conteúdo trabalhado.

O docente deve partir dos inter-relacionamentos e articulações entre os conceitos de

cada conteúdo específico, garantindo, através de tendências metodológicas: resolução de

problemas, etnomatemática, modelagem matemática, uso das mídias tecnológicas, história da

matemática e investigação matemática, o crescimento de possibilidades da aprendizagem sem

fragmentação dos conteúdos. Todas essas tendências tem seu grau de importância e

complementam-se umas às outras.

I. RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS

É uma metodologia pelo qual o estudante tem a oportunidade de aplicar

conhecimentos matemáticos adquiridos em novas situações, de modo a resolver a questão

proposta.

As etapas da resolução de problemas são: compreender o problema; destacar

informações, dados importantes do problema, para sua resolução; elaborar um plano de

resolução; executar o plano; conferir resultados; estabelecer novas estratégias, se necessário,

até chegar a uma solução aceitável.

II. ETNOMATEMÁTICA

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O papel da etnomatemática é reconhecer e registrar questões de relevância social que

produzem o conhecimento matemático.

Essa metodologia é uma importante fonte de investigação da Educação Matemática,

por meio de um ensino que valoriza a história dos estudantes pelo reconhecimento e respeito

as suas raízes culturais, não rejeitando e ignorando as raízes do outro, mas reforçar as suas

próprias raízes. Tendo em vista aspectos como ”memória cultural, códigos, símbolos, mitos e

até maneiras específicas de raciocinar e inferir.

III. MODELAGEM MATEMÁTICA

A modelagem matemática tem como pressuposto a problematização de situações do

cotidiano. Ao mesmo tempo em que propõe a valorização do aluno no contexto social,

procura levantar problemas que sugerem questionamentos sobre situações de vida.

Contribuindo assim, para a formação crítica do aluno, pois parte de situações práticas e

questionamentos; formula, elabora e resolve expressões que servirão de suporte

posteriormente para outras aplicações e teorias.

IV. MÍDIAS TECNOLÓGICAS

Os recursos tecnológicos, como o software, a televisão, as calculadoras, os

aplicativos da internet, entre outros, têm favorecido as experimentações matemáticas e

potencializado formas de resolução de problemas.

As ferramentas tecnológicas são interfaces importantes no desenvolvimento de ações

em Educação Matemática. Abordar atividades matemáticas com os recursos tecnológicos

enfatiza um aspecto fundamental da disciplina, que é a experimentação.

O trabalho com as mídias tecnológicas insere diversas formas de ensinar e aprender,

e valoriza o processo de produção de conhecimentos.

V. HISTÓRIA DA MATEMÁTICA

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No contexto da prática escolar, a história da Matemática está relacionado com um

dos objetivos primordiais da disciplina, em que os educandos compreendam a natureza da

Matemática e sua relevância na vida da humanidade.

Essa tendência metodológica serve para elaborar atividades, criar situações-problema,

buscar referências para compreender melhor os conceitos matemáticos .E assim possibilita

ao aluno analisar e discutir razões para aceitação de determinados fatos e raciocínios .

A história direciona explicações aos porquês da Matemática, promovendo ao estudante

uma aprendizagem significativa, pois propicia ao estudante entender que o conhecimento

matemático é construído historicamente a partir de situações concretas e necessidades reais.

VI. INVESTIGAÇÃO MATEMÁTICA

A prática pedagógica de investigações matemáticas tem sido recomendada por

diversos estudiosos como forma de contribuir para uma melhor compreensão da disciplina em

questão.

As investigações matemáticas (semelhantes às realizadas pelos matemáticos) podem

ser desencadeadas a partir da resolução de simples de exercícios e se relacionarem com a

resolução de problemas.

Um problema é uma questão para a qual o aluno precisa estabelecer uma estratégia

heurística, isto é, ele não dispõe de um método que permita a sua resolução imediata;

enquanto que um exercício é uma questão que pode ser resolvida usando um método já

conhecido.

Uma investigação é um problema em aberto e, por isso, as coisas acontecem de

forma diferente do que na resolução de problemas e exercícios. O objeto a ser investigado não

é explicitado pelo professor, porém o método de investigação deverá ser indicado através, por

exemplo, de uma introdução oral, de maneira que o aluno compreenda o significado de

investigar. Assim, uma mesma situação apresentada poderá ter objetos de investigação

distintos por diferentes grupos de alunos. E mais, se os grupos partirem de pontos de

investigação diferentes, com certeza obterão resultados também diferentes.

Investigar significa procurar conhecer o que não se sabe, que é o objetivo maior de

toda ação pedagógica.

Cabe ao professor dentro da nova proposta, utilizar a metodologia que em

consonância com os Desafios Educacionais Contemporâneos, de acordo com a Lei 11645/08

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– Historia e Cultura dos Povos Indígenas, a Lei 10639/03- História e Cultura Afro-brasileira e

Africana, a Lei 9795/99, a Política Nacional de Educação Ambiental; a Cidadania e Direitos

Humanos, a Educação Fiscal, o Enfrentamento à Violência na Escola, a Prevenção ao Uso

Indevido de Drogas e a Educação do Campo, venha a contribuir para uma melhor

compreensão da disciplina de Matemática.

SISTEMA DE AVALIAÇÃO E RECUPERAÇÃO

Conforme Regimento e Projeto Político Pedagógico da nossa escola, avaliar é

analisar a prática pedagógica de todos os envolvidos, com o objetivo de corrigir rumos e

repensar situações para que a aprendizagem ocorra.

Ao avaliar a aprendizagem dos alunos está se avaliando a prática dos professores,

a gestão e o currículo escolar, bem como o próprio sistema de ensino como um todo.

Esse processo dar-se-á de forma intrínseca ao processo de ensino aprendizagem,

preponderando os aspectos qualitativos sobre os quantitativos, sendo uma avaliação contínua

e cumulativa, utilizando vários instrumentos de avaliação para se alcançar determinado fim

conduzindo o aluno, não a uma aquisição pura e simples de conhecimentos, mas sim a um

processo de elaboração e ações que conduzam a uma prática social transformadora.

Os instrumentos de avaliação utilizados pela disciplina de Matemática, serão:

Atividades de leitura e interpretação de texto, oral e escrita ;

Atividades de pesquisa bibliográfica;

Produção de textos;

Palestras;

Apresentação oral de trabalhos;

Atividades experimentais;

Projeto de pesquisa de campo;

Relatórios;

Atividades com textos literários e/ou informativos;

Atividades a partir de recursos audiovisuais ( música, filmes, slides, imagens);

Questões discursivas;

Questões objetivas.

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As atividades serão realizadas em grupo ou individual, sendo sempre uma

avaliação somatória e diagnóstica.

Todo o processo de avaliação pressupõe clareza nos seus critérios, que são

compreendidos com um referencial que gera parâmetros que devem ser previamente

estabelecidos. Os critérios serão apresentados para os alunos, favorecendo a transparência,

orientando o trabalho discente e a co-responsabilidade do aluno no processo de

responsabilidade. Alguns critérios devem orientar as atividades avaliativas desta disciplina

propostas pelo professor. Essas práticas devem possibilitar ao professor verificar se o aluno:

- comunica-se matematicamente, oral ou por escrito;

- compreende, por meio da leitura, o problema matemático;

- elabora um plano que possibilite a solução do problema;

- encontra meios diversos para a resolução de um problema matemático;

- realiza o retrospecto da solução de um problema.

Ao elaborar o Plano de Trabalho Docente, o professor considera a avaliação como

parte inerente ao processo de ensino aprendizagem, realizando-a em função dos conteúdos

trabalhados, e o sistema de recuperação está sendo considerado também como integrante de

todos os momentos de aprendizagem, sendo desenvolvido à luz das condições daquele

educando que não aprendeu.

De acordo com Vasconcellos (2003), a Recuperação de Estudos consiste na retomada

de conteúdos durante o processo de ensino e aprendizagem, permitindo que todos os alunos

tenham oportunidades de apropriar-se do conhecimento historicamente acumulado, por meio

de metodologias diversificadas e participativas.

Conforme a Lei de Diretrizes e Bases da Educação nº 9394/96 no Art. 13, os

docentes incumbir-se-ão de:

estabelecer estratégias de recuperação para os alunos de menor rendimento.

Nesta perspectiva, esta disciplina propõe que o processo de recuperação seja

realizado concomitantemente de duas formas: através da retomada de conteúdo a partir de

diagnósticos oferecidos pelas atividades realizadas pelos alunos em sala de aula e pelos

instrumentos de avaliação; e através da reavaliação do conteúdo já retomado em sala de aula.

Assim, expressa-se aqui que o processo de avaliação e recuperação desta disciplina

de Matemática estará comprometido com a clareza nos critérios utilizados, com a

intencionalidade do ato educativo, com a reflexão crítica sobre a prática, enfim, o

comprometimento com a aprendizagem do aluno.

REFERÊNCIAS

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ANDRINI, Álvaro. Maria José C. de V. Zampirolo. Coleção Novo Praticando Matemática.

Ensino Fundamental de 5ª a 8ª séries. São Paulo: Editora do Brasil. 1ª edição, 2007

GIOVANNI, José Ruy, CASTRUCCI, Benedito, JUNIOR, José Ruy Giovanni. Coleção A

Conquista da Matemática. Ensino Fundamental. São Paulo, FTD, 2002.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Cadernos Temáticos Desafios Educacionais

Contemporâneos: Enfrentamento à Violência na escola. Curitiba, SEED, 2008.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Cadernos Temáticos Desafios Educacionais

Contemporâneos: Prevenção ao uso indevido de drogas. Curitiba, SEED, 2008.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Cadernos Temáticos : Educação do Campo.

Curitiba, SEED, 2006.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Cadernos Temáticos: Relações Étnico-

Raciais e para História e Cultura Afro-Brasileira e Africana. Curitiba,SEED, 2006.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Superintendência de educação Departamento

da Educação Básica.Diretrizes Curriculares da Educação Básica: Matemática. Curitiba,

2008.

ESCOLA: Escola Estadual Humberto de Alencar Castelo Branco. Ensino Fundamental.

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NRE: Apucarana

MUNICÍPIO: Borrazópolis

NÍVEL: Ensino Fundamental

PROPOSTA CURRICULAR

DE LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA (INGLÊS)

PROFESSORES: Célia Aparecida Teixeira

Natalina Vieira da Luz Minatelle

Vera Lúcia Pereira

Borrazópolis – Paraná

2010

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

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O ensino da língua estrangeira tornou-se necessário a partir da

chegada da família real portuguesa ao Brasil, em 1808. Criou-se as cadeiras de

inglês e francês com objetivo de melhorar a instrução pública e atender às

demandas advindas da abertura de pontos ao comércio.

Em 1837, ocorreu a fundação do Colégio Pedro II, primeiro em

nível secundário do Brasil e referência curricular para outras instituições

escolares por quase um século. O currículo do Colégio se inspirava nos moldes

franceses e, em seu programa, constavam sete anos de Francês, cinco de inglês e

três de alemão, cadeira esta criada no ano de 1840.

Em 1961 a LDB criou os Conselhos Estaduais, dando a eles o poder

de decidir a inclusão ou não da língua estrangeira nos currículos. Mesmo com a

valorização de outras línguas, o ensino de inglês teve o seu espaço garantido nos

currículos oficiais por ser o idioma mais usado nas transações comerciais pela

tentativa de fazer parte de um mundo globalizado.

Toda língua é uma construção histórica, que está em constante

transformação. O estudo da língua é concebido como discurso repleto de

significados e que traz os traços da cultura e da sociedade.

O ensino de LEM tem como princípio, a formação do cidadão, a

inclusão social, o reconhecimento da diversidade cultural, a construção de

entidades sociais transformadores e a consciência do papel das línguas na

sociedade e na construção do conhecimento.

No ensino da Língua Estrangeira, a língua, objeto de estudo dessa

disciplina, contempla as relações com a cultura, o sujeito e a identidade. Torna-

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se fundamental que os professores compreendam o que se pretende com o

ensino da LEM na Educação Básica, ou seja, ensinar e aprender línguas é

também ensinar e aprender percepções de mundo e maneiras de atribuir sentido,

é formar subjetividades, é permitir que se conheça no uso da língua os diferentes

propósitos comunicativos independentemente do grau de proficiência atingido.

As aulas de LEM se configuram como espaços de interações, entre

professores e alunos e pelas representações e visões de mundo que se revelam

no dia a dia. Objetiva-se que os alunos analisem as questões sociais-políticas-

econômicas da nova ordem mundial, suas implicações e que desenvolvam uma

consciência crítica a respeito do papel das línguas na sociedade.

Embora a aprendizagem de LEM também sirva como meio para

progressão no trabalho e estudos superiores, este componente curricular,

obrigatório, deve também contribuir para formar alunos críticos e

transformadores através do estudo de textos que permitam explorar as práticas,

da leitura, da escrita e da oralidade, além de incentivar a pesquisa e a reflexão.

Assim, o ensino de LEM, na Educação Básica propõe superar os

fins utilitaristas, pragmáticos ou instrumentais, que historicamente tem marcado

o ensino dessa disciplina.

Desta forma espera-se que o aluno:

- use a língua em situação de comunicação oral e escrita;

- vivencie, na aula de LEM, formas de participação que lhe possibilitem

estabelecer relações individuais e coletivas:

- compreenda que os significados são sociais e historicamente construídos e,

portanto, passíveis de transformação na prática social;

tenha maior consciência sobre o papel das línguas na sociedade;

- reconheça e compreenda a diversidade linguística e cultural, bem como seus

296

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benefícios para o desenvolvimento cultural do país.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES/BÁSICOS DA DISCIPLINA

O conteúdo estruturante está relacionado com o momento histórico-

social. Ao tomar a língua como interação verbal, como espaço de produção de

sentidos, buscou-se conteúdos que atendesse a essa perspectiva. Sendo assim,

define-se como Conteúdo Estruturante da LEM o Discurso como prática social.

A língua será tratada de forma dinâmica, por meio de leitura, de oraqlidade e de

escrita que são as práticas que efetivam o discurso.

Para tal, o professor levará em conta que o objeto de estudo de

LEM, a língua pela sua complexidade e riqueza, permite o trabalho em sala com

os mais variados textos e diferentes gêneros.

CONTEÚDO ESTRUTURANTE: Discurso como Prática Social

5ª série/6º ano

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CONTEÚDOS BÁSICOS

GÊNEROS DISCURSIVOS

- Advinhas

- Álbum de família

- Música

- Cartão pessoal/postal

- Exposição oral

- Receitas

- Cartazes

- Pesquisa

- Mapa

- Fábulas

- História em quadrinhos

- Charge

- Fotos

- Quadrinhas

- Horóscopo

LEITURA

Tema do texto;

Interlocutor;

Finalidade;

Aceitabilidade do texto;

Informatividade;

Elementos composicionais do gênero;

Léxico;

Repetição proposital de palavras;

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Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no

texto, pontuação, recursos gráficos(aspas, travessão, negrito), figuras de

linguagem.

ESCRITA

Tema do texto;

Interlocutor;

Finalidade do texto;

Informatividade:

Elementos composicionais do gênero;

Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no

texto, pontuação, recursos gráficos(aspas, travessão, negrito), figuras de

linguagem;

Acentuação gráfica;

Ortografia;

Concordância verbal/nominal.

ORALIDADE

Tema do texto;

Finalidade;

Papel do locutor e interlocutor;

Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos, etc;

Adequação do discurso ao gênero;

Turnos de fala;

Variações linguísticas;

Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, recursos

semântica.

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CONTEÚDO ESTRUTURANTE: Discurso como Prática Social

6ª série/7º ano

CONTEÚDOS BÁSICOS

GÊNEROS DISCURSIVOS

Música

Cartazes

Pesquisas

História em quadrinhos

Horóscopo

Entrevista(oral e escrita)

Texto de opinião

Texto argumentativo

Resenha

Resenha crítica

Folder

Slogan

Filmes

LEITURA

Tema do texto;

Interlocutor;

Finalidade do texto;

Informatividade;

Situacionalidade;

Informações explícitas;

Discurso direto e indireto;

Elementos composicionais do gênero;

300

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Repetição proposital de palavras;

Léxico;

Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no

texto, pontuação, recursos gráficos(aspas, travessão, negrito), figuras de

linguagem.

ESCRITA

Tema do texto;

Interlocutor;

Finalidade do texto;

Discurso direto e indireto;

Elementos composicionais do gênero;

Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no

texto, pontuação, recursos gráficos(aspas, travessão, negrito), figuras de

linguagem;

Acentuação gráfica;

Ortografia;

Concordância verbal/nominal.

ORALIDADE

Tema do texto;

Finalidade;

Papel do locutor e interlocutor;

Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos, etc;

Adequação do discurso ao gênero;

Turnos de fala;

Variações linguísticas;

Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, recursos

semântica.

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CONTEÚDO ESTRUTURANTE: Discurso como Prática Social

7ª série/8º ano

CONTEÚDOS BÁSICOS

GÊNEROS DISCURSIVOS

Música

Cartazes

Pesquisa

Charge

Entrevista(oral e escrita)

Horóscopo

Diário

Exposição oral

Diálogo

e-mail

Fotos

Placas

Filmes

Vídeo clip

LEITURA

Conteúdo temático;

Interlocutor;

Finalidade do texto;

Aceitabilidade do texto;

Informatividade;

Situacionalidade;

302

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Intertextualidade;

Vozes sociais presentes no texto;

Elementos composicionais do gênero;

Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no

texto, pontuação, recursos gráficos(aspas, travessão, negrito), figuras de

linguagem.

Semântica: operadores argumentativos; ambiguidade; sentido conotativo e

denotativo das palavras no texto; expressões que denotam ironia e humor

no texto.

Léxico.

ESCRITA

Conteúdo temático;

Interlocutor;

Finalidade do texto;

Informatividade;

Situacionalidade;

Intertextualidade;

Vozes sociais presentes no texto;

Elementos composicionais do gênero;

Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no

texto, pontuação, recursos gráficos(aspas, travessão, negrito);

Concordância verbal/nominal;

Semântica: operadores argumentativos; ambiguidade; significado das

palavras; figuras de linguagem;

Sentido conotativo e denotativo;

Expressões que denotam ironia e humor no texto.

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ORALIDADE

Conteúdo temático;

Finalidade;

Aceitabilidade do texto;

Informatividade;

Papel do locutor e interlocutor;

Elementos extralinguísticos: entonação, expressões facial, corporal e

gestual, pausas;

Adequação do discurso ao gênero;

Turnos de fala;

Variações linguísticas;

Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;

Elementos semânticos;

Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições,

etc.);

Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito.

CONTEÚDO ESTRUTURANTE: Discurso como Prática Social

8ª série/9º ano

CONTEÚDOS BÁSICOS

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GÊNEROS DISCURSIVOS

g) Músicas

h) Pesquisas

i) Fôlder

j) e-mail

k) Vídeo clip

l) Filmes

m) Bulas

n) Diálogo

o) Piadas

p) Diário

q) Anúncio

r) Exposição oral

LEITURA

Tema do texto;

Interlocutor;

Finalidade do texto;

Aceitabilidade do texto;

Informatividade;

Situacionalidade;

Intertextualidade;

Temporalidade;

Discurso direto e indireto;

Elementos composicionais do gênero;

Emprego do sentido conotativo e denotativo no texto;

Polissemia;

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Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no

texto, pontuação, recursos gráficos(aspas, travessão, negrito), figuras de

linguagem;

Léxico.

ESCRITA

Tema do texto;

Interlocutor;

Finalidade do texto;

Aceitabilidade do texto;

Informatividade;

Situacionalidade;

Intertextualidade;

Temporalidade;

Discurso direto e indireto;

Elementos composicionais do gênero;

Emprego do sentido conotativo e denotativo no texto;

Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;

Palavras e/ou expressões que denotam ironia e humor no texto;

Polissemia;

Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no

texto, pontuação, recursos gráficos(aspas, travessão, negrito), figuras de

linguagem;

Processo de formação de palavras;

Acentuação gráfica;

Ortografia;

Concordância verbal/nominal.

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ORALIDADE

Conteúdo temático;

Finalidade;

Aceitabilidade do texto;

Informatividade;

Papel do locutor e interlocutor;

Elementos extralinguísticos: entonação, expressões facial, corporal e

gestual, pausas;

Adequação do discurso ao gênero;

Turnos de fala;

Variações linguísticas;

Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;

Semântica;

Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições,

etc.);

Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito.

PRÁTICAS DISCURSIVAS DA LEITURA, ORALIDADE E ESCRITA

Dentro da leitura, espera-se que o aluno identifique o tema, realize

uma leitura compreensiva do texto, localize nele informações explícitas e amplie

seu horizonte de expectativas.

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Na escrita, espera-se que o aluno elabore e re-elabore textos de

acordo com orientação do professor, atendendo: situações de produção propostas

(gênero, interlocutor, finalidade...), use recursos textuais como coesão e

coerência e utilize adequadamente os recursos linguísticos como: pontuação,

artigo, etc.

Na oralidade, espera-se que o aluno apresente suas ideias com

clareza, utilizando o discurso de acordo com a situação de produção

(formal/informal), considerando entonação, pausas, gestos, etc.

Na sala de aula será propiciado aos alunos, práticas de leitura de

diferentes gêneros textuais, considerando os conhecimentos prévios dos

mesmos. É importante acompanhá-los em suas produções orientando-os a uma

reflexão dos elementos discursivos, textuais, estruturais e normativos. Cabe

também ao professor conduzí-los a situações que possibilitem explorar as

marcas linguísticas típicas da oralidade em seu uso formal e informal.

METODOLOGIA DA DISCIPLINA

O trabalho com a língua estrangeira em sala de aula parte do

entendimento do papel das línguas nas sociedades, ou seja, o meio que

possibilita o conhecimento, expressão e transformação dos modos de entender o

mundo e de construir significados, sendo desta forma, bem mais que meros

instrumentos de acesso à informação.

O texto deve ser apresentado como princípio gerador das discussões

temáticas, análise do gênero e desenvolvimento das práticas linguístico-

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discursivas. A formação de um pensar e agir críticos possibilitará a análise e a

reflexão de fenômenos linguísticos e culturais.

Caberá ao professor trabalhar o texto em seu contexto social de

produção, selecionando itens gramaticais que indiquem a estruturação da língua.

Um ponto a ser destacado é atenção no momento da escolha dos

textos, para que os mesmos não reforcem uma visão monolítica de cultura,

muitas vezes abordada de forma estereotipada. Os conteúdos dos textos, devem

viabilizar os resultados pretendidos nas diferentes séries de acordo com os

objetivos específicos propostos no planejamento do professor.

O estudo gramatical e a análise linguística devem estar

subordinadados ao conhecimento discursivo, ou seja, as reflexões linguísticas

devem estar subordinados ao conhecimento discursivo, ou seja, as reflexões

linguísticas devem ser decorrentes das necessidades específicas dos alunos, a

fim de que se expressem ou construam sentido aos textos.

Entende-se por conteúdos básicos os conhecimentos fundamentais

para cada série da etapa final do Ensino Fundamental e para o Ensino Médio,

considerados imprescindíveis para a formação conceitual dos estudantes nas

diversas disciplinas da Educação Básica.

Desta forma os vários gêneros textuais podem ser abordados em

aulas de língua estrangeira nas seguintes atividades:

Comparação de unidades temáticas, linguísticas e

composicionais de um texto com outros textos;

Interpretação da estrutura de um texto a partir de reflexões da

sala de aula;

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Leitura e análise de textos de países que falam o mesmo

idioma estudado na escola e dos aspectos culturais que

ambos veiculam;

Leitura e análise de textos publicados nacional e

internacionalmente sobre um mesmo tema e das abordagens

de tais publicações;

Comparação das estruturas fonéticas, bem como das

formações sintáticas e morfológicas da língua estrangeira

estudada, com a da língua materna.

As atividades serão abordadas a partir de textos e envolverão

simultaneamente, práticas e conhecimentos mencionados, de modo a

proporcionar ao aluno condições para assumir uma atitude crítica e

transformadora com relação aos discursos apresentados.

Para cada texto verbal/não verbal, o professor poderá trabalhar,

levando em conta os itens abaixo sugeridos:

a) Gênero: explorar o gênero escolhido e suas diferentes

aplicabilidades.

b) Aspecto cultural/inter discursivo: influência de outras culturas,

por exemplo, da cultura afro-brasileira, cultura dos pares indígenas e outros.

c) Variedades linguísticas: formal/informal.

d) Análise linguística: será realizada de acordo com a série. Vale

ressaltar a diferença entre o ensino da gramática e a prática da análise

linguística.

A pesquisa será proposta ao aluno, acerca do assunto abordado.

Lembrando que a pesquisa é entendida como uma forma de saber mais sobre o

assunto. Poderá ser realizada nos livros ou na internet.

310

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As discussões feitas em sala de aula para aprofundar e/ou

confrontar informações poderão ser feitas em Língua Materna.

A produção de texto em LEM será com ajuda dos recursos

disponíveis na sala de aula e a orientação do professor.

Ao longo das aulas os alunos trabalharão com textos significativos

que contemplem (Política Nacional de Educação Ambiental, Cidadania e

Direitos Humanos, Violência na Escola, Prevenção ao Uso Indevido de Drogas).

Além dos livros e da Internet, já acima citados, poderá ser utilizado

outros materiais disponíveis na escola: dicionários, vídeos, DVD, DC-ROM, TV

multimídia, etc.

SISTEMA DE AVALIAÇÃO E RECUPERAÇÃO

Conforme Regimento e Projeto Político Pedagógico da nossa

escola, avaliar é analisar a prática pedagógica de todos os envolvidos, com o

objetivo de corrigir rumos e repensar situações para que a aprendizagem ocorra.

Ao avaliar a aprendizagem dos alunos está se avaliando a prática

dos professores, a gestão e o currículo escolar, bem como o próprio sistema de

ensino como um todo.

Esse processo se dará de forma intrínseca ao processo de ensino

aprendizagem, preponderando os aspectos qualitativos sobre os quantitativos,

sendo uma avaliação contínua e cumulativa, utilizando vários instrumentos de

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avaliação para se alcançar determinado fim conduzindo o aluno, não a uma

aquisição pura e simples de conhecimentos, mas sim a um processo de

elaboração e ações que conduzam a uma prática social transformadora.

Os instrumentos de avaliação utilizados pela disciplina de Língua

Estrangeira Moderna – Inglês, serão:

Atividades de leitura e interpretação de textos, oral e escrita;

Atividades de pesquisa bibliográfica;

Produção de textos;

Palestras;

Apresentação oral de trabalhos;

Atividades experimentais;

Projeto de pesquisa de campo;

Relatório;

Seminário;

Debate;

Atividades com textos literários e/ou informativos;

Atividades a partir de recursos audiovisuais (música, filmes,

slides, imagens);

Questões discursivas;

Questões objetivas.

As atividades serão realizadas em grupo ou individual, sendo

sempre uma avaliação somatória e diagnóstica.

Todo processo de avaliação pressupõe clareza nos seus critérios,

que são compreendidos como um referencial que gera parâmetros que devem ser

previamente estabelecidos. Os critérios serão apresentados para os alunos,

favorecendo a transparência, orientando o trabalho discente e a

312

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corresponsabilidade do aluno no processo de responsabilidade. Os critérios

seguidos por esta área de conhecimento, serão:

O nível cognitivo dos alunos;

As diferentes formas de apropriação dos conteúdos

específicos por parte dos alunos;

O planejamento e acompanhamento de ações pedagógicas

conforme aprendizagem dos alunos;

O quanto o aluno ou a turma consegue estabelecer relação

entre aspectos sociais, políticos, econômicos, éticos e

históricos, envolvidos num conteúdo com a relação ciência,

tecnologia e sociedade.

A forma e o quanto o aluno se apropriou dos vários

conhecimentos científicos;

A compreensão do aluno ou da turma quanto aos

conhecimentos abordados num determinado conteúdo e de

que forma se aplica a sua prática social, relacionados com

outros conteúdos e até mesmo com conhecimentos de outras

disciplinas.

De acordo com Vasconcellos (2003) a Recuperação de Estudos

consiste na retomada de conteúdos durante o processo de ensino e

aprendizagem, permitindo que todos os alunos tenham oportunidades de

apropriar-se do conhecimento historicamente acumulado, por meio de

metodologias diversificadas e participativas.

Conforme a Lei de Diretrizes e Bases da Educação nº 9394/96, no

Art. 13, os docentes incumbir-se-ão de:

estabelecer estratégias de recuperação para os alunos de

menor rendimento.

313

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Nessa perspectiva, esta disciplina propõe que o processo de

recuperação seja realizado concomitantemente de duas formas: através da

retomada de conteúdo a partir de diagnósticos oferecidos pelas atividades

realizadas pelos alunos em sala de aula e pelos instrumentos de avaliação; e

através da reavaliação do conteúdo já retomado em sala.

Assim, expressa-se aqui que o processo de avaliação e recuperação

desta disciplina de LEM-INGLÊS estará comprometido com a clareza nos

critérios utilizados, com a intencionalidade do ato educativo, com a reflexão

crítica sobre a prática, enfim, o comprometimento com a aprendizagem do

aluno.

Os instrumentos utilizados para avaliar serão organizados da

seguinte forma:

50% Atividades avaliativas realizadas de forma

individual ou em grupo dentro da sala de aula:

- provas, testes, questões discursivas, questões sobjetivas;

- atividades de leitura e interpretação de textos oral e/ou escrita.

Dentro deste valor (5,0 pontos) o professor poderá oportunizar um

ou dois instrumentos de avaliação, ficando os seus valores por decisão do

professor.

50% Trababalhos realizados individualmente ou em

grupo, dentro ou forma da sala de aula:

- atividades de pesquisa bibliográfica;

- atividades de pesquisa com o uso da internet, imagem, vídeos e textos;

- produção de textos;

- elaboração de relatórios sobre palestras;

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- apresentação oral de trabalhos;

- atividades experimentais;

- projeto de pesquisa de campo;

- elaboração de relatórios;

- seminários;

- debates;

- elaboração de portifólios;

- atividades a partir de recursos audiovisuais (músicas, filmes, slides, imagens);

- confecção de cartazes, mapas, gráficos.

Dentro deste valor (5,0 pontos) o professor poderá oportunizar, no

mínimo, dois instrumentos de avaliação e no máximo cinco instrumentos de

avaliação, ficando os seus valores por decisão do professor.

A Recuperação será ofertada para todos, com valor (10,0 pontos).

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14 ANEXOS

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