escola desamba do batel: música e história - perse.com.br · À minha família, em especial, à...
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DEDICATÓRIA
Este livro é dedicado:
À todas as pessoas que, direta ou indiretamente,
fazem o carnaval de Antonina, não se preocupando com as
noites perdidas de sono, com o desgaste físico e mental, mas
sim com a forma em que sua escola do coração irá para a
avenida.
À toda nação batelense, que com garra e amor,
sempre venceu as dificuldades e colocou, da melhor forma
possível, a escola para desfilar.
À minha tia avó Altahir Gonçalves (in memoriam) que
me ensinou muitas coisas, sendo uma delas, gostar de
carnaval.
Ao meu avô Adolar Gonçalves (in memoriam) que
lutou para que eu persistisse nos meus sonhos, e nunca
desistisse deles.
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AGRADECIMENTOS
À Deus, pela vida e pela força para enfrentar as
adversidades, nos momentos de angustia.
À minha família, em especial, à minha mãe Lucélia
Gonçalves, por me colocar para cima nos momentos em que
eu mais precisava e sempre falar: você vai conseguir!
Aos meus amigos, em especial, a Delariane de Castro,
a Franciéle Fary, a Nilda Rosa, o Rafael Fonseca, o Hélio
Lucas, o Renan Lorena, o Neuton Rodrigues, o Paulo
Putriche, a Carolina Vila Real, a Franciele Ferreira e a
Fernanda Bonatto que sempre me ajudaram nos momentos
em que mais precisei e me deram estímulos para sempre
continuar em frente.
Aos amigos, Dulce Pugsley e Onamar de Castro, que
me estenderam a mão em momentos difíceis que passei.
Aos colaboradores, Erasmo Fonseca, Gibe (Gilberto
Fonseca), Mário Junior, Ismael Santos, Pardal (Reinaldo
Moreira), Caetaninho (Caetano Cândido Machado Filho) e
Ana Paula Machado, que me ajudaram na coleta de material
para o desenvolvimento dessa monografia.
Aos entrevistados, Ivonete Machado, Gleir Costa,
Ameire Santos, Jorge Santos, Eliane Mendes e Maria Alice
Moreira que além de contribuírem com suas palavras,
contribuíram com a coleta de materiais.
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Aos meus orientadores da monografia que gerou esse
livro Prof. Dr. Álvaro Carlini, e Prof. Dr. Guilherme
Romanelli que sempre quando eu precisei estavam prontos
para me auxiliar.
Aos grupos que me ajudaram a mostrar os caminhos
no qual percorrer para concluir minha pesquisa, sendo eles, o
Grupo Mensageiros da Paz e o Grupo Pérolas de Cristo.
À Maestrina Doriane Rossi, por ajudar a aprimorar
meus conhecimentos e pensamentos musicais.
À Filarmônica Antoninense, em especial, ao Maestro
Roberto Cristiano Plassmann (in memoriam), que além de me
ajudar com meus primeiros passos musicais, foi como um
grande amigo e conselheiro durante o início da minha
jornada musical.
Ao pessoal do Acervo Municipal de Antonina e da
Biblioteca Pública de Antonina que disponibilizaram materiais
valiosíssimos para a minha pesquisa.
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Sumário
Introdução ......................................................................................... 9
Capítulo I: Origens da Escola de Samba do Batel ........................... 15
Capítulo II: A Batel nos Anos de 1970 e 1980 ................................... 21
Capítulo III: Histórico e Análise dos Sambas de G.R.E.S. do Batel nos anos 1990 ........................................................................................... 35
Capítulo IV: O Carnaval Sem Julgamento - Anos 2000 a 2011 ....... 53
Capítulo V: Algumas Partituras e Letras dos Sambas-Enredo da
G.R.E.S. do Batel ............................................................................... 61
Considerações Finais ........................................................................ 105
Referências ........................................................................................ 113
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INTRODUÇÃO
ANTONINA E O CARNAVAL
A cidade de Antonina começou seu povoamento em
1714, quando D. Frei Francisco de São Jerônimo, bispo do Rio
de Janeiro, autorizou a construção de uma capela em
homenagem à Virgem do Pilar em um povoado próximo a
cidade de Paranaguá, no litoral do Estado de São Paulo (atual
Paraná). A região era conhecida como Guarapirocaba e por
estar em torno a uma capela, seus habitantes eram chamados
de capelistas (tradição que dura até os dias atuais). Em 29 de
agosto de 1797, foi elevada a categoria de vila, com a
denominação de Antonina, em homenagem ao príncipe D.
Antônio, filho de D. João VI e Dona Carlota Joaquina. Em 06
de novembro de 1797, sua sede foi elevada à categoria de
Comarca da Província de São Paulo e na mesma data, à de
cidade.
Segundo o Prof. Dr. Guilherme G. B. Romanelli, na
sua dissertação de Mestrado, a história de Antonina pode ser
dividida em quatro períodos principais:
1. Período de formação urbana, do século XVIII à 1ª
metade do século XIX, ou seja, de sua fundação, em 1714 a
elevação de cidade em 1857.
2. Período do desenvolvimento econômico, com a
construção da estrada da graciosa em 1873.
3. Período de estagnação, com o declínio da
exportação do mate (comprado principalmente pela
Argentina) e a 2ª Guerra Mundial.
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4. Período de revitalização temporária, com o
funcionamento do porto como terminal energético em 1979.
Mais tarde, o porto foi novamente fechado.
Durante o 2º período citado acima as Indústrias
Matarazzo se instalaram na cidade, construindo um moinho
de trigo, casas para funcionários e uma escola. Esse fato foi
importante para o desenvolvimento econômico da cidade de
Antonina, por gerar muitos empregos, e auxiliar no aumento
da arrecadação de impostos que trouxe melhorias por toda a
cidade. O complexo foi fechado em 1972, dando um golpe no
equilíbrio econômico do município. (ROMANELLI, 2000, p.
31)
Outro meio de desenvolvimento econômico de
Antonina foi o Porto Barão de Teffé, que chegou a ser o quarto
porto de maior importância no Brasil, na época do ciclo da
Erva Mate. Este passou por um grande declínio quando
perdeu importância para o Porto de Paranaguá que era de
mais fácil acesso. Ao mesmo tempo, houve a queda da
exportação do Mate em virtude da II Guerra Mundial e o
aparecimento de grandes navios que não conseguiam aportar
no Porto de Antonina, por este não possuir grande
profundidade em seu cais. O Porto se manteve recebendo
petróleo e toras por algum tempo, mas no ano de 1985,
encerrou suas atividades.
Uma das características de Antonina é a grande
quantidade de apelidos da população. A cidade é conhecida
por ser a cidade dos apelidos, e a maioria da população é
conhecida somente pelo apelido e não pelo seu nome de
batismo. Os apelidos surgem espontaneamente ou são
passados por gerações. Existem famílias inteiras que são