escola de aperfeiÇoamento de oficiais cap eng saulo …

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ESCOLA DE APERFEIÇOAMENTO DE OFICIAIS Cap Eng SAULO DOS SANTOS MARQUES A DOUTRINA DA ENGENHARIA DE COMBATE DA BRIGADA DE CAVALARIA MECANIZADA: UMA SUGESTÃO DE ADEQUAÇÃO DO APOIO PRESTADO AOS ELEMENTOS EMPREGADOS EM PRIMEIRO ESCALÃO NAS OPERAÇÕES OFENSIVAS Rio de Janeiro 2018

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ESCOLA DE APERFEICcedilOAMENTO DE OFICIAIS

Cap Eng SAULO DOS SANTOS MARQUES

A DOUTRINA DA ENGENHARIA DE COMBATE DA BRIGADA DE CAVALARIA

MECANIZADA UMA SUGESTAtildeO DE ADEQUACcedilAtildeO DO APOIO PRESTADO AOS

ELEMENTOS EMPREGADOS EM PRIMEIRO ESCALAtildeO NAS OPERACcedilOtildeES

OFENSIVAS

Rio de Janeiro

2018

Ficha catalograacutefica elaborada pelo

Bibliotecaacuterio Maacutercio Finamor CRB76699

M357e

2018 Marques Saulo dos Santos A doutrina da engenharia de combate da brigada de

cavalaria mecanizada uma sugestatildeo de adequaccedilatildeo do

apoio prestado aos elementos empregados em primeiro

escalatildeo nas operaccedilotildees ofensivas Saulo dos Santos

Marques ndash 2018

166 f il

Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Ciecircncia Militares) ndash Escola

de Aperfeiccediloamento de Oficiais Rio de Janeiro 2018

1 Brigada de Cavalaria Mecanizada 2 Companhia de

Engenharia de Combate Mecanizada 3 Projeto

Estruturante Novo Sistema de Engenharia I Escola de

Aperfeiccediloamento de Oficiais II Tiacutetulo

CDD3571

ESCOLA DE APERFEICcedilOAMENTO DE OFICIAIS

Cap Eng SAULO DOS SANTOS MARQUES

A DOUTRINA DA ENGENHARIA DE COMBATE DA BRIGADA DE CAVALARIA

MECANIZADA UMA SUGESTAtildeO DE ADEQUACcedilAtildeO DO APOIO PRESTADO AOS

ELEMENTOS EMPREGADOS EM PRIMEIRO ESCALAtildeO NAS OPERACcedilOtildeES

OFENSIVAS

Dissertaccedilatildeo apresentada agrave Escola de Aperfeiccediloamento de Oficiais como requisito parcial para a obtenccedilatildeo do grau de Mestre em Ciecircncias Militares

Orientador Cel Eng Andreacute Cezar Siqueira

Rio de Janeiro

2018

A Deus por ter-me abenccediloado com mais este trabalho assim como tem feito com minha vida

AGRADECIMENTOS

Ao meu orientador pela paciecircncia e dedicaccedilatildeo em mostrar-me o correto

caminho

Aos instrutores do CAO 2018 pela colaboraccedilatildeo na transmissatildeo de tatildeo

importantes conhecimentos para o capitatildeo da Arma de Engenharia

Aos companheiros do Centro de Instruccedilatildeo de Blindados - General Walter

Pires pelo inestimaacutevel exemplo do espiacuterito de camaradagem dedicaccedilatildeo e

excelecircncia do ensino cujos pilares me guiaratildeo por toda a minha vida profissional

Agrave minha famiacutelia a qual sou eternamente grato pelas oraccedilotildees a Deus e pelo

oportuno apoio e carinho os quais foram cruciais para a transposiccedilatildeo dos

obstaacuteculos mais difiacuteceis que se apresentaram no presente ano

RESUMO

A capacidade de uma tropa estaacute baseada nos fatores doutrina organizaccedilatildeo adestramento material emprego pessoal e instruccedilatildeo Para o sistema de engenharia destaca-se ainda mais a importacircncia do conjunto formado pelo material pessoal e organizaccedilatildeo O Projeto Estruturante Novo Sistema de Engenharia visa reestruturar esse sistema que tem influecircncia significativa na capacidade da engenharia cumprir suas missotildees como arma de apoio Alinhado com esse objetivo este trabalho analisou a estrutura das Brigadas de Cavalaria Mecanizada que satildeo compostas por Regimentos de Cavalaria Mecanizada e Regimentos de Cavalaria Blindada os quais receberam respectivamente as Viaturas Blindadas de Transporte de Pessoal Meacutedias de Rodas Guarani e as Viaturas de Combate Carro de Combate Leopard 1 e M60 A3-TTS Embora os projetos Guarani e Leopard tenham influenciado na melhoria dos materiais utilizados pelos regimentos a Companhia de Engenharia de Combate Mecanizada natildeo teve a adequaccedilatildeo dos seus fatores base Entatildeo surgiu a necessidade de por meio da anaacutelise dos fatores emprego e materiais sugerir uma proposta de adequaccedilatildeo desse apoio prestado aos elementos empregados em primeiro escalatildeo da brigada a partir da anaacutelise do apoio a Operaccedilatildeo de Aproveitamento do Ecircxito

Palavras-chave Brigada de Cavalaria Mecanizada Companhia de Engenharia de Combate Mecanizada Projeto Estruturante Novo Sistema de Engenharia Operaccedilatildeo de Aproveitamento do Ecircxito

ABSTRACT

The capacity of a troop is based on factors doctrine organization training material employment personnel and instruction For the engineering system the importance of the set formed by the material personnel and organization stands out even more The Strategic New Engineering System Project aims to restructure this system which has a significant influence on the ability of engineering to fulfill its missions as a support weapon Aligned with this objective this work analyzed the structure of the Mechanized Cavalry Brigades which are composed of Mechanized Cavalry Regiments and Armored Cavalry Regiments which received respectively the Armored Personnel Carrier Vehicle - Medium Wheeled Type and the Main Battle Tank Leopard 1 and M60 A3-TTS Although the Guarani and Leopard projects influenced the improvement of the materials used by the regiments the Mechanized Combat Engineering Company did not have the adequacy of its base factors Then the need arose through the analysis of the factors of employment and materials to suggest a proposal for adequacy of this support provided to the elements employed in the first step of the brigade based on the analysis of the support for Deliberate Attack

Keywords Mechanized Cavalry Brigades Mechanized Combat Engineering Company Structurant New Engineering System Project Deliberate Attack

SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO 10

11 PROBLEMA 12

12 OBJETIVOS 13

13 QUESTOtildeES DE ESTUDO 14

14 JUSTIFICATIVA 15

2 METODOLOGIA 16

21 OBJETO FORMAL DE ESTUDO 16

211 Definiccedilatildeo conceitual das variaacuteveis 17

212 Definiccedilatildeo operacional das variaacuteveis 18

213 Alcances e limiteshelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 19

22 AMOSTRAhelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 20

23 DELINEAMENTO DA PESQUISAhelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 21

231 Procedimentos para revisatildeo de literatura 21

2311 Fontes de busca 22

2312 Estrateacutegia de busca para as bases de dados 22

2313 Criteacuterios de inclusatildeo helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 22

2314 Criteacuterios de exclusatildeo helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 22

232 Procedimentos Metodoloacutegicos helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 23

233 Procedimentos Experimental helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 23

234 Instrumentos 23

2341 Elaboraccedilatildeo dos questionaacuterios 24

2342 Questionaacuterio destinado aos oficiais em funccedilatildeo de desenvolvimento coordenaccedilatildeo ou chefia do Projeto Guarani hellip 24

2343 Questionaacuterio destinado aos comandantes e ex-comandantes de regimento de cavalaria de uma Brigada de Cavalaria Mecanizada (Apecircndice A)helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 24

2344 Questionaacuterio destinado aos comandantes e ex-comandantes de regimento de cavalaria de uma Brigada de Cavalaria Mecanizada (Apecircndice B)helliphelliphelliphelliphelliphellip

25

2345 Questionaacuterio destinado aos oficiais de engenharia que tenham

realizado curso de Comandante de Subunidade nos Estados Unidos ou na Alemanha (Apecircndice C)helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip

25

2346 Questionaacuterio destinado aos oficiais na funccedilatildeo de instrutor do Centro de Instruccedilatildeo de Blindados que tenham realizado curso de Comandante de Subunidade nos Estados Unidos ou na Alemanha (Apecircndice D)helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 25

235 Anaacutelise dos Dados helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 26

2351 Tabulaccedilatildeo dos dados helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 26

3 REVISAtildeO DE LITERATURA 27

31 CONSIDERACcedilOtildeES INICIAIS 28

311 Operaccedilotildees de Aproveitamento do Ecircxito 28

312 Situaccedilatildeo de Comando Reforccedilo 29

313 Funccedilatildeo de Combate Movimento e Manobra 29

314 Modularidade 30

315 Projeto Guarani 31

32 BRIGADA DE CAVALARIA MECANIZADA 33

321 Regimento de Cavalaria Mecanizado 35

322 Regimento de Cavalaria Blindada 36

33 COMPANHIA DE COMBATE MECANIZADA 38

331 O Pelotatildeo de Engenharia de Apoio 40

332 O Pelotatildeo de Equipagem de Assalto 40

333 O Pelotatildeo de Engenharia de Combate Mecanizado 43

34 MATERIAIS DE EMPREGO MILITAR DISPONIacuteVEIS NO MUNDO PARA REFORCcedilO AOS PEL E CMB NO APOIO Agrave MOBILIDADE 45

341 Viatura blindada especial lanccediladora de pontes de pequena brecha 46

342 Viatura Blindada Especial de Engenharia helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 49

343 Viaturas Blindadas Especiais de Abertura de Brecha 50

344 Outros sistemas e implementos 55

35 APOIO DE ENGENHARIA ORGAcircNICA AgraveS BRIGADAS MECANIZADAS EM OUTROS PAIacuteSES

60

351 SBCT a brigada americana Stryker helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 60

352 Brigada de Infantaria Mecanizada da Alemanha helliphellip 63

4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO 71

41 DISCUSSAtildeO REFERENTE AOS INSTRUMENTOS UTILIZADOS 71

411 Revisatildeo da literatura 72

412 Entrevistas 73

413 Coleta documental 73

42 CAPACIDADES OPERATIVAS DA COMPANHIA DE ENGENHARIA DE COMBATE MECANIZADO NO APROVEITAMENTO DO EcircXITO 74

421 Adequabilidade da organizaccedilatildeo 74

422 Adequabilidade do material 78

43 APOIO DE ENGENHARIA AOS REGIMENTOS DE UMA BRIGADA DE CAVALARIA MECANIZADA 79

431 Organizaccedilatildeo adequada 80

432 Comparaccedilatildeo com outros exeacutercitos 82

433 Caracteriacutesticas dos meios 91

434 Quantidade de VBE por BE Cmb 96

5 CONCLUSAtildeO E RECOMENDACcedilOtildeES 99

REFEREcircNCIAS 103

APEcircNDICE A - QUESTIONAacuteRIO DESTINADO AOS COMANDANTES E EX-COMANDANTES DOS REGIMENTOS DAS BRIGADAS DE CAVALARIA MECANIZADA 109

APEcircNDICE B - QUESTIONAacuteRIO DESTINADO AOS COMANDANTES E EX-COMANDANTES DAS COMPANHIAS DE ENGENHARIA MECANIZADA 120

APEcircNDICE C - QUESTIONAacuteRIO DESTINADO AOS MILITARES DE ENGENHARIA COM CURSO DE COMANDANTE DE SUBUNIDADE NA ALEMANHA OU ESTADOS UNIDOS 131

APEcircNDICE D - QUESTIONAacuteRIO DESTINADO INSTRUTORES DO CENTRO DE INSTRUCcedilAtildeO DE BLINDADOS COM CURSO DE COMANDANTE DE SUBUNIDADE NA ALEMANHA OU ESTADOS UNIDOS 143

APEcircNDICE E - PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL 150

ANEXO A ndash NCD NR 022016 151

ANEXO B ndash NOTA COMPLEMENTAR Agrave NCD NR 022016 160

10

1 INTRODUCcedilAtildeO

Os novos manuais doutrinaacuterios publicados a partir do ano de 2014

reformularam as bases da doutrina do Exeacutercito Atraveacutes deles a Doutrina Militar

Terrestre (DMT) ratificou alguns conceitos jaacute existentes mas trouxe novos que devem

ser entendidos e incorporados agraves capacidades da forccedila a fim de acompanhar a

evoluccedilatildeo do combate mundial

O conhecimento de conceitos como Operaccedilatildeo de Amplo Espectro (atuaccedilatildeo

simultacircnea ou sucessiva em Operaccedilotildees Ofensivas Defensivas de Pacificaccedilatildeo e de

Apoio a Oacutergatildeos Governamentais) permite entender quais satildeo as capacidades que

devem ser almejadas pelas Brigadas Mecanizadas (Bda Mec) consideradas Grandes

Unidades (GU) vocacionadas para essa Operaccedilatildeo Destas GU destacam-se as de

Cavalaria Mecanizada que segundo o Manual de DMT tem a aptidatildeo agraves missotildees de

Reconhecimento Vigilacircncia e Seguranccedila

As Brigadas de Cavalaria Mecanizada apresentam limitaccedilotildees como a

vulnerabilidade a ataques aeacutereos a sensibilidade ao largo emprego de minas e

obstaacuteculos artificiais e mobilidade restrita em terrenos montanhosos arenosos

pedregosos cobertos e pantanosos aleacutem de sua restriccedilatildeo agraves condiccedilotildees

meteoroloacutegicas adversas e com grande dependecircncia de uso de rede rodoviaacuteria

conforme discriminado pelo manual C 2-30 - Brigada de Cavalaria Mecanizada

(BRASIL 2000 p 1-4)

Tais limitaccedilotildees afetam principalmente a mobilidade da Bda em Operaccedilotildees

Ofensivas na qual os RC Mec (Brasil 2000 p 1-14) estatildeo mais capacitados a

executar as operaccedilotildees altamente moacuteveis as manobras de flanco o aproveitamento

do ecircxito e a perseguiccedilatildeo Por sua vez o RCB que por suas caracteriacutesticas eacute o

elemento de manobra mais eficaz para conduzir as operaccedilotildees ofensivas e defensivas

continuadas da Bda apresenta uma seacuterie de restriccedilotildees na sua capacidade de

manobra diminuindo sua eficaacutecia e eficiecircncia no emprego do fogo do combate

aproximado e da accedilatildeo de choque

Para reduzir as limitaccedilotildees das Brigadas de Cavalaria Mecanizada na mobilidade

contramobilidade e proteccedilatildeo as Companhia de Engenharia de Combate Mecanizada

(Cia E Cmb Mec) empregam os Pelototildees de Engenharia de Combate Mecanizado

(Pel E Cmb Mec) conforme Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 de 31 de

maio de 2016 As Estruturas de Engenharia no Teatro de Operaccedilotildees (documento de

11

caraacuteter experimental portanto natildeo definitivo) a fim de atender agraves necessidades

miacutenimas dos Regimentos de Cavalaria Mecanizado (RC Mec) e Regimento de

Cavalaria Blindado (RCB)

As atribuiccedilotildees que a Engenharia tem para com seus elementos apoiados se

apresentam da seguinte forma

A Engenharia tem como missatildeo principal apoiar com as vertentes do

combate e construccedilatildeo os elementos de emprego da F Ter nas operaccedilotildees

desencadeadas no amplo espectro dos conflitos Participa das Funccedilotildees de

Combate Movimento e Manobra proporcionando mobilidade agraves armas-base

e contra-mobilidade ao inimigo Proteccedilatildeo aos oacutergatildeos e estruturas de

combate Logiacutestica em diversas atividades dentre outras (BRASIL 2014 p

6-3)

Nesta uacuteltima deacutecada concomitantemente com a atualizaccedilatildeo doutrinaacuteria novos

Materiais de Emprego Militar (MEM) foram distribuiacutedos em diversas OM do Brasil

frutos de Projetos Estrateacutegicos do Exeacutercito (PEE) alterando suas capacidades e

limitaccedilotildees Dentre eles destaca-se para as tropas de natureza blindada o Projeto

Leopard o qual levou agrave troca dos Carros de Combate (CC) M41 pelas Viatura Blindada

de Combate Carro de Combate Leopard 1 A5 BR (VBCCC Leopard 1 A5 BR) desde

2009

Para as tropas mecanizadas o principal impacto foi causado pelo Projeto

Guarani o qual jaacute modernizou a frota de algumas Organizaccedilotildees Militares (OM) com

esta Viatura Blindada de Transporte de Pessoal Meacutedia de Rodas (VBTP-MR) a qual

estaacute em fase de produccedilatildeo e entrega Concomitantemente com a produccedilatildeo dessas

viaturas estatildeo sendo desenvolvidos protoacutetipos e adquiridos materiais para o

desenvolvimento dos demais componentes da Nova Famiacutelia de Blindados Sobre

Rodas Guarani (NFBSR)

O presente trabalho tem por objetivo analisar as Capacidades Operativas que

os elementos de engenharia deveratildeo possuir considerando os reflexos da evoluccedilatildeo

doutrinaacuteria e dos novos Materiais de Emprego Militar para apoiar a mobilidade dos

Regimentos de Cavalaria Mecanizada e Regimentos de Cavalaria Blindado

empregados em primeiro escalatildeo por uma Brigada de Cavalaria Mecanizada na

Operaccedilatildeo de Aproveitamento do Ecircxito (Apvt Ecircxi) (BRASIL 2014 p 7-2)

12

O objetivo geral do presente estudo eacute partindo do estudo das Capacidades da

Cia E Cmb Mec analisar no acircmbito da mobilidade as necessidades miacutenimas e

imediatas dos elementos a serem empregados em primeiro escalatildeo Baseado nessa

anaacutelise busca-se apresentar uma proposta de adequaccedilatildeo do apoio prestado pela Cia

E Cmb Mec no Aproveitamento do Ecircxito (Apvt Ecircxi)

11 PROBLEMA

Em manual datado de 1989 C 5-10 - Apoio de Engenharia no Escalatildeo Brigada

e reeditado em 2000 consta a missatildeo organizaccedilatildeo atribuiccedilotildees equipamentos e

forma de emprego do pelotatildeo de engenharia de combate O manual C 5-1 - Emprego

da Engenharia datado de 1999 em sua 3ordf ediccedilatildeo caracteriza o Pel E Cmb como o

elemento responsaacutevel por prestar apoio aos elementos em primeiro escalatildeo da Bda C

Mec

A Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 (NCD Nr 0216) trouxe a

atualizaccedilatildeo de alguns conceitos modificando inclusive o escalatildeo de apoio de

engenharia agraves Brigadas Blindadas e de Infantaria Mecanizada (Bda Inf Mec)

passando do valor subunidade (Companhia) para unidade (Batalhatildeo)

Nesta mesma NCD poreacutem foi mantido o estabelecido nos dois manuais citados

acima ratificando que uma Cia E Cmb Mec constituiacuteda por 3 Pel E Cmb Mec eacute o

elemento de apoio aos Regimentos da Bda

O Comandante da Cia E Cmb Mec denominado engenheiro da brigada ao

empregar pelototildees em reforccedilo restringe sua capacidade de realizar um apoio

suplementar a esses pelototildees e de realizar trabalhos em prol da proacutepria companhia

dos demais elementos da brigada e do apoio ao conjunto (mais de um elemento)

Aleacutem disso por sua limitaccedilatildeo em meios na realizaccedilatildeo de trabalhos o Pel E Cmb

na maioria de suas missotildees eacute reforccedilado por equipagens e equipamentos pelo Pelotatildeo

de Equipagem de Assalto e pelo Pelotatildeo de Engenharia de Apoio Esses poreacutem natildeo

possuem materiais adequados reforccedilar os pelototildees de engenharia de combate

Face ao exposto formulou-se o seguinte problema Em que medida a

Companhia de Engenharia de Combate Mecanizada tem capacidade de atender agraves

necessidades miacutenimas dos elementos empregados em primeiro escalatildeo de uma Bda

C Mec no Aproveitamento do Ecircxito no que tange agrave mobilidade

13

12 OBJETIVOS

O presente trabalho tem por objetivo analisar as Capacidades Operativas que

os elementos de engenharia deveratildeo possuir considerando os reflexos da evoluccedilatildeo

doutrinaacuteria e dos novos Materiais de Emprego Militar para apoiar a mobilidade dos

Regimentos de Cavalaria Mecanizada e Regimentos de Cavalaria Blindado

empregados em primeiro escalatildeo por uma Brigada de Cavalaria Mecanizada na

Operaccedilatildeo de Aproveitamento do Ecircxito

Com o intuito de conduzir o estudo para uma soluccedilatildeo foram elencados os

seguintes objetivos especiacuteficos

a Apresentar os conceitos novos ou natildeo que sejam relevantes para a

exploraccedilatildeo do assunto

b Descrever a forma de emprego de uma Bda C Mec em Operaccedilotildees de

Aproveitamento do Ecircxito

c Descrever a organizaccedilatildeo e as caracteriacutesticas dos elementos empregados em

primeiro escalatildeo por uma Bda C Mec

d Descrever a organizaccedilatildeo caracteriacutesticas e forma de emprego em Operaccedilotildees

Ofensivas de uma Cia E Cmb Mec

e Descrever a organizaccedilatildeo caracteriacutesticas e missatildeo junto aos Pel E Cmb de

um Pelotatildeo de Engenharia de Apoio (Pel E Ap)

f Descrever a organizaccedilatildeo caracteriacutesticas e missatildeo junto aos Pel E Cmb de

um Pelotatildeo de Equipagem de Assalto (Pel Eq Ass)

g Descrever a organizaccedilatildeo caracteriacutesticas missatildeo possibilidades e limitaccedilotildees

do Pel E Cmb Mec

h Analisar a capacidade do Pel E Cmb Mec em atender agraves necessidades

miacutenimas dos regimentos de uma Brigada de Cavalaria Mecanizada em

Operaccedilotildees Ofensivas

i Apresentar viaturas especiais de engenharia disponiacuteveis no mercado

mundial

j Analisar o emprego de uma engenharia de Bda do exeacutercito alematildeo e

estadunidense semelhante agrave Bda C Mec concluindo sobre a adequabilidade

do emprego realizado pelo exeacutercito brasileiro

14

k Apresentar uma proposta de apoio de engenharia capaz de atender agraves

necessidades miacutenimas de regimentos orgacircnicos de uma Bda C Mec

13 QUESTOtildeES DE ESTUDO

Atraveacutes da anaacutelise da capacidade de apoio de um Pel E Cmb orgacircnico de uma

Cia E Cmb Mec frente agraves necessidades de uma Brigada de Cavalaria Mecanizada agrave

luz dos novos manuais doutrinaacuterios projetos estrateacutegicos e dos meios de dotaccedilatildeo (ou

em aquisiccedilatildeo pelo Exeacutercito) seraacute analisada a adequabilidade desse apoio Para isso

foram relacionadas algumas questotildees de estudo listadas abaixo a fim de guiar o

trabalho ao objetivo proposto

a) quais os conceitos associados ao emprego e ao material satildeo necessaacuterios para

desenvolvimento de uma proposta adequada de organizaccedilatildeo da Cia E Cmb Mec

b) como a Brigada de Cavalaria Mecanizada eacute empregada em uma Operaccedilatildeo de

Aproveitamento do Ecircxito

c) como se caracterizam os elementos empregados em primeiro escalatildeo pela

Brigada de Cavalaria Mecanizada

d) como a Companhia de Engenharia de Combate Mecanizada das Brigadas de

Cavalaria Mecanizadas satildeo empregadas em Operaccedilotildees Ofensivas

e) como se caracterizam os elementos empregados em primeiro escalatildeo pela

Companhia de Engenharia de Combate Mecanizada

f) quais os meios que disponiacuteveis atualmente para o Pelotatildeo de Engenharia de

Combate Mecanizado apoiar os Regimentos empregados em primeiro escalatildeo no

Aproveitamento do Ecircxito

g) quais os materiais disponiacuteveis no mundo necessaacuterios para atribuir capacidade

de junto aos Regimentos em um Aproveitamento do Ecircxito

h) como eacute prestado o apoio de engenharia em outros paiacuteses a tropas que

possuam organizaccedilatildeo semelhante agrave da Brigada de Cavalaria Mecanizada

i) qual a sugestatildeo de emprego da engenharia de brigada para que seja realizado

um apoio adequado que atenda agraves necessidades miacutenimas dos regimentos orgacircnicos

da Bda C Mec

14 JUSTIFICATIVAS

15

Este trabalho justifica-se pela necessidade de ser avaliada a manutenccedilatildeo ou natildeo

da capacidade da Cia E Cmb Mec frente agraves mudanccedila relacionadas agraves caracteriacutesticas

apresentadas pelos novos cenaacuterios mundiais e pela evoluccedilatildeo do material utilizado

pelo Exeacutercito Brasileiro advindo dos Projetos Leopard e Guarani a fim de

acompanhar o Processo de Transformaccedilatildeo do Exeacutercito Brasileiro que estaacute em

desenvolvimento atualmente

Tal justificativa encontra-se alinhada com os objetivos do Projeto Estruturante

Novo Sistema de Engenharia (PENSE) concebido pelo EME em 2014 o qual teve a

Diretriz de Implantaccedilatildeo aprovada pela Portaria Nordm 031-EME de 26 de fevereiro de

2018

O objetivo decisivo do programa estaacute centrado nos pilares de sustentaccedilatildeo da

capacidade operacional da Engenharia quais sejam a obtenccedilatildeo do Material de

Engenharia adequado e suficiente o desenvolvimento e a atualizaccedilatildeo da doutrina e a

capacitaccedilatildeo de pessoal

A inovaccedilatildeo dos MEM bem como a transformaccedilatildeo doutrinaacuteria demandam

anaacutelises retificaccedilatildeo e ratificaccedilatildeo de conceitos quebra de paradigmas e uma busca

pelo reequiliacutebrio entre as capacidades e necessidades geradas

Com o intuito de corroborar com a evoluccedilatildeo do Sistema Engenharia tendo em

vista a modernizaccedilatildeo doutrinaacuteria e dos novos MEM este trabalho buscaraacute analisar

as Capacidades Operativas desejaacuteveis a fim de propor uma adequaccedilatildeo de apoio de

engenharia na mobilidade dos RC Mec e RCB orgacircnicos de uma Bda C Mec no

Aproveitamento do Ecircxito

Com essa adequaccedilatildeo busca-se dar efetividade agrave doutrina atinente agrave

Engenharia da Brigada tornando-a atual e compatiacutevel com as necessidades dos

elementos apoiados principalmente exequiacutevel e efetiva

16

2 METODOLOGIA

Nesta seccedilatildeo estaacute detalhada a forma que a pesquisa foi dirigida a fim de

atender aos objetivos especiacuteficos os quais visaram desenvolver uma soluccedilatildeo

adequada ao objetivo geral atraveacutes do desenvolvimento de respostas agraves questotildees

de estudo levantadas

Por meio do estudo das possibilidades e limitaccedilotildees da Companhia de

Engenharia de Combate Mecanizada buscou-se apresentar uma anaacutelise da

capacidade de atender agraves necessidades dos elementos empregados em primeiro

escalatildeo pelas Bda C Mec e sugerir uma proposta de adequaccedilatildeo de sua forma de

emprego e do material necessaacuterio

Para atingir esses objetivos a metodologia foi dividida em objeto formal de

estudo amostra e delineamento de pesquisa

21 OBJETO FORMAL DE ESTUDO

O presente trabalho eacute classificado quanto agrave sua forma de abordagem

qualitativa e ao seu objetivo geral como exploratoacuteria e descritiva A sua finalidade eacute

desenvolver uma proposta de adequaccedilatildeo do apoio prestado pela Companhia de

Engenharia de Combate aos Regimentos de uma Brigada de Cavalaria Mecanizada

em Operaccedilotildees Ofensivas por meio do estudo especiacutefico das capacidades

operativas da Cia E Cmb Mec em operaccedilotildees de Aproveitamento do Ecircxito face agrave

evoluccedilatildeo doutrinaacuteria presente na publicaccedilatildeo dos novos manuais doutrinaacuterios

publicados a partir de 2014 e dos MEM frutos dos Projetos Estrateacutegicos Leopard e

Guarani

Para atingir esse objetivo seraacute descrita a doutrina em vigor relacionada agrave Bda

C Mec e agrave Cia E Cmb que a apoia e analisados os reflexos da transformaccedilatildeo

doutrinaacuteria ocorrida nos uacuteltimos anos (de 2014 a 2017) e da aquisiccedilatildeo de novos

MEM

Com base na anaacutelise das capacidades e limitaccedilotildees seraacute proposta uma soluccedilatildeo

de adequaccedilatildeo do apoio de engenharia que atribua capacidade de emprego de

acordo com a doutrina baseado na bibliografia vigente e atualizado com base no

emprego de exeacutercitos de outros paiacuteses e no material disponiacutevel no mundo

atualmente

17

Para a pesquisa a variaacutevel ldquoCapacidades Operativas da Companhia de

Engenharia de Combate Mecanizada no Aproveitamento do Ecircxitordquo que analisou

as capacidades em material e de acordo com a organizaccedilatildeo atuais da Companhia

no apoio agrave mobilidade no aproveitamento do ecircxito foi considerada a variaacutevel

independente

Atraveacutes desta procurou-se estudar modificaccedilotildees que influenciassem

significativamente sobre a dependente ldquoApoio de Engenharia aos Regimentos de

uma Brigada de Cavalaria Mecanizadardquo a fim de adequar o apoio prestado aos

regimentos durante a Operaccedilatildeo de Aproveitamento do Ecircxito pela engenharia da

brigada

A relaccedilatildeo entre a variaacutevel dependente e independente eacute alterada pelo fator

ldquoNecessidades Miacutenimas dos Regimentosrdquo que satildeo as necessidades de trabalhos

de engenharia aos regimentos existentes apoacutes a modernizaccedilatildeo do material e

doutrina nacionais no que tange agrave Operaccedilatildeo de Aproveitamento do Ecircxito

211 Definiccedilatildeo conceitual das variaacuteveis

ldquoCapacidades Operativas da Companhia de Engenharia de Combate no

Aproveitamento do Ecircxitordquo variaacutevel independente pode ser definida como a

anaacutelise agraves capacidades atuais da Cia E Cmb Mec para emprego do Pel E Cmb em

uma Operaccedilatildeo de Aproveitamento do Ecircxito em apoio ao Rgt de uma Bda C Mec

Para isso foi analisado por meio dos questionaacuterios ldquoArdquo e ldquoBrdquo a adequabilidade

da organizaccedilatildeo da Cia E Cmb Mec para apoio aos regimentos de uma Brigada de

Cavalaria Mecanizada e do material disponiacutevel para apoiaacute-los na mobilidade em uma

Operaccedilatildeo de Aproveitamento do Ecircxito

A variaacutevel ldquoApoio de Engenharia aos Regimentos de uma Brigada de

Cavalria Mecanizadardquo pode ser definida como a sugestatildeo doutrinaacuteria para atender

agrave luz dos novos conceitos e fundamentos e materiais as necessidades dos

Regimentos

Por meio das respostas dos questionaacuterio ldquoArdquo ldquoBrdquo ldquoCrdquo e ldquoDrdquo chegou-se a uma

organizaccedilatildeo adequada e atual quando comparada com outros exeacutercitos permitindo

a melhoria do emprego da engenharia no emprego junto aos regimentos de uma

Brigada de Cavalaria Mecanizada

18

Os referidos questionaacuterios tambeacutem permitiram a anaacutelise das caracteriacutesitcas dos

meios e a quantidade de viaturas necessaacuterias para o apoio de engenharia da

brigada na abertura de passagem em obstaacuteculos durante uma Operaccedilatildeo de

Aproveitamento do Ecircxito

Para a variaacutevel interveniente foi considerada as Necessidades Miacutenimas dos

Regimentos no que se refere a apoio de engenharia as quais foram apresentadas

na revisatildeo de literatura reforccedilada pelas respostas presentes nos citados

questionaacuterios cujas respostas foram analisadas individualmente

Esta anaacutelise porcurou confirmar ou refutadar os comentaacuterios presentes nos

questionaacuterios de acordo com as informaccedilotildees encontradas na proacutepria bibliografia

estudada e no Treinamento Taacutetico em Ambiente Virtual (TTAV) realizado no Centro

de Instruccedilatildeo de Blindados

212 Definiccedilatildeo operacional das variaacuteveis

Nos Quadros 1 e 2 estatildeo expostos a dimensatildeo os indicadores e a forma de

mediccedilatildeo das variaacuteveis independente e dependente a fim de permitir uma

visualizaccedilatildeo de como seratildeo abordados no presente estudo

VARIAacuteVEL

INDEPENDENTE DIMENSAtildeO INDICADORES FORMA DE MEDICcedilAtildeO

Capacidades

Operativas da Cia

E Cmb no Apvt

Ecircxi

Emprego no

apoio aos Rgt

da Bda C

Mec

Adequabilidade

da organizaccedilatildeo

Questotildees Nr 1 e 2 (Apd A)

e Nr 1 e 2 (Apd B)

Material para

apoio agrave

mobilidade

Adequabilidade

do material

Questotildees Nr 3 (Apd A) e

Nr 3 (Apd B)

QUADRO 1 - Definiccedilatildeo operacional da Variaacutevel Independente Capacidades Operativas da Cia E Cmb Mec no Apvt Ecircxi Fonte O autor

19

VARIAacuteVEL

DEPENDENTE DIMENSAtildeO INDICADORES FORMA DE MEDICcedilAtildeO

Apoio de

Engenharia aos

Rgt de uma Bda

C Mec

Emprego da

engenharia

Organizaccedilatildeo

adequada

Questotildees 6 e 7 (Apd A)

questotildees 6 e 7 (Apd B)

Comparaccedilatildeo com

outros exeacutercitos

Questatildeo 1 2 e 3 (Apd C) e

questatildeo 1 2 e 3 (Apd D)

Material para

abertura de

passagem em

obstaacuteculo

Caracteriacutesticas dos

meios

Questotildees 4 e 5 (Apd A)

questotildees 4 e 5 (Apd B)

questatildeo 4 e 5 (Apd C) e

questatildeo 4 e 5 (Apd D)

Quantidade de

viaturas Questatildeo 6 (Apd C)

QUADRO 2 - Definiccedilatildeo operacional da Variaacutevel Dependente Apoio de Engenharia aos Rgt da Bda C Mec Fonte O autor

213 Alcances e Limites

Para a anaacutelise das operaccedilotildees ofensivas foram excluiacutedos os tipos de

Reconhecimento em Forccedila Perseguiccedilatildeo Ataque de Oportunidade e Marcha para o

Combate O objetivo do autor foi dar ecircnfase aos trabalhos de mobilidade com

emprego dos pelototildees de forma descentralizada Desta forma o pelotatildeo que

acompanha o regimento precisa conduzir todo o material necessaacuterio natildeo sendo

adequado solicitar apoio agrave companhia devido a sua distacircncia e necessidade de

acompanhamento da velocidade das operaccedilotildees

Nesse sentido foi escolhido o estudo da Operaccedilatildeo de Aproveitamento do

Ecircxito situaccedilatildeo que o Pelotatildeo encontra-se normalmente empregado na situaccedilatildeo de

comando reforccedilo

O sistema Engenharia constituiacutedo por material pessoal e doutrina visa

proporcionar aos elementos apoiados mobilidade contramobilidade proteccedilatildeo e

apoio geral Dentre estes foram abordados neste estudo o apoio agrave mobilidade

20

situaccedilatildeo onde a falta de meios especiais junto aos pelototildees eacute mais niacutetida deixando

de ser trabalhados contramobilidade proteccedilatildeo e apoio geral

Na mobilidade o estudo abarcou trabalhos de abertura de passagens em

obstaacuteculos transposiccedilatildeo de curso de aacutegua obstaacuteculo conservaccedilatildeo e reparaccedilatildeo de

vias e estradas e desorganizaccedilatildeo de posiccedilotildees organizadas do inimigo trabalhos os

quais podem ser realizados por viaturas blindadas especiais Excluiu-se portanto o

estudo da transposiccedilatildeo de curso de aacutegua de vulto ou grande vulto que exigem o

apoio de escalotildees superiores agrave brigada a navegaccedilatildeo e o reconhecimento

Como a Cia E Cmb Mec desdobra seus trabalhos normalmente em toda aacuterea

da Bda o estudo limitou-se aos realizados em prol dos elementos em primeiro

escalatildeo (os regimentos de cavalaria) excluindo o estudo dos trabalhos de apoio ao

conjunto e suplementar

Para tal os meios a serem analisados foram limitados aos de emprego

imediato pelos pelototildees ou seja que seja de dotaccedilatildeo ou passados em reforccedilo ao

pelotatildeo Um exemplo de meio incluiacutedo foi uma Ponte de Pequena Brecha (Pnt P

Bre) pois pode ser transportada por reboque ou por uma viatura blindada Em

contrapartida foi excluiacutedo o estudo do emprego de portada pesada tendo em vista

que a mesma natildeo tem emprego em transposiccedilatildeo imediata mas preparada

22 AMOSTRA

As pesquisas as quais foram enviadas por endereccedilo eletrocircnico atraveacutes de

consulta aos e-mails cadastrados no DGP buscaram abranger em caraacuteter

voluntaacuterio militares que tivessem conhecimentos ligados ao tema

Enquanto algumas pesquisas procuraram abranger militares que tiveram

experiecircncia no emprego do apoio de engenharia (como cliente ou como fornecedor)

outras pesquisas buscaram militares especializados no emprego de blindados e por

fim pesquisas que exploraram a experiecircncia de militares que realizaram curso de

comandante de subunidade no exterior confrontando o questionamento com os

conhecimentos e experiecircncias vividas nos Estados Unidos e na Alemanha

Os questionaacuterios elaborados embora tenha como universo apenas militares

com posto acima de capitatildees aperfeiccediloados natildeo procuraram levar em consideraccedilatildeo

a experiecircncia nos respectivos postos mas a experiecircncia dos mesmos na funccedilatildeo que

exercem ou exerciam ou nos conhecimentos adquiridos no exterior

21

Desta forma foi considerado irrelevante a descriccedilatildeo dos mesmos

considerando apenas as respostas por grupo os quais tiveram por objetivo

demonstrar os diferentes posicionamentos em relaccedilatildeo ao assunto em pauta

Com isso os referidos militares foram divididos em quatro grupos conforme

descrito abaixo

a comandantes e ex-comandantes de regimento de cavalaria de uma Brigada

de Cavalaria Mecanizada

b comandantes e ex-comandantes de Companhia de Engenharia de Combate

Mecanizada de uma Brigada de Cavalaria Mecanizada

c oficiais de engenharia que tenham realizado curso de Comandante de

Subunidade nos Estados Unidos ou na Alemanha

d oficiais na funccedilatildeo de instrutor do Centro de Instruccedilatildeo de Blindados que

tenham realizado curso de Comandante de Subunidade nos Estados

Unidos ou na Alemanha

23 DELINEAMENTO DA PESQUISA

O delineamento da pesquisa teve uma abordagem qualitativa em que o estudo

das relaccedilotildees entre variaacutevel dependente (Capacidades Operativas da Cia E Cmb Mec

no Aproveitamento do Ecircxito) e independente (Apoio de Engenharia aos Regimentos

de uma Bda C Mec) eacute indissociaacutevel e natildeo pode ser traduzida por nuacutemeros

(Rodrigues 2006 p 36)

O meacutetodo de abordagem utilizado foi o indutivo fundamentado na experiecircncia

e construiacutedo a partir da observaccedilatildeo de casos da realidade concreta (Rodrigues

2006 p 29) do emprego do Pel E Cmb Mec apresentados neste trabalho por meio

de situaccedilotildees particulares e anaacutelise de questionaacuterios e procedimento experimental

realizado pela Seccedilatildeo de Simulaccedilatildeo do Centro de Instruccedilatildeo de Blindados

Para responder ao objetivo geral a pesquisa foi abordada de forma descritiva

contando com a experiecircncia do autor que descreveu a relaccedilatildeo entre as variaacuteveis e

contribuiu com a descriccedilatildeo doutrinaacuteria atraveacutes de pesquisa bibliograacutefica

231 Procedimentos para revisatildeo de literatura

22

Com o objetivo de responder ao problema do trabalho foram realizados os

seguintes procedimentos metodoloacutegicos descritos abaixo

2311 Fontes de busca

Foram utilizados como fontes para descriccedilatildeo do conhecimento doutrinaacuterio que

influencia no emprego da Cia E Cmb Mec e para a construccedilatildeo da proposta do

trabalho manuais monografias dissertaccedilotildees e artigos cientiacuteficos (nacionais dos

Estados Unidos e da Alemanha) livros e Notas de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria (NCD)

2312 Estrateacutegia de busca para as bases de dados

Com a finalidade de estabelecer paracircmetros doutrinaacuterios foram selecionados

documentos que contribuam para o direcionamento e limitaccedilatildeo para uma proposta

mais adequada

Foram realizadas buscas por dados em siacutetios eletrocircnicos na internet como

Google sendo selecionadas dentre os resultados obtidos as paacuteginas oficiais de

instituiccedilotildees como instruccedilotildees trabalhos perioacutedicos e documentos nacionais e

estrangeiros e em estabelecimentos de ensino como Escola de Aperfeiccediloamento

de Oficiais e Centro de Instruccedilatildeo de Blindados

2313 Criteacuterios de inclusatildeo

Foram selecionados documentos de caraacuteter qualitativo em portuguecircs inglecircs e

alematildeo que estivessem relacionados ao emprego de pelotatildeo de engenharia em

apoio a tropas dotadas de meios blindados e mecanizados nas Operaccedilotildees

Ofensivas

Tambeacutem foram incluiacutedos documentos relacionados aos materiais e programas

de aquisiccedilatildeo de materiais relacionados agraves tropas blindadas e mecanizadas

2314 Criteacuterios de exclusatildeo

23

Dos documentos selecionados foram excluiacutedos os manuais revogados os

documentos que natildeo abrangem tropa blindada ou mecanizada e os que natildeo estatildeo

relacionados com Operaccedilotildees Ofensivas

232 Procedimentos Metodoloacutegicos

Com o propoacutesito de coletar dados e opiniotildees sobre o assunto no que tange ao

emprego em pessoal e material do Pel E Cmb em Operaccedilotildees Ofensivas foram

enviados eletronicamente questionaacuterios aos grupos conforme criteacuterios

anteriormente elencados

Concomitantemente foi realizada a coleta de dados da bibliografia relacionada

e com os dados coletados por meio dos questionaacuterios gerando a base para a

proposta de adequaccedilatildeo de apoio da Cia E Cmb Mec

233 Procedimentos Experimental

O procedimento experimental foi realizado no Centro de Instruccedilatildeo de

Blindados o qual realiza anualmente o Treinamento Taacutetico em Ambiente Virtual

com as brigadas mecanizadas e blindadas

Neste ano foi realizado o treinamento com a 3ordf Brigada de Cavalaria

Mecanizada a qual empregou seus Quadros em ambiente virtual confeccionado

pelo Chefe da Seccedilatildeo de Simuladores

A proposta inicial era empregar uma Bda C Mec em um Aproveitamento do

Ecircxito reforccedilada por um Pel E dotado de Viaturas Blindadas Especiais Entretanto o

exerciacutecio visava o treinamento em uma operaccedilatildeo de Movimento Retroacutegrado o que

embora natildeo tenha sido a situaccedilatildeo ideal natildeo prejudicou o resultado pois o principal

objetivo natildeo foi o emprego em si mas a capacidade de acompanhamento da

velocidade das viaturas dos regimentos mecanizados

234 Instrumentos

Os questionaacuterios enviados a 5 (cinco) grupos conforme anteriormente

definidos tiveram por objetivo principal identificar a opiniatildeo dos especialistas sobre

24

os aspectos relativos ao apoio de engenharia aos elementos de emprego em

primeiro escalatildeo de uma Brigada de Cavalaria Mecanizada bem como analisar as

necessidades em material e a possibilidade de emprego para atender as

necessidades miacutenimas imediatas dos Regimentos

Assim buscou-se uma reflexatildeo sobre o assunto que fosse rica em sugestotildees

e dados qualitativos para fundamentar uma sugestatildeo baseada em conhecimentos e

experiecircncias distintos

2341 Elaboraccedilatildeo dos questionaacuterios

Tendo em vista o caraacuteter qualitativo da presente pesquisa buscou-se a

confecccedilatildeo de questionaacuterios com questotildees fechadas poreacutem com espaccedilo para

discussatildeo e geraccedilatildeo de sugestotildees sobre o tema

O preacute-teste foi aplicado em militares que jaacute tinham sido instrutores do Centro

de Instruccedilatildeo de Blindados que pelo conhecimento sobre blindados sobre rodas e

sobre lagartas envolvimento em exerciacutecios de simulaccedilatildeo virtual e no terreno e

experiecircncia no exterior apresentam condiccedilotildees de orientar corrigir ou incrementar as

questotildees propostas

2342 Questionaacuterio destinado aos oficiais em funccedilatildeo de desenvolvimento coordenaccedilatildeo ou chefia do Projeto Guarani

Pretendeu-se por meio da relaccedilatildeo desses militares com o assunto obter uma

anaacutelise do projeto inicial Guarani os objetivos buscados para compra dos

implementos dessa viatura e anaacutelise das capacidades que se espera atingir com o

projeto para que ao final da presente pesquisa a sugestatildeo esteja alinhada ao

projeto Guarani

2343 Questionaacuterio destinado aos comandantes e ex-comandantes de regimento de cavalaria de uma Brigada de Cavalaria Mecanizada (Apecircndice A)

25

Esse questionaacuterio buscou realizar do ponto de vista do cliente da engenharia

da brigada a anaacutelise da capacidade de apoio de engenharia empregada atualmente

nas Bda C Mec e identificar uma forma adequada de organizaccedilatildeo e emprego desse

apoio Da mesma forma foi procurado identificar meios necessaacuterios e apresentar

uma soluccedilatildeo para o apoio a tropas que empregam viaturas sobre rodas e sobre

lagartas analisando seus impactos no emprego e na logiacutestica

2344 Questionaacuterio destinado aos comandantes e ex-comandantes de regimento de cavalaria de uma Brigada de Cavalaria Mecanizada (Apecircndice B)

Esse questionaacuterio buscou realizar do ponto de vista do fornecedor do apoio

de engenharia a anaacutelise da capacidade de apoio de engenharia empregada

atualmente nas Bda C Mec e identificar uma forma adequada de organizaccedilatildeo e

emprego desse apoio Da mesma forma foi procurado identificar meios necessaacuterios

e apresentar uma soluccedilatildeo para o apoio a tropas que empregam viaturas sobre rodas

e sobre lagartas analisando seus impactos no emprego e na logiacutestica

2345 Questionaacuterio destinado aos oficiais de engenharia que tenham realizado curso de Comandante de Subunidade nos Estados Unidos ou na Alemanha (Apecircndice C)

Com base na experiecircncia desses militares buscou-se analisar soluccedilotildees para

adequaccedilatildeo do apoio e emprego de tropas e meios de engenharia a fim de capacitar

a engenharia da brigada ao apoio imediato aos Regimentos da Bda C Mec

2346 Questionaacuterio destinado aos oficiais na funccedilatildeo de instrutor do Centro de Instruccedilatildeo de Blindados que tenham realizado curso de Comandante de Subunidade nos Estados Unidos ou na Alemanha (Apecircndice D)

Com base na experiecircncia desses militares buscou-se analisar soluccedilotildees para

adequaccedilatildeo do apoio e emprego de tropas e meios de engenharia a fim de capacitar

a engenharia da brigada ao apoio imediato aos Regimentos da Bda C Mec

26

As respostas e sugestotildees apresentadas nessas questotildees proporcionaratildeo

ratificaratildeo ou retificaratildeo das ideias iniciais apresentadas no trabalho conduzindo o

autor a uma proposta amparada na experiecircncia e conhecimentos de diferentes

especialistas

235 Anaacutelise dos Dados

Os dados resultantes dos questionaacuterios contribuiram para questionamento e

reforccedilo das ideias inicialmente apresentadas por meio da experiecircncia nas funccedilotildees

de comandantes no emprego de tropas mecanizadas e blindadas e com

conhecimento do emprego de tropas americanas e alematildes

2351 Tabulaccedilatildeo dos dados

Os dados seratildeo categorizados quanto aos aspectos organizacionais

materiais de emprego e logiacutestica por meio do levantamento das diversas amostras

que compotildeem a presente pesquisa

A codificaccedilatildeo e tabulaccedilatildeo seguiraacute a verificaccedilatildeo da correta compreensatildeo dos

questionaacuterios por parte dos participantes e se as respostas foram transcritas de

forma coerente e com linguagem compreensiacutevel

As questotildees fechadas foram diretamente tabuladas dentro do universo de

determinado puacuteblico-alvo Para isso foram estabelecidos graacuteficos como recurso de

representaccedilatildeo dos resultados e analisados por processo de teacutecnica de anaacutelise

estatiacutestica inferencial

Os comentaacuterios foram posicionados apoacutes a apresentaccedilatildeo dos graacuteficos de

forma a permitir a anaacutelise do conteuacutedo qualitativo apresentado sendo os dados

analisados por processo de teacutecnica de anaacutelise estatiacutestica descritiva

Ao final de cada resultado das anaacutelises das questotildees foram apresentadas as

conclusotildees parciais referente ao respectivo questionaacuterio

27

3 REVISAtildeO DE LITERATURA

O conjunto de ideias e entendimentos que define ordena distingue e qualifica

as atividades de organizaccedilatildeo preparo e emprego das Forccedilas Armadas deve ser

harmocircnico de acordo com a definiccedilatildeo de Doutrina Militar (BRASIL 2014 p 1-1)

Com este propoacutesito evoluccedilotildees doutrinaacuterias buscam equilibrar as capacidades

atuais do Exeacutercito com as necessidades projetadas para futuras operaccedilotildees mantecirc-

lo adequado ao futuro imediato em termos de desenvolvimento organizacional

intelectual e tecnoloacutegico (EUA 2011 p ix traduccedilatildeo do autor)

Para que o Exeacutercito acompanhe a transformaccedilatildeo que ocorre na Era do

Conhecimento periacuteodo atual marcado pela raacutepida geraccedilatildeo e obsolescecircncia do

conhecimento essa harmonia deve ser constantemente analisada e retificada

(BRASIL 2014 p 1-1)

A duacutevida quanto agrave efetiva capacidade de uma forccedila em cumprir a missatildeo a que

se destina origina-se da desarmonia entre sua doutrina e emprego (fruto da

ineficiecircncia de um MEM por exemplo) o que deve ser uma premissa satisfatoacuteria

para motivar estudos que contribuam para o alcance da maacutexima prontidatildeo

operativa

Este estudo deve para tanto ser analisado por meio dos fatores

determinantes interrelacionados e indissociaacuteveis doutrina organizaccedilatildeo

adestramento material educaccedilatildeo pessoal e infraestrutura (DOAMEPI) os quais

contribuem para o desenvolvimento de uma das capacidades prioritaacuterias para a F

Terr a efetividade da doutrina (BRASIL 2014 p 3-3)

A fim de facilitar o entendimento esta seccedilatildeo estaacute dividida da seguinte forma

Consideraccedilotildees iniciais onde seratildeo abordados os fundamentos baacutesicos para

entendimento de conceitos que permeiam o assunto contribuindo para uma correta

avaliaccedilatildeo e desenvolvimento de uma soluccedilatildeo doutrinariamente harmoniosa Brigada

de Cavalaria Mecanizada onde seratildeo abordadas as necessidades de apoio de

engenharia nas Operaccedilotildees de Aproveitamento do Ecircxito Companhia de Engenharia

de Combate Mecanizada onde seratildeo apresentadas as caracteriacutesticas de seu

emprego em Operaccedilotildees Ofensivas Materiais de Emprego Militar disponiacuteveis no

mundo para reforccedilo dos Pel E Cmb no apoio agrave mobilidade os quais podem ajustar

as capacidades das Cia E Cmb e por uacuteltimo seraacute analisado o emprego de tropas

28

semelhantes agraves Bda C Mec nos EUA e na Alemanha onde a engenharia de brigada

preste apoio agrave tropa mecanizada que tenha em sua constituiccedilatildeo elementos de

reconhecimento

31 CONSIDERACcedilOtildeES INICIAIS

As seguintes consideraccedilotildees iniciais satildeo importantes para uma anaacutelise precisa

da capacidade da Cia E Cmb Mec em apoiar os Regimentos da Bda C Mec na

mobilidade em operaccedilotildees ofensivas e consequentemente para a construccedilatildeo de

uma proposta satisfatoacuteria com o objetivo do trabalho

311 Operaccedilotildees de Aproveitamento do Ecircxito

As Operaccedilotildees Ofensivas satildeo operaccedilotildees decisivas que visam engajar forccedilas

superiores ao do inimigo em local e momento decisivos a fim de destruiacute-lo por

meio do fogo do movimento e da accedilatildeo de choque (BRASIL 2014 p 4-3) A accedilatildeo

de choque por sua vez deve ser entendida como o impacto psicoloacutegico causado

pelo carro de combate ao inimigo por meio do poder de fogo aparente

invulnerabilidade ruiacutedo e capacidade de transpor obstaacuteculos (BRASIL 2016 p 29)

Dentre os tipos de Operaccedilatildeo Ofensiva o trabalho explorou o Aproveitamento

do Ecircxito o qual destaca-se pela maior necessidade de apoio imediato agrave mobilidade

por elementos mais proacuteximos agraves peccedilas de manobra de ataque (os Pel E Cmb)

Nesses casos em que os elementos empregados em primeiro escalatildeo necessitam

de apoio imediato e contiacutenuo normalmente a engenharia da brigada emprega seus

pelototildees sob a Situaccedilatildeo de Comando Reforccedilo (BRASIL 1999 p 2-28)

O Aproveitamento do Ecircxito operaccedilatildeo que conquista os resultados mais

decisivos se discorre apoacutes o aproveitamento de um ataque bem sucedido no qual

a forccedila inimiga encontra dificuldades para se defender O avanccedilo contiacutenuo e raacutepido

sobre as forccedilas inimigas desorganizadas buscam ampliar as vantagens impedindo

uma reorganizaccedilatildeo ou a realizaccedilatildeo de um movimento retroacutegrado (BRASIL 2000 p

5-17)

Na Bda C Mec o RCB normalmente constitui o escalatildeo avanccedilado no

Aproveitamento do Ecircxito Cabe agrave engenharia por sua vez reduzir a accedilatildeo dos

obstaacuteculos naturais ou artificiais permitindo a adoccedilatildeo de um deslocamento de forccedila

29

mais adequado garantindo a conquista de resultados decisivos em menor tempo e

com miacutenimo de perdas Com o intuito de manter o movimento contiacutenuo e

permanente o apoio de engenharia aos regimentos eacute realizado de forma

descentralizada permitindo o apoio a elementos afastados do escalatildeo superior

desde que adequadamente reforccedilado em meios (BRASIL 2000 p 5-18)

Tanto o Aproveitamento do Ecircxito quanto o Ataque de Oportunidade satildeo

accedilotildees que decorrem de uma interpretaccedilatildeo do comandante sobre os acontecimentos

do combate A incerteza de sua realizaccedilatildeo aleacutem de quando onde e como seraacute

realizada seraacute definida pela imediata expediccedilatildeo de ordens fragmentaacuterias pelo

comandante as quais exigem que o pelotatildeo tenha permanentemente condiccedilotildees de

apoiar (BRASIL 2000 p 5-9) Para a engenharia a proximidade e a disponibilidade

de meios adequados determinaraacute a efetividade do apoio prestado aos elementos

em primeiro escalatildeo desta brigada

312 Situaccedilatildeo de Comando Reforccedilo

Quando empregado em situaccedilatildeo de comando reforccedilo o Pel E Cmb subordina-

se diretamente ao comandante do regimento No aproveitamento do ecircxito esta eacute a

situaccedilatildeo de comando normalmente empregada devido agrave necessidade de plena

autonomia e pela incapacidade de apoio da companhia devido ao seu afastamento

em relaccedilatildeo aos pelototildees (BRASIL 1999 p 1-14)

Cabe ao pelotatildeo portanto o apoio aproximado imediato e contiacutenuo com

equipamentos adequados devendo para isso ser reforccedilado pela Cia E Cmb em

meios e se necessaacuterio em pessoal (BRASIL 1999 p 1-14) garantindo a rapidez

do movimento a fim de multiplicar o poder de combate contribuindo para o melhor

emprego da potecircncia de fogo e da accedilatildeo de choque do elemento apoiado Desta

forma busca-se diminuir o risco com base na premissa de que quanto maior o

tempo de exposiccedilatildeo do escalatildeo de ataque aos fogos maiores seratildeo suas perdas

(BRASIL 2000 p 5-15)

313 Funccedilatildeo de Combate Movimento e Manobra

A Funccedilatildeo de Combate Movimento e Manobra estaacute relacionada com o conjunto

de atividades tarefas e sistemas inter-relacionados empregados para deslocar

30

forccedilas de modo a posicionaacute-las em situaccedilatildeo de vantagem em relaccedilatildeo ao inimigo

(BRASIL 2014 p 5-10)

Para este estudo cresce de importacircncia o entendimento de manobra como se

segue

A manobra concentra e dispersa o poder de combate para manter o inimigo

em desvantagem Consegue resultados que de outra forma seriam

dispendiosos Manobra eficaz manteacutem forccedilas inimigas fora do equiliacutebrio

fazendo-as enfrentar novos problemas e novos perigos mais raacutepido do que

eles podem combatecirc-los As forccedilas do Exeacutercito ganham e preservam a

liberdade de accedilatildeo reduzem a vulnerabilidade e exploram o sucesso

atraveacutes da manobra Manobra eacute mais que fogo e movimento Inclui a

aplicaccedilatildeo dinacircmica e flexiacutevel de todos os elementos do poder de combate

(EUA 2011 p A-2 traduccedilatildeo do autor)

O emprego da Engenharia estaacute intimamente ligada agrave funccedilatildeo de combate

movimento e manobra particularmente no que tange agrave promoccedilatildeo da mobilidade agraves

tropas subordinadas ao escalatildeo a que pertence (BRASIL 2014 p 6-3)

314 Modularidade

A modularidade eacute a aptidatildeo de um elemento de combate de receber moacutedulos

que ampliem seu poder de combate ou lhe agreguem capacidades (BRASIL 2014

6-14)

Este conceito surgiu da necessidade de empregar forccedilas em torno de

formaccedilotildees menores e mais versaacuteteis No niacutevel taacutetico e operacional a rotineira

necessidade de operaccedilatildeo em aacutereas natildeo-contiacuteguas por unidades subordinadas se

contrapunha ao contiacuteguo e hieraacuterquico arranjo das forccedilas terrestres (EUA 2011 p

C-1 traduccedilatildeo do autor)

Embora o conceito seja novo a engenharia jaacute emprega seus elementos com

certa modularidade Um exemplo eacute o Pel E Cmb que natildeo possui meios adequados

para por exemplo realizar o lanccedilamento de um campo minado em poucos minutos

Ele necessita que uma viatura dotada de um sistema de dispersatildeo de minas bem

como a guarniccedilatildeo da mesma sejam adicionados ao Pelotatildeo

31

315 Projeto Guarani

O Projeto Guarani teve sua origem a partir da necessidade de substituiccedilatildeo das

Viatura Blindada de Transporte de Pessoal (VBTP) EE-11 Urutu (FIGURA 1) e

Viatura Blindada sobre Rodas (VBR) EE-9 Cascavel (FIGURA 2) as quais se

encontram em fase de obsolescecircncia e atraso tecnoloacutegico perante os moderno

cenaacuterio de batalha conforme informado pelo Escritoacuterio de Projetos do Exeacutercito

(EPEx)

FIGURA 1 ndash Viatura Blindada de Transporte de Pessoal EE-11 Urutu Fonte Siacutetio eletrocircnico Youtube Acesso em 1 ago 2018

FIGURA 2 Viatura Blindada de Rodas EE-9 Cascavel Fonte Siacutetio eletrocircnico Defesanet Acesso em 22 dez 2017

32

O projeto que remonta a origem de sua concepccedilatildeo no final da deacutecada de

1990 tem em sua proposta inicial o objetivo de modernizar as Brigadas de

Infantaria Motorizadas recentemente transformadas em Brigadas de Infantaria

Mecanizada bem como modernizar as Brigadas de Cavalaria Mecanizada

Atualmente as Viaturas Blindadas de Transporte de Pessoal Meacutedia de Rodas

(VBTP-MR) Guarani jaacute comeccedilaram a ser distribuiacutedas

FIGURA 3 Viatura Blindada de Transporte de Pessoal Meacutedia de Rodas Guarani Fonte Siacutetio eletrocircnico EPEx Acesso em 22 dez 2017

O projeto originalmente era constituiacutedo de duas versotildees de viatura uma 6x6 e

uma 8x8 Esta uacuteltima versatildeo que contaria com um canhatildeo 105 mm encontra-se

atualmente paralisada Aleacutem disso era previsto uma famiacutelia de blindados

constituiacuteda de viaturas morteiro lanccediladoras de ponte especial de engenharia

desminagem entre outras as quais teriam seus protoacutetipos ainda a serem

desenvolvidos (DEFESANET 2017)

Quanto agrave substituiccedilatildeo das Viaturas Cascavel foi adiada conforme Boletim do

Exeacutercito Nr 48 publicado em 1ordm de dezembro de 2017 A portaria cria o Projeto de

Obtenccedilatildeo da Viatura Blindada de Reconhecimento ndash Meacutedia sobre Rodas (VBR-

MSR) 6x6 que consiste na modernizaccedilatildeo da Viatura Cascavel (DEFESANET

2017)

33

As viaturas especiais de engenharia tambeacutem fruto das dificuldades

orccedilamentaacuterias teratildeo seu desenvolvimento adiado Para dirimir essa inexistecircncia de

material para apoiar as tropas mecanizadas a Diretoria de Material de Engenharia

estaacute em processo de aquisiccedilatildeo de implementos de engenharia para serem

incorporados agraves VBTP-MR Guarani conforme informado em visita ao Departamento

de Engenharia e Construccedilatildeo (DEC)

32 BRIGADA DE CAVALARIA MECANIZADA

A missatildeo preciacutepua da Brigada de Cavalaria Mecanizada eacute cumprir missotildees de

seguranccedila conquanto tem a capacidade de executar operaccedilotildees ofensivas e

defensivas em operaccedilotildees de seguranccedila ou como elemento de aplicaccedilatildeo do

princiacutepio de guerra ldquoeconomia de meiosrdquo (BRASIL 2000 p 1-2) Dentre as

operaccedilotildees ofensivas a brigada tem possibilidade de executar as manobras de

flanco o aproveitamento do ecircxito e a perseguiccedilatildeo (BRASIL 2000 p 1-3)

Algumas caracteriacutesticas da Bda C Mec destacam-se pelo impacto que causam

nas necessidades do apoio prestado pela engenharia como a boa mobilidade

taacutetica e estrateacutegica que permite grande raio de accedilatildeo deslocamento em alta

velocidade em estrada e realizaccedilatildeo de manobras raacutepidas e flexiacuteveis a proteccedilatildeo

blindada que permite razoaacutevel grau de seguranccedila no combate embarcado e a

flexibilidade o que permite o emprego em largas frentes e grande profundidade

(BRASIL 2000 p 1-2)

Pelas caracteriacutesticas que lhe atribuem mobilidade destacam-se como

limitaccedilotildees a vulnerabilidade a ataques aeacutereos a sensibilidade ao largo emprego de

minas e obstaacuteculos artificiais e mobilidade restrita em terrenos montanhosos

arenosos pedregosos cobertos e pantanosos aleacutem de sua restriccedilatildeo agraves condiccedilotildees

meteoroloacutegicas adversas e grande dependecircncia de uso de rede rodoviaacuteria (BRASIL

2000 p 1-4)

Na Operaccedilatildeo de Aproveitamento do Ecircxito a Bda progride em larga frente

sendo mantidas em reserva apenas forccedilas que possibilitem assegurar a

flexibilidade a impulsatildeo e a seguranccedila Para isso eacute empregada tatildeo vigorosamente

quanto possiacutevel contra forccedilas que encontrem dificuldade de manter suas posiccedilotildees

evitando o seu engajamento contra tropas de poder insuficiente para ameaccedilaacute-la a

fim de atingir rapidamente seus objetivos e mantecirc-lo Para isso a decisatildeo de

34

desbordar ou engajar forccedilas pode ser delegada aos Cmt subordinados (BRASIL

2000 p 5-20)

A dependecircncia do deslocamento por estradas estaacute associada aos meios de

transporte utilizada pelas brigadas mecanizadas Suas viaturas sobre rodas tem

uma extrema vulnerabilidade no deslocamento atraveacutes campo principalmente em

deslocamentos em periacuteodos chuvosos ou atraveacutes de terrenos alagadiccedilos

ocasionando normalmente o atolamento das mesmas

A Bda C Mec possui como peccedilas de manobra orgacircnicas para emprego em

primeiro escalatildeo dois Regimentos de Cavalaria Mecanizado e um Regimento de

Cavalaria Blindado (BRASIL 2000 p 1-11) A engenharia responsaacutevel por dirimir

suas restriccedilotildees eacute uma Cia E Cmb Mec conforme demonstrado na FIGURA 4

FIGURA 4 Organograma de uma Brigada de Cavalaria Mecanizada Fonte Instruccedilatildeo do C I Bld

Depois das brigadas blindadas a Bda C Mec eacute a tropa mais apta para realizar

operaccedilotildees como forccedila de aproveitamento do ecircxito Essa grande unidade pode ser

35

empregada como forccedila de Apvt Ecircxi ou de acompanhamento e apoio do Esc Sup ou

aproveitar o ecircxito de suas proacuteprias operaccedilotildees (BRASIL 2000 p 5-18)

Nesse tipo de operaccedilatildeo a brigada progride em larga frente desde que o

terreno e a rede de estradas permitam permanecendo o miacutenimo de forccedilas em

reserva

321 Regimento de Cavalaria Mecanizado

O Regimento de Cavalaria Mecanizado eacute empregado pela Brigada nas

missotildees de reconhecimento e seguranccedila (BRASIL 2002 p 1-1) ou como elemento

de aplicaccedilatildeo do princiacutepio de economia de meios pela Bda (BRASIL 2002 p 6-1)

O Regimento eacute constituiacutedo organicamente por um comando 3 Esquadrotildees de

Cavalaria Mecanizada (Esqd C Mec) (BRASIL 2000 p 1-11) conforme

representado na Figura 2

FIGURA 5 Organograma de um Regimento de Cavalaria Mecanizado Fonte Instruccedilatildeo do C I Bld

Dentre as operaccedilotildees ofensivas o RC Mec considerado unidade blindada leve

eacute o elemento mais apto para as missotildees de aproveitamento do ecircxito e perseguiccedilatildeo

em razatildeo das caracteriacutesticas de suas viaturas (BRASIL 2002 p 1-1)

36

As viaturas empregadas pelo regimento satildeo aleacutem das Viaturas Taacuteticas Leve

as viaturas EE-9 Cascavel e a VBTP-MR 6x6 Guarani (DEFESANET 2017) as

quais possuem grande mobilidade e baixa classe sendo elas respectivamente

classe 11 e 20 poreacutem alta dependecircncia de utilizaccedilatildeo de estradas

A Bda pode ainda organizar o RC Mec como Forccedila-Tarefa (FT) a fim de

aumentar as possibilidades de ecircxito em determinadas funccedilotildees podendo receber

Esquadratildeo de Carro de Combate (Esqd CC) Esquadratildeo de Fuzileiro Blindado

(Esqd Fuz Bld) Companhia de Fuzileiro Blindado (Cia Fuz Bld) FT Esqd CC FT

Esqd Fuz Bld FT Cia Fuz Bld e Cia Fuz Mtz (BRASIL 2002 p 1-9)

322 Regimento de Cavalaria Blindada

O RCB elemento responsaacutevel por proporcionar capacidade ofensiva agrave Bda

(BRASIL 2002 p 7-6) possui uma organizaccedilatildeo semelhante a de uma Forccedila Tarefa

(FT) empregando 2 (dois) esquadrotildees de fuzileiros (Esqd Fuz) e 2 (dois)

esquadrotildees de carro de combate (Esqd CC) aleacutem de um Esquadratildeo de Comando e

Apoio (Esqd C Ap) (BRASIL 2000 p 1-12)

FIGURA 6 Organograma de um Regimento de Cavalaria Blindado Fonte Instruccedilatildeo do C I Bld

37

O Esqd Fuz eacute dotado das viaturas de transporte de pessoal VBTP M113

(Mesquita 2015) (FIGURA 7) viatura anfiacutebia de origem americana de classe 11

FIGURA 7 Viatura Blindada de Transporte de Pessoal M113 Fonte Siacutetio eletrocircnico EXEacuteRCITO BRASILEIRO Acesso em 22 dez 2017

O Esqd CC possui as viaturas de combate VBC CC M60 A3-TTS (Mesquita

2015) (Figura 8) viatura americana de classe 55 e capacidade de transposiccedilatildeo

submersa em curso de aacutegua de ateacute 240 m de profundidade com preparaccedilatildeo

FIGURA 8 Viatura Blindada de Combate Carro de Combate M60 A3-TTS Fonte Siacutetio eletrocircnico 20RCB Acesso em 22 dez 2017

38

Esta viatura foi substituiacuteda na maioria dos regimentos pela VBC CC Leopard

1 BR (Mesquita 2015) (Figura 9) de origem alematilde classe 45 com capacidade de

transposiccedilatildeo submersa de cursos de aacutegua de ateacute 225 com preparaccedilatildeo e 4 m com

snorkel

FIGURA 9 Viatura Blindada de Combate Carro de Combate Leopard 1BR Fonte Siacutetio eletrocircnico DEFESANET Acesso em 22 dez 2017

Com suas viaturas sobre lagartas o RCB eacute a forccedila da brigada para emprego

da accedilatildeo de choque proteccedilatildeo blindada e mobilidade (BRASIL 2000 p 6-25) Por

caracteriacutesticas de suas viaturas o regimento possui grande vulnerabilidade a

ataques aeacutereos armas anticarro e minas

33 COMPANHIA DE ENGENHARIA DE COMBATE MECANIZADA

A Cia E Cmb Mec tem por missatildeo multiplicar o poder de combate da Bda

proporcionando-lhe mobilidade contramobilidade e contribuindo para sua proteccedilatildeo

(BRASIL 2000 P 4-1)

39

As capacidades que cabem agrave Cia E Cmb Mec satildeo fruto das necessidades da

Bda C Mec a quem estaacute subordinada Essas capacidade estatildeo intimamente ligadas

agraves limitaccedilotildees dos seus meios

Na Bda as necessidades de apoio fazem-se sentir particularmente junto

aos elementos de primeiro escalatildeo exigindo desta forma a colocaccedilatildeo dos

meios mais agrave frente possiacutevel A Companhia de Engenharia de Combate

Mecanizada (Cia E Cmb) eacute organizada com meios destinados a atender agraves

necessidades miacutenimas e mais imediatas da frente de combate (BRASIL

2000 p 1-16)

Face agraves necessidades da Brigada serem maiores junto aos elementos em

primeiro escalatildeo a Cia E Cmb menos esses elementos deve ser capaz de realizar

os trabalhos de apoio ao conjunto realizando trabalhos de interesse da Bda como

um todo aumentar o apoio aos elementos em primeiro escalatildeo e ainda ficar em

condiccedilotildees de apoiar a reserva quando empregada (BRASIL 2000 p 2-4)

No aproveitamento do ecircxito as necessidades de apoio ao conjunto aumentam

sendo necessaacuteria a distribuiccedilatildeo de elementos de engenharia no terreno de acordo

com o avanccedilo do ataque poreacutem sem deixar de preservar a atenccedilatildeo preciacutepua ao

emprego oportuno do apoio aos Regimentos em primeiro escalatildeo (BRASIL 1999 p

5-14)

O comandante da engenharia da brigada faz sentir sua influecircncia na conduta

do combate ao manter os meios de engenharia sempre em condiccedilotildees de atender

agraves necessidades de apoio tanto as planejadas como as imprevistas (BRASIL

1999 p 5-14)

O apoio de engenharia aos elementos de manobra da brigada eacute feito sob a

forma de apoio direto ou reforccedilo No aproveitamento do ecircxito a situaccedilatildeo de

comando reforccedilo normalmente eacute adotada emprego dos pelototildees de combate

(BRASIL 1999 p 5-14)

No apoio agrave mobilidade a Cia E Cmb busca manter a liberdade de manobra dos

Regimentos e sua impulsatildeo do ataque minimizando os efeitos dos obstaacuteculos

naturais e artificiais (BRASIL 1999 p 5-4)

Para apoiar o RCB e o RC Mec a Companhia de Engenharia tem a

possibilidade de apoiar ateacute 3 peccedilas de manobra simultaneamente lanccedilar ou

construir obstaacuteculos abrigos e outros trabalhos de organizaccedilatildeo do terreno que

40

requeiram matildeo-de-obra eou equipamentos especializados lanccedilar e remover

obstaacuteculos realizar abertura e fechamento de passagens em obstaacuteculos montar e

operar ateacute duas portadas pesadas lanccedilar trecircs pontes de pequena brecha construir

manter e operar portadas pesadas recebidas do escalatildeo superior conservar e

reparar estradas e realizar o estudo teacutecnico do terreno apontando os corredores de

mobilidade (BRASIL 2000 p 4-2 2-2 e 2-3)

Para isso a Companhia estaacute organizada da seguinte forma uma Seccedilatildeo de

Comando um Pelotatildeo de Engenharia de Apoio um Pelotatildeo de Equipagem de

Assalto e trecircs Pelototildees de Engenharia de Combate (BRASIL 2000 p 4-1)

conforme FIGURA 10

FIGURA 10 Organograma de uma Companhia de Engenharia de Combate Mecanizada Fonte Adaptado do manual BRASIL (2000 p 4-1)

331 O Pelotatildeo de Engenharia de Apoio

O Pelotatildeo de Engenharia de Apoio (Pel E Ap) eacute responsaacutevel por reforccedilar os

Pel E Cmb com caminhotildees basculantes viaturas blindadas especiais de engenharia

(VBE) equipamentos pesados de engenharia pessoal especializado ou natildeo e

41

equipamentos especializados na guerra com minas conforme previsto no manual

C5-10 (p 4-5)

Para a execuccedilatildeo de suas missotildees o Pel E Ap emprega uma Seccedilatildeo de

Comando um Grupo de Comando um Grupo de Mineiros um Grupo de

Equipamento de Engenharia um Grupo de Engenharia de Construccedilatildeo um grupo de

Caminhatildeo Basculante e um Grupo de Engenharia de Combate (BRASIL 1999 p 4-

6) conforme organograma da Figura 11

FIGURA 11 Organograma de um Pelotatildeo de Engenharia de Apoio Fonte Brasil (2000 p 4-1)

Ainda de acordo com o material disponiacutevel descrito no manual C5-10 os

principais materiais e equipamentos com que o Pel E Ap pode reforccedilar os Pel E

Cmb no apoio agrave mobilidade no Aproveitamento do Ecircxito satildeo viaturas blindadas

especiais de engenharia (VBE) reboque com equipamento para abertura de trilhas

em obstaacuteculos (o qual se refere ao equipamento de abertura de brecha) e reboque

com Eqp para disseminaccedilatildeo de minas motosserra compressor de ar e jogo de

ferramentas pneumaacuteticas aparelho de solda arco voltaico e conjunto para

balizamento de passagens

42

Dos citados materiais cabe salientar que natildeo existe nas Cia E Cmb Mec

viaturas especiais de engenharia equipamentos para abertura de brecha para

disseminaccedilatildeo de minas nem jogo de ferramentas pneumaacuteticas

332 O Pelotatildeo de Equipagem de Assalto

O Pelotatildeo de Equipagem de Assalto (Pel Eq Ass) tem como missatildeo junto aos

Pel E Cmb reforccedilar com seus equipamentos e materiais eou com pessoal

especializado principalmente missotildees relacionadas agrave transposiccedilatildeo de curso de

aacutegua (BRASIL 1999 p 4-7)

O Pel Eq Ass eacute constituiacutedo por um Gp Cmdo Grupo de Botes de Assalto

Grupo de Passadeiras Grupo de Portadas e Grupo de Ponte de Pequenas Brechas

(BRASIL 1999 p 4-8) conforme Figura 12

FIGURA 12 Organograma do Pelotatildeo de Engenharia de Assalto Fonte Brasil (2000 p 4-1)

Os principais equipamentos que o pelotatildeo possui satildeo botes de assalto

equipagem de passadeira portada pesada e veiacuteculos lanccediladores de pontes de

pequenas brechas Embora natildeo especificados nos manuais que fazem referecircncia

se seriam sobre rodas ou sobre lagartas foi considerado pelo autor que as viaturas

43

lanccediladoras de ponte de pequena brecha da Cia E Cmb Mec seja sobre rodas

partindo do princiacutepio que no DAMEPLAN existe ponte de classe 30 lanccedilada por

viatura

Dos materiais acima citados com que o Pel E Cmb Mec precisa ser reforccedilado

no Aproveitamento do Ecircxito o principal meio eacute a viatura lanccediladora de pontes sobre

rodas a qual natildeo existe no Exeacutercito Brasileiro

333 O Pelotatildeo de Engenharia de Combate Mecanizado

O pelotatildeo fraccedilatildeo baacutesica de apoio junto agraves armas (BRASIL 1999 p 1-10) que

tem por missatildeo realizar dentro de suas possibilidade os trabalhos teacutecnicos de

engenharia em proveito da brigada como um todo ou da peccedila de manobra da arma-

base apoiada (BRASIL 2000 p 4-9) Composto por um grupo de comando e 3

Grupos de Engenharia (GE) os quais estes constituem elemento baacutesico de

trabalho (BRASIL 1999 p 1-10) o Pel E Cmb estaacute organizado conforme

representado na FIGURA 13

FIGURA 13 Organograma de um Pelotatildeo de Engenharia de Combate Mecanizado Fonte Brasil (2000 p 4-1)

44

Segundo o manual C 5-10 nas operaccedilotildees ofensivas o Cmt Cia E designa

normalmente um Pel E Cmb para apoiar cada regimento da Brigada (BRASIL

1999 p 4-2) Para isso o Pel E Cmb tem as seguintes capacidades produccedilatildeo de

cortina de fumaccedila trabalhos de minagem e desminagem (manual tendo em vista

que a Cia E Cmb natildeo possui equipamento especializado) trabalho de destruiccedilotildees e

de explosivos e trabalho de fortificaccedilatildeo de campanha limitado aos seus

equipamentos de engenharia (BRASIL 1999 p 4-9) (equipamentos inadequados

para o aproveitamento do ecircxito pois natildeo possuem proteccedilatildeo blindada nem

conseguem acompanhar os elementos apoiados)

Aleacutem disso o pelotatildeo pode conduzir consigo o material para abertura de

passagem em campo de minas O uacutenico material com o qual o Pel E tem contato

por ocasiatildeo do adestramento tanto por tropas mecanizadas como blindadas eacute o

RAMBS

O RAMBS consiste em uma carga linear explosiva que abre uma trilha de 06

metros de largura por 6 metros de comprimento em campo de minas abrindo um

caminho para tropa a peacute (BRASIL 2000 p D-2) portanto ineficiente para a

transposiccedilatildeo de qualquer viatura as quais necessitam de uma abertura de brecha

com medidas miacutenimas de 35 metros (BRASIL 2000 p D-8)

Aleacutem desse equipamento o uacutenico material para remoccedilatildeo de minas eacute o

utilizado em desminagem humanitaacuteria ou seja material de desminagem manual O

material para desminagem manual consiste em bastatildeo de sondagem roupa de

proteccedilatildeo capacete de minas bandeirolas entre outros os quais ineficientes para

abertura de brecha sob fogos inimigos devido a inexistecircncia de proteccedilatildeo para os

membros da equipe embora eficientes para missotildees humanitaacuterias (BRASIL 2000

p 5-18)

Aleacutem desse material baacutesico que acompanha o pelotatildeo outros materiais podem

reforccedilar as capacidades do pelotatildeo conforme o estudo da missatildeo Os meios de

transposiccedilatildeo de obstaacuteculos oriundos da Cia E Cmb satildeo normalmente passados em

reforccedilo pelo Pelotatildeo de Equipagem de Assalto e pelo Pelotatildeo de Engenharia de

Apoio

Os Pel E Cmb quando natildeo reforccedilados tem condiccedilotildees ainda mais limitadas de

apoio por conduzir material de pequena capacidade de trabalho os quais estatildeo

contidos na caixa de sapador Embora estejam previstas ferramentas pneumaacuteticas

45

suas caixas de sapador satildeo constituiacutedas de materiais baacutesicos como enxada paacute

picareta fateixa boca-de-lobo trena martelo

34 MATERIAIS DE EMPREGO MILITAR DISPONIacuteVEIS NO MUNDO PARA

REFORCcedilO AOS PEL E CMB NO APOIO Agrave MOBILIDADE

Os meios utilizados em reforccedilo dos Pel E Cmb atribuem a capacidade de

realizar trabalhos e diminuem o tempo de execuccedilatildeo e consequentemente o tempo

de exposiccedilatildeo aos fogos inimigos Para as Cia E Cmb que possuem blindados como

viatura de transporte (Cia E Cmb MecBld) destaca-se a importacircncia dos meios que

podem ser utilizados mantendo a proteccedilatildeo blindada durante sua operaccedilatildeo como eacute

o caso das Viaturas Blindadas de Engenharia aumentando a seguranccedila da

guarniccedilatildeo e do equipamento os quais satildeo considerados meios muito nobres

devido sua especificidade

O emprego das viaturas denominadas especiais proporciona proteccedilatildeo

blindada o que garante consideraacutevel manutenccedilatildeo da funcionalidade da viatura sob

fogos de determinado calibres rapidez na abertura da passagem e seguranccedila Essa

uacuteltima caracteriacutestica contribui para garantir a preservaccedilatildeo do Poder Relativo de

Combate (PRC) o emprego oportuno e eficiente dos meios pelo Cmt Pel conforme

previsto no Manual EB20-MC-10208 ndash Proteccedilatildeo (2015 p 1-1)

As viaturas tambeacutem proporcionam grande mobilidade pois seus meios primam

pelo maacuteximo emprego de seus implementos de forma embarcada Desta forma

aleacutem da seguranccedila evitando a exposiccedilatildeo da guarniccedilatildeo da viatura evita-se a perda

de tempo no desembarque de militares e dos meios embarque e preparaccedilatildeo

No manual C 5-10 - O apoio de engenharia no escalatildeo brigada ndash as viaturas

que o Pel E Ap e o Pel Eq Ass possuem para reforccedilo dos pelototildees satildeo Viatura

Blindada Especial Lanccedila-Pontes (VBEL Pnt) e Viatura Blindada de Combate de

Engenharia (VBCE)

O manual C 5 ndash 37 ndash Minas e armadilhas descreve alguns outros materiais

como o reboque com MICLIC Giant Viper viatura rolo e viatura arado No

DAMEPLAN eacute feito menccedilatildeo ao equipamento para abertura de brecha equipamento

de tubos para transposiccedilatildeo de fosso aleacutem dos implementos lacircmina frontal rolo e

equipamento para disseminaccedilatildeo de mina AC lanccedila para guindaste e

escavadeiraque tambeacutem seraacute abordada natildeo existem nas Cia E Cmb Mec Para

46

entendimento da importacircncia e capacidades de cada um seratildeo abordadas suas

caracteriacutesticas e possibilidades

341 Viatura blindada especial lanccediladora de pontes de pequena brecha

Embora natildeo tenha sido encontrado nenhum dado limitador que definisse o

limite para ser considerada uma ponte de pequena brecha foi delimitada pelo autor

como ponte de pequena brecha aquela transportada por uma uacutenica viatura blindada

capaz de ser lanccedilada sem desembarque eou complemento em procedimento por

outro elemento mesmo que embarcado em outra viatura

As VBEL Pnt satildeo viaturas que tem a capacidade de realizar o lanccedilamento de

pontes sobre cursos drsquoaacutegua valetas e como rampas ascendentes ou descendentes

Essas viaturas podem ser divididas em dois tipos de lanccedilamento vertical e

horizontal

O lanccedilamento horizontal cuja sequecircncia de lanccedilamento eacute apresentada na

figura 16 eacute o tipo de lanccedilamento no qual a ponte desloca-se em quase sua

totalidade na horizontal caracteriacutestica esta que diminui a exposiccedilatildeo excessiva da

viatura no campo de batalha

FIGURA 14 Sequecircncia de lanccedilamento do tipo horizontal de ponte de pequena brecha Fonte Siacutetio eletrocircnico FAS Acesso em 3 jul 2018

47

O lanccedilamento vertical eacute o deslocamento realizado onde a ponte projeta-se no

sentido vertical antes de ser projetada na horizontal para lanccedilamento sobre o solo

A Viatura Blindada Especial Lanccedila-Pontes Leopard 1BR (VBEL Pnt Leo 1

BR) eacute viatura alematilde modificada da versatildeo alematilde BIBER para o Brasil Construiacuteda a

partir do chassi do Leopard 1 esta eacute capaz de lanccedilar uma ponte de classe 50 de 22

metros sobre um vatildeo de 20 metros (MANUAL DE OPERACcedilAtildeO DA VIATURA

BLINDADA ESPECIAL LANCcedilA-PONTES LEOPARD 1 BR p 2)

O Brasil adquiriu essa viatura junto com a compra dos Leopard 1 A5 BR em

2009 dando agrave tropa blindada a capacidade de transpor obstaacuteculos como cursos

drsquoagravegua e valetas

FIGURA 15 Viatura Blindada Especial Lanccedila-Pontes Leopard 1 BR Fonte Siacutetio eletrocircnico ldquoArmyvehiclesrdquo Acesso em 30 mar 2018

A Viatura Blindada Lanccedila-Pontes Titan eacute uma viatura britacircnica baseada no

chassi do carro de combate Challenger 2 capaz de lanccedilar uma uacutenica ponte de 26 m

em menos de dois minutos ou duas pontes de 12 m em apenas 90 segundos Esta

viatura tem o mesmo niacutevel de proteccedilatildeo da VBCC fornecendo um niacutevel muito alto de

proteccedilatildeo contra armas de fogo direto aleacutem de consideraacutevel proteccedilatildeo contra minas

48

terrestres e contra agentes QBRN (Quiacutemico bioloacutegico radioloacutegico e nuclear)

(MILITARY-TODAY201)

A FIGURA 16 a seguir mostra que a viatura realiza um lanccedilamento do tipo

vertical representado pela sequecircncia de imagens abaixo apresentada

FIGURA 16 Viatura lanccediladora de pontes Titan Fonte Adaptado do siacutetio eletrocircnico ldquoYoutuberdquo Acesso em 15 ago 2018

A Viatura Blindada Lanccedila-Pontes M104 Wolverine eacute a viatura para

transposiccedilatildeo de pequenas brechas utilizada pelos Estados Unidos Construiacuteda a

partir do chassi da viatura carro de combate M1A2 Abrams a viatura Wolverine tem

a capacidade de lanccedilar ponte de classe 70 sobre brechas de ateacute 24 metros

(MILITARY-TODAY201)

A VBEL Pnt que realiza lanccedilamento do tipo horizontal possui proteccedilatildeo

semelhante agrave viatura carro de combate M1A2 Abrams e possui um sistema de

gerenciamento de campo de batalha a fim de aumentar a consciecircncia situacional

no campo de batalha (MILITARY-TODAY201)

49

Figura 17 Viatura Blindada Especial Lanccedila-Pontes M104 Wolverine Fonte Siacutetio eletrocircnico ldquoMILITARY-TODAYrdquo Acesso em 15 ago 2018

342 Viatura Blindada Especial de Engenharia

Natildeo existe uma padronizaccedilatildeo de nomenclatura para esse tipo de viatura nem

um padratildeo definido mas os recursos variam entre uma lacircmina grande ou arados

para minas um canhatildeo de demoliccedilatildeo de grande calibre perfuratriz guinchos braccedilo

e guindaste de escavadeira ou para iccedilamento de cargas (WIKIPEDIA 20)

Neste trabalho seraacute considerada Viatura Blindada Especial de Engenharia

assim como eacute utilizada na documentaccedilatildeo do Centro de Instruccedilatildeo de Blindados com

base na definiccedilatildeo constante na Portaria Nr 023 ndash DMB de 20 de novembro de 1998

ndash Normas reguladoras para classificaccedilatildeo registro e identificaccedilatildeo dos veiacuteculos

oficiais no acircmbito do Ministeacuterios do Exeacutercito (NORCRIVE) Essa explicaccedilatildeo se faz

necessaacuteria porque muitos ainda descrevem como nosso manual MD33-M-02 -

Manual de abreviaturas siglas siacutembolos e convenccedilotildees cartograacuteficas das forccedilas

armadas como sendo Viatura Blindada de Combate

A citada norma corretamente considera Viatura Blindada de Combate aquela

eacute dotada de armamento orgacircnico com um apreciaacutevel poder de fogo Por outro

lado considera Viatura Especial aquela dotada de caracteriacutesticas muito

peculiares

Partindo do princiacutepio que o M113 que possui armamento orgacircnico com maior

calibre que o constante na VBE Eng natildeo eacute considerado viatura de combate a

50

viatura de engenharia tambeacutem natildeo pode ser pois seu armamento eacute suficiente

apenas para proteccedilatildeo da viatura e de sua guarniccedilatildeo

A Viatura Blindada Especial de Engenharia Leopard 1BR (VBE Eng Leo 1

BR) eacute uma viatura modificada da versatildeo alematilde Pionierpanzer Dachs 1 para o Brasil

Construiacuteda a partir do chassi do Leopard 1 esta viatura tem as seguintes

capacidades desobstruccedilatildeo escavaccedilatildeo e trabalho de resgate

Suas capacidades adveacutem dos seus equipamentos escavadeira guindaste o

qual funciona a partir do braccedilo da escavadeira lacircmina de terraplanagem que

realiza trabalhos de remoccedilatildeo de terra e obstaacuteculos aleacutem de executar a funccedilatildeo de

lacircmina de apoio o que eacute fundamental para aumento da estabilidade e traccedilatildeo nos

trabalhos com o braccedilo da escavadeira e guindaste escarificador para realizar

cortes que afrouxam o terreno duro guincho para resgate ou auto resgate (com

capacidade de ateacute 70 toneladas) parafusadeira de impacto aparelho de corte e

solda e policorteesmerilhadeira (MANUAL DE OPERACcedilAtildeO DA VIATURA

BLINDADA ESPECIAL DE ENGENHARIA LEOPARD 1 BR p 2)

Embora exista uma versatildeo mais atual da viatura a viatura Pionierpanzer 3

Kodiak a qual seraacute apresentada a seguir esta versatildeo permanece sendo utilizada

pela Alemanha em territoacuterio nacional e em missotildees no exterior devido a sua alta

qualidade

Figura 18 Viatura Blindada Especial de Engenharia Leopard 1 BR Fonte Foto do autor

51

A Viatura Blindada Especial de Engenharia Pionierpanzer 3 Kodiak eacute a

versatildeo mais atual da viatura alematilde Pionierpanzer Dachs 1 As diferenccedilas da versatildeo

anterior satildeo escavadeira com braccedilo articulado dois guinchos e uma lacircmina que

pode ser substituiacuteda por um arado O arado eacute utilizado para a remoccedilatildeo de minas

junto a um sistema de marcaccedilatildeo de brecha e um sistema de detonaccedilatildeo de minas

eletromagneacuteticas (MILITARY-TODAY 201)

A concha tambeacutem eacute intercambiaacutevel com uma garra universal cortador de

concreto e perfuratriz A proteccedilatildeo desta viatura eacute a mesma da VBCCC Leopard 2

aleacutem de contar com proteccedilatildeo QBRN e sistema de cacircmeras para a realizaccedilatildeo de

uma operaccedilatildeo eficiente sem exposiccedilatildeo do operador (MILITARY-TODAY 201)

Figura 19 Viatura Blindada Especial Pionierpanzer 3 Kodiak Fonte Siacutetio eletrocircnico ldquoMILITARY-TODAYrdquo Acesso em 13 ago 2018 Veiacuteculo de engenharia destinado agrave preparaccedilatildeo do campo de batalha na zona

de fogo indireto a Viatura Blindada Especial de Engenharia Terrier executa

trabalhos com escavadeira e lacircmina frontal O veiacuteculo ainda conta com uma

blindagem e proteccedilatildeo contra minas fornecendo proteccedilatildeo contra estilhaccedilos de fogo

de armas pequenas e projeacuteteis de artilharia (MILITARY-TODAY 201)

Para missotildees de abertura de brecha este veiacuteculo eacute equipado com um arado

de grande capacidade que complementa o trabalho realizado por seu equipamento

rebocado Python (MILITARY-TODAY 201)

Esse mesmo reboque ainda tem capacidade de transporte de feixe de tubos

ou um tolo de esteira (tem funccedilatildeo semelhante ao reforccedilador de solo) (MILITARY-

TODAY 201)

52

Figura 20 Viatura Blindada Especial de Engenharia Terrier Fonte Siacutetio eletrocircnico ldquoMILITARY-TODAYrdquo Acesso em 17 ago 2018

343 Viaturas Blindadas Especiais de Abertura de Brecha

A M1150 Assault Breacher Vehicle (ABV) - Viatura de Abertura de Brechas)

foi construiacuteda a partir do chassi do M1A1 Abrams Sua principal caracteriacutestica eacute a

existecircncia de um compartimento bipartido na parte superior da viatura capaz de

lanccedilar dois MICLIC (Mine Clearing Line Charge) de forma independente Essa carga

linear explosiva eacute capaz de eliminar 92 a 95 das minas de um campo de minas

(Kidwell e Jaffke 2014)

Aleacutem do MICLIC a viatura possui um arado na parte frontal o qual consegue

realizar o trabalho complementar de comprovaccedilatildeo da abertura da brecha do

explosivo imediatamente apoacutes a sua detonaccedilatildeo (Kidwell e Jaffke 2014)

O implemento arado eacute um meacutetodo mecacircnico que natildeo suporta ser empregado

como meio principal pois tem baixa resistecircncia De acordo com BRASIL (2000 p

53

D-6) a cada trecircs minas removidas por esse implemento uma danifica a lacircmina

implicando em sua substituiccedilatildeo

Figura 21 Vehicle Assault Breacher Vehicle (ABV) Fonte Siacutetio eletrocircnico ldquoMILITARY-TODAYrdquo Acesso em 12 dez 2017

Aleacutem do meacutetodo de abertura de brecha pelo meacutetodo explosivo existem outros

sistemas eficientes como a Viatura de Abertura de Brecha Keiler viatura alematilde

a qual se atribui uma eficiecircncia de limpeza de cerca de 98 das minas por onde

passa Seu sistema eacute composto por um rotor que eacute interligado a vaacuterios pesos

metaacutelicos presos por correntes Quando esse rotor gira e eacute aproximado do solo

realiza pancadas no solo gerando ondas de choque que acionam as cargas

explosivas Enquanto realiza a limpeza um sistema automaticamente demarca o

local livre de minas (MILITARY-TODAY 201)

Esse meacutetodo permite a abertura das brechas de um modo mais simples sem

necessidade de complemento por outro sistema e de valor de manutenccedilatildeo mais

baixa pois o acionamento das minas exige apenas a substituiccedilatildeo das peccedilas que

se chocam com o solo

54

Figura 22 Viatura Blindada Especial Keiler Fonte Siacutetio eletrocircnico ldquoMILITARY-TODAYrdquo Acesso em 12 dez 2017

A viatura utilizada pela Ruacutessia que tambeacutem utiliza um sistema mecacircnico eacute a

Viatura de Abertura de Brecha BMR-3M que consiste em uma viatura blindada

baseada no carro de combate T-90 que conduz agrave frente de suas lagartas rolos

que exercem uma pressatildeo superior ao das lagartas sobre o solo acionando-as

prematuramente Aleacutem dos rolos a viatura possui um sistema de contra-ataque

magneacutetico e um sistema jammer que impede o acionamento de explosivos

controlados por raacutedio A velocidade da desminagem eacute de 12 kmh dependendo da

densidade da mina e das condiccedilotildees do solo (MILITARY-TODAY 201)

De acordo com BRASIL (2000 p D-6) o sistema de rolo eacute apto para operar

em solo seco e relativamente plano Aleacutem disso deve ser utilizado como

complemento do MICLIC pois em meacutedia o rolo suporta entre trecircs a seis minas

devendo apoacutes isso ser substituiacutedo Esse eacute um excelente sistema para identificaccedilatildeo

do iniacutecio de um campo minado

55

Figura 23 Viatura Blindada Especial BMR-3M Fonte Siacutetio eletrocircnico ldquoMILITARY-TODAYrdquo Acesso em 28 jul 2018

344 Outros sistemas e implementos

O feixe de tubos ou Pipe Fascine foi desenvolvido no Exeacutercito Britacircnico no

iniacutecio dos anos 80 para enfrentar os desafios de assegurar a mobilidade do

movimento na Alemanha Ocidental no caso de um conflito da OTAN com o Pacto de

Varsoacutevia (MILITARY-TODAY 201)

Nesta situaccedilatildeo foi verificada a existecircncia de vaacuterias pequenas valetas e

riachos de aproximadamente 5 a 10 metros de largura e 15 a 25 metros de

profundidade Para solucionar foram conectados tubos que permitissem a

passagem por sobre os riachos permitindo que a aacutegua passasse por dentro deles

Atualmente a viatura britacircnica mais moderna o Trojan conta com um sistema

para lanccedilamento de feixe de tubos dada sua eficiecircncia na transposiccedilatildeo de alguns

obstaacuteculos tornando-se prescindiacutevel a utilizaccedilatildeo das pontes em algumas situaccedilotildees

(MILITARY-TODAY 201)

56

Esse feixe ao ser colocado dentro de um Fosso Anticarro (Fosso AC)

estreitos cursos drsquoaacutegua ou valas ocupa o espaccedilo do vatildeo permite a passagem de

viatura sobre sua superfiacutecie

Esse equipamento pode ser lanccedilado por uma Viatura Blindada Especial de

Engenharia ou adaptada em outras viaturas e reboques Uma necessidade para

lanccedilamento e recolhimento desse material eacute um sistema do tipo concha guindaste

ou outro meio de iccedilamento a fim de recuperar ou movimentar o equipamento apoacutes

ser lanccedilado

Figura 24 Feixe de tubos (Pipe Fascine) Fonte Siacutetio eletrocircnico ldquoAEGISrdquo Acesso em 25 ago 2018 O sistema de lanccedilamento de ponte de pequena brecha eacute um sistema que

pode ser adaptado agraves viaturas de combate ou de transporte de pessoal utilizadas

pela infantaria ou cavalaria a fim de abrir passagens em pequenos cursos drsquoaacutegua

O sistema REBS (Rapidly Emplaced Bridge System) por exemplo permite o

lanccedilamento de ponte de classe 50 sobre um vatildeo de ateacute 13 metros (MILITARY-

TODAY 201)

57

Figura 25 Sistema de lanccedilamento de ponte REBS Fonte Siacutetio eletrocircnico ldquoARMY-GUIDErdquo Acesso em 22 ago 2018

O sistema americano M58 Mine Clearing Line Charge (MICLIC) eacute uma carga

de demoliccedilatildeo linear a qual eacute projetada por foguete sobre o local onde se deseja

realizar a abertura de uma brecha Este sistema tem a capacidade de abrir uma

brecha de 8 m de largura por 100 m de comprimento (Wikipedia) O dispositivo de

demoliccedilatildeo consiste principalmente de uma corda de nuacutecleo de nylon de 34 de

polegada 700 blocos de demoliccedilatildeo composta por C4 e dois filamentos de cordel

detonante de tetranitrato de pentaeritritol (PETN) (USA 2011 p 23) ndash Department

of Defense Fiscal Year (FY) 2012 Budget Estimates)

Figura 26 Mine Clearance Line Charger (MICLIC) Fonte Siacutetio eletrocircnico ldquoYoutuberdquo Acesso em 20 abr 2018

58

O sistema propelido por foguete Python eacute um sistema britacircnico de

funcionamento semelhante ao MICLIC que consiste em um reboque com uma

carga linear que eacute distendida sobre o terreno por um foguete propulsor Esse

sistema que tambeacutem foi adquirido pela Tailacircndia eacute transportado na Gratilde-Betanha

pela viatura Trojan que eacute baseada no carro de combate Challenger 2 O Python foi

utilizado em 2010 durante a Operaccedilatildeo Moshtarak no Afeganistatildeo

(Armyrecognition) O sistema britacircnico Python pode limpar um caminho longo de 73

m por 180-200 m (WIKIPEDIA 201)

Figura 27 Sistema Python

Fonte Siacutetio eletrocircnico ldquoArmyrecognitionrdquo Acesso em 20 abr 2018

Para as viaturas sobre rodas aleacutem de meios como o MICLIC a maioria dos

exeacutercitos tem anexado implementos agraves viaturas utilizando-as de modo

intercambiaacutevel de modo a adequar a viatura conforme a necessidade de cada

operaccedilatildeo

Cabe salientar que algumas minas modernas como a mina italiana SB-33

tecircm um mecanismo de detonaccedilatildeo que detona a mina se sujeita a uma pressatildeo

gradual e constante mas bloqueia a espoleta se sujeito a um choque suacutebito Isso

pode anular o uso de cargas de linha de limpeza de minas para limpar tais minas

(WIKIPEDIA 201)

59

O implemento lacircmina para desminagem escavadeira e lacircmina reta satildeo

implementos que podem ser utilizados nas viaturas meacutedias de rodas ambas

apresentando capacidade limitada de trabalho sendo a primeira para remoccedilatildeo de

minas em superfiacutecies pavimentadas podendo ainda ser utilizada para retirar

alguns tipos de entulho e as uacuteltimas para desobstruccedilatildeo de vias e organizaccedilatildeo do

terreno (MILITARYSYSTEMS-TECH 20)

Figura 28 M1132 Engineer Squad Vehicle (ESV) Fonte Siacutetio eletrocircnico ldquoWIKIPEDIArdquo Acesso em 20 mar 2018

O Light Weight Mine Roller (LWMR) rolo de minas de peso leve eacute um

sistema que protege veiacuteculos do efeito de minas e dispositivos explosivos

improvisados (DEI) realizando pressatildeo sobre o solo agrave frente do veiacuteculo que realiza

a abertura (ARMYTECHNOLOGY 2018)

Esse eacute um implemento leve mas que gera efeito pesado em suas rodas

atraveacutes do uso de energia hidraacuteulica gerando a pressatildeo necessaacuteria para

acionamento de cargas explosivas (ARMYTECHNOLOGY 2018)

60

Figura 29 Rolo de minas de peso leve (LWMR) Fonte Siacutetio eletrocircnico ldquoARMYTECHNOLOGYrdquo Acesso em 20 mar 2018

35 APOIO DE ENGENHARIA ORGAcircNICA AgraveS BRIGADAS MECANIZADAS EM

OUTROS PAIacuteSES

Em busca de uma estrutura semelhante agrave Bda C Mec em outros paiacuteses este

autor natildeo encontrou tropa que tenha seu emprego principal no reconhecimento e

seguranccedila

A fim de dar uma soluccedilatildeo a questatildeo proposta este autor escolheu

desconsiderar a finalidade da tropa apoiada concentrando o estudo no emprego

conjunto de tropas que utilizam meios sobre rodas e sobre lagartas onde a

engenharia teraacute que apoiar

351 SBCT a brigada americana Stryker

As Brigade Combat Teams (BCT) satildeo brigadas americanas que geralmente

satildeo empregadas como parte de uma divisatildeo ou forccedila-tarefa

O BCT eacute uma formaccedilatildeo de armas combinadas de todas as funccedilotildees de

combate Embora os modulares BCTs sejam organizaccedilotildees fixas o comandante da

divisatildeo pode ajustar qualquer organizaccedilatildeo de tarefas da BCT para atender aos

requisitos da missatildeo (EUA 2006 p 2-7)

A Stryker Brigade Combat Team (SBCT) da traduccedilatildeo para o portuguecircs Grupo

de Combate Brigada Stryker eacute uma forccedila-tarefa expedicionaacuteria organizada para

61

atender aos requisitos especiacuteficos de cada missatildeo tendo seu emprego baseado na

infantaria embarcada na viatura Stryker (EUA 2015 p 1-1) Essa flexibilidade

organizacional permite que as SBCTs funcionem em toda a gama de operaccedilotildees

militares tendo disponiacuteveis elementos com capacidade de manobra artilharia de

campanha inteligecircncia engenharia QBRN e manutenccedilatildeo

Atualmente existem trecircs tipos de BCTs a proacutepria SBCT a HBCT (tropa de

infantaria que combate embarcada em blindado sobre lagartas) IBCT (tropa de

infantaria transportada por viaturas de baixa proteccedilatildeo blindada que combate

desembarcada) (EUA 2006 p 2-7)

A brigada Stryker tem a seguinte organizaccedilatildeo baacutesica trecircs batalhotildees de

infantaria a trecircs companhias cada um com trecircs pelototildees (EUA 2015 p 1-6) um

esquadratildeo de cavalaria de reconhecimento equipada com viaturas de

reconhecimento Stryker um pelotatildeo de reconhecimento QBRN equipado com um

veiacuteculo de reconhecimento quiacutemico bioloacutegico e nuclear M1135 Stryker (EUA 2015

p 1-7) O organograma desta brigada estaacute discriminada na figura Nr 26 a seguir

Figura 30 Organograma de uma Brigada Stryker Fonte Fort Benning (2015)

62

As companhias de engenharia apoacuteiam a SBCT na abertura de passagem por

obstaacuteculos auxilia no assalto de posiccedilotildees fortificadas lanccedila obstaacuteculos para

proteccedilatildeo de forccedilas amigas constroacutei ou melhora posiccedilotildees para proteccedilatildeo realiza

reconhecimento de itineraacuterios e coleta de informaccedilotildees identifica e elimina

dispositivos explosivos improvisados entre outras tarefas durante a accedilatildeo decisiva

(EUA 2015 p 1-10)

A forma de emprego da engenharia dessa brigada foi alterada recentemente

passando de uma companhia para um batalhatildeo de engenharia de combate o qual

fornece atraveacutes de suas subunidades a capacidade miacutenima para executar tarefas

essenciais de mobilidade contra-mobilidade e capacidade de proteccedilatildeo para o

SBCT

O Brigade Engineer Battalion (BEB) tem por missatildeo planejar e executar as

missotildees da brigada com as suas duas companhias orgacircnicas organizadas como

mostra a figura 31 podendo suplementaacute-las no que tange agrave mobilidade com

pontes abertura de brechas desobstruccedilatildeo de vias identificaccedilatildeo de ameaccedilas

explosivas e apoio em construccedilatildeo horizontal Aleacutem disso o batalhatildeo tambeacutem

coordena uma companhias de inteligecircncia militar uma companhia de comunicaccedilotildees

e uma companhia anticarro e por vezes uma companhia QBRN (EUA 2015 p 1-

8)

Figura 31 Organograma das companhias de engenharia das SBCT Fonte Adaptado de EUA (2014 p 1-8 traduccedilatildeo nossa)

63

Em uma Stryker BCT a 1ordf Cia E tem um pelotatildeo de comando dois pelototildees

de engenharia de combate uma seccedilatildeo de ponte e um grupo apoio (dotado de

equipamentos de abertura de brecha limitado ao emprego de cargas explosivas

lineares (MICLIC) em reboque para remoccedilatildeo de minas e equipamentos de

comprovaccedilatildeo (rolo e arado) (EUA 2014 p 1-7)

A 2ordf Cia possui uma seccedilatildeo de comando um pelotatildeo de combate composto por

trecircs GE um pelotatildeo de apoio composto por uma seccedilatildeo de pontes e um grupo de

construccedilatildeo horizontal e um pelotatildeo de abertura de brecha (em campo de minas)

(EUA 2014 p 1-8)

Embora seja notaacutevel a diferenccedila quando comparada com a Brigada de

Cavalaria Mecanizada a brigada Stryker foi identificada pelo autor como a Grande

Unidade americana que mais se aproximou das caracteriacutesticas da Bda C Mec por

ser uma brigada mecanizada apoiada por engenharia orgacircnica com meios Stryker

352 Brigada de Infantaria Mecanizada da Alemanha

A brigada que tem melhores condiccedilotildees de comparaccedilatildeo para este estudo por

sua maior similaridade com a Bda C Mec eacute a Brigada de Infantaria Mecanizada da

Alemanha O emprego das viaturas sobre rodas e sobre lagartas inclusive pelas

proacuteprias tropas de engenharia que apoiam essa brigada contribuiratildeo para uma

anaacutelise mais adequada da Bda C Mec

O exeacutercito alematildeo tem suas brigadas de infantaria mecanizada constituiacutedas da

seguinte forma um comando de brigada um batalhatildeo de reconhecimento dotado

de viaturas Fennek (foto 32) trecircs batalhotildees de infantaria mecanizada os quais

utilizam a viatura de combate Puma (foto 33) um batalhatildeo de rifles que utilizam as

viaturas de combate multipropoacutesito Boxer GTK (foto 34) e um batalhatildeo de

suprimento Essas fraccedilotildees satildeo apoiadas por um batalhatildeo de engenharia blindado

conforme demonstrado no quadro organizacional representado pela figura 32

(WIKIPEDIA 201)

64

Figura 32 Organograma de uma Brigada de Infantaria Mecanizada Fonte Adaptado do siacutetio eletrocircnico ldquoWikipediardquo Acesso em 29 ago 2018

Figura 32 Viatura Fennek Fonte Siacutetio eletrocircnico ldquoDEUTSCHESHEERrdquo Acesso em 20 ago 2018

65

Figura 33 Viatura de infantaria de combate Puma Fonte Siacutetio eletrocircnico ldquoDEUTSCHESHEERrdquo Acesso em 20 ago 2018

Figura 34 Viatura Boxer Fonte Siacutetio eletrocircnico ldquoDEUTSCHESHEERrdquo Acesso em 19 ago 2018

O batalhatildeo de engenharia que possui organizaccedilatildeo semelhante ao BE Cmb

Bld do Brasil eacute composto por uma companhia de comando duas companhias de

66

engenharia de combate blindada uma companhia de equipamentos de engenharia

com funccedilatildeo semelhante a uma Companhia de Comando e Apoio (CCAp) de um BE

Cmb Bld e uma companhia de pontes flutuantes com funccedilatildeo semelhante a

Companhia de Equipamento de Pontes (Cia E Pnt) de um BE Cmb Bld conforme

representado no organograma da figura 35 (DEUTSCHESHEER 20)

Figura 35 Organograma de uma brigada blindada alematilde Fonte Adaptado de DEUTSCHLAND (2011 p 9 traduccedilatildeo nossa)

Cia E Cmb

(Vtr Fuchs)

Pel DEI

2 VBE Keiler Pel Bld

4 Vtr Skorpion

Sistema ldquoVrdquo

1 Vtr Fennek

Pel Cnst

3 VBE Biber

2 VBE Dachs

Cia Cmdo

Cia Rec

(Vtr Fennek)

Cia E Cmb

(Vtr Fuchs)

Pel DEI

2 VBE Keiler

Pel Bld 4 VBE Skorpion

Sistema ldquoVrdquo

Cia Cnst Pel Cnst Pel DEI Pel Pnt

Batalhatildeo de Engenharia

de Combate Blindado

Pel Cnst

3 VBE Biber

2 VBE Dachs

67

As companhias de combate compostas por quatro pelototildees satildeo organizadas

da seguinte forma uma seccedilatildeo de comando um pelotatildeo de engenharia o qual

realiza trabalhos para barrar ou canalizar a tropa inimiga abertura de caminhos por

meio do emprego de explosivos e trabalhos gerais de engenharia um pelotatildeo de

abertura de brecha dotado de meios de limpeza um pelotatildeo de abertura de

brechas pesado e um pelotatildeo de equipamentos pesados responsaacutevel pelo apoio agrave

mobilidade abertura de passagem em obstaacuteculos e cursos drsquoaacutegua e manutenccedilatildeo de

estradas (DEUTSCHESHEER 20)

As companhias satildeo dotadas ainda das viaturas Fennek e Fuchs para

transporte de pessoal (DeustchesHeer 2011)

A companhia de pontes flutuantes eacute composta por um pelotatildeo de viaturas

blindadas e um pelotatildeo de mergulhadores E a companhia de equipamento de

engenharia eacute dotada de equipamentos de construccedilatildeo e viaturas blindadas especiais

(DEUTSCHESHEER 20)

Encontram-se abaixo as viaturas e sistemas utilizados pelo batalhatildeo as

viaturas de transporte de pessoal Fuchs (figura 35) e Fennek a viatura lanccediladora de

ponte Biber (figura 36) a viatura para abertura de brecha em campo de minas Keiler

(figura 37) e a viatura especial de engenharia Dachs (figura 38)

Figura 36 Viatura de Transporte de Pessoal Fuchs Fonte Siacutetio eletrocircnico ldquoDEUTSCHESHEERrdquo Acesso em 25 ago 2018

68

Figura 37 Viatura Blindada Especial Lanccedila-Pontes Biber Fonte Siacutetio eletrocircnico ldquoDEUTSCHESHEERrdquo Acesso em 24 ago 2018

Figura 37 Viatura Blindada Keiler Fonte Siacutetio eletrocircnico ldquoDEUTSCHESHEERrdquo Acesso em 23 ago 2018

69

Figura 38 Viatura Pionierpanzer 1 Dachs Fonte Siacutetio eletrocircnico ldquoDEUTSCHESHEERrdquo Acesso em 22 ago 2018 Podemos concluir com a anaacutelise dessa brigada que embora natildeo seja uma

Grande Unidade de emprego semelhante ou seja uma brigada de cavalaria

mecanizada esta apresenta a mesma dificuldade de apoio de engenharia

encontrada nas Bda C Mec quais sejam apoiar elementos de grande mobilidade

dotados de viaturas sobre sobre rodas e viaturas sobre lagartas e que possuem

diferentes classes

Os principais reflexos para esse apoio satildeo as diferenccedilas de pesos e

velocidades o que impacta na capacidade de acompanhamento das viaturas

empregadas pelos elementos da arma base e na capacidade de transposiccedilatildeo dos

meios por ponte por exemplo

Essa diferenccedila eacute percebida quando comparamos as caracteriacutesticas dessas

viaturas conforme apresentado a seguir que satildeo o peso e velocidade

Viatura Fennek (103 ton e 115 kmh) Viatura de Transporte de Pessoal Fuchs

(235 ton e 105 kmh) utilizada pelos pelototildees de engenharia Viatura de Combate

Puma utilizada pela infantaria (43 ton e 70 kmh) Viatura Blindada Lanccedila-Pontes

Biber (453 ton e 62 kmh) Viatura Blindada Especial de Engenharia Dachs (43 ton

70

e 62 kmh) e Viatura para Abertura de Brecha Keiler (53 ton e 50 kmh)

(DEUTSCHESHEER 20)

71

4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO

O presente capiacutetulo tem por finalidade atingir o objetivo geral da pesquisa que

eacute analisar o apoio de engenharia prestado aos elementos empregados em primeiro

escalatildeo por uma Brigada de Cavalaria Mecanizada a fim de sugerir uma proposta

de adequaccedilatildeo do apoio prestado em Operaccedilotildees Ofensivas atraveacutes de um estudo

especiacutefico de Operaccedilatildeo de Aproveitamento do Ecircxito face agrave evoluccedilatildeo doutrinaacuteria e

do MEM

A fim de atingir os trecircs uacuteltimos objetivos especiacuteficos estabelecidos (objetivos j k

e l) na pesquisa a presente seccedilatildeo pretende sintetizar os resultados obtidos nos

questionaacuterios na revisatildeo de Literatura e na pesquisa de campo agrave luz das dimensotildees

que compotildeem a Variaacutevel Independente (Capacidades Operativas da Cia E Cmb no

Aproveitamento do Ecircxito) Dependente (Apoio de Engenharia aos Regimentos de

uma Bda C Mec) e Interveniente (Necessidades miacutenimas dos Rgt)

41 DISCUSSAtildeO REFERENTE AOS INSTRUMENTOS UTILIZADOS

Para melhor explorar a discussatildeo referente aos instrumentos utilizados e

dados levantados seratildeo retomadas as variaacuteveis que foram objeto de estudo desta

pesquisa

A estruturaccedilatildeo da Variaacutevel Independente ndash Capacidades Operativas da

Companhia de Engenharia de Combate Mecanizada no Aproveitamento do

Ecircxito e da Variaacutevel Dependente ndash Apoio de Engenharia aos Regimentos de uma

Brigada de Cavalaria Mecanizada deu-se em torno de dimensotildees que possuiacuteam

indicadores com suas respectivas formas de avaliaccedilatildeo Estas variaacuteveis foram

apresentadas no capiacutetulo 2 no Quadro 1 - Operacionalizaccedilatildeo da Variaacutevel

Independente (VI) e Quadro 2 - Operacionalizaccedilatildeo da Variaacutevel Dependente (VD)

A VI foi explorada a partir da anaacutelise da capacidade da Cia E Cmb Mec onde

foram identificadas suas deficiecircncias resultante da falta de material e inadequado

emprego no apoio aos regimentos e comparada agraves soluccedilotildees em material e

emprego de outros exeacutercitos Na abordagem da VD buscou-se analisar as

caracteriacutesticas desejadas e adequabilidade logiacutestica de novos materiais e

apresentar uma sugestatildeo de adequaccedilatildeo do apoio de engenharia quanto agrave

organizaccedilatildeo e caracteriacutesticas desse apoio

72

411 Revisatildeo da literatura

Para o levantamento do material que compocircs a revisatildeo bibliograacutefica

empregada no trabalho foram realizadas pesquisas em bibliotecas virtuais fiacutesicas

e tambeacutem na internet sempre buscando por livros manuais trabalhos cientiacuteficos

reportagens e outras publicaccedilotildees de interesse

Com base nos objetivos geral e especiacuteficos foi elaborado o Capiacutetulo 3-

Revisatildeo da Literatura que foi fracionado em 5 subcapiacutetulos

1) Consideraccedilotildees Iniciais ndash Neste subcapiacutetulo foram apresentados conceitos

preliminares dos quais se faz necessaacuterio o entendimento para uma melhor anaacutelise

e consequentemente a construccedilatildeo de uma proposta mais adequada Este

subcapiacutetulo buscou atingir o objetivo especiacutefico ldquoardquo

2) Brigada de Cavalaria Mecanizada ndash Este subcapiacutetulo apresentou as

caracteriacutesticas organizaccedilatildeo da Brigada de Cavalaria Mecanizada e a forma de

emprego no aproveitamentos do ecircxito a fim de alcanccedilar os objetivos especiacuteficos

ldquobrdquo e ldquocrdquo

3) Companhia de Engenharia de Combate Mecanizada ndash Foram apresentadas

a organizaccedilatildeo caracteriacutesticas e as forma de emprego da Cia E Cmb Mec bem

como de seus pelototildees constitutivos (Pel E Ap Pel Eq Ass e Pel E Cmb) visando

atingir os objetivos especiacuteficos ldquodrdquo ldquoerdquo ldquofrdquo e ldquogrdquo

4) Materiais de Emprego Militar disponiacuteveis no mundo para reforccedilo aos Pel E

Cmb no apoio agrave mobilidade ndash Apresenta os materiais disponiacuteveis para aquisiccedilatildeo pelo

Exeacutercito Brasileiro a fim de dirimir as deficiecircncias no apoio de engenharia agrave

mobilidade dos Regimentos da Bda C Mec buscando atingir o objetivo especiacutefico

h

5) Apoio de engenharia a forccedilas combinadas de viaturas sobre rodas e sobre

lagartas em outros paiacuteses ndash O presente subparaacutegrafo descreveu brigadas de outros

exeacutercitos que apresentam em sua constituiccedilatildeo meios orgacircnicos sobre rodas e sobre

lagartas que necessitam de apoio de engenharia a fim de atingir o objetivo

especiacutefico j

A revisatildeo de literatura foi suficiente para proporcionar dados que

contribuiacutessem para a anaacutelise da capacidade da Cia E Cmb e o desenvolvimento de

uma sugestatildeo adequada conforme os objetivos propostos

73

412 Entrevistas

Foram confeccionados ao todo 4 questionaacuterios sendo eles

a) para os Comandantes e ex-Comandantes dos Regimentos de

Cavalaria Mecanizada e Blindada (RC Mec e RCB) das Brigadas de Cavalaria

Mecanizada (resposta no Apecircndice A)

b) para os Comandantes das Companhias de Engenharia de Combate

Mecanizada (Apecircndice B)

c) para os oficiais de engenharia com curso de comandante de

subunidade na Alemanha ou Estados Unidos (resposta no Apecircndice C)

d) para os oficiais instrutores do Centro de Instruccedilatildeo de Blindados com

curso de comandante de subunidade na Alemanha ou Estados Unidos (resposta no

Apecircndice D)

O autor tinha interesse em trabalhar com hipoacuteteses de estudo poreacutem tendo em

vista o baixo retorno dos questionaacuterios foi modificado para questotildees de estudo

onde os questionaacuterios respondidos foram aproveitados como apoio para responder

as questotildees selecionadas

Dentre os questionaacuterios enviados aos Comandantes dos Regimentos (Apecircndice

A) foram respondidos apenas 9 questionaacuterios do universo de comandantes dos

regimentos das quatro Bda C Mec e dos questionaacuterios enviados aos Comandantes

das quatro Companhias de Engenharia de Combate Mecanizada (Apecircndice B)

foram respondidos apenas 7 A baixa quantidade de respostas natildeo comprometeu de

forma significativa os resultados devido a mudanccedila da forma de abordagem

Foi observado inclusive que esta abordagem tornou-se muito mais adequada

em relaccedilatildeo agrave relacionada com hipoacuteteses

413 Coleta documental

A coleta documental foi realizada conforme o estipulado no item 231

Procedimentos para a revisatildeo de literatura onde foi encontrada certa dificuldade

no acesso a algumas informaccedilotildees referentes ao emprego do RCB pela inexistecircncia

de um manual especiacutefico sendo aproveitadas as informaccedilotildees constantes no manual

da Brigada de Cavalaria Mecanizada e emprego organizaccedilatildeo e materiais de

74

dotaccedilatildeo das brigadas alematildes os quais natildeo foram tatildeo faacuteceis de responder devido a

maior restriccedilatildeo de informaccedilotildees em relaccedilatildeo ao exeacutercito americano

42 CAPACIDADES OPERATIVAS DA COMPANHIA DE ENGENHARIA DE

COMBATE MECANIZADO NO APROVEITAMENTO DO EcircXITO

Na presente seccedilatildeo seratildeo discutidas as Variaacutevel Independente a fim de

analisar o apoio em Operaccedilatildeo de Aproveitamento do Ecircxito onde exige-se um

grande apoio de engenharia o qual se faz sentir principalmente nos elementos de

emprego em primeiro escalatildeo de uma brigada A mobilidade destas forccedilas depende

da reduccedilatildeo dos obstaacuteculos naturais e dos lanccedilados ou agravados pelo inimigo

As ferramentas de pesquisa colaboraram para complementar as informaccedilotildees

coletadas dirimindo duacutevidas remanescentes ou preenchendo lacunas deixadas pela

literatura atraveacutes da contribuiccedilatildeo realizada por meio de suas experiecircncias

Para tal foram exploradas duacutevidas sobre a adequabilidade da organizaccedilatildeo

no emprego no apoio aos regimentos da Brigada de Cavalaria Mecanizada e a

adequabilidade do material para apoio agrave mobilidade a organizaccedilatildeo adequada

para o emprego da engenharia e a comparaccedilatildeo com o emprego em outros

exeacutercitos as caracteriacutesticas dos meios de abertura de brecha e a respectiva

quantidade

421 Adequabilidade da organizaccedilatildeo

A Companhia estaacute organizada da seguinte forma uma Seccedilatildeo de Comando um

Pelotatildeo de Engenharia de Apoio um Pelotatildeo de Equipagem de Assalto e trecircs

Pelototildees de Engenharia de Combate

Na Bda as necessidades de apoio fazem-se sentir particularmente junto aos

elementos de primeiro escalatildeo exigindo desta forma a colocaccedilatildeo dos meios mais agrave

frente possiacutevel A Companhia de Engenharia de Combate Mecanizada eacute organizada

com meios destinados a atender agraves necessidades miacutenimas e mais imediatas da

frente de combate

Face agraves maiores necessidades da Brigada encontrarem-se junto aos elementos

de primeiro escalatildeo a Cia E Cmb distribui os seus pelototildees a partir do seguinte

caacutelculo total de pelototildees disponiacuteveis menos os pelototildees em apoio direto aos

75

regimentos deve ser capaz de realizar os trabalhos de apoio ao conjunto realizando

trabalhos de interesse da Bda como um todo ser capaz de aumentar o apoio aos

elementos em primeiro escalatildeo e ainda ficar em condiccedilotildees de apoiar a reserva

quando empregada

Entretanto a engenharia da brigada atualmente possui trecircs pelototildees de

engenharia de combate para apoiar um tipo de operaccedilatildeo onde a Bda necessita

de apoio para ateacute trecircs peccedilas de manobra

No apoio agrave mobilidade a Cia E Cmb busca manter a liberdade de manobra dos

Regimentos e sua impulsatildeo de ataque minimizando os efeitos dos obstaacuteculos

naturais e artificiais

O apoio de engenharia aos elementos de manobra da brigada eacute feito sob a

forma de apoio direto ou reforccedilo No aproveitamento do ecircxito a situaccedilatildeo de

comando reforccedilo normalmente eacute adotada Situaccedilatildeo essa que o comandante da Cia

E designa normalmente um Pel E Cmb para apoiar cada regimento da Brigada

Neste tipo de operaccedilatildeo as necessidades de apoio ao conjunto aumentam

sendo necessaacuteria a distribuiccedilatildeo de elementos de engenharia no terreno de acordo

com o avanccedilo do ataque poreacutem sem deixar de preservar a atenccedilatildeo preciacutepua ao

emprego oportuno do apoio aos Regimentos em primeiro escalatildeo

Para a execuccedilatildeo de suas missotildees o Pel E Ap emprega uma Seccedilatildeo de

Comando um Grupo de Comando um Grupo de Mineiros um Grupo de

Equipamento de Engenharia um Grupo de Engenharia de Construccedilatildeo um grupo de

Caminhatildeo Basculante e um Grupo de Engenharia de Combate

Esta fraccedilatildeo executante da companhia atualmente possui dentre os seus

equipamentos apenas os de emprego em missotildees de construccedilatildeo natildeo blindados e

inadequados para emprego junto aos elementos empregados em primeiro escalatildeo

O Pelotatildeo de Engenharia de Apoio eacute responsaacutevel por reforccedilar os Pel E Cmb

com caminhotildees basculantes viaturas blindadas especial de engenharia (VBE)

equipamentos pesados de engenharia pessoal especializado ou natildeo e

equipamentos especializados na guerra com minas

Entretanto natildeo existe nas Cia E Cmb Mec viaturas especiais de engenharia

equipamentos para abertura de brecha para disseminaccedilatildeo de minas nem jogo de

ferramentas pneumaacuteticas

O Pel Eq Ass eacute constituiacutedo por um Gp Cmdo Grupo de Botes de Assalto

Grupo de Passadeiras Grupo de Portadas e Grupo de Ponte de Pequenas Brechas

76

O Pelotatildeo de Equipagem de Assalto (Pel Eq Ass) tem como missatildeo junto aos

Pel E Cmb reforccedilar com seus equipamentos e materiais eou com pessoal

especializado principalmente missotildees relacionadas agrave transposiccedilatildeo de curso de

aacutegua

No Aproveitamento do Ecircxito o principal meio para reforccedilo das capacidades do

pelotatildeo eacute a viatura lanccediladora de pontes (sobre rodas de acordo com as informaccedilotildees

disponiacuteveis na literatura encontrada) a qual natildeo existe no Exeacutercito Brasileiro

O pelotatildeo de engenharia tem capacidade de realizar dentro de suas

possibilidade os trabalhos teacutecnicos de engenharia em proveito da brigada como um

todo ou da peccedila de manobra da arma-base apoiada

Composto por um grupo de comando e 3 Grupos de Engenharia (GE) estes

constituem-se nos elementos baacutesicos de trabalho do pelotatildeo

O Pel E Cmb tem as seguintes capacidades produccedilatildeo de cortina de fumaccedila

trabalhos de minagem e desminagem (manual tendo em vista que a Cia E Cmb natildeo

possui equipamento especializado) trabalho de destruiccedilotildees e de explosivos e

trabalho de fortificaccedilatildeo de campanha limitado aos seus equipamentos de

engenharia (equipamentos inadequados para o aproveitamento do ecircxito pois natildeo

possuem proteccedilatildeo blindada nem conseguem acompanhar os elementos apoiados)

Quando natildeo reforccedilados os pelototildees tem condiccedilotildees ainda mais limitadas de

apoio por conduzir material de pequena capacidade de trabalho os quais consistem

em pequenas ferramentas de trabalho manual

No Apecircndice A questotildees 1 e 2 pode-se observar que eacute unacircnime entre os

militares que responderam que a Bda C Mec deve ser apoiada por um BE Cmb

Essa opiniatildeo foi apresentada pela comparaccedilatildeo com o Exeacutercito Vermelho do

Manual O Inimigo o qual representa um paiacutes que emprega engenharia de valor

batalhatildeo em apoio agrave brigada e pela comparaccedilatildeo com as Brigadas de Infantaria

Mecanizada que empregam a mesma quantidade de Unidades que as Brigadas de

Cavalaria Mecanizada

Dentre os comentaacuterios que contribuiacuteram para a justificaccedilatildeo do emprego de um

BE Cmb destacaram-se os seguintes

- ldquoCom essa organizaccedilatildeo o BE Cmb poderia empregar uma SU em apoio direto

aos elementos de manobra inclusive aquele em 2ordm escalatildeo mantendo ainda uma

Cia Eng Cmb Mec para emprego centralizado (apoio ao conjunto) na Z Accedil da Bdardquo

77

Esse comentaacuterio corrobora com a revisatildeo literaacuteria conforme capiacutetulo 3 ldquoa Cia

E Cmb menos esses elementos (os Pel E empregados em reforccedilo) deve ser capaz

de realizar os trabalhos de apoio ao conjunto realizando trabalhos de interesse da

Bda como um todo aumentar o apoio aos elementos em primeiro escalatildeo e ainda

ficar em condiccedilotildees de apoiar a reserva quando empregadardquo

No Apecircndice B questotildees 1 e 2 a grande maioria dos militares foram

partidaacuterios agrave necessidade de mudanccedila do escalatildeo em apoio de valor subunidade

para o valor unidade dentre os quais destaco o seguinte comentaacuterio

- ldquoEm que pese a atual doutrina (NCD Nr 02 de 31 mai 16) prever uma E Bda Inf Mec

composta por 2 Cias a 4 Pel os trabalhos realizados em estudos de sala de aula da

proacutepria EsAO mostram essa estrutura com certa dificuldade para Mnt do C2 por

parte do Cmt BE Tendo em vista seu trabalho estar pesquisando essa situaccedilatildeo

sugiro uma composiccedilatildeo do BE Cmb Mec (ou Bld) de 4 Cia E Cmb a 2 Pel E Cmb e

1 Pel Ap (Neste os diversos materiais jaacute em Ref agrave Cia Eqp Eng Eqp Ab Bre VBC

Eng VBEL Pnt etc) Assim facilitaria o C2 por parte do Cmdo BE bem como a

emissatildeo de ordens e distribuiccedilatildeo de missotildeesrdquo

O comentaacuterio acima observou algo que o autor natildeo pesquisou mas que tem muita

relevacircncia para a pretendida anaacutelise que satildeo os reflexos da organizaccedilatildeo no

comando e controle

- ldquoEm minha opiniatildeo bastaria que uma dessas Cia dispusesse de meios SL o que

proporcionaria uma dosagem eficaz e mais econocircmicardquo

- ldquoDeve possuir Pel E com Vtr sobre rodas (RC Mec) e Pel E com VB sobre

lagartas (RCB) e a Cia C Ap deve possuir VB com rodas e VB com lagartas As

VBEL Pnt devem ser todas sobre lagartas como jaacute citado em item anterior A

mescla de tipos de VB daraacute ao BE maior flexibilidade e rapidez no apoio

particularmente para acompanhar os RC Mec como VBTP (Pel E) e VBE Eng sobre

rodasrdquo

78

A anaacutelise da Companhia de Engenharia de Combate Mecanizada e as

companhias que reforccedilam os pelototildees de engenharia de combate em material e

pessoal permite verificar por meio da anaacutelise da organizaccedilatildeo e missatildeo a

importacircncia dessas fraccedilotildees no apoio aos regimentos por caber a estas aumentar a

capacidade dos Pel E Cmb a fim de possibilitar um eficiente apoio no

Aproveitamento do Ecircxito

Entretanto notou-se a inexistecircncia de materiais adequados para emprego na

operaccedilatildeo em pauta

A descriccedilatildeo do Pelotatildeo de Engenharia de Combate Mecanizado fraccedilatildeo de

emprego da Cia E Cmb junto aos regimentos permite identificar a limitaccedilatildeo de sua

capacidade de apoio Esta ainda eacute mais reduzida quando natildeo reforccedilada por meios

adequados pelos Pel E Ap e Pel E Ass

422 Adequabilidade do material

O material de organizaccedilatildeo do terreno da Cia E Cmb inclusive as Viaturas

Blindadas Especiais de engenharia satildeo de responsabilidade do Pel E Ap Conforme

consta na seccedilatildeo 331 e com base na experiecircncia do proacuteprio autor que serviu em

uma Cia E Cmb Mec pode-se afirmar que essas viaturas natildeo existem no referido

pelotatildeo das Cia E Cmb Mec

E reafirmando o que consta na mesma seccedilatildeo natildeo existe nenhum outro meio

adequado que possua proteccedilatildeo blindada rapidez necessaacuteria para a execuccedilatildeo do

trabalho ou capacidade de acompanhar as VBR VBTP ou VBCCC

Na seccedilatildeo 331 O pelotatildeo de engenharia de apoio foi mencionada a

existecircncia de mineiros bem como o encargo do pelotatildeo em reforccedilar os Pel E Cmb

com os materiais de abertura de brecha Entretanto o uacutenico material existente no

pelotatildeo eacute o material para desminagem manual o que conforme complementado

pela seccedilatildeo 333 este meacutetodo eacute ldquoo menos preferiacutevelrdquo e quando tiver que ser

utilizada que seja somente para abrir trilhas

Conforme a seccedilatildeo 332 O pelotatildeo de equipagem de assalto o Pel Eq Ass eacute

responsaacutevel por armazenar os materiais relacionados agrave transposiccedilatildeo de curso

drsquoaacutegua como eacute o caso das Viaturas Blindadas Especiais lanccediladoras de pontes e os

feixe de tubos o que conforme jaacute afirmado pelo autor esses materiais natildeo existem

no Pel Eq Ass das Cia E Cmb Mec

79

De acordo com a mesma seccedilatildeo os meios existentes para transposiccedilatildeo satildeo

inadequados para emprego no aproveitamento do ecircxito tendo em vista a falta de

proteccedilatildeo blindada o excessivo tempo para montagem e a necessidade de vaacuterias

viaturas para conduccedilatildeo das partes para montagem

No Apecircndice A questatildeo 3 pode-se observar que a grande maioria

considera que eacute indispensaacutevel a utilizaccedilatildeo das viaturas blindadas especiais para o

cumprimento adequado do apoio de engenharia tendo como benefiacutecios o tempo de

execuccedilatildeo a proteccedilatildeo blindada e a baixa quantidade de militares para execuccedilatildeo do

trabalho No Apecircndice B questatildeo 3 todos os ex-comandantes das Cia E Cmb

concordaram com a maioria dos ex-comandantes dos regimentos

Dos comentaacuterios referentes a esta questatildeo destaco as seguintes

- ldquoEacute indispensaacutevel Os atuais meios presentes no QDM da Cia E Cmb de Bda satildeo

totalmente ineficientes numa situaccedilatildeo de combate modernordquo

- ldquoEsses equipamentos BldMec ampliaratildeo a capacidade de trabalho da Cia Erdquo

- ldquoA Eng Mecanizada carece de meios modernos tais como a Retroescavadeira de

Alta Mobilidade Blindada jaacute usada nos EUA (HMEE) (que faria o papel de Eqp Eng

Bda Mec) e de Vtr Lanccedila-Pontes Sobre Rodas (REBS)rdquo

Concluo parcialmente em relaccedilatildeo agrave Variaacutevel Independente que eacute urgente

a necessidade de meios adequados conforme revisatildeo de literatura e respostas

dos questionaacuterios A e B sobre a ineficiecircncia dos meios existentes bem como

a falta de Viaturas Blindadas Especial para apoiar os regimentos empregados

em primeiro escalatildeo no aproveitamento do ecircxito

Outrossim que a Companhia de Engenharia de Combate Mecanizada natildeo

tem condiccedilotildees de realizar o apoio a uma Brigada de Cavalaria Mecanizada tanto

pela ausecircncia de meios quanto pela limitaccedilatildeo de fraccedilotildees disponiacuteveis para

cumprir suas missotildees de reforccedilo apoio ao conjunto e apoio suplementar

Portanto para apoiar uma Brigada de Cavalaria Mecanizada eacute necessaacuterio

o apoio de engenharia de brigada seja prestado por um Batalhatildeo de Engenharia

de Combate Mecanizado

43 APOIO DE ENGENHARIA AOS REGIMENTOS DE UMA BRIGADA DE

CAVALARIA MECANIZADA

80

No presente subitem seratildeo apresentadas as discussotildees referentes agrave Variaacutevel

Dependente a fim de identificar o apoio de Engenharia necessaacuterio para dar

mobilidade aos regimentos de uma Brigada de Cavalaria Mecanizada o qual eacute

imprescindiacutevel aos elementos de emprego em primeiro escalatildeo de uma brigada

As ferramentas de pesquisa exploraram a experiecircncia dos militares

empregados diretamente seja como ldquofornecedorrdquo seja como ldquoclienterdquo desse apoio

no emprego com viaturas blindadas e com experiecircncia em curso de comandante de

subunidade no exterior

Para tal foram exploradas duacutevidas sobre o emprego da engenharia quanto a

organizaccedilatildeo a comparaccedilatildeo com outros exeacutercitos a caracteriacutestica dos meios e

a quantidade de viaturas adequadas para apoio aos regimentos

431 Organizaccedilatildeo adequada

O Apecircndice A questotildees 6 e 7 contribui para a anaacutelise da organizaccedilatildeo da

engenharia que apoia a brigada principalmente pelos comentaacuterios dispensados em

cada questatildeo A grande maioria das respostas foi favoraacutevel agrave organizaccedilatildeo do BE

Cmb por duas Cia E Cmb uma dotada de VBE sobre lagartas e uma de VBE sobre

rodas e a maioria desfavoraacutevel a constituiccedilatildeo do batalhatildeo por duas Cia E a quatro

Pel E Cmb dotados exclusivamente de VBE sobre lagartas

Com base nos seguintes comentaacuterios selecionados seratildeo discutidas as

opiniotildees que culminaram em tal resultado

- ldquoEstamos trabalhando no CMS na proposta sobre o BE Cmb Mec de Bda C Mec

Em 2017 enviamos ao COTER a proposta do BE Cmb Mec de Bda Inf Mec A

proposta do CMS (a 3 Cia E) foi enviada pelo ODOp ao DEC que apoacutes anaacutelise do

projeto decidiu junto com o COTER que o BE Cmb Mec deveria ter somente 2 Cia

Eng Cmb Mec e natildeo trecircs como proposto pelo CMS Na visatildeo do CMS 2 Cia

apoiariam as OM em 1ordm escalatildeo (cada uma com um Regimento) e a 3ordf Cia ficaria

no apoio a toda a brigada (demais OM em 1ordm Esc e A Rg da Bda) Com base nessa

decisatildeo de 2017 foi modificada a proposta do CMS sugerindo ao ODOp que as

duas Cia Eng (decisatildeo DEC COTER) deveriam possuir 4 Pel E cada uma sendo 3

Mec sobre rodas e 1 Bld sobre lagartas com a mesma missatildeo anterior 1 Cia em

apoio aos Rgt em 1ordm escalatildeo e a outra em apoio agrave Bda A diferenccedila entre o BE

81

Cmb Mec de Bda Inf Mec e o de Bda C Mec eacute o apoio a ser prestado ao RCB

Portanto no BE Cmb Mec de Bda Inf Mec todos os Pel E e a Cia C Ap possuem

somente VB sobre rodas No BE Cmb Mec de Bda C Mec 1 Pel E por Cia Eng

deve possuir VB sobre lagartas e os demais VB sobre rodas A Cia C Ap deve

possuir VB sobre rodas e sobre lagartas (VBE Eng VBEL Pnt VBE com

implementos do tipo rolo arado MCLIC lanccedila retinida espargidor de minas AC

etc)rdquo

As duas propostas realizadas pelo CMS estatildeo alinhadas com a maioria das

informaccedilotildees presentes neste trabalho

A primeira proposta poreacutem limita a possibilidade de decisatildeo do comandante

do batalhatildeo quanto ao emprego das unidades de acordo com a missatildeo O que limita

as capacidades do comandante da engenharia da brigada conforme descrito no

capiacutetulo 3 ldquoO comandante da engenharia da brigada faz sentir sua influecircncia na

conduta do combate ao manter os meios de engenharia sempre em condiccedilotildees de

atender agraves necessidades de apoio tanto as planejadas como as imprevistasrdquo

No Apecircndice B questotildees 6 e 7 a grande maioria das respostas foi favoraacutevel

agrave organizaccedilatildeo proposta e a maioria favoraacutevel parcialmente agrave dotaccedilatildeo do batalhatildeo de

duas Cia E a quatro Pel E Cmb dotados exclusivamente de VBE sobre lagartas

Com base nos seguintes comentaacuterios selecionados seratildeo discutidas as opiniotildees

que culminaram em tal resultado

- ldquoSou favoraacutevel que cada Cia E Cmb tenha uma natureza especiacutefica o que

economiza meios e facilita o planejamentordquo

- ldquoConsidero natildeo viaacutevel esta alternativa embora seja melhor (dotaccedilatildeo de VBE sobre

lagartas por todas as Cia E do batalhatildeo) A situaccedilatildeo do Paiacutes natildeo favorece estas

mudanccedilasrdquo

- ldquoo valor Nec para custeio para Mnt de Vtr SL eacute bem maiorrdquo

A partir dos comentaacuterios acima auxiliado pela experiecircncia do autor e alinhado aos

itens anteriores e agrave revisatildeo de literatura chegou-se agrave seguinte conclusatildeo

82

A sugestatildeo de uma organizaccedilatildeo ideal para o BE Cmb eacute a seguinte duas Cia E

Cmb uma dotada de VBTP sobre rodas em apoio aos RC Mec e uma Cia com

VBTP sobre lagartas em apoio ao RCB Isso justifica-se pelos seguintes motivos

- manutenccedilatildeo da natureza de cada Cia E Cmb permitindo assim o

acompanhamento dos regimentos por parte dos pelototildees (seja pela velocidade das

viaturas Guarani e Cascavel seja pela capacidade de transpor terrenos mais difiacuteceis

dos Leopard M113 e M60) e

- organizaccedilatildeo das companhias para emprego de um tipo de viatura (ou M113 ou

Guarani) facilitando a logiacutestica dentro da companhia

432 Comparaccedilatildeo com outros exeacutercitos

Embora a proposta inicial do trabalho fosse analisar a brigada de um exeacutercito

que tivesse uma estrutura semelhante a da Bda C Mec brasileira este autor natildeo

encontrou tal brigada

Para atingir esse objetivo foi realizada a comparaccedilatildeo com duas brigadas

distintas que se aproximam da estrutura desejada de forma diferente

Assim foram analisadas a brigada americana Stryker (SBCT) que eacute uma

Grande Unidade dotada de meios exclusivamente sobre rodas e a Brigada de

Infantaria Mecanizada da Alemanha que possui meios blindados e mecanizados em

suas tropas

A brigada Stryker possui as seguintes tropas da arma-base trecircs batalhotildees de

infantaria a trecircs companhias cada um com trecircs pelototildees um esquadratildeo de

cavalaria de reconhecimento equipada com viaturas de reconhecimento Stryker

conforme figura apresentada no capiacutetulo anterior

A engenharia que apoia a brigada eacute um batalhatildeo constituiacutedo de duas

companhias de constituiccedilotildees diferentes entre si

Uma Cia E tem um pelotatildeo de comando dois pelototildees de engenharia de

combate uma seccedilatildeo de ponte e um grupo de apoio dotado de equipamentos de

abertura de brecha limitado ao emprego de cargas explosivas lineares (MICLIC) em

reboque para remoccedilatildeo de minas e equipamentos de comprovaccedilatildeo (rolo e arado)

A outra Cia E possui uma seccedilatildeo de comando um pelotatildeo de combate

composto por trecircs GE um pelotatildeo de apoio composto por uma seccedilatildeo de pontes e

83

um grupo de construccedilatildeo horizontal e um pelotatildeo de abertura de brecha (em campo

de minas)

Com base no estudo do MCoE Supplemental Manual 3-90 Force Structure

Reference Data de 2015 foi possiacutevel analisar que os meios utilizados na SBCT satildeo

basicamente viaturas leves caminhotildees cargo e viaturas Stryker por todos os

componentes da brigada excetuando-se apenas os equipamentos construccedilatildeo e

limpeza de vias de engenharia

O exeacutercito alematildeo tem suas brigadas de infantaria mecanizada constituiacutedas

das seguintes tropas de cavalaria e infantaria um batalhatildeo de reconhecimento

dotado de viaturas Fennek trecircs batalhotildees de infantaria mecanizada os quais

utilizam a viatura de combate Puma e um batalhatildeo de rifles que utiliza as viaturas

de combate multipropoacutesito Boxer GTK

Essas fraccedilotildees satildeo apoiadas por um batalhatildeo de engenharia blindado composto

por uma companhia de comando e apoio duas companhias de engenharia de

combate blindada uma companhia de equipamentos de engenharia e uma

companhia de pontes flutuantes

As companhias de combate satildeo compostas por um comando um pelotatildeo de

contramobilidade que constroacutei obstaacuteculos para barrar ou canalizar a forccedila inimiga

um pelotatildeo de abertura de brecha dotado de sistema de limpeza e da viatura Keiler

um pelotatildeo de eliminaccedilatildeo de municcedilatildeo que elimina artefatos explosivos e municcedilotildees

garantindo o traacutefego de tropas e um pelotatildeo de equipamentos responsaacutevel pelo

apoio agrave mobilidade abertura de passagem em obstaacuteculos e cursos drsquoaacutegua e

manutenccedilatildeo de estradas

A companhia de pontes flutuantes eacute composta por um pelotatildeo de viaturas

blindadas e um pelotatildeo de mergulhadores E a companhia de equipamento de

engenharia eacute dotada de equipamentos de construccedilatildeo e viaturas blindadas especiais

conforme figura abaixo

A seguir satildeo apresentadas as viaturas componentes dessas brigadas com

seus respectivos pesos e velocidades viatura sobre rodas Fennek (103 ton e 115

kmh) Viatura de Transporte de Pessoal sobre rodas Fuchs (235 ton e 105 kmh)

utilizada pelos pelototildees de engenharia Viatura de Combate sobre lagartas Puma

utilizada pela infantaria (43 ton e 70 kmh) Viatura Lanccedila-Pontes sobre lagartas

Biber (453 ton e 62 kmh) Viatura Blindada Especial de Engenharia sobre lagartas

84

Dachs (43 ton e 62 kmh) e Viatura para Abertura de Brecha sobre lagartas Keiler

(53 ton e 50 kmh)

Embora o trabalho tenha se desenvolvido de forma diferente do planejado

inicialmente este autor considera que foi positiva a anaacutelise pois duas brigadas

distintas de potecircncias beacutelicas que estatildeo sendo empregados em conflitos

atualmente apresentam diferentes formas de apoio

A brigada blindada alematilde mostrou uma proximidade maior agraves caracteriacutesticas da

brigada brasileira em razatildeo da mistura de meios sobre lagartas e sobre rodas o

que natildeo necessariamente conduz a mesma soluccedilatildeo

A anaacutelise permitiu afirmar que eacute possiacutevel o apoio a tropas mecanizadas por

uma engenharia dotada de meios sobre rodas como a Brigada Stryker

Por outro lado tambeacutem eacute possiacutevel que uma brigada mecanizada com viaturas

sobre rodas e viaturas sobre lagartas de classes diferentes e capacidades de

mobilidade diferentes seja apoiada por uma engenharia dotada de meios sobre

lagartas

Conforme Capiacutetulo 3 o apoio de engenharia agrave mobilidade dos regimentos

(RCB e RC Mec) atualmente eacute limitado ao emprego de equipamentos inadequados

para o apoio em operaccedilatildeo de Aproveitamento do Ecircxito devido a inexistecircncia de

VBE

Considerando que na constituiccedilatildeo da brigada existe um RCB dotado de

VBCCC Leopard 1BR e VBCCC M60 A3-TTS foi analisado o emprego dos meios de

engenharia pelo exeacutercito americano e alematildeo onde natildeo foram encontradas

informaccedilotildees sobre apoio de engenharia com meios mecanizados para apoiar

viaturas blindadas sobre lagartas

De outra forma foi observado o emprego de meios especiais sobre lagartas

para apoio agraves tropas dotadas de viaturas sobre lagartas de classe consideraacutevel na

brigada alematilde - como as viaturas Dachs (43 ton) e as viaturas de combate Puma (43

ton) - e viaturas de grande mobilidade sobre rodas - como as viaturas Fennek (115

kmh) e Puma (105 kmh)

No Apecircndice C questotildees 1 2 e 3 foram apresentadas opiniotildees equilibradas

quanto ao emprego das VBE sobre lagartas e unanimidade para emprego dos tipos

de VBTP de acordo com a tropa apoiada (sobre rodas e sobre lagartas)

85

Com base nos comentaacuterios a seguir pretende-se responder agraves problemaacuteticas

levantadas com base na revisatildeo de literatura e reforccedilar as ideias que corroborem

com a proposta do autor

- ldquoA Bda C Mec eacute apta a atuar em operaccedilotildees ofensivas a perda de velocidade

nesse tipo de operaccedilatildeo eacute natural ao se deparar com obstaacuteculos E eacute nesse

contexto que as Vtr Eng satildeo empregadas Dessa maneira natildeo vejo restriccedilatildeo em

usar meios SL para a Bda C Mec Ademais as VBE Eng SL possuem maior

potecircncia para a remoccedilatildeo de obstaacuteculos sendo mais eficientes e poupando

tempo nessa atividade o que pode se tornar uma dificuldade para VBE Eng SRrdquo

Esse comentaacuterio explica como a Bda Inf Mec alematilde consegue realizar suas

missotildees sendo apoiada por um batalhatildeo de engenharia blindado que possui todas

as suas VBE construiacutedas sobre plataformas sobre lagartas E em relaccedilatildeo agrave

capacidade da VBE Eng a experiecircncia do autor permite testemunhar a favor da

afirmaccedilatildeo apresentada sobre a potecircncia e eficiecircncia que as VBE sobre lagartas

possuem e a restriccedilatildeo de trafegabilidade das viaturas sobre rodas no deslocamento

atraveacutes campo

- ldquonatildeo eacute somente uma questatildeo de velocidade mas tambeacutem das caracteriacutesticas de

terreno que elas iratildeo operar Por exemplo natildeo eacute ideal que uma Vtr SL progrida

sobre o asfaltordquo

A afirmaccedilatildeo acima natildeo eacute verdadeira e seraacute respondida com base na

experiecircncia do autor As viaturas alematildes da famiacutelia Leopard inclusive as Leopard 2

que possuem maior classe satildeo deslocadas na Alemanha atraveacutes de estradas

asfaltadas O deslocamento sobre o asfalto natildeo eacute impedimento nem prejudicial agraves

viaturas sobre lagarta

No Apecircndice D questotildees 1 2 e 3 houve unanimidade quanto ao emprego de VBE

sobre lagartas e equiliacutebrio quanto agrave utilizaccedilatildeo de VBTP de mesmo tipo dos

elementos apoiados

Dos comentaacuterios apresentados foram selecionados os que seguem

86

- ldquoDependendo da situaccedilatildeo taacutetica pode-se exigir a utilizaccedilatildeo de algum implemento

para apoiar a mobilidaderdquo

Esse comentaacuterio abre margem para avaliaccedilatildeo de uma proposta mais

audaciosa na qual deveria ser analisado o custo-benefiacutecio de empregarem-se

pelototildees embarcados em VBTP com implementos

Esse estudo deve avaliar inicialmente a capacidade de tal meio comportar o

sistema e um GE na mesma viatura e o custo de ter VBE sobre lagartas e VBTP

com implementos

Por falta de tempo para estudo de tal proposta o autor natildeo consideraraacute esta

proposta uma opccedilatildeo para este trabalho

- ldquoDevem ser utilizadas VBTP M113 nas duas situaccedilotildees pois a mesma oferece

maior mobilidade atraveacutes terrenordquo

A utilizaccedilatildeo de VBTP M113 junto aos RC Mec eacute menos vantajoso pois

dificilmente o Pel E buscaraacute apoiar a mobilidade por caminhos natildeo utilizados pelas

VBPT Guarani por ser uma soluccedilatildeo de maior custo haja vista a quantidade de

viaturas que o pelotatildeo utiliza e por tornar-se uma opccedilatildeo de velocidade de apoio

Diferente do emprego das VBE sobre lagarta o emprego das VBTP sobre

lagarta natildeo traz ganho significativo nos trabalhos aleacutem de faacutecil identificaccedilatildeo visual

por parte do inimigo

As companhias do batalhatildeo de engenharia deveratildeo possuir VBTP sobre

lagartas e sobre rodas para apoiar respectivamente os RCB e os RC Mec Cabe

salientar entretanto que o emprego dessas VBTP natildeo devem ser de uso exclusivo

aos respectivos elementos devendo ser considerado seu emprego desta forma

apenas como mais adequado

Quanto agraves VBE o trabalho conduziu para que o batalhatildeo seja dotado de

viaturas sobre lagartas a fim de dotar os pelototildees de capacidade para organizaccedilatildeo do

terreno transposiccedilatildeo de cursos de aacutegua e valas e abertura de brecha em campo

minado atribuindo mobilidade adequada tanto para apoio aos RC Mec quanto para

apoio aos RCB pelos motivos jaacute analisados no capiacutetulo 42

87

Os materiais foram separados por tipo de trabalho realizado explorando as

necessidades de apoio dos regimentos da seguinte forma trabalhos de abertura de

brecha transposiccedilatildeo de cursos drsquoaacutegua e valas e trabalhos de organizaccedilatildeo do

terreno e desobstruccedilatildeo de vias

Das Viaturas Blindadas Especiais de abertura de brecha destacam-se as

seguintes

A Viatura americana M1150 Assault Breacher Vehicle (ABV) - Viatura de

Abertura de Brechas) construiacuteda a partir do chassi do M1A1 Abrams a qual eacute

dotada de dois MICLIC (Mine Clearing Line Charge) uma carga linear explosiva que

eacute capaz de eliminar 92 a 95 das minas de um campo de minas

A viatura tem capacidade de lanccedilar uma carga explosiva atraveacutes de 100 a 150

metros destruindo minas bombas e IED sem expor a tripulaccedilatildeo que natildeo precisa

desembarcar Aleacutem disso a viatura possui um arado que permite complementar a

seguranccedila da brecha aberta por carga explosiva

O implemento arado eacute um meacutetodo mecacircnico que natildeo suporta ser empregado

como meio principal pois tem baixa resistecircncia Em meacutedia a cada trecircs minas

removidas por esse implemento uma danifica a lacircmina implicando em sua

substituiccedilatildeo

A Viatura BMR-3M que consiste em uma viatura blindada russa baseada no

carro de combate T-90 que conduz agrave frente de suas lagartas rolos que exercem um

peso superior ao das lagartas sobre o solo acionando-as prematuramente Aleacutem dos

rolos a viatura possui um sistema de contra-ataque magneacutetico e um sistema

jammer que impede o acionamento de explosivos controlados por raacutedio A

velocidade da desminagem eacute de 12 kmh dependendo da densidade da mina e das

condiccedilotildees do solo

O sistema de rolo eacute apto para operar em solo seco e relativamente plano Aleacutem

disso deve ser utilizado como complemento do MICLIC pois em meacutedia o rolo

suporta entre trecircs a seis minas devendo apoacutes isso ser substituiacutedo Esse eacute um

excelente sistema para identificaccedilatildeo do iniacutecio de um campo minado

A viatura alematilde Keiler a qual alega-se que limpa cerca de 98 das minas por

onde passa eacute equipada com um sistema composto por um rotor que eacute interligado a

88

vaacuterios pesos metaacutelicos presos por correntes Quando esse rotor gira e eacute aproximado

do solo realiza pancadas no solo gerando ondas de choque que acionam as cargas

explosivasEnquanto realiza a limpeza um sistema automaticamente demarca o

local livre de minas

Viatura que apresenta alta eficiecircncia quando comparado ao MICLIC que natildeo

necessita de um meio complementar e que tem um baixo custo de utilizaccedilatildeo pois

seu sistema natildeo precisa ser recarregado a Viatura Keiler possui uma manutenccedilatildeo

simples apoacutes detonaccedilatildeo pois o acionamento prematuro das minas natildeo afeta seu

sistema podendo afetar peccedilas de faacutecil reposiccedilatildeo o que natildeo ocorre com o sistema

arado e rolo caso sejam utilizados sem complemento do meacutetodo explosivo

O sistema Python eacute um sistema britacircnico consiste em um reboque com uma

carga linear que eacute distendida sobre o terreno por um foguete propulsor Esse

sistema que tambeacutem foi adquirido pela Tailacircndia eacute transportado na Gratilde-Bretanha

pela viatura Trojan que eacute baseada no carro de combate Challenger 2 O Python foi

utilizado em 2010 durante a Operaccedilatildeo Moshtarak no Afeganistatildeo

O implemento lacircmina para desminagem pode ser utilizado nas viaturas

meacutedias de rodas apresentando capacidade limitada de trabalho na remoccedilatildeo de

minas em superfiacutecies pavimentadas

O Light Weight Mine Roller (LWMR) rolo de minas de peso leve eacute um

sistema adicionado agraves viaturas sobre rodas que protege veiacuteculos do efeito de minas

e Dispositivos Explosivos Improvisados (DEI) realizando pressatildeo sobre o solo agrave

frente do veiacuteculo que realiza a abertura (Armytechnology)

Esse eacute um implemento leve mas que gera efeito pesado em suas rodas

atraveacutes do uso de energia hidraacuteulica gerando a pressatildeo necessaacuteria para

acionamento de cargas explosivas

O sistema americano M58 Mine Clearing Line Charge (MICLIC) eacute uma carga

de demoliccedilatildeo linear a qual eacute projetada por foguete sobre o local onde se deseja

realizar a abertura de uma brecha Este sistema tem a capacidade de abrir uma

brecha de 8 m de largura por 100 m de comprimento (Wikipedia) O dispositivo de

demoliccedilatildeo consiste principalmente de uma corda de nuacutecleo de nylon de 34 de

polegada 700 blocos de demoliccedilatildeo composta por C4 e dois filamentos de cordel

detonante de tetranitrato de pentaeritritol (PETN)

Dos MEM para transposiccedilatildeo de cursos drsquoaacutegua ou valas destam-se

89

A Viatura Blindada Especial Lanccedila-Pontes Leopard 1BR (VBEL Pnt Leo 1

BR) eacute viatura modificada da versatildeo alematilde Panzerschnellbruumlcke 1 para o Brasil

Construiacuteda a partir do chassi do Leopard 1 esta eacute capaz de transportar montar (a

ponte eacute transportada em duas metades) e lanccedilar uma ponte de classe 50 de 22

metros sobre um vatildeo de 20 metros

A Viatura Blindada Lanccedila-Pontes Titan eacute uma viatura britacircnica baseada no

chassi do carro de combate Challenger 2 capaz de lanccedilar uma uacutenica ponte de 26 m

em menos de dois minutos ou duas pontes de 12 m em apenas 90 segundos Esta

viatura que realiza o lanccedilamento vertical tem o mesmo niacutevel de proteccedilatildeo da VBCC

fornecendo um niacutevel muito alto de proteccedilatildeo contra armas de fogo direto aleacutem de

consideraacutevel proteccedilatildeo contra minas terrestres e contra agentes QBRN

A Viatura Blindada Lanccedila-Pontes M104 Wolverine eacute a viatura para

transposiccedilatildeo de pequenas brechas utilizada pelos Estados Unidos Construiacuteda a

partir do chassi da viatura carro de combate M1A2 Abrams a viatura Wolverine tem

a capacidade de lanccedilar ponte de classe 70 sobre brechas de ateacute 24 metros

A viatura que realiza lanccedilamento do tipo horizontal possui proteccedilatildeo

semelhante agrave viatura carro de combate M1A2 Abrams e possui um sistema de

gerenciamento de campo de batalha a fim de aumentar a consciecircncia situacional no

campo de batalha

O feixe de tubos ou Pipe Fascine ao ser colocado dentro de um Fosso

Anticarro (Fosso AC) estreitos cursos drsquoaacutegua ou valas ocupa o espaccedilo do vatildeo

permite a passagem de viatura sobre sua superfiacutecie cumprindo funccedilatildeo semelhante a

da ponte

Esse equipamento pode ser lanccedilado por uma Viatura Blindada Especial de

Engenharia ou adaptada em outras viaturas ou reboques Uma necessidade para

lanccedilamento e recolhimento desse material eacute um sistema do tipo concha guindaste

ou outro meio de iccedilamento a fim de recuperar ou movimentar o equipamento apoacutes

ser lanccedilado

O sistema de lanccedilamento de ponte de pequena brecha eacute um sistema para

viaturas sobre rodas que pode ser adaptado agraves viaturas de combate ou de

transporte de pessoal utilizadas pela infantaria ou cavalaria a fim de abrir passagens

em pequenos cursos drsquoaacutegua O sistema REBS (Rapidly Emplaced Bridge System)

por exemplo permite o lanccedilamento de ponte de classe 50 sobre um vatildeo de ateacute 13

metros

90

Dentre os MEM para organizaccedilatildeo do terreno e desobstruccedilatildeo de vias

destacam-se

Os sistemas lacircmina reta e escavadeira satildeo implementos que podem ser

instalados nas viaturas meacutedias de rodas para desobstruccedilatildeo de vias e organizaccedilatildeo

do terreno

A Viatura Blindada Especial de Engenharia Leopard 1BR (VBE Eng Leo 1

BR) eacute uma viatura modificada da versatildeo alematilde Pionierpanzer Dachs 1 para o Brasil

Suas capacidades adveacutem dos seus equipamentos escavadeira guindaste o

qual funciona a partir do braccedilo da escavadeira lacircmina de terraplanagem que realiza

trabalhos de remoccedilatildeo de terra e obstaacuteculos aleacutem de executar a funccedilatildeo de lacircmina de

apoio o que eacute fundamental para aumento da estabilidade e traccedilatildeo nos trabalhos

com o braccedilo da escavadeira e guindaste escarificador para realizar cortes que

frouxam o terreno duro guincho para resgate ou auto resgate (com capacidade de

ateacute 70 toneladas) parafusadeira de impacto aparelho de corte e solda e

policorteesmerilhadeira (Manual de operaccedilatildeo VBE Eng Leo 1 BR p 2)

Embora exista uma versatildeo mais atual da viatura que seraacute apresentada a

seguir esta versatildeo permanece sendo utilizada pela Alemanha devido a sua alta

qualidade

A Viatura Blindada Especial de Engenharia Pionierpanzer 3 Kodiak eacute a

versatildeo mais atual da viatura alematilde Pionierpanzer Dachs 1 As diferenccedilas da versatildeo

anterior satildeo escavadeira com braccedilo articulado dois guinchos e uma lacircmina que

pode ser substituiacuteda por um arado O arado eacute utilizado para a remoccedilatildeo de minas

junto a um sistema de marcaccedilatildeo de brecha e um sistema de detonaccedilatildeo de minas

eletromagneacuteticas

A concha tambeacutem eacute intercambiaacutevel com uma garra universal cortador de

concreto e perfuratriz A proteccedilatildeo desta viatura eacute a mesma da VBCCC Leopard 2

aleacutem de contar com proteccedilatildeo QBRN e sistema de cacircmeras para a realizaccedilatildeo de uma

operaccedilatildeo eficiente sem exposiccedilatildeo do operador

A Viatura Blindada Especial de Engenharia Terrier executa trabalhos com

escavadeira e lacircmina frontal O veiacuteculo ainda conta com uma blindagem e proteccedilatildeo

contra minas fornecendo proteccedilatildeo contra estilhaccedilos de fogo de armas pequenas e

projeacuteteis de artilharia

91

Para missotildees de abertura de brecha este veiacuteculo eacute equipado com um arado de

grande capacidade que complementa o trabalho realizado por seu equipamento

rebocado Python

Esse mesmo reboque ainda tem capacidade de transporte de feixe de tubos ou

um tolo de esteira (tem funccedilatildeo semelhante ao reforccedilador de solo)

De acordo com o que foi apresentado percebe-se que existe uma gama de

materiais disponiacuteveis no mercado mundial com condiccedilotildees de dotar aos Pel E Cmb

das Cia E Cmb de capacidades adequadas para apoiar a mobilidade dos regimentos

da Bda C Mec

Dentre eles como viatura para abertura de brecha destaca-se o Keiler viatura

que utiliza um sistema barato quando comparado ao MICLIC e completo quando

comparado agraves viaturas arado e rolo Outrossim a manutenccedilatildeo do seu sistema em

combate eacute simples de ser realizada por necessitar de troca de peccedilas de faacutecil

substituiccedilatildeo

Para transposiccedilatildeo de cursos de aacutegua e valas destacam-se a VBEL Pnt Biber

que jaacute eacute utilizada no Brasil e o feixe de tubos para o qual jaacute existem estudos no

Brasil sobre a possibilidade de fabricaccedilatildeo dos tubos Essa tambeacutem eacute uma soluccedilatildeo

barata e eficiente que adaptada sobre uma viatura em desuso como as VBCCC

Leopard 1 que estatildeo no Parque Regional de manutenccedilatildeo ou outra viatura que tenha

o chassi em boas condiccedilotildees de funcionamento onde seja adaptado um braccedilo com

funcionamento hidraacuteulico para lanccedilamento e remoccedilatildeo do feixe

Para a organizaccedilatildeo do terreno e desobstruccedilatildeo de vias destacam-se as

viaturas Leopard dentre as quais utilizamos a VBE Eng (Dachs) que atende bem

as tropas blindadas

Este autor buscou apresentar algumas caracteriacutesticas principais desses

materiais buscando analisar pontualmente as funcionalidades dessas viaturas com

base nas capacidades miacutenimas que faltam nos Pel E Cmb que apoiam as Bda C

Mec As viaturas mencionadas possuem muitos outros benefiacutecios os quais natildeo

foram aprofundados por natildeo serem objetivo do presente estudo

433 Caracteriacutesticas dos meios

No Apecircndice A questatildeo 4 as respostas recebidas mostraram opiniatildeo

unacircnime em relaccedilatildeo agrave necessidade de dotar a Cia E Cmb Mec com ponte classe

92

que atenda tanto as VBTP-MR Guarani quanto as VBCCC Leopard (classe 45) e

VBCCC M60 A3-TTS (classe 55) caracteriacutestica que nem o sistema americano para

viaturas sobre rodas REBS possui Como jaacute mencionado na revisatildeo de literatura

esse sistema lanccedila ponte de classe 50

No Apecircndice A questatildeo 5 a grande maioria respondeu que o apoio de

engenharia aos regimentos por VBEL Pnt sobre lagartas eacute pertinente

Os comentaacuterios contribuiacuteram para complementar o raciociacutenio apresentado

pelas questotildees da seguinte forma

- ldquoA vantagem de se ter na OM Eng Cmb Mec da Bda C Mec somente um tipo de

VBE lanccediladora de ponte sobre lagartas seria que a mesma poderia atender

com maior mobilidade atraveacutes do campo tanto os RC Mec quanto o RCBrdquo

No Apecircndice B questotildees 4 foi unacircnime a aceitaccedilatildeo da afirmativa que considera

que a classe da ponte da VBEL Pnt deve atender agrave classe da viatura de maior

classe (atualmente a VBCCC M60)

A anaacutelise dos comentaacuterios a seguir apresentados permitiratildeo uma explicaccedilatildeo mais

detalhada

- ldquoA Viatura Lanccedila Ponte sobre Rodas (REBS) atende um vatildeo de 13 metros para

Classe Militar 50 Jaacute utilizada nos EUA A VBCCC M60 eacute uma soluccedilatildeo paliativa A

VBCCC Padratildeo do EB eacute o Leopardrdquo

Quanto a essa afirmativa foram consideradas duas situaccedilotildees a primeira fruto

da anaacutelise da atual situaccedilatildeo que paleativa ou natildeo eacute a existecircncia da Vtr M60 cuja

classe natildeo eacute suportada pela ponte do sistema REBS a outra fruto da anaacutelise de

uma situaccedilatildeo futura eacute que o Exeacutercito jaacute estaacute pensando no projeto de uma nova

VBCCC para substituir o Leopard 1A5 e consequentemente as viaturas Leopard 1

e o M60 Esse estudo natildeo definiu ateacute o momento entretanto a classe nem o

momento dessa substituiccedilatildeo

Destaco que a maior importacircncia dessa questatildeo foi identificar a opiniatildeo sobre

a capacidade do emprego de viaturas sobre lagartas em atender agraves necessidades

dos regimentos

93

No Apecircndice B questotildees 5 a maioria das respostas foram contraacuterias agrave

utilizaccedilatildeo de pontes lanccediladas por viaturas sobre rodas ao considerar sua falta de

capacidade de suporte agraves viaturas mais pesadas

A exploraccedilatildeo dos seguintes comentaacuterios apresentados permitiratildeo reforccedilar o

resultado atingido

- ldquoA classe da ponte transportada pela Vtr que deve se adequar agraves necessidades da

Bda Acredito que a Pnt transportada pela Vtr sobre rodas deve ter capacidade de

transposiccedilatildeo de meios sobre lagartasrdquo

Embora concorde com a afirmaccedilatildeo quando comparamos a diferenccedila de

capacidades entre as VBEL Pnt dos paiacuteses mais desenvolvidos verificamos a

dificuldade das viaturas sobre rodas proporcionarem semelhante capacidade

propiciada pelas sobre lagartas

Essa avaliaccedilatildeo eacute facilitada quando comparamos o implemento para viaturas

sobre rodas e a viatura sobre lagartas empregados pelo mesmo paiacutes

O sistema americano REBS que proporciona suporte para viaturas de classe

50 em vatildeos de ateacute 13 metros mostra-se muito inferior quando comparado agrave

capacidade da viatura Wolverine de lanccedilar uma ponte de classe 70 em vatildeo de ateacute

24 metros Quase o dobro de largura de vatildeo em relaccedilatildeo agrave ponte lanccedilada pelo

sistema REBS

Destarte a crescente demanda de pontes de maior classe torna niacutetidos os

benefiacutecios de investir-se em pontes de pequenas brechas de maior capacidade

- ldquoUm detalhe que deve ser levado em consideraccedilatildeo eacute o seguinte num combate de

velocidade e manobra realizado por uma fraccedilatildeo que utilize Vtr Bld SL a VBL Pnt

conseguiraacute acompanhar o mesmo movimento ou alguns Obt do terreno faratildeo ela

ficar pelo caminho Por isso eacute vaacutelido raciocinar que numa Bda que possui elementos

de Man SL e SR a engenharia orgacircnica tambeacutem deva ter essa caracteriacutestica Assim

eacute vaacutelido pensar que nesse BE Cmb Mec deva existir no miacutenimo uma fraccedilatildeo E Cmb

Bld (SL)rdquo

Pode-se contrapor o referido comentaacuterio por meio da anaacutelise do emprego do

exeacutercito alematildeo o qual apoia a Bda Inf Mec com VBE sobre lagartas permitindo

94

afirmar assim que a utilizaccedilatildeo de tais meios no apoio aos elementos dotados de

viaturas sobre rodas natildeo impactaraacute no acompanhamento dos regimentos

Em complemento a essa anaacutelise pode-se analisar o procedimento

experimental que foi realizado no Centro de Instruccedilatildeo de Blindados constante no

Apecircndice E Com meios sobre lagarta um Pel E Cmb acompanhou toda a manobra

em ambiente virtual de um RC Mec da 3ordf Brigada de Cavalaria Mecanizada natildeo

sendo prejudicado seu apoio pela velocidade dos meios empregados

No Apecircndice C questotildees 4 e 5 as opiniotildees foram equilibradas tornando-se mais

adequado a anaacutelise dos comentaacuterios para avaliaccedilatildeo das questotildees propostas

- ldquoConcordo que seria positivo para a funccedilatildeo de Cmb Log mas seria prejudicial para

a funccedilatildeo Cmb Man e Mov pois as tropas SR teriam que ser Ap em algumas

situaccedilotildees por Vtr SLrdquo

De acordo com o emprego realizado na Alemanha conforme capiacutetulo 3 o apoio

prestado pelas VBE sobre lagartas natildeo eacute um problema que afeta a funccedilatildeo de

combate Movimento e Manobrardquo

- ldquoNatildeo obstante agraves vantagens logiacutesticas visualizadas como a menor diversidade

de meios habilitaccedilatildeo de pessoal e estruturas fiacutesicas a adoccedilatildeo de ambos os

meios SR e SL concede maior flexibilidade para o apoio de Eng Permitindo ao

Cmt BE Cmb Mec alocar os meios SR e SL de acordo com a necessidade natureza

da missatildeo e tipo de tropa apoiadardquo

Quanto agrave flexibilidade de apoio natildeo foi identificada a referida problemaacutetica mas as

vantagens estatildeo de acordo com o que o estudo identificou ateacute agora

No Apecircndice D questotildees 4 e 5 as opiniotildees foram equilibradas e devido agrave baixa

quantidade de respostas tornou-se mais adequado analisar seus comentaacuterios como

se segue

- ldquoEacute evidente que o emprego de Vtr sobre lagartas aumenta a mobilidade em

qualquer terreno mas por outro lado impacta enormemente na cauda logiacutestica

Insisto que as Bda C Mec devam manter suas caracteriacutesticas de velocidade

95

principalmente trafegabilidade e mobilidade Recordo que os meios sobre roda

garantem entre outras vantagens melhores condiccedilotildees para o apoio logiacutestico Para

as Bda C Mec a velocidade eacute fundamental no cumprimento de suas missotildees

baacutesicas de Rec e Seg Penso que a mescla de meios sobre lagartas e meios sobre

rodas eacute a configuraccedilatildeo mais adequada considerando a atual constituiccedilatildeo das Bda C

Mec do EBrdquo

Do mesmo modo que nossas Bda C Mec a Bda Inf Mec alematilde eacute dotada de

viaturas leves e raacutepidas as quais necessitam ser acompanhadas e apoiadas

adequadamente pelos pelototildees de engenharia Portanto mais uma vez a

comparaccedilatildeo com o emprego da engenharia na brigada alematilde torna-se fundamental

para comprovar a eficiecircncia do apoio com VBE sobre lagartas

- ldquoA Logiacutestica das VB SL eacute muito mais onerosa que a SR tanto em suprimentos

quanto em manutenccedilatildeo Acredito que uma Cia com meios Bld para apoiar o RCB

seja menos impactante que dotar 3 Cia com meios SL mesmo considerando a maior

diversidade de materiais nesta anaacuteliserdquo

Realmente o custo com suprimentos manutenccedilatildeo e complementando gasto

com combustiacutevel das viaturas sobre lagartas eacute maior que das viaturas sobre rodas

Todavia os benefiacutecios desse investimento seriam

- ganho na compra de um lote maior de viaturas sobre lagartas (quanto maior o

nuacutemero de viaturas menor seraacute o preccedilo)

- ganho em capacidade de trabalho (as viaturas sobre rodas possuem muitas

limitaccedilotildees para a VBEL Pnt a limitaccedilatildeo de classe e para as VBE Eng e VBE

desminagem capacidade muito inferior de utilizar os equipamentos como lacircmina

escavadeira o arado ou rolo atraveacutes campo onde a traccedilatildeo eacute extremamente

necessaacuteria

- ganho na proteccedilatildeo no qual destaca-se em relaccedilatildeo agraves VBTP por ser um meio

mais nobre para as forccedilas amigas e compensador para as inimigas e pela maior

necessidade de exposiccedilatildeo aos fogos haja vista que em operaccedilotildees de abertura de

passagem esse meio seraacute conduzido agrave frente para a realizar a reduccedilatildeo dos

obstaacuteculos

96

434 Quantidade de VBE por BE Cmb

No Apecircndice C questatildeo 6 houve uma aceitaccedilatildeo maior que reprovaccedilatildeo o

que poderaacute ser complementado pela anaacutelise dos comentaacuterios que se seguem

- ldquoDeve-se observar nesse caso natildeo somente a quantidade de elementos de

manobra a apoiar mas tambeacutem a capacidade maacutexima de zonas de accedilatildeo em que a

Bda C Mec eacute capaz de se desdobrar Por exemplo uma Bda Bld pode-se desdobrar

em ateacute 05 zonas de accedilatildeo observadas as suas capacidades maacuteximas de comando e

controle (04 FT U e 01 FT SU) A partir desse levantamento pode-se traccedilar melhor

as necessidades totais de meios de Eng para apoio inclusive com os meios

reservasrdquo

- ldquoPara realizar a comparaccedilatildeo se faz necessaacuterio saber quantas Vtr por tipo os

batalhotildees de engenharia do exeacutercito americano possuem Natildeo haacute a necessidade de

uma Vtr apenas para o rolo Esse pode ser empregado como implemento para as Vtr

da peccedila de manobra Se for possiacutevel utilizar o exeacutercito americano como um modelo

(uma ideia) seria interessante ter uma Vtr especializada de engenharia como os

ABV que jaacute possuem o miclic e o arado na mesma Vtrrdquo

A primeira afirmativa talvez seja a situaccedilatildeo ideal de apoio de uma engenharia

de brigada entretanto para se atingir a capacidade miacutenima de apoio a dotaccedilatildeo de

VBE natildeo precisa atingir cada zona de accedilatildeo mas cada regimento empregado pela

brigada com no miacutenimo um meio principal e um reserva

De acordo com o estudo dos meios do exeacutercito americano verifica-se que sua

engenharia de brigada natildeo tem meios para apoiar cinco zonas de accedilatildeo limitando-se

ao apoio das companhias por unidade Desta forma a complementariedade desse

apoio cabe agrave engenharia de divisatildeo agrave brigada

Em relaccedilatildeo a segunda proposiccedilatildeo pela proximidade das caracteriacutesticas da

brigada faz-se mais conveniente analisar a quantidade de meios do batalhatildeo da

Alemanha que dos Estados Unidos

Desta forma identifica-se que cada companhia do batalhatildeo de engenharia da

Alemanha aleacutem de sistema de lanccedilamento de minas e botes de assalto deteacutem 3

(trecircs) viaturas lanccediladoras de ponte 2 (duas) viaturas de abertura de brecha 2 VBE

Eng

97

Esta distribuiccedilatildeo mostra-se coerente com a miacutenima necessidade dos

regimentos da Bda C Mec os quais precisam ser apoiados com no miacutenimo duas

VBE Eng e duas viaturas de abertura de brecha no caso de emprego de dois

esquadrotildees em primeiro escalatildeo

A dotaccedilatildeo de 3 VBEL Pnt tambeacutem justifica-se pois atende a necessidade de

transposiccedilatildeo em trecircs locais simultaneamente ou em dois locais permanecendo com

uma viatura em reserva primando pela seguranccedila da operaccedilatildeo

De acordo com o acima exposto conclui-se que as companhias do batalhatildeo de

engenharia necessitam de trecircs VBEL Pnt duas VBE Eng e duas viaturas para

abertura de brecha

Como conclusatildeo da anaacutelise da Variaacutevel Dependente de acordo com o que

foi analisado concluo parcialmente que o batalhatildeo de engenharia da brigada

composto por duas Companhia Engenharia de Combate deve ter 4 Pelototildees

de Engenharia de Combate por companhia para as cumprir as missotildees de

apoio direto reforccedilo apoio suplementar e apoio ao conjunto

Com base na anaacutelise das brigadas de outros exeacutercitos eacute possiacutevel a

utilizaccedilatildeo de meios sobre lagartas e sobre rodas mesmo que elas tenham

classes e capacidades de mobilidade diferentes para apoio agraves Brigadas de

Cavalaria Mecanizada

Atualmente os meios de dotaccedilatildeo da Cia E Cmb Mec satildeo inadequados

para o apoio em operaccedilatildeo de Aproveitamento do Ecircxito e a inexistecircncia de

viaturas blindadas especiais de engenharia restringe suas capacidades de

apoio sob fogos diretos mesmo de armas de baixo calibre

Para solucionar este problema pocircde-se observar a existecircncia de

materiais no mercado mundial com condiccedilotildees de dotar os Pel E Cmb das Cia E

Cmb de capacidades adequadas para apoiar a mobilidade dos regimentos da

Bda C Mec

Dentre eles destaca-se a viatura para abertura de brecha Keiler viatura

que utiliza um sistema barato e capaz de realizar sozinha a abertura completa

com manutenccedilatildeo simples

Para transposiccedilatildeo de cursos de aacutegua e valas destacam-se a VBEL Pnt

Biber e o sistema de feixe de tubos A primeira por ser um material eficiente

que jaacute eacute empregado pelas Brigadas Blindadas e a segunda por ser um

98

sistema barato e de faacutecil implementaccedilatildeo em viaturas repotencializadas como

as viaturas Leopard 1 desde que tenham seus sistemas baacutesico em

funcionamento

Para a organizaccedilatildeo do terreno e desobstruccedilatildeo de vias destacam-se as

viaturas Leopard dentre as quais utilizamos a VBE Eng (Dachs) que atende

bem as tropas blindadas

De acordo com a anaacutelise realizada o BE Cmb Mec necessita dos

seguintes materiais para reforccedilo das Cia E Cmb 6 (seis) VBEL Pntcom duas

pontes cada 4 (quatro) VBE Eng 4 (quatro) Viaturas lanccediladoras de feixe de

tubos e 4 (quatro) viaturas para abertura de brecha

99

5 CONCLUSAtildeO E RECOMENDACcedilOtildeES

A presente dissertaccedilatildeo de mestrado classificada quanto agrave sua forma de

abordagem como qualitativa e quanto ao objetivo geral como exploratoacuteria e

descritiva teve como tema a A Engenharia de combate da Brigada de Cavalaria

Mecanizada Uma sugestatildeo de adequaccedilatildeo do apoio prestado aos elementos

empregados em primeiro escalatildeo nas operaccedilotildees ofensivas

O problema central da pesquisa balizou o desenvolvimento do trabalho para

atingir o objetivo geral direcionando-o para o desenvolvimento da proposta mais

adequada de emprego da engenharia no apoio agraves Brigadas de Cavalaria

Mecanizada

Embora tenha sido observada a inexistecircncia de algumas bibliografias a

pesquisa bibliograacutefica permitiu atingir plenamente os objetivos especiacuteficos

relacionados agraves questotildees de estudo acima enumeradas

Nessa fase foram analisados os conceitos receacutem introduzidos no Exeacutercito os

materiais adquiridos e em desenvolvimento atraveacutes dos Projetos Leopard e

Guarani a organizaccedilatildeo da Brigada de Cavalaria Mecanizada e a Companhia de

Engenharia de Combate

Por meio deste estudo foram identificadas as capacidades e limitaccedilotildees dos

elementos empregados em primeiro escalatildeo pela brigada e as capacidades

previstas para o apoio dos Pelototildees de Engenharia desta companhia no apoio em

Operaccedilatildeo de Aproveitamento do Ecircxito

Observou-se a organizaccedilatildeo caracteriacutesticas capacidades e limitaccedilotildees dos Pel

E Cmb identificando os materiais existentes para apoio agrave mobilidade dos

Regimentos e a necessidade de reforccedilos pela Cia E Cmb a fim de realizar um apoio

efetivo

Apoacutes o referido estudo buscou-se complementar os estudos de revisatildeo

bibliograacutefica com a aplicaccedilatildeo de questionaacuterios e procedimento experimental

Para cumprir esse objetivo os questionaacuterios foram enviados a comandantes e

ex-comandantes dos regimentos de cavalaria e companhias de engenharia das

Brigadas de Cavalaria Mecanizada os quais tinham experiecircncia no emprego das

tropas estudadas

Em complemento agrave experiecircncia dos grupos citados foram enviados

100

questionaacuterios aos oficiais de engenharia e instrutores do Centro de Instruccedilatildeo de

Blindados que realizaram curso de comandante de subunidade nos Estados Unidos

ou na Alemanha a fim de contribuiacuterem com experiecircncias e conhecimentos

adquiridos nesses paiacuteses

Desta forma identificou-se a limitaccedilatildeo em meios e em pessoal e

consequentemente ineficiecircncia da companhia de engenharia em realizar um apoio

adequado em uma Operaccedilatildeo de Aproveitamento do Ecircxito e ainda apresentar

condiccedilotildees de realizar trabalhos de apoio ao conjunto suplementar e ficar em

condiccedilotildees de apoiar a reserva quando empregada

Desta feita foram analisadas soluccedilotildees em material e emprego capazes de

tornar o apoio da engenharia suficiente agraves necessidades miacutenimas e imediatas dos

regimentos Assim a anaacutelise seguiu os indicadores e dimensotildees da Variagravevel

Independente e Dependente as quais foram medidas de acordo com as questotildees

constantes nos apecircndices conforme quadros 1 e 2 das Definiccedilatildeo operacional das

variaacuteveis

Isto posto a fim de adequar o emprego e os meios da engenharia da brigada

identificou-se a necessidade de propor uma nova organizaccedilatildeo a fim de solucionar

as suas limitaccedilotildees Com isso concluiu-se que se faz necessaacuteria a mudanccedila do

apoio de uma Companhia de Engenharia de Combate Mecanizada para um

Batalhatildeo de Engenharia de Combate Mecanizado

Para o adequado apoio do Batalhatildeo junto aos Regimentos dotados de

viaturas mecanizadas e blindadas questionou-se a caracteriacutestica dos meios a serem

empregados pela engenharia

A soluccedilatildeo desta questatildeo foi amparada no estudo realizado por meio de

revisatildeo bibliograacutefica pelo procedimento experimental pelas respostas dos

questionaacuterios e seus comentaacuterios

Todos esses procedimentos e instrumentos direcionaram a proposta para a

estrutura de um BE Cmb a duas companhias com quatro pelototildees cada Uma

companhia deve ser dotada de VBTP sobre rodas para apoiar os RC Mec e a

companhia dotada de VBTP sobre lagarta deve apoiar o RCB e se for necessaacuterio

ficar em condiccedilotildees de apoiar o RC Mec

O procedimento experimental contribuiu para identificaccedilatildeo de uma suporte

adequado agrave brigada o qual foi realizado pela Seccedilatildeo de Simuladores do Centro de

Instruccedilatildeo de Blindados por meio do Treinamento Taacutetico em Ambiente Virtual

101

(TTAV) o qual realizou um treinamento com emprego de um RC Mec de uma Bda C

Mec em um Movimento Retroacutegrado que mesmo tendo sido aplicado um tipo

totalmente diferente da operaccedilatildeo em questatildeo permitiu a anaacutelise da capacidade das

viaturas blindadas sobre lagartas no acompanhamento das viaturas blindadas sobre

rodas no cumprimento de suas missotildees

Esse treinamento contribuiu para corroborar com a anaacutelise realizada na

doutrina alematilde que permitiu afirmar que os meios sobre lagartas utilizados pela

engenharia tem condiccedilotildees de apoiar uma Brigada de Cavalaria Mecanizada mesmo

quando esses meios satildeo empregados junto a um RC Mec

Outrossim chegou-se agrave identificaccedilatildeo dos meios que o Batalhatildeo de

Engenharia de Combate Mecanizado deve possuir para reforccedilar em meiois os Pel E

Cmb de acordo com as necessidades de apoio dos Regimentos de uma Bda C Mec

no Aproveitamento do Ecircxito quais sejam quatro VBE Eng quatro VBE de abertura

de brecha (do tipo Keiler) e seis VBEL Pnt (com duas pontes cada) todas sobre

lagartas

Com as conclusotildees do presente trabalho pretende-se adequar o apoio

prestado pela engenharia da brigada por meio da adequaccedilatildeo de seu emprego e de

seu material e refletindo na sua organizaccedilatildeo a fim de capacitaacute-la a apoiar os

elementos empregados em primeiro escalatildeo pela Brigada de Cavalaria Mecanizada

Como soluccedilatildeo praacutetica o autor apresenta no Anexo B a proposta consolidada

em uma Nota Complementar agrave Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 ndash

As Estruturas de Engenharia no Teatro de Operaccedilotildees a qual se apresenta

como base para modificaccedilatildeo do emprego da engenharia da brigada e

consequentemente servir de embriatildeo de um novo manual

Uma sugestatildeo para a experimentaccedilatildeo doutrinaacuteria eacute a transformaccedilatildeo da 3ordf

Companhia de Engenharia de Combate Mecanizada de Dom Pedrito-RS em

batalhatildeo a fim de aproveitar as instalaccedilotildees atuais as quais eram de utilizadas pelo

14ordm Regimento de Cavalaria Mecanizada

O presente trabalho explorou a adequaccedilatildeo do apoio de engenharia da Bda C

Mec a partir da anaacutelise do seu emprego e do seu material no apoio aos elementos

em primeiro escalatildeo em Operaccedilatildeo de Aproveitamento do Ecircxito

Outros estudos se fazem necessaacuterios para complementar as capacidades

necessaacuterias a esse batalhatildeo Dessa maneira o autor recomenda por meio do

QUADRO 17 a seguir os seguintes temas

102

QUADRO DE PROPOSTA PARA NOVAS PESQUISAS NA ESAO

Tema sugerido Especialista recomendado

BE Cmb de uma Brigada de Cavalaria Mecanizada Uma proposta de Quadro de Dotaccedilatildeo de Material (QDM) e Quadro de Cargos Previstos (QCP)

Oficial de engenharia que tenha servido em OM blindada e mecanizada

Equipagens para transposiccedilatildeo de curso drsquoaacutegua adequaccedilatildeo dos meios de transposiccedilatildeo de uma Bda C Mec

Militar de engenharia que tenha comandado uma Companhia de Engenharia de Pontes

TTP do Batalhatildeo de Engenharia de Combate Mecanizado na Operaccedilatildeo de Abertura de Passagem

Oficial de engenharia que tenha servido em OM blindada e mecanizada

Emprego de feixe de tubos em viaturas blindadas para transposiccedilatildeo de cursos de aacutegua e valas

Oficial que tenha experiecircncia com blindados

Viatura de Abertura de Brecha Keiler Uma viatura para solucionar uma deficiecircncia da engenharia brasileira

Oficial de engenharia com curso de desminagem preferencialmente habilitado em

alematildeo

O emprego de um Pelotatildeo de Engenharia de Apoio na Companhia de Engenharia de Combate de um BE Cmb Mec Uma sugestatildeo de dotaccedilatildeo de meios de emprego junto aos elementos em primeiro escalatildeo pela Cia E Cmb

Oficial que tenha servido em Batalhatildeo de Engenharia preferencialmente que tenha

comandado uma Companhia de Comando e Apoio

Doutrina do Batalhatildeo de Engenharia de Combate Mecanizado da Brigada de Cavalaria Mecanizada

Oficial de engenharia que tenha servido em OM blindada e mecanizada

QUADRO 17 - Propostas de novas pesquisas relacionadas ao apoio de engenharia agrave uma Bda C Mec Fonte O autor

______________________________ Saulo dos Santos Marques

Capitatildeo de Engenharia

103

REFEREcircNCIAS

Assault Breacher Vehicle Military-today c2017 Disponiacutevel em lthttpwww military-todaycomengineeringabv_imageshtmgt Acesso em 13 ago 2018

BMR-3M Mine clearing vehicle Military-today c2006 Disponiacutevel em lthttp wwwmilitary-todaycomengineeringbmr_3mhtmgt Acesso em 1 fev 2018

BRASIL Exeacutercito Centro de Doutrina do Exeacutercito Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 0022016 as estruturas de engenharia no teatro de operaccedilotildees Brasiacutelia DF 2016

______ ______ Departamento de Educaccedilatildeo e Cultura EB60-ME-11401 dados meacutedios de planejamento 1 ed Rio de Janeiro 2016

______ ______ Departamento de Material Beacutelico Portaria Nr 023- DMB de 20 de novembro de 1998 Aprova as normas para classificaccedilatildeo registro e identificaccedilatildeo dos veiacuteculos oficiais no acircmbito do ministeacuterio do exeacutercito - NORCRIVE Boletim do Exeacutercito Rio de Janeiro 1998

______ ______ Estado Maior C 2-1 emprego da cavalaria 2 ed Brasiacutelia DF 1999a

______ ______ ______ C 2-20 regimento de cavalaria mecanizado 2 ed Brasiacutelia DF 2002

______ ______ ______ C 2-30 brigada de cavalaria mecanizada 2 ed Brasiacutelia DF 2000a

_______ ______ ______ C 5-1 emprego de engenharia 3 ed Brasiacutelia DF 1999b

_______ ______ ______ C 5-7 batalhatildeo de engenharia de combate 2 ed Brasiacutelia DF 2001

_______ ______ ______ C 5-10 o apoio de engenharia no escalatildeo brigada 2 ed Brasiacutelia DF 2000b

104

BRASIL Exeacutercito Estado Maior C 5-37 minas e armadilhas 2 ed Brasiacutelia DF 2000c

_______ _______ ______ EB20-MC-10102-1 doutrina militar terrestre 1 ed Brasiacutelia DF 2014a

______ _______ ______ EB20-MC-10203 movimento e manobra 1 ed Brasiacutelia DF 2015a

______ _______ ______ EB20-MC-10204 logiacutestica 3 ed Brasiacutelia DF 2014b

______ _______ ______ EB20-MC-10208 proteccedilatildeo 1 ed Brasiacutelia DF 2015b

______ _______ ______ EB20-MF-10101 o exeacutercito brasileiro 1 ed Brasiacutelia DF 2014c

______ _______ ______ EB20-MF-10103 operaccedilotildees 1 ed Brasiacutelia DF 2014d

______ Ministeacuterio da Defesa Estado Maior de Defesa MD33-M-02 manual de abreviaturas siglas siacutembolos e convenccedilotildees cartograacuteficas das forccedilas armadas 3 ed Brasiacutelia DF 2008

______ Exeacutercito Exeacutercito brasileiro realiza uacuteltimo teste de 2017 da viatura blindada de transporte de pessoal M113 BR Brasiacutelia DF 29 dez 2017 Disponiacutevel em lthttpwwwebmilbrwebnoticiasnoticiario-do-exercito-asset_ publisherMjaG93KcunQIcontentparque-regional-de-manutencao-5-realiza-ulti mo-teste-de-2017-da-vbtp-m113brgt Acesso em 15 jan 2018

______ ______ Portaria Nr 031- EME de 26 de fevereiro de 2018 aprovaccedilatildeo da diretriz de implantaccedilatildeo do progama estrateacutegico do exeacutercito sistema de engenharia Boletim do Exeacutercito Brasiacutelia DF 2018

BUNDESWEHR Panzergrenadierbrigade 41 in Neubrandenburg Bundeswehrde Colocircnia 4 abr 2018 Disponiacutevel em lthttpwwwdeutscheshe

105

erdeportalaheerstartdienstst1pzdivgliederungpzgrenbrig41utpz104_Sj9CPykssy0xPLMnMz0vMAfIjo8zinSx8QnyMLI2MfEyDLA0cXT1Nwnx9XIwNXI30wwkpiAJKG-AAjgb6wSmp-pFAM8xxm2GuH6wfpR-VlViWWKFXkF9UkpNaope YDHKhfmRGYl5KTmpAfrIjRKAgN6LcoNxREQDnEpv-dzd5L2dBISEvZ0FBI S9nQSEhZ7_B8LTL2922L5R90AEI4VMLD30E7gt Acesso em 11 jul 2018

DEFESANET EE-9 Cascavel ndash Modernizaccedilatildeo agora eacute VBR-MSR 6x6 Brasiacutelia DF 2 dez 2017 Disponiacutevel em lthttpwwwdefesanetcombrguarani noticia27837EE-9-Cascavel---Modernizacao-agora-e-VBR-MSR-6x6gt Acesso em 12 jan 2017

DEUTSCHLAND Arbeitshilfe Pioniertruppe Pionierschule und Faschule des Heeres fuumlr Bautechnik Bereich Weiterentwicklung der Pioniertruppe Ingolstadt 2011

EE-11 Urutu Youtube 12 set 16 Disponiacutevel em lthttpswwwyoutubecom watchv=J3pcOlhYIbIgt Acesso em 1 ago 2018

ESCOLA DE APERFEICcedilOAMENTO DE OFICIAIS Pub 30-101-1 forccedilas armadas dos paiacuteses do continente austral ndash Paiacutes Vermelho 1 v Rio de Janeiro 2010

ESCRITOacuteRIO DE PROJETOS DO EXEacuteRCITO BRASILEIRO (Brasil) VBTP ldquoGuaranirdquo ndash chegando para revolucionar o exeacutercito brasileiro Brasiacutelia DF 25 jul 2017 Disponiacutevel em lthttpwwwepexebmilbrindexphpultimas-noticias565-vbtp-guarani-chegando-para-revolucionar-o-exercito-brasileirogt Acesso em 12 jan 2017

FAN Ricardo CMS promove seminaacuterio interno para discussatildeo sobre a nova viatura a ser adotada pelos RCB Defesanet Brasiacutelia DF 28 mai 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwdefesanetcombrleonoticia6182CMS--promove-seminario-interno-para-discussao-sobre-a-nova-viatura-a-ser-adotada-pelos-RCB-gt Acesso em 13 jun 2018

Fascine Wikipedia [20] Disponiacutevel em lthttpsenwikipediaorgwiki Fascinegt Acesso em 5 fev 2018

Keiler Mine clearing vehicle Military-today c2006 Disponiacutevel em lt httpwwwmilitary-todaycomengineeringkeilerhtmgt Acesso em 5 fev 2018

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KIDWELL Tom JAFFKE Andrew Advancing assault breaching Marine Corps Gazette Naval RampD and Marine Corps Innovation Quantico V 98 n 6 p 83-87 feb 2014 Disponiacutevel em lthttpwwwnavseanavymilPortals103Docume ntsNSWC_Indian_HeadResourcesMCG-2-14-AABpdfgt Acesso em 5 ago 2018

Kodiak Combat engineering vehicle Military-today c2006 Disponiacutevel em lt httpwwwmilitary-todaycomengineeringkodiakhtmgt Acesso em 1 fev 2018

Landfahrzeuge Deutschesheer 8 mar 2018 Disponiacutevel em httpwwwdeutschesheerdeportalaheerstarttechniklandfahrzeugeutpz1hU67DoIwFP0WB9beqyigW-NAMJhoGIQupkAtmEJJqeDni2FU49nOMwcYp MBaPtSS21q3XE08Y97V266jcJXgEf0gwHMYx9GeUkT04fIvwCYbf4AiJKWAb Nrwf26ES0iAAbvzgT9Jp41VwhJevB9CVvG2VOKkCzoLB2BS6Xy-TtvcDSQwI 27CCEMeZpIra7t-56CD4zgSqbVUghS6Iblx8Fur0r2F9CMMXZOO6G7UENPF C0bIBp8dzd5L2dBISEvZ0FBIS9nQSEhZ7_694IG2S0M07880QGLLICAA00G1gt

Light Weight Mine Roller Army-technology Huntsville 23 aug 2017 Disponiacutevel em lt httpswwwarmy-technologycomproductslightweight-mine-rollergt Acesso em 1 fev 2018

Leopard 1 AVLB BIBER Armyvehicles c1997 Disponiacutevel e lthttpwww armyvehiclesdkleopard1avlbhtmgt Acesso em 30 mar 18

M104 Wolverine Armoured bridgelayer Military-today c2006 Disponiacutevel em lthttpwwwmilitary-todaycomengineeringm104_wolverinehtmgt Acesso em 6 fev 2018

M1132 Engineer Squad Vehicle Wikipedia 29 jan 2018 Disponiacutevel em lthttpsenwikipediaorgwikiM1132_Engineer_Squad_Vehiclegt Acesso em 20 mar 2018

Medal of honor run Youtube 21 mai 2014 Disponiacutevel em lt

httpswwwyoutubecomwatchv=KetozAEuDmggt Acesso em 20 abr 2018

MESQUITA Alex Alexandre de A importacircncia do RCB na Doutrina de Blindados Defesanet Brasiacutelia DF 21 mai 2015 Disponiacutevel em lthttpwwwdefesanet combrdoutrinanoticia19142A-Importancia-do-RCB-na-Doutrina-de-Blindadosgt Acesso em 3 set 2018

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MILLER Stephen W Engineers up Asian Army Review 14 mar 2018 Disponiacutevel em lthttpsasianmilitaryreviewcom201803engineers-upgt Acesso em 17 ago 2018

Mine-clearing line charge Wikipedia c2006 Disponiacutevel em lthttpsen wikipediaorgwikiMine-clearing_line_chargegt Acesso em 1 fev 2018

OLIVEIRA Joatildeo Carlos Machado de A torre REMAX no Pelotatildeo de Cavalaria Mecanizado Defesanet Brasiacutelia DF 3 jun 2017 Disponiacutevel em lthttpwww defesanetcombrguaraninoticia25926A-torre-REMAX-no-Pelotao-de-Cavalaria-Mecanizadogt Acesso em 15 jun 2018

PIKE John XM104 Wolverine Heavy Assault Bridge SystemH82510 Federation of American Scientists Washington DC 8 fev 2000 Disponiacutevel em lthttpsfasorgmandod-101syslandwolverinehtmgt Acesso em 3 jul 2018

PSB 2 Armoured bridgelayer Military-today c2006 Disponiacutevel em lthttp wwwmilitary-todaycomengineeringpsb2htmgt Acesso em 5 fev 2018

Python Mine clearance minefield breaching system Armyrecognition Ramillies c2017 Disponiacutevel em lthttpswwwarmyrecognitioncomunited_king dom_british_army_military_equipment_ukpython_mine_clearance_minefield_breaching_system_data_sheet_description_information_specificationshtmlgt Acesso em 6 fev 2018

REBS Army-Guide c2002 Disponiacutevel em lthttpwwwarmy-guidecomeng product2102htmlgt Acesso em 7 jul 2018

RODRIGUES Maria das Graccedilas Villela Elaboraccedilatildeo de Projetos Trabalhos Acadecircmicos e Dissertaccedilotildees em Ciecircncias Militares Metodologia da Pesquisa Cientiacutefica 3 ed Rio de Janeiro 2006

Structure of the German Army Wikipedia [20] Disponiacutevel em lthttpsenwikipediaorgwikiStructure_of_the_German_Armygt Acesso em 23 ago 2018

Terrier Military-today c2017 Disponiacutevel em lthttpwwwmilitary-todaycom engineeringterrier_imageshtmgt Acesso em 17 ago 2018

108

Titan Challenger 2 Bridge Layer Youtube 22 mar 2018 Disponiacutevel em lthttpswwwyoutubecomwatchv=xHjm5FjSovMgt Acesso em 15 ago 2018

USA Department of the Navy Presidentrsquos Budget FY 2012 Procurement of Ammo Navy amp MC 2011

______ Fort Benning MCoE Supplemental Manual 3-90 Force Structure Reference Data stryker_brigade combat team and below Columbus 2015

______ Headquarters Department of the Army FM 3-0 Operations Washington DC 2011

______ ______ FMI 3-01 the modular force Washington DC 2008

______ ______ FM 3-34 engineer operations Washington DC 2014

______ ______ FM 3-3422 engineer operations_brigade combat team and below Washington DC 2014

______ ______ FM 3-96 brigade combat team Washington DC 2015

Why did the tank cross the road A Egis Technologies 7 jun 2016 Disponiacutevel em lthttpsaegistgcomwhy-did-the-tank-cross-the-roadgt Acesso em 13 ago 2018

109

APEcircNDICE A ndash QUESTIONAacuteRIO DESTINADO AOS COMANDANTES E EX-

COMANDANTES DOS REGIMENTOS DAS BRIGADAS DE CAVALARIA

MECANIZADA

O presente questionaacuterio eacute parte integrante da Dissertaccedilatildeo de Mestrado em Ciecircncias

Militares da Escola de Aperfeiccediloamento de Oficiais (EsAO) cujo tema eacute A

ENGENHARIA DE COMBATE DA BRIGADA DE CAVALARIA MECANIZADA

UMA SUGESTAtildeO DE ADEQUACcedilAtildeO DO APOIO PRESTADO AOS ELEMENTOS

EMPREGADOS EM PRIMEIRO ESCALAtildeO NAS OPERACcedilOtildeES OFENSIVAS

desenvolvida pelo Cap Saulo dos Santos Marques da Arma de Engenharia

cursando a EsAO e que possui como orientador o Cel ANDREacute CEZAR SIQUEIRA

instrutor desse Estabelecimento de Ensino

O trabalho em desenvolvimento tem por objetivo analisar as capacidades da

Companhia de Engenharia de Combate Mecanizada (Cia E Cmb Mec) agrave luz da

doutrina vigente e dos novos Mateirais de Emprego Militar (MEM) os quais satildeo

partes importantes da determinaccedilatildeo das capacidades das tropas (DOAMEPI)

Para que esta meta seja alcanccedilada a sua especializaccedilatildeo e experiecircncia

do senhor que jaacute foi comandante de Regimento de Bda C Mec eacute fundamental

Solicito-vos para que em cada questatildeo marque a alternativa que melhor

corresponda agrave sua visatildeo e experiecircncia vivida com o tema ou em atividades dessa

natureza Caso possua conhecimentos complementares sobre cada pergunta ou

opiniotildees divergentes das opccedilotildees apresentadas o senhor poderaacute transcrever nos

espaccedilos descrito como Comente sua opiniatildeo

Outrossim informo-vos que seratildeo necessaacuterios apenas 05 (cinco) minutos

para responder o presente questionaacuterio e que natildeo haveraacute divulgaccedilatildeo de dados

pessoais sendo os resultados de caraacuteter quantitativo e qualitativo representados

por grupos de acordo com o universo ora abordado

Desde jaacute sou grato pela atenccedilatildeo e participaccedilatildeo

Com os melhores cumprimentos

Saulo dos Santos Marques - Cap Eng

110

A ndash ESCALAtildeO DE APOIO DE ENGENHARIA

1) A Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 02 de 31 de maio de 2016 a qual

descreve as estruturas de Engenharia no Teatro de Operaccedilotildees define que a

Brigada de Infantaria Mecanizada deve ser apoiada por um Batalhatildeo de Engenharia

Levando-se em consideraccedilatildeo que a Bda Inf Mec eacute composta por 3 BI Mec e a

Bda C Mec eacute composta por 2 RC Mec e 1 RCB (aleacutem do RC Mec divisionaacuterio) a

engenharia que apoia a Bda C Mec deveria ser consequentemente um BE Cmb

Mec a duas companhias de 4 Pel E Cmb cada

( ) Concordo totalmente

( ) Concordo parcialmente

( ) Discordo

( ) Discordo plenamente

COMENTAacuteRIO DAS OPINIOtildeES

1 Com essa organizaccedilatildeo o BE Cmb Mec poderia empregar uma SU em apoio

direto aos elementos de manobra inclusive aquele em 2ordm escalatildeo mantendo

ainda uma Cia Eng Cmb Mec para emprego centralizado na Z Accedil da Bda

111

2 Penso que o ideal seria um BE Cmb Mec a 3 Cia com 4 Pel E Cmb cada

permitindo o apoio aos 3 elementos de manobra da Bda com uma SU Caso a

Bda receba o RC Mec divisionaacuterio deve receber tambeacutem uma SU Eng Cmb

da Divisatildeo

3 Essa eacute dosagem miacutenima tendo em vista a envergadura e pletora de meios da

tropa apoiada

2) No manual O Inimigo o Exeacutercito Vermelho utiliza a dosagem de uma companhia

de engenharia de combate por unidade de valor batalhatildeo ou regimento Com base

nesse dado para que nossa engenharia esteja adequada a fazer frente agrave

engenharia inimiga o apoio agrave Brigada de Cavalaria Mecanizada deve ser no miacutenimo

de valor de um BE Cmb

( ) Concordo totalmente

( ) Concordo parcialmente

( ) Discordo

( ) Discordo plenamente

Comentaacuterio das opiniotildees

112

1 Embora concorde com a organizaccedilatildeo sugerida no quesito anterior acredito

que natildeo se deva tomar por base uma organizaccedilatildeo do inimigo feita com

finalidades especiacuteficamente escolares A organizaccedilatildeo a ser considerada eacute

aquela adotada por potenciais ameaccedilas

2 Utilizando a mesma dosagem de uma Cia Eng Cmb por Elemento de

manobra valor Batalhatildeo ou Regimento

B ndash QUANTO AOS MEIOS

3) As viaturas blindadas de engenharia como por exemplo a VBE Eng a VBEL Pnt

Vtr de limpeza de minas rolo de dispersatildeo de minas arado entre outras satildeo

viaturas que realizam a abertura de passagem para a transposiccedilatildeo de elementos

apoiados Alguns dos benefiacutecios de sua utilizaccedilatildeo satildeo abertura em menor tempo

com proteccedilatildeo blindada agrave guarniccedilatildeo e exigindo um menor efetivo A partir dessa

afirmaccedilatildeo eacute possiacutevel afirmar que eacute DISPENSAacuteVEL a utilizaccedilatildeo desses meios tendo

em vista que a Cia E Cmb jaacute possui ponte portada e pelototildees com suas

ferramentas de sapa para cumprir esse trabalho

( ) Concordo totalmente

( ) Concordo parcialmente

( ) Discordo

( ) Discordo plenamente

113

Comentaacuterio das opiniotildees

1 A Bda C Mec conduz por suas caracteriacutesticas operaccedilotildees de movimento

Destarte todos os meios que facilitem o movimento satildeo importantes para ela

2 Haveria dificuldade de acompanhamento dos Elm 1ordm Esc pela velocidade de

deslocamento

3 Eacute INDISPENSAacuteVEL a utilizaccedilatildeo desses meios pela Eng da Bda

C ndash QUANTO AgraveS CARACTERIacuteSTICAS DESSES MEIOS

4) Com o advento dos projetos Leopard e Guarani as Bda C Mec passaram a

possuir nos RCB e nos R C Mec respectivamente as VBCCC Leopard 1A1 ou M60

e a VBTP-MR Guarani Partindo do princiacutepio que as VBCCC Leopard tecircm classe

superior agraves VBTPMR Guarani as viaturas lanccediladoras de pontes devem atender agrave

classe das primeiras (viatura de maior classe) o que permite transpor os dois tipos

de viaturas

114

( ) Concordo totalmente

( ) Concordo parcialmente

( ) Discordo

( ) Discordo plenamente

Comentaacuterio das opiniotildees

1 Essa eacute uma assertativa bastante oacutebvia Os meios de transposiccedilatildeo devem

assegurar o movimento de todas as Vtr empregadas pela Bda C Mesc

2 Quem apoia mais apoia menos Esse um princiacutepio que atende plenamente ao

princiacutepio de guerra de economia de meios

5) Como normalmente os blindados sobre lagartas possuem uma capacidade de

transportar pontes mais pesadas em relaccedilatildeo agraves viaturas sobre rodas eacute pertinente

que as viaturas lanccediladoras de ponte sejam sobre rodas mesmo que inviabilize a

transposiccedilatildeo de meios sobre lagartas

( ) Concordo totalmente

( ) Concordo parcialmente

( ) Discordo

( ) Discordo plenamente

115

Comentaacuterio das opiniotildees

1 Volto agrave resposta dada no quesito anterior Os meios de Eng devem ser

necessaacuterios e suficientes para assegurar que TODAS as Vtr da Bda

transponham o obstaacuteculo Como estaacute colocada a questatildeo seria concordar

com que o RCB principal elemento de forccedila da Bda natildeo pudesse empregar

seus CC

2 Sobre a afirmativa eacute bom lembrar as VBE Lccedil Pnt devem deslocar-se com

suas pontes somente em pequenos trechos no compartimento de combate

ateacute o local de lanccedilamento (essas pontes satildeo equipamentos fraacutegeis natildeo

devendo ser deslocadas sobre a VB por longos trechos) Ateacute a aproximaccedilatildeo

desse compartimento as pontes devem ser transportadas em pranchas e se

possiacutevel as VBE Lccedil Pnt sobre lagarta tambeacutem A vantagem de se ter na OM

Eng Cmb Mec da Bda C Mec somente um tipo de VB lanccediladora de ponte

sobre lagartas seria que a mesma poderia atender com maior mobilidade

atraveacutes do campo tanto os RC Mec quanto o RCB Essa VB sobre lagarta

deveria como jaacute foi dito possuir uma viatura Cavalo Mecacircnico com prancha

para a aproximaccedilatildeo da VB ateacute o compartimento de combate (onde deveraacute

lanccedilar a Pnt ) e outra para transportar no miacutenimo as suas trẽs pontes de

pequena brecha

116

3 A Eng da Bda deve ter condiccedilotildees de apoiar o movimento de TODOS os meios

da Bda

D ndash SUGESTOtildeES

6) Eacute mais adequado que o apoio de engenharia a uma Bda C Mec seja realizado por

um batalhatildeo a duas companhias de quatro pelototildees sendo uma das Cia E Cmb

dotada de Viaturas Blindadas Especiais sobre lagartas mais capacitada a apoiar o

RCB e uma Cia E Cmb dotada de Viaturas Blindadas Especiais sobre rodas mais

capacitada a apoiar os RC Mec

( ) Concordo totalmente

( ) Concordo parcialmente

( ) Discordo

( ) Discordo plenamente

Comentaacuterios das opiniotildees

1 Ver resposta do quesito seguinte

2 Estamos trabalhando no CMS na proposta sobre o BE Cmb Mec de Bda C

Mec Em 2017 enviamos ao COTER a proposta do BE Cmb Mec de Bda Inf

Mec A proposta do CMS ( a 3 Cia E) foi enviada pelo ODOp ao DEC que

apoacutes anaacutelise do projeto decidiu junto com o COTER que o BECmb Mec

117

deveria ter somente 2 Cia Eng Cmb Mec e natildeo trecircs como proposto pelo

CMS Na visatildeo do CMS 2 Cias apoiariam as OM em 1ordm escalatildeo (cada uma

com um Regimento) e a 3ordf Cia ficaria no apoio a toda a brigada (demais OM

em 1ordm Esc e A Rg da Bda) Com base nessa decisatildeo de 2017 foi modificada

a proposta do CMS sugerindo ao ODOp que as duas Cia Eng (decisatildeo DEC

COTER) deveriam possuir 4 Pel E cada uma sendo 3 Mec sobre rodas e 1

Bld sobre lagartas com a mesma missatildeo anterior 1 Cia em apoio aos Rgt em

1ordm escalatildeo e a outra em apoio agrave Bda A diferenccedila entre o BE Cmb Mec de Bda

Inf Mec e o de Bda C Mec eacute o apoio a ser prestado ao RCB Portanto no BE

Cmb Mec de Bda Inf Mec todos os Pel E e a Cia C Ap possuem somente VB

sobre rodas No BE Cmb Mec de Bda C Mec 1 Pel E por Cia Eng deve

possuir VB sobre lagartas e os demais VB sobre rodas A Cia C Ap deve

possuir VB sobre rodas e sobre lagartas (VBE Eng VBE LccedilPnt VBE com

implementos do tipo rolo arado MCLIC lanccedila retinida espargidor de minas

AC etc)

3 Estudar se uma Cia eacute suficiente para apoiar os dois R C Mec

4 Na minha opiniatildeo o Batalhatildeo de Engenharia deveria ter 3 Cia sendo duas

dotadas de Viaturas Blindadas Especiais sobre rodas para apoiar os dois RC

Mec e uma dotada de Viaturas Blindadas Especiais sobre lagarta para apoiar

o RCB permitindo o apoio aos 3 elementos de manobra valor Regimento da

Bda

7) Contrariando o item anterior eacute mais pertinente afirmar que o apoio de engenharia

a uma Bda C Mec seraacute mais adequado se for realizado por um batalhatildeo a duas

companhias com quatro pelototildees cada dotadas de Viaturas Blindadas Especiais

sobre lagartas atendendo assim tanto os RCB quanto os RC Mec

( ) Concordo totalmente

( ) Concordo parcialmente

( ) Discordo

( ) Discordo plenamente

118

Comentaacuterios das opiniotildees

1 Em minha opiniatildeo bastaria que uma dessas Cia dispusesse de meios SL o

que proporcionaria uma dosagem eficaz e mais econocircmica

2 Ver observaccedilatildeo do item anterior

3 Concordo em parte Deve possuir Pel E com Vtr sobre rodas (RC Mec) e Pel

E com VB sobre lagartas (RCB) e a Cia C Ap deve possuir VB com rodas e

VB com lagartas As VBE Lccedil Pnt devem ser todas sobre lagartas como jaacute

citado em item anterior A mescla de tipos de VB daraacute ao BE maior

flexibilidade e rapidez no apoio particularmente para acompanhar os RC Mec

como VBTP (Pel E) e VBE Eng sobre rodas

4 Para apoiar os R C Mec em melhores condiccedilotildees deve-se utilizar material de

mobilidadevelocidade igual ou superior

5 Acredito salvo outro juiacutezo que o apoio agrave Bda C Mec deva ser mantido por 1

Cia Eng Mec podendo ter um nuacutemero variaacutevel de Pel Esse pensamento

orientou todas as respostas referentes ao aumento de 1 Cia para um Btl Eng

na Boa C Mec Cabe ressaltar que um incremento (transformaccedilatildeo de Cia para

119

Btl) impacta outros sistemas operacionais da Bda (principalmente o logiacutestico)

acarretando uma mudanccedila quase impossiacutevel na Brigada

120

APEcircNDICE B ndash QUESTIONAacuteRIO DESTINADO AOS COMANDANTES E EX-

COMANDANTES DAS COMPANHIAS DE ENGENHARIA MECANIZADA

O presente questionaacuterio eacute parte integrante da Dissertaccedilatildeo de Mestrado em Ciecircncias

Militares da Escola de Aperfeiccediloamento de Oficiais (EsAO) cujo tema eacute A

ENGENHARIA DE COMBATE DA BRIGADA DE CAVALARIA MECANIZADA

UMA SUGESTAtildeO DE ADEQUACcedilAtildeO DO APOIO PRESTADO AOS ELEMENTOS

EMPREGADOS EM PRIMEIRO ESCALAtildeO NAS OPERACcedilOtildeES OFENSIVAS

desenvolvida pelo Cap Saulo dos Santos Marques da Arma de Engenharia

cursando a EsAO e que possui como orientador o Cel ANDREacute CEZAR SIQUEIRA

instrutor desse Estabelecimento de Ensino

O trabalho em desenvolvimento tem por objetivo analisar as capacidades da

Companhia de Engenharia de Combate Mecanizada (Cia E Cmb Mec) agrave luz da

doutrina vigente e dos novos Mateirais de Emprego Militar (MEM) os quais satildeo

partes importantes da determinaccedilatildeo das capacidades das tropas (DOAMEPI)

Para que esta meta seja alcanccedilada a sua especializaccedilatildeo e experiecircncia

do senhor que jaacute foi comandante de Companhia de Engenharia de Bda C Mec

eacute fundamental

Solicito-vos para que em cada questatildeo marque a alternativa que melhor

corresponda agrave sua visatildeo e experiecircncia vivida com o tema ou em atividades dessa

natureza Caso possua conhecimentos complementares sobre cada pergunta ou

opiniotildees divergentes das opccedilotildees apresentadas o senhor poderaacute transcrever nos

espaccedilos descrito como Comente sua opiniatildeo

Outrossim informo-vos que seratildeo necessaacuterios apenas 05 (cinco) minutos

para responder o presente questionaacuterio e que natildeo haveraacute divulgaccedilatildeo de dados

pessoais sendo os resultados de caraacuteter quantitativo e qualitativo representados

por grupos de acordo com o universo ora abordado

Desde jaacute sou grato pela atenccedilatildeo e participaccedilatildeo

Com os melhores cumprimentos

Saulo dos Santos Marques - Cap Eng

121

A ndash ESCALAtildeO DA ENGENHARIA DA BDA C MEC

1) A Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 02 de 31 de maio de 2016 a qual

descreve as estruturas de Engenharia no Teatro de Operaccedilotildees define que a

Brigada de Infantaria Mecanizada deve ser apoiada por um Batalhatildeo de Engenharia

Levando-se em consideraccedilatildeo que a Bda Inf Mec eacute composta por 3 BI Mec e a

Bda C Mec eacute composta por 2 RC Mec e 1 RCB (aleacutem do RC Mec divisionaacuterio) a

engenharia que apoia a Bda C Mec deveria ser consequentemente um BE Cmb

Mec a duas companhias de 4 Pel E Cmb cada

( ) Concordo totalmente

( ) Concordo parcialmente

( ) Discordo

( ) Discordo plenamente

COMENTAacuteRIO DAS OPINIOtildeES

1 Natildeo vejo a necessidade das Cia E Cmb Mec possuam os 04 Pel E Cmb

acredito que 03 Pel E Cmb jaacute seriam adequados

2 Doutrinariamente sim Em tempo de paz acredito que um Batalhatildeo de

Engenharia com 01 Cia E Cmb cumpre bem a missatildeo

122

3 Nas atuais condiccedilotildees do Paiacutes seria muito difiacutecil a migraccedilatildeo de Cia E Cmb

Mec para BE Cmb Mec

4 Em que pese a atual doutrina (NCD Nr 02 de 31 mai16) prever uma E Bda Inf

Mec compota por 2 Cias a 4 Pel os trabalhos realizados em estudos de sala

de aula da proacutepria EsAO mostram essa estrutura com certa dificuldade para

Mnt do C2 por parte do Cmt BE Tendo em vista seu trabalho estar

pesquisando essa situaccedilatildeo sugiro uma composiccedilatildeo do BECmb Mec (ou Bld)

de 4 CiaECmb a 2 Pel E Cmb e 1 Pel Ap (Neste os diversos materiais jaacute em

Ref agrave Cia Eqp Eng Eqp Ab Bre VBC Eng VBEL Pnt etc) Assim facilitaria o

C2 por parte do Cmdo BE bem como a emissatildeo de ordens e distribuiccedilatildeo de

missotildees

5 A engenharia que apoia a Bda C Mec deveria ser consequentemente um BE

Cmb Mec a 3 companhias de 3 Pel E Cmb cada

2) No manual O Inimigo o Exeacutercito Vermelho utiliza a dosagem de uma companhia

de engenharia de combate por unidade de valor batalhatildeo ou regimento Com base

nesse dado para que nossa engenharia esteja adequada a fazer frente agrave

engenharia inimiga o apoio agrave Brigada de Cavalaria Mecanizada deve ser no miacutenimo

de valor de um BE Cmb

( ) Concordo totalmente

( ) Concordo parcialmente

( ) Discordo

( ) Discordo plenamente

123

Comentaacuterio das opiniotildees

1 Em minha opiniatildeo bastaria que uma dessas Cia dispusesse de meios SL o

que proporcionaria uma dosagem eficaz e mais econocircmica

2 Ver observaccedilatildeo do item anterior

3 Concordo em parte Deve possuir Pel E com Vtr sobre rodas (RC Mec) e Pel

E com VB sobre lagartas (RCB) e a Cia C Ap deve possuir VB com rodas e

VB com lagartas As VBEL Pnt devem ser todas sobre lagartas como jaacute citado

em item anterior A mescla de tipos de VB daraacute ao BE maior flexibilidade e

rapidez no apoio particularmente para acompanhar os RC Mec como VBTP

(Pel E) e VBE Eng sobre rodas

4 Para apoiar os R C Mec em melhores condiccedilotildees deve-se utilizar material de

mobilidadevelocidade igual ou superior

5 Acredito salvo outro juiacutezo que o apoio agrave Bda C Mec deva ser mantido por 1

Cia Eng Mec podendo ter um nuacutemero variaacutevel de Pel Esse pensamento

orientou todas as respostas referentes ao aumento de 1 Cia para um Btl Eng

B ndash QUANTO AOS MEIOS

124

3) As viaturas blindadas de engenharia como por exemplo a VBE Eng a VBEL Pnt

Vtr de limpeza de minas rolo de dispersatildeo de minas arado entre outras satildeo

viaturas que realizam a abertura de passagem para a transposiccedilatildeo de elementos

apoiados Alguns dos benefiacutecios de sua utilizaccedilatildeo satildeo abertura em menor tempo

com proteccedilatildeo blindada agrave guarniccedilatildeo e exigindo um menor efetivo A partir dessa

afirmaccedilatildeo eacute possiacutevel afirmar que eacute DISPENSAacuteVEL a utilizaccedilatildeo desses meios tendo

em vista que a Cia E Cmb jaacute possui ponte portada e pelototildees com suas

ferramentas de sapa para cumprir esse trabalho

( ) Concordo totalmente

( ) Concordo parcialmente

( ) Discordo

( ) Discordo plenamente

Comentaacuterio das opiniotildees

1 O Guarani assim como a Viatura Stryker veiacuteculo das tropas mecanizadas

Norte-Americanas deveria possuir os implementos de engenharia

necessaacuterios para a realizaccedilatildeo de abertura de passagem A abertura de

passagem deveria assim como ocorre com a transposiccedilatildeo de curso daacutegua

deveria ser encarada como uma operaccedilatildeo que possui como uma de suas

fases a reduccedilatildeo do obstaacuteculo a ser transporto

125

2 A proteccedilatildeo blindada eacute fundamental para o combatente mecanizado

3 A Eng Mecanizada carece de meios modernos tais como a Retroescavadeira

de Alta Mobilidade e Blindada jaacute usada nos EUA (HMEE) (que faria o papel

de Eqp Eng Bda Mec) e de Vtr Lanccedila Pontes Sobre Rodas (REBS)

4 Eacute INDISPENSAacuteVEL Os atuais meios presentes no QDM da Cia E Cmb de

Bda eacute totalmente ineficiente numa situaccedilatildeo de combate moderno

5 Eacute possiacutevel afirmar que eacute INDISPENSAacuteVEL no combate moderno a utilizaccedilatildeo

desses meios

6 Esses Eqp BldMec ampliaratildeo a capacidade de trabalho da Cia E

C ndash QUANTO AgraveS CARACTERIacuteSTICAS DESSES MEIOS

4) Com o advento dos projetos Leopard e Guarani as Bda C Mec passaram a

possuir nos RCB e nos R C Mec respectivamente as VBCCC Leopard 1A1 ou M60

e a VBTP-MR Guarani Partindo do princiacutepio que as VBCCC Leopard tecircm classe

superior agraves VBTPMR Guarani as viaturas lanccediladoras de pontes devem atender agrave

classe das primeiras (viatura de maior classe) o que permite transpor os dois tipos

de viaturas

( ) Concordo totalmente

( ) Concordo parcialmente

( ) Discordo

( ) Discordo plenamente

126

Comentaacuterio das opiniotildees

1 Com certeza

2 A Viatura Lanccedila Ponte sobre Rodas (REBS) atende um vatildeo de 13 metros

para Classe Militar 50 Jaacute utilizada nos EUA A VB CC M60 eacute uma soluccedilatildeo

paliativa A VB CC Padratildeo do EB eacute o Leopard

3 Na distribuiccedilatildeo dos meios entre as fraccedilotildees que estaratildeo em Ap Pccedil Man as

que estaratildeo em Ap Fraccedilotildees de Guarani poderatildeo receber Pnt P Bre de menor

classe Ou seja poderatildeo haver Pnt P Bre de classes diferentes Todavia eacute

interessante que a VBL Pnt tenha capacidade de lanccedilar a de maior classe

4 Elas jaacute possuem essa capacidade

5) Como normalmente os blindados sobre lagartas possuem uma capacidade de

transportar pontes mais pesadas em relaccedilatildeo agraves viaturas sobre rodas eacute pertinente

que as viaturas lanccediladoras de ponte sejam sobre rodas mesmo que inviabilize a

transposiccedilatildeo de meios sobre lagartas

( ) Concordo totalmente

( ) Concordo parcialmente

( ) Discordo

( ) Discordo plenamente

127

Comentaacuterio das opiniotildees

1 A classe da ponte transportada pela Vtr que deve se adequar agraves

necessidades da Bda Acredito que a Pnt transportada pela Vtr sobre rodas

deve ter capacidade de transposiccedilatildeo de meios sobre lagartas

2 Uma Brigada Mecanizada possui meios SR e SL Logo um BE Cmb Mec

deve possuir meios SR e SL

3 As VBLPnt sobre lagartas devem ser utilizadas para Bda Bld As VBLPnt

sobre rodas devem ser utilizadas para as Bda Mec

4 Acredito que existam VBEL Pnt sobre rodas que tenha capacidade de

transportar Pnt com Classe para blindados sobre lagartas Um detalhe que

deve ser levado em consideraccedilatildeo eacute o seguinte num combate de velocidade e

manobra realizado por uma fraccedilatildeo que utilize Vtr Bld SL a VBL Pnt

conseguiraacute acompanhar o mesmo movimento ou alguns Obt do terreno faratildeo

ela ficar pelo caminho Por isso eacute vaacutelido raciocinar que numa Bda que possui

elementos de Man SL e SR a engenharia Orgacircnica tambem deva ter essa

caracteriacutestica Assim eacute vaacutelido pensar que nesse BECmbMec deva existir no

miacutenimo uma Fraccedilatildeo E Cmb Bld (SL)

5 O apoio da engenharia ao combate deve ser inexoraacutevel podendo o Batalhatildeo

possuir os dois tipos de Vtr Lccedil Pnt sobe rodas e sobre lagartas

128

D ndash SUGESTOtildeES

6) Eacute mais adequado que o apoio de engenharia a uma Bda C Mec seja realizado por

um batalhatildeo a duas companhias de quatro pelototildees sendo uma das Cia E Cmb

dotada de Viaturas Blindadas Especiais sobre lagartas mais capacitada a apoiar o

RCB e uma Cia E Cmb dotada de Viaturas Blindadas Especiais sobre rodas mais

capacitada a apoiar os RC Mec

( ) Concordo totalmente

( ) Concordo parcialmente

( ) Discordo

( ) Discordo plenamente

Comentaacuterios das opiniotildees

1 Natildeo vejo necessidade dessa especializaccedilatildeo das Cia Acredito que elas

devem ter as mesmas capacidades e estar aptas a transpor qualquer tipo de

tropa da Bda C Mec

2 Conforme comentaacuterio anterior

3 Como jaacute apresentei seria mais interessante no miacutenimo 01 CiaECmbBld em

Ap RCB e 02 CiaECmbMec em Ap aos 2 RCMec

129

4 Eacute mais adequado que o apoio de engenharia a uma Bda C Mec seja realizado

por um Batalhatildeo a 3 Companhias de 3 Pelototildees sendo uma Cia E Cmb

dotada de Viaturas Blindadas Especiais sobre lagartas mais capacitada a

apoiar o RCB e duas Cia E Cmb dotadas de Viaturas Blindadas Especiais

sobre rodas mais capacitadas a apoiar os RC Mec

7) Contrariando o item anterior eacute mais pertinente afirmar que o apoio de engenharia

a uma Bda C Mec seraacute mais adequado se for realizado por um batalhatildeo a duas

companhias com quatro pelototildees cada dotadas de Viaturas Blindadas Especiais

sobre lagartas atendendo assim tanto os RCB quanto os RC Mec

( ) Concordo totalmente

( ) Concordo parcialmente

( ) Discordo

( ) Discordo plenamente

Comentaacuterios das opiniotildees

1 Sou favoraacutevel que cada Cia E Cmb tenha uma natureza especiacutefica o que

economiza meios e facilita o planejamento

130

2 Considero natildeo viaacutevel esta alternativa embora seja melhor A situaccedilatildeo do Paiacutes

natildeo favorece estas mudanccedilas

3 Semelhante ao exposto no item 5 um Ap Eng SL a uma fraccedilatildeo C Mec em

situaccedilatildeo de deslocamentos sobre eixos pavimentados ou natildeo poderaacute ser

retardado em relaccedilatildeo aacute velocidade alcanccedilada pelas Vtr SR Aleacutem disso o

valor Nec para custeio para Mnt de Vtr SL eacute bem maior

4 Eacute pertinente afirmar que o apoio de engenharia a uma Bda C Mec seraacute mais

adequado se for realizado por um Batalhatildeo a 3 Companhias com 3 Pelototildees

cada sendo uma Cia E Cmb dotada de Viaturas Blindadas Especiais sobre

lagartas mais capacitada a apoiar o RCB e duas Cia E Cmb dotadas de

Viaturas Blindadas Especiais sobre Rodas mais capacitadas a apoiar os RC

Mec

5 Lembre-se que a Cia poderaacute solicitar apoio agrave ED Para a realidade do nosso

Exeacutercito uma Cia E bem equipada cumpriria sua missatildeo

131

APEcircNDICE C ndash QUESTIONAacuteRIO DESTINADO AOS MILITARES DE

ENGENHARIA COM CURSO DE COMANDANTE DE SUBUNIDADE NA

ALEMANHA OU ESTADOS UNIDOS

O presente questionaacuterio eacute parte integrante da Dissertaccedilatildeo de Mestrado em Ciecircncias

Militares da Escola de Aperfeiccediloamento de Oficiais (EsAO) cujo tema eacute A

ENGENHARIA DE COMBATE DA BRIGADA DE CAVALARIA MECANIZADA

UMA SUGESTAtildeO DE ADEQUACcedilAtildeO DO APOIO PRESTADO AOS ELEMENTOS

EMPREGADOS EM PRIMEIRO ESCALAtildeO NAS OPERACcedilOtildeES OFENSIVAS

desenvolvida pelo Cap Saulo dos Santos Marques da Arma de Engenharia

cursando a EsAO e que possui como orientador o Cel ANDREacute CEZAR SIQUEIRA

instrutor desse Estabelecimento de Ensino

O trabalho em desenvolvimento tem por objetivo analisar as capacidades da

Companhia de Engenharia de Combate Mecanizada (Cia E Cmb Mec) agrave luz da

doutrina vigente e dos novos Mateirais de Emprego Militar (MEM) os quais satildeo

partes importantes da determinaccedilatildeo das capacidades das tropas (DOAMEPI)

Para que esta meta seja alcanccedilada a sua especializaccedilatildeo e experiecircncia

do senhor que realizou o curso de comandante de subunidade de engenharia

nos EUA ou Alemanha eacute fundamental

Solicito-vos para que em cada questatildeo marque a alternativa que melhor

corresponda agrave sua visatildeo e experiecircncia vivida com o tema ou em atividades dessa

natureza Caso possua conhecimentos complementares sobre cada pergunta ou

opiniotildees divergentes das opccedilotildees apresentadas o senhor poderaacute transcrever nos

espaccedilos descrito como Comente sua opiniatildeo

Outrossim informo-vos que seratildeo necessaacuterios apenas 05 (cinco) minutos

para responder o presente questionaacuterio e que natildeo haveraacute divulgaccedilatildeo de dados

pessoais sendo os resultados de caraacuteter quantitativo e qualitativo representados

por grupos de acordo com o universo ora abordado

Desde jaacute sou grato pela atenccedilatildeo e participaccedilatildeo

Com os melhores cumprimentos

Saulo dos Santos Marques - Cap Eng

132

A ndash VBE SOBRE LAGARTAS OU SOBRE RODAS

Figura 1 - Viatura Fennek

Figura 2 - Viatura Dingo

Figura 3 - VBE de dispersatildeo de minas

133

1) As brigadas blindadas alematildes possuem batalhotildees de reconhecimento os quais

satildeo dotados de viaturas Fennek (Foto 1) Os pelototildees de engenharia dessa brigada

utiliza as VBTP Dingo (Foto 2) e ainda assim emprega Viaturas Blindadas

Especiais sobre lagartas como a disseminadora de minas (Foto 3) a viatura para

abertura de brecha em campo minado (Keiler) e o Dachs (nossa VBE Eng) As

viaturas Dingo e Fennek possuem velocidade superior agraves viaturas especiais que as

apoiam e isso natildeo prejudica as operaccedilotildees do batalhatildeo ou da brigada As Bda C

Mec que possuem as viaturas Guarani (nos R C Mec) e as viaturas Leopard ou M

60 (nos RCB) podem adotar a mesma soluccedilatildeo adotada pela Alemanha

empregando as VBE sobre lagartas para o apoio aos Regimentos da Bda C Mec

( ) Concordo totalmente

( ) Concordo parcialmente

( ) Discordo

( ) Discordo plenamente

Comentaacuterios das opiniotildees

1 Concordo parcialmente pois sou partidaacuterio do emprego da Unidade como um

todo Desta feita as Vtr desta unidade precisam ter as mesmas

caracteriacutesticas ou seja todas SR ou todas SL Os RCB componentes da Bda

C Mec satildeo formados por dois Esqd Fuz (dotados de M 113) e dois Esqd CC

(dotados de Leopard) desta forma atendendo a premissa de que todas as Vtr

134

desta OM possuem a mesma caracteriacutestica de traccedilatildeo Nesta situaccedilatildeo

acredito que a situaccedilatildeo ideal seraacute que ela possua VBC Eng SR para Ap os

RC Mec e VBC Eng SL para Ap o RCB

2 A Bda C Mec eacute apta a atuar em operaccedilotildees ofensivas a perda de velocidade

nesse tipo de operaccedilatildeo eacute natural ao se deparar com obstaacuteculos E eacute nesse

contexto que as Vtr Eng satildeo empregadas Dessa maneira natildeo vejo restriccedilatildeo

em usar meios SL para a Bda C Mec Ademais as VBE Eng SL possuem

maior potecircncia para a remoccedilatildeo de obstaacuteculos sendo mais eficientes e

poupando tempo nessa atividade o que pode se tornar uma dificuldade para

VBE Eng SR

3 As Bda Inf Mec e C Mec tem como caracteriacutestica a velocidade de seus meios

O emprego de Vtr mais lentas natildeo apenas pela engenharia mas pelos seus

demais Elm de apoio resultaria em fator limitador para as operaccedilotildees

4 Primeiramente para realizar a comparaccedilatildeo eacute necessaacuterio compreender a

constituiccedilatildeo das Bda Mec e Bld alematildes bem como quais as missotildees

destinadas a esse tipo de GU Acredito que e as Vtr Dingo natildeo sejam as

uacutenicas Vtr utilizadas pela Bda em questatildeo Considerando as Vtr empregadas

pelas fraccedilotildees que devem Rlz a accedilatildeo principal devemos considerar a mesma

natureza de mobilidade e proteccedilatildeo blindada para o apoio de engenharia

2) Complementando o item anterior para o emprego junto aos R C Mec e RCB os

Pel E Cmb devem ser transportados por VBTP respectivamente sobre rodas

(Guarani) e sobre lagartas (M113) por natildeo haver a necessidade de trabalho dessas

viaturas apenas de acompanhamento das peccedilas de manobra atraveacutes campo eou

estrada

( ) Concordo totalmente

( ) Concordo parcialmente

( ) Discordo

( ) Discordo plenamente

135

Comentaacuterios das opiniotildees

1 Concordo deste que seja atendida o preacute requisito do item anterior ou seja

que a Eng desta Bda possua VBC Eng tanto SR quanto SL

2 O transporte dos Elm Eng seratildeo nesse caso adequados para o tipo de tropa

apoiada

3 Deve ser verificada a necessidade de transporte de outros materiais

(ferramentas) para o emprego do Pel E Cmb Nesse caso eacute possiacutevel admitir

uma variante dos modelos do veiacuteculos

B ndash CAPACIDADE DE ACOMPANHAMENTO DAS OPERACcedilOtildeES DA BDA C MEC

3) As viaturas especiais sobre lagartas possuem grande potecircncia de trabalho e

capacidade de trafegabilidade atraveacutes campo suprindo a necessidade de

mobilidade das tropas blindadas Em comparaccedilatildeo agraves viaturas sobre rodas a

princiacutepio as viaturas sobre lagartas tem melhores desempenho A VBE Eng Leopard

1 BR por exemplo realiza trabalhos de OT destacando-se a construccedilatildeo de fosso

AC confecccedilatildeo de espaldotildees agravamento e melhoria de margem aleacutem de resgate

elevaccedilatildeo de carga e demoliccedilatildeo entre outros Uma preocupaccedilatildeo com seu emprego

junto agraves unidades mecanizadas eacute sua baixa velocidade quando comparada a das

viaturas sobre rodas No que tange a esse criteacuterio eacute possiacutevel afirmar que nas

136

operaccedilotildees ofensivas que as Bda C Mec realizam natildeo eacute desenvolvida velocidade

superior a 60 kmh natildeo sendo portanto uma restriccedilatildeo ao emprego das VBE sobre

lagartas ao R C Mec

( ) Concordo totalmente

( ) Concordo parcialmente

( ) Discordo

( ) Discordo plenamente

Comentaacuterios das opiniotildees

1 Concordo parcialmente pois acho muito arriscado vocecirc considerar como

verdade absoluta que natildeo haveraacute velocidade superior a 60 kmh em uma Op

Ofensiva Acredito que a velocidade meacutedia da operaccedilatildeo realmente natildeo seraacute

superior a 60 kmh mas em alguns trechos acredito que a velocidade

necessaacuteria para manter a impulsatildeo da Op poderaacute ser superior a 60 kmh

Aleacutem disso natildeo eacute somente uma questatildeo de velocidade mas tambeacutem das

caracteriacutesticas de terreno que elas iratildeo operar Por exemplo natildeo eacute ideal que

uma Vtr SL progrida sobre o asfalto

2 Reitero o abordado no item 1 em que a Bda C Mec eacute apta a atuar em

operaccedilotildees ofensivas a perda de velocidade nesse tipo de operaccedilatildeo eacute natural

ao se deparar com obstaacuteculos E eacute nesse contexto que as Vtr Eng satildeo

137

empregadas Dessa maneira natildeo vejo restriccedilatildeo em usar meios SL para a Bda

C Mec Ademais as VBE Eng SL possuem maior potecircncia para a remoccedilatildeo de

obstaacuteculos sendo mais eficientes e poupando tempo nessa atividade o que

pode se tornar uma dificuldade para VBE Eng SR

3 A mobilidade da tropa natildeo pode levar em conta apenas a velocidade de

deslocamento Uma VBE Eng Leopard possui Classe 45 enquanto os

Guarani apenas Cl 20 O emprego em conjunto dos dois meios traz consigo a

necessidade de meios de Tva como Pnt P Bre Prtd etc com maior

capacidade de suporte apenas para atender uma pequena parcela das Vtr da

Bda uma vez que a dotaccedilatildeo prevista para o BE Cmb Mec atualmente eacute de 6

VBE Eng e 4 VBE L Pnt

4 Eacute necessaacuterio que o apoio agrave manobra possua a mesma mobilidade A Manobra

natildeo pode ser regulada pela limitaccedilatildeo das peccedilas de apoio

C ndash SOLUCcedilAtildeO LOGIacuteSTICA

4) O Estados Unidos possui viaturas especiais sobre rodas incluindo uma viatura

que lanccedila ponte de classe 50 Essas viaturas apoiam as Brigadas Stryker que

empregam os elementos de primeiro escalatildeo em sua normalidade com viaturas

Stryker (viaturas sobre rodas) Semelhante ao emprego dos R C Mec o emprego

das viaturas Stryker eacute predominantemente sobre estradas excetuando-se quando o

terreno permite como no Iraque No Brasil as Bda C Mec possuem as viaturas

Guarani (R C Mec) e Leopard (RCB) que atua em terreno que apresenta grandes

limitaccedilotildees quando comparado com o solo do Iraque Considerando que o apoio a

uma Bda C Mec seja realizado por um BE Cmb onde uma Cia E Cmb apoiaria o

RCB e duas Cia E Cmb apoiariam os R C Mec o emprego das VBE sobre lagartas

por todas as SU impactaria positivamente na logiacutestica da Unidade

( ) Concordo totalmente

( ) Concordo parcialmente

( ) Discordo

( ) Discordo plenamente

138

V

Comentaacuterios das opiniotildees

1 Concordo que seria positivo para a funccedilatildeo de Cmb Log mas seria prejudicial

para a funccedilatildeo Cmb Man e Mov pois as tropas SR teriam que ser Ap em

algumas situaccedilotildees por Vtr SL

2 Natildeo obstante as vantagens logiacutesticas visualizadas como a menor diversidade

de meios habilitaccedilatildeo de pessoal e estruturas fiacutesicas a adoccedilatildeo de ambos os

meios SR e SL concede maior flexibilidade para o apoio de Eng Permitindo

ao Cmt BE Cmb Mec alocar os meios SR e SL de acordo com a necessidade

natureza da missatildeo e tipo de tropa apoiada

3 O emprego de Vtr especializadas de Eng permite um melhor apoio aos Elm

manobra mas esse apoio seria adequado tambeacutem com o emprego de Vtr SR

4 Para poder proceder a comparaccedilatildeo eacute necessaacuterio realizar os mesmos fatores

de comparaccedilatildeo As Bda Stryker no exeacutercito dos EUA eacute uma brigada de

infantaria Mec A Bda C Mec do Brasil eacute de cavalaria A principal diferenccedila

entre essas Bda eacute o tipo de missatildeo a ser realizada por cada uma e por

consequecircncia pode haver variaccedilatildeo no tipo de Vtr Normalmente os RCB e os

RC Mec formam uma FT e dessa forma o apoio de engenharia seraacute definido

139

pela missatildeo Cabe ressaltar que as Bda C Mec possuem 01 Cia E Cmb Mec

portanto o apoio aos Regimentos deveraacute ser realizado pelos Pel E Cmb Mec

D ndash CONSTITUICcedilAtildeO DO BE CMB

5) Ainda considerando que um BE Cmb apoie uma Bda C Mec o batalhatildeo de

engenharia deveria ser a 3 Cia E Cmb com 4 Pel E cada Desta forma 2 Cia Mec

apoiariam os 2 R C Mec e a Cia Bld apoiaria o RCB conseguindo ainda realizar os

trabalhos de apoio ao conjunto

( ) Concordo totalmente

( ) Concordo parcialmente

( ) Discordo

( ) Discordo plenamente

Comentaacuterios das opiniotildees

1 Acredito que seria uma situaccedilatildeo muito boa a que vocecirc levantou mas acredito

que um BE Cmb a 2 Cia E Cmb sendo uma delas com vocaccedilatildeo blindada

(para Ap o RCB) e a outra com vocaccedilatildeo Mec (para apoiar os RC Mec) seriam

o suficiente para prestar o Ap Eng agrave Bda C Mec

140

2 Os BE Cmb de Bda doutrinariamente possuem natureza uacutenica satildeo Mec ou

Bld Aleacutem disso a dosagem miacutenima de apoio serve como uma referecircncia

inicial podendo a mesma ser aumentada em funccedilatildeo da missatildeo a

desempenhar e a necessidade de apoio de Eng

3 As Bda Bld possuem maior poder de choque e possuem apenas 1 Btl E Cmb

(com 2 SU x 4 Pelototildees cada = 8 Pel E Cmb) A Bda C Mec teria 12 Pel E

Cmb Para o estudo da dosagem de engenharia para as missotildees da Bda eacute

necessaacuterio verificar a dosagem miacutenima do apoio de engenharia que eacute de 01

Pel E por Btl Nesse caso um regimento estaria recebendo 4 Pel E Cmb Esse

aumento de efetivo e de dosagem iria impactar consideravelmente a

necessidade de Vtr especializadas e em consequecircncia os custos para essa

mobilizaccedilatildeo

E ndash MEIOS DO BE CMB

6) O exeacutercito dos EUA prevecirc para as Operaccedilotildees de Abertura de Passagem a

proporccedilatildeo miacutenima de 50 de meios em reserva para assegurar a continuidade da

operaccedilatildeo no caso de perda de uma das viaturas Isso significa que para a abertura

de duas passagens simultaneamente seratildeo empregadas 2 VBE para abertura e 1

VBE ficaraacute em reserva De acordo com o item anterior a dotaccedilatildeo orgacircnica por tipo

de VBE deve ser na proporccedilatildeo de trecircs por Cia E a fim de apoiar cada regimento

Com isso o BE Cmb deve ter a dotaccedilatildeo de 9 VBE Eng 9 VBEL Pnt com total de 18

pontes 9 VBE rolo 9 VBE arado com carga linear explosiva (CLE) tipo MICLIC

com 2 cargas por viatura e 9 VBE lanccediladora de feixe de tubos

( ) Concordo totalmente

( ) Concordo parcialmente

( ) Discordo

( ) Discordo plenamente

141

Comentaacuterios das opiniotildees

1 Deve-se observar nesse caso natildeo somente a quantidade de elementos de

manobra a apoiar mas tmbeacutem a capacidade maacutexima de zonas de accedilatildeo em

que a Bda C Mec eacute capaz de se desdobrar Por exemplo uma Bda Bld pode-

se desdobrar em ateacute 05 zonas de accedilatildeo observadas as suas capacidades

maacuteximas de comando e controle (04 FT U e 01 FT SU) A partir desse

levantamento pode-se traccedilar melhor as necessidades totais de meios de Eng

para apoio inclusive com os meios reservas

2 Para realizar a comparaccedilatildeo se faz necessaacuterio saber quantas Vtr por tipo os

batalhotildees de engenharia do exeacutercito americano possuem Natildeo haacute a

necessidade de uma Vtr apenas para o rolo Esse pode ser empregado como

implemento para as Vtr da peccedila de manobra Se for possiacutevel utilizar o exeacutercito

americano como um modelo (uma ideia) seria interessante ter uma Vtr

especializada de engenharia como os ABV que jaacute possuem o miclic e o

arado na mesma Vtr

142

APEcircNDICE D ndash QUESTIONAacuteRIO DESTINADO INSTRUTORES DO CENTRO DE

INSTRUCcedilAtildeO DE BLINDADOS COM CURSO DE COMANDANTE DE

SUBUNIDADE NA ALEMANHA OU ESTADOS UNIDOS

O presente questionaacuterio eacute parte integrante da Dissertaccedilatildeo de Mestrado em Ciecircncias

Militares da Escola de Aperfeiccediloamento de Oficiais (EsAO) cujo tema eacute A

ENGENHARIA DE COMBATE DA BRIGADA DE CAVALARIA MECANIZADA

UMA SUGESTAtildeO DE ADEQUACcedilAtildeO DO APOIO PRESTADO AOS ELEMENTOS

EMPREGADOS EM PRIMEIRO ESCALAtildeO NAS OPERACcedilOtildeES OFENSIVAS

desenvolvida pelo Cap Saulo dos Santos Marques da Arma de Engenharia

cursando a EsAO e que possui como orientador o Cel ANDREacute CEZAR SIQUEIRA

instrutor desse Estabelecimento de Ensino

O trabalho em desenvolvimento tem por objetivo analisar as capacidades da

Companhia de Engenharia de Combate Mecanizada (Cia E Cmb Mec) agrave luz da

doutrina vigente e dos novos Mateirais de Emprego Militar (MEM) os quais satildeo

partes importantes da determinaccedilatildeo das capacidades das tropas (DOAMEPI)

Para que esta meta seja alcanccedilada a sua especializaccedilatildeo e experiecircncia

do senhor que eacute instrutor do Centro de Instruccedilatildeo de Blindados e realizou o

curso de comandante de subunidade nos EUA ou Alemanha eacute fundamental

Solicito-vos para que em cada questatildeo marque a alternativa que melhor

corresponda agrave sua visatildeo e experiecircncia vivida com o tema ou em atividades dessa

natureza Caso possua conhecimentos complementares sobre cada pergunta ou

opiniotildees divergentes das opccedilotildees apresentadas o senhor poderaacute transcrever nos

espaccedilos descrito como Comente sua opiniatildeo

Outrossim informo-vos que seratildeo necessaacuterios apenas 05 (cinco) minutos

para responder o presente questionaacuterio e que natildeo haveraacute divulgaccedilatildeo de dados

pessoais sendo os resultados de caraacuteter quantitativo e qualitativo representados

por grupos de acordo com o universo ora abordado

Desde jaacute sou grato pela atenccedilatildeo e participaccedilatildeo

Com os melhores cumprimentos

Saulo dos Santos Marques - Cap Eng

143

A ndash VBE SOBRE LAGARTAS OU SOBRE RODAS

Figura 1 - Viatura Fennek

Figura 2 - Viatura Dingo

Figura 3 - VBE de dispersatildeo de minas

144

1) As brigadas blindadas alematildes possuem batalhotildees de reconhecimento os quais

satildeo dotados de viaturas Fennek (Foto 1) Os pelototildees de engenharia dessa brigada

utiliza as VBTP Dingo (Foto 2) e ainda assim emprega Viaturas Blindadas

Especiais sobre lagartas como a disseminadora de minas (Foto 3) a viatura para

abertura de brecha em campo minado (Keiler) e o Dachs (nossa VBE Eng) As

viaturas Dingo e Fennek possuem velocidade superior agraves viaturas especiais que as

apoiam e isso natildeo prejudica as operaccedilotildees do batalhatildeo ou da brigada As Bda C

Mec que possuem as viaturas Guarani (nos R C Mec) e as viaturas Leopard ou M

60 (nos RCB) podem adotar a mesma soluccedilatildeo adotada pela Alemanha

empregando as VBE sobre lagartas para o apoio aos Regimentos da Bda C Mec

( ) Concordo totalmente

( ) Concordo parcialmente

( ) Discordo

( ) Discordo plenamente

Comentaacuterios das opiniotildees

1 Um dos pontos baacutesicos para discussatildeo eacute a estrutura finalidade e composiccedilatildeo

de meios das Bda C Mec do EB face agraves caracteriacutesticas do combate atual e

do futuro Dotar as Bda C Mec com novos meios eacute importante poreacutem a

reestruturaccedilatildeo dessas brigdas deveria preceder agraves inovaccedilotildees no seu material

145

2) Complementando o item anterior para o emprego junto aos R C Mec e RCB os

Pel E Cmb devem ser transportados por VBTP respectivamente sobre rodas

(Guarani) e sobre lagartas (M113) por natildeo haver a necessidade de trabalho dessas

viaturas apenas de acompanhamento das peccedilas de manobra atraveacutes campo eou

estrada

( ) Concordo totalmente

( ) Concordo parcialmente

( ) Discordo

( ) Discordo plenamente

Comentaacuterios das opiniotildees

1 Vide comentaacuterio anterior

2 Dependendo da situaccedilatildeo taacutetica pode haver necessidade de utilizaccedilatildeo de

algum implemento para apoiar a mobilidade neste sentido apenas VBTP

seria insuficiente prestar o apoio sendo mais indicado a adoccedilatildeo de uma VBE

VBTP eacute a opccedilatildeo no caso de impossibilidade de se dispor de uma VBE

3 Devem ser utilizadas VBTP M113 nas duas situaccedilotildees pois a mesma oferece

maior mobilidade atraveacutes terreno

146

B ndash CAPACIDADE DE ACOMPANHAMENTO DAS OPERACcedilOtildeES DA BDA C MEC

3) As viaturas especiais sobre lagartas possuem grande potecircncia de trabalho e

capacidade de trafegabilidade atraveacutes campo suprindo a necessidade de

mobilidade das tropas blindadas Em comparaccedilatildeo agraves viaturas sobre rodas a

princiacutepio as viaturas sobre lagartas tem melhores desempenho A VBE Eng Leopard

1 BR por exemplo realiza trabalhos de OT destacando-se a construccedilatildeo de fosso

AC confecccedilatildeo de espaldotildees agravamento e melhoria de margem aleacutem de resgate

elevaccedilatildeo de carga e demoliccedilatildeo entre outros Uma preocupaccedilatildeo com seu emprego

junto agraves unidades mecanizadas eacute sua baixa velocidade quando comparada a das

viaturas sobre rodas No que tange a esse criteacuterio eacute possiacutevel afirmar que nas

operaccedilotildees ofensivas que as Bda C Mec realizam natildeo eacute desenvolvida velocidade

superior a 60 kmh natildeo sendo portanto uma restriccedilatildeo ao emprego das VBE sobre

lagartas ao R C Mec

( ) Concordo totalmente

( ) Concordo parcialmente

( ) Discordo

( ) Discordo plenamente

Comentaacuterios das opiniotildees

147

1 As Bda C Mec satildeo destinadas basicamente para as Op de Rec e Seg

podendo ser empregadas em Op OfDef e outras Nesse sentido a destinaccedilatildeo

de Vtr de apoio ao combate deveria em principio atender aos princiacutepios da

velocidade em primeiro lugar e aos princiacutepios da mobilidade Nesse sentido

eacute importante manter-se as caracteriacutesticas dos Rgt Mec dotando-os de meios

sobre rodas O emprego de Vtr sobre lagartas nos RCMec deve ser portanto

judiciosamente aquilatado

2 Existe a necessidade de uma anaacutelise mais profunda para a retirada desse tipo

de conclusatildeo

C ndash SOLUCcedilAtildeO LOGIacuteSTICA

4) O Estados Unidos possui viaturas especiais sobre rodas incluindo uma viatura

que lanccedila ponte de classe 50 Essas viaturas apoiam as Brigadas Stryker que

empregam os elementos de primeiro escalatildeo em sua normalidade com viaturas

Stryker (viaturas sobre rodas) Semelhante ao emprego dos R C Mec o emprego

das viaturas Stryker eacute predominantemente sobre estradas excetuando-se quando o

terreno permite como no Iraque No Brasil as Bda C Mec possuem as viaturas

Guarani (R C Mec) e Leopard (RCB) que atua em terreno que apresenta grandes

limitaccedilotildees quando comparado com o solo do Iraque Considerando que o apoio a

uma Bda C Mec seja realizado por um BE Cmb onde uma Cia E Cmb apoiaria o

RCB e duas Cia E Cmb os R C Mec o emprego das VBE sobre lagartas por todas

as SU impactaria positivamente na logiacutestica da Unidade

( ) Concordo totalmente

( ) Concordo parcialmente

( ) Discordo

( ) Discordo plenamente

148

Comentaacuterios das opiniotildees

1 Eacute evidente que o emprego de Vtr sobre lagartas aumenta a mobilidade em

qualqer terreno da forccedila dotada desses meios mas por outro lado impacta

enormemente a cauda logiacutestica Insisto que as Bda C Mec devam manter

suas caracteriacutesticas de velocidade principalmente trafegabilidade e

mobilidade Recordo que os meios sobre roda garantem entre outras

vantagens melhores condiccedilotildees para o apoio logiacutestico Para as Bda C Mec a

velocidade eacute fundamental no cumprimento de suas missotildees baacutesicas de Rec e

Seg Penso que a mescla de meios sobre lagartas e meios sobre rodas eacute a

configuraccedilatildeo mais adequada considerando a atual constituiccedilatildeo das Bda C

Mec do EB

2 A Logiacutestica das VB SL eacute muito mais onerosa que a SR tanto em suprimentos

quanto em manutenccedilatildeo Acredito que uma Cia com meios Bld para apoiar o

RCB seja menos impactante que dotar 3 Cia com meios SL mesmo

considerando a maior diversidade de materiais nesta anaacutelise

D ndash CONSTITUICcedilAtildeO DO BE CMB

5) Ainda considerando que um BE Cmb apoie uma Bda C Mec o batalhatildeo de

engenharia deveria ser a 3 Cia E Cmb com 4 Pel E cada Desta forma 2 Cia Mec

149

apoiariam os 2 R C Mec e a Cia Bld apoiaria o RCB conseguindo ainda realizar os

trabalhos de apoio ao conjunto

( ) Concordo totalmente

( ) Concordo parcialmente

( ) Discordo

( ) Discordo plenamente

150

APEcircNDICE E ndash PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

TREINAMENTO DE TTP EM AMBIENTE VIRTUAL (TTAV) DA 3ordf BDA C MEC

O TTAV realizado na semana de 23 a 03 de agosto de 2018 consistiu no

emprego de Quadros da 3ordf Bda C Mec no treinamento de TTP em ambiente

simulado na Seccedilatildeo de Simulaccedilatildeo do Centro de Instruccedilatildeo de Blindados

Um R CMec formado pelos Quadros da Bda foi empregado em um Movimento

Retroacutegrado onde tinha por missatildeo retardar o avanccedilo de uma Bda Inf Mec Vm (meios

blindados)

Para cumprir sua missatildeo a brigada empregou Quadros do 3ordm R C Mec 7ordm R C

Mec e 12ordm R C Mec aleacutem do 25ordm GAC e da 3ordf Cia Eng Cmb Mec

O Pel E foi empregado com uma VBTP Eng M113 e um Leopard 1A5 BR com

implemento do tipo arado em reforccedilo ao Rgt ateacute o final da operaccedilatildeo

O Pel E durante a fase de planejamento realizou o estudo do terreno e

contribuiu com o planejamento de obstaacuteculos de contramobilidade e de trabalhos de

proteccedilatildeo ao longo das posiccedilotildees de retardamento

Durante a operaccedilatildeo pela presenccedila de poucos militares de engenharia o

pelotatildeo foi representado pela viatura M113 reforccedilado pela viatura Leopard com rolo

Por limitaccedilotildees do software empregado e pela necessidade de celeridade nas

posiccedilotildees de retardamento (em uma situaccedilatildeo real tal operaccedilatildeo poderia durar dias) as

accedilotildees do Pel E durante o desenrolar da operaccedilatildeo foram limitadas ao

acompanhamento do Rgt e execuccedilatildeo simulada dos trabalhos supracitadas

Ao final da missatildeo foi prevista a utilizaccedilatildeo de uma Vtr MICLIC para a bertura

de uma passagem atraveacutes do campo minado da P Def amiga poreacutem por questotildees

de tempo tal accedilatildeo natildeo foi realizada

Por fim verifica-se que o Pel E em relaccedilatildeo ao emprego de meios sobre

lagartas natildeo atrasou os deslocamentos do R CMec durante a operaccedilatildeo e cumpriu

sua missatildeo dentro do contexto de um movimento retroacutegrado

(Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 ndash C Dout ExCOTER de 31 MAI de 2016Fl 110)

MINISTEacuteRIO DA DEFESA EXEacuteRCITO BRASILEIRO

COMANDO DE OPERACcedilOtildeES TERRESTRES CENTRO DE DOUTRINA DO EXEacuteRCITO

Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 de 31 de maio de 2016

AS ESTRUTURAS DE ENGENHARIA NO TEATRO DE OPERACcedilOtildeES

IacuteNDICE DE ASSUNTOS

1 FINALIDADE02

2 OBJETIVO02

3 REFEREcircNCIAS02

4 INTRODUCcedilAtildeO02

5ORGANIZACcedilAtildeO DA ENGENHARIA02

6 A ENGENHARIA NA ZONA DE ADMINISTRACcedilAtildeO03

7 A ENGENHARIA NA ZONA DE COMBATE04

8 GERACcedilAtildeO DE FORCcedilAS06

ANEXOS

A ndash ORGANIZACcedilAtildeO DA ENGENHARIA NO TEATRO DE OPERACcedilOtildeES E

ORGANOGRAMAS DAS ESTRUTURAS BAacuteSICAS DE ENGENHARIA SEGUNDO

AS SITUACcedilOtildeES DE EMPREGO DA FORCcedilA TERRESTRE

COMPONENTE08

(Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 ndash C Dout ExCOTER de 31 MAI de 2016Fl 210)

1 FINALIDADE

Orientar a organizaccedilatildeo das estruturas de Engenharia no Teatro de Operaccedilotildees (TO)

2 OBJETIVO

Apresentar uma visatildeo atualizada das estruturas de Engenharia no TO agrave luz da Doutrina

Militar Terrestre subsidiando exploraccedilatildeo do assunto nas Escolas Militares no

planejamento e execuccedilatildeo de Exerciacutecios Militares nos planejamentos operacionais e

taacuteticos para Emprego da Forccedila Terrestre

3 REFEREcircNCIAS

____ Doutrina de Operaccedilotildees Conjuntas - MD30-M-01 2011

____ Doutrina de Logiacutestica Militar - MD42-M-02

____ Glossaacuterio das Forccedilas Armadas - MD35-G-01 2007

____ Operaccedilotildees EB20-MF-10103 2014

____ Forccedila Terrestre Componente - EB20-MC-10202 2014

____ A Forccedila Terrestre Componente nas Operaccedilotildees - EB20-MC-10-301 2014

____ Movimento e Manobra - EB20-MC-10203 2015

____ Logiacutestica - EB20-MC-10204 2014

____ Proteccedilatildeo - EB20-MC-10208 2015

____ Geoinformaccedilatildeo - EB20-MC-10209 2014

____ Doutrina Militar Terrestre - EB20-MF-10102-1 2014

____ Emprego de Engenharia - C 5-1 1999

4 INTRODUCcedilAtildeO

41 A Doutrina do Exeacutercito Brasileiro em particular a doutrina de emprego da Arma de

Engenharia vive em constante evoluccedilatildeo requerendo atualizaccedilotildees perioacutedicas em funccedilatildeo

da introduccedilatildeo de novos conceitos novos equipamentos e mesmo da observaccedilatildeo do

emprego da Arma nos mais variados conflitos

42 A recente ediccedilatildeo de uma nova seacuterie de manuais doutrinaacuterios tanto pelo Ministeacuterio da

Defesa (MD) quanto pelo Estado-Maior do Exeacutercito (EME) indicou a necessidade de uma

atualizaccedilatildeo do Manual de Campanha C 5-1 (Emprego de Engenharia ediccedilatildeo de 1999)

5 ORGANIZACcedilAtildeO DA ENGENHARIA

51 Uma vez que a Engenharia exerce sua atividade sobre um fator sempre presente - o

terreno - deve haver em cada escalatildeo uma Engenharia capaz de modificar as condiccedilotildees

do mesmo de acordo com a manobra adotada

(Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 ndash C Dout ExCOTER de 31 MAI de 2016Fl 310)

52 A organizaccedilatildeo da Engenharia tem por base a centralizaccedilatildeo dos meios nos escalotildees

mais elevados permitindo que os mesmos possam suprir as deficiecircncias de Engenharia

dos escalotildees subordinados em face das necessidades especiacuteficas de cada situaccedilatildeo e

ainda atender ao apoio em profundidade de modo a liberar os escalotildees subordinados de

encargos na retaguarda

53 Uma accedilatildeo coordenadora do escalatildeo superior de engenharia sobre os escalotildees

subordinados se faz necessaacuteria e eacute realizada por meio dos canais teacutecnicos de

engenharia

54 O funcionamento adequado desses canais teacutecnicos constitui-se em dos principais

fatores para a eficiecircncia do apoio permitindo que os escalotildees subordinados possam em

tempo uacutetil articular seus meios tomar as providecircncias necessaacuterias e receber apoio

adicional do escalatildeo superior quando for o caso

55 A Engenharia eacute organizada no TO da seguinte forma Engenharia do Comando

Logiacutestico do Teatro de Operaccedilotildees (EngCLTO) Comando de Engenharia da Forccedila

Terrestre Componente (CEFTC) no caso de emprego de duas DE Engenharia

Divisionaacuteria (ED) e Engenharia de Brigada (E Bda)

56 Os escalotildees de Engenharia satildeo constituiacutedos pelos seguintes elementos de emprego

pelototildees de engenharia (Pel Eng) companhias de engenharia (Cia Eng) batalhotildees de

engenharia (Btl Eng) e grupamentos de engenharia (Gpt E) aleacutem das tropas de

engenharia especializadas

57 As tropas de engenharia especializadas oferecem capacidades diferenciadas de

engenharia em razatildeo de possuiacuterem pessoal e equipamentos especiacuteficos Quando

possuem valor igual ou menor que subunidade costumam ser chamadas genericamente

de ldquomoacutedulos especializadosrdquo

58 Satildeo exemplos de moacutedulos especializados Companhia de Engenharia de

Camuflagem Equipe de Mergulho Grupo de Construccedilatildeo Horizontal Turma de Patrimocircnio

Imobiliaacuterio etc

59 O anexo ldquoArdquo apresenta os escalonamentos da Engenharia no TO e os organogramas

das estruturas baacutesicas de Engenharia segundo as situaccedilotildees de emprego da FTC da

Doutrina Militar Terrestre

6 A ENGENHARIA NA ZONA DE ADMINISTRACcedilAtildeO

61 Na Zona de Administraccedilatildeo (ZA) encontra-se

611 uma estrutura de Engenharia que integra o Comando Logiacutestico do Teatro de

Operaccedilotildees (CLTO) denominada de EngCLTO de forma a apoiar as atividades daquele

(Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 ndash C Dout ExCOTER de 31 MAI de 2016Fl 410)

comando particularmente no planejamento e execuccedilatildeo de obras e de serviccedilos de

Engenharia

612 quando houver necessidade de se apoiar de forma mais cerrada a uma F Cte a

EngCLTO poderaacute organizar a partir dos seus meios um Grupo-Tarefa Logiacutestico de

Engenharia (GT Log Eng) que poderaacute enquadrar unidades de engenharia de combate

construccedilatildeo geoinformaccedilatildeo meio ambiente patrimocircnio imobiliaacuterio e outros

62 A EngCLTO seraacute constituiacuteda conforme as necessidades de trabalhos teacutecnicos e

atividades logiacutesticas de Engenharia O valor e a natureza da tropa dependem mais das

caracteriacutesticas da magnitude e das necessidades de desenvolvimento da infraestrutura

do ambiente operacional do que das forccedilas a serem apoiadas

63 Na ZA prioriza-se a exploraccedilatildeo dos recursos mobilizados e contratados Em

consequecircncia eacute normal a existecircncia de empresas civis especializadas e enquadradas

pela estrutura militar

64 As atividades de engenharia executadas com maior frequecircncia na ZA satildeo as de apoio

geral de engenharia englobando os trabalhos de estradas pontes instalaccedilotildees

geoinformaccedilatildeo manutenccedilatildeo e suprimento que exigem grande capacidade teacutecnica e

meios especializados nesse escalatildeo

65 Considerando o grande volume e complexidade de tarefas na ZA eacute conveniente que

as forccedilas de Engenharia integrantes da EngCLTO sejam enquadradas por

Grupamento(s) de Engenharia possuindo particularmente estruturas de Engenharia de

Construccedilatildeo de Meio Ambiente e de Patrimocircnio Imobiliaacuterio entre outras que se fizerem

necessaacuterias

7 A ENGENHARIA NA ZONA DE COMBATE

71 Na Zona de Combate (ZC) encontram-se

711 Estruturas de Engenharia da Forccedila Terrestre Componente (FTC) e de Divisatildeo (otildees)

de Exeacutercito (DE) com meios para atender agraves necessidades proacuteprias dessas estruturas e

aumentar o apoio aos escalotildees subordinados inclusive assumindo encargos nas aacutereas de

retaguarda destes de modo a liberar suas engenharias para o apoio cerrado aos

elementos de combate

712 A Engenharia orgacircnica das Brigadas com meios para atender agraves necessidades

miacutenimas e imediatas do escalatildeo e mais diretamente ligadas ao combate

72 A Engenharia da FTC

721 A FTC constitui o comando essencial para o emprego da engenharia por ser

encarregado de traduzir os aspectos da manobra do niacutevel operacional para o niacutevel taacutetico

(Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 ndash C Dout ExCOTER de 31 MAI de 2016Fl 510)

Tem assim uma visatildeo ampla do terreno e da situaccedilatildeo para poder julgar as necessidades

gerais em apoio e em trabalhos conceber o esquema geral de apoio de engenharia e

exercer efetivamente uma coordenaccedilatildeo dos escalotildees subordinados

722 O apoio de engenharia a uma FTC abrange uma diversidade de trabalhos em apoio

adicional agrave mobilidade e agrave contramobilidade dos elementos de primeiro escalatildeo Abrange

tambeacutem o apoio agrave proteccedilatildeo de tropas e instalaccedilotildees e o apoio geral de engenharia em

toda a sua aacuterea de atuaccedilatildeo

723 Uma FTC eacute estruturada para atender a um planejamento operacional especiacutefico natildeo

possuindo portanto uma organizaccedilatildeo fixa A Doutrina Militar Terrestre admite para fim

de planejamento diversos tipos de FTC cujos apoios de Engenharia seratildeo organizados

de acordo com as constituiccedilotildees destas

724 O apoio de Engenharia a uma FTC eacute coordenado por uma estrutura denominada de

Comando de Engenharia da FTC (CEFTC) a qual possui como principais elementos

operativos os grupamentos de engenharia (Gpt E) ou batalhotildees de engenharia (Btl Eng)

725 A organizaccedilatildeo e os organogramas dos diversos tipos de CEFTC satildeo apresentados

no Anexo ldquoArdquo

73 O Grupamento de Engenharia

731 O Gpt E controla coordena e supervisiona as tarefas de engenharia executadas

pelos batalhotildees e moacutedulos especializados subordinados sendo a estrutura natural para

enquadrar U e SU de Engenharia

732 Basicamente o Gpt E eacute composto pelo Cmdo EM pela Cia C Ap e por U e SU de

Engenharia Possui capacidade de enquadrar ateacute cinco batalhotildees Considera-se para fim

de planejamento que cinco moacutedulos especializados equivalem a uma U

74 A Engenharia Divisionaacuteria

741 As accedilotildees que se desenrolam no escalatildeo DE satildeo de natureza nitidamente taacutetica e

em consequecircncia sua engenharia opera em um ambiente no qual o combate eacute o

elemento preponderante

742 O apoio de Engenharia a uma DE eacute prestado por uma estrutura denominada

Engenharia Divisionaacuteria (ED)

743 Em funccedilatildeo da missatildeo da DE apoiada e da(s) hipoacutetese(s) de conflito planejada(s) a

ED pode ser organizada com constituiccedilatildeo variaacutevel desde um BE Cmb ateacute um Gpt E aleacutem

dos moacutedulos de engenharia especializados e dos reforccedilos que forem necessaacuterios

744 A ED apoia basicamente a mobilidade e a contramobilidade dos elementos de

manobra da divisatildeo Realiza tambeacutem o apoio agrave proteccedilatildeo de tropas e instalaccedilotildees e o

(Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 ndash C Dout ExCOTER de 31 MAI de 2016Fl 610)

apoio geral de engenharia em toda a zona de accedilatildeo divisionaacuteria suplementando o apoio

prestado pelas E Bda

745 O escalonamento da ED eacute apresentado no anexo A

75 A Engenharia de Brigada (E Bda)

751 A E Bda constitui o escalatildeo de engenharia mais avanccedilado na ZC Nele as

necessidades de apoio dos elementos de combate satildeo sentidas com mais intensidade o

que exige o posicionamento dos meios o mais agrave frente possiacutevel

752 Dentro da caracteriacutestica de apoio em profundidade a E Bda eacute organizada com

meios para atender agraves necessidades miacutenimas e mais imediatas da frente de combate e

realiza trabalhos sumaacuterios e raacutepidos Assim quando ocorre uma deficiecircncia de meios

em pessoal ou material a E Bda depende do apoio do escalatildeo superior de engenharia

para suplementaacute-la eou reforccedilaacute-la

753 A Engenharia de Brigada eacute composta basicamente por

7531 Um BE Cmb orgacircnico nas Brigadas Blindadas (Bda Bld) e de Infantaria

Mecanizada (Bda Inf Mec) Neste caso o BE Cmb possuiraacute duas Cia E Cmb a quatro Pel

E Cmb cada uma

7532 Uma Cia E Cmb orgacircnica nas demais brigadas Neste caso a Cia possuiraacute trecircs

Pel E Cmb

7533 A natureza das unidades de Engenharia de Combate de Brigada seraacute a mesma da

brigada apoiada

8 GERACcedilAtildeO DE FORCcedilAS

81 A Concepccedilatildeo Estrateacutegica do Exeacutercito (CEE) oferece diretrizes importantes para a

organizaccedilatildeo e destinaccedilatildeo das Forccedilas incluindo-se as tropas de Engenharia

particularmente as orgacircnicas das Brigadas em decorrecircncia das diversas Hipoacuteteses de

Emprego (HE)

82 O preparo prontidatildeo e emprego da Forccedila Terrestre satildeo regulados por meio do

Sistema Operacional Militar Terrestre (SISOMT)

83 A adjudicaccedilatildeo de meios inclusive os de Engenharia eacute proposta pelo Plano

Estrateacutegico de Emprego Conjunto das Forccedilas Armadas (PEECFA) (elaborado pelo

EMCFA) que identifica a Estrutura Militar e a composiccedilatildeo dos meios a serem

empregados A adjudicaccedilatildeo eacute confirmada e complementada pelo(s) Plano(s)

Operacional(ais) confeccionados pelos Comandos Operacionais

84 A adjudicaccedilatildeo de meios eacute de fundamental importacircncia para o processo de geraccedilatildeo de

forccedilas Normalmente as Eng Bda orgacircnicas das GU seguem o previsto para a respectiva

(Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 ndash C Dout ExCOTER de 31 MAI de 2016Fl 710)

Bda Jaacute os Gpt E existentes desde o tempo de normalidade possuem estruturas

importantes a considerar na adjudicaccedilatildeo de meios quer seja para a realizaccedilatildeo de

trabalhos na ZI (particularmente para as Op Eng Obras Militares Meio Ambiente e

Patrimocircnio) quer seja na organizaccedilatildeo ou mesmo na evoluccedilatildeo de sua estrutura para as

seguintes forccedilas EngCLTO CEFTC e ED

(Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 ndash C Dout ExCOTER de 31 MAI de 2016Fl 810)

ANEXO A - ORGANIZACcedilAtildeO DA ENGENHARIA NO TO E ORGANOGRAMAS DAS ESTRUTURAS BAacuteSICAS DE ENGENHARIA SEGUNDO AS SITUACcedilOtildeES DE EMPREGO DA FTC

1 FTC organizada com mais de um G Cmdo operativo (1ordm caso)

11 Escalonamento

Figura 1 - Exemplo de Organizaccedilatildeo da Engenharia em FTC com mais de um G Cmdo operativo

12 Organograma do CEFTC

Legenda (1) Possui Centro de Operaccedilotildees de Engenharia e poderaacute incluir estrutura de Meio

Ambiente e Patrimocircnio Imobiliaacuterio (2) Possui Nr variaacutevel de Gpt E (no miacutenimo 1) que enquadram Btl Eng e os Moacutedulos

Especializados (3) Nr variaacutevel de Moacutedulos Especializados

Figura 2 - Exemplo de organograma da CEFTC de FTC organizada com mais de um G Cmdo operativo

CEFTC

Cia C Ap Gpt E

(2) Cia Geoinformaccedilatildeo

Moacutedulos Especializados (3)

EM (1)

(Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 ndash C Dout ExCOTER de 31 MAI de 2016Fl 910)

13 Organograma de um Gpt E

Legenda

(1) Possui capacidade de enquadrar de dois a cinco Btl Eng (Cmb ou Cnst) Considera-se para fim de planejamento que cinco moacutedulos especializados equivalem a um Btl Eng

(2) Nr variaacutevel de Moacutedulos Especializados

Figura 3 - Organograma de um Grupamento de Engenharia

2 FTC organizada com mais de uma GU operativa (2ordm caso)

21 Organizaccedilatildeo

Figura 5 - Exemplo de Organizaccedilatildeo da Engenharia EM FTC com mais de um GU operativa

Gpt E

Cia C Ap Btl Eng

(1) Moacutedulos

Especializados (2)

EM

(ED)

(Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 ndash C Dout ExCOTER de 31 MAI de 2016Fl 1010)

22 Organograma do CEFTC (ED)

Legenda

(1) Possui Centro de Operaccedilotildees de Engenharia e poderaacute incluir estrutura de Meio Ambiente e Patrimocircnio Imobiliaacuterio

(2) Normalmente dois Btl Eng (Cmb ou Cnst) podendo chegar a cinco (3) Nr variaacutevel de Moacutedulos Especializados

Figura 6 - Exemplo de organograma da CEFTC de FTC organizada com mais de um G Unidade operativa

3 FTC eacute organizada com uma GU operativa (3ordm caso)

Neste caso o CEFTC (E Bda) seraacute constituiacutedo pela Unidade ou Subunidade orgacircnica

da GU podendo receber meios adicionais

PAULO RICARDO PINTO SILVA - Cel

Chefe do Centro de Doutrina do Exeacutercito

CEFTC ED

Cia C Ap Btl Eng

(2) Cia Geoinformaccedilatildeo

Moacutedulos Especializados

(3)

EM (1)

161

(Nota Complementar agrave Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 de 31 de maio de 2016Fl 16)

ANEXO B ndash NOTA COMPLEMENTAR Agrave NOTA DE COORDENACcedilAtildeO

DOUTRINAacuteRIA NR 022016

MINISTEacuteRIO DA DEFESA EXEacuteRCITO BRASILEIRO

COMANDO DE OPERACcedilOtildeES TERRESTRES

CENTRO DE DOUTRINA DO EXEacuteRCITO

Nota Complementar agrave Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 de 31 de maio de

2016

O EMPREGO DO BATALHAtildeO DE ENGENHARIA DAS BRIGADAS DE CAVALARIA

MECANIZADA

IacuteNDICE DE ASSUNTOS

1 FINALIDADE 02

2 OBJETIVO 02

3 REFEREcircNCIAS 02

4 INTRODUCcedilAtildeO 02

5 APOIO DE ENGENHARIA AgraveS BRIGADAS DE CAVALARIA

MECANIZADA 03

6 ORGANIZACcedilAtildeO DA ENGENHARIA DA BRIGADA 04

7 EMPREGO DO BATALHAtildeO 04

ANEXOS

A ndash ORGANIZACcedilAtildeO DO BE CMB ORGAcircNICO DE UMA BRIGADA DE

CAVALARIA MECANIZADA 06

162

(Nota Complementar agrave Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 de 31 de maio de 2016 Fl 26)

1 FINALIDADE

Complementar a orientaccedilatildeo do emprego da engenharia retificando as

informaccedilotildees referentes ao apoio agraves Brigadas de Cavalaria Mecanizada (Bda C

Mec)

2 OBJETIVO

Apresentar uma visatildeo atualizada da organizaccedilatildeo estrutura e emprego da

engenharia que presta apoio agraves Bda C Mec agrave luz da Doutrina Militar Terrestre

subsidiando a exploraccedilatildeo do assunto nas Escolas Militares no planejamento e

execuccedilatildeo de Exerciacutecios Militares nos planejamentos operacionais e taacuteticos para

Emprego da Forccedila Terrestre

3 REFEREcircNCIAS

____ Glossaacuterio das Forccedilas Armadas - MD35-G-01 2007

____ Operaccedilotildees EB20-MF-10103 2014

____ Movimento e Manobra - EB20-MC-10203 2015

____ Logiacutestica - EB20-MC-10204 2014

____ Proteccedilatildeo - EB20-MC-10208 2015

____ Doutrina Militar Terrestre - EB20-MF-10102-1 2014

____ Emprego de Engenharia - C 5-1 1999

____ Brigada de Cavalaria Mecanizada - C 2-30

____ Batalhatildeo de engenharia de combate - C 5-7 2001

____ O apoio de engenharia no escalatildeo brigada - C 5-10 2000

____ Regimento de Cavalaria Mecanizado - C 2-20 2002

____ Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 002 2016 ndash As estruturas de

engenharia no teatro de operaccedilotildees

4 INTRODUCcedilAtildeO

41 A desarmonia entre doutrina e emprego afasta a forccedila da possibilidade de

manutenccedilatildeo de uma efetiva capacidade A mudanccedila em um dos fatores da

doutrina exige um reajuste das demais para que se mantenha um equiliacutebrio entre

Doutrina Organizaccedilatildeo Adestramento Material Emprego Pessoal e Instruccedilatildeo

(DOAMEPI)

163

(Nota Complementar agrave Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 de 31 de maio de 2016 Fl 36)

42 O Projeto Estruturante Novo Sistema de Engenharia (PENSE) Vetor de

Transformaccedilatildeo da Engenharia no Processo de Tranformaccedilatildeo do Exeacutercito foi

concebido com a finalidade de proporcionar uma urgente recuperaccedilatildeo da

capacidade operacional no que tange agraves estruturas organizacionais

competecircncia dos recursos humanos evoluccedilatildeo doutrinaacuteria melhoria da

quantidade e qualidade do material de engenharia e gestatildeo ambiental nas

atividades militares

43 Evoluccedilotildees doutrinaacuterias e aquisiccedilotildees de materiais modernos como as Viaturas

dos Projetos Leopard e Guarani proporcionaram agraves brigadas mecanizadas e

blindadas grande poder de dissuasatildeo exigindo entretanto uma adequaccedilatildeo no

do material pessoal e doutrina da engenharia

5 APOIO DE ENGENHARIA AgraveS BRIGADAS DE CAVALARIA MECANIZADA

51 O apoio de Engenharia eacute fundamental para que as brigadas blindadas e

mecanizadas tenham capacidade de mobilidade contramobilidade e proteccedilatildeo

Uma engenharia ineficiente elimina as vantagens obtidas por fraccedilotildees dotadas de

modernas viaturas as quais tecircm sua mobilidade ditada por limitaccedilotildees impostas

pelo terreno e por restriccedilotildees determinadas pela engenharia inimiga bem como

sua defesa pelo uso exclusivo do fogo

52 Esta NCD complementa a Nota de Coordenccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 de 31

de maio de 2016 e retifica-a no que tange agrave organizaccedilatildeo da Engenharia em

apoio agraves Brigadas de Cavalaria Mecanizada a qual a mantinha como uma

subunidade

53 Dotada de trecircs Pelototildees de Engenharia de Combate (Pel E Cmb) e um

Pelotatildeo de Engenharia de Apoio (Pel E Ap) como elementos executivos e de um

Pelotatildeo de Equipagem de Assalto (Pel Eq Ass) a Subunidade de engenharia natildeo

tem capacidade de proporcionar agrave Bda C Mec mobilidade assegurar a

contramobilidade nem contribuir com sua proteccedilatildeo

54 A Brigada de Cavalaria Mecanizada pode empregar em primeiro escalatildeo ateacute

2 (dois) Regimentos de Cavalaria Mecanizada (RC Mec) e 1 (um) Regimento de

Cavalaria Blindado (RCB) os quais podem receber pelototildees em apoio direto ou

situaccedilatildeo de comando reforccedilo

164

(Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 ndash C Dout ExCOTER de 31 MAI de 2016Fl 610)

55 O Comandante da engenharia do escalatildeo Brigada entretanto natildeo restringe

sua influecircncia no combate ao apoio de Engenharia no Apoio Direto ou no Reforccedilo

aos regimentos mas emprega os demais pelototildees que estatildeo sob seu comando

no Apoio Suplementar a esses pelototildees no Apoio ao Conjunto realizado em

proveito a mais de um elemento ou agrave brigada como um todo aleacutem de manter

condiccedilotildees de apoiar a reserva quando empregada

6 ORGANIZACcedilAtildeO DA ENGENHARIA DA BRIGADA DE CAVALARIA

MECANIZADA

61 A Engenharia da brigada deve atender as necessidades miacutenimas e imediatas

do escalatildeo e mais diretamente ligadas ao combate o que para isso conta com

um Batalhatildeo de Engenharia de Combate Mecanizado (BE Cmb Mec)

62 O BE Cmb Mec estaacute organizado com uma Companhia de Engenharia de

Combate Mecanizada (Cia E Cmb Mec) uma Companhia de Engenharia de

Combate Blindado (Cia E Cmb Bld) uma Companhia de Comando e Apoio (Cia

C Ap) e uma Companhia de Equipagem de Ponte (C Eq Pnt)

63 A Companhia de Engenharia de Combate Mecanizada (Cia E Cmb Mec)

subunidade mais apta para apoiar os RC Mec e a Cia E Cmb Bld mais apta para

apoiar o RCB possuem cada uma 4 (quatro) Pelototildees de Engenharia de

Combate (Pel E Cmb) como fraccedilatildeo baacutesica de emprego junto aos regimentos

64 A Cia C Ap tem a missatildeo de prover os meios para o comando e logiacutestica do

batalhatildeo e equipamentos de engenharia para as companhias aleacutem de realizar

trabalhos teacutecnicos de manutenccedilatildeo de rede miacutenima de estrada e instalaccedilotildees

necessaacuterios agrave Bda

65 A Cia E Pnt tem a missatildeo apoiar com equipamento especializado a

transposiccedilatildeo de curso de aacutegua e de pequenas brechas no apoio agrave mobilidade e

reforccedilar as Cia E Cmb orgacircnicas do batalhatildeo com material de transposiccedilatildeo

165

(Nota Complementar agrave Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 de 31 de maio de 2016 Fl 56)

7 EMPREGO DO BATALHAtildeO

71 O comandante do Batalhatildeo de Engenharia de Combate Mecanizado

administra o emprego de suas fraccedilotildees e meios a fim de garantir o apoio agrave

mobilidade contramobilidade e proteccedilatildeo da brigada

72 Com o objetivo preciacutepuo de apoio aos elementos em primeiro escalatildeo o

comandante da engenharia da brigada simultaneamente manteacutem condiccedilotildees de

prestar apoio suplementar a esses elementos suprir as necessidades da brigada

no Apoio ao Conjunto e ficar em condiccedilotildees de apoiar a reserva quando

empregada

73 As Cia E Cmb satildeo os elementos executivos do batalhatildeo

74 Ao Cmt do BE Cmb cabe planejar o emprego de seus meios os quais devem

ser compatiacuteveis com suas possibilidades

75 Para o apoio aos elementos em primeiro escalatildeo as companhias apoiam com

pelototildees de preferecircncia de mesma natureza do elemento apoiado Cada peccedila

de manobra valor unidade empregado pela Bda recebe normalmente um

pelotatildeo Quando necessaacuterio o reforccedilo em material este deve ser solicitado ao

Cmt Btl

76 A Cia C Ap tem a missatildeo de prover os meios para comando e logiacutestica do

batalhatildeo e Viatura Blindadas Especiais sobre lagartas a fim de reforccedilar os

pelototildees em apoio aos regimentos e equipamentos de engenharia para as Cia E

Cmb

77 A Cia E Pnt tem a missatildeo de apoiar e reforccedilar as Cia E Cmb orgacircnicas na

transposiccedilatildeo de curso de aacutegua e pequenas brechas com equipamento

especializado e VBE sobre lagartas

166

(Nota Complementar agrave Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 de 31 de maio de 2016Fl 66)

ANEXO A - ORGANIZACcedilAtildeO DO BE CMB MEC ORGAcircNICO DE UMA BRIGADA

DE CAVALARIA MECANIZADA

1 Organograma do BE Cmb MecBda C Mec

Figura 1 ndash Exemplo de um organograma de BE Cmb Mec de Bda C Mec

TERMO DE AUTORIZACcedilAtildeO PARA PUBLICACcedilAtildeO DE TESES DISSERTACcedilOtildeES

TRABALHOS DE CONCLUSAtildeO DE CURSO E ARTIGOS CIENTIacuteFICOS ELETROcircNICOS NA

BIBLIOTECA DIGITAL DE TRABALHOS CIENTIacuteFICOS

Na qualidade de titular dos direitos de autor da publicaccedilatildeo autorizo a DESMil e a EsAO a

disponibilizarem atraveacutes de paacutegina eletrocircnica oficial do Estabelecimento de Ensino sem ressarcimento dos

direitos autorais de acordo com a Lei nordm 9610 de 19 de fevereiro de 1998 Lei de Direito Autoral o texto

integral da obra abaixo citada conforme permissotildees assinaladas para fins de leitura impressatildeo eou

download a tiacutetulo de divulgaccedilatildeo da produccedilatildeo cientifica brasileira a partir desta data

Identificaccedilatildeo do material bibliograacutefico

( ) Tese (x) Dissertaccedilatildeo ( ) Trabalho de Conclusatildeo de Curso (x) Artigo Cientiacutefico

Instituiccedilatildeo de Ensino Escola de Aperfeiccediloamento de Oficiais (EsAO)

Tiacutetulo A doutrina de Engenharia de Combate da Brigada de Cavalaria Mecanizada Uma sugestatildeo de

adequaccedilatildeo do apoio prestado aos elementos empregados em primeiro escalatildeo nas operaccedilotildees ofensivas

Autor Cap Eng Saulo dos Santos Marques

Idt033373474-7 CPF010094330-67 E-mailmarxemcasahotmailcom

Data de Defesa11 de outubro de 2018 Titulaccedilatildeo Mestrado Profissional

Curso de Poacutes-graduaccedilatildeo Engenharia Aacuterea de Concentraccedilatildeo Defesa Nacional

Palavras-chave Brigada de Cavalaria Mecanizada Companhia de Engenharia de Combate

Mecanizada Projeto Estruturante Novo Sistema de Engenharia Operaccedilatildeo de Aproveitamento do Ecircxito

Agecircncia de fomento (se for o caso)

Autoriza disponibilizar o e-mail na Base de Dados de Teses Dissertaccedilotildees Trabalhos Cientiacuteficos

e Artigos Cientiacuteficos da Biblioteca Digital de Trabalhos Cientiacuteficos

( x ) SIM ( ) NAtildeO

Informaccedilatildeo de acesso ao documento

Liberaccedilatildeo para publicaccedilatildeo (x) Total ( ) Parcial

Em caso de publicaccedilatildeo parcial especifique o(s) tiacutetulo(s) eou capiacutetulo(s) restrito(s)

Tiacutetulo(s) ________________________________________________________________________

Capiacutetulo(s) ______________________________________________________________________

A restriccedilatildeo (parcial ou total poderaacute ser mantida por ateacute um ano a partir da data de autorizaccedilatildeo da

publicaccedilatildeo) A extensatildeo deste prazo suscita justificativa ao Instituto Brasileiro de Informaccedilatildeo em Ciecircncia e

Tecnologia (IBICT) Todo o conteuacutedo resumo e metadados ficaratildeo sempre disponibilizados

Havendo concordacircncia com a publicaccedilatildeo eletrocircnica do Trabalho Cientiacutefico torna-se imprescindiacutevel o

envio do(s) seu(s) arquivo(s) em formato digital sem ser passiacutevel de modificaccedilatildeo do tipo Portable Document

Format (PDF) da Adobe Systems

________________________________________

Saulo dos Santos Marques

MINISTEacuteRIO DA DEFESA

EXEacuteRCITO BRASILEIRO

DECEx - DESMIL

ESCOLA DE APERFEICcedilOAMENTO DE OFICIAIS

(EsAO1919)

DIVISAtildeO DE ENSINO SECcedilAtildeO DE POacuteS-GRADUACcedilAtildeO

TERMO DE CESSAtildeO DE DIREITOS SOBRE TRABALHO ACADEcircMICO

TIacuteTULO DO TRABALHO

A DOUTRINA DA ENGENHARIA DE COMBATE DA BRIGADA DE CAVALARIA

MECANIZADA UMA SUGESTAtildeO DE ADEQUACcedilAtildeO DO APOIO PRESTADO AOS

ELEMENTOS EMPREGADOS EM PRIMEIRO ESCALAtildeO NAS OPERACcedilOtildeES OFENSIVAS

IDENTIFICACcedilAtildeO DO AUTOR

SAULO DOS SANTOS MARQUES ndash Cap Eng

1 Este trabalho nos termos da legislaccedilatildeo que resguarda os direitos autorais eacute considerado de minha

propriedade

2 Autorizo a Escola de Aperfeiccediloamento de Oficiais (EsAO) a utilizar meu trabalho para uso

especiacutefico no aperfeiccediloamento e evoluccedilatildeo da Forccedila Terrestre bem como a divulgaacute-lo por publicaccedilatildeo em

revista teacutecnica da Escola ou outro veiacuteculo de comunicaccedilatildeo do Exeacutercito

3 A EsAO poderaacute fornecer coacutepia do trabalho mediante ressarcimento das despesas de postagem e

reproduccedilatildeo Caso seja de natureza sigilosa a coacutepia somente seraacute fornecida se o pedido for encaminhado

por meio da Organizaccedilatildeo Militar fazendo-se a necessaacuteria anotaccedilatildeo do destino no Livro de Registro

existente na Biblioteca

4 Eacute permitida a transcriccedilatildeo parcial de trechos do trabalho para comentaacuterios e citaccedilotildees desde que sejam

transcritos os dados bibliograacuteficos dos mesmos de acordo com a legislaccedilatildeo sobre direitos autorais

5 A divulgaccedilatildeo do trabalho em outros meios natildeo pertencentes ao Exeacutercito somente pode ser feita

com a autorizaccedilatildeo do autor ou da Direccedilatildeo de Ensino da EsAO

Rio de Janeiro ___ de _________________ de ________

_______________________________________

O AUTOR

Page 2: ESCOLA DE APERFEIÇOAMENTO DE OFICIAIS Cap Eng SAULO …

Ficha catalograacutefica elaborada pelo

Bibliotecaacuterio Maacutercio Finamor CRB76699

M357e

2018 Marques Saulo dos Santos A doutrina da engenharia de combate da brigada de

cavalaria mecanizada uma sugestatildeo de adequaccedilatildeo do

apoio prestado aos elementos empregados em primeiro

escalatildeo nas operaccedilotildees ofensivas Saulo dos Santos

Marques ndash 2018

166 f il

Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Ciecircncia Militares) ndash Escola

de Aperfeiccediloamento de Oficiais Rio de Janeiro 2018

1 Brigada de Cavalaria Mecanizada 2 Companhia de

Engenharia de Combate Mecanizada 3 Projeto

Estruturante Novo Sistema de Engenharia I Escola de

Aperfeiccediloamento de Oficiais II Tiacutetulo

CDD3571

ESCOLA DE APERFEICcedilOAMENTO DE OFICIAIS

Cap Eng SAULO DOS SANTOS MARQUES

A DOUTRINA DA ENGENHARIA DE COMBATE DA BRIGADA DE CAVALARIA

MECANIZADA UMA SUGESTAtildeO DE ADEQUACcedilAtildeO DO APOIO PRESTADO AOS

ELEMENTOS EMPREGADOS EM PRIMEIRO ESCALAtildeO NAS OPERACcedilOtildeES

OFENSIVAS

Dissertaccedilatildeo apresentada agrave Escola de Aperfeiccediloamento de Oficiais como requisito parcial para a obtenccedilatildeo do grau de Mestre em Ciecircncias Militares

Orientador Cel Eng Andreacute Cezar Siqueira

Rio de Janeiro

2018

A Deus por ter-me abenccediloado com mais este trabalho assim como tem feito com minha vida

AGRADECIMENTOS

Ao meu orientador pela paciecircncia e dedicaccedilatildeo em mostrar-me o correto

caminho

Aos instrutores do CAO 2018 pela colaboraccedilatildeo na transmissatildeo de tatildeo

importantes conhecimentos para o capitatildeo da Arma de Engenharia

Aos companheiros do Centro de Instruccedilatildeo de Blindados - General Walter

Pires pelo inestimaacutevel exemplo do espiacuterito de camaradagem dedicaccedilatildeo e

excelecircncia do ensino cujos pilares me guiaratildeo por toda a minha vida profissional

Agrave minha famiacutelia a qual sou eternamente grato pelas oraccedilotildees a Deus e pelo

oportuno apoio e carinho os quais foram cruciais para a transposiccedilatildeo dos

obstaacuteculos mais difiacuteceis que se apresentaram no presente ano

RESUMO

A capacidade de uma tropa estaacute baseada nos fatores doutrina organizaccedilatildeo adestramento material emprego pessoal e instruccedilatildeo Para o sistema de engenharia destaca-se ainda mais a importacircncia do conjunto formado pelo material pessoal e organizaccedilatildeo O Projeto Estruturante Novo Sistema de Engenharia visa reestruturar esse sistema que tem influecircncia significativa na capacidade da engenharia cumprir suas missotildees como arma de apoio Alinhado com esse objetivo este trabalho analisou a estrutura das Brigadas de Cavalaria Mecanizada que satildeo compostas por Regimentos de Cavalaria Mecanizada e Regimentos de Cavalaria Blindada os quais receberam respectivamente as Viaturas Blindadas de Transporte de Pessoal Meacutedias de Rodas Guarani e as Viaturas de Combate Carro de Combate Leopard 1 e M60 A3-TTS Embora os projetos Guarani e Leopard tenham influenciado na melhoria dos materiais utilizados pelos regimentos a Companhia de Engenharia de Combate Mecanizada natildeo teve a adequaccedilatildeo dos seus fatores base Entatildeo surgiu a necessidade de por meio da anaacutelise dos fatores emprego e materiais sugerir uma proposta de adequaccedilatildeo desse apoio prestado aos elementos empregados em primeiro escalatildeo da brigada a partir da anaacutelise do apoio a Operaccedilatildeo de Aproveitamento do Ecircxito

Palavras-chave Brigada de Cavalaria Mecanizada Companhia de Engenharia de Combate Mecanizada Projeto Estruturante Novo Sistema de Engenharia Operaccedilatildeo de Aproveitamento do Ecircxito

ABSTRACT

The capacity of a troop is based on factors doctrine organization training material employment personnel and instruction For the engineering system the importance of the set formed by the material personnel and organization stands out even more The Strategic New Engineering System Project aims to restructure this system which has a significant influence on the ability of engineering to fulfill its missions as a support weapon Aligned with this objective this work analyzed the structure of the Mechanized Cavalry Brigades which are composed of Mechanized Cavalry Regiments and Armored Cavalry Regiments which received respectively the Armored Personnel Carrier Vehicle - Medium Wheeled Type and the Main Battle Tank Leopard 1 and M60 A3-TTS Although the Guarani and Leopard projects influenced the improvement of the materials used by the regiments the Mechanized Combat Engineering Company did not have the adequacy of its base factors Then the need arose through the analysis of the factors of employment and materials to suggest a proposal for adequacy of this support provided to the elements employed in the first step of the brigade based on the analysis of the support for Deliberate Attack

Keywords Mechanized Cavalry Brigades Mechanized Combat Engineering Company Structurant New Engineering System Project Deliberate Attack

SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO 10

11 PROBLEMA 12

12 OBJETIVOS 13

13 QUESTOtildeES DE ESTUDO 14

14 JUSTIFICATIVA 15

2 METODOLOGIA 16

21 OBJETO FORMAL DE ESTUDO 16

211 Definiccedilatildeo conceitual das variaacuteveis 17

212 Definiccedilatildeo operacional das variaacuteveis 18

213 Alcances e limiteshelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 19

22 AMOSTRAhelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 20

23 DELINEAMENTO DA PESQUISAhelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 21

231 Procedimentos para revisatildeo de literatura 21

2311 Fontes de busca 22

2312 Estrateacutegia de busca para as bases de dados 22

2313 Criteacuterios de inclusatildeo helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 22

2314 Criteacuterios de exclusatildeo helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 22

232 Procedimentos Metodoloacutegicos helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 23

233 Procedimentos Experimental helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 23

234 Instrumentos 23

2341 Elaboraccedilatildeo dos questionaacuterios 24

2342 Questionaacuterio destinado aos oficiais em funccedilatildeo de desenvolvimento coordenaccedilatildeo ou chefia do Projeto Guarani hellip 24

2343 Questionaacuterio destinado aos comandantes e ex-comandantes de regimento de cavalaria de uma Brigada de Cavalaria Mecanizada (Apecircndice A)helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 24

2344 Questionaacuterio destinado aos comandantes e ex-comandantes de regimento de cavalaria de uma Brigada de Cavalaria Mecanizada (Apecircndice B)helliphelliphelliphelliphelliphellip

25

2345 Questionaacuterio destinado aos oficiais de engenharia que tenham

realizado curso de Comandante de Subunidade nos Estados Unidos ou na Alemanha (Apecircndice C)helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip

25

2346 Questionaacuterio destinado aos oficiais na funccedilatildeo de instrutor do Centro de Instruccedilatildeo de Blindados que tenham realizado curso de Comandante de Subunidade nos Estados Unidos ou na Alemanha (Apecircndice D)helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 25

235 Anaacutelise dos Dados helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 26

2351 Tabulaccedilatildeo dos dados helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 26

3 REVISAtildeO DE LITERATURA 27

31 CONSIDERACcedilOtildeES INICIAIS 28

311 Operaccedilotildees de Aproveitamento do Ecircxito 28

312 Situaccedilatildeo de Comando Reforccedilo 29

313 Funccedilatildeo de Combate Movimento e Manobra 29

314 Modularidade 30

315 Projeto Guarani 31

32 BRIGADA DE CAVALARIA MECANIZADA 33

321 Regimento de Cavalaria Mecanizado 35

322 Regimento de Cavalaria Blindada 36

33 COMPANHIA DE COMBATE MECANIZADA 38

331 O Pelotatildeo de Engenharia de Apoio 40

332 O Pelotatildeo de Equipagem de Assalto 40

333 O Pelotatildeo de Engenharia de Combate Mecanizado 43

34 MATERIAIS DE EMPREGO MILITAR DISPONIacuteVEIS NO MUNDO PARA REFORCcedilO AOS PEL E CMB NO APOIO Agrave MOBILIDADE 45

341 Viatura blindada especial lanccediladora de pontes de pequena brecha 46

342 Viatura Blindada Especial de Engenharia helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 49

343 Viaturas Blindadas Especiais de Abertura de Brecha 50

344 Outros sistemas e implementos 55

35 APOIO DE ENGENHARIA ORGAcircNICA AgraveS BRIGADAS MECANIZADAS EM OUTROS PAIacuteSES

60

351 SBCT a brigada americana Stryker helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 60

352 Brigada de Infantaria Mecanizada da Alemanha helliphellip 63

4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO 71

41 DISCUSSAtildeO REFERENTE AOS INSTRUMENTOS UTILIZADOS 71

411 Revisatildeo da literatura 72

412 Entrevistas 73

413 Coleta documental 73

42 CAPACIDADES OPERATIVAS DA COMPANHIA DE ENGENHARIA DE COMBATE MECANIZADO NO APROVEITAMENTO DO EcircXITO 74

421 Adequabilidade da organizaccedilatildeo 74

422 Adequabilidade do material 78

43 APOIO DE ENGENHARIA AOS REGIMENTOS DE UMA BRIGADA DE CAVALARIA MECANIZADA 79

431 Organizaccedilatildeo adequada 80

432 Comparaccedilatildeo com outros exeacutercitos 82

433 Caracteriacutesticas dos meios 91

434 Quantidade de VBE por BE Cmb 96

5 CONCLUSAtildeO E RECOMENDACcedilOtildeES 99

REFEREcircNCIAS 103

APEcircNDICE A - QUESTIONAacuteRIO DESTINADO AOS COMANDANTES E EX-COMANDANTES DOS REGIMENTOS DAS BRIGADAS DE CAVALARIA MECANIZADA 109

APEcircNDICE B - QUESTIONAacuteRIO DESTINADO AOS COMANDANTES E EX-COMANDANTES DAS COMPANHIAS DE ENGENHARIA MECANIZADA 120

APEcircNDICE C - QUESTIONAacuteRIO DESTINADO AOS MILITARES DE ENGENHARIA COM CURSO DE COMANDANTE DE SUBUNIDADE NA ALEMANHA OU ESTADOS UNIDOS 131

APEcircNDICE D - QUESTIONAacuteRIO DESTINADO INSTRUTORES DO CENTRO DE INSTRUCcedilAtildeO DE BLINDADOS COM CURSO DE COMANDANTE DE SUBUNIDADE NA ALEMANHA OU ESTADOS UNIDOS 143

APEcircNDICE E - PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL 150

ANEXO A ndash NCD NR 022016 151

ANEXO B ndash NOTA COMPLEMENTAR Agrave NCD NR 022016 160

10

1 INTRODUCcedilAtildeO

Os novos manuais doutrinaacuterios publicados a partir do ano de 2014

reformularam as bases da doutrina do Exeacutercito Atraveacutes deles a Doutrina Militar

Terrestre (DMT) ratificou alguns conceitos jaacute existentes mas trouxe novos que devem

ser entendidos e incorporados agraves capacidades da forccedila a fim de acompanhar a

evoluccedilatildeo do combate mundial

O conhecimento de conceitos como Operaccedilatildeo de Amplo Espectro (atuaccedilatildeo

simultacircnea ou sucessiva em Operaccedilotildees Ofensivas Defensivas de Pacificaccedilatildeo e de

Apoio a Oacutergatildeos Governamentais) permite entender quais satildeo as capacidades que

devem ser almejadas pelas Brigadas Mecanizadas (Bda Mec) consideradas Grandes

Unidades (GU) vocacionadas para essa Operaccedilatildeo Destas GU destacam-se as de

Cavalaria Mecanizada que segundo o Manual de DMT tem a aptidatildeo agraves missotildees de

Reconhecimento Vigilacircncia e Seguranccedila

As Brigadas de Cavalaria Mecanizada apresentam limitaccedilotildees como a

vulnerabilidade a ataques aeacutereos a sensibilidade ao largo emprego de minas e

obstaacuteculos artificiais e mobilidade restrita em terrenos montanhosos arenosos

pedregosos cobertos e pantanosos aleacutem de sua restriccedilatildeo agraves condiccedilotildees

meteoroloacutegicas adversas e com grande dependecircncia de uso de rede rodoviaacuteria

conforme discriminado pelo manual C 2-30 - Brigada de Cavalaria Mecanizada

(BRASIL 2000 p 1-4)

Tais limitaccedilotildees afetam principalmente a mobilidade da Bda em Operaccedilotildees

Ofensivas na qual os RC Mec (Brasil 2000 p 1-14) estatildeo mais capacitados a

executar as operaccedilotildees altamente moacuteveis as manobras de flanco o aproveitamento

do ecircxito e a perseguiccedilatildeo Por sua vez o RCB que por suas caracteriacutesticas eacute o

elemento de manobra mais eficaz para conduzir as operaccedilotildees ofensivas e defensivas

continuadas da Bda apresenta uma seacuterie de restriccedilotildees na sua capacidade de

manobra diminuindo sua eficaacutecia e eficiecircncia no emprego do fogo do combate

aproximado e da accedilatildeo de choque

Para reduzir as limitaccedilotildees das Brigadas de Cavalaria Mecanizada na mobilidade

contramobilidade e proteccedilatildeo as Companhia de Engenharia de Combate Mecanizada

(Cia E Cmb Mec) empregam os Pelototildees de Engenharia de Combate Mecanizado

(Pel E Cmb Mec) conforme Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 de 31 de

maio de 2016 As Estruturas de Engenharia no Teatro de Operaccedilotildees (documento de

11

caraacuteter experimental portanto natildeo definitivo) a fim de atender agraves necessidades

miacutenimas dos Regimentos de Cavalaria Mecanizado (RC Mec) e Regimento de

Cavalaria Blindado (RCB)

As atribuiccedilotildees que a Engenharia tem para com seus elementos apoiados se

apresentam da seguinte forma

A Engenharia tem como missatildeo principal apoiar com as vertentes do

combate e construccedilatildeo os elementos de emprego da F Ter nas operaccedilotildees

desencadeadas no amplo espectro dos conflitos Participa das Funccedilotildees de

Combate Movimento e Manobra proporcionando mobilidade agraves armas-base

e contra-mobilidade ao inimigo Proteccedilatildeo aos oacutergatildeos e estruturas de

combate Logiacutestica em diversas atividades dentre outras (BRASIL 2014 p

6-3)

Nesta uacuteltima deacutecada concomitantemente com a atualizaccedilatildeo doutrinaacuteria novos

Materiais de Emprego Militar (MEM) foram distribuiacutedos em diversas OM do Brasil

frutos de Projetos Estrateacutegicos do Exeacutercito (PEE) alterando suas capacidades e

limitaccedilotildees Dentre eles destaca-se para as tropas de natureza blindada o Projeto

Leopard o qual levou agrave troca dos Carros de Combate (CC) M41 pelas Viatura Blindada

de Combate Carro de Combate Leopard 1 A5 BR (VBCCC Leopard 1 A5 BR) desde

2009

Para as tropas mecanizadas o principal impacto foi causado pelo Projeto

Guarani o qual jaacute modernizou a frota de algumas Organizaccedilotildees Militares (OM) com

esta Viatura Blindada de Transporte de Pessoal Meacutedia de Rodas (VBTP-MR) a qual

estaacute em fase de produccedilatildeo e entrega Concomitantemente com a produccedilatildeo dessas

viaturas estatildeo sendo desenvolvidos protoacutetipos e adquiridos materiais para o

desenvolvimento dos demais componentes da Nova Famiacutelia de Blindados Sobre

Rodas Guarani (NFBSR)

O presente trabalho tem por objetivo analisar as Capacidades Operativas que

os elementos de engenharia deveratildeo possuir considerando os reflexos da evoluccedilatildeo

doutrinaacuteria e dos novos Materiais de Emprego Militar para apoiar a mobilidade dos

Regimentos de Cavalaria Mecanizada e Regimentos de Cavalaria Blindado

empregados em primeiro escalatildeo por uma Brigada de Cavalaria Mecanizada na

Operaccedilatildeo de Aproveitamento do Ecircxito (Apvt Ecircxi) (BRASIL 2014 p 7-2)

12

O objetivo geral do presente estudo eacute partindo do estudo das Capacidades da

Cia E Cmb Mec analisar no acircmbito da mobilidade as necessidades miacutenimas e

imediatas dos elementos a serem empregados em primeiro escalatildeo Baseado nessa

anaacutelise busca-se apresentar uma proposta de adequaccedilatildeo do apoio prestado pela Cia

E Cmb Mec no Aproveitamento do Ecircxito (Apvt Ecircxi)

11 PROBLEMA

Em manual datado de 1989 C 5-10 - Apoio de Engenharia no Escalatildeo Brigada

e reeditado em 2000 consta a missatildeo organizaccedilatildeo atribuiccedilotildees equipamentos e

forma de emprego do pelotatildeo de engenharia de combate O manual C 5-1 - Emprego

da Engenharia datado de 1999 em sua 3ordf ediccedilatildeo caracteriza o Pel E Cmb como o

elemento responsaacutevel por prestar apoio aos elementos em primeiro escalatildeo da Bda C

Mec

A Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 (NCD Nr 0216) trouxe a

atualizaccedilatildeo de alguns conceitos modificando inclusive o escalatildeo de apoio de

engenharia agraves Brigadas Blindadas e de Infantaria Mecanizada (Bda Inf Mec)

passando do valor subunidade (Companhia) para unidade (Batalhatildeo)

Nesta mesma NCD poreacutem foi mantido o estabelecido nos dois manuais citados

acima ratificando que uma Cia E Cmb Mec constituiacuteda por 3 Pel E Cmb Mec eacute o

elemento de apoio aos Regimentos da Bda

O Comandante da Cia E Cmb Mec denominado engenheiro da brigada ao

empregar pelototildees em reforccedilo restringe sua capacidade de realizar um apoio

suplementar a esses pelototildees e de realizar trabalhos em prol da proacutepria companhia

dos demais elementos da brigada e do apoio ao conjunto (mais de um elemento)

Aleacutem disso por sua limitaccedilatildeo em meios na realizaccedilatildeo de trabalhos o Pel E Cmb

na maioria de suas missotildees eacute reforccedilado por equipagens e equipamentos pelo Pelotatildeo

de Equipagem de Assalto e pelo Pelotatildeo de Engenharia de Apoio Esses poreacutem natildeo

possuem materiais adequados reforccedilar os pelototildees de engenharia de combate

Face ao exposto formulou-se o seguinte problema Em que medida a

Companhia de Engenharia de Combate Mecanizada tem capacidade de atender agraves

necessidades miacutenimas dos elementos empregados em primeiro escalatildeo de uma Bda

C Mec no Aproveitamento do Ecircxito no que tange agrave mobilidade

13

12 OBJETIVOS

O presente trabalho tem por objetivo analisar as Capacidades Operativas que

os elementos de engenharia deveratildeo possuir considerando os reflexos da evoluccedilatildeo

doutrinaacuteria e dos novos Materiais de Emprego Militar para apoiar a mobilidade dos

Regimentos de Cavalaria Mecanizada e Regimentos de Cavalaria Blindado

empregados em primeiro escalatildeo por uma Brigada de Cavalaria Mecanizada na

Operaccedilatildeo de Aproveitamento do Ecircxito

Com o intuito de conduzir o estudo para uma soluccedilatildeo foram elencados os

seguintes objetivos especiacuteficos

a Apresentar os conceitos novos ou natildeo que sejam relevantes para a

exploraccedilatildeo do assunto

b Descrever a forma de emprego de uma Bda C Mec em Operaccedilotildees de

Aproveitamento do Ecircxito

c Descrever a organizaccedilatildeo e as caracteriacutesticas dos elementos empregados em

primeiro escalatildeo por uma Bda C Mec

d Descrever a organizaccedilatildeo caracteriacutesticas e forma de emprego em Operaccedilotildees

Ofensivas de uma Cia E Cmb Mec

e Descrever a organizaccedilatildeo caracteriacutesticas e missatildeo junto aos Pel E Cmb de

um Pelotatildeo de Engenharia de Apoio (Pel E Ap)

f Descrever a organizaccedilatildeo caracteriacutesticas e missatildeo junto aos Pel E Cmb de

um Pelotatildeo de Equipagem de Assalto (Pel Eq Ass)

g Descrever a organizaccedilatildeo caracteriacutesticas missatildeo possibilidades e limitaccedilotildees

do Pel E Cmb Mec

h Analisar a capacidade do Pel E Cmb Mec em atender agraves necessidades

miacutenimas dos regimentos de uma Brigada de Cavalaria Mecanizada em

Operaccedilotildees Ofensivas

i Apresentar viaturas especiais de engenharia disponiacuteveis no mercado

mundial

j Analisar o emprego de uma engenharia de Bda do exeacutercito alematildeo e

estadunidense semelhante agrave Bda C Mec concluindo sobre a adequabilidade

do emprego realizado pelo exeacutercito brasileiro

14

k Apresentar uma proposta de apoio de engenharia capaz de atender agraves

necessidades miacutenimas de regimentos orgacircnicos de uma Bda C Mec

13 QUESTOtildeES DE ESTUDO

Atraveacutes da anaacutelise da capacidade de apoio de um Pel E Cmb orgacircnico de uma

Cia E Cmb Mec frente agraves necessidades de uma Brigada de Cavalaria Mecanizada agrave

luz dos novos manuais doutrinaacuterios projetos estrateacutegicos e dos meios de dotaccedilatildeo (ou

em aquisiccedilatildeo pelo Exeacutercito) seraacute analisada a adequabilidade desse apoio Para isso

foram relacionadas algumas questotildees de estudo listadas abaixo a fim de guiar o

trabalho ao objetivo proposto

a) quais os conceitos associados ao emprego e ao material satildeo necessaacuterios para

desenvolvimento de uma proposta adequada de organizaccedilatildeo da Cia E Cmb Mec

b) como a Brigada de Cavalaria Mecanizada eacute empregada em uma Operaccedilatildeo de

Aproveitamento do Ecircxito

c) como se caracterizam os elementos empregados em primeiro escalatildeo pela

Brigada de Cavalaria Mecanizada

d) como a Companhia de Engenharia de Combate Mecanizada das Brigadas de

Cavalaria Mecanizadas satildeo empregadas em Operaccedilotildees Ofensivas

e) como se caracterizam os elementos empregados em primeiro escalatildeo pela

Companhia de Engenharia de Combate Mecanizada

f) quais os meios que disponiacuteveis atualmente para o Pelotatildeo de Engenharia de

Combate Mecanizado apoiar os Regimentos empregados em primeiro escalatildeo no

Aproveitamento do Ecircxito

g) quais os materiais disponiacuteveis no mundo necessaacuterios para atribuir capacidade

de junto aos Regimentos em um Aproveitamento do Ecircxito

h) como eacute prestado o apoio de engenharia em outros paiacuteses a tropas que

possuam organizaccedilatildeo semelhante agrave da Brigada de Cavalaria Mecanizada

i) qual a sugestatildeo de emprego da engenharia de brigada para que seja realizado

um apoio adequado que atenda agraves necessidades miacutenimas dos regimentos orgacircnicos

da Bda C Mec

14 JUSTIFICATIVAS

15

Este trabalho justifica-se pela necessidade de ser avaliada a manutenccedilatildeo ou natildeo

da capacidade da Cia E Cmb Mec frente agraves mudanccedila relacionadas agraves caracteriacutesticas

apresentadas pelos novos cenaacuterios mundiais e pela evoluccedilatildeo do material utilizado

pelo Exeacutercito Brasileiro advindo dos Projetos Leopard e Guarani a fim de

acompanhar o Processo de Transformaccedilatildeo do Exeacutercito Brasileiro que estaacute em

desenvolvimento atualmente

Tal justificativa encontra-se alinhada com os objetivos do Projeto Estruturante

Novo Sistema de Engenharia (PENSE) concebido pelo EME em 2014 o qual teve a

Diretriz de Implantaccedilatildeo aprovada pela Portaria Nordm 031-EME de 26 de fevereiro de

2018

O objetivo decisivo do programa estaacute centrado nos pilares de sustentaccedilatildeo da

capacidade operacional da Engenharia quais sejam a obtenccedilatildeo do Material de

Engenharia adequado e suficiente o desenvolvimento e a atualizaccedilatildeo da doutrina e a

capacitaccedilatildeo de pessoal

A inovaccedilatildeo dos MEM bem como a transformaccedilatildeo doutrinaacuteria demandam

anaacutelises retificaccedilatildeo e ratificaccedilatildeo de conceitos quebra de paradigmas e uma busca

pelo reequiliacutebrio entre as capacidades e necessidades geradas

Com o intuito de corroborar com a evoluccedilatildeo do Sistema Engenharia tendo em

vista a modernizaccedilatildeo doutrinaacuteria e dos novos MEM este trabalho buscaraacute analisar

as Capacidades Operativas desejaacuteveis a fim de propor uma adequaccedilatildeo de apoio de

engenharia na mobilidade dos RC Mec e RCB orgacircnicos de uma Bda C Mec no

Aproveitamento do Ecircxito

Com essa adequaccedilatildeo busca-se dar efetividade agrave doutrina atinente agrave

Engenharia da Brigada tornando-a atual e compatiacutevel com as necessidades dos

elementos apoiados principalmente exequiacutevel e efetiva

16

2 METODOLOGIA

Nesta seccedilatildeo estaacute detalhada a forma que a pesquisa foi dirigida a fim de

atender aos objetivos especiacuteficos os quais visaram desenvolver uma soluccedilatildeo

adequada ao objetivo geral atraveacutes do desenvolvimento de respostas agraves questotildees

de estudo levantadas

Por meio do estudo das possibilidades e limitaccedilotildees da Companhia de

Engenharia de Combate Mecanizada buscou-se apresentar uma anaacutelise da

capacidade de atender agraves necessidades dos elementos empregados em primeiro

escalatildeo pelas Bda C Mec e sugerir uma proposta de adequaccedilatildeo de sua forma de

emprego e do material necessaacuterio

Para atingir esses objetivos a metodologia foi dividida em objeto formal de

estudo amostra e delineamento de pesquisa

21 OBJETO FORMAL DE ESTUDO

O presente trabalho eacute classificado quanto agrave sua forma de abordagem

qualitativa e ao seu objetivo geral como exploratoacuteria e descritiva A sua finalidade eacute

desenvolver uma proposta de adequaccedilatildeo do apoio prestado pela Companhia de

Engenharia de Combate aos Regimentos de uma Brigada de Cavalaria Mecanizada

em Operaccedilotildees Ofensivas por meio do estudo especiacutefico das capacidades

operativas da Cia E Cmb Mec em operaccedilotildees de Aproveitamento do Ecircxito face agrave

evoluccedilatildeo doutrinaacuteria presente na publicaccedilatildeo dos novos manuais doutrinaacuterios

publicados a partir de 2014 e dos MEM frutos dos Projetos Estrateacutegicos Leopard e

Guarani

Para atingir esse objetivo seraacute descrita a doutrina em vigor relacionada agrave Bda

C Mec e agrave Cia E Cmb que a apoia e analisados os reflexos da transformaccedilatildeo

doutrinaacuteria ocorrida nos uacuteltimos anos (de 2014 a 2017) e da aquisiccedilatildeo de novos

MEM

Com base na anaacutelise das capacidades e limitaccedilotildees seraacute proposta uma soluccedilatildeo

de adequaccedilatildeo do apoio de engenharia que atribua capacidade de emprego de

acordo com a doutrina baseado na bibliografia vigente e atualizado com base no

emprego de exeacutercitos de outros paiacuteses e no material disponiacutevel no mundo

atualmente

17

Para a pesquisa a variaacutevel ldquoCapacidades Operativas da Companhia de

Engenharia de Combate Mecanizada no Aproveitamento do Ecircxitordquo que analisou

as capacidades em material e de acordo com a organizaccedilatildeo atuais da Companhia

no apoio agrave mobilidade no aproveitamento do ecircxito foi considerada a variaacutevel

independente

Atraveacutes desta procurou-se estudar modificaccedilotildees que influenciassem

significativamente sobre a dependente ldquoApoio de Engenharia aos Regimentos de

uma Brigada de Cavalaria Mecanizadardquo a fim de adequar o apoio prestado aos

regimentos durante a Operaccedilatildeo de Aproveitamento do Ecircxito pela engenharia da

brigada

A relaccedilatildeo entre a variaacutevel dependente e independente eacute alterada pelo fator

ldquoNecessidades Miacutenimas dos Regimentosrdquo que satildeo as necessidades de trabalhos

de engenharia aos regimentos existentes apoacutes a modernizaccedilatildeo do material e

doutrina nacionais no que tange agrave Operaccedilatildeo de Aproveitamento do Ecircxito

211 Definiccedilatildeo conceitual das variaacuteveis

ldquoCapacidades Operativas da Companhia de Engenharia de Combate no

Aproveitamento do Ecircxitordquo variaacutevel independente pode ser definida como a

anaacutelise agraves capacidades atuais da Cia E Cmb Mec para emprego do Pel E Cmb em

uma Operaccedilatildeo de Aproveitamento do Ecircxito em apoio ao Rgt de uma Bda C Mec

Para isso foi analisado por meio dos questionaacuterios ldquoArdquo e ldquoBrdquo a adequabilidade

da organizaccedilatildeo da Cia E Cmb Mec para apoio aos regimentos de uma Brigada de

Cavalaria Mecanizada e do material disponiacutevel para apoiaacute-los na mobilidade em uma

Operaccedilatildeo de Aproveitamento do Ecircxito

A variaacutevel ldquoApoio de Engenharia aos Regimentos de uma Brigada de

Cavalria Mecanizadardquo pode ser definida como a sugestatildeo doutrinaacuteria para atender

agrave luz dos novos conceitos e fundamentos e materiais as necessidades dos

Regimentos

Por meio das respostas dos questionaacuterio ldquoArdquo ldquoBrdquo ldquoCrdquo e ldquoDrdquo chegou-se a uma

organizaccedilatildeo adequada e atual quando comparada com outros exeacutercitos permitindo

a melhoria do emprego da engenharia no emprego junto aos regimentos de uma

Brigada de Cavalaria Mecanizada

18

Os referidos questionaacuterios tambeacutem permitiram a anaacutelise das caracteriacutesitcas dos

meios e a quantidade de viaturas necessaacuterias para o apoio de engenharia da

brigada na abertura de passagem em obstaacuteculos durante uma Operaccedilatildeo de

Aproveitamento do Ecircxito

Para a variaacutevel interveniente foi considerada as Necessidades Miacutenimas dos

Regimentos no que se refere a apoio de engenharia as quais foram apresentadas

na revisatildeo de literatura reforccedilada pelas respostas presentes nos citados

questionaacuterios cujas respostas foram analisadas individualmente

Esta anaacutelise porcurou confirmar ou refutadar os comentaacuterios presentes nos

questionaacuterios de acordo com as informaccedilotildees encontradas na proacutepria bibliografia

estudada e no Treinamento Taacutetico em Ambiente Virtual (TTAV) realizado no Centro

de Instruccedilatildeo de Blindados

212 Definiccedilatildeo operacional das variaacuteveis

Nos Quadros 1 e 2 estatildeo expostos a dimensatildeo os indicadores e a forma de

mediccedilatildeo das variaacuteveis independente e dependente a fim de permitir uma

visualizaccedilatildeo de como seratildeo abordados no presente estudo

VARIAacuteVEL

INDEPENDENTE DIMENSAtildeO INDICADORES FORMA DE MEDICcedilAtildeO

Capacidades

Operativas da Cia

E Cmb no Apvt

Ecircxi

Emprego no

apoio aos Rgt

da Bda C

Mec

Adequabilidade

da organizaccedilatildeo

Questotildees Nr 1 e 2 (Apd A)

e Nr 1 e 2 (Apd B)

Material para

apoio agrave

mobilidade

Adequabilidade

do material

Questotildees Nr 3 (Apd A) e

Nr 3 (Apd B)

QUADRO 1 - Definiccedilatildeo operacional da Variaacutevel Independente Capacidades Operativas da Cia E Cmb Mec no Apvt Ecircxi Fonte O autor

19

VARIAacuteVEL

DEPENDENTE DIMENSAtildeO INDICADORES FORMA DE MEDICcedilAtildeO

Apoio de

Engenharia aos

Rgt de uma Bda

C Mec

Emprego da

engenharia

Organizaccedilatildeo

adequada

Questotildees 6 e 7 (Apd A)

questotildees 6 e 7 (Apd B)

Comparaccedilatildeo com

outros exeacutercitos

Questatildeo 1 2 e 3 (Apd C) e

questatildeo 1 2 e 3 (Apd D)

Material para

abertura de

passagem em

obstaacuteculo

Caracteriacutesticas dos

meios

Questotildees 4 e 5 (Apd A)

questotildees 4 e 5 (Apd B)

questatildeo 4 e 5 (Apd C) e

questatildeo 4 e 5 (Apd D)

Quantidade de

viaturas Questatildeo 6 (Apd C)

QUADRO 2 - Definiccedilatildeo operacional da Variaacutevel Dependente Apoio de Engenharia aos Rgt da Bda C Mec Fonte O autor

213 Alcances e Limites

Para a anaacutelise das operaccedilotildees ofensivas foram excluiacutedos os tipos de

Reconhecimento em Forccedila Perseguiccedilatildeo Ataque de Oportunidade e Marcha para o

Combate O objetivo do autor foi dar ecircnfase aos trabalhos de mobilidade com

emprego dos pelototildees de forma descentralizada Desta forma o pelotatildeo que

acompanha o regimento precisa conduzir todo o material necessaacuterio natildeo sendo

adequado solicitar apoio agrave companhia devido a sua distacircncia e necessidade de

acompanhamento da velocidade das operaccedilotildees

Nesse sentido foi escolhido o estudo da Operaccedilatildeo de Aproveitamento do

Ecircxito situaccedilatildeo que o Pelotatildeo encontra-se normalmente empregado na situaccedilatildeo de

comando reforccedilo

O sistema Engenharia constituiacutedo por material pessoal e doutrina visa

proporcionar aos elementos apoiados mobilidade contramobilidade proteccedilatildeo e

apoio geral Dentre estes foram abordados neste estudo o apoio agrave mobilidade

20

situaccedilatildeo onde a falta de meios especiais junto aos pelototildees eacute mais niacutetida deixando

de ser trabalhados contramobilidade proteccedilatildeo e apoio geral

Na mobilidade o estudo abarcou trabalhos de abertura de passagens em

obstaacuteculos transposiccedilatildeo de curso de aacutegua obstaacuteculo conservaccedilatildeo e reparaccedilatildeo de

vias e estradas e desorganizaccedilatildeo de posiccedilotildees organizadas do inimigo trabalhos os

quais podem ser realizados por viaturas blindadas especiais Excluiu-se portanto o

estudo da transposiccedilatildeo de curso de aacutegua de vulto ou grande vulto que exigem o

apoio de escalotildees superiores agrave brigada a navegaccedilatildeo e o reconhecimento

Como a Cia E Cmb Mec desdobra seus trabalhos normalmente em toda aacuterea

da Bda o estudo limitou-se aos realizados em prol dos elementos em primeiro

escalatildeo (os regimentos de cavalaria) excluindo o estudo dos trabalhos de apoio ao

conjunto e suplementar

Para tal os meios a serem analisados foram limitados aos de emprego

imediato pelos pelototildees ou seja que seja de dotaccedilatildeo ou passados em reforccedilo ao

pelotatildeo Um exemplo de meio incluiacutedo foi uma Ponte de Pequena Brecha (Pnt P

Bre) pois pode ser transportada por reboque ou por uma viatura blindada Em

contrapartida foi excluiacutedo o estudo do emprego de portada pesada tendo em vista

que a mesma natildeo tem emprego em transposiccedilatildeo imediata mas preparada

22 AMOSTRA

As pesquisas as quais foram enviadas por endereccedilo eletrocircnico atraveacutes de

consulta aos e-mails cadastrados no DGP buscaram abranger em caraacuteter

voluntaacuterio militares que tivessem conhecimentos ligados ao tema

Enquanto algumas pesquisas procuraram abranger militares que tiveram

experiecircncia no emprego do apoio de engenharia (como cliente ou como fornecedor)

outras pesquisas buscaram militares especializados no emprego de blindados e por

fim pesquisas que exploraram a experiecircncia de militares que realizaram curso de

comandante de subunidade no exterior confrontando o questionamento com os

conhecimentos e experiecircncias vividas nos Estados Unidos e na Alemanha

Os questionaacuterios elaborados embora tenha como universo apenas militares

com posto acima de capitatildees aperfeiccediloados natildeo procuraram levar em consideraccedilatildeo

a experiecircncia nos respectivos postos mas a experiecircncia dos mesmos na funccedilatildeo que

exercem ou exerciam ou nos conhecimentos adquiridos no exterior

21

Desta forma foi considerado irrelevante a descriccedilatildeo dos mesmos

considerando apenas as respostas por grupo os quais tiveram por objetivo

demonstrar os diferentes posicionamentos em relaccedilatildeo ao assunto em pauta

Com isso os referidos militares foram divididos em quatro grupos conforme

descrito abaixo

a comandantes e ex-comandantes de regimento de cavalaria de uma Brigada

de Cavalaria Mecanizada

b comandantes e ex-comandantes de Companhia de Engenharia de Combate

Mecanizada de uma Brigada de Cavalaria Mecanizada

c oficiais de engenharia que tenham realizado curso de Comandante de

Subunidade nos Estados Unidos ou na Alemanha

d oficiais na funccedilatildeo de instrutor do Centro de Instruccedilatildeo de Blindados que

tenham realizado curso de Comandante de Subunidade nos Estados

Unidos ou na Alemanha

23 DELINEAMENTO DA PESQUISA

O delineamento da pesquisa teve uma abordagem qualitativa em que o estudo

das relaccedilotildees entre variaacutevel dependente (Capacidades Operativas da Cia E Cmb Mec

no Aproveitamento do Ecircxito) e independente (Apoio de Engenharia aos Regimentos

de uma Bda C Mec) eacute indissociaacutevel e natildeo pode ser traduzida por nuacutemeros

(Rodrigues 2006 p 36)

O meacutetodo de abordagem utilizado foi o indutivo fundamentado na experiecircncia

e construiacutedo a partir da observaccedilatildeo de casos da realidade concreta (Rodrigues

2006 p 29) do emprego do Pel E Cmb Mec apresentados neste trabalho por meio

de situaccedilotildees particulares e anaacutelise de questionaacuterios e procedimento experimental

realizado pela Seccedilatildeo de Simulaccedilatildeo do Centro de Instruccedilatildeo de Blindados

Para responder ao objetivo geral a pesquisa foi abordada de forma descritiva

contando com a experiecircncia do autor que descreveu a relaccedilatildeo entre as variaacuteveis e

contribuiu com a descriccedilatildeo doutrinaacuteria atraveacutes de pesquisa bibliograacutefica

231 Procedimentos para revisatildeo de literatura

22

Com o objetivo de responder ao problema do trabalho foram realizados os

seguintes procedimentos metodoloacutegicos descritos abaixo

2311 Fontes de busca

Foram utilizados como fontes para descriccedilatildeo do conhecimento doutrinaacuterio que

influencia no emprego da Cia E Cmb Mec e para a construccedilatildeo da proposta do

trabalho manuais monografias dissertaccedilotildees e artigos cientiacuteficos (nacionais dos

Estados Unidos e da Alemanha) livros e Notas de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria (NCD)

2312 Estrateacutegia de busca para as bases de dados

Com a finalidade de estabelecer paracircmetros doutrinaacuterios foram selecionados

documentos que contribuam para o direcionamento e limitaccedilatildeo para uma proposta

mais adequada

Foram realizadas buscas por dados em siacutetios eletrocircnicos na internet como

Google sendo selecionadas dentre os resultados obtidos as paacuteginas oficiais de

instituiccedilotildees como instruccedilotildees trabalhos perioacutedicos e documentos nacionais e

estrangeiros e em estabelecimentos de ensino como Escola de Aperfeiccediloamento

de Oficiais e Centro de Instruccedilatildeo de Blindados

2313 Criteacuterios de inclusatildeo

Foram selecionados documentos de caraacuteter qualitativo em portuguecircs inglecircs e

alematildeo que estivessem relacionados ao emprego de pelotatildeo de engenharia em

apoio a tropas dotadas de meios blindados e mecanizados nas Operaccedilotildees

Ofensivas

Tambeacutem foram incluiacutedos documentos relacionados aos materiais e programas

de aquisiccedilatildeo de materiais relacionados agraves tropas blindadas e mecanizadas

2314 Criteacuterios de exclusatildeo

23

Dos documentos selecionados foram excluiacutedos os manuais revogados os

documentos que natildeo abrangem tropa blindada ou mecanizada e os que natildeo estatildeo

relacionados com Operaccedilotildees Ofensivas

232 Procedimentos Metodoloacutegicos

Com o propoacutesito de coletar dados e opiniotildees sobre o assunto no que tange ao

emprego em pessoal e material do Pel E Cmb em Operaccedilotildees Ofensivas foram

enviados eletronicamente questionaacuterios aos grupos conforme criteacuterios

anteriormente elencados

Concomitantemente foi realizada a coleta de dados da bibliografia relacionada

e com os dados coletados por meio dos questionaacuterios gerando a base para a

proposta de adequaccedilatildeo de apoio da Cia E Cmb Mec

233 Procedimentos Experimental

O procedimento experimental foi realizado no Centro de Instruccedilatildeo de

Blindados o qual realiza anualmente o Treinamento Taacutetico em Ambiente Virtual

com as brigadas mecanizadas e blindadas

Neste ano foi realizado o treinamento com a 3ordf Brigada de Cavalaria

Mecanizada a qual empregou seus Quadros em ambiente virtual confeccionado

pelo Chefe da Seccedilatildeo de Simuladores

A proposta inicial era empregar uma Bda C Mec em um Aproveitamento do

Ecircxito reforccedilada por um Pel E dotado de Viaturas Blindadas Especiais Entretanto o

exerciacutecio visava o treinamento em uma operaccedilatildeo de Movimento Retroacutegrado o que

embora natildeo tenha sido a situaccedilatildeo ideal natildeo prejudicou o resultado pois o principal

objetivo natildeo foi o emprego em si mas a capacidade de acompanhamento da

velocidade das viaturas dos regimentos mecanizados

234 Instrumentos

Os questionaacuterios enviados a 5 (cinco) grupos conforme anteriormente

definidos tiveram por objetivo principal identificar a opiniatildeo dos especialistas sobre

24

os aspectos relativos ao apoio de engenharia aos elementos de emprego em

primeiro escalatildeo de uma Brigada de Cavalaria Mecanizada bem como analisar as

necessidades em material e a possibilidade de emprego para atender as

necessidades miacutenimas imediatas dos Regimentos

Assim buscou-se uma reflexatildeo sobre o assunto que fosse rica em sugestotildees

e dados qualitativos para fundamentar uma sugestatildeo baseada em conhecimentos e

experiecircncias distintos

2341 Elaboraccedilatildeo dos questionaacuterios

Tendo em vista o caraacuteter qualitativo da presente pesquisa buscou-se a

confecccedilatildeo de questionaacuterios com questotildees fechadas poreacutem com espaccedilo para

discussatildeo e geraccedilatildeo de sugestotildees sobre o tema

O preacute-teste foi aplicado em militares que jaacute tinham sido instrutores do Centro

de Instruccedilatildeo de Blindados que pelo conhecimento sobre blindados sobre rodas e

sobre lagartas envolvimento em exerciacutecios de simulaccedilatildeo virtual e no terreno e

experiecircncia no exterior apresentam condiccedilotildees de orientar corrigir ou incrementar as

questotildees propostas

2342 Questionaacuterio destinado aos oficiais em funccedilatildeo de desenvolvimento coordenaccedilatildeo ou chefia do Projeto Guarani

Pretendeu-se por meio da relaccedilatildeo desses militares com o assunto obter uma

anaacutelise do projeto inicial Guarani os objetivos buscados para compra dos

implementos dessa viatura e anaacutelise das capacidades que se espera atingir com o

projeto para que ao final da presente pesquisa a sugestatildeo esteja alinhada ao

projeto Guarani

2343 Questionaacuterio destinado aos comandantes e ex-comandantes de regimento de cavalaria de uma Brigada de Cavalaria Mecanizada (Apecircndice A)

25

Esse questionaacuterio buscou realizar do ponto de vista do cliente da engenharia

da brigada a anaacutelise da capacidade de apoio de engenharia empregada atualmente

nas Bda C Mec e identificar uma forma adequada de organizaccedilatildeo e emprego desse

apoio Da mesma forma foi procurado identificar meios necessaacuterios e apresentar

uma soluccedilatildeo para o apoio a tropas que empregam viaturas sobre rodas e sobre

lagartas analisando seus impactos no emprego e na logiacutestica

2344 Questionaacuterio destinado aos comandantes e ex-comandantes de regimento de cavalaria de uma Brigada de Cavalaria Mecanizada (Apecircndice B)

Esse questionaacuterio buscou realizar do ponto de vista do fornecedor do apoio

de engenharia a anaacutelise da capacidade de apoio de engenharia empregada

atualmente nas Bda C Mec e identificar uma forma adequada de organizaccedilatildeo e

emprego desse apoio Da mesma forma foi procurado identificar meios necessaacuterios

e apresentar uma soluccedilatildeo para o apoio a tropas que empregam viaturas sobre rodas

e sobre lagartas analisando seus impactos no emprego e na logiacutestica

2345 Questionaacuterio destinado aos oficiais de engenharia que tenham realizado curso de Comandante de Subunidade nos Estados Unidos ou na Alemanha (Apecircndice C)

Com base na experiecircncia desses militares buscou-se analisar soluccedilotildees para

adequaccedilatildeo do apoio e emprego de tropas e meios de engenharia a fim de capacitar

a engenharia da brigada ao apoio imediato aos Regimentos da Bda C Mec

2346 Questionaacuterio destinado aos oficiais na funccedilatildeo de instrutor do Centro de Instruccedilatildeo de Blindados que tenham realizado curso de Comandante de Subunidade nos Estados Unidos ou na Alemanha (Apecircndice D)

Com base na experiecircncia desses militares buscou-se analisar soluccedilotildees para

adequaccedilatildeo do apoio e emprego de tropas e meios de engenharia a fim de capacitar

a engenharia da brigada ao apoio imediato aos Regimentos da Bda C Mec

26

As respostas e sugestotildees apresentadas nessas questotildees proporcionaratildeo

ratificaratildeo ou retificaratildeo das ideias iniciais apresentadas no trabalho conduzindo o

autor a uma proposta amparada na experiecircncia e conhecimentos de diferentes

especialistas

235 Anaacutelise dos Dados

Os dados resultantes dos questionaacuterios contribuiram para questionamento e

reforccedilo das ideias inicialmente apresentadas por meio da experiecircncia nas funccedilotildees

de comandantes no emprego de tropas mecanizadas e blindadas e com

conhecimento do emprego de tropas americanas e alematildes

2351 Tabulaccedilatildeo dos dados

Os dados seratildeo categorizados quanto aos aspectos organizacionais

materiais de emprego e logiacutestica por meio do levantamento das diversas amostras

que compotildeem a presente pesquisa

A codificaccedilatildeo e tabulaccedilatildeo seguiraacute a verificaccedilatildeo da correta compreensatildeo dos

questionaacuterios por parte dos participantes e se as respostas foram transcritas de

forma coerente e com linguagem compreensiacutevel

As questotildees fechadas foram diretamente tabuladas dentro do universo de

determinado puacuteblico-alvo Para isso foram estabelecidos graacuteficos como recurso de

representaccedilatildeo dos resultados e analisados por processo de teacutecnica de anaacutelise

estatiacutestica inferencial

Os comentaacuterios foram posicionados apoacutes a apresentaccedilatildeo dos graacuteficos de

forma a permitir a anaacutelise do conteuacutedo qualitativo apresentado sendo os dados

analisados por processo de teacutecnica de anaacutelise estatiacutestica descritiva

Ao final de cada resultado das anaacutelises das questotildees foram apresentadas as

conclusotildees parciais referente ao respectivo questionaacuterio

27

3 REVISAtildeO DE LITERATURA

O conjunto de ideias e entendimentos que define ordena distingue e qualifica

as atividades de organizaccedilatildeo preparo e emprego das Forccedilas Armadas deve ser

harmocircnico de acordo com a definiccedilatildeo de Doutrina Militar (BRASIL 2014 p 1-1)

Com este propoacutesito evoluccedilotildees doutrinaacuterias buscam equilibrar as capacidades

atuais do Exeacutercito com as necessidades projetadas para futuras operaccedilotildees mantecirc-

lo adequado ao futuro imediato em termos de desenvolvimento organizacional

intelectual e tecnoloacutegico (EUA 2011 p ix traduccedilatildeo do autor)

Para que o Exeacutercito acompanhe a transformaccedilatildeo que ocorre na Era do

Conhecimento periacuteodo atual marcado pela raacutepida geraccedilatildeo e obsolescecircncia do

conhecimento essa harmonia deve ser constantemente analisada e retificada

(BRASIL 2014 p 1-1)

A duacutevida quanto agrave efetiva capacidade de uma forccedila em cumprir a missatildeo a que

se destina origina-se da desarmonia entre sua doutrina e emprego (fruto da

ineficiecircncia de um MEM por exemplo) o que deve ser uma premissa satisfatoacuteria

para motivar estudos que contribuam para o alcance da maacutexima prontidatildeo

operativa

Este estudo deve para tanto ser analisado por meio dos fatores

determinantes interrelacionados e indissociaacuteveis doutrina organizaccedilatildeo

adestramento material educaccedilatildeo pessoal e infraestrutura (DOAMEPI) os quais

contribuem para o desenvolvimento de uma das capacidades prioritaacuterias para a F

Terr a efetividade da doutrina (BRASIL 2014 p 3-3)

A fim de facilitar o entendimento esta seccedilatildeo estaacute dividida da seguinte forma

Consideraccedilotildees iniciais onde seratildeo abordados os fundamentos baacutesicos para

entendimento de conceitos que permeiam o assunto contribuindo para uma correta

avaliaccedilatildeo e desenvolvimento de uma soluccedilatildeo doutrinariamente harmoniosa Brigada

de Cavalaria Mecanizada onde seratildeo abordadas as necessidades de apoio de

engenharia nas Operaccedilotildees de Aproveitamento do Ecircxito Companhia de Engenharia

de Combate Mecanizada onde seratildeo apresentadas as caracteriacutesticas de seu

emprego em Operaccedilotildees Ofensivas Materiais de Emprego Militar disponiacuteveis no

mundo para reforccedilo dos Pel E Cmb no apoio agrave mobilidade os quais podem ajustar

as capacidades das Cia E Cmb e por uacuteltimo seraacute analisado o emprego de tropas

28

semelhantes agraves Bda C Mec nos EUA e na Alemanha onde a engenharia de brigada

preste apoio agrave tropa mecanizada que tenha em sua constituiccedilatildeo elementos de

reconhecimento

31 CONSIDERACcedilOtildeES INICIAIS

As seguintes consideraccedilotildees iniciais satildeo importantes para uma anaacutelise precisa

da capacidade da Cia E Cmb Mec em apoiar os Regimentos da Bda C Mec na

mobilidade em operaccedilotildees ofensivas e consequentemente para a construccedilatildeo de

uma proposta satisfatoacuteria com o objetivo do trabalho

311 Operaccedilotildees de Aproveitamento do Ecircxito

As Operaccedilotildees Ofensivas satildeo operaccedilotildees decisivas que visam engajar forccedilas

superiores ao do inimigo em local e momento decisivos a fim de destruiacute-lo por

meio do fogo do movimento e da accedilatildeo de choque (BRASIL 2014 p 4-3) A accedilatildeo

de choque por sua vez deve ser entendida como o impacto psicoloacutegico causado

pelo carro de combate ao inimigo por meio do poder de fogo aparente

invulnerabilidade ruiacutedo e capacidade de transpor obstaacuteculos (BRASIL 2016 p 29)

Dentre os tipos de Operaccedilatildeo Ofensiva o trabalho explorou o Aproveitamento

do Ecircxito o qual destaca-se pela maior necessidade de apoio imediato agrave mobilidade

por elementos mais proacuteximos agraves peccedilas de manobra de ataque (os Pel E Cmb)

Nesses casos em que os elementos empregados em primeiro escalatildeo necessitam

de apoio imediato e contiacutenuo normalmente a engenharia da brigada emprega seus

pelototildees sob a Situaccedilatildeo de Comando Reforccedilo (BRASIL 1999 p 2-28)

O Aproveitamento do Ecircxito operaccedilatildeo que conquista os resultados mais

decisivos se discorre apoacutes o aproveitamento de um ataque bem sucedido no qual

a forccedila inimiga encontra dificuldades para se defender O avanccedilo contiacutenuo e raacutepido

sobre as forccedilas inimigas desorganizadas buscam ampliar as vantagens impedindo

uma reorganizaccedilatildeo ou a realizaccedilatildeo de um movimento retroacutegrado (BRASIL 2000 p

5-17)

Na Bda C Mec o RCB normalmente constitui o escalatildeo avanccedilado no

Aproveitamento do Ecircxito Cabe agrave engenharia por sua vez reduzir a accedilatildeo dos

obstaacuteculos naturais ou artificiais permitindo a adoccedilatildeo de um deslocamento de forccedila

29

mais adequado garantindo a conquista de resultados decisivos em menor tempo e

com miacutenimo de perdas Com o intuito de manter o movimento contiacutenuo e

permanente o apoio de engenharia aos regimentos eacute realizado de forma

descentralizada permitindo o apoio a elementos afastados do escalatildeo superior

desde que adequadamente reforccedilado em meios (BRASIL 2000 p 5-18)

Tanto o Aproveitamento do Ecircxito quanto o Ataque de Oportunidade satildeo

accedilotildees que decorrem de uma interpretaccedilatildeo do comandante sobre os acontecimentos

do combate A incerteza de sua realizaccedilatildeo aleacutem de quando onde e como seraacute

realizada seraacute definida pela imediata expediccedilatildeo de ordens fragmentaacuterias pelo

comandante as quais exigem que o pelotatildeo tenha permanentemente condiccedilotildees de

apoiar (BRASIL 2000 p 5-9) Para a engenharia a proximidade e a disponibilidade

de meios adequados determinaraacute a efetividade do apoio prestado aos elementos

em primeiro escalatildeo desta brigada

312 Situaccedilatildeo de Comando Reforccedilo

Quando empregado em situaccedilatildeo de comando reforccedilo o Pel E Cmb subordina-

se diretamente ao comandante do regimento No aproveitamento do ecircxito esta eacute a

situaccedilatildeo de comando normalmente empregada devido agrave necessidade de plena

autonomia e pela incapacidade de apoio da companhia devido ao seu afastamento

em relaccedilatildeo aos pelototildees (BRASIL 1999 p 1-14)

Cabe ao pelotatildeo portanto o apoio aproximado imediato e contiacutenuo com

equipamentos adequados devendo para isso ser reforccedilado pela Cia E Cmb em

meios e se necessaacuterio em pessoal (BRASIL 1999 p 1-14) garantindo a rapidez

do movimento a fim de multiplicar o poder de combate contribuindo para o melhor

emprego da potecircncia de fogo e da accedilatildeo de choque do elemento apoiado Desta

forma busca-se diminuir o risco com base na premissa de que quanto maior o

tempo de exposiccedilatildeo do escalatildeo de ataque aos fogos maiores seratildeo suas perdas

(BRASIL 2000 p 5-15)

313 Funccedilatildeo de Combate Movimento e Manobra

A Funccedilatildeo de Combate Movimento e Manobra estaacute relacionada com o conjunto

de atividades tarefas e sistemas inter-relacionados empregados para deslocar

30

forccedilas de modo a posicionaacute-las em situaccedilatildeo de vantagem em relaccedilatildeo ao inimigo

(BRASIL 2014 p 5-10)

Para este estudo cresce de importacircncia o entendimento de manobra como se

segue

A manobra concentra e dispersa o poder de combate para manter o inimigo

em desvantagem Consegue resultados que de outra forma seriam

dispendiosos Manobra eficaz manteacutem forccedilas inimigas fora do equiliacutebrio

fazendo-as enfrentar novos problemas e novos perigos mais raacutepido do que

eles podem combatecirc-los As forccedilas do Exeacutercito ganham e preservam a

liberdade de accedilatildeo reduzem a vulnerabilidade e exploram o sucesso

atraveacutes da manobra Manobra eacute mais que fogo e movimento Inclui a

aplicaccedilatildeo dinacircmica e flexiacutevel de todos os elementos do poder de combate

(EUA 2011 p A-2 traduccedilatildeo do autor)

O emprego da Engenharia estaacute intimamente ligada agrave funccedilatildeo de combate

movimento e manobra particularmente no que tange agrave promoccedilatildeo da mobilidade agraves

tropas subordinadas ao escalatildeo a que pertence (BRASIL 2014 p 6-3)

314 Modularidade

A modularidade eacute a aptidatildeo de um elemento de combate de receber moacutedulos

que ampliem seu poder de combate ou lhe agreguem capacidades (BRASIL 2014

6-14)

Este conceito surgiu da necessidade de empregar forccedilas em torno de

formaccedilotildees menores e mais versaacuteteis No niacutevel taacutetico e operacional a rotineira

necessidade de operaccedilatildeo em aacutereas natildeo-contiacuteguas por unidades subordinadas se

contrapunha ao contiacuteguo e hieraacuterquico arranjo das forccedilas terrestres (EUA 2011 p

C-1 traduccedilatildeo do autor)

Embora o conceito seja novo a engenharia jaacute emprega seus elementos com

certa modularidade Um exemplo eacute o Pel E Cmb que natildeo possui meios adequados

para por exemplo realizar o lanccedilamento de um campo minado em poucos minutos

Ele necessita que uma viatura dotada de um sistema de dispersatildeo de minas bem

como a guarniccedilatildeo da mesma sejam adicionados ao Pelotatildeo

31

315 Projeto Guarani

O Projeto Guarani teve sua origem a partir da necessidade de substituiccedilatildeo das

Viatura Blindada de Transporte de Pessoal (VBTP) EE-11 Urutu (FIGURA 1) e

Viatura Blindada sobre Rodas (VBR) EE-9 Cascavel (FIGURA 2) as quais se

encontram em fase de obsolescecircncia e atraso tecnoloacutegico perante os moderno

cenaacuterio de batalha conforme informado pelo Escritoacuterio de Projetos do Exeacutercito

(EPEx)

FIGURA 1 ndash Viatura Blindada de Transporte de Pessoal EE-11 Urutu Fonte Siacutetio eletrocircnico Youtube Acesso em 1 ago 2018

FIGURA 2 Viatura Blindada de Rodas EE-9 Cascavel Fonte Siacutetio eletrocircnico Defesanet Acesso em 22 dez 2017

32

O projeto que remonta a origem de sua concepccedilatildeo no final da deacutecada de

1990 tem em sua proposta inicial o objetivo de modernizar as Brigadas de

Infantaria Motorizadas recentemente transformadas em Brigadas de Infantaria

Mecanizada bem como modernizar as Brigadas de Cavalaria Mecanizada

Atualmente as Viaturas Blindadas de Transporte de Pessoal Meacutedia de Rodas

(VBTP-MR) Guarani jaacute comeccedilaram a ser distribuiacutedas

FIGURA 3 Viatura Blindada de Transporte de Pessoal Meacutedia de Rodas Guarani Fonte Siacutetio eletrocircnico EPEx Acesso em 22 dez 2017

O projeto originalmente era constituiacutedo de duas versotildees de viatura uma 6x6 e

uma 8x8 Esta uacuteltima versatildeo que contaria com um canhatildeo 105 mm encontra-se

atualmente paralisada Aleacutem disso era previsto uma famiacutelia de blindados

constituiacuteda de viaturas morteiro lanccediladoras de ponte especial de engenharia

desminagem entre outras as quais teriam seus protoacutetipos ainda a serem

desenvolvidos (DEFESANET 2017)

Quanto agrave substituiccedilatildeo das Viaturas Cascavel foi adiada conforme Boletim do

Exeacutercito Nr 48 publicado em 1ordm de dezembro de 2017 A portaria cria o Projeto de

Obtenccedilatildeo da Viatura Blindada de Reconhecimento ndash Meacutedia sobre Rodas (VBR-

MSR) 6x6 que consiste na modernizaccedilatildeo da Viatura Cascavel (DEFESANET

2017)

33

As viaturas especiais de engenharia tambeacutem fruto das dificuldades

orccedilamentaacuterias teratildeo seu desenvolvimento adiado Para dirimir essa inexistecircncia de

material para apoiar as tropas mecanizadas a Diretoria de Material de Engenharia

estaacute em processo de aquisiccedilatildeo de implementos de engenharia para serem

incorporados agraves VBTP-MR Guarani conforme informado em visita ao Departamento

de Engenharia e Construccedilatildeo (DEC)

32 BRIGADA DE CAVALARIA MECANIZADA

A missatildeo preciacutepua da Brigada de Cavalaria Mecanizada eacute cumprir missotildees de

seguranccedila conquanto tem a capacidade de executar operaccedilotildees ofensivas e

defensivas em operaccedilotildees de seguranccedila ou como elemento de aplicaccedilatildeo do

princiacutepio de guerra ldquoeconomia de meiosrdquo (BRASIL 2000 p 1-2) Dentre as

operaccedilotildees ofensivas a brigada tem possibilidade de executar as manobras de

flanco o aproveitamento do ecircxito e a perseguiccedilatildeo (BRASIL 2000 p 1-3)

Algumas caracteriacutesticas da Bda C Mec destacam-se pelo impacto que causam

nas necessidades do apoio prestado pela engenharia como a boa mobilidade

taacutetica e estrateacutegica que permite grande raio de accedilatildeo deslocamento em alta

velocidade em estrada e realizaccedilatildeo de manobras raacutepidas e flexiacuteveis a proteccedilatildeo

blindada que permite razoaacutevel grau de seguranccedila no combate embarcado e a

flexibilidade o que permite o emprego em largas frentes e grande profundidade

(BRASIL 2000 p 1-2)

Pelas caracteriacutesticas que lhe atribuem mobilidade destacam-se como

limitaccedilotildees a vulnerabilidade a ataques aeacutereos a sensibilidade ao largo emprego de

minas e obstaacuteculos artificiais e mobilidade restrita em terrenos montanhosos

arenosos pedregosos cobertos e pantanosos aleacutem de sua restriccedilatildeo agraves condiccedilotildees

meteoroloacutegicas adversas e grande dependecircncia de uso de rede rodoviaacuteria (BRASIL

2000 p 1-4)

Na Operaccedilatildeo de Aproveitamento do Ecircxito a Bda progride em larga frente

sendo mantidas em reserva apenas forccedilas que possibilitem assegurar a

flexibilidade a impulsatildeo e a seguranccedila Para isso eacute empregada tatildeo vigorosamente

quanto possiacutevel contra forccedilas que encontrem dificuldade de manter suas posiccedilotildees

evitando o seu engajamento contra tropas de poder insuficiente para ameaccedilaacute-la a

fim de atingir rapidamente seus objetivos e mantecirc-lo Para isso a decisatildeo de

34

desbordar ou engajar forccedilas pode ser delegada aos Cmt subordinados (BRASIL

2000 p 5-20)

A dependecircncia do deslocamento por estradas estaacute associada aos meios de

transporte utilizada pelas brigadas mecanizadas Suas viaturas sobre rodas tem

uma extrema vulnerabilidade no deslocamento atraveacutes campo principalmente em

deslocamentos em periacuteodos chuvosos ou atraveacutes de terrenos alagadiccedilos

ocasionando normalmente o atolamento das mesmas

A Bda C Mec possui como peccedilas de manobra orgacircnicas para emprego em

primeiro escalatildeo dois Regimentos de Cavalaria Mecanizado e um Regimento de

Cavalaria Blindado (BRASIL 2000 p 1-11) A engenharia responsaacutevel por dirimir

suas restriccedilotildees eacute uma Cia E Cmb Mec conforme demonstrado na FIGURA 4

FIGURA 4 Organograma de uma Brigada de Cavalaria Mecanizada Fonte Instruccedilatildeo do C I Bld

Depois das brigadas blindadas a Bda C Mec eacute a tropa mais apta para realizar

operaccedilotildees como forccedila de aproveitamento do ecircxito Essa grande unidade pode ser

35

empregada como forccedila de Apvt Ecircxi ou de acompanhamento e apoio do Esc Sup ou

aproveitar o ecircxito de suas proacuteprias operaccedilotildees (BRASIL 2000 p 5-18)

Nesse tipo de operaccedilatildeo a brigada progride em larga frente desde que o

terreno e a rede de estradas permitam permanecendo o miacutenimo de forccedilas em

reserva

321 Regimento de Cavalaria Mecanizado

O Regimento de Cavalaria Mecanizado eacute empregado pela Brigada nas

missotildees de reconhecimento e seguranccedila (BRASIL 2002 p 1-1) ou como elemento

de aplicaccedilatildeo do princiacutepio de economia de meios pela Bda (BRASIL 2002 p 6-1)

O Regimento eacute constituiacutedo organicamente por um comando 3 Esquadrotildees de

Cavalaria Mecanizada (Esqd C Mec) (BRASIL 2000 p 1-11) conforme

representado na Figura 2

FIGURA 5 Organograma de um Regimento de Cavalaria Mecanizado Fonte Instruccedilatildeo do C I Bld

Dentre as operaccedilotildees ofensivas o RC Mec considerado unidade blindada leve

eacute o elemento mais apto para as missotildees de aproveitamento do ecircxito e perseguiccedilatildeo

em razatildeo das caracteriacutesticas de suas viaturas (BRASIL 2002 p 1-1)

36

As viaturas empregadas pelo regimento satildeo aleacutem das Viaturas Taacuteticas Leve

as viaturas EE-9 Cascavel e a VBTP-MR 6x6 Guarani (DEFESANET 2017) as

quais possuem grande mobilidade e baixa classe sendo elas respectivamente

classe 11 e 20 poreacutem alta dependecircncia de utilizaccedilatildeo de estradas

A Bda pode ainda organizar o RC Mec como Forccedila-Tarefa (FT) a fim de

aumentar as possibilidades de ecircxito em determinadas funccedilotildees podendo receber

Esquadratildeo de Carro de Combate (Esqd CC) Esquadratildeo de Fuzileiro Blindado

(Esqd Fuz Bld) Companhia de Fuzileiro Blindado (Cia Fuz Bld) FT Esqd CC FT

Esqd Fuz Bld FT Cia Fuz Bld e Cia Fuz Mtz (BRASIL 2002 p 1-9)

322 Regimento de Cavalaria Blindada

O RCB elemento responsaacutevel por proporcionar capacidade ofensiva agrave Bda

(BRASIL 2002 p 7-6) possui uma organizaccedilatildeo semelhante a de uma Forccedila Tarefa

(FT) empregando 2 (dois) esquadrotildees de fuzileiros (Esqd Fuz) e 2 (dois)

esquadrotildees de carro de combate (Esqd CC) aleacutem de um Esquadratildeo de Comando e

Apoio (Esqd C Ap) (BRASIL 2000 p 1-12)

FIGURA 6 Organograma de um Regimento de Cavalaria Blindado Fonte Instruccedilatildeo do C I Bld

37

O Esqd Fuz eacute dotado das viaturas de transporte de pessoal VBTP M113

(Mesquita 2015) (FIGURA 7) viatura anfiacutebia de origem americana de classe 11

FIGURA 7 Viatura Blindada de Transporte de Pessoal M113 Fonte Siacutetio eletrocircnico EXEacuteRCITO BRASILEIRO Acesso em 22 dez 2017

O Esqd CC possui as viaturas de combate VBC CC M60 A3-TTS (Mesquita

2015) (Figura 8) viatura americana de classe 55 e capacidade de transposiccedilatildeo

submersa em curso de aacutegua de ateacute 240 m de profundidade com preparaccedilatildeo

FIGURA 8 Viatura Blindada de Combate Carro de Combate M60 A3-TTS Fonte Siacutetio eletrocircnico 20RCB Acesso em 22 dez 2017

38

Esta viatura foi substituiacuteda na maioria dos regimentos pela VBC CC Leopard

1 BR (Mesquita 2015) (Figura 9) de origem alematilde classe 45 com capacidade de

transposiccedilatildeo submersa de cursos de aacutegua de ateacute 225 com preparaccedilatildeo e 4 m com

snorkel

FIGURA 9 Viatura Blindada de Combate Carro de Combate Leopard 1BR Fonte Siacutetio eletrocircnico DEFESANET Acesso em 22 dez 2017

Com suas viaturas sobre lagartas o RCB eacute a forccedila da brigada para emprego

da accedilatildeo de choque proteccedilatildeo blindada e mobilidade (BRASIL 2000 p 6-25) Por

caracteriacutesticas de suas viaturas o regimento possui grande vulnerabilidade a

ataques aeacutereos armas anticarro e minas

33 COMPANHIA DE ENGENHARIA DE COMBATE MECANIZADA

A Cia E Cmb Mec tem por missatildeo multiplicar o poder de combate da Bda

proporcionando-lhe mobilidade contramobilidade e contribuindo para sua proteccedilatildeo

(BRASIL 2000 P 4-1)

39

As capacidades que cabem agrave Cia E Cmb Mec satildeo fruto das necessidades da

Bda C Mec a quem estaacute subordinada Essas capacidade estatildeo intimamente ligadas

agraves limitaccedilotildees dos seus meios

Na Bda as necessidades de apoio fazem-se sentir particularmente junto

aos elementos de primeiro escalatildeo exigindo desta forma a colocaccedilatildeo dos

meios mais agrave frente possiacutevel A Companhia de Engenharia de Combate

Mecanizada (Cia E Cmb) eacute organizada com meios destinados a atender agraves

necessidades miacutenimas e mais imediatas da frente de combate (BRASIL

2000 p 1-16)

Face agraves necessidades da Brigada serem maiores junto aos elementos em

primeiro escalatildeo a Cia E Cmb menos esses elementos deve ser capaz de realizar

os trabalhos de apoio ao conjunto realizando trabalhos de interesse da Bda como

um todo aumentar o apoio aos elementos em primeiro escalatildeo e ainda ficar em

condiccedilotildees de apoiar a reserva quando empregada (BRASIL 2000 p 2-4)

No aproveitamento do ecircxito as necessidades de apoio ao conjunto aumentam

sendo necessaacuteria a distribuiccedilatildeo de elementos de engenharia no terreno de acordo

com o avanccedilo do ataque poreacutem sem deixar de preservar a atenccedilatildeo preciacutepua ao

emprego oportuno do apoio aos Regimentos em primeiro escalatildeo (BRASIL 1999 p

5-14)

O comandante da engenharia da brigada faz sentir sua influecircncia na conduta

do combate ao manter os meios de engenharia sempre em condiccedilotildees de atender

agraves necessidades de apoio tanto as planejadas como as imprevistas (BRASIL

1999 p 5-14)

O apoio de engenharia aos elementos de manobra da brigada eacute feito sob a

forma de apoio direto ou reforccedilo No aproveitamento do ecircxito a situaccedilatildeo de

comando reforccedilo normalmente eacute adotada emprego dos pelototildees de combate

(BRASIL 1999 p 5-14)

No apoio agrave mobilidade a Cia E Cmb busca manter a liberdade de manobra dos

Regimentos e sua impulsatildeo do ataque minimizando os efeitos dos obstaacuteculos

naturais e artificiais (BRASIL 1999 p 5-4)

Para apoiar o RCB e o RC Mec a Companhia de Engenharia tem a

possibilidade de apoiar ateacute 3 peccedilas de manobra simultaneamente lanccedilar ou

construir obstaacuteculos abrigos e outros trabalhos de organizaccedilatildeo do terreno que

40

requeiram matildeo-de-obra eou equipamentos especializados lanccedilar e remover

obstaacuteculos realizar abertura e fechamento de passagens em obstaacuteculos montar e

operar ateacute duas portadas pesadas lanccedilar trecircs pontes de pequena brecha construir

manter e operar portadas pesadas recebidas do escalatildeo superior conservar e

reparar estradas e realizar o estudo teacutecnico do terreno apontando os corredores de

mobilidade (BRASIL 2000 p 4-2 2-2 e 2-3)

Para isso a Companhia estaacute organizada da seguinte forma uma Seccedilatildeo de

Comando um Pelotatildeo de Engenharia de Apoio um Pelotatildeo de Equipagem de

Assalto e trecircs Pelototildees de Engenharia de Combate (BRASIL 2000 p 4-1)

conforme FIGURA 10

FIGURA 10 Organograma de uma Companhia de Engenharia de Combate Mecanizada Fonte Adaptado do manual BRASIL (2000 p 4-1)

331 O Pelotatildeo de Engenharia de Apoio

O Pelotatildeo de Engenharia de Apoio (Pel E Ap) eacute responsaacutevel por reforccedilar os

Pel E Cmb com caminhotildees basculantes viaturas blindadas especiais de engenharia

(VBE) equipamentos pesados de engenharia pessoal especializado ou natildeo e

41

equipamentos especializados na guerra com minas conforme previsto no manual

C5-10 (p 4-5)

Para a execuccedilatildeo de suas missotildees o Pel E Ap emprega uma Seccedilatildeo de

Comando um Grupo de Comando um Grupo de Mineiros um Grupo de

Equipamento de Engenharia um Grupo de Engenharia de Construccedilatildeo um grupo de

Caminhatildeo Basculante e um Grupo de Engenharia de Combate (BRASIL 1999 p 4-

6) conforme organograma da Figura 11

FIGURA 11 Organograma de um Pelotatildeo de Engenharia de Apoio Fonte Brasil (2000 p 4-1)

Ainda de acordo com o material disponiacutevel descrito no manual C5-10 os

principais materiais e equipamentos com que o Pel E Ap pode reforccedilar os Pel E

Cmb no apoio agrave mobilidade no Aproveitamento do Ecircxito satildeo viaturas blindadas

especiais de engenharia (VBE) reboque com equipamento para abertura de trilhas

em obstaacuteculos (o qual se refere ao equipamento de abertura de brecha) e reboque

com Eqp para disseminaccedilatildeo de minas motosserra compressor de ar e jogo de

ferramentas pneumaacuteticas aparelho de solda arco voltaico e conjunto para

balizamento de passagens

42

Dos citados materiais cabe salientar que natildeo existe nas Cia E Cmb Mec

viaturas especiais de engenharia equipamentos para abertura de brecha para

disseminaccedilatildeo de minas nem jogo de ferramentas pneumaacuteticas

332 O Pelotatildeo de Equipagem de Assalto

O Pelotatildeo de Equipagem de Assalto (Pel Eq Ass) tem como missatildeo junto aos

Pel E Cmb reforccedilar com seus equipamentos e materiais eou com pessoal

especializado principalmente missotildees relacionadas agrave transposiccedilatildeo de curso de

aacutegua (BRASIL 1999 p 4-7)

O Pel Eq Ass eacute constituiacutedo por um Gp Cmdo Grupo de Botes de Assalto

Grupo de Passadeiras Grupo de Portadas e Grupo de Ponte de Pequenas Brechas

(BRASIL 1999 p 4-8) conforme Figura 12

FIGURA 12 Organograma do Pelotatildeo de Engenharia de Assalto Fonte Brasil (2000 p 4-1)

Os principais equipamentos que o pelotatildeo possui satildeo botes de assalto

equipagem de passadeira portada pesada e veiacuteculos lanccediladores de pontes de

pequenas brechas Embora natildeo especificados nos manuais que fazem referecircncia

se seriam sobre rodas ou sobre lagartas foi considerado pelo autor que as viaturas

43

lanccediladoras de ponte de pequena brecha da Cia E Cmb Mec seja sobre rodas

partindo do princiacutepio que no DAMEPLAN existe ponte de classe 30 lanccedilada por

viatura

Dos materiais acima citados com que o Pel E Cmb Mec precisa ser reforccedilado

no Aproveitamento do Ecircxito o principal meio eacute a viatura lanccediladora de pontes sobre

rodas a qual natildeo existe no Exeacutercito Brasileiro

333 O Pelotatildeo de Engenharia de Combate Mecanizado

O pelotatildeo fraccedilatildeo baacutesica de apoio junto agraves armas (BRASIL 1999 p 1-10) que

tem por missatildeo realizar dentro de suas possibilidade os trabalhos teacutecnicos de

engenharia em proveito da brigada como um todo ou da peccedila de manobra da arma-

base apoiada (BRASIL 2000 p 4-9) Composto por um grupo de comando e 3

Grupos de Engenharia (GE) os quais estes constituem elemento baacutesico de

trabalho (BRASIL 1999 p 1-10) o Pel E Cmb estaacute organizado conforme

representado na FIGURA 13

FIGURA 13 Organograma de um Pelotatildeo de Engenharia de Combate Mecanizado Fonte Brasil (2000 p 4-1)

44

Segundo o manual C 5-10 nas operaccedilotildees ofensivas o Cmt Cia E designa

normalmente um Pel E Cmb para apoiar cada regimento da Brigada (BRASIL

1999 p 4-2) Para isso o Pel E Cmb tem as seguintes capacidades produccedilatildeo de

cortina de fumaccedila trabalhos de minagem e desminagem (manual tendo em vista

que a Cia E Cmb natildeo possui equipamento especializado) trabalho de destruiccedilotildees e

de explosivos e trabalho de fortificaccedilatildeo de campanha limitado aos seus

equipamentos de engenharia (BRASIL 1999 p 4-9) (equipamentos inadequados

para o aproveitamento do ecircxito pois natildeo possuem proteccedilatildeo blindada nem

conseguem acompanhar os elementos apoiados)

Aleacutem disso o pelotatildeo pode conduzir consigo o material para abertura de

passagem em campo de minas O uacutenico material com o qual o Pel E tem contato

por ocasiatildeo do adestramento tanto por tropas mecanizadas como blindadas eacute o

RAMBS

O RAMBS consiste em uma carga linear explosiva que abre uma trilha de 06

metros de largura por 6 metros de comprimento em campo de minas abrindo um

caminho para tropa a peacute (BRASIL 2000 p D-2) portanto ineficiente para a

transposiccedilatildeo de qualquer viatura as quais necessitam de uma abertura de brecha

com medidas miacutenimas de 35 metros (BRASIL 2000 p D-8)

Aleacutem desse equipamento o uacutenico material para remoccedilatildeo de minas eacute o

utilizado em desminagem humanitaacuteria ou seja material de desminagem manual O

material para desminagem manual consiste em bastatildeo de sondagem roupa de

proteccedilatildeo capacete de minas bandeirolas entre outros os quais ineficientes para

abertura de brecha sob fogos inimigos devido a inexistecircncia de proteccedilatildeo para os

membros da equipe embora eficientes para missotildees humanitaacuterias (BRASIL 2000

p 5-18)

Aleacutem desse material baacutesico que acompanha o pelotatildeo outros materiais podem

reforccedilar as capacidades do pelotatildeo conforme o estudo da missatildeo Os meios de

transposiccedilatildeo de obstaacuteculos oriundos da Cia E Cmb satildeo normalmente passados em

reforccedilo pelo Pelotatildeo de Equipagem de Assalto e pelo Pelotatildeo de Engenharia de

Apoio

Os Pel E Cmb quando natildeo reforccedilados tem condiccedilotildees ainda mais limitadas de

apoio por conduzir material de pequena capacidade de trabalho os quais estatildeo

contidos na caixa de sapador Embora estejam previstas ferramentas pneumaacuteticas

45

suas caixas de sapador satildeo constituiacutedas de materiais baacutesicos como enxada paacute

picareta fateixa boca-de-lobo trena martelo

34 MATERIAIS DE EMPREGO MILITAR DISPONIacuteVEIS NO MUNDO PARA

REFORCcedilO AOS PEL E CMB NO APOIO Agrave MOBILIDADE

Os meios utilizados em reforccedilo dos Pel E Cmb atribuem a capacidade de

realizar trabalhos e diminuem o tempo de execuccedilatildeo e consequentemente o tempo

de exposiccedilatildeo aos fogos inimigos Para as Cia E Cmb que possuem blindados como

viatura de transporte (Cia E Cmb MecBld) destaca-se a importacircncia dos meios que

podem ser utilizados mantendo a proteccedilatildeo blindada durante sua operaccedilatildeo como eacute

o caso das Viaturas Blindadas de Engenharia aumentando a seguranccedila da

guarniccedilatildeo e do equipamento os quais satildeo considerados meios muito nobres

devido sua especificidade

O emprego das viaturas denominadas especiais proporciona proteccedilatildeo

blindada o que garante consideraacutevel manutenccedilatildeo da funcionalidade da viatura sob

fogos de determinado calibres rapidez na abertura da passagem e seguranccedila Essa

uacuteltima caracteriacutestica contribui para garantir a preservaccedilatildeo do Poder Relativo de

Combate (PRC) o emprego oportuno e eficiente dos meios pelo Cmt Pel conforme

previsto no Manual EB20-MC-10208 ndash Proteccedilatildeo (2015 p 1-1)

As viaturas tambeacutem proporcionam grande mobilidade pois seus meios primam

pelo maacuteximo emprego de seus implementos de forma embarcada Desta forma

aleacutem da seguranccedila evitando a exposiccedilatildeo da guarniccedilatildeo da viatura evita-se a perda

de tempo no desembarque de militares e dos meios embarque e preparaccedilatildeo

No manual C 5-10 - O apoio de engenharia no escalatildeo brigada ndash as viaturas

que o Pel E Ap e o Pel Eq Ass possuem para reforccedilo dos pelototildees satildeo Viatura

Blindada Especial Lanccedila-Pontes (VBEL Pnt) e Viatura Blindada de Combate de

Engenharia (VBCE)

O manual C 5 ndash 37 ndash Minas e armadilhas descreve alguns outros materiais

como o reboque com MICLIC Giant Viper viatura rolo e viatura arado No

DAMEPLAN eacute feito menccedilatildeo ao equipamento para abertura de brecha equipamento

de tubos para transposiccedilatildeo de fosso aleacutem dos implementos lacircmina frontal rolo e

equipamento para disseminaccedilatildeo de mina AC lanccedila para guindaste e

escavadeiraque tambeacutem seraacute abordada natildeo existem nas Cia E Cmb Mec Para

46

entendimento da importacircncia e capacidades de cada um seratildeo abordadas suas

caracteriacutesticas e possibilidades

341 Viatura blindada especial lanccediladora de pontes de pequena brecha

Embora natildeo tenha sido encontrado nenhum dado limitador que definisse o

limite para ser considerada uma ponte de pequena brecha foi delimitada pelo autor

como ponte de pequena brecha aquela transportada por uma uacutenica viatura blindada

capaz de ser lanccedilada sem desembarque eou complemento em procedimento por

outro elemento mesmo que embarcado em outra viatura

As VBEL Pnt satildeo viaturas que tem a capacidade de realizar o lanccedilamento de

pontes sobre cursos drsquoaacutegua valetas e como rampas ascendentes ou descendentes

Essas viaturas podem ser divididas em dois tipos de lanccedilamento vertical e

horizontal

O lanccedilamento horizontal cuja sequecircncia de lanccedilamento eacute apresentada na

figura 16 eacute o tipo de lanccedilamento no qual a ponte desloca-se em quase sua

totalidade na horizontal caracteriacutestica esta que diminui a exposiccedilatildeo excessiva da

viatura no campo de batalha

FIGURA 14 Sequecircncia de lanccedilamento do tipo horizontal de ponte de pequena brecha Fonte Siacutetio eletrocircnico FAS Acesso em 3 jul 2018

47

O lanccedilamento vertical eacute o deslocamento realizado onde a ponte projeta-se no

sentido vertical antes de ser projetada na horizontal para lanccedilamento sobre o solo

A Viatura Blindada Especial Lanccedila-Pontes Leopard 1BR (VBEL Pnt Leo 1

BR) eacute viatura alematilde modificada da versatildeo alematilde BIBER para o Brasil Construiacuteda a

partir do chassi do Leopard 1 esta eacute capaz de lanccedilar uma ponte de classe 50 de 22

metros sobre um vatildeo de 20 metros (MANUAL DE OPERACcedilAtildeO DA VIATURA

BLINDADA ESPECIAL LANCcedilA-PONTES LEOPARD 1 BR p 2)

O Brasil adquiriu essa viatura junto com a compra dos Leopard 1 A5 BR em

2009 dando agrave tropa blindada a capacidade de transpor obstaacuteculos como cursos

drsquoagravegua e valetas

FIGURA 15 Viatura Blindada Especial Lanccedila-Pontes Leopard 1 BR Fonte Siacutetio eletrocircnico ldquoArmyvehiclesrdquo Acesso em 30 mar 2018

A Viatura Blindada Lanccedila-Pontes Titan eacute uma viatura britacircnica baseada no

chassi do carro de combate Challenger 2 capaz de lanccedilar uma uacutenica ponte de 26 m

em menos de dois minutos ou duas pontes de 12 m em apenas 90 segundos Esta

viatura tem o mesmo niacutevel de proteccedilatildeo da VBCC fornecendo um niacutevel muito alto de

proteccedilatildeo contra armas de fogo direto aleacutem de consideraacutevel proteccedilatildeo contra minas

48

terrestres e contra agentes QBRN (Quiacutemico bioloacutegico radioloacutegico e nuclear)

(MILITARY-TODAY201)

A FIGURA 16 a seguir mostra que a viatura realiza um lanccedilamento do tipo

vertical representado pela sequecircncia de imagens abaixo apresentada

FIGURA 16 Viatura lanccediladora de pontes Titan Fonte Adaptado do siacutetio eletrocircnico ldquoYoutuberdquo Acesso em 15 ago 2018

A Viatura Blindada Lanccedila-Pontes M104 Wolverine eacute a viatura para

transposiccedilatildeo de pequenas brechas utilizada pelos Estados Unidos Construiacuteda a

partir do chassi da viatura carro de combate M1A2 Abrams a viatura Wolverine tem

a capacidade de lanccedilar ponte de classe 70 sobre brechas de ateacute 24 metros

(MILITARY-TODAY201)

A VBEL Pnt que realiza lanccedilamento do tipo horizontal possui proteccedilatildeo

semelhante agrave viatura carro de combate M1A2 Abrams e possui um sistema de

gerenciamento de campo de batalha a fim de aumentar a consciecircncia situacional

no campo de batalha (MILITARY-TODAY201)

49

Figura 17 Viatura Blindada Especial Lanccedila-Pontes M104 Wolverine Fonte Siacutetio eletrocircnico ldquoMILITARY-TODAYrdquo Acesso em 15 ago 2018

342 Viatura Blindada Especial de Engenharia

Natildeo existe uma padronizaccedilatildeo de nomenclatura para esse tipo de viatura nem

um padratildeo definido mas os recursos variam entre uma lacircmina grande ou arados

para minas um canhatildeo de demoliccedilatildeo de grande calibre perfuratriz guinchos braccedilo

e guindaste de escavadeira ou para iccedilamento de cargas (WIKIPEDIA 20)

Neste trabalho seraacute considerada Viatura Blindada Especial de Engenharia

assim como eacute utilizada na documentaccedilatildeo do Centro de Instruccedilatildeo de Blindados com

base na definiccedilatildeo constante na Portaria Nr 023 ndash DMB de 20 de novembro de 1998

ndash Normas reguladoras para classificaccedilatildeo registro e identificaccedilatildeo dos veiacuteculos

oficiais no acircmbito do Ministeacuterios do Exeacutercito (NORCRIVE) Essa explicaccedilatildeo se faz

necessaacuteria porque muitos ainda descrevem como nosso manual MD33-M-02 -

Manual de abreviaturas siglas siacutembolos e convenccedilotildees cartograacuteficas das forccedilas

armadas como sendo Viatura Blindada de Combate

A citada norma corretamente considera Viatura Blindada de Combate aquela

eacute dotada de armamento orgacircnico com um apreciaacutevel poder de fogo Por outro

lado considera Viatura Especial aquela dotada de caracteriacutesticas muito

peculiares

Partindo do princiacutepio que o M113 que possui armamento orgacircnico com maior

calibre que o constante na VBE Eng natildeo eacute considerado viatura de combate a

50

viatura de engenharia tambeacutem natildeo pode ser pois seu armamento eacute suficiente

apenas para proteccedilatildeo da viatura e de sua guarniccedilatildeo

A Viatura Blindada Especial de Engenharia Leopard 1BR (VBE Eng Leo 1

BR) eacute uma viatura modificada da versatildeo alematilde Pionierpanzer Dachs 1 para o Brasil

Construiacuteda a partir do chassi do Leopard 1 esta viatura tem as seguintes

capacidades desobstruccedilatildeo escavaccedilatildeo e trabalho de resgate

Suas capacidades adveacutem dos seus equipamentos escavadeira guindaste o

qual funciona a partir do braccedilo da escavadeira lacircmina de terraplanagem que

realiza trabalhos de remoccedilatildeo de terra e obstaacuteculos aleacutem de executar a funccedilatildeo de

lacircmina de apoio o que eacute fundamental para aumento da estabilidade e traccedilatildeo nos

trabalhos com o braccedilo da escavadeira e guindaste escarificador para realizar

cortes que afrouxam o terreno duro guincho para resgate ou auto resgate (com

capacidade de ateacute 70 toneladas) parafusadeira de impacto aparelho de corte e

solda e policorteesmerilhadeira (MANUAL DE OPERACcedilAtildeO DA VIATURA

BLINDADA ESPECIAL DE ENGENHARIA LEOPARD 1 BR p 2)

Embora exista uma versatildeo mais atual da viatura a viatura Pionierpanzer 3

Kodiak a qual seraacute apresentada a seguir esta versatildeo permanece sendo utilizada

pela Alemanha em territoacuterio nacional e em missotildees no exterior devido a sua alta

qualidade

Figura 18 Viatura Blindada Especial de Engenharia Leopard 1 BR Fonte Foto do autor

51

A Viatura Blindada Especial de Engenharia Pionierpanzer 3 Kodiak eacute a

versatildeo mais atual da viatura alematilde Pionierpanzer Dachs 1 As diferenccedilas da versatildeo

anterior satildeo escavadeira com braccedilo articulado dois guinchos e uma lacircmina que

pode ser substituiacuteda por um arado O arado eacute utilizado para a remoccedilatildeo de minas

junto a um sistema de marcaccedilatildeo de brecha e um sistema de detonaccedilatildeo de minas

eletromagneacuteticas (MILITARY-TODAY 201)

A concha tambeacutem eacute intercambiaacutevel com uma garra universal cortador de

concreto e perfuratriz A proteccedilatildeo desta viatura eacute a mesma da VBCCC Leopard 2

aleacutem de contar com proteccedilatildeo QBRN e sistema de cacircmeras para a realizaccedilatildeo de

uma operaccedilatildeo eficiente sem exposiccedilatildeo do operador (MILITARY-TODAY 201)

Figura 19 Viatura Blindada Especial Pionierpanzer 3 Kodiak Fonte Siacutetio eletrocircnico ldquoMILITARY-TODAYrdquo Acesso em 13 ago 2018 Veiacuteculo de engenharia destinado agrave preparaccedilatildeo do campo de batalha na zona

de fogo indireto a Viatura Blindada Especial de Engenharia Terrier executa

trabalhos com escavadeira e lacircmina frontal O veiacuteculo ainda conta com uma

blindagem e proteccedilatildeo contra minas fornecendo proteccedilatildeo contra estilhaccedilos de fogo

de armas pequenas e projeacuteteis de artilharia (MILITARY-TODAY 201)

Para missotildees de abertura de brecha este veiacuteculo eacute equipado com um arado

de grande capacidade que complementa o trabalho realizado por seu equipamento

rebocado Python (MILITARY-TODAY 201)

Esse mesmo reboque ainda tem capacidade de transporte de feixe de tubos

ou um tolo de esteira (tem funccedilatildeo semelhante ao reforccedilador de solo) (MILITARY-

TODAY 201)

52

Figura 20 Viatura Blindada Especial de Engenharia Terrier Fonte Siacutetio eletrocircnico ldquoMILITARY-TODAYrdquo Acesso em 17 ago 2018

343 Viaturas Blindadas Especiais de Abertura de Brecha

A M1150 Assault Breacher Vehicle (ABV) - Viatura de Abertura de Brechas)

foi construiacuteda a partir do chassi do M1A1 Abrams Sua principal caracteriacutestica eacute a

existecircncia de um compartimento bipartido na parte superior da viatura capaz de

lanccedilar dois MICLIC (Mine Clearing Line Charge) de forma independente Essa carga

linear explosiva eacute capaz de eliminar 92 a 95 das minas de um campo de minas

(Kidwell e Jaffke 2014)

Aleacutem do MICLIC a viatura possui um arado na parte frontal o qual consegue

realizar o trabalho complementar de comprovaccedilatildeo da abertura da brecha do

explosivo imediatamente apoacutes a sua detonaccedilatildeo (Kidwell e Jaffke 2014)

O implemento arado eacute um meacutetodo mecacircnico que natildeo suporta ser empregado

como meio principal pois tem baixa resistecircncia De acordo com BRASIL (2000 p

53

D-6) a cada trecircs minas removidas por esse implemento uma danifica a lacircmina

implicando em sua substituiccedilatildeo

Figura 21 Vehicle Assault Breacher Vehicle (ABV) Fonte Siacutetio eletrocircnico ldquoMILITARY-TODAYrdquo Acesso em 12 dez 2017

Aleacutem do meacutetodo de abertura de brecha pelo meacutetodo explosivo existem outros

sistemas eficientes como a Viatura de Abertura de Brecha Keiler viatura alematilde

a qual se atribui uma eficiecircncia de limpeza de cerca de 98 das minas por onde

passa Seu sistema eacute composto por um rotor que eacute interligado a vaacuterios pesos

metaacutelicos presos por correntes Quando esse rotor gira e eacute aproximado do solo

realiza pancadas no solo gerando ondas de choque que acionam as cargas

explosivas Enquanto realiza a limpeza um sistema automaticamente demarca o

local livre de minas (MILITARY-TODAY 201)

Esse meacutetodo permite a abertura das brechas de um modo mais simples sem

necessidade de complemento por outro sistema e de valor de manutenccedilatildeo mais

baixa pois o acionamento das minas exige apenas a substituiccedilatildeo das peccedilas que

se chocam com o solo

54

Figura 22 Viatura Blindada Especial Keiler Fonte Siacutetio eletrocircnico ldquoMILITARY-TODAYrdquo Acesso em 12 dez 2017

A viatura utilizada pela Ruacutessia que tambeacutem utiliza um sistema mecacircnico eacute a

Viatura de Abertura de Brecha BMR-3M que consiste em uma viatura blindada

baseada no carro de combate T-90 que conduz agrave frente de suas lagartas rolos

que exercem uma pressatildeo superior ao das lagartas sobre o solo acionando-as

prematuramente Aleacutem dos rolos a viatura possui um sistema de contra-ataque

magneacutetico e um sistema jammer que impede o acionamento de explosivos

controlados por raacutedio A velocidade da desminagem eacute de 12 kmh dependendo da

densidade da mina e das condiccedilotildees do solo (MILITARY-TODAY 201)

De acordo com BRASIL (2000 p D-6) o sistema de rolo eacute apto para operar

em solo seco e relativamente plano Aleacutem disso deve ser utilizado como

complemento do MICLIC pois em meacutedia o rolo suporta entre trecircs a seis minas

devendo apoacutes isso ser substituiacutedo Esse eacute um excelente sistema para identificaccedilatildeo

do iniacutecio de um campo minado

55

Figura 23 Viatura Blindada Especial BMR-3M Fonte Siacutetio eletrocircnico ldquoMILITARY-TODAYrdquo Acesso em 28 jul 2018

344 Outros sistemas e implementos

O feixe de tubos ou Pipe Fascine foi desenvolvido no Exeacutercito Britacircnico no

iniacutecio dos anos 80 para enfrentar os desafios de assegurar a mobilidade do

movimento na Alemanha Ocidental no caso de um conflito da OTAN com o Pacto de

Varsoacutevia (MILITARY-TODAY 201)

Nesta situaccedilatildeo foi verificada a existecircncia de vaacuterias pequenas valetas e

riachos de aproximadamente 5 a 10 metros de largura e 15 a 25 metros de

profundidade Para solucionar foram conectados tubos que permitissem a

passagem por sobre os riachos permitindo que a aacutegua passasse por dentro deles

Atualmente a viatura britacircnica mais moderna o Trojan conta com um sistema

para lanccedilamento de feixe de tubos dada sua eficiecircncia na transposiccedilatildeo de alguns

obstaacuteculos tornando-se prescindiacutevel a utilizaccedilatildeo das pontes em algumas situaccedilotildees

(MILITARY-TODAY 201)

56

Esse feixe ao ser colocado dentro de um Fosso Anticarro (Fosso AC)

estreitos cursos drsquoaacutegua ou valas ocupa o espaccedilo do vatildeo permite a passagem de

viatura sobre sua superfiacutecie

Esse equipamento pode ser lanccedilado por uma Viatura Blindada Especial de

Engenharia ou adaptada em outras viaturas e reboques Uma necessidade para

lanccedilamento e recolhimento desse material eacute um sistema do tipo concha guindaste

ou outro meio de iccedilamento a fim de recuperar ou movimentar o equipamento apoacutes

ser lanccedilado

Figura 24 Feixe de tubos (Pipe Fascine) Fonte Siacutetio eletrocircnico ldquoAEGISrdquo Acesso em 25 ago 2018 O sistema de lanccedilamento de ponte de pequena brecha eacute um sistema que

pode ser adaptado agraves viaturas de combate ou de transporte de pessoal utilizadas

pela infantaria ou cavalaria a fim de abrir passagens em pequenos cursos drsquoaacutegua

O sistema REBS (Rapidly Emplaced Bridge System) por exemplo permite o

lanccedilamento de ponte de classe 50 sobre um vatildeo de ateacute 13 metros (MILITARY-

TODAY 201)

57

Figura 25 Sistema de lanccedilamento de ponte REBS Fonte Siacutetio eletrocircnico ldquoARMY-GUIDErdquo Acesso em 22 ago 2018

O sistema americano M58 Mine Clearing Line Charge (MICLIC) eacute uma carga

de demoliccedilatildeo linear a qual eacute projetada por foguete sobre o local onde se deseja

realizar a abertura de uma brecha Este sistema tem a capacidade de abrir uma

brecha de 8 m de largura por 100 m de comprimento (Wikipedia) O dispositivo de

demoliccedilatildeo consiste principalmente de uma corda de nuacutecleo de nylon de 34 de

polegada 700 blocos de demoliccedilatildeo composta por C4 e dois filamentos de cordel

detonante de tetranitrato de pentaeritritol (PETN) (USA 2011 p 23) ndash Department

of Defense Fiscal Year (FY) 2012 Budget Estimates)

Figura 26 Mine Clearance Line Charger (MICLIC) Fonte Siacutetio eletrocircnico ldquoYoutuberdquo Acesso em 20 abr 2018

58

O sistema propelido por foguete Python eacute um sistema britacircnico de

funcionamento semelhante ao MICLIC que consiste em um reboque com uma

carga linear que eacute distendida sobre o terreno por um foguete propulsor Esse

sistema que tambeacutem foi adquirido pela Tailacircndia eacute transportado na Gratilde-Betanha

pela viatura Trojan que eacute baseada no carro de combate Challenger 2 O Python foi

utilizado em 2010 durante a Operaccedilatildeo Moshtarak no Afeganistatildeo

(Armyrecognition) O sistema britacircnico Python pode limpar um caminho longo de 73

m por 180-200 m (WIKIPEDIA 201)

Figura 27 Sistema Python

Fonte Siacutetio eletrocircnico ldquoArmyrecognitionrdquo Acesso em 20 abr 2018

Para as viaturas sobre rodas aleacutem de meios como o MICLIC a maioria dos

exeacutercitos tem anexado implementos agraves viaturas utilizando-as de modo

intercambiaacutevel de modo a adequar a viatura conforme a necessidade de cada

operaccedilatildeo

Cabe salientar que algumas minas modernas como a mina italiana SB-33

tecircm um mecanismo de detonaccedilatildeo que detona a mina se sujeita a uma pressatildeo

gradual e constante mas bloqueia a espoleta se sujeito a um choque suacutebito Isso

pode anular o uso de cargas de linha de limpeza de minas para limpar tais minas

(WIKIPEDIA 201)

59

O implemento lacircmina para desminagem escavadeira e lacircmina reta satildeo

implementos que podem ser utilizados nas viaturas meacutedias de rodas ambas

apresentando capacidade limitada de trabalho sendo a primeira para remoccedilatildeo de

minas em superfiacutecies pavimentadas podendo ainda ser utilizada para retirar

alguns tipos de entulho e as uacuteltimas para desobstruccedilatildeo de vias e organizaccedilatildeo do

terreno (MILITARYSYSTEMS-TECH 20)

Figura 28 M1132 Engineer Squad Vehicle (ESV) Fonte Siacutetio eletrocircnico ldquoWIKIPEDIArdquo Acesso em 20 mar 2018

O Light Weight Mine Roller (LWMR) rolo de minas de peso leve eacute um

sistema que protege veiacuteculos do efeito de minas e dispositivos explosivos

improvisados (DEI) realizando pressatildeo sobre o solo agrave frente do veiacuteculo que realiza

a abertura (ARMYTECHNOLOGY 2018)

Esse eacute um implemento leve mas que gera efeito pesado em suas rodas

atraveacutes do uso de energia hidraacuteulica gerando a pressatildeo necessaacuteria para

acionamento de cargas explosivas (ARMYTECHNOLOGY 2018)

60

Figura 29 Rolo de minas de peso leve (LWMR) Fonte Siacutetio eletrocircnico ldquoARMYTECHNOLOGYrdquo Acesso em 20 mar 2018

35 APOIO DE ENGENHARIA ORGAcircNICA AgraveS BRIGADAS MECANIZADAS EM

OUTROS PAIacuteSES

Em busca de uma estrutura semelhante agrave Bda C Mec em outros paiacuteses este

autor natildeo encontrou tropa que tenha seu emprego principal no reconhecimento e

seguranccedila

A fim de dar uma soluccedilatildeo a questatildeo proposta este autor escolheu

desconsiderar a finalidade da tropa apoiada concentrando o estudo no emprego

conjunto de tropas que utilizam meios sobre rodas e sobre lagartas onde a

engenharia teraacute que apoiar

351 SBCT a brigada americana Stryker

As Brigade Combat Teams (BCT) satildeo brigadas americanas que geralmente

satildeo empregadas como parte de uma divisatildeo ou forccedila-tarefa

O BCT eacute uma formaccedilatildeo de armas combinadas de todas as funccedilotildees de

combate Embora os modulares BCTs sejam organizaccedilotildees fixas o comandante da

divisatildeo pode ajustar qualquer organizaccedilatildeo de tarefas da BCT para atender aos

requisitos da missatildeo (EUA 2006 p 2-7)

A Stryker Brigade Combat Team (SBCT) da traduccedilatildeo para o portuguecircs Grupo

de Combate Brigada Stryker eacute uma forccedila-tarefa expedicionaacuteria organizada para

61

atender aos requisitos especiacuteficos de cada missatildeo tendo seu emprego baseado na

infantaria embarcada na viatura Stryker (EUA 2015 p 1-1) Essa flexibilidade

organizacional permite que as SBCTs funcionem em toda a gama de operaccedilotildees

militares tendo disponiacuteveis elementos com capacidade de manobra artilharia de

campanha inteligecircncia engenharia QBRN e manutenccedilatildeo

Atualmente existem trecircs tipos de BCTs a proacutepria SBCT a HBCT (tropa de

infantaria que combate embarcada em blindado sobre lagartas) IBCT (tropa de

infantaria transportada por viaturas de baixa proteccedilatildeo blindada que combate

desembarcada) (EUA 2006 p 2-7)

A brigada Stryker tem a seguinte organizaccedilatildeo baacutesica trecircs batalhotildees de

infantaria a trecircs companhias cada um com trecircs pelototildees (EUA 2015 p 1-6) um

esquadratildeo de cavalaria de reconhecimento equipada com viaturas de

reconhecimento Stryker um pelotatildeo de reconhecimento QBRN equipado com um

veiacuteculo de reconhecimento quiacutemico bioloacutegico e nuclear M1135 Stryker (EUA 2015

p 1-7) O organograma desta brigada estaacute discriminada na figura Nr 26 a seguir

Figura 30 Organograma de uma Brigada Stryker Fonte Fort Benning (2015)

62

As companhias de engenharia apoacuteiam a SBCT na abertura de passagem por

obstaacuteculos auxilia no assalto de posiccedilotildees fortificadas lanccedila obstaacuteculos para

proteccedilatildeo de forccedilas amigas constroacutei ou melhora posiccedilotildees para proteccedilatildeo realiza

reconhecimento de itineraacuterios e coleta de informaccedilotildees identifica e elimina

dispositivos explosivos improvisados entre outras tarefas durante a accedilatildeo decisiva

(EUA 2015 p 1-10)

A forma de emprego da engenharia dessa brigada foi alterada recentemente

passando de uma companhia para um batalhatildeo de engenharia de combate o qual

fornece atraveacutes de suas subunidades a capacidade miacutenima para executar tarefas

essenciais de mobilidade contra-mobilidade e capacidade de proteccedilatildeo para o

SBCT

O Brigade Engineer Battalion (BEB) tem por missatildeo planejar e executar as

missotildees da brigada com as suas duas companhias orgacircnicas organizadas como

mostra a figura 31 podendo suplementaacute-las no que tange agrave mobilidade com

pontes abertura de brechas desobstruccedilatildeo de vias identificaccedilatildeo de ameaccedilas

explosivas e apoio em construccedilatildeo horizontal Aleacutem disso o batalhatildeo tambeacutem

coordena uma companhias de inteligecircncia militar uma companhia de comunicaccedilotildees

e uma companhia anticarro e por vezes uma companhia QBRN (EUA 2015 p 1-

8)

Figura 31 Organograma das companhias de engenharia das SBCT Fonte Adaptado de EUA (2014 p 1-8 traduccedilatildeo nossa)

63

Em uma Stryker BCT a 1ordf Cia E tem um pelotatildeo de comando dois pelototildees

de engenharia de combate uma seccedilatildeo de ponte e um grupo apoio (dotado de

equipamentos de abertura de brecha limitado ao emprego de cargas explosivas

lineares (MICLIC) em reboque para remoccedilatildeo de minas e equipamentos de

comprovaccedilatildeo (rolo e arado) (EUA 2014 p 1-7)

A 2ordf Cia possui uma seccedilatildeo de comando um pelotatildeo de combate composto por

trecircs GE um pelotatildeo de apoio composto por uma seccedilatildeo de pontes e um grupo de

construccedilatildeo horizontal e um pelotatildeo de abertura de brecha (em campo de minas)

(EUA 2014 p 1-8)

Embora seja notaacutevel a diferenccedila quando comparada com a Brigada de

Cavalaria Mecanizada a brigada Stryker foi identificada pelo autor como a Grande

Unidade americana que mais se aproximou das caracteriacutesticas da Bda C Mec por

ser uma brigada mecanizada apoiada por engenharia orgacircnica com meios Stryker

352 Brigada de Infantaria Mecanizada da Alemanha

A brigada que tem melhores condiccedilotildees de comparaccedilatildeo para este estudo por

sua maior similaridade com a Bda C Mec eacute a Brigada de Infantaria Mecanizada da

Alemanha O emprego das viaturas sobre rodas e sobre lagartas inclusive pelas

proacuteprias tropas de engenharia que apoiam essa brigada contribuiratildeo para uma

anaacutelise mais adequada da Bda C Mec

O exeacutercito alematildeo tem suas brigadas de infantaria mecanizada constituiacutedas da

seguinte forma um comando de brigada um batalhatildeo de reconhecimento dotado

de viaturas Fennek (foto 32) trecircs batalhotildees de infantaria mecanizada os quais

utilizam a viatura de combate Puma (foto 33) um batalhatildeo de rifles que utilizam as

viaturas de combate multipropoacutesito Boxer GTK (foto 34) e um batalhatildeo de

suprimento Essas fraccedilotildees satildeo apoiadas por um batalhatildeo de engenharia blindado

conforme demonstrado no quadro organizacional representado pela figura 32

(WIKIPEDIA 201)

64

Figura 32 Organograma de uma Brigada de Infantaria Mecanizada Fonte Adaptado do siacutetio eletrocircnico ldquoWikipediardquo Acesso em 29 ago 2018

Figura 32 Viatura Fennek Fonte Siacutetio eletrocircnico ldquoDEUTSCHESHEERrdquo Acesso em 20 ago 2018

65

Figura 33 Viatura de infantaria de combate Puma Fonte Siacutetio eletrocircnico ldquoDEUTSCHESHEERrdquo Acesso em 20 ago 2018

Figura 34 Viatura Boxer Fonte Siacutetio eletrocircnico ldquoDEUTSCHESHEERrdquo Acesso em 19 ago 2018

O batalhatildeo de engenharia que possui organizaccedilatildeo semelhante ao BE Cmb

Bld do Brasil eacute composto por uma companhia de comando duas companhias de

66

engenharia de combate blindada uma companhia de equipamentos de engenharia

com funccedilatildeo semelhante a uma Companhia de Comando e Apoio (CCAp) de um BE

Cmb Bld e uma companhia de pontes flutuantes com funccedilatildeo semelhante a

Companhia de Equipamento de Pontes (Cia E Pnt) de um BE Cmb Bld conforme

representado no organograma da figura 35 (DEUTSCHESHEER 20)

Figura 35 Organograma de uma brigada blindada alematilde Fonte Adaptado de DEUTSCHLAND (2011 p 9 traduccedilatildeo nossa)

Cia E Cmb

(Vtr Fuchs)

Pel DEI

2 VBE Keiler Pel Bld

4 Vtr Skorpion

Sistema ldquoVrdquo

1 Vtr Fennek

Pel Cnst

3 VBE Biber

2 VBE Dachs

Cia Cmdo

Cia Rec

(Vtr Fennek)

Cia E Cmb

(Vtr Fuchs)

Pel DEI

2 VBE Keiler

Pel Bld 4 VBE Skorpion

Sistema ldquoVrdquo

Cia Cnst Pel Cnst Pel DEI Pel Pnt

Batalhatildeo de Engenharia

de Combate Blindado

Pel Cnst

3 VBE Biber

2 VBE Dachs

67

As companhias de combate compostas por quatro pelototildees satildeo organizadas

da seguinte forma uma seccedilatildeo de comando um pelotatildeo de engenharia o qual

realiza trabalhos para barrar ou canalizar a tropa inimiga abertura de caminhos por

meio do emprego de explosivos e trabalhos gerais de engenharia um pelotatildeo de

abertura de brecha dotado de meios de limpeza um pelotatildeo de abertura de

brechas pesado e um pelotatildeo de equipamentos pesados responsaacutevel pelo apoio agrave

mobilidade abertura de passagem em obstaacuteculos e cursos drsquoaacutegua e manutenccedilatildeo de

estradas (DEUTSCHESHEER 20)

As companhias satildeo dotadas ainda das viaturas Fennek e Fuchs para

transporte de pessoal (DeustchesHeer 2011)

A companhia de pontes flutuantes eacute composta por um pelotatildeo de viaturas

blindadas e um pelotatildeo de mergulhadores E a companhia de equipamento de

engenharia eacute dotada de equipamentos de construccedilatildeo e viaturas blindadas especiais

(DEUTSCHESHEER 20)

Encontram-se abaixo as viaturas e sistemas utilizados pelo batalhatildeo as

viaturas de transporte de pessoal Fuchs (figura 35) e Fennek a viatura lanccediladora de

ponte Biber (figura 36) a viatura para abertura de brecha em campo de minas Keiler

(figura 37) e a viatura especial de engenharia Dachs (figura 38)

Figura 36 Viatura de Transporte de Pessoal Fuchs Fonte Siacutetio eletrocircnico ldquoDEUTSCHESHEERrdquo Acesso em 25 ago 2018

68

Figura 37 Viatura Blindada Especial Lanccedila-Pontes Biber Fonte Siacutetio eletrocircnico ldquoDEUTSCHESHEERrdquo Acesso em 24 ago 2018

Figura 37 Viatura Blindada Keiler Fonte Siacutetio eletrocircnico ldquoDEUTSCHESHEERrdquo Acesso em 23 ago 2018

69

Figura 38 Viatura Pionierpanzer 1 Dachs Fonte Siacutetio eletrocircnico ldquoDEUTSCHESHEERrdquo Acesso em 22 ago 2018 Podemos concluir com a anaacutelise dessa brigada que embora natildeo seja uma

Grande Unidade de emprego semelhante ou seja uma brigada de cavalaria

mecanizada esta apresenta a mesma dificuldade de apoio de engenharia

encontrada nas Bda C Mec quais sejam apoiar elementos de grande mobilidade

dotados de viaturas sobre sobre rodas e viaturas sobre lagartas e que possuem

diferentes classes

Os principais reflexos para esse apoio satildeo as diferenccedilas de pesos e

velocidades o que impacta na capacidade de acompanhamento das viaturas

empregadas pelos elementos da arma base e na capacidade de transposiccedilatildeo dos

meios por ponte por exemplo

Essa diferenccedila eacute percebida quando comparamos as caracteriacutesticas dessas

viaturas conforme apresentado a seguir que satildeo o peso e velocidade

Viatura Fennek (103 ton e 115 kmh) Viatura de Transporte de Pessoal Fuchs

(235 ton e 105 kmh) utilizada pelos pelototildees de engenharia Viatura de Combate

Puma utilizada pela infantaria (43 ton e 70 kmh) Viatura Blindada Lanccedila-Pontes

Biber (453 ton e 62 kmh) Viatura Blindada Especial de Engenharia Dachs (43 ton

70

e 62 kmh) e Viatura para Abertura de Brecha Keiler (53 ton e 50 kmh)

(DEUTSCHESHEER 20)

71

4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO

O presente capiacutetulo tem por finalidade atingir o objetivo geral da pesquisa que

eacute analisar o apoio de engenharia prestado aos elementos empregados em primeiro

escalatildeo por uma Brigada de Cavalaria Mecanizada a fim de sugerir uma proposta

de adequaccedilatildeo do apoio prestado em Operaccedilotildees Ofensivas atraveacutes de um estudo

especiacutefico de Operaccedilatildeo de Aproveitamento do Ecircxito face agrave evoluccedilatildeo doutrinaacuteria e

do MEM

A fim de atingir os trecircs uacuteltimos objetivos especiacuteficos estabelecidos (objetivos j k

e l) na pesquisa a presente seccedilatildeo pretende sintetizar os resultados obtidos nos

questionaacuterios na revisatildeo de Literatura e na pesquisa de campo agrave luz das dimensotildees

que compotildeem a Variaacutevel Independente (Capacidades Operativas da Cia E Cmb no

Aproveitamento do Ecircxito) Dependente (Apoio de Engenharia aos Regimentos de

uma Bda C Mec) e Interveniente (Necessidades miacutenimas dos Rgt)

41 DISCUSSAtildeO REFERENTE AOS INSTRUMENTOS UTILIZADOS

Para melhor explorar a discussatildeo referente aos instrumentos utilizados e

dados levantados seratildeo retomadas as variaacuteveis que foram objeto de estudo desta

pesquisa

A estruturaccedilatildeo da Variaacutevel Independente ndash Capacidades Operativas da

Companhia de Engenharia de Combate Mecanizada no Aproveitamento do

Ecircxito e da Variaacutevel Dependente ndash Apoio de Engenharia aos Regimentos de uma

Brigada de Cavalaria Mecanizada deu-se em torno de dimensotildees que possuiacuteam

indicadores com suas respectivas formas de avaliaccedilatildeo Estas variaacuteveis foram

apresentadas no capiacutetulo 2 no Quadro 1 - Operacionalizaccedilatildeo da Variaacutevel

Independente (VI) e Quadro 2 - Operacionalizaccedilatildeo da Variaacutevel Dependente (VD)

A VI foi explorada a partir da anaacutelise da capacidade da Cia E Cmb Mec onde

foram identificadas suas deficiecircncias resultante da falta de material e inadequado

emprego no apoio aos regimentos e comparada agraves soluccedilotildees em material e

emprego de outros exeacutercitos Na abordagem da VD buscou-se analisar as

caracteriacutesticas desejadas e adequabilidade logiacutestica de novos materiais e

apresentar uma sugestatildeo de adequaccedilatildeo do apoio de engenharia quanto agrave

organizaccedilatildeo e caracteriacutesticas desse apoio

72

411 Revisatildeo da literatura

Para o levantamento do material que compocircs a revisatildeo bibliograacutefica

empregada no trabalho foram realizadas pesquisas em bibliotecas virtuais fiacutesicas

e tambeacutem na internet sempre buscando por livros manuais trabalhos cientiacuteficos

reportagens e outras publicaccedilotildees de interesse

Com base nos objetivos geral e especiacuteficos foi elaborado o Capiacutetulo 3-

Revisatildeo da Literatura que foi fracionado em 5 subcapiacutetulos

1) Consideraccedilotildees Iniciais ndash Neste subcapiacutetulo foram apresentados conceitos

preliminares dos quais se faz necessaacuterio o entendimento para uma melhor anaacutelise

e consequentemente a construccedilatildeo de uma proposta mais adequada Este

subcapiacutetulo buscou atingir o objetivo especiacutefico ldquoardquo

2) Brigada de Cavalaria Mecanizada ndash Este subcapiacutetulo apresentou as

caracteriacutesticas organizaccedilatildeo da Brigada de Cavalaria Mecanizada e a forma de

emprego no aproveitamentos do ecircxito a fim de alcanccedilar os objetivos especiacuteficos

ldquobrdquo e ldquocrdquo

3) Companhia de Engenharia de Combate Mecanizada ndash Foram apresentadas

a organizaccedilatildeo caracteriacutesticas e as forma de emprego da Cia E Cmb Mec bem

como de seus pelototildees constitutivos (Pel E Ap Pel Eq Ass e Pel E Cmb) visando

atingir os objetivos especiacuteficos ldquodrdquo ldquoerdquo ldquofrdquo e ldquogrdquo

4) Materiais de Emprego Militar disponiacuteveis no mundo para reforccedilo aos Pel E

Cmb no apoio agrave mobilidade ndash Apresenta os materiais disponiacuteveis para aquisiccedilatildeo pelo

Exeacutercito Brasileiro a fim de dirimir as deficiecircncias no apoio de engenharia agrave

mobilidade dos Regimentos da Bda C Mec buscando atingir o objetivo especiacutefico

h

5) Apoio de engenharia a forccedilas combinadas de viaturas sobre rodas e sobre

lagartas em outros paiacuteses ndash O presente subparaacutegrafo descreveu brigadas de outros

exeacutercitos que apresentam em sua constituiccedilatildeo meios orgacircnicos sobre rodas e sobre

lagartas que necessitam de apoio de engenharia a fim de atingir o objetivo

especiacutefico j

A revisatildeo de literatura foi suficiente para proporcionar dados que

contribuiacutessem para a anaacutelise da capacidade da Cia E Cmb e o desenvolvimento de

uma sugestatildeo adequada conforme os objetivos propostos

73

412 Entrevistas

Foram confeccionados ao todo 4 questionaacuterios sendo eles

a) para os Comandantes e ex-Comandantes dos Regimentos de

Cavalaria Mecanizada e Blindada (RC Mec e RCB) das Brigadas de Cavalaria

Mecanizada (resposta no Apecircndice A)

b) para os Comandantes das Companhias de Engenharia de Combate

Mecanizada (Apecircndice B)

c) para os oficiais de engenharia com curso de comandante de

subunidade na Alemanha ou Estados Unidos (resposta no Apecircndice C)

d) para os oficiais instrutores do Centro de Instruccedilatildeo de Blindados com

curso de comandante de subunidade na Alemanha ou Estados Unidos (resposta no

Apecircndice D)

O autor tinha interesse em trabalhar com hipoacuteteses de estudo poreacutem tendo em

vista o baixo retorno dos questionaacuterios foi modificado para questotildees de estudo

onde os questionaacuterios respondidos foram aproveitados como apoio para responder

as questotildees selecionadas

Dentre os questionaacuterios enviados aos Comandantes dos Regimentos (Apecircndice

A) foram respondidos apenas 9 questionaacuterios do universo de comandantes dos

regimentos das quatro Bda C Mec e dos questionaacuterios enviados aos Comandantes

das quatro Companhias de Engenharia de Combate Mecanizada (Apecircndice B)

foram respondidos apenas 7 A baixa quantidade de respostas natildeo comprometeu de

forma significativa os resultados devido a mudanccedila da forma de abordagem

Foi observado inclusive que esta abordagem tornou-se muito mais adequada

em relaccedilatildeo agrave relacionada com hipoacuteteses

413 Coleta documental

A coleta documental foi realizada conforme o estipulado no item 231

Procedimentos para a revisatildeo de literatura onde foi encontrada certa dificuldade

no acesso a algumas informaccedilotildees referentes ao emprego do RCB pela inexistecircncia

de um manual especiacutefico sendo aproveitadas as informaccedilotildees constantes no manual

da Brigada de Cavalaria Mecanizada e emprego organizaccedilatildeo e materiais de

74

dotaccedilatildeo das brigadas alematildes os quais natildeo foram tatildeo faacuteceis de responder devido a

maior restriccedilatildeo de informaccedilotildees em relaccedilatildeo ao exeacutercito americano

42 CAPACIDADES OPERATIVAS DA COMPANHIA DE ENGENHARIA DE

COMBATE MECANIZADO NO APROVEITAMENTO DO EcircXITO

Na presente seccedilatildeo seratildeo discutidas as Variaacutevel Independente a fim de

analisar o apoio em Operaccedilatildeo de Aproveitamento do Ecircxito onde exige-se um

grande apoio de engenharia o qual se faz sentir principalmente nos elementos de

emprego em primeiro escalatildeo de uma brigada A mobilidade destas forccedilas depende

da reduccedilatildeo dos obstaacuteculos naturais e dos lanccedilados ou agravados pelo inimigo

As ferramentas de pesquisa colaboraram para complementar as informaccedilotildees

coletadas dirimindo duacutevidas remanescentes ou preenchendo lacunas deixadas pela

literatura atraveacutes da contribuiccedilatildeo realizada por meio de suas experiecircncias

Para tal foram exploradas duacutevidas sobre a adequabilidade da organizaccedilatildeo

no emprego no apoio aos regimentos da Brigada de Cavalaria Mecanizada e a

adequabilidade do material para apoio agrave mobilidade a organizaccedilatildeo adequada

para o emprego da engenharia e a comparaccedilatildeo com o emprego em outros

exeacutercitos as caracteriacutesticas dos meios de abertura de brecha e a respectiva

quantidade

421 Adequabilidade da organizaccedilatildeo

A Companhia estaacute organizada da seguinte forma uma Seccedilatildeo de Comando um

Pelotatildeo de Engenharia de Apoio um Pelotatildeo de Equipagem de Assalto e trecircs

Pelototildees de Engenharia de Combate

Na Bda as necessidades de apoio fazem-se sentir particularmente junto aos

elementos de primeiro escalatildeo exigindo desta forma a colocaccedilatildeo dos meios mais agrave

frente possiacutevel A Companhia de Engenharia de Combate Mecanizada eacute organizada

com meios destinados a atender agraves necessidades miacutenimas e mais imediatas da

frente de combate

Face agraves maiores necessidades da Brigada encontrarem-se junto aos elementos

de primeiro escalatildeo a Cia E Cmb distribui os seus pelototildees a partir do seguinte

caacutelculo total de pelototildees disponiacuteveis menos os pelototildees em apoio direto aos

75

regimentos deve ser capaz de realizar os trabalhos de apoio ao conjunto realizando

trabalhos de interesse da Bda como um todo ser capaz de aumentar o apoio aos

elementos em primeiro escalatildeo e ainda ficar em condiccedilotildees de apoiar a reserva

quando empregada

Entretanto a engenharia da brigada atualmente possui trecircs pelototildees de

engenharia de combate para apoiar um tipo de operaccedilatildeo onde a Bda necessita

de apoio para ateacute trecircs peccedilas de manobra

No apoio agrave mobilidade a Cia E Cmb busca manter a liberdade de manobra dos

Regimentos e sua impulsatildeo de ataque minimizando os efeitos dos obstaacuteculos

naturais e artificiais

O apoio de engenharia aos elementos de manobra da brigada eacute feito sob a

forma de apoio direto ou reforccedilo No aproveitamento do ecircxito a situaccedilatildeo de

comando reforccedilo normalmente eacute adotada Situaccedilatildeo essa que o comandante da Cia

E designa normalmente um Pel E Cmb para apoiar cada regimento da Brigada

Neste tipo de operaccedilatildeo as necessidades de apoio ao conjunto aumentam

sendo necessaacuteria a distribuiccedilatildeo de elementos de engenharia no terreno de acordo

com o avanccedilo do ataque poreacutem sem deixar de preservar a atenccedilatildeo preciacutepua ao

emprego oportuno do apoio aos Regimentos em primeiro escalatildeo

Para a execuccedilatildeo de suas missotildees o Pel E Ap emprega uma Seccedilatildeo de

Comando um Grupo de Comando um Grupo de Mineiros um Grupo de

Equipamento de Engenharia um Grupo de Engenharia de Construccedilatildeo um grupo de

Caminhatildeo Basculante e um Grupo de Engenharia de Combate

Esta fraccedilatildeo executante da companhia atualmente possui dentre os seus

equipamentos apenas os de emprego em missotildees de construccedilatildeo natildeo blindados e

inadequados para emprego junto aos elementos empregados em primeiro escalatildeo

O Pelotatildeo de Engenharia de Apoio eacute responsaacutevel por reforccedilar os Pel E Cmb

com caminhotildees basculantes viaturas blindadas especial de engenharia (VBE)

equipamentos pesados de engenharia pessoal especializado ou natildeo e

equipamentos especializados na guerra com minas

Entretanto natildeo existe nas Cia E Cmb Mec viaturas especiais de engenharia

equipamentos para abertura de brecha para disseminaccedilatildeo de minas nem jogo de

ferramentas pneumaacuteticas

O Pel Eq Ass eacute constituiacutedo por um Gp Cmdo Grupo de Botes de Assalto

Grupo de Passadeiras Grupo de Portadas e Grupo de Ponte de Pequenas Brechas

76

O Pelotatildeo de Equipagem de Assalto (Pel Eq Ass) tem como missatildeo junto aos

Pel E Cmb reforccedilar com seus equipamentos e materiais eou com pessoal

especializado principalmente missotildees relacionadas agrave transposiccedilatildeo de curso de

aacutegua

No Aproveitamento do Ecircxito o principal meio para reforccedilo das capacidades do

pelotatildeo eacute a viatura lanccediladora de pontes (sobre rodas de acordo com as informaccedilotildees

disponiacuteveis na literatura encontrada) a qual natildeo existe no Exeacutercito Brasileiro

O pelotatildeo de engenharia tem capacidade de realizar dentro de suas

possibilidade os trabalhos teacutecnicos de engenharia em proveito da brigada como um

todo ou da peccedila de manobra da arma-base apoiada

Composto por um grupo de comando e 3 Grupos de Engenharia (GE) estes

constituem-se nos elementos baacutesicos de trabalho do pelotatildeo

O Pel E Cmb tem as seguintes capacidades produccedilatildeo de cortina de fumaccedila

trabalhos de minagem e desminagem (manual tendo em vista que a Cia E Cmb natildeo

possui equipamento especializado) trabalho de destruiccedilotildees e de explosivos e

trabalho de fortificaccedilatildeo de campanha limitado aos seus equipamentos de

engenharia (equipamentos inadequados para o aproveitamento do ecircxito pois natildeo

possuem proteccedilatildeo blindada nem conseguem acompanhar os elementos apoiados)

Quando natildeo reforccedilados os pelototildees tem condiccedilotildees ainda mais limitadas de

apoio por conduzir material de pequena capacidade de trabalho os quais consistem

em pequenas ferramentas de trabalho manual

No Apecircndice A questotildees 1 e 2 pode-se observar que eacute unacircnime entre os

militares que responderam que a Bda C Mec deve ser apoiada por um BE Cmb

Essa opiniatildeo foi apresentada pela comparaccedilatildeo com o Exeacutercito Vermelho do

Manual O Inimigo o qual representa um paiacutes que emprega engenharia de valor

batalhatildeo em apoio agrave brigada e pela comparaccedilatildeo com as Brigadas de Infantaria

Mecanizada que empregam a mesma quantidade de Unidades que as Brigadas de

Cavalaria Mecanizada

Dentre os comentaacuterios que contribuiacuteram para a justificaccedilatildeo do emprego de um

BE Cmb destacaram-se os seguintes

- ldquoCom essa organizaccedilatildeo o BE Cmb poderia empregar uma SU em apoio direto

aos elementos de manobra inclusive aquele em 2ordm escalatildeo mantendo ainda uma

Cia Eng Cmb Mec para emprego centralizado (apoio ao conjunto) na Z Accedil da Bdardquo

77

Esse comentaacuterio corrobora com a revisatildeo literaacuteria conforme capiacutetulo 3 ldquoa Cia

E Cmb menos esses elementos (os Pel E empregados em reforccedilo) deve ser capaz

de realizar os trabalhos de apoio ao conjunto realizando trabalhos de interesse da

Bda como um todo aumentar o apoio aos elementos em primeiro escalatildeo e ainda

ficar em condiccedilotildees de apoiar a reserva quando empregadardquo

No Apecircndice B questotildees 1 e 2 a grande maioria dos militares foram

partidaacuterios agrave necessidade de mudanccedila do escalatildeo em apoio de valor subunidade

para o valor unidade dentre os quais destaco o seguinte comentaacuterio

- ldquoEm que pese a atual doutrina (NCD Nr 02 de 31 mai 16) prever uma E Bda Inf Mec

composta por 2 Cias a 4 Pel os trabalhos realizados em estudos de sala de aula da

proacutepria EsAO mostram essa estrutura com certa dificuldade para Mnt do C2 por

parte do Cmt BE Tendo em vista seu trabalho estar pesquisando essa situaccedilatildeo

sugiro uma composiccedilatildeo do BE Cmb Mec (ou Bld) de 4 Cia E Cmb a 2 Pel E Cmb e

1 Pel Ap (Neste os diversos materiais jaacute em Ref agrave Cia Eqp Eng Eqp Ab Bre VBC

Eng VBEL Pnt etc) Assim facilitaria o C2 por parte do Cmdo BE bem como a

emissatildeo de ordens e distribuiccedilatildeo de missotildeesrdquo

O comentaacuterio acima observou algo que o autor natildeo pesquisou mas que tem muita

relevacircncia para a pretendida anaacutelise que satildeo os reflexos da organizaccedilatildeo no

comando e controle

- ldquoEm minha opiniatildeo bastaria que uma dessas Cia dispusesse de meios SL o que

proporcionaria uma dosagem eficaz e mais econocircmicardquo

- ldquoDeve possuir Pel E com Vtr sobre rodas (RC Mec) e Pel E com VB sobre

lagartas (RCB) e a Cia C Ap deve possuir VB com rodas e VB com lagartas As

VBEL Pnt devem ser todas sobre lagartas como jaacute citado em item anterior A

mescla de tipos de VB daraacute ao BE maior flexibilidade e rapidez no apoio

particularmente para acompanhar os RC Mec como VBTP (Pel E) e VBE Eng sobre

rodasrdquo

78

A anaacutelise da Companhia de Engenharia de Combate Mecanizada e as

companhias que reforccedilam os pelototildees de engenharia de combate em material e

pessoal permite verificar por meio da anaacutelise da organizaccedilatildeo e missatildeo a

importacircncia dessas fraccedilotildees no apoio aos regimentos por caber a estas aumentar a

capacidade dos Pel E Cmb a fim de possibilitar um eficiente apoio no

Aproveitamento do Ecircxito

Entretanto notou-se a inexistecircncia de materiais adequados para emprego na

operaccedilatildeo em pauta

A descriccedilatildeo do Pelotatildeo de Engenharia de Combate Mecanizado fraccedilatildeo de

emprego da Cia E Cmb junto aos regimentos permite identificar a limitaccedilatildeo de sua

capacidade de apoio Esta ainda eacute mais reduzida quando natildeo reforccedilada por meios

adequados pelos Pel E Ap e Pel E Ass

422 Adequabilidade do material

O material de organizaccedilatildeo do terreno da Cia E Cmb inclusive as Viaturas

Blindadas Especiais de engenharia satildeo de responsabilidade do Pel E Ap Conforme

consta na seccedilatildeo 331 e com base na experiecircncia do proacuteprio autor que serviu em

uma Cia E Cmb Mec pode-se afirmar que essas viaturas natildeo existem no referido

pelotatildeo das Cia E Cmb Mec

E reafirmando o que consta na mesma seccedilatildeo natildeo existe nenhum outro meio

adequado que possua proteccedilatildeo blindada rapidez necessaacuteria para a execuccedilatildeo do

trabalho ou capacidade de acompanhar as VBR VBTP ou VBCCC

Na seccedilatildeo 331 O pelotatildeo de engenharia de apoio foi mencionada a

existecircncia de mineiros bem como o encargo do pelotatildeo em reforccedilar os Pel E Cmb

com os materiais de abertura de brecha Entretanto o uacutenico material existente no

pelotatildeo eacute o material para desminagem manual o que conforme complementado

pela seccedilatildeo 333 este meacutetodo eacute ldquoo menos preferiacutevelrdquo e quando tiver que ser

utilizada que seja somente para abrir trilhas

Conforme a seccedilatildeo 332 O pelotatildeo de equipagem de assalto o Pel Eq Ass eacute

responsaacutevel por armazenar os materiais relacionados agrave transposiccedilatildeo de curso

drsquoaacutegua como eacute o caso das Viaturas Blindadas Especiais lanccediladoras de pontes e os

feixe de tubos o que conforme jaacute afirmado pelo autor esses materiais natildeo existem

no Pel Eq Ass das Cia E Cmb Mec

79

De acordo com a mesma seccedilatildeo os meios existentes para transposiccedilatildeo satildeo

inadequados para emprego no aproveitamento do ecircxito tendo em vista a falta de

proteccedilatildeo blindada o excessivo tempo para montagem e a necessidade de vaacuterias

viaturas para conduccedilatildeo das partes para montagem

No Apecircndice A questatildeo 3 pode-se observar que a grande maioria

considera que eacute indispensaacutevel a utilizaccedilatildeo das viaturas blindadas especiais para o

cumprimento adequado do apoio de engenharia tendo como benefiacutecios o tempo de

execuccedilatildeo a proteccedilatildeo blindada e a baixa quantidade de militares para execuccedilatildeo do

trabalho No Apecircndice B questatildeo 3 todos os ex-comandantes das Cia E Cmb

concordaram com a maioria dos ex-comandantes dos regimentos

Dos comentaacuterios referentes a esta questatildeo destaco as seguintes

- ldquoEacute indispensaacutevel Os atuais meios presentes no QDM da Cia E Cmb de Bda satildeo

totalmente ineficientes numa situaccedilatildeo de combate modernordquo

- ldquoEsses equipamentos BldMec ampliaratildeo a capacidade de trabalho da Cia Erdquo

- ldquoA Eng Mecanizada carece de meios modernos tais como a Retroescavadeira de

Alta Mobilidade Blindada jaacute usada nos EUA (HMEE) (que faria o papel de Eqp Eng

Bda Mec) e de Vtr Lanccedila-Pontes Sobre Rodas (REBS)rdquo

Concluo parcialmente em relaccedilatildeo agrave Variaacutevel Independente que eacute urgente

a necessidade de meios adequados conforme revisatildeo de literatura e respostas

dos questionaacuterios A e B sobre a ineficiecircncia dos meios existentes bem como

a falta de Viaturas Blindadas Especial para apoiar os regimentos empregados

em primeiro escalatildeo no aproveitamento do ecircxito

Outrossim que a Companhia de Engenharia de Combate Mecanizada natildeo

tem condiccedilotildees de realizar o apoio a uma Brigada de Cavalaria Mecanizada tanto

pela ausecircncia de meios quanto pela limitaccedilatildeo de fraccedilotildees disponiacuteveis para

cumprir suas missotildees de reforccedilo apoio ao conjunto e apoio suplementar

Portanto para apoiar uma Brigada de Cavalaria Mecanizada eacute necessaacuterio

o apoio de engenharia de brigada seja prestado por um Batalhatildeo de Engenharia

de Combate Mecanizado

43 APOIO DE ENGENHARIA AOS REGIMENTOS DE UMA BRIGADA DE

CAVALARIA MECANIZADA

80

No presente subitem seratildeo apresentadas as discussotildees referentes agrave Variaacutevel

Dependente a fim de identificar o apoio de Engenharia necessaacuterio para dar

mobilidade aos regimentos de uma Brigada de Cavalaria Mecanizada o qual eacute

imprescindiacutevel aos elementos de emprego em primeiro escalatildeo de uma brigada

As ferramentas de pesquisa exploraram a experiecircncia dos militares

empregados diretamente seja como ldquofornecedorrdquo seja como ldquoclienterdquo desse apoio

no emprego com viaturas blindadas e com experiecircncia em curso de comandante de

subunidade no exterior

Para tal foram exploradas duacutevidas sobre o emprego da engenharia quanto a

organizaccedilatildeo a comparaccedilatildeo com outros exeacutercitos a caracteriacutestica dos meios e

a quantidade de viaturas adequadas para apoio aos regimentos

431 Organizaccedilatildeo adequada

O Apecircndice A questotildees 6 e 7 contribui para a anaacutelise da organizaccedilatildeo da

engenharia que apoia a brigada principalmente pelos comentaacuterios dispensados em

cada questatildeo A grande maioria das respostas foi favoraacutevel agrave organizaccedilatildeo do BE

Cmb por duas Cia E Cmb uma dotada de VBE sobre lagartas e uma de VBE sobre

rodas e a maioria desfavoraacutevel a constituiccedilatildeo do batalhatildeo por duas Cia E a quatro

Pel E Cmb dotados exclusivamente de VBE sobre lagartas

Com base nos seguintes comentaacuterios selecionados seratildeo discutidas as

opiniotildees que culminaram em tal resultado

- ldquoEstamos trabalhando no CMS na proposta sobre o BE Cmb Mec de Bda C Mec

Em 2017 enviamos ao COTER a proposta do BE Cmb Mec de Bda Inf Mec A

proposta do CMS (a 3 Cia E) foi enviada pelo ODOp ao DEC que apoacutes anaacutelise do

projeto decidiu junto com o COTER que o BE Cmb Mec deveria ter somente 2 Cia

Eng Cmb Mec e natildeo trecircs como proposto pelo CMS Na visatildeo do CMS 2 Cia

apoiariam as OM em 1ordm escalatildeo (cada uma com um Regimento) e a 3ordf Cia ficaria

no apoio a toda a brigada (demais OM em 1ordm Esc e A Rg da Bda) Com base nessa

decisatildeo de 2017 foi modificada a proposta do CMS sugerindo ao ODOp que as

duas Cia Eng (decisatildeo DEC COTER) deveriam possuir 4 Pel E cada uma sendo 3

Mec sobre rodas e 1 Bld sobre lagartas com a mesma missatildeo anterior 1 Cia em

apoio aos Rgt em 1ordm escalatildeo e a outra em apoio agrave Bda A diferenccedila entre o BE

81

Cmb Mec de Bda Inf Mec e o de Bda C Mec eacute o apoio a ser prestado ao RCB

Portanto no BE Cmb Mec de Bda Inf Mec todos os Pel E e a Cia C Ap possuem

somente VB sobre rodas No BE Cmb Mec de Bda C Mec 1 Pel E por Cia Eng

deve possuir VB sobre lagartas e os demais VB sobre rodas A Cia C Ap deve

possuir VB sobre rodas e sobre lagartas (VBE Eng VBEL Pnt VBE com

implementos do tipo rolo arado MCLIC lanccedila retinida espargidor de minas AC

etc)rdquo

As duas propostas realizadas pelo CMS estatildeo alinhadas com a maioria das

informaccedilotildees presentes neste trabalho

A primeira proposta poreacutem limita a possibilidade de decisatildeo do comandante

do batalhatildeo quanto ao emprego das unidades de acordo com a missatildeo O que limita

as capacidades do comandante da engenharia da brigada conforme descrito no

capiacutetulo 3 ldquoO comandante da engenharia da brigada faz sentir sua influecircncia na

conduta do combate ao manter os meios de engenharia sempre em condiccedilotildees de

atender agraves necessidades de apoio tanto as planejadas como as imprevistasrdquo

No Apecircndice B questotildees 6 e 7 a grande maioria das respostas foi favoraacutevel

agrave organizaccedilatildeo proposta e a maioria favoraacutevel parcialmente agrave dotaccedilatildeo do batalhatildeo de

duas Cia E a quatro Pel E Cmb dotados exclusivamente de VBE sobre lagartas

Com base nos seguintes comentaacuterios selecionados seratildeo discutidas as opiniotildees

que culminaram em tal resultado

- ldquoSou favoraacutevel que cada Cia E Cmb tenha uma natureza especiacutefica o que

economiza meios e facilita o planejamentordquo

- ldquoConsidero natildeo viaacutevel esta alternativa embora seja melhor (dotaccedilatildeo de VBE sobre

lagartas por todas as Cia E do batalhatildeo) A situaccedilatildeo do Paiacutes natildeo favorece estas

mudanccedilasrdquo

- ldquoo valor Nec para custeio para Mnt de Vtr SL eacute bem maiorrdquo

A partir dos comentaacuterios acima auxiliado pela experiecircncia do autor e alinhado aos

itens anteriores e agrave revisatildeo de literatura chegou-se agrave seguinte conclusatildeo

82

A sugestatildeo de uma organizaccedilatildeo ideal para o BE Cmb eacute a seguinte duas Cia E

Cmb uma dotada de VBTP sobre rodas em apoio aos RC Mec e uma Cia com

VBTP sobre lagartas em apoio ao RCB Isso justifica-se pelos seguintes motivos

- manutenccedilatildeo da natureza de cada Cia E Cmb permitindo assim o

acompanhamento dos regimentos por parte dos pelototildees (seja pela velocidade das

viaturas Guarani e Cascavel seja pela capacidade de transpor terrenos mais difiacuteceis

dos Leopard M113 e M60) e

- organizaccedilatildeo das companhias para emprego de um tipo de viatura (ou M113 ou

Guarani) facilitando a logiacutestica dentro da companhia

432 Comparaccedilatildeo com outros exeacutercitos

Embora a proposta inicial do trabalho fosse analisar a brigada de um exeacutercito

que tivesse uma estrutura semelhante a da Bda C Mec brasileira este autor natildeo

encontrou tal brigada

Para atingir esse objetivo foi realizada a comparaccedilatildeo com duas brigadas

distintas que se aproximam da estrutura desejada de forma diferente

Assim foram analisadas a brigada americana Stryker (SBCT) que eacute uma

Grande Unidade dotada de meios exclusivamente sobre rodas e a Brigada de

Infantaria Mecanizada da Alemanha que possui meios blindados e mecanizados em

suas tropas

A brigada Stryker possui as seguintes tropas da arma-base trecircs batalhotildees de

infantaria a trecircs companhias cada um com trecircs pelototildees um esquadratildeo de

cavalaria de reconhecimento equipada com viaturas de reconhecimento Stryker

conforme figura apresentada no capiacutetulo anterior

A engenharia que apoia a brigada eacute um batalhatildeo constituiacutedo de duas

companhias de constituiccedilotildees diferentes entre si

Uma Cia E tem um pelotatildeo de comando dois pelototildees de engenharia de

combate uma seccedilatildeo de ponte e um grupo de apoio dotado de equipamentos de

abertura de brecha limitado ao emprego de cargas explosivas lineares (MICLIC) em

reboque para remoccedilatildeo de minas e equipamentos de comprovaccedilatildeo (rolo e arado)

A outra Cia E possui uma seccedilatildeo de comando um pelotatildeo de combate

composto por trecircs GE um pelotatildeo de apoio composto por uma seccedilatildeo de pontes e

83

um grupo de construccedilatildeo horizontal e um pelotatildeo de abertura de brecha (em campo

de minas)

Com base no estudo do MCoE Supplemental Manual 3-90 Force Structure

Reference Data de 2015 foi possiacutevel analisar que os meios utilizados na SBCT satildeo

basicamente viaturas leves caminhotildees cargo e viaturas Stryker por todos os

componentes da brigada excetuando-se apenas os equipamentos construccedilatildeo e

limpeza de vias de engenharia

O exeacutercito alematildeo tem suas brigadas de infantaria mecanizada constituiacutedas

das seguintes tropas de cavalaria e infantaria um batalhatildeo de reconhecimento

dotado de viaturas Fennek trecircs batalhotildees de infantaria mecanizada os quais

utilizam a viatura de combate Puma e um batalhatildeo de rifles que utiliza as viaturas

de combate multipropoacutesito Boxer GTK

Essas fraccedilotildees satildeo apoiadas por um batalhatildeo de engenharia blindado composto

por uma companhia de comando e apoio duas companhias de engenharia de

combate blindada uma companhia de equipamentos de engenharia e uma

companhia de pontes flutuantes

As companhias de combate satildeo compostas por um comando um pelotatildeo de

contramobilidade que constroacutei obstaacuteculos para barrar ou canalizar a forccedila inimiga

um pelotatildeo de abertura de brecha dotado de sistema de limpeza e da viatura Keiler

um pelotatildeo de eliminaccedilatildeo de municcedilatildeo que elimina artefatos explosivos e municcedilotildees

garantindo o traacutefego de tropas e um pelotatildeo de equipamentos responsaacutevel pelo

apoio agrave mobilidade abertura de passagem em obstaacuteculos e cursos drsquoaacutegua e

manutenccedilatildeo de estradas

A companhia de pontes flutuantes eacute composta por um pelotatildeo de viaturas

blindadas e um pelotatildeo de mergulhadores E a companhia de equipamento de

engenharia eacute dotada de equipamentos de construccedilatildeo e viaturas blindadas especiais

conforme figura abaixo

A seguir satildeo apresentadas as viaturas componentes dessas brigadas com

seus respectivos pesos e velocidades viatura sobre rodas Fennek (103 ton e 115

kmh) Viatura de Transporte de Pessoal sobre rodas Fuchs (235 ton e 105 kmh)

utilizada pelos pelototildees de engenharia Viatura de Combate sobre lagartas Puma

utilizada pela infantaria (43 ton e 70 kmh) Viatura Lanccedila-Pontes sobre lagartas

Biber (453 ton e 62 kmh) Viatura Blindada Especial de Engenharia sobre lagartas

84

Dachs (43 ton e 62 kmh) e Viatura para Abertura de Brecha sobre lagartas Keiler

(53 ton e 50 kmh)

Embora o trabalho tenha se desenvolvido de forma diferente do planejado

inicialmente este autor considera que foi positiva a anaacutelise pois duas brigadas

distintas de potecircncias beacutelicas que estatildeo sendo empregados em conflitos

atualmente apresentam diferentes formas de apoio

A brigada blindada alematilde mostrou uma proximidade maior agraves caracteriacutesticas da

brigada brasileira em razatildeo da mistura de meios sobre lagartas e sobre rodas o

que natildeo necessariamente conduz a mesma soluccedilatildeo

A anaacutelise permitiu afirmar que eacute possiacutevel o apoio a tropas mecanizadas por

uma engenharia dotada de meios sobre rodas como a Brigada Stryker

Por outro lado tambeacutem eacute possiacutevel que uma brigada mecanizada com viaturas

sobre rodas e viaturas sobre lagartas de classes diferentes e capacidades de

mobilidade diferentes seja apoiada por uma engenharia dotada de meios sobre

lagartas

Conforme Capiacutetulo 3 o apoio de engenharia agrave mobilidade dos regimentos

(RCB e RC Mec) atualmente eacute limitado ao emprego de equipamentos inadequados

para o apoio em operaccedilatildeo de Aproveitamento do Ecircxito devido a inexistecircncia de

VBE

Considerando que na constituiccedilatildeo da brigada existe um RCB dotado de

VBCCC Leopard 1BR e VBCCC M60 A3-TTS foi analisado o emprego dos meios de

engenharia pelo exeacutercito americano e alematildeo onde natildeo foram encontradas

informaccedilotildees sobre apoio de engenharia com meios mecanizados para apoiar

viaturas blindadas sobre lagartas

De outra forma foi observado o emprego de meios especiais sobre lagartas

para apoio agraves tropas dotadas de viaturas sobre lagartas de classe consideraacutevel na

brigada alematilde - como as viaturas Dachs (43 ton) e as viaturas de combate Puma (43

ton) - e viaturas de grande mobilidade sobre rodas - como as viaturas Fennek (115

kmh) e Puma (105 kmh)

No Apecircndice C questotildees 1 2 e 3 foram apresentadas opiniotildees equilibradas

quanto ao emprego das VBE sobre lagartas e unanimidade para emprego dos tipos

de VBTP de acordo com a tropa apoiada (sobre rodas e sobre lagartas)

85

Com base nos comentaacuterios a seguir pretende-se responder agraves problemaacuteticas

levantadas com base na revisatildeo de literatura e reforccedilar as ideias que corroborem

com a proposta do autor

- ldquoA Bda C Mec eacute apta a atuar em operaccedilotildees ofensivas a perda de velocidade

nesse tipo de operaccedilatildeo eacute natural ao se deparar com obstaacuteculos E eacute nesse

contexto que as Vtr Eng satildeo empregadas Dessa maneira natildeo vejo restriccedilatildeo em

usar meios SL para a Bda C Mec Ademais as VBE Eng SL possuem maior

potecircncia para a remoccedilatildeo de obstaacuteculos sendo mais eficientes e poupando

tempo nessa atividade o que pode se tornar uma dificuldade para VBE Eng SRrdquo

Esse comentaacuterio explica como a Bda Inf Mec alematilde consegue realizar suas

missotildees sendo apoiada por um batalhatildeo de engenharia blindado que possui todas

as suas VBE construiacutedas sobre plataformas sobre lagartas E em relaccedilatildeo agrave

capacidade da VBE Eng a experiecircncia do autor permite testemunhar a favor da

afirmaccedilatildeo apresentada sobre a potecircncia e eficiecircncia que as VBE sobre lagartas

possuem e a restriccedilatildeo de trafegabilidade das viaturas sobre rodas no deslocamento

atraveacutes campo

- ldquonatildeo eacute somente uma questatildeo de velocidade mas tambeacutem das caracteriacutesticas de

terreno que elas iratildeo operar Por exemplo natildeo eacute ideal que uma Vtr SL progrida

sobre o asfaltordquo

A afirmaccedilatildeo acima natildeo eacute verdadeira e seraacute respondida com base na

experiecircncia do autor As viaturas alematildes da famiacutelia Leopard inclusive as Leopard 2

que possuem maior classe satildeo deslocadas na Alemanha atraveacutes de estradas

asfaltadas O deslocamento sobre o asfalto natildeo eacute impedimento nem prejudicial agraves

viaturas sobre lagarta

No Apecircndice D questotildees 1 2 e 3 houve unanimidade quanto ao emprego de VBE

sobre lagartas e equiliacutebrio quanto agrave utilizaccedilatildeo de VBTP de mesmo tipo dos

elementos apoiados

Dos comentaacuterios apresentados foram selecionados os que seguem

86

- ldquoDependendo da situaccedilatildeo taacutetica pode-se exigir a utilizaccedilatildeo de algum implemento

para apoiar a mobilidaderdquo

Esse comentaacuterio abre margem para avaliaccedilatildeo de uma proposta mais

audaciosa na qual deveria ser analisado o custo-benefiacutecio de empregarem-se

pelototildees embarcados em VBTP com implementos

Esse estudo deve avaliar inicialmente a capacidade de tal meio comportar o

sistema e um GE na mesma viatura e o custo de ter VBE sobre lagartas e VBTP

com implementos

Por falta de tempo para estudo de tal proposta o autor natildeo consideraraacute esta

proposta uma opccedilatildeo para este trabalho

- ldquoDevem ser utilizadas VBTP M113 nas duas situaccedilotildees pois a mesma oferece

maior mobilidade atraveacutes terrenordquo

A utilizaccedilatildeo de VBTP M113 junto aos RC Mec eacute menos vantajoso pois

dificilmente o Pel E buscaraacute apoiar a mobilidade por caminhos natildeo utilizados pelas

VBPT Guarani por ser uma soluccedilatildeo de maior custo haja vista a quantidade de

viaturas que o pelotatildeo utiliza e por tornar-se uma opccedilatildeo de velocidade de apoio

Diferente do emprego das VBE sobre lagarta o emprego das VBTP sobre

lagarta natildeo traz ganho significativo nos trabalhos aleacutem de faacutecil identificaccedilatildeo visual

por parte do inimigo

As companhias do batalhatildeo de engenharia deveratildeo possuir VBTP sobre

lagartas e sobre rodas para apoiar respectivamente os RCB e os RC Mec Cabe

salientar entretanto que o emprego dessas VBTP natildeo devem ser de uso exclusivo

aos respectivos elementos devendo ser considerado seu emprego desta forma

apenas como mais adequado

Quanto agraves VBE o trabalho conduziu para que o batalhatildeo seja dotado de

viaturas sobre lagartas a fim de dotar os pelototildees de capacidade para organizaccedilatildeo do

terreno transposiccedilatildeo de cursos de aacutegua e valas e abertura de brecha em campo

minado atribuindo mobilidade adequada tanto para apoio aos RC Mec quanto para

apoio aos RCB pelos motivos jaacute analisados no capiacutetulo 42

87

Os materiais foram separados por tipo de trabalho realizado explorando as

necessidades de apoio dos regimentos da seguinte forma trabalhos de abertura de

brecha transposiccedilatildeo de cursos drsquoaacutegua e valas e trabalhos de organizaccedilatildeo do

terreno e desobstruccedilatildeo de vias

Das Viaturas Blindadas Especiais de abertura de brecha destacam-se as

seguintes

A Viatura americana M1150 Assault Breacher Vehicle (ABV) - Viatura de

Abertura de Brechas) construiacuteda a partir do chassi do M1A1 Abrams a qual eacute

dotada de dois MICLIC (Mine Clearing Line Charge) uma carga linear explosiva que

eacute capaz de eliminar 92 a 95 das minas de um campo de minas

A viatura tem capacidade de lanccedilar uma carga explosiva atraveacutes de 100 a 150

metros destruindo minas bombas e IED sem expor a tripulaccedilatildeo que natildeo precisa

desembarcar Aleacutem disso a viatura possui um arado que permite complementar a

seguranccedila da brecha aberta por carga explosiva

O implemento arado eacute um meacutetodo mecacircnico que natildeo suporta ser empregado

como meio principal pois tem baixa resistecircncia Em meacutedia a cada trecircs minas

removidas por esse implemento uma danifica a lacircmina implicando em sua

substituiccedilatildeo

A Viatura BMR-3M que consiste em uma viatura blindada russa baseada no

carro de combate T-90 que conduz agrave frente de suas lagartas rolos que exercem um

peso superior ao das lagartas sobre o solo acionando-as prematuramente Aleacutem dos

rolos a viatura possui um sistema de contra-ataque magneacutetico e um sistema

jammer que impede o acionamento de explosivos controlados por raacutedio A

velocidade da desminagem eacute de 12 kmh dependendo da densidade da mina e das

condiccedilotildees do solo

O sistema de rolo eacute apto para operar em solo seco e relativamente plano Aleacutem

disso deve ser utilizado como complemento do MICLIC pois em meacutedia o rolo

suporta entre trecircs a seis minas devendo apoacutes isso ser substituiacutedo Esse eacute um

excelente sistema para identificaccedilatildeo do iniacutecio de um campo minado

A viatura alematilde Keiler a qual alega-se que limpa cerca de 98 das minas por

onde passa eacute equipada com um sistema composto por um rotor que eacute interligado a

88

vaacuterios pesos metaacutelicos presos por correntes Quando esse rotor gira e eacute aproximado

do solo realiza pancadas no solo gerando ondas de choque que acionam as cargas

explosivasEnquanto realiza a limpeza um sistema automaticamente demarca o

local livre de minas

Viatura que apresenta alta eficiecircncia quando comparado ao MICLIC que natildeo

necessita de um meio complementar e que tem um baixo custo de utilizaccedilatildeo pois

seu sistema natildeo precisa ser recarregado a Viatura Keiler possui uma manutenccedilatildeo

simples apoacutes detonaccedilatildeo pois o acionamento prematuro das minas natildeo afeta seu

sistema podendo afetar peccedilas de faacutecil reposiccedilatildeo o que natildeo ocorre com o sistema

arado e rolo caso sejam utilizados sem complemento do meacutetodo explosivo

O sistema Python eacute um sistema britacircnico consiste em um reboque com uma

carga linear que eacute distendida sobre o terreno por um foguete propulsor Esse

sistema que tambeacutem foi adquirido pela Tailacircndia eacute transportado na Gratilde-Bretanha

pela viatura Trojan que eacute baseada no carro de combate Challenger 2 O Python foi

utilizado em 2010 durante a Operaccedilatildeo Moshtarak no Afeganistatildeo

O implemento lacircmina para desminagem pode ser utilizado nas viaturas

meacutedias de rodas apresentando capacidade limitada de trabalho na remoccedilatildeo de

minas em superfiacutecies pavimentadas

O Light Weight Mine Roller (LWMR) rolo de minas de peso leve eacute um

sistema adicionado agraves viaturas sobre rodas que protege veiacuteculos do efeito de minas

e Dispositivos Explosivos Improvisados (DEI) realizando pressatildeo sobre o solo agrave

frente do veiacuteculo que realiza a abertura (Armytechnology)

Esse eacute um implemento leve mas que gera efeito pesado em suas rodas

atraveacutes do uso de energia hidraacuteulica gerando a pressatildeo necessaacuteria para

acionamento de cargas explosivas

O sistema americano M58 Mine Clearing Line Charge (MICLIC) eacute uma carga

de demoliccedilatildeo linear a qual eacute projetada por foguete sobre o local onde se deseja

realizar a abertura de uma brecha Este sistema tem a capacidade de abrir uma

brecha de 8 m de largura por 100 m de comprimento (Wikipedia) O dispositivo de

demoliccedilatildeo consiste principalmente de uma corda de nuacutecleo de nylon de 34 de

polegada 700 blocos de demoliccedilatildeo composta por C4 e dois filamentos de cordel

detonante de tetranitrato de pentaeritritol (PETN)

Dos MEM para transposiccedilatildeo de cursos drsquoaacutegua ou valas destam-se

89

A Viatura Blindada Especial Lanccedila-Pontes Leopard 1BR (VBEL Pnt Leo 1

BR) eacute viatura modificada da versatildeo alematilde Panzerschnellbruumlcke 1 para o Brasil

Construiacuteda a partir do chassi do Leopard 1 esta eacute capaz de transportar montar (a

ponte eacute transportada em duas metades) e lanccedilar uma ponte de classe 50 de 22

metros sobre um vatildeo de 20 metros

A Viatura Blindada Lanccedila-Pontes Titan eacute uma viatura britacircnica baseada no

chassi do carro de combate Challenger 2 capaz de lanccedilar uma uacutenica ponte de 26 m

em menos de dois minutos ou duas pontes de 12 m em apenas 90 segundos Esta

viatura que realiza o lanccedilamento vertical tem o mesmo niacutevel de proteccedilatildeo da VBCC

fornecendo um niacutevel muito alto de proteccedilatildeo contra armas de fogo direto aleacutem de

consideraacutevel proteccedilatildeo contra minas terrestres e contra agentes QBRN

A Viatura Blindada Lanccedila-Pontes M104 Wolverine eacute a viatura para

transposiccedilatildeo de pequenas brechas utilizada pelos Estados Unidos Construiacuteda a

partir do chassi da viatura carro de combate M1A2 Abrams a viatura Wolverine tem

a capacidade de lanccedilar ponte de classe 70 sobre brechas de ateacute 24 metros

A viatura que realiza lanccedilamento do tipo horizontal possui proteccedilatildeo

semelhante agrave viatura carro de combate M1A2 Abrams e possui um sistema de

gerenciamento de campo de batalha a fim de aumentar a consciecircncia situacional no

campo de batalha

O feixe de tubos ou Pipe Fascine ao ser colocado dentro de um Fosso

Anticarro (Fosso AC) estreitos cursos drsquoaacutegua ou valas ocupa o espaccedilo do vatildeo

permite a passagem de viatura sobre sua superfiacutecie cumprindo funccedilatildeo semelhante a

da ponte

Esse equipamento pode ser lanccedilado por uma Viatura Blindada Especial de

Engenharia ou adaptada em outras viaturas ou reboques Uma necessidade para

lanccedilamento e recolhimento desse material eacute um sistema do tipo concha guindaste

ou outro meio de iccedilamento a fim de recuperar ou movimentar o equipamento apoacutes

ser lanccedilado

O sistema de lanccedilamento de ponte de pequena brecha eacute um sistema para

viaturas sobre rodas que pode ser adaptado agraves viaturas de combate ou de

transporte de pessoal utilizadas pela infantaria ou cavalaria a fim de abrir passagens

em pequenos cursos drsquoaacutegua O sistema REBS (Rapidly Emplaced Bridge System)

por exemplo permite o lanccedilamento de ponte de classe 50 sobre um vatildeo de ateacute 13

metros

90

Dentre os MEM para organizaccedilatildeo do terreno e desobstruccedilatildeo de vias

destacam-se

Os sistemas lacircmina reta e escavadeira satildeo implementos que podem ser

instalados nas viaturas meacutedias de rodas para desobstruccedilatildeo de vias e organizaccedilatildeo

do terreno

A Viatura Blindada Especial de Engenharia Leopard 1BR (VBE Eng Leo 1

BR) eacute uma viatura modificada da versatildeo alematilde Pionierpanzer Dachs 1 para o Brasil

Suas capacidades adveacutem dos seus equipamentos escavadeira guindaste o

qual funciona a partir do braccedilo da escavadeira lacircmina de terraplanagem que realiza

trabalhos de remoccedilatildeo de terra e obstaacuteculos aleacutem de executar a funccedilatildeo de lacircmina de

apoio o que eacute fundamental para aumento da estabilidade e traccedilatildeo nos trabalhos

com o braccedilo da escavadeira e guindaste escarificador para realizar cortes que

frouxam o terreno duro guincho para resgate ou auto resgate (com capacidade de

ateacute 70 toneladas) parafusadeira de impacto aparelho de corte e solda e

policorteesmerilhadeira (Manual de operaccedilatildeo VBE Eng Leo 1 BR p 2)

Embora exista uma versatildeo mais atual da viatura que seraacute apresentada a

seguir esta versatildeo permanece sendo utilizada pela Alemanha devido a sua alta

qualidade

A Viatura Blindada Especial de Engenharia Pionierpanzer 3 Kodiak eacute a

versatildeo mais atual da viatura alematilde Pionierpanzer Dachs 1 As diferenccedilas da versatildeo

anterior satildeo escavadeira com braccedilo articulado dois guinchos e uma lacircmina que

pode ser substituiacuteda por um arado O arado eacute utilizado para a remoccedilatildeo de minas

junto a um sistema de marcaccedilatildeo de brecha e um sistema de detonaccedilatildeo de minas

eletromagneacuteticas

A concha tambeacutem eacute intercambiaacutevel com uma garra universal cortador de

concreto e perfuratriz A proteccedilatildeo desta viatura eacute a mesma da VBCCC Leopard 2

aleacutem de contar com proteccedilatildeo QBRN e sistema de cacircmeras para a realizaccedilatildeo de uma

operaccedilatildeo eficiente sem exposiccedilatildeo do operador

A Viatura Blindada Especial de Engenharia Terrier executa trabalhos com

escavadeira e lacircmina frontal O veiacuteculo ainda conta com uma blindagem e proteccedilatildeo

contra minas fornecendo proteccedilatildeo contra estilhaccedilos de fogo de armas pequenas e

projeacuteteis de artilharia

91

Para missotildees de abertura de brecha este veiacuteculo eacute equipado com um arado de

grande capacidade que complementa o trabalho realizado por seu equipamento

rebocado Python

Esse mesmo reboque ainda tem capacidade de transporte de feixe de tubos ou

um tolo de esteira (tem funccedilatildeo semelhante ao reforccedilador de solo)

De acordo com o que foi apresentado percebe-se que existe uma gama de

materiais disponiacuteveis no mercado mundial com condiccedilotildees de dotar aos Pel E Cmb

das Cia E Cmb de capacidades adequadas para apoiar a mobilidade dos regimentos

da Bda C Mec

Dentre eles como viatura para abertura de brecha destaca-se o Keiler viatura

que utiliza um sistema barato quando comparado ao MICLIC e completo quando

comparado agraves viaturas arado e rolo Outrossim a manutenccedilatildeo do seu sistema em

combate eacute simples de ser realizada por necessitar de troca de peccedilas de faacutecil

substituiccedilatildeo

Para transposiccedilatildeo de cursos de aacutegua e valas destacam-se a VBEL Pnt Biber

que jaacute eacute utilizada no Brasil e o feixe de tubos para o qual jaacute existem estudos no

Brasil sobre a possibilidade de fabricaccedilatildeo dos tubos Essa tambeacutem eacute uma soluccedilatildeo

barata e eficiente que adaptada sobre uma viatura em desuso como as VBCCC

Leopard 1 que estatildeo no Parque Regional de manutenccedilatildeo ou outra viatura que tenha

o chassi em boas condiccedilotildees de funcionamento onde seja adaptado um braccedilo com

funcionamento hidraacuteulico para lanccedilamento e remoccedilatildeo do feixe

Para a organizaccedilatildeo do terreno e desobstruccedilatildeo de vias destacam-se as

viaturas Leopard dentre as quais utilizamos a VBE Eng (Dachs) que atende bem

as tropas blindadas

Este autor buscou apresentar algumas caracteriacutesticas principais desses

materiais buscando analisar pontualmente as funcionalidades dessas viaturas com

base nas capacidades miacutenimas que faltam nos Pel E Cmb que apoiam as Bda C

Mec As viaturas mencionadas possuem muitos outros benefiacutecios os quais natildeo

foram aprofundados por natildeo serem objetivo do presente estudo

433 Caracteriacutesticas dos meios

No Apecircndice A questatildeo 4 as respostas recebidas mostraram opiniatildeo

unacircnime em relaccedilatildeo agrave necessidade de dotar a Cia E Cmb Mec com ponte classe

92

que atenda tanto as VBTP-MR Guarani quanto as VBCCC Leopard (classe 45) e

VBCCC M60 A3-TTS (classe 55) caracteriacutestica que nem o sistema americano para

viaturas sobre rodas REBS possui Como jaacute mencionado na revisatildeo de literatura

esse sistema lanccedila ponte de classe 50

No Apecircndice A questatildeo 5 a grande maioria respondeu que o apoio de

engenharia aos regimentos por VBEL Pnt sobre lagartas eacute pertinente

Os comentaacuterios contribuiacuteram para complementar o raciociacutenio apresentado

pelas questotildees da seguinte forma

- ldquoA vantagem de se ter na OM Eng Cmb Mec da Bda C Mec somente um tipo de

VBE lanccediladora de ponte sobre lagartas seria que a mesma poderia atender

com maior mobilidade atraveacutes do campo tanto os RC Mec quanto o RCBrdquo

No Apecircndice B questotildees 4 foi unacircnime a aceitaccedilatildeo da afirmativa que considera

que a classe da ponte da VBEL Pnt deve atender agrave classe da viatura de maior

classe (atualmente a VBCCC M60)

A anaacutelise dos comentaacuterios a seguir apresentados permitiratildeo uma explicaccedilatildeo mais

detalhada

- ldquoA Viatura Lanccedila Ponte sobre Rodas (REBS) atende um vatildeo de 13 metros para

Classe Militar 50 Jaacute utilizada nos EUA A VBCCC M60 eacute uma soluccedilatildeo paliativa A

VBCCC Padratildeo do EB eacute o Leopardrdquo

Quanto a essa afirmativa foram consideradas duas situaccedilotildees a primeira fruto

da anaacutelise da atual situaccedilatildeo que paleativa ou natildeo eacute a existecircncia da Vtr M60 cuja

classe natildeo eacute suportada pela ponte do sistema REBS a outra fruto da anaacutelise de

uma situaccedilatildeo futura eacute que o Exeacutercito jaacute estaacute pensando no projeto de uma nova

VBCCC para substituir o Leopard 1A5 e consequentemente as viaturas Leopard 1

e o M60 Esse estudo natildeo definiu ateacute o momento entretanto a classe nem o

momento dessa substituiccedilatildeo

Destaco que a maior importacircncia dessa questatildeo foi identificar a opiniatildeo sobre

a capacidade do emprego de viaturas sobre lagartas em atender agraves necessidades

dos regimentos

93

No Apecircndice B questotildees 5 a maioria das respostas foram contraacuterias agrave

utilizaccedilatildeo de pontes lanccediladas por viaturas sobre rodas ao considerar sua falta de

capacidade de suporte agraves viaturas mais pesadas

A exploraccedilatildeo dos seguintes comentaacuterios apresentados permitiratildeo reforccedilar o

resultado atingido

- ldquoA classe da ponte transportada pela Vtr que deve se adequar agraves necessidades da

Bda Acredito que a Pnt transportada pela Vtr sobre rodas deve ter capacidade de

transposiccedilatildeo de meios sobre lagartasrdquo

Embora concorde com a afirmaccedilatildeo quando comparamos a diferenccedila de

capacidades entre as VBEL Pnt dos paiacuteses mais desenvolvidos verificamos a

dificuldade das viaturas sobre rodas proporcionarem semelhante capacidade

propiciada pelas sobre lagartas

Essa avaliaccedilatildeo eacute facilitada quando comparamos o implemento para viaturas

sobre rodas e a viatura sobre lagartas empregados pelo mesmo paiacutes

O sistema americano REBS que proporciona suporte para viaturas de classe

50 em vatildeos de ateacute 13 metros mostra-se muito inferior quando comparado agrave

capacidade da viatura Wolverine de lanccedilar uma ponte de classe 70 em vatildeo de ateacute

24 metros Quase o dobro de largura de vatildeo em relaccedilatildeo agrave ponte lanccedilada pelo

sistema REBS

Destarte a crescente demanda de pontes de maior classe torna niacutetidos os

benefiacutecios de investir-se em pontes de pequenas brechas de maior capacidade

- ldquoUm detalhe que deve ser levado em consideraccedilatildeo eacute o seguinte num combate de

velocidade e manobra realizado por uma fraccedilatildeo que utilize Vtr Bld SL a VBL Pnt

conseguiraacute acompanhar o mesmo movimento ou alguns Obt do terreno faratildeo ela

ficar pelo caminho Por isso eacute vaacutelido raciocinar que numa Bda que possui elementos

de Man SL e SR a engenharia orgacircnica tambeacutem deva ter essa caracteriacutestica Assim

eacute vaacutelido pensar que nesse BE Cmb Mec deva existir no miacutenimo uma fraccedilatildeo E Cmb

Bld (SL)rdquo

Pode-se contrapor o referido comentaacuterio por meio da anaacutelise do emprego do

exeacutercito alematildeo o qual apoia a Bda Inf Mec com VBE sobre lagartas permitindo

94

afirmar assim que a utilizaccedilatildeo de tais meios no apoio aos elementos dotados de

viaturas sobre rodas natildeo impactaraacute no acompanhamento dos regimentos

Em complemento a essa anaacutelise pode-se analisar o procedimento

experimental que foi realizado no Centro de Instruccedilatildeo de Blindados constante no

Apecircndice E Com meios sobre lagarta um Pel E Cmb acompanhou toda a manobra

em ambiente virtual de um RC Mec da 3ordf Brigada de Cavalaria Mecanizada natildeo

sendo prejudicado seu apoio pela velocidade dos meios empregados

No Apecircndice C questotildees 4 e 5 as opiniotildees foram equilibradas tornando-se mais

adequado a anaacutelise dos comentaacuterios para avaliaccedilatildeo das questotildees propostas

- ldquoConcordo que seria positivo para a funccedilatildeo de Cmb Log mas seria prejudicial para

a funccedilatildeo Cmb Man e Mov pois as tropas SR teriam que ser Ap em algumas

situaccedilotildees por Vtr SLrdquo

De acordo com o emprego realizado na Alemanha conforme capiacutetulo 3 o apoio

prestado pelas VBE sobre lagartas natildeo eacute um problema que afeta a funccedilatildeo de

combate Movimento e Manobrardquo

- ldquoNatildeo obstante agraves vantagens logiacutesticas visualizadas como a menor diversidade

de meios habilitaccedilatildeo de pessoal e estruturas fiacutesicas a adoccedilatildeo de ambos os

meios SR e SL concede maior flexibilidade para o apoio de Eng Permitindo ao

Cmt BE Cmb Mec alocar os meios SR e SL de acordo com a necessidade natureza

da missatildeo e tipo de tropa apoiadardquo

Quanto agrave flexibilidade de apoio natildeo foi identificada a referida problemaacutetica mas as

vantagens estatildeo de acordo com o que o estudo identificou ateacute agora

No Apecircndice D questotildees 4 e 5 as opiniotildees foram equilibradas e devido agrave baixa

quantidade de respostas tornou-se mais adequado analisar seus comentaacuterios como

se segue

- ldquoEacute evidente que o emprego de Vtr sobre lagartas aumenta a mobilidade em

qualquer terreno mas por outro lado impacta enormemente na cauda logiacutestica

Insisto que as Bda C Mec devam manter suas caracteriacutesticas de velocidade

95

principalmente trafegabilidade e mobilidade Recordo que os meios sobre roda

garantem entre outras vantagens melhores condiccedilotildees para o apoio logiacutestico Para

as Bda C Mec a velocidade eacute fundamental no cumprimento de suas missotildees

baacutesicas de Rec e Seg Penso que a mescla de meios sobre lagartas e meios sobre

rodas eacute a configuraccedilatildeo mais adequada considerando a atual constituiccedilatildeo das Bda C

Mec do EBrdquo

Do mesmo modo que nossas Bda C Mec a Bda Inf Mec alematilde eacute dotada de

viaturas leves e raacutepidas as quais necessitam ser acompanhadas e apoiadas

adequadamente pelos pelototildees de engenharia Portanto mais uma vez a

comparaccedilatildeo com o emprego da engenharia na brigada alematilde torna-se fundamental

para comprovar a eficiecircncia do apoio com VBE sobre lagartas

- ldquoA Logiacutestica das VB SL eacute muito mais onerosa que a SR tanto em suprimentos

quanto em manutenccedilatildeo Acredito que uma Cia com meios Bld para apoiar o RCB

seja menos impactante que dotar 3 Cia com meios SL mesmo considerando a maior

diversidade de materiais nesta anaacuteliserdquo

Realmente o custo com suprimentos manutenccedilatildeo e complementando gasto

com combustiacutevel das viaturas sobre lagartas eacute maior que das viaturas sobre rodas

Todavia os benefiacutecios desse investimento seriam

- ganho na compra de um lote maior de viaturas sobre lagartas (quanto maior o

nuacutemero de viaturas menor seraacute o preccedilo)

- ganho em capacidade de trabalho (as viaturas sobre rodas possuem muitas

limitaccedilotildees para a VBEL Pnt a limitaccedilatildeo de classe e para as VBE Eng e VBE

desminagem capacidade muito inferior de utilizar os equipamentos como lacircmina

escavadeira o arado ou rolo atraveacutes campo onde a traccedilatildeo eacute extremamente

necessaacuteria

- ganho na proteccedilatildeo no qual destaca-se em relaccedilatildeo agraves VBTP por ser um meio

mais nobre para as forccedilas amigas e compensador para as inimigas e pela maior

necessidade de exposiccedilatildeo aos fogos haja vista que em operaccedilotildees de abertura de

passagem esse meio seraacute conduzido agrave frente para a realizar a reduccedilatildeo dos

obstaacuteculos

96

434 Quantidade de VBE por BE Cmb

No Apecircndice C questatildeo 6 houve uma aceitaccedilatildeo maior que reprovaccedilatildeo o

que poderaacute ser complementado pela anaacutelise dos comentaacuterios que se seguem

- ldquoDeve-se observar nesse caso natildeo somente a quantidade de elementos de

manobra a apoiar mas tambeacutem a capacidade maacutexima de zonas de accedilatildeo em que a

Bda C Mec eacute capaz de se desdobrar Por exemplo uma Bda Bld pode-se desdobrar

em ateacute 05 zonas de accedilatildeo observadas as suas capacidades maacuteximas de comando e

controle (04 FT U e 01 FT SU) A partir desse levantamento pode-se traccedilar melhor

as necessidades totais de meios de Eng para apoio inclusive com os meios

reservasrdquo

- ldquoPara realizar a comparaccedilatildeo se faz necessaacuterio saber quantas Vtr por tipo os

batalhotildees de engenharia do exeacutercito americano possuem Natildeo haacute a necessidade de

uma Vtr apenas para o rolo Esse pode ser empregado como implemento para as Vtr

da peccedila de manobra Se for possiacutevel utilizar o exeacutercito americano como um modelo

(uma ideia) seria interessante ter uma Vtr especializada de engenharia como os

ABV que jaacute possuem o miclic e o arado na mesma Vtrrdquo

A primeira afirmativa talvez seja a situaccedilatildeo ideal de apoio de uma engenharia

de brigada entretanto para se atingir a capacidade miacutenima de apoio a dotaccedilatildeo de

VBE natildeo precisa atingir cada zona de accedilatildeo mas cada regimento empregado pela

brigada com no miacutenimo um meio principal e um reserva

De acordo com o estudo dos meios do exeacutercito americano verifica-se que sua

engenharia de brigada natildeo tem meios para apoiar cinco zonas de accedilatildeo limitando-se

ao apoio das companhias por unidade Desta forma a complementariedade desse

apoio cabe agrave engenharia de divisatildeo agrave brigada

Em relaccedilatildeo a segunda proposiccedilatildeo pela proximidade das caracteriacutesticas da

brigada faz-se mais conveniente analisar a quantidade de meios do batalhatildeo da

Alemanha que dos Estados Unidos

Desta forma identifica-se que cada companhia do batalhatildeo de engenharia da

Alemanha aleacutem de sistema de lanccedilamento de minas e botes de assalto deteacutem 3

(trecircs) viaturas lanccediladoras de ponte 2 (duas) viaturas de abertura de brecha 2 VBE

Eng

97

Esta distribuiccedilatildeo mostra-se coerente com a miacutenima necessidade dos

regimentos da Bda C Mec os quais precisam ser apoiados com no miacutenimo duas

VBE Eng e duas viaturas de abertura de brecha no caso de emprego de dois

esquadrotildees em primeiro escalatildeo

A dotaccedilatildeo de 3 VBEL Pnt tambeacutem justifica-se pois atende a necessidade de

transposiccedilatildeo em trecircs locais simultaneamente ou em dois locais permanecendo com

uma viatura em reserva primando pela seguranccedila da operaccedilatildeo

De acordo com o acima exposto conclui-se que as companhias do batalhatildeo de

engenharia necessitam de trecircs VBEL Pnt duas VBE Eng e duas viaturas para

abertura de brecha

Como conclusatildeo da anaacutelise da Variaacutevel Dependente de acordo com o que

foi analisado concluo parcialmente que o batalhatildeo de engenharia da brigada

composto por duas Companhia Engenharia de Combate deve ter 4 Pelototildees

de Engenharia de Combate por companhia para as cumprir as missotildees de

apoio direto reforccedilo apoio suplementar e apoio ao conjunto

Com base na anaacutelise das brigadas de outros exeacutercitos eacute possiacutevel a

utilizaccedilatildeo de meios sobre lagartas e sobre rodas mesmo que elas tenham

classes e capacidades de mobilidade diferentes para apoio agraves Brigadas de

Cavalaria Mecanizada

Atualmente os meios de dotaccedilatildeo da Cia E Cmb Mec satildeo inadequados

para o apoio em operaccedilatildeo de Aproveitamento do Ecircxito e a inexistecircncia de

viaturas blindadas especiais de engenharia restringe suas capacidades de

apoio sob fogos diretos mesmo de armas de baixo calibre

Para solucionar este problema pocircde-se observar a existecircncia de

materiais no mercado mundial com condiccedilotildees de dotar os Pel E Cmb das Cia E

Cmb de capacidades adequadas para apoiar a mobilidade dos regimentos da

Bda C Mec

Dentre eles destaca-se a viatura para abertura de brecha Keiler viatura

que utiliza um sistema barato e capaz de realizar sozinha a abertura completa

com manutenccedilatildeo simples

Para transposiccedilatildeo de cursos de aacutegua e valas destacam-se a VBEL Pnt

Biber e o sistema de feixe de tubos A primeira por ser um material eficiente

que jaacute eacute empregado pelas Brigadas Blindadas e a segunda por ser um

98

sistema barato e de faacutecil implementaccedilatildeo em viaturas repotencializadas como

as viaturas Leopard 1 desde que tenham seus sistemas baacutesico em

funcionamento

Para a organizaccedilatildeo do terreno e desobstruccedilatildeo de vias destacam-se as

viaturas Leopard dentre as quais utilizamos a VBE Eng (Dachs) que atende

bem as tropas blindadas

De acordo com a anaacutelise realizada o BE Cmb Mec necessita dos

seguintes materiais para reforccedilo das Cia E Cmb 6 (seis) VBEL Pntcom duas

pontes cada 4 (quatro) VBE Eng 4 (quatro) Viaturas lanccediladoras de feixe de

tubos e 4 (quatro) viaturas para abertura de brecha

99

5 CONCLUSAtildeO E RECOMENDACcedilOtildeES

A presente dissertaccedilatildeo de mestrado classificada quanto agrave sua forma de

abordagem como qualitativa e quanto ao objetivo geral como exploratoacuteria e

descritiva teve como tema a A Engenharia de combate da Brigada de Cavalaria

Mecanizada Uma sugestatildeo de adequaccedilatildeo do apoio prestado aos elementos

empregados em primeiro escalatildeo nas operaccedilotildees ofensivas

O problema central da pesquisa balizou o desenvolvimento do trabalho para

atingir o objetivo geral direcionando-o para o desenvolvimento da proposta mais

adequada de emprego da engenharia no apoio agraves Brigadas de Cavalaria

Mecanizada

Embora tenha sido observada a inexistecircncia de algumas bibliografias a

pesquisa bibliograacutefica permitiu atingir plenamente os objetivos especiacuteficos

relacionados agraves questotildees de estudo acima enumeradas

Nessa fase foram analisados os conceitos receacutem introduzidos no Exeacutercito os

materiais adquiridos e em desenvolvimento atraveacutes dos Projetos Leopard e

Guarani a organizaccedilatildeo da Brigada de Cavalaria Mecanizada e a Companhia de

Engenharia de Combate

Por meio deste estudo foram identificadas as capacidades e limitaccedilotildees dos

elementos empregados em primeiro escalatildeo pela brigada e as capacidades

previstas para o apoio dos Pelototildees de Engenharia desta companhia no apoio em

Operaccedilatildeo de Aproveitamento do Ecircxito

Observou-se a organizaccedilatildeo caracteriacutesticas capacidades e limitaccedilotildees dos Pel

E Cmb identificando os materiais existentes para apoio agrave mobilidade dos

Regimentos e a necessidade de reforccedilos pela Cia E Cmb a fim de realizar um apoio

efetivo

Apoacutes o referido estudo buscou-se complementar os estudos de revisatildeo

bibliograacutefica com a aplicaccedilatildeo de questionaacuterios e procedimento experimental

Para cumprir esse objetivo os questionaacuterios foram enviados a comandantes e

ex-comandantes dos regimentos de cavalaria e companhias de engenharia das

Brigadas de Cavalaria Mecanizada os quais tinham experiecircncia no emprego das

tropas estudadas

Em complemento agrave experiecircncia dos grupos citados foram enviados

100

questionaacuterios aos oficiais de engenharia e instrutores do Centro de Instruccedilatildeo de

Blindados que realizaram curso de comandante de subunidade nos Estados Unidos

ou na Alemanha a fim de contribuiacuterem com experiecircncias e conhecimentos

adquiridos nesses paiacuteses

Desta forma identificou-se a limitaccedilatildeo em meios e em pessoal e

consequentemente ineficiecircncia da companhia de engenharia em realizar um apoio

adequado em uma Operaccedilatildeo de Aproveitamento do Ecircxito e ainda apresentar

condiccedilotildees de realizar trabalhos de apoio ao conjunto suplementar e ficar em

condiccedilotildees de apoiar a reserva quando empregada

Desta feita foram analisadas soluccedilotildees em material e emprego capazes de

tornar o apoio da engenharia suficiente agraves necessidades miacutenimas e imediatas dos

regimentos Assim a anaacutelise seguiu os indicadores e dimensotildees da Variagravevel

Independente e Dependente as quais foram medidas de acordo com as questotildees

constantes nos apecircndices conforme quadros 1 e 2 das Definiccedilatildeo operacional das

variaacuteveis

Isto posto a fim de adequar o emprego e os meios da engenharia da brigada

identificou-se a necessidade de propor uma nova organizaccedilatildeo a fim de solucionar

as suas limitaccedilotildees Com isso concluiu-se que se faz necessaacuteria a mudanccedila do

apoio de uma Companhia de Engenharia de Combate Mecanizada para um

Batalhatildeo de Engenharia de Combate Mecanizado

Para o adequado apoio do Batalhatildeo junto aos Regimentos dotados de

viaturas mecanizadas e blindadas questionou-se a caracteriacutestica dos meios a serem

empregados pela engenharia

A soluccedilatildeo desta questatildeo foi amparada no estudo realizado por meio de

revisatildeo bibliograacutefica pelo procedimento experimental pelas respostas dos

questionaacuterios e seus comentaacuterios

Todos esses procedimentos e instrumentos direcionaram a proposta para a

estrutura de um BE Cmb a duas companhias com quatro pelototildees cada Uma

companhia deve ser dotada de VBTP sobre rodas para apoiar os RC Mec e a

companhia dotada de VBTP sobre lagarta deve apoiar o RCB e se for necessaacuterio

ficar em condiccedilotildees de apoiar o RC Mec

O procedimento experimental contribuiu para identificaccedilatildeo de uma suporte

adequado agrave brigada o qual foi realizado pela Seccedilatildeo de Simuladores do Centro de

Instruccedilatildeo de Blindados por meio do Treinamento Taacutetico em Ambiente Virtual

101

(TTAV) o qual realizou um treinamento com emprego de um RC Mec de uma Bda C

Mec em um Movimento Retroacutegrado que mesmo tendo sido aplicado um tipo

totalmente diferente da operaccedilatildeo em questatildeo permitiu a anaacutelise da capacidade das

viaturas blindadas sobre lagartas no acompanhamento das viaturas blindadas sobre

rodas no cumprimento de suas missotildees

Esse treinamento contribuiu para corroborar com a anaacutelise realizada na

doutrina alematilde que permitiu afirmar que os meios sobre lagartas utilizados pela

engenharia tem condiccedilotildees de apoiar uma Brigada de Cavalaria Mecanizada mesmo

quando esses meios satildeo empregados junto a um RC Mec

Outrossim chegou-se agrave identificaccedilatildeo dos meios que o Batalhatildeo de

Engenharia de Combate Mecanizado deve possuir para reforccedilar em meiois os Pel E

Cmb de acordo com as necessidades de apoio dos Regimentos de uma Bda C Mec

no Aproveitamento do Ecircxito quais sejam quatro VBE Eng quatro VBE de abertura

de brecha (do tipo Keiler) e seis VBEL Pnt (com duas pontes cada) todas sobre

lagartas

Com as conclusotildees do presente trabalho pretende-se adequar o apoio

prestado pela engenharia da brigada por meio da adequaccedilatildeo de seu emprego e de

seu material e refletindo na sua organizaccedilatildeo a fim de capacitaacute-la a apoiar os

elementos empregados em primeiro escalatildeo pela Brigada de Cavalaria Mecanizada

Como soluccedilatildeo praacutetica o autor apresenta no Anexo B a proposta consolidada

em uma Nota Complementar agrave Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 ndash

As Estruturas de Engenharia no Teatro de Operaccedilotildees a qual se apresenta

como base para modificaccedilatildeo do emprego da engenharia da brigada e

consequentemente servir de embriatildeo de um novo manual

Uma sugestatildeo para a experimentaccedilatildeo doutrinaacuteria eacute a transformaccedilatildeo da 3ordf

Companhia de Engenharia de Combate Mecanizada de Dom Pedrito-RS em

batalhatildeo a fim de aproveitar as instalaccedilotildees atuais as quais eram de utilizadas pelo

14ordm Regimento de Cavalaria Mecanizada

O presente trabalho explorou a adequaccedilatildeo do apoio de engenharia da Bda C

Mec a partir da anaacutelise do seu emprego e do seu material no apoio aos elementos

em primeiro escalatildeo em Operaccedilatildeo de Aproveitamento do Ecircxito

Outros estudos se fazem necessaacuterios para complementar as capacidades

necessaacuterias a esse batalhatildeo Dessa maneira o autor recomenda por meio do

QUADRO 17 a seguir os seguintes temas

102

QUADRO DE PROPOSTA PARA NOVAS PESQUISAS NA ESAO

Tema sugerido Especialista recomendado

BE Cmb de uma Brigada de Cavalaria Mecanizada Uma proposta de Quadro de Dotaccedilatildeo de Material (QDM) e Quadro de Cargos Previstos (QCP)

Oficial de engenharia que tenha servido em OM blindada e mecanizada

Equipagens para transposiccedilatildeo de curso drsquoaacutegua adequaccedilatildeo dos meios de transposiccedilatildeo de uma Bda C Mec

Militar de engenharia que tenha comandado uma Companhia de Engenharia de Pontes

TTP do Batalhatildeo de Engenharia de Combate Mecanizado na Operaccedilatildeo de Abertura de Passagem

Oficial de engenharia que tenha servido em OM blindada e mecanizada

Emprego de feixe de tubos em viaturas blindadas para transposiccedilatildeo de cursos de aacutegua e valas

Oficial que tenha experiecircncia com blindados

Viatura de Abertura de Brecha Keiler Uma viatura para solucionar uma deficiecircncia da engenharia brasileira

Oficial de engenharia com curso de desminagem preferencialmente habilitado em

alematildeo

O emprego de um Pelotatildeo de Engenharia de Apoio na Companhia de Engenharia de Combate de um BE Cmb Mec Uma sugestatildeo de dotaccedilatildeo de meios de emprego junto aos elementos em primeiro escalatildeo pela Cia E Cmb

Oficial que tenha servido em Batalhatildeo de Engenharia preferencialmente que tenha

comandado uma Companhia de Comando e Apoio

Doutrina do Batalhatildeo de Engenharia de Combate Mecanizado da Brigada de Cavalaria Mecanizada

Oficial de engenharia que tenha servido em OM blindada e mecanizada

QUADRO 17 - Propostas de novas pesquisas relacionadas ao apoio de engenharia agrave uma Bda C Mec Fonte O autor

______________________________ Saulo dos Santos Marques

Capitatildeo de Engenharia

103

REFEREcircNCIAS

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______ ______ ______ C 2-20 regimento de cavalaria mecanizado 2 ed Brasiacutelia DF 2002

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_______ ______ ______ C 5-1 emprego de engenharia 3 ed Brasiacutelia DF 1999b

_______ ______ ______ C 5-7 batalhatildeo de engenharia de combate 2 ed Brasiacutelia DF 2001

_______ ______ ______ C 5-10 o apoio de engenharia no escalatildeo brigada 2 ed Brasiacutelia DF 2000b

104

BRASIL Exeacutercito Estado Maior C 5-37 minas e armadilhas 2 ed Brasiacutelia DF 2000c

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109

APEcircNDICE A ndash QUESTIONAacuteRIO DESTINADO AOS COMANDANTES E EX-

COMANDANTES DOS REGIMENTOS DAS BRIGADAS DE CAVALARIA

MECANIZADA

O presente questionaacuterio eacute parte integrante da Dissertaccedilatildeo de Mestrado em Ciecircncias

Militares da Escola de Aperfeiccediloamento de Oficiais (EsAO) cujo tema eacute A

ENGENHARIA DE COMBATE DA BRIGADA DE CAVALARIA MECANIZADA

UMA SUGESTAtildeO DE ADEQUACcedilAtildeO DO APOIO PRESTADO AOS ELEMENTOS

EMPREGADOS EM PRIMEIRO ESCALAtildeO NAS OPERACcedilOtildeES OFENSIVAS

desenvolvida pelo Cap Saulo dos Santos Marques da Arma de Engenharia

cursando a EsAO e que possui como orientador o Cel ANDREacute CEZAR SIQUEIRA

instrutor desse Estabelecimento de Ensino

O trabalho em desenvolvimento tem por objetivo analisar as capacidades da

Companhia de Engenharia de Combate Mecanizada (Cia E Cmb Mec) agrave luz da

doutrina vigente e dos novos Mateirais de Emprego Militar (MEM) os quais satildeo

partes importantes da determinaccedilatildeo das capacidades das tropas (DOAMEPI)

Para que esta meta seja alcanccedilada a sua especializaccedilatildeo e experiecircncia

do senhor que jaacute foi comandante de Regimento de Bda C Mec eacute fundamental

Solicito-vos para que em cada questatildeo marque a alternativa que melhor

corresponda agrave sua visatildeo e experiecircncia vivida com o tema ou em atividades dessa

natureza Caso possua conhecimentos complementares sobre cada pergunta ou

opiniotildees divergentes das opccedilotildees apresentadas o senhor poderaacute transcrever nos

espaccedilos descrito como Comente sua opiniatildeo

Outrossim informo-vos que seratildeo necessaacuterios apenas 05 (cinco) minutos

para responder o presente questionaacuterio e que natildeo haveraacute divulgaccedilatildeo de dados

pessoais sendo os resultados de caraacuteter quantitativo e qualitativo representados

por grupos de acordo com o universo ora abordado

Desde jaacute sou grato pela atenccedilatildeo e participaccedilatildeo

Com os melhores cumprimentos

Saulo dos Santos Marques - Cap Eng

110

A ndash ESCALAtildeO DE APOIO DE ENGENHARIA

1) A Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 02 de 31 de maio de 2016 a qual

descreve as estruturas de Engenharia no Teatro de Operaccedilotildees define que a

Brigada de Infantaria Mecanizada deve ser apoiada por um Batalhatildeo de Engenharia

Levando-se em consideraccedilatildeo que a Bda Inf Mec eacute composta por 3 BI Mec e a

Bda C Mec eacute composta por 2 RC Mec e 1 RCB (aleacutem do RC Mec divisionaacuterio) a

engenharia que apoia a Bda C Mec deveria ser consequentemente um BE Cmb

Mec a duas companhias de 4 Pel E Cmb cada

( ) Concordo totalmente

( ) Concordo parcialmente

( ) Discordo

( ) Discordo plenamente

COMENTAacuteRIO DAS OPINIOtildeES

1 Com essa organizaccedilatildeo o BE Cmb Mec poderia empregar uma SU em apoio

direto aos elementos de manobra inclusive aquele em 2ordm escalatildeo mantendo

ainda uma Cia Eng Cmb Mec para emprego centralizado na Z Accedil da Bda

111

2 Penso que o ideal seria um BE Cmb Mec a 3 Cia com 4 Pel E Cmb cada

permitindo o apoio aos 3 elementos de manobra da Bda com uma SU Caso a

Bda receba o RC Mec divisionaacuterio deve receber tambeacutem uma SU Eng Cmb

da Divisatildeo

3 Essa eacute dosagem miacutenima tendo em vista a envergadura e pletora de meios da

tropa apoiada

2) No manual O Inimigo o Exeacutercito Vermelho utiliza a dosagem de uma companhia

de engenharia de combate por unidade de valor batalhatildeo ou regimento Com base

nesse dado para que nossa engenharia esteja adequada a fazer frente agrave

engenharia inimiga o apoio agrave Brigada de Cavalaria Mecanizada deve ser no miacutenimo

de valor de um BE Cmb

( ) Concordo totalmente

( ) Concordo parcialmente

( ) Discordo

( ) Discordo plenamente

Comentaacuterio das opiniotildees

112

1 Embora concorde com a organizaccedilatildeo sugerida no quesito anterior acredito

que natildeo se deva tomar por base uma organizaccedilatildeo do inimigo feita com

finalidades especiacuteficamente escolares A organizaccedilatildeo a ser considerada eacute

aquela adotada por potenciais ameaccedilas

2 Utilizando a mesma dosagem de uma Cia Eng Cmb por Elemento de

manobra valor Batalhatildeo ou Regimento

B ndash QUANTO AOS MEIOS

3) As viaturas blindadas de engenharia como por exemplo a VBE Eng a VBEL Pnt

Vtr de limpeza de minas rolo de dispersatildeo de minas arado entre outras satildeo

viaturas que realizam a abertura de passagem para a transposiccedilatildeo de elementos

apoiados Alguns dos benefiacutecios de sua utilizaccedilatildeo satildeo abertura em menor tempo

com proteccedilatildeo blindada agrave guarniccedilatildeo e exigindo um menor efetivo A partir dessa

afirmaccedilatildeo eacute possiacutevel afirmar que eacute DISPENSAacuteVEL a utilizaccedilatildeo desses meios tendo

em vista que a Cia E Cmb jaacute possui ponte portada e pelototildees com suas

ferramentas de sapa para cumprir esse trabalho

( ) Concordo totalmente

( ) Concordo parcialmente

( ) Discordo

( ) Discordo plenamente

113

Comentaacuterio das opiniotildees

1 A Bda C Mec conduz por suas caracteriacutesticas operaccedilotildees de movimento

Destarte todos os meios que facilitem o movimento satildeo importantes para ela

2 Haveria dificuldade de acompanhamento dos Elm 1ordm Esc pela velocidade de

deslocamento

3 Eacute INDISPENSAacuteVEL a utilizaccedilatildeo desses meios pela Eng da Bda

C ndash QUANTO AgraveS CARACTERIacuteSTICAS DESSES MEIOS

4) Com o advento dos projetos Leopard e Guarani as Bda C Mec passaram a

possuir nos RCB e nos R C Mec respectivamente as VBCCC Leopard 1A1 ou M60

e a VBTP-MR Guarani Partindo do princiacutepio que as VBCCC Leopard tecircm classe

superior agraves VBTPMR Guarani as viaturas lanccediladoras de pontes devem atender agrave

classe das primeiras (viatura de maior classe) o que permite transpor os dois tipos

de viaturas

114

( ) Concordo totalmente

( ) Concordo parcialmente

( ) Discordo

( ) Discordo plenamente

Comentaacuterio das opiniotildees

1 Essa eacute uma assertativa bastante oacutebvia Os meios de transposiccedilatildeo devem

assegurar o movimento de todas as Vtr empregadas pela Bda C Mesc

2 Quem apoia mais apoia menos Esse um princiacutepio que atende plenamente ao

princiacutepio de guerra de economia de meios

5) Como normalmente os blindados sobre lagartas possuem uma capacidade de

transportar pontes mais pesadas em relaccedilatildeo agraves viaturas sobre rodas eacute pertinente

que as viaturas lanccediladoras de ponte sejam sobre rodas mesmo que inviabilize a

transposiccedilatildeo de meios sobre lagartas

( ) Concordo totalmente

( ) Concordo parcialmente

( ) Discordo

( ) Discordo plenamente

115

Comentaacuterio das opiniotildees

1 Volto agrave resposta dada no quesito anterior Os meios de Eng devem ser

necessaacuterios e suficientes para assegurar que TODAS as Vtr da Bda

transponham o obstaacuteculo Como estaacute colocada a questatildeo seria concordar

com que o RCB principal elemento de forccedila da Bda natildeo pudesse empregar

seus CC

2 Sobre a afirmativa eacute bom lembrar as VBE Lccedil Pnt devem deslocar-se com

suas pontes somente em pequenos trechos no compartimento de combate

ateacute o local de lanccedilamento (essas pontes satildeo equipamentos fraacutegeis natildeo

devendo ser deslocadas sobre a VB por longos trechos) Ateacute a aproximaccedilatildeo

desse compartimento as pontes devem ser transportadas em pranchas e se

possiacutevel as VBE Lccedil Pnt sobre lagarta tambeacutem A vantagem de se ter na OM

Eng Cmb Mec da Bda C Mec somente um tipo de VB lanccediladora de ponte

sobre lagartas seria que a mesma poderia atender com maior mobilidade

atraveacutes do campo tanto os RC Mec quanto o RCB Essa VB sobre lagarta

deveria como jaacute foi dito possuir uma viatura Cavalo Mecacircnico com prancha

para a aproximaccedilatildeo da VB ateacute o compartimento de combate (onde deveraacute

lanccedilar a Pnt ) e outra para transportar no miacutenimo as suas trẽs pontes de

pequena brecha

116

3 A Eng da Bda deve ter condiccedilotildees de apoiar o movimento de TODOS os meios

da Bda

D ndash SUGESTOtildeES

6) Eacute mais adequado que o apoio de engenharia a uma Bda C Mec seja realizado por

um batalhatildeo a duas companhias de quatro pelototildees sendo uma das Cia E Cmb

dotada de Viaturas Blindadas Especiais sobre lagartas mais capacitada a apoiar o

RCB e uma Cia E Cmb dotada de Viaturas Blindadas Especiais sobre rodas mais

capacitada a apoiar os RC Mec

( ) Concordo totalmente

( ) Concordo parcialmente

( ) Discordo

( ) Discordo plenamente

Comentaacuterios das opiniotildees

1 Ver resposta do quesito seguinte

2 Estamos trabalhando no CMS na proposta sobre o BE Cmb Mec de Bda C

Mec Em 2017 enviamos ao COTER a proposta do BE Cmb Mec de Bda Inf

Mec A proposta do CMS ( a 3 Cia E) foi enviada pelo ODOp ao DEC que

apoacutes anaacutelise do projeto decidiu junto com o COTER que o BECmb Mec

117

deveria ter somente 2 Cia Eng Cmb Mec e natildeo trecircs como proposto pelo

CMS Na visatildeo do CMS 2 Cias apoiariam as OM em 1ordm escalatildeo (cada uma

com um Regimento) e a 3ordf Cia ficaria no apoio a toda a brigada (demais OM

em 1ordm Esc e A Rg da Bda) Com base nessa decisatildeo de 2017 foi modificada

a proposta do CMS sugerindo ao ODOp que as duas Cia Eng (decisatildeo DEC

COTER) deveriam possuir 4 Pel E cada uma sendo 3 Mec sobre rodas e 1

Bld sobre lagartas com a mesma missatildeo anterior 1 Cia em apoio aos Rgt em

1ordm escalatildeo e a outra em apoio agrave Bda A diferenccedila entre o BE Cmb Mec de Bda

Inf Mec e o de Bda C Mec eacute o apoio a ser prestado ao RCB Portanto no BE

Cmb Mec de Bda Inf Mec todos os Pel E e a Cia C Ap possuem somente VB

sobre rodas No BE Cmb Mec de Bda C Mec 1 Pel E por Cia Eng deve

possuir VB sobre lagartas e os demais VB sobre rodas A Cia C Ap deve

possuir VB sobre rodas e sobre lagartas (VBE Eng VBE LccedilPnt VBE com

implementos do tipo rolo arado MCLIC lanccedila retinida espargidor de minas

AC etc)

3 Estudar se uma Cia eacute suficiente para apoiar os dois R C Mec

4 Na minha opiniatildeo o Batalhatildeo de Engenharia deveria ter 3 Cia sendo duas

dotadas de Viaturas Blindadas Especiais sobre rodas para apoiar os dois RC

Mec e uma dotada de Viaturas Blindadas Especiais sobre lagarta para apoiar

o RCB permitindo o apoio aos 3 elementos de manobra valor Regimento da

Bda

7) Contrariando o item anterior eacute mais pertinente afirmar que o apoio de engenharia

a uma Bda C Mec seraacute mais adequado se for realizado por um batalhatildeo a duas

companhias com quatro pelototildees cada dotadas de Viaturas Blindadas Especiais

sobre lagartas atendendo assim tanto os RCB quanto os RC Mec

( ) Concordo totalmente

( ) Concordo parcialmente

( ) Discordo

( ) Discordo plenamente

118

Comentaacuterios das opiniotildees

1 Em minha opiniatildeo bastaria que uma dessas Cia dispusesse de meios SL o

que proporcionaria uma dosagem eficaz e mais econocircmica

2 Ver observaccedilatildeo do item anterior

3 Concordo em parte Deve possuir Pel E com Vtr sobre rodas (RC Mec) e Pel

E com VB sobre lagartas (RCB) e a Cia C Ap deve possuir VB com rodas e

VB com lagartas As VBE Lccedil Pnt devem ser todas sobre lagartas como jaacute

citado em item anterior A mescla de tipos de VB daraacute ao BE maior

flexibilidade e rapidez no apoio particularmente para acompanhar os RC Mec

como VBTP (Pel E) e VBE Eng sobre rodas

4 Para apoiar os R C Mec em melhores condiccedilotildees deve-se utilizar material de

mobilidadevelocidade igual ou superior

5 Acredito salvo outro juiacutezo que o apoio agrave Bda C Mec deva ser mantido por 1

Cia Eng Mec podendo ter um nuacutemero variaacutevel de Pel Esse pensamento

orientou todas as respostas referentes ao aumento de 1 Cia para um Btl Eng

na Boa C Mec Cabe ressaltar que um incremento (transformaccedilatildeo de Cia para

119

Btl) impacta outros sistemas operacionais da Bda (principalmente o logiacutestico)

acarretando uma mudanccedila quase impossiacutevel na Brigada

120

APEcircNDICE B ndash QUESTIONAacuteRIO DESTINADO AOS COMANDANTES E EX-

COMANDANTES DAS COMPANHIAS DE ENGENHARIA MECANIZADA

O presente questionaacuterio eacute parte integrante da Dissertaccedilatildeo de Mestrado em Ciecircncias

Militares da Escola de Aperfeiccediloamento de Oficiais (EsAO) cujo tema eacute A

ENGENHARIA DE COMBATE DA BRIGADA DE CAVALARIA MECANIZADA

UMA SUGESTAtildeO DE ADEQUACcedilAtildeO DO APOIO PRESTADO AOS ELEMENTOS

EMPREGADOS EM PRIMEIRO ESCALAtildeO NAS OPERACcedilOtildeES OFENSIVAS

desenvolvida pelo Cap Saulo dos Santos Marques da Arma de Engenharia

cursando a EsAO e que possui como orientador o Cel ANDREacute CEZAR SIQUEIRA

instrutor desse Estabelecimento de Ensino

O trabalho em desenvolvimento tem por objetivo analisar as capacidades da

Companhia de Engenharia de Combate Mecanizada (Cia E Cmb Mec) agrave luz da

doutrina vigente e dos novos Mateirais de Emprego Militar (MEM) os quais satildeo

partes importantes da determinaccedilatildeo das capacidades das tropas (DOAMEPI)

Para que esta meta seja alcanccedilada a sua especializaccedilatildeo e experiecircncia

do senhor que jaacute foi comandante de Companhia de Engenharia de Bda C Mec

eacute fundamental

Solicito-vos para que em cada questatildeo marque a alternativa que melhor

corresponda agrave sua visatildeo e experiecircncia vivida com o tema ou em atividades dessa

natureza Caso possua conhecimentos complementares sobre cada pergunta ou

opiniotildees divergentes das opccedilotildees apresentadas o senhor poderaacute transcrever nos

espaccedilos descrito como Comente sua opiniatildeo

Outrossim informo-vos que seratildeo necessaacuterios apenas 05 (cinco) minutos

para responder o presente questionaacuterio e que natildeo haveraacute divulgaccedilatildeo de dados

pessoais sendo os resultados de caraacuteter quantitativo e qualitativo representados

por grupos de acordo com o universo ora abordado

Desde jaacute sou grato pela atenccedilatildeo e participaccedilatildeo

Com os melhores cumprimentos

Saulo dos Santos Marques - Cap Eng

121

A ndash ESCALAtildeO DA ENGENHARIA DA BDA C MEC

1) A Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 02 de 31 de maio de 2016 a qual

descreve as estruturas de Engenharia no Teatro de Operaccedilotildees define que a

Brigada de Infantaria Mecanizada deve ser apoiada por um Batalhatildeo de Engenharia

Levando-se em consideraccedilatildeo que a Bda Inf Mec eacute composta por 3 BI Mec e a

Bda C Mec eacute composta por 2 RC Mec e 1 RCB (aleacutem do RC Mec divisionaacuterio) a

engenharia que apoia a Bda C Mec deveria ser consequentemente um BE Cmb

Mec a duas companhias de 4 Pel E Cmb cada

( ) Concordo totalmente

( ) Concordo parcialmente

( ) Discordo

( ) Discordo plenamente

COMENTAacuteRIO DAS OPINIOtildeES

1 Natildeo vejo a necessidade das Cia E Cmb Mec possuam os 04 Pel E Cmb

acredito que 03 Pel E Cmb jaacute seriam adequados

2 Doutrinariamente sim Em tempo de paz acredito que um Batalhatildeo de

Engenharia com 01 Cia E Cmb cumpre bem a missatildeo

122

3 Nas atuais condiccedilotildees do Paiacutes seria muito difiacutecil a migraccedilatildeo de Cia E Cmb

Mec para BE Cmb Mec

4 Em que pese a atual doutrina (NCD Nr 02 de 31 mai16) prever uma E Bda Inf

Mec compota por 2 Cias a 4 Pel os trabalhos realizados em estudos de sala

de aula da proacutepria EsAO mostram essa estrutura com certa dificuldade para

Mnt do C2 por parte do Cmt BE Tendo em vista seu trabalho estar

pesquisando essa situaccedilatildeo sugiro uma composiccedilatildeo do BECmb Mec (ou Bld)

de 4 CiaECmb a 2 Pel E Cmb e 1 Pel Ap (Neste os diversos materiais jaacute em

Ref agrave Cia Eqp Eng Eqp Ab Bre VBC Eng VBEL Pnt etc) Assim facilitaria o

C2 por parte do Cmdo BE bem como a emissatildeo de ordens e distribuiccedilatildeo de

missotildees

5 A engenharia que apoia a Bda C Mec deveria ser consequentemente um BE

Cmb Mec a 3 companhias de 3 Pel E Cmb cada

2) No manual O Inimigo o Exeacutercito Vermelho utiliza a dosagem de uma companhia

de engenharia de combate por unidade de valor batalhatildeo ou regimento Com base

nesse dado para que nossa engenharia esteja adequada a fazer frente agrave

engenharia inimiga o apoio agrave Brigada de Cavalaria Mecanizada deve ser no miacutenimo

de valor de um BE Cmb

( ) Concordo totalmente

( ) Concordo parcialmente

( ) Discordo

( ) Discordo plenamente

123

Comentaacuterio das opiniotildees

1 Em minha opiniatildeo bastaria que uma dessas Cia dispusesse de meios SL o

que proporcionaria uma dosagem eficaz e mais econocircmica

2 Ver observaccedilatildeo do item anterior

3 Concordo em parte Deve possuir Pel E com Vtr sobre rodas (RC Mec) e Pel

E com VB sobre lagartas (RCB) e a Cia C Ap deve possuir VB com rodas e

VB com lagartas As VBEL Pnt devem ser todas sobre lagartas como jaacute citado

em item anterior A mescla de tipos de VB daraacute ao BE maior flexibilidade e

rapidez no apoio particularmente para acompanhar os RC Mec como VBTP

(Pel E) e VBE Eng sobre rodas

4 Para apoiar os R C Mec em melhores condiccedilotildees deve-se utilizar material de

mobilidadevelocidade igual ou superior

5 Acredito salvo outro juiacutezo que o apoio agrave Bda C Mec deva ser mantido por 1

Cia Eng Mec podendo ter um nuacutemero variaacutevel de Pel Esse pensamento

orientou todas as respostas referentes ao aumento de 1 Cia para um Btl Eng

B ndash QUANTO AOS MEIOS

124

3) As viaturas blindadas de engenharia como por exemplo a VBE Eng a VBEL Pnt

Vtr de limpeza de minas rolo de dispersatildeo de minas arado entre outras satildeo

viaturas que realizam a abertura de passagem para a transposiccedilatildeo de elementos

apoiados Alguns dos benefiacutecios de sua utilizaccedilatildeo satildeo abertura em menor tempo

com proteccedilatildeo blindada agrave guarniccedilatildeo e exigindo um menor efetivo A partir dessa

afirmaccedilatildeo eacute possiacutevel afirmar que eacute DISPENSAacuteVEL a utilizaccedilatildeo desses meios tendo

em vista que a Cia E Cmb jaacute possui ponte portada e pelototildees com suas

ferramentas de sapa para cumprir esse trabalho

( ) Concordo totalmente

( ) Concordo parcialmente

( ) Discordo

( ) Discordo plenamente

Comentaacuterio das opiniotildees

1 O Guarani assim como a Viatura Stryker veiacuteculo das tropas mecanizadas

Norte-Americanas deveria possuir os implementos de engenharia

necessaacuterios para a realizaccedilatildeo de abertura de passagem A abertura de

passagem deveria assim como ocorre com a transposiccedilatildeo de curso daacutegua

deveria ser encarada como uma operaccedilatildeo que possui como uma de suas

fases a reduccedilatildeo do obstaacuteculo a ser transporto

125

2 A proteccedilatildeo blindada eacute fundamental para o combatente mecanizado

3 A Eng Mecanizada carece de meios modernos tais como a Retroescavadeira

de Alta Mobilidade e Blindada jaacute usada nos EUA (HMEE) (que faria o papel

de Eqp Eng Bda Mec) e de Vtr Lanccedila Pontes Sobre Rodas (REBS)

4 Eacute INDISPENSAacuteVEL Os atuais meios presentes no QDM da Cia E Cmb de

Bda eacute totalmente ineficiente numa situaccedilatildeo de combate moderno

5 Eacute possiacutevel afirmar que eacute INDISPENSAacuteVEL no combate moderno a utilizaccedilatildeo

desses meios

6 Esses Eqp BldMec ampliaratildeo a capacidade de trabalho da Cia E

C ndash QUANTO AgraveS CARACTERIacuteSTICAS DESSES MEIOS

4) Com o advento dos projetos Leopard e Guarani as Bda C Mec passaram a

possuir nos RCB e nos R C Mec respectivamente as VBCCC Leopard 1A1 ou M60

e a VBTP-MR Guarani Partindo do princiacutepio que as VBCCC Leopard tecircm classe

superior agraves VBTPMR Guarani as viaturas lanccediladoras de pontes devem atender agrave

classe das primeiras (viatura de maior classe) o que permite transpor os dois tipos

de viaturas

( ) Concordo totalmente

( ) Concordo parcialmente

( ) Discordo

( ) Discordo plenamente

126

Comentaacuterio das opiniotildees

1 Com certeza

2 A Viatura Lanccedila Ponte sobre Rodas (REBS) atende um vatildeo de 13 metros

para Classe Militar 50 Jaacute utilizada nos EUA A VB CC M60 eacute uma soluccedilatildeo

paliativa A VB CC Padratildeo do EB eacute o Leopard

3 Na distribuiccedilatildeo dos meios entre as fraccedilotildees que estaratildeo em Ap Pccedil Man as

que estaratildeo em Ap Fraccedilotildees de Guarani poderatildeo receber Pnt P Bre de menor

classe Ou seja poderatildeo haver Pnt P Bre de classes diferentes Todavia eacute

interessante que a VBL Pnt tenha capacidade de lanccedilar a de maior classe

4 Elas jaacute possuem essa capacidade

5) Como normalmente os blindados sobre lagartas possuem uma capacidade de

transportar pontes mais pesadas em relaccedilatildeo agraves viaturas sobre rodas eacute pertinente

que as viaturas lanccediladoras de ponte sejam sobre rodas mesmo que inviabilize a

transposiccedilatildeo de meios sobre lagartas

( ) Concordo totalmente

( ) Concordo parcialmente

( ) Discordo

( ) Discordo plenamente

127

Comentaacuterio das opiniotildees

1 A classe da ponte transportada pela Vtr que deve se adequar agraves

necessidades da Bda Acredito que a Pnt transportada pela Vtr sobre rodas

deve ter capacidade de transposiccedilatildeo de meios sobre lagartas

2 Uma Brigada Mecanizada possui meios SR e SL Logo um BE Cmb Mec

deve possuir meios SR e SL

3 As VBLPnt sobre lagartas devem ser utilizadas para Bda Bld As VBLPnt

sobre rodas devem ser utilizadas para as Bda Mec

4 Acredito que existam VBEL Pnt sobre rodas que tenha capacidade de

transportar Pnt com Classe para blindados sobre lagartas Um detalhe que

deve ser levado em consideraccedilatildeo eacute o seguinte num combate de velocidade e

manobra realizado por uma fraccedilatildeo que utilize Vtr Bld SL a VBL Pnt

conseguiraacute acompanhar o mesmo movimento ou alguns Obt do terreno faratildeo

ela ficar pelo caminho Por isso eacute vaacutelido raciocinar que numa Bda que possui

elementos de Man SL e SR a engenharia Orgacircnica tambem deva ter essa

caracteriacutestica Assim eacute vaacutelido pensar que nesse BECmbMec deva existir no

miacutenimo uma Fraccedilatildeo E Cmb Bld (SL)

5 O apoio da engenharia ao combate deve ser inexoraacutevel podendo o Batalhatildeo

possuir os dois tipos de Vtr Lccedil Pnt sobe rodas e sobre lagartas

128

D ndash SUGESTOtildeES

6) Eacute mais adequado que o apoio de engenharia a uma Bda C Mec seja realizado por

um batalhatildeo a duas companhias de quatro pelototildees sendo uma das Cia E Cmb

dotada de Viaturas Blindadas Especiais sobre lagartas mais capacitada a apoiar o

RCB e uma Cia E Cmb dotada de Viaturas Blindadas Especiais sobre rodas mais

capacitada a apoiar os RC Mec

( ) Concordo totalmente

( ) Concordo parcialmente

( ) Discordo

( ) Discordo plenamente

Comentaacuterios das opiniotildees

1 Natildeo vejo necessidade dessa especializaccedilatildeo das Cia Acredito que elas

devem ter as mesmas capacidades e estar aptas a transpor qualquer tipo de

tropa da Bda C Mec

2 Conforme comentaacuterio anterior

3 Como jaacute apresentei seria mais interessante no miacutenimo 01 CiaECmbBld em

Ap RCB e 02 CiaECmbMec em Ap aos 2 RCMec

129

4 Eacute mais adequado que o apoio de engenharia a uma Bda C Mec seja realizado

por um Batalhatildeo a 3 Companhias de 3 Pelototildees sendo uma Cia E Cmb

dotada de Viaturas Blindadas Especiais sobre lagartas mais capacitada a

apoiar o RCB e duas Cia E Cmb dotadas de Viaturas Blindadas Especiais

sobre rodas mais capacitadas a apoiar os RC Mec

7) Contrariando o item anterior eacute mais pertinente afirmar que o apoio de engenharia

a uma Bda C Mec seraacute mais adequado se for realizado por um batalhatildeo a duas

companhias com quatro pelototildees cada dotadas de Viaturas Blindadas Especiais

sobre lagartas atendendo assim tanto os RCB quanto os RC Mec

( ) Concordo totalmente

( ) Concordo parcialmente

( ) Discordo

( ) Discordo plenamente

Comentaacuterios das opiniotildees

1 Sou favoraacutevel que cada Cia E Cmb tenha uma natureza especiacutefica o que

economiza meios e facilita o planejamento

130

2 Considero natildeo viaacutevel esta alternativa embora seja melhor A situaccedilatildeo do Paiacutes

natildeo favorece estas mudanccedilas

3 Semelhante ao exposto no item 5 um Ap Eng SL a uma fraccedilatildeo C Mec em

situaccedilatildeo de deslocamentos sobre eixos pavimentados ou natildeo poderaacute ser

retardado em relaccedilatildeo aacute velocidade alcanccedilada pelas Vtr SR Aleacutem disso o

valor Nec para custeio para Mnt de Vtr SL eacute bem maior

4 Eacute pertinente afirmar que o apoio de engenharia a uma Bda C Mec seraacute mais

adequado se for realizado por um Batalhatildeo a 3 Companhias com 3 Pelototildees

cada sendo uma Cia E Cmb dotada de Viaturas Blindadas Especiais sobre

lagartas mais capacitada a apoiar o RCB e duas Cia E Cmb dotadas de

Viaturas Blindadas Especiais sobre Rodas mais capacitadas a apoiar os RC

Mec

5 Lembre-se que a Cia poderaacute solicitar apoio agrave ED Para a realidade do nosso

Exeacutercito uma Cia E bem equipada cumpriria sua missatildeo

131

APEcircNDICE C ndash QUESTIONAacuteRIO DESTINADO AOS MILITARES DE

ENGENHARIA COM CURSO DE COMANDANTE DE SUBUNIDADE NA

ALEMANHA OU ESTADOS UNIDOS

O presente questionaacuterio eacute parte integrante da Dissertaccedilatildeo de Mestrado em Ciecircncias

Militares da Escola de Aperfeiccediloamento de Oficiais (EsAO) cujo tema eacute A

ENGENHARIA DE COMBATE DA BRIGADA DE CAVALARIA MECANIZADA

UMA SUGESTAtildeO DE ADEQUACcedilAtildeO DO APOIO PRESTADO AOS ELEMENTOS

EMPREGADOS EM PRIMEIRO ESCALAtildeO NAS OPERACcedilOtildeES OFENSIVAS

desenvolvida pelo Cap Saulo dos Santos Marques da Arma de Engenharia

cursando a EsAO e que possui como orientador o Cel ANDREacute CEZAR SIQUEIRA

instrutor desse Estabelecimento de Ensino

O trabalho em desenvolvimento tem por objetivo analisar as capacidades da

Companhia de Engenharia de Combate Mecanizada (Cia E Cmb Mec) agrave luz da

doutrina vigente e dos novos Mateirais de Emprego Militar (MEM) os quais satildeo

partes importantes da determinaccedilatildeo das capacidades das tropas (DOAMEPI)

Para que esta meta seja alcanccedilada a sua especializaccedilatildeo e experiecircncia

do senhor que realizou o curso de comandante de subunidade de engenharia

nos EUA ou Alemanha eacute fundamental

Solicito-vos para que em cada questatildeo marque a alternativa que melhor

corresponda agrave sua visatildeo e experiecircncia vivida com o tema ou em atividades dessa

natureza Caso possua conhecimentos complementares sobre cada pergunta ou

opiniotildees divergentes das opccedilotildees apresentadas o senhor poderaacute transcrever nos

espaccedilos descrito como Comente sua opiniatildeo

Outrossim informo-vos que seratildeo necessaacuterios apenas 05 (cinco) minutos

para responder o presente questionaacuterio e que natildeo haveraacute divulgaccedilatildeo de dados

pessoais sendo os resultados de caraacuteter quantitativo e qualitativo representados

por grupos de acordo com o universo ora abordado

Desde jaacute sou grato pela atenccedilatildeo e participaccedilatildeo

Com os melhores cumprimentos

Saulo dos Santos Marques - Cap Eng

132

A ndash VBE SOBRE LAGARTAS OU SOBRE RODAS

Figura 1 - Viatura Fennek

Figura 2 - Viatura Dingo

Figura 3 - VBE de dispersatildeo de minas

133

1) As brigadas blindadas alematildes possuem batalhotildees de reconhecimento os quais

satildeo dotados de viaturas Fennek (Foto 1) Os pelototildees de engenharia dessa brigada

utiliza as VBTP Dingo (Foto 2) e ainda assim emprega Viaturas Blindadas

Especiais sobre lagartas como a disseminadora de minas (Foto 3) a viatura para

abertura de brecha em campo minado (Keiler) e o Dachs (nossa VBE Eng) As

viaturas Dingo e Fennek possuem velocidade superior agraves viaturas especiais que as

apoiam e isso natildeo prejudica as operaccedilotildees do batalhatildeo ou da brigada As Bda C

Mec que possuem as viaturas Guarani (nos R C Mec) e as viaturas Leopard ou M

60 (nos RCB) podem adotar a mesma soluccedilatildeo adotada pela Alemanha

empregando as VBE sobre lagartas para o apoio aos Regimentos da Bda C Mec

( ) Concordo totalmente

( ) Concordo parcialmente

( ) Discordo

( ) Discordo plenamente

Comentaacuterios das opiniotildees

1 Concordo parcialmente pois sou partidaacuterio do emprego da Unidade como um

todo Desta feita as Vtr desta unidade precisam ter as mesmas

caracteriacutesticas ou seja todas SR ou todas SL Os RCB componentes da Bda

C Mec satildeo formados por dois Esqd Fuz (dotados de M 113) e dois Esqd CC

(dotados de Leopard) desta forma atendendo a premissa de que todas as Vtr

134

desta OM possuem a mesma caracteriacutestica de traccedilatildeo Nesta situaccedilatildeo

acredito que a situaccedilatildeo ideal seraacute que ela possua VBC Eng SR para Ap os

RC Mec e VBC Eng SL para Ap o RCB

2 A Bda C Mec eacute apta a atuar em operaccedilotildees ofensivas a perda de velocidade

nesse tipo de operaccedilatildeo eacute natural ao se deparar com obstaacuteculos E eacute nesse

contexto que as Vtr Eng satildeo empregadas Dessa maneira natildeo vejo restriccedilatildeo

em usar meios SL para a Bda C Mec Ademais as VBE Eng SL possuem

maior potecircncia para a remoccedilatildeo de obstaacuteculos sendo mais eficientes e

poupando tempo nessa atividade o que pode se tornar uma dificuldade para

VBE Eng SR

3 As Bda Inf Mec e C Mec tem como caracteriacutestica a velocidade de seus meios

O emprego de Vtr mais lentas natildeo apenas pela engenharia mas pelos seus

demais Elm de apoio resultaria em fator limitador para as operaccedilotildees

4 Primeiramente para realizar a comparaccedilatildeo eacute necessaacuterio compreender a

constituiccedilatildeo das Bda Mec e Bld alematildes bem como quais as missotildees

destinadas a esse tipo de GU Acredito que e as Vtr Dingo natildeo sejam as

uacutenicas Vtr utilizadas pela Bda em questatildeo Considerando as Vtr empregadas

pelas fraccedilotildees que devem Rlz a accedilatildeo principal devemos considerar a mesma

natureza de mobilidade e proteccedilatildeo blindada para o apoio de engenharia

2) Complementando o item anterior para o emprego junto aos R C Mec e RCB os

Pel E Cmb devem ser transportados por VBTP respectivamente sobre rodas

(Guarani) e sobre lagartas (M113) por natildeo haver a necessidade de trabalho dessas

viaturas apenas de acompanhamento das peccedilas de manobra atraveacutes campo eou

estrada

( ) Concordo totalmente

( ) Concordo parcialmente

( ) Discordo

( ) Discordo plenamente

135

Comentaacuterios das opiniotildees

1 Concordo deste que seja atendida o preacute requisito do item anterior ou seja

que a Eng desta Bda possua VBC Eng tanto SR quanto SL

2 O transporte dos Elm Eng seratildeo nesse caso adequados para o tipo de tropa

apoiada

3 Deve ser verificada a necessidade de transporte de outros materiais

(ferramentas) para o emprego do Pel E Cmb Nesse caso eacute possiacutevel admitir

uma variante dos modelos do veiacuteculos

B ndash CAPACIDADE DE ACOMPANHAMENTO DAS OPERACcedilOtildeES DA BDA C MEC

3) As viaturas especiais sobre lagartas possuem grande potecircncia de trabalho e

capacidade de trafegabilidade atraveacutes campo suprindo a necessidade de

mobilidade das tropas blindadas Em comparaccedilatildeo agraves viaturas sobre rodas a

princiacutepio as viaturas sobre lagartas tem melhores desempenho A VBE Eng Leopard

1 BR por exemplo realiza trabalhos de OT destacando-se a construccedilatildeo de fosso

AC confecccedilatildeo de espaldotildees agravamento e melhoria de margem aleacutem de resgate

elevaccedilatildeo de carga e demoliccedilatildeo entre outros Uma preocupaccedilatildeo com seu emprego

junto agraves unidades mecanizadas eacute sua baixa velocidade quando comparada a das

viaturas sobre rodas No que tange a esse criteacuterio eacute possiacutevel afirmar que nas

136

operaccedilotildees ofensivas que as Bda C Mec realizam natildeo eacute desenvolvida velocidade

superior a 60 kmh natildeo sendo portanto uma restriccedilatildeo ao emprego das VBE sobre

lagartas ao R C Mec

( ) Concordo totalmente

( ) Concordo parcialmente

( ) Discordo

( ) Discordo plenamente

Comentaacuterios das opiniotildees

1 Concordo parcialmente pois acho muito arriscado vocecirc considerar como

verdade absoluta que natildeo haveraacute velocidade superior a 60 kmh em uma Op

Ofensiva Acredito que a velocidade meacutedia da operaccedilatildeo realmente natildeo seraacute

superior a 60 kmh mas em alguns trechos acredito que a velocidade

necessaacuteria para manter a impulsatildeo da Op poderaacute ser superior a 60 kmh

Aleacutem disso natildeo eacute somente uma questatildeo de velocidade mas tambeacutem das

caracteriacutesticas de terreno que elas iratildeo operar Por exemplo natildeo eacute ideal que

uma Vtr SL progrida sobre o asfalto

2 Reitero o abordado no item 1 em que a Bda C Mec eacute apta a atuar em

operaccedilotildees ofensivas a perda de velocidade nesse tipo de operaccedilatildeo eacute natural

ao se deparar com obstaacuteculos E eacute nesse contexto que as Vtr Eng satildeo

137

empregadas Dessa maneira natildeo vejo restriccedilatildeo em usar meios SL para a Bda

C Mec Ademais as VBE Eng SL possuem maior potecircncia para a remoccedilatildeo de

obstaacuteculos sendo mais eficientes e poupando tempo nessa atividade o que

pode se tornar uma dificuldade para VBE Eng SR

3 A mobilidade da tropa natildeo pode levar em conta apenas a velocidade de

deslocamento Uma VBE Eng Leopard possui Classe 45 enquanto os

Guarani apenas Cl 20 O emprego em conjunto dos dois meios traz consigo a

necessidade de meios de Tva como Pnt P Bre Prtd etc com maior

capacidade de suporte apenas para atender uma pequena parcela das Vtr da

Bda uma vez que a dotaccedilatildeo prevista para o BE Cmb Mec atualmente eacute de 6

VBE Eng e 4 VBE L Pnt

4 Eacute necessaacuterio que o apoio agrave manobra possua a mesma mobilidade A Manobra

natildeo pode ser regulada pela limitaccedilatildeo das peccedilas de apoio

C ndash SOLUCcedilAtildeO LOGIacuteSTICA

4) O Estados Unidos possui viaturas especiais sobre rodas incluindo uma viatura

que lanccedila ponte de classe 50 Essas viaturas apoiam as Brigadas Stryker que

empregam os elementos de primeiro escalatildeo em sua normalidade com viaturas

Stryker (viaturas sobre rodas) Semelhante ao emprego dos R C Mec o emprego

das viaturas Stryker eacute predominantemente sobre estradas excetuando-se quando o

terreno permite como no Iraque No Brasil as Bda C Mec possuem as viaturas

Guarani (R C Mec) e Leopard (RCB) que atua em terreno que apresenta grandes

limitaccedilotildees quando comparado com o solo do Iraque Considerando que o apoio a

uma Bda C Mec seja realizado por um BE Cmb onde uma Cia E Cmb apoiaria o

RCB e duas Cia E Cmb apoiariam os R C Mec o emprego das VBE sobre lagartas

por todas as SU impactaria positivamente na logiacutestica da Unidade

( ) Concordo totalmente

( ) Concordo parcialmente

( ) Discordo

( ) Discordo plenamente

138

V

Comentaacuterios das opiniotildees

1 Concordo que seria positivo para a funccedilatildeo de Cmb Log mas seria prejudicial

para a funccedilatildeo Cmb Man e Mov pois as tropas SR teriam que ser Ap em

algumas situaccedilotildees por Vtr SL

2 Natildeo obstante as vantagens logiacutesticas visualizadas como a menor diversidade

de meios habilitaccedilatildeo de pessoal e estruturas fiacutesicas a adoccedilatildeo de ambos os

meios SR e SL concede maior flexibilidade para o apoio de Eng Permitindo

ao Cmt BE Cmb Mec alocar os meios SR e SL de acordo com a necessidade

natureza da missatildeo e tipo de tropa apoiada

3 O emprego de Vtr especializadas de Eng permite um melhor apoio aos Elm

manobra mas esse apoio seria adequado tambeacutem com o emprego de Vtr SR

4 Para poder proceder a comparaccedilatildeo eacute necessaacuterio realizar os mesmos fatores

de comparaccedilatildeo As Bda Stryker no exeacutercito dos EUA eacute uma brigada de

infantaria Mec A Bda C Mec do Brasil eacute de cavalaria A principal diferenccedila

entre essas Bda eacute o tipo de missatildeo a ser realizada por cada uma e por

consequecircncia pode haver variaccedilatildeo no tipo de Vtr Normalmente os RCB e os

RC Mec formam uma FT e dessa forma o apoio de engenharia seraacute definido

139

pela missatildeo Cabe ressaltar que as Bda C Mec possuem 01 Cia E Cmb Mec

portanto o apoio aos Regimentos deveraacute ser realizado pelos Pel E Cmb Mec

D ndash CONSTITUICcedilAtildeO DO BE CMB

5) Ainda considerando que um BE Cmb apoie uma Bda C Mec o batalhatildeo de

engenharia deveria ser a 3 Cia E Cmb com 4 Pel E cada Desta forma 2 Cia Mec

apoiariam os 2 R C Mec e a Cia Bld apoiaria o RCB conseguindo ainda realizar os

trabalhos de apoio ao conjunto

( ) Concordo totalmente

( ) Concordo parcialmente

( ) Discordo

( ) Discordo plenamente

Comentaacuterios das opiniotildees

1 Acredito que seria uma situaccedilatildeo muito boa a que vocecirc levantou mas acredito

que um BE Cmb a 2 Cia E Cmb sendo uma delas com vocaccedilatildeo blindada

(para Ap o RCB) e a outra com vocaccedilatildeo Mec (para apoiar os RC Mec) seriam

o suficiente para prestar o Ap Eng agrave Bda C Mec

140

2 Os BE Cmb de Bda doutrinariamente possuem natureza uacutenica satildeo Mec ou

Bld Aleacutem disso a dosagem miacutenima de apoio serve como uma referecircncia

inicial podendo a mesma ser aumentada em funccedilatildeo da missatildeo a

desempenhar e a necessidade de apoio de Eng

3 As Bda Bld possuem maior poder de choque e possuem apenas 1 Btl E Cmb

(com 2 SU x 4 Pelototildees cada = 8 Pel E Cmb) A Bda C Mec teria 12 Pel E

Cmb Para o estudo da dosagem de engenharia para as missotildees da Bda eacute

necessaacuterio verificar a dosagem miacutenima do apoio de engenharia que eacute de 01

Pel E por Btl Nesse caso um regimento estaria recebendo 4 Pel E Cmb Esse

aumento de efetivo e de dosagem iria impactar consideravelmente a

necessidade de Vtr especializadas e em consequecircncia os custos para essa

mobilizaccedilatildeo

E ndash MEIOS DO BE CMB

6) O exeacutercito dos EUA prevecirc para as Operaccedilotildees de Abertura de Passagem a

proporccedilatildeo miacutenima de 50 de meios em reserva para assegurar a continuidade da

operaccedilatildeo no caso de perda de uma das viaturas Isso significa que para a abertura

de duas passagens simultaneamente seratildeo empregadas 2 VBE para abertura e 1

VBE ficaraacute em reserva De acordo com o item anterior a dotaccedilatildeo orgacircnica por tipo

de VBE deve ser na proporccedilatildeo de trecircs por Cia E a fim de apoiar cada regimento

Com isso o BE Cmb deve ter a dotaccedilatildeo de 9 VBE Eng 9 VBEL Pnt com total de 18

pontes 9 VBE rolo 9 VBE arado com carga linear explosiva (CLE) tipo MICLIC

com 2 cargas por viatura e 9 VBE lanccediladora de feixe de tubos

( ) Concordo totalmente

( ) Concordo parcialmente

( ) Discordo

( ) Discordo plenamente

141

Comentaacuterios das opiniotildees

1 Deve-se observar nesse caso natildeo somente a quantidade de elementos de

manobra a apoiar mas tmbeacutem a capacidade maacutexima de zonas de accedilatildeo em

que a Bda C Mec eacute capaz de se desdobrar Por exemplo uma Bda Bld pode-

se desdobrar em ateacute 05 zonas de accedilatildeo observadas as suas capacidades

maacuteximas de comando e controle (04 FT U e 01 FT SU) A partir desse

levantamento pode-se traccedilar melhor as necessidades totais de meios de Eng

para apoio inclusive com os meios reservas

2 Para realizar a comparaccedilatildeo se faz necessaacuterio saber quantas Vtr por tipo os

batalhotildees de engenharia do exeacutercito americano possuem Natildeo haacute a

necessidade de uma Vtr apenas para o rolo Esse pode ser empregado como

implemento para as Vtr da peccedila de manobra Se for possiacutevel utilizar o exeacutercito

americano como um modelo (uma ideia) seria interessante ter uma Vtr

especializada de engenharia como os ABV que jaacute possuem o miclic e o

arado na mesma Vtr

142

APEcircNDICE D ndash QUESTIONAacuteRIO DESTINADO INSTRUTORES DO CENTRO DE

INSTRUCcedilAtildeO DE BLINDADOS COM CURSO DE COMANDANTE DE

SUBUNIDADE NA ALEMANHA OU ESTADOS UNIDOS

O presente questionaacuterio eacute parte integrante da Dissertaccedilatildeo de Mestrado em Ciecircncias

Militares da Escola de Aperfeiccediloamento de Oficiais (EsAO) cujo tema eacute A

ENGENHARIA DE COMBATE DA BRIGADA DE CAVALARIA MECANIZADA

UMA SUGESTAtildeO DE ADEQUACcedilAtildeO DO APOIO PRESTADO AOS ELEMENTOS

EMPREGADOS EM PRIMEIRO ESCALAtildeO NAS OPERACcedilOtildeES OFENSIVAS

desenvolvida pelo Cap Saulo dos Santos Marques da Arma de Engenharia

cursando a EsAO e que possui como orientador o Cel ANDREacute CEZAR SIQUEIRA

instrutor desse Estabelecimento de Ensino

O trabalho em desenvolvimento tem por objetivo analisar as capacidades da

Companhia de Engenharia de Combate Mecanizada (Cia E Cmb Mec) agrave luz da

doutrina vigente e dos novos Mateirais de Emprego Militar (MEM) os quais satildeo

partes importantes da determinaccedilatildeo das capacidades das tropas (DOAMEPI)

Para que esta meta seja alcanccedilada a sua especializaccedilatildeo e experiecircncia

do senhor que eacute instrutor do Centro de Instruccedilatildeo de Blindados e realizou o

curso de comandante de subunidade nos EUA ou Alemanha eacute fundamental

Solicito-vos para que em cada questatildeo marque a alternativa que melhor

corresponda agrave sua visatildeo e experiecircncia vivida com o tema ou em atividades dessa

natureza Caso possua conhecimentos complementares sobre cada pergunta ou

opiniotildees divergentes das opccedilotildees apresentadas o senhor poderaacute transcrever nos

espaccedilos descrito como Comente sua opiniatildeo

Outrossim informo-vos que seratildeo necessaacuterios apenas 05 (cinco) minutos

para responder o presente questionaacuterio e que natildeo haveraacute divulgaccedilatildeo de dados

pessoais sendo os resultados de caraacuteter quantitativo e qualitativo representados

por grupos de acordo com o universo ora abordado

Desde jaacute sou grato pela atenccedilatildeo e participaccedilatildeo

Com os melhores cumprimentos

Saulo dos Santos Marques - Cap Eng

143

A ndash VBE SOBRE LAGARTAS OU SOBRE RODAS

Figura 1 - Viatura Fennek

Figura 2 - Viatura Dingo

Figura 3 - VBE de dispersatildeo de minas

144

1) As brigadas blindadas alematildes possuem batalhotildees de reconhecimento os quais

satildeo dotados de viaturas Fennek (Foto 1) Os pelototildees de engenharia dessa brigada

utiliza as VBTP Dingo (Foto 2) e ainda assim emprega Viaturas Blindadas

Especiais sobre lagartas como a disseminadora de minas (Foto 3) a viatura para

abertura de brecha em campo minado (Keiler) e o Dachs (nossa VBE Eng) As

viaturas Dingo e Fennek possuem velocidade superior agraves viaturas especiais que as

apoiam e isso natildeo prejudica as operaccedilotildees do batalhatildeo ou da brigada As Bda C

Mec que possuem as viaturas Guarani (nos R C Mec) e as viaturas Leopard ou M

60 (nos RCB) podem adotar a mesma soluccedilatildeo adotada pela Alemanha

empregando as VBE sobre lagartas para o apoio aos Regimentos da Bda C Mec

( ) Concordo totalmente

( ) Concordo parcialmente

( ) Discordo

( ) Discordo plenamente

Comentaacuterios das opiniotildees

1 Um dos pontos baacutesicos para discussatildeo eacute a estrutura finalidade e composiccedilatildeo

de meios das Bda C Mec do EB face agraves caracteriacutesticas do combate atual e

do futuro Dotar as Bda C Mec com novos meios eacute importante poreacutem a

reestruturaccedilatildeo dessas brigdas deveria preceder agraves inovaccedilotildees no seu material

145

2) Complementando o item anterior para o emprego junto aos R C Mec e RCB os

Pel E Cmb devem ser transportados por VBTP respectivamente sobre rodas

(Guarani) e sobre lagartas (M113) por natildeo haver a necessidade de trabalho dessas

viaturas apenas de acompanhamento das peccedilas de manobra atraveacutes campo eou

estrada

( ) Concordo totalmente

( ) Concordo parcialmente

( ) Discordo

( ) Discordo plenamente

Comentaacuterios das opiniotildees

1 Vide comentaacuterio anterior

2 Dependendo da situaccedilatildeo taacutetica pode haver necessidade de utilizaccedilatildeo de

algum implemento para apoiar a mobilidade neste sentido apenas VBTP

seria insuficiente prestar o apoio sendo mais indicado a adoccedilatildeo de uma VBE

VBTP eacute a opccedilatildeo no caso de impossibilidade de se dispor de uma VBE

3 Devem ser utilizadas VBTP M113 nas duas situaccedilotildees pois a mesma oferece

maior mobilidade atraveacutes terreno

146

B ndash CAPACIDADE DE ACOMPANHAMENTO DAS OPERACcedilOtildeES DA BDA C MEC

3) As viaturas especiais sobre lagartas possuem grande potecircncia de trabalho e

capacidade de trafegabilidade atraveacutes campo suprindo a necessidade de

mobilidade das tropas blindadas Em comparaccedilatildeo agraves viaturas sobre rodas a

princiacutepio as viaturas sobre lagartas tem melhores desempenho A VBE Eng Leopard

1 BR por exemplo realiza trabalhos de OT destacando-se a construccedilatildeo de fosso

AC confecccedilatildeo de espaldotildees agravamento e melhoria de margem aleacutem de resgate

elevaccedilatildeo de carga e demoliccedilatildeo entre outros Uma preocupaccedilatildeo com seu emprego

junto agraves unidades mecanizadas eacute sua baixa velocidade quando comparada a das

viaturas sobre rodas No que tange a esse criteacuterio eacute possiacutevel afirmar que nas

operaccedilotildees ofensivas que as Bda C Mec realizam natildeo eacute desenvolvida velocidade

superior a 60 kmh natildeo sendo portanto uma restriccedilatildeo ao emprego das VBE sobre

lagartas ao R C Mec

( ) Concordo totalmente

( ) Concordo parcialmente

( ) Discordo

( ) Discordo plenamente

Comentaacuterios das opiniotildees

147

1 As Bda C Mec satildeo destinadas basicamente para as Op de Rec e Seg

podendo ser empregadas em Op OfDef e outras Nesse sentido a destinaccedilatildeo

de Vtr de apoio ao combate deveria em principio atender aos princiacutepios da

velocidade em primeiro lugar e aos princiacutepios da mobilidade Nesse sentido

eacute importante manter-se as caracteriacutesticas dos Rgt Mec dotando-os de meios

sobre rodas O emprego de Vtr sobre lagartas nos RCMec deve ser portanto

judiciosamente aquilatado

2 Existe a necessidade de uma anaacutelise mais profunda para a retirada desse tipo

de conclusatildeo

C ndash SOLUCcedilAtildeO LOGIacuteSTICA

4) O Estados Unidos possui viaturas especiais sobre rodas incluindo uma viatura

que lanccedila ponte de classe 50 Essas viaturas apoiam as Brigadas Stryker que

empregam os elementos de primeiro escalatildeo em sua normalidade com viaturas

Stryker (viaturas sobre rodas) Semelhante ao emprego dos R C Mec o emprego

das viaturas Stryker eacute predominantemente sobre estradas excetuando-se quando o

terreno permite como no Iraque No Brasil as Bda C Mec possuem as viaturas

Guarani (R C Mec) e Leopard (RCB) que atua em terreno que apresenta grandes

limitaccedilotildees quando comparado com o solo do Iraque Considerando que o apoio a

uma Bda C Mec seja realizado por um BE Cmb onde uma Cia E Cmb apoiaria o

RCB e duas Cia E Cmb os R C Mec o emprego das VBE sobre lagartas por todas

as SU impactaria positivamente na logiacutestica da Unidade

( ) Concordo totalmente

( ) Concordo parcialmente

( ) Discordo

( ) Discordo plenamente

148

Comentaacuterios das opiniotildees

1 Eacute evidente que o emprego de Vtr sobre lagartas aumenta a mobilidade em

qualqer terreno da forccedila dotada desses meios mas por outro lado impacta

enormemente a cauda logiacutestica Insisto que as Bda C Mec devam manter

suas caracteriacutesticas de velocidade principalmente trafegabilidade e

mobilidade Recordo que os meios sobre roda garantem entre outras

vantagens melhores condiccedilotildees para o apoio logiacutestico Para as Bda C Mec a

velocidade eacute fundamental no cumprimento de suas missotildees baacutesicas de Rec e

Seg Penso que a mescla de meios sobre lagartas e meios sobre rodas eacute a

configuraccedilatildeo mais adequada considerando a atual constituiccedilatildeo das Bda C

Mec do EB

2 A Logiacutestica das VB SL eacute muito mais onerosa que a SR tanto em suprimentos

quanto em manutenccedilatildeo Acredito que uma Cia com meios Bld para apoiar o

RCB seja menos impactante que dotar 3 Cia com meios SL mesmo

considerando a maior diversidade de materiais nesta anaacutelise

D ndash CONSTITUICcedilAtildeO DO BE CMB

5) Ainda considerando que um BE Cmb apoie uma Bda C Mec o batalhatildeo de

engenharia deveria ser a 3 Cia E Cmb com 4 Pel E cada Desta forma 2 Cia Mec

149

apoiariam os 2 R C Mec e a Cia Bld apoiaria o RCB conseguindo ainda realizar os

trabalhos de apoio ao conjunto

( ) Concordo totalmente

( ) Concordo parcialmente

( ) Discordo

( ) Discordo plenamente

150

APEcircNDICE E ndash PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

TREINAMENTO DE TTP EM AMBIENTE VIRTUAL (TTAV) DA 3ordf BDA C MEC

O TTAV realizado na semana de 23 a 03 de agosto de 2018 consistiu no

emprego de Quadros da 3ordf Bda C Mec no treinamento de TTP em ambiente

simulado na Seccedilatildeo de Simulaccedilatildeo do Centro de Instruccedilatildeo de Blindados

Um R CMec formado pelos Quadros da Bda foi empregado em um Movimento

Retroacutegrado onde tinha por missatildeo retardar o avanccedilo de uma Bda Inf Mec Vm (meios

blindados)

Para cumprir sua missatildeo a brigada empregou Quadros do 3ordm R C Mec 7ordm R C

Mec e 12ordm R C Mec aleacutem do 25ordm GAC e da 3ordf Cia Eng Cmb Mec

O Pel E foi empregado com uma VBTP Eng M113 e um Leopard 1A5 BR com

implemento do tipo arado em reforccedilo ao Rgt ateacute o final da operaccedilatildeo

O Pel E durante a fase de planejamento realizou o estudo do terreno e

contribuiu com o planejamento de obstaacuteculos de contramobilidade e de trabalhos de

proteccedilatildeo ao longo das posiccedilotildees de retardamento

Durante a operaccedilatildeo pela presenccedila de poucos militares de engenharia o

pelotatildeo foi representado pela viatura M113 reforccedilado pela viatura Leopard com rolo

Por limitaccedilotildees do software empregado e pela necessidade de celeridade nas

posiccedilotildees de retardamento (em uma situaccedilatildeo real tal operaccedilatildeo poderia durar dias) as

accedilotildees do Pel E durante o desenrolar da operaccedilatildeo foram limitadas ao

acompanhamento do Rgt e execuccedilatildeo simulada dos trabalhos supracitadas

Ao final da missatildeo foi prevista a utilizaccedilatildeo de uma Vtr MICLIC para a bertura

de uma passagem atraveacutes do campo minado da P Def amiga poreacutem por questotildees

de tempo tal accedilatildeo natildeo foi realizada

Por fim verifica-se que o Pel E em relaccedilatildeo ao emprego de meios sobre

lagartas natildeo atrasou os deslocamentos do R CMec durante a operaccedilatildeo e cumpriu

sua missatildeo dentro do contexto de um movimento retroacutegrado

(Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 ndash C Dout ExCOTER de 31 MAI de 2016Fl 110)

MINISTEacuteRIO DA DEFESA EXEacuteRCITO BRASILEIRO

COMANDO DE OPERACcedilOtildeES TERRESTRES CENTRO DE DOUTRINA DO EXEacuteRCITO

Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 de 31 de maio de 2016

AS ESTRUTURAS DE ENGENHARIA NO TEATRO DE OPERACcedilOtildeES

IacuteNDICE DE ASSUNTOS

1 FINALIDADE02

2 OBJETIVO02

3 REFEREcircNCIAS02

4 INTRODUCcedilAtildeO02

5ORGANIZACcedilAtildeO DA ENGENHARIA02

6 A ENGENHARIA NA ZONA DE ADMINISTRACcedilAtildeO03

7 A ENGENHARIA NA ZONA DE COMBATE04

8 GERACcedilAtildeO DE FORCcedilAS06

ANEXOS

A ndash ORGANIZACcedilAtildeO DA ENGENHARIA NO TEATRO DE OPERACcedilOtildeES E

ORGANOGRAMAS DAS ESTRUTURAS BAacuteSICAS DE ENGENHARIA SEGUNDO

AS SITUACcedilOtildeES DE EMPREGO DA FORCcedilA TERRESTRE

COMPONENTE08

(Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 ndash C Dout ExCOTER de 31 MAI de 2016Fl 210)

1 FINALIDADE

Orientar a organizaccedilatildeo das estruturas de Engenharia no Teatro de Operaccedilotildees (TO)

2 OBJETIVO

Apresentar uma visatildeo atualizada das estruturas de Engenharia no TO agrave luz da Doutrina

Militar Terrestre subsidiando exploraccedilatildeo do assunto nas Escolas Militares no

planejamento e execuccedilatildeo de Exerciacutecios Militares nos planejamentos operacionais e

taacuteticos para Emprego da Forccedila Terrestre

3 REFEREcircNCIAS

____ Doutrina de Operaccedilotildees Conjuntas - MD30-M-01 2011

____ Doutrina de Logiacutestica Militar - MD42-M-02

____ Glossaacuterio das Forccedilas Armadas - MD35-G-01 2007

____ Operaccedilotildees EB20-MF-10103 2014

____ Forccedila Terrestre Componente - EB20-MC-10202 2014

____ A Forccedila Terrestre Componente nas Operaccedilotildees - EB20-MC-10-301 2014

____ Movimento e Manobra - EB20-MC-10203 2015

____ Logiacutestica - EB20-MC-10204 2014

____ Proteccedilatildeo - EB20-MC-10208 2015

____ Geoinformaccedilatildeo - EB20-MC-10209 2014

____ Doutrina Militar Terrestre - EB20-MF-10102-1 2014

____ Emprego de Engenharia - C 5-1 1999

4 INTRODUCcedilAtildeO

41 A Doutrina do Exeacutercito Brasileiro em particular a doutrina de emprego da Arma de

Engenharia vive em constante evoluccedilatildeo requerendo atualizaccedilotildees perioacutedicas em funccedilatildeo

da introduccedilatildeo de novos conceitos novos equipamentos e mesmo da observaccedilatildeo do

emprego da Arma nos mais variados conflitos

42 A recente ediccedilatildeo de uma nova seacuterie de manuais doutrinaacuterios tanto pelo Ministeacuterio da

Defesa (MD) quanto pelo Estado-Maior do Exeacutercito (EME) indicou a necessidade de uma

atualizaccedilatildeo do Manual de Campanha C 5-1 (Emprego de Engenharia ediccedilatildeo de 1999)

5 ORGANIZACcedilAtildeO DA ENGENHARIA

51 Uma vez que a Engenharia exerce sua atividade sobre um fator sempre presente - o

terreno - deve haver em cada escalatildeo uma Engenharia capaz de modificar as condiccedilotildees

do mesmo de acordo com a manobra adotada

(Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 ndash C Dout ExCOTER de 31 MAI de 2016Fl 310)

52 A organizaccedilatildeo da Engenharia tem por base a centralizaccedilatildeo dos meios nos escalotildees

mais elevados permitindo que os mesmos possam suprir as deficiecircncias de Engenharia

dos escalotildees subordinados em face das necessidades especiacuteficas de cada situaccedilatildeo e

ainda atender ao apoio em profundidade de modo a liberar os escalotildees subordinados de

encargos na retaguarda

53 Uma accedilatildeo coordenadora do escalatildeo superior de engenharia sobre os escalotildees

subordinados se faz necessaacuteria e eacute realizada por meio dos canais teacutecnicos de

engenharia

54 O funcionamento adequado desses canais teacutecnicos constitui-se em dos principais

fatores para a eficiecircncia do apoio permitindo que os escalotildees subordinados possam em

tempo uacutetil articular seus meios tomar as providecircncias necessaacuterias e receber apoio

adicional do escalatildeo superior quando for o caso

55 A Engenharia eacute organizada no TO da seguinte forma Engenharia do Comando

Logiacutestico do Teatro de Operaccedilotildees (EngCLTO) Comando de Engenharia da Forccedila

Terrestre Componente (CEFTC) no caso de emprego de duas DE Engenharia

Divisionaacuteria (ED) e Engenharia de Brigada (E Bda)

56 Os escalotildees de Engenharia satildeo constituiacutedos pelos seguintes elementos de emprego

pelototildees de engenharia (Pel Eng) companhias de engenharia (Cia Eng) batalhotildees de

engenharia (Btl Eng) e grupamentos de engenharia (Gpt E) aleacutem das tropas de

engenharia especializadas

57 As tropas de engenharia especializadas oferecem capacidades diferenciadas de

engenharia em razatildeo de possuiacuterem pessoal e equipamentos especiacuteficos Quando

possuem valor igual ou menor que subunidade costumam ser chamadas genericamente

de ldquomoacutedulos especializadosrdquo

58 Satildeo exemplos de moacutedulos especializados Companhia de Engenharia de

Camuflagem Equipe de Mergulho Grupo de Construccedilatildeo Horizontal Turma de Patrimocircnio

Imobiliaacuterio etc

59 O anexo ldquoArdquo apresenta os escalonamentos da Engenharia no TO e os organogramas

das estruturas baacutesicas de Engenharia segundo as situaccedilotildees de emprego da FTC da

Doutrina Militar Terrestre

6 A ENGENHARIA NA ZONA DE ADMINISTRACcedilAtildeO

61 Na Zona de Administraccedilatildeo (ZA) encontra-se

611 uma estrutura de Engenharia que integra o Comando Logiacutestico do Teatro de

Operaccedilotildees (CLTO) denominada de EngCLTO de forma a apoiar as atividades daquele

(Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 ndash C Dout ExCOTER de 31 MAI de 2016Fl 410)

comando particularmente no planejamento e execuccedilatildeo de obras e de serviccedilos de

Engenharia

612 quando houver necessidade de se apoiar de forma mais cerrada a uma F Cte a

EngCLTO poderaacute organizar a partir dos seus meios um Grupo-Tarefa Logiacutestico de

Engenharia (GT Log Eng) que poderaacute enquadrar unidades de engenharia de combate

construccedilatildeo geoinformaccedilatildeo meio ambiente patrimocircnio imobiliaacuterio e outros

62 A EngCLTO seraacute constituiacuteda conforme as necessidades de trabalhos teacutecnicos e

atividades logiacutesticas de Engenharia O valor e a natureza da tropa dependem mais das

caracteriacutesticas da magnitude e das necessidades de desenvolvimento da infraestrutura

do ambiente operacional do que das forccedilas a serem apoiadas

63 Na ZA prioriza-se a exploraccedilatildeo dos recursos mobilizados e contratados Em

consequecircncia eacute normal a existecircncia de empresas civis especializadas e enquadradas

pela estrutura militar

64 As atividades de engenharia executadas com maior frequecircncia na ZA satildeo as de apoio

geral de engenharia englobando os trabalhos de estradas pontes instalaccedilotildees

geoinformaccedilatildeo manutenccedilatildeo e suprimento que exigem grande capacidade teacutecnica e

meios especializados nesse escalatildeo

65 Considerando o grande volume e complexidade de tarefas na ZA eacute conveniente que

as forccedilas de Engenharia integrantes da EngCLTO sejam enquadradas por

Grupamento(s) de Engenharia possuindo particularmente estruturas de Engenharia de

Construccedilatildeo de Meio Ambiente e de Patrimocircnio Imobiliaacuterio entre outras que se fizerem

necessaacuterias

7 A ENGENHARIA NA ZONA DE COMBATE

71 Na Zona de Combate (ZC) encontram-se

711 Estruturas de Engenharia da Forccedila Terrestre Componente (FTC) e de Divisatildeo (otildees)

de Exeacutercito (DE) com meios para atender agraves necessidades proacuteprias dessas estruturas e

aumentar o apoio aos escalotildees subordinados inclusive assumindo encargos nas aacutereas de

retaguarda destes de modo a liberar suas engenharias para o apoio cerrado aos

elementos de combate

712 A Engenharia orgacircnica das Brigadas com meios para atender agraves necessidades

miacutenimas e imediatas do escalatildeo e mais diretamente ligadas ao combate

72 A Engenharia da FTC

721 A FTC constitui o comando essencial para o emprego da engenharia por ser

encarregado de traduzir os aspectos da manobra do niacutevel operacional para o niacutevel taacutetico

(Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 ndash C Dout ExCOTER de 31 MAI de 2016Fl 510)

Tem assim uma visatildeo ampla do terreno e da situaccedilatildeo para poder julgar as necessidades

gerais em apoio e em trabalhos conceber o esquema geral de apoio de engenharia e

exercer efetivamente uma coordenaccedilatildeo dos escalotildees subordinados

722 O apoio de engenharia a uma FTC abrange uma diversidade de trabalhos em apoio

adicional agrave mobilidade e agrave contramobilidade dos elementos de primeiro escalatildeo Abrange

tambeacutem o apoio agrave proteccedilatildeo de tropas e instalaccedilotildees e o apoio geral de engenharia em

toda a sua aacuterea de atuaccedilatildeo

723 Uma FTC eacute estruturada para atender a um planejamento operacional especiacutefico natildeo

possuindo portanto uma organizaccedilatildeo fixa A Doutrina Militar Terrestre admite para fim

de planejamento diversos tipos de FTC cujos apoios de Engenharia seratildeo organizados

de acordo com as constituiccedilotildees destas

724 O apoio de Engenharia a uma FTC eacute coordenado por uma estrutura denominada de

Comando de Engenharia da FTC (CEFTC) a qual possui como principais elementos

operativos os grupamentos de engenharia (Gpt E) ou batalhotildees de engenharia (Btl Eng)

725 A organizaccedilatildeo e os organogramas dos diversos tipos de CEFTC satildeo apresentados

no Anexo ldquoArdquo

73 O Grupamento de Engenharia

731 O Gpt E controla coordena e supervisiona as tarefas de engenharia executadas

pelos batalhotildees e moacutedulos especializados subordinados sendo a estrutura natural para

enquadrar U e SU de Engenharia

732 Basicamente o Gpt E eacute composto pelo Cmdo EM pela Cia C Ap e por U e SU de

Engenharia Possui capacidade de enquadrar ateacute cinco batalhotildees Considera-se para fim

de planejamento que cinco moacutedulos especializados equivalem a uma U

74 A Engenharia Divisionaacuteria

741 As accedilotildees que se desenrolam no escalatildeo DE satildeo de natureza nitidamente taacutetica e

em consequecircncia sua engenharia opera em um ambiente no qual o combate eacute o

elemento preponderante

742 O apoio de Engenharia a uma DE eacute prestado por uma estrutura denominada

Engenharia Divisionaacuteria (ED)

743 Em funccedilatildeo da missatildeo da DE apoiada e da(s) hipoacutetese(s) de conflito planejada(s) a

ED pode ser organizada com constituiccedilatildeo variaacutevel desde um BE Cmb ateacute um Gpt E aleacutem

dos moacutedulos de engenharia especializados e dos reforccedilos que forem necessaacuterios

744 A ED apoia basicamente a mobilidade e a contramobilidade dos elementos de

manobra da divisatildeo Realiza tambeacutem o apoio agrave proteccedilatildeo de tropas e instalaccedilotildees e o

(Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 ndash C Dout ExCOTER de 31 MAI de 2016Fl 610)

apoio geral de engenharia em toda a zona de accedilatildeo divisionaacuteria suplementando o apoio

prestado pelas E Bda

745 O escalonamento da ED eacute apresentado no anexo A

75 A Engenharia de Brigada (E Bda)

751 A E Bda constitui o escalatildeo de engenharia mais avanccedilado na ZC Nele as

necessidades de apoio dos elementos de combate satildeo sentidas com mais intensidade o

que exige o posicionamento dos meios o mais agrave frente possiacutevel

752 Dentro da caracteriacutestica de apoio em profundidade a E Bda eacute organizada com

meios para atender agraves necessidades miacutenimas e mais imediatas da frente de combate e

realiza trabalhos sumaacuterios e raacutepidos Assim quando ocorre uma deficiecircncia de meios

em pessoal ou material a E Bda depende do apoio do escalatildeo superior de engenharia

para suplementaacute-la eou reforccedilaacute-la

753 A Engenharia de Brigada eacute composta basicamente por

7531 Um BE Cmb orgacircnico nas Brigadas Blindadas (Bda Bld) e de Infantaria

Mecanizada (Bda Inf Mec) Neste caso o BE Cmb possuiraacute duas Cia E Cmb a quatro Pel

E Cmb cada uma

7532 Uma Cia E Cmb orgacircnica nas demais brigadas Neste caso a Cia possuiraacute trecircs

Pel E Cmb

7533 A natureza das unidades de Engenharia de Combate de Brigada seraacute a mesma da

brigada apoiada

8 GERACcedilAtildeO DE FORCcedilAS

81 A Concepccedilatildeo Estrateacutegica do Exeacutercito (CEE) oferece diretrizes importantes para a

organizaccedilatildeo e destinaccedilatildeo das Forccedilas incluindo-se as tropas de Engenharia

particularmente as orgacircnicas das Brigadas em decorrecircncia das diversas Hipoacuteteses de

Emprego (HE)

82 O preparo prontidatildeo e emprego da Forccedila Terrestre satildeo regulados por meio do

Sistema Operacional Militar Terrestre (SISOMT)

83 A adjudicaccedilatildeo de meios inclusive os de Engenharia eacute proposta pelo Plano

Estrateacutegico de Emprego Conjunto das Forccedilas Armadas (PEECFA) (elaborado pelo

EMCFA) que identifica a Estrutura Militar e a composiccedilatildeo dos meios a serem

empregados A adjudicaccedilatildeo eacute confirmada e complementada pelo(s) Plano(s)

Operacional(ais) confeccionados pelos Comandos Operacionais

84 A adjudicaccedilatildeo de meios eacute de fundamental importacircncia para o processo de geraccedilatildeo de

forccedilas Normalmente as Eng Bda orgacircnicas das GU seguem o previsto para a respectiva

(Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 ndash C Dout ExCOTER de 31 MAI de 2016Fl 710)

Bda Jaacute os Gpt E existentes desde o tempo de normalidade possuem estruturas

importantes a considerar na adjudicaccedilatildeo de meios quer seja para a realizaccedilatildeo de

trabalhos na ZI (particularmente para as Op Eng Obras Militares Meio Ambiente e

Patrimocircnio) quer seja na organizaccedilatildeo ou mesmo na evoluccedilatildeo de sua estrutura para as

seguintes forccedilas EngCLTO CEFTC e ED

(Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 ndash C Dout ExCOTER de 31 MAI de 2016Fl 810)

ANEXO A - ORGANIZACcedilAtildeO DA ENGENHARIA NO TO E ORGANOGRAMAS DAS ESTRUTURAS BAacuteSICAS DE ENGENHARIA SEGUNDO AS SITUACcedilOtildeES DE EMPREGO DA FTC

1 FTC organizada com mais de um G Cmdo operativo (1ordm caso)

11 Escalonamento

Figura 1 - Exemplo de Organizaccedilatildeo da Engenharia em FTC com mais de um G Cmdo operativo

12 Organograma do CEFTC

Legenda (1) Possui Centro de Operaccedilotildees de Engenharia e poderaacute incluir estrutura de Meio

Ambiente e Patrimocircnio Imobiliaacuterio (2) Possui Nr variaacutevel de Gpt E (no miacutenimo 1) que enquadram Btl Eng e os Moacutedulos

Especializados (3) Nr variaacutevel de Moacutedulos Especializados

Figura 2 - Exemplo de organograma da CEFTC de FTC organizada com mais de um G Cmdo operativo

CEFTC

Cia C Ap Gpt E

(2) Cia Geoinformaccedilatildeo

Moacutedulos Especializados (3)

EM (1)

(Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 ndash C Dout ExCOTER de 31 MAI de 2016Fl 910)

13 Organograma de um Gpt E

Legenda

(1) Possui capacidade de enquadrar de dois a cinco Btl Eng (Cmb ou Cnst) Considera-se para fim de planejamento que cinco moacutedulos especializados equivalem a um Btl Eng

(2) Nr variaacutevel de Moacutedulos Especializados

Figura 3 - Organograma de um Grupamento de Engenharia

2 FTC organizada com mais de uma GU operativa (2ordm caso)

21 Organizaccedilatildeo

Figura 5 - Exemplo de Organizaccedilatildeo da Engenharia EM FTC com mais de um GU operativa

Gpt E

Cia C Ap Btl Eng

(1) Moacutedulos

Especializados (2)

EM

(ED)

(Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 ndash C Dout ExCOTER de 31 MAI de 2016Fl 1010)

22 Organograma do CEFTC (ED)

Legenda

(1) Possui Centro de Operaccedilotildees de Engenharia e poderaacute incluir estrutura de Meio Ambiente e Patrimocircnio Imobiliaacuterio

(2) Normalmente dois Btl Eng (Cmb ou Cnst) podendo chegar a cinco (3) Nr variaacutevel de Moacutedulos Especializados

Figura 6 - Exemplo de organograma da CEFTC de FTC organizada com mais de um G Unidade operativa

3 FTC eacute organizada com uma GU operativa (3ordm caso)

Neste caso o CEFTC (E Bda) seraacute constituiacutedo pela Unidade ou Subunidade orgacircnica

da GU podendo receber meios adicionais

PAULO RICARDO PINTO SILVA - Cel

Chefe do Centro de Doutrina do Exeacutercito

CEFTC ED

Cia C Ap Btl Eng

(2) Cia Geoinformaccedilatildeo

Moacutedulos Especializados

(3)

EM (1)

161

(Nota Complementar agrave Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 de 31 de maio de 2016Fl 16)

ANEXO B ndash NOTA COMPLEMENTAR Agrave NOTA DE COORDENACcedilAtildeO

DOUTRINAacuteRIA NR 022016

MINISTEacuteRIO DA DEFESA EXEacuteRCITO BRASILEIRO

COMANDO DE OPERACcedilOtildeES TERRESTRES

CENTRO DE DOUTRINA DO EXEacuteRCITO

Nota Complementar agrave Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 de 31 de maio de

2016

O EMPREGO DO BATALHAtildeO DE ENGENHARIA DAS BRIGADAS DE CAVALARIA

MECANIZADA

IacuteNDICE DE ASSUNTOS

1 FINALIDADE 02

2 OBJETIVO 02

3 REFEREcircNCIAS 02

4 INTRODUCcedilAtildeO 02

5 APOIO DE ENGENHARIA AgraveS BRIGADAS DE CAVALARIA

MECANIZADA 03

6 ORGANIZACcedilAtildeO DA ENGENHARIA DA BRIGADA 04

7 EMPREGO DO BATALHAtildeO 04

ANEXOS

A ndash ORGANIZACcedilAtildeO DO BE CMB ORGAcircNICO DE UMA BRIGADA DE

CAVALARIA MECANIZADA 06

162

(Nota Complementar agrave Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 de 31 de maio de 2016 Fl 26)

1 FINALIDADE

Complementar a orientaccedilatildeo do emprego da engenharia retificando as

informaccedilotildees referentes ao apoio agraves Brigadas de Cavalaria Mecanizada (Bda C

Mec)

2 OBJETIVO

Apresentar uma visatildeo atualizada da organizaccedilatildeo estrutura e emprego da

engenharia que presta apoio agraves Bda C Mec agrave luz da Doutrina Militar Terrestre

subsidiando a exploraccedilatildeo do assunto nas Escolas Militares no planejamento e

execuccedilatildeo de Exerciacutecios Militares nos planejamentos operacionais e taacuteticos para

Emprego da Forccedila Terrestre

3 REFEREcircNCIAS

____ Glossaacuterio das Forccedilas Armadas - MD35-G-01 2007

____ Operaccedilotildees EB20-MF-10103 2014

____ Movimento e Manobra - EB20-MC-10203 2015

____ Logiacutestica - EB20-MC-10204 2014

____ Proteccedilatildeo - EB20-MC-10208 2015

____ Doutrina Militar Terrestre - EB20-MF-10102-1 2014

____ Emprego de Engenharia - C 5-1 1999

____ Brigada de Cavalaria Mecanizada - C 2-30

____ Batalhatildeo de engenharia de combate - C 5-7 2001

____ O apoio de engenharia no escalatildeo brigada - C 5-10 2000

____ Regimento de Cavalaria Mecanizado - C 2-20 2002

____ Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 002 2016 ndash As estruturas de

engenharia no teatro de operaccedilotildees

4 INTRODUCcedilAtildeO

41 A desarmonia entre doutrina e emprego afasta a forccedila da possibilidade de

manutenccedilatildeo de uma efetiva capacidade A mudanccedila em um dos fatores da

doutrina exige um reajuste das demais para que se mantenha um equiliacutebrio entre

Doutrina Organizaccedilatildeo Adestramento Material Emprego Pessoal e Instruccedilatildeo

(DOAMEPI)

163

(Nota Complementar agrave Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 de 31 de maio de 2016 Fl 36)

42 O Projeto Estruturante Novo Sistema de Engenharia (PENSE) Vetor de

Transformaccedilatildeo da Engenharia no Processo de Tranformaccedilatildeo do Exeacutercito foi

concebido com a finalidade de proporcionar uma urgente recuperaccedilatildeo da

capacidade operacional no que tange agraves estruturas organizacionais

competecircncia dos recursos humanos evoluccedilatildeo doutrinaacuteria melhoria da

quantidade e qualidade do material de engenharia e gestatildeo ambiental nas

atividades militares

43 Evoluccedilotildees doutrinaacuterias e aquisiccedilotildees de materiais modernos como as Viaturas

dos Projetos Leopard e Guarani proporcionaram agraves brigadas mecanizadas e

blindadas grande poder de dissuasatildeo exigindo entretanto uma adequaccedilatildeo no

do material pessoal e doutrina da engenharia

5 APOIO DE ENGENHARIA AgraveS BRIGADAS DE CAVALARIA MECANIZADA

51 O apoio de Engenharia eacute fundamental para que as brigadas blindadas e

mecanizadas tenham capacidade de mobilidade contramobilidade e proteccedilatildeo

Uma engenharia ineficiente elimina as vantagens obtidas por fraccedilotildees dotadas de

modernas viaturas as quais tecircm sua mobilidade ditada por limitaccedilotildees impostas

pelo terreno e por restriccedilotildees determinadas pela engenharia inimiga bem como

sua defesa pelo uso exclusivo do fogo

52 Esta NCD complementa a Nota de Coordenccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 de 31

de maio de 2016 e retifica-a no que tange agrave organizaccedilatildeo da Engenharia em

apoio agraves Brigadas de Cavalaria Mecanizada a qual a mantinha como uma

subunidade

53 Dotada de trecircs Pelototildees de Engenharia de Combate (Pel E Cmb) e um

Pelotatildeo de Engenharia de Apoio (Pel E Ap) como elementos executivos e de um

Pelotatildeo de Equipagem de Assalto (Pel Eq Ass) a Subunidade de engenharia natildeo

tem capacidade de proporcionar agrave Bda C Mec mobilidade assegurar a

contramobilidade nem contribuir com sua proteccedilatildeo

54 A Brigada de Cavalaria Mecanizada pode empregar em primeiro escalatildeo ateacute

2 (dois) Regimentos de Cavalaria Mecanizada (RC Mec) e 1 (um) Regimento de

Cavalaria Blindado (RCB) os quais podem receber pelototildees em apoio direto ou

situaccedilatildeo de comando reforccedilo

164

(Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 ndash C Dout ExCOTER de 31 MAI de 2016Fl 610)

55 O Comandante da engenharia do escalatildeo Brigada entretanto natildeo restringe

sua influecircncia no combate ao apoio de Engenharia no Apoio Direto ou no Reforccedilo

aos regimentos mas emprega os demais pelototildees que estatildeo sob seu comando

no Apoio Suplementar a esses pelototildees no Apoio ao Conjunto realizado em

proveito a mais de um elemento ou agrave brigada como um todo aleacutem de manter

condiccedilotildees de apoiar a reserva quando empregada

6 ORGANIZACcedilAtildeO DA ENGENHARIA DA BRIGADA DE CAVALARIA

MECANIZADA

61 A Engenharia da brigada deve atender as necessidades miacutenimas e imediatas

do escalatildeo e mais diretamente ligadas ao combate o que para isso conta com

um Batalhatildeo de Engenharia de Combate Mecanizado (BE Cmb Mec)

62 O BE Cmb Mec estaacute organizado com uma Companhia de Engenharia de

Combate Mecanizada (Cia E Cmb Mec) uma Companhia de Engenharia de

Combate Blindado (Cia E Cmb Bld) uma Companhia de Comando e Apoio (Cia

C Ap) e uma Companhia de Equipagem de Ponte (C Eq Pnt)

63 A Companhia de Engenharia de Combate Mecanizada (Cia E Cmb Mec)

subunidade mais apta para apoiar os RC Mec e a Cia E Cmb Bld mais apta para

apoiar o RCB possuem cada uma 4 (quatro) Pelototildees de Engenharia de

Combate (Pel E Cmb) como fraccedilatildeo baacutesica de emprego junto aos regimentos

64 A Cia C Ap tem a missatildeo de prover os meios para o comando e logiacutestica do

batalhatildeo e equipamentos de engenharia para as companhias aleacutem de realizar

trabalhos teacutecnicos de manutenccedilatildeo de rede miacutenima de estrada e instalaccedilotildees

necessaacuterios agrave Bda

65 A Cia E Pnt tem a missatildeo apoiar com equipamento especializado a

transposiccedilatildeo de curso de aacutegua e de pequenas brechas no apoio agrave mobilidade e

reforccedilar as Cia E Cmb orgacircnicas do batalhatildeo com material de transposiccedilatildeo

165

(Nota Complementar agrave Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 de 31 de maio de 2016 Fl 56)

7 EMPREGO DO BATALHAtildeO

71 O comandante do Batalhatildeo de Engenharia de Combate Mecanizado

administra o emprego de suas fraccedilotildees e meios a fim de garantir o apoio agrave

mobilidade contramobilidade e proteccedilatildeo da brigada

72 Com o objetivo preciacutepuo de apoio aos elementos em primeiro escalatildeo o

comandante da engenharia da brigada simultaneamente manteacutem condiccedilotildees de

prestar apoio suplementar a esses elementos suprir as necessidades da brigada

no Apoio ao Conjunto e ficar em condiccedilotildees de apoiar a reserva quando

empregada

73 As Cia E Cmb satildeo os elementos executivos do batalhatildeo

74 Ao Cmt do BE Cmb cabe planejar o emprego de seus meios os quais devem

ser compatiacuteveis com suas possibilidades

75 Para o apoio aos elementos em primeiro escalatildeo as companhias apoiam com

pelototildees de preferecircncia de mesma natureza do elemento apoiado Cada peccedila

de manobra valor unidade empregado pela Bda recebe normalmente um

pelotatildeo Quando necessaacuterio o reforccedilo em material este deve ser solicitado ao

Cmt Btl

76 A Cia C Ap tem a missatildeo de prover os meios para comando e logiacutestica do

batalhatildeo e Viatura Blindadas Especiais sobre lagartas a fim de reforccedilar os

pelototildees em apoio aos regimentos e equipamentos de engenharia para as Cia E

Cmb

77 A Cia E Pnt tem a missatildeo de apoiar e reforccedilar as Cia E Cmb orgacircnicas na

transposiccedilatildeo de curso de aacutegua e pequenas brechas com equipamento

especializado e VBE sobre lagartas

166

(Nota Complementar agrave Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 de 31 de maio de 2016Fl 66)

ANEXO A - ORGANIZACcedilAtildeO DO BE CMB MEC ORGAcircNICO DE UMA BRIGADA

DE CAVALARIA MECANIZADA

1 Organograma do BE Cmb MecBda C Mec

Figura 1 ndash Exemplo de um organograma de BE Cmb Mec de Bda C Mec

TERMO DE AUTORIZACcedilAtildeO PARA PUBLICACcedilAtildeO DE TESES DISSERTACcedilOtildeES

TRABALHOS DE CONCLUSAtildeO DE CURSO E ARTIGOS CIENTIacuteFICOS ELETROcircNICOS NA

BIBLIOTECA DIGITAL DE TRABALHOS CIENTIacuteFICOS

Na qualidade de titular dos direitos de autor da publicaccedilatildeo autorizo a DESMil e a EsAO a

disponibilizarem atraveacutes de paacutegina eletrocircnica oficial do Estabelecimento de Ensino sem ressarcimento dos

direitos autorais de acordo com a Lei nordm 9610 de 19 de fevereiro de 1998 Lei de Direito Autoral o texto

integral da obra abaixo citada conforme permissotildees assinaladas para fins de leitura impressatildeo eou

download a tiacutetulo de divulgaccedilatildeo da produccedilatildeo cientifica brasileira a partir desta data

Identificaccedilatildeo do material bibliograacutefico

( ) Tese (x) Dissertaccedilatildeo ( ) Trabalho de Conclusatildeo de Curso (x) Artigo Cientiacutefico

Instituiccedilatildeo de Ensino Escola de Aperfeiccediloamento de Oficiais (EsAO)

Tiacutetulo A doutrina de Engenharia de Combate da Brigada de Cavalaria Mecanizada Uma sugestatildeo de

adequaccedilatildeo do apoio prestado aos elementos empregados em primeiro escalatildeo nas operaccedilotildees ofensivas

Autor Cap Eng Saulo dos Santos Marques

Idt033373474-7 CPF010094330-67 E-mailmarxemcasahotmailcom

Data de Defesa11 de outubro de 2018 Titulaccedilatildeo Mestrado Profissional

Curso de Poacutes-graduaccedilatildeo Engenharia Aacuterea de Concentraccedilatildeo Defesa Nacional

Palavras-chave Brigada de Cavalaria Mecanizada Companhia de Engenharia de Combate

Mecanizada Projeto Estruturante Novo Sistema de Engenharia Operaccedilatildeo de Aproveitamento do Ecircxito

Agecircncia de fomento (se for o caso)

Autoriza disponibilizar o e-mail na Base de Dados de Teses Dissertaccedilotildees Trabalhos Cientiacuteficos

e Artigos Cientiacuteficos da Biblioteca Digital de Trabalhos Cientiacuteficos

( x ) SIM ( ) NAtildeO

Informaccedilatildeo de acesso ao documento

Liberaccedilatildeo para publicaccedilatildeo (x) Total ( ) Parcial

Em caso de publicaccedilatildeo parcial especifique o(s) tiacutetulo(s) eou capiacutetulo(s) restrito(s)

Tiacutetulo(s) ________________________________________________________________________

Capiacutetulo(s) ______________________________________________________________________

A restriccedilatildeo (parcial ou total poderaacute ser mantida por ateacute um ano a partir da data de autorizaccedilatildeo da

publicaccedilatildeo) A extensatildeo deste prazo suscita justificativa ao Instituto Brasileiro de Informaccedilatildeo em Ciecircncia e

Tecnologia (IBICT) Todo o conteuacutedo resumo e metadados ficaratildeo sempre disponibilizados

Havendo concordacircncia com a publicaccedilatildeo eletrocircnica do Trabalho Cientiacutefico torna-se imprescindiacutevel o

envio do(s) seu(s) arquivo(s) em formato digital sem ser passiacutevel de modificaccedilatildeo do tipo Portable Document

Format (PDF) da Adobe Systems

________________________________________

Saulo dos Santos Marques

MINISTEacuteRIO DA DEFESA

EXEacuteRCITO BRASILEIRO

DECEx - DESMIL

ESCOLA DE APERFEICcedilOAMENTO DE OFICIAIS

(EsAO1919)

DIVISAtildeO DE ENSINO SECcedilAtildeO DE POacuteS-GRADUACcedilAtildeO

TERMO DE CESSAtildeO DE DIREITOS SOBRE TRABALHO ACADEcircMICO

TIacuteTULO DO TRABALHO

A DOUTRINA DA ENGENHARIA DE COMBATE DA BRIGADA DE CAVALARIA

MECANIZADA UMA SUGESTAtildeO DE ADEQUACcedilAtildeO DO APOIO PRESTADO AOS

ELEMENTOS EMPREGADOS EM PRIMEIRO ESCALAtildeO NAS OPERACcedilOtildeES OFENSIVAS

IDENTIFICACcedilAtildeO DO AUTOR

SAULO DOS SANTOS MARQUES ndash Cap Eng

1 Este trabalho nos termos da legislaccedilatildeo que resguarda os direitos autorais eacute considerado de minha

propriedade

2 Autorizo a Escola de Aperfeiccediloamento de Oficiais (EsAO) a utilizar meu trabalho para uso

especiacutefico no aperfeiccediloamento e evoluccedilatildeo da Forccedila Terrestre bem como a divulgaacute-lo por publicaccedilatildeo em

revista teacutecnica da Escola ou outro veiacuteculo de comunicaccedilatildeo do Exeacutercito

3 A EsAO poderaacute fornecer coacutepia do trabalho mediante ressarcimento das despesas de postagem e

reproduccedilatildeo Caso seja de natureza sigilosa a coacutepia somente seraacute fornecida se o pedido for encaminhado

por meio da Organizaccedilatildeo Militar fazendo-se a necessaacuteria anotaccedilatildeo do destino no Livro de Registro

existente na Biblioteca

4 Eacute permitida a transcriccedilatildeo parcial de trechos do trabalho para comentaacuterios e citaccedilotildees desde que sejam

transcritos os dados bibliograacuteficos dos mesmos de acordo com a legislaccedilatildeo sobre direitos autorais

5 A divulgaccedilatildeo do trabalho em outros meios natildeo pertencentes ao Exeacutercito somente pode ser feita

com a autorizaccedilatildeo do autor ou da Direccedilatildeo de Ensino da EsAO

Rio de Janeiro ___ de _________________ de ________

_______________________________________

O AUTOR

Page 3: ESCOLA DE APERFEIÇOAMENTO DE OFICIAIS Cap Eng SAULO …

ESCOLA DE APERFEICcedilOAMENTO DE OFICIAIS

Cap Eng SAULO DOS SANTOS MARQUES

A DOUTRINA DA ENGENHARIA DE COMBATE DA BRIGADA DE CAVALARIA

MECANIZADA UMA SUGESTAtildeO DE ADEQUACcedilAtildeO DO APOIO PRESTADO AOS

ELEMENTOS EMPREGADOS EM PRIMEIRO ESCALAtildeO NAS OPERACcedilOtildeES

OFENSIVAS

Dissertaccedilatildeo apresentada agrave Escola de Aperfeiccediloamento de Oficiais como requisito parcial para a obtenccedilatildeo do grau de Mestre em Ciecircncias Militares

Orientador Cel Eng Andreacute Cezar Siqueira

Rio de Janeiro

2018

A Deus por ter-me abenccediloado com mais este trabalho assim como tem feito com minha vida

AGRADECIMENTOS

Ao meu orientador pela paciecircncia e dedicaccedilatildeo em mostrar-me o correto

caminho

Aos instrutores do CAO 2018 pela colaboraccedilatildeo na transmissatildeo de tatildeo

importantes conhecimentos para o capitatildeo da Arma de Engenharia

Aos companheiros do Centro de Instruccedilatildeo de Blindados - General Walter

Pires pelo inestimaacutevel exemplo do espiacuterito de camaradagem dedicaccedilatildeo e

excelecircncia do ensino cujos pilares me guiaratildeo por toda a minha vida profissional

Agrave minha famiacutelia a qual sou eternamente grato pelas oraccedilotildees a Deus e pelo

oportuno apoio e carinho os quais foram cruciais para a transposiccedilatildeo dos

obstaacuteculos mais difiacuteceis que se apresentaram no presente ano

RESUMO

A capacidade de uma tropa estaacute baseada nos fatores doutrina organizaccedilatildeo adestramento material emprego pessoal e instruccedilatildeo Para o sistema de engenharia destaca-se ainda mais a importacircncia do conjunto formado pelo material pessoal e organizaccedilatildeo O Projeto Estruturante Novo Sistema de Engenharia visa reestruturar esse sistema que tem influecircncia significativa na capacidade da engenharia cumprir suas missotildees como arma de apoio Alinhado com esse objetivo este trabalho analisou a estrutura das Brigadas de Cavalaria Mecanizada que satildeo compostas por Regimentos de Cavalaria Mecanizada e Regimentos de Cavalaria Blindada os quais receberam respectivamente as Viaturas Blindadas de Transporte de Pessoal Meacutedias de Rodas Guarani e as Viaturas de Combate Carro de Combate Leopard 1 e M60 A3-TTS Embora os projetos Guarani e Leopard tenham influenciado na melhoria dos materiais utilizados pelos regimentos a Companhia de Engenharia de Combate Mecanizada natildeo teve a adequaccedilatildeo dos seus fatores base Entatildeo surgiu a necessidade de por meio da anaacutelise dos fatores emprego e materiais sugerir uma proposta de adequaccedilatildeo desse apoio prestado aos elementos empregados em primeiro escalatildeo da brigada a partir da anaacutelise do apoio a Operaccedilatildeo de Aproveitamento do Ecircxito

Palavras-chave Brigada de Cavalaria Mecanizada Companhia de Engenharia de Combate Mecanizada Projeto Estruturante Novo Sistema de Engenharia Operaccedilatildeo de Aproveitamento do Ecircxito

ABSTRACT

The capacity of a troop is based on factors doctrine organization training material employment personnel and instruction For the engineering system the importance of the set formed by the material personnel and organization stands out even more The Strategic New Engineering System Project aims to restructure this system which has a significant influence on the ability of engineering to fulfill its missions as a support weapon Aligned with this objective this work analyzed the structure of the Mechanized Cavalry Brigades which are composed of Mechanized Cavalry Regiments and Armored Cavalry Regiments which received respectively the Armored Personnel Carrier Vehicle - Medium Wheeled Type and the Main Battle Tank Leopard 1 and M60 A3-TTS Although the Guarani and Leopard projects influenced the improvement of the materials used by the regiments the Mechanized Combat Engineering Company did not have the adequacy of its base factors Then the need arose through the analysis of the factors of employment and materials to suggest a proposal for adequacy of this support provided to the elements employed in the first step of the brigade based on the analysis of the support for Deliberate Attack

Keywords Mechanized Cavalry Brigades Mechanized Combat Engineering Company Structurant New Engineering System Project Deliberate Attack

SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO 10

11 PROBLEMA 12

12 OBJETIVOS 13

13 QUESTOtildeES DE ESTUDO 14

14 JUSTIFICATIVA 15

2 METODOLOGIA 16

21 OBJETO FORMAL DE ESTUDO 16

211 Definiccedilatildeo conceitual das variaacuteveis 17

212 Definiccedilatildeo operacional das variaacuteveis 18

213 Alcances e limiteshelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 19

22 AMOSTRAhelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 20

23 DELINEAMENTO DA PESQUISAhelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 21

231 Procedimentos para revisatildeo de literatura 21

2311 Fontes de busca 22

2312 Estrateacutegia de busca para as bases de dados 22

2313 Criteacuterios de inclusatildeo helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 22

2314 Criteacuterios de exclusatildeo helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 22

232 Procedimentos Metodoloacutegicos helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 23

233 Procedimentos Experimental helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 23

234 Instrumentos 23

2341 Elaboraccedilatildeo dos questionaacuterios 24

2342 Questionaacuterio destinado aos oficiais em funccedilatildeo de desenvolvimento coordenaccedilatildeo ou chefia do Projeto Guarani hellip 24

2343 Questionaacuterio destinado aos comandantes e ex-comandantes de regimento de cavalaria de uma Brigada de Cavalaria Mecanizada (Apecircndice A)helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 24

2344 Questionaacuterio destinado aos comandantes e ex-comandantes de regimento de cavalaria de uma Brigada de Cavalaria Mecanizada (Apecircndice B)helliphelliphelliphelliphelliphellip

25

2345 Questionaacuterio destinado aos oficiais de engenharia que tenham

realizado curso de Comandante de Subunidade nos Estados Unidos ou na Alemanha (Apecircndice C)helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip

25

2346 Questionaacuterio destinado aos oficiais na funccedilatildeo de instrutor do Centro de Instruccedilatildeo de Blindados que tenham realizado curso de Comandante de Subunidade nos Estados Unidos ou na Alemanha (Apecircndice D)helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 25

235 Anaacutelise dos Dados helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 26

2351 Tabulaccedilatildeo dos dados helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 26

3 REVISAtildeO DE LITERATURA 27

31 CONSIDERACcedilOtildeES INICIAIS 28

311 Operaccedilotildees de Aproveitamento do Ecircxito 28

312 Situaccedilatildeo de Comando Reforccedilo 29

313 Funccedilatildeo de Combate Movimento e Manobra 29

314 Modularidade 30

315 Projeto Guarani 31

32 BRIGADA DE CAVALARIA MECANIZADA 33

321 Regimento de Cavalaria Mecanizado 35

322 Regimento de Cavalaria Blindada 36

33 COMPANHIA DE COMBATE MECANIZADA 38

331 O Pelotatildeo de Engenharia de Apoio 40

332 O Pelotatildeo de Equipagem de Assalto 40

333 O Pelotatildeo de Engenharia de Combate Mecanizado 43

34 MATERIAIS DE EMPREGO MILITAR DISPONIacuteVEIS NO MUNDO PARA REFORCcedilO AOS PEL E CMB NO APOIO Agrave MOBILIDADE 45

341 Viatura blindada especial lanccediladora de pontes de pequena brecha 46

342 Viatura Blindada Especial de Engenharia helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 49

343 Viaturas Blindadas Especiais de Abertura de Brecha 50

344 Outros sistemas e implementos 55

35 APOIO DE ENGENHARIA ORGAcircNICA AgraveS BRIGADAS MECANIZADAS EM OUTROS PAIacuteSES

60

351 SBCT a brigada americana Stryker helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 60

352 Brigada de Infantaria Mecanizada da Alemanha helliphellip 63

4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO 71

41 DISCUSSAtildeO REFERENTE AOS INSTRUMENTOS UTILIZADOS 71

411 Revisatildeo da literatura 72

412 Entrevistas 73

413 Coleta documental 73

42 CAPACIDADES OPERATIVAS DA COMPANHIA DE ENGENHARIA DE COMBATE MECANIZADO NO APROVEITAMENTO DO EcircXITO 74

421 Adequabilidade da organizaccedilatildeo 74

422 Adequabilidade do material 78

43 APOIO DE ENGENHARIA AOS REGIMENTOS DE UMA BRIGADA DE CAVALARIA MECANIZADA 79

431 Organizaccedilatildeo adequada 80

432 Comparaccedilatildeo com outros exeacutercitos 82

433 Caracteriacutesticas dos meios 91

434 Quantidade de VBE por BE Cmb 96

5 CONCLUSAtildeO E RECOMENDACcedilOtildeES 99

REFEREcircNCIAS 103

APEcircNDICE A - QUESTIONAacuteRIO DESTINADO AOS COMANDANTES E EX-COMANDANTES DOS REGIMENTOS DAS BRIGADAS DE CAVALARIA MECANIZADA 109

APEcircNDICE B - QUESTIONAacuteRIO DESTINADO AOS COMANDANTES E EX-COMANDANTES DAS COMPANHIAS DE ENGENHARIA MECANIZADA 120

APEcircNDICE C - QUESTIONAacuteRIO DESTINADO AOS MILITARES DE ENGENHARIA COM CURSO DE COMANDANTE DE SUBUNIDADE NA ALEMANHA OU ESTADOS UNIDOS 131

APEcircNDICE D - QUESTIONAacuteRIO DESTINADO INSTRUTORES DO CENTRO DE INSTRUCcedilAtildeO DE BLINDADOS COM CURSO DE COMANDANTE DE SUBUNIDADE NA ALEMANHA OU ESTADOS UNIDOS 143

APEcircNDICE E - PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL 150

ANEXO A ndash NCD NR 022016 151

ANEXO B ndash NOTA COMPLEMENTAR Agrave NCD NR 022016 160

10

1 INTRODUCcedilAtildeO

Os novos manuais doutrinaacuterios publicados a partir do ano de 2014

reformularam as bases da doutrina do Exeacutercito Atraveacutes deles a Doutrina Militar

Terrestre (DMT) ratificou alguns conceitos jaacute existentes mas trouxe novos que devem

ser entendidos e incorporados agraves capacidades da forccedila a fim de acompanhar a

evoluccedilatildeo do combate mundial

O conhecimento de conceitos como Operaccedilatildeo de Amplo Espectro (atuaccedilatildeo

simultacircnea ou sucessiva em Operaccedilotildees Ofensivas Defensivas de Pacificaccedilatildeo e de

Apoio a Oacutergatildeos Governamentais) permite entender quais satildeo as capacidades que

devem ser almejadas pelas Brigadas Mecanizadas (Bda Mec) consideradas Grandes

Unidades (GU) vocacionadas para essa Operaccedilatildeo Destas GU destacam-se as de

Cavalaria Mecanizada que segundo o Manual de DMT tem a aptidatildeo agraves missotildees de

Reconhecimento Vigilacircncia e Seguranccedila

As Brigadas de Cavalaria Mecanizada apresentam limitaccedilotildees como a

vulnerabilidade a ataques aeacutereos a sensibilidade ao largo emprego de minas e

obstaacuteculos artificiais e mobilidade restrita em terrenos montanhosos arenosos

pedregosos cobertos e pantanosos aleacutem de sua restriccedilatildeo agraves condiccedilotildees

meteoroloacutegicas adversas e com grande dependecircncia de uso de rede rodoviaacuteria

conforme discriminado pelo manual C 2-30 - Brigada de Cavalaria Mecanizada

(BRASIL 2000 p 1-4)

Tais limitaccedilotildees afetam principalmente a mobilidade da Bda em Operaccedilotildees

Ofensivas na qual os RC Mec (Brasil 2000 p 1-14) estatildeo mais capacitados a

executar as operaccedilotildees altamente moacuteveis as manobras de flanco o aproveitamento

do ecircxito e a perseguiccedilatildeo Por sua vez o RCB que por suas caracteriacutesticas eacute o

elemento de manobra mais eficaz para conduzir as operaccedilotildees ofensivas e defensivas

continuadas da Bda apresenta uma seacuterie de restriccedilotildees na sua capacidade de

manobra diminuindo sua eficaacutecia e eficiecircncia no emprego do fogo do combate

aproximado e da accedilatildeo de choque

Para reduzir as limitaccedilotildees das Brigadas de Cavalaria Mecanizada na mobilidade

contramobilidade e proteccedilatildeo as Companhia de Engenharia de Combate Mecanizada

(Cia E Cmb Mec) empregam os Pelototildees de Engenharia de Combate Mecanizado

(Pel E Cmb Mec) conforme Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 de 31 de

maio de 2016 As Estruturas de Engenharia no Teatro de Operaccedilotildees (documento de

11

caraacuteter experimental portanto natildeo definitivo) a fim de atender agraves necessidades

miacutenimas dos Regimentos de Cavalaria Mecanizado (RC Mec) e Regimento de

Cavalaria Blindado (RCB)

As atribuiccedilotildees que a Engenharia tem para com seus elementos apoiados se

apresentam da seguinte forma

A Engenharia tem como missatildeo principal apoiar com as vertentes do

combate e construccedilatildeo os elementos de emprego da F Ter nas operaccedilotildees

desencadeadas no amplo espectro dos conflitos Participa das Funccedilotildees de

Combate Movimento e Manobra proporcionando mobilidade agraves armas-base

e contra-mobilidade ao inimigo Proteccedilatildeo aos oacutergatildeos e estruturas de

combate Logiacutestica em diversas atividades dentre outras (BRASIL 2014 p

6-3)

Nesta uacuteltima deacutecada concomitantemente com a atualizaccedilatildeo doutrinaacuteria novos

Materiais de Emprego Militar (MEM) foram distribuiacutedos em diversas OM do Brasil

frutos de Projetos Estrateacutegicos do Exeacutercito (PEE) alterando suas capacidades e

limitaccedilotildees Dentre eles destaca-se para as tropas de natureza blindada o Projeto

Leopard o qual levou agrave troca dos Carros de Combate (CC) M41 pelas Viatura Blindada

de Combate Carro de Combate Leopard 1 A5 BR (VBCCC Leopard 1 A5 BR) desde

2009

Para as tropas mecanizadas o principal impacto foi causado pelo Projeto

Guarani o qual jaacute modernizou a frota de algumas Organizaccedilotildees Militares (OM) com

esta Viatura Blindada de Transporte de Pessoal Meacutedia de Rodas (VBTP-MR) a qual

estaacute em fase de produccedilatildeo e entrega Concomitantemente com a produccedilatildeo dessas

viaturas estatildeo sendo desenvolvidos protoacutetipos e adquiridos materiais para o

desenvolvimento dos demais componentes da Nova Famiacutelia de Blindados Sobre

Rodas Guarani (NFBSR)

O presente trabalho tem por objetivo analisar as Capacidades Operativas que

os elementos de engenharia deveratildeo possuir considerando os reflexos da evoluccedilatildeo

doutrinaacuteria e dos novos Materiais de Emprego Militar para apoiar a mobilidade dos

Regimentos de Cavalaria Mecanizada e Regimentos de Cavalaria Blindado

empregados em primeiro escalatildeo por uma Brigada de Cavalaria Mecanizada na

Operaccedilatildeo de Aproveitamento do Ecircxito (Apvt Ecircxi) (BRASIL 2014 p 7-2)

12

O objetivo geral do presente estudo eacute partindo do estudo das Capacidades da

Cia E Cmb Mec analisar no acircmbito da mobilidade as necessidades miacutenimas e

imediatas dos elementos a serem empregados em primeiro escalatildeo Baseado nessa

anaacutelise busca-se apresentar uma proposta de adequaccedilatildeo do apoio prestado pela Cia

E Cmb Mec no Aproveitamento do Ecircxito (Apvt Ecircxi)

11 PROBLEMA

Em manual datado de 1989 C 5-10 - Apoio de Engenharia no Escalatildeo Brigada

e reeditado em 2000 consta a missatildeo organizaccedilatildeo atribuiccedilotildees equipamentos e

forma de emprego do pelotatildeo de engenharia de combate O manual C 5-1 - Emprego

da Engenharia datado de 1999 em sua 3ordf ediccedilatildeo caracteriza o Pel E Cmb como o

elemento responsaacutevel por prestar apoio aos elementos em primeiro escalatildeo da Bda C

Mec

A Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 (NCD Nr 0216) trouxe a

atualizaccedilatildeo de alguns conceitos modificando inclusive o escalatildeo de apoio de

engenharia agraves Brigadas Blindadas e de Infantaria Mecanizada (Bda Inf Mec)

passando do valor subunidade (Companhia) para unidade (Batalhatildeo)

Nesta mesma NCD poreacutem foi mantido o estabelecido nos dois manuais citados

acima ratificando que uma Cia E Cmb Mec constituiacuteda por 3 Pel E Cmb Mec eacute o

elemento de apoio aos Regimentos da Bda

O Comandante da Cia E Cmb Mec denominado engenheiro da brigada ao

empregar pelototildees em reforccedilo restringe sua capacidade de realizar um apoio

suplementar a esses pelototildees e de realizar trabalhos em prol da proacutepria companhia

dos demais elementos da brigada e do apoio ao conjunto (mais de um elemento)

Aleacutem disso por sua limitaccedilatildeo em meios na realizaccedilatildeo de trabalhos o Pel E Cmb

na maioria de suas missotildees eacute reforccedilado por equipagens e equipamentos pelo Pelotatildeo

de Equipagem de Assalto e pelo Pelotatildeo de Engenharia de Apoio Esses poreacutem natildeo

possuem materiais adequados reforccedilar os pelototildees de engenharia de combate

Face ao exposto formulou-se o seguinte problema Em que medida a

Companhia de Engenharia de Combate Mecanizada tem capacidade de atender agraves

necessidades miacutenimas dos elementos empregados em primeiro escalatildeo de uma Bda

C Mec no Aproveitamento do Ecircxito no que tange agrave mobilidade

13

12 OBJETIVOS

O presente trabalho tem por objetivo analisar as Capacidades Operativas que

os elementos de engenharia deveratildeo possuir considerando os reflexos da evoluccedilatildeo

doutrinaacuteria e dos novos Materiais de Emprego Militar para apoiar a mobilidade dos

Regimentos de Cavalaria Mecanizada e Regimentos de Cavalaria Blindado

empregados em primeiro escalatildeo por uma Brigada de Cavalaria Mecanizada na

Operaccedilatildeo de Aproveitamento do Ecircxito

Com o intuito de conduzir o estudo para uma soluccedilatildeo foram elencados os

seguintes objetivos especiacuteficos

a Apresentar os conceitos novos ou natildeo que sejam relevantes para a

exploraccedilatildeo do assunto

b Descrever a forma de emprego de uma Bda C Mec em Operaccedilotildees de

Aproveitamento do Ecircxito

c Descrever a organizaccedilatildeo e as caracteriacutesticas dos elementos empregados em

primeiro escalatildeo por uma Bda C Mec

d Descrever a organizaccedilatildeo caracteriacutesticas e forma de emprego em Operaccedilotildees

Ofensivas de uma Cia E Cmb Mec

e Descrever a organizaccedilatildeo caracteriacutesticas e missatildeo junto aos Pel E Cmb de

um Pelotatildeo de Engenharia de Apoio (Pel E Ap)

f Descrever a organizaccedilatildeo caracteriacutesticas e missatildeo junto aos Pel E Cmb de

um Pelotatildeo de Equipagem de Assalto (Pel Eq Ass)

g Descrever a organizaccedilatildeo caracteriacutesticas missatildeo possibilidades e limitaccedilotildees

do Pel E Cmb Mec

h Analisar a capacidade do Pel E Cmb Mec em atender agraves necessidades

miacutenimas dos regimentos de uma Brigada de Cavalaria Mecanizada em

Operaccedilotildees Ofensivas

i Apresentar viaturas especiais de engenharia disponiacuteveis no mercado

mundial

j Analisar o emprego de uma engenharia de Bda do exeacutercito alematildeo e

estadunidense semelhante agrave Bda C Mec concluindo sobre a adequabilidade

do emprego realizado pelo exeacutercito brasileiro

14

k Apresentar uma proposta de apoio de engenharia capaz de atender agraves

necessidades miacutenimas de regimentos orgacircnicos de uma Bda C Mec

13 QUESTOtildeES DE ESTUDO

Atraveacutes da anaacutelise da capacidade de apoio de um Pel E Cmb orgacircnico de uma

Cia E Cmb Mec frente agraves necessidades de uma Brigada de Cavalaria Mecanizada agrave

luz dos novos manuais doutrinaacuterios projetos estrateacutegicos e dos meios de dotaccedilatildeo (ou

em aquisiccedilatildeo pelo Exeacutercito) seraacute analisada a adequabilidade desse apoio Para isso

foram relacionadas algumas questotildees de estudo listadas abaixo a fim de guiar o

trabalho ao objetivo proposto

a) quais os conceitos associados ao emprego e ao material satildeo necessaacuterios para

desenvolvimento de uma proposta adequada de organizaccedilatildeo da Cia E Cmb Mec

b) como a Brigada de Cavalaria Mecanizada eacute empregada em uma Operaccedilatildeo de

Aproveitamento do Ecircxito

c) como se caracterizam os elementos empregados em primeiro escalatildeo pela

Brigada de Cavalaria Mecanizada

d) como a Companhia de Engenharia de Combate Mecanizada das Brigadas de

Cavalaria Mecanizadas satildeo empregadas em Operaccedilotildees Ofensivas

e) como se caracterizam os elementos empregados em primeiro escalatildeo pela

Companhia de Engenharia de Combate Mecanizada

f) quais os meios que disponiacuteveis atualmente para o Pelotatildeo de Engenharia de

Combate Mecanizado apoiar os Regimentos empregados em primeiro escalatildeo no

Aproveitamento do Ecircxito

g) quais os materiais disponiacuteveis no mundo necessaacuterios para atribuir capacidade

de junto aos Regimentos em um Aproveitamento do Ecircxito

h) como eacute prestado o apoio de engenharia em outros paiacuteses a tropas que

possuam organizaccedilatildeo semelhante agrave da Brigada de Cavalaria Mecanizada

i) qual a sugestatildeo de emprego da engenharia de brigada para que seja realizado

um apoio adequado que atenda agraves necessidades miacutenimas dos regimentos orgacircnicos

da Bda C Mec

14 JUSTIFICATIVAS

15

Este trabalho justifica-se pela necessidade de ser avaliada a manutenccedilatildeo ou natildeo

da capacidade da Cia E Cmb Mec frente agraves mudanccedila relacionadas agraves caracteriacutesticas

apresentadas pelos novos cenaacuterios mundiais e pela evoluccedilatildeo do material utilizado

pelo Exeacutercito Brasileiro advindo dos Projetos Leopard e Guarani a fim de

acompanhar o Processo de Transformaccedilatildeo do Exeacutercito Brasileiro que estaacute em

desenvolvimento atualmente

Tal justificativa encontra-se alinhada com os objetivos do Projeto Estruturante

Novo Sistema de Engenharia (PENSE) concebido pelo EME em 2014 o qual teve a

Diretriz de Implantaccedilatildeo aprovada pela Portaria Nordm 031-EME de 26 de fevereiro de

2018

O objetivo decisivo do programa estaacute centrado nos pilares de sustentaccedilatildeo da

capacidade operacional da Engenharia quais sejam a obtenccedilatildeo do Material de

Engenharia adequado e suficiente o desenvolvimento e a atualizaccedilatildeo da doutrina e a

capacitaccedilatildeo de pessoal

A inovaccedilatildeo dos MEM bem como a transformaccedilatildeo doutrinaacuteria demandam

anaacutelises retificaccedilatildeo e ratificaccedilatildeo de conceitos quebra de paradigmas e uma busca

pelo reequiliacutebrio entre as capacidades e necessidades geradas

Com o intuito de corroborar com a evoluccedilatildeo do Sistema Engenharia tendo em

vista a modernizaccedilatildeo doutrinaacuteria e dos novos MEM este trabalho buscaraacute analisar

as Capacidades Operativas desejaacuteveis a fim de propor uma adequaccedilatildeo de apoio de

engenharia na mobilidade dos RC Mec e RCB orgacircnicos de uma Bda C Mec no

Aproveitamento do Ecircxito

Com essa adequaccedilatildeo busca-se dar efetividade agrave doutrina atinente agrave

Engenharia da Brigada tornando-a atual e compatiacutevel com as necessidades dos

elementos apoiados principalmente exequiacutevel e efetiva

16

2 METODOLOGIA

Nesta seccedilatildeo estaacute detalhada a forma que a pesquisa foi dirigida a fim de

atender aos objetivos especiacuteficos os quais visaram desenvolver uma soluccedilatildeo

adequada ao objetivo geral atraveacutes do desenvolvimento de respostas agraves questotildees

de estudo levantadas

Por meio do estudo das possibilidades e limitaccedilotildees da Companhia de

Engenharia de Combate Mecanizada buscou-se apresentar uma anaacutelise da

capacidade de atender agraves necessidades dos elementos empregados em primeiro

escalatildeo pelas Bda C Mec e sugerir uma proposta de adequaccedilatildeo de sua forma de

emprego e do material necessaacuterio

Para atingir esses objetivos a metodologia foi dividida em objeto formal de

estudo amostra e delineamento de pesquisa

21 OBJETO FORMAL DE ESTUDO

O presente trabalho eacute classificado quanto agrave sua forma de abordagem

qualitativa e ao seu objetivo geral como exploratoacuteria e descritiva A sua finalidade eacute

desenvolver uma proposta de adequaccedilatildeo do apoio prestado pela Companhia de

Engenharia de Combate aos Regimentos de uma Brigada de Cavalaria Mecanizada

em Operaccedilotildees Ofensivas por meio do estudo especiacutefico das capacidades

operativas da Cia E Cmb Mec em operaccedilotildees de Aproveitamento do Ecircxito face agrave

evoluccedilatildeo doutrinaacuteria presente na publicaccedilatildeo dos novos manuais doutrinaacuterios

publicados a partir de 2014 e dos MEM frutos dos Projetos Estrateacutegicos Leopard e

Guarani

Para atingir esse objetivo seraacute descrita a doutrina em vigor relacionada agrave Bda

C Mec e agrave Cia E Cmb que a apoia e analisados os reflexos da transformaccedilatildeo

doutrinaacuteria ocorrida nos uacuteltimos anos (de 2014 a 2017) e da aquisiccedilatildeo de novos

MEM

Com base na anaacutelise das capacidades e limitaccedilotildees seraacute proposta uma soluccedilatildeo

de adequaccedilatildeo do apoio de engenharia que atribua capacidade de emprego de

acordo com a doutrina baseado na bibliografia vigente e atualizado com base no

emprego de exeacutercitos de outros paiacuteses e no material disponiacutevel no mundo

atualmente

17

Para a pesquisa a variaacutevel ldquoCapacidades Operativas da Companhia de

Engenharia de Combate Mecanizada no Aproveitamento do Ecircxitordquo que analisou

as capacidades em material e de acordo com a organizaccedilatildeo atuais da Companhia

no apoio agrave mobilidade no aproveitamento do ecircxito foi considerada a variaacutevel

independente

Atraveacutes desta procurou-se estudar modificaccedilotildees que influenciassem

significativamente sobre a dependente ldquoApoio de Engenharia aos Regimentos de

uma Brigada de Cavalaria Mecanizadardquo a fim de adequar o apoio prestado aos

regimentos durante a Operaccedilatildeo de Aproveitamento do Ecircxito pela engenharia da

brigada

A relaccedilatildeo entre a variaacutevel dependente e independente eacute alterada pelo fator

ldquoNecessidades Miacutenimas dos Regimentosrdquo que satildeo as necessidades de trabalhos

de engenharia aos regimentos existentes apoacutes a modernizaccedilatildeo do material e

doutrina nacionais no que tange agrave Operaccedilatildeo de Aproveitamento do Ecircxito

211 Definiccedilatildeo conceitual das variaacuteveis

ldquoCapacidades Operativas da Companhia de Engenharia de Combate no

Aproveitamento do Ecircxitordquo variaacutevel independente pode ser definida como a

anaacutelise agraves capacidades atuais da Cia E Cmb Mec para emprego do Pel E Cmb em

uma Operaccedilatildeo de Aproveitamento do Ecircxito em apoio ao Rgt de uma Bda C Mec

Para isso foi analisado por meio dos questionaacuterios ldquoArdquo e ldquoBrdquo a adequabilidade

da organizaccedilatildeo da Cia E Cmb Mec para apoio aos regimentos de uma Brigada de

Cavalaria Mecanizada e do material disponiacutevel para apoiaacute-los na mobilidade em uma

Operaccedilatildeo de Aproveitamento do Ecircxito

A variaacutevel ldquoApoio de Engenharia aos Regimentos de uma Brigada de

Cavalria Mecanizadardquo pode ser definida como a sugestatildeo doutrinaacuteria para atender

agrave luz dos novos conceitos e fundamentos e materiais as necessidades dos

Regimentos

Por meio das respostas dos questionaacuterio ldquoArdquo ldquoBrdquo ldquoCrdquo e ldquoDrdquo chegou-se a uma

organizaccedilatildeo adequada e atual quando comparada com outros exeacutercitos permitindo

a melhoria do emprego da engenharia no emprego junto aos regimentos de uma

Brigada de Cavalaria Mecanizada

18

Os referidos questionaacuterios tambeacutem permitiram a anaacutelise das caracteriacutesitcas dos

meios e a quantidade de viaturas necessaacuterias para o apoio de engenharia da

brigada na abertura de passagem em obstaacuteculos durante uma Operaccedilatildeo de

Aproveitamento do Ecircxito

Para a variaacutevel interveniente foi considerada as Necessidades Miacutenimas dos

Regimentos no que se refere a apoio de engenharia as quais foram apresentadas

na revisatildeo de literatura reforccedilada pelas respostas presentes nos citados

questionaacuterios cujas respostas foram analisadas individualmente

Esta anaacutelise porcurou confirmar ou refutadar os comentaacuterios presentes nos

questionaacuterios de acordo com as informaccedilotildees encontradas na proacutepria bibliografia

estudada e no Treinamento Taacutetico em Ambiente Virtual (TTAV) realizado no Centro

de Instruccedilatildeo de Blindados

212 Definiccedilatildeo operacional das variaacuteveis

Nos Quadros 1 e 2 estatildeo expostos a dimensatildeo os indicadores e a forma de

mediccedilatildeo das variaacuteveis independente e dependente a fim de permitir uma

visualizaccedilatildeo de como seratildeo abordados no presente estudo

VARIAacuteVEL

INDEPENDENTE DIMENSAtildeO INDICADORES FORMA DE MEDICcedilAtildeO

Capacidades

Operativas da Cia

E Cmb no Apvt

Ecircxi

Emprego no

apoio aos Rgt

da Bda C

Mec

Adequabilidade

da organizaccedilatildeo

Questotildees Nr 1 e 2 (Apd A)

e Nr 1 e 2 (Apd B)

Material para

apoio agrave

mobilidade

Adequabilidade

do material

Questotildees Nr 3 (Apd A) e

Nr 3 (Apd B)

QUADRO 1 - Definiccedilatildeo operacional da Variaacutevel Independente Capacidades Operativas da Cia E Cmb Mec no Apvt Ecircxi Fonte O autor

19

VARIAacuteVEL

DEPENDENTE DIMENSAtildeO INDICADORES FORMA DE MEDICcedilAtildeO

Apoio de

Engenharia aos

Rgt de uma Bda

C Mec

Emprego da

engenharia

Organizaccedilatildeo

adequada

Questotildees 6 e 7 (Apd A)

questotildees 6 e 7 (Apd B)

Comparaccedilatildeo com

outros exeacutercitos

Questatildeo 1 2 e 3 (Apd C) e

questatildeo 1 2 e 3 (Apd D)

Material para

abertura de

passagem em

obstaacuteculo

Caracteriacutesticas dos

meios

Questotildees 4 e 5 (Apd A)

questotildees 4 e 5 (Apd B)

questatildeo 4 e 5 (Apd C) e

questatildeo 4 e 5 (Apd D)

Quantidade de

viaturas Questatildeo 6 (Apd C)

QUADRO 2 - Definiccedilatildeo operacional da Variaacutevel Dependente Apoio de Engenharia aos Rgt da Bda C Mec Fonte O autor

213 Alcances e Limites

Para a anaacutelise das operaccedilotildees ofensivas foram excluiacutedos os tipos de

Reconhecimento em Forccedila Perseguiccedilatildeo Ataque de Oportunidade e Marcha para o

Combate O objetivo do autor foi dar ecircnfase aos trabalhos de mobilidade com

emprego dos pelototildees de forma descentralizada Desta forma o pelotatildeo que

acompanha o regimento precisa conduzir todo o material necessaacuterio natildeo sendo

adequado solicitar apoio agrave companhia devido a sua distacircncia e necessidade de

acompanhamento da velocidade das operaccedilotildees

Nesse sentido foi escolhido o estudo da Operaccedilatildeo de Aproveitamento do

Ecircxito situaccedilatildeo que o Pelotatildeo encontra-se normalmente empregado na situaccedilatildeo de

comando reforccedilo

O sistema Engenharia constituiacutedo por material pessoal e doutrina visa

proporcionar aos elementos apoiados mobilidade contramobilidade proteccedilatildeo e

apoio geral Dentre estes foram abordados neste estudo o apoio agrave mobilidade

20

situaccedilatildeo onde a falta de meios especiais junto aos pelototildees eacute mais niacutetida deixando

de ser trabalhados contramobilidade proteccedilatildeo e apoio geral

Na mobilidade o estudo abarcou trabalhos de abertura de passagens em

obstaacuteculos transposiccedilatildeo de curso de aacutegua obstaacuteculo conservaccedilatildeo e reparaccedilatildeo de

vias e estradas e desorganizaccedilatildeo de posiccedilotildees organizadas do inimigo trabalhos os

quais podem ser realizados por viaturas blindadas especiais Excluiu-se portanto o

estudo da transposiccedilatildeo de curso de aacutegua de vulto ou grande vulto que exigem o

apoio de escalotildees superiores agrave brigada a navegaccedilatildeo e o reconhecimento

Como a Cia E Cmb Mec desdobra seus trabalhos normalmente em toda aacuterea

da Bda o estudo limitou-se aos realizados em prol dos elementos em primeiro

escalatildeo (os regimentos de cavalaria) excluindo o estudo dos trabalhos de apoio ao

conjunto e suplementar

Para tal os meios a serem analisados foram limitados aos de emprego

imediato pelos pelototildees ou seja que seja de dotaccedilatildeo ou passados em reforccedilo ao

pelotatildeo Um exemplo de meio incluiacutedo foi uma Ponte de Pequena Brecha (Pnt P

Bre) pois pode ser transportada por reboque ou por uma viatura blindada Em

contrapartida foi excluiacutedo o estudo do emprego de portada pesada tendo em vista

que a mesma natildeo tem emprego em transposiccedilatildeo imediata mas preparada

22 AMOSTRA

As pesquisas as quais foram enviadas por endereccedilo eletrocircnico atraveacutes de

consulta aos e-mails cadastrados no DGP buscaram abranger em caraacuteter

voluntaacuterio militares que tivessem conhecimentos ligados ao tema

Enquanto algumas pesquisas procuraram abranger militares que tiveram

experiecircncia no emprego do apoio de engenharia (como cliente ou como fornecedor)

outras pesquisas buscaram militares especializados no emprego de blindados e por

fim pesquisas que exploraram a experiecircncia de militares que realizaram curso de

comandante de subunidade no exterior confrontando o questionamento com os

conhecimentos e experiecircncias vividas nos Estados Unidos e na Alemanha

Os questionaacuterios elaborados embora tenha como universo apenas militares

com posto acima de capitatildees aperfeiccediloados natildeo procuraram levar em consideraccedilatildeo

a experiecircncia nos respectivos postos mas a experiecircncia dos mesmos na funccedilatildeo que

exercem ou exerciam ou nos conhecimentos adquiridos no exterior

21

Desta forma foi considerado irrelevante a descriccedilatildeo dos mesmos

considerando apenas as respostas por grupo os quais tiveram por objetivo

demonstrar os diferentes posicionamentos em relaccedilatildeo ao assunto em pauta

Com isso os referidos militares foram divididos em quatro grupos conforme

descrito abaixo

a comandantes e ex-comandantes de regimento de cavalaria de uma Brigada

de Cavalaria Mecanizada

b comandantes e ex-comandantes de Companhia de Engenharia de Combate

Mecanizada de uma Brigada de Cavalaria Mecanizada

c oficiais de engenharia que tenham realizado curso de Comandante de

Subunidade nos Estados Unidos ou na Alemanha

d oficiais na funccedilatildeo de instrutor do Centro de Instruccedilatildeo de Blindados que

tenham realizado curso de Comandante de Subunidade nos Estados

Unidos ou na Alemanha

23 DELINEAMENTO DA PESQUISA

O delineamento da pesquisa teve uma abordagem qualitativa em que o estudo

das relaccedilotildees entre variaacutevel dependente (Capacidades Operativas da Cia E Cmb Mec

no Aproveitamento do Ecircxito) e independente (Apoio de Engenharia aos Regimentos

de uma Bda C Mec) eacute indissociaacutevel e natildeo pode ser traduzida por nuacutemeros

(Rodrigues 2006 p 36)

O meacutetodo de abordagem utilizado foi o indutivo fundamentado na experiecircncia

e construiacutedo a partir da observaccedilatildeo de casos da realidade concreta (Rodrigues

2006 p 29) do emprego do Pel E Cmb Mec apresentados neste trabalho por meio

de situaccedilotildees particulares e anaacutelise de questionaacuterios e procedimento experimental

realizado pela Seccedilatildeo de Simulaccedilatildeo do Centro de Instruccedilatildeo de Blindados

Para responder ao objetivo geral a pesquisa foi abordada de forma descritiva

contando com a experiecircncia do autor que descreveu a relaccedilatildeo entre as variaacuteveis e

contribuiu com a descriccedilatildeo doutrinaacuteria atraveacutes de pesquisa bibliograacutefica

231 Procedimentos para revisatildeo de literatura

22

Com o objetivo de responder ao problema do trabalho foram realizados os

seguintes procedimentos metodoloacutegicos descritos abaixo

2311 Fontes de busca

Foram utilizados como fontes para descriccedilatildeo do conhecimento doutrinaacuterio que

influencia no emprego da Cia E Cmb Mec e para a construccedilatildeo da proposta do

trabalho manuais monografias dissertaccedilotildees e artigos cientiacuteficos (nacionais dos

Estados Unidos e da Alemanha) livros e Notas de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria (NCD)

2312 Estrateacutegia de busca para as bases de dados

Com a finalidade de estabelecer paracircmetros doutrinaacuterios foram selecionados

documentos que contribuam para o direcionamento e limitaccedilatildeo para uma proposta

mais adequada

Foram realizadas buscas por dados em siacutetios eletrocircnicos na internet como

Google sendo selecionadas dentre os resultados obtidos as paacuteginas oficiais de

instituiccedilotildees como instruccedilotildees trabalhos perioacutedicos e documentos nacionais e

estrangeiros e em estabelecimentos de ensino como Escola de Aperfeiccediloamento

de Oficiais e Centro de Instruccedilatildeo de Blindados

2313 Criteacuterios de inclusatildeo

Foram selecionados documentos de caraacuteter qualitativo em portuguecircs inglecircs e

alematildeo que estivessem relacionados ao emprego de pelotatildeo de engenharia em

apoio a tropas dotadas de meios blindados e mecanizados nas Operaccedilotildees

Ofensivas

Tambeacutem foram incluiacutedos documentos relacionados aos materiais e programas

de aquisiccedilatildeo de materiais relacionados agraves tropas blindadas e mecanizadas

2314 Criteacuterios de exclusatildeo

23

Dos documentos selecionados foram excluiacutedos os manuais revogados os

documentos que natildeo abrangem tropa blindada ou mecanizada e os que natildeo estatildeo

relacionados com Operaccedilotildees Ofensivas

232 Procedimentos Metodoloacutegicos

Com o propoacutesito de coletar dados e opiniotildees sobre o assunto no que tange ao

emprego em pessoal e material do Pel E Cmb em Operaccedilotildees Ofensivas foram

enviados eletronicamente questionaacuterios aos grupos conforme criteacuterios

anteriormente elencados

Concomitantemente foi realizada a coleta de dados da bibliografia relacionada

e com os dados coletados por meio dos questionaacuterios gerando a base para a

proposta de adequaccedilatildeo de apoio da Cia E Cmb Mec

233 Procedimentos Experimental

O procedimento experimental foi realizado no Centro de Instruccedilatildeo de

Blindados o qual realiza anualmente o Treinamento Taacutetico em Ambiente Virtual

com as brigadas mecanizadas e blindadas

Neste ano foi realizado o treinamento com a 3ordf Brigada de Cavalaria

Mecanizada a qual empregou seus Quadros em ambiente virtual confeccionado

pelo Chefe da Seccedilatildeo de Simuladores

A proposta inicial era empregar uma Bda C Mec em um Aproveitamento do

Ecircxito reforccedilada por um Pel E dotado de Viaturas Blindadas Especiais Entretanto o

exerciacutecio visava o treinamento em uma operaccedilatildeo de Movimento Retroacutegrado o que

embora natildeo tenha sido a situaccedilatildeo ideal natildeo prejudicou o resultado pois o principal

objetivo natildeo foi o emprego em si mas a capacidade de acompanhamento da

velocidade das viaturas dos regimentos mecanizados

234 Instrumentos

Os questionaacuterios enviados a 5 (cinco) grupos conforme anteriormente

definidos tiveram por objetivo principal identificar a opiniatildeo dos especialistas sobre

24

os aspectos relativos ao apoio de engenharia aos elementos de emprego em

primeiro escalatildeo de uma Brigada de Cavalaria Mecanizada bem como analisar as

necessidades em material e a possibilidade de emprego para atender as

necessidades miacutenimas imediatas dos Regimentos

Assim buscou-se uma reflexatildeo sobre o assunto que fosse rica em sugestotildees

e dados qualitativos para fundamentar uma sugestatildeo baseada em conhecimentos e

experiecircncias distintos

2341 Elaboraccedilatildeo dos questionaacuterios

Tendo em vista o caraacuteter qualitativo da presente pesquisa buscou-se a

confecccedilatildeo de questionaacuterios com questotildees fechadas poreacutem com espaccedilo para

discussatildeo e geraccedilatildeo de sugestotildees sobre o tema

O preacute-teste foi aplicado em militares que jaacute tinham sido instrutores do Centro

de Instruccedilatildeo de Blindados que pelo conhecimento sobre blindados sobre rodas e

sobre lagartas envolvimento em exerciacutecios de simulaccedilatildeo virtual e no terreno e

experiecircncia no exterior apresentam condiccedilotildees de orientar corrigir ou incrementar as

questotildees propostas

2342 Questionaacuterio destinado aos oficiais em funccedilatildeo de desenvolvimento coordenaccedilatildeo ou chefia do Projeto Guarani

Pretendeu-se por meio da relaccedilatildeo desses militares com o assunto obter uma

anaacutelise do projeto inicial Guarani os objetivos buscados para compra dos

implementos dessa viatura e anaacutelise das capacidades que se espera atingir com o

projeto para que ao final da presente pesquisa a sugestatildeo esteja alinhada ao

projeto Guarani

2343 Questionaacuterio destinado aos comandantes e ex-comandantes de regimento de cavalaria de uma Brigada de Cavalaria Mecanizada (Apecircndice A)

25

Esse questionaacuterio buscou realizar do ponto de vista do cliente da engenharia

da brigada a anaacutelise da capacidade de apoio de engenharia empregada atualmente

nas Bda C Mec e identificar uma forma adequada de organizaccedilatildeo e emprego desse

apoio Da mesma forma foi procurado identificar meios necessaacuterios e apresentar

uma soluccedilatildeo para o apoio a tropas que empregam viaturas sobre rodas e sobre

lagartas analisando seus impactos no emprego e na logiacutestica

2344 Questionaacuterio destinado aos comandantes e ex-comandantes de regimento de cavalaria de uma Brigada de Cavalaria Mecanizada (Apecircndice B)

Esse questionaacuterio buscou realizar do ponto de vista do fornecedor do apoio

de engenharia a anaacutelise da capacidade de apoio de engenharia empregada

atualmente nas Bda C Mec e identificar uma forma adequada de organizaccedilatildeo e

emprego desse apoio Da mesma forma foi procurado identificar meios necessaacuterios

e apresentar uma soluccedilatildeo para o apoio a tropas que empregam viaturas sobre rodas

e sobre lagartas analisando seus impactos no emprego e na logiacutestica

2345 Questionaacuterio destinado aos oficiais de engenharia que tenham realizado curso de Comandante de Subunidade nos Estados Unidos ou na Alemanha (Apecircndice C)

Com base na experiecircncia desses militares buscou-se analisar soluccedilotildees para

adequaccedilatildeo do apoio e emprego de tropas e meios de engenharia a fim de capacitar

a engenharia da brigada ao apoio imediato aos Regimentos da Bda C Mec

2346 Questionaacuterio destinado aos oficiais na funccedilatildeo de instrutor do Centro de Instruccedilatildeo de Blindados que tenham realizado curso de Comandante de Subunidade nos Estados Unidos ou na Alemanha (Apecircndice D)

Com base na experiecircncia desses militares buscou-se analisar soluccedilotildees para

adequaccedilatildeo do apoio e emprego de tropas e meios de engenharia a fim de capacitar

a engenharia da brigada ao apoio imediato aos Regimentos da Bda C Mec

26

As respostas e sugestotildees apresentadas nessas questotildees proporcionaratildeo

ratificaratildeo ou retificaratildeo das ideias iniciais apresentadas no trabalho conduzindo o

autor a uma proposta amparada na experiecircncia e conhecimentos de diferentes

especialistas

235 Anaacutelise dos Dados

Os dados resultantes dos questionaacuterios contribuiram para questionamento e

reforccedilo das ideias inicialmente apresentadas por meio da experiecircncia nas funccedilotildees

de comandantes no emprego de tropas mecanizadas e blindadas e com

conhecimento do emprego de tropas americanas e alematildes

2351 Tabulaccedilatildeo dos dados

Os dados seratildeo categorizados quanto aos aspectos organizacionais

materiais de emprego e logiacutestica por meio do levantamento das diversas amostras

que compotildeem a presente pesquisa

A codificaccedilatildeo e tabulaccedilatildeo seguiraacute a verificaccedilatildeo da correta compreensatildeo dos

questionaacuterios por parte dos participantes e se as respostas foram transcritas de

forma coerente e com linguagem compreensiacutevel

As questotildees fechadas foram diretamente tabuladas dentro do universo de

determinado puacuteblico-alvo Para isso foram estabelecidos graacuteficos como recurso de

representaccedilatildeo dos resultados e analisados por processo de teacutecnica de anaacutelise

estatiacutestica inferencial

Os comentaacuterios foram posicionados apoacutes a apresentaccedilatildeo dos graacuteficos de

forma a permitir a anaacutelise do conteuacutedo qualitativo apresentado sendo os dados

analisados por processo de teacutecnica de anaacutelise estatiacutestica descritiva

Ao final de cada resultado das anaacutelises das questotildees foram apresentadas as

conclusotildees parciais referente ao respectivo questionaacuterio

27

3 REVISAtildeO DE LITERATURA

O conjunto de ideias e entendimentos que define ordena distingue e qualifica

as atividades de organizaccedilatildeo preparo e emprego das Forccedilas Armadas deve ser

harmocircnico de acordo com a definiccedilatildeo de Doutrina Militar (BRASIL 2014 p 1-1)

Com este propoacutesito evoluccedilotildees doutrinaacuterias buscam equilibrar as capacidades

atuais do Exeacutercito com as necessidades projetadas para futuras operaccedilotildees mantecirc-

lo adequado ao futuro imediato em termos de desenvolvimento organizacional

intelectual e tecnoloacutegico (EUA 2011 p ix traduccedilatildeo do autor)

Para que o Exeacutercito acompanhe a transformaccedilatildeo que ocorre na Era do

Conhecimento periacuteodo atual marcado pela raacutepida geraccedilatildeo e obsolescecircncia do

conhecimento essa harmonia deve ser constantemente analisada e retificada

(BRASIL 2014 p 1-1)

A duacutevida quanto agrave efetiva capacidade de uma forccedila em cumprir a missatildeo a que

se destina origina-se da desarmonia entre sua doutrina e emprego (fruto da

ineficiecircncia de um MEM por exemplo) o que deve ser uma premissa satisfatoacuteria

para motivar estudos que contribuam para o alcance da maacutexima prontidatildeo

operativa

Este estudo deve para tanto ser analisado por meio dos fatores

determinantes interrelacionados e indissociaacuteveis doutrina organizaccedilatildeo

adestramento material educaccedilatildeo pessoal e infraestrutura (DOAMEPI) os quais

contribuem para o desenvolvimento de uma das capacidades prioritaacuterias para a F

Terr a efetividade da doutrina (BRASIL 2014 p 3-3)

A fim de facilitar o entendimento esta seccedilatildeo estaacute dividida da seguinte forma

Consideraccedilotildees iniciais onde seratildeo abordados os fundamentos baacutesicos para

entendimento de conceitos que permeiam o assunto contribuindo para uma correta

avaliaccedilatildeo e desenvolvimento de uma soluccedilatildeo doutrinariamente harmoniosa Brigada

de Cavalaria Mecanizada onde seratildeo abordadas as necessidades de apoio de

engenharia nas Operaccedilotildees de Aproveitamento do Ecircxito Companhia de Engenharia

de Combate Mecanizada onde seratildeo apresentadas as caracteriacutesticas de seu

emprego em Operaccedilotildees Ofensivas Materiais de Emprego Militar disponiacuteveis no

mundo para reforccedilo dos Pel E Cmb no apoio agrave mobilidade os quais podem ajustar

as capacidades das Cia E Cmb e por uacuteltimo seraacute analisado o emprego de tropas

28

semelhantes agraves Bda C Mec nos EUA e na Alemanha onde a engenharia de brigada

preste apoio agrave tropa mecanizada que tenha em sua constituiccedilatildeo elementos de

reconhecimento

31 CONSIDERACcedilOtildeES INICIAIS

As seguintes consideraccedilotildees iniciais satildeo importantes para uma anaacutelise precisa

da capacidade da Cia E Cmb Mec em apoiar os Regimentos da Bda C Mec na

mobilidade em operaccedilotildees ofensivas e consequentemente para a construccedilatildeo de

uma proposta satisfatoacuteria com o objetivo do trabalho

311 Operaccedilotildees de Aproveitamento do Ecircxito

As Operaccedilotildees Ofensivas satildeo operaccedilotildees decisivas que visam engajar forccedilas

superiores ao do inimigo em local e momento decisivos a fim de destruiacute-lo por

meio do fogo do movimento e da accedilatildeo de choque (BRASIL 2014 p 4-3) A accedilatildeo

de choque por sua vez deve ser entendida como o impacto psicoloacutegico causado

pelo carro de combate ao inimigo por meio do poder de fogo aparente

invulnerabilidade ruiacutedo e capacidade de transpor obstaacuteculos (BRASIL 2016 p 29)

Dentre os tipos de Operaccedilatildeo Ofensiva o trabalho explorou o Aproveitamento

do Ecircxito o qual destaca-se pela maior necessidade de apoio imediato agrave mobilidade

por elementos mais proacuteximos agraves peccedilas de manobra de ataque (os Pel E Cmb)

Nesses casos em que os elementos empregados em primeiro escalatildeo necessitam

de apoio imediato e contiacutenuo normalmente a engenharia da brigada emprega seus

pelototildees sob a Situaccedilatildeo de Comando Reforccedilo (BRASIL 1999 p 2-28)

O Aproveitamento do Ecircxito operaccedilatildeo que conquista os resultados mais

decisivos se discorre apoacutes o aproveitamento de um ataque bem sucedido no qual

a forccedila inimiga encontra dificuldades para se defender O avanccedilo contiacutenuo e raacutepido

sobre as forccedilas inimigas desorganizadas buscam ampliar as vantagens impedindo

uma reorganizaccedilatildeo ou a realizaccedilatildeo de um movimento retroacutegrado (BRASIL 2000 p

5-17)

Na Bda C Mec o RCB normalmente constitui o escalatildeo avanccedilado no

Aproveitamento do Ecircxito Cabe agrave engenharia por sua vez reduzir a accedilatildeo dos

obstaacuteculos naturais ou artificiais permitindo a adoccedilatildeo de um deslocamento de forccedila

29

mais adequado garantindo a conquista de resultados decisivos em menor tempo e

com miacutenimo de perdas Com o intuito de manter o movimento contiacutenuo e

permanente o apoio de engenharia aos regimentos eacute realizado de forma

descentralizada permitindo o apoio a elementos afastados do escalatildeo superior

desde que adequadamente reforccedilado em meios (BRASIL 2000 p 5-18)

Tanto o Aproveitamento do Ecircxito quanto o Ataque de Oportunidade satildeo

accedilotildees que decorrem de uma interpretaccedilatildeo do comandante sobre os acontecimentos

do combate A incerteza de sua realizaccedilatildeo aleacutem de quando onde e como seraacute

realizada seraacute definida pela imediata expediccedilatildeo de ordens fragmentaacuterias pelo

comandante as quais exigem que o pelotatildeo tenha permanentemente condiccedilotildees de

apoiar (BRASIL 2000 p 5-9) Para a engenharia a proximidade e a disponibilidade

de meios adequados determinaraacute a efetividade do apoio prestado aos elementos

em primeiro escalatildeo desta brigada

312 Situaccedilatildeo de Comando Reforccedilo

Quando empregado em situaccedilatildeo de comando reforccedilo o Pel E Cmb subordina-

se diretamente ao comandante do regimento No aproveitamento do ecircxito esta eacute a

situaccedilatildeo de comando normalmente empregada devido agrave necessidade de plena

autonomia e pela incapacidade de apoio da companhia devido ao seu afastamento

em relaccedilatildeo aos pelototildees (BRASIL 1999 p 1-14)

Cabe ao pelotatildeo portanto o apoio aproximado imediato e contiacutenuo com

equipamentos adequados devendo para isso ser reforccedilado pela Cia E Cmb em

meios e se necessaacuterio em pessoal (BRASIL 1999 p 1-14) garantindo a rapidez

do movimento a fim de multiplicar o poder de combate contribuindo para o melhor

emprego da potecircncia de fogo e da accedilatildeo de choque do elemento apoiado Desta

forma busca-se diminuir o risco com base na premissa de que quanto maior o

tempo de exposiccedilatildeo do escalatildeo de ataque aos fogos maiores seratildeo suas perdas

(BRASIL 2000 p 5-15)

313 Funccedilatildeo de Combate Movimento e Manobra

A Funccedilatildeo de Combate Movimento e Manobra estaacute relacionada com o conjunto

de atividades tarefas e sistemas inter-relacionados empregados para deslocar

30

forccedilas de modo a posicionaacute-las em situaccedilatildeo de vantagem em relaccedilatildeo ao inimigo

(BRASIL 2014 p 5-10)

Para este estudo cresce de importacircncia o entendimento de manobra como se

segue

A manobra concentra e dispersa o poder de combate para manter o inimigo

em desvantagem Consegue resultados que de outra forma seriam

dispendiosos Manobra eficaz manteacutem forccedilas inimigas fora do equiliacutebrio

fazendo-as enfrentar novos problemas e novos perigos mais raacutepido do que

eles podem combatecirc-los As forccedilas do Exeacutercito ganham e preservam a

liberdade de accedilatildeo reduzem a vulnerabilidade e exploram o sucesso

atraveacutes da manobra Manobra eacute mais que fogo e movimento Inclui a

aplicaccedilatildeo dinacircmica e flexiacutevel de todos os elementos do poder de combate

(EUA 2011 p A-2 traduccedilatildeo do autor)

O emprego da Engenharia estaacute intimamente ligada agrave funccedilatildeo de combate

movimento e manobra particularmente no que tange agrave promoccedilatildeo da mobilidade agraves

tropas subordinadas ao escalatildeo a que pertence (BRASIL 2014 p 6-3)

314 Modularidade

A modularidade eacute a aptidatildeo de um elemento de combate de receber moacutedulos

que ampliem seu poder de combate ou lhe agreguem capacidades (BRASIL 2014

6-14)

Este conceito surgiu da necessidade de empregar forccedilas em torno de

formaccedilotildees menores e mais versaacuteteis No niacutevel taacutetico e operacional a rotineira

necessidade de operaccedilatildeo em aacutereas natildeo-contiacuteguas por unidades subordinadas se

contrapunha ao contiacuteguo e hieraacuterquico arranjo das forccedilas terrestres (EUA 2011 p

C-1 traduccedilatildeo do autor)

Embora o conceito seja novo a engenharia jaacute emprega seus elementos com

certa modularidade Um exemplo eacute o Pel E Cmb que natildeo possui meios adequados

para por exemplo realizar o lanccedilamento de um campo minado em poucos minutos

Ele necessita que uma viatura dotada de um sistema de dispersatildeo de minas bem

como a guarniccedilatildeo da mesma sejam adicionados ao Pelotatildeo

31

315 Projeto Guarani

O Projeto Guarani teve sua origem a partir da necessidade de substituiccedilatildeo das

Viatura Blindada de Transporte de Pessoal (VBTP) EE-11 Urutu (FIGURA 1) e

Viatura Blindada sobre Rodas (VBR) EE-9 Cascavel (FIGURA 2) as quais se

encontram em fase de obsolescecircncia e atraso tecnoloacutegico perante os moderno

cenaacuterio de batalha conforme informado pelo Escritoacuterio de Projetos do Exeacutercito

(EPEx)

FIGURA 1 ndash Viatura Blindada de Transporte de Pessoal EE-11 Urutu Fonte Siacutetio eletrocircnico Youtube Acesso em 1 ago 2018

FIGURA 2 Viatura Blindada de Rodas EE-9 Cascavel Fonte Siacutetio eletrocircnico Defesanet Acesso em 22 dez 2017

32

O projeto que remonta a origem de sua concepccedilatildeo no final da deacutecada de

1990 tem em sua proposta inicial o objetivo de modernizar as Brigadas de

Infantaria Motorizadas recentemente transformadas em Brigadas de Infantaria

Mecanizada bem como modernizar as Brigadas de Cavalaria Mecanizada

Atualmente as Viaturas Blindadas de Transporte de Pessoal Meacutedia de Rodas

(VBTP-MR) Guarani jaacute comeccedilaram a ser distribuiacutedas

FIGURA 3 Viatura Blindada de Transporte de Pessoal Meacutedia de Rodas Guarani Fonte Siacutetio eletrocircnico EPEx Acesso em 22 dez 2017

O projeto originalmente era constituiacutedo de duas versotildees de viatura uma 6x6 e

uma 8x8 Esta uacuteltima versatildeo que contaria com um canhatildeo 105 mm encontra-se

atualmente paralisada Aleacutem disso era previsto uma famiacutelia de blindados

constituiacuteda de viaturas morteiro lanccediladoras de ponte especial de engenharia

desminagem entre outras as quais teriam seus protoacutetipos ainda a serem

desenvolvidos (DEFESANET 2017)

Quanto agrave substituiccedilatildeo das Viaturas Cascavel foi adiada conforme Boletim do

Exeacutercito Nr 48 publicado em 1ordm de dezembro de 2017 A portaria cria o Projeto de

Obtenccedilatildeo da Viatura Blindada de Reconhecimento ndash Meacutedia sobre Rodas (VBR-

MSR) 6x6 que consiste na modernizaccedilatildeo da Viatura Cascavel (DEFESANET

2017)

33

As viaturas especiais de engenharia tambeacutem fruto das dificuldades

orccedilamentaacuterias teratildeo seu desenvolvimento adiado Para dirimir essa inexistecircncia de

material para apoiar as tropas mecanizadas a Diretoria de Material de Engenharia

estaacute em processo de aquisiccedilatildeo de implementos de engenharia para serem

incorporados agraves VBTP-MR Guarani conforme informado em visita ao Departamento

de Engenharia e Construccedilatildeo (DEC)

32 BRIGADA DE CAVALARIA MECANIZADA

A missatildeo preciacutepua da Brigada de Cavalaria Mecanizada eacute cumprir missotildees de

seguranccedila conquanto tem a capacidade de executar operaccedilotildees ofensivas e

defensivas em operaccedilotildees de seguranccedila ou como elemento de aplicaccedilatildeo do

princiacutepio de guerra ldquoeconomia de meiosrdquo (BRASIL 2000 p 1-2) Dentre as

operaccedilotildees ofensivas a brigada tem possibilidade de executar as manobras de

flanco o aproveitamento do ecircxito e a perseguiccedilatildeo (BRASIL 2000 p 1-3)

Algumas caracteriacutesticas da Bda C Mec destacam-se pelo impacto que causam

nas necessidades do apoio prestado pela engenharia como a boa mobilidade

taacutetica e estrateacutegica que permite grande raio de accedilatildeo deslocamento em alta

velocidade em estrada e realizaccedilatildeo de manobras raacutepidas e flexiacuteveis a proteccedilatildeo

blindada que permite razoaacutevel grau de seguranccedila no combate embarcado e a

flexibilidade o que permite o emprego em largas frentes e grande profundidade

(BRASIL 2000 p 1-2)

Pelas caracteriacutesticas que lhe atribuem mobilidade destacam-se como

limitaccedilotildees a vulnerabilidade a ataques aeacutereos a sensibilidade ao largo emprego de

minas e obstaacuteculos artificiais e mobilidade restrita em terrenos montanhosos

arenosos pedregosos cobertos e pantanosos aleacutem de sua restriccedilatildeo agraves condiccedilotildees

meteoroloacutegicas adversas e grande dependecircncia de uso de rede rodoviaacuteria (BRASIL

2000 p 1-4)

Na Operaccedilatildeo de Aproveitamento do Ecircxito a Bda progride em larga frente

sendo mantidas em reserva apenas forccedilas que possibilitem assegurar a

flexibilidade a impulsatildeo e a seguranccedila Para isso eacute empregada tatildeo vigorosamente

quanto possiacutevel contra forccedilas que encontrem dificuldade de manter suas posiccedilotildees

evitando o seu engajamento contra tropas de poder insuficiente para ameaccedilaacute-la a

fim de atingir rapidamente seus objetivos e mantecirc-lo Para isso a decisatildeo de

34

desbordar ou engajar forccedilas pode ser delegada aos Cmt subordinados (BRASIL

2000 p 5-20)

A dependecircncia do deslocamento por estradas estaacute associada aos meios de

transporte utilizada pelas brigadas mecanizadas Suas viaturas sobre rodas tem

uma extrema vulnerabilidade no deslocamento atraveacutes campo principalmente em

deslocamentos em periacuteodos chuvosos ou atraveacutes de terrenos alagadiccedilos

ocasionando normalmente o atolamento das mesmas

A Bda C Mec possui como peccedilas de manobra orgacircnicas para emprego em

primeiro escalatildeo dois Regimentos de Cavalaria Mecanizado e um Regimento de

Cavalaria Blindado (BRASIL 2000 p 1-11) A engenharia responsaacutevel por dirimir

suas restriccedilotildees eacute uma Cia E Cmb Mec conforme demonstrado na FIGURA 4

FIGURA 4 Organograma de uma Brigada de Cavalaria Mecanizada Fonte Instruccedilatildeo do C I Bld

Depois das brigadas blindadas a Bda C Mec eacute a tropa mais apta para realizar

operaccedilotildees como forccedila de aproveitamento do ecircxito Essa grande unidade pode ser

35

empregada como forccedila de Apvt Ecircxi ou de acompanhamento e apoio do Esc Sup ou

aproveitar o ecircxito de suas proacuteprias operaccedilotildees (BRASIL 2000 p 5-18)

Nesse tipo de operaccedilatildeo a brigada progride em larga frente desde que o

terreno e a rede de estradas permitam permanecendo o miacutenimo de forccedilas em

reserva

321 Regimento de Cavalaria Mecanizado

O Regimento de Cavalaria Mecanizado eacute empregado pela Brigada nas

missotildees de reconhecimento e seguranccedila (BRASIL 2002 p 1-1) ou como elemento

de aplicaccedilatildeo do princiacutepio de economia de meios pela Bda (BRASIL 2002 p 6-1)

O Regimento eacute constituiacutedo organicamente por um comando 3 Esquadrotildees de

Cavalaria Mecanizada (Esqd C Mec) (BRASIL 2000 p 1-11) conforme

representado na Figura 2

FIGURA 5 Organograma de um Regimento de Cavalaria Mecanizado Fonte Instruccedilatildeo do C I Bld

Dentre as operaccedilotildees ofensivas o RC Mec considerado unidade blindada leve

eacute o elemento mais apto para as missotildees de aproveitamento do ecircxito e perseguiccedilatildeo

em razatildeo das caracteriacutesticas de suas viaturas (BRASIL 2002 p 1-1)

36

As viaturas empregadas pelo regimento satildeo aleacutem das Viaturas Taacuteticas Leve

as viaturas EE-9 Cascavel e a VBTP-MR 6x6 Guarani (DEFESANET 2017) as

quais possuem grande mobilidade e baixa classe sendo elas respectivamente

classe 11 e 20 poreacutem alta dependecircncia de utilizaccedilatildeo de estradas

A Bda pode ainda organizar o RC Mec como Forccedila-Tarefa (FT) a fim de

aumentar as possibilidades de ecircxito em determinadas funccedilotildees podendo receber

Esquadratildeo de Carro de Combate (Esqd CC) Esquadratildeo de Fuzileiro Blindado

(Esqd Fuz Bld) Companhia de Fuzileiro Blindado (Cia Fuz Bld) FT Esqd CC FT

Esqd Fuz Bld FT Cia Fuz Bld e Cia Fuz Mtz (BRASIL 2002 p 1-9)

322 Regimento de Cavalaria Blindada

O RCB elemento responsaacutevel por proporcionar capacidade ofensiva agrave Bda

(BRASIL 2002 p 7-6) possui uma organizaccedilatildeo semelhante a de uma Forccedila Tarefa

(FT) empregando 2 (dois) esquadrotildees de fuzileiros (Esqd Fuz) e 2 (dois)

esquadrotildees de carro de combate (Esqd CC) aleacutem de um Esquadratildeo de Comando e

Apoio (Esqd C Ap) (BRASIL 2000 p 1-12)

FIGURA 6 Organograma de um Regimento de Cavalaria Blindado Fonte Instruccedilatildeo do C I Bld

37

O Esqd Fuz eacute dotado das viaturas de transporte de pessoal VBTP M113

(Mesquita 2015) (FIGURA 7) viatura anfiacutebia de origem americana de classe 11

FIGURA 7 Viatura Blindada de Transporte de Pessoal M113 Fonte Siacutetio eletrocircnico EXEacuteRCITO BRASILEIRO Acesso em 22 dez 2017

O Esqd CC possui as viaturas de combate VBC CC M60 A3-TTS (Mesquita

2015) (Figura 8) viatura americana de classe 55 e capacidade de transposiccedilatildeo

submersa em curso de aacutegua de ateacute 240 m de profundidade com preparaccedilatildeo

FIGURA 8 Viatura Blindada de Combate Carro de Combate M60 A3-TTS Fonte Siacutetio eletrocircnico 20RCB Acesso em 22 dez 2017

38

Esta viatura foi substituiacuteda na maioria dos regimentos pela VBC CC Leopard

1 BR (Mesquita 2015) (Figura 9) de origem alematilde classe 45 com capacidade de

transposiccedilatildeo submersa de cursos de aacutegua de ateacute 225 com preparaccedilatildeo e 4 m com

snorkel

FIGURA 9 Viatura Blindada de Combate Carro de Combate Leopard 1BR Fonte Siacutetio eletrocircnico DEFESANET Acesso em 22 dez 2017

Com suas viaturas sobre lagartas o RCB eacute a forccedila da brigada para emprego

da accedilatildeo de choque proteccedilatildeo blindada e mobilidade (BRASIL 2000 p 6-25) Por

caracteriacutesticas de suas viaturas o regimento possui grande vulnerabilidade a

ataques aeacutereos armas anticarro e minas

33 COMPANHIA DE ENGENHARIA DE COMBATE MECANIZADA

A Cia E Cmb Mec tem por missatildeo multiplicar o poder de combate da Bda

proporcionando-lhe mobilidade contramobilidade e contribuindo para sua proteccedilatildeo

(BRASIL 2000 P 4-1)

39

As capacidades que cabem agrave Cia E Cmb Mec satildeo fruto das necessidades da

Bda C Mec a quem estaacute subordinada Essas capacidade estatildeo intimamente ligadas

agraves limitaccedilotildees dos seus meios

Na Bda as necessidades de apoio fazem-se sentir particularmente junto

aos elementos de primeiro escalatildeo exigindo desta forma a colocaccedilatildeo dos

meios mais agrave frente possiacutevel A Companhia de Engenharia de Combate

Mecanizada (Cia E Cmb) eacute organizada com meios destinados a atender agraves

necessidades miacutenimas e mais imediatas da frente de combate (BRASIL

2000 p 1-16)

Face agraves necessidades da Brigada serem maiores junto aos elementos em

primeiro escalatildeo a Cia E Cmb menos esses elementos deve ser capaz de realizar

os trabalhos de apoio ao conjunto realizando trabalhos de interesse da Bda como

um todo aumentar o apoio aos elementos em primeiro escalatildeo e ainda ficar em

condiccedilotildees de apoiar a reserva quando empregada (BRASIL 2000 p 2-4)

No aproveitamento do ecircxito as necessidades de apoio ao conjunto aumentam

sendo necessaacuteria a distribuiccedilatildeo de elementos de engenharia no terreno de acordo

com o avanccedilo do ataque poreacutem sem deixar de preservar a atenccedilatildeo preciacutepua ao

emprego oportuno do apoio aos Regimentos em primeiro escalatildeo (BRASIL 1999 p

5-14)

O comandante da engenharia da brigada faz sentir sua influecircncia na conduta

do combate ao manter os meios de engenharia sempre em condiccedilotildees de atender

agraves necessidades de apoio tanto as planejadas como as imprevistas (BRASIL

1999 p 5-14)

O apoio de engenharia aos elementos de manobra da brigada eacute feito sob a

forma de apoio direto ou reforccedilo No aproveitamento do ecircxito a situaccedilatildeo de

comando reforccedilo normalmente eacute adotada emprego dos pelototildees de combate

(BRASIL 1999 p 5-14)

No apoio agrave mobilidade a Cia E Cmb busca manter a liberdade de manobra dos

Regimentos e sua impulsatildeo do ataque minimizando os efeitos dos obstaacuteculos

naturais e artificiais (BRASIL 1999 p 5-4)

Para apoiar o RCB e o RC Mec a Companhia de Engenharia tem a

possibilidade de apoiar ateacute 3 peccedilas de manobra simultaneamente lanccedilar ou

construir obstaacuteculos abrigos e outros trabalhos de organizaccedilatildeo do terreno que

40

requeiram matildeo-de-obra eou equipamentos especializados lanccedilar e remover

obstaacuteculos realizar abertura e fechamento de passagens em obstaacuteculos montar e

operar ateacute duas portadas pesadas lanccedilar trecircs pontes de pequena brecha construir

manter e operar portadas pesadas recebidas do escalatildeo superior conservar e

reparar estradas e realizar o estudo teacutecnico do terreno apontando os corredores de

mobilidade (BRASIL 2000 p 4-2 2-2 e 2-3)

Para isso a Companhia estaacute organizada da seguinte forma uma Seccedilatildeo de

Comando um Pelotatildeo de Engenharia de Apoio um Pelotatildeo de Equipagem de

Assalto e trecircs Pelototildees de Engenharia de Combate (BRASIL 2000 p 4-1)

conforme FIGURA 10

FIGURA 10 Organograma de uma Companhia de Engenharia de Combate Mecanizada Fonte Adaptado do manual BRASIL (2000 p 4-1)

331 O Pelotatildeo de Engenharia de Apoio

O Pelotatildeo de Engenharia de Apoio (Pel E Ap) eacute responsaacutevel por reforccedilar os

Pel E Cmb com caminhotildees basculantes viaturas blindadas especiais de engenharia

(VBE) equipamentos pesados de engenharia pessoal especializado ou natildeo e

41

equipamentos especializados na guerra com minas conforme previsto no manual

C5-10 (p 4-5)

Para a execuccedilatildeo de suas missotildees o Pel E Ap emprega uma Seccedilatildeo de

Comando um Grupo de Comando um Grupo de Mineiros um Grupo de

Equipamento de Engenharia um Grupo de Engenharia de Construccedilatildeo um grupo de

Caminhatildeo Basculante e um Grupo de Engenharia de Combate (BRASIL 1999 p 4-

6) conforme organograma da Figura 11

FIGURA 11 Organograma de um Pelotatildeo de Engenharia de Apoio Fonte Brasil (2000 p 4-1)

Ainda de acordo com o material disponiacutevel descrito no manual C5-10 os

principais materiais e equipamentos com que o Pel E Ap pode reforccedilar os Pel E

Cmb no apoio agrave mobilidade no Aproveitamento do Ecircxito satildeo viaturas blindadas

especiais de engenharia (VBE) reboque com equipamento para abertura de trilhas

em obstaacuteculos (o qual se refere ao equipamento de abertura de brecha) e reboque

com Eqp para disseminaccedilatildeo de minas motosserra compressor de ar e jogo de

ferramentas pneumaacuteticas aparelho de solda arco voltaico e conjunto para

balizamento de passagens

42

Dos citados materiais cabe salientar que natildeo existe nas Cia E Cmb Mec

viaturas especiais de engenharia equipamentos para abertura de brecha para

disseminaccedilatildeo de minas nem jogo de ferramentas pneumaacuteticas

332 O Pelotatildeo de Equipagem de Assalto

O Pelotatildeo de Equipagem de Assalto (Pel Eq Ass) tem como missatildeo junto aos

Pel E Cmb reforccedilar com seus equipamentos e materiais eou com pessoal

especializado principalmente missotildees relacionadas agrave transposiccedilatildeo de curso de

aacutegua (BRASIL 1999 p 4-7)

O Pel Eq Ass eacute constituiacutedo por um Gp Cmdo Grupo de Botes de Assalto

Grupo de Passadeiras Grupo de Portadas e Grupo de Ponte de Pequenas Brechas

(BRASIL 1999 p 4-8) conforme Figura 12

FIGURA 12 Organograma do Pelotatildeo de Engenharia de Assalto Fonte Brasil (2000 p 4-1)

Os principais equipamentos que o pelotatildeo possui satildeo botes de assalto

equipagem de passadeira portada pesada e veiacuteculos lanccediladores de pontes de

pequenas brechas Embora natildeo especificados nos manuais que fazem referecircncia

se seriam sobre rodas ou sobre lagartas foi considerado pelo autor que as viaturas

43

lanccediladoras de ponte de pequena brecha da Cia E Cmb Mec seja sobre rodas

partindo do princiacutepio que no DAMEPLAN existe ponte de classe 30 lanccedilada por

viatura

Dos materiais acima citados com que o Pel E Cmb Mec precisa ser reforccedilado

no Aproveitamento do Ecircxito o principal meio eacute a viatura lanccediladora de pontes sobre

rodas a qual natildeo existe no Exeacutercito Brasileiro

333 O Pelotatildeo de Engenharia de Combate Mecanizado

O pelotatildeo fraccedilatildeo baacutesica de apoio junto agraves armas (BRASIL 1999 p 1-10) que

tem por missatildeo realizar dentro de suas possibilidade os trabalhos teacutecnicos de

engenharia em proveito da brigada como um todo ou da peccedila de manobra da arma-

base apoiada (BRASIL 2000 p 4-9) Composto por um grupo de comando e 3

Grupos de Engenharia (GE) os quais estes constituem elemento baacutesico de

trabalho (BRASIL 1999 p 1-10) o Pel E Cmb estaacute organizado conforme

representado na FIGURA 13

FIGURA 13 Organograma de um Pelotatildeo de Engenharia de Combate Mecanizado Fonte Brasil (2000 p 4-1)

44

Segundo o manual C 5-10 nas operaccedilotildees ofensivas o Cmt Cia E designa

normalmente um Pel E Cmb para apoiar cada regimento da Brigada (BRASIL

1999 p 4-2) Para isso o Pel E Cmb tem as seguintes capacidades produccedilatildeo de

cortina de fumaccedila trabalhos de minagem e desminagem (manual tendo em vista

que a Cia E Cmb natildeo possui equipamento especializado) trabalho de destruiccedilotildees e

de explosivos e trabalho de fortificaccedilatildeo de campanha limitado aos seus

equipamentos de engenharia (BRASIL 1999 p 4-9) (equipamentos inadequados

para o aproveitamento do ecircxito pois natildeo possuem proteccedilatildeo blindada nem

conseguem acompanhar os elementos apoiados)

Aleacutem disso o pelotatildeo pode conduzir consigo o material para abertura de

passagem em campo de minas O uacutenico material com o qual o Pel E tem contato

por ocasiatildeo do adestramento tanto por tropas mecanizadas como blindadas eacute o

RAMBS

O RAMBS consiste em uma carga linear explosiva que abre uma trilha de 06

metros de largura por 6 metros de comprimento em campo de minas abrindo um

caminho para tropa a peacute (BRASIL 2000 p D-2) portanto ineficiente para a

transposiccedilatildeo de qualquer viatura as quais necessitam de uma abertura de brecha

com medidas miacutenimas de 35 metros (BRASIL 2000 p D-8)

Aleacutem desse equipamento o uacutenico material para remoccedilatildeo de minas eacute o

utilizado em desminagem humanitaacuteria ou seja material de desminagem manual O

material para desminagem manual consiste em bastatildeo de sondagem roupa de

proteccedilatildeo capacete de minas bandeirolas entre outros os quais ineficientes para

abertura de brecha sob fogos inimigos devido a inexistecircncia de proteccedilatildeo para os

membros da equipe embora eficientes para missotildees humanitaacuterias (BRASIL 2000

p 5-18)

Aleacutem desse material baacutesico que acompanha o pelotatildeo outros materiais podem

reforccedilar as capacidades do pelotatildeo conforme o estudo da missatildeo Os meios de

transposiccedilatildeo de obstaacuteculos oriundos da Cia E Cmb satildeo normalmente passados em

reforccedilo pelo Pelotatildeo de Equipagem de Assalto e pelo Pelotatildeo de Engenharia de

Apoio

Os Pel E Cmb quando natildeo reforccedilados tem condiccedilotildees ainda mais limitadas de

apoio por conduzir material de pequena capacidade de trabalho os quais estatildeo

contidos na caixa de sapador Embora estejam previstas ferramentas pneumaacuteticas

45

suas caixas de sapador satildeo constituiacutedas de materiais baacutesicos como enxada paacute

picareta fateixa boca-de-lobo trena martelo

34 MATERIAIS DE EMPREGO MILITAR DISPONIacuteVEIS NO MUNDO PARA

REFORCcedilO AOS PEL E CMB NO APOIO Agrave MOBILIDADE

Os meios utilizados em reforccedilo dos Pel E Cmb atribuem a capacidade de

realizar trabalhos e diminuem o tempo de execuccedilatildeo e consequentemente o tempo

de exposiccedilatildeo aos fogos inimigos Para as Cia E Cmb que possuem blindados como

viatura de transporte (Cia E Cmb MecBld) destaca-se a importacircncia dos meios que

podem ser utilizados mantendo a proteccedilatildeo blindada durante sua operaccedilatildeo como eacute

o caso das Viaturas Blindadas de Engenharia aumentando a seguranccedila da

guarniccedilatildeo e do equipamento os quais satildeo considerados meios muito nobres

devido sua especificidade

O emprego das viaturas denominadas especiais proporciona proteccedilatildeo

blindada o que garante consideraacutevel manutenccedilatildeo da funcionalidade da viatura sob

fogos de determinado calibres rapidez na abertura da passagem e seguranccedila Essa

uacuteltima caracteriacutestica contribui para garantir a preservaccedilatildeo do Poder Relativo de

Combate (PRC) o emprego oportuno e eficiente dos meios pelo Cmt Pel conforme

previsto no Manual EB20-MC-10208 ndash Proteccedilatildeo (2015 p 1-1)

As viaturas tambeacutem proporcionam grande mobilidade pois seus meios primam

pelo maacuteximo emprego de seus implementos de forma embarcada Desta forma

aleacutem da seguranccedila evitando a exposiccedilatildeo da guarniccedilatildeo da viatura evita-se a perda

de tempo no desembarque de militares e dos meios embarque e preparaccedilatildeo

No manual C 5-10 - O apoio de engenharia no escalatildeo brigada ndash as viaturas

que o Pel E Ap e o Pel Eq Ass possuem para reforccedilo dos pelototildees satildeo Viatura

Blindada Especial Lanccedila-Pontes (VBEL Pnt) e Viatura Blindada de Combate de

Engenharia (VBCE)

O manual C 5 ndash 37 ndash Minas e armadilhas descreve alguns outros materiais

como o reboque com MICLIC Giant Viper viatura rolo e viatura arado No

DAMEPLAN eacute feito menccedilatildeo ao equipamento para abertura de brecha equipamento

de tubos para transposiccedilatildeo de fosso aleacutem dos implementos lacircmina frontal rolo e

equipamento para disseminaccedilatildeo de mina AC lanccedila para guindaste e

escavadeiraque tambeacutem seraacute abordada natildeo existem nas Cia E Cmb Mec Para

46

entendimento da importacircncia e capacidades de cada um seratildeo abordadas suas

caracteriacutesticas e possibilidades

341 Viatura blindada especial lanccediladora de pontes de pequena brecha

Embora natildeo tenha sido encontrado nenhum dado limitador que definisse o

limite para ser considerada uma ponte de pequena brecha foi delimitada pelo autor

como ponte de pequena brecha aquela transportada por uma uacutenica viatura blindada

capaz de ser lanccedilada sem desembarque eou complemento em procedimento por

outro elemento mesmo que embarcado em outra viatura

As VBEL Pnt satildeo viaturas que tem a capacidade de realizar o lanccedilamento de

pontes sobre cursos drsquoaacutegua valetas e como rampas ascendentes ou descendentes

Essas viaturas podem ser divididas em dois tipos de lanccedilamento vertical e

horizontal

O lanccedilamento horizontal cuja sequecircncia de lanccedilamento eacute apresentada na

figura 16 eacute o tipo de lanccedilamento no qual a ponte desloca-se em quase sua

totalidade na horizontal caracteriacutestica esta que diminui a exposiccedilatildeo excessiva da

viatura no campo de batalha

FIGURA 14 Sequecircncia de lanccedilamento do tipo horizontal de ponte de pequena brecha Fonte Siacutetio eletrocircnico FAS Acesso em 3 jul 2018

47

O lanccedilamento vertical eacute o deslocamento realizado onde a ponte projeta-se no

sentido vertical antes de ser projetada na horizontal para lanccedilamento sobre o solo

A Viatura Blindada Especial Lanccedila-Pontes Leopard 1BR (VBEL Pnt Leo 1

BR) eacute viatura alematilde modificada da versatildeo alematilde BIBER para o Brasil Construiacuteda a

partir do chassi do Leopard 1 esta eacute capaz de lanccedilar uma ponte de classe 50 de 22

metros sobre um vatildeo de 20 metros (MANUAL DE OPERACcedilAtildeO DA VIATURA

BLINDADA ESPECIAL LANCcedilA-PONTES LEOPARD 1 BR p 2)

O Brasil adquiriu essa viatura junto com a compra dos Leopard 1 A5 BR em

2009 dando agrave tropa blindada a capacidade de transpor obstaacuteculos como cursos

drsquoagravegua e valetas

FIGURA 15 Viatura Blindada Especial Lanccedila-Pontes Leopard 1 BR Fonte Siacutetio eletrocircnico ldquoArmyvehiclesrdquo Acesso em 30 mar 2018

A Viatura Blindada Lanccedila-Pontes Titan eacute uma viatura britacircnica baseada no

chassi do carro de combate Challenger 2 capaz de lanccedilar uma uacutenica ponte de 26 m

em menos de dois minutos ou duas pontes de 12 m em apenas 90 segundos Esta

viatura tem o mesmo niacutevel de proteccedilatildeo da VBCC fornecendo um niacutevel muito alto de

proteccedilatildeo contra armas de fogo direto aleacutem de consideraacutevel proteccedilatildeo contra minas

48

terrestres e contra agentes QBRN (Quiacutemico bioloacutegico radioloacutegico e nuclear)

(MILITARY-TODAY201)

A FIGURA 16 a seguir mostra que a viatura realiza um lanccedilamento do tipo

vertical representado pela sequecircncia de imagens abaixo apresentada

FIGURA 16 Viatura lanccediladora de pontes Titan Fonte Adaptado do siacutetio eletrocircnico ldquoYoutuberdquo Acesso em 15 ago 2018

A Viatura Blindada Lanccedila-Pontes M104 Wolverine eacute a viatura para

transposiccedilatildeo de pequenas brechas utilizada pelos Estados Unidos Construiacuteda a

partir do chassi da viatura carro de combate M1A2 Abrams a viatura Wolverine tem

a capacidade de lanccedilar ponte de classe 70 sobre brechas de ateacute 24 metros

(MILITARY-TODAY201)

A VBEL Pnt que realiza lanccedilamento do tipo horizontal possui proteccedilatildeo

semelhante agrave viatura carro de combate M1A2 Abrams e possui um sistema de

gerenciamento de campo de batalha a fim de aumentar a consciecircncia situacional

no campo de batalha (MILITARY-TODAY201)

49

Figura 17 Viatura Blindada Especial Lanccedila-Pontes M104 Wolverine Fonte Siacutetio eletrocircnico ldquoMILITARY-TODAYrdquo Acesso em 15 ago 2018

342 Viatura Blindada Especial de Engenharia

Natildeo existe uma padronizaccedilatildeo de nomenclatura para esse tipo de viatura nem

um padratildeo definido mas os recursos variam entre uma lacircmina grande ou arados

para minas um canhatildeo de demoliccedilatildeo de grande calibre perfuratriz guinchos braccedilo

e guindaste de escavadeira ou para iccedilamento de cargas (WIKIPEDIA 20)

Neste trabalho seraacute considerada Viatura Blindada Especial de Engenharia

assim como eacute utilizada na documentaccedilatildeo do Centro de Instruccedilatildeo de Blindados com

base na definiccedilatildeo constante na Portaria Nr 023 ndash DMB de 20 de novembro de 1998

ndash Normas reguladoras para classificaccedilatildeo registro e identificaccedilatildeo dos veiacuteculos

oficiais no acircmbito do Ministeacuterios do Exeacutercito (NORCRIVE) Essa explicaccedilatildeo se faz

necessaacuteria porque muitos ainda descrevem como nosso manual MD33-M-02 -

Manual de abreviaturas siglas siacutembolos e convenccedilotildees cartograacuteficas das forccedilas

armadas como sendo Viatura Blindada de Combate

A citada norma corretamente considera Viatura Blindada de Combate aquela

eacute dotada de armamento orgacircnico com um apreciaacutevel poder de fogo Por outro

lado considera Viatura Especial aquela dotada de caracteriacutesticas muito

peculiares

Partindo do princiacutepio que o M113 que possui armamento orgacircnico com maior

calibre que o constante na VBE Eng natildeo eacute considerado viatura de combate a

50

viatura de engenharia tambeacutem natildeo pode ser pois seu armamento eacute suficiente

apenas para proteccedilatildeo da viatura e de sua guarniccedilatildeo

A Viatura Blindada Especial de Engenharia Leopard 1BR (VBE Eng Leo 1

BR) eacute uma viatura modificada da versatildeo alematilde Pionierpanzer Dachs 1 para o Brasil

Construiacuteda a partir do chassi do Leopard 1 esta viatura tem as seguintes

capacidades desobstruccedilatildeo escavaccedilatildeo e trabalho de resgate

Suas capacidades adveacutem dos seus equipamentos escavadeira guindaste o

qual funciona a partir do braccedilo da escavadeira lacircmina de terraplanagem que

realiza trabalhos de remoccedilatildeo de terra e obstaacuteculos aleacutem de executar a funccedilatildeo de

lacircmina de apoio o que eacute fundamental para aumento da estabilidade e traccedilatildeo nos

trabalhos com o braccedilo da escavadeira e guindaste escarificador para realizar

cortes que afrouxam o terreno duro guincho para resgate ou auto resgate (com

capacidade de ateacute 70 toneladas) parafusadeira de impacto aparelho de corte e

solda e policorteesmerilhadeira (MANUAL DE OPERACcedilAtildeO DA VIATURA

BLINDADA ESPECIAL DE ENGENHARIA LEOPARD 1 BR p 2)

Embora exista uma versatildeo mais atual da viatura a viatura Pionierpanzer 3

Kodiak a qual seraacute apresentada a seguir esta versatildeo permanece sendo utilizada

pela Alemanha em territoacuterio nacional e em missotildees no exterior devido a sua alta

qualidade

Figura 18 Viatura Blindada Especial de Engenharia Leopard 1 BR Fonte Foto do autor

51

A Viatura Blindada Especial de Engenharia Pionierpanzer 3 Kodiak eacute a

versatildeo mais atual da viatura alematilde Pionierpanzer Dachs 1 As diferenccedilas da versatildeo

anterior satildeo escavadeira com braccedilo articulado dois guinchos e uma lacircmina que

pode ser substituiacuteda por um arado O arado eacute utilizado para a remoccedilatildeo de minas

junto a um sistema de marcaccedilatildeo de brecha e um sistema de detonaccedilatildeo de minas

eletromagneacuteticas (MILITARY-TODAY 201)

A concha tambeacutem eacute intercambiaacutevel com uma garra universal cortador de

concreto e perfuratriz A proteccedilatildeo desta viatura eacute a mesma da VBCCC Leopard 2

aleacutem de contar com proteccedilatildeo QBRN e sistema de cacircmeras para a realizaccedilatildeo de

uma operaccedilatildeo eficiente sem exposiccedilatildeo do operador (MILITARY-TODAY 201)

Figura 19 Viatura Blindada Especial Pionierpanzer 3 Kodiak Fonte Siacutetio eletrocircnico ldquoMILITARY-TODAYrdquo Acesso em 13 ago 2018 Veiacuteculo de engenharia destinado agrave preparaccedilatildeo do campo de batalha na zona

de fogo indireto a Viatura Blindada Especial de Engenharia Terrier executa

trabalhos com escavadeira e lacircmina frontal O veiacuteculo ainda conta com uma

blindagem e proteccedilatildeo contra minas fornecendo proteccedilatildeo contra estilhaccedilos de fogo

de armas pequenas e projeacuteteis de artilharia (MILITARY-TODAY 201)

Para missotildees de abertura de brecha este veiacuteculo eacute equipado com um arado

de grande capacidade que complementa o trabalho realizado por seu equipamento

rebocado Python (MILITARY-TODAY 201)

Esse mesmo reboque ainda tem capacidade de transporte de feixe de tubos

ou um tolo de esteira (tem funccedilatildeo semelhante ao reforccedilador de solo) (MILITARY-

TODAY 201)

52

Figura 20 Viatura Blindada Especial de Engenharia Terrier Fonte Siacutetio eletrocircnico ldquoMILITARY-TODAYrdquo Acesso em 17 ago 2018

343 Viaturas Blindadas Especiais de Abertura de Brecha

A M1150 Assault Breacher Vehicle (ABV) - Viatura de Abertura de Brechas)

foi construiacuteda a partir do chassi do M1A1 Abrams Sua principal caracteriacutestica eacute a

existecircncia de um compartimento bipartido na parte superior da viatura capaz de

lanccedilar dois MICLIC (Mine Clearing Line Charge) de forma independente Essa carga

linear explosiva eacute capaz de eliminar 92 a 95 das minas de um campo de minas

(Kidwell e Jaffke 2014)

Aleacutem do MICLIC a viatura possui um arado na parte frontal o qual consegue

realizar o trabalho complementar de comprovaccedilatildeo da abertura da brecha do

explosivo imediatamente apoacutes a sua detonaccedilatildeo (Kidwell e Jaffke 2014)

O implemento arado eacute um meacutetodo mecacircnico que natildeo suporta ser empregado

como meio principal pois tem baixa resistecircncia De acordo com BRASIL (2000 p

53

D-6) a cada trecircs minas removidas por esse implemento uma danifica a lacircmina

implicando em sua substituiccedilatildeo

Figura 21 Vehicle Assault Breacher Vehicle (ABV) Fonte Siacutetio eletrocircnico ldquoMILITARY-TODAYrdquo Acesso em 12 dez 2017

Aleacutem do meacutetodo de abertura de brecha pelo meacutetodo explosivo existem outros

sistemas eficientes como a Viatura de Abertura de Brecha Keiler viatura alematilde

a qual se atribui uma eficiecircncia de limpeza de cerca de 98 das minas por onde

passa Seu sistema eacute composto por um rotor que eacute interligado a vaacuterios pesos

metaacutelicos presos por correntes Quando esse rotor gira e eacute aproximado do solo

realiza pancadas no solo gerando ondas de choque que acionam as cargas

explosivas Enquanto realiza a limpeza um sistema automaticamente demarca o

local livre de minas (MILITARY-TODAY 201)

Esse meacutetodo permite a abertura das brechas de um modo mais simples sem

necessidade de complemento por outro sistema e de valor de manutenccedilatildeo mais

baixa pois o acionamento das minas exige apenas a substituiccedilatildeo das peccedilas que

se chocam com o solo

54

Figura 22 Viatura Blindada Especial Keiler Fonte Siacutetio eletrocircnico ldquoMILITARY-TODAYrdquo Acesso em 12 dez 2017

A viatura utilizada pela Ruacutessia que tambeacutem utiliza um sistema mecacircnico eacute a

Viatura de Abertura de Brecha BMR-3M que consiste em uma viatura blindada

baseada no carro de combate T-90 que conduz agrave frente de suas lagartas rolos

que exercem uma pressatildeo superior ao das lagartas sobre o solo acionando-as

prematuramente Aleacutem dos rolos a viatura possui um sistema de contra-ataque

magneacutetico e um sistema jammer que impede o acionamento de explosivos

controlados por raacutedio A velocidade da desminagem eacute de 12 kmh dependendo da

densidade da mina e das condiccedilotildees do solo (MILITARY-TODAY 201)

De acordo com BRASIL (2000 p D-6) o sistema de rolo eacute apto para operar

em solo seco e relativamente plano Aleacutem disso deve ser utilizado como

complemento do MICLIC pois em meacutedia o rolo suporta entre trecircs a seis minas

devendo apoacutes isso ser substituiacutedo Esse eacute um excelente sistema para identificaccedilatildeo

do iniacutecio de um campo minado

55

Figura 23 Viatura Blindada Especial BMR-3M Fonte Siacutetio eletrocircnico ldquoMILITARY-TODAYrdquo Acesso em 28 jul 2018

344 Outros sistemas e implementos

O feixe de tubos ou Pipe Fascine foi desenvolvido no Exeacutercito Britacircnico no

iniacutecio dos anos 80 para enfrentar os desafios de assegurar a mobilidade do

movimento na Alemanha Ocidental no caso de um conflito da OTAN com o Pacto de

Varsoacutevia (MILITARY-TODAY 201)

Nesta situaccedilatildeo foi verificada a existecircncia de vaacuterias pequenas valetas e

riachos de aproximadamente 5 a 10 metros de largura e 15 a 25 metros de

profundidade Para solucionar foram conectados tubos que permitissem a

passagem por sobre os riachos permitindo que a aacutegua passasse por dentro deles

Atualmente a viatura britacircnica mais moderna o Trojan conta com um sistema

para lanccedilamento de feixe de tubos dada sua eficiecircncia na transposiccedilatildeo de alguns

obstaacuteculos tornando-se prescindiacutevel a utilizaccedilatildeo das pontes em algumas situaccedilotildees

(MILITARY-TODAY 201)

56

Esse feixe ao ser colocado dentro de um Fosso Anticarro (Fosso AC)

estreitos cursos drsquoaacutegua ou valas ocupa o espaccedilo do vatildeo permite a passagem de

viatura sobre sua superfiacutecie

Esse equipamento pode ser lanccedilado por uma Viatura Blindada Especial de

Engenharia ou adaptada em outras viaturas e reboques Uma necessidade para

lanccedilamento e recolhimento desse material eacute um sistema do tipo concha guindaste

ou outro meio de iccedilamento a fim de recuperar ou movimentar o equipamento apoacutes

ser lanccedilado

Figura 24 Feixe de tubos (Pipe Fascine) Fonte Siacutetio eletrocircnico ldquoAEGISrdquo Acesso em 25 ago 2018 O sistema de lanccedilamento de ponte de pequena brecha eacute um sistema que

pode ser adaptado agraves viaturas de combate ou de transporte de pessoal utilizadas

pela infantaria ou cavalaria a fim de abrir passagens em pequenos cursos drsquoaacutegua

O sistema REBS (Rapidly Emplaced Bridge System) por exemplo permite o

lanccedilamento de ponte de classe 50 sobre um vatildeo de ateacute 13 metros (MILITARY-

TODAY 201)

57

Figura 25 Sistema de lanccedilamento de ponte REBS Fonte Siacutetio eletrocircnico ldquoARMY-GUIDErdquo Acesso em 22 ago 2018

O sistema americano M58 Mine Clearing Line Charge (MICLIC) eacute uma carga

de demoliccedilatildeo linear a qual eacute projetada por foguete sobre o local onde se deseja

realizar a abertura de uma brecha Este sistema tem a capacidade de abrir uma

brecha de 8 m de largura por 100 m de comprimento (Wikipedia) O dispositivo de

demoliccedilatildeo consiste principalmente de uma corda de nuacutecleo de nylon de 34 de

polegada 700 blocos de demoliccedilatildeo composta por C4 e dois filamentos de cordel

detonante de tetranitrato de pentaeritritol (PETN) (USA 2011 p 23) ndash Department

of Defense Fiscal Year (FY) 2012 Budget Estimates)

Figura 26 Mine Clearance Line Charger (MICLIC) Fonte Siacutetio eletrocircnico ldquoYoutuberdquo Acesso em 20 abr 2018

58

O sistema propelido por foguete Python eacute um sistema britacircnico de

funcionamento semelhante ao MICLIC que consiste em um reboque com uma

carga linear que eacute distendida sobre o terreno por um foguete propulsor Esse

sistema que tambeacutem foi adquirido pela Tailacircndia eacute transportado na Gratilde-Betanha

pela viatura Trojan que eacute baseada no carro de combate Challenger 2 O Python foi

utilizado em 2010 durante a Operaccedilatildeo Moshtarak no Afeganistatildeo

(Armyrecognition) O sistema britacircnico Python pode limpar um caminho longo de 73

m por 180-200 m (WIKIPEDIA 201)

Figura 27 Sistema Python

Fonte Siacutetio eletrocircnico ldquoArmyrecognitionrdquo Acesso em 20 abr 2018

Para as viaturas sobre rodas aleacutem de meios como o MICLIC a maioria dos

exeacutercitos tem anexado implementos agraves viaturas utilizando-as de modo

intercambiaacutevel de modo a adequar a viatura conforme a necessidade de cada

operaccedilatildeo

Cabe salientar que algumas minas modernas como a mina italiana SB-33

tecircm um mecanismo de detonaccedilatildeo que detona a mina se sujeita a uma pressatildeo

gradual e constante mas bloqueia a espoleta se sujeito a um choque suacutebito Isso

pode anular o uso de cargas de linha de limpeza de minas para limpar tais minas

(WIKIPEDIA 201)

59

O implemento lacircmina para desminagem escavadeira e lacircmina reta satildeo

implementos que podem ser utilizados nas viaturas meacutedias de rodas ambas

apresentando capacidade limitada de trabalho sendo a primeira para remoccedilatildeo de

minas em superfiacutecies pavimentadas podendo ainda ser utilizada para retirar

alguns tipos de entulho e as uacuteltimas para desobstruccedilatildeo de vias e organizaccedilatildeo do

terreno (MILITARYSYSTEMS-TECH 20)

Figura 28 M1132 Engineer Squad Vehicle (ESV) Fonte Siacutetio eletrocircnico ldquoWIKIPEDIArdquo Acesso em 20 mar 2018

O Light Weight Mine Roller (LWMR) rolo de minas de peso leve eacute um

sistema que protege veiacuteculos do efeito de minas e dispositivos explosivos

improvisados (DEI) realizando pressatildeo sobre o solo agrave frente do veiacuteculo que realiza

a abertura (ARMYTECHNOLOGY 2018)

Esse eacute um implemento leve mas que gera efeito pesado em suas rodas

atraveacutes do uso de energia hidraacuteulica gerando a pressatildeo necessaacuteria para

acionamento de cargas explosivas (ARMYTECHNOLOGY 2018)

60

Figura 29 Rolo de minas de peso leve (LWMR) Fonte Siacutetio eletrocircnico ldquoARMYTECHNOLOGYrdquo Acesso em 20 mar 2018

35 APOIO DE ENGENHARIA ORGAcircNICA AgraveS BRIGADAS MECANIZADAS EM

OUTROS PAIacuteSES

Em busca de uma estrutura semelhante agrave Bda C Mec em outros paiacuteses este

autor natildeo encontrou tropa que tenha seu emprego principal no reconhecimento e

seguranccedila

A fim de dar uma soluccedilatildeo a questatildeo proposta este autor escolheu

desconsiderar a finalidade da tropa apoiada concentrando o estudo no emprego

conjunto de tropas que utilizam meios sobre rodas e sobre lagartas onde a

engenharia teraacute que apoiar

351 SBCT a brigada americana Stryker

As Brigade Combat Teams (BCT) satildeo brigadas americanas que geralmente

satildeo empregadas como parte de uma divisatildeo ou forccedila-tarefa

O BCT eacute uma formaccedilatildeo de armas combinadas de todas as funccedilotildees de

combate Embora os modulares BCTs sejam organizaccedilotildees fixas o comandante da

divisatildeo pode ajustar qualquer organizaccedilatildeo de tarefas da BCT para atender aos

requisitos da missatildeo (EUA 2006 p 2-7)

A Stryker Brigade Combat Team (SBCT) da traduccedilatildeo para o portuguecircs Grupo

de Combate Brigada Stryker eacute uma forccedila-tarefa expedicionaacuteria organizada para

61

atender aos requisitos especiacuteficos de cada missatildeo tendo seu emprego baseado na

infantaria embarcada na viatura Stryker (EUA 2015 p 1-1) Essa flexibilidade

organizacional permite que as SBCTs funcionem em toda a gama de operaccedilotildees

militares tendo disponiacuteveis elementos com capacidade de manobra artilharia de

campanha inteligecircncia engenharia QBRN e manutenccedilatildeo

Atualmente existem trecircs tipos de BCTs a proacutepria SBCT a HBCT (tropa de

infantaria que combate embarcada em blindado sobre lagartas) IBCT (tropa de

infantaria transportada por viaturas de baixa proteccedilatildeo blindada que combate

desembarcada) (EUA 2006 p 2-7)

A brigada Stryker tem a seguinte organizaccedilatildeo baacutesica trecircs batalhotildees de

infantaria a trecircs companhias cada um com trecircs pelototildees (EUA 2015 p 1-6) um

esquadratildeo de cavalaria de reconhecimento equipada com viaturas de

reconhecimento Stryker um pelotatildeo de reconhecimento QBRN equipado com um

veiacuteculo de reconhecimento quiacutemico bioloacutegico e nuclear M1135 Stryker (EUA 2015

p 1-7) O organograma desta brigada estaacute discriminada na figura Nr 26 a seguir

Figura 30 Organograma de uma Brigada Stryker Fonte Fort Benning (2015)

62

As companhias de engenharia apoacuteiam a SBCT na abertura de passagem por

obstaacuteculos auxilia no assalto de posiccedilotildees fortificadas lanccedila obstaacuteculos para

proteccedilatildeo de forccedilas amigas constroacutei ou melhora posiccedilotildees para proteccedilatildeo realiza

reconhecimento de itineraacuterios e coleta de informaccedilotildees identifica e elimina

dispositivos explosivos improvisados entre outras tarefas durante a accedilatildeo decisiva

(EUA 2015 p 1-10)

A forma de emprego da engenharia dessa brigada foi alterada recentemente

passando de uma companhia para um batalhatildeo de engenharia de combate o qual

fornece atraveacutes de suas subunidades a capacidade miacutenima para executar tarefas

essenciais de mobilidade contra-mobilidade e capacidade de proteccedilatildeo para o

SBCT

O Brigade Engineer Battalion (BEB) tem por missatildeo planejar e executar as

missotildees da brigada com as suas duas companhias orgacircnicas organizadas como

mostra a figura 31 podendo suplementaacute-las no que tange agrave mobilidade com

pontes abertura de brechas desobstruccedilatildeo de vias identificaccedilatildeo de ameaccedilas

explosivas e apoio em construccedilatildeo horizontal Aleacutem disso o batalhatildeo tambeacutem

coordena uma companhias de inteligecircncia militar uma companhia de comunicaccedilotildees

e uma companhia anticarro e por vezes uma companhia QBRN (EUA 2015 p 1-

8)

Figura 31 Organograma das companhias de engenharia das SBCT Fonte Adaptado de EUA (2014 p 1-8 traduccedilatildeo nossa)

63

Em uma Stryker BCT a 1ordf Cia E tem um pelotatildeo de comando dois pelototildees

de engenharia de combate uma seccedilatildeo de ponte e um grupo apoio (dotado de

equipamentos de abertura de brecha limitado ao emprego de cargas explosivas

lineares (MICLIC) em reboque para remoccedilatildeo de minas e equipamentos de

comprovaccedilatildeo (rolo e arado) (EUA 2014 p 1-7)

A 2ordf Cia possui uma seccedilatildeo de comando um pelotatildeo de combate composto por

trecircs GE um pelotatildeo de apoio composto por uma seccedilatildeo de pontes e um grupo de

construccedilatildeo horizontal e um pelotatildeo de abertura de brecha (em campo de minas)

(EUA 2014 p 1-8)

Embora seja notaacutevel a diferenccedila quando comparada com a Brigada de

Cavalaria Mecanizada a brigada Stryker foi identificada pelo autor como a Grande

Unidade americana que mais se aproximou das caracteriacutesticas da Bda C Mec por

ser uma brigada mecanizada apoiada por engenharia orgacircnica com meios Stryker

352 Brigada de Infantaria Mecanizada da Alemanha

A brigada que tem melhores condiccedilotildees de comparaccedilatildeo para este estudo por

sua maior similaridade com a Bda C Mec eacute a Brigada de Infantaria Mecanizada da

Alemanha O emprego das viaturas sobre rodas e sobre lagartas inclusive pelas

proacuteprias tropas de engenharia que apoiam essa brigada contribuiratildeo para uma

anaacutelise mais adequada da Bda C Mec

O exeacutercito alematildeo tem suas brigadas de infantaria mecanizada constituiacutedas da

seguinte forma um comando de brigada um batalhatildeo de reconhecimento dotado

de viaturas Fennek (foto 32) trecircs batalhotildees de infantaria mecanizada os quais

utilizam a viatura de combate Puma (foto 33) um batalhatildeo de rifles que utilizam as

viaturas de combate multipropoacutesito Boxer GTK (foto 34) e um batalhatildeo de

suprimento Essas fraccedilotildees satildeo apoiadas por um batalhatildeo de engenharia blindado

conforme demonstrado no quadro organizacional representado pela figura 32

(WIKIPEDIA 201)

64

Figura 32 Organograma de uma Brigada de Infantaria Mecanizada Fonte Adaptado do siacutetio eletrocircnico ldquoWikipediardquo Acesso em 29 ago 2018

Figura 32 Viatura Fennek Fonte Siacutetio eletrocircnico ldquoDEUTSCHESHEERrdquo Acesso em 20 ago 2018

65

Figura 33 Viatura de infantaria de combate Puma Fonte Siacutetio eletrocircnico ldquoDEUTSCHESHEERrdquo Acesso em 20 ago 2018

Figura 34 Viatura Boxer Fonte Siacutetio eletrocircnico ldquoDEUTSCHESHEERrdquo Acesso em 19 ago 2018

O batalhatildeo de engenharia que possui organizaccedilatildeo semelhante ao BE Cmb

Bld do Brasil eacute composto por uma companhia de comando duas companhias de

66

engenharia de combate blindada uma companhia de equipamentos de engenharia

com funccedilatildeo semelhante a uma Companhia de Comando e Apoio (CCAp) de um BE

Cmb Bld e uma companhia de pontes flutuantes com funccedilatildeo semelhante a

Companhia de Equipamento de Pontes (Cia E Pnt) de um BE Cmb Bld conforme

representado no organograma da figura 35 (DEUTSCHESHEER 20)

Figura 35 Organograma de uma brigada blindada alematilde Fonte Adaptado de DEUTSCHLAND (2011 p 9 traduccedilatildeo nossa)

Cia E Cmb

(Vtr Fuchs)

Pel DEI

2 VBE Keiler Pel Bld

4 Vtr Skorpion

Sistema ldquoVrdquo

1 Vtr Fennek

Pel Cnst

3 VBE Biber

2 VBE Dachs

Cia Cmdo

Cia Rec

(Vtr Fennek)

Cia E Cmb

(Vtr Fuchs)

Pel DEI

2 VBE Keiler

Pel Bld 4 VBE Skorpion

Sistema ldquoVrdquo

Cia Cnst Pel Cnst Pel DEI Pel Pnt

Batalhatildeo de Engenharia

de Combate Blindado

Pel Cnst

3 VBE Biber

2 VBE Dachs

67

As companhias de combate compostas por quatro pelototildees satildeo organizadas

da seguinte forma uma seccedilatildeo de comando um pelotatildeo de engenharia o qual

realiza trabalhos para barrar ou canalizar a tropa inimiga abertura de caminhos por

meio do emprego de explosivos e trabalhos gerais de engenharia um pelotatildeo de

abertura de brecha dotado de meios de limpeza um pelotatildeo de abertura de

brechas pesado e um pelotatildeo de equipamentos pesados responsaacutevel pelo apoio agrave

mobilidade abertura de passagem em obstaacuteculos e cursos drsquoaacutegua e manutenccedilatildeo de

estradas (DEUTSCHESHEER 20)

As companhias satildeo dotadas ainda das viaturas Fennek e Fuchs para

transporte de pessoal (DeustchesHeer 2011)

A companhia de pontes flutuantes eacute composta por um pelotatildeo de viaturas

blindadas e um pelotatildeo de mergulhadores E a companhia de equipamento de

engenharia eacute dotada de equipamentos de construccedilatildeo e viaturas blindadas especiais

(DEUTSCHESHEER 20)

Encontram-se abaixo as viaturas e sistemas utilizados pelo batalhatildeo as

viaturas de transporte de pessoal Fuchs (figura 35) e Fennek a viatura lanccediladora de

ponte Biber (figura 36) a viatura para abertura de brecha em campo de minas Keiler

(figura 37) e a viatura especial de engenharia Dachs (figura 38)

Figura 36 Viatura de Transporte de Pessoal Fuchs Fonte Siacutetio eletrocircnico ldquoDEUTSCHESHEERrdquo Acesso em 25 ago 2018

68

Figura 37 Viatura Blindada Especial Lanccedila-Pontes Biber Fonte Siacutetio eletrocircnico ldquoDEUTSCHESHEERrdquo Acesso em 24 ago 2018

Figura 37 Viatura Blindada Keiler Fonte Siacutetio eletrocircnico ldquoDEUTSCHESHEERrdquo Acesso em 23 ago 2018

69

Figura 38 Viatura Pionierpanzer 1 Dachs Fonte Siacutetio eletrocircnico ldquoDEUTSCHESHEERrdquo Acesso em 22 ago 2018 Podemos concluir com a anaacutelise dessa brigada que embora natildeo seja uma

Grande Unidade de emprego semelhante ou seja uma brigada de cavalaria

mecanizada esta apresenta a mesma dificuldade de apoio de engenharia

encontrada nas Bda C Mec quais sejam apoiar elementos de grande mobilidade

dotados de viaturas sobre sobre rodas e viaturas sobre lagartas e que possuem

diferentes classes

Os principais reflexos para esse apoio satildeo as diferenccedilas de pesos e

velocidades o que impacta na capacidade de acompanhamento das viaturas

empregadas pelos elementos da arma base e na capacidade de transposiccedilatildeo dos

meios por ponte por exemplo

Essa diferenccedila eacute percebida quando comparamos as caracteriacutesticas dessas

viaturas conforme apresentado a seguir que satildeo o peso e velocidade

Viatura Fennek (103 ton e 115 kmh) Viatura de Transporte de Pessoal Fuchs

(235 ton e 105 kmh) utilizada pelos pelototildees de engenharia Viatura de Combate

Puma utilizada pela infantaria (43 ton e 70 kmh) Viatura Blindada Lanccedila-Pontes

Biber (453 ton e 62 kmh) Viatura Blindada Especial de Engenharia Dachs (43 ton

70

e 62 kmh) e Viatura para Abertura de Brecha Keiler (53 ton e 50 kmh)

(DEUTSCHESHEER 20)

71

4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO

O presente capiacutetulo tem por finalidade atingir o objetivo geral da pesquisa que

eacute analisar o apoio de engenharia prestado aos elementos empregados em primeiro

escalatildeo por uma Brigada de Cavalaria Mecanizada a fim de sugerir uma proposta

de adequaccedilatildeo do apoio prestado em Operaccedilotildees Ofensivas atraveacutes de um estudo

especiacutefico de Operaccedilatildeo de Aproveitamento do Ecircxito face agrave evoluccedilatildeo doutrinaacuteria e

do MEM

A fim de atingir os trecircs uacuteltimos objetivos especiacuteficos estabelecidos (objetivos j k

e l) na pesquisa a presente seccedilatildeo pretende sintetizar os resultados obtidos nos

questionaacuterios na revisatildeo de Literatura e na pesquisa de campo agrave luz das dimensotildees

que compotildeem a Variaacutevel Independente (Capacidades Operativas da Cia E Cmb no

Aproveitamento do Ecircxito) Dependente (Apoio de Engenharia aos Regimentos de

uma Bda C Mec) e Interveniente (Necessidades miacutenimas dos Rgt)

41 DISCUSSAtildeO REFERENTE AOS INSTRUMENTOS UTILIZADOS

Para melhor explorar a discussatildeo referente aos instrumentos utilizados e

dados levantados seratildeo retomadas as variaacuteveis que foram objeto de estudo desta

pesquisa

A estruturaccedilatildeo da Variaacutevel Independente ndash Capacidades Operativas da

Companhia de Engenharia de Combate Mecanizada no Aproveitamento do

Ecircxito e da Variaacutevel Dependente ndash Apoio de Engenharia aos Regimentos de uma

Brigada de Cavalaria Mecanizada deu-se em torno de dimensotildees que possuiacuteam

indicadores com suas respectivas formas de avaliaccedilatildeo Estas variaacuteveis foram

apresentadas no capiacutetulo 2 no Quadro 1 - Operacionalizaccedilatildeo da Variaacutevel

Independente (VI) e Quadro 2 - Operacionalizaccedilatildeo da Variaacutevel Dependente (VD)

A VI foi explorada a partir da anaacutelise da capacidade da Cia E Cmb Mec onde

foram identificadas suas deficiecircncias resultante da falta de material e inadequado

emprego no apoio aos regimentos e comparada agraves soluccedilotildees em material e

emprego de outros exeacutercitos Na abordagem da VD buscou-se analisar as

caracteriacutesticas desejadas e adequabilidade logiacutestica de novos materiais e

apresentar uma sugestatildeo de adequaccedilatildeo do apoio de engenharia quanto agrave

organizaccedilatildeo e caracteriacutesticas desse apoio

72

411 Revisatildeo da literatura

Para o levantamento do material que compocircs a revisatildeo bibliograacutefica

empregada no trabalho foram realizadas pesquisas em bibliotecas virtuais fiacutesicas

e tambeacutem na internet sempre buscando por livros manuais trabalhos cientiacuteficos

reportagens e outras publicaccedilotildees de interesse

Com base nos objetivos geral e especiacuteficos foi elaborado o Capiacutetulo 3-

Revisatildeo da Literatura que foi fracionado em 5 subcapiacutetulos

1) Consideraccedilotildees Iniciais ndash Neste subcapiacutetulo foram apresentados conceitos

preliminares dos quais se faz necessaacuterio o entendimento para uma melhor anaacutelise

e consequentemente a construccedilatildeo de uma proposta mais adequada Este

subcapiacutetulo buscou atingir o objetivo especiacutefico ldquoardquo

2) Brigada de Cavalaria Mecanizada ndash Este subcapiacutetulo apresentou as

caracteriacutesticas organizaccedilatildeo da Brigada de Cavalaria Mecanizada e a forma de

emprego no aproveitamentos do ecircxito a fim de alcanccedilar os objetivos especiacuteficos

ldquobrdquo e ldquocrdquo

3) Companhia de Engenharia de Combate Mecanizada ndash Foram apresentadas

a organizaccedilatildeo caracteriacutesticas e as forma de emprego da Cia E Cmb Mec bem

como de seus pelototildees constitutivos (Pel E Ap Pel Eq Ass e Pel E Cmb) visando

atingir os objetivos especiacuteficos ldquodrdquo ldquoerdquo ldquofrdquo e ldquogrdquo

4) Materiais de Emprego Militar disponiacuteveis no mundo para reforccedilo aos Pel E

Cmb no apoio agrave mobilidade ndash Apresenta os materiais disponiacuteveis para aquisiccedilatildeo pelo

Exeacutercito Brasileiro a fim de dirimir as deficiecircncias no apoio de engenharia agrave

mobilidade dos Regimentos da Bda C Mec buscando atingir o objetivo especiacutefico

h

5) Apoio de engenharia a forccedilas combinadas de viaturas sobre rodas e sobre

lagartas em outros paiacuteses ndash O presente subparaacutegrafo descreveu brigadas de outros

exeacutercitos que apresentam em sua constituiccedilatildeo meios orgacircnicos sobre rodas e sobre

lagartas que necessitam de apoio de engenharia a fim de atingir o objetivo

especiacutefico j

A revisatildeo de literatura foi suficiente para proporcionar dados que

contribuiacutessem para a anaacutelise da capacidade da Cia E Cmb e o desenvolvimento de

uma sugestatildeo adequada conforme os objetivos propostos

73

412 Entrevistas

Foram confeccionados ao todo 4 questionaacuterios sendo eles

a) para os Comandantes e ex-Comandantes dos Regimentos de

Cavalaria Mecanizada e Blindada (RC Mec e RCB) das Brigadas de Cavalaria

Mecanizada (resposta no Apecircndice A)

b) para os Comandantes das Companhias de Engenharia de Combate

Mecanizada (Apecircndice B)

c) para os oficiais de engenharia com curso de comandante de

subunidade na Alemanha ou Estados Unidos (resposta no Apecircndice C)

d) para os oficiais instrutores do Centro de Instruccedilatildeo de Blindados com

curso de comandante de subunidade na Alemanha ou Estados Unidos (resposta no

Apecircndice D)

O autor tinha interesse em trabalhar com hipoacuteteses de estudo poreacutem tendo em

vista o baixo retorno dos questionaacuterios foi modificado para questotildees de estudo

onde os questionaacuterios respondidos foram aproveitados como apoio para responder

as questotildees selecionadas

Dentre os questionaacuterios enviados aos Comandantes dos Regimentos (Apecircndice

A) foram respondidos apenas 9 questionaacuterios do universo de comandantes dos

regimentos das quatro Bda C Mec e dos questionaacuterios enviados aos Comandantes

das quatro Companhias de Engenharia de Combate Mecanizada (Apecircndice B)

foram respondidos apenas 7 A baixa quantidade de respostas natildeo comprometeu de

forma significativa os resultados devido a mudanccedila da forma de abordagem

Foi observado inclusive que esta abordagem tornou-se muito mais adequada

em relaccedilatildeo agrave relacionada com hipoacuteteses

413 Coleta documental

A coleta documental foi realizada conforme o estipulado no item 231

Procedimentos para a revisatildeo de literatura onde foi encontrada certa dificuldade

no acesso a algumas informaccedilotildees referentes ao emprego do RCB pela inexistecircncia

de um manual especiacutefico sendo aproveitadas as informaccedilotildees constantes no manual

da Brigada de Cavalaria Mecanizada e emprego organizaccedilatildeo e materiais de

74

dotaccedilatildeo das brigadas alematildes os quais natildeo foram tatildeo faacuteceis de responder devido a

maior restriccedilatildeo de informaccedilotildees em relaccedilatildeo ao exeacutercito americano

42 CAPACIDADES OPERATIVAS DA COMPANHIA DE ENGENHARIA DE

COMBATE MECANIZADO NO APROVEITAMENTO DO EcircXITO

Na presente seccedilatildeo seratildeo discutidas as Variaacutevel Independente a fim de

analisar o apoio em Operaccedilatildeo de Aproveitamento do Ecircxito onde exige-se um

grande apoio de engenharia o qual se faz sentir principalmente nos elementos de

emprego em primeiro escalatildeo de uma brigada A mobilidade destas forccedilas depende

da reduccedilatildeo dos obstaacuteculos naturais e dos lanccedilados ou agravados pelo inimigo

As ferramentas de pesquisa colaboraram para complementar as informaccedilotildees

coletadas dirimindo duacutevidas remanescentes ou preenchendo lacunas deixadas pela

literatura atraveacutes da contribuiccedilatildeo realizada por meio de suas experiecircncias

Para tal foram exploradas duacutevidas sobre a adequabilidade da organizaccedilatildeo

no emprego no apoio aos regimentos da Brigada de Cavalaria Mecanizada e a

adequabilidade do material para apoio agrave mobilidade a organizaccedilatildeo adequada

para o emprego da engenharia e a comparaccedilatildeo com o emprego em outros

exeacutercitos as caracteriacutesticas dos meios de abertura de brecha e a respectiva

quantidade

421 Adequabilidade da organizaccedilatildeo

A Companhia estaacute organizada da seguinte forma uma Seccedilatildeo de Comando um

Pelotatildeo de Engenharia de Apoio um Pelotatildeo de Equipagem de Assalto e trecircs

Pelototildees de Engenharia de Combate

Na Bda as necessidades de apoio fazem-se sentir particularmente junto aos

elementos de primeiro escalatildeo exigindo desta forma a colocaccedilatildeo dos meios mais agrave

frente possiacutevel A Companhia de Engenharia de Combate Mecanizada eacute organizada

com meios destinados a atender agraves necessidades miacutenimas e mais imediatas da

frente de combate

Face agraves maiores necessidades da Brigada encontrarem-se junto aos elementos

de primeiro escalatildeo a Cia E Cmb distribui os seus pelototildees a partir do seguinte

caacutelculo total de pelototildees disponiacuteveis menos os pelototildees em apoio direto aos

75

regimentos deve ser capaz de realizar os trabalhos de apoio ao conjunto realizando

trabalhos de interesse da Bda como um todo ser capaz de aumentar o apoio aos

elementos em primeiro escalatildeo e ainda ficar em condiccedilotildees de apoiar a reserva

quando empregada

Entretanto a engenharia da brigada atualmente possui trecircs pelototildees de

engenharia de combate para apoiar um tipo de operaccedilatildeo onde a Bda necessita

de apoio para ateacute trecircs peccedilas de manobra

No apoio agrave mobilidade a Cia E Cmb busca manter a liberdade de manobra dos

Regimentos e sua impulsatildeo de ataque minimizando os efeitos dos obstaacuteculos

naturais e artificiais

O apoio de engenharia aos elementos de manobra da brigada eacute feito sob a

forma de apoio direto ou reforccedilo No aproveitamento do ecircxito a situaccedilatildeo de

comando reforccedilo normalmente eacute adotada Situaccedilatildeo essa que o comandante da Cia

E designa normalmente um Pel E Cmb para apoiar cada regimento da Brigada

Neste tipo de operaccedilatildeo as necessidades de apoio ao conjunto aumentam

sendo necessaacuteria a distribuiccedilatildeo de elementos de engenharia no terreno de acordo

com o avanccedilo do ataque poreacutem sem deixar de preservar a atenccedilatildeo preciacutepua ao

emprego oportuno do apoio aos Regimentos em primeiro escalatildeo

Para a execuccedilatildeo de suas missotildees o Pel E Ap emprega uma Seccedilatildeo de

Comando um Grupo de Comando um Grupo de Mineiros um Grupo de

Equipamento de Engenharia um Grupo de Engenharia de Construccedilatildeo um grupo de

Caminhatildeo Basculante e um Grupo de Engenharia de Combate

Esta fraccedilatildeo executante da companhia atualmente possui dentre os seus

equipamentos apenas os de emprego em missotildees de construccedilatildeo natildeo blindados e

inadequados para emprego junto aos elementos empregados em primeiro escalatildeo

O Pelotatildeo de Engenharia de Apoio eacute responsaacutevel por reforccedilar os Pel E Cmb

com caminhotildees basculantes viaturas blindadas especial de engenharia (VBE)

equipamentos pesados de engenharia pessoal especializado ou natildeo e

equipamentos especializados na guerra com minas

Entretanto natildeo existe nas Cia E Cmb Mec viaturas especiais de engenharia

equipamentos para abertura de brecha para disseminaccedilatildeo de minas nem jogo de

ferramentas pneumaacuteticas

O Pel Eq Ass eacute constituiacutedo por um Gp Cmdo Grupo de Botes de Assalto

Grupo de Passadeiras Grupo de Portadas e Grupo de Ponte de Pequenas Brechas

76

O Pelotatildeo de Equipagem de Assalto (Pel Eq Ass) tem como missatildeo junto aos

Pel E Cmb reforccedilar com seus equipamentos e materiais eou com pessoal

especializado principalmente missotildees relacionadas agrave transposiccedilatildeo de curso de

aacutegua

No Aproveitamento do Ecircxito o principal meio para reforccedilo das capacidades do

pelotatildeo eacute a viatura lanccediladora de pontes (sobre rodas de acordo com as informaccedilotildees

disponiacuteveis na literatura encontrada) a qual natildeo existe no Exeacutercito Brasileiro

O pelotatildeo de engenharia tem capacidade de realizar dentro de suas

possibilidade os trabalhos teacutecnicos de engenharia em proveito da brigada como um

todo ou da peccedila de manobra da arma-base apoiada

Composto por um grupo de comando e 3 Grupos de Engenharia (GE) estes

constituem-se nos elementos baacutesicos de trabalho do pelotatildeo

O Pel E Cmb tem as seguintes capacidades produccedilatildeo de cortina de fumaccedila

trabalhos de minagem e desminagem (manual tendo em vista que a Cia E Cmb natildeo

possui equipamento especializado) trabalho de destruiccedilotildees e de explosivos e

trabalho de fortificaccedilatildeo de campanha limitado aos seus equipamentos de

engenharia (equipamentos inadequados para o aproveitamento do ecircxito pois natildeo

possuem proteccedilatildeo blindada nem conseguem acompanhar os elementos apoiados)

Quando natildeo reforccedilados os pelototildees tem condiccedilotildees ainda mais limitadas de

apoio por conduzir material de pequena capacidade de trabalho os quais consistem

em pequenas ferramentas de trabalho manual

No Apecircndice A questotildees 1 e 2 pode-se observar que eacute unacircnime entre os

militares que responderam que a Bda C Mec deve ser apoiada por um BE Cmb

Essa opiniatildeo foi apresentada pela comparaccedilatildeo com o Exeacutercito Vermelho do

Manual O Inimigo o qual representa um paiacutes que emprega engenharia de valor

batalhatildeo em apoio agrave brigada e pela comparaccedilatildeo com as Brigadas de Infantaria

Mecanizada que empregam a mesma quantidade de Unidades que as Brigadas de

Cavalaria Mecanizada

Dentre os comentaacuterios que contribuiacuteram para a justificaccedilatildeo do emprego de um

BE Cmb destacaram-se os seguintes

- ldquoCom essa organizaccedilatildeo o BE Cmb poderia empregar uma SU em apoio direto

aos elementos de manobra inclusive aquele em 2ordm escalatildeo mantendo ainda uma

Cia Eng Cmb Mec para emprego centralizado (apoio ao conjunto) na Z Accedil da Bdardquo

77

Esse comentaacuterio corrobora com a revisatildeo literaacuteria conforme capiacutetulo 3 ldquoa Cia

E Cmb menos esses elementos (os Pel E empregados em reforccedilo) deve ser capaz

de realizar os trabalhos de apoio ao conjunto realizando trabalhos de interesse da

Bda como um todo aumentar o apoio aos elementos em primeiro escalatildeo e ainda

ficar em condiccedilotildees de apoiar a reserva quando empregadardquo

No Apecircndice B questotildees 1 e 2 a grande maioria dos militares foram

partidaacuterios agrave necessidade de mudanccedila do escalatildeo em apoio de valor subunidade

para o valor unidade dentre os quais destaco o seguinte comentaacuterio

- ldquoEm que pese a atual doutrina (NCD Nr 02 de 31 mai 16) prever uma E Bda Inf Mec

composta por 2 Cias a 4 Pel os trabalhos realizados em estudos de sala de aula da

proacutepria EsAO mostram essa estrutura com certa dificuldade para Mnt do C2 por

parte do Cmt BE Tendo em vista seu trabalho estar pesquisando essa situaccedilatildeo

sugiro uma composiccedilatildeo do BE Cmb Mec (ou Bld) de 4 Cia E Cmb a 2 Pel E Cmb e

1 Pel Ap (Neste os diversos materiais jaacute em Ref agrave Cia Eqp Eng Eqp Ab Bre VBC

Eng VBEL Pnt etc) Assim facilitaria o C2 por parte do Cmdo BE bem como a

emissatildeo de ordens e distribuiccedilatildeo de missotildeesrdquo

O comentaacuterio acima observou algo que o autor natildeo pesquisou mas que tem muita

relevacircncia para a pretendida anaacutelise que satildeo os reflexos da organizaccedilatildeo no

comando e controle

- ldquoEm minha opiniatildeo bastaria que uma dessas Cia dispusesse de meios SL o que

proporcionaria uma dosagem eficaz e mais econocircmicardquo

- ldquoDeve possuir Pel E com Vtr sobre rodas (RC Mec) e Pel E com VB sobre

lagartas (RCB) e a Cia C Ap deve possuir VB com rodas e VB com lagartas As

VBEL Pnt devem ser todas sobre lagartas como jaacute citado em item anterior A

mescla de tipos de VB daraacute ao BE maior flexibilidade e rapidez no apoio

particularmente para acompanhar os RC Mec como VBTP (Pel E) e VBE Eng sobre

rodasrdquo

78

A anaacutelise da Companhia de Engenharia de Combate Mecanizada e as

companhias que reforccedilam os pelototildees de engenharia de combate em material e

pessoal permite verificar por meio da anaacutelise da organizaccedilatildeo e missatildeo a

importacircncia dessas fraccedilotildees no apoio aos regimentos por caber a estas aumentar a

capacidade dos Pel E Cmb a fim de possibilitar um eficiente apoio no

Aproveitamento do Ecircxito

Entretanto notou-se a inexistecircncia de materiais adequados para emprego na

operaccedilatildeo em pauta

A descriccedilatildeo do Pelotatildeo de Engenharia de Combate Mecanizado fraccedilatildeo de

emprego da Cia E Cmb junto aos regimentos permite identificar a limitaccedilatildeo de sua

capacidade de apoio Esta ainda eacute mais reduzida quando natildeo reforccedilada por meios

adequados pelos Pel E Ap e Pel E Ass

422 Adequabilidade do material

O material de organizaccedilatildeo do terreno da Cia E Cmb inclusive as Viaturas

Blindadas Especiais de engenharia satildeo de responsabilidade do Pel E Ap Conforme

consta na seccedilatildeo 331 e com base na experiecircncia do proacuteprio autor que serviu em

uma Cia E Cmb Mec pode-se afirmar que essas viaturas natildeo existem no referido

pelotatildeo das Cia E Cmb Mec

E reafirmando o que consta na mesma seccedilatildeo natildeo existe nenhum outro meio

adequado que possua proteccedilatildeo blindada rapidez necessaacuteria para a execuccedilatildeo do

trabalho ou capacidade de acompanhar as VBR VBTP ou VBCCC

Na seccedilatildeo 331 O pelotatildeo de engenharia de apoio foi mencionada a

existecircncia de mineiros bem como o encargo do pelotatildeo em reforccedilar os Pel E Cmb

com os materiais de abertura de brecha Entretanto o uacutenico material existente no

pelotatildeo eacute o material para desminagem manual o que conforme complementado

pela seccedilatildeo 333 este meacutetodo eacute ldquoo menos preferiacutevelrdquo e quando tiver que ser

utilizada que seja somente para abrir trilhas

Conforme a seccedilatildeo 332 O pelotatildeo de equipagem de assalto o Pel Eq Ass eacute

responsaacutevel por armazenar os materiais relacionados agrave transposiccedilatildeo de curso

drsquoaacutegua como eacute o caso das Viaturas Blindadas Especiais lanccediladoras de pontes e os

feixe de tubos o que conforme jaacute afirmado pelo autor esses materiais natildeo existem

no Pel Eq Ass das Cia E Cmb Mec

79

De acordo com a mesma seccedilatildeo os meios existentes para transposiccedilatildeo satildeo

inadequados para emprego no aproveitamento do ecircxito tendo em vista a falta de

proteccedilatildeo blindada o excessivo tempo para montagem e a necessidade de vaacuterias

viaturas para conduccedilatildeo das partes para montagem

No Apecircndice A questatildeo 3 pode-se observar que a grande maioria

considera que eacute indispensaacutevel a utilizaccedilatildeo das viaturas blindadas especiais para o

cumprimento adequado do apoio de engenharia tendo como benefiacutecios o tempo de

execuccedilatildeo a proteccedilatildeo blindada e a baixa quantidade de militares para execuccedilatildeo do

trabalho No Apecircndice B questatildeo 3 todos os ex-comandantes das Cia E Cmb

concordaram com a maioria dos ex-comandantes dos regimentos

Dos comentaacuterios referentes a esta questatildeo destaco as seguintes

- ldquoEacute indispensaacutevel Os atuais meios presentes no QDM da Cia E Cmb de Bda satildeo

totalmente ineficientes numa situaccedilatildeo de combate modernordquo

- ldquoEsses equipamentos BldMec ampliaratildeo a capacidade de trabalho da Cia Erdquo

- ldquoA Eng Mecanizada carece de meios modernos tais como a Retroescavadeira de

Alta Mobilidade Blindada jaacute usada nos EUA (HMEE) (que faria o papel de Eqp Eng

Bda Mec) e de Vtr Lanccedila-Pontes Sobre Rodas (REBS)rdquo

Concluo parcialmente em relaccedilatildeo agrave Variaacutevel Independente que eacute urgente

a necessidade de meios adequados conforme revisatildeo de literatura e respostas

dos questionaacuterios A e B sobre a ineficiecircncia dos meios existentes bem como

a falta de Viaturas Blindadas Especial para apoiar os regimentos empregados

em primeiro escalatildeo no aproveitamento do ecircxito

Outrossim que a Companhia de Engenharia de Combate Mecanizada natildeo

tem condiccedilotildees de realizar o apoio a uma Brigada de Cavalaria Mecanizada tanto

pela ausecircncia de meios quanto pela limitaccedilatildeo de fraccedilotildees disponiacuteveis para

cumprir suas missotildees de reforccedilo apoio ao conjunto e apoio suplementar

Portanto para apoiar uma Brigada de Cavalaria Mecanizada eacute necessaacuterio

o apoio de engenharia de brigada seja prestado por um Batalhatildeo de Engenharia

de Combate Mecanizado

43 APOIO DE ENGENHARIA AOS REGIMENTOS DE UMA BRIGADA DE

CAVALARIA MECANIZADA

80

No presente subitem seratildeo apresentadas as discussotildees referentes agrave Variaacutevel

Dependente a fim de identificar o apoio de Engenharia necessaacuterio para dar

mobilidade aos regimentos de uma Brigada de Cavalaria Mecanizada o qual eacute

imprescindiacutevel aos elementos de emprego em primeiro escalatildeo de uma brigada

As ferramentas de pesquisa exploraram a experiecircncia dos militares

empregados diretamente seja como ldquofornecedorrdquo seja como ldquoclienterdquo desse apoio

no emprego com viaturas blindadas e com experiecircncia em curso de comandante de

subunidade no exterior

Para tal foram exploradas duacutevidas sobre o emprego da engenharia quanto a

organizaccedilatildeo a comparaccedilatildeo com outros exeacutercitos a caracteriacutestica dos meios e

a quantidade de viaturas adequadas para apoio aos regimentos

431 Organizaccedilatildeo adequada

O Apecircndice A questotildees 6 e 7 contribui para a anaacutelise da organizaccedilatildeo da

engenharia que apoia a brigada principalmente pelos comentaacuterios dispensados em

cada questatildeo A grande maioria das respostas foi favoraacutevel agrave organizaccedilatildeo do BE

Cmb por duas Cia E Cmb uma dotada de VBE sobre lagartas e uma de VBE sobre

rodas e a maioria desfavoraacutevel a constituiccedilatildeo do batalhatildeo por duas Cia E a quatro

Pel E Cmb dotados exclusivamente de VBE sobre lagartas

Com base nos seguintes comentaacuterios selecionados seratildeo discutidas as

opiniotildees que culminaram em tal resultado

- ldquoEstamos trabalhando no CMS na proposta sobre o BE Cmb Mec de Bda C Mec

Em 2017 enviamos ao COTER a proposta do BE Cmb Mec de Bda Inf Mec A

proposta do CMS (a 3 Cia E) foi enviada pelo ODOp ao DEC que apoacutes anaacutelise do

projeto decidiu junto com o COTER que o BE Cmb Mec deveria ter somente 2 Cia

Eng Cmb Mec e natildeo trecircs como proposto pelo CMS Na visatildeo do CMS 2 Cia

apoiariam as OM em 1ordm escalatildeo (cada uma com um Regimento) e a 3ordf Cia ficaria

no apoio a toda a brigada (demais OM em 1ordm Esc e A Rg da Bda) Com base nessa

decisatildeo de 2017 foi modificada a proposta do CMS sugerindo ao ODOp que as

duas Cia Eng (decisatildeo DEC COTER) deveriam possuir 4 Pel E cada uma sendo 3

Mec sobre rodas e 1 Bld sobre lagartas com a mesma missatildeo anterior 1 Cia em

apoio aos Rgt em 1ordm escalatildeo e a outra em apoio agrave Bda A diferenccedila entre o BE

81

Cmb Mec de Bda Inf Mec e o de Bda C Mec eacute o apoio a ser prestado ao RCB

Portanto no BE Cmb Mec de Bda Inf Mec todos os Pel E e a Cia C Ap possuem

somente VB sobre rodas No BE Cmb Mec de Bda C Mec 1 Pel E por Cia Eng

deve possuir VB sobre lagartas e os demais VB sobre rodas A Cia C Ap deve

possuir VB sobre rodas e sobre lagartas (VBE Eng VBEL Pnt VBE com

implementos do tipo rolo arado MCLIC lanccedila retinida espargidor de minas AC

etc)rdquo

As duas propostas realizadas pelo CMS estatildeo alinhadas com a maioria das

informaccedilotildees presentes neste trabalho

A primeira proposta poreacutem limita a possibilidade de decisatildeo do comandante

do batalhatildeo quanto ao emprego das unidades de acordo com a missatildeo O que limita

as capacidades do comandante da engenharia da brigada conforme descrito no

capiacutetulo 3 ldquoO comandante da engenharia da brigada faz sentir sua influecircncia na

conduta do combate ao manter os meios de engenharia sempre em condiccedilotildees de

atender agraves necessidades de apoio tanto as planejadas como as imprevistasrdquo

No Apecircndice B questotildees 6 e 7 a grande maioria das respostas foi favoraacutevel

agrave organizaccedilatildeo proposta e a maioria favoraacutevel parcialmente agrave dotaccedilatildeo do batalhatildeo de

duas Cia E a quatro Pel E Cmb dotados exclusivamente de VBE sobre lagartas

Com base nos seguintes comentaacuterios selecionados seratildeo discutidas as opiniotildees

que culminaram em tal resultado

- ldquoSou favoraacutevel que cada Cia E Cmb tenha uma natureza especiacutefica o que

economiza meios e facilita o planejamentordquo

- ldquoConsidero natildeo viaacutevel esta alternativa embora seja melhor (dotaccedilatildeo de VBE sobre

lagartas por todas as Cia E do batalhatildeo) A situaccedilatildeo do Paiacutes natildeo favorece estas

mudanccedilasrdquo

- ldquoo valor Nec para custeio para Mnt de Vtr SL eacute bem maiorrdquo

A partir dos comentaacuterios acima auxiliado pela experiecircncia do autor e alinhado aos

itens anteriores e agrave revisatildeo de literatura chegou-se agrave seguinte conclusatildeo

82

A sugestatildeo de uma organizaccedilatildeo ideal para o BE Cmb eacute a seguinte duas Cia E

Cmb uma dotada de VBTP sobre rodas em apoio aos RC Mec e uma Cia com

VBTP sobre lagartas em apoio ao RCB Isso justifica-se pelos seguintes motivos

- manutenccedilatildeo da natureza de cada Cia E Cmb permitindo assim o

acompanhamento dos regimentos por parte dos pelototildees (seja pela velocidade das

viaturas Guarani e Cascavel seja pela capacidade de transpor terrenos mais difiacuteceis

dos Leopard M113 e M60) e

- organizaccedilatildeo das companhias para emprego de um tipo de viatura (ou M113 ou

Guarani) facilitando a logiacutestica dentro da companhia

432 Comparaccedilatildeo com outros exeacutercitos

Embora a proposta inicial do trabalho fosse analisar a brigada de um exeacutercito

que tivesse uma estrutura semelhante a da Bda C Mec brasileira este autor natildeo

encontrou tal brigada

Para atingir esse objetivo foi realizada a comparaccedilatildeo com duas brigadas

distintas que se aproximam da estrutura desejada de forma diferente

Assim foram analisadas a brigada americana Stryker (SBCT) que eacute uma

Grande Unidade dotada de meios exclusivamente sobre rodas e a Brigada de

Infantaria Mecanizada da Alemanha que possui meios blindados e mecanizados em

suas tropas

A brigada Stryker possui as seguintes tropas da arma-base trecircs batalhotildees de

infantaria a trecircs companhias cada um com trecircs pelototildees um esquadratildeo de

cavalaria de reconhecimento equipada com viaturas de reconhecimento Stryker

conforme figura apresentada no capiacutetulo anterior

A engenharia que apoia a brigada eacute um batalhatildeo constituiacutedo de duas

companhias de constituiccedilotildees diferentes entre si

Uma Cia E tem um pelotatildeo de comando dois pelototildees de engenharia de

combate uma seccedilatildeo de ponte e um grupo de apoio dotado de equipamentos de

abertura de brecha limitado ao emprego de cargas explosivas lineares (MICLIC) em

reboque para remoccedilatildeo de minas e equipamentos de comprovaccedilatildeo (rolo e arado)

A outra Cia E possui uma seccedilatildeo de comando um pelotatildeo de combate

composto por trecircs GE um pelotatildeo de apoio composto por uma seccedilatildeo de pontes e

83

um grupo de construccedilatildeo horizontal e um pelotatildeo de abertura de brecha (em campo

de minas)

Com base no estudo do MCoE Supplemental Manual 3-90 Force Structure

Reference Data de 2015 foi possiacutevel analisar que os meios utilizados na SBCT satildeo

basicamente viaturas leves caminhotildees cargo e viaturas Stryker por todos os

componentes da brigada excetuando-se apenas os equipamentos construccedilatildeo e

limpeza de vias de engenharia

O exeacutercito alematildeo tem suas brigadas de infantaria mecanizada constituiacutedas

das seguintes tropas de cavalaria e infantaria um batalhatildeo de reconhecimento

dotado de viaturas Fennek trecircs batalhotildees de infantaria mecanizada os quais

utilizam a viatura de combate Puma e um batalhatildeo de rifles que utiliza as viaturas

de combate multipropoacutesito Boxer GTK

Essas fraccedilotildees satildeo apoiadas por um batalhatildeo de engenharia blindado composto

por uma companhia de comando e apoio duas companhias de engenharia de

combate blindada uma companhia de equipamentos de engenharia e uma

companhia de pontes flutuantes

As companhias de combate satildeo compostas por um comando um pelotatildeo de

contramobilidade que constroacutei obstaacuteculos para barrar ou canalizar a forccedila inimiga

um pelotatildeo de abertura de brecha dotado de sistema de limpeza e da viatura Keiler

um pelotatildeo de eliminaccedilatildeo de municcedilatildeo que elimina artefatos explosivos e municcedilotildees

garantindo o traacutefego de tropas e um pelotatildeo de equipamentos responsaacutevel pelo

apoio agrave mobilidade abertura de passagem em obstaacuteculos e cursos drsquoaacutegua e

manutenccedilatildeo de estradas

A companhia de pontes flutuantes eacute composta por um pelotatildeo de viaturas

blindadas e um pelotatildeo de mergulhadores E a companhia de equipamento de

engenharia eacute dotada de equipamentos de construccedilatildeo e viaturas blindadas especiais

conforme figura abaixo

A seguir satildeo apresentadas as viaturas componentes dessas brigadas com

seus respectivos pesos e velocidades viatura sobre rodas Fennek (103 ton e 115

kmh) Viatura de Transporte de Pessoal sobre rodas Fuchs (235 ton e 105 kmh)

utilizada pelos pelototildees de engenharia Viatura de Combate sobre lagartas Puma

utilizada pela infantaria (43 ton e 70 kmh) Viatura Lanccedila-Pontes sobre lagartas

Biber (453 ton e 62 kmh) Viatura Blindada Especial de Engenharia sobre lagartas

84

Dachs (43 ton e 62 kmh) e Viatura para Abertura de Brecha sobre lagartas Keiler

(53 ton e 50 kmh)

Embora o trabalho tenha se desenvolvido de forma diferente do planejado

inicialmente este autor considera que foi positiva a anaacutelise pois duas brigadas

distintas de potecircncias beacutelicas que estatildeo sendo empregados em conflitos

atualmente apresentam diferentes formas de apoio

A brigada blindada alematilde mostrou uma proximidade maior agraves caracteriacutesticas da

brigada brasileira em razatildeo da mistura de meios sobre lagartas e sobre rodas o

que natildeo necessariamente conduz a mesma soluccedilatildeo

A anaacutelise permitiu afirmar que eacute possiacutevel o apoio a tropas mecanizadas por

uma engenharia dotada de meios sobre rodas como a Brigada Stryker

Por outro lado tambeacutem eacute possiacutevel que uma brigada mecanizada com viaturas

sobre rodas e viaturas sobre lagartas de classes diferentes e capacidades de

mobilidade diferentes seja apoiada por uma engenharia dotada de meios sobre

lagartas

Conforme Capiacutetulo 3 o apoio de engenharia agrave mobilidade dos regimentos

(RCB e RC Mec) atualmente eacute limitado ao emprego de equipamentos inadequados

para o apoio em operaccedilatildeo de Aproveitamento do Ecircxito devido a inexistecircncia de

VBE

Considerando que na constituiccedilatildeo da brigada existe um RCB dotado de

VBCCC Leopard 1BR e VBCCC M60 A3-TTS foi analisado o emprego dos meios de

engenharia pelo exeacutercito americano e alematildeo onde natildeo foram encontradas

informaccedilotildees sobre apoio de engenharia com meios mecanizados para apoiar

viaturas blindadas sobre lagartas

De outra forma foi observado o emprego de meios especiais sobre lagartas

para apoio agraves tropas dotadas de viaturas sobre lagartas de classe consideraacutevel na

brigada alematilde - como as viaturas Dachs (43 ton) e as viaturas de combate Puma (43

ton) - e viaturas de grande mobilidade sobre rodas - como as viaturas Fennek (115

kmh) e Puma (105 kmh)

No Apecircndice C questotildees 1 2 e 3 foram apresentadas opiniotildees equilibradas

quanto ao emprego das VBE sobre lagartas e unanimidade para emprego dos tipos

de VBTP de acordo com a tropa apoiada (sobre rodas e sobre lagartas)

85

Com base nos comentaacuterios a seguir pretende-se responder agraves problemaacuteticas

levantadas com base na revisatildeo de literatura e reforccedilar as ideias que corroborem

com a proposta do autor

- ldquoA Bda C Mec eacute apta a atuar em operaccedilotildees ofensivas a perda de velocidade

nesse tipo de operaccedilatildeo eacute natural ao se deparar com obstaacuteculos E eacute nesse

contexto que as Vtr Eng satildeo empregadas Dessa maneira natildeo vejo restriccedilatildeo em

usar meios SL para a Bda C Mec Ademais as VBE Eng SL possuem maior

potecircncia para a remoccedilatildeo de obstaacuteculos sendo mais eficientes e poupando

tempo nessa atividade o que pode se tornar uma dificuldade para VBE Eng SRrdquo

Esse comentaacuterio explica como a Bda Inf Mec alematilde consegue realizar suas

missotildees sendo apoiada por um batalhatildeo de engenharia blindado que possui todas

as suas VBE construiacutedas sobre plataformas sobre lagartas E em relaccedilatildeo agrave

capacidade da VBE Eng a experiecircncia do autor permite testemunhar a favor da

afirmaccedilatildeo apresentada sobre a potecircncia e eficiecircncia que as VBE sobre lagartas

possuem e a restriccedilatildeo de trafegabilidade das viaturas sobre rodas no deslocamento

atraveacutes campo

- ldquonatildeo eacute somente uma questatildeo de velocidade mas tambeacutem das caracteriacutesticas de

terreno que elas iratildeo operar Por exemplo natildeo eacute ideal que uma Vtr SL progrida

sobre o asfaltordquo

A afirmaccedilatildeo acima natildeo eacute verdadeira e seraacute respondida com base na

experiecircncia do autor As viaturas alematildes da famiacutelia Leopard inclusive as Leopard 2

que possuem maior classe satildeo deslocadas na Alemanha atraveacutes de estradas

asfaltadas O deslocamento sobre o asfalto natildeo eacute impedimento nem prejudicial agraves

viaturas sobre lagarta

No Apecircndice D questotildees 1 2 e 3 houve unanimidade quanto ao emprego de VBE

sobre lagartas e equiliacutebrio quanto agrave utilizaccedilatildeo de VBTP de mesmo tipo dos

elementos apoiados

Dos comentaacuterios apresentados foram selecionados os que seguem

86

- ldquoDependendo da situaccedilatildeo taacutetica pode-se exigir a utilizaccedilatildeo de algum implemento

para apoiar a mobilidaderdquo

Esse comentaacuterio abre margem para avaliaccedilatildeo de uma proposta mais

audaciosa na qual deveria ser analisado o custo-benefiacutecio de empregarem-se

pelototildees embarcados em VBTP com implementos

Esse estudo deve avaliar inicialmente a capacidade de tal meio comportar o

sistema e um GE na mesma viatura e o custo de ter VBE sobre lagartas e VBTP

com implementos

Por falta de tempo para estudo de tal proposta o autor natildeo consideraraacute esta

proposta uma opccedilatildeo para este trabalho

- ldquoDevem ser utilizadas VBTP M113 nas duas situaccedilotildees pois a mesma oferece

maior mobilidade atraveacutes terrenordquo

A utilizaccedilatildeo de VBTP M113 junto aos RC Mec eacute menos vantajoso pois

dificilmente o Pel E buscaraacute apoiar a mobilidade por caminhos natildeo utilizados pelas

VBPT Guarani por ser uma soluccedilatildeo de maior custo haja vista a quantidade de

viaturas que o pelotatildeo utiliza e por tornar-se uma opccedilatildeo de velocidade de apoio

Diferente do emprego das VBE sobre lagarta o emprego das VBTP sobre

lagarta natildeo traz ganho significativo nos trabalhos aleacutem de faacutecil identificaccedilatildeo visual

por parte do inimigo

As companhias do batalhatildeo de engenharia deveratildeo possuir VBTP sobre

lagartas e sobre rodas para apoiar respectivamente os RCB e os RC Mec Cabe

salientar entretanto que o emprego dessas VBTP natildeo devem ser de uso exclusivo

aos respectivos elementos devendo ser considerado seu emprego desta forma

apenas como mais adequado

Quanto agraves VBE o trabalho conduziu para que o batalhatildeo seja dotado de

viaturas sobre lagartas a fim de dotar os pelototildees de capacidade para organizaccedilatildeo do

terreno transposiccedilatildeo de cursos de aacutegua e valas e abertura de brecha em campo

minado atribuindo mobilidade adequada tanto para apoio aos RC Mec quanto para

apoio aos RCB pelos motivos jaacute analisados no capiacutetulo 42

87

Os materiais foram separados por tipo de trabalho realizado explorando as

necessidades de apoio dos regimentos da seguinte forma trabalhos de abertura de

brecha transposiccedilatildeo de cursos drsquoaacutegua e valas e trabalhos de organizaccedilatildeo do

terreno e desobstruccedilatildeo de vias

Das Viaturas Blindadas Especiais de abertura de brecha destacam-se as

seguintes

A Viatura americana M1150 Assault Breacher Vehicle (ABV) - Viatura de

Abertura de Brechas) construiacuteda a partir do chassi do M1A1 Abrams a qual eacute

dotada de dois MICLIC (Mine Clearing Line Charge) uma carga linear explosiva que

eacute capaz de eliminar 92 a 95 das minas de um campo de minas

A viatura tem capacidade de lanccedilar uma carga explosiva atraveacutes de 100 a 150

metros destruindo minas bombas e IED sem expor a tripulaccedilatildeo que natildeo precisa

desembarcar Aleacutem disso a viatura possui um arado que permite complementar a

seguranccedila da brecha aberta por carga explosiva

O implemento arado eacute um meacutetodo mecacircnico que natildeo suporta ser empregado

como meio principal pois tem baixa resistecircncia Em meacutedia a cada trecircs minas

removidas por esse implemento uma danifica a lacircmina implicando em sua

substituiccedilatildeo

A Viatura BMR-3M que consiste em uma viatura blindada russa baseada no

carro de combate T-90 que conduz agrave frente de suas lagartas rolos que exercem um

peso superior ao das lagartas sobre o solo acionando-as prematuramente Aleacutem dos

rolos a viatura possui um sistema de contra-ataque magneacutetico e um sistema

jammer que impede o acionamento de explosivos controlados por raacutedio A

velocidade da desminagem eacute de 12 kmh dependendo da densidade da mina e das

condiccedilotildees do solo

O sistema de rolo eacute apto para operar em solo seco e relativamente plano Aleacutem

disso deve ser utilizado como complemento do MICLIC pois em meacutedia o rolo

suporta entre trecircs a seis minas devendo apoacutes isso ser substituiacutedo Esse eacute um

excelente sistema para identificaccedilatildeo do iniacutecio de um campo minado

A viatura alematilde Keiler a qual alega-se que limpa cerca de 98 das minas por

onde passa eacute equipada com um sistema composto por um rotor que eacute interligado a

88

vaacuterios pesos metaacutelicos presos por correntes Quando esse rotor gira e eacute aproximado

do solo realiza pancadas no solo gerando ondas de choque que acionam as cargas

explosivasEnquanto realiza a limpeza um sistema automaticamente demarca o

local livre de minas

Viatura que apresenta alta eficiecircncia quando comparado ao MICLIC que natildeo

necessita de um meio complementar e que tem um baixo custo de utilizaccedilatildeo pois

seu sistema natildeo precisa ser recarregado a Viatura Keiler possui uma manutenccedilatildeo

simples apoacutes detonaccedilatildeo pois o acionamento prematuro das minas natildeo afeta seu

sistema podendo afetar peccedilas de faacutecil reposiccedilatildeo o que natildeo ocorre com o sistema

arado e rolo caso sejam utilizados sem complemento do meacutetodo explosivo

O sistema Python eacute um sistema britacircnico consiste em um reboque com uma

carga linear que eacute distendida sobre o terreno por um foguete propulsor Esse

sistema que tambeacutem foi adquirido pela Tailacircndia eacute transportado na Gratilde-Bretanha

pela viatura Trojan que eacute baseada no carro de combate Challenger 2 O Python foi

utilizado em 2010 durante a Operaccedilatildeo Moshtarak no Afeganistatildeo

O implemento lacircmina para desminagem pode ser utilizado nas viaturas

meacutedias de rodas apresentando capacidade limitada de trabalho na remoccedilatildeo de

minas em superfiacutecies pavimentadas

O Light Weight Mine Roller (LWMR) rolo de minas de peso leve eacute um

sistema adicionado agraves viaturas sobre rodas que protege veiacuteculos do efeito de minas

e Dispositivos Explosivos Improvisados (DEI) realizando pressatildeo sobre o solo agrave

frente do veiacuteculo que realiza a abertura (Armytechnology)

Esse eacute um implemento leve mas que gera efeito pesado em suas rodas

atraveacutes do uso de energia hidraacuteulica gerando a pressatildeo necessaacuteria para

acionamento de cargas explosivas

O sistema americano M58 Mine Clearing Line Charge (MICLIC) eacute uma carga

de demoliccedilatildeo linear a qual eacute projetada por foguete sobre o local onde se deseja

realizar a abertura de uma brecha Este sistema tem a capacidade de abrir uma

brecha de 8 m de largura por 100 m de comprimento (Wikipedia) O dispositivo de

demoliccedilatildeo consiste principalmente de uma corda de nuacutecleo de nylon de 34 de

polegada 700 blocos de demoliccedilatildeo composta por C4 e dois filamentos de cordel

detonante de tetranitrato de pentaeritritol (PETN)

Dos MEM para transposiccedilatildeo de cursos drsquoaacutegua ou valas destam-se

89

A Viatura Blindada Especial Lanccedila-Pontes Leopard 1BR (VBEL Pnt Leo 1

BR) eacute viatura modificada da versatildeo alematilde Panzerschnellbruumlcke 1 para o Brasil

Construiacuteda a partir do chassi do Leopard 1 esta eacute capaz de transportar montar (a

ponte eacute transportada em duas metades) e lanccedilar uma ponte de classe 50 de 22

metros sobre um vatildeo de 20 metros

A Viatura Blindada Lanccedila-Pontes Titan eacute uma viatura britacircnica baseada no

chassi do carro de combate Challenger 2 capaz de lanccedilar uma uacutenica ponte de 26 m

em menos de dois minutos ou duas pontes de 12 m em apenas 90 segundos Esta

viatura que realiza o lanccedilamento vertical tem o mesmo niacutevel de proteccedilatildeo da VBCC

fornecendo um niacutevel muito alto de proteccedilatildeo contra armas de fogo direto aleacutem de

consideraacutevel proteccedilatildeo contra minas terrestres e contra agentes QBRN

A Viatura Blindada Lanccedila-Pontes M104 Wolverine eacute a viatura para

transposiccedilatildeo de pequenas brechas utilizada pelos Estados Unidos Construiacuteda a

partir do chassi da viatura carro de combate M1A2 Abrams a viatura Wolverine tem

a capacidade de lanccedilar ponte de classe 70 sobre brechas de ateacute 24 metros

A viatura que realiza lanccedilamento do tipo horizontal possui proteccedilatildeo

semelhante agrave viatura carro de combate M1A2 Abrams e possui um sistema de

gerenciamento de campo de batalha a fim de aumentar a consciecircncia situacional no

campo de batalha

O feixe de tubos ou Pipe Fascine ao ser colocado dentro de um Fosso

Anticarro (Fosso AC) estreitos cursos drsquoaacutegua ou valas ocupa o espaccedilo do vatildeo

permite a passagem de viatura sobre sua superfiacutecie cumprindo funccedilatildeo semelhante a

da ponte

Esse equipamento pode ser lanccedilado por uma Viatura Blindada Especial de

Engenharia ou adaptada em outras viaturas ou reboques Uma necessidade para

lanccedilamento e recolhimento desse material eacute um sistema do tipo concha guindaste

ou outro meio de iccedilamento a fim de recuperar ou movimentar o equipamento apoacutes

ser lanccedilado

O sistema de lanccedilamento de ponte de pequena brecha eacute um sistema para

viaturas sobre rodas que pode ser adaptado agraves viaturas de combate ou de

transporte de pessoal utilizadas pela infantaria ou cavalaria a fim de abrir passagens

em pequenos cursos drsquoaacutegua O sistema REBS (Rapidly Emplaced Bridge System)

por exemplo permite o lanccedilamento de ponte de classe 50 sobre um vatildeo de ateacute 13

metros

90

Dentre os MEM para organizaccedilatildeo do terreno e desobstruccedilatildeo de vias

destacam-se

Os sistemas lacircmina reta e escavadeira satildeo implementos que podem ser

instalados nas viaturas meacutedias de rodas para desobstruccedilatildeo de vias e organizaccedilatildeo

do terreno

A Viatura Blindada Especial de Engenharia Leopard 1BR (VBE Eng Leo 1

BR) eacute uma viatura modificada da versatildeo alematilde Pionierpanzer Dachs 1 para o Brasil

Suas capacidades adveacutem dos seus equipamentos escavadeira guindaste o

qual funciona a partir do braccedilo da escavadeira lacircmina de terraplanagem que realiza

trabalhos de remoccedilatildeo de terra e obstaacuteculos aleacutem de executar a funccedilatildeo de lacircmina de

apoio o que eacute fundamental para aumento da estabilidade e traccedilatildeo nos trabalhos

com o braccedilo da escavadeira e guindaste escarificador para realizar cortes que

frouxam o terreno duro guincho para resgate ou auto resgate (com capacidade de

ateacute 70 toneladas) parafusadeira de impacto aparelho de corte e solda e

policorteesmerilhadeira (Manual de operaccedilatildeo VBE Eng Leo 1 BR p 2)

Embora exista uma versatildeo mais atual da viatura que seraacute apresentada a

seguir esta versatildeo permanece sendo utilizada pela Alemanha devido a sua alta

qualidade

A Viatura Blindada Especial de Engenharia Pionierpanzer 3 Kodiak eacute a

versatildeo mais atual da viatura alematilde Pionierpanzer Dachs 1 As diferenccedilas da versatildeo

anterior satildeo escavadeira com braccedilo articulado dois guinchos e uma lacircmina que

pode ser substituiacuteda por um arado O arado eacute utilizado para a remoccedilatildeo de minas

junto a um sistema de marcaccedilatildeo de brecha e um sistema de detonaccedilatildeo de minas

eletromagneacuteticas

A concha tambeacutem eacute intercambiaacutevel com uma garra universal cortador de

concreto e perfuratriz A proteccedilatildeo desta viatura eacute a mesma da VBCCC Leopard 2

aleacutem de contar com proteccedilatildeo QBRN e sistema de cacircmeras para a realizaccedilatildeo de uma

operaccedilatildeo eficiente sem exposiccedilatildeo do operador

A Viatura Blindada Especial de Engenharia Terrier executa trabalhos com

escavadeira e lacircmina frontal O veiacuteculo ainda conta com uma blindagem e proteccedilatildeo

contra minas fornecendo proteccedilatildeo contra estilhaccedilos de fogo de armas pequenas e

projeacuteteis de artilharia

91

Para missotildees de abertura de brecha este veiacuteculo eacute equipado com um arado de

grande capacidade que complementa o trabalho realizado por seu equipamento

rebocado Python

Esse mesmo reboque ainda tem capacidade de transporte de feixe de tubos ou

um tolo de esteira (tem funccedilatildeo semelhante ao reforccedilador de solo)

De acordo com o que foi apresentado percebe-se que existe uma gama de

materiais disponiacuteveis no mercado mundial com condiccedilotildees de dotar aos Pel E Cmb

das Cia E Cmb de capacidades adequadas para apoiar a mobilidade dos regimentos

da Bda C Mec

Dentre eles como viatura para abertura de brecha destaca-se o Keiler viatura

que utiliza um sistema barato quando comparado ao MICLIC e completo quando

comparado agraves viaturas arado e rolo Outrossim a manutenccedilatildeo do seu sistema em

combate eacute simples de ser realizada por necessitar de troca de peccedilas de faacutecil

substituiccedilatildeo

Para transposiccedilatildeo de cursos de aacutegua e valas destacam-se a VBEL Pnt Biber

que jaacute eacute utilizada no Brasil e o feixe de tubos para o qual jaacute existem estudos no

Brasil sobre a possibilidade de fabricaccedilatildeo dos tubos Essa tambeacutem eacute uma soluccedilatildeo

barata e eficiente que adaptada sobre uma viatura em desuso como as VBCCC

Leopard 1 que estatildeo no Parque Regional de manutenccedilatildeo ou outra viatura que tenha

o chassi em boas condiccedilotildees de funcionamento onde seja adaptado um braccedilo com

funcionamento hidraacuteulico para lanccedilamento e remoccedilatildeo do feixe

Para a organizaccedilatildeo do terreno e desobstruccedilatildeo de vias destacam-se as

viaturas Leopard dentre as quais utilizamos a VBE Eng (Dachs) que atende bem

as tropas blindadas

Este autor buscou apresentar algumas caracteriacutesticas principais desses

materiais buscando analisar pontualmente as funcionalidades dessas viaturas com

base nas capacidades miacutenimas que faltam nos Pel E Cmb que apoiam as Bda C

Mec As viaturas mencionadas possuem muitos outros benefiacutecios os quais natildeo

foram aprofundados por natildeo serem objetivo do presente estudo

433 Caracteriacutesticas dos meios

No Apecircndice A questatildeo 4 as respostas recebidas mostraram opiniatildeo

unacircnime em relaccedilatildeo agrave necessidade de dotar a Cia E Cmb Mec com ponte classe

92

que atenda tanto as VBTP-MR Guarani quanto as VBCCC Leopard (classe 45) e

VBCCC M60 A3-TTS (classe 55) caracteriacutestica que nem o sistema americano para

viaturas sobre rodas REBS possui Como jaacute mencionado na revisatildeo de literatura

esse sistema lanccedila ponte de classe 50

No Apecircndice A questatildeo 5 a grande maioria respondeu que o apoio de

engenharia aos regimentos por VBEL Pnt sobre lagartas eacute pertinente

Os comentaacuterios contribuiacuteram para complementar o raciociacutenio apresentado

pelas questotildees da seguinte forma

- ldquoA vantagem de se ter na OM Eng Cmb Mec da Bda C Mec somente um tipo de

VBE lanccediladora de ponte sobre lagartas seria que a mesma poderia atender

com maior mobilidade atraveacutes do campo tanto os RC Mec quanto o RCBrdquo

No Apecircndice B questotildees 4 foi unacircnime a aceitaccedilatildeo da afirmativa que considera

que a classe da ponte da VBEL Pnt deve atender agrave classe da viatura de maior

classe (atualmente a VBCCC M60)

A anaacutelise dos comentaacuterios a seguir apresentados permitiratildeo uma explicaccedilatildeo mais

detalhada

- ldquoA Viatura Lanccedila Ponte sobre Rodas (REBS) atende um vatildeo de 13 metros para

Classe Militar 50 Jaacute utilizada nos EUA A VBCCC M60 eacute uma soluccedilatildeo paliativa A

VBCCC Padratildeo do EB eacute o Leopardrdquo

Quanto a essa afirmativa foram consideradas duas situaccedilotildees a primeira fruto

da anaacutelise da atual situaccedilatildeo que paleativa ou natildeo eacute a existecircncia da Vtr M60 cuja

classe natildeo eacute suportada pela ponte do sistema REBS a outra fruto da anaacutelise de

uma situaccedilatildeo futura eacute que o Exeacutercito jaacute estaacute pensando no projeto de uma nova

VBCCC para substituir o Leopard 1A5 e consequentemente as viaturas Leopard 1

e o M60 Esse estudo natildeo definiu ateacute o momento entretanto a classe nem o

momento dessa substituiccedilatildeo

Destaco que a maior importacircncia dessa questatildeo foi identificar a opiniatildeo sobre

a capacidade do emprego de viaturas sobre lagartas em atender agraves necessidades

dos regimentos

93

No Apecircndice B questotildees 5 a maioria das respostas foram contraacuterias agrave

utilizaccedilatildeo de pontes lanccediladas por viaturas sobre rodas ao considerar sua falta de

capacidade de suporte agraves viaturas mais pesadas

A exploraccedilatildeo dos seguintes comentaacuterios apresentados permitiratildeo reforccedilar o

resultado atingido

- ldquoA classe da ponte transportada pela Vtr que deve se adequar agraves necessidades da

Bda Acredito que a Pnt transportada pela Vtr sobre rodas deve ter capacidade de

transposiccedilatildeo de meios sobre lagartasrdquo

Embora concorde com a afirmaccedilatildeo quando comparamos a diferenccedila de

capacidades entre as VBEL Pnt dos paiacuteses mais desenvolvidos verificamos a

dificuldade das viaturas sobre rodas proporcionarem semelhante capacidade

propiciada pelas sobre lagartas

Essa avaliaccedilatildeo eacute facilitada quando comparamos o implemento para viaturas

sobre rodas e a viatura sobre lagartas empregados pelo mesmo paiacutes

O sistema americano REBS que proporciona suporte para viaturas de classe

50 em vatildeos de ateacute 13 metros mostra-se muito inferior quando comparado agrave

capacidade da viatura Wolverine de lanccedilar uma ponte de classe 70 em vatildeo de ateacute

24 metros Quase o dobro de largura de vatildeo em relaccedilatildeo agrave ponte lanccedilada pelo

sistema REBS

Destarte a crescente demanda de pontes de maior classe torna niacutetidos os

benefiacutecios de investir-se em pontes de pequenas brechas de maior capacidade

- ldquoUm detalhe que deve ser levado em consideraccedilatildeo eacute o seguinte num combate de

velocidade e manobra realizado por uma fraccedilatildeo que utilize Vtr Bld SL a VBL Pnt

conseguiraacute acompanhar o mesmo movimento ou alguns Obt do terreno faratildeo ela

ficar pelo caminho Por isso eacute vaacutelido raciocinar que numa Bda que possui elementos

de Man SL e SR a engenharia orgacircnica tambeacutem deva ter essa caracteriacutestica Assim

eacute vaacutelido pensar que nesse BE Cmb Mec deva existir no miacutenimo uma fraccedilatildeo E Cmb

Bld (SL)rdquo

Pode-se contrapor o referido comentaacuterio por meio da anaacutelise do emprego do

exeacutercito alematildeo o qual apoia a Bda Inf Mec com VBE sobre lagartas permitindo

94

afirmar assim que a utilizaccedilatildeo de tais meios no apoio aos elementos dotados de

viaturas sobre rodas natildeo impactaraacute no acompanhamento dos regimentos

Em complemento a essa anaacutelise pode-se analisar o procedimento

experimental que foi realizado no Centro de Instruccedilatildeo de Blindados constante no

Apecircndice E Com meios sobre lagarta um Pel E Cmb acompanhou toda a manobra

em ambiente virtual de um RC Mec da 3ordf Brigada de Cavalaria Mecanizada natildeo

sendo prejudicado seu apoio pela velocidade dos meios empregados

No Apecircndice C questotildees 4 e 5 as opiniotildees foram equilibradas tornando-se mais

adequado a anaacutelise dos comentaacuterios para avaliaccedilatildeo das questotildees propostas

- ldquoConcordo que seria positivo para a funccedilatildeo de Cmb Log mas seria prejudicial para

a funccedilatildeo Cmb Man e Mov pois as tropas SR teriam que ser Ap em algumas

situaccedilotildees por Vtr SLrdquo

De acordo com o emprego realizado na Alemanha conforme capiacutetulo 3 o apoio

prestado pelas VBE sobre lagartas natildeo eacute um problema que afeta a funccedilatildeo de

combate Movimento e Manobrardquo

- ldquoNatildeo obstante agraves vantagens logiacutesticas visualizadas como a menor diversidade

de meios habilitaccedilatildeo de pessoal e estruturas fiacutesicas a adoccedilatildeo de ambos os

meios SR e SL concede maior flexibilidade para o apoio de Eng Permitindo ao

Cmt BE Cmb Mec alocar os meios SR e SL de acordo com a necessidade natureza

da missatildeo e tipo de tropa apoiadardquo

Quanto agrave flexibilidade de apoio natildeo foi identificada a referida problemaacutetica mas as

vantagens estatildeo de acordo com o que o estudo identificou ateacute agora

No Apecircndice D questotildees 4 e 5 as opiniotildees foram equilibradas e devido agrave baixa

quantidade de respostas tornou-se mais adequado analisar seus comentaacuterios como

se segue

- ldquoEacute evidente que o emprego de Vtr sobre lagartas aumenta a mobilidade em

qualquer terreno mas por outro lado impacta enormemente na cauda logiacutestica

Insisto que as Bda C Mec devam manter suas caracteriacutesticas de velocidade

95

principalmente trafegabilidade e mobilidade Recordo que os meios sobre roda

garantem entre outras vantagens melhores condiccedilotildees para o apoio logiacutestico Para

as Bda C Mec a velocidade eacute fundamental no cumprimento de suas missotildees

baacutesicas de Rec e Seg Penso que a mescla de meios sobre lagartas e meios sobre

rodas eacute a configuraccedilatildeo mais adequada considerando a atual constituiccedilatildeo das Bda C

Mec do EBrdquo

Do mesmo modo que nossas Bda C Mec a Bda Inf Mec alematilde eacute dotada de

viaturas leves e raacutepidas as quais necessitam ser acompanhadas e apoiadas

adequadamente pelos pelototildees de engenharia Portanto mais uma vez a

comparaccedilatildeo com o emprego da engenharia na brigada alematilde torna-se fundamental

para comprovar a eficiecircncia do apoio com VBE sobre lagartas

- ldquoA Logiacutestica das VB SL eacute muito mais onerosa que a SR tanto em suprimentos

quanto em manutenccedilatildeo Acredito que uma Cia com meios Bld para apoiar o RCB

seja menos impactante que dotar 3 Cia com meios SL mesmo considerando a maior

diversidade de materiais nesta anaacuteliserdquo

Realmente o custo com suprimentos manutenccedilatildeo e complementando gasto

com combustiacutevel das viaturas sobre lagartas eacute maior que das viaturas sobre rodas

Todavia os benefiacutecios desse investimento seriam

- ganho na compra de um lote maior de viaturas sobre lagartas (quanto maior o

nuacutemero de viaturas menor seraacute o preccedilo)

- ganho em capacidade de trabalho (as viaturas sobre rodas possuem muitas

limitaccedilotildees para a VBEL Pnt a limitaccedilatildeo de classe e para as VBE Eng e VBE

desminagem capacidade muito inferior de utilizar os equipamentos como lacircmina

escavadeira o arado ou rolo atraveacutes campo onde a traccedilatildeo eacute extremamente

necessaacuteria

- ganho na proteccedilatildeo no qual destaca-se em relaccedilatildeo agraves VBTP por ser um meio

mais nobre para as forccedilas amigas e compensador para as inimigas e pela maior

necessidade de exposiccedilatildeo aos fogos haja vista que em operaccedilotildees de abertura de

passagem esse meio seraacute conduzido agrave frente para a realizar a reduccedilatildeo dos

obstaacuteculos

96

434 Quantidade de VBE por BE Cmb

No Apecircndice C questatildeo 6 houve uma aceitaccedilatildeo maior que reprovaccedilatildeo o

que poderaacute ser complementado pela anaacutelise dos comentaacuterios que se seguem

- ldquoDeve-se observar nesse caso natildeo somente a quantidade de elementos de

manobra a apoiar mas tambeacutem a capacidade maacutexima de zonas de accedilatildeo em que a

Bda C Mec eacute capaz de se desdobrar Por exemplo uma Bda Bld pode-se desdobrar

em ateacute 05 zonas de accedilatildeo observadas as suas capacidades maacuteximas de comando e

controle (04 FT U e 01 FT SU) A partir desse levantamento pode-se traccedilar melhor

as necessidades totais de meios de Eng para apoio inclusive com os meios

reservasrdquo

- ldquoPara realizar a comparaccedilatildeo se faz necessaacuterio saber quantas Vtr por tipo os

batalhotildees de engenharia do exeacutercito americano possuem Natildeo haacute a necessidade de

uma Vtr apenas para o rolo Esse pode ser empregado como implemento para as Vtr

da peccedila de manobra Se for possiacutevel utilizar o exeacutercito americano como um modelo

(uma ideia) seria interessante ter uma Vtr especializada de engenharia como os

ABV que jaacute possuem o miclic e o arado na mesma Vtrrdquo

A primeira afirmativa talvez seja a situaccedilatildeo ideal de apoio de uma engenharia

de brigada entretanto para se atingir a capacidade miacutenima de apoio a dotaccedilatildeo de

VBE natildeo precisa atingir cada zona de accedilatildeo mas cada regimento empregado pela

brigada com no miacutenimo um meio principal e um reserva

De acordo com o estudo dos meios do exeacutercito americano verifica-se que sua

engenharia de brigada natildeo tem meios para apoiar cinco zonas de accedilatildeo limitando-se

ao apoio das companhias por unidade Desta forma a complementariedade desse

apoio cabe agrave engenharia de divisatildeo agrave brigada

Em relaccedilatildeo a segunda proposiccedilatildeo pela proximidade das caracteriacutesticas da

brigada faz-se mais conveniente analisar a quantidade de meios do batalhatildeo da

Alemanha que dos Estados Unidos

Desta forma identifica-se que cada companhia do batalhatildeo de engenharia da

Alemanha aleacutem de sistema de lanccedilamento de minas e botes de assalto deteacutem 3

(trecircs) viaturas lanccediladoras de ponte 2 (duas) viaturas de abertura de brecha 2 VBE

Eng

97

Esta distribuiccedilatildeo mostra-se coerente com a miacutenima necessidade dos

regimentos da Bda C Mec os quais precisam ser apoiados com no miacutenimo duas

VBE Eng e duas viaturas de abertura de brecha no caso de emprego de dois

esquadrotildees em primeiro escalatildeo

A dotaccedilatildeo de 3 VBEL Pnt tambeacutem justifica-se pois atende a necessidade de

transposiccedilatildeo em trecircs locais simultaneamente ou em dois locais permanecendo com

uma viatura em reserva primando pela seguranccedila da operaccedilatildeo

De acordo com o acima exposto conclui-se que as companhias do batalhatildeo de

engenharia necessitam de trecircs VBEL Pnt duas VBE Eng e duas viaturas para

abertura de brecha

Como conclusatildeo da anaacutelise da Variaacutevel Dependente de acordo com o que

foi analisado concluo parcialmente que o batalhatildeo de engenharia da brigada

composto por duas Companhia Engenharia de Combate deve ter 4 Pelototildees

de Engenharia de Combate por companhia para as cumprir as missotildees de

apoio direto reforccedilo apoio suplementar e apoio ao conjunto

Com base na anaacutelise das brigadas de outros exeacutercitos eacute possiacutevel a

utilizaccedilatildeo de meios sobre lagartas e sobre rodas mesmo que elas tenham

classes e capacidades de mobilidade diferentes para apoio agraves Brigadas de

Cavalaria Mecanizada

Atualmente os meios de dotaccedilatildeo da Cia E Cmb Mec satildeo inadequados

para o apoio em operaccedilatildeo de Aproveitamento do Ecircxito e a inexistecircncia de

viaturas blindadas especiais de engenharia restringe suas capacidades de

apoio sob fogos diretos mesmo de armas de baixo calibre

Para solucionar este problema pocircde-se observar a existecircncia de

materiais no mercado mundial com condiccedilotildees de dotar os Pel E Cmb das Cia E

Cmb de capacidades adequadas para apoiar a mobilidade dos regimentos da

Bda C Mec

Dentre eles destaca-se a viatura para abertura de brecha Keiler viatura

que utiliza um sistema barato e capaz de realizar sozinha a abertura completa

com manutenccedilatildeo simples

Para transposiccedilatildeo de cursos de aacutegua e valas destacam-se a VBEL Pnt

Biber e o sistema de feixe de tubos A primeira por ser um material eficiente

que jaacute eacute empregado pelas Brigadas Blindadas e a segunda por ser um

98

sistema barato e de faacutecil implementaccedilatildeo em viaturas repotencializadas como

as viaturas Leopard 1 desde que tenham seus sistemas baacutesico em

funcionamento

Para a organizaccedilatildeo do terreno e desobstruccedilatildeo de vias destacam-se as

viaturas Leopard dentre as quais utilizamos a VBE Eng (Dachs) que atende

bem as tropas blindadas

De acordo com a anaacutelise realizada o BE Cmb Mec necessita dos

seguintes materiais para reforccedilo das Cia E Cmb 6 (seis) VBEL Pntcom duas

pontes cada 4 (quatro) VBE Eng 4 (quatro) Viaturas lanccediladoras de feixe de

tubos e 4 (quatro) viaturas para abertura de brecha

99

5 CONCLUSAtildeO E RECOMENDACcedilOtildeES

A presente dissertaccedilatildeo de mestrado classificada quanto agrave sua forma de

abordagem como qualitativa e quanto ao objetivo geral como exploratoacuteria e

descritiva teve como tema a A Engenharia de combate da Brigada de Cavalaria

Mecanizada Uma sugestatildeo de adequaccedilatildeo do apoio prestado aos elementos

empregados em primeiro escalatildeo nas operaccedilotildees ofensivas

O problema central da pesquisa balizou o desenvolvimento do trabalho para

atingir o objetivo geral direcionando-o para o desenvolvimento da proposta mais

adequada de emprego da engenharia no apoio agraves Brigadas de Cavalaria

Mecanizada

Embora tenha sido observada a inexistecircncia de algumas bibliografias a

pesquisa bibliograacutefica permitiu atingir plenamente os objetivos especiacuteficos

relacionados agraves questotildees de estudo acima enumeradas

Nessa fase foram analisados os conceitos receacutem introduzidos no Exeacutercito os

materiais adquiridos e em desenvolvimento atraveacutes dos Projetos Leopard e

Guarani a organizaccedilatildeo da Brigada de Cavalaria Mecanizada e a Companhia de

Engenharia de Combate

Por meio deste estudo foram identificadas as capacidades e limitaccedilotildees dos

elementos empregados em primeiro escalatildeo pela brigada e as capacidades

previstas para o apoio dos Pelototildees de Engenharia desta companhia no apoio em

Operaccedilatildeo de Aproveitamento do Ecircxito

Observou-se a organizaccedilatildeo caracteriacutesticas capacidades e limitaccedilotildees dos Pel

E Cmb identificando os materiais existentes para apoio agrave mobilidade dos

Regimentos e a necessidade de reforccedilos pela Cia E Cmb a fim de realizar um apoio

efetivo

Apoacutes o referido estudo buscou-se complementar os estudos de revisatildeo

bibliograacutefica com a aplicaccedilatildeo de questionaacuterios e procedimento experimental

Para cumprir esse objetivo os questionaacuterios foram enviados a comandantes e

ex-comandantes dos regimentos de cavalaria e companhias de engenharia das

Brigadas de Cavalaria Mecanizada os quais tinham experiecircncia no emprego das

tropas estudadas

Em complemento agrave experiecircncia dos grupos citados foram enviados

100

questionaacuterios aos oficiais de engenharia e instrutores do Centro de Instruccedilatildeo de

Blindados que realizaram curso de comandante de subunidade nos Estados Unidos

ou na Alemanha a fim de contribuiacuterem com experiecircncias e conhecimentos

adquiridos nesses paiacuteses

Desta forma identificou-se a limitaccedilatildeo em meios e em pessoal e

consequentemente ineficiecircncia da companhia de engenharia em realizar um apoio

adequado em uma Operaccedilatildeo de Aproveitamento do Ecircxito e ainda apresentar

condiccedilotildees de realizar trabalhos de apoio ao conjunto suplementar e ficar em

condiccedilotildees de apoiar a reserva quando empregada

Desta feita foram analisadas soluccedilotildees em material e emprego capazes de

tornar o apoio da engenharia suficiente agraves necessidades miacutenimas e imediatas dos

regimentos Assim a anaacutelise seguiu os indicadores e dimensotildees da Variagravevel

Independente e Dependente as quais foram medidas de acordo com as questotildees

constantes nos apecircndices conforme quadros 1 e 2 das Definiccedilatildeo operacional das

variaacuteveis

Isto posto a fim de adequar o emprego e os meios da engenharia da brigada

identificou-se a necessidade de propor uma nova organizaccedilatildeo a fim de solucionar

as suas limitaccedilotildees Com isso concluiu-se que se faz necessaacuteria a mudanccedila do

apoio de uma Companhia de Engenharia de Combate Mecanizada para um

Batalhatildeo de Engenharia de Combate Mecanizado

Para o adequado apoio do Batalhatildeo junto aos Regimentos dotados de

viaturas mecanizadas e blindadas questionou-se a caracteriacutestica dos meios a serem

empregados pela engenharia

A soluccedilatildeo desta questatildeo foi amparada no estudo realizado por meio de

revisatildeo bibliograacutefica pelo procedimento experimental pelas respostas dos

questionaacuterios e seus comentaacuterios

Todos esses procedimentos e instrumentos direcionaram a proposta para a

estrutura de um BE Cmb a duas companhias com quatro pelototildees cada Uma

companhia deve ser dotada de VBTP sobre rodas para apoiar os RC Mec e a

companhia dotada de VBTP sobre lagarta deve apoiar o RCB e se for necessaacuterio

ficar em condiccedilotildees de apoiar o RC Mec

O procedimento experimental contribuiu para identificaccedilatildeo de uma suporte

adequado agrave brigada o qual foi realizado pela Seccedilatildeo de Simuladores do Centro de

Instruccedilatildeo de Blindados por meio do Treinamento Taacutetico em Ambiente Virtual

101

(TTAV) o qual realizou um treinamento com emprego de um RC Mec de uma Bda C

Mec em um Movimento Retroacutegrado que mesmo tendo sido aplicado um tipo

totalmente diferente da operaccedilatildeo em questatildeo permitiu a anaacutelise da capacidade das

viaturas blindadas sobre lagartas no acompanhamento das viaturas blindadas sobre

rodas no cumprimento de suas missotildees

Esse treinamento contribuiu para corroborar com a anaacutelise realizada na

doutrina alematilde que permitiu afirmar que os meios sobre lagartas utilizados pela

engenharia tem condiccedilotildees de apoiar uma Brigada de Cavalaria Mecanizada mesmo

quando esses meios satildeo empregados junto a um RC Mec

Outrossim chegou-se agrave identificaccedilatildeo dos meios que o Batalhatildeo de

Engenharia de Combate Mecanizado deve possuir para reforccedilar em meiois os Pel E

Cmb de acordo com as necessidades de apoio dos Regimentos de uma Bda C Mec

no Aproveitamento do Ecircxito quais sejam quatro VBE Eng quatro VBE de abertura

de brecha (do tipo Keiler) e seis VBEL Pnt (com duas pontes cada) todas sobre

lagartas

Com as conclusotildees do presente trabalho pretende-se adequar o apoio

prestado pela engenharia da brigada por meio da adequaccedilatildeo de seu emprego e de

seu material e refletindo na sua organizaccedilatildeo a fim de capacitaacute-la a apoiar os

elementos empregados em primeiro escalatildeo pela Brigada de Cavalaria Mecanizada

Como soluccedilatildeo praacutetica o autor apresenta no Anexo B a proposta consolidada

em uma Nota Complementar agrave Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 ndash

As Estruturas de Engenharia no Teatro de Operaccedilotildees a qual se apresenta

como base para modificaccedilatildeo do emprego da engenharia da brigada e

consequentemente servir de embriatildeo de um novo manual

Uma sugestatildeo para a experimentaccedilatildeo doutrinaacuteria eacute a transformaccedilatildeo da 3ordf

Companhia de Engenharia de Combate Mecanizada de Dom Pedrito-RS em

batalhatildeo a fim de aproveitar as instalaccedilotildees atuais as quais eram de utilizadas pelo

14ordm Regimento de Cavalaria Mecanizada

O presente trabalho explorou a adequaccedilatildeo do apoio de engenharia da Bda C

Mec a partir da anaacutelise do seu emprego e do seu material no apoio aos elementos

em primeiro escalatildeo em Operaccedilatildeo de Aproveitamento do Ecircxito

Outros estudos se fazem necessaacuterios para complementar as capacidades

necessaacuterias a esse batalhatildeo Dessa maneira o autor recomenda por meio do

QUADRO 17 a seguir os seguintes temas

102

QUADRO DE PROPOSTA PARA NOVAS PESQUISAS NA ESAO

Tema sugerido Especialista recomendado

BE Cmb de uma Brigada de Cavalaria Mecanizada Uma proposta de Quadro de Dotaccedilatildeo de Material (QDM) e Quadro de Cargos Previstos (QCP)

Oficial de engenharia que tenha servido em OM blindada e mecanizada

Equipagens para transposiccedilatildeo de curso drsquoaacutegua adequaccedilatildeo dos meios de transposiccedilatildeo de uma Bda C Mec

Militar de engenharia que tenha comandado uma Companhia de Engenharia de Pontes

TTP do Batalhatildeo de Engenharia de Combate Mecanizado na Operaccedilatildeo de Abertura de Passagem

Oficial de engenharia que tenha servido em OM blindada e mecanizada

Emprego de feixe de tubos em viaturas blindadas para transposiccedilatildeo de cursos de aacutegua e valas

Oficial que tenha experiecircncia com blindados

Viatura de Abertura de Brecha Keiler Uma viatura para solucionar uma deficiecircncia da engenharia brasileira

Oficial de engenharia com curso de desminagem preferencialmente habilitado em

alematildeo

O emprego de um Pelotatildeo de Engenharia de Apoio na Companhia de Engenharia de Combate de um BE Cmb Mec Uma sugestatildeo de dotaccedilatildeo de meios de emprego junto aos elementos em primeiro escalatildeo pela Cia E Cmb

Oficial que tenha servido em Batalhatildeo de Engenharia preferencialmente que tenha

comandado uma Companhia de Comando e Apoio

Doutrina do Batalhatildeo de Engenharia de Combate Mecanizado da Brigada de Cavalaria Mecanizada

Oficial de engenharia que tenha servido em OM blindada e mecanizada

QUADRO 17 - Propostas de novas pesquisas relacionadas ao apoio de engenharia agrave uma Bda C Mec Fonte O autor

______________________________ Saulo dos Santos Marques

Capitatildeo de Engenharia

103

REFEREcircNCIAS

Assault Breacher Vehicle Military-today c2017 Disponiacutevel em lthttpwww military-todaycomengineeringabv_imageshtmgt Acesso em 13 ago 2018

BMR-3M Mine clearing vehicle Military-today c2006 Disponiacutevel em lthttp wwwmilitary-todaycomengineeringbmr_3mhtmgt Acesso em 1 fev 2018

BRASIL Exeacutercito Centro de Doutrina do Exeacutercito Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 0022016 as estruturas de engenharia no teatro de operaccedilotildees Brasiacutelia DF 2016

______ ______ Departamento de Educaccedilatildeo e Cultura EB60-ME-11401 dados meacutedios de planejamento 1 ed Rio de Janeiro 2016

______ ______ Departamento de Material Beacutelico Portaria Nr 023- DMB de 20 de novembro de 1998 Aprova as normas para classificaccedilatildeo registro e identificaccedilatildeo dos veiacuteculos oficiais no acircmbito do ministeacuterio do exeacutercito - NORCRIVE Boletim do Exeacutercito Rio de Janeiro 1998

______ ______ Estado Maior C 2-1 emprego da cavalaria 2 ed Brasiacutelia DF 1999a

______ ______ ______ C 2-20 regimento de cavalaria mecanizado 2 ed Brasiacutelia DF 2002

______ ______ ______ C 2-30 brigada de cavalaria mecanizada 2 ed Brasiacutelia DF 2000a

_______ ______ ______ C 5-1 emprego de engenharia 3 ed Brasiacutelia DF 1999b

_______ ______ ______ C 5-7 batalhatildeo de engenharia de combate 2 ed Brasiacutelia DF 2001

_______ ______ ______ C 5-10 o apoio de engenharia no escalatildeo brigada 2 ed Brasiacutelia DF 2000b

104

BRASIL Exeacutercito Estado Maior C 5-37 minas e armadilhas 2 ed Brasiacutelia DF 2000c

_______ _______ ______ EB20-MC-10102-1 doutrina militar terrestre 1 ed Brasiacutelia DF 2014a

______ _______ ______ EB20-MC-10203 movimento e manobra 1 ed Brasiacutelia DF 2015a

______ _______ ______ EB20-MC-10204 logiacutestica 3 ed Brasiacutelia DF 2014b

______ _______ ______ EB20-MC-10208 proteccedilatildeo 1 ed Brasiacutelia DF 2015b

______ _______ ______ EB20-MF-10101 o exeacutercito brasileiro 1 ed Brasiacutelia DF 2014c

______ _______ ______ EB20-MF-10103 operaccedilotildees 1 ed Brasiacutelia DF 2014d

______ Ministeacuterio da Defesa Estado Maior de Defesa MD33-M-02 manual de abreviaturas siglas siacutembolos e convenccedilotildees cartograacuteficas das forccedilas armadas 3 ed Brasiacutelia DF 2008

______ Exeacutercito Exeacutercito brasileiro realiza uacuteltimo teste de 2017 da viatura blindada de transporte de pessoal M113 BR Brasiacutelia DF 29 dez 2017 Disponiacutevel em lthttpwwwebmilbrwebnoticiasnoticiario-do-exercito-asset_ publisherMjaG93KcunQIcontentparque-regional-de-manutencao-5-realiza-ulti mo-teste-de-2017-da-vbtp-m113brgt Acesso em 15 jan 2018

______ ______ Portaria Nr 031- EME de 26 de fevereiro de 2018 aprovaccedilatildeo da diretriz de implantaccedilatildeo do progama estrateacutegico do exeacutercito sistema de engenharia Boletim do Exeacutercito Brasiacutelia DF 2018

BUNDESWEHR Panzergrenadierbrigade 41 in Neubrandenburg Bundeswehrde Colocircnia 4 abr 2018 Disponiacutevel em lthttpwwwdeutscheshe

105

erdeportalaheerstartdienstst1pzdivgliederungpzgrenbrig41utpz104_Sj9CPykssy0xPLMnMz0vMAfIjo8zinSx8QnyMLI2MfEyDLA0cXT1Nwnx9XIwNXI30wwkpiAJKG-AAjgb6wSmp-pFAM8xxm2GuH6wfpR-VlViWWKFXkF9UkpNaope YDHKhfmRGYl5KTmpAfrIjRKAgN6LcoNxREQDnEpv-dzd5L2dBISEvZ0FBI S9nQSEhZ7_B8LTL2922L5R90AEI4VMLD30E7gt Acesso em 11 jul 2018

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DEUTSCHLAND Arbeitshilfe Pioniertruppe Pionierschule und Faschule des Heeres fuumlr Bautechnik Bereich Weiterentwicklung der Pioniertruppe Ingolstadt 2011

EE-11 Urutu Youtube 12 set 16 Disponiacutevel em lthttpswwwyoutubecom watchv=J3pcOlhYIbIgt Acesso em 1 ago 2018

ESCOLA DE APERFEICcedilOAMENTO DE OFICIAIS Pub 30-101-1 forccedilas armadas dos paiacuteses do continente austral ndash Paiacutes Vermelho 1 v Rio de Janeiro 2010

ESCRITOacuteRIO DE PROJETOS DO EXEacuteRCITO BRASILEIRO (Brasil) VBTP ldquoGuaranirdquo ndash chegando para revolucionar o exeacutercito brasileiro Brasiacutelia DF 25 jul 2017 Disponiacutevel em lthttpwwwepexebmilbrindexphpultimas-noticias565-vbtp-guarani-chegando-para-revolucionar-o-exercito-brasileirogt Acesso em 12 jan 2017

FAN Ricardo CMS promove seminaacuterio interno para discussatildeo sobre a nova viatura a ser adotada pelos RCB Defesanet Brasiacutelia DF 28 mai 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwdefesanetcombrleonoticia6182CMS--promove-seminario-interno-para-discussao-sobre-a-nova-viatura-a-ser-adotada-pelos-RCB-gt Acesso em 13 jun 2018

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Kodiak Combat engineering vehicle Military-today c2006 Disponiacutevel em lt httpwwwmilitary-todaycomengineeringkodiakhtmgt Acesso em 1 fev 2018

Landfahrzeuge Deutschesheer 8 mar 2018 Disponiacutevel em httpwwwdeutschesheerdeportalaheerstarttechniklandfahrzeugeutpz1hU67DoIwFP0WB9beqyigW-NAMJhoGIQupkAtmEJJqeDni2FU49nOMwcYp MBaPtSS21q3XE08Y97V266jcJXgEf0gwHMYx9GeUkT04fIvwCYbf4AiJKWAb Nrwf26ES0iAAbvzgT9Jp41VwhJevB9CVvG2VOKkCzoLB2BS6Xy-TtvcDSQwI 27CCEMeZpIra7t-56CD4zgSqbVUghS6Iblx8Fur0r2F9CMMXZOO6G7UENPF C0bIBp8dzd5L2dBISEvZ0FBIS9nQSEhZ7_694IG2S0M07880QGLLICAA00G1gt

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MESQUITA Alex Alexandre de A importacircncia do RCB na Doutrina de Blindados Defesanet Brasiacutelia DF 21 mai 2015 Disponiacutevel em lthttpwwwdefesanet combrdoutrinanoticia19142A-Importancia-do-RCB-na-Doutrina-de-Blindadosgt Acesso em 3 set 2018

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PIKE John XM104 Wolverine Heavy Assault Bridge SystemH82510 Federation of American Scientists Washington DC 8 fev 2000 Disponiacutevel em lthttpsfasorgmandod-101syslandwolverinehtmgt Acesso em 3 jul 2018

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REBS Army-Guide c2002 Disponiacutevel em lthttpwwwarmy-guidecomeng product2102htmlgt Acesso em 7 jul 2018

RODRIGUES Maria das Graccedilas Villela Elaboraccedilatildeo de Projetos Trabalhos Acadecircmicos e Dissertaccedilotildees em Ciecircncias Militares Metodologia da Pesquisa Cientiacutefica 3 ed Rio de Janeiro 2006

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Titan Challenger 2 Bridge Layer Youtube 22 mar 2018 Disponiacutevel em lthttpswwwyoutubecomwatchv=xHjm5FjSovMgt Acesso em 15 ago 2018

USA Department of the Navy Presidentrsquos Budget FY 2012 Procurement of Ammo Navy amp MC 2011

______ Fort Benning MCoE Supplemental Manual 3-90 Force Structure Reference Data stryker_brigade combat team and below Columbus 2015

______ Headquarters Department of the Army FM 3-0 Operations Washington DC 2011

______ ______ FMI 3-01 the modular force Washington DC 2008

______ ______ FM 3-34 engineer operations Washington DC 2014

______ ______ FM 3-3422 engineer operations_brigade combat team and below Washington DC 2014

______ ______ FM 3-96 brigade combat team Washington DC 2015

Why did the tank cross the road A Egis Technologies 7 jun 2016 Disponiacutevel em lthttpsaegistgcomwhy-did-the-tank-cross-the-roadgt Acesso em 13 ago 2018

109

APEcircNDICE A ndash QUESTIONAacuteRIO DESTINADO AOS COMANDANTES E EX-

COMANDANTES DOS REGIMENTOS DAS BRIGADAS DE CAVALARIA

MECANIZADA

O presente questionaacuterio eacute parte integrante da Dissertaccedilatildeo de Mestrado em Ciecircncias

Militares da Escola de Aperfeiccediloamento de Oficiais (EsAO) cujo tema eacute A

ENGENHARIA DE COMBATE DA BRIGADA DE CAVALARIA MECANIZADA

UMA SUGESTAtildeO DE ADEQUACcedilAtildeO DO APOIO PRESTADO AOS ELEMENTOS

EMPREGADOS EM PRIMEIRO ESCALAtildeO NAS OPERACcedilOtildeES OFENSIVAS

desenvolvida pelo Cap Saulo dos Santos Marques da Arma de Engenharia

cursando a EsAO e que possui como orientador o Cel ANDREacute CEZAR SIQUEIRA

instrutor desse Estabelecimento de Ensino

O trabalho em desenvolvimento tem por objetivo analisar as capacidades da

Companhia de Engenharia de Combate Mecanizada (Cia E Cmb Mec) agrave luz da

doutrina vigente e dos novos Mateirais de Emprego Militar (MEM) os quais satildeo

partes importantes da determinaccedilatildeo das capacidades das tropas (DOAMEPI)

Para que esta meta seja alcanccedilada a sua especializaccedilatildeo e experiecircncia

do senhor que jaacute foi comandante de Regimento de Bda C Mec eacute fundamental

Solicito-vos para que em cada questatildeo marque a alternativa que melhor

corresponda agrave sua visatildeo e experiecircncia vivida com o tema ou em atividades dessa

natureza Caso possua conhecimentos complementares sobre cada pergunta ou

opiniotildees divergentes das opccedilotildees apresentadas o senhor poderaacute transcrever nos

espaccedilos descrito como Comente sua opiniatildeo

Outrossim informo-vos que seratildeo necessaacuterios apenas 05 (cinco) minutos

para responder o presente questionaacuterio e que natildeo haveraacute divulgaccedilatildeo de dados

pessoais sendo os resultados de caraacuteter quantitativo e qualitativo representados

por grupos de acordo com o universo ora abordado

Desde jaacute sou grato pela atenccedilatildeo e participaccedilatildeo

Com os melhores cumprimentos

Saulo dos Santos Marques - Cap Eng

110

A ndash ESCALAtildeO DE APOIO DE ENGENHARIA

1) A Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 02 de 31 de maio de 2016 a qual

descreve as estruturas de Engenharia no Teatro de Operaccedilotildees define que a

Brigada de Infantaria Mecanizada deve ser apoiada por um Batalhatildeo de Engenharia

Levando-se em consideraccedilatildeo que a Bda Inf Mec eacute composta por 3 BI Mec e a

Bda C Mec eacute composta por 2 RC Mec e 1 RCB (aleacutem do RC Mec divisionaacuterio) a

engenharia que apoia a Bda C Mec deveria ser consequentemente um BE Cmb

Mec a duas companhias de 4 Pel E Cmb cada

( ) Concordo totalmente

( ) Concordo parcialmente

( ) Discordo

( ) Discordo plenamente

COMENTAacuteRIO DAS OPINIOtildeES

1 Com essa organizaccedilatildeo o BE Cmb Mec poderia empregar uma SU em apoio

direto aos elementos de manobra inclusive aquele em 2ordm escalatildeo mantendo

ainda uma Cia Eng Cmb Mec para emprego centralizado na Z Accedil da Bda

111

2 Penso que o ideal seria um BE Cmb Mec a 3 Cia com 4 Pel E Cmb cada

permitindo o apoio aos 3 elementos de manobra da Bda com uma SU Caso a

Bda receba o RC Mec divisionaacuterio deve receber tambeacutem uma SU Eng Cmb

da Divisatildeo

3 Essa eacute dosagem miacutenima tendo em vista a envergadura e pletora de meios da

tropa apoiada

2) No manual O Inimigo o Exeacutercito Vermelho utiliza a dosagem de uma companhia

de engenharia de combate por unidade de valor batalhatildeo ou regimento Com base

nesse dado para que nossa engenharia esteja adequada a fazer frente agrave

engenharia inimiga o apoio agrave Brigada de Cavalaria Mecanizada deve ser no miacutenimo

de valor de um BE Cmb

( ) Concordo totalmente

( ) Concordo parcialmente

( ) Discordo

( ) Discordo plenamente

Comentaacuterio das opiniotildees

112

1 Embora concorde com a organizaccedilatildeo sugerida no quesito anterior acredito

que natildeo se deva tomar por base uma organizaccedilatildeo do inimigo feita com

finalidades especiacuteficamente escolares A organizaccedilatildeo a ser considerada eacute

aquela adotada por potenciais ameaccedilas

2 Utilizando a mesma dosagem de uma Cia Eng Cmb por Elemento de

manobra valor Batalhatildeo ou Regimento

B ndash QUANTO AOS MEIOS

3) As viaturas blindadas de engenharia como por exemplo a VBE Eng a VBEL Pnt

Vtr de limpeza de minas rolo de dispersatildeo de minas arado entre outras satildeo

viaturas que realizam a abertura de passagem para a transposiccedilatildeo de elementos

apoiados Alguns dos benefiacutecios de sua utilizaccedilatildeo satildeo abertura em menor tempo

com proteccedilatildeo blindada agrave guarniccedilatildeo e exigindo um menor efetivo A partir dessa

afirmaccedilatildeo eacute possiacutevel afirmar que eacute DISPENSAacuteVEL a utilizaccedilatildeo desses meios tendo

em vista que a Cia E Cmb jaacute possui ponte portada e pelototildees com suas

ferramentas de sapa para cumprir esse trabalho

( ) Concordo totalmente

( ) Concordo parcialmente

( ) Discordo

( ) Discordo plenamente

113

Comentaacuterio das opiniotildees

1 A Bda C Mec conduz por suas caracteriacutesticas operaccedilotildees de movimento

Destarte todos os meios que facilitem o movimento satildeo importantes para ela

2 Haveria dificuldade de acompanhamento dos Elm 1ordm Esc pela velocidade de

deslocamento

3 Eacute INDISPENSAacuteVEL a utilizaccedilatildeo desses meios pela Eng da Bda

C ndash QUANTO AgraveS CARACTERIacuteSTICAS DESSES MEIOS

4) Com o advento dos projetos Leopard e Guarani as Bda C Mec passaram a

possuir nos RCB e nos R C Mec respectivamente as VBCCC Leopard 1A1 ou M60

e a VBTP-MR Guarani Partindo do princiacutepio que as VBCCC Leopard tecircm classe

superior agraves VBTPMR Guarani as viaturas lanccediladoras de pontes devem atender agrave

classe das primeiras (viatura de maior classe) o que permite transpor os dois tipos

de viaturas

114

( ) Concordo totalmente

( ) Concordo parcialmente

( ) Discordo

( ) Discordo plenamente

Comentaacuterio das opiniotildees

1 Essa eacute uma assertativa bastante oacutebvia Os meios de transposiccedilatildeo devem

assegurar o movimento de todas as Vtr empregadas pela Bda C Mesc

2 Quem apoia mais apoia menos Esse um princiacutepio que atende plenamente ao

princiacutepio de guerra de economia de meios

5) Como normalmente os blindados sobre lagartas possuem uma capacidade de

transportar pontes mais pesadas em relaccedilatildeo agraves viaturas sobre rodas eacute pertinente

que as viaturas lanccediladoras de ponte sejam sobre rodas mesmo que inviabilize a

transposiccedilatildeo de meios sobre lagartas

( ) Concordo totalmente

( ) Concordo parcialmente

( ) Discordo

( ) Discordo plenamente

115

Comentaacuterio das opiniotildees

1 Volto agrave resposta dada no quesito anterior Os meios de Eng devem ser

necessaacuterios e suficientes para assegurar que TODAS as Vtr da Bda

transponham o obstaacuteculo Como estaacute colocada a questatildeo seria concordar

com que o RCB principal elemento de forccedila da Bda natildeo pudesse empregar

seus CC

2 Sobre a afirmativa eacute bom lembrar as VBE Lccedil Pnt devem deslocar-se com

suas pontes somente em pequenos trechos no compartimento de combate

ateacute o local de lanccedilamento (essas pontes satildeo equipamentos fraacutegeis natildeo

devendo ser deslocadas sobre a VB por longos trechos) Ateacute a aproximaccedilatildeo

desse compartimento as pontes devem ser transportadas em pranchas e se

possiacutevel as VBE Lccedil Pnt sobre lagarta tambeacutem A vantagem de se ter na OM

Eng Cmb Mec da Bda C Mec somente um tipo de VB lanccediladora de ponte

sobre lagartas seria que a mesma poderia atender com maior mobilidade

atraveacutes do campo tanto os RC Mec quanto o RCB Essa VB sobre lagarta

deveria como jaacute foi dito possuir uma viatura Cavalo Mecacircnico com prancha

para a aproximaccedilatildeo da VB ateacute o compartimento de combate (onde deveraacute

lanccedilar a Pnt ) e outra para transportar no miacutenimo as suas trẽs pontes de

pequena brecha

116

3 A Eng da Bda deve ter condiccedilotildees de apoiar o movimento de TODOS os meios

da Bda

D ndash SUGESTOtildeES

6) Eacute mais adequado que o apoio de engenharia a uma Bda C Mec seja realizado por

um batalhatildeo a duas companhias de quatro pelototildees sendo uma das Cia E Cmb

dotada de Viaturas Blindadas Especiais sobre lagartas mais capacitada a apoiar o

RCB e uma Cia E Cmb dotada de Viaturas Blindadas Especiais sobre rodas mais

capacitada a apoiar os RC Mec

( ) Concordo totalmente

( ) Concordo parcialmente

( ) Discordo

( ) Discordo plenamente

Comentaacuterios das opiniotildees

1 Ver resposta do quesito seguinte

2 Estamos trabalhando no CMS na proposta sobre o BE Cmb Mec de Bda C

Mec Em 2017 enviamos ao COTER a proposta do BE Cmb Mec de Bda Inf

Mec A proposta do CMS ( a 3 Cia E) foi enviada pelo ODOp ao DEC que

apoacutes anaacutelise do projeto decidiu junto com o COTER que o BECmb Mec

117

deveria ter somente 2 Cia Eng Cmb Mec e natildeo trecircs como proposto pelo

CMS Na visatildeo do CMS 2 Cias apoiariam as OM em 1ordm escalatildeo (cada uma

com um Regimento) e a 3ordf Cia ficaria no apoio a toda a brigada (demais OM

em 1ordm Esc e A Rg da Bda) Com base nessa decisatildeo de 2017 foi modificada

a proposta do CMS sugerindo ao ODOp que as duas Cia Eng (decisatildeo DEC

COTER) deveriam possuir 4 Pel E cada uma sendo 3 Mec sobre rodas e 1

Bld sobre lagartas com a mesma missatildeo anterior 1 Cia em apoio aos Rgt em

1ordm escalatildeo e a outra em apoio agrave Bda A diferenccedila entre o BE Cmb Mec de Bda

Inf Mec e o de Bda C Mec eacute o apoio a ser prestado ao RCB Portanto no BE

Cmb Mec de Bda Inf Mec todos os Pel E e a Cia C Ap possuem somente VB

sobre rodas No BE Cmb Mec de Bda C Mec 1 Pel E por Cia Eng deve

possuir VB sobre lagartas e os demais VB sobre rodas A Cia C Ap deve

possuir VB sobre rodas e sobre lagartas (VBE Eng VBE LccedilPnt VBE com

implementos do tipo rolo arado MCLIC lanccedila retinida espargidor de minas

AC etc)

3 Estudar se uma Cia eacute suficiente para apoiar os dois R C Mec

4 Na minha opiniatildeo o Batalhatildeo de Engenharia deveria ter 3 Cia sendo duas

dotadas de Viaturas Blindadas Especiais sobre rodas para apoiar os dois RC

Mec e uma dotada de Viaturas Blindadas Especiais sobre lagarta para apoiar

o RCB permitindo o apoio aos 3 elementos de manobra valor Regimento da

Bda

7) Contrariando o item anterior eacute mais pertinente afirmar que o apoio de engenharia

a uma Bda C Mec seraacute mais adequado se for realizado por um batalhatildeo a duas

companhias com quatro pelototildees cada dotadas de Viaturas Blindadas Especiais

sobre lagartas atendendo assim tanto os RCB quanto os RC Mec

( ) Concordo totalmente

( ) Concordo parcialmente

( ) Discordo

( ) Discordo plenamente

118

Comentaacuterios das opiniotildees

1 Em minha opiniatildeo bastaria que uma dessas Cia dispusesse de meios SL o

que proporcionaria uma dosagem eficaz e mais econocircmica

2 Ver observaccedilatildeo do item anterior

3 Concordo em parte Deve possuir Pel E com Vtr sobre rodas (RC Mec) e Pel

E com VB sobre lagartas (RCB) e a Cia C Ap deve possuir VB com rodas e

VB com lagartas As VBE Lccedil Pnt devem ser todas sobre lagartas como jaacute

citado em item anterior A mescla de tipos de VB daraacute ao BE maior

flexibilidade e rapidez no apoio particularmente para acompanhar os RC Mec

como VBTP (Pel E) e VBE Eng sobre rodas

4 Para apoiar os R C Mec em melhores condiccedilotildees deve-se utilizar material de

mobilidadevelocidade igual ou superior

5 Acredito salvo outro juiacutezo que o apoio agrave Bda C Mec deva ser mantido por 1

Cia Eng Mec podendo ter um nuacutemero variaacutevel de Pel Esse pensamento

orientou todas as respostas referentes ao aumento de 1 Cia para um Btl Eng

na Boa C Mec Cabe ressaltar que um incremento (transformaccedilatildeo de Cia para

119

Btl) impacta outros sistemas operacionais da Bda (principalmente o logiacutestico)

acarretando uma mudanccedila quase impossiacutevel na Brigada

120

APEcircNDICE B ndash QUESTIONAacuteRIO DESTINADO AOS COMANDANTES E EX-

COMANDANTES DAS COMPANHIAS DE ENGENHARIA MECANIZADA

O presente questionaacuterio eacute parte integrante da Dissertaccedilatildeo de Mestrado em Ciecircncias

Militares da Escola de Aperfeiccediloamento de Oficiais (EsAO) cujo tema eacute A

ENGENHARIA DE COMBATE DA BRIGADA DE CAVALARIA MECANIZADA

UMA SUGESTAtildeO DE ADEQUACcedilAtildeO DO APOIO PRESTADO AOS ELEMENTOS

EMPREGADOS EM PRIMEIRO ESCALAtildeO NAS OPERACcedilOtildeES OFENSIVAS

desenvolvida pelo Cap Saulo dos Santos Marques da Arma de Engenharia

cursando a EsAO e que possui como orientador o Cel ANDREacute CEZAR SIQUEIRA

instrutor desse Estabelecimento de Ensino

O trabalho em desenvolvimento tem por objetivo analisar as capacidades da

Companhia de Engenharia de Combate Mecanizada (Cia E Cmb Mec) agrave luz da

doutrina vigente e dos novos Mateirais de Emprego Militar (MEM) os quais satildeo

partes importantes da determinaccedilatildeo das capacidades das tropas (DOAMEPI)

Para que esta meta seja alcanccedilada a sua especializaccedilatildeo e experiecircncia

do senhor que jaacute foi comandante de Companhia de Engenharia de Bda C Mec

eacute fundamental

Solicito-vos para que em cada questatildeo marque a alternativa que melhor

corresponda agrave sua visatildeo e experiecircncia vivida com o tema ou em atividades dessa

natureza Caso possua conhecimentos complementares sobre cada pergunta ou

opiniotildees divergentes das opccedilotildees apresentadas o senhor poderaacute transcrever nos

espaccedilos descrito como Comente sua opiniatildeo

Outrossim informo-vos que seratildeo necessaacuterios apenas 05 (cinco) minutos

para responder o presente questionaacuterio e que natildeo haveraacute divulgaccedilatildeo de dados

pessoais sendo os resultados de caraacuteter quantitativo e qualitativo representados

por grupos de acordo com o universo ora abordado

Desde jaacute sou grato pela atenccedilatildeo e participaccedilatildeo

Com os melhores cumprimentos

Saulo dos Santos Marques - Cap Eng

121

A ndash ESCALAtildeO DA ENGENHARIA DA BDA C MEC

1) A Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 02 de 31 de maio de 2016 a qual

descreve as estruturas de Engenharia no Teatro de Operaccedilotildees define que a

Brigada de Infantaria Mecanizada deve ser apoiada por um Batalhatildeo de Engenharia

Levando-se em consideraccedilatildeo que a Bda Inf Mec eacute composta por 3 BI Mec e a

Bda C Mec eacute composta por 2 RC Mec e 1 RCB (aleacutem do RC Mec divisionaacuterio) a

engenharia que apoia a Bda C Mec deveria ser consequentemente um BE Cmb

Mec a duas companhias de 4 Pel E Cmb cada

( ) Concordo totalmente

( ) Concordo parcialmente

( ) Discordo

( ) Discordo plenamente

COMENTAacuteRIO DAS OPINIOtildeES

1 Natildeo vejo a necessidade das Cia E Cmb Mec possuam os 04 Pel E Cmb

acredito que 03 Pel E Cmb jaacute seriam adequados

2 Doutrinariamente sim Em tempo de paz acredito que um Batalhatildeo de

Engenharia com 01 Cia E Cmb cumpre bem a missatildeo

122

3 Nas atuais condiccedilotildees do Paiacutes seria muito difiacutecil a migraccedilatildeo de Cia E Cmb

Mec para BE Cmb Mec

4 Em que pese a atual doutrina (NCD Nr 02 de 31 mai16) prever uma E Bda Inf

Mec compota por 2 Cias a 4 Pel os trabalhos realizados em estudos de sala

de aula da proacutepria EsAO mostram essa estrutura com certa dificuldade para

Mnt do C2 por parte do Cmt BE Tendo em vista seu trabalho estar

pesquisando essa situaccedilatildeo sugiro uma composiccedilatildeo do BECmb Mec (ou Bld)

de 4 CiaECmb a 2 Pel E Cmb e 1 Pel Ap (Neste os diversos materiais jaacute em

Ref agrave Cia Eqp Eng Eqp Ab Bre VBC Eng VBEL Pnt etc) Assim facilitaria o

C2 por parte do Cmdo BE bem como a emissatildeo de ordens e distribuiccedilatildeo de

missotildees

5 A engenharia que apoia a Bda C Mec deveria ser consequentemente um BE

Cmb Mec a 3 companhias de 3 Pel E Cmb cada

2) No manual O Inimigo o Exeacutercito Vermelho utiliza a dosagem de uma companhia

de engenharia de combate por unidade de valor batalhatildeo ou regimento Com base

nesse dado para que nossa engenharia esteja adequada a fazer frente agrave

engenharia inimiga o apoio agrave Brigada de Cavalaria Mecanizada deve ser no miacutenimo

de valor de um BE Cmb

( ) Concordo totalmente

( ) Concordo parcialmente

( ) Discordo

( ) Discordo plenamente

123

Comentaacuterio das opiniotildees

1 Em minha opiniatildeo bastaria que uma dessas Cia dispusesse de meios SL o

que proporcionaria uma dosagem eficaz e mais econocircmica

2 Ver observaccedilatildeo do item anterior

3 Concordo em parte Deve possuir Pel E com Vtr sobre rodas (RC Mec) e Pel

E com VB sobre lagartas (RCB) e a Cia C Ap deve possuir VB com rodas e

VB com lagartas As VBEL Pnt devem ser todas sobre lagartas como jaacute citado

em item anterior A mescla de tipos de VB daraacute ao BE maior flexibilidade e

rapidez no apoio particularmente para acompanhar os RC Mec como VBTP

(Pel E) e VBE Eng sobre rodas

4 Para apoiar os R C Mec em melhores condiccedilotildees deve-se utilizar material de

mobilidadevelocidade igual ou superior

5 Acredito salvo outro juiacutezo que o apoio agrave Bda C Mec deva ser mantido por 1

Cia Eng Mec podendo ter um nuacutemero variaacutevel de Pel Esse pensamento

orientou todas as respostas referentes ao aumento de 1 Cia para um Btl Eng

B ndash QUANTO AOS MEIOS

124

3) As viaturas blindadas de engenharia como por exemplo a VBE Eng a VBEL Pnt

Vtr de limpeza de minas rolo de dispersatildeo de minas arado entre outras satildeo

viaturas que realizam a abertura de passagem para a transposiccedilatildeo de elementos

apoiados Alguns dos benefiacutecios de sua utilizaccedilatildeo satildeo abertura em menor tempo

com proteccedilatildeo blindada agrave guarniccedilatildeo e exigindo um menor efetivo A partir dessa

afirmaccedilatildeo eacute possiacutevel afirmar que eacute DISPENSAacuteVEL a utilizaccedilatildeo desses meios tendo

em vista que a Cia E Cmb jaacute possui ponte portada e pelototildees com suas

ferramentas de sapa para cumprir esse trabalho

( ) Concordo totalmente

( ) Concordo parcialmente

( ) Discordo

( ) Discordo plenamente

Comentaacuterio das opiniotildees

1 O Guarani assim como a Viatura Stryker veiacuteculo das tropas mecanizadas

Norte-Americanas deveria possuir os implementos de engenharia

necessaacuterios para a realizaccedilatildeo de abertura de passagem A abertura de

passagem deveria assim como ocorre com a transposiccedilatildeo de curso daacutegua

deveria ser encarada como uma operaccedilatildeo que possui como uma de suas

fases a reduccedilatildeo do obstaacuteculo a ser transporto

125

2 A proteccedilatildeo blindada eacute fundamental para o combatente mecanizado

3 A Eng Mecanizada carece de meios modernos tais como a Retroescavadeira

de Alta Mobilidade e Blindada jaacute usada nos EUA (HMEE) (que faria o papel

de Eqp Eng Bda Mec) e de Vtr Lanccedila Pontes Sobre Rodas (REBS)

4 Eacute INDISPENSAacuteVEL Os atuais meios presentes no QDM da Cia E Cmb de

Bda eacute totalmente ineficiente numa situaccedilatildeo de combate moderno

5 Eacute possiacutevel afirmar que eacute INDISPENSAacuteVEL no combate moderno a utilizaccedilatildeo

desses meios

6 Esses Eqp BldMec ampliaratildeo a capacidade de trabalho da Cia E

C ndash QUANTO AgraveS CARACTERIacuteSTICAS DESSES MEIOS

4) Com o advento dos projetos Leopard e Guarani as Bda C Mec passaram a

possuir nos RCB e nos R C Mec respectivamente as VBCCC Leopard 1A1 ou M60

e a VBTP-MR Guarani Partindo do princiacutepio que as VBCCC Leopard tecircm classe

superior agraves VBTPMR Guarani as viaturas lanccediladoras de pontes devem atender agrave

classe das primeiras (viatura de maior classe) o que permite transpor os dois tipos

de viaturas

( ) Concordo totalmente

( ) Concordo parcialmente

( ) Discordo

( ) Discordo plenamente

126

Comentaacuterio das opiniotildees

1 Com certeza

2 A Viatura Lanccedila Ponte sobre Rodas (REBS) atende um vatildeo de 13 metros

para Classe Militar 50 Jaacute utilizada nos EUA A VB CC M60 eacute uma soluccedilatildeo

paliativa A VB CC Padratildeo do EB eacute o Leopard

3 Na distribuiccedilatildeo dos meios entre as fraccedilotildees que estaratildeo em Ap Pccedil Man as

que estaratildeo em Ap Fraccedilotildees de Guarani poderatildeo receber Pnt P Bre de menor

classe Ou seja poderatildeo haver Pnt P Bre de classes diferentes Todavia eacute

interessante que a VBL Pnt tenha capacidade de lanccedilar a de maior classe

4 Elas jaacute possuem essa capacidade

5) Como normalmente os blindados sobre lagartas possuem uma capacidade de

transportar pontes mais pesadas em relaccedilatildeo agraves viaturas sobre rodas eacute pertinente

que as viaturas lanccediladoras de ponte sejam sobre rodas mesmo que inviabilize a

transposiccedilatildeo de meios sobre lagartas

( ) Concordo totalmente

( ) Concordo parcialmente

( ) Discordo

( ) Discordo plenamente

127

Comentaacuterio das opiniotildees

1 A classe da ponte transportada pela Vtr que deve se adequar agraves

necessidades da Bda Acredito que a Pnt transportada pela Vtr sobre rodas

deve ter capacidade de transposiccedilatildeo de meios sobre lagartas

2 Uma Brigada Mecanizada possui meios SR e SL Logo um BE Cmb Mec

deve possuir meios SR e SL

3 As VBLPnt sobre lagartas devem ser utilizadas para Bda Bld As VBLPnt

sobre rodas devem ser utilizadas para as Bda Mec

4 Acredito que existam VBEL Pnt sobre rodas que tenha capacidade de

transportar Pnt com Classe para blindados sobre lagartas Um detalhe que

deve ser levado em consideraccedilatildeo eacute o seguinte num combate de velocidade e

manobra realizado por uma fraccedilatildeo que utilize Vtr Bld SL a VBL Pnt

conseguiraacute acompanhar o mesmo movimento ou alguns Obt do terreno faratildeo

ela ficar pelo caminho Por isso eacute vaacutelido raciocinar que numa Bda que possui

elementos de Man SL e SR a engenharia Orgacircnica tambem deva ter essa

caracteriacutestica Assim eacute vaacutelido pensar que nesse BECmbMec deva existir no

miacutenimo uma Fraccedilatildeo E Cmb Bld (SL)

5 O apoio da engenharia ao combate deve ser inexoraacutevel podendo o Batalhatildeo

possuir os dois tipos de Vtr Lccedil Pnt sobe rodas e sobre lagartas

128

D ndash SUGESTOtildeES

6) Eacute mais adequado que o apoio de engenharia a uma Bda C Mec seja realizado por

um batalhatildeo a duas companhias de quatro pelototildees sendo uma das Cia E Cmb

dotada de Viaturas Blindadas Especiais sobre lagartas mais capacitada a apoiar o

RCB e uma Cia E Cmb dotada de Viaturas Blindadas Especiais sobre rodas mais

capacitada a apoiar os RC Mec

( ) Concordo totalmente

( ) Concordo parcialmente

( ) Discordo

( ) Discordo plenamente

Comentaacuterios das opiniotildees

1 Natildeo vejo necessidade dessa especializaccedilatildeo das Cia Acredito que elas

devem ter as mesmas capacidades e estar aptas a transpor qualquer tipo de

tropa da Bda C Mec

2 Conforme comentaacuterio anterior

3 Como jaacute apresentei seria mais interessante no miacutenimo 01 CiaECmbBld em

Ap RCB e 02 CiaECmbMec em Ap aos 2 RCMec

129

4 Eacute mais adequado que o apoio de engenharia a uma Bda C Mec seja realizado

por um Batalhatildeo a 3 Companhias de 3 Pelototildees sendo uma Cia E Cmb

dotada de Viaturas Blindadas Especiais sobre lagartas mais capacitada a

apoiar o RCB e duas Cia E Cmb dotadas de Viaturas Blindadas Especiais

sobre rodas mais capacitadas a apoiar os RC Mec

7) Contrariando o item anterior eacute mais pertinente afirmar que o apoio de engenharia

a uma Bda C Mec seraacute mais adequado se for realizado por um batalhatildeo a duas

companhias com quatro pelototildees cada dotadas de Viaturas Blindadas Especiais

sobre lagartas atendendo assim tanto os RCB quanto os RC Mec

( ) Concordo totalmente

( ) Concordo parcialmente

( ) Discordo

( ) Discordo plenamente

Comentaacuterios das opiniotildees

1 Sou favoraacutevel que cada Cia E Cmb tenha uma natureza especiacutefica o que

economiza meios e facilita o planejamento

130

2 Considero natildeo viaacutevel esta alternativa embora seja melhor A situaccedilatildeo do Paiacutes

natildeo favorece estas mudanccedilas

3 Semelhante ao exposto no item 5 um Ap Eng SL a uma fraccedilatildeo C Mec em

situaccedilatildeo de deslocamentos sobre eixos pavimentados ou natildeo poderaacute ser

retardado em relaccedilatildeo aacute velocidade alcanccedilada pelas Vtr SR Aleacutem disso o

valor Nec para custeio para Mnt de Vtr SL eacute bem maior

4 Eacute pertinente afirmar que o apoio de engenharia a uma Bda C Mec seraacute mais

adequado se for realizado por um Batalhatildeo a 3 Companhias com 3 Pelototildees

cada sendo uma Cia E Cmb dotada de Viaturas Blindadas Especiais sobre

lagartas mais capacitada a apoiar o RCB e duas Cia E Cmb dotadas de

Viaturas Blindadas Especiais sobre Rodas mais capacitadas a apoiar os RC

Mec

5 Lembre-se que a Cia poderaacute solicitar apoio agrave ED Para a realidade do nosso

Exeacutercito uma Cia E bem equipada cumpriria sua missatildeo

131

APEcircNDICE C ndash QUESTIONAacuteRIO DESTINADO AOS MILITARES DE

ENGENHARIA COM CURSO DE COMANDANTE DE SUBUNIDADE NA

ALEMANHA OU ESTADOS UNIDOS

O presente questionaacuterio eacute parte integrante da Dissertaccedilatildeo de Mestrado em Ciecircncias

Militares da Escola de Aperfeiccediloamento de Oficiais (EsAO) cujo tema eacute A

ENGENHARIA DE COMBATE DA BRIGADA DE CAVALARIA MECANIZADA

UMA SUGESTAtildeO DE ADEQUACcedilAtildeO DO APOIO PRESTADO AOS ELEMENTOS

EMPREGADOS EM PRIMEIRO ESCALAtildeO NAS OPERACcedilOtildeES OFENSIVAS

desenvolvida pelo Cap Saulo dos Santos Marques da Arma de Engenharia

cursando a EsAO e que possui como orientador o Cel ANDREacute CEZAR SIQUEIRA

instrutor desse Estabelecimento de Ensino

O trabalho em desenvolvimento tem por objetivo analisar as capacidades da

Companhia de Engenharia de Combate Mecanizada (Cia E Cmb Mec) agrave luz da

doutrina vigente e dos novos Mateirais de Emprego Militar (MEM) os quais satildeo

partes importantes da determinaccedilatildeo das capacidades das tropas (DOAMEPI)

Para que esta meta seja alcanccedilada a sua especializaccedilatildeo e experiecircncia

do senhor que realizou o curso de comandante de subunidade de engenharia

nos EUA ou Alemanha eacute fundamental

Solicito-vos para que em cada questatildeo marque a alternativa que melhor

corresponda agrave sua visatildeo e experiecircncia vivida com o tema ou em atividades dessa

natureza Caso possua conhecimentos complementares sobre cada pergunta ou

opiniotildees divergentes das opccedilotildees apresentadas o senhor poderaacute transcrever nos

espaccedilos descrito como Comente sua opiniatildeo

Outrossim informo-vos que seratildeo necessaacuterios apenas 05 (cinco) minutos

para responder o presente questionaacuterio e que natildeo haveraacute divulgaccedilatildeo de dados

pessoais sendo os resultados de caraacuteter quantitativo e qualitativo representados

por grupos de acordo com o universo ora abordado

Desde jaacute sou grato pela atenccedilatildeo e participaccedilatildeo

Com os melhores cumprimentos

Saulo dos Santos Marques - Cap Eng

132

A ndash VBE SOBRE LAGARTAS OU SOBRE RODAS

Figura 1 - Viatura Fennek

Figura 2 - Viatura Dingo

Figura 3 - VBE de dispersatildeo de minas

133

1) As brigadas blindadas alematildes possuem batalhotildees de reconhecimento os quais

satildeo dotados de viaturas Fennek (Foto 1) Os pelototildees de engenharia dessa brigada

utiliza as VBTP Dingo (Foto 2) e ainda assim emprega Viaturas Blindadas

Especiais sobre lagartas como a disseminadora de minas (Foto 3) a viatura para

abertura de brecha em campo minado (Keiler) e o Dachs (nossa VBE Eng) As

viaturas Dingo e Fennek possuem velocidade superior agraves viaturas especiais que as

apoiam e isso natildeo prejudica as operaccedilotildees do batalhatildeo ou da brigada As Bda C

Mec que possuem as viaturas Guarani (nos R C Mec) e as viaturas Leopard ou M

60 (nos RCB) podem adotar a mesma soluccedilatildeo adotada pela Alemanha

empregando as VBE sobre lagartas para o apoio aos Regimentos da Bda C Mec

( ) Concordo totalmente

( ) Concordo parcialmente

( ) Discordo

( ) Discordo plenamente

Comentaacuterios das opiniotildees

1 Concordo parcialmente pois sou partidaacuterio do emprego da Unidade como um

todo Desta feita as Vtr desta unidade precisam ter as mesmas

caracteriacutesticas ou seja todas SR ou todas SL Os RCB componentes da Bda

C Mec satildeo formados por dois Esqd Fuz (dotados de M 113) e dois Esqd CC

(dotados de Leopard) desta forma atendendo a premissa de que todas as Vtr

134

desta OM possuem a mesma caracteriacutestica de traccedilatildeo Nesta situaccedilatildeo

acredito que a situaccedilatildeo ideal seraacute que ela possua VBC Eng SR para Ap os

RC Mec e VBC Eng SL para Ap o RCB

2 A Bda C Mec eacute apta a atuar em operaccedilotildees ofensivas a perda de velocidade

nesse tipo de operaccedilatildeo eacute natural ao se deparar com obstaacuteculos E eacute nesse

contexto que as Vtr Eng satildeo empregadas Dessa maneira natildeo vejo restriccedilatildeo

em usar meios SL para a Bda C Mec Ademais as VBE Eng SL possuem

maior potecircncia para a remoccedilatildeo de obstaacuteculos sendo mais eficientes e

poupando tempo nessa atividade o que pode se tornar uma dificuldade para

VBE Eng SR

3 As Bda Inf Mec e C Mec tem como caracteriacutestica a velocidade de seus meios

O emprego de Vtr mais lentas natildeo apenas pela engenharia mas pelos seus

demais Elm de apoio resultaria em fator limitador para as operaccedilotildees

4 Primeiramente para realizar a comparaccedilatildeo eacute necessaacuterio compreender a

constituiccedilatildeo das Bda Mec e Bld alematildes bem como quais as missotildees

destinadas a esse tipo de GU Acredito que e as Vtr Dingo natildeo sejam as

uacutenicas Vtr utilizadas pela Bda em questatildeo Considerando as Vtr empregadas

pelas fraccedilotildees que devem Rlz a accedilatildeo principal devemos considerar a mesma

natureza de mobilidade e proteccedilatildeo blindada para o apoio de engenharia

2) Complementando o item anterior para o emprego junto aos R C Mec e RCB os

Pel E Cmb devem ser transportados por VBTP respectivamente sobre rodas

(Guarani) e sobre lagartas (M113) por natildeo haver a necessidade de trabalho dessas

viaturas apenas de acompanhamento das peccedilas de manobra atraveacutes campo eou

estrada

( ) Concordo totalmente

( ) Concordo parcialmente

( ) Discordo

( ) Discordo plenamente

135

Comentaacuterios das opiniotildees

1 Concordo deste que seja atendida o preacute requisito do item anterior ou seja

que a Eng desta Bda possua VBC Eng tanto SR quanto SL

2 O transporte dos Elm Eng seratildeo nesse caso adequados para o tipo de tropa

apoiada

3 Deve ser verificada a necessidade de transporte de outros materiais

(ferramentas) para o emprego do Pel E Cmb Nesse caso eacute possiacutevel admitir

uma variante dos modelos do veiacuteculos

B ndash CAPACIDADE DE ACOMPANHAMENTO DAS OPERACcedilOtildeES DA BDA C MEC

3) As viaturas especiais sobre lagartas possuem grande potecircncia de trabalho e

capacidade de trafegabilidade atraveacutes campo suprindo a necessidade de

mobilidade das tropas blindadas Em comparaccedilatildeo agraves viaturas sobre rodas a

princiacutepio as viaturas sobre lagartas tem melhores desempenho A VBE Eng Leopard

1 BR por exemplo realiza trabalhos de OT destacando-se a construccedilatildeo de fosso

AC confecccedilatildeo de espaldotildees agravamento e melhoria de margem aleacutem de resgate

elevaccedilatildeo de carga e demoliccedilatildeo entre outros Uma preocupaccedilatildeo com seu emprego

junto agraves unidades mecanizadas eacute sua baixa velocidade quando comparada a das

viaturas sobre rodas No que tange a esse criteacuterio eacute possiacutevel afirmar que nas

136

operaccedilotildees ofensivas que as Bda C Mec realizam natildeo eacute desenvolvida velocidade

superior a 60 kmh natildeo sendo portanto uma restriccedilatildeo ao emprego das VBE sobre

lagartas ao R C Mec

( ) Concordo totalmente

( ) Concordo parcialmente

( ) Discordo

( ) Discordo plenamente

Comentaacuterios das opiniotildees

1 Concordo parcialmente pois acho muito arriscado vocecirc considerar como

verdade absoluta que natildeo haveraacute velocidade superior a 60 kmh em uma Op

Ofensiva Acredito que a velocidade meacutedia da operaccedilatildeo realmente natildeo seraacute

superior a 60 kmh mas em alguns trechos acredito que a velocidade

necessaacuteria para manter a impulsatildeo da Op poderaacute ser superior a 60 kmh

Aleacutem disso natildeo eacute somente uma questatildeo de velocidade mas tambeacutem das

caracteriacutesticas de terreno que elas iratildeo operar Por exemplo natildeo eacute ideal que

uma Vtr SL progrida sobre o asfalto

2 Reitero o abordado no item 1 em que a Bda C Mec eacute apta a atuar em

operaccedilotildees ofensivas a perda de velocidade nesse tipo de operaccedilatildeo eacute natural

ao se deparar com obstaacuteculos E eacute nesse contexto que as Vtr Eng satildeo

137

empregadas Dessa maneira natildeo vejo restriccedilatildeo em usar meios SL para a Bda

C Mec Ademais as VBE Eng SL possuem maior potecircncia para a remoccedilatildeo de

obstaacuteculos sendo mais eficientes e poupando tempo nessa atividade o que

pode se tornar uma dificuldade para VBE Eng SR

3 A mobilidade da tropa natildeo pode levar em conta apenas a velocidade de

deslocamento Uma VBE Eng Leopard possui Classe 45 enquanto os

Guarani apenas Cl 20 O emprego em conjunto dos dois meios traz consigo a

necessidade de meios de Tva como Pnt P Bre Prtd etc com maior

capacidade de suporte apenas para atender uma pequena parcela das Vtr da

Bda uma vez que a dotaccedilatildeo prevista para o BE Cmb Mec atualmente eacute de 6

VBE Eng e 4 VBE L Pnt

4 Eacute necessaacuterio que o apoio agrave manobra possua a mesma mobilidade A Manobra

natildeo pode ser regulada pela limitaccedilatildeo das peccedilas de apoio

C ndash SOLUCcedilAtildeO LOGIacuteSTICA

4) O Estados Unidos possui viaturas especiais sobre rodas incluindo uma viatura

que lanccedila ponte de classe 50 Essas viaturas apoiam as Brigadas Stryker que

empregam os elementos de primeiro escalatildeo em sua normalidade com viaturas

Stryker (viaturas sobre rodas) Semelhante ao emprego dos R C Mec o emprego

das viaturas Stryker eacute predominantemente sobre estradas excetuando-se quando o

terreno permite como no Iraque No Brasil as Bda C Mec possuem as viaturas

Guarani (R C Mec) e Leopard (RCB) que atua em terreno que apresenta grandes

limitaccedilotildees quando comparado com o solo do Iraque Considerando que o apoio a

uma Bda C Mec seja realizado por um BE Cmb onde uma Cia E Cmb apoiaria o

RCB e duas Cia E Cmb apoiariam os R C Mec o emprego das VBE sobre lagartas

por todas as SU impactaria positivamente na logiacutestica da Unidade

( ) Concordo totalmente

( ) Concordo parcialmente

( ) Discordo

( ) Discordo plenamente

138

V

Comentaacuterios das opiniotildees

1 Concordo que seria positivo para a funccedilatildeo de Cmb Log mas seria prejudicial

para a funccedilatildeo Cmb Man e Mov pois as tropas SR teriam que ser Ap em

algumas situaccedilotildees por Vtr SL

2 Natildeo obstante as vantagens logiacutesticas visualizadas como a menor diversidade

de meios habilitaccedilatildeo de pessoal e estruturas fiacutesicas a adoccedilatildeo de ambos os

meios SR e SL concede maior flexibilidade para o apoio de Eng Permitindo

ao Cmt BE Cmb Mec alocar os meios SR e SL de acordo com a necessidade

natureza da missatildeo e tipo de tropa apoiada

3 O emprego de Vtr especializadas de Eng permite um melhor apoio aos Elm

manobra mas esse apoio seria adequado tambeacutem com o emprego de Vtr SR

4 Para poder proceder a comparaccedilatildeo eacute necessaacuterio realizar os mesmos fatores

de comparaccedilatildeo As Bda Stryker no exeacutercito dos EUA eacute uma brigada de

infantaria Mec A Bda C Mec do Brasil eacute de cavalaria A principal diferenccedila

entre essas Bda eacute o tipo de missatildeo a ser realizada por cada uma e por

consequecircncia pode haver variaccedilatildeo no tipo de Vtr Normalmente os RCB e os

RC Mec formam uma FT e dessa forma o apoio de engenharia seraacute definido

139

pela missatildeo Cabe ressaltar que as Bda C Mec possuem 01 Cia E Cmb Mec

portanto o apoio aos Regimentos deveraacute ser realizado pelos Pel E Cmb Mec

D ndash CONSTITUICcedilAtildeO DO BE CMB

5) Ainda considerando que um BE Cmb apoie uma Bda C Mec o batalhatildeo de

engenharia deveria ser a 3 Cia E Cmb com 4 Pel E cada Desta forma 2 Cia Mec

apoiariam os 2 R C Mec e a Cia Bld apoiaria o RCB conseguindo ainda realizar os

trabalhos de apoio ao conjunto

( ) Concordo totalmente

( ) Concordo parcialmente

( ) Discordo

( ) Discordo plenamente

Comentaacuterios das opiniotildees

1 Acredito que seria uma situaccedilatildeo muito boa a que vocecirc levantou mas acredito

que um BE Cmb a 2 Cia E Cmb sendo uma delas com vocaccedilatildeo blindada

(para Ap o RCB) e a outra com vocaccedilatildeo Mec (para apoiar os RC Mec) seriam

o suficiente para prestar o Ap Eng agrave Bda C Mec

140

2 Os BE Cmb de Bda doutrinariamente possuem natureza uacutenica satildeo Mec ou

Bld Aleacutem disso a dosagem miacutenima de apoio serve como uma referecircncia

inicial podendo a mesma ser aumentada em funccedilatildeo da missatildeo a

desempenhar e a necessidade de apoio de Eng

3 As Bda Bld possuem maior poder de choque e possuem apenas 1 Btl E Cmb

(com 2 SU x 4 Pelototildees cada = 8 Pel E Cmb) A Bda C Mec teria 12 Pel E

Cmb Para o estudo da dosagem de engenharia para as missotildees da Bda eacute

necessaacuterio verificar a dosagem miacutenima do apoio de engenharia que eacute de 01

Pel E por Btl Nesse caso um regimento estaria recebendo 4 Pel E Cmb Esse

aumento de efetivo e de dosagem iria impactar consideravelmente a

necessidade de Vtr especializadas e em consequecircncia os custos para essa

mobilizaccedilatildeo

E ndash MEIOS DO BE CMB

6) O exeacutercito dos EUA prevecirc para as Operaccedilotildees de Abertura de Passagem a

proporccedilatildeo miacutenima de 50 de meios em reserva para assegurar a continuidade da

operaccedilatildeo no caso de perda de uma das viaturas Isso significa que para a abertura

de duas passagens simultaneamente seratildeo empregadas 2 VBE para abertura e 1

VBE ficaraacute em reserva De acordo com o item anterior a dotaccedilatildeo orgacircnica por tipo

de VBE deve ser na proporccedilatildeo de trecircs por Cia E a fim de apoiar cada regimento

Com isso o BE Cmb deve ter a dotaccedilatildeo de 9 VBE Eng 9 VBEL Pnt com total de 18

pontes 9 VBE rolo 9 VBE arado com carga linear explosiva (CLE) tipo MICLIC

com 2 cargas por viatura e 9 VBE lanccediladora de feixe de tubos

( ) Concordo totalmente

( ) Concordo parcialmente

( ) Discordo

( ) Discordo plenamente

141

Comentaacuterios das opiniotildees

1 Deve-se observar nesse caso natildeo somente a quantidade de elementos de

manobra a apoiar mas tmbeacutem a capacidade maacutexima de zonas de accedilatildeo em

que a Bda C Mec eacute capaz de se desdobrar Por exemplo uma Bda Bld pode-

se desdobrar em ateacute 05 zonas de accedilatildeo observadas as suas capacidades

maacuteximas de comando e controle (04 FT U e 01 FT SU) A partir desse

levantamento pode-se traccedilar melhor as necessidades totais de meios de Eng

para apoio inclusive com os meios reservas

2 Para realizar a comparaccedilatildeo se faz necessaacuterio saber quantas Vtr por tipo os

batalhotildees de engenharia do exeacutercito americano possuem Natildeo haacute a

necessidade de uma Vtr apenas para o rolo Esse pode ser empregado como

implemento para as Vtr da peccedila de manobra Se for possiacutevel utilizar o exeacutercito

americano como um modelo (uma ideia) seria interessante ter uma Vtr

especializada de engenharia como os ABV que jaacute possuem o miclic e o

arado na mesma Vtr

142

APEcircNDICE D ndash QUESTIONAacuteRIO DESTINADO INSTRUTORES DO CENTRO DE

INSTRUCcedilAtildeO DE BLINDADOS COM CURSO DE COMANDANTE DE

SUBUNIDADE NA ALEMANHA OU ESTADOS UNIDOS

O presente questionaacuterio eacute parte integrante da Dissertaccedilatildeo de Mestrado em Ciecircncias

Militares da Escola de Aperfeiccediloamento de Oficiais (EsAO) cujo tema eacute A

ENGENHARIA DE COMBATE DA BRIGADA DE CAVALARIA MECANIZADA

UMA SUGESTAtildeO DE ADEQUACcedilAtildeO DO APOIO PRESTADO AOS ELEMENTOS

EMPREGADOS EM PRIMEIRO ESCALAtildeO NAS OPERACcedilOtildeES OFENSIVAS

desenvolvida pelo Cap Saulo dos Santos Marques da Arma de Engenharia

cursando a EsAO e que possui como orientador o Cel ANDREacute CEZAR SIQUEIRA

instrutor desse Estabelecimento de Ensino

O trabalho em desenvolvimento tem por objetivo analisar as capacidades da

Companhia de Engenharia de Combate Mecanizada (Cia E Cmb Mec) agrave luz da

doutrina vigente e dos novos Mateirais de Emprego Militar (MEM) os quais satildeo

partes importantes da determinaccedilatildeo das capacidades das tropas (DOAMEPI)

Para que esta meta seja alcanccedilada a sua especializaccedilatildeo e experiecircncia

do senhor que eacute instrutor do Centro de Instruccedilatildeo de Blindados e realizou o

curso de comandante de subunidade nos EUA ou Alemanha eacute fundamental

Solicito-vos para que em cada questatildeo marque a alternativa que melhor

corresponda agrave sua visatildeo e experiecircncia vivida com o tema ou em atividades dessa

natureza Caso possua conhecimentos complementares sobre cada pergunta ou

opiniotildees divergentes das opccedilotildees apresentadas o senhor poderaacute transcrever nos

espaccedilos descrito como Comente sua opiniatildeo

Outrossim informo-vos que seratildeo necessaacuterios apenas 05 (cinco) minutos

para responder o presente questionaacuterio e que natildeo haveraacute divulgaccedilatildeo de dados

pessoais sendo os resultados de caraacuteter quantitativo e qualitativo representados

por grupos de acordo com o universo ora abordado

Desde jaacute sou grato pela atenccedilatildeo e participaccedilatildeo

Com os melhores cumprimentos

Saulo dos Santos Marques - Cap Eng

143

A ndash VBE SOBRE LAGARTAS OU SOBRE RODAS

Figura 1 - Viatura Fennek

Figura 2 - Viatura Dingo

Figura 3 - VBE de dispersatildeo de minas

144

1) As brigadas blindadas alematildes possuem batalhotildees de reconhecimento os quais

satildeo dotados de viaturas Fennek (Foto 1) Os pelototildees de engenharia dessa brigada

utiliza as VBTP Dingo (Foto 2) e ainda assim emprega Viaturas Blindadas

Especiais sobre lagartas como a disseminadora de minas (Foto 3) a viatura para

abertura de brecha em campo minado (Keiler) e o Dachs (nossa VBE Eng) As

viaturas Dingo e Fennek possuem velocidade superior agraves viaturas especiais que as

apoiam e isso natildeo prejudica as operaccedilotildees do batalhatildeo ou da brigada As Bda C

Mec que possuem as viaturas Guarani (nos R C Mec) e as viaturas Leopard ou M

60 (nos RCB) podem adotar a mesma soluccedilatildeo adotada pela Alemanha

empregando as VBE sobre lagartas para o apoio aos Regimentos da Bda C Mec

( ) Concordo totalmente

( ) Concordo parcialmente

( ) Discordo

( ) Discordo plenamente

Comentaacuterios das opiniotildees

1 Um dos pontos baacutesicos para discussatildeo eacute a estrutura finalidade e composiccedilatildeo

de meios das Bda C Mec do EB face agraves caracteriacutesticas do combate atual e

do futuro Dotar as Bda C Mec com novos meios eacute importante poreacutem a

reestruturaccedilatildeo dessas brigdas deveria preceder agraves inovaccedilotildees no seu material

145

2) Complementando o item anterior para o emprego junto aos R C Mec e RCB os

Pel E Cmb devem ser transportados por VBTP respectivamente sobre rodas

(Guarani) e sobre lagartas (M113) por natildeo haver a necessidade de trabalho dessas

viaturas apenas de acompanhamento das peccedilas de manobra atraveacutes campo eou

estrada

( ) Concordo totalmente

( ) Concordo parcialmente

( ) Discordo

( ) Discordo plenamente

Comentaacuterios das opiniotildees

1 Vide comentaacuterio anterior

2 Dependendo da situaccedilatildeo taacutetica pode haver necessidade de utilizaccedilatildeo de

algum implemento para apoiar a mobilidade neste sentido apenas VBTP

seria insuficiente prestar o apoio sendo mais indicado a adoccedilatildeo de uma VBE

VBTP eacute a opccedilatildeo no caso de impossibilidade de se dispor de uma VBE

3 Devem ser utilizadas VBTP M113 nas duas situaccedilotildees pois a mesma oferece

maior mobilidade atraveacutes terreno

146

B ndash CAPACIDADE DE ACOMPANHAMENTO DAS OPERACcedilOtildeES DA BDA C MEC

3) As viaturas especiais sobre lagartas possuem grande potecircncia de trabalho e

capacidade de trafegabilidade atraveacutes campo suprindo a necessidade de

mobilidade das tropas blindadas Em comparaccedilatildeo agraves viaturas sobre rodas a

princiacutepio as viaturas sobre lagartas tem melhores desempenho A VBE Eng Leopard

1 BR por exemplo realiza trabalhos de OT destacando-se a construccedilatildeo de fosso

AC confecccedilatildeo de espaldotildees agravamento e melhoria de margem aleacutem de resgate

elevaccedilatildeo de carga e demoliccedilatildeo entre outros Uma preocupaccedilatildeo com seu emprego

junto agraves unidades mecanizadas eacute sua baixa velocidade quando comparada a das

viaturas sobre rodas No que tange a esse criteacuterio eacute possiacutevel afirmar que nas

operaccedilotildees ofensivas que as Bda C Mec realizam natildeo eacute desenvolvida velocidade

superior a 60 kmh natildeo sendo portanto uma restriccedilatildeo ao emprego das VBE sobre

lagartas ao R C Mec

( ) Concordo totalmente

( ) Concordo parcialmente

( ) Discordo

( ) Discordo plenamente

Comentaacuterios das opiniotildees

147

1 As Bda C Mec satildeo destinadas basicamente para as Op de Rec e Seg

podendo ser empregadas em Op OfDef e outras Nesse sentido a destinaccedilatildeo

de Vtr de apoio ao combate deveria em principio atender aos princiacutepios da

velocidade em primeiro lugar e aos princiacutepios da mobilidade Nesse sentido

eacute importante manter-se as caracteriacutesticas dos Rgt Mec dotando-os de meios

sobre rodas O emprego de Vtr sobre lagartas nos RCMec deve ser portanto

judiciosamente aquilatado

2 Existe a necessidade de uma anaacutelise mais profunda para a retirada desse tipo

de conclusatildeo

C ndash SOLUCcedilAtildeO LOGIacuteSTICA

4) O Estados Unidos possui viaturas especiais sobre rodas incluindo uma viatura

que lanccedila ponte de classe 50 Essas viaturas apoiam as Brigadas Stryker que

empregam os elementos de primeiro escalatildeo em sua normalidade com viaturas

Stryker (viaturas sobre rodas) Semelhante ao emprego dos R C Mec o emprego

das viaturas Stryker eacute predominantemente sobre estradas excetuando-se quando o

terreno permite como no Iraque No Brasil as Bda C Mec possuem as viaturas

Guarani (R C Mec) e Leopard (RCB) que atua em terreno que apresenta grandes

limitaccedilotildees quando comparado com o solo do Iraque Considerando que o apoio a

uma Bda C Mec seja realizado por um BE Cmb onde uma Cia E Cmb apoiaria o

RCB e duas Cia E Cmb os R C Mec o emprego das VBE sobre lagartas por todas

as SU impactaria positivamente na logiacutestica da Unidade

( ) Concordo totalmente

( ) Concordo parcialmente

( ) Discordo

( ) Discordo plenamente

148

Comentaacuterios das opiniotildees

1 Eacute evidente que o emprego de Vtr sobre lagartas aumenta a mobilidade em

qualqer terreno da forccedila dotada desses meios mas por outro lado impacta

enormemente a cauda logiacutestica Insisto que as Bda C Mec devam manter

suas caracteriacutesticas de velocidade principalmente trafegabilidade e

mobilidade Recordo que os meios sobre roda garantem entre outras

vantagens melhores condiccedilotildees para o apoio logiacutestico Para as Bda C Mec a

velocidade eacute fundamental no cumprimento de suas missotildees baacutesicas de Rec e

Seg Penso que a mescla de meios sobre lagartas e meios sobre rodas eacute a

configuraccedilatildeo mais adequada considerando a atual constituiccedilatildeo das Bda C

Mec do EB

2 A Logiacutestica das VB SL eacute muito mais onerosa que a SR tanto em suprimentos

quanto em manutenccedilatildeo Acredito que uma Cia com meios Bld para apoiar o

RCB seja menos impactante que dotar 3 Cia com meios SL mesmo

considerando a maior diversidade de materiais nesta anaacutelise

D ndash CONSTITUICcedilAtildeO DO BE CMB

5) Ainda considerando que um BE Cmb apoie uma Bda C Mec o batalhatildeo de

engenharia deveria ser a 3 Cia E Cmb com 4 Pel E cada Desta forma 2 Cia Mec

149

apoiariam os 2 R C Mec e a Cia Bld apoiaria o RCB conseguindo ainda realizar os

trabalhos de apoio ao conjunto

( ) Concordo totalmente

( ) Concordo parcialmente

( ) Discordo

( ) Discordo plenamente

150

APEcircNDICE E ndash PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

TREINAMENTO DE TTP EM AMBIENTE VIRTUAL (TTAV) DA 3ordf BDA C MEC

O TTAV realizado na semana de 23 a 03 de agosto de 2018 consistiu no

emprego de Quadros da 3ordf Bda C Mec no treinamento de TTP em ambiente

simulado na Seccedilatildeo de Simulaccedilatildeo do Centro de Instruccedilatildeo de Blindados

Um R CMec formado pelos Quadros da Bda foi empregado em um Movimento

Retroacutegrado onde tinha por missatildeo retardar o avanccedilo de uma Bda Inf Mec Vm (meios

blindados)

Para cumprir sua missatildeo a brigada empregou Quadros do 3ordm R C Mec 7ordm R C

Mec e 12ordm R C Mec aleacutem do 25ordm GAC e da 3ordf Cia Eng Cmb Mec

O Pel E foi empregado com uma VBTP Eng M113 e um Leopard 1A5 BR com

implemento do tipo arado em reforccedilo ao Rgt ateacute o final da operaccedilatildeo

O Pel E durante a fase de planejamento realizou o estudo do terreno e

contribuiu com o planejamento de obstaacuteculos de contramobilidade e de trabalhos de

proteccedilatildeo ao longo das posiccedilotildees de retardamento

Durante a operaccedilatildeo pela presenccedila de poucos militares de engenharia o

pelotatildeo foi representado pela viatura M113 reforccedilado pela viatura Leopard com rolo

Por limitaccedilotildees do software empregado e pela necessidade de celeridade nas

posiccedilotildees de retardamento (em uma situaccedilatildeo real tal operaccedilatildeo poderia durar dias) as

accedilotildees do Pel E durante o desenrolar da operaccedilatildeo foram limitadas ao

acompanhamento do Rgt e execuccedilatildeo simulada dos trabalhos supracitadas

Ao final da missatildeo foi prevista a utilizaccedilatildeo de uma Vtr MICLIC para a bertura

de uma passagem atraveacutes do campo minado da P Def amiga poreacutem por questotildees

de tempo tal accedilatildeo natildeo foi realizada

Por fim verifica-se que o Pel E em relaccedilatildeo ao emprego de meios sobre

lagartas natildeo atrasou os deslocamentos do R CMec durante a operaccedilatildeo e cumpriu

sua missatildeo dentro do contexto de um movimento retroacutegrado

(Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 ndash C Dout ExCOTER de 31 MAI de 2016Fl 110)

MINISTEacuteRIO DA DEFESA EXEacuteRCITO BRASILEIRO

COMANDO DE OPERACcedilOtildeES TERRESTRES CENTRO DE DOUTRINA DO EXEacuteRCITO

Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 de 31 de maio de 2016

AS ESTRUTURAS DE ENGENHARIA NO TEATRO DE OPERACcedilOtildeES

IacuteNDICE DE ASSUNTOS

1 FINALIDADE02

2 OBJETIVO02

3 REFEREcircNCIAS02

4 INTRODUCcedilAtildeO02

5ORGANIZACcedilAtildeO DA ENGENHARIA02

6 A ENGENHARIA NA ZONA DE ADMINISTRACcedilAtildeO03

7 A ENGENHARIA NA ZONA DE COMBATE04

8 GERACcedilAtildeO DE FORCcedilAS06

ANEXOS

A ndash ORGANIZACcedilAtildeO DA ENGENHARIA NO TEATRO DE OPERACcedilOtildeES E

ORGANOGRAMAS DAS ESTRUTURAS BAacuteSICAS DE ENGENHARIA SEGUNDO

AS SITUACcedilOtildeES DE EMPREGO DA FORCcedilA TERRESTRE

COMPONENTE08

(Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 ndash C Dout ExCOTER de 31 MAI de 2016Fl 210)

1 FINALIDADE

Orientar a organizaccedilatildeo das estruturas de Engenharia no Teatro de Operaccedilotildees (TO)

2 OBJETIVO

Apresentar uma visatildeo atualizada das estruturas de Engenharia no TO agrave luz da Doutrina

Militar Terrestre subsidiando exploraccedilatildeo do assunto nas Escolas Militares no

planejamento e execuccedilatildeo de Exerciacutecios Militares nos planejamentos operacionais e

taacuteticos para Emprego da Forccedila Terrestre

3 REFEREcircNCIAS

____ Doutrina de Operaccedilotildees Conjuntas - MD30-M-01 2011

____ Doutrina de Logiacutestica Militar - MD42-M-02

____ Glossaacuterio das Forccedilas Armadas - MD35-G-01 2007

____ Operaccedilotildees EB20-MF-10103 2014

____ Forccedila Terrestre Componente - EB20-MC-10202 2014

____ A Forccedila Terrestre Componente nas Operaccedilotildees - EB20-MC-10-301 2014

____ Movimento e Manobra - EB20-MC-10203 2015

____ Logiacutestica - EB20-MC-10204 2014

____ Proteccedilatildeo - EB20-MC-10208 2015

____ Geoinformaccedilatildeo - EB20-MC-10209 2014

____ Doutrina Militar Terrestre - EB20-MF-10102-1 2014

____ Emprego de Engenharia - C 5-1 1999

4 INTRODUCcedilAtildeO

41 A Doutrina do Exeacutercito Brasileiro em particular a doutrina de emprego da Arma de

Engenharia vive em constante evoluccedilatildeo requerendo atualizaccedilotildees perioacutedicas em funccedilatildeo

da introduccedilatildeo de novos conceitos novos equipamentos e mesmo da observaccedilatildeo do

emprego da Arma nos mais variados conflitos

42 A recente ediccedilatildeo de uma nova seacuterie de manuais doutrinaacuterios tanto pelo Ministeacuterio da

Defesa (MD) quanto pelo Estado-Maior do Exeacutercito (EME) indicou a necessidade de uma

atualizaccedilatildeo do Manual de Campanha C 5-1 (Emprego de Engenharia ediccedilatildeo de 1999)

5 ORGANIZACcedilAtildeO DA ENGENHARIA

51 Uma vez que a Engenharia exerce sua atividade sobre um fator sempre presente - o

terreno - deve haver em cada escalatildeo uma Engenharia capaz de modificar as condiccedilotildees

do mesmo de acordo com a manobra adotada

(Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 ndash C Dout ExCOTER de 31 MAI de 2016Fl 310)

52 A organizaccedilatildeo da Engenharia tem por base a centralizaccedilatildeo dos meios nos escalotildees

mais elevados permitindo que os mesmos possam suprir as deficiecircncias de Engenharia

dos escalotildees subordinados em face das necessidades especiacuteficas de cada situaccedilatildeo e

ainda atender ao apoio em profundidade de modo a liberar os escalotildees subordinados de

encargos na retaguarda

53 Uma accedilatildeo coordenadora do escalatildeo superior de engenharia sobre os escalotildees

subordinados se faz necessaacuteria e eacute realizada por meio dos canais teacutecnicos de

engenharia

54 O funcionamento adequado desses canais teacutecnicos constitui-se em dos principais

fatores para a eficiecircncia do apoio permitindo que os escalotildees subordinados possam em

tempo uacutetil articular seus meios tomar as providecircncias necessaacuterias e receber apoio

adicional do escalatildeo superior quando for o caso

55 A Engenharia eacute organizada no TO da seguinte forma Engenharia do Comando

Logiacutestico do Teatro de Operaccedilotildees (EngCLTO) Comando de Engenharia da Forccedila

Terrestre Componente (CEFTC) no caso de emprego de duas DE Engenharia

Divisionaacuteria (ED) e Engenharia de Brigada (E Bda)

56 Os escalotildees de Engenharia satildeo constituiacutedos pelos seguintes elementos de emprego

pelototildees de engenharia (Pel Eng) companhias de engenharia (Cia Eng) batalhotildees de

engenharia (Btl Eng) e grupamentos de engenharia (Gpt E) aleacutem das tropas de

engenharia especializadas

57 As tropas de engenharia especializadas oferecem capacidades diferenciadas de

engenharia em razatildeo de possuiacuterem pessoal e equipamentos especiacuteficos Quando

possuem valor igual ou menor que subunidade costumam ser chamadas genericamente

de ldquomoacutedulos especializadosrdquo

58 Satildeo exemplos de moacutedulos especializados Companhia de Engenharia de

Camuflagem Equipe de Mergulho Grupo de Construccedilatildeo Horizontal Turma de Patrimocircnio

Imobiliaacuterio etc

59 O anexo ldquoArdquo apresenta os escalonamentos da Engenharia no TO e os organogramas

das estruturas baacutesicas de Engenharia segundo as situaccedilotildees de emprego da FTC da

Doutrina Militar Terrestre

6 A ENGENHARIA NA ZONA DE ADMINISTRACcedilAtildeO

61 Na Zona de Administraccedilatildeo (ZA) encontra-se

611 uma estrutura de Engenharia que integra o Comando Logiacutestico do Teatro de

Operaccedilotildees (CLTO) denominada de EngCLTO de forma a apoiar as atividades daquele

(Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 ndash C Dout ExCOTER de 31 MAI de 2016Fl 410)

comando particularmente no planejamento e execuccedilatildeo de obras e de serviccedilos de

Engenharia

612 quando houver necessidade de se apoiar de forma mais cerrada a uma F Cte a

EngCLTO poderaacute organizar a partir dos seus meios um Grupo-Tarefa Logiacutestico de

Engenharia (GT Log Eng) que poderaacute enquadrar unidades de engenharia de combate

construccedilatildeo geoinformaccedilatildeo meio ambiente patrimocircnio imobiliaacuterio e outros

62 A EngCLTO seraacute constituiacuteda conforme as necessidades de trabalhos teacutecnicos e

atividades logiacutesticas de Engenharia O valor e a natureza da tropa dependem mais das

caracteriacutesticas da magnitude e das necessidades de desenvolvimento da infraestrutura

do ambiente operacional do que das forccedilas a serem apoiadas

63 Na ZA prioriza-se a exploraccedilatildeo dos recursos mobilizados e contratados Em

consequecircncia eacute normal a existecircncia de empresas civis especializadas e enquadradas

pela estrutura militar

64 As atividades de engenharia executadas com maior frequecircncia na ZA satildeo as de apoio

geral de engenharia englobando os trabalhos de estradas pontes instalaccedilotildees

geoinformaccedilatildeo manutenccedilatildeo e suprimento que exigem grande capacidade teacutecnica e

meios especializados nesse escalatildeo

65 Considerando o grande volume e complexidade de tarefas na ZA eacute conveniente que

as forccedilas de Engenharia integrantes da EngCLTO sejam enquadradas por

Grupamento(s) de Engenharia possuindo particularmente estruturas de Engenharia de

Construccedilatildeo de Meio Ambiente e de Patrimocircnio Imobiliaacuterio entre outras que se fizerem

necessaacuterias

7 A ENGENHARIA NA ZONA DE COMBATE

71 Na Zona de Combate (ZC) encontram-se

711 Estruturas de Engenharia da Forccedila Terrestre Componente (FTC) e de Divisatildeo (otildees)

de Exeacutercito (DE) com meios para atender agraves necessidades proacuteprias dessas estruturas e

aumentar o apoio aos escalotildees subordinados inclusive assumindo encargos nas aacutereas de

retaguarda destes de modo a liberar suas engenharias para o apoio cerrado aos

elementos de combate

712 A Engenharia orgacircnica das Brigadas com meios para atender agraves necessidades

miacutenimas e imediatas do escalatildeo e mais diretamente ligadas ao combate

72 A Engenharia da FTC

721 A FTC constitui o comando essencial para o emprego da engenharia por ser

encarregado de traduzir os aspectos da manobra do niacutevel operacional para o niacutevel taacutetico

(Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 ndash C Dout ExCOTER de 31 MAI de 2016Fl 510)

Tem assim uma visatildeo ampla do terreno e da situaccedilatildeo para poder julgar as necessidades

gerais em apoio e em trabalhos conceber o esquema geral de apoio de engenharia e

exercer efetivamente uma coordenaccedilatildeo dos escalotildees subordinados

722 O apoio de engenharia a uma FTC abrange uma diversidade de trabalhos em apoio

adicional agrave mobilidade e agrave contramobilidade dos elementos de primeiro escalatildeo Abrange

tambeacutem o apoio agrave proteccedilatildeo de tropas e instalaccedilotildees e o apoio geral de engenharia em

toda a sua aacuterea de atuaccedilatildeo

723 Uma FTC eacute estruturada para atender a um planejamento operacional especiacutefico natildeo

possuindo portanto uma organizaccedilatildeo fixa A Doutrina Militar Terrestre admite para fim

de planejamento diversos tipos de FTC cujos apoios de Engenharia seratildeo organizados

de acordo com as constituiccedilotildees destas

724 O apoio de Engenharia a uma FTC eacute coordenado por uma estrutura denominada de

Comando de Engenharia da FTC (CEFTC) a qual possui como principais elementos

operativos os grupamentos de engenharia (Gpt E) ou batalhotildees de engenharia (Btl Eng)

725 A organizaccedilatildeo e os organogramas dos diversos tipos de CEFTC satildeo apresentados

no Anexo ldquoArdquo

73 O Grupamento de Engenharia

731 O Gpt E controla coordena e supervisiona as tarefas de engenharia executadas

pelos batalhotildees e moacutedulos especializados subordinados sendo a estrutura natural para

enquadrar U e SU de Engenharia

732 Basicamente o Gpt E eacute composto pelo Cmdo EM pela Cia C Ap e por U e SU de

Engenharia Possui capacidade de enquadrar ateacute cinco batalhotildees Considera-se para fim

de planejamento que cinco moacutedulos especializados equivalem a uma U

74 A Engenharia Divisionaacuteria

741 As accedilotildees que se desenrolam no escalatildeo DE satildeo de natureza nitidamente taacutetica e

em consequecircncia sua engenharia opera em um ambiente no qual o combate eacute o

elemento preponderante

742 O apoio de Engenharia a uma DE eacute prestado por uma estrutura denominada

Engenharia Divisionaacuteria (ED)

743 Em funccedilatildeo da missatildeo da DE apoiada e da(s) hipoacutetese(s) de conflito planejada(s) a

ED pode ser organizada com constituiccedilatildeo variaacutevel desde um BE Cmb ateacute um Gpt E aleacutem

dos moacutedulos de engenharia especializados e dos reforccedilos que forem necessaacuterios

744 A ED apoia basicamente a mobilidade e a contramobilidade dos elementos de

manobra da divisatildeo Realiza tambeacutem o apoio agrave proteccedilatildeo de tropas e instalaccedilotildees e o

(Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 ndash C Dout ExCOTER de 31 MAI de 2016Fl 610)

apoio geral de engenharia em toda a zona de accedilatildeo divisionaacuteria suplementando o apoio

prestado pelas E Bda

745 O escalonamento da ED eacute apresentado no anexo A

75 A Engenharia de Brigada (E Bda)

751 A E Bda constitui o escalatildeo de engenharia mais avanccedilado na ZC Nele as

necessidades de apoio dos elementos de combate satildeo sentidas com mais intensidade o

que exige o posicionamento dos meios o mais agrave frente possiacutevel

752 Dentro da caracteriacutestica de apoio em profundidade a E Bda eacute organizada com

meios para atender agraves necessidades miacutenimas e mais imediatas da frente de combate e

realiza trabalhos sumaacuterios e raacutepidos Assim quando ocorre uma deficiecircncia de meios

em pessoal ou material a E Bda depende do apoio do escalatildeo superior de engenharia

para suplementaacute-la eou reforccedilaacute-la

753 A Engenharia de Brigada eacute composta basicamente por

7531 Um BE Cmb orgacircnico nas Brigadas Blindadas (Bda Bld) e de Infantaria

Mecanizada (Bda Inf Mec) Neste caso o BE Cmb possuiraacute duas Cia E Cmb a quatro Pel

E Cmb cada uma

7532 Uma Cia E Cmb orgacircnica nas demais brigadas Neste caso a Cia possuiraacute trecircs

Pel E Cmb

7533 A natureza das unidades de Engenharia de Combate de Brigada seraacute a mesma da

brigada apoiada

8 GERACcedilAtildeO DE FORCcedilAS

81 A Concepccedilatildeo Estrateacutegica do Exeacutercito (CEE) oferece diretrizes importantes para a

organizaccedilatildeo e destinaccedilatildeo das Forccedilas incluindo-se as tropas de Engenharia

particularmente as orgacircnicas das Brigadas em decorrecircncia das diversas Hipoacuteteses de

Emprego (HE)

82 O preparo prontidatildeo e emprego da Forccedila Terrestre satildeo regulados por meio do

Sistema Operacional Militar Terrestre (SISOMT)

83 A adjudicaccedilatildeo de meios inclusive os de Engenharia eacute proposta pelo Plano

Estrateacutegico de Emprego Conjunto das Forccedilas Armadas (PEECFA) (elaborado pelo

EMCFA) que identifica a Estrutura Militar e a composiccedilatildeo dos meios a serem

empregados A adjudicaccedilatildeo eacute confirmada e complementada pelo(s) Plano(s)

Operacional(ais) confeccionados pelos Comandos Operacionais

84 A adjudicaccedilatildeo de meios eacute de fundamental importacircncia para o processo de geraccedilatildeo de

forccedilas Normalmente as Eng Bda orgacircnicas das GU seguem o previsto para a respectiva

(Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 ndash C Dout ExCOTER de 31 MAI de 2016Fl 710)

Bda Jaacute os Gpt E existentes desde o tempo de normalidade possuem estruturas

importantes a considerar na adjudicaccedilatildeo de meios quer seja para a realizaccedilatildeo de

trabalhos na ZI (particularmente para as Op Eng Obras Militares Meio Ambiente e

Patrimocircnio) quer seja na organizaccedilatildeo ou mesmo na evoluccedilatildeo de sua estrutura para as

seguintes forccedilas EngCLTO CEFTC e ED

(Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 ndash C Dout ExCOTER de 31 MAI de 2016Fl 810)

ANEXO A - ORGANIZACcedilAtildeO DA ENGENHARIA NO TO E ORGANOGRAMAS DAS ESTRUTURAS BAacuteSICAS DE ENGENHARIA SEGUNDO AS SITUACcedilOtildeES DE EMPREGO DA FTC

1 FTC organizada com mais de um G Cmdo operativo (1ordm caso)

11 Escalonamento

Figura 1 - Exemplo de Organizaccedilatildeo da Engenharia em FTC com mais de um G Cmdo operativo

12 Organograma do CEFTC

Legenda (1) Possui Centro de Operaccedilotildees de Engenharia e poderaacute incluir estrutura de Meio

Ambiente e Patrimocircnio Imobiliaacuterio (2) Possui Nr variaacutevel de Gpt E (no miacutenimo 1) que enquadram Btl Eng e os Moacutedulos

Especializados (3) Nr variaacutevel de Moacutedulos Especializados

Figura 2 - Exemplo de organograma da CEFTC de FTC organizada com mais de um G Cmdo operativo

CEFTC

Cia C Ap Gpt E

(2) Cia Geoinformaccedilatildeo

Moacutedulos Especializados (3)

EM (1)

(Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 ndash C Dout ExCOTER de 31 MAI de 2016Fl 910)

13 Organograma de um Gpt E

Legenda

(1) Possui capacidade de enquadrar de dois a cinco Btl Eng (Cmb ou Cnst) Considera-se para fim de planejamento que cinco moacutedulos especializados equivalem a um Btl Eng

(2) Nr variaacutevel de Moacutedulos Especializados

Figura 3 - Organograma de um Grupamento de Engenharia

2 FTC organizada com mais de uma GU operativa (2ordm caso)

21 Organizaccedilatildeo

Figura 5 - Exemplo de Organizaccedilatildeo da Engenharia EM FTC com mais de um GU operativa

Gpt E

Cia C Ap Btl Eng

(1) Moacutedulos

Especializados (2)

EM

(ED)

(Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 ndash C Dout ExCOTER de 31 MAI de 2016Fl 1010)

22 Organograma do CEFTC (ED)

Legenda

(1) Possui Centro de Operaccedilotildees de Engenharia e poderaacute incluir estrutura de Meio Ambiente e Patrimocircnio Imobiliaacuterio

(2) Normalmente dois Btl Eng (Cmb ou Cnst) podendo chegar a cinco (3) Nr variaacutevel de Moacutedulos Especializados

Figura 6 - Exemplo de organograma da CEFTC de FTC organizada com mais de um G Unidade operativa

3 FTC eacute organizada com uma GU operativa (3ordm caso)

Neste caso o CEFTC (E Bda) seraacute constituiacutedo pela Unidade ou Subunidade orgacircnica

da GU podendo receber meios adicionais

PAULO RICARDO PINTO SILVA - Cel

Chefe do Centro de Doutrina do Exeacutercito

CEFTC ED

Cia C Ap Btl Eng

(2) Cia Geoinformaccedilatildeo

Moacutedulos Especializados

(3)

EM (1)

161

(Nota Complementar agrave Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 de 31 de maio de 2016Fl 16)

ANEXO B ndash NOTA COMPLEMENTAR Agrave NOTA DE COORDENACcedilAtildeO

DOUTRINAacuteRIA NR 022016

MINISTEacuteRIO DA DEFESA EXEacuteRCITO BRASILEIRO

COMANDO DE OPERACcedilOtildeES TERRESTRES

CENTRO DE DOUTRINA DO EXEacuteRCITO

Nota Complementar agrave Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 de 31 de maio de

2016

O EMPREGO DO BATALHAtildeO DE ENGENHARIA DAS BRIGADAS DE CAVALARIA

MECANIZADA

IacuteNDICE DE ASSUNTOS

1 FINALIDADE 02

2 OBJETIVO 02

3 REFEREcircNCIAS 02

4 INTRODUCcedilAtildeO 02

5 APOIO DE ENGENHARIA AgraveS BRIGADAS DE CAVALARIA

MECANIZADA 03

6 ORGANIZACcedilAtildeO DA ENGENHARIA DA BRIGADA 04

7 EMPREGO DO BATALHAtildeO 04

ANEXOS

A ndash ORGANIZACcedilAtildeO DO BE CMB ORGAcircNICO DE UMA BRIGADA DE

CAVALARIA MECANIZADA 06

162

(Nota Complementar agrave Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 de 31 de maio de 2016 Fl 26)

1 FINALIDADE

Complementar a orientaccedilatildeo do emprego da engenharia retificando as

informaccedilotildees referentes ao apoio agraves Brigadas de Cavalaria Mecanizada (Bda C

Mec)

2 OBJETIVO

Apresentar uma visatildeo atualizada da organizaccedilatildeo estrutura e emprego da

engenharia que presta apoio agraves Bda C Mec agrave luz da Doutrina Militar Terrestre

subsidiando a exploraccedilatildeo do assunto nas Escolas Militares no planejamento e

execuccedilatildeo de Exerciacutecios Militares nos planejamentos operacionais e taacuteticos para

Emprego da Forccedila Terrestre

3 REFEREcircNCIAS

____ Glossaacuterio das Forccedilas Armadas - MD35-G-01 2007

____ Operaccedilotildees EB20-MF-10103 2014

____ Movimento e Manobra - EB20-MC-10203 2015

____ Logiacutestica - EB20-MC-10204 2014

____ Proteccedilatildeo - EB20-MC-10208 2015

____ Doutrina Militar Terrestre - EB20-MF-10102-1 2014

____ Emprego de Engenharia - C 5-1 1999

____ Brigada de Cavalaria Mecanizada - C 2-30

____ Batalhatildeo de engenharia de combate - C 5-7 2001

____ O apoio de engenharia no escalatildeo brigada - C 5-10 2000

____ Regimento de Cavalaria Mecanizado - C 2-20 2002

____ Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 002 2016 ndash As estruturas de

engenharia no teatro de operaccedilotildees

4 INTRODUCcedilAtildeO

41 A desarmonia entre doutrina e emprego afasta a forccedila da possibilidade de

manutenccedilatildeo de uma efetiva capacidade A mudanccedila em um dos fatores da

doutrina exige um reajuste das demais para que se mantenha um equiliacutebrio entre

Doutrina Organizaccedilatildeo Adestramento Material Emprego Pessoal e Instruccedilatildeo

(DOAMEPI)

163

(Nota Complementar agrave Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 de 31 de maio de 2016 Fl 36)

42 O Projeto Estruturante Novo Sistema de Engenharia (PENSE) Vetor de

Transformaccedilatildeo da Engenharia no Processo de Tranformaccedilatildeo do Exeacutercito foi

concebido com a finalidade de proporcionar uma urgente recuperaccedilatildeo da

capacidade operacional no que tange agraves estruturas organizacionais

competecircncia dos recursos humanos evoluccedilatildeo doutrinaacuteria melhoria da

quantidade e qualidade do material de engenharia e gestatildeo ambiental nas

atividades militares

43 Evoluccedilotildees doutrinaacuterias e aquisiccedilotildees de materiais modernos como as Viaturas

dos Projetos Leopard e Guarani proporcionaram agraves brigadas mecanizadas e

blindadas grande poder de dissuasatildeo exigindo entretanto uma adequaccedilatildeo no

do material pessoal e doutrina da engenharia

5 APOIO DE ENGENHARIA AgraveS BRIGADAS DE CAVALARIA MECANIZADA

51 O apoio de Engenharia eacute fundamental para que as brigadas blindadas e

mecanizadas tenham capacidade de mobilidade contramobilidade e proteccedilatildeo

Uma engenharia ineficiente elimina as vantagens obtidas por fraccedilotildees dotadas de

modernas viaturas as quais tecircm sua mobilidade ditada por limitaccedilotildees impostas

pelo terreno e por restriccedilotildees determinadas pela engenharia inimiga bem como

sua defesa pelo uso exclusivo do fogo

52 Esta NCD complementa a Nota de Coordenccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 de 31

de maio de 2016 e retifica-a no que tange agrave organizaccedilatildeo da Engenharia em

apoio agraves Brigadas de Cavalaria Mecanizada a qual a mantinha como uma

subunidade

53 Dotada de trecircs Pelototildees de Engenharia de Combate (Pel E Cmb) e um

Pelotatildeo de Engenharia de Apoio (Pel E Ap) como elementos executivos e de um

Pelotatildeo de Equipagem de Assalto (Pel Eq Ass) a Subunidade de engenharia natildeo

tem capacidade de proporcionar agrave Bda C Mec mobilidade assegurar a

contramobilidade nem contribuir com sua proteccedilatildeo

54 A Brigada de Cavalaria Mecanizada pode empregar em primeiro escalatildeo ateacute

2 (dois) Regimentos de Cavalaria Mecanizada (RC Mec) e 1 (um) Regimento de

Cavalaria Blindado (RCB) os quais podem receber pelototildees em apoio direto ou

situaccedilatildeo de comando reforccedilo

164

(Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 ndash C Dout ExCOTER de 31 MAI de 2016Fl 610)

55 O Comandante da engenharia do escalatildeo Brigada entretanto natildeo restringe

sua influecircncia no combate ao apoio de Engenharia no Apoio Direto ou no Reforccedilo

aos regimentos mas emprega os demais pelototildees que estatildeo sob seu comando

no Apoio Suplementar a esses pelototildees no Apoio ao Conjunto realizado em

proveito a mais de um elemento ou agrave brigada como um todo aleacutem de manter

condiccedilotildees de apoiar a reserva quando empregada

6 ORGANIZACcedilAtildeO DA ENGENHARIA DA BRIGADA DE CAVALARIA

MECANIZADA

61 A Engenharia da brigada deve atender as necessidades miacutenimas e imediatas

do escalatildeo e mais diretamente ligadas ao combate o que para isso conta com

um Batalhatildeo de Engenharia de Combate Mecanizado (BE Cmb Mec)

62 O BE Cmb Mec estaacute organizado com uma Companhia de Engenharia de

Combate Mecanizada (Cia E Cmb Mec) uma Companhia de Engenharia de

Combate Blindado (Cia E Cmb Bld) uma Companhia de Comando e Apoio (Cia

C Ap) e uma Companhia de Equipagem de Ponte (C Eq Pnt)

63 A Companhia de Engenharia de Combate Mecanizada (Cia E Cmb Mec)

subunidade mais apta para apoiar os RC Mec e a Cia E Cmb Bld mais apta para

apoiar o RCB possuem cada uma 4 (quatro) Pelototildees de Engenharia de

Combate (Pel E Cmb) como fraccedilatildeo baacutesica de emprego junto aos regimentos

64 A Cia C Ap tem a missatildeo de prover os meios para o comando e logiacutestica do

batalhatildeo e equipamentos de engenharia para as companhias aleacutem de realizar

trabalhos teacutecnicos de manutenccedilatildeo de rede miacutenima de estrada e instalaccedilotildees

necessaacuterios agrave Bda

65 A Cia E Pnt tem a missatildeo apoiar com equipamento especializado a

transposiccedilatildeo de curso de aacutegua e de pequenas brechas no apoio agrave mobilidade e

reforccedilar as Cia E Cmb orgacircnicas do batalhatildeo com material de transposiccedilatildeo

165

(Nota Complementar agrave Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 de 31 de maio de 2016 Fl 56)

7 EMPREGO DO BATALHAtildeO

71 O comandante do Batalhatildeo de Engenharia de Combate Mecanizado

administra o emprego de suas fraccedilotildees e meios a fim de garantir o apoio agrave

mobilidade contramobilidade e proteccedilatildeo da brigada

72 Com o objetivo preciacutepuo de apoio aos elementos em primeiro escalatildeo o

comandante da engenharia da brigada simultaneamente manteacutem condiccedilotildees de

prestar apoio suplementar a esses elementos suprir as necessidades da brigada

no Apoio ao Conjunto e ficar em condiccedilotildees de apoiar a reserva quando

empregada

73 As Cia E Cmb satildeo os elementos executivos do batalhatildeo

74 Ao Cmt do BE Cmb cabe planejar o emprego de seus meios os quais devem

ser compatiacuteveis com suas possibilidades

75 Para o apoio aos elementos em primeiro escalatildeo as companhias apoiam com

pelototildees de preferecircncia de mesma natureza do elemento apoiado Cada peccedila

de manobra valor unidade empregado pela Bda recebe normalmente um

pelotatildeo Quando necessaacuterio o reforccedilo em material este deve ser solicitado ao

Cmt Btl

76 A Cia C Ap tem a missatildeo de prover os meios para comando e logiacutestica do

batalhatildeo e Viatura Blindadas Especiais sobre lagartas a fim de reforccedilar os

pelototildees em apoio aos regimentos e equipamentos de engenharia para as Cia E

Cmb

77 A Cia E Pnt tem a missatildeo de apoiar e reforccedilar as Cia E Cmb orgacircnicas na

transposiccedilatildeo de curso de aacutegua e pequenas brechas com equipamento

especializado e VBE sobre lagartas

166

(Nota Complementar agrave Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 de 31 de maio de 2016Fl 66)

ANEXO A - ORGANIZACcedilAtildeO DO BE CMB MEC ORGAcircNICO DE UMA BRIGADA

DE CAVALARIA MECANIZADA

1 Organograma do BE Cmb MecBda C Mec

Figura 1 ndash Exemplo de um organograma de BE Cmb Mec de Bda C Mec

TERMO DE AUTORIZACcedilAtildeO PARA PUBLICACcedilAtildeO DE TESES DISSERTACcedilOtildeES

TRABALHOS DE CONCLUSAtildeO DE CURSO E ARTIGOS CIENTIacuteFICOS ELETROcircNICOS NA

BIBLIOTECA DIGITAL DE TRABALHOS CIENTIacuteFICOS

Na qualidade de titular dos direitos de autor da publicaccedilatildeo autorizo a DESMil e a EsAO a

disponibilizarem atraveacutes de paacutegina eletrocircnica oficial do Estabelecimento de Ensino sem ressarcimento dos

direitos autorais de acordo com a Lei nordm 9610 de 19 de fevereiro de 1998 Lei de Direito Autoral o texto

integral da obra abaixo citada conforme permissotildees assinaladas para fins de leitura impressatildeo eou

download a tiacutetulo de divulgaccedilatildeo da produccedilatildeo cientifica brasileira a partir desta data

Identificaccedilatildeo do material bibliograacutefico

( ) Tese (x) Dissertaccedilatildeo ( ) Trabalho de Conclusatildeo de Curso (x) Artigo Cientiacutefico

Instituiccedilatildeo de Ensino Escola de Aperfeiccediloamento de Oficiais (EsAO)

Tiacutetulo A doutrina de Engenharia de Combate da Brigada de Cavalaria Mecanizada Uma sugestatildeo de

adequaccedilatildeo do apoio prestado aos elementos empregados em primeiro escalatildeo nas operaccedilotildees ofensivas

Autor Cap Eng Saulo dos Santos Marques

Idt033373474-7 CPF010094330-67 E-mailmarxemcasahotmailcom

Data de Defesa11 de outubro de 2018 Titulaccedilatildeo Mestrado Profissional

Curso de Poacutes-graduaccedilatildeo Engenharia Aacuterea de Concentraccedilatildeo Defesa Nacional

Palavras-chave Brigada de Cavalaria Mecanizada Companhia de Engenharia de Combate

Mecanizada Projeto Estruturante Novo Sistema de Engenharia Operaccedilatildeo de Aproveitamento do Ecircxito

Agecircncia de fomento (se for o caso)

Autoriza disponibilizar o e-mail na Base de Dados de Teses Dissertaccedilotildees Trabalhos Cientiacuteficos

e Artigos Cientiacuteficos da Biblioteca Digital de Trabalhos Cientiacuteficos

( x ) SIM ( ) NAtildeO

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Liberaccedilatildeo para publicaccedilatildeo (x) Total ( ) Parcial

Em caso de publicaccedilatildeo parcial especifique o(s) tiacutetulo(s) eou capiacutetulo(s) restrito(s)

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Capiacutetulo(s) ______________________________________________________________________

A restriccedilatildeo (parcial ou total poderaacute ser mantida por ateacute um ano a partir da data de autorizaccedilatildeo da

publicaccedilatildeo) A extensatildeo deste prazo suscita justificativa ao Instituto Brasileiro de Informaccedilatildeo em Ciecircncia e

Tecnologia (IBICT) Todo o conteuacutedo resumo e metadados ficaratildeo sempre disponibilizados

Havendo concordacircncia com a publicaccedilatildeo eletrocircnica do Trabalho Cientiacutefico torna-se imprescindiacutevel o

envio do(s) seu(s) arquivo(s) em formato digital sem ser passiacutevel de modificaccedilatildeo do tipo Portable Document

Format (PDF) da Adobe Systems

________________________________________

Saulo dos Santos Marques

MINISTEacuteRIO DA DEFESA

EXEacuteRCITO BRASILEIRO

DECEx - DESMIL

ESCOLA DE APERFEICcedilOAMENTO DE OFICIAIS

(EsAO1919)

DIVISAtildeO DE ENSINO SECcedilAtildeO DE POacuteS-GRADUACcedilAtildeO

TERMO DE CESSAtildeO DE DIREITOS SOBRE TRABALHO ACADEcircMICO

TIacuteTULO DO TRABALHO

A DOUTRINA DA ENGENHARIA DE COMBATE DA BRIGADA DE CAVALARIA

MECANIZADA UMA SUGESTAtildeO DE ADEQUACcedilAtildeO DO APOIO PRESTADO AOS

ELEMENTOS EMPREGADOS EM PRIMEIRO ESCALAtildeO NAS OPERACcedilOtildeES OFENSIVAS

IDENTIFICACcedilAtildeO DO AUTOR

SAULO DOS SANTOS MARQUES ndash Cap Eng

1 Este trabalho nos termos da legislaccedilatildeo que resguarda os direitos autorais eacute considerado de minha

propriedade

2 Autorizo a Escola de Aperfeiccediloamento de Oficiais (EsAO) a utilizar meu trabalho para uso

especiacutefico no aperfeiccediloamento e evoluccedilatildeo da Forccedila Terrestre bem como a divulgaacute-lo por publicaccedilatildeo em

revista teacutecnica da Escola ou outro veiacuteculo de comunicaccedilatildeo do Exeacutercito

3 A EsAO poderaacute fornecer coacutepia do trabalho mediante ressarcimento das despesas de postagem e

reproduccedilatildeo Caso seja de natureza sigilosa a coacutepia somente seraacute fornecida se o pedido for encaminhado

por meio da Organizaccedilatildeo Militar fazendo-se a necessaacuteria anotaccedilatildeo do destino no Livro de Registro

existente na Biblioteca

4 Eacute permitida a transcriccedilatildeo parcial de trechos do trabalho para comentaacuterios e citaccedilotildees desde que sejam

transcritos os dados bibliograacuteficos dos mesmos de acordo com a legislaccedilatildeo sobre direitos autorais

5 A divulgaccedilatildeo do trabalho em outros meios natildeo pertencentes ao Exeacutercito somente pode ser feita

com a autorizaccedilatildeo do autor ou da Direccedilatildeo de Ensino da EsAO

Rio de Janeiro ___ de _________________ de ________

_______________________________________

O AUTOR

Page 4: ESCOLA DE APERFEIÇOAMENTO DE OFICIAIS Cap Eng SAULO …

A Deus por ter-me abenccediloado com mais este trabalho assim como tem feito com minha vida

AGRADECIMENTOS

Ao meu orientador pela paciecircncia e dedicaccedilatildeo em mostrar-me o correto

caminho

Aos instrutores do CAO 2018 pela colaboraccedilatildeo na transmissatildeo de tatildeo

importantes conhecimentos para o capitatildeo da Arma de Engenharia

Aos companheiros do Centro de Instruccedilatildeo de Blindados - General Walter

Pires pelo inestimaacutevel exemplo do espiacuterito de camaradagem dedicaccedilatildeo e

excelecircncia do ensino cujos pilares me guiaratildeo por toda a minha vida profissional

Agrave minha famiacutelia a qual sou eternamente grato pelas oraccedilotildees a Deus e pelo

oportuno apoio e carinho os quais foram cruciais para a transposiccedilatildeo dos

obstaacuteculos mais difiacuteceis que se apresentaram no presente ano

RESUMO

A capacidade de uma tropa estaacute baseada nos fatores doutrina organizaccedilatildeo adestramento material emprego pessoal e instruccedilatildeo Para o sistema de engenharia destaca-se ainda mais a importacircncia do conjunto formado pelo material pessoal e organizaccedilatildeo O Projeto Estruturante Novo Sistema de Engenharia visa reestruturar esse sistema que tem influecircncia significativa na capacidade da engenharia cumprir suas missotildees como arma de apoio Alinhado com esse objetivo este trabalho analisou a estrutura das Brigadas de Cavalaria Mecanizada que satildeo compostas por Regimentos de Cavalaria Mecanizada e Regimentos de Cavalaria Blindada os quais receberam respectivamente as Viaturas Blindadas de Transporte de Pessoal Meacutedias de Rodas Guarani e as Viaturas de Combate Carro de Combate Leopard 1 e M60 A3-TTS Embora os projetos Guarani e Leopard tenham influenciado na melhoria dos materiais utilizados pelos regimentos a Companhia de Engenharia de Combate Mecanizada natildeo teve a adequaccedilatildeo dos seus fatores base Entatildeo surgiu a necessidade de por meio da anaacutelise dos fatores emprego e materiais sugerir uma proposta de adequaccedilatildeo desse apoio prestado aos elementos empregados em primeiro escalatildeo da brigada a partir da anaacutelise do apoio a Operaccedilatildeo de Aproveitamento do Ecircxito

Palavras-chave Brigada de Cavalaria Mecanizada Companhia de Engenharia de Combate Mecanizada Projeto Estruturante Novo Sistema de Engenharia Operaccedilatildeo de Aproveitamento do Ecircxito

ABSTRACT

The capacity of a troop is based on factors doctrine organization training material employment personnel and instruction For the engineering system the importance of the set formed by the material personnel and organization stands out even more The Strategic New Engineering System Project aims to restructure this system which has a significant influence on the ability of engineering to fulfill its missions as a support weapon Aligned with this objective this work analyzed the structure of the Mechanized Cavalry Brigades which are composed of Mechanized Cavalry Regiments and Armored Cavalry Regiments which received respectively the Armored Personnel Carrier Vehicle - Medium Wheeled Type and the Main Battle Tank Leopard 1 and M60 A3-TTS Although the Guarani and Leopard projects influenced the improvement of the materials used by the regiments the Mechanized Combat Engineering Company did not have the adequacy of its base factors Then the need arose through the analysis of the factors of employment and materials to suggest a proposal for adequacy of this support provided to the elements employed in the first step of the brigade based on the analysis of the support for Deliberate Attack

Keywords Mechanized Cavalry Brigades Mechanized Combat Engineering Company Structurant New Engineering System Project Deliberate Attack

SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO 10

11 PROBLEMA 12

12 OBJETIVOS 13

13 QUESTOtildeES DE ESTUDO 14

14 JUSTIFICATIVA 15

2 METODOLOGIA 16

21 OBJETO FORMAL DE ESTUDO 16

211 Definiccedilatildeo conceitual das variaacuteveis 17

212 Definiccedilatildeo operacional das variaacuteveis 18

213 Alcances e limiteshelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 19

22 AMOSTRAhelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 20

23 DELINEAMENTO DA PESQUISAhelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 21

231 Procedimentos para revisatildeo de literatura 21

2311 Fontes de busca 22

2312 Estrateacutegia de busca para as bases de dados 22

2313 Criteacuterios de inclusatildeo helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 22

2314 Criteacuterios de exclusatildeo helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 22

232 Procedimentos Metodoloacutegicos helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 23

233 Procedimentos Experimental helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 23

234 Instrumentos 23

2341 Elaboraccedilatildeo dos questionaacuterios 24

2342 Questionaacuterio destinado aos oficiais em funccedilatildeo de desenvolvimento coordenaccedilatildeo ou chefia do Projeto Guarani hellip 24

2343 Questionaacuterio destinado aos comandantes e ex-comandantes de regimento de cavalaria de uma Brigada de Cavalaria Mecanizada (Apecircndice A)helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 24

2344 Questionaacuterio destinado aos comandantes e ex-comandantes de regimento de cavalaria de uma Brigada de Cavalaria Mecanizada (Apecircndice B)helliphelliphelliphelliphelliphellip

25

2345 Questionaacuterio destinado aos oficiais de engenharia que tenham

realizado curso de Comandante de Subunidade nos Estados Unidos ou na Alemanha (Apecircndice C)helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip

25

2346 Questionaacuterio destinado aos oficiais na funccedilatildeo de instrutor do Centro de Instruccedilatildeo de Blindados que tenham realizado curso de Comandante de Subunidade nos Estados Unidos ou na Alemanha (Apecircndice D)helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 25

235 Anaacutelise dos Dados helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 26

2351 Tabulaccedilatildeo dos dados helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 26

3 REVISAtildeO DE LITERATURA 27

31 CONSIDERACcedilOtildeES INICIAIS 28

311 Operaccedilotildees de Aproveitamento do Ecircxito 28

312 Situaccedilatildeo de Comando Reforccedilo 29

313 Funccedilatildeo de Combate Movimento e Manobra 29

314 Modularidade 30

315 Projeto Guarani 31

32 BRIGADA DE CAVALARIA MECANIZADA 33

321 Regimento de Cavalaria Mecanizado 35

322 Regimento de Cavalaria Blindada 36

33 COMPANHIA DE COMBATE MECANIZADA 38

331 O Pelotatildeo de Engenharia de Apoio 40

332 O Pelotatildeo de Equipagem de Assalto 40

333 O Pelotatildeo de Engenharia de Combate Mecanizado 43

34 MATERIAIS DE EMPREGO MILITAR DISPONIacuteVEIS NO MUNDO PARA REFORCcedilO AOS PEL E CMB NO APOIO Agrave MOBILIDADE 45

341 Viatura blindada especial lanccediladora de pontes de pequena brecha 46

342 Viatura Blindada Especial de Engenharia helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 49

343 Viaturas Blindadas Especiais de Abertura de Brecha 50

344 Outros sistemas e implementos 55

35 APOIO DE ENGENHARIA ORGAcircNICA AgraveS BRIGADAS MECANIZADAS EM OUTROS PAIacuteSES

60

351 SBCT a brigada americana Stryker helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 60

352 Brigada de Infantaria Mecanizada da Alemanha helliphellip 63

4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO 71

41 DISCUSSAtildeO REFERENTE AOS INSTRUMENTOS UTILIZADOS 71

411 Revisatildeo da literatura 72

412 Entrevistas 73

413 Coleta documental 73

42 CAPACIDADES OPERATIVAS DA COMPANHIA DE ENGENHARIA DE COMBATE MECANIZADO NO APROVEITAMENTO DO EcircXITO 74

421 Adequabilidade da organizaccedilatildeo 74

422 Adequabilidade do material 78

43 APOIO DE ENGENHARIA AOS REGIMENTOS DE UMA BRIGADA DE CAVALARIA MECANIZADA 79

431 Organizaccedilatildeo adequada 80

432 Comparaccedilatildeo com outros exeacutercitos 82

433 Caracteriacutesticas dos meios 91

434 Quantidade de VBE por BE Cmb 96

5 CONCLUSAtildeO E RECOMENDACcedilOtildeES 99

REFEREcircNCIAS 103

APEcircNDICE A - QUESTIONAacuteRIO DESTINADO AOS COMANDANTES E EX-COMANDANTES DOS REGIMENTOS DAS BRIGADAS DE CAVALARIA MECANIZADA 109

APEcircNDICE B - QUESTIONAacuteRIO DESTINADO AOS COMANDANTES E EX-COMANDANTES DAS COMPANHIAS DE ENGENHARIA MECANIZADA 120

APEcircNDICE C - QUESTIONAacuteRIO DESTINADO AOS MILITARES DE ENGENHARIA COM CURSO DE COMANDANTE DE SUBUNIDADE NA ALEMANHA OU ESTADOS UNIDOS 131

APEcircNDICE D - QUESTIONAacuteRIO DESTINADO INSTRUTORES DO CENTRO DE INSTRUCcedilAtildeO DE BLINDADOS COM CURSO DE COMANDANTE DE SUBUNIDADE NA ALEMANHA OU ESTADOS UNIDOS 143

APEcircNDICE E - PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL 150

ANEXO A ndash NCD NR 022016 151

ANEXO B ndash NOTA COMPLEMENTAR Agrave NCD NR 022016 160

10

1 INTRODUCcedilAtildeO

Os novos manuais doutrinaacuterios publicados a partir do ano de 2014

reformularam as bases da doutrina do Exeacutercito Atraveacutes deles a Doutrina Militar

Terrestre (DMT) ratificou alguns conceitos jaacute existentes mas trouxe novos que devem

ser entendidos e incorporados agraves capacidades da forccedila a fim de acompanhar a

evoluccedilatildeo do combate mundial

O conhecimento de conceitos como Operaccedilatildeo de Amplo Espectro (atuaccedilatildeo

simultacircnea ou sucessiva em Operaccedilotildees Ofensivas Defensivas de Pacificaccedilatildeo e de

Apoio a Oacutergatildeos Governamentais) permite entender quais satildeo as capacidades que

devem ser almejadas pelas Brigadas Mecanizadas (Bda Mec) consideradas Grandes

Unidades (GU) vocacionadas para essa Operaccedilatildeo Destas GU destacam-se as de

Cavalaria Mecanizada que segundo o Manual de DMT tem a aptidatildeo agraves missotildees de

Reconhecimento Vigilacircncia e Seguranccedila

As Brigadas de Cavalaria Mecanizada apresentam limitaccedilotildees como a

vulnerabilidade a ataques aeacutereos a sensibilidade ao largo emprego de minas e

obstaacuteculos artificiais e mobilidade restrita em terrenos montanhosos arenosos

pedregosos cobertos e pantanosos aleacutem de sua restriccedilatildeo agraves condiccedilotildees

meteoroloacutegicas adversas e com grande dependecircncia de uso de rede rodoviaacuteria

conforme discriminado pelo manual C 2-30 - Brigada de Cavalaria Mecanizada

(BRASIL 2000 p 1-4)

Tais limitaccedilotildees afetam principalmente a mobilidade da Bda em Operaccedilotildees

Ofensivas na qual os RC Mec (Brasil 2000 p 1-14) estatildeo mais capacitados a

executar as operaccedilotildees altamente moacuteveis as manobras de flanco o aproveitamento

do ecircxito e a perseguiccedilatildeo Por sua vez o RCB que por suas caracteriacutesticas eacute o

elemento de manobra mais eficaz para conduzir as operaccedilotildees ofensivas e defensivas

continuadas da Bda apresenta uma seacuterie de restriccedilotildees na sua capacidade de

manobra diminuindo sua eficaacutecia e eficiecircncia no emprego do fogo do combate

aproximado e da accedilatildeo de choque

Para reduzir as limitaccedilotildees das Brigadas de Cavalaria Mecanizada na mobilidade

contramobilidade e proteccedilatildeo as Companhia de Engenharia de Combate Mecanizada

(Cia E Cmb Mec) empregam os Pelototildees de Engenharia de Combate Mecanizado

(Pel E Cmb Mec) conforme Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 de 31 de

maio de 2016 As Estruturas de Engenharia no Teatro de Operaccedilotildees (documento de

11

caraacuteter experimental portanto natildeo definitivo) a fim de atender agraves necessidades

miacutenimas dos Regimentos de Cavalaria Mecanizado (RC Mec) e Regimento de

Cavalaria Blindado (RCB)

As atribuiccedilotildees que a Engenharia tem para com seus elementos apoiados se

apresentam da seguinte forma

A Engenharia tem como missatildeo principal apoiar com as vertentes do

combate e construccedilatildeo os elementos de emprego da F Ter nas operaccedilotildees

desencadeadas no amplo espectro dos conflitos Participa das Funccedilotildees de

Combate Movimento e Manobra proporcionando mobilidade agraves armas-base

e contra-mobilidade ao inimigo Proteccedilatildeo aos oacutergatildeos e estruturas de

combate Logiacutestica em diversas atividades dentre outras (BRASIL 2014 p

6-3)

Nesta uacuteltima deacutecada concomitantemente com a atualizaccedilatildeo doutrinaacuteria novos

Materiais de Emprego Militar (MEM) foram distribuiacutedos em diversas OM do Brasil

frutos de Projetos Estrateacutegicos do Exeacutercito (PEE) alterando suas capacidades e

limitaccedilotildees Dentre eles destaca-se para as tropas de natureza blindada o Projeto

Leopard o qual levou agrave troca dos Carros de Combate (CC) M41 pelas Viatura Blindada

de Combate Carro de Combate Leopard 1 A5 BR (VBCCC Leopard 1 A5 BR) desde

2009

Para as tropas mecanizadas o principal impacto foi causado pelo Projeto

Guarani o qual jaacute modernizou a frota de algumas Organizaccedilotildees Militares (OM) com

esta Viatura Blindada de Transporte de Pessoal Meacutedia de Rodas (VBTP-MR) a qual

estaacute em fase de produccedilatildeo e entrega Concomitantemente com a produccedilatildeo dessas

viaturas estatildeo sendo desenvolvidos protoacutetipos e adquiridos materiais para o

desenvolvimento dos demais componentes da Nova Famiacutelia de Blindados Sobre

Rodas Guarani (NFBSR)

O presente trabalho tem por objetivo analisar as Capacidades Operativas que

os elementos de engenharia deveratildeo possuir considerando os reflexos da evoluccedilatildeo

doutrinaacuteria e dos novos Materiais de Emprego Militar para apoiar a mobilidade dos

Regimentos de Cavalaria Mecanizada e Regimentos de Cavalaria Blindado

empregados em primeiro escalatildeo por uma Brigada de Cavalaria Mecanizada na

Operaccedilatildeo de Aproveitamento do Ecircxito (Apvt Ecircxi) (BRASIL 2014 p 7-2)

12

O objetivo geral do presente estudo eacute partindo do estudo das Capacidades da

Cia E Cmb Mec analisar no acircmbito da mobilidade as necessidades miacutenimas e

imediatas dos elementos a serem empregados em primeiro escalatildeo Baseado nessa

anaacutelise busca-se apresentar uma proposta de adequaccedilatildeo do apoio prestado pela Cia

E Cmb Mec no Aproveitamento do Ecircxito (Apvt Ecircxi)

11 PROBLEMA

Em manual datado de 1989 C 5-10 - Apoio de Engenharia no Escalatildeo Brigada

e reeditado em 2000 consta a missatildeo organizaccedilatildeo atribuiccedilotildees equipamentos e

forma de emprego do pelotatildeo de engenharia de combate O manual C 5-1 - Emprego

da Engenharia datado de 1999 em sua 3ordf ediccedilatildeo caracteriza o Pel E Cmb como o

elemento responsaacutevel por prestar apoio aos elementos em primeiro escalatildeo da Bda C

Mec

A Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 (NCD Nr 0216) trouxe a

atualizaccedilatildeo de alguns conceitos modificando inclusive o escalatildeo de apoio de

engenharia agraves Brigadas Blindadas e de Infantaria Mecanizada (Bda Inf Mec)

passando do valor subunidade (Companhia) para unidade (Batalhatildeo)

Nesta mesma NCD poreacutem foi mantido o estabelecido nos dois manuais citados

acima ratificando que uma Cia E Cmb Mec constituiacuteda por 3 Pel E Cmb Mec eacute o

elemento de apoio aos Regimentos da Bda

O Comandante da Cia E Cmb Mec denominado engenheiro da brigada ao

empregar pelototildees em reforccedilo restringe sua capacidade de realizar um apoio

suplementar a esses pelototildees e de realizar trabalhos em prol da proacutepria companhia

dos demais elementos da brigada e do apoio ao conjunto (mais de um elemento)

Aleacutem disso por sua limitaccedilatildeo em meios na realizaccedilatildeo de trabalhos o Pel E Cmb

na maioria de suas missotildees eacute reforccedilado por equipagens e equipamentos pelo Pelotatildeo

de Equipagem de Assalto e pelo Pelotatildeo de Engenharia de Apoio Esses poreacutem natildeo

possuem materiais adequados reforccedilar os pelototildees de engenharia de combate

Face ao exposto formulou-se o seguinte problema Em que medida a

Companhia de Engenharia de Combate Mecanizada tem capacidade de atender agraves

necessidades miacutenimas dos elementos empregados em primeiro escalatildeo de uma Bda

C Mec no Aproveitamento do Ecircxito no que tange agrave mobilidade

13

12 OBJETIVOS

O presente trabalho tem por objetivo analisar as Capacidades Operativas que

os elementos de engenharia deveratildeo possuir considerando os reflexos da evoluccedilatildeo

doutrinaacuteria e dos novos Materiais de Emprego Militar para apoiar a mobilidade dos

Regimentos de Cavalaria Mecanizada e Regimentos de Cavalaria Blindado

empregados em primeiro escalatildeo por uma Brigada de Cavalaria Mecanizada na

Operaccedilatildeo de Aproveitamento do Ecircxito

Com o intuito de conduzir o estudo para uma soluccedilatildeo foram elencados os

seguintes objetivos especiacuteficos

a Apresentar os conceitos novos ou natildeo que sejam relevantes para a

exploraccedilatildeo do assunto

b Descrever a forma de emprego de uma Bda C Mec em Operaccedilotildees de

Aproveitamento do Ecircxito

c Descrever a organizaccedilatildeo e as caracteriacutesticas dos elementos empregados em

primeiro escalatildeo por uma Bda C Mec

d Descrever a organizaccedilatildeo caracteriacutesticas e forma de emprego em Operaccedilotildees

Ofensivas de uma Cia E Cmb Mec

e Descrever a organizaccedilatildeo caracteriacutesticas e missatildeo junto aos Pel E Cmb de

um Pelotatildeo de Engenharia de Apoio (Pel E Ap)

f Descrever a organizaccedilatildeo caracteriacutesticas e missatildeo junto aos Pel E Cmb de

um Pelotatildeo de Equipagem de Assalto (Pel Eq Ass)

g Descrever a organizaccedilatildeo caracteriacutesticas missatildeo possibilidades e limitaccedilotildees

do Pel E Cmb Mec

h Analisar a capacidade do Pel E Cmb Mec em atender agraves necessidades

miacutenimas dos regimentos de uma Brigada de Cavalaria Mecanizada em

Operaccedilotildees Ofensivas

i Apresentar viaturas especiais de engenharia disponiacuteveis no mercado

mundial

j Analisar o emprego de uma engenharia de Bda do exeacutercito alematildeo e

estadunidense semelhante agrave Bda C Mec concluindo sobre a adequabilidade

do emprego realizado pelo exeacutercito brasileiro

14

k Apresentar uma proposta de apoio de engenharia capaz de atender agraves

necessidades miacutenimas de regimentos orgacircnicos de uma Bda C Mec

13 QUESTOtildeES DE ESTUDO

Atraveacutes da anaacutelise da capacidade de apoio de um Pel E Cmb orgacircnico de uma

Cia E Cmb Mec frente agraves necessidades de uma Brigada de Cavalaria Mecanizada agrave

luz dos novos manuais doutrinaacuterios projetos estrateacutegicos e dos meios de dotaccedilatildeo (ou

em aquisiccedilatildeo pelo Exeacutercito) seraacute analisada a adequabilidade desse apoio Para isso

foram relacionadas algumas questotildees de estudo listadas abaixo a fim de guiar o

trabalho ao objetivo proposto

a) quais os conceitos associados ao emprego e ao material satildeo necessaacuterios para

desenvolvimento de uma proposta adequada de organizaccedilatildeo da Cia E Cmb Mec

b) como a Brigada de Cavalaria Mecanizada eacute empregada em uma Operaccedilatildeo de

Aproveitamento do Ecircxito

c) como se caracterizam os elementos empregados em primeiro escalatildeo pela

Brigada de Cavalaria Mecanizada

d) como a Companhia de Engenharia de Combate Mecanizada das Brigadas de

Cavalaria Mecanizadas satildeo empregadas em Operaccedilotildees Ofensivas

e) como se caracterizam os elementos empregados em primeiro escalatildeo pela

Companhia de Engenharia de Combate Mecanizada

f) quais os meios que disponiacuteveis atualmente para o Pelotatildeo de Engenharia de

Combate Mecanizado apoiar os Regimentos empregados em primeiro escalatildeo no

Aproveitamento do Ecircxito

g) quais os materiais disponiacuteveis no mundo necessaacuterios para atribuir capacidade

de junto aos Regimentos em um Aproveitamento do Ecircxito

h) como eacute prestado o apoio de engenharia em outros paiacuteses a tropas que

possuam organizaccedilatildeo semelhante agrave da Brigada de Cavalaria Mecanizada

i) qual a sugestatildeo de emprego da engenharia de brigada para que seja realizado

um apoio adequado que atenda agraves necessidades miacutenimas dos regimentos orgacircnicos

da Bda C Mec

14 JUSTIFICATIVAS

15

Este trabalho justifica-se pela necessidade de ser avaliada a manutenccedilatildeo ou natildeo

da capacidade da Cia E Cmb Mec frente agraves mudanccedila relacionadas agraves caracteriacutesticas

apresentadas pelos novos cenaacuterios mundiais e pela evoluccedilatildeo do material utilizado

pelo Exeacutercito Brasileiro advindo dos Projetos Leopard e Guarani a fim de

acompanhar o Processo de Transformaccedilatildeo do Exeacutercito Brasileiro que estaacute em

desenvolvimento atualmente

Tal justificativa encontra-se alinhada com os objetivos do Projeto Estruturante

Novo Sistema de Engenharia (PENSE) concebido pelo EME em 2014 o qual teve a

Diretriz de Implantaccedilatildeo aprovada pela Portaria Nordm 031-EME de 26 de fevereiro de

2018

O objetivo decisivo do programa estaacute centrado nos pilares de sustentaccedilatildeo da

capacidade operacional da Engenharia quais sejam a obtenccedilatildeo do Material de

Engenharia adequado e suficiente o desenvolvimento e a atualizaccedilatildeo da doutrina e a

capacitaccedilatildeo de pessoal

A inovaccedilatildeo dos MEM bem como a transformaccedilatildeo doutrinaacuteria demandam

anaacutelises retificaccedilatildeo e ratificaccedilatildeo de conceitos quebra de paradigmas e uma busca

pelo reequiliacutebrio entre as capacidades e necessidades geradas

Com o intuito de corroborar com a evoluccedilatildeo do Sistema Engenharia tendo em

vista a modernizaccedilatildeo doutrinaacuteria e dos novos MEM este trabalho buscaraacute analisar

as Capacidades Operativas desejaacuteveis a fim de propor uma adequaccedilatildeo de apoio de

engenharia na mobilidade dos RC Mec e RCB orgacircnicos de uma Bda C Mec no

Aproveitamento do Ecircxito

Com essa adequaccedilatildeo busca-se dar efetividade agrave doutrina atinente agrave

Engenharia da Brigada tornando-a atual e compatiacutevel com as necessidades dos

elementos apoiados principalmente exequiacutevel e efetiva

16

2 METODOLOGIA

Nesta seccedilatildeo estaacute detalhada a forma que a pesquisa foi dirigida a fim de

atender aos objetivos especiacuteficos os quais visaram desenvolver uma soluccedilatildeo

adequada ao objetivo geral atraveacutes do desenvolvimento de respostas agraves questotildees

de estudo levantadas

Por meio do estudo das possibilidades e limitaccedilotildees da Companhia de

Engenharia de Combate Mecanizada buscou-se apresentar uma anaacutelise da

capacidade de atender agraves necessidades dos elementos empregados em primeiro

escalatildeo pelas Bda C Mec e sugerir uma proposta de adequaccedilatildeo de sua forma de

emprego e do material necessaacuterio

Para atingir esses objetivos a metodologia foi dividida em objeto formal de

estudo amostra e delineamento de pesquisa

21 OBJETO FORMAL DE ESTUDO

O presente trabalho eacute classificado quanto agrave sua forma de abordagem

qualitativa e ao seu objetivo geral como exploratoacuteria e descritiva A sua finalidade eacute

desenvolver uma proposta de adequaccedilatildeo do apoio prestado pela Companhia de

Engenharia de Combate aos Regimentos de uma Brigada de Cavalaria Mecanizada

em Operaccedilotildees Ofensivas por meio do estudo especiacutefico das capacidades

operativas da Cia E Cmb Mec em operaccedilotildees de Aproveitamento do Ecircxito face agrave

evoluccedilatildeo doutrinaacuteria presente na publicaccedilatildeo dos novos manuais doutrinaacuterios

publicados a partir de 2014 e dos MEM frutos dos Projetos Estrateacutegicos Leopard e

Guarani

Para atingir esse objetivo seraacute descrita a doutrina em vigor relacionada agrave Bda

C Mec e agrave Cia E Cmb que a apoia e analisados os reflexos da transformaccedilatildeo

doutrinaacuteria ocorrida nos uacuteltimos anos (de 2014 a 2017) e da aquisiccedilatildeo de novos

MEM

Com base na anaacutelise das capacidades e limitaccedilotildees seraacute proposta uma soluccedilatildeo

de adequaccedilatildeo do apoio de engenharia que atribua capacidade de emprego de

acordo com a doutrina baseado na bibliografia vigente e atualizado com base no

emprego de exeacutercitos de outros paiacuteses e no material disponiacutevel no mundo

atualmente

17

Para a pesquisa a variaacutevel ldquoCapacidades Operativas da Companhia de

Engenharia de Combate Mecanizada no Aproveitamento do Ecircxitordquo que analisou

as capacidades em material e de acordo com a organizaccedilatildeo atuais da Companhia

no apoio agrave mobilidade no aproveitamento do ecircxito foi considerada a variaacutevel

independente

Atraveacutes desta procurou-se estudar modificaccedilotildees que influenciassem

significativamente sobre a dependente ldquoApoio de Engenharia aos Regimentos de

uma Brigada de Cavalaria Mecanizadardquo a fim de adequar o apoio prestado aos

regimentos durante a Operaccedilatildeo de Aproveitamento do Ecircxito pela engenharia da

brigada

A relaccedilatildeo entre a variaacutevel dependente e independente eacute alterada pelo fator

ldquoNecessidades Miacutenimas dos Regimentosrdquo que satildeo as necessidades de trabalhos

de engenharia aos regimentos existentes apoacutes a modernizaccedilatildeo do material e

doutrina nacionais no que tange agrave Operaccedilatildeo de Aproveitamento do Ecircxito

211 Definiccedilatildeo conceitual das variaacuteveis

ldquoCapacidades Operativas da Companhia de Engenharia de Combate no

Aproveitamento do Ecircxitordquo variaacutevel independente pode ser definida como a

anaacutelise agraves capacidades atuais da Cia E Cmb Mec para emprego do Pel E Cmb em

uma Operaccedilatildeo de Aproveitamento do Ecircxito em apoio ao Rgt de uma Bda C Mec

Para isso foi analisado por meio dos questionaacuterios ldquoArdquo e ldquoBrdquo a adequabilidade

da organizaccedilatildeo da Cia E Cmb Mec para apoio aos regimentos de uma Brigada de

Cavalaria Mecanizada e do material disponiacutevel para apoiaacute-los na mobilidade em uma

Operaccedilatildeo de Aproveitamento do Ecircxito

A variaacutevel ldquoApoio de Engenharia aos Regimentos de uma Brigada de

Cavalria Mecanizadardquo pode ser definida como a sugestatildeo doutrinaacuteria para atender

agrave luz dos novos conceitos e fundamentos e materiais as necessidades dos

Regimentos

Por meio das respostas dos questionaacuterio ldquoArdquo ldquoBrdquo ldquoCrdquo e ldquoDrdquo chegou-se a uma

organizaccedilatildeo adequada e atual quando comparada com outros exeacutercitos permitindo

a melhoria do emprego da engenharia no emprego junto aos regimentos de uma

Brigada de Cavalaria Mecanizada

18

Os referidos questionaacuterios tambeacutem permitiram a anaacutelise das caracteriacutesitcas dos

meios e a quantidade de viaturas necessaacuterias para o apoio de engenharia da

brigada na abertura de passagem em obstaacuteculos durante uma Operaccedilatildeo de

Aproveitamento do Ecircxito

Para a variaacutevel interveniente foi considerada as Necessidades Miacutenimas dos

Regimentos no que se refere a apoio de engenharia as quais foram apresentadas

na revisatildeo de literatura reforccedilada pelas respostas presentes nos citados

questionaacuterios cujas respostas foram analisadas individualmente

Esta anaacutelise porcurou confirmar ou refutadar os comentaacuterios presentes nos

questionaacuterios de acordo com as informaccedilotildees encontradas na proacutepria bibliografia

estudada e no Treinamento Taacutetico em Ambiente Virtual (TTAV) realizado no Centro

de Instruccedilatildeo de Blindados

212 Definiccedilatildeo operacional das variaacuteveis

Nos Quadros 1 e 2 estatildeo expostos a dimensatildeo os indicadores e a forma de

mediccedilatildeo das variaacuteveis independente e dependente a fim de permitir uma

visualizaccedilatildeo de como seratildeo abordados no presente estudo

VARIAacuteVEL

INDEPENDENTE DIMENSAtildeO INDICADORES FORMA DE MEDICcedilAtildeO

Capacidades

Operativas da Cia

E Cmb no Apvt

Ecircxi

Emprego no

apoio aos Rgt

da Bda C

Mec

Adequabilidade

da organizaccedilatildeo

Questotildees Nr 1 e 2 (Apd A)

e Nr 1 e 2 (Apd B)

Material para

apoio agrave

mobilidade

Adequabilidade

do material

Questotildees Nr 3 (Apd A) e

Nr 3 (Apd B)

QUADRO 1 - Definiccedilatildeo operacional da Variaacutevel Independente Capacidades Operativas da Cia E Cmb Mec no Apvt Ecircxi Fonte O autor

19

VARIAacuteVEL

DEPENDENTE DIMENSAtildeO INDICADORES FORMA DE MEDICcedilAtildeO

Apoio de

Engenharia aos

Rgt de uma Bda

C Mec

Emprego da

engenharia

Organizaccedilatildeo

adequada

Questotildees 6 e 7 (Apd A)

questotildees 6 e 7 (Apd B)

Comparaccedilatildeo com

outros exeacutercitos

Questatildeo 1 2 e 3 (Apd C) e

questatildeo 1 2 e 3 (Apd D)

Material para

abertura de

passagem em

obstaacuteculo

Caracteriacutesticas dos

meios

Questotildees 4 e 5 (Apd A)

questotildees 4 e 5 (Apd B)

questatildeo 4 e 5 (Apd C) e

questatildeo 4 e 5 (Apd D)

Quantidade de

viaturas Questatildeo 6 (Apd C)

QUADRO 2 - Definiccedilatildeo operacional da Variaacutevel Dependente Apoio de Engenharia aos Rgt da Bda C Mec Fonte O autor

213 Alcances e Limites

Para a anaacutelise das operaccedilotildees ofensivas foram excluiacutedos os tipos de

Reconhecimento em Forccedila Perseguiccedilatildeo Ataque de Oportunidade e Marcha para o

Combate O objetivo do autor foi dar ecircnfase aos trabalhos de mobilidade com

emprego dos pelototildees de forma descentralizada Desta forma o pelotatildeo que

acompanha o regimento precisa conduzir todo o material necessaacuterio natildeo sendo

adequado solicitar apoio agrave companhia devido a sua distacircncia e necessidade de

acompanhamento da velocidade das operaccedilotildees

Nesse sentido foi escolhido o estudo da Operaccedilatildeo de Aproveitamento do

Ecircxito situaccedilatildeo que o Pelotatildeo encontra-se normalmente empregado na situaccedilatildeo de

comando reforccedilo

O sistema Engenharia constituiacutedo por material pessoal e doutrina visa

proporcionar aos elementos apoiados mobilidade contramobilidade proteccedilatildeo e

apoio geral Dentre estes foram abordados neste estudo o apoio agrave mobilidade

20

situaccedilatildeo onde a falta de meios especiais junto aos pelototildees eacute mais niacutetida deixando

de ser trabalhados contramobilidade proteccedilatildeo e apoio geral

Na mobilidade o estudo abarcou trabalhos de abertura de passagens em

obstaacuteculos transposiccedilatildeo de curso de aacutegua obstaacuteculo conservaccedilatildeo e reparaccedilatildeo de

vias e estradas e desorganizaccedilatildeo de posiccedilotildees organizadas do inimigo trabalhos os

quais podem ser realizados por viaturas blindadas especiais Excluiu-se portanto o

estudo da transposiccedilatildeo de curso de aacutegua de vulto ou grande vulto que exigem o

apoio de escalotildees superiores agrave brigada a navegaccedilatildeo e o reconhecimento

Como a Cia E Cmb Mec desdobra seus trabalhos normalmente em toda aacuterea

da Bda o estudo limitou-se aos realizados em prol dos elementos em primeiro

escalatildeo (os regimentos de cavalaria) excluindo o estudo dos trabalhos de apoio ao

conjunto e suplementar

Para tal os meios a serem analisados foram limitados aos de emprego

imediato pelos pelototildees ou seja que seja de dotaccedilatildeo ou passados em reforccedilo ao

pelotatildeo Um exemplo de meio incluiacutedo foi uma Ponte de Pequena Brecha (Pnt P

Bre) pois pode ser transportada por reboque ou por uma viatura blindada Em

contrapartida foi excluiacutedo o estudo do emprego de portada pesada tendo em vista

que a mesma natildeo tem emprego em transposiccedilatildeo imediata mas preparada

22 AMOSTRA

As pesquisas as quais foram enviadas por endereccedilo eletrocircnico atraveacutes de

consulta aos e-mails cadastrados no DGP buscaram abranger em caraacuteter

voluntaacuterio militares que tivessem conhecimentos ligados ao tema

Enquanto algumas pesquisas procuraram abranger militares que tiveram

experiecircncia no emprego do apoio de engenharia (como cliente ou como fornecedor)

outras pesquisas buscaram militares especializados no emprego de blindados e por

fim pesquisas que exploraram a experiecircncia de militares que realizaram curso de

comandante de subunidade no exterior confrontando o questionamento com os

conhecimentos e experiecircncias vividas nos Estados Unidos e na Alemanha

Os questionaacuterios elaborados embora tenha como universo apenas militares

com posto acima de capitatildees aperfeiccediloados natildeo procuraram levar em consideraccedilatildeo

a experiecircncia nos respectivos postos mas a experiecircncia dos mesmos na funccedilatildeo que

exercem ou exerciam ou nos conhecimentos adquiridos no exterior

21

Desta forma foi considerado irrelevante a descriccedilatildeo dos mesmos

considerando apenas as respostas por grupo os quais tiveram por objetivo

demonstrar os diferentes posicionamentos em relaccedilatildeo ao assunto em pauta

Com isso os referidos militares foram divididos em quatro grupos conforme

descrito abaixo

a comandantes e ex-comandantes de regimento de cavalaria de uma Brigada

de Cavalaria Mecanizada

b comandantes e ex-comandantes de Companhia de Engenharia de Combate

Mecanizada de uma Brigada de Cavalaria Mecanizada

c oficiais de engenharia que tenham realizado curso de Comandante de

Subunidade nos Estados Unidos ou na Alemanha

d oficiais na funccedilatildeo de instrutor do Centro de Instruccedilatildeo de Blindados que

tenham realizado curso de Comandante de Subunidade nos Estados

Unidos ou na Alemanha

23 DELINEAMENTO DA PESQUISA

O delineamento da pesquisa teve uma abordagem qualitativa em que o estudo

das relaccedilotildees entre variaacutevel dependente (Capacidades Operativas da Cia E Cmb Mec

no Aproveitamento do Ecircxito) e independente (Apoio de Engenharia aos Regimentos

de uma Bda C Mec) eacute indissociaacutevel e natildeo pode ser traduzida por nuacutemeros

(Rodrigues 2006 p 36)

O meacutetodo de abordagem utilizado foi o indutivo fundamentado na experiecircncia

e construiacutedo a partir da observaccedilatildeo de casos da realidade concreta (Rodrigues

2006 p 29) do emprego do Pel E Cmb Mec apresentados neste trabalho por meio

de situaccedilotildees particulares e anaacutelise de questionaacuterios e procedimento experimental

realizado pela Seccedilatildeo de Simulaccedilatildeo do Centro de Instruccedilatildeo de Blindados

Para responder ao objetivo geral a pesquisa foi abordada de forma descritiva

contando com a experiecircncia do autor que descreveu a relaccedilatildeo entre as variaacuteveis e

contribuiu com a descriccedilatildeo doutrinaacuteria atraveacutes de pesquisa bibliograacutefica

231 Procedimentos para revisatildeo de literatura

22

Com o objetivo de responder ao problema do trabalho foram realizados os

seguintes procedimentos metodoloacutegicos descritos abaixo

2311 Fontes de busca

Foram utilizados como fontes para descriccedilatildeo do conhecimento doutrinaacuterio que

influencia no emprego da Cia E Cmb Mec e para a construccedilatildeo da proposta do

trabalho manuais monografias dissertaccedilotildees e artigos cientiacuteficos (nacionais dos

Estados Unidos e da Alemanha) livros e Notas de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria (NCD)

2312 Estrateacutegia de busca para as bases de dados

Com a finalidade de estabelecer paracircmetros doutrinaacuterios foram selecionados

documentos que contribuam para o direcionamento e limitaccedilatildeo para uma proposta

mais adequada

Foram realizadas buscas por dados em siacutetios eletrocircnicos na internet como

Google sendo selecionadas dentre os resultados obtidos as paacuteginas oficiais de

instituiccedilotildees como instruccedilotildees trabalhos perioacutedicos e documentos nacionais e

estrangeiros e em estabelecimentos de ensino como Escola de Aperfeiccediloamento

de Oficiais e Centro de Instruccedilatildeo de Blindados

2313 Criteacuterios de inclusatildeo

Foram selecionados documentos de caraacuteter qualitativo em portuguecircs inglecircs e

alematildeo que estivessem relacionados ao emprego de pelotatildeo de engenharia em

apoio a tropas dotadas de meios blindados e mecanizados nas Operaccedilotildees

Ofensivas

Tambeacutem foram incluiacutedos documentos relacionados aos materiais e programas

de aquisiccedilatildeo de materiais relacionados agraves tropas blindadas e mecanizadas

2314 Criteacuterios de exclusatildeo

23

Dos documentos selecionados foram excluiacutedos os manuais revogados os

documentos que natildeo abrangem tropa blindada ou mecanizada e os que natildeo estatildeo

relacionados com Operaccedilotildees Ofensivas

232 Procedimentos Metodoloacutegicos

Com o propoacutesito de coletar dados e opiniotildees sobre o assunto no que tange ao

emprego em pessoal e material do Pel E Cmb em Operaccedilotildees Ofensivas foram

enviados eletronicamente questionaacuterios aos grupos conforme criteacuterios

anteriormente elencados

Concomitantemente foi realizada a coleta de dados da bibliografia relacionada

e com os dados coletados por meio dos questionaacuterios gerando a base para a

proposta de adequaccedilatildeo de apoio da Cia E Cmb Mec

233 Procedimentos Experimental

O procedimento experimental foi realizado no Centro de Instruccedilatildeo de

Blindados o qual realiza anualmente o Treinamento Taacutetico em Ambiente Virtual

com as brigadas mecanizadas e blindadas

Neste ano foi realizado o treinamento com a 3ordf Brigada de Cavalaria

Mecanizada a qual empregou seus Quadros em ambiente virtual confeccionado

pelo Chefe da Seccedilatildeo de Simuladores

A proposta inicial era empregar uma Bda C Mec em um Aproveitamento do

Ecircxito reforccedilada por um Pel E dotado de Viaturas Blindadas Especiais Entretanto o

exerciacutecio visava o treinamento em uma operaccedilatildeo de Movimento Retroacutegrado o que

embora natildeo tenha sido a situaccedilatildeo ideal natildeo prejudicou o resultado pois o principal

objetivo natildeo foi o emprego em si mas a capacidade de acompanhamento da

velocidade das viaturas dos regimentos mecanizados

234 Instrumentos

Os questionaacuterios enviados a 5 (cinco) grupos conforme anteriormente

definidos tiveram por objetivo principal identificar a opiniatildeo dos especialistas sobre

24

os aspectos relativos ao apoio de engenharia aos elementos de emprego em

primeiro escalatildeo de uma Brigada de Cavalaria Mecanizada bem como analisar as

necessidades em material e a possibilidade de emprego para atender as

necessidades miacutenimas imediatas dos Regimentos

Assim buscou-se uma reflexatildeo sobre o assunto que fosse rica em sugestotildees

e dados qualitativos para fundamentar uma sugestatildeo baseada em conhecimentos e

experiecircncias distintos

2341 Elaboraccedilatildeo dos questionaacuterios

Tendo em vista o caraacuteter qualitativo da presente pesquisa buscou-se a

confecccedilatildeo de questionaacuterios com questotildees fechadas poreacutem com espaccedilo para

discussatildeo e geraccedilatildeo de sugestotildees sobre o tema

O preacute-teste foi aplicado em militares que jaacute tinham sido instrutores do Centro

de Instruccedilatildeo de Blindados que pelo conhecimento sobre blindados sobre rodas e

sobre lagartas envolvimento em exerciacutecios de simulaccedilatildeo virtual e no terreno e

experiecircncia no exterior apresentam condiccedilotildees de orientar corrigir ou incrementar as

questotildees propostas

2342 Questionaacuterio destinado aos oficiais em funccedilatildeo de desenvolvimento coordenaccedilatildeo ou chefia do Projeto Guarani

Pretendeu-se por meio da relaccedilatildeo desses militares com o assunto obter uma

anaacutelise do projeto inicial Guarani os objetivos buscados para compra dos

implementos dessa viatura e anaacutelise das capacidades que se espera atingir com o

projeto para que ao final da presente pesquisa a sugestatildeo esteja alinhada ao

projeto Guarani

2343 Questionaacuterio destinado aos comandantes e ex-comandantes de regimento de cavalaria de uma Brigada de Cavalaria Mecanizada (Apecircndice A)

25

Esse questionaacuterio buscou realizar do ponto de vista do cliente da engenharia

da brigada a anaacutelise da capacidade de apoio de engenharia empregada atualmente

nas Bda C Mec e identificar uma forma adequada de organizaccedilatildeo e emprego desse

apoio Da mesma forma foi procurado identificar meios necessaacuterios e apresentar

uma soluccedilatildeo para o apoio a tropas que empregam viaturas sobre rodas e sobre

lagartas analisando seus impactos no emprego e na logiacutestica

2344 Questionaacuterio destinado aos comandantes e ex-comandantes de regimento de cavalaria de uma Brigada de Cavalaria Mecanizada (Apecircndice B)

Esse questionaacuterio buscou realizar do ponto de vista do fornecedor do apoio

de engenharia a anaacutelise da capacidade de apoio de engenharia empregada

atualmente nas Bda C Mec e identificar uma forma adequada de organizaccedilatildeo e

emprego desse apoio Da mesma forma foi procurado identificar meios necessaacuterios

e apresentar uma soluccedilatildeo para o apoio a tropas que empregam viaturas sobre rodas

e sobre lagartas analisando seus impactos no emprego e na logiacutestica

2345 Questionaacuterio destinado aos oficiais de engenharia que tenham realizado curso de Comandante de Subunidade nos Estados Unidos ou na Alemanha (Apecircndice C)

Com base na experiecircncia desses militares buscou-se analisar soluccedilotildees para

adequaccedilatildeo do apoio e emprego de tropas e meios de engenharia a fim de capacitar

a engenharia da brigada ao apoio imediato aos Regimentos da Bda C Mec

2346 Questionaacuterio destinado aos oficiais na funccedilatildeo de instrutor do Centro de Instruccedilatildeo de Blindados que tenham realizado curso de Comandante de Subunidade nos Estados Unidos ou na Alemanha (Apecircndice D)

Com base na experiecircncia desses militares buscou-se analisar soluccedilotildees para

adequaccedilatildeo do apoio e emprego de tropas e meios de engenharia a fim de capacitar

a engenharia da brigada ao apoio imediato aos Regimentos da Bda C Mec

26

As respostas e sugestotildees apresentadas nessas questotildees proporcionaratildeo

ratificaratildeo ou retificaratildeo das ideias iniciais apresentadas no trabalho conduzindo o

autor a uma proposta amparada na experiecircncia e conhecimentos de diferentes

especialistas

235 Anaacutelise dos Dados

Os dados resultantes dos questionaacuterios contribuiram para questionamento e

reforccedilo das ideias inicialmente apresentadas por meio da experiecircncia nas funccedilotildees

de comandantes no emprego de tropas mecanizadas e blindadas e com

conhecimento do emprego de tropas americanas e alematildes

2351 Tabulaccedilatildeo dos dados

Os dados seratildeo categorizados quanto aos aspectos organizacionais

materiais de emprego e logiacutestica por meio do levantamento das diversas amostras

que compotildeem a presente pesquisa

A codificaccedilatildeo e tabulaccedilatildeo seguiraacute a verificaccedilatildeo da correta compreensatildeo dos

questionaacuterios por parte dos participantes e se as respostas foram transcritas de

forma coerente e com linguagem compreensiacutevel

As questotildees fechadas foram diretamente tabuladas dentro do universo de

determinado puacuteblico-alvo Para isso foram estabelecidos graacuteficos como recurso de

representaccedilatildeo dos resultados e analisados por processo de teacutecnica de anaacutelise

estatiacutestica inferencial

Os comentaacuterios foram posicionados apoacutes a apresentaccedilatildeo dos graacuteficos de

forma a permitir a anaacutelise do conteuacutedo qualitativo apresentado sendo os dados

analisados por processo de teacutecnica de anaacutelise estatiacutestica descritiva

Ao final de cada resultado das anaacutelises das questotildees foram apresentadas as

conclusotildees parciais referente ao respectivo questionaacuterio

27

3 REVISAtildeO DE LITERATURA

O conjunto de ideias e entendimentos que define ordena distingue e qualifica

as atividades de organizaccedilatildeo preparo e emprego das Forccedilas Armadas deve ser

harmocircnico de acordo com a definiccedilatildeo de Doutrina Militar (BRASIL 2014 p 1-1)

Com este propoacutesito evoluccedilotildees doutrinaacuterias buscam equilibrar as capacidades

atuais do Exeacutercito com as necessidades projetadas para futuras operaccedilotildees mantecirc-

lo adequado ao futuro imediato em termos de desenvolvimento organizacional

intelectual e tecnoloacutegico (EUA 2011 p ix traduccedilatildeo do autor)

Para que o Exeacutercito acompanhe a transformaccedilatildeo que ocorre na Era do

Conhecimento periacuteodo atual marcado pela raacutepida geraccedilatildeo e obsolescecircncia do

conhecimento essa harmonia deve ser constantemente analisada e retificada

(BRASIL 2014 p 1-1)

A duacutevida quanto agrave efetiva capacidade de uma forccedila em cumprir a missatildeo a que

se destina origina-se da desarmonia entre sua doutrina e emprego (fruto da

ineficiecircncia de um MEM por exemplo) o que deve ser uma premissa satisfatoacuteria

para motivar estudos que contribuam para o alcance da maacutexima prontidatildeo

operativa

Este estudo deve para tanto ser analisado por meio dos fatores

determinantes interrelacionados e indissociaacuteveis doutrina organizaccedilatildeo

adestramento material educaccedilatildeo pessoal e infraestrutura (DOAMEPI) os quais

contribuem para o desenvolvimento de uma das capacidades prioritaacuterias para a F

Terr a efetividade da doutrina (BRASIL 2014 p 3-3)

A fim de facilitar o entendimento esta seccedilatildeo estaacute dividida da seguinte forma

Consideraccedilotildees iniciais onde seratildeo abordados os fundamentos baacutesicos para

entendimento de conceitos que permeiam o assunto contribuindo para uma correta

avaliaccedilatildeo e desenvolvimento de uma soluccedilatildeo doutrinariamente harmoniosa Brigada

de Cavalaria Mecanizada onde seratildeo abordadas as necessidades de apoio de

engenharia nas Operaccedilotildees de Aproveitamento do Ecircxito Companhia de Engenharia

de Combate Mecanizada onde seratildeo apresentadas as caracteriacutesticas de seu

emprego em Operaccedilotildees Ofensivas Materiais de Emprego Militar disponiacuteveis no

mundo para reforccedilo dos Pel E Cmb no apoio agrave mobilidade os quais podem ajustar

as capacidades das Cia E Cmb e por uacuteltimo seraacute analisado o emprego de tropas

28

semelhantes agraves Bda C Mec nos EUA e na Alemanha onde a engenharia de brigada

preste apoio agrave tropa mecanizada que tenha em sua constituiccedilatildeo elementos de

reconhecimento

31 CONSIDERACcedilOtildeES INICIAIS

As seguintes consideraccedilotildees iniciais satildeo importantes para uma anaacutelise precisa

da capacidade da Cia E Cmb Mec em apoiar os Regimentos da Bda C Mec na

mobilidade em operaccedilotildees ofensivas e consequentemente para a construccedilatildeo de

uma proposta satisfatoacuteria com o objetivo do trabalho

311 Operaccedilotildees de Aproveitamento do Ecircxito

As Operaccedilotildees Ofensivas satildeo operaccedilotildees decisivas que visam engajar forccedilas

superiores ao do inimigo em local e momento decisivos a fim de destruiacute-lo por

meio do fogo do movimento e da accedilatildeo de choque (BRASIL 2014 p 4-3) A accedilatildeo

de choque por sua vez deve ser entendida como o impacto psicoloacutegico causado

pelo carro de combate ao inimigo por meio do poder de fogo aparente

invulnerabilidade ruiacutedo e capacidade de transpor obstaacuteculos (BRASIL 2016 p 29)

Dentre os tipos de Operaccedilatildeo Ofensiva o trabalho explorou o Aproveitamento

do Ecircxito o qual destaca-se pela maior necessidade de apoio imediato agrave mobilidade

por elementos mais proacuteximos agraves peccedilas de manobra de ataque (os Pel E Cmb)

Nesses casos em que os elementos empregados em primeiro escalatildeo necessitam

de apoio imediato e contiacutenuo normalmente a engenharia da brigada emprega seus

pelototildees sob a Situaccedilatildeo de Comando Reforccedilo (BRASIL 1999 p 2-28)

O Aproveitamento do Ecircxito operaccedilatildeo que conquista os resultados mais

decisivos se discorre apoacutes o aproveitamento de um ataque bem sucedido no qual

a forccedila inimiga encontra dificuldades para se defender O avanccedilo contiacutenuo e raacutepido

sobre as forccedilas inimigas desorganizadas buscam ampliar as vantagens impedindo

uma reorganizaccedilatildeo ou a realizaccedilatildeo de um movimento retroacutegrado (BRASIL 2000 p

5-17)

Na Bda C Mec o RCB normalmente constitui o escalatildeo avanccedilado no

Aproveitamento do Ecircxito Cabe agrave engenharia por sua vez reduzir a accedilatildeo dos

obstaacuteculos naturais ou artificiais permitindo a adoccedilatildeo de um deslocamento de forccedila

29

mais adequado garantindo a conquista de resultados decisivos em menor tempo e

com miacutenimo de perdas Com o intuito de manter o movimento contiacutenuo e

permanente o apoio de engenharia aos regimentos eacute realizado de forma

descentralizada permitindo o apoio a elementos afastados do escalatildeo superior

desde que adequadamente reforccedilado em meios (BRASIL 2000 p 5-18)

Tanto o Aproveitamento do Ecircxito quanto o Ataque de Oportunidade satildeo

accedilotildees que decorrem de uma interpretaccedilatildeo do comandante sobre os acontecimentos

do combate A incerteza de sua realizaccedilatildeo aleacutem de quando onde e como seraacute

realizada seraacute definida pela imediata expediccedilatildeo de ordens fragmentaacuterias pelo

comandante as quais exigem que o pelotatildeo tenha permanentemente condiccedilotildees de

apoiar (BRASIL 2000 p 5-9) Para a engenharia a proximidade e a disponibilidade

de meios adequados determinaraacute a efetividade do apoio prestado aos elementos

em primeiro escalatildeo desta brigada

312 Situaccedilatildeo de Comando Reforccedilo

Quando empregado em situaccedilatildeo de comando reforccedilo o Pel E Cmb subordina-

se diretamente ao comandante do regimento No aproveitamento do ecircxito esta eacute a

situaccedilatildeo de comando normalmente empregada devido agrave necessidade de plena

autonomia e pela incapacidade de apoio da companhia devido ao seu afastamento

em relaccedilatildeo aos pelototildees (BRASIL 1999 p 1-14)

Cabe ao pelotatildeo portanto o apoio aproximado imediato e contiacutenuo com

equipamentos adequados devendo para isso ser reforccedilado pela Cia E Cmb em

meios e se necessaacuterio em pessoal (BRASIL 1999 p 1-14) garantindo a rapidez

do movimento a fim de multiplicar o poder de combate contribuindo para o melhor

emprego da potecircncia de fogo e da accedilatildeo de choque do elemento apoiado Desta

forma busca-se diminuir o risco com base na premissa de que quanto maior o

tempo de exposiccedilatildeo do escalatildeo de ataque aos fogos maiores seratildeo suas perdas

(BRASIL 2000 p 5-15)

313 Funccedilatildeo de Combate Movimento e Manobra

A Funccedilatildeo de Combate Movimento e Manobra estaacute relacionada com o conjunto

de atividades tarefas e sistemas inter-relacionados empregados para deslocar

30

forccedilas de modo a posicionaacute-las em situaccedilatildeo de vantagem em relaccedilatildeo ao inimigo

(BRASIL 2014 p 5-10)

Para este estudo cresce de importacircncia o entendimento de manobra como se

segue

A manobra concentra e dispersa o poder de combate para manter o inimigo

em desvantagem Consegue resultados que de outra forma seriam

dispendiosos Manobra eficaz manteacutem forccedilas inimigas fora do equiliacutebrio

fazendo-as enfrentar novos problemas e novos perigos mais raacutepido do que

eles podem combatecirc-los As forccedilas do Exeacutercito ganham e preservam a

liberdade de accedilatildeo reduzem a vulnerabilidade e exploram o sucesso

atraveacutes da manobra Manobra eacute mais que fogo e movimento Inclui a

aplicaccedilatildeo dinacircmica e flexiacutevel de todos os elementos do poder de combate

(EUA 2011 p A-2 traduccedilatildeo do autor)

O emprego da Engenharia estaacute intimamente ligada agrave funccedilatildeo de combate

movimento e manobra particularmente no que tange agrave promoccedilatildeo da mobilidade agraves

tropas subordinadas ao escalatildeo a que pertence (BRASIL 2014 p 6-3)

314 Modularidade

A modularidade eacute a aptidatildeo de um elemento de combate de receber moacutedulos

que ampliem seu poder de combate ou lhe agreguem capacidades (BRASIL 2014

6-14)

Este conceito surgiu da necessidade de empregar forccedilas em torno de

formaccedilotildees menores e mais versaacuteteis No niacutevel taacutetico e operacional a rotineira

necessidade de operaccedilatildeo em aacutereas natildeo-contiacuteguas por unidades subordinadas se

contrapunha ao contiacuteguo e hieraacuterquico arranjo das forccedilas terrestres (EUA 2011 p

C-1 traduccedilatildeo do autor)

Embora o conceito seja novo a engenharia jaacute emprega seus elementos com

certa modularidade Um exemplo eacute o Pel E Cmb que natildeo possui meios adequados

para por exemplo realizar o lanccedilamento de um campo minado em poucos minutos

Ele necessita que uma viatura dotada de um sistema de dispersatildeo de minas bem

como a guarniccedilatildeo da mesma sejam adicionados ao Pelotatildeo

31

315 Projeto Guarani

O Projeto Guarani teve sua origem a partir da necessidade de substituiccedilatildeo das

Viatura Blindada de Transporte de Pessoal (VBTP) EE-11 Urutu (FIGURA 1) e

Viatura Blindada sobre Rodas (VBR) EE-9 Cascavel (FIGURA 2) as quais se

encontram em fase de obsolescecircncia e atraso tecnoloacutegico perante os moderno

cenaacuterio de batalha conforme informado pelo Escritoacuterio de Projetos do Exeacutercito

(EPEx)

FIGURA 1 ndash Viatura Blindada de Transporte de Pessoal EE-11 Urutu Fonte Siacutetio eletrocircnico Youtube Acesso em 1 ago 2018

FIGURA 2 Viatura Blindada de Rodas EE-9 Cascavel Fonte Siacutetio eletrocircnico Defesanet Acesso em 22 dez 2017

32

O projeto que remonta a origem de sua concepccedilatildeo no final da deacutecada de

1990 tem em sua proposta inicial o objetivo de modernizar as Brigadas de

Infantaria Motorizadas recentemente transformadas em Brigadas de Infantaria

Mecanizada bem como modernizar as Brigadas de Cavalaria Mecanizada

Atualmente as Viaturas Blindadas de Transporte de Pessoal Meacutedia de Rodas

(VBTP-MR) Guarani jaacute comeccedilaram a ser distribuiacutedas

FIGURA 3 Viatura Blindada de Transporte de Pessoal Meacutedia de Rodas Guarani Fonte Siacutetio eletrocircnico EPEx Acesso em 22 dez 2017

O projeto originalmente era constituiacutedo de duas versotildees de viatura uma 6x6 e

uma 8x8 Esta uacuteltima versatildeo que contaria com um canhatildeo 105 mm encontra-se

atualmente paralisada Aleacutem disso era previsto uma famiacutelia de blindados

constituiacuteda de viaturas morteiro lanccediladoras de ponte especial de engenharia

desminagem entre outras as quais teriam seus protoacutetipos ainda a serem

desenvolvidos (DEFESANET 2017)

Quanto agrave substituiccedilatildeo das Viaturas Cascavel foi adiada conforme Boletim do

Exeacutercito Nr 48 publicado em 1ordm de dezembro de 2017 A portaria cria o Projeto de

Obtenccedilatildeo da Viatura Blindada de Reconhecimento ndash Meacutedia sobre Rodas (VBR-

MSR) 6x6 que consiste na modernizaccedilatildeo da Viatura Cascavel (DEFESANET

2017)

33

As viaturas especiais de engenharia tambeacutem fruto das dificuldades

orccedilamentaacuterias teratildeo seu desenvolvimento adiado Para dirimir essa inexistecircncia de

material para apoiar as tropas mecanizadas a Diretoria de Material de Engenharia

estaacute em processo de aquisiccedilatildeo de implementos de engenharia para serem

incorporados agraves VBTP-MR Guarani conforme informado em visita ao Departamento

de Engenharia e Construccedilatildeo (DEC)

32 BRIGADA DE CAVALARIA MECANIZADA

A missatildeo preciacutepua da Brigada de Cavalaria Mecanizada eacute cumprir missotildees de

seguranccedila conquanto tem a capacidade de executar operaccedilotildees ofensivas e

defensivas em operaccedilotildees de seguranccedila ou como elemento de aplicaccedilatildeo do

princiacutepio de guerra ldquoeconomia de meiosrdquo (BRASIL 2000 p 1-2) Dentre as

operaccedilotildees ofensivas a brigada tem possibilidade de executar as manobras de

flanco o aproveitamento do ecircxito e a perseguiccedilatildeo (BRASIL 2000 p 1-3)

Algumas caracteriacutesticas da Bda C Mec destacam-se pelo impacto que causam

nas necessidades do apoio prestado pela engenharia como a boa mobilidade

taacutetica e estrateacutegica que permite grande raio de accedilatildeo deslocamento em alta

velocidade em estrada e realizaccedilatildeo de manobras raacutepidas e flexiacuteveis a proteccedilatildeo

blindada que permite razoaacutevel grau de seguranccedila no combate embarcado e a

flexibilidade o que permite o emprego em largas frentes e grande profundidade

(BRASIL 2000 p 1-2)

Pelas caracteriacutesticas que lhe atribuem mobilidade destacam-se como

limitaccedilotildees a vulnerabilidade a ataques aeacutereos a sensibilidade ao largo emprego de

minas e obstaacuteculos artificiais e mobilidade restrita em terrenos montanhosos

arenosos pedregosos cobertos e pantanosos aleacutem de sua restriccedilatildeo agraves condiccedilotildees

meteoroloacutegicas adversas e grande dependecircncia de uso de rede rodoviaacuteria (BRASIL

2000 p 1-4)

Na Operaccedilatildeo de Aproveitamento do Ecircxito a Bda progride em larga frente

sendo mantidas em reserva apenas forccedilas que possibilitem assegurar a

flexibilidade a impulsatildeo e a seguranccedila Para isso eacute empregada tatildeo vigorosamente

quanto possiacutevel contra forccedilas que encontrem dificuldade de manter suas posiccedilotildees

evitando o seu engajamento contra tropas de poder insuficiente para ameaccedilaacute-la a

fim de atingir rapidamente seus objetivos e mantecirc-lo Para isso a decisatildeo de

34

desbordar ou engajar forccedilas pode ser delegada aos Cmt subordinados (BRASIL

2000 p 5-20)

A dependecircncia do deslocamento por estradas estaacute associada aos meios de

transporte utilizada pelas brigadas mecanizadas Suas viaturas sobre rodas tem

uma extrema vulnerabilidade no deslocamento atraveacutes campo principalmente em

deslocamentos em periacuteodos chuvosos ou atraveacutes de terrenos alagadiccedilos

ocasionando normalmente o atolamento das mesmas

A Bda C Mec possui como peccedilas de manobra orgacircnicas para emprego em

primeiro escalatildeo dois Regimentos de Cavalaria Mecanizado e um Regimento de

Cavalaria Blindado (BRASIL 2000 p 1-11) A engenharia responsaacutevel por dirimir

suas restriccedilotildees eacute uma Cia E Cmb Mec conforme demonstrado na FIGURA 4

FIGURA 4 Organograma de uma Brigada de Cavalaria Mecanizada Fonte Instruccedilatildeo do C I Bld

Depois das brigadas blindadas a Bda C Mec eacute a tropa mais apta para realizar

operaccedilotildees como forccedila de aproveitamento do ecircxito Essa grande unidade pode ser

35

empregada como forccedila de Apvt Ecircxi ou de acompanhamento e apoio do Esc Sup ou

aproveitar o ecircxito de suas proacuteprias operaccedilotildees (BRASIL 2000 p 5-18)

Nesse tipo de operaccedilatildeo a brigada progride em larga frente desde que o

terreno e a rede de estradas permitam permanecendo o miacutenimo de forccedilas em

reserva

321 Regimento de Cavalaria Mecanizado

O Regimento de Cavalaria Mecanizado eacute empregado pela Brigada nas

missotildees de reconhecimento e seguranccedila (BRASIL 2002 p 1-1) ou como elemento

de aplicaccedilatildeo do princiacutepio de economia de meios pela Bda (BRASIL 2002 p 6-1)

O Regimento eacute constituiacutedo organicamente por um comando 3 Esquadrotildees de

Cavalaria Mecanizada (Esqd C Mec) (BRASIL 2000 p 1-11) conforme

representado na Figura 2

FIGURA 5 Organograma de um Regimento de Cavalaria Mecanizado Fonte Instruccedilatildeo do C I Bld

Dentre as operaccedilotildees ofensivas o RC Mec considerado unidade blindada leve

eacute o elemento mais apto para as missotildees de aproveitamento do ecircxito e perseguiccedilatildeo

em razatildeo das caracteriacutesticas de suas viaturas (BRASIL 2002 p 1-1)

36

As viaturas empregadas pelo regimento satildeo aleacutem das Viaturas Taacuteticas Leve

as viaturas EE-9 Cascavel e a VBTP-MR 6x6 Guarani (DEFESANET 2017) as

quais possuem grande mobilidade e baixa classe sendo elas respectivamente

classe 11 e 20 poreacutem alta dependecircncia de utilizaccedilatildeo de estradas

A Bda pode ainda organizar o RC Mec como Forccedila-Tarefa (FT) a fim de

aumentar as possibilidades de ecircxito em determinadas funccedilotildees podendo receber

Esquadratildeo de Carro de Combate (Esqd CC) Esquadratildeo de Fuzileiro Blindado

(Esqd Fuz Bld) Companhia de Fuzileiro Blindado (Cia Fuz Bld) FT Esqd CC FT

Esqd Fuz Bld FT Cia Fuz Bld e Cia Fuz Mtz (BRASIL 2002 p 1-9)

322 Regimento de Cavalaria Blindada

O RCB elemento responsaacutevel por proporcionar capacidade ofensiva agrave Bda

(BRASIL 2002 p 7-6) possui uma organizaccedilatildeo semelhante a de uma Forccedila Tarefa

(FT) empregando 2 (dois) esquadrotildees de fuzileiros (Esqd Fuz) e 2 (dois)

esquadrotildees de carro de combate (Esqd CC) aleacutem de um Esquadratildeo de Comando e

Apoio (Esqd C Ap) (BRASIL 2000 p 1-12)

FIGURA 6 Organograma de um Regimento de Cavalaria Blindado Fonte Instruccedilatildeo do C I Bld

37

O Esqd Fuz eacute dotado das viaturas de transporte de pessoal VBTP M113

(Mesquita 2015) (FIGURA 7) viatura anfiacutebia de origem americana de classe 11

FIGURA 7 Viatura Blindada de Transporte de Pessoal M113 Fonte Siacutetio eletrocircnico EXEacuteRCITO BRASILEIRO Acesso em 22 dez 2017

O Esqd CC possui as viaturas de combate VBC CC M60 A3-TTS (Mesquita

2015) (Figura 8) viatura americana de classe 55 e capacidade de transposiccedilatildeo

submersa em curso de aacutegua de ateacute 240 m de profundidade com preparaccedilatildeo

FIGURA 8 Viatura Blindada de Combate Carro de Combate M60 A3-TTS Fonte Siacutetio eletrocircnico 20RCB Acesso em 22 dez 2017

38

Esta viatura foi substituiacuteda na maioria dos regimentos pela VBC CC Leopard

1 BR (Mesquita 2015) (Figura 9) de origem alematilde classe 45 com capacidade de

transposiccedilatildeo submersa de cursos de aacutegua de ateacute 225 com preparaccedilatildeo e 4 m com

snorkel

FIGURA 9 Viatura Blindada de Combate Carro de Combate Leopard 1BR Fonte Siacutetio eletrocircnico DEFESANET Acesso em 22 dez 2017

Com suas viaturas sobre lagartas o RCB eacute a forccedila da brigada para emprego

da accedilatildeo de choque proteccedilatildeo blindada e mobilidade (BRASIL 2000 p 6-25) Por

caracteriacutesticas de suas viaturas o regimento possui grande vulnerabilidade a

ataques aeacutereos armas anticarro e minas

33 COMPANHIA DE ENGENHARIA DE COMBATE MECANIZADA

A Cia E Cmb Mec tem por missatildeo multiplicar o poder de combate da Bda

proporcionando-lhe mobilidade contramobilidade e contribuindo para sua proteccedilatildeo

(BRASIL 2000 P 4-1)

39

As capacidades que cabem agrave Cia E Cmb Mec satildeo fruto das necessidades da

Bda C Mec a quem estaacute subordinada Essas capacidade estatildeo intimamente ligadas

agraves limitaccedilotildees dos seus meios

Na Bda as necessidades de apoio fazem-se sentir particularmente junto

aos elementos de primeiro escalatildeo exigindo desta forma a colocaccedilatildeo dos

meios mais agrave frente possiacutevel A Companhia de Engenharia de Combate

Mecanizada (Cia E Cmb) eacute organizada com meios destinados a atender agraves

necessidades miacutenimas e mais imediatas da frente de combate (BRASIL

2000 p 1-16)

Face agraves necessidades da Brigada serem maiores junto aos elementos em

primeiro escalatildeo a Cia E Cmb menos esses elementos deve ser capaz de realizar

os trabalhos de apoio ao conjunto realizando trabalhos de interesse da Bda como

um todo aumentar o apoio aos elementos em primeiro escalatildeo e ainda ficar em

condiccedilotildees de apoiar a reserva quando empregada (BRASIL 2000 p 2-4)

No aproveitamento do ecircxito as necessidades de apoio ao conjunto aumentam

sendo necessaacuteria a distribuiccedilatildeo de elementos de engenharia no terreno de acordo

com o avanccedilo do ataque poreacutem sem deixar de preservar a atenccedilatildeo preciacutepua ao

emprego oportuno do apoio aos Regimentos em primeiro escalatildeo (BRASIL 1999 p

5-14)

O comandante da engenharia da brigada faz sentir sua influecircncia na conduta

do combate ao manter os meios de engenharia sempre em condiccedilotildees de atender

agraves necessidades de apoio tanto as planejadas como as imprevistas (BRASIL

1999 p 5-14)

O apoio de engenharia aos elementos de manobra da brigada eacute feito sob a

forma de apoio direto ou reforccedilo No aproveitamento do ecircxito a situaccedilatildeo de

comando reforccedilo normalmente eacute adotada emprego dos pelototildees de combate

(BRASIL 1999 p 5-14)

No apoio agrave mobilidade a Cia E Cmb busca manter a liberdade de manobra dos

Regimentos e sua impulsatildeo do ataque minimizando os efeitos dos obstaacuteculos

naturais e artificiais (BRASIL 1999 p 5-4)

Para apoiar o RCB e o RC Mec a Companhia de Engenharia tem a

possibilidade de apoiar ateacute 3 peccedilas de manobra simultaneamente lanccedilar ou

construir obstaacuteculos abrigos e outros trabalhos de organizaccedilatildeo do terreno que

40

requeiram matildeo-de-obra eou equipamentos especializados lanccedilar e remover

obstaacuteculos realizar abertura e fechamento de passagens em obstaacuteculos montar e

operar ateacute duas portadas pesadas lanccedilar trecircs pontes de pequena brecha construir

manter e operar portadas pesadas recebidas do escalatildeo superior conservar e

reparar estradas e realizar o estudo teacutecnico do terreno apontando os corredores de

mobilidade (BRASIL 2000 p 4-2 2-2 e 2-3)

Para isso a Companhia estaacute organizada da seguinte forma uma Seccedilatildeo de

Comando um Pelotatildeo de Engenharia de Apoio um Pelotatildeo de Equipagem de

Assalto e trecircs Pelototildees de Engenharia de Combate (BRASIL 2000 p 4-1)

conforme FIGURA 10

FIGURA 10 Organograma de uma Companhia de Engenharia de Combate Mecanizada Fonte Adaptado do manual BRASIL (2000 p 4-1)

331 O Pelotatildeo de Engenharia de Apoio

O Pelotatildeo de Engenharia de Apoio (Pel E Ap) eacute responsaacutevel por reforccedilar os

Pel E Cmb com caminhotildees basculantes viaturas blindadas especiais de engenharia

(VBE) equipamentos pesados de engenharia pessoal especializado ou natildeo e

41

equipamentos especializados na guerra com minas conforme previsto no manual

C5-10 (p 4-5)

Para a execuccedilatildeo de suas missotildees o Pel E Ap emprega uma Seccedilatildeo de

Comando um Grupo de Comando um Grupo de Mineiros um Grupo de

Equipamento de Engenharia um Grupo de Engenharia de Construccedilatildeo um grupo de

Caminhatildeo Basculante e um Grupo de Engenharia de Combate (BRASIL 1999 p 4-

6) conforme organograma da Figura 11

FIGURA 11 Organograma de um Pelotatildeo de Engenharia de Apoio Fonte Brasil (2000 p 4-1)

Ainda de acordo com o material disponiacutevel descrito no manual C5-10 os

principais materiais e equipamentos com que o Pel E Ap pode reforccedilar os Pel E

Cmb no apoio agrave mobilidade no Aproveitamento do Ecircxito satildeo viaturas blindadas

especiais de engenharia (VBE) reboque com equipamento para abertura de trilhas

em obstaacuteculos (o qual se refere ao equipamento de abertura de brecha) e reboque

com Eqp para disseminaccedilatildeo de minas motosserra compressor de ar e jogo de

ferramentas pneumaacuteticas aparelho de solda arco voltaico e conjunto para

balizamento de passagens

42

Dos citados materiais cabe salientar que natildeo existe nas Cia E Cmb Mec

viaturas especiais de engenharia equipamentos para abertura de brecha para

disseminaccedilatildeo de minas nem jogo de ferramentas pneumaacuteticas

332 O Pelotatildeo de Equipagem de Assalto

O Pelotatildeo de Equipagem de Assalto (Pel Eq Ass) tem como missatildeo junto aos

Pel E Cmb reforccedilar com seus equipamentos e materiais eou com pessoal

especializado principalmente missotildees relacionadas agrave transposiccedilatildeo de curso de

aacutegua (BRASIL 1999 p 4-7)

O Pel Eq Ass eacute constituiacutedo por um Gp Cmdo Grupo de Botes de Assalto

Grupo de Passadeiras Grupo de Portadas e Grupo de Ponte de Pequenas Brechas

(BRASIL 1999 p 4-8) conforme Figura 12

FIGURA 12 Organograma do Pelotatildeo de Engenharia de Assalto Fonte Brasil (2000 p 4-1)

Os principais equipamentos que o pelotatildeo possui satildeo botes de assalto

equipagem de passadeira portada pesada e veiacuteculos lanccediladores de pontes de

pequenas brechas Embora natildeo especificados nos manuais que fazem referecircncia

se seriam sobre rodas ou sobre lagartas foi considerado pelo autor que as viaturas

43

lanccediladoras de ponte de pequena brecha da Cia E Cmb Mec seja sobre rodas

partindo do princiacutepio que no DAMEPLAN existe ponte de classe 30 lanccedilada por

viatura

Dos materiais acima citados com que o Pel E Cmb Mec precisa ser reforccedilado

no Aproveitamento do Ecircxito o principal meio eacute a viatura lanccediladora de pontes sobre

rodas a qual natildeo existe no Exeacutercito Brasileiro

333 O Pelotatildeo de Engenharia de Combate Mecanizado

O pelotatildeo fraccedilatildeo baacutesica de apoio junto agraves armas (BRASIL 1999 p 1-10) que

tem por missatildeo realizar dentro de suas possibilidade os trabalhos teacutecnicos de

engenharia em proveito da brigada como um todo ou da peccedila de manobra da arma-

base apoiada (BRASIL 2000 p 4-9) Composto por um grupo de comando e 3

Grupos de Engenharia (GE) os quais estes constituem elemento baacutesico de

trabalho (BRASIL 1999 p 1-10) o Pel E Cmb estaacute organizado conforme

representado na FIGURA 13

FIGURA 13 Organograma de um Pelotatildeo de Engenharia de Combate Mecanizado Fonte Brasil (2000 p 4-1)

44

Segundo o manual C 5-10 nas operaccedilotildees ofensivas o Cmt Cia E designa

normalmente um Pel E Cmb para apoiar cada regimento da Brigada (BRASIL

1999 p 4-2) Para isso o Pel E Cmb tem as seguintes capacidades produccedilatildeo de

cortina de fumaccedila trabalhos de minagem e desminagem (manual tendo em vista

que a Cia E Cmb natildeo possui equipamento especializado) trabalho de destruiccedilotildees e

de explosivos e trabalho de fortificaccedilatildeo de campanha limitado aos seus

equipamentos de engenharia (BRASIL 1999 p 4-9) (equipamentos inadequados

para o aproveitamento do ecircxito pois natildeo possuem proteccedilatildeo blindada nem

conseguem acompanhar os elementos apoiados)

Aleacutem disso o pelotatildeo pode conduzir consigo o material para abertura de

passagem em campo de minas O uacutenico material com o qual o Pel E tem contato

por ocasiatildeo do adestramento tanto por tropas mecanizadas como blindadas eacute o

RAMBS

O RAMBS consiste em uma carga linear explosiva que abre uma trilha de 06

metros de largura por 6 metros de comprimento em campo de minas abrindo um

caminho para tropa a peacute (BRASIL 2000 p D-2) portanto ineficiente para a

transposiccedilatildeo de qualquer viatura as quais necessitam de uma abertura de brecha

com medidas miacutenimas de 35 metros (BRASIL 2000 p D-8)

Aleacutem desse equipamento o uacutenico material para remoccedilatildeo de minas eacute o

utilizado em desminagem humanitaacuteria ou seja material de desminagem manual O

material para desminagem manual consiste em bastatildeo de sondagem roupa de

proteccedilatildeo capacete de minas bandeirolas entre outros os quais ineficientes para

abertura de brecha sob fogos inimigos devido a inexistecircncia de proteccedilatildeo para os

membros da equipe embora eficientes para missotildees humanitaacuterias (BRASIL 2000

p 5-18)

Aleacutem desse material baacutesico que acompanha o pelotatildeo outros materiais podem

reforccedilar as capacidades do pelotatildeo conforme o estudo da missatildeo Os meios de

transposiccedilatildeo de obstaacuteculos oriundos da Cia E Cmb satildeo normalmente passados em

reforccedilo pelo Pelotatildeo de Equipagem de Assalto e pelo Pelotatildeo de Engenharia de

Apoio

Os Pel E Cmb quando natildeo reforccedilados tem condiccedilotildees ainda mais limitadas de

apoio por conduzir material de pequena capacidade de trabalho os quais estatildeo

contidos na caixa de sapador Embora estejam previstas ferramentas pneumaacuteticas

45

suas caixas de sapador satildeo constituiacutedas de materiais baacutesicos como enxada paacute

picareta fateixa boca-de-lobo trena martelo

34 MATERIAIS DE EMPREGO MILITAR DISPONIacuteVEIS NO MUNDO PARA

REFORCcedilO AOS PEL E CMB NO APOIO Agrave MOBILIDADE

Os meios utilizados em reforccedilo dos Pel E Cmb atribuem a capacidade de

realizar trabalhos e diminuem o tempo de execuccedilatildeo e consequentemente o tempo

de exposiccedilatildeo aos fogos inimigos Para as Cia E Cmb que possuem blindados como

viatura de transporte (Cia E Cmb MecBld) destaca-se a importacircncia dos meios que

podem ser utilizados mantendo a proteccedilatildeo blindada durante sua operaccedilatildeo como eacute

o caso das Viaturas Blindadas de Engenharia aumentando a seguranccedila da

guarniccedilatildeo e do equipamento os quais satildeo considerados meios muito nobres

devido sua especificidade

O emprego das viaturas denominadas especiais proporciona proteccedilatildeo

blindada o que garante consideraacutevel manutenccedilatildeo da funcionalidade da viatura sob

fogos de determinado calibres rapidez na abertura da passagem e seguranccedila Essa

uacuteltima caracteriacutestica contribui para garantir a preservaccedilatildeo do Poder Relativo de

Combate (PRC) o emprego oportuno e eficiente dos meios pelo Cmt Pel conforme

previsto no Manual EB20-MC-10208 ndash Proteccedilatildeo (2015 p 1-1)

As viaturas tambeacutem proporcionam grande mobilidade pois seus meios primam

pelo maacuteximo emprego de seus implementos de forma embarcada Desta forma

aleacutem da seguranccedila evitando a exposiccedilatildeo da guarniccedilatildeo da viatura evita-se a perda

de tempo no desembarque de militares e dos meios embarque e preparaccedilatildeo

No manual C 5-10 - O apoio de engenharia no escalatildeo brigada ndash as viaturas

que o Pel E Ap e o Pel Eq Ass possuem para reforccedilo dos pelototildees satildeo Viatura

Blindada Especial Lanccedila-Pontes (VBEL Pnt) e Viatura Blindada de Combate de

Engenharia (VBCE)

O manual C 5 ndash 37 ndash Minas e armadilhas descreve alguns outros materiais

como o reboque com MICLIC Giant Viper viatura rolo e viatura arado No

DAMEPLAN eacute feito menccedilatildeo ao equipamento para abertura de brecha equipamento

de tubos para transposiccedilatildeo de fosso aleacutem dos implementos lacircmina frontal rolo e

equipamento para disseminaccedilatildeo de mina AC lanccedila para guindaste e

escavadeiraque tambeacutem seraacute abordada natildeo existem nas Cia E Cmb Mec Para

46

entendimento da importacircncia e capacidades de cada um seratildeo abordadas suas

caracteriacutesticas e possibilidades

341 Viatura blindada especial lanccediladora de pontes de pequena brecha

Embora natildeo tenha sido encontrado nenhum dado limitador que definisse o

limite para ser considerada uma ponte de pequena brecha foi delimitada pelo autor

como ponte de pequena brecha aquela transportada por uma uacutenica viatura blindada

capaz de ser lanccedilada sem desembarque eou complemento em procedimento por

outro elemento mesmo que embarcado em outra viatura

As VBEL Pnt satildeo viaturas que tem a capacidade de realizar o lanccedilamento de

pontes sobre cursos drsquoaacutegua valetas e como rampas ascendentes ou descendentes

Essas viaturas podem ser divididas em dois tipos de lanccedilamento vertical e

horizontal

O lanccedilamento horizontal cuja sequecircncia de lanccedilamento eacute apresentada na

figura 16 eacute o tipo de lanccedilamento no qual a ponte desloca-se em quase sua

totalidade na horizontal caracteriacutestica esta que diminui a exposiccedilatildeo excessiva da

viatura no campo de batalha

FIGURA 14 Sequecircncia de lanccedilamento do tipo horizontal de ponte de pequena brecha Fonte Siacutetio eletrocircnico FAS Acesso em 3 jul 2018

47

O lanccedilamento vertical eacute o deslocamento realizado onde a ponte projeta-se no

sentido vertical antes de ser projetada na horizontal para lanccedilamento sobre o solo

A Viatura Blindada Especial Lanccedila-Pontes Leopard 1BR (VBEL Pnt Leo 1

BR) eacute viatura alematilde modificada da versatildeo alematilde BIBER para o Brasil Construiacuteda a

partir do chassi do Leopard 1 esta eacute capaz de lanccedilar uma ponte de classe 50 de 22

metros sobre um vatildeo de 20 metros (MANUAL DE OPERACcedilAtildeO DA VIATURA

BLINDADA ESPECIAL LANCcedilA-PONTES LEOPARD 1 BR p 2)

O Brasil adquiriu essa viatura junto com a compra dos Leopard 1 A5 BR em

2009 dando agrave tropa blindada a capacidade de transpor obstaacuteculos como cursos

drsquoagravegua e valetas

FIGURA 15 Viatura Blindada Especial Lanccedila-Pontes Leopard 1 BR Fonte Siacutetio eletrocircnico ldquoArmyvehiclesrdquo Acesso em 30 mar 2018

A Viatura Blindada Lanccedila-Pontes Titan eacute uma viatura britacircnica baseada no

chassi do carro de combate Challenger 2 capaz de lanccedilar uma uacutenica ponte de 26 m

em menos de dois minutos ou duas pontes de 12 m em apenas 90 segundos Esta

viatura tem o mesmo niacutevel de proteccedilatildeo da VBCC fornecendo um niacutevel muito alto de

proteccedilatildeo contra armas de fogo direto aleacutem de consideraacutevel proteccedilatildeo contra minas

48

terrestres e contra agentes QBRN (Quiacutemico bioloacutegico radioloacutegico e nuclear)

(MILITARY-TODAY201)

A FIGURA 16 a seguir mostra que a viatura realiza um lanccedilamento do tipo

vertical representado pela sequecircncia de imagens abaixo apresentada

FIGURA 16 Viatura lanccediladora de pontes Titan Fonte Adaptado do siacutetio eletrocircnico ldquoYoutuberdquo Acesso em 15 ago 2018

A Viatura Blindada Lanccedila-Pontes M104 Wolverine eacute a viatura para

transposiccedilatildeo de pequenas brechas utilizada pelos Estados Unidos Construiacuteda a

partir do chassi da viatura carro de combate M1A2 Abrams a viatura Wolverine tem

a capacidade de lanccedilar ponte de classe 70 sobre brechas de ateacute 24 metros

(MILITARY-TODAY201)

A VBEL Pnt que realiza lanccedilamento do tipo horizontal possui proteccedilatildeo

semelhante agrave viatura carro de combate M1A2 Abrams e possui um sistema de

gerenciamento de campo de batalha a fim de aumentar a consciecircncia situacional

no campo de batalha (MILITARY-TODAY201)

49

Figura 17 Viatura Blindada Especial Lanccedila-Pontes M104 Wolverine Fonte Siacutetio eletrocircnico ldquoMILITARY-TODAYrdquo Acesso em 15 ago 2018

342 Viatura Blindada Especial de Engenharia

Natildeo existe uma padronizaccedilatildeo de nomenclatura para esse tipo de viatura nem

um padratildeo definido mas os recursos variam entre uma lacircmina grande ou arados

para minas um canhatildeo de demoliccedilatildeo de grande calibre perfuratriz guinchos braccedilo

e guindaste de escavadeira ou para iccedilamento de cargas (WIKIPEDIA 20)

Neste trabalho seraacute considerada Viatura Blindada Especial de Engenharia

assim como eacute utilizada na documentaccedilatildeo do Centro de Instruccedilatildeo de Blindados com

base na definiccedilatildeo constante na Portaria Nr 023 ndash DMB de 20 de novembro de 1998

ndash Normas reguladoras para classificaccedilatildeo registro e identificaccedilatildeo dos veiacuteculos

oficiais no acircmbito do Ministeacuterios do Exeacutercito (NORCRIVE) Essa explicaccedilatildeo se faz

necessaacuteria porque muitos ainda descrevem como nosso manual MD33-M-02 -

Manual de abreviaturas siglas siacutembolos e convenccedilotildees cartograacuteficas das forccedilas

armadas como sendo Viatura Blindada de Combate

A citada norma corretamente considera Viatura Blindada de Combate aquela

eacute dotada de armamento orgacircnico com um apreciaacutevel poder de fogo Por outro

lado considera Viatura Especial aquela dotada de caracteriacutesticas muito

peculiares

Partindo do princiacutepio que o M113 que possui armamento orgacircnico com maior

calibre que o constante na VBE Eng natildeo eacute considerado viatura de combate a

50

viatura de engenharia tambeacutem natildeo pode ser pois seu armamento eacute suficiente

apenas para proteccedilatildeo da viatura e de sua guarniccedilatildeo

A Viatura Blindada Especial de Engenharia Leopard 1BR (VBE Eng Leo 1

BR) eacute uma viatura modificada da versatildeo alematilde Pionierpanzer Dachs 1 para o Brasil

Construiacuteda a partir do chassi do Leopard 1 esta viatura tem as seguintes

capacidades desobstruccedilatildeo escavaccedilatildeo e trabalho de resgate

Suas capacidades adveacutem dos seus equipamentos escavadeira guindaste o

qual funciona a partir do braccedilo da escavadeira lacircmina de terraplanagem que

realiza trabalhos de remoccedilatildeo de terra e obstaacuteculos aleacutem de executar a funccedilatildeo de

lacircmina de apoio o que eacute fundamental para aumento da estabilidade e traccedilatildeo nos

trabalhos com o braccedilo da escavadeira e guindaste escarificador para realizar

cortes que afrouxam o terreno duro guincho para resgate ou auto resgate (com

capacidade de ateacute 70 toneladas) parafusadeira de impacto aparelho de corte e

solda e policorteesmerilhadeira (MANUAL DE OPERACcedilAtildeO DA VIATURA

BLINDADA ESPECIAL DE ENGENHARIA LEOPARD 1 BR p 2)

Embora exista uma versatildeo mais atual da viatura a viatura Pionierpanzer 3

Kodiak a qual seraacute apresentada a seguir esta versatildeo permanece sendo utilizada

pela Alemanha em territoacuterio nacional e em missotildees no exterior devido a sua alta

qualidade

Figura 18 Viatura Blindada Especial de Engenharia Leopard 1 BR Fonte Foto do autor

51

A Viatura Blindada Especial de Engenharia Pionierpanzer 3 Kodiak eacute a

versatildeo mais atual da viatura alematilde Pionierpanzer Dachs 1 As diferenccedilas da versatildeo

anterior satildeo escavadeira com braccedilo articulado dois guinchos e uma lacircmina que

pode ser substituiacuteda por um arado O arado eacute utilizado para a remoccedilatildeo de minas

junto a um sistema de marcaccedilatildeo de brecha e um sistema de detonaccedilatildeo de minas

eletromagneacuteticas (MILITARY-TODAY 201)

A concha tambeacutem eacute intercambiaacutevel com uma garra universal cortador de

concreto e perfuratriz A proteccedilatildeo desta viatura eacute a mesma da VBCCC Leopard 2

aleacutem de contar com proteccedilatildeo QBRN e sistema de cacircmeras para a realizaccedilatildeo de

uma operaccedilatildeo eficiente sem exposiccedilatildeo do operador (MILITARY-TODAY 201)

Figura 19 Viatura Blindada Especial Pionierpanzer 3 Kodiak Fonte Siacutetio eletrocircnico ldquoMILITARY-TODAYrdquo Acesso em 13 ago 2018 Veiacuteculo de engenharia destinado agrave preparaccedilatildeo do campo de batalha na zona

de fogo indireto a Viatura Blindada Especial de Engenharia Terrier executa

trabalhos com escavadeira e lacircmina frontal O veiacuteculo ainda conta com uma

blindagem e proteccedilatildeo contra minas fornecendo proteccedilatildeo contra estilhaccedilos de fogo

de armas pequenas e projeacuteteis de artilharia (MILITARY-TODAY 201)

Para missotildees de abertura de brecha este veiacuteculo eacute equipado com um arado

de grande capacidade que complementa o trabalho realizado por seu equipamento

rebocado Python (MILITARY-TODAY 201)

Esse mesmo reboque ainda tem capacidade de transporte de feixe de tubos

ou um tolo de esteira (tem funccedilatildeo semelhante ao reforccedilador de solo) (MILITARY-

TODAY 201)

52

Figura 20 Viatura Blindada Especial de Engenharia Terrier Fonte Siacutetio eletrocircnico ldquoMILITARY-TODAYrdquo Acesso em 17 ago 2018

343 Viaturas Blindadas Especiais de Abertura de Brecha

A M1150 Assault Breacher Vehicle (ABV) - Viatura de Abertura de Brechas)

foi construiacuteda a partir do chassi do M1A1 Abrams Sua principal caracteriacutestica eacute a

existecircncia de um compartimento bipartido na parte superior da viatura capaz de

lanccedilar dois MICLIC (Mine Clearing Line Charge) de forma independente Essa carga

linear explosiva eacute capaz de eliminar 92 a 95 das minas de um campo de minas

(Kidwell e Jaffke 2014)

Aleacutem do MICLIC a viatura possui um arado na parte frontal o qual consegue

realizar o trabalho complementar de comprovaccedilatildeo da abertura da brecha do

explosivo imediatamente apoacutes a sua detonaccedilatildeo (Kidwell e Jaffke 2014)

O implemento arado eacute um meacutetodo mecacircnico que natildeo suporta ser empregado

como meio principal pois tem baixa resistecircncia De acordo com BRASIL (2000 p

53

D-6) a cada trecircs minas removidas por esse implemento uma danifica a lacircmina

implicando em sua substituiccedilatildeo

Figura 21 Vehicle Assault Breacher Vehicle (ABV) Fonte Siacutetio eletrocircnico ldquoMILITARY-TODAYrdquo Acesso em 12 dez 2017

Aleacutem do meacutetodo de abertura de brecha pelo meacutetodo explosivo existem outros

sistemas eficientes como a Viatura de Abertura de Brecha Keiler viatura alematilde

a qual se atribui uma eficiecircncia de limpeza de cerca de 98 das minas por onde

passa Seu sistema eacute composto por um rotor que eacute interligado a vaacuterios pesos

metaacutelicos presos por correntes Quando esse rotor gira e eacute aproximado do solo

realiza pancadas no solo gerando ondas de choque que acionam as cargas

explosivas Enquanto realiza a limpeza um sistema automaticamente demarca o

local livre de minas (MILITARY-TODAY 201)

Esse meacutetodo permite a abertura das brechas de um modo mais simples sem

necessidade de complemento por outro sistema e de valor de manutenccedilatildeo mais

baixa pois o acionamento das minas exige apenas a substituiccedilatildeo das peccedilas que

se chocam com o solo

54

Figura 22 Viatura Blindada Especial Keiler Fonte Siacutetio eletrocircnico ldquoMILITARY-TODAYrdquo Acesso em 12 dez 2017

A viatura utilizada pela Ruacutessia que tambeacutem utiliza um sistema mecacircnico eacute a

Viatura de Abertura de Brecha BMR-3M que consiste em uma viatura blindada

baseada no carro de combate T-90 que conduz agrave frente de suas lagartas rolos

que exercem uma pressatildeo superior ao das lagartas sobre o solo acionando-as

prematuramente Aleacutem dos rolos a viatura possui um sistema de contra-ataque

magneacutetico e um sistema jammer que impede o acionamento de explosivos

controlados por raacutedio A velocidade da desminagem eacute de 12 kmh dependendo da

densidade da mina e das condiccedilotildees do solo (MILITARY-TODAY 201)

De acordo com BRASIL (2000 p D-6) o sistema de rolo eacute apto para operar

em solo seco e relativamente plano Aleacutem disso deve ser utilizado como

complemento do MICLIC pois em meacutedia o rolo suporta entre trecircs a seis minas

devendo apoacutes isso ser substituiacutedo Esse eacute um excelente sistema para identificaccedilatildeo

do iniacutecio de um campo minado

55

Figura 23 Viatura Blindada Especial BMR-3M Fonte Siacutetio eletrocircnico ldquoMILITARY-TODAYrdquo Acesso em 28 jul 2018

344 Outros sistemas e implementos

O feixe de tubos ou Pipe Fascine foi desenvolvido no Exeacutercito Britacircnico no

iniacutecio dos anos 80 para enfrentar os desafios de assegurar a mobilidade do

movimento na Alemanha Ocidental no caso de um conflito da OTAN com o Pacto de

Varsoacutevia (MILITARY-TODAY 201)

Nesta situaccedilatildeo foi verificada a existecircncia de vaacuterias pequenas valetas e

riachos de aproximadamente 5 a 10 metros de largura e 15 a 25 metros de

profundidade Para solucionar foram conectados tubos que permitissem a

passagem por sobre os riachos permitindo que a aacutegua passasse por dentro deles

Atualmente a viatura britacircnica mais moderna o Trojan conta com um sistema

para lanccedilamento de feixe de tubos dada sua eficiecircncia na transposiccedilatildeo de alguns

obstaacuteculos tornando-se prescindiacutevel a utilizaccedilatildeo das pontes em algumas situaccedilotildees

(MILITARY-TODAY 201)

56

Esse feixe ao ser colocado dentro de um Fosso Anticarro (Fosso AC)

estreitos cursos drsquoaacutegua ou valas ocupa o espaccedilo do vatildeo permite a passagem de

viatura sobre sua superfiacutecie

Esse equipamento pode ser lanccedilado por uma Viatura Blindada Especial de

Engenharia ou adaptada em outras viaturas e reboques Uma necessidade para

lanccedilamento e recolhimento desse material eacute um sistema do tipo concha guindaste

ou outro meio de iccedilamento a fim de recuperar ou movimentar o equipamento apoacutes

ser lanccedilado

Figura 24 Feixe de tubos (Pipe Fascine) Fonte Siacutetio eletrocircnico ldquoAEGISrdquo Acesso em 25 ago 2018 O sistema de lanccedilamento de ponte de pequena brecha eacute um sistema que

pode ser adaptado agraves viaturas de combate ou de transporte de pessoal utilizadas

pela infantaria ou cavalaria a fim de abrir passagens em pequenos cursos drsquoaacutegua

O sistema REBS (Rapidly Emplaced Bridge System) por exemplo permite o

lanccedilamento de ponte de classe 50 sobre um vatildeo de ateacute 13 metros (MILITARY-

TODAY 201)

57

Figura 25 Sistema de lanccedilamento de ponte REBS Fonte Siacutetio eletrocircnico ldquoARMY-GUIDErdquo Acesso em 22 ago 2018

O sistema americano M58 Mine Clearing Line Charge (MICLIC) eacute uma carga

de demoliccedilatildeo linear a qual eacute projetada por foguete sobre o local onde se deseja

realizar a abertura de uma brecha Este sistema tem a capacidade de abrir uma

brecha de 8 m de largura por 100 m de comprimento (Wikipedia) O dispositivo de

demoliccedilatildeo consiste principalmente de uma corda de nuacutecleo de nylon de 34 de

polegada 700 blocos de demoliccedilatildeo composta por C4 e dois filamentos de cordel

detonante de tetranitrato de pentaeritritol (PETN) (USA 2011 p 23) ndash Department

of Defense Fiscal Year (FY) 2012 Budget Estimates)

Figura 26 Mine Clearance Line Charger (MICLIC) Fonte Siacutetio eletrocircnico ldquoYoutuberdquo Acesso em 20 abr 2018

58

O sistema propelido por foguete Python eacute um sistema britacircnico de

funcionamento semelhante ao MICLIC que consiste em um reboque com uma

carga linear que eacute distendida sobre o terreno por um foguete propulsor Esse

sistema que tambeacutem foi adquirido pela Tailacircndia eacute transportado na Gratilde-Betanha

pela viatura Trojan que eacute baseada no carro de combate Challenger 2 O Python foi

utilizado em 2010 durante a Operaccedilatildeo Moshtarak no Afeganistatildeo

(Armyrecognition) O sistema britacircnico Python pode limpar um caminho longo de 73

m por 180-200 m (WIKIPEDIA 201)

Figura 27 Sistema Python

Fonte Siacutetio eletrocircnico ldquoArmyrecognitionrdquo Acesso em 20 abr 2018

Para as viaturas sobre rodas aleacutem de meios como o MICLIC a maioria dos

exeacutercitos tem anexado implementos agraves viaturas utilizando-as de modo

intercambiaacutevel de modo a adequar a viatura conforme a necessidade de cada

operaccedilatildeo

Cabe salientar que algumas minas modernas como a mina italiana SB-33

tecircm um mecanismo de detonaccedilatildeo que detona a mina se sujeita a uma pressatildeo

gradual e constante mas bloqueia a espoleta se sujeito a um choque suacutebito Isso

pode anular o uso de cargas de linha de limpeza de minas para limpar tais minas

(WIKIPEDIA 201)

59

O implemento lacircmina para desminagem escavadeira e lacircmina reta satildeo

implementos que podem ser utilizados nas viaturas meacutedias de rodas ambas

apresentando capacidade limitada de trabalho sendo a primeira para remoccedilatildeo de

minas em superfiacutecies pavimentadas podendo ainda ser utilizada para retirar

alguns tipos de entulho e as uacuteltimas para desobstruccedilatildeo de vias e organizaccedilatildeo do

terreno (MILITARYSYSTEMS-TECH 20)

Figura 28 M1132 Engineer Squad Vehicle (ESV) Fonte Siacutetio eletrocircnico ldquoWIKIPEDIArdquo Acesso em 20 mar 2018

O Light Weight Mine Roller (LWMR) rolo de minas de peso leve eacute um

sistema que protege veiacuteculos do efeito de minas e dispositivos explosivos

improvisados (DEI) realizando pressatildeo sobre o solo agrave frente do veiacuteculo que realiza

a abertura (ARMYTECHNOLOGY 2018)

Esse eacute um implemento leve mas que gera efeito pesado em suas rodas

atraveacutes do uso de energia hidraacuteulica gerando a pressatildeo necessaacuteria para

acionamento de cargas explosivas (ARMYTECHNOLOGY 2018)

60

Figura 29 Rolo de minas de peso leve (LWMR) Fonte Siacutetio eletrocircnico ldquoARMYTECHNOLOGYrdquo Acesso em 20 mar 2018

35 APOIO DE ENGENHARIA ORGAcircNICA AgraveS BRIGADAS MECANIZADAS EM

OUTROS PAIacuteSES

Em busca de uma estrutura semelhante agrave Bda C Mec em outros paiacuteses este

autor natildeo encontrou tropa que tenha seu emprego principal no reconhecimento e

seguranccedila

A fim de dar uma soluccedilatildeo a questatildeo proposta este autor escolheu

desconsiderar a finalidade da tropa apoiada concentrando o estudo no emprego

conjunto de tropas que utilizam meios sobre rodas e sobre lagartas onde a

engenharia teraacute que apoiar

351 SBCT a brigada americana Stryker

As Brigade Combat Teams (BCT) satildeo brigadas americanas que geralmente

satildeo empregadas como parte de uma divisatildeo ou forccedila-tarefa

O BCT eacute uma formaccedilatildeo de armas combinadas de todas as funccedilotildees de

combate Embora os modulares BCTs sejam organizaccedilotildees fixas o comandante da

divisatildeo pode ajustar qualquer organizaccedilatildeo de tarefas da BCT para atender aos

requisitos da missatildeo (EUA 2006 p 2-7)

A Stryker Brigade Combat Team (SBCT) da traduccedilatildeo para o portuguecircs Grupo

de Combate Brigada Stryker eacute uma forccedila-tarefa expedicionaacuteria organizada para

61

atender aos requisitos especiacuteficos de cada missatildeo tendo seu emprego baseado na

infantaria embarcada na viatura Stryker (EUA 2015 p 1-1) Essa flexibilidade

organizacional permite que as SBCTs funcionem em toda a gama de operaccedilotildees

militares tendo disponiacuteveis elementos com capacidade de manobra artilharia de

campanha inteligecircncia engenharia QBRN e manutenccedilatildeo

Atualmente existem trecircs tipos de BCTs a proacutepria SBCT a HBCT (tropa de

infantaria que combate embarcada em blindado sobre lagartas) IBCT (tropa de

infantaria transportada por viaturas de baixa proteccedilatildeo blindada que combate

desembarcada) (EUA 2006 p 2-7)

A brigada Stryker tem a seguinte organizaccedilatildeo baacutesica trecircs batalhotildees de

infantaria a trecircs companhias cada um com trecircs pelototildees (EUA 2015 p 1-6) um

esquadratildeo de cavalaria de reconhecimento equipada com viaturas de

reconhecimento Stryker um pelotatildeo de reconhecimento QBRN equipado com um

veiacuteculo de reconhecimento quiacutemico bioloacutegico e nuclear M1135 Stryker (EUA 2015

p 1-7) O organograma desta brigada estaacute discriminada na figura Nr 26 a seguir

Figura 30 Organograma de uma Brigada Stryker Fonte Fort Benning (2015)

62

As companhias de engenharia apoacuteiam a SBCT na abertura de passagem por

obstaacuteculos auxilia no assalto de posiccedilotildees fortificadas lanccedila obstaacuteculos para

proteccedilatildeo de forccedilas amigas constroacutei ou melhora posiccedilotildees para proteccedilatildeo realiza

reconhecimento de itineraacuterios e coleta de informaccedilotildees identifica e elimina

dispositivos explosivos improvisados entre outras tarefas durante a accedilatildeo decisiva

(EUA 2015 p 1-10)

A forma de emprego da engenharia dessa brigada foi alterada recentemente

passando de uma companhia para um batalhatildeo de engenharia de combate o qual

fornece atraveacutes de suas subunidades a capacidade miacutenima para executar tarefas

essenciais de mobilidade contra-mobilidade e capacidade de proteccedilatildeo para o

SBCT

O Brigade Engineer Battalion (BEB) tem por missatildeo planejar e executar as

missotildees da brigada com as suas duas companhias orgacircnicas organizadas como

mostra a figura 31 podendo suplementaacute-las no que tange agrave mobilidade com

pontes abertura de brechas desobstruccedilatildeo de vias identificaccedilatildeo de ameaccedilas

explosivas e apoio em construccedilatildeo horizontal Aleacutem disso o batalhatildeo tambeacutem

coordena uma companhias de inteligecircncia militar uma companhia de comunicaccedilotildees

e uma companhia anticarro e por vezes uma companhia QBRN (EUA 2015 p 1-

8)

Figura 31 Organograma das companhias de engenharia das SBCT Fonte Adaptado de EUA (2014 p 1-8 traduccedilatildeo nossa)

63

Em uma Stryker BCT a 1ordf Cia E tem um pelotatildeo de comando dois pelototildees

de engenharia de combate uma seccedilatildeo de ponte e um grupo apoio (dotado de

equipamentos de abertura de brecha limitado ao emprego de cargas explosivas

lineares (MICLIC) em reboque para remoccedilatildeo de minas e equipamentos de

comprovaccedilatildeo (rolo e arado) (EUA 2014 p 1-7)

A 2ordf Cia possui uma seccedilatildeo de comando um pelotatildeo de combate composto por

trecircs GE um pelotatildeo de apoio composto por uma seccedilatildeo de pontes e um grupo de

construccedilatildeo horizontal e um pelotatildeo de abertura de brecha (em campo de minas)

(EUA 2014 p 1-8)

Embora seja notaacutevel a diferenccedila quando comparada com a Brigada de

Cavalaria Mecanizada a brigada Stryker foi identificada pelo autor como a Grande

Unidade americana que mais se aproximou das caracteriacutesticas da Bda C Mec por

ser uma brigada mecanizada apoiada por engenharia orgacircnica com meios Stryker

352 Brigada de Infantaria Mecanizada da Alemanha

A brigada que tem melhores condiccedilotildees de comparaccedilatildeo para este estudo por

sua maior similaridade com a Bda C Mec eacute a Brigada de Infantaria Mecanizada da

Alemanha O emprego das viaturas sobre rodas e sobre lagartas inclusive pelas

proacuteprias tropas de engenharia que apoiam essa brigada contribuiratildeo para uma

anaacutelise mais adequada da Bda C Mec

O exeacutercito alematildeo tem suas brigadas de infantaria mecanizada constituiacutedas da

seguinte forma um comando de brigada um batalhatildeo de reconhecimento dotado

de viaturas Fennek (foto 32) trecircs batalhotildees de infantaria mecanizada os quais

utilizam a viatura de combate Puma (foto 33) um batalhatildeo de rifles que utilizam as

viaturas de combate multipropoacutesito Boxer GTK (foto 34) e um batalhatildeo de

suprimento Essas fraccedilotildees satildeo apoiadas por um batalhatildeo de engenharia blindado

conforme demonstrado no quadro organizacional representado pela figura 32

(WIKIPEDIA 201)

64

Figura 32 Organograma de uma Brigada de Infantaria Mecanizada Fonte Adaptado do siacutetio eletrocircnico ldquoWikipediardquo Acesso em 29 ago 2018

Figura 32 Viatura Fennek Fonte Siacutetio eletrocircnico ldquoDEUTSCHESHEERrdquo Acesso em 20 ago 2018

65

Figura 33 Viatura de infantaria de combate Puma Fonte Siacutetio eletrocircnico ldquoDEUTSCHESHEERrdquo Acesso em 20 ago 2018

Figura 34 Viatura Boxer Fonte Siacutetio eletrocircnico ldquoDEUTSCHESHEERrdquo Acesso em 19 ago 2018

O batalhatildeo de engenharia que possui organizaccedilatildeo semelhante ao BE Cmb

Bld do Brasil eacute composto por uma companhia de comando duas companhias de

66

engenharia de combate blindada uma companhia de equipamentos de engenharia

com funccedilatildeo semelhante a uma Companhia de Comando e Apoio (CCAp) de um BE

Cmb Bld e uma companhia de pontes flutuantes com funccedilatildeo semelhante a

Companhia de Equipamento de Pontes (Cia E Pnt) de um BE Cmb Bld conforme

representado no organograma da figura 35 (DEUTSCHESHEER 20)

Figura 35 Organograma de uma brigada blindada alematilde Fonte Adaptado de DEUTSCHLAND (2011 p 9 traduccedilatildeo nossa)

Cia E Cmb

(Vtr Fuchs)

Pel DEI

2 VBE Keiler Pel Bld

4 Vtr Skorpion

Sistema ldquoVrdquo

1 Vtr Fennek

Pel Cnst

3 VBE Biber

2 VBE Dachs

Cia Cmdo

Cia Rec

(Vtr Fennek)

Cia E Cmb

(Vtr Fuchs)

Pel DEI

2 VBE Keiler

Pel Bld 4 VBE Skorpion

Sistema ldquoVrdquo

Cia Cnst Pel Cnst Pel DEI Pel Pnt

Batalhatildeo de Engenharia

de Combate Blindado

Pel Cnst

3 VBE Biber

2 VBE Dachs

67

As companhias de combate compostas por quatro pelototildees satildeo organizadas

da seguinte forma uma seccedilatildeo de comando um pelotatildeo de engenharia o qual

realiza trabalhos para barrar ou canalizar a tropa inimiga abertura de caminhos por

meio do emprego de explosivos e trabalhos gerais de engenharia um pelotatildeo de

abertura de brecha dotado de meios de limpeza um pelotatildeo de abertura de

brechas pesado e um pelotatildeo de equipamentos pesados responsaacutevel pelo apoio agrave

mobilidade abertura de passagem em obstaacuteculos e cursos drsquoaacutegua e manutenccedilatildeo de

estradas (DEUTSCHESHEER 20)

As companhias satildeo dotadas ainda das viaturas Fennek e Fuchs para

transporte de pessoal (DeustchesHeer 2011)

A companhia de pontes flutuantes eacute composta por um pelotatildeo de viaturas

blindadas e um pelotatildeo de mergulhadores E a companhia de equipamento de

engenharia eacute dotada de equipamentos de construccedilatildeo e viaturas blindadas especiais

(DEUTSCHESHEER 20)

Encontram-se abaixo as viaturas e sistemas utilizados pelo batalhatildeo as

viaturas de transporte de pessoal Fuchs (figura 35) e Fennek a viatura lanccediladora de

ponte Biber (figura 36) a viatura para abertura de brecha em campo de minas Keiler

(figura 37) e a viatura especial de engenharia Dachs (figura 38)

Figura 36 Viatura de Transporte de Pessoal Fuchs Fonte Siacutetio eletrocircnico ldquoDEUTSCHESHEERrdquo Acesso em 25 ago 2018

68

Figura 37 Viatura Blindada Especial Lanccedila-Pontes Biber Fonte Siacutetio eletrocircnico ldquoDEUTSCHESHEERrdquo Acesso em 24 ago 2018

Figura 37 Viatura Blindada Keiler Fonte Siacutetio eletrocircnico ldquoDEUTSCHESHEERrdquo Acesso em 23 ago 2018

69

Figura 38 Viatura Pionierpanzer 1 Dachs Fonte Siacutetio eletrocircnico ldquoDEUTSCHESHEERrdquo Acesso em 22 ago 2018 Podemos concluir com a anaacutelise dessa brigada que embora natildeo seja uma

Grande Unidade de emprego semelhante ou seja uma brigada de cavalaria

mecanizada esta apresenta a mesma dificuldade de apoio de engenharia

encontrada nas Bda C Mec quais sejam apoiar elementos de grande mobilidade

dotados de viaturas sobre sobre rodas e viaturas sobre lagartas e que possuem

diferentes classes

Os principais reflexos para esse apoio satildeo as diferenccedilas de pesos e

velocidades o que impacta na capacidade de acompanhamento das viaturas

empregadas pelos elementos da arma base e na capacidade de transposiccedilatildeo dos

meios por ponte por exemplo

Essa diferenccedila eacute percebida quando comparamos as caracteriacutesticas dessas

viaturas conforme apresentado a seguir que satildeo o peso e velocidade

Viatura Fennek (103 ton e 115 kmh) Viatura de Transporte de Pessoal Fuchs

(235 ton e 105 kmh) utilizada pelos pelototildees de engenharia Viatura de Combate

Puma utilizada pela infantaria (43 ton e 70 kmh) Viatura Blindada Lanccedila-Pontes

Biber (453 ton e 62 kmh) Viatura Blindada Especial de Engenharia Dachs (43 ton

70

e 62 kmh) e Viatura para Abertura de Brecha Keiler (53 ton e 50 kmh)

(DEUTSCHESHEER 20)

71

4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO

O presente capiacutetulo tem por finalidade atingir o objetivo geral da pesquisa que

eacute analisar o apoio de engenharia prestado aos elementos empregados em primeiro

escalatildeo por uma Brigada de Cavalaria Mecanizada a fim de sugerir uma proposta

de adequaccedilatildeo do apoio prestado em Operaccedilotildees Ofensivas atraveacutes de um estudo

especiacutefico de Operaccedilatildeo de Aproveitamento do Ecircxito face agrave evoluccedilatildeo doutrinaacuteria e

do MEM

A fim de atingir os trecircs uacuteltimos objetivos especiacuteficos estabelecidos (objetivos j k

e l) na pesquisa a presente seccedilatildeo pretende sintetizar os resultados obtidos nos

questionaacuterios na revisatildeo de Literatura e na pesquisa de campo agrave luz das dimensotildees

que compotildeem a Variaacutevel Independente (Capacidades Operativas da Cia E Cmb no

Aproveitamento do Ecircxito) Dependente (Apoio de Engenharia aos Regimentos de

uma Bda C Mec) e Interveniente (Necessidades miacutenimas dos Rgt)

41 DISCUSSAtildeO REFERENTE AOS INSTRUMENTOS UTILIZADOS

Para melhor explorar a discussatildeo referente aos instrumentos utilizados e

dados levantados seratildeo retomadas as variaacuteveis que foram objeto de estudo desta

pesquisa

A estruturaccedilatildeo da Variaacutevel Independente ndash Capacidades Operativas da

Companhia de Engenharia de Combate Mecanizada no Aproveitamento do

Ecircxito e da Variaacutevel Dependente ndash Apoio de Engenharia aos Regimentos de uma

Brigada de Cavalaria Mecanizada deu-se em torno de dimensotildees que possuiacuteam

indicadores com suas respectivas formas de avaliaccedilatildeo Estas variaacuteveis foram

apresentadas no capiacutetulo 2 no Quadro 1 - Operacionalizaccedilatildeo da Variaacutevel

Independente (VI) e Quadro 2 - Operacionalizaccedilatildeo da Variaacutevel Dependente (VD)

A VI foi explorada a partir da anaacutelise da capacidade da Cia E Cmb Mec onde

foram identificadas suas deficiecircncias resultante da falta de material e inadequado

emprego no apoio aos regimentos e comparada agraves soluccedilotildees em material e

emprego de outros exeacutercitos Na abordagem da VD buscou-se analisar as

caracteriacutesticas desejadas e adequabilidade logiacutestica de novos materiais e

apresentar uma sugestatildeo de adequaccedilatildeo do apoio de engenharia quanto agrave

organizaccedilatildeo e caracteriacutesticas desse apoio

72

411 Revisatildeo da literatura

Para o levantamento do material que compocircs a revisatildeo bibliograacutefica

empregada no trabalho foram realizadas pesquisas em bibliotecas virtuais fiacutesicas

e tambeacutem na internet sempre buscando por livros manuais trabalhos cientiacuteficos

reportagens e outras publicaccedilotildees de interesse

Com base nos objetivos geral e especiacuteficos foi elaborado o Capiacutetulo 3-

Revisatildeo da Literatura que foi fracionado em 5 subcapiacutetulos

1) Consideraccedilotildees Iniciais ndash Neste subcapiacutetulo foram apresentados conceitos

preliminares dos quais se faz necessaacuterio o entendimento para uma melhor anaacutelise

e consequentemente a construccedilatildeo de uma proposta mais adequada Este

subcapiacutetulo buscou atingir o objetivo especiacutefico ldquoardquo

2) Brigada de Cavalaria Mecanizada ndash Este subcapiacutetulo apresentou as

caracteriacutesticas organizaccedilatildeo da Brigada de Cavalaria Mecanizada e a forma de

emprego no aproveitamentos do ecircxito a fim de alcanccedilar os objetivos especiacuteficos

ldquobrdquo e ldquocrdquo

3) Companhia de Engenharia de Combate Mecanizada ndash Foram apresentadas

a organizaccedilatildeo caracteriacutesticas e as forma de emprego da Cia E Cmb Mec bem

como de seus pelototildees constitutivos (Pel E Ap Pel Eq Ass e Pel E Cmb) visando

atingir os objetivos especiacuteficos ldquodrdquo ldquoerdquo ldquofrdquo e ldquogrdquo

4) Materiais de Emprego Militar disponiacuteveis no mundo para reforccedilo aos Pel E

Cmb no apoio agrave mobilidade ndash Apresenta os materiais disponiacuteveis para aquisiccedilatildeo pelo

Exeacutercito Brasileiro a fim de dirimir as deficiecircncias no apoio de engenharia agrave

mobilidade dos Regimentos da Bda C Mec buscando atingir o objetivo especiacutefico

h

5) Apoio de engenharia a forccedilas combinadas de viaturas sobre rodas e sobre

lagartas em outros paiacuteses ndash O presente subparaacutegrafo descreveu brigadas de outros

exeacutercitos que apresentam em sua constituiccedilatildeo meios orgacircnicos sobre rodas e sobre

lagartas que necessitam de apoio de engenharia a fim de atingir o objetivo

especiacutefico j

A revisatildeo de literatura foi suficiente para proporcionar dados que

contribuiacutessem para a anaacutelise da capacidade da Cia E Cmb e o desenvolvimento de

uma sugestatildeo adequada conforme os objetivos propostos

73

412 Entrevistas

Foram confeccionados ao todo 4 questionaacuterios sendo eles

a) para os Comandantes e ex-Comandantes dos Regimentos de

Cavalaria Mecanizada e Blindada (RC Mec e RCB) das Brigadas de Cavalaria

Mecanizada (resposta no Apecircndice A)

b) para os Comandantes das Companhias de Engenharia de Combate

Mecanizada (Apecircndice B)

c) para os oficiais de engenharia com curso de comandante de

subunidade na Alemanha ou Estados Unidos (resposta no Apecircndice C)

d) para os oficiais instrutores do Centro de Instruccedilatildeo de Blindados com

curso de comandante de subunidade na Alemanha ou Estados Unidos (resposta no

Apecircndice D)

O autor tinha interesse em trabalhar com hipoacuteteses de estudo poreacutem tendo em

vista o baixo retorno dos questionaacuterios foi modificado para questotildees de estudo

onde os questionaacuterios respondidos foram aproveitados como apoio para responder

as questotildees selecionadas

Dentre os questionaacuterios enviados aos Comandantes dos Regimentos (Apecircndice

A) foram respondidos apenas 9 questionaacuterios do universo de comandantes dos

regimentos das quatro Bda C Mec e dos questionaacuterios enviados aos Comandantes

das quatro Companhias de Engenharia de Combate Mecanizada (Apecircndice B)

foram respondidos apenas 7 A baixa quantidade de respostas natildeo comprometeu de

forma significativa os resultados devido a mudanccedila da forma de abordagem

Foi observado inclusive que esta abordagem tornou-se muito mais adequada

em relaccedilatildeo agrave relacionada com hipoacuteteses

413 Coleta documental

A coleta documental foi realizada conforme o estipulado no item 231

Procedimentos para a revisatildeo de literatura onde foi encontrada certa dificuldade

no acesso a algumas informaccedilotildees referentes ao emprego do RCB pela inexistecircncia

de um manual especiacutefico sendo aproveitadas as informaccedilotildees constantes no manual

da Brigada de Cavalaria Mecanizada e emprego organizaccedilatildeo e materiais de

74

dotaccedilatildeo das brigadas alematildes os quais natildeo foram tatildeo faacuteceis de responder devido a

maior restriccedilatildeo de informaccedilotildees em relaccedilatildeo ao exeacutercito americano

42 CAPACIDADES OPERATIVAS DA COMPANHIA DE ENGENHARIA DE

COMBATE MECANIZADO NO APROVEITAMENTO DO EcircXITO

Na presente seccedilatildeo seratildeo discutidas as Variaacutevel Independente a fim de

analisar o apoio em Operaccedilatildeo de Aproveitamento do Ecircxito onde exige-se um

grande apoio de engenharia o qual se faz sentir principalmente nos elementos de

emprego em primeiro escalatildeo de uma brigada A mobilidade destas forccedilas depende

da reduccedilatildeo dos obstaacuteculos naturais e dos lanccedilados ou agravados pelo inimigo

As ferramentas de pesquisa colaboraram para complementar as informaccedilotildees

coletadas dirimindo duacutevidas remanescentes ou preenchendo lacunas deixadas pela

literatura atraveacutes da contribuiccedilatildeo realizada por meio de suas experiecircncias

Para tal foram exploradas duacutevidas sobre a adequabilidade da organizaccedilatildeo

no emprego no apoio aos regimentos da Brigada de Cavalaria Mecanizada e a

adequabilidade do material para apoio agrave mobilidade a organizaccedilatildeo adequada

para o emprego da engenharia e a comparaccedilatildeo com o emprego em outros

exeacutercitos as caracteriacutesticas dos meios de abertura de brecha e a respectiva

quantidade

421 Adequabilidade da organizaccedilatildeo

A Companhia estaacute organizada da seguinte forma uma Seccedilatildeo de Comando um

Pelotatildeo de Engenharia de Apoio um Pelotatildeo de Equipagem de Assalto e trecircs

Pelototildees de Engenharia de Combate

Na Bda as necessidades de apoio fazem-se sentir particularmente junto aos

elementos de primeiro escalatildeo exigindo desta forma a colocaccedilatildeo dos meios mais agrave

frente possiacutevel A Companhia de Engenharia de Combate Mecanizada eacute organizada

com meios destinados a atender agraves necessidades miacutenimas e mais imediatas da

frente de combate

Face agraves maiores necessidades da Brigada encontrarem-se junto aos elementos

de primeiro escalatildeo a Cia E Cmb distribui os seus pelototildees a partir do seguinte

caacutelculo total de pelototildees disponiacuteveis menos os pelototildees em apoio direto aos

75

regimentos deve ser capaz de realizar os trabalhos de apoio ao conjunto realizando

trabalhos de interesse da Bda como um todo ser capaz de aumentar o apoio aos

elementos em primeiro escalatildeo e ainda ficar em condiccedilotildees de apoiar a reserva

quando empregada

Entretanto a engenharia da brigada atualmente possui trecircs pelototildees de

engenharia de combate para apoiar um tipo de operaccedilatildeo onde a Bda necessita

de apoio para ateacute trecircs peccedilas de manobra

No apoio agrave mobilidade a Cia E Cmb busca manter a liberdade de manobra dos

Regimentos e sua impulsatildeo de ataque minimizando os efeitos dos obstaacuteculos

naturais e artificiais

O apoio de engenharia aos elementos de manobra da brigada eacute feito sob a

forma de apoio direto ou reforccedilo No aproveitamento do ecircxito a situaccedilatildeo de

comando reforccedilo normalmente eacute adotada Situaccedilatildeo essa que o comandante da Cia

E designa normalmente um Pel E Cmb para apoiar cada regimento da Brigada

Neste tipo de operaccedilatildeo as necessidades de apoio ao conjunto aumentam

sendo necessaacuteria a distribuiccedilatildeo de elementos de engenharia no terreno de acordo

com o avanccedilo do ataque poreacutem sem deixar de preservar a atenccedilatildeo preciacutepua ao

emprego oportuno do apoio aos Regimentos em primeiro escalatildeo

Para a execuccedilatildeo de suas missotildees o Pel E Ap emprega uma Seccedilatildeo de

Comando um Grupo de Comando um Grupo de Mineiros um Grupo de

Equipamento de Engenharia um Grupo de Engenharia de Construccedilatildeo um grupo de

Caminhatildeo Basculante e um Grupo de Engenharia de Combate

Esta fraccedilatildeo executante da companhia atualmente possui dentre os seus

equipamentos apenas os de emprego em missotildees de construccedilatildeo natildeo blindados e

inadequados para emprego junto aos elementos empregados em primeiro escalatildeo

O Pelotatildeo de Engenharia de Apoio eacute responsaacutevel por reforccedilar os Pel E Cmb

com caminhotildees basculantes viaturas blindadas especial de engenharia (VBE)

equipamentos pesados de engenharia pessoal especializado ou natildeo e

equipamentos especializados na guerra com minas

Entretanto natildeo existe nas Cia E Cmb Mec viaturas especiais de engenharia

equipamentos para abertura de brecha para disseminaccedilatildeo de minas nem jogo de

ferramentas pneumaacuteticas

O Pel Eq Ass eacute constituiacutedo por um Gp Cmdo Grupo de Botes de Assalto

Grupo de Passadeiras Grupo de Portadas e Grupo de Ponte de Pequenas Brechas

76

O Pelotatildeo de Equipagem de Assalto (Pel Eq Ass) tem como missatildeo junto aos

Pel E Cmb reforccedilar com seus equipamentos e materiais eou com pessoal

especializado principalmente missotildees relacionadas agrave transposiccedilatildeo de curso de

aacutegua

No Aproveitamento do Ecircxito o principal meio para reforccedilo das capacidades do

pelotatildeo eacute a viatura lanccediladora de pontes (sobre rodas de acordo com as informaccedilotildees

disponiacuteveis na literatura encontrada) a qual natildeo existe no Exeacutercito Brasileiro

O pelotatildeo de engenharia tem capacidade de realizar dentro de suas

possibilidade os trabalhos teacutecnicos de engenharia em proveito da brigada como um

todo ou da peccedila de manobra da arma-base apoiada

Composto por um grupo de comando e 3 Grupos de Engenharia (GE) estes

constituem-se nos elementos baacutesicos de trabalho do pelotatildeo

O Pel E Cmb tem as seguintes capacidades produccedilatildeo de cortina de fumaccedila

trabalhos de minagem e desminagem (manual tendo em vista que a Cia E Cmb natildeo

possui equipamento especializado) trabalho de destruiccedilotildees e de explosivos e

trabalho de fortificaccedilatildeo de campanha limitado aos seus equipamentos de

engenharia (equipamentos inadequados para o aproveitamento do ecircxito pois natildeo

possuem proteccedilatildeo blindada nem conseguem acompanhar os elementos apoiados)

Quando natildeo reforccedilados os pelototildees tem condiccedilotildees ainda mais limitadas de

apoio por conduzir material de pequena capacidade de trabalho os quais consistem

em pequenas ferramentas de trabalho manual

No Apecircndice A questotildees 1 e 2 pode-se observar que eacute unacircnime entre os

militares que responderam que a Bda C Mec deve ser apoiada por um BE Cmb

Essa opiniatildeo foi apresentada pela comparaccedilatildeo com o Exeacutercito Vermelho do

Manual O Inimigo o qual representa um paiacutes que emprega engenharia de valor

batalhatildeo em apoio agrave brigada e pela comparaccedilatildeo com as Brigadas de Infantaria

Mecanizada que empregam a mesma quantidade de Unidades que as Brigadas de

Cavalaria Mecanizada

Dentre os comentaacuterios que contribuiacuteram para a justificaccedilatildeo do emprego de um

BE Cmb destacaram-se os seguintes

- ldquoCom essa organizaccedilatildeo o BE Cmb poderia empregar uma SU em apoio direto

aos elementos de manobra inclusive aquele em 2ordm escalatildeo mantendo ainda uma

Cia Eng Cmb Mec para emprego centralizado (apoio ao conjunto) na Z Accedil da Bdardquo

77

Esse comentaacuterio corrobora com a revisatildeo literaacuteria conforme capiacutetulo 3 ldquoa Cia

E Cmb menos esses elementos (os Pel E empregados em reforccedilo) deve ser capaz

de realizar os trabalhos de apoio ao conjunto realizando trabalhos de interesse da

Bda como um todo aumentar o apoio aos elementos em primeiro escalatildeo e ainda

ficar em condiccedilotildees de apoiar a reserva quando empregadardquo

No Apecircndice B questotildees 1 e 2 a grande maioria dos militares foram

partidaacuterios agrave necessidade de mudanccedila do escalatildeo em apoio de valor subunidade

para o valor unidade dentre os quais destaco o seguinte comentaacuterio

- ldquoEm que pese a atual doutrina (NCD Nr 02 de 31 mai 16) prever uma E Bda Inf Mec

composta por 2 Cias a 4 Pel os trabalhos realizados em estudos de sala de aula da

proacutepria EsAO mostram essa estrutura com certa dificuldade para Mnt do C2 por

parte do Cmt BE Tendo em vista seu trabalho estar pesquisando essa situaccedilatildeo

sugiro uma composiccedilatildeo do BE Cmb Mec (ou Bld) de 4 Cia E Cmb a 2 Pel E Cmb e

1 Pel Ap (Neste os diversos materiais jaacute em Ref agrave Cia Eqp Eng Eqp Ab Bre VBC

Eng VBEL Pnt etc) Assim facilitaria o C2 por parte do Cmdo BE bem como a

emissatildeo de ordens e distribuiccedilatildeo de missotildeesrdquo

O comentaacuterio acima observou algo que o autor natildeo pesquisou mas que tem muita

relevacircncia para a pretendida anaacutelise que satildeo os reflexos da organizaccedilatildeo no

comando e controle

- ldquoEm minha opiniatildeo bastaria que uma dessas Cia dispusesse de meios SL o que

proporcionaria uma dosagem eficaz e mais econocircmicardquo

- ldquoDeve possuir Pel E com Vtr sobre rodas (RC Mec) e Pel E com VB sobre

lagartas (RCB) e a Cia C Ap deve possuir VB com rodas e VB com lagartas As

VBEL Pnt devem ser todas sobre lagartas como jaacute citado em item anterior A

mescla de tipos de VB daraacute ao BE maior flexibilidade e rapidez no apoio

particularmente para acompanhar os RC Mec como VBTP (Pel E) e VBE Eng sobre

rodasrdquo

78

A anaacutelise da Companhia de Engenharia de Combate Mecanizada e as

companhias que reforccedilam os pelototildees de engenharia de combate em material e

pessoal permite verificar por meio da anaacutelise da organizaccedilatildeo e missatildeo a

importacircncia dessas fraccedilotildees no apoio aos regimentos por caber a estas aumentar a

capacidade dos Pel E Cmb a fim de possibilitar um eficiente apoio no

Aproveitamento do Ecircxito

Entretanto notou-se a inexistecircncia de materiais adequados para emprego na

operaccedilatildeo em pauta

A descriccedilatildeo do Pelotatildeo de Engenharia de Combate Mecanizado fraccedilatildeo de

emprego da Cia E Cmb junto aos regimentos permite identificar a limitaccedilatildeo de sua

capacidade de apoio Esta ainda eacute mais reduzida quando natildeo reforccedilada por meios

adequados pelos Pel E Ap e Pel E Ass

422 Adequabilidade do material

O material de organizaccedilatildeo do terreno da Cia E Cmb inclusive as Viaturas

Blindadas Especiais de engenharia satildeo de responsabilidade do Pel E Ap Conforme

consta na seccedilatildeo 331 e com base na experiecircncia do proacuteprio autor que serviu em

uma Cia E Cmb Mec pode-se afirmar que essas viaturas natildeo existem no referido

pelotatildeo das Cia E Cmb Mec

E reafirmando o que consta na mesma seccedilatildeo natildeo existe nenhum outro meio

adequado que possua proteccedilatildeo blindada rapidez necessaacuteria para a execuccedilatildeo do

trabalho ou capacidade de acompanhar as VBR VBTP ou VBCCC

Na seccedilatildeo 331 O pelotatildeo de engenharia de apoio foi mencionada a

existecircncia de mineiros bem como o encargo do pelotatildeo em reforccedilar os Pel E Cmb

com os materiais de abertura de brecha Entretanto o uacutenico material existente no

pelotatildeo eacute o material para desminagem manual o que conforme complementado

pela seccedilatildeo 333 este meacutetodo eacute ldquoo menos preferiacutevelrdquo e quando tiver que ser

utilizada que seja somente para abrir trilhas

Conforme a seccedilatildeo 332 O pelotatildeo de equipagem de assalto o Pel Eq Ass eacute

responsaacutevel por armazenar os materiais relacionados agrave transposiccedilatildeo de curso

drsquoaacutegua como eacute o caso das Viaturas Blindadas Especiais lanccediladoras de pontes e os

feixe de tubos o que conforme jaacute afirmado pelo autor esses materiais natildeo existem

no Pel Eq Ass das Cia E Cmb Mec

79

De acordo com a mesma seccedilatildeo os meios existentes para transposiccedilatildeo satildeo

inadequados para emprego no aproveitamento do ecircxito tendo em vista a falta de

proteccedilatildeo blindada o excessivo tempo para montagem e a necessidade de vaacuterias

viaturas para conduccedilatildeo das partes para montagem

No Apecircndice A questatildeo 3 pode-se observar que a grande maioria

considera que eacute indispensaacutevel a utilizaccedilatildeo das viaturas blindadas especiais para o

cumprimento adequado do apoio de engenharia tendo como benefiacutecios o tempo de

execuccedilatildeo a proteccedilatildeo blindada e a baixa quantidade de militares para execuccedilatildeo do

trabalho No Apecircndice B questatildeo 3 todos os ex-comandantes das Cia E Cmb

concordaram com a maioria dos ex-comandantes dos regimentos

Dos comentaacuterios referentes a esta questatildeo destaco as seguintes

- ldquoEacute indispensaacutevel Os atuais meios presentes no QDM da Cia E Cmb de Bda satildeo

totalmente ineficientes numa situaccedilatildeo de combate modernordquo

- ldquoEsses equipamentos BldMec ampliaratildeo a capacidade de trabalho da Cia Erdquo

- ldquoA Eng Mecanizada carece de meios modernos tais como a Retroescavadeira de

Alta Mobilidade Blindada jaacute usada nos EUA (HMEE) (que faria o papel de Eqp Eng

Bda Mec) e de Vtr Lanccedila-Pontes Sobre Rodas (REBS)rdquo

Concluo parcialmente em relaccedilatildeo agrave Variaacutevel Independente que eacute urgente

a necessidade de meios adequados conforme revisatildeo de literatura e respostas

dos questionaacuterios A e B sobre a ineficiecircncia dos meios existentes bem como

a falta de Viaturas Blindadas Especial para apoiar os regimentos empregados

em primeiro escalatildeo no aproveitamento do ecircxito

Outrossim que a Companhia de Engenharia de Combate Mecanizada natildeo

tem condiccedilotildees de realizar o apoio a uma Brigada de Cavalaria Mecanizada tanto

pela ausecircncia de meios quanto pela limitaccedilatildeo de fraccedilotildees disponiacuteveis para

cumprir suas missotildees de reforccedilo apoio ao conjunto e apoio suplementar

Portanto para apoiar uma Brigada de Cavalaria Mecanizada eacute necessaacuterio

o apoio de engenharia de brigada seja prestado por um Batalhatildeo de Engenharia

de Combate Mecanizado

43 APOIO DE ENGENHARIA AOS REGIMENTOS DE UMA BRIGADA DE

CAVALARIA MECANIZADA

80

No presente subitem seratildeo apresentadas as discussotildees referentes agrave Variaacutevel

Dependente a fim de identificar o apoio de Engenharia necessaacuterio para dar

mobilidade aos regimentos de uma Brigada de Cavalaria Mecanizada o qual eacute

imprescindiacutevel aos elementos de emprego em primeiro escalatildeo de uma brigada

As ferramentas de pesquisa exploraram a experiecircncia dos militares

empregados diretamente seja como ldquofornecedorrdquo seja como ldquoclienterdquo desse apoio

no emprego com viaturas blindadas e com experiecircncia em curso de comandante de

subunidade no exterior

Para tal foram exploradas duacutevidas sobre o emprego da engenharia quanto a

organizaccedilatildeo a comparaccedilatildeo com outros exeacutercitos a caracteriacutestica dos meios e

a quantidade de viaturas adequadas para apoio aos regimentos

431 Organizaccedilatildeo adequada

O Apecircndice A questotildees 6 e 7 contribui para a anaacutelise da organizaccedilatildeo da

engenharia que apoia a brigada principalmente pelos comentaacuterios dispensados em

cada questatildeo A grande maioria das respostas foi favoraacutevel agrave organizaccedilatildeo do BE

Cmb por duas Cia E Cmb uma dotada de VBE sobre lagartas e uma de VBE sobre

rodas e a maioria desfavoraacutevel a constituiccedilatildeo do batalhatildeo por duas Cia E a quatro

Pel E Cmb dotados exclusivamente de VBE sobre lagartas

Com base nos seguintes comentaacuterios selecionados seratildeo discutidas as

opiniotildees que culminaram em tal resultado

- ldquoEstamos trabalhando no CMS na proposta sobre o BE Cmb Mec de Bda C Mec

Em 2017 enviamos ao COTER a proposta do BE Cmb Mec de Bda Inf Mec A

proposta do CMS (a 3 Cia E) foi enviada pelo ODOp ao DEC que apoacutes anaacutelise do

projeto decidiu junto com o COTER que o BE Cmb Mec deveria ter somente 2 Cia

Eng Cmb Mec e natildeo trecircs como proposto pelo CMS Na visatildeo do CMS 2 Cia

apoiariam as OM em 1ordm escalatildeo (cada uma com um Regimento) e a 3ordf Cia ficaria

no apoio a toda a brigada (demais OM em 1ordm Esc e A Rg da Bda) Com base nessa

decisatildeo de 2017 foi modificada a proposta do CMS sugerindo ao ODOp que as

duas Cia Eng (decisatildeo DEC COTER) deveriam possuir 4 Pel E cada uma sendo 3

Mec sobre rodas e 1 Bld sobre lagartas com a mesma missatildeo anterior 1 Cia em

apoio aos Rgt em 1ordm escalatildeo e a outra em apoio agrave Bda A diferenccedila entre o BE

81

Cmb Mec de Bda Inf Mec e o de Bda C Mec eacute o apoio a ser prestado ao RCB

Portanto no BE Cmb Mec de Bda Inf Mec todos os Pel E e a Cia C Ap possuem

somente VB sobre rodas No BE Cmb Mec de Bda C Mec 1 Pel E por Cia Eng

deve possuir VB sobre lagartas e os demais VB sobre rodas A Cia C Ap deve

possuir VB sobre rodas e sobre lagartas (VBE Eng VBEL Pnt VBE com

implementos do tipo rolo arado MCLIC lanccedila retinida espargidor de minas AC

etc)rdquo

As duas propostas realizadas pelo CMS estatildeo alinhadas com a maioria das

informaccedilotildees presentes neste trabalho

A primeira proposta poreacutem limita a possibilidade de decisatildeo do comandante

do batalhatildeo quanto ao emprego das unidades de acordo com a missatildeo O que limita

as capacidades do comandante da engenharia da brigada conforme descrito no

capiacutetulo 3 ldquoO comandante da engenharia da brigada faz sentir sua influecircncia na

conduta do combate ao manter os meios de engenharia sempre em condiccedilotildees de

atender agraves necessidades de apoio tanto as planejadas como as imprevistasrdquo

No Apecircndice B questotildees 6 e 7 a grande maioria das respostas foi favoraacutevel

agrave organizaccedilatildeo proposta e a maioria favoraacutevel parcialmente agrave dotaccedilatildeo do batalhatildeo de

duas Cia E a quatro Pel E Cmb dotados exclusivamente de VBE sobre lagartas

Com base nos seguintes comentaacuterios selecionados seratildeo discutidas as opiniotildees

que culminaram em tal resultado

- ldquoSou favoraacutevel que cada Cia E Cmb tenha uma natureza especiacutefica o que

economiza meios e facilita o planejamentordquo

- ldquoConsidero natildeo viaacutevel esta alternativa embora seja melhor (dotaccedilatildeo de VBE sobre

lagartas por todas as Cia E do batalhatildeo) A situaccedilatildeo do Paiacutes natildeo favorece estas

mudanccedilasrdquo

- ldquoo valor Nec para custeio para Mnt de Vtr SL eacute bem maiorrdquo

A partir dos comentaacuterios acima auxiliado pela experiecircncia do autor e alinhado aos

itens anteriores e agrave revisatildeo de literatura chegou-se agrave seguinte conclusatildeo

82

A sugestatildeo de uma organizaccedilatildeo ideal para o BE Cmb eacute a seguinte duas Cia E

Cmb uma dotada de VBTP sobre rodas em apoio aos RC Mec e uma Cia com

VBTP sobre lagartas em apoio ao RCB Isso justifica-se pelos seguintes motivos

- manutenccedilatildeo da natureza de cada Cia E Cmb permitindo assim o

acompanhamento dos regimentos por parte dos pelototildees (seja pela velocidade das

viaturas Guarani e Cascavel seja pela capacidade de transpor terrenos mais difiacuteceis

dos Leopard M113 e M60) e

- organizaccedilatildeo das companhias para emprego de um tipo de viatura (ou M113 ou

Guarani) facilitando a logiacutestica dentro da companhia

432 Comparaccedilatildeo com outros exeacutercitos

Embora a proposta inicial do trabalho fosse analisar a brigada de um exeacutercito

que tivesse uma estrutura semelhante a da Bda C Mec brasileira este autor natildeo

encontrou tal brigada

Para atingir esse objetivo foi realizada a comparaccedilatildeo com duas brigadas

distintas que se aproximam da estrutura desejada de forma diferente

Assim foram analisadas a brigada americana Stryker (SBCT) que eacute uma

Grande Unidade dotada de meios exclusivamente sobre rodas e a Brigada de

Infantaria Mecanizada da Alemanha que possui meios blindados e mecanizados em

suas tropas

A brigada Stryker possui as seguintes tropas da arma-base trecircs batalhotildees de

infantaria a trecircs companhias cada um com trecircs pelototildees um esquadratildeo de

cavalaria de reconhecimento equipada com viaturas de reconhecimento Stryker

conforme figura apresentada no capiacutetulo anterior

A engenharia que apoia a brigada eacute um batalhatildeo constituiacutedo de duas

companhias de constituiccedilotildees diferentes entre si

Uma Cia E tem um pelotatildeo de comando dois pelototildees de engenharia de

combate uma seccedilatildeo de ponte e um grupo de apoio dotado de equipamentos de

abertura de brecha limitado ao emprego de cargas explosivas lineares (MICLIC) em

reboque para remoccedilatildeo de minas e equipamentos de comprovaccedilatildeo (rolo e arado)

A outra Cia E possui uma seccedilatildeo de comando um pelotatildeo de combate

composto por trecircs GE um pelotatildeo de apoio composto por uma seccedilatildeo de pontes e

83

um grupo de construccedilatildeo horizontal e um pelotatildeo de abertura de brecha (em campo

de minas)

Com base no estudo do MCoE Supplemental Manual 3-90 Force Structure

Reference Data de 2015 foi possiacutevel analisar que os meios utilizados na SBCT satildeo

basicamente viaturas leves caminhotildees cargo e viaturas Stryker por todos os

componentes da brigada excetuando-se apenas os equipamentos construccedilatildeo e

limpeza de vias de engenharia

O exeacutercito alematildeo tem suas brigadas de infantaria mecanizada constituiacutedas

das seguintes tropas de cavalaria e infantaria um batalhatildeo de reconhecimento

dotado de viaturas Fennek trecircs batalhotildees de infantaria mecanizada os quais

utilizam a viatura de combate Puma e um batalhatildeo de rifles que utiliza as viaturas

de combate multipropoacutesito Boxer GTK

Essas fraccedilotildees satildeo apoiadas por um batalhatildeo de engenharia blindado composto

por uma companhia de comando e apoio duas companhias de engenharia de

combate blindada uma companhia de equipamentos de engenharia e uma

companhia de pontes flutuantes

As companhias de combate satildeo compostas por um comando um pelotatildeo de

contramobilidade que constroacutei obstaacuteculos para barrar ou canalizar a forccedila inimiga

um pelotatildeo de abertura de brecha dotado de sistema de limpeza e da viatura Keiler

um pelotatildeo de eliminaccedilatildeo de municcedilatildeo que elimina artefatos explosivos e municcedilotildees

garantindo o traacutefego de tropas e um pelotatildeo de equipamentos responsaacutevel pelo

apoio agrave mobilidade abertura de passagem em obstaacuteculos e cursos drsquoaacutegua e

manutenccedilatildeo de estradas

A companhia de pontes flutuantes eacute composta por um pelotatildeo de viaturas

blindadas e um pelotatildeo de mergulhadores E a companhia de equipamento de

engenharia eacute dotada de equipamentos de construccedilatildeo e viaturas blindadas especiais

conforme figura abaixo

A seguir satildeo apresentadas as viaturas componentes dessas brigadas com

seus respectivos pesos e velocidades viatura sobre rodas Fennek (103 ton e 115

kmh) Viatura de Transporte de Pessoal sobre rodas Fuchs (235 ton e 105 kmh)

utilizada pelos pelototildees de engenharia Viatura de Combate sobre lagartas Puma

utilizada pela infantaria (43 ton e 70 kmh) Viatura Lanccedila-Pontes sobre lagartas

Biber (453 ton e 62 kmh) Viatura Blindada Especial de Engenharia sobre lagartas

84

Dachs (43 ton e 62 kmh) e Viatura para Abertura de Brecha sobre lagartas Keiler

(53 ton e 50 kmh)

Embora o trabalho tenha se desenvolvido de forma diferente do planejado

inicialmente este autor considera que foi positiva a anaacutelise pois duas brigadas

distintas de potecircncias beacutelicas que estatildeo sendo empregados em conflitos

atualmente apresentam diferentes formas de apoio

A brigada blindada alematilde mostrou uma proximidade maior agraves caracteriacutesticas da

brigada brasileira em razatildeo da mistura de meios sobre lagartas e sobre rodas o

que natildeo necessariamente conduz a mesma soluccedilatildeo

A anaacutelise permitiu afirmar que eacute possiacutevel o apoio a tropas mecanizadas por

uma engenharia dotada de meios sobre rodas como a Brigada Stryker

Por outro lado tambeacutem eacute possiacutevel que uma brigada mecanizada com viaturas

sobre rodas e viaturas sobre lagartas de classes diferentes e capacidades de

mobilidade diferentes seja apoiada por uma engenharia dotada de meios sobre

lagartas

Conforme Capiacutetulo 3 o apoio de engenharia agrave mobilidade dos regimentos

(RCB e RC Mec) atualmente eacute limitado ao emprego de equipamentos inadequados

para o apoio em operaccedilatildeo de Aproveitamento do Ecircxito devido a inexistecircncia de

VBE

Considerando que na constituiccedilatildeo da brigada existe um RCB dotado de

VBCCC Leopard 1BR e VBCCC M60 A3-TTS foi analisado o emprego dos meios de

engenharia pelo exeacutercito americano e alematildeo onde natildeo foram encontradas

informaccedilotildees sobre apoio de engenharia com meios mecanizados para apoiar

viaturas blindadas sobre lagartas

De outra forma foi observado o emprego de meios especiais sobre lagartas

para apoio agraves tropas dotadas de viaturas sobre lagartas de classe consideraacutevel na

brigada alematilde - como as viaturas Dachs (43 ton) e as viaturas de combate Puma (43

ton) - e viaturas de grande mobilidade sobre rodas - como as viaturas Fennek (115

kmh) e Puma (105 kmh)

No Apecircndice C questotildees 1 2 e 3 foram apresentadas opiniotildees equilibradas

quanto ao emprego das VBE sobre lagartas e unanimidade para emprego dos tipos

de VBTP de acordo com a tropa apoiada (sobre rodas e sobre lagartas)

85

Com base nos comentaacuterios a seguir pretende-se responder agraves problemaacuteticas

levantadas com base na revisatildeo de literatura e reforccedilar as ideias que corroborem

com a proposta do autor

- ldquoA Bda C Mec eacute apta a atuar em operaccedilotildees ofensivas a perda de velocidade

nesse tipo de operaccedilatildeo eacute natural ao se deparar com obstaacuteculos E eacute nesse

contexto que as Vtr Eng satildeo empregadas Dessa maneira natildeo vejo restriccedilatildeo em

usar meios SL para a Bda C Mec Ademais as VBE Eng SL possuem maior

potecircncia para a remoccedilatildeo de obstaacuteculos sendo mais eficientes e poupando

tempo nessa atividade o que pode se tornar uma dificuldade para VBE Eng SRrdquo

Esse comentaacuterio explica como a Bda Inf Mec alematilde consegue realizar suas

missotildees sendo apoiada por um batalhatildeo de engenharia blindado que possui todas

as suas VBE construiacutedas sobre plataformas sobre lagartas E em relaccedilatildeo agrave

capacidade da VBE Eng a experiecircncia do autor permite testemunhar a favor da

afirmaccedilatildeo apresentada sobre a potecircncia e eficiecircncia que as VBE sobre lagartas

possuem e a restriccedilatildeo de trafegabilidade das viaturas sobre rodas no deslocamento

atraveacutes campo

- ldquonatildeo eacute somente uma questatildeo de velocidade mas tambeacutem das caracteriacutesticas de

terreno que elas iratildeo operar Por exemplo natildeo eacute ideal que uma Vtr SL progrida

sobre o asfaltordquo

A afirmaccedilatildeo acima natildeo eacute verdadeira e seraacute respondida com base na

experiecircncia do autor As viaturas alematildes da famiacutelia Leopard inclusive as Leopard 2

que possuem maior classe satildeo deslocadas na Alemanha atraveacutes de estradas

asfaltadas O deslocamento sobre o asfalto natildeo eacute impedimento nem prejudicial agraves

viaturas sobre lagarta

No Apecircndice D questotildees 1 2 e 3 houve unanimidade quanto ao emprego de VBE

sobre lagartas e equiliacutebrio quanto agrave utilizaccedilatildeo de VBTP de mesmo tipo dos

elementos apoiados

Dos comentaacuterios apresentados foram selecionados os que seguem

86

- ldquoDependendo da situaccedilatildeo taacutetica pode-se exigir a utilizaccedilatildeo de algum implemento

para apoiar a mobilidaderdquo

Esse comentaacuterio abre margem para avaliaccedilatildeo de uma proposta mais

audaciosa na qual deveria ser analisado o custo-benefiacutecio de empregarem-se

pelototildees embarcados em VBTP com implementos

Esse estudo deve avaliar inicialmente a capacidade de tal meio comportar o

sistema e um GE na mesma viatura e o custo de ter VBE sobre lagartas e VBTP

com implementos

Por falta de tempo para estudo de tal proposta o autor natildeo consideraraacute esta

proposta uma opccedilatildeo para este trabalho

- ldquoDevem ser utilizadas VBTP M113 nas duas situaccedilotildees pois a mesma oferece

maior mobilidade atraveacutes terrenordquo

A utilizaccedilatildeo de VBTP M113 junto aos RC Mec eacute menos vantajoso pois

dificilmente o Pel E buscaraacute apoiar a mobilidade por caminhos natildeo utilizados pelas

VBPT Guarani por ser uma soluccedilatildeo de maior custo haja vista a quantidade de

viaturas que o pelotatildeo utiliza e por tornar-se uma opccedilatildeo de velocidade de apoio

Diferente do emprego das VBE sobre lagarta o emprego das VBTP sobre

lagarta natildeo traz ganho significativo nos trabalhos aleacutem de faacutecil identificaccedilatildeo visual

por parte do inimigo

As companhias do batalhatildeo de engenharia deveratildeo possuir VBTP sobre

lagartas e sobre rodas para apoiar respectivamente os RCB e os RC Mec Cabe

salientar entretanto que o emprego dessas VBTP natildeo devem ser de uso exclusivo

aos respectivos elementos devendo ser considerado seu emprego desta forma

apenas como mais adequado

Quanto agraves VBE o trabalho conduziu para que o batalhatildeo seja dotado de

viaturas sobre lagartas a fim de dotar os pelototildees de capacidade para organizaccedilatildeo do

terreno transposiccedilatildeo de cursos de aacutegua e valas e abertura de brecha em campo

minado atribuindo mobilidade adequada tanto para apoio aos RC Mec quanto para

apoio aos RCB pelos motivos jaacute analisados no capiacutetulo 42

87

Os materiais foram separados por tipo de trabalho realizado explorando as

necessidades de apoio dos regimentos da seguinte forma trabalhos de abertura de

brecha transposiccedilatildeo de cursos drsquoaacutegua e valas e trabalhos de organizaccedilatildeo do

terreno e desobstruccedilatildeo de vias

Das Viaturas Blindadas Especiais de abertura de brecha destacam-se as

seguintes

A Viatura americana M1150 Assault Breacher Vehicle (ABV) - Viatura de

Abertura de Brechas) construiacuteda a partir do chassi do M1A1 Abrams a qual eacute

dotada de dois MICLIC (Mine Clearing Line Charge) uma carga linear explosiva que

eacute capaz de eliminar 92 a 95 das minas de um campo de minas

A viatura tem capacidade de lanccedilar uma carga explosiva atraveacutes de 100 a 150

metros destruindo minas bombas e IED sem expor a tripulaccedilatildeo que natildeo precisa

desembarcar Aleacutem disso a viatura possui um arado que permite complementar a

seguranccedila da brecha aberta por carga explosiva

O implemento arado eacute um meacutetodo mecacircnico que natildeo suporta ser empregado

como meio principal pois tem baixa resistecircncia Em meacutedia a cada trecircs minas

removidas por esse implemento uma danifica a lacircmina implicando em sua

substituiccedilatildeo

A Viatura BMR-3M que consiste em uma viatura blindada russa baseada no

carro de combate T-90 que conduz agrave frente de suas lagartas rolos que exercem um

peso superior ao das lagartas sobre o solo acionando-as prematuramente Aleacutem dos

rolos a viatura possui um sistema de contra-ataque magneacutetico e um sistema

jammer que impede o acionamento de explosivos controlados por raacutedio A

velocidade da desminagem eacute de 12 kmh dependendo da densidade da mina e das

condiccedilotildees do solo

O sistema de rolo eacute apto para operar em solo seco e relativamente plano Aleacutem

disso deve ser utilizado como complemento do MICLIC pois em meacutedia o rolo

suporta entre trecircs a seis minas devendo apoacutes isso ser substituiacutedo Esse eacute um

excelente sistema para identificaccedilatildeo do iniacutecio de um campo minado

A viatura alematilde Keiler a qual alega-se que limpa cerca de 98 das minas por

onde passa eacute equipada com um sistema composto por um rotor que eacute interligado a

88

vaacuterios pesos metaacutelicos presos por correntes Quando esse rotor gira e eacute aproximado

do solo realiza pancadas no solo gerando ondas de choque que acionam as cargas

explosivasEnquanto realiza a limpeza um sistema automaticamente demarca o

local livre de minas

Viatura que apresenta alta eficiecircncia quando comparado ao MICLIC que natildeo

necessita de um meio complementar e que tem um baixo custo de utilizaccedilatildeo pois

seu sistema natildeo precisa ser recarregado a Viatura Keiler possui uma manutenccedilatildeo

simples apoacutes detonaccedilatildeo pois o acionamento prematuro das minas natildeo afeta seu

sistema podendo afetar peccedilas de faacutecil reposiccedilatildeo o que natildeo ocorre com o sistema

arado e rolo caso sejam utilizados sem complemento do meacutetodo explosivo

O sistema Python eacute um sistema britacircnico consiste em um reboque com uma

carga linear que eacute distendida sobre o terreno por um foguete propulsor Esse

sistema que tambeacutem foi adquirido pela Tailacircndia eacute transportado na Gratilde-Bretanha

pela viatura Trojan que eacute baseada no carro de combate Challenger 2 O Python foi

utilizado em 2010 durante a Operaccedilatildeo Moshtarak no Afeganistatildeo

O implemento lacircmina para desminagem pode ser utilizado nas viaturas

meacutedias de rodas apresentando capacidade limitada de trabalho na remoccedilatildeo de

minas em superfiacutecies pavimentadas

O Light Weight Mine Roller (LWMR) rolo de minas de peso leve eacute um

sistema adicionado agraves viaturas sobre rodas que protege veiacuteculos do efeito de minas

e Dispositivos Explosivos Improvisados (DEI) realizando pressatildeo sobre o solo agrave

frente do veiacuteculo que realiza a abertura (Armytechnology)

Esse eacute um implemento leve mas que gera efeito pesado em suas rodas

atraveacutes do uso de energia hidraacuteulica gerando a pressatildeo necessaacuteria para

acionamento de cargas explosivas

O sistema americano M58 Mine Clearing Line Charge (MICLIC) eacute uma carga

de demoliccedilatildeo linear a qual eacute projetada por foguete sobre o local onde se deseja

realizar a abertura de uma brecha Este sistema tem a capacidade de abrir uma

brecha de 8 m de largura por 100 m de comprimento (Wikipedia) O dispositivo de

demoliccedilatildeo consiste principalmente de uma corda de nuacutecleo de nylon de 34 de

polegada 700 blocos de demoliccedilatildeo composta por C4 e dois filamentos de cordel

detonante de tetranitrato de pentaeritritol (PETN)

Dos MEM para transposiccedilatildeo de cursos drsquoaacutegua ou valas destam-se

89

A Viatura Blindada Especial Lanccedila-Pontes Leopard 1BR (VBEL Pnt Leo 1

BR) eacute viatura modificada da versatildeo alematilde Panzerschnellbruumlcke 1 para o Brasil

Construiacuteda a partir do chassi do Leopard 1 esta eacute capaz de transportar montar (a

ponte eacute transportada em duas metades) e lanccedilar uma ponte de classe 50 de 22

metros sobre um vatildeo de 20 metros

A Viatura Blindada Lanccedila-Pontes Titan eacute uma viatura britacircnica baseada no

chassi do carro de combate Challenger 2 capaz de lanccedilar uma uacutenica ponte de 26 m

em menos de dois minutos ou duas pontes de 12 m em apenas 90 segundos Esta

viatura que realiza o lanccedilamento vertical tem o mesmo niacutevel de proteccedilatildeo da VBCC

fornecendo um niacutevel muito alto de proteccedilatildeo contra armas de fogo direto aleacutem de

consideraacutevel proteccedilatildeo contra minas terrestres e contra agentes QBRN

A Viatura Blindada Lanccedila-Pontes M104 Wolverine eacute a viatura para

transposiccedilatildeo de pequenas brechas utilizada pelos Estados Unidos Construiacuteda a

partir do chassi da viatura carro de combate M1A2 Abrams a viatura Wolverine tem

a capacidade de lanccedilar ponte de classe 70 sobre brechas de ateacute 24 metros

A viatura que realiza lanccedilamento do tipo horizontal possui proteccedilatildeo

semelhante agrave viatura carro de combate M1A2 Abrams e possui um sistema de

gerenciamento de campo de batalha a fim de aumentar a consciecircncia situacional no

campo de batalha

O feixe de tubos ou Pipe Fascine ao ser colocado dentro de um Fosso

Anticarro (Fosso AC) estreitos cursos drsquoaacutegua ou valas ocupa o espaccedilo do vatildeo

permite a passagem de viatura sobre sua superfiacutecie cumprindo funccedilatildeo semelhante a

da ponte

Esse equipamento pode ser lanccedilado por uma Viatura Blindada Especial de

Engenharia ou adaptada em outras viaturas ou reboques Uma necessidade para

lanccedilamento e recolhimento desse material eacute um sistema do tipo concha guindaste

ou outro meio de iccedilamento a fim de recuperar ou movimentar o equipamento apoacutes

ser lanccedilado

O sistema de lanccedilamento de ponte de pequena brecha eacute um sistema para

viaturas sobre rodas que pode ser adaptado agraves viaturas de combate ou de

transporte de pessoal utilizadas pela infantaria ou cavalaria a fim de abrir passagens

em pequenos cursos drsquoaacutegua O sistema REBS (Rapidly Emplaced Bridge System)

por exemplo permite o lanccedilamento de ponte de classe 50 sobre um vatildeo de ateacute 13

metros

90

Dentre os MEM para organizaccedilatildeo do terreno e desobstruccedilatildeo de vias

destacam-se

Os sistemas lacircmina reta e escavadeira satildeo implementos que podem ser

instalados nas viaturas meacutedias de rodas para desobstruccedilatildeo de vias e organizaccedilatildeo

do terreno

A Viatura Blindada Especial de Engenharia Leopard 1BR (VBE Eng Leo 1

BR) eacute uma viatura modificada da versatildeo alematilde Pionierpanzer Dachs 1 para o Brasil

Suas capacidades adveacutem dos seus equipamentos escavadeira guindaste o

qual funciona a partir do braccedilo da escavadeira lacircmina de terraplanagem que realiza

trabalhos de remoccedilatildeo de terra e obstaacuteculos aleacutem de executar a funccedilatildeo de lacircmina de

apoio o que eacute fundamental para aumento da estabilidade e traccedilatildeo nos trabalhos

com o braccedilo da escavadeira e guindaste escarificador para realizar cortes que

frouxam o terreno duro guincho para resgate ou auto resgate (com capacidade de

ateacute 70 toneladas) parafusadeira de impacto aparelho de corte e solda e

policorteesmerilhadeira (Manual de operaccedilatildeo VBE Eng Leo 1 BR p 2)

Embora exista uma versatildeo mais atual da viatura que seraacute apresentada a

seguir esta versatildeo permanece sendo utilizada pela Alemanha devido a sua alta

qualidade

A Viatura Blindada Especial de Engenharia Pionierpanzer 3 Kodiak eacute a

versatildeo mais atual da viatura alematilde Pionierpanzer Dachs 1 As diferenccedilas da versatildeo

anterior satildeo escavadeira com braccedilo articulado dois guinchos e uma lacircmina que

pode ser substituiacuteda por um arado O arado eacute utilizado para a remoccedilatildeo de minas

junto a um sistema de marcaccedilatildeo de brecha e um sistema de detonaccedilatildeo de minas

eletromagneacuteticas

A concha tambeacutem eacute intercambiaacutevel com uma garra universal cortador de

concreto e perfuratriz A proteccedilatildeo desta viatura eacute a mesma da VBCCC Leopard 2

aleacutem de contar com proteccedilatildeo QBRN e sistema de cacircmeras para a realizaccedilatildeo de uma

operaccedilatildeo eficiente sem exposiccedilatildeo do operador

A Viatura Blindada Especial de Engenharia Terrier executa trabalhos com

escavadeira e lacircmina frontal O veiacuteculo ainda conta com uma blindagem e proteccedilatildeo

contra minas fornecendo proteccedilatildeo contra estilhaccedilos de fogo de armas pequenas e

projeacuteteis de artilharia

91

Para missotildees de abertura de brecha este veiacuteculo eacute equipado com um arado de

grande capacidade que complementa o trabalho realizado por seu equipamento

rebocado Python

Esse mesmo reboque ainda tem capacidade de transporte de feixe de tubos ou

um tolo de esteira (tem funccedilatildeo semelhante ao reforccedilador de solo)

De acordo com o que foi apresentado percebe-se que existe uma gama de

materiais disponiacuteveis no mercado mundial com condiccedilotildees de dotar aos Pel E Cmb

das Cia E Cmb de capacidades adequadas para apoiar a mobilidade dos regimentos

da Bda C Mec

Dentre eles como viatura para abertura de brecha destaca-se o Keiler viatura

que utiliza um sistema barato quando comparado ao MICLIC e completo quando

comparado agraves viaturas arado e rolo Outrossim a manutenccedilatildeo do seu sistema em

combate eacute simples de ser realizada por necessitar de troca de peccedilas de faacutecil

substituiccedilatildeo

Para transposiccedilatildeo de cursos de aacutegua e valas destacam-se a VBEL Pnt Biber

que jaacute eacute utilizada no Brasil e o feixe de tubos para o qual jaacute existem estudos no

Brasil sobre a possibilidade de fabricaccedilatildeo dos tubos Essa tambeacutem eacute uma soluccedilatildeo

barata e eficiente que adaptada sobre uma viatura em desuso como as VBCCC

Leopard 1 que estatildeo no Parque Regional de manutenccedilatildeo ou outra viatura que tenha

o chassi em boas condiccedilotildees de funcionamento onde seja adaptado um braccedilo com

funcionamento hidraacuteulico para lanccedilamento e remoccedilatildeo do feixe

Para a organizaccedilatildeo do terreno e desobstruccedilatildeo de vias destacam-se as

viaturas Leopard dentre as quais utilizamos a VBE Eng (Dachs) que atende bem

as tropas blindadas

Este autor buscou apresentar algumas caracteriacutesticas principais desses

materiais buscando analisar pontualmente as funcionalidades dessas viaturas com

base nas capacidades miacutenimas que faltam nos Pel E Cmb que apoiam as Bda C

Mec As viaturas mencionadas possuem muitos outros benefiacutecios os quais natildeo

foram aprofundados por natildeo serem objetivo do presente estudo

433 Caracteriacutesticas dos meios

No Apecircndice A questatildeo 4 as respostas recebidas mostraram opiniatildeo

unacircnime em relaccedilatildeo agrave necessidade de dotar a Cia E Cmb Mec com ponte classe

92

que atenda tanto as VBTP-MR Guarani quanto as VBCCC Leopard (classe 45) e

VBCCC M60 A3-TTS (classe 55) caracteriacutestica que nem o sistema americano para

viaturas sobre rodas REBS possui Como jaacute mencionado na revisatildeo de literatura

esse sistema lanccedila ponte de classe 50

No Apecircndice A questatildeo 5 a grande maioria respondeu que o apoio de

engenharia aos regimentos por VBEL Pnt sobre lagartas eacute pertinente

Os comentaacuterios contribuiacuteram para complementar o raciociacutenio apresentado

pelas questotildees da seguinte forma

- ldquoA vantagem de se ter na OM Eng Cmb Mec da Bda C Mec somente um tipo de

VBE lanccediladora de ponte sobre lagartas seria que a mesma poderia atender

com maior mobilidade atraveacutes do campo tanto os RC Mec quanto o RCBrdquo

No Apecircndice B questotildees 4 foi unacircnime a aceitaccedilatildeo da afirmativa que considera

que a classe da ponte da VBEL Pnt deve atender agrave classe da viatura de maior

classe (atualmente a VBCCC M60)

A anaacutelise dos comentaacuterios a seguir apresentados permitiratildeo uma explicaccedilatildeo mais

detalhada

- ldquoA Viatura Lanccedila Ponte sobre Rodas (REBS) atende um vatildeo de 13 metros para

Classe Militar 50 Jaacute utilizada nos EUA A VBCCC M60 eacute uma soluccedilatildeo paliativa A

VBCCC Padratildeo do EB eacute o Leopardrdquo

Quanto a essa afirmativa foram consideradas duas situaccedilotildees a primeira fruto

da anaacutelise da atual situaccedilatildeo que paleativa ou natildeo eacute a existecircncia da Vtr M60 cuja

classe natildeo eacute suportada pela ponte do sistema REBS a outra fruto da anaacutelise de

uma situaccedilatildeo futura eacute que o Exeacutercito jaacute estaacute pensando no projeto de uma nova

VBCCC para substituir o Leopard 1A5 e consequentemente as viaturas Leopard 1

e o M60 Esse estudo natildeo definiu ateacute o momento entretanto a classe nem o

momento dessa substituiccedilatildeo

Destaco que a maior importacircncia dessa questatildeo foi identificar a opiniatildeo sobre

a capacidade do emprego de viaturas sobre lagartas em atender agraves necessidades

dos regimentos

93

No Apecircndice B questotildees 5 a maioria das respostas foram contraacuterias agrave

utilizaccedilatildeo de pontes lanccediladas por viaturas sobre rodas ao considerar sua falta de

capacidade de suporte agraves viaturas mais pesadas

A exploraccedilatildeo dos seguintes comentaacuterios apresentados permitiratildeo reforccedilar o

resultado atingido

- ldquoA classe da ponte transportada pela Vtr que deve se adequar agraves necessidades da

Bda Acredito que a Pnt transportada pela Vtr sobre rodas deve ter capacidade de

transposiccedilatildeo de meios sobre lagartasrdquo

Embora concorde com a afirmaccedilatildeo quando comparamos a diferenccedila de

capacidades entre as VBEL Pnt dos paiacuteses mais desenvolvidos verificamos a

dificuldade das viaturas sobre rodas proporcionarem semelhante capacidade

propiciada pelas sobre lagartas

Essa avaliaccedilatildeo eacute facilitada quando comparamos o implemento para viaturas

sobre rodas e a viatura sobre lagartas empregados pelo mesmo paiacutes

O sistema americano REBS que proporciona suporte para viaturas de classe

50 em vatildeos de ateacute 13 metros mostra-se muito inferior quando comparado agrave

capacidade da viatura Wolverine de lanccedilar uma ponte de classe 70 em vatildeo de ateacute

24 metros Quase o dobro de largura de vatildeo em relaccedilatildeo agrave ponte lanccedilada pelo

sistema REBS

Destarte a crescente demanda de pontes de maior classe torna niacutetidos os

benefiacutecios de investir-se em pontes de pequenas brechas de maior capacidade

- ldquoUm detalhe que deve ser levado em consideraccedilatildeo eacute o seguinte num combate de

velocidade e manobra realizado por uma fraccedilatildeo que utilize Vtr Bld SL a VBL Pnt

conseguiraacute acompanhar o mesmo movimento ou alguns Obt do terreno faratildeo ela

ficar pelo caminho Por isso eacute vaacutelido raciocinar que numa Bda que possui elementos

de Man SL e SR a engenharia orgacircnica tambeacutem deva ter essa caracteriacutestica Assim

eacute vaacutelido pensar que nesse BE Cmb Mec deva existir no miacutenimo uma fraccedilatildeo E Cmb

Bld (SL)rdquo

Pode-se contrapor o referido comentaacuterio por meio da anaacutelise do emprego do

exeacutercito alematildeo o qual apoia a Bda Inf Mec com VBE sobre lagartas permitindo

94

afirmar assim que a utilizaccedilatildeo de tais meios no apoio aos elementos dotados de

viaturas sobre rodas natildeo impactaraacute no acompanhamento dos regimentos

Em complemento a essa anaacutelise pode-se analisar o procedimento

experimental que foi realizado no Centro de Instruccedilatildeo de Blindados constante no

Apecircndice E Com meios sobre lagarta um Pel E Cmb acompanhou toda a manobra

em ambiente virtual de um RC Mec da 3ordf Brigada de Cavalaria Mecanizada natildeo

sendo prejudicado seu apoio pela velocidade dos meios empregados

No Apecircndice C questotildees 4 e 5 as opiniotildees foram equilibradas tornando-se mais

adequado a anaacutelise dos comentaacuterios para avaliaccedilatildeo das questotildees propostas

- ldquoConcordo que seria positivo para a funccedilatildeo de Cmb Log mas seria prejudicial para

a funccedilatildeo Cmb Man e Mov pois as tropas SR teriam que ser Ap em algumas

situaccedilotildees por Vtr SLrdquo

De acordo com o emprego realizado na Alemanha conforme capiacutetulo 3 o apoio

prestado pelas VBE sobre lagartas natildeo eacute um problema que afeta a funccedilatildeo de

combate Movimento e Manobrardquo

- ldquoNatildeo obstante agraves vantagens logiacutesticas visualizadas como a menor diversidade

de meios habilitaccedilatildeo de pessoal e estruturas fiacutesicas a adoccedilatildeo de ambos os

meios SR e SL concede maior flexibilidade para o apoio de Eng Permitindo ao

Cmt BE Cmb Mec alocar os meios SR e SL de acordo com a necessidade natureza

da missatildeo e tipo de tropa apoiadardquo

Quanto agrave flexibilidade de apoio natildeo foi identificada a referida problemaacutetica mas as

vantagens estatildeo de acordo com o que o estudo identificou ateacute agora

No Apecircndice D questotildees 4 e 5 as opiniotildees foram equilibradas e devido agrave baixa

quantidade de respostas tornou-se mais adequado analisar seus comentaacuterios como

se segue

- ldquoEacute evidente que o emprego de Vtr sobre lagartas aumenta a mobilidade em

qualquer terreno mas por outro lado impacta enormemente na cauda logiacutestica

Insisto que as Bda C Mec devam manter suas caracteriacutesticas de velocidade

95

principalmente trafegabilidade e mobilidade Recordo que os meios sobre roda

garantem entre outras vantagens melhores condiccedilotildees para o apoio logiacutestico Para

as Bda C Mec a velocidade eacute fundamental no cumprimento de suas missotildees

baacutesicas de Rec e Seg Penso que a mescla de meios sobre lagartas e meios sobre

rodas eacute a configuraccedilatildeo mais adequada considerando a atual constituiccedilatildeo das Bda C

Mec do EBrdquo

Do mesmo modo que nossas Bda C Mec a Bda Inf Mec alematilde eacute dotada de

viaturas leves e raacutepidas as quais necessitam ser acompanhadas e apoiadas

adequadamente pelos pelototildees de engenharia Portanto mais uma vez a

comparaccedilatildeo com o emprego da engenharia na brigada alematilde torna-se fundamental

para comprovar a eficiecircncia do apoio com VBE sobre lagartas

- ldquoA Logiacutestica das VB SL eacute muito mais onerosa que a SR tanto em suprimentos

quanto em manutenccedilatildeo Acredito que uma Cia com meios Bld para apoiar o RCB

seja menos impactante que dotar 3 Cia com meios SL mesmo considerando a maior

diversidade de materiais nesta anaacuteliserdquo

Realmente o custo com suprimentos manutenccedilatildeo e complementando gasto

com combustiacutevel das viaturas sobre lagartas eacute maior que das viaturas sobre rodas

Todavia os benefiacutecios desse investimento seriam

- ganho na compra de um lote maior de viaturas sobre lagartas (quanto maior o

nuacutemero de viaturas menor seraacute o preccedilo)

- ganho em capacidade de trabalho (as viaturas sobre rodas possuem muitas

limitaccedilotildees para a VBEL Pnt a limitaccedilatildeo de classe e para as VBE Eng e VBE

desminagem capacidade muito inferior de utilizar os equipamentos como lacircmina

escavadeira o arado ou rolo atraveacutes campo onde a traccedilatildeo eacute extremamente

necessaacuteria

- ganho na proteccedilatildeo no qual destaca-se em relaccedilatildeo agraves VBTP por ser um meio

mais nobre para as forccedilas amigas e compensador para as inimigas e pela maior

necessidade de exposiccedilatildeo aos fogos haja vista que em operaccedilotildees de abertura de

passagem esse meio seraacute conduzido agrave frente para a realizar a reduccedilatildeo dos

obstaacuteculos

96

434 Quantidade de VBE por BE Cmb

No Apecircndice C questatildeo 6 houve uma aceitaccedilatildeo maior que reprovaccedilatildeo o

que poderaacute ser complementado pela anaacutelise dos comentaacuterios que se seguem

- ldquoDeve-se observar nesse caso natildeo somente a quantidade de elementos de

manobra a apoiar mas tambeacutem a capacidade maacutexima de zonas de accedilatildeo em que a

Bda C Mec eacute capaz de se desdobrar Por exemplo uma Bda Bld pode-se desdobrar

em ateacute 05 zonas de accedilatildeo observadas as suas capacidades maacuteximas de comando e

controle (04 FT U e 01 FT SU) A partir desse levantamento pode-se traccedilar melhor

as necessidades totais de meios de Eng para apoio inclusive com os meios

reservasrdquo

- ldquoPara realizar a comparaccedilatildeo se faz necessaacuterio saber quantas Vtr por tipo os

batalhotildees de engenharia do exeacutercito americano possuem Natildeo haacute a necessidade de

uma Vtr apenas para o rolo Esse pode ser empregado como implemento para as Vtr

da peccedila de manobra Se for possiacutevel utilizar o exeacutercito americano como um modelo

(uma ideia) seria interessante ter uma Vtr especializada de engenharia como os

ABV que jaacute possuem o miclic e o arado na mesma Vtrrdquo

A primeira afirmativa talvez seja a situaccedilatildeo ideal de apoio de uma engenharia

de brigada entretanto para se atingir a capacidade miacutenima de apoio a dotaccedilatildeo de

VBE natildeo precisa atingir cada zona de accedilatildeo mas cada regimento empregado pela

brigada com no miacutenimo um meio principal e um reserva

De acordo com o estudo dos meios do exeacutercito americano verifica-se que sua

engenharia de brigada natildeo tem meios para apoiar cinco zonas de accedilatildeo limitando-se

ao apoio das companhias por unidade Desta forma a complementariedade desse

apoio cabe agrave engenharia de divisatildeo agrave brigada

Em relaccedilatildeo a segunda proposiccedilatildeo pela proximidade das caracteriacutesticas da

brigada faz-se mais conveniente analisar a quantidade de meios do batalhatildeo da

Alemanha que dos Estados Unidos

Desta forma identifica-se que cada companhia do batalhatildeo de engenharia da

Alemanha aleacutem de sistema de lanccedilamento de minas e botes de assalto deteacutem 3

(trecircs) viaturas lanccediladoras de ponte 2 (duas) viaturas de abertura de brecha 2 VBE

Eng

97

Esta distribuiccedilatildeo mostra-se coerente com a miacutenima necessidade dos

regimentos da Bda C Mec os quais precisam ser apoiados com no miacutenimo duas

VBE Eng e duas viaturas de abertura de brecha no caso de emprego de dois

esquadrotildees em primeiro escalatildeo

A dotaccedilatildeo de 3 VBEL Pnt tambeacutem justifica-se pois atende a necessidade de

transposiccedilatildeo em trecircs locais simultaneamente ou em dois locais permanecendo com

uma viatura em reserva primando pela seguranccedila da operaccedilatildeo

De acordo com o acima exposto conclui-se que as companhias do batalhatildeo de

engenharia necessitam de trecircs VBEL Pnt duas VBE Eng e duas viaturas para

abertura de brecha

Como conclusatildeo da anaacutelise da Variaacutevel Dependente de acordo com o que

foi analisado concluo parcialmente que o batalhatildeo de engenharia da brigada

composto por duas Companhia Engenharia de Combate deve ter 4 Pelototildees

de Engenharia de Combate por companhia para as cumprir as missotildees de

apoio direto reforccedilo apoio suplementar e apoio ao conjunto

Com base na anaacutelise das brigadas de outros exeacutercitos eacute possiacutevel a

utilizaccedilatildeo de meios sobre lagartas e sobre rodas mesmo que elas tenham

classes e capacidades de mobilidade diferentes para apoio agraves Brigadas de

Cavalaria Mecanizada

Atualmente os meios de dotaccedilatildeo da Cia E Cmb Mec satildeo inadequados

para o apoio em operaccedilatildeo de Aproveitamento do Ecircxito e a inexistecircncia de

viaturas blindadas especiais de engenharia restringe suas capacidades de

apoio sob fogos diretos mesmo de armas de baixo calibre

Para solucionar este problema pocircde-se observar a existecircncia de

materiais no mercado mundial com condiccedilotildees de dotar os Pel E Cmb das Cia E

Cmb de capacidades adequadas para apoiar a mobilidade dos regimentos da

Bda C Mec

Dentre eles destaca-se a viatura para abertura de brecha Keiler viatura

que utiliza um sistema barato e capaz de realizar sozinha a abertura completa

com manutenccedilatildeo simples

Para transposiccedilatildeo de cursos de aacutegua e valas destacam-se a VBEL Pnt

Biber e o sistema de feixe de tubos A primeira por ser um material eficiente

que jaacute eacute empregado pelas Brigadas Blindadas e a segunda por ser um

98

sistema barato e de faacutecil implementaccedilatildeo em viaturas repotencializadas como

as viaturas Leopard 1 desde que tenham seus sistemas baacutesico em

funcionamento

Para a organizaccedilatildeo do terreno e desobstruccedilatildeo de vias destacam-se as

viaturas Leopard dentre as quais utilizamos a VBE Eng (Dachs) que atende

bem as tropas blindadas

De acordo com a anaacutelise realizada o BE Cmb Mec necessita dos

seguintes materiais para reforccedilo das Cia E Cmb 6 (seis) VBEL Pntcom duas

pontes cada 4 (quatro) VBE Eng 4 (quatro) Viaturas lanccediladoras de feixe de

tubos e 4 (quatro) viaturas para abertura de brecha

99

5 CONCLUSAtildeO E RECOMENDACcedilOtildeES

A presente dissertaccedilatildeo de mestrado classificada quanto agrave sua forma de

abordagem como qualitativa e quanto ao objetivo geral como exploratoacuteria e

descritiva teve como tema a A Engenharia de combate da Brigada de Cavalaria

Mecanizada Uma sugestatildeo de adequaccedilatildeo do apoio prestado aos elementos

empregados em primeiro escalatildeo nas operaccedilotildees ofensivas

O problema central da pesquisa balizou o desenvolvimento do trabalho para

atingir o objetivo geral direcionando-o para o desenvolvimento da proposta mais

adequada de emprego da engenharia no apoio agraves Brigadas de Cavalaria

Mecanizada

Embora tenha sido observada a inexistecircncia de algumas bibliografias a

pesquisa bibliograacutefica permitiu atingir plenamente os objetivos especiacuteficos

relacionados agraves questotildees de estudo acima enumeradas

Nessa fase foram analisados os conceitos receacutem introduzidos no Exeacutercito os

materiais adquiridos e em desenvolvimento atraveacutes dos Projetos Leopard e

Guarani a organizaccedilatildeo da Brigada de Cavalaria Mecanizada e a Companhia de

Engenharia de Combate

Por meio deste estudo foram identificadas as capacidades e limitaccedilotildees dos

elementos empregados em primeiro escalatildeo pela brigada e as capacidades

previstas para o apoio dos Pelototildees de Engenharia desta companhia no apoio em

Operaccedilatildeo de Aproveitamento do Ecircxito

Observou-se a organizaccedilatildeo caracteriacutesticas capacidades e limitaccedilotildees dos Pel

E Cmb identificando os materiais existentes para apoio agrave mobilidade dos

Regimentos e a necessidade de reforccedilos pela Cia E Cmb a fim de realizar um apoio

efetivo

Apoacutes o referido estudo buscou-se complementar os estudos de revisatildeo

bibliograacutefica com a aplicaccedilatildeo de questionaacuterios e procedimento experimental

Para cumprir esse objetivo os questionaacuterios foram enviados a comandantes e

ex-comandantes dos regimentos de cavalaria e companhias de engenharia das

Brigadas de Cavalaria Mecanizada os quais tinham experiecircncia no emprego das

tropas estudadas

Em complemento agrave experiecircncia dos grupos citados foram enviados

100

questionaacuterios aos oficiais de engenharia e instrutores do Centro de Instruccedilatildeo de

Blindados que realizaram curso de comandante de subunidade nos Estados Unidos

ou na Alemanha a fim de contribuiacuterem com experiecircncias e conhecimentos

adquiridos nesses paiacuteses

Desta forma identificou-se a limitaccedilatildeo em meios e em pessoal e

consequentemente ineficiecircncia da companhia de engenharia em realizar um apoio

adequado em uma Operaccedilatildeo de Aproveitamento do Ecircxito e ainda apresentar

condiccedilotildees de realizar trabalhos de apoio ao conjunto suplementar e ficar em

condiccedilotildees de apoiar a reserva quando empregada

Desta feita foram analisadas soluccedilotildees em material e emprego capazes de

tornar o apoio da engenharia suficiente agraves necessidades miacutenimas e imediatas dos

regimentos Assim a anaacutelise seguiu os indicadores e dimensotildees da Variagravevel

Independente e Dependente as quais foram medidas de acordo com as questotildees

constantes nos apecircndices conforme quadros 1 e 2 das Definiccedilatildeo operacional das

variaacuteveis

Isto posto a fim de adequar o emprego e os meios da engenharia da brigada

identificou-se a necessidade de propor uma nova organizaccedilatildeo a fim de solucionar

as suas limitaccedilotildees Com isso concluiu-se que se faz necessaacuteria a mudanccedila do

apoio de uma Companhia de Engenharia de Combate Mecanizada para um

Batalhatildeo de Engenharia de Combate Mecanizado

Para o adequado apoio do Batalhatildeo junto aos Regimentos dotados de

viaturas mecanizadas e blindadas questionou-se a caracteriacutestica dos meios a serem

empregados pela engenharia

A soluccedilatildeo desta questatildeo foi amparada no estudo realizado por meio de

revisatildeo bibliograacutefica pelo procedimento experimental pelas respostas dos

questionaacuterios e seus comentaacuterios

Todos esses procedimentos e instrumentos direcionaram a proposta para a

estrutura de um BE Cmb a duas companhias com quatro pelototildees cada Uma

companhia deve ser dotada de VBTP sobre rodas para apoiar os RC Mec e a

companhia dotada de VBTP sobre lagarta deve apoiar o RCB e se for necessaacuterio

ficar em condiccedilotildees de apoiar o RC Mec

O procedimento experimental contribuiu para identificaccedilatildeo de uma suporte

adequado agrave brigada o qual foi realizado pela Seccedilatildeo de Simuladores do Centro de

Instruccedilatildeo de Blindados por meio do Treinamento Taacutetico em Ambiente Virtual

101

(TTAV) o qual realizou um treinamento com emprego de um RC Mec de uma Bda C

Mec em um Movimento Retroacutegrado que mesmo tendo sido aplicado um tipo

totalmente diferente da operaccedilatildeo em questatildeo permitiu a anaacutelise da capacidade das

viaturas blindadas sobre lagartas no acompanhamento das viaturas blindadas sobre

rodas no cumprimento de suas missotildees

Esse treinamento contribuiu para corroborar com a anaacutelise realizada na

doutrina alematilde que permitiu afirmar que os meios sobre lagartas utilizados pela

engenharia tem condiccedilotildees de apoiar uma Brigada de Cavalaria Mecanizada mesmo

quando esses meios satildeo empregados junto a um RC Mec

Outrossim chegou-se agrave identificaccedilatildeo dos meios que o Batalhatildeo de

Engenharia de Combate Mecanizado deve possuir para reforccedilar em meiois os Pel E

Cmb de acordo com as necessidades de apoio dos Regimentos de uma Bda C Mec

no Aproveitamento do Ecircxito quais sejam quatro VBE Eng quatro VBE de abertura

de brecha (do tipo Keiler) e seis VBEL Pnt (com duas pontes cada) todas sobre

lagartas

Com as conclusotildees do presente trabalho pretende-se adequar o apoio

prestado pela engenharia da brigada por meio da adequaccedilatildeo de seu emprego e de

seu material e refletindo na sua organizaccedilatildeo a fim de capacitaacute-la a apoiar os

elementos empregados em primeiro escalatildeo pela Brigada de Cavalaria Mecanizada

Como soluccedilatildeo praacutetica o autor apresenta no Anexo B a proposta consolidada

em uma Nota Complementar agrave Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 ndash

As Estruturas de Engenharia no Teatro de Operaccedilotildees a qual se apresenta

como base para modificaccedilatildeo do emprego da engenharia da brigada e

consequentemente servir de embriatildeo de um novo manual

Uma sugestatildeo para a experimentaccedilatildeo doutrinaacuteria eacute a transformaccedilatildeo da 3ordf

Companhia de Engenharia de Combate Mecanizada de Dom Pedrito-RS em

batalhatildeo a fim de aproveitar as instalaccedilotildees atuais as quais eram de utilizadas pelo

14ordm Regimento de Cavalaria Mecanizada

O presente trabalho explorou a adequaccedilatildeo do apoio de engenharia da Bda C

Mec a partir da anaacutelise do seu emprego e do seu material no apoio aos elementos

em primeiro escalatildeo em Operaccedilatildeo de Aproveitamento do Ecircxito

Outros estudos se fazem necessaacuterios para complementar as capacidades

necessaacuterias a esse batalhatildeo Dessa maneira o autor recomenda por meio do

QUADRO 17 a seguir os seguintes temas

102

QUADRO DE PROPOSTA PARA NOVAS PESQUISAS NA ESAO

Tema sugerido Especialista recomendado

BE Cmb de uma Brigada de Cavalaria Mecanizada Uma proposta de Quadro de Dotaccedilatildeo de Material (QDM) e Quadro de Cargos Previstos (QCP)

Oficial de engenharia que tenha servido em OM blindada e mecanizada

Equipagens para transposiccedilatildeo de curso drsquoaacutegua adequaccedilatildeo dos meios de transposiccedilatildeo de uma Bda C Mec

Militar de engenharia que tenha comandado uma Companhia de Engenharia de Pontes

TTP do Batalhatildeo de Engenharia de Combate Mecanizado na Operaccedilatildeo de Abertura de Passagem

Oficial de engenharia que tenha servido em OM blindada e mecanizada

Emprego de feixe de tubos em viaturas blindadas para transposiccedilatildeo de cursos de aacutegua e valas

Oficial que tenha experiecircncia com blindados

Viatura de Abertura de Brecha Keiler Uma viatura para solucionar uma deficiecircncia da engenharia brasileira

Oficial de engenharia com curso de desminagem preferencialmente habilitado em

alematildeo

O emprego de um Pelotatildeo de Engenharia de Apoio na Companhia de Engenharia de Combate de um BE Cmb Mec Uma sugestatildeo de dotaccedilatildeo de meios de emprego junto aos elementos em primeiro escalatildeo pela Cia E Cmb

Oficial que tenha servido em Batalhatildeo de Engenharia preferencialmente que tenha

comandado uma Companhia de Comando e Apoio

Doutrina do Batalhatildeo de Engenharia de Combate Mecanizado da Brigada de Cavalaria Mecanizada

Oficial de engenharia que tenha servido em OM blindada e mecanizada

QUADRO 17 - Propostas de novas pesquisas relacionadas ao apoio de engenharia agrave uma Bda C Mec Fonte O autor

______________________________ Saulo dos Santos Marques

Capitatildeo de Engenharia

103

REFEREcircNCIAS

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______ ______ Departamento de Educaccedilatildeo e Cultura EB60-ME-11401 dados meacutedios de planejamento 1 ed Rio de Janeiro 2016

______ ______ Departamento de Material Beacutelico Portaria Nr 023- DMB de 20 de novembro de 1998 Aprova as normas para classificaccedilatildeo registro e identificaccedilatildeo dos veiacuteculos oficiais no acircmbito do ministeacuterio do exeacutercito - NORCRIVE Boletim do Exeacutercito Rio de Janeiro 1998

______ ______ Estado Maior C 2-1 emprego da cavalaria 2 ed Brasiacutelia DF 1999a

______ ______ ______ C 2-20 regimento de cavalaria mecanizado 2 ed Brasiacutelia DF 2002

______ ______ ______ C 2-30 brigada de cavalaria mecanizada 2 ed Brasiacutelia DF 2000a

_______ ______ ______ C 5-1 emprego de engenharia 3 ed Brasiacutelia DF 1999b

_______ ______ ______ C 5-7 batalhatildeo de engenharia de combate 2 ed Brasiacutelia DF 2001

_______ ______ ______ C 5-10 o apoio de engenharia no escalatildeo brigada 2 ed Brasiacutelia DF 2000b

104

BRASIL Exeacutercito Estado Maior C 5-37 minas e armadilhas 2 ed Brasiacutelia DF 2000c

_______ _______ ______ EB20-MC-10102-1 doutrina militar terrestre 1 ed Brasiacutelia DF 2014a

______ _______ ______ EB20-MC-10203 movimento e manobra 1 ed Brasiacutelia DF 2015a

______ _______ ______ EB20-MC-10204 logiacutestica 3 ed Brasiacutelia DF 2014b

______ _______ ______ EB20-MC-10208 proteccedilatildeo 1 ed Brasiacutelia DF 2015b

______ _______ ______ EB20-MF-10101 o exeacutercito brasileiro 1 ed Brasiacutelia DF 2014c

______ _______ ______ EB20-MF-10103 operaccedilotildees 1 ed Brasiacutelia DF 2014d

______ Ministeacuterio da Defesa Estado Maior de Defesa MD33-M-02 manual de abreviaturas siglas siacutembolos e convenccedilotildees cartograacuteficas das forccedilas armadas 3 ed Brasiacutelia DF 2008

______ Exeacutercito Exeacutercito brasileiro realiza uacuteltimo teste de 2017 da viatura blindada de transporte de pessoal M113 BR Brasiacutelia DF 29 dez 2017 Disponiacutevel em lthttpwwwebmilbrwebnoticiasnoticiario-do-exercito-asset_ publisherMjaG93KcunQIcontentparque-regional-de-manutencao-5-realiza-ulti mo-teste-de-2017-da-vbtp-m113brgt Acesso em 15 jan 2018

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BUNDESWEHR Panzergrenadierbrigade 41 in Neubrandenburg Bundeswehrde Colocircnia 4 abr 2018 Disponiacutevel em lthttpwwwdeutscheshe

105

erdeportalaheerstartdienstst1pzdivgliederungpzgrenbrig41utpz104_Sj9CPykssy0xPLMnMz0vMAfIjo8zinSx8QnyMLI2MfEyDLA0cXT1Nwnx9XIwNXI30wwkpiAJKG-AAjgb6wSmp-pFAM8xxm2GuH6wfpR-VlViWWKFXkF9UkpNaope YDHKhfmRGYl5KTmpAfrIjRKAgN6LcoNxREQDnEpv-dzd5L2dBISEvZ0FBI S9nQSEhZ7_B8LTL2922L5R90AEI4VMLD30E7gt Acesso em 11 jul 2018

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ESCOLA DE APERFEICcedilOAMENTO DE OFICIAIS Pub 30-101-1 forccedilas armadas dos paiacuteses do continente austral ndash Paiacutes Vermelho 1 v Rio de Janeiro 2010

ESCRITOacuteRIO DE PROJETOS DO EXEacuteRCITO BRASILEIRO (Brasil) VBTP ldquoGuaranirdquo ndash chegando para revolucionar o exeacutercito brasileiro Brasiacutelia DF 25 jul 2017 Disponiacutevel em lthttpwwwepexebmilbrindexphpultimas-noticias565-vbtp-guarani-chegando-para-revolucionar-o-exercito-brasileirogt Acesso em 12 jan 2017

FAN Ricardo CMS promove seminaacuterio interno para discussatildeo sobre a nova viatura a ser adotada pelos RCB Defesanet Brasiacutelia DF 28 mai 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwdefesanetcombrleonoticia6182CMS--promove-seminario-interno-para-discussao-sobre-a-nova-viatura-a-ser-adotada-pelos-RCB-gt Acesso em 13 jun 2018

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______ ______ FM 3-34 engineer operations Washington DC 2014

______ ______ FM 3-3422 engineer operations_brigade combat team and below Washington DC 2014

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Why did the tank cross the road A Egis Technologies 7 jun 2016 Disponiacutevel em lthttpsaegistgcomwhy-did-the-tank-cross-the-roadgt Acesso em 13 ago 2018

109

APEcircNDICE A ndash QUESTIONAacuteRIO DESTINADO AOS COMANDANTES E EX-

COMANDANTES DOS REGIMENTOS DAS BRIGADAS DE CAVALARIA

MECANIZADA

O presente questionaacuterio eacute parte integrante da Dissertaccedilatildeo de Mestrado em Ciecircncias

Militares da Escola de Aperfeiccediloamento de Oficiais (EsAO) cujo tema eacute A

ENGENHARIA DE COMBATE DA BRIGADA DE CAVALARIA MECANIZADA

UMA SUGESTAtildeO DE ADEQUACcedilAtildeO DO APOIO PRESTADO AOS ELEMENTOS

EMPREGADOS EM PRIMEIRO ESCALAtildeO NAS OPERACcedilOtildeES OFENSIVAS

desenvolvida pelo Cap Saulo dos Santos Marques da Arma de Engenharia

cursando a EsAO e que possui como orientador o Cel ANDREacute CEZAR SIQUEIRA

instrutor desse Estabelecimento de Ensino

O trabalho em desenvolvimento tem por objetivo analisar as capacidades da

Companhia de Engenharia de Combate Mecanizada (Cia E Cmb Mec) agrave luz da

doutrina vigente e dos novos Mateirais de Emprego Militar (MEM) os quais satildeo

partes importantes da determinaccedilatildeo das capacidades das tropas (DOAMEPI)

Para que esta meta seja alcanccedilada a sua especializaccedilatildeo e experiecircncia

do senhor que jaacute foi comandante de Regimento de Bda C Mec eacute fundamental

Solicito-vos para que em cada questatildeo marque a alternativa que melhor

corresponda agrave sua visatildeo e experiecircncia vivida com o tema ou em atividades dessa

natureza Caso possua conhecimentos complementares sobre cada pergunta ou

opiniotildees divergentes das opccedilotildees apresentadas o senhor poderaacute transcrever nos

espaccedilos descrito como Comente sua opiniatildeo

Outrossim informo-vos que seratildeo necessaacuterios apenas 05 (cinco) minutos

para responder o presente questionaacuterio e que natildeo haveraacute divulgaccedilatildeo de dados

pessoais sendo os resultados de caraacuteter quantitativo e qualitativo representados

por grupos de acordo com o universo ora abordado

Desde jaacute sou grato pela atenccedilatildeo e participaccedilatildeo

Com os melhores cumprimentos

Saulo dos Santos Marques - Cap Eng

110

A ndash ESCALAtildeO DE APOIO DE ENGENHARIA

1) A Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 02 de 31 de maio de 2016 a qual

descreve as estruturas de Engenharia no Teatro de Operaccedilotildees define que a

Brigada de Infantaria Mecanizada deve ser apoiada por um Batalhatildeo de Engenharia

Levando-se em consideraccedilatildeo que a Bda Inf Mec eacute composta por 3 BI Mec e a

Bda C Mec eacute composta por 2 RC Mec e 1 RCB (aleacutem do RC Mec divisionaacuterio) a

engenharia que apoia a Bda C Mec deveria ser consequentemente um BE Cmb

Mec a duas companhias de 4 Pel E Cmb cada

( ) Concordo totalmente

( ) Concordo parcialmente

( ) Discordo

( ) Discordo plenamente

COMENTAacuteRIO DAS OPINIOtildeES

1 Com essa organizaccedilatildeo o BE Cmb Mec poderia empregar uma SU em apoio

direto aos elementos de manobra inclusive aquele em 2ordm escalatildeo mantendo

ainda uma Cia Eng Cmb Mec para emprego centralizado na Z Accedil da Bda

111

2 Penso que o ideal seria um BE Cmb Mec a 3 Cia com 4 Pel E Cmb cada

permitindo o apoio aos 3 elementos de manobra da Bda com uma SU Caso a

Bda receba o RC Mec divisionaacuterio deve receber tambeacutem uma SU Eng Cmb

da Divisatildeo

3 Essa eacute dosagem miacutenima tendo em vista a envergadura e pletora de meios da

tropa apoiada

2) No manual O Inimigo o Exeacutercito Vermelho utiliza a dosagem de uma companhia

de engenharia de combate por unidade de valor batalhatildeo ou regimento Com base

nesse dado para que nossa engenharia esteja adequada a fazer frente agrave

engenharia inimiga o apoio agrave Brigada de Cavalaria Mecanizada deve ser no miacutenimo

de valor de um BE Cmb

( ) Concordo totalmente

( ) Concordo parcialmente

( ) Discordo

( ) Discordo plenamente

Comentaacuterio das opiniotildees

112

1 Embora concorde com a organizaccedilatildeo sugerida no quesito anterior acredito

que natildeo se deva tomar por base uma organizaccedilatildeo do inimigo feita com

finalidades especiacuteficamente escolares A organizaccedilatildeo a ser considerada eacute

aquela adotada por potenciais ameaccedilas

2 Utilizando a mesma dosagem de uma Cia Eng Cmb por Elemento de

manobra valor Batalhatildeo ou Regimento

B ndash QUANTO AOS MEIOS

3) As viaturas blindadas de engenharia como por exemplo a VBE Eng a VBEL Pnt

Vtr de limpeza de minas rolo de dispersatildeo de minas arado entre outras satildeo

viaturas que realizam a abertura de passagem para a transposiccedilatildeo de elementos

apoiados Alguns dos benefiacutecios de sua utilizaccedilatildeo satildeo abertura em menor tempo

com proteccedilatildeo blindada agrave guarniccedilatildeo e exigindo um menor efetivo A partir dessa

afirmaccedilatildeo eacute possiacutevel afirmar que eacute DISPENSAacuteVEL a utilizaccedilatildeo desses meios tendo

em vista que a Cia E Cmb jaacute possui ponte portada e pelototildees com suas

ferramentas de sapa para cumprir esse trabalho

( ) Concordo totalmente

( ) Concordo parcialmente

( ) Discordo

( ) Discordo plenamente

113

Comentaacuterio das opiniotildees

1 A Bda C Mec conduz por suas caracteriacutesticas operaccedilotildees de movimento

Destarte todos os meios que facilitem o movimento satildeo importantes para ela

2 Haveria dificuldade de acompanhamento dos Elm 1ordm Esc pela velocidade de

deslocamento

3 Eacute INDISPENSAacuteVEL a utilizaccedilatildeo desses meios pela Eng da Bda

C ndash QUANTO AgraveS CARACTERIacuteSTICAS DESSES MEIOS

4) Com o advento dos projetos Leopard e Guarani as Bda C Mec passaram a

possuir nos RCB e nos R C Mec respectivamente as VBCCC Leopard 1A1 ou M60

e a VBTP-MR Guarani Partindo do princiacutepio que as VBCCC Leopard tecircm classe

superior agraves VBTPMR Guarani as viaturas lanccediladoras de pontes devem atender agrave

classe das primeiras (viatura de maior classe) o que permite transpor os dois tipos

de viaturas

114

( ) Concordo totalmente

( ) Concordo parcialmente

( ) Discordo

( ) Discordo plenamente

Comentaacuterio das opiniotildees

1 Essa eacute uma assertativa bastante oacutebvia Os meios de transposiccedilatildeo devem

assegurar o movimento de todas as Vtr empregadas pela Bda C Mesc

2 Quem apoia mais apoia menos Esse um princiacutepio que atende plenamente ao

princiacutepio de guerra de economia de meios

5) Como normalmente os blindados sobre lagartas possuem uma capacidade de

transportar pontes mais pesadas em relaccedilatildeo agraves viaturas sobre rodas eacute pertinente

que as viaturas lanccediladoras de ponte sejam sobre rodas mesmo que inviabilize a

transposiccedilatildeo de meios sobre lagartas

( ) Concordo totalmente

( ) Concordo parcialmente

( ) Discordo

( ) Discordo plenamente

115

Comentaacuterio das opiniotildees

1 Volto agrave resposta dada no quesito anterior Os meios de Eng devem ser

necessaacuterios e suficientes para assegurar que TODAS as Vtr da Bda

transponham o obstaacuteculo Como estaacute colocada a questatildeo seria concordar

com que o RCB principal elemento de forccedila da Bda natildeo pudesse empregar

seus CC

2 Sobre a afirmativa eacute bom lembrar as VBE Lccedil Pnt devem deslocar-se com

suas pontes somente em pequenos trechos no compartimento de combate

ateacute o local de lanccedilamento (essas pontes satildeo equipamentos fraacutegeis natildeo

devendo ser deslocadas sobre a VB por longos trechos) Ateacute a aproximaccedilatildeo

desse compartimento as pontes devem ser transportadas em pranchas e se

possiacutevel as VBE Lccedil Pnt sobre lagarta tambeacutem A vantagem de se ter na OM

Eng Cmb Mec da Bda C Mec somente um tipo de VB lanccediladora de ponte

sobre lagartas seria que a mesma poderia atender com maior mobilidade

atraveacutes do campo tanto os RC Mec quanto o RCB Essa VB sobre lagarta

deveria como jaacute foi dito possuir uma viatura Cavalo Mecacircnico com prancha

para a aproximaccedilatildeo da VB ateacute o compartimento de combate (onde deveraacute

lanccedilar a Pnt ) e outra para transportar no miacutenimo as suas trẽs pontes de

pequena brecha

116

3 A Eng da Bda deve ter condiccedilotildees de apoiar o movimento de TODOS os meios

da Bda

D ndash SUGESTOtildeES

6) Eacute mais adequado que o apoio de engenharia a uma Bda C Mec seja realizado por

um batalhatildeo a duas companhias de quatro pelototildees sendo uma das Cia E Cmb

dotada de Viaturas Blindadas Especiais sobre lagartas mais capacitada a apoiar o

RCB e uma Cia E Cmb dotada de Viaturas Blindadas Especiais sobre rodas mais

capacitada a apoiar os RC Mec

( ) Concordo totalmente

( ) Concordo parcialmente

( ) Discordo

( ) Discordo plenamente

Comentaacuterios das opiniotildees

1 Ver resposta do quesito seguinte

2 Estamos trabalhando no CMS na proposta sobre o BE Cmb Mec de Bda C

Mec Em 2017 enviamos ao COTER a proposta do BE Cmb Mec de Bda Inf

Mec A proposta do CMS ( a 3 Cia E) foi enviada pelo ODOp ao DEC que

apoacutes anaacutelise do projeto decidiu junto com o COTER que o BECmb Mec

117

deveria ter somente 2 Cia Eng Cmb Mec e natildeo trecircs como proposto pelo

CMS Na visatildeo do CMS 2 Cias apoiariam as OM em 1ordm escalatildeo (cada uma

com um Regimento) e a 3ordf Cia ficaria no apoio a toda a brigada (demais OM

em 1ordm Esc e A Rg da Bda) Com base nessa decisatildeo de 2017 foi modificada

a proposta do CMS sugerindo ao ODOp que as duas Cia Eng (decisatildeo DEC

COTER) deveriam possuir 4 Pel E cada uma sendo 3 Mec sobre rodas e 1

Bld sobre lagartas com a mesma missatildeo anterior 1 Cia em apoio aos Rgt em

1ordm escalatildeo e a outra em apoio agrave Bda A diferenccedila entre o BE Cmb Mec de Bda

Inf Mec e o de Bda C Mec eacute o apoio a ser prestado ao RCB Portanto no BE

Cmb Mec de Bda Inf Mec todos os Pel E e a Cia C Ap possuem somente VB

sobre rodas No BE Cmb Mec de Bda C Mec 1 Pel E por Cia Eng deve

possuir VB sobre lagartas e os demais VB sobre rodas A Cia C Ap deve

possuir VB sobre rodas e sobre lagartas (VBE Eng VBE LccedilPnt VBE com

implementos do tipo rolo arado MCLIC lanccedila retinida espargidor de minas

AC etc)

3 Estudar se uma Cia eacute suficiente para apoiar os dois R C Mec

4 Na minha opiniatildeo o Batalhatildeo de Engenharia deveria ter 3 Cia sendo duas

dotadas de Viaturas Blindadas Especiais sobre rodas para apoiar os dois RC

Mec e uma dotada de Viaturas Blindadas Especiais sobre lagarta para apoiar

o RCB permitindo o apoio aos 3 elementos de manobra valor Regimento da

Bda

7) Contrariando o item anterior eacute mais pertinente afirmar que o apoio de engenharia

a uma Bda C Mec seraacute mais adequado se for realizado por um batalhatildeo a duas

companhias com quatro pelototildees cada dotadas de Viaturas Blindadas Especiais

sobre lagartas atendendo assim tanto os RCB quanto os RC Mec

( ) Concordo totalmente

( ) Concordo parcialmente

( ) Discordo

( ) Discordo plenamente

118

Comentaacuterios das opiniotildees

1 Em minha opiniatildeo bastaria que uma dessas Cia dispusesse de meios SL o

que proporcionaria uma dosagem eficaz e mais econocircmica

2 Ver observaccedilatildeo do item anterior

3 Concordo em parte Deve possuir Pel E com Vtr sobre rodas (RC Mec) e Pel

E com VB sobre lagartas (RCB) e a Cia C Ap deve possuir VB com rodas e

VB com lagartas As VBE Lccedil Pnt devem ser todas sobre lagartas como jaacute

citado em item anterior A mescla de tipos de VB daraacute ao BE maior

flexibilidade e rapidez no apoio particularmente para acompanhar os RC Mec

como VBTP (Pel E) e VBE Eng sobre rodas

4 Para apoiar os R C Mec em melhores condiccedilotildees deve-se utilizar material de

mobilidadevelocidade igual ou superior

5 Acredito salvo outro juiacutezo que o apoio agrave Bda C Mec deva ser mantido por 1

Cia Eng Mec podendo ter um nuacutemero variaacutevel de Pel Esse pensamento

orientou todas as respostas referentes ao aumento de 1 Cia para um Btl Eng

na Boa C Mec Cabe ressaltar que um incremento (transformaccedilatildeo de Cia para

119

Btl) impacta outros sistemas operacionais da Bda (principalmente o logiacutestico)

acarretando uma mudanccedila quase impossiacutevel na Brigada

120

APEcircNDICE B ndash QUESTIONAacuteRIO DESTINADO AOS COMANDANTES E EX-

COMANDANTES DAS COMPANHIAS DE ENGENHARIA MECANIZADA

O presente questionaacuterio eacute parte integrante da Dissertaccedilatildeo de Mestrado em Ciecircncias

Militares da Escola de Aperfeiccediloamento de Oficiais (EsAO) cujo tema eacute A

ENGENHARIA DE COMBATE DA BRIGADA DE CAVALARIA MECANIZADA

UMA SUGESTAtildeO DE ADEQUACcedilAtildeO DO APOIO PRESTADO AOS ELEMENTOS

EMPREGADOS EM PRIMEIRO ESCALAtildeO NAS OPERACcedilOtildeES OFENSIVAS

desenvolvida pelo Cap Saulo dos Santos Marques da Arma de Engenharia

cursando a EsAO e que possui como orientador o Cel ANDREacute CEZAR SIQUEIRA

instrutor desse Estabelecimento de Ensino

O trabalho em desenvolvimento tem por objetivo analisar as capacidades da

Companhia de Engenharia de Combate Mecanizada (Cia E Cmb Mec) agrave luz da

doutrina vigente e dos novos Mateirais de Emprego Militar (MEM) os quais satildeo

partes importantes da determinaccedilatildeo das capacidades das tropas (DOAMEPI)

Para que esta meta seja alcanccedilada a sua especializaccedilatildeo e experiecircncia

do senhor que jaacute foi comandante de Companhia de Engenharia de Bda C Mec

eacute fundamental

Solicito-vos para que em cada questatildeo marque a alternativa que melhor

corresponda agrave sua visatildeo e experiecircncia vivida com o tema ou em atividades dessa

natureza Caso possua conhecimentos complementares sobre cada pergunta ou

opiniotildees divergentes das opccedilotildees apresentadas o senhor poderaacute transcrever nos

espaccedilos descrito como Comente sua opiniatildeo

Outrossim informo-vos que seratildeo necessaacuterios apenas 05 (cinco) minutos

para responder o presente questionaacuterio e que natildeo haveraacute divulgaccedilatildeo de dados

pessoais sendo os resultados de caraacuteter quantitativo e qualitativo representados

por grupos de acordo com o universo ora abordado

Desde jaacute sou grato pela atenccedilatildeo e participaccedilatildeo

Com os melhores cumprimentos

Saulo dos Santos Marques - Cap Eng

121

A ndash ESCALAtildeO DA ENGENHARIA DA BDA C MEC

1) A Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 02 de 31 de maio de 2016 a qual

descreve as estruturas de Engenharia no Teatro de Operaccedilotildees define que a

Brigada de Infantaria Mecanizada deve ser apoiada por um Batalhatildeo de Engenharia

Levando-se em consideraccedilatildeo que a Bda Inf Mec eacute composta por 3 BI Mec e a

Bda C Mec eacute composta por 2 RC Mec e 1 RCB (aleacutem do RC Mec divisionaacuterio) a

engenharia que apoia a Bda C Mec deveria ser consequentemente um BE Cmb

Mec a duas companhias de 4 Pel E Cmb cada

( ) Concordo totalmente

( ) Concordo parcialmente

( ) Discordo

( ) Discordo plenamente

COMENTAacuteRIO DAS OPINIOtildeES

1 Natildeo vejo a necessidade das Cia E Cmb Mec possuam os 04 Pel E Cmb

acredito que 03 Pel E Cmb jaacute seriam adequados

2 Doutrinariamente sim Em tempo de paz acredito que um Batalhatildeo de

Engenharia com 01 Cia E Cmb cumpre bem a missatildeo

122

3 Nas atuais condiccedilotildees do Paiacutes seria muito difiacutecil a migraccedilatildeo de Cia E Cmb

Mec para BE Cmb Mec

4 Em que pese a atual doutrina (NCD Nr 02 de 31 mai16) prever uma E Bda Inf

Mec compota por 2 Cias a 4 Pel os trabalhos realizados em estudos de sala

de aula da proacutepria EsAO mostram essa estrutura com certa dificuldade para

Mnt do C2 por parte do Cmt BE Tendo em vista seu trabalho estar

pesquisando essa situaccedilatildeo sugiro uma composiccedilatildeo do BECmb Mec (ou Bld)

de 4 CiaECmb a 2 Pel E Cmb e 1 Pel Ap (Neste os diversos materiais jaacute em

Ref agrave Cia Eqp Eng Eqp Ab Bre VBC Eng VBEL Pnt etc) Assim facilitaria o

C2 por parte do Cmdo BE bem como a emissatildeo de ordens e distribuiccedilatildeo de

missotildees

5 A engenharia que apoia a Bda C Mec deveria ser consequentemente um BE

Cmb Mec a 3 companhias de 3 Pel E Cmb cada

2) No manual O Inimigo o Exeacutercito Vermelho utiliza a dosagem de uma companhia

de engenharia de combate por unidade de valor batalhatildeo ou regimento Com base

nesse dado para que nossa engenharia esteja adequada a fazer frente agrave

engenharia inimiga o apoio agrave Brigada de Cavalaria Mecanizada deve ser no miacutenimo

de valor de um BE Cmb

( ) Concordo totalmente

( ) Concordo parcialmente

( ) Discordo

( ) Discordo plenamente

123

Comentaacuterio das opiniotildees

1 Em minha opiniatildeo bastaria que uma dessas Cia dispusesse de meios SL o

que proporcionaria uma dosagem eficaz e mais econocircmica

2 Ver observaccedilatildeo do item anterior

3 Concordo em parte Deve possuir Pel E com Vtr sobre rodas (RC Mec) e Pel

E com VB sobre lagartas (RCB) e a Cia C Ap deve possuir VB com rodas e

VB com lagartas As VBEL Pnt devem ser todas sobre lagartas como jaacute citado

em item anterior A mescla de tipos de VB daraacute ao BE maior flexibilidade e

rapidez no apoio particularmente para acompanhar os RC Mec como VBTP

(Pel E) e VBE Eng sobre rodas

4 Para apoiar os R C Mec em melhores condiccedilotildees deve-se utilizar material de

mobilidadevelocidade igual ou superior

5 Acredito salvo outro juiacutezo que o apoio agrave Bda C Mec deva ser mantido por 1

Cia Eng Mec podendo ter um nuacutemero variaacutevel de Pel Esse pensamento

orientou todas as respostas referentes ao aumento de 1 Cia para um Btl Eng

B ndash QUANTO AOS MEIOS

124

3) As viaturas blindadas de engenharia como por exemplo a VBE Eng a VBEL Pnt

Vtr de limpeza de minas rolo de dispersatildeo de minas arado entre outras satildeo

viaturas que realizam a abertura de passagem para a transposiccedilatildeo de elementos

apoiados Alguns dos benefiacutecios de sua utilizaccedilatildeo satildeo abertura em menor tempo

com proteccedilatildeo blindada agrave guarniccedilatildeo e exigindo um menor efetivo A partir dessa

afirmaccedilatildeo eacute possiacutevel afirmar que eacute DISPENSAacuteVEL a utilizaccedilatildeo desses meios tendo

em vista que a Cia E Cmb jaacute possui ponte portada e pelototildees com suas

ferramentas de sapa para cumprir esse trabalho

( ) Concordo totalmente

( ) Concordo parcialmente

( ) Discordo

( ) Discordo plenamente

Comentaacuterio das opiniotildees

1 O Guarani assim como a Viatura Stryker veiacuteculo das tropas mecanizadas

Norte-Americanas deveria possuir os implementos de engenharia

necessaacuterios para a realizaccedilatildeo de abertura de passagem A abertura de

passagem deveria assim como ocorre com a transposiccedilatildeo de curso daacutegua

deveria ser encarada como uma operaccedilatildeo que possui como uma de suas

fases a reduccedilatildeo do obstaacuteculo a ser transporto

125

2 A proteccedilatildeo blindada eacute fundamental para o combatente mecanizado

3 A Eng Mecanizada carece de meios modernos tais como a Retroescavadeira

de Alta Mobilidade e Blindada jaacute usada nos EUA (HMEE) (que faria o papel

de Eqp Eng Bda Mec) e de Vtr Lanccedila Pontes Sobre Rodas (REBS)

4 Eacute INDISPENSAacuteVEL Os atuais meios presentes no QDM da Cia E Cmb de

Bda eacute totalmente ineficiente numa situaccedilatildeo de combate moderno

5 Eacute possiacutevel afirmar que eacute INDISPENSAacuteVEL no combate moderno a utilizaccedilatildeo

desses meios

6 Esses Eqp BldMec ampliaratildeo a capacidade de trabalho da Cia E

C ndash QUANTO AgraveS CARACTERIacuteSTICAS DESSES MEIOS

4) Com o advento dos projetos Leopard e Guarani as Bda C Mec passaram a

possuir nos RCB e nos R C Mec respectivamente as VBCCC Leopard 1A1 ou M60

e a VBTP-MR Guarani Partindo do princiacutepio que as VBCCC Leopard tecircm classe

superior agraves VBTPMR Guarani as viaturas lanccediladoras de pontes devem atender agrave

classe das primeiras (viatura de maior classe) o que permite transpor os dois tipos

de viaturas

( ) Concordo totalmente

( ) Concordo parcialmente

( ) Discordo

( ) Discordo plenamente

126

Comentaacuterio das opiniotildees

1 Com certeza

2 A Viatura Lanccedila Ponte sobre Rodas (REBS) atende um vatildeo de 13 metros

para Classe Militar 50 Jaacute utilizada nos EUA A VB CC M60 eacute uma soluccedilatildeo

paliativa A VB CC Padratildeo do EB eacute o Leopard

3 Na distribuiccedilatildeo dos meios entre as fraccedilotildees que estaratildeo em Ap Pccedil Man as

que estaratildeo em Ap Fraccedilotildees de Guarani poderatildeo receber Pnt P Bre de menor

classe Ou seja poderatildeo haver Pnt P Bre de classes diferentes Todavia eacute

interessante que a VBL Pnt tenha capacidade de lanccedilar a de maior classe

4 Elas jaacute possuem essa capacidade

5) Como normalmente os blindados sobre lagartas possuem uma capacidade de

transportar pontes mais pesadas em relaccedilatildeo agraves viaturas sobre rodas eacute pertinente

que as viaturas lanccediladoras de ponte sejam sobre rodas mesmo que inviabilize a

transposiccedilatildeo de meios sobre lagartas

( ) Concordo totalmente

( ) Concordo parcialmente

( ) Discordo

( ) Discordo plenamente

127

Comentaacuterio das opiniotildees

1 A classe da ponte transportada pela Vtr que deve se adequar agraves

necessidades da Bda Acredito que a Pnt transportada pela Vtr sobre rodas

deve ter capacidade de transposiccedilatildeo de meios sobre lagartas

2 Uma Brigada Mecanizada possui meios SR e SL Logo um BE Cmb Mec

deve possuir meios SR e SL

3 As VBLPnt sobre lagartas devem ser utilizadas para Bda Bld As VBLPnt

sobre rodas devem ser utilizadas para as Bda Mec

4 Acredito que existam VBEL Pnt sobre rodas que tenha capacidade de

transportar Pnt com Classe para blindados sobre lagartas Um detalhe que

deve ser levado em consideraccedilatildeo eacute o seguinte num combate de velocidade e

manobra realizado por uma fraccedilatildeo que utilize Vtr Bld SL a VBL Pnt

conseguiraacute acompanhar o mesmo movimento ou alguns Obt do terreno faratildeo

ela ficar pelo caminho Por isso eacute vaacutelido raciocinar que numa Bda que possui

elementos de Man SL e SR a engenharia Orgacircnica tambem deva ter essa

caracteriacutestica Assim eacute vaacutelido pensar que nesse BECmbMec deva existir no

miacutenimo uma Fraccedilatildeo E Cmb Bld (SL)

5 O apoio da engenharia ao combate deve ser inexoraacutevel podendo o Batalhatildeo

possuir os dois tipos de Vtr Lccedil Pnt sobe rodas e sobre lagartas

128

D ndash SUGESTOtildeES

6) Eacute mais adequado que o apoio de engenharia a uma Bda C Mec seja realizado por

um batalhatildeo a duas companhias de quatro pelototildees sendo uma das Cia E Cmb

dotada de Viaturas Blindadas Especiais sobre lagartas mais capacitada a apoiar o

RCB e uma Cia E Cmb dotada de Viaturas Blindadas Especiais sobre rodas mais

capacitada a apoiar os RC Mec

( ) Concordo totalmente

( ) Concordo parcialmente

( ) Discordo

( ) Discordo plenamente

Comentaacuterios das opiniotildees

1 Natildeo vejo necessidade dessa especializaccedilatildeo das Cia Acredito que elas

devem ter as mesmas capacidades e estar aptas a transpor qualquer tipo de

tropa da Bda C Mec

2 Conforme comentaacuterio anterior

3 Como jaacute apresentei seria mais interessante no miacutenimo 01 CiaECmbBld em

Ap RCB e 02 CiaECmbMec em Ap aos 2 RCMec

129

4 Eacute mais adequado que o apoio de engenharia a uma Bda C Mec seja realizado

por um Batalhatildeo a 3 Companhias de 3 Pelototildees sendo uma Cia E Cmb

dotada de Viaturas Blindadas Especiais sobre lagartas mais capacitada a

apoiar o RCB e duas Cia E Cmb dotadas de Viaturas Blindadas Especiais

sobre rodas mais capacitadas a apoiar os RC Mec

7) Contrariando o item anterior eacute mais pertinente afirmar que o apoio de engenharia

a uma Bda C Mec seraacute mais adequado se for realizado por um batalhatildeo a duas

companhias com quatro pelototildees cada dotadas de Viaturas Blindadas Especiais

sobre lagartas atendendo assim tanto os RCB quanto os RC Mec

( ) Concordo totalmente

( ) Concordo parcialmente

( ) Discordo

( ) Discordo plenamente

Comentaacuterios das opiniotildees

1 Sou favoraacutevel que cada Cia E Cmb tenha uma natureza especiacutefica o que

economiza meios e facilita o planejamento

130

2 Considero natildeo viaacutevel esta alternativa embora seja melhor A situaccedilatildeo do Paiacutes

natildeo favorece estas mudanccedilas

3 Semelhante ao exposto no item 5 um Ap Eng SL a uma fraccedilatildeo C Mec em

situaccedilatildeo de deslocamentos sobre eixos pavimentados ou natildeo poderaacute ser

retardado em relaccedilatildeo aacute velocidade alcanccedilada pelas Vtr SR Aleacutem disso o

valor Nec para custeio para Mnt de Vtr SL eacute bem maior

4 Eacute pertinente afirmar que o apoio de engenharia a uma Bda C Mec seraacute mais

adequado se for realizado por um Batalhatildeo a 3 Companhias com 3 Pelototildees

cada sendo uma Cia E Cmb dotada de Viaturas Blindadas Especiais sobre

lagartas mais capacitada a apoiar o RCB e duas Cia E Cmb dotadas de

Viaturas Blindadas Especiais sobre Rodas mais capacitadas a apoiar os RC

Mec

5 Lembre-se que a Cia poderaacute solicitar apoio agrave ED Para a realidade do nosso

Exeacutercito uma Cia E bem equipada cumpriria sua missatildeo

131

APEcircNDICE C ndash QUESTIONAacuteRIO DESTINADO AOS MILITARES DE

ENGENHARIA COM CURSO DE COMANDANTE DE SUBUNIDADE NA

ALEMANHA OU ESTADOS UNIDOS

O presente questionaacuterio eacute parte integrante da Dissertaccedilatildeo de Mestrado em Ciecircncias

Militares da Escola de Aperfeiccediloamento de Oficiais (EsAO) cujo tema eacute A

ENGENHARIA DE COMBATE DA BRIGADA DE CAVALARIA MECANIZADA

UMA SUGESTAtildeO DE ADEQUACcedilAtildeO DO APOIO PRESTADO AOS ELEMENTOS

EMPREGADOS EM PRIMEIRO ESCALAtildeO NAS OPERACcedilOtildeES OFENSIVAS

desenvolvida pelo Cap Saulo dos Santos Marques da Arma de Engenharia

cursando a EsAO e que possui como orientador o Cel ANDREacute CEZAR SIQUEIRA

instrutor desse Estabelecimento de Ensino

O trabalho em desenvolvimento tem por objetivo analisar as capacidades da

Companhia de Engenharia de Combate Mecanizada (Cia E Cmb Mec) agrave luz da

doutrina vigente e dos novos Mateirais de Emprego Militar (MEM) os quais satildeo

partes importantes da determinaccedilatildeo das capacidades das tropas (DOAMEPI)

Para que esta meta seja alcanccedilada a sua especializaccedilatildeo e experiecircncia

do senhor que realizou o curso de comandante de subunidade de engenharia

nos EUA ou Alemanha eacute fundamental

Solicito-vos para que em cada questatildeo marque a alternativa que melhor

corresponda agrave sua visatildeo e experiecircncia vivida com o tema ou em atividades dessa

natureza Caso possua conhecimentos complementares sobre cada pergunta ou

opiniotildees divergentes das opccedilotildees apresentadas o senhor poderaacute transcrever nos

espaccedilos descrito como Comente sua opiniatildeo

Outrossim informo-vos que seratildeo necessaacuterios apenas 05 (cinco) minutos

para responder o presente questionaacuterio e que natildeo haveraacute divulgaccedilatildeo de dados

pessoais sendo os resultados de caraacuteter quantitativo e qualitativo representados

por grupos de acordo com o universo ora abordado

Desde jaacute sou grato pela atenccedilatildeo e participaccedilatildeo

Com os melhores cumprimentos

Saulo dos Santos Marques - Cap Eng

132

A ndash VBE SOBRE LAGARTAS OU SOBRE RODAS

Figura 1 - Viatura Fennek

Figura 2 - Viatura Dingo

Figura 3 - VBE de dispersatildeo de minas

133

1) As brigadas blindadas alematildes possuem batalhotildees de reconhecimento os quais

satildeo dotados de viaturas Fennek (Foto 1) Os pelototildees de engenharia dessa brigada

utiliza as VBTP Dingo (Foto 2) e ainda assim emprega Viaturas Blindadas

Especiais sobre lagartas como a disseminadora de minas (Foto 3) a viatura para

abertura de brecha em campo minado (Keiler) e o Dachs (nossa VBE Eng) As

viaturas Dingo e Fennek possuem velocidade superior agraves viaturas especiais que as

apoiam e isso natildeo prejudica as operaccedilotildees do batalhatildeo ou da brigada As Bda C

Mec que possuem as viaturas Guarani (nos R C Mec) e as viaturas Leopard ou M

60 (nos RCB) podem adotar a mesma soluccedilatildeo adotada pela Alemanha

empregando as VBE sobre lagartas para o apoio aos Regimentos da Bda C Mec

( ) Concordo totalmente

( ) Concordo parcialmente

( ) Discordo

( ) Discordo plenamente

Comentaacuterios das opiniotildees

1 Concordo parcialmente pois sou partidaacuterio do emprego da Unidade como um

todo Desta feita as Vtr desta unidade precisam ter as mesmas

caracteriacutesticas ou seja todas SR ou todas SL Os RCB componentes da Bda

C Mec satildeo formados por dois Esqd Fuz (dotados de M 113) e dois Esqd CC

(dotados de Leopard) desta forma atendendo a premissa de que todas as Vtr

134

desta OM possuem a mesma caracteriacutestica de traccedilatildeo Nesta situaccedilatildeo

acredito que a situaccedilatildeo ideal seraacute que ela possua VBC Eng SR para Ap os

RC Mec e VBC Eng SL para Ap o RCB

2 A Bda C Mec eacute apta a atuar em operaccedilotildees ofensivas a perda de velocidade

nesse tipo de operaccedilatildeo eacute natural ao se deparar com obstaacuteculos E eacute nesse

contexto que as Vtr Eng satildeo empregadas Dessa maneira natildeo vejo restriccedilatildeo

em usar meios SL para a Bda C Mec Ademais as VBE Eng SL possuem

maior potecircncia para a remoccedilatildeo de obstaacuteculos sendo mais eficientes e

poupando tempo nessa atividade o que pode se tornar uma dificuldade para

VBE Eng SR

3 As Bda Inf Mec e C Mec tem como caracteriacutestica a velocidade de seus meios

O emprego de Vtr mais lentas natildeo apenas pela engenharia mas pelos seus

demais Elm de apoio resultaria em fator limitador para as operaccedilotildees

4 Primeiramente para realizar a comparaccedilatildeo eacute necessaacuterio compreender a

constituiccedilatildeo das Bda Mec e Bld alematildes bem como quais as missotildees

destinadas a esse tipo de GU Acredito que e as Vtr Dingo natildeo sejam as

uacutenicas Vtr utilizadas pela Bda em questatildeo Considerando as Vtr empregadas

pelas fraccedilotildees que devem Rlz a accedilatildeo principal devemos considerar a mesma

natureza de mobilidade e proteccedilatildeo blindada para o apoio de engenharia

2) Complementando o item anterior para o emprego junto aos R C Mec e RCB os

Pel E Cmb devem ser transportados por VBTP respectivamente sobre rodas

(Guarani) e sobre lagartas (M113) por natildeo haver a necessidade de trabalho dessas

viaturas apenas de acompanhamento das peccedilas de manobra atraveacutes campo eou

estrada

( ) Concordo totalmente

( ) Concordo parcialmente

( ) Discordo

( ) Discordo plenamente

135

Comentaacuterios das opiniotildees

1 Concordo deste que seja atendida o preacute requisito do item anterior ou seja

que a Eng desta Bda possua VBC Eng tanto SR quanto SL

2 O transporte dos Elm Eng seratildeo nesse caso adequados para o tipo de tropa

apoiada

3 Deve ser verificada a necessidade de transporte de outros materiais

(ferramentas) para o emprego do Pel E Cmb Nesse caso eacute possiacutevel admitir

uma variante dos modelos do veiacuteculos

B ndash CAPACIDADE DE ACOMPANHAMENTO DAS OPERACcedilOtildeES DA BDA C MEC

3) As viaturas especiais sobre lagartas possuem grande potecircncia de trabalho e

capacidade de trafegabilidade atraveacutes campo suprindo a necessidade de

mobilidade das tropas blindadas Em comparaccedilatildeo agraves viaturas sobre rodas a

princiacutepio as viaturas sobre lagartas tem melhores desempenho A VBE Eng Leopard

1 BR por exemplo realiza trabalhos de OT destacando-se a construccedilatildeo de fosso

AC confecccedilatildeo de espaldotildees agravamento e melhoria de margem aleacutem de resgate

elevaccedilatildeo de carga e demoliccedilatildeo entre outros Uma preocupaccedilatildeo com seu emprego

junto agraves unidades mecanizadas eacute sua baixa velocidade quando comparada a das

viaturas sobre rodas No que tange a esse criteacuterio eacute possiacutevel afirmar que nas

136

operaccedilotildees ofensivas que as Bda C Mec realizam natildeo eacute desenvolvida velocidade

superior a 60 kmh natildeo sendo portanto uma restriccedilatildeo ao emprego das VBE sobre

lagartas ao R C Mec

( ) Concordo totalmente

( ) Concordo parcialmente

( ) Discordo

( ) Discordo plenamente

Comentaacuterios das opiniotildees

1 Concordo parcialmente pois acho muito arriscado vocecirc considerar como

verdade absoluta que natildeo haveraacute velocidade superior a 60 kmh em uma Op

Ofensiva Acredito que a velocidade meacutedia da operaccedilatildeo realmente natildeo seraacute

superior a 60 kmh mas em alguns trechos acredito que a velocidade

necessaacuteria para manter a impulsatildeo da Op poderaacute ser superior a 60 kmh

Aleacutem disso natildeo eacute somente uma questatildeo de velocidade mas tambeacutem das

caracteriacutesticas de terreno que elas iratildeo operar Por exemplo natildeo eacute ideal que

uma Vtr SL progrida sobre o asfalto

2 Reitero o abordado no item 1 em que a Bda C Mec eacute apta a atuar em

operaccedilotildees ofensivas a perda de velocidade nesse tipo de operaccedilatildeo eacute natural

ao se deparar com obstaacuteculos E eacute nesse contexto que as Vtr Eng satildeo

137

empregadas Dessa maneira natildeo vejo restriccedilatildeo em usar meios SL para a Bda

C Mec Ademais as VBE Eng SL possuem maior potecircncia para a remoccedilatildeo de

obstaacuteculos sendo mais eficientes e poupando tempo nessa atividade o que

pode se tornar uma dificuldade para VBE Eng SR

3 A mobilidade da tropa natildeo pode levar em conta apenas a velocidade de

deslocamento Uma VBE Eng Leopard possui Classe 45 enquanto os

Guarani apenas Cl 20 O emprego em conjunto dos dois meios traz consigo a

necessidade de meios de Tva como Pnt P Bre Prtd etc com maior

capacidade de suporte apenas para atender uma pequena parcela das Vtr da

Bda uma vez que a dotaccedilatildeo prevista para o BE Cmb Mec atualmente eacute de 6

VBE Eng e 4 VBE L Pnt

4 Eacute necessaacuterio que o apoio agrave manobra possua a mesma mobilidade A Manobra

natildeo pode ser regulada pela limitaccedilatildeo das peccedilas de apoio

C ndash SOLUCcedilAtildeO LOGIacuteSTICA

4) O Estados Unidos possui viaturas especiais sobre rodas incluindo uma viatura

que lanccedila ponte de classe 50 Essas viaturas apoiam as Brigadas Stryker que

empregam os elementos de primeiro escalatildeo em sua normalidade com viaturas

Stryker (viaturas sobre rodas) Semelhante ao emprego dos R C Mec o emprego

das viaturas Stryker eacute predominantemente sobre estradas excetuando-se quando o

terreno permite como no Iraque No Brasil as Bda C Mec possuem as viaturas

Guarani (R C Mec) e Leopard (RCB) que atua em terreno que apresenta grandes

limitaccedilotildees quando comparado com o solo do Iraque Considerando que o apoio a

uma Bda C Mec seja realizado por um BE Cmb onde uma Cia E Cmb apoiaria o

RCB e duas Cia E Cmb apoiariam os R C Mec o emprego das VBE sobre lagartas

por todas as SU impactaria positivamente na logiacutestica da Unidade

( ) Concordo totalmente

( ) Concordo parcialmente

( ) Discordo

( ) Discordo plenamente

138

V

Comentaacuterios das opiniotildees

1 Concordo que seria positivo para a funccedilatildeo de Cmb Log mas seria prejudicial

para a funccedilatildeo Cmb Man e Mov pois as tropas SR teriam que ser Ap em

algumas situaccedilotildees por Vtr SL

2 Natildeo obstante as vantagens logiacutesticas visualizadas como a menor diversidade

de meios habilitaccedilatildeo de pessoal e estruturas fiacutesicas a adoccedilatildeo de ambos os

meios SR e SL concede maior flexibilidade para o apoio de Eng Permitindo

ao Cmt BE Cmb Mec alocar os meios SR e SL de acordo com a necessidade

natureza da missatildeo e tipo de tropa apoiada

3 O emprego de Vtr especializadas de Eng permite um melhor apoio aos Elm

manobra mas esse apoio seria adequado tambeacutem com o emprego de Vtr SR

4 Para poder proceder a comparaccedilatildeo eacute necessaacuterio realizar os mesmos fatores

de comparaccedilatildeo As Bda Stryker no exeacutercito dos EUA eacute uma brigada de

infantaria Mec A Bda C Mec do Brasil eacute de cavalaria A principal diferenccedila

entre essas Bda eacute o tipo de missatildeo a ser realizada por cada uma e por

consequecircncia pode haver variaccedilatildeo no tipo de Vtr Normalmente os RCB e os

RC Mec formam uma FT e dessa forma o apoio de engenharia seraacute definido

139

pela missatildeo Cabe ressaltar que as Bda C Mec possuem 01 Cia E Cmb Mec

portanto o apoio aos Regimentos deveraacute ser realizado pelos Pel E Cmb Mec

D ndash CONSTITUICcedilAtildeO DO BE CMB

5) Ainda considerando que um BE Cmb apoie uma Bda C Mec o batalhatildeo de

engenharia deveria ser a 3 Cia E Cmb com 4 Pel E cada Desta forma 2 Cia Mec

apoiariam os 2 R C Mec e a Cia Bld apoiaria o RCB conseguindo ainda realizar os

trabalhos de apoio ao conjunto

( ) Concordo totalmente

( ) Concordo parcialmente

( ) Discordo

( ) Discordo plenamente

Comentaacuterios das opiniotildees

1 Acredito que seria uma situaccedilatildeo muito boa a que vocecirc levantou mas acredito

que um BE Cmb a 2 Cia E Cmb sendo uma delas com vocaccedilatildeo blindada

(para Ap o RCB) e a outra com vocaccedilatildeo Mec (para apoiar os RC Mec) seriam

o suficiente para prestar o Ap Eng agrave Bda C Mec

140

2 Os BE Cmb de Bda doutrinariamente possuem natureza uacutenica satildeo Mec ou

Bld Aleacutem disso a dosagem miacutenima de apoio serve como uma referecircncia

inicial podendo a mesma ser aumentada em funccedilatildeo da missatildeo a

desempenhar e a necessidade de apoio de Eng

3 As Bda Bld possuem maior poder de choque e possuem apenas 1 Btl E Cmb

(com 2 SU x 4 Pelototildees cada = 8 Pel E Cmb) A Bda C Mec teria 12 Pel E

Cmb Para o estudo da dosagem de engenharia para as missotildees da Bda eacute

necessaacuterio verificar a dosagem miacutenima do apoio de engenharia que eacute de 01

Pel E por Btl Nesse caso um regimento estaria recebendo 4 Pel E Cmb Esse

aumento de efetivo e de dosagem iria impactar consideravelmente a

necessidade de Vtr especializadas e em consequecircncia os custos para essa

mobilizaccedilatildeo

E ndash MEIOS DO BE CMB

6) O exeacutercito dos EUA prevecirc para as Operaccedilotildees de Abertura de Passagem a

proporccedilatildeo miacutenima de 50 de meios em reserva para assegurar a continuidade da

operaccedilatildeo no caso de perda de uma das viaturas Isso significa que para a abertura

de duas passagens simultaneamente seratildeo empregadas 2 VBE para abertura e 1

VBE ficaraacute em reserva De acordo com o item anterior a dotaccedilatildeo orgacircnica por tipo

de VBE deve ser na proporccedilatildeo de trecircs por Cia E a fim de apoiar cada regimento

Com isso o BE Cmb deve ter a dotaccedilatildeo de 9 VBE Eng 9 VBEL Pnt com total de 18

pontes 9 VBE rolo 9 VBE arado com carga linear explosiva (CLE) tipo MICLIC

com 2 cargas por viatura e 9 VBE lanccediladora de feixe de tubos

( ) Concordo totalmente

( ) Concordo parcialmente

( ) Discordo

( ) Discordo plenamente

141

Comentaacuterios das opiniotildees

1 Deve-se observar nesse caso natildeo somente a quantidade de elementos de

manobra a apoiar mas tmbeacutem a capacidade maacutexima de zonas de accedilatildeo em

que a Bda C Mec eacute capaz de se desdobrar Por exemplo uma Bda Bld pode-

se desdobrar em ateacute 05 zonas de accedilatildeo observadas as suas capacidades

maacuteximas de comando e controle (04 FT U e 01 FT SU) A partir desse

levantamento pode-se traccedilar melhor as necessidades totais de meios de Eng

para apoio inclusive com os meios reservas

2 Para realizar a comparaccedilatildeo se faz necessaacuterio saber quantas Vtr por tipo os

batalhotildees de engenharia do exeacutercito americano possuem Natildeo haacute a

necessidade de uma Vtr apenas para o rolo Esse pode ser empregado como

implemento para as Vtr da peccedila de manobra Se for possiacutevel utilizar o exeacutercito

americano como um modelo (uma ideia) seria interessante ter uma Vtr

especializada de engenharia como os ABV que jaacute possuem o miclic e o

arado na mesma Vtr

142

APEcircNDICE D ndash QUESTIONAacuteRIO DESTINADO INSTRUTORES DO CENTRO DE

INSTRUCcedilAtildeO DE BLINDADOS COM CURSO DE COMANDANTE DE

SUBUNIDADE NA ALEMANHA OU ESTADOS UNIDOS

O presente questionaacuterio eacute parte integrante da Dissertaccedilatildeo de Mestrado em Ciecircncias

Militares da Escola de Aperfeiccediloamento de Oficiais (EsAO) cujo tema eacute A

ENGENHARIA DE COMBATE DA BRIGADA DE CAVALARIA MECANIZADA

UMA SUGESTAtildeO DE ADEQUACcedilAtildeO DO APOIO PRESTADO AOS ELEMENTOS

EMPREGADOS EM PRIMEIRO ESCALAtildeO NAS OPERACcedilOtildeES OFENSIVAS

desenvolvida pelo Cap Saulo dos Santos Marques da Arma de Engenharia

cursando a EsAO e que possui como orientador o Cel ANDREacute CEZAR SIQUEIRA

instrutor desse Estabelecimento de Ensino

O trabalho em desenvolvimento tem por objetivo analisar as capacidades da

Companhia de Engenharia de Combate Mecanizada (Cia E Cmb Mec) agrave luz da

doutrina vigente e dos novos Mateirais de Emprego Militar (MEM) os quais satildeo

partes importantes da determinaccedilatildeo das capacidades das tropas (DOAMEPI)

Para que esta meta seja alcanccedilada a sua especializaccedilatildeo e experiecircncia

do senhor que eacute instrutor do Centro de Instruccedilatildeo de Blindados e realizou o

curso de comandante de subunidade nos EUA ou Alemanha eacute fundamental

Solicito-vos para que em cada questatildeo marque a alternativa que melhor

corresponda agrave sua visatildeo e experiecircncia vivida com o tema ou em atividades dessa

natureza Caso possua conhecimentos complementares sobre cada pergunta ou

opiniotildees divergentes das opccedilotildees apresentadas o senhor poderaacute transcrever nos

espaccedilos descrito como Comente sua opiniatildeo

Outrossim informo-vos que seratildeo necessaacuterios apenas 05 (cinco) minutos

para responder o presente questionaacuterio e que natildeo haveraacute divulgaccedilatildeo de dados

pessoais sendo os resultados de caraacuteter quantitativo e qualitativo representados

por grupos de acordo com o universo ora abordado

Desde jaacute sou grato pela atenccedilatildeo e participaccedilatildeo

Com os melhores cumprimentos

Saulo dos Santos Marques - Cap Eng

143

A ndash VBE SOBRE LAGARTAS OU SOBRE RODAS

Figura 1 - Viatura Fennek

Figura 2 - Viatura Dingo

Figura 3 - VBE de dispersatildeo de minas

144

1) As brigadas blindadas alematildes possuem batalhotildees de reconhecimento os quais

satildeo dotados de viaturas Fennek (Foto 1) Os pelototildees de engenharia dessa brigada

utiliza as VBTP Dingo (Foto 2) e ainda assim emprega Viaturas Blindadas

Especiais sobre lagartas como a disseminadora de minas (Foto 3) a viatura para

abertura de brecha em campo minado (Keiler) e o Dachs (nossa VBE Eng) As

viaturas Dingo e Fennek possuem velocidade superior agraves viaturas especiais que as

apoiam e isso natildeo prejudica as operaccedilotildees do batalhatildeo ou da brigada As Bda C

Mec que possuem as viaturas Guarani (nos R C Mec) e as viaturas Leopard ou M

60 (nos RCB) podem adotar a mesma soluccedilatildeo adotada pela Alemanha

empregando as VBE sobre lagartas para o apoio aos Regimentos da Bda C Mec

( ) Concordo totalmente

( ) Concordo parcialmente

( ) Discordo

( ) Discordo plenamente

Comentaacuterios das opiniotildees

1 Um dos pontos baacutesicos para discussatildeo eacute a estrutura finalidade e composiccedilatildeo

de meios das Bda C Mec do EB face agraves caracteriacutesticas do combate atual e

do futuro Dotar as Bda C Mec com novos meios eacute importante poreacutem a

reestruturaccedilatildeo dessas brigdas deveria preceder agraves inovaccedilotildees no seu material

145

2) Complementando o item anterior para o emprego junto aos R C Mec e RCB os

Pel E Cmb devem ser transportados por VBTP respectivamente sobre rodas

(Guarani) e sobre lagartas (M113) por natildeo haver a necessidade de trabalho dessas

viaturas apenas de acompanhamento das peccedilas de manobra atraveacutes campo eou

estrada

( ) Concordo totalmente

( ) Concordo parcialmente

( ) Discordo

( ) Discordo plenamente

Comentaacuterios das opiniotildees

1 Vide comentaacuterio anterior

2 Dependendo da situaccedilatildeo taacutetica pode haver necessidade de utilizaccedilatildeo de

algum implemento para apoiar a mobilidade neste sentido apenas VBTP

seria insuficiente prestar o apoio sendo mais indicado a adoccedilatildeo de uma VBE

VBTP eacute a opccedilatildeo no caso de impossibilidade de se dispor de uma VBE

3 Devem ser utilizadas VBTP M113 nas duas situaccedilotildees pois a mesma oferece

maior mobilidade atraveacutes terreno

146

B ndash CAPACIDADE DE ACOMPANHAMENTO DAS OPERACcedilOtildeES DA BDA C MEC

3) As viaturas especiais sobre lagartas possuem grande potecircncia de trabalho e

capacidade de trafegabilidade atraveacutes campo suprindo a necessidade de

mobilidade das tropas blindadas Em comparaccedilatildeo agraves viaturas sobre rodas a

princiacutepio as viaturas sobre lagartas tem melhores desempenho A VBE Eng Leopard

1 BR por exemplo realiza trabalhos de OT destacando-se a construccedilatildeo de fosso

AC confecccedilatildeo de espaldotildees agravamento e melhoria de margem aleacutem de resgate

elevaccedilatildeo de carga e demoliccedilatildeo entre outros Uma preocupaccedilatildeo com seu emprego

junto agraves unidades mecanizadas eacute sua baixa velocidade quando comparada a das

viaturas sobre rodas No que tange a esse criteacuterio eacute possiacutevel afirmar que nas

operaccedilotildees ofensivas que as Bda C Mec realizam natildeo eacute desenvolvida velocidade

superior a 60 kmh natildeo sendo portanto uma restriccedilatildeo ao emprego das VBE sobre

lagartas ao R C Mec

( ) Concordo totalmente

( ) Concordo parcialmente

( ) Discordo

( ) Discordo plenamente

Comentaacuterios das opiniotildees

147

1 As Bda C Mec satildeo destinadas basicamente para as Op de Rec e Seg

podendo ser empregadas em Op OfDef e outras Nesse sentido a destinaccedilatildeo

de Vtr de apoio ao combate deveria em principio atender aos princiacutepios da

velocidade em primeiro lugar e aos princiacutepios da mobilidade Nesse sentido

eacute importante manter-se as caracteriacutesticas dos Rgt Mec dotando-os de meios

sobre rodas O emprego de Vtr sobre lagartas nos RCMec deve ser portanto

judiciosamente aquilatado

2 Existe a necessidade de uma anaacutelise mais profunda para a retirada desse tipo

de conclusatildeo

C ndash SOLUCcedilAtildeO LOGIacuteSTICA

4) O Estados Unidos possui viaturas especiais sobre rodas incluindo uma viatura

que lanccedila ponte de classe 50 Essas viaturas apoiam as Brigadas Stryker que

empregam os elementos de primeiro escalatildeo em sua normalidade com viaturas

Stryker (viaturas sobre rodas) Semelhante ao emprego dos R C Mec o emprego

das viaturas Stryker eacute predominantemente sobre estradas excetuando-se quando o

terreno permite como no Iraque No Brasil as Bda C Mec possuem as viaturas

Guarani (R C Mec) e Leopard (RCB) que atua em terreno que apresenta grandes

limitaccedilotildees quando comparado com o solo do Iraque Considerando que o apoio a

uma Bda C Mec seja realizado por um BE Cmb onde uma Cia E Cmb apoiaria o

RCB e duas Cia E Cmb os R C Mec o emprego das VBE sobre lagartas por todas

as SU impactaria positivamente na logiacutestica da Unidade

( ) Concordo totalmente

( ) Concordo parcialmente

( ) Discordo

( ) Discordo plenamente

148

Comentaacuterios das opiniotildees

1 Eacute evidente que o emprego de Vtr sobre lagartas aumenta a mobilidade em

qualqer terreno da forccedila dotada desses meios mas por outro lado impacta

enormemente a cauda logiacutestica Insisto que as Bda C Mec devam manter

suas caracteriacutesticas de velocidade principalmente trafegabilidade e

mobilidade Recordo que os meios sobre roda garantem entre outras

vantagens melhores condiccedilotildees para o apoio logiacutestico Para as Bda C Mec a

velocidade eacute fundamental no cumprimento de suas missotildees baacutesicas de Rec e

Seg Penso que a mescla de meios sobre lagartas e meios sobre rodas eacute a

configuraccedilatildeo mais adequada considerando a atual constituiccedilatildeo das Bda C

Mec do EB

2 A Logiacutestica das VB SL eacute muito mais onerosa que a SR tanto em suprimentos

quanto em manutenccedilatildeo Acredito que uma Cia com meios Bld para apoiar o

RCB seja menos impactante que dotar 3 Cia com meios SL mesmo

considerando a maior diversidade de materiais nesta anaacutelise

D ndash CONSTITUICcedilAtildeO DO BE CMB

5) Ainda considerando que um BE Cmb apoie uma Bda C Mec o batalhatildeo de

engenharia deveria ser a 3 Cia E Cmb com 4 Pel E cada Desta forma 2 Cia Mec

149

apoiariam os 2 R C Mec e a Cia Bld apoiaria o RCB conseguindo ainda realizar os

trabalhos de apoio ao conjunto

( ) Concordo totalmente

( ) Concordo parcialmente

( ) Discordo

( ) Discordo plenamente

150

APEcircNDICE E ndash PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

TREINAMENTO DE TTP EM AMBIENTE VIRTUAL (TTAV) DA 3ordf BDA C MEC

O TTAV realizado na semana de 23 a 03 de agosto de 2018 consistiu no

emprego de Quadros da 3ordf Bda C Mec no treinamento de TTP em ambiente

simulado na Seccedilatildeo de Simulaccedilatildeo do Centro de Instruccedilatildeo de Blindados

Um R CMec formado pelos Quadros da Bda foi empregado em um Movimento

Retroacutegrado onde tinha por missatildeo retardar o avanccedilo de uma Bda Inf Mec Vm (meios

blindados)

Para cumprir sua missatildeo a brigada empregou Quadros do 3ordm R C Mec 7ordm R C

Mec e 12ordm R C Mec aleacutem do 25ordm GAC e da 3ordf Cia Eng Cmb Mec

O Pel E foi empregado com uma VBTP Eng M113 e um Leopard 1A5 BR com

implemento do tipo arado em reforccedilo ao Rgt ateacute o final da operaccedilatildeo

O Pel E durante a fase de planejamento realizou o estudo do terreno e

contribuiu com o planejamento de obstaacuteculos de contramobilidade e de trabalhos de

proteccedilatildeo ao longo das posiccedilotildees de retardamento

Durante a operaccedilatildeo pela presenccedila de poucos militares de engenharia o

pelotatildeo foi representado pela viatura M113 reforccedilado pela viatura Leopard com rolo

Por limitaccedilotildees do software empregado e pela necessidade de celeridade nas

posiccedilotildees de retardamento (em uma situaccedilatildeo real tal operaccedilatildeo poderia durar dias) as

accedilotildees do Pel E durante o desenrolar da operaccedilatildeo foram limitadas ao

acompanhamento do Rgt e execuccedilatildeo simulada dos trabalhos supracitadas

Ao final da missatildeo foi prevista a utilizaccedilatildeo de uma Vtr MICLIC para a bertura

de uma passagem atraveacutes do campo minado da P Def amiga poreacutem por questotildees

de tempo tal accedilatildeo natildeo foi realizada

Por fim verifica-se que o Pel E em relaccedilatildeo ao emprego de meios sobre

lagartas natildeo atrasou os deslocamentos do R CMec durante a operaccedilatildeo e cumpriu

sua missatildeo dentro do contexto de um movimento retroacutegrado

(Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 ndash C Dout ExCOTER de 31 MAI de 2016Fl 110)

MINISTEacuteRIO DA DEFESA EXEacuteRCITO BRASILEIRO

COMANDO DE OPERACcedilOtildeES TERRESTRES CENTRO DE DOUTRINA DO EXEacuteRCITO

Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 de 31 de maio de 2016

AS ESTRUTURAS DE ENGENHARIA NO TEATRO DE OPERACcedilOtildeES

IacuteNDICE DE ASSUNTOS

1 FINALIDADE02

2 OBJETIVO02

3 REFEREcircNCIAS02

4 INTRODUCcedilAtildeO02

5ORGANIZACcedilAtildeO DA ENGENHARIA02

6 A ENGENHARIA NA ZONA DE ADMINISTRACcedilAtildeO03

7 A ENGENHARIA NA ZONA DE COMBATE04

8 GERACcedilAtildeO DE FORCcedilAS06

ANEXOS

A ndash ORGANIZACcedilAtildeO DA ENGENHARIA NO TEATRO DE OPERACcedilOtildeES E

ORGANOGRAMAS DAS ESTRUTURAS BAacuteSICAS DE ENGENHARIA SEGUNDO

AS SITUACcedilOtildeES DE EMPREGO DA FORCcedilA TERRESTRE

COMPONENTE08

(Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 ndash C Dout ExCOTER de 31 MAI de 2016Fl 210)

1 FINALIDADE

Orientar a organizaccedilatildeo das estruturas de Engenharia no Teatro de Operaccedilotildees (TO)

2 OBJETIVO

Apresentar uma visatildeo atualizada das estruturas de Engenharia no TO agrave luz da Doutrina

Militar Terrestre subsidiando exploraccedilatildeo do assunto nas Escolas Militares no

planejamento e execuccedilatildeo de Exerciacutecios Militares nos planejamentos operacionais e

taacuteticos para Emprego da Forccedila Terrestre

3 REFEREcircNCIAS

____ Doutrina de Operaccedilotildees Conjuntas - MD30-M-01 2011

____ Doutrina de Logiacutestica Militar - MD42-M-02

____ Glossaacuterio das Forccedilas Armadas - MD35-G-01 2007

____ Operaccedilotildees EB20-MF-10103 2014

____ Forccedila Terrestre Componente - EB20-MC-10202 2014

____ A Forccedila Terrestre Componente nas Operaccedilotildees - EB20-MC-10-301 2014

____ Movimento e Manobra - EB20-MC-10203 2015

____ Logiacutestica - EB20-MC-10204 2014

____ Proteccedilatildeo - EB20-MC-10208 2015

____ Geoinformaccedilatildeo - EB20-MC-10209 2014

____ Doutrina Militar Terrestre - EB20-MF-10102-1 2014

____ Emprego de Engenharia - C 5-1 1999

4 INTRODUCcedilAtildeO

41 A Doutrina do Exeacutercito Brasileiro em particular a doutrina de emprego da Arma de

Engenharia vive em constante evoluccedilatildeo requerendo atualizaccedilotildees perioacutedicas em funccedilatildeo

da introduccedilatildeo de novos conceitos novos equipamentos e mesmo da observaccedilatildeo do

emprego da Arma nos mais variados conflitos

42 A recente ediccedilatildeo de uma nova seacuterie de manuais doutrinaacuterios tanto pelo Ministeacuterio da

Defesa (MD) quanto pelo Estado-Maior do Exeacutercito (EME) indicou a necessidade de uma

atualizaccedilatildeo do Manual de Campanha C 5-1 (Emprego de Engenharia ediccedilatildeo de 1999)

5 ORGANIZACcedilAtildeO DA ENGENHARIA

51 Uma vez que a Engenharia exerce sua atividade sobre um fator sempre presente - o

terreno - deve haver em cada escalatildeo uma Engenharia capaz de modificar as condiccedilotildees

do mesmo de acordo com a manobra adotada

(Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 ndash C Dout ExCOTER de 31 MAI de 2016Fl 310)

52 A organizaccedilatildeo da Engenharia tem por base a centralizaccedilatildeo dos meios nos escalotildees

mais elevados permitindo que os mesmos possam suprir as deficiecircncias de Engenharia

dos escalotildees subordinados em face das necessidades especiacuteficas de cada situaccedilatildeo e

ainda atender ao apoio em profundidade de modo a liberar os escalotildees subordinados de

encargos na retaguarda

53 Uma accedilatildeo coordenadora do escalatildeo superior de engenharia sobre os escalotildees

subordinados se faz necessaacuteria e eacute realizada por meio dos canais teacutecnicos de

engenharia

54 O funcionamento adequado desses canais teacutecnicos constitui-se em dos principais

fatores para a eficiecircncia do apoio permitindo que os escalotildees subordinados possam em

tempo uacutetil articular seus meios tomar as providecircncias necessaacuterias e receber apoio

adicional do escalatildeo superior quando for o caso

55 A Engenharia eacute organizada no TO da seguinte forma Engenharia do Comando

Logiacutestico do Teatro de Operaccedilotildees (EngCLTO) Comando de Engenharia da Forccedila

Terrestre Componente (CEFTC) no caso de emprego de duas DE Engenharia

Divisionaacuteria (ED) e Engenharia de Brigada (E Bda)

56 Os escalotildees de Engenharia satildeo constituiacutedos pelos seguintes elementos de emprego

pelototildees de engenharia (Pel Eng) companhias de engenharia (Cia Eng) batalhotildees de

engenharia (Btl Eng) e grupamentos de engenharia (Gpt E) aleacutem das tropas de

engenharia especializadas

57 As tropas de engenharia especializadas oferecem capacidades diferenciadas de

engenharia em razatildeo de possuiacuterem pessoal e equipamentos especiacuteficos Quando

possuem valor igual ou menor que subunidade costumam ser chamadas genericamente

de ldquomoacutedulos especializadosrdquo

58 Satildeo exemplos de moacutedulos especializados Companhia de Engenharia de

Camuflagem Equipe de Mergulho Grupo de Construccedilatildeo Horizontal Turma de Patrimocircnio

Imobiliaacuterio etc

59 O anexo ldquoArdquo apresenta os escalonamentos da Engenharia no TO e os organogramas

das estruturas baacutesicas de Engenharia segundo as situaccedilotildees de emprego da FTC da

Doutrina Militar Terrestre

6 A ENGENHARIA NA ZONA DE ADMINISTRACcedilAtildeO

61 Na Zona de Administraccedilatildeo (ZA) encontra-se

611 uma estrutura de Engenharia que integra o Comando Logiacutestico do Teatro de

Operaccedilotildees (CLTO) denominada de EngCLTO de forma a apoiar as atividades daquele

(Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 ndash C Dout ExCOTER de 31 MAI de 2016Fl 410)

comando particularmente no planejamento e execuccedilatildeo de obras e de serviccedilos de

Engenharia

612 quando houver necessidade de se apoiar de forma mais cerrada a uma F Cte a

EngCLTO poderaacute organizar a partir dos seus meios um Grupo-Tarefa Logiacutestico de

Engenharia (GT Log Eng) que poderaacute enquadrar unidades de engenharia de combate

construccedilatildeo geoinformaccedilatildeo meio ambiente patrimocircnio imobiliaacuterio e outros

62 A EngCLTO seraacute constituiacuteda conforme as necessidades de trabalhos teacutecnicos e

atividades logiacutesticas de Engenharia O valor e a natureza da tropa dependem mais das

caracteriacutesticas da magnitude e das necessidades de desenvolvimento da infraestrutura

do ambiente operacional do que das forccedilas a serem apoiadas

63 Na ZA prioriza-se a exploraccedilatildeo dos recursos mobilizados e contratados Em

consequecircncia eacute normal a existecircncia de empresas civis especializadas e enquadradas

pela estrutura militar

64 As atividades de engenharia executadas com maior frequecircncia na ZA satildeo as de apoio

geral de engenharia englobando os trabalhos de estradas pontes instalaccedilotildees

geoinformaccedilatildeo manutenccedilatildeo e suprimento que exigem grande capacidade teacutecnica e

meios especializados nesse escalatildeo

65 Considerando o grande volume e complexidade de tarefas na ZA eacute conveniente que

as forccedilas de Engenharia integrantes da EngCLTO sejam enquadradas por

Grupamento(s) de Engenharia possuindo particularmente estruturas de Engenharia de

Construccedilatildeo de Meio Ambiente e de Patrimocircnio Imobiliaacuterio entre outras que se fizerem

necessaacuterias

7 A ENGENHARIA NA ZONA DE COMBATE

71 Na Zona de Combate (ZC) encontram-se

711 Estruturas de Engenharia da Forccedila Terrestre Componente (FTC) e de Divisatildeo (otildees)

de Exeacutercito (DE) com meios para atender agraves necessidades proacuteprias dessas estruturas e

aumentar o apoio aos escalotildees subordinados inclusive assumindo encargos nas aacutereas de

retaguarda destes de modo a liberar suas engenharias para o apoio cerrado aos

elementos de combate

712 A Engenharia orgacircnica das Brigadas com meios para atender agraves necessidades

miacutenimas e imediatas do escalatildeo e mais diretamente ligadas ao combate

72 A Engenharia da FTC

721 A FTC constitui o comando essencial para o emprego da engenharia por ser

encarregado de traduzir os aspectos da manobra do niacutevel operacional para o niacutevel taacutetico

(Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 ndash C Dout ExCOTER de 31 MAI de 2016Fl 510)

Tem assim uma visatildeo ampla do terreno e da situaccedilatildeo para poder julgar as necessidades

gerais em apoio e em trabalhos conceber o esquema geral de apoio de engenharia e

exercer efetivamente uma coordenaccedilatildeo dos escalotildees subordinados

722 O apoio de engenharia a uma FTC abrange uma diversidade de trabalhos em apoio

adicional agrave mobilidade e agrave contramobilidade dos elementos de primeiro escalatildeo Abrange

tambeacutem o apoio agrave proteccedilatildeo de tropas e instalaccedilotildees e o apoio geral de engenharia em

toda a sua aacuterea de atuaccedilatildeo

723 Uma FTC eacute estruturada para atender a um planejamento operacional especiacutefico natildeo

possuindo portanto uma organizaccedilatildeo fixa A Doutrina Militar Terrestre admite para fim

de planejamento diversos tipos de FTC cujos apoios de Engenharia seratildeo organizados

de acordo com as constituiccedilotildees destas

724 O apoio de Engenharia a uma FTC eacute coordenado por uma estrutura denominada de

Comando de Engenharia da FTC (CEFTC) a qual possui como principais elementos

operativos os grupamentos de engenharia (Gpt E) ou batalhotildees de engenharia (Btl Eng)

725 A organizaccedilatildeo e os organogramas dos diversos tipos de CEFTC satildeo apresentados

no Anexo ldquoArdquo

73 O Grupamento de Engenharia

731 O Gpt E controla coordena e supervisiona as tarefas de engenharia executadas

pelos batalhotildees e moacutedulos especializados subordinados sendo a estrutura natural para

enquadrar U e SU de Engenharia

732 Basicamente o Gpt E eacute composto pelo Cmdo EM pela Cia C Ap e por U e SU de

Engenharia Possui capacidade de enquadrar ateacute cinco batalhotildees Considera-se para fim

de planejamento que cinco moacutedulos especializados equivalem a uma U

74 A Engenharia Divisionaacuteria

741 As accedilotildees que se desenrolam no escalatildeo DE satildeo de natureza nitidamente taacutetica e

em consequecircncia sua engenharia opera em um ambiente no qual o combate eacute o

elemento preponderante

742 O apoio de Engenharia a uma DE eacute prestado por uma estrutura denominada

Engenharia Divisionaacuteria (ED)

743 Em funccedilatildeo da missatildeo da DE apoiada e da(s) hipoacutetese(s) de conflito planejada(s) a

ED pode ser organizada com constituiccedilatildeo variaacutevel desde um BE Cmb ateacute um Gpt E aleacutem

dos moacutedulos de engenharia especializados e dos reforccedilos que forem necessaacuterios

744 A ED apoia basicamente a mobilidade e a contramobilidade dos elementos de

manobra da divisatildeo Realiza tambeacutem o apoio agrave proteccedilatildeo de tropas e instalaccedilotildees e o

(Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 ndash C Dout ExCOTER de 31 MAI de 2016Fl 610)

apoio geral de engenharia em toda a zona de accedilatildeo divisionaacuteria suplementando o apoio

prestado pelas E Bda

745 O escalonamento da ED eacute apresentado no anexo A

75 A Engenharia de Brigada (E Bda)

751 A E Bda constitui o escalatildeo de engenharia mais avanccedilado na ZC Nele as

necessidades de apoio dos elementos de combate satildeo sentidas com mais intensidade o

que exige o posicionamento dos meios o mais agrave frente possiacutevel

752 Dentro da caracteriacutestica de apoio em profundidade a E Bda eacute organizada com

meios para atender agraves necessidades miacutenimas e mais imediatas da frente de combate e

realiza trabalhos sumaacuterios e raacutepidos Assim quando ocorre uma deficiecircncia de meios

em pessoal ou material a E Bda depende do apoio do escalatildeo superior de engenharia

para suplementaacute-la eou reforccedilaacute-la

753 A Engenharia de Brigada eacute composta basicamente por

7531 Um BE Cmb orgacircnico nas Brigadas Blindadas (Bda Bld) e de Infantaria

Mecanizada (Bda Inf Mec) Neste caso o BE Cmb possuiraacute duas Cia E Cmb a quatro Pel

E Cmb cada uma

7532 Uma Cia E Cmb orgacircnica nas demais brigadas Neste caso a Cia possuiraacute trecircs

Pel E Cmb

7533 A natureza das unidades de Engenharia de Combate de Brigada seraacute a mesma da

brigada apoiada

8 GERACcedilAtildeO DE FORCcedilAS

81 A Concepccedilatildeo Estrateacutegica do Exeacutercito (CEE) oferece diretrizes importantes para a

organizaccedilatildeo e destinaccedilatildeo das Forccedilas incluindo-se as tropas de Engenharia

particularmente as orgacircnicas das Brigadas em decorrecircncia das diversas Hipoacuteteses de

Emprego (HE)

82 O preparo prontidatildeo e emprego da Forccedila Terrestre satildeo regulados por meio do

Sistema Operacional Militar Terrestre (SISOMT)

83 A adjudicaccedilatildeo de meios inclusive os de Engenharia eacute proposta pelo Plano

Estrateacutegico de Emprego Conjunto das Forccedilas Armadas (PEECFA) (elaborado pelo

EMCFA) que identifica a Estrutura Militar e a composiccedilatildeo dos meios a serem

empregados A adjudicaccedilatildeo eacute confirmada e complementada pelo(s) Plano(s)

Operacional(ais) confeccionados pelos Comandos Operacionais

84 A adjudicaccedilatildeo de meios eacute de fundamental importacircncia para o processo de geraccedilatildeo de

forccedilas Normalmente as Eng Bda orgacircnicas das GU seguem o previsto para a respectiva

(Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 ndash C Dout ExCOTER de 31 MAI de 2016Fl 710)

Bda Jaacute os Gpt E existentes desde o tempo de normalidade possuem estruturas

importantes a considerar na adjudicaccedilatildeo de meios quer seja para a realizaccedilatildeo de

trabalhos na ZI (particularmente para as Op Eng Obras Militares Meio Ambiente e

Patrimocircnio) quer seja na organizaccedilatildeo ou mesmo na evoluccedilatildeo de sua estrutura para as

seguintes forccedilas EngCLTO CEFTC e ED

(Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 ndash C Dout ExCOTER de 31 MAI de 2016Fl 810)

ANEXO A - ORGANIZACcedilAtildeO DA ENGENHARIA NO TO E ORGANOGRAMAS DAS ESTRUTURAS BAacuteSICAS DE ENGENHARIA SEGUNDO AS SITUACcedilOtildeES DE EMPREGO DA FTC

1 FTC organizada com mais de um G Cmdo operativo (1ordm caso)

11 Escalonamento

Figura 1 - Exemplo de Organizaccedilatildeo da Engenharia em FTC com mais de um G Cmdo operativo

12 Organograma do CEFTC

Legenda (1) Possui Centro de Operaccedilotildees de Engenharia e poderaacute incluir estrutura de Meio

Ambiente e Patrimocircnio Imobiliaacuterio (2) Possui Nr variaacutevel de Gpt E (no miacutenimo 1) que enquadram Btl Eng e os Moacutedulos

Especializados (3) Nr variaacutevel de Moacutedulos Especializados

Figura 2 - Exemplo de organograma da CEFTC de FTC organizada com mais de um G Cmdo operativo

CEFTC

Cia C Ap Gpt E

(2) Cia Geoinformaccedilatildeo

Moacutedulos Especializados (3)

EM (1)

(Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 ndash C Dout ExCOTER de 31 MAI de 2016Fl 910)

13 Organograma de um Gpt E

Legenda

(1) Possui capacidade de enquadrar de dois a cinco Btl Eng (Cmb ou Cnst) Considera-se para fim de planejamento que cinco moacutedulos especializados equivalem a um Btl Eng

(2) Nr variaacutevel de Moacutedulos Especializados

Figura 3 - Organograma de um Grupamento de Engenharia

2 FTC organizada com mais de uma GU operativa (2ordm caso)

21 Organizaccedilatildeo

Figura 5 - Exemplo de Organizaccedilatildeo da Engenharia EM FTC com mais de um GU operativa

Gpt E

Cia C Ap Btl Eng

(1) Moacutedulos

Especializados (2)

EM

(ED)

(Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 ndash C Dout ExCOTER de 31 MAI de 2016Fl 1010)

22 Organograma do CEFTC (ED)

Legenda

(1) Possui Centro de Operaccedilotildees de Engenharia e poderaacute incluir estrutura de Meio Ambiente e Patrimocircnio Imobiliaacuterio

(2) Normalmente dois Btl Eng (Cmb ou Cnst) podendo chegar a cinco (3) Nr variaacutevel de Moacutedulos Especializados

Figura 6 - Exemplo de organograma da CEFTC de FTC organizada com mais de um G Unidade operativa

3 FTC eacute organizada com uma GU operativa (3ordm caso)

Neste caso o CEFTC (E Bda) seraacute constituiacutedo pela Unidade ou Subunidade orgacircnica

da GU podendo receber meios adicionais

PAULO RICARDO PINTO SILVA - Cel

Chefe do Centro de Doutrina do Exeacutercito

CEFTC ED

Cia C Ap Btl Eng

(2) Cia Geoinformaccedilatildeo

Moacutedulos Especializados

(3)

EM (1)

161

(Nota Complementar agrave Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 de 31 de maio de 2016Fl 16)

ANEXO B ndash NOTA COMPLEMENTAR Agrave NOTA DE COORDENACcedilAtildeO

DOUTRINAacuteRIA NR 022016

MINISTEacuteRIO DA DEFESA EXEacuteRCITO BRASILEIRO

COMANDO DE OPERACcedilOtildeES TERRESTRES

CENTRO DE DOUTRINA DO EXEacuteRCITO

Nota Complementar agrave Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 de 31 de maio de

2016

O EMPREGO DO BATALHAtildeO DE ENGENHARIA DAS BRIGADAS DE CAVALARIA

MECANIZADA

IacuteNDICE DE ASSUNTOS

1 FINALIDADE 02

2 OBJETIVO 02

3 REFEREcircNCIAS 02

4 INTRODUCcedilAtildeO 02

5 APOIO DE ENGENHARIA AgraveS BRIGADAS DE CAVALARIA

MECANIZADA 03

6 ORGANIZACcedilAtildeO DA ENGENHARIA DA BRIGADA 04

7 EMPREGO DO BATALHAtildeO 04

ANEXOS

A ndash ORGANIZACcedilAtildeO DO BE CMB ORGAcircNICO DE UMA BRIGADA DE

CAVALARIA MECANIZADA 06

162

(Nota Complementar agrave Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 de 31 de maio de 2016 Fl 26)

1 FINALIDADE

Complementar a orientaccedilatildeo do emprego da engenharia retificando as

informaccedilotildees referentes ao apoio agraves Brigadas de Cavalaria Mecanizada (Bda C

Mec)

2 OBJETIVO

Apresentar uma visatildeo atualizada da organizaccedilatildeo estrutura e emprego da

engenharia que presta apoio agraves Bda C Mec agrave luz da Doutrina Militar Terrestre

subsidiando a exploraccedilatildeo do assunto nas Escolas Militares no planejamento e

execuccedilatildeo de Exerciacutecios Militares nos planejamentos operacionais e taacuteticos para

Emprego da Forccedila Terrestre

3 REFEREcircNCIAS

____ Glossaacuterio das Forccedilas Armadas - MD35-G-01 2007

____ Operaccedilotildees EB20-MF-10103 2014

____ Movimento e Manobra - EB20-MC-10203 2015

____ Logiacutestica - EB20-MC-10204 2014

____ Proteccedilatildeo - EB20-MC-10208 2015

____ Doutrina Militar Terrestre - EB20-MF-10102-1 2014

____ Emprego de Engenharia - C 5-1 1999

____ Brigada de Cavalaria Mecanizada - C 2-30

____ Batalhatildeo de engenharia de combate - C 5-7 2001

____ O apoio de engenharia no escalatildeo brigada - C 5-10 2000

____ Regimento de Cavalaria Mecanizado - C 2-20 2002

____ Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 002 2016 ndash As estruturas de

engenharia no teatro de operaccedilotildees

4 INTRODUCcedilAtildeO

41 A desarmonia entre doutrina e emprego afasta a forccedila da possibilidade de

manutenccedilatildeo de uma efetiva capacidade A mudanccedila em um dos fatores da

doutrina exige um reajuste das demais para que se mantenha um equiliacutebrio entre

Doutrina Organizaccedilatildeo Adestramento Material Emprego Pessoal e Instruccedilatildeo

(DOAMEPI)

163

(Nota Complementar agrave Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 de 31 de maio de 2016 Fl 36)

42 O Projeto Estruturante Novo Sistema de Engenharia (PENSE) Vetor de

Transformaccedilatildeo da Engenharia no Processo de Tranformaccedilatildeo do Exeacutercito foi

concebido com a finalidade de proporcionar uma urgente recuperaccedilatildeo da

capacidade operacional no que tange agraves estruturas organizacionais

competecircncia dos recursos humanos evoluccedilatildeo doutrinaacuteria melhoria da

quantidade e qualidade do material de engenharia e gestatildeo ambiental nas

atividades militares

43 Evoluccedilotildees doutrinaacuterias e aquisiccedilotildees de materiais modernos como as Viaturas

dos Projetos Leopard e Guarani proporcionaram agraves brigadas mecanizadas e

blindadas grande poder de dissuasatildeo exigindo entretanto uma adequaccedilatildeo no

do material pessoal e doutrina da engenharia

5 APOIO DE ENGENHARIA AgraveS BRIGADAS DE CAVALARIA MECANIZADA

51 O apoio de Engenharia eacute fundamental para que as brigadas blindadas e

mecanizadas tenham capacidade de mobilidade contramobilidade e proteccedilatildeo

Uma engenharia ineficiente elimina as vantagens obtidas por fraccedilotildees dotadas de

modernas viaturas as quais tecircm sua mobilidade ditada por limitaccedilotildees impostas

pelo terreno e por restriccedilotildees determinadas pela engenharia inimiga bem como

sua defesa pelo uso exclusivo do fogo

52 Esta NCD complementa a Nota de Coordenccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 de 31

de maio de 2016 e retifica-a no que tange agrave organizaccedilatildeo da Engenharia em

apoio agraves Brigadas de Cavalaria Mecanizada a qual a mantinha como uma

subunidade

53 Dotada de trecircs Pelototildees de Engenharia de Combate (Pel E Cmb) e um

Pelotatildeo de Engenharia de Apoio (Pel E Ap) como elementos executivos e de um

Pelotatildeo de Equipagem de Assalto (Pel Eq Ass) a Subunidade de engenharia natildeo

tem capacidade de proporcionar agrave Bda C Mec mobilidade assegurar a

contramobilidade nem contribuir com sua proteccedilatildeo

54 A Brigada de Cavalaria Mecanizada pode empregar em primeiro escalatildeo ateacute

2 (dois) Regimentos de Cavalaria Mecanizada (RC Mec) e 1 (um) Regimento de

Cavalaria Blindado (RCB) os quais podem receber pelototildees em apoio direto ou

situaccedilatildeo de comando reforccedilo

164

(Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 ndash C Dout ExCOTER de 31 MAI de 2016Fl 610)

55 O Comandante da engenharia do escalatildeo Brigada entretanto natildeo restringe

sua influecircncia no combate ao apoio de Engenharia no Apoio Direto ou no Reforccedilo

aos regimentos mas emprega os demais pelototildees que estatildeo sob seu comando

no Apoio Suplementar a esses pelototildees no Apoio ao Conjunto realizado em

proveito a mais de um elemento ou agrave brigada como um todo aleacutem de manter

condiccedilotildees de apoiar a reserva quando empregada

6 ORGANIZACcedilAtildeO DA ENGENHARIA DA BRIGADA DE CAVALARIA

MECANIZADA

61 A Engenharia da brigada deve atender as necessidades miacutenimas e imediatas

do escalatildeo e mais diretamente ligadas ao combate o que para isso conta com

um Batalhatildeo de Engenharia de Combate Mecanizado (BE Cmb Mec)

62 O BE Cmb Mec estaacute organizado com uma Companhia de Engenharia de

Combate Mecanizada (Cia E Cmb Mec) uma Companhia de Engenharia de

Combate Blindado (Cia E Cmb Bld) uma Companhia de Comando e Apoio (Cia

C Ap) e uma Companhia de Equipagem de Ponte (C Eq Pnt)

63 A Companhia de Engenharia de Combate Mecanizada (Cia E Cmb Mec)

subunidade mais apta para apoiar os RC Mec e a Cia E Cmb Bld mais apta para

apoiar o RCB possuem cada uma 4 (quatro) Pelototildees de Engenharia de

Combate (Pel E Cmb) como fraccedilatildeo baacutesica de emprego junto aos regimentos

64 A Cia C Ap tem a missatildeo de prover os meios para o comando e logiacutestica do

batalhatildeo e equipamentos de engenharia para as companhias aleacutem de realizar

trabalhos teacutecnicos de manutenccedilatildeo de rede miacutenima de estrada e instalaccedilotildees

necessaacuterios agrave Bda

65 A Cia E Pnt tem a missatildeo apoiar com equipamento especializado a

transposiccedilatildeo de curso de aacutegua e de pequenas brechas no apoio agrave mobilidade e

reforccedilar as Cia E Cmb orgacircnicas do batalhatildeo com material de transposiccedilatildeo

165

(Nota Complementar agrave Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 de 31 de maio de 2016 Fl 56)

7 EMPREGO DO BATALHAtildeO

71 O comandante do Batalhatildeo de Engenharia de Combate Mecanizado

administra o emprego de suas fraccedilotildees e meios a fim de garantir o apoio agrave

mobilidade contramobilidade e proteccedilatildeo da brigada

72 Com o objetivo preciacutepuo de apoio aos elementos em primeiro escalatildeo o

comandante da engenharia da brigada simultaneamente manteacutem condiccedilotildees de

prestar apoio suplementar a esses elementos suprir as necessidades da brigada

no Apoio ao Conjunto e ficar em condiccedilotildees de apoiar a reserva quando

empregada

73 As Cia E Cmb satildeo os elementos executivos do batalhatildeo

74 Ao Cmt do BE Cmb cabe planejar o emprego de seus meios os quais devem

ser compatiacuteveis com suas possibilidades

75 Para o apoio aos elementos em primeiro escalatildeo as companhias apoiam com

pelototildees de preferecircncia de mesma natureza do elemento apoiado Cada peccedila

de manobra valor unidade empregado pela Bda recebe normalmente um

pelotatildeo Quando necessaacuterio o reforccedilo em material este deve ser solicitado ao

Cmt Btl

76 A Cia C Ap tem a missatildeo de prover os meios para comando e logiacutestica do

batalhatildeo e Viatura Blindadas Especiais sobre lagartas a fim de reforccedilar os

pelototildees em apoio aos regimentos e equipamentos de engenharia para as Cia E

Cmb

77 A Cia E Pnt tem a missatildeo de apoiar e reforccedilar as Cia E Cmb orgacircnicas na

transposiccedilatildeo de curso de aacutegua e pequenas brechas com equipamento

especializado e VBE sobre lagartas

166

(Nota Complementar agrave Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 de 31 de maio de 2016Fl 66)

ANEXO A - ORGANIZACcedilAtildeO DO BE CMB MEC ORGAcircNICO DE UMA BRIGADA

DE CAVALARIA MECANIZADA

1 Organograma do BE Cmb MecBda C Mec

Figura 1 ndash Exemplo de um organograma de BE Cmb Mec de Bda C Mec

TERMO DE AUTORIZACcedilAtildeO PARA PUBLICACcedilAtildeO DE TESES DISSERTACcedilOtildeES

TRABALHOS DE CONCLUSAtildeO DE CURSO E ARTIGOS CIENTIacuteFICOS ELETROcircNICOS NA

BIBLIOTECA DIGITAL DE TRABALHOS CIENTIacuteFICOS

Na qualidade de titular dos direitos de autor da publicaccedilatildeo autorizo a DESMil e a EsAO a

disponibilizarem atraveacutes de paacutegina eletrocircnica oficial do Estabelecimento de Ensino sem ressarcimento dos

direitos autorais de acordo com a Lei nordm 9610 de 19 de fevereiro de 1998 Lei de Direito Autoral o texto

integral da obra abaixo citada conforme permissotildees assinaladas para fins de leitura impressatildeo eou

download a tiacutetulo de divulgaccedilatildeo da produccedilatildeo cientifica brasileira a partir desta data

Identificaccedilatildeo do material bibliograacutefico

( ) Tese (x) Dissertaccedilatildeo ( ) Trabalho de Conclusatildeo de Curso (x) Artigo Cientiacutefico

Instituiccedilatildeo de Ensino Escola de Aperfeiccediloamento de Oficiais (EsAO)

Tiacutetulo A doutrina de Engenharia de Combate da Brigada de Cavalaria Mecanizada Uma sugestatildeo de

adequaccedilatildeo do apoio prestado aos elementos empregados em primeiro escalatildeo nas operaccedilotildees ofensivas

Autor Cap Eng Saulo dos Santos Marques

Idt033373474-7 CPF010094330-67 E-mailmarxemcasahotmailcom

Data de Defesa11 de outubro de 2018 Titulaccedilatildeo Mestrado Profissional

Curso de Poacutes-graduaccedilatildeo Engenharia Aacuterea de Concentraccedilatildeo Defesa Nacional

Palavras-chave Brigada de Cavalaria Mecanizada Companhia de Engenharia de Combate

Mecanizada Projeto Estruturante Novo Sistema de Engenharia Operaccedilatildeo de Aproveitamento do Ecircxito

Agecircncia de fomento (se for o caso)

Autoriza disponibilizar o e-mail na Base de Dados de Teses Dissertaccedilotildees Trabalhos Cientiacuteficos

e Artigos Cientiacuteficos da Biblioteca Digital de Trabalhos Cientiacuteficos

( x ) SIM ( ) NAtildeO

Informaccedilatildeo de acesso ao documento

Liberaccedilatildeo para publicaccedilatildeo (x) Total ( ) Parcial

Em caso de publicaccedilatildeo parcial especifique o(s) tiacutetulo(s) eou capiacutetulo(s) restrito(s)

Tiacutetulo(s) ________________________________________________________________________

Capiacutetulo(s) ______________________________________________________________________

A restriccedilatildeo (parcial ou total poderaacute ser mantida por ateacute um ano a partir da data de autorizaccedilatildeo da

publicaccedilatildeo) A extensatildeo deste prazo suscita justificativa ao Instituto Brasileiro de Informaccedilatildeo em Ciecircncia e

Tecnologia (IBICT) Todo o conteuacutedo resumo e metadados ficaratildeo sempre disponibilizados

Havendo concordacircncia com a publicaccedilatildeo eletrocircnica do Trabalho Cientiacutefico torna-se imprescindiacutevel o

envio do(s) seu(s) arquivo(s) em formato digital sem ser passiacutevel de modificaccedilatildeo do tipo Portable Document

Format (PDF) da Adobe Systems

________________________________________

Saulo dos Santos Marques

MINISTEacuteRIO DA DEFESA

EXEacuteRCITO BRASILEIRO

DECEx - DESMIL

ESCOLA DE APERFEICcedilOAMENTO DE OFICIAIS

(EsAO1919)

DIVISAtildeO DE ENSINO SECcedilAtildeO DE POacuteS-GRADUACcedilAtildeO

TERMO DE CESSAtildeO DE DIREITOS SOBRE TRABALHO ACADEcircMICO

TIacuteTULO DO TRABALHO

A DOUTRINA DA ENGENHARIA DE COMBATE DA BRIGADA DE CAVALARIA

MECANIZADA UMA SUGESTAtildeO DE ADEQUACcedilAtildeO DO APOIO PRESTADO AOS

ELEMENTOS EMPREGADOS EM PRIMEIRO ESCALAtildeO NAS OPERACcedilOtildeES OFENSIVAS

IDENTIFICACcedilAtildeO DO AUTOR

SAULO DOS SANTOS MARQUES ndash Cap Eng

1 Este trabalho nos termos da legislaccedilatildeo que resguarda os direitos autorais eacute considerado de minha

propriedade

2 Autorizo a Escola de Aperfeiccediloamento de Oficiais (EsAO) a utilizar meu trabalho para uso

especiacutefico no aperfeiccediloamento e evoluccedilatildeo da Forccedila Terrestre bem como a divulgaacute-lo por publicaccedilatildeo em

revista teacutecnica da Escola ou outro veiacuteculo de comunicaccedilatildeo do Exeacutercito

3 A EsAO poderaacute fornecer coacutepia do trabalho mediante ressarcimento das despesas de postagem e

reproduccedilatildeo Caso seja de natureza sigilosa a coacutepia somente seraacute fornecida se o pedido for encaminhado

por meio da Organizaccedilatildeo Militar fazendo-se a necessaacuteria anotaccedilatildeo do destino no Livro de Registro

existente na Biblioteca

4 Eacute permitida a transcriccedilatildeo parcial de trechos do trabalho para comentaacuterios e citaccedilotildees desde que sejam

transcritos os dados bibliograacuteficos dos mesmos de acordo com a legislaccedilatildeo sobre direitos autorais

5 A divulgaccedilatildeo do trabalho em outros meios natildeo pertencentes ao Exeacutercito somente pode ser feita

com a autorizaccedilatildeo do autor ou da Direccedilatildeo de Ensino da EsAO

Rio de Janeiro ___ de _________________ de ________

_______________________________________

O AUTOR

Page 5: ESCOLA DE APERFEIÇOAMENTO DE OFICIAIS Cap Eng SAULO …

AGRADECIMENTOS

Ao meu orientador pela paciecircncia e dedicaccedilatildeo em mostrar-me o correto

caminho

Aos instrutores do CAO 2018 pela colaboraccedilatildeo na transmissatildeo de tatildeo

importantes conhecimentos para o capitatildeo da Arma de Engenharia

Aos companheiros do Centro de Instruccedilatildeo de Blindados - General Walter

Pires pelo inestimaacutevel exemplo do espiacuterito de camaradagem dedicaccedilatildeo e

excelecircncia do ensino cujos pilares me guiaratildeo por toda a minha vida profissional

Agrave minha famiacutelia a qual sou eternamente grato pelas oraccedilotildees a Deus e pelo

oportuno apoio e carinho os quais foram cruciais para a transposiccedilatildeo dos

obstaacuteculos mais difiacuteceis que se apresentaram no presente ano

RESUMO

A capacidade de uma tropa estaacute baseada nos fatores doutrina organizaccedilatildeo adestramento material emprego pessoal e instruccedilatildeo Para o sistema de engenharia destaca-se ainda mais a importacircncia do conjunto formado pelo material pessoal e organizaccedilatildeo O Projeto Estruturante Novo Sistema de Engenharia visa reestruturar esse sistema que tem influecircncia significativa na capacidade da engenharia cumprir suas missotildees como arma de apoio Alinhado com esse objetivo este trabalho analisou a estrutura das Brigadas de Cavalaria Mecanizada que satildeo compostas por Regimentos de Cavalaria Mecanizada e Regimentos de Cavalaria Blindada os quais receberam respectivamente as Viaturas Blindadas de Transporte de Pessoal Meacutedias de Rodas Guarani e as Viaturas de Combate Carro de Combate Leopard 1 e M60 A3-TTS Embora os projetos Guarani e Leopard tenham influenciado na melhoria dos materiais utilizados pelos regimentos a Companhia de Engenharia de Combate Mecanizada natildeo teve a adequaccedilatildeo dos seus fatores base Entatildeo surgiu a necessidade de por meio da anaacutelise dos fatores emprego e materiais sugerir uma proposta de adequaccedilatildeo desse apoio prestado aos elementos empregados em primeiro escalatildeo da brigada a partir da anaacutelise do apoio a Operaccedilatildeo de Aproveitamento do Ecircxito

Palavras-chave Brigada de Cavalaria Mecanizada Companhia de Engenharia de Combate Mecanizada Projeto Estruturante Novo Sistema de Engenharia Operaccedilatildeo de Aproveitamento do Ecircxito

ABSTRACT

The capacity of a troop is based on factors doctrine organization training material employment personnel and instruction For the engineering system the importance of the set formed by the material personnel and organization stands out even more The Strategic New Engineering System Project aims to restructure this system which has a significant influence on the ability of engineering to fulfill its missions as a support weapon Aligned with this objective this work analyzed the structure of the Mechanized Cavalry Brigades which are composed of Mechanized Cavalry Regiments and Armored Cavalry Regiments which received respectively the Armored Personnel Carrier Vehicle - Medium Wheeled Type and the Main Battle Tank Leopard 1 and M60 A3-TTS Although the Guarani and Leopard projects influenced the improvement of the materials used by the regiments the Mechanized Combat Engineering Company did not have the adequacy of its base factors Then the need arose through the analysis of the factors of employment and materials to suggest a proposal for adequacy of this support provided to the elements employed in the first step of the brigade based on the analysis of the support for Deliberate Attack

Keywords Mechanized Cavalry Brigades Mechanized Combat Engineering Company Structurant New Engineering System Project Deliberate Attack

SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO 10

11 PROBLEMA 12

12 OBJETIVOS 13

13 QUESTOtildeES DE ESTUDO 14

14 JUSTIFICATIVA 15

2 METODOLOGIA 16

21 OBJETO FORMAL DE ESTUDO 16

211 Definiccedilatildeo conceitual das variaacuteveis 17

212 Definiccedilatildeo operacional das variaacuteveis 18

213 Alcances e limiteshelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 19

22 AMOSTRAhelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 20

23 DELINEAMENTO DA PESQUISAhelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 21

231 Procedimentos para revisatildeo de literatura 21

2311 Fontes de busca 22

2312 Estrateacutegia de busca para as bases de dados 22

2313 Criteacuterios de inclusatildeo helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 22

2314 Criteacuterios de exclusatildeo helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 22

232 Procedimentos Metodoloacutegicos helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 23

233 Procedimentos Experimental helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 23

234 Instrumentos 23

2341 Elaboraccedilatildeo dos questionaacuterios 24

2342 Questionaacuterio destinado aos oficiais em funccedilatildeo de desenvolvimento coordenaccedilatildeo ou chefia do Projeto Guarani hellip 24

2343 Questionaacuterio destinado aos comandantes e ex-comandantes de regimento de cavalaria de uma Brigada de Cavalaria Mecanizada (Apecircndice A)helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 24

2344 Questionaacuterio destinado aos comandantes e ex-comandantes de regimento de cavalaria de uma Brigada de Cavalaria Mecanizada (Apecircndice B)helliphelliphelliphelliphelliphellip

25

2345 Questionaacuterio destinado aos oficiais de engenharia que tenham

realizado curso de Comandante de Subunidade nos Estados Unidos ou na Alemanha (Apecircndice C)helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip

25

2346 Questionaacuterio destinado aos oficiais na funccedilatildeo de instrutor do Centro de Instruccedilatildeo de Blindados que tenham realizado curso de Comandante de Subunidade nos Estados Unidos ou na Alemanha (Apecircndice D)helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 25

235 Anaacutelise dos Dados helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 26

2351 Tabulaccedilatildeo dos dados helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 26

3 REVISAtildeO DE LITERATURA 27

31 CONSIDERACcedilOtildeES INICIAIS 28

311 Operaccedilotildees de Aproveitamento do Ecircxito 28

312 Situaccedilatildeo de Comando Reforccedilo 29

313 Funccedilatildeo de Combate Movimento e Manobra 29

314 Modularidade 30

315 Projeto Guarani 31

32 BRIGADA DE CAVALARIA MECANIZADA 33

321 Regimento de Cavalaria Mecanizado 35

322 Regimento de Cavalaria Blindada 36

33 COMPANHIA DE COMBATE MECANIZADA 38

331 O Pelotatildeo de Engenharia de Apoio 40

332 O Pelotatildeo de Equipagem de Assalto 40

333 O Pelotatildeo de Engenharia de Combate Mecanizado 43

34 MATERIAIS DE EMPREGO MILITAR DISPONIacuteVEIS NO MUNDO PARA REFORCcedilO AOS PEL E CMB NO APOIO Agrave MOBILIDADE 45

341 Viatura blindada especial lanccediladora de pontes de pequena brecha 46

342 Viatura Blindada Especial de Engenharia helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 49

343 Viaturas Blindadas Especiais de Abertura de Brecha 50

344 Outros sistemas e implementos 55

35 APOIO DE ENGENHARIA ORGAcircNICA AgraveS BRIGADAS MECANIZADAS EM OUTROS PAIacuteSES

60

351 SBCT a brigada americana Stryker helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 60

352 Brigada de Infantaria Mecanizada da Alemanha helliphellip 63

4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO 71

41 DISCUSSAtildeO REFERENTE AOS INSTRUMENTOS UTILIZADOS 71

411 Revisatildeo da literatura 72

412 Entrevistas 73

413 Coleta documental 73

42 CAPACIDADES OPERATIVAS DA COMPANHIA DE ENGENHARIA DE COMBATE MECANIZADO NO APROVEITAMENTO DO EcircXITO 74

421 Adequabilidade da organizaccedilatildeo 74

422 Adequabilidade do material 78

43 APOIO DE ENGENHARIA AOS REGIMENTOS DE UMA BRIGADA DE CAVALARIA MECANIZADA 79

431 Organizaccedilatildeo adequada 80

432 Comparaccedilatildeo com outros exeacutercitos 82

433 Caracteriacutesticas dos meios 91

434 Quantidade de VBE por BE Cmb 96

5 CONCLUSAtildeO E RECOMENDACcedilOtildeES 99

REFEREcircNCIAS 103

APEcircNDICE A - QUESTIONAacuteRIO DESTINADO AOS COMANDANTES E EX-COMANDANTES DOS REGIMENTOS DAS BRIGADAS DE CAVALARIA MECANIZADA 109

APEcircNDICE B - QUESTIONAacuteRIO DESTINADO AOS COMANDANTES E EX-COMANDANTES DAS COMPANHIAS DE ENGENHARIA MECANIZADA 120

APEcircNDICE C - QUESTIONAacuteRIO DESTINADO AOS MILITARES DE ENGENHARIA COM CURSO DE COMANDANTE DE SUBUNIDADE NA ALEMANHA OU ESTADOS UNIDOS 131

APEcircNDICE D - QUESTIONAacuteRIO DESTINADO INSTRUTORES DO CENTRO DE INSTRUCcedilAtildeO DE BLINDADOS COM CURSO DE COMANDANTE DE SUBUNIDADE NA ALEMANHA OU ESTADOS UNIDOS 143

APEcircNDICE E - PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL 150

ANEXO A ndash NCD NR 022016 151

ANEXO B ndash NOTA COMPLEMENTAR Agrave NCD NR 022016 160

10

1 INTRODUCcedilAtildeO

Os novos manuais doutrinaacuterios publicados a partir do ano de 2014

reformularam as bases da doutrina do Exeacutercito Atraveacutes deles a Doutrina Militar

Terrestre (DMT) ratificou alguns conceitos jaacute existentes mas trouxe novos que devem

ser entendidos e incorporados agraves capacidades da forccedila a fim de acompanhar a

evoluccedilatildeo do combate mundial

O conhecimento de conceitos como Operaccedilatildeo de Amplo Espectro (atuaccedilatildeo

simultacircnea ou sucessiva em Operaccedilotildees Ofensivas Defensivas de Pacificaccedilatildeo e de

Apoio a Oacutergatildeos Governamentais) permite entender quais satildeo as capacidades que

devem ser almejadas pelas Brigadas Mecanizadas (Bda Mec) consideradas Grandes

Unidades (GU) vocacionadas para essa Operaccedilatildeo Destas GU destacam-se as de

Cavalaria Mecanizada que segundo o Manual de DMT tem a aptidatildeo agraves missotildees de

Reconhecimento Vigilacircncia e Seguranccedila

As Brigadas de Cavalaria Mecanizada apresentam limitaccedilotildees como a

vulnerabilidade a ataques aeacutereos a sensibilidade ao largo emprego de minas e

obstaacuteculos artificiais e mobilidade restrita em terrenos montanhosos arenosos

pedregosos cobertos e pantanosos aleacutem de sua restriccedilatildeo agraves condiccedilotildees

meteoroloacutegicas adversas e com grande dependecircncia de uso de rede rodoviaacuteria

conforme discriminado pelo manual C 2-30 - Brigada de Cavalaria Mecanizada

(BRASIL 2000 p 1-4)

Tais limitaccedilotildees afetam principalmente a mobilidade da Bda em Operaccedilotildees

Ofensivas na qual os RC Mec (Brasil 2000 p 1-14) estatildeo mais capacitados a

executar as operaccedilotildees altamente moacuteveis as manobras de flanco o aproveitamento

do ecircxito e a perseguiccedilatildeo Por sua vez o RCB que por suas caracteriacutesticas eacute o

elemento de manobra mais eficaz para conduzir as operaccedilotildees ofensivas e defensivas

continuadas da Bda apresenta uma seacuterie de restriccedilotildees na sua capacidade de

manobra diminuindo sua eficaacutecia e eficiecircncia no emprego do fogo do combate

aproximado e da accedilatildeo de choque

Para reduzir as limitaccedilotildees das Brigadas de Cavalaria Mecanizada na mobilidade

contramobilidade e proteccedilatildeo as Companhia de Engenharia de Combate Mecanizada

(Cia E Cmb Mec) empregam os Pelototildees de Engenharia de Combate Mecanizado

(Pel E Cmb Mec) conforme Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 de 31 de

maio de 2016 As Estruturas de Engenharia no Teatro de Operaccedilotildees (documento de

11

caraacuteter experimental portanto natildeo definitivo) a fim de atender agraves necessidades

miacutenimas dos Regimentos de Cavalaria Mecanizado (RC Mec) e Regimento de

Cavalaria Blindado (RCB)

As atribuiccedilotildees que a Engenharia tem para com seus elementos apoiados se

apresentam da seguinte forma

A Engenharia tem como missatildeo principal apoiar com as vertentes do

combate e construccedilatildeo os elementos de emprego da F Ter nas operaccedilotildees

desencadeadas no amplo espectro dos conflitos Participa das Funccedilotildees de

Combate Movimento e Manobra proporcionando mobilidade agraves armas-base

e contra-mobilidade ao inimigo Proteccedilatildeo aos oacutergatildeos e estruturas de

combate Logiacutestica em diversas atividades dentre outras (BRASIL 2014 p

6-3)

Nesta uacuteltima deacutecada concomitantemente com a atualizaccedilatildeo doutrinaacuteria novos

Materiais de Emprego Militar (MEM) foram distribuiacutedos em diversas OM do Brasil

frutos de Projetos Estrateacutegicos do Exeacutercito (PEE) alterando suas capacidades e

limitaccedilotildees Dentre eles destaca-se para as tropas de natureza blindada o Projeto

Leopard o qual levou agrave troca dos Carros de Combate (CC) M41 pelas Viatura Blindada

de Combate Carro de Combate Leopard 1 A5 BR (VBCCC Leopard 1 A5 BR) desde

2009

Para as tropas mecanizadas o principal impacto foi causado pelo Projeto

Guarani o qual jaacute modernizou a frota de algumas Organizaccedilotildees Militares (OM) com

esta Viatura Blindada de Transporte de Pessoal Meacutedia de Rodas (VBTP-MR) a qual

estaacute em fase de produccedilatildeo e entrega Concomitantemente com a produccedilatildeo dessas

viaturas estatildeo sendo desenvolvidos protoacutetipos e adquiridos materiais para o

desenvolvimento dos demais componentes da Nova Famiacutelia de Blindados Sobre

Rodas Guarani (NFBSR)

O presente trabalho tem por objetivo analisar as Capacidades Operativas que

os elementos de engenharia deveratildeo possuir considerando os reflexos da evoluccedilatildeo

doutrinaacuteria e dos novos Materiais de Emprego Militar para apoiar a mobilidade dos

Regimentos de Cavalaria Mecanizada e Regimentos de Cavalaria Blindado

empregados em primeiro escalatildeo por uma Brigada de Cavalaria Mecanizada na

Operaccedilatildeo de Aproveitamento do Ecircxito (Apvt Ecircxi) (BRASIL 2014 p 7-2)

12

O objetivo geral do presente estudo eacute partindo do estudo das Capacidades da

Cia E Cmb Mec analisar no acircmbito da mobilidade as necessidades miacutenimas e

imediatas dos elementos a serem empregados em primeiro escalatildeo Baseado nessa

anaacutelise busca-se apresentar uma proposta de adequaccedilatildeo do apoio prestado pela Cia

E Cmb Mec no Aproveitamento do Ecircxito (Apvt Ecircxi)

11 PROBLEMA

Em manual datado de 1989 C 5-10 - Apoio de Engenharia no Escalatildeo Brigada

e reeditado em 2000 consta a missatildeo organizaccedilatildeo atribuiccedilotildees equipamentos e

forma de emprego do pelotatildeo de engenharia de combate O manual C 5-1 - Emprego

da Engenharia datado de 1999 em sua 3ordf ediccedilatildeo caracteriza o Pel E Cmb como o

elemento responsaacutevel por prestar apoio aos elementos em primeiro escalatildeo da Bda C

Mec

A Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 (NCD Nr 0216) trouxe a

atualizaccedilatildeo de alguns conceitos modificando inclusive o escalatildeo de apoio de

engenharia agraves Brigadas Blindadas e de Infantaria Mecanizada (Bda Inf Mec)

passando do valor subunidade (Companhia) para unidade (Batalhatildeo)

Nesta mesma NCD poreacutem foi mantido o estabelecido nos dois manuais citados

acima ratificando que uma Cia E Cmb Mec constituiacuteda por 3 Pel E Cmb Mec eacute o

elemento de apoio aos Regimentos da Bda

O Comandante da Cia E Cmb Mec denominado engenheiro da brigada ao

empregar pelototildees em reforccedilo restringe sua capacidade de realizar um apoio

suplementar a esses pelototildees e de realizar trabalhos em prol da proacutepria companhia

dos demais elementos da brigada e do apoio ao conjunto (mais de um elemento)

Aleacutem disso por sua limitaccedilatildeo em meios na realizaccedilatildeo de trabalhos o Pel E Cmb

na maioria de suas missotildees eacute reforccedilado por equipagens e equipamentos pelo Pelotatildeo

de Equipagem de Assalto e pelo Pelotatildeo de Engenharia de Apoio Esses poreacutem natildeo

possuem materiais adequados reforccedilar os pelototildees de engenharia de combate

Face ao exposto formulou-se o seguinte problema Em que medida a

Companhia de Engenharia de Combate Mecanizada tem capacidade de atender agraves

necessidades miacutenimas dos elementos empregados em primeiro escalatildeo de uma Bda

C Mec no Aproveitamento do Ecircxito no que tange agrave mobilidade

13

12 OBJETIVOS

O presente trabalho tem por objetivo analisar as Capacidades Operativas que

os elementos de engenharia deveratildeo possuir considerando os reflexos da evoluccedilatildeo

doutrinaacuteria e dos novos Materiais de Emprego Militar para apoiar a mobilidade dos

Regimentos de Cavalaria Mecanizada e Regimentos de Cavalaria Blindado

empregados em primeiro escalatildeo por uma Brigada de Cavalaria Mecanizada na

Operaccedilatildeo de Aproveitamento do Ecircxito

Com o intuito de conduzir o estudo para uma soluccedilatildeo foram elencados os

seguintes objetivos especiacuteficos

a Apresentar os conceitos novos ou natildeo que sejam relevantes para a

exploraccedilatildeo do assunto

b Descrever a forma de emprego de uma Bda C Mec em Operaccedilotildees de

Aproveitamento do Ecircxito

c Descrever a organizaccedilatildeo e as caracteriacutesticas dos elementos empregados em

primeiro escalatildeo por uma Bda C Mec

d Descrever a organizaccedilatildeo caracteriacutesticas e forma de emprego em Operaccedilotildees

Ofensivas de uma Cia E Cmb Mec

e Descrever a organizaccedilatildeo caracteriacutesticas e missatildeo junto aos Pel E Cmb de

um Pelotatildeo de Engenharia de Apoio (Pel E Ap)

f Descrever a organizaccedilatildeo caracteriacutesticas e missatildeo junto aos Pel E Cmb de

um Pelotatildeo de Equipagem de Assalto (Pel Eq Ass)

g Descrever a organizaccedilatildeo caracteriacutesticas missatildeo possibilidades e limitaccedilotildees

do Pel E Cmb Mec

h Analisar a capacidade do Pel E Cmb Mec em atender agraves necessidades

miacutenimas dos regimentos de uma Brigada de Cavalaria Mecanizada em

Operaccedilotildees Ofensivas

i Apresentar viaturas especiais de engenharia disponiacuteveis no mercado

mundial

j Analisar o emprego de uma engenharia de Bda do exeacutercito alematildeo e

estadunidense semelhante agrave Bda C Mec concluindo sobre a adequabilidade

do emprego realizado pelo exeacutercito brasileiro

14

k Apresentar uma proposta de apoio de engenharia capaz de atender agraves

necessidades miacutenimas de regimentos orgacircnicos de uma Bda C Mec

13 QUESTOtildeES DE ESTUDO

Atraveacutes da anaacutelise da capacidade de apoio de um Pel E Cmb orgacircnico de uma

Cia E Cmb Mec frente agraves necessidades de uma Brigada de Cavalaria Mecanizada agrave

luz dos novos manuais doutrinaacuterios projetos estrateacutegicos e dos meios de dotaccedilatildeo (ou

em aquisiccedilatildeo pelo Exeacutercito) seraacute analisada a adequabilidade desse apoio Para isso

foram relacionadas algumas questotildees de estudo listadas abaixo a fim de guiar o

trabalho ao objetivo proposto

a) quais os conceitos associados ao emprego e ao material satildeo necessaacuterios para

desenvolvimento de uma proposta adequada de organizaccedilatildeo da Cia E Cmb Mec

b) como a Brigada de Cavalaria Mecanizada eacute empregada em uma Operaccedilatildeo de

Aproveitamento do Ecircxito

c) como se caracterizam os elementos empregados em primeiro escalatildeo pela

Brigada de Cavalaria Mecanizada

d) como a Companhia de Engenharia de Combate Mecanizada das Brigadas de

Cavalaria Mecanizadas satildeo empregadas em Operaccedilotildees Ofensivas

e) como se caracterizam os elementos empregados em primeiro escalatildeo pela

Companhia de Engenharia de Combate Mecanizada

f) quais os meios que disponiacuteveis atualmente para o Pelotatildeo de Engenharia de

Combate Mecanizado apoiar os Regimentos empregados em primeiro escalatildeo no

Aproveitamento do Ecircxito

g) quais os materiais disponiacuteveis no mundo necessaacuterios para atribuir capacidade

de junto aos Regimentos em um Aproveitamento do Ecircxito

h) como eacute prestado o apoio de engenharia em outros paiacuteses a tropas que

possuam organizaccedilatildeo semelhante agrave da Brigada de Cavalaria Mecanizada

i) qual a sugestatildeo de emprego da engenharia de brigada para que seja realizado

um apoio adequado que atenda agraves necessidades miacutenimas dos regimentos orgacircnicos

da Bda C Mec

14 JUSTIFICATIVAS

15

Este trabalho justifica-se pela necessidade de ser avaliada a manutenccedilatildeo ou natildeo

da capacidade da Cia E Cmb Mec frente agraves mudanccedila relacionadas agraves caracteriacutesticas

apresentadas pelos novos cenaacuterios mundiais e pela evoluccedilatildeo do material utilizado

pelo Exeacutercito Brasileiro advindo dos Projetos Leopard e Guarani a fim de

acompanhar o Processo de Transformaccedilatildeo do Exeacutercito Brasileiro que estaacute em

desenvolvimento atualmente

Tal justificativa encontra-se alinhada com os objetivos do Projeto Estruturante

Novo Sistema de Engenharia (PENSE) concebido pelo EME em 2014 o qual teve a

Diretriz de Implantaccedilatildeo aprovada pela Portaria Nordm 031-EME de 26 de fevereiro de

2018

O objetivo decisivo do programa estaacute centrado nos pilares de sustentaccedilatildeo da

capacidade operacional da Engenharia quais sejam a obtenccedilatildeo do Material de

Engenharia adequado e suficiente o desenvolvimento e a atualizaccedilatildeo da doutrina e a

capacitaccedilatildeo de pessoal

A inovaccedilatildeo dos MEM bem como a transformaccedilatildeo doutrinaacuteria demandam

anaacutelises retificaccedilatildeo e ratificaccedilatildeo de conceitos quebra de paradigmas e uma busca

pelo reequiliacutebrio entre as capacidades e necessidades geradas

Com o intuito de corroborar com a evoluccedilatildeo do Sistema Engenharia tendo em

vista a modernizaccedilatildeo doutrinaacuteria e dos novos MEM este trabalho buscaraacute analisar

as Capacidades Operativas desejaacuteveis a fim de propor uma adequaccedilatildeo de apoio de

engenharia na mobilidade dos RC Mec e RCB orgacircnicos de uma Bda C Mec no

Aproveitamento do Ecircxito

Com essa adequaccedilatildeo busca-se dar efetividade agrave doutrina atinente agrave

Engenharia da Brigada tornando-a atual e compatiacutevel com as necessidades dos

elementos apoiados principalmente exequiacutevel e efetiva

16

2 METODOLOGIA

Nesta seccedilatildeo estaacute detalhada a forma que a pesquisa foi dirigida a fim de

atender aos objetivos especiacuteficos os quais visaram desenvolver uma soluccedilatildeo

adequada ao objetivo geral atraveacutes do desenvolvimento de respostas agraves questotildees

de estudo levantadas

Por meio do estudo das possibilidades e limitaccedilotildees da Companhia de

Engenharia de Combate Mecanizada buscou-se apresentar uma anaacutelise da

capacidade de atender agraves necessidades dos elementos empregados em primeiro

escalatildeo pelas Bda C Mec e sugerir uma proposta de adequaccedilatildeo de sua forma de

emprego e do material necessaacuterio

Para atingir esses objetivos a metodologia foi dividida em objeto formal de

estudo amostra e delineamento de pesquisa

21 OBJETO FORMAL DE ESTUDO

O presente trabalho eacute classificado quanto agrave sua forma de abordagem

qualitativa e ao seu objetivo geral como exploratoacuteria e descritiva A sua finalidade eacute

desenvolver uma proposta de adequaccedilatildeo do apoio prestado pela Companhia de

Engenharia de Combate aos Regimentos de uma Brigada de Cavalaria Mecanizada

em Operaccedilotildees Ofensivas por meio do estudo especiacutefico das capacidades

operativas da Cia E Cmb Mec em operaccedilotildees de Aproveitamento do Ecircxito face agrave

evoluccedilatildeo doutrinaacuteria presente na publicaccedilatildeo dos novos manuais doutrinaacuterios

publicados a partir de 2014 e dos MEM frutos dos Projetos Estrateacutegicos Leopard e

Guarani

Para atingir esse objetivo seraacute descrita a doutrina em vigor relacionada agrave Bda

C Mec e agrave Cia E Cmb que a apoia e analisados os reflexos da transformaccedilatildeo

doutrinaacuteria ocorrida nos uacuteltimos anos (de 2014 a 2017) e da aquisiccedilatildeo de novos

MEM

Com base na anaacutelise das capacidades e limitaccedilotildees seraacute proposta uma soluccedilatildeo

de adequaccedilatildeo do apoio de engenharia que atribua capacidade de emprego de

acordo com a doutrina baseado na bibliografia vigente e atualizado com base no

emprego de exeacutercitos de outros paiacuteses e no material disponiacutevel no mundo

atualmente

17

Para a pesquisa a variaacutevel ldquoCapacidades Operativas da Companhia de

Engenharia de Combate Mecanizada no Aproveitamento do Ecircxitordquo que analisou

as capacidades em material e de acordo com a organizaccedilatildeo atuais da Companhia

no apoio agrave mobilidade no aproveitamento do ecircxito foi considerada a variaacutevel

independente

Atraveacutes desta procurou-se estudar modificaccedilotildees que influenciassem

significativamente sobre a dependente ldquoApoio de Engenharia aos Regimentos de

uma Brigada de Cavalaria Mecanizadardquo a fim de adequar o apoio prestado aos

regimentos durante a Operaccedilatildeo de Aproveitamento do Ecircxito pela engenharia da

brigada

A relaccedilatildeo entre a variaacutevel dependente e independente eacute alterada pelo fator

ldquoNecessidades Miacutenimas dos Regimentosrdquo que satildeo as necessidades de trabalhos

de engenharia aos regimentos existentes apoacutes a modernizaccedilatildeo do material e

doutrina nacionais no que tange agrave Operaccedilatildeo de Aproveitamento do Ecircxito

211 Definiccedilatildeo conceitual das variaacuteveis

ldquoCapacidades Operativas da Companhia de Engenharia de Combate no

Aproveitamento do Ecircxitordquo variaacutevel independente pode ser definida como a

anaacutelise agraves capacidades atuais da Cia E Cmb Mec para emprego do Pel E Cmb em

uma Operaccedilatildeo de Aproveitamento do Ecircxito em apoio ao Rgt de uma Bda C Mec

Para isso foi analisado por meio dos questionaacuterios ldquoArdquo e ldquoBrdquo a adequabilidade

da organizaccedilatildeo da Cia E Cmb Mec para apoio aos regimentos de uma Brigada de

Cavalaria Mecanizada e do material disponiacutevel para apoiaacute-los na mobilidade em uma

Operaccedilatildeo de Aproveitamento do Ecircxito

A variaacutevel ldquoApoio de Engenharia aos Regimentos de uma Brigada de

Cavalria Mecanizadardquo pode ser definida como a sugestatildeo doutrinaacuteria para atender

agrave luz dos novos conceitos e fundamentos e materiais as necessidades dos

Regimentos

Por meio das respostas dos questionaacuterio ldquoArdquo ldquoBrdquo ldquoCrdquo e ldquoDrdquo chegou-se a uma

organizaccedilatildeo adequada e atual quando comparada com outros exeacutercitos permitindo

a melhoria do emprego da engenharia no emprego junto aos regimentos de uma

Brigada de Cavalaria Mecanizada

18

Os referidos questionaacuterios tambeacutem permitiram a anaacutelise das caracteriacutesitcas dos

meios e a quantidade de viaturas necessaacuterias para o apoio de engenharia da

brigada na abertura de passagem em obstaacuteculos durante uma Operaccedilatildeo de

Aproveitamento do Ecircxito

Para a variaacutevel interveniente foi considerada as Necessidades Miacutenimas dos

Regimentos no que se refere a apoio de engenharia as quais foram apresentadas

na revisatildeo de literatura reforccedilada pelas respostas presentes nos citados

questionaacuterios cujas respostas foram analisadas individualmente

Esta anaacutelise porcurou confirmar ou refutadar os comentaacuterios presentes nos

questionaacuterios de acordo com as informaccedilotildees encontradas na proacutepria bibliografia

estudada e no Treinamento Taacutetico em Ambiente Virtual (TTAV) realizado no Centro

de Instruccedilatildeo de Blindados

212 Definiccedilatildeo operacional das variaacuteveis

Nos Quadros 1 e 2 estatildeo expostos a dimensatildeo os indicadores e a forma de

mediccedilatildeo das variaacuteveis independente e dependente a fim de permitir uma

visualizaccedilatildeo de como seratildeo abordados no presente estudo

VARIAacuteVEL

INDEPENDENTE DIMENSAtildeO INDICADORES FORMA DE MEDICcedilAtildeO

Capacidades

Operativas da Cia

E Cmb no Apvt

Ecircxi

Emprego no

apoio aos Rgt

da Bda C

Mec

Adequabilidade

da organizaccedilatildeo

Questotildees Nr 1 e 2 (Apd A)

e Nr 1 e 2 (Apd B)

Material para

apoio agrave

mobilidade

Adequabilidade

do material

Questotildees Nr 3 (Apd A) e

Nr 3 (Apd B)

QUADRO 1 - Definiccedilatildeo operacional da Variaacutevel Independente Capacidades Operativas da Cia E Cmb Mec no Apvt Ecircxi Fonte O autor

19

VARIAacuteVEL

DEPENDENTE DIMENSAtildeO INDICADORES FORMA DE MEDICcedilAtildeO

Apoio de

Engenharia aos

Rgt de uma Bda

C Mec

Emprego da

engenharia

Organizaccedilatildeo

adequada

Questotildees 6 e 7 (Apd A)

questotildees 6 e 7 (Apd B)

Comparaccedilatildeo com

outros exeacutercitos

Questatildeo 1 2 e 3 (Apd C) e

questatildeo 1 2 e 3 (Apd D)

Material para

abertura de

passagem em

obstaacuteculo

Caracteriacutesticas dos

meios

Questotildees 4 e 5 (Apd A)

questotildees 4 e 5 (Apd B)

questatildeo 4 e 5 (Apd C) e

questatildeo 4 e 5 (Apd D)

Quantidade de

viaturas Questatildeo 6 (Apd C)

QUADRO 2 - Definiccedilatildeo operacional da Variaacutevel Dependente Apoio de Engenharia aos Rgt da Bda C Mec Fonte O autor

213 Alcances e Limites

Para a anaacutelise das operaccedilotildees ofensivas foram excluiacutedos os tipos de

Reconhecimento em Forccedila Perseguiccedilatildeo Ataque de Oportunidade e Marcha para o

Combate O objetivo do autor foi dar ecircnfase aos trabalhos de mobilidade com

emprego dos pelototildees de forma descentralizada Desta forma o pelotatildeo que

acompanha o regimento precisa conduzir todo o material necessaacuterio natildeo sendo

adequado solicitar apoio agrave companhia devido a sua distacircncia e necessidade de

acompanhamento da velocidade das operaccedilotildees

Nesse sentido foi escolhido o estudo da Operaccedilatildeo de Aproveitamento do

Ecircxito situaccedilatildeo que o Pelotatildeo encontra-se normalmente empregado na situaccedilatildeo de

comando reforccedilo

O sistema Engenharia constituiacutedo por material pessoal e doutrina visa

proporcionar aos elementos apoiados mobilidade contramobilidade proteccedilatildeo e

apoio geral Dentre estes foram abordados neste estudo o apoio agrave mobilidade

20

situaccedilatildeo onde a falta de meios especiais junto aos pelototildees eacute mais niacutetida deixando

de ser trabalhados contramobilidade proteccedilatildeo e apoio geral

Na mobilidade o estudo abarcou trabalhos de abertura de passagens em

obstaacuteculos transposiccedilatildeo de curso de aacutegua obstaacuteculo conservaccedilatildeo e reparaccedilatildeo de

vias e estradas e desorganizaccedilatildeo de posiccedilotildees organizadas do inimigo trabalhos os

quais podem ser realizados por viaturas blindadas especiais Excluiu-se portanto o

estudo da transposiccedilatildeo de curso de aacutegua de vulto ou grande vulto que exigem o

apoio de escalotildees superiores agrave brigada a navegaccedilatildeo e o reconhecimento

Como a Cia E Cmb Mec desdobra seus trabalhos normalmente em toda aacuterea

da Bda o estudo limitou-se aos realizados em prol dos elementos em primeiro

escalatildeo (os regimentos de cavalaria) excluindo o estudo dos trabalhos de apoio ao

conjunto e suplementar

Para tal os meios a serem analisados foram limitados aos de emprego

imediato pelos pelototildees ou seja que seja de dotaccedilatildeo ou passados em reforccedilo ao

pelotatildeo Um exemplo de meio incluiacutedo foi uma Ponte de Pequena Brecha (Pnt P

Bre) pois pode ser transportada por reboque ou por uma viatura blindada Em

contrapartida foi excluiacutedo o estudo do emprego de portada pesada tendo em vista

que a mesma natildeo tem emprego em transposiccedilatildeo imediata mas preparada

22 AMOSTRA

As pesquisas as quais foram enviadas por endereccedilo eletrocircnico atraveacutes de

consulta aos e-mails cadastrados no DGP buscaram abranger em caraacuteter

voluntaacuterio militares que tivessem conhecimentos ligados ao tema

Enquanto algumas pesquisas procuraram abranger militares que tiveram

experiecircncia no emprego do apoio de engenharia (como cliente ou como fornecedor)

outras pesquisas buscaram militares especializados no emprego de blindados e por

fim pesquisas que exploraram a experiecircncia de militares que realizaram curso de

comandante de subunidade no exterior confrontando o questionamento com os

conhecimentos e experiecircncias vividas nos Estados Unidos e na Alemanha

Os questionaacuterios elaborados embora tenha como universo apenas militares

com posto acima de capitatildees aperfeiccediloados natildeo procuraram levar em consideraccedilatildeo

a experiecircncia nos respectivos postos mas a experiecircncia dos mesmos na funccedilatildeo que

exercem ou exerciam ou nos conhecimentos adquiridos no exterior

21

Desta forma foi considerado irrelevante a descriccedilatildeo dos mesmos

considerando apenas as respostas por grupo os quais tiveram por objetivo

demonstrar os diferentes posicionamentos em relaccedilatildeo ao assunto em pauta

Com isso os referidos militares foram divididos em quatro grupos conforme

descrito abaixo

a comandantes e ex-comandantes de regimento de cavalaria de uma Brigada

de Cavalaria Mecanizada

b comandantes e ex-comandantes de Companhia de Engenharia de Combate

Mecanizada de uma Brigada de Cavalaria Mecanizada

c oficiais de engenharia que tenham realizado curso de Comandante de

Subunidade nos Estados Unidos ou na Alemanha

d oficiais na funccedilatildeo de instrutor do Centro de Instruccedilatildeo de Blindados que

tenham realizado curso de Comandante de Subunidade nos Estados

Unidos ou na Alemanha

23 DELINEAMENTO DA PESQUISA

O delineamento da pesquisa teve uma abordagem qualitativa em que o estudo

das relaccedilotildees entre variaacutevel dependente (Capacidades Operativas da Cia E Cmb Mec

no Aproveitamento do Ecircxito) e independente (Apoio de Engenharia aos Regimentos

de uma Bda C Mec) eacute indissociaacutevel e natildeo pode ser traduzida por nuacutemeros

(Rodrigues 2006 p 36)

O meacutetodo de abordagem utilizado foi o indutivo fundamentado na experiecircncia

e construiacutedo a partir da observaccedilatildeo de casos da realidade concreta (Rodrigues

2006 p 29) do emprego do Pel E Cmb Mec apresentados neste trabalho por meio

de situaccedilotildees particulares e anaacutelise de questionaacuterios e procedimento experimental

realizado pela Seccedilatildeo de Simulaccedilatildeo do Centro de Instruccedilatildeo de Blindados

Para responder ao objetivo geral a pesquisa foi abordada de forma descritiva

contando com a experiecircncia do autor que descreveu a relaccedilatildeo entre as variaacuteveis e

contribuiu com a descriccedilatildeo doutrinaacuteria atraveacutes de pesquisa bibliograacutefica

231 Procedimentos para revisatildeo de literatura

22

Com o objetivo de responder ao problema do trabalho foram realizados os

seguintes procedimentos metodoloacutegicos descritos abaixo

2311 Fontes de busca

Foram utilizados como fontes para descriccedilatildeo do conhecimento doutrinaacuterio que

influencia no emprego da Cia E Cmb Mec e para a construccedilatildeo da proposta do

trabalho manuais monografias dissertaccedilotildees e artigos cientiacuteficos (nacionais dos

Estados Unidos e da Alemanha) livros e Notas de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria (NCD)

2312 Estrateacutegia de busca para as bases de dados

Com a finalidade de estabelecer paracircmetros doutrinaacuterios foram selecionados

documentos que contribuam para o direcionamento e limitaccedilatildeo para uma proposta

mais adequada

Foram realizadas buscas por dados em siacutetios eletrocircnicos na internet como

Google sendo selecionadas dentre os resultados obtidos as paacuteginas oficiais de

instituiccedilotildees como instruccedilotildees trabalhos perioacutedicos e documentos nacionais e

estrangeiros e em estabelecimentos de ensino como Escola de Aperfeiccediloamento

de Oficiais e Centro de Instruccedilatildeo de Blindados

2313 Criteacuterios de inclusatildeo

Foram selecionados documentos de caraacuteter qualitativo em portuguecircs inglecircs e

alematildeo que estivessem relacionados ao emprego de pelotatildeo de engenharia em

apoio a tropas dotadas de meios blindados e mecanizados nas Operaccedilotildees

Ofensivas

Tambeacutem foram incluiacutedos documentos relacionados aos materiais e programas

de aquisiccedilatildeo de materiais relacionados agraves tropas blindadas e mecanizadas

2314 Criteacuterios de exclusatildeo

23

Dos documentos selecionados foram excluiacutedos os manuais revogados os

documentos que natildeo abrangem tropa blindada ou mecanizada e os que natildeo estatildeo

relacionados com Operaccedilotildees Ofensivas

232 Procedimentos Metodoloacutegicos

Com o propoacutesito de coletar dados e opiniotildees sobre o assunto no que tange ao

emprego em pessoal e material do Pel E Cmb em Operaccedilotildees Ofensivas foram

enviados eletronicamente questionaacuterios aos grupos conforme criteacuterios

anteriormente elencados

Concomitantemente foi realizada a coleta de dados da bibliografia relacionada

e com os dados coletados por meio dos questionaacuterios gerando a base para a

proposta de adequaccedilatildeo de apoio da Cia E Cmb Mec

233 Procedimentos Experimental

O procedimento experimental foi realizado no Centro de Instruccedilatildeo de

Blindados o qual realiza anualmente o Treinamento Taacutetico em Ambiente Virtual

com as brigadas mecanizadas e blindadas

Neste ano foi realizado o treinamento com a 3ordf Brigada de Cavalaria

Mecanizada a qual empregou seus Quadros em ambiente virtual confeccionado

pelo Chefe da Seccedilatildeo de Simuladores

A proposta inicial era empregar uma Bda C Mec em um Aproveitamento do

Ecircxito reforccedilada por um Pel E dotado de Viaturas Blindadas Especiais Entretanto o

exerciacutecio visava o treinamento em uma operaccedilatildeo de Movimento Retroacutegrado o que

embora natildeo tenha sido a situaccedilatildeo ideal natildeo prejudicou o resultado pois o principal

objetivo natildeo foi o emprego em si mas a capacidade de acompanhamento da

velocidade das viaturas dos regimentos mecanizados

234 Instrumentos

Os questionaacuterios enviados a 5 (cinco) grupos conforme anteriormente

definidos tiveram por objetivo principal identificar a opiniatildeo dos especialistas sobre

24

os aspectos relativos ao apoio de engenharia aos elementos de emprego em

primeiro escalatildeo de uma Brigada de Cavalaria Mecanizada bem como analisar as

necessidades em material e a possibilidade de emprego para atender as

necessidades miacutenimas imediatas dos Regimentos

Assim buscou-se uma reflexatildeo sobre o assunto que fosse rica em sugestotildees

e dados qualitativos para fundamentar uma sugestatildeo baseada em conhecimentos e

experiecircncias distintos

2341 Elaboraccedilatildeo dos questionaacuterios

Tendo em vista o caraacuteter qualitativo da presente pesquisa buscou-se a

confecccedilatildeo de questionaacuterios com questotildees fechadas poreacutem com espaccedilo para

discussatildeo e geraccedilatildeo de sugestotildees sobre o tema

O preacute-teste foi aplicado em militares que jaacute tinham sido instrutores do Centro

de Instruccedilatildeo de Blindados que pelo conhecimento sobre blindados sobre rodas e

sobre lagartas envolvimento em exerciacutecios de simulaccedilatildeo virtual e no terreno e

experiecircncia no exterior apresentam condiccedilotildees de orientar corrigir ou incrementar as

questotildees propostas

2342 Questionaacuterio destinado aos oficiais em funccedilatildeo de desenvolvimento coordenaccedilatildeo ou chefia do Projeto Guarani

Pretendeu-se por meio da relaccedilatildeo desses militares com o assunto obter uma

anaacutelise do projeto inicial Guarani os objetivos buscados para compra dos

implementos dessa viatura e anaacutelise das capacidades que se espera atingir com o

projeto para que ao final da presente pesquisa a sugestatildeo esteja alinhada ao

projeto Guarani

2343 Questionaacuterio destinado aos comandantes e ex-comandantes de regimento de cavalaria de uma Brigada de Cavalaria Mecanizada (Apecircndice A)

25

Esse questionaacuterio buscou realizar do ponto de vista do cliente da engenharia

da brigada a anaacutelise da capacidade de apoio de engenharia empregada atualmente

nas Bda C Mec e identificar uma forma adequada de organizaccedilatildeo e emprego desse

apoio Da mesma forma foi procurado identificar meios necessaacuterios e apresentar

uma soluccedilatildeo para o apoio a tropas que empregam viaturas sobre rodas e sobre

lagartas analisando seus impactos no emprego e na logiacutestica

2344 Questionaacuterio destinado aos comandantes e ex-comandantes de regimento de cavalaria de uma Brigada de Cavalaria Mecanizada (Apecircndice B)

Esse questionaacuterio buscou realizar do ponto de vista do fornecedor do apoio

de engenharia a anaacutelise da capacidade de apoio de engenharia empregada

atualmente nas Bda C Mec e identificar uma forma adequada de organizaccedilatildeo e

emprego desse apoio Da mesma forma foi procurado identificar meios necessaacuterios

e apresentar uma soluccedilatildeo para o apoio a tropas que empregam viaturas sobre rodas

e sobre lagartas analisando seus impactos no emprego e na logiacutestica

2345 Questionaacuterio destinado aos oficiais de engenharia que tenham realizado curso de Comandante de Subunidade nos Estados Unidos ou na Alemanha (Apecircndice C)

Com base na experiecircncia desses militares buscou-se analisar soluccedilotildees para

adequaccedilatildeo do apoio e emprego de tropas e meios de engenharia a fim de capacitar

a engenharia da brigada ao apoio imediato aos Regimentos da Bda C Mec

2346 Questionaacuterio destinado aos oficiais na funccedilatildeo de instrutor do Centro de Instruccedilatildeo de Blindados que tenham realizado curso de Comandante de Subunidade nos Estados Unidos ou na Alemanha (Apecircndice D)

Com base na experiecircncia desses militares buscou-se analisar soluccedilotildees para

adequaccedilatildeo do apoio e emprego de tropas e meios de engenharia a fim de capacitar

a engenharia da brigada ao apoio imediato aos Regimentos da Bda C Mec

26

As respostas e sugestotildees apresentadas nessas questotildees proporcionaratildeo

ratificaratildeo ou retificaratildeo das ideias iniciais apresentadas no trabalho conduzindo o

autor a uma proposta amparada na experiecircncia e conhecimentos de diferentes

especialistas

235 Anaacutelise dos Dados

Os dados resultantes dos questionaacuterios contribuiram para questionamento e

reforccedilo das ideias inicialmente apresentadas por meio da experiecircncia nas funccedilotildees

de comandantes no emprego de tropas mecanizadas e blindadas e com

conhecimento do emprego de tropas americanas e alematildes

2351 Tabulaccedilatildeo dos dados

Os dados seratildeo categorizados quanto aos aspectos organizacionais

materiais de emprego e logiacutestica por meio do levantamento das diversas amostras

que compotildeem a presente pesquisa

A codificaccedilatildeo e tabulaccedilatildeo seguiraacute a verificaccedilatildeo da correta compreensatildeo dos

questionaacuterios por parte dos participantes e se as respostas foram transcritas de

forma coerente e com linguagem compreensiacutevel

As questotildees fechadas foram diretamente tabuladas dentro do universo de

determinado puacuteblico-alvo Para isso foram estabelecidos graacuteficos como recurso de

representaccedilatildeo dos resultados e analisados por processo de teacutecnica de anaacutelise

estatiacutestica inferencial

Os comentaacuterios foram posicionados apoacutes a apresentaccedilatildeo dos graacuteficos de

forma a permitir a anaacutelise do conteuacutedo qualitativo apresentado sendo os dados

analisados por processo de teacutecnica de anaacutelise estatiacutestica descritiva

Ao final de cada resultado das anaacutelises das questotildees foram apresentadas as

conclusotildees parciais referente ao respectivo questionaacuterio

27

3 REVISAtildeO DE LITERATURA

O conjunto de ideias e entendimentos que define ordena distingue e qualifica

as atividades de organizaccedilatildeo preparo e emprego das Forccedilas Armadas deve ser

harmocircnico de acordo com a definiccedilatildeo de Doutrina Militar (BRASIL 2014 p 1-1)

Com este propoacutesito evoluccedilotildees doutrinaacuterias buscam equilibrar as capacidades

atuais do Exeacutercito com as necessidades projetadas para futuras operaccedilotildees mantecirc-

lo adequado ao futuro imediato em termos de desenvolvimento organizacional

intelectual e tecnoloacutegico (EUA 2011 p ix traduccedilatildeo do autor)

Para que o Exeacutercito acompanhe a transformaccedilatildeo que ocorre na Era do

Conhecimento periacuteodo atual marcado pela raacutepida geraccedilatildeo e obsolescecircncia do

conhecimento essa harmonia deve ser constantemente analisada e retificada

(BRASIL 2014 p 1-1)

A duacutevida quanto agrave efetiva capacidade de uma forccedila em cumprir a missatildeo a que

se destina origina-se da desarmonia entre sua doutrina e emprego (fruto da

ineficiecircncia de um MEM por exemplo) o que deve ser uma premissa satisfatoacuteria

para motivar estudos que contribuam para o alcance da maacutexima prontidatildeo

operativa

Este estudo deve para tanto ser analisado por meio dos fatores

determinantes interrelacionados e indissociaacuteveis doutrina organizaccedilatildeo

adestramento material educaccedilatildeo pessoal e infraestrutura (DOAMEPI) os quais

contribuem para o desenvolvimento de uma das capacidades prioritaacuterias para a F

Terr a efetividade da doutrina (BRASIL 2014 p 3-3)

A fim de facilitar o entendimento esta seccedilatildeo estaacute dividida da seguinte forma

Consideraccedilotildees iniciais onde seratildeo abordados os fundamentos baacutesicos para

entendimento de conceitos que permeiam o assunto contribuindo para uma correta

avaliaccedilatildeo e desenvolvimento de uma soluccedilatildeo doutrinariamente harmoniosa Brigada

de Cavalaria Mecanizada onde seratildeo abordadas as necessidades de apoio de

engenharia nas Operaccedilotildees de Aproveitamento do Ecircxito Companhia de Engenharia

de Combate Mecanizada onde seratildeo apresentadas as caracteriacutesticas de seu

emprego em Operaccedilotildees Ofensivas Materiais de Emprego Militar disponiacuteveis no

mundo para reforccedilo dos Pel E Cmb no apoio agrave mobilidade os quais podem ajustar

as capacidades das Cia E Cmb e por uacuteltimo seraacute analisado o emprego de tropas

28

semelhantes agraves Bda C Mec nos EUA e na Alemanha onde a engenharia de brigada

preste apoio agrave tropa mecanizada que tenha em sua constituiccedilatildeo elementos de

reconhecimento

31 CONSIDERACcedilOtildeES INICIAIS

As seguintes consideraccedilotildees iniciais satildeo importantes para uma anaacutelise precisa

da capacidade da Cia E Cmb Mec em apoiar os Regimentos da Bda C Mec na

mobilidade em operaccedilotildees ofensivas e consequentemente para a construccedilatildeo de

uma proposta satisfatoacuteria com o objetivo do trabalho

311 Operaccedilotildees de Aproveitamento do Ecircxito

As Operaccedilotildees Ofensivas satildeo operaccedilotildees decisivas que visam engajar forccedilas

superiores ao do inimigo em local e momento decisivos a fim de destruiacute-lo por

meio do fogo do movimento e da accedilatildeo de choque (BRASIL 2014 p 4-3) A accedilatildeo

de choque por sua vez deve ser entendida como o impacto psicoloacutegico causado

pelo carro de combate ao inimigo por meio do poder de fogo aparente

invulnerabilidade ruiacutedo e capacidade de transpor obstaacuteculos (BRASIL 2016 p 29)

Dentre os tipos de Operaccedilatildeo Ofensiva o trabalho explorou o Aproveitamento

do Ecircxito o qual destaca-se pela maior necessidade de apoio imediato agrave mobilidade

por elementos mais proacuteximos agraves peccedilas de manobra de ataque (os Pel E Cmb)

Nesses casos em que os elementos empregados em primeiro escalatildeo necessitam

de apoio imediato e contiacutenuo normalmente a engenharia da brigada emprega seus

pelototildees sob a Situaccedilatildeo de Comando Reforccedilo (BRASIL 1999 p 2-28)

O Aproveitamento do Ecircxito operaccedilatildeo que conquista os resultados mais

decisivos se discorre apoacutes o aproveitamento de um ataque bem sucedido no qual

a forccedila inimiga encontra dificuldades para se defender O avanccedilo contiacutenuo e raacutepido

sobre as forccedilas inimigas desorganizadas buscam ampliar as vantagens impedindo

uma reorganizaccedilatildeo ou a realizaccedilatildeo de um movimento retroacutegrado (BRASIL 2000 p

5-17)

Na Bda C Mec o RCB normalmente constitui o escalatildeo avanccedilado no

Aproveitamento do Ecircxito Cabe agrave engenharia por sua vez reduzir a accedilatildeo dos

obstaacuteculos naturais ou artificiais permitindo a adoccedilatildeo de um deslocamento de forccedila

29

mais adequado garantindo a conquista de resultados decisivos em menor tempo e

com miacutenimo de perdas Com o intuito de manter o movimento contiacutenuo e

permanente o apoio de engenharia aos regimentos eacute realizado de forma

descentralizada permitindo o apoio a elementos afastados do escalatildeo superior

desde que adequadamente reforccedilado em meios (BRASIL 2000 p 5-18)

Tanto o Aproveitamento do Ecircxito quanto o Ataque de Oportunidade satildeo

accedilotildees que decorrem de uma interpretaccedilatildeo do comandante sobre os acontecimentos

do combate A incerteza de sua realizaccedilatildeo aleacutem de quando onde e como seraacute

realizada seraacute definida pela imediata expediccedilatildeo de ordens fragmentaacuterias pelo

comandante as quais exigem que o pelotatildeo tenha permanentemente condiccedilotildees de

apoiar (BRASIL 2000 p 5-9) Para a engenharia a proximidade e a disponibilidade

de meios adequados determinaraacute a efetividade do apoio prestado aos elementos

em primeiro escalatildeo desta brigada

312 Situaccedilatildeo de Comando Reforccedilo

Quando empregado em situaccedilatildeo de comando reforccedilo o Pel E Cmb subordina-

se diretamente ao comandante do regimento No aproveitamento do ecircxito esta eacute a

situaccedilatildeo de comando normalmente empregada devido agrave necessidade de plena

autonomia e pela incapacidade de apoio da companhia devido ao seu afastamento

em relaccedilatildeo aos pelototildees (BRASIL 1999 p 1-14)

Cabe ao pelotatildeo portanto o apoio aproximado imediato e contiacutenuo com

equipamentos adequados devendo para isso ser reforccedilado pela Cia E Cmb em

meios e se necessaacuterio em pessoal (BRASIL 1999 p 1-14) garantindo a rapidez

do movimento a fim de multiplicar o poder de combate contribuindo para o melhor

emprego da potecircncia de fogo e da accedilatildeo de choque do elemento apoiado Desta

forma busca-se diminuir o risco com base na premissa de que quanto maior o

tempo de exposiccedilatildeo do escalatildeo de ataque aos fogos maiores seratildeo suas perdas

(BRASIL 2000 p 5-15)

313 Funccedilatildeo de Combate Movimento e Manobra

A Funccedilatildeo de Combate Movimento e Manobra estaacute relacionada com o conjunto

de atividades tarefas e sistemas inter-relacionados empregados para deslocar

30

forccedilas de modo a posicionaacute-las em situaccedilatildeo de vantagem em relaccedilatildeo ao inimigo

(BRASIL 2014 p 5-10)

Para este estudo cresce de importacircncia o entendimento de manobra como se

segue

A manobra concentra e dispersa o poder de combate para manter o inimigo

em desvantagem Consegue resultados que de outra forma seriam

dispendiosos Manobra eficaz manteacutem forccedilas inimigas fora do equiliacutebrio

fazendo-as enfrentar novos problemas e novos perigos mais raacutepido do que

eles podem combatecirc-los As forccedilas do Exeacutercito ganham e preservam a

liberdade de accedilatildeo reduzem a vulnerabilidade e exploram o sucesso

atraveacutes da manobra Manobra eacute mais que fogo e movimento Inclui a

aplicaccedilatildeo dinacircmica e flexiacutevel de todos os elementos do poder de combate

(EUA 2011 p A-2 traduccedilatildeo do autor)

O emprego da Engenharia estaacute intimamente ligada agrave funccedilatildeo de combate

movimento e manobra particularmente no que tange agrave promoccedilatildeo da mobilidade agraves

tropas subordinadas ao escalatildeo a que pertence (BRASIL 2014 p 6-3)

314 Modularidade

A modularidade eacute a aptidatildeo de um elemento de combate de receber moacutedulos

que ampliem seu poder de combate ou lhe agreguem capacidades (BRASIL 2014

6-14)

Este conceito surgiu da necessidade de empregar forccedilas em torno de

formaccedilotildees menores e mais versaacuteteis No niacutevel taacutetico e operacional a rotineira

necessidade de operaccedilatildeo em aacutereas natildeo-contiacuteguas por unidades subordinadas se

contrapunha ao contiacuteguo e hieraacuterquico arranjo das forccedilas terrestres (EUA 2011 p

C-1 traduccedilatildeo do autor)

Embora o conceito seja novo a engenharia jaacute emprega seus elementos com

certa modularidade Um exemplo eacute o Pel E Cmb que natildeo possui meios adequados

para por exemplo realizar o lanccedilamento de um campo minado em poucos minutos

Ele necessita que uma viatura dotada de um sistema de dispersatildeo de minas bem

como a guarniccedilatildeo da mesma sejam adicionados ao Pelotatildeo

31

315 Projeto Guarani

O Projeto Guarani teve sua origem a partir da necessidade de substituiccedilatildeo das

Viatura Blindada de Transporte de Pessoal (VBTP) EE-11 Urutu (FIGURA 1) e

Viatura Blindada sobre Rodas (VBR) EE-9 Cascavel (FIGURA 2) as quais se

encontram em fase de obsolescecircncia e atraso tecnoloacutegico perante os moderno

cenaacuterio de batalha conforme informado pelo Escritoacuterio de Projetos do Exeacutercito

(EPEx)

FIGURA 1 ndash Viatura Blindada de Transporte de Pessoal EE-11 Urutu Fonte Siacutetio eletrocircnico Youtube Acesso em 1 ago 2018

FIGURA 2 Viatura Blindada de Rodas EE-9 Cascavel Fonte Siacutetio eletrocircnico Defesanet Acesso em 22 dez 2017

32

O projeto que remonta a origem de sua concepccedilatildeo no final da deacutecada de

1990 tem em sua proposta inicial o objetivo de modernizar as Brigadas de

Infantaria Motorizadas recentemente transformadas em Brigadas de Infantaria

Mecanizada bem como modernizar as Brigadas de Cavalaria Mecanizada

Atualmente as Viaturas Blindadas de Transporte de Pessoal Meacutedia de Rodas

(VBTP-MR) Guarani jaacute comeccedilaram a ser distribuiacutedas

FIGURA 3 Viatura Blindada de Transporte de Pessoal Meacutedia de Rodas Guarani Fonte Siacutetio eletrocircnico EPEx Acesso em 22 dez 2017

O projeto originalmente era constituiacutedo de duas versotildees de viatura uma 6x6 e

uma 8x8 Esta uacuteltima versatildeo que contaria com um canhatildeo 105 mm encontra-se

atualmente paralisada Aleacutem disso era previsto uma famiacutelia de blindados

constituiacuteda de viaturas morteiro lanccediladoras de ponte especial de engenharia

desminagem entre outras as quais teriam seus protoacutetipos ainda a serem

desenvolvidos (DEFESANET 2017)

Quanto agrave substituiccedilatildeo das Viaturas Cascavel foi adiada conforme Boletim do

Exeacutercito Nr 48 publicado em 1ordm de dezembro de 2017 A portaria cria o Projeto de

Obtenccedilatildeo da Viatura Blindada de Reconhecimento ndash Meacutedia sobre Rodas (VBR-

MSR) 6x6 que consiste na modernizaccedilatildeo da Viatura Cascavel (DEFESANET

2017)

33

As viaturas especiais de engenharia tambeacutem fruto das dificuldades

orccedilamentaacuterias teratildeo seu desenvolvimento adiado Para dirimir essa inexistecircncia de

material para apoiar as tropas mecanizadas a Diretoria de Material de Engenharia

estaacute em processo de aquisiccedilatildeo de implementos de engenharia para serem

incorporados agraves VBTP-MR Guarani conforme informado em visita ao Departamento

de Engenharia e Construccedilatildeo (DEC)

32 BRIGADA DE CAVALARIA MECANIZADA

A missatildeo preciacutepua da Brigada de Cavalaria Mecanizada eacute cumprir missotildees de

seguranccedila conquanto tem a capacidade de executar operaccedilotildees ofensivas e

defensivas em operaccedilotildees de seguranccedila ou como elemento de aplicaccedilatildeo do

princiacutepio de guerra ldquoeconomia de meiosrdquo (BRASIL 2000 p 1-2) Dentre as

operaccedilotildees ofensivas a brigada tem possibilidade de executar as manobras de

flanco o aproveitamento do ecircxito e a perseguiccedilatildeo (BRASIL 2000 p 1-3)

Algumas caracteriacutesticas da Bda C Mec destacam-se pelo impacto que causam

nas necessidades do apoio prestado pela engenharia como a boa mobilidade

taacutetica e estrateacutegica que permite grande raio de accedilatildeo deslocamento em alta

velocidade em estrada e realizaccedilatildeo de manobras raacutepidas e flexiacuteveis a proteccedilatildeo

blindada que permite razoaacutevel grau de seguranccedila no combate embarcado e a

flexibilidade o que permite o emprego em largas frentes e grande profundidade

(BRASIL 2000 p 1-2)

Pelas caracteriacutesticas que lhe atribuem mobilidade destacam-se como

limitaccedilotildees a vulnerabilidade a ataques aeacutereos a sensibilidade ao largo emprego de

minas e obstaacuteculos artificiais e mobilidade restrita em terrenos montanhosos

arenosos pedregosos cobertos e pantanosos aleacutem de sua restriccedilatildeo agraves condiccedilotildees

meteoroloacutegicas adversas e grande dependecircncia de uso de rede rodoviaacuteria (BRASIL

2000 p 1-4)

Na Operaccedilatildeo de Aproveitamento do Ecircxito a Bda progride em larga frente

sendo mantidas em reserva apenas forccedilas que possibilitem assegurar a

flexibilidade a impulsatildeo e a seguranccedila Para isso eacute empregada tatildeo vigorosamente

quanto possiacutevel contra forccedilas que encontrem dificuldade de manter suas posiccedilotildees

evitando o seu engajamento contra tropas de poder insuficiente para ameaccedilaacute-la a

fim de atingir rapidamente seus objetivos e mantecirc-lo Para isso a decisatildeo de

34

desbordar ou engajar forccedilas pode ser delegada aos Cmt subordinados (BRASIL

2000 p 5-20)

A dependecircncia do deslocamento por estradas estaacute associada aos meios de

transporte utilizada pelas brigadas mecanizadas Suas viaturas sobre rodas tem

uma extrema vulnerabilidade no deslocamento atraveacutes campo principalmente em

deslocamentos em periacuteodos chuvosos ou atraveacutes de terrenos alagadiccedilos

ocasionando normalmente o atolamento das mesmas

A Bda C Mec possui como peccedilas de manobra orgacircnicas para emprego em

primeiro escalatildeo dois Regimentos de Cavalaria Mecanizado e um Regimento de

Cavalaria Blindado (BRASIL 2000 p 1-11) A engenharia responsaacutevel por dirimir

suas restriccedilotildees eacute uma Cia E Cmb Mec conforme demonstrado na FIGURA 4

FIGURA 4 Organograma de uma Brigada de Cavalaria Mecanizada Fonte Instruccedilatildeo do C I Bld

Depois das brigadas blindadas a Bda C Mec eacute a tropa mais apta para realizar

operaccedilotildees como forccedila de aproveitamento do ecircxito Essa grande unidade pode ser

35

empregada como forccedila de Apvt Ecircxi ou de acompanhamento e apoio do Esc Sup ou

aproveitar o ecircxito de suas proacuteprias operaccedilotildees (BRASIL 2000 p 5-18)

Nesse tipo de operaccedilatildeo a brigada progride em larga frente desde que o

terreno e a rede de estradas permitam permanecendo o miacutenimo de forccedilas em

reserva

321 Regimento de Cavalaria Mecanizado

O Regimento de Cavalaria Mecanizado eacute empregado pela Brigada nas

missotildees de reconhecimento e seguranccedila (BRASIL 2002 p 1-1) ou como elemento

de aplicaccedilatildeo do princiacutepio de economia de meios pela Bda (BRASIL 2002 p 6-1)

O Regimento eacute constituiacutedo organicamente por um comando 3 Esquadrotildees de

Cavalaria Mecanizada (Esqd C Mec) (BRASIL 2000 p 1-11) conforme

representado na Figura 2

FIGURA 5 Organograma de um Regimento de Cavalaria Mecanizado Fonte Instruccedilatildeo do C I Bld

Dentre as operaccedilotildees ofensivas o RC Mec considerado unidade blindada leve

eacute o elemento mais apto para as missotildees de aproveitamento do ecircxito e perseguiccedilatildeo

em razatildeo das caracteriacutesticas de suas viaturas (BRASIL 2002 p 1-1)

36

As viaturas empregadas pelo regimento satildeo aleacutem das Viaturas Taacuteticas Leve

as viaturas EE-9 Cascavel e a VBTP-MR 6x6 Guarani (DEFESANET 2017) as

quais possuem grande mobilidade e baixa classe sendo elas respectivamente

classe 11 e 20 poreacutem alta dependecircncia de utilizaccedilatildeo de estradas

A Bda pode ainda organizar o RC Mec como Forccedila-Tarefa (FT) a fim de

aumentar as possibilidades de ecircxito em determinadas funccedilotildees podendo receber

Esquadratildeo de Carro de Combate (Esqd CC) Esquadratildeo de Fuzileiro Blindado

(Esqd Fuz Bld) Companhia de Fuzileiro Blindado (Cia Fuz Bld) FT Esqd CC FT

Esqd Fuz Bld FT Cia Fuz Bld e Cia Fuz Mtz (BRASIL 2002 p 1-9)

322 Regimento de Cavalaria Blindada

O RCB elemento responsaacutevel por proporcionar capacidade ofensiva agrave Bda

(BRASIL 2002 p 7-6) possui uma organizaccedilatildeo semelhante a de uma Forccedila Tarefa

(FT) empregando 2 (dois) esquadrotildees de fuzileiros (Esqd Fuz) e 2 (dois)

esquadrotildees de carro de combate (Esqd CC) aleacutem de um Esquadratildeo de Comando e

Apoio (Esqd C Ap) (BRASIL 2000 p 1-12)

FIGURA 6 Organograma de um Regimento de Cavalaria Blindado Fonte Instruccedilatildeo do C I Bld

37

O Esqd Fuz eacute dotado das viaturas de transporte de pessoal VBTP M113

(Mesquita 2015) (FIGURA 7) viatura anfiacutebia de origem americana de classe 11

FIGURA 7 Viatura Blindada de Transporte de Pessoal M113 Fonte Siacutetio eletrocircnico EXEacuteRCITO BRASILEIRO Acesso em 22 dez 2017

O Esqd CC possui as viaturas de combate VBC CC M60 A3-TTS (Mesquita

2015) (Figura 8) viatura americana de classe 55 e capacidade de transposiccedilatildeo

submersa em curso de aacutegua de ateacute 240 m de profundidade com preparaccedilatildeo

FIGURA 8 Viatura Blindada de Combate Carro de Combate M60 A3-TTS Fonte Siacutetio eletrocircnico 20RCB Acesso em 22 dez 2017

38

Esta viatura foi substituiacuteda na maioria dos regimentos pela VBC CC Leopard

1 BR (Mesquita 2015) (Figura 9) de origem alematilde classe 45 com capacidade de

transposiccedilatildeo submersa de cursos de aacutegua de ateacute 225 com preparaccedilatildeo e 4 m com

snorkel

FIGURA 9 Viatura Blindada de Combate Carro de Combate Leopard 1BR Fonte Siacutetio eletrocircnico DEFESANET Acesso em 22 dez 2017

Com suas viaturas sobre lagartas o RCB eacute a forccedila da brigada para emprego

da accedilatildeo de choque proteccedilatildeo blindada e mobilidade (BRASIL 2000 p 6-25) Por

caracteriacutesticas de suas viaturas o regimento possui grande vulnerabilidade a

ataques aeacutereos armas anticarro e minas

33 COMPANHIA DE ENGENHARIA DE COMBATE MECANIZADA

A Cia E Cmb Mec tem por missatildeo multiplicar o poder de combate da Bda

proporcionando-lhe mobilidade contramobilidade e contribuindo para sua proteccedilatildeo

(BRASIL 2000 P 4-1)

39

As capacidades que cabem agrave Cia E Cmb Mec satildeo fruto das necessidades da

Bda C Mec a quem estaacute subordinada Essas capacidade estatildeo intimamente ligadas

agraves limitaccedilotildees dos seus meios

Na Bda as necessidades de apoio fazem-se sentir particularmente junto

aos elementos de primeiro escalatildeo exigindo desta forma a colocaccedilatildeo dos

meios mais agrave frente possiacutevel A Companhia de Engenharia de Combate

Mecanizada (Cia E Cmb) eacute organizada com meios destinados a atender agraves

necessidades miacutenimas e mais imediatas da frente de combate (BRASIL

2000 p 1-16)

Face agraves necessidades da Brigada serem maiores junto aos elementos em

primeiro escalatildeo a Cia E Cmb menos esses elementos deve ser capaz de realizar

os trabalhos de apoio ao conjunto realizando trabalhos de interesse da Bda como

um todo aumentar o apoio aos elementos em primeiro escalatildeo e ainda ficar em

condiccedilotildees de apoiar a reserva quando empregada (BRASIL 2000 p 2-4)

No aproveitamento do ecircxito as necessidades de apoio ao conjunto aumentam

sendo necessaacuteria a distribuiccedilatildeo de elementos de engenharia no terreno de acordo

com o avanccedilo do ataque poreacutem sem deixar de preservar a atenccedilatildeo preciacutepua ao

emprego oportuno do apoio aos Regimentos em primeiro escalatildeo (BRASIL 1999 p

5-14)

O comandante da engenharia da brigada faz sentir sua influecircncia na conduta

do combate ao manter os meios de engenharia sempre em condiccedilotildees de atender

agraves necessidades de apoio tanto as planejadas como as imprevistas (BRASIL

1999 p 5-14)

O apoio de engenharia aos elementos de manobra da brigada eacute feito sob a

forma de apoio direto ou reforccedilo No aproveitamento do ecircxito a situaccedilatildeo de

comando reforccedilo normalmente eacute adotada emprego dos pelototildees de combate

(BRASIL 1999 p 5-14)

No apoio agrave mobilidade a Cia E Cmb busca manter a liberdade de manobra dos

Regimentos e sua impulsatildeo do ataque minimizando os efeitos dos obstaacuteculos

naturais e artificiais (BRASIL 1999 p 5-4)

Para apoiar o RCB e o RC Mec a Companhia de Engenharia tem a

possibilidade de apoiar ateacute 3 peccedilas de manobra simultaneamente lanccedilar ou

construir obstaacuteculos abrigos e outros trabalhos de organizaccedilatildeo do terreno que

40

requeiram matildeo-de-obra eou equipamentos especializados lanccedilar e remover

obstaacuteculos realizar abertura e fechamento de passagens em obstaacuteculos montar e

operar ateacute duas portadas pesadas lanccedilar trecircs pontes de pequena brecha construir

manter e operar portadas pesadas recebidas do escalatildeo superior conservar e

reparar estradas e realizar o estudo teacutecnico do terreno apontando os corredores de

mobilidade (BRASIL 2000 p 4-2 2-2 e 2-3)

Para isso a Companhia estaacute organizada da seguinte forma uma Seccedilatildeo de

Comando um Pelotatildeo de Engenharia de Apoio um Pelotatildeo de Equipagem de

Assalto e trecircs Pelototildees de Engenharia de Combate (BRASIL 2000 p 4-1)

conforme FIGURA 10

FIGURA 10 Organograma de uma Companhia de Engenharia de Combate Mecanizada Fonte Adaptado do manual BRASIL (2000 p 4-1)

331 O Pelotatildeo de Engenharia de Apoio

O Pelotatildeo de Engenharia de Apoio (Pel E Ap) eacute responsaacutevel por reforccedilar os

Pel E Cmb com caminhotildees basculantes viaturas blindadas especiais de engenharia

(VBE) equipamentos pesados de engenharia pessoal especializado ou natildeo e

41

equipamentos especializados na guerra com minas conforme previsto no manual

C5-10 (p 4-5)

Para a execuccedilatildeo de suas missotildees o Pel E Ap emprega uma Seccedilatildeo de

Comando um Grupo de Comando um Grupo de Mineiros um Grupo de

Equipamento de Engenharia um Grupo de Engenharia de Construccedilatildeo um grupo de

Caminhatildeo Basculante e um Grupo de Engenharia de Combate (BRASIL 1999 p 4-

6) conforme organograma da Figura 11

FIGURA 11 Organograma de um Pelotatildeo de Engenharia de Apoio Fonte Brasil (2000 p 4-1)

Ainda de acordo com o material disponiacutevel descrito no manual C5-10 os

principais materiais e equipamentos com que o Pel E Ap pode reforccedilar os Pel E

Cmb no apoio agrave mobilidade no Aproveitamento do Ecircxito satildeo viaturas blindadas

especiais de engenharia (VBE) reboque com equipamento para abertura de trilhas

em obstaacuteculos (o qual se refere ao equipamento de abertura de brecha) e reboque

com Eqp para disseminaccedilatildeo de minas motosserra compressor de ar e jogo de

ferramentas pneumaacuteticas aparelho de solda arco voltaico e conjunto para

balizamento de passagens

42

Dos citados materiais cabe salientar que natildeo existe nas Cia E Cmb Mec

viaturas especiais de engenharia equipamentos para abertura de brecha para

disseminaccedilatildeo de minas nem jogo de ferramentas pneumaacuteticas

332 O Pelotatildeo de Equipagem de Assalto

O Pelotatildeo de Equipagem de Assalto (Pel Eq Ass) tem como missatildeo junto aos

Pel E Cmb reforccedilar com seus equipamentos e materiais eou com pessoal

especializado principalmente missotildees relacionadas agrave transposiccedilatildeo de curso de

aacutegua (BRASIL 1999 p 4-7)

O Pel Eq Ass eacute constituiacutedo por um Gp Cmdo Grupo de Botes de Assalto

Grupo de Passadeiras Grupo de Portadas e Grupo de Ponte de Pequenas Brechas

(BRASIL 1999 p 4-8) conforme Figura 12

FIGURA 12 Organograma do Pelotatildeo de Engenharia de Assalto Fonte Brasil (2000 p 4-1)

Os principais equipamentos que o pelotatildeo possui satildeo botes de assalto

equipagem de passadeira portada pesada e veiacuteculos lanccediladores de pontes de

pequenas brechas Embora natildeo especificados nos manuais que fazem referecircncia

se seriam sobre rodas ou sobre lagartas foi considerado pelo autor que as viaturas

43

lanccediladoras de ponte de pequena brecha da Cia E Cmb Mec seja sobre rodas

partindo do princiacutepio que no DAMEPLAN existe ponte de classe 30 lanccedilada por

viatura

Dos materiais acima citados com que o Pel E Cmb Mec precisa ser reforccedilado

no Aproveitamento do Ecircxito o principal meio eacute a viatura lanccediladora de pontes sobre

rodas a qual natildeo existe no Exeacutercito Brasileiro

333 O Pelotatildeo de Engenharia de Combate Mecanizado

O pelotatildeo fraccedilatildeo baacutesica de apoio junto agraves armas (BRASIL 1999 p 1-10) que

tem por missatildeo realizar dentro de suas possibilidade os trabalhos teacutecnicos de

engenharia em proveito da brigada como um todo ou da peccedila de manobra da arma-

base apoiada (BRASIL 2000 p 4-9) Composto por um grupo de comando e 3

Grupos de Engenharia (GE) os quais estes constituem elemento baacutesico de

trabalho (BRASIL 1999 p 1-10) o Pel E Cmb estaacute organizado conforme

representado na FIGURA 13

FIGURA 13 Organograma de um Pelotatildeo de Engenharia de Combate Mecanizado Fonte Brasil (2000 p 4-1)

44

Segundo o manual C 5-10 nas operaccedilotildees ofensivas o Cmt Cia E designa

normalmente um Pel E Cmb para apoiar cada regimento da Brigada (BRASIL

1999 p 4-2) Para isso o Pel E Cmb tem as seguintes capacidades produccedilatildeo de

cortina de fumaccedila trabalhos de minagem e desminagem (manual tendo em vista

que a Cia E Cmb natildeo possui equipamento especializado) trabalho de destruiccedilotildees e

de explosivos e trabalho de fortificaccedilatildeo de campanha limitado aos seus

equipamentos de engenharia (BRASIL 1999 p 4-9) (equipamentos inadequados

para o aproveitamento do ecircxito pois natildeo possuem proteccedilatildeo blindada nem

conseguem acompanhar os elementos apoiados)

Aleacutem disso o pelotatildeo pode conduzir consigo o material para abertura de

passagem em campo de minas O uacutenico material com o qual o Pel E tem contato

por ocasiatildeo do adestramento tanto por tropas mecanizadas como blindadas eacute o

RAMBS

O RAMBS consiste em uma carga linear explosiva que abre uma trilha de 06

metros de largura por 6 metros de comprimento em campo de minas abrindo um

caminho para tropa a peacute (BRASIL 2000 p D-2) portanto ineficiente para a

transposiccedilatildeo de qualquer viatura as quais necessitam de uma abertura de brecha

com medidas miacutenimas de 35 metros (BRASIL 2000 p D-8)

Aleacutem desse equipamento o uacutenico material para remoccedilatildeo de minas eacute o

utilizado em desminagem humanitaacuteria ou seja material de desminagem manual O

material para desminagem manual consiste em bastatildeo de sondagem roupa de

proteccedilatildeo capacete de minas bandeirolas entre outros os quais ineficientes para

abertura de brecha sob fogos inimigos devido a inexistecircncia de proteccedilatildeo para os

membros da equipe embora eficientes para missotildees humanitaacuterias (BRASIL 2000

p 5-18)

Aleacutem desse material baacutesico que acompanha o pelotatildeo outros materiais podem

reforccedilar as capacidades do pelotatildeo conforme o estudo da missatildeo Os meios de

transposiccedilatildeo de obstaacuteculos oriundos da Cia E Cmb satildeo normalmente passados em

reforccedilo pelo Pelotatildeo de Equipagem de Assalto e pelo Pelotatildeo de Engenharia de

Apoio

Os Pel E Cmb quando natildeo reforccedilados tem condiccedilotildees ainda mais limitadas de

apoio por conduzir material de pequena capacidade de trabalho os quais estatildeo

contidos na caixa de sapador Embora estejam previstas ferramentas pneumaacuteticas

45

suas caixas de sapador satildeo constituiacutedas de materiais baacutesicos como enxada paacute

picareta fateixa boca-de-lobo trena martelo

34 MATERIAIS DE EMPREGO MILITAR DISPONIacuteVEIS NO MUNDO PARA

REFORCcedilO AOS PEL E CMB NO APOIO Agrave MOBILIDADE

Os meios utilizados em reforccedilo dos Pel E Cmb atribuem a capacidade de

realizar trabalhos e diminuem o tempo de execuccedilatildeo e consequentemente o tempo

de exposiccedilatildeo aos fogos inimigos Para as Cia E Cmb que possuem blindados como

viatura de transporte (Cia E Cmb MecBld) destaca-se a importacircncia dos meios que

podem ser utilizados mantendo a proteccedilatildeo blindada durante sua operaccedilatildeo como eacute

o caso das Viaturas Blindadas de Engenharia aumentando a seguranccedila da

guarniccedilatildeo e do equipamento os quais satildeo considerados meios muito nobres

devido sua especificidade

O emprego das viaturas denominadas especiais proporciona proteccedilatildeo

blindada o que garante consideraacutevel manutenccedilatildeo da funcionalidade da viatura sob

fogos de determinado calibres rapidez na abertura da passagem e seguranccedila Essa

uacuteltima caracteriacutestica contribui para garantir a preservaccedilatildeo do Poder Relativo de

Combate (PRC) o emprego oportuno e eficiente dos meios pelo Cmt Pel conforme

previsto no Manual EB20-MC-10208 ndash Proteccedilatildeo (2015 p 1-1)

As viaturas tambeacutem proporcionam grande mobilidade pois seus meios primam

pelo maacuteximo emprego de seus implementos de forma embarcada Desta forma

aleacutem da seguranccedila evitando a exposiccedilatildeo da guarniccedilatildeo da viatura evita-se a perda

de tempo no desembarque de militares e dos meios embarque e preparaccedilatildeo

No manual C 5-10 - O apoio de engenharia no escalatildeo brigada ndash as viaturas

que o Pel E Ap e o Pel Eq Ass possuem para reforccedilo dos pelototildees satildeo Viatura

Blindada Especial Lanccedila-Pontes (VBEL Pnt) e Viatura Blindada de Combate de

Engenharia (VBCE)

O manual C 5 ndash 37 ndash Minas e armadilhas descreve alguns outros materiais

como o reboque com MICLIC Giant Viper viatura rolo e viatura arado No

DAMEPLAN eacute feito menccedilatildeo ao equipamento para abertura de brecha equipamento

de tubos para transposiccedilatildeo de fosso aleacutem dos implementos lacircmina frontal rolo e

equipamento para disseminaccedilatildeo de mina AC lanccedila para guindaste e

escavadeiraque tambeacutem seraacute abordada natildeo existem nas Cia E Cmb Mec Para

46

entendimento da importacircncia e capacidades de cada um seratildeo abordadas suas

caracteriacutesticas e possibilidades

341 Viatura blindada especial lanccediladora de pontes de pequena brecha

Embora natildeo tenha sido encontrado nenhum dado limitador que definisse o

limite para ser considerada uma ponte de pequena brecha foi delimitada pelo autor

como ponte de pequena brecha aquela transportada por uma uacutenica viatura blindada

capaz de ser lanccedilada sem desembarque eou complemento em procedimento por

outro elemento mesmo que embarcado em outra viatura

As VBEL Pnt satildeo viaturas que tem a capacidade de realizar o lanccedilamento de

pontes sobre cursos drsquoaacutegua valetas e como rampas ascendentes ou descendentes

Essas viaturas podem ser divididas em dois tipos de lanccedilamento vertical e

horizontal

O lanccedilamento horizontal cuja sequecircncia de lanccedilamento eacute apresentada na

figura 16 eacute o tipo de lanccedilamento no qual a ponte desloca-se em quase sua

totalidade na horizontal caracteriacutestica esta que diminui a exposiccedilatildeo excessiva da

viatura no campo de batalha

FIGURA 14 Sequecircncia de lanccedilamento do tipo horizontal de ponte de pequena brecha Fonte Siacutetio eletrocircnico FAS Acesso em 3 jul 2018

47

O lanccedilamento vertical eacute o deslocamento realizado onde a ponte projeta-se no

sentido vertical antes de ser projetada na horizontal para lanccedilamento sobre o solo

A Viatura Blindada Especial Lanccedila-Pontes Leopard 1BR (VBEL Pnt Leo 1

BR) eacute viatura alematilde modificada da versatildeo alematilde BIBER para o Brasil Construiacuteda a

partir do chassi do Leopard 1 esta eacute capaz de lanccedilar uma ponte de classe 50 de 22

metros sobre um vatildeo de 20 metros (MANUAL DE OPERACcedilAtildeO DA VIATURA

BLINDADA ESPECIAL LANCcedilA-PONTES LEOPARD 1 BR p 2)

O Brasil adquiriu essa viatura junto com a compra dos Leopard 1 A5 BR em

2009 dando agrave tropa blindada a capacidade de transpor obstaacuteculos como cursos

drsquoagravegua e valetas

FIGURA 15 Viatura Blindada Especial Lanccedila-Pontes Leopard 1 BR Fonte Siacutetio eletrocircnico ldquoArmyvehiclesrdquo Acesso em 30 mar 2018

A Viatura Blindada Lanccedila-Pontes Titan eacute uma viatura britacircnica baseada no

chassi do carro de combate Challenger 2 capaz de lanccedilar uma uacutenica ponte de 26 m

em menos de dois minutos ou duas pontes de 12 m em apenas 90 segundos Esta

viatura tem o mesmo niacutevel de proteccedilatildeo da VBCC fornecendo um niacutevel muito alto de

proteccedilatildeo contra armas de fogo direto aleacutem de consideraacutevel proteccedilatildeo contra minas

48

terrestres e contra agentes QBRN (Quiacutemico bioloacutegico radioloacutegico e nuclear)

(MILITARY-TODAY201)

A FIGURA 16 a seguir mostra que a viatura realiza um lanccedilamento do tipo

vertical representado pela sequecircncia de imagens abaixo apresentada

FIGURA 16 Viatura lanccediladora de pontes Titan Fonte Adaptado do siacutetio eletrocircnico ldquoYoutuberdquo Acesso em 15 ago 2018

A Viatura Blindada Lanccedila-Pontes M104 Wolverine eacute a viatura para

transposiccedilatildeo de pequenas brechas utilizada pelos Estados Unidos Construiacuteda a

partir do chassi da viatura carro de combate M1A2 Abrams a viatura Wolverine tem

a capacidade de lanccedilar ponte de classe 70 sobre brechas de ateacute 24 metros

(MILITARY-TODAY201)

A VBEL Pnt que realiza lanccedilamento do tipo horizontal possui proteccedilatildeo

semelhante agrave viatura carro de combate M1A2 Abrams e possui um sistema de

gerenciamento de campo de batalha a fim de aumentar a consciecircncia situacional

no campo de batalha (MILITARY-TODAY201)

49

Figura 17 Viatura Blindada Especial Lanccedila-Pontes M104 Wolverine Fonte Siacutetio eletrocircnico ldquoMILITARY-TODAYrdquo Acesso em 15 ago 2018

342 Viatura Blindada Especial de Engenharia

Natildeo existe uma padronizaccedilatildeo de nomenclatura para esse tipo de viatura nem

um padratildeo definido mas os recursos variam entre uma lacircmina grande ou arados

para minas um canhatildeo de demoliccedilatildeo de grande calibre perfuratriz guinchos braccedilo

e guindaste de escavadeira ou para iccedilamento de cargas (WIKIPEDIA 20)

Neste trabalho seraacute considerada Viatura Blindada Especial de Engenharia

assim como eacute utilizada na documentaccedilatildeo do Centro de Instruccedilatildeo de Blindados com

base na definiccedilatildeo constante na Portaria Nr 023 ndash DMB de 20 de novembro de 1998

ndash Normas reguladoras para classificaccedilatildeo registro e identificaccedilatildeo dos veiacuteculos

oficiais no acircmbito do Ministeacuterios do Exeacutercito (NORCRIVE) Essa explicaccedilatildeo se faz

necessaacuteria porque muitos ainda descrevem como nosso manual MD33-M-02 -

Manual de abreviaturas siglas siacutembolos e convenccedilotildees cartograacuteficas das forccedilas

armadas como sendo Viatura Blindada de Combate

A citada norma corretamente considera Viatura Blindada de Combate aquela

eacute dotada de armamento orgacircnico com um apreciaacutevel poder de fogo Por outro

lado considera Viatura Especial aquela dotada de caracteriacutesticas muito

peculiares

Partindo do princiacutepio que o M113 que possui armamento orgacircnico com maior

calibre que o constante na VBE Eng natildeo eacute considerado viatura de combate a

50

viatura de engenharia tambeacutem natildeo pode ser pois seu armamento eacute suficiente

apenas para proteccedilatildeo da viatura e de sua guarniccedilatildeo

A Viatura Blindada Especial de Engenharia Leopard 1BR (VBE Eng Leo 1

BR) eacute uma viatura modificada da versatildeo alematilde Pionierpanzer Dachs 1 para o Brasil

Construiacuteda a partir do chassi do Leopard 1 esta viatura tem as seguintes

capacidades desobstruccedilatildeo escavaccedilatildeo e trabalho de resgate

Suas capacidades adveacutem dos seus equipamentos escavadeira guindaste o

qual funciona a partir do braccedilo da escavadeira lacircmina de terraplanagem que

realiza trabalhos de remoccedilatildeo de terra e obstaacuteculos aleacutem de executar a funccedilatildeo de

lacircmina de apoio o que eacute fundamental para aumento da estabilidade e traccedilatildeo nos

trabalhos com o braccedilo da escavadeira e guindaste escarificador para realizar

cortes que afrouxam o terreno duro guincho para resgate ou auto resgate (com

capacidade de ateacute 70 toneladas) parafusadeira de impacto aparelho de corte e

solda e policorteesmerilhadeira (MANUAL DE OPERACcedilAtildeO DA VIATURA

BLINDADA ESPECIAL DE ENGENHARIA LEOPARD 1 BR p 2)

Embora exista uma versatildeo mais atual da viatura a viatura Pionierpanzer 3

Kodiak a qual seraacute apresentada a seguir esta versatildeo permanece sendo utilizada

pela Alemanha em territoacuterio nacional e em missotildees no exterior devido a sua alta

qualidade

Figura 18 Viatura Blindada Especial de Engenharia Leopard 1 BR Fonte Foto do autor

51

A Viatura Blindada Especial de Engenharia Pionierpanzer 3 Kodiak eacute a

versatildeo mais atual da viatura alematilde Pionierpanzer Dachs 1 As diferenccedilas da versatildeo

anterior satildeo escavadeira com braccedilo articulado dois guinchos e uma lacircmina que

pode ser substituiacuteda por um arado O arado eacute utilizado para a remoccedilatildeo de minas

junto a um sistema de marcaccedilatildeo de brecha e um sistema de detonaccedilatildeo de minas

eletromagneacuteticas (MILITARY-TODAY 201)

A concha tambeacutem eacute intercambiaacutevel com uma garra universal cortador de

concreto e perfuratriz A proteccedilatildeo desta viatura eacute a mesma da VBCCC Leopard 2

aleacutem de contar com proteccedilatildeo QBRN e sistema de cacircmeras para a realizaccedilatildeo de

uma operaccedilatildeo eficiente sem exposiccedilatildeo do operador (MILITARY-TODAY 201)

Figura 19 Viatura Blindada Especial Pionierpanzer 3 Kodiak Fonte Siacutetio eletrocircnico ldquoMILITARY-TODAYrdquo Acesso em 13 ago 2018 Veiacuteculo de engenharia destinado agrave preparaccedilatildeo do campo de batalha na zona

de fogo indireto a Viatura Blindada Especial de Engenharia Terrier executa

trabalhos com escavadeira e lacircmina frontal O veiacuteculo ainda conta com uma

blindagem e proteccedilatildeo contra minas fornecendo proteccedilatildeo contra estilhaccedilos de fogo

de armas pequenas e projeacuteteis de artilharia (MILITARY-TODAY 201)

Para missotildees de abertura de brecha este veiacuteculo eacute equipado com um arado

de grande capacidade que complementa o trabalho realizado por seu equipamento

rebocado Python (MILITARY-TODAY 201)

Esse mesmo reboque ainda tem capacidade de transporte de feixe de tubos

ou um tolo de esteira (tem funccedilatildeo semelhante ao reforccedilador de solo) (MILITARY-

TODAY 201)

52

Figura 20 Viatura Blindada Especial de Engenharia Terrier Fonte Siacutetio eletrocircnico ldquoMILITARY-TODAYrdquo Acesso em 17 ago 2018

343 Viaturas Blindadas Especiais de Abertura de Brecha

A M1150 Assault Breacher Vehicle (ABV) - Viatura de Abertura de Brechas)

foi construiacuteda a partir do chassi do M1A1 Abrams Sua principal caracteriacutestica eacute a

existecircncia de um compartimento bipartido na parte superior da viatura capaz de

lanccedilar dois MICLIC (Mine Clearing Line Charge) de forma independente Essa carga

linear explosiva eacute capaz de eliminar 92 a 95 das minas de um campo de minas

(Kidwell e Jaffke 2014)

Aleacutem do MICLIC a viatura possui um arado na parte frontal o qual consegue

realizar o trabalho complementar de comprovaccedilatildeo da abertura da brecha do

explosivo imediatamente apoacutes a sua detonaccedilatildeo (Kidwell e Jaffke 2014)

O implemento arado eacute um meacutetodo mecacircnico que natildeo suporta ser empregado

como meio principal pois tem baixa resistecircncia De acordo com BRASIL (2000 p

53

D-6) a cada trecircs minas removidas por esse implemento uma danifica a lacircmina

implicando em sua substituiccedilatildeo

Figura 21 Vehicle Assault Breacher Vehicle (ABV) Fonte Siacutetio eletrocircnico ldquoMILITARY-TODAYrdquo Acesso em 12 dez 2017

Aleacutem do meacutetodo de abertura de brecha pelo meacutetodo explosivo existem outros

sistemas eficientes como a Viatura de Abertura de Brecha Keiler viatura alematilde

a qual se atribui uma eficiecircncia de limpeza de cerca de 98 das minas por onde

passa Seu sistema eacute composto por um rotor que eacute interligado a vaacuterios pesos

metaacutelicos presos por correntes Quando esse rotor gira e eacute aproximado do solo

realiza pancadas no solo gerando ondas de choque que acionam as cargas

explosivas Enquanto realiza a limpeza um sistema automaticamente demarca o

local livre de minas (MILITARY-TODAY 201)

Esse meacutetodo permite a abertura das brechas de um modo mais simples sem

necessidade de complemento por outro sistema e de valor de manutenccedilatildeo mais

baixa pois o acionamento das minas exige apenas a substituiccedilatildeo das peccedilas que

se chocam com o solo

54

Figura 22 Viatura Blindada Especial Keiler Fonte Siacutetio eletrocircnico ldquoMILITARY-TODAYrdquo Acesso em 12 dez 2017

A viatura utilizada pela Ruacutessia que tambeacutem utiliza um sistema mecacircnico eacute a

Viatura de Abertura de Brecha BMR-3M que consiste em uma viatura blindada

baseada no carro de combate T-90 que conduz agrave frente de suas lagartas rolos

que exercem uma pressatildeo superior ao das lagartas sobre o solo acionando-as

prematuramente Aleacutem dos rolos a viatura possui um sistema de contra-ataque

magneacutetico e um sistema jammer que impede o acionamento de explosivos

controlados por raacutedio A velocidade da desminagem eacute de 12 kmh dependendo da

densidade da mina e das condiccedilotildees do solo (MILITARY-TODAY 201)

De acordo com BRASIL (2000 p D-6) o sistema de rolo eacute apto para operar

em solo seco e relativamente plano Aleacutem disso deve ser utilizado como

complemento do MICLIC pois em meacutedia o rolo suporta entre trecircs a seis minas

devendo apoacutes isso ser substituiacutedo Esse eacute um excelente sistema para identificaccedilatildeo

do iniacutecio de um campo minado

55

Figura 23 Viatura Blindada Especial BMR-3M Fonte Siacutetio eletrocircnico ldquoMILITARY-TODAYrdquo Acesso em 28 jul 2018

344 Outros sistemas e implementos

O feixe de tubos ou Pipe Fascine foi desenvolvido no Exeacutercito Britacircnico no

iniacutecio dos anos 80 para enfrentar os desafios de assegurar a mobilidade do

movimento na Alemanha Ocidental no caso de um conflito da OTAN com o Pacto de

Varsoacutevia (MILITARY-TODAY 201)

Nesta situaccedilatildeo foi verificada a existecircncia de vaacuterias pequenas valetas e

riachos de aproximadamente 5 a 10 metros de largura e 15 a 25 metros de

profundidade Para solucionar foram conectados tubos que permitissem a

passagem por sobre os riachos permitindo que a aacutegua passasse por dentro deles

Atualmente a viatura britacircnica mais moderna o Trojan conta com um sistema

para lanccedilamento de feixe de tubos dada sua eficiecircncia na transposiccedilatildeo de alguns

obstaacuteculos tornando-se prescindiacutevel a utilizaccedilatildeo das pontes em algumas situaccedilotildees

(MILITARY-TODAY 201)

56

Esse feixe ao ser colocado dentro de um Fosso Anticarro (Fosso AC)

estreitos cursos drsquoaacutegua ou valas ocupa o espaccedilo do vatildeo permite a passagem de

viatura sobre sua superfiacutecie

Esse equipamento pode ser lanccedilado por uma Viatura Blindada Especial de

Engenharia ou adaptada em outras viaturas e reboques Uma necessidade para

lanccedilamento e recolhimento desse material eacute um sistema do tipo concha guindaste

ou outro meio de iccedilamento a fim de recuperar ou movimentar o equipamento apoacutes

ser lanccedilado

Figura 24 Feixe de tubos (Pipe Fascine) Fonte Siacutetio eletrocircnico ldquoAEGISrdquo Acesso em 25 ago 2018 O sistema de lanccedilamento de ponte de pequena brecha eacute um sistema que

pode ser adaptado agraves viaturas de combate ou de transporte de pessoal utilizadas

pela infantaria ou cavalaria a fim de abrir passagens em pequenos cursos drsquoaacutegua

O sistema REBS (Rapidly Emplaced Bridge System) por exemplo permite o

lanccedilamento de ponte de classe 50 sobre um vatildeo de ateacute 13 metros (MILITARY-

TODAY 201)

57

Figura 25 Sistema de lanccedilamento de ponte REBS Fonte Siacutetio eletrocircnico ldquoARMY-GUIDErdquo Acesso em 22 ago 2018

O sistema americano M58 Mine Clearing Line Charge (MICLIC) eacute uma carga

de demoliccedilatildeo linear a qual eacute projetada por foguete sobre o local onde se deseja

realizar a abertura de uma brecha Este sistema tem a capacidade de abrir uma

brecha de 8 m de largura por 100 m de comprimento (Wikipedia) O dispositivo de

demoliccedilatildeo consiste principalmente de uma corda de nuacutecleo de nylon de 34 de

polegada 700 blocos de demoliccedilatildeo composta por C4 e dois filamentos de cordel

detonante de tetranitrato de pentaeritritol (PETN) (USA 2011 p 23) ndash Department

of Defense Fiscal Year (FY) 2012 Budget Estimates)

Figura 26 Mine Clearance Line Charger (MICLIC) Fonte Siacutetio eletrocircnico ldquoYoutuberdquo Acesso em 20 abr 2018

58

O sistema propelido por foguete Python eacute um sistema britacircnico de

funcionamento semelhante ao MICLIC que consiste em um reboque com uma

carga linear que eacute distendida sobre o terreno por um foguete propulsor Esse

sistema que tambeacutem foi adquirido pela Tailacircndia eacute transportado na Gratilde-Betanha

pela viatura Trojan que eacute baseada no carro de combate Challenger 2 O Python foi

utilizado em 2010 durante a Operaccedilatildeo Moshtarak no Afeganistatildeo

(Armyrecognition) O sistema britacircnico Python pode limpar um caminho longo de 73

m por 180-200 m (WIKIPEDIA 201)

Figura 27 Sistema Python

Fonte Siacutetio eletrocircnico ldquoArmyrecognitionrdquo Acesso em 20 abr 2018

Para as viaturas sobre rodas aleacutem de meios como o MICLIC a maioria dos

exeacutercitos tem anexado implementos agraves viaturas utilizando-as de modo

intercambiaacutevel de modo a adequar a viatura conforme a necessidade de cada

operaccedilatildeo

Cabe salientar que algumas minas modernas como a mina italiana SB-33

tecircm um mecanismo de detonaccedilatildeo que detona a mina se sujeita a uma pressatildeo

gradual e constante mas bloqueia a espoleta se sujeito a um choque suacutebito Isso

pode anular o uso de cargas de linha de limpeza de minas para limpar tais minas

(WIKIPEDIA 201)

59

O implemento lacircmina para desminagem escavadeira e lacircmina reta satildeo

implementos que podem ser utilizados nas viaturas meacutedias de rodas ambas

apresentando capacidade limitada de trabalho sendo a primeira para remoccedilatildeo de

minas em superfiacutecies pavimentadas podendo ainda ser utilizada para retirar

alguns tipos de entulho e as uacuteltimas para desobstruccedilatildeo de vias e organizaccedilatildeo do

terreno (MILITARYSYSTEMS-TECH 20)

Figura 28 M1132 Engineer Squad Vehicle (ESV) Fonte Siacutetio eletrocircnico ldquoWIKIPEDIArdquo Acesso em 20 mar 2018

O Light Weight Mine Roller (LWMR) rolo de minas de peso leve eacute um

sistema que protege veiacuteculos do efeito de minas e dispositivos explosivos

improvisados (DEI) realizando pressatildeo sobre o solo agrave frente do veiacuteculo que realiza

a abertura (ARMYTECHNOLOGY 2018)

Esse eacute um implemento leve mas que gera efeito pesado em suas rodas

atraveacutes do uso de energia hidraacuteulica gerando a pressatildeo necessaacuteria para

acionamento de cargas explosivas (ARMYTECHNOLOGY 2018)

60

Figura 29 Rolo de minas de peso leve (LWMR) Fonte Siacutetio eletrocircnico ldquoARMYTECHNOLOGYrdquo Acesso em 20 mar 2018

35 APOIO DE ENGENHARIA ORGAcircNICA AgraveS BRIGADAS MECANIZADAS EM

OUTROS PAIacuteSES

Em busca de uma estrutura semelhante agrave Bda C Mec em outros paiacuteses este

autor natildeo encontrou tropa que tenha seu emprego principal no reconhecimento e

seguranccedila

A fim de dar uma soluccedilatildeo a questatildeo proposta este autor escolheu

desconsiderar a finalidade da tropa apoiada concentrando o estudo no emprego

conjunto de tropas que utilizam meios sobre rodas e sobre lagartas onde a

engenharia teraacute que apoiar

351 SBCT a brigada americana Stryker

As Brigade Combat Teams (BCT) satildeo brigadas americanas que geralmente

satildeo empregadas como parte de uma divisatildeo ou forccedila-tarefa

O BCT eacute uma formaccedilatildeo de armas combinadas de todas as funccedilotildees de

combate Embora os modulares BCTs sejam organizaccedilotildees fixas o comandante da

divisatildeo pode ajustar qualquer organizaccedilatildeo de tarefas da BCT para atender aos

requisitos da missatildeo (EUA 2006 p 2-7)

A Stryker Brigade Combat Team (SBCT) da traduccedilatildeo para o portuguecircs Grupo

de Combate Brigada Stryker eacute uma forccedila-tarefa expedicionaacuteria organizada para

61

atender aos requisitos especiacuteficos de cada missatildeo tendo seu emprego baseado na

infantaria embarcada na viatura Stryker (EUA 2015 p 1-1) Essa flexibilidade

organizacional permite que as SBCTs funcionem em toda a gama de operaccedilotildees

militares tendo disponiacuteveis elementos com capacidade de manobra artilharia de

campanha inteligecircncia engenharia QBRN e manutenccedilatildeo

Atualmente existem trecircs tipos de BCTs a proacutepria SBCT a HBCT (tropa de

infantaria que combate embarcada em blindado sobre lagartas) IBCT (tropa de

infantaria transportada por viaturas de baixa proteccedilatildeo blindada que combate

desembarcada) (EUA 2006 p 2-7)

A brigada Stryker tem a seguinte organizaccedilatildeo baacutesica trecircs batalhotildees de

infantaria a trecircs companhias cada um com trecircs pelototildees (EUA 2015 p 1-6) um

esquadratildeo de cavalaria de reconhecimento equipada com viaturas de

reconhecimento Stryker um pelotatildeo de reconhecimento QBRN equipado com um

veiacuteculo de reconhecimento quiacutemico bioloacutegico e nuclear M1135 Stryker (EUA 2015

p 1-7) O organograma desta brigada estaacute discriminada na figura Nr 26 a seguir

Figura 30 Organograma de uma Brigada Stryker Fonte Fort Benning (2015)

62

As companhias de engenharia apoacuteiam a SBCT na abertura de passagem por

obstaacuteculos auxilia no assalto de posiccedilotildees fortificadas lanccedila obstaacuteculos para

proteccedilatildeo de forccedilas amigas constroacutei ou melhora posiccedilotildees para proteccedilatildeo realiza

reconhecimento de itineraacuterios e coleta de informaccedilotildees identifica e elimina

dispositivos explosivos improvisados entre outras tarefas durante a accedilatildeo decisiva

(EUA 2015 p 1-10)

A forma de emprego da engenharia dessa brigada foi alterada recentemente

passando de uma companhia para um batalhatildeo de engenharia de combate o qual

fornece atraveacutes de suas subunidades a capacidade miacutenima para executar tarefas

essenciais de mobilidade contra-mobilidade e capacidade de proteccedilatildeo para o

SBCT

O Brigade Engineer Battalion (BEB) tem por missatildeo planejar e executar as

missotildees da brigada com as suas duas companhias orgacircnicas organizadas como

mostra a figura 31 podendo suplementaacute-las no que tange agrave mobilidade com

pontes abertura de brechas desobstruccedilatildeo de vias identificaccedilatildeo de ameaccedilas

explosivas e apoio em construccedilatildeo horizontal Aleacutem disso o batalhatildeo tambeacutem

coordena uma companhias de inteligecircncia militar uma companhia de comunicaccedilotildees

e uma companhia anticarro e por vezes uma companhia QBRN (EUA 2015 p 1-

8)

Figura 31 Organograma das companhias de engenharia das SBCT Fonte Adaptado de EUA (2014 p 1-8 traduccedilatildeo nossa)

63

Em uma Stryker BCT a 1ordf Cia E tem um pelotatildeo de comando dois pelototildees

de engenharia de combate uma seccedilatildeo de ponte e um grupo apoio (dotado de

equipamentos de abertura de brecha limitado ao emprego de cargas explosivas

lineares (MICLIC) em reboque para remoccedilatildeo de minas e equipamentos de

comprovaccedilatildeo (rolo e arado) (EUA 2014 p 1-7)

A 2ordf Cia possui uma seccedilatildeo de comando um pelotatildeo de combate composto por

trecircs GE um pelotatildeo de apoio composto por uma seccedilatildeo de pontes e um grupo de

construccedilatildeo horizontal e um pelotatildeo de abertura de brecha (em campo de minas)

(EUA 2014 p 1-8)

Embora seja notaacutevel a diferenccedila quando comparada com a Brigada de

Cavalaria Mecanizada a brigada Stryker foi identificada pelo autor como a Grande

Unidade americana que mais se aproximou das caracteriacutesticas da Bda C Mec por

ser uma brigada mecanizada apoiada por engenharia orgacircnica com meios Stryker

352 Brigada de Infantaria Mecanizada da Alemanha

A brigada que tem melhores condiccedilotildees de comparaccedilatildeo para este estudo por

sua maior similaridade com a Bda C Mec eacute a Brigada de Infantaria Mecanizada da

Alemanha O emprego das viaturas sobre rodas e sobre lagartas inclusive pelas

proacuteprias tropas de engenharia que apoiam essa brigada contribuiratildeo para uma

anaacutelise mais adequada da Bda C Mec

O exeacutercito alematildeo tem suas brigadas de infantaria mecanizada constituiacutedas da

seguinte forma um comando de brigada um batalhatildeo de reconhecimento dotado

de viaturas Fennek (foto 32) trecircs batalhotildees de infantaria mecanizada os quais

utilizam a viatura de combate Puma (foto 33) um batalhatildeo de rifles que utilizam as

viaturas de combate multipropoacutesito Boxer GTK (foto 34) e um batalhatildeo de

suprimento Essas fraccedilotildees satildeo apoiadas por um batalhatildeo de engenharia blindado

conforme demonstrado no quadro organizacional representado pela figura 32

(WIKIPEDIA 201)

64

Figura 32 Organograma de uma Brigada de Infantaria Mecanizada Fonte Adaptado do siacutetio eletrocircnico ldquoWikipediardquo Acesso em 29 ago 2018

Figura 32 Viatura Fennek Fonte Siacutetio eletrocircnico ldquoDEUTSCHESHEERrdquo Acesso em 20 ago 2018

65

Figura 33 Viatura de infantaria de combate Puma Fonte Siacutetio eletrocircnico ldquoDEUTSCHESHEERrdquo Acesso em 20 ago 2018

Figura 34 Viatura Boxer Fonte Siacutetio eletrocircnico ldquoDEUTSCHESHEERrdquo Acesso em 19 ago 2018

O batalhatildeo de engenharia que possui organizaccedilatildeo semelhante ao BE Cmb

Bld do Brasil eacute composto por uma companhia de comando duas companhias de

66

engenharia de combate blindada uma companhia de equipamentos de engenharia

com funccedilatildeo semelhante a uma Companhia de Comando e Apoio (CCAp) de um BE

Cmb Bld e uma companhia de pontes flutuantes com funccedilatildeo semelhante a

Companhia de Equipamento de Pontes (Cia E Pnt) de um BE Cmb Bld conforme

representado no organograma da figura 35 (DEUTSCHESHEER 20)

Figura 35 Organograma de uma brigada blindada alematilde Fonte Adaptado de DEUTSCHLAND (2011 p 9 traduccedilatildeo nossa)

Cia E Cmb

(Vtr Fuchs)

Pel DEI

2 VBE Keiler Pel Bld

4 Vtr Skorpion

Sistema ldquoVrdquo

1 Vtr Fennek

Pel Cnst

3 VBE Biber

2 VBE Dachs

Cia Cmdo

Cia Rec

(Vtr Fennek)

Cia E Cmb

(Vtr Fuchs)

Pel DEI

2 VBE Keiler

Pel Bld 4 VBE Skorpion

Sistema ldquoVrdquo

Cia Cnst Pel Cnst Pel DEI Pel Pnt

Batalhatildeo de Engenharia

de Combate Blindado

Pel Cnst

3 VBE Biber

2 VBE Dachs

67

As companhias de combate compostas por quatro pelototildees satildeo organizadas

da seguinte forma uma seccedilatildeo de comando um pelotatildeo de engenharia o qual

realiza trabalhos para barrar ou canalizar a tropa inimiga abertura de caminhos por

meio do emprego de explosivos e trabalhos gerais de engenharia um pelotatildeo de

abertura de brecha dotado de meios de limpeza um pelotatildeo de abertura de

brechas pesado e um pelotatildeo de equipamentos pesados responsaacutevel pelo apoio agrave

mobilidade abertura de passagem em obstaacuteculos e cursos drsquoaacutegua e manutenccedilatildeo de

estradas (DEUTSCHESHEER 20)

As companhias satildeo dotadas ainda das viaturas Fennek e Fuchs para

transporte de pessoal (DeustchesHeer 2011)

A companhia de pontes flutuantes eacute composta por um pelotatildeo de viaturas

blindadas e um pelotatildeo de mergulhadores E a companhia de equipamento de

engenharia eacute dotada de equipamentos de construccedilatildeo e viaturas blindadas especiais

(DEUTSCHESHEER 20)

Encontram-se abaixo as viaturas e sistemas utilizados pelo batalhatildeo as

viaturas de transporte de pessoal Fuchs (figura 35) e Fennek a viatura lanccediladora de

ponte Biber (figura 36) a viatura para abertura de brecha em campo de minas Keiler

(figura 37) e a viatura especial de engenharia Dachs (figura 38)

Figura 36 Viatura de Transporte de Pessoal Fuchs Fonte Siacutetio eletrocircnico ldquoDEUTSCHESHEERrdquo Acesso em 25 ago 2018

68

Figura 37 Viatura Blindada Especial Lanccedila-Pontes Biber Fonte Siacutetio eletrocircnico ldquoDEUTSCHESHEERrdquo Acesso em 24 ago 2018

Figura 37 Viatura Blindada Keiler Fonte Siacutetio eletrocircnico ldquoDEUTSCHESHEERrdquo Acesso em 23 ago 2018

69

Figura 38 Viatura Pionierpanzer 1 Dachs Fonte Siacutetio eletrocircnico ldquoDEUTSCHESHEERrdquo Acesso em 22 ago 2018 Podemos concluir com a anaacutelise dessa brigada que embora natildeo seja uma

Grande Unidade de emprego semelhante ou seja uma brigada de cavalaria

mecanizada esta apresenta a mesma dificuldade de apoio de engenharia

encontrada nas Bda C Mec quais sejam apoiar elementos de grande mobilidade

dotados de viaturas sobre sobre rodas e viaturas sobre lagartas e que possuem

diferentes classes

Os principais reflexos para esse apoio satildeo as diferenccedilas de pesos e

velocidades o que impacta na capacidade de acompanhamento das viaturas

empregadas pelos elementos da arma base e na capacidade de transposiccedilatildeo dos

meios por ponte por exemplo

Essa diferenccedila eacute percebida quando comparamos as caracteriacutesticas dessas

viaturas conforme apresentado a seguir que satildeo o peso e velocidade

Viatura Fennek (103 ton e 115 kmh) Viatura de Transporte de Pessoal Fuchs

(235 ton e 105 kmh) utilizada pelos pelototildees de engenharia Viatura de Combate

Puma utilizada pela infantaria (43 ton e 70 kmh) Viatura Blindada Lanccedila-Pontes

Biber (453 ton e 62 kmh) Viatura Blindada Especial de Engenharia Dachs (43 ton

70

e 62 kmh) e Viatura para Abertura de Brecha Keiler (53 ton e 50 kmh)

(DEUTSCHESHEER 20)

71

4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO

O presente capiacutetulo tem por finalidade atingir o objetivo geral da pesquisa que

eacute analisar o apoio de engenharia prestado aos elementos empregados em primeiro

escalatildeo por uma Brigada de Cavalaria Mecanizada a fim de sugerir uma proposta

de adequaccedilatildeo do apoio prestado em Operaccedilotildees Ofensivas atraveacutes de um estudo

especiacutefico de Operaccedilatildeo de Aproveitamento do Ecircxito face agrave evoluccedilatildeo doutrinaacuteria e

do MEM

A fim de atingir os trecircs uacuteltimos objetivos especiacuteficos estabelecidos (objetivos j k

e l) na pesquisa a presente seccedilatildeo pretende sintetizar os resultados obtidos nos

questionaacuterios na revisatildeo de Literatura e na pesquisa de campo agrave luz das dimensotildees

que compotildeem a Variaacutevel Independente (Capacidades Operativas da Cia E Cmb no

Aproveitamento do Ecircxito) Dependente (Apoio de Engenharia aos Regimentos de

uma Bda C Mec) e Interveniente (Necessidades miacutenimas dos Rgt)

41 DISCUSSAtildeO REFERENTE AOS INSTRUMENTOS UTILIZADOS

Para melhor explorar a discussatildeo referente aos instrumentos utilizados e

dados levantados seratildeo retomadas as variaacuteveis que foram objeto de estudo desta

pesquisa

A estruturaccedilatildeo da Variaacutevel Independente ndash Capacidades Operativas da

Companhia de Engenharia de Combate Mecanizada no Aproveitamento do

Ecircxito e da Variaacutevel Dependente ndash Apoio de Engenharia aos Regimentos de uma

Brigada de Cavalaria Mecanizada deu-se em torno de dimensotildees que possuiacuteam

indicadores com suas respectivas formas de avaliaccedilatildeo Estas variaacuteveis foram

apresentadas no capiacutetulo 2 no Quadro 1 - Operacionalizaccedilatildeo da Variaacutevel

Independente (VI) e Quadro 2 - Operacionalizaccedilatildeo da Variaacutevel Dependente (VD)

A VI foi explorada a partir da anaacutelise da capacidade da Cia E Cmb Mec onde

foram identificadas suas deficiecircncias resultante da falta de material e inadequado

emprego no apoio aos regimentos e comparada agraves soluccedilotildees em material e

emprego de outros exeacutercitos Na abordagem da VD buscou-se analisar as

caracteriacutesticas desejadas e adequabilidade logiacutestica de novos materiais e

apresentar uma sugestatildeo de adequaccedilatildeo do apoio de engenharia quanto agrave

organizaccedilatildeo e caracteriacutesticas desse apoio

72

411 Revisatildeo da literatura

Para o levantamento do material que compocircs a revisatildeo bibliograacutefica

empregada no trabalho foram realizadas pesquisas em bibliotecas virtuais fiacutesicas

e tambeacutem na internet sempre buscando por livros manuais trabalhos cientiacuteficos

reportagens e outras publicaccedilotildees de interesse

Com base nos objetivos geral e especiacuteficos foi elaborado o Capiacutetulo 3-

Revisatildeo da Literatura que foi fracionado em 5 subcapiacutetulos

1) Consideraccedilotildees Iniciais ndash Neste subcapiacutetulo foram apresentados conceitos

preliminares dos quais se faz necessaacuterio o entendimento para uma melhor anaacutelise

e consequentemente a construccedilatildeo de uma proposta mais adequada Este

subcapiacutetulo buscou atingir o objetivo especiacutefico ldquoardquo

2) Brigada de Cavalaria Mecanizada ndash Este subcapiacutetulo apresentou as

caracteriacutesticas organizaccedilatildeo da Brigada de Cavalaria Mecanizada e a forma de

emprego no aproveitamentos do ecircxito a fim de alcanccedilar os objetivos especiacuteficos

ldquobrdquo e ldquocrdquo

3) Companhia de Engenharia de Combate Mecanizada ndash Foram apresentadas

a organizaccedilatildeo caracteriacutesticas e as forma de emprego da Cia E Cmb Mec bem

como de seus pelototildees constitutivos (Pel E Ap Pel Eq Ass e Pel E Cmb) visando

atingir os objetivos especiacuteficos ldquodrdquo ldquoerdquo ldquofrdquo e ldquogrdquo

4) Materiais de Emprego Militar disponiacuteveis no mundo para reforccedilo aos Pel E

Cmb no apoio agrave mobilidade ndash Apresenta os materiais disponiacuteveis para aquisiccedilatildeo pelo

Exeacutercito Brasileiro a fim de dirimir as deficiecircncias no apoio de engenharia agrave

mobilidade dos Regimentos da Bda C Mec buscando atingir o objetivo especiacutefico

h

5) Apoio de engenharia a forccedilas combinadas de viaturas sobre rodas e sobre

lagartas em outros paiacuteses ndash O presente subparaacutegrafo descreveu brigadas de outros

exeacutercitos que apresentam em sua constituiccedilatildeo meios orgacircnicos sobre rodas e sobre

lagartas que necessitam de apoio de engenharia a fim de atingir o objetivo

especiacutefico j

A revisatildeo de literatura foi suficiente para proporcionar dados que

contribuiacutessem para a anaacutelise da capacidade da Cia E Cmb e o desenvolvimento de

uma sugestatildeo adequada conforme os objetivos propostos

73

412 Entrevistas

Foram confeccionados ao todo 4 questionaacuterios sendo eles

a) para os Comandantes e ex-Comandantes dos Regimentos de

Cavalaria Mecanizada e Blindada (RC Mec e RCB) das Brigadas de Cavalaria

Mecanizada (resposta no Apecircndice A)

b) para os Comandantes das Companhias de Engenharia de Combate

Mecanizada (Apecircndice B)

c) para os oficiais de engenharia com curso de comandante de

subunidade na Alemanha ou Estados Unidos (resposta no Apecircndice C)

d) para os oficiais instrutores do Centro de Instruccedilatildeo de Blindados com

curso de comandante de subunidade na Alemanha ou Estados Unidos (resposta no

Apecircndice D)

O autor tinha interesse em trabalhar com hipoacuteteses de estudo poreacutem tendo em

vista o baixo retorno dos questionaacuterios foi modificado para questotildees de estudo

onde os questionaacuterios respondidos foram aproveitados como apoio para responder

as questotildees selecionadas

Dentre os questionaacuterios enviados aos Comandantes dos Regimentos (Apecircndice

A) foram respondidos apenas 9 questionaacuterios do universo de comandantes dos

regimentos das quatro Bda C Mec e dos questionaacuterios enviados aos Comandantes

das quatro Companhias de Engenharia de Combate Mecanizada (Apecircndice B)

foram respondidos apenas 7 A baixa quantidade de respostas natildeo comprometeu de

forma significativa os resultados devido a mudanccedila da forma de abordagem

Foi observado inclusive que esta abordagem tornou-se muito mais adequada

em relaccedilatildeo agrave relacionada com hipoacuteteses

413 Coleta documental

A coleta documental foi realizada conforme o estipulado no item 231

Procedimentos para a revisatildeo de literatura onde foi encontrada certa dificuldade

no acesso a algumas informaccedilotildees referentes ao emprego do RCB pela inexistecircncia

de um manual especiacutefico sendo aproveitadas as informaccedilotildees constantes no manual

da Brigada de Cavalaria Mecanizada e emprego organizaccedilatildeo e materiais de

74

dotaccedilatildeo das brigadas alematildes os quais natildeo foram tatildeo faacuteceis de responder devido a

maior restriccedilatildeo de informaccedilotildees em relaccedilatildeo ao exeacutercito americano

42 CAPACIDADES OPERATIVAS DA COMPANHIA DE ENGENHARIA DE

COMBATE MECANIZADO NO APROVEITAMENTO DO EcircXITO

Na presente seccedilatildeo seratildeo discutidas as Variaacutevel Independente a fim de

analisar o apoio em Operaccedilatildeo de Aproveitamento do Ecircxito onde exige-se um

grande apoio de engenharia o qual se faz sentir principalmente nos elementos de

emprego em primeiro escalatildeo de uma brigada A mobilidade destas forccedilas depende

da reduccedilatildeo dos obstaacuteculos naturais e dos lanccedilados ou agravados pelo inimigo

As ferramentas de pesquisa colaboraram para complementar as informaccedilotildees

coletadas dirimindo duacutevidas remanescentes ou preenchendo lacunas deixadas pela

literatura atraveacutes da contribuiccedilatildeo realizada por meio de suas experiecircncias

Para tal foram exploradas duacutevidas sobre a adequabilidade da organizaccedilatildeo

no emprego no apoio aos regimentos da Brigada de Cavalaria Mecanizada e a

adequabilidade do material para apoio agrave mobilidade a organizaccedilatildeo adequada

para o emprego da engenharia e a comparaccedilatildeo com o emprego em outros

exeacutercitos as caracteriacutesticas dos meios de abertura de brecha e a respectiva

quantidade

421 Adequabilidade da organizaccedilatildeo

A Companhia estaacute organizada da seguinte forma uma Seccedilatildeo de Comando um

Pelotatildeo de Engenharia de Apoio um Pelotatildeo de Equipagem de Assalto e trecircs

Pelototildees de Engenharia de Combate

Na Bda as necessidades de apoio fazem-se sentir particularmente junto aos

elementos de primeiro escalatildeo exigindo desta forma a colocaccedilatildeo dos meios mais agrave

frente possiacutevel A Companhia de Engenharia de Combate Mecanizada eacute organizada

com meios destinados a atender agraves necessidades miacutenimas e mais imediatas da

frente de combate

Face agraves maiores necessidades da Brigada encontrarem-se junto aos elementos

de primeiro escalatildeo a Cia E Cmb distribui os seus pelototildees a partir do seguinte

caacutelculo total de pelototildees disponiacuteveis menos os pelototildees em apoio direto aos

75

regimentos deve ser capaz de realizar os trabalhos de apoio ao conjunto realizando

trabalhos de interesse da Bda como um todo ser capaz de aumentar o apoio aos

elementos em primeiro escalatildeo e ainda ficar em condiccedilotildees de apoiar a reserva

quando empregada

Entretanto a engenharia da brigada atualmente possui trecircs pelototildees de

engenharia de combate para apoiar um tipo de operaccedilatildeo onde a Bda necessita

de apoio para ateacute trecircs peccedilas de manobra

No apoio agrave mobilidade a Cia E Cmb busca manter a liberdade de manobra dos

Regimentos e sua impulsatildeo de ataque minimizando os efeitos dos obstaacuteculos

naturais e artificiais

O apoio de engenharia aos elementos de manobra da brigada eacute feito sob a

forma de apoio direto ou reforccedilo No aproveitamento do ecircxito a situaccedilatildeo de

comando reforccedilo normalmente eacute adotada Situaccedilatildeo essa que o comandante da Cia

E designa normalmente um Pel E Cmb para apoiar cada regimento da Brigada

Neste tipo de operaccedilatildeo as necessidades de apoio ao conjunto aumentam

sendo necessaacuteria a distribuiccedilatildeo de elementos de engenharia no terreno de acordo

com o avanccedilo do ataque poreacutem sem deixar de preservar a atenccedilatildeo preciacutepua ao

emprego oportuno do apoio aos Regimentos em primeiro escalatildeo

Para a execuccedilatildeo de suas missotildees o Pel E Ap emprega uma Seccedilatildeo de

Comando um Grupo de Comando um Grupo de Mineiros um Grupo de

Equipamento de Engenharia um Grupo de Engenharia de Construccedilatildeo um grupo de

Caminhatildeo Basculante e um Grupo de Engenharia de Combate

Esta fraccedilatildeo executante da companhia atualmente possui dentre os seus

equipamentos apenas os de emprego em missotildees de construccedilatildeo natildeo blindados e

inadequados para emprego junto aos elementos empregados em primeiro escalatildeo

O Pelotatildeo de Engenharia de Apoio eacute responsaacutevel por reforccedilar os Pel E Cmb

com caminhotildees basculantes viaturas blindadas especial de engenharia (VBE)

equipamentos pesados de engenharia pessoal especializado ou natildeo e

equipamentos especializados na guerra com minas

Entretanto natildeo existe nas Cia E Cmb Mec viaturas especiais de engenharia

equipamentos para abertura de brecha para disseminaccedilatildeo de minas nem jogo de

ferramentas pneumaacuteticas

O Pel Eq Ass eacute constituiacutedo por um Gp Cmdo Grupo de Botes de Assalto

Grupo de Passadeiras Grupo de Portadas e Grupo de Ponte de Pequenas Brechas

76

O Pelotatildeo de Equipagem de Assalto (Pel Eq Ass) tem como missatildeo junto aos

Pel E Cmb reforccedilar com seus equipamentos e materiais eou com pessoal

especializado principalmente missotildees relacionadas agrave transposiccedilatildeo de curso de

aacutegua

No Aproveitamento do Ecircxito o principal meio para reforccedilo das capacidades do

pelotatildeo eacute a viatura lanccediladora de pontes (sobre rodas de acordo com as informaccedilotildees

disponiacuteveis na literatura encontrada) a qual natildeo existe no Exeacutercito Brasileiro

O pelotatildeo de engenharia tem capacidade de realizar dentro de suas

possibilidade os trabalhos teacutecnicos de engenharia em proveito da brigada como um

todo ou da peccedila de manobra da arma-base apoiada

Composto por um grupo de comando e 3 Grupos de Engenharia (GE) estes

constituem-se nos elementos baacutesicos de trabalho do pelotatildeo

O Pel E Cmb tem as seguintes capacidades produccedilatildeo de cortina de fumaccedila

trabalhos de minagem e desminagem (manual tendo em vista que a Cia E Cmb natildeo

possui equipamento especializado) trabalho de destruiccedilotildees e de explosivos e

trabalho de fortificaccedilatildeo de campanha limitado aos seus equipamentos de

engenharia (equipamentos inadequados para o aproveitamento do ecircxito pois natildeo

possuem proteccedilatildeo blindada nem conseguem acompanhar os elementos apoiados)

Quando natildeo reforccedilados os pelototildees tem condiccedilotildees ainda mais limitadas de

apoio por conduzir material de pequena capacidade de trabalho os quais consistem

em pequenas ferramentas de trabalho manual

No Apecircndice A questotildees 1 e 2 pode-se observar que eacute unacircnime entre os

militares que responderam que a Bda C Mec deve ser apoiada por um BE Cmb

Essa opiniatildeo foi apresentada pela comparaccedilatildeo com o Exeacutercito Vermelho do

Manual O Inimigo o qual representa um paiacutes que emprega engenharia de valor

batalhatildeo em apoio agrave brigada e pela comparaccedilatildeo com as Brigadas de Infantaria

Mecanizada que empregam a mesma quantidade de Unidades que as Brigadas de

Cavalaria Mecanizada

Dentre os comentaacuterios que contribuiacuteram para a justificaccedilatildeo do emprego de um

BE Cmb destacaram-se os seguintes

- ldquoCom essa organizaccedilatildeo o BE Cmb poderia empregar uma SU em apoio direto

aos elementos de manobra inclusive aquele em 2ordm escalatildeo mantendo ainda uma

Cia Eng Cmb Mec para emprego centralizado (apoio ao conjunto) na Z Accedil da Bdardquo

77

Esse comentaacuterio corrobora com a revisatildeo literaacuteria conforme capiacutetulo 3 ldquoa Cia

E Cmb menos esses elementos (os Pel E empregados em reforccedilo) deve ser capaz

de realizar os trabalhos de apoio ao conjunto realizando trabalhos de interesse da

Bda como um todo aumentar o apoio aos elementos em primeiro escalatildeo e ainda

ficar em condiccedilotildees de apoiar a reserva quando empregadardquo

No Apecircndice B questotildees 1 e 2 a grande maioria dos militares foram

partidaacuterios agrave necessidade de mudanccedila do escalatildeo em apoio de valor subunidade

para o valor unidade dentre os quais destaco o seguinte comentaacuterio

- ldquoEm que pese a atual doutrina (NCD Nr 02 de 31 mai 16) prever uma E Bda Inf Mec

composta por 2 Cias a 4 Pel os trabalhos realizados em estudos de sala de aula da

proacutepria EsAO mostram essa estrutura com certa dificuldade para Mnt do C2 por

parte do Cmt BE Tendo em vista seu trabalho estar pesquisando essa situaccedilatildeo

sugiro uma composiccedilatildeo do BE Cmb Mec (ou Bld) de 4 Cia E Cmb a 2 Pel E Cmb e

1 Pel Ap (Neste os diversos materiais jaacute em Ref agrave Cia Eqp Eng Eqp Ab Bre VBC

Eng VBEL Pnt etc) Assim facilitaria o C2 por parte do Cmdo BE bem como a

emissatildeo de ordens e distribuiccedilatildeo de missotildeesrdquo

O comentaacuterio acima observou algo que o autor natildeo pesquisou mas que tem muita

relevacircncia para a pretendida anaacutelise que satildeo os reflexos da organizaccedilatildeo no

comando e controle

- ldquoEm minha opiniatildeo bastaria que uma dessas Cia dispusesse de meios SL o que

proporcionaria uma dosagem eficaz e mais econocircmicardquo

- ldquoDeve possuir Pel E com Vtr sobre rodas (RC Mec) e Pel E com VB sobre

lagartas (RCB) e a Cia C Ap deve possuir VB com rodas e VB com lagartas As

VBEL Pnt devem ser todas sobre lagartas como jaacute citado em item anterior A

mescla de tipos de VB daraacute ao BE maior flexibilidade e rapidez no apoio

particularmente para acompanhar os RC Mec como VBTP (Pel E) e VBE Eng sobre

rodasrdquo

78

A anaacutelise da Companhia de Engenharia de Combate Mecanizada e as

companhias que reforccedilam os pelototildees de engenharia de combate em material e

pessoal permite verificar por meio da anaacutelise da organizaccedilatildeo e missatildeo a

importacircncia dessas fraccedilotildees no apoio aos regimentos por caber a estas aumentar a

capacidade dos Pel E Cmb a fim de possibilitar um eficiente apoio no

Aproveitamento do Ecircxito

Entretanto notou-se a inexistecircncia de materiais adequados para emprego na

operaccedilatildeo em pauta

A descriccedilatildeo do Pelotatildeo de Engenharia de Combate Mecanizado fraccedilatildeo de

emprego da Cia E Cmb junto aos regimentos permite identificar a limitaccedilatildeo de sua

capacidade de apoio Esta ainda eacute mais reduzida quando natildeo reforccedilada por meios

adequados pelos Pel E Ap e Pel E Ass

422 Adequabilidade do material

O material de organizaccedilatildeo do terreno da Cia E Cmb inclusive as Viaturas

Blindadas Especiais de engenharia satildeo de responsabilidade do Pel E Ap Conforme

consta na seccedilatildeo 331 e com base na experiecircncia do proacuteprio autor que serviu em

uma Cia E Cmb Mec pode-se afirmar que essas viaturas natildeo existem no referido

pelotatildeo das Cia E Cmb Mec

E reafirmando o que consta na mesma seccedilatildeo natildeo existe nenhum outro meio

adequado que possua proteccedilatildeo blindada rapidez necessaacuteria para a execuccedilatildeo do

trabalho ou capacidade de acompanhar as VBR VBTP ou VBCCC

Na seccedilatildeo 331 O pelotatildeo de engenharia de apoio foi mencionada a

existecircncia de mineiros bem como o encargo do pelotatildeo em reforccedilar os Pel E Cmb

com os materiais de abertura de brecha Entretanto o uacutenico material existente no

pelotatildeo eacute o material para desminagem manual o que conforme complementado

pela seccedilatildeo 333 este meacutetodo eacute ldquoo menos preferiacutevelrdquo e quando tiver que ser

utilizada que seja somente para abrir trilhas

Conforme a seccedilatildeo 332 O pelotatildeo de equipagem de assalto o Pel Eq Ass eacute

responsaacutevel por armazenar os materiais relacionados agrave transposiccedilatildeo de curso

drsquoaacutegua como eacute o caso das Viaturas Blindadas Especiais lanccediladoras de pontes e os

feixe de tubos o que conforme jaacute afirmado pelo autor esses materiais natildeo existem

no Pel Eq Ass das Cia E Cmb Mec

79

De acordo com a mesma seccedilatildeo os meios existentes para transposiccedilatildeo satildeo

inadequados para emprego no aproveitamento do ecircxito tendo em vista a falta de

proteccedilatildeo blindada o excessivo tempo para montagem e a necessidade de vaacuterias

viaturas para conduccedilatildeo das partes para montagem

No Apecircndice A questatildeo 3 pode-se observar que a grande maioria

considera que eacute indispensaacutevel a utilizaccedilatildeo das viaturas blindadas especiais para o

cumprimento adequado do apoio de engenharia tendo como benefiacutecios o tempo de

execuccedilatildeo a proteccedilatildeo blindada e a baixa quantidade de militares para execuccedilatildeo do

trabalho No Apecircndice B questatildeo 3 todos os ex-comandantes das Cia E Cmb

concordaram com a maioria dos ex-comandantes dos regimentos

Dos comentaacuterios referentes a esta questatildeo destaco as seguintes

- ldquoEacute indispensaacutevel Os atuais meios presentes no QDM da Cia E Cmb de Bda satildeo

totalmente ineficientes numa situaccedilatildeo de combate modernordquo

- ldquoEsses equipamentos BldMec ampliaratildeo a capacidade de trabalho da Cia Erdquo

- ldquoA Eng Mecanizada carece de meios modernos tais como a Retroescavadeira de

Alta Mobilidade Blindada jaacute usada nos EUA (HMEE) (que faria o papel de Eqp Eng

Bda Mec) e de Vtr Lanccedila-Pontes Sobre Rodas (REBS)rdquo

Concluo parcialmente em relaccedilatildeo agrave Variaacutevel Independente que eacute urgente

a necessidade de meios adequados conforme revisatildeo de literatura e respostas

dos questionaacuterios A e B sobre a ineficiecircncia dos meios existentes bem como

a falta de Viaturas Blindadas Especial para apoiar os regimentos empregados

em primeiro escalatildeo no aproveitamento do ecircxito

Outrossim que a Companhia de Engenharia de Combate Mecanizada natildeo

tem condiccedilotildees de realizar o apoio a uma Brigada de Cavalaria Mecanizada tanto

pela ausecircncia de meios quanto pela limitaccedilatildeo de fraccedilotildees disponiacuteveis para

cumprir suas missotildees de reforccedilo apoio ao conjunto e apoio suplementar

Portanto para apoiar uma Brigada de Cavalaria Mecanizada eacute necessaacuterio

o apoio de engenharia de brigada seja prestado por um Batalhatildeo de Engenharia

de Combate Mecanizado

43 APOIO DE ENGENHARIA AOS REGIMENTOS DE UMA BRIGADA DE

CAVALARIA MECANIZADA

80

No presente subitem seratildeo apresentadas as discussotildees referentes agrave Variaacutevel

Dependente a fim de identificar o apoio de Engenharia necessaacuterio para dar

mobilidade aos regimentos de uma Brigada de Cavalaria Mecanizada o qual eacute

imprescindiacutevel aos elementos de emprego em primeiro escalatildeo de uma brigada

As ferramentas de pesquisa exploraram a experiecircncia dos militares

empregados diretamente seja como ldquofornecedorrdquo seja como ldquoclienterdquo desse apoio

no emprego com viaturas blindadas e com experiecircncia em curso de comandante de

subunidade no exterior

Para tal foram exploradas duacutevidas sobre o emprego da engenharia quanto a

organizaccedilatildeo a comparaccedilatildeo com outros exeacutercitos a caracteriacutestica dos meios e

a quantidade de viaturas adequadas para apoio aos regimentos

431 Organizaccedilatildeo adequada

O Apecircndice A questotildees 6 e 7 contribui para a anaacutelise da organizaccedilatildeo da

engenharia que apoia a brigada principalmente pelos comentaacuterios dispensados em

cada questatildeo A grande maioria das respostas foi favoraacutevel agrave organizaccedilatildeo do BE

Cmb por duas Cia E Cmb uma dotada de VBE sobre lagartas e uma de VBE sobre

rodas e a maioria desfavoraacutevel a constituiccedilatildeo do batalhatildeo por duas Cia E a quatro

Pel E Cmb dotados exclusivamente de VBE sobre lagartas

Com base nos seguintes comentaacuterios selecionados seratildeo discutidas as

opiniotildees que culminaram em tal resultado

- ldquoEstamos trabalhando no CMS na proposta sobre o BE Cmb Mec de Bda C Mec

Em 2017 enviamos ao COTER a proposta do BE Cmb Mec de Bda Inf Mec A

proposta do CMS (a 3 Cia E) foi enviada pelo ODOp ao DEC que apoacutes anaacutelise do

projeto decidiu junto com o COTER que o BE Cmb Mec deveria ter somente 2 Cia

Eng Cmb Mec e natildeo trecircs como proposto pelo CMS Na visatildeo do CMS 2 Cia

apoiariam as OM em 1ordm escalatildeo (cada uma com um Regimento) e a 3ordf Cia ficaria

no apoio a toda a brigada (demais OM em 1ordm Esc e A Rg da Bda) Com base nessa

decisatildeo de 2017 foi modificada a proposta do CMS sugerindo ao ODOp que as

duas Cia Eng (decisatildeo DEC COTER) deveriam possuir 4 Pel E cada uma sendo 3

Mec sobre rodas e 1 Bld sobre lagartas com a mesma missatildeo anterior 1 Cia em

apoio aos Rgt em 1ordm escalatildeo e a outra em apoio agrave Bda A diferenccedila entre o BE

81

Cmb Mec de Bda Inf Mec e o de Bda C Mec eacute o apoio a ser prestado ao RCB

Portanto no BE Cmb Mec de Bda Inf Mec todos os Pel E e a Cia C Ap possuem

somente VB sobre rodas No BE Cmb Mec de Bda C Mec 1 Pel E por Cia Eng

deve possuir VB sobre lagartas e os demais VB sobre rodas A Cia C Ap deve

possuir VB sobre rodas e sobre lagartas (VBE Eng VBEL Pnt VBE com

implementos do tipo rolo arado MCLIC lanccedila retinida espargidor de minas AC

etc)rdquo

As duas propostas realizadas pelo CMS estatildeo alinhadas com a maioria das

informaccedilotildees presentes neste trabalho

A primeira proposta poreacutem limita a possibilidade de decisatildeo do comandante

do batalhatildeo quanto ao emprego das unidades de acordo com a missatildeo O que limita

as capacidades do comandante da engenharia da brigada conforme descrito no

capiacutetulo 3 ldquoO comandante da engenharia da brigada faz sentir sua influecircncia na

conduta do combate ao manter os meios de engenharia sempre em condiccedilotildees de

atender agraves necessidades de apoio tanto as planejadas como as imprevistasrdquo

No Apecircndice B questotildees 6 e 7 a grande maioria das respostas foi favoraacutevel

agrave organizaccedilatildeo proposta e a maioria favoraacutevel parcialmente agrave dotaccedilatildeo do batalhatildeo de

duas Cia E a quatro Pel E Cmb dotados exclusivamente de VBE sobre lagartas

Com base nos seguintes comentaacuterios selecionados seratildeo discutidas as opiniotildees

que culminaram em tal resultado

- ldquoSou favoraacutevel que cada Cia E Cmb tenha uma natureza especiacutefica o que

economiza meios e facilita o planejamentordquo

- ldquoConsidero natildeo viaacutevel esta alternativa embora seja melhor (dotaccedilatildeo de VBE sobre

lagartas por todas as Cia E do batalhatildeo) A situaccedilatildeo do Paiacutes natildeo favorece estas

mudanccedilasrdquo

- ldquoo valor Nec para custeio para Mnt de Vtr SL eacute bem maiorrdquo

A partir dos comentaacuterios acima auxiliado pela experiecircncia do autor e alinhado aos

itens anteriores e agrave revisatildeo de literatura chegou-se agrave seguinte conclusatildeo

82

A sugestatildeo de uma organizaccedilatildeo ideal para o BE Cmb eacute a seguinte duas Cia E

Cmb uma dotada de VBTP sobre rodas em apoio aos RC Mec e uma Cia com

VBTP sobre lagartas em apoio ao RCB Isso justifica-se pelos seguintes motivos

- manutenccedilatildeo da natureza de cada Cia E Cmb permitindo assim o

acompanhamento dos regimentos por parte dos pelototildees (seja pela velocidade das

viaturas Guarani e Cascavel seja pela capacidade de transpor terrenos mais difiacuteceis

dos Leopard M113 e M60) e

- organizaccedilatildeo das companhias para emprego de um tipo de viatura (ou M113 ou

Guarani) facilitando a logiacutestica dentro da companhia

432 Comparaccedilatildeo com outros exeacutercitos

Embora a proposta inicial do trabalho fosse analisar a brigada de um exeacutercito

que tivesse uma estrutura semelhante a da Bda C Mec brasileira este autor natildeo

encontrou tal brigada

Para atingir esse objetivo foi realizada a comparaccedilatildeo com duas brigadas

distintas que se aproximam da estrutura desejada de forma diferente

Assim foram analisadas a brigada americana Stryker (SBCT) que eacute uma

Grande Unidade dotada de meios exclusivamente sobre rodas e a Brigada de

Infantaria Mecanizada da Alemanha que possui meios blindados e mecanizados em

suas tropas

A brigada Stryker possui as seguintes tropas da arma-base trecircs batalhotildees de

infantaria a trecircs companhias cada um com trecircs pelototildees um esquadratildeo de

cavalaria de reconhecimento equipada com viaturas de reconhecimento Stryker

conforme figura apresentada no capiacutetulo anterior

A engenharia que apoia a brigada eacute um batalhatildeo constituiacutedo de duas

companhias de constituiccedilotildees diferentes entre si

Uma Cia E tem um pelotatildeo de comando dois pelototildees de engenharia de

combate uma seccedilatildeo de ponte e um grupo de apoio dotado de equipamentos de

abertura de brecha limitado ao emprego de cargas explosivas lineares (MICLIC) em

reboque para remoccedilatildeo de minas e equipamentos de comprovaccedilatildeo (rolo e arado)

A outra Cia E possui uma seccedilatildeo de comando um pelotatildeo de combate

composto por trecircs GE um pelotatildeo de apoio composto por uma seccedilatildeo de pontes e

83

um grupo de construccedilatildeo horizontal e um pelotatildeo de abertura de brecha (em campo

de minas)

Com base no estudo do MCoE Supplemental Manual 3-90 Force Structure

Reference Data de 2015 foi possiacutevel analisar que os meios utilizados na SBCT satildeo

basicamente viaturas leves caminhotildees cargo e viaturas Stryker por todos os

componentes da brigada excetuando-se apenas os equipamentos construccedilatildeo e

limpeza de vias de engenharia

O exeacutercito alematildeo tem suas brigadas de infantaria mecanizada constituiacutedas

das seguintes tropas de cavalaria e infantaria um batalhatildeo de reconhecimento

dotado de viaturas Fennek trecircs batalhotildees de infantaria mecanizada os quais

utilizam a viatura de combate Puma e um batalhatildeo de rifles que utiliza as viaturas

de combate multipropoacutesito Boxer GTK

Essas fraccedilotildees satildeo apoiadas por um batalhatildeo de engenharia blindado composto

por uma companhia de comando e apoio duas companhias de engenharia de

combate blindada uma companhia de equipamentos de engenharia e uma

companhia de pontes flutuantes

As companhias de combate satildeo compostas por um comando um pelotatildeo de

contramobilidade que constroacutei obstaacuteculos para barrar ou canalizar a forccedila inimiga

um pelotatildeo de abertura de brecha dotado de sistema de limpeza e da viatura Keiler

um pelotatildeo de eliminaccedilatildeo de municcedilatildeo que elimina artefatos explosivos e municcedilotildees

garantindo o traacutefego de tropas e um pelotatildeo de equipamentos responsaacutevel pelo

apoio agrave mobilidade abertura de passagem em obstaacuteculos e cursos drsquoaacutegua e

manutenccedilatildeo de estradas

A companhia de pontes flutuantes eacute composta por um pelotatildeo de viaturas

blindadas e um pelotatildeo de mergulhadores E a companhia de equipamento de

engenharia eacute dotada de equipamentos de construccedilatildeo e viaturas blindadas especiais

conforme figura abaixo

A seguir satildeo apresentadas as viaturas componentes dessas brigadas com

seus respectivos pesos e velocidades viatura sobre rodas Fennek (103 ton e 115

kmh) Viatura de Transporte de Pessoal sobre rodas Fuchs (235 ton e 105 kmh)

utilizada pelos pelototildees de engenharia Viatura de Combate sobre lagartas Puma

utilizada pela infantaria (43 ton e 70 kmh) Viatura Lanccedila-Pontes sobre lagartas

Biber (453 ton e 62 kmh) Viatura Blindada Especial de Engenharia sobre lagartas

84

Dachs (43 ton e 62 kmh) e Viatura para Abertura de Brecha sobre lagartas Keiler

(53 ton e 50 kmh)

Embora o trabalho tenha se desenvolvido de forma diferente do planejado

inicialmente este autor considera que foi positiva a anaacutelise pois duas brigadas

distintas de potecircncias beacutelicas que estatildeo sendo empregados em conflitos

atualmente apresentam diferentes formas de apoio

A brigada blindada alematilde mostrou uma proximidade maior agraves caracteriacutesticas da

brigada brasileira em razatildeo da mistura de meios sobre lagartas e sobre rodas o

que natildeo necessariamente conduz a mesma soluccedilatildeo

A anaacutelise permitiu afirmar que eacute possiacutevel o apoio a tropas mecanizadas por

uma engenharia dotada de meios sobre rodas como a Brigada Stryker

Por outro lado tambeacutem eacute possiacutevel que uma brigada mecanizada com viaturas

sobre rodas e viaturas sobre lagartas de classes diferentes e capacidades de

mobilidade diferentes seja apoiada por uma engenharia dotada de meios sobre

lagartas

Conforme Capiacutetulo 3 o apoio de engenharia agrave mobilidade dos regimentos

(RCB e RC Mec) atualmente eacute limitado ao emprego de equipamentos inadequados

para o apoio em operaccedilatildeo de Aproveitamento do Ecircxito devido a inexistecircncia de

VBE

Considerando que na constituiccedilatildeo da brigada existe um RCB dotado de

VBCCC Leopard 1BR e VBCCC M60 A3-TTS foi analisado o emprego dos meios de

engenharia pelo exeacutercito americano e alematildeo onde natildeo foram encontradas

informaccedilotildees sobre apoio de engenharia com meios mecanizados para apoiar

viaturas blindadas sobre lagartas

De outra forma foi observado o emprego de meios especiais sobre lagartas

para apoio agraves tropas dotadas de viaturas sobre lagartas de classe consideraacutevel na

brigada alematilde - como as viaturas Dachs (43 ton) e as viaturas de combate Puma (43

ton) - e viaturas de grande mobilidade sobre rodas - como as viaturas Fennek (115

kmh) e Puma (105 kmh)

No Apecircndice C questotildees 1 2 e 3 foram apresentadas opiniotildees equilibradas

quanto ao emprego das VBE sobre lagartas e unanimidade para emprego dos tipos

de VBTP de acordo com a tropa apoiada (sobre rodas e sobre lagartas)

85

Com base nos comentaacuterios a seguir pretende-se responder agraves problemaacuteticas

levantadas com base na revisatildeo de literatura e reforccedilar as ideias que corroborem

com a proposta do autor

- ldquoA Bda C Mec eacute apta a atuar em operaccedilotildees ofensivas a perda de velocidade

nesse tipo de operaccedilatildeo eacute natural ao se deparar com obstaacuteculos E eacute nesse

contexto que as Vtr Eng satildeo empregadas Dessa maneira natildeo vejo restriccedilatildeo em

usar meios SL para a Bda C Mec Ademais as VBE Eng SL possuem maior

potecircncia para a remoccedilatildeo de obstaacuteculos sendo mais eficientes e poupando

tempo nessa atividade o que pode se tornar uma dificuldade para VBE Eng SRrdquo

Esse comentaacuterio explica como a Bda Inf Mec alematilde consegue realizar suas

missotildees sendo apoiada por um batalhatildeo de engenharia blindado que possui todas

as suas VBE construiacutedas sobre plataformas sobre lagartas E em relaccedilatildeo agrave

capacidade da VBE Eng a experiecircncia do autor permite testemunhar a favor da

afirmaccedilatildeo apresentada sobre a potecircncia e eficiecircncia que as VBE sobre lagartas

possuem e a restriccedilatildeo de trafegabilidade das viaturas sobre rodas no deslocamento

atraveacutes campo

- ldquonatildeo eacute somente uma questatildeo de velocidade mas tambeacutem das caracteriacutesticas de

terreno que elas iratildeo operar Por exemplo natildeo eacute ideal que uma Vtr SL progrida

sobre o asfaltordquo

A afirmaccedilatildeo acima natildeo eacute verdadeira e seraacute respondida com base na

experiecircncia do autor As viaturas alematildes da famiacutelia Leopard inclusive as Leopard 2

que possuem maior classe satildeo deslocadas na Alemanha atraveacutes de estradas

asfaltadas O deslocamento sobre o asfalto natildeo eacute impedimento nem prejudicial agraves

viaturas sobre lagarta

No Apecircndice D questotildees 1 2 e 3 houve unanimidade quanto ao emprego de VBE

sobre lagartas e equiliacutebrio quanto agrave utilizaccedilatildeo de VBTP de mesmo tipo dos

elementos apoiados

Dos comentaacuterios apresentados foram selecionados os que seguem

86

- ldquoDependendo da situaccedilatildeo taacutetica pode-se exigir a utilizaccedilatildeo de algum implemento

para apoiar a mobilidaderdquo

Esse comentaacuterio abre margem para avaliaccedilatildeo de uma proposta mais

audaciosa na qual deveria ser analisado o custo-benefiacutecio de empregarem-se

pelototildees embarcados em VBTP com implementos

Esse estudo deve avaliar inicialmente a capacidade de tal meio comportar o

sistema e um GE na mesma viatura e o custo de ter VBE sobre lagartas e VBTP

com implementos

Por falta de tempo para estudo de tal proposta o autor natildeo consideraraacute esta

proposta uma opccedilatildeo para este trabalho

- ldquoDevem ser utilizadas VBTP M113 nas duas situaccedilotildees pois a mesma oferece

maior mobilidade atraveacutes terrenordquo

A utilizaccedilatildeo de VBTP M113 junto aos RC Mec eacute menos vantajoso pois

dificilmente o Pel E buscaraacute apoiar a mobilidade por caminhos natildeo utilizados pelas

VBPT Guarani por ser uma soluccedilatildeo de maior custo haja vista a quantidade de

viaturas que o pelotatildeo utiliza e por tornar-se uma opccedilatildeo de velocidade de apoio

Diferente do emprego das VBE sobre lagarta o emprego das VBTP sobre

lagarta natildeo traz ganho significativo nos trabalhos aleacutem de faacutecil identificaccedilatildeo visual

por parte do inimigo

As companhias do batalhatildeo de engenharia deveratildeo possuir VBTP sobre

lagartas e sobre rodas para apoiar respectivamente os RCB e os RC Mec Cabe

salientar entretanto que o emprego dessas VBTP natildeo devem ser de uso exclusivo

aos respectivos elementos devendo ser considerado seu emprego desta forma

apenas como mais adequado

Quanto agraves VBE o trabalho conduziu para que o batalhatildeo seja dotado de

viaturas sobre lagartas a fim de dotar os pelototildees de capacidade para organizaccedilatildeo do

terreno transposiccedilatildeo de cursos de aacutegua e valas e abertura de brecha em campo

minado atribuindo mobilidade adequada tanto para apoio aos RC Mec quanto para

apoio aos RCB pelos motivos jaacute analisados no capiacutetulo 42

87

Os materiais foram separados por tipo de trabalho realizado explorando as

necessidades de apoio dos regimentos da seguinte forma trabalhos de abertura de

brecha transposiccedilatildeo de cursos drsquoaacutegua e valas e trabalhos de organizaccedilatildeo do

terreno e desobstruccedilatildeo de vias

Das Viaturas Blindadas Especiais de abertura de brecha destacam-se as

seguintes

A Viatura americana M1150 Assault Breacher Vehicle (ABV) - Viatura de

Abertura de Brechas) construiacuteda a partir do chassi do M1A1 Abrams a qual eacute

dotada de dois MICLIC (Mine Clearing Line Charge) uma carga linear explosiva que

eacute capaz de eliminar 92 a 95 das minas de um campo de minas

A viatura tem capacidade de lanccedilar uma carga explosiva atraveacutes de 100 a 150

metros destruindo minas bombas e IED sem expor a tripulaccedilatildeo que natildeo precisa

desembarcar Aleacutem disso a viatura possui um arado que permite complementar a

seguranccedila da brecha aberta por carga explosiva

O implemento arado eacute um meacutetodo mecacircnico que natildeo suporta ser empregado

como meio principal pois tem baixa resistecircncia Em meacutedia a cada trecircs minas

removidas por esse implemento uma danifica a lacircmina implicando em sua

substituiccedilatildeo

A Viatura BMR-3M que consiste em uma viatura blindada russa baseada no

carro de combate T-90 que conduz agrave frente de suas lagartas rolos que exercem um

peso superior ao das lagartas sobre o solo acionando-as prematuramente Aleacutem dos

rolos a viatura possui um sistema de contra-ataque magneacutetico e um sistema

jammer que impede o acionamento de explosivos controlados por raacutedio A

velocidade da desminagem eacute de 12 kmh dependendo da densidade da mina e das

condiccedilotildees do solo

O sistema de rolo eacute apto para operar em solo seco e relativamente plano Aleacutem

disso deve ser utilizado como complemento do MICLIC pois em meacutedia o rolo

suporta entre trecircs a seis minas devendo apoacutes isso ser substituiacutedo Esse eacute um

excelente sistema para identificaccedilatildeo do iniacutecio de um campo minado

A viatura alematilde Keiler a qual alega-se que limpa cerca de 98 das minas por

onde passa eacute equipada com um sistema composto por um rotor que eacute interligado a

88

vaacuterios pesos metaacutelicos presos por correntes Quando esse rotor gira e eacute aproximado

do solo realiza pancadas no solo gerando ondas de choque que acionam as cargas

explosivasEnquanto realiza a limpeza um sistema automaticamente demarca o

local livre de minas

Viatura que apresenta alta eficiecircncia quando comparado ao MICLIC que natildeo

necessita de um meio complementar e que tem um baixo custo de utilizaccedilatildeo pois

seu sistema natildeo precisa ser recarregado a Viatura Keiler possui uma manutenccedilatildeo

simples apoacutes detonaccedilatildeo pois o acionamento prematuro das minas natildeo afeta seu

sistema podendo afetar peccedilas de faacutecil reposiccedilatildeo o que natildeo ocorre com o sistema

arado e rolo caso sejam utilizados sem complemento do meacutetodo explosivo

O sistema Python eacute um sistema britacircnico consiste em um reboque com uma

carga linear que eacute distendida sobre o terreno por um foguete propulsor Esse

sistema que tambeacutem foi adquirido pela Tailacircndia eacute transportado na Gratilde-Bretanha

pela viatura Trojan que eacute baseada no carro de combate Challenger 2 O Python foi

utilizado em 2010 durante a Operaccedilatildeo Moshtarak no Afeganistatildeo

O implemento lacircmina para desminagem pode ser utilizado nas viaturas

meacutedias de rodas apresentando capacidade limitada de trabalho na remoccedilatildeo de

minas em superfiacutecies pavimentadas

O Light Weight Mine Roller (LWMR) rolo de minas de peso leve eacute um

sistema adicionado agraves viaturas sobre rodas que protege veiacuteculos do efeito de minas

e Dispositivos Explosivos Improvisados (DEI) realizando pressatildeo sobre o solo agrave

frente do veiacuteculo que realiza a abertura (Armytechnology)

Esse eacute um implemento leve mas que gera efeito pesado em suas rodas

atraveacutes do uso de energia hidraacuteulica gerando a pressatildeo necessaacuteria para

acionamento de cargas explosivas

O sistema americano M58 Mine Clearing Line Charge (MICLIC) eacute uma carga

de demoliccedilatildeo linear a qual eacute projetada por foguete sobre o local onde se deseja

realizar a abertura de uma brecha Este sistema tem a capacidade de abrir uma

brecha de 8 m de largura por 100 m de comprimento (Wikipedia) O dispositivo de

demoliccedilatildeo consiste principalmente de uma corda de nuacutecleo de nylon de 34 de

polegada 700 blocos de demoliccedilatildeo composta por C4 e dois filamentos de cordel

detonante de tetranitrato de pentaeritritol (PETN)

Dos MEM para transposiccedilatildeo de cursos drsquoaacutegua ou valas destam-se

89

A Viatura Blindada Especial Lanccedila-Pontes Leopard 1BR (VBEL Pnt Leo 1

BR) eacute viatura modificada da versatildeo alematilde Panzerschnellbruumlcke 1 para o Brasil

Construiacuteda a partir do chassi do Leopard 1 esta eacute capaz de transportar montar (a

ponte eacute transportada em duas metades) e lanccedilar uma ponte de classe 50 de 22

metros sobre um vatildeo de 20 metros

A Viatura Blindada Lanccedila-Pontes Titan eacute uma viatura britacircnica baseada no

chassi do carro de combate Challenger 2 capaz de lanccedilar uma uacutenica ponte de 26 m

em menos de dois minutos ou duas pontes de 12 m em apenas 90 segundos Esta

viatura que realiza o lanccedilamento vertical tem o mesmo niacutevel de proteccedilatildeo da VBCC

fornecendo um niacutevel muito alto de proteccedilatildeo contra armas de fogo direto aleacutem de

consideraacutevel proteccedilatildeo contra minas terrestres e contra agentes QBRN

A Viatura Blindada Lanccedila-Pontes M104 Wolverine eacute a viatura para

transposiccedilatildeo de pequenas brechas utilizada pelos Estados Unidos Construiacuteda a

partir do chassi da viatura carro de combate M1A2 Abrams a viatura Wolverine tem

a capacidade de lanccedilar ponte de classe 70 sobre brechas de ateacute 24 metros

A viatura que realiza lanccedilamento do tipo horizontal possui proteccedilatildeo

semelhante agrave viatura carro de combate M1A2 Abrams e possui um sistema de

gerenciamento de campo de batalha a fim de aumentar a consciecircncia situacional no

campo de batalha

O feixe de tubos ou Pipe Fascine ao ser colocado dentro de um Fosso

Anticarro (Fosso AC) estreitos cursos drsquoaacutegua ou valas ocupa o espaccedilo do vatildeo

permite a passagem de viatura sobre sua superfiacutecie cumprindo funccedilatildeo semelhante a

da ponte

Esse equipamento pode ser lanccedilado por uma Viatura Blindada Especial de

Engenharia ou adaptada em outras viaturas ou reboques Uma necessidade para

lanccedilamento e recolhimento desse material eacute um sistema do tipo concha guindaste

ou outro meio de iccedilamento a fim de recuperar ou movimentar o equipamento apoacutes

ser lanccedilado

O sistema de lanccedilamento de ponte de pequena brecha eacute um sistema para

viaturas sobre rodas que pode ser adaptado agraves viaturas de combate ou de

transporte de pessoal utilizadas pela infantaria ou cavalaria a fim de abrir passagens

em pequenos cursos drsquoaacutegua O sistema REBS (Rapidly Emplaced Bridge System)

por exemplo permite o lanccedilamento de ponte de classe 50 sobre um vatildeo de ateacute 13

metros

90

Dentre os MEM para organizaccedilatildeo do terreno e desobstruccedilatildeo de vias

destacam-se

Os sistemas lacircmina reta e escavadeira satildeo implementos que podem ser

instalados nas viaturas meacutedias de rodas para desobstruccedilatildeo de vias e organizaccedilatildeo

do terreno

A Viatura Blindada Especial de Engenharia Leopard 1BR (VBE Eng Leo 1

BR) eacute uma viatura modificada da versatildeo alematilde Pionierpanzer Dachs 1 para o Brasil

Suas capacidades adveacutem dos seus equipamentos escavadeira guindaste o

qual funciona a partir do braccedilo da escavadeira lacircmina de terraplanagem que realiza

trabalhos de remoccedilatildeo de terra e obstaacuteculos aleacutem de executar a funccedilatildeo de lacircmina de

apoio o que eacute fundamental para aumento da estabilidade e traccedilatildeo nos trabalhos

com o braccedilo da escavadeira e guindaste escarificador para realizar cortes que

frouxam o terreno duro guincho para resgate ou auto resgate (com capacidade de

ateacute 70 toneladas) parafusadeira de impacto aparelho de corte e solda e

policorteesmerilhadeira (Manual de operaccedilatildeo VBE Eng Leo 1 BR p 2)

Embora exista uma versatildeo mais atual da viatura que seraacute apresentada a

seguir esta versatildeo permanece sendo utilizada pela Alemanha devido a sua alta

qualidade

A Viatura Blindada Especial de Engenharia Pionierpanzer 3 Kodiak eacute a

versatildeo mais atual da viatura alematilde Pionierpanzer Dachs 1 As diferenccedilas da versatildeo

anterior satildeo escavadeira com braccedilo articulado dois guinchos e uma lacircmina que

pode ser substituiacuteda por um arado O arado eacute utilizado para a remoccedilatildeo de minas

junto a um sistema de marcaccedilatildeo de brecha e um sistema de detonaccedilatildeo de minas

eletromagneacuteticas

A concha tambeacutem eacute intercambiaacutevel com uma garra universal cortador de

concreto e perfuratriz A proteccedilatildeo desta viatura eacute a mesma da VBCCC Leopard 2

aleacutem de contar com proteccedilatildeo QBRN e sistema de cacircmeras para a realizaccedilatildeo de uma

operaccedilatildeo eficiente sem exposiccedilatildeo do operador

A Viatura Blindada Especial de Engenharia Terrier executa trabalhos com

escavadeira e lacircmina frontal O veiacuteculo ainda conta com uma blindagem e proteccedilatildeo

contra minas fornecendo proteccedilatildeo contra estilhaccedilos de fogo de armas pequenas e

projeacuteteis de artilharia

91

Para missotildees de abertura de brecha este veiacuteculo eacute equipado com um arado de

grande capacidade que complementa o trabalho realizado por seu equipamento

rebocado Python

Esse mesmo reboque ainda tem capacidade de transporte de feixe de tubos ou

um tolo de esteira (tem funccedilatildeo semelhante ao reforccedilador de solo)

De acordo com o que foi apresentado percebe-se que existe uma gama de

materiais disponiacuteveis no mercado mundial com condiccedilotildees de dotar aos Pel E Cmb

das Cia E Cmb de capacidades adequadas para apoiar a mobilidade dos regimentos

da Bda C Mec

Dentre eles como viatura para abertura de brecha destaca-se o Keiler viatura

que utiliza um sistema barato quando comparado ao MICLIC e completo quando

comparado agraves viaturas arado e rolo Outrossim a manutenccedilatildeo do seu sistema em

combate eacute simples de ser realizada por necessitar de troca de peccedilas de faacutecil

substituiccedilatildeo

Para transposiccedilatildeo de cursos de aacutegua e valas destacam-se a VBEL Pnt Biber

que jaacute eacute utilizada no Brasil e o feixe de tubos para o qual jaacute existem estudos no

Brasil sobre a possibilidade de fabricaccedilatildeo dos tubos Essa tambeacutem eacute uma soluccedilatildeo

barata e eficiente que adaptada sobre uma viatura em desuso como as VBCCC

Leopard 1 que estatildeo no Parque Regional de manutenccedilatildeo ou outra viatura que tenha

o chassi em boas condiccedilotildees de funcionamento onde seja adaptado um braccedilo com

funcionamento hidraacuteulico para lanccedilamento e remoccedilatildeo do feixe

Para a organizaccedilatildeo do terreno e desobstruccedilatildeo de vias destacam-se as

viaturas Leopard dentre as quais utilizamos a VBE Eng (Dachs) que atende bem

as tropas blindadas

Este autor buscou apresentar algumas caracteriacutesticas principais desses

materiais buscando analisar pontualmente as funcionalidades dessas viaturas com

base nas capacidades miacutenimas que faltam nos Pel E Cmb que apoiam as Bda C

Mec As viaturas mencionadas possuem muitos outros benefiacutecios os quais natildeo

foram aprofundados por natildeo serem objetivo do presente estudo

433 Caracteriacutesticas dos meios

No Apecircndice A questatildeo 4 as respostas recebidas mostraram opiniatildeo

unacircnime em relaccedilatildeo agrave necessidade de dotar a Cia E Cmb Mec com ponte classe

92

que atenda tanto as VBTP-MR Guarani quanto as VBCCC Leopard (classe 45) e

VBCCC M60 A3-TTS (classe 55) caracteriacutestica que nem o sistema americano para

viaturas sobre rodas REBS possui Como jaacute mencionado na revisatildeo de literatura

esse sistema lanccedila ponte de classe 50

No Apecircndice A questatildeo 5 a grande maioria respondeu que o apoio de

engenharia aos regimentos por VBEL Pnt sobre lagartas eacute pertinente

Os comentaacuterios contribuiacuteram para complementar o raciociacutenio apresentado

pelas questotildees da seguinte forma

- ldquoA vantagem de se ter na OM Eng Cmb Mec da Bda C Mec somente um tipo de

VBE lanccediladora de ponte sobre lagartas seria que a mesma poderia atender

com maior mobilidade atraveacutes do campo tanto os RC Mec quanto o RCBrdquo

No Apecircndice B questotildees 4 foi unacircnime a aceitaccedilatildeo da afirmativa que considera

que a classe da ponte da VBEL Pnt deve atender agrave classe da viatura de maior

classe (atualmente a VBCCC M60)

A anaacutelise dos comentaacuterios a seguir apresentados permitiratildeo uma explicaccedilatildeo mais

detalhada

- ldquoA Viatura Lanccedila Ponte sobre Rodas (REBS) atende um vatildeo de 13 metros para

Classe Militar 50 Jaacute utilizada nos EUA A VBCCC M60 eacute uma soluccedilatildeo paliativa A

VBCCC Padratildeo do EB eacute o Leopardrdquo

Quanto a essa afirmativa foram consideradas duas situaccedilotildees a primeira fruto

da anaacutelise da atual situaccedilatildeo que paleativa ou natildeo eacute a existecircncia da Vtr M60 cuja

classe natildeo eacute suportada pela ponte do sistema REBS a outra fruto da anaacutelise de

uma situaccedilatildeo futura eacute que o Exeacutercito jaacute estaacute pensando no projeto de uma nova

VBCCC para substituir o Leopard 1A5 e consequentemente as viaturas Leopard 1

e o M60 Esse estudo natildeo definiu ateacute o momento entretanto a classe nem o

momento dessa substituiccedilatildeo

Destaco que a maior importacircncia dessa questatildeo foi identificar a opiniatildeo sobre

a capacidade do emprego de viaturas sobre lagartas em atender agraves necessidades

dos regimentos

93

No Apecircndice B questotildees 5 a maioria das respostas foram contraacuterias agrave

utilizaccedilatildeo de pontes lanccediladas por viaturas sobre rodas ao considerar sua falta de

capacidade de suporte agraves viaturas mais pesadas

A exploraccedilatildeo dos seguintes comentaacuterios apresentados permitiratildeo reforccedilar o

resultado atingido

- ldquoA classe da ponte transportada pela Vtr que deve se adequar agraves necessidades da

Bda Acredito que a Pnt transportada pela Vtr sobre rodas deve ter capacidade de

transposiccedilatildeo de meios sobre lagartasrdquo

Embora concorde com a afirmaccedilatildeo quando comparamos a diferenccedila de

capacidades entre as VBEL Pnt dos paiacuteses mais desenvolvidos verificamos a

dificuldade das viaturas sobre rodas proporcionarem semelhante capacidade

propiciada pelas sobre lagartas

Essa avaliaccedilatildeo eacute facilitada quando comparamos o implemento para viaturas

sobre rodas e a viatura sobre lagartas empregados pelo mesmo paiacutes

O sistema americano REBS que proporciona suporte para viaturas de classe

50 em vatildeos de ateacute 13 metros mostra-se muito inferior quando comparado agrave

capacidade da viatura Wolverine de lanccedilar uma ponte de classe 70 em vatildeo de ateacute

24 metros Quase o dobro de largura de vatildeo em relaccedilatildeo agrave ponte lanccedilada pelo

sistema REBS

Destarte a crescente demanda de pontes de maior classe torna niacutetidos os

benefiacutecios de investir-se em pontes de pequenas brechas de maior capacidade

- ldquoUm detalhe que deve ser levado em consideraccedilatildeo eacute o seguinte num combate de

velocidade e manobra realizado por uma fraccedilatildeo que utilize Vtr Bld SL a VBL Pnt

conseguiraacute acompanhar o mesmo movimento ou alguns Obt do terreno faratildeo ela

ficar pelo caminho Por isso eacute vaacutelido raciocinar que numa Bda que possui elementos

de Man SL e SR a engenharia orgacircnica tambeacutem deva ter essa caracteriacutestica Assim

eacute vaacutelido pensar que nesse BE Cmb Mec deva existir no miacutenimo uma fraccedilatildeo E Cmb

Bld (SL)rdquo

Pode-se contrapor o referido comentaacuterio por meio da anaacutelise do emprego do

exeacutercito alematildeo o qual apoia a Bda Inf Mec com VBE sobre lagartas permitindo

94

afirmar assim que a utilizaccedilatildeo de tais meios no apoio aos elementos dotados de

viaturas sobre rodas natildeo impactaraacute no acompanhamento dos regimentos

Em complemento a essa anaacutelise pode-se analisar o procedimento

experimental que foi realizado no Centro de Instruccedilatildeo de Blindados constante no

Apecircndice E Com meios sobre lagarta um Pel E Cmb acompanhou toda a manobra

em ambiente virtual de um RC Mec da 3ordf Brigada de Cavalaria Mecanizada natildeo

sendo prejudicado seu apoio pela velocidade dos meios empregados

No Apecircndice C questotildees 4 e 5 as opiniotildees foram equilibradas tornando-se mais

adequado a anaacutelise dos comentaacuterios para avaliaccedilatildeo das questotildees propostas

- ldquoConcordo que seria positivo para a funccedilatildeo de Cmb Log mas seria prejudicial para

a funccedilatildeo Cmb Man e Mov pois as tropas SR teriam que ser Ap em algumas

situaccedilotildees por Vtr SLrdquo

De acordo com o emprego realizado na Alemanha conforme capiacutetulo 3 o apoio

prestado pelas VBE sobre lagartas natildeo eacute um problema que afeta a funccedilatildeo de

combate Movimento e Manobrardquo

- ldquoNatildeo obstante agraves vantagens logiacutesticas visualizadas como a menor diversidade

de meios habilitaccedilatildeo de pessoal e estruturas fiacutesicas a adoccedilatildeo de ambos os

meios SR e SL concede maior flexibilidade para o apoio de Eng Permitindo ao

Cmt BE Cmb Mec alocar os meios SR e SL de acordo com a necessidade natureza

da missatildeo e tipo de tropa apoiadardquo

Quanto agrave flexibilidade de apoio natildeo foi identificada a referida problemaacutetica mas as

vantagens estatildeo de acordo com o que o estudo identificou ateacute agora

No Apecircndice D questotildees 4 e 5 as opiniotildees foram equilibradas e devido agrave baixa

quantidade de respostas tornou-se mais adequado analisar seus comentaacuterios como

se segue

- ldquoEacute evidente que o emprego de Vtr sobre lagartas aumenta a mobilidade em

qualquer terreno mas por outro lado impacta enormemente na cauda logiacutestica

Insisto que as Bda C Mec devam manter suas caracteriacutesticas de velocidade

95

principalmente trafegabilidade e mobilidade Recordo que os meios sobre roda

garantem entre outras vantagens melhores condiccedilotildees para o apoio logiacutestico Para

as Bda C Mec a velocidade eacute fundamental no cumprimento de suas missotildees

baacutesicas de Rec e Seg Penso que a mescla de meios sobre lagartas e meios sobre

rodas eacute a configuraccedilatildeo mais adequada considerando a atual constituiccedilatildeo das Bda C

Mec do EBrdquo

Do mesmo modo que nossas Bda C Mec a Bda Inf Mec alematilde eacute dotada de

viaturas leves e raacutepidas as quais necessitam ser acompanhadas e apoiadas

adequadamente pelos pelototildees de engenharia Portanto mais uma vez a

comparaccedilatildeo com o emprego da engenharia na brigada alematilde torna-se fundamental

para comprovar a eficiecircncia do apoio com VBE sobre lagartas

- ldquoA Logiacutestica das VB SL eacute muito mais onerosa que a SR tanto em suprimentos

quanto em manutenccedilatildeo Acredito que uma Cia com meios Bld para apoiar o RCB

seja menos impactante que dotar 3 Cia com meios SL mesmo considerando a maior

diversidade de materiais nesta anaacuteliserdquo

Realmente o custo com suprimentos manutenccedilatildeo e complementando gasto

com combustiacutevel das viaturas sobre lagartas eacute maior que das viaturas sobre rodas

Todavia os benefiacutecios desse investimento seriam

- ganho na compra de um lote maior de viaturas sobre lagartas (quanto maior o

nuacutemero de viaturas menor seraacute o preccedilo)

- ganho em capacidade de trabalho (as viaturas sobre rodas possuem muitas

limitaccedilotildees para a VBEL Pnt a limitaccedilatildeo de classe e para as VBE Eng e VBE

desminagem capacidade muito inferior de utilizar os equipamentos como lacircmina

escavadeira o arado ou rolo atraveacutes campo onde a traccedilatildeo eacute extremamente

necessaacuteria

- ganho na proteccedilatildeo no qual destaca-se em relaccedilatildeo agraves VBTP por ser um meio

mais nobre para as forccedilas amigas e compensador para as inimigas e pela maior

necessidade de exposiccedilatildeo aos fogos haja vista que em operaccedilotildees de abertura de

passagem esse meio seraacute conduzido agrave frente para a realizar a reduccedilatildeo dos

obstaacuteculos

96

434 Quantidade de VBE por BE Cmb

No Apecircndice C questatildeo 6 houve uma aceitaccedilatildeo maior que reprovaccedilatildeo o

que poderaacute ser complementado pela anaacutelise dos comentaacuterios que se seguem

- ldquoDeve-se observar nesse caso natildeo somente a quantidade de elementos de

manobra a apoiar mas tambeacutem a capacidade maacutexima de zonas de accedilatildeo em que a

Bda C Mec eacute capaz de se desdobrar Por exemplo uma Bda Bld pode-se desdobrar

em ateacute 05 zonas de accedilatildeo observadas as suas capacidades maacuteximas de comando e

controle (04 FT U e 01 FT SU) A partir desse levantamento pode-se traccedilar melhor

as necessidades totais de meios de Eng para apoio inclusive com os meios

reservasrdquo

- ldquoPara realizar a comparaccedilatildeo se faz necessaacuterio saber quantas Vtr por tipo os

batalhotildees de engenharia do exeacutercito americano possuem Natildeo haacute a necessidade de

uma Vtr apenas para o rolo Esse pode ser empregado como implemento para as Vtr

da peccedila de manobra Se for possiacutevel utilizar o exeacutercito americano como um modelo

(uma ideia) seria interessante ter uma Vtr especializada de engenharia como os

ABV que jaacute possuem o miclic e o arado na mesma Vtrrdquo

A primeira afirmativa talvez seja a situaccedilatildeo ideal de apoio de uma engenharia

de brigada entretanto para se atingir a capacidade miacutenima de apoio a dotaccedilatildeo de

VBE natildeo precisa atingir cada zona de accedilatildeo mas cada regimento empregado pela

brigada com no miacutenimo um meio principal e um reserva

De acordo com o estudo dos meios do exeacutercito americano verifica-se que sua

engenharia de brigada natildeo tem meios para apoiar cinco zonas de accedilatildeo limitando-se

ao apoio das companhias por unidade Desta forma a complementariedade desse

apoio cabe agrave engenharia de divisatildeo agrave brigada

Em relaccedilatildeo a segunda proposiccedilatildeo pela proximidade das caracteriacutesticas da

brigada faz-se mais conveniente analisar a quantidade de meios do batalhatildeo da

Alemanha que dos Estados Unidos

Desta forma identifica-se que cada companhia do batalhatildeo de engenharia da

Alemanha aleacutem de sistema de lanccedilamento de minas e botes de assalto deteacutem 3

(trecircs) viaturas lanccediladoras de ponte 2 (duas) viaturas de abertura de brecha 2 VBE

Eng

97

Esta distribuiccedilatildeo mostra-se coerente com a miacutenima necessidade dos

regimentos da Bda C Mec os quais precisam ser apoiados com no miacutenimo duas

VBE Eng e duas viaturas de abertura de brecha no caso de emprego de dois

esquadrotildees em primeiro escalatildeo

A dotaccedilatildeo de 3 VBEL Pnt tambeacutem justifica-se pois atende a necessidade de

transposiccedilatildeo em trecircs locais simultaneamente ou em dois locais permanecendo com

uma viatura em reserva primando pela seguranccedila da operaccedilatildeo

De acordo com o acima exposto conclui-se que as companhias do batalhatildeo de

engenharia necessitam de trecircs VBEL Pnt duas VBE Eng e duas viaturas para

abertura de brecha

Como conclusatildeo da anaacutelise da Variaacutevel Dependente de acordo com o que

foi analisado concluo parcialmente que o batalhatildeo de engenharia da brigada

composto por duas Companhia Engenharia de Combate deve ter 4 Pelototildees

de Engenharia de Combate por companhia para as cumprir as missotildees de

apoio direto reforccedilo apoio suplementar e apoio ao conjunto

Com base na anaacutelise das brigadas de outros exeacutercitos eacute possiacutevel a

utilizaccedilatildeo de meios sobre lagartas e sobre rodas mesmo que elas tenham

classes e capacidades de mobilidade diferentes para apoio agraves Brigadas de

Cavalaria Mecanizada

Atualmente os meios de dotaccedilatildeo da Cia E Cmb Mec satildeo inadequados

para o apoio em operaccedilatildeo de Aproveitamento do Ecircxito e a inexistecircncia de

viaturas blindadas especiais de engenharia restringe suas capacidades de

apoio sob fogos diretos mesmo de armas de baixo calibre

Para solucionar este problema pocircde-se observar a existecircncia de

materiais no mercado mundial com condiccedilotildees de dotar os Pel E Cmb das Cia E

Cmb de capacidades adequadas para apoiar a mobilidade dos regimentos da

Bda C Mec

Dentre eles destaca-se a viatura para abertura de brecha Keiler viatura

que utiliza um sistema barato e capaz de realizar sozinha a abertura completa

com manutenccedilatildeo simples

Para transposiccedilatildeo de cursos de aacutegua e valas destacam-se a VBEL Pnt

Biber e o sistema de feixe de tubos A primeira por ser um material eficiente

que jaacute eacute empregado pelas Brigadas Blindadas e a segunda por ser um

98

sistema barato e de faacutecil implementaccedilatildeo em viaturas repotencializadas como

as viaturas Leopard 1 desde que tenham seus sistemas baacutesico em

funcionamento

Para a organizaccedilatildeo do terreno e desobstruccedilatildeo de vias destacam-se as

viaturas Leopard dentre as quais utilizamos a VBE Eng (Dachs) que atende

bem as tropas blindadas

De acordo com a anaacutelise realizada o BE Cmb Mec necessita dos

seguintes materiais para reforccedilo das Cia E Cmb 6 (seis) VBEL Pntcom duas

pontes cada 4 (quatro) VBE Eng 4 (quatro) Viaturas lanccediladoras de feixe de

tubos e 4 (quatro) viaturas para abertura de brecha

99

5 CONCLUSAtildeO E RECOMENDACcedilOtildeES

A presente dissertaccedilatildeo de mestrado classificada quanto agrave sua forma de

abordagem como qualitativa e quanto ao objetivo geral como exploratoacuteria e

descritiva teve como tema a A Engenharia de combate da Brigada de Cavalaria

Mecanizada Uma sugestatildeo de adequaccedilatildeo do apoio prestado aos elementos

empregados em primeiro escalatildeo nas operaccedilotildees ofensivas

O problema central da pesquisa balizou o desenvolvimento do trabalho para

atingir o objetivo geral direcionando-o para o desenvolvimento da proposta mais

adequada de emprego da engenharia no apoio agraves Brigadas de Cavalaria

Mecanizada

Embora tenha sido observada a inexistecircncia de algumas bibliografias a

pesquisa bibliograacutefica permitiu atingir plenamente os objetivos especiacuteficos

relacionados agraves questotildees de estudo acima enumeradas

Nessa fase foram analisados os conceitos receacutem introduzidos no Exeacutercito os

materiais adquiridos e em desenvolvimento atraveacutes dos Projetos Leopard e

Guarani a organizaccedilatildeo da Brigada de Cavalaria Mecanizada e a Companhia de

Engenharia de Combate

Por meio deste estudo foram identificadas as capacidades e limitaccedilotildees dos

elementos empregados em primeiro escalatildeo pela brigada e as capacidades

previstas para o apoio dos Pelototildees de Engenharia desta companhia no apoio em

Operaccedilatildeo de Aproveitamento do Ecircxito

Observou-se a organizaccedilatildeo caracteriacutesticas capacidades e limitaccedilotildees dos Pel

E Cmb identificando os materiais existentes para apoio agrave mobilidade dos

Regimentos e a necessidade de reforccedilos pela Cia E Cmb a fim de realizar um apoio

efetivo

Apoacutes o referido estudo buscou-se complementar os estudos de revisatildeo

bibliograacutefica com a aplicaccedilatildeo de questionaacuterios e procedimento experimental

Para cumprir esse objetivo os questionaacuterios foram enviados a comandantes e

ex-comandantes dos regimentos de cavalaria e companhias de engenharia das

Brigadas de Cavalaria Mecanizada os quais tinham experiecircncia no emprego das

tropas estudadas

Em complemento agrave experiecircncia dos grupos citados foram enviados

100

questionaacuterios aos oficiais de engenharia e instrutores do Centro de Instruccedilatildeo de

Blindados que realizaram curso de comandante de subunidade nos Estados Unidos

ou na Alemanha a fim de contribuiacuterem com experiecircncias e conhecimentos

adquiridos nesses paiacuteses

Desta forma identificou-se a limitaccedilatildeo em meios e em pessoal e

consequentemente ineficiecircncia da companhia de engenharia em realizar um apoio

adequado em uma Operaccedilatildeo de Aproveitamento do Ecircxito e ainda apresentar

condiccedilotildees de realizar trabalhos de apoio ao conjunto suplementar e ficar em

condiccedilotildees de apoiar a reserva quando empregada

Desta feita foram analisadas soluccedilotildees em material e emprego capazes de

tornar o apoio da engenharia suficiente agraves necessidades miacutenimas e imediatas dos

regimentos Assim a anaacutelise seguiu os indicadores e dimensotildees da Variagravevel

Independente e Dependente as quais foram medidas de acordo com as questotildees

constantes nos apecircndices conforme quadros 1 e 2 das Definiccedilatildeo operacional das

variaacuteveis

Isto posto a fim de adequar o emprego e os meios da engenharia da brigada

identificou-se a necessidade de propor uma nova organizaccedilatildeo a fim de solucionar

as suas limitaccedilotildees Com isso concluiu-se que se faz necessaacuteria a mudanccedila do

apoio de uma Companhia de Engenharia de Combate Mecanizada para um

Batalhatildeo de Engenharia de Combate Mecanizado

Para o adequado apoio do Batalhatildeo junto aos Regimentos dotados de

viaturas mecanizadas e blindadas questionou-se a caracteriacutestica dos meios a serem

empregados pela engenharia

A soluccedilatildeo desta questatildeo foi amparada no estudo realizado por meio de

revisatildeo bibliograacutefica pelo procedimento experimental pelas respostas dos

questionaacuterios e seus comentaacuterios

Todos esses procedimentos e instrumentos direcionaram a proposta para a

estrutura de um BE Cmb a duas companhias com quatro pelototildees cada Uma

companhia deve ser dotada de VBTP sobre rodas para apoiar os RC Mec e a

companhia dotada de VBTP sobre lagarta deve apoiar o RCB e se for necessaacuterio

ficar em condiccedilotildees de apoiar o RC Mec

O procedimento experimental contribuiu para identificaccedilatildeo de uma suporte

adequado agrave brigada o qual foi realizado pela Seccedilatildeo de Simuladores do Centro de

Instruccedilatildeo de Blindados por meio do Treinamento Taacutetico em Ambiente Virtual

101

(TTAV) o qual realizou um treinamento com emprego de um RC Mec de uma Bda C

Mec em um Movimento Retroacutegrado que mesmo tendo sido aplicado um tipo

totalmente diferente da operaccedilatildeo em questatildeo permitiu a anaacutelise da capacidade das

viaturas blindadas sobre lagartas no acompanhamento das viaturas blindadas sobre

rodas no cumprimento de suas missotildees

Esse treinamento contribuiu para corroborar com a anaacutelise realizada na

doutrina alematilde que permitiu afirmar que os meios sobre lagartas utilizados pela

engenharia tem condiccedilotildees de apoiar uma Brigada de Cavalaria Mecanizada mesmo

quando esses meios satildeo empregados junto a um RC Mec

Outrossim chegou-se agrave identificaccedilatildeo dos meios que o Batalhatildeo de

Engenharia de Combate Mecanizado deve possuir para reforccedilar em meiois os Pel E

Cmb de acordo com as necessidades de apoio dos Regimentos de uma Bda C Mec

no Aproveitamento do Ecircxito quais sejam quatro VBE Eng quatro VBE de abertura

de brecha (do tipo Keiler) e seis VBEL Pnt (com duas pontes cada) todas sobre

lagartas

Com as conclusotildees do presente trabalho pretende-se adequar o apoio

prestado pela engenharia da brigada por meio da adequaccedilatildeo de seu emprego e de

seu material e refletindo na sua organizaccedilatildeo a fim de capacitaacute-la a apoiar os

elementos empregados em primeiro escalatildeo pela Brigada de Cavalaria Mecanizada

Como soluccedilatildeo praacutetica o autor apresenta no Anexo B a proposta consolidada

em uma Nota Complementar agrave Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 ndash

As Estruturas de Engenharia no Teatro de Operaccedilotildees a qual se apresenta

como base para modificaccedilatildeo do emprego da engenharia da brigada e

consequentemente servir de embriatildeo de um novo manual

Uma sugestatildeo para a experimentaccedilatildeo doutrinaacuteria eacute a transformaccedilatildeo da 3ordf

Companhia de Engenharia de Combate Mecanizada de Dom Pedrito-RS em

batalhatildeo a fim de aproveitar as instalaccedilotildees atuais as quais eram de utilizadas pelo

14ordm Regimento de Cavalaria Mecanizada

O presente trabalho explorou a adequaccedilatildeo do apoio de engenharia da Bda C

Mec a partir da anaacutelise do seu emprego e do seu material no apoio aos elementos

em primeiro escalatildeo em Operaccedilatildeo de Aproveitamento do Ecircxito

Outros estudos se fazem necessaacuterios para complementar as capacidades

necessaacuterias a esse batalhatildeo Dessa maneira o autor recomenda por meio do

QUADRO 17 a seguir os seguintes temas

102

QUADRO DE PROPOSTA PARA NOVAS PESQUISAS NA ESAO

Tema sugerido Especialista recomendado

BE Cmb de uma Brigada de Cavalaria Mecanizada Uma proposta de Quadro de Dotaccedilatildeo de Material (QDM) e Quadro de Cargos Previstos (QCP)

Oficial de engenharia que tenha servido em OM blindada e mecanizada

Equipagens para transposiccedilatildeo de curso drsquoaacutegua adequaccedilatildeo dos meios de transposiccedilatildeo de uma Bda C Mec

Militar de engenharia que tenha comandado uma Companhia de Engenharia de Pontes

TTP do Batalhatildeo de Engenharia de Combate Mecanizado na Operaccedilatildeo de Abertura de Passagem

Oficial de engenharia que tenha servido em OM blindada e mecanizada

Emprego de feixe de tubos em viaturas blindadas para transposiccedilatildeo de cursos de aacutegua e valas

Oficial que tenha experiecircncia com blindados

Viatura de Abertura de Brecha Keiler Uma viatura para solucionar uma deficiecircncia da engenharia brasileira

Oficial de engenharia com curso de desminagem preferencialmente habilitado em

alematildeo

O emprego de um Pelotatildeo de Engenharia de Apoio na Companhia de Engenharia de Combate de um BE Cmb Mec Uma sugestatildeo de dotaccedilatildeo de meios de emprego junto aos elementos em primeiro escalatildeo pela Cia E Cmb

Oficial que tenha servido em Batalhatildeo de Engenharia preferencialmente que tenha

comandado uma Companhia de Comando e Apoio

Doutrina do Batalhatildeo de Engenharia de Combate Mecanizado da Brigada de Cavalaria Mecanizada

Oficial de engenharia que tenha servido em OM blindada e mecanizada

QUADRO 17 - Propostas de novas pesquisas relacionadas ao apoio de engenharia agrave uma Bda C Mec Fonte O autor

______________________________ Saulo dos Santos Marques

Capitatildeo de Engenharia

103

REFEREcircNCIAS

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104

BRASIL Exeacutercito Estado Maior C 5-37 minas e armadilhas 2 ed Brasiacutelia DF 2000c

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109

APEcircNDICE A ndash QUESTIONAacuteRIO DESTINADO AOS COMANDANTES E EX-

COMANDANTES DOS REGIMENTOS DAS BRIGADAS DE CAVALARIA

MECANIZADA

O presente questionaacuterio eacute parte integrante da Dissertaccedilatildeo de Mestrado em Ciecircncias

Militares da Escola de Aperfeiccediloamento de Oficiais (EsAO) cujo tema eacute A

ENGENHARIA DE COMBATE DA BRIGADA DE CAVALARIA MECANIZADA

UMA SUGESTAtildeO DE ADEQUACcedilAtildeO DO APOIO PRESTADO AOS ELEMENTOS

EMPREGADOS EM PRIMEIRO ESCALAtildeO NAS OPERACcedilOtildeES OFENSIVAS

desenvolvida pelo Cap Saulo dos Santos Marques da Arma de Engenharia

cursando a EsAO e que possui como orientador o Cel ANDREacute CEZAR SIQUEIRA

instrutor desse Estabelecimento de Ensino

O trabalho em desenvolvimento tem por objetivo analisar as capacidades da

Companhia de Engenharia de Combate Mecanizada (Cia E Cmb Mec) agrave luz da

doutrina vigente e dos novos Mateirais de Emprego Militar (MEM) os quais satildeo

partes importantes da determinaccedilatildeo das capacidades das tropas (DOAMEPI)

Para que esta meta seja alcanccedilada a sua especializaccedilatildeo e experiecircncia

do senhor que jaacute foi comandante de Regimento de Bda C Mec eacute fundamental

Solicito-vos para que em cada questatildeo marque a alternativa que melhor

corresponda agrave sua visatildeo e experiecircncia vivida com o tema ou em atividades dessa

natureza Caso possua conhecimentos complementares sobre cada pergunta ou

opiniotildees divergentes das opccedilotildees apresentadas o senhor poderaacute transcrever nos

espaccedilos descrito como Comente sua opiniatildeo

Outrossim informo-vos que seratildeo necessaacuterios apenas 05 (cinco) minutos

para responder o presente questionaacuterio e que natildeo haveraacute divulgaccedilatildeo de dados

pessoais sendo os resultados de caraacuteter quantitativo e qualitativo representados

por grupos de acordo com o universo ora abordado

Desde jaacute sou grato pela atenccedilatildeo e participaccedilatildeo

Com os melhores cumprimentos

Saulo dos Santos Marques - Cap Eng

110

A ndash ESCALAtildeO DE APOIO DE ENGENHARIA

1) A Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 02 de 31 de maio de 2016 a qual

descreve as estruturas de Engenharia no Teatro de Operaccedilotildees define que a

Brigada de Infantaria Mecanizada deve ser apoiada por um Batalhatildeo de Engenharia

Levando-se em consideraccedilatildeo que a Bda Inf Mec eacute composta por 3 BI Mec e a

Bda C Mec eacute composta por 2 RC Mec e 1 RCB (aleacutem do RC Mec divisionaacuterio) a

engenharia que apoia a Bda C Mec deveria ser consequentemente um BE Cmb

Mec a duas companhias de 4 Pel E Cmb cada

( ) Concordo totalmente

( ) Concordo parcialmente

( ) Discordo

( ) Discordo plenamente

COMENTAacuteRIO DAS OPINIOtildeES

1 Com essa organizaccedilatildeo o BE Cmb Mec poderia empregar uma SU em apoio

direto aos elementos de manobra inclusive aquele em 2ordm escalatildeo mantendo

ainda uma Cia Eng Cmb Mec para emprego centralizado na Z Accedil da Bda

111

2 Penso que o ideal seria um BE Cmb Mec a 3 Cia com 4 Pel E Cmb cada

permitindo o apoio aos 3 elementos de manobra da Bda com uma SU Caso a

Bda receba o RC Mec divisionaacuterio deve receber tambeacutem uma SU Eng Cmb

da Divisatildeo

3 Essa eacute dosagem miacutenima tendo em vista a envergadura e pletora de meios da

tropa apoiada

2) No manual O Inimigo o Exeacutercito Vermelho utiliza a dosagem de uma companhia

de engenharia de combate por unidade de valor batalhatildeo ou regimento Com base

nesse dado para que nossa engenharia esteja adequada a fazer frente agrave

engenharia inimiga o apoio agrave Brigada de Cavalaria Mecanizada deve ser no miacutenimo

de valor de um BE Cmb

( ) Concordo totalmente

( ) Concordo parcialmente

( ) Discordo

( ) Discordo plenamente

Comentaacuterio das opiniotildees

112

1 Embora concorde com a organizaccedilatildeo sugerida no quesito anterior acredito

que natildeo se deva tomar por base uma organizaccedilatildeo do inimigo feita com

finalidades especiacuteficamente escolares A organizaccedilatildeo a ser considerada eacute

aquela adotada por potenciais ameaccedilas

2 Utilizando a mesma dosagem de uma Cia Eng Cmb por Elemento de

manobra valor Batalhatildeo ou Regimento

B ndash QUANTO AOS MEIOS

3) As viaturas blindadas de engenharia como por exemplo a VBE Eng a VBEL Pnt

Vtr de limpeza de minas rolo de dispersatildeo de minas arado entre outras satildeo

viaturas que realizam a abertura de passagem para a transposiccedilatildeo de elementos

apoiados Alguns dos benefiacutecios de sua utilizaccedilatildeo satildeo abertura em menor tempo

com proteccedilatildeo blindada agrave guarniccedilatildeo e exigindo um menor efetivo A partir dessa

afirmaccedilatildeo eacute possiacutevel afirmar que eacute DISPENSAacuteVEL a utilizaccedilatildeo desses meios tendo

em vista que a Cia E Cmb jaacute possui ponte portada e pelototildees com suas

ferramentas de sapa para cumprir esse trabalho

( ) Concordo totalmente

( ) Concordo parcialmente

( ) Discordo

( ) Discordo plenamente

113

Comentaacuterio das opiniotildees

1 A Bda C Mec conduz por suas caracteriacutesticas operaccedilotildees de movimento

Destarte todos os meios que facilitem o movimento satildeo importantes para ela

2 Haveria dificuldade de acompanhamento dos Elm 1ordm Esc pela velocidade de

deslocamento

3 Eacute INDISPENSAacuteVEL a utilizaccedilatildeo desses meios pela Eng da Bda

C ndash QUANTO AgraveS CARACTERIacuteSTICAS DESSES MEIOS

4) Com o advento dos projetos Leopard e Guarani as Bda C Mec passaram a

possuir nos RCB e nos R C Mec respectivamente as VBCCC Leopard 1A1 ou M60

e a VBTP-MR Guarani Partindo do princiacutepio que as VBCCC Leopard tecircm classe

superior agraves VBTPMR Guarani as viaturas lanccediladoras de pontes devem atender agrave

classe das primeiras (viatura de maior classe) o que permite transpor os dois tipos

de viaturas

114

( ) Concordo totalmente

( ) Concordo parcialmente

( ) Discordo

( ) Discordo plenamente

Comentaacuterio das opiniotildees

1 Essa eacute uma assertativa bastante oacutebvia Os meios de transposiccedilatildeo devem

assegurar o movimento de todas as Vtr empregadas pela Bda C Mesc

2 Quem apoia mais apoia menos Esse um princiacutepio que atende plenamente ao

princiacutepio de guerra de economia de meios

5) Como normalmente os blindados sobre lagartas possuem uma capacidade de

transportar pontes mais pesadas em relaccedilatildeo agraves viaturas sobre rodas eacute pertinente

que as viaturas lanccediladoras de ponte sejam sobre rodas mesmo que inviabilize a

transposiccedilatildeo de meios sobre lagartas

( ) Concordo totalmente

( ) Concordo parcialmente

( ) Discordo

( ) Discordo plenamente

115

Comentaacuterio das opiniotildees

1 Volto agrave resposta dada no quesito anterior Os meios de Eng devem ser

necessaacuterios e suficientes para assegurar que TODAS as Vtr da Bda

transponham o obstaacuteculo Como estaacute colocada a questatildeo seria concordar

com que o RCB principal elemento de forccedila da Bda natildeo pudesse empregar

seus CC

2 Sobre a afirmativa eacute bom lembrar as VBE Lccedil Pnt devem deslocar-se com

suas pontes somente em pequenos trechos no compartimento de combate

ateacute o local de lanccedilamento (essas pontes satildeo equipamentos fraacutegeis natildeo

devendo ser deslocadas sobre a VB por longos trechos) Ateacute a aproximaccedilatildeo

desse compartimento as pontes devem ser transportadas em pranchas e se

possiacutevel as VBE Lccedil Pnt sobre lagarta tambeacutem A vantagem de se ter na OM

Eng Cmb Mec da Bda C Mec somente um tipo de VB lanccediladora de ponte

sobre lagartas seria que a mesma poderia atender com maior mobilidade

atraveacutes do campo tanto os RC Mec quanto o RCB Essa VB sobre lagarta

deveria como jaacute foi dito possuir uma viatura Cavalo Mecacircnico com prancha

para a aproximaccedilatildeo da VB ateacute o compartimento de combate (onde deveraacute

lanccedilar a Pnt ) e outra para transportar no miacutenimo as suas trẽs pontes de

pequena brecha

116

3 A Eng da Bda deve ter condiccedilotildees de apoiar o movimento de TODOS os meios

da Bda

D ndash SUGESTOtildeES

6) Eacute mais adequado que o apoio de engenharia a uma Bda C Mec seja realizado por

um batalhatildeo a duas companhias de quatro pelototildees sendo uma das Cia E Cmb

dotada de Viaturas Blindadas Especiais sobre lagartas mais capacitada a apoiar o

RCB e uma Cia E Cmb dotada de Viaturas Blindadas Especiais sobre rodas mais

capacitada a apoiar os RC Mec

( ) Concordo totalmente

( ) Concordo parcialmente

( ) Discordo

( ) Discordo plenamente

Comentaacuterios das opiniotildees

1 Ver resposta do quesito seguinte

2 Estamos trabalhando no CMS na proposta sobre o BE Cmb Mec de Bda C

Mec Em 2017 enviamos ao COTER a proposta do BE Cmb Mec de Bda Inf

Mec A proposta do CMS ( a 3 Cia E) foi enviada pelo ODOp ao DEC que

apoacutes anaacutelise do projeto decidiu junto com o COTER que o BECmb Mec

117

deveria ter somente 2 Cia Eng Cmb Mec e natildeo trecircs como proposto pelo

CMS Na visatildeo do CMS 2 Cias apoiariam as OM em 1ordm escalatildeo (cada uma

com um Regimento) e a 3ordf Cia ficaria no apoio a toda a brigada (demais OM

em 1ordm Esc e A Rg da Bda) Com base nessa decisatildeo de 2017 foi modificada

a proposta do CMS sugerindo ao ODOp que as duas Cia Eng (decisatildeo DEC

COTER) deveriam possuir 4 Pel E cada uma sendo 3 Mec sobre rodas e 1

Bld sobre lagartas com a mesma missatildeo anterior 1 Cia em apoio aos Rgt em

1ordm escalatildeo e a outra em apoio agrave Bda A diferenccedila entre o BE Cmb Mec de Bda

Inf Mec e o de Bda C Mec eacute o apoio a ser prestado ao RCB Portanto no BE

Cmb Mec de Bda Inf Mec todos os Pel E e a Cia C Ap possuem somente VB

sobre rodas No BE Cmb Mec de Bda C Mec 1 Pel E por Cia Eng deve

possuir VB sobre lagartas e os demais VB sobre rodas A Cia C Ap deve

possuir VB sobre rodas e sobre lagartas (VBE Eng VBE LccedilPnt VBE com

implementos do tipo rolo arado MCLIC lanccedila retinida espargidor de minas

AC etc)

3 Estudar se uma Cia eacute suficiente para apoiar os dois R C Mec

4 Na minha opiniatildeo o Batalhatildeo de Engenharia deveria ter 3 Cia sendo duas

dotadas de Viaturas Blindadas Especiais sobre rodas para apoiar os dois RC

Mec e uma dotada de Viaturas Blindadas Especiais sobre lagarta para apoiar

o RCB permitindo o apoio aos 3 elementos de manobra valor Regimento da

Bda

7) Contrariando o item anterior eacute mais pertinente afirmar que o apoio de engenharia

a uma Bda C Mec seraacute mais adequado se for realizado por um batalhatildeo a duas

companhias com quatro pelototildees cada dotadas de Viaturas Blindadas Especiais

sobre lagartas atendendo assim tanto os RCB quanto os RC Mec

( ) Concordo totalmente

( ) Concordo parcialmente

( ) Discordo

( ) Discordo plenamente

118

Comentaacuterios das opiniotildees

1 Em minha opiniatildeo bastaria que uma dessas Cia dispusesse de meios SL o

que proporcionaria uma dosagem eficaz e mais econocircmica

2 Ver observaccedilatildeo do item anterior

3 Concordo em parte Deve possuir Pel E com Vtr sobre rodas (RC Mec) e Pel

E com VB sobre lagartas (RCB) e a Cia C Ap deve possuir VB com rodas e

VB com lagartas As VBE Lccedil Pnt devem ser todas sobre lagartas como jaacute

citado em item anterior A mescla de tipos de VB daraacute ao BE maior

flexibilidade e rapidez no apoio particularmente para acompanhar os RC Mec

como VBTP (Pel E) e VBE Eng sobre rodas

4 Para apoiar os R C Mec em melhores condiccedilotildees deve-se utilizar material de

mobilidadevelocidade igual ou superior

5 Acredito salvo outro juiacutezo que o apoio agrave Bda C Mec deva ser mantido por 1

Cia Eng Mec podendo ter um nuacutemero variaacutevel de Pel Esse pensamento

orientou todas as respostas referentes ao aumento de 1 Cia para um Btl Eng

na Boa C Mec Cabe ressaltar que um incremento (transformaccedilatildeo de Cia para

119

Btl) impacta outros sistemas operacionais da Bda (principalmente o logiacutestico)

acarretando uma mudanccedila quase impossiacutevel na Brigada

120

APEcircNDICE B ndash QUESTIONAacuteRIO DESTINADO AOS COMANDANTES E EX-

COMANDANTES DAS COMPANHIAS DE ENGENHARIA MECANIZADA

O presente questionaacuterio eacute parte integrante da Dissertaccedilatildeo de Mestrado em Ciecircncias

Militares da Escola de Aperfeiccediloamento de Oficiais (EsAO) cujo tema eacute A

ENGENHARIA DE COMBATE DA BRIGADA DE CAVALARIA MECANIZADA

UMA SUGESTAtildeO DE ADEQUACcedilAtildeO DO APOIO PRESTADO AOS ELEMENTOS

EMPREGADOS EM PRIMEIRO ESCALAtildeO NAS OPERACcedilOtildeES OFENSIVAS

desenvolvida pelo Cap Saulo dos Santos Marques da Arma de Engenharia

cursando a EsAO e que possui como orientador o Cel ANDREacute CEZAR SIQUEIRA

instrutor desse Estabelecimento de Ensino

O trabalho em desenvolvimento tem por objetivo analisar as capacidades da

Companhia de Engenharia de Combate Mecanizada (Cia E Cmb Mec) agrave luz da

doutrina vigente e dos novos Mateirais de Emprego Militar (MEM) os quais satildeo

partes importantes da determinaccedilatildeo das capacidades das tropas (DOAMEPI)

Para que esta meta seja alcanccedilada a sua especializaccedilatildeo e experiecircncia

do senhor que jaacute foi comandante de Companhia de Engenharia de Bda C Mec

eacute fundamental

Solicito-vos para que em cada questatildeo marque a alternativa que melhor

corresponda agrave sua visatildeo e experiecircncia vivida com o tema ou em atividades dessa

natureza Caso possua conhecimentos complementares sobre cada pergunta ou

opiniotildees divergentes das opccedilotildees apresentadas o senhor poderaacute transcrever nos

espaccedilos descrito como Comente sua opiniatildeo

Outrossim informo-vos que seratildeo necessaacuterios apenas 05 (cinco) minutos

para responder o presente questionaacuterio e que natildeo haveraacute divulgaccedilatildeo de dados

pessoais sendo os resultados de caraacuteter quantitativo e qualitativo representados

por grupos de acordo com o universo ora abordado

Desde jaacute sou grato pela atenccedilatildeo e participaccedilatildeo

Com os melhores cumprimentos

Saulo dos Santos Marques - Cap Eng

121

A ndash ESCALAtildeO DA ENGENHARIA DA BDA C MEC

1) A Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 02 de 31 de maio de 2016 a qual

descreve as estruturas de Engenharia no Teatro de Operaccedilotildees define que a

Brigada de Infantaria Mecanizada deve ser apoiada por um Batalhatildeo de Engenharia

Levando-se em consideraccedilatildeo que a Bda Inf Mec eacute composta por 3 BI Mec e a

Bda C Mec eacute composta por 2 RC Mec e 1 RCB (aleacutem do RC Mec divisionaacuterio) a

engenharia que apoia a Bda C Mec deveria ser consequentemente um BE Cmb

Mec a duas companhias de 4 Pel E Cmb cada

( ) Concordo totalmente

( ) Concordo parcialmente

( ) Discordo

( ) Discordo plenamente

COMENTAacuteRIO DAS OPINIOtildeES

1 Natildeo vejo a necessidade das Cia E Cmb Mec possuam os 04 Pel E Cmb

acredito que 03 Pel E Cmb jaacute seriam adequados

2 Doutrinariamente sim Em tempo de paz acredito que um Batalhatildeo de

Engenharia com 01 Cia E Cmb cumpre bem a missatildeo

122

3 Nas atuais condiccedilotildees do Paiacutes seria muito difiacutecil a migraccedilatildeo de Cia E Cmb

Mec para BE Cmb Mec

4 Em que pese a atual doutrina (NCD Nr 02 de 31 mai16) prever uma E Bda Inf

Mec compota por 2 Cias a 4 Pel os trabalhos realizados em estudos de sala

de aula da proacutepria EsAO mostram essa estrutura com certa dificuldade para

Mnt do C2 por parte do Cmt BE Tendo em vista seu trabalho estar

pesquisando essa situaccedilatildeo sugiro uma composiccedilatildeo do BECmb Mec (ou Bld)

de 4 CiaECmb a 2 Pel E Cmb e 1 Pel Ap (Neste os diversos materiais jaacute em

Ref agrave Cia Eqp Eng Eqp Ab Bre VBC Eng VBEL Pnt etc) Assim facilitaria o

C2 por parte do Cmdo BE bem como a emissatildeo de ordens e distribuiccedilatildeo de

missotildees

5 A engenharia que apoia a Bda C Mec deveria ser consequentemente um BE

Cmb Mec a 3 companhias de 3 Pel E Cmb cada

2) No manual O Inimigo o Exeacutercito Vermelho utiliza a dosagem de uma companhia

de engenharia de combate por unidade de valor batalhatildeo ou regimento Com base

nesse dado para que nossa engenharia esteja adequada a fazer frente agrave

engenharia inimiga o apoio agrave Brigada de Cavalaria Mecanizada deve ser no miacutenimo

de valor de um BE Cmb

( ) Concordo totalmente

( ) Concordo parcialmente

( ) Discordo

( ) Discordo plenamente

123

Comentaacuterio das opiniotildees

1 Em minha opiniatildeo bastaria que uma dessas Cia dispusesse de meios SL o

que proporcionaria uma dosagem eficaz e mais econocircmica

2 Ver observaccedilatildeo do item anterior

3 Concordo em parte Deve possuir Pel E com Vtr sobre rodas (RC Mec) e Pel

E com VB sobre lagartas (RCB) e a Cia C Ap deve possuir VB com rodas e

VB com lagartas As VBEL Pnt devem ser todas sobre lagartas como jaacute citado

em item anterior A mescla de tipos de VB daraacute ao BE maior flexibilidade e

rapidez no apoio particularmente para acompanhar os RC Mec como VBTP

(Pel E) e VBE Eng sobre rodas

4 Para apoiar os R C Mec em melhores condiccedilotildees deve-se utilizar material de

mobilidadevelocidade igual ou superior

5 Acredito salvo outro juiacutezo que o apoio agrave Bda C Mec deva ser mantido por 1

Cia Eng Mec podendo ter um nuacutemero variaacutevel de Pel Esse pensamento

orientou todas as respostas referentes ao aumento de 1 Cia para um Btl Eng

B ndash QUANTO AOS MEIOS

124

3) As viaturas blindadas de engenharia como por exemplo a VBE Eng a VBEL Pnt

Vtr de limpeza de minas rolo de dispersatildeo de minas arado entre outras satildeo

viaturas que realizam a abertura de passagem para a transposiccedilatildeo de elementos

apoiados Alguns dos benefiacutecios de sua utilizaccedilatildeo satildeo abertura em menor tempo

com proteccedilatildeo blindada agrave guarniccedilatildeo e exigindo um menor efetivo A partir dessa

afirmaccedilatildeo eacute possiacutevel afirmar que eacute DISPENSAacuteVEL a utilizaccedilatildeo desses meios tendo

em vista que a Cia E Cmb jaacute possui ponte portada e pelototildees com suas

ferramentas de sapa para cumprir esse trabalho

( ) Concordo totalmente

( ) Concordo parcialmente

( ) Discordo

( ) Discordo plenamente

Comentaacuterio das opiniotildees

1 O Guarani assim como a Viatura Stryker veiacuteculo das tropas mecanizadas

Norte-Americanas deveria possuir os implementos de engenharia

necessaacuterios para a realizaccedilatildeo de abertura de passagem A abertura de

passagem deveria assim como ocorre com a transposiccedilatildeo de curso daacutegua

deveria ser encarada como uma operaccedilatildeo que possui como uma de suas

fases a reduccedilatildeo do obstaacuteculo a ser transporto

125

2 A proteccedilatildeo blindada eacute fundamental para o combatente mecanizado

3 A Eng Mecanizada carece de meios modernos tais como a Retroescavadeira

de Alta Mobilidade e Blindada jaacute usada nos EUA (HMEE) (que faria o papel

de Eqp Eng Bda Mec) e de Vtr Lanccedila Pontes Sobre Rodas (REBS)

4 Eacute INDISPENSAacuteVEL Os atuais meios presentes no QDM da Cia E Cmb de

Bda eacute totalmente ineficiente numa situaccedilatildeo de combate moderno

5 Eacute possiacutevel afirmar que eacute INDISPENSAacuteVEL no combate moderno a utilizaccedilatildeo

desses meios

6 Esses Eqp BldMec ampliaratildeo a capacidade de trabalho da Cia E

C ndash QUANTO AgraveS CARACTERIacuteSTICAS DESSES MEIOS

4) Com o advento dos projetos Leopard e Guarani as Bda C Mec passaram a

possuir nos RCB e nos R C Mec respectivamente as VBCCC Leopard 1A1 ou M60

e a VBTP-MR Guarani Partindo do princiacutepio que as VBCCC Leopard tecircm classe

superior agraves VBTPMR Guarani as viaturas lanccediladoras de pontes devem atender agrave

classe das primeiras (viatura de maior classe) o que permite transpor os dois tipos

de viaturas

( ) Concordo totalmente

( ) Concordo parcialmente

( ) Discordo

( ) Discordo plenamente

126

Comentaacuterio das opiniotildees

1 Com certeza

2 A Viatura Lanccedila Ponte sobre Rodas (REBS) atende um vatildeo de 13 metros

para Classe Militar 50 Jaacute utilizada nos EUA A VB CC M60 eacute uma soluccedilatildeo

paliativa A VB CC Padratildeo do EB eacute o Leopard

3 Na distribuiccedilatildeo dos meios entre as fraccedilotildees que estaratildeo em Ap Pccedil Man as

que estaratildeo em Ap Fraccedilotildees de Guarani poderatildeo receber Pnt P Bre de menor

classe Ou seja poderatildeo haver Pnt P Bre de classes diferentes Todavia eacute

interessante que a VBL Pnt tenha capacidade de lanccedilar a de maior classe

4 Elas jaacute possuem essa capacidade

5) Como normalmente os blindados sobre lagartas possuem uma capacidade de

transportar pontes mais pesadas em relaccedilatildeo agraves viaturas sobre rodas eacute pertinente

que as viaturas lanccediladoras de ponte sejam sobre rodas mesmo que inviabilize a

transposiccedilatildeo de meios sobre lagartas

( ) Concordo totalmente

( ) Concordo parcialmente

( ) Discordo

( ) Discordo plenamente

127

Comentaacuterio das opiniotildees

1 A classe da ponte transportada pela Vtr que deve se adequar agraves

necessidades da Bda Acredito que a Pnt transportada pela Vtr sobre rodas

deve ter capacidade de transposiccedilatildeo de meios sobre lagartas

2 Uma Brigada Mecanizada possui meios SR e SL Logo um BE Cmb Mec

deve possuir meios SR e SL

3 As VBLPnt sobre lagartas devem ser utilizadas para Bda Bld As VBLPnt

sobre rodas devem ser utilizadas para as Bda Mec

4 Acredito que existam VBEL Pnt sobre rodas que tenha capacidade de

transportar Pnt com Classe para blindados sobre lagartas Um detalhe que

deve ser levado em consideraccedilatildeo eacute o seguinte num combate de velocidade e

manobra realizado por uma fraccedilatildeo que utilize Vtr Bld SL a VBL Pnt

conseguiraacute acompanhar o mesmo movimento ou alguns Obt do terreno faratildeo

ela ficar pelo caminho Por isso eacute vaacutelido raciocinar que numa Bda que possui

elementos de Man SL e SR a engenharia Orgacircnica tambem deva ter essa

caracteriacutestica Assim eacute vaacutelido pensar que nesse BECmbMec deva existir no

miacutenimo uma Fraccedilatildeo E Cmb Bld (SL)

5 O apoio da engenharia ao combate deve ser inexoraacutevel podendo o Batalhatildeo

possuir os dois tipos de Vtr Lccedil Pnt sobe rodas e sobre lagartas

128

D ndash SUGESTOtildeES

6) Eacute mais adequado que o apoio de engenharia a uma Bda C Mec seja realizado por

um batalhatildeo a duas companhias de quatro pelototildees sendo uma das Cia E Cmb

dotada de Viaturas Blindadas Especiais sobre lagartas mais capacitada a apoiar o

RCB e uma Cia E Cmb dotada de Viaturas Blindadas Especiais sobre rodas mais

capacitada a apoiar os RC Mec

( ) Concordo totalmente

( ) Concordo parcialmente

( ) Discordo

( ) Discordo plenamente

Comentaacuterios das opiniotildees

1 Natildeo vejo necessidade dessa especializaccedilatildeo das Cia Acredito que elas

devem ter as mesmas capacidades e estar aptas a transpor qualquer tipo de

tropa da Bda C Mec

2 Conforme comentaacuterio anterior

3 Como jaacute apresentei seria mais interessante no miacutenimo 01 CiaECmbBld em

Ap RCB e 02 CiaECmbMec em Ap aos 2 RCMec

129

4 Eacute mais adequado que o apoio de engenharia a uma Bda C Mec seja realizado

por um Batalhatildeo a 3 Companhias de 3 Pelototildees sendo uma Cia E Cmb

dotada de Viaturas Blindadas Especiais sobre lagartas mais capacitada a

apoiar o RCB e duas Cia E Cmb dotadas de Viaturas Blindadas Especiais

sobre rodas mais capacitadas a apoiar os RC Mec

7) Contrariando o item anterior eacute mais pertinente afirmar que o apoio de engenharia

a uma Bda C Mec seraacute mais adequado se for realizado por um batalhatildeo a duas

companhias com quatro pelototildees cada dotadas de Viaturas Blindadas Especiais

sobre lagartas atendendo assim tanto os RCB quanto os RC Mec

( ) Concordo totalmente

( ) Concordo parcialmente

( ) Discordo

( ) Discordo plenamente

Comentaacuterios das opiniotildees

1 Sou favoraacutevel que cada Cia E Cmb tenha uma natureza especiacutefica o que

economiza meios e facilita o planejamento

130

2 Considero natildeo viaacutevel esta alternativa embora seja melhor A situaccedilatildeo do Paiacutes

natildeo favorece estas mudanccedilas

3 Semelhante ao exposto no item 5 um Ap Eng SL a uma fraccedilatildeo C Mec em

situaccedilatildeo de deslocamentos sobre eixos pavimentados ou natildeo poderaacute ser

retardado em relaccedilatildeo aacute velocidade alcanccedilada pelas Vtr SR Aleacutem disso o

valor Nec para custeio para Mnt de Vtr SL eacute bem maior

4 Eacute pertinente afirmar que o apoio de engenharia a uma Bda C Mec seraacute mais

adequado se for realizado por um Batalhatildeo a 3 Companhias com 3 Pelototildees

cada sendo uma Cia E Cmb dotada de Viaturas Blindadas Especiais sobre

lagartas mais capacitada a apoiar o RCB e duas Cia E Cmb dotadas de

Viaturas Blindadas Especiais sobre Rodas mais capacitadas a apoiar os RC

Mec

5 Lembre-se que a Cia poderaacute solicitar apoio agrave ED Para a realidade do nosso

Exeacutercito uma Cia E bem equipada cumpriria sua missatildeo

131

APEcircNDICE C ndash QUESTIONAacuteRIO DESTINADO AOS MILITARES DE

ENGENHARIA COM CURSO DE COMANDANTE DE SUBUNIDADE NA

ALEMANHA OU ESTADOS UNIDOS

O presente questionaacuterio eacute parte integrante da Dissertaccedilatildeo de Mestrado em Ciecircncias

Militares da Escola de Aperfeiccediloamento de Oficiais (EsAO) cujo tema eacute A

ENGENHARIA DE COMBATE DA BRIGADA DE CAVALARIA MECANIZADA

UMA SUGESTAtildeO DE ADEQUACcedilAtildeO DO APOIO PRESTADO AOS ELEMENTOS

EMPREGADOS EM PRIMEIRO ESCALAtildeO NAS OPERACcedilOtildeES OFENSIVAS

desenvolvida pelo Cap Saulo dos Santos Marques da Arma de Engenharia

cursando a EsAO e que possui como orientador o Cel ANDREacute CEZAR SIQUEIRA

instrutor desse Estabelecimento de Ensino

O trabalho em desenvolvimento tem por objetivo analisar as capacidades da

Companhia de Engenharia de Combate Mecanizada (Cia E Cmb Mec) agrave luz da

doutrina vigente e dos novos Mateirais de Emprego Militar (MEM) os quais satildeo

partes importantes da determinaccedilatildeo das capacidades das tropas (DOAMEPI)

Para que esta meta seja alcanccedilada a sua especializaccedilatildeo e experiecircncia

do senhor que realizou o curso de comandante de subunidade de engenharia

nos EUA ou Alemanha eacute fundamental

Solicito-vos para que em cada questatildeo marque a alternativa que melhor

corresponda agrave sua visatildeo e experiecircncia vivida com o tema ou em atividades dessa

natureza Caso possua conhecimentos complementares sobre cada pergunta ou

opiniotildees divergentes das opccedilotildees apresentadas o senhor poderaacute transcrever nos

espaccedilos descrito como Comente sua opiniatildeo

Outrossim informo-vos que seratildeo necessaacuterios apenas 05 (cinco) minutos

para responder o presente questionaacuterio e que natildeo haveraacute divulgaccedilatildeo de dados

pessoais sendo os resultados de caraacuteter quantitativo e qualitativo representados

por grupos de acordo com o universo ora abordado

Desde jaacute sou grato pela atenccedilatildeo e participaccedilatildeo

Com os melhores cumprimentos

Saulo dos Santos Marques - Cap Eng

132

A ndash VBE SOBRE LAGARTAS OU SOBRE RODAS

Figura 1 - Viatura Fennek

Figura 2 - Viatura Dingo

Figura 3 - VBE de dispersatildeo de minas

133

1) As brigadas blindadas alematildes possuem batalhotildees de reconhecimento os quais

satildeo dotados de viaturas Fennek (Foto 1) Os pelototildees de engenharia dessa brigada

utiliza as VBTP Dingo (Foto 2) e ainda assim emprega Viaturas Blindadas

Especiais sobre lagartas como a disseminadora de minas (Foto 3) a viatura para

abertura de brecha em campo minado (Keiler) e o Dachs (nossa VBE Eng) As

viaturas Dingo e Fennek possuem velocidade superior agraves viaturas especiais que as

apoiam e isso natildeo prejudica as operaccedilotildees do batalhatildeo ou da brigada As Bda C

Mec que possuem as viaturas Guarani (nos R C Mec) e as viaturas Leopard ou M

60 (nos RCB) podem adotar a mesma soluccedilatildeo adotada pela Alemanha

empregando as VBE sobre lagartas para o apoio aos Regimentos da Bda C Mec

( ) Concordo totalmente

( ) Concordo parcialmente

( ) Discordo

( ) Discordo plenamente

Comentaacuterios das opiniotildees

1 Concordo parcialmente pois sou partidaacuterio do emprego da Unidade como um

todo Desta feita as Vtr desta unidade precisam ter as mesmas

caracteriacutesticas ou seja todas SR ou todas SL Os RCB componentes da Bda

C Mec satildeo formados por dois Esqd Fuz (dotados de M 113) e dois Esqd CC

(dotados de Leopard) desta forma atendendo a premissa de que todas as Vtr

134

desta OM possuem a mesma caracteriacutestica de traccedilatildeo Nesta situaccedilatildeo

acredito que a situaccedilatildeo ideal seraacute que ela possua VBC Eng SR para Ap os

RC Mec e VBC Eng SL para Ap o RCB

2 A Bda C Mec eacute apta a atuar em operaccedilotildees ofensivas a perda de velocidade

nesse tipo de operaccedilatildeo eacute natural ao se deparar com obstaacuteculos E eacute nesse

contexto que as Vtr Eng satildeo empregadas Dessa maneira natildeo vejo restriccedilatildeo

em usar meios SL para a Bda C Mec Ademais as VBE Eng SL possuem

maior potecircncia para a remoccedilatildeo de obstaacuteculos sendo mais eficientes e

poupando tempo nessa atividade o que pode se tornar uma dificuldade para

VBE Eng SR

3 As Bda Inf Mec e C Mec tem como caracteriacutestica a velocidade de seus meios

O emprego de Vtr mais lentas natildeo apenas pela engenharia mas pelos seus

demais Elm de apoio resultaria em fator limitador para as operaccedilotildees

4 Primeiramente para realizar a comparaccedilatildeo eacute necessaacuterio compreender a

constituiccedilatildeo das Bda Mec e Bld alematildes bem como quais as missotildees

destinadas a esse tipo de GU Acredito que e as Vtr Dingo natildeo sejam as

uacutenicas Vtr utilizadas pela Bda em questatildeo Considerando as Vtr empregadas

pelas fraccedilotildees que devem Rlz a accedilatildeo principal devemos considerar a mesma

natureza de mobilidade e proteccedilatildeo blindada para o apoio de engenharia

2) Complementando o item anterior para o emprego junto aos R C Mec e RCB os

Pel E Cmb devem ser transportados por VBTP respectivamente sobre rodas

(Guarani) e sobre lagartas (M113) por natildeo haver a necessidade de trabalho dessas

viaturas apenas de acompanhamento das peccedilas de manobra atraveacutes campo eou

estrada

( ) Concordo totalmente

( ) Concordo parcialmente

( ) Discordo

( ) Discordo plenamente

135

Comentaacuterios das opiniotildees

1 Concordo deste que seja atendida o preacute requisito do item anterior ou seja

que a Eng desta Bda possua VBC Eng tanto SR quanto SL

2 O transporte dos Elm Eng seratildeo nesse caso adequados para o tipo de tropa

apoiada

3 Deve ser verificada a necessidade de transporte de outros materiais

(ferramentas) para o emprego do Pel E Cmb Nesse caso eacute possiacutevel admitir

uma variante dos modelos do veiacuteculos

B ndash CAPACIDADE DE ACOMPANHAMENTO DAS OPERACcedilOtildeES DA BDA C MEC

3) As viaturas especiais sobre lagartas possuem grande potecircncia de trabalho e

capacidade de trafegabilidade atraveacutes campo suprindo a necessidade de

mobilidade das tropas blindadas Em comparaccedilatildeo agraves viaturas sobre rodas a

princiacutepio as viaturas sobre lagartas tem melhores desempenho A VBE Eng Leopard

1 BR por exemplo realiza trabalhos de OT destacando-se a construccedilatildeo de fosso

AC confecccedilatildeo de espaldotildees agravamento e melhoria de margem aleacutem de resgate

elevaccedilatildeo de carga e demoliccedilatildeo entre outros Uma preocupaccedilatildeo com seu emprego

junto agraves unidades mecanizadas eacute sua baixa velocidade quando comparada a das

viaturas sobre rodas No que tange a esse criteacuterio eacute possiacutevel afirmar que nas

136

operaccedilotildees ofensivas que as Bda C Mec realizam natildeo eacute desenvolvida velocidade

superior a 60 kmh natildeo sendo portanto uma restriccedilatildeo ao emprego das VBE sobre

lagartas ao R C Mec

( ) Concordo totalmente

( ) Concordo parcialmente

( ) Discordo

( ) Discordo plenamente

Comentaacuterios das opiniotildees

1 Concordo parcialmente pois acho muito arriscado vocecirc considerar como

verdade absoluta que natildeo haveraacute velocidade superior a 60 kmh em uma Op

Ofensiva Acredito que a velocidade meacutedia da operaccedilatildeo realmente natildeo seraacute

superior a 60 kmh mas em alguns trechos acredito que a velocidade

necessaacuteria para manter a impulsatildeo da Op poderaacute ser superior a 60 kmh

Aleacutem disso natildeo eacute somente uma questatildeo de velocidade mas tambeacutem das

caracteriacutesticas de terreno que elas iratildeo operar Por exemplo natildeo eacute ideal que

uma Vtr SL progrida sobre o asfalto

2 Reitero o abordado no item 1 em que a Bda C Mec eacute apta a atuar em

operaccedilotildees ofensivas a perda de velocidade nesse tipo de operaccedilatildeo eacute natural

ao se deparar com obstaacuteculos E eacute nesse contexto que as Vtr Eng satildeo

137

empregadas Dessa maneira natildeo vejo restriccedilatildeo em usar meios SL para a Bda

C Mec Ademais as VBE Eng SL possuem maior potecircncia para a remoccedilatildeo de

obstaacuteculos sendo mais eficientes e poupando tempo nessa atividade o que

pode se tornar uma dificuldade para VBE Eng SR

3 A mobilidade da tropa natildeo pode levar em conta apenas a velocidade de

deslocamento Uma VBE Eng Leopard possui Classe 45 enquanto os

Guarani apenas Cl 20 O emprego em conjunto dos dois meios traz consigo a

necessidade de meios de Tva como Pnt P Bre Prtd etc com maior

capacidade de suporte apenas para atender uma pequena parcela das Vtr da

Bda uma vez que a dotaccedilatildeo prevista para o BE Cmb Mec atualmente eacute de 6

VBE Eng e 4 VBE L Pnt

4 Eacute necessaacuterio que o apoio agrave manobra possua a mesma mobilidade A Manobra

natildeo pode ser regulada pela limitaccedilatildeo das peccedilas de apoio

C ndash SOLUCcedilAtildeO LOGIacuteSTICA

4) O Estados Unidos possui viaturas especiais sobre rodas incluindo uma viatura

que lanccedila ponte de classe 50 Essas viaturas apoiam as Brigadas Stryker que

empregam os elementos de primeiro escalatildeo em sua normalidade com viaturas

Stryker (viaturas sobre rodas) Semelhante ao emprego dos R C Mec o emprego

das viaturas Stryker eacute predominantemente sobre estradas excetuando-se quando o

terreno permite como no Iraque No Brasil as Bda C Mec possuem as viaturas

Guarani (R C Mec) e Leopard (RCB) que atua em terreno que apresenta grandes

limitaccedilotildees quando comparado com o solo do Iraque Considerando que o apoio a

uma Bda C Mec seja realizado por um BE Cmb onde uma Cia E Cmb apoiaria o

RCB e duas Cia E Cmb apoiariam os R C Mec o emprego das VBE sobre lagartas

por todas as SU impactaria positivamente na logiacutestica da Unidade

( ) Concordo totalmente

( ) Concordo parcialmente

( ) Discordo

( ) Discordo plenamente

138

V

Comentaacuterios das opiniotildees

1 Concordo que seria positivo para a funccedilatildeo de Cmb Log mas seria prejudicial

para a funccedilatildeo Cmb Man e Mov pois as tropas SR teriam que ser Ap em

algumas situaccedilotildees por Vtr SL

2 Natildeo obstante as vantagens logiacutesticas visualizadas como a menor diversidade

de meios habilitaccedilatildeo de pessoal e estruturas fiacutesicas a adoccedilatildeo de ambos os

meios SR e SL concede maior flexibilidade para o apoio de Eng Permitindo

ao Cmt BE Cmb Mec alocar os meios SR e SL de acordo com a necessidade

natureza da missatildeo e tipo de tropa apoiada

3 O emprego de Vtr especializadas de Eng permite um melhor apoio aos Elm

manobra mas esse apoio seria adequado tambeacutem com o emprego de Vtr SR

4 Para poder proceder a comparaccedilatildeo eacute necessaacuterio realizar os mesmos fatores

de comparaccedilatildeo As Bda Stryker no exeacutercito dos EUA eacute uma brigada de

infantaria Mec A Bda C Mec do Brasil eacute de cavalaria A principal diferenccedila

entre essas Bda eacute o tipo de missatildeo a ser realizada por cada uma e por

consequecircncia pode haver variaccedilatildeo no tipo de Vtr Normalmente os RCB e os

RC Mec formam uma FT e dessa forma o apoio de engenharia seraacute definido

139

pela missatildeo Cabe ressaltar que as Bda C Mec possuem 01 Cia E Cmb Mec

portanto o apoio aos Regimentos deveraacute ser realizado pelos Pel E Cmb Mec

D ndash CONSTITUICcedilAtildeO DO BE CMB

5) Ainda considerando que um BE Cmb apoie uma Bda C Mec o batalhatildeo de

engenharia deveria ser a 3 Cia E Cmb com 4 Pel E cada Desta forma 2 Cia Mec

apoiariam os 2 R C Mec e a Cia Bld apoiaria o RCB conseguindo ainda realizar os

trabalhos de apoio ao conjunto

( ) Concordo totalmente

( ) Concordo parcialmente

( ) Discordo

( ) Discordo plenamente

Comentaacuterios das opiniotildees

1 Acredito que seria uma situaccedilatildeo muito boa a que vocecirc levantou mas acredito

que um BE Cmb a 2 Cia E Cmb sendo uma delas com vocaccedilatildeo blindada

(para Ap o RCB) e a outra com vocaccedilatildeo Mec (para apoiar os RC Mec) seriam

o suficiente para prestar o Ap Eng agrave Bda C Mec

140

2 Os BE Cmb de Bda doutrinariamente possuem natureza uacutenica satildeo Mec ou

Bld Aleacutem disso a dosagem miacutenima de apoio serve como uma referecircncia

inicial podendo a mesma ser aumentada em funccedilatildeo da missatildeo a

desempenhar e a necessidade de apoio de Eng

3 As Bda Bld possuem maior poder de choque e possuem apenas 1 Btl E Cmb

(com 2 SU x 4 Pelototildees cada = 8 Pel E Cmb) A Bda C Mec teria 12 Pel E

Cmb Para o estudo da dosagem de engenharia para as missotildees da Bda eacute

necessaacuterio verificar a dosagem miacutenima do apoio de engenharia que eacute de 01

Pel E por Btl Nesse caso um regimento estaria recebendo 4 Pel E Cmb Esse

aumento de efetivo e de dosagem iria impactar consideravelmente a

necessidade de Vtr especializadas e em consequecircncia os custos para essa

mobilizaccedilatildeo

E ndash MEIOS DO BE CMB

6) O exeacutercito dos EUA prevecirc para as Operaccedilotildees de Abertura de Passagem a

proporccedilatildeo miacutenima de 50 de meios em reserva para assegurar a continuidade da

operaccedilatildeo no caso de perda de uma das viaturas Isso significa que para a abertura

de duas passagens simultaneamente seratildeo empregadas 2 VBE para abertura e 1

VBE ficaraacute em reserva De acordo com o item anterior a dotaccedilatildeo orgacircnica por tipo

de VBE deve ser na proporccedilatildeo de trecircs por Cia E a fim de apoiar cada regimento

Com isso o BE Cmb deve ter a dotaccedilatildeo de 9 VBE Eng 9 VBEL Pnt com total de 18

pontes 9 VBE rolo 9 VBE arado com carga linear explosiva (CLE) tipo MICLIC

com 2 cargas por viatura e 9 VBE lanccediladora de feixe de tubos

( ) Concordo totalmente

( ) Concordo parcialmente

( ) Discordo

( ) Discordo plenamente

141

Comentaacuterios das opiniotildees

1 Deve-se observar nesse caso natildeo somente a quantidade de elementos de

manobra a apoiar mas tmbeacutem a capacidade maacutexima de zonas de accedilatildeo em

que a Bda C Mec eacute capaz de se desdobrar Por exemplo uma Bda Bld pode-

se desdobrar em ateacute 05 zonas de accedilatildeo observadas as suas capacidades

maacuteximas de comando e controle (04 FT U e 01 FT SU) A partir desse

levantamento pode-se traccedilar melhor as necessidades totais de meios de Eng

para apoio inclusive com os meios reservas

2 Para realizar a comparaccedilatildeo se faz necessaacuterio saber quantas Vtr por tipo os

batalhotildees de engenharia do exeacutercito americano possuem Natildeo haacute a

necessidade de uma Vtr apenas para o rolo Esse pode ser empregado como

implemento para as Vtr da peccedila de manobra Se for possiacutevel utilizar o exeacutercito

americano como um modelo (uma ideia) seria interessante ter uma Vtr

especializada de engenharia como os ABV que jaacute possuem o miclic e o

arado na mesma Vtr

142

APEcircNDICE D ndash QUESTIONAacuteRIO DESTINADO INSTRUTORES DO CENTRO DE

INSTRUCcedilAtildeO DE BLINDADOS COM CURSO DE COMANDANTE DE

SUBUNIDADE NA ALEMANHA OU ESTADOS UNIDOS

O presente questionaacuterio eacute parte integrante da Dissertaccedilatildeo de Mestrado em Ciecircncias

Militares da Escola de Aperfeiccediloamento de Oficiais (EsAO) cujo tema eacute A

ENGENHARIA DE COMBATE DA BRIGADA DE CAVALARIA MECANIZADA

UMA SUGESTAtildeO DE ADEQUACcedilAtildeO DO APOIO PRESTADO AOS ELEMENTOS

EMPREGADOS EM PRIMEIRO ESCALAtildeO NAS OPERACcedilOtildeES OFENSIVAS

desenvolvida pelo Cap Saulo dos Santos Marques da Arma de Engenharia

cursando a EsAO e que possui como orientador o Cel ANDREacute CEZAR SIQUEIRA

instrutor desse Estabelecimento de Ensino

O trabalho em desenvolvimento tem por objetivo analisar as capacidades da

Companhia de Engenharia de Combate Mecanizada (Cia E Cmb Mec) agrave luz da

doutrina vigente e dos novos Mateirais de Emprego Militar (MEM) os quais satildeo

partes importantes da determinaccedilatildeo das capacidades das tropas (DOAMEPI)

Para que esta meta seja alcanccedilada a sua especializaccedilatildeo e experiecircncia

do senhor que eacute instrutor do Centro de Instruccedilatildeo de Blindados e realizou o

curso de comandante de subunidade nos EUA ou Alemanha eacute fundamental

Solicito-vos para que em cada questatildeo marque a alternativa que melhor

corresponda agrave sua visatildeo e experiecircncia vivida com o tema ou em atividades dessa

natureza Caso possua conhecimentos complementares sobre cada pergunta ou

opiniotildees divergentes das opccedilotildees apresentadas o senhor poderaacute transcrever nos

espaccedilos descrito como Comente sua opiniatildeo

Outrossim informo-vos que seratildeo necessaacuterios apenas 05 (cinco) minutos

para responder o presente questionaacuterio e que natildeo haveraacute divulgaccedilatildeo de dados

pessoais sendo os resultados de caraacuteter quantitativo e qualitativo representados

por grupos de acordo com o universo ora abordado

Desde jaacute sou grato pela atenccedilatildeo e participaccedilatildeo

Com os melhores cumprimentos

Saulo dos Santos Marques - Cap Eng

143

A ndash VBE SOBRE LAGARTAS OU SOBRE RODAS

Figura 1 - Viatura Fennek

Figura 2 - Viatura Dingo

Figura 3 - VBE de dispersatildeo de minas

144

1) As brigadas blindadas alematildes possuem batalhotildees de reconhecimento os quais

satildeo dotados de viaturas Fennek (Foto 1) Os pelototildees de engenharia dessa brigada

utiliza as VBTP Dingo (Foto 2) e ainda assim emprega Viaturas Blindadas

Especiais sobre lagartas como a disseminadora de minas (Foto 3) a viatura para

abertura de brecha em campo minado (Keiler) e o Dachs (nossa VBE Eng) As

viaturas Dingo e Fennek possuem velocidade superior agraves viaturas especiais que as

apoiam e isso natildeo prejudica as operaccedilotildees do batalhatildeo ou da brigada As Bda C

Mec que possuem as viaturas Guarani (nos R C Mec) e as viaturas Leopard ou M

60 (nos RCB) podem adotar a mesma soluccedilatildeo adotada pela Alemanha

empregando as VBE sobre lagartas para o apoio aos Regimentos da Bda C Mec

( ) Concordo totalmente

( ) Concordo parcialmente

( ) Discordo

( ) Discordo plenamente

Comentaacuterios das opiniotildees

1 Um dos pontos baacutesicos para discussatildeo eacute a estrutura finalidade e composiccedilatildeo

de meios das Bda C Mec do EB face agraves caracteriacutesticas do combate atual e

do futuro Dotar as Bda C Mec com novos meios eacute importante poreacutem a

reestruturaccedilatildeo dessas brigdas deveria preceder agraves inovaccedilotildees no seu material

145

2) Complementando o item anterior para o emprego junto aos R C Mec e RCB os

Pel E Cmb devem ser transportados por VBTP respectivamente sobre rodas

(Guarani) e sobre lagartas (M113) por natildeo haver a necessidade de trabalho dessas

viaturas apenas de acompanhamento das peccedilas de manobra atraveacutes campo eou

estrada

( ) Concordo totalmente

( ) Concordo parcialmente

( ) Discordo

( ) Discordo plenamente

Comentaacuterios das opiniotildees

1 Vide comentaacuterio anterior

2 Dependendo da situaccedilatildeo taacutetica pode haver necessidade de utilizaccedilatildeo de

algum implemento para apoiar a mobilidade neste sentido apenas VBTP

seria insuficiente prestar o apoio sendo mais indicado a adoccedilatildeo de uma VBE

VBTP eacute a opccedilatildeo no caso de impossibilidade de se dispor de uma VBE

3 Devem ser utilizadas VBTP M113 nas duas situaccedilotildees pois a mesma oferece

maior mobilidade atraveacutes terreno

146

B ndash CAPACIDADE DE ACOMPANHAMENTO DAS OPERACcedilOtildeES DA BDA C MEC

3) As viaturas especiais sobre lagartas possuem grande potecircncia de trabalho e

capacidade de trafegabilidade atraveacutes campo suprindo a necessidade de

mobilidade das tropas blindadas Em comparaccedilatildeo agraves viaturas sobre rodas a

princiacutepio as viaturas sobre lagartas tem melhores desempenho A VBE Eng Leopard

1 BR por exemplo realiza trabalhos de OT destacando-se a construccedilatildeo de fosso

AC confecccedilatildeo de espaldotildees agravamento e melhoria de margem aleacutem de resgate

elevaccedilatildeo de carga e demoliccedilatildeo entre outros Uma preocupaccedilatildeo com seu emprego

junto agraves unidades mecanizadas eacute sua baixa velocidade quando comparada a das

viaturas sobre rodas No que tange a esse criteacuterio eacute possiacutevel afirmar que nas

operaccedilotildees ofensivas que as Bda C Mec realizam natildeo eacute desenvolvida velocidade

superior a 60 kmh natildeo sendo portanto uma restriccedilatildeo ao emprego das VBE sobre

lagartas ao R C Mec

( ) Concordo totalmente

( ) Concordo parcialmente

( ) Discordo

( ) Discordo plenamente

Comentaacuterios das opiniotildees

147

1 As Bda C Mec satildeo destinadas basicamente para as Op de Rec e Seg

podendo ser empregadas em Op OfDef e outras Nesse sentido a destinaccedilatildeo

de Vtr de apoio ao combate deveria em principio atender aos princiacutepios da

velocidade em primeiro lugar e aos princiacutepios da mobilidade Nesse sentido

eacute importante manter-se as caracteriacutesticas dos Rgt Mec dotando-os de meios

sobre rodas O emprego de Vtr sobre lagartas nos RCMec deve ser portanto

judiciosamente aquilatado

2 Existe a necessidade de uma anaacutelise mais profunda para a retirada desse tipo

de conclusatildeo

C ndash SOLUCcedilAtildeO LOGIacuteSTICA

4) O Estados Unidos possui viaturas especiais sobre rodas incluindo uma viatura

que lanccedila ponte de classe 50 Essas viaturas apoiam as Brigadas Stryker que

empregam os elementos de primeiro escalatildeo em sua normalidade com viaturas

Stryker (viaturas sobre rodas) Semelhante ao emprego dos R C Mec o emprego

das viaturas Stryker eacute predominantemente sobre estradas excetuando-se quando o

terreno permite como no Iraque No Brasil as Bda C Mec possuem as viaturas

Guarani (R C Mec) e Leopard (RCB) que atua em terreno que apresenta grandes

limitaccedilotildees quando comparado com o solo do Iraque Considerando que o apoio a

uma Bda C Mec seja realizado por um BE Cmb onde uma Cia E Cmb apoiaria o

RCB e duas Cia E Cmb os R C Mec o emprego das VBE sobre lagartas por todas

as SU impactaria positivamente na logiacutestica da Unidade

( ) Concordo totalmente

( ) Concordo parcialmente

( ) Discordo

( ) Discordo plenamente

148

Comentaacuterios das opiniotildees

1 Eacute evidente que o emprego de Vtr sobre lagartas aumenta a mobilidade em

qualqer terreno da forccedila dotada desses meios mas por outro lado impacta

enormemente a cauda logiacutestica Insisto que as Bda C Mec devam manter

suas caracteriacutesticas de velocidade principalmente trafegabilidade e

mobilidade Recordo que os meios sobre roda garantem entre outras

vantagens melhores condiccedilotildees para o apoio logiacutestico Para as Bda C Mec a

velocidade eacute fundamental no cumprimento de suas missotildees baacutesicas de Rec e

Seg Penso que a mescla de meios sobre lagartas e meios sobre rodas eacute a

configuraccedilatildeo mais adequada considerando a atual constituiccedilatildeo das Bda C

Mec do EB

2 A Logiacutestica das VB SL eacute muito mais onerosa que a SR tanto em suprimentos

quanto em manutenccedilatildeo Acredito que uma Cia com meios Bld para apoiar o

RCB seja menos impactante que dotar 3 Cia com meios SL mesmo

considerando a maior diversidade de materiais nesta anaacutelise

D ndash CONSTITUICcedilAtildeO DO BE CMB

5) Ainda considerando que um BE Cmb apoie uma Bda C Mec o batalhatildeo de

engenharia deveria ser a 3 Cia E Cmb com 4 Pel E cada Desta forma 2 Cia Mec

149

apoiariam os 2 R C Mec e a Cia Bld apoiaria o RCB conseguindo ainda realizar os

trabalhos de apoio ao conjunto

( ) Concordo totalmente

( ) Concordo parcialmente

( ) Discordo

( ) Discordo plenamente

150

APEcircNDICE E ndash PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

TREINAMENTO DE TTP EM AMBIENTE VIRTUAL (TTAV) DA 3ordf BDA C MEC

O TTAV realizado na semana de 23 a 03 de agosto de 2018 consistiu no

emprego de Quadros da 3ordf Bda C Mec no treinamento de TTP em ambiente

simulado na Seccedilatildeo de Simulaccedilatildeo do Centro de Instruccedilatildeo de Blindados

Um R CMec formado pelos Quadros da Bda foi empregado em um Movimento

Retroacutegrado onde tinha por missatildeo retardar o avanccedilo de uma Bda Inf Mec Vm (meios

blindados)

Para cumprir sua missatildeo a brigada empregou Quadros do 3ordm R C Mec 7ordm R C

Mec e 12ordm R C Mec aleacutem do 25ordm GAC e da 3ordf Cia Eng Cmb Mec

O Pel E foi empregado com uma VBTP Eng M113 e um Leopard 1A5 BR com

implemento do tipo arado em reforccedilo ao Rgt ateacute o final da operaccedilatildeo

O Pel E durante a fase de planejamento realizou o estudo do terreno e

contribuiu com o planejamento de obstaacuteculos de contramobilidade e de trabalhos de

proteccedilatildeo ao longo das posiccedilotildees de retardamento

Durante a operaccedilatildeo pela presenccedila de poucos militares de engenharia o

pelotatildeo foi representado pela viatura M113 reforccedilado pela viatura Leopard com rolo

Por limitaccedilotildees do software empregado e pela necessidade de celeridade nas

posiccedilotildees de retardamento (em uma situaccedilatildeo real tal operaccedilatildeo poderia durar dias) as

accedilotildees do Pel E durante o desenrolar da operaccedilatildeo foram limitadas ao

acompanhamento do Rgt e execuccedilatildeo simulada dos trabalhos supracitadas

Ao final da missatildeo foi prevista a utilizaccedilatildeo de uma Vtr MICLIC para a bertura

de uma passagem atraveacutes do campo minado da P Def amiga poreacutem por questotildees

de tempo tal accedilatildeo natildeo foi realizada

Por fim verifica-se que o Pel E em relaccedilatildeo ao emprego de meios sobre

lagartas natildeo atrasou os deslocamentos do R CMec durante a operaccedilatildeo e cumpriu

sua missatildeo dentro do contexto de um movimento retroacutegrado

(Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 ndash C Dout ExCOTER de 31 MAI de 2016Fl 110)

MINISTEacuteRIO DA DEFESA EXEacuteRCITO BRASILEIRO

COMANDO DE OPERACcedilOtildeES TERRESTRES CENTRO DE DOUTRINA DO EXEacuteRCITO

Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 de 31 de maio de 2016

AS ESTRUTURAS DE ENGENHARIA NO TEATRO DE OPERACcedilOtildeES

IacuteNDICE DE ASSUNTOS

1 FINALIDADE02

2 OBJETIVO02

3 REFEREcircNCIAS02

4 INTRODUCcedilAtildeO02

5ORGANIZACcedilAtildeO DA ENGENHARIA02

6 A ENGENHARIA NA ZONA DE ADMINISTRACcedilAtildeO03

7 A ENGENHARIA NA ZONA DE COMBATE04

8 GERACcedilAtildeO DE FORCcedilAS06

ANEXOS

A ndash ORGANIZACcedilAtildeO DA ENGENHARIA NO TEATRO DE OPERACcedilOtildeES E

ORGANOGRAMAS DAS ESTRUTURAS BAacuteSICAS DE ENGENHARIA SEGUNDO

AS SITUACcedilOtildeES DE EMPREGO DA FORCcedilA TERRESTRE

COMPONENTE08

(Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 ndash C Dout ExCOTER de 31 MAI de 2016Fl 210)

1 FINALIDADE

Orientar a organizaccedilatildeo das estruturas de Engenharia no Teatro de Operaccedilotildees (TO)

2 OBJETIVO

Apresentar uma visatildeo atualizada das estruturas de Engenharia no TO agrave luz da Doutrina

Militar Terrestre subsidiando exploraccedilatildeo do assunto nas Escolas Militares no

planejamento e execuccedilatildeo de Exerciacutecios Militares nos planejamentos operacionais e

taacuteticos para Emprego da Forccedila Terrestre

3 REFEREcircNCIAS

____ Doutrina de Operaccedilotildees Conjuntas - MD30-M-01 2011

____ Doutrina de Logiacutestica Militar - MD42-M-02

____ Glossaacuterio das Forccedilas Armadas - MD35-G-01 2007

____ Operaccedilotildees EB20-MF-10103 2014

____ Forccedila Terrestre Componente - EB20-MC-10202 2014

____ A Forccedila Terrestre Componente nas Operaccedilotildees - EB20-MC-10-301 2014

____ Movimento e Manobra - EB20-MC-10203 2015

____ Logiacutestica - EB20-MC-10204 2014

____ Proteccedilatildeo - EB20-MC-10208 2015

____ Geoinformaccedilatildeo - EB20-MC-10209 2014

____ Doutrina Militar Terrestre - EB20-MF-10102-1 2014

____ Emprego de Engenharia - C 5-1 1999

4 INTRODUCcedilAtildeO

41 A Doutrina do Exeacutercito Brasileiro em particular a doutrina de emprego da Arma de

Engenharia vive em constante evoluccedilatildeo requerendo atualizaccedilotildees perioacutedicas em funccedilatildeo

da introduccedilatildeo de novos conceitos novos equipamentos e mesmo da observaccedilatildeo do

emprego da Arma nos mais variados conflitos

42 A recente ediccedilatildeo de uma nova seacuterie de manuais doutrinaacuterios tanto pelo Ministeacuterio da

Defesa (MD) quanto pelo Estado-Maior do Exeacutercito (EME) indicou a necessidade de uma

atualizaccedilatildeo do Manual de Campanha C 5-1 (Emprego de Engenharia ediccedilatildeo de 1999)

5 ORGANIZACcedilAtildeO DA ENGENHARIA

51 Uma vez que a Engenharia exerce sua atividade sobre um fator sempre presente - o

terreno - deve haver em cada escalatildeo uma Engenharia capaz de modificar as condiccedilotildees

do mesmo de acordo com a manobra adotada

(Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 ndash C Dout ExCOTER de 31 MAI de 2016Fl 310)

52 A organizaccedilatildeo da Engenharia tem por base a centralizaccedilatildeo dos meios nos escalotildees

mais elevados permitindo que os mesmos possam suprir as deficiecircncias de Engenharia

dos escalotildees subordinados em face das necessidades especiacuteficas de cada situaccedilatildeo e

ainda atender ao apoio em profundidade de modo a liberar os escalotildees subordinados de

encargos na retaguarda

53 Uma accedilatildeo coordenadora do escalatildeo superior de engenharia sobre os escalotildees

subordinados se faz necessaacuteria e eacute realizada por meio dos canais teacutecnicos de

engenharia

54 O funcionamento adequado desses canais teacutecnicos constitui-se em dos principais

fatores para a eficiecircncia do apoio permitindo que os escalotildees subordinados possam em

tempo uacutetil articular seus meios tomar as providecircncias necessaacuterias e receber apoio

adicional do escalatildeo superior quando for o caso

55 A Engenharia eacute organizada no TO da seguinte forma Engenharia do Comando

Logiacutestico do Teatro de Operaccedilotildees (EngCLTO) Comando de Engenharia da Forccedila

Terrestre Componente (CEFTC) no caso de emprego de duas DE Engenharia

Divisionaacuteria (ED) e Engenharia de Brigada (E Bda)

56 Os escalotildees de Engenharia satildeo constituiacutedos pelos seguintes elementos de emprego

pelototildees de engenharia (Pel Eng) companhias de engenharia (Cia Eng) batalhotildees de

engenharia (Btl Eng) e grupamentos de engenharia (Gpt E) aleacutem das tropas de

engenharia especializadas

57 As tropas de engenharia especializadas oferecem capacidades diferenciadas de

engenharia em razatildeo de possuiacuterem pessoal e equipamentos especiacuteficos Quando

possuem valor igual ou menor que subunidade costumam ser chamadas genericamente

de ldquomoacutedulos especializadosrdquo

58 Satildeo exemplos de moacutedulos especializados Companhia de Engenharia de

Camuflagem Equipe de Mergulho Grupo de Construccedilatildeo Horizontal Turma de Patrimocircnio

Imobiliaacuterio etc

59 O anexo ldquoArdquo apresenta os escalonamentos da Engenharia no TO e os organogramas

das estruturas baacutesicas de Engenharia segundo as situaccedilotildees de emprego da FTC da

Doutrina Militar Terrestre

6 A ENGENHARIA NA ZONA DE ADMINISTRACcedilAtildeO

61 Na Zona de Administraccedilatildeo (ZA) encontra-se

611 uma estrutura de Engenharia que integra o Comando Logiacutestico do Teatro de

Operaccedilotildees (CLTO) denominada de EngCLTO de forma a apoiar as atividades daquele

(Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 ndash C Dout ExCOTER de 31 MAI de 2016Fl 410)

comando particularmente no planejamento e execuccedilatildeo de obras e de serviccedilos de

Engenharia

612 quando houver necessidade de se apoiar de forma mais cerrada a uma F Cte a

EngCLTO poderaacute organizar a partir dos seus meios um Grupo-Tarefa Logiacutestico de

Engenharia (GT Log Eng) que poderaacute enquadrar unidades de engenharia de combate

construccedilatildeo geoinformaccedilatildeo meio ambiente patrimocircnio imobiliaacuterio e outros

62 A EngCLTO seraacute constituiacuteda conforme as necessidades de trabalhos teacutecnicos e

atividades logiacutesticas de Engenharia O valor e a natureza da tropa dependem mais das

caracteriacutesticas da magnitude e das necessidades de desenvolvimento da infraestrutura

do ambiente operacional do que das forccedilas a serem apoiadas

63 Na ZA prioriza-se a exploraccedilatildeo dos recursos mobilizados e contratados Em

consequecircncia eacute normal a existecircncia de empresas civis especializadas e enquadradas

pela estrutura militar

64 As atividades de engenharia executadas com maior frequecircncia na ZA satildeo as de apoio

geral de engenharia englobando os trabalhos de estradas pontes instalaccedilotildees

geoinformaccedilatildeo manutenccedilatildeo e suprimento que exigem grande capacidade teacutecnica e

meios especializados nesse escalatildeo

65 Considerando o grande volume e complexidade de tarefas na ZA eacute conveniente que

as forccedilas de Engenharia integrantes da EngCLTO sejam enquadradas por

Grupamento(s) de Engenharia possuindo particularmente estruturas de Engenharia de

Construccedilatildeo de Meio Ambiente e de Patrimocircnio Imobiliaacuterio entre outras que se fizerem

necessaacuterias

7 A ENGENHARIA NA ZONA DE COMBATE

71 Na Zona de Combate (ZC) encontram-se

711 Estruturas de Engenharia da Forccedila Terrestre Componente (FTC) e de Divisatildeo (otildees)

de Exeacutercito (DE) com meios para atender agraves necessidades proacuteprias dessas estruturas e

aumentar o apoio aos escalotildees subordinados inclusive assumindo encargos nas aacutereas de

retaguarda destes de modo a liberar suas engenharias para o apoio cerrado aos

elementos de combate

712 A Engenharia orgacircnica das Brigadas com meios para atender agraves necessidades

miacutenimas e imediatas do escalatildeo e mais diretamente ligadas ao combate

72 A Engenharia da FTC

721 A FTC constitui o comando essencial para o emprego da engenharia por ser

encarregado de traduzir os aspectos da manobra do niacutevel operacional para o niacutevel taacutetico

(Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 ndash C Dout ExCOTER de 31 MAI de 2016Fl 510)

Tem assim uma visatildeo ampla do terreno e da situaccedilatildeo para poder julgar as necessidades

gerais em apoio e em trabalhos conceber o esquema geral de apoio de engenharia e

exercer efetivamente uma coordenaccedilatildeo dos escalotildees subordinados

722 O apoio de engenharia a uma FTC abrange uma diversidade de trabalhos em apoio

adicional agrave mobilidade e agrave contramobilidade dos elementos de primeiro escalatildeo Abrange

tambeacutem o apoio agrave proteccedilatildeo de tropas e instalaccedilotildees e o apoio geral de engenharia em

toda a sua aacuterea de atuaccedilatildeo

723 Uma FTC eacute estruturada para atender a um planejamento operacional especiacutefico natildeo

possuindo portanto uma organizaccedilatildeo fixa A Doutrina Militar Terrestre admite para fim

de planejamento diversos tipos de FTC cujos apoios de Engenharia seratildeo organizados

de acordo com as constituiccedilotildees destas

724 O apoio de Engenharia a uma FTC eacute coordenado por uma estrutura denominada de

Comando de Engenharia da FTC (CEFTC) a qual possui como principais elementos

operativos os grupamentos de engenharia (Gpt E) ou batalhotildees de engenharia (Btl Eng)

725 A organizaccedilatildeo e os organogramas dos diversos tipos de CEFTC satildeo apresentados

no Anexo ldquoArdquo

73 O Grupamento de Engenharia

731 O Gpt E controla coordena e supervisiona as tarefas de engenharia executadas

pelos batalhotildees e moacutedulos especializados subordinados sendo a estrutura natural para

enquadrar U e SU de Engenharia

732 Basicamente o Gpt E eacute composto pelo Cmdo EM pela Cia C Ap e por U e SU de

Engenharia Possui capacidade de enquadrar ateacute cinco batalhotildees Considera-se para fim

de planejamento que cinco moacutedulos especializados equivalem a uma U

74 A Engenharia Divisionaacuteria

741 As accedilotildees que se desenrolam no escalatildeo DE satildeo de natureza nitidamente taacutetica e

em consequecircncia sua engenharia opera em um ambiente no qual o combate eacute o

elemento preponderante

742 O apoio de Engenharia a uma DE eacute prestado por uma estrutura denominada

Engenharia Divisionaacuteria (ED)

743 Em funccedilatildeo da missatildeo da DE apoiada e da(s) hipoacutetese(s) de conflito planejada(s) a

ED pode ser organizada com constituiccedilatildeo variaacutevel desde um BE Cmb ateacute um Gpt E aleacutem

dos moacutedulos de engenharia especializados e dos reforccedilos que forem necessaacuterios

744 A ED apoia basicamente a mobilidade e a contramobilidade dos elementos de

manobra da divisatildeo Realiza tambeacutem o apoio agrave proteccedilatildeo de tropas e instalaccedilotildees e o

(Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 ndash C Dout ExCOTER de 31 MAI de 2016Fl 610)

apoio geral de engenharia em toda a zona de accedilatildeo divisionaacuteria suplementando o apoio

prestado pelas E Bda

745 O escalonamento da ED eacute apresentado no anexo A

75 A Engenharia de Brigada (E Bda)

751 A E Bda constitui o escalatildeo de engenharia mais avanccedilado na ZC Nele as

necessidades de apoio dos elementos de combate satildeo sentidas com mais intensidade o

que exige o posicionamento dos meios o mais agrave frente possiacutevel

752 Dentro da caracteriacutestica de apoio em profundidade a E Bda eacute organizada com

meios para atender agraves necessidades miacutenimas e mais imediatas da frente de combate e

realiza trabalhos sumaacuterios e raacutepidos Assim quando ocorre uma deficiecircncia de meios

em pessoal ou material a E Bda depende do apoio do escalatildeo superior de engenharia

para suplementaacute-la eou reforccedilaacute-la

753 A Engenharia de Brigada eacute composta basicamente por

7531 Um BE Cmb orgacircnico nas Brigadas Blindadas (Bda Bld) e de Infantaria

Mecanizada (Bda Inf Mec) Neste caso o BE Cmb possuiraacute duas Cia E Cmb a quatro Pel

E Cmb cada uma

7532 Uma Cia E Cmb orgacircnica nas demais brigadas Neste caso a Cia possuiraacute trecircs

Pel E Cmb

7533 A natureza das unidades de Engenharia de Combate de Brigada seraacute a mesma da

brigada apoiada

8 GERACcedilAtildeO DE FORCcedilAS

81 A Concepccedilatildeo Estrateacutegica do Exeacutercito (CEE) oferece diretrizes importantes para a

organizaccedilatildeo e destinaccedilatildeo das Forccedilas incluindo-se as tropas de Engenharia

particularmente as orgacircnicas das Brigadas em decorrecircncia das diversas Hipoacuteteses de

Emprego (HE)

82 O preparo prontidatildeo e emprego da Forccedila Terrestre satildeo regulados por meio do

Sistema Operacional Militar Terrestre (SISOMT)

83 A adjudicaccedilatildeo de meios inclusive os de Engenharia eacute proposta pelo Plano

Estrateacutegico de Emprego Conjunto das Forccedilas Armadas (PEECFA) (elaborado pelo

EMCFA) que identifica a Estrutura Militar e a composiccedilatildeo dos meios a serem

empregados A adjudicaccedilatildeo eacute confirmada e complementada pelo(s) Plano(s)

Operacional(ais) confeccionados pelos Comandos Operacionais

84 A adjudicaccedilatildeo de meios eacute de fundamental importacircncia para o processo de geraccedilatildeo de

forccedilas Normalmente as Eng Bda orgacircnicas das GU seguem o previsto para a respectiva

(Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 ndash C Dout ExCOTER de 31 MAI de 2016Fl 710)

Bda Jaacute os Gpt E existentes desde o tempo de normalidade possuem estruturas

importantes a considerar na adjudicaccedilatildeo de meios quer seja para a realizaccedilatildeo de

trabalhos na ZI (particularmente para as Op Eng Obras Militares Meio Ambiente e

Patrimocircnio) quer seja na organizaccedilatildeo ou mesmo na evoluccedilatildeo de sua estrutura para as

seguintes forccedilas EngCLTO CEFTC e ED

(Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 ndash C Dout ExCOTER de 31 MAI de 2016Fl 810)

ANEXO A - ORGANIZACcedilAtildeO DA ENGENHARIA NO TO E ORGANOGRAMAS DAS ESTRUTURAS BAacuteSICAS DE ENGENHARIA SEGUNDO AS SITUACcedilOtildeES DE EMPREGO DA FTC

1 FTC organizada com mais de um G Cmdo operativo (1ordm caso)

11 Escalonamento

Figura 1 - Exemplo de Organizaccedilatildeo da Engenharia em FTC com mais de um G Cmdo operativo

12 Organograma do CEFTC

Legenda (1) Possui Centro de Operaccedilotildees de Engenharia e poderaacute incluir estrutura de Meio

Ambiente e Patrimocircnio Imobiliaacuterio (2) Possui Nr variaacutevel de Gpt E (no miacutenimo 1) que enquadram Btl Eng e os Moacutedulos

Especializados (3) Nr variaacutevel de Moacutedulos Especializados

Figura 2 - Exemplo de organograma da CEFTC de FTC organizada com mais de um G Cmdo operativo

CEFTC

Cia C Ap Gpt E

(2) Cia Geoinformaccedilatildeo

Moacutedulos Especializados (3)

EM (1)

(Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 ndash C Dout ExCOTER de 31 MAI de 2016Fl 910)

13 Organograma de um Gpt E

Legenda

(1) Possui capacidade de enquadrar de dois a cinco Btl Eng (Cmb ou Cnst) Considera-se para fim de planejamento que cinco moacutedulos especializados equivalem a um Btl Eng

(2) Nr variaacutevel de Moacutedulos Especializados

Figura 3 - Organograma de um Grupamento de Engenharia

2 FTC organizada com mais de uma GU operativa (2ordm caso)

21 Organizaccedilatildeo

Figura 5 - Exemplo de Organizaccedilatildeo da Engenharia EM FTC com mais de um GU operativa

Gpt E

Cia C Ap Btl Eng

(1) Moacutedulos

Especializados (2)

EM

(ED)

(Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 ndash C Dout ExCOTER de 31 MAI de 2016Fl 1010)

22 Organograma do CEFTC (ED)

Legenda

(1) Possui Centro de Operaccedilotildees de Engenharia e poderaacute incluir estrutura de Meio Ambiente e Patrimocircnio Imobiliaacuterio

(2) Normalmente dois Btl Eng (Cmb ou Cnst) podendo chegar a cinco (3) Nr variaacutevel de Moacutedulos Especializados

Figura 6 - Exemplo de organograma da CEFTC de FTC organizada com mais de um G Unidade operativa

3 FTC eacute organizada com uma GU operativa (3ordm caso)

Neste caso o CEFTC (E Bda) seraacute constituiacutedo pela Unidade ou Subunidade orgacircnica

da GU podendo receber meios adicionais

PAULO RICARDO PINTO SILVA - Cel

Chefe do Centro de Doutrina do Exeacutercito

CEFTC ED

Cia C Ap Btl Eng

(2) Cia Geoinformaccedilatildeo

Moacutedulos Especializados

(3)

EM (1)

161

(Nota Complementar agrave Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 de 31 de maio de 2016Fl 16)

ANEXO B ndash NOTA COMPLEMENTAR Agrave NOTA DE COORDENACcedilAtildeO

DOUTRINAacuteRIA NR 022016

MINISTEacuteRIO DA DEFESA EXEacuteRCITO BRASILEIRO

COMANDO DE OPERACcedilOtildeES TERRESTRES

CENTRO DE DOUTRINA DO EXEacuteRCITO

Nota Complementar agrave Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 de 31 de maio de

2016

O EMPREGO DO BATALHAtildeO DE ENGENHARIA DAS BRIGADAS DE CAVALARIA

MECANIZADA

IacuteNDICE DE ASSUNTOS

1 FINALIDADE 02

2 OBJETIVO 02

3 REFEREcircNCIAS 02

4 INTRODUCcedilAtildeO 02

5 APOIO DE ENGENHARIA AgraveS BRIGADAS DE CAVALARIA

MECANIZADA 03

6 ORGANIZACcedilAtildeO DA ENGENHARIA DA BRIGADA 04

7 EMPREGO DO BATALHAtildeO 04

ANEXOS

A ndash ORGANIZACcedilAtildeO DO BE CMB ORGAcircNICO DE UMA BRIGADA DE

CAVALARIA MECANIZADA 06

162

(Nota Complementar agrave Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 de 31 de maio de 2016 Fl 26)

1 FINALIDADE

Complementar a orientaccedilatildeo do emprego da engenharia retificando as

informaccedilotildees referentes ao apoio agraves Brigadas de Cavalaria Mecanizada (Bda C

Mec)

2 OBJETIVO

Apresentar uma visatildeo atualizada da organizaccedilatildeo estrutura e emprego da

engenharia que presta apoio agraves Bda C Mec agrave luz da Doutrina Militar Terrestre

subsidiando a exploraccedilatildeo do assunto nas Escolas Militares no planejamento e

execuccedilatildeo de Exerciacutecios Militares nos planejamentos operacionais e taacuteticos para

Emprego da Forccedila Terrestre

3 REFEREcircNCIAS

____ Glossaacuterio das Forccedilas Armadas - MD35-G-01 2007

____ Operaccedilotildees EB20-MF-10103 2014

____ Movimento e Manobra - EB20-MC-10203 2015

____ Logiacutestica - EB20-MC-10204 2014

____ Proteccedilatildeo - EB20-MC-10208 2015

____ Doutrina Militar Terrestre - EB20-MF-10102-1 2014

____ Emprego de Engenharia - C 5-1 1999

____ Brigada de Cavalaria Mecanizada - C 2-30

____ Batalhatildeo de engenharia de combate - C 5-7 2001

____ O apoio de engenharia no escalatildeo brigada - C 5-10 2000

____ Regimento de Cavalaria Mecanizado - C 2-20 2002

____ Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 002 2016 ndash As estruturas de

engenharia no teatro de operaccedilotildees

4 INTRODUCcedilAtildeO

41 A desarmonia entre doutrina e emprego afasta a forccedila da possibilidade de

manutenccedilatildeo de uma efetiva capacidade A mudanccedila em um dos fatores da

doutrina exige um reajuste das demais para que se mantenha um equiliacutebrio entre

Doutrina Organizaccedilatildeo Adestramento Material Emprego Pessoal e Instruccedilatildeo

(DOAMEPI)

163

(Nota Complementar agrave Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 de 31 de maio de 2016 Fl 36)

42 O Projeto Estruturante Novo Sistema de Engenharia (PENSE) Vetor de

Transformaccedilatildeo da Engenharia no Processo de Tranformaccedilatildeo do Exeacutercito foi

concebido com a finalidade de proporcionar uma urgente recuperaccedilatildeo da

capacidade operacional no que tange agraves estruturas organizacionais

competecircncia dos recursos humanos evoluccedilatildeo doutrinaacuteria melhoria da

quantidade e qualidade do material de engenharia e gestatildeo ambiental nas

atividades militares

43 Evoluccedilotildees doutrinaacuterias e aquisiccedilotildees de materiais modernos como as Viaturas

dos Projetos Leopard e Guarani proporcionaram agraves brigadas mecanizadas e

blindadas grande poder de dissuasatildeo exigindo entretanto uma adequaccedilatildeo no

do material pessoal e doutrina da engenharia

5 APOIO DE ENGENHARIA AgraveS BRIGADAS DE CAVALARIA MECANIZADA

51 O apoio de Engenharia eacute fundamental para que as brigadas blindadas e

mecanizadas tenham capacidade de mobilidade contramobilidade e proteccedilatildeo

Uma engenharia ineficiente elimina as vantagens obtidas por fraccedilotildees dotadas de

modernas viaturas as quais tecircm sua mobilidade ditada por limitaccedilotildees impostas

pelo terreno e por restriccedilotildees determinadas pela engenharia inimiga bem como

sua defesa pelo uso exclusivo do fogo

52 Esta NCD complementa a Nota de Coordenccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 de 31

de maio de 2016 e retifica-a no que tange agrave organizaccedilatildeo da Engenharia em

apoio agraves Brigadas de Cavalaria Mecanizada a qual a mantinha como uma

subunidade

53 Dotada de trecircs Pelototildees de Engenharia de Combate (Pel E Cmb) e um

Pelotatildeo de Engenharia de Apoio (Pel E Ap) como elementos executivos e de um

Pelotatildeo de Equipagem de Assalto (Pel Eq Ass) a Subunidade de engenharia natildeo

tem capacidade de proporcionar agrave Bda C Mec mobilidade assegurar a

contramobilidade nem contribuir com sua proteccedilatildeo

54 A Brigada de Cavalaria Mecanizada pode empregar em primeiro escalatildeo ateacute

2 (dois) Regimentos de Cavalaria Mecanizada (RC Mec) e 1 (um) Regimento de

Cavalaria Blindado (RCB) os quais podem receber pelototildees em apoio direto ou

situaccedilatildeo de comando reforccedilo

164

(Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 ndash C Dout ExCOTER de 31 MAI de 2016Fl 610)

55 O Comandante da engenharia do escalatildeo Brigada entretanto natildeo restringe

sua influecircncia no combate ao apoio de Engenharia no Apoio Direto ou no Reforccedilo

aos regimentos mas emprega os demais pelototildees que estatildeo sob seu comando

no Apoio Suplementar a esses pelototildees no Apoio ao Conjunto realizado em

proveito a mais de um elemento ou agrave brigada como um todo aleacutem de manter

condiccedilotildees de apoiar a reserva quando empregada

6 ORGANIZACcedilAtildeO DA ENGENHARIA DA BRIGADA DE CAVALARIA

MECANIZADA

61 A Engenharia da brigada deve atender as necessidades miacutenimas e imediatas

do escalatildeo e mais diretamente ligadas ao combate o que para isso conta com

um Batalhatildeo de Engenharia de Combate Mecanizado (BE Cmb Mec)

62 O BE Cmb Mec estaacute organizado com uma Companhia de Engenharia de

Combate Mecanizada (Cia E Cmb Mec) uma Companhia de Engenharia de

Combate Blindado (Cia E Cmb Bld) uma Companhia de Comando e Apoio (Cia

C Ap) e uma Companhia de Equipagem de Ponte (C Eq Pnt)

63 A Companhia de Engenharia de Combate Mecanizada (Cia E Cmb Mec)

subunidade mais apta para apoiar os RC Mec e a Cia E Cmb Bld mais apta para

apoiar o RCB possuem cada uma 4 (quatro) Pelototildees de Engenharia de

Combate (Pel E Cmb) como fraccedilatildeo baacutesica de emprego junto aos regimentos

64 A Cia C Ap tem a missatildeo de prover os meios para o comando e logiacutestica do

batalhatildeo e equipamentos de engenharia para as companhias aleacutem de realizar

trabalhos teacutecnicos de manutenccedilatildeo de rede miacutenima de estrada e instalaccedilotildees

necessaacuterios agrave Bda

65 A Cia E Pnt tem a missatildeo apoiar com equipamento especializado a

transposiccedilatildeo de curso de aacutegua e de pequenas brechas no apoio agrave mobilidade e

reforccedilar as Cia E Cmb orgacircnicas do batalhatildeo com material de transposiccedilatildeo

165

(Nota Complementar agrave Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 de 31 de maio de 2016 Fl 56)

7 EMPREGO DO BATALHAtildeO

71 O comandante do Batalhatildeo de Engenharia de Combate Mecanizado

administra o emprego de suas fraccedilotildees e meios a fim de garantir o apoio agrave

mobilidade contramobilidade e proteccedilatildeo da brigada

72 Com o objetivo preciacutepuo de apoio aos elementos em primeiro escalatildeo o

comandante da engenharia da brigada simultaneamente manteacutem condiccedilotildees de

prestar apoio suplementar a esses elementos suprir as necessidades da brigada

no Apoio ao Conjunto e ficar em condiccedilotildees de apoiar a reserva quando

empregada

73 As Cia E Cmb satildeo os elementos executivos do batalhatildeo

74 Ao Cmt do BE Cmb cabe planejar o emprego de seus meios os quais devem

ser compatiacuteveis com suas possibilidades

75 Para o apoio aos elementos em primeiro escalatildeo as companhias apoiam com

pelototildees de preferecircncia de mesma natureza do elemento apoiado Cada peccedila

de manobra valor unidade empregado pela Bda recebe normalmente um

pelotatildeo Quando necessaacuterio o reforccedilo em material este deve ser solicitado ao

Cmt Btl

76 A Cia C Ap tem a missatildeo de prover os meios para comando e logiacutestica do

batalhatildeo e Viatura Blindadas Especiais sobre lagartas a fim de reforccedilar os

pelototildees em apoio aos regimentos e equipamentos de engenharia para as Cia E

Cmb

77 A Cia E Pnt tem a missatildeo de apoiar e reforccedilar as Cia E Cmb orgacircnicas na

transposiccedilatildeo de curso de aacutegua e pequenas brechas com equipamento

especializado e VBE sobre lagartas

166

(Nota Complementar agrave Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 de 31 de maio de 2016Fl 66)

ANEXO A - ORGANIZACcedilAtildeO DO BE CMB MEC ORGAcircNICO DE UMA BRIGADA

DE CAVALARIA MECANIZADA

1 Organograma do BE Cmb MecBda C Mec

Figura 1 ndash Exemplo de um organograma de BE Cmb Mec de Bda C Mec

TERMO DE AUTORIZACcedilAtildeO PARA PUBLICACcedilAtildeO DE TESES DISSERTACcedilOtildeES

TRABALHOS DE CONCLUSAtildeO DE CURSO E ARTIGOS CIENTIacuteFICOS ELETROcircNICOS NA

BIBLIOTECA DIGITAL DE TRABALHOS CIENTIacuteFICOS

Na qualidade de titular dos direitos de autor da publicaccedilatildeo autorizo a DESMil e a EsAO a

disponibilizarem atraveacutes de paacutegina eletrocircnica oficial do Estabelecimento de Ensino sem ressarcimento dos

direitos autorais de acordo com a Lei nordm 9610 de 19 de fevereiro de 1998 Lei de Direito Autoral o texto

integral da obra abaixo citada conforme permissotildees assinaladas para fins de leitura impressatildeo eou

download a tiacutetulo de divulgaccedilatildeo da produccedilatildeo cientifica brasileira a partir desta data

Identificaccedilatildeo do material bibliograacutefico

( ) Tese (x) Dissertaccedilatildeo ( ) Trabalho de Conclusatildeo de Curso (x) Artigo Cientiacutefico

Instituiccedilatildeo de Ensino Escola de Aperfeiccediloamento de Oficiais (EsAO)

Tiacutetulo A doutrina de Engenharia de Combate da Brigada de Cavalaria Mecanizada Uma sugestatildeo de

adequaccedilatildeo do apoio prestado aos elementos empregados em primeiro escalatildeo nas operaccedilotildees ofensivas

Autor Cap Eng Saulo dos Santos Marques

Idt033373474-7 CPF010094330-67 E-mailmarxemcasahotmailcom

Data de Defesa11 de outubro de 2018 Titulaccedilatildeo Mestrado Profissional

Curso de Poacutes-graduaccedilatildeo Engenharia Aacuterea de Concentraccedilatildeo Defesa Nacional

Palavras-chave Brigada de Cavalaria Mecanizada Companhia de Engenharia de Combate

Mecanizada Projeto Estruturante Novo Sistema de Engenharia Operaccedilatildeo de Aproveitamento do Ecircxito

Agecircncia de fomento (se for o caso)

Autoriza disponibilizar o e-mail na Base de Dados de Teses Dissertaccedilotildees Trabalhos Cientiacuteficos

e Artigos Cientiacuteficos da Biblioteca Digital de Trabalhos Cientiacuteficos

( x ) SIM ( ) NAtildeO

Informaccedilatildeo de acesso ao documento

Liberaccedilatildeo para publicaccedilatildeo (x) Total ( ) Parcial

Em caso de publicaccedilatildeo parcial especifique o(s) tiacutetulo(s) eou capiacutetulo(s) restrito(s)

Tiacutetulo(s) ________________________________________________________________________

Capiacutetulo(s) ______________________________________________________________________

A restriccedilatildeo (parcial ou total poderaacute ser mantida por ateacute um ano a partir da data de autorizaccedilatildeo da

publicaccedilatildeo) A extensatildeo deste prazo suscita justificativa ao Instituto Brasileiro de Informaccedilatildeo em Ciecircncia e

Tecnologia (IBICT) Todo o conteuacutedo resumo e metadados ficaratildeo sempre disponibilizados

Havendo concordacircncia com a publicaccedilatildeo eletrocircnica do Trabalho Cientiacutefico torna-se imprescindiacutevel o

envio do(s) seu(s) arquivo(s) em formato digital sem ser passiacutevel de modificaccedilatildeo do tipo Portable Document

Format (PDF) da Adobe Systems

________________________________________

Saulo dos Santos Marques

MINISTEacuteRIO DA DEFESA

EXEacuteRCITO BRASILEIRO

DECEx - DESMIL

ESCOLA DE APERFEICcedilOAMENTO DE OFICIAIS

(EsAO1919)

DIVISAtildeO DE ENSINO SECcedilAtildeO DE POacuteS-GRADUACcedilAtildeO

TERMO DE CESSAtildeO DE DIREITOS SOBRE TRABALHO ACADEcircMICO

TIacuteTULO DO TRABALHO

A DOUTRINA DA ENGENHARIA DE COMBATE DA BRIGADA DE CAVALARIA

MECANIZADA UMA SUGESTAtildeO DE ADEQUACcedilAtildeO DO APOIO PRESTADO AOS

ELEMENTOS EMPREGADOS EM PRIMEIRO ESCALAtildeO NAS OPERACcedilOtildeES OFENSIVAS

IDENTIFICACcedilAtildeO DO AUTOR

SAULO DOS SANTOS MARQUES ndash Cap Eng

1 Este trabalho nos termos da legislaccedilatildeo que resguarda os direitos autorais eacute considerado de minha

propriedade

2 Autorizo a Escola de Aperfeiccediloamento de Oficiais (EsAO) a utilizar meu trabalho para uso

especiacutefico no aperfeiccediloamento e evoluccedilatildeo da Forccedila Terrestre bem como a divulgaacute-lo por publicaccedilatildeo em

revista teacutecnica da Escola ou outro veiacuteculo de comunicaccedilatildeo do Exeacutercito

3 A EsAO poderaacute fornecer coacutepia do trabalho mediante ressarcimento das despesas de postagem e

reproduccedilatildeo Caso seja de natureza sigilosa a coacutepia somente seraacute fornecida se o pedido for encaminhado

por meio da Organizaccedilatildeo Militar fazendo-se a necessaacuteria anotaccedilatildeo do destino no Livro de Registro

existente na Biblioteca

4 Eacute permitida a transcriccedilatildeo parcial de trechos do trabalho para comentaacuterios e citaccedilotildees desde que sejam

transcritos os dados bibliograacuteficos dos mesmos de acordo com a legislaccedilatildeo sobre direitos autorais

5 A divulgaccedilatildeo do trabalho em outros meios natildeo pertencentes ao Exeacutercito somente pode ser feita

com a autorizaccedilatildeo do autor ou da Direccedilatildeo de Ensino da EsAO

Rio de Janeiro ___ de _________________ de ________

_______________________________________

O AUTOR

Page 6: ESCOLA DE APERFEIÇOAMENTO DE OFICIAIS Cap Eng SAULO …

RESUMO

A capacidade de uma tropa estaacute baseada nos fatores doutrina organizaccedilatildeo adestramento material emprego pessoal e instruccedilatildeo Para o sistema de engenharia destaca-se ainda mais a importacircncia do conjunto formado pelo material pessoal e organizaccedilatildeo O Projeto Estruturante Novo Sistema de Engenharia visa reestruturar esse sistema que tem influecircncia significativa na capacidade da engenharia cumprir suas missotildees como arma de apoio Alinhado com esse objetivo este trabalho analisou a estrutura das Brigadas de Cavalaria Mecanizada que satildeo compostas por Regimentos de Cavalaria Mecanizada e Regimentos de Cavalaria Blindada os quais receberam respectivamente as Viaturas Blindadas de Transporte de Pessoal Meacutedias de Rodas Guarani e as Viaturas de Combate Carro de Combate Leopard 1 e M60 A3-TTS Embora os projetos Guarani e Leopard tenham influenciado na melhoria dos materiais utilizados pelos regimentos a Companhia de Engenharia de Combate Mecanizada natildeo teve a adequaccedilatildeo dos seus fatores base Entatildeo surgiu a necessidade de por meio da anaacutelise dos fatores emprego e materiais sugerir uma proposta de adequaccedilatildeo desse apoio prestado aos elementos empregados em primeiro escalatildeo da brigada a partir da anaacutelise do apoio a Operaccedilatildeo de Aproveitamento do Ecircxito

Palavras-chave Brigada de Cavalaria Mecanizada Companhia de Engenharia de Combate Mecanizada Projeto Estruturante Novo Sistema de Engenharia Operaccedilatildeo de Aproveitamento do Ecircxito

ABSTRACT

The capacity of a troop is based on factors doctrine organization training material employment personnel and instruction For the engineering system the importance of the set formed by the material personnel and organization stands out even more The Strategic New Engineering System Project aims to restructure this system which has a significant influence on the ability of engineering to fulfill its missions as a support weapon Aligned with this objective this work analyzed the structure of the Mechanized Cavalry Brigades which are composed of Mechanized Cavalry Regiments and Armored Cavalry Regiments which received respectively the Armored Personnel Carrier Vehicle - Medium Wheeled Type and the Main Battle Tank Leopard 1 and M60 A3-TTS Although the Guarani and Leopard projects influenced the improvement of the materials used by the regiments the Mechanized Combat Engineering Company did not have the adequacy of its base factors Then the need arose through the analysis of the factors of employment and materials to suggest a proposal for adequacy of this support provided to the elements employed in the first step of the brigade based on the analysis of the support for Deliberate Attack

Keywords Mechanized Cavalry Brigades Mechanized Combat Engineering Company Structurant New Engineering System Project Deliberate Attack

SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO 10

11 PROBLEMA 12

12 OBJETIVOS 13

13 QUESTOtildeES DE ESTUDO 14

14 JUSTIFICATIVA 15

2 METODOLOGIA 16

21 OBJETO FORMAL DE ESTUDO 16

211 Definiccedilatildeo conceitual das variaacuteveis 17

212 Definiccedilatildeo operacional das variaacuteveis 18

213 Alcances e limiteshelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 19

22 AMOSTRAhelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 20

23 DELINEAMENTO DA PESQUISAhelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 21

231 Procedimentos para revisatildeo de literatura 21

2311 Fontes de busca 22

2312 Estrateacutegia de busca para as bases de dados 22

2313 Criteacuterios de inclusatildeo helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 22

2314 Criteacuterios de exclusatildeo helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 22

232 Procedimentos Metodoloacutegicos helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 23

233 Procedimentos Experimental helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 23

234 Instrumentos 23

2341 Elaboraccedilatildeo dos questionaacuterios 24

2342 Questionaacuterio destinado aos oficiais em funccedilatildeo de desenvolvimento coordenaccedilatildeo ou chefia do Projeto Guarani hellip 24

2343 Questionaacuterio destinado aos comandantes e ex-comandantes de regimento de cavalaria de uma Brigada de Cavalaria Mecanizada (Apecircndice A)helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 24

2344 Questionaacuterio destinado aos comandantes e ex-comandantes de regimento de cavalaria de uma Brigada de Cavalaria Mecanizada (Apecircndice B)helliphelliphelliphelliphelliphellip

25

2345 Questionaacuterio destinado aos oficiais de engenharia que tenham

realizado curso de Comandante de Subunidade nos Estados Unidos ou na Alemanha (Apecircndice C)helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip

25

2346 Questionaacuterio destinado aos oficiais na funccedilatildeo de instrutor do Centro de Instruccedilatildeo de Blindados que tenham realizado curso de Comandante de Subunidade nos Estados Unidos ou na Alemanha (Apecircndice D)helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 25

235 Anaacutelise dos Dados helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 26

2351 Tabulaccedilatildeo dos dados helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 26

3 REVISAtildeO DE LITERATURA 27

31 CONSIDERACcedilOtildeES INICIAIS 28

311 Operaccedilotildees de Aproveitamento do Ecircxito 28

312 Situaccedilatildeo de Comando Reforccedilo 29

313 Funccedilatildeo de Combate Movimento e Manobra 29

314 Modularidade 30

315 Projeto Guarani 31

32 BRIGADA DE CAVALARIA MECANIZADA 33

321 Regimento de Cavalaria Mecanizado 35

322 Regimento de Cavalaria Blindada 36

33 COMPANHIA DE COMBATE MECANIZADA 38

331 O Pelotatildeo de Engenharia de Apoio 40

332 O Pelotatildeo de Equipagem de Assalto 40

333 O Pelotatildeo de Engenharia de Combate Mecanizado 43

34 MATERIAIS DE EMPREGO MILITAR DISPONIacuteVEIS NO MUNDO PARA REFORCcedilO AOS PEL E CMB NO APOIO Agrave MOBILIDADE 45

341 Viatura blindada especial lanccediladora de pontes de pequena brecha 46

342 Viatura Blindada Especial de Engenharia helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 49

343 Viaturas Blindadas Especiais de Abertura de Brecha 50

344 Outros sistemas e implementos 55

35 APOIO DE ENGENHARIA ORGAcircNICA AgraveS BRIGADAS MECANIZADAS EM OUTROS PAIacuteSES

60

351 SBCT a brigada americana Stryker helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 60

352 Brigada de Infantaria Mecanizada da Alemanha helliphellip 63

4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO 71

41 DISCUSSAtildeO REFERENTE AOS INSTRUMENTOS UTILIZADOS 71

411 Revisatildeo da literatura 72

412 Entrevistas 73

413 Coleta documental 73

42 CAPACIDADES OPERATIVAS DA COMPANHIA DE ENGENHARIA DE COMBATE MECANIZADO NO APROVEITAMENTO DO EcircXITO 74

421 Adequabilidade da organizaccedilatildeo 74

422 Adequabilidade do material 78

43 APOIO DE ENGENHARIA AOS REGIMENTOS DE UMA BRIGADA DE CAVALARIA MECANIZADA 79

431 Organizaccedilatildeo adequada 80

432 Comparaccedilatildeo com outros exeacutercitos 82

433 Caracteriacutesticas dos meios 91

434 Quantidade de VBE por BE Cmb 96

5 CONCLUSAtildeO E RECOMENDACcedilOtildeES 99

REFEREcircNCIAS 103

APEcircNDICE A - QUESTIONAacuteRIO DESTINADO AOS COMANDANTES E EX-COMANDANTES DOS REGIMENTOS DAS BRIGADAS DE CAVALARIA MECANIZADA 109

APEcircNDICE B - QUESTIONAacuteRIO DESTINADO AOS COMANDANTES E EX-COMANDANTES DAS COMPANHIAS DE ENGENHARIA MECANIZADA 120

APEcircNDICE C - QUESTIONAacuteRIO DESTINADO AOS MILITARES DE ENGENHARIA COM CURSO DE COMANDANTE DE SUBUNIDADE NA ALEMANHA OU ESTADOS UNIDOS 131

APEcircNDICE D - QUESTIONAacuteRIO DESTINADO INSTRUTORES DO CENTRO DE INSTRUCcedilAtildeO DE BLINDADOS COM CURSO DE COMANDANTE DE SUBUNIDADE NA ALEMANHA OU ESTADOS UNIDOS 143

APEcircNDICE E - PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL 150

ANEXO A ndash NCD NR 022016 151

ANEXO B ndash NOTA COMPLEMENTAR Agrave NCD NR 022016 160

10

1 INTRODUCcedilAtildeO

Os novos manuais doutrinaacuterios publicados a partir do ano de 2014

reformularam as bases da doutrina do Exeacutercito Atraveacutes deles a Doutrina Militar

Terrestre (DMT) ratificou alguns conceitos jaacute existentes mas trouxe novos que devem

ser entendidos e incorporados agraves capacidades da forccedila a fim de acompanhar a

evoluccedilatildeo do combate mundial

O conhecimento de conceitos como Operaccedilatildeo de Amplo Espectro (atuaccedilatildeo

simultacircnea ou sucessiva em Operaccedilotildees Ofensivas Defensivas de Pacificaccedilatildeo e de

Apoio a Oacutergatildeos Governamentais) permite entender quais satildeo as capacidades que

devem ser almejadas pelas Brigadas Mecanizadas (Bda Mec) consideradas Grandes

Unidades (GU) vocacionadas para essa Operaccedilatildeo Destas GU destacam-se as de

Cavalaria Mecanizada que segundo o Manual de DMT tem a aptidatildeo agraves missotildees de

Reconhecimento Vigilacircncia e Seguranccedila

As Brigadas de Cavalaria Mecanizada apresentam limitaccedilotildees como a

vulnerabilidade a ataques aeacutereos a sensibilidade ao largo emprego de minas e

obstaacuteculos artificiais e mobilidade restrita em terrenos montanhosos arenosos

pedregosos cobertos e pantanosos aleacutem de sua restriccedilatildeo agraves condiccedilotildees

meteoroloacutegicas adversas e com grande dependecircncia de uso de rede rodoviaacuteria

conforme discriminado pelo manual C 2-30 - Brigada de Cavalaria Mecanizada

(BRASIL 2000 p 1-4)

Tais limitaccedilotildees afetam principalmente a mobilidade da Bda em Operaccedilotildees

Ofensivas na qual os RC Mec (Brasil 2000 p 1-14) estatildeo mais capacitados a

executar as operaccedilotildees altamente moacuteveis as manobras de flanco o aproveitamento

do ecircxito e a perseguiccedilatildeo Por sua vez o RCB que por suas caracteriacutesticas eacute o

elemento de manobra mais eficaz para conduzir as operaccedilotildees ofensivas e defensivas

continuadas da Bda apresenta uma seacuterie de restriccedilotildees na sua capacidade de

manobra diminuindo sua eficaacutecia e eficiecircncia no emprego do fogo do combate

aproximado e da accedilatildeo de choque

Para reduzir as limitaccedilotildees das Brigadas de Cavalaria Mecanizada na mobilidade

contramobilidade e proteccedilatildeo as Companhia de Engenharia de Combate Mecanizada

(Cia E Cmb Mec) empregam os Pelototildees de Engenharia de Combate Mecanizado

(Pel E Cmb Mec) conforme Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 de 31 de

maio de 2016 As Estruturas de Engenharia no Teatro de Operaccedilotildees (documento de

11

caraacuteter experimental portanto natildeo definitivo) a fim de atender agraves necessidades

miacutenimas dos Regimentos de Cavalaria Mecanizado (RC Mec) e Regimento de

Cavalaria Blindado (RCB)

As atribuiccedilotildees que a Engenharia tem para com seus elementos apoiados se

apresentam da seguinte forma

A Engenharia tem como missatildeo principal apoiar com as vertentes do

combate e construccedilatildeo os elementos de emprego da F Ter nas operaccedilotildees

desencadeadas no amplo espectro dos conflitos Participa das Funccedilotildees de

Combate Movimento e Manobra proporcionando mobilidade agraves armas-base

e contra-mobilidade ao inimigo Proteccedilatildeo aos oacutergatildeos e estruturas de

combate Logiacutestica em diversas atividades dentre outras (BRASIL 2014 p

6-3)

Nesta uacuteltima deacutecada concomitantemente com a atualizaccedilatildeo doutrinaacuteria novos

Materiais de Emprego Militar (MEM) foram distribuiacutedos em diversas OM do Brasil

frutos de Projetos Estrateacutegicos do Exeacutercito (PEE) alterando suas capacidades e

limitaccedilotildees Dentre eles destaca-se para as tropas de natureza blindada o Projeto

Leopard o qual levou agrave troca dos Carros de Combate (CC) M41 pelas Viatura Blindada

de Combate Carro de Combate Leopard 1 A5 BR (VBCCC Leopard 1 A5 BR) desde

2009

Para as tropas mecanizadas o principal impacto foi causado pelo Projeto

Guarani o qual jaacute modernizou a frota de algumas Organizaccedilotildees Militares (OM) com

esta Viatura Blindada de Transporte de Pessoal Meacutedia de Rodas (VBTP-MR) a qual

estaacute em fase de produccedilatildeo e entrega Concomitantemente com a produccedilatildeo dessas

viaturas estatildeo sendo desenvolvidos protoacutetipos e adquiridos materiais para o

desenvolvimento dos demais componentes da Nova Famiacutelia de Blindados Sobre

Rodas Guarani (NFBSR)

O presente trabalho tem por objetivo analisar as Capacidades Operativas que

os elementos de engenharia deveratildeo possuir considerando os reflexos da evoluccedilatildeo

doutrinaacuteria e dos novos Materiais de Emprego Militar para apoiar a mobilidade dos

Regimentos de Cavalaria Mecanizada e Regimentos de Cavalaria Blindado

empregados em primeiro escalatildeo por uma Brigada de Cavalaria Mecanizada na

Operaccedilatildeo de Aproveitamento do Ecircxito (Apvt Ecircxi) (BRASIL 2014 p 7-2)

12

O objetivo geral do presente estudo eacute partindo do estudo das Capacidades da

Cia E Cmb Mec analisar no acircmbito da mobilidade as necessidades miacutenimas e

imediatas dos elementos a serem empregados em primeiro escalatildeo Baseado nessa

anaacutelise busca-se apresentar uma proposta de adequaccedilatildeo do apoio prestado pela Cia

E Cmb Mec no Aproveitamento do Ecircxito (Apvt Ecircxi)

11 PROBLEMA

Em manual datado de 1989 C 5-10 - Apoio de Engenharia no Escalatildeo Brigada

e reeditado em 2000 consta a missatildeo organizaccedilatildeo atribuiccedilotildees equipamentos e

forma de emprego do pelotatildeo de engenharia de combate O manual C 5-1 - Emprego

da Engenharia datado de 1999 em sua 3ordf ediccedilatildeo caracteriza o Pel E Cmb como o

elemento responsaacutevel por prestar apoio aos elementos em primeiro escalatildeo da Bda C

Mec

A Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 (NCD Nr 0216) trouxe a

atualizaccedilatildeo de alguns conceitos modificando inclusive o escalatildeo de apoio de

engenharia agraves Brigadas Blindadas e de Infantaria Mecanizada (Bda Inf Mec)

passando do valor subunidade (Companhia) para unidade (Batalhatildeo)

Nesta mesma NCD poreacutem foi mantido o estabelecido nos dois manuais citados

acima ratificando que uma Cia E Cmb Mec constituiacuteda por 3 Pel E Cmb Mec eacute o

elemento de apoio aos Regimentos da Bda

O Comandante da Cia E Cmb Mec denominado engenheiro da brigada ao

empregar pelototildees em reforccedilo restringe sua capacidade de realizar um apoio

suplementar a esses pelototildees e de realizar trabalhos em prol da proacutepria companhia

dos demais elementos da brigada e do apoio ao conjunto (mais de um elemento)

Aleacutem disso por sua limitaccedilatildeo em meios na realizaccedilatildeo de trabalhos o Pel E Cmb

na maioria de suas missotildees eacute reforccedilado por equipagens e equipamentos pelo Pelotatildeo

de Equipagem de Assalto e pelo Pelotatildeo de Engenharia de Apoio Esses poreacutem natildeo

possuem materiais adequados reforccedilar os pelototildees de engenharia de combate

Face ao exposto formulou-se o seguinte problema Em que medida a

Companhia de Engenharia de Combate Mecanizada tem capacidade de atender agraves

necessidades miacutenimas dos elementos empregados em primeiro escalatildeo de uma Bda

C Mec no Aproveitamento do Ecircxito no que tange agrave mobilidade

13

12 OBJETIVOS

O presente trabalho tem por objetivo analisar as Capacidades Operativas que

os elementos de engenharia deveratildeo possuir considerando os reflexos da evoluccedilatildeo

doutrinaacuteria e dos novos Materiais de Emprego Militar para apoiar a mobilidade dos

Regimentos de Cavalaria Mecanizada e Regimentos de Cavalaria Blindado

empregados em primeiro escalatildeo por uma Brigada de Cavalaria Mecanizada na

Operaccedilatildeo de Aproveitamento do Ecircxito

Com o intuito de conduzir o estudo para uma soluccedilatildeo foram elencados os

seguintes objetivos especiacuteficos

a Apresentar os conceitos novos ou natildeo que sejam relevantes para a

exploraccedilatildeo do assunto

b Descrever a forma de emprego de uma Bda C Mec em Operaccedilotildees de

Aproveitamento do Ecircxito

c Descrever a organizaccedilatildeo e as caracteriacutesticas dos elementos empregados em

primeiro escalatildeo por uma Bda C Mec

d Descrever a organizaccedilatildeo caracteriacutesticas e forma de emprego em Operaccedilotildees

Ofensivas de uma Cia E Cmb Mec

e Descrever a organizaccedilatildeo caracteriacutesticas e missatildeo junto aos Pel E Cmb de

um Pelotatildeo de Engenharia de Apoio (Pel E Ap)

f Descrever a organizaccedilatildeo caracteriacutesticas e missatildeo junto aos Pel E Cmb de

um Pelotatildeo de Equipagem de Assalto (Pel Eq Ass)

g Descrever a organizaccedilatildeo caracteriacutesticas missatildeo possibilidades e limitaccedilotildees

do Pel E Cmb Mec

h Analisar a capacidade do Pel E Cmb Mec em atender agraves necessidades

miacutenimas dos regimentos de uma Brigada de Cavalaria Mecanizada em

Operaccedilotildees Ofensivas

i Apresentar viaturas especiais de engenharia disponiacuteveis no mercado

mundial

j Analisar o emprego de uma engenharia de Bda do exeacutercito alematildeo e

estadunidense semelhante agrave Bda C Mec concluindo sobre a adequabilidade

do emprego realizado pelo exeacutercito brasileiro

14

k Apresentar uma proposta de apoio de engenharia capaz de atender agraves

necessidades miacutenimas de regimentos orgacircnicos de uma Bda C Mec

13 QUESTOtildeES DE ESTUDO

Atraveacutes da anaacutelise da capacidade de apoio de um Pel E Cmb orgacircnico de uma

Cia E Cmb Mec frente agraves necessidades de uma Brigada de Cavalaria Mecanizada agrave

luz dos novos manuais doutrinaacuterios projetos estrateacutegicos e dos meios de dotaccedilatildeo (ou

em aquisiccedilatildeo pelo Exeacutercito) seraacute analisada a adequabilidade desse apoio Para isso

foram relacionadas algumas questotildees de estudo listadas abaixo a fim de guiar o

trabalho ao objetivo proposto

a) quais os conceitos associados ao emprego e ao material satildeo necessaacuterios para

desenvolvimento de uma proposta adequada de organizaccedilatildeo da Cia E Cmb Mec

b) como a Brigada de Cavalaria Mecanizada eacute empregada em uma Operaccedilatildeo de

Aproveitamento do Ecircxito

c) como se caracterizam os elementos empregados em primeiro escalatildeo pela

Brigada de Cavalaria Mecanizada

d) como a Companhia de Engenharia de Combate Mecanizada das Brigadas de

Cavalaria Mecanizadas satildeo empregadas em Operaccedilotildees Ofensivas

e) como se caracterizam os elementos empregados em primeiro escalatildeo pela

Companhia de Engenharia de Combate Mecanizada

f) quais os meios que disponiacuteveis atualmente para o Pelotatildeo de Engenharia de

Combate Mecanizado apoiar os Regimentos empregados em primeiro escalatildeo no

Aproveitamento do Ecircxito

g) quais os materiais disponiacuteveis no mundo necessaacuterios para atribuir capacidade

de junto aos Regimentos em um Aproveitamento do Ecircxito

h) como eacute prestado o apoio de engenharia em outros paiacuteses a tropas que

possuam organizaccedilatildeo semelhante agrave da Brigada de Cavalaria Mecanizada

i) qual a sugestatildeo de emprego da engenharia de brigada para que seja realizado

um apoio adequado que atenda agraves necessidades miacutenimas dos regimentos orgacircnicos

da Bda C Mec

14 JUSTIFICATIVAS

15

Este trabalho justifica-se pela necessidade de ser avaliada a manutenccedilatildeo ou natildeo

da capacidade da Cia E Cmb Mec frente agraves mudanccedila relacionadas agraves caracteriacutesticas

apresentadas pelos novos cenaacuterios mundiais e pela evoluccedilatildeo do material utilizado

pelo Exeacutercito Brasileiro advindo dos Projetos Leopard e Guarani a fim de

acompanhar o Processo de Transformaccedilatildeo do Exeacutercito Brasileiro que estaacute em

desenvolvimento atualmente

Tal justificativa encontra-se alinhada com os objetivos do Projeto Estruturante

Novo Sistema de Engenharia (PENSE) concebido pelo EME em 2014 o qual teve a

Diretriz de Implantaccedilatildeo aprovada pela Portaria Nordm 031-EME de 26 de fevereiro de

2018

O objetivo decisivo do programa estaacute centrado nos pilares de sustentaccedilatildeo da

capacidade operacional da Engenharia quais sejam a obtenccedilatildeo do Material de

Engenharia adequado e suficiente o desenvolvimento e a atualizaccedilatildeo da doutrina e a

capacitaccedilatildeo de pessoal

A inovaccedilatildeo dos MEM bem como a transformaccedilatildeo doutrinaacuteria demandam

anaacutelises retificaccedilatildeo e ratificaccedilatildeo de conceitos quebra de paradigmas e uma busca

pelo reequiliacutebrio entre as capacidades e necessidades geradas

Com o intuito de corroborar com a evoluccedilatildeo do Sistema Engenharia tendo em

vista a modernizaccedilatildeo doutrinaacuteria e dos novos MEM este trabalho buscaraacute analisar

as Capacidades Operativas desejaacuteveis a fim de propor uma adequaccedilatildeo de apoio de

engenharia na mobilidade dos RC Mec e RCB orgacircnicos de uma Bda C Mec no

Aproveitamento do Ecircxito

Com essa adequaccedilatildeo busca-se dar efetividade agrave doutrina atinente agrave

Engenharia da Brigada tornando-a atual e compatiacutevel com as necessidades dos

elementos apoiados principalmente exequiacutevel e efetiva

16

2 METODOLOGIA

Nesta seccedilatildeo estaacute detalhada a forma que a pesquisa foi dirigida a fim de

atender aos objetivos especiacuteficos os quais visaram desenvolver uma soluccedilatildeo

adequada ao objetivo geral atraveacutes do desenvolvimento de respostas agraves questotildees

de estudo levantadas

Por meio do estudo das possibilidades e limitaccedilotildees da Companhia de

Engenharia de Combate Mecanizada buscou-se apresentar uma anaacutelise da

capacidade de atender agraves necessidades dos elementos empregados em primeiro

escalatildeo pelas Bda C Mec e sugerir uma proposta de adequaccedilatildeo de sua forma de

emprego e do material necessaacuterio

Para atingir esses objetivos a metodologia foi dividida em objeto formal de

estudo amostra e delineamento de pesquisa

21 OBJETO FORMAL DE ESTUDO

O presente trabalho eacute classificado quanto agrave sua forma de abordagem

qualitativa e ao seu objetivo geral como exploratoacuteria e descritiva A sua finalidade eacute

desenvolver uma proposta de adequaccedilatildeo do apoio prestado pela Companhia de

Engenharia de Combate aos Regimentos de uma Brigada de Cavalaria Mecanizada

em Operaccedilotildees Ofensivas por meio do estudo especiacutefico das capacidades

operativas da Cia E Cmb Mec em operaccedilotildees de Aproveitamento do Ecircxito face agrave

evoluccedilatildeo doutrinaacuteria presente na publicaccedilatildeo dos novos manuais doutrinaacuterios

publicados a partir de 2014 e dos MEM frutos dos Projetos Estrateacutegicos Leopard e

Guarani

Para atingir esse objetivo seraacute descrita a doutrina em vigor relacionada agrave Bda

C Mec e agrave Cia E Cmb que a apoia e analisados os reflexos da transformaccedilatildeo

doutrinaacuteria ocorrida nos uacuteltimos anos (de 2014 a 2017) e da aquisiccedilatildeo de novos

MEM

Com base na anaacutelise das capacidades e limitaccedilotildees seraacute proposta uma soluccedilatildeo

de adequaccedilatildeo do apoio de engenharia que atribua capacidade de emprego de

acordo com a doutrina baseado na bibliografia vigente e atualizado com base no

emprego de exeacutercitos de outros paiacuteses e no material disponiacutevel no mundo

atualmente

17

Para a pesquisa a variaacutevel ldquoCapacidades Operativas da Companhia de

Engenharia de Combate Mecanizada no Aproveitamento do Ecircxitordquo que analisou

as capacidades em material e de acordo com a organizaccedilatildeo atuais da Companhia

no apoio agrave mobilidade no aproveitamento do ecircxito foi considerada a variaacutevel

independente

Atraveacutes desta procurou-se estudar modificaccedilotildees que influenciassem

significativamente sobre a dependente ldquoApoio de Engenharia aos Regimentos de

uma Brigada de Cavalaria Mecanizadardquo a fim de adequar o apoio prestado aos

regimentos durante a Operaccedilatildeo de Aproveitamento do Ecircxito pela engenharia da

brigada

A relaccedilatildeo entre a variaacutevel dependente e independente eacute alterada pelo fator

ldquoNecessidades Miacutenimas dos Regimentosrdquo que satildeo as necessidades de trabalhos

de engenharia aos regimentos existentes apoacutes a modernizaccedilatildeo do material e

doutrina nacionais no que tange agrave Operaccedilatildeo de Aproveitamento do Ecircxito

211 Definiccedilatildeo conceitual das variaacuteveis

ldquoCapacidades Operativas da Companhia de Engenharia de Combate no

Aproveitamento do Ecircxitordquo variaacutevel independente pode ser definida como a

anaacutelise agraves capacidades atuais da Cia E Cmb Mec para emprego do Pel E Cmb em

uma Operaccedilatildeo de Aproveitamento do Ecircxito em apoio ao Rgt de uma Bda C Mec

Para isso foi analisado por meio dos questionaacuterios ldquoArdquo e ldquoBrdquo a adequabilidade

da organizaccedilatildeo da Cia E Cmb Mec para apoio aos regimentos de uma Brigada de

Cavalaria Mecanizada e do material disponiacutevel para apoiaacute-los na mobilidade em uma

Operaccedilatildeo de Aproveitamento do Ecircxito

A variaacutevel ldquoApoio de Engenharia aos Regimentos de uma Brigada de

Cavalria Mecanizadardquo pode ser definida como a sugestatildeo doutrinaacuteria para atender

agrave luz dos novos conceitos e fundamentos e materiais as necessidades dos

Regimentos

Por meio das respostas dos questionaacuterio ldquoArdquo ldquoBrdquo ldquoCrdquo e ldquoDrdquo chegou-se a uma

organizaccedilatildeo adequada e atual quando comparada com outros exeacutercitos permitindo

a melhoria do emprego da engenharia no emprego junto aos regimentos de uma

Brigada de Cavalaria Mecanizada

18

Os referidos questionaacuterios tambeacutem permitiram a anaacutelise das caracteriacutesitcas dos

meios e a quantidade de viaturas necessaacuterias para o apoio de engenharia da

brigada na abertura de passagem em obstaacuteculos durante uma Operaccedilatildeo de

Aproveitamento do Ecircxito

Para a variaacutevel interveniente foi considerada as Necessidades Miacutenimas dos

Regimentos no que se refere a apoio de engenharia as quais foram apresentadas

na revisatildeo de literatura reforccedilada pelas respostas presentes nos citados

questionaacuterios cujas respostas foram analisadas individualmente

Esta anaacutelise porcurou confirmar ou refutadar os comentaacuterios presentes nos

questionaacuterios de acordo com as informaccedilotildees encontradas na proacutepria bibliografia

estudada e no Treinamento Taacutetico em Ambiente Virtual (TTAV) realizado no Centro

de Instruccedilatildeo de Blindados

212 Definiccedilatildeo operacional das variaacuteveis

Nos Quadros 1 e 2 estatildeo expostos a dimensatildeo os indicadores e a forma de

mediccedilatildeo das variaacuteveis independente e dependente a fim de permitir uma

visualizaccedilatildeo de como seratildeo abordados no presente estudo

VARIAacuteVEL

INDEPENDENTE DIMENSAtildeO INDICADORES FORMA DE MEDICcedilAtildeO

Capacidades

Operativas da Cia

E Cmb no Apvt

Ecircxi

Emprego no

apoio aos Rgt

da Bda C

Mec

Adequabilidade

da organizaccedilatildeo

Questotildees Nr 1 e 2 (Apd A)

e Nr 1 e 2 (Apd B)

Material para

apoio agrave

mobilidade

Adequabilidade

do material

Questotildees Nr 3 (Apd A) e

Nr 3 (Apd B)

QUADRO 1 - Definiccedilatildeo operacional da Variaacutevel Independente Capacidades Operativas da Cia E Cmb Mec no Apvt Ecircxi Fonte O autor

19

VARIAacuteVEL

DEPENDENTE DIMENSAtildeO INDICADORES FORMA DE MEDICcedilAtildeO

Apoio de

Engenharia aos

Rgt de uma Bda

C Mec

Emprego da

engenharia

Organizaccedilatildeo

adequada

Questotildees 6 e 7 (Apd A)

questotildees 6 e 7 (Apd B)

Comparaccedilatildeo com

outros exeacutercitos

Questatildeo 1 2 e 3 (Apd C) e

questatildeo 1 2 e 3 (Apd D)

Material para

abertura de

passagem em

obstaacuteculo

Caracteriacutesticas dos

meios

Questotildees 4 e 5 (Apd A)

questotildees 4 e 5 (Apd B)

questatildeo 4 e 5 (Apd C) e

questatildeo 4 e 5 (Apd D)

Quantidade de

viaturas Questatildeo 6 (Apd C)

QUADRO 2 - Definiccedilatildeo operacional da Variaacutevel Dependente Apoio de Engenharia aos Rgt da Bda C Mec Fonte O autor

213 Alcances e Limites

Para a anaacutelise das operaccedilotildees ofensivas foram excluiacutedos os tipos de

Reconhecimento em Forccedila Perseguiccedilatildeo Ataque de Oportunidade e Marcha para o

Combate O objetivo do autor foi dar ecircnfase aos trabalhos de mobilidade com

emprego dos pelototildees de forma descentralizada Desta forma o pelotatildeo que

acompanha o regimento precisa conduzir todo o material necessaacuterio natildeo sendo

adequado solicitar apoio agrave companhia devido a sua distacircncia e necessidade de

acompanhamento da velocidade das operaccedilotildees

Nesse sentido foi escolhido o estudo da Operaccedilatildeo de Aproveitamento do

Ecircxito situaccedilatildeo que o Pelotatildeo encontra-se normalmente empregado na situaccedilatildeo de

comando reforccedilo

O sistema Engenharia constituiacutedo por material pessoal e doutrina visa

proporcionar aos elementos apoiados mobilidade contramobilidade proteccedilatildeo e

apoio geral Dentre estes foram abordados neste estudo o apoio agrave mobilidade

20

situaccedilatildeo onde a falta de meios especiais junto aos pelototildees eacute mais niacutetida deixando

de ser trabalhados contramobilidade proteccedilatildeo e apoio geral

Na mobilidade o estudo abarcou trabalhos de abertura de passagens em

obstaacuteculos transposiccedilatildeo de curso de aacutegua obstaacuteculo conservaccedilatildeo e reparaccedilatildeo de

vias e estradas e desorganizaccedilatildeo de posiccedilotildees organizadas do inimigo trabalhos os

quais podem ser realizados por viaturas blindadas especiais Excluiu-se portanto o

estudo da transposiccedilatildeo de curso de aacutegua de vulto ou grande vulto que exigem o

apoio de escalotildees superiores agrave brigada a navegaccedilatildeo e o reconhecimento

Como a Cia E Cmb Mec desdobra seus trabalhos normalmente em toda aacuterea

da Bda o estudo limitou-se aos realizados em prol dos elementos em primeiro

escalatildeo (os regimentos de cavalaria) excluindo o estudo dos trabalhos de apoio ao

conjunto e suplementar

Para tal os meios a serem analisados foram limitados aos de emprego

imediato pelos pelototildees ou seja que seja de dotaccedilatildeo ou passados em reforccedilo ao

pelotatildeo Um exemplo de meio incluiacutedo foi uma Ponte de Pequena Brecha (Pnt P

Bre) pois pode ser transportada por reboque ou por uma viatura blindada Em

contrapartida foi excluiacutedo o estudo do emprego de portada pesada tendo em vista

que a mesma natildeo tem emprego em transposiccedilatildeo imediata mas preparada

22 AMOSTRA

As pesquisas as quais foram enviadas por endereccedilo eletrocircnico atraveacutes de

consulta aos e-mails cadastrados no DGP buscaram abranger em caraacuteter

voluntaacuterio militares que tivessem conhecimentos ligados ao tema

Enquanto algumas pesquisas procuraram abranger militares que tiveram

experiecircncia no emprego do apoio de engenharia (como cliente ou como fornecedor)

outras pesquisas buscaram militares especializados no emprego de blindados e por

fim pesquisas que exploraram a experiecircncia de militares que realizaram curso de

comandante de subunidade no exterior confrontando o questionamento com os

conhecimentos e experiecircncias vividas nos Estados Unidos e na Alemanha

Os questionaacuterios elaborados embora tenha como universo apenas militares

com posto acima de capitatildees aperfeiccediloados natildeo procuraram levar em consideraccedilatildeo

a experiecircncia nos respectivos postos mas a experiecircncia dos mesmos na funccedilatildeo que

exercem ou exerciam ou nos conhecimentos adquiridos no exterior

21

Desta forma foi considerado irrelevante a descriccedilatildeo dos mesmos

considerando apenas as respostas por grupo os quais tiveram por objetivo

demonstrar os diferentes posicionamentos em relaccedilatildeo ao assunto em pauta

Com isso os referidos militares foram divididos em quatro grupos conforme

descrito abaixo

a comandantes e ex-comandantes de regimento de cavalaria de uma Brigada

de Cavalaria Mecanizada

b comandantes e ex-comandantes de Companhia de Engenharia de Combate

Mecanizada de uma Brigada de Cavalaria Mecanizada

c oficiais de engenharia que tenham realizado curso de Comandante de

Subunidade nos Estados Unidos ou na Alemanha

d oficiais na funccedilatildeo de instrutor do Centro de Instruccedilatildeo de Blindados que

tenham realizado curso de Comandante de Subunidade nos Estados

Unidos ou na Alemanha

23 DELINEAMENTO DA PESQUISA

O delineamento da pesquisa teve uma abordagem qualitativa em que o estudo

das relaccedilotildees entre variaacutevel dependente (Capacidades Operativas da Cia E Cmb Mec

no Aproveitamento do Ecircxito) e independente (Apoio de Engenharia aos Regimentos

de uma Bda C Mec) eacute indissociaacutevel e natildeo pode ser traduzida por nuacutemeros

(Rodrigues 2006 p 36)

O meacutetodo de abordagem utilizado foi o indutivo fundamentado na experiecircncia

e construiacutedo a partir da observaccedilatildeo de casos da realidade concreta (Rodrigues

2006 p 29) do emprego do Pel E Cmb Mec apresentados neste trabalho por meio

de situaccedilotildees particulares e anaacutelise de questionaacuterios e procedimento experimental

realizado pela Seccedilatildeo de Simulaccedilatildeo do Centro de Instruccedilatildeo de Blindados

Para responder ao objetivo geral a pesquisa foi abordada de forma descritiva

contando com a experiecircncia do autor que descreveu a relaccedilatildeo entre as variaacuteveis e

contribuiu com a descriccedilatildeo doutrinaacuteria atraveacutes de pesquisa bibliograacutefica

231 Procedimentos para revisatildeo de literatura

22

Com o objetivo de responder ao problema do trabalho foram realizados os

seguintes procedimentos metodoloacutegicos descritos abaixo

2311 Fontes de busca

Foram utilizados como fontes para descriccedilatildeo do conhecimento doutrinaacuterio que

influencia no emprego da Cia E Cmb Mec e para a construccedilatildeo da proposta do

trabalho manuais monografias dissertaccedilotildees e artigos cientiacuteficos (nacionais dos

Estados Unidos e da Alemanha) livros e Notas de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria (NCD)

2312 Estrateacutegia de busca para as bases de dados

Com a finalidade de estabelecer paracircmetros doutrinaacuterios foram selecionados

documentos que contribuam para o direcionamento e limitaccedilatildeo para uma proposta

mais adequada

Foram realizadas buscas por dados em siacutetios eletrocircnicos na internet como

Google sendo selecionadas dentre os resultados obtidos as paacuteginas oficiais de

instituiccedilotildees como instruccedilotildees trabalhos perioacutedicos e documentos nacionais e

estrangeiros e em estabelecimentos de ensino como Escola de Aperfeiccediloamento

de Oficiais e Centro de Instruccedilatildeo de Blindados

2313 Criteacuterios de inclusatildeo

Foram selecionados documentos de caraacuteter qualitativo em portuguecircs inglecircs e

alematildeo que estivessem relacionados ao emprego de pelotatildeo de engenharia em

apoio a tropas dotadas de meios blindados e mecanizados nas Operaccedilotildees

Ofensivas

Tambeacutem foram incluiacutedos documentos relacionados aos materiais e programas

de aquisiccedilatildeo de materiais relacionados agraves tropas blindadas e mecanizadas

2314 Criteacuterios de exclusatildeo

23

Dos documentos selecionados foram excluiacutedos os manuais revogados os

documentos que natildeo abrangem tropa blindada ou mecanizada e os que natildeo estatildeo

relacionados com Operaccedilotildees Ofensivas

232 Procedimentos Metodoloacutegicos

Com o propoacutesito de coletar dados e opiniotildees sobre o assunto no que tange ao

emprego em pessoal e material do Pel E Cmb em Operaccedilotildees Ofensivas foram

enviados eletronicamente questionaacuterios aos grupos conforme criteacuterios

anteriormente elencados

Concomitantemente foi realizada a coleta de dados da bibliografia relacionada

e com os dados coletados por meio dos questionaacuterios gerando a base para a

proposta de adequaccedilatildeo de apoio da Cia E Cmb Mec

233 Procedimentos Experimental

O procedimento experimental foi realizado no Centro de Instruccedilatildeo de

Blindados o qual realiza anualmente o Treinamento Taacutetico em Ambiente Virtual

com as brigadas mecanizadas e blindadas

Neste ano foi realizado o treinamento com a 3ordf Brigada de Cavalaria

Mecanizada a qual empregou seus Quadros em ambiente virtual confeccionado

pelo Chefe da Seccedilatildeo de Simuladores

A proposta inicial era empregar uma Bda C Mec em um Aproveitamento do

Ecircxito reforccedilada por um Pel E dotado de Viaturas Blindadas Especiais Entretanto o

exerciacutecio visava o treinamento em uma operaccedilatildeo de Movimento Retroacutegrado o que

embora natildeo tenha sido a situaccedilatildeo ideal natildeo prejudicou o resultado pois o principal

objetivo natildeo foi o emprego em si mas a capacidade de acompanhamento da

velocidade das viaturas dos regimentos mecanizados

234 Instrumentos

Os questionaacuterios enviados a 5 (cinco) grupos conforme anteriormente

definidos tiveram por objetivo principal identificar a opiniatildeo dos especialistas sobre

24

os aspectos relativos ao apoio de engenharia aos elementos de emprego em

primeiro escalatildeo de uma Brigada de Cavalaria Mecanizada bem como analisar as

necessidades em material e a possibilidade de emprego para atender as

necessidades miacutenimas imediatas dos Regimentos

Assim buscou-se uma reflexatildeo sobre o assunto que fosse rica em sugestotildees

e dados qualitativos para fundamentar uma sugestatildeo baseada em conhecimentos e

experiecircncias distintos

2341 Elaboraccedilatildeo dos questionaacuterios

Tendo em vista o caraacuteter qualitativo da presente pesquisa buscou-se a

confecccedilatildeo de questionaacuterios com questotildees fechadas poreacutem com espaccedilo para

discussatildeo e geraccedilatildeo de sugestotildees sobre o tema

O preacute-teste foi aplicado em militares que jaacute tinham sido instrutores do Centro

de Instruccedilatildeo de Blindados que pelo conhecimento sobre blindados sobre rodas e

sobre lagartas envolvimento em exerciacutecios de simulaccedilatildeo virtual e no terreno e

experiecircncia no exterior apresentam condiccedilotildees de orientar corrigir ou incrementar as

questotildees propostas

2342 Questionaacuterio destinado aos oficiais em funccedilatildeo de desenvolvimento coordenaccedilatildeo ou chefia do Projeto Guarani

Pretendeu-se por meio da relaccedilatildeo desses militares com o assunto obter uma

anaacutelise do projeto inicial Guarani os objetivos buscados para compra dos

implementos dessa viatura e anaacutelise das capacidades que se espera atingir com o

projeto para que ao final da presente pesquisa a sugestatildeo esteja alinhada ao

projeto Guarani

2343 Questionaacuterio destinado aos comandantes e ex-comandantes de regimento de cavalaria de uma Brigada de Cavalaria Mecanizada (Apecircndice A)

25

Esse questionaacuterio buscou realizar do ponto de vista do cliente da engenharia

da brigada a anaacutelise da capacidade de apoio de engenharia empregada atualmente

nas Bda C Mec e identificar uma forma adequada de organizaccedilatildeo e emprego desse

apoio Da mesma forma foi procurado identificar meios necessaacuterios e apresentar

uma soluccedilatildeo para o apoio a tropas que empregam viaturas sobre rodas e sobre

lagartas analisando seus impactos no emprego e na logiacutestica

2344 Questionaacuterio destinado aos comandantes e ex-comandantes de regimento de cavalaria de uma Brigada de Cavalaria Mecanizada (Apecircndice B)

Esse questionaacuterio buscou realizar do ponto de vista do fornecedor do apoio

de engenharia a anaacutelise da capacidade de apoio de engenharia empregada

atualmente nas Bda C Mec e identificar uma forma adequada de organizaccedilatildeo e

emprego desse apoio Da mesma forma foi procurado identificar meios necessaacuterios

e apresentar uma soluccedilatildeo para o apoio a tropas que empregam viaturas sobre rodas

e sobre lagartas analisando seus impactos no emprego e na logiacutestica

2345 Questionaacuterio destinado aos oficiais de engenharia que tenham realizado curso de Comandante de Subunidade nos Estados Unidos ou na Alemanha (Apecircndice C)

Com base na experiecircncia desses militares buscou-se analisar soluccedilotildees para

adequaccedilatildeo do apoio e emprego de tropas e meios de engenharia a fim de capacitar

a engenharia da brigada ao apoio imediato aos Regimentos da Bda C Mec

2346 Questionaacuterio destinado aos oficiais na funccedilatildeo de instrutor do Centro de Instruccedilatildeo de Blindados que tenham realizado curso de Comandante de Subunidade nos Estados Unidos ou na Alemanha (Apecircndice D)

Com base na experiecircncia desses militares buscou-se analisar soluccedilotildees para

adequaccedilatildeo do apoio e emprego de tropas e meios de engenharia a fim de capacitar

a engenharia da brigada ao apoio imediato aos Regimentos da Bda C Mec

26

As respostas e sugestotildees apresentadas nessas questotildees proporcionaratildeo

ratificaratildeo ou retificaratildeo das ideias iniciais apresentadas no trabalho conduzindo o

autor a uma proposta amparada na experiecircncia e conhecimentos de diferentes

especialistas

235 Anaacutelise dos Dados

Os dados resultantes dos questionaacuterios contribuiram para questionamento e

reforccedilo das ideias inicialmente apresentadas por meio da experiecircncia nas funccedilotildees

de comandantes no emprego de tropas mecanizadas e blindadas e com

conhecimento do emprego de tropas americanas e alematildes

2351 Tabulaccedilatildeo dos dados

Os dados seratildeo categorizados quanto aos aspectos organizacionais

materiais de emprego e logiacutestica por meio do levantamento das diversas amostras

que compotildeem a presente pesquisa

A codificaccedilatildeo e tabulaccedilatildeo seguiraacute a verificaccedilatildeo da correta compreensatildeo dos

questionaacuterios por parte dos participantes e se as respostas foram transcritas de

forma coerente e com linguagem compreensiacutevel

As questotildees fechadas foram diretamente tabuladas dentro do universo de

determinado puacuteblico-alvo Para isso foram estabelecidos graacuteficos como recurso de

representaccedilatildeo dos resultados e analisados por processo de teacutecnica de anaacutelise

estatiacutestica inferencial

Os comentaacuterios foram posicionados apoacutes a apresentaccedilatildeo dos graacuteficos de

forma a permitir a anaacutelise do conteuacutedo qualitativo apresentado sendo os dados

analisados por processo de teacutecnica de anaacutelise estatiacutestica descritiva

Ao final de cada resultado das anaacutelises das questotildees foram apresentadas as

conclusotildees parciais referente ao respectivo questionaacuterio

27

3 REVISAtildeO DE LITERATURA

O conjunto de ideias e entendimentos que define ordena distingue e qualifica

as atividades de organizaccedilatildeo preparo e emprego das Forccedilas Armadas deve ser

harmocircnico de acordo com a definiccedilatildeo de Doutrina Militar (BRASIL 2014 p 1-1)

Com este propoacutesito evoluccedilotildees doutrinaacuterias buscam equilibrar as capacidades

atuais do Exeacutercito com as necessidades projetadas para futuras operaccedilotildees mantecirc-

lo adequado ao futuro imediato em termos de desenvolvimento organizacional

intelectual e tecnoloacutegico (EUA 2011 p ix traduccedilatildeo do autor)

Para que o Exeacutercito acompanhe a transformaccedilatildeo que ocorre na Era do

Conhecimento periacuteodo atual marcado pela raacutepida geraccedilatildeo e obsolescecircncia do

conhecimento essa harmonia deve ser constantemente analisada e retificada

(BRASIL 2014 p 1-1)

A duacutevida quanto agrave efetiva capacidade de uma forccedila em cumprir a missatildeo a que

se destina origina-se da desarmonia entre sua doutrina e emprego (fruto da

ineficiecircncia de um MEM por exemplo) o que deve ser uma premissa satisfatoacuteria

para motivar estudos que contribuam para o alcance da maacutexima prontidatildeo

operativa

Este estudo deve para tanto ser analisado por meio dos fatores

determinantes interrelacionados e indissociaacuteveis doutrina organizaccedilatildeo

adestramento material educaccedilatildeo pessoal e infraestrutura (DOAMEPI) os quais

contribuem para o desenvolvimento de uma das capacidades prioritaacuterias para a F

Terr a efetividade da doutrina (BRASIL 2014 p 3-3)

A fim de facilitar o entendimento esta seccedilatildeo estaacute dividida da seguinte forma

Consideraccedilotildees iniciais onde seratildeo abordados os fundamentos baacutesicos para

entendimento de conceitos que permeiam o assunto contribuindo para uma correta

avaliaccedilatildeo e desenvolvimento de uma soluccedilatildeo doutrinariamente harmoniosa Brigada

de Cavalaria Mecanizada onde seratildeo abordadas as necessidades de apoio de

engenharia nas Operaccedilotildees de Aproveitamento do Ecircxito Companhia de Engenharia

de Combate Mecanizada onde seratildeo apresentadas as caracteriacutesticas de seu

emprego em Operaccedilotildees Ofensivas Materiais de Emprego Militar disponiacuteveis no

mundo para reforccedilo dos Pel E Cmb no apoio agrave mobilidade os quais podem ajustar

as capacidades das Cia E Cmb e por uacuteltimo seraacute analisado o emprego de tropas

28

semelhantes agraves Bda C Mec nos EUA e na Alemanha onde a engenharia de brigada

preste apoio agrave tropa mecanizada que tenha em sua constituiccedilatildeo elementos de

reconhecimento

31 CONSIDERACcedilOtildeES INICIAIS

As seguintes consideraccedilotildees iniciais satildeo importantes para uma anaacutelise precisa

da capacidade da Cia E Cmb Mec em apoiar os Regimentos da Bda C Mec na

mobilidade em operaccedilotildees ofensivas e consequentemente para a construccedilatildeo de

uma proposta satisfatoacuteria com o objetivo do trabalho

311 Operaccedilotildees de Aproveitamento do Ecircxito

As Operaccedilotildees Ofensivas satildeo operaccedilotildees decisivas que visam engajar forccedilas

superiores ao do inimigo em local e momento decisivos a fim de destruiacute-lo por

meio do fogo do movimento e da accedilatildeo de choque (BRASIL 2014 p 4-3) A accedilatildeo

de choque por sua vez deve ser entendida como o impacto psicoloacutegico causado

pelo carro de combate ao inimigo por meio do poder de fogo aparente

invulnerabilidade ruiacutedo e capacidade de transpor obstaacuteculos (BRASIL 2016 p 29)

Dentre os tipos de Operaccedilatildeo Ofensiva o trabalho explorou o Aproveitamento

do Ecircxito o qual destaca-se pela maior necessidade de apoio imediato agrave mobilidade

por elementos mais proacuteximos agraves peccedilas de manobra de ataque (os Pel E Cmb)

Nesses casos em que os elementos empregados em primeiro escalatildeo necessitam

de apoio imediato e contiacutenuo normalmente a engenharia da brigada emprega seus

pelototildees sob a Situaccedilatildeo de Comando Reforccedilo (BRASIL 1999 p 2-28)

O Aproveitamento do Ecircxito operaccedilatildeo que conquista os resultados mais

decisivos se discorre apoacutes o aproveitamento de um ataque bem sucedido no qual

a forccedila inimiga encontra dificuldades para se defender O avanccedilo contiacutenuo e raacutepido

sobre as forccedilas inimigas desorganizadas buscam ampliar as vantagens impedindo

uma reorganizaccedilatildeo ou a realizaccedilatildeo de um movimento retroacutegrado (BRASIL 2000 p

5-17)

Na Bda C Mec o RCB normalmente constitui o escalatildeo avanccedilado no

Aproveitamento do Ecircxito Cabe agrave engenharia por sua vez reduzir a accedilatildeo dos

obstaacuteculos naturais ou artificiais permitindo a adoccedilatildeo de um deslocamento de forccedila

29

mais adequado garantindo a conquista de resultados decisivos em menor tempo e

com miacutenimo de perdas Com o intuito de manter o movimento contiacutenuo e

permanente o apoio de engenharia aos regimentos eacute realizado de forma

descentralizada permitindo o apoio a elementos afastados do escalatildeo superior

desde que adequadamente reforccedilado em meios (BRASIL 2000 p 5-18)

Tanto o Aproveitamento do Ecircxito quanto o Ataque de Oportunidade satildeo

accedilotildees que decorrem de uma interpretaccedilatildeo do comandante sobre os acontecimentos

do combate A incerteza de sua realizaccedilatildeo aleacutem de quando onde e como seraacute

realizada seraacute definida pela imediata expediccedilatildeo de ordens fragmentaacuterias pelo

comandante as quais exigem que o pelotatildeo tenha permanentemente condiccedilotildees de

apoiar (BRASIL 2000 p 5-9) Para a engenharia a proximidade e a disponibilidade

de meios adequados determinaraacute a efetividade do apoio prestado aos elementos

em primeiro escalatildeo desta brigada

312 Situaccedilatildeo de Comando Reforccedilo

Quando empregado em situaccedilatildeo de comando reforccedilo o Pel E Cmb subordina-

se diretamente ao comandante do regimento No aproveitamento do ecircxito esta eacute a

situaccedilatildeo de comando normalmente empregada devido agrave necessidade de plena

autonomia e pela incapacidade de apoio da companhia devido ao seu afastamento

em relaccedilatildeo aos pelototildees (BRASIL 1999 p 1-14)

Cabe ao pelotatildeo portanto o apoio aproximado imediato e contiacutenuo com

equipamentos adequados devendo para isso ser reforccedilado pela Cia E Cmb em

meios e se necessaacuterio em pessoal (BRASIL 1999 p 1-14) garantindo a rapidez

do movimento a fim de multiplicar o poder de combate contribuindo para o melhor

emprego da potecircncia de fogo e da accedilatildeo de choque do elemento apoiado Desta

forma busca-se diminuir o risco com base na premissa de que quanto maior o

tempo de exposiccedilatildeo do escalatildeo de ataque aos fogos maiores seratildeo suas perdas

(BRASIL 2000 p 5-15)

313 Funccedilatildeo de Combate Movimento e Manobra

A Funccedilatildeo de Combate Movimento e Manobra estaacute relacionada com o conjunto

de atividades tarefas e sistemas inter-relacionados empregados para deslocar

30

forccedilas de modo a posicionaacute-las em situaccedilatildeo de vantagem em relaccedilatildeo ao inimigo

(BRASIL 2014 p 5-10)

Para este estudo cresce de importacircncia o entendimento de manobra como se

segue

A manobra concentra e dispersa o poder de combate para manter o inimigo

em desvantagem Consegue resultados que de outra forma seriam

dispendiosos Manobra eficaz manteacutem forccedilas inimigas fora do equiliacutebrio

fazendo-as enfrentar novos problemas e novos perigos mais raacutepido do que

eles podem combatecirc-los As forccedilas do Exeacutercito ganham e preservam a

liberdade de accedilatildeo reduzem a vulnerabilidade e exploram o sucesso

atraveacutes da manobra Manobra eacute mais que fogo e movimento Inclui a

aplicaccedilatildeo dinacircmica e flexiacutevel de todos os elementos do poder de combate

(EUA 2011 p A-2 traduccedilatildeo do autor)

O emprego da Engenharia estaacute intimamente ligada agrave funccedilatildeo de combate

movimento e manobra particularmente no que tange agrave promoccedilatildeo da mobilidade agraves

tropas subordinadas ao escalatildeo a que pertence (BRASIL 2014 p 6-3)

314 Modularidade

A modularidade eacute a aptidatildeo de um elemento de combate de receber moacutedulos

que ampliem seu poder de combate ou lhe agreguem capacidades (BRASIL 2014

6-14)

Este conceito surgiu da necessidade de empregar forccedilas em torno de

formaccedilotildees menores e mais versaacuteteis No niacutevel taacutetico e operacional a rotineira

necessidade de operaccedilatildeo em aacutereas natildeo-contiacuteguas por unidades subordinadas se

contrapunha ao contiacuteguo e hieraacuterquico arranjo das forccedilas terrestres (EUA 2011 p

C-1 traduccedilatildeo do autor)

Embora o conceito seja novo a engenharia jaacute emprega seus elementos com

certa modularidade Um exemplo eacute o Pel E Cmb que natildeo possui meios adequados

para por exemplo realizar o lanccedilamento de um campo minado em poucos minutos

Ele necessita que uma viatura dotada de um sistema de dispersatildeo de minas bem

como a guarniccedilatildeo da mesma sejam adicionados ao Pelotatildeo

31

315 Projeto Guarani

O Projeto Guarani teve sua origem a partir da necessidade de substituiccedilatildeo das

Viatura Blindada de Transporte de Pessoal (VBTP) EE-11 Urutu (FIGURA 1) e

Viatura Blindada sobre Rodas (VBR) EE-9 Cascavel (FIGURA 2) as quais se

encontram em fase de obsolescecircncia e atraso tecnoloacutegico perante os moderno

cenaacuterio de batalha conforme informado pelo Escritoacuterio de Projetos do Exeacutercito

(EPEx)

FIGURA 1 ndash Viatura Blindada de Transporte de Pessoal EE-11 Urutu Fonte Siacutetio eletrocircnico Youtube Acesso em 1 ago 2018

FIGURA 2 Viatura Blindada de Rodas EE-9 Cascavel Fonte Siacutetio eletrocircnico Defesanet Acesso em 22 dez 2017

32

O projeto que remonta a origem de sua concepccedilatildeo no final da deacutecada de

1990 tem em sua proposta inicial o objetivo de modernizar as Brigadas de

Infantaria Motorizadas recentemente transformadas em Brigadas de Infantaria

Mecanizada bem como modernizar as Brigadas de Cavalaria Mecanizada

Atualmente as Viaturas Blindadas de Transporte de Pessoal Meacutedia de Rodas

(VBTP-MR) Guarani jaacute comeccedilaram a ser distribuiacutedas

FIGURA 3 Viatura Blindada de Transporte de Pessoal Meacutedia de Rodas Guarani Fonte Siacutetio eletrocircnico EPEx Acesso em 22 dez 2017

O projeto originalmente era constituiacutedo de duas versotildees de viatura uma 6x6 e

uma 8x8 Esta uacuteltima versatildeo que contaria com um canhatildeo 105 mm encontra-se

atualmente paralisada Aleacutem disso era previsto uma famiacutelia de blindados

constituiacuteda de viaturas morteiro lanccediladoras de ponte especial de engenharia

desminagem entre outras as quais teriam seus protoacutetipos ainda a serem

desenvolvidos (DEFESANET 2017)

Quanto agrave substituiccedilatildeo das Viaturas Cascavel foi adiada conforme Boletim do

Exeacutercito Nr 48 publicado em 1ordm de dezembro de 2017 A portaria cria o Projeto de

Obtenccedilatildeo da Viatura Blindada de Reconhecimento ndash Meacutedia sobre Rodas (VBR-

MSR) 6x6 que consiste na modernizaccedilatildeo da Viatura Cascavel (DEFESANET

2017)

33

As viaturas especiais de engenharia tambeacutem fruto das dificuldades

orccedilamentaacuterias teratildeo seu desenvolvimento adiado Para dirimir essa inexistecircncia de

material para apoiar as tropas mecanizadas a Diretoria de Material de Engenharia

estaacute em processo de aquisiccedilatildeo de implementos de engenharia para serem

incorporados agraves VBTP-MR Guarani conforme informado em visita ao Departamento

de Engenharia e Construccedilatildeo (DEC)

32 BRIGADA DE CAVALARIA MECANIZADA

A missatildeo preciacutepua da Brigada de Cavalaria Mecanizada eacute cumprir missotildees de

seguranccedila conquanto tem a capacidade de executar operaccedilotildees ofensivas e

defensivas em operaccedilotildees de seguranccedila ou como elemento de aplicaccedilatildeo do

princiacutepio de guerra ldquoeconomia de meiosrdquo (BRASIL 2000 p 1-2) Dentre as

operaccedilotildees ofensivas a brigada tem possibilidade de executar as manobras de

flanco o aproveitamento do ecircxito e a perseguiccedilatildeo (BRASIL 2000 p 1-3)

Algumas caracteriacutesticas da Bda C Mec destacam-se pelo impacto que causam

nas necessidades do apoio prestado pela engenharia como a boa mobilidade

taacutetica e estrateacutegica que permite grande raio de accedilatildeo deslocamento em alta

velocidade em estrada e realizaccedilatildeo de manobras raacutepidas e flexiacuteveis a proteccedilatildeo

blindada que permite razoaacutevel grau de seguranccedila no combate embarcado e a

flexibilidade o que permite o emprego em largas frentes e grande profundidade

(BRASIL 2000 p 1-2)

Pelas caracteriacutesticas que lhe atribuem mobilidade destacam-se como

limitaccedilotildees a vulnerabilidade a ataques aeacutereos a sensibilidade ao largo emprego de

minas e obstaacuteculos artificiais e mobilidade restrita em terrenos montanhosos

arenosos pedregosos cobertos e pantanosos aleacutem de sua restriccedilatildeo agraves condiccedilotildees

meteoroloacutegicas adversas e grande dependecircncia de uso de rede rodoviaacuteria (BRASIL

2000 p 1-4)

Na Operaccedilatildeo de Aproveitamento do Ecircxito a Bda progride em larga frente

sendo mantidas em reserva apenas forccedilas que possibilitem assegurar a

flexibilidade a impulsatildeo e a seguranccedila Para isso eacute empregada tatildeo vigorosamente

quanto possiacutevel contra forccedilas que encontrem dificuldade de manter suas posiccedilotildees

evitando o seu engajamento contra tropas de poder insuficiente para ameaccedilaacute-la a

fim de atingir rapidamente seus objetivos e mantecirc-lo Para isso a decisatildeo de

34

desbordar ou engajar forccedilas pode ser delegada aos Cmt subordinados (BRASIL

2000 p 5-20)

A dependecircncia do deslocamento por estradas estaacute associada aos meios de

transporte utilizada pelas brigadas mecanizadas Suas viaturas sobre rodas tem

uma extrema vulnerabilidade no deslocamento atraveacutes campo principalmente em

deslocamentos em periacuteodos chuvosos ou atraveacutes de terrenos alagadiccedilos

ocasionando normalmente o atolamento das mesmas

A Bda C Mec possui como peccedilas de manobra orgacircnicas para emprego em

primeiro escalatildeo dois Regimentos de Cavalaria Mecanizado e um Regimento de

Cavalaria Blindado (BRASIL 2000 p 1-11) A engenharia responsaacutevel por dirimir

suas restriccedilotildees eacute uma Cia E Cmb Mec conforme demonstrado na FIGURA 4

FIGURA 4 Organograma de uma Brigada de Cavalaria Mecanizada Fonte Instruccedilatildeo do C I Bld

Depois das brigadas blindadas a Bda C Mec eacute a tropa mais apta para realizar

operaccedilotildees como forccedila de aproveitamento do ecircxito Essa grande unidade pode ser

35

empregada como forccedila de Apvt Ecircxi ou de acompanhamento e apoio do Esc Sup ou

aproveitar o ecircxito de suas proacuteprias operaccedilotildees (BRASIL 2000 p 5-18)

Nesse tipo de operaccedilatildeo a brigada progride em larga frente desde que o

terreno e a rede de estradas permitam permanecendo o miacutenimo de forccedilas em

reserva

321 Regimento de Cavalaria Mecanizado

O Regimento de Cavalaria Mecanizado eacute empregado pela Brigada nas

missotildees de reconhecimento e seguranccedila (BRASIL 2002 p 1-1) ou como elemento

de aplicaccedilatildeo do princiacutepio de economia de meios pela Bda (BRASIL 2002 p 6-1)

O Regimento eacute constituiacutedo organicamente por um comando 3 Esquadrotildees de

Cavalaria Mecanizada (Esqd C Mec) (BRASIL 2000 p 1-11) conforme

representado na Figura 2

FIGURA 5 Organograma de um Regimento de Cavalaria Mecanizado Fonte Instruccedilatildeo do C I Bld

Dentre as operaccedilotildees ofensivas o RC Mec considerado unidade blindada leve

eacute o elemento mais apto para as missotildees de aproveitamento do ecircxito e perseguiccedilatildeo

em razatildeo das caracteriacutesticas de suas viaturas (BRASIL 2002 p 1-1)

36

As viaturas empregadas pelo regimento satildeo aleacutem das Viaturas Taacuteticas Leve

as viaturas EE-9 Cascavel e a VBTP-MR 6x6 Guarani (DEFESANET 2017) as

quais possuem grande mobilidade e baixa classe sendo elas respectivamente

classe 11 e 20 poreacutem alta dependecircncia de utilizaccedilatildeo de estradas

A Bda pode ainda organizar o RC Mec como Forccedila-Tarefa (FT) a fim de

aumentar as possibilidades de ecircxito em determinadas funccedilotildees podendo receber

Esquadratildeo de Carro de Combate (Esqd CC) Esquadratildeo de Fuzileiro Blindado

(Esqd Fuz Bld) Companhia de Fuzileiro Blindado (Cia Fuz Bld) FT Esqd CC FT

Esqd Fuz Bld FT Cia Fuz Bld e Cia Fuz Mtz (BRASIL 2002 p 1-9)

322 Regimento de Cavalaria Blindada

O RCB elemento responsaacutevel por proporcionar capacidade ofensiva agrave Bda

(BRASIL 2002 p 7-6) possui uma organizaccedilatildeo semelhante a de uma Forccedila Tarefa

(FT) empregando 2 (dois) esquadrotildees de fuzileiros (Esqd Fuz) e 2 (dois)

esquadrotildees de carro de combate (Esqd CC) aleacutem de um Esquadratildeo de Comando e

Apoio (Esqd C Ap) (BRASIL 2000 p 1-12)

FIGURA 6 Organograma de um Regimento de Cavalaria Blindado Fonte Instruccedilatildeo do C I Bld

37

O Esqd Fuz eacute dotado das viaturas de transporte de pessoal VBTP M113

(Mesquita 2015) (FIGURA 7) viatura anfiacutebia de origem americana de classe 11

FIGURA 7 Viatura Blindada de Transporte de Pessoal M113 Fonte Siacutetio eletrocircnico EXEacuteRCITO BRASILEIRO Acesso em 22 dez 2017

O Esqd CC possui as viaturas de combate VBC CC M60 A3-TTS (Mesquita

2015) (Figura 8) viatura americana de classe 55 e capacidade de transposiccedilatildeo

submersa em curso de aacutegua de ateacute 240 m de profundidade com preparaccedilatildeo

FIGURA 8 Viatura Blindada de Combate Carro de Combate M60 A3-TTS Fonte Siacutetio eletrocircnico 20RCB Acesso em 22 dez 2017

38

Esta viatura foi substituiacuteda na maioria dos regimentos pela VBC CC Leopard

1 BR (Mesquita 2015) (Figura 9) de origem alematilde classe 45 com capacidade de

transposiccedilatildeo submersa de cursos de aacutegua de ateacute 225 com preparaccedilatildeo e 4 m com

snorkel

FIGURA 9 Viatura Blindada de Combate Carro de Combate Leopard 1BR Fonte Siacutetio eletrocircnico DEFESANET Acesso em 22 dez 2017

Com suas viaturas sobre lagartas o RCB eacute a forccedila da brigada para emprego

da accedilatildeo de choque proteccedilatildeo blindada e mobilidade (BRASIL 2000 p 6-25) Por

caracteriacutesticas de suas viaturas o regimento possui grande vulnerabilidade a

ataques aeacutereos armas anticarro e minas

33 COMPANHIA DE ENGENHARIA DE COMBATE MECANIZADA

A Cia E Cmb Mec tem por missatildeo multiplicar o poder de combate da Bda

proporcionando-lhe mobilidade contramobilidade e contribuindo para sua proteccedilatildeo

(BRASIL 2000 P 4-1)

39

As capacidades que cabem agrave Cia E Cmb Mec satildeo fruto das necessidades da

Bda C Mec a quem estaacute subordinada Essas capacidade estatildeo intimamente ligadas

agraves limitaccedilotildees dos seus meios

Na Bda as necessidades de apoio fazem-se sentir particularmente junto

aos elementos de primeiro escalatildeo exigindo desta forma a colocaccedilatildeo dos

meios mais agrave frente possiacutevel A Companhia de Engenharia de Combate

Mecanizada (Cia E Cmb) eacute organizada com meios destinados a atender agraves

necessidades miacutenimas e mais imediatas da frente de combate (BRASIL

2000 p 1-16)

Face agraves necessidades da Brigada serem maiores junto aos elementos em

primeiro escalatildeo a Cia E Cmb menos esses elementos deve ser capaz de realizar

os trabalhos de apoio ao conjunto realizando trabalhos de interesse da Bda como

um todo aumentar o apoio aos elementos em primeiro escalatildeo e ainda ficar em

condiccedilotildees de apoiar a reserva quando empregada (BRASIL 2000 p 2-4)

No aproveitamento do ecircxito as necessidades de apoio ao conjunto aumentam

sendo necessaacuteria a distribuiccedilatildeo de elementos de engenharia no terreno de acordo

com o avanccedilo do ataque poreacutem sem deixar de preservar a atenccedilatildeo preciacutepua ao

emprego oportuno do apoio aos Regimentos em primeiro escalatildeo (BRASIL 1999 p

5-14)

O comandante da engenharia da brigada faz sentir sua influecircncia na conduta

do combate ao manter os meios de engenharia sempre em condiccedilotildees de atender

agraves necessidades de apoio tanto as planejadas como as imprevistas (BRASIL

1999 p 5-14)

O apoio de engenharia aos elementos de manobra da brigada eacute feito sob a

forma de apoio direto ou reforccedilo No aproveitamento do ecircxito a situaccedilatildeo de

comando reforccedilo normalmente eacute adotada emprego dos pelototildees de combate

(BRASIL 1999 p 5-14)

No apoio agrave mobilidade a Cia E Cmb busca manter a liberdade de manobra dos

Regimentos e sua impulsatildeo do ataque minimizando os efeitos dos obstaacuteculos

naturais e artificiais (BRASIL 1999 p 5-4)

Para apoiar o RCB e o RC Mec a Companhia de Engenharia tem a

possibilidade de apoiar ateacute 3 peccedilas de manobra simultaneamente lanccedilar ou

construir obstaacuteculos abrigos e outros trabalhos de organizaccedilatildeo do terreno que

40

requeiram matildeo-de-obra eou equipamentos especializados lanccedilar e remover

obstaacuteculos realizar abertura e fechamento de passagens em obstaacuteculos montar e

operar ateacute duas portadas pesadas lanccedilar trecircs pontes de pequena brecha construir

manter e operar portadas pesadas recebidas do escalatildeo superior conservar e

reparar estradas e realizar o estudo teacutecnico do terreno apontando os corredores de

mobilidade (BRASIL 2000 p 4-2 2-2 e 2-3)

Para isso a Companhia estaacute organizada da seguinte forma uma Seccedilatildeo de

Comando um Pelotatildeo de Engenharia de Apoio um Pelotatildeo de Equipagem de

Assalto e trecircs Pelototildees de Engenharia de Combate (BRASIL 2000 p 4-1)

conforme FIGURA 10

FIGURA 10 Organograma de uma Companhia de Engenharia de Combate Mecanizada Fonte Adaptado do manual BRASIL (2000 p 4-1)

331 O Pelotatildeo de Engenharia de Apoio

O Pelotatildeo de Engenharia de Apoio (Pel E Ap) eacute responsaacutevel por reforccedilar os

Pel E Cmb com caminhotildees basculantes viaturas blindadas especiais de engenharia

(VBE) equipamentos pesados de engenharia pessoal especializado ou natildeo e

41

equipamentos especializados na guerra com minas conforme previsto no manual

C5-10 (p 4-5)

Para a execuccedilatildeo de suas missotildees o Pel E Ap emprega uma Seccedilatildeo de

Comando um Grupo de Comando um Grupo de Mineiros um Grupo de

Equipamento de Engenharia um Grupo de Engenharia de Construccedilatildeo um grupo de

Caminhatildeo Basculante e um Grupo de Engenharia de Combate (BRASIL 1999 p 4-

6) conforme organograma da Figura 11

FIGURA 11 Organograma de um Pelotatildeo de Engenharia de Apoio Fonte Brasil (2000 p 4-1)

Ainda de acordo com o material disponiacutevel descrito no manual C5-10 os

principais materiais e equipamentos com que o Pel E Ap pode reforccedilar os Pel E

Cmb no apoio agrave mobilidade no Aproveitamento do Ecircxito satildeo viaturas blindadas

especiais de engenharia (VBE) reboque com equipamento para abertura de trilhas

em obstaacuteculos (o qual se refere ao equipamento de abertura de brecha) e reboque

com Eqp para disseminaccedilatildeo de minas motosserra compressor de ar e jogo de

ferramentas pneumaacuteticas aparelho de solda arco voltaico e conjunto para

balizamento de passagens

42

Dos citados materiais cabe salientar que natildeo existe nas Cia E Cmb Mec

viaturas especiais de engenharia equipamentos para abertura de brecha para

disseminaccedilatildeo de minas nem jogo de ferramentas pneumaacuteticas

332 O Pelotatildeo de Equipagem de Assalto

O Pelotatildeo de Equipagem de Assalto (Pel Eq Ass) tem como missatildeo junto aos

Pel E Cmb reforccedilar com seus equipamentos e materiais eou com pessoal

especializado principalmente missotildees relacionadas agrave transposiccedilatildeo de curso de

aacutegua (BRASIL 1999 p 4-7)

O Pel Eq Ass eacute constituiacutedo por um Gp Cmdo Grupo de Botes de Assalto

Grupo de Passadeiras Grupo de Portadas e Grupo de Ponte de Pequenas Brechas

(BRASIL 1999 p 4-8) conforme Figura 12

FIGURA 12 Organograma do Pelotatildeo de Engenharia de Assalto Fonte Brasil (2000 p 4-1)

Os principais equipamentos que o pelotatildeo possui satildeo botes de assalto

equipagem de passadeira portada pesada e veiacuteculos lanccediladores de pontes de

pequenas brechas Embora natildeo especificados nos manuais que fazem referecircncia

se seriam sobre rodas ou sobre lagartas foi considerado pelo autor que as viaturas

43

lanccediladoras de ponte de pequena brecha da Cia E Cmb Mec seja sobre rodas

partindo do princiacutepio que no DAMEPLAN existe ponte de classe 30 lanccedilada por

viatura

Dos materiais acima citados com que o Pel E Cmb Mec precisa ser reforccedilado

no Aproveitamento do Ecircxito o principal meio eacute a viatura lanccediladora de pontes sobre

rodas a qual natildeo existe no Exeacutercito Brasileiro

333 O Pelotatildeo de Engenharia de Combate Mecanizado

O pelotatildeo fraccedilatildeo baacutesica de apoio junto agraves armas (BRASIL 1999 p 1-10) que

tem por missatildeo realizar dentro de suas possibilidade os trabalhos teacutecnicos de

engenharia em proveito da brigada como um todo ou da peccedila de manobra da arma-

base apoiada (BRASIL 2000 p 4-9) Composto por um grupo de comando e 3

Grupos de Engenharia (GE) os quais estes constituem elemento baacutesico de

trabalho (BRASIL 1999 p 1-10) o Pel E Cmb estaacute organizado conforme

representado na FIGURA 13

FIGURA 13 Organograma de um Pelotatildeo de Engenharia de Combate Mecanizado Fonte Brasil (2000 p 4-1)

44

Segundo o manual C 5-10 nas operaccedilotildees ofensivas o Cmt Cia E designa

normalmente um Pel E Cmb para apoiar cada regimento da Brigada (BRASIL

1999 p 4-2) Para isso o Pel E Cmb tem as seguintes capacidades produccedilatildeo de

cortina de fumaccedila trabalhos de minagem e desminagem (manual tendo em vista

que a Cia E Cmb natildeo possui equipamento especializado) trabalho de destruiccedilotildees e

de explosivos e trabalho de fortificaccedilatildeo de campanha limitado aos seus

equipamentos de engenharia (BRASIL 1999 p 4-9) (equipamentos inadequados

para o aproveitamento do ecircxito pois natildeo possuem proteccedilatildeo blindada nem

conseguem acompanhar os elementos apoiados)

Aleacutem disso o pelotatildeo pode conduzir consigo o material para abertura de

passagem em campo de minas O uacutenico material com o qual o Pel E tem contato

por ocasiatildeo do adestramento tanto por tropas mecanizadas como blindadas eacute o

RAMBS

O RAMBS consiste em uma carga linear explosiva que abre uma trilha de 06

metros de largura por 6 metros de comprimento em campo de minas abrindo um

caminho para tropa a peacute (BRASIL 2000 p D-2) portanto ineficiente para a

transposiccedilatildeo de qualquer viatura as quais necessitam de uma abertura de brecha

com medidas miacutenimas de 35 metros (BRASIL 2000 p D-8)

Aleacutem desse equipamento o uacutenico material para remoccedilatildeo de minas eacute o

utilizado em desminagem humanitaacuteria ou seja material de desminagem manual O

material para desminagem manual consiste em bastatildeo de sondagem roupa de

proteccedilatildeo capacete de minas bandeirolas entre outros os quais ineficientes para

abertura de brecha sob fogos inimigos devido a inexistecircncia de proteccedilatildeo para os

membros da equipe embora eficientes para missotildees humanitaacuterias (BRASIL 2000

p 5-18)

Aleacutem desse material baacutesico que acompanha o pelotatildeo outros materiais podem

reforccedilar as capacidades do pelotatildeo conforme o estudo da missatildeo Os meios de

transposiccedilatildeo de obstaacuteculos oriundos da Cia E Cmb satildeo normalmente passados em

reforccedilo pelo Pelotatildeo de Equipagem de Assalto e pelo Pelotatildeo de Engenharia de

Apoio

Os Pel E Cmb quando natildeo reforccedilados tem condiccedilotildees ainda mais limitadas de

apoio por conduzir material de pequena capacidade de trabalho os quais estatildeo

contidos na caixa de sapador Embora estejam previstas ferramentas pneumaacuteticas

45

suas caixas de sapador satildeo constituiacutedas de materiais baacutesicos como enxada paacute

picareta fateixa boca-de-lobo trena martelo

34 MATERIAIS DE EMPREGO MILITAR DISPONIacuteVEIS NO MUNDO PARA

REFORCcedilO AOS PEL E CMB NO APOIO Agrave MOBILIDADE

Os meios utilizados em reforccedilo dos Pel E Cmb atribuem a capacidade de

realizar trabalhos e diminuem o tempo de execuccedilatildeo e consequentemente o tempo

de exposiccedilatildeo aos fogos inimigos Para as Cia E Cmb que possuem blindados como

viatura de transporte (Cia E Cmb MecBld) destaca-se a importacircncia dos meios que

podem ser utilizados mantendo a proteccedilatildeo blindada durante sua operaccedilatildeo como eacute

o caso das Viaturas Blindadas de Engenharia aumentando a seguranccedila da

guarniccedilatildeo e do equipamento os quais satildeo considerados meios muito nobres

devido sua especificidade

O emprego das viaturas denominadas especiais proporciona proteccedilatildeo

blindada o que garante consideraacutevel manutenccedilatildeo da funcionalidade da viatura sob

fogos de determinado calibres rapidez na abertura da passagem e seguranccedila Essa

uacuteltima caracteriacutestica contribui para garantir a preservaccedilatildeo do Poder Relativo de

Combate (PRC) o emprego oportuno e eficiente dos meios pelo Cmt Pel conforme

previsto no Manual EB20-MC-10208 ndash Proteccedilatildeo (2015 p 1-1)

As viaturas tambeacutem proporcionam grande mobilidade pois seus meios primam

pelo maacuteximo emprego de seus implementos de forma embarcada Desta forma

aleacutem da seguranccedila evitando a exposiccedilatildeo da guarniccedilatildeo da viatura evita-se a perda

de tempo no desembarque de militares e dos meios embarque e preparaccedilatildeo

No manual C 5-10 - O apoio de engenharia no escalatildeo brigada ndash as viaturas

que o Pel E Ap e o Pel Eq Ass possuem para reforccedilo dos pelototildees satildeo Viatura

Blindada Especial Lanccedila-Pontes (VBEL Pnt) e Viatura Blindada de Combate de

Engenharia (VBCE)

O manual C 5 ndash 37 ndash Minas e armadilhas descreve alguns outros materiais

como o reboque com MICLIC Giant Viper viatura rolo e viatura arado No

DAMEPLAN eacute feito menccedilatildeo ao equipamento para abertura de brecha equipamento

de tubos para transposiccedilatildeo de fosso aleacutem dos implementos lacircmina frontal rolo e

equipamento para disseminaccedilatildeo de mina AC lanccedila para guindaste e

escavadeiraque tambeacutem seraacute abordada natildeo existem nas Cia E Cmb Mec Para

46

entendimento da importacircncia e capacidades de cada um seratildeo abordadas suas

caracteriacutesticas e possibilidades

341 Viatura blindada especial lanccediladora de pontes de pequena brecha

Embora natildeo tenha sido encontrado nenhum dado limitador que definisse o

limite para ser considerada uma ponte de pequena brecha foi delimitada pelo autor

como ponte de pequena brecha aquela transportada por uma uacutenica viatura blindada

capaz de ser lanccedilada sem desembarque eou complemento em procedimento por

outro elemento mesmo que embarcado em outra viatura

As VBEL Pnt satildeo viaturas que tem a capacidade de realizar o lanccedilamento de

pontes sobre cursos drsquoaacutegua valetas e como rampas ascendentes ou descendentes

Essas viaturas podem ser divididas em dois tipos de lanccedilamento vertical e

horizontal

O lanccedilamento horizontal cuja sequecircncia de lanccedilamento eacute apresentada na

figura 16 eacute o tipo de lanccedilamento no qual a ponte desloca-se em quase sua

totalidade na horizontal caracteriacutestica esta que diminui a exposiccedilatildeo excessiva da

viatura no campo de batalha

FIGURA 14 Sequecircncia de lanccedilamento do tipo horizontal de ponte de pequena brecha Fonte Siacutetio eletrocircnico FAS Acesso em 3 jul 2018

47

O lanccedilamento vertical eacute o deslocamento realizado onde a ponte projeta-se no

sentido vertical antes de ser projetada na horizontal para lanccedilamento sobre o solo

A Viatura Blindada Especial Lanccedila-Pontes Leopard 1BR (VBEL Pnt Leo 1

BR) eacute viatura alematilde modificada da versatildeo alematilde BIBER para o Brasil Construiacuteda a

partir do chassi do Leopard 1 esta eacute capaz de lanccedilar uma ponte de classe 50 de 22

metros sobre um vatildeo de 20 metros (MANUAL DE OPERACcedilAtildeO DA VIATURA

BLINDADA ESPECIAL LANCcedilA-PONTES LEOPARD 1 BR p 2)

O Brasil adquiriu essa viatura junto com a compra dos Leopard 1 A5 BR em

2009 dando agrave tropa blindada a capacidade de transpor obstaacuteculos como cursos

drsquoagravegua e valetas

FIGURA 15 Viatura Blindada Especial Lanccedila-Pontes Leopard 1 BR Fonte Siacutetio eletrocircnico ldquoArmyvehiclesrdquo Acesso em 30 mar 2018

A Viatura Blindada Lanccedila-Pontes Titan eacute uma viatura britacircnica baseada no

chassi do carro de combate Challenger 2 capaz de lanccedilar uma uacutenica ponte de 26 m

em menos de dois minutos ou duas pontes de 12 m em apenas 90 segundos Esta

viatura tem o mesmo niacutevel de proteccedilatildeo da VBCC fornecendo um niacutevel muito alto de

proteccedilatildeo contra armas de fogo direto aleacutem de consideraacutevel proteccedilatildeo contra minas

48

terrestres e contra agentes QBRN (Quiacutemico bioloacutegico radioloacutegico e nuclear)

(MILITARY-TODAY201)

A FIGURA 16 a seguir mostra que a viatura realiza um lanccedilamento do tipo

vertical representado pela sequecircncia de imagens abaixo apresentada

FIGURA 16 Viatura lanccediladora de pontes Titan Fonte Adaptado do siacutetio eletrocircnico ldquoYoutuberdquo Acesso em 15 ago 2018

A Viatura Blindada Lanccedila-Pontes M104 Wolverine eacute a viatura para

transposiccedilatildeo de pequenas brechas utilizada pelos Estados Unidos Construiacuteda a

partir do chassi da viatura carro de combate M1A2 Abrams a viatura Wolverine tem

a capacidade de lanccedilar ponte de classe 70 sobre brechas de ateacute 24 metros

(MILITARY-TODAY201)

A VBEL Pnt que realiza lanccedilamento do tipo horizontal possui proteccedilatildeo

semelhante agrave viatura carro de combate M1A2 Abrams e possui um sistema de

gerenciamento de campo de batalha a fim de aumentar a consciecircncia situacional

no campo de batalha (MILITARY-TODAY201)

49

Figura 17 Viatura Blindada Especial Lanccedila-Pontes M104 Wolverine Fonte Siacutetio eletrocircnico ldquoMILITARY-TODAYrdquo Acesso em 15 ago 2018

342 Viatura Blindada Especial de Engenharia

Natildeo existe uma padronizaccedilatildeo de nomenclatura para esse tipo de viatura nem

um padratildeo definido mas os recursos variam entre uma lacircmina grande ou arados

para minas um canhatildeo de demoliccedilatildeo de grande calibre perfuratriz guinchos braccedilo

e guindaste de escavadeira ou para iccedilamento de cargas (WIKIPEDIA 20)

Neste trabalho seraacute considerada Viatura Blindada Especial de Engenharia

assim como eacute utilizada na documentaccedilatildeo do Centro de Instruccedilatildeo de Blindados com

base na definiccedilatildeo constante na Portaria Nr 023 ndash DMB de 20 de novembro de 1998

ndash Normas reguladoras para classificaccedilatildeo registro e identificaccedilatildeo dos veiacuteculos

oficiais no acircmbito do Ministeacuterios do Exeacutercito (NORCRIVE) Essa explicaccedilatildeo se faz

necessaacuteria porque muitos ainda descrevem como nosso manual MD33-M-02 -

Manual de abreviaturas siglas siacutembolos e convenccedilotildees cartograacuteficas das forccedilas

armadas como sendo Viatura Blindada de Combate

A citada norma corretamente considera Viatura Blindada de Combate aquela

eacute dotada de armamento orgacircnico com um apreciaacutevel poder de fogo Por outro

lado considera Viatura Especial aquela dotada de caracteriacutesticas muito

peculiares

Partindo do princiacutepio que o M113 que possui armamento orgacircnico com maior

calibre que o constante na VBE Eng natildeo eacute considerado viatura de combate a

50

viatura de engenharia tambeacutem natildeo pode ser pois seu armamento eacute suficiente

apenas para proteccedilatildeo da viatura e de sua guarniccedilatildeo

A Viatura Blindada Especial de Engenharia Leopard 1BR (VBE Eng Leo 1

BR) eacute uma viatura modificada da versatildeo alematilde Pionierpanzer Dachs 1 para o Brasil

Construiacuteda a partir do chassi do Leopard 1 esta viatura tem as seguintes

capacidades desobstruccedilatildeo escavaccedilatildeo e trabalho de resgate

Suas capacidades adveacutem dos seus equipamentos escavadeira guindaste o

qual funciona a partir do braccedilo da escavadeira lacircmina de terraplanagem que

realiza trabalhos de remoccedilatildeo de terra e obstaacuteculos aleacutem de executar a funccedilatildeo de

lacircmina de apoio o que eacute fundamental para aumento da estabilidade e traccedilatildeo nos

trabalhos com o braccedilo da escavadeira e guindaste escarificador para realizar

cortes que afrouxam o terreno duro guincho para resgate ou auto resgate (com

capacidade de ateacute 70 toneladas) parafusadeira de impacto aparelho de corte e

solda e policorteesmerilhadeira (MANUAL DE OPERACcedilAtildeO DA VIATURA

BLINDADA ESPECIAL DE ENGENHARIA LEOPARD 1 BR p 2)

Embora exista uma versatildeo mais atual da viatura a viatura Pionierpanzer 3

Kodiak a qual seraacute apresentada a seguir esta versatildeo permanece sendo utilizada

pela Alemanha em territoacuterio nacional e em missotildees no exterior devido a sua alta

qualidade

Figura 18 Viatura Blindada Especial de Engenharia Leopard 1 BR Fonte Foto do autor

51

A Viatura Blindada Especial de Engenharia Pionierpanzer 3 Kodiak eacute a

versatildeo mais atual da viatura alematilde Pionierpanzer Dachs 1 As diferenccedilas da versatildeo

anterior satildeo escavadeira com braccedilo articulado dois guinchos e uma lacircmina que

pode ser substituiacuteda por um arado O arado eacute utilizado para a remoccedilatildeo de minas

junto a um sistema de marcaccedilatildeo de brecha e um sistema de detonaccedilatildeo de minas

eletromagneacuteticas (MILITARY-TODAY 201)

A concha tambeacutem eacute intercambiaacutevel com uma garra universal cortador de

concreto e perfuratriz A proteccedilatildeo desta viatura eacute a mesma da VBCCC Leopard 2

aleacutem de contar com proteccedilatildeo QBRN e sistema de cacircmeras para a realizaccedilatildeo de

uma operaccedilatildeo eficiente sem exposiccedilatildeo do operador (MILITARY-TODAY 201)

Figura 19 Viatura Blindada Especial Pionierpanzer 3 Kodiak Fonte Siacutetio eletrocircnico ldquoMILITARY-TODAYrdquo Acesso em 13 ago 2018 Veiacuteculo de engenharia destinado agrave preparaccedilatildeo do campo de batalha na zona

de fogo indireto a Viatura Blindada Especial de Engenharia Terrier executa

trabalhos com escavadeira e lacircmina frontal O veiacuteculo ainda conta com uma

blindagem e proteccedilatildeo contra minas fornecendo proteccedilatildeo contra estilhaccedilos de fogo

de armas pequenas e projeacuteteis de artilharia (MILITARY-TODAY 201)

Para missotildees de abertura de brecha este veiacuteculo eacute equipado com um arado

de grande capacidade que complementa o trabalho realizado por seu equipamento

rebocado Python (MILITARY-TODAY 201)

Esse mesmo reboque ainda tem capacidade de transporte de feixe de tubos

ou um tolo de esteira (tem funccedilatildeo semelhante ao reforccedilador de solo) (MILITARY-

TODAY 201)

52

Figura 20 Viatura Blindada Especial de Engenharia Terrier Fonte Siacutetio eletrocircnico ldquoMILITARY-TODAYrdquo Acesso em 17 ago 2018

343 Viaturas Blindadas Especiais de Abertura de Brecha

A M1150 Assault Breacher Vehicle (ABV) - Viatura de Abertura de Brechas)

foi construiacuteda a partir do chassi do M1A1 Abrams Sua principal caracteriacutestica eacute a

existecircncia de um compartimento bipartido na parte superior da viatura capaz de

lanccedilar dois MICLIC (Mine Clearing Line Charge) de forma independente Essa carga

linear explosiva eacute capaz de eliminar 92 a 95 das minas de um campo de minas

(Kidwell e Jaffke 2014)

Aleacutem do MICLIC a viatura possui um arado na parte frontal o qual consegue

realizar o trabalho complementar de comprovaccedilatildeo da abertura da brecha do

explosivo imediatamente apoacutes a sua detonaccedilatildeo (Kidwell e Jaffke 2014)

O implemento arado eacute um meacutetodo mecacircnico que natildeo suporta ser empregado

como meio principal pois tem baixa resistecircncia De acordo com BRASIL (2000 p

53

D-6) a cada trecircs minas removidas por esse implemento uma danifica a lacircmina

implicando em sua substituiccedilatildeo

Figura 21 Vehicle Assault Breacher Vehicle (ABV) Fonte Siacutetio eletrocircnico ldquoMILITARY-TODAYrdquo Acesso em 12 dez 2017

Aleacutem do meacutetodo de abertura de brecha pelo meacutetodo explosivo existem outros

sistemas eficientes como a Viatura de Abertura de Brecha Keiler viatura alematilde

a qual se atribui uma eficiecircncia de limpeza de cerca de 98 das minas por onde

passa Seu sistema eacute composto por um rotor que eacute interligado a vaacuterios pesos

metaacutelicos presos por correntes Quando esse rotor gira e eacute aproximado do solo

realiza pancadas no solo gerando ondas de choque que acionam as cargas

explosivas Enquanto realiza a limpeza um sistema automaticamente demarca o

local livre de minas (MILITARY-TODAY 201)

Esse meacutetodo permite a abertura das brechas de um modo mais simples sem

necessidade de complemento por outro sistema e de valor de manutenccedilatildeo mais

baixa pois o acionamento das minas exige apenas a substituiccedilatildeo das peccedilas que

se chocam com o solo

54

Figura 22 Viatura Blindada Especial Keiler Fonte Siacutetio eletrocircnico ldquoMILITARY-TODAYrdquo Acesso em 12 dez 2017

A viatura utilizada pela Ruacutessia que tambeacutem utiliza um sistema mecacircnico eacute a

Viatura de Abertura de Brecha BMR-3M que consiste em uma viatura blindada

baseada no carro de combate T-90 que conduz agrave frente de suas lagartas rolos

que exercem uma pressatildeo superior ao das lagartas sobre o solo acionando-as

prematuramente Aleacutem dos rolos a viatura possui um sistema de contra-ataque

magneacutetico e um sistema jammer que impede o acionamento de explosivos

controlados por raacutedio A velocidade da desminagem eacute de 12 kmh dependendo da

densidade da mina e das condiccedilotildees do solo (MILITARY-TODAY 201)

De acordo com BRASIL (2000 p D-6) o sistema de rolo eacute apto para operar

em solo seco e relativamente plano Aleacutem disso deve ser utilizado como

complemento do MICLIC pois em meacutedia o rolo suporta entre trecircs a seis minas

devendo apoacutes isso ser substituiacutedo Esse eacute um excelente sistema para identificaccedilatildeo

do iniacutecio de um campo minado

55

Figura 23 Viatura Blindada Especial BMR-3M Fonte Siacutetio eletrocircnico ldquoMILITARY-TODAYrdquo Acesso em 28 jul 2018

344 Outros sistemas e implementos

O feixe de tubos ou Pipe Fascine foi desenvolvido no Exeacutercito Britacircnico no

iniacutecio dos anos 80 para enfrentar os desafios de assegurar a mobilidade do

movimento na Alemanha Ocidental no caso de um conflito da OTAN com o Pacto de

Varsoacutevia (MILITARY-TODAY 201)

Nesta situaccedilatildeo foi verificada a existecircncia de vaacuterias pequenas valetas e

riachos de aproximadamente 5 a 10 metros de largura e 15 a 25 metros de

profundidade Para solucionar foram conectados tubos que permitissem a

passagem por sobre os riachos permitindo que a aacutegua passasse por dentro deles

Atualmente a viatura britacircnica mais moderna o Trojan conta com um sistema

para lanccedilamento de feixe de tubos dada sua eficiecircncia na transposiccedilatildeo de alguns

obstaacuteculos tornando-se prescindiacutevel a utilizaccedilatildeo das pontes em algumas situaccedilotildees

(MILITARY-TODAY 201)

56

Esse feixe ao ser colocado dentro de um Fosso Anticarro (Fosso AC)

estreitos cursos drsquoaacutegua ou valas ocupa o espaccedilo do vatildeo permite a passagem de

viatura sobre sua superfiacutecie

Esse equipamento pode ser lanccedilado por uma Viatura Blindada Especial de

Engenharia ou adaptada em outras viaturas e reboques Uma necessidade para

lanccedilamento e recolhimento desse material eacute um sistema do tipo concha guindaste

ou outro meio de iccedilamento a fim de recuperar ou movimentar o equipamento apoacutes

ser lanccedilado

Figura 24 Feixe de tubos (Pipe Fascine) Fonte Siacutetio eletrocircnico ldquoAEGISrdquo Acesso em 25 ago 2018 O sistema de lanccedilamento de ponte de pequena brecha eacute um sistema que

pode ser adaptado agraves viaturas de combate ou de transporte de pessoal utilizadas

pela infantaria ou cavalaria a fim de abrir passagens em pequenos cursos drsquoaacutegua

O sistema REBS (Rapidly Emplaced Bridge System) por exemplo permite o

lanccedilamento de ponte de classe 50 sobre um vatildeo de ateacute 13 metros (MILITARY-

TODAY 201)

57

Figura 25 Sistema de lanccedilamento de ponte REBS Fonte Siacutetio eletrocircnico ldquoARMY-GUIDErdquo Acesso em 22 ago 2018

O sistema americano M58 Mine Clearing Line Charge (MICLIC) eacute uma carga

de demoliccedilatildeo linear a qual eacute projetada por foguete sobre o local onde se deseja

realizar a abertura de uma brecha Este sistema tem a capacidade de abrir uma

brecha de 8 m de largura por 100 m de comprimento (Wikipedia) O dispositivo de

demoliccedilatildeo consiste principalmente de uma corda de nuacutecleo de nylon de 34 de

polegada 700 blocos de demoliccedilatildeo composta por C4 e dois filamentos de cordel

detonante de tetranitrato de pentaeritritol (PETN) (USA 2011 p 23) ndash Department

of Defense Fiscal Year (FY) 2012 Budget Estimates)

Figura 26 Mine Clearance Line Charger (MICLIC) Fonte Siacutetio eletrocircnico ldquoYoutuberdquo Acesso em 20 abr 2018

58

O sistema propelido por foguete Python eacute um sistema britacircnico de

funcionamento semelhante ao MICLIC que consiste em um reboque com uma

carga linear que eacute distendida sobre o terreno por um foguete propulsor Esse

sistema que tambeacutem foi adquirido pela Tailacircndia eacute transportado na Gratilde-Betanha

pela viatura Trojan que eacute baseada no carro de combate Challenger 2 O Python foi

utilizado em 2010 durante a Operaccedilatildeo Moshtarak no Afeganistatildeo

(Armyrecognition) O sistema britacircnico Python pode limpar um caminho longo de 73

m por 180-200 m (WIKIPEDIA 201)

Figura 27 Sistema Python

Fonte Siacutetio eletrocircnico ldquoArmyrecognitionrdquo Acesso em 20 abr 2018

Para as viaturas sobre rodas aleacutem de meios como o MICLIC a maioria dos

exeacutercitos tem anexado implementos agraves viaturas utilizando-as de modo

intercambiaacutevel de modo a adequar a viatura conforme a necessidade de cada

operaccedilatildeo

Cabe salientar que algumas minas modernas como a mina italiana SB-33

tecircm um mecanismo de detonaccedilatildeo que detona a mina se sujeita a uma pressatildeo

gradual e constante mas bloqueia a espoleta se sujeito a um choque suacutebito Isso

pode anular o uso de cargas de linha de limpeza de minas para limpar tais minas

(WIKIPEDIA 201)

59

O implemento lacircmina para desminagem escavadeira e lacircmina reta satildeo

implementos que podem ser utilizados nas viaturas meacutedias de rodas ambas

apresentando capacidade limitada de trabalho sendo a primeira para remoccedilatildeo de

minas em superfiacutecies pavimentadas podendo ainda ser utilizada para retirar

alguns tipos de entulho e as uacuteltimas para desobstruccedilatildeo de vias e organizaccedilatildeo do

terreno (MILITARYSYSTEMS-TECH 20)

Figura 28 M1132 Engineer Squad Vehicle (ESV) Fonte Siacutetio eletrocircnico ldquoWIKIPEDIArdquo Acesso em 20 mar 2018

O Light Weight Mine Roller (LWMR) rolo de minas de peso leve eacute um

sistema que protege veiacuteculos do efeito de minas e dispositivos explosivos

improvisados (DEI) realizando pressatildeo sobre o solo agrave frente do veiacuteculo que realiza

a abertura (ARMYTECHNOLOGY 2018)

Esse eacute um implemento leve mas que gera efeito pesado em suas rodas

atraveacutes do uso de energia hidraacuteulica gerando a pressatildeo necessaacuteria para

acionamento de cargas explosivas (ARMYTECHNOLOGY 2018)

60

Figura 29 Rolo de minas de peso leve (LWMR) Fonte Siacutetio eletrocircnico ldquoARMYTECHNOLOGYrdquo Acesso em 20 mar 2018

35 APOIO DE ENGENHARIA ORGAcircNICA AgraveS BRIGADAS MECANIZADAS EM

OUTROS PAIacuteSES

Em busca de uma estrutura semelhante agrave Bda C Mec em outros paiacuteses este

autor natildeo encontrou tropa que tenha seu emprego principal no reconhecimento e

seguranccedila

A fim de dar uma soluccedilatildeo a questatildeo proposta este autor escolheu

desconsiderar a finalidade da tropa apoiada concentrando o estudo no emprego

conjunto de tropas que utilizam meios sobre rodas e sobre lagartas onde a

engenharia teraacute que apoiar

351 SBCT a brigada americana Stryker

As Brigade Combat Teams (BCT) satildeo brigadas americanas que geralmente

satildeo empregadas como parte de uma divisatildeo ou forccedila-tarefa

O BCT eacute uma formaccedilatildeo de armas combinadas de todas as funccedilotildees de

combate Embora os modulares BCTs sejam organizaccedilotildees fixas o comandante da

divisatildeo pode ajustar qualquer organizaccedilatildeo de tarefas da BCT para atender aos

requisitos da missatildeo (EUA 2006 p 2-7)

A Stryker Brigade Combat Team (SBCT) da traduccedilatildeo para o portuguecircs Grupo

de Combate Brigada Stryker eacute uma forccedila-tarefa expedicionaacuteria organizada para

61

atender aos requisitos especiacuteficos de cada missatildeo tendo seu emprego baseado na

infantaria embarcada na viatura Stryker (EUA 2015 p 1-1) Essa flexibilidade

organizacional permite que as SBCTs funcionem em toda a gama de operaccedilotildees

militares tendo disponiacuteveis elementos com capacidade de manobra artilharia de

campanha inteligecircncia engenharia QBRN e manutenccedilatildeo

Atualmente existem trecircs tipos de BCTs a proacutepria SBCT a HBCT (tropa de

infantaria que combate embarcada em blindado sobre lagartas) IBCT (tropa de

infantaria transportada por viaturas de baixa proteccedilatildeo blindada que combate

desembarcada) (EUA 2006 p 2-7)

A brigada Stryker tem a seguinte organizaccedilatildeo baacutesica trecircs batalhotildees de

infantaria a trecircs companhias cada um com trecircs pelototildees (EUA 2015 p 1-6) um

esquadratildeo de cavalaria de reconhecimento equipada com viaturas de

reconhecimento Stryker um pelotatildeo de reconhecimento QBRN equipado com um

veiacuteculo de reconhecimento quiacutemico bioloacutegico e nuclear M1135 Stryker (EUA 2015

p 1-7) O organograma desta brigada estaacute discriminada na figura Nr 26 a seguir

Figura 30 Organograma de uma Brigada Stryker Fonte Fort Benning (2015)

62

As companhias de engenharia apoacuteiam a SBCT na abertura de passagem por

obstaacuteculos auxilia no assalto de posiccedilotildees fortificadas lanccedila obstaacuteculos para

proteccedilatildeo de forccedilas amigas constroacutei ou melhora posiccedilotildees para proteccedilatildeo realiza

reconhecimento de itineraacuterios e coleta de informaccedilotildees identifica e elimina

dispositivos explosivos improvisados entre outras tarefas durante a accedilatildeo decisiva

(EUA 2015 p 1-10)

A forma de emprego da engenharia dessa brigada foi alterada recentemente

passando de uma companhia para um batalhatildeo de engenharia de combate o qual

fornece atraveacutes de suas subunidades a capacidade miacutenima para executar tarefas

essenciais de mobilidade contra-mobilidade e capacidade de proteccedilatildeo para o

SBCT

O Brigade Engineer Battalion (BEB) tem por missatildeo planejar e executar as

missotildees da brigada com as suas duas companhias orgacircnicas organizadas como

mostra a figura 31 podendo suplementaacute-las no que tange agrave mobilidade com

pontes abertura de brechas desobstruccedilatildeo de vias identificaccedilatildeo de ameaccedilas

explosivas e apoio em construccedilatildeo horizontal Aleacutem disso o batalhatildeo tambeacutem

coordena uma companhias de inteligecircncia militar uma companhia de comunicaccedilotildees

e uma companhia anticarro e por vezes uma companhia QBRN (EUA 2015 p 1-

8)

Figura 31 Organograma das companhias de engenharia das SBCT Fonte Adaptado de EUA (2014 p 1-8 traduccedilatildeo nossa)

63

Em uma Stryker BCT a 1ordf Cia E tem um pelotatildeo de comando dois pelototildees

de engenharia de combate uma seccedilatildeo de ponte e um grupo apoio (dotado de

equipamentos de abertura de brecha limitado ao emprego de cargas explosivas

lineares (MICLIC) em reboque para remoccedilatildeo de minas e equipamentos de

comprovaccedilatildeo (rolo e arado) (EUA 2014 p 1-7)

A 2ordf Cia possui uma seccedilatildeo de comando um pelotatildeo de combate composto por

trecircs GE um pelotatildeo de apoio composto por uma seccedilatildeo de pontes e um grupo de

construccedilatildeo horizontal e um pelotatildeo de abertura de brecha (em campo de minas)

(EUA 2014 p 1-8)

Embora seja notaacutevel a diferenccedila quando comparada com a Brigada de

Cavalaria Mecanizada a brigada Stryker foi identificada pelo autor como a Grande

Unidade americana que mais se aproximou das caracteriacutesticas da Bda C Mec por

ser uma brigada mecanizada apoiada por engenharia orgacircnica com meios Stryker

352 Brigada de Infantaria Mecanizada da Alemanha

A brigada que tem melhores condiccedilotildees de comparaccedilatildeo para este estudo por

sua maior similaridade com a Bda C Mec eacute a Brigada de Infantaria Mecanizada da

Alemanha O emprego das viaturas sobre rodas e sobre lagartas inclusive pelas

proacuteprias tropas de engenharia que apoiam essa brigada contribuiratildeo para uma

anaacutelise mais adequada da Bda C Mec

O exeacutercito alematildeo tem suas brigadas de infantaria mecanizada constituiacutedas da

seguinte forma um comando de brigada um batalhatildeo de reconhecimento dotado

de viaturas Fennek (foto 32) trecircs batalhotildees de infantaria mecanizada os quais

utilizam a viatura de combate Puma (foto 33) um batalhatildeo de rifles que utilizam as

viaturas de combate multipropoacutesito Boxer GTK (foto 34) e um batalhatildeo de

suprimento Essas fraccedilotildees satildeo apoiadas por um batalhatildeo de engenharia blindado

conforme demonstrado no quadro organizacional representado pela figura 32

(WIKIPEDIA 201)

64

Figura 32 Organograma de uma Brigada de Infantaria Mecanizada Fonte Adaptado do siacutetio eletrocircnico ldquoWikipediardquo Acesso em 29 ago 2018

Figura 32 Viatura Fennek Fonte Siacutetio eletrocircnico ldquoDEUTSCHESHEERrdquo Acesso em 20 ago 2018

65

Figura 33 Viatura de infantaria de combate Puma Fonte Siacutetio eletrocircnico ldquoDEUTSCHESHEERrdquo Acesso em 20 ago 2018

Figura 34 Viatura Boxer Fonte Siacutetio eletrocircnico ldquoDEUTSCHESHEERrdquo Acesso em 19 ago 2018

O batalhatildeo de engenharia que possui organizaccedilatildeo semelhante ao BE Cmb

Bld do Brasil eacute composto por uma companhia de comando duas companhias de

66

engenharia de combate blindada uma companhia de equipamentos de engenharia

com funccedilatildeo semelhante a uma Companhia de Comando e Apoio (CCAp) de um BE

Cmb Bld e uma companhia de pontes flutuantes com funccedilatildeo semelhante a

Companhia de Equipamento de Pontes (Cia E Pnt) de um BE Cmb Bld conforme

representado no organograma da figura 35 (DEUTSCHESHEER 20)

Figura 35 Organograma de uma brigada blindada alematilde Fonte Adaptado de DEUTSCHLAND (2011 p 9 traduccedilatildeo nossa)

Cia E Cmb

(Vtr Fuchs)

Pel DEI

2 VBE Keiler Pel Bld

4 Vtr Skorpion

Sistema ldquoVrdquo

1 Vtr Fennek

Pel Cnst

3 VBE Biber

2 VBE Dachs

Cia Cmdo

Cia Rec

(Vtr Fennek)

Cia E Cmb

(Vtr Fuchs)

Pel DEI

2 VBE Keiler

Pel Bld 4 VBE Skorpion

Sistema ldquoVrdquo

Cia Cnst Pel Cnst Pel DEI Pel Pnt

Batalhatildeo de Engenharia

de Combate Blindado

Pel Cnst

3 VBE Biber

2 VBE Dachs

67

As companhias de combate compostas por quatro pelototildees satildeo organizadas

da seguinte forma uma seccedilatildeo de comando um pelotatildeo de engenharia o qual

realiza trabalhos para barrar ou canalizar a tropa inimiga abertura de caminhos por

meio do emprego de explosivos e trabalhos gerais de engenharia um pelotatildeo de

abertura de brecha dotado de meios de limpeza um pelotatildeo de abertura de

brechas pesado e um pelotatildeo de equipamentos pesados responsaacutevel pelo apoio agrave

mobilidade abertura de passagem em obstaacuteculos e cursos drsquoaacutegua e manutenccedilatildeo de

estradas (DEUTSCHESHEER 20)

As companhias satildeo dotadas ainda das viaturas Fennek e Fuchs para

transporte de pessoal (DeustchesHeer 2011)

A companhia de pontes flutuantes eacute composta por um pelotatildeo de viaturas

blindadas e um pelotatildeo de mergulhadores E a companhia de equipamento de

engenharia eacute dotada de equipamentos de construccedilatildeo e viaturas blindadas especiais

(DEUTSCHESHEER 20)

Encontram-se abaixo as viaturas e sistemas utilizados pelo batalhatildeo as

viaturas de transporte de pessoal Fuchs (figura 35) e Fennek a viatura lanccediladora de

ponte Biber (figura 36) a viatura para abertura de brecha em campo de minas Keiler

(figura 37) e a viatura especial de engenharia Dachs (figura 38)

Figura 36 Viatura de Transporte de Pessoal Fuchs Fonte Siacutetio eletrocircnico ldquoDEUTSCHESHEERrdquo Acesso em 25 ago 2018

68

Figura 37 Viatura Blindada Especial Lanccedila-Pontes Biber Fonte Siacutetio eletrocircnico ldquoDEUTSCHESHEERrdquo Acesso em 24 ago 2018

Figura 37 Viatura Blindada Keiler Fonte Siacutetio eletrocircnico ldquoDEUTSCHESHEERrdquo Acesso em 23 ago 2018

69

Figura 38 Viatura Pionierpanzer 1 Dachs Fonte Siacutetio eletrocircnico ldquoDEUTSCHESHEERrdquo Acesso em 22 ago 2018 Podemos concluir com a anaacutelise dessa brigada que embora natildeo seja uma

Grande Unidade de emprego semelhante ou seja uma brigada de cavalaria

mecanizada esta apresenta a mesma dificuldade de apoio de engenharia

encontrada nas Bda C Mec quais sejam apoiar elementos de grande mobilidade

dotados de viaturas sobre sobre rodas e viaturas sobre lagartas e que possuem

diferentes classes

Os principais reflexos para esse apoio satildeo as diferenccedilas de pesos e

velocidades o que impacta na capacidade de acompanhamento das viaturas

empregadas pelos elementos da arma base e na capacidade de transposiccedilatildeo dos

meios por ponte por exemplo

Essa diferenccedila eacute percebida quando comparamos as caracteriacutesticas dessas

viaturas conforme apresentado a seguir que satildeo o peso e velocidade

Viatura Fennek (103 ton e 115 kmh) Viatura de Transporte de Pessoal Fuchs

(235 ton e 105 kmh) utilizada pelos pelototildees de engenharia Viatura de Combate

Puma utilizada pela infantaria (43 ton e 70 kmh) Viatura Blindada Lanccedila-Pontes

Biber (453 ton e 62 kmh) Viatura Blindada Especial de Engenharia Dachs (43 ton

70

e 62 kmh) e Viatura para Abertura de Brecha Keiler (53 ton e 50 kmh)

(DEUTSCHESHEER 20)

71

4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO

O presente capiacutetulo tem por finalidade atingir o objetivo geral da pesquisa que

eacute analisar o apoio de engenharia prestado aos elementos empregados em primeiro

escalatildeo por uma Brigada de Cavalaria Mecanizada a fim de sugerir uma proposta

de adequaccedilatildeo do apoio prestado em Operaccedilotildees Ofensivas atraveacutes de um estudo

especiacutefico de Operaccedilatildeo de Aproveitamento do Ecircxito face agrave evoluccedilatildeo doutrinaacuteria e

do MEM

A fim de atingir os trecircs uacuteltimos objetivos especiacuteficos estabelecidos (objetivos j k

e l) na pesquisa a presente seccedilatildeo pretende sintetizar os resultados obtidos nos

questionaacuterios na revisatildeo de Literatura e na pesquisa de campo agrave luz das dimensotildees

que compotildeem a Variaacutevel Independente (Capacidades Operativas da Cia E Cmb no

Aproveitamento do Ecircxito) Dependente (Apoio de Engenharia aos Regimentos de

uma Bda C Mec) e Interveniente (Necessidades miacutenimas dos Rgt)

41 DISCUSSAtildeO REFERENTE AOS INSTRUMENTOS UTILIZADOS

Para melhor explorar a discussatildeo referente aos instrumentos utilizados e

dados levantados seratildeo retomadas as variaacuteveis que foram objeto de estudo desta

pesquisa

A estruturaccedilatildeo da Variaacutevel Independente ndash Capacidades Operativas da

Companhia de Engenharia de Combate Mecanizada no Aproveitamento do

Ecircxito e da Variaacutevel Dependente ndash Apoio de Engenharia aos Regimentos de uma

Brigada de Cavalaria Mecanizada deu-se em torno de dimensotildees que possuiacuteam

indicadores com suas respectivas formas de avaliaccedilatildeo Estas variaacuteveis foram

apresentadas no capiacutetulo 2 no Quadro 1 - Operacionalizaccedilatildeo da Variaacutevel

Independente (VI) e Quadro 2 - Operacionalizaccedilatildeo da Variaacutevel Dependente (VD)

A VI foi explorada a partir da anaacutelise da capacidade da Cia E Cmb Mec onde

foram identificadas suas deficiecircncias resultante da falta de material e inadequado

emprego no apoio aos regimentos e comparada agraves soluccedilotildees em material e

emprego de outros exeacutercitos Na abordagem da VD buscou-se analisar as

caracteriacutesticas desejadas e adequabilidade logiacutestica de novos materiais e

apresentar uma sugestatildeo de adequaccedilatildeo do apoio de engenharia quanto agrave

organizaccedilatildeo e caracteriacutesticas desse apoio

72

411 Revisatildeo da literatura

Para o levantamento do material que compocircs a revisatildeo bibliograacutefica

empregada no trabalho foram realizadas pesquisas em bibliotecas virtuais fiacutesicas

e tambeacutem na internet sempre buscando por livros manuais trabalhos cientiacuteficos

reportagens e outras publicaccedilotildees de interesse

Com base nos objetivos geral e especiacuteficos foi elaborado o Capiacutetulo 3-

Revisatildeo da Literatura que foi fracionado em 5 subcapiacutetulos

1) Consideraccedilotildees Iniciais ndash Neste subcapiacutetulo foram apresentados conceitos

preliminares dos quais se faz necessaacuterio o entendimento para uma melhor anaacutelise

e consequentemente a construccedilatildeo de uma proposta mais adequada Este

subcapiacutetulo buscou atingir o objetivo especiacutefico ldquoardquo

2) Brigada de Cavalaria Mecanizada ndash Este subcapiacutetulo apresentou as

caracteriacutesticas organizaccedilatildeo da Brigada de Cavalaria Mecanizada e a forma de

emprego no aproveitamentos do ecircxito a fim de alcanccedilar os objetivos especiacuteficos

ldquobrdquo e ldquocrdquo

3) Companhia de Engenharia de Combate Mecanizada ndash Foram apresentadas

a organizaccedilatildeo caracteriacutesticas e as forma de emprego da Cia E Cmb Mec bem

como de seus pelototildees constitutivos (Pel E Ap Pel Eq Ass e Pel E Cmb) visando

atingir os objetivos especiacuteficos ldquodrdquo ldquoerdquo ldquofrdquo e ldquogrdquo

4) Materiais de Emprego Militar disponiacuteveis no mundo para reforccedilo aos Pel E

Cmb no apoio agrave mobilidade ndash Apresenta os materiais disponiacuteveis para aquisiccedilatildeo pelo

Exeacutercito Brasileiro a fim de dirimir as deficiecircncias no apoio de engenharia agrave

mobilidade dos Regimentos da Bda C Mec buscando atingir o objetivo especiacutefico

h

5) Apoio de engenharia a forccedilas combinadas de viaturas sobre rodas e sobre

lagartas em outros paiacuteses ndash O presente subparaacutegrafo descreveu brigadas de outros

exeacutercitos que apresentam em sua constituiccedilatildeo meios orgacircnicos sobre rodas e sobre

lagartas que necessitam de apoio de engenharia a fim de atingir o objetivo

especiacutefico j

A revisatildeo de literatura foi suficiente para proporcionar dados que

contribuiacutessem para a anaacutelise da capacidade da Cia E Cmb e o desenvolvimento de

uma sugestatildeo adequada conforme os objetivos propostos

73

412 Entrevistas

Foram confeccionados ao todo 4 questionaacuterios sendo eles

a) para os Comandantes e ex-Comandantes dos Regimentos de

Cavalaria Mecanizada e Blindada (RC Mec e RCB) das Brigadas de Cavalaria

Mecanizada (resposta no Apecircndice A)

b) para os Comandantes das Companhias de Engenharia de Combate

Mecanizada (Apecircndice B)

c) para os oficiais de engenharia com curso de comandante de

subunidade na Alemanha ou Estados Unidos (resposta no Apecircndice C)

d) para os oficiais instrutores do Centro de Instruccedilatildeo de Blindados com

curso de comandante de subunidade na Alemanha ou Estados Unidos (resposta no

Apecircndice D)

O autor tinha interesse em trabalhar com hipoacuteteses de estudo poreacutem tendo em

vista o baixo retorno dos questionaacuterios foi modificado para questotildees de estudo

onde os questionaacuterios respondidos foram aproveitados como apoio para responder

as questotildees selecionadas

Dentre os questionaacuterios enviados aos Comandantes dos Regimentos (Apecircndice

A) foram respondidos apenas 9 questionaacuterios do universo de comandantes dos

regimentos das quatro Bda C Mec e dos questionaacuterios enviados aos Comandantes

das quatro Companhias de Engenharia de Combate Mecanizada (Apecircndice B)

foram respondidos apenas 7 A baixa quantidade de respostas natildeo comprometeu de

forma significativa os resultados devido a mudanccedila da forma de abordagem

Foi observado inclusive que esta abordagem tornou-se muito mais adequada

em relaccedilatildeo agrave relacionada com hipoacuteteses

413 Coleta documental

A coleta documental foi realizada conforme o estipulado no item 231

Procedimentos para a revisatildeo de literatura onde foi encontrada certa dificuldade

no acesso a algumas informaccedilotildees referentes ao emprego do RCB pela inexistecircncia

de um manual especiacutefico sendo aproveitadas as informaccedilotildees constantes no manual

da Brigada de Cavalaria Mecanizada e emprego organizaccedilatildeo e materiais de

74

dotaccedilatildeo das brigadas alematildes os quais natildeo foram tatildeo faacuteceis de responder devido a

maior restriccedilatildeo de informaccedilotildees em relaccedilatildeo ao exeacutercito americano

42 CAPACIDADES OPERATIVAS DA COMPANHIA DE ENGENHARIA DE

COMBATE MECANIZADO NO APROVEITAMENTO DO EcircXITO

Na presente seccedilatildeo seratildeo discutidas as Variaacutevel Independente a fim de

analisar o apoio em Operaccedilatildeo de Aproveitamento do Ecircxito onde exige-se um

grande apoio de engenharia o qual se faz sentir principalmente nos elementos de

emprego em primeiro escalatildeo de uma brigada A mobilidade destas forccedilas depende

da reduccedilatildeo dos obstaacuteculos naturais e dos lanccedilados ou agravados pelo inimigo

As ferramentas de pesquisa colaboraram para complementar as informaccedilotildees

coletadas dirimindo duacutevidas remanescentes ou preenchendo lacunas deixadas pela

literatura atraveacutes da contribuiccedilatildeo realizada por meio de suas experiecircncias

Para tal foram exploradas duacutevidas sobre a adequabilidade da organizaccedilatildeo

no emprego no apoio aos regimentos da Brigada de Cavalaria Mecanizada e a

adequabilidade do material para apoio agrave mobilidade a organizaccedilatildeo adequada

para o emprego da engenharia e a comparaccedilatildeo com o emprego em outros

exeacutercitos as caracteriacutesticas dos meios de abertura de brecha e a respectiva

quantidade

421 Adequabilidade da organizaccedilatildeo

A Companhia estaacute organizada da seguinte forma uma Seccedilatildeo de Comando um

Pelotatildeo de Engenharia de Apoio um Pelotatildeo de Equipagem de Assalto e trecircs

Pelototildees de Engenharia de Combate

Na Bda as necessidades de apoio fazem-se sentir particularmente junto aos

elementos de primeiro escalatildeo exigindo desta forma a colocaccedilatildeo dos meios mais agrave

frente possiacutevel A Companhia de Engenharia de Combate Mecanizada eacute organizada

com meios destinados a atender agraves necessidades miacutenimas e mais imediatas da

frente de combate

Face agraves maiores necessidades da Brigada encontrarem-se junto aos elementos

de primeiro escalatildeo a Cia E Cmb distribui os seus pelototildees a partir do seguinte

caacutelculo total de pelototildees disponiacuteveis menos os pelototildees em apoio direto aos

75

regimentos deve ser capaz de realizar os trabalhos de apoio ao conjunto realizando

trabalhos de interesse da Bda como um todo ser capaz de aumentar o apoio aos

elementos em primeiro escalatildeo e ainda ficar em condiccedilotildees de apoiar a reserva

quando empregada

Entretanto a engenharia da brigada atualmente possui trecircs pelototildees de

engenharia de combate para apoiar um tipo de operaccedilatildeo onde a Bda necessita

de apoio para ateacute trecircs peccedilas de manobra

No apoio agrave mobilidade a Cia E Cmb busca manter a liberdade de manobra dos

Regimentos e sua impulsatildeo de ataque minimizando os efeitos dos obstaacuteculos

naturais e artificiais

O apoio de engenharia aos elementos de manobra da brigada eacute feito sob a

forma de apoio direto ou reforccedilo No aproveitamento do ecircxito a situaccedilatildeo de

comando reforccedilo normalmente eacute adotada Situaccedilatildeo essa que o comandante da Cia

E designa normalmente um Pel E Cmb para apoiar cada regimento da Brigada

Neste tipo de operaccedilatildeo as necessidades de apoio ao conjunto aumentam

sendo necessaacuteria a distribuiccedilatildeo de elementos de engenharia no terreno de acordo

com o avanccedilo do ataque poreacutem sem deixar de preservar a atenccedilatildeo preciacutepua ao

emprego oportuno do apoio aos Regimentos em primeiro escalatildeo

Para a execuccedilatildeo de suas missotildees o Pel E Ap emprega uma Seccedilatildeo de

Comando um Grupo de Comando um Grupo de Mineiros um Grupo de

Equipamento de Engenharia um Grupo de Engenharia de Construccedilatildeo um grupo de

Caminhatildeo Basculante e um Grupo de Engenharia de Combate

Esta fraccedilatildeo executante da companhia atualmente possui dentre os seus

equipamentos apenas os de emprego em missotildees de construccedilatildeo natildeo blindados e

inadequados para emprego junto aos elementos empregados em primeiro escalatildeo

O Pelotatildeo de Engenharia de Apoio eacute responsaacutevel por reforccedilar os Pel E Cmb

com caminhotildees basculantes viaturas blindadas especial de engenharia (VBE)

equipamentos pesados de engenharia pessoal especializado ou natildeo e

equipamentos especializados na guerra com minas

Entretanto natildeo existe nas Cia E Cmb Mec viaturas especiais de engenharia

equipamentos para abertura de brecha para disseminaccedilatildeo de minas nem jogo de

ferramentas pneumaacuteticas

O Pel Eq Ass eacute constituiacutedo por um Gp Cmdo Grupo de Botes de Assalto

Grupo de Passadeiras Grupo de Portadas e Grupo de Ponte de Pequenas Brechas

76

O Pelotatildeo de Equipagem de Assalto (Pel Eq Ass) tem como missatildeo junto aos

Pel E Cmb reforccedilar com seus equipamentos e materiais eou com pessoal

especializado principalmente missotildees relacionadas agrave transposiccedilatildeo de curso de

aacutegua

No Aproveitamento do Ecircxito o principal meio para reforccedilo das capacidades do

pelotatildeo eacute a viatura lanccediladora de pontes (sobre rodas de acordo com as informaccedilotildees

disponiacuteveis na literatura encontrada) a qual natildeo existe no Exeacutercito Brasileiro

O pelotatildeo de engenharia tem capacidade de realizar dentro de suas

possibilidade os trabalhos teacutecnicos de engenharia em proveito da brigada como um

todo ou da peccedila de manobra da arma-base apoiada

Composto por um grupo de comando e 3 Grupos de Engenharia (GE) estes

constituem-se nos elementos baacutesicos de trabalho do pelotatildeo

O Pel E Cmb tem as seguintes capacidades produccedilatildeo de cortina de fumaccedila

trabalhos de minagem e desminagem (manual tendo em vista que a Cia E Cmb natildeo

possui equipamento especializado) trabalho de destruiccedilotildees e de explosivos e

trabalho de fortificaccedilatildeo de campanha limitado aos seus equipamentos de

engenharia (equipamentos inadequados para o aproveitamento do ecircxito pois natildeo

possuem proteccedilatildeo blindada nem conseguem acompanhar os elementos apoiados)

Quando natildeo reforccedilados os pelototildees tem condiccedilotildees ainda mais limitadas de

apoio por conduzir material de pequena capacidade de trabalho os quais consistem

em pequenas ferramentas de trabalho manual

No Apecircndice A questotildees 1 e 2 pode-se observar que eacute unacircnime entre os

militares que responderam que a Bda C Mec deve ser apoiada por um BE Cmb

Essa opiniatildeo foi apresentada pela comparaccedilatildeo com o Exeacutercito Vermelho do

Manual O Inimigo o qual representa um paiacutes que emprega engenharia de valor

batalhatildeo em apoio agrave brigada e pela comparaccedilatildeo com as Brigadas de Infantaria

Mecanizada que empregam a mesma quantidade de Unidades que as Brigadas de

Cavalaria Mecanizada

Dentre os comentaacuterios que contribuiacuteram para a justificaccedilatildeo do emprego de um

BE Cmb destacaram-se os seguintes

- ldquoCom essa organizaccedilatildeo o BE Cmb poderia empregar uma SU em apoio direto

aos elementos de manobra inclusive aquele em 2ordm escalatildeo mantendo ainda uma

Cia Eng Cmb Mec para emprego centralizado (apoio ao conjunto) na Z Accedil da Bdardquo

77

Esse comentaacuterio corrobora com a revisatildeo literaacuteria conforme capiacutetulo 3 ldquoa Cia

E Cmb menos esses elementos (os Pel E empregados em reforccedilo) deve ser capaz

de realizar os trabalhos de apoio ao conjunto realizando trabalhos de interesse da

Bda como um todo aumentar o apoio aos elementos em primeiro escalatildeo e ainda

ficar em condiccedilotildees de apoiar a reserva quando empregadardquo

No Apecircndice B questotildees 1 e 2 a grande maioria dos militares foram

partidaacuterios agrave necessidade de mudanccedila do escalatildeo em apoio de valor subunidade

para o valor unidade dentre os quais destaco o seguinte comentaacuterio

- ldquoEm que pese a atual doutrina (NCD Nr 02 de 31 mai 16) prever uma E Bda Inf Mec

composta por 2 Cias a 4 Pel os trabalhos realizados em estudos de sala de aula da

proacutepria EsAO mostram essa estrutura com certa dificuldade para Mnt do C2 por

parte do Cmt BE Tendo em vista seu trabalho estar pesquisando essa situaccedilatildeo

sugiro uma composiccedilatildeo do BE Cmb Mec (ou Bld) de 4 Cia E Cmb a 2 Pel E Cmb e

1 Pel Ap (Neste os diversos materiais jaacute em Ref agrave Cia Eqp Eng Eqp Ab Bre VBC

Eng VBEL Pnt etc) Assim facilitaria o C2 por parte do Cmdo BE bem como a

emissatildeo de ordens e distribuiccedilatildeo de missotildeesrdquo

O comentaacuterio acima observou algo que o autor natildeo pesquisou mas que tem muita

relevacircncia para a pretendida anaacutelise que satildeo os reflexos da organizaccedilatildeo no

comando e controle

- ldquoEm minha opiniatildeo bastaria que uma dessas Cia dispusesse de meios SL o que

proporcionaria uma dosagem eficaz e mais econocircmicardquo

- ldquoDeve possuir Pel E com Vtr sobre rodas (RC Mec) e Pel E com VB sobre

lagartas (RCB) e a Cia C Ap deve possuir VB com rodas e VB com lagartas As

VBEL Pnt devem ser todas sobre lagartas como jaacute citado em item anterior A

mescla de tipos de VB daraacute ao BE maior flexibilidade e rapidez no apoio

particularmente para acompanhar os RC Mec como VBTP (Pel E) e VBE Eng sobre

rodasrdquo

78

A anaacutelise da Companhia de Engenharia de Combate Mecanizada e as

companhias que reforccedilam os pelototildees de engenharia de combate em material e

pessoal permite verificar por meio da anaacutelise da organizaccedilatildeo e missatildeo a

importacircncia dessas fraccedilotildees no apoio aos regimentos por caber a estas aumentar a

capacidade dos Pel E Cmb a fim de possibilitar um eficiente apoio no

Aproveitamento do Ecircxito

Entretanto notou-se a inexistecircncia de materiais adequados para emprego na

operaccedilatildeo em pauta

A descriccedilatildeo do Pelotatildeo de Engenharia de Combate Mecanizado fraccedilatildeo de

emprego da Cia E Cmb junto aos regimentos permite identificar a limitaccedilatildeo de sua

capacidade de apoio Esta ainda eacute mais reduzida quando natildeo reforccedilada por meios

adequados pelos Pel E Ap e Pel E Ass

422 Adequabilidade do material

O material de organizaccedilatildeo do terreno da Cia E Cmb inclusive as Viaturas

Blindadas Especiais de engenharia satildeo de responsabilidade do Pel E Ap Conforme

consta na seccedilatildeo 331 e com base na experiecircncia do proacuteprio autor que serviu em

uma Cia E Cmb Mec pode-se afirmar que essas viaturas natildeo existem no referido

pelotatildeo das Cia E Cmb Mec

E reafirmando o que consta na mesma seccedilatildeo natildeo existe nenhum outro meio

adequado que possua proteccedilatildeo blindada rapidez necessaacuteria para a execuccedilatildeo do

trabalho ou capacidade de acompanhar as VBR VBTP ou VBCCC

Na seccedilatildeo 331 O pelotatildeo de engenharia de apoio foi mencionada a

existecircncia de mineiros bem como o encargo do pelotatildeo em reforccedilar os Pel E Cmb

com os materiais de abertura de brecha Entretanto o uacutenico material existente no

pelotatildeo eacute o material para desminagem manual o que conforme complementado

pela seccedilatildeo 333 este meacutetodo eacute ldquoo menos preferiacutevelrdquo e quando tiver que ser

utilizada que seja somente para abrir trilhas

Conforme a seccedilatildeo 332 O pelotatildeo de equipagem de assalto o Pel Eq Ass eacute

responsaacutevel por armazenar os materiais relacionados agrave transposiccedilatildeo de curso

drsquoaacutegua como eacute o caso das Viaturas Blindadas Especiais lanccediladoras de pontes e os

feixe de tubos o que conforme jaacute afirmado pelo autor esses materiais natildeo existem

no Pel Eq Ass das Cia E Cmb Mec

79

De acordo com a mesma seccedilatildeo os meios existentes para transposiccedilatildeo satildeo

inadequados para emprego no aproveitamento do ecircxito tendo em vista a falta de

proteccedilatildeo blindada o excessivo tempo para montagem e a necessidade de vaacuterias

viaturas para conduccedilatildeo das partes para montagem

No Apecircndice A questatildeo 3 pode-se observar que a grande maioria

considera que eacute indispensaacutevel a utilizaccedilatildeo das viaturas blindadas especiais para o

cumprimento adequado do apoio de engenharia tendo como benefiacutecios o tempo de

execuccedilatildeo a proteccedilatildeo blindada e a baixa quantidade de militares para execuccedilatildeo do

trabalho No Apecircndice B questatildeo 3 todos os ex-comandantes das Cia E Cmb

concordaram com a maioria dos ex-comandantes dos regimentos

Dos comentaacuterios referentes a esta questatildeo destaco as seguintes

- ldquoEacute indispensaacutevel Os atuais meios presentes no QDM da Cia E Cmb de Bda satildeo

totalmente ineficientes numa situaccedilatildeo de combate modernordquo

- ldquoEsses equipamentos BldMec ampliaratildeo a capacidade de trabalho da Cia Erdquo

- ldquoA Eng Mecanizada carece de meios modernos tais como a Retroescavadeira de

Alta Mobilidade Blindada jaacute usada nos EUA (HMEE) (que faria o papel de Eqp Eng

Bda Mec) e de Vtr Lanccedila-Pontes Sobre Rodas (REBS)rdquo

Concluo parcialmente em relaccedilatildeo agrave Variaacutevel Independente que eacute urgente

a necessidade de meios adequados conforme revisatildeo de literatura e respostas

dos questionaacuterios A e B sobre a ineficiecircncia dos meios existentes bem como

a falta de Viaturas Blindadas Especial para apoiar os regimentos empregados

em primeiro escalatildeo no aproveitamento do ecircxito

Outrossim que a Companhia de Engenharia de Combate Mecanizada natildeo

tem condiccedilotildees de realizar o apoio a uma Brigada de Cavalaria Mecanizada tanto

pela ausecircncia de meios quanto pela limitaccedilatildeo de fraccedilotildees disponiacuteveis para

cumprir suas missotildees de reforccedilo apoio ao conjunto e apoio suplementar

Portanto para apoiar uma Brigada de Cavalaria Mecanizada eacute necessaacuterio

o apoio de engenharia de brigada seja prestado por um Batalhatildeo de Engenharia

de Combate Mecanizado

43 APOIO DE ENGENHARIA AOS REGIMENTOS DE UMA BRIGADA DE

CAVALARIA MECANIZADA

80

No presente subitem seratildeo apresentadas as discussotildees referentes agrave Variaacutevel

Dependente a fim de identificar o apoio de Engenharia necessaacuterio para dar

mobilidade aos regimentos de uma Brigada de Cavalaria Mecanizada o qual eacute

imprescindiacutevel aos elementos de emprego em primeiro escalatildeo de uma brigada

As ferramentas de pesquisa exploraram a experiecircncia dos militares

empregados diretamente seja como ldquofornecedorrdquo seja como ldquoclienterdquo desse apoio

no emprego com viaturas blindadas e com experiecircncia em curso de comandante de

subunidade no exterior

Para tal foram exploradas duacutevidas sobre o emprego da engenharia quanto a

organizaccedilatildeo a comparaccedilatildeo com outros exeacutercitos a caracteriacutestica dos meios e

a quantidade de viaturas adequadas para apoio aos regimentos

431 Organizaccedilatildeo adequada

O Apecircndice A questotildees 6 e 7 contribui para a anaacutelise da organizaccedilatildeo da

engenharia que apoia a brigada principalmente pelos comentaacuterios dispensados em

cada questatildeo A grande maioria das respostas foi favoraacutevel agrave organizaccedilatildeo do BE

Cmb por duas Cia E Cmb uma dotada de VBE sobre lagartas e uma de VBE sobre

rodas e a maioria desfavoraacutevel a constituiccedilatildeo do batalhatildeo por duas Cia E a quatro

Pel E Cmb dotados exclusivamente de VBE sobre lagartas

Com base nos seguintes comentaacuterios selecionados seratildeo discutidas as

opiniotildees que culminaram em tal resultado

- ldquoEstamos trabalhando no CMS na proposta sobre o BE Cmb Mec de Bda C Mec

Em 2017 enviamos ao COTER a proposta do BE Cmb Mec de Bda Inf Mec A

proposta do CMS (a 3 Cia E) foi enviada pelo ODOp ao DEC que apoacutes anaacutelise do

projeto decidiu junto com o COTER que o BE Cmb Mec deveria ter somente 2 Cia

Eng Cmb Mec e natildeo trecircs como proposto pelo CMS Na visatildeo do CMS 2 Cia

apoiariam as OM em 1ordm escalatildeo (cada uma com um Regimento) e a 3ordf Cia ficaria

no apoio a toda a brigada (demais OM em 1ordm Esc e A Rg da Bda) Com base nessa

decisatildeo de 2017 foi modificada a proposta do CMS sugerindo ao ODOp que as

duas Cia Eng (decisatildeo DEC COTER) deveriam possuir 4 Pel E cada uma sendo 3

Mec sobre rodas e 1 Bld sobre lagartas com a mesma missatildeo anterior 1 Cia em

apoio aos Rgt em 1ordm escalatildeo e a outra em apoio agrave Bda A diferenccedila entre o BE

81

Cmb Mec de Bda Inf Mec e o de Bda C Mec eacute o apoio a ser prestado ao RCB

Portanto no BE Cmb Mec de Bda Inf Mec todos os Pel E e a Cia C Ap possuem

somente VB sobre rodas No BE Cmb Mec de Bda C Mec 1 Pel E por Cia Eng

deve possuir VB sobre lagartas e os demais VB sobre rodas A Cia C Ap deve

possuir VB sobre rodas e sobre lagartas (VBE Eng VBEL Pnt VBE com

implementos do tipo rolo arado MCLIC lanccedila retinida espargidor de minas AC

etc)rdquo

As duas propostas realizadas pelo CMS estatildeo alinhadas com a maioria das

informaccedilotildees presentes neste trabalho

A primeira proposta poreacutem limita a possibilidade de decisatildeo do comandante

do batalhatildeo quanto ao emprego das unidades de acordo com a missatildeo O que limita

as capacidades do comandante da engenharia da brigada conforme descrito no

capiacutetulo 3 ldquoO comandante da engenharia da brigada faz sentir sua influecircncia na

conduta do combate ao manter os meios de engenharia sempre em condiccedilotildees de

atender agraves necessidades de apoio tanto as planejadas como as imprevistasrdquo

No Apecircndice B questotildees 6 e 7 a grande maioria das respostas foi favoraacutevel

agrave organizaccedilatildeo proposta e a maioria favoraacutevel parcialmente agrave dotaccedilatildeo do batalhatildeo de

duas Cia E a quatro Pel E Cmb dotados exclusivamente de VBE sobre lagartas

Com base nos seguintes comentaacuterios selecionados seratildeo discutidas as opiniotildees

que culminaram em tal resultado

- ldquoSou favoraacutevel que cada Cia E Cmb tenha uma natureza especiacutefica o que

economiza meios e facilita o planejamentordquo

- ldquoConsidero natildeo viaacutevel esta alternativa embora seja melhor (dotaccedilatildeo de VBE sobre

lagartas por todas as Cia E do batalhatildeo) A situaccedilatildeo do Paiacutes natildeo favorece estas

mudanccedilasrdquo

- ldquoo valor Nec para custeio para Mnt de Vtr SL eacute bem maiorrdquo

A partir dos comentaacuterios acima auxiliado pela experiecircncia do autor e alinhado aos

itens anteriores e agrave revisatildeo de literatura chegou-se agrave seguinte conclusatildeo

82

A sugestatildeo de uma organizaccedilatildeo ideal para o BE Cmb eacute a seguinte duas Cia E

Cmb uma dotada de VBTP sobre rodas em apoio aos RC Mec e uma Cia com

VBTP sobre lagartas em apoio ao RCB Isso justifica-se pelos seguintes motivos

- manutenccedilatildeo da natureza de cada Cia E Cmb permitindo assim o

acompanhamento dos regimentos por parte dos pelototildees (seja pela velocidade das

viaturas Guarani e Cascavel seja pela capacidade de transpor terrenos mais difiacuteceis

dos Leopard M113 e M60) e

- organizaccedilatildeo das companhias para emprego de um tipo de viatura (ou M113 ou

Guarani) facilitando a logiacutestica dentro da companhia

432 Comparaccedilatildeo com outros exeacutercitos

Embora a proposta inicial do trabalho fosse analisar a brigada de um exeacutercito

que tivesse uma estrutura semelhante a da Bda C Mec brasileira este autor natildeo

encontrou tal brigada

Para atingir esse objetivo foi realizada a comparaccedilatildeo com duas brigadas

distintas que se aproximam da estrutura desejada de forma diferente

Assim foram analisadas a brigada americana Stryker (SBCT) que eacute uma

Grande Unidade dotada de meios exclusivamente sobre rodas e a Brigada de

Infantaria Mecanizada da Alemanha que possui meios blindados e mecanizados em

suas tropas

A brigada Stryker possui as seguintes tropas da arma-base trecircs batalhotildees de

infantaria a trecircs companhias cada um com trecircs pelototildees um esquadratildeo de

cavalaria de reconhecimento equipada com viaturas de reconhecimento Stryker

conforme figura apresentada no capiacutetulo anterior

A engenharia que apoia a brigada eacute um batalhatildeo constituiacutedo de duas

companhias de constituiccedilotildees diferentes entre si

Uma Cia E tem um pelotatildeo de comando dois pelototildees de engenharia de

combate uma seccedilatildeo de ponte e um grupo de apoio dotado de equipamentos de

abertura de brecha limitado ao emprego de cargas explosivas lineares (MICLIC) em

reboque para remoccedilatildeo de minas e equipamentos de comprovaccedilatildeo (rolo e arado)

A outra Cia E possui uma seccedilatildeo de comando um pelotatildeo de combate

composto por trecircs GE um pelotatildeo de apoio composto por uma seccedilatildeo de pontes e

83

um grupo de construccedilatildeo horizontal e um pelotatildeo de abertura de brecha (em campo

de minas)

Com base no estudo do MCoE Supplemental Manual 3-90 Force Structure

Reference Data de 2015 foi possiacutevel analisar que os meios utilizados na SBCT satildeo

basicamente viaturas leves caminhotildees cargo e viaturas Stryker por todos os

componentes da brigada excetuando-se apenas os equipamentos construccedilatildeo e

limpeza de vias de engenharia

O exeacutercito alematildeo tem suas brigadas de infantaria mecanizada constituiacutedas

das seguintes tropas de cavalaria e infantaria um batalhatildeo de reconhecimento

dotado de viaturas Fennek trecircs batalhotildees de infantaria mecanizada os quais

utilizam a viatura de combate Puma e um batalhatildeo de rifles que utiliza as viaturas

de combate multipropoacutesito Boxer GTK

Essas fraccedilotildees satildeo apoiadas por um batalhatildeo de engenharia blindado composto

por uma companhia de comando e apoio duas companhias de engenharia de

combate blindada uma companhia de equipamentos de engenharia e uma

companhia de pontes flutuantes

As companhias de combate satildeo compostas por um comando um pelotatildeo de

contramobilidade que constroacutei obstaacuteculos para barrar ou canalizar a forccedila inimiga

um pelotatildeo de abertura de brecha dotado de sistema de limpeza e da viatura Keiler

um pelotatildeo de eliminaccedilatildeo de municcedilatildeo que elimina artefatos explosivos e municcedilotildees

garantindo o traacutefego de tropas e um pelotatildeo de equipamentos responsaacutevel pelo

apoio agrave mobilidade abertura de passagem em obstaacuteculos e cursos drsquoaacutegua e

manutenccedilatildeo de estradas

A companhia de pontes flutuantes eacute composta por um pelotatildeo de viaturas

blindadas e um pelotatildeo de mergulhadores E a companhia de equipamento de

engenharia eacute dotada de equipamentos de construccedilatildeo e viaturas blindadas especiais

conforme figura abaixo

A seguir satildeo apresentadas as viaturas componentes dessas brigadas com

seus respectivos pesos e velocidades viatura sobre rodas Fennek (103 ton e 115

kmh) Viatura de Transporte de Pessoal sobre rodas Fuchs (235 ton e 105 kmh)

utilizada pelos pelototildees de engenharia Viatura de Combate sobre lagartas Puma

utilizada pela infantaria (43 ton e 70 kmh) Viatura Lanccedila-Pontes sobre lagartas

Biber (453 ton e 62 kmh) Viatura Blindada Especial de Engenharia sobre lagartas

84

Dachs (43 ton e 62 kmh) e Viatura para Abertura de Brecha sobre lagartas Keiler

(53 ton e 50 kmh)

Embora o trabalho tenha se desenvolvido de forma diferente do planejado

inicialmente este autor considera que foi positiva a anaacutelise pois duas brigadas

distintas de potecircncias beacutelicas que estatildeo sendo empregados em conflitos

atualmente apresentam diferentes formas de apoio

A brigada blindada alematilde mostrou uma proximidade maior agraves caracteriacutesticas da

brigada brasileira em razatildeo da mistura de meios sobre lagartas e sobre rodas o

que natildeo necessariamente conduz a mesma soluccedilatildeo

A anaacutelise permitiu afirmar que eacute possiacutevel o apoio a tropas mecanizadas por

uma engenharia dotada de meios sobre rodas como a Brigada Stryker

Por outro lado tambeacutem eacute possiacutevel que uma brigada mecanizada com viaturas

sobre rodas e viaturas sobre lagartas de classes diferentes e capacidades de

mobilidade diferentes seja apoiada por uma engenharia dotada de meios sobre

lagartas

Conforme Capiacutetulo 3 o apoio de engenharia agrave mobilidade dos regimentos

(RCB e RC Mec) atualmente eacute limitado ao emprego de equipamentos inadequados

para o apoio em operaccedilatildeo de Aproveitamento do Ecircxito devido a inexistecircncia de

VBE

Considerando que na constituiccedilatildeo da brigada existe um RCB dotado de

VBCCC Leopard 1BR e VBCCC M60 A3-TTS foi analisado o emprego dos meios de

engenharia pelo exeacutercito americano e alematildeo onde natildeo foram encontradas

informaccedilotildees sobre apoio de engenharia com meios mecanizados para apoiar

viaturas blindadas sobre lagartas

De outra forma foi observado o emprego de meios especiais sobre lagartas

para apoio agraves tropas dotadas de viaturas sobre lagartas de classe consideraacutevel na

brigada alematilde - como as viaturas Dachs (43 ton) e as viaturas de combate Puma (43

ton) - e viaturas de grande mobilidade sobre rodas - como as viaturas Fennek (115

kmh) e Puma (105 kmh)

No Apecircndice C questotildees 1 2 e 3 foram apresentadas opiniotildees equilibradas

quanto ao emprego das VBE sobre lagartas e unanimidade para emprego dos tipos

de VBTP de acordo com a tropa apoiada (sobre rodas e sobre lagartas)

85

Com base nos comentaacuterios a seguir pretende-se responder agraves problemaacuteticas

levantadas com base na revisatildeo de literatura e reforccedilar as ideias que corroborem

com a proposta do autor

- ldquoA Bda C Mec eacute apta a atuar em operaccedilotildees ofensivas a perda de velocidade

nesse tipo de operaccedilatildeo eacute natural ao se deparar com obstaacuteculos E eacute nesse

contexto que as Vtr Eng satildeo empregadas Dessa maneira natildeo vejo restriccedilatildeo em

usar meios SL para a Bda C Mec Ademais as VBE Eng SL possuem maior

potecircncia para a remoccedilatildeo de obstaacuteculos sendo mais eficientes e poupando

tempo nessa atividade o que pode se tornar uma dificuldade para VBE Eng SRrdquo

Esse comentaacuterio explica como a Bda Inf Mec alematilde consegue realizar suas

missotildees sendo apoiada por um batalhatildeo de engenharia blindado que possui todas

as suas VBE construiacutedas sobre plataformas sobre lagartas E em relaccedilatildeo agrave

capacidade da VBE Eng a experiecircncia do autor permite testemunhar a favor da

afirmaccedilatildeo apresentada sobre a potecircncia e eficiecircncia que as VBE sobre lagartas

possuem e a restriccedilatildeo de trafegabilidade das viaturas sobre rodas no deslocamento

atraveacutes campo

- ldquonatildeo eacute somente uma questatildeo de velocidade mas tambeacutem das caracteriacutesticas de

terreno que elas iratildeo operar Por exemplo natildeo eacute ideal que uma Vtr SL progrida

sobre o asfaltordquo

A afirmaccedilatildeo acima natildeo eacute verdadeira e seraacute respondida com base na

experiecircncia do autor As viaturas alematildes da famiacutelia Leopard inclusive as Leopard 2

que possuem maior classe satildeo deslocadas na Alemanha atraveacutes de estradas

asfaltadas O deslocamento sobre o asfalto natildeo eacute impedimento nem prejudicial agraves

viaturas sobre lagarta

No Apecircndice D questotildees 1 2 e 3 houve unanimidade quanto ao emprego de VBE

sobre lagartas e equiliacutebrio quanto agrave utilizaccedilatildeo de VBTP de mesmo tipo dos

elementos apoiados

Dos comentaacuterios apresentados foram selecionados os que seguem

86

- ldquoDependendo da situaccedilatildeo taacutetica pode-se exigir a utilizaccedilatildeo de algum implemento

para apoiar a mobilidaderdquo

Esse comentaacuterio abre margem para avaliaccedilatildeo de uma proposta mais

audaciosa na qual deveria ser analisado o custo-benefiacutecio de empregarem-se

pelototildees embarcados em VBTP com implementos

Esse estudo deve avaliar inicialmente a capacidade de tal meio comportar o

sistema e um GE na mesma viatura e o custo de ter VBE sobre lagartas e VBTP

com implementos

Por falta de tempo para estudo de tal proposta o autor natildeo consideraraacute esta

proposta uma opccedilatildeo para este trabalho

- ldquoDevem ser utilizadas VBTP M113 nas duas situaccedilotildees pois a mesma oferece

maior mobilidade atraveacutes terrenordquo

A utilizaccedilatildeo de VBTP M113 junto aos RC Mec eacute menos vantajoso pois

dificilmente o Pel E buscaraacute apoiar a mobilidade por caminhos natildeo utilizados pelas

VBPT Guarani por ser uma soluccedilatildeo de maior custo haja vista a quantidade de

viaturas que o pelotatildeo utiliza e por tornar-se uma opccedilatildeo de velocidade de apoio

Diferente do emprego das VBE sobre lagarta o emprego das VBTP sobre

lagarta natildeo traz ganho significativo nos trabalhos aleacutem de faacutecil identificaccedilatildeo visual

por parte do inimigo

As companhias do batalhatildeo de engenharia deveratildeo possuir VBTP sobre

lagartas e sobre rodas para apoiar respectivamente os RCB e os RC Mec Cabe

salientar entretanto que o emprego dessas VBTP natildeo devem ser de uso exclusivo

aos respectivos elementos devendo ser considerado seu emprego desta forma

apenas como mais adequado

Quanto agraves VBE o trabalho conduziu para que o batalhatildeo seja dotado de

viaturas sobre lagartas a fim de dotar os pelototildees de capacidade para organizaccedilatildeo do

terreno transposiccedilatildeo de cursos de aacutegua e valas e abertura de brecha em campo

minado atribuindo mobilidade adequada tanto para apoio aos RC Mec quanto para

apoio aos RCB pelos motivos jaacute analisados no capiacutetulo 42

87

Os materiais foram separados por tipo de trabalho realizado explorando as

necessidades de apoio dos regimentos da seguinte forma trabalhos de abertura de

brecha transposiccedilatildeo de cursos drsquoaacutegua e valas e trabalhos de organizaccedilatildeo do

terreno e desobstruccedilatildeo de vias

Das Viaturas Blindadas Especiais de abertura de brecha destacam-se as

seguintes

A Viatura americana M1150 Assault Breacher Vehicle (ABV) - Viatura de

Abertura de Brechas) construiacuteda a partir do chassi do M1A1 Abrams a qual eacute

dotada de dois MICLIC (Mine Clearing Line Charge) uma carga linear explosiva que

eacute capaz de eliminar 92 a 95 das minas de um campo de minas

A viatura tem capacidade de lanccedilar uma carga explosiva atraveacutes de 100 a 150

metros destruindo minas bombas e IED sem expor a tripulaccedilatildeo que natildeo precisa

desembarcar Aleacutem disso a viatura possui um arado que permite complementar a

seguranccedila da brecha aberta por carga explosiva

O implemento arado eacute um meacutetodo mecacircnico que natildeo suporta ser empregado

como meio principal pois tem baixa resistecircncia Em meacutedia a cada trecircs minas

removidas por esse implemento uma danifica a lacircmina implicando em sua

substituiccedilatildeo

A Viatura BMR-3M que consiste em uma viatura blindada russa baseada no

carro de combate T-90 que conduz agrave frente de suas lagartas rolos que exercem um

peso superior ao das lagartas sobre o solo acionando-as prematuramente Aleacutem dos

rolos a viatura possui um sistema de contra-ataque magneacutetico e um sistema

jammer que impede o acionamento de explosivos controlados por raacutedio A

velocidade da desminagem eacute de 12 kmh dependendo da densidade da mina e das

condiccedilotildees do solo

O sistema de rolo eacute apto para operar em solo seco e relativamente plano Aleacutem

disso deve ser utilizado como complemento do MICLIC pois em meacutedia o rolo

suporta entre trecircs a seis minas devendo apoacutes isso ser substituiacutedo Esse eacute um

excelente sistema para identificaccedilatildeo do iniacutecio de um campo minado

A viatura alematilde Keiler a qual alega-se que limpa cerca de 98 das minas por

onde passa eacute equipada com um sistema composto por um rotor que eacute interligado a

88

vaacuterios pesos metaacutelicos presos por correntes Quando esse rotor gira e eacute aproximado

do solo realiza pancadas no solo gerando ondas de choque que acionam as cargas

explosivasEnquanto realiza a limpeza um sistema automaticamente demarca o

local livre de minas

Viatura que apresenta alta eficiecircncia quando comparado ao MICLIC que natildeo

necessita de um meio complementar e que tem um baixo custo de utilizaccedilatildeo pois

seu sistema natildeo precisa ser recarregado a Viatura Keiler possui uma manutenccedilatildeo

simples apoacutes detonaccedilatildeo pois o acionamento prematuro das minas natildeo afeta seu

sistema podendo afetar peccedilas de faacutecil reposiccedilatildeo o que natildeo ocorre com o sistema

arado e rolo caso sejam utilizados sem complemento do meacutetodo explosivo

O sistema Python eacute um sistema britacircnico consiste em um reboque com uma

carga linear que eacute distendida sobre o terreno por um foguete propulsor Esse

sistema que tambeacutem foi adquirido pela Tailacircndia eacute transportado na Gratilde-Bretanha

pela viatura Trojan que eacute baseada no carro de combate Challenger 2 O Python foi

utilizado em 2010 durante a Operaccedilatildeo Moshtarak no Afeganistatildeo

O implemento lacircmina para desminagem pode ser utilizado nas viaturas

meacutedias de rodas apresentando capacidade limitada de trabalho na remoccedilatildeo de

minas em superfiacutecies pavimentadas

O Light Weight Mine Roller (LWMR) rolo de minas de peso leve eacute um

sistema adicionado agraves viaturas sobre rodas que protege veiacuteculos do efeito de minas

e Dispositivos Explosivos Improvisados (DEI) realizando pressatildeo sobre o solo agrave

frente do veiacuteculo que realiza a abertura (Armytechnology)

Esse eacute um implemento leve mas que gera efeito pesado em suas rodas

atraveacutes do uso de energia hidraacuteulica gerando a pressatildeo necessaacuteria para

acionamento de cargas explosivas

O sistema americano M58 Mine Clearing Line Charge (MICLIC) eacute uma carga

de demoliccedilatildeo linear a qual eacute projetada por foguete sobre o local onde se deseja

realizar a abertura de uma brecha Este sistema tem a capacidade de abrir uma

brecha de 8 m de largura por 100 m de comprimento (Wikipedia) O dispositivo de

demoliccedilatildeo consiste principalmente de uma corda de nuacutecleo de nylon de 34 de

polegada 700 blocos de demoliccedilatildeo composta por C4 e dois filamentos de cordel

detonante de tetranitrato de pentaeritritol (PETN)

Dos MEM para transposiccedilatildeo de cursos drsquoaacutegua ou valas destam-se

89

A Viatura Blindada Especial Lanccedila-Pontes Leopard 1BR (VBEL Pnt Leo 1

BR) eacute viatura modificada da versatildeo alematilde Panzerschnellbruumlcke 1 para o Brasil

Construiacuteda a partir do chassi do Leopard 1 esta eacute capaz de transportar montar (a

ponte eacute transportada em duas metades) e lanccedilar uma ponte de classe 50 de 22

metros sobre um vatildeo de 20 metros

A Viatura Blindada Lanccedila-Pontes Titan eacute uma viatura britacircnica baseada no

chassi do carro de combate Challenger 2 capaz de lanccedilar uma uacutenica ponte de 26 m

em menos de dois minutos ou duas pontes de 12 m em apenas 90 segundos Esta

viatura que realiza o lanccedilamento vertical tem o mesmo niacutevel de proteccedilatildeo da VBCC

fornecendo um niacutevel muito alto de proteccedilatildeo contra armas de fogo direto aleacutem de

consideraacutevel proteccedilatildeo contra minas terrestres e contra agentes QBRN

A Viatura Blindada Lanccedila-Pontes M104 Wolverine eacute a viatura para

transposiccedilatildeo de pequenas brechas utilizada pelos Estados Unidos Construiacuteda a

partir do chassi da viatura carro de combate M1A2 Abrams a viatura Wolverine tem

a capacidade de lanccedilar ponte de classe 70 sobre brechas de ateacute 24 metros

A viatura que realiza lanccedilamento do tipo horizontal possui proteccedilatildeo

semelhante agrave viatura carro de combate M1A2 Abrams e possui um sistema de

gerenciamento de campo de batalha a fim de aumentar a consciecircncia situacional no

campo de batalha

O feixe de tubos ou Pipe Fascine ao ser colocado dentro de um Fosso

Anticarro (Fosso AC) estreitos cursos drsquoaacutegua ou valas ocupa o espaccedilo do vatildeo

permite a passagem de viatura sobre sua superfiacutecie cumprindo funccedilatildeo semelhante a

da ponte

Esse equipamento pode ser lanccedilado por uma Viatura Blindada Especial de

Engenharia ou adaptada em outras viaturas ou reboques Uma necessidade para

lanccedilamento e recolhimento desse material eacute um sistema do tipo concha guindaste

ou outro meio de iccedilamento a fim de recuperar ou movimentar o equipamento apoacutes

ser lanccedilado

O sistema de lanccedilamento de ponte de pequena brecha eacute um sistema para

viaturas sobre rodas que pode ser adaptado agraves viaturas de combate ou de

transporte de pessoal utilizadas pela infantaria ou cavalaria a fim de abrir passagens

em pequenos cursos drsquoaacutegua O sistema REBS (Rapidly Emplaced Bridge System)

por exemplo permite o lanccedilamento de ponte de classe 50 sobre um vatildeo de ateacute 13

metros

90

Dentre os MEM para organizaccedilatildeo do terreno e desobstruccedilatildeo de vias

destacam-se

Os sistemas lacircmina reta e escavadeira satildeo implementos que podem ser

instalados nas viaturas meacutedias de rodas para desobstruccedilatildeo de vias e organizaccedilatildeo

do terreno

A Viatura Blindada Especial de Engenharia Leopard 1BR (VBE Eng Leo 1

BR) eacute uma viatura modificada da versatildeo alematilde Pionierpanzer Dachs 1 para o Brasil

Suas capacidades adveacutem dos seus equipamentos escavadeira guindaste o

qual funciona a partir do braccedilo da escavadeira lacircmina de terraplanagem que realiza

trabalhos de remoccedilatildeo de terra e obstaacuteculos aleacutem de executar a funccedilatildeo de lacircmina de

apoio o que eacute fundamental para aumento da estabilidade e traccedilatildeo nos trabalhos

com o braccedilo da escavadeira e guindaste escarificador para realizar cortes que

frouxam o terreno duro guincho para resgate ou auto resgate (com capacidade de

ateacute 70 toneladas) parafusadeira de impacto aparelho de corte e solda e

policorteesmerilhadeira (Manual de operaccedilatildeo VBE Eng Leo 1 BR p 2)

Embora exista uma versatildeo mais atual da viatura que seraacute apresentada a

seguir esta versatildeo permanece sendo utilizada pela Alemanha devido a sua alta

qualidade

A Viatura Blindada Especial de Engenharia Pionierpanzer 3 Kodiak eacute a

versatildeo mais atual da viatura alematilde Pionierpanzer Dachs 1 As diferenccedilas da versatildeo

anterior satildeo escavadeira com braccedilo articulado dois guinchos e uma lacircmina que

pode ser substituiacuteda por um arado O arado eacute utilizado para a remoccedilatildeo de minas

junto a um sistema de marcaccedilatildeo de brecha e um sistema de detonaccedilatildeo de minas

eletromagneacuteticas

A concha tambeacutem eacute intercambiaacutevel com uma garra universal cortador de

concreto e perfuratriz A proteccedilatildeo desta viatura eacute a mesma da VBCCC Leopard 2

aleacutem de contar com proteccedilatildeo QBRN e sistema de cacircmeras para a realizaccedilatildeo de uma

operaccedilatildeo eficiente sem exposiccedilatildeo do operador

A Viatura Blindada Especial de Engenharia Terrier executa trabalhos com

escavadeira e lacircmina frontal O veiacuteculo ainda conta com uma blindagem e proteccedilatildeo

contra minas fornecendo proteccedilatildeo contra estilhaccedilos de fogo de armas pequenas e

projeacuteteis de artilharia

91

Para missotildees de abertura de brecha este veiacuteculo eacute equipado com um arado de

grande capacidade que complementa o trabalho realizado por seu equipamento

rebocado Python

Esse mesmo reboque ainda tem capacidade de transporte de feixe de tubos ou

um tolo de esteira (tem funccedilatildeo semelhante ao reforccedilador de solo)

De acordo com o que foi apresentado percebe-se que existe uma gama de

materiais disponiacuteveis no mercado mundial com condiccedilotildees de dotar aos Pel E Cmb

das Cia E Cmb de capacidades adequadas para apoiar a mobilidade dos regimentos

da Bda C Mec

Dentre eles como viatura para abertura de brecha destaca-se o Keiler viatura

que utiliza um sistema barato quando comparado ao MICLIC e completo quando

comparado agraves viaturas arado e rolo Outrossim a manutenccedilatildeo do seu sistema em

combate eacute simples de ser realizada por necessitar de troca de peccedilas de faacutecil

substituiccedilatildeo

Para transposiccedilatildeo de cursos de aacutegua e valas destacam-se a VBEL Pnt Biber

que jaacute eacute utilizada no Brasil e o feixe de tubos para o qual jaacute existem estudos no

Brasil sobre a possibilidade de fabricaccedilatildeo dos tubos Essa tambeacutem eacute uma soluccedilatildeo

barata e eficiente que adaptada sobre uma viatura em desuso como as VBCCC

Leopard 1 que estatildeo no Parque Regional de manutenccedilatildeo ou outra viatura que tenha

o chassi em boas condiccedilotildees de funcionamento onde seja adaptado um braccedilo com

funcionamento hidraacuteulico para lanccedilamento e remoccedilatildeo do feixe

Para a organizaccedilatildeo do terreno e desobstruccedilatildeo de vias destacam-se as

viaturas Leopard dentre as quais utilizamos a VBE Eng (Dachs) que atende bem

as tropas blindadas

Este autor buscou apresentar algumas caracteriacutesticas principais desses

materiais buscando analisar pontualmente as funcionalidades dessas viaturas com

base nas capacidades miacutenimas que faltam nos Pel E Cmb que apoiam as Bda C

Mec As viaturas mencionadas possuem muitos outros benefiacutecios os quais natildeo

foram aprofundados por natildeo serem objetivo do presente estudo

433 Caracteriacutesticas dos meios

No Apecircndice A questatildeo 4 as respostas recebidas mostraram opiniatildeo

unacircnime em relaccedilatildeo agrave necessidade de dotar a Cia E Cmb Mec com ponte classe

92

que atenda tanto as VBTP-MR Guarani quanto as VBCCC Leopard (classe 45) e

VBCCC M60 A3-TTS (classe 55) caracteriacutestica que nem o sistema americano para

viaturas sobre rodas REBS possui Como jaacute mencionado na revisatildeo de literatura

esse sistema lanccedila ponte de classe 50

No Apecircndice A questatildeo 5 a grande maioria respondeu que o apoio de

engenharia aos regimentos por VBEL Pnt sobre lagartas eacute pertinente

Os comentaacuterios contribuiacuteram para complementar o raciociacutenio apresentado

pelas questotildees da seguinte forma

- ldquoA vantagem de se ter na OM Eng Cmb Mec da Bda C Mec somente um tipo de

VBE lanccediladora de ponte sobre lagartas seria que a mesma poderia atender

com maior mobilidade atraveacutes do campo tanto os RC Mec quanto o RCBrdquo

No Apecircndice B questotildees 4 foi unacircnime a aceitaccedilatildeo da afirmativa que considera

que a classe da ponte da VBEL Pnt deve atender agrave classe da viatura de maior

classe (atualmente a VBCCC M60)

A anaacutelise dos comentaacuterios a seguir apresentados permitiratildeo uma explicaccedilatildeo mais

detalhada

- ldquoA Viatura Lanccedila Ponte sobre Rodas (REBS) atende um vatildeo de 13 metros para

Classe Militar 50 Jaacute utilizada nos EUA A VBCCC M60 eacute uma soluccedilatildeo paliativa A

VBCCC Padratildeo do EB eacute o Leopardrdquo

Quanto a essa afirmativa foram consideradas duas situaccedilotildees a primeira fruto

da anaacutelise da atual situaccedilatildeo que paleativa ou natildeo eacute a existecircncia da Vtr M60 cuja

classe natildeo eacute suportada pela ponte do sistema REBS a outra fruto da anaacutelise de

uma situaccedilatildeo futura eacute que o Exeacutercito jaacute estaacute pensando no projeto de uma nova

VBCCC para substituir o Leopard 1A5 e consequentemente as viaturas Leopard 1

e o M60 Esse estudo natildeo definiu ateacute o momento entretanto a classe nem o

momento dessa substituiccedilatildeo

Destaco que a maior importacircncia dessa questatildeo foi identificar a opiniatildeo sobre

a capacidade do emprego de viaturas sobre lagartas em atender agraves necessidades

dos regimentos

93

No Apecircndice B questotildees 5 a maioria das respostas foram contraacuterias agrave

utilizaccedilatildeo de pontes lanccediladas por viaturas sobre rodas ao considerar sua falta de

capacidade de suporte agraves viaturas mais pesadas

A exploraccedilatildeo dos seguintes comentaacuterios apresentados permitiratildeo reforccedilar o

resultado atingido

- ldquoA classe da ponte transportada pela Vtr que deve se adequar agraves necessidades da

Bda Acredito que a Pnt transportada pela Vtr sobre rodas deve ter capacidade de

transposiccedilatildeo de meios sobre lagartasrdquo

Embora concorde com a afirmaccedilatildeo quando comparamos a diferenccedila de

capacidades entre as VBEL Pnt dos paiacuteses mais desenvolvidos verificamos a

dificuldade das viaturas sobre rodas proporcionarem semelhante capacidade

propiciada pelas sobre lagartas

Essa avaliaccedilatildeo eacute facilitada quando comparamos o implemento para viaturas

sobre rodas e a viatura sobre lagartas empregados pelo mesmo paiacutes

O sistema americano REBS que proporciona suporte para viaturas de classe

50 em vatildeos de ateacute 13 metros mostra-se muito inferior quando comparado agrave

capacidade da viatura Wolverine de lanccedilar uma ponte de classe 70 em vatildeo de ateacute

24 metros Quase o dobro de largura de vatildeo em relaccedilatildeo agrave ponte lanccedilada pelo

sistema REBS

Destarte a crescente demanda de pontes de maior classe torna niacutetidos os

benefiacutecios de investir-se em pontes de pequenas brechas de maior capacidade

- ldquoUm detalhe que deve ser levado em consideraccedilatildeo eacute o seguinte num combate de

velocidade e manobra realizado por uma fraccedilatildeo que utilize Vtr Bld SL a VBL Pnt

conseguiraacute acompanhar o mesmo movimento ou alguns Obt do terreno faratildeo ela

ficar pelo caminho Por isso eacute vaacutelido raciocinar que numa Bda que possui elementos

de Man SL e SR a engenharia orgacircnica tambeacutem deva ter essa caracteriacutestica Assim

eacute vaacutelido pensar que nesse BE Cmb Mec deva existir no miacutenimo uma fraccedilatildeo E Cmb

Bld (SL)rdquo

Pode-se contrapor o referido comentaacuterio por meio da anaacutelise do emprego do

exeacutercito alematildeo o qual apoia a Bda Inf Mec com VBE sobre lagartas permitindo

94

afirmar assim que a utilizaccedilatildeo de tais meios no apoio aos elementos dotados de

viaturas sobre rodas natildeo impactaraacute no acompanhamento dos regimentos

Em complemento a essa anaacutelise pode-se analisar o procedimento

experimental que foi realizado no Centro de Instruccedilatildeo de Blindados constante no

Apecircndice E Com meios sobre lagarta um Pel E Cmb acompanhou toda a manobra

em ambiente virtual de um RC Mec da 3ordf Brigada de Cavalaria Mecanizada natildeo

sendo prejudicado seu apoio pela velocidade dos meios empregados

No Apecircndice C questotildees 4 e 5 as opiniotildees foram equilibradas tornando-se mais

adequado a anaacutelise dos comentaacuterios para avaliaccedilatildeo das questotildees propostas

- ldquoConcordo que seria positivo para a funccedilatildeo de Cmb Log mas seria prejudicial para

a funccedilatildeo Cmb Man e Mov pois as tropas SR teriam que ser Ap em algumas

situaccedilotildees por Vtr SLrdquo

De acordo com o emprego realizado na Alemanha conforme capiacutetulo 3 o apoio

prestado pelas VBE sobre lagartas natildeo eacute um problema que afeta a funccedilatildeo de

combate Movimento e Manobrardquo

- ldquoNatildeo obstante agraves vantagens logiacutesticas visualizadas como a menor diversidade

de meios habilitaccedilatildeo de pessoal e estruturas fiacutesicas a adoccedilatildeo de ambos os

meios SR e SL concede maior flexibilidade para o apoio de Eng Permitindo ao

Cmt BE Cmb Mec alocar os meios SR e SL de acordo com a necessidade natureza

da missatildeo e tipo de tropa apoiadardquo

Quanto agrave flexibilidade de apoio natildeo foi identificada a referida problemaacutetica mas as

vantagens estatildeo de acordo com o que o estudo identificou ateacute agora

No Apecircndice D questotildees 4 e 5 as opiniotildees foram equilibradas e devido agrave baixa

quantidade de respostas tornou-se mais adequado analisar seus comentaacuterios como

se segue

- ldquoEacute evidente que o emprego de Vtr sobre lagartas aumenta a mobilidade em

qualquer terreno mas por outro lado impacta enormemente na cauda logiacutestica

Insisto que as Bda C Mec devam manter suas caracteriacutesticas de velocidade

95

principalmente trafegabilidade e mobilidade Recordo que os meios sobre roda

garantem entre outras vantagens melhores condiccedilotildees para o apoio logiacutestico Para

as Bda C Mec a velocidade eacute fundamental no cumprimento de suas missotildees

baacutesicas de Rec e Seg Penso que a mescla de meios sobre lagartas e meios sobre

rodas eacute a configuraccedilatildeo mais adequada considerando a atual constituiccedilatildeo das Bda C

Mec do EBrdquo

Do mesmo modo que nossas Bda C Mec a Bda Inf Mec alematilde eacute dotada de

viaturas leves e raacutepidas as quais necessitam ser acompanhadas e apoiadas

adequadamente pelos pelototildees de engenharia Portanto mais uma vez a

comparaccedilatildeo com o emprego da engenharia na brigada alematilde torna-se fundamental

para comprovar a eficiecircncia do apoio com VBE sobre lagartas

- ldquoA Logiacutestica das VB SL eacute muito mais onerosa que a SR tanto em suprimentos

quanto em manutenccedilatildeo Acredito que uma Cia com meios Bld para apoiar o RCB

seja menos impactante que dotar 3 Cia com meios SL mesmo considerando a maior

diversidade de materiais nesta anaacuteliserdquo

Realmente o custo com suprimentos manutenccedilatildeo e complementando gasto

com combustiacutevel das viaturas sobre lagartas eacute maior que das viaturas sobre rodas

Todavia os benefiacutecios desse investimento seriam

- ganho na compra de um lote maior de viaturas sobre lagartas (quanto maior o

nuacutemero de viaturas menor seraacute o preccedilo)

- ganho em capacidade de trabalho (as viaturas sobre rodas possuem muitas

limitaccedilotildees para a VBEL Pnt a limitaccedilatildeo de classe e para as VBE Eng e VBE

desminagem capacidade muito inferior de utilizar os equipamentos como lacircmina

escavadeira o arado ou rolo atraveacutes campo onde a traccedilatildeo eacute extremamente

necessaacuteria

- ganho na proteccedilatildeo no qual destaca-se em relaccedilatildeo agraves VBTP por ser um meio

mais nobre para as forccedilas amigas e compensador para as inimigas e pela maior

necessidade de exposiccedilatildeo aos fogos haja vista que em operaccedilotildees de abertura de

passagem esse meio seraacute conduzido agrave frente para a realizar a reduccedilatildeo dos

obstaacuteculos

96

434 Quantidade de VBE por BE Cmb

No Apecircndice C questatildeo 6 houve uma aceitaccedilatildeo maior que reprovaccedilatildeo o

que poderaacute ser complementado pela anaacutelise dos comentaacuterios que se seguem

- ldquoDeve-se observar nesse caso natildeo somente a quantidade de elementos de

manobra a apoiar mas tambeacutem a capacidade maacutexima de zonas de accedilatildeo em que a

Bda C Mec eacute capaz de se desdobrar Por exemplo uma Bda Bld pode-se desdobrar

em ateacute 05 zonas de accedilatildeo observadas as suas capacidades maacuteximas de comando e

controle (04 FT U e 01 FT SU) A partir desse levantamento pode-se traccedilar melhor

as necessidades totais de meios de Eng para apoio inclusive com os meios

reservasrdquo

- ldquoPara realizar a comparaccedilatildeo se faz necessaacuterio saber quantas Vtr por tipo os

batalhotildees de engenharia do exeacutercito americano possuem Natildeo haacute a necessidade de

uma Vtr apenas para o rolo Esse pode ser empregado como implemento para as Vtr

da peccedila de manobra Se for possiacutevel utilizar o exeacutercito americano como um modelo

(uma ideia) seria interessante ter uma Vtr especializada de engenharia como os

ABV que jaacute possuem o miclic e o arado na mesma Vtrrdquo

A primeira afirmativa talvez seja a situaccedilatildeo ideal de apoio de uma engenharia

de brigada entretanto para se atingir a capacidade miacutenima de apoio a dotaccedilatildeo de

VBE natildeo precisa atingir cada zona de accedilatildeo mas cada regimento empregado pela

brigada com no miacutenimo um meio principal e um reserva

De acordo com o estudo dos meios do exeacutercito americano verifica-se que sua

engenharia de brigada natildeo tem meios para apoiar cinco zonas de accedilatildeo limitando-se

ao apoio das companhias por unidade Desta forma a complementariedade desse

apoio cabe agrave engenharia de divisatildeo agrave brigada

Em relaccedilatildeo a segunda proposiccedilatildeo pela proximidade das caracteriacutesticas da

brigada faz-se mais conveniente analisar a quantidade de meios do batalhatildeo da

Alemanha que dos Estados Unidos

Desta forma identifica-se que cada companhia do batalhatildeo de engenharia da

Alemanha aleacutem de sistema de lanccedilamento de minas e botes de assalto deteacutem 3

(trecircs) viaturas lanccediladoras de ponte 2 (duas) viaturas de abertura de brecha 2 VBE

Eng

97

Esta distribuiccedilatildeo mostra-se coerente com a miacutenima necessidade dos

regimentos da Bda C Mec os quais precisam ser apoiados com no miacutenimo duas

VBE Eng e duas viaturas de abertura de brecha no caso de emprego de dois

esquadrotildees em primeiro escalatildeo

A dotaccedilatildeo de 3 VBEL Pnt tambeacutem justifica-se pois atende a necessidade de

transposiccedilatildeo em trecircs locais simultaneamente ou em dois locais permanecendo com

uma viatura em reserva primando pela seguranccedila da operaccedilatildeo

De acordo com o acima exposto conclui-se que as companhias do batalhatildeo de

engenharia necessitam de trecircs VBEL Pnt duas VBE Eng e duas viaturas para

abertura de brecha

Como conclusatildeo da anaacutelise da Variaacutevel Dependente de acordo com o que

foi analisado concluo parcialmente que o batalhatildeo de engenharia da brigada

composto por duas Companhia Engenharia de Combate deve ter 4 Pelototildees

de Engenharia de Combate por companhia para as cumprir as missotildees de

apoio direto reforccedilo apoio suplementar e apoio ao conjunto

Com base na anaacutelise das brigadas de outros exeacutercitos eacute possiacutevel a

utilizaccedilatildeo de meios sobre lagartas e sobre rodas mesmo que elas tenham

classes e capacidades de mobilidade diferentes para apoio agraves Brigadas de

Cavalaria Mecanizada

Atualmente os meios de dotaccedilatildeo da Cia E Cmb Mec satildeo inadequados

para o apoio em operaccedilatildeo de Aproveitamento do Ecircxito e a inexistecircncia de

viaturas blindadas especiais de engenharia restringe suas capacidades de

apoio sob fogos diretos mesmo de armas de baixo calibre

Para solucionar este problema pocircde-se observar a existecircncia de

materiais no mercado mundial com condiccedilotildees de dotar os Pel E Cmb das Cia E

Cmb de capacidades adequadas para apoiar a mobilidade dos regimentos da

Bda C Mec

Dentre eles destaca-se a viatura para abertura de brecha Keiler viatura

que utiliza um sistema barato e capaz de realizar sozinha a abertura completa

com manutenccedilatildeo simples

Para transposiccedilatildeo de cursos de aacutegua e valas destacam-se a VBEL Pnt

Biber e o sistema de feixe de tubos A primeira por ser um material eficiente

que jaacute eacute empregado pelas Brigadas Blindadas e a segunda por ser um

98

sistema barato e de faacutecil implementaccedilatildeo em viaturas repotencializadas como

as viaturas Leopard 1 desde que tenham seus sistemas baacutesico em

funcionamento

Para a organizaccedilatildeo do terreno e desobstruccedilatildeo de vias destacam-se as

viaturas Leopard dentre as quais utilizamos a VBE Eng (Dachs) que atende

bem as tropas blindadas

De acordo com a anaacutelise realizada o BE Cmb Mec necessita dos

seguintes materiais para reforccedilo das Cia E Cmb 6 (seis) VBEL Pntcom duas

pontes cada 4 (quatro) VBE Eng 4 (quatro) Viaturas lanccediladoras de feixe de

tubos e 4 (quatro) viaturas para abertura de brecha

99

5 CONCLUSAtildeO E RECOMENDACcedilOtildeES

A presente dissertaccedilatildeo de mestrado classificada quanto agrave sua forma de

abordagem como qualitativa e quanto ao objetivo geral como exploratoacuteria e

descritiva teve como tema a A Engenharia de combate da Brigada de Cavalaria

Mecanizada Uma sugestatildeo de adequaccedilatildeo do apoio prestado aos elementos

empregados em primeiro escalatildeo nas operaccedilotildees ofensivas

O problema central da pesquisa balizou o desenvolvimento do trabalho para

atingir o objetivo geral direcionando-o para o desenvolvimento da proposta mais

adequada de emprego da engenharia no apoio agraves Brigadas de Cavalaria

Mecanizada

Embora tenha sido observada a inexistecircncia de algumas bibliografias a

pesquisa bibliograacutefica permitiu atingir plenamente os objetivos especiacuteficos

relacionados agraves questotildees de estudo acima enumeradas

Nessa fase foram analisados os conceitos receacutem introduzidos no Exeacutercito os

materiais adquiridos e em desenvolvimento atraveacutes dos Projetos Leopard e

Guarani a organizaccedilatildeo da Brigada de Cavalaria Mecanizada e a Companhia de

Engenharia de Combate

Por meio deste estudo foram identificadas as capacidades e limitaccedilotildees dos

elementos empregados em primeiro escalatildeo pela brigada e as capacidades

previstas para o apoio dos Pelototildees de Engenharia desta companhia no apoio em

Operaccedilatildeo de Aproveitamento do Ecircxito

Observou-se a organizaccedilatildeo caracteriacutesticas capacidades e limitaccedilotildees dos Pel

E Cmb identificando os materiais existentes para apoio agrave mobilidade dos

Regimentos e a necessidade de reforccedilos pela Cia E Cmb a fim de realizar um apoio

efetivo

Apoacutes o referido estudo buscou-se complementar os estudos de revisatildeo

bibliograacutefica com a aplicaccedilatildeo de questionaacuterios e procedimento experimental

Para cumprir esse objetivo os questionaacuterios foram enviados a comandantes e

ex-comandantes dos regimentos de cavalaria e companhias de engenharia das

Brigadas de Cavalaria Mecanizada os quais tinham experiecircncia no emprego das

tropas estudadas

Em complemento agrave experiecircncia dos grupos citados foram enviados

100

questionaacuterios aos oficiais de engenharia e instrutores do Centro de Instruccedilatildeo de

Blindados que realizaram curso de comandante de subunidade nos Estados Unidos

ou na Alemanha a fim de contribuiacuterem com experiecircncias e conhecimentos

adquiridos nesses paiacuteses

Desta forma identificou-se a limitaccedilatildeo em meios e em pessoal e

consequentemente ineficiecircncia da companhia de engenharia em realizar um apoio

adequado em uma Operaccedilatildeo de Aproveitamento do Ecircxito e ainda apresentar

condiccedilotildees de realizar trabalhos de apoio ao conjunto suplementar e ficar em

condiccedilotildees de apoiar a reserva quando empregada

Desta feita foram analisadas soluccedilotildees em material e emprego capazes de

tornar o apoio da engenharia suficiente agraves necessidades miacutenimas e imediatas dos

regimentos Assim a anaacutelise seguiu os indicadores e dimensotildees da Variagravevel

Independente e Dependente as quais foram medidas de acordo com as questotildees

constantes nos apecircndices conforme quadros 1 e 2 das Definiccedilatildeo operacional das

variaacuteveis

Isto posto a fim de adequar o emprego e os meios da engenharia da brigada

identificou-se a necessidade de propor uma nova organizaccedilatildeo a fim de solucionar

as suas limitaccedilotildees Com isso concluiu-se que se faz necessaacuteria a mudanccedila do

apoio de uma Companhia de Engenharia de Combate Mecanizada para um

Batalhatildeo de Engenharia de Combate Mecanizado

Para o adequado apoio do Batalhatildeo junto aos Regimentos dotados de

viaturas mecanizadas e blindadas questionou-se a caracteriacutestica dos meios a serem

empregados pela engenharia

A soluccedilatildeo desta questatildeo foi amparada no estudo realizado por meio de

revisatildeo bibliograacutefica pelo procedimento experimental pelas respostas dos

questionaacuterios e seus comentaacuterios

Todos esses procedimentos e instrumentos direcionaram a proposta para a

estrutura de um BE Cmb a duas companhias com quatro pelototildees cada Uma

companhia deve ser dotada de VBTP sobre rodas para apoiar os RC Mec e a

companhia dotada de VBTP sobre lagarta deve apoiar o RCB e se for necessaacuterio

ficar em condiccedilotildees de apoiar o RC Mec

O procedimento experimental contribuiu para identificaccedilatildeo de uma suporte

adequado agrave brigada o qual foi realizado pela Seccedilatildeo de Simuladores do Centro de

Instruccedilatildeo de Blindados por meio do Treinamento Taacutetico em Ambiente Virtual

101

(TTAV) o qual realizou um treinamento com emprego de um RC Mec de uma Bda C

Mec em um Movimento Retroacutegrado que mesmo tendo sido aplicado um tipo

totalmente diferente da operaccedilatildeo em questatildeo permitiu a anaacutelise da capacidade das

viaturas blindadas sobre lagartas no acompanhamento das viaturas blindadas sobre

rodas no cumprimento de suas missotildees

Esse treinamento contribuiu para corroborar com a anaacutelise realizada na

doutrina alematilde que permitiu afirmar que os meios sobre lagartas utilizados pela

engenharia tem condiccedilotildees de apoiar uma Brigada de Cavalaria Mecanizada mesmo

quando esses meios satildeo empregados junto a um RC Mec

Outrossim chegou-se agrave identificaccedilatildeo dos meios que o Batalhatildeo de

Engenharia de Combate Mecanizado deve possuir para reforccedilar em meiois os Pel E

Cmb de acordo com as necessidades de apoio dos Regimentos de uma Bda C Mec

no Aproveitamento do Ecircxito quais sejam quatro VBE Eng quatro VBE de abertura

de brecha (do tipo Keiler) e seis VBEL Pnt (com duas pontes cada) todas sobre

lagartas

Com as conclusotildees do presente trabalho pretende-se adequar o apoio

prestado pela engenharia da brigada por meio da adequaccedilatildeo de seu emprego e de

seu material e refletindo na sua organizaccedilatildeo a fim de capacitaacute-la a apoiar os

elementos empregados em primeiro escalatildeo pela Brigada de Cavalaria Mecanizada

Como soluccedilatildeo praacutetica o autor apresenta no Anexo B a proposta consolidada

em uma Nota Complementar agrave Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 ndash

As Estruturas de Engenharia no Teatro de Operaccedilotildees a qual se apresenta

como base para modificaccedilatildeo do emprego da engenharia da brigada e

consequentemente servir de embriatildeo de um novo manual

Uma sugestatildeo para a experimentaccedilatildeo doutrinaacuteria eacute a transformaccedilatildeo da 3ordf

Companhia de Engenharia de Combate Mecanizada de Dom Pedrito-RS em

batalhatildeo a fim de aproveitar as instalaccedilotildees atuais as quais eram de utilizadas pelo

14ordm Regimento de Cavalaria Mecanizada

O presente trabalho explorou a adequaccedilatildeo do apoio de engenharia da Bda C

Mec a partir da anaacutelise do seu emprego e do seu material no apoio aos elementos

em primeiro escalatildeo em Operaccedilatildeo de Aproveitamento do Ecircxito

Outros estudos se fazem necessaacuterios para complementar as capacidades

necessaacuterias a esse batalhatildeo Dessa maneira o autor recomenda por meio do

QUADRO 17 a seguir os seguintes temas

102

QUADRO DE PROPOSTA PARA NOVAS PESQUISAS NA ESAO

Tema sugerido Especialista recomendado

BE Cmb de uma Brigada de Cavalaria Mecanizada Uma proposta de Quadro de Dotaccedilatildeo de Material (QDM) e Quadro de Cargos Previstos (QCP)

Oficial de engenharia que tenha servido em OM blindada e mecanizada

Equipagens para transposiccedilatildeo de curso drsquoaacutegua adequaccedilatildeo dos meios de transposiccedilatildeo de uma Bda C Mec

Militar de engenharia que tenha comandado uma Companhia de Engenharia de Pontes

TTP do Batalhatildeo de Engenharia de Combate Mecanizado na Operaccedilatildeo de Abertura de Passagem

Oficial de engenharia que tenha servido em OM blindada e mecanizada

Emprego de feixe de tubos em viaturas blindadas para transposiccedilatildeo de cursos de aacutegua e valas

Oficial que tenha experiecircncia com blindados

Viatura de Abertura de Brecha Keiler Uma viatura para solucionar uma deficiecircncia da engenharia brasileira

Oficial de engenharia com curso de desminagem preferencialmente habilitado em

alematildeo

O emprego de um Pelotatildeo de Engenharia de Apoio na Companhia de Engenharia de Combate de um BE Cmb Mec Uma sugestatildeo de dotaccedilatildeo de meios de emprego junto aos elementos em primeiro escalatildeo pela Cia E Cmb

Oficial que tenha servido em Batalhatildeo de Engenharia preferencialmente que tenha

comandado uma Companhia de Comando e Apoio

Doutrina do Batalhatildeo de Engenharia de Combate Mecanizado da Brigada de Cavalaria Mecanizada

Oficial de engenharia que tenha servido em OM blindada e mecanizada

QUADRO 17 - Propostas de novas pesquisas relacionadas ao apoio de engenharia agrave uma Bda C Mec Fonte O autor

______________________________ Saulo dos Santos Marques

Capitatildeo de Engenharia

103

REFEREcircNCIAS

Assault Breacher Vehicle Military-today c2017 Disponiacutevel em lthttpwww military-todaycomengineeringabv_imageshtmgt Acesso em 13 ago 2018

BMR-3M Mine clearing vehicle Military-today c2006 Disponiacutevel em lthttp wwwmilitary-todaycomengineeringbmr_3mhtmgt Acesso em 1 fev 2018

BRASIL Exeacutercito Centro de Doutrina do Exeacutercito Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 0022016 as estruturas de engenharia no teatro de operaccedilotildees Brasiacutelia DF 2016

______ ______ Departamento de Educaccedilatildeo e Cultura EB60-ME-11401 dados meacutedios de planejamento 1 ed Rio de Janeiro 2016

______ ______ Departamento de Material Beacutelico Portaria Nr 023- DMB de 20 de novembro de 1998 Aprova as normas para classificaccedilatildeo registro e identificaccedilatildeo dos veiacuteculos oficiais no acircmbito do ministeacuterio do exeacutercito - NORCRIVE Boletim do Exeacutercito Rio de Janeiro 1998

______ ______ Estado Maior C 2-1 emprego da cavalaria 2 ed Brasiacutelia DF 1999a

______ ______ ______ C 2-20 regimento de cavalaria mecanizado 2 ed Brasiacutelia DF 2002

______ ______ ______ C 2-30 brigada de cavalaria mecanizada 2 ed Brasiacutelia DF 2000a

_______ ______ ______ C 5-1 emprego de engenharia 3 ed Brasiacutelia DF 1999b

_______ ______ ______ C 5-7 batalhatildeo de engenharia de combate 2 ed Brasiacutelia DF 2001

_______ ______ ______ C 5-10 o apoio de engenharia no escalatildeo brigada 2 ed Brasiacutelia DF 2000b

104

BRASIL Exeacutercito Estado Maior C 5-37 minas e armadilhas 2 ed Brasiacutelia DF 2000c

_______ _______ ______ EB20-MC-10102-1 doutrina militar terrestre 1 ed Brasiacutelia DF 2014a

______ _______ ______ EB20-MC-10203 movimento e manobra 1 ed Brasiacutelia DF 2015a

______ _______ ______ EB20-MC-10204 logiacutestica 3 ed Brasiacutelia DF 2014b

______ _______ ______ EB20-MC-10208 proteccedilatildeo 1 ed Brasiacutelia DF 2015b

______ _______ ______ EB20-MF-10101 o exeacutercito brasileiro 1 ed Brasiacutelia DF 2014c

______ _______ ______ EB20-MF-10103 operaccedilotildees 1 ed Brasiacutelia DF 2014d

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______ Exeacutercito Exeacutercito brasileiro realiza uacuteltimo teste de 2017 da viatura blindada de transporte de pessoal M113 BR Brasiacutelia DF 29 dez 2017 Disponiacutevel em lthttpwwwebmilbrwebnoticiasnoticiario-do-exercito-asset_ publisherMjaG93KcunQIcontentparque-regional-de-manutencao-5-realiza-ulti mo-teste-de-2017-da-vbtp-m113brgt Acesso em 15 jan 2018

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BUNDESWEHR Panzergrenadierbrigade 41 in Neubrandenburg Bundeswehrde Colocircnia 4 abr 2018 Disponiacutevel em lthttpwwwdeutscheshe

105

erdeportalaheerstartdienstst1pzdivgliederungpzgrenbrig41utpz104_Sj9CPykssy0xPLMnMz0vMAfIjo8zinSx8QnyMLI2MfEyDLA0cXT1Nwnx9XIwNXI30wwkpiAJKG-AAjgb6wSmp-pFAM8xxm2GuH6wfpR-VlViWWKFXkF9UkpNaope YDHKhfmRGYl5KTmpAfrIjRKAgN6LcoNxREQDnEpv-dzd5L2dBISEvZ0FBI S9nQSEhZ7_B8LTL2922L5R90AEI4VMLD30E7gt Acesso em 11 jul 2018

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DEUTSCHLAND Arbeitshilfe Pioniertruppe Pionierschule und Faschule des Heeres fuumlr Bautechnik Bereich Weiterentwicklung der Pioniertruppe Ingolstadt 2011

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ESCOLA DE APERFEICcedilOAMENTO DE OFICIAIS Pub 30-101-1 forccedilas armadas dos paiacuteses do continente austral ndash Paiacutes Vermelho 1 v Rio de Janeiro 2010

ESCRITOacuteRIO DE PROJETOS DO EXEacuteRCITO BRASILEIRO (Brasil) VBTP ldquoGuaranirdquo ndash chegando para revolucionar o exeacutercito brasileiro Brasiacutelia DF 25 jul 2017 Disponiacutevel em lthttpwwwepexebmilbrindexphpultimas-noticias565-vbtp-guarani-chegando-para-revolucionar-o-exercito-brasileirogt Acesso em 12 jan 2017

FAN Ricardo CMS promove seminaacuterio interno para discussatildeo sobre a nova viatura a ser adotada pelos RCB Defesanet Brasiacutelia DF 28 mai 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwdefesanetcombrleonoticia6182CMS--promove-seminario-interno-para-discussao-sobre-a-nova-viatura-a-ser-adotada-pelos-RCB-gt Acesso em 13 jun 2018

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Kodiak Combat engineering vehicle Military-today c2006 Disponiacutevel em lt httpwwwmilitary-todaycomengineeringkodiakhtmgt Acesso em 1 fev 2018

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USA Department of the Navy Presidentrsquos Budget FY 2012 Procurement of Ammo Navy amp MC 2011

______ Fort Benning MCoE Supplemental Manual 3-90 Force Structure Reference Data stryker_brigade combat team and below Columbus 2015

______ Headquarters Department of the Army FM 3-0 Operations Washington DC 2011

______ ______ FMI 3-01 the modular force Washington DC 2008

______ ______ FM 3-34 engineer operations Washington DC 2014

______ ______ FM 3-3422 engineer operations_brigade combat team and below Washington DC 2014

______ ______ FM 3-96 brigade combat team Washington DC 2015

Why did the tank cross the road A Egis Technologies 7 jun 2016 Disponiacutevel em lthttpsaegistgcomwhy-did-the-tank-cross-the-roadgt Acesso em 13 ago 2018

109

APEcircNDICE A ndash QUESTIONAacuteRIO DESTINADO AOS COMANDANTES E EX-

COMANDANTES DOS REGIMENTOS DAS BRIGADAS DE CAVALARIA

MECANIZADA

O presente questionaacuterio eacute parte integrante da Dissertaccedilatildeo de Mestrado em Ciecircncias

Militares da Escola de Aperfeiccediloamento de Oficiais (EsAO) cujo tema eacute A

ENGENHARIA DE COMBATE DA BRIGADA DE CAVALARIA MECANIZADA

UMA SUGESTAtildeO DE ADEQUACcedilAtildeO DO APOIO PRESTADO AOS ELEMENTOS

EMPREGADOS EM PRIMEIRO ESCALAtildeO NAS OPERACcedilOtildeES OFENSIVAS

desenvolvida pelo Cap Saulo dos Santos Marques da Arma de Engenharia

cursando a EsAO e que possui como orientador o Cel ANDREacute CEZAR SIQUEIRA

instrutor desse Estabelecimento de Ensino

O trabalho em desenvolvimento tem por objetivo analisar as capacidades da

Companhia de Engenharia de Combate Mecanizada (Cia E Cmb Mec) agrave luz da

doutrina vigente e dos novos Mateirais de Emprego Militar (MEM) os quais satildeo

partes importantes da determinaccedilatildeo das capacidades das tropas (DOAMEPI)

Para que esta meta seja alcanccedilada a sua especializaccedilatildeo e experiecircncia

do senhor que jaacute foi comandante de Regimento de Bda C Mec eacute fundamental

Solicito-vos para que em cada questatildeo marque a alternativa que melhor

corresponda agrave sua visatildeo e experiecircncia vivida com o tema ou em atividades dessa

natureza Caso possua conhecimentos complementares sobre cada pergunta ou

opiniotildees divergentes das opccedilotildees apresentadas o senhor poderaacute transcrever nos

espaccedilos descrito como Comente sua opiniatildeo

Outrossim informo-vos que seratildeo necessaacuterios apenas 05 (cinco) minutos

para responder o presente questionaacuterio e que natildeo haveraacute divulgaccedilatildeo de dados

pessoais sendo os resultados de caraacuteter quantitativo e qualitativo representados

por grupos de acordo com o universo ora abordado

Desde jaacute sou grato pela atenccedilatildeo e participaccedilatildeo

Com os melhores cumprimentos

Saulo dos Santos Marques - Cap Eng

110

A ndash ESCALAtildeO DE APOIO DE ENGENHARIA

1) A Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 02 de 31 de maio de 2016 a qual

descreve as estruturas de Engenharia no Teatro de Operaccedilotildees define que a

Brigada de Infantaria Mecanizada deve ser apoiada por um Batalhatildeo de Engenharia

Levando-se em consideraccedilatildeo que a Bda Inf Mec eacute composta por 3 BI Mec e a

Bda C Mec eacute composta por 2 RC Mec e 1 RCB (aleacutem do RC Mec divisionaacuterio) a

engenharia que apoia a Bda C Mec deveria ser consequentemente um BE Cmb

Mec a duas companhias de 4 Pel E Cmb cada

( ) Concordo totalmente

( ) Concordo parcialmente

( ) Discordo

( ) Discordo plenamente

COMENTAacuteRIO DAS OPINIOtildeES

1 Com essa organizaccedilatildeo o BE Cmb Mec poderia empregar uma SU em apoio

direto aos elementos de manobra inclusive aquele em 2ordm escalatildeo mantendo

ainda uma Cia Eng Cmb Mec para emprego centralizado na Z Accedil da Bda

111

2 Penso que o ideal seria um BE Cmb Mec a 3 Cia com 4 Pel E Cmb cada

permitindo o apoio aos 3 elementos de manobra da Bda com uma SU Caso a

Bda receba o RC Mec divisionaacuterio deve receber tambeacutem uma SU Eng Cmb

da Divisatildeo

3 Essa eacute dosagem miacutenima tendo em vista a envergadura e pletora de meios da

tropa apoiada

2) No manual O Inimigo o Exeacutercito Vermelho utiliza a dosagem de uma companhia

de engenharia de combate por unidade de valor batalhatildeo ou regimento Com base

nesse dado para que nossa engenharia esteja adequada a fazer frente agrave

engenharia inimiga o apoio agrave Brigada de Cavalaria Mecanizada deve ser no miacutenimo

de valor de um BE Cmb

( ) Concordo totalmente

( ) Concordo parcialmente

( ) Discordo

( ) Discordo plenamente

Comentaacuterio das opiniotildees

112

1 Embora concorde com a organizaccedilatildeo sugerida no quesito anterior acredito

que natildeo se deva tomar por base uma organizaccedilatildeo do inimigo feita com

finalidades especiacuteficamente escolares A organizaccedilatildeo a ser considerada eacute

aquela adotada por potenciais ameaccedilas

2 Utilizando a mesma dosagem de uma Cia Eng Cmb por Elemento de

manobra valor Batalhatildeo ou Regimento

B ndash QUANTO AOS MEIOS

3) As viaturas blindadas de engenharia como por exemplo a VBE Eng a VBEL Pnt

Vtr de limpeza de minas rolo de dispersatildeo de minas arado entre outras satildeo

viaturas que realizam a abertura de passagem para a transposiccedilatildeo de elementos

apoiados Alguns dos benefiacutecios de sua utilizaccedilatildeo satildeo abertura em menor tempo

com proteccedilatildeo blindada agrave guarniccedilatildeo e exigindo um menor efetivo A partir dessa

afirmaccedilatildeo eacute possiacutevel afirmar que eacute DISPENSAacuteVEL a utilizaccedilatildeo desses meios tendo

em vista que a Cia E Cmb jaacute possui ponte portada e pelototildees com suas

ferramentas de sapa para cumprir esse trabalho

( ) Concordo totalmente

( ) Concordo parcialmente

( ) Discordo

( ) Discordo plenamente

113

Comentaacuterio das opiniotildees

1 A Bda C Mec conduz por suas caracteriacutesticas operaccedilotildees de movimento

Destarte todos os meios que facilitem o movimento satildeo importantes para ela

2 Haveria dificuldade de acompanhamento dos Elm 1ordm Esc pela velocidade de

deslocamento

3 Eacute INDISPENSAacuteVEL a utilizaccedilatildeo desses meios pela Eng da Bda

C ndash QUANTO AgraveS CARACTERIacuteSTICAS DESSES MEIOS

4) Com o advento dos projetos Leopard e Guarani as Bda C Mec passaram a

possuir nos RCB e nos R C Mec respectivamente as VBCCC Leopard 1A1 ou M60

e a VBTP-MR Guarani Partindo do princiacutepio que as VBCCC Leopard tecircm classe

superior agraves VBTPMR Guarani as viaturas lanccediladoras de pontes devem atender agrave

classe das primeiras (viatura de maior classe) o que permite transpor os dois tipos

de viaturas

114

( ) Concordo totalmente

( ) Concordo parcialmente

( ) Discordo

( ) Discordo plenamente

Comentaacuterio das opiniotildees

1 Essa eacute uma assertativa bastante oacutebvia Os meios de transposiccedilatildeo devem

assegurar o movimento de todas as Vtr empregadas pela Bda C Mesc

2 Quem apoia mais apoia menos Esse um princiacutepio que atende plenamente ao

princiacutepio de guerra de economia de meios

5) Como normalmente os blindados sobre lagartas possuem uma capacidade de

transportar pontes mais pesadas em relaccedilatildeo agraves viaturas sobre rodas eacute pertinente

que as viaturas lanccediladoras de ponte sejam sobre rodas mesmo que inviabilize a

transposiccedilatildeo de meios sobre lagartas

( ) Concordo totalmente

( ) Concordo parcialmente

( ) Discordo

( ) Discordo plenamente

115

Comentaacuterio das opiniotildees

1 Volto agrave resposta dada no quesito anterior Os meios de Eng devem ser

necessaacuterios e suficientes para assegurar que TODAS as Vtr da Bda

transponham o obstaacuteculo Como estaacute colocada a questatildeo seria concordar

com que o RCB principal elemento de forccedila da Bda natildeo pudesse empregar

seus CC

2 Sobre a afirmativa eacute bom lembrar as VBE Lccedil Pnt devem deslocar-se com

suas pontes somente em pequenos trechos no compartimento de combate

ateacute o local de lanccedilamento (essas pontes satildeo equipamentos fraacutegeis natildeo

devendo ser deslocadas sobre a VB por longos trechos) Ateacute a aproximaccedilatildeo

desse compartimento as pontes devem ser transportadas em pranchas e se

possiacutevel as VBE Lccedil Pnt sobre lagarta tambeacutem A vantagem de se ter na OM

Eng Cmb Mec da Bda C Mec somente um tipo de VB lanccediladora de ponte

sobre lagartas seria que a mesma poderia atender com maior mobilidade

atraveacutes do campo tanto os RC Mec quanto o RCB Essa VB sobre lagarta

deveria como jaacute foi dito possuir uma viatura Cavalo Mecacircnico com prancha

para a aproximaccedilatildeo da VB ateacute o compartimento de combate (onde deveraacute

lanccedilar a Pnt ) e outra para transportar no miacutenimo as suas trẽs pontes de

pequena brecha

116

3 A Eng da Bda deve ter condiccedilotildees de apoiar o movimento de TODOS os meios

da Bda

D ndash SUGESTOtildeES

6) Eacute mais adequado que o apoio de engenharia a uma Bda C Mec seja realizado por

um batalhatildeo a duas companhias de quatro pelototildees sendo uma das Cia E Cmb

dotada de Viaturas Blindadas Especiais sobre lagartas mais capacitada a apoiar o

RCB e uma Cia E Cmb dotada de Viaturas Blindadas Especiais sobre rodas mais

capacitada a apoiar os RC Mec

( ) Concordo totalmente

( ) Concordo parcialmente

( ) Discordo

( ) Discordo plenamente

Comentaacuterios das opiniotildees

1 Ver resposta do quesito seguinte

2 Estamos trabalhando no CMS na proposta sobre o BE Cmb Mec de Bda C

Mec Em 2017 enviamos ao COTER a proposta do BE Cmb Mec de Bda Inf

Mec A proposta do CMS ( a 3 Cia E) foi enviada pelo ODOp ao DEC que

apoacutes anaacutelise do projeto decidiu junto com o COTER que o BECmb Mec

117

deveria ter somente 2 Cia Eng Cmb Mec e natildeo trecircs como proposto pelo

CMS Na visatildeo do CMS 2 Cias apoiariam as OM em 1ordm escalatildeo (cada uma

com um Regimento) e a 3ordf Cia ficaria no apoio a toda a brigada (demais OM

em 1ordm Esc e A Rg da Bda) Com base nessa decisatildeo de 2017 foi modificada

a proposta do CMS sugerindo ao ODOp que as duas Cia Eng (decisatildeo DEC

COTER) deveriam possuir 4 Pel E cada uma sendo 3 Mec sobre rodas e 1

Bld sobre lagartas com a mesma missatildeo anterior 1 Cia em apoio aos Rgt em

1ordm escalatildeo e a outra em apoio agrave Bda A diferenccedila entre o BE Cmb Mec de Bda

Inf Mec e o de Bda C Mec eacute o apoio a ser prestado ao RCB Portanto no BE

Cmb Mec de Bda Inf Mec todos os Pel E e a Cia C Ap possuem somente VB

sobre rodas No BE Cmb Mec de Bda C Mec 1 Pel E por Cia Eng deve

possuir VB sobre lagartas e os demais VB sobre rodas A Cia C Ap deve

possuir VB sobre rodas e sobre lagartas (VBE Eng VBE LccedilPnt VBE com

implementos do tipo rolo arado MCLIC lanccedila retinida espargidor de minas

AC etc)

3 Estudar se uma Cia eacute suficiente para apoiar os dois R C Mec

4 Na minha opiniatildeo o Batalhatildeo de Engenharia deveria ter 3 Cia sendo duas

dotadas de Viaturas Blindadas Especiais sobre rodas para apoiar os dois RC

Mec e uma dotada de Viaturas Blindadas Especiais sobre lagarta para apoiar

o RCB permitindo o apoio aos 3 elementos de manobra valor Regimento da

Bda

7) Contrariando o item anterior eacute mais pertinente afirmar que o apoio de engenharia

a uma Bda C Mec seraacute mais adequado se for realizado por um batalhatildeo a duas

companhias com quatro pelototildees cada dotadas de Viaturas Blindadas Especiais

sobre lagartas atendendo assim tanto os RCB quanto os RC Mec

( ) Concordo totalmente

( ) Concordo parcialmente

( ) Discordo

( ) Discordo plenamente

118

Comentaacuterios das opiniotildees

1 Em minha opiniatildeo bastaria que uma dessas Cia dispusesse de meios SL o

que proporcionaria uma dosagem eficaz e mais econocircmica

2 Ver observaccedilatildeo do item anterior

3 Concordo em parte Deve possuir Pel E com Vtr sobre rodas (RC Mec) e Pel

E com VB sobre lagartas (RCB) e a Cia C Ap deve possuir VB com rodas e

VB com lagartas As VBE Lccedil Pnt devem ser todas sobre lagartas como jaacute

citado em item anterior A mescla de tipos de VB daraacute ao BE maior

flexibilidade e rapidez no apoio particularmente para acompanhar os RC Mec

como VBTP (Pel E) e VBE Eng sobre rodas

4 Para apoiar os R C Mec em melhores condiccedilotildees deve-se utilizar material de

mobilidadevelocidade igual ou superior

5 Acredito salvo outro juiacutezo que o apoio agrave Bda C Mec deva ser mantido por 1

Cia Eng Mec podendo ter um nuacutemero variaacutevel de Pel Esse pensamento

orientou todas as respostas referentes ao aumento de 1 Cia para um Btl Eng

na Boa C Mec Cabe ressaltar que um incremento (transformaccedilatildeo de Cia para

119

Btl) impacta outros sistemas operacionais da Bda (principalmente o logiacutestico)

acarretando uma mudanccedila quase impossiacutevel na Brigada

120

APEcircNDICE B ndash QUESTIONAacuteRIO DESTINADO AOS COMANDANTES E EX-

COMANDANTES DAS COMPANHIAS DE ENGENHARIA MECANIZADA

O presente questionaacuterio eacute parte integrante da Dissertaccedilatildeo de Mestrado em Ciecircncias

Militares da Escola de Aperfeiccediloamento de Oficiais (EsAO) cujo tema eacute A

ENGENHARIA DE COMBATE DA BRIGADA DE CAVALARIA MECANIZADA

UMA SUGESTAtildeO DE ADEQUACcedilAtildeO DO APOIO PRESTADO AOS ELEMENTOS

EMPREGADOS EM PRIMEIRO ESCALAtildeO NAS OPERACcedilOtildeES OFENSIVAS

desenvolvida pelo Cap Saulo dos Santos Marques da Arma de Engenharia

cursando a EsAO e que possui como orientador o Cel ANDREacute CEZAR SIQUEIRA

instrutor desse Estabelecimento de Ensino

O trabalho em desenvolvimento tem por objetivo analisar as capacidades da

Companhia de Engenharia de Combate Mecanizada (Cia E Cmb Mec) agrave luz da

doutrina vigente e dos novos Mateirais de Emprego Militar (MEM) os quais satildeo

partes importantes da determinaccedilatildeo das capacidades das tropas (DOAMEPI)

Para que esta meta seja alcanccedilada a sua especializaccedilatildeo e experiecircncia

do senhor que jaacute foi comandante de Companhia de Engenharia de Bda C Mec

eacute fundamental

Solicito-vos para que em cada questatildeo marque a alternativa que melhor

corresponda agrave sua visatildeo e experiecircncia vivida com o tema ou em atividades dessa

natureza Caso possua conhecimentos complementares sobre cada pergunta ou

opiniotildees divergentes das opccedilotildees apresentadas o senhor poderaacute transcrever nos

espaccedilos descrito como Comente sua opiniatildeo

Outrossim informo-vos que seratildeo necessaacuterios apenas 05 (cinco) minutos

para responder o presente questionaacuterio e que natildeo haveraacute divulgaccedilatildeo de dados

pessoais sendo os resultados de caraacuteter quantitativo e qualitativo representados

por grupos de acordo com o universo ora abordado

Desde jaacute sou grato pela atenccedilatildeo e participaccedilatildeo

Com os melhores cumprimentos

Saulo dos Santos Marques - Cap Eng

121

A ndash ESCALAtildeO DA ENGENHARIA DA BDA C MEC

1) A Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 02 de 31 de maio de 2016 a qual

descreve as estruturas de Engenharia no Teatro de Operaccedilotildees define que a

Brigada de Infantaria Mecanizada deve ser apoiada por um Batalhatildeo de Engenharia

Levando-se em consideraccedilatildeo que a Bda Inf Mec eacute composta por 3 BI Mec e a

Bda C Mec eacute composta por 2 RC Mec e 1 RCB (aleacutem do RC Mec divisionaacuterio) a

engenharia que apoia a Bda C Mec deveria ser consequentemente um BE Cmb

Mec a duas companhias de 4 Pel E Cmb cada

( ) Concordo totalmente

( ) Concordo parcialmente

( ) Discordo

( ) Discordo plenamente

COMENTAacuteRIO DAS OPINIOtildeES

1 Natildeo vejo a necessidade das Cia E Cmb Mec possuam os 04 Pel E Cmb

acredito que 03 Pel E Cmb jaacute seriam adequados

2 Doutrinariamente sim Em tempo de paz acredito que um Batalhatildeo de

Engenharia com 01 Cia E Cmb cumpre bem a missatildeo

122

3 Nas atuais condiccedilotildees do Paiacutes seria muito difiacutecil a migraccedilatildeo de Cia E Cmb

Mec para BE Cmb Mec

4 Em que pese a atual doutrina (NCD Nr 02 de 31 mai16) prever uma E Bda Inf

Mec compota por 2 Cias a 4 Pel os trabalhos realizados em estudos de sala

de aula da proacutepria EsAO mostram essa estrutura com certa dificuldade para

Mnt do C2 por parte do Cmt BE Tendo em vista seu trabalho estar

pesquisando essa situaccedilatildeo sugiro uma composiccedilatildeo do BECmb Mec (ou Bld)

de 4 CiaECmb a 2 Pel E Cmb e 1 Pel Ap (Neste os diversos materiais jaacute em

Ref agrave Cia Eqp Eng Eqp Ab Bre VBC Eng VBEL Pnt etc) Assim facilitaria o

C2 por parte do Cmdo BE bem como a emissatildeo de ordens e distribuiccedilatildeo de

missotildees

5 A engenharia que apoia a Bda C Mec deveria ser consequentemente um BE

Cmb Mec a 3 companhias de 3 Pel E Cmb cada

2) No manual O Inimigo o Exeacutercito Vermelho utiliza a dosagem de uma companhia

de engenharia de combate por unidade de valor batalhatildeo ou regimento Com base

nesse dado para que nossa engenharia esteja adequada a fazer frente agrave

engenharia inimiga o apoio agrave Brigada de Cavalaria Mecanizada deve ser no miacutenimo

de valor de um BE Cmb

( ) Concordo totalmente

( ) Concordo parcialmente

( ) Discordo

( ) Discordo plenamente

123

Comentaacuterio das opiniotildees

1 Em minha opiniatildeo bastaria que uma dessas Cia dispusesse de meios SL o

que proporcionaria uma dosagem eficaz e mais econocircmica

2 Ver observaccedilatildeo do item anterior

3 Concordo em parte Deve possuir Pel E com Vtr sobre rodas (RC Mec) e Pel

E com VB sobre lagartas (RCB) e a Cia C Ap deve possuir VB com rodas e

VB com lagartas As VBEL Pnt devem ser todas sobre lagartas como jaacute citado

em item anterior A mescla de tipos de VB daraacute ao BE maior flexibilidade e

rapidez no apoio particularmente para acompanhar os RC Mec como VBTP

(Pel E) e VBE Eng sobre rodas

4 Para apoiar os R C Mec em melhores condiccedilotildees deve-se utilizar material de

mobilidadevelocidade igual ou superior

5 Acredito salvo outro juiacutezo que o apoio agrave Bda C Mec deva ser mantido por 1

Cia Eng Mec podendo ter um nuacutemero variaacutevel de Pel Esse pensamento

orientou todas as respostas referentes ao aumento de 1 Cia para um Btl Eng

B ndash QUANTO AOS MEIOS

124

3) As viaturas blindadas de engenharia como por exemplo a VBE Eng a VBEL Pnt

Vtr de limpeza de minas rolo de dispersatildeo de minas arado entre outras satildeo

viaturas que realizam a abertura de passagem para a transposiccedilatildeo de elementos

apoiados Alguns dos benefiacutecios de sua utilizaccedilatildeo satildeo abertura em menor tempo

com proteccedilatildeo blindada agrave guarniccedilatildeo e exigindo um menor efetivo A partir dessa

afirmaccedilatildeo eacute possiacutevel afirmar que eacute DISPENSAacuteVEL a utilizaccedilatildeo desses meios tendo

em vista que a Cia E Cmb jaacute possui ponte portada e pelototildees com suas

ferramentas de sapa para cumprir esse trabalho

( ) Concordo totalmente

( ) Concordo parcialmente

( ) Discordo

( ) Discordo plenamente

Comentaacuterio das opiniotildees

1 O Guarani assim como a Viatura Stryker veiacuteculo das tropas mecanizadas

Norte-Americanas deveria possuir os implementos de engenharia

necessaacuterios para a realizaccedilatildeo de abertura de passagem A abertura de

passagem deveria assim como ocorre com a transposiccedilatildeo de curso daacutegua

deveria ser encarada como uma operaccedilatildeo que possui como uma de suas

fases a reduccedilatildeo do obstaacuteculo a ser transporto

125

2 A proteccedilatildeo blindada eacute fundamental para o combatente mecanizado

3 A Eng Mecanizada carece de meios modernos tais como a Retroescavadeira

de Alta Mobilidade e Blindada jaacute usada nos EUA (HMEE) (que faria o papel

de Eqp Eng Bda Mec) e de Vtr Lanccedila Pontes Sobre Rodas (REBS)

4 Eacute INDISPENSAacuteVEL Os atuais meios presentes no QDM da Cia E Cmb de

Bda eacute totalmente ineficiente numa situaccedilatildeo de combate moderno

5 Eacute possiacutevel afirmar que eacute INDISPENSAacuteVEL no combate moderno a utilizaccedilatildeo

desses meios

6 Esses Eqp BldMec ampliaratildeo a capacidade de trabalho da Cia E

C ndash QUANTO AgraveS CARACTERIacuteSTICAS DESSES MEIOS

4) Com o advento dos projetos Leopard e Guarani as Bda C Mec passaram a

possuir nos RCB e nos R C Mec respectivamente as VBCCC Leopard 1A1 ou M60

e a VBTP-MR Guarani Partindo do princiacutepio que as VBCCC Leopard tecircm classe

superior agraves VBTPMR Guarani as viaturas lanccediladoras de pontes devem atender agrave

classe das primeiras (viatura de maior classe) o que permite transpor os dois tipos

de viaturas

( ) Concordo totalmente

( ) Concordo parcialmente

( ) Discordo

( ) Discordo plenamente

126

Comentaacuterio das opiniotildees

1 Com certeza

2 A Viatura Lanccedila Ponte sobre Rodas (REBS) atende um vatildeo de 13 metros

para Classe Militar 50 Jaacute utilizada nos EUA A VB CC M60 eacute uma soluccedilatildeo

paliativa A VB CC Padratildeo do EB eacute o Leopard

3 Na distribuiccedilatildeo dos meios entre as fraccedilotildees que estaratildeo em Ap Pccedil Man as

que estaratildeo em Ap Fraccedilotildees de Guarani poderatildeo receber Pnt P Bre de menor

classe Ou seja poderatildeo haver Pnt P Bre de classes diferentes Todavia eacute

interessante que a VBL Pnt tenha capacidade de lanccedilar a de maior classe

4 Elas jaacute possuem essa capacidade

5) Como normalmente os blindados sobre lagartas possuem uma capacidade de

transportar pontes mais pesadas em relaccedilatildeo agraves viaturas sobre rodas eacute pertinente

que as viaturas lanccediladoras de ponte sejam sobre rodas mesmo que inviabilize a

transposiccedilatildeo de meios sobre lagartas

( ) Concordo totalmente

( ) Concordo parcialmente

( ) Discordo

( ) Discordo plenamente

127

Comentaacuterio das opiniotildees

1 A classe da ponte transportada pela Vtr que deve se adequar agraves

necessidades da Bda Acredito que a Pnt transportada pela Vtr sobre rodas

deve ter capacidade de transposiccedilatildeo de meios sobre lagartas

2 Uma Brigada Mecanizada possui meios SR e SL Logo um BE Cmb Mec

deve possuir meios SR e SL

3 As VBLPnt sobre lagartas devem ser utilizadas para Bda Bld As VBLPnt

sobre rodas devem ser utilizadas para as Bda Mec

4 Acredito que existam VBEL Pnt sobre rodas que tenha capacidade de

transportar Pnt com Classe para blindados sobre lagartas Um detalhe que

deve ser levado em consideraccedilatildeo eacute o seguinte num combate de velocidade e

manobra realizado por uma fraccedilatildeo que utilize Vtr Bld SL a VBL Pnt

conseguiraacute acompanhar o mesmo movimento ou alguns Obt do terreno faratildeo

ela ficar pelo caminho Por isso eacute vaacutelido raciocinar que numa Bda que possui

elementos de Man SL e SR a engenharia Orgacircnica tambem deva ter essa

caracteriacutestica Assim eacute vaacutelido pensar que nesse BECmbMec deva existir no

miacutenimo uma Fraccedilatildeo E Cmb Bld (SL)

5 O apoio da engenharia ao combate deve ser inexoraacutevel podendo o Batalhatildeo

possuir os dois tipos de Vtr Lccedil Pnt sobe rodas e sobre lagartas

128

D ndash SUGESTOtildeES

6) Eacute mais adequado que o apoio de engenharia a uma Bda C Mec seja realizado por

um batalhatildeo a duas companhias de quatro pelototildees sendo uma das Cia E Cmb

dotada de Viaturas Blindadas Especiais sobre lagartas mais capacitada a apoiar o

RCB e uma Cia E Cmb dotada de Viaturas Blindadas Especiais sobre rodas mais

capacitada a apoiar os RC Mec

( ) Concordo totalmente

( ) Concordo parcialmente

( ) Discordo

( ) Discordo plenamente

Comentaacuterios das opiniotildees

1 Natildeo vejo necessidade dessa especializaccedilatildeo das Cia Acredito que elas

devem ter as mesmas capacidades e estar aptas a transpor qualquer tipo de

tropa da Bda C Mec

2 Conforme comentaacuterio anterior

3 Como jaacute apresentei seria mais interessante no miacutenimo 01 CiaECmbBld em

Ap RCB e 02 CiaECmbMec em Ap aos 2 RCMec

129

4 Eacute mais adequado que o apoio de engenharia a uma Bda C Mec seja realizado

por um Batalhatildeo a 3 Companhias de 3 Pelototildees sendo uma Cia E Cmb

dotada de Viaturas Blindadas Especiais sobre lagartas mais capacitada a

apoiar o RCB e duas Cia E Cmb dotadas de Viaturas Blindadas Especiais

sobre rodas mais capacitadas a apoiar os RC Mec

7) Contrariando o item anterior eacute mais pertinente afirmar que o apoio de engenharia

a uma Bda C Mec seraacute mais adequado se for realizado por um batalhatildeo a duas

companhias com quatro pelototildees cada dotadas de Viaturas Blindadas Especiais

sobre lagartas atendendo assim tanto os RCB quanto os RC Mec

( ) Concordo totalmente

( ) Concordo parcialmente

( ) Discordo

( ) Discordo plenamente

Comentaacuterios das opiniotildees

1 Sou favoraacutevel que cada Cia E Cmb tenha uma natureza especiacutefica o que

economiza meios e facilita o planejamento

130

2 Considero natildeo viaacutevel esta alternativa embora seja melhor A situaccedilatildeo do Paiacutes

natildeo favorece estas mudanccedilas

3 Semelhante ao exposto no item 5 um Ap Eng SL a uma fraccedilatildeo C Mec em

situaccedilatildeo de deslocamentos sobre eixos pavimentados ou natildeo poderaacute ser

retardado em relaccedilatildeo aacute velocidade alcanccedilada pelas Vtr SR Aleacutem disso o

valor Nec para custeio para Mnt de Vtr SL eacute bem maior

4 Eacute pertinente afirmar que o apoio de engenharia a uma Bda C Mec seraacute mais

adequado se for realizado por um Batalhatildeo a 3 Companhias com 3 Pelototildees

cada sendo uma Cia E Cmb dotada de Viaturas Blindadas Especiais sobre

lagartas mais capacitada a apoiar o RCB e duas Cia E Cmb dotadas de

Viaturas Blindadas Especiais sobre Rodas mais capacitadas a apoiar os RC

Mec

5 Lembre-se que a Cia poderaacute solicitar apoio agrave ED Para a realidade do nosso

Exeacutercito uma Cia E bem equipada cumpriria sua missatildeo

131

APEcircNDICE C ndash QUESTIONAacuteRIO DESTINADO AOS MILITARES DE

ENGENHARIA COM CURSO DE COMANDANTE DE SUBUNIDADE NA

ALEMANHA OU ESTADOS UNIDOS

O presente questionaacuterio eacute parte integrante da Dissertaccedilatildeo de Mestrado em Ciecircncias

Militares da Escola de Aperfeiccediloamento de Oficiais (EsAO) cujo tema eacute A

ENGENHARIA DE COMBATE DA BRIGADA DE CAVALARIA MECANIZADA

UMA SUGESTAtildeO DE ADEQUACcedilAtildeO DO APOIO PRESTADO AOS ELEMENTOS

EMPREGADOS EM PRIMEIRO ESCALAtildeO NAS OPERACcedilOtildeES OFENSIVAS

desenvolvida pelo Cap Saulo dos Santos Marques da Arma de Engenharia

cursando a EsAO e que possui como orientador o Cel ANDREacute CEZAR SIQUEIRA

instrutor desse Estabelecimento de Ensino

O trabalho em desenvolvimento tem por objetivo analisar as capacidades da

Companhia de Engenharia de Combate Mecanizada (Cia E Cmb Mec) agrave luz da

doutrina vigente e dos novos Mateirais de Emprego Militar (MEM) os quais satildeo

partes importantes da determinaccedilatildeo das capacidades das tropas (DOAMEPI)

Para que esta meta seja alcanccedilada a sua especializaccedilatildeo e experiecircncia

do senhor que realizou o curso de comandante de subunidade de engenharia

nos EUA ou Alemanha eacute fundamental

Solicito-vos para que em cada questatildeo marque a alternativa que melhor

corresponda agrave sua visatildeo e experiecircncia vivida com o tema ou em atividades dessa

natureza Caso possua conhecimentos complementares sobre cada pergunta ou

opiniotildees divergentes das opccedilotildees apresentadas o senhor poderaacute transcrever nos

espaccedilos descrito como Comente sua opiniatildeo

Outrossim informo-vos que seratildeo necessaacuterios apenas 05 (cinco) minutos

para responder o presente questionaacuterio e que natildeo haveraacute divulgaccedilatildeo de dados

pessoais sendo os resultados de caraacuteter quantitativo e qualitativo representados

por grupos de acordo com o universo ora abordado

Desde jaacute sou grato pela atenccedilatildeo e participaccedilatildeo

Com os melhores cumprimentos

Saulo dos Santos Marques - Cap Eng

132

A ndash VBE SOBRE LAGARTAS OU SOBRE RODAS

Figura 1 - Viatura Fennek

Figura 2 - Viatura Dingo

Figura 3 - VBE de dispersatildeo de minas

133

1) As brigadas blindadas alematildes possuem batalhotildees de reconhecimento os quais

satildeo dotados de viaturas Fennek (Foto 1) Os pelototildees de engenharia dessa brigada

utiliza as VBTP Dingo (Foto 2) e ainda assim emprega Viaturas Blindadas

Especiais sobre lagartas como a disseminadora de minas (Foto 3) a viatura para

abertura de brecha em campo minado (Keiler) e o Dachs (nossa VBE Eng) As

viaturas Dingo e Fennek possuem velocidade superior agraves viaturas especiais que as

apoiam e isso natildeo prejudica as operaccedilotildees do batalhatildeo ou da brigada As Bda C

Mec que possuem as viaturas Guarani (nos R C Mec) e as viaturas Leopard ou M

60 (nos RCB) podem adotar a mesma soluccedilatildeo adotada pela Alemanha

empregando as VBE sobre lagartas para o apoio aos Regimentos da Bda C Mec

( ) Concordo totalmente

( ) Concordo parcialmente

( ) Discordo

( ) Discordo plenamente

Comentaacuterios das opiniotildees

1 Concordo parcialmente pois sou partidaacuterio do emprego da Unidade como um

todo Desta feita as Vtr desta unidade precisam ter as mesmas

caracteriacutesticas ou seja todas SR ou todas SL Os RCB componentes da Bda

C Mec satildeo formados por dois Esqd Fuz (dotados de M 113) e dois Esqd CC

(dotados de Leopard) desta forma atendendo a premissa de que todas as Vtr

134

desta OM possuem a mesma caracteriacutestica de traccedilatildeo Nesta situaccedilatildeo

acredito que a situaccedilatildeo ideal seraacute que ela possua VBC Eng SR para Ap os

RC Mec e VBC Eng SL para Ap o RCB

2 A Bda C Mec eacute apta a atuar em operaccedilotildees ofensivas a perda de velocidade

nesse tipo de operaccedilatildeo eacute natural ao se deparar com obstaacuteculos E eacute nesse

contexto que as Vtr Eng satildeo empregadas Dessa maneira natildeo vejo restriccedilatildeo

em usar meios SL para a Bda C Mec Ademais as VBE Eng SL possuem

maior potecircncia para a remoccedilatildeo de obstaacuteculos sendo mais eficientes e

poupando tempo nessa atividade o que pode se tornar uma dificuldade para

VBE Eng SR

3 As Bda Inf Mec e C Mec tem como caracteriacutestica a velocidade de seus meios

O emprego de Vtr mais lentas natildeo apenas pela engenharia mas pelos seus

demais Elm de apoio resultaria em fator limitador para as operaccedilotildees

4 Primeiramente para realizar a comparaccedilatildeo eacute necessaacuterio compreender a

constituiccedilatildeo das Bda Mec e Bld alematildes bem como quais as missotildees

destinadas a esse tipo de GU Acredito que e as Vtr Dingo natildeo sejam as

uacutenicas Vtr utilizadas pela Bda em questatildeo Considerando as Vtr empregadas

pelas fraccedilotildees que devem Rlz a accedilatildeo principal devemos considerar a mesma

natureza de mobilidade e proteccedilatildeo blindada para o apoio de engenharia

2) Complementando o item anterior para o emprego junto aos R C Mec e RCB os

Pel E Cmb devem ser transportados por VBTP respectivamente sobre rodas

(Guarani) e sobre lagartas (M113) por natildeo haver a necessidade de trabalho dessas

viaturas apenas de acompanhamento das peccedilas de manobra atraveacutes campo eou

estrada

( ) Concordo totalmente

( ) Concordo parcialmente

( ) Discordo

( ) Discordo plenamente

135

Comentaacuterios das opiniotildees

1 Concordo deste que seja atendida o preacute requisito do item anterior ou seja

que a Eng desta Bda possua VBC Eng tanto SR quanto SL

2 O transporte dos Elm Eng seratildeo nesse caso adequados para o tipo de tropa

apoiada

3 Deve ser verificada a necessidade de transporte de outros materiais

(ferramentas) para o emprego do Pel E Cmb Nesse caso eacute possiacutevel admitir

uma variante dos modelos do veiacuteculos

B ndash CAPACIDADE DE ACOMPANHAMENTO DAS OPERACcedilOtildeES DA BDA C MEC

3) As viaturas especiais sobre lagartas possuem grande potecircncia de trabalho e

capacidade de trafegabilidade atraveacutes campo suprindo a necessidade de

mobilidade das tropas blindadas Em comparaccedilatildeo agraves viaturas sobre rodas a

princiacutepio as viaturas sobre lagartas tem melhores desempenho A VBE Eng Leopard

1 BR por exemplo realiza trabalhos de OT destacando-se a construccedilatildeo de fosso

AC confecccedilatildeo de espaldotildees agravamento e melhoria de margem aleacutem de resgate

elevaccedilatildeo de carga e demoliccedilatildeo entre outros Uma preocupaccedilatildeo com seu emprego

junto agraves unidades mecanizadas eacute sua baixa velocidade quando comparada a das

viaturas sobre rodas No que tange a esse criteacuterio eacute possiacutevel afirmar que nas

136

operaccedilotildees ofensivas que as Bda C Mec realizam natildeo eacute desenvolvida velocidade

superior a 60 kmh natildeo sendo portanto uma restriccedilatildeo ao emprego das VBE sobre

lagartas ao R C Mec

( ) Concordo totalmente

( ) Concordo parcialmente

( ) Discordo

( ) Discordo plenamente

Comentaacuterios das opiniotildees

1 Concordo parcialmente pois acho muito arriscado vocecirc considerar como

verdade absoluta que natildeo haveraacute velocidade superior a 60 kmh em uma Op

Ofensiva Acredito que a velocidade meacutedia da operaccedilatildeo realmente natildeo seraacute

superior a 60 kmh mas em alguns trechos acredito que a velocidade

necessaacuteria para manter a impulsatildeo da Op poderaacute ser superior a 60 kmh

Aleacutem disso natildeo eacute somente uma questatildeo de velocidade mas tambeacutem das

caracteriacutesticas de terreno que elas iratildeo operar Por exemplo natildeo eacute ideal que

uma Vtr SL progrida sobre o asfalto

2 Reitero o abordado no item 1 em que a Bda C Mec eacute apta a atuar em

operaccedilotildees ofensivas a perda de velocidade nesse tipo de operaccedilatildeo eacute natural

ao se deparar com obstaacuteculos E eacute nesse contexto que as Vtr Eng satildeo

137

empregadas Dessa maneira natildeo vejo restriccedilatildeo em usar meios SL para a Bda

C Mec Ademais as VBE Eng SL possuem maior potecircncia para a remoccedilatildeo de

obstaacuteculos sendo mais eficientes e poupando tempo nessa atividade o que

pode se tornar uma dificuldade para VBE Eng SR

3 A mobilidade da tropa natildeo pode levar em conta apenas a velocidade de

deslocamento Uma VBE Eng Leopard possui Classe 45 enquanto os

Guarani apenas Cl 20 O emprego em conjunto dos dois meios traz consigo a

necessidade de meios de Tva como Pnt P Bre Prtd etc com maior

capacidade de suporte apenas para atender uma pequena parcela das Vtr da

Bda uma vez que a dotaccedilatildeo prevista para o BE Cmb Mec atualmente eacute de 6

VBE Eng e 4 VBE L Pnt

4 Eacute necessaacuterio que o apoio agrave manobra possua a mesma mobilidade A Manobra

natildeo pode ser regulada pela limitaccedilatildeo das peccedilas de apoio

C ndash SOLUCcedilAtildeO LOGIacuteSTICA

4) O Estados Unidos possui viaturas especiais sobre rodas incluindo uma viatura

que lanccedila ponte de classe 50 Essas viaturas apoiam as Brigadas Stryker que

empregam os elementos de primeiro escalatildeo em sua normalidade com viaturas

Stryker (viaturas sobre rodas) Semelhante ao emprego dos R C Mec o emprego

das viaturas Stryker eacute predominantemente sobre estradas excetuando-se quando o

terreno permite como no Iraque No Brasil as Bda C Mec possuem as viaturas

Guarani (R C Mec) e Leopard (RCB) que atua em terreno que apresenta grandes

limitaccedilotildees quando comparado com o solo do Iraque Considerando que o apoio a

uma Bda C Mec seja realizado por um BE Cmb onde uma Cia E Cmb apoiaria o

RCB e duas Cia E Cmb apoiariam os R C Mec o emprego das VBE sobre lagartas

por todas as SU impactaria positivamente na logiacutestica da Unidade

( ) Concordo totalmente

( ) Concordo parcialmente

( ) Discordo

( ) Discordo plenamente

138

V

Comentaacuterios das opiniotildees

1 Concordo que seria positivo para a funccedilatildeo de Cmb Log mas seria prejudicial

para a funccedilatildeo Cmb Man e Mov pois as tropas SR teriam que ser Ap em

algumas situaccedilotildees por Vtr SL

2 Natildeo obstante as vantagens logiacutesticas visualizadas como a menor diversidade

de meios habilitaccedilatildeo de pessoal e estruturas fiacutesicas a adoccedilatildeo de ambos os

meios SR e SL concede maior flexibilidade para o apoio de Eng Permitindo

ao Cmt BE Cmb Mec alocar os meios SR e SL de acordo com a necessidade

natureza da missatildeo e tipo de tropa apoiada

3 O emprego de Vtr especializadas de Eng permite um melhor apoio aos Elm

manobra mas esse apoio seria adequado tambeacutem com o emprego de Vtr SR

4 Para poder proceder a comparaccedilatildeo eacute necessaacuterio realizar os mesmos fatores

de comparaccedilatildeo As Bda Stryker no exeacutercito dos EUA eacute uma brigada de

infantaria Mec A Bda C Mec do Brasil eacute de cavalaria A principal diferenccedila

entre essas Bda eacute o tipo de missatildeo a ser realizada por cada uma e por

consequecircncia pode haver variaccedilatildeo no tipo de Vtr Normalmente os RCB e os

RC Mec formam uma FT e dessa forma o apoio de engenharia seraacute definido

139

pela missatildeo Cabe ressaltar que as Bda C Mec possuem 01 Cia E Cmb Mec

portanto o apoio aos Regimentos deveraacute ser realizado pelos Pel E Cmb Mec

D ndash CONSTITUICcedilAtildeO DO BE CMB

5) Ainda considerando que um BE Cmb apoie uma Bda C Mec o batalhatildeo de

engenharia deveria ser a 3 Cia E Cmb com 4 Pel E cada Desta forma 2 Cia Mec

apoiariam os 2 R C Mec e a Cia Bld apoiaria o RCB conseguindo ainda realizar os

trabalhos de apoio ao conjunto

( ) Concordo totalmente

( ) Concordo parcialmente

( ) Discordo

( ) Discordo plenamente

Comentaacuterios das opiniotildees

1 Acredito que seria uma situaccedilatildeo muito boa a que vocecirc levantou mas acredito

que um BE Cmb a 2 Cia E Cmb sendo uma delas com vocaccedilatildeo blindada

(para Ap o RCB) e a outra com vocaccedilatildeo Mec (para apoiar os RC Mec) seriam

o suficiente para prestar o Ap Eng agrave Bda C Mec

140

2 Os BE Cmb de Bda doutrinariamente possuem natureza uacutenica satildeo Mec ou

Bld Aleacutem disso a dosagem miacutenima de apoio serve como uma referecircncia

inicial podendo a mesma ser aumentada em funccedilatildeo da missatildeo a

desempenhar e a necessidade de apoio de Eng

3 As Bda Bld possuem maior poder de choque e possuem apenas 1 Btl E Cmb

(com 2 SU x 4 Pelototildees cada = 8 Pel E Cmb) A Bda C Mec teria 12 Pel E

Cmb Para o estudo da dosagem de engenharia para as missotildees da Bda eacute

necessaacuterio verificar a dosagem miacutenima do apoio de engenharia que eacute de 01

Pel E por Btl Nesse caso um regimento estaria recebendo 4 Pel E Cmb Esse

aumento de efetivo e de dosagem iria impactar consideravelmente a

necessidade de Vtr especializadas e em consequecircncia os custos para essa

mobilizaccedilatildeo

E ndash MEIOS DO BE CMB

6) O exeacutercito dos EUA prevecirc para as Operaccedilotildees de Abertura de Passagem a

proporccedilatildeo miacutenima de 50 de meios em reserva para assegurar a continuidade da

operaccedilatildeo no caso de perda de uma das viaturas Isso significa que para a abertura

de duas passagens simultaneamente seratildeo empregadas 2 VBE para abertura e 1

VBE ficaraacute em reserva De acordo com o item anterior a dotaccedilatildeo orgacircnica por tipo

de VBE deve ser na proporccedilatildeo de trecircs por Cia E a fim de apoiar cada regimento

Com isso o BE Cmb deve ter a dotaccedilatildeo de 9 VBE Eng 9 VBEL Pnt com total de 18

pontes 9 VBE rolo 9 VBE arado com carga linear explosiva (CLE) tipo MICLIC

com 2 cargas por viatura e 9 VBE lanccediladora de feixe de tubos

( ) Concordo totalmente

( ) Concordo parcialmente

( ) Discordo

( ) Discordo plenamente

141

Comentaacuterios das opiniotildees

1 Deve-se observar nesse caso natildeo somente a quantidade de elementos de

manobra a apoiar mas tmbeacutem a capacidade maacutexima de zonas de accedilatildeo em

que a Bda C Mec eacute capaz de se desdobrar Por exemplo uma Bda Bld pode-

se desdobrar em ateacute 05 zonas de accedilatildeo observadas as suas capacidades

maacuteximas de comando e controle (04 FT U e 01 FT SU) A partir desse

levantamento pode-se traccedilar melhor as necessidades totais de meios de Eng

para apoio inclusive com os meios reservas

2 Para realizar a comparaccedilatildeo se faz necessaacuterio saber quantas Vtr por tipo os

batalhotildees de engenharia do exeacutercito americano possuem Natildeo haacute a

necessidade de uma Vtr apenas para o rolo Esse pode ser empregado como

implemento para as Vtr da peccedila de manobra Se for possiacutevel utilizar o exeacutercito

americano como um modelo (uma ideia) seria interessante ter uma Vtr

especializada de engenharia como os ABV que jaacute possuem o miclic e o

arado na mesma Vtr

142

APEcircNDICE D ndash QUESTIONAacuteRIO DESTINADO INSTRUTORES DO CENTRO DE

INSTRUCcedilAtildeO DE BLINDADOS COM CURSO DE COMANDANTE DE

SUBUNIDADE NA ALEMANHA OU ESTADOS UNIDOS

O presente questionaacuterio eacute parte integrante da Dissertaccedilatildeo de Mestrado em Ciecircncias

Militares da Escola de Aperfeiccediloamento de Oficiais (EsAO) cujo tema eacute A

ENGENHARIA DE COMBATE DA BRIGADA DE CAVALARIA MECANIZADA

UMA SUGESTAtildeO DE ADEQUACcedilAtildeO DO APOIO PRESTADO AOS ELEMENTOS

EMPREGADOS EM PRIMEIRO ESCALAtildeO NAS OPERACcedilOtildeES OFENSIVAS

desenvolvida pelo Cap Saulo dos Santos Marques da Arma de Engenharia

cursando a EsAO e que possui como orientador o Cel ANDREacute CEZAR SIQUEIRA

instrutor desse Estabelecimento de Ensino

O trabalho em desenvolvimento tem por objetivo analisar as capacidades da

Companhia de Engenharia de Combate Mecanizada (Cia E Cmb Mec) agrave luz da

doutrina vigente e dos novos Mateirais de Emprego Militar (MEM) os quais satildeo

partes importantes da determinaccedilatildeo das capacidades das tropas (DOAMEPI)

Para que esta meta seja alcanccedilada a sua especializaccedilatildeo e experiecircncia

do senhor que eacute instrutor do Centro de Instruccedilatildeo de Blindados e realizou o

curso de comandante de subunidade nos EUA ou Alemanha eacute fundamental

Solicito-vos para que em cada questatildeo marque a alternativa que melhor

corresponda agrave sua visatildeo e experiecircncia vivida com o tema ou em atividades dessa

natureza Caso possua conhecimentos complementares sobre cada pergunta ou

opiniotildees divergentes das opccedilotildees apresentadas o senhor poderaacute transcrever nos

espaccedilos descrito como Comente sua opiniatildeo

Outrossim informo-vos que seratildeo necessaacuterios apenas 05 (cinco) minutos

para responder o presente questionaacuterio e que natildeo haveraacute divulgaccedilatildeo de dados

pessoais sendo os resultados de caraacuteter quantitativo e qualitativo representados

por grupos de acordo com o universo ora abordado

Desde jaacute sou grato pela atenccedilatildeo e participaccedilatildeo

Com os melhores cumprimentos

Saulo dos Santos Marques - Cap Eng

143

A ndash VBE SOBRE LAGARTAS OU SOBRE RODAS

Figura 1 - Viatura Fennek

Figura 2 - Viatura Dingo

Figura 3 - VBE de dispersatildeo de minas

144

1) As brigadas blindadas alematildes possuem batalhotildees de reconhecimento os quais

satildeo dotados de viaturas Fennek (Foto 1) Os pelototildees de engenharia dessa brigada

utiliza as VBTP Dingo (Foto 2) e ainda assim emprega Viaturas Blindadas

Especiais sobre lagartas como a disseminadora de minas (Foto 3) a viatura para

abertura de brecha em campo minado (Keiler) e o Dachs (nossa VBE Eng) As

viaturas Dingo e Fennek possuem velocidade superior agraves viaturas especiais que as

apoiam e isso natildeo prejudica as operaccedilotildees do batalhatildeo ou da brigada As Bda C

Mec que possuem as viaturas Guarani (nos R C Mec) e as viaturas Leopard ou M

60 (nos RCB) podem adotar a mesma soluccedilatildeo adotada pela Alemanha

empregando as VBE sobre lagartas para o apoio aos Regimentos da Bda C Mec

( ) Concordo totalmente

( ) Concordo parcialmente

( ) Discordo

( ) Discordo plenamente

Comentaacuterios das opiniotildees

1 Um dos pontos baacutesicos para discussatildeo eacute a estrutura finalidade e composiccedilatildeo

de meios das Bda C Mec do EB face agraves caracteriacutesticas do combate atual e

do futuro Dotar as Bda C Mec com novos meios eacute importante poreacutem a

reestruturaccedilatildeo dessas brigdas deveria preceder agraves inovaccedilotildees no seu material

145

2) Complementando o item anterior para o emprego junto aos R C Mec e RCB os

Pel E Cmb devem ser transportados por VBTP respectivamente sobre rodas

(Guarani) e sobre lagartas (M113) por natildeo haver a necessidade de trabalho dessas

viaturas apenas de acompanhamento das peccedilas de manobra atraveacutes campo eou

estrada

( ) Concordo totalmente

( ) Concordo parcialmente

( ) Discordo

( ) Discordo plenamente

Comentaacuterios das opiniotildees

1 Vide comentaacuterio anterior

2 Dependendo da situaccedilatildeo taacutetica pode haver necessidade de utilizaccedilatildeo de

algum implemento para apoiar a mobilidade neste sentido apenas VBTP

seria insuficiente prestar o apoio sendo mais indicado a adoccedilatildeo de uma VBE

VBTP eacute a opccedilatildeo no caso de impossibilidade de se dispor de uma VBE

3 Devem ser utilizadas VBTP M113 nas duas situaccedilotildees pois a mesma oferece

maior mobilidade atraveacutes terreno

146

B ndash CAPACIDADE DE ACOMPANHAMENTO DAS OPERACcedilOtildeES DA BDA C MEC

3) As viaturas especiais sobre lagartas possuem grande potecircncia de trabalho e

capacidade de trafegabilidade atraveacutes campo suprindo a necessidade de

mobilidade das tropas blindadas Em comparaccedilatildeo agraves viaturas sobre rodas a

princiacutepio as viaturas sobre lagartas tem melhores desempenho A VBE Eng Leopard

1 BR por exemplo realiza trabalhos de OT destacando-se a construccedilatildeo de fosso

AC confecccedilatildeo de espaldotildees agravamento e melhoria de margem aleacutem de resgate

elevaccedilatildeo de carga e demoliccedilatildeo entre outros Uma preocupaccedilatildeo com seu emprego

junto agraves unidades mecanizadas eacute sua baixa velocidade quando comparada a das

viaturas sobre rodas No que tange a esse criteacuterio eacute possiacutevel afirmar que nas

operaccedilotildees ofensivas que as Bda C Mec realizam natildeo eacute desenvolvida velocidade

superior a 60 kmh natildeo sendo portanto uma restriccedilatildeo ao emprego das VBE sobre

lagartas ao R C Mec

( ) Concordo totalmente

( ) Concordo parcialmente

( ) Discordo

( ) Discordo plenamente

Comentaacuterios das opiniotildees

147

1 As Bda C Mec satildeo destinadas basicamente para as Op de Rec e Seg

podendo ser empregadas em Op OfDef e outras Nesse sentido a destinaccedilatildeo

de Vtr de apoio ao combate deveria em principio atender aos princiacutepios da

velocidade em primeiro lugar e aos princiacutepios da mobilidade Nesse sentido

eacute importante manter-se as caracteriacutesticas dos Rgt Mec dotando-os de meios

sobre rodas O emprego de Vtr sobre lagartas nos RCMec deve ser portanto

judiciosamente aquilatado

2 Existe a necessidade de uma anaacutelise mais profunda para a retirada desse tipo

de conclusatildeo

C ndash SOLUCcedilAtildeO LOGIacuteSTICA

4) O Estados Unidos possui viaturas especiais sobre rodas incluindo uma viatura

que lanccedila ponte de classe 50 Essas viaturas apoiam as Brigadas Stryker que

empregam os elementos de primeiro escalatildeo em sua normalidade com viaturas

Stryker (viaturas sobre rodas) Semelhante ao emprego dos R C Mec o emprego

das viaturas Stryker eacute predominantemente sobre estradas excetuando-se quando o

terreno permite como no Iraque No Brasil as Bda C Mec possuem as viaturas

Guarani (R C Mec) e Leopard (RCB) que atua em terreno que apresenta grandes

limitaccedilotildees quando comparado com o solo do Iraque Considerando que o apoio a

uma Bda C Mec seja realizado por um BE Cmb onde uma Cia E Cmb apoiaria o

RCB e duas Cia E Cmb os R C Mec o emprego das VBE sobre lagartas por todas

as SU impactaria positivamente na logiacutestica da Unidade

( ) Concordo totalmente

( ) Concordo parcialmente

( ) Discordo

( ) Discordo plenamente

148

Comentaacuterios das opiniotildees

1 Eacute evidente que o emprego de Vtr sobre lagartas aumenta a mobilidade em

qualqer terreno da forccedila dotada desses meios mas por outro lado impacta

enormemente a cauda logiacutestica Insisto que as Bda C Mec devam manter

suas caracteriacutesticas de velocidade principalmente trafegabilidade e

mobilidade Recordo que os meios sobre roda garantem entre outras

vantagens melhores condiccedilotildees para o apoio logiacutestico Para as Bda C Mec a

velocidade eacute fundamental no cumprimento de suas missotildees baacutesicas de Rec e

Seg Penso que a mescla de meios sobre lagartas e meios sobre rodas eacute a

configuraccedilatildeo mais adequada considerando a atual constituiccedilatildeo das Bda C

Mec do EB

2 A Logiacutestica das VB SL eacute muito mais onerosa que a SR tanto em suprimentos

quanto em manutenccedilatildeo Acredito que uma Cia com meios Bld para apoiar o

RCB seja menos impactante que dotar 3 Cia com meios SL mesmo

considerando a maior diversidade de materiais nesta anaacutelise

D ndash CONSTITUICcedilAtildeO DO BE CMB

5) Ainda considerando que um BE Cmb apoie uma Bda C Mec o batalhatildeo de

engenharia deveria ser a 3 Cia E Cmb com 4 Pel E cada Desta forma 2 Cia Mec

149

apoiariam os 2 R C Mec e a Cia Bld apoiaria o RCB conseguindo ainda realizar os

trabalhos de apoio ao conjunto

( ) Concordo totalmente

( ) Concordo parcialmente

( ) Discordo

( ) Discordo plenamente

150

APEcircNDICE E ndash PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

TREINAMENTO DE TTP EM AMBIENTE VIRTUAL (TTAV) DA 3ordf BDA C MEC

O TTAV realizado na semana de 23 a 03 de agosto de 2018 consistiu no

emprego de Quadros da 3ordf Bda C Mec no treinamento de TTP em ambiente

simulado na Seccedilatildeo de Simulaccedilatildeo do Centro de Instruccedilatildeo de Blindados

Um R CMec formado pelos Quadros da Bda foi empregado em um Movimento

Retroacutegrado onde tinha por missatildeo retardar o avanccedilo de uma Bda Inf Mec Vm (meios

blindados)

Para cumprir sua missatildeo a brigada empregou Quadros do 3ordm R C Mec 7ordm R C

Mec e 12ordm R C Mec aleacutem do 25ordm GAC e da 3ordf Cia Eng Cmb Mec

O Pel E foi empregado com uma VBTP Eng M113 e um Leopard 1A5 BR com

implemento do tipo arado em reforccedilo ao Rgt ateacute o final da operaccedilatildeo

O Pel E durante a fase de planejamento realizou o estudo do terreno e

contribuiu com o planejamento de obstaacuteculos de contramobilidade e de trabalhos de

proteccedilatildeo ao longo das posiccedilotildees de retardamento

Durante a operaccedilatildeo pela presenccedila de poucos militares de engenharia o

pelotatildeo foi representado pela viatura M113 reforccedilado pela viatura Leopard com rolo

Por limitaccedilotildees do software empregado e pela necessidade de celeridade nas

posiccedilotildees de retardamento (em uma situaccedilatildeo real tal operaccedilatildeo poderia durar dias) as

accedilotildees do Pel E durante o desenrolar da operaccedilatildeo foram limitadas ao

acompanhamento do Rgt e execuccedilatildeo simulada dos trabalhos supracitadas

Ao final da missatildeo foi prevista a utilizaccedilatildeo de uma Vtr MICLIC para a bertura

de uma passagem atraveacutes do campo minado da P Def amiga poreacutem por questotildees

de tempo tal accedilatildeo natildeo foi realizada

Por fim verifica-se que o Pel E em relaccedilatildeo ao emprego de meios sobre

lagartas natildeo atrasou os deslocamentos do R CMec durante a operaccedilatildeo e cumpriu

sua missatildeo dentro do contexto de um movimento retroacutegrado

(Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 ndash C Dout ExCOTER de 31 MAI de 2016Fl 110)

MINISTEacuteRIO DA DEFESA EXEacuteRCITO BRASILEIRO

COMANDO DE OPERACcedilOtildeES TERRESTRES CENTRO DE DOUTRINA DO EXEacuteRCITO

Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 de 31 de maio de 2016

AS ESTRUTURAS DE ENGENHARIA NO TEATRO DE OPERACcedilOtildeES

IacuteNDICE DE ASSUNTOS

1 FINALIDADE02

2 OBJETIVO02

3 REFEREcircNCIAS02

4 INTRODUCcedilAtildeO02

5ORGANIZACcedilAtildeO DA ENGENHARIA02

6 A ENGENHARIA NA ZONA DE ADMINISTRACcedilAtildeO03

7 A ENGENHARIA NA ZONA DE COMBATE04

8 GERACcedilAtildeO DE FORCcedilAS06

ANEXOS

A ndash ORGANIZACcedilAtildeO DA ENGENHARIA NO TEATRO DE OPERACcedilOtildeES E

ORGANOGRAMAS DAS ESTRUTURAS BAacuteSICAS DE ENGENHARIA SEGUNDO

AS SITUACcedilOtildeES DE EMPREGO DA FORCcedilA TERRESTRE

COMPONENTE08

(Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 ndash C Dout ExCOTER de 31 MAI de 2016Fl 210)

1 FINALIDADE

Orientar a organizaccedilatildeo das estruturas de Engenharia no Teatro de Operaccedilotildees (TO)

2 OBJETIVO

Apresentar uma visatildeo atualizada das estruturas de Engenharia no TO agrave luz da Doutrina

Militar Terrestre subsidiando exploraccedilatildeo do assunto nas Escolas Militares no

planejamento e execuccedilatildeo de Exerciacutecios Militares nos planejamentos operacionais e

taacuteticos para Emprego da Forccedila Terrestre

3 REFEREcircNCIAS

____ Doutrina de Operaccedilotildees Conjuntas - MD30-M-01 2011

____ Doutrina de Logiacutestica Militar - MD42-M-02

____ Glossaacuterio das Forccedilas Armadas - MD35-G-01 2007

____ Operaccedilotildees EB20-MF-10103 2014

____ Forccedila Terrestre Componente - EB20-MC-10202 2014

____ A Forccedila Terrestre Componente nas Operaccedilotildees - EB20-MC-10-301 2014

____ Movimento e Manobra - EB20-MC-10203 2015

____ Logiacutestica - EB20-MC-10204 2014

____ Proteccedilatildeo - EB20-MC-10208 2015

____ Geoinformaccedilatildeo - EB20-MC-10209 2014

____ Doutrina Militar Terrestre - EB20-MF-10102-1 2014

____ Emprego de Engenharia - C 5-1 1999

4 INTRODUCcedilAtildeO

41 A Doutrina do Exeacutercito Brasileiro em particular a doutrina de emprego da Arma de

Engenharia vive em constante evoluccedilatildeo requerendo atualizaccedilotildees perioacutedicas em funccedilatildeo

da introduccedilatildeo de novos conceitos novos equipamentos e mesmo da observaccedilatildeo do

emprego da Arma nos mais variados conflitos

42 A recente ediccedilatildeo de uma nova seacuterie de manuais doutrinaacuterios tanto pelo Ministeacuterio da

Defesa (MD) quanto pelo Estado-Maior do Exeacutercito (EME) indicou a necessidade de uma

atualizaccedilatildeo do Manual de Campanha C 5-1 (Emprego de Engenharia ediccedilatildeo de 1999)

5 ORGANIZACcedilAtildeO DA ENGENHARIA

51 Uma vez que a Engenharia exerce sua atividade sobre um fator sempre presente - o

terreno - deve haver em cada escalatildeo uma Engenharia capaz de modificar as condiccedilotildees

do mesmo de acordo com a manobra adotada

(Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 ndash C Dout ExCOTER de 31 MAI de 2016Fl 310)

52 A organizaccedilatildeo da Engenharia tem por base a centralizaccedilatildeo dos meios nos escalotildees

mais elevados permitindo que os mesmos possam suprir as deficiecircncias de Engenharia

dos escalotildees subordinados em face das necessidades especiacuteficas de cada situaccedilatildeo e

ainda atender ao apoio em profundidade de modo a liberar os escalotildees subordinados de

encargos na retaguarda

53 Uma accedilatildeo coordenadora do escalatildeo superior de engenharia sobre os escalotildees

subordinados se faz necessaacuteria e eacute realizada por meio dos canais teacutecnicos de

engenharia

54 O funcionamento adequado desses canais teacutecnicos constitui-se em dos principais

fatores para a eficiecircncia do apoio permitindo que os escalotildees subordinados possam em

tempo uacutetil articular seus meios tomar as providecircncias necessaacuterias e receber apoio

adicional do escalatildeo superior quando for o caso

55 A Engenharia eacute organizada no TO da seguinte forma Engenharia do Comando

Logiacutestico do Teatro de Operaccedilotildees (EngCLTO) Comando de Engenharia da Forccedila

Terrestre Componente (CEFTC) no caso de emprego de duas DE Engenharia

Divisionaacuteria (ED) e Engenharia de Brigada (E Bda)

56 Os escalotildees de Engenharia satildeo constituiacutedos pelos seguintes elementos de emprego

pelototildees de engenharia (Pel Eng) companhias de engenharia (Cia Eng) batalhotildees de

engenharia (Btl Eng) e grupamentos de engenharia (Gpt E) aleacutem das tropas de

engenharia especializadas

57 As tropas de engenharia especializadas oferecem capacidades diferenciadas de

engenharia em razatildeo de possuiacuterem pessoal e equipamentos especiacuteficos Quando

possuem valor igual ou menor que subunidade costumam ser chamadas genericamente

de ldquomoacutedulos especializadosrdquo

58 Satildeo exemplos de moacutedulos especializados Companhia de Engenharia de

Camuflagem Equipe de Mergulho Grupo de Construccedilatildeo Horizontal Turma de Patrimocircnio

Imobiliaacuterio etc

59 O anexo ldquoArdquo apresenta os escalonamentos da Engenharia no TO e os organogramas

das estruturas baacutesicas de Engenharia segundo as situaccedilotildees de emprego da FTC da

Doutrina Militar Terrestre

6 A ENGENHARIA NA ZONA DE ADMINISTRACcedilAtildeO

61 Na Zona de Administraccedilatildeo (ZA) encontra-se

611 uma estrutura de Engenharia que integra o Comando Logiacutestico do Teatro de

Operaccedilotildees (CLTO) denominada de EngCLTO de forma a apoiar as atividades daquele

(Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 ndash C Dout ExCOTER de 31 MAI de 2016Fl 410)

comando particularmente no planejamento e execuccedilatildeo de obras e de serviccedilos de

Engenharia

612 quando houver necessidade de se apoiar de forma mais cerrada a uma F Cte a

EngCLTO poderaacute organizar a partir dos seus meios um Grupo-Tarefa Logiacutestico de

Engenharia (GT Log Eng) que poderaacute enquadrar unidades de engenharia de combate

construccedilatildeo geoinformaccedilatildeo meio ambiente patrimocircnio imobiliaacuterio e outros

62 A EngCLTO seraacute constituiacuteda conforme as necessidades de trabalhos teacutecnicos e

atividades logiacutesticas de Engenharia O valor e a natureza da tropa dependem mais das

caracteriacutesticas da magnitude e das necessidades de desenvolvimento da infraestrutura

do ambiente operacional do que das forccedilas a serem apoiadas

63 Na ZA prioriza-se a exploraccedilatildeo dos recursos mobilizados e contratados Em

consequecircncia eacute normal a existecircncia de empresas civis especializadas e enquadradas

pela estrutura militar

64 As atividades de engenharia executadas com maior frequecircncia na ZA satildeo as de apoio

geral de engenharia englobando os trabalhos de estradas pontes instalaccedilotildees

geoinformaccedilatildeo manutenccedilatildeo e suprimento que exigem grande capacidade teacutecnica e

meios especializados nesse escalatildeo

65 Considerando o grande volume e complexidade de tarefas na ZA eacute conveniente que

as forccedilas de Engenharia integrantes da EngCLTO sejam enquadradas por

Grupamento(s) de Engenharia possuindo particularmente estruturas de Engenharia de

Construccedilatildeo de Meio Ambiente e de Patrimocircnio Imobiliaacuterio entre outras que se fizerem

necessaacuterias

7 A ENGENHARIA NA ZONA DE COMBATE

71 Na Zona de Combate (ZC) encontram-se

711 Estruturas de Engenharia da Forccedila Terrestre Componente (FTC) e de Divisatildeo (otildees)

de Exeacutercito (DE) com meios para atender agraves necessidades proacuteprias dessas estruturas e

aumentar o apoio aos escalotildees subordinados inclusive assumindo encargos nas aacutereas de

retaguarda destes de modo a liberar suas engenharias para o apoio cerrado aos

elementos de combate

712 A Engenharia orgacircnica das Brigadas com meios para atender agraves necessidades

miacutenimas e imediatas do escalatildeo e mais diretamente ligadas ao combate

72 A Engenharia da FTC

721 A FTC constitui o comando essencial para o emprego da engenharia por ser

encarregado de traduzir os aspectos da manobra do niacutevel operacional para o niacutevel taacutetico

(Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 ndash C Dout ExCOTER de 31 MAI de 2016Fl 510)

Tem assim uma visatildeo ampla do terreno e da situaccedilatildeo para poder julgar as necessidades

gerais em apoio e em trabalhos conceber o esquema geral de apoio de engenharia e

exercer efetivamente uma coordenaccedilatildeo dos escalotildees subordinados

722 O apoio de engenharia a uma FTC abrange uma diversidade de trabalhos em apoio

adicional agrave mobilidade e agrave contramobilidade dos elementos de primeiro escalatildeo Abrange

tambeacutem o apoio agrave proteccedilatildeo de tropas e instalaccedilotildees e o apoio geral de engenharia em

toda a sua aacuterea de atuaccedilatildeo

723 Uma FTC eacute estruturada para atender a um planejamento operacional especiacutefico natildeo

possuindo portanto uma organizaccedilatildeo fixa A Doutrina Militar Terrestre admite para fim

de planejamento diversos tipos de FTC cujos apoios de Engenharia seratildeo organizados

de acordo com as constituiccedilotildees destas

724 O apoio de Engenharia a uma FTC eacute coordenado por uma estrutura denominada de

Comando de Engenharia da FTC (CEFTC) a qual possui como principais elementos

operativos os grupamentos de engenharia (Gpt E) ou batalhotildees de engenharia (Btl Eng)

725 A organizaccedilatildeo e os organogramas dos diversos tipos de CEFTC satildeo apresentados

no Anexo ldquoArdquo

73 O Grupamento de Engenharia

731 O Gpt E controla coordena e supervisiona as tarefas de engenharia executadas

pelos batalhotildees e moacutedulos especializados subordinados sendo a estrutura natural para

enquadrar U e SU de Engenharia

732 Basicamente o Gpt E eacute composto pelo Cmdo EM pela Cia C Ap e por U e SU de

Engenharia Possui capacidade de enquadrar ateacute cinco batalhotildees Considera-se para fim

de planejamento que cinco moacutedulos especializados equivalem a uma U

74 A Engenharia Divisionaacuteria

741 As accedilotildees que se desenrolam no escalatildeo DE satildeo de natureza nitidamente taacutetica e

em consequecircncia sua engenharia opera em um ambiente no qual o combate eacute o

elemento preponderante

742 O apoio de Engenharia a uma DE eacute prestado por uma estrutura denominada

Engenharia Divisionaacuteria (ED)

743 Em funccedilatildeo da missatildeo da DE apoiada e da(s) hipoacutetese(s) de conflito planejada(s) a

ED pode ser organizada com constituiccedilatildeo variaacutevel desde um BE Cmb ateacute um Gpt E aleacutem

dos moacutedulos de engenharia especializados e dos reforccedilos que forem necessaacuterios

744 A ED apoia basicamente a mobilidade e a contramobilidade dos elementos de

manobra da divisatildeo Realiza tambeacutem o apoio agrave proteccedilatildeo de tropas e instalaccedilotildees e o

(Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 ndash C Dout ExCOTER de 31 MAI de 2016Fl 610)

apoio geral de engenharia em toda a zona de accedilatildeo divisionaacuteria suplementando o apoio

prestado pelas E Bda

745 O escalonamento da ED eacute apresentado no anexo A

75 A Engenharia de Brigada (E Bda)

751 A E Bda constitui o escalatildeo de engenharia mais avanccedilado na ZC Nele as

necessidades de apoio dos elementos de combate satildeo sentidas com mais intensidade o

que exige o posicionamento dos meios o mais agrave frente possiacutevel

752 Dentro da caracteriacutestica de apoio em profundidade a E Bda eacute organizada com

meios para atender agraves necessidades miacutenimas e mais imediatas da frente de combate e

realiza trabalhos sumaacuterios e raacutepidos Assim quando ocorre uma deficiecircncia de meios

em pessoal ou material a E Bda depende do apoio do escalatildeo superior de engenharia

para suplementaacute-la eou reforccedilaacute-la

753 A Engenharia de Brigada eacute composta basicamente por

7531 Um BE Cmb orgacircnico nas Brigadas Blindadas (Bda Bld) e de Infantaria

Mecanizada (Bda Inf Mec) Neste caso o BE Cmb possuiraacute duas Cia E Cmb a quatro Pel

E Cmb cada uma

7532 Uma Cia E Cmb orgacircnica nas demais brigadas Neste caso a Cia possuiraacute trecircs

Pel E Cmb

7533 A natureza das unidades de Engenharia de Combate de Brigada seraacute a mesma da

brigada apoiada

8 GERACcedilAtildeO DE FORCcedilAS

81 A Concepccedilatildeo Estrateacutegica do Exeacutercito (CEE) oferece diretrizes importantes para a

organizaccedilatildeo e destinaccedilatildeo das Forccedilas incluindo-se as tropas de Engenharia

particularmente as orgacircnicas das Brigadas em decorrecircncia das diversas Hipoacuteteses de

Emprego (HE)

82 O preparo prontidatildeo e emprego da Forccedila Terrestre satildeo regulados por meio do

Sistema Operacional Militar Terrestre (SISOMT)

83 A adjudicaccedilatildeo de meios inclusive os de Engenharia eacute proposta pelo Plano

Estrateacutegico de Emprego Conjunto das Forccedilas Armadas (PEECFA) (elaborado pelo

EMCFA) que identifica a Estrutura Militar e a composiccedilatildeo dos meios a serem

empregados A adjudicaccedilatildeo eacute confirmada e complementada pelo(s) Plano(s)

Operacional(ais) confeccionados pelos Comandos Operacionais

84 A adjudicaccedilatildeo de meios eacute de fundamental importacircncia para o processo de geraccedilatildeo de

forccedilas Normalmente as Eng Bda orgacircnicas das GU seguem o previsto para a respectiva

(Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 ndash C Dout ExCOTER de 31 MAI de 2016Fl 710)

Bda Jaacute os Gpt E existentes desde o tempo de normalidade possuem estruturas

importantes a considerar na adjudicaccedilatildeo de meios quer seja para a realizaccedilatildeo de

trabalhos na ZI (particularmente para as Op Eng Obras Militares Meio Ambiente e

Patrimocircnio) quer seja na organizaccedilatildeo ou mesmo na evoluccedilatildeo de sua estrutura para as

seguintes forccedilas EngCLTO CEFTC e ED

(Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 ndash C Dout ExCOTER de 31 MAI de 2016Fl 810)

ANEXO A - ORGANIZACcedilAtildeO DA ENGENHARIA NO TO E ORGANOGRAMAS DAS ESTRUTURAS BAacuteSICAS DE ENGENHARIA SEGUNDO AS SITUACcedilOtildeES DE EMPREGO DA FTC

1 FTC organizada com mais de um G Cmdo operativo (1ordm caso)

11 Escalonamento

Figura 1 - Exemplo de Organizaccedilatildeo da Engenharia em FTC com mais de um G Cmdo operativo

12 Organograma do CEFTC

Legenda (1) Possui Centro de Operaccedilotildees de Engenharia e poderaacute incluir estrutura de Meio

Ambiente e Patrimocircnio Imobiliaacuterio (2) Possui Nr variaacutevel de Gpt E (no miacutenimo 1) que enquadram Btl Eng e os Moacutedulos

Especializados (3) Nr variaacutevel de Moacutedulos Especializados

Figura 2 - Exemplo de organograma da CEFTC de FTC organizada com mais de um G Cmdo operativo

CEFTC

Cia C Ap Gpt E

(2) Cia Geoinformaccedilatildeo

Moacutedulos Especializados (3)

EM (1)

(Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 ndash C Dout ExCOTER de 31 MAI de 2016Fl 910)

13 Organograma de um Gpt E

Legenda

(1) Possui capacidade de enquadrar de dois a cinco Btl Eng (Cmb ou Cnst) Considera-se para fim de planejamento que cinco moacutedulos especializados equivalem a um Btl Eng

(2) Nr variaacutevel de Moacutedulos Especializados

Figura 3 - Organograma de um Grupamento de Engenharia

2 FTC organizada com mais de uma GU operativa (2ordm caso)

21 Organizaccedilatildeo

Figura 5 - Exemplo de Organizaccedilatildeo da Engenharia EM FTC com mais de um GU operativa

Gpt E

Cia C Ap Btl Eng

(1) Moacutedulos

Especializados (2)

EM

(ED)

(Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 ndash C Dout ExCOTER de 31 MAI de 2016Fl 1010)

22 Organograma do CEFTC (ED)

Legenda

(1) Possui Centro de Operaccedilotildees de Engenharia e poderaacute incluir estrutura de Meio Ambiente e Patrimocircnio Imobiliaacuterio

(2) Normalmente dois Btl Eng (Cmb ou Cnst) podendo chegar a cinco (3) Nr variaacutevel de Moacutedulos Especializados

Figura 6 - Exemplo de organograma da CEFTC de FTC organizada com mais de um G Unidade operativa

3 FTC eacute organizada com uma GU operativa (3ordm caso)

Neste caso o CEFTC (E Bda) seraacute constituiacutedo pela Unidade ou Subunidade orgacircnica

da GU podendo receber meios adicionais

PAULO RICARDO PINTO SILVA - Cel

Chefe do Centro de Doutrina do Exeacutercito

CEFTC ED

Cia C Ap Btl Eng

(2) Cia Geoinformaccedilatildeo

Moacutedulos Especializados

(3)

EM (1)

161

(Nota Complementar agrave Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 de 31 de maio de 2016Fl 16)

ANEXO B ndash NOTA COMPLEMENTAR Agrave NOTA DE COORDENACcedilAtildeO

DOUTRINAacuteRIA NR 022016

MINISTEacuteRIO DA DEFESA EXEacuteRCITO BRASILEIRO

COMANDO DE OPERACcedilOtildeES TERRESTRES

CENTRO DE DOUTRINA DO EXEacuteRCITO

Nota Complementar agrave Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 de 31 de maio de

2016

O EMPREGO DO BATALHAtildeO DE ENGENHARIA DAS BRIGADAS DE CAVALARIA

MECANIZADA

IacuteNDICE DE ASSUNTOS

1 FINALIDADE 02

2 OBJETIVO 02

3 REFEREcircNCIAS 02

4 INTRODUCcedilAtildeO 02

5 APOIO DE ENGENHARIA AgraveS BRIGADAS DE CAVALARIA

MECANIZADA 03

6 ORGANIZACcedilAtildeO DA ENGENHARIA DA BRIGADA 04

7 EMPREGO DO BATALHAtildeO 04

ANEXOS

A ndash ORGANIZACcedilAtildeO DO BE CMB ORGAcircNICO DE UMA BRIGADA DE

CAVALARIA MECANIZADA 06

162

(Nota Complementar agrave Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 de 31 de maio de 2016 Fl 26)

1 FINALIDADE

Complementar a orientaccedilatildeo do emprego da engenharia retificando as

informaccedilotildees referentes ao apoio agraves Brigadas de Cavalaria Mecanizada (Bda C

Mec)

2 OBJETIVO

Apresentar uma visatildeo atualizada da organizaccedilatildeo estrutura e emprego da

engenharia que presta apoio agraves Bda C Mec agrave luz da Doutrina Militar Terrestre

subsidiando a exploraccedilatildeo do assunto nas Escolas Militares no planejamento e

execuccedilatildeo de Exerciacutecios Militares nos planejamentos operacionais e taacuteticos para

Emprego da Forccedila Terrestre

3 REFEREcircNCIAS

____ Glossaacuterio das Forccedilas Armadas - MD35-G-01 2007

____ Operaccedilotildees EB20-MF-10103 2014

____ Movimento e Manobra - EB20-MC-10203 2015

____ Logiacutestica - EB20-MC-10204 2014

____ Proteccedilatildeo - EB20-MC-10208 2015

____ Doutrina Militar Terrestre - EB20-MF-10102-1 2014

____ Emprego de Engenharia - C 5-1 1999

____ Brigada de Cavalaria Mecanizada - C 2-30

____ Batalhatildeo de engenharia de combate - C 5-7 2001

____ O apoio de engenharia no escalatildeo brigada - C 5-10 2000

____ Regimento de Cavalaria Mecanizado - C 2-20 2002

____ Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 002 2016 ndash As estruturas de

engenharia no teatro de operaccedilotildees

4 INTRODUCcedilAtildeO

41 A desarmonia entre doutrina e emprego afasta a forccedila da possibilidade de

manutenccedilatildeo de uma efetiva capacidade A mudanccedila em um dos fatores da

doutrina exige um reajuste das demais para que se mantenha um equiliacutebrio entre

Doutrina Organizaccedilatildeo Adestramento Material Emprego Pessoal e Instruccedilatildeo

(DOAMEPI)

163

(Nota Complementar agrave Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 de 31 de maio de 2016 Fl 36)

42 O Projeto Estruturante Novo Sistema de Engenharia (PENSE) Vetor de

Transformaccedilatildeo da Engenharia no Processo de Tranformaccedilatildeo do Exeacutercito foi

concebido com a finalidade de proporcionar uma urgente recuperaccedilatildeo da

capacidade operacional no que tange agraves estruturas organizacionais

competecircncia dos recursos humanos evoluccedilatildeo doutrinaacuteria melhoria da

quantidade e qualidade do material de engenharia e gestatildeo ambiental nas

atividades militares

43 Evoluccedilotildees doutrinaacuterias e aquisiccedilotildees de materiais modernos como as Viaturas

dos Projetos Leopard e Guarani proporcionaram agraves brigadas mecanizadas e

blindadas grande poder de dissuasatildeo exigindo entretanto uma adequaccedilatildeo no

do material pessoal e doutrina da engenharia

5 APOIO DE ENGENHARIA AgraveS BRIGADAS DE CAVALARIA MECANIZADA

51 O apoio de Engenharia eacute fundamental para que as brigadas blindadas e

mecanizadas tenham capacidade de mobilidade contramobilidade e proteccedilatildeo

Uma engenharia ineficiente elimina as vantagens obtidas por fraccedilotildees dotadas de

modernas viaturas as quais tecircm sua mobilidade ditada por limitaccedilotildees impostas

pelo terreno e por restriccedilotildees determinadas pela engenharia inimiga bem como

sua defesa pelo uso exclusivo do fogo

52 Esta NCD complementa a Nota de Coordenccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 de 31

de maio de 2016 e retifica-a no que tange agrave organizaccedilatildeo da Engenharia em

apoio agraves Brigadas de Cavalaria Mecanizada a qual a mantinha como uma

subunidade

53 Dotada de trecircs Pelototildees de Engenharia de Combate (Pel E Cmb) e um

Pelotatildeo de Engenharia de Apoio (Pel E Ap) como elementos executivos e de um

Pelotatildeo de Equipagem de Assalto (Pel Eq Ass) a Subunidade de engenharia natildeo

tem capacidade de proporcionar agrave Bda C Mec mobilidade assegurar a

contramobilidade nem contribuir com sua proteccedilatildeo

54 A Brigada de Cavalaria Mecanizada pode empregar em primeiro escalatildeo ateacute

2 (dois) Regimentos de Cavalaria Mecanizada (RC Mec) e 1 (um) Regimento de

Cavalaria Blindado (RCB) os quais podem receber pelototildees em apoio direto ou

situaccedilatildeo de comando reforccedilo

164

(Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 ndash C Dout ExCOTER de 31 MAI de 2016Fl 610)

55 O Comandante da engenharia do escalatildeo Brigada entretanto natildeo restringe

sua influecircncia no combate ao apoio de Engenharia no Apoio Direto ou no Reforccedilo

aos regimentos mas emprega os demais pelototildees que estatildeo sob seu comando

no Apoio Suplementar a esses pelototildees no Apoio ao Conjunto realizado em

proveito a mais de um elemento ou agrave brigada como um todo aleacutem de manter

condiccedilotildees de apoiar a reserva quando empregada

6 ORGANIZACcedilAtildeO DA ENGENHARIA DA BRIGADA DE CAVALARIA

MECANIZADA

61 A Engenharia da brigada deve atender as necessidades miacutenimas e imediatas

do escalatildeo e mais diretamente ligadas ao combate o que para isso conta com

um Batalhatildeo de Engenharia de Combate Mecanizado (BE Cmb Mec)

62 O BE Cmb Mec estaacute organizado com uma Companhia de Engenharia de

Combate Mecanizada (Cia E Cmb Mec) uma Companhia de Engenharia de

Combate Blindado (Cia E Cmb Bld) uma Companhia de Comando e Apoio (Cia

C Ap) e uma Companhia de Equipagem de Ponte (C Eq Pnt)

63 A Companhia de Engenharia de Combate Mecanizada (Cia E Cmb Mec)

subunidade mais apta para apoiar os RC Mec e a Cia E Cmb Bld mais apta para

apoiar o RCB possuem cada uma 4 (quatro) Pelototildees de Engenharia de

Combate (Pel E Cmb) como fraccedilatildeo baacutesica de emprego junto aos regimentos

64 A Cia C Ap tem a missatildeo de prover os meios para o comando e logiacutestica do

batalhatildeo e equipamentos de engenharia para as companhias aleacutem de realizar

trabalhos teacutecnicos de manutenccedilatildeo de rede miacutenima de estrada e instalaccedilotildees

necessaacuterios agrave Bda

65 A Cia E Pnt tem a missatildeo apoiar com equipamento especializado a

transposiccedilatildeo de curso de aacutegua e de pequenas brechas no apoio agrave mobilidade e

reforccedilar as Cia E Cmb orgacircnicas do batalhatildeo com material de transposiccedilatildeo

165

(Nota Complementar agrave Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 de 31 de maio de 2016 Fl 56)

7 EMPREGO DO BATALHAtildeO

71 O comandante do Batalhatildeo de Engenharia de Combate Mecanizado

administra o emprego de suas fraccedilotildees e meios a fim de garantir o apoio agrave

mobilidade contramobilidade e proteccedilatildeo da brigada

72 Com o objetivo preciacutepuo de apoio aos elementos em primeiro escalatildeo o

comandante da engenharia da brigada simultaneamente manteacutem condiccedilotildees de

prestar apoio suplementar a esses elementos suprir as necessidades da brigada

no Apoio ao Conjunto e ficar em condiccedilotildees de apoiar a reserva quando

empregada

73 As Cia E Cmb satildeo os elementos executivos do batalhatildeo

74 Ao Cmt do BE Cmb cabe planejar o emprego de seus meios os quais devem

ser compatiacuteveis com suas possibilidades

75 Para o apoio aos elementos em primeiro escalatildeo as companhias apoiam com

pelototildees de preferecircncia de mesma natureza do elemento apoiado Cada peccedila

de manobra valor unidade empregado pela Bda recebe normalmente um

pelotatildeo Quando necessaacuterio o reforccedilo em material este deve ser solicitado ao

Cmt Btl

76 A Cia C Ap tem a missatildeo de prover os meios para comando e logiacutestica do

batalhatildeo e Viatura Blindadas Especiais sobre lagartas a fim de reforccedilar os

pelototildees em apoio aos regimentos e equipamentos de engenharia para as Cia E

Cmb

77 A Cia E Pnt tem a missatildeo de apoiar e reforccedilar as Cia E Cmb orgacircnicas na

transposiccedilatildeo de curso de aacutegua e pequenas brechas com equipamento

especializado e VBE sobre lagartas

166

(Nota Complementar agrave Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 de 31 de maio de 2016Fl 66)

ANEXO A - ORGANIZACcedilAtildeO DO BE CMB MEC ORGAcircNICO DE UMA BRIGADA

DE CAVALARIA MECANIZADA

1 Organograma do BE Cmb MecBda C Mec

Figura 1 ndash Exemplo de um organograma de BE Cmb Mec de Bda C Mec

TERMO DE AUTORIZACcedilAtildeO PARA PUBLICACcedilAtildeO DE TESES DISSERTACcedilOtildeES

TRABALHOS DE CONCLUSAtildeO DE CURSO E ARTIGOS CIENTIacuteFICOS ELETROcircNICOS NA

BIBLIOTECA DIGITAL DE TRABALHOS CIENTIacuteFICOS

Na qualidade de titular dos direitos de autor da publicaccedilatildeo autorizo a DESMil e a EsAO a

disponibilizarem atraveacutes de paacutegina eletrocircnica oficial do Estabelecimento de Ensino sem ressarcimento dos

direitos autorais de acordo com a Lei nordm 9610 de 19 de fevereiro de 1998 Lei de Direito Autoral o texto

integral da obra abaixo citada conforme permissotildees assinaladas para fins de leitura impressatildeo eou

download a tiacutetulo de divulgaccedilatildeo da produccedilatildeo cientifica brasileira a partir desta data

Identificaccedilatildeo do material bibliograacutefico

( ) Tese (x) Dissertaccedilatildeo ( ) Trabalho de Conclusatildeo de Curso (x) Artigo Cientiacutefico

Instituiccedilatildeo de Ensino Escola de Aperfeiccediloamento de Oficiais (EsAO)

Tiacutetulo A doutrina de Engenharia de Combate da Brigada de Cavalaria Mecanizada Uma sugestatildeo de

adequaccedilatildeo do apoio prestado aos elementos empregados em primeiro escalatildeo nas operaccedilotildees ofensivas

Autor Cap Eng Saulo dos Santos Marques

Idt033373474-7 CPF010094330-67 E-mailmarxemcasahotmailcom

Data de Defesa11 de outubro de 2018 Titulaccedilatildeo Mestrado Profissional

Curso de Poacutes-graduaccedilatildeo Engenharia Aacuterea de Concentraccedilatildeo Defesa Nacional

Palavras-chave Brigada de Cavalaria Mecanizada Companhia de Engenharia de Combate

Mecanizada Projeto Estruturante Novo Sistema de Engenharia Operaccedilatildeo de Aproveitamento do Ecircxito

Agecircncia de fomento (se for o caso)

Autoriza disponibilizar o e-mail na Base de Dados de Teses Dissertaccedilotildees Trabalhos Cientiacuteficos

e Artigos Cientiacuteficos da Biblioteca Digital de Trabalhos Cientiacuteficos

( x ) SIM ( ) NAtildeO

Informaccedilatildeo de acesso ao documento

Liberaccedilatildeo para publicaccedilatildeo (x) Total ( ) Parcial

Em caso de publicaccedilatildeo parcial especifique o(s) tiacutetulo(s) eou capiacutetulo(s) restrito(s)

Tiacutetulo(s) ________________________________________________________________________

Capiacutetulo(s) ______________________________________________________________________

A restriccedilatildeo (parcial ou total poderaacute ser mantida por ateacute um ano a partir da data de autorizaccedilatildeo da

publicaccedilatildeo) A extensatildeo deste prazo suscita justificativa ao Instituto Brasileiro de Informaccedilatildeo em Ciecircncia e

Tecnologia (IBICT) Todo o conteuacutedo resumo e metadados ficaratildeo sempre disponibilizados

Havendo concordacircncia com a publicaccedilatildeo eletrocircnica do Trabalho Cientiacutefico torna-se imprescindiacutevel o

envio do(s) seu(s) arquivo(s) em formato digital sem ser passiacutevel de modificaccedilatildeo do tipo Portable Document

Format (PDF) da Adobe Systems

________________________________________

Saulo dos Santos Marques

MINISTEacuteRIO DA DEFESA

EXEacuteRCITO BRASILEIRO

DECEx - DESMIL

ESCOLA DE APERFEICcedilOAMENTO DE OFICIAIS

(EsAO1919)

DIVISAtildeO DE ENSINO SECcedilAtildeO DE POacuteS-GRADUACcedilAtildeO

TERMO DE CESSAtildeO DE DIREITOS SOBRE TRABALHO ACADEcircMICO

TIacuteTULO DO TRABALHO

A DOUTRINA DA ENGENHARIA DE COMBATE DA BRIGADA DE CAVALARIA

MECANIZADA UMA SUGESTAtildeO DE ADEQUACcedilAtildeO DO APOIO PRESTADO AOS

ELEMENTOS EMPREGADOS EM PRIMEIRO ESCALAtildeO NAS OPERACcedilOtildeES OFENSIVAS

IDENTIFICACcedilAtildeO DO AUTOR

SAULO DOS SANTOS MARQUES ndash Cap Eng

1 Este trabalho nos termos da legislaccedilatildeo que resguarda os direitos autorais eacute considerado de minha

propriedade

2 Autorizo a Escola de Aperfeiccediloamento de Oficiais (EsAO) a utilizar meu trabalho para uso

especiacutefico no aperfeiccediloamento e evoluccedilatildeo da Forccedila Terrestre bem como a divulgaacute-lo por publicaccedilatildeo em

revista teacutecnica da Escola ou outro veiacuteculo de comunicaccedilatildeo do Exeacutercito

3 A EsAO poderaacute fornecer coacutepia do trabalho mediante ressarcimento das despesas de postagem e

reproduccedilatildeo Caso seja de natureza sigilosa a coacutepia somente seraacute fornecida se o pedido for encaminhado

por meio da Organizaccedilatildeo Militar fazendo-se a necessaacuteria anotaccedilatildeo do destino no Livro de Registro

existente na Biblioteca

4 Eacute permitida a transcriccedilatildeo parcial de trechos do trabalho para comentaacuterios e citaccedilotildees desde que sejam

transcritos os dados bibliograacuteficos dos mesmos de acordo com a legislaccedilatildeo sobre direitos autorais

5 A divulgaccedilatildeo do trabalho em outros meios natildeo pertencentes ao Exeacutercito somente pode ser feita

com a autorizaccedilatildeo do autor ou da Direccedilatildeo de Ensino da EsAO

Rio de Janeiro ___ de _________________ de ________

_______________________________________

O AUTOR

Page 7: ESCOLA DE APERFEIÇOAMENTO DE OFICIAIS Cap Eng SAULO …

ABSTRACT

The capacity of a troop is based on factors doctrine organization training material employment personnel and instruction For the engineering system the importance of the set formed by the material personnel and organization stands out even more The Strategic New Engineering System Project aims to restructure this system which has a significant influence on the ability of engineering to fulfill its missions as a support weapon Aligned with this objective this work analyzed the structure of the Mechanized Cavalry Brigades which are composed of Mechanized Cavalry Regiments and Armored Cavalry Regiments which received respectively the Armored Personnel Carrier Vehicle - Medium Wheeled Type and the Main Battle Tank Leopard 1 and M60 A3-TTS Although the Guarani and Leopard projects influenced the improvement of the materials used by the regiments the Mechanized Combat Engineering Company did not have the adequacy of its base factors Then the need arose through the analysis of the factors of employment and materials to suggest a proposal for adequacy of this support provided to the elements employed in the first step of the brigade based on the analysis of the support for Deliberate Attack

Keywords Mechanized Cavalry Brigades Mechanized Combat Engineering Company Structurant New Engineering System Project Deliberate Attack

SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO 10

11 PROBLEMA 12

12 OBJETIVOS 13

13 QUESTOtildeES DE ESTUDO 14

14 JUSTIFICATIVA 15

2 METODOLOGIA 16

21 OBJETO FORMAL DE ESTUDO 16

211 Definiccedilatildeo conceitual das variaacuteveis 17

212 Definiccedilatildeo operacional das variaacuteveis 18

213 Alcances e limiteshelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 19

22 AMOSTRAhelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 20

23 DELINEAMENTO DA PESQUISAhelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 21

231 Procedimentos para revisatildeo de literatura 21

2311 Fontes de busca 22

2312 Estrateacutegia de busca para as bases de dados 22

2313 Criteacuterios de inclusatildeo helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 22

2314 Criteacuterios de exclusatildeo helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 22

232 Procedimentos Metodoloacutegicos helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 23

233 Procedimentos Experimental helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 23

234 Instrumentos 23

2341 Elaboraccedilatildeo dos questionaacuterios 24

2342 Questionaacuterio destinado aos oficiais em funccedilatildeo de desenvolvimento coordenaccedilatildeo ou chefia do Projeto Guarani hellip 24

2343 Questionaacuterio destinado aos comandantes e ex-comandantes de regimento de cavalaria de uma Brigada de Cavalaria Mecanizada (Apecircndice A)helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 24

2344 Questionaacuterio destinado aos comandantes e ex-comandantes de regimento de cavalaria de uma Brigada de Cavalaria Mecanizada (Apecircndice B)helliphelliphelliphelliphelliphellip

25

2345 Questionaacuterio destinado aos oficiais de engenharia que tenham

realizado curso de Comandante de Subunidade nos Estados Unidos ou na Alemanha (Apecircndice C)helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip

25

2346 Questionaacuterio destinado aos oficiais na funccedilatildeo de instrutor do Centro de Instruccedilatildeo de Blindados que tenham realizado curso de Comandante de Subunidade nos Estados Unidos ou na Alemanha (Apecircndice D)helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 25

235 Anaacutelise dos Dados helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 26

2351 Tabulaccedilatildeo dos dados helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 26

3 REVISAtildeO DE LITERATURA 27

31 CONSIDERACcedilOtildeES INICIAIS 28

311 Operaccedilotildees de Aproveitamento do Ecircxito 28

312 Situaccedilatildeo de Comando Reforccedilo 29

313 Funccedilatildeo de Combate Movimento e Manobra 29

314 Modularidade 30

315 Projeto Guarani 31

32 BRIGADA DE CAVALARIA MECANIZADA 33

321 Regimento de Cavalaria Mecanizado 35

322 Regimento de Cavalaria Blindada 36

33 COMPANHIA DE COMBATE MECANIZADA 38

331 O Pelotatildeo de Engenharia de Apoio 40

332 O Pelotatildeo de Equipagem de Assalto 40

333 O Pelotatildeo de Engenharia de Combate Mecanizado 43

34 MATERIAIS DE EMPREGO MILITAR DISPONIacuteVEIS NO MUNDO PARA REFORCcedilO AOS PEL E CMB NO APOIO Agrave MOBILIDADE 45

341 Viatura blindada especial lanccediladora de pontes de pequena brecha 46

342 Viatura Blindada Especial de Engenharia helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 49

343 Viaturas Blindadas Especiais de Abertura de Brecha 50

344 Outros sistemas e implementos 55

35 APOIO DE ENGENHARIA ORGAcircNICA AgraveS BRIGADAS MECANIZADAS EM OUTROS PAIacuteSES

60

351 SBCT a brigada americana Stryker helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip 60

352 Brigada de Infantaria Mecanizada da Alemanha helliphellip 63

4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO 71

41 DISCUSSAtildeO REFERENTE AOS INSTRUMENTOS UTILIZADOS 71

411 Revisatildeo da literatura 72

412 Entrevistas 73

413 Coleta documental 73

42 CAPACIDADES OPERATIVAS DA COMPANHIA DE ENGENHARIA DE COMBATE MECANIZADO NO APROVEITAMENTO DO EcircXITO 74

421 Adequabilidade da organizaccedilatildeo 74

422 Adequabilidade do material 78

43 APOIO DE ENGENHARIA AOS REGIMENTOS DE UMA BRIGADA DE CAVALARIA MECANIZADA 79

431 Organizaccedilatildeo adequada 80

432 Comparaccedilatildeo com outros exeacutercitos 82

433 Caracteriacutesticas dos meios 91

434 Quantidade de VBE por BE Cmb 96

5 CONCLUSAtildeO E RECOMENDACcedilOtildeES 99

REFEREcircNCIAS 103

APEcircNDICE A - QUESTIONAacuteRIO DESTINADO AOS COMANDANTES E EX-COMANDANTES DOS REGIMENTOS DAS BRIGADAS DE CAVALARIA MECANIZADA 109

APEcircNDICE B - QUESTIONAacuteRIO DESTINADO AOS COMANDANTES E EX-COMANDANTES DAS COMPANHIAS DE ENGENHARIA MECANIZADA 120

APEcircNDICE C - QUESTIONAacuteRIO DESTINADO AOS MILITARES DE ENGENHARIA COM CURSO DE COMANDANTE DE SUBUNIDADE NA ALEMANHA OU ESTADOS UNIDOS 131

APEcircNDICE D - QUESTIONAacuteRIO DESTINADO INSTRUTORES DO CENTRO DE INSTRUCcedilAtildeO DE BLINDADOS COM CURSO DE COMANDANTE DE SUBUNIDADE NA ALEMANHA OU ESTADOS UNIDOS 143

APEcircNDICE E - PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL 150

ANEXO A ndash NCD NR 022016 151

ANEXO B ndash NOTA COMPLEMENTAR Agrave NCD NR 022016 160

10

1 INTRODUCcedilAtildeO

Os novos manuais doutrinaacuterios publicados a partir do ano de 2014

reformularam as bases da doutrina do Exeacutercito Atraveacutes deles a Doutrina Militar

Terrestre (DMT) ratificou alguns conceitos jaacute existentes mas trouxe novos que devem

ser entendidos e incorporados agraves capacidades da forccedila a fim de acompanhar a

evoluccedilatildeo do combate mundial

O conhecimento de conceitos como Operaccedilatildeo de Amplo Espectro (atuaccedilatildeo

simultacircnea ou sucessiva em Operaccedilotildees Ofensivas Defensivas de Pacificaccedilatildeo e de

Apoio a Oacutergatildeos Governamentais) permite entender quais satildeo as capacidades que

devem ser almejadas pelas Brigadas Mecanizadas (Bda Mec) consideradas Grandes

Unidades (GU) vocacionadas para essa Operaccedilatildeo Destas GU destacam-se as de

Cavalaria Mecanizada que segundo o Manual de DMT tem a aptidatildeo agraves missotildees de

Reconhecimento Vigilacircncia e Seguranccedila

As Brigadas de Cavalaria Mecanizada apresentam limitaccedilotildees como a

vulnerabilidade a ataques aeacutereos a sensibilidade ao largo emprego de minas e

obstaacuteculos artificiais e mobilidade restrita em terrenos montanhosos arenosos

pedregosos cobertos e pantanosos aleacutem de sua restriccedilatildeo agraves condiccedilotildees

meteoroloacutegicas adversas e com grande dependecircncia de uso de rede rodoviaacuteria

conforme discriminado pelo manual C 2-30 - Brigada de Cavalaria Mecanizada

(BRASIL 2000 p 1-4)

Tais limitaccedilotildees afetam principalmente a mobilidade da Bda em Operaccedilotildees

Ofensivas na qual os RC Mec (Brasil 2000 p 1-14) estatildeo mais capacitados a

executar as operaccedilotildees altamente moacuteveis as manobras de flanco o aproveitamento

do ecircxito e a perseguiccedilatildeo Por sua vez o RCB que por suas caracteriacutesticas eacute o

elemento de manobra mais eficaz para conduzir as operaccedilotildees ofensivas e defensivas

continuadas da Bda apresenta uma seacuterie de restriccedilotildees na sua capacidade de

manobra diminuindo sua eficaacutecia e eficiecircncia no emprego do fogo do combate

aproximado e da accedilatildeo de choque

Para reduzir as limitaccedilotildees das Brigadas de Cavalaria Mecanizada na mobilidade

contramobilidade e proteccedilatildeo as Companhia de Engenharia de Combate Mecanizada

(Cia E Cmb Mec) empregam os Pelototildees de Engenharia de Combate Mecanizado

(Pel E Cmb Mec) conforme Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 de 31 de

maio de 2016 As Estruturas de Engenharia no Teatro de Operaccedilotildees (documento de

11

caraacuteter experimental portanto natildeo definitivo) a fim de atender agraves necessidades

miacutenimas dos Regimentos de Cavalaria Mecanizado (RC Mec) e Regimento de

Cavalaria Blindado (RCB)

As atribuiccedilotildees que a Engenharia tem para com seus elementos apoiados se

apresentam da seguinte forma

A Engenharia tem como missatildeo principal apoiar com as vertentes do

combate e construccedilatildeo os elementos de emprego da F Ter nas operaccedilotildees

desencadeadas no amplo espectro dos conflitos Participa das Funccedilotildees de

Combate Movimento e Manobra proporcionando mobilidade agraves armas-base

e contra-mobilidade ao inimigo Proteccedilatildeo aos oacutergatildeos e estruturas de

combate Logiacutestica em diversas atividades dentre outras (BRASIL 2014 p

6-3)

Nesta uacuteltima deacutecada concomitantemente com a atualizaccedilatildeo doutrinaacuteria novos

Materiais de Emprego Militar (MEM) foram distribuiacutedos em diversas OM do Brasil

frutos de Projetos Estrateacutegicos do Exeacutercito (PEE) alterando suas capacidades e

limitaccedilotildees Dentre eles destaca-se para as tropas de natureza blindada o Projeto

Leopard o qual levou agrave troca dos Carros de Combate (CC) M41 pelas Viatura Blindada

de Combate Carro de Combate Leopard 1 A5 BR (VBCCC Leopard 1 A5 BR) desde

2009

Para as tropas mecanizadas o principal impacto foi causado pelo Projeto

Guarani o qual jaacute modernizou a frota de algumas Organizaccedilotildees Militares (OM) com

esta Viatura Blindada de Transporte de Pessoal Meacutedia de Rodas (VBTP-MR) a qual

estaacute em fase de produccedilatildeo e entrega Concomitantemente com a produccedilatildeo dessas

viaturas estatildeo sendo desenvolvidos protoacutetipos e adquiridos materiais para o

desenvolvimento dos demais componentes da Nova Famiacutelia de Blindados Sobre

Rodas Guarani (NFBSR)

O presente trabalho tem por objetivo analisar as Capacidades Operativas que

os elementos de engenharia deveratildeo possuir considerando os reflexos da evoluccedilatildeo

doutrinaacuteria e dos novos Materiais de Emprego Militar para apoiar a mobilidade dos

Regimentos de Cavalaria Mecanizada e Regimentos de Cavalaria Blindado

empregados em primeiro escalatildeo por uma Brigada de Cavalaria Mecanizada na

Operaccedilatildeo de Aproveitamento do Ecircxito (Apvt Ecircxi) (BRASIL 2014 p 7-2)

12

O objetivo geral do presente estudo eacute partindo do estudo das Capacidades da

Cia E Cmb Mec analisar no acircmbito da mobilidade as necessidades miacutenimas e

imediatas dos elementos a serem empregados em primeiro escalatildeo Baseado nessa

anaacutelise busca-se apresentar uma proposta de adequaccedilatildeo do apoio prestado pela Cia

E Cmb Mec no Aproveitamento do Ecircxito (Apvt Ecircxi)

11 PROBLEMA

Em manual datado de 1989 C 5-10 - Apoio de Engenharia no Escalatildeo Brigada

e reeditado em 2000 consta a missatildeo organizaccedilatildeo atribuiccedilotildees equipamentos e

forma de emprego do pelotatildeo de engenharia de combate O manual C 5-1 - Emprego

da Engenharia datado de 1999 em sua 3ordf ediccedilatildeo caracteriza o Pel E Cmb como o

elemento responsaacutevel por prestar apoio aos elementos em primeiro escalatildeo da Bda C

Mec

A Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 (NCD Nr 0216) trouxe a

atualizaccedilatildeo de alguns conceitos modificando inclusive o escalatildeo de apoio de

engenharia agraves Brigadas Blindadas e de Infantaria Mecanizada (Bda Inf Mec)

passando do valor subunidade (Companhia) para unidade (Batalhatildeo)

Nesta mesma NCD poreacutem foi mantido o estabelecido nos dois manuais citados

acima ratificando que uma Cia E Cmb Mec constituiacuteda por 3 Pel E Cmb Mec eacute o

elemento de apoio aos Regimentos da Bda

O Comandante da Cia E Cmb Mec denominado engenheiro da brigada ao

empregar pelototildees em reforccedilo restringe sua capacidade de realizar um apoio

suplementar a esses pelototildees e de realizar trabalhos em prol da proacutepria companhia

dos demais elementos da brigada e do apoio ao conjunto (mais de um elemento)

Aleacutem disso por sua limitaccedilatildeo em meios na realizaccedilatildeo de trabalhos o Pel E Cmb

na maioria de suas missotildees eacute reforccedilado por equipagens e equipamentos pelo Pelotatildeo

de Equipagem de Assalto e pelo Pelotatildeo de Engenharia de Apoio Esses poreacutem natildeo

possuem materiais adequados reforccedilar os pelototildees de engenharia de combate

Face ao exposto formulou-se o seguinte problema Em que medida a

Companhia de Engenharia de Combate Mecanizada tem capacidade de atender agraves

necessidades miacutenimas dos elementos empregados em primeiro escalatildeo de uma Bda

C Mec no Aproveitamento do Ecircxito no que tange agrave mobilidade

13

12 OBJETIVOS

O presente trabalho tem por objetivo analisar as Capacidades Operativas que

os elementos de engenharia deveratildeo possuir considerando os reflexos da evoluccedilatildeo

doutrinaacuteria e dos novos Materiais de Emprego Militar para apoiar a mobilidade dos

Regimentos de Cavalaria Mecanizada e Regimentos de Cavalaria Blindado

empregados em primeiro escalatildeo por uma Brigada de Cavalaria Mecanizada na

Operaccedilatildeo de Aproveitamento do Ecircxito

Com o intuito de conduzir o estudo para uma soluccedilatildeo foram elencados os

seguintes objetivos especiacuteficos

a Apresentar os conceitos novos ou natildeo que sejam relevantes para a

exploraccedilatildeo do assunto

b Descrever a forma de emprego de uma Bda C Mec em Operaccedilotildees de

Aproveitamento do Ecircxito

c Descrever a organizaccedilatildeo e as caracteriacutesticas dos elementos empregados em

primeiro escalatildeo por uma Bda C Mec

d Descrever a organizaccedilatildeo caracteriacutesticas e forma de emprego em Operaccedilotildees

Ofensivas de uma Cia E Cmb Mec

e Descrever a organizaccedilatildeo caracteriacutesticas e missatildeo junto aos Pel E Cmb de

um Pelotatildeo de Engenharia de Apoio (Pel E Ap)

f Descrever a organizaccedilatildeo caracteriacutesticas e missatildeo junto aos Pel E Cmb de

um Pelotatildeo de Equipagem de Assalto (Pel Eq Ass)

g Descrever a organizaccedilatildeo caracteriacutesticas missatildeo possibilidades e limitaccedilotildees

do Pel E Cmb Mec

h Analisar a capacidade do Pel E Cmb Mec em atender agraves necessidades

miacutenimas dos regimentos de uma Brigada de Cavalaria Mecanizada em

Operaccedilotildees Ofensivas

i Apresentar viaturas especiais de engenharia disponiacuteveis no mercado

mundial

j Analisar o emprego de uma engenharia de Bda do exeacutercito alematildeo e

estadunidense semelhante agrave Bda C Mec concluindo sobre a adequabilidade

do emprego realizado pelo exeacutercito brasileiro

14

k Apresentar uma proposta de apoio de engenharia capaz de atender agraves

necessidades miacutenimas de regimentos orgacircnicos de uma Bda C Mec

13 QUESTOtildeES DE ESTUDO

Atraveacutes da anaacutelise da capacidade de apoio de um Pel E Cmb orgacircnico de uma

Cia E Cmb Mec frente agraves necessidades de uma Brigada de Cavalaria Mecanizada agrave

luz dos novos manuais doutrinaacuterios projetos estrateacutegicos e dos meios de dotaccedilatildeo (ou

em aquisiccedilatildeo pelo Exeacutercito) seraacute analisada a adequabilidade desse apoio Para isso

foram relacionadas algumas questotildees de estudo listadas abaixo a fim de guiar o

trabalho ao objetivo proposto

a) quais os conceitos associados ao emprego e ao material satildeo necessaacuterios para

desenvolvimento de uma proposta adequada de organizaccedilatildeo da Cia E Cmb Mec

b) como a Brigada de Cavalaria Mecanizada eacute empregada em uma Operaccedilatildeo de

Aproveitamento do Ecircxito

c) como se caracterizam os elementos empregados em primeiro escalatildeo pela

Brigada de Cavalaria Mecanizada

d) como a Companhia de Engenharia de Combate Mecanizada das Brigadas de

Cavalaria Mecanizadas satildeo empregadas em Operaccedilotildees Ofensivas

e) como se caracterizam os elementos empregados em primeiro escalatildeo pela

Companhia de Engenharia de Combate Mecanizada

f) quais os meios que disponiacuteveis atualmente para o Pelotatildeo de Engenharia de

Combate Mecanizado apoiar os Regimentos empregados em primeiro escalatildeo no

Aproveitamento do Ecircxito

g) quais os materiais disponiacuteveis no mundo necessaacuterios para atribuir capacidade

de junto aos Regimentos em um Aproveitamento do Ecircxito

h) como eacute prestado o apoio de engenharia em outros paiacuteses a tropas que

possuam organizaccedilatildeo semelhante agrave da Brigada de Cavalaria Mecanizada

i) qual a sugestatildeo de emprego da engenharia de brigada para que seja realizado

um apoio adequado que atenda agraves necessidades miacutenimas dos regimentos orgacircnicos

da Bda C Mec

14 JUSTIFICATIVAS

15

Este trabalho justifica-se pela necessidade de ser avaliada a manutenccedilatildeo ou natildeo

da capacidade da Cia E Cmb Mec frente agraves mudanccedila relacionadas agraves caracteriacutesticas

apresentadas pelos novos cenaacuterios mundiais e pela evoluccedilatildeo do material utilizado

pelo Exeacutercito Brasileiro advindo dos Projetos Leopard e Guarani a fim de

acompanhar o Processo de Transformaccedilatildeo do Exeacutercito Brasileiro que estaacute em

desenvolvimento atualmente

Tal justificativa encontra-se alinhada com os objetivos do Projeto Estruturante

Novo Sistema de Engenharia (PENSE) concebido pelo EME em 2014 o qual teve a

Diretriz de Implantaccedilatildeo aprovada pela Portaria Nordm 031-EME de 26 de fevereiro de

2018

O objetivo decisivo do programa estaacute centrado nos pilares de sustentaccedilatildeo da

capacidade operacional da Engenharia quais sejam a obtenccedilatildeo do Material de

Engenharia adequado e suficiente o desenvolvimento e a atualizaccedilatildeo da doutrina e a

capacitaccedilatildeo de pessoal

A inovaccedilatildeo dos MEM bem como a transformaccedilatildeo doutrinaacuteria demandam

anaacutelises retificaccedilatildeo e ratificaccedilatildeo de conceitos quebra de paradigmas e uma busca

pelo reequiliacutebrio entre as capacidades e necessidades geradas

Com o intuito de corroborar com a evoluccedilatildeo do Sistema Engenharia tendo em

vista a modernizaccedilatildeo doutrinaacuteria e dos novos MEM este trabalho buscaraacute analisar

as Capacidades Operativas desejaacuteveis a fim de propor uma adequaccedilatildeo de apoio de

engenharia na mobilidade dos RC Mec e RCB orgacircnicos de uma Bda C Mec no

Aproveitamento do Ecircxito

Com essa adequaccedilatildeo busca-se dar efetividade agrave doutrina atinente agrave

Engenharia da Brigada tornando-a atual e compatiacutevel com as necessidades dos

elementos apoiados principalmente exequiacutevel e efetiva

16

2 METODOLOGIA

Nesta seccedilatildeo estaacute detalhada a forma que a pesquisa foi dirigida a fim de

atender aos objetivos especiacuteficos os quais visaram desenvolver uma soluccedilatildeo

adequada ao objetivo geral atraveacutes do desenvolvimento de respostas agraves questotildees

de estudo levantadas

Por meio do estudo das possibilidades e limitaccedilotildees da Companhia de

Engenharia de Combate Mecanizada buscou-se apresentar uma anaacutelise da

capacidade de atender agraves necessidades dos elementos empregados em primeiro

escalatildeo pelas Bda C Mec e sugerir uma proposta de adequaccedilatildeo de sua forma de

emprego e do material necessaacuterio

Para atingir esses objetivos a metodologia foi dividida em objeto formal de

estudo amostra e delineamento de pesquisa

21 OBJETO FORMAL DE ESTUDO

O presente trabalho eacute classificado quanto agrave sua forma de abordagem

qualitativa e ao seu objetivo geral como exploratoacuteria e descritiva A sua finalidade eacute

desenvolver uma proposta de adequaccedilatildeo do apoio prestado pela Companhia de

Engenharia de Combate aos Regimentos de uma Brigada de Cavalaria Mecanizada

em Operaccedilotildees Ofensivas por meio do estudo especiacutefico das capacidades

operativas da Cia E Cmb Mec em operaccedilotildees de Aproveitamento do Ecircxito face agrave

evoluccedilatildeo doutrinaacuteria presente na publicaccedilatildeo dos novos manuais doutrinaacuterios

publicados a partir de 2014 e dos MEM frutos dos Projetos Estrateacutegicos Leopard e

Guarani

Para atingir esse objetivo seraacute descrita a doutrina em vigor relacionada agrave Bda

C Mec e agrave Cia E Cmb que a apoia e analisados os reflexos da transformaccedilatildeo

doutrinaacuteria ocorrida nos uacuteltimos anos (de 2014 a 2017) e da aquisiccedilatildeo de novos

MEM

Com base na anaacutelise das capacidades e limitaccedilotildees seraacute proposta uma soluccedilatildeo

de adequaccedilatildeo do apoio de engenharia que atribua capacidade de emprego de

acordo com a doutrina baseado na bibliografia vigente e atualizado com base no

emprego de exeacutercitos de outros paiacuteses e no material disponiacutevel no mundo

atualmente

17

Para a pesquisa a variaacutevel ldquoCapacidades Operativas da Companhia de

Engenharia de Combate Mecanizada no Aproveitamento do Ecircxitordquo que analisou

as capacidades em material e de acordo com a organizaccedilatildeo atuais da Companhia

no apoio agrave mobilidade no aproveitamento do ecircxito foi considerada a variaacutevel

independente

Atraveacutes desta procurou-se estudar modificaccedilotildees que influenciassem

significativamente sobre a dependente ldquoApoio de Engenharia aos Regimentos de

uma Brigada de Cavalaria Mecanizadardquo a fim de adequar o apoio prestado aos

regimentos durante a Operaccedilatildeo de Aproveitamento do Ecircxito pela engenharia da

brigada

A relaccedilatildeo entre a variaacutevel dependente e independente eacute alterada pelo fator

ldquoNecessidades Miacutenimas dos Regimentosrdquo que satildeo as necessidades de trabalhos

de engenharia aos regimentos existentes apoacutes a modernizaccedilatildeo do material e

doutrina nacionais no que tange agrave Operaccedilatildeo de Aproveitamento do Ecircxito

211 Definiccedilatildeo conceitual das variaacuteveis

ldquoCapacidades Operativas da Companhia de Engenharia de Combate no

Aproveitamento do Ecircxitordquo variaacutevel independente pode ser definida como a

anaacutelise agraves capacidades atuais da Cia E Cmb Mec para emprego do Pel E Cmb em

uma Operaccedilatildeo de Aproveitamento do Ecircxito em apoio ao Rgt de uma Bda C Mec

Para isso foi analisado por meio dos questionaacuterios ldquoArdquo e ldquoBrdquo a adequabilidade

da organizaccedilatildeo da Cia E Cmb Mec para apoio aos regimentos de uma Brigada de

Cavalaria Mecanizada e do material disponiacutevel para apoiaacute-los na mobilidade em uma

Operaccedilatildeo de Aproveitamento do Ecircxito

A variaacutevel ldquoApoio de Engenharia aos Regimentos de uma Brigada de

Cavalria Mecanizadardquo pode ser definida como a sugestatildeo doutrinaacuteria para atender

agrave luz dos novos conceitos e fundamentos e materiais as necessidades dos

Regimentos

Por meio das respostas dos questionaacuterio ldquoArdquo ldquoBrdquo ldquoCrdquo e ldquoDrdquo chegou-se a uma

organizaccedilatildeo adequada e atual quando comparada com outros exeacutercitos permitindo

a melhoria do emprego da engenharia no emprego junto aos regimentos de uma

Brigada de Cavalaria Mecanizada

18

Os referidos questionaacuterios tambeacutem permitiram a anaacutelise das caracteriacutesitcas dos

meios e a quantidade de viaturas necessaacuterias para o apoio de engenharia da

brigada na abertura de passagem em obstaacuteculos durante uma Operaccedilatildeo de

Aproveitamento do Ecircxito

Para a variaacutevel interveniente foi considerada as Necessidades Miacutenimas dos

Regimentos no que se refere a apoio de engenharia as quais foram apresentadas

na revisatildeo de literatura reforccedilada pelas respostas presentes nos citados

questionaacuterios cujas respostas foram analisadas individualmente

Esta anaacutelise porcurou confirmar ou refutadar os comentaacuterios presentes nos

questionaacuterios de acordo com as informaccedilotildees encontradas na proacutepria bibliografia

estudada e no Treinamento Taacutetico em Ambiente Virtual (TTAV) realizado no Centro

de Instruccedilatildeo de Blindados

212 Definiccedilatildeo operacional das variaacuteveis

Nos Quadros 1 e 2 estatildeo expostos a dimensatildeo os indicadores e a forma de

mediccedilatildeo das variaacuteveis independente e dependente a fim de permitir uma

visualizaccedilatildeo de como seratildeo abordados no presente estudo

VARIAacuteVEL

INDEPENDENTE DIMENSAtildeO INDICADORES FORMA DE MEDICcedilAtildeO

Capacidades

Operativas da Cia

E Cmb no Apvt

Ecircxi

Emprego no

apoio aos Rgt

da Bda C

Mec

Adequabilidade

da organizaccedilatildeo

Questotildees Nr 1 e 2 (Apd A)

e Nr 1 e 2 (Apd B)

Material para

apoio agrave

mobilidade

Adequabilidade

do material

Questotildees Nr 3 (Apd A) e

Nr 3 (Apd B)

QUADRO 1 - Definiccedilatildeo operacional da Variaacutevel Independente Capacidades Operativas da Cia E Cmb Mec no Apvt Ecircxi Fonte O autor

19

VARIAacuteVEL

DEPENDENTE DIMENSAtildeO INDICADORES FORMA DE MEDICcedilAtildeO

Apoio de

Engenharia aos

Rgt de uma Bda

C Mec

Emprego da

engenharia

Organizaccedilatildeo

adequada

Questotildees 6 e 7 (Apd A)

questotildees 6 e 7 (Apd B)

Comparaccedilatildeo com

outros exeacutercitos

Questatildeo 1 2 e 3 (Apd C) e

questatildeo 1 2 e 3 (Apd D)

Material para

abertura de

passagem em

obstaacuteculo

Caracteriacutesticas dos

meios

Questotildees 4 e 5 (Apd A)

questotildees 4 e 5 (Apd B)

questatildeo 4 e 5 (Apd C) e

questatildeo 4 e 5 (Apd D)

Quantidade de

viaturas Questatildeo 6 (Apd C)

QUADRO 2 - Definiccedilatildeo operacional da Variaacutevel Dependente Apoio de Engenharia aos Rgt da Bda C Mec Fonte O autor

213 Alcances e Limites

Para a anaacutelise das operaccedilotildees ofensivas foram excluiacutedos os tipos de

Reconhecimento em Forccedila Perseguiccedilatildeo Ataque de Oportunidade e Marcha para o

Combate O objetivo do autor foi dar ecircnfase aos trabalhos de mobilidade com

emprego dos pelototildees de forma descentralizada Desta forma o pelotatildeo que

acompanha o regimento precisa conduzir todo o material necessaacuterio natildeo sendo

adequado solicitar apoio agrave companhia devido a sua distacircncia e necessidade de

acompanhamento da velocidade das operaccedilotildees

Nesse sentido foi escolhido o estudo da Operaccedilatildeo de Aproveitamento do

Ecircxito situaccedilatildeo que o Pelotatildeo encontra-se normalmente empregado na situaccedilatildeo de

comando reforccedilo

O sistema Engenharia constituiacutedo por material pessoal e doutrina visa

proporcionar aos elementos apoiados mobilidade contramobilidade proteccedilatildeo e

apoio geral Dentre estes foram abordados neste estudo o apoio agrave mobilidade

20

situaccedilatildeo onde a falta de meios especiais junto aos pelototildees eacute mais niacutetida deixando

de ser trabalhados contramobilidade proteccedilatildeo e apoio geral

Na mobilidade o estudo abarcou trabalhos de abertura de passagens em

obstaacuteculos transposiccedilatildeo de curso de aacutegua obstaacuteculo conservaccedilatildeo e reparaccedilatildeo de

vias e estradas e desorganizaccedilatildeo de posiccedilotildees organizadas do inimigo trabalhos os

quais podem ser realizados por viaturas blindadas especiais Excluiu-se portanto o

estudo da transposiccedilatildeo de curso de aacutegua de vulto ou grande vulto que exigem o

apoio de escalotildees superiores agrave brigada a navegaccedilatildeo e o reconhecimento

Como a Cia E Cmb Mec desdobra seus trabalhos normalmente em toda aacuterea

da Bda o estudo limitou-se aos realizados em prol dos elementos em primeiro

escalatildeo (os regimentos de cavalaria) excluindo o estudo dos trabalhos de apoio ao

conjunto e suplementar

Para tal os meios a serem analisados foram limitados aos de emprego

imediato pelos pelototildees ou seja que seja de dotaccedilatildeo ou passados em reforccedilo ao

pelotatildeo Um exemplo de meio incluiacutedo foi uma Ponte de Pequena Brecha (Pnt P

Bre) pois pode ser transportada por reboque ou por uma viatura blindada Em

contrapartida foi excluiacutedo o estudo do emprego de portada pesada tendo em vista

que a mesma natildeo tem emprego em transposiccedilatildeo imediata mas preparada

22 AMOSTRA

As pesquisas as quais foram enviadas por endereccedilo eletrocircnico atraveacutes de

consulta aos e-mails cadastrados no DGP buscaram abranger em caraacuteter

voluntaacuterio militares que tivessem conhecimentos ligados ao tema

Enquanto algumas pesquisas procuraram abranger militares que tiveram

experiecircncia no emprego do apoio de engenharia (como cliente ou como fornecedor)

outras pesquisas buscaram militares especializados no emprego de blindados e por

fim pesquisas que exploraram a experiecircncia de militares que realizaram curso de

comandante de subunidade no exterior confrontando o questionamento com os

conhecimentos e experiecircncias vividas nos Estados Unidos e na Alemanha

Os questionaacuterios elaborados embora tenha como universo apenas militares

com posto acima de capitatildees aperfeiccediloados natildeo procuraram levar em consideraccedilatildeo

a experiecircncia nos respectivos postos mas a experiecircncia dos mesmos na funccedilatildeo que

exercem ou exerciam ou nos conhecimentos adquiridos no exterior

21

Desta forma foi considerado irrelevante a descriccedilatildeo dos mesmos

considerando apenas as respostas por grupo os quais tiveram por objetivo

demonstrar os diferentes posicionamentos em relaccedilatildeo ao assunto em pauta

Com isso os referidos militares foram divididos em quatro grupos conforme

descrito abaixo

a comandantes e ex-comandantes de regimento de cavalaria de uma Brigada

de Cavalaria Mecanizada

b comandantes e ex-comandantes de Companhia de Engenharia de Combate

Mecanizada de uma Brigada de Cavalaria Mecanizada

c oficiais de engenharia que tenham realizado curso de Comandante de

Subunidade nos Estados Unidos ou na Alemanha

d oficiais na funccedilatildeo de instrutor do Centro de Instruccedilatildeo de Blindados que

tenham realizado curso de Comandante de Subunidade nos Estados

Unidos ou na Alemanha

23 DELINEAMENTO DA PESQUISA

O delineamento da pesquisa teve uma abordagem qualitativa em que o estudo

das relaccedilotildees entre variaacutevel dependente (Capacidades Operativas da Cia E Cmb Mec

no Aproveitamento do Ecircxito) e independente (Apoio de Engenharia aos Regimentos

de uma Bda C Mec) eacute indissociaacutevel e natildeo pode ser traduzida por nuacutemeros

(Rodrigues 2006 p 36)

O meacutetodo de abordagem utilizado foi o indutivo fundamentado na experiecircncia

e construiacutedo a partir da observaccedilatildeo de casos da realidade concreta (Rodrigues

2006 p 29) do emprego do Pel E Cmb Mec apresentados neste trabalho por meio

de situaccedilotildees particulares e anaacutelise de questionaacuterios e procedimento experimental

realizado pela Seccedilatildeo de Simulaccedilatildeo do Centro de Instruccedilatildeo de Blindados

Para responder ao objetivo geral a pesquisa foi abordada de forma descritiva

contando com a experiecircncia do autor que descreveu a relaccedilatildeo entre as variaacuteveis e

contribuiu com a descriccedilatildeo doutrinaacuteria atraveacutes de pesquisa bibliograacutefica

231 Procedimentos para revisatildeo de literatura

22

Com o objetivo de responder ao problema do trabalho foram realizados os

seguintes procedimentos metodoloacutegicos descritos abaixo

2311 Fontes de busca

Foram utilizados como fontes para descriccedilatildeo do conhecimento doutrinaacuterio que

influencia no emprego da Cia E Cmb Mec e para a construccedilatildeo da proposta do

trabalho manuais monografias dissertaccedilotildees e artigos cientiacuteficos (nacionais dos

Estados Unidos e da Alemanha) livros e Notas de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria (NCD)

2312 Estrateacutegia de busca para as bases de dados

Com a finalidade de estabelecer paracircmetros doutrinaacuterios foram selecionados

documentos que contribuam para o direcionamento e limitaccedilatildeo para uma proposta

mais adequada

Foram realizadas buscas por dados em siacutetios eletrocircnicos na internet como

Google sendo selecionadas dentre os resultados obtidos as paacuteginas oficiais de

instituiccedilotildees como instruccedilotildees trabalhos perioacutedicos e documentos nacionais e

estrangeiros e em estabelecimentos de ensino como Escola de Aperfeiccediloamento

de Oficiais e Centro de Instruccedilatildeo de Blindados

2313 Criteacuterios de inclusatildeo

Foram selecionados documentos de caraacuteter qualitativo em portuguecircs inglecircs e

alematildeo que estivessem relacionados ao emprego de pelotatildeo de engenharia em

apoio a tropas dotadas de meios blindados e mecanizados nas Operaccedilotildees

Ofensivas

Tambeacutem foram incluiacutedos documentos relacionados aos materiais e programas

de aquisiccedilatildeo de materiais relacionados agraves tropas blindadas e mecanizadas

2314 Criteacuterios de exclusatildeo

23

Dos documentos selecionados foram excluiacutedos os manuais revogados os

documentos que natildeo abrangem tropa blindada ou mecanizada e os que natildeo estatildeo

relacionados com Operaccedilotildees Ofensivas

232 Procedimentos Metodoloacutegicos

Com o propoacutesito de coletar dados e opiniotildees sobre o assunto no que tange ao

emprego em pessoal e material do Pel E Cmb em Operaccedilotildees Ofensivas foram

enviados eletronicamente questionaacuterios aos grupos conforme criteacuterios

anteriormente elencados

Concomitantemente foi realizada a coleta de dados da bibliografia relacionada

e com os dados coletados por meio dos questionaacuterios gerando a base para a

proposta de adequaccedilatildeo de apoio da Cia E Cmb Mec

233 Procedimentos Experimental

O procedimento experimental foi realizado no Centro de Instruccedilatildeo de

Blindados o qual realiza anualmente o Treinamento Taacutetico em Ambiente Virtual

com as brigadas mecanizadas e blindadas

Neste ano foi realizado o treinamento com a 3ordf Brigada de Cavalaria

Mecanizada a qual empregou seus Quadros em ambiente virtual confeccionado

pelo Chefe da Seccedilatildeo de Simuladores

A proposta inicial era empregar uma Bda C Mec em um Aproveitamento do

Ecircxito reforccedilada por um Pel E dotado de Viaturas Blindadas Especiais Entretanto o

exerciacutecio visava o treinamento em uma operaccedilatildeo de Movimento Retroacutegrado o que

embora natildeo tenha sido a situaccedilatildeo ideal natildeo prejudicou o resultado pois o principal

objetivo natildeo foi o emprego em si mas a capacidade de acompanhamento da

velocidade das viaturas dos regimentos mecanizados

234 Instrumentos

Os questionaacuterios enviados a 5 (cinco) grupos conforme anteriormente

definidos tiveram por objetivo principal identificar a opiniatildeo dos especialistas sobre

24

os aspectos relativos ao apoio de engenharia aos elementos de emprego em

primeiro escalatildeo de uma Brigada de Cavalaria Mecanizada bem como analisar as

necessidades em material e a possibilidade de emprego para atender as

necessidades miacutenimas imediatas dos Regimentos

Assim buscou-se uma reflexatildeo sobre o assunto que fosse rica em sugestotildees

e dados qualitativos para fundamentar uma sugestatildeo baseada em conhecimentos e

experiecircncias distintos

2341 Elaboraccedilatildeo dos questionaacuterios

Tendo em vista o caraacuteter qualitativo da presente pesquisa buscou-se a

confecccedilatildeo de questionaacuterios com questotildees fechadas poreacutem com espaccedilo para

discussatildeo e geraccedilatildeo de sugestotildees sobre o tema

O preacute-teste foi aplicado em militares que jaacute tinham sido instrutores do Centro

de Instruccedilatildeo de Blindados que pelo conhecimento sobre blindados sobre rodas e

sobre lagartas envolvimento em exerciacutecios de simulaccedilatildeo virtual e no terreno e

experiecircncia no exterior apresentam condiccedilotildees de orientar corrigir ou incrementar as

questotildees propostas

2342 Questionaacuterio destinado aos oficiais em funccedilatildeo de desenvolvimento coordenaccedilatildeo ou chefia do Projeto Guarani

Pretendeu-se por meio da relaccedilatildeo desses militares com o assunto obter uma

anaacutelise do projeto inicial Guarani os objetivos buscados para compra dos

implementos dessa viatura e anaacutelise das capacidades que se espera atingir com o

projeto para que ao final da presente pesquisa a sugestatildeo esteja alinhada ao

projeto Guarani

2343 Questionaacuterio destinado aos comandantes e ex-comandantes de regimento de cavalaria de uma Brigada de Cavalaria Mecanizada (Apecircndice A)

25

Esse questionaacuterio buscou realizar do ponto de vista do cliente da engenharia

da brigada a anaacutelise da capacidade de apoio de engenharia empregada atualmente

nas Bda C Mec e identificar uma forma adequada de organizaccedilatildeo e emprego desse

apoio Da mesma forma foi procurado identificar meios necessaacuterios e apresentar

uma soluccedilatildeo para o apoio a tropas que empregam viaturas sobre rodas e sobre

lagartas analisando seus impactos no emprego e na logiacutestica

2344 Questionaacuterio destinado aos comandantes e ex-comandantes de regimento de cavalaria de uma Brigada de Cavalaria Mecanizada (Apecircndice B)

Esse questionaacuterio buscou realizar do ponto de vista do fornecedor do apoio

de engenharia a anaacutelise da capacidade de apoio de engenharia empregada

atualmente nas Bda C Mec e identificar uma forma adequada de organizaccedilatildeo e

emprego desse apoio Da mesma forma foi procurado identificar meios necessaacuterios

e apresentar uma soluccedilatildeo para o apoio a tropas que empregam viaturas sobre rodas

e sobre lagartas analisando seus impactos no emprego e na logiacutestica

2345 Questionaacuterio destinado aos oficiais de engenharia que tenham realizado curso de Comandante de Subunidade nos Estados Unidos ou na Alemanha (Apecircndice C)

Com base na experiecircncia desses militares buscou-se analisar soluccedilotildees para

adequaccedilatildeo do apoio e emprego de tropas e meios de engenharia a fim de capacitar

a engenharia da brigada ao apoio imediato aos Regimentos da Bda C Mec

2346 Questionaacuterio destinado aos oficiais na funccedilatildeo de instrutor do Centro de Instruccedilatildeo de Blindados que tenham realizado curso de Comandante de Subunidade nos Estados Unidos ou na Alemanha (Apecircndice D)

Com base na experiecircncia desses militares buscou-se analisar soluccedilotildees para

adequaccedilatildeo do apoio e emprego de tropas e meios de engenharia a fim de capacitar

a engenharia da brigada ao apoio imediato aos Regimentos da Bda C Mec

26

As respostas e sugestotildees apresentadas nessas questotildees proporcionaratildeo

ratificaratildeo ou retificaratildeo das ideias iniciais apresentadas no trabalho conduzindo o

autor a uma proposta amparada na experiecircncia e conhecimentos de diferentes

especialistas

235 Anaacutelise dos Dados

Os dados resultantes dos questionaacuterios contribuiram para questionamento e

reforccedilo das ideias inicialmente apresentadas por meio da experiecircncia nas funccedilotildees

de comandantes no emprego de tropas mecanizadas e blindadas e com

conhecimento do emprego de tropas americanas e alematildes

2351 Tabulaccedilatildeo dos dados

Os dados seratildeo categorizados quanto aos aspectos organizacionais

materiais de emprego e logiacutestica por meio do levantamento das diversas amostras

que compotildeem a presente pesquisa

A codificaccedilatildeo e tabulaccedilatildeo seguiraacute a verificaccedilatildeo da correta compreensatildeo dos

questionaacuterios por parte dos participantes e se as respostas foram transcritas de

forma coerente e com linguagem compreensiacutevel

As questotildees fechadas foram diretamente tabuladas dentro do universo de

determinado puacuteblico-alvo Para isso foram estabelecidos graacuteficos como recurso de

representaccedilatildeo dos resultados e analisados por processo de teacutecnica de anaacutelise

estatiacutestica inferencial

Os comentaacuterios foram posicionados apoacutes a apresentaccedilatildeo dos graacuteficos de

forma a permitir a anaacutelise do conteuacutedo qualitativo apresentado sendo os dados

analisados por processo de teacutecnica de anaacutelise estatiacutestica descritiva

Ao final de cada resultado das anaacutelises das questotildees foram apresentadas as

conclusotildees parciais referente ao respectivo questionaacuterio

27

3 REVISAtildeO DE LITERATURA

O conjunto de ideias e entendimentos que define ordena distingue e qualifica

as atividades de organizaccedilatildeo preparo e emprego das Forccedilas Armadas deve ser

harmocircnico de acordo com a definiccedilatildeo de Doutrina Militar (BRASIL 2014 p 1-1)

Com este propoacutesito evoluccedilotildees doutrinaacuterias buscam equilibrar as capacidades

atuais do Exeacutercito com as necessidades projetadas para futuras operaccedilotildees mantecirc-

lo adequado ao futuro imediato em termos de desenvolvimento organizacional

intelectual e tecnoloacutegico (EUA 2011 p ix traduccedilatildeo do autor)

Para que o Exeacutercito acompanhe a transformaccedilatildeo que ocorre na Era do

Conhecimento periacuteodo atual marcado pela raacutepida geraccedilatildeo e obsolescecircncia do

conhecimento essa harmonia deve ser constantemente analisada e retificada

(BRASIL 2014 p 1-1)

A duacutevida quanto agrave efetiva capacidade de uma forccedila em cumprir a missatildeo a que

se destina origina-se da desarmonia entre sua doutrina e emprego (fruto da

ineficiecircncia de um MEM por exemplo) o que deve ser uma premissa satisfatoacuteria

para motivar estudos que contribuam para o alcance da maacutexima prontidatildeo

operativa

Este estudo deve para tanto ser analisado por meio dos fatores

determinantes interrelacionados e indissociaacuteveis doutrina organizaccedilatildeo

adestramento material educaccedilatildeo pessoal e infraestrutura (DOAMEPI) os quais

contribuem para o desenvolvimento de uma das capacidades prioritaacuterias para a F

Terr a efetividade da doutrina (BRASIL 2014 p 3-3)

A fim de facilitar o entendimento esta seccedilatildeo estaacute dividida da seguinte forma

Consideraccedilotildees iniciais onde seratildeo abordados os fundamentos baacutesicos para

entendimento de conceitos que permeiam o assunto contribuindo para uma correta

avaliaccedilatildeo e desenvolvimento de uma soluccedilatildeo doutrinariamente harmoniosa Brigada

de Cavalaria Mecanizada onde seratildeo abordadas as necessidades de apoio de

engenharia nas Operaccedilotildees de Aproveitamento do Ecircxito Companhia de Engenharia

de Combate Mecanizada onde seratildeo apresentadas as caracteriacutesticas de seu

emprego em Operaccedilotildees Ofensivas Materiais de Emprego Militar disponiacuteveis no

mundo para reforccedilo dos Pel E Cmb no apoio agrave mobilidade os quais podem ajustar

as capacidades das Cia E Cmb e por uacuteltimo seraacute analisado o emprego de tropas

28

semelhantes agraves Bda C Mec nos EUA e na Alemanha onde a engenharia de brigada

preste apoio agrave tropa mecanizada que tenha em sua constituiccedilatildeo elementos de

reconhecimento

31 CONSIDERACcedilOtildeES INICIAIS

As seguintes consideraccedilotildees iniciais satildeo importantes para uma anaacutelise precisa

da capacidade da Cia E Cmb Mec em apoiar os Regimentos da Bda C Mec na

mobilidade em operaccedilotildees ofensivas e consequentemente para a construccedilatildeo de

uma proposta satisfatoacuteria com o objetivo do trabalho

311 Operaccedilotildees de Aproveitamento do Ecircxito

As Operaccedilotildees Ofensivas satildeo operaccedilotildees decisivas que visam engajar forccedilas

superiores ao do inimigo em local e momento decisivos a fim de destruiacute-lo por

meio do fogo do movimento e da accedilatildeo de choque (BRASIL 2014 p 4-3) A accedilatildeo

de choque por sua vez deve ser entendida como o impacto psicoloacutegico causado

pelo carro de combate ao inimigo por meio do poder de fogo aparente

invulnerabilidade ruiacutedo e capacidade de transpor obstaacuteculos (BRASIL 2016 p 29)

Dentre os tipos de Operaccedilatildeo Ofensiva o trabalho explorou o Aproveitamento

do Ecircxito o qual destaca-se pela maior necessidade de apoio imediato agrave mobilidade

por elementos mais proacuteximos agraves peccedilas de manobra de ataque (os Pel E Cmb)

Nesses casos em que os elementos empregados em primeiro escalatildeo necessitam

de apoio imediato e contiacutenuo normalmente a engenharia da brigada emprega seus

pelototildees sob a Situaccedilatildeo de Comando Reforccedilo (BRASIL 1999 p 2-28)

O Aproveitamento do Ecircxito operaccedilatildeo que conquista os resultados mais

decisivos se discorre apoacutes o aproveitamento de um ataque bem sucedido no qual

a forccedila inimiga encontra dificuldades para se defender O avanccedilo contiacutenuo e raacutepido

sobre as forccedilas inimigas desorganizadas buscam ampliar as vantagens impedindo

uma reorganizaccedilatildeo ou a realizaccedilatildeo de um movimento retroacutegrado (BRASIL 2000 p

5-17)

Na Bda C Mec o RCB normalmente constitui o escalatildeo avanccedilado no

Aproveitamento do Ecircxito Cabe agrave engenharia por sua vez reduzir a accedilatildeo dos

obstaacuteculos naturais ou artificiais permitindo a adoccedilatildeo de um deslocamento de forccedila

29

mais adequado garantindo a conquista de resultados decisivos em menor tempo e

com miacutenimo de perdas Com o intuito de manter o movimento contiacutenuo e

permanente o apoio de engenharia aos regimentos eacute realizado de forma

descentralizada permitindo o apoio a elementos afastados do escalatildeo superior

desde que adequadamente reforccedilado em meios (BRASIL 2000 p 5-18)

Tanto o Aproveitamento do Ecircxito quanto o Ataque de Oportunidade satildeo

accedilotildees que decorrem de uma interpretaccedilatildeo do comandante sobre os acontecimentos

do combate A incerteza de sua realizaccedilatildeo aleacutem de quando onde e como seraacute

realizada seraacute definida pela imediata expediccedilatildeo de ordens fragmentaacuterias pelo

comandante as quais exigem que o pelotatildeo tenha permanentemente condiccedilotildees de

apoiar (BRASIL 2000 p 5-9) Para a engenharia a proximidade e a disponibilidade

de meios adequados determinaraacute a efetividade do apoio prestado aos elementos

em primeiro escalatildeo desta brigada

312 Situaccedilatildeo de Comando Reforccedilo

Quando empregado em situaccedilatildeo de comando reforccedilo o Pel E Cmb subordina-

se diretamente ao comandante do regimento No aproveitamento do ecircxito esta eacute a

situaccedilatildeo de comando normalmente empregada devido agrave necessidade de plena

autonomia e pela incapacidade de apoio da companhia devido ao seu afastamento

em relaccedilatildeo aos pelototildees (BRASIL 1999 p 1-14)

Cabe ao pelotatildeo portanto o apoio aproximado imediato e contiacutenuo com

equipamentos adequados devendo para isso ser reforccedilado pela Cia E Cmb em

meios e se necessaacuterio em pessoal (BRASIL 1999 p 1-14) garantindo a rapidez

do movimento a fim de multiplicar o poder de combate contribuindo para o melhor

emprego da potecircncia de fogo e da accedilatildeo de choque do elemento apoiado Desta

forma busca-se diminuir o risco com base na premissa de que quanto maior o

tempo de exposiccedilatildeo do escalatildeo de ataque aos fogos maiores seratildeo suas perdas

(BRASIL 2000 p 5-15)

313 Funccedilatildeo de Combate Movimento e Manobra

A Funccedilatildeo de Combate Movimento e Manobra estaacute relacionada com o conjunto

de atividades tarefas e sistemas inter-relacionados empregados para deslocar

30

forccedilas de modo a posicionaacute-las em situaccedilatildeo de vantagem em relaccedilatildeo ao inimigo

(BRASIL 2014 p 5-10)

Para este estudo cresce de importacircncia o entendimento de manobra como se

segue

A manobra concentra e dispersa o poder de combate para manter o inimigo

em desvantagem Consegue resultados que de outra forma seriam

dispendiosos Manobra eficaz manteacutem forccedilas inimigas fora do equiliacutebrio

fazendo-as enfrentar novos problemas e novos perigos mais raacutepido do que

eles podem combatecirc-los As forccedilas do Exeacutercito ganham e preservam a

liberdade de accedilatildeo reduzem a vulnerabilidade e exploram o sucesso

atraveacutes da manobra Manobra eacute mais que fogo e movimento Inclui a

aplicaccedilatildeo dinacircmica e flexiacutevel de todos os elementos do poder de combate

(EUA 2011 p A-2 traduccedilatildeo do autor)

O emprego da Engenharia estaacute intimamente ligada agrave funccedilatildeo de combate

movimento e manobra particularmente no que tange agrave promoccedilatildeo da mobilidade agraves

tropas subordinadas ao escalatildeo a que pertence (BRASIL 2014 p 6-3)

314 Modularidade

A modularidade eacute a aptidatildeo de um elemento de combate de receber moacutedulos

que ampliem seu poder de combate ou lhe agreguem capacidades (BRASIL 2014

6-14)

Este conceito surgiu da necessidade de empregar forccedilas em torno de

formaccedilotildees menores e mais versaacuteteis No niacutevel taacutetico e operacional a rotineira

necessidade de operaccedilatildeo em aacutereas natildeo-contiacuteguas por unidades subordinadas se

contrapunha ao contiacuteguo e hieraacuterquico arranjo das forccedilas terrestres (EUA 2011 p

C-1 traduccedilatildeo do autor)

Embora o conceito seja novo a engenharia jaacute emprega seus elementos com

certa modularidade Um exemplo eacute o Pel E Cmb que natildeo possui meios adequados

para por exemplo realizar o lanccedilamento de um campo minado em poucos minutos

Ele necessita que uma viatura dotada de um sistema de dispersatildeo de minas bem

como a guarniccedilatildeo da mesma sejam adicionados ao Pelotatildeo

31

315 Projeto Guarani

O Projeto Guarani teve sua origem a partir da necessidade de substituiccedilatildeo das

Viatura Blindada de Transporte de Pessoal (VBTP) EE-11 Urutu (FIGURA 1) e

Viatura Blindada sobre Rodas (VBR) EE-9 Cascavel (FIGURA 2) as quais se

encontram em fase de obsolescecircncia e atraso tecnoloacutegico perante os moderno

cenaacuterio de batalha conforme informado pelo Escritoacuterio de Projetos do Exeacutercito

(EPEx)

FIGURA 1 ndash Viatura Blindada de Transporte de Pessoal EE-11 Urutu Fonte Siacutetio eletrocircnico Youtube Acesso em 1 ago 2018

FIGURA 2 Viatura Blindada de Rodas EE-9 Cascavel Fonte Siacutetio eletrocircnico Defesanet Acesso em 22 dez 2017

32

O projeto que remonta a origem de sua concepccedilatildeo no final da deacutecada de

1990 tem em sua proposta inicial o objetivo de modernizar as Brigadas de

Infantaria Motorizadas recentemente transformadas em Brigadas de Infantaria

Mecanizada bem como modernizar as Brigadas de Cavalaria Mecanizada

Atualmente as Viaturas Blindadas de Transporte de Pessoal Meacutedia de Rodas

(VBTP-MR) Guarani jaacute comeccedilaram a ser distribuiacutedas

FIGURA 3 Viatura Blindada de Transporte de Pessoal Meacutedia de Rodas Guarani Fonte Siacutetio eletrocircnico EPEx Acesso em 22 dez 2017

O projeto originalmente era constituiacutedo de duas versotildees de viatura uma 6x6 e

uma 8x8 Esta uacuteltima versatildeo que contaria com um canhatildeo 105 mm encontra-se

atualmente paralisada Aleacutem disso era previsto uma famiacutelia de blindados

constituiacuteda de viaturas morteiro lanccediladoras de ponte especial de engenharia

desminagem entre outras as quais teriam seus protoacutetipos ainda a serem

desenvolvidos (DEFESANET 2017)

Quanto agrave substituiccedilatildeo das Viaturas Cascavel foi adiada conforme Boletim do

Exeacutercito Nr 48 publicado em 1ordm de dezembro de 2017 A portaria cria o Projeto de

Obtenccedilatildeo da Viatura Blindada de Reconhecimento ndash Meacutedia sobre Rodas (VBR-

MSR) 6x6 que consiste na modernizaccedilatildeo da Viatura Cascavel (DEFESANET

2017)

33

As viaturas especiais de engenharia tambeacutem fruto das dificuldades

orccedilamentaacuterias teratildeo seu desenvolvimento adiado Para dirimir essa inexistecircncia de

material para apoiar as tropas mecanizadas a Diretoria de Material de Engenharia

estaacute em processo de aquisiccedilatildeo de implementos de engenharia para serem

incorporados agraves VBTP-MR Guarani conforme informado em visita ao Departamento

de Engenharia e Construccedilatildeo (DEC)

32 BRIGADA DE CAVALARIA MECANIZADA

A missatildeo preciacutepua da Brigada de Cavalaria Mecanizada eacute cumprir missotildees de

seguranccedila conquanto tem a capacidade de executar operaccedilotildees ofensivas e

defensivas em operaccedilotildees de seguranccedila ou como elemento de aplicaccedilatildeo do

princiacutepio de guerra ldquoeconomia de meiosrdquo (BRASIL 2000 p 1-2) Dentre as

operaccedilotildees ofensivas a brigada tem possibilidade de executar as manobras de

flanco o aproveitamento do ecircxito e a perseguiccedilatildeo (BRASIL 2000 p 1-3)

Algumas caracteriacutesticas da Bda C Mec destacam-se pelo impacto que causam

nas necessidades do apoio prestado pela engenharia como a boa mobilidade

taacutetica e estrateacutegica que permite grande raio de accedilatildeo deslocamento em alta

velocidade em estrada e realizaccedilatildeo de manobras raacutepidas e flexiacuteveis a proteccedilatildeo

blindada que permite razoaacutevel grau de seguranccedila no combate embarcado e a

flexibilidade o que permite o emprego em largas frentes e grande profundidade

(BRASIL 2000 p 1-2)

Pelas caracteriacutesticas que lhe atribuem mobilidade destacam-se como

limitaccedilotildees a vulnerabilidade a ataques aeacutereos a sensibilidade ao largo emprego de

minas e obstaacuteculos artificiais e mobilidade restrita em terrenos montanhosos

arenosos pedregosos cobertos e pantanosos aleacutem de sua restriccedilatildeo agraves condiccedilotildees

meteoroloacutegicas adversas e grande dependecircncia de uso de rede rodoviaacuteria (BRASIL

2000 p 1-4)

Na Operaccedilatildeo de Aproveitamento do Ecircxito a Bda progride em larga frente

sendo mantidas em reserva apenas forccedilas que possibilitem assegurar a

flexibilidade a impulsatildeo e a seguranccedila Para isso eacute empregada tatildeo vigorosamente

quanto possiacutevel contra forccedilas que encontrem dificuldade de manter suas posiccedilotildees

evitando o seu engajamento contra tropas de poder insuficiente para ameaccedilaacute-la a

fim de atingir rapidamente seus objetivos e mantecirc-lo Para isso a decisatildeo de

34

desbordar ou engajar forccedilas pode ser delegada aos Cmt subordinados (BRASIL

2000 p 5-20)

A dependecircncia do deslocamento por estradas estaacute associada aos meios de

transporte utilizada pelas brigadas mecanizadas Suas viaturas sobre rodas tem

uma extrema vulnerabilidade no deslocamento atraveacutes campo principalmente em

deslocamentos em periacuteodos chuvosos ou atraveacutes de terrenos alagadiccedilos

ocasionando normalmente o atolamento das mesmas

A Bda C Mec possui como peccedilas de manobra orgacircnicas para emprego em

primeiro escalatildeo dois Regimentos de Cavalaria Mecanizado e um Regimento de

Cavalaria Blindado (BRASIL 2000 p 1-11) A engenharia responsaacutevel por dirimir

suas restriccedilotildees eacute uma Cia E Cmb Mec conforme demonstrado na FIGURA 4

FIGURA 4 Organograma de uma Brigada de Cavalaria Mecanizada Fonte Instruccedilatildeo do C I Bld

Depois das brigadas blindadas a Bda C Mec eacute a tropa mais apta para realizar

operaccedilotildees como forccedila de aproveitamento do ecircxito Essa grande unidade pode ser

35

empregada como forccedila de Apvt Ecircxi ou de acompanhamento e apoio do Esc Sup ou

aproveitar o ecircxito de suas proacuteprias operaccedilotildees (BRASIL 2000 p 5-18)

Nesse tipo de operaccedilatildeo a brigada progride em larga frente desde que o

terreno e a rede de estradas permitam permanecendo o miacutenimo de forccedilas em

reserva

321 Regimento de Cavalaria Mecanizado

O Regimento de Cavalaria Mecanizado eacute empregado pela Brigada nas

missotildees de reconhecimento e seguranccedila (BRASIL 2002 p 1-1) ou como elemento

de aplicaccedilatildeo do princiacutepio de economia de meios pela Bda (BRASIL 2002 p 6-1)

O Regimento eacute constituiacutedo organicamente por um comando 3 Esquadrotildees de

Cavalaria Mecanizada (Esqd C Mec) (BRASIL 2000 p 1-11) conforme

representado na Figura 2

FIGURA 5 Organograma de um Regimento de Cavalaria Mecanizado Fonte Instruccedilatildeo do C I Bld

Dentre as operaccedilotildees ofensivas o RC Mec considerado unidade blindada leve

eacute o elemento mais apto para as missotildees de aproveitamento do ecircxito e perseguiccedilatildeo

em razatildeo das caracteriacutesticas de suas viaturas (BRASIL 2002 p 1-1)

36

As viaturas empregadas pelo regimento satildeo aleacutem das Viaturas Taacuteticas Leve

as viaturas EE-9 Cascavel e a VBTP-MR 6x6 Guarani (DEFESANET 2017) as

quais possuem grande mobilidade e baixa classe sendo elas respectivamente

classe 11 e 20 poreacutem alta dependecircncia de utilizaccedilatildeo de estradas

A Bda pode ainda organizar o RC Mec como Forccedila-Tarefa (FT) a fim de

aumentar as possibilidades de ecircxito em determinadas funccedilotildees podendo receber

Esquadratildeo de Carro de Combate (Esqd CC) Esquadratildeo de Fuzileiro Blindado

(Esqd Fuz Bld) Companhia de Fuzileiro Blindado (Cia Fuz Bld) FT Esqd CC FT

Esqd Fuz Bld FT Cia Fuz Bld e Cia Fuz Mtz (BRASIL 2002 p 1-9)

322 Regimento de Cavalaria Blindada

O RCB elemento responsaacutevel por proporcionar capacidade ofensiva agrave Bda

(BRASIL 2002 p 7-6) possui uma organizaccedilatildeo semelhante a de uma Forccedila Tarefa

(FT) empregando 2 (dois) esquadrotildees de fuzileiros (Esqd Fuz) e 2 (dois)

esquadrotildees de carro de combate (Esqd CC) aleacutem de um Esquadratildeo de Comando e

Apoio (Esqd C Ap) (BRASIL 2000 p 1-12)

FIGURA 6 Organograma de um Regimento de Cavalaria Blindado Fonte Instruccedilatildeo do C I Bld

37

O Esqd Fuz eacute dotado das viaturas de transporte de pessoal VBTP M113

(Mesquita 2015) (FIGURA 7) viatura anfiacutebia de origem americana de classe 11

FIGURA 7 Viatura Blindada de Transporte de Pessoal M113 Fonte Siacutetio eletrocircnico EXEacuteRCITO BRASILEIRO Acesso em 22 dez 2017

O Esqd CC possui as viaturas de combate VBC CC M60 A3-TTS (Mesquita

2015) (Figura 8) viatura americana de classe 55 e capacidade de transposiccedilatildeo

submersa em curso de aacutegua de ateacute 240 m de profundidade com preparaccedilatildeo

FIGURA 8 Viatura Blindada de Combate Carro de Combate M60 A3-TTS Fonte Siacutetio eletrocircnico 20RCB Acesso em 22 dez 2017

38

Esta viatura foi substituiacuteda na maioria dos regimentos pela VBC CC Leopard

1 BR (Mesquita 2015) (Figura 9) de origem alematilde classe 45 com capacidade de

transposiccedilatildeo submersa de cursos de aacutegua de ateacute 225 com preparaccedilatildeo e 4 m com

snorkel

FIGURA 9 Viatura Blindada de Combate Carro de Combate Leopard 1BR Fonte Siacutetio eletrocircnico DEFESANET Acesso em 22 dez 2017

Com suas viaturas sobre lagartas o RCB eacute a forccedila da brigada para emprego

da accedilatildeo de choque proteccedilatildeo blindada e mobilidade (BRASIL 2000 p 6-25) Por

caracteriacutesticas de suas viaturas o regimento possui grande vulnerabilidade a

ataques aeacutereos armas anticarro e minas

33 COMPANHIA DE ENGENHARIA DE COMBATE MECANIZADA

A Cia E Cmb Mec tem por missatildeo multiplicar o poder de combate da Bda

proporcionando-lhe mobilidade contramobilidade e contribuindo para sua proteccedilatildeo

(BRASIL 2000 P 4-1)

39

As capacidades que cabem agrave Cia E Cmb Mec satildeo fruto das necessidades da

Bda C Mec a quem estaacute subordinada Essas capacidade estatildeo intimamente ligadas

agraves limitaccedilotildees dos seus meios

Na Bda as necessidades de apoio fazem-se sentir particularmente junto

aos elementos de primeiro escalatildeo exigindo desta forma a colocaccedilatildeo dos

meios mais agrave frente possiacutevel A Companhia de Engenharia de Combate

Mecanizada (Cia E Cmb) eacute organizada com meios destinados a atender agraves

necessidades miacutenimas e mais imediatas da frente de combate (BRASIL

2000 p 1-16)

Face agraves necessidades da Brigada serem maiores junto aos elementos em

primeiro escalatildeo a Cia E Cmb menos esses elementos deve ser capaz de realizar

os trabalhos de apoio ao conjunto realizando trabalhos de interesse da Bda como

um todo aumentar o apoio aos elementos em primeiro escalatildeo e ainda ficar em

condiccedilotildees de apoiar a reserva quando empregada (BRASIL 2000 p 2-4)

No aproveitamento do ecircxito as necessidades de apoio ao conjunto aumentam

sendo necessaacuteria a distribuiccedilatildeo de elementos de engenharia no terreno de acordo

com o avanccedilo do ataque poreacutem sem deixar de preservar a atenccedilatildeo preciacutepua ao

emprego oportuno do apoio aos Regimentos em primeiro escalatildeo (BRASIL 1999 p

5-14)

O comandante da engenharia da brigada faz sentir sua influecircncia na conduta

do combate ao manter os meios de engenharia sempre em condiccedilotildees de atender

agraves necessidades de apoio tanto as planejadas como as imprevistas (BRASIL

1999 p 5-14)

O apoio de engenharia aos elementos de manobra da brigada eacute feito sob a

forma de apoio direto ou reforccedilo No aproveitamento do ecircxito a situaccedilatildeo de

comando reforccedilo normalmente eacute adotada emprego dos pelototildees de combate

(BRASIL 1999 p 5-14)

No apoio agrave mobilidade a Cia E Cmb busca manter a liberdade de manobra dos

Regimentos e sua impulsatildeo do ataque minimizando os efeitos dos obstaacuteculos

naturais e artificiais (BRASIL 1999 p 5-4)

Para apoiar o RCB e o RC Mec a Companhia de Engenharia tem a

possibilidade de apoiar ateacute 3 peccedilas de manobra simultaneamente lanccedilar ou

construir obstaacuteculos abrigos e outros trabalhos de organizaccedilatildeo do terreno que

40

requeiram matildeo-de-obra eou equipamentos especializados lanccedilar e remover

obstaacuteculos realizar abertura e fechamento de passagens em obstaacuteculos montar e

operar ateacute duas portadas pesadas lanccedilar trecircs pontes de pequena brecha construir

manter e operar portadas pesadas recebidas do escalatildeo superior conservar e

reparar estradas e realizar o estudo teacutecnico do terreno apontando os corredores de

mobilidade (BRASIL 2000 p 4-2 2-2 e 2-3)

Para isso a Companhia estaacute organizada da seguinte forma uma Seccedilatildeo de

Comando um Pelotatildeo de Engenharia de Apoio um Pelotatildeo de Equipagem de

Assalto e trecircs Pelototildees de Engenharia de Combate (BRASIL 2000 p 4-1)

conforme FIGURA 10

FIGURA 10 Organograma de uma Companhia de Engenharia de Combate Mecanizada Fonte Adaptado do manual BRASIL (2000 p 4-1)

331 O Pelotatildeo de Engenharia de Apoio

O Pelotatildeo de Engenharia de Apoio (Pel E Ap) eacute responsaacutevel por reforccedilar os

Pel E Cmb com caminhotildees basculantes viaturas blindadas especiais de engenharia

(VBE) equipamentos pesados de engenharia pessoal especializado ou natildeo e

41

equipamentos especializados na guerra com minas conforme previsto no manual

C5-10 (p 4-5)

Para a execuccedilatildeo de suas missotildees o Pel E Ap emprega uma Seccedilatildeo de

Comando um Grupo de Comando um Grupo de Mineiros um Grupo de

Equipamento de Engenharia um Grupo de Engenharia de Construccedilatildeo um grupo de

Caminhatildeo Basculante e um Grupo de Engenharia de Combate (BRASIL 1999 p 4-

6) conforme organograma da Figura 11

FIGURA 11 Organograma de um Pelotatildeo de Engenharia de Apoio Fonte Brasil (2000 p 4-1)

Ainda de acordo com o material disponiacutevel descrito no manual C5-10 os

principais materiais e equipamentos com que o Pel E Ap pode reforccedilar os Pel E

Cmb no apoio agrave mobilidade no Aproveitamento do Ecircxito satildeo viaturas blindadas

especiais de engenharia (VBE) reboque com equipamento para abertura de trilhas

em obstaacuteculos (o qual se refere ao equipamento de abertura de brecha) e reboque

com Eqp para disseminaccedilatildeo de minas motosserra compressor de ar e jogo de

ferramentas pneumaacuteticas aparelho de solda arco voltaico e conjunto para

balizamento de passagens

42

Dos citados materiais cabe salientar que natildeo existe nas Cia E Cmb Mec

viaturas especiais de engenharia equipamentos para abertura de brecha para

disseminaccedilatildeo de minas nem jogo de ferramentas pneumaacuteticas

332 O Pelotatildeo de Equipagem de Assalto

O Pelotatildeo de Equipagem de Assalto (Pel Eq Ass) tem como missatildeo junto aos

Pel E Cmb reforccedilar com seus equipamentos e materiais eou com pessoal

especializado principalmente missotildees relacionadas agrave transposiccedilatildeo de curso de

aacutegua (BRASIL 1999 p 4-7)

O Pel Eq Ass eacute constituiacutedo por um Gp Cmdo Grupo de Botes de Assalto

Grupo de Passadeiras Grupo de Portadas e Grupo de Ponte de Pequenas Brechas

(BRASIL 1999 p 4-8) conforme Figura 12

FIGURA 12 Organograma do Pelotatildeo de Engenharia de Assalto Fonte Brasil (2000 p 4-1)

Os principais equipamentos que o pelotatildeo possui satildeo botes de assalto

equipagem de passadeira portada pesada e veiacuteculos lanccediladores de pontes de

pequenas brechas Embora natildeo especificados nos manuais que fazem referecircncia

se seriam sobre rodas ou sobre lagartas foi considerado pelo autor que as viaturas

43

lanccediladoras de ponte de pequena brecha da Cia E Cmb Mec seja sobre rodas

partindo do princiacutepio que no DAMEPLAN existe ponte de classe 30 lanccedilada por

viatura

Dos materiais acima citados com que o Pel E Cmb Mec precisa ser reforccedilado

no Aproveitamento do Ecircxito o principal meio eacute a viatura lanccediladora de pontes sobre

rodas a qual natildeo existe no Exeacutercito Brasileiro

333 O Pelotatildeo de Engenharia de Combate Mecanizado

O pelotatildeo fraccedilatildeo baacutesica de apoio junto agraves armas (BRASIL 1999 p 1-10) que

tem por missatildeo realizar dentro de suas possibilidade os trabalhos teacutecnicos de

engenharia em proveito da brigada como um todo ou da peccedila de manobra da arma-

base apoiada (BRASIL 2000 p 4-9) Composto por um grupo de comando e 3

Grupos de Engenharia (GE) os quais estes constituem elemento baacutesico de

trabalho (BRASIL 1999 p 1-10) o Pel E Cmb estaacute organizado conforme

representado na FIGURA 13

FIGURA 13 Organograma de um Pelotatildeo de Engenharia de Combate Mecanizado Fonte Brasil (2000 p 4-1)

44

Segundo o manual C 5-10 nas operaccedilotildees ofensivas o Cmt Cia E designa

normalmente um Pel E Cmb para apoiar cada regimento da Brigada (BRASIL

1999 p 4-2) Para isso o Pel E Cmb tem as seguintes capacidades produccedilatildeo de

cortina de fumaccedila trabalhos de minagem e desminagem (manual tendo em vista

que a Cia E Cmb natildeo possui equipamento especializado) trabalho de destruiccedilotildees e

de explosivos e trabalho de fortificaccedilatildeo de campanha limitado aos seus

equipamentos de engenharia (BRASIL 1999 p 4-9) (equipamentos inadequados

para o aproveitamento do ecircxito pois natildeo possuem proteccedilatildeo blindada nem

conseguem acompanhar os elementos apoiados)

Aleacutem disso o pelotatildeo pode conduzir consigo o material para abertura de

passagem em campo de minas O uacutenico material com o qual o Pel E tem contato

por ocasiatildeo do adestramento tanto por tropas mecanizadas como blindadas eacute o

RAMBS

O RAMBS consiste em uma carga linear explosiva que abre uma trilha de 06

metros de largura por 6 metros de comprimento em campo de minas abrindo um

caminho para tropa a peacute (BRASIL 2000 p D-2) portanto ineficiente para a

transposiccedilatildeo de qualquer viatura as quais necessitam de uma abertura de brecha

com medidas miacutenimas de 35 metros (BRASIL 2000 p D-8)

Aleacutem desse equipamento o uacutenico material para remoccedilatildeo de minas eacute o

utilizado em desminagem humanitaacuteria ou seja material de desminagem manual O

material para desminagem manual consiste em bastatildeo de sondagem roupa de

proteccedilatildeo capacete de minas bandeirolas entre outros os quais ineficientes para

abertura de brecha sob fogos inimigos devido a inexistecircncia de proteccedilatildeo para os

membros da equipe embora eficientes para missotildees humanitaacuterias (BRASIL 2000

p 5-18)

Aleacutem desse material baacutesico que acompanha o pelotatildeo outros materiais podem

reforccedilar as capacidades do pelotatildeo conforme o estudo da missatildeo Os meios de

transposiccedilatildeo de obstaacuteculos oriundos da Cia E Cmb satildeo normalmente passados em

reforccedilo pelo Pelotatildeo de Equipagem de Assalto e pelo Pelotatildeo de Engenharia de

Apoio

Os Pel E Cmb quando natildeo reforccedilados tem condiccedilotildees ainda mais limitadas de

apoio por conduzir material de pequena capacidade de trabalho os quais estatildeo

contidos na caixa de sapador Embora estejam previstas ferramentas pneumaacuteticas

45

suas caixas de sapador satildeo constituiacutedas de materiais baacutesicos como enxada paacute

picareta fateixa boca-de-lobo trena martelo

34 MATERIAIS DE EMPREGO MILITAR DISPONIacuteVEIS NO MUNDO PARA

REFORCcedilO AOS PEL E CMB NO APOIO Agrave MOBILIDADE

Os meios utilizados em reforccedilo dos Pel E Cmb atribuem a capacidade de

realizar trabalhos e diminuem o tempo de execuccedilatildeo e consequentemente o tempo

de exposiccedilatildeo aos fogos inimigos Para as Cia E Cmb que possuem blindados como

viatura de transporte (Cia E Cmb MecBld) destaca-se a importacircncia dos meios que

podem ser utilizados mantendo a proteccedilatildeo blindada durante sua operaccedilatildeo como eacute

o caso das Viaturas Blindadas de Engenharia aumentando a seguranccedila da

guarniccedilatildeo e do equipamento os quais satildeo considerados meios muito nobres

devido sua especificidade

O emprego das viaturas denominadas especiais proporciona proteccedilatildeo

blindada o que garante consideraacutevel manutenccedilatildeo da funcionalidade da viatura sob

fogos de determinado calibres rapidez na abertura da passagem e seguranccedila Essa

uacuteltima caracteriacutestica contribui para garantir a preservaccedilatildeo do Poder Relativo de

Combate (PRC) o emprego oportuno e eficiente dos meios pelo Cmt Pel conforme

previsto no Manual EB20-MC-10208 ndash Proteccedilatildeo (2015 p 1-1)

As viaturas tambeacutem proporcionam grande mobilidade pois seus meios primam

pelo maacuteximo emprego de seus implementos de forma embarcada Desta forma

aleacutem da seguranccedila evitando a exposiccedilatildeo da guarniccedilatildeo da viatura evita-se a perda

de tempo no desembarque de militares e dos meios embarque e preparaccedilatildeo

No manual C 5-10 - O apoio de engenharia no escalatildeo brigada ndash as viaturas

que o Pel E Ap e o Pel Eq Ass possuem para reforccedilo dos pelototildees satildeo Viatura

Blindada Especial Lanccedila-Pontes (VBEL Pnt) e Viatura Blindada de Combate de

Engenharia (VBCE)

O manual C 5 ndash 37 ndash Minas e armadilhas descreve alguns outros materiais

como o reboque com MICLIC Giant Viper viatura rolo e viatura arado No

DAMEPLAN eacute feito menccedilatildeo ao equipamento para abertura de brecha equipamento

de tubos para transposiccedilatildeo de fosso aleacutem dos implementos lacircmina frontal rolo e

equipamento para disseminaccedilatildeo de mina AC lanccedila para guindaste e

escavadeiraque tambeacutem seraacute abordada natildeo existem nas Cia E Cmb Mec Para

46

entendimento da importacircncia e capacidades de cada um seratildeo abordadas suas

caracteriacutesticas e possibilidades

341 Viatura blindada especial lanccediladora de pontes de pequena brecha

Embora natildeo tenha sido encontrado nenhum dado limitador que definisse o

limite para ser considerada uma ponte de pequena brecha foi delimitada pelo autor

como ponte de pequena brecha aquela transportada por uma uacutenica viatura blindada

capaz de ser lanccedilada sem desembarque eou complemento em procedimento por

outro elemento mesmo que embarcado em outra viatura

As VBEL Pnt satildeo viaturas que tem a capacidade de realizar o lanccedilamento de

pontes sobre cursos drsquoaacutegua valetas e como rampas ascendentes ou descendentes

Essas viaturas podem ser divididas em dois tipos de lanccedilamento vertical e

horizontal

O lanccedilamento horizontal cuja sequecircncia de lanccedilamento eacute apresentada na

figura 16 eacute o tipo de lanccedilamento no qual a ponte desloca-se em quase sua

totalidade na horizontal caracteriacutestica esta que diminui a exposiccedilatildeo excessiva da

viatura no campo de batalha

FIGURA 14 Sequecircncia de lanccedilamento do tipo horizontal de ponte de pequena brecha Fonte Siacutetio eletrocircnico FAS Acesso em 3 jul 2018

47

O lanccedilamento vertical eacute o deslocamento realizado onde a ponte projeta-se no

sentido vertical antes de ser projetada na horizontal para lanccedilamento sobre o solo

A Viatura Blindada Especial Lanccedila-Pontes Leopard 1BR (VBEL Pnt Leo 1

BR) eacute viatura alematilde modificada da versatildeo alematilde BIBER para o Brasil Construiacuteda a

partir do chassi do Leopard 1 esta eacute capaz de lanccedilar uma ponte de classe 50 de 22

metros sobre um vatildeo de 20 metros (MANUAL DE OPERACcedilAtildeO DA VIATURA

BLINDADA ESPECIAL LANCcedilA-PONTES LEOPARD 1 BR p 2)

O Brasil adquiriu essa viatura junto com a compra dos Leopard 1 A5 BR em

2009 dando agrave tropa blindada a capacidade de transpor obstaacuteculos como cursos

drsquoagravegua e valetas

FIGURA 15 Viatura Blindada Especial Lanccedila-Pontes Leopard 1 BR Fonte Siacutetio eletrocircnico ldquoArmyvehiclesrdquo Acesso em 30 mar 2018

A Viatura Blindada Lanccedila-Pontes Titan eacute uma viatura britacircnica baseada no

chassi do carro de combate Challenger 2 capaz de lanccedilar uma uacutenica ponte de 26 m

em menos de dois minutos ou duas pontes de 12 m em apenas 90 segundos Esta

viatura tem o mesmo niacutevel de proteccedilatildeo da VBCC fornecendo um niacutevel muito alto de

proteccedilatildeo contra armas de fogo direto aleacutem de consideraacutevel proteccedilatildeo contra minas

48

terrestres e contra agentes QBRN (Quiacutemico bioloacutegico radioloacutegico e nuclear)

(MILITARY-TODAY201)

A FIGURA 16 a seguir mostra que a viatura realiza um lanccedilamento do tipo

vertical representado pela sequecircncia de imagens abaixo apresentada

FIGURA 16 Viatura lanccediladora de pontes Titan Fonte Adaptado do siacutetio eletrocircnico ldquoYoutuberdquo Acesso em 15 ago 2018

A Viatura Blindada Lanccedila-Pontes M104 Wolverine eacute a viatura para

transposiccedilatildeo de pequenas brechas utilizada pelos Estados Unidos Construiacuteda a

partir do chassi da viatura carro de combate M1A2 Abrams a viatura Wolverine tem

a capacidade de lanccedilar ponte de classe 70 sobre brechas de ateacute 24 metros

(MILITARY-TODAY201)

A VBEL Pnt que realiza lanccedilamento do tipo horizontal possui proteccedilatildeo

semelhante agrave viatura carro de combate M1A2 Abrams e possui um sistema de

gerenciamento de campo de batalha a fim de aumentar a consciecircncia situacional

no campo de batalha (MILITARY-TODAY201)

49

Figura 17 Viatura Blindada Especial Lanccedila-Pontes M104 Wolverine Fonte Siacutetio eletrocircnico ldquoMILITARY-TODAYrdquo Acesso em 15 ago 2018

342 Viatura Blindada Especial de Engenharia

Natildeo existe uma padronizaccedilatildeo de nomenclatura para esse tipo de viatura nem

um padratildeo definido mas os recursos variam entre uma lacircmina grande ou arados

para minas um canhatildeo de demoliccedilatildeo de grande calibre perfuratriz guinchos braccedilo

e guindaste de escavadeira ou para iccedilamento de cargas (WIKIPEDIA 20)

Neste trabalho seraacute considerada Viatura Blindada Especial de Engenharia

assim como eacute utilizada na documentaccedilatildeo do Centro de Instruccedilatildeo de Blindados com

base na definiccedilatildeo constante na Portaria Nr 023 ndash DMB de 20 de novembro de 1998

ndash Normas reguladoras para classificaccedilatildeo registro e identificaccedilatildeo dos veiacuteculos

oficiais no acircmbito do Ministeacuterios do Exeacutercito (NORCRIVE) Essa explicaccedilatildeo se faz

necessaacuteria porque muitos ainda descrevem como nosso manual MD33-M-02 -

Manual de abreviaturas siglas siacutembolos e convenccedilotildees cartograacuteficas das forccedilas

armadas como sendo Viatura Blindada de Combate

A citada norma corretamente considera Viatura Blindada de Combate aquela

eacute dotada de armamento orgacircnico com um apreciaacutevel poder de fogo Por outro

lado considera Viatura Especial aquela dotada de caracteriacutesticas muito

peculiares

Partindo do princiacutepio que o M113 que possui armamento orgacircnico com maior

calibre que o constante na VBE Eng natildeo eacute considerado viatura de combate a

50

viatura de engenharia tambeacutem natildeo pode ser pois seu armamento eacute suficiente

apenas para proteccedilatildeo da viatura e de sua guarniccedilatildeo

A Viatura Blindada Especial de Engenharia Leopard 1BR (VBE Eng Leo 1

BR) eacute uma viatura modificada da versatildeo alematilde Pionierpanzer Dachs 1 para o Brasil

Construiacuteda a partir do chassi do Leopard 1 esta viatura tem as seguintes

capacidades desobstruccedilatildeo escavaccedilatildeo e trabalho de resgate

Suas capacidades adveacutem dos seus equipamentos escavadeira guindaste o

qual funciona a partir do braccedilo da escavadeira lacircmina de terraplanagem que

realiza trabalhos de remoccedilatildeo de terra e obstaacuteculos aleacutem de executar a funccedilatildeo de

lacircmina de apoio o que eacute fundamental para aumento da estabilidade e traccedilatildeo nos

trabalhos com o braccedilo da escavadeira e guindaste escarificador para realizar

cortes que afrouxam o terreno duro guincho para resgate ou auto resgate (com

capacidade de ateacute 70 toneladas) parafusadeira de impacto aparelho de corte e

solda e policorteesmerilhadeira (MANUAL DE OPERACcedilAtildeO DA VIATURA

BLINDADA ESPECIAL DE ENGENHARIA LEOPARD 1 BR p 2)

Embora exista uma versatildeo mais atual da viatura a viatura Pionierpanzer 3

Kodiak a qual seraacute apresentada a seguir esta versatildeo permanece sendo utilizada

pela Alemanha em territoacuterio nacional e em missotildees no exterior devido a sua alta

qualidade

Figura 18 Viatura Blindada Especial de Engenharia Leopard 1 BR Fonte Foto do autor

51

A Viatura Blindada Especial de Engenharia Pionierpanzer 3 Kodiak eacute a

versatildeo mais atual da viatura alematilde Pionierpanzer Dachs 1 As diferenccedilas da versatildeo

anterior satildeo escavadeira com braccedilo articulado dois guinchos e uma lacircmina que

pode ser substituiacuteda por um arado O arado eacute utilizado para a remoccedilatildeo de minas

junto a um sistema de marcaccedilatildeo de brecha e um sistema de detonaccedilatildeo de minas

eletromagneacuteticas (MILITARY-TODAY 201)

A concha tambeacutem eacute intercambiaacutevel com uma garra universal cortador de

concreto e perfuratriz A proteccedilatildeo desta viatura eacute a mesma da VBCCC Leopard 2

aleacutem de contar com proteccedilatildeo QBRN e sistema de cacircmeras para a realizaccedilatildeo de

uma operaccedilatildeo eficiente sem exposiccedilatildeo do operador (MILITARY-TODAY 201)

Figura 19 Viatura Blindada Especial Pionierpanzer 3 Kodiak Fonte Siacutetio eletrocircnico ldquoMILITARY-TODAYrdquo Acesso em 13 ago 2018 Veiacuteculo de engenharia destinado agrave preparaccedilatildeo do campo de batalha na zona

de fogo indireto a Viatura Blindada Especial de Engenharia Terrier executa

trabalhos com escavadeira e lacircmina frontal O veiacuteculo ainda conta com uma

blindagem e proteccedilatildeo contra minas fornecendo proteccedilatildeo contra estilhaccedilos de fogo

de armas pequenas e projeacuteteis de artilharia (MILITARY-TODAY 201)

Para missotildees de abertura de brecha este veiacuteculo eacute equipado com um arado

de grande capacidade que complementa o trabalho realizado por seu equipamento

rebocado Python (MILITARY-TODAY 201)

Esse mesmo reboque ainda tem capacidade de transporte de feixe de tubos

ou um tolo de esteira (tem funccedilatildeo semelhante ao reforccedilador de solo) (MILITARY-

TODAY 201)

52

Figura 20 Viatura Blindada Especial de Engenharia Terrier Fonte Siacutetio eletrocircnico ldquoMILITARY-TODAYrdquo Acesso em 17 ago 2018

343 Viaturas Blindadas Especiais de Abertura de Brecha

A M1150 Assault Breacher Vehicle (ABV) - Viatura de Abertura de Brechas)

foi construiacuteda a partir do chassi do M1A1 Abrams Sua principal caracteriacutestica eacute a

existecircncia de um compartimento bipartido na parte superior da viatura capaz de

lanccedilar dois MICLIC (Mine Clearing Line Charge) de forma independente Essa carga

linear explosiva eacute capaz de eliminar 92 a 95 das minas de um campo de minas

(Kidwell e Jaffke 2014)

Aleacutem do MICLIC a viatura possui um arado na parte frontal o qual consegue

realizar o trabalho complementar de comprovaccedilatildeo da abertura da brecha do

explosivo imediatamente apoacutes a sua detonaccedilatildeo (Kidwell e Jaffke 2014)

O implemento arado eacute um meacutetodo mecacircnico que natildeo suporta ser empregado

como meio principal pois tem baixa resistecircncia De acordo com BRASIL (2000 p

53

D-6) a cada trecircs minas removidas por esse implemento uma danifica a lacircmina

implicando em sua substituiccedilatildeo

Figura 21 Vehicle Assault Breacher Vehicle (ABV) Fonte Siacutetio eletrocircnico ldquoMILITARY-TODAYrdquo Acesso em 12 dez 2017

Aleacutem do meacutetodo de abertura de brecha pelo meacutetodo explosivo existem outros

sistemas eficientes como a Viatura de Abertura de Brecha Keiler viatura alematilde

a qual se atribui uma eficiecircncia de limpeza de cerca de 98 das minas por onde

passa Seu sistema eacute composto por um rotor que eacute interligado a vaacuterios pesos

metaacutelicos presos por correntes Quando esse rotor gira e eacute aproximado do solo

realiza pancadas no solo gerando ondas de choque que acionam as cargas

explosivas Enquanto realiza a limpeza um sistema automaticamente demarca o

local livre de minas (MILITARY-TODAY 201)

Esse meacutetodo permite a abertura das brechas de um modo mais simples sem

necessidade de complemento por outro sistema e de valor de manutenccedilatildeo mais

baixa pois o acionamento das minas exige apenas a substituiccedilatildeo das peccedilas que

se chocam com o solo

54

Figura 22 Viatura Blindada Especial Keiler Fonte Siacutetio eletrocircnico ldquoMILITARY-TODAYrdquo Acesso em 12 dez 2017

A viatura utilizada pela Ruacutessia que tambeacutem utiliza um sistema mecacircnico eacute a

Viatura de Abertura de Brecha BMR-3M que consiste em uma viatura blindada

baseada no carro de combate T-90 que conduz agrave frente de suas lagartas rolos

que exercem uma pressatildeo superior ao das lagartas sobre o solo acionando-as

prematuramente Aleacutem dos rolos a viatura possui um sistema de contra-ataque

magneacutetico e um sistema jammer que impede o acionamento de explosivos

controlados por raacutedio A velocidade da desminagem eacute de 12 kmh dependendo da

densidade da mina e das condiccedilotildees do solo (MILITARY-TODAY 201)

De acordo com BRASIL (2000 p D-6) o sistema de rolo eacute apto para operar

em solo seco e relativamente plano Aleacutem disso deve ser utilizado como

complemento do MICLIC pois em meacutedia o rolo suporta entre trecircs a seis minas

devendo apoacutes isso ser substituiacutedo Esse eacute um excelente sistema para identificaccedilatildeo

do iniacutecio de um campo minado

55

Figura 23 Viatura Blindada Especial BMR-3M Fonte Siacutetio eletrocircnico ldquoMILITARY-TODAYrdquo Acesso em 28 jul 2018

344 Outros sistemas e implementos

O feixe de tubos ou Pipe Fascine foi desenvolvido no Exeacutercito Britacircnico no

iniacutecio dos anos 80 para enfrentar os desafios de assegurar a mobilidade do

movimento na Alemanha Ocidental no caso de um conflito da OTAN com o Pacto de

Varsoacutevia (MILITARY-TODAY 201)

Nesta situaccedilatildeo foi verificada a existecircncia de vaacuterias pequenas valetas e

riachos de aproximadamente 5 a 10 metros de largura e 15 a 25 metros de

profundidade Para solucionar foram conectados tubos que permitissem a

passagem por sobre os riachos permitindo que a aacutegua passasse por dentro deles

Atualmente a viatura britacircnica mais moderna o Trojan conta com um sistema

para lanccedilamento de feixe de tubos dada sua eficiecircncia na transposiccedilatildeo de alguns

obstaacuteculos tornando-se prescindiacutevel a utilizaccedilatildeo das pontes em algumas situaccedilotildees

(MILITARY-TODAY 201)

56

Esse feixe ao ser colocado dentro de um Fosso Anticarro (Fosso AC)

estreitos cursos drsquoaacutegua ou valas ocupa o espaccedilo do vatildeo permite a passagem de

viatura sobre sua superfiacutecie

Esse equipamento pode ser lanccedilado por uma Viatura Blindada Especial de

Engenharia ou adaptada em outras viaturas e reboques Uma necessidade para

lanccedilamento e recolhimento desse material eacute um sistema do tipo concha guindaste

ou outro meio de iccedilamento a fim de recuperar ou movimentar o equipamento apoacutes

ser lanccedilado

Figura 24 Feixe de tubos (Pipe Fascine) Fonte Siacutetio eletrocircnico ldquoAEGISrdquo Acesso em 25 ago 2018 O sistema de lanccedilamento de ponte de pequena brecha eacute um sistema que

pode ser adaptado agraves viaturas de combate ou de transporte de pessoal utilizadas

pela infantaria ou cavalaria a fim de abrir passagens em pequenos cursos drsquoaacutegua

O sistema REBS (Rapidly Emplaced Bridge System) por exemplo permite o

lanccedilamento de ponte de classe 50 sobre um vatildeo de ateacute 13 metros (MILITARY-

TODAY 201)

57

Figura 25 Sistema de lanccedilamento de ponte REBS Fonte Siacutetio eletrocircnico ldquoARMY-GUIDErdquo Acesso em 22 ago 2018

O sistema americano M58 Mine Clearing Line Charge (MICLIC) eacute uma carga

de demoliccedilatildeo linear a qual eacute projetada por foguete sobre o local onde se deseja

realizar a abertura de uma brecha Este sistema tem a capacidade de abrir uma

brecha de 8 m de largura por 100 m de comprimento (Wikipedia) O dispositivo de

demoliccedilatildeo consiste principalmente de uma corda de nuacutecleo de nylon de 34 de

polegada 700 blocos de demoliccedilatildeo composta por C4 e dois filamentos de cordel

detonante de tetranitrato de pentaeritritol (PETN) (USA 2011 p 23) ndash Department

of Defense Fiscal Year (FY) 2012 Budget Estimates)

Figura 26 Mine Clearance Line Charger (MICLIC) Fonte Siacutetio eletrocircnico ldquoYoutuberdquo Acesso em 20 abr 2018

58

O sistema propelido por foguete Python eacute um sistema britacircnico de

funcionamento semelhante ao MICLIC que consiste em um reboque com uma

carga linear que eacute distendida sobre o terreno por um foguete propulsor Esse

sistema que tambeacutem foi adquirido pela Tailacircndia eacute transportado na Gratilde-Betanha

pela viatura Trojan que eacute baseada no carro de combate Challenger 2 O Python foi

utilizado em 2010 durante a Operaccedilatildeo Moshtarak no Afeganistatildeo

(Armyrecognition) O sistema britacircnico Python pode limpar um caminho longo de 73

m por 180-200 m (WIKIPEDIA 201)

Figura 27 Sistema Python

Fonte Siacutetio eletrocircnico ldquoArmyrecognitionrdquo Acesso em 20 abr 2018

Para as viaturas sobre rodas aleacutem de meios como o MICLIC a maioria dos

exeacutercitos tem anexado implementos agraves viaturas utilizando-as de modo

intercambiaacutevel de modo a adequar a viatura conforme a necessidade de cada

operaccedilatildeo

Cabe salientar que algumas minas modernas como a mina italiana SB-33

tecircm um mecanismo de detonaccedilatildeo que detona a mina se sujeita a uma pressatildeo

gradual e constante mas bloqueia a espoleta se sujeito a um choque suacutebito Isso

pode anular o uso de cargas de linha de limpeza de minas para limpar tais minas

(WIKIPEDIA 201)

59

O implemento lacircmina para desminagem escavadeira e lacircmina reta satildeo

implementos que podem ser utilizados nas viaturas meacutedias de rodas ambas

apresentando capacidade limitada de trabalho sendo a primeira para remoccedilatildeo de

minas em superfiacutecies pavimentadas podendo ainda ser utilizada para retirar

alguns tipos de entulho e as uacuteltimas para desobstruccedilatildeo de vias e organizaccedilatildeo do

terreno (MILITARYSYSTEMS-TECH 20)

Figura 28 M1132 Engineer Squad Vehicle (ESV) Fonte Siacutetio eletrocircnico ldquoWIKIPEDIArdquo Acesso em 20 mar 2018

O Light Weight Mine Roller (LWMR) rolo de minas de peso leve eacute um

sistema que protege veiacuteculos do efeito de minas e dispositivos explosivos

improvisados (DEI) realizando pressatildeo sobre o solo agrave frente do veiacuteculo que realiza

a abertura (ARMYTECHNOLOGY 2018)

Esse eacute um implemento leve mas que gera efeito pesado em suas rodas

atraveacutes do uso de energia hidraacuteulica gerando a pressatildeo necessaacuteria para

acionamento de cargas explosivas (ARMYTECHNOLOGY 2018)

60

Figura 29 Rolo de minas de peso leve (LWMR) Fonte Siacutetio eletrocircnico ldquoARMYTECHNOLOGYrdquo Acesso em 20 mar 2018

35 APOIO DE ENGENHARIA ORGAcircNICA AgraveS BRIGADAS MECANIZADAS EM

OUTROS PAIacuteSES

Em busca de uma estrutura semelhante agrave Bda C Mec em outros paiacuteses este

autor natildeo encontrou tropa que tenha seu emprego principal no reconhecimento e

seguranccedila

A fim de dar uma soluccedilatildeo a questatildeo proposta este autor escolheu

desconsiderar a finalidade da tropa apoiada concentrando o estudo no emprego

conjunto de tropas que utilizam meios sobre rodas e sobre lagartas onde a

engenharia teraacute que apoiar

351 SBCT a brigada americana Stryker

As Brigade Combat Teams (BCT) satildeo brigadas americanas que geralmente

satildeo empregadas como parte de uma divisatildeo ou forccedila-tarefa

O BCT eacute uma formaccedilatildeo de armas combinadas de todas as funccedilotildees de

combate Embora os modulares BCTs sejam organizaccedilotildees fixas o comandante da

divisatildeo pode ajustar qualquer organizaccedilatildeo de tarefas da BCT para atender aos

requisitos da missatildeo (EUA 2006 p 2-7)

A Stryker Brigade Combat Team (SBCT) da traduccedilatildeo para o portuguecircs Grupo

de Combate Brigada Stryker eacute uma forccedila-tarefa expedicionaacuteria organizada para

61

atender aos requisitos especiacuteficos de cada missatildeo tendo seu emprego baseado na

infantaria embarcada na viatura Stryker (EUA 2015 p 1-1) Essa flexibilidade

organizacional permite que as SBCTs funcionem em toda a gama de operaccedilotildees

militares tendo disponiacuteveis elementos com capacidade de manobra artilharia de

campanha inteligecircncia engenharia QBRN e manutenccedilatildeo

Atualmente existem trecircs tipos de BCTs a proacutepria SBCT a HBCT (tropa de

infantaria que combate embarcada em blindado sobre lagartas) IBCT (tropa de

infantaria transportada por viaturas de baixa proteccedilatildeo blindada que combate

desembarcada) (EUA 2006 p 2-7)

A brigada Stryker tem a seguinte organizaccedilatildeo baacutesica trecircs batalhotildees de

infantaria a trecircs companhias cada um com trecircs pelototildees (EUA 2015 p 1-6) um

esquadratildeo de cavalaria de reconhecimento equipada com viaturas de

reconhecimento Stryker um pelotatildeo de reconhecimento QBRN equipado com um

veiacuteculo de reconhecimento quiacutemico bioloacutegico e nuclear M1135 Stryker (EUA 2015

p 1-7) O organograma desta brigada estaacute discriminada na figura Nr 26 a seguir

Figura 30 Organograma de uma Brigada Stryker Fonte Fort Benning (2015)

62

As companhias de engenharia apoacuteiam a SBCT na abertura de passagem por

obstaacuteculos auxilia no assalto de posiccedilotildees fortificadas lanccedila obstaacuteculos para

proteccedilatildeo de forccedilas amigas constroacutei ou melhora posiccedilotildees para proteccedilatildeo realiza

reconhecimento de itineraacuterios e coleta de informaccedilotildees identifica e elimina

dispositivos explosivos improvisados entre outras tarefas durante a accedilatildeo decisiva

(EUA 2015 p 1-10)

A forma de emprego da engenharia dessa brigada foi alterada recentemente

passando de uma companhia para um batalhatildeo de engenharia de combate o qual

fornece atraveacutes de suas subunidades a capacidade miacutenima para executar tarefas

essenciais de mobilidade contra-mobilidade e capacidade de proteccedilatildeo para o

SBCT

O Brigade Engineer Battalion (BEB) tem por missatildeo planejar e executar as

missotildees da brigada com as suas duas companhias orgacircnicas organizadas como

mostra a figura 31 podendo suplementaacute-las no que tange agrave mobilidade com

pontes abertura de brechas desobstruccedilatildeo de vias identificaccedilatildeo de ameaccedilas

explosivas e apoio em construccedilatildeo horizontal Aleacutem disso o batalhatildeo tambeacutem

coordena uma companhias de inteligecircncia militar uma companhia de comunicaccedilotildees

e uma companhia anticarro e por vezes uma companhia QBRN (EUA 2015 p 1-

8)

Figura 31 Organograma das companhias de engenharia das SBCT Fonte Adaptado de EUA (2014 p 1-8 traduccedilatildeo nossa)

63

Em uma Stryker BCT a 1ordf Cia E tem um pelotatildeo de comando dois pelototildees

de engenharia de combate uma seccedilatildeo de ponte e um grupo apoio (dotado de

equipamentos de abertura de brecha limitado ao emprego de cargas explosivas

lineares (MICLIC) em reboque para remoccedilatildeo de minas e equipamentos de

comprovaccedilatildeo (rolo e arado) (EUA 2014 p 1-7)

A 2ordf Cia possui uma seccedilatildeo de comando um pelotatildeo de combate composto por

trecircs GE um pelotatildeo de apoio composto por uma seccedilatildeo de pontes e um grupo de

construccedilatildeo horizontal e um pelotatildeo de abertura de brecha (em campo de minas)

(EUA 2014 p 1-8)

Embora seja notaacutevel a diferenccedila quando comparada com a Brigada de

Cavalaria Mecanizada a brigada Stryker foi identificada pelo autor como a Grande

Unidade americana que mais se aproximou das caracteriacutesticas da Bda C Mec por

ser uma brigada mecanizada apoiada por engenharia orgacircnica com meios Stryker

352 Brigada de Infantaria Mecanizada da Alemanha

A brigada que tem melhores condiccedilotildees de comparaccedilatildeo para este estudo por

sua maior similaridade com a Bda C Mec eacute a Brigada de Infantaria Mecanizada da

Alemanha O emprego das viaturas sobre rodas e sobre lagartas inclusive pelas

proacuteprias tropas de engenharia que apoiam essa brigada contribuiratildeo para uma

anaacutelise mais adequada da Bda C Mec

O exeacutercito alematildeo tem suas brigadas de infantaria mecanizada constituiacutedas da

seguinte forma um comando de brigada um batalhatildeo de reconhecimento dotado

de viaturas Fennek (foto 32) trecircs batalhotildees de infantaria mecanizada os quais

utilizam a viatura de combate Puma (foto 33) um batalhatildeo de rifles que utilizam as

viaturas de combate multipropoacutesito Boxer GTK (foto 34) e um batalhatildeo de

suprimento Essas fraccedilotildees satildeo apoiadas por um batalhatildeo de engenharia blindado

conforme demonstrado no quadro organizacional representado pela figura 32

(WIKIPEDIA 201)

64

Figura 32 Organograma de uma Brigada de Infantaria Mecanizada Fonte Adaptado do siacutetio eletrocircnico ldquoWikipediardquo Acesso em 29 ago 2018

Figura 32 Viatura Fennek Fonte Siacutetio eletrocircnico ldquoDEUTSCHESHEERrdquo Acesso em 20 ago 2018

65

Figura 33 Viatura de infantaria de combate Puma Fonte Siacutetio eletrocircnico ldquoDEUTSCHESHEERrdquo Acesso em 20 ago 2018

Figura 34 Viatura Boxer Fonte Siacutetio eletrocircnico ldquoDEUTSCHESHEERrdquo Acesso em 19 ago 2018

O batalhatildeo de engenharia que possui organizaccedilatildeo semelhante ao BE Cmb

Bld do Brasil eacute composto por uma companhia de comando duas companhias de

66

engenharia de combate blindada uma companhia de equipamentos de engenharia

com funccedilatildeo semelhante a uma Companhia de Comando e Apoio (CCAp) de um BE

Cmb Bld e uma companhia de pontes flutuantes com funccedilatildeo semelhante a

Companhia de Equipamento de Pontes (Cia E Pnt) de um BE Cmb Bld conforme

representado no organograma da figura 35 (DEUTSCHESHEER 20)

Figura 35 Organograma de uma brigada blindada alematilde Fonte Adaptado de DEUTSCHLAND (2011 p 9 traduccedilatildeo nossa)

Cia E Cmb

(Vtr Fuchs)

Pel DEI

2 VBE Keiler Pel Bld

4 Vtr Skorpion

Sistema ldquoVrdquo

1 Vtr Fennek

Pel Cnst

3 VBE Biber

2 VBE Dachs

Cia Cmdo

Cia Rec

(Vtr Fennek)

Cia E Cmb

(Vtr Fuchs)

Pel DEI

2 VBE Keiler

Pel Bld 4 VBE Skorpion

Sistema ldquoVrdquo

Cia Cnst Pel Cnst Pel DEI Pel Pnt

Batalhatildeo de Engenharia

de Combate Blindado

Pel Cnst

3 VBE Biber

2 VBE Dachs

67

As companhias de combate compostas por quatro pelototildees satildeo organizadas

da seguinte forma uma seccedilatildeo de comando um pelotatildeo de engenharia o qual

realiza trabalhos para barrar ou canalizar a tropa inimiga abertura de caminhos por

meio do emprego de explosivos e trabalhos gerais de engenharia um pelotatildeo de

abertura de brecha dotado de meios de limpeza um pelotatildeo de abertura de

brechas pesado e um pelotatildeo de equipamentos pesados responsaacutevel pelo apoio agrave

mobilidade abertura de passagem em obstaacuteculos e cursos drsquoaacutegua e manutenccedilatildeo de

estradas (DEUTSCHESHEER 20)

As companhias satildeo dotadas ainda das viaturas Fennek e Fuchs para

transporte de pessoal (DeustchesHeer 2011)

A companhia de pontes flutuantes eacute composta por um pelotatildeo de viaturas

blindadas e um pelotatildeo de mergulhadores E a companhia de equipamento de

engenharia eacute dotada de equipamentos de construccedilatildeo e viaturas blindadas especiais

(DEUTSCHESHEER 20)

Encontram-se abaixo as viaturas e sistemas utilizados pelo batalhatildeo as

viaturas de transporte de pessoal Fuchs (figura 35) e Fennek a viatura lanccediladora de

ponte Biber (figura 36) a viatura para abertura de brecha em campo de minas Keiler

(figura 37) e a viatura especial de engenharia Dachs (figura 38)

Figura 36 Viatura de Transporte de Pessoal Fuchs Fonte Siacutetio eletrocircnico ldquoDEUTSCHESHEERrdquo Acesso em 25 ago 2018

68

Figura 37 Viatura Blindada Especial Lanccedila-Pontes Biber Fonte Siacutetio eletrocircnico ldquoDEUTSCHESHEERrdquo Acesso em 24 ago 2018

Figura 37 Viatura Blindada Keiler Fonte Siacutetio eletrocircnico ldquoDEUTSCHESHEERrdquo Acesso em 23 ago 2018

69

Figura 38 Viatura Pionierpanzer 1 Dachs Fonte Siacutetio eletrocircnico ldquoDEUTSCHESHEERrdquo Acesso em 22 ago 2018 Podemos concluir com a anaacutelise dessa brigada que embora natildeo seja uma

Grande Unidade de emprego semelhante ou seja uma brigada de cavalaria

mecanizada esta apresenta a mesma dificuldade de apoio de engenharia

encontrada nas Bda C Mec quais sejam apoiar elementos de grande mobilidade

dotados de viaturas sobre sobre rodas e viaturas sobre lagartas e que possuem

diferentes classes

Os principais reflexos para esse apoio satildeo as diferenccedilas de pesos e

velocidades o que impacta na capacidade de acompanhamento das viaturas

empregadas pelos elementos da arma base e na capacidade de transposiccedilatildeo dos

meios por ponte por exemplo

Essa diferenccedila eacute percebida quando comparamos as caracteriacutesticas dessas

viaturas conforme apresentado a seguir que satildeo o peso e velocidade

Viatura Fennek (103 ton e 115 kmh) Viatura de Transporte de Pessoal Fuchs

(235 ton e 105 kmh) utilizada pelos pelototildees de engenharia Viatura de Combate

Puma utilizada pela infantaria (43 ton e 70 kmh) Viatura Blindada Lanccedila-Pontes

Biber (453 ton e 62 kmh) Viatura Blindada Especial de Engenharia Dachs (43 ton

70

e 62 kmh) e Viatura para Abertura de Brecha Keiler (53 ton e 50 kmh)

(DEUTSCHESHEER 20)

71

4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO

O presente capiacutetulo tem por finalidade atingir o objetivo geral da pesquisa que

eacute analisar o apoio de engenharia prestado aos elementos empregados em primeiro

escalatildeo por uma Brigada de Cavalaria Mecanizada a fim de sugerir uma proposta

de adequaccedilatildeo do apoio prestado em Operaccedilotildees Ofensivas atraveacutes de um estudo

especiacutefico de Operaccedilatildeo de Aproveitamento do Ecircxito face agrave evoluccedilatildeo doutrinaacuteria e

do MEM

A fim de atingir os trecircs uacuteltimos objetivos especiacuteficos estabelecidos (objetivos j k

e l) na pesquisa a presente seccedilatildeo pretende sintetizar os resultados obtidos nos

questionaacuterios na revisatildeo de Literatura e na pesquisa de campo agrave luz das dimensotildees

que compotildeem a Variaacutevel Independente (Capacidades Operativas da Cia E Cmb no

Aproveitamento do Ecircxito) Dependente (Apoio de Engenharia aos Regimentos de

uma Bda C Mec) e Interveniente (Necessidades miacutenimas dos Rgt)

41 DISCUSSAtildeO REFERENTE AOS INSTRUMENTOS UTILIZADOS

Para melhor explorar a discussatildeo referente aos instrumentos utilizados e

dados levantados seratildeo retomadas as variaacuteveis que foram objeto de estudo desta

pesquisa

A estruturaccedilatildeo da Variaacutevel Independente ndash Capacidades Operativas da

Companhia de Engenharia de Combate Mecanizada no Aproveitamento do

Ecircxito e da Variaacutevel Dependente ndash Apoio de Engenharia aos Regimentos de uma

Brigada de Cavalaria Mecanizada deu-se em torno de dimensotildees que possuiacuteam

indicadores com suas respectivas formas de avaliaccedilatildeo Estas variaacuteveis foram

apresentadas no capiacutetulo 2 no Quadro 1 - Operacionalizaccedilatildeo da Variaacutevel

Independente (VI) e Quadro 2 - Operacionalizaccedilatildeo da Variaacutevel Dependente (VD)

A VI foi explorada a partir da anaacutelise da capacidade da Cia E Cmb Mec onde

foram identificadas suas deficiecircncias resultante da falta de material e inadequado

emprego no apoio aos regimentos e comparada agraves soluccedilotildees em material e

emprego de outros exeacutercitos Na abordagem da VD buscou-se analisar as

caracteriacutesticas desejadas e adequabilidade logiacutestica de novos materiais e

apresentar uma sugestatildeo de adequaccedilatildeo do apoio de engenharia quanto agrave

organizaccedilatildeo e caracteriacutesticas desse apoio

72

411 Revisatildeo da literatura

Para o levantamento do material que compocircs a revisatildeo bibliograacutefica

empregada no trabalho foram realizadas pesquisas em bibliotecas virtuais fiacutesicas

e tambeacutem na internet sempre buscando por livros manuais trabalhos cientiacuteficos

reportagens e outras publicaccedilotildees de interesse

Com base nos objetivos geral e especiacuteficos foi elaborado o Capiacutetulo 3-

Revisatildeo da Literatura que foi fracionado em 5 subcapiacutetulos

1) Consideraccedilotildees Iniciais ndash Neste subcapiacutetulo foram apresentados conceitos

preliminares dos quais se faz necessaacuterio o entendimento para uma melhor anaacutelise

e consequentemente a construccedilatildeo de uma proposta mais adequada Este

subcapiacutetulo buscou atingir o objetivo especiacutefico ldquoardquo

2) Brigada de Cavalaria Mecanizada ndash Este subcapiacutetulo apresentou as

caracteriacutesticas organizaccedilatildeo da Brigada de Cavalaria Mecanizada e a forma de

emprego no aproveitamentos do ecircxito a fim de alcanccedilar os objetivos especiacuteficos

ldquobrdquo e ldquocrdquo

3) Companhia de Engenharia de Combate Mecanizada ndash Foram apresentadas

a organizaccedilatildeo caracteriacutesticas e as forma de emprego da Cia E Cmb Mec bem

como de seus pelototildees constitutivos (Pel E Ap Pel Eq Ass e Pel E Cmb) visando

atingir os objetivos especiacuteficos ldquodrdquo ldquoerdquo ldquofrdquo e ldquogrdquo

4) Materiais de Emprego Militar disponiacuteveis no mundo para reforccedilo aos Pel E

Cmb no apoio agrave mobilidade ndash Apresenta os materiais disponiacuteveis para aquisiccedilatildeo pelo

Exeacutercito Brasileiro a fim de dirimir as deficiecircncias no apoio de engenharia agrave

mobilidade dos Regimentos da Bda C Mec buscando atingir o objetivo especiacutefico

h

5) Apoio de engenharia a forccedilas combinadas de viaturas sobre rodas e sobre

lagartas em outros paiacuteses ndash O presente subparaacutegrafo descreveu brigadas de outros

exeacutercitos que apresentam em sua constituiccedilatildeo meios orgacircnicos sobre rodas e sobre

lagartas que necessitam de apoio de engenharia a fim de atingir o objetivo

especiacutefico j

A revisatildeo de literatura foi suficiente para proporcionar dados que

contribuiacutessem para a anaacutelise da capacidade da Cia E Cmb e o desenvolvimento de

uma sugestatildeo adequada conforme os objetivos propostos

73

412 Entrevistas

Foram confeccionados ao todo 4 questionaacuterios sendo eles

a) para os Comandantes e ex-Comandantes dos Regimentos de

Cavalaria Mecanizada e Blindada (RC Mec e RCB) das Brigadas de Cavalaria

Mecanizada (resposta no Apecircndice A)

b) para os Comandantes das Companhias de Engenharia de Combate

Mecanizada (Apecircndice B)

c) para os oficiais de engenharia com curso de comandante de

subunidade na Alemanha ou Estados Unidos (resposta no Apecircndice C)

d) para os oficiais instrutores do Centro de Instruccedilatildeo de Blindados com

curso de comandante de subunidade na Alemanha ou Estados Unidos (resposta no

Apecircndice D)

O autor tinha interesse em trabalhar com hipoacuteteses de estudo poreacutem tendo em

vista o baixo retorno dos questionaacuterios foi modificado para questotildees de estudo

onde os questionaacuterios respondidos foram aproveitados como apoio para responder

as questotildees selecionadas

Dentre os questionaacuterios enviados aos Comandantes dos Regimentos (Apecircndice

A) foram respondidos apenas 9 questionaacuterios do universo de comandantes dos

regimentos das quatro Bda C Mec e dos questionaacuterios enviados aos Comandantes

das quatro Companhias de Engenharia de Combate Mecanizada (Apecircndice B)

foram respondidos apenas 7 A baixa quantidade de respostas natildeo comprometeu de

forma significativa os resultados devido a mudanccedila da forma de abordagem

Foi observado inclusive que esta abordagem tornou-se muito mais adequada

em relaccedilatildeo agrave relacionada com hipoacuteteses

413 Coleta documental

A coleta documental foi realizada conforme o estipulado no item 231

Procedimentos para a revisatildeo de literatura onde foi encontrada certa dificuldade

no acesso a algumas informaccedilotildees referentes ao emprego do RCB pela inexistecircncia

de um manual especiacutefico sendo aproveitadas as informaccedilotildees constantes no manual

da Brigada de Cavalaria Mecanizada e emprego organizaccedilatildeo e materiais de

74

dotaccedilatildeo das brigadas alematildes os quais natildeo foram tatildeo faacuteceis de responder devido a

maior restriccedilatildeo de informaccedilotildees em relaccedilatildeo ao exeacutercito americano

42 CAPACIDADES OPERATIVAS DA COMPANHIA DE ENGENHARIA DE

COMBATE MECANIZADO NO APROVEITAMENTO DO EcircXITO

Na presente seccedilatildeo seratildeo discutidas as Variaacutevel Independente a fim de

analisar o apoio em Operaccedilatildeo de Aproveitamento do Ecircxito onde exige-se um

grande apoio de engenharia o qual se faz sentir principalmente nos elementos de

emprego em primeiro escalatildeo de uma brigada A mobilidade destas forccedilas depende

da reduccedilatildeo dos obstaacuteculos naturais e dos lanccedilados ou agravados pelo inimigo

As ferramentas de pesquisa colaboraram para complementar as informaccedilotildees

coletadas dirimindo duacutevidas remanescentes ou preenchendo lacunas deixadas pela

literatura atraveacutes da contribuiccedilatildeo realizada por meio de suas experiecircncias

Para tal foram exploradas duacutevidas sobre a adequabilidade da organizaccedilatildeo

no emprego no apoio aos regimentos da Brigada de Cavalaria Mecanizada e a

adequabilidade do material para apoio agrave mobilidade a organizaccedilatildeo adequada

para o emprego da engenharia e a comparaccedilatildeo com o emprego em outros

exeacutercitos as caracteriacutesticas dos meios de abertura de brecha e a respectiva

quantidade

421 Adequabilidade da organizaccedilatildeo

A Companhia estaacute organizada da seguinte forma uma Seccedilatildeo de Comando um

Pelotatildeo de Engenharia de Apoio um Pelotatildeo de Equipagem de Assalto e trecircs

Pelototildees de Engenharia de Combate

Na Bda as necessidades de apoio fazem-se sentir particularmente junto aos

elementos de primeiro escalatildeo exigindo desta forma a colocaccedilatildeo dos meios mais agrave

frente possiacutevel A Companhia de Engenharia de Combate Mecanizada eacute organizada

com meios destinados a atender agraves necessidades miacutenimas e mais imediatas da

frente de combate

Face agraves maiores necessidades da Brigada encontrarem-se junto aos elementos

de primeiro escalatildeo a Cia E Cmb distribui os seus pelototildees a partir do seguinte

caacutelculo total de pelototildees disponiacuteveis menos os pelototildees em apoio direto aos

75

regimentos deve ser capaz de realizar os trabalhos de apoio ao conjunto realizando

trabalhos de interesse da Bda como um todo ser capaz de aumentar o apoio aos

elementos em primeiro escalatildeo e ainda ficar em condiccedilotildees de apoiar a reserva

quando empregada

Entretanto a engenharia da brigada atualmente possui trecircs pelototildees de

engenharia de combate para apoiar um tipo de operaccedilatildeo onde a Bda necessita

de apoio para ateacute trecircs peccedilas de manobra

No apoio agrave mobilidade a Cia E Cmb busca manter a liberdade de manobra dos

Regimentos e sua impulsatildeo de ataque minimizando os efeitos dos obstaacuteculos

naturais e artificiais

O apoio de engenharia aos elementos de manobra da brigada eacute feito sob a

forma de apoio direto ou reforccedilo No aproveitamento do ecircxito a situaccedilatildeo de

comando reforccedilo normalmente eacute adotada Situaccedilatildeo essa que o comandante da Cia

E designa normalmente um Pel E Cmb para apoiar cada regimento da Brigada

Neste tipo de operaccedilatildeo as necessidades de apoio ao conjunto aumentam

sendo necessaacuteria a distribuiccedilatildeo de elementos de engenharia no terreno de acordo

com o avanccedilo do ataque poreacutem sem deixar de preservar a atenccedilatildeo preciacutepua ao

emprego oportuno do apoio aos Regimentos em primeiro escalatildeo

Para a execuccedilatildeo de suas missotildees o Pel E Ap emprega uma Seccedilatildeo de

Comando um Grupo de Comando um Grupo de Mineiros um Grupo de

Equipamento de Engenharia um Grupo de Engenharia de Construccedilatildeo um grupo de

Caminhatildeo Basculante e um Grupo de Engenharia de Combate

Esta fraccedilatildeo executante da companhia atualmente possui dentre os seus

equipamentos apenas os de emprego em missotildees de construccedilatildeo natildeo blindados e

inadequados para emprego junto aos elementos empregados em primeiro escalatildeo

O Pelotatildeo de Engenharia de Apoio eacute responsaacutevel por reforccedilar os Pel E Cmb

com caminhotildees basculantes viaturas blindadas especial de engenharia (VBE)

equipamentos pesados de engenharia pessoal especializado ou natildeo e

equipamentos especializados na guerra com minas

Entretanto natildeo existe nas Cia E Cmb Mec viaturas especiais de engenharia

equipamentos para abertura de brecha para disseminaccedilatildeo de minas nem jogo de

ferramentas pneumaacuteticas

O Pel Eq Ass eacute constituiacutedo por um Gp Cmdo Grupo de Botes de Assalto

Grupo de Passadeiras Grupo de Portadas e Grupo de Ponte de Pequenas Brechas

76

O Pelotatildeo de Equipagem de Assalto (Pel Eq Ass) tem como missatildeo junto aos

Pel E Cmb reforccedilar com seus equipamentos e materiais eou com pessoal

especializado principalmente missotildees relacionadas agrave transposiccedilatildeo de curso de

aacutegua

No Aproveitamento do Ecircxito o principal meio para reforccedilo das capacidades do

pelotatildeo eacute a viatura lanccediladora de pontes (sobre rodas de acordo com as informaccedilotildees

disponiacuteveis na literatura encontrada) a qual natildeo existe no Exeacutercito Brasileiro

O pelotatildeo de engenharia tem capacidade de realizar dentro de suas

possibilidade os trabalhos teacutecnicos de engenharia em proveito da brigada como um

todo ou da peccedila de manobra da arma-base apoiada

Composto por um grupo de comando e 3 Grupos de Engenharia (GE) estes

constituem-se nos elementos baacutesicos de trabalho do pelotatildeo

O Pel E Cmb tem as seguintes capacidades produccedilatildeo de cortina de fumaccedila

trabalhos de minagem e desminagem (manual tendo em vista que a Cia E Cmb natildeo

possui equipamento especializado) trabalho de destruiccedilotildees e de explosivos e

trabalho de fortificaccedilatildeo de campanha limitado aos seus equipamentos de

engenharia (equipamentos inadequados para o aproveitamento do ecircxito pois natildeo

possuem proteccedilatildeo blindada nem conseguem acompanhar os elementos apoiados)

Quando natildeo reforccedilados os pelototildees tem condiccedilotildees ainda mais limitadas de

apoio por conduzir material de pequena capacidade de trabalho os quais consistem

em pequenas ferramentas de trabalho manual

No Apecircndice A questotildees 1 e 2 pode-se observar que eacute unacircnime entre os

militares que responderam que a Bda C Mec deve ser apoiada por um BE Cmb

Essa opiniatildeo foi apresentada pela comparaccedilatildeo com o Exeacutercito Vermelho do

Manual O Inimigo o qual representa um paiacutes que emprega engenharia de valor

batalhatildeo em apoio agrave brigada e pela comparaccedilatildeo com as Brigadas de Infantaria

Mecanizada que empregam a mesma quantidade de Unidades que as Brigadas de

Cavalaria Mecanizada

Dentre os comentaacuterios que contribuiacuteram para a justificaccedilatildeo do emprego de um

BE Cmb destacaram-se os seguintes

- ldquoCom essa organizaccedilatildeo o BE Cmb poderia empregar uma SU em apoio direto

aos elementos de manobra inclusive aquele em 2ordm escalatildeo mantendo ainda uma

Cia Eng Cmb Mec para emprego centralizado (apoio ao conjunto) na Z Accedil da Bdardquo

77

Esse comentaacuterio corrobora com a revisatildeo literaacuteria conforme capiacutetulo 3 ldquoa Cia

E Cmb menos esses elementos (os Pel E empregados em reforccedilo) deve ser capaz

de realizar os trabalhos de apoio ao conjunto realizando trabalhos de interesse da

Bda como um todo aumentar o apoio aos elementos em primeiro escalatildeo e ainda

ficar em condiccedilotildees de apoiar a reserva quando empregadardquo

No Apecircndice B questotildees 1 e 2 a grande maioria dos militares foram

partidaacuterios agrave necessidade de mudanccedila do escalatildeo em apoio de valor subunidade

para o valor unidade dentre os quais destaco o seguinte comentaacuterio

- ldquoEm que pese a atual doutrina (NCD Nr 02 de 31 mai 16) prever uma E Bda Inf Mec

composta por 2 Cias a 4 Pel os trabalhos realizados em estudos de sala de aula da

proacutepria EsAO mostram essa estrutura com certa dificuldade para Mnt do C2 por

parte do Cmt BE Tendo em vista seu trabalho estar pesquisando essa situaccedilatildeo

sugiro uma composiccedilatildeo do BE Cmb Mec (ou Bld) de 4 Cia E Cmb a 2 Pel E Cmb e

1 Pel Ap (Neste os diversos materiais jaacute em Ref agrave Cia Eqp Eng Eqp Ab Bre VBC

Eng VBEL Pnt etc) Assim facilitaria o C2 por parte do Cmdo BE bem como a

emissatildeo de ordens e distribuiccedilatildeo de missotildeesrdquo

O comentaacuterio acima observou algo que o autor natildeo pesquisou mas que tem muita

relevacircncia para a pretendida anaacutelise que satildeo os reflexos da organizaccedilatildeo no

comando e controle

- ldquoEm minha opiniatildeo bastaria que uma dessas Cia dispusesse de meios SL o que

proporcionaria uma dosagem eficaz e mais econocircmicardquo

- ldquoDeve possuir Pel E com Vtr sobre rodas (RC Mec) e Pel E com VB sobre

lagartas (RCB) e a Cia C Ap deve possuir VB com rodas e VB com lagartas As

VBEL Pnt devem ser todas sobre lagartas como jaacute citado em item anterior A

mescla de tipos de VB daraacute ao BE maior flexibilidade e rapidez no apoio

particularmente para acompanhar os RC Mec como VBTP (Pel E) e VBE Eng sobre

rodasrdquo

78

A anaacutelise da Companhia de Engenharia de Combate Mecanizada e as

companhias que reforccedilam os pelototildees de engenharia de combate em material e

pessoal permite verificar por meio da anaacutelise da organizaccedilatildeo e missatildeo a

importacircncia dessas fraccedilotildees no apoio aos regimentos por caber a estas aumentar a

capacidade dos Pel E Cmb a fim de possibilitar um eficiente apoio no

Aproveitamento do Ecircxito

Entretanto notou-se a inexistecircncia de materiais adequados para emprego na

operaccedilatildeo em pauta

A descriccedilatildeo do Pelotatildeo de Engenharia de Combate Mecanizado fraccedilatildeo de

emprego da Cia E Cmb junto aos regimentos permite identificar a limitaccedilatildeo de sua

capacidade de apoio Esta ainda eacute mais reduzida quando natildeo reforccedilada por meios

adequados pelos Pel E Ap e Pel E Ass

422 Adequabilidade do material

O material de organizaccedilatildeo do terreno da Cia E Cmb inclusive as Viaturas

Blindadas Especiais de engenharia satildeo de responsabilidade do Pel E Ap Conforme

consta na seccedilatildeo 331 e com base na experiecircncia do proacuteprio autor que serviu em

uma Cia E Cmb Mec pode-se afirmar que essas viaturas natildeo existem no referido

pelotatildeo das Cia E Cmb Mec

E reafirmando o que consta na mesma seccedilatildeo natildeo existe nenhum outro meio

adequado que possua proteccedilatildeo blindada rapidez necessaacuteria para a execuccedilatildeo do

trabalho ou capacidade de acompanhar as VBR VBTP ou VBCCC

Na seccedilatildeo 331 O pelotatildeo de engenharia de apoio foi mencionada a

existecircncia de mineiros bem como o encargo do pelotatildeo em reforccedilar os Pel E Cmb

com os materiais de abertura de brecha Entretanto o uacutenico material existente no

pelotatildeo eacute o material para desminagem manual o que conforme complementado

pela seccedilatildeo 333 este meacutetodo eacute ldquoo menos preferiacutevelrdquo e quando tiver que ser

utilizada que seja somente para abrir trilhas

Conforme a seccedilatildeo 332 O pelotatildeo de equipagem de assalto o Pel Eq Ass eacute

responsaacutevel por armazenar os materiais relacionados agrave transposiccedilatildeo de curso

drsquoaacutegua como eacute o caso das Viaturas Blindadas Especiais lanccediladoras de pontes e os

feixe de tubos o que conforme jaacute afirmado pelo autor esses materiais natildeo existem

no Pel Eq Ass das Cia E Cmb Mec

79

De acordo com a mesma seccedilatildeo os meios existentes para transposiccedilatildeo satildeo

inadequados para emprego no aproveitamento do ecircxito tendo em vista a falta de

proteccedilatildeo blindada o excessivo tempo para montagem e a necessidade de vaacuterias

viaturas para conduccedilatildeo das partes para montagem

No Apecircndice A questatildeo 3 pode-se observar que a grande maioria

considera que eacute indispensaacutevel a utilizaccedilatildeo das viaturas blindadas especiais para o

cumprimento adequado do apoio de engenharia tendo como benefiacutecios o tempo de

execuccedilatildeo a proteccedilatildeo blindada e a baixa quantidade de militares para execuccedilatildeo do

trabalho No Apecircndice B questatildeo 3 todos os ex-comandantes das Cia E Cmb

concordaram com a maioria dos ex-comandantes dos regimentos

Dos comentaacuterios referentes a esta questatildeo destaco as seguintes

- ldquoEacute indispensaacutevel Os atuais meios presentes no QDM da Cia E Cmb de Bda satildeo

totalmente ineficientes numa situaccedilatildeo de combate modernordquo

- ldquoEsses equipamentos BldMec ampliaratildeo a capacidade de trabalho da Cia Erdquo

- ldquoA Eng Mecanizada carece de meios modernos tais como a Retroescavadeira de

Alta Mobilidade Blindada jaacute usada nos EUA (HMEE) (que faria o papel de Eqp Eng

Bda Mec) e de Vtr Lanccedila-Pontes Sobre Rodas (REBS)rdquo

Concluo parcialmente em relaccedilatildeo agrave Variaacutevel Independente que eacute urgente

a necessidade de meios adequados conforme revisatildeo de literatura e respostas

dos questionaacuterios A e B sobre a ineficiecircncia dos meios existentes bem como

a falta de Viaturas Blindadas Especial para apoiar os regimentos empregados

em primeiro escalatildeo no aproveitamento do ecircxito

Outrossim que a Companhia de Engenharia de Combate Mecanizada natildeo

tem condiccedilotildees de realizar o apoio a uma Brigada de Cavalaria Mecanizada tanto

pela ausecircncia de meios quanto pela limitaccedilatildeo de fraccedilotildees disponiacuteveis para

cumprir suas missotildees de reforccedilo apoio ao conjunto e apoio suplementar

Portanto para apoiar uma Brigada de Cavalaria Mecanizada eacute necessaacuterio

o apoio de engenharia de brigada seja prestado por um Batalhatildeo de Engenharia

de Combate Mecanizado

43 APOIO DE ENGENHARIA AOS REGIMENTOS DE UMA BRIGADA DE

CAVALARIA MECANIZADA

80

No presente subitem seratildeo apresentadas as discussotildees referentes agrave Variaacutevel

Dependente a fim de identificar o apoio de Engenharia necessaacuterio para dar

mobilidade aos regimentos de uma Brigada de Cavalaria Mecanizada o qual eacute

imprescindiacutevel aos elementos de emprego em primeiro escalatildeo de uma brigada

As ferramentas de pesquisa exploraram a experiecircncia dos militares

empregados diretamente seja como ldquofornecedorrdquo seja como ldquoclienterdquo desse apoio

no emprego com viaturas blindadas e com experiecircncia em curso de comandante de

subunidade no exterior

Para tal foram exploradas duacutevidas sobre o emprego da engenharia quanto a

organizaccedilatildeo a comparaccedilatildeo com outros exeacutercitos a caracteriacutestica dos meios e

a quantidade de viaturas adequadas para apoio aos regimentos

431 Organizaccedilatildeo adequada

O Apecircndice A questotildees 6 e 7 contribui para a anaacutelise da organizaccedilatildeo da

engenharia que apoia a brigada principalmente pelos comentaacuterios dispensados em

cada questatildeo A grande maioria das respostas foi favoraacutevel agrave organizaccedilatildeo do BE

Cmb por duas Cia E Cmb uma dotada de VBE sobre lagartas e uma de VBE sobre

rodas e a maioria desfavoraacutevel a constituiccedilatildeo do batalhatildeo por duas Cia E a quatro

Pel E Cmb dotados exclusivamente de VBE sobre lagartas

Com base nos seguintes comentaacuterios selecionados seratildeo discutidas as

opiniotildees que culminaram em tal resultado

- ldquoEstamos trabalhando no CMS na proposta sobre o BE Cmb Mec de Bda C Mec

Em 2017 enviamos ao COTER a proposta do BE Cmb Mec de Bda Inf Mec A

proposta do CMS (a 3 Cia E) foi enviada pelo ODOp ao DEC que apoacutes anaacutelise do

projeto decidiu junto com o COTER que o BE Cmb Mec deveria ter somente 2 Cia

Eng Cmb Mec e natildeo trecircs como proposto pelo CMS Na visatildeo do CMS 2 Cia

apoiariam as OM em 1ordm escalatildeo (cada uma com um Regimento) e a 3ordf Cia ficaria

no apoio a toda a brigada (demais OM em 1ordm Esc e A Rg da Bda) Com base nessa

decisatildeo de 2017 foi modificada a proposta do CMS sugerindo ao ODOp que as

duas Cia Eng (decisatildeo DEC COTER) deveriam possuir 4 Pel E cada uma sendo 3

Mec sobre rodas e 1 Bld sobre lagartas com a mesma missatildeo anterior 1 Cia em

apoio aos Rgt em 1ordm escalatildeo e a outra em apoio agrave Bda A diferenccedila entre o BE

81

Cmb Mec de Bda Inf Mec e o de Bda C Mec eacute o apoio a ser prestado ao RCB

Portanto no BE Cmb Mec de Bda Inf Mec todos os Pel E e a Cia C Ap possuem

somente VB sobre rodas No BE Cmb Mec de Bda C Mec 1 Pel E por Cia Eng

deve possuir VB sobre lagartas e os demais VB sobre rodas A Cia C Ap deve

possuir VB sobre rodas e sobre lagartas (VBE Eng VBEL Pnt VBE com

implementos do tipo rolo arado MCLIC lanccedila retinida espargidor de minas AC

etc)rdquo

As duas propostas realizadas pelo CMS estatildeo alinhadas com a maioria das

informaccedilotildees presentes neste trabalho

A primeira proposta poreacutem limita a possibilidade de decisatildeo do comandante

do batalhatildeo quanto ao emprego das unidades de acordo com a missatildeo O que limita

as capacidades do comandante da engenharia da brigada conforme descrito no

capiacutetulo 3 ldquoO comandante da engenharia da brigada faz sentir sua influecircncia na

conduta do combate ao manter os meios de engenharia sempre em condiccedilotildees de

atender agraves necessidades de apoio tanto as planejadas como as imprevistasrdquo

No Apecircndice B questotildees 6 e 7 a grande maioria das respostas foi favoraacutevel

agrave organizaccedilatildeo proposta e a maioria favoraacutevel parcialmente agrave dotaccedilatildeo do batalhatildeo de

duas Cia E a quatro Pel E Cmb dotados exclusivamente de VBE sobre lagartas

Com base nos seguintes comentaacuterios selecionados seratildeo discutidas as opiniotildees

que culminaram em tal resultado

- ldquoSou favoraacutevel que cada Cia E Cmb tenha uma natureza especiacutefica o que

economiza meios e facilita o planejamentordquo

- ldquoConsidero natildeo viaacutevel esta alternativa embora seja melhor (dotaccedilatildeo de VBE sobre

lagartas por todas as Cia E do batalhatildeo) A situaccedilatildeo do Paiacutes natildeo favorece estas

mudanccedilasrdquo

- ldquoo valor Nec para custeio para Mnt de Vtr SL eacute bem maiorrdquo

A partir dos comentaacuterios acima auxiliado pela experiecircncia do autor e alinhado aos

itens anteriores e agrave revisatildeo de literatura chegou-se agrave seguinte conclusatildeo

82

A sugestatildeo de uma organizaccedilatildeo ideal para o BE Cmb eacute a seguinte duas Cia E

Cmb uma dotada de VBTP sobre rodas em apoio aos RC Mec e uma Cia com

VBTP sobre lagartas em apoio ao RCB Isso justifica-se pelos seguintes motivos

- manutenccedilatildeo da natureza de cada Cia E Cmb permitindo assim o

acompanhamento dos regimentos por parte dos pelototildees (seja pela velocidade das

viaturas Guarani e Cascavel seja pela capacidade de transpor terrenos mais difiacuteceis

dos Leopard M113 e M60) e

- organizaccedilatildeo das companhias para emprego de um tipo de viatura (ou M113 ou

Guarani) facilitando a logiacutestica dentro da companhia

432 Comparaccedilatildeo com outros exeacutercitos

Embora a proposta inicial do trabalho fosse analisar a brigada de um exeacutercito

que tivesse uma estrutura semelhante a da Bda C Mec brasileira este autor natildeo

encontrou tal brigada

Para atingir esse objetivo foi realizada a comparaccedilatildeo com duas brigadas

distintas que se aproximam da estrutura desejada de forma diferente

Assim foram analisadas a brigada americana Stryker (SBCT) que eacute uma

Grande Unidade dotada de meios exclusivamente sobre rodas e a Brigada de

Infantaria Mecanizada da Alemanha que possui meios blindados e mecanizados em

suas tropas

A brigada Stryker possui as seguintes tropas da arma-base trecircs batalhotildees de

infantaria a trecircs companhias cada um com trecircs pelototildees um esquadratildeo de

cavalaria de reconhecimento equipada com viaturas de reconhecimento Stryker

conforme figura apresentada no capiacutetulo anterior

A engenharia que apoia a brigada eacute um batalhatildeo constituiacutedo de duas

companhias de constituiccedilotildees diferentes entre si

Uma Cia E tem um pelotatildeo de comando dois pelototildees de engenharia de

combate uma seccedilatildeo de ponte e um grupo de apoio dotado de equipamentos de

abertura de brecha limitado ao emprego de cargas explosivas lineares (MICLIC) em

reboque para remoccedilatildeo de minas e equipamentos de comprovaccedilatildeo (rolo e arado)

A outra Cia E possui uma seccedilatildeo de comando um pelotatildeo de combate

composto por trecircs GE um pelotatildeo de apoio composto por uma seccedilatildeo de pontes e

83

um grupo de construccedilatildeo horizontal e um pelotatildeo de abertura de brecha (em campo

de minas)

Com base no estudo do MCoE Supplemental Manual 3-90 Force Structure

Reference Data de 2015 foi possiacutevel analisar que os meios utilizados na SBCT satildeo

basicamente viaturas leves caminhotildees cargo e viaturas Stryker por todos os

componentes da brigada excetuando-se apenas os equipamentos construccedilatildeo e

limpeza de vias de engenharia

O exeacutercito alematildeo tem suas brigadas de infantaria mecanizada constituiacutedas

das seguintes tropas de cavalaria e infantaria um batalhatildeo de reconhecimento

dotado de viaturas Fennek trecircs batalhotildees de infantaria mecanizada os quais

utilizam a viatura de combate Puma e um batalhatildeo de rifles que utiliza as viaturas

de combate multipropoacutesito Boxer GTK

Essas fraccedilotildees satildeo apoiadas por um batalhatildeo de engenharia blindado composto

por uma companhia de comando e apoio duas companhias de engenharia de

combate blindada uma companhia de equipamentos de engenharia e uma

companhia de pontes flutuantes

As companhias de combate satildeo compostas por um comando um pelotatildeo de

contramobilidade que constroacutei obstaacuteculos para barrar ou canalizar a forccedila inimiga

um pelotatildeo de abertura de brecha dotado de sistema de limpeza e da viatura Keiler

um pelotatildeo de eliminaccedilatildeo de municcedilatildeo que elimina artefatos explosivos e municcedilotildees

garantindo o traacutefego de tropas e um pelotatildeo de equipamentos responsaacutevel pelo

apoio agrave mobilidade abertura de passagem em obstaacuteculos e cursos drsquoaacutegua e

manutenccedilatildeo de estradas

A companhia de pontes flutuantes eacute composta por um pelotatildeo de viaturas

blindadas e um pelotatildeo de mergulhadores E a companhia de equipamento de

engenharia eacute dotada de equipamentos de construccedilatildeo e viaturas blindadas especiais

conforme figura abaixo

A seguir satildeo apresentadas as viaturas componentes dessas brigadas com

seus respectivos pesos e velocidades viatura sobre rodas Fennek (103 ton e 115

kmh) Viatura de Transporte de Pessoal sobre rodas Fuchs (235 ton e 105 kmh)

utilizada pelos pelototildees de engenharia Viatura de Combate sobre lagartas Puma

utilizada pela infantaria (43 ton e 70 kmh) Viatura Lanccedila-Pontes sobre lagartas

Biber (453 ton e 62 kmh) Viatura Blindada Especial de Engenharia sobre lagartas

84

Dachs (43 ton e 62 kmh) e Viatura para Abertura de Brecha sobre lagartas Keiler

(53 ton e 50 kmh)

Embora o trabalho tenha se desenvolvido de forma diferente do planejado

inicialmente este autor considera que foi positiva a anaacutelise pois duas brigadas

distintas de potecircncias beacutelicas que estatildeo sendo empregados em conflitos

atualmente apresentam diferentes formas de apoio

A brigada blindada alematilde mostrou uma proximidade maior agraves caracteriacutesticas da

brigada brasileira em razatildeo da mistura de meios sobre lagartas e sobre rodas o

que natildeo necessariamente conduz a mesma soluccedilatildeo

A anaacutelise permitiu afirmar que eacute possiacutevel o apoio a tropas mecanizadas por

uma engenharia dotada de meios sobre rodas como a Brigada Stryker

Por outro lado tambeacutem eacute possiacutevel que uma brigada mecanizada com viaturas

sobre rodas e viaturas sobre lagartas de classes diferentes e capacidades de

mobilidade diferentes seja apoiada por uma engenharia dotada de meios sobre

lagartas

Conforme Capiacutetulo 3 o apoio de engenharia agrave mobilidade dos regimentos

(RCB e RC Mec) atualmente eacute limitado ao emprego de equipamentos inadequados

para o apoio em operaccedilatildeo de Aproveitamento do Ecircxito devido a inexistecircncia de

VBE

Considerando que na constituiccedilatildeo da brigada existe um RCB dotado de

VBCCC Leopard 1BR e VBCCC M60 A3-TTS foi analisado o emprego dos meios de

engenharia pelo exeacutercito americano e alematildeo onde natildeo foram encontradas

informaccedilotildees sobre apoio de engenharia com meios mecanizados para apoiar

viaturas blindadas sobre lagartas

De outra forma foi observado o emprego de meios especiais sobre lagartas

para apoio agraves tropas dotadas de viaturas sobre lagartas de classe consideraacutevel na

brigada alematilde - como as viaturas Dachs (43 ton) e as viaturas de combate Puma (43

ton) - e viaturas de grande mobilidade sobre rodas - como as viaturas Fennek (115

kmh) e Puma (105 kmh)

No Apecircndice C questotildees 1 2 e 3 foram apresentadas opiniotildees equilibradas

quanto ao emprego das VBE sobre lagartas e unanimidade para emprego dos tipos

de VBTP de acordo com a tropa apoiada (sobre rodas e sobre lagartas)

85

Com base nos comentaacuterios a seguir pretende-se responder agraves problemaacuteticas

levantadas com base na revisatildeo de literatura e reforccedilar as ideias que corroborem

com a proposta do autor

- ldquoA Bda C Mec eacute apta a atuar em operaccedilotildees ofensivas a perda de velocidade

nesse tipo de operaccedilatildeo eacute natural ao se deparar com obstaacuteculos E eacute nesse

contexto que as Vtr Eng satildeo empregadas Dessa maneira natildeo vejo restriccedilatildeo em

usar meios SL para a Bda C Mec Ademais as VBE Eng SL possuem maior

potecircncia para a remoccedilatildeo de obstaacuteculos sendo mais eficientes e poupando

tempo nessa atividade o que pode se tornar uma dificuldade para VBE Eng SRrdquo

Esse comentaacuterio explica como a Bda Inf Mec alematilde consegue realizar suas

missotildees sendo apoiada por um batalhatildeo de engenharia blindado que possui todas

as suas VBE construiacutedas sobre plataformas sobre lagartas E em relaccedilatildeo agrave

capacidade da VBE Eng a experiecircncia do autor permite testemunhar a favor da

afirmaccedilatildeo apresentada sobre a potecircncia e eficiecircncia que as VBE sobre lagartas

possuem e a restriccedilatildeo de trafegabilidade das viaturas sobre rodas no deslocamento

atraveacutes campo

- ldquonatildeo eacute somente uma questatildeo de velocidade mas tambeacutem das caracteriacutesticas de

terreno que elas iratildeo operar Por exemplo natildeo eacute ideal que uma Vtr SL progrida

sobre o asfaltordquo

A afirmaccedilatildeo acima natildeo eacute verdadeira e seraacute respondida com base na

experiecircncia do autor As viaturas alematildes da famiacutelia Leopard inclusive as Leopard 2

que possuem maior classe satildeo deslocadas na Alemanha atraveacutes de estradas

asfaltadas O deslocamento sobre o asfalto natildeo eacute impedimento nem prejudicial agraves

viaturas sobre lagarta

No Apecircndice D questotildees 1 2 e 3 houve unanimidade quanto ao emprego de VBE

sobre lagartas e equiliacutebrio quanto agrave utilizaccedilatildeo de VBTP de mesmo tipo dos

elementos apoiados

Dos comentaacuterios apresentados foram selecionados os que seguem

86

- ldquoDependendo da situaccedilatildeo taacutetica pode-se exigir a utilizaccedilatildeo de algum implemento

para apoiar a mobilidaderdquo

Esse comentaacuterio abre margem para avaliaccedilatildeo de uma proposta mais

audaciosa na qual deveria ser analisado o custo-benefiacutecio de empregarem-se

pelototildees embarcados em VBTP com implementos

Esse estudo deve avaliar inicialmente a capacidade de tal meio comportar o

sistema e um GE na mesma viatura e o custo de ter VBE sobre lagartas e VBTP

com implementos

Por falta de tempo para estudo de tal proposta o autor natildeo consideraraacute esta

proposta uma opccedilatildeo para este trabalho

- ldquoDevem ser utilizadas VBTP M113 nas duas situaccedilotildees pois a mesma oferece

maior mobilidade atraveacutes terrenordquo

A utilizaccedilatildeo de VBTP M113 junto aos RC Mec eacute menos vantajoso pois

dificilmente o Pel E buscaraacute apoiar a mobilidade por caminhos natildeo utilizados pelas

VBPT Guarani por ser uma soluccedilatildeo de maior custo haja vista a quantidade de

viaturas que o pelotatildeo utiliza e por tornar-se uma opccedilatildeo de velocidade de apoio

Diferente do emprego das VBE sobre lagarta o emprego das VBTP sobre

lagarta natildeo traz ganho significativo nos trabalhos aleacutem de faacutecil identificaccedilatildeo visual

por parte do inimigo

As companhias do batalhatildeo de engenharia deveratildeo possuir VBTP sobre

lagartas e sobre rodas para apoiar respectivamente os RCB e os RC Mec Cabe

salientar entretanto que o emprego dessas VBTP natildeo devem ser de uso exclusivo

aos respectivos elementos devendo ser considerado seu emprego desta forma

apenas como mais adequado

Quanto agraves VBE o trabalho conduziu para que o batalhatildeo seja dotado de

viaturas sobre lagartas a fim de dotar os pelototildees de capacidade para organizaccedilatildeo do

terreno transposiccedilatildeo de cursos de aacutegua e valas e abertura de brecha em campo

minado atribuindo mobilidade adequada tanto para apoio aos RC Mec quanto para

apoio aos RCB pelos motivos jaacute analisados no capiacutetulo 42

87

Os materiais foram separados por tipo de trabalho realizado explorando as

necessidades de apoio dos regimentos da seguinte forma trabalhos de abertura de

brecha transposiccedilatildeo de cursos drsquoaacutegua e valas e trabalhos de organizaccedilatildeo do

terreno e desobstruccedilatildeo de vias

Das Viaturas Blindadas Especiais de abertura de brecha destacam-se as

seguintes

A Viatura americana M1150 Assault Breacher Vehicle (ABV) - Viatura de

Abertura de Brechas) construiacuteda a partir do chassi do M1A1 Abrams a qual eacute

dotada de dois MICLIC (Mine Clearing Line Charge) uma carga linear explosiva que

eacute capaz de eliminar 92 a 95 das minas de um campo de minas

A viatura tem capacidade de lanccedilar uma carga explosiva atraveacutes de 100 a 150

metros destruindo minas bombas e IED sem expor a tripulaccedilatildeo que natildeo precisa

desembarcar Aleacutem disso a viatura possui um arado que permite complementar a

seguranccedila da brecha aberta por carga explosiva

O implemento arado eacute um meacutetodo mecacircnico que natildeo suporta ser empregado

como meio principal pois tem baixa resistecircncia Em meacutedia a cada trecircs minas

removidas por esse implemento uma danifica a lacircmina implicando em sua

substituiccedilatildeo

A Viatura BMR-3M que consiste em uma viatura blindada russa baseada no

carro de combate T-90 que conduz agrave frente de suas lagartas rolos que exercem um

peso superior ao das lagartas sobre o solo acionando-as prematuramente Aleacutem dos

rolos a viatura possui um sistema de contra-ataque magneacutetico e um sistema

jammer que impede o acionamento de explosivos controlados por raacutedio A

velocidade da desminagem eacute de 12 kmh dependendo da densidade da mina e das

condiccedilotildees do solo

O sistema de rolo eacute apto para operar em solo seco e relativamente plano Aleacutem

disso deve ser utilizado como complemento do MICLIC pois em meacutedia o rolo

suporta entre trecircs a seis minas devendo apoacutes isso ser substituiacutedo Esse eacute um

excelente sistema para identificaccedilatildeo do iniacutecio de um campo minado

A viatura alematilde Keiler a qual alega-se que limpa cerca de 98 das minas por

onde passa eacute equipada com um sistema composto por um rotor que eacute interligado a

88

vaacuterios pesos metaacutelicos presos por correntes Quando esse rotor gira e eacute aproximado

do solo realiza pancadas no solo gerando ondas de choque que acionam as cargas

explosivasEnquanto realiza a limpeza um sistema automaticamente demarca o

local livre de minas

Viatura que apresenta alta eficiecircncia quando comparado ao MICLIC que natildeo

necessita de um meio complementar e que tem um baixo custo de utilizaccedilatildeo pois

seu sistema natildeo precisa ser recarregado a Viatura Keiler possui uma manutenccedilatildeo

simples apoacutes detonaccedilatildeo pois o acionamento prematuro das minas natildeo afeta seu

sistema podendo afetar peccedilas de faacutecil reposiccedilatildeo o que natildeo ocorre com o sistema

arado e rolo caso sejam utilizados sem complemento do meacutetodo explosivo

O sistema Python eacute um sistema britacircnico consiste em um reboque com uma

carga linear que eacute distendida sobre o terreno por um foguete propulsor Esse

sistema que tambeacutem foi adquirido pela Tailacircndia eacute transportado na Gratilde-Bretanha

pela viatura Trojan que eacute baseada no carro de combate Challenger 2 O Python foi

utilizado em 2010 durante a Operaccedilatildeo Moshtarak no Afeganistatildeo

O implemento lacircmina para desminagem pode ser utilizado nas viaturas

meacutedias de rodas apresentando capacidade limitada de trabalho na remoccedilatildeo de

minas em superfiacutecies pavimentadas

O Light Weight Mine Roller (LWMR) rolo de minas de peso leve eacute um

sistema adicionado agraves viaturas sobre rodas que protege veiacuteculos do efeito de minas

e Dispositivos Explosivos Improvisados (DEI) realizando pressatildeo sobre o solo agrave

frente do veiacuteculo que realiza a abertura (Armytechnology)

Esse eacute um implemento leve mas que gera efeito pesado em suas rodas

atraveacutes do uso de energia hidraacuteulica gerando a pressatildeo necessaacuteria para

acionamento de cargas explosivas

O sistema americano M58 Mine Clearing Line Charge (MICLIC) eacute uma carga

de demoliccedilatildeo linear a qual eacute projetada por foguete sobre o local onde se deseja

realizar a abertura de uma brecha Este sistema tem a capacidade de abrir uma

brecha de 8 m de largura por 100 m de comprimento (Wikipedia) O dispositivo de

demoliccedilatildeo consiste principalmente de uma corda de nuacutecleo de nylon de 34 de

polegada 700 blocos de demoliccedilatildeo composta por C4 e dois filamentos de cordel

detonante de tetranitrato de pentaeritritol (PETN)

Dos MEM para transposiccedilatildeo de cursos drsquoaacutegua ou valas destam-se

89

A Viatura Blindada Especial Lanccedila-Pontes Leopard 1BR (VBEL Pnt Leo 1

BR) eacute viatura modificada da versatildeo alematilde Panzerschnellbruumlcke 1 para o Brasil

Construiacuteda a partir do chassi do Leopard 1 esta eacute capaz de transportar montar (a

ponte eacute transportada em duas metades) e lanccedilar uma ponte de classe 50 de 22

metros sobre um vatildeo de 20 metros

A Viatura Blindada Lanccedila-Pontes Titan eacute uma viatura britacircnica baseada no

chassi do carro de combate Challenger 2 capaz de lanccedilar uma uacutenica ponte de 26 m

em menos de dois minutos ou duas pontes de 12 m em apenas 90 segundos Esta

viatura que realiza o lanccedilamento vertical tem o mesmo niacutevel de proteccedilatildeo da VBCC

fornecendo um niacutevel muito alto de proteccedilatildeo contra armas de fogo direto aleacutem de

consideraacutevel proteccedilatildeo contra minas terrestres e contra agentes QBRN

A Viatura Blindada Lanccedila-Pontes M104 Wolverine eacute a viatura para

transposiccedilatildeo de pequenas brechas utilizada pelos Estados Unidos Construiacuteda a

partir do chassi da viatura carro de combate M1A2 Abrams a viatura Wolverine tem

a capacidade de lanccedilar ponte de classe 70 sobre brechas de ateacute 24 metros

A viatura que realiza lanccedilamento do tipo horizontal possui proteccedilatildeo

semelhante agrave viatura carro de combate M1A2 Abrams e possui um sistema de

gerenciamento de campo de batalha a fim de aumentar a consciecircncia situacional no

campo de batalha

O feixe de tubos ou Pipe Fascine ao ser colocado dentro de um Fosso

Anticarro (Fosso AC) estreitos cursos drsquoaacutegua ou valas ocupa o espaccedilo do vatildeo

permite a passagem de viatura sobre sua superfiacutecie cumprindo funccedilatildeo semelhante a

da ponte

Esse equipamento pode ser lanccedilado por uma Viatura Blindada Especial de

Engenharia ou adaptada em outras viaturas ou reboques Uma necessidade para

lanccedilamento e recolhimento desse material eacute um sistema do tipo concha guindaste

ou outro meio de iccedilamento a fim de recuperar ou movimentar o equipamento apoacutes

ser lanccedilado

O sistema de lanccedilamento de ponte de pequena brecha eacute um sistema para

viaturas sobre rodas que pode ser adaptado agraves viaturas de combate ou de

transporte de pessoal utilizadas pela infantaria ou cavalaria a fim de abrir passagens

em pequenos cursos drsquoaacutegua O sistema REBS (Rapidly Emplaced Bridge System)

por exemplo permite o lanccedilamento de ponte de classe 50 sobre um vatildeo de ateacute 13

metros

90

Dentre os MEM para organizaccedilatildeo do terreno e desobstruccedilatildeo de vias

destacam-se

Os sistemas lacircmina reta e escavadeira satildeo implementos que podem ser

instalados nas viaturas meacutedias de rodas para desobstruccedilatildeo de vias e organizaccedilatildeo

do terreno

A Viatura Blindada Especial de Engenharia Leopard 1BR (VBE Eng Leo 1

BR) eacute uma viatura modificada da versatildeo alematilde Pionierpanzer Dachs 1 para o Brasil

Suas capacidades adveacutem dos seus equipamentos escavadeira guindaste o

qual funciona a partir do braccedilo da escavadeira lacircmina de terraplanagem que realiza

trabalhos de remoccedilatildeo de terra e obstaacuteculos aleacutem de executar a funccedilatildeo de lacircmina de

apoio o que eacute fundamental para aumento da estabilidade e traccedilatildeo nos trabalhos

com o braccedilo da escavadeira e guindaste escarificador para realizar cortes que

frouxam o terreno duro guincho para resgate ou auto resgate (com capacidade de

ateacute 70 toneladas) parafusadeira de impacto aparelho de corte e solda e

policorteesmerilhadeira (Manual de operaccedilatildeo VBE Eng Leo 1 BR p 2)

Embora exista uma versatildeo mais atual da viatura que seraacute apresentada a

seguir esta versatildeo permanece sendo utilizada pela Alemanha devido a sua alta

qualidade

A Viatura Blindada Especial de Engenharia Pionierpanzer 3 Kodiak eacute a

versatildeo mais atual da viatura alematilde Pionierpanzer Dachs 1 As diferenccedilas da versatildeo

anterior satildeo escavadeira com braccedilo articulado dois guinchos e uma lacircmina que

pode ser substituiacuteda por um arado O arado eacute utilizado para a remoccedilatildeo de minas

junto a um sistema de marcaccedilatildeo de brecha e um sistema de detonaccedilatildeo de minas

eletromagneacuteticas

A concha tambeacutem eacute intercambiaacutevel com uma garra universal cortador de

concreto e perfuratriz A proteccedilatildeo desta viatura eacute a mesma da VBCCC Leopard 2

aleacutem de contar com proteccedilatildeo QBRN e sistema de cacircmeras para a realizaccedilatildeo de uma

operaccedilatildeo eficiente sem exposiccedilatildeo do operador

A Viatura Blindada Especial de Engenharia Terrier executa trabalhos com

escavadeira e lacircmina frontal O veiacuteculo ainda conta com uma blindagem e proteccedilatildeo

contra minas fornecendo proteccedilatildeo contra estilhaccedilos de fogo de armas pequenas e

projeacuteteis de artilharia

91

Para missotildees de abertura de brecha este veiacuteculo eacute equipado com um arado de

grande capacidade que complementa o trabalho realizado por seu equipamento

rebocado Python

Esse mesmo reboque ainda tem capacidade de transporte de feixe de tubos ou

um tolo de esteira (tem funccedilatildeo semelhante ao reforccedilador de solo)

De acordo com o que foi apresentado percebe-se que existe uma gama de

materiais disponiacuteveis no mercado mundial com condiccedilotildees de dotar aos Pel E Cmb

das Cia E Cmb de capacidades adequadas para apoiar a mobilidade dos regimentos

da Bda C Mec

Dentre eles como viatura para abertura de brecha destaca-se o Keiler viatura

que utiliza um sistema barato quando comparado ao MICLIC e completo quando

comparado agraves viaturas arado e rolo Outrossim a manutenccedilatildeo do seu sistema em

combate eacute simples de ser realizada por necessitar de troca de peccedilas de faacutecil

substituiccedilatildeo

Para transposiccedilatildeo de cursos de aacutegua e valas destacam-se a VBEL Pnt Biber

que jaacute eacute utilizada no Brasil e o feixe de tubos para o qual jaacute existem estudos no

Brasil sobre a possibilidade de fabricaccedilatildeo dos tubos Essa tambeacutem eacute uma soluccedilatildeo

barata e eficiente que adaptada sobre uma viatura em desuso como as VBCCC

Leopard 1 que estatildeo no Parque Regional de manutenccedilatildeo ou outra viatura que tenha

o chassi em boas condiccedilotildees de funcionamento onde seja adaptado um braccedilo com

funcionamento hidraacuteulico para lanccedilamento e remoccedilatildeo do feixe

Para a organizaccedilatildeo do terreno e desobstruccedilatildeo de vias destacam-se as

viaturas Leopard dentre as quais utilizamos a VBE Eng (Dachs) que atende bem

as tropas blindadas

Este autor buscou apresentar algumas caracteriacutesticas principais desses

materiais buscando analisar pontualmente as funcionalidades dessas viaturas com

base nas capacidades miacutenimas que faltam nos Pel E Cmb que apoiam as Bda C

Mec As viaturas mencionadas possuem muitos outros benefiacutecios os quais natildeo

foram aprofundados por natildeo serem objetivo do presente estudo

433 Caracteriacutesticas dos meios

No Apecircndice A questatildeo 4 as respostas recebidas mostraram opiniatildeo

unacircnime em relaccedilatildeo agrave necessidade de dotar a Cia E Cmb Mec com ponte classe

92

que atenda tanto as VBTP-MR Guarani quanto as VBCCC Leopard (classe 45) e

VBCCC M60 A3-TTS (classe 55) caracteriacutestica que nem o sistema americano para

viaturas sobre rodas REBS possui Como jaacute mencionado na revisatildeo de literatura

esse sistema lanccedila ponte de classe 50

No Apecircndice A questatildeo 5 a grande maioria respondeu que o apoio de

engenharia aos regimentos por VBEL Pnt sobre lagartas eacute pertinente

Os comentaacuterios contribuiacuteram para complementar o raciociacutenio apresentado

pelas questotildees da seguinte forma

- ldquoA vantagem de se ter na OM Eng Cmb Mec da Bda C Mec somente um tipo de

VBE lanccediladora de ponte sobre lagartas seria que a mesma poderia atender

com maior mobilidade atraveacutes do campo tanto os RC Mec quanto o RCBrdquo

No Apecircndice B questotildees 4 foi unacircnime a aceitaccedilatildeo da afirmativa que considera

que a classe da ponte da VBEL Pnt deve atender agrave classe da viatura de maior

classe (atualmente a VBCCC M60)

A anaacutelise dos comentaacuterios a seguir apresentados permitiratildeo uma explicaccedilatildeo mais

detalhada

- ldquoA Viatura Lanccedila Ponte sobre Rodas (REBS) atende um vatildeo de 13 metros para

Classe Militar 50 Jaacute utilizada nos EUA A VBCCC M60 eacute uma soluccedilatildeo paliativa A

VBCCC Padratildeo do EB eacute o Leopardrdquo

Quanto a essa afirmativa foram consideradas duas situaccedilotildees a primeira fruto

da anaacutelise da atual situaccedilatildeo que paleativa ou natildeo eacute a existecircncia da Vtr M60 cuja

classe natildeo eacute suportada pela ponte do sistema REBS a outra fruto da anaacutelise de

uma situaccedilatildeo futura eacute que o Exeacutercito jaacute estaacute pensando no projeto de uma nova

VBCCC para substituir o Leopard 1A5 e consequentemente as viaturas Leopard 1

e o M60 Esse estudo natildeo definiu ateacute o momento entretanto a classe nem o

momento dessa substituiccedilatildeo

Destaco que a maior importacircncia dessa questatildeo foi identificar a opiniatildeo sobre

a capacidade do emprego de viaturas sobre lagartas em atender agraves necessidades

dos regimentos

93

No Apecircndice B questotildees 5 a maioria das respostas foram contraacuterias agrave

utilizaccedilatildeo de pontes lanccediladas por viaturas sobre rodas ao considerar sua falta de

capacidade de suporte agraves viaturas mais pesadas

A exploraccedilatildeo dos seguintes comentaacuterios apresentados permitiratildeo reforccedilar o

resultado atingido

- ldquoA classe da ponte transportada pela Vtr que deve se adequar agraves necessidades da

Bda Acredito que a Pnt transportada pela Vtr sobre rodas deve ter capacidade de

transposiccedilatildeo de meios sobre lagartasrdquo

Embora concorde com a afirmaccedilatildeo quando comparamos a diferenccedila de

capacidades entre as VBEL Pnt dos paiacuteses mais desenvolvidos verificamos a

dificuldade das viaturas sobre rodas proporcionarem semelhante capacidade

propiciada pelas sobre lagartas

Essa avaliaccedilatildeo eacute facilitada quando comparamos o implemento para viaturas

sobre rodas e a viatura sobre lagartas empregados pelo mesmo paiacutes

O sistema americano REBS que proporciona suporte para viaturas de classe

50 em vatildeos de ateacute 13 metros mostra-se muito inferior quando comparado agrave

capacidade da viatura Wolverine de lanccedilar uma ponte de classe 70 em vatildeo de ateacute

24 metros Quase o dobro de largura de vatildeo em relaccedilatildeo agrave ponte lanccedilada pelo

sistema REBS

Destarte a crescente demanda de pontes de maior classe torna niacutetidos os

benefiacutecios de investir-se em pontes de pequenas brechas de maior capacidade

- ldquoUm detalhe que deve ser levado em consideraccedilatildeo eacute o seguinte num combate de

velocidade e manobra realizado por uma fraccedilatildeo que utilize Vtr Bld SL a VBL Pnt

conseguiraacute acompanhar o mesmo movimento ou alguns Obt do terreno faratildeo ela

ficar pelo caminho Por isso eacute vaacutelido raciocinar que numa Bda que possui elementos

de Man SL e SR a engenharia orgacircnica tambeacutem deva ter essa caracteriacutestica Assim

eacute vaacutelido pensar que nesse BE Cmb Mec deva existir no miacutenimo uma fraccedilatildeo E Cmb

Bld (SL)rdquo

Pode-se contrapor o referido comentaacuterio por meio da anaacutelise do emprego do

exeacutercito alematildeo o qual apoia a Bda Inf Mec com VBE sobre lagartas permitindo

94

afirmar assim que a utilizaccedilatildeo de tais meios no apoio aos elementos dotados de

viaturas sobre rodas natildeo impactaraacute no acompanhamento dos regimentos

Em complemento a essa anaacutelise pode-se analisar o procedimento

experimental que foi realizado no Centro de Instruccedilatildeo de Blindados constante no

Apecircndice E Com meios sobre lagarta um Pel E Cmb acompanhou toda a manobra

em ambiente virtual de um RC Mec da 3ordf Brigada de Cavalaria Mecanizada natildeo

sendo prejudicado seu apoio pela velocidade dos meios empregados

No Apecircndice C questotildees 4 e 5 as opiniotildees foram equilibradas tornando-se mais

adequado a anaacutelise dos comentaacuterios para avaliaccedilatildeo das questotildees propostas

- ldquoConcordo que seria positivo para a funccedilatildeo de Cmb Log mas seria prejudicial para

a funccedilatildeo Cmb Man e Mov pois as tropas SR teriam que ser Ap em algumas

situaccedilotildees por Vtr SLrdquo

De acordo com o emprego realizado na Alemanha conforme capiacutetulo 3 o apoio

prestado pelas VBE sobre lagartas natildeo eacute um problema que afeta a funccedilatildeo de

combate Movimento e Manobrardquo

- ldquoNatildeo obstante agraves vantagens logiacutesticas visualizadas como a menor diversidade

de meios habilitaccedilatildeo de pessoal e estruturas fiacutesicas a adoccedilatildeo de ambos os

meios SR e SL concede maior flexibilidade para o apoio de Eng Permitindo ao

Cmt BE Cmb Mec alocar os meios SR e SL de acordo com a necessidade natureza

da missatildeo e tipo de tropa apoiadardquo

Quanto agrave flexibilidade de apoio natildeo foi identificada a referida problemaacutetica mas as

vantagens estatildeo de acordo com o que o estudo identificou ateacute agora

No Apecircndice D questotildees 4 e 5 as opiniotildees foram equilibradas e devido agrave baixa

quantidade de respostas tornou-se mais adequado analisar seus comentaacuterios como

se segue

- ldquoEacute evidente que o emprego de Vtr sobre lagartas aumenta a mobilidade em

qualquer terreno mas por outro lado impacta enormemente na cauda logiacutestica

Insisto que as Bda C Mec devam manter suas caracteriacutesticas de velocidade

95

principalmente trafegabilidade e mobilidade Recordo que os meios sobre roda

garantem entre outras vantagens melhores condiccedilotildees para o apoio logiacutestico Para

as Bda C Mec a velocidade eacute fundamental no cumprimento de suas missotildees

baacutesicas de Rec e Seg Penso que a mescla de meios sobre lagartas e meios sobre

rodas eacute a configuraccedilatildeo mais adequada considerando a atual constituiccedilatildeo das Bda C

Mec do EBrdquo

Do mesmo modo que nossas Bda C Mec a Bda Inf Mec alematilde eacute dotada de

viaturas leves e raacutepidas as quais necessitam ser acompanhadas e apoiadas

adequadamente pelos pelototildees de engenharia Portanto mais uma vez a

comparaccedilatildeo com o emprego da engenharia na brigada alematilde torna-se fundamental

para comprovar a eficiecircncia do apoio com VBE sobre lagartas

- ldquoA Logiacutestica das VB SL eacute muito mais onerosa que a SR tanto em suprimentos

quanto em manutenccedilatildeo Acredito que uma Cia com meios Bld para apoiar o RCB

seja menos impactante que dotar 3 Cia com meios SL mesmo considerando a maior

diversidade de materiais nesta anaacuteliserdquo

Realmente o custo com suprimentos manutenccedilatildeo e complementando gasto

com combustiacutevel das viaturas sobre lagartas eacute maior que das viaturas sobre rodas

Todavia os benefiacutecios desse investimento seriam

- ganho na compra de um lote maior de viaturas sobre lagartas (quanto maior o

nuacutemero de viaturas menor seraacute o preccedilo)

- ganho em capacidade de trabalho (as viaturas sobre rodas possuem muitas

limitaccedilotildees para a VBEL Pnt a limitaccedilatildeo de classe e para as VBE Eng e VBE

desminagem capacidade muito inferior de utilizar os equipamentos como lacircmina

escavadeira o arado ou rolo atraveacutes campo onde a traccedilatildeo eacute extremamente

necessaacuteria

- ganho na proteccedilatildeo no qual destaca-se em relaccedilatildeo agraves VBTP por ser um meio

mais nobre para as forccedilas amigas e compensador para as inimigas e pela maior

necessidade de exposiccedilatildeo aos fogos haja vista que em operaccedilotildees de abertura de

passagem esse meio seraacute conduzido agrave frente para a realizar a reduccedilatildeo dos

obstaacuteculos

96

434 Quantidade de VBE por BE Cmb

No Apecircndice C questatildeo 6 houve uma aceitaccedilatildeo maior que reprovaccedilatildeo o

que poderaacute ser complementado pela anaacutelise dos comentaacuterios que se seguem

- ldquoDeve-se observar nesse caso natildeo somente a quantidade de elementos de

manobra a apoiar mas tambeacutem a capacidade maacutexima de zonas de accedilatildeo em que a

Bda C Mec eacute capaz de se desdobrar Por exemplo uma Bda Bld pode-se desdobrar

em ateacute 05 zonas de accedilatildeo observadas as suas capacidades maacuteximas de comando e

controle (04 FT U e 01 FT SU) A partir desse levantamento pode-se traccedilar melhor

as necessidades totais de meios de Eng para apoio inclusive com os meios

reservasrdquo

- ldquoPara realizar a comparaccedilatildeo se faz necessaacuterio saber quantas Vtr por tipo os

batalhotildees de engenharia do exeacutercito americano possuem Natildeo haacute a necessidade de

uma Vtr apenas para o rolo Esse pode ser empregado como implemento para as Vtr

da peccedila de manobra Se for possiacutevel utilizar o exeacutercito americano como um modelo

(uma ideia) seria interessante ter uma Vtr especializada de engenharia como os

ABV que jaacute possuem o miclic e o arado na mesma Vtrrdquo

A primeira afirmativa talvez seja a situaccedilatildeo ideal de apoio de uma engenharia

de brigada entretanto para se atingir a capacidade miacutenima de apoio a dotaccedilatildeo de

VBE natildeo precisa atingir cada zona de accedilatildeo mas cada regimento empregado pela

brigada com no miacutenimo um meio principal e um reserva

De acordo com o estudo dos meios do exeacutercito americano verifica-se que sua

engenharia de brigada natildeo tem meios para apoiar cinco zonas de accedilatildeo limitando-se

ao apoio das companhias por unidade Desta forma a complementariedade desse

apoio cabe agrave engenharia de divisatildeo agrave brigada

Em relaccedilatildeo a segunda proposiccedilatildeo pela proximidade das caracteriacutesticas da

brigada faz-se mais conveniente analisar a quantidade de meios do batalhatildeo da

Alemanha que dos Estados Unidos

Desta forma identifica-se que cada companhia do batalhatildeo de engenharia da

Alemanha aleacutem de sistema de lanccedilamento de minas e botes de assalto deteacutem 3

(trecircs) viaturas lanccediladoras de ponte 2 (duas) viaturas de abertura de brecha 2 VBE

Eng

97

Esta distribuiccedilatildeo mostra-se coerente com a miacutenima necessidade dos

regimentos da Bda C Mec os quais precisam ser apoiados com no miacutenimo duas

VBE Eng e duas viaturas de abertura de brecha no caso de emprego de dois

esquadrotildees em primeiro escalatildeo

A dotaccedilatildeo de 3 VBEL Pnt tambeacutem justifica-se pois atende a necessidade de

transposiccedilatildeo em trecircs locais simultaneamente ou em dois locais permanecendo com

uma viatura em reserva primando pela seguranccedila da operaccedilatildeo

De acordo com o acima exposto conclui-se que as companhias do batalhatildeo de

engenharia necessitam de trecircs VBEL Pnt duas VBE Eng e duas viaturas para

abertura de brecha

Como conclusatildeo da anaacutelise da Variaacutevel Dependente de acordo com o que

foi analisado concluo parcialmente que o batalhatildeo de engenharia da brigada

composto por duas Companhia Engenharia de Combate deve ter 4 Pelototildees

de Engenharia de Combate por companhia para as cumprir as missotildees de

apoio direto reforccedilo apoio suplementar e apoio ao conjunto

Com base na anaacutelise das brigadas de outros exeacutercitos eacute possiacutevel a

utilizaccedilatildeo de meios sobre lagartas e sobre rodas mesmo que elas tenham

classes e capacidades de mobilidade diferentes para apoio agraves Brigadas de

Cavalaria Mecanizada

Atualmente os meios de dotaccedilatildeo da Cia E Cmb Mec satildeo inadequados

para o apoio em operaccedilatildeo de Aproveitamento do Ecircxito e a inexistecircncia de

viaturas blindadas especiais de engenharia restringe suas capacidades de

apoio sob fogos diretos mesmo de armas de baixo calibre

Para solucionar este problema pocircde-se observar a existecircncia de

materiais no mercado mundial com condiccedilotildees de dotar os Pel E Cmb das Cia E

Cmb de capacidades adequadas para apoiar a mobilidade dos regimentos da

Bda C Mec

Dentre eles destaca-se a viatura para abertura de brecha Keiler viatura

que utiliza um sistema barato e capaz de realizar sozinha a abertura completa

com manutenccedilatildeo simples

Para transposiccedilatildeo de cursos de aacutegua e valas destacam-se a VBEL Pnt

Biber e o sistema de feixe de tubos A primeira por ser um material eficiente

que jaacute eacute empregado pelas Brigadas Blindadas e a segunda por ser um

98

sistema barato e de faacutecil implementaccedilatildeo em viaturas repotencializadas como

as viaturas Leopard 1 desde que tenham seus sistemas baacutesico em

funcionamento

Para a organizaccedilatildeo do terreno e desobstruccedilatildeo de vias destacam-se as

viaturas Leopard dentre as quais utilizamos a VBE Eng (Dachs) que atende

bem as tropas blindadas

De acordo com a anaacutelise realizada o BE Cmb Mec necessita dos

seguintes materiais para reforccedilo das Cia E Cmb 6 (seis) VBEL Pntcom duas

pontes cada 4 (quatro) VBE Eng 4 (quatro) Viaturas lanccediladoras de feixe de

tubos e 4 (quatro) viaturas para abertura de brecha

99

5 CONCLUSAtildeO E RECOMENDACcedilOtildeES

A presente dissertaccedilatildeo de mestrado classificada quanto agrave sua forma de

abordagem como qualitativa e quanto ao objetivo geral como exploratoacuteria e

descritiva teve como tema a A Engenharia de combate da Brigada de Cavalaria

Mecanizada Uma sugestatildeo de adequaccedilatildeo do apoio prestado aos elementos

empregados em primeiro escalatildeo nas operaccedilotildees ofensivas

O problema central da pesquisa balizou o desenvolvimento do trabalho para

atingir o objetivo geral direcionando-o para o desenvolvimento da proposta mais

adequada de emprego da engenharia no apoio agraves Brigadas de Cavalaria

Mecanizada

Embora tenha sido observada a inexistecircncia de algumas bibliografias a

pesquisa bibliograacutefica permitiu atingir plenamente os objetivos especiacuteficos

relacionados agraves questotildees de estudo acima enumeradas

Nessa fase foram analisados os conceitos receacutem introduzidos no Exeacutercito os

materiais adquiridos e em desenvolvimento atraveacutes dos Projetos Leopard e

Guarani a organizaccedilatildeo da Brigada de Cavalaria Mecanizada e a Companhia de

Engenharia de Combate

Por meio deste estudo foram identificadas as capacidades e limitaccedilotildees dos

elementos empregados em primeiro escalatildeo pela brigada e as capacidades

previstas para o apoio dos Pelototildees de Engenharia desta companhia no apoio em

Operaccedilatildeo de Aproveitamento do Ecircxito

Observou-se a organizaccedilatildeo caracteriacutesticas capacidades e limitaccedilotildees dos Pel

E Cmb identificando os materiais existentes para apoio agrave mobilidade dos

Regimentos e a necessidade de reforccedilos pela Cia E Cmb a fim de realizar um apoio

efetivo

Apoacutes o referido estudo buscou-se complementar os estudos de revisatildeo

bibliograacutefica com a aplicaccedilatildeo de questionaacuterios e procedimento experimental

Para cumprir esse objetivo os questionaacuterios foram enviados a comandantes e

ex-comandantes dos regimentos de cavalaria e companhias de engenharia das

Brigadas de Cavalaria Mecanizada os quais tinham experiecircncia no emprego das

tropas estudadas

Em complemento agrave experiecircncia dos grupos citados foram enviados

100

questionaacuterios aos oficiais de engenharia e instrutores do Centro de Instruccedilatildeo de

Blindados que realizaram curso de comandante de subunidade nos Estados Unidos

ou na Alemanha a fim de contribuiacuterem com experiecircncias e conhecimentos

adquiridos nesses paiacuteses

Desta forma identificou-se a limitaccedilatildeo em meios e em pessoal e

consequentemente ineficiecircncia da companhia de engenharia em realizar um apoio

adequado em uma Operaccedilatildeo de Aproveitamento do Ecircxito e ainda apresentar

condiccedilotildees de realizar trabalhos de apoio ao conjunto suplementar e ficar em

condiccedilotildees de apoiar a reserva quando empregada

Desta feita foram analisadas soluccedilotildees em material e emprego capazes de

tornar o apoio da engenharia suficiente agraves necessidades miacutenimas e imediatas dos

regimentos Assim a anaacutelise seguiu os indicadores e dimensotildees da Variagravevel

Independente e Dependente as quais foram medidas de acordo com as questotildees

constantes nos apecircndices conforme quadros 1 e 2 das Definiccedilatildeo operacional das

variaacuteveis

Isto posto a fim de adequar o emprego e os meios da engenharia da brigada

identificou-se a necessidade de propor uma nova organizaccedilatildeo a fim de solucionar

as suas limitaccedilotildees Com isso concluiu-se que se faz necessaacuteria a mudanccedila do

apoio de uma Companhia de Engenharia de Combate Mecanizada para um

Batalhatildeo de Engenharia de Combate Mecanizado

Para o adequado apoio do Batalhatildeo junto aos Regimentos dotados de

viaturas mecanizadas e blindadas questionou-se a caracteriacutestica dos meios a serem

empregados pela engenharia

A soluccedilatildeo desta questatildeo foi amparada no estudo realizado por meio de

revisatildeo bibliograacutefica pelo procedimento experimental pelas respostas dos

questionaacuterios e seus comentaacuterios

Todos esses procedimentos e instrumentos direcionaram a proposta para a

estrutura de um BE Cmb a duas companhias com quatro pelototildees cada Uma

companhia deve ser dotada de VBTP sobre rodas para apoiar os RC Mec e a

companhia dotada de VBTP sobre lagarta deve apoiar o RCB e se for necessaacuterio

ficar em condiccedilotildees de apoiar o RC Mec

O procedimento experimental contribuiu para identificaccedilatildeo de uma suporte

adequado agrave brigada o qual foi realizado pela Seccedilatildeo de Simuladores do Centro de

Instruccedilatildeo de Blindados por meio do Treinamento Taacutetico em Ambiente Virtual

101

(TTAV) o qual realizou um treinamento com emprego de um RC Mec de uma Bda C

Mec em um Movimento Retroacutegrado que mesmo tendo sido aplicado um tipo

totalmente diferente da operaccedilatildeo em questatildeo permitiu a anaacutelise da capacidade das

viaturas blindadas sobre lagartas no acompanhamento das viaturas blindadas sobre

rodas no cumprimento de suas missotildees

Esse treinamento contribuiu para corroborar com a anaacutelise realizada na

doutrina alematilde que permitiu afirmar que os meios sobre lagartas utilizados pela

engenharia tem condiccedilotildees de apoiar uma Brigada de Cavalaria Mecanizada mesmo

quando esses meios satildeo empregados junto a um RC Mec

Outrossim chegou-se agrave identificaccedilatildeo dos meios que o Batalhatildeo de

Engenharia de Combate Mecanizado deve possuir para reforccedilar em meiois os Pel E

Cmb de acordo com as necessidades de apoio dos Regimentos de uma Bda C Mec

no Aproveitamento do Ecircxito quais sejam quatro VBE Eng quatro VBE de abertura

de brecha (do tipo Keiler) e seis VBEL Pnt (com duas pontes cada) todas sobre

lagartas

Com as conclusotildees do presente trabalho pretende-se adequar o apoio

prestado pela engenharia da brigada por meio da adequaccedilatildeo de seu emprego e de

seu material e refletindo na sua organizaccedilatildeo a fim de capacitaacute-la a apoiar os

elementos empregados em primeiro escalatildeo pela Brigada de Cavalaria Mecanizada

Como soluccedilatildeo praacutetica o autor apresenta no Anexo B a proposta consolidada

em uma Nota Complementar agrave Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 ndash

As Estruturas de Engenharia no Teatro de Operaccedilotildees a qual se apresenta

como base para modificaccedilatildeo do emprego da engenharia da brigada e

consequentemente servir de embriatildeo de um novo manual

Uma sugestatildeo para a experimentaccedilatildeo doutrinaacuteria eacute a transformaccedilatildeo da 3ordf

Companhia de Engenharia de Combate Mecanizada de Dom Pedrito-RS em

batalhatildeo a fim de aproveitar as instalaccedilotildees atuais as quais eram de utilizadas pelo

14ordm Regimento de Cavalaria Mecanizada

O presente trabalho explorou a adequaccedilatildeo do apoio de engenharia da Bda C

Mec a partir da anaacutelise do seu emprego e do seu material no apoio aos elementos

em primeiro escalatildeo em Operaccedilatildeo de Aproveitamento do Ecircxito

Outros estudos se fazem necessaacuterios para complementar as capacidades

necessaacuterias a esse batalhatildeo Dessa maneira o autor recomenda por meio do

QUADRO 17 a seguir os seguintes temas

102

QUADRO DE PROPOSTA PARA NOVAS PESQUISAS NA ESAO

Tema sugerido Especialista recomendado

BE Cmb de uma Brigada de Cavalaria Mecanizada Uma proposta de Quadro de Dotaccedilatildeo de Material (QDM) e Quadro de Cargos Previstos (QCP)

Oficial de engenharia que tenha servido em OM blindada e mecanizada

Equipagens para transposiccedilatildeo de curso drsquoaacutegua adequaccedilatildeo dos meios de transposiccedilatildeo de uma Bda C Mec

Militar de engenharia que tenha comandado uma Companhia de Engenharia de Pontes

TTP do Batalhatildeo de Engenharia de Combate Mecanizado na Operaccedilatildeo de Abertura de Passagem

Oficial de engenharia que tenha servido em OM blindada e mecanizada

Emprego de feixe de tubos em viaturas blindadas para transposiccedilatildeo de cursos de aacutegua e valas

Oficial que tenha experiecircncia com blindados

Viatura de Abertura de Brecha Keiler Uma viatura para solucionar uma deficiecircncia da engenharia brasileira

Oficial de engenharia com curso de desminagem preferencialmente habilitado em

alematildeo

O emprego de um Pelotatildeo de Engenharia de Apoio na Companhia de Engenharia de Combate de um BE Cmb Mec Uma sugestatildeo de dotaccedilatildeo de meios de emprego junto aos elementos em primeiro escalatildeo pela Cia E Cmb

Oficial que tenha servido em Batalhatildeo de Engenharia preferencialmente que tenha

comandado uma Companhia de Comando e Apoio

Doutrina do Batalhatildeo de Engenharia de Combate Mecanizado da Brigada de Cavalaria Mecanizada

Oficial de engenharia que tenha servido em OM blindada e mecanizada

QUADRO 17 - Propostas de novas pesquisas relacionadas ao apoio de engenharia agrave uma Bda C Mec Fonte O autor

______________________________ Saulo dos Santos Marques

Capitatildeo de Engenharia

103

REFEREcircNCIAS

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BRASIL Exeacutercito Centro de Doutrina do Exeacutercito Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 0022016 as estruturas de engenharia no teatro de operaccedilotildees Brasiacutelia DF 2016

______ ______ Departamento de Educaccedilatildeo e Cultura EB60-ME-11401 dados meacutedios de planejamento 1 ed Rio de Janeiro 2016

______ ______ Departamento de Material Beacutelico Portaria Nr 023- DMB de 20 de novembro de 1998 Aprova as normas para classificaccedilatildeo registro e identificaccedilatildeo dos veiacuteculos oficiais no acircmbito do ministeacuterio do exeacutercito - NORCRIVE Boletim do Exeacutercito Rio de Janeiro 1998

______ ______ Estado Maior C 2-1 emprego da cavalaria 2 ed Brasiacutelia DF 1999a

______ ______ ______ C 2-20 regimento de cavalaria mecanizado 2 ed Brasiacutelia DF 2002

______ ______ ______ C 2-30 brigada de cavalaria mecanizada 2 ed Brasiacutelia DF 2000a

_______ ______ ______ C 5-1 emprego de engenharia 3 ed Brasiacutelia DF 1999b

_______ ______ ______ C 5-7 batalhatildeo de engenharia de combate 2 ed Brasiacutelia DF 2001

_______ ______ ______ C 5-10 o apoio de engenharia no escalatildeo brigada 2 ed Brasiacutelia DF 2000b

104

BRASIL Exeacutercito Estado Maior C 5-37 minas e armadilhas 2 ed Brasiacutelia DF 2000c

_______ _______ ______ EB20-MC-10102-1 doutrina militar terrestre 1 ed Brasiacutelia DF 2014a

______ _______ ______ EB20-MC-10203 movimento e manobra 1 ed Brasiacutelia DF 2015a

______ _______ ______ EB20-MC-10204 logiacutestica 3 ed Brasiacutelia DF 2014b

______ _______ ______ EB20-MC-10208 proteccedilatildeo 1 ed Brasiacutelia DF 2015b

______ _______ ______ EB20-MF-10101 o exeacutercito brasileiro 1 ed Brasiacutelia DF 2014c

______ _______ ______ EB20-MF-10103 operaccedilotildees 1 ed Brasiacutelia DF 2014d

______ Ministeacuterio da Defesa Estado Maior de Defesa MD33-M-02 manual de abreviaturas siglas siacutembolos e convenccedilotildees cartograacuteficas das forccedilas armadas 3 ed Brasiacutelia DF 2008

______ Exeacutercito Exeacutercito brasileiro realiza uacuteltimo teste de 2017 da viatura blindada de transporte de pessoal M113 BR Brasiacutelia DF 29 dez 2017 Disponiacutevel em lthttpwwwebmilbrwebnoticiasnoticiario-do-exercito-asset_ publisherMjaG93KcunQIcontentparque-regional-de-manutencao-5-realiza-ulti mo-teste-de-2017-da-vbtp-m113brgt Acesso em 15 jan 2018

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BUNDESWEHR Panzergrenadierbrigade 41 in Neubrandenburg Bundeswehrde Colocircnia 4 abr 2018 Disponiacutevel em lthttpwwwdeutscheshe

105

erdeportalaheerstartdienstst1pzdivgliederungpzgrenbrig41utpz104_Sj9CPykssy0xPLMnMz0vMAfIjo8zinSx8QnyMLI2MfEyDLA0cXT1Nwnx9XIwNXI30wwkpiAJKG-AAjgb6wSmp-pFAM8xxm2GuH6wfpR-VlViWWKFXkF9UkpNaope YDHKhfmRGYl5KTmpAfrIjRKAgN6LcoNxREQDnEpv-dzd5L2dBISEvZ0FBI S9nQSEhZ7_B8LTL2922L5R90AEI4VMLD30E7gt Acesso em 11 jul 2018

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ESCOLA DE APERFEICcedilOAMENTO DE OFICIAIS Pub 30-101-1 forccedilas armadas dos paiacuteses do continente austral ndash Paiacutes Vermelho 1 v Rio de Janeiro 2010

ESCRITOacuteRIO DE PROJETOS DO EXEacuteRCITO BRASILEIRO (Brasil) VBTP ldquoGuaranirdquo ndash chegando para revolucionar o exeacutercito brasileiro Brasiacutelia DF 25 jul 2017 Disponiacutevel em lthttpwwwepexebmilbrindexphpultimas-noticias565-vbtp-guarani-chegando-para-revolucionar-o-exercito-brasileirogt Acesso em 12 jan 2017

FAN Ricardo CMS promove seminaacuterio interno para discussatildeo sobre a nova viatura a ser adotada pelos RCB Defesanet Brasiacutelia DF 28 mai 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwdefesanetcombrleonoticia6182CMS--promove-seminario-interno-para-discussao-sobre-a-nova-viatura-a-ser-adotada-pelos-RCB-gt Acesso em 13 jun 2018

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______ ______ FMI 3-01 the modular force Washington DC 2008

______ ______ FM 3-34 engineer operations Washington DC 2014

______ ______ FM 3-3422 engineer operations_brigade combat team and below Washington DC 2014

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109

APEcircNDICE A ndash QUESTIONAacuteRIO DESTINADO AOS COMANDANTES E EX-

COMANDANTES DOS REGIMENTOS DAS BRIGADAS DE CAVALARIA

MECANIZADA

O presente questionaacuterio eacute parte integrante da Dissertaccedilatildeo de Mestrado em Ciecircncias

Militares da Escola de Aperfeiccediloamento de Oficiais (EsAO) cujo tema eacute A

ENGENHARIA DE COMBATE DA BRIGADA DE CAVALARIA MECANIZADA

UMA SUGESTAtildeO DE ADEQUACcedilAtildeO DO APOIO PRESTADO AOS ELEMENTOS

EMPREGADOS EM PRIMEIRO ESCALAtildeO NAS OPERACcedilOtildeES OFENSIVAS

desenvolvida pelo Cap Saulo dos Santos Marques da Arma de Engenharia

cursando a EsAO e que possui como orientador o Cel ANDREacute CEZAR SIQUEIRA

instrutor desse Estabelecimento de Ensino

O trabalho em desenvolvimento tem por objetivo analisar as capacidades da

Companhia de Engenharia de Combate Mecanizada (Cia E Cmb Mec) agrave luz da

doutrina vigente e dos novos Mateirais de Emprego Militar (MEM) os quais satildeo

partes importantes da determinaccedilatildeo das capacidades das tropas (DOAMEPI)

Para que esta meta seja alcanccedilada a sua especializaccedilatildeo e experiecircncia

do senhor que jaacute foi comandante de Regimento de Bda C Mec eacute fundamental

Solicito-vos para que em cada questatildeo marque a alternativa que melhor

corresponda agrave sua visatildeo e experiecircncia vivida com o tema ou em atividades dessa

natureza Caso possua conhecimentos complementares sobre cada pergunta ou

opiniotildees divergentes das opccedilotildees apresentadas o senhor poderaacute transcrever nos

espaccedilos descrito como Comente sua opiniatildeo

Outrossim informo-vos que seratildeo necessaacuterios apenas 05 (cinco) minutos

para responder o presente questionaacuterio e que natildeo haveraacute divulgaccedilatildeo de dados

pessoais sendo os resultados de caraacuteter quantitativo e qualitativo representados

por grupos de acordo com o universo ora abordado

Desde jaacute sou grato pela atenccedilatildeo e participaccedilatildeo

Com os melhores cumprimentos

Saulo dos Santos Marques - Cap Eng

110

A ndash ESCALAtildeO DE APOIO DE ENGENHARIA

1) A Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 02 de 31 de maio de 2016 a qual

descreve as estruturas de Engenharia no Teatro de Operaccedilotildees define que a

Brigada de Infantaria Mecanizada deve ser apoiada por um Batalhatildeo de Engenharia

Levando-se em consideraccedilatildeo que a Bda Inf Mec eacute composta por 3 BI Mec e a

Bda C Mec eacute composta por 2 RC Mec e 1 RCB (aleacutem do RC Mec divisionaacuterio) a

engenharia que apoia a Bda C Mec deveria ser consequentemente um BE Cmb

Mec a duas companhias de 4 Pel E Cmb cada

( ) Concordo totalmente

( ) Concordo parcialmente

( ) Discordo

( ) Discordo plenamente

COMENTAacuteRIO DAS OPINIOtildeES

1 Com essa organizaccedilatildeo o BE Cmb Mec poderia empregar uma SU em apoio

direto aos elementos de manobra inclusive aquele em 2ordm escalatildeo mantendo

ainda uma Cia Eng Cmb Mec para emprego centralizado na Z Accedil da Bda

111

2 Penso que o ideal seria um BE Cmb Mec a 3 Cia com 4 Pel E Cmb cada

permitindo o apoio aos 3 elementos de manobra da Bda com uma SU Caso a

Bda receba o RC Mec divisionaacuterio deve receber tambeacutem uma SU Eng Cmb

da Divisatildeo

3 Essa eacute dosagem miacutenima tendo em vista a envergadura e pletora de meios da

tropa apoiada

2) No manual O Inimigo o Exeacutercito Vermelho utiliza a dosagem de uma companhia

de engenharia de combate por unidade de valor batalhatildeo ou regimento Com base

nesse dado para que nossa engenharia esteja adequada a fazer frente agrave

engenharia inimiga o apoio agrave Brigada de Cavalaria Mecanizada deve ser no miacutenimo

de valor de um BE Cmb

( ) Concordo totalmente

( ) Concordo parcialmente

( ) Discordo

( ) Discordo plenamente

Comentaacuterio das opiniotildees

112

1 Embora concorde com a organizaccedilatildeo sugerida no quesito anterior acredito

que natildeo se deva tomar por base uma organizaccedilatildeo do inimigo feita com

finalidades especiacuteficamente escolares A organizaccedilatildeo a ser considerada eacute

aquela adotada por potenciais ameaccedilas

2 Utilizando a mesma dosagem de uma Cia Eng Cmb por Elemento de

manobra valor Batalhatildeo ou Regimento

B ndash QUANTO AOS MEIOS

3) As viaturas blindadas de engenharia como por exemplo a VBE Eng a VBEL Pnt

Vtr de limpeza de minas rolo de dispersatildeo de minas arado entre outras satildeo

viaturas que realizam a abertura de passagem para a transposiccedilatildeo de elementos

apoiados Alguns dos benefiacutecios de sua utilizaccedilatildeo satildeo abertura em menor tempo

com proteccedilatildeo blindada agrave guarniccedilatildeo e exigindo um menor efetivo A partir dessa

afirmaccedilatildeo eacute possiacutevel afirmar que eacute DISPENSAacuteVEL a utilizaccedilatildeo desses meios tendo

em vista que a Cia E Cmb jaacute possui ponte portada e pelototildees com suas

ferramentas de sapa para cumprir esse trabalho

( ) Concordo totalmente

( ) Concordo parcialmente

( ) Discordo

( ) Discordo plenamente

113

Comentaacuterio das opiniotildees

1 A Bda C Mec conduz por suas caracteriacutesticas operaccedilotildees de movimento

Destarte todos os meios que facilitem o movimento satildeo importantes para ela

2 Haveria dificuldade de acompanhamento dos Elm 1ordm Esc pela velocidade de

deslocamento

3 Eacute INDISPENSAacuteVEL a utilizaccedilatildeo desses meios pela Eng da Bda

C ndash QUANTO AgraveS CARACTERIacuteSTICAS DESSES MEIOS

4) Com o advento dos projetos Leopard e Guarani as Bda C Mec passaram a

possuir nos RCB e nos R C Mec respectivamente as VBCCC Leopard 1A1 ou M60

e a VBTP-MR Guarani Partindo do princiacutepio que as VBCCC Leopard tecircm classe

superior agraves VBTPMR Guarani as viaturas lanccediladoras de pontes devem atender agrave

classe das primeiras (viatura de maior classe) o que permite transpor os dois tipos

de viaturas

114

( ) Concordo totalmente

( ) Concordo parcialmente

( ) Discordo

( ) Discordo plenamente

Comentaacuterio das opiniotildees

1 Essa eacute uma assertativa bastante oacutebvia Os meios de transposiccedilatildeo devem

assegurar o movimento de todas as Vtr empregadas pela Bda C Mesc

2 Quem apoia mais apoia menos Esse um princiacutepio que atende plenamente ao

princiacutepio de guerra de economia de meios

5) Como normalmente os blindados sobre lagartas possuem uma capacidade de

transportar pontes mais pesadas em relaccedilatildeo agraves viaturas sobre rodas eacute pertinente

que as viaturas lanccediladoras de ponte sejam sobre rodas mesmo que inviabilize a

transposiccedilatildeo de meios sobre lagartas

( ) Concordo totalmente

( ) Concordo parcialmente

( ) Discordo

( ) Discordo plenamente

115

Comentaacuterio das opiniotildees

1 Volto agrave resposta dada no quesito anterior Os meios de Eng devem ser

necessaacuterios e suficientes para assegurar que TODAS as Vtr da Bda

transponham o obstaacuteculo Como estaacute colocada a questatildeo seria concordar

com que o RCB principal elemento de forccedila da Bda natildeo pudesse empregar

seus CC

2 Sobre a afirmativa eacute bom lembrar as VBE Lccedil Pnt devem deslocar-se com

suas pontes somente em pequenos trechos no compartimento de combate

ateacute o local de lanccedilamento (essas pontes satildeo equipamentos fraacutegeis natildeo

devendo ser deslocadas sobre a VB por longos trechos) Ateacute a aproximaccedilatildeo

desse compartimento as pontes devem ser transportadas em pranchas e se

possiacutevel as VBE Lccedil Pnt sobre lagarta tambeacutem A vantagem de se ter na OM

Eng Cmb Mec da Bda C Mec somente um tipo de VB lanccediladora de ponte

sobre lagartas seria que a mesma poderia atender com maior mobilidade

atraveacutes do campo tanto os RC Mec quanto o RCB Essa VB sobre lagarta

deveria como jaacute foi dito possuir uma viatura Cavalo Mecacircnico com prancha

para a aproximaccedilatildeo da VB ateacute o compartimento de combate (onde deveraacute

lanccedilar a Pnt ) e outra para transportar no miacutenimo as suas trẽs pontes de

pequena brecha

116

3 A Eng da Bda deve ter condiccedilotildees de apoiar o movimento de TODOS os meios

da Bda

D ndash SUGESTOtildeES

6) Eacute mais adequado que o apoio de engenharia a uma Bda C Mec seja realizado por

um batalhatildeo a duas companhias de quatro pelototildees sendo uma das Cia E Cmb

dotada de Viaturas Blindadas Especiais sobre lagartas mais capacitada a apoiar o

RCB e uma Cia E Cmb dotada de Viaturas Blindadas Especiais sobre rodas mais

capacitada a apoiar os RC Mec

( ) Concordo totalmente

( ) Concordo parcialmente

( ) Discordo

( ) Discordo plenamente

Comentaacuterios das opiniotildees

1 Ver resposta do quesito seguinte

2 Estamos trabalhando no CMS na proposta sobre o BE Cmb Mec de Bda C

Mec Em 2017 enviamos ao COTER a proposta do BE Cmb Mec de Bda Inf

Mec A proposta do CMS ( a 3 Cia E) foi enviada pelo ODOp ao DEC que

apoacutes anaacutelise do projeto decidiu junto com o COTER que o BECmb Mec

117

deveria ter somente 2 Cia Eng Cmb Mec e natildeo trecircs como proposto pelo

CMS Na visatildeo do CMS 2 Cias apoiariam as OM em 1ordm escalatildeo (cada uma

com um Regimento) e a 3ordf Cia ficaria no apoio a toda a brigada (demais OM

em 1ordm Esc e A Rg da Bda) Com base nessa decisatildeo de 2017 foi modificada

a proposta do CMS sugerindo ao ODOp que as duas Cia Eng (decisatildeo DEC

COTER) deveriam possuir 4 Pel E cada uma sendo 3 Mec sobre rodas e 1

Bld sobre lagartas com a mesma missatildeo anterior 1 Cia em apoio aos Rgt em

1ordm escalatildeo e a outra em apoio agrave Bda A diferenccedila entre o BE Cmb Mec de Bda

Inf Mec e o de Bda C Mec eacute o apoio a ser prestado ao RCB Portanto no BE

Cmb Mec de Bda Inf Mec todos os Pel E e a Cia C Ap possuem somente VB

sobre rodas No BE Cmb Mec de Bda C Mec 1 Pel E por Cia Eng deve

possuir VB sobre lagartas e os demais VB sobre rodas A Cia C Ap deve

possuir VB sobre rodas e sobre lagartas (VBE Eng VBE LccedilPnt VBE com

implementos do tipo rolo arado MCLIC lanccedila retinida espargidor de minas

AC etc)

3 Estudar se uma Cia eacute suficiente para apoiar os dois R C Mec

4 Na minha opiniatildeo o Batalhatildeo de Engenharia deveria ter 3 Cia sendo duas

dotadas de Viaturas Blindadas Especiais sobre rodas para apoiar os dois RC

Mec e uma dotada de Viaturas Blindadas Especiais sobre lagarta para apoiar

o RCB permitindo o apoio aos 3 elementos de manobra valor Regimento da

Bda

7) Contrariando o item anterior eacute mais pertinente afirmar que o apoio de engenharia

a uma Bda C Mec seraacute mais adequado se for realizado por um batalhatildeo a duas

companhias com quatro pelototildees cada dotadas de Viaturas Blindadas Especiais

sobre lagartas atendendo assim tanto os RCB quanto os RC Mec

( ) Concordo totalmente

( ) Concordo parcialmente

( ) Discordo

( ) Discordo plenamente

118

Comentaacuterios das opiniotildees

1 Em minha opiniatildeo bastaria que uma dessas Cia dispusesse de meios SL o

que proporcionaria uma dosagem eficaz e mais econocircmica

2 Ver observaccedilatildeo do item anterior

3 Concordo em parte Deve possuir Pel E com Vtr sobre rodas (RC Mec) e Pel

E com VB sobre lagartas (RCB) e a Cia C Ap deve possuir VB com rodas e

VB com lagartas As VBE Lccedil Pnt devem ser todas sobre lagartas como jaacute

citado em item anterior A mescla de tipos de VB daraacute ao BE maior

flexibilidade e rapidez no apoio particularmente para acompanhar os RC Mec

como VBTP (Pel E) e VBE Eng sobre rodas

4 Para apoiar os R C Mec em melhores condiccedilotildees deve-se utilizar material de

mobilidadevelocidade igual ou superior

5 Acredito salvo outro juiacutezo que o apoio agrave Bda C Mec deva ser mantido por 1

Cia Eng Mec podendo ter um nuacutemero variaacutevel de Pel Esse pensamento

orientou todas as respostas referentes ao aumento de 1 Cia para um Btl Eng

na Boa C Mec Cabe ressaltar que um incremento (transformaccedilatildeo de Cia para

119

Btl) impacta outros sistemas operacionais da Bda (principalmente o logiacutestico)

acarretando uma mudanccedila quase impossiacutevel na Brigada

120

APEcircNDICE B ndash QUESTIONAacuteRIO DESTINADO AOS COMANDANTES E EX-

COMANDANTES DAS COMPANHIAS DE ENGENHARIA MECANIZADA

O presente questionaacuterio eacute parte integrante da Dissertaccedilatildeo de Mestrado em Ciecircncias

Militares da Escola de Aperfeiccediloamento de Oficiais (EsAO) cujo tema eacute A

ENGENHARIA DE COMBATE DA BRIGADA DE CAVALARIA MECANIZADA

UMA SUGESTAtildeO DE ADEQUACcedilAtildeO DO APOIO PRESTADO AOS ELEMENTOS

EMPREGADOS EM PRIMEIRO ESCALAtildeO NAS OPERACcedilOtildeES OFENSIVAS

desenvolvida pelo Cap Saulo dos Santos Marques da Arma de Engenharia

cursando a EsAO e que possui como orientador o Cel ANDREacute CEZAR SIQUEIRA

instrutor desse Estabelecimento de Ensino

O trabalho em desenvolvimento tem por objetivo analisar as capacidades da

Companhia de Engenharia de Combate Mecanizada (Cia E Cmb Mec) agrave luz da

doutrina vigente e dos novos Mateirais de Emprego Militar (MEM) os quais satildeo

partes importantes da determinaccedilatildeo das capacidades das tropas (DOAMEPI)

Para que esta meta seja alcanccedilada a sua especializaccedilatildeo e experiecircncia

do senhor que jaacute foi comandante de Companhia de Engenharia de Bda C Mec

eacute fundamental

Solicito-vos para que em cada questatildeo marque a alternativa que melhor

corresponda agrave sua visatildeo e experiecircncia vivida com o tema ou em atividades dessa

natureza Caso possua conhecimentos complementares sobre cada pergunta ou

opiniotildees divergentes das opccedilotildees apresentadas o senhor poderaacute transcrever nos

espaccedilos descrito como Comente sua opiniatildeo

Outrossim informo-vos que seratildeo necessaacuterios apenas 05 (cinco) minutos

para responder o presente questionaacuterio e que natildeo haveraacute divulgaccedilatildeo de dados

pessoais sendo os resultados de caraacuteter quantitativo e qualitativo representados

por grupos de acordo com o universo ora abordado

Desde jaacute sou grato pela atenccedilatildeo e participaccedilatildeo

Com os melhores cumprimentos

Saulo dos Santos Marques - Cap Eng

121

A ndash ESCALAtildeO DA ENGENHARIA DA BDA C MEC

1) A Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 02 de 31 de maio de 2016 a qual

descreve as estruturas de Engenharia no Teatro de Operaccedilotildees define que a

Brigada de Infantaria Mecanizada deve ser apoiada por um Batalhatildeo de Engenharia

Levando-se em consideraccedilatildeo que a Bda Inf Mec eacute composta por 3 BI Mec e a

Bda C Mec eacute composta por 2 RC Mec e 1 RCB (aleacutem do RC Mec divisionaacuterio) a

engenharia que apoia a Bda C Mec deveria ser consequentemente um BE Cmb

Mec a duas companhias de 4 Pel E Cmb cada

( ) Concordo totalmente

( ) Concordo parcialmente

( ) Discordo

( ) Discordo plenamente

COMENTAacuteRIO DAS OPINIOtildeES

1 Natildeo vejo a necessidade das Cia E Cmb Mec possuam os 04 Pel E Cmb

acredito que 03 Pel E Cmb jaacute seriam adequados

2 Doutrinariamente sim Em tempo de paz acredito que um Batalhatildeo de

Engenharia com 01 Cia E Cmb cumpre bem a missatildeo

122

3 Nas atuais condiccedilotildees do Paiacutes seria muito difiacutecil a migraccedilatildeo de Cia E Cmb

Mec para BE Cmb Mec

4 Em que pese a atual doutrina (NCD Nr 02 de 31 mai16) prever uma E Bda Inf

Mec compota por 2 Cias a 4 Pel os trabalhos realizados em estudos de sala

de aula da proacutepria EsAO mostram essa estrutura com certa dificuldade para

Mnt do C2 por parte do Cmt BE Tendo em vista seu trabalho estar

pesquisando essa situaccedilatildeo sugiro uma composiccedilatildeo do BECmb Mec (ou Bld)

de 4 CiaECmb a 2 Pel E Cmb e 1 Pel Ap (Neste os diversos materiais jaacute em

Ref agrave Cia Eqp Eng Eqp Ab Bre VBC Eng VBEL Pnt etc) Assim facilitaria o

C2 por parte do Cmdo BE bem como a emissatildeo de ordens e distribuiccedilatildeo de

missotildees

5 A engenharia que apoia a Bda C Mec deveria ser consequentemente um BE

Cmb Mec a 3 companhias de 3 Pel E Cmb cada

2) No manual O Inimigo o Exeacutercito Vermelho utiliza a dosagem de uma companhia

de engenharia de combate por unidade de valor batalhatildeo ou regimento Com base

nesse dado para que nossa engenharia esteja adequada a fazer frente agrave

engenharia inimiga o apoio agrave Brigada de Cavalaria Mecanizada deve ser no miacutenimo

de valor de um BE Cmb

( ) Concordo totalmente

( ) Concordo parcialmente

( ) Discordo

( ) Discordo plenamente

123

Comentaacuterio das opiniotildees

1 Em minha opiniatildeo bastaria que uma dessas Cia dispusesse de meios SL o

que proporcionaria uma dosagem eficaz e mais econocircmica

2 Ver observaccedilatildeo do item anterior

3 Concordo em parte Deve possuir Pel E com Vtr sobre rodas (RC Mec) e Pel

E com VB sobre lagartas (RCB) e a Cia C Ap deve possuir VB com rodas e

VB com lagartas As VBEL Pnt devem ser todas sobre lagartas como jaacute citado

em item anterior A mescla de tipos de VB daraacute ao BE maior flexibilidade e

rapidez no apoio particularmente para acompanhar os RC Mec como VBTP

(Pel E) e VBE Eng sobre rodas

4 Para apoiar os R C Mec em melhores condiccedilotildees deve-se utilizar material de

mobilidadevelocidade igual ou superior

5 Acredito salvo outro juiacutezo que o apoio agrave Bda C Mec deva ser mantido por 1

Cia Eng Mec podendo ter um nuacutemero variaacutevel de Pel Esse pensamento

orientou todas as respostas referentes ao aumento de 1 Cia para um Btl Eng

B ndash QUANTO AOS MEIOS

124

3) As viaturas blindadas de engenharia como por exemplo a VBE Eng a VBEL Pnt

Vtr de limpeza de minas rolo de dispersatildeo de minas arado entre outras satildeo

viaturas que realizam a abertura de passagem para a transposiccedilatildeo de elementos

apoiados Alguns dos benefiacutecios de sua utilizaccedilatildeo satildeo abertura em menor tempo

com proteccedilatildeo blindada agrave guarniccedilatildeo e exigindo um menor efetivo A partir dessa

afirmaccedilatildeo eacute possiacutevel afirmar que eacute DISPENSAacuteVEL a utilizaccedilatildeo desses meios tendo

em vista que a Cia E Cmb jaacute possui ponte portada e pelototildees com suas

ferramentas de sapa para cumprir esse trabalho

( ) Concordo totalmente

( ) Concordo parcialmente

( ) Discordo

( ) Discordo plenamente

Comentaacuterio das opiniotildees

1 O Guarani assim como a Viatura Stryker veiacuteculo das tropas mecanizadas

Norte-Americanas deveria possuir os implementos de engenharia

necessaacuterios para a realizaccedilatildeo de abertura de passagem A abertura de

passagem deveria assim como ocorre com a transposiccedilatildeo de curso daacutegua

deveria ser encarada como uma operaccedilatildeo que possui como uma de suas

fases a reduccedilatildeo do obstaacuteculo a ser transporto

125

2 A proteccedilatildeo blindada eacute fundamental para o combatente mecanizado

3 A Eng Mecanizada carece de meios modernos tais como a Retroescavadeira

de Alta Mobilidade e Blindada jaacute usada nos EUA (HMEE) (que faria o papel

de Eqp Eng Bda Mec) e de Vtr Lanccedila Pontes Sobre Rodas (REBS)

4 Eacute INDISPENSAacuteVEL Os atuais meios presentes no QDM da Cia E Cmb de

Bda eacute totalmente ineficiente numa situaccedilatildeo de combate moderno

5 Eacute possiacutevel afirmar que eacute INDISPENSAacuteVEL no combate moderno a utilizaccedilatildeo

desses meios

6 Esses Eqp BldMec ampliaratildeo a capacidade de trabalho da Cia E

C ndash QUANTO AgraveS CARACTERIacuteSTICAS DESSES MEIOS

4) Com o advento dos projetos Leopard e Guarani as Bda C Mec passaram a

possuir nos RCB e nos R C Mec respectivamente as VBCCC Leopard 1A1 ou M60

e a VBTP-MR Guarani Partindo do princiacutepio que as VBCCC Leopard tecircm classe

superior agraves VBTPMR Guarani as viaturas lanccediladoras de pontes devem atender agrave

classe das primeiras (viatura de maior classe) o que permite transpor os dois tipos

de viaturas

( ) Concordo totalmente

( ) Concordo parcialmente

( ) Discordo

( ) Discordo plenamente

126

Comentaacuterio das opiniotildees

1 Com certeza

2 A Viatura Lanccedila Ponte sobre Rodas (REBS) atende um vatildeo de 13 metros

para Classe Militar 50 Jaacute utilizada nos EUA A VB CC M60 eacute uma soluccedilatildeo

paliativa A VB CC Padratildeo do EB eacute o Leopard

3 Na distribuiccedilatildeo dos meios entre as fraccedilotildees que estaratildeo em Ap Pccedil Man as

que estaratildeo em Ap Fraccedilotildees de Guarani poderatildeo receber Pnt P Bre de menor

classe Ou seja poderatildeo haver Pnt P Bre de classes diferentes Todavia eacute

interessante que a VBL Pnt tenha capacidade de lanccedilar a de maior classe

4 Elas jaacute possuem essa capacidade

5) Como normalmente os blindados sobre lagartas possuem uma capacidade de

transportar pontes mais pesadas em relaccedilatildeo agraves viaturas sobre rodas eacute pertinente

que as viaturas lanccediladoras de ponte sejam sobre rodas mesmo que inviabilize a

transposiccedilatildeo de meios sobre lagartas

( ) Concordo totalmente

( ) Concordo parcialmente

( ) Discordo

( ) Discordo plenamente

127

Comentaacuterio das opiniotildees

1 A classe da ponte transportada pela Vtr que deve se adequar agraves

necessidades da Bda Acredito que a Pnt transportada pela Vtr sobre rodas

deve ter capacidade de transposiccedilatildeo de meios sobre lagartas

2 Uma Brigada Mecanizada possui meios SR e SL Logo um BE Cmb Mec

deve possuir meios SR e SL

3 As VBLPnt sobre lagartas devem ser utilizadas para Bda Bld As VBLPnt

sobre rodas devem ser utilizadas para as Bda Mec

4 Acredito que existam VBEL Pnt sobre rodas que tenha capacidade de

transportar Pnt com Classe para blindados sobre lagartas Um detalhe que

deve ser levado em consideraccedilatildeo eacute o seguinte num combate de velocidade e

manobra realizado por uma fraccedilatildeo que utilize Vtr Bld SL a VBL Pnt

conseguiraacute acompanhar o mesmo movimento ou alguns Obt do terreno faratildeo

ela ficar pelo caminho Por isso eacute vaacutelido raciocinar que numa Bda que possui

elementos de Man SL e SR a engenharia Orgacircnica tambem deva ter essa

caracteriacutestica Assim eacute vaacutelido pensar que nesse BECmbMec deva existir no

miacutenimo uma Fraccedilatildeo E Cmb Bld (SL)

5 O apoio da engenharia ao combate deve ser inexoraacutevel podendo o Batalhatildeo

possuir os dois tipos de Vtr Lccedil Pnt sobe rodas e sobre lagartas

128

D ndash SUGESTOtildeES

6) Eacute mais adequado que o apoio de engenharia a uma Bda C Mec seja realizado por

um batalhatildeo a duas companhias de quatro pelototildees sendo uma das Cia E Cmb

dotada de Viaturas Blindadas Especiais sobre lagartas mais capacitada a apoiar o

RCB e uma Cia E Cmb dotada de Viaturas Blindadas Especiais sobre rodas mais

capacitada a apoiar os RC Mec

( ) Concordo totalmente

( ) Concordo parcialmente

( ) Discordo

( ) Discordo plenamente

Comentaacuterios das opiniotildees

1 Natildeo vejo necessidade dessa especializaccedilatildeo das Cia Acredito que elas

devem ter as mesmas capacidades e estar aptas a transpor qualquer tipo de

tropa da Bda C Mec

2 Conforme comentaacuterio anterior

3 Como jaacute apresentei seria mais interessante no miacutenimo 01 CiaECmbBld em

Ap RCB e 02 CiaECmbMec em Ap aos 2 RCMec

129

4 Eacute mais adequado que o apoio de engenharia a uma Bda C Mec seja realizado

por um Batalhatildeo a 3 Companhias de 3 Pelototildees sendo uma Cia E Cmb

dotada de Viaturas Blindadas Especiais sobre lagartas mais capacitada a

apoiar o RCB e duas Cia E Cmb dotadas de Viaturas Blindadas Especiais

sobre rodas mais capacitadas a apoiar os RC Mec

7) Contrariando o item anterior eacute mais pertinente afirmar que o apoio de engenharia

a uma Bda C Mec seraacute mais adequado se for realizado por um batalhatildeo a duas

companhias com quatro pelototildees cada dotadas de Viaturas Blindadas Especiais

sobre lagartas atendendo assim tanto os RCB quanto os RC Mec

( ) Concordo totalmente

( ) Concordo parcialmente

( ) Discordo

( ) Discordo plenamente

Comentaacuterios das opiniotildees

1 Sou favoraacutevel que cada Cia E Cmb tenha uma natureza especiacutefica o que

economiza meios e facilita o planejamento

130

2 Considero natildeo viaacutevel esta alternativa embora seja melhor A situaccedilatildeo do Paiacutes

natildeo favorece estas mudanccedilas

3 Semelhante ao exposto no item 5 um Ap Eng SL a uma fraccedilatildeo C Mec em

situaccedilatildeo de deslocamentos sobre eixos pavimentados ou natildeo poderaacute ser

retardado em relaccedilatildeo aacute velocidade alcanccedilada pelas Vtr SR Aleacutem disso o

valor Nec para custeio para Mnt de Vtr SL eacute bem maior

4 Eacute pertinente afirmar que o apoio de engenharia a uma Bda C Mec seraacute mais

adequado se for realizado por um Batalhatildeo a 3 Companhias com 3 Pelototildees

cada sendo uma Cia E Cmb dotada de Viaturas Blindadas Especiais sobre

lagartas mais capacitada a apoiar o RCB e duas Cia E Cmb dotadas de

Viaturas Blindadas Especiais sobre Rodas mais capacitadas a apoiar os RC

Mec

5 Lembre-se que a Cia poderaacute solicitar apoio agrave ED Para a realidade do nosso

Exeacutercito uma Cia E bem equipada cumpriria sua missatildeo

131

APEcircNDICE C ndash QUESTIONAacuteRIO DESTINADO AOS MILITARES DE

ENGENHARIA COM CURSO DE COMANDANTE DE SUBUNIDADE NA

ALEMANHA OU ESTADOS UNIDOS

O presente questionaacuterio eacute parte integrante da Dissertaccedilatildeo de Mestrado em Ciecircncias

Militares da Escola de Aperfeiccediloamento de Oficiais (EsAO) cujo tema eacute A

ENGENHARIA DE COMBATE DA BRIGADA DE CAVALARIA MECANIZADA

UMA SUGESTAtildeO DE ADEQUACcedilAtildeO DO APOIO PRESTADO AOS ELEMENTOS

EMPREGADOS EM PRIMEIRO ESCALAtildeO NAS OPERACcedilOtildeES OFENSIVAS

desenvolvida pelo Cap Saulo dos Santos Marques da Arma de Engenharia

cursando a EsAO e que possui como orientador o Cel ANDREacute CEZAR SIQUEIRA

instrutor desse Estabelecimento de Ensino

O trabalho em desenvolvimento tem por objetivo analisar as capacidades da

Companhia de Engenharia de Combate Mecanizada (Cia E Cmb Mec) agrave luz da

doutrina vigente e dos novos Mateirais de Emprego Militar (MEM) os quais satildeo

partes importantes da determinaccedilatildeo das capacidades das tropas (DOAMEPI)

Para que esta meta seja alcanccedilada a sua especializaccedilatildeo e experiecircncia

do senhor que realizou o curso de comandante de subunidade de engenharia

nos EUA ou Alemanha eacute fundamental

Solicito-vos para que em cada questatildeo marque a alternativa que melhor

corresponda agrave sua visatildeo e experiecircncia vivida com o tema ou em atividades dessa

natureza Caso possua conhecimentos complementares sobre cada pergunta ou

opiniotildees divergentes das opccedilotildees apresentadas o senhor poderaacute transcrever nos

espaccedilos descrito como Comente sua opiniatildeo

Outrossim informo-vos que seratildeo necessaacuterios apenas 05 (cinco) minutos

para responder o presente questionaacuterio e que natildeo haveraacute divulgaccedilatildeo de dados

pessoais sendo os resultados de caraacuteter quantitativo e qualitativo representados

por grupos de acordo com o universo ora abordado

Desde jaacute sou grato pela atenccedilatildeo e participaccedilatildeo

Com os melhores cumprimentos

Saulo dos Santos Marques - Cap Eng

132

A ndash VBE SOBRE LAGARTAS OU SOBRE RODAS

Figura 1 - Viatura Fennek

Figura 2 - Viatura Dingo

Figura 3 - VBE de dispersatildeo de minas

133

1) As brigadas blindadas alematildes possuem batalhotildees de reconhecimento os quais

satildeo dotados de viaturas Fennek (Foto 1) Os pelototildees de engenharia dessa brigada

utiliza as VBTP Dingo (Foto 2) e ainda assim emprega Viaturas Blindadas

Especiais sobre lagartas como a disseminadora de minas (Foto 3) a viatura para

abertura de brecha em campo minado (Keiler) e o Dachs (nossa VBE Eng) As

viaturas Dingo e Fennek possuem velocidade superior agraves viaturas especiais que as

apoiam e isso natildeo prejudica as operaccedilotildees do batalhatildeo ou da brigada As Bda C

Mec que possuem as viaturas Guarani (nos R C Mec) e as viaturas Leopard ou M

60 (nos RCB) podem adotar a mesma soluccedilatildeo adotada pela Alemanha

empregando as VBE sobre lagartas para o apoio aos Regimentos da Bda C Mec

( ) Concordo totalmente

( ) Concordo parcialmente

( ) Discordo

( ) Discordo plenamente

Comentaacuterios das opiniotildees

1 Concordo parcialmente pois sou partidaacuterio do emprego da Unidade como um

todo Desta feita as Vtr desta unidade precisam ter as mesmas

caracteriacutesticas ou seja todas SR ou todas SL Os RCB componentes da Bda

C Mec satildeo formados por dois Esqd Fuz (dotados de M 113) e dois Esqd CC

(dotados de Leopard) desta forma atendendo a premissa de que todas as Vtr

134

desta OM possuem a mesma caracteriacutestica de traccedilatildeo Nesta situaccedilatildeo

acredito que a situaccedilatildeo ideal seraacute que ela possua VBC Eng SR para Ap os

RC Mec e VBC Eng SL para Ap o RCB

2 A Bda C Mec eacute apta a atuar em operaccedilotildees ofensivas a perda de velocidade

nesse tipo de operaccedilatildeo eacute natural ao se deparar com obstaacuteculos E eacute nesse

contexto que as Vtr Eng satildeo empregadas Dessa maneira natildeo vejo restriccedilatildeo

em usar meios SL para a Bda C Mec Ademais as VBE Eng SL possuem

maior potecircncia para a remoccedilatildeo de obstaacuteculos sendo mais eficientes e

poupando tempo nessa atividade o que pode se tornar uma dificuldade para

VBE Eng SR

3 As Bda Inf Mec e C Mec tem como caracteriacutestica a velocidade de seus meios

O emprego de Vtr mais lentas natildeo apenas pela engenharia mas pelos seus

demais Elm de apoio resultaria em fator limitador para as operaccedilotildees

4 Primeiramente para realizar a comparaccedilatildeo eacute necessaacuterio compreender a

constituiccedilatildeo das Bda Mec e Bld alematildes bem como quais as missotildees

destinadas a esse tipo de GU Acredito que e as Vtr Dingo natildeo sejam as

uacutenicas Vtr utilizadas pela Bda em questatildeo Considerando as Vtr empregadas

pelas fraccedilotildees que devem Rlz a accedilatildeo principal devemos considerar a mesma

natureza de mobilidade e proteccedilatildeo blindada para o apoio de engenharia

2) Complementando o item anterior para o emprego junto aos R C Mec e RCB os

Pel E Cmb devem ser transportados por VBTP respectivamente sobre rodas

(Guarani) e sobre lagartas (M113) por natildeo haver a necessidade de trabalho dessas

viaturas apenas de acompanhamento das peccedilas de manobra atraveacutes campo eou

estrada

( ) Concordo totalmente

( ) Concordo parcialmente

( ) Discordo

( ) Discordo plenamente

135

Comentaacuterios das opiniotildees

1 Concordo deste que seja atendida o preacute requisito do item anterior ou seja

que a Eng desta Bda possua VBC Eng tanto SR quanto SL

2 O transporte dos Elm Eng seratildeo nesse caso adequados para o tipo de tropa

apoiada

3 Deve ser verificada a necessidade de transporte de outros materiais

(ferramentas) para o emprego do Pel E Cmb Nesse caso eacute possiacutevel admitir

uma variante dos modelos do veiacuteculos

B ndash CAPACIDADE DE ACOMPANHAMENTO DAS OPERACcedilOtildeES DA BDA C MEC

3) As viaturas especiais sobre lagartas possuem grande potecircncia de trabalho e

capacidade de trafegabilidade atraveacutes campo suprindo a necessidade de

mobilidade das tropas blindadas Em comparaccedilatildeo agraves viaturas sobre rodas a

princiacutepio as viaturas sobre lagartas tem melhores desempenho A VBE Eng Leopard

1 BR por exemplo realiza trabalhos de OT destacando-se a construccedilatildeo de fosso

AC confecccedilatildeo de espaldotildees agravamento e melhoria de margem aleacutem de resgate

elevaccedilatildeo de carga e demoliccedilatildeo entre outros Uma preocupaccedilatildeo com seu emprego

junto agraves unidades mecanizadas eacute sua baixa velocidade quando comparada a das

viaturas sobre rodas No que tange a esse criteacuterio eacute possiacutevel afirmar que nas

136

operaccedilotildees ofensivas que as Bda C Mec realizam natildeo eacute desenvolvida velocidade

superior a 60 kmh natildeo sendo portanto uma restriccedilatildeo ao emprego das VBE sobre

lagartas ao R C Mec

( ) Concordo totalmente

( ) Concordo parcialmente

( ) Discordo

( ) Discordo plenamente

Comentaacuterios das opiniotildees

1 Concordo parcialmente pois acho muito arriscado vocecirc considerar como

verdade absoluta que natildeo haveraacute velocidade superior a 60 kmh em uma Op

Ofensiva Acredito que a velocidade meacutedia da operaccedilatildeo realmente natildeo seraacute

superior a 60 kmh mas em alguns trechos acredito que a velocidade

necessaacuteria para manter a impulsatildeo da Op poderaacute ser superior a 60 kmh

Aleacutem disso natildeo eacute somente uma questatildeo de velocidade mas tambeacutem das

caracteriacutesticas de terreno que elas iratildeo operar Por exemplo natildeo eacute ideal que

uma Vtr SL progrida sobre o asfalto

2 Reitero o abordado no item 1 em que a Bda C Mec eacute apta a atuar em

operaccedilotildees ofensivas a perda de velocidade nesse tipo de operaccedilatildeo eacute natural

ao se deparar com obstaacuteculos E eacute nesse contexto que as Vtr Eng satildeo

137

empregadas Dessa maneira natildeo vejo restriccedilatildeo em usar meios SL para a Bda

C Mec Ademais as VBE Eng SL possuem maior potecircncia para a remoccedilatildeo de

obstaacuteculos sendo mais eficientes e poupando tempo nessa atividade o que

pode se tornar uma dificuldade para VBE Eng SR

3 A mobilidade da tropa natildeo pode levar em conta apenas a velocidade de

deslocamento Uma VBE Eng Leopard possui Classe 45 enquanto os

Guarani apenas Cl 20 O emprego em conjunto dos dois meios traz consigo a

necessidade de meios de Tva como Pnt P Bre Prtd etc com maior

capacidade de suporte apenas para atender uma pequena parcela das Vtr da

Bda uma vez que a dotaccedilatildeo prevista para o BE Cmb Mec atualmente eacute de 6

VBE Eng e 4 VBE L Pnt

4 Eacute necessaacuterio que o apoio agrave manobra possua a mesma mobilidade A Manobra

natildeo pode ser regulada pela limitaccedilatildeo das peccedilas de apoio

C ndash SOLUCcedilAtildeO LOGIacuteSTICA

4) O Estados Unidos possui viaturas especiais sobre rodas incluindo uma viatura

que lanccedila ponte de classe 50 Essas viaturas apoiam as Brigadas Stryker que

empregam os elementos de primeiro escalatildeo em sua normalidade com viaturas

Stryker (viaturas sobre rodas) Semelhante ao emprego dos R C Mec o emprego

das viaturas Stryker eacute predominantemente sobre estradas excetuando-se quando o

terreno permite como no Iraque No Brasil as Bda C Mec possuem as viaturas

Guarani (R C Mec) e Leopard (RCB) que atua em terreno que apresenta grandes

limitaccedilotildees quando comparado com o solo do Iraque Considerando que o apoio a

uma Bda C Mec seja realizado por um BE Cmb onde uma Cia E Cmb apoiaria o

RCB e duas Cia E Cmb apoiariam os R C Mec o emprego das VBE sobre lagartas

por todas as SU impactaria positivamente na logiacutestica da Unidade

( ) Concordo totalmente

( ) Concordo parcialmente

( ) Discordo

( ) Discordo plenamente

138

V

Comentaacuterios das opiniotildees

1 Concordo que seria positivo para a funccedilatildeo de Cmb Log mas seria prejudicial

para a funccedilatildeo Cmb Man e Mov pois as tropas SR teriam que ser Ap em

algumas situaccedilotildees por Vtr SL

2 Natildeo obstante as vantagens logiacutesticas visualizadas como a menor diversidade

de meios habilitaccedilatildeo de pessoal e estruturas fiacutesicas a adoccedilatildeo de ambos os

meios SR e SL concede maior flexibilidade para o apoio de Eng Permitindo

ao Cmt BE Cmb Mec alocar os meios SR e SL de acordo com a necessidade

natureza da missatildeo e tipo de tropa apoiada

3 O emprego de Vtr especializadas de Eng permite um melhor apoio aos Elm

manobra mas esse apoio seria adequado tambeacutem com o emprego de Vtr SR

4 Para poder proceder a comparaccedilatildeo eacute necessaacuterio realizar os mesmos fatores

de comparaccedilatildeo As Bda Stryker no exeacutercito dos EUA eacute uma brigada de

infantaria Mec A Bda C Mec do Brasil eacute de cavalaria A principal diferenccedila

entre essas Bda eacute o tipo de missatildeo a ser realizada por cada uma e por

consequecircncia pode haver variaccedilatildeo no tipo de Vtr Normalmente os RCB e os

RC Mec formam uma FT e dessa forma o apoio de engenharia seraacute definido

139

pela missatildeo Cabe ressaltar que as Bda C Mec possuem 01 Cia E Cmb Mec

portanto o apoio aos Regimentos deveraacute ser realizado pelos Pel E Cmb Mec

D ndash CONSTITUICcedilAtildeO DO BE CMB

5) Ainda considerando que um BE Cmb apoie uma Bda C Mec o batalhatildeo de

engenharia deveria ser a 3 Cia E Cmb com 4 Pel E cada Desta forma 2 Cia Mec

apoiariam os 2 R C Mec e a Cia Bld apoiaria o RCB conseguindo ainda realizar os

trabalhos de apoio ao conjunto

( ) Concordo totalmente

( ) Concordo parcialmente

( ) Discordo

( ) Discordo plenamente

Comentaacuterios das opiniotildees

1 Acredito que seria uma situaccedilatildeo muito boa a que vocecirc levantou mas acredito

que um BE Cmb a 2 Cia E Cmb sendo uma delas com vocaccedilatildeo blindada

(para Ap o RCB) e a outra com vocaccedilatildeo Mec (para apoiar os RC Mec) seriam

o suficiente para prestar o Ap Eng agrave Bda C Mec

140

2 Os BE Cmb de Bda doutrinariamente possuem natureza uacutenica satildeo Mec ou

Bld Aleacutem disso a dosagem miacutenima de apoio serve como uma referecircncia

inicial podendo a mesma ser aumentada em funccedilatildeo da missatildeo a

desempenhar e a necessidade de apoio de Eng

3 As Bda Bld possuem maior poder de choque e possuem apenas 1 Btl E Cmb

(com 2 SU x 4 Pelototildees cada = 8 Pel E Cmb) A Bda C Mec teria 12 Pel E

Cmb Para o estudo da dosagem de engenharia para as missotildees da Bda eacute

necessaacuterio verificar a dosagem miacutenima do apoio de engenharia que eacute de 01

Pel E por Btl Nesse caso um regimento estaria recebendo 4 Pel E Cmb Esse

aumento de efetivo e de dosagem iria impactar consideravelmente a

necessidade de Vtr especializadas e em consequecircncia os custos para essa

mobilizaccedilatildeo

E ndash MEIOS DO BE CMB

6) O exeacutercito dos EUA prevecirc para as Operaccedilotildees de Abertura de Passagem a

proporccedilatildeo miacutenima de 50 de meios em reserva para assegurar a continuidade da

operaccedilatildeo no caso de perda de uma das viaturas Isso significa que para a abertura

de duas passagens simultaneamente seratildeo empregadas 2 VBE para abertura e 1

VBE ficaraacute em reserva De acordo com o item anterior a dotaccedilatildeo orgacircnica por tipo

de VBE deve ser na proporccedilatildeo de trecircs por Cia E a fim de apoiar cada regimento

Com isso o BE Cmb deve ter a dotaccedilatildeo de 9 VBE Eng 9 VBEL Pnt com total de 18

pontes 9 VBE rolo 9 VBE arado com carga linear explosiva (CLE) tipo MICLIC

com 2 cargas por viatura e 9 VBE lanccediladora de feixe de tubos

( ) Concordo totalmente

( ) Concordo parcialmente

( ) Discordo

( ) Discordo plenamente

141

Comentaacuterios das opiniotildees

1 Deve-se observar nesse caso natildeo somente a quantidade de elementos de

manobra a apoiar mas tmbeacutem a capacidade maacutexima de zonas de accedilatildeo em

que a Bda C Mec eacute capaz de se desdobrar Por exemplo uma Bda Bld pode-

se desdobrar em ateacute 05 zonas de accedilatildeo observadas as suas capacidades

maacuteximas de comando e controle (04 FT U e 01 FT SU) A partir desse

levantamento pode-se traccedilar melhor as necessidades totais de meios de Eng

para apoio inclusive com os meios reservas

2 Para realizar a comparaccedilatildeo se faz necessaacuterio saber quantas Vtr por tipo os

batalhotildees de engenharia do exeacutercito americano possuem Natildeo haacute a

necessidade de uma Vtr apenas para o rolo Esse pode ser empregado como

implemento para as Vtr da peccedila de manobra Se for possiacutevel utilizar o exeacutercito

americano como um modelo (uma ideia) seria interessante ter uma Vtr

especializada de engenharia como os ABV que jaacute possuem o miclic e o

arado na mesma Vtr

142

APEcircNDICE D ndash QUESTIONAacuteRIO DESTINADO INSTRUTORES DO CENTRO DE

INSTRUCcedilAtildeO DE BLINDADOS COM CURSO DE COMANDANTE DE

SUBUNIDADE NA ALEMANHA OU ESTADOS UNIDOS

O presente questionaacuterio eacute parte integrante da Dissertaccedilatildeo de Mestrado em Ciecircncias

Militares da Escola de Aperfeiccediloamento de Oficiais (EsAO) cujo tema eacute A

ENGENHARIA DE COMBATE DA BRIGADA DE CAVALARIA MECANIZADA

UMA SUGESTAtildeO DE ADEQUACcedilAtildeO DO APOIO PRESTADO AOS ELEMENTOS

EMPREGADOS EM PRIMEIRO ESCALAtildeO NAS OPERACcedilOtildeES OFENSIVAS

desenvolvida pelo Cap Saulo dos Santos Marques da Arma de Engenharia

cursando a EsAO e que possui como orientador o Cel ANDREacute CEZAR SIQUEIRA

instrutor desse Estabelecimento de Ensino

O trabalho em desenvolvimento tem por objetivo analisar as capacidades da

Companhia de Engenharia de Combate Mecanizada (Cia E Cmb Mec) agrave luz da

doutrina vigente e dos novos Mateirais de Emprego Militar (MEM) os quais satildeo

partes importantes da determinaccedilatildeo das capacidades das tropas (DOAMEPI)

Para que esta meta seja alcanccedilada a sua especializaccedilatildeo e experiecircncia

do senhor que eacute instrutor do Centro de Instruccedilatildeo de Blindados e realizou o

curso de comandante de subunidade nos EUA ou Alemanha eacute fundamental

Solicito-vos para que em cada questatildeo marque a alternativa que melhor

corresponda agrave sua visatildeo e experiecircncia vivida com o tema ou em atividades dessa

natureza Caso possua conhecimentos complementares sobre cada pergunta ou

opiniotildees divergentes das opccedilotildees apresentadas o senhor poderaacute transcrever nos

espaccedilos descrito como Comente sua opiniatildeo

Outrossim informo-vos que seratildeo necessaacuterios apenas 05 (cinco) minutos

para responder o presente questionaacuterio e que natildeo haveraacute divulgaccedilatildeo de dados

pessoais sendo os resultados de caraacuteter quantitativo e qualitativo representados

por grupos de acordo com o universo ora abordado

Desde jaacute sou grato pela atenccedilatildeo e participaccedilatildeo

Com os melhores cumprimentos

Saulo dos Santos Marques - Cap Eng

143

A ndash VBE SOBRE LAGARTAS OU SOBRE RODAS

Figura 1 - Viatura Fennek

Figura 2 - Viatura Dingo

Figura 3 - VBE de dispersatildeo de minas

144

1) As brigadas blindadas alematildes possuem batalhotildees de reconhecimento os quais

satildeo dotados de viaturas Fennek (Foto 1) Os pelototildees de engenharia dessa brigada

utiliza as VBTP Dingo (Foto 2) e ainda assim emprega Viaturas Blindadas

Especiais sobre lagartas como a disseminadora de minas (Foto 3) a viatura para

abertura de brecha em campo minado (Keiler) e o Dachs (nossa VBE Eng) As

viaturas Dingo e Fennek possuem velocidade superior agraves viaturas especiais que as

apoiam e isso natildeo prejudica as operaccedilotildees do batalhatildeo ou da brigada As Bda C

Mec que possuem as viaturas Guarani (nos R C Mec) e as viaturas Leopard ou M

60 (nos RCB) podem adotar a mesma soluccedilatildeo adotada pela Alemanha

empregando as VBE sobre lagartas para o apoio aos Regimentos da Bda C Mec

( ) Concordo totalmente

( ) Concordo parcialmente

( ) Discordo

( ) Discordo plenamente

Comentaacuterios das opiniotildees

1 Um dos pontos baacutesicos para discussatildeo eacute a estrutura finalidade e composiccedilatildeo

de meios das Bda C Mec do EB face agraves caracteriacutesticas do combate atual e

do futuro Dotar as Bda C Mec com novos meios eacute importante poreacutem a

reestruturaccedilatildeo dessas brigdas deveria preceder agraves inovaccedilotildees no seu material

145

2) Complementando o item anterior para o emprego junto aos R C Mec e RCB os

Pel E Cmb devem ser transportados por VBTP respectivamente sobre rodas

(Guarani) e sobre lagartas (M113) por natildeo haver a necessidade de trabalho dessas

viaturas apenas de acompanhamento das peccedilas de manobra atraveacutes campo eou

estrada

( ) Concordo totalmente

( ) Concordo parcialmente

( ) Discordo

( ) Discordo plenamente

Comentaacuterios das opiniotildees

1 Vide comentaacuterio anterior

2 Dependendo da situaccedilatildeo taacutetica pode haver necessidade de utilizaccedilatildeo de

algum implemento para apoiar a mobilidade neste sentido apenas VBTP

seria insuficiente prestar o apoio sendo mais indicado a adoccedilatildeo de uma VBE

VBTP eacute a opccedilatildeo no caso de impossibilidade de se dispor de uma VBE

3 Devem ser utilizadas VBTP M113 nas duas situaccedilotildees pois a mesma oferece

maior mobilidade atraveacutes terreno

146

B ndash CAPACIDADE DE ACOMPANHAMENTO DAS OPERACcedilOtildeES DA BDA C MEC

3) As viaturas especiais sobre lagartas possuem grande potecircncia de trabalho e

capacidade de trafegabilidade atraveacutes campo suprindo a necessidade de

mobilidade das tropas blindadas Em comparaccedilatildeo agraves viaturas sobre rodas a

princiacutepio as viaturas sobre lagartas tem melhores desempenho A VBE Eng Leopard

1 BR por exemplo realiza trabalhos de OT destacando-se a construccedilatildeo de fosso

AC confecccedilatildeo de espaldotildees agravamento e melhoria de margem aleacutem de resgate

elevaccedilatildeo de carga e demoliccedilatildeo entre outros Uma preocupaccedilatildeo com seu emprego

junto agraves unidades mecanizadas eacute sua baixa velocidade quando comparada a das

viaturas sobre rodas No que tange a esse criteacuterio eacute possiacutevel afirmar que nas

operaccedilotildees ofensivas que as Bda C Mec realizam natildeo eacute desenvolvida velocidade

superior a 60 kmh natildeo sendo portanto uma restriccedilatildeo ao emprego das VBE sobre

lagartas ao R C Mec

( ) Concordo totalmente

( ) Concordo parcialmente

( ) Discordo

( ) Discordo plenamente

Comentaacuterios das opiniotildees

147

1 As Bda C Mec satildeo destinadas basicamente para as Op de Rec e Seg

podendo ser empregadas em Op OfDef e outras Nesse sentido a destinaccedilatildeo

de Vtr de apoio ao combate deveria em principio atender aos princiacutepios da

velocidade em primeiro lugar e aos princiacutepios da mobilidade Nesse sentido

eacute importante manter-se as caracteriacutesticas dos Rgt Mec dotando-os de meios

sobre rodas O emprego de Vtr sobre lagartas nos RCMec deve ser portanto

judiciosamente aquilatado

2 Existe a necessidade de uma anaacutelise mais profunda para a retirada desse tipo

de conclusatildeo

C ndash SOLUCcedilAtildeO LOGIacuteSTICA

4) O Estados Unidos possui viaturas especiais sobre rodas incluindo uma viatura

que lanccedila ponte de classe 50 Essas viaturas apoiam as Brigadas Stryker que

empregam os elementos de primeiro escalatildeo em sua normalidade com viaturas

Stryker (viaturas sobre rodas) Semelhante ao emprego dos R C Mec o emprego

das viaturas Stryker eacute predominantemente sobre estradas excetuando-se quando o

terreno permite como no Iraque No Brasil as Bda C Mec possuem as viaturas

Guarani (R C Mec) e Leopard (RCB) que atua em terreno que apresenta grandes

limitaccedilotildees quando comparado com o solo do Iraque Considerando que o apoio a

uma Bda C Mec seja realizado por um BE Cmb onde uma Cia E Cmb apoiaria o

RCB e duas Cia E Cmb os R C Mec o emprego das VBE sobre lagartas por todas

as SU impactaria positivamente na logiacutestica da Unidade

( ) Concordo totalmente

( ) Concordo parcialmente

( ) Discordo

( ) Discordo plenamente

148

Comentaacuterios das opiniotildees

1 Eacute evidente que o emprego de Vtr sobre lagartas aumenta a mobilidade em

qualqer terreno da forccedila dotada desses meios mas por outro lado impacta

enormemente a cauda logiacutestica Insisto que as Bda C Mec devam manter

suas caracteriacutesticas de velocidade principalmente trafegabilidade e

mobilidade Recordo que os meios sobre roda garantem entre outras

vantagens melhores condiccedilotildees para o apoio logiacutestico Para as Bda C Mec a

velocidade eacute fundamental no cumprimento de suas missotildees baacutesicas de Rec e

Seg Penso que a mescla de meios sobre lagartas e meios sobre rodas eacute a

configuraccedilatildeo mais adequada considerando a atual constituiccedilatildeo das Bda C

Mec do EB

2 A Logiacutestica das VB SL eacute muito mais onerosa que a SR tanto em suprimentos

quanto em manutenccedilatildeo Acredito que uma Cia com meios Bld para apoiar o

RCB seja menos impactante que dotar 3 Cia com meios SL mesmo

considerando a maior diversidade de materiais nesta anaacutelise

D ndash CONSTITUICcedilAtildeO DO BE CMB

5) Ainda considerando que um BE Cmb apoie uma Bda C Mec o batalhatildeo de

engenharia deveria ser a 3 Cia E Cmb com 4 Pel E cada Desta forma 2 Cia Mec

149

apoiariam os 2 R C Mec e a Cia Bld apoiaria o RCB conseguindo ainda realizar os

trabalhos de apoio ao conjunto

( ) Concordo totalmente

( ) Concordo parcialmente

( ) Discordo

( ) Discordo plenamente

150

APEcircNDICE E ndash PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

TREINAMENTO DE TTP EM AMBIENTE VIRTUAL (TTAV) DA 3ordf BDA C MEC

O TTAV realizado na semana de 23 a 03 de agosto de 2018 consistiu no

emprego de Quadros da 3ordf Bda C Mec no treinamento de TTP em ambiente

simulado na Seccedilatildeo de Simulaccedilatildeo do Centro de Instruccedilatildeo de Blindados

Um R CMec formado pelos Quadros da Bda foi empregado em um Movimento

Retroacutegrado onde tinha por missatildeo retardar o avanccedilo de uma Bda Inf Mec Vm (meios

blindados)

Para cumprir sua missatildeo a brigada empregou Quadros do 3ordm R C Mec 7ordm R C

Mec e 12ordm R C Mec aleacutem do 25ordm GAC e da 3ordf Cia Eng Cmb Mec

O Pel E foi empregado com uma VBTP Eng M113 e um Leopard 1A5 BR com

implemento do tipo arado em reforccedilo ao Rgt ateacute o final da operaccedilatildeo

O Pel E durante a fase de planejamento realizou o estudo do terreno e

contribuiu com o planejamento de obstaacuteculos de contramobilidade e de trabalhos de

proteccedilatildeo ao longo das posiccedilotildees de retardamento

Durante a operaccedilatildeo pela presenccedila de poucos militares de engenharia o

pelotatildeo foi representado pela viatura M113 reforccedilado pela viatura Leopard com rolo

Por limitaccedilotildees do software empregado e pela necessidade de celeridade nas

posiccedilotildees de retardamento (em uma situaccedilatildeo real tal operaccedilatildeo poderia durar dias) as

accedilotildees do Pel E durante o desenrolar da operaccedilatildeo foram limitadas ao

acompanhamento do Rgt e execuccedilatildeo simulada dos trabalhos supracitadas

Ao final da missatildeo foi prevista a utilizaccedilatildeo de uma Vtr MICLIC para a bertura

de uma passagem atraveacutes do campo minado da P Def amiga poreacutem por questotildees

de tempo tal accedilatildeo natildeo foi realizada

Por fim verifica-se que o Pel E em relaccedilatildeo ao emprego de meios sobre

lagartas natildeo atrasou os deslocamentos do R CMec durante a operaccedilatildeo e cumpriu

sua missatildeo dentro do contexto de um movimento retroacutegrado

(Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 ndash C Dout ExCOTER de 31 MAI de 2016Fl 110)

MINISTEacuteRIO DA DEFESA EXEacuteRCITO BRASILEIRO

COMANDO DE OPERACcedilOtildeES TERRESTRES CENTRO DE DOUTRINA DO EXEacuteRCITO

Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 de 31 de maio de 2016

AS ESTRUTURAS DE ENGENHARIA NO TEATRO DE OPERACcedilOtildeES

IacuteNDICE DE ASSUNTOS

1 FINALIDADE02

2 OBJETIVO02

3 REFEREcircNCIAS02

4 INTRODUCcedilAtildeO02

5ORGANIZACcedilAtildeO DA ENGENHARIA02

6 A ENGENHARIA NA ZONA DE ADMINISTRACcedilAtildeO03

7 A ENGENHARIA NA ZONA DE COMBATE04

8 GERACcedilAtildeO DE FORCcedilAS06

ANEXOS

A ndash ORGANIZACcedilAtildeO DA ENGENHARIA NO TEATRO DE OPERACcedilOtildeES E

ORGANOGRAMAS DAS ESTRUTURAS BAacuteSICAS DE ENGENHARIA SEGUNDO

AS SITUACcedilOtildeES DE EMPREGO DA FORCcedilA TERRESTRE

COMPONENTE08

(Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 ndash C Dout ExCOTER de 31 MAI de 2016Fl 210)

1 FINALIDADE

Orientar a organizaccedilatildeo das estruturas de Engenharia no Teatro de Operaccedilotildees (TO)

2 OBJETIVO

Apresentar uma visatildeo atualizada das estruturas de Engenharia no TO agrave luz da Doutrina

Militar Terrestre subsidiando exploraccedilatildeo do assunto nas Escolas Militares no

planejamento e execuccedilatildeo de Exerciacutecios Militares nos planejamentos operacionais e

taacuteticos para Emprego da Forccedila Terrestre

3 REFEREcircNCIAS

____ Doutrina de Operaccedilotildees Conjuntas - MD30-M-01 2011

____ Doutrina de Logiacutestica Militar - MD42-M-02

____ Glossaacuterio das Forccedilas Armadas - MD35-G-01 2007

____ Operaccedilotildees EB20-MF-10103 2014

____ Forccedila Terrestre Componente - EB20-MC-10202 2014

____ A Forccedila Terrestre Componente nas Operaccedilotildees - EB20-MC-10-301 2014

____ Movimento e Manobra - EB20-MC-10203 2015

____ Logiacutestica - EB20-MC-10204 2014

____ Proteccedilatildeo - EB20-MC-10208 2015

____ Geoinformaccedilatildeo - EB20-MC-10209 2014

____ Doutrina Militar Terrestre - EB20-MF-10102-1 2014

____ Emprego de Engenharia - C 5-1 1999

4 INTRODUCcedilAtildeO

41 A Doutrina do Exeacutercito Brasileiro em particular a doutrina de emprego da Arma de

Engenharia vive em constante evoluccedilatildeo requerendo atualizaccedilotildees perioacutedicas em funccedilatildeo

da introduccedilatildeo de novos conceitos novos equipamentos e mesmo da observaccedilatildeo do

emprego da Arma nos mais variados conflitos

42 A recente ediccedilatildeo de uma nova seacuterie de manuais doutrinaacuterios tanto pelo Ministeacuterio da

Defesa (MD) quanto pelo Estado-Maior do Exeacutercito (EME) indicou a necessidade de uma

atualizaccedilatildeo do Manual de Campanha C 5-1 (Emprego de Engenharia ediccedilatildeo de 1999)

5 ORGANIZACcedilAtildeO DA ENGENHARIA

51 Uma vez que a Engenharia exerce sua atividade sobre um fator sempre presente - o

terreno - deve haver em cada escalatildeo uma Engenharia capaz de modificar as condiccedilotildees

do mesmo de acordo com a manobra adotada

(Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 ndash C Dout ExCOTER de 31 MAI de 2016Fl 310)

52 A organizaccedilatildeo da Engenharia tem por base a centralizaccedilatildeo dos meios nos escalotildees

mais elevados permitindo que os mesmos possam suprir as deficiecircncias de Engenharia

dos escalotildees subordinados em face das necessidades especiacuteficas de cada situaccedilatildeo e

ainda atender ao apoio em profundidade de modo a liberar os escalotildees subordinados de

encargos na retaguarda

53 Uma accedilatildeo coordenadora do escalatildeo superior de engenharia sobre os escalotildees

subordinados se faz necessaacuteria e eacute realizada por meio dos canais teacutecnicos de

engenharia

54 O funcionamento adequado desses canais teacutecnicos constitui-se em dos principais

fatores para a eficiecircncia do apoio permitindo que os escalotildees subordinados possam em

tempo uacutetil articular seus meios tomar as providecircncias necessaacuterias e receber apoio

adicional do escalatildeo superior quando for o caso

55 A Engenharia eacute organizada no TO da seguinte forma Engenharia do Comando

Logiacutestico do Teatro de Operaccedilotildees (EngCLTO) Comando de Engenharia da Forccedila

Terrestre Componente (CEFTC) no caso de emprego de duas DE Engenharia

Divisionaacuteria (ED) e Engenharia de Brigada (E Bda)

56 Os escalotildees de Engenharia satildeo constituiacutedos pelos seguintes elementos de emprego

pelototildees de engenharia (Pel Eng) companhias de engenharia (Cia Eng) batalhotildees de

engenharia (Btl Eng) e grupamentos de engenharia (Gpt E) aleacutem das tropas de

engenharia especializadas

57 As tropas de engenharia especializadas oferecem capacidades diferenciadas de

engenharia em razatildeo de possuiacuterem pessoal e equipamentos especiacuteficos Quando

possuem valor igual ou menor que subunidade costumam ser chamadas genericamente

de ldquomoacutedulos especializadosrdquo

58 Satildeo exemplos de moacutedulos especializados Companhia de Engenharia de

Camuflagem Equipe de Mergulho Grupo de Construccedilatildeo Horizontal Turma de Patrimocircnio

Imobiliaacuterio etc

59 O anexo ldquoArdquo apresenta os escalonamentos da Engenharia no TO e os organogramas

das estruturas baacutesicas de Engenharia segundo as situaccedilotildees de emprego da FTC da

Doutrina Militar Terrestre

6 A ENGENHARIA NA ZONA DE ADMINISTRACcedilAtildeO

61 Na Zona de Administraccedilatildeo (ZA) encontra-se

611 uma estrutura de Engenharia que integra o Comando Logiacutestico do Teatro de

Operaccedilotildees (CLTO) denominada de EngCLTO de forma a apoiar as atividades daquele

(Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 ndash C Dout ExCOTER de 31 MAI de 2016Fl 410)

comando particularmente no planejamento e execuccedilatildeo de obras e de serviccedilos de

Engenharia

612 quando houver necessidade de se apoiar de forma mais cerrada a uma F Cte a

EngCLTO poderaacute organizar a partir dos seus meios um Grupo-Tarefa Logiacutestico de

Engenharia (GT Log Eng) que poderaacute enquadrar unidades de engenharia de combate

construccedilatildeo geoinformaccedilatildeo meio ambiente patrimocircnio imobiliaacuterio e outros

62 A EngCLTO seraacute constituiacuteda conforme as necessidades de trabalhos teacutecnicos e

atividades logiacutesticas de Engenharia O valor e a natureza da tropa dependem mais das

caracteriacutesticas da magnitude e das necessidades de desenvolvimento da infraestrutura

do ambiente operacional do que das forccedilas a serem apoiadas

63 Na ZA prioriza-se a exploraccedilatildeo dos recursos mobilizados e contratados Em

consequecircncia eacute normal a existecircncia de empresas civis especializadas e enquadradas

pela estrutura militar

64 As atividades de engenharia executadas com maior frequecircncia na ZA satildeo as de apoio

geral de engenharia englobando os trabalhos de estradas pontes instalaccedilotildees

geoinformaccedilatildeo manutenccedilatildeo e suprimento que exigem grande capacidade teacutecnica e

meios especializados nesse escalatildeo

65 Considerando o grande volume e complexidade de tarefas na ZA eacute conveniente que

as forccedilas de Engenharia integrantes da EngCLTO sejam enquadradas por

Grupamento(s) de Engenharia possuindo particularmente estruturas de Engenharia de

Construccedilatildeo de Meio Ambiente e de Patrimocircnio Imobiliaacuterio entre outras que se fizerem

necessaacuterias

7 A ENGENHARIA NA ZONA DE COMBATE

71 Na Zona de Combate (ZC) encontram-se

711 Estruturas de Engenharia da Forccedila Terrestre Componente (FTC) e de Divisatildeo (otildees)

de Exeacutercito (DE) com meios para atender agraves necessidades proacuteprias dessas estruturas e

aumentar o apoio aos escalotildees subordinados inclusive assumindo encargos nas aacutereas de

retaguarda destes de modo a liberar suas engenharias para o apoio cerrado aos

elementos de combate

712 A Engenharia orgacircnica das Brigadas com meios para atender agraves necessidades

miacutenimas e imediatas do escalatildeo e mais diretamente ligadas ao combate

72 A Engenharia da FTC

721 A FTC constitui o comando essencial para o emprego da engenharia por ser

encarregado de traduzir os aspectos da manobra do niacutevel operacional para o niacutevel taacutetico

(Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 ndash C Dout ExCOTER de 31 MAI de 2016Fl 510)

Tem assim uma visatildeo ampla do terreno e da situaccedilatildeo para poder julgar as necessidades

gerais em apoio e em trabalhos conceber o esquema geral de apoio de engenharia e

exercer efetivamente uma coordenaccedilatildeo dos escalotildees subordinados

722 O apoio de engenharia a uma FTC abrange uma diversidade de trabalhos em apoio

adicional agrave mobilidade e agrave contramobilidade dos elementos de primeiro escalatildeo Abrange

tambeacutem o apoio agrave proteccedilatildeo de tropas e instalaccedilotildees e o apoio geral de engenharia em

toda a sua aacuterea de atuaccedilatildeo

723 Uma FTC eacute estruturada para atender a um planejamento operacional especiacutefico natildeo

possuindo portanto uma organizaccedilatildeo fixa A Doutrina Militar Terrestre admite para fim

de planejamento diversos tipos de FTC cujos apoios de Engenharia seratildeo organizados

de acordo com as constituiccedilotildees destas

724 O apoio de Engenharia a uma FTC eacute coordenado por uma estrutura denominada de

Comando de Engenharia da FTC (CEFTC) a qual possui como principais elementos

operativos os grupamentos de engenharia (Gpt E) ou batalhotildees de engenharia (Btl Eng)

725 A organizaccedilatildeo e os organogramas dos diversos tipos de CEFTC satildeo apresentados

no Anexo ldquoArdquo

73 O Grupamento de Engenharia

731 O Gpt E controla coordena e supervisiona as tarefas de engenharia executadas

pelos batalhotildees e moacutedulos especializados subordinados sendo a estrutura natural para

enquadrar U e SU de Engenharia

732 Basicamente o Gpt E eacute composto pelo Cmdo EM pela Cia C Ap e por U e SU de

Engenharia Possui capacidade de enquadrar ateacute cinco batalhotildees Considera-se para fim

de planejamento que cinco moacutedulos especializados equivalem a uma U

74 A Engenharia Divisionaacuteria

741 As accedilotildees que se desenrolam no escalatildeo DE satildeo de natureza nitidamente taacutetica e

em consequecircncia sua engenharia opera em um ambiente no qual o combate eacute o

elemento preponderante

742 O apoio de Engenharia a uma DE eacute prestado por uma estrutura denominada

Engenharia Divisionaacuteria (ED)

743 Em funccedilatildeo da missatildeo da DE apoiada e da(s) hipoacutetese(s) de conflito planejada(s) a

ED pode ser organizada com constituiccedilatildeo variaacutevel desde um BE Cmb ateacute um Gpt E aleacutem

dos moacutedulos de engenharia especializados e dos reforccedilos que forem necessaacuterios

744 A ED apoia basicamente a mobilidade e a contramobilidade dos elementos de

manobra da divisatildeo Realiza tambeacutem o apoio agrave proteccedilatildeo de tropas e instalaccedilotildees e o

(Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 ndash C Dout ExCOTER de 31 MAI de 2016Fl 610)

apoio geral de engenharia em toda a zona de accedilatildeo divisionaacuteria suplementando o apoio

prestado pelas E Bda

745 O escalonamento da ED eacute apresentado no anexo A

75 A Engenharia de Brigada (E Bda)

751 A E Bda constitui o escalatildeo de engenharia mais avanccedilado na ZC Nele as

necessidades de apoio dos elementos de combate satildeo sentidas com mais intensidade o

que exige o posicionamento dos meios o mais agrave frente possiacutevel

752 Dentro da caracteriacutestica de apoio em profundidade a E Bda eacute organizada com

meios para atender agraves necessidades miacutenimas e mais imediatas da frente de combate e

realiza trabalhos sumaacuterios e raacutepidos Assim quando ocorre uma deficiecircncia de meios

em pessoal ou material a E Bda depende do apoio do escalatildeo superior de engenharia

para suplementaacute-la eou reforccedilaacute-la

753 A Engenharia de Brigada eacute composta basicamente por

7531 Um BE Cmb orgacircnico nas Brigadas Blindadas (Bda Bld) e de Infantaria

Mecanizada (Bda Inf Mec) Neste caso o BE Cmb possuiraacute duas Cia E Cmb a quatro Pel

E Cmb cada uma

7532 Uma Cia E Cmb orgacircnica nas demais brigadas Neste caso a Cia possuiraacute trecircs

Pel E Cmb

7533 A natureza das unidades de Engenharia de Combate de Brigada seraacute a mesma da

brigada apoiada

8 GERACcedilAtildeO DE FORCcedilAS

81 A Concepccedilatildeo Estrateacutegica do Exeacutercito (CEE) oferece diretrizes importantes para a

organizaccedilatildeo e destinaccedilatildeo das Forccedilas incluindo-se as tropas de Engenharia

particularmente as orgacircnicas das Brigadas em decorrecircncia das diversas Hipoacuteteses de

Emprego (HE)

82 O preparo prontidatildeo e emprego da Forccedila Terrestre satildeo regulados por meio do

Sistema Operacional Militar Terrestre (SISOMT)

83 A adjudicaccedilatildeo de meios inclusive os de Engenharia eacute proposta pelo Plano

Estrateacutegico de Emprego Conjunto das Forccedilas Armadas (PEECFA) (elaborado pelo

EMCFA) que identifica a Estrutura Militar e a composiccedilatildeo dos meios a serem

empregados A adjudicaccedilatildeo eacute confirmada e complementada pelo(s) Plano(s)

Operacional(ais) confeccionados pelos Comandos Operacionais

84 A adjudicaccedilatildeo de meios eacute de fundamental importacircncia para o processo de geraccedilatildeo de

forccedilas Normalmente as Eng Bda orgacircnicas das GU seguem o previsto para a respectiva

(Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 ndash C Dout ExCOTER de 31 MAI de 2016Fl 710)

Bda Jaacute os Gpt E existentes desde o tempo de normalidade possuem estruturas

importantes a considerar na adjudicaccedilatildeo de meios quer seja para a realizaccedilatildeo de

trabalhos na ZI (particularmente para as Op Eng Obras Militares Meio Ambiente e

Patrimocircnio) quer seja na organizaccedilatildeo ou mesmo na evoluccedilatildeo de sua estrutura para as

seguintes forccedilas EngCLTO CEFTC e ED

(Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 ndash C Dout ExCOTER de 31 MAI de 2016Fl 810)

ANEXO A - ORGANIZACcedilAtildeO DA ENGENHARIA NO TO E ORGANOGRAMAS DAS ESTRUTURAS BAacuteSICAS DE ENGENHARIA SEGUNDO AS SITUACcedilOtildeES DE EMPREGO DA FTC

1 FTC organizada com mais de um G Cmdo operativo (1ordm caso)

11 Escalonamento

Figura 1 - Exemplo de Organizaccedilatildeo da Engenharia em FTC com mais de um G Cmdo operativo

12 Organograma do CEFTC

Legenda (1) Possui Centro de Operaccedilotildees de Engenharia e poderaacute incluir estrutura de Meio

Ambiente e Patrimocircnio Imobiliaacuterio (2) Possui Nr variaacutevel de Gpt E (no miacutenimo 1) que enquadram Btl Eng e os Moacutedulos

Especializados (3) Nr variaacutevel de Moacutedulos Especializados

Figura 2 - Exemplo de organograma da CEFTC de FTC organizada com mais de um G Cmdo operativo

CEFTC

Cia C Ap Gpt E

(2) Cia Geoinformaccedilatildeo

Moacutedulos Especializados (3)

EM (1)

(Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 ndash C Dout ExCOTER de 31 MAI de 2016Fl 910)

13 Organograma de um Gpt E

Legenda

(1) Possui capacidade de enquadrar de dois a cinco Btl Eng (Cmb ou Cnst) Considera-se para fim de planejamento que cinco moacutedulos especializados equivalem a um Btl Eng

(2) Nr variaacutevel de Moacutedulos Especializados

Figura 3 - Organograma de um Grupamento de Engenharia

2 FTC organizada com mais de uma GU operativa (2ordm caso)

21 Organizaccedilatildeo

Figura 5 - Exemplo de Organizaccedilatildeo da Engenharia EM FTC com mais de um GU operativa

Gpt E

Cia C Ap Btl Eng

(1) Moacutedulos

Especializados (2)

EM

(ED)

(Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 ndash C Dout ExCOTER de 31 MAI de 2016Fl 1010)

22 Organograma do CEFTC (ED)

Legenda

(1) Possui Centro de Operaccedilotildees de Engenharia e poderaacute incluir estrutura de Meio Ambiente e Patrimocircnio Imobiliaacuterio

(2) Normalmente dois Btl Eng (Cmb ou Cnst) podendo chegar a cinco (3) Nr variaacutevel de Moacutedulos Especializados

Figura 6 - Exemplo de organograma da CEFTC de FTC organizada com mais de um G Unidade operativa

3 FTC eacute organizada com uma GU operativa (3ordm caso)

Neste caso o CEFTC (E Bda) seraacute constituiacutedo pela Unidade ou Subunidade orgacircnica

da GU podendo receber meios adicionais

PAULO RICARDO PINTO SILVA - Cel

Chefe do Centro de Doutrina do Exeacutercito

CEFTC ED

Cia C Ap Btl Eng

(2) Cia Geoinformaccedilatildeo

Moacutedulos Especializados

(3)

EM (1)

161

(Nota Complementar agrave Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 de 31 de maio de 2016Fl 16)

ANEXO B ndash NOTA COMPLEMENTAR Agrave NOTA DE COORDENACcedilAtildeO

DOUTRINAacuteRIA NR 022016

MINISTEacuteRIO DA DEFESA EXEacuteRCITO BRASILEIRO

COMANDO DE OPERACcedilOtildeES TERRESTRES

CENTRO DE DOUTRINA DO EXEacuteRCITO

Nota Complementar agrave Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 de 31 de maio de

2016

O EMPREGO DO BATALHAtildeO DE ENGENHARIA DAS BRIGADAS DE CAVALARIA

MECANIZADA

IacuteNDICE DE ASSUNTOS

1 FINALIDADE 02

2 OBJETIVO 02

3 REFEREcircNCIAS 02

4 INTRODUCcedilAtildeO 02

5 APOIO DE ENGENHARIA AgraveS BRIGADAS DE CAVALARIA

MECANIZADA 03

6 ORGANIZACcedilAtildeO DA ENGENHARIA DA BRIGADA 04

7 EMPREGO DO BATALHAtildeO 04

ANEXOS

A ndash ORGANIZACcedilAtildeO DO BE CMB ORGAcircNICO DE UMA BRIGADA DE

CAVALARIA MECANIZADA 06

162

(Nota Complementar agrave Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 de 31 de maio de 2016 Fl 26)

1 FINALIDADE

Complementar a orientaccedilatildeo do emprego da engenharia retificando as

informaccedilotildees referentes ao apoio agraves Brigadas de Cavalaria Mecanizada (Bda C

Mec)

2 OBJETIVO

Apresentar uma visatildeo atualizada da organizaccedilatildeo estrutura e emprego da

engenharia que presta apoio agraves Bda C Mec agrave luz da Doutrina Militar Terrestre

subsidiando a exploraccedilatildeo do assunto nas Escolas Militares no planejamento e

execuccedilatildeo de Exerciacutecios Militares nos planejamentos operacionais e taacuteticos para

Emprego da Forccedila Terrestre

3 REFEREcircNCIAS

____ Glossaacuterio das Forccedilas Armadas - MD35-G-01 2007

____ Operaccedilotildees EB20-MF-10103 2014

____ Movimento e Manobra - EB20-MC-10203 2015

____ Logiacutestica - EB20-MC-10204 2014

____ Proteccedilatildeo - EB20-MC-10208 2015

____ Doutrina Militar Terrestre - EB20-MF-10102-1 2014

____ Emprego de Engenharia - C 5-1 1999

____ Brigada de Cavalaria Mecanizada - C 2-30

____ Batalhatildeo de engenharia de combate - C 5-7 2001

____ O apoio de engenharia no escalatildeo brigada - C 5-10 2000

____ Regimento de Cavalaria Mecanizado - C 2-20 2002

____ Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 002 2016 ndash As estruturas de

engenharia no teatro de operaccedilotildees

4 INTRODUCcedilAtildeO

41 A desarmonia entre doutrina e emprego afasta a forccedila da possibilidade de

manutenccedilatildeo de uma efetiva capacidade A mudanccedila em um dos fatores da

doutrina exige um reajuste das demais para que se mantenha um equiliacutebrio entre

Doutrina Organizaccedilatildeo Adestramento Material Emprego Pessoal e Instruccedilatildeo

(DOAMEPI)

163

(Nota Complementar agrave Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 de 31 de maio de 2016 Fl 36)

42 O Projeto Estruturante Novo Sistema de Engenharia (PENSE) Vetor de

Transformaccedilatildeo da Engenharia no Processo de Tranformaccedilatildeo do Exeacutercito foi

concebido com a finalidade de proporcionar uma urgente recuperaccedilatildeo da

capacidade operacional no que tange agraves estruturas organizacionais

competecircncia dos recursos humanos evoluccedilatildeo doutrinaacuteria melhoria da

quantidade e qualidade do material de engenharia e gestatildeo ambiental nas

atividades militares

43 Evoluccedilotildees doutrinaacuterias e aquisiccedilotildees de materiais modernos como as Viaturas

dos Projetos Leopard e Guarani proporcionaram agraves brigadas mecanizadas e

blindadas grande poder de dissuasatildeo exigindo entretanto uma adequaccedilatildeo no

do material pessoal e doutrina da engenharia

5 APOIO DE ENGENHARIA AgraveS BRIGADAS DE CAVALARIA MECANIZADA

51 O apoio de Engenharia eacute fundamental para que as brigadas blindadas e

mecanizadas tenham capacidade de mobilidade contramobilidade e proteccedilatildeo

Uma engenharia ineficiente elimina as vantagens obtidas por fraccedilotildees dotadas de

modernas viaturas as quais tecircm sua mobilidade ditada por limitaccedilotildees impostas

pelo terreno e por restriccedilotildees determinadas pela engenharia inimiga bem como

sua defesa pelo uso exclusivo do fogo

52 Esta NCD complementa a Nota de Coordenccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 de 31

de maio de 2016 e retifica-a no que tange agrave organizaccedilatildeo da Engenharia em

apoio agraves Brigadas de Cavalaria Mecanizada a qual a mantinha como uma

subunidade

53 Dotada de trecircs Pelototildees de Engenharia de Combate (Pel E Cmb) e um

Pelotatildeo de Engenharia de Apoio (Pel E Ap) como elementos executivos e de um

Pelotatildeo de Equipagem de Assalto (Pel Eq Ass) a Subunidade de engenharia natildeo

tem capacidade de proporcionar agrave Bda C Mec mobilidade assegurar a

contramobilidade nem contribuir com sua proteccedilatildeo

54 A Brigada de Cavalaria Mecanizada pode empregar em primeiro escalatildeo ateacute

2 (dois) Regimentos de Cavalaria Mecanizada (RC Mec) e 1 (um) Regimento de

Cavalaria Blindado (RCB) os quais podem receber pelototildees em apoio direto ou

situaccedilatildeo de comando reforccedilo

164

(Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 ndash C Dout ExCOTER de 31 MAI de 2016Fl 610)

55 O Comandante da engenharia do escalatildeo Brigada entretanto natildeo restringe

sua influecircncia no combate ao apoio de Engenharia no Apoio Direto ou no Reforccedilo

aos regimentos mas emprega os demais pelototildees que estatildeo sob seu comando

no Apoio Suplementar a esses pelototildees no Apoio ao Conjunto realizado em

proveito a mais de um elemento ou agrave brigada como um todo aleacutem de manter

condiccedilotildees de apoiar a reserva quando empregada

6 ORGANIZACcedilAtildeO DA ENGENHARIA DA BRIGADA DE CAVALARIA

MECANIZADA

61 A Engenharia da brigada deve atender as necessidades miacutenimas e imediatas

do escalatildeo e mais diretamente ligadas ao combate o que para isso conta com

um Batalhatildeo de Engenharia de Combate Mecanizado (BE Cmb Mec)

62 O BE Cmb Mec estaacute organizado com uma Companhia de Engenharia de

Combate Mecanizada (Cia E Cmb Mec) uma Companhia de Engenharia de

Combate Blindado (Cia E Cmb Bld) uma Companhia de Comando e Apoio (Cia

C Ap) e uma Companhia de Equipagem de Ponte (C Eq Pnt)

63 A Companhia de Engenharia de Combate Mecanizada (Cia E Cmb Mec)

subunidade mais apta para apoiar os RC Mec e a Cia E Cmb Bld mais apta para

apoiar o RCB possuem cada uma 4 (quatro) Pelototildees de Engenharia de

Combate (Pel E Cmb) como fraccedilatildeo baacutesica de emprego junto aos regimentos

64 A Cia C Ap tem a missatildeo de prover os meios para o comando e logiacutestica do

batalhatildeo e equipamentos de engenharia para as companhias aleacutem de realizar

trabalhos teacutecnicos de manutenccedilatildeo de rede miacutenima de estrada e instalaccedilotildees

necessaacuterios agrave Bda

65 A Cia E Pnt tem a missatildeo apoiar com equipamento especializado a

transposiccedilatildeo de curso de aacutegua e de pequenas brechas no apoio agrave mobilidade e

reforccedilar as Cia E Cmb orgacircnicas do batalhatildeo com material de transposiccedilatildeo

165

(Nota Complementar agrave Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 de 31 de maio de 2016 Fl 56)

7 EMPREGO DO BATALHAtildeO

71 O comandante do Batalhatildeo de Engenharia de Combate Mecanizado

administra o emprego de suas fraccedilotildees e meios a fim de garantir o apoio agrave

mobilidade contramobilidade e proteccedilatildeo da brigada

72 Com o objetivo preciacutepuo de apoio aos elementos em primeiro escalatildeo o

comandante da engenharia da brigada simultaneamente manteacutem condiccedilotildees de

prestar apoio suplementar a esses elementos suprir as necessidades da brigada

no Apoio ao Conjunto e ficar em condiccedilotildees de apoiar a reserva quando

empregada

73 As Cia E Cmb satildeo os elementos executivos do batalhatildeo

74 Ao Cmt do BE Cmb cabe planejar o emprego de seus meios os quais devem

ser compatiacuteveis com suas possibilidades

75 Para o apoio aos elementos em primeiro escalatildeo as companhias apoiam com

pelototildees de preferecircncia de mesma natureza do elemento apoiado Cada peccedila

de manobra valor unidade empregado pela Bda recebe normalmente um

pelotatildeo Quando necessaacuterio o reforccedilo em material este deve ser solicitado ao

Cmt Btl

76 A Cia C Ap tem a missatildeo de prover os meios para comando e logiacutestica do

batalhatildeo e Viatura Blindadas Especiais sobre lagartas a fim de reforccedilar os

pelototildees em apoio aos regimentos e equipamentos de engenharia para as Cia E

Cmb

77 A Cia E Pnt tem a missatildeo de apoiar e reforccedilar as Cia E Cmb orgacircnicas na

transposiccedilatildeo de curso de aacutegua e pequenas brechas com equipamento

especializado e VBE sobre lagartas

166

(Nota Complementar agrave Nota de Coordenaccedilatildeo Doutrinaacuteria Nr 022016 de 31 de maio de 2016Fl 66)

ANEXO A - ORGANIZACcedilAtildeO DO BE CMB MEC ORGAcircNICO DE UMA BRIGADA

DE CAVALARIA MECANIZADA

1 Organograma do BE Cmb MecBda C Mec

Figura 1 ndash Exemplo de um organograma de BE Cmb Mec de Bda C Mec

TERMO DE AUTORIZACcedilAtildeO PARA PUBLICACcedilAtildeO DE TESES DISSERTACcedilOtildeES

TRABALHOS DE CONCLUSAtildeO DE CURSO E ARTIGOS CIENTIacuteFICOS ELETROcircNICOS NA

BIBLIOTECA DIGITAL DE TRABALHOS CIENTIacuteFICOS

Na qualidade de titular dos direitos de autor da publicaccedilatildeo autorizo a DESMil e a EsAO a

disponibilizarem atraveacutes de paacutegina eletrocircnica oficial do Estabelecimento de Ensino sem ressarcimento dos

direitos autorais de acordo com a Lei nordm 9610 de 19 de fevereiro de 1998 Lei de Direito Autoral o texto

integral da obra abaixo citada conforme permissotildees assinaladas para fins de leitura impressatildeo eou

download a tiacutetulo de divulgaccedilatildeo da produccedilatildeo cientifica brasileira a partir desta data

Identificaccedilatildeo do material bibliograacutefico

( ) Tese (x) Dissertaccedilatildeo ( ) Trabalho de Conclusatildeo de Curso (x) Artigo Cientiacutefico

Instituiccedilatildeo de Ensino Escola de Aperfeiccediloamento de Oficiais (EsAO)

Tiacutetulo A doutrina de Engenharia de Combate da Brigada de Cavalaria Mecanizada Uma sugestatildeo de

adequaccedilatildeo do apoio prestado aos elementos empregados em primeiro escalatildeo nas operaccedilotildees ofensivas

Autor Cap Eng Saulo dos Santos Marques

Idt033373474-7 CPF010094330-67 E-mailmarxemcasahotmailcom

Data de Defesa11 de outubro de 2018 Titulaccedilatildeo Mestrado Profissional

Curso de Poacutes-graduaccedilatildeo Engenharia Aacuterea de Concentraccedilatildeo Defesa Nacional

Palavras-chave Brigada de Cavalaria Mecanizada Companhia de Engenharia de Combate

Mecanizada Projeto Estruturante Novo Sistema de Engenharia Operaccedilatildeo de Aproveitamento do Ecircxito

Agecircncia de fomento (se for o caso)

Autoriza disponibilizar o e-mail na Base de Dados de Teses Dissertaccedilotildees Trabalhos Cientiacuteficos

e Artigos Cientiacuteficos da Biblioteca Digital de Trabalhos Cientiacuteficos

( x ) SIM ( ) NAtildeO

Informaccedilatildeo de acesso ao documento

Liberaccedilatildeo para publicaccedilatildeo (x) Total ( ) Parcial

Em caso de publicaccedilatildeo parcial especifique o(s) tiacutetulo(s) eou capiacutetulo(s) restrito(s)

Tiacutetulo(s) ________________________________________________________________________

Capiacutetulo(s) ______________________________________________________________________

A restriccedilatildeo (parcial ou total poderaacute ser mantida por ateacute um ano a partir da data de autorizaccedilatildeo da

publicaccedilatildeo) A extensatildeo deste prazo suscita justificativa ao Instituto Brasileiro de Informaccedilatildeo em Ciecircncia e

Tecnologia (IBICT) Todo o conteuacutedo resumo e metadados ficaratildeo sempre disponibilizados

Havendo concordacircncia com a publicaccedilatildeo eletrocircnica do Trabalho Cientiacutefico torna-se imprescindiacutevel o

envio do(s) seu(s) arquivo(s) em formato digital sem ser passiacutevel de modificaccedilatildeo do tipo Portable Document

Format (PDF) da Adobe Systems

________________________________________

Saulo dos Santos Marques

MINISTEacuteRIO DA DEFESA

EXEacuteRCITO BRASILEIRO

DECEx - DESMIL

ESCOLA DE APERFEICcedilOAMENTO DE OFICIAIS

(EsAO1919)

DIVISAtildeO DE ENSINO SECcedilAtildeO DE POacuteS-GRADUACcedilAtildeO

TERMO DE CESSAtildeO DE DIREITOS SOBRE TRABALHO ACADEcircMICO

TIacuteTULO DO TRABALHO

A DOUTRINA DA ENGENHARIA DE COMBATE DA BRIGADA DE CAVALARIA

MECANIZADA UMA SUGESTAtildeO DE ADEQUACcedilAtildeO DO APOIO PRESTADO AOS

ELEMENTOS EMPREGADOS EM PRIMEIRO ESCALAtildeO NAS OPERACcedilOtildeES OFENSIVAS

IDENTIFICACcedilAtildeO DO AUTOR

SAULO DOS SANTOS MARQUES ndash Cap Eng

1 Este trabalho nos termos da legislaccedilatildeo que resguarda os direitos autorais eacute considerado de minha

propriedade

2 Autorizo a Escola de Aperfeiccediloamento de Oficiais (EsAO) a utilizar meu trabalho para uso

especiacutefico no aperfeiccediloamento e evoluccedilatildeo da Forccedila Terrestre bem como a divulgaacute-lo por publicaccedilatildeo em

revista teacutecnica da Escola ou outro veiacuteculo de comunicaccedilatildeo do Exeacutercito

3 A EsAO poderaacute fornecer coacutepia do trabalho mediante ressarcimento das despesas de postagem e

reproduccedilatildeo Caso seja de natureza sigilosa a coacutepia somente seraacute fornecida se o pedido for encaminhado

por meio da Organizaccedilatildeo Militar fazendo-se a necessaacuteria anotaccedilatildeo do destino no Livro de Registro

existente na Biblioteca

4 Eacute permitida a transcriccedilatildeo parcial de trechos do trabalho para comentaacuterios e citaccedilotildees desde que sejam

transcritos os dados bibliograacuteficos dos mesmos de acordo com a legislaccedilatildeo sobre direitos autorais

5 A divulgaccedilatildeo do trabalho em outros meios natildeo pertencentes ao Exeacutercito somente pode ser feita

com a autorizaccedilatildeo do autor ou da Direccedilatildeo de Ensino da EsAO

Rio de Janeiro ___ de _________________ de ________

_______________________________________

O AUTOR

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