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ESCOLA DE APERFEiÇOAMENTO DE OFICIAIS CAP INF JOSÉ EDUARDO GONÇALVES DE SOUZA PROPOSTA DE INSTRUÇÃO PROVISÓRIA DE SOBREVIVÊNCIA NA CAATINGA: CAPíTULO DE ALIMENTOS DE ORIGEM VEGETAL Rio de Janeiro 2018

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ESCOLA DE APERFEiÇOAMENTO DE OFICIAIS

CAP INF JOSÉ EDUARDO GONÇALVES DE SOUZA

PROPOSTA DE INSTRUÇÃO PROVISÓRIA DE SOBREVIVÊNCIA NA CAATINGA: CAPíTULO DE ALIMENTOS DE ORIGEM VEGETAL

Rio de Janeiro 2018

ESCOLA DE APERFEiÇOAMENTO DE OFICIAIS

CAP INF JOSÉ EDUARDO GONÇALVES DE SOUZA

PROPOSTA DE INSTRUÇÃO PROVISÓRIA DE SOBREVIVÊNCIA NA CAATINGA: CAPíTULO DE ALIMENTOS DE ORIGEM VEGETAL

Trabalho acadêmico apresentado à Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais, como requisito para a especialização em Ciências Militares com ênfase Doutrina Militar Terrestre.

Rio de Janeiro 2018

MINISTÉRIO DA DEFESA EXÉRCITO BRASilEIRO DECEx DESMil

ESCOLA DE APERFEiÇOAMENTO DE OFICIAIS (EsAO/1919)

DIVISÃO DE ENSINO I SEÇÃO DE PÓS-GRADUAÇÃO

FOLHA DE APROVAÇÃO

I Autor: Cap Inf JOSÉ EDUARDO GONÇALVES DE SOUZA

Título: PROPOSTA DE INSTRUÇAO PROVISORIA DE SOBREVIVENCIA NA CAATINGA: CAPíTULO DE ALIMENTOS DE ORIGEM VEGETAL

Trabalho Acadêmico, apresentado à Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais, como requisito parcial para a obtenção da especialização em Ciências Militares, com ênfase em Doutrina Militar Terrestre, pós-graduação universitária lato sensu.

I APROVADO EM / !)...o II CONCEITO: MB BANCA EXAMINADORA

Menção Atribuída

VA -Ten Cel

IVAN M ACYR WEISS - Cap 1° M aro

SAMUEL SCH

ÇAlVES DE SOUZA - Cap luno

PROPOSTA DE INSTRUÇÃO PROVISÓRIA DE SOBREVIVÊNCIA NA CAATINGA: CAPíTULO DE ALIMENTOS DE ORIGEM VEGETAL

José Eduardo Gonçalves de Souza"

RESUMO

Apresentar as técnicas gerais para identificação dos vegetais próprios para o consumo humano e lista os alimentos de origem vegetal utilizados pelos habitantes da região e que podem vir a constituírem fatores primordiais em uma situação de sobrevivência em ambiente semiárido. Sua finalidade é propor um capítulo de uma proposta de instrução provisória de sobrevivência no ambiente semiárido tendo em vista padronizar os conhecimentos referentes a doutrina militar desenvolvida neste ambiente operacional propondo adaptações a fim de acompanhar a evolução da doutrina e instrução militar. Para tanto, esse artigo científico foi desenvolvido de maio de 2017 a agosto de 2018, por meio de pesquisa bibliográfica. O material colhido possibilitou mapear o conhecimento existente sobre o assunto de adestramento e as necessidades das tropas que atuam no ambiente se miá rido para cumprir a missão em questão, relacionando-os às percepções obtidas por meio dos instrumentos empregados.

Atua na preocupação de se atualizar a dinâmica de preparação das tropas militares do Exército Brasileiro no ambiente semiárido para conduzirem operações neste ambiente específico. Na conclusão, a hipótese de trabalho é ratificada, enfatizando a necessidade de padronizar os conhecimentos referentes às técnicas de sobrevivência em ambiente semiárido tendo em vista a publicação de uma instrução provisória de técnicas de sobrevivência em ambiente semiárido.

Palavras-chave: Sobrevivência. Ambiente Semiárido. Processo de Adestramento.

ABSTRACT

To show lhe general techniques for ídentiflCation of the plants suítable for human consumption and ists the foods of vegetal origín used by the people and Ihat may constitute primary fadors in a siluation of survival in a seni-arid environmenl Hs purpose ís to propose a chapter of lhe survival manual ín the semí-aríd environment in order to standardíze lhe knowledge regarding the rrilitary docbine developed ín Ihís operatíonal environment proposing adaptations in arder to folow the evokdíon of docIríne and nilitary ínstruction.

Therefore, thís scíentiflC ar1icIe was developed from May 2017 to August 2018, through bibIíographic research. lhe material colected permíted to map the exístíng knowIedge about the subject of trcJiníng and lhe needs of the troops M)tking in the semí­ aríd environment to fulfill the nissíon ín question, relatíng them to the perceptions obtaíned by instruments. It acIs to update the dynanics of preparation ot the Braziían Army's níitary troops ín the seni-aríd environment to condud operalions ín thís specífic envímnment In condusíon. the hypothesís ot MWk ís ratfied. eqJhasízíng lhe need to standardíze lhe knowledge regardíng survival techníques ín the seni-arid environment ín order to publísh provisory instructíon of survíval tedv1íques in the semí-aríd environment

Keywords: Survival. Seníarid Environment. Traíníng process.

lCapitão de Infantaria da turma de 2008. Pós-Graduando em Operações Militares pela Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais em 2018. Realizou o Curso Básico Pára­ quedista e o Curso de Operações na Selva Categoria B em 2009.

1 INTRODUÇÃO

Rachei de Queiroz - O Quinze

o registro de secas no Brasil data do início do século XVII, principalmente

no ambiente semiárido brasileiro. Detentor do único ecossistema exclusivamente

brasileiro, a Caatinga, o semiárido brasileiro destaca-se pela biodiversidade,

heterogeneidade e endemismo das espécies ali presentes.

O povo que habita esta região, algumas vezes nômade, movido pela seca

que imprevisivelmente assola o sertão, em períodos cada vez mais frequentes e

duradouros, especializou-se em sobreviver neste ambiente inóspito. Podemos

encontrar referência a esta habilidade em diversos autores consagrados de

nossa literatura, do qual destaco Graciliano Ramos:

"As manchas dos juazeiros tornaram a aparecer, Fabiano aligeirou o

passo, esqueceu a fome, a canseira e os ferimentos. As alpercatas dele estavam

gastas nos saltos, e a embira tinha-lhe aberto entre os dedos rachaduras muito

dolorosas. Os calcanhares, duros como cascos, gretavam-se e sangravam. Num

cotovelo do caminho avistou um canto de cerca, encheu-o a esperança de achar

comida, sentiu desejo de cantar. A voz saiu-lhe rouca, medonha. Calou-se para

não estragar força. "

Graciliano Ramos - Vidas Secas

Outra escritora que se notabilizou por focar a realidade deste povo

aguerrido e altamente perspicaz nas técnicas de sobrevivência no ambiente

semiárido foi a escritora Rachei de Queiroz, da qual destaco o trecho de "O

Quinze", sua obra prima:

"E se não fosse uma raiz de mucunã arrancada aqui e além, ou alguma

batata-brava que a seca ensina a comer, teriam ficado todos pelo caminho,

nessas estradas de barro ruivo, semeado de pedras, por onde eles trotavam

trôpegos, se arrastando e gemendo".

Para que o combatente consiga operar num ambiente tão singular é

necessário um planejamento específico, no qual devem ser levados em conta os

aspectos climáticos e as restrições que o ambiente impõe às tropas que venham

a atuar naquele ambiente.

Da mesma forma como ocorre em outros ambientes operacionais do nosso

país, como por exemplo a Amazônia e o Pantanal, é necessário o adestramento

dos efetivos militares de modo a habilitá-Ios para operar em todas as áreas sob

do país e, dessa forma, obter uma maior operacionalidade do combatente

individual, considerando para isso as peculiaridades de cada um destes

ambientes.

Conforme consta no site do 72° BI Mtz, tendo em vista o aperfeiçoamento

do adestramento da tropa, em 1984, uma comitiva chefiada pelo General-de­

Divisão Harry Alberto Schnardorf, Comandante da 7a RM /7a DE, veio ao 72° BI

Mtz, sediado em Petrolina-PE, para iniciar a elaboração de uma doutrina para a

formação de um combatente especializado e apto a operar no ambiente de

Caatinga.

Em 24 de fevereiro de 1985, realizou-se o primeiro Estágio de Operações

na Caatinga, com duração de uma semana, tendo como Diretor o Coronel de

Infantaria João Leitão Alencar, então comandante do 720 BI Mtz. A turma

pioneira teve como concludentes 20 oficiais do Comando Militar do Nordeste

(CMNE).

O trabalho é pautado pela necessidade de padronização dos

conhecimentos colhidos durante o período em que vem sendo ministrado o

Estágio Básico de Operações na Caatinga. Conhecimentos estes compilados

durante todo este período através de pesquisas e colaborações muitas vezes

anônimas do próprio povo que habita o ambiente semiárido. Para isto, é

apresentada uma proposta do capítulo referente à obtenção de alimentos de

origem vegetal de uma proposta de instrução provisória de sobrevivência no

ambiente semiárido, tendo em vista divulgar a doutrina adotada neste ambiente,

e ainda, padronizar procedimentos testados e consagrados pelo conhecimento

popular e que se mostraram eficientes em situações de sobrevivência.

.. . .. somente em situações muito especiais deve ser adotada a possibilidade de conduzir operações militares e sobreviver, simultaneamente. A sobrevivência pressupõe tempo para obter e preparar alimentos e, ainda, entre outras tarefas construir abrigos. Devido as dificuldades enfrentadas, os indivíduos isolados ou em pequenos grupos estarão, normalmente, se sustentando abaixo de suas necessidades normais. Tudo isso dificulta, quando não inviabiliza, realizar marchas e combater o inimigo com eficiência"

BRASIL, IP 21-80 Sobrevivência na Selva

1.1 PROBLEMA

Nas IP 21-80, Instruções provisórias para Sobrevivência na Selva é

apresentada a importância do desenvolvimento das técnicas de Sobrevivência

naquele ambiente, além de apresentar conceitos que podem se estender aos

demais ambientes:

Neste sentido, buscando-se padronizar os conhecimentos referentes às

técnicas de Sobrevivência na Selva, foi formulado o seguinte problema:

Em que medida a publicação de uma instrução provisória de sobrevivência

no Ambiente semiárido pode contribuir na padronização doutrinária na Instrução

militar naquele ambiente, no âmbito do Exército Brasileiro?

1.2 OBJETIVO

O presente trabalho tem por finalidade padronizar os conhecimentos

referentes às técnicas de Sobrevivência no ambiente semiárido da Caatinga, no

que tange à obtenção de alimentos de origem vegetal. A fim de viabilizar a

consecução do objetivo geral de estudo apresentado, foram formulados os

objetivos específicos, abaixo relacionados, os quais permitirão o encadeamento

lógico do raciocínio descritivo apresentado neste estudo:

a. Descrever as técnicas gerais de identificação de plantas comestíveis no

ambiente semiárido;

b. Apresentar plantas nativas utilizadas na alimentação humana no

ambiente semiárido;

c. Apresentar as plantas exóticas comuns no ambiente semiárido

apropriadas ao consumo humano.

1.4 JUSTIFICATIVA

A execução do presente estudo contribuirá para que seja proposto uma

instrução provisória de Sobrevivência no ambiente semiárido e pôr fim a

padronização destes conhecimentos junto as diversas OM do Exército Brasileiro

atuantes neste ambiente operacional.

1.3 QUESTÕES DE ESTUDO

Para que se possa apresentar uma proposta concreta de um capítulo

referente à obtenção do alimento de origem vegetal no ambiente semiárido,

foram elaboradas as seguintes questões de estudo:

1. Quais são as técnicas para identificação de alimentos de origem vegetal

comestíveis?

2. Quais as plantas nativas do semiárido brasileiro são adequadas ao

consumo humano?

3. Quais as plantas exóticas, já difundidas no semiárido brasileiro são

adequadas ao consumo humano?

2 METODOLOGIA

Este capítulo tem por finalidade demonstrar os passos para solucionar o

problema de pesquisa, especificando os procedimentos necessários para obter

as informações de interesse e analisá-Ias, contemplando as referências

bibliográficas e o espaço da pesquisa, a seleção do grupo de pesquisa, o

estabelecimento de estratégias para entrada em campo, como também a

definição de instrumentos e procedimentos para análise dos dados. Desta forma,

para que se chegue a uma conclusão fiel a proposta deste trabalho, esta seção

foi dividida nos seguintes tópicos: Objeto Formal de Estudo, Amostra e

Delineamento de Pesquisa.

2.1 OBJETO FORMAL DE ESTUDO

O presente trabalho teve por finalidade padronizar os conhecimentos

existentes sobre as técnicas de sobrevivência em ambiente semiárido a fim de

propor um capítulo de uma proposta de instrução provisória de sobrevivência

neste ambiente.

Buscou-se conhecer as técnicas ensinadas nos diversos estágios

desenvolvidos pelas OM do Exército Brasileiro sediadas nesta parte do território

nacional, por meio de uma revisão bibliográfica, a qual utilizou legislações,

doutrinas, trabalhos e outros referenciais já tomados públicos em relação ao

tema "Semiárido", especialmente o realizado pelas instituições localizadas na

região do Semiárido Brasileiro, o que ofereceu subsídios para a identificação de

procedimentos, vantagens e limitações ligados à temática.

Por meio desta pesquisa bibliográfica, foram analisados os processos

utilizados pela população do semiárido, no caso, os sertanejos, para a obtenção

dos alimentos de origem vegetal, com vistas à posterior condusão quanto ao grau de contribuição destes conhedmentos para a doutrina militar.

A limitação do estudo esteve na identificação dos diversos alimentos

utilizados tradicionalmente pelo sertanejo, tendo em vista a amplitude do espaço

analisado e das características específicas de cada uma das regiões analisadas.

Por se tratar de uma pesquisa bibliográfica, sua natureza exigiu uma coleta de

dados, a partir de estudos pré-existentes, o que permitiu uma comparação entre

os diversos autores objetivando a complementação dos estudos existentes.

Quadro 1 - Delineamento de Pesquisa

2.2 DELINEAMENTO DE PESQUISA

Pesquisa Classificação Modalidade

Método De abordagem Indutivo

Tipo Quanto à natureza Aplicada

Quanto à forma de abordagem Qualitativa

Quanto ao objetivo geral Descritiva

Quanto aos procedimentos técnicos Bibliográfica

Técnica Quanto à obtenção de dados Coleta Documental

2.2.1 Procedimentos para a revisão da literatura

Para a definição de termos, redação do R eferenci ai Teórico e estruturação

de um modelo teórico de análise que viabilizasse a solução do problema de

pesquisa foi realizada uma revisão de literatura nos seguintes moldes:

a. Fontes de busca

- Manuais referentes às técnicas de Sobrevivência;

- Monografias de centros universitários;

- Estudos científicos acerca do tema, principalmente EMBRAPA;

b. Estratégia de busca para as bases eletrônicas de dados

Foram utilizados os seguintes termos descritores: "sobrevivência",

"Semiárido", "técnicas de sobrevivência"".

Após a pesquisa eletrônica, as referências bibliográficas dos estudos

considerados relevantes foram revisadas, no sentido de encontrar artigos não

localizados na referida pesquisa.

c. Critérios de inclusão:

- Estudos publicados em português, inglês ou espanhol;

- Estudos qualitativos que descrevessem as atividades de sobrevivência

nas operações militares;

- Estudos qualitativos que abordassem espécies vegetais que pudessem

ser consumidos pelo homem e que fossem endêmicos de ambientes semiáridos;

d. Critérios de exclusão:

- Estudos voltados exclusivamente à vegetais não comestíveis;

- Estudos voltados exclusivamente à outras formas de alimentação e

técnicas de sobrevivência.

2.2.2 Instrumentos

Como principal instrumento da pesquisa, foi realizada uma pesquisa

bibliográfica.

Com o objetivo de ratificar as informações colhidas por meio da revisão

literária, foram comparados diversos estudos de instituições de ensino públicas

e de estudos dentro do próprio Exército Brasileiro, acerca da importância do

assunto tratado nesta pesquisa.

2.2.3 Análise dos dados

A pesquisa realizada sofreu limitação na medida em que a área

compreendida pelo ambiente semiárido brasileiro se estende por uma vasta área

do território nacional o que aumenta as variáveis como por exemplo a existência

de diferentes espécies vegetais e de costumes alimentícios distintos entre as

diversas regiões.

"NÃO DEVEM SER CONSUMIDOS" os vegetais que forem cabeludos e

tenham sabor amargo e seiva leitosa, ou, mnemonicamente, CAL:

C - Cabeludos;

A - Amargo sabor;

L - Leitosa seiva.

OBSERVAÇÃO: Exceção será feita ao amapá, à sorva e ao abiu. n

(IP 21-80 Manual de Sobrevivência da Selva, BRASIL)

3 RESULTADOS E DISCUSSÃO

3.1 Regras para obtenção dos alimentos de origem vegetal

Fruto das experiências de cada população com a interação com seu meio

surgem diferentes formas de identificar e preparar cada alimento. Tendo em vista

este aspecto, o nativo será o guia das propostas de utilização dos recursos

naturais de determinada área. Podemos assim, explorar as possibilidades de

cada região, e catalogar as formas de utilização dos recursos vegetais

culturalmente recorrentes no ambiente semi-árido brasileiro.

A existência de um número superior a 300 mil espécies vegetais

catalogadas no mundo, a maioria comestível e a minoria fatal quando ingeri da

em pouca quantidade, nos traz um problema na padronização de um método

simples para identificar as venenosas. Seguindo-se a regra abaixo, podemos

consumir a maioria dos vegetais, sem perigo de intoxicação ou mesmo

envenenamento:

Além dessa regra geral, podemos aferir, fruto da experiência popular

referente a utilização destes alimentos algumas outras observações. Em caso

de localização de uma planta não identificada, procura-se consumir os brotos

devido a consistência mais macia e melhor sabor. Além disso, normalmente as

frutas que constituem a dieta de outros animais pode servir de alimento para o

homem. De acordo com a estação do ano e do local a incidência dos alimentos

será variável. As regiões próximas a água são mais favoráveis para a localização

de plantas comestíveis.

Outra providência importante para o consumo de alimentos de origem

vegetal é o seguinte:

" ... g. Para eliminar a toxidez de alguns vegetais basta fervê-tos durante

cinco minutos, realizando a troca de água por duas ou três vezes nesse período.

Após isto o vegetal poderá ser consumido. São exceções a esta regra os

cogumelos ... "

(IP 21-80 Manual de Sobrevivência da Selva, BRASIL)

3.2 Espécies endêmicas

3.2.1 Babaçu

o babaçu, Attalea ssp, é encontrado na região da Mata dos Cocais, a

interseção do Cerrado, Caatinga e Amazônia.

A árvore mede, por volta de 25 metros de altura, com folhas arqueadas de

aproximadamente oito metros de comprimento. Cada cacho do babaçu pode

produzir de 300 a 500 cocos. A casca do fruto é bastante dura possuindo de 3 a

5 amêndoas que são utilizadas na produção do óleo de coco do babaçu.

Outro produto é o palmito e, na fase inidal da planta, uma seiva que, é a

base para a produção de vinho quando fermentada.

O leite das amêndoas possui propriedades nutritivas bastante utilizado em

pratos regionais. A farinha, também chamada pó de babaçu, é retirada do

mesocarpo. Muito nutritiva, pode complementar a alimentação e na confecção

de bolos e mingau. Na fitoterapia é usada como anti-inflamatória e analgésica, é

rica em fibras, portanto, auxiliando no combate à prisão de ventre, obesidade e

doenças do cólon.

Figura 1 : Cacho de babaçu

Fonte: Site Saúde Dia.

3.2.2 Cajá

o cajá, Spondias mombin L, espalha-se por vários estados do nordeste

brasileiro. A planta mede aproximadamente 25 metros de altura, tem um fruto de

casca fina e de cor amarelo-laranja, com a polpa de acentuada acidez e bastante

saborosa.

Sua colheita varia por região, na Paraíba ocorre entre maio e junho e no

sudeste da Bahia de fevereiro a maio. Os frutos que caem no solo são coletados

manualmente. Uma cajazeira produz aproximadamente mil quilogramas de

frutos.

A fruta é rica em vitamina A, fibras, fósforo, ferro e cálcio. A polpa do cajá

é bastante utilizada na produção de geleias, sucos, sorvetes, compotas, licores

e sobremesas.

Figura 2: Cajá

Fonte: Site Saúde Dica.

3.2.3 Caju

O cajueiro, Anacardium occidentale L, é originário do Brasil e é pertencente

à família Anacardiaceae. A maior produção de caju está concentrada nos

estados do Ceará, Piauí, Rio Grande do Norte e Bahia.

O cajueiro adulto mede aproximadamente 10m de altura e possui copa

larga, com galhos tortuosos que tocam o solo. O tronco é tortuoso e ramificado.

As folhas apresentam coloração róseas ou verdes, dependendo da estação

climática. A incidência da planta é maior na faixa litorânea do Norte e do

Nordeste, principalmente nos dimas tropical e subtropícal.

o fruto e o pseudofruto do cajueiro são utilizados de diversas formas em

pratos regionais, na forma de sucos, doces, licores, sorvetes, vinhos, xaropes e

vinagres. A castanha-do-caju igualmente apresenta grande valor nutritivo.

Figura 3: Caju

Fonte: Site Tudo ela.

3.2.4 Camaúba

A camaúba, Copemicia prunifera, é a palmeira símbolo da região Nordeste.

A árvore de grande resistência e perenidade, foi citada por vários escritores

brasileiros em suas obras, como Mário de Andrade, José de Alencar e Euclides

da Cunha. Sua denominação provém da língua tupi e significa árvore que

arranha, o que referencia os espinhos que formam uma camada que envolve a

base do caule.

Na fase adulta a planta mede aproximadamente 15 metros de altura. O

caule da camaúba possui formato cilíndrico e retilíneo com diâmetro de

aproximadamente 15 centímetros. Os frutos são colhidos no período que vai de

novembro a março. Possuem coloração verde no início e são arroxeados quando

maduros. Podem ser aproveitados como ração animal. A polpa é utilizada na

confecção de farinha e dela é extraído um líquido leitoso. A amêndoa pode

substituir o pó de café. O processo de preparo é a torrefação e a moagem posterior.

Figura 4: Cacho de camaúba

Fonte: Site Lider Agronomia.

3.2.5 Caroá

O caroá, Neoglasiovia variegata, é um tipo de bromélia de poucas folhas,

suas flores variam em tonas avermelhados ou róseos. A origem do nome vem

do tupi kara wã, ou seja, talo com espinho. A planta resiste ao ambiente semi­

árido e é típica das áreas de Caatinga. O caroá é matéria-prima para produção

de barbantes, linhas de pesca, tecidos, cestos, esteiras e chapéus, além de

aplicação na decoração e artesanato.

O caroá também é usado como fitoterápico, rico em f1avonóides, sua

maior utilização é como anti-inflamatório, analgésico e úlceras gástricas.

Figura 5: Caroá

Fonte: Site Bush Craft SP.

3.2.6 Coroa de frade

A coroa de frade, Melocactus bahiensis, é um cacto que mede

aproximadamente 12 centímetros, de formato redondo. Seus espinhos são

variados em espessura, as flores variam em tons rosa e vermelho e são muito

atrativas as abelhas. Quando madura surge o cefálio - um tipo de coroa formado

na parte superior, na cor vermelha. Cresce em ambiente pedregoso. Seu

principal uso é na fitoterapia, alimentação e em decoração. Os sertanejos

costumam fazer consumi-Ia na forma de chá para tratar doenças renais e

intestinais. Seu fruto de cor rosada assemelha-se a uma amêndoa, sendo tal

qual a planta inteira utilizada como ingrediente em diversas receitas de doces e

biscoitos por exemplo.

Figura 6: Coroa de Frade

Fonte: Site Faz Fácil.

3.2.7 Li cu ri

O licuri, Syagrus coronata, também é chamado por alicuri, aricuí, adicuri,

cabeçudo, coqueiro-aracuri, coqueiro-dicuri, iricuri, oricuri, ouricurizeiro, uricuri e

uricuriba, mede aproximadamente, 11 metros de altura, suas folhas enfileiradas

parecem formar um leque. A maior ocorrência é no norte de Minas Gerais, na

porção centro-leste da Bahia até o sul de Pemambuco e ainda em Sergipe e Alagoas.

Cada cacho possui aproximadamente 1.350 frutos, de dois centímetros

cada. Do licuri pode-se aproveitar as folhas na produção de sacolas, chapéus,

vassouras e espanadores, por exemplo. O óleo da amêndoa é aplicado em

pratos regionais, com propriedades similares ao óleo de coco, é utilizado na

fabricação de sabão, com excelente rendimento. Da amêndoa fabricam-se

doces, como a cocada, além de licores. O leite de licuri, é aplicado na culinária,

principalmente na Bahia.

Figura 7: Cacho de Licuri

Fonte: Site Instituto Federal Baiano.

3.2.8 Mandacaru

O mandacaru, Cereus jamacaru, cactácea de grande abrangência no

território brasileiro e originário no mesmo, é altamente adaptado às condições

climáticas do Semiárido. Em algumas regiões pode ser chamado por cardeiro,

mede aproximadamente seis metros de altura seu formato é similar a letra grega

phi. O mandacaru é empregado na recuperação de solos que sofreram

degradação, além de servir como cerca-viva e alimento para os rebanhos

domésticos. A planta cujas folhas transformaram-se em espinhos graças ao

processo evolutivo sobrevive a escassez de água graças à eficiência na de

captação e armazenamento hídrico.

A dispersão das sementes é realizada por aves e pelo vento. A copa

rarefeita não produz sombra e os espinhos afastam animais herbívoros. Os frutos

e a flor do mandacaru são fontes de alimentação de aves e abelhas. A planta

possui uma grossa cutícula que impede a evaporação da água em excesso. As

flores na cor branca e aspecto delicado são noturnas e murcham ao nascer do

sol. O fruto possui um forte tom violeta e polpa branca com sementes pretas

bastante pequenas, podendo ser consumido pelo homem.

Figura 8: Mandacaru

Fonte: Site Rural Centro.

3.2.9 Mangaba

A mangaba, Hancornia speciosa, pode chegar a até dez metros de altura e

é típica do bioma Caatinga, ocorre também no Cerrado e no litoral do Nordeste.

Possui a copa larga e em formato redondo, fornecendo boas áreas de sombra

durante a fase das flores e frutos. A tolera a mangabeira é bastante rústica e

bem adaptada a solos ácidos e pobres em nutrientes. Seu tronco é tortuoso e a

casca rugosa e áspera. A mangaba é parecida com uma pequena pera, sua

polpa é branca, com a polpa cremosa e suculenta, um pouco ácida e leitosa. O

nome é originário do tupi-guarani, e significa "coisa boa de comer'. Possui

sementes em formatos de moedas dentro da polpa.

Floresce no período de agosto a novembro, porém é comum a florescência

durante todo o ano. Desta forma, os frutos são encontrados todo o ano, de

acordo com a região. A maior incidência é de outubro a abril.

Rica em vitamina C, e possuindo menos acidez que algumas frutas cítricas.

Possui um bom teor de proteína, variando entre 1,3 e 3%. A polpa quando

amadurece pode ser consumi da in natura e sendo usada na produção de geleias,

compotas, sorvetes, licores e vinho. Do tronco e das folhas da planta é extraído o látex, também chamado de "leite da mangaba". Este látex possui propriedades

medicinais, com aplicação no combate à tuberculose e para o tratamento de

úlceras.

Figura 9: Mangaba

Fonte: Site Franquia Frutos de Goiás.

3.2.10 Maracujá de Caatinga

O maracujá da Caatinga, Passiflora cincinnata, ou maracujá do mato, é

típico da região semiárida do Nordeste. Extremamente adaptado aos períodos

de estiagem e ainda mais resistente a pragas que o maracujá comum.

Possui a casca verde, mesmo quando amadurece, e uma polpa branca,

com diversas sementes pretas. O sabor é mais adocicado, porém mais ácido, do

que o maracujá comum, possui ainda um aroma bastante característico. A flor

do maracujá da Caatinga exala um aroma bastante doce, servindo de alimento

para as abelhas, além de ser muito bonita.

A fruta é usada na fitoterapia, por possuir efeito calmante e relaxante. Além

disso, é fonte de vitaminas A, C e do complexo B, cálcio, fósforo, potássio e,

ferro. Bastante nutritivo, saboroso e aromático, o maracujá do mato é

grandemente utilizado na produção de sucos, polpas, geleias e sorvetes.

Figura 10: Maracujá da Caatinga

Fonte: Site Embrapa.

3.2.11 Murici

O murici, Byrsonima crassifólia (L.) Rich, pode ser encontrado em toda a

América Latina, e possui aproximadamente 130 espécies. Originário da língua

tupi, quer dizer, "árvore pequena. Na Caatinga, a planta floresce logo após a

estação das águas.

Mede aproximadamente cinco metros, possuindo galhos frágeis e produz

pequenos frutos redondos na cor laranja, a polpa possui um sabor característico

sendo grandemente utilizada na cozinha regional. Na Caatinga, o murici é

colhido através do extrativismo é pode ser explorado como fonte de renda de

diversas famílias sertanejas por ser bastante nutritivo e saboroso. A fruta possui

cálcio, vitaminas C, B1 e B2, fósforo, ferro e niacina e fibras. Grandemente

consumido in natura, dele ainda se produzem sucos, picolés, licores, geleias,

doces, conservas e farinha. É empregado na fitoterapia, como antifebrífugo,

desinflamante, antibacteriano, antifúngico, dentre outros.

Figura 11: Murici

Fonte: Site Franquia Frutos de Goiás.

3.2.12 Pitomba

A pitomba, Talisia esculenta, ou olho de boi, pitomba da mata e pitomba de

macaco, é o fruto da pitombeira, árvore com aproximadamente 10 metros de

altura. A denominação provém da língua tupi e quer dizer sopapo, bofetada ou

chute forte. É encontrada principalmente na Caatinga, Amazônia, Mata Atlântica

e Cerrado. A pitomba possui uma casca dura, e pode ser facilmente aberta,

possui uma fina polpa suculenta e doce, e um grande caroço no interior. Ao

amadurecer, apresenta a casca marrom a polpa na cor branca.

A fruta mede aproximadamente dois centímetros de diâmetro, e nasce em

cachos, fonte de vitamina C e é normalmente consumida in natura ou utilizada

na produção de licores ou polpa.

A pitombeira produz flores no período de agosto a outubro. A colheita

ocorre de janeiro a março e sendo vendidas nas feiras do Norte e Nordeste

brasileiro. As sementes possuem propriedades antidiarreicas e adstringentes. O

chá pode ser utilizado para combater a desidratação. Já as folhas são usadas

contra dores nos rins.

Figura 12: pitomba

Fonte: Site Floresta Água do Norte.

3.2.13 Umbu

O umbuzeiro, Spondias tuberosa, produz o umbu ou imbuo O nome é de

origem tupi-guarani, e provém de "ymbu", que quer dizer, "árvore que dá de

beber", o que referencia a capacidade da raiz da planta em armazenar água,

produto da evolução da espécie para enfrentar a estiagem na Caatinga. O

umbuzeiro mede aproximadamente sete metros, seu tronco é curto e a copa

possui formato parabólico. O perfume das flores do umbuzeiro atrai as abelhas

e permitem a produção de mel.

O umbu é pequeno e redondo, possui a casca lisa e um pouco aveludada.

A fruta é levemente azeda e possui cor verde-amarelada. É rico em água, além

da vitamina C, e possui boas propriedades nutricionais. Consumido

principalmente in natura, pode ser usado na fabricação de polpas, sorvete,

geleias e doces. O umbuzeiro derruba as folhas nos períodos de estiagem, a

fforescêncía ocorre no início do período chuvoso. Os frutos maduros aparecem

60 dias após o início das chuvas.

Cuca do Umbuzeiro é nome dado as raízes da planta, o formato lembra a

mandioca, com uma estrutura esponjosa que pode ser usada na cozinha

regional, possui um sabor adocicado. O suco da raiz é usado tradicionalmente

no tratamento do escorbuto, doença que tem como sintomas hemorragias nas

gengivas em decorrência de carência grave de vitamina C. Durante os períodos

de estiagem, a água armazenada nas raízes pode ser consumida por pessoas e

animais. Possui propriedades fitoterápicas antidiarreicas.

Figura 13: Umbu

Fonte: Site Floresta Água do Norte.

3.3 Espécies Exóticas

3.3.1 Palma

A palma, Opuntia fícus-indica, também chamada de figueira-da-índia, e

figueira-do-diabo, faz parte das Cactaceae, produz um fruto rico em potássio,

magnésio, cálcio e vitaminas A, 81, 82 e C e frutose. Há registro de consumo

deste fruto há mais de 9000 anos. Pode ser utilizada como medicamento

fitoterápico por possuir propriedades diuréticas, antiasmática, antiescorbútico,

antiprostática, adstringente, antidiarreica, antirreumático, antitussígena,

cardiotônica, digestiva, diurética, emoliente, estimulante medular, hidratante,

maturativa, mucilaginosa, sedativa, vermífuga e hipoglicêmica. Sendo mais

comumente empregada para doenças do sistema urinário e respiratório.

Dependendo da variedade seus frutos podem variar de cor, como por exemplo

os tons verde, roxo, vermelho, branco ou amarelo. Sendo o tem vermelho

utilizado como corante natural.

Figura: Figo-da-índia

Fonte: Site Paraíba Cultural.

3.3.2 Amaranto

O Amaranto, gênero de plantas da família Amaranthaceae, provém de uma

cultura milenar de cultivo nas Américas. O grão produzido pela planta é matéria­

prima para farinha utilizada para fazer pães, e todo tipo de comidas. Os grãos

inteiros são consumidos como cereal para café da manhã por povos nativos da

região do Semiárido mexicano e no Peru, por exemplo. Este pequeno grão tem

aspectos físicos, sabor e nutrientes semelhantes ao gergelim. Seus principais

nutrientes são proteína, ferro dentre outros.

A planta é bem adaptada à seca possuindo grãos e folhas bastante

utilizadas para consumo humano. São produzidos biscoitos, bebidas frias e

quentes, barras de cereais, farinhas e salgadinhos.

O cultivo do amaranto é muito comum no estado mexicano de Puebla,

abrangendo o mercado regional no México e sendo exportado para Espanha e

Itália principalmente.

Figura: Amaranto

Fonte: Site Planta Sonya.

4 CONCLUSÃO

o presente trabalho de pesquisa foi desenvolvido com a intenção de

solucionar o seguinte problema: "Em que medida a publicação de um manual de

sobrevivência no Ambiente semiárido pode contribuir na padronização

doutrinária na Instrução militar naquele ambiente, no âmbito do Exército

Brasileiro? "

Neste sentido, foi realizada uma pesquisa bibliográfica com o intuito de

coletar as informações referentes as plantas nativas e exóticas mais comuns no

ambiente semiárido. Desta forma, fornecer material bibliográfico para a

confecção de um capítulo do manual de sobrevivência em ambiente semiárido

para posterior divulgação no âmbito do Exército Brasileiro.

A existência de um ecossistema exclusivo de nosso território, com

características específicas demanda a realização de um estudo particular que

possibilite o levantamento das potencial idades deste ambiente bem como a

exploração de seus recursos, seja para uma situação de combate seja para uma

situação de sobrevivência. Desta forma, surge a necessidade de padronização

dos conhecimentos repassados por meio dos estágios gerais realizados durante

os períodos de instrução individual de qualificação principalmente. Para que

essa necessidade seja atendida propõe-se a inclusão de um capítulo sobre a

obtenção de alimentos de origem vegetal no manual de sobrevivência no

ambiente semiárido.

Deste modo, almeja-se que os frutos deste trabalho sirvam para subsidiar

as instruções ministradas futuramente e quiçá possa colaborar com novos

estudos que venham a surgir. Compondo o manual de sobrevivência em

ambiente semiárido.

Balizado por estas hipóteses, este estudo concretizou revisão de literatura,

buscando, dentre outros aspectos comparar as fontes de consulta e coletar o

material que subsidiasse a escrituração da proposta do capítulo referente a

obtenção de alimentos de origem vegetal no ambiente semiárido.

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Manejo da salinidade na agricultura: Estudos Básicos e Aplicados. 28 ed.

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um olhar para a comunidade desde o que as pessoas fazem na sua vida

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