escola da cidade

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relatório de responsabilidade social ESCOLA DA CIDADE FACULDADE DE ARQUITETURA E URBANISMO

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Relatório de Responsabilidade Social

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URB

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ISM

O

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sumário

apresentação_5

associação escola da cidade_7

gestão e organização institucional_8

localização da região_14

projeto pedagógico_15

escola em números-2013_16

viagens de estudo, intercâmbios e parcerias nacionais e internacionais_17

responsabilidade social como política institucional_ 22

princípios de atuação_23

socialização do conhecimento e ações_24

apoio e incentivo ao aluno_30

responsabilidade social: áreas de atuação_32

área de atuação: direitos humanos_33

área de atuação - preservação e difusão da memória e do patrimônio artístico e cultural_39

área de atuação - desenvolvimento social, econômico e ambiental_40

expediente_44

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A Escola da Cidade (EC) surgiu da ideia de um grupo de jovens arquitetos. Com a expe-riência de cinco anos participando da reformulação e direção do curso de Arquitetura da Universidade de outra instituição, este grupo decide, em 1996, desenhar o projeto de um novo curso de arquitetura que atendesse às exigências do MEC (Ministério da Educação), mas completamente livre e independente na sua estrutura pedagógica e administrativa. Uma cooperativa de profissionais liberais. Nascia assim a Escola da Cidade, com o obje-tivo de formar arquitetos urbanistas capazes de criticar e transformar a realidade, divul-gando o conhecimento produzido e influindo na melhoria da sociedade.

Após cinco anos da entrada do processo, o MEC nos concedeu a licença de funcionamento e, em 1º de abril de 2002, iniciamos as aulas com 50 alunos, três funcionários e 12 profes-sores. Uma atitude com a necessária “irresponsabilidade”, em um espaço próximo a uma ruína, e aliado à coragem dos alunos e pais, crentes em nosso projeto.

Hoje, com nove turmas formadas até 2014, mais de 300 alunos e 100 associados, três cursos de pós-graduação lato sensu em desenvolvimento, alcançamos um grau de excelên-cia e nos mantemos aprimorando sempre, em constante desenvolvimento.

Para graduar profissionais que possam pensar e agir sobre o ambiente urbano, a Escola da Cidade reuniu um conjunto de professores capacitados para formar futuros arquitetos que elaborem reflexões críticas e criem soluções técnicas e estéticas, lidem com conhe-cimentos que estruturam o pensamento construtivo, reconheçam a dimensão do espaço coletivo, fomentem processos interpretativos estruturados, contínuos e criativos.

Como é notório, a EC está frequentemente olhando para a sociedade e buscando contri-buir de forma efetiva em suas mudanças. A Instituição sempre seguiu os princípios de responsabilidade social, tendo a ética e a transparência como uma constante nas suas ações e no relacionamento com seus públicos. Este Relatório, o primeiro que a EC desen-volve, apresenta tudo o que vem sendo feito até então, e as propostas em andamento. Como somos uma Instituição que se aprimora diariamente, sabemos que os desafios são constantes e seguimos colaborando para o progresso de nossa sociedade e para o desen-volvimento sustentável, afinal o papel da Escola é este: promover mudanças, formar arquitetos cidadãos e preocupar-se com a construção de novos caminhos

Analia Maria M. de C. Amorim

Presidente da Associação Escola da Cidade - Arquitetura e Urbanismo (AEC), Mantenedora

apresentação

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A Associação Escola da Cidade - Arquitetura e Urbanismo (AEC) surgiu da união de arquitetos, intelectuais, artistas e técnicos comprometidos com a melhoria da realidade brasileira. Esse grupo, embasado na experiência de ensino, na pesquisa (teórica e apli-cada), assim como na prática profissional e acadêmica, tem como desígnio fundamental a criação de um espaço privilegiado para a liberdade de reflexão e proposição. Isso se materializa na forma de uma entidade civil sem fins lucrativos, de gestão democrática e financeiramente autônoma, de estrutura operacional moderna e não-burocrática, com ênfase na pesquisa interdisciplinar, dotada de meios materiais para o inter-relaciona-mento profundo e abrangente entre o ensino, a extensão, a pesquisa e a prática profis-sional, nas áreas de Arquitetura e Urbanismo.

Assim organizada, a Escola é uma experiência arrojada no ensino superior de Arquitetura, constituindo-se num tipo novo de instituição na sociedade civil, isto é, um instituto para a investigação não só dos problemas urbanos, arquitetônicos e de apropriação do território, mas principalmente das suas possíveis e desejadas soluções. Trata-se, na verdade, de um instituto de proposição — tanto quanto de análise — onde os membros são proprietários e executores, propositores e propiciadores. Constitui-se numa entidade do 3o Setor, onde o principal interesse econômico está na satisfação das melhores condições para o desen-volvimento do ensino e da pesquisa, sendo compreendido como um modelo possível de ser aplicado nas demais regiões do Estado de São Paulo e do Brasil, possibilitando a outros grupos de educadores e intelectuais um novo caminho de realização de seu papel social, artístico e intelectual.

A ideia da realização de uma associação de professores para dirigir e montar uma Escola de Arquitetura, no Brasil, é um antigo anseio dos arquitetos brasileiros.

Veio então a concretização desse antigo desejo, ou seja, o de realizar uma escola de ensino superior com o objetivo único de atingir excelência da qualidade de ensino, livre das idiossincrasias de entidades mantenedoras, via de regra, orientadas por empresários, cujo objetivo básico é o lucro.

associação escola da cidade

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O foco central da qualidade do ensino é a própria Instituição. Dessa forma, a Escola da Cidade prioriza as relações não só dos atores mais diretamente ligados à ação educativa (alunos e professores), mas também as que se ligam especificamente ao ensino e à adminis-tração, ou seja, ao técnico e ao político, à sala de aula e ao sistema educacional, à educação sistemática e à assistemática, pois é na escola que todas essas questões se materializam; é onde o micro e o macro se integram e intera-gem, dando cor e forma a valores, ideais, inte-resses e necessidades de diferentes grupos.

gestão e organização institucional

estrutura organizacional e instância de decisão

Sendo uma entidade sem fins lucrativos, a AEC tem como principal objetivo a manuten-ção da Escola da Cidade, dentro do propósito de ser um centro de investigação para o desenho do ambiente, humano e natural, visando a proposição de soluções para os esta-belecimentos humanos brasileiros.

Na intenção de instrumentalizar ações para alcançar esse objetivo, projetamos um modelo institucional com uma estrutura organizacional em rede, franqueada a todos os associados e alunos, na qual a Escola, como seu núcleo de origem, receba a ação conjunta dos demais núcleos, que se complementam e se articulam entre si, por meio de atividades de extensão, pesquisas, informações, consultoria urbanística e desenvolvimento tecnológico. Tudo isso visando não apenas a sustentabilidade econômico-financeira da AEC, mas também o fortale-cimento dos dois principais pilares de sustentação do nosso “desenho pedagógico” de ensino: a pesquisa e a reflexão, sistematizadas pela ação propositiva de projeto.

Seu papel é o de trazer para as atividades acadêmicas da Escola as questões identificadas nos trabalhos de cada núcleo. Através da troca de experiências e informações entre esses núcleos, força-se obrigatoriamente o enriquecimento de todas as ações, espelhadas no contato contí-nuo com os desafios inerentes à Metrópole.

Por esta razão, debruçar-se sobre a Instituição para compreendê-la na sua complexidade, tendo em vista a transformação necessária e possível, é tarefa fundamental no enfrenta-mento das diversas instâncias que se desenvolvem em seu âmbito.

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O Núcleo Ensino — Escola da Cidade é o núcleo-fim da Instituição, onde se realiza a aplicação de suas pesquisas didático-pedagógicas no ensino de graduação em Arquite-tura e Urbanismo. Nele se formam os quadros artísticos e técnicos dos quais se pretende não só a futura inserção bem-sucedida do jovem arquiteto, no mercado de trabalho, como seu contínuo desenvolvimento profissional e de engajamento nas grandes proposições para o desenho ambiental da atualidade, em todas as áreas atinentes à profissão.

O Núcleo Aplicação é o núcleo dedicado à consultoria em Arquitetura e Urbanismo, direcionado à investigação de questões socioambientais e urbanas relativas aos equipa-mentos públicos enfocados como estruturadores urbanos.

Seu escopo é levar à sociedade os produtos de uma reflexão coletiva, apresentados na forma de consultoria e assessoria aos movimentos urbanos, compatibilizando as deman-das sociais às propostas de instituições privadas, órgãos de governo, etc. Tratam-se de ações dirigidas à solução dos problemas urbanos e paisagísticos socioambientais, foca-dos principalmente nos equipamentos públicos.

O Núcleo de Formação Continuada é direcionado à extensão e de Pós-Gradua-ção lato e, futuramente, strictu sensu, em que se complementa a formação básica da gra-duação com cursos, seminários e oficinas. Traz para a Escola as mais diversas mani-festações organizadas do pensamento contemporâneo, tanto em suas áreas-fim, quanto nas que com elas apresentam um relacionamento operativo e cognitivo.

O Núcleo Pesquisa é o núcleo voltado à investigação das questões apresenta-das pelos demais núcleos em seus traba-lhos. Sua função é a de propor linhas de pesquisa que os informem e/ou formem em suas ações. Assim, é seu escopo pensar tanto o futuro desenvolvimento didáti-co-pedagógico do Curso e seus conteúdos disciplinares, quanto investigar questões da atualidade que aprimorem a reflexão e a prática em Arquitetura e Urbanismo.

VI Jornada de InIcIação cIentífIcaeScoLa da cIdade

MESA 1

ArquitEturA, EStAdo E SociEdAdE:

pEnSAr A hAbitAção

comentárIo: Profa. dra. nilce aravecchia – faU USP

coordenação: Prof. dr. Luis octavio Pereira

Lopes de faria e Silva

MESA 2

cidAdE, ArtES E ArquitEturA:

lEiturAS do ModErno

comentárIo: Profa. dra. cristina meneguello – IfcH Unicamp

coordenação: Prof. ms. Pedro Lopes

MESA 3

ArquitEturA E dESign:

diSpoSitivoS dE projEto

comentárIo: Profa. dra. Lizete rubino – faU mackenzie

coordenação: Prof. dr. Pedro Sales

09 de outubro de 2014das 14h às 18h30

VI Jornada Iniciação Científica - Comissão Científica

Ana Claudia Castro, Fernanda Pitta, Marianna Boghosian Al Assal, Newton

Massafumi Yamato, Pedro Lopes, Pedro Sales,

Taisa Pascale Palhares

Núcleo de Pesquisa Escola da Cidade

direção: Newton Massafumi Yamato

coordenação de Iniciação Científica: Marianna Boghosian Al Assal

coordenação de Pesquisa Experimental: Pedro Sales

apoio: Thais Piva e Giulia Godinho

MESA 4

MEMóriA, hiStóriA E cidAdE:

forMAS dE ApropriAção do ESpAço

comentárIo: Profa. dra. flavia Brito – faU USP

coordenação: Profa. dra. ana claudia castro

MESA 5

ArquitEturA brASilEirA:

lEiturAS dE projEto

comentárIo: Prof. dr. rodrigo Queirós – faU USP

coordenação: Profa. dra. fernanda Pitta

MESA 6

ArtE, ArquitEturA E ESpAçoS urbAnoS: pEnSAr E

intErvir nA cidAdE contEMporânEA

comentárIo: Prof. dr. fabio Lopes – IaU USP

coordenação: Profa. dra. taisa Pascale Palhares

14h – 16h 16h30 - 18h30

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O Núcleo Tecnologia, com seu enfoque socioambiental, efetiva a ação integradora das diversas áreas do conhecimento científico, técnico e artístico envolvidas na realização das obras e serviços de Arquitetura, Urbanismo e Meio ambiente. Seu trabalho propicia à Escola o desenvolvimento de conteúdos disciplinares nas áreas de tecnologia, viabili-zando igualmente ao corpo discente o ensaio de proposições ainda em semente no campo de sua aplicação, na prática profissional.

O Núcleo Comunicação dedica-se à coordenação, preparo e divulgação dos resultados da produção acadêmica e de pesquisa e consultoria da Escola, cujo enfoque é facilitar a informação interna e externa, objetivando amplificar a dimensão pública de conheci-mento e informação produzida pelos demais núcleos. Para tal, lançará mão de publicações apostiladas, livros, mídia eletrônica, rede mundial de dados, filmes e outros veículos.

As ações desses Núcleos se dão por meio da formulação de Convênios, Parcerias ou Con-tratos realizados, a partir do levantamento dos objetivos e condicionantes das solicita-ções, sua integração com o interesse das instituições e comunidades, o acompanhamento de sua realização física e o desenvolvimento de ações locais de intervenção urbana, com o objetivo de amplificar o potencial das ações de caráter educacional, cultural, arquitetô-nico, urbanístico e socioambiental das mesmas.

Cartaz da palestra do Seminário de Cultura e Realidade Contemporânea

Coleção Arquitetos da Cidade feita pela Editora da Cidade

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órgãos colegiados

Atribuições e CompetênciasA gestão da Escola da Cidade é desenvolvida de modo coletivo pelo corpo docente, sendo os Conselhos de Graduação e de Classe as instâncias de elaboração, deliberação, acompa-nhamento e avaliação do planejamento e do funcionamento da Escola.

conselho de graduação (cg)

O Conselho de Graduação (CG) é um colegiado constituído de acordo com as normas tra-çadas no Regimento da Escola.

A atuação e representação de qualquer dos integrantes do CG visa sempre à ação educa-tiva, levando em conta os objetivos da ESCOLA DA CIDADE.

Natureza e ConstituiçãoO CG tem natureza consultiva e deliberativa, cabendo-lhe estabelecer para o âmbito da Escola da Cidade diretrizes e critérios relativos a sua ação, organização e funciona-mento, participando e se responsabilizando coletivamente pela implementação de suas deliberações.

O CG, órgão superior da Escola da Cidade, tem a seguinte composição:I. o Diretor, seu Presidente, eleito pelo CG;II. o Coordenador Pedagógico, eleito pelo CG;III. o Coordenador Administrativo, eleito pelo CG;IV. os seis Coordenadores de Área, eleitos entre os Professores Associados das maté-

rias que compõem cada área;V. dois representantes do Corpo Discente;VI. um representante da Mantenedora, por ela indicado.

CompetênciasI. eleger os membros do Corpo Diretivo;II. aprovar, por maioria absoluta, o regimento da Escola da Cidade e suas modificações;III. aprovar os regimentos das áreas;IV. elaborar as diretrizes e zelar pela execução dos programas de ensino, iniciação

científica e pesquisa da Escola da Cidade, estabelecendo o Plano Escolar;V. aprovar a duração dos cursos de graduação;VI. definir o número de vagas em cada curso;VII. modificar, criar ou extinguir cursos e disciplinas;

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VIII. providenciar a abertura dos concursos docentes, indicando as provas e a Banca Examinadora;

IX. deliberar sobre a impugnação de atos do Diretor, dos Coordenadores de Área, do Coordenador Administrativo e do Coordenador Pedagógico;

X. propor o orçamento anual da Escola da Cidade à Mantenedora;XI. deliberar sobre a aceitação de legados e doações;XII. delegar outras atribuições ao Diretor e aos Coordenadores;XIII. aprovar o seu regimento, por proposta do Presidente;XIV. exercer outras atribuições previstas neste Regimento;

Lembrando que os incisos II e VII dependem de prévia autorização ou posterior encami-nhamento pelos poderes públicos.

conselho de classe

Natureza e ConstituiçãoO Conselho de Classe tem por objetivo colaborar na solução de problemas de ordem dis-ciplinar e pedagógica. Ele se compõe pelos integrantes do Conselho de Graduação (CG).

CompetênciasI. apreciar e avaliar qualitativamente os rendimentos escolares dos alunos;II. avaliar a conduta de cada aluno e de cada classe, tendo em vista os objetivos gerais

e específicos do curso;III. participar da análise e julgamento dos resultados das avaliações e das condições de

desenvolvimento e maturidade do aluno;IV. decidir sobre a promoção do aluno:

a) determinando a retenção ou acesso a estudos de recuperação ao final do ano letivo dos alunos cujas notas indiquem aproveitamento inferior aos mínimos estabelecidos;b) determinando o ajuste da nota definitiva dos alunos submetidos a estudos de recu-peração final;c) opinando sobre os recursos relativos à verificação dos rendimentos interpostos por alunos.

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14

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viaDuto Do chá

escola da cidade

A escolha do local para a implantação da Escola, na região central da Cidade de São Paulo — próximo à estação do metrô, junto a vias de circulação importantes e diversas linhas de ônibus, cercada pelos serviços que equipam e justificam a existência da cidade, em uma edificação pioneira, projetada e construída pelo talento do arquiteto Oswaldo Bratke — é plenamente justificada para abrigar uma Escola de Arquitetura.

A localização da Escola da Cidade propicia aos seus estudantes o contato diário com a complexidade da metrópole brasileira e seus problemas sociais e urbanos. Além disso, a região é cercada por edifícios que contam a história da Arquitetura Brasileira, pois está mergulhada num entorno riquíssimo de oportunidades culturais, de intercâmbio e troca de possibilidades para o envolvimento e crescimento da comunidade acadêmica e com infinitas possibilidades para desenvolvimento de trabalho de inserção social com grande qualidade. O futuro dos jovens arquitetos também foi pensado no momento da escolha. O centro abriga a sede nacional do Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB) e muitos escri-tórios de arquitetura. A Faculdade também está inserida numa região com grandes pro-blemas a serem equacionados. Assim, há oportunidade de trabalho valiosa, voltada para a formação de profissionais criativos, que garantirão o desenvolvimento de um projeto de preservação e reciclagem do patrimônio urbano e transformação social. Numa região que respira Arquitetura, a colocação profissional dos estudantes é facilitada.

localização da região

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projeto pedagógico

Um Projeto Pedagógico não nega o instituído da Escola, que é a sua própria história, o conjunto do seu currículo, dos seus métodos, o conjunto de seus atores internos e exter-nos e o seu próprio modo de vida. Assim, um projeto acaba sempre por confrontar o ins-tituído com o instituinte.

Não se constitui um Projeto Pedagógico sem uma direção política, um rumo. Por isso, todo Projeto é também político. O plano proposto pela Escola da Cidade é um processo inconcluso, uma etapa em direção a uma finalidade que permanece como horizonte.

A Escola é produto de um processo de desenvolvimento de suas próprias contradições, desaparecendo assim a arrogante pretensão de saber de antemão quais serão os resulta-dos do Projeto. Há autonomia para estabelecê-lo, executá-lo e avaliá-lo.

Gestão democrática e autonomia da Escola fazem parte da própria natureza do ato pedagó-gico. Assim, autonomia e participação não se limitam à mera declaração de princípios em documentos, prescindindo de certa atmosfera que se respira no interior da Instituição.

Projetar significa “lançar para frente”, ou seja, antever um futuro diferente do presente. O Projeto Pedagógico da Escola da Cidade deve ser considerado como um momento de renovação, uma ação intencional com um sentido definido e explícito.

Concebemos, institucionalizamos e estamos implementando nosso Projeto Pedagógico Cur-ricular. Rompemos com o passado e estabelecemos algumas promessas para o futuro. Preci-samos agora de tempo para amadurecer as idéias, pois um projeto precisa ser discutido.

O projeto pedagógico da Escola da Cidade é conduzido pelo Conselho de Graduação, que permite a colaboração de todos os professores com propostas objetivas, assim como a dis-cussão democrática para elaboração do processo didático da Escola, que é desenhado pelo processo coletivo.

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a escola em números - 2013

Alunos de Graduação 315

Alunos de Especialização 61

Funcionários 23

Professores 71

Convênios com 32 intituições 18 países

Núcleo de Pesquisa

Núcleo de Aplicação

Núcleo de Tecnologia

número de alunos concluintes

2013 2012 2011 2010

GRADUAÇÃO 265 332 295 285

ESPECIALIZAÇÃO 61 63 47 37

Encontro dos estudantes do primeiro ano, com Oscar Niemeyer, no Rio de Janeiro, em 2009.

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viagens de estudo, intercâmbio e parcerias nacionais e internacionais

A Escola da Cidade possui em sua política de ensino, pesquisa e extensão o desenvolvimento de ações de mobilidade discente e docente com o objetivo de ampliar os horizontes para além da sala de aula e colocar estudante e professores em contato com a diversidade social e cultu-ral de dimensão nacional e internacional. Entre os programas instituídos estão:• Parcerias e convênios com instituições internacionais e nacionais de ensino (Visitas;

realização de eventos, projetos de pesquisa);• Mobilidade discente – intercambio acadêmico – graduação e extensão - viagens de

estudo – Escola Itinerante: são realizadas duas viagens por ano, que fazem parte da grade curricular – Summer School, promovido desde 2012 e fruto de uma parceria com instituição alemã Hochschule Konstanz Technik (HTWG)

• Mobilidade docente – cooperação acadêmica, participação em eventos (Seminário, Workshop - são em media 12 workshops por ano e um seminário internacional que ocorre na Escola. Os workshops são realizados in loco nas Universidades Estrangeiras com a participação de alunos de ambas as instituições);

• Coordenação institucional do Programa Federal Ciência sem Fronteira.

Estudantes em viagens de estudo pelo Summer School

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viagens de estudo

escola itinerante

A Escola Itinerante integra o projeto pedagógico da Escola da Cidade com o objetivo de contribuir à formação de arquitetos com capacidade crítica e reflexiva e preparados para enfrentar, no exercício profissional, a realidade de um mundo complexo e em constante mudança. A Associação Escola da Cidade, mantenedora da Faculdade, busca, ainda, diver-sas formas de interação da Faculdade com outras instituições sociais e culturais interna-cionais, através de sua Escola Itinerante, atividade pedagógica que tem como método e objetivo viagens de estudo e o conhecimento reflexivo e propositivo sobre o Brasil e a América Latina. São atividades didáticas obrigatórias, previstas e planejadas anualmente pelos professores, com abrangência de regiões nacionais e países do continente latino - americano, que trazem à luz a partir do exercício, a ampliação do olhar antropológico, histórico, social e ambiental a cada cidade visitada.

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intercâmbio e parcerias nacionais e internacionais

A AEC mantém convênios com universidades nacionais e estrangeiras, que permi-tem intercâmbio de alunos, além de parcerias com instituições culturais e educativas. O objetivo dos intercâmbios é o estreitamento das relações técnicas, científicas e culturais interinstitucionais. Eles auxiliam a capacitação dos recursos humanos, visando alcançar mecanismos de aperfeiçoamento, atualização e treinamento dos estudantes e professores; possibilitam conhecer culturas diferentes e estimulam a investigação científica e a propo-sição de projetos comuns, voltados para a área do ensino e da extensão. As parcerias per-mitem a realização de ações em conjunto, estreitando ainda mais os laços com a sociedade e a permanente divulgação da importância do trabalho do arquiteto.

Hoje a instituição mantém convênio e parceria de cooperação Internacional com 32 ins-tituições, localizadas em 18 países:

ALEMANHA Hochschule Konstanz – HTWGARGENTINA Facultad de Arquitectura, Diseño y Urbanismo de Buenos Aires – FADU-UBA

Universidad de Palermo – Buenos AiresUniversidad Nacional de La Plata – Buenos Aires

CHILE Universidad Finis TerraeUniversidad MayorUniversidad de Talca

CANADÁ University of TorontoCOLÔMBIA Universidad de los Andes – BogotáCOSTA RICA Universidad Del Diseño de Costa Rica – San JoséDINAMARCA The Royal Danish Academy of Fine Arts – School of ArchitectureESPANHA Escuela de Arquitectura e Ingeniería La Salle de la URL de Barcelona

Universitat Politècnica de Catalunya – ETSAVUniverdidad Politécnica de Madrid (U.P.M.) — Madrid

EUA University of Florida – Gainesville, FloridaITÁLIA Università degli Studi di Ferrara

Università degli Studi di Sassari – AlgheroUniversità degli Studi di Roma – La SapienzaUniversità IUAV di VeneziaUniversità Gabriele D Annunzio Chieti – Facoltà di Architettura di PescaraPolitécnico Di Milano – Milão

MÉXICO Instituto Superior de Arquitectura y Diseño de Chihuahua – Chihuahua, S.C.Instituto Tecnológico y de Estúdios Superiores de Monterrey – Cidade do MéxicoCEDIM – Centro de Estudios Superiores de Diseño de Monterrey SC.

PANAMÁ ISTHMUS – Escuela de Arquitectura Y Diseño de América Latina y el Caribe

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programas desenvolvidos em 2013

MODALIDADE ALUNOS PROFESSORES PAíSEscola Itinerante

360 25Colômbia, Chile, Vale do Paraíba, cidades históricas de Minas Gerais, Rio de Janeiro, Brasília

Ciência sem Fronteiras 04 - França, Inglaterra, Holanda, Alemanha

Intercâmbios com IES internacionais 38 01 França, Holanda, Espanha,

Itália e PortugalSeminário Internacional 07 05 Colômbia, Gabão e PortugalSummer School 15 02 Brasil - AlemanhaTOTAIS 424 33

PORTUGAL Universidade Autônoma de Lisboa – UALISCTE – Instituto Universitário de Lisboa

URUGUAI Universidad de La República – UdelaR – MontevidéuFRANÇA Universtie de LyonINGLATERRA The CassPERU Univesidad ContinentalHUNGRIA University of Pecs

PARCERIAS Aliança FrancesaIBAC (Instituto Brasileiro Arte e Cultura)Fundação Oscar Niemeyer [www.niemeyer.org.br]Fundação Vilanova ArtigasFundação Lina Bo e P.M. BardiCasa de Lucio Costa [www.casadeluciocosta.org]ICC - Instituto Camargo Corrêa [www.institutocamargocorrea.org.br]Instituto Sou da Paz [www.soudapaz.org]Instituto dos Arquitetos do Brasil - IABInstituto Arapyaú [www.arapyau.org.br]AEAULP – Academia de Escolas de Arquitectura e Urbanismo de Língua Portuguesa – Associação de Estudos em Arquitectura e UrbanismoMuseu da Casa Brasileira Museu de Arte Moderna de São Paulo Confederação Ibero-americana de Faculdades de Arquitetura – CIFARevista Caros Amigos

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responsabilidade social como política institucional

A Responsabilidade Social, como princípio, define o perfil institucional da Escola da Cidade e, como compromisso, se expressa na sua missão, nos seus objetivos e, em suas ações de ensino, pesquisa e extensão.

Para essa Escola, concebida como espaço de síntese, no exercício de seu papel na constru-ção da democracia social e política, o Curso de Arquitetura e Urbanismo da Escola da Cidade passa a ser concebido como um processo ativo de aprendizado, capaz de preparar o educando para a realidade brasileira e sua contextualização do mundo contemporâneo.

A Responsabilidade e função Social do Arquiteto é seu desenho estruturador. A arquitetura, entendida como uma forma específica do conhecimento humano, bem como a relação do Homem com a Natureza, a cidade e o ambiente, balizam nossas ações didático-pedagógicas.

A busca de um desenho harmonioso do ambiente — natural e construído — norteia nossos exercícios visando não só a formação de um profissional apto para o ofício, mas o cidadão digno e fraterno, capaz de influir criativamente nas urgentes mudanças de nossa sociedade.

Ressaltamos que a preparação para o exercício da profissão e da cidadania inclui a autonomia, a participação e o diálogo como princípios educativos e que envolvem processos organizacionais internos da Escola, como a articulação com os movimentos e organizações da sociedade civil.

Portanto, interagir e articular-se com as práticas sociais, articular cultura, auxiliar o aluno a reali-zar ligações entre a cultura elaborada e a cultura cotidiana de modo que adquiram instrumentos conceituais, formas de pensar e de sentir, reinterpretando a realidade, a cidade e o ambiente, além de intervir nesse mesmo ambiente, são princípios nos quais nos baseamos para conceber a função social e política do Curso de Arquitetura e Urbanismo da Escola da Cidade.

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princípios de atuação

Os princípios que alicerçam e enraízam as ações e a política de Responsabilidade Social da Escola da Cidade são:

• Reafirmar a responsabilidade social da Escola junto à comunidade acadêmica, bem como em seu entorno;

• Promoção dos direitos humanos;• Promoção de ações de inclusão social visando grupos sociais discriminados ou sub-

-representados dentro e fora da Escola; • Participar e propor ações de defesa do meio ambiente; • Preservação da memória cultural, da produção artística e do patrimônio cultural; • Promover o desenvolvimento econômico e social por meio de cooperação e de parce-

rias com os setores públicos e produtivos, com o mercado, com instituições sociais, sociedade civil, culturais e educativas;

• Socialização do conhecimento e ações relacionadas à formação consciente do cidadão;• Políticas de subsídios de Bolsa de Estudos.

24

socialização do conhecimento e ações

A socialização do conhecimento e das ações com o objetivo de estabelecer uma comunica-ção ampla e compromissada com a formação responsável e cidadã são princípios que nor-teiam todos os instrumentos de comunicação produzidos pela Escola da Cidade, que sempre são pautados pela qualidade e pela ética no tratamento e transmissão das informações.

Entre os canais e instrumentos de comunicação produzidos e utilizados pela Escola estão relacionados:

mídias eletrônicas e sociais

De forma dinâmica e ativa a Escola da Cidade mantém um site atualizado com todo o con-teúdo produzido (imagens, notícias, eventos), bem como está presente nas redes sociais (Facebook, Twitter e Instagram), garantindo comunicação ampla com seu público-alvo.

assessoria de imprensa

A Escola da Cidade conta com um departamento de Assessoria de Imprensa, com jornalista contratada atuando internamente. Esta área desenvolve mensalmente o Informativo Vozes da Cidade, canal de comunicação interno que veicula informações sobre a Faculdade, seus pro-fessores e alunos, eventos e últimos acontecimentos, como também fatos relevantes ligadas à Arquitetura e Urbanismo. Com tiragem de 500 exemplares, é voltado aos alunos, pais de alunos, professores, colaboradores e parceiros da Faculdade, em versão impressa e digital.

A Assessoria desenvolve um conjunto de atividades voltadas para formar, manter, corrigir e fortalecer a imagem da Instituição, usando ferramentas de Comunicação para difundir informações favoráveis à Escola da Cidade, por meio da Imprensa. Também assegura a comunicação interna, disseminando as informações entre seu público interno.

25

baú

O Baú é o arquivo em andamento de todo o conhecimento produzido na Escola da Cidade. Conta com um site onde são registrados imagens e vídeo aulas dos cursos de pós-gra-duação, Seminário de Cultura e Realidade Contemporânea, palestras diversas, eventos, entre outras atividades da Faculdade. Tem como objetivo abrir as discussões urbanas para além dos limites da universidade, além de oferecer um momento para discussão das questões da visualidade na arquitetura, incentivando produções autorais e disponibili-zando a infraestrutura aos alunos participantes.

Constituído por um grupo de estudantes responsáveis por documentar o que acontece na facul-dade, mantém um acervo atualizado de forma constante sobre tudo o que acontece na Escola.

informativo vozes da cidade Criado em 2010, o Informativo é uma publicação mensal que veio para estabelecer um canal direto entre a Instituição e seu público-alvo. É por meio deste veículo que a comu-nidade da Escola da Cidade fica sabendo de todas as atividades desenvolvidas, projetos futuros e ações concretizadas pelos professores e estudantes, dentro e fora da Faculdade.

O Informativo traz ainda artigos de capa com convidados de diversas áreas do conheci-mento, que refletem sobre temas atuais, que não necessariamente relacionados à Arqui-tetura, levantando debates e reflexões junto ao seu público leitor. Já produziram artigos pessoas como o maestro Júlio Medaglia, o editor da Revista Trip, Paulo Lima, o coordena-dor da Rede Nossa São Paulo, Oded Grajew, o diretor teatral Antunes Filho, o economista Paulo Hartung, dentre outros.

28 Nú

Mer

o

FevereIro De 2013ANo 3 / NúMero 28INForMAtIvo MeNSALeSCoLADACIDADe.eDu.Br

uM Novo ANo Se INICIA e CoM eLe A reNovAção De CICLoS, CoM NovAS ProPoStAS, PLANoS e DeSAFIoS.

e NeSte INÍCIo De 2013, quANDo o INForMAtIvo vozeS DA CIDADe CoMPLetA trêS ANoS, CoNvIDAMoS A

ArquItetA e ProFeSSorA, FerNANDA BArBArA, PArA eSCrever uM ArtIGo De BoAS-vINDAS AoS eStuDANteS,

ProFeSSoreS e CoLABorADoreS. um fEliZ ano novo a todos E boa lEitura!

Esse ano a Escola da Cidade consolida uma série de atividades que vêm desenvolvendo há mais 10 anos! Muito se experimentou nesse período e, a partir desse momento, a experiência positiva acumulada é grande e nos garante tranquilidade para desenharmos o futuro da Escola.

Dar boas-vindas é apresentar a Escola que, como uma Associação de professores, trabalha de forma coletiva e com grande liberdade, o que entendemos serem os caminhos da formação e atuação do arquiteto. Uma formação que procuramos aprimorar no conteúdo específico de cada disciplina e nas relações entre elas. O Estúdio Vertical (EV) é desenvolvido com a colaboração de todos, como a espinha dorsal da Escola, um atelier de projeto que congrega alunos dos diversos anos em torno de um tema. Esse semestre será trabalhado no EV a proposta do Hidroanel, projeto de escala metropolitana para a rede de rios e represas que circunscrevem a cidade de São Paulo. O Seminário, às quartas-feiras, traz questões contemporâneas dos diversos campos da cultura. E, ainda, a Escola Itinerante e o Seminário Internacional são propostas curriculares da Escola da Cidade que acreditamos serem fundamentais nessa formação.

É um ano de início da gestão de uma nova prefeitura de São Paulo, poderemos acompanhar e discutir juntos as diretrizes para as transformações propostas para a cidade.

No segundo semestre, São Paulo sediará a 10ª Bienal Internacional de Arquitetura (organizada pelo IAB – Instituto de Arquitetos do Brasil), uma oportunidade de apreciação e debate de questões da arquitetura e do urbanismo numa nova configuração da mostra, que tradicionalmente ocupou o edifício da Bienal do Parque do Ibirapuera e, nessa edição, estará distribuída em diversos edifícios da cidade, sob a curadoria do crítico e arquiteto Guilherme Wisnik, professor dessa Escola. Haverá ainda a participação das arquitetas Ana Luiza Nobre e Ligia Nobre como co-curadoras do evento.

É também um ano de darmos boas-vindas dizendo adeus. Foi com grande emoção que nos despedimos de Oscar Niemeyer, porque as despedidas são momentos de recordação. Pudemos, cada um de nós, retomar, olhar novamente, de forma global, uma extensa produção que marcou a cultura brasileira e colocou, junto com outros colegas, a arquitetura brasileira num patamar de excelência, no panorama internacional. “Obrigado, Oscar”, foi como a Escola se despediu.

Um bom ano a todos!

* Fernanda Barbara é arquiteta e urbanista, sócia do Una Arquitetos e coordenadora do Estúdio Vertical.

F e rNANDA BArBArA*

B E M - V I N D O S

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JUNHO/JULHO de 2013aNO 3 / NúmerO 32ediçãO especiaL BimestraL escOLadacidade.edU.Br

nesta edição, o informativo vozes da Cidade traz treChos da palestra do jornalista inglês

Charles leadbeater, autoridade mundial em inovação e Criatividade,  promovida pela iniCiativa ted,

em 2010. o jornalista proCurou por maneiras radiCais de eduCação, e as enControu em favelas

onde, segundo ele, se desCobrem novas formas transformadoras de aprender. Boa leitura!

educação inovadora nas favelasChar l es l eadbeater*

Se por exemplo você perguntar: “Onde devo buscar o futuro da educação?” A resposta que tradicionalmente daremos será bem direta, pelo menos nos últimos 20 anos. Vá à Finlândia. A Finlândia é o melhor lugar no mundo para ver o sistema escolar. Os finlandeses podem ser chatos e deprimentes, e há um índice alto de suicídio mas, caramba, eles são qualificados. E absolutamente, eles têm um sistema educacional incrível. Então estamos sempre visitando a Finlândia, e nos perguntamos diante do milagre da social democracia da Finlândia e sua cultura homogênea e todo o resto, e daí lutamos por entender como é que poderemos trazer lições de volta.

Bem, neste último ano, com a ajuda da Cisco (companhia multinacional que oferece soluções para redes e comunicações) que me patrocinou, o que foi muito gentil, para fazer essa busca, fui pesquisar em outros lugares. Isso porque, na verdade, a inovação radical, às vezes, vem dos melhores lugares, mas também vem de lugares onde se tem grandes carências, com demandas latentes, não satisfeitas, e sem recursos necessários para a adoção de soluções tradicionais –soluções tradicionais de alto custo que dependem de profissionais, como as escolas e hospitais.

Então, acabei indo para lugares como esse. E este lugar é chamado de Morro do Macaco. É uma das centenas de favelas do Rio. O crescimento da maioria da população nos próximos 50 anos acontecerá nas cidades. Praticamente todo o crescimento será nos países em desenvolvimento. Quase todo o crescimento se dará em lugares como o Morro do Macaco. É aqui que se encontrará o maior crescimento da população jovem no mundo. Então se você quer receitas que funcionem, para quase qualquer coisa – saúde, educação, política governamental e educação – você tem que ir a esses lugares.

Então esta ideia de um currículo é completamente irrelevante num ambiente assim. Você tem que iniciar a educação pelas coisas que fazem a diferença para eles em seus ambientes. A chave é a motivação, e há dois aspectos. Um é o de se entregar motivação extrínseca. A educação tem a sua recompensa. Nosso sistema educacional funciona partindo do princípio que há uma recompensa, mas que se tem que esperar por um bom tempo. Se você é pobre, isso é muito. Esperar 10 anos para ser recompensado pela educação é muito quando se tem demandas diárias para serem atendidas, quando você cuida de filhos e familiares ou uma atividade que lhe sustenta. Precisa-se de uma educação que seja relevante e que ajude as pessoas no dia a dia, direto. E, ao mesmo, tempo ela tem que ser intrinsicamente interessante.

E o que podemos aprender disso tudo? Bem, podemos aprender muito porque os nossos sistemas educacionais estão falhando de muitas maneiras. Falham em alcançar as pessoas às quais devem servir. Geralmente acertam o alvo, mas erram no ponto. As melhorias cada vez mais são difíceis de organizar. Temos uma fé cega nestes sistemas - já enraizada. E aqui temos uma maneira bem simples de entender o tipo de inovação, o tipo de desenho diferente que precisamos.

Há dois tipos de inovação. Há a inovação de sustentação, que vai manter uma instituição existente ou organização, e há a inovação de rompimento que vai quebrar os fundamentos, criando algo diferente para se fazer. Há estruturas formais, escolas, faculdades, hospitais, lugares onde a inovação pode acontecer, e as estruturas informais, comunidades, famílias, redes sociais. Praticamente todo nosso esforço vai aqui, inovação que mantém as estruturas formais, em obter uma versão melhor do que é na essência o sistema escolar Bismarckiano, desenvolvido no século 19. E como disse, o problema aqui, para os países em desenvolvimento, é que não existem professores para fazer esse modelo rodar. Seriam necessários milhões e milhões de professores na China, Índia, Nigéria e no restante dos países em desenvolvimento. E em nosso sistema, sabemos que simplesmente fazendo mais disso não diminuirá as profundas desigualdades educacionais, especialmente nas grandes cidades e nas áreas industriais em transformação.

É por isso que precisamos de três tipos adicionais de inovação. Precisamos de mais reinvenção. E por todo o mundo hoje podemos ver mais e mais escolas se reinventando. Precisamos mais dessas iniciativas de um novo pensamento radical. E, finalmente, precisamos de inovação transformadora que possa imaginar como levar o aprendizado para pessoas em maneiras completamente novas e diferentes.

Estamos deixando como um legado para os países em desenvolvimento um sistema escolar no qual eles vão se dedicar mais cem anos tentando reformá-lo. É por isso que precisamos de pensamento radical, e por isso que o pensamento radical agora em como aprendemos é mais necessário e possível que nunca.

* Charles Leadbeater é referência mundial em criatividade e inovação, e trabalhou ativamente como conselheiro do ex-pri-meiro-ministro britânico Tony Blair e da Comissão Europeia. Autor das obras “We-Think”, “Innovation in Education”, onde analisa abordagens participativas de inovação, como software livre, jogos de computador e inovação aberta.

Este texto é uma reprodução de trechos da palestra “Educa-tion innovation in the slums”, disponível no site www.ted.com. TED é uma organização sem fins lucrativos, dedicada ao Ide-as Worth Spreading (“ideias que merecem ser espalhadas”).

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publicações

Editora da CidadeFoi lançada em 2010 a ECidade, uma editora autônoma, com a proposta de sugerir uma nova ferramenta de reflexão da Escola sobre sua produção, contribuindo para a constru-ção de um repertório arquitetônico coletivo.

A Editora da Cidade produziu desde então edições dos catálogos com Trabalhos de Curso (TC), a Coleção Arquiteturas, que reúne trabalhos de arquitetos brasileiros e estrangeiros, livros com resultados dos cursos de pós-graduação, além de publicações produzidas em parceria.

Desde sua criação, a Editora já produziu os seguintes títulos:2010Helio Piñón. Ideias e formas. A Editora da Cidade marca sua abertura com o lançamento do livro. A publicação, organizada por Helen Pfeiffer e traduzida por Ana Rosa Oliveira, apresenta sete entrevistas com o arquiteto Helio Piñón sobre o sentido estético e a vigência da arquitetura contemporânea. O exercício teórico, a prática de projetos e a recente produção do Laboratório de Arqui-tetura da Universidade Politécnica de Catalunha (UPC), fornecem as bases para esse debate.

Catálogo #3 Trabalhos Finais de Graduação. Essa é a pri-meira publicação dos Trabalhos Finais de Graduação (TFGs) da Faculdade (hoje denominados TC – Trabalho de Curso), e surgiu a partir de uma iniciativa dos alunos. Organizada pela terceira turma de arquitetos formada pela Escola – por isso #3 –, o trabalho recebeu total apoio dos professores, coordenadores, núcleos e dire-ção da Faculdade, e teve auxílio da editora ECidade.

O Livro do Pleno, da artista plástica Ester Grinspum. Este é o pri-meiro volume da coleção Livro de Artista, produzida e editada pela Editora da Cidade, resul-tado de uma parceria entre a Escola da Cidade e Editora Hedra. Neste trabalho, a artista plástica Ester Grinspum apresenta o resultado de seu estudo e de pesquisas realizadas na capital francesa sobre as formas de representação e a linguagem, entre 1997 e 1999, inicial-mente, em residência na Cité dês Arts e, depois, sob a Bolsa Virtuose, do Ministério da Cultura brasileiro.

Livro “Habitação e Cidade”. Organizado pelos professores Anália Amorim e Ruben Otero. Lançamento em evento no Museu da Casa Brasileira.

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2011Antonio Carlos Barossi. Lançamento do livro que inicia a Cole-ção Arquiteturas, sobre trabalhos de arquitetos brasileiros e estran-geiros. Projeto idealizado pelos professores Anderson Freitas, Eduardo Ferroni, Carlos Ferrata, Cesar Shundi, Pablo Hereñu e Pedro Barros, a coleção tem o intuito de produzir livros de arqui-tetura como pesquisa pedagógica, com a participação dos alunos, sob orientação de professores da Escola da Cidade.

Habitação e Cidade #2. Publicação do curso de pós-graduação Habitação e Cidade, que compreende a organização dos trabalhos acadêmicos desenvolvidos ao longo da espe-cialização. Com coordenação dos professores Luis Octavio de Faria e Silva e Ruben Otero.

2012Solano Benítez. Lançamento do segundo livro da Coleção Arquiteturas, que reúne tra-balhos de arquitetos brasileiros e estrangeiros. As publicações são bilíngues, traduzidas para o inglês pela professora Irene Sinnecker Levin.

Habitação e Cidade #3. Livro da pós-graduação Habitação e Cidade, é uma organiza-ção dos textos e projetos dos professores coordenadores e convidados, além de trabalhos acadêmicos desenvolvidos ao longo do curso.

Lançamento livro “Cidade e Meio Ambiente: a apropriação do relevo no Dese-nho Ambiental Urbano”, do professor José Guilherme Schutzer. Evento realizado em parceria com a Edusp – Editoria da Universidade de São Paulo.

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2013Salvador Candia. Terceiro livro da Coleção Arquiteturas, que reúne trabalhos de arquitetos brasileiros e estrangeiros, e leva o selo editorial da Editora da Cidade. Os livros já lançados desta coleção, em 2011 e 2012, abordam as obras do arquiteto brasileiro Antonio Carlos Barossi e do paraguaio Solano Benítez. Serão lançados posteriormente livros sobre as obras de João Filgueiras Lima (Lelé), Carlos Millan e do arquiteto argentino Gerardo Cabal-lero. Cada lançamento é precedido de uma palestra, debate ou exposição.

Trabalhos de Curso #1 #2 - Escola da Cidade. Segundo volume da coleção sobre os trabalhos finais de seus estudantes. A publicação, que leva o nome “Trabalhos de Curso #1 #2 - Escola da Cidade” apresenta os projetos finais das duas primeiras turmas da Facul-dade, formadas respectivamente em 2006 e 2007 e foi lançada na data em que a Escola da Cidade comemorou seus 11 anos. A iniciativa partiu dos ex-alunos e foi apoiada e incenti-vada pelos professores e pela Diretoria da Instituição.

Habitação e Cidade #4. Publicação da pós-graduação Habitação e Cidade, com coorde-nação dos professores Luis Octavio de Faria e Silva e Ruben Otero, ‘Habitação e Cidade # 4’ é o quarto volume do título, e contempla dados do curso de 2012.

gráfica flávio motta

Foi inaugurada em 2013 a Gráfica Flávio Motta, em homenagem a este importante pro-fessor, historiador da arte, desenhista e pintor. O espaço, instalado no subsolo do prédio, absorve a partir de então todas as produções da Faculdade e Associação, com o objetivo de incentivar a produção interna da Instituição (cadernos, Informativos, cartazes, livros, entre outros).

O espaço tem um caráter pedagógico que não apenas o de produção e o incentivo à produ-ção interna, dos professores e estudantes, é seu grande intuito. A Escola sempre produ-ziu muito conhecimento e a gráfica veio para dar vazão a este conteúdo e criatividade de alunos e professores, além de gerar uma economia em longo prazo, o que pode represen-tar ainda mais produções futuras. O espaço confirma um desejo de transformar-se num espaço de pedagogia, como Flavio Motta sempre quis.

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design gráfico

A Escola da Cidade conta com um serviço terceirizado de design gráfico, que produz todos os materiais da Instituição, garan-tindo assim sua identidade visual e a per-manente divulgação de suas ações.

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apoio e incentivo ao aluno

Para que a instituição de ensino cumpra o seu papel de promoção do cidadão, comprome-tido e capaz de intervir na sociedade, de acordo com os princípios da cidadania, a insti-tuição tem que assumir, em sua prática, tais princípios como exercício cotidiano.

A partir dessa compreensão, a Escola da Cidade tem como uma das políticas de apoio institucional ao estudante e seus colaboradores, o oferecimento de bolsas, nas seguintes modalidades:

Bolsa CarênciaAtende a estudantes que comprovem necessidade financeira. A concessão de bolsa é feita a partir da análise da situação socioeconômica do estudante e do aproveitamento e fre-quência considerados satisfatórios pelo Departamento de Bolsas;

Bolsa ex-alunosPara egressos da graduação da Escola da Cidade que pretendem cursar pós-graduação;

Bolsa de iniciação científicaConcedida a alunos com projetos de pesquisa selecionados pelos professores do Núcleo de Pesquisa da Escola da Cidade;

Bolsa para funcionáriosTodo funcionário tem direito a bolsa de estudo integral, incluindo matrícula, em cursos de graduação, seqüenciais e pós-graduações existentes e administradas pela Mantenedora .

Bolsa EmergencialO aluno regularmente matriculado poderá requerer o desconto sobre o valor de sua men-salidade, desde que esteja dentro dos requisitos exigidos: morte e/ou perda do emprego por parte do arrimo da família, caso o aluno seja seu dependente; perda do emprego por parte do aluno e outros casos, desde que comprovados.

BENEFíCIOS Nº DE BENEFICIADOS2011 2012 2013

Bolsa Carência 64 62 69Bolsa ex-alunos 13 18 69Bolsa de iniciação científica 18 12 06Bolsa para funcionários e dependentes 01 01 01TOTAL 96 93 145

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apoio psicológico

Desde 2012 toda a comunidade da Escola da Cidade tem a oportunidade de utilizar um serviço de consultas psicológicas, pensado para cuidar da estreita relação existente entre a educação e a saúde. O serviço é gratuito e completamente sigiloso.

As consultas são realizadas em consultório particular, garantindo assim a intimidade e privacidade necessárias para este tipo de atendimento.

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área de atuação inclusão social

Na Escola da Cidade, a arquitetura como instrumento de inclusão social, está contemplada de diferenciadas maneiras em seu fazer pedagógico. Direito à moradia; questões de saúde pública, impacto ambiental, diversidade e de acessibilidade são alguns dos temas inseri-dos, quer seja nos conteúdos trabalhados em aulas, pesquisas e seminários, como também nos requisitos a serem contemplados nos projetos de arquitetura, realizados pelos estu-dantes de graduação e pós-graduação. São exemplos de ações e projetos:

curso de especialização habitação e cidade

O curso de Habitação e Cidade tem como objetivo o desenvolvimento de projetos de pesquisa na área de Habitação de Interesse Social em territórios urbanos.

A proposta é sistematizar e analisar os problemas enfrentados na prática, dentre os quais aqueles decorrentes do descompasso entre o trabalho técnico e a participação da comuni-dade e as política públicas, avaliando procedimentos adotados em projetos face aos seus resultados, além de estudar, através do exercício projetual, caminhos e estratégias de intervenção para possíveis transformações e melhorias no quadro atual.

responsabilidade socialáreas de atuação

A Escola da Cidade desenvolve suas atividades de ensino, pesquisa e extensão por meio de seus Núcleos de Ensino, Pesquisa, Tecnologia e Aplicação, todos pautados por sua missão de “transmitir e produzir conhecimento, interagindo e articulando-se com as práticas sociais, que auxiliem o aluno a realizar ligações entre a cultura elaborada e a cultura cotidiana de modo a adquirir instrumentos conceituais, formas de pensar e de sentir, reinterpretando e intervindo na realidade, cidade e meio ambiente”. Coerente com este princípio, as áreas eleitas para nortear a sua atuação no campo da responsabilidade social, estão apresentadas a seguir:

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“Espero que Brasília seja uma cidade de homens felizes: homens que sintam a vida em toda sua plenitude, em toda sua fragilidade; homens que compreendam o valor das coisas simples e puras um gesto, uma pala-vra de afeto e solidariedade.”

OSCAR NIEMEYER

Compreender o contínuo processo de transformação e produção do espaço assim como o papel do profissional arquiteto ao propor ou estar a serviço de estruturas que estabe-lecem as formas, e as políticas públicas de urbanização das cidades, são questões éticas no exercício da arquitetura que refletem na construção de atitudes positivas, ou não, de cidadania do profissional arquiteto.

Partindo desse princípio, a atuação da Escola da Cidade, no que diz respeito aos Direitos Humanos, apóia-se na premissa de que a sua construção enquanto valor se dá de forma transversal e está estreitamente vinculada às ações cotidianas, a partir dos diálogos que são estabelecidos com as pessoas, grupos e instituições do qual fazemos parte.

Portanto, para promover uma educação coerente com estes princípios, a Escola da Cidade propicia condições, por meio de atividades de ensino, pesquisa e extensão, que favoreçam aos alunos o desenvolvimento de sua capacidade dialógica, e autônoma para tomada de decisão em situações conflitantes do ponto de vista ético.

São exemplos desse ‘fazer comprometido’ as atividades a seguir:

área de atuaçãodireitos humanos

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centro integrado da cidadania do imigrante cic do imigrante

Como resposta às dificuldades percebidas no enfrentamento do problema dos imigran-tes, o Governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria de Justiça e da Defesa da Cidadania está ampliando as diretrizes já existentes, a partir da implantação de um Centro de Integração da Cidadania, voltado para o Imigrante.

Trata-se de um espaço de acolhimento, apoio descentralizado e informação, que visa ajudar a responder às questões que se colocam aos imigrantes que escolheram São Paulo como região de acolhimento.

O modelo de financiamento advém de uma política de responsabilidade social empresa-rial de fomento de políticas públicas, voltada à efetivação dos direitos humanos, realizado entre a Empresa Privada Inditex, o Governo do Estado de São Paulo, por meio da Secreta-ria da Justiça e da Defesa da Cidadania e, para a coordenação dos projetos de arquitetura, foi realizado um convênio com a Associação Escola da Cidade, no qual estudantes e pro-fessores fazem parte da equipe.

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biblioteca vilanova artigas

Biblioteca Vilanova Artigas, uma homenagem ao importante arquiteto brasileiro João Batista Vilanova Artigas, é mantida pela Associação Escola da Cidade – Arquitetura e Urbanismo e tem como missão atender principalmente a comunidade acadêmica, identificando-se com as suas necessidades, sendo responsá-vel pelo provimento de informações, procu-rando manter-se atualizada, visando o apri-moramento dos serviços, disponibilizando novas técnicas, capacitando intelectualmente os usuários de forma a torná-los sujeitos independentes e críticos em suas pesquisas, atuando como instrumento de apoio dinâ-mico no processo de ensino / aprendizagem e, por fim, estimulando o estudo, a pesquisa e a cultura. Dentro de suas possibilidades, como extensão de suas atribuições, a biblioteca

Enquanto instituição de ensino de arquitetura, a Escola da Cidade tem como uma de suas funções essenciais contribuir, por meio de suas ações, a preservação, difusão e visibili-dade da ampla gama das manifestações culturais humanas, propiciando isto não apenas através do ensino e da pesquisa, mas também, pela promoção de atividades livres que promovem o exercício da imaginação e da criatividade, que nos permitem caracterizá--las, como um “lugar de práticas culturais”.

Seja pela promoção de eventos - seminários e exposições, com livre acesso e abordagem de temas de interesse amplo, assim como, propiciando a produção de publicações e o amplo acesso aos seus acervos-, a Escola da Cidade, como missão política, contribui para a pre-servação, difusão e disseminação do conhecimento e da memória artístico e cultural.

São exemplos de ações e projetos:

área de atuação - preservação e difusão da memória e do patrimônio artístico e cultural

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atende também a comunidade externa. Estão incorporados ao acervo obras de referência, de inte-resse geral e de atualidades, além dos títulos específicos das disciplinas do Curso de Arquitetura e Urbanismo e, consequentemente, da área do conhecimento de Ciências Sociais Aplicadas.

Para manter um acervo qualitativo e quantitativamente bem dimensionado, no ano de 2005 foi incorporada ao acervo a biblioteca particular do Arquiteto Salvador Candia e, no ano de 2007, o acervo do IBAC (Instituto Brasileiro de Arte e Cultura). Atualmente, a Biblioteca conta com um acervo de mais de 11.876 exemplares dos mais variados títulos e diversos tipos de materiais. A Biblioteca conta ainda com políticas de aquisições que visam sempre atender de forma ágil às necessidades dos usuários. O acervo está totalmente informatizado em todos os seus procedimentos, permitindo a consulta por diferentes recursos, inclusive acesso on-line ao acervo, através deste site, onde o usuário pode realizar operações como: reserva de mate-rial, renovação de empréstimo, verificação de histórico e consulta de referência bibliográfica.

seminários internacionais

A Escola da Cidade realiza Seminários Internacionais de Projeto Urbano, evento acadêmico gra-tuito dirigido a toda a comunidade com realização de palestras e workshops em conjunto com tra-dicionais instituições de ensino e renomados escritórios de arquitetura parceiros na organização. Já participaram do evento vários arquitetos convidados de países diversos, como Itália, China, Alemanha, Argentina, Chile, Colômbia, Equador, Espanha, Dinamarca, Áustria, Portugal, entre outros. Dentre os temas abordados nos últimos anos, estão:

Habitação e Educação na Cidade Contemporânea (2011)Parceiros do evento:Secretaria de Habitação da Prefeitura de São Paulo (Brasil)Facoltá di Architettura ad Alghero UNISS (Itália)The Royal Danish Academy of Fine Arts (Dinamarca)Facultad de Arquitectura y Urbanismo UNLP (Argentina)Escuela Superior de Arquitectura de Gra-nada (Espanha)Peking University (China)Turenscape Institute (China)Programa Habitat da Organização das Nações Unidas (ONU)

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Hidroanel Metropolitano de São Paulo (2013)Parceiros:Facultad de Arquitectura, Diseño y Urbanismo de Buenos Aires (Argentina)Universidade de Talca (Chile)Universidad EAFIT (Colômbia)Universidade Iuav di Venezia (Itália)Escritório Al Borde (Equador)Universidade Hochschule Konstanz (Alemanha)Royal Danish Academy of Fine Arts (Dinamarca)Università di Sassari - Facoltà di Architettura di Alghero (Itália)Sheila Basilio Arquitetura (Espírito Santo – Brasil)Universidad Mayor (Chile)Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP (SP – Brasil)

Habitação, infraestrutura, espaço público e gestão (2014)Parceiros:ENS Architecture Paris-Belleville (FrançaLacaton & Vassal (FrançaEscola Técnica Superior de Arquitetura de Madrid - ETSAM (Espanha) TMA, de LisboaFAUP – Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto (Portugal).Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP (SP – Brasil)Universidade Federal de São Paulo (SP – Brasil)

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seminários de cultura e realidade contemporânea

Os Seminários de Cultura e Realidade Contemporânea integram a grade curricular do curso de Arquitetura da Escola da Cidade com o objetivo de enriquecer o currículo com temas transversais e são dirigidos, também, para o público externo. Todas as quartas-feiras, a Escola promove debates gratuitos, abertos ao público, com convidados de diversas áreas de atuação, como cineastas, astrônomos, antropólogos, geógrafos, fotógrafos, músicos, políticos, entre outros. Já estiveram presentes, nos últimos anos, nomes como Eliane Caffé (cineasta), Paulo Sérgio Pinheiro (representante da ONU), Mary Del Priore (especialista em História do Brasil), José Miguel Wisnik (ensaísta e compositor), Glenda Mezarobba (cientista política), Tales Ab’Saber (psicanalista e ensaísta), Luiz Paulo Baravelli (Pintor, desenhista, escultor), Guto Lacaz (ilustrador, designer, cenógrafo e desenhista brasileiro), Domenico de Masi (soció-logo italiano), Vittorio Garatti (arquiteto italiano), Bob Wolfenson (fotógrafo), Paulo Hartung (economista). Importantes arquitetos também foram convidados às quartas-feiras, tais como Marcelo Suzuki, Giancarlo Latorraca, André Vainer, Marcelo Ferraz, entre outros.

arqu i t e turaarte eAgnAldo FAriAs

seminário de culturA e reAl idAde contemporâneA

27.02 , 18h30Auditório dA Al iAnç A FrAncesA | ruA GenerAl JArdim, 182

05 e 12 de setembro

18h

Auditório dA AliAnçA FrAncesA ruA GenerAl JArdim, 182

c u l t u r a e r e a l i d a d e c o n t e m p o r â n e a

SEMINÁRIO DE CULTURA E REALIDADE

W A L T E R G A R C I A

joão gilberto

tom jobim

26.09 -18H

M A R I G H E L L A

28/0822:30h

Espaço UNIbaNco FrEI caNEca

EXIBIÇÃO DO FILME

A Escola da Cidade convida seus alunos e professores

a assistir no dia 28/08 (terça-feira), às 10h30, o

documentário ‘Marighella’, da diretora Isa Grinspum

Ferraz, no Espaço Itaú Frei Caneca (Shopping Frei

Caneca). Após a exibição da película, será promovido um

debate com Isa Ferraz, no mesmo local.

Por solicitação da Escola da Cidade, a diretora do documentário conseguiu

junto ao produtor o privilégio de exibir ‘Marighella’ para os alunos e professores da

Faculdade, simultaneamente em três salas de cinema do

Espaço Itaú Frei Caneca (salas 4,5 e 6).

A Escola da Cidade arcará com os custos dos ingressos no local. A ida dos alunos ao

cinema vale por uma presença no Seminário de Cultura e

Realidade Contemporânea.

Confirmar participação com Erika Machado, pelo e-mail

[email protected], até segunda-feira

(27/08), às 13h.

RuA FREI CAnECA, 569, 3º PISO SHOPPInG FREI CAnECA

COnSOL AÇÃO

AtEnÇÃO – HAvERá SEMInáRIO nORMALMEntE nA quARtA-FEIRA, DIA 29/08, àS 18H, COM A PRESEnÇA DE AGnALDO FARIAS, CRítICO E CuRADOR, PROFESSOR DA FACuLDADE DE ARquItEtuRA E uRBAnISMO DA unIvERSIDADE DE SÃO PAuLO.

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área de atuação - desenvolvimento social, econômico e ambiental

As ações promovidas pela Escola da Cidade que têm como foco o desenvolvimento socio- econômico ambiental partem da concepção de que este, enquanto área de atuação, é expressão de um processo que busca uma nova direcionalidade para o pensar e o fazer humano.

Tais ações são desenvolvidas, estrategicamente, pelos Núcleos de Aplicação, Pesquisa e de Tec-nologia, que como núcleos de extensão, fazem parte do processo educativo, cultural e cientí-fico, que articula o ensino e a pesquisa de forma indissociável, viabilizando a relação trans-formadora entre a Escola e a sociedade. É uma via de mão-dupla, com trânsito assegurado à comunidade acadêmica, que encontrará, na sociedade, a oportunidade de elaboração da práxis de um conhecimento acadêmico.

Esse fluxo, que estabelece a troca sistematizada dos saberes, tanto o acadêmico quanto o popular, terá como consequência a produção do conhecimento resultante do confronto com a realidade brasileira e regional, a democratização do conhecimento acadêmico e a participa-ção efetiva da comunidade, na atuação da Escola. Além de instrumentalizadora do processo dialético de teoria/prática, a extensão é um trabalho interdisciplinar que rompe com o olhar fragmentado e favorece o estabelecimento de parceria e a integração do social para a implan-tação de projetos de ação, na produção econômica, da qualidade de vida e do desenvolvimento socioeconômico e ambiental.

Projetos realizados:

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marcenaria escola

Projeto de parceria entre a Escola da Cidade e a Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente de São Paulo, para o desenvolvimento do projeto de edificação da Marcenaria Escola, no parque Anhanguera, como parte do Programa Pau a Pique, destinado ao rea-proveitamento de madeira proveniente do corte e poda de árvores no município de São Paulo, para confecção de equipamentos públicos.

projeto mini vila olímpica da cohab adventista

Concebido pelo Prof. Aziz Ab’Saber, o convênio, firmado entre Coordenadoria do Pro-grama Viver Melhor, da Companhia Metropolitana de Habitação de São Paulo – COHAB e a Associação Escola da Cidade, teve como finalidade a realização do projeto Mini Vila Olímpica da COHAB Adventista.

A Proposta visou à implantação de atividades que promovam ações voltadas ao desen-volvimento de projetos educacionais e sociais com a participação comunitária. Como projeto piloto visou-se que a metodologia de trabalho adotada seja replicada em outros conjuntos Habitacionais.

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restaurante escola, loja social e centro de jovens prates

Convênio firmado entre a Secretaria Municipal de Assistência Social – São Paulo e Asso-ciação Escola da Cidade - Arquitetura e Urbanismo para implantação de um restaurante escola, com a finalidade de capacitar jovens para o mercado de hotelaria.

O Projeto da Secretaria Municipal de Assistência Social faz parte dos esforços da gestão para Reconstrução e Revitalização do centro de São Paulo e se diferencia por utilizar tec-nologia de baixo impacto ambiental.

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parque linear - parque da integração zilda arns Convênio da Associação Escola da Cidade com a SABESP – Cia. De Saneamento Básico do Estado de São Paulo para implantação do Parque da Integração Zilda Arns, na cidade de São Paulo. O partido arquitetônico, urbanístico e paisagístico do parque é estrutu-rado por caminho de pedestre, ciclovia e arborização em todo seu percurso de cerca de 7,5 km de extensão, implantado sobre a adutora Rio Claro, entremeado por praças de travessia e equipamentos de esporte e lazer ativo.

A participação da comunidade, desde o inicio do projeto, definiu as diretrizes para circu-lação, o lazer e a segurança do parque.

A área do Parque, de aproximadamente 224.000 m², o coloca na posição de 10° parque público da cidade, em área contínua. Quanto à sua abrangência, devido à sua linearidade, também o coloca como um dos parques de maior alcance socioambiental da cidade de São Paulo por beneficiar, aproximadamente, 320 mil habitantes.

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projeto bem viver em itapemirim

Convênio de Cooperação Técnico – Científico entre a Prefeitura de Itapemirim e a Asso-ciação Escola da Cidade - Arquitetura e Urbanismo, com o objetivo de elaborar os Projetos Básico e Executivo do PROJETO BEM VIVER EM ITAPEMIRIM, que propiciará a remode-lação da infraestrutura arquitetônica e urbanística dos espaços públicos do Município de Itapemirim–ES, realização de pesquisas científicas e tecnológicas para a solução de pro-blemas relativos à orla marítima, implantação de novos espaços públicos de convivência.

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fibria celulose s.a. - programa helvécia, ba

Convênio de Cooperação Técnico – Científico para elaboração de diretrizes, assessoria, projetos, acompanhamento e registros de obras e monitoramento pós-ocupação, para implantação de equipamentos de utilização pública no Núcleo Urbano Quilombola de Helvécia, Município de Caravelas e Nova Viçosa, BA.

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expediente

associação escola da cidade conselho diretor e executivo

PresidenteAnália Maria Marinho de Carvalho Amorim1 Vice-presidenteMarta Inês de Silva Moreira2 Vice-presidenteHelene AfanasieffSecretária GeralLeile Fortunata CacacciDiretor de ComunicaçãoRafic Jorge FarahComitê de Avaliação PermanenteAnderson Fabiano Freitas, Alvaro Luis Puntoni, Fernando Felippe Viégas e Luis Octávio Pereira Lopes Faria e Silva

núcleos de trabalho

Núcleo EscolaCiro PirondiNúcleo AplicaçãoPaulo Brazil Esteves Sant’annaNúcleo PesquisaNewton Massafumi YamatoNúcleo TecnologiaRicardo Caruana

relatório

Concepção e Organização Maria Cristina T. Lattari (Assuntos Institucionais) Camila Regis (Jornalista – Mtb 43.451)Revisão Camila Regis (Jornalista – Mtb 43.451) Colaboração Leile Cacacci (Secretária Geral), Dayse Lymberopoulos (Contabilidade), Daniel Fiker (Mobilidade), Cecília Ottoni (Pós-graduação), Maria de Lourdes Buono (Financeiro)Projeto Gráfico e Diagramação Três Design Impressão Gráfica Flavio Motta