escola cultural
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Seminário apresentado à disciplina : Planejamento e Estratégia do Bacharelado em Administração do IFBA - Turma 2012.2TRANSCRIPT
ESCOLA CULTURAL
A formação de estratégia como um processo coletivo.
Disciplina: Planejamento e EstratégiaProfessor: Alex Cypriano
Dupla: Érica Rangel e Graziele Alves
Turma: Administração 2012.2
CONCEITO
Escola Cultural: Formação de estratégia como um processo enraizado na força social da cultura.
A cultura junta uma coleção de indivíduos em uma entidade integrada chamada organização;
A cultura está em tudo o que nos cerca, naquilo que bebemos, na musica que ouvimos, na maneira pela qual nos comunicamos;
Cultura é aquilo que é único a respeito da maneira pela qual fazemos todas essas coisas. Ela trata daquilo que diferencia uma organização de outra, uma nação de outra;
Pode ser estudada do ponto de vista de uma pessoa de fora ou do nativo de dentro.O primeiro assume uma posição objetiva sobre as razões pelas quais as pessoas se comportam como o fazem. O segundo considera a cultura como um processo subjetivo de interpretação, não baseado em qualquer lógica abstrata universal.
NATUREZA DA CULTURA
A cultura é essencialmente composta de interpretações de um mundo e das atividades e artefatos que refletem as mesmas. Além da cognição, essas interpretações são compartilhadas coletivamente, em um processo social. Não há culturas particulares. Algumas atividades podem ser individuais, mas sua importância é coletiva.
Cultura organizacional é associada com cognição coletiva. Ela passa a ser a “ mente da organização”, as crenças comuns que se refletem nas tradições e nos hábitos, bem como manifestações mais tangíveis.
NATUREZA DA CULTURA
A cultura representa a força vital da organização.
Quanto mais fechada a trama unindo interpretações e atividades, mais profundamente enraizada a cultura.
A força de uma cultura pode ser proporcional ao grau até o qual ela ilude a consciência.
As organizações com culturas fortes são caracterizadas por um conjunto de “suposições dadas como certas”, as quais são “ protegidas por uma rede de artefatos culturais”, inclusive a maneira pela qual as pessoas se comportam umas com as outras.
PREMISSAS DA ESCOLA CULTURAL
A formação de estratégia é um processo de interação social, baseado nas crenças e nas interpretações comuns aos membros de uma organização.
Um individuo adquire essas crenças através de um processo de aculturação ou socialização, o qual é em grande parte tácito e não verbal, embora seja, as vezes, reforçado por uma doutrinação mais formal.
PREMISSAS DA ESCOLA CULTURAL
Portanto, os membros de uma organização podem descrever apenas parcialmente as crenças que sustentam sua cultura, ao passo que as origens e explicações podem permanecer obscuras.
Em consequência disso, a estratégia assume a forma de uma perspectiva, acima de tudo, enraizada em intenções coletivas e refletida nos padrões pelos quais os recursos ou capacidades da organização são protegidos e usados para sua vantagem competitiva.
PREMISSAS DA ESCOLA CULTURAL
A cultura e, em especial, a ideologia não encorajam tanto as mudanças estratégicas quanto a perpetuação da estratégia existente; na melhor das hipóteses, elas tendem a promover mudanças de posição dentro da perspectiva estratégica global da organização.
CULTURA E ESTRATÉGIA
ESTILO DE TOMADAS DE DECISÃO
A cultura influencia o estilo de pensar favorecido numa organização assim como seu uso de análise e, portanto, influencia o processo de formação de estratégia.
A escola cultural é que dá vida à ala interpretativa da escola cognitiva no mundo coletivo da organização. Em consequência disso, organizações com culturas diferentes, operando no mesmo ambiente, interpretam-no de maneiras muito diversas.
CULTURA E ESTRATÉGIA
RESISTÊNCIA A MUDANÇAS ESTRATÉGICAS
São as crenças profundamente enraizadas da cultura e suas suposições tácitas que agem como poderosas barreiras internas a mudanças fundamentais.
“ Uma corporação não tem uma cultura. Uma corporação é uma cultura. É por isso que são difíceis de mudar.”
Os executivos tendem a conservar as crenças que funcionaram no passado. E isso significa, manter as estratégias estabelecidas, como perspectivas, embutidas na cultura.
CULTURA E ESTRATÉGIA
SUPERAR A RESISTENCIA ÁS MUDANÇAS ESTRATÉGICAS
É preciso dar atenção a como superar a inércia estratégica da cultura organizacional.
Os altos executivos devem aceitar, como parte principal da cultura da empresa, a importância da flexibilidade e da inovação.
Mudanças na estratégia precisam ser baseadas em mudanças fundamentais na cultura.Isso acontece em quatro fases: Deriva estratégica, descongelamento dos sistemas de crenças correntes, experimentação e reformulação e extabilização.
CULTURA E ESTRATÉGIA
VALORES DOMINANTES
A cultura está envolvida com estratégia, estrutura, sistemas, estilo, pessoal e aptidões. Todos esses aspectos de uma organização devem se encaixar de forma harmoniosa para que tenha sucesso.
CULTURA E ESTRATÉGIA
CHOQUE DE CULTURAS
As estratégias de fusões, aquisições e empreendimentos conjuntos têm sido examinadas do ponto de vista do confronto de diferentes culturas.
A cultura única que molda cada organização garante que essas estratégias sempre serão problemáticas.
RECURSOS COMO BASE DE VANTAGEM COMPETITIVA
Cultura Material Cultura é o significado comum criado por um
grupo de pessoas ao longo do tempo. A Cultura Material surge quando recursos
tangíveis (como máquinas e prédios) bem como outros menos tangíveis (como conhecimento científico e sistemas orçamentários) interagem com os membros de uma organização.
Crenças e valores criam objetos e estes criam e moldam crenças e valores
RECURSOS COMO BASE DE VANTAGEM COMPETITIVA
Por que as empresas se diversificam? As empresas extraem suas vantagens de
imperfeições do mercado Elas investem mais em pesquisa e
desenvolvimento, criam extensas capacidades de produção e marketing e aprendem a respeito de seus clientes.
RECURSOS COMO BASE DE VANTAGEM COMPETITIVA
Teoria baseada em recursos A estratégia para uma grande empresa
envolve o atingimento de um equilíbrio entre a exploração dos recursos existentes e o desenvolvimento de novos recursos.
Uma aquisição pode ser vista como a compra de um pacote de recursos em um mercado altamente imperfeito.
Requisitos para verificar quais recursos são de fato estratégicos (Valor, Raridade, Imitabilidade e Substitutibilidade)
RECURSOS COMO BASE DE VANTAGEM COMPETITIVA
Cultura como recurso - chave A primeira linha de defesa para uma
vantagem baseada em recursos é impedir a imitação
Para Conner e Prahalad, uma visão baseada no conhecimento é a essência da perspectiva baseada em recursos.
Na perspectiva de Kogut e Zander (1996), a fonte de inimitabilidade vem da totalidade da organização como “comunidade social”.
RECURSOS COMO BASE DE VANTAGEM COMPETITIVA
Para onde vai a visão baseada em recursos? Para Grant (1991), dada a volatilidade do
ambiente externo, as organizações não tem opção a não ser olhar para as suas capacidades internas em busca de um senso estável de direção.
Michael Porter e a “hiperturbulência”
CRÍTICA, CONTRIBUIÇÃO E CONTEXTO DA ESCOLA CULTURAL
Cinco passos fáceis para destruir uma cultura rica (adaptado de Mintzberg, 1996b)
Gerenciar os lucros Fazer um plano para cada ação Mudar os gerentes de lugar para ter certeza
de que eles nunca cheguem a aprender qualquer coisa
Ser sempre objetivo Fazer tudo em cinco passos fáceis
CRÍTICA, CONTRIBUIÇÃO E CONTEXTO DA ESCOLA CULTURAL
A escola cultural pode encorajar a uma espécie de estagnação empresarial
Nesta escola, a formação de estratégia torna-se a administração da cognição coletiva
A escola cultural parece mais aplicável a determinados períodos na vida das organizações, entre eles: período de reforço, resistência às mudanças, recomposição e revolução cultural.
CASO NATURA - “O JEITO NATURA DE PENSAR, AGIR E ENGAJAR”
UM POUCO DA HISTÓRIA DA NATURA
A Natura surgiu da reinvenção de um laboratório de cosméticos , reinvenção esta realizada por Luiz Seabra, que notou que por meio da cosmética, o indivíduo criava uma interface sensorial capaz de fazê-lo perceber uma dimensão mais profunda de si mesmo e, assim, relacionar-se melhor com a vida e o mundo.
A primeira linha de produtos Natura começou a ser comercializada em 1969
Em 1974, a Natura partiu para a venda direta
UM POUCO DA HISTÓRIA DA NATURA
Em 1980, a Natura passou a vender seus produtos com refil
Na década de 90 ocorre o lançamento de produtos Chronos, Mamãe e Bebê e Ekos.
Em 2004, a Natura passa a ofertar ações publicamente.
A NATURA E O SEU JEITO DE FAZER NEGÓCIOS
A Natura contempla a visão e a crença de que suas atividades sob uma perspectiva mundial, estão comprometidas com a “construção de um mundo melhor”
Para manter a vivacidade da sua cultura, a Natura definiu guias para a sua tangibilização de seu modo de pensar
Uma das maneiras mais efetivas na tangibilização desse conjunto de crenças reside em suas atitudes de marca
ATITUDES COMO TANGIBILIZADORAS DE UM PROPÓSITO
Movimento Natura Carbono Neutro Ações Sociais, com destaque para o “Crer
para ver”. Natura Musical
A SINCRONIA ENTRE PROPÓSITO, CULTURA E ATITUDES
A Natura consegue alinhar seu propósito junto ao público interno por meio de capacitações e comunicações frequentes acerca dos conteúdos da marca. Existe uma preocupação por parte da empresa em disseminar os significados fundantes da marca juntos aos públicos exteriores por meio dos seus produtos, canais e postura existente de criar uma comunidade mais ampla em torno do seu conteúdo filosófico. A gestão da marca Natura com base na formação de uma cultura, compõe o diferencial da empresa que se reafirma em suas atitudes.