ergonomia-4

47

Upload: max-henrique

Post on 31-Dec-2015

9 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

AMBIENTE FÍSICO DE TRABALHO

Conjunto de fatores objetivos do meio ambiente que influem sobre os trabalhadores na hora de desenvolver o trabalho

Temperatura Ruído Vibrações Iluminação Contaminação

Na vida fora do trabalho, no descanso, na saúde

De formas variadas e complexas dependendo de fatores subjetivos e características fisiológicas próprias

Constituído por:

Repercutem

Reage

SITUAÇÕES DO AMBIENTE

ÓTIMAS PERMISSÍVEIS CRÍTICAS

CONFORTO MAL-ESTAR AFETAÇÃO DA SAÚDE

DESCONFORTO

CONDIÇÕES INSALUBRES

AMBIENTE FÍSICO DE TRABALHO

ESTUDO1. RELAÇÃO ENTRE FUNÇÕES DO ORGANISMO (FISIOLÓGICAS) E CONDIÇÕES DO AMBIENTE DE TRABALHO.

2. COMO ABORDAR O PROBLEMA:

- MEDIÇÃO DOS PARÂMETROS.

- AVALIAÇÃO DAS CONDIÇÕES ( COMPARAÇÃO DAS MEDIÇÕES COM OS VALORES MÁXIMOS PERMITIDOS NAS NORMAS).

- MEDIDAS DE CONTROLE.

INFLUÊNCIA DA TEMPERATURA SOBRE O ORGANISMO

Equação Simplificada de Balanço térmico

M R C - E = A+-+-

M: Geração de calor metabólica (eqüivale ao gasto energético).- Atividade física.

R: Intercâmbio de calor por radiação devido a diferença de temperatura entre as superfícies que rodeiam ao trabalhador e a temperatura da superfície da pele.

C: Intercâmbio de calor devido a diferença de temperatura entre a superfície da pele e a temperatura do ar.E: Perda de calor por evaporação.- Umidade do ar- Velocidade do ar

COMBINAÇÕES DO BALANÇO TÉRMICO

M R C = 0+- +-

M R C - E = 0+- +-

M R C - E > 0+- +-

M R C < 0+- +-

E = 0 CONDIÇÕES ÓTIMAS

PRECISA EVAPORAÇÃOCONDIÇÕES PERMISSÍVEIS

EXCEDE CAPACIDADE DE SUARCONDIÇÕES CRÍTICAS PELO CALOR

PERDAS EXCEDEM OS GANHOSCONDIÇÕES CRÍTICAS PELO FRIO

INFLUÊNCIA DAS DIFERENÇAS INDIVIDUAIS

1. Capacidade de trabalho físico.

2. Sexo.

3. Cor da pele.

4. Idade.

5. Vestimenta.

?

INFLUÊNCIA DAS DIFERENÇAS INDIVIDUAIS

Vestimenta.

ISOLAMENTO TÉRMICO POR CAUSA DA ROUPA (clo)

ESTUDO DA INFLUÊNCIA DO AMBIENTE TÉRMICO

I. MEDIÇÃO DE PARÂMETROS

QUAIS?

TEMPERATURA SECA DO AR

TEMPERATURA ÚMIDA DO AR

UMIDADE RELATIVA

TEMPERATURA DE RADIAÇÃO

VELOCIDADE DO AR

METABOLISMO (GASTO ENERGÉTICO)

ESTUDO DA INFLUÊNCIA DO AMBIENTE TÉRMICO

TEMPERATURA SECA DO AR

TEMPERATURA ÚMIDA DO AR

UMIDADE RELATIVA

PSICRÔMETRO

O psicrômetro é um aparelho constituído por dois TERMÔMETROS idênticos colocados um ao lado do outro, que serve para avaliar a quantidade de vapor de água contido no ar. A diferença entre os dois termômetros é que um deles trabalha com o bulbo seco e o outro com o bulbo úmido

ESTUDO DA INFLUÊNCIA DO AMBIENTE TÉRMICO

TEMPERATURA DE RADIAÇÃO

Este parâmetro é medido indiretamente através de um aparelho denominado termômetro de

globo.

É composto de uma esfera oca de cobre com aproximadamente 15cm de diâmetro e um

1mm de espessura, pintada externamente esfera. Este aparelho deve ser montado no local da

medição sem contato direto com o suporte, a fim de evitar perda de calor por condução. A

leitura obtida é denominada temperatura de globo.

ESTUDO DA INFLUÊNCIA DO AMBIENTE TÉRMICO

VELOCIDADE DO AR

ANEMÔMETRO

A variação de velocidade do ar implica num aumento do potencial da troca térmica. No mecanismo da evaporação, a movimentação do ar próximo àsuperfície do corpo implica numa sucessão de estágios de equilíbrio entre a pele e o ambiente.

ESTUDO DA INFLUÊNCIA DO AMBIENTE TÉRMICO

II. AVALIAÇÃO DAS CONDIÇÕESCOMO?

COMBINAÇÕES DE PARÂMETROS PARA DETERMINAR INDICADORES TÉRMICOS:

1.INDICADORES DE CONFORTO

-Temperatura Efetiva (TE)

-Temperatura Efetiva Corrigida (TEC)

2. INDICADORES DE SOBRECARGA TÉRMICA

IDENTIFICAÇÃO DO PROBLEMA TÉRMICO

CONFORTO TÉRMICOSOBRECARGA

TÉRMICA

HIGIENE DO TRABALHO

NR-15

ERGONOMIA

NR - 17

INDICADORES DE CONFORTO NR-17

INDICE DE TEMPERATURA EFETIVA (TE) NR-17

Definição: Temperatura de um ar calmo, saturado de vapor de água que produziria uma sensação imediata de conforto ou desconforto térmico equivalente à do ambiente estudado.

PROCEDIMENTO:

-Medir temperatura seca

-Medir temperatura úmida

-Medir velocidade do ar

-Localizar temperatura seca na escala vertical à esquerda

-Localizar temperatura úmida na escala vertical à direita

-Ligar os dois pontos e localizar a curva da velocidade do ar

-A temperatura efetiva (TE) é a que passa pelo ponto

LIMITAÇÕES: Não considera o efeito da radiação térmica

INDICE DE TEMPERATURA

EFETIVA (TE)

Velocidade do ar entre 0 e 3 m/seg

INDICADORES DE CONFORTO

INDICE DE TEMPERATURA EFETIVA CORRIGIDA (TEC)

- Medida um pouco mais precisa que usa a temperatura de calorradiante (temperatura de globo) para calcular uma pseudo-temperatura úmida.

PROCEDIMENTO

-Unir temperatura seca e úmida em carta psicrométrica.

-Trazar uma linha horizontal até encontrar a temperatura radiante e nesse ponto temos a pseudo temperatura úmida.

-Com a temperatura pseudo úmida e a temperatura radiante utiliza-se o nomograma da Temperatura Efetiva.

INDICADORES DE CONFORTO

INDICE DE TEMPERATURA EFETIVA CORRIGIDA (TEC)

CARTA PSICROMÉTRICA

AVALIAÇÃO DOS INDICADORES DE CONFORTO

TRABALHO LIGEIRO TE ou TEC

M ≤ 100 w/m²

(M ≤ 150kcal/h) 28°

TRABALHO MODERADO

100 < M ≤ 165 w/m²

(150 < M ≤ 300 kcal/h) 26°

TRABALHO PESADO

M > 165 w/m²

(M > 300 kcal/h) 25°

INDICADORES DE SOBRECARGA TÉRMICA NR-15

IBUTG - ÍNDICE DE BULBO ÚMIDO TERMÔMETRO DE GLOBO☯ COM CARGA SOLARIBUTG = 0,7 tbu + 0,1 tbs + 0,2 tg

☯ SEM CARGA SOLARIBUTG = 0,7 tbu + 0,3 tg

INDICADORES DE SOBRECARGA TÉRMICA NR-15

IBUTG - ÍNDICE DE BULBO ÚMIDO TERMÔMETRO DE GLOBO

INDICADORES DE SOBRECARGA TÉRMICA NR-15

INDICADORES DE SOBRECARGA TÉRMICA NR-15

INDICADORES DE SOBRECARGA TÉRMICA NR-15

INDICADORES DE SOBRECARGA TÉRMICA NR-15

EXEMPLO1) Um operador gasta 3 minutos para carregar o forno e aguarda 4 minutos para a carga atingir a temperatura esperada. Em seguida gasta outros 3 minutos para descarregar o forno. Durante o tempo em que aguarda a elevação da temperatura da carga (4 min) o operador fica fazendo anotações, sentado numa mesa fora do local onde está localizado o forno. Este ciclo de trabalho é continuamente repetido durante toda a jornada de trabalho em recinto fechado sem carga solar.Solução:Os tempos de Tt e Td devem ser somados, no período mais desfavorável do ciclo de trabalho, sendo que a soma dos mesmos deve ser igual a 60 minutos corridos.Todo o cálculo é efetuado em cima de uma base de cálculo de 60 minutos, que érepresentativa para toda a jornada de trabalho.

INDICADORES DE SOBRECARGA TÉRMICA NR-15

a) Mediante as medições em campo os valores encontrados, foram:Local de descanso: tg = 28ºC, tbn = 20ºC;Local de trabalho: tg = 54ºC, tbn = 22ºC;

b) Definir o tipo de atividade (quadro 03): MODERADA

c) Calcular IBUTGt e o metabolismo em função do tipo de atividade:IBUTGt = 0,7tbn + 0,3tg → IBUTGt = 0,7x22 + 0,3x54 → IBUTGt = 31,6ºC → Mt = 300 Kcal/h

d)Calcular IBUTGd = 0,7tbn + 0,3tg → IBUTGt = 0,7x20 + 0,3x28 → IBUTGd = 22,4ºC → Md = 125 Kcal/h

INDICADORES DE SOBRECARGA TÉRMICA NR-15

e) Definir o ciclo de trabalho:Tempo de trabalho: 6 min. X 6 = 36 minutos;Tempo de descanso: 4 min. X 6 = 24 min.;Ciclo de trabalho: 36 min. Trabalhando por 24 min. Descansando em outro local de trabalho.

f) Calcular a taxa de Metabolismo (M) média ponderada em função do ciclo de trabalho:_ _M = (mt x tt + md x td) / 60 min. → M = (300 x 36 + 125 x 24) / 60_ M = 230 Kcal/h

______g) Calcular IBUTG = (IBUTGt x Tt + IBUTGd x Td) / 60 min. →_____ ______IBUTG = (31,6 x 36 + 22,4 x 24) / 60 → IBUTG = 27,9ºC

INDICADORES DE SOBRECARGA TÉRMICA NR-15

h) Conclusão:Para interpretar o resultado devemos proceder da seguinte forma:- Pegar o metabolismo média ponderada calculado na alínea “f”(M = 230 Kcal/h e determinar o máximo IBUTG permitido pelo Quadro nº 2;- Como no Quadro nº 2 não existe o valor de M = 230 Kcal/h, arredondar para o valor imediatamente acima que é M = 250 Kcal/h;- Para M = 250 Kcal/h no quadro 2, o máximo IBUTG aceito é de 28,5 ºC;- Comparar com o IBUTG média ponderada calcula na alínea “g”que foi de 27,9ºC com o máximo IBUTG permitido no Quadro 2 para o metabolismo média ponderada calculado;- Neste caso conclui-se que o ciclo de trabalho apresentado neste exemplo é compatível com as condições térmicas do ambiente analisado e portanto o “Limite de Tolerância (LT)” não foi ultrapassado.

ESTUDO DA INFLUÊNCIA DO AMBIENTE TÉRMICO

III. MEDIDAS DE CONTROLE

1. MELHORA DO MÉTODO DE TRABALHO M

2. AUMENTO DA VELOCIDADE DO AR CDesenho ou melhora dos sistemas de ventilação

Natural Artificial

Geral Localizada

ESTUDO DA INFLUÊNCIA DO AMBIENTE TÉRMICO

3. PROTEÇÃO CONTRA RADIAÇÕES REquipamentos de proteção coletivaEquipamentos de proteção individual (vestuário, máscaras, luvas)

MEDIDA ADOTADA FATOR ALTERADO

Insuflação de ar fresco no local ondepermanecer o trabalhador. Temperatura do ar

Maior circulação do ar existente no local detrabalho. Velocidade do ar

Exaustão do vapor d'água emanados de umprocesso. Umidade relativa do ar

Barreiras refletoras (alumínio polido e açoinoxidável).Barreiras absorventes (ferro e aço oxidado).Barreiras contra radiação infra-vermelha

Calor radiante

Automatização do processo. Calor produzido pelometabolismo

ESTUDO DA INFLUÊNCIA DO AMBIENTE TÉRMICO

EXEMPLOS DE MEDIDAS

ILUMINAÇÃO

80% da informação necessária para realizar o trabalho éobtida pela visão

A visibilidade depende de:

- Tamanho do objeto

- Distância dos olhos

- Cor da peça e contraste com o fundo

- Nível de iluminação e intensidade da luz

ILUMINAÇÃO ADEQUADA

ILUMINÂNCIA (E)

Expressa em lux (lx), indica o fluxo luminoso de uma fonte de luz que incide sobre uma superfície situada à uma certa distância desta fonte. Na prática é a quantidade de luz existente num ambiente.Para obter conforto visual, considerando a atividade que se realiza, são necessários certos níveis de iluminância médios. Os mesmos são recomendados por normas técnicas

ILUMINÂNCIA

Ou utilizar oscritérios daTabela

LUXÍMETRO: Instrumento utilizado para mediriluminância

Luminância é uma medida da densidade da intensidade de uma luz refletida numa dada direção, cuja unidade SI é a candela por metro quadrado (cd/m²).

OUTROS CONCEITOS IMPORTANTES

REFLETÂNCIA (ou fator de reflexão). relação, expressa em porcentagem, entre o fluxo luminoso refletido por uma superfície e o fluxo luminoso incidente

OUTROS CONCEITOS IMPORTANTES

ILUMINAÇÃO ZENITAL: São aberturas localizadas na cobertura de uma edificação

OUTROS CONCEITOS IMPORTANTES

Iluminação zenital é aquela iluminação que vem de cima, que vem do céu (zênite). Ela surgiu da necessidade de iluminar grandes espaços cobertos onde somente as janelas não eram suficientes.

CÁLCULOS DE ILUMINAÇÃO (I)calculos_iluminacao em www.uff.br/cecilia

CÁLCULOS DE ILUMINAÇÃO

(II)

DETERMINAÇÃO DA QUANTIDADE DE LUMINÁRIAS

MEDIÇÃO DA ILUMINÂNCIA OU NÍVEL DE ILUMINAMENTO

LEGISLAÇÃO

LEGISLAÇÃO

VER PROCEDIMENTO DE REALIZAÇÃO DAS MEDIÇÕES NA NBR 5382

MEDIDAS DE CONTROLE DE ILUMINAÇÃO

1. Dar manutenção ao sistema de iluminação.

2. Modificar o sistema de iluminação ou melhoria da distribuição de lâmpadas.

3. Instalar iluminação localizada nos lugares que precise.

I. PROJETO

- Aproveitar iluminação natural (incluindo a zenital)

- Utilização adequada de cores (fator reflexão)II. MELHORIAS NO PROJETO

BIBLIOGRAFIA

IIDA, Itiro. Ergonomia: projeto e produção. São

Paulo: Edgard Blücher, 1990

NR 17 - NORMA REGULAMENTADORA 17

NR-15 ATIVIDADES E OPERAÇÕES INSALUBRES

NBR 5382 Verificação de iluminância de interiores em http://www.4shared.com/office/NoLt4pO9/nbr_5382_-_verificao_de_ilumin.html

calculos_iluminacao em www.uff.br/cecilia

luminotecnica em www.uff.br/cecilia

Tabelas em www.uff.br/cecilia