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Edição nº 34 – Junho 2015
EQUIPE CAPE Dirigente: Fabiula de Paula Secchin
Agentes de Apoio: Geisa Genaro Rodrigues e Susete Ferreira Magalhães.
Assessoria Técnica Pedagógica:
Camila Ferreira Moreira Agente Técnico (Assistente Social):
Andreia Lima de Cristo
Fernanda Talita F. da Cruz Apoio Administrativo
Gleisiane Rodrigues Leão
Telefone: (27) 3194-4733/4734/4735
No dia 26 de junho, o Ministério Público do Estado do Espírito Santo (MPES), por meio do Centro de Estudos e
Aperfeiçoamento Funcional (Ceaf) e do Centro de Apoio Operacional de Implementação das Políticas de
Educação (Cape), realizou o “Encontro Estadual de Conselheiros dos CACS Fundeb – FNDE e Ministério
Público”.
O evento contou com a participação de aproximadamente 120 pessoas entre conselheiros, técnicos de
Secretarias de Educação e servidores do MPES, que assistiram palestras sobre Transporte Escolar e
Operacionalização do Fundeb, com espaço para debates e informações relevantes sobre a situação cadastral
dos Conselhos de Acompanhamento e Controle Social (CACS) Fundeb, o valor disponibilizado a cada
município por meio do Programa Brasil Carinhoso, prazos e prestação de contas dessas verbas.
No período da tarde, os participantes foram divididos em dois grupos para atividades práticas sobre as duas
temáticas, resolução de dúvidas, consultas on-line e esclarecimentos para regularização de situações
pendentes junto ao Fundo nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE).
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País precisa colocar 2,8 milhões de crianças na
escola, diz relatório.
Relatório do movimento Todos Pela Educação (TPE)
divulgado nesta quinta-feira (2) aponta que o Brasil
ainda precisa incluir cerca de 2,8 milhões de
crianças e adolescentes na Educação Básica.
Além disso, precisa garantir que os já matriculados
concluam os estudos dentro da faixa etária
recomendada e com melhores índices de
aproveitamento das disciplinas. Leia mais...
Brasil descumpre quatro de cinco metas pela
Educação
Das cinco metas estipuladas pelo movimento Todos
Pela Educação (TPE), quatro não foram cumpridas
pelo Brasil. É o que mostra um relatório da ONG, que
será lançado hoje e aponta dificuldades
principalmente nos objetivos relacionados à
qualidade. O documento mostra alguns dos principais
desafios que o país ainda precisa enfrentar na área
educacional, como incluir cerca de 2,8 milhões de
crianças de 4 a 17 anos na educação básica, garantir
aos alunos aprendizado adequado e combater os
motivos que fazem com que apenas 54% dos jovens
concluam o ensino médio na idade certa. Leia mais...
Jovens se livram das drogas por meio de Ensino Médio inovador
O reconhecimento do estudante como protagonista do processo educativo está entusiasmando a
juventude do Maranhão, a ponto de muitos jovens deixarem as ruas para voltarem à escola. Foi o
que aconteceu, por exemplo, no Centro de Ensino Oscar Galvão, com 1.300 alunos do ensino
médio no município maranhense de Pedreiras, a 280 km da capital maranhense. Um projeto de
artes desenvolvido pelos estudantes levou-os a procurar e resgatar antigos colegas para participar
de uma peça teatral e das atividades escolares. O sucesso do espetáculo foi tanto que os alunos
tiveram de fazer duas apresentações da peça para a comunidade. Outro projeto, desta vez de
espanhol, chegou a mobilizar os estudantes de escolas vizinhas. Leia mais...
Relatório da CGU indica falhas em programa de transporte escolar
Relatório divulgado no dia 29 pela Controladoria-Geral da União (CGU) indicou falhas na execução
de licitações e de contratos administrativos no Programa Nacional de Apoio ao Transporte Escolar
(Pnate). Com base em fiscalizações de 2011 a 2013, em 131 municípios e conselhos de
Acompanhamento e de Controle Social, a CGU recomendou a devolução de R$ 3 milhões aplicados
no programa.
Entre as irregularidades, foram constatados casos como o de veículos e condutores que não
atendem aos requisitos previstos pelo Código de Trânsito Brasileiro (CTB). Além da devolução do
dinheiro, a CGU recomendou o aprimoramento de mecanismos de controle interno do Fundo
Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) e a melhoria da fiscalização dos recursos
repassados aos municípios. Leia mais...
ghgj
Atraso em plano de educação pode dar multa e até ação por
improbidade Prazo para elaboração do plano terminou na última quarta-feira (26).
Veja que tipo de controle pode ser feito com os gestores de educação.
Secretários municipais e estaduais de Educação que descumprirem
os prazos de metas e estratégias de seus planos locais e do Plano
Nacional de Educação (PNE) estão sujeitos a multas, processos
administrativos ou até ações por improbidade. Especialistas ouvidos pelo G1, porém, explicam que a fiscalização não deve se ater apenas
ao mero cumprimento de prazos, mas entender quais são os gestores
que estão trabalhando, e os que estão sendo omissos.
De acordo com dados do Ministério da Educação, até a noite desta
sexta-feira (26), 3.924 dos 5.570 municípios já tinham sancionado seus
planos municipais, ou seja, pouco mais de 70%. Leia mais...
Os estados onde há mais jovens atrasados no ensino médio
Só 60% dos jovens estão na série compatível com a sua idade
São Paulo - Ter poucos jovens frequentando a sala de aula é um desafio que, aos poucos, vem
sendo superado no país. Estima-se que 83,3% dos adolescentes de 15 a 17 anos estejam
matriculados nas escolas. Há pouco mais de dez anos esse percentual era de 79%.
O problema, no entanto, é que muitos deles não frequentam as séries correspondentes à sua idade.
É como se, a cada 100 jovens brasileiros, apenas 60 fossem alunos do ensino médio.
Por que isso é ruim? O atraso escolar pode fazer com que boa parte desses estudantes desista de
concluir os estudos e, consequentemente, de entrar numa universidade.
Assim como em outros indicadores da educação, o percentual de quem consegue chegar ao ensino
médio na idade certa varia muito de estado para estado. Enquanto em São Paulo quase 70% dos
jovens de 15 a 17 anos estão no ensino médio, em Alagoas apenas 37% alcançam essa etapa de
ensino. Leia mais...
Sedu e Juizado unidos contra a evasão escolar na Serra
Na sexta-feira (26), a titular da 2ª Vara da Infância e Juventude da Serra juíza Janete Pantaleão
realizou uma audiência com os pais e responsáveis de 400 alunos da rede pública municipal que
foram convocados para comparecer ao Fórum do Município. O objetivo é alertar sobre a obrigação
e responsabilidade com a vida escolar das crianças.
A ação faz parte do programa Pró-Escola, desenvolvido pela Secretaria de Educação da Serra
(Sedu), em parceria com a Vara da Infância e Juventude, que trabalha a conscientização das
famílias de todas as unidades da rede municipal de ensino fundamental visando coibir a evasão
escolar. As audiências estão previstas na Lei de Diretrizes e Bases da Educação. Após esgotadas
todas as tentativas e intervenções junto à família, a Sedu faz um levantamento dos alunos com o
maior número de faltas e encaminha para o Juizado. Leia mais...
Criado fórum para acompanhar piso salarial dos professores
Um fórum para acompanhar a atualização do valor do piso salarial nacional dos profissionais do
magistério público da educação básica foi criado por meio da Portaria 618, publicada na edição de
hoje (25) do Diário Oficial da União.
O objetivo é propor mecanismos para obter e organizar informações sobre o cumprimento do piso
salarial dos professores e de planos de carreiras. Leia mais...
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Ex-Prefeito de Quixelô deve ressarcir município por não prestar conta de merenda escolar
O ex-prefeito de Quixelô (a 392 km da Capital), Marconi Matos, foi condenado a devolver ao município o
valor de R$ 173.374,81 porque não prestou conta com o Governo Federal sobre repasse de verba
destinada à merenda escolar. Em virtude disso, o ente público ficou impedido de receber o beneficio. Para o juiz David Fortuna da Mata, em respondência pela Comarca, fica evidente que “a conduta do
promovido [Marconi Matos] importou em dano ao erário municipal, devendo este ser ressarcido”. Segundo os autos (n° 298-79.2000.8.06.0153), o ex-gestor, durante o mandato (1993-1996), não prestou
conta dos valores recebidos nos exercícios de 1995 e 1996, no total de R$ 24.632,00 cada, referentes ao
Programa de Alimentação Escolar do Ministério da Educação. Em decorrência, o município gerou um débito de R$ 49.514,00 que prejudicou a gestão posterior, que não
pôde mais firmar convênio com a administração Federal. Além disso, teve o nome inscrito no Cadastro
Informativo de Créditos não Quitados do Setor Público Federal (Cadin). Por esses motivos, o município ajuizou ação e requereu o ressarcimento dos recursos administrativos não
informado. O ex-prefeito Marconi Matos não apresentou contestação e foi julgado à revelia. Ao analisar o caso, o magistrado determinou o ressarcimento dos danos causados no valor de R$
173.374,81, já devidamente corrigido monetariamente. “Prospera a pretensão ressarcitória, devendo o
réu responder pelos prejuízos financeiros causados ao Município quanto a má aplicação dos recursos
federais financeiros”, destacou o magistrados.
Jovens em conflito com a lei relatam problemas ao voltar para o ambiente escolar
Ainda na escola, o adolescente G.I. envolveu-se com o tráfico de drogas, pois, segundo ele,
necessitava de dinheiro para ajudar a família a sobreviver. Flagrado pela polícia, ficou oito meses
internado na Fundação Casa (Centro de Atendimento Socioeducativo ao Adolescente), onde concluiu
o segundo ano do ensino médio. Após sair do período de internação e em cumprimento de medida
de liberdade assistida, o jovem precisava voltar a estudar, solicitando retorno à escola que
frequentava antes de entrar em conflito com a lei. Após ter a matrícula negada, encontrou vaga em
outra escola, onde permaneceu por somente cinco dias, até receber ameaças de morte da polícia.
Com isso, após buscar vagas durante cinco meses, G.I. conseguiu entrar em outra instituição, onde
estuda há três semanas. Hoje com 18 anos recém-cumpridos, o adolescente garante que concluirá o
ensino médio em 2015, mesmo diante das dificuldades que enfrenta no cotidiano letivo.
G.I. é um dos muitos adolescentes brasileiros que, após passarem um período cumprindo medida
socioeducativa, tentam retornar à escola. Os dados de jovens que estão em escolarização em
semiliberdade ou em medidas socioeducativas em meio aberto, porém, não são detectáveis no
Censo Escolar da Educação Básica, uma vez que se referem a matrículas realizadas em escolas da
rede pública que, conforme prescrição prevista no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), não
identificam tais adolescentes. Leia mais...
Justiça nega substituição de docente que teve desavença com aluna
Na Justiça, a inimizade comprovada entre um juiz e o advogado da causa, ou uma das partes, é
motivo de suspeição, devendo o processo ser analisado por outro juiz. Mas o mesmo não acontece
entre aluno e professor que não se dão bem. A decisão é da 1ª Vara Federal de Rio Grande ao julgar
a ação de uma aluna da Fundação Universidade Federal do Rio Grande (FURG) que pedia o
afastamento de sua professora com quem teve uma desavença. Para o Judiciário gaúcho, não se pode
equiparar a situação descrita com as hipóteses de impedimento/suspeição dos magistrados.
Na visão da aluna, a professora deveria ser substituída pois não haveria no caso a imparcialidade da
docente. Leia mais...
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TJMS NEGA PROVIMENTO A RECURSO CONTRA DECISÃO EM ACP MOVIDA PELO MINISTÉRIO
PÚBLICO PARA GARANTIA DE ACESSIBILIDADE EM ESCOLAS
EMENTA: AGRAVO DE INSTRUMENTO - AÇÃO CIVIL PÚBLICA – OBRAS DE ADAPTAÇÃO EM ESCOLAS
DA REDE ESTADUAL PARA ASSEGURAR ACESSIBILIDADE AOS PORTADORES DE NECESSIDADES
ESPECIAIS – DEVER DO ESTADO – ART. 227, § 2º, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL E LEIS FEDERAIS –
LIMINAR MANTIDA – RECURSO DESPROVIDO. Segundo a Constituição Federal (art. 227, § 2º), bem como
normas infraconstitucionais (Leis n. 7.853/89, 10.098/00 e 10.172/01, Decreto n.5.296/04), é dever da
Administração Pública realizar políticas públicas que assegurem o direito dos portadores de necessidades
especiais ao acesso a todos os ambientes existentes nas escolas públicas, bibliotecas, auditórios, ginásios,
sanitários, dentre outros.
A C Ó R D Ã O. Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os juízes da 3ª Câmara Cível do Tribunal de
Justiça, na conformidade da ata de julgamentos, por unanimidade e com o parecer, negar provimento ao recurso,
nos termos do voto do Relator. (Sidrolandia, relator: eduardo Machado rocha, Agravante: Estado de Mato Grosso
do Sul, Proc. do Estado: Kemi Helena Bomor Maro,Proc. do Estado: Adriano Aparecido Arrias de Lima, Agravado:
Ministério Público Estadual, Prom. Justiça: Nicolau Bacarji Júnior, órgão julgador: 3ª Câmara Civil, TJMS)
TJGO CONFIRMA DECISÃO EM MS QUE GARANTE VAGA EM CRECHE
EMENTA: DUPLO GRAU DE JURISDIÇÃO E APELAÇÃO CÍVEL. MANDADO DE SEGURANÇA. EDUCAÇÃO
INFANTIL. MATRÍCULA CMEI - CENTRO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO INFANTIL. DIREITO LÍQUIDO E
CERTO. 1. É obrigação legal do Poder Público o oferecimento, às crianças, de atendimento gratuito em creches
e pré-escolas, uma vez que tornar eficaz o direito de todo cidadão de receber educação escolar é ato vinculado,
não se inserindo no âmbito daqueles que o administrador pratica, em face da conveniência e da oportunidade. 2.
O ato ilegal/abusivo resta devidamente comprovado ante a inércia do Secretário Municipal de Educação em
atender à solicitação de vaga ao menor, embaraçando o acesso deste ao ensino público e gratuito. 3. A
determinação para que o Poder Público efetue a matrícula da criança em instituição de ensino privada e para que
seja bloqueado o valor necessário ao pagamento de mensalidades e demais despesas são meios aptos a conferir
efetividade à decisão judicial e à obrigação constitucional imposta aos Municípios de assegurar aos cidadãos de
pouca idade o atendimento em creches, ou pré-escolas. REMESSA NECESSÁRIA E APELAÇÃO CÍVEL
CONHECIDAS E DESPROVIDAS. (TJGO, DUPLO GRAU DE JURISDICAO 98978-62.2014.8.09.0012, Rel. DES.
FRANCISCO VILDON JOSE VALENTE, 5A CAMARA CIVEL, julgado em 11/06/2015, DJe 1808 de 19/06/2015).
TJDF RELATIVIZA CORTE ETÁRIO PRESENTE EM RESOLUÇÃO DO CONSELHO DE EDUCAÇÃO DO DF,
PARA INGRESSO NA EDUCAÇÃO INFANTIL
EMENTA: AGRAVO DE INSTRUMENTO. DIREITO CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO. MANDANDO
DE SEGURANÇA. DIREITO À EDUCAÇÃO. EDUCAÇÃO INFANTIL. IDADE LIMITE. OBSERVÂNCIA AOS
PRINCÍPIOS DA PROPORCIONALIDADE E RAZOABILIDADE.1. A Constituição Federal dispõe em seus arts.
6º e 205 que a educação é direito de todos e dever do Estado e da família, ao passo que o art. 208 ressalta as
garantias que devem ser resguardadas pelo Estado com a efetivação do acesso à educação.2. A idade limite
imposta pela Resolução nº 1/2012 do Conselho de Educação do Distrito Federal em seu art. 134, parágrafo único,
deve observar os princípios da razoabilidade e da proporcionalidade, considerando a data em que os agravantes
a atingirão, 26 dias e 54 dias após, respectivamente, não gerando quaisquer prejuízos para a instituição de ensino,
nem para os demais colegas.3. A idade limite imposta pela Resolução nº 1/2012 do Conselho de Educação do
Distrito Federal não se mostra razoável, além de ser mais rigorosa do que a definida pela Lei de Diretrizes e Bases
da Educação Nacional.4. Agravo conhecido e provido.(Acórdão n.876299, 20140020297796AGI, Relator: ANA
CANTARINO, 3ª Turma Cível, Data de Julgamento: 17/06/2015, Publicado no DJE: 29/06/2015. Pág.: 87).
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TJRS DETERMINA MATRICULA DE ALUNO QUE CONCLUIU PRÉ-ESCOLA NO ENSINO
FUNDAMENTAL INDEPENDENTE DO CRITÉRIO DA IDADE.
Ementa: REEXAME NECESSÁRIO. ECA. MATRÍCULA. EDUCAÇÃO. ENSINO FUNDAMENTAL. IDADE
MÍNIMA. PORTARIA Nº 151/2011 DA SECRETARIA ESTADUAL DA EDUCAÇÃO X CONSTITUIÇÃO
FEDERAL. O critério de idade não pode obstaculizar o acesso ao primeiro ano do ensino fundamental
da criança que concluiu o ensino infantil. Ademais, deve ser mantida a situação quando matriculadas
as crianças por ordem liminar, superada a questão da idade, porquanto contraproducente seria a
reforma da sentença. CONFIRMARAM A SENTENÇA EM REEXAME NECESSÁRIO. (Reexame
Necessário Nº 70063267249, Oitava Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Alzir Felippe
Schmitz, Julgado em 25/06/2015)
AUXILIARES DE CRECHE EM FUNÇÃO DE PROFESSOR DEVEM RECEBER
REENQUADRAMENTO SALARIAL
EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL. DIREITO ADMINISTRATIVO. AGENTE AUXILIAR DE CRECHE. DESVIO
DE FUNÇÃO. ATIVIDADES AFETAS AO CARGO DE PROFESSOR DE
EDUCAÇÃO INFANTIL. CONFIGURAÇÃO. PROVA DA HABILITAÇÃO TÉCNICA DAS SERVIDORAS.
PRESCINDIBILIDADE. SITUAÇÃO DE FATO QUE SE COMPROVA PELA AUSÊNCIA DE PROFESSORES
DE EDUCAÇÃO INFANTIL NAS SALAS DE AULA. REFORMA PARCIAL DA SENTENÇA. Conforme
entendimento jurisprudencial pacificado do Superior Tribunal de Justiça, o servidor público desviado
de sua atribuição legal possui o direito à percepção das vantagens e vencimentos correspondentes às
funções por ele desenvolvidas, não importando tal reconhecimento em reenquadramento funcional
(Enunciado nº 378 da Súmula do STJ). Vedação ao enriquecimento ilícito estatal. Comprovado pelo
extenso acervo documental que as servidoras atuavam sozinhas na realização da avaliação das
crianças, elaboração de planejamento pedagógico semanal, preenchimento de diário de classe e
relatório individual de cada aluno, descaracterizado o caráter acessório e auxiliar do cargo no qual as
Autoras ingressaram no serviço público, que exige, sobretudo, a figura principal do Professor de
Educação Infantil. Situação administrativa que, embora moralmente reprovável, não induz à obrigação
de indenizar por danos morais. Reconhecimento do desvio de função e do direito das servidoras à
percepção das verbas remuneratórias atinentes ao cargo efetivamente exercido. Pretensão de
aplicação do IPCA à correção monetária. Decisão do STF sobre a modulação dos efeitos da declaração
de inconstitucionalidade, na ADI 4357/DF, que se deu em 25.03.2015. Reforma parcial da sentença que
se impõe. Conhecimento dos recursos, parcial provimento ao 1º recurso (Sandra e Outras) e negativa
de seguimento ao 2º recurso (Município). (DES. ROGERIO DE OLIVEIRA SOUZA - Julgamento:
26/06/2015 - VIGESIMA SEGUNDA CAMARA CIVEL).
PARA TJSP RECUSA DE MATRÍCULA SOLICITADA FORA DO PRAZO ADMINISTRATIVO NÃO
PODE RESTRINGIR O ACESSO À EDUCAÇÃO
OBRIGAÇÃO DE FAZER. Recusa de rematrícula após o decurso do prazo fixado. Ato administrativo
que, apesar de encontrar suporte no regimento interno, se mostra desarrazoado pelo decurso de
somente um dia do prazo limite. O acesso à educação é direito constitucionalmente garantido, não
pode ser restringido por mera formalidade administrativa. Ofensa ao princípio constitucional previsto
no art. 205 da Constituição Federal. Acordo firmado para pagamento de débitos pretéritos. Apelação
improvida. (TJSP, Relator(a): Jairo Oliveira Junior; Comarca: Santos; Órgão julgador: 12ª Câmara
Extraordinária de Direito Privado; Data do julgamento: 26/06/2015; Data de registro: 27/06/2015)
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TJSP ANALISA PEDIDO DE NOMEAÇÃO PARA O CARGO DE PROFESSOR FORA DO
PRAZO DE VAGAS FIXADAS EM EDITAL
APELAÇÃO CÍVEL. Mandado de Segurança. Concurso Público. Município de São José do
Rio Preto. 1. Candidata que fora aprovada para o preenchimento de cargo de Professor de
Educação Básica I, porém, fora do número de vagas previstas no edital. Abertura
subsequente de edital para contratação de professores temporários, para o exercício de
função atividade. Pretenso direito à nomeação face à alegada afronta a direito líquido e
certo. Sentença de concessão da segurança. 2. Posterior perda do interesse da ação
mandamental porquanto a impetrante logrou êxito em outro concurso e foi nomeada em
janeiro de 2014, por meio de outro concurso, para o mesmo cargo. Desistência expressa
da impetrante (fls. 354). Recurso prejudicado ante à perda do interesse recursal. (TJSP,
Relator(a): Oswaldo Luiz Palu; Comarca: São José do Rio Preto; Órgão julgador: 9ª Câmara
de Direito Público; Data do julgamento: 24/06/2015; Data de registro: 25/06/2015)
AGRAVO DE INSTRUMENTO INTERPOSTO PERANTE O TJSP MANTÉM DECISÃO
PARA SUSPENSÃO DE INFORME GREVISTA, CUJA MENSAGEM PEDIA PARA QUE
OS PAIS NÃO ENVIASSEM SEUS FILHOS À ESCOLA
AGRAVO DE INSTRUMENTO. ATO JUDICIAL IMPUGNADO. DEFERIMENTO PARCIAL DE
TUTELA ANTECIPADA. OBRIGAÇÃO DE NÃO FAZER. PROIBIÇÃO DE CAMPANHA
PUBLICITÁRIA. Pedido cumulado de indenização por danos morais difusos. Peça
publicitária paredista pedindo aos pais que não enviassem os filhos para a escola durante
o movimento de greve dos professores. Tensão com direitos de estatura constitucional.
Cognição não exauriente do substrato da causa. Consistência jurídica da tese sobre a
inconstitucionalidade limitada ao trecho da peça publicitária recomendando aos pais que
não mandem os filhos à escola. Sobrevivência da veiculação publicitária na parte em que
contém críticas dirigidas à gestão da educação pelo Governo. Proteção constitucional para
a livre exteriorização do pensamento e para o livre exercício do direito de greve. Controle
judicial circunscrito à incitação para que os alunos não sejam levados para a escola.
Incidência da tutela inibitória apenas em relação aos meios de comunicação em que os
pais e alunos recebem, passivamente, as informações veiculadas pela APEOESP.
Intangibilidade da mensagem publicitária divulgada junto ao sítio eletrônico do Sindicato.
Aparentemente, manifestações veiculadas de forma eletrônica, junto ao site do Sindicato,
não parecem ostentar poder de persuasão suficiente para influenciar decisivamente os
responsáveis pelos alunos à evasão escolar, tampouco para culminar em desordem
pública. Decisão reformada em parte. RECURSO PARCIALMENTE PROVIDO. (TJSP,
Relator(a): José Maria Câmara Junior; Comarca: São Paulo; Órgão julgador: 9ª Câmara de
Direito Público; Data do julgamento: 24/06/2015; Data de registro: 25/06/2015)
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Promotoria de Alfredo Chaves
A Promotoria de Alfredo Chaves instaurou dois Procedimentos Preparatórios visando a garantia do
direito à educação, o primeiro objetivando investigar omissão na disponibilização de transporte
escolar para os jovens que frequentam as escolas da rede estadual. O segundo PP apura o possível
descumprimento da Lei que estabelece o piso nacional do magistério público, e ausência da gestão
democrática da educação no município.
Promotoria de Aracruz
A Promotoria de Aracruz instaurou 47 Procedimentos Administrativos visando apurar irregularidades e
omissões em escolas da região, constatadas após a realização de vistorias.
Promotoria de Muniz Freire
A Promotoria de Muniz Freire expediu Notificação Recomendatória endereçada ao Prefeito e Secretário
de Educação do município, para a correta aplicação da Lei do Fundo de Desenvolvimento da Educação
e de Valorização dos Profissionais da Educação Básica-FUNDEB. .
Promotoria de Afonso Cláudio
A Promotoria de Afonso Cláudio instaurou Inquérito Civil com o intuito de investigar intervenções na
Escola Augusta Lamas, considerada integrante do patrimônio histórico municipal, e as adequações do
serviço educacional prestado aos estudantes ali matriculados. Instaurou, ainda, outra investigação
visando a garantia de oferta de vaga em creche na localidade de Córrego do Firme, no interior do
município.
Promotoria de Cariacica
A Promotoria de Justiça de Cariacica instaurou Procedimentos Preparatórios com o fim de apurar a
paralisação de obra na EMEF Vienna Rosetti Guterres, que vem causando prejuízos aos alunos
residentes na comunidade, a inadequação estrutural da EEEFM Jesus Cristo Rei, constatada após
vistoria à escola, e para investigar o abandono de obras no CMEI Princípio do saber e nas EMEFs
Itanguá, Porto Belo I, Alice Coutinho, Campo Verde e Escola Ipiranga.
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Aberta Consulta Pública sobre
educação de jovens em atendimento
socioeducativo
O Conselho Nacional de Educação
disponibilizou para consulta pública o
documento base sobre as diretrizes nacionais
para a educação escolar de adolescentes e
jovens em atendimento socioeducativo.
Em 16 Estados, gasto federal com ensino médio é menor que mínimo indicado.
O valor investido pelo governo federal em alunos do ensino médio de 16 Estados do País em 2015
não é suficiente para garantir a qualidade mínima de educação. Nas redes públicas de Bahia,
Ceará, Minas Gerais, Paraná e Rio de Janeiro, entre outros, o gasto estimado pelo governo federal
ficará abaixo dos R$ 3.771, valor mínimo do Custo Aluno-Qualidade (CAQi), referência aprovada
no Plano Nacional de Educação.
O valor mínimo necessário por aluno para garantir uma educação de qualidade foi atualizado a pedido do iG por José Marcelino de Resende, professor da USP e presidente da Fineduca
(Associação Nacional de Pesquisa em Financiamento da Educação) com base em parecer
aprovado pelo Conselho Nacional de Educação em 2010.
Neste custo estão inclusos o custo de professores com formação e salário adequados, limites mais
baixos no número de crianças por sala, escolas com biblioteca, laboratórios de ciência e
informática e quadra esportiva.
Em dez Estados, o valor investido por aluno do ensino médio será de R$ 3.220,46 – gasto mínimo
estipulado pelo Fundeb em portaria publicada no dia 29 de dezembro de 2014. Continue lendo
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EDUCAÇÃO INFANTIL: CRECHES,
PERÍODO INTEGRAL/PARCIAL e FÉRIAS.
Luiz Antonio Miguel Ferreira 1
Vital Didonet 2
01. INTRODUÇÃO.
Um dos problemas que mais tem afetado a justiça refere-se à garantia do direito à
creche para as crianças de 0 a 3 anos de idade. Trata-se de uma questão de caráter
nacional que atinge grande parcela da comunidade.
Tem como discussão principal a falta de vagas. No entanto, observa-se uma ampliação
da análise da questão, estendendo-se ao tempo de permanência na instituição se tempo
parcial ou integral e à duração anual do funcionamento e do atendimento às crianças –
com ou sem interrupções para férias. A questão das vagas encontra-se sedimentada na
doutrina e jurisprudência, inclusive com a edição de súmula de Tribunais Superiores a
respeito. Porém, quanto aos demais temas, há necessidade de uma análise mais
detalhada, em face das soluções que estão sendo apresentadas pela Justiça, como a
obrigatoriedade do fornecimento de vaga em período integral e o funcionamento da
creche de forma ininterrupta, sem direito a férias. O presente artigo faz uma análise
detalhada destas questões a fim de buscar um encaminhamento que mais se harmonize
com os dispositivos legais e com o sistema educacional.
02. A CRECHE NO SISTEMA EDUCACIONAL.
A primeira observação a ser feita é que atualmente as creches integram o sistema de
ensino e não mais o da assistência social. . Esta condição aponta para o caminho a ser
seguido quando da análise das férias e do período escolar.
Ressalta-se que antes do advento da Constituição Federal de 1988 as creches
estavam locadas na assistência social, dai porque muitas demandas ainda surgem
quando se analisa o seu funcionamento. A legislação atual é clara nesse sentido, não
restando dúvida quanto ao seu caráter educacional. Diz a lei:
1 Promotor de Justiça do Ministério Público do Estado de São Paulo. Mestre em Educação. Membro do Conselho Consultivo da Fundação
Abrinq – junho/2015.
2 Professor. Mestre em educação. Especialista em educação infantil. Assessor para assuntos legislativos da Rede Nacional Primeira
Infância – RNPI.
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CONSTITUIÇÃO FEDERAL.
Art. 208. O dever do Estado com a educação será efetivado mediante a garantia de:
I - educação básica obrigatória e gratuita dos 4 (quatro) aos 17 (dezessete) anos de
idade, assegurada inclusive sua oferta gratuita para todos os que a ela não tiveram
acesso na idade própria;
...... IV - educação infantil, em creche e pré-escola, às crianças até 5 (cinco) anos de
idade;
LEI DE DIRETRIZES E BASES DA EDUCAÇÃO NACIONAL – Lei n. 9394/96
Art. 4º O dever do Estado com educação escolar pública será efetivado mediante a
garantia de:
I - educação básica obrigatória e gratuita dos 4 (quatro) aos 17 (dezessete) anos de
idade, organizada da seguinte forma:
a) pré-escola; (Incluído pela Lei nº 12.796, de 2013)
b) ensino fundamental; (Incluído pela Lei nº 12.796, de 2013)
c) ensino médio; (Incluído pela Lei nº 12.796, de 2013)
II - educação infantil gratuita às crianças de até 5 (cinco) anos de idade;
Art. 21. A educação escolar compõe-se de:
I - educação básica, formada pela educação infantil, ensino fundamental e ensino
médio;
II - educação superior.
Art. 29. A educação infantil, primeira etapa da educação básica, tem como
finalidade o desenvolvimento integral da criança de até 5 (cinco) anos, em seus
aspectos físico, psicológico, intelectual e social, complementando a ação da família e da
comunidade. (Redação dada pela Lei nº 12.796, de 2013)
Art. 30. A educação infantil será oferecida em:
I - creches, ou entidades equivalentes, para crianças de até três anos de idade;
II - pré-escolas, para as crianças de 4 (quatro) a 5 (cinco) anos de idade
Extrai-se que as creches integram a educação infantil que é a primeira etapa da
educação básica. A sua oferta é dever do Estado, gerando um direito público subjetivo
aos pais ou responsáveis que desejarem matricular o seu filho ou dependente. Dai
porque, em relação ao direito à vaga não haver discussão a respeito.
Integrando o sistema educacional, a creche deve ser analisada levando-se em
consideração os princípios e os regramentos próprios da educação, afastando-se de vez
a análise assistencialista que sempre pontuou a questão. E isso traz reflexos direito
quando se questiona o oferecimento em período integral ou parcial e o direito às férias
escolares. Medidas operacionais específicas decorrem da função educacional da
instituição e da centralidade da criança como sujeito da educação.
A análise deste tema fica mais evidente quando se apresentam os questionamentos de
forma comparativa, como a seguir expostos: