EquilibriumBruno Conti 14 de outubro de

2008

Começaremos falando um pouco sobre o filme, vemos no filme um forte sistema totalitário que desenvolveu uma droga que elimina todos os sentimentos e obrigam todos a tomarem, pois o sistema acredita que eliminando os sentimentos não haverá mais conflitos entre as pessoas assim gerando uma sociedade totalmente harmônica.

Vemos aliada a essa droga, um sistema educacional que impõe tal ideologia. Que tudo que possa gerar sentimento é considerado algo proibido dentro da sociedade, e umas das cenas mais marcantes do filme é a cena da destruição da pintura de Monalisa, mas não são somente as pinturas que são destruídas, mas também discos musicais, e livros.

O filme Equilibrium foi baseado no filme “Fahrenheit 451” de François Truffaut, que retrata uma sociedade isolada em que os livros são proibidos pelo governo. Que assim como no filme Equilibrium possui pessoas que trabalham para o sistema com o dever de destruir tudo que é contra o sistema e entregar ao sistema os infratores.

Voltando ao filme Equilibrium o mais condecorado membro do exercito da sociedade acaba se envolvendo com uma da infratora e acaba parando de tomar a droga e começa a se questionar e questionar o sistema.

E sem tomar a droga ele acaba por voltar a sentir novamente e estes sentimentos acabam por gerar conflitos e com isto ele se torna o maior inimigo do sistema. E o único capaz de destruir-lo.

No filme é utilizado um esquema com signos que nos levam a ligação entre o sistema do filme com o sistema do nazismo e do fascismo, como a utilização de um tipo de suástica para representar o sistema. E a imagem que é passada pelo líder da sociedade denominado como “Pai” nos remetem pensamentos sobre imagens de um líder totalmente totalitário.

Podemos ver também etnocentrismo, um exemplo claro é da sociedade em si que acredita que tudo que o sistema impõe é algo bom para eles e que isto é a única verdade, que seus pensamentos, idéias, e valores são únicos.

Fugindo um pouco do “sistema” existe um grupo que é contra o sistema, e vivem isolados da sociedade e possuem valores totalmente diferentes no qual acreditam que as pessoas da sociedade não vivem, apenas existem e que para viver é preciso sentir.

E o principal membro deste grupo logo é visto no começo do filme ao final de um discurso feito pelo “Pai”, pois o mesmo é o primeiro que se levanta para aplaudir-lo.

Observando o líder do grupo podemos ver claramente que o mesmo não demonstra que não toma a droga e que possui idéias e valores diferentes da sociedade a sua volta por um simples motivo explicado pela “teoria da espiral do silencio”. Que cada pessoa possui determinado pensamento sobre as diversas coisas que as rodeiam, ou seja, tem sua opinião própria sobre determinado assunto.

Quando muitos indivíduos se relacionam no dia-a-dia, formando um grupo social, o que rege o debate é, quase sempre, a opinião da maioria. Quando determinado indivíduo tem uma opinião contraria a aquela exposta pela maioria, ele se retrai por temer a exclusão social, por medo de se tornar impopular. Mas no caso do líder ele não tem medo de se tornar impopular, mas sim ser julgado pelo sistema e condenado a morte.

Ainda podemos fazer uma ligação entre o filme e o romance escrito por Eric Arthur Blair chamado “1984”, que conta a historia do mundo sobre um regime totalitário, onde tudo é limitado pelo estado, com o objetivo de manter a sua estrutura inabalada.