equacoes_importantes_termodinamica
DESCRIPTION
engenharia quimicaTRANSCRIPT
Equacoes essenciais – Termodinamica
Afranio Melo Junior
2015
1 Termodinamica Classica
1.1 Conceitos basicos
– Trabalho:
dW ≡ F extdl (1)
Se o sistema e fechado, o fluido e ho-mogeneo, nao esta mais do que infinites-imalmente afastado do equilıbrio internoe o processo e mecanicamente reversıvel,P ext = P int e:
dW = −P intdV (2)
Em geral, P int e denotado simplesmentepor P .
– Entropia:
dSt ≡ dQrev
T(3)
– Potenciais termodinamicos:
H ≡ U + PV (4)
A ≡ U − TS (5)
G ≡ H − TS (6)
Alem disso:
G = A+ PV (7)
– Capacidades calorıficas:
CV ≡(∂U
∂T
)V
(8)
CP ≡(∂H
∂T
)P
(9)
– Primeira lei (sistema isolado):
dU t = 0 (10)
– Primeira lei (sistema fechado):
d(nU) = dQ+ dW (11)
– Primeira lei (sistema fechado, mecani-camente reversıvel, casos especıficos):
V constante:
dQ = d(nU) = CV dT (12)
P constante:
dQ = d(nH) = CP dT (13)
– Vazoes:
m = uaρ (14)
q = ua (15)
n = m/M (16)
– Equacao da continuidade:
dmvc
dt+ ∆mcor = 0 (17)
– Primeira lei (sistema aberto):
d (mU)vcdt
+ ∆[(U +1
2u2 + zg)m]cor =
= Q+ W (18)
Se separarmos de W o trabalho de en-trada e saıda do fluido (−∆[(PV )m]cor) e
1
o juntarmos com o primeiro termo do ladodireito da equacao (18), obtemos:
d (mU)vcdt
+ ∆[(H +1
2u2 + zg) m]cor =
= Q+ W ′ (19)
– Segunda lei (sistema isolado):
dSt ≥ 0 (20)
– Segunda lei (sistema fechado):
dSt ≥ dQ/T (21)
Esta equacao e conhecida como desigual-dade de Clausius.
– Segunda lei (sistema fechado, processocıclico): ∮
dQ/T ≤ 0 (22)
– Segunda lei (sistema aberto):
d(mS)vcdt
+dStvizdt
+ ∆(Sm)cor = SG ≥ 0
(23)Se considerarmos a vizinhanca como um
reservatorio de calor e usarmos a equacao(49), temos:
dStvizdt
=∑j
−QjTviz,j
(24)
Assim:
d(mS)vcdt
−∑j
QjTviz,j
+∆(Sm)cor = SG ≥ 0
(25)– Trabalho ideal:
Wid = ∆[(H +1
2u2 + zg) m]cor−
− Tviz∆(Sm)cor (26)
que ocorre ao fazermos SG = 0 em (25)para regime estacionario e com umavizinhanca uniforme a Tviz, isolarmos Q e
substituırmos em (18).
– Trabalho perdido:
Wperd ≡ W−Wid = −Tviz∆(Sm)cor−Q =
= TvizSG (27)
– Eficiencia termodinamica de um pro-cesso:
η ≡ W
Wid
(28)
se o processo requer trabalho, ou
η ≡ Wid
W(29)
se o processo produz trabalho.
– Terceira lei:
limT→0
∆St = 0 (30)
para processos envolvendo apenas fasespuras em equilıbrio interno.
– Potencial quımico:
µi ≡(∂ nU
∂ni
)S,V,nj 6=i
=
(∂ nH
∂ni
)S,P,nj 6=i
=
=
(∂ nA
∂ni
)T,V,nj 6=i
=
(∂ nG
∂ni
)T,P,nj 6=i
(31)
– Relacoes fundamentais:
dU = TdS − PdV +∑i
µidxi (32)
dH = TdS + V dP +∑i
µidxi (33)
dA = −PdV − SdT +∑i
µidxi (34)
dG = V dP − SdT +∑i
µidxi (35)
2
– Equacoes de Gibbs-Helmholtz:(∂(G/T )
∂T
)P
= −H/T 2 (36)
(∂(A/T )
∂T
)V
= −U/T 2 (37)
– Capacidade calorıfica de gas ideal:
CP = c0 + c1/T + c2T + c3 lnT (38)
Essa forma empırica e a melhor para rep-resentar dados na faixa T = 200 – 600 K esua extrapolacao leva a serios erros.
1.2 Relacoes PVT
– Expansividade volumetrica:
β ≡ 1
V
(∂V
∂T
)P
(39)
– Compressibilidade isotermica
k ≡ − 1
V
(∂V
∂P
)T
(40)
– Fator de compressibilidade:
Z ≡ PV
RT=
V
V gi(41)
– Aproximacao de Boyle-Mariotte:
PV = cte (42)
dado que T = cte.
– Aproximacao de Charles e Gay-Lussac:
V/T = cte (43)
dado que P = cte.
– Equacao do gas ideal:
PV = RT (44)
– Equacao de Dalton das pressoes parci-ais:
P =∑i
pi (45)
sendo pi = xiP . Valida para gases ideais.
– Equacao de Amagat dos volumes par-ciais:
nV (T, P ) =∑i
niVi(T, P ) (46)
Esta equacao na verdade e uma partic-ularizacao da relacao de soma de Euler,eq. (54), para o caso de solucoes ideais,eq. (72). Quando ela e valida, a fracao emvolume se torna igual a fracao molar.
1.3 Maquinas termicas
– Eficiencia de uma maquina termica:
η ≡ W
Qq= 1−
QfQq
(47)
– Eficiencia de uma maquina de Carnot:
ηCar = 1−TfTq
(48)
– Variacao de entropia de um reser-vatorio de calor:
∆St =Q
T(49)
– Variacao de entropia global e trabalhode uma maquina termica:
∆St =−|Qq|Tq
+|Qf |Tf
(50)
O balanco de energia impoe |W | = |Qq|−|Qf |; eliminando |Qf |:
W = −Tf∆St + |Qq|(
1−TfTq
)(51)
1.4 Solucoes
– Propriedade parcial molar:
Mi ≡(∂nM
∂ni
)T,P,nj 6=i
(52)
– Propriedade parcial molar a partir dodomınio da composicao:
3
Mi = M −nc∑l=1
xl
(∂M
∂xl
)T,P,xj 6=l
+
+
(∂M
∂xi
)T,P,xj 6=i
(53)
Nesta equacao, para fins operacionais,as composicoes sao consideradas indepen-dentes.
– Relacao da soma de Euler:
M =∑i
xiMi (54)
– Equacao de Gibbs-Duhem:
∑i
xi d Mi =
(∂M
∂T
)P,x
dT+
(∂M
∂P
)T,x
dP
(55)
– Propriedade parcial molar a diluicao in-finita:
Mi∞ ≡ lim
xi→0Mi (56)
– Teorema de Gibbs:
Migi
(T, P ) = Mgii (T, pi) (57)
sendo Mi 6= Vi. Consequencias:
Uigi
= Ugii (58)
Higi
= Hgii (59)
Sigi
= Sgii −R lnxi (60)
Gigi
= µgii = Ggii +RT lnxi (61)
Alem disso:
µgii = Ggii (T, P = 1bar)+
+RT ln(xiP ) (62)
– Fugacidade:
dµi = RT d lnfi (T,x ctes) (63)
limP→0
fixi P
= 1 (64)
– Coeficiente de fugacidade:
φi ≡fixi P
(65)
– Atividade:
ai ≡fi
f0i
=fi (T, P, x)
fi (T, P 0, x0)(66)
– Potencial quımico em uma mistura apartir de uma referencia µ0
i qualquer:
µi(T, P ) = µ0i +RT ln ai (67)
– Potencial quımico em uma mistura (re-ferencia: µ0
i = Ggii (T, P = 1bar)):
µi(T, P ) = Ggii (T, P = 1bar)+RT ln fi(68)
No caso, fi0
= 1 bar e ai = fi.– Potencial quımico em uma mistura (re-
ferencia: µ0i = µgii (T, P )):
µi(T, P ) = µgii (T, P ) + RT lnfixiP
(69)
No caso, fi0
= xiP e ai = φi.– Potencial quımico em uma mistura (re-
ferencia: µ0i = Gi(T, P )):
µi(T, P ) = Gi(T, P ) +RT ln fi/fi (70)
4
No caso, fi0
= fi e ai = fi/fi.
– Potencial quımico em uma mistura (re-
ferencia: fi0
= hi(T, P ), a constante deHenry):
µi(T, P ) = µ0i +RT ln fi/hi (71)
No caso, ai = fi/hi. A con-stante de Henry, que depende da na-tureza do solvente, e definida como:hi ≡ limxi→0 fi/xi = dfi/dxi|xi=0.
– Definicao de solucao ideal:
aisi ≡ xi (72)
– Coeficiente de atividade:
γi ≡ ai/xi (73)
Daı, segue diretamente que:
γsii = 1 (74)
Nos casos dos dois ultimos estados de re-ferencia apresentados, situacoes em que econveniente utilizar a definicao de solucaoideal:
fisi
= xifi (75)
fisi,dil
= xihi (76)
A equacao (75) e conhecida como regrade Lewis-Randall (que tambem pode ser
escrita como φisi
= φi). No caso dareferencia sendo hi, a solucao tambem econhecida como diluıda ideal.
– Relacao entre γ ’s representativos dedesvios em relacao a solucao ideal (normal-izacao simetrica) e a solucao diluıda ideal(normalizacao assimetrica, denotado com∗):
γiγ∗i
=hifi
= limxi→0
γi (77)
Equacao estritamente valida parabinario (extensao da ideia de γ∗i para
multicomponente requer cuidado).
– Relacao entre γ ’s a diferentes pressoes:
γi (P2) = γi (P1) exp
∫ P2
P1
ViRT
dP (78)
– Relacao entre h ’s a diferentes pressoes:
hi (P2) = hi (P1) exp
∫ P2
P1
Vi∞
RTdP (79)
– Fugacidade de lıquido ou solido puro:
fi = P sati φsati exp
∫ P
P sati
V ci
RTdP (80)
na qual o sobrescrito c faz referencia afase condensada (lıquido ou solido). Aexponencial e conhecida como fator dePoynting.
– Propriedades residuais:
MR(T, P,x) ≡M(T, P,x)−Mgi(T, P,x)(81)
ou
MR(T, V,x) ≡M(T, V,x)−Mgi(T, V,x)(82)
– Relacao entre os estados hipoteticos degas ideal Mgi(T, P,x) e Mgi(T, V,x):
Mgi(T, P,x)−Mgi(T, V,x) =∫ P
P0
(∂Mgi
∂P
)T,x
dP−
−∫ V
V0
(∂Mgi
∂V
)T,x
dV (T,x ctes) (83)
em que o estado (P0, V0,x) e o estado degas ideal.
– Relacao entre os dois conjuntos de pro-priedades residuais (T, P,x) e (T, V,x):
5
MR(T, V,x)−MR(T, P,x) =
= Mgi(T, P,x)−Mgi(T, V,x) (84)
– Calculo de propriedades residuais apartir de dados PVT:
MR(T, P,x) =
∫ P
0
(∂M
∂P
)T,x
−
−(∂Mgi
∂P
)T,x
dP (T,x ctes) (85)
MR(T, V,x) =
∫ V
∞
(∂M
∂V
)T,x
−
−(∂Mgi
∂V
)T,x
dV (T,x ctes) (86)
– Energia de Gibbs residual parcial mo-lar:
Diretamente de (69), vem:
GiR
= RT ln φi (87)
Daı, temos:
GR
RT=∑i
xi ln φi (88)
– Coeficiente de fugacidade a partir dedados PVT:
RT ln φi =
∫ P
0Vi −
RT
PdP =
=
∫ ∞V
(∂P
∂ni
)T,V,nj 6=i
−RTV
dV−RT lnZ =
= µRi −RT lnZ (89)
Se a equacao de estado estiver explıcitaem AR(T, V,n), como e comum, podemoscalcular µRi e Z atraves de:
µRi =
(∂AR(T, V,n)
∂ni
)T,V,nj 6=i
(90)
Z = 1− V
RT
(∂AR(T, V,n)
∂V
)T,n
(91)
– Entalpia e entropia a partir da re-ferencia dos gases ideais puros a T0 e P0:
H(T, P,x) =∑i
xiH0,gii (T0)+
+
∫ T
T0
∑i
xiCgiP idT +HR(T, P,x) (92)
S(T, P,x) =∑i
xiS0,gii (T0)+
+
∫ T
T0
∑i
xiCgiP iTdT −R ln(P/P0)−
−R∑i
xi lnxi + SR(T, P,x) (93)
– Propriedades de mistura:
n∆M ≡ nM(T, P,x)−∑i
niMi(T, P )
(94)
∆M = M(T, P,x)−∑i
xiMi(T, P ) =
=∑i
xiMi(T, P )−∑i
xiMi(T, P ) =
=∑i
xi∆Mi (95)
– Propriedades de mistura em termos deatividade:
∆G
RT=∑i
xi ln ai (96)
∆V
RT=∑i
xi
(∂ ln ai∂P
)T,x
(97)
∆H
RT= −T
∑i
xi
(∂ ln ai∂T
)P,x
(98)
∆S
R= −
∑i
xi ln ai−T∑i
xi
(∂ ln ai∂T
)P,x
(99)
6
De aisi ≡ xi segue diretamente:
∆Gsi
RT=∑i
xi lnxi (100)
∆V si
RT= 0 (101)
∆Hsi
RT= 0 (102)
∆Ssi
R= −
∑i
xi lnxi (103)
– Propriedades em excesso:
ME(T, P,x) ≡M(T, P,x)−M si(T, P,x)(104)
– Relacao entre propriedades em excessoe residuais:
ME = MR −∑i
xiMRi (105)
– Relacao entre propriedades em excessoe de mistura:
ME = ∆ME = ∆M −∆M si (106)
De (106):
V E = ∆V (107)
HE = ∆H (108)
SE = ∆S +R∑i
xi lnxi (109)
GE = ∆G−RT∑i
xi lnxi (110)
– Energia de Gibbs em excesso parcialmolar:
Da equacao (110) combinada com (96):
GE
RT=∑i
xi ln γi (111)
Do que podemos inferir:
GiE
= RT ln γi (112)
em analogia a equacao (87).
– Outras propriedades em excesso parci-ais molares:
ViE
= RT
(∂ ln γi∂P
)T,x
(113)
HiE
= −RT 2
(∂ ln γi∂T
)P,x
(114)
– Solucao atermica:
HEat ≡ 0 (115)
– Solucao regular:
SEreg ≡ 0 (116)
dado que V E = 0. Em uma solucaoregular, GE = AE = HE = UE e ln γivaria com 1/T .
– Fracao molar p/ massica e vice-versa:
wi =xiMMi∑j xjMMj
(117)
xi =wi/MMi∑j wj/MMj
(118)
– Fracao volumetrica p/ massica e vice-versa (valido apenas para V E = 0):
wi =Φiρi∑j Φjρj
(119)
Φi =wi/ρi∑j wj/ρj
(120)
– Relacao entre concentracao e densidade(ambas em massa/volume):
ciρi
= Φi (121)
– Massa molar media:
MMmix ≡∑i
∑i
xiMMi =
= 1/∑i
(wi/MMi) (122)
7
1.5 Equilıbrio de fases
– Regra das fases:
F = 2− π +N (123)
Valida pra problemas intensivos.
– Teorema de Duhem:
F = 2 (124)
Valido pra problemas extensivos.
– Equacao de Clapeyron:
dP sat
dT=
∆Strans
∆V trans=
∆Htrans
T∆V trans(125)
– Equacao de Clausius-Clapeyron:
d lnP sat
dT=
∆Htrans
RT 2(126)
– Equacao de Antoine:
lnP sat = A− B
T + C(127)
– Regra de Trouton:
∆Hn
RTn∼ 10 (128)
– Condicao de equilıbrio (necessaria e su-ficiente):
minT,P,n
G(T, P,n) (129)
Algumas das Nc + 2 variaveis das quaisdepende G devem ser especificadas apriori, se assim pedir a regra das fases outeorema de Duhem.
– Condicao de equilıbrio (necessaria):
µi1 = µi2 = ... = µiNf(130)
para i = 1, . . . , Nc.
– Condicao de equilıbrio (necessaria):
fi1 = fi2 = ... = fiNf(131)
para i = 1, . . . , Nc. Este e o conhecidocriterio de isofugacidades. As expressoes
comumente usadas para expressar fi sao:
xiφiP e xiγif0i .
– Aproximacao de Raoult:
No ELV, quando fi0
= fi e consideramosφi/φ
sati , γi e o fator de Poynting todos val-
endo 1, o criterio de isofugacidades podeser escrito como:
yiP = xiPsati (132)
– Aproximacao de Henry:
No ELV, quando fi0
= hi e consideramosγi = φi = 1, o criterio de isofugacidadespode ser escrito como:
yiP = xihi (133)
– Fator de equilıbrio:
Ki =yixi
(134)
– Equacao de Rashford-Rice:
∑i
zi(Ki − 1)
β(Ki − 1) + 1= 0 (135)
Obs: xi = zi/(1+β(Ki−1)) e yi = Kixi.
– Equacao do ponto de bolha:∑i
xiKi = 1 (136)
– Equacao do ponto de orvalho:∑i
yi/Ki = 1 (137)
– Volatilidade relativa:
αij =Ki
Kj(138)
– Condicao necessaria e suficiente para aestabilidade de uma fase com composicaoz:
∑i
wi(µi(w)− µi(z)) ≥ 0 (139)
8
para toda composicao de teste w. Este e ocriterio do plano tangente de Gibbs.
– Saturacao (especıfica ou molar) de umgas com um vapor:
s ≡ mv
m−mv(140)
sn ≡nv
n− nv(141)
Essas definicoes estao longe de ser una-nimidade. Muitos consideram que s ≡mv/m, ou usam volume no denominador(mv/V
t), por exemplo.
Se a mistura vapor-gas e considerada umgas ideal:
sn =pv
P − pv(142)
sendo mv = wvm, nv = xv n e pv = xvP .Se o gas e o ar e o vapor e a agua, asaturacao e chamada de umidade.
– Saturacao (ou umidade) relativa:
sr ≡pvpsatv
(143)
Se a mistura vapor-gas e considerada umgas ideal:
sr =xvxsatv
=nvnsatv
(144)
Mais uma vez, podemos definir asaturacao relativa de outras maneiras,como s′r ≡ sn/s
satn . Alguns livros chamam
s′r, sabe-se la por que, de saturacao abso-luta. A relacao entre sr e s′r e, para o casode gas ideal:
s′r =pvpsatv
P − psatv
P − pv= sr
P − psatv
P − pv(145)
1.6 Equilıbrio quımico
– Reacao quımica:∑i
νiAi = 0 (146)
– Grau de avanco:
dn1
ν1=dn2
ν2=dn3
ν3= ... ≡ dε (147)
Ou:
dni = νidε (148)
Integrando:
ni = ni0 + νiε (149)
Composicao:
xi =nin
=ni0 + νiε
n0 + νε(150)
Para multiplas reacoes:
dni =∑j
νi,jdεj (151)
Integrando:
ni = ni0 +∑j
νi,jεj (152)
Composicao:
xi =nin
=ni0 +
∑j νi,jεj
n0 +∑
j νjεj(153)
Obs: ν =∑
i νi.
– Variacao de propriedade padrao dereacao:
∆M0 ≡∑i
νiM0i (154)
– Constante de equilıbrio:
K ≡ exp(−∆G0
RT) (155)
– Condicao de equilıbrio (necessaria e su-ficiente):
minn
G(n) (156)
Ou:
minε
G(ε) (157)
– Condicao de equilıbrio (necessaria):
9
∑i
νiµi = 0 (158)
Substituindo µi = µ0i +RT ln ai:
exp(−∑
i νiµ0i
RT) = Πiai
νi (159)
Ou:
K = Πiaiνi (160)
Da maneira como e definida a constantede equilıbrio K, o estado de referenciautilizado em ai diz respeito sempre aoscomponentes puros.
– Condicao de equilıbrio (necessaria)
para fi0
= P 0:
K = Πi(xiφiP/P0)νi (161)
– Condicao de equilıbrio (necessaria)
para fi0
= f0,Li (T, P 0):
K = Πi(xiγi)νi (162)
Se γi estiver consistente com uma ativi-dade definida de acordo com uma referenciaa P da solucao (f0,L
i (T, P )), como e co-mum, por rigor precisarıamos introduzir ofator de Poyting:
K = Πi(xiγi)νi exp
∫ P
P 0
V Li
RTdP (163)
Ele, no entanto, e normalmente de-sprezado.
– Condicao de equilıbrio (necessaria)para a referencia no componente i “puro”no solvente (considerado um campo) for-mando mistura ideal a C0
i = 1mol/L (nocaso, ai = (ciγi)/(C
0i γ
0i ) = ciγi:
K = Πi(Ciγi)νi (164)
– Equacao de Van’t Hoff:
d lnK
dT=
∆H0
RT 2(165)
– Equacao de Kirchoff:
∆H0 = I +
∫∆CPdT (166)
Esta e uma integral indefinida. Suaanaloga definida e:
∆H0(T ) = ∆H0(T0) +
∫ T
T0
∆CPdT (167)
– Regra das fases para sistemas rea-cionais:
F = 2− π +N − r − s (168)
– Teorema de Duhem para sistemas rea-cionais:
F = 2 (169)
2 Termodinamicaestatıstica e molecular
2.1 Conceitos basicos
– Hipotese ergodica:
M =1
∆t
∫ t
t0
M(t) dt =∑j
pjMj (170)
– Degenerescencia de uma distribuicaon:
Ω(n) =(∑
j nj)!
Πj(nj !)(171)
– Probabilidade de um estado quantico jno ensemble canonico:
pj =nj∑j nj
=1∑j nj
∑n Ω(n)nj(n)∑
n Ω(n)=
=1∑j nj
Ω(n∗)n∗jΩ(n∗)
=n∗j∑j nj
=
=e−βEj(V t,N)∑i e−βEi(V t,N)
(172)
– Funcao de particao canonica (soma so-bre estados quanticos):
10
Q (V t, N) =∑i
e−βEi(Vt,N) (173)
– Funcao de particao canonica (soma so-bre nıveis de energia):
Q (V t, N) =∑i
Ωi(Vt, N) e−βEi(V
t,N)
(174)– Entropia:
S = −k∑j
pj ln pj (175)
– Temperatura:
T = 1/βk (176)
– Energia de Helmholtz:
A (T, V t, N) = −kT lnQ(V t, N) (177)
– Probabilidade de um estado quantico jno ensemble micro-canonico:
pj =1
Ω(N,V t, E)(178)
– Entropia:
S(N,V t, E) = k ln Ω(N,V t, E) (179)
– Probabilidade de um estado quantico jno ensemble grande canonico:
pj =nj(N)∑
j nj=n∗j (N)∑
j nj=
=e−βEj(V t,N)eβµN∑i,N ′ e
−βEi(V t,N ′)eβµN ′(180)
– Funcao de particao grande canonica:
Ξ (V t, T, µ) =∑j,N
e−βEj(V t,N)eβµN =
=∑N
Q(N,V t, T ) eβµN (181)
– Potencial termodinamico caracterısticodo ensemble grande canonico (analogo a Apara o canonico e S para o microcanonico):
pV t = kT ln Ξ(V t, T, µ) (182)
– Probabilidade de um estado quantico jno ensemble isotermico-isobarico:
pj =e−βEj(V t,N) e−βPV
t∑V t Q(N,V t, T ) e−βPV t (183)
– Funcao de particao isotermica-isobarica:
∆(N,T, P ) =∑V t
Q(N,V t, T ) e−βPVt
(184)
– Energia de Gibbs:
G (T, P,N) = −kT ln ∆(T, P,N) (185)
– Funcao de particao semi-grandecanonica:
Γ (V t, T, µ1, N2, N3, ...) =
=∑j,N1
e−βEj(V t,N)eβµ1N1 =
=∑N1
Q(N,V t, T ) eβµ1N1 (186)
– Energia de Helmmholtz (ensemblesemi-grande canonico):
A (T, V t, µ1, N2, ...) =
= µ1N1 − kT ln Γ(V t, µ1, N2, ...) (187)
2.2 Sistemas compostos por sub-sistemas independentes
– Funcao de particao canonica para ocaso de subsistemas distinguıveis:
11
Q =∑j
e−Ej/kT =
=
∑j
e−εaj/kT
∑j
e−εbj/kT
... =
qaqb... (188)
– Funcao de particao canonica parao caso de subsistemas indistinguıveis, nahipotese do numero de estados disponıveisser muito maior em relacao ao numero desubsistemas N :
Q =1
N !qN (189)
Esta equacao representa a estatısticade Boltzmann e e um caso limite dasestatısticas de Bose-Einsten e Fermi-Dirac.
– Probabilidade ηi de um subsistema es-tar em um estado i (ou fracao de todos ossubsistemas no estado i):
ηi =e−εi/kT
q(190)
em analogia a equacao (172). Aqui,o sistema pode ser composto de sub-sistemas distinguıveis ou indistinguıveis(neste ultimo caso, se a estatıstica de Boltz-mann for verificada).
2.3 Mecanica estatıstica classica
– Hipotese da separacao do hamiltoni-ano:
H = Hclass +Hquant (191)
em que Hclass refere-se aos graus de liber-dade que podem ser tratados classicamente(p. ex, translacao, interacoes intermolec-ulares e por vezes a rotacao) e Hquant
refere-se aos demais graus de liberdade (p.ex, estados eletronicos e vibracoes).
– Funcao de particao de um sistemagenerico (multicomponente e de moleculaspossivelmente poliatomicas):
Q = QclassQquant =
=Qquant
Πi(Ni!hniNi)
∫e−Hclass/kTdqclassdpclass
(192)
sendo ni o numero de graus de liberdadeclassicos para uma molecula do compo-nente i.
2.3.1 Gas ideal
– Funcao de particao canonica dos grausde liberdade classicos de um gas idealmonoatomico puro:
Qclass =1
N !
(V t
Λ3
)N(193)
sendo Λ =√
h2
2πmkT o comprimento de
onda termico de de Broglie (m e a massade um atomo).
– Funcao de particao canonica dos grausde liberdade quanticos de um gas idealmonoatomico puro:
Qquant =1
N !qNquant (194)
sendo:
qquant = ωelect,1 + ωelect,2 e−∆εelect,2/kT+
+ ...)ωnuc,1 (195)
considerando os zeros de energia eletronicae nuclear nos respectivos estados funda-mentais e sob a hipotese de que os es-tados nucleares excitados sao inacessıveis(hipotese invalida apenas para temperat-uras extremamente altas). Na maioria dasvezes essa equacao se reduz a:
qquant = ωelect,1 (196)
sob a hipotese adicional de que os es-tados eletronicos excitados tambemsao inacessıveis e especificando a de-generescencia do estado fundamental do
12
nucleo como 1.
– Referencia para o calculo do potencialquımico de um gas ideal monoatomico puro(a partir da equacao (67) com ai = P/P0):
µ0i (T, P0) = Gi(T, P0) =
= −kT ln
[kT
Λ3P0ωelect,1
](197)
2.3.2 Sistema nao ideal
– Funcao de particao canonica classicapara um sistema nao ideal monoatomicopuro:
Qclass =1
N !
Z (T, V t, N)
Λ3N(198)
sendo Z (T, V t, N) a chamada integral deconfiguracao:
Z (T, V t, N) =
∫V t
...
∫V t
e−u(r1,...,rN)/kT
dr1...drN (199)
com u(r1, ..., rN) representando a energiapotencial de interacao do sistema de Npartıculas. Considera-se que os modos in-ternos de energia nao sao afetados pela in-teracao entre as partıculas. Assim, Qquante igual a do gas ideal. Perceber que, paraum gas ideal, u = 0 e Z = (V t)
N.
2.4 Teoria de rede
– Balanco de vizinhos:
zN1 = 2N11 +N12 (200)
zN2 = 2N22 +N12 (201)
– Energia de troca:
w ≡ z[u12 −
1
2(u11 + u22)
](202)
– Energia potencial da rede:
Ut = N11u11 +N22u22 +N12u12 =
=z
2N1u11 +
z
2N2u22 +
w
zN12 (203)
– Funcao de particao canonica da rede:
Q =∑N12
Ω(N1, N2, N12) exp
(− UtkT
)(204)
– Energia de Helmholtz de mistura darede:
∆A = −kT ln[Ω(N1, N2, N12)
exp
(−wN12
kTz
)] (205)
2.4.1 Aproximacao de Bragg-Williams
– Numero de pares de vizinhos dissim-ilares mais proximos N12, degenerescenciaΩ e energia de Helmholtz de mistura ∆Ada rede no caso de arranjo completamentealeatorio:
N12 =zN1N2
N1 +N2(206)
Ω(N1, N2, N12) =(N1 +N2)!
N1!N2!(207)
∆A
RT= x1 lnx1 + x2 lnx2 +
w
kTx1x2 (208)
Podemos mostrar facilmente a partir dasequacoes acima que SE = 0. Por w = 0corresponder a solucao ideal, inferimos:
AE =w
kTx1x2 (209)
Como na teoria de rede o espacamentoentre as celulas nao depende da composicao(V E = 0), estamos tratando de umasolucao regular; nesse caso GE = AE echegamos a equacao do modelo de Margules2-sufixos.
13
2.5 Forcas intermoleculares
– Relacao entre forca e potencial de in-teracao:
F (r, θ, φ, ...) = −∇u(r, θ, φ, ...) (210)
– Lei de Coulomb para interacoes elet-rostaticas pontuais:
uij(r) =qiqj
4πε0r(211)
– Momento de dipolo:
µ ≡ e d (212)
– Interacoes entre dipolos permanentes(forcas de Keesom):
uij(r, θ, φ) = − µiµj4πε0r3
[2 cos θi cos θj−
− sin θi sin θj cos(φi − φj)] (213)
valida para distancias r entre os dipolosgrandes em relacao aos seus comprimentos.
Keessom mostrou que a moderadas e al-tas temperaturas, os potenciais negativossao preferidos estatisticamente. Fazendo amedia sobre todas as orientacoes possıveis(ponderada por fatores de Boltzman ex-pandidos em potencias de 1/kT ):
uij(r) = −2
3
µ2iµ
2j
(4πε0)2kTr6(214)
– Momento de dipolo induzido (camposcom forcas moderadas):
µi ≡ αE (215)
– Interacoes devido a inducao por dipolospermanentes (forcas de Debye):
uij(r) =αiµ
2j + αjµ
2i
(4πε0)2r6(216)
– Interacoes (atrativas) entre moleculasapolares (forcas de London):
uij(r) = −3
2
αi αj(4πε0)2r6
(Ii IjIi + Ij
)(217)
– Potencial de esferas rıgidas:
u(r) =
∞, r ≤ σ0, r > σ
– Poco de potencial:
u(r) =
∞, r ≤ σ−ε, σ < r < Rsw σ
0, r ≥ Rsw σ
– Potencial de Mie:
u(r) =ε (nn/mm)1/(n−m)
n−m
[(σr
)n−(σr
)m](218)
– Potencial de Lennard-Jones:
u(r) = 4ε
[(σr
)12−(σr
)6]
(219)
que ocorre ao fazermos m = 6 e n = 12 em(218).
– Regras de combinacao de Lorentz-Berthelot:
σ12 =σ1 + σ2
2(220)
ε12 =√ε1ε2(1− k12) (221)
2.6 Funcoes de distribuicao con-figuracional
– Hipotese da aditividade par-a-par:
u(r1, ..., rN) =∑i
∑j
1≤i≤j≤3
u(ri, rj) (222)
– Hipotese da esfericidade das partıculas:
u(ri, rj) = u(rij) (223)
– Probabilidade de se encontrar umapartıcula 1 em r1, partıcula 2 em r2, ...,partıcula N em rN:
14
p(N)(r1, . . . , rN ) dr1 · · · drN =
=e−βuN
ZNdr1 · · · drN (224)
– Probabilidade de se encontrar n < Npartıculas nas posicoes r1, ..., rn, sem re-stricoes nas N − n partıculas restantes:
p(n)(r1, . . . , rn) =
=1
ZN
∫· · ·∫
e−βUN drn+1 · · · drN
(225)
– Expectativa de se encontrar qualqueruma das n partıculas nas posicoes r1, ...,rn em qualquer permutacao:
ρ(n)(r1, . . . , rn) =
=N !
(N − n)!p(n)(r1, . . . , rn) (226)
Essa expectativa e conhecida comodensidade de n-partıculas.
– Funcao de correlacao de n-corpos:
g(n)(r1 . . . , rn) ≡ N !
(N − n)!
(V
N
)n·
1
ZN
∫· · ·∫
e−βUN drn+1 · · · drN (227)
tal que:
ρ(n)(r1 . . . , rn) = ρng(n)(r1 . . . , rn)(228)
sendo ρ = N/V a densidade numerica dosistema. Na verdade, g = g(r; ρ, T ), o quee omitido por simplicidade de notacao namaioria dos casos.
– Funcao de correlacao de pares:
g(2)(r1, r2) =V 2
ZN·∫
· · ·∫
e−βUN dr3 · · · drN (229)
ou mais comumente:
ρ2g(2)(r1, r2) =N2
ZN·∫
· · ·∫
e−βUN dr3 · · · drN (230)
A funcao de correlacao de pares tambeme conhecida como funcao de distribuicaoradial, denotada a partir de agora simples-mente por g(r1, r2).
– Valor medio da energia de interacao deum conjunto de moleculas:
< UC >= 2πNρ
∫u(r)g(r)r2dr (231)
tambem conhecido como energia configu-racional. Para se chegar a essa equacao enecessario usar a hipotese da aditividadepar-a-par, (222), e de esfericidade dasmoleculas, (223).
– Equacao da pressao:
P = ρkT − 2π
3ρ2
∫ ∞0
du(r)
drg(r)r3dr
(232)
– Funcao de distribuicao radial a baixasdensidades:
g(r; ρ = 0, T ) = e−u(r)/kT (233)
– Equacao da compressibilidade:
kT
(∂ρ
∂P
)T
−1 = 4πρ
∫ ∞0
[g(r; ρ, T )−1]r2dr
(234)
– Numero de coordenacao:
z = 4πρ
∫ rmin,1
0g(r)r2dr (235)
sendo rmin,1 o primeiro mınimo da curvag(r).
15
2.7 Funcao de particao de van derWaals
– Funcao de particao de van der Waals:
Q(N, V t, T ) =
[∏i
(qNiint,i
Λ3Nii Ni!
)]·
Z(N, V t, T ) (236)
N e o vetor (N1, N2, ...), qint,i a funcao departicao dos modos internos da molecula(translacao, rotacao, vibracao e modoseletronicos), Z(N, V t, T ) a integral de con-figuracao, escrita como:
Z(N, V t, T ) = [Vf (N, V, T )]N ·
exp
(−NΦ(N, V, T )
kT
)(237)
sendo
Vf = Z(N, V t, T =∞) = ZHC(N, V t, T )(238)
o chamado volume livre (HC significa hardchain ou esferas rıgidas), e
Φ(N, V t, T ) = −kTN
∫ T
T=∞
UR(N, V t, T )
kT 2dT
(239)o potencial medio de interacao entre asmoleculas; UR e dado por
UR(N, V t, T ) =∑i
∑j
URij (N, V t, T ) =
=∑i
∑j
NiNj
2V·∫
R∗ij
uSij(r)gij(r; N, V t, T )dr =
=N2
V
∑i
∑j
xixj ·∫R∗ij
uSij(r)gij(r; N, V t, T )dr (240)
com uSij(r) representando a parte daenergia potencial de pares nao proveniente
do termo de esferas rıgidas e R∗ij o alcancedo potencial.
Para construir modelos termodinamicos,precisamos especificar as formas de Vf e Φ(neste ultimo caso, muitas vezes fazendohipoteses sobre o numero de coordenacaoespecie-especie Nij(N, V t, T ), ja que:
∫R∗ij
uSij(r)gij(r; N, V t, T )dr =
=< uSij >
∫R∗ij
gij(r; N, V t, T )dr =
=NijV
Ni< uSij > (241)
sendo < uSij > um valor apropriado escol-hido para a media da interacao i− j).
2.8 Modelos termodinamicos
2.8.1 Equacoes de estado
– Equacoes do virial:
Z = 1 +B
V+
C
V 2+ ... (242)
Z = 1 +B′P + C ′P 2 + ... (243)
– Segundo coeficiente do virial atraves dedados PVT a baixas pressoes:
B = limρ→0
(∂z
∂ρ
)T
(244)
– Funcao cluster de Mayer:
fij(rij) = e−u(rij)/kT − 1 (245)
– Integral de configuracao da equacao dovirial:
Z = (V t)N exp
∑s
Nβss+ 1
ρs
(246)
sendo βs as chamadas integrais irredutıveis.
16
– Primeira integral irredutıvel para umgas monoatomico:
β1 = 4π
∫ ∞0
fij(rij)r2ijdrij =
= 4π
∫ ∞0
(e−u(rij)/kT − 1)r2 dr (247)
Para gases poliatomicos, β1 (e asdemais βs) sao funcoes nao apenas dadistancia, mas da orientacao relativa entreas moleculas.
– Coeficientes do virial:
Bj+1 = − j
j + 1βj (248)
– Regras de mistura (rigorosas) para oscoeficientes do virial:
B =∑i
∑j
xixjBij (249)
C =∑i
∑j
∑k
xixjxkCijk (250)
...
– Validade (aproximada) do trunca-mento da equacao do virial apos o segundotermo:
P ≤ T
2
∑i yiPci∑i yiTci
(251)
– Equacao de van der Waals:
P =RT
V − b− a
V 2(252)
– Regras de mistura de van der Waals:
a =∑i
∑j
xixjaij (253)
b =∑i
∑j
xixjbij (254)
– Regras de combinacao de van derWaals:
aij =√aiaj (255)
bij =bi + bj
2(256)
Com esta ultima regra, a equacao (254)se torna:
b =∑i
xibi (257)
– Equacao de estado cubica generica:
P =RT
V − b− a(T )
(V + εb)(V + σb)(258)
– Parametros da EdE cubica generica emfuncao de dados crıticos:
a(T ) = Ψα(Tr)R
2T 2c
Pc(259)
b = ΩRTcPc
(260)
– Fator acentrico de Pitzer:
ω = −1, 0− log(P satr )Tr=0,7 (261)
2.8.2 Modelos de GE
– Expansao de Wohl (sistemas binarios):
GE
RT (x1r1 + x2r2)= 2a12Φ1Φ2+
+ 3a112Φ21Φ2 + 3a122Φ1Φ2
2+
+ 4a1112Φ31Φ2 + 4a1222Φ1Φ3
2+
+ 6a1122Φ21Φ2
2 + ... (262)
sendo:
Φ1 ≡x1r1
x1r1 + x2r2(263)
Φ2 ≡x2r2
x1r1 + x2r2(264)
fracoes volumetricas efetivas dos doiscomponentes.
– Modelo de Margules:
Se assumirmos em (262) que r1 = r2
(moleculas comparaveis em tamanho) e
17
negligenciarmos termos superiores a quartaordem:
ln γ1 = Ax22 +Bx3
2 + Cx42 (265)
ln γ2 = (A+3
2B+2C)x2
1−(B+8
3C)x3
1+Cx41
(266)
sendo A = r(2a12 + 6a112 − 3a122 +12a1112 − 6a1122), B = r(6a122 −6a112 − 24a1112 − 8a1222 + 24a1122) eC = r(12a1112 + 12a1222 − 18a1122).
– Modelo de Van Laar:
Se truncarmos (262) apos o primeirotermo, obtemos:
ln γ1 =A(
1 +A
B
x1
x2
)2 (267)
ln γ2 =B(
1 +B
A
x2
x1
)2 (268)
sendo A = 2r1a12 e B = 2r2a12.
O modelo de Van Laar tambempode ser deduzido a partir da equacaode van der Waals (sob as hipotesesV E = SE = 0). Nesse caso, os parametros
tomam a forma A = b1RT
(√a1b1−√a2b2
)e
B = b1RT
(√a1b1−√a2b2
).
– Modelo de Scatchard-Hildebrand:
GE = UE =
nc∑k=1
xkVk(δk− δ)2 +V ¯k (269)
RT ln γi = Vi[(δi − δ)2 + 2kiδi − ¯k] (270)
sendo os parametros de solubilidade:
δi ≡(
∆vapU
V
)1/2
i
=
(∆vapH −RT
V
)1/2
i(271)
e as fracoes volumetricas:
Φi ≡xiVi
nc∑j=1
xjVj
(272)
Alem disso:
δ =∑j
Φjδj (273)
ki =∑j
Φjδjkij (274)
¯k =∑i
Φiδiki (275)
Podemos colocar esse modelo, no casobinario, na forma da equacao de VanLaar; nesse contexto, em (267) e (268),com kij = 0, os parametros se tornariamA = V1
RT (δ1 − δ2)2 e B = V2RT (δ1 − δ2)2.
– Modelo de Wilson:
GE
RT= −
nc∑i=1
xi ln
nc∑j=1
xjΛij
(276)
ln γk = −ln
nc∑j=1
xjΛkj
+ 1−
−nc∑i=1
xiΛiknc∑j=1
xjΛij
(277)
sendo o parametro de interacao:
Λij =VjVi
exp
(−λij − λii
RT
)(278)
O modelo de Wilson nao preve oequilıbrio lıquido-lıquido.
18
– Modelo NRTL:
GE
RT=
nc∑i=1
xi
nc∑j=1
xjτjiGji
nc∑k=1
xkGki
(279)
ln γi =
nc∑j=1
xjτjiGji
nc∑k=1
xkGki
+
+
nc∑j=1
xjGijnc∑k=1
xkGkj
τij −n∑
m=1
xmτmjGmj
nc∑k=1
xkGkj
(280)
sendo os parametros de interacao:
Gij = exp (−αijτij) (281)
τij =bijRT
(282)
Obs: geralmente o fator de nao-aleatoriedade αij = αji fica entre 0, 2 e0, 47 e, quando os dados experimentais saoescassos ou de nao tao boa qualidade, ofixamos como 0, 3.
– Modelo Flory-Huggins:
GEcRT
=
nc∑i=1
xi lnΦi
xi(283)
GErRT
=
(nc∑k=1
xkrk
)nc∑i=1j>i
ΦiΦjχij (284)
ln γi = lnΦi
xi+
N∑j=1j 6=i
(1− ri
rj
)Φj+
+ri
(1− Φi)N∑j=1j 6=i
Φjχij −N∑k=1j<kj,k 6=i
ΦjΦkχjk
(285)
sendo a fracao de segmento definida por:
Φi ≡xiri
nc∑j=1
xjrj
(286)
e χ representando o parametro de in-teracao. O ındice c diz respeito a parcelacombinatorial (entropica) de GE e r aresidual (energetica). Daı, GE = GEc +GEr .
As equacoes acima sao generalizacoesdo modelo original formulado na formabinaria (nc = 2), esta a mais utilizadana area de polımeros. Em geral, devidoa problemas numericos (a fracao molardo polımero costuma ser muito pequena),∆G e µi sao utilizados em lugar de GE eln γi, sendo suas expressoes encontradasfacilmente atraves das equacoes (110) e(67), respectivamente. Daı, tratamos afracao de segmento diretamente como umafracao volumetrica.
– Modelo UNIQUAC:
GEcRT
=
nc∑i=1
xi lnΦi
xi+z
2
nc∑i=1
qixi lnθiΦi
(287)
GErRT
= −nc∑i=1
q′ixi ln
nc∑j=1
θ′jτji
(288)
19
ln γi = lnΦi
xi+z
2qi ln
θiΦi
+ li−
− Φi
xi
nc∑j=1
xjlj − q′i ln
nc∑j=1
θ′jτji
+
+ q′i − q′inc∑j=1
θ′jτijnc∑k=1
θ′kτkj
(289)
sendo a fracao de segmento dada por (286)e as de area:
θi ≡xiqi
nc∑j=1
xjqj
(290)
θ′i ≡xiq′i
nc∑j=1
xjq′j
(291)
e o parametro de interacao:
τij = exp(−aijT
)(292)
Alem disso, lj = (z/2)(rj−qj)−(rj−1) eo numero de coordenacao z = 10 (um valorempırico e razoavel para condicoes tıpicas).A parte combinatorial (287) e conhecidacomo equacao de Guggenheim-Staverman.
3 Matematica
– Diferencial:
Se y = y(x), sua diferencial e:
dy =∑i
(∂y
∂xi
)xj 6=i
dxi (293)
– Funcao homogenea de ordem m nasvariaveis x:
f(λx,y) = λmf(x,y) (294)
– Teorema de Euler para funcoes ho-mogeneas de ordem m nas variaveis x:
mf(x,y) =∑i
xi
(∂f
∂xi
)xj 6=i,y
(295)
– Identidade recıproca:(∂y
∂x
)z
=1(∂x∂y
)z
(296)
– Regra da cadeia:
(∂F
∂y
)x
=(∂F/∂z)x(∂y/∂z)x
=
(∂F
∂z
)x
(∂z
∂y
)x
(297)– Relacao triangular:
(∂x
∂y
)z
(∂y
∂z
)x
(∂z
∂x
)y
= −1 (298)
– Teorema de reciprocidade de Maxwell:
Seja z = z(x, y). Entao:(∂2z
∂x ∂y
)=
(∂2z
∂y ∂x
)(299)
Uma consequencia desta relacao esta notopico a seguir.
– Criterio de exatidao:
Se:
dz = Mdx+Ndy
Entao: (∂M
∂y
)x
=
(∂N
∂x
)y
(300)
Quando aplicados as relacoes fundamen-tais, este criterio da origem as relacoes deMaxwell.
– Aproximacao de Stirling:
lnN ! =
N∑m=1
lnm (301)
– Transformanda de Legendre:
Seja a funcao y = y(x) e sua inclinacaop = p(x). A transformada de Legendre dey e a funcao:
φ(p) = y − px (302)
20
Generalizacao para multi-D:
φ(p) = y −∑j
∂y
∂xjxj (303)
– Jacobiana:
∂(f, g)
∂(x, y)≡
∣∣∣∣∣∣(∂f∂x
)y
(∂f∂y
)x(
∂g∂x
)y
(∂g∂y
)x
∣∣∣∣∣∣ =
=
(∂f
∂x
)y
(∂g
∂y
)x
−(∂f
∂y
)x
(∂g
∂x
)y
(304)
Propriedades:
1) Transposicao: ∂(f,g)∂(x,y) = −∂(g,f)
∂(x,y)
2) Inversao: ∂(f,g)∂(x,y) = 1/∂(x,y)
∂(f,g)
3) Regra da cadeia: ∂(f,g)∂(x,y) = ∂(f,g)
∂(z,w)∂(z,w)∂(x,y)
Consequencia importante:
(∂f
∂z
)g
=∂(f, g)
∂(z, g)=
∂(f,g)∂(x,y)
∂(z,g)∂(x,y)
(305)
Essa equacao e particularmente utilquando desejamos transformar umaderivada parcial, originalmente comvariaveis independentes z e g, em umaexpressao com variaveis independentes x ey.
Referencias
[1] HILL, T. L. An introduction to statis-tical thermodynamics. Addison-Wesley,1960.
[2] PRAUSNITZ, J.; ANDERSON, T.;GRENS, E.; ECKERT, C.; HSIED, R.;CONNEL, J. O. Computer calcula-tions for multicomponent vapor-liquidand liquid-liquid equilibria. PrenticeHall, 1980.
[3] TESTER, J. W.; MODELL, M. Ther-modynamics and its applications. 3. ed.Prentice Hall, 1997.
[4] PRAUSNITZ, J. M.; LICHTEN-THALER, R. N.; DE AZEVEDO,E. G. Molecular thermodynamics offluid-phase equilibria. 3. ed. PrenticeHall, 1999.
[5] KAMIDE, K.; DOBASHI, T. Physicalchemistry of polymer solutions - theo-retical background. Elsevier, 2000.
[6] SMITH, J.; NESS, H. V.; ABBOTT,M. Introduction to chemical engineer-ing thermodynamics. 7. ed. McGraw-Hill, 2004.
[7] MICHELSEN, M. L.; MOLLERUP,J. M. Thermodynamic models: Funda-mentals & computational aspects. 2. ed.Tie-Line Publications, 2007.
[8] SANDLER, S. I. An introduction to ap-plied statistical thermodynamics. JohnWiley & Sons, 2010.
[9] ELLIOTT, J. R.; LIRA, C. T. Intro-ductory chemical engineering thermody-namics. 2. ed. Prentice Hall, 2012.
21