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ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA AGRICULTURA E DO ABASTECIMENTO – SEAB DEPARTAMENTO DE FISCALIZAÇÃO E DEFESA AGROPECUÁRIA – DEFIS DIVISÃO DE DEFESA SANITÁRIA ANIMAL – DDSA ÁREA DE EPIDEMIOLOGIA CURITIBA Outubro de 2008 EPIDEMIOLOGIA EPIDEMIOLOGIA VETERINÁRIA VETERINÁRIA E E SISTEMA DE INFORMAÇÃO SISTEMA DE INFORMAÇÃO EM SAÚDE ANIMAL EM SAÚDE ANIMAL

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ESTADO DO PARANÁSECRETARIA DE ESTADO DA AGRICULTURA E DO ABASTECIMENTO – SEAB

DEPARTAMENTO DE FISCALIZAÇÃO E DEFESA AGROPECUÁRIA – DEFISDIVISÃO DE DEFESA SANITÁRIA ANIMAL – DDSA

ÁREA DE EPIDEMIOLOGIA

CURITIBAOutubro de 2008

EPIDEMIOLOGIAEPIDEMIOLOGIA VETERINÁRIAVETERINÁRIA

EESISTEMA DE INFORMAÇÃOSISTEMA DE INFORMAÇÃO

EM SAÚDE ANIMALEM SAÚDE ANIMAL

GOVERNADOR DO ESTADO DO PARANÁRoberto Requião de Mello Silva

SECRETARIO DE ESTADO DA AGRICULTURA E DO ABASTECIMENTOValter Bianchini

DIRETOR GERALHerlon Goelzer de Almeida

CHEFE DO DEFISSilmar Pires Bürer

CHEFE DA DDSAMarco Antonio Teixeira Pinto

RESPONSÁVEL PELA ÁREA DE EPIDEMIOLOGIAMaria do Carmo Pessôa Silva

ÁREA DE EPIDEMIOLOGIAPauline Sperka de Souza

Ficha Catalográfica elaborada pela BEAGRI:

P223eParaná. Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento. Epidemiologia veterinária e sistema de informação em saúde animal. 4 ed./

Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento ; Maria do Carmo Pessôa

Silva (org.). – Curitiba : SEAB, 2008.

46 p. : il.

1.Epidemiologia – Sistema de Informação. 2. Doença Animal – Sistema de Informação. I. Título.

CDU 619(035)

SUMÁRIO

1 O QUE É EPIDEMIOLOGIA VETERINÁRIA?.......................................... 32 USOS DA EPIDEMIOLOGIA.....................................................................3

2.1 DETERMINÇÃO DA ORIGEM DA DOENÇA DE CAUSA CONHECIDA............................................................................................................ 3

2.2 INVESTIGAÇÃO E CONTROLE DE DOENÇAS DE CAUSA DESCONHECIDA OU POUCO COMPREENDIDA.............................3

2.3 AQUISIÇÃO DE INFORMAÇÕES DA ECOLOGIA E DA HISTÓRIA NATURAL DA DOENÇA .....................................................................4

2.4 PLANEJAMENTO E MONITORAMENTO DE PROGAMAS DE CONTROLE DE DOENÇAS................................................................4

2.5 AVALIAÇÃO ECONÔMICA DOS EFEITOS DA DOENÇA E DE SEU CONTROLE.........................................................................................5

3 VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA...............................................................53.1 ATIVIDADES PARA VIGILÂNCIA – QUEM FAZ O QUE?................. 5

3.1.1 COLHEITA DE DADOS E INFORMAÇÕES ............................ 64 DIAGNÓSTICO DE CASOS....................................................................105 INVESTIGAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA DE CASOS..................................10

a) ROTEIRO DE INVESTIGAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA DE CASOS.....10b) ANDAMENTO DA INVESTIGAÇÃO.................................................. 11c) BUSCA ATIVA DE CASOS............................................................... 11d) BUSCA DE PISTAS............................................................................12

6 PROCESSAMENTO E ANÁLISE DE DADOS....................................... 127 DECISÃO/AÇÃO......................................................................................128 NORMATIZAÇÃO................................................................................... 139 RETROALIMENTAÇÃO DO SISTEMA...................................................1310 SISTEMA DE INFORMAÇÃO ZOOSANITÁRIA............................................1311 FORM-IN – FORMULÁRIO DE INVESTIGAÇÃO DE DOENÇAS – INICIAL (ANEXO – 01)................................................................................................... 1812 FORM-COM – FORMI\ULÁRIO DE INVESTIGAÇÃO DE DOENÇAS COMPLEMENTAR (ANEXO – 02).....................................................................2213 FICHA EPEDEMIOLÓGICA MENSAL (F.E.M)............................................2514 FICHA EPIDEMIOLÓGICA AVÍCOLA MENSAL (F.E.A.M)..........................2815 CADERNO DE REGISTRO DE SUSPEITA DE ENFERMIDADES DE NOTIFICAÇÃO OBRIGATÓRIA IMEDIATA À O.I.E..........................................2916 MAPA NOSOGRÁFICO DAS PRINCIPAIS DOENÇAS DAS REBANHOS DA PARANÁ.............................................................................................................3217 INFORMAÇÃO PARA A ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE ANIMAL- OIE......................................................................................................................3418 ANEXOS........................................................................................................36

Elaboração do Manual:

Maria do Carmo Pessôa Silva, M.Sc. Médica VeterináriaÁrea de Epidemiologia

Pauline Sperka de Souza, Médica VeterináriaÁrea de Epidemiologia

1 O QUE É EPIDEMIOLOGIA VETERINÁRIA?

Segundo Thrusfield (2004); é o estudo da doença e outros eventos relacionados à saúde em populações animais. Busca identificar as causas e os efeitos das doenças, investigando as formas pelas quais a infecção é transmitida e mantida. Portanto, é fundamental para a prevenção e controle da doença em animais.

A tradução literal da palavra “epidemiologia”, baseada em sua raiz grega, epi- (єπι-)= acima, demo- (δημο-)= povo e logo- (λογο-)= estudo, seria, portanto, “estudo do que está acima do povo” ou, mais modernamente, “o estudo da doença nas populações”. Tradicionalmente “epidemiologia” refere-se ao estudo em populações humanas, e “epizootiologia”, do grego zoo- (ζωο-)= animal, a estudo de populações animais (excluindo humana) (por exemplo Karstad, 1962). Surtos de doença em populações humanas são chamadas “epidêmicas”, em animais são “epizoóticas” e, em populações aviárias são denominadas “eporníticas”, do grego ornito- (ορυιθ- )= pássaro (por exemplo, Montgomery et al., 1979).

Conforme a OPAS/OMS (1964) , epidemiologia é o conjunto de tudo o que se sabe sobre uma enfermidade e no que afeta a uma coletividade, mais do que a um indivíduo. Costuma-se dizer que o médico se ocupa do indivíduo e o epidemiólogo estuda e trabalha com coletividades.

2 USOS DA EPIDEMIOLOGIA :

Há cinco objetivos na epidemiologia:

2.1 Determinação da origem da doença de causa conhecida; 2.2 Investigação e controle de doença de causa desconhecida ou pouco compreendida; 2.3 Aquisição de informações da ecologia e da história natural da doença; 2.4 Planejamento e monitoramento de programa de controle da doença; 2.5 Avaliação econômica dos efeitos da doença e dos custos benefícios das campanhas alternativas de controle.

2.1 DETERMINAÇAO DA ORIGEM DA DOENÇA DE CAUSA CONHECIDA

Muitas das doenças de causa conhecida podem ser diagnosticadas de forma precisa pelos sinais exibidos pelos animais afetados, por testes laboratoriais apropriados e por outros procedimentos clínicos, tais como exames radiológicos.

2.2 INVESTIGAÇÃO E CONTROLE DE DOENÇAS DE CAUSA DESCONHECIDA OU POUCO COMPREENDIDA

Em muitas circunstâncias, o controle de doença baseia-se em observações epidemiológicas antes da causa da doença ser identificada. A pleuropneumonia contagiosa bovina foi erradicada dos Estados Unidos pela observação da característica infecciosa da doença, antes que o seu agente etiológico, Mycoplasma mycoide, tivesse sido isolado (Schwabe, 1984).

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A observação clássica de Edward Jenner da ação protetora da varíola bovina contra a varíola humana no século XVIII (Fisk, 1959), anterior a descoberta do vírus forneceu a base que permitiu a erradicação mundial da varíola.

Mais recentemente, estudos epidemiológicos na Grã-Bretanha sugeriram que a encefalopatia espongiforme bovina (BSE) tivesse ocorrido em decorrência ao consumo de alimentos contendo carne e farinha de ossos contaminadas com scrapie (também conhecida assim em português, é uma doença neurológica dos ovinos causada por um príon) (Wilesmith, et al., 1988). Isso foi suficiente para a introdução de uma legislação proibindo a administração de alimentos para ruminantes contendo proteína, antes do agente etiológico ter sido identificado, o agente etiológico causador da BSE já foi identificado como sendo um príon.

2.3 AQUISIÇÃO DE INFORMAÇÕES DA ECOLOGIA E DA HISTÓRIA NATURAL DA DOENÇA

Um animal que é infectado com um agente infeccioso é hospedeiro deste agente. Hospedeiros e agentes existem em comunidades que incluem outros organismos que vivem em determinados meio-ambientes. Assim, o agregado de todos os fatos relacionados com animais e plantas forma sua história natural. As comunidades inter-relacionadas e seus ambientes são denominados ecossistemas. O estudo dos ecossistemas é denominado ecologia.

Uma boa compreensão da história natural dos agentes infecciosos é possível somente quando esses são estudados no contexto dos ecossistemas de seus hospedeiros. Similarmente, um melhor conhecimento de doenças não infecciosas pode ser obtido pelo estudo dos ecossistemas em associação com características físicas com as quais os animais afetados estão relacionados. A estrutura geológica de um ecossistema, por exemplo, pode afetar a composição mineral das plantas e portanto determinar a ocorrência de deficiências e excessos de minerais nos animais.

O meio ambiente de um ecossistema afeta a sobrevivência de agentes infecciosos e seus hospedeiros. Portanto, a infecção com o helminto, fascíola hepática, é um serio problema em áreas com má drenagem, pois os parasitas passam parte do seu ciclo de vida em um caramujo que necessita de um ambiente úmido.

O clima do ecossistema também é importante porque restringe a distribuição geográfica dos agentes infecciosos que são transmitidos por artrópodes ao limitar a distribuição desses artrópodes. Por exemplo, a mosca Tsé-tsé, que transmite a tripanossomíase, é restrita as regiões úmidas da África (Ford, 1971).

Doenças infecciosas que são transmitidas por insetos, carrapatos e outros artrópodes, pelos quais podem ser mantidas em vida selvagem, apresentam relações ecológicas complexas, constituindo problemas de difícil controle. Estudos epidemiológicos abrangentes dessas doenças auxiliaram a esclarecer seus ciclos de vida e portanto a estabelecer os métodos adequados de controlá-las.

2.4 PLANEJAMENTO E MONITORAMENTO DE PROGAMAS DE CONTROLE DE DOENÇAS

A instituição de programas de controle ou erradicação de uma doença em uma população animal deve ser baseada no conhecimento do nível de ocorrência nessa população, assim como os fatores associados à sua ocorrência, as estruturas necessárias para seu controle e seu custo-benefício envolvido na ação. Essas informações são igualmente importantes para um programa de controle de mastite a ser instituído em uma única propriedade, bem como para o estabelecimento de um programa de erradicação de brucelose em

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âmbito nacional, envolvendo todas as propriedades do país. As técnicas epidemiológicas utilizadas incluem a coleta de dados sobre a doença nas populações (monitoramento e vigilância) para decidir se as diversas estratégias estão sendo eficazes.

Vigilância também é necessária para se determinar se a ocorrência da doença está sendo afetada por novos fatores.

2.5 AVALIAÇÃO ECONÔMICA DOS EFEITOS DA DOENÇA E DE SEU CONTROLE

O custo do controle de uma doença em uma indústria de criação animal necessita ser confrontado com a perda econômica atribuível à doença. Portanto, é necessária uma análise econômica. Essa é uma parte essencial dos programas mais modernos de saúde animal. Apesar de ser econômico diminuir a alta ocorrência de uma doença em um rebanho, às vezes é antieconômico reduzir ainda mais o nível de uma doença que já tem baixo nível de ocorrência. Se 15% das vacas em um rebanho estão afetadas por mastite, a produtividade será severamente afetada e um programa de controle deve ser estabelecido para reduzir o prejuízo econômico. Por outro lado, se menos de 1% do rebanho estiver afetado, o custo de uma redução para níveis menores poderá não representar um suficiente aumento na produtividade que justifique e pague o gasto pelo programa de controle. Assim como, os veterinários do governo não podem cumprir suas obrigações de rotina sem ter referência sobre as doenças de ocorrência nacional.

3 VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA

Conjunto de atividades que proporcionam a informação indispensável para conhecer, detectar ou prever qualquer mudança que possa ocorrer nos fatores condicionantes do processo saúde/doença, com a finalidade de recomendar oportunamente as medidas indicadas que levam à prevenção e controle das doenças.

Ela gera e obtém informação para a AÇÃO.

Serve de base para fazer recomendações, avaliar medidas de controle e realizar planejamento.

3.1 ATIVIDADES PARA VIGILÂNCIA – Quem Faz O Quê?

3.1.1 - Colheita de dados: - U.V.L. e S.T.R.- Demográficos - Sociais- Morbidade- Mortalidade - Produção

Mecanismos para obtenção de dados:- Notificação- Registros- Rumores

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- Inquérito Epidemiológico(amostragens)–Planejado pela A .Epi.

- Enquetes- Monitorias de rotina

3.1.2 - Processamento dos dados coletados. – A . Epi.3.1.3 - Análise e Interpretação dos dados processados. - A . Epi3.1.4 - Recomendação das medidas de controle apropriadas.- A . Epi3.1.5 - Promoção das ações de controle indicadas. Demais Áreas.3.1.6 -Avaliação da eficácia e efetividade das medidas adotadas.A . Epi3.1.7- Divulgação de informações pertinentes. - A . Epi

Legenda : A . Epi.= Área de EpidemiologiaU.V.L. = Unidade Veterinária LocalS.T.R. = Supervisor Técnico Regional

3.1.1 - COLHEITA DE DADOS E INFORMAÇÕESO cumprimento das funções de vigilância epidemiológica depende da

disponibilidade de INFORMAÇÕES que sirvam para subsidiar o desencadeamento de ações - INFORMAÇÃO PARA A AÇÃO.

A qualidade da informação, por sua vez, depende da adequada coleta de dados, que são gerados no local onde ocorre o evento sanitário (dado coletado). É também nesse nível que os dados devem primeiramente ser tratados e estruturados, para se constituírem em um poderoso instrumento.

A INFORMAÇÃO capaz de estabelecer um processo dinâmico de planejamento, avaliação, manutenção e aprimoramento das ações.

A coleta de dados ocorre em todos os níveis de atuação do sistema de saúde. A força e o valor da informação (que é o dado analisado) depende da qualidade e fidedignidade com que o mesmo é gerado. Para isso, faz-se necessário que as pessoas responsáveis pela coleta estejam bem preparadas para diagnosticar corretamente casos, como também para realizar uma boa investigação epidemiológica, com anotações claras e confiáveis para que possa assimilá-las com confiabilidade.

Outro aspecto refere à quantidade do dado gerado, ou seja, sua representatividade em função do problema existente.

A passagem do dado pelos diversos níveis deverá ser suficientemente rápida para o desencadeamento de ações, particularmente quando for necessário o desenvolvimento dessas por um outro nível, visando a adoção das medidas em momento oportuno. É importante salientar que o fluxo, a periodicidade e o tipo de dado que interessa ao sistema de vigilância estão relacionados às características de cada doença ou agravo.

• TIPOS DE DADOSOs dados e informações que alimentam o Sistema de Vigilância

Epidemiológica são os seguintes:

a) Dados Demográficos e AmbientaisPermitem quantificar a população: número de animais e características de

sua distribuição, condições, saneamento, climáticas, ecológicas e sistema de produção. Ex.: Densidade Bovina por área de Pastagem.

b) Dados de Morbidade

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Podem ser obtidos por meio de notificação de casos e surtos (vigilância passiva), de produção de cooperativas e integrações, de clínicas, de investigação epidemiológica, de busca ativa (vigilância ativa) de casos, de estudos amostrais e de inquéritos, entre outras formas. Ex.: Coeficiente de Prevalência, Coeficiente de Incidência.

c) Dados de MortalidadeSão obtidos , por meio de declarações de óbitos. Mesmo considerando o

sub-registro, que é significativo em algumas regiões a necessidade de um correto preenchimento das declarações, trata-se de um dado que assume importância capital como indicador de saúde. Ex.: Taxa de Mortalidade de Leitões do nascimento até a desmama.

d) Notificação de Surtos ou EpidemiasA detecção precoce de surtos e epidemias ocorre quando o sistema de

vigilância epidemiológica local está bem estruturado, com acompanhamento constante da situação geral de saúde, da ocorrência de casos de cada doença e agravo sujeito à notificação. Essa prática possibilita a constatação de qualquer indício de elevação do número de casos de uma patologia, ou a introdução de outras doenças não incidentes no local e conseqüentemente o diagnóstico de uma situação epidêmica inicial para a adoção imediata das medidas de controle. Deve-se notificar esses fatos aos níveis superiores, Supervisor Técnico Regional e à Área de Epidemiologia, para que sejam alertadas as áreas vizinhas e/ou para solicitar colaboração.

e) Notificação de Enfermidades Exóticas e ou em ErradicaçãoO serviço oficial deve estar preparado para identificar a ocorrência, em

grupos populacionais, de sinais que indiquem a atividade de alguma doença ou agravo de causa conhecida, ou do comportamento não usual de uma doença definida.

• FONTES DE DADOS

A informação para a vigilância epidemiológica destina-se à tomada de decisões - INFORMAÇÃO PARA AÇÃO. Este princípio deve reger as relações entre os responsáveis pela vigilância e as diversas fontes que podem ser utilizadas para o fornecimento de dados. As principais são:

a) Notificação É a principal fonte a partir da qual, na maioria das vezes, se desencadeia o

processo informação/decisão/ação. A listagem nacional das doenças de notificação, vigente no país está restrita a alguns agravos e doenças de interesse sanitário e econômico para o país, listas da OIE. Entretanto, estados e municípios podem incluir novas patologias, desde que se defina com clareza o motivo e objetivo da notificação, os instrumentos e fluxo que a informação vai seguir e as ações que devem ser postas em prática de acordo com as análises realizadas. Entende-se que só se deve coletar dados que tenham uma utilização prática, para que não se sobrecarregue os serviços de formulários que não geram informações capazes de aperfeiçoar as atividades de saúde.

A seleção da relação de doenças tem obedecido aos seguintes critérios:

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• que estejam sujeitas ao Regulamento Sanitário Internacional;• que tenham potencial zoonótico;• que possam ser controladas por medidas regulares de prevenção e controle

(vulnerabilidade);• que tenham alta incidência e/ou prevalência (magnitude) e que estejam

promovendo grandes prejuízos à produção• que possam ter importantes repercussões sociais e econômicas

(transcendências).

Mesmo sendo compulsória - o que significa ser dever de todo cidadão notificar a ocorrência de alguma suspeita de doença que esteja na relação de notificação compulsória, é uma obrigação inerente à profissão do Médico Veterinário. Notificação é habitualmente realizada de modo precário, pelo desconhecimento de sua importância, descrédito nos serviços de saúde animal, falta de acompanhamento e supervisão da rede de serviços, pela falta de retomo dos dados coletados e das ações que foram geradas pela análise. Neste sentido, é fundamental que trabalhos de sensibilização dos profissionais e das comunidades sejam sistematicamente realizados, visando à melhoria da obtenção dos dados, no que diz respeito à sua quantidade e qualidade, fortalecendo e ampliando a rede de notificação, pois, idealmente, o sistema deve cobrir toda a população. Desta forma, considera-se que todas as unidades de saúde animal devem compor a rede de notificação (pública, privada e filantrópica) como também, todos os profissionais de saúde e mesmo a população em geral.

Aspectos que devem ser considerados na notificação:

• Notificar a simples suspeita da doença. Não se deve aguardar a confirmação dos casos para se efetuar a notificação, pois isto pode significar perda da oportunidade de adoção das medidas de prevenção e controle indicadas.

• A notificação tem que ser sigilosa, só podendo ser divulgada fora do âmbito médico sanitário em caso de risco para a comunidade, respeitando-se o direito de anonimato dos cidadãos.

• O envio dos instrumentos de coleta de notificação deve ser feito mesmo na ausência de casos, configurando-se o que se denomina Notificação Negativa, que funciona como um indicador de eficiência do sistema de informações;

b) LaboratóriosO engajamento dos laboratórios públicos e privados no sistema deve ser

estimulado e organizado, pois muitas vezes por meio deles se diagnosticam enfermidades que não foram detectadas pelo sistema formal de notificação.

No Paraná o laboratório oficial da DSA é o Centro de Diagnósticos Marcos Enrietti (CDME), que envia informações diárias de todos os exames feitos no dia, à DSA por meio da Área de Epidemiologia.

c) Declarações De MortalidadeSão fontes complementares do sistema de informação, pois quando o sistema

de notificação falha, muitas vezes, o caso é conhecido por meio dessa fonte.Estes dados devem ser observados a acompanhados sistematicamente pelas

U.V.L. nas propriedades de produção animal.

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d) Mapas De AbateRegistros de condenações de carcaças e achados de inspeção podem ser

fontes de informação de ocorrência "inaparente" de enfermidades no campo.Devem ser recolhidos mensalmente de todos os estabelecimentos de abate

localizados na jurisdição da U.V.L. de forma que sejam observadas e informadas às U.V.L. de origem das carcaças com condenações compatíveis com enfermidades sob programa da DSA. Assim sendo, a U.V.L. de origem dos animais deve fazer INVESTIGAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA na propriedade de onde saíram os animais com carcaças condenadas, buscando novos casos ou explicação para as condenações e orientação para solução dos problemas sanitários encontrados.

e) Investigação Epidemiológica Procedimento que não só complementa as informações da notificação sobre a fonte de infecção, mecanismos de transmissão, dentre outras, como também pode possibilitar a descoberta de novos casos que não foram notificados. Deve sempre ser feita pelo Médico Veterinário da U.V.L. que atende o município da propriedade investigada.

f) Estudos EpidemiológicosVárias são as fontes que podem fornecer dados, quando se deseja analisar a

ocorrência de um fenômeno do ponto de vista epidemiológico. Os registros de dados e as investigações epidemiológicas constituem-se fontes regulares de coleta. No entanto, sempre que as condições exigirem, deve-se recorrer diretamente à população ou aos serviços em determinado momento ou período, para obter dados adicionais ou mais representativos. Esses dados podem ser obtidos por meio de inquérito, investigação ou levantamento epidemiológico. Sempre orientados e elaborados pela Área de Epidemiologia e geralmente administrados pelo Chefe da Área da Enfermidade pesquisada e executado pela U.V.L. com supervisão feita pelo Supervisor Técnico Regional.

f.1 Inquéritos EpidemiológicosO inquérito epidemiológico é um estudo seccional, geralmente do tipo

amostral levado a efeito quando as informações existentes são inadequadas ou insuficientes, em virtude de diversos fatores, dentre os quais podem ser destacar: notificação imprópria ou deficiente; mudança no comportamento epidemiológico de uma determinada doença; dificuldade em se avaliar coberturas vacinais ou eficácia de vacinas, necessidade de se avaliar as medidas de controle de um programa; descoberta de doenças inusitadas, investigação do nível de prevalência de uma enfermidade, ou até para provar a ausência de uma doença.

f.2 Levantamento EpidemiológicoÉ um estudo realizado com base nos dados existentes nos registros

dos serviços de saúde animal ou de outras instituições. Não é um estudo amostral e destina-se a coletar dados para complementar informações já existentes. A recuperação de séries históricas, para análise de tendências e a busca ativa de casos, para aferir a eficiência do sistema de notificação, são exemplos de levantamentos epidemiológicos.

g) Imprensa e populaçãoMuitas vezes, informações oriundas da população e da imprensa são fontes

eficientes de dados, devendo ser sempre consideradas, desde quando se proceda a investigação pertinente, para confirmação ou descarte de casos. Quando a vigilância

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de uma área não está organizada ou é ineficiente, o primeiro alerta da ocorrência de um agravo, principalmente quando se trata de uma epidemia, pode ser a imprensa ou a comunidade. A organização de boletins que contenham informações oriundas de jornais e de outros meios de comunicação e seu envio aos dirigentes com poder de decisão, são importantes auxiliares da vigilância epidemiológica, no sentido de que se defina o aporte de recursos necessários a investigação e controle dos eventos sanitários.

h) Avaliação da produçãoAo se visitar uma propriedade onde se faça acompanhamento da produção por

meio de registros (fichas, arquivos de computador); deve-se ficar atento aos indicadores de produção e de morbimortalidade para que sejam detectados precocemente, se possível eventuais agravos que estejam ocorrendo porém de forma inaparente. Muitas vezes imperceptíveis aos olhos do tratador ou do criador e, somente quando tomamos nota e comparamos valores médios de produção, de mortalidade, de conversão alimentar entre outros, é que detectamos possíveis enfermidades que possam estar atrapalhando a produção.

4 DIAGNÓSTICO DE CASOSA confiabilidade do sistema de notificação depende, em grande parte, da

capacidade dos serviços locais de saúde; que são responsáveis pelo atendimento dos casos; diagnosticarem, corretamente as doenças. Para isso, os profissionais deverão estar tecnicamente capacitados e dispor de recursos complementares para a confirmação da suspeita clínica. Diagnósticos (laboratorial e epidemiológico) e tratamento feitos correta e oportunamente asseguram a credibilidade dos serviços junto à população, contribuindo para a eficiência do sistema de vigilância.

5 INVESTIGAÇÃO EPIDEMlOLÓGICA DE CASOSA investigação epidemiológica é método de trabalho utilizado com muita

freqüência em casos de doenças transmissíveis, mas que se aplica a outros grupos de agravos. Consiste em um estudo de campo realizado a partir de casos (clinicamente declarados ou suspeitos) e de portadores. Tem como objetivo avaliar a ocorrência, do ponto de vista de suas implicações para a saúde coletiva. Sempre que possível, deve conduzir a confirmação do diagnóstico, à determinação das características epidemiológicas da doença, à identificação das causas do fenômeno e à orientação sobre as medidas de controle adequadas. É utilizada na ocorrência de casos isolados e também em epidemias.

a) ROTEIRO DE INVESTIGAÇÃOTodo novo caso de doença transmissível é um problema epidemiológico não

resolvido e de algum modo relacionado à saúde de outros indivíduos da comunidade. Isso significa que diante da ocorrência de casos ou óbitos por causa inserida no sistema de vigilância, ou de agravo inusitado, a equipe ou profissional responsável pela vigilância deve estudar o caso, investigando e estabelecendo o significado real do mesmo para a população e área em que seja encontrado.

Várias indagações devem ser levantadas:1) De quem foi contraída a infecção? (fonte de contágio)2) Qual a via de disseminação da infecção, da fonte ao doente?3) Que outros animais e rebanhos podem ter sido infectadas pela mesma fonte

de contágio?4) Quais animais a quem o caso inicial pode haver transmitido a doença?

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5) Qual (is) a(as) faixa(as) etária(s) acometida(s) pela enfermidade?6) Qual a raça e o sexo dos animais enfermos?7) A quem o caso ainda pode transmitir a doença? Como evitá-lo?8) Quando foi o início do foco?9) Onde? Em quais regiões a enfermidade pode ter se espalhado?10) Porque ela surgiu neste período? Ela se repete periodicamente? Quando?

Em quais condições?11) Existe transmissor intermediário para a enfermidade? Portador sadio?12) Foi usada vacina para a enfermidade em questão? 13) Como foi aplicada? Ela é apropriada para o caso?

b) ANDAMENTO DA INVESTIGAÇÃOInício - a finalidade da investigação é a doação de medidas de controle em

tempo hábil.Nesse sentido, faz -se necessário que seja iniciada imediatamente após a

ocorrência do evento, visando obedecer ao período de tempo tecnicamente adequado, para que as medidas profiláticas sejam adotadas em tempo útil e oportuno.

Entrevista - Em geral, as Unidades Veterinárias Locais dispõem de formulários específicos para as doenças incluídas no sistema de vigilância, denominado Formulário Inicial (Form-In), Formulário Complementar (Form-Com), Ficha Epidemiológica Mensal (F.E.M.), Ficha Epidemiológica Avícola Mensal (F.E.A.M.), relatório do SIVICONT e Livro de Suspeitas Não Fundamentadas que ficam disponíveis nas Unidades Veterinárias. Esses formulários são importantes por facilitar a consolidação de dados e devem ser preenchidos cuidadosamente registrando-se todas as informações indicadas, para permitir a análise e a comparação de dados. O investigador poderá acrescentar novos itens que considere relevantes para a investigação. Um espaço para observações devem ser sempre reservado, visando a anotação de informações que possam ajudar o processo de investigação e que não constam na ficha e também que não foram pré-definidas pelo investigador. Os dados para preenchimento dessa ficha são coletados a partir de informações obtidas pelo médico Veterinário Oficial e/ou profissionais liberais, de resultados de exames laboratoriais, de perguntas dirigidas ao próprio produtor ou familiares e dependendo de agravo de indivíduos da comunidade.

Em virtude da diversidade de características clínico-epidemiológicas, as fichas de investigação devem ser específicas para cada tipo de doença ou agravo. O detalhamento das informações previstas depende do estágio do programa de controle. Por isso, deve ser sempre atualizada, mas garantindo a base de dados para o acompanhamento de tendências. A investigação epidemiológica de epidemias pode exigir um formulário desenhado para a ocorrência específica, conforme formulários modelo a seguir detalhados neste manual.

O laboratório é um meio importante de apoio para a conclusão diagnóstica. Entretanto, em muitas situações não se faz necessário aguardar resultados laboratoriais para se iniciar as medidas de controle, que podem ser adotadas com base nas suspeitas, confirmadas ou não pelos resultados dos exames. É fundamental se observar rigorosamente as normas técnicas para colheita e transporte de material, para que não se perca as amostras coletadas e as oportunidades diagnósticas.

c) BUSCA ATIVA DE CASOSQuando se suspeita que outros casos possam ter ocorrido, sem

conhecimento dos serviços de saúde e da vigilância epidemiológica, a busca ativa de casos se impõe, visando o conhecimento da magnitude do evento, o tratamento

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adequado dos acometidos e à ampliação de espectro das medidas de controle. Essa busca, parte integrante da investigação de casos, será realizada no espaço geográfico em que se suspeite a existência de fonte de contágio ativa. Assim, a busca pode ser restrita a uma propriedade como pode ultrapassar barreiras geográficas de Municípios ou Estados, de acordo com circuitos pecuários ou veículos de transmissão. Quando isso ocorrer, as equipes das outras áreas devem ser acionadas e viabilizar a troca das informações, que comporão as anotações da investigação e se prestarão para a análise do evento.

d) BUSCA DE PISTASPara estabelecer a origem da transmissão e conseqüentemente a

classificação do caso, faz-se necessário articular as informações coligadas e ter certeza de que as mesmas são suficientes. A partir daí, passa-se para o que se pode denominar como "busca de pistas". Cabe ao investigador optar por aquelas pistas que sejam produtivas para a classificação do caso. Algumas informações passam, então a ser mais relevantes como:

. Período de incubação;

. Presença de outros casos na localidade, por meio de visita ao perifoco;

. Existência ou não de vetores ligados à transmissibilidade da doença;

. Grupo etário mais atingido;

. Fonte de contágio comum (água, alimentação) ;

. Modos de transmissão (respiratória, contato direto);

. Época em que ocorre (estação).A avaliação dessas variáveis e de outras, em seu conjunto, fornecerá as

pistas para a identificação de problema e a tomada de medidas necessárias ao seu controle.

6 PROCESSAMENTO E ANÁLISE DE DADOSOs dados colhidos são consolidados (ordenados) de acordo com as

características do sistema produtivo (lugar e tempo), em tabelas, gráficos, mapas da área em estudo, fluxo de animais e outros. Essa disposição fornecerá uma visão global do evento, permitido a avaliação de acordo com as variáveis de tempo, espaço e indivíduos (quando?, onde?, quem?,) e de associação causal (por que?, como?) e deverá ser comparado com períodos semelhantes de anos anteriores.

É importante lembrar que além das freqüências absolutas, o cálculo de indicadores epidemiológicos (coeficientes de incidência, prevalência, natalidade e mortalidade) deve ser realizado para efeito de comparação.

A partir do processamento dos dados, deverá se realizada a análise criteriosa dos mesmos, em maior ou menor complexidade, dependendo dos dados disponíveis e da formação profissional da equipe, transformando-os em INFORMAÇÃO capaz de orientar a adoção das medidas de controle. Quando mais oportuna for a análise, mais eficiente será o sistema de vigilância epidemiológica.

7 DECISÃO/AÇÃOTodo o sistema de vigilância é montado tendo como objetivo o controle, a

eliminação/erradicação de doenças, o impedimento de óbitos e perdas econômicas. Ou seja, a vigilância epidemiológica só tem sua razão de ser se for capaz de servir para adoção de medidas que impactem as doenças, no sentido da redução da morbimortalidade. Desta forma, após a análise dos dados, deverão ser definidas

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imediatamente as medidas de prevenção e controle mais pertinentes à situação. Isso deve ocorrer no nível mais próximo da ocorrência do problema, para que a intervenção seja mais oportuna e conseqüentemente mais eficaz. (Notificação imediata da enfermidade).

8 NORMATlZAÇÃOPara que um sistema de vigilância epidemiológica funcione com eficiência e

eficácia, faz-se necessário que se estabeleçam normas técnicas capazes de uniformizar procedimentos e viabilizar a compatibilidade de dados e informações. Essas normas têm que ser claras e serem repassadas para os diversos níveis do sistema, por meio de manuais, cursos e etc.

A elaboração de normas é atribuição dos três níveis do Sistema Federal, Estadual e Municipal, de acordo com a relação de doenças e agravos que foi estabelecida. As normas sobre as doenças e agravos de interesse epidemiológico no país têm que estar compatibilizadas em todos os níveis do sistema de vigilância, para possibilitar a realização de análises e de avaliações coerentes, qualitativa e quantitativamente. Nesse sentido, as orientações técnicas e operacionais emanadas dos órgãos centrais do sistema devem ser consideradas e adaptadas à realidade de cada área. Da mesma forma, se procede com as doenças e agravos de interesse Estadual. Aquelas patologias de notificação compulsória exclusiva no âmbito municipal, também devem ter seus conteúdos de ações normatizados, nesse nível do sistema.

9 RETROALIMENTAÇÃO DO SISTEMAA função de retroalimentação do sistema é fundamental para mantê.lo

funcionando. A devolução de informações aos níveis de menor complexidade, desde uma análise mais específica ao notificante até a mais complexa da situação epidemiológica de uma determinada região, é fundamental para assegurar a credibilidade do sistema, uma vez que os profissionais e pessoas da comunidade que o alimentam, devem ser mantidos informados . Além disso, a retroalimentação é a peça importante de subsídios para reformular os programas, nos seus diversos níveis. Será tanto mais útil quanto melhor for a qualidade da informação gerada, pois a continuidade da política e do programa de controle, ou as propostas de modificações, estão na dependência desse mecanismo.

A retroalimentação terá por base os resultados de investigação e a análise de dados e se efetivará por meio de informes e análises epidemiológicas locais, regionais, estaduais, macroregionais e nacionais. Essa função deve ser estimulada em todos níveis, para que a devolução da informação seja útil e tenha a oportunidade desejada. A periodicidade e os instrumentos de retroalimentação dependem da política de informação de cada nível institucional.

10 SISTEMA DE INFORMAÇÃO ZOOSANITÁRIATrata-se de procedimentos de natureza sistemática e permanente, por meio do

qual tomamos conhecimento dos eventos relacionados com a presença de doenças em uma determinada área geográfica.

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Esta vigilância é realizada pelo conjunto de atores do Sistema Sanitário Nacional, criando as bases para o conhecimento da realidade e definindo o papel de cada ator.

O Sistema tem como propósito:. Conhecer os riscos de ocorrência de enfermidades, no espaço e no tempo,

prever áreas e momentos de riscos, permitindo estabelecer medidas ao tempo em que conhecemos a realidade sanitária, analisando de forma rotineira o comportamento de determinada enfermidade no contexto dos diferentes fatores que incidem sobre a sua apresentação e possibilitem ações preventivas, de controle ou erradicação.

Os mecanismos de operação estão baseados em metodologia que subdivide o mapa dos Estados Federativos e do País em coordenadas geográficas, denominados quadrantes:

Estaduais ( que variam na vertical de 001 a 190, na horizontal de 001 a 270) e federais ( que variam na vertical de 111 a 127, na horizontal de 081 a 107).

Estes Sistemas de quadrantes estão estruturados nas Unidades Técnico Administrativas dos Serviços Veterinários dos Estados - UNIDADES VETERINÁRIAS LOCAIS - UVLs - constituindo-se em Unidades Espaciais para observação, registro e comunicação de eventos sanitários e manejo zoosanitário, tais como cadastramento de propriedades, entradas e saídas de animais, mortes e nascimentos de animais, vacinações, intervenções veterinárias e atenção profissional veterinária; tendo como fontes de informação os proprietários, os veterinários credenciados, os laboratórios, as casas revendedores de produtos veterinários, ele. Existem, no país, 1563 UVLs (2007), além dos Serviços de Defesa Sanitária Animal do Ministério da Agricultura, do Abastecimento MAPA – que participam do Sistema de Informação.

Cada Estado sob Programa Sanitário conta com as suas Unidades Veterinárias Locais -UVLs- as quais tem responsabilidade sobre uma determinada área e número de quadrantes e funcionam como mecanismo sensorial na captação, registro, mensuração, tomadas de decisão e ação nos eventos sanitários, além de enviar a informação às instâncias superiores estaduais. No caso do Paraná, estas informações devem ser enviadas à Área de Epidemiologia.

Esta informação dirigida às instâncias superiores tem caráter semanal quando a doença tem apresentação endêmica e imediata, quando esporádica, ocasional ou indene.

No caso do Paraná, há uma instância intermediária que é representada pelo Supervisor Técnico Regional da DSA.

A cronologia da informação no Paraná é a seguinte: Da UVL para o Supervisor Regional: até ás 17:00 horas de todas as

terças-feiras. Do Supervisor Regional para a área de Epidemiologia: até às 10:00

horas de todas as quartas-feiras. Da Área de Epidemiologia para a SFA-Pr, DEP/Brasília e SivCONT:

até às 16:00 horas de todas as quartas-feiras.

Ainda os Estados, nos seus Serviços Veterinários, contam com Unidades Centrais Estaduais (Área de Epidemiologia) que tabulam, consolidam, avaliam e elaboram relatórios mensais ou anuais, emitem relatórios e recomendações à nível estadual chegando às UVLs como retroalimentação. As Unidades da Federação contam com uma cobertura laboratorial e em alguns estados com laboratórios locais

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(CDME). Para as enfermidades vesiculares, contamos ainda com o laboratório de Referência para as Américas no Centro Panamericano de Febre Aftosa no Rio de Janeiro, algumas Universidades e Instituições de pesquisa credenciadas como laboratórios de referência para doenças das aves e Resíduos Biológicos. Este sistema de laboratórios está inserido no Sistema de Informação, como membro ativo da mesma.

Nos Estados, Área de Epidemiologia, transmitem para o Serviço de Informação e Comunicação Zoosanitária da Divisão de Epidemiologia do Departamento de Defesa Animal, em Brasília, informes semanais e mensais dentro dos critérios mencionados no fluxo de comunicação entre as Unidades Veterinárias Locais e a Unidade Central Estadual.

No serviço de Informação e Comunicação Zoosanitária, em Brasília as informações recebidas são consolidadas, tabuladas e analisadas, mediante o uso da informática, formando bancos de dados e encaminhados aos emitentes dos Estados para retroalimentação, informes semanais e mensais, os primeiros através de mapas Nacionais subdivididos em quadrantes e os mensais contendo tabulações e mapas descritivos.

Considerando que todos estejam engajados no Sistema de Informação Continental, Brasília envia as Informações acima descritas e nos períodos assinalados ao Centro Panamericano de Febre Aftosa, no Rio de Janeiro, os relatórios semanais por correio eletrônico e os mensais por correio.

Os informes emitidos acima descritos são endereçados a todos a Estados, a Instituições Internacionais pertinentes, a países específicos sob convênio, ao Ministério das Relações Exteriores - ITAMARATI e a União Européia.

O Sistema de informação dá amplo conhecimento, do banco disponível de dados, mediante arquivos eletrônicos ou impressos aos Gerentes de Programas que respondem pelas áreas normativas e operacionais.

Em alguns Estados e em algumas de suas Unidades Veterinárias Locais o cadastramento, o registro zoosanitário, a captação da informação e tomada de decisão é realizada eletronicamente, mediante sistema informatizado ou mediante correio eletrônico, no caso do Paraná por meio do [email protected] .

Em outros Estados existem sistemas informatizados com programas utilizados a nível central em Brasília, outros com o uso de planilhas eletrônicas..

Atualmente a informação de campo de à Unidade Central Estadual e destapara Brasília é realizada por FAX ou por correio eletrônico.

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FLUXOGRAMA DO SISTEMA DE INFORMAÇÃO EM SAÚDE ANIMAL

DEP/DSA/SDABrasília

SFA

SEDESA-PR

Área de Epidemiologia

Supervisor Técnico da DDSA

Veterinário Fiscal de Defesa Agropecuária

Produtor Rural TerceirosVeterinárioAutônomo

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FLUXOGRAMA DO SISTEMA DE INFORMAÇÃO EM SAÚDE ANIMAL

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DEP/DSA/DASBrasília

Itamaraty, UE, CVP, Acordos Bilaterais

SFA

SEDESA-PR

Órgãos Estaduais de Defesa (SEAB-PR)

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11 FORM-IN - FORMULÁRIO DE INVESTIGAÇAO DE DOENÇAS –INICIAL (Anexo 01)

INSTRUÇÕES PARA O PREENCHIMENTOEste formulário tem o objetivo de registrar as informações colhidas por médico

veterinário, na primeira visita efetuada a propriedade onde tenha sido notificada ou detectada pela vigilância, a ocorrência de doença. Serve também para acompanhar os materiais enviados ao laboratório para exame.

O preenchimento deste formulário deverá ser feito em 4 VIAS, DIGITADO ou em LETRA DE FORMA. É recomendável que cópias do mesmo estejam sempre disponíveis junto com os materiais de uso do médico veterinário no campo, quando de suas visitas para efeito de vigilância ou chamado para atender a qualquer ocorrência. Uma cópia será PREENCHIDA NA PROPRIEDADE e, mais tarde, de volta ao ESCRITÓRIO, os dados serão transferidos para o original do formulário em 4 vias.

O uso do FORM-IN é OBRIGATÓRIO para os casos de investigação de ocorrência ou suspeita de ocorrência de doenças da antiga Lista A da Organização Mundial de Sanidade Animal (OIE), que ocorrem no Brasil: doenças vesiculares, doenças vermelhas dos suínos, Doença de Newcastle, Encefalomielite Eqüina ou para doenças exóticas.

O FORM-IN pode também ser utilizado para quaisquer outras doenças, a critério de cada unidade da federação (UF), que é o caso do estado PR.

ATENÇÃO!!O PNEFA solicita que todas as suspeitas não fudamentadas de

enfermidades vesiculares sejam também registradas em Form-In (mesmo não havendo colheita de material), preenchido em duas vias, uma para arquivo na UVL e a outra encaminhada para a Área de Epidemiologia a fim de ser registrado o atendimento no SivCont.“Neste caso o FORM-IN será utilizado somente para REGISTRAR de forma auditável o referido atendimento e por este motivo, não precisa ter FORM-COM, visto que o atendimento trata-se de uma suspeita NÃO FUNDAMENTADA, não necessitando de visitas intermediárias nem de encerramento . Assim sendo, no campo de observações gerais do FORM-IN, devem ser registrados os motivos pelos quais a suspeita não foi fundamentada , encerrando-se desta forma o atendimento.” Número do FORM - IN

O número de identificação do FORM-IN poderá ser formado pela sigla da UF correspondente, seguida de numeração seqüencial.(Exemplo: DF/0001,DF/0002 etc.), ou outra numeração, a critério de cada UF.

Número do focoCampo a ser preenchido pela Área de Epidemiologia do Órgão Estadual de

Defesa Sanitária Animal (Sede Central). Seu preenchimento é obrigatório para os casos de investigação de ocorrência ou suspeita de ocorrência de Doenças da antiga Lista A do OIE: doenças vesiculares, doenças vermelhas dos suínos, Doença de Newcastle, encefalomielite eqüina ou para doenças exóticas.

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Nestes casos é necessário identificar CADA FOCO, de acordo com as regras da notificação internacional a serem observadas pelo Departamento de Defesa Animal do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento - MAPA.

ANO - os dois últimos algarismos do ano a que se refere.UF - sigla da Unidade da Federação.

Pelo SIVCONT a numeração a ser usada é a seguinte: • Os 7 (sete) primeiros dígitos, referem-se ao Código usado pelo IBGE

(ex.: Cascavel = 4104808)• Os 4 (quatro) dígitos finais, referem-se à numeração seqüencial por

município , iniciada a contagem desde março de 2006 até completar 9.999 Form-In daquele município, ou seja, a numeração seguirá seqüencial por vários anos. (ex: o município de Cascavel no dia 24/04/07 encontra-se com a numeração atual em 41048080093, o que significa dizer que desde março de 2006, o município de Cascavel já preencheu 93 Form-In ou seja, teve 93 eventos epidemiológicos /focos, distintos)

Número do FORM – IN de origemQuando o episódio estiver ligado a outro(s), indicar o nº do Form-In que

originou diretamente a investigação.

Nome do criadorColocar nesse campo o nome do criador, sem abreviações e, se for o caso, o

apelido ou alcunha pelo qual ele é mais conhecido.

Código do criadorAnotar o código de identificação que cada criador deverá ter e que constará,

também, de seu cadastro.

Nome da PropriedadeEscrever o nome completo da propriedade, evitando qualquer tipo de

abreviatura.

Código da propriedadeAnotar o código de identificação que cada propriedade deverá ter e que

constará, também, de seu cadastro.

Unidade RegionalAnotar o nome da Unidade Regional onde ocorreu o foco.

Unidade LocalAnotar a Unidade Local responsável pelo atendimento ao foco.

Município, UF, coordenadas/quadrantes Anotar o nome do município onde se localiza a propriedade, sem abreviações,

indicando a unidade federativa correspondente e as coordenadas ou quadrantes localizadores do foco. A localização, quando feita por satélite (GPS), deverá corresponder à sede da propriedade onde está ocorrendo a doença.

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Telefone, fax e e-mailAnotar telefone, fax e e-mail, os quais possibilitem um rápido contato com o

criador, incluindo o código de DDD.

Finalidade da criação e tipo de exploraçãoNesses campos serão anotadas somente as características da exploração onde

está ocorrendo a doença, excluindo outras criações que possam existir na mesma propriedade. As alternativas são auto-explicáveis e servem para várias combinações entre elas. Informar se essa é a principal exploração econômica da propriedade ou não. Se não for, informar qual é a principal atividade.

Origem dos animais doentes Anotar na quadrícula correspondente se o (s) animal (is) doente (s) é (são)

nativos, ou seja, nascidos no país, ou importado(s).

Origem da notificaçãoAnotar na quadrícula correspondente quem verificou ou comunicou a ocorrência

do foco ao serviço oficial. Vale lembrar que a vigilância deve incluir, também os serviços organizados do setor privado, que participam dos programas sanitários e desenvolvem, entre outras, essa atividade.

Diagnóstico clínico presuntivoApós estudo In loco da ocorrência, o médico veterinário deverá indicar qual é, na

sua opinião e sob o aspecto clínico ou anátomo-patológico, a doença incidente na propriedade.

Dados populacionaisIdentificar, nesse campo, a população animal existente na propriedade, de

acordo com a espécie e a faixa etária. Anotar quantos adoeceram e morreram desde o início do foco até o momento da visita.Importante: o número de animais mortos não pode ser maior que o número de animais doentes, pelo pressuposto que antes de morrer os animais adoeceram.

Anotar em OBSERVAÇÕES GERAIS as características do manejo e da criação, se existem lotes de animais ou plantéis isolados do local onde surgiu a doença, os indicadores de produtividade verificados no plantel, antes e após o aparecimento da enfermidade, bem como outros dados que possam ser úteis na análise do foco.

Cronologia do focoDeverão ser indicadas neste campo as datas e horas referentes ao início e à

notificação do foco, à primeira visita do médico veterinário para atender a ocorrência e aos procedimentos iniciais adotados. Caso tenham sido tomadas outras medidas não descritas nos campos, estas deverão ser mencionadas no espaço reservado para OBSERVAÇÕES GERAIS. Com a interdição, procura-se isolar os animais e materiais, buscando-se assim evitar a disseminação da enfermidade para outras propriedades ou regiões. Já o isolamento dos animais consiste na sua segregação dentro da propriedade, evitando seu contato direto ou através de materiais ou de pessoas, com outros animais suscetíveis da mesma propriedade, restringindo a difusão da doença para outros plantéis ou retiros da mesma propriedade.

Se alguma medida relacionada no formulário não tiver sido adotada, os espaços correspondentes às informações deverão ser preenchidos com traços.

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Registro da(s) última(s) vacinação(ões)Devem ser anotadas as últimas vacinações efetuadas no plantel ou em núcleos

de criação expostos à doença, contra a enfermidade diagnosticada clinicamente e outras doenças da espécie animal considerada.

Sempre que possível anotar os dados da(s) vacina(s) utilizada(s) solicitados nesse campo do formulário. Não usar códigos para identificação da(s) vacina(s).

Coleta de materialOs materiais para exame laboratorial deverão ser coletados com os devidos

cuidados e na forma recomendada para cada caso e remetidos com a máxima urgência para o laboratório, observando-se as normas de segurança biológica. QUANDO OS MATERIAIS FOREM REMETIDOS PARA A SEDE DO ORGÃO ESTADUAL, ESTE DEVERÁ ENCAMINHÁ-LOS DE IMEDIATO AO LABORATÓRIO, EVITANDO AGRUPAR MATERIAIS RECEBIDOS DURANTE VÁRIOS DIAS PARA O SEU ENVIO. As amostras deverão ser identificadas individualmente mencionando no campo próprio o número de amostras por tipo de material (epitélio lingual, soro, fígado) por espécie animal. No caso de aves, o material enviado pode ser, a ave inteira. Informar o conservante utilizado e o laboratório para qual foi remetido o material.

Sinais clínicos e achados de necrópsiaInformar os sinais clínicos observados nos animais e os achados de necrópsia,

caso tenha sido realizada.

Movimento de animais nos últimos 30 diasEstas informações permitem analisar a origem e a possível difusão da doença

para outros criatórios, seu potencial de risco, bem como a participação desse movimento na introdução da doença na propriedade.

Deverá ser indicado o tipo de movimento (entrada ou saída), a data (dia, mês e ano) em que ocorreu a movimentação, a espécie animal movimentada e a quantidade, se os animais adoeceram, qual o número de doentes, se estavam ou não vacinados contra a doença investigada, sua procedência ou seu destino, por propriedade, município e unidade federativa, bem como o número da guia de trânsito animal (GTA).

Obs.: Caso necessário, utilizar folha suplementar para registrar o movimento de entrada/saída de animais da propriedade, que deve ser anexada ao formulário.

Provável origem da doença Assinalar a opção correta. Poderá ocorrer ter mais de uma suspeita quanto à

introdução da doença em uma propriedade. Anotar todas as suspeitas mais prováveis. Caso não haja qualquer suspeita consistente, assinalar a quadrícula NÃO IDENTIFICADA.

Vale a pena lembrar que, em casos excepcionais, algumas doenças podem ser difundidas por meio de vacina ou pelo escape do agente etiológico de laboratórios de diagnóstico ou de produção de vacinas onde são manipulados. Caso haja essa suspeita nesse sentido, assinalar a quadrícula OUTRA, justificando a suspeita no campo OBSERVAÇÕES GERAIS.

Observações gerais Neste campo deverão ser anotadas as observações e os comentários do

médico veterinário, que contribuam para a elucidação da origem do foco, esclarecendo 23

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melhor suas características e as possibilidades de sua difusão. Poderão, ainda, ser fornecidas informações complementares para as indagações contidas nos diferentes campos do formulário. Caso seja necessário, poderão ser utilizadas folhas adicionais para completar o texto.

No caso de suspeita de doenças vesiculares, incluir o número de animais inspecionados na primeira visita e o número de animais doentes efetivamente vacinados na propriedade.

Identificação e endereço do médico veterinárioO médico veterinário responsável pelo atendimento ao foco e preenchimento do

formulário, deverá escrever seu nome completo, o número do CRMV ou CFMV e assinar o documento. Não esquecer de anotar o endereço completo, incluindo o Código de Endereçamento Postal, telefone, fax e e-mail, caso possua, para que a resposta do laboratório possa chegar o mais rápido possível.

Remessa do formulárioO formulário, preenchido em 4 vias, deverá ser encaminhado da seguinte

maneira: a primeira via do formulário ficará em poder da unidade local, a segunda via deverá ser enviada ao laboratório onde serão feitos os exames, juntamente com o material coletado na propriedade. A terceira via será remetida ao Departamento de Defesa Animal – DDA em Brasília, a quarta via ao órgão central estadual e a quinta ao Serviço/Setor/Seção de Sanidade Animal – SSA/DFA.

Anexo 1Deverá ser utilizado apenas em doenças de eqüídeos.

12 FORM-COM - FORMULÁRIO DE INVESTIGAÇÃO DE DOENÇAS COMPLEMENTAR (Anexo 02)

INSTRUÇÕES PARA O PREENCHIMENTOEste formulário tem a finalidade de registrar as informações colhidas pelo

médico veterinário, nas visitas complementares efetuadas à propriedade onde tenha sido notificada a ocorrência de doença, para adoção de novas medidas, verificação da evolução do problema e, se necessário, coleta de novos materiais para exame. Servirá, ainda, para acompanhar os materiais enviados ao laboratório para exame.

O preenchimento deste formulário deverá ser feito em cinco VIAS, DIGITADO ou em LETRA DE FORMA. É recomendável que cópias do mesmo estejam sempre disponíveis junto aos materiais de uso do médico veterinário no campo, quando de nova visita a um foco, complementar ou para seu encerramento. Uma cópia será PREENCHIDA NA PROPRIEDADE e, mais tarde, de volta ao ESCRITÓRIO, os dados serão transferidos para o original do formulário em cinco vias.

Identificação do formulárioO médico veterinário deverá registrar no campo próprio o número do Formulário

de Investigação de Doenças-Inicial (FORM-IN), correspondente ao foco ao qual está sendo efetuada visita complementar (intermediária ou de encerramento).

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N.º do foco, ano, UF, doença e n.º de ordem O Setor de Epidemiologia do Órgão Estadual de Defesa Sanitária Animal deverá

identificar o foco a que se refere a visita complementar, utilizando o mesmo número de código constante do correspondente Formulário de Investigação de Doenças-Inicial.

Assinalar a opção no campo TIPO DE VISITA se INTERMEDIÁRIA ou se para ENCERRAMENTO do foco.

Anotar a data em que a visita foi efetuada e numerá-la no primeiro caso.

Nome do criador e código Preencher esses campos com o nome do criador, sem abreviações, se for o

caso, o apelido ou alcunha pelo qual ele é mais conhecido, bem como o seu código. Nome da propriedade e código

Anotar o nome completo da propriedade, evitando qualquer tipo de abreviatura, e o seu código, constante de seu cadastro.

Município e UFPreencher os campos correspondentes ao município e a unidade federativa a

que pertence a propriedade.

Focos anteriores e posteriores ao atualCaso sejam identificados, anotar no campo próprio, logo a seguir, o número do

Formulário de Investigação de Doenças-Inicial/FORM-IN do foco que deu origem ao episódio - o foco atual - objeto de investigação. Quando for pertinente e do conhecimento do responsável pelas informações, anotar, também, o(s) número(s) dos FORM-IN do(s) foco(s) surgido(s) a partir da disseminação do agente etiológico do foco em questão.

Somatório de doentes, mortos, sacrificados/destruídos e abatidos desde o início do foco

Procura-se identificar neste campo quantos animais adoeceram, morreram, foram sacrificados e destruídos ou abatidos com aproveitamento, desde o início do foco até o momento da visita, intermediária ou de encerramento do foco.

Cronologia do focoDeverão ser indicadas, neste campo, as datas e horas referentes ao período de

execução dos procedimentos adotados que estão ali mencionados, quando for pertinente, ou apenas a data de início se o procedimento ainda não foi concluído. Usar um traço no campo correspondente ao procedimento não executado. Caso tenham sido tomadas outras medidas não descritas nesse campo, elas deverão ser citadas no espaço reservado para Observações Gerais.

O termo VAZIO SANITÁRIO significa o período de segurança no qual a propriedade deve permanecer sem população animal suscetível à doença que ocorreu anteriormente, após a adoção das medidas de desinfecção, eliminação dos animais suscetíveis, doentes, contatos ou portadores e vetores. Neste caso, o seu término deverá coincidir com a desinterdição da propriedade/criatório.

Se for necessário coletar e remeter novos materiais para exame laboratorial, anotar as datas respectivas nas linhas apropriadas e os seus dados no campo Coleta de novos materiais.

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Os termos SACRIFÍCIO/DESTRUIÇÃO significam a eliminação dos animais suscetíveis, doentes, contatos ou portadores e vetores, sem qualquer tipo de aproveitamento. Já a designação ABATE C/ APROVEITAMENTO significa o sacrifício dos animais com aproveitamento total ou parcial de sua carne e outros produtos.

Na hipótese do emprego do SACRIFÍCIO/DESTRUIÇÃO ou do ABATE C/APROVEITAMENTO, anotar as datas de início e término de sua execução, se for o caso, bem como o número de animais destruídos ou abatidos em cada alternativa.

Vacinação focal e/ou perifocalDeverá ser anotado se foram efetuadas novas vacinações contra a doença

diagnosticada nos plantéis ou núcleos de criação vizinhos para onde a doença possa se difundir (vacinação perifocal), bem como as vacinações realizadas nos animais do plantel ou núcleo de criação onde está ocorrendo a doença (vacinação focal).

Mencionar os dados da(s) vacina(s) utilizada(s), solicitados nestes campos do formulário, e que correspondem ao laboratório produtor, seu nome comercial, o número da partida e a data da vacinação/revacinação. Se for usada mais de uma partida de vacina, ou vacina de mais de um laboratório, utilizar quantas linhas forem necessárias.

O número de animais vacinados em vacinações focais e perifocais deverá ser apresentado nos relatórios periódicos feitos pelo médico veterinário de campo.

Resultado do diagnóstico laboratorial Anotar neste campo as informações recebidas do laboratório sobre o resultado

dos materiais coletados em visita anterior, identificando o laboratório responsável pelo exame.

Coleta de novos materiaisCaso o material coletado na visita inicial tenha sido inadequado para o exame,

ou nos casos onde seja necessário coletar novos materiais para exames complementares ou de acompanhamento, preencher os campos com as informações necessárias para o laboratório. Os cuidados deverão ser os mesmos observados na coleta anterior para cada caso particular. Os materiais serão remetidos com a máxima urgência para o laboratório, identificados separadamente, segundo tipo e animal, mencionando-se no campo próprio o número de amostras por tipo de material (epitélio lingual, soro, fígado, etc.) e por espécie animal. As datas dessa nova coleta e remessa ao laboratório deverão ser mencionadas no campo Cronologia do foco. No caso de aves, o material pode ser, ainda, a ave inteira. Informar o conservante utilizado e o laboratório para onde foi remetido o material.

Os tipos de materiais a serem coletados deverão ser descritos: epitélio, sangue/soro, baço, rim, fígado, suabe, etc.

Os frascos/tubos deverão ser identificados individualmente.

Origem da doença Informar se a suspeita inicial sobre a origem da doença, anotada quando da

primeira visita, foi confirmada pelos estudos e rastreamentos realizados posteriormente. Se não foi, mencionar a nova suspeita considerada e/ou confirmada. Não sendo identificada, assinalar a quadrícula apropriada.

Observações gerais Nesse campo deverão ser anotadas as observações e os comentários do

médico veterinário, que contribuam para elucidação das origens do foco, esclareçam melhor suas características e as possibilidades de sua difusão. Poderão ser ainda

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incluídas informações complementares para as indagações contidas nos diferentes campos do formulário. Caso seja necessário, poderão ser usadas folhas adicionais para completar o texto. Importante sob certas condições, a análise dos indicadores de produção relativos ao rebanho ou plantel do foco em estudo deverá ser sintetizada nesse campo.

Identificação e endereço do médico veterinárioO médico veterinário responsável pelo atendimento ao foco e preenchimento do

formulário, deverá colocar seu nome completo, assinar o documento e anotar o nº do CRMV ou CFMV. Não esquecer de anotar o endereço completo, incluindo o CEP do município, telefone, fax e e-mail, caso tenha, para que a resposta do laboratório possa chegar o mais rápido possível.

Remessa do formulárioO formulário, preenchido em 4 vias, deverá ser encaminhado da seguinte

maneira: a primeira via do formulário ficará em poder da unidade local, a segunda via deverá ser enviada ao laboratório onde serão feitos os exames, juntamente com o material coletado na propriedade. A terceira via será remetida ao Departamento de Defesa Animal – DDA em Brasília, a quarta via ao órgão central estadual e a quinta ao Serviço/Setor/Seção de Sanidade Animal – SSA/DFA.

13 FICHA EPIDEMIOLÓGICA MENSAL (F.E.M.) (Anexo 03)

INSTRUÇÕES PARA PREENCHIMENTOTrata-se do documento oficial de notificação rotineira de enfermidades ao

Serviço de Defesa Sanitária Animal do Estado. Esta ficha tem distribuição inicialmente aos Médicos Veterinários credenciados para emissão de documentos em nome do Serviço Oficial (Médicos Veterinários credenciados para emissão da G.T.A.) sob supervisão da Defesa. Passando numa segunda etapa para acesso à todos os Médicos Veterinários que atuem dentro do Estado do Paraná (Autônomos, Clínicas Veterinárias, Laboratórios de Patologia Animal, Escolas de Veterinária, Hospitais Veterinários, Integrações, Cooperativas e outros que por ventura tenham profissionais que trabalhem com diagnóstico de enfermidades nos animais).

A presença de informações sobre ocorrência de enfermidades nos rebanhos, é um indicador de que há vigilância ativa no Estado. A informação freqüente, ágil, detalhada e consistente dos casos de enfermidades em todo o território do Estado dá confiabilidade ao Sistema de Informação da DSA.

Por exemplo, isto implica em dizer que quando informamos aos países interessados em comprar animais ou produtos de origem animal de nosso Estado, que estamos livres de casos clínicos de Febre Aftosa nos últimos 12 meses e livre de casos clínicos de Peste Suína Clássica o comprador tem segurança em importar estes produtos sem correr risco de levar estas enfermidades para o seu país. Desta forma, as fronteiras sanitárias são transpassadas sem servir de empecilho para o livre comércio dos produtos de origem animal.

Assim sendo a rede de notificação de enfermidades inicia à nível local (Unidade Veterinária), passa pelo regional (Supervisor Regional), vai ao nível central do Estado (Área de Epidemiologia), esta encaminha a notificação para o órgão

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Normatizador da Saúde Animal (MAPA/SEDESA/Pr), que irá encaminha-la para a sede em Brasília (MAPA/DEP.). Os dados serão compactados por Unidade da Federação e condensados em um único relatório do País a qual seguirá aos organismos internacionais como Organização Panamericana de Saúde, Organização Mundial de Saúde, Organização Mundial de Saúde Animal, Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação, e outros.

A freqüência de envio da FEM como o nome indica é mensal, porém ela deve ser enviada à Área de Epidemiologia até o dia 05 do mês subseqüente.

COLUNA 1 - Colocar o nome da doença.As enfermidades de Programa da Defesa Sanitária Animal como:

• Febre Aftosa (Doenças Vesiculares dos Bovinos e dos Suínos), • Raiva dos Herbívoros,• Brucelose,• Tuberculose,• Newcastle,• Peste Suína Clássica,• Aujeszky,• Erisipela,• Salmonelose Suína (Doenças Vermelhas dos Suínos); deverão

ser notificadas imediatamente à D.S.A por telefone, fax,. telex, ou pessoalmente sempre que houver suspeita de algumas destas enfermidades, bem como outras enfermidades que sejam consideradas exóticas no Paraná. Portanto estas não necessitam estar informadas na FEM uma vez que já devem ter sido informadas pessoalmente à Defesa e esta feito visita à propriedade e coleta de material para confirmação laboratorial da suspeita. Desta forma, o Laboratório de referência do Estado (CD.M.E) irá notificar à Epidemiologia a confirmação do diagnóstico e este será informado ao MAPA / SEDESA/Pr.

COLUNA 2 - Código da Espécie Animal:

02 -Bovinos03 -Bubalinos04 -Caninos05 -Caprinos06 -Leporinos07 -Eqüídeos08 -Animais Silvestres (citar espécie no espaço de observações) 09 -Ovinos10 -Suínos11-Felinos12 -Coelhos16 -Peixes22 -Bicho da Seda

COLUNA 3 - Município: Nome do Município por extenso, sem abreviaturas. Relacionar as

doenças por Município Paranaense.

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COLUNA 4 - N° de Focos :Refere-se ao número de propriedades com animais enfermos, por

Município.

COLUNA 5 - N° de Casos :Refere-se ao número de animais enfermos naqueles focos, daquele

Município.

COLUNA 6 - N° de Óbitos:Refere-se ao número de animais que adoeceram e que morreram,

naquelas propriedades daqueles Municípios. Evidentemente que o número óbitos tem que ser menor ou igual ao número de casos e, inferior ao número de animais expostos.

COLUNA 7 - N° de Animais Expostos:Refere-se ao número total de animais que estavam em contato direto

ou indireto com os animais doentes e mortos pela referida enfermidade nas propriedades em que ocorreram os focos. Enfim o total de animais que potencialmente poderiam ter adoecido daquela enfermidade por ocasião do foco, nas propriedades em questão.

COLUNA 8 - Código de Diagnóstico:A - Diagnóstico AlérgicoC - Diagnóstico ClínicoL - Diagnóstico Laboratorial N - Diagnóstico de Necropsia S - Diagnóstico Sorológico

COLUNA 09 - Código das Medidas Profiláticas:D - DesinfecçãoE - DesinfestaçãoI - IsolamentoP - Pré - MuniçãoS - SacrifícioV - Vacinação (quando for adotada esta medida deve-se seguir informando o

número total de animais vacinados, por exemplo: V – 80).

COLUNA 10 - Exames RealizadosExaminados = Número total de animais submetidos aos exames

laboratoriais de diagnóstico, virológico, bacteriológico, parasitológico e outros.Positivos = Número total de animais que tiveram suas amostras como

resultado POSITIVO para a(s) pesquisa(s) laboratorial(ais) feita(s).Suspeitos = Número total de animais que tiveram suas amostras como

resultado SUSPEITO para as pesquisas feitas. Este campo é usado no caso de exames sorológicos e alérgicos.

Vale a pena ressaltar que no estado do Paraná os resultados dos exames sorológicos e alérgicos feitos, não devem ser notificados nesta ficha, pois o Sistema

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27

de Notificação já capta esta informação dos Boletins Mensais de Diagnóstico de Brucelose e Tuberculose. Os quais devem ser entregues à SEAB, por meio das Supervisarias Regionais para controle do uso dos antígenos e alergenos vendidos aos Veterinários deste Estado. Lembramos também que tal informação é obrigatória e periódica, estando sujeitos os infratores a restrições e punições mediante a Lei de Defesa Sanitária Animal de 06/08/96 N° 11504, em seu Decreto N°2792.

14 FICHA EPIDEMIOLÓGICA AVÍCOLA MENSAL (F.E.A.M) (Anexo 04)

INSTRUÇÕES DE PREENCHIMENTO.Formulário para o envio de informações sobre a ocorrência de doenças das

aves por município.

O preenchimento deste formulário deve ser feito em letra de forma ou digitado em computador e enviado impresso e ASSINADO em DUAS VIAS para a Unidade Veterinária em que estiver cadastrado, uma ficará na pasta do Veterinário na U.V. e outra segue para o Supervisor Técnico Regional e por fim para a Área de Epidemiologia, ATÉ O QUINTO DIA ÚTIL DO MÊS SUBSEQÜENTE.

COLUNA 1. Município: listar os municípios afetados.

COLUNA 2. Doença/agente infeccioso: Registrar a doença ou agente infeccioso de acordo com as opções apresentadas. Se for constatada doença ou agente infeccioso não contemplado neste formulário, o nome da mesma deverá ser incluída e as informações preenchidas.

COLUNA 3. Número do CNPJ/CPF: Número do CNPJ ou CPF do produtor

COLUNA 4. Tipo de exploração: Registrar segundo o código do formulário, o tipo de exploração existente na propriedade. Ex: A, D.COLUNA 5. Espécie: : Registrar segundo o código do formulário, o tipo de espécie existente na propriedade. Ex: Gal.

COLUNA 6. Número de aves expostas: Número de aves existentes no foco. Se for afetada mais de uma espécie detalhar no campo “OBSERVAÇÕES”

COLUNA 7. Número de casos: Número de aves doentes no foco. Se for afetada mais de uma espécie detalhar no campo “OBSERVAÇÕES”

COLUNA 8. Número de óbitos: Número de aves doentes que vieram a óbito no foco. Se for afetada mais de uma espécie detalhar no campo “OBSERVAÇÕES”

COLUNA 09. Número de aves sacrificadas: Número de aves encaminhadas ao abate sanitário, visando o controle de doença, e cujas carcaças podem ter aproveitamento parcial. Se for afetada mais de uma espécie detalhar no campo “OBSERVAÇÕES”

COLUNA 10. Número de aves destruídas: Número de aves que foram sacrificas pelo serviço de defesa sanitária animal visando o controle de doença, e cujas

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28

carcaças foram destruídas. Se for afetada mais de uma espécie detalhar no campo “OBSERVAÇÕES”

COLUNA 11. Tipo de diagnóstico: Especificar o número de focos cujo diagnóstico foi clínico/epidemiológico ou laboratorial.

Observações: Qualquer observação relevante sobre as doenças notificadas.Ex: tipo de exame laboratorial realizado, número de aves expostas doentes, mortas, abatidas ou destruídas, por espécie afetada.

Local e data: Local e data de envio do formulário.

Assinatura e carimbo do técnico responsável: O profissional responsável pelo envio da informação deverá assinar o formulário e colocar o carimbo para possibilitar a identificação.

15 CADERNO DE REGISTRO DE SUSPEITAS DE ENFERMIDADES DE NOTIFICAÇÃO OBRIGATÓRIA IMEDIATA À OIE. (Anexo 05)

Com a finalidade de melhorar o alcance e a eficácia do Sistema de Alerta precoce da OIE, os eventos de importância epidemiológica que os países membros devem notificar IMEDIATAMENTE ao Escritório Central da OIE foram redefinidos em janeiro de 2005, com sendo os seguintes:

♦ A parição pela primeira vez de uma enfermidade ou infecção da Lista da OIE em um país, uma zona ou um compartimento;

♦ A reaparição de uma enfermidade ou infecção da Lista da OIE em um país, uma zona ou um compartimento depois de que o Delegado do país membro tenha apresentado um informe declarando que, havia sido extinto o foco ou os focos;

♦ A aparição pela primeira vez de qualquer cepa nova de um patógeno que causa uma enfermidade da lista da OIE, em um país, uma zona ou um compartimento;

♦ Um aumento repentino e inesperado da morbidade ou mortalidade devido a uma enfermidade da lista da OIE que já estava presente;

♦ Qualquer enfermidade emergente com uma morbidade ou mortalidade importante ou com possibilidade de ser zoonose;

♦ Qualquer troca observada na epidemiologia de uma enfermidade da lista da OIE (troca de hospedeiro, de patogenicidade ou de cepa do agente etiológico, particularmente se pode ter repercussão zoonótica).

Para que as informações sejam feitas seguindo esses critérios, todas as Suspeitas de eventos epidemiológicos importantes DEVEM, além de ser informados IMEDIATAMENTE por telefone, fax ou qualquer outro veículo de comunicação rápida, ao Supervisor Regional da DSA e este informar à Área de Epidemiologia, ao responsável pela Área que atende a espécie envolvida, e ao Chefe da DDSA.

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29

Obviamente, que a maioria das suspeitas de eventos sanitários que devem ser notificados IMEDIATAMENTE, podem ser descartados:

√ após resultado laboratorial quando se tem evidência clínica e/ou epidemiológica e é feita colheita de material para diagnóstico laboratorial, também chamada de SUSPEITA FUNDAMENTADA;

√ devido a uma INVESTIGAÇÃO EPIDEMIOLÒGICA bem feita, que possa descartar clinicamente a suspeita inicial, também chamada de SUSPEITA NÃO FUNDAMENTADA.

De qualquer forma, todos os atendimentos a SUSPEITAS FUNDAMENTADAS ou a SUSPEITAS NÃO FUNDAMENTADAS, devem SEMPRE ser registradas no caderno que deve ser mantido sempre, em fácil acesso na Unidade Veterinária Local ,tornando-se um registro auditável por qualquer pessoa que tenha interesse nas informações ali contidas (missões técnicas, auditorias internas e externas). As informações devem ser atualizadas e verificadas mensalmente pelo Supervisor Técnico Regional da DSA, em cada U.V.L. de sua jurisdição.

INSTRUÇÕES PARA PREENCHIMENTO

Município:Informar o nome do município em que a propriedade investigada se localiza.

Proprietário:Nome completo do proprietário dos animais sob suspeita.

Data e Hora da Notificação:Dia, mês, ano e hora em que a DSA foi notificada da suspeita do evento

sanitário.

Data e Hora da Primeira Visita:Dia, mês, ano e hora em que a DSA foi atender a suspeita do evento sanitário

notificado à UVL.

Suspeita Inicial:Refere-se à enfermidade que foi inicialmente suspeita, e depois confirmada ou

não .

Notificação Feita por:Deve ser preenchida com uma das seguintes possibilidades:√ Proprietário - quando a DSA foi atender ao chamado feito pelo

proprietário ou seu preposto.√ Vigilância - quando a DSA fez visita por qualquer que seja o motivo e

identificou a possibilidade de estar atendendo suspeita de uma das enfermidades sob programa.

√ Terceiros - quando outra pessoa da comunidade informa à DSA, a suspeita de uma das enfermidades sob programa sanitário.

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30

Suspeita Fundamentada?Sim, se houve condição necessidade de colher material para confirmação

laboratorial.Não, se não houve necessidade de colher material, visto que a suspeita foi

descartada clinica ou epidemiologicamente.

Tipo de material Colhido:Descrever sucintamente quais e quantos foram os materiais colhidos.

Data da Remessa:Dia, mês e ano em que foi enviada a amostra colhida.

Laboratório de Diagnóstico:Nome do Laboratório que procedeu a análise das amostras colhidas.

Data de Recebimento do Diagnóstico:Dia, mês e ano em que foi recebido o boletim de diagnóstico das amostras

colhidas.

Diagnóstico Final:Qual foi o diagnóstico final, da Suspeita atendida.

Rebanho Susceptível:Nº de Existentes:

Informar quantos animais susceptíveis à doença existiam na propriedade desde o início do evento sanitário.

Nº de Enfermos:Informar quantos animais adoeceram desde o início do evento sanitário

investigado.

Nº de Mortos:Informar quanto animais morreram, sob suspeita da enfermidade investigada

desde o início de evento sanitário.

Espécies Envolvidas:Informar qual(is) foi(ram) a(s) espécie(s) animal(ais) envolvidas na suspeita

atendida.

Medidas Adotadas:Descrever sucintamente quais as medidas adotadas na propriedade

investigada até que se concluísse o diagnóstico.

Médico Veterinário:Nome do Médico Veterinário que atendeu a suspeita.

Assinatura do Supervisor Técnico Regional: Auto-explicativo.

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31

16 MAPA NOSOGRÁFICO DAS PRINCIPAIS DOENÇAS DOS REBANHOS DO PARANÁ.

Todas as Unidades Veterinárias Locais possuem, ou devem possuir um Mapa Nosográfico das Principais Doenças dos Rebanhos do Paraná. Esse mapa é de

uso exclusivo para localização das doenças sob programa da DSA.

Ele deve ser fixado em uma parede que seja de fácil visualização.e acesso.

INSTRUÇÃO PARA USO DO MAPA

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32

• O mapa deve ser atualizado semanalmente ou sempre que tiver um informe

de emergência.

• Deve-se respeitar as cores que estão na tabela de doenças e marcar cada

foco de acordo com a cor da respectiva doença.

• Caso = refere-se ao indivíduo, ou seja, ao animal doente ou infectado pela

doença em estudo.

• Foco = refere-se à propriedade onde existe pelo menos um caso da doença.

• Para marcar os focos de doenças sob programa, deve-se respeitar as

coordenadas estaduais que estão nos informes.

• A longitude (H-linha horizontal) é o arco contado sobre o Equador que vai de

Greenwich ao meridiano que passa pelo ponto de interesse. Sua variação no

mapa do Paraná em escala 1:600.000, vai de 001 a 190 para o caso da

coordenada estadual (grid horizontal menor que forma a linha horizontal de

cada quadrante, medindo 0,4cm ) de 111 a 127 para o caso da coordenada

Federal (grid horizontal maior que forma a linha horizontal de cada

quadrante medindo 4,1cm )

• A latitude (V-linha vertical) é o arco sobre o meridiano que passa pelo ponto

de interesse, contado do Equador até o referido ponto, no sentido Norte/Sul.

Sua variação no mapa do Paraná em escala 1:600.000, vai de 001 a 270

para o caso da coordenada estadual (grid vertical menor que forma a linha

horizontal de cada quadrante, medindo 0,4cm ) de 81 a 107 para o caso da

coordenada Federal (grid vertical maior que forma a linha horizontal de cada

quadrante medindo aproximadamente 4,6cm )

• Depois de encontrada a coordenada, deve-se colocar o alfinete na cor

respectiva à doença notificada no informe.

• Deve-se marcar todos os focos ocorridos durante todo o ano e somente no

final de cada ano retira-se todos os alfinetes do ano anterior para começar a

marcação novamente.

• Somente para a informação da Raiva dos Herbívoros, deve-se marcar os

casos ocorridos ao invés de marcar os focos.

35

33

17 INFORMAÇÃO PARA A ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE ANIMAL - OIE

A OIE tem como principal objetivo à informação sobre a situação sanitária

mundial com transparência. Para cumprir som sua missão, a OIE gerencia o sistema

mundial de informação sanitária, baseado no compromisso dos paises membros

declarar à OIE sua principais enfermidades, incluindo as zoonoses. Em maio de

2004, os paises membros aprovaram a elaboração de uma lista única de

enfermidades de declaração obrigatória da OIE.

O procedimento de alerta permite informar a comunidade internacional sobre

os novos acontecimentos epidemiológicos que surjam nos paises membros

36

34

37

35

ANEXOS

38

36

FORM-INFORM-IN - FORMULÁRIO DE INVESTIGAÇÃO DE DOENÇAS (INICIAL)

Versão:jun/03 Se for o caso, assinalar na lacuna à direita o número do FORM-IN que originou

diretamente esta investigação→N.º do FORM-IN de origem

Nome do criador Código C.G.C

Nome da propriedade Código

Núcleo Regional Unidade Local

Município UFPR

Coordenadas/Quadrantes

Telefone FaxE – mail

Finalidade da criação

Cria Recria Engorda Reprodução SubsistênciaAves

� Avozeiro � Matrizeiro Comercial : � Corte � Postura

Tipo de exploração Origem do(s) animal(is) doentes� Corte � Leite Mista � Postura � Outro, citar: � Nativo � Importado

Criação tecnificada? Sim � Não É a atividade principal da propriedade?� Sim � Não, citar qual:

Origem da notificação: � Vigilância � TerceirosDiagnóstico clínico presuntivo:

Dados populacionaisEspécie Faixa etária

População existente Animais doentes Animais mortosMacho Fêmea Macho Fêmea Macho Fêmea

Bovina

< 4 meses4 < 12 meses12 > 24 meses24 < 36 meses> 36 meses

Bubalina

< 4 meses4 < 12 meses12 > 24 meses24 < 36 meses> 36 meses

Suína

Até 21 dias22 a 65 dias66 a 120 dias> 120 diasReprodutor/Matriz

AvesReprodutor/MatrizOutros

OvinaReprodutor/MatrizOutros

CaprinaReprodutor/MatrizOutros

EqüídeaReprodutor/MatrizOutros

Outras(citar)

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37

Cronologia do foco Registro da(s) última(s) vacinação(ões)**

Atividades Horas Data Nome comercial da vacina

N.º da partida

Laboratório produtor

Data da vacinação

Início do focoNotificação

Visita inicial

Coleta de amostra

Envio para o laboratório

Interdição propriedade

Isolamento de animais(**) Contra a doença diagnosticada clinicamente e outras doenças da espécie animal envolvida

Coleta de materialTipo de material

Espécie animal

Raça Sexo

Idade(Meses

Identificação do animal Conservante Exame Solicitado

Sinais clínicos e achados de necropsia ( órgãos, lesões e alterações)

Movimento de animais nos últimos 30 diasTipo

Data Espécie

N.º de N.º de Vacinados* Procedência/DestinoUF

N.º da

Ingresso ou saída

animais doentes sim não Propriedade/Município GTA

*) Vacinação contra a doença suspeita, com diagnóstico presuntivo. Se necessário utilizar folha suplementar para registrar movimentação de animais.

Provável origem da doença� Propriedade vizinha � Animais adquiridos de outras propriedades� Participação de animais da propriedade em eventos pecuários

� Animais introduzidos temporariamente

� Estrada no interior ou periferia da propriedade � Alimento � Veículo transportador de animais contaminado � Produtos ou subprodutos de origem animal� Pessoas (veterinários, empregados) � Águas comuns� Animais silvestres (citar quais em “observações gerais”) � Pastagens comuns� Cama � Outra (especificar em “observações gerais”)� Importação de animais/ material de multiplicação animal �� Não identificada

Observações gerais

Local e data de de

Nome e assinatura do Médico Veterinário CRMV

Endereço

Município

E-mail:

40

38

ANEXO 1

Data (época) de aparecimento do primeiro animal doente: ______/______/______

Sinais clínicos e achados de necropsia (órgãos, lesões e alterações)Apontar a localização das lesões na resenha abaixo:

Observações

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2

3

4 5 6 7

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1

FORM - COMComplementar ao FORM-IN N.º

N.º do foco Ano UF Doença

Tipo de visita: Intermediária número :

Encerramento

Data: _______/_______/_______.

Nome do criador Código

Nome da propriedade Código

Município UF

Número dos FORM-IN relacionados à este episódio

Somatório de doentes, mortos, sacrificados e destruídos desde o início do foco

Espécie Faixa etária Animais doentes Animais mortos Animais sacrificados Animais destruídosMacho Fêmea Macho Fêmea Macho Fêmea Macho Fêmea

Bovina

< 4 meses4 < 12 meses12 > 24 meses24 < 36 meses> 36 meses

Bubalina

< 4 meses4 < 12 meses12 > 24 meses24 < 36 meses> 36 meses

Suína

Até 21 dias22 a 65 dias66 a 120 dias> 120 dias

Reprodutor/Matriz

AvesReprodutor/MatrizOutros

OvinaReprodutor/MatrizOutros

CaprinaReprodutor/MatrizOutros

EqüideaReprodutor/MatrizOutros

Outras(citar)

Cronologia do focoVacinação ou revacinação: � Focal � Perifocal

Atividades Datas Nome comercial Partida Laboratórioprodutor

Data da vacinação ou revacinação

Vazio Sanitário / / / /

Desinfecção / / / /

Combate a vetores / / / /

Recebimento de diagnóstico / / / /

Coleta de novas amostras / / / /

Remessa para laboratório / / / /

Último doente / / / /

Sacrifício/Destruição / / / /

Abate com aproveitamento / / / /

Última visita / /

Desinterdição / /

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40

Resultado do diagnóstico laboratorialDoença Agente

(tipo/subtipo)Tipo de teste N.º do laudo Nome do Laboratório

Coleta de novos materiaisTipo de material

Espécie Raça Sexo Idade(Meses)

Identificação do animal

Conservante Exame Solicitado

Origem da doença: � Suspeita inicial confirmada � Outra (descrever

abaixo) � Origem não identificadaObservações gerais

Data e local de de

Nome e assinatura do Médico Veterinário CRMV ou CFMV

Endereço Fone

Município UF CEP

43

41

ÀSECRETARIA DA AGRICULTURA E ABASTECIMENTO - SEAB/PR DIVISÃO DE DEFESA SANITÁRIA ANIMAL

FICHA EPIDEMIOLÓGICA MENSAL

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10Doença Espécie

CódigoMunicípi

oNº de focos

Nº de casos

Nº de óbitos

Nº de animais exposto

s

Diagnóstico

Código

MedidasProfilática

sCódigo

Exames realizadosExame Posit. Susp.

Nº de propriedadesAtendidas:

Nº de propriedadesAtendidas

MÊS:ANO:

Local

MédicoVeterinário

Data

42

Nome do Médico Veterinário/CRMV: Mês:

MUNICÍPIO AFETADO DOENÇA CNPJ/CPF produtor TIPO DE EXPLORAÇÃO ESPÉCIE Nº DE AVES

EXPOSTASNº DE

CASOSNº DE

ÓBITOSNº DE AVES Sacrificadas

NºDE AVES

DESTRUÍDAS

TIPO DE DIAG.

Clin. Necr. LAB.

DOENÇA/ AGENTE INFECCIOSO: Anemia Infecciosa das Galinhas, Bronquite Infecciosa Aviária, Clamidiose Aviária, Cólera Aviária, Coriza aviária, Doença de Gumboro, Doença de Marek, Encefalomielite aviária, Epitelioma Aviário (Bouba Aviária), Laringotraqueíte Infecciosa Aviária, Leucose aviária, M. gallisepticum, M. melleagridis, M. synoviae, S. Enteritidis,, S. Gallinarum, S. Pullorum, S. Typhimurium, Tuberculose Aviária, Varíola Aviária.OBS: Para Doença de Newcastle declarar neste informe somente os dados de vacinação, tendo em vista que suspeitas ou ocorrências desta doença deverão ser declarados em FORM-IN.

TIPO DE EXPLORAÇÃO: A – Reprodução (Linhas Puras, Bisavós, Avós e Matrizes) B – Frango de Corte C – Postura Comercial D - Aves de subsistência E – Aves Ornamentais F – Outros* (* especificar no campo observações)

ESPÉCIE : Gal – Galináceos Per – Perus Cod – Codornas Rat - Ratitas (Avestruzes e Emas) Pal – Palmípedes (Patos e Gansos) Sil - Aves Silvestres Out – Outras* (* especificar no campo observações)

Observações:Local e data:

Assinatura e carimbo do responsável

FICHA EPIDEMIOLÓGICA AVÍCOLA MENSAL - FEAMVERSÃO: agosto/08

Página 01 de 01

ESPAÇO P/ LOGOMARCA DA EMPRESA

ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DA AGRICULTURADEPART AMENTO DE F ISCALIZ AÇÃ O - DEFIS

DEFESA SANITÁRIA ANIMAL - DDSA - EPI

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ANEXO 05

Enfermidades Vesiculares, Enfermidades Vermelhas dos Suínos, New Castle e Influenza Aviária, Enfermidades Exóticas.Município Proprietário Data e Hora

da notificaçãoData e Hora da Visita

Suspeitainicial

NotificaçãoFeita por:

SuspeitaFundamentada?

Tipo MaterialColhido

DataRemessa

LaboratórioDe diagnóstico

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ANEXO 05 - CONTINUAÇÃO

Unidade veterinária de:Data de Receb. do Diagnóstico

Diagnóstico Final

Rebanho SusceptívelNº Existentes Nº Enfermos Nº Mortos

Espécies Envolvidas

Medidas Adotadas

Médico Veterinário

Assinatura Supervisor

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

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FORD, J. (1971). The Role of the Trypanosomiase in African Ecology: A study of the Tse-tse Fly Problem, Clarendon Press, Oxford.

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SCHWABE, C. W. (1984) Veterinary Medicine and Human Health, 3rd edn. Williams and Wilkins, Baltimore and London.

THRUSFIELD.M.V.- Epidemiologia Veterinária – Michael Thrusfield : (Tradução. Elizabeth Oliveira da Costa Freitas Guimarães) – São Paulo : Roca. 2004.

WILESMITH, J. W., WELLS, G.A.H., GRANWELL, M.P. and RYAN, J.B.M. (1988) Bovine spongiform encephalopathy; epidemiological studies. Veterinary Record. 123, 638-644

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