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Hipertensão arterial sistêmica Epidemiologia, diagnóstico e avaliação em atenção primária à saúde FACIMED Curso de Medicina Disciplina Medicina de Família e Comunidade

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Hipertensão arterial sistêmica Epidemiologia, diagnóstico e avaliação em atenção

primária à saúde

FACIMED – Curso de Medicina Disciplina Medicina de Família e Comunidade

Objetivos desta aula

• Apresentar o conceito de hipertensão arterial.

• Discutir os critérios diagnósticos para hipertensão arterial.

• Identificar a técnica adequada para mensuração da pressão arterial.

• Apresentar a avaliação inicial da hipertensão arterial em atenção primária à saúde.

Hipertensão arterial sistêmica

• A hipertensão arterial sistêmica (HAS) é uma condição clínica multifatorial caracterizada por níveis elevados e sustentados de pressão arterial (PA). Associa-se frequentemente a alterações funcionais e/ou estruturais dos órgãos-alvo (coração, encéfalo, rins e vasos sanguíneos) e a alterações metabólicas, com consequente aumento do risco de eventos cardiovasculares fatais e não-fatais.

Hipertensão arterial sistêmica

• Primária. – Maior parte dos casos.

– Sem mecanismo fisiopatológico claro.

– Multifatorial.

• Secundária. – Diversas patologias:

• Endócrinas.

• Renais.

• Vasculares.

Epidemiologia

• Patologia frequente e com tendência a aumento da sua ocorrência, pelos mesmos fatores relacionados à síndrome metabólica e diabetes.

• Prevalência. – 20 a 40% da população.

• Controle. – Mesmo os hipertensos já reconhecidos pelo sistema

tem níveis baixos de controle - < 20% em geral.

• Porém a mortalidade vem diminuindo lentamente na maior parte das regiões.

Carga de mortalidade por HAS.

Carga de mortalidade por HAS.

Mortalidade ajustada por doenças circulatórias

Fatores de risco

• Idade.

• Gênero e etnia.

• Obesidade.

• Dieta.

– Ingestão de sal.

– Ingestão de gorduras.

– Ingestão de alcóol.

• Sedentarismo.

Retinopatia hipertensiva

Insuficiência arterial periférica

• Freqüente complicação macrovascular relacionada à aterosclerose, diretamente ligada à hipertensão arterial sistêmica.

Quadro clínico.

• Assintomática em muitos casos ± 50%.

• Sintomas:

– Claudicação intermitente.

– Diminuição ou ausência de pulsos periféricos.

– Alterações tróficas de pele e anexos.

• Perda de pelos.

• Espessamento de unhas.

• Atrofia dérmica.

Insuficiência arterial

Obstrução arterial aguda

Úlcera arterial

Cérebro

• Fator de risco para AVE isqêmioco e hemorrágico.

• Microinfartos levando a quadro demencial na população idosa.

• Encefalopatia hipertensiva.

Acidente vascular encefálico- AVE

• Definição:

– Uma AVE é definido pela ocorrência de um décifit neurológico súbito atribuível a uma causa vascular focal.

• Epidemiologia.

– No Brasil é a primeira causa de óbito e a primeira causa de internação em clínica médica.

Dois principais tipos:

• Isquêmico.

– 80% dos casos.

– Ataque isquêmico transitório. – Déficit desaparece em até 24 horas.

• Hemorrágico.

– 15 a 20% dos casos.

Diagnóstico da hipertensão arterial

• Medida no consultório.

– Posição sentada.

– As medidas nas posições ortostática e supina devem ser feitas pelo menos na primeira avaliação em todos os indivíduos.

– Uma medida não é diagnóstica.

– Ideal medidas em 3 ocasiões diferentes.

Medida da pressão arterial

Medida da pressão arterial

Correção da pressão arterial pela circunferência braquial quando

da utilização do manquito comum – 12 x 23 cm.

• CB = Circunferência braquial.

Fatores de risco adicionais para eventos cardiovasculares para a HAS

Identificação de lesões de órgão alvo nos pacientes com hipertensão arterial.

Lesões de órgão alvo

Risco cardiovascular