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ENSINO MÉDIO : Reforma e Tempo Integral Profa. Cecília Alves BH/MG 18/04/2017

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ENSINO MÉDIO : Reforma e

Tempo Integral

Profa. Cecília Alves

BH/MG

18/04/2017

Ensino Médio Integral Política pública de Educação

ESTADOdever de educar

CIDADÃOdireito à educação

ESCOLA

REFORMAR ?

• É preciso ?

Meta 6: oferecer educação em tempo integral em, no mínimo, 50%(cinquenta por cento) das escolas públicas, de forma a atender, pelomenos, 25% (vinte e cinco por cento) dos(as) alunos(as) da educaçãobásica.

Meta 7: fomentar a qualidade da educação básica em todas as etapas emodalidades, com melhoria do fluxo escolar e da aprendizagem, de modoa atingir as seguintes médias nacionais para o Ideb: 6,0 nos anos iniciais doensino fundamental; 5,5 nos anos finais do ensino fundamental; 5,2 noensino médio.

Meta 3: universalizar, até 2016, o atendimento escolar para toda apopulação de 15 (quinze) a 17 (dezessete) anos e elevar, até o final doperíodo de vigência deste PNE, a taxa líquida de matrículas no ensinomédio para 85% (oitenta e cinco por cento).

PLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃO - METAS

Lei n. 13.415, de 16 de fevereiro de 2017

Altera as Leis nos 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e

bases da educação nacional, e 11.494, de 20 de junho 2007, que regulamenta o

Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos

Profissionais da Educação, a Consolidação das Leis do Trabalho - CLT, aprovada

pelo Decreto-Lei no 5.452, de 1o de maio de 1943, e o Decreto-Lei no 236, de 28 de

fevereiro de 1967; revoga a Lei no 11.161, de 5 de agosto de 2005; e institui a

Política de Fomento à Implementação de Escolas de Ensino Médio em Tempo

Integral.

Carga horária

Lei n. 13.415, de 16 de fevereiro de 2017

Altera de forma significativa a Lei nº 9394/96;

Cria o parágrafo 1º do artigo 24 da Lei nº 9394/96 determinando a ampliação

progressiva da carga horária anual, do ensino médio, para 1400 horas.

No mesmo parágrafo 1º determina a ampliação para no mínimo 1000 horas anuais,

no ensino médio, com prazo de cinco anos para aplicação.

Foi estabelecida regra de transição, pelo prazo de cinco anos, para os sistemas de

ensino se adaptarem à nova regra, período em que deverão oferecer carga horária

de ao menos 1.000 horas anuais, a iniciar em 02/03/2017.

O currículo

O currículo do Novo Ensino Médio será composto pela Base Nacional Curricular

Comum (BNCC) e por itinerários formativos

A carga horária destinada à BNCC deve ser de até 1.800 horas do Ensino Médio

Itinerários formativos

correspondem ao ensino orientado, referente a cinco áreas específicas que o aluno pode

optar: (i) linguagens e suas tecnologias, (ii) matemática e suas tecnologias, (iii)

ciências da natureza e suas tecnologias, (iv) ciências humanas e sociais aplicadas e (v)

formação técnica e profissional.

O aluno pode optar por cursar um ou mais de um itinerário formativo (LDB, art. 36, §

5º). No entanto, sua oferta dependerá da disponibilidade da rede de ensino. Assim, se

houver apenas um deles, o aluno não tem como optar por uma das outras quatro áreas.

Foi acrescida a área de Ciências Humanas o termo “e sociais”, substituindo a

obrigatoriedade explicita da Filosofia e Sociologia.

A nova redação determina estudos e práticas da Sociologia, Artes, Filosofia e

Sociologia, Educação Física. Observe que Artes aparece em duas situações

distintas: conteúdo obrigatório e estudos e práticas.

A nova redação da MP 746 também retira do rol de áreas do conhecimento a

formação técnica e profissional ficando essa, de forma evidente, sem a

possibilidade de ligação à Base Nacional Curricular

Fica mantida a obrigatoriedade do ensino da Língua Portuguesa e Matemática nos

três anos do ensino médio garantindo as escolas indígenas o ensino da língua

materna. No caso das escolas indígenas devemos observar que a existência da

língua estrangeira refere-se ao INGLÊS.

O artigo 4º da MP 746 acrescenta ao artigo 36 que ao currículo do ensino médio será a

soma da Base Nacional Comum Curricular e itinerários formativos

A organização das áreas e das respectivas competências e habilidades fica a critério

dos sistemas de ensino

A formação técnica e profissional a critério dos sistemas poderá estabelecer parcerias

para inclusão de vivências práticas.

Fica acrescido ao artigo 23 da LDB a possibilidade de organização do ensino

médio por módulos e adoção do sistema de crédito

Para cumprimento das exigências curriculares do ensino médio os SISTEMAS

DE ENSINO poderão reconhecer competências e firmar convênios com

instituições de educação a distância

A medida possibilita a integração dos jovens moradores de áreas isoladas e esse é

um aspecto positivo, contudo o texto abre a possibilidade de divisão do ensino

médio em etapas presenciais e a distancia sem a devida delimitação do tempo

presencial e especificidades do grupo a ser atendido. A exceção vai se

transformando em norma.

A respeito do processo seletivo para o ensino superior foi acrescido ao artigo 44

da LDB o parágrafo 3º determinando: “O processo seletivo referido no inciso II

considerará as competências e habilidades definidas na Base Nacional Comum

Curricular”

Fica mantido o notório saber para profissionais da ênfase em ensino técnico e

profissional

Os prazos para cumprimento das alterações previstas no texto em análise ficam

determinados da seguinte forma:

No primeiro ano letivo subsequente à data da publicação da Base Nacional

Comum Curricular deve-se elaborar o cronograma de aplicação;

A implementação do cronograma a partir do segundo ano

A Reforma do Ensino Médio deu primazia à formação técnica e profissional, já que

trouxe elementos que permitem sua aplicação, como a parceria com outras instituições

e a vivência prática (LDB, art. 36, § 6º). Ao disciplinar as especificidades da formação

técnica e profissional, a norma reduziu o espaço para regulamentação futura, o que

pode facilitar sua implementação em menor tempo.

“Art. 9o O caput do art. 10 da Lei no 11.494, de 20 de junho de 2007, passa a vigorar

acrescido do seguinte inciso XVIII:

“Art. 10. ...........................................................

.................................................................................

XVIII - formação técnica e profissional prevista no inciso V do caput do art. 36 da Lei

no 9.394, de 20 de dezembro de 1996.

........................................................................” (NR)”

O repasse dos recursos ficará condicionado à disponibilidade orçamentária do FNDE

e do MEC (Lei n. 13.415/17, art. 20), que será definida pelo MEC (Lei n. 13.415/17,

art. 14, § 2º).

Vigência do Novo Regime Fiscal (Emenda Constitucional n. 95/16), que levará em

conta as despesas primárias sobre educação do ano anterior, corrigidas pela inflação,

como teto de gastos; e não o percentual mínimo de recursos vinculados (CF, art. 212).

Com isso, a regra pode se tornar um obstáculo à implementação do Novo Ensino

Médio(3).

• Quais os principais desafios do ensino médio na nossa escola?

(a escola que temos e a escola que queremos)

• Como são as relações sociais no cotidiano escolar?

• Quem é o jovem aluno da escola? O que eles pretendem com o ensino médio?

Qual seu projeto de vida?

• O que os jovens fazem quando não estão na escola?

• Como entendemos a proposta de ensino médio integral?

PARA REFLETIR

OBRIGADA PELA ATENÇÃO!